01. 2012

Transcrição

01. 2012
ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO
Circular nº 01
12. 01. 2012
ESCORIOSE
VINHA
© Reprodução sujeita a autorização
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DAS
DOENÇAS DO LENHO DURANTE
A PODA
Impresso na Estação de
Avisos de Entre Douro e
Minho
Realização técnica:
J. F. Guerner Moreira
(Eng.º Agrónomo)
Carlos Coutinho
(Ag. Técnico Agrícola)
Apoio: João Heitor
(Eng. Tec. Agr.)
Impressão e expedição:
C. Coutinho, L. Monteiro
A luta contra as doenças do lenho na videira
não é possível sem a aplicação de medidas
preventivas, algumas das quais podem ser
tomadas durante a poda Inverno:
Podar com tempo seco e sem vento.
Podar as videiras doentes em último
lugar.
Desinfectar os instrumentos de poda com
lixívia.
Evitar abrir feridas ou fazer cortes de
grande superfície nos ramos mais grossos.
Não fazer cortes rentes, cuja cicatrização
provoca a formação de “rolhões” para o
interior do tronco, que dificultam a circulação
da seiva.
Proteger as feridas da poda maiores, com
pincelagem de uma pasta fina fungicida,
com unguentos de enxertia ou betume
industrial.
Cortar, tanto quanto possível e queimar
as varas que apresentem sintomas de esca
e de escoriose.
Não acumular lenha de poda nos
arredores das vinhas, deixando-a aí durante
o Inverno, pois constitui importante foco de
infecção de doenças do lenho.
ESCA
Algumas videiras atacadas, mas que
conservam ainda uma parte sã, podem ser
recuperadas, através de uma poda
adequada, procurando reconstituir as
plantas, mantendo-as em produção e
atrasando o seu declínio definitivo.
As varas para enxertia devem ser
colhidas em cepas comprovadamente
isentas de escoriose. Devem ser
eliminados sistemáticamente os cinco
ou seis primeiros gomos da base da vara,
aproveitando para enxertia apenas as
porções de vara daí para cima, pois esta
doença afecta principalmente os gomos da
base.
Os ataques de escoriose são mais
severos
em
Primaveras
chuvosas,
agravando-se quando estas se sucedem a
Invernos igualmente muito chuvosos.
Consulte as fichas técnicas nºs 55 (I Série) e 6 (II
Série) http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tec
nica_055_2006.pdf
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_06_2008
.pdf
PODRIDÃO DAS RAÍZES DA
VIDEIRA (Armillaria spp.)
Na preparação de terreno para
plantação de novas vinhas, devem ser
retirados cuidadosamente e queimados
todos os restos de madeira e raízes
provenientes de outras videiras, árvores ou
matos anteriormente existentes no local.
Durante
o
Inverno,
devem-se
arrancar as videiras atacadas pela
podridão das raízes (Armillaria spp.) e
retirar cuidadosamente todas as raízes da
videira arrancada. A cova resultante do
arranque deve ficar aberta até ao fim do
Verão seguinte, o que pode ajudar à
eliminação de restos do fungo causador da
doença.
DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE
AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da
Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA
Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029
E-mail: [email protected]
Não se devem plantar novas videiras no
mesmo local, nem utilizar estacas (tutores) de
madeira não tratada. Não existe tratamento
eficaz contra esta doença, pelo que todas as
medidas para a evitar e controlar devem ser
preventivas.
Consulte a ficha técnica nº 102 (I Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_1
02_2002.pdf
CIGARRINHA VECTORA DA
FLAVESCÊNCIA DOURADA DA
VINHA
(Scaphoideus titanus)
É obrigatório o arranque das videiras
atacadas por esta doença, nos locais onde tenha
sido detectada por análise laboratorial, tanto em
vinhas em produção, como em viveiros de pésmãe.
Consulte as fichas técnicas nºs 9 e 36 (IISérie)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_09_2008.pdf
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_36_2011.pdf
PREVENÇÃO DO EFEITO DE
GEADAS DE PRIMAVERA NA VINHA
Nos locais mais sujeitos a geadas, a poda
da Vinha deve ser efectuada o mais tarde
possível. Atrasa-se, assim, o início da
rebentação, protegendo a maior parte da
nascença de cachos de eventuais geadas
tardias.
