a sorte dá mUito trabalho

Transcrição

a sorte dá mUito trabalho
Turismo Rural
na RAM com
pouca procura
28
1,50 €
SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 780
sexta-feira | 24 de Outubro de 2014
DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR
tribunadamadeira.pt
“A sorte
dá muito
trabalho”
Carlos Martins abraça novo desafio no Grupo Meliá
após sucesso alcançado em Tenerife.
4e5
Um ano de mandato
«à prova
de fogo»
«gestão financeira
rigorosa»
Ricardo Franco, autarca de Machico
Paulo Cafôfo, autarca do Funchal
12 e 13
“Annie é o
musical perfeito
para toda
a família”
Teresa Gedge do MADS
6
Homens e
mulheres unidos
na luta contra
o Cancro
da Mama
9 a 11
Operador
Luxemburguês
lança rota
para a Região
22
32
Mulheres em
idade avançada
são mais
afetadas
pelo AVC
18
Recolha de
gatos deixa
defensora
dos animais
«em polvorosa»
16 e 17
Dolce Vita
Funchal recebe
10 milhões
de visitantes
por ano
28
Informação online em www.tribunadamadeira.pt
semeador
O mundo hipócrita e
cínico, aquele que alimenta a indústria de armamento, que patrocina guerras e
genocídios, aquele que apunhala sem rebuço e vislumbre de lágrimas, precisa de
vez em quando de uma Malala a quem entregar o símbolo da paz mundial (não a
pomba nem o ramo de oliveira…). Como é óbvio, mais do
que óbvio, nada tenho contra
(pelo contrário) os que pregam o bem, a amizade e a paz
por esse mundo fora e que
pouco se interessam por troféus homologados por meia
dúzia de ilustres e iluminados que tomam assento em
salões luxuosos e no sossego dos seus cadeirões. Lugares esses que as Malalas da
vida começam a frequentar mais ou menos assiduamente. Assim como a
ser convocadas
para congressos, palestras, convenções. Deixam
de ser um produto genuíno dos lugares de
onde vêm e passam a ser um
produto moldado às intenções
muitas vezes maquiavélicas
dos “senhores do mundo”.
Esses, que tantas vezes são
coniventes com os sistemas
políticos, com os sistemas
financeiros, com o clube de
Bilderberg, com as negociatas
que se fazem por detrás dos
pesados reposteiros de veludo, são os primeiros a precisar de se purgar das suas
atrocidades, das suas insensibilidades, das suas traições e
cinismos.
Prémio entregue acredita-se que, lamentavelmente,
tudo irá continuar na mesma quanto a guerras, maldades desumanas, interesses esconsos e jogatanas de
xadrez mundial.
Porque assim como não
é apenas uma andorinha a
fazer a Primavera, também
não será apenas uma Malala, um Francisco (Papa), uma
Teresa de Calcutá a trazerem
a paz à Humanidade.
Acabei de ler a conclusão
do estudo cientifico levado a
cabo pelos dois sexólogos italianos que se entregaram de
alma (e acredito que de corpo
também) à questão do orgasmo feminino e do tão místico e tantas vezes insondável
ponto G. Conclusão essa que
pode ser lida por qualquer um
no jornal Clinical Anatomy,
pelo que acreditem que isto
não é um devaneio da minha
parte…
Chega-se então à conclusão, conclusão lavrada por
Giulia e Vincenzo Puppo, que
o orgasmo vaginal não existe e que tudo não passa de
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
uma invenção de Freud. Que,
coitado, já cá não está para
defender a sua teoria e provar
através dos seus esquemas-teoremas-equações que o ponto
G é afinal uma realidade. Ou
será antes uma promessa?
Da minha parte tenho a
dizer que nunca foi meu desígnio fazer prova das teorias de
Freud. Vou para estas “coisas” de mente aberta e língua
empenhada, imbuído de uma
missão de (dar) prazer e sem
me preocupar com as letras
do alfabeto que a vagina possa comportar. Para mim esse
é um local sagrado. Um santuário onde cabem todas as
letras, todos os abecedários,
todos os caracteres, todos os
idiomas e todas as línguas.
Se tenho sido bem sucedido? Depende dos dias e da
motivação. Depende se do
outro lado há entrega, vontade e desinibição. Se a cumplicidade existe à flor da pele.
Porque se existir então a missão será levada a bom termo e
todas as partes ficam satisfeitas. Com ou sem G.
Existem verdades no
nosso dia a dia que são tão
óbvias e inquestionáveis que
nem Jacques de la Palice se
arriscaria a contrariar. Até
porque na sua época (séculos XV e XVI) algumas destas
realidades não existiam
Vejamos: há três meses que
não chove e o seu carro está
besuntado de poeira e com
um dedo que lhe marcou no
vidro de trás “lava-me porco!”. Você segue o conselho
do abelhudo, leva o carro à
lavagem manual ou automática, o popó fica a brilhar e
você sai ufano como se do
stand tivesse acabado de sair.
O carro até lhe parece novo
carago! Passados dois dias cai
uma carga de água medonha
e o carro já está de novo tão
porco, manchado e enlameado que só lhe ocorre praguejar contra tudo e contra todos.
Para lição vai ficar mais quatro meses sem ir à lavagem e
que se lixe o intrometido.
ção bocal actualizada, com os
dentinhos que rebrilham ao
menor sinal de sorriso. Aliás,
você até deixa ficar esse sorriso quando se passeia pelas
avenidas mesmo que não
tenha razões para sorrir. Chega a casa com o franguinho
carbonizado comprado no
Continente, rijo pra caramba!, mete-o à boca e aquela
cartilagem manhosa da ave
consegue por artes mágicas
partir-lhe um canto do canino. Lá se foram 140 euros no
dentista para o lixo!
Agora que as esplanadas da cidade andam mais
molhadas por via das chuvas outonais – que saudades
que eu tinha delas e do fresquinho que arrastam! – as
mesas das bilhardeiras de serviço nem parecem as mesmas. Estão desoladas por não
lhes chegarem novas da vizi-
Vejamos: porque é que o
pão com manteiga acabada de
barrar quando se atira para
o chão cai sempre do lado
que não deve? Porque é que
a merda da manteiga tem que
ficar virada para baixo, incomestível e o chão emporcalhado? Dizem que cai sempre
do lado mais pesado…
Vejamos: você vai ao dentista tratar da cremalheira. Sai
de lá com as obturações todas
tapadinhas, com a higieniza-
nhança, por não se trocarem nomes deste e daquele e daquela outra. Estão tristes e macambúzias. Estão
sozinhas e desamparadas de
bilhardices.
Calma minha gente. Não
tarda nada vem de novo a Primavera e com ela a Fernandinha, a outra Fernandinha, a
Gracinha, a Lurdinhas, o Carvalhinho e o Manelinho.
Haja sol, línguas afiadas e
inveja nos cotovelos!
aNTÓNIO BARROSO CRUZ
[email protected]
Está mais do que provado de que o crime de colarinho branco-rosa-azul-celeste em Portugal compensa e de
que maneira!
Vem isto a propósito das
prescrições nos casos de Jardim Gonçalves. Virá seguramente a propósito, mais tarde ou mais cedo, o mesmo, ou
algo parecido, com Ricardo Salgado, caso que todos
levam com tratos de polé
porque há muito político,
muito empresário, muito
banqueiro envolvido na
rede GES/BES. Vem também isto a propósito
dos falsos gurus Granadeiro e Zeinal Bava, que
afinal, e ao que se vai
por aí suspeitando, compram prémios internacionais para serem elevados
ao grau de incontestados, inquestionáveis ou
brilhantes no mister das
suas gestões. Gestões que,
afinal, nada mais são que
fraudulentas, interesseiras e oportunistas para
alguém. Ou para muitos alguéns. Porque tudo
isto, toda esta escumalha, faz parte de uma
teia imensa. De um polvo
demasiado gordo e
tentacular.
Espera-se que
em breve o Zeinal
vá trabalhar para Carlos Slim (apenas o mais
milionário dos milionários), depois de ter metido
ao bolso uma indeminização de cerca de 7 milhões
de euros. Mas pelo caminho enterrou a PT e a OI.
Viva a incompetência à
portuguesa! l
Ilustrações de Binóculosqb [email protected]
2
editorial
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Inquérito online
UE atribui 24,4 milhões de euros
para investigação do vírus ébola
tra o tempo no combate ao ébola e
devemos não só fazer face à situação de emergência mas preparar
também uma resposta a longo prazo. Tenho, pois, o prazer de anunciar que será disponibilizado um
montante adicional de 24,4 milhões
de EUR para acelerar a investigação mais promissora tendo em vista
o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.»
«Uma das mais importantes mensagens da comunidade internacional, hoje reunida em Genebra sob os
auspícios da OMS, é que devemos
intensificar a investigação médica
no domínio do ébola,» declarou a
Comissária Europeia responsável
pela Investigação, Inovação e Ciência, Máire Geoghegan-Quinn. «Estes
projetos combinarão os esforços dos
melhores investigadores académicos e da indústria para lutar contra
esta doença mortal.»
O financiamento será concedido com base nas propostas apresentadas por equipas provenientes
de toda a UE e de numerosos países
terceiros, que foram avaliados por
um grupo de peritos independentes
(consultar anexo para ver os projetos selecionados).
O Diretor da London School
of Hygiene and Tropical Medicine, professor Peter Piot, e um dos
descobridores do ébola, reagiu ao
anúncio do financiamento: «Congratulo-me com a ação decisiva da
Comissão para apoiar uma série de
ensaios e estudos clínicos sobre o
vírus Ébola enquanto contributo da
Europa para por termo à crise do
ébola que já custou a vida a tantas
pessoas.»
A Comissão também solicitou à
Parceria entre a Europa e os Países
em Desenvolvimento para a Realização de Ensaios Clínicos (EDCTP)
que incluísse as epidemias emergentes que afetam a África, e nomeadamente o ébola, no seu plano de trabalho. Tal permitirá à EDCTP financiar os ensaios clínicos de medicamentos, vacinas e métodos de diagnóstico em futuros convites à apresentação de propostas. l
A candidatura
de Jaime
Ramos à
liderança do
PSD-M faz
sentido?
Vote no site:
tribunadamadeira.pt
Pergunta anterior:
Teme que possam
vir a surgir casos de
Ébola registados na
Madeira?
Sim - 83% | Não - 17%
PUB
A Comissão Europeia anunciou,
nesta semana, a atribuição de um
montante de 24,4 milhões de EUR
do orçamento da União Europeia
(UE) para financiar a investigação
no domínio do vírus Ébola. O financiamento será atribuído a cinco projetos, que vão de um ensaio clínico em grande escala de uma vacina
potencial até testes de componentes já existentes e novos para tratar o vírus ébola. Os fundos do programa «Horizonte 2020» o programa de investigação e inovação da
UE, serão canalisados através de um
procedimento de urgência, a fim de
dar início aos trabalhos o mais rapidamente possível. A Comissão também está a trabalhar com a indústria tendo em vista a prossecução do
desenvolvimento de vacinas, medicamentos e diagnósticos para o vírus
ébola e outras doenças hemorrágicas no âmbito da iniciativa sobre
medicamentos inovadores.
O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, declarou: «Estamos numa corrida con-
3
Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo
O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo,
proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade.
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nas Zonas Rurais
4
entrevista
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
“A sorte
dá muito
trabalho”
Carlos Martins abraça novo desafio no Grupo Meliá após sucesso alcançado em Tenerife
Carlos Martins assume, em Novembro,
uma das vice-presidências do Grupo
Meliá. O gestor hoteleiro madeirense
terá sob a sua responsabilidade reposicionar a marca SOL, um dos «brands» da Meliá Hotels International, numa
área de negócio que compreende cerca
de 32 mil camas em mais de 80 hotéis.
O novo desafio surge depois de levar o
Gran Meliá Palacio de Isora, em Tenerife, de hotel economicamente deficitário a melhor «resort» de Espanha. Foi o
desafio mais difícil da sua carreira. “Não
havia uma única pessoa que não me
perguntasse se eu sabia aonde me estava a meter”, recorda.
ricardo soares
T
[email protected]
ribuna
da
Madeira (TM)
– Ficou-se a
saber há poucos
dias que Carlos
Martins passa a ter novas
atribuições no Grupo Sol
Meliá. Quais são as suas
novas competências?
Carlos Martins (CM)
- A partir do próximo mês
de Novembro assumirei uma
das vice-presidências do Grupo Meliá. A minha área de
negócio abrangerá a Costa
Mediterrânica espanhola, as
Ilhas Baleares, as ilhas Caná-
rias, Cabo Verde, Croácia e
Bulgária.
As minhas funções passam por ajudar a companhia
a reposicionar a marca SOL,
um dos «brands» da Meliá
Hotels International e marca
berço desta companhia . Esta
área de negócio compreende cerca de 32.000 camas em
mais de 80 hotéis.
O objetivo dos próximos
três anos é desenvolver uma
estratégia para reposicionar esta marca e poder assim
aumentar a presença deste
«brand» no Mediterrâneo e
em novas áreas das Caraíbas.
TM – Foi um passo
natural tendo em conta o
trabalho feito dentro do
grupo?
CM - Depois de dirigir
durante quase cinco anos
um dos melhores - senão o
melhor - produto hoteleiro da
Melia na Europa, e de junto com uma grande equipa
termos conseguido resultados extraordinários a todos
os níveis neste «resort», posso considerar este passo como
um passo natural.
O Gran Meliá Palacio de
Isora, em Tenerife, passou
em cinco anos de um hotel
deficitário economicamente a
um hotel altamente rentável,
conseguindo a nível de qualidade ser nomeado por três
vezes, nos últimos cinco anos,
como o melhor «resort» de
Espanha.
Desafio difícil
com o Céu como limite
TM – A abertura do
Meliã Madeira Mare, em
Outubro de 2008, pode
ser considerado um ponto de viragem na sua
carreira?
CM - Julgo que o grande
ponto de viragem na minha
carreira foi em 2003, quando o saudoso Comendador
Horácio Roque me convidou
para diretor-geral do Grupo Savoy. Depois do Savoy, o
desafio Meliá Madeira Mare e
a Direção Geral de Operações
do Grupo Melia em Portugal
foram, sem duvida, de fundamental importância para o
presidente e CEO da Meliá
Internacional me convidarem
para o desafio mais difícil da
minha carreira, em Tenerife.
Nunca mais me esquecerei da entrevista com o pre-
sidente do grupo, em Janeiro de 2010, quando me disse:
“Se você conseguir levar este
resort onde ele merece, o Céu
é o limite!” Pois não duvido
que ele se referia a esta posição ou a uma equivalente.
Aqui estou, pronto para
dar tudo o que sei de forma humilde, honrada e com
entrega total.
TM – Foi em Abril de
2010 que tornou-se o diretor-geral do hotel de bandeira do grupo espanhol,
o Gran Meliá Palacio de
Isora. Era uma proposta
irrecusável?
CM - Era uma proposta
incrível. Sabia que era um risco altíssimo, sabia que em
dois anos de existência o
Palacio de Isora já registava
a passagem de quatro diretores, e que era um produto
cujo investimento (na ordem
dos 225 milhões de euros) era
sem dúvida o problema principal desta companhia e que
não tinha margem para errar.
Com muito trabalho, com
uma grande equipa e com o
máximo apoio da presidência
do grupo conseguimos resultados a todos os níveis, que
nos transformaram no «Best
Practice» da Meliá e de algu-
entrevista
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
mas outras empresas de referência económica.
Necessidade
de desafios
sem meta à vista
TM - Foi para Tenerife apenas um ano depois
de começar a exercer funções como diretor-geral
do grupo em Portugal.
O desafio era maior em
Espanha?
CM - Em Portugal acumulava as funções de diretor do
Melia Madeira e de diretorgeral de Operações do Grupo
Meliá Portugal. O desafio em
Tenerife era único, tipo «Missão Impossível».
Não havia uma única pessoa que não me perguntasse se eu sabia aonde me estava a meter... da mesma forma
que agora podia ficar comodamente a dirigir o Palacio de
Isora com excelentes resultados em vez de aceitar um
desafio com esta magnitude.
Não o faço por protagonismo, faço-o porque necessito de me desafiar a cada dia
e sem meta à vista. Faço o
melhor que sei fazer, o melhor
que posso, e pretendo fazêlo até ao fim. Se no fim deste
percurso tudo sair bem como
até agora, o que se disser contra mim não importará nada.
TM - Enquanto diretorgeral do The Gran Melia
Palacio de Isora tornouse o segundo classificado
nos prémios «Worldwide
Hospitality». Como recebeu essa distinção?
CM - Não tenho dúvidas
nenhumas que, se não fosse pelo excelente produto que
eu dirigia, nunca teria sido
aceite nesta candidatura. Foi
a direção-geral da Meliá que
me candidatou e nunca pensei
chegar à final de Paris.