POMÓIDEAS
CANCRO EUROPEU DA MACIEIRA
Nos pomares onde existam focos desta
doença, os cortes maiores da poda de Inverno
devem ser de imediato tratados com uma pasta
fungicida ou isoladas com outro produto. Depois
da poda, é benéfico efectuar um tratamento à
base de cobre (hidróxido, oxicloreto ou
sulfato), sobretudo nas árvores ou nas áreas do
pomar afectadas.
COCHONILHA-ALGODÃO
Nas vinhas infestadas, deve proceder-se
durante o Inverno a um tratamento localizado,
utilizando um óleo mineral.
Durante a poda, retirar a casca das
videiras onde se veja que existem posturas
(protegidas sob massas de “algodão” branco) e
cochonilhas abrigadas para passar o Inverno,
deixando-as mais expostas à destruição pelo frio
e pelos tratamentos fitossanitários.
Consulte a ficha técnica nº 43 (IISérie)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_43_2011.pdf
ARANHIÇO VERMELHO
Elimine o mais possível, durante a poda,
as varas com ovos de Inverno.
Consulte a ficha técnica nº 107 (I Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_1
07_2006.pdf
MONILIOSE
Durante a poda, devem-se eliminar frutos
atacados pela moniliose, que ficam mumificados
(engelhados e secos) suspensos nas árvores.
Estes frutos devem ser retirados do pomar e
queimados junto com a lenha de poda, de modo
a diminuir as possibilidades de disseminação da
doença.
COCHONILHA DE S. JOSÉ
Nos pomares infestados, deve haver o
cuidado de praticar uma poda que torne a copa
das árvores menos densa, sobretudo na sua
parte superior, contrariando a formação de
“chapéus”. Esta técnica facilita a penetração das
caldas insecticidas e da luz, um melhor
arejamento e impede o desenvolvimento de
grandes populações de cochonilha de S. José.
Consulte a ficha técnica nº 38 (II Série)
NEMÁTODES NA VINHA
As espécies Xiphinema index e Xiphinema
italiae, que são transmissoras de vírus, podem
causar à Vinha elevados prejuízos. A sua
detecção no solo deve ser feita sempre antes da
plantação de vinhas, por análise nematológica
de amostras de terra. No caso da sua existência
no solo, o tratamento precoce evitará posteriores
prejuízos.
Consulte a ficha técnica nº 7 (II Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_07_2008.pdf
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_38_2011.pdf
PULGÃO LANÍGERO
Este afídeo passa o Inverno em forma de
larva hibernante nos rebentos ladrões junto do
colo das árvores, nas fendas da casca e nos
tumores produzidos nos ramos e troncos pela
sua acção picadora-sugadora.
Durante o Inverno, podem ser tomadas
diversas medidas para reduzir as populações de
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pulgão lanígero: ► corte e queima de rebentos
ladrões e de ramos fortemente infestados;
► suprimir os tumores, desinfectando as feridas
com uma pasta à base de cobre
► aplicação de um óleo mineral sobre as
árvores afectadas, procurando atingir muito bem
as colónias de pulgão.
Na plantação de novos pomares, devem
usar-se porta-enxertos resistentes ( E.M. II, X,
XII, XIII M.M. 104, 106, 109, 111; M.I. 778,
779, 789, 793). Variedades resistentes ou
pouco sensíveis em condições normais de
produção, são, por exemplo: Reineta cinzenta do
Canadá, Golden delicious, Golden noble,
Jonathan, … Pelo contrário, Reine des reinettes,
Reineta do Canadá, Belle de Baskoop, Starking,
são muito atacadas por este afídeo.
procurando conduzi-la para as entradas das
galerias dos ratos, pois os pessegueiros asfixiam
rapidamente quando alagados (em pouco menos
de meia hora).
A manutenção de um enrelvamento
apenas na entre-linha e com a linha sempre
limpa de ervas, constitui uma protecção contra os
ataques de ratos nos pomares.
Consulte a ficha técnica 51 (I Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_0
51_2006.pdf
BROCA DOS RAMOS (ZÊUZERA)
Em pomares de macieiras, pereiras,
nogueiras, oliveiras e outras espécies, incluindo
plantas ornamentais como lilás, tília, etc., devem
procurar-se as entradas das galerias das larvas e
proceder à destruição da zeuzera com um arame
grosso (de ramada), introduzido até ao fundo da
galeria onde a larva se aloja. Na poda, procurar
eliminar os ramos atacados com brocas activas.