Quando anunciaram que
estava entre os três melhores
do mundo foi como um reconhecimento a todas as pessoas que me proporcionaram
chegar até aqui. Essas pes-
soas que fazem do seu dia
a dia um esforço tremendo
para que tudo saia perfeito. A
essas pessoas devo muito do
que sou.
Subir ao palco em Paris - e
dos três finalistas só se apresentaram dois - para mim era
a glória. Foi um orgulho para
tudo e todos.
“Turismo é atividade
de técnicos
e não de políticos”
TM - Alguma vez pensou, desde que entrou na
hotelaria, que o seu percurso seria recheado de
tanto sucesso?
CM - Sabia que com a
minha dedicação e entrega total - a tudo o que faço
ou que me envolvo - o meu
percurso seria vitorioso. Não
imaginava chegar a onde cheguei, mas para os jovens deixo
a mensagem que passo sem-
pre aos meus filhos: o êxito só
se alcança com muito esforço
porque a sorte dá muito trabalho! E se querem um futuro de qualidade haverá muitas coisas boas da vida de que
deverão abdicar! É uma opção
de vida! Servir os outros….
TM – Que análise faz ao
estado atual da hotelaria
na Madeira?
CM - Depois de quase cinco anos fora da Madeira não
seria ético criticar, mesmo
que construtivamente, o turismo da Madeira.
A única coisa que gostaria
de referir - e de relembrar é que enquanto não tivermos
uma estratégia séria e compatível para o turismo da Região
Autónoma da Madeira, feito
por todos e para todos, não
avançaremos. Uma estratégia
de liderança e implicação de
todos!
Defendi e seguirei defendendo que o turismo é uma
atividade de técnicos e não
de políticos. Que os políticos
sigam fazendo o seu trabalho e que deixem os homens
5
e mulheres do turismo fazer
o deles.
“A Madeira
é a minha terra”
TM - O regresso à Região
Autónoma é uma hipótese colocada de lado?
CM - Nunca. A Madeira é
a minha terra. Aqui terminarei a minha carreira, emprestando e divulgando a minha
experiência através da formação, do jornalismo ou inclusivamente da consultoria.
TM – Passou não só pelo
jornalismo como pelo dirigismo desportivo. A hotelaria estava-lhe no sangue?
CM - Adoro escrever e adorava um dia fazer um programa de televisão. O dirigismo desportivo como vice-presidente do Farense, durante
dois anos, foi uma experiência incrível, mas o turismo e
a hotelaria foram uma opção
que aos poucos me começou a
invadir o sangue. l
6
cultura
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
“Annie é o musical perfeito
para toda a família”
Afirmou Teresa Gedge do Madeira Dramatic Society (MADS)
O musical «Annie»
estreia a 13 de
novembro e estará patente até
ao dia 16. Teresa
Gedge desvendou
ao Tribuna sobre
o enredo deste
espectáculo que
irá marcar a diferença. A personagem principal
Annie (Maya Fletcher Blandy) e o
seu cão irão cativar o público.
principais ou da companhia,
do coro, etc.
Teresa Gedge realça que
esta espectáculo «é um musical familiar e é para toda a
gente. É um clássico musical dirigido à família. Tem
uma história muito alegre e
amorosa».
Adiantou ainda: «Os
madeirenses estão a aderir a
este tipo de evento musical
e divertido, principalmente
quando estão incluídas crianças. Vão gostar certamente, e
as músicas são conhecidas.
Terá ainda a participação de
dois cães o que é uma novidade e irá cativar o público».
Até ao dia da estreia do
musical Annie há muito trabalho por fazer. Desde os
ensaios, a decoração do espaço, as roupas, tudo tem de
estar a rigor. Teresa Gedge
está responsável pelos vestuários dos figurinos. Uma tarefa que também requer muito
trabalho e dedicação.
Quanto ao dia tão esperado por todos os participantes no musical, o da estreia
de Annie, as expectativas são
grandes. Teresa Gedge deixa
uma mensagem aos madeirenses: «Espero que as pessoas venham ver o espectáculo musical, que
SARA SILVINO
«
[email protected]
Annie», o musical cuja estreia está
agendada para o dia
13 de novembro,
conta a extraordinária história de uma pequena orfã que acaba por entrar
no mundo da luxúria do bilionário Oliver Warbucks. Diferente das outras crianças do
orfanato de Miss Hannigan’s,
a espantosa Annie acredita
que os seus pais ainda estão
vivos e um dia voltarão para a
vir buscar.
Quando o Sr. Warbucks
se oferece para a adoptar,
ela pede-lhe que a ajude a
encontrar os seus verdadeiros
pais. Warbucks oferece uma
recompensa como forma de
atrair os pais de Annie, mas
como estes já não estão vivos,
atrai a atenção dos vilões e
aldrabões Rooster, Lily e da
malvada Miss Hannigan, que
monta uma cilada para raptar
Annie e receber os $50,000
de recompensa.
Este clássico musical familiar tem um final feliz para
Annie.
De acordo com Teresa
Gedge, do Madeira Dramatic Society (MADS) «Annie é
o musical perfeito para toda a
família». A personagem principal é a menina Annie, interpretada por Maya Fletcher
Blandy (residente na Madei-
ra).
Participarão também três
actores que vêm
de Inglaterra.
Teresa Gedge
adiantou ao Tribuna que os
ensaios têm
decorrido
dentro da
normalidade. Disse ainda que «o
espectáculo conta com a
participação de jovens actrizes, um cão adorável, e músicas que ficarão no coração do
público».
Além de Annie, 10 crianças
- que vão
representar de
órfãos - e várias personagens fazem parte das figuras
gostem
e que no
final sintam
que valeu a
pena».
O musical
Annie
estará
patente ao público até ao dia 16
de novembro de
2014, no Centro
de Congressos da
Madeira. De salientar, o MADS vai utilizar pela primeira
vez um método diferente para a aquisição
das entradas. Os bilhetes
para este musical poderão ser adquiridos online:
Worten, FNAC, Dolce Vita,
Fórum Madeira. Ou, para
quem preferir, adquiridos
duas horas antes do espectáculo começar. l
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Tarifário móvel
Todos Madeira
Na Região vale mais
100 min/sms/mms
500 min/sms/mms para todas as redes
0MB
200MB de internet incluída
99
€9, mês
Liga
16130
ou vai a uma loja
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sociedade
FOM'14_TRIBUNA_148X270_AF.pdf
1
03/10/14
12:08
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
«Desvio ou Erro?»
lançado a 31 de outubro
PUB
8
www.festivaldeorgaodamadeira.com
[ ENTRADA LIVRE ]
[ FREE ADMISSION ]
PROGRAMA
PROGRAMME
’
A obra é da docente Helena Rebelo
• Sexta-feira Friday, 17 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF
SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio]
Pieter Van Dijk, órgão / organ
O Colégio dos Jesuítas
será palco do lançamento do
livro «Desvio ou
Erro?» da autoria de Helena
Rebelo.
A obra, editada por O Liberal,
apresenta uma compilação de artigos
da autora. “Com
estas crónicas,
quis provocar,
linguisticamente
falando, a hesitação, a reflexão, a discussão,
’
• Sábado Saturday, 18 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
SÉ CATEDRAL FUNCHAL‘S CATHEDRAL
Rui Paiva, órgão / organ
Ensemble Vocal da Academia
de Música de Santa Cecília,
António Gonçalves, direção / direction
’
• Domingo Sunday, 19 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF NOSSA SENHORA
DE GUADALUPE (Porto da Cruz)
• Segunda-feira Monday, 20 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF SÃO PEDRO
Marco Brescia, órgão / organ
Rosana Orsini, soprano
’
2014
OUT OCT
’
• Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 11h00 11.00 a.m.
IGREJA E CONVENTO DE CHURCH AND
CONVENT OF SANTA CLARA
• Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 12h00 12.00 a.m.
IGREJA DE CHURCH OF
SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio]
visita comentada aos órgãos
guided tour to the organs by
João Vaz e/and Dinarte Machado
’
PUB
17 26
’
• Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m.
AUDITÓRIO DA REITORIA DA UMA
UNIVERSITY OF MADEIRA - RECTORY AUDITORIUM
Rui Vieira Nery, Conferência / lecture
’
• Quarta-feira Wednesday, 22 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
RECOLHIMENTO DO HOSPICE OF BOM JESUS
João Paulo Janeiro, órgão / organ
Paula Erra, recitação / declamation
’
• Quinta-feira Thursday, 23 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF
SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio]
Joris Verdin, órgão / organ
’
• Sexta-feira Friday, 24 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF SÃO MARTINHO
João Santos, órgão / organ
Orquestra Clássica da Madeira
Norberto Gomes, direção artística / artistic direction
’
• Sábado Saturday, 25 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m.
IGREJA DE CHURCH OF NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO (Machico)
Daniela Moreira, órgão / organ
ORGANIZAÇÃO
PRODUÇÃO
e d i c a r t e
PUB
APOIOS INSTITUCIONAIS
APOIOS
B2 DESIGN
’
• Domingo Sunday, 26 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m.
IGREJA E CONVENTO DE CHURCH AND CONVENT OF
SANTA CLARA
Joris Verdin, órgão e harmónio / organ and harmonium
Maria Ferreira, soprano
a argumentação, mais do que
corrigir. Pretendi fazer nascer
a necessidade
de melhorar a
expressão escrita e oral, com
um prestar cada
vez mais atenção ao que dizemos e escrevemos, reparando
no modo como o
fazemos”, frisou
Helena Rebelo.
De
referir,
o evento irá
decorrer pelas
18 horas. l
política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Um ano
de gestão
financeira
rigorosa
Afirmou o
autarca do
Funchal
Fez um ano que
Paulo Cafôfo assumiu a liderança da
Câmara Municipal
do Funchal, registando um momento histórico.
Em entrevista ao
Tribuna, o autarca apontou um
balanço “deveras
positivo”. Falou
sobre o trabalho
realizado e o que
ainda está por se
concretizar. Abordou ainda sobre
o programa ‘Porta a
Porta’, o Orçamento
Participativo, alterações à orgânica
interna, reuniões
de câmara.
Professor com
orgulho, como
realçou, Cafôfo lamentou “as
sucessivas trapalhadas que têm
sido cometidas
quer pelo Ministério da Educação,
quer pela Secretaria Regional de
Educação”.
SARA SILVINO
T
[email protected]
ribuna
da
Madeira (TM)
- Qual é o
balanço
que
faz destes 12
meses como autarca do
Funchal?
Paulo Cafôfo (PC) - As
eleições autárquicas de 29 de
Setembro foram históricas,
abriu-se, sem dúvida, um
tempo novo na Região Autónoma da Madeira, em geral,
e no Funchal, em particular.
Temos a perfeita noção das
nossas responsabilidades e
das expectativas que recaem sobre nós. Sabemos as
esperanças que os cidadãos
depositaram e continuam a
depositar no nosso projeto.
O balanço é, para já, deveras positivo ainda que só esta
semana tenhamos completado, mais exatamente a 21 de
9
Outubro, um ano de governação da Câmara Municipal
do Funchal, ainda para mais
num quadro de maioria relativa, o que é a primeira vez
que acontece.
Os desafios que o Funchal
enfrenta são muitos e difíceis
mas estamos motivados em
ajudar as pessoas e a resolver os problemas da cidade
e estamos, plenamente, convictos que os conseguiremos
ultrapassar. Contamos com
todos para o caminho que
traçámos e apresentámos
aos funchalenses. Fazer do
Funchal uma cidade em que
todos nos orgulhemos e que
seja exemplar nas suas múltiplas valências, para os seus
habitantes e visitantes.
TM - As dificuldades
encontradas no início
na autarquia já foram
ultrapassadas?
PC - As dificuldades de
governar o Município do
Funchal, a “cidade-capital” da Região Autónoma da
Madeira, onde estão sediadas as instituições de maior
relevo, os serviços públicos e
privados essenciais ao bemestar, segurança e qualidade
de vida, em que se encontra
situado o grosso do tecido
empresarial, a universidade
e as principais escolas, são
constantes e diárias. Como
é óbvio não estamos imunes
aos constrangimentos político-económicos do país e
da Região nem ao pesado
legado que a anterior vereação, um endividamento que
ascendia no final de 2013 a
96 Milhões de Euros.
Estamos a prosseguir uma
política de gestão financeira rigorosa, e cumpridora,
onde se salienta que em termos de execução conseguiremos baixar a dívida global da
autarquia, em 2014, em cerca de 12 Milhões de Euros,
e contamos reduzir em 2015
um valor semelhante. Estamos a pagar as dívidas do
passado, estamos a fazer um
esforço de redução dos gastos
correntes, mantendo ainda
um valor considerável para
investimento, que é insuficiente para as nossas ambições, mas é o que podemos.
Não podemos deixar de
recordar que os anteriores executivos liderados por
Miguel Albuquerque, recorreram constantemente à ajuda do Estado para tentar
pagar a fornecedores. Além
do PAEL em 2013, no valor
de 29 Milhões de Euros, em
2008 e em 2009 houve os
programas a “Pagar a Tempo
e Horas” e PREDE, no valor
de 17,5 Milhões de Euros.
Há aqui uma diferença clara entre a Mudança e o PSD.
Nós iremos fazer obra e conseguimos reduzir a dívida.
10 política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
rior a 65 anos, cuja média dos
rendimentos per capita do
agregado familiar não exceda o valor da pensão mínima do regime geral da Segurança Social. A autarquia tem
com esta medida um papel
social muito importante nesta
ajuda às pessoas idosas mais
carenciadas.
TM - Quantos idosos já
se candidataram ao apoio
da CMF através de um
‘cheque eletrónico’?
PC - Presentemente temos
cerca de 100 beneficiários a
receber a comparticipação de
medicamentos.
TM - E que balanço
faz do programa ‘Porta a
Porta’?
PC - Como sempre dissemos, estamos a monitorizar o
programa Câmara a Porta de
modo a optimizá-lo.
Realço, contudo, que temos
em curso programas sociais de
maior alcance. Neste momento já lançámos os principais
programas sociais com que
nos comprometemos: Programa de Comparticipação
de Medicamentos a Idosos, o
Subsídio Municipal ao Arrendamento, o Programa de Formação e Ocupação em Contexto no Trabalho, em fase
final de apreciação pública, e
que cremos dará oportunidade a muitas pessoas de trabalhar em projetos da autarquia, o Programa de Apoio
a Habitações Degradadas de
Famílias Carenciadas, tudo
isto dentro do que consideramos o Fundo de Investimento Social.
Para este Fundo, iremos
considerar novamente um
valor de 1 Milhão de Euros
no Orçamento para 2015,
além de todo o investimento que continuaremos a ter na
área de habitação social, educação e ação social, que no
total ascende a 1,5 Milhões de
Euros.
Noutro âmbito, saliento
outras medidas também com
impacto nas famílias: reduzimos novamente o IMI, e
devolvemos 1p.p. do IRS.
“Pela primeira vez
em muitos anos o
município do Funchal
não tem pagamentos
em atraso”
TM - Quais os objetivos
traçados que ainda não
foram realizados?
PC - Como disse anteriormente acabámos de concluir
um ano de mandato. Mas a
mudança de paradigma de
governação começa a tornar-se
evidente nas suas práticas de
gestão financeira. Pela primeira vez em muitos anos o município do Funchal não tem pagamentos em atraso, num esforço em honrar os compromissos
assumidos para com os seus
fornecedores.
Mas queremos mais. Queremos uma cidade com futuro.
Temos uma ambição, preparar e planear estrategicamente
a cidade para os próximos 20
anos. Planear o Funchal requer
estudo, diagnósticos e formulação de medidas para implementação das opções políticas.
A nível de planeamento e
ordenamento do Funchal estão
em curso 5 projetos que irão
definitivamente mudar o paradigma de desenvolvimento
urbano do Concelho e deixarão a nossa cidade melhor do
que a encontramos, uma cidade melhor para os nossos cidadãos e visitantes, uma cidade
melhor organizada e estruturada para os anos vindouros. A
revisão do Plano Diretor Municipal, o Programa de Revitalização do Comércio, o Plano
de Mobilidade e Transportes,
o Programa de Reabilitação
Urbana (Cidade Com Vida), e o
programa Funchal Digital/Loja
do Munícipe, são 5 projetos
que respondem a desafios fulcrais de uma cidade do século
XXI: o ordenamento urbanístico e do território, a dinamização da atividade económica, o
planeamento dos fluxos de circulação urbana, a reabilitação
do património e revitalização
da cidade, e a preparação da
administração autárquica para
responder com mais eficácia e
rapidez aos cidadãos e às suas
necessidades.
“A reposição das 35
horas semanais
era e é uma questão
de justiça”
TM - Em que fase se
encontra a situação da
reposição das 35 horas na
autarquia do Funchal?