Recomenda-se especial atenção a pomares
novos ou recém-plantados, nos quais os
ataques de zeuzera podem causar elevados
prejuízos.
Consulte a ficha técnica 106 (I Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_1
06_2004.pdf
RATOS NOS POMARES
Em solos com boa drenagem, localizados
junto de cursos de água acessíveis ou com
abundância de água de rega, dá bons resultados
fazer o alagamento dos pomares infestados por
ratos, durante o Inverno, como meio de os
combater. O alagamento em macieiras deve ser
feito em períodos curtos (1 a 2 horas), de modo a
não matar as árvores por asfixia das raízes.
Para ser eficiente, o alagamento deve
ser repetido duas ou três vezes durante o
Inverno. A água invade e destrói as galerias e
ninhos dos ratos e as reservas alimentares aí
acumuladas, obrigando-os a abandonar os
pomares e matando parte deles.
Pode fazer-se em macieiras, mas também
em pereiras e laranjeiras. O alagamento também
se pode fazer em pomares de pessegueiros, mas
com água sempre corrente e de forma rápida,
_______________________________________
O rato mais vulgar nos pomares é o rato cego ou rato
toupeira (Microtus sp.). (Cauda curta, cabeça
pouco distinta do corpo, olhos pequenos, orelhas
curtas e ocultas na pelagem).
PRUNÓIDEAS
CEREJEIRA
CANCRO BACTERIANO
Recomenda-se a aplicação, logo que os
gomos comecem a inchar - o que já acontece
nesta altura em algumas variedades - de uma
calda contendo um produto à base de cobre
(calda bordalesa). O tratamento deve atingir
muito bem o tronco e os ramos das árvores.
Lembramos que esta calda poderá ainda ter um
efeito de protecção de geadas fracas.
ALGUMAS MEDIDAS PREVENTIVAS
► corrigir a acidez do solo, quando
necessário, aplicando calcário;
► fazer um controlo adequado das ervas
infestantes
► fazer apenas podas em verde, após a
colheita das cerejas, evitando as podas de
Inverno;
► proteger com uma pasta fungicida as
feridas de poda extensas e as que tenham sido
causadas por quebra ou corte de ramos.
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PESSEGUEIRO
LEPRA DO PESSEGUEIRO
O combate à lepra do pessegueiro, para ser
eficaz, deve ser feito preventivamente e iniciado
muito cedo.
A data de realização do primeiro
tratamento, é muito importante e deve ser
determinada pelo aparecimento das pontas
verdes ou avermelhadas no centro das escamas
dos gomos terminais (ver o quadro seguinte).
Nessa altura deve ser aplicada uma calda à base
de cobre, (de preferência uma calda bordalesa,
dada a sua maior persistência).
No decorrer do desenvolvimento do
pessegueiro, os novos orgãos que se vão
formando, terão de ser protegidos, sobretudo se
o tempo decorrer frio e chuvoso. Essas novas
intervenções, durante a vegetação, deve ser feita
com fungicidas orgânicos (dodina, enxofre,
metirame, tirame, zirame), dado que o cobre é
fitotóxico para a vegetação do pessegueiro.
cuproso,
oxicloreto),
difenoconazol
ou
tebuconazol. Mais tarde, na Primavera deve ser
aplicado zirame.
Consulte a ficha técnica 19 (II Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_19_2008.pdf
TUBERCULOSE DA OLIVEIRA
(Pseudomonas
savastanoi)
Medidas preventivas durante o Inverno:
► Remover os nódulos, retirando os ramos que
os suportam
►Iniciar a poda nas árvores sãs e desinfectar as
ferramentas de corte com lixívia
► Desinfectar as feridas de poda e de cortes
com uma pasta (250 gr sulfato de cobre + 250 gr
de cal e 3 litros de água)
► Queimar a lenha de poda.
____________________________________
Nódulos provocados pela tuberculose da oliveira em
raminhos novos
Consulte a ficha técnica 35 (II Série)
http://www.drapn.minagricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_35_2010.pdf

CITRINOS
MÍLDIO OU AGUADO
OLIVEIRA
OLHO DE PAVÃO
Recomenda-se o tratamento durante o
Inverno contra esta doença, que pode provocar
uma desfoliação grave das oliveiras, com um
produto à base de cobre (hidróxido, óxido
Efectuar durante o Inverno, (sobretudo se
ocorrerem períodos chuvosos prolongados),
tratamentos contra o míldio, aplicando uma
calda bordalesa.