PC - Lamentamos que o
Governo Regional ainda não
tenha outorgado o acordo
coletivo de trabalho há meses
atrás, sendo que nesse hiato
houve alterações na Legislação laboral e sem a assinatura
do GR houve necessidade de
reformular os Acordos. É um
nosso compromisso que queremos levar até ao fim. Neste momento já assinámos os
novos acordos, tendo enviado
aos sindicatos para fazerem
o mesmo. Faltará o Governo Regional, que esperamos
agora faça a sua parte. Sem-
pre dissemos que a reposição das 35 horas semanais
era e é uma questão de justiça. Os funcionários públicos,
neste caso da administração
local regional já estão a sofrer
uma severa penalização devido aos cortes do PAEF, não
é, pois, justo, obriga-los a trabalhar mais, ganhando muito menos.
TM - O ‘Programa Municipal de Comparticipação
Municipal na Aquisição
de Medicamentos’ tem
tido adesão por parte dos
idosos com mais de 65
anos, com pensões míni-
mas da Segurança Social
ou inferiores à pensão de
velhice?
Qual é o balanço que
faz desta medida da
autarquia?
PC - É uma importante
medida de apoio social aos
nossos cidadãos seniores,
mais carenciados e que tantas
vezes são esquecidos. A comparticipação de medicamentos visa apoiar a aquisição
de medicamentos com receita médica, na parte não comparticipada, a cidadãos residentes no concelho do Funchal, com idade igual ou supe-
“Uma das grandes
mudanças em curso no
Funchal é o Orçamento
Participativo”
TM - Os Encontros de
Participação do Orçamento Participativo do
Funchal que já se realizaram têm tido muita adesão dos residentes? Quais
têm sido as novas propostas apresentadas pelos
funchalenses?
PC - Uma das grandes
mudanças em curso no Fun-
política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
chal é o Orçamento Participativo. Serão 300 mil euros que
reservaremos para este fim no
próximo orçamento.
A verdadeira democracia não limita a participação dos cidadãos ao dia do
voto. Podem e devem participar diretamente na aplicação
dos dinheiros públicos, fazendo propostas, tomando decisões, ajudando a que a sociedade civil seja informada, forte e ativa.
Os Encontros de Participação do Orçamento Participativo – já vamos no 5º - têm
sido um sucesso, inclusivamente mostrando que os cidadãos gostam e querem participar, repare que, no primeiro
encontro, batemos o recorde
nacional de pessoas presentes para um primeiro encontro, com 116 cidadãos, e têm
ideias e propostas concretas para a nossa cidade. Posso adiantar-lhe que já foram
apresentadas mais de uma
centena de propostas, estando em análise pelos serviços
técnicos da CMF cerca de uma
vintena, que foram as votadas
pelos cidadãos.
diálogo apesar das divergências políticas.
“Louvo os meus colegas
professores cujo
papel e competência
são tantas vezes
desprezados”
“A atual orgânica está
muito virada
para dentro”
TM - No que se refere à
reorganização dos serviços da autarquia, já foram
feitas alterações à orgânica interna?
PC - Nomeadamente,
redução de departamentos e
divisões.
TM - Qual tem sido a
reacção desses quadros?
PC - Estamos presentemente a trabalhar nessa matéria. A estrutura atual encerra uma visão muito tradicional naquilo que é a abordagem à organização dos serviços e não responde totalmente às necessidades dos cidadãos nem aos novos desafios
que se colocam a uma administração que se quer cada
vez mais moderna, eficiente e
virada para as pessoas. Entendemos que a atual orgânica
está muito virada para dentro, sendo muitas vezes sobreposta e pensando pouco nos
munícipes, sendo exatamente esta situação que queremos mudar, para melhor. Mas
deixe que lhe diga que damos
muita importância aos nossos funcionários municipais,
sabendo bem o valor e dedicação que colocam na sua atuação e contamos com todos eles
para que seja possível construir a cidade que desejamos.
Uma cidade que pense e exista
para o bem-comum, que sirva
as pessoas, que seja motivo de
11
orgulho para os seus cidadãos.
Sem a sua colaboração, empenho, profissionalismo e competência não nos será possível ultrapassar os desafios que
temos pela frente.
TM - A equipa em funções, escolhida após um
período um tanto conturbado no seio da “mudança”, assinalada com a
saída da vice-presidente na altura e alguns
vereadores, superou as
expetativas?
PC - Deixe que lhe diga
que os vereadores Domingos
Rodrigues, Madalena Nunes,
e Miguel Silva Gouveia, faziam
parte da equipa da Mudança,
estando a fazer um excelente
trabalho, com enorme dedicação à autarquia, às responsabilidades sob os seus pelouros
e à execução do nosso programa de governo. Não poderia
estar mais satisfeito com o seu
trabalho e comprometimento.
TM - Houve quem duvidasse que o Dr. Paulo Cafôfo iria conseguir aguentar
os primeiros três meses
na autarquia do Funchal.
Porém, já assinalou um
ano de mandato.
Sente que deu “uma
lição” a quem não acreditava no seu desempenho
como autarca?
PC - No dia 29 de Setembro os funchalenses, embora
sem maioria absoluta, deramnos uma vitória clara e inequívoca. Foi, sem dúvida, a vitória da cidadania, da participação e do envolvimento cívico. Ou seja: ganhámos porque os funchalenses assim o
quiseram e confiaram e confiam em nós e no nosso projeto, escolhendo o nosso programa para o Município do
Funchal. E temos demonstrando, com diálogo e respeito, com acordos com a oposição, que é possível governar
e bem a nossa cidade, mesmo
com maioria relativa. Estamos a cumprir com o nosso programa, não descurando o investimento público e
os apoios sociais, estamos a
honrar os compromissos herdados do passado, nomeadamente os pagamentos resultantes do endividamento dos
executivos anteriores.
TM - Como tem sido o
diálogo com os partidos
da oposição na vereação
nas reuniões de câmara? A oposição está mais
aberta ao diálogo, e aos
ideais apresentados, ou
nem por isso?
PC - Da nossa parte, sempre
houve e haverá total abertura
ao diálogo e ao entendimento ainda que alguma oposição
municipal, nomeadamente o
PSD, seja pouco cooperante e
se mostre pouco aberto ao diálogo e ao entendimento.
Realço a mudança de paradigma que passou a imperar
na Câmara Municipal do Funchal e Assembleia Municipal
desde o dia 29 de Setembro,
em que se acabou com a cultura de prepotência política
que vigorava, privilegiando,
em vez disso, a abertura e o
diálogo. E começou logo com
a eleição da mesa da Assembleia Municipal em que se
incluiu um representante da
oposição.
Também na Sessão Solene em que se celebrou, pela
primeira vez, o aniversário da Revolução dos Cravos, que nos trouxe não só a
autonomia, que tanto orgulho
temos, mas também o reforço
dos poderes do municipalismo, mostramos claros sinais
de mudança. Todos os grupos municipais tiveram direito a usar da palavra, tal e qual
sucedeu hoje, aqui, nesta Sessão Solene, no Dia da Cidade, numa prova cabal do que
devem ser as boas práticas
democráticas, com respeito e
TM - O Dr. Paulo exercia a profissão de docente
de História antes de tomar
posse na autarquia. Como
vê a atual situação da Educação na Madeira, com
menos alunos no ensino,
professores no desemprego, creches com salas
fechadas e um número
menor de crianças colocadas no pré-escolar?
PC - Embora goste do presente desafio, em especial de
saber que posso estar próximo das pessoas e ajudá-las,
bem como contribuir para que
a nossa cidade seja cada vez
melhor, sou e serei sempre professor. E tenho e sempre terei
orgulho na minha profissão. E
louvo os meus colegas professores cujo papel e competência
são tantas vezes desprezados,
têm sido o baluarte da Educação, tanto cá como no continente, lamentando, profundamente as sucessivas trapalhadas que têm sido cometidas
quer pelo Ministério da Educação, quer pela Secretaria Regional de Educação.
TM - Tendo em conta a
alteração feita em redor
do Mercado, cujas obras
deverão estar concluídas
em breve, estão previstas
novidades para a Noite do
Mercado?
PC - Estamos ainda a trabalhar na preparação e organização da Noite do Mercado. Para
já, temos previstas novidades
ao nível ambiental de modo
a reduzir substancialmente os
resíduos produzidos nessa noite, que iremos anunciar brevemente. A Noite do Mercado
de 2014 será novamente uma
grande festa do Funchal e da
Madeira.
TM - No seu discurso
de tomada de posse disse
“Hoje é o primeiro dia de
um novo tempo, de uma
nova estação na história da cidade do Funchal.
Hoje inicia-se a primavera
da cidadania”. Continua a
acreditar nisso?
PC - Sem dúvida que sim.
Temos de ousar e acreditar,
como fizeram os cidadãos no
dia 29 de Setembro de 2013 e
completar a mudança que falta
fazer na Região Autónoma da
Madeira. E não tenhamos dúvidas que mais cedo ou mais tarde vai acontecer. l
12 política
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Um ano de mandato
«à prova de fogo»
Ricardo Franco
tomou posse há
um ano na autarquia de Machico.
Ao Tribuna, traçou
o balanço de um
ano de governação. O edil apontou que a autarquia ainda está
a «pagar despesas do Natal e Fim
de Ano de 2007 e
a Semana Gastronómica de 2006
e 2008» e rematou «não nos comprometemos com
obras de encher o
olho e que depois
não se conseguem
manter».
SARA SILVINO
[email protected]
T
ribuna
da
Madeira (TM) Que balanço faz
deste primeiro
ano como Presidente da Câmara Municipal de Machico?
Ricardo Franco (RF) –
Apesar das inesperadas contrariedades, ocorridas no início do mandato, com a intempérie de Novembro de 2013,
que afetou de forma particularmente violenta a freguesia do Porto da Cruz e, logo
de seguida, em Dezembro do
mesmo ano, a tempestade que
atingiu a costa sul, com a destruição do Porto de Recreio
e do Parque Desportivo de
Água de Pena, provocando
avultados prejuízos, agravando ainda mais a já de si complicada situação financeira do
Município, a verdade é que
esta vereação enfrentou estas
dificuldades com empenho e
coragem, apesar do Governo
Regional ter recusado prestar qualquer auxílio solidário na recuperação daquelas
localidades. Foi um primeiro
ano, que nos colocou à prova
de fogo, marcado por acontecimentos que viriam a condicionar, implacavelmente, a
nossa atividade e o exercício orçamental de 2014, com
excecionais constrangimentos, desde logo com as despesas das limpezas e reparações
urgentes, nas freguesias afetadas pelas intempéries que
atingiram cerca de 300 mil
euros, que deduzindo à pretensa almofada orçamental de
147 mil euros e o descomprometimento forçado de mais
150 mil euros do orçamento, dá-nos logo o panorama
em que estamos a viver desde o início do ano, ou seja em
défice. Esta é pois uma Câmara que tem vivido comprimida
entre a dívida e o défice!
TM - Mas a autarquia
não «cruzou braços»?
RF - Ainda assim, este executivo municipal não parou
e tem conseguido governar
através da implementação de
medidas de maior racionalidade e rigor na gestão dos
recursos do Município, dando
cumprimento integral àquilo
que são as iniciativas e eventos que têm destacado este
concelho no panorama regional. Conseguiu-se poupanças importantes nas áreas das
comunicações, no consumo
de energia eléctrica, na utilização e manutenção de viaturas, nas obras e demais atividades, recorrendo aos funcionários a cargo do Município e
evitando o seu subaproveitamento. Fruto destas medidas
e do enorme esforço realizado
conseguimos reduzir na despesa, para ajudar a esbater o
défice orçamental, bem como
abateremos à dívida, até final
do ano, mais de 4 Milhões
de euros. Reduzimos também
o prazo médio de pagamento a fornecedores, passando
de 288 para 125 dias. Esta
tem sido a nossa gestão de
rigor e está, paulatinamente, a dar os seus frutos, pelo
que se pode considerar, sob
este ponto de vista, um balanço positivo. É pena que outros
não tenham tido essa preocupação no passado recente. A
título de exemplo, é o facto de
ainda estarmos a pagar despesas do Natal e Fim de Ano
de 2007 e a Semana Gastronómica de 2006 e 2008!
«Cumprimos com
alguns dos objetivos a
que nos propusemos»
TM - Das prioridades
traçadas no início quais
as que já concretizou? E o
que pretende ainda vir a
realizar no concelho?
RF – Quanto às prioridades traçadas, tendo em conta
que não nos comprometemos
com obras de encher o olho
e que depois não se conse-
guem manter, o nosso empenho será no sentido de implementá-las. Sabemos que será
difícil consegui-las na totalidade, tendo em conta a conjuntura atual do Município,
mas temos esperança de que
as coisas possam alterar-se e
abrir-nos melhores expetativas. De qualquer modo, cumprimos com alguns dos objetivos a que nos propusemos,
como foi o caso da implementação de uma gestão séria e
transparente, não ocultando
da população aquela que é
a realidade do Município, as
suas dificuldades e limitações
e denunciando tudo aquilo
que se nos afigura prejudicial
aos interesses de Machico e
da sua população.
Promovemos, também, um
salutar relacionamento da
Câmara com todas as instituições e com os cidadãos,
tratando toda a gente com
respeito e sem arrogâncias,
independentemente das convicções, das ideias e opções
de cada um. Neste contexto implementou-se o regular
atendimento à população nos
Paços do Concelho e na freguesia mais distante o Porto da Cruz, recebendo todos
os munícipes com igualdade e
dignidade.
Estamos focados em levar
por diante o nosso projeto da
loja social, bem como nas áreas da qualificação do património natural, no turismo
ligado à natureza e ao mar e
na captação de investimento
hoteleiro.
Relativamente à área social,
brevemente esta Câmara
Municipal criará a Loja Social,
que funcionará próximo do
Pólo Sócio Comunitário de
Machico, juntando, no mesmo local, a ajuda às pessoas
carenciadas, dotando-o com
mais valências (ajuda aos idosos carenciados com pequenas reparações em casa, apoio
em medicamentos e higiene
pessoal; apoio aos estudantes universitários de fracos
recursos; recolha e distribuição de livros e manuais escolares; etc…)
TM - Existe algum contratempo mais significativo que apontaria neste
mandato?
RF - Logo no início do
mandato um acontecimento viria a condicionar, falo
da catastrófica intempérie
que se abateu sobre as freguesias do Porto da Cruz e
de Santo António da Serra,
em 29 de Novembro de 2013,
tendo provocado, em especial na freguesia mais a norte
do concelho, uma surpreendente destruição num grande número de bens públicos e
privados, atingindo estradas,
pontes, habitações, propriedades agrícolas e automóveis,
numa ocorrência que deixou
enormes cicatrizes na paisagem do Porto da Cruz, devido
aos escorregamentos e derrocadas que aconteceram às
centenas.
Autoridades
governativas «negaram
solidariedade»
TM - Face a essa intempérie, os prejuízos foram
elevados?
RF - Os prejuízos foram
avaliados em vários milhões
de euros, com a agravante
da débil situação financeira desta Câmara, incapaz de
poder, por si só, corresponder às necessidades imediatas
de reconstrução e de apoio à
população afetada.
Apesar das enormes dificuldades vamos fazendo as
reparações possíveis.
Apesar do pedido dirigido
às autoridades governativas
desta Região, para que ajudasse este Município e as freguesias afetadas, tal solidariedade foi-nos negada, numa
atitude que não se compreende, nem se coaduna com
o espírito solidário de que os
madeirenses já tanto beneficiaram e que culturalmente praticam. Disso mesmo há
o exemplo de 20 de Fevereiro
de 2010, quando um Primeiro Ministro Socialista, ignorando as questiúnculas político/partidárias, deslocou-se a
esta Região e veio estender a
sua solidariedade ao Governo
madeirense, traduzida numa
Lei de Meios de centenas de
milhões de euros, para que
a Madeira pudesse recuperar
daquela catástrofe.
TM - Tem mantido contato com a população?
Qual tem sido o feedback
da atividade da autarquia
no concelho?
RF – O contato com a
população é fundamental, pois
foi para isso que fomos eleitos, para trabalhar em prol das
pessoas do nosso concelho. Por
isso temos mantido uma relação normal e de abertura com
a população, deslocando-nos
às freguesias e sítios de modo
a ajudar a resolver os problemas, dentro das possibilidades. A actividade da Câmara
tem, em termos globais, tido
bom acolhimento por parte
da população na acção que
vem desenvolvendo em prol
do Município, havendo a consciência, por parte dos munícipes, dos constrangimentos e
limitações existentes, cujo realismo não negamos, nem escamoteamos e que têm condicionado a implementação do
nosso projeto em toda a sua
dimensão. l
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
publicidade
13
14 sociedade
15 anos depois
exibindo na capa a foto de
Pereira de Gouveia, na altura
secretário regional da Economia e Cooperação Externa.
15 anos depois, o Tribu-
na publica a mensagem do
ex-governante Pereira de
Gouveia, o rosto da primeira edição.
O Tribuna da Madeira
publicou também no nº1 as
opiniões de alguns colunistas. 15 anos depois voltamos
a publicar o registo das lembranças do 15 de outubro de
PUB
O Semanário Tribuna da
Madeira assinalou, no passado dia 15, os 15 anos de
existência.
O nº1 foi para as bancas
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Sexta-Feira
15 de Outubro de 1999
Presidente: Edgar R. Aguiar
Director: Luís Calisto
!NOŽsNŽs0RE O- 1€
Escórcio e Mota Torres
de relações cortadas
Última página
SEMANÁRIO INDEPENDENTE
Santos ilhéus
ainda à espera
O almanaque
para a semana
Págs. 32 e 33
O tribuninha
para os mais novos
Destacável
Destacável
www.tribunadamadeira.pt
Meio Governo
sai em 2000
Dos quatro cenários “oficiais” possíveis para o
FUTURODO03$EDO'OVERNOSØAQUELEQUEAS
BASESVÎOSEGURAMENTECHUMBARCOLOCARIA
*ARDIMNARESERVAPOLÓTICA/LÓDEROUVEOS
MILITANTESEM.OVEMBROEANUNCIAOQUEVAI
FAZERDOSEUFUTUROPOLÓTICOEMDE
$EZEMBRONAFESTADE.ATALDO03$
Tudo indica que a notícia desse dia será a
CONTINUIDADEDE*ARDIM!SSIMIRÉÌSELEI ÜES
DE3EGANHARNÎOFARÉAHABITUAL
RECONDU ÎODO'OVERNOEMBLOCO-ETADEDOS
SECRETÉRIOSENTRAAGORAEMANODEDESPEDIDA
Pereira de Gouveia integra
uma empresa em área
tutelada pela sua Secretaria
Págs. 2 e 3
2EVOLTAANTI,IGA
PARTEDA-ADEIRA
PUB
Pág. 45
2ASPADELÉ
está quase cá
Págs. 22 e 23
!LFERES6EIGA0ESTANA
redescoberto
Págs. 18 a 20
1999 de alguns dos primeiros
colunistas, como Guilherme
Silva e José Carvalho. Ficaram as memórias e opinião
destes 15 anos de existência.
“Por ocasião do 15º aniversário do Tribuna da Madeira
desejo felicitar a Administração e todos os colaboradores
do Jornal.
Recordo ainda o lançamento da ideia base de cariz
industrial a ser desenvolvida no Parque Industrial da
Zona Oeste e o enquadramento e apoio que foi possível disponibilizar no âmbito
dos programas comunitários
então geridos pela DRCIE /
SAPMEI, cujo sucesso global é verificável nas unidades industriais e de serviços
aí instaladas.
Desejo também formular
votos de longa vida ao Grupo
Tribuna da Madeira e que se
mantenha como referência de
boas práticas empresariais.”
José Pereira de Gouveia
sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
“Lembro-me de ter tido a
honra de participar na primeira edição do Tribuna e de
ter colaborado regularmente
durante alguns anos.
Foi-me muito grata a oportunidade de, através das colunas do Tribuna, ter mantido
um contacto estreito com os
vossos leitores.
O balanço que faço do Tribuna é o de que continua a
“Há recordações que se
mantêm por todo o tempo
que a memória dura.
Ter feito parte da equipa
inicial dos colaboradores deste semanário é uma delas, que
me acompanhará até ao fim,
pois mesmo não sendo uma
estreia nas lides do que considero uma das maiores virtudes de uma democracia,
a expressão da liberdade do
nosso pensamento, era um
desafio aliciante e, desde a
minha aceitação por parte do
Tribuna como colunista, até
à saída do 1.º número havia
sem dúvida ansiedade.
Já tinha a experiência
adquirida na direcção do
semanário de cariz politico,
o Zarco e também em inúmeros comunicados da FLAMA, mas o Tribuna era algo
de diferente. Algumas alminhas agouraram o seu desaparecimento no prazo máximo de seis meses, mas o sentir de todos os que contribuíam para a sua existência era a
de que teria longa vida e estávamos certos, como se comprova com esta celebração do
seu 15.º aniversário.
Escrevi com inteira liberdade e sem qualquer tentativa de intromissão durante
os 14 primeiros anos e assim,
saíram 711 artigos, ininterruptamente. Não me trouxe
qualquer dissabor, antes pelo
contrário, muita alegria, paz
de espírito e a satisfação de
uma luta honesta, para tentar “abrir os olhos de imensos
madeirenses”.
O meu propósito sempre
foi o de alertar para os problemas candentes com que nos
defrontávamos e, sobretudo,
para as nuvens negras que
preencher, com qualidade,
uma lacuna da comunicação
social escrita, da Região, a
nível de Semanário, com uma
cobertura vasta de temas e de
sectores, de uma forma geral,
com a profundidade exigida.
Naturalmente, que nem
sempre concordo com todas
as posições e opiniões que são
veiculadas.
Todavia, a imprensa tem
exactamente essa missão plural de ser capaz de transmitir
pontos de vista e avaliações
diferenciadas.
Bem hajam pelo vosso trabalho e os meus parabéns
pelos vossos 15 anos!”
Guilherme Silva
Vice Presidente da Assembleia da República
se acumulavam no horizonte e que, deslumbrados pelos
cantos de cigarra do poder
instituído e musculado, bem
como, pela chuva de euros
despejados pela banca sobre
as ocas cabeças de promitentes devedores, faziam adivinhar o futuro de miséria que
enfrentamos agora e que, os
culpados continuam, quase
que criminosamente, a tentar fazer crer que na altura as suas decisões eram correctas, esquecendo que sempre fizeram a figura do tal rei
que ia nu.
A verdade, é que tudo o
que denunciei infelizmente se
confirmou.
Após a catástrofe, como
teria sido bela a honestidade de um pedido de desculpa
e uma retirada que, agora, já
não pode ser honrosa.
Quando me convenci de
que a verdade custa a ouvir,
a compreender e a aceitar,
achei que não valia a pena o
esforço e decidi gozar em pleno a minha reforma.
Mas, continuo assombrado com a falta de capacidade
de reacção dum povo sofrido,
que continua a acreditar em
patranhas, quer dos governantes de Portugal, quer dos
locais, alapados a um resquício de poder que os faz pensar
que ainda comandam alguma
coisa, ou que, ainda são ouvidos e venerados.
Os madeirenses, apesar de
muito lentamente, já quase
não estão mais compradores
de banha de cobra!
Ao Tribuna, apesar das
dificuldades, rasteiras, boicotes e mentiras a que esteve
e está sujeito, os meus parabéns por ter sabido à custa dos maiores esforços manter o barco a navegar, com
enormes sacrifícios pessoais e também, daqueles que
tinham orgulho de nele trabalhar, mas que as circunstâncias obrigaram a que tivessem
que o abandonar.
Sei que posso escrever nele
quando quiser, mas só o farei
e esporadicamente, quando
me convencer que este pobre
povo compreendeu o logro
a que esteve sujeito e, soube correr com os vaidosos
uns e, corruptos outros, que
mentindo diziam que seriam
capazes de fazer desta terra um pequeno paraíso, mas
que, como geralmente acontece, a pura vaidade e a muita
inconsciência os tramaram e
nos tramaram a nós, embora
pareça que ainda não compreenderam que de facto, agora
não passam dum desvairado e
confrangedor verbo encher.
Longa vida ao Tribuna,
indispensável para o pluralismo da informação!”
José Carvalho
15
16 sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Campanha publicitária deixa
defensores dos animais em polvorosa
Recolha de gatos promovida por empresa de controlo de pragas lança polémica na internet
A empresa «Extermínio» lançou
uma campanha
de marketing que
deixou-a debaixo de fogo. Tudo
porque promoveu um serviço de “recolha de
gatos” que indignou os defensores dos animais.
A polémica criada
obrigou a empresa a vir a público
para tentar esclarecer a “má interpretação” feita
à sua campanha
publicitária. Mas
o esclarecimento
não dá resposta a
muitas questões
que Natália Vieira, a presidente
da ANIMAD, considera que merecem ser respondidas. O repto foi
lançado também
às autarquias.
ricardo soares
O
[email protected]
que pretendia
ser uma campanha de marketing acabou por
tornar-se uma
polémica sem precedentes,
levando centenas de madeirenses a protestar nas redes
sociais da internet. E tudo
porque a «Extermínio», uma
empresa dedicada ao controlo
de pragas, decidiu colocar nos
jornais um anúncio que promovia um serviço de “recolha de gatos”. A campanha
publicitária tornou a empresa
um alvo de fortes críticas dos
defensores dos animais.
tados todos os direitos para
uma existência condigna.”
Há muitas questões a
merecer resposta
As críticas e acusações contra a empresa - que esteve há poucos anos envolvida no combate ao mosquito
aedes aegypti - sucederam-se
ao longo desta semana, principalmente na internet. E a
«Extermínio» teve que vir a
público, também através de
publicidade nos jornais, para
tentar esclarecer aquilo que
foi uma “má interpretação de
uma das suas campanhas de
marketing”.
“A nossa empresa com 24
anos de existência no mercado regional, a pedido dos seus
clientes pode colaborar na
recolha de gatos abandonados em propriedade privada,
a SPAD (Sociedade Protetora
dos Animais Abandonados) é
previamente contactada para
saber da sua disponibilidade de espaço, com posterior
entrega do respetivo animal
e do donativo por parte do
cliente ou da nossa empresa”,
sublinhou a «Extermínio».
“Estamos abertos a eventuais
parcerias estratégicas em prol
dos animais, nomeadamente com projetos de recolha/
transporte e com destino final
adequado, garantindo assim a
manutenção da vida animal.
O propósito desta campanha
é garantir que os animais não
serão abandonados, mas sim
garantir que lhes serão facul-
Aquele que foi considerado um “macabro anúncio” da
empresa «Extermínio» teve
da parte de Natália Vieira,
a presidente e fundadora da
associação ANIMAD, uma das
reações mais indignadas.
“Após debates, comunicados, defesas e ataques, continuamos a ficar sem resposta para muitas das nossas questões”, escreveu a dirigente num logo texto publicado no facebook. ”Interessante foi verificar que muitos
dos que porventura estariam
também com a cauda presa,
manterem o silêncio perante a corrosão do adversário.
Falo sim de câmaras municipais e muitos... muitos privados que porventura requisitam os serviços a este tipo de
empresas.”
De acordo com Natália Vieira, a ANIMAD já sabia que a
«Extermínio» fazia o serviço,
sublinhando que o objetivo
da ANIMAD nunca foi “atacar uma entidade, mas sim
evitar que esta macabra ideia
fosse em frente”. Nesse sentido, a dirigente associativa não
deixou de levantar algumas
questões.
“Existe ou não existe protocolos, contratos, acordos de
amizades ou outros que levam
ao mesmo fim, um ataque
desenfreado aos animais de
colónias, animais sem dono
mas que são muitos deles protegidos por associações e por
particulares?! Existe ou não
existe interesse privado que
um serviço destes surja no
mercado, visto que até as próprias câmaras estão “falidas”,
dizem elas, e muitos endinheirados necessitam de se
“livrar” do lixo?! Onde pensam Vª Exªs colocar todos os
gatinhos que os condomínios,
os hotéis e afins vos solicitarem recolha?! Vão recusar o
serviço? Onde os vão colocar
visto que nenhuma associação se diz apta a receber tanto animal?! Se a SPAD, a dita
associação que gere o Canil
da Câmara Municipal do Funchal admitiu publicamente
que não tem espaço, como
ficamos?!”, lançou a presidente da ANIMAD.
Não há solução fácil
para animais nas ruas
Na longo texto publicado no facebook, Natália Vieira também recordou que a
ANIMAD tem alertado, “vezes
sem conta”, para o cuidado
que todos devem ter na causa que é a defesa dos animais
de rua e respetivas colónias. E
sublinhou que o problema vai
muito para além da simples
“recolha e gatos”.
Se a presidente da ANIMAD pediu “tento” na forma de lidar com estas situações”, à «Extermónio» exigiu
respeito, alertando a empresa a ter “cuidado” porque os
defensores dos animais “estão
cá”. As autarquias também
não foram esquecidas.
“As autarquias, se não
fazem ou não conseguem
fazer nada, coloquem-se quietos. Não estraguem o trabalho
que muitas associações e particulares fazem pelos animais
que vocês ignoram e ignoraram durante décadas”, apontou Natália Vieira.
O dedo da fundadora da
ANIMAD foi igualmente
apontado aos “interesseiros
que só vêm euros à sua frente”. No que respeita à “recolha de gatos”, Natália Vieira garante que esse alegados
interesse “não será assim tão
fácil” de concretizar.
que todos faziam o que queriam nos bastidores, o tempo em que os animais eram
descartados como se de peças
inúteis se tratassem, acabou! Podem até tentar, são
livres para isso. Agora.. estamos cá, nunca se esqueçam
disso”, garantiu a dirigente
associativa.
A longa missiva da presidente da ANIMAD termina
com um “conselho” à empresa
«Extermínio» para que fique
pelos “serviços de base” e
não se estenda em “caminhos
arriscados”. Natália Vieira
garante que vai continuar a
acompanhar o assunto.
“Toda esta situação está
sendo investigada pelas entidades competentes para o
efeito, dado isso, aguardamos
desenvolvimentos e esclarecimentos para que tudo se torne claro e evidente”, finalizou. l
CERTIDÃO
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES
Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos Notários
Praça da ACIF, 9000-044 Funchal
(POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO)
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial
e no livro de notas para escrituras diversas número Dezasseis-G, exarada a folhas
noventa, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada
hoje, na qual José Alberto Vieira Faria, NIF 245.485.414, divorciado (casado
que foi sob o regime da comunhão de adquiridos), natural de Caracas, Venezuela,
residente ao Caminho do Castanheiro, nº 16, freguesia e concelho da Ponta do Sol,
titular do cartão de cidadão nº 14254982 7 ZZ8, válido até 27/10/2016, emitido pela
República Portuguesa, se afirma dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém,
de um prédio urbano habitacional, com a área total e coberta de noventa e
um metros quadrados, sito em Cova do Tanque, Terças, freguesia e concelho
da Ponta do Sol, a confrontar a norte com Manuel Beltrão, sul com o Caminho, este
e oeste com Manuel Andrade, inscrito na matriz predial em nome de Guilhermina
de Andrade sob o artigo 419, com o valor patrimonial e atribuído de catorze
mil e seiscentos euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da
Ponta do Sol. Que o identificado prédio, veio à posse do justificante, no estado de
solteiro, maior, no ano de mil novecentos e noventa e quatro, por doação verbal e não
titulada feita por seus pais Francisco Vieira Júnior e Manuela Conceição Faria de Vieira,
residentes ao Caminho do Castanheiro, nº 16, Ponta do Sol, que por sua vez haviam
adquirido nas partilhas verbais e não tituladas por óbito de seu avô paterno Francisco
Vieira, casado que foi com Guilhermina de Andrade, residentes que foram ao sítio do
Monte, referida freguesia da Ponta do Sol, já falecidos. Assim, desde aquele ano de
mil novecentos e noventa e quatro, o justificante está na posse e fruição do aludido
imóvel, posse que manteve sem interrupção até hoje, habitando da casa, usufruindo
de todas as suas utilidades e suportando os respetivos impostos e encargos, tendo
adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com
conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício
do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de
boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo,
dado o modo de aquisição, documento que titule o seu direito de propriedade. É parte
certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta
que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita.
Funchal, vinte e um de Outubro de dois mil e catorze.