Nos locais sujeitos a geadas, esta calda
pode ter um efeito protector contra o frio, se for
alcalina, ou seja se contiver uma dose reforçada
de cal (por exemplo, 1,5 kg de sulfato de cobre +
2 kg de cal). Deve haver o cuidado de atingir com
a calda toda a copa da árvore e dar atenção
especial à parte inferior da copa. Pode também
ser usada outra calda à base de cobre, em
formulações de oxicloreto ou hidróxido e ainda
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especialidades à base de fosetilalumínio (ALIETTE Flash, ETYLIT Premier,
FOSBEL 80 PM, ALFIL). O fosetil- alumínio pode
ajudar a combater também a gomose.
uma boa preparação do terreno – surriba, ripagem,
lavoura profunda – para que as raízes possam ter
um bom desenvolvimento
VÍRUS DA TRISTEZA DOS CITRINOS
evitar a mobilização do solo; no caso de
mobilização, utilizar uma grade de discos
O vírus da tristeza dos citrinos é uma
doença responsável por elevada mortalidade nos
citrinos. Tem como vector mais eficaz o piolho
negro dos citrinos (Toxoptera citricidus). Em face
da dispersão do afídeo por toda a região de Entre
Douro e Minho, e da sua possível contribuição
para a dispersão do vírus da tristeza, recomendase:
► a utilização de porta-enxertos tolerantes ao
vírus, em novas plantações (por exemplo,
Poncirus trifoliata);
► não utilizar a laranjeira azeda como portaenxerto, pois é extremamente sensível ao vírus
da tristeza (Ver Quadro 1);
► vigiar e combater o piolho negro nas árvores
em que apareça.
efectuar adubações de fósforo e potássio
regar os castanheiros novos, para
favorecer um bom desenvolvimento das raízes.
TRATAMENTOS PALIATIVOS
Não existe um tratamento químico eficaz e a
doença leva, mais tarde ou mais cedo, à morte da
árvore. No entanto, podem fazer-se tratamentos
paliativos, capazes de atrasar este desfecho,
aplicando oxicloreto de cobre de Janeiro a fim de
Março, se possível em período de chuva, utilizando
1 a 4 litros desta calda à volta do tronco num raio
de 1 m e no tronco até 1 metro de altura. Repetir o
tratamento durante pelo menos 5 anos e repetir a
série de 5 tratamentos anuais, passados 5 a 10
anos.
CASTANHEIRO
DOENÇA DA TINTA DO
CASTANHEIRO
(Phytophthora spp.)
O inóculo da doença da tinta existe em
grande abundância nos solos da Região de Entre
Douro e Minho. Por outro lado, estes solos,
quase sempre de natureza ácida, são favoráveis
ao desenvolvimento dos fungos causadores da
doença.
Como medida preventiva mais eficaz,
aponta-se a utilização de porta-enxertos
tolerantes a Phytophthora, em novas plantação
de castanheiros.
OUTRAS MEDIDAS PREVENTIVAS
não fazer novas plantações expostas a
Sul
não plantar castanheiros em solos
sujeitos a encharcamento ou com má drenagem
efectuar análises do solo e corrigir a
acidez para valores entre 5 e 5,5 pH, aplicando
calcáreo
nas plantações novas, aplicar estrume
bem curtido
na plantação de novos soutos, efectuar
Carlos Coutinho
Trata-se de uma doença muito grave, que
leva à morte dos castanheiros.
Um sintoma característico da doença da
tinta do castanheiro é a permanência na árvore de
alguns ouriços, durante o Inverno.
ELIMINAÇÃO DE LENHAS DE PODA
Toda a lenha resultante das operações
de poda e arranque de árvores e videiras,
deve ser retirada do terreno e queimada o
mais breve possível. Se a lenha se destinar a
consumo doméstico, deve ser armazenada em
lugar seco, abrigado da chuva, para impedir que
os esporos dos fungos (botrytis, esca, escoriose,
cancro da macieira, chumbo, etc.) se libertem na
natureza, infectando árvores e videiras sãs. Em
vinhas, pomares e olivais onde seja usual
proceder à trituração e incorporação da lenha da
poda no solo, deve ser previamente retirada e
queimada toda a lenha proveniente de plantas
afectadas pelas doenças do lenho e das raízes
atrás referidas.