O Notário,
(Notário em substituição da Notária Teresa Maria Prado de Almada Cardoso Perry
Vidal, por motivos de vacatura de lugar, cuja utilização do selo branco foi concedida
por despacho da Ministra da Justiça)
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO
DE SUSANA LOPES TEIXEIRA,
(Notária em Substituição, por Deliberação da Ordem dos
Notários),SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA
E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FUNCHAL
TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607
E-mail: [email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a
folhas 6 do Livro de Notas número 14-A, deste Cartório, se encontra exarada
uma escritura de Justificação Notarial, na qual Marilena Ornelas de
Barros, NIF 230 564 747, natural de Paris, França, casada no regime
da separação de bens com José Nélio Barros Pereira, residente ao sítio
da Quinta do Leme, freguesia e Concelho de Câmara de Lobos; Maria
Celeste Fernandes de Ornelas, NIF 202 903 095, viúva, natural da
freguesia do Estreito de Câmara de Lobos; António Ornelas de Barros,
NIF 245 388 443, solteiro, maior, natural de Paris, ambos residentes em
França - 40 Rue Blomet 75015, Paris; Maria Lurdes Fernandes de
Ornelas, NIF 202 903 052, que também usa e é conhecida por Maria
Lourdes Fernandes de Ornelas, natural da dita freguesia do Estreito de
Camara de Lobos e marido João Luís Rodrigues NIF 164 993 053,
natural da freguesia e concelho de São Vicente, casados no regime da
comunhão de adquiridos, se afirmam donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrem, na proporção de metade, em comum e sem
determinação de parte ou direito para Marilena Ornelas
de Barros, Maria Celeste Fernandes de Ornelas e António
Ornelas de Barros e metade para Maria Lurdes Fernandes de
Ornelas e marido João Luís Rodrigues do prédio rústico (terra
e benfeitorias) localizado ao sítio da Ribeira Fernanda, onde chamam
Quinta do Salão ou Pico e Salões e Quinta do Leme, freguesia e concelho
de Câmara de Lobos, com a área de mil seiscentos e vinte metros
quadrados, a confrontar do Norte com o Caminho, Sul e Oeste com o
Córrego, e do Leste com herdeiros de Manuel Atouguia Neto Dória, inscrito
na matriz sob o artigo 8/000 da Secção HH, é parte do descrito na
Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos número três mil
quatrocentos cinquenta e quatro - freguesia de Câmara de Lobos,
onde se acha registada a aquisição, em comum e sem determinação de
parte ou direito pela apresentação quinze de trinta de Novembro de mil
novecentos oitenta e oito e respetivo averbamento a favor de: Isabel Maria
da Câmara de França Dória Osório Borges, casada no regime da separação
de bens com Carlos Nicolau do Amaral Osório Drumond Borges; Mafalda
Maria da Câmara Dória Vaz Pinto, casada no regime da separação de
bens com Alfredo de Albuquerque Vaz Pinto; Maria da Graça da Câmara
de França Dória Baptista Adrião, viúva; Manuel João da Câmara de França
Dória, divorciado e Diogo de França Neto Dória, solteiro, maior. Que sobre
aquele prédio vigorava o antigo regime da colonia, entretanto extinto,
ao abrigo do qual Francisca de Jesus que usava e era conhecida
por Francisca de Jesus Gonçalves, mãe, avó e sogra dos justificantes, na
qualidade de colona, adquiriu, no ano de mil novecentos noventa e um,
de modo verbal aos então senhorios, os referidos Isabel Maria, Mafalda
Maria, Maria da Graça, Manuel João, Diogo a Maria Mafalda de Matos
Noronha da Camara Dória, o solo correspondente às benfeitorias rústicas,
do prédio supra identificado, com o mesmo artigo, área e confrontações,
tendo pago o correspondente preço. Que no ano de mil novecentos noventa
e dois a referida Francisca de Jesus Gonçalves doou verbalmente em
comum e partes iguais, o identificado prédio, (terra e benfeitorias), aos
seus filhos, Maria Lurdes e a Sabino Mário de Barros, marido e pai dos
justificantes, Maria Celeste, Marilena e António de quem estes são únicos
herdeiros – nos termos da escritura de habilitação exarada a folhas 8 do
Livro 6-A deste Cartório, sem que contudo tivessem outorgado título que
lhes permitisse registar o prédio em seu nome.
Que estão, assim os ora justificantes na posse do identificado prédio, e
nas referidas proporções, por si e por intermédio dos seus referidos antepossuidores, desde o indicado ano, posse esta pública, pacífica e de boa fé
e, assim, contínua e ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o
exercício dos poderes próprios de um proprietário, cultivando-o e colhendo
os respetivos frutos, adquirindo, assim, a propriedade daquele prédio a
título originário – por usucapião.
Está conforme o original aqui narrado por extracto.
Funchal, dezasseis de Outubro de dois mil e catorze.
P’la NOTÁRIA, (Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos
Notários sob o n.º 301/08).
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Extermínio a entrar em
“caminhos arriscados
“O tempo da ilha das bananas no que respeita aos animais acabou! O tempo em
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“Não se pode resolver o
problema da Madeira num
dia! Isto só iria provocar a
morte de milhares e milhares
de animais”, apontou a presidente da ANIMAD. “Deixemse de exibicionismos baratos,
de ganâncias por euros, estamos a falar de vidas!!!”
Nesse sentido, a dirigente associativa pede “cuidado”
na aplicação de uma lei que é
“deficiente”, principalmente
quando em causa está a colocação de animais em risco.
Natália Vieira não tem dúvidas que não há uma solução
fácil para os milhares de animais que existem nas ruas.
“Não existe atualmente lar
para todos! Não existe espaço
em nenhuma associação para
abrigar todos eles. Metam
de uma vez por todas dentro das vossas cabeças que
é necessário termos animais
nas ruas, cuidados, alimentados, identificados e esterilizados”, apontou.”Se não se deixarem os animais de rua e de
colónia em paz – isto até ser
possível e muito lentamente
abrigá-los em lares e associações – em vez de estarmos a
falar de 3 mil animais oficiais
eutanasiados iríamos falar de
milhares e milhares.”
17
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sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
18 saúde
MÉDICOS
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CLÍNICAS
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
opinião
Mulheres em idade avançada
são mais afetadas pelo AVC
Dr. Rui Pereira Vasconcelos
Especialista em:
Pediatria - Neuropediatria
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Dentária da Madeira
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O acidente vascular cerebral (AVC) é mais frequente na mulher, particularmente em idade avançada. Este
facto explica-se em parte pelo
envelhecimento da população e pela maior esperança
de vida do sexo feminino. É
fundamental ter consciência
desta realidade e implementar estratégias preventivas
adequadas.
As mulheres que têm pressão arterial elevada estão em
maior risco de vir a sofrer um
AVC, pelo que devem controlar os seus valores com
frequência, devem reduzir
o sal na alimentação e cumprir o tratamento de forma
sustentada.
Outro fator de risco para o
AVC é a fibrilhação auricular,
uma arritmia muito frequente nos idosos, com predomínio nas mulheres e que está
associada a um risco de AVC
aumentado em 4 a 5 vezes,
também mais elevado para as
mulheres. O tratamento hipocoagulante no doente com
esta doença reduz em 60% o
risco de AVC estando agora
disponíveis no mercado novos
anticoagulantes orais.
Por outro lado, o risco de
AVC é muito baixo na faixa
etária que usa anticoncepção,
mas os contracetivos orais
causam um pequeno aumento do risco de AVC, especialmente na mulher com outros
fatores de risco vascular como
o tabagismo, a hipertensão,
diabetes, obesidade, e o colesterol aumentado. Em termos
práticos, é muito importante o tratamento agressivo dos
fatores de risco vascular em
mulheres a fazer contraceção
oral e aconselhada uma medição da pressão arterial antes
de iniciar anticoncepção oral.
Atualmente discute-se se
há influência da idade de início da menopausa no risco de
AVC. O que está bem esta-
Dr.ª Maria Teresa Cardoso
Coordenadora Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral
da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.
belecido é que a hormonoterapia após menopausa não
reduz o risco de AVC, podendo mesmo aumentá-lo. Portanto, a hormonoterapia após
a menopausa não está recomendada em prevenção primária ou secundária.
Nunca é de mais realçar
a importância do estilo de
vida saudável na prevenção
do AVC: atividade física regular, moderação do consumo
de álcool (menos de 1 bebida
por dia), abstenção do tabaco,
dieta rica em frutos e vegetais,
grão, baixa em gorduras saturadas e em sal.
O AVC na mulher é um
dos temas em debate no 15.º
Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cere-
bral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que
decorrerá nos dias 28 e 29
de novembro, no Hotel Tiara
Park Atlantic Porto.
AVC – Sinais de alarme
Ligue de imediato o 112 se,
de forma súbita, sentir boca
ao lado, dificuldade em falar
ou perda de força no braço e/
ou perna, sobretudo num dos
lados do corpo, mesmo que
seja transitório.
SAIBA QUE
Há tratamento (trombólise) na fase aguda do AVC. Há
que chegar o quanto antes ao
hospital para obter o máximo
benefício deste tratamento –
e os segundos contam. l
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
19
breves
Comissário da PSP
Presidente do SNOP
O crime da moda
PUB
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) do ano
de 2013 veio confirmar aquilo
que já tínhamos percecionado
há muito: está na moda agredir polícias.
Com efeito, de acordo com
os dados do dito documento,
no ano passado foram registados 1849 crimes de resistência e coação sobre funcionário, sendo que a esmagadora maioria destes respeita a
agressões efetivas cometidas
sobre elementos das forças de
segurança (PSP e GNR).
Para o mesmo tipo de crime, nos anos de 2012, 2011 e
2010, registaram-se, respectivamente, 1863, 1744 e 1837
ocorrências. Ou seja, apesar de uma descida na criminalidade geral participada em Portugal, entre 2010
e 2013, na ordem dos 10,92%
(413.600 crimes em 2010 e
apenas 368.452 em 2013), o
crime de resistência e coação
sobre funcionário mantevese estável, registando até uma
ligeira subida (1837 crimes
em 2010 e 1849 em 2013).
Feita a introdução e visto o
peso dos números, debrucemo-nos agora sobre as ques-
tões que as estatísticas não
são capazes de mostrar. Porque se os números são de facto assustadores, bem pior é
a indiferença com que são
tratados.
Por muito que alguns despachos judiciais o tentem
fazer crer, não podemos considerar normal, num estado de direito democrático
como o nosso, que a agressão
a agente da autoridade seja
considerada parte integrante da profissão. Também não
podemos aceitar que o Estado e os seus representantes
eleitos não achem prioritário que esta conduta criminosa, acima de (quase) todas as
outras, seja alvo de censura e,
fundamentalmente, penalização severas.
A moldura penal para este
tipo de crime cifra-se, atualmente, nos 5 anos de pena de
prisão, o que significa que,
em caso de detenção em flagrante delito, o autor do crime é libertado e notificado para comparecer em tribunal, nos termos do artigo
385.º do Código de Processo Penal. Esta particularidade encerra o primeiro grande problema: aparentemente,
compensa agredir um agente. Vai-se à esquadra, assinase uns papéis e volta-se à vida
normal.
Não tenhamos grandes
dúvidas que a maior penalização para muitos cidadãos
que cometem crimes é recolher aos quartos de deten-
ção (vulgo calabouços), e ali
passarem uma noite. Tem
um efeito dissuasor fortíssimo. Infelizmente, o legislador entendeu que o crime de
resistência e coação / agressão a agente não seria bastante para justificar uma moldura penal superior ou um regime de execeção.
O segundo grande problema está na medida da pena
que é frequentemente aplicada pelo juiz. Penas suspensas e penas de multa irrisórias
representam a esmagadora
maioria das decisões para os
casos de agressões a polícias,
levando o cidadão a acreditar, uma vez mais, que o crime compensa.
Existem diferenças significativas entre não existir
legislação adequada e, existindo, esta não ser aplicada
convenientemente. No caso
das agressões a polícias, sem
embargo de tudo quanto ficou
antedito, na nossa opinião a
lei pode e deve ser aplicada de
forma mais severa.
Não terá sido por acaso que
o legislador, quando agrupou
os crimes em grupos, colocou
a resistência e coação sobre
funcionário no lote dos ilícitos “contra a autoridade
pública”. Quis com isto dizer
que o polícia, armado e uniformizado, não se representa
a si mesmo ou sequer à instituição à qual pertence. Ele
representa o Estado, representa a nação, os seus valores e desígnios. Quis com isto
dizer que uma agressão a um
polícia é, na verdade, uma
agressão ao próprio Estado.
Se assim é, convenhamos
que a última mensagem que
queremos passar, em nome
da propalada ideia de um
país e destino seguros, é que
o Estado aceita ser agredido
sem que tal tenha, por contraponto, uma punição efetiva
e, acima de tudo, dissuasora
para o agressor e para a sociedade no seu todo. Não será
por acaso que uma boa parte dos agressores de polícias
são reincidentes. É algo em
que, quer quem tem o poder
de legislar, quer de aplicar a
lei, deve refletir.
As agressões a polícias são
cada vez mais violentas e,
além do sentimento de impunidade entre quem agride,
fomentam uma enorme revolta entre todos os profissionais
das forças e serviços de segurança, cansados de verem um
tratamento absurdamente
desigual quando os papéis se
invertem. Não olvidamos que
existem, no interior destas
instituições com milhares de
profissionais, comportamentos pouco consentâneos com
o que se espera de um polícia.
Mas não podemos aceitar que
tal sirva para legitimar agressões constantes aos polícias.
Em síntese, defendemos
assim que o crime de resistência e coação sobre funcionário, em especial quando envolva agressão, deverá
ter uma moldura penal que,
em abstrato, não permita em
qualquer caso a libertação do
agressor. Além disso, as decisões judiciais deverão ser mais
severas e prever sempre pena
de prisão efectiva, nomeadamente nos casos supra mencionados e que se revistam de
maior gravidade.
Se aqueles que, mais do
que em qualquer outra profissão, lutam e zelam pelos
direitos, liberdades e garantias de todos os portugueses,
pela manutenção da ordem
e tranquilidade públicas, não
estão a salvo, quem estará?
Artigo 347.º do Código Penal Português, que dispõe nos seguintes termos: “Quem empregar violência ou
ameaça grave contra funcionário ou
membro das Forças Armadas, militarizadas ou de segurança, para se
opor a que ele pratique acto relativo ao exercício das suas funções, ou
para o constranger a que pratique
acto relativo ao exercício das suas
funções, mas contrário aos seus deveres, é punido com pena de prisão até
5 anos.”
O Centro Cultural Espírita do Funchal (CCEF) irá promover uma seminário, subordinado ao tema “As Bençãos
da Mediunidade”, no dia 25 de
Outubro, das 15 às 18:30H, no
auditório da escola Dr. Horácio Bento Gouveia.
O seminário será dirigido por
Divaldo Franco, e visa esclarecer e orientar a todos que
queiram compreender sobre o
fenómeno da Mediunidade.
Esta é uma das grandes questões atuais, que aflige imensas famílias que de
momento não encontram respostas adequadas perante a
criança/jovem/adulto que vê e
fala com Espíritos e ou o jovem
desequilibrado que sente “presenças” etc.
O problema das obsessões,
provocados pelos nossos desequilíbrios são imensos precisando urgentemente de um
esclarecimento racional.
É uma temática que a todos
interessa, independentemente
das nossas convicções filosóficas e/ou religiosas.
A Doutrina Espírita (ou
Espiritismo) é uma ciência
filosófica de consequências
morais. Como ciência investiga os factos espíritas, como
filosofia explica-os, e como
moral aponta à humanidade
um roteiro para a sua espiritualidade assente nos ensinamentos de Jesus.
A Doutrina Espírita nada
tem a ver com magias, bruxarias, crendices e práticas
esquisitas.
Rapaz procura
a sua alma
gémea, para um
relacionamento
muito sério, entre
os 20 e 40 anos.
965 406 110
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Henrique Figueiredo
“As Bençãos da
Mediunidade” na
Horácio Bento
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20 opinião
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
J RODRIGUES FERNANDES
Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C
9350-210 Ribeira Brava
Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690
E-mail – notá[email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
PUB
Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dezassete de Outubro
de 2014, exarada de folhas doze e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras
Diversas número 211-A, deste Cartório Notarial, José Aires de Olival Caboz, Nif
210.012. 374 e mulher Ana Maria Ferreira Marques Caboz, Nif 180.552.392,
casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia dos
Canhas, concelho da Ponta do Sol, onde residem no sítio do Outeiro, declaram-se,
com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores, nove prédios rústicos,
localizados na freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, não descritos na
Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol, a saber: I) - No sítio do Lombo do
Meio, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, que confronta a Norte
com Levadeiro e outros, Sul com a Vereda e Levada, Leste com a Levada e Oeste com
a Vereda, inscrito na matriz sob o artigo 9967º, com valor patrimonial de 4,78
e com o valor atribuído de cinquenta euros. II) - No mesmo sitio, com a área de
cento e noventa metros quadrados, que confronta a Norte com a Vereda, Sul com
João Feitor, Leste com Manuel Chá Chá e Oeste com João Varela, inscrito na matriz
sob o artigo 10137º, com valor patrimonial de € 2,64 e com o valor atribuído de
cinquenta euros. III) - No sítio do Lombo do Meio, com a área de trezentos e vinte
e cinco metros quadrados, que confronta a Norte e Sul com João Feitor, Leste com
Manuel Chá Chá e Oeste com João Varela, inscrito na matriz sob o artigo 10138º,
com valor patrimonial de € 2,64 e com o valor atribuído de cinquenta euros.
IV) - No mesmo sitio, com a área de duzentos e noventa e cinco metros quadrados,
que confronta a Norte com Peixe Verde, Sul com António Chá Chá, Leste com António
do Pico e Oeste com Manuel Chá Chá, inscrito na matriz sob o artigo 10291º, com
valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. V) - No
dito sítio do Lombo do Meio, com a área de quatro mil duzentos e quarenta metros
quadrados, que confronta a Norte com Herdeiros de Maria Vieira de Jesus e Manuel
Fernandes Pita, Sul com Agostinho Alho, Manuel da Silva Gaspar e Maria Coelho,
Leste com Ribeiro e Oeste com António Fernandes Pita e Herdeiros de Domingos
Freitas, inscrito na matriz sob o artigo 10477º, com valor patrimonial de € 1,26
e com o valor atribuído de cinquenta euros. VI) - No sítio do Serrado e Cova,
com a área de quatrocentos e vinte metros quadrados, que confronta a Norte e
Leste com o Caminho, Sul com Agostinho Ferreira e Herdeiros de António Coelho e
Oeste com Herdeiros de Manuel Pita, inscrito na matriz sob o artigo 12631º, com
valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. VII) No sítio do Serrado e Cova, com a área de duzentos e setenta metros quadrados,
que confronta a Norte com herdeiros de Manuel Coelho, Agostinho Ferreira e João
Vieira do Salão, Sul com Herdeiros de António Coelho, João Vieira do Salão, Manuel
Gonçalves de Sousa e Avelina Pita, Leste com Herdeiros de António Coelho e Oeste
Agostinho Ferreira, inscrito na matriz sob o artigo 12633º, com valor patrimonial
de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros.VIII) - No mesmo sítio, com a
área de quarenta metros quadrados, que confronta a Norte e Oeste com o Caminho,
Sul com João da Silva Agostinho e Leste com a Levada e Vereda, inscrito na matriz
sob o artigo 12634º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de
cinquenta euros. IX) - No Caminho do Lombo do Meio, com a área de duzentos
metros quadrados, que confronta a Norte com o Caminho, Sul com Herdeiros de
Joaquim Ferreira, Leste com João Rodrigues Mestre Júnior e Oeste Manuel Rodrigues
Castanho, inscrito na matriz sob o artigo 12635º, com valor patrimonial de € 1,89
e com o valor atribuído de cinquenta euros.
Que os mesmos vieram à sua posse, por o terem adquirido, no ano de mil
novecentos e oitenta e oito, por compra verbal e não titulada, feita a João Fernandes
Alfaiate, solteiro, maior, residente que foi no sítio do Lombo do Meio, da mencionada
freguesia dos Canhas.
E que a partir de então, ou seja, durante mais de vinte anos, têm vindo a possuilos, sem interrupção, pública e pacificamente, como coisa própria, de boa fé e sem
oposição de quem quer que fosse, amanhando e cultivando a terra, pagando as
contribuições ao Estado, retirando em seu exclusivo proveito todos os rendimentos
e utilidades, pelo que os adquiriram a titulo originário, por usucapião, que invocam
para justificar o seu direito de propriedade, para fins de registo.
Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel
Fernandes, sito na Ribeira Brava, 17 de Outubro de 2014.
O Notário
Gabriel José Rodrigues Fernandes
ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA
GREGÓRIO GOUVEIA
gregoriogouveia.blogspot.pt
Do primeiro Estatuto Definitivo
ao «estatuto da unanimidade»
- O primeiro Estatuto Definitivo surge em 5 de junho
de 1991 com a publicação da
Lei nº 13/91, na sequência da
apresentação na Assembleia
Regional, em 25 de setembro de 1989, pelo PSD-M, de
um projeto de proposta de
lei e outro pelo PS-M, em 2
de novembro do mesmo ano.
Em 22 de fevereiro de 1990,
a Assembleia Regional aprova o Estatuto pela Resolução
nº 5/90/M, para ser remetido à Assembleia da República.
Esta introduziu alterações ao
projeto da Assembleia Regional, a quem deu conhecimento. Por sua vez, esta remeteu
àquela um parecer que conclui: “a Assembleia Legislativa
Regional da Madeira, reunida
em Plenário de 06 de Novembro de 1990, para a apreciação
referida no citado artigo 228º,
nº 2, da Constituição da República Portuguesa, emite o parecer de que deve ser aprovado,
na íntegra, o texto do Projecto de Estatuto inicialmente
enviado, não se justificando,
em boa lógica democrática, as
alterações introduzidas pela
Assembleia da República”.
Em 28 de novembro de
1990, foi aprovado pela Assembleia da República e enviado ao Presidente da República para promulgação. Este
enviou-o ao Tribunal Constitucional, que apreciou o documento, declarando somente a
inconstitucionalidade dos artigos 10º, n.º 4 e 11º, n.º 2 do
Decreto 293/6 da Assembleia
da Republica.
Em 24 de abril de 1991, a
Assembleia da República aprovou a proposta final, que foi
publicada pela Lei n.º 13/91,
de 5 de junho, não tendo constado o capítulo originário referente à Organização do Poder
Judicial na Madeira.
- Em 2 de março de 1993, o
Ministro da República requereu ao Tribunal Constitucional a apreciação da legalidade do artigo 28º do Estatuto definitivo. Este artigo, que
trata da adaptação do estatuto remuneratório dos deputa-
dos regionais, foi considerado
inconstitucional pelo Acórdão
637/95.
- Decorridos cerca de sete
anos da entrada em vigor do
Estatuto Definitivo da Região
Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5
de junho, o PS-M tomou a iniciativa, em 19 de março de
1998, de apresentar um projeto de alteração àquele Estatuto. Seguiram-se outros projetos do PSD-M (13/4/1998),
do CDS (16/4/1998) e da UDP
(16/4/1998). A CDU apenas
apresentou, em 10 de janeiro
de 1999, propostas de alteração à proposta de revisão saída da Comissão Eventual para
a Revisão do Estatuto.
Concluído o processo de
revisão pela Comissão, o Plenário da Assembleia Regional aprovou-o em 14 de janeiro de 1999 pela Resolução
n.º 4/99/M, enviando para a
Assembleia da República. Esta
discutiu a proposta regional,
tendo-lhe introduzido alterações que foram remetidas para
a Assembleia Regional.
Em 28 de junho de 1999,
por Resolução 16/99/M, a
Assembleia Regional aprovou,
por unanimidade, as alterações propostas pela Assembleia da República.
No dia 2 de Julho de 1999,
a Assembleia da República
aprovou, também por unanimidade, o texto definitivo que
foi publicado em 21 de Agosto
pela Lei n.º 130/99
Recordo o trabalho empenhado de todos os deputados
da Comissão, presidida por
Cunha e Silva, na análise de
todas as propostas apresentadas. Se é certo que muitas propostas dos partidos da oposição não foram aceites pela
maioria regional, certo é que
a profundidade da discussão
de todas as normas, mesmo
as do PSD-M, produziu um
importante resultado, fazendo com que possa afirmar que
a Região ficou com um Estatuto novo, a que posso apelidálo de ESTATUTO da UNANIMIDADE. É este Estatuto que,
passados quinze anos, na sua
essência ainda regula a Autonomia da Madeira, tendo apenas sofrido uma alteração no
nº 2 do artigo 15º, pela Lei
nº 12/2000, de 21 de Junho,
depois de ter sido considerado inconstitucional pelo Acórdão nº 199/2000. Neste caso,
tratou-se de atribuir 2 deputados aos círculos do Porto Santo e do Porto Moniz.
- Em 30 de Novembro de
2004, o PS-M apresentou um
projeto de alteração do Estatuto Político-Administrativo
que tinha sido aprovado em
1999, seguindo-se os projetos
do PSD-M (29/12/2004) e do
CDS (07/01/2005).
Uma vez aprovado na
Assembleia Legislativa Regional, o texto foi remetido à
Assembleia da República, que
pretendeu fazer alterações
que não eram do agrado do
PSD-M.
Invocando não haver condições políticas para rever o Estatuto, em 28 de Junho de 2005
a Assembleia Regional requereu a retirada da proposta da
Assembleia da República.
-Quando, em 24 de Janeiro de 2008, o PS-M apresentou um projecto de alteração
do Estatuto, apenas sobre a
matéria de incompatibilidade
e impedimentos dos deputados e, em 13 de Dezembro de
2011, onze deputados (9 do
CDS, 1 do PCP e 1 do PAN)
apresentaram uma proposta
também sobre incompatibilidades e impedimentos, não
conseguiram tal intento.
Face a isso, mantém-se em
vigor o Estatuto da Unanimidade de 1999, sem alterações
até que nas duas Assembleias
(a Regional e a da República)
estejam deputados com coerência política no reconhecimento e respeito pelos inalienáveis direitos não só autonómicos, mas também adquiridos ao longo dos 40 anos de
regime democrático, independentemente de serem direitos
gerais e/ou particulares.
gregoriogouveia.blogspot.pt
DIVAGANDO...
21
CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL
J RODRIGUES FERNANDES
Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira Brava
A verdade e a humildade
realidades actuais. A remodelação orgânica, mas também o modo de relacionamento com a Sociedade Civil,
sem discriminação de classes
sociais ou de outra natureza,
é imprescindível.
Um político tem de ouvir
atentamente as pessoas, misturar-se com elas, quase que
vivendo o dia a dia, sempre
em relacionamento com elas,
para que depois a acção política que terá de desenvolver nos seus mandatos corresponda efectivamente aos
anseios e necessidades que
têm os seus eleitores. A sua
sinceridade, bem como a sua
coerência serão escrutinadas
por estes, em cada dia que
passe. Qualquer atitude que
ponha os seus interesses pessoais acima dos interesses dos
seus votantes contribuirá inevitavelmente para o descrédito do seu partido e das instituições políticas. Até a Democracia sairá prejudicada com
essa atitude.
Servir e não servir-se, falar
a verdade e ser sinceramente
humilde são condições necessárias para sairmos deste clima de descrédito, indignação
e desesperança que se sente
actualmente em todo o país e
em quase toda a gente.
No PSD/Madeira volta a
impor-se a necessidade de,
tal como no PREC e na restante década de 70, os seus
candidatos se aproximarem
mais daqueles cidadãos que
vivem pior, por vezes miseravelmente e em grande parte
na pobreza ou no seu limiar.
É com essas pessoas, sem
agredir as que vivem melhor
ou bem, que esses candidatos
se devem preocupar, acima
de tudo, dizendo claramente
não ao estado de necessidade
em que vivem, sem ter medo
de pronunciar as palavras ou
expressões que melhor traduzem essas situações. Clamar
por justiça social, por maior
progresso e pelo extermínio
do desemprego são atitudes
que dignificam um social-democrata, mas melhor do que
isso, dignificam as pessoas.
É também com os que vivem
melhor que se deve estabelecer um bom relacionamento
que constitua uma parceria
que ajude a devolver à maioria dos portugueses a qualidade de vida que já tiveram.
Na Região, temos de unir
o partido e rebuscar a humildade de pôr-se ao serviço de
toda a Comunidade, fazendo
o levantamento exaustivo dos
casos de famílias carenciadas, procurando juntamente
com as IPSS e outras instituições, religiosas ou não, resolver-lhes os problemas mais
prementes e, paralelamente, com equipas competentes
encontrar as melhores soluções para aprofundar significativamente a nossa Autonomia, o desenvolvimento económico que nos traga de volta o pleno emprego.
Julgo que a Autonomia
conquistada é aceite pela
maioria das forças políticas
e dos seus eleitores. Interessa
esclarecer a Comunidade que
este tema, pela importância
singular que tem para o futuro da Região deve ser apoiado
pela maioria das áreas políticas e sociais regionais. E
não se esqueça que o projecto final terá de ser apresentado à Assembleia da República e que terá de ser aprovado por dois terços dos seus
deputados.
Por uma questão de transparência e de verdade, os
Madeirenses e Portossantenses têm de ser informados
que é um processo longo e
trabalhoso e que com certeza
deverá começar pela concretização da autonomia fiscal.
Nas eleições internas do
PSD/Madeira, que ganhe o
candidato que seja o mais
humilde, humano, menos
vaidoso, honesto, trabalhador, inteligente e competente. Que dê sinais de que pretende verdadeiramente modificar o que está mal no partido e na política regional e
de que pretende bater-se por
tudo o que proporcione mais
progresso sustentável para a
nossa terra, sem ter de renegar a toda a história regional,
do partido, nem ao assassinato político seja de quem for.
Finalmente, terá de dar
indícios de que possui capacidade de unir o partido, sem
o que não lhe será possível
ganhar as eleições legislativas
regionais em finais de 2015.
Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690
E-mail – notá[email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dezassete
de Outubro de 2014, exarada de folhas oito e seguintes, do Livro de Notas
para Escrituras Diversas número 211-A, deste Cartório Notarial, José
Abreu dos Santos, que também usa e é conhecido por José de Abreu
dos Santos Nif 175.065.365 e mulher Maria Justina de Sousa, que
também usa e é conhecida por Maria Justina de Sousa Abreu, Nif
175.065.357, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da dita
freguesia de Campanário, residentes na Avenida Arriaga, Centro Comercial
Infante, 8º andar, apartamento 802, freguesia da Sé, concelho do Funchal,
declaram-se, com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores,
de seis prédios rústicos, localizados na freguesia de Campanário,
concelho da Ribeira Brava, encontrando-se o identificado em I), descrito na
Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava, sob o número seiscentos
e vinte e três, estando inscrito, apenas metade, a favor do terceiro
outorgante, pela Apresentação mil novecentos e cinquenta e dois, de vinte e
cinco de Julho de dois mil e doze, sem qualquer inscrição em vigor, quanto à
fracção ora justificada, não se encontrando os restantes prédios, descritos
na sobredita Conservatória, a saber: I) - No sítio dos Quinhões, metade de
um prédio, com a área total de duzentos e trinta e seis metros quadrados,
confina, no seu todo, a norte com o caminho, sul e oeste com o ribeiro e leste
com Manuel Vieira Jr., inscrito na matriz sob o artigo 5325, com o valor
patrimonial de IMT de € 1,33 e o atribuído de vinte euros. II) - No sítio
dos Quinhões, um prédio, com a área de cem metros quadrados, confinante
a norte com Manuel Abreu Peco, sul com João dos Reis, leste com António
Peco e oeste com o lombo, inscrito na matriz sob o artigo 5520, com o valor
patrimonial de IMT de € 0,88 e o atribuído de vinte euros. III) - No sítio
da Lapa e Massapez, um prédio, com a área de trezentos e setenta metros
quadrados, confinante a norte e sul com Manuel Gonçalves Pereira, leste
com a ribeira e oeste com Joaquim Gonçalves Andrade, inscrito na matriz
sob o artigo 5804, com o valor patrimonial de IMT de € 8,84 e o atribuído
de cinquenta euros. IV) - No sítio da Lapa e Massapez, um prédio, com
a área de quatrocentos e sessenta e cinco metros quadrados, confinante
a norte com a ribeira, sul com Manuel José Gonçalves, leste com António
Gonçalves dos Santos e oeste com António Pereira Gonçalves, inscrito na
matriz sob o artigo 5827, com o valor patrimonial de IMT de € 11,05 e o
atribuído de cinquenta euros. V) - No sítio do Carmo, um prédio, com a
área de trezentos e sessenta e sete metros quadrados, confinante a norte
com Joaquim Silva Júnior, sul com Manuel Vieira Júnior, leste com Manuel
Ferreira e oeste com António Peco, inscrito na matriz sob o artigo 7410,
com o valor patrimonial de IMT de € 12,38 e o atribuído de cinquenta
euros. VI) - No sítio do Rodes, um prédio, com a área de cento e vinte
metros quadrados, confinante a norte com Francisco Xavier, sul com João
Gonçalves Santos, leste com a vereda e oeste com o caminho, inscrito na
matriz sob o artigo 7503, com o valor patrimonial de IMT de € 5,31 e o
atribuído de trinta euros.
Que, os mencionados prédios, vieram à posse dos seus representados,
no ano de mil novecentos e setenta e um, por doação verbal e não titulada,
feita pelos pais do representado marido, José Gonçalves dos Santos e
mulher Maria Madalena de Abreu, casados sob o regime da comunhão geral
e residentes que foram ao sítio do Rodes, dita freguesia de Campanário.
Que, no entanto, entraram, desde essa altura na posse e fruição dos
mencionados prédios, limpando-os, desbastando-os, cultivando-os e
pagando as respectivas contribuições. Que, esta posse tem sido exercida
sem interrupção, à vista de toda a gente e sem violência ou oposição de
quem quer que seja, de forma correspondente ao exercício do direito de
propriedade, exercendo-a pública, pacífica, contínua e em nome próprio, dos
citados imóveis, pelo que os adquiriram por usucapião, que invocam
para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.
Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário
Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 17 de Outubro de 2014.
O Notário
Gabriel José Rodrigues Fernandes
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VIRGÍLIO PEREIRA
Há políticos que já nas précampanhas eleitorais elaboram uma lista dos descontentamentos populares e das
aspirações em geral dos cidadãos eleitores e desatam a
prometer que se forem eleitos
hão-de resolver todos esses
problemas.
Uma grande parte do eleitorado está indignado com
a actuação desses políticos
e dos partidos. Já não acreditam neles, mas há sempre uma parte desse eleitorado, constituída por cidadãos
incautos ou menos informados, que caiem nessa cilada
e oferecem o seu voto a esses
políticos despudorados.
Como pode um político nos
dias que correm ignorar a crise em que o país vive, bem
como a Europa e quase todo
o mundo? Só a sua desonestidade política pode responder
a esta pergunta, porque normalmente o principal objectivo deles é atacar os candidatos seus concorrentes. É claro
que são apoiados por algumas
entidades, que se refugiam
silenciosamente por detrás
deles. Mas isso é legítimo,
mas não dizem a verdade da
situação ao eleitorado.