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HORAS DE FRIO, ABAIXO DOS 70C,
NECESSÁRIAS À QUEBRA DA DORMÊNCIA
DOS GOMOS FLORAIS DAS FRUTEIRAS,
REGISTADAS NAS ESTAÇÕES
METEOROLÓGICAS DA ESTAÇÃO DE AVISOS
DE ENTRE DOURO E MINHO
Novembro
Local
Dezembro
Soma
Nov+Dez
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS MANUAIS
129 (1)
185
Refóios do Lima – Ponte de
314
Lima
S. Martinho de Mouros 109
317 (2)
426
Resende
310
366
Ermelo – Mondim de Basto
676
Sobrado – Castelo de Paiva
201
280
481
Escola Secundária - Cinfães
107
294
401
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
AUTOMÁTICAS CAMPBELL
Apúlia - Esposende
27
208
235
S. Cristóvão de Nogueira Cinfães
Gatão - Amarante
Troviscoso - Monção
Vila Boa de Quires - Marco
de Canaveses
EPAMAC - Rosem – M. de
Canaveses
S. João de Fontoura Resende
EPA de Santo Tirso
113
359
472
138
56
-
296
206
-
434
262
112
259
371
-
-
(3)
130
260
390
(3)
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS ADDCON
Goães - Amares
68
264
332
Arcozêlo – Ponte de Lima
Santa Marinha do Zezere Baião
S. Miguel da Carreira Barcelos
EPA Fermil – Molares Celorico de Basto
Cepões – P. de Lima
Correlã – P. de Lima
Paçô- A. de Valdevez
Giela – A. de Valdevez
S. Torcato-Guimarães
Vilar do Torno e AlentémLousada
Penso - Melgaço
Prado - Melgaço
Atei – Mondim de Basto
Paderne - Melgaço
Pinheiros - Monção
Perre – V. do Castelo
Oleiros- Ponte da Barca
S. Cosme e S.Damião – A.
de Valdevez
Roriz – Santo Tirso
Vairão – Vila do Conde
Ganfei - Valença
129
118
238
256
367
374
-
-
(3)
167
310
477
125
119
142
125
91
154
246
238
268
258
322
314
371
357
410
383
413
468
121
147
102
130
91
102
116
266
303
263
231
205
233
243
387
(3)
450
365
361
296
335
359
66
30
84
248
192
227
314
222
311
(1) Dados aproximados
(2) Valor parcialmente calculado pelo método de Crossa-Reynaud
(3) Dados insuficientes
A Estação de Avisos de Entre Douro e
Minho agradece as valiosas observações
biológicas e meteorológicas que, em 2011,
foram
realizadas
com
dedicação
inexcedível
pelos(as)
senhores(as):
Adriano José Matos Carvalho (Celorico de
Basto); Albano Gonçalves Pereira e Cunha
Machado (Mondim de Basto); Alberto José
Domingues (Melgaço); Alípio da Fonseca
(Resende); António Caldas (Melgaço);
António Joaquim Diniz (Mondim de Basto);
Eng.º António José Cruz das Neves
(Gondomar);
Professor
António
José
Portocarrero (Cinfães); António Oliveira da
Costa (Braga); D. Cremilde Fátima Monteiro
Pinto ( Marco de Canaveses); Fernando Luis
Fonseca Pereira (Matosinhos); Fernando
Ramos (Maia); Fernando Simões de Moura
(Gondomar); Henrique da Silva Pinho
(Castelo de Paiva); D. Iolanda Alves (Ponte
de Lima); José Paulo Teixeira Moura (Ribeira
de Pena); José Teixeira dos Santos (Maia);
Manuel Morgado (Barcelos); Manuel Ribeiro
Martins Bouçanova (Póvoa de Varzim); Eng.ª
Maria Isabel Araújo Moreira (Trofa); Mário
Pinheiro Dias (Amares); Nuno Miguel Fraga
(Celorico de Basto); D. Rosa Maria de
Chateuneuf Mouta Faria (Guimarães); Eng.º
Rui Miguel de Viseu Botelho Cardoso
(Resende); Eng.ª Rute de Jesus Oliveira da
Cruz (Ponte de Lima); Severino Baptista
Fernandes (Póvoa de Lanhoso); Eng.º Vítor
Manuel Silva Azevedo (Ponte da Barca).