Esses políticos, depois das
eleições, caso sejam eleitos,
justificam a sua incongruência com o facto de terem
encontrado uma situação pior
do que a que tinham previsto, como se alguém acreditasse que eles concorreram
sem previamente se terem
indagado. É o eterno fado do
coitadinho.
Hoje, para que um político seja credível tem, primeiramente, de se bater pela
reorganização do seu partido, de forma a adaptá-lo às
opinião
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
www.tribunadamadeira.pt
22 economia
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Dolce Vita Funchal recebe
10 milhões de visitantes por ano
Centro assinalou o seu 7º aniversário.
Juan Andrade
[email protected]
Num momento em que
assinala o seu aniversário, o
Dolce Vita Funchal está a promover várias iniciativas especialmente para os mais pequenos, até ao próximo domingo
26 de outubro.
Desde outubro de 2007,
o primeiro Centro Comercial português concebido com
uma arquitetura bioclimática,
conta com 71 lojas e 859 lugares de estacionamento.
Atualmente, com uma taxa
de ocupação de cerca de 98%,
o Dolce Vita Funchal recebe
10 milhões de visitantes por
ano, o que demonstra bem a
sua excelente integração com
a comunidade local e turista.
Durante este ano o Dolce Vita Funchal aumentou a
sua oferta comercial e abriu
lojas como a Mango, Mayoral, Sunglass Hut, Ale Hop e
Vapor D’Água e ampliou ainda a Columbia e a Farmácia Funchal. Segundo o comunicado distribuído à imprensa este ano as novidades não
ficam por aqui e em breve
verificar-se-ão novas aberturas, entre as quais a Imagina-
para pequenos e graúdos. O
Dolce Vita Funchal, promete ainda a aposta em muitas ações infantis gratuitas,
como, por exemplo, insufláveis e guarda de crianças, e
em campanhas promocionais, desde ofertas de parque
de estacionamento e descontos constantes associados ao
programa de fidelização Shop2win – Quem mais compra,
mais ganha
Sobre o Dolce Vita
Funchal
rium, uma reconhecida insígnia de brinquedos que abrirá em exclusivo neste Centro
Comercial.
Este ano que passou ficou
marcado por muitas ofertas
O Dolce Vita Funchal, Centro Comercial sob a gestão da
Retailgeste, foi inaugurado
em outubro de 2007 e disponibiliza 71 lojas distribuídas
por 3 pisos, em cerca de 16
mil metros quadrados. Possui um parque de estacionamento coberto com cerca de
859 lugares. l
Multibancos com mais movimentos na Madeira
Concelho da Ponta do Sol registou um maior aumento de levantamentos.
Levantamentos e compras
através de terminais de pagamento automático da rede Multibanco cresceram em termos
homólogos, embora abaixo da
média nacional.Os dados fornecidos pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS)
para o 3º trimestre de 2014,
mostram que na Madeira, o
valor dos levantamentos em
caixas Multibanco aumentou
2,8% face ao período homólogo, enquanto as compras através de terminais de pagamento
automático (TPA) tiveram um
acréscimo de 3,4%. Por sua vez,
o valor despendido em pagamentos subiu 10,6%.
Desagregando os levantamentos, observa-se que os
internacionais registaram um
crescimento homólogo de 4,7%
(atingindo um total de 23,0
milhões de euros entre julho e
setembro deste ano), enquanto
os nacionais tiveram uma subida de 2,5% (totalizando 152,4
milhões de euros no 3º trimestre de 2014).
A nível do país, o crescimento nos levantamentos no
3º trimestre de 2014 foi de
3,1% face ao mesmo período
de 2013, refletindo os aumentos de 10,5% nos levantamentos internacionais e de 2,3%
nos nacionais.
Tendo em conta os primeiros
nove meses de 2014, a variação
homóloga nos levantamentos
foi de +3,0% na Madeira e de
+1,2% no país.
Nas compras em TPA verificaram-se aumentos homólogos no trimestre em referência tanto na Madeira (+3,4%)
como no país (+7,4%). Entre
janeiro e setembro deste ano,
a Região registou um crescimento de 3,9% nas compras
em TPA, igualmente inferior ao
observado no país (+6,1%).
Passando para uma análise por município, é de assinalar que o maior incremento nos
levantamentos nacionais nos
primeiros nove meses do ano
de 2014 registou-se na Ponta
do Sol (+14,3%) e a maior quebra na Ribeira Brava (-2,3%).
No Funchal, a variação foi de
+1,7%.
Entre janeiro e setembro
de 2014 observaram-se crescimentos homólogos em todos
os municípios no capítulo dos
levantamentos internacionais e
nos pagamentos. No Funchal,
as variações foram de +3,9% e
+7,6% respetivamente.
Nas compras através de TPA,
a maior subida nos primeiros
nove meses de 2014, comparativamente ao mesmo período
do ano passado foi em Santana
(+46,8%) e a maior quebra na
Ponta do Sol (-8,9%). No Funchal observou-se um aumento
de 3,5%. l J.A
Operador Luxemburguês lança rota para a Região
Disponibilizando 8556 lugares.
Na semana passada, um
grupo de jornalistas – proveniente do Luxemburgo,
França e Alemanha – visitou a Região, no âmbito da
nova operação lançada pela
LuxairTours. A deslocação
foi promovida pela Associação de Promoção da Madeira,
em conjunto com o operador
turístico luxemburguês e com
a companhia aérea Luxair,
tendo por parceiros locais o
Reid’s Palace e a Full Services, representante regional da
LuxairTours. Esta visita teve
por objetivo promover a nova
48,2
rota para a Região, que será
desenvolvida em duas fases,
contemplado as temporadas
de inverno e verão. No total,
o operador turístico tenciona
disponibilizar 8.556 lugares
para a Madeira.
Os voos serão realizados
todas as segundas-feiras, com
um 737-800, com capacidade
de 186 lugares.
A operação de inverno
2014/2015 desenvolver-se-á
de 22 de dezembro a 30 de
março, ao longo de 15 semanas, com um total de 2.790
lugares disponíveis.
Já a operação de verão
decorrerá de 6 de Abril a 2 de
Novembro, durante 31 semanas, o que equivale a um total
de 5.766 lugares.
A organização desta press
trip foi proposta pela Associação de Promoção da Madeira,
durante um workshop organizado pela Luxair em Agosto, e prontamente aceite pelo
vice-presidente de Marketing
da Luxair e pelo vice-presidente de Marketing e Vendas
da LuxairTours, que acompanharam o grupo de jornalistas na visita à Madeira. Esse
workshop, dirigido a agentes
de viagens belgas e luxemburgueses, contou a participação da AP-Madeira, de oito
hotéis/grupos hoteleiros da
Madeira e do agente local da
Luxair.
Importa referir que, paralelamente a esta viagem e no
sentido de promover o destino Madeira nos mercados-alvo desta operação, a LuxairTours dedica à Região 16
páginas da sua brochura de
inverno, dando a conhecer
os diversos pacotes disponíveis para a Madeira e Porto
Santo. No material promocional deste operador turístico, a Madeira é descrita
como a “Ilha da eterna Primavera” e como um “destino
popular mesmo no Inverno”.
A beleza da paisagem e as
inúmeras atividades ligadas
à natureza também merecem
destaque.
A promoção da Região no
Luxemburgo tem também o
apoio da AP-Madeira, que
apostou, em conjunto com
a Luxair, numa campanha
publicitária, tendo em vista a
promoção do novo voo. l J.A
No 3º trimestre de 2014, as vendas de cimento na RAM ascenderam a 48,2 mil toneladas, refletindo um aumento de 34,9% face ao
trimestre homólogo de 2013. Se comparamos com o trimestre anterior (2º trimestre de 2014), a variação é igualmente positiva, de 5,2%.
Mercado de Usados
O Mercado de Usados está de volta à Praça do Mar entre os dias 22
a 26 de outubro. No total serão cerca de oito concessionários automó-
veis e multimarcas que apresentam
mais de uma centena de automóveis,
de várias gamas, com preços imbatíveis.
A exposição está aberta ao público
hoje, a partir das 14h00, e amanhã e
domingo a partir das 10h00.
No último dia de exposição, pelas
20h00, terá lugar um sorteio entre
os compradores efetivos, com a atribuição de vários prémios, no montante global de 1.100 €.
Campanha Vamos Colorir o Centro do Funchal
A ACIF-CCIM e a Associação
Regional de Educação Artística estabeleceram uma parceria no sentido
de decorar as montras dos estabelecimentos comerciais, na época natalícia, localizados no centro do Funchal, com a colaboração dos alunos
das escolas do 1º ciclo da RAM e das
instituições da educação especial,
sob a orientação dos professores de
educação artística.
Esta Associação foi responsável
pela Semana Regional das Artes e
pela Exposição Regional de Expressão Plástica, este ano realizada em
junho, sob o tema Transforma –
Intervenção de Arte Urbana, onde
cada escola foi desafiada a 'vestir de
arte' uma das árvores da Avenida
Arriaga e Avenida Zarco, cujo resultado foi um verdadeiro espetáculo de
arte urbana.
O que se pretende com este próximo desafio é colocar a criatividade dos alunos, com a orientação dos
professores e da Associação Regional de Educação Artística ao serviço do comércio urbano, com o intuito de valorizar as montras das lojas
e cativar a população e os inúmeros
turistas que nos visitam nesta altura do ano.
Desta forma, propomos a adesão
dos estabelecimentos comerciais de
três formas distintas:
Decoração de Montra
Cada estabelecimento comercial
participante terá uma escola responsável pelo projeto de decoração da
sua montra. Numa primeira fase, até
ao dia 10 de novembro, será apresen-
tado um projeto ao estabelecimento
comercial de acordo com a dimensão
da sua montra, tipologia do produto que vende e montante máximo que
pretende disponibilizar para a compra
dos materiais.
Após este projeto de decoração ser
aprovado pelos responsáveis da loja,
os alunos darão início à execução do
mesmo, estando prevista a montagem
de toda a decoração de montras na
semana de 1 a 5 de dezembro.
Decoração de árvore de Natal
colocada à porta do estabelecimento
Neste caso cada estabelecimento
comercial terá uma escola responsável pelo projeto de decoração da árvore de Natal, seguindo-se os mesmos
trâmites do projeto de decoração de
montra. Cada estabelecimento comercial, para além de comparticipar o
valor dos materiais necessários para o
projeto de decoração, terá igualmente que se responsabilizar pela colocação da árvore à porta do seu estabelecimento.
Decoração de árvore de Natal
colocada na rua
No caso de haver um conjunto de
lojas que queiram partilhar custos
com os materiais e com a árvore de
Natal, poderão optar por colocar uma
árvore num sítio que seja considerado
estratégico e que beneficie todo o grupo de lojas da rua.
As candidaturas deverão ser enviadas para a ACIF, por fax (291 206
868), ou email ([email protected]) até
ao dia 21 de outubro.
24 opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
DIVAGANDO...
João Henrique Gonçalves
RICARDO FREITAS
Advogado
Dirigente sindical
A Comissão Juncker
Fazer pela vida ...
O novo Presidente da Comissão
Europeia Jean-Claude Juncker, apresentou a sua equipa e o novo formato da próxima Comissão Europeia.
( toma posse no dia 1 de Novembro
próximo).
Depois de a União Europeia ter
atravessado um dos períodos da sua
história em que mais foi posta à prova,
um dos maiores desafios será convencer os cidadãos que as coisas podem
mudar. Para que essa mudança se
concretize, a Comissão tem de estar
aberta a reformas. A nova Comissão Europeia deverá concentrar‑se em
solucionar os grandes desafios políticos que se colocam à Europa: reinserir as pessoas no mercado de trabalho com empregos dignos, desencadear novos investimentos, garantir
que os bancos concedem novamente empréstimos à economia real, criar
um mercado digital interconectado e
uma política externa credível e garantir que a Europa é autónoma em termos de segurança energética. A nova
forma como a Comissão será estruturada reflete estas Orientações Políticas, com base nas quais Jean‑Claude Juncker foi eleito pelo Parlamento Europeu.
Barroso, que nos últimos dez anos
desconstruiu sistematicamente a
União Europeia, concretamente o que
de bem tinha feito Delors, vem no seu
discurso de despedida veio dizer que
nos seus 10 anos à frente da Comissão Europeia muitas crises. Defendeu
que apesar de dizerem que acredita na
austeridade, sempre fez apelos para
maior solidariedade entre os Estados
e tentou promover o crescimento através do investimento público.
Destas crises que refere muitas
foram criadas pelo próprio por incompetência, indecisão e por fretes ao
Estados Unidos da América.
Adepto feroz da contenção orçamental como defende a Srª Merkel,
de quem aliás foi pau mandado, foi
com ela os responsáveis da lamentável
crise em que nos encontramos . Auf
Wiedersehen ! como ele teve o cuidado de referir. Ficamos livres de um
idiota que fez mais mal do que bem.
E teve ainda tempo para dizer que
“ a que acção da Comissão que chefiou – uma das organizações que compunha a troika que atuou em vários
países – optou durante o pico da crise pela “discrição”. “Não quis que a
Comissão fizesse parte da cacofonia.
Fizemos tudo com os instrumentos
que tínhamos para evitar a fragmentação do euro”, assegurou no plenário em frente aos eurodeputados que
enfrentou pela última vez. Essa discrição, segundo o próprio, fez com
que muitas vezes lançasse apelos dramáticos a “algumas capitais” em nome
da solidariedade e apelos aos países
pobres para “mais contenção.”
Em discurso directo: “Eu sei que as
politicas da UE têm sido apresentadas
como apenas austeridade, mas isso é
uma caricatura”, defendeu o Barroso, culpando as tais capitais europeias
por essa falta de vontade. “Pedimos
aos estados que fizessem mais investimento. Se não houve, não foi por causa da oposição da Comissão e do PE,
mas sim de algumas capitais europeias”, repetiu durante o seu discurso final.
De alguma forma explicou, estando de saída que foi indeciso, uqe foi
incompetente e que nos deixou na
penúria.
O Presidente Juncker que aí vem, e a
quem deve dar-se , por agora, o benefício da dúvida, até por declarações suas
recentes, entrevistou todos os comissários indigitados pessoalmente e está
convencido de que uma equipa forte e
experiente pode, trabalhando em conjunto, apresentar resultados de forma
mais eficaz, segundo afirma.
Jean-Claude Juncker declarou:
«Nesta época sem precedentes, os
cidadãos da Europa querem ver resultados. Após anos de dificuldades económicas e de reformas muitas vezes
dolorosas, os europeus querem uma
economia que funcione, empregos
sustentáveis, mais proteção social,
fronteiras mais seguras, segurança
energética e oportunidades digitais.
Apresento hoje a equipa que vai colocar de novo a Europa na via do emprego e do crescimento. Na nova Comissão Europeia a forma obedece à função. Devemos estar abertos à mudança; temos de mostrar que a Comissão
pode mudar. O que vos apresento hoje
é uma Comissão Europeia política,
dinâmica e eficaz, orientada para dar
um novo começo à Europa. Atribuí
pastas a pessoas, não a países. Estou a
colocar 27 jogadores em campo e cada
um deles tem um papel específico a
desempenhar – esta é a minha equipa vencedora.»
A ver como se sai, para nosso bem!
Fontes: Comissão europeia e página
oficial do Presidente Juncker.
Muitas vezes ouvi a expressão
“fazer pela vida”. Regra geral, essa
frase, era dita no sentido de um indivíduo esforçar-se em trabalhar. E,
a mais das vezes, dando a indicação
de que esse esforço era realizado com
um misto de necessidade e de perda
da realização de uma outra actividade que lhe daria melhor satisfação e
compensação.
Este “Fazer pela vida” é, contudo,
em alguns casos utilizado num outro
sentido. No sentido da oportunidade
e de oportunismo que certos energúmenos utilizam como expressão, de
algo pouco ético, que roça uma vontade de agir na fronteira da legalidade, ou mesmo no âmbito da eventual corrupção.
Ao ter conhecimento do “voluntariado” de Passos Coelho na sua presidência da ONG aquando a sua última
passagem no parlamento nacional,
num período de juventude, é certo,
levou-me a recordar a tal frase “fazer
pela vida...”.
Quando as explicações sobre os rendimentos auferidos foram realizadas e
disseram-nos que não teria auferido quaisquer rendimentos, dignos de
declaração fiscal, aceitei como válidas.
Quando não foi capaz de indicar os
montantes que terá recebido a título
de ajudas de custo ou de despesas de
representação, lamentei, mas espero
que possa, em breve, recordar melhor
esse “pormenor”. Quando os procedimentos parlamentares do processo de
apoio à integração na vida activa, que
então havia, (só acabou no tempo de
Sócrates) prefiro deixar para a comissão de ética da Assembleia da República, o entendimento adequado.
O que me incomoda, verdadeiramente, são as características que
envolvem a empresa para a qual Passos Coelho trabalhou e a actividade da
ONG, que dirigiu e fundou.
Aparentemente, o FAZER PELA
VIDA dessas organizações, era o aproveitamento dos fundos comunitários,
à disposição de acções de formação,
tivessem ou não a melhor qualidade e pertinência e a criação de uma
ONG (organização não governamental) que serviria para “abrir umas
portas”, segundo um responsável da
empresa para a qual Passos Coelho
trabalhou, após a sua saída da Assembleia da República.
Conheço outros casos semelhantes,
mas nunca tinha assistido a que excolaboradores dos ditos, chegassem e
exercessem o cargo de PM.
Confesso o meu incomodo quando, numa semana onde foi conhecido o prémio Nobel da PAZ, que, desta vez, até me parece merecido, dado
contemplar a jovem MALALA, exemplo de coragem e de defesa dos direitos humanos, das crianças, jovens e
mulheres, onde o direito ao ensino
e ao conhecimento é algo de bem
maior.
Este exemplo de MALALA, é, sim,
uma expressão maior do FAZER PELA
VIDA.
Sonho que possamos, no nosso dia
a dia, saber honrar as acções exemplares daqueles que, com as suas acções
e procedimentos, nos indicam o caminho certo da acção ética e moral, que
a sociedade reclama.
Com igual desejo, espero que,
colectivamente, possamos desviar-nos
daqueles que actuam num universo de
oportunismo e que transpiram valores
distantes do bem comum.
Se é sabido que se pode mudar e
que a redenção pode ser atingida,
também é certo que para tal é necessário expressar em actos, em acções,
essa mudança. O silêncio e as omissões não são paliativos para a ética, que nos falta. Mesmo a convicção liberal mais ideológica não justifica a ausência de um comportamento
exemplar e uma transparência de procedimentos. Passos Coelho tem muito
a aprender. Nós, cidadãos, também,
pelo menos a sermos exigentes com
aqueles que escolhemos…
É tempo de FAZERMOS PELA
VIDA, no bom sentido, claro.
desporto
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
25
Desde 1952 perto do mar
e dos madeirenses
www.clubenavaldofunchal.com
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Atualidade
Maratona pelo mar
O Naval organiza, em duas
semanas consecutivas, eventos desportivos internacionais que promovem o mar
da Madeira como destino de
excelência para as atividades náuticas, principalmente
durante as estações mais frias.
Esta é uma missão que abraçámos, desde há alguns anos
a esta parte, com a convicção
de que o mar que nos rodeia
está cheio de oportunidades, aos mais diversos níveis.
Assim, depois de medalhados olímpicos e campeões do
Mundo e da Europa na canoagem, teremos este sábado
mais campeões, um pouco de
todo o “Velho Continente”, a
nadar nas nossas águas, noutra modalidade olímpica cuja
prática está em franco crescimento. Estas duas iniciativas, ambas inéditas na nossa
ilha, surgiram precisamente
para colocá-la no mapa internacional destas modalidades,
e pretendem assumir-se como
cartaz desportivo-turístico no
futuro, pois acreditamos num
boa resposta dos participantes forasteiros às condições
infraestruturais que encontram, quer em termos logísticos e, principalmente, naturais. Por outro lado, uma e
outra modalidades são bem
conhecidas dos madeirenses,
pelo que pretende-se alavancar a sua prática. Julgamos
que faltam mais eventos de
qualidade na Madeira para
atrair os diferentes nichos de
mercado ligados às atividades náuticas, desde o mergulho à vela, desde logo porque
o turismo é a nossa principal fonte económica e o mar a
melhor e maior infraestrutura que temos, disponível todo
o ano e de fácil de manter.
Aproveite o bom tempo previsto para amanhã e assista
à Swim Marathon na Quinta Calaça.
Bom fim de semana
Mafalda Freitas
Presidente
Crónica
Do sonho à realidade em 2014
Com muito esforço, paciência e trabalho, não esquecendo
de agradecer aos sócios, colaboradores, amigos e patrocinadores, conseguimos entre
todos ajudar o nosso velejador e amigo Élvio Barradas.
O projeto, “Acção Qualidade de Vida – Pratica Desportiva” promovido pela Associação Salvador possibilitou
através de uma candidatura
a aquisição de uma cadeira
de rodas com características
específicas (peso, material e
estrutura) que vão permitir
uma deslocação, mobilidade
e autonomia essencial para
o seu futuro, como atleta e
como pessoa com deficiência.
Esta candidatura que se
iniciou pelo treinador/professor Pedro Correia coadjuvado pela Drª Filipa Fragoeiro
(Coordenadora. CAO Câmara de Lobos) e do Clube Naval
do Funchal foi possível obter
com sucesso o financiamento total. Agora aguardamos
a entrega do equipamento e
com ele realizar um evento de
agradecimento, com data ainda a agendar.
O SONHO CONTINUA…
A continuidade do projeto “Vela para todos” promovido anualmente no CNF tem
conseguido “sobreviver” com o
apoio e recursos de várias enti-
dades e pessoas, destacandose desde logo o Clube Naval
do Funchal, a A.A.P.N.E.M. –
Associação dos Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais da Madeira e a S.R.E.C. –
Secretaria Regional da Educação e Cultura também com o
papel especial na cedência dos
transportes prestados aos atletas, pelos serviços de transportes e motoristas, assim como
com a colaboração do S.T.A.O.
– Serviço Técnico de Atividades Ocupacionais na cedência
do professor/treinador Pedro
Correia do C.A.O.Funchal Santo António.
Assim para a nova época é
objectivo:
- A Integração de novos
atletas, para aumentar a
equipa/frota;
- A candidatura ao Mérito
GANHE UM VOUCHER NAVAL
Em que ano se realizou a 1ª edição
da regata Canárias – Madeira em barcos
de vela de cruzeiro, e quem venceu?
Desportivo – Desporto para
todos do IPJD;
- Criar um portefolio, com
experiências, de modo a fazer
uma promoção nas escolas do
Funchal;
- Alargar a visibilidade da
equipa de Vela Adaptada,
arranjando mais patrocínios
aos atletas, ao CNF
- Participação com os atletas e embarcações no evento
da Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais, 2 a 12 dezembro 2014;
- Dar continuidade ao projecto “ON TOUR” com saídas
á Calheta e Machico, e apelar à participação de novas
instituições
Esperamos puder contar
com a vossa colaboração
Pedro Correia
Treinador de Vela
adaptada do CNF
26 desporto
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Madeira Island International Swim Marathon busca prestígio
Nadando para a Liga Europeia
A Madeira Island International Swim Marathon, que
amanhã disputar-se-á na
Quinta Calaça, reunirá cerca
de 150 participantes, 66 dos
quais forasteiros, entre portugueses, alemães, ingleses e
franceses. Realce para a presença das Seleções Nacionais
de França e de Portugal, não
só para participar na competição como para realizar um
estágio. Em termos individuais, destaque para o francês Axel Reymond, Campeão
da Europa dos 25 km, Vasco Gaspar, melhor português
da atualidade, 14.º classificado no Campeonato do Mundo, o inglês Jack Burnell, 6.º
classificado no Campeonato
da Europa, Mário Bonança
e Angélica André, Campeões
Nacionais.
Mafalda Freitas revelou
ambição. «O objetivo é que
esta prova integre em 2015 a
Liga Europeia de Natação de
Águas Abertas», anunciou a
Presidente do Naval, otimista na boa resposta dos participantes a esta primeira edição.
«A distância olímpica é de
10 km e é nela que reside um
nicho de mercado a explorar,
dada a escassez de lugares
A apresentação da Madeira Island International Swim Marathon contou com a presença de Rui
Anacleto, Diretor Regional da Juventude e Desporto, Dorita Mendonça, em representação da Direção
Regional do Turismo, Duarte Oliveira, Chefe de Divisão do Desporto da CMF, Avelino Silva, Presidente
da ANM, e João Pontes, Diretor da Liberty Seguros, para além de Mafalda Freitas, Presidente do Naval,
Ivan Abreu e Carla Patrícia Telo, Coordenador e Madrinha do evento, respetivamente..
na Europa que possibilitem o
treino com as condições que
a Madeira oferece no inverno, com uma temperatura da
água e serviços de apoio, quer
logísticos quer turísticos.»
Na verdade, a natação
de águas abertas integra o
programa olímpicos desde
Pequim 2008. Esta variante
remonta às origens da natação, quando não havia piscinas, destacando-se a nível
internacional a travessia ao
Canal da Mancha. «Pretendemos fazer crescer esta prova e naturalmente o número
de praticantes desta variante
na ilha. Afinal, a infraestrutura desportiva está disponível
todo o ano e é gratuita», completou Mafalda Freitas.
Dorita Mendonça enalteceu o alcance da iniciativa do
Naval. «Já chamámos a atenção de atletas internacionais
para este evento e esperemos
que esta seja a primeira de
muitas edições. Para o Turismo da Madeira este é daqueles eventos que gostamos de
apoiar, porque promove a
Região como um destino ativo e aproveita dois grandes
fatores, que temos cada vez
mais de valorizar, o mar e o
clima», argumentou a Diretora de Promoção Turística.
Rui Anacleto elogiou a atitude do Naval. «Nota-se que
há aqui um grande entusiasmo no que respeita ao papel
que um clube deve desempe-
nhar. Este evento trará promoção turística, tem qualidade e deve merecer um apoio
de qualidade, pois trará retorno à Madeira. Reúne todas as
condições para ser encarada
com prioridade pela DRJD»,
relevou o Diretor Regional.
A competição realizar-se-á
sábado, na Quinta Calaça, a
partir das 9h15, hora de partida para a prova de 5 km.
Seguir-se-ão as provas de 5 km
Masters (9h20), 1.500 metros
(11h30) e 10 km (14h30). A
entrega de prémios está agendada para as 18h30 e precederá o jantar de encerramento. Nota para o “prize-money”
da prova de 10 km: 300 euros
para o vencedor, 200 e 100
euros para os 2.º e 3.º classificados, respetivamente.
Esta primeira prova de
âmbito internacional de águas
abertas na Madeira, é organizado pelo Naval em conjunto com a FPN e ANM, com os
apoios do Turismo da Madeira, Liberty Seguros e do Hotel
Baía Azul, bem como parcerias institucionais com a
DRJD, Câmara Municipal do
Funchal, Marinha Portuguesa, IPJD e Portos da Madeira.
AquaLoja, AL Comunicação,
ECM, Desenquadrado, Gesba
– Bananas da Madeira, Vinho
Pereiras d’Oliveira, Auto-Jardim, Avasad, Insular e Yellow
Bus foram outras empresas
que acreditaram neste projeto. l
meiro lugar.»
No 2.º lugar, a aproximadamente 1 minuto e 12 segundos do vencedor, classificouse Walter Bouzan. O espanhol, Campeão do Mundo de Maratonas por duas
vezes, não estava insatisfeito com a sua prestação. «Foi
uma prova muito dura, estava calor e as condições não
foram sempre iguais durante o percurso para poder surfar. Mas foi muito bonita e
competitiva. Um minuto de
diferença numa distância destas não é nada, porque bastam 4 ondas que possas surfar para recuperares esse tempo», analisou.
Mafalda Freitas não escondeu a sua satisfação pela forma como esta primeira edição
da Madeira Ocean Race decor-
reu. «Foi uma aposta ganha e
um desafio concretizado em
organizar esta prova num
curto espaço de tempo. Mais
uma vez as pessoas acreditaram num nosso projeto, tivemos muitas entidades públicas e privadas que desde logo
nos apoiaram, entre as quais
a Câmara Municipal da Calheta, que foi fundamental, bem
como a VMT Madeira, que
proporcionou um acompanhamento da prova em catamaran por parte de cerca de
60 pessoas. Os participantes
estão satisfeitos, não apenas
com a organização mas também com as condições que
encontraram na Madeira, por
isso estamos orgulhosos e só
queremos repetir», vincou a
Presidente do Naval. l
Cirilo Borges
Campeão da Europa foi o mais forte na Madeira Ocean Race
La Roux não deu hipótese
Benoit La Roux venceu a
Madeira Ocean Race. O Campeão da Europa de Surfski
não deixou os seus créditos
em mãos alheias e completou os 27 km, entre a Calheta e o Funchal, no tempo de
2:05;09.20. O francês até
começou mal a prova, pois
logo na partida, na corrida até
à sua embarcação, na praia,
cortou-se num pé. «Tive azar!
Doeu bastante, mas depois de
ter entrado no barco e começado a pagaiar, esqueci a dor;
quando estamos em competição esquecemos tudo e concentramo-nos no que temos a
fazer», contou La Roux, mostrando a pedrinha que lhe
causou transtorno. «Foi uma
corrida dura. Julgava que
tinha começado bem, mas 10
minutos depois dei-me con-
ta que estava lento porque
estava a ser ultrapassado, foi
quando vi que tinha algo preso à embarcação que me estava a atrasar. Tive de sair do
barco para tirar o objeto, mas
fi-lo muito depressa. Depois
fui recuperando lugares, mas
custou muito, só a uns 5 km
da meta é que cheguei ao pri-
Benoit La Roux festejou a vitória na Madeira Ocean Race.
opinião
Eduardo Luís
Reflexologo e presidente Ordem
Mundial de Reflexologia
[email protected]
Aromaterapia
na Reflexologia
É o nome moderno do
antigo conhecimento de como
tratar doenças e melhorar a
saúde pelo uso de ingredientes aromáticos naturais. Essas
substâncias, chamadas óleos
essenciais, encontram-se em
ervas, plantas, frutos e na casca, raiz ou resina e diversas
arvores.
Os óleos essenciais dão o
aroma a planta mas contém
também dezenas de subs-
tâncias químicas complexas,
que parecem ser eficazes para
tudo, desde embelezar a pele
ou acelerar a cura, até fazernos adormecer ou atenuar
uma enxaqueca.
Os óleos essenciais são tão
mágicos e complexos, que
ninguém realmente sabe o
que eles são. Os românticos e
os entusiastas dizem que são
a força vital da planta, equivalente ao espírito humano.
Certos investigadores afirmam serem os óleos essenciais uma mistura de com-
ponentes orgânicos como
acetonas, terpenos, ésteres,
álcoois e centenas de outras
moléculas.
Casos práticos que podemos
sentir e ver os resultados.
Inalação de óleos essenciais
é uma das melhores maneiras
de tratar a tosse e resfriados.
Devemos deitar gotas de óleo
numa tigela de água a ferver, cobre-se a cabeça com
uma toalha debruçamo-nos
sobre o vapor, aspirando profundamente durante alguns
minutos.
Depressão- os melhores
óleos são: alfazema, ilangueilangue (relaxam e levantam
o animo), jasmim, bergamota (dão energia e levantam
o animo) incenso (reforça a
autoconfiança), mirra afasta
a (depressão)
Dores nas costas- Devemos
usar os óleos: cânfora, eucalipto, manjerona, pinheiro,
alecrim, tomilho (relaxantes
musculares)
Joanetes- Devemos ter
atenção aos sapatos apertados. Os melhores óleos são:
hortelã-pimenta (refrescante, calmante), cipreste (antiinflamatório), limão (estimulante da circulação).
Má circulação- Devemos
usar os seguintes óleos: hortelã-pimenta, alecrim, ilangueilangue
Pé-de-atleta - Os melhores
óleos são: alfazema, erva-limão, bétula (anti-inflamatório, calmante)
Para pés doridos- 3 gotas
de eucalipto e 2 gotas de
camomila
Para músculos tensos-5
gotas de pinheiro, 7 de alfazema e 3 de eucalipto em 60ml
de óleo de amêndoas doces.
Para relaxamento dos
pés- 5 gotas de óleo essencial em 30 ml de óleo base
(amêndoas)
Para pés frios e má circulação- 3 gotas de eucalipto e
3 gotas de gengibre em 30 ml
de azeite
Para calosidades e pele
áspera-3 gotas de alfazema
e 3 de sândalo em 30 ml de
azeite
Para pé-de-atleta, verrugas
e calos – 3 gotas de limão e 4
de salsaparrilha australiana
em 30 ml de azeite
Para dar energia – 2 gotas
de hortelã-pimenta, de alecrim e de erva-limão em 60ml
de óleo de amêndoas doces
Suor excessivo nos pés –
27
6 gotas de erva – limão ou 4
gotas de bergamota
Queimaduras – devem usar
alfazema (calmante, curativo,
e anti-sépticos) ou camomila
que é (curativo)
Para insónias- 2 gotas de
ilangue-ilangue ou alfazema
ou 3 gotas de camomila
Retenção de líquidos- alecrim, (diurético), cipreste (alivia o edema pré-menstrual)
Reumatismo- deve usar
os óleos que façam reduzir a
inflamação, relaxar os tecidos
e aquecer os músculos, então
devemos usar alfazema, alecrim, zimbro, cipreste, eucalipto ou lima
Os melhores óleos bases
são: óleo