Anexamos a esta Circular a Ficha de renovação
de assinatura (versão em papel) dos Avisos
para o ano de 2012. Recomendamos que seja
preenchida com cuidado, sobretudo no que diz
respeito ao endereço, que deve ser o mais
completo e correcto possível. Um número de
telefone ou telemóvel é sempre útil para
esclarecimento de alguma dúvida ou em caso de
devolução de correspondência. Cheques e vales
de correio devem ser emitidos a favor de
I.G.C.P.- Instituto de Gestão e Tesouraria do
Crédito Público. É provável que o preço de
assinatura venha a ser alterado em Março. Os
senhores assinantes que, por iniciativa própria, já
renovaram a assinatura, farão o favor de ignorar
esta ficha de renovação.
________________________________________________
Produtos fitofarmacêuticos indicados nesta
circular, de acordo com a informação disponível no
sítio web http://www.dgadr.pt
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QUADRO 1 - COMPORTAMENTO DOS PRINCIPAIS PORTA-ENXERTOS DE CITRINOS FACE AO ATAQUE DE DOENÇAS E NEMÁTODES, E FACE A CONDIÇÕES ADVERSAS DO MEIO,
COMPARATIVAMENTE À LARANJEIRA DOCE
Porta-enxerto
Doenças
Nemátodes
“mal seco”
Phoma
tracheiphila
“exocortis”
Armillaria
mellea
“Tristeza
”
“xiloporo- “psorosis
sis”
”
Laranjeira doce
Gomose
basal
Phytophthora
spp.
Sensível
-
Tolerante
Sensível
Tolerante
Tolerante
Laranjeira azeda
Resistente
Sensível
Tolerante
Resistente
Limão rugoso
Sensível
-
Tolerante
Sensível
Muito
sensível
Tolerante
Limeira doce da
Palestina
Limeira Rangpur
Tangerineira
Cleópatra
Tangerineira comum
Sensível
-
Sensível
-
Sensível
Resistente ou
sensível
Sensível
-
Sensível
Tolerante
-
Citrus junus (Yuzu)
Citrus macrophylla
Resistente
Resistente
Citrus taiwanica
Condições adversas
Tylenchulus
semipenetrans
Radopholus
similis
Asfixia
radicular
Secura
Frio
Sensível
Sensível
Sensível
Sensível
Sensível
Tolerante
Tolerante
-
-
Sensível
Tolerante
-
Sensível
Sensível
Resistente
Sensível
Sensível
-
-
-
Sensível
Tolerante
Tolerante
Sensível
Tolerante
Tolerante
Sensível
Sensível
Tolerante
Muito
sensível
Sensível
Sensível
Tolerante
Sensível
Tolerante
Sensível
Tolerante
-
-
Tolerante
Tolerante
-
Tolerante
Sensível
Sensível
-
Resistente
Muito
sensível
-
Resistência
média
Resistência
média
Resistência
média
Resistente
Resistência
média
Resistência
média
Resistente
Resistente
Resistência
média
Resistência
média
Sensível
Tolerante
Resistente
Sensível
Tolerante
Tolerante
Sensível
-
Citrus wolkameriana
Resistente
Resistente
Tolerante
-
Tolerante
Sensível
-
Sensível
-
Poncirus trifoliata
Resistente
-
Sensível
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Resistente
Sensível
Citranja Carrizo
Citranja Troyer
Citrumelo Swingle
Resistente
Resistente
Resistente
-
Sensível
Sensível
Tolerante
Resistênci
a média
Sensível
Sensível
-
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Tolerante
Sensível
Sensível
Tolerante
Tolerante
Sensível
Sensível
Tolerância moderada
Resistência
média
Resistência
média
Resistência
média
Resistente
Muito
resistente
Sensível
Sensível
Muito
resistente
Resistência
média
Sensível
Sensível
Sensível
Resistente
Sensível
Resistente
Resistência
média
Resistente
Resistência
média
Muito
resistente
Resistente
Resistente
Resistência
média
Fonte: José António B. M. Telhada, Micoses dos Citrinos causadas por espécies do género Phytophtora - contribuição para o seu estudo em Portugal, Lisboa, 1988
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Fonte: Pablo Melgarejo Moreno, El frio Invernal, factor limitante para el cultivo frutal, Madrid, 1996
QUADRO 2 - HORAS DE FRIO (< 70 C) NECESSÁRIAS À QUEBRA DA DORMÊNCIA DOS GOMOS FLORAIS EM DIVERSAS ESPÉCIES
E VARIEDADES DE FRUTEIRAS
Pessegueiros
Horas de frio < 7oC
Nectarinas
Horas de frio < 7oC
Baby Gold 5
600 - 700
Nectared 4
< 650
Baby Gold 6 e 7
700 – 800
Nectared 6 e 8
650 – 800
Baby Gold 8 e 9
>900
Red June
650 – 800
Calandra
600
Ruby Gold
650 – 800
Cardinal
700 - 800
Silver Lode
< 650
Carson
850
Sungem 87-4 N
400
Corona
700 - 800
Sungrand
650 – 800
Desert Gold
350
Sunlite
425
Desertred (9-10)
175
Sweet Gold
650 – 800
Dixired
800 – 900
Zincal-5
250
Flordacrest
250
8-2 N
425
Flordaglo
150
9-15 N
275
Flordaglobe
450
9-9 N (Carolina)
400
Ameixeiras
Flordagold
325
Horas de frio < 7oC
Flordaking
400
Burbank
500 – 600
Flordaprince
175
Golden Japan
120 – 290
Fortuna
600
Methley
100 – 250
Frederica (Catherina)
650
Rainha Cláudia de Oullins
600 - 700
Flordastar (Sherman)
200
R. Cláudia Verde
790 – 1300
Garnet Beauty
< 650
Santa Rosa
370 – 600
Macieiras
Horas de frio < 7oC
Golden Queen
500 – 600
Jungerman
700
Astrácan Red
800 – 1000
Loadel
700
Belle de Boskoop
800 – 1000
Maruja
600
Cox’s Orange Pippin
600 – 700
Maycrest
650 - 700
Delicous
800 – 1000
Merrill Carnival
650 - 800
Early Mc Intosh
750 – 850
Merrill Franciscan
>800
Emilia
600 – 700
Merrill Gem Free
650 - 800
Golden Delicious
800 – 1000
Merril July Lady
650 - 800
Gravstein
600 – 800
Merril O’Henry
650 - 800
Hume
500 – 600
Merrill Sundance
650 - 800
King David
600 – 800
Redglobe
700 – 800
Jonathan
600 – 700
Redhaven
700 – 800
Laxton Superbe
800 – 1000
Redtop
650 - 800
Lodi
800 – 900
Regina
800 - 950
Mc Intosh
800 – 1000
Río Grande
450
Melba
800 – 1000
Royal April
< 600
Naomi
600 – 800
Royal Gold
< 600
Northern Spy
1100 – 1400
Shasta
700 – 800
Red Delicious
700 - 800
Southland
500 – 600
Red June
700 – 800
Springcrest
700
Red Rome
700 - 800
Springtime
500 – 600
Reine des Reinettes
800 – 900
Stanford
600
Reineta do Canadá
800 – 900
Starcrest
650 - 700
Reinette de Mans
1000 - 1200
Sudanell-3
600
Rome Beauty
1000 – 1300
Suncrest
800 - 950
Starking
700 – 800
Tropic Beauty
150
Starkrimson
800 – 1000
Tropic Snow
250
Trancendent
700 – 800
Tropic Sweets
175
Tydeman’s Early
700 – 800
Troubador (Baladin)
650
Veret
600 – 700
Vesúvio
500 – 600
Wealthy
600 – 700
Vivian
600
Winesap
750 – 850
9-4
350
White Permain
600 – 700
Nectarinas
Horas de frio < 7oC
Winter Banana
500 – 600
Armking
< 600
Worcester
700 – 800
Armking 2 e 3
< 650
Yellow Transparent
800 – 1000
Pereiras
Horas de frio < 7oC
Crimson Gold
650 – 800
Early Sungrand
650 – 800
Beurré Hardy
1000
Fantasia
< 650
Castel
600
Firegold
< 650
Conference
700
Flavortop
650 – 800
Douienée du Comice
700
Fuzalode
650 – 800
Ercolini
600
Golden Grand
< 650
Max Red Barlett
1100
Independence
650 – 800
Packham’s Triumph
600
Maybelle
500 - 550
Passe Crassane
750
Maygrand
650 – 800
Precoce Morettini
<650
Morton
650 – 800
Roma
550
Nectared 4
< 650
S. Maria Morettini
<650
Nectared 6 e 8
650 – 800
Williams
1100
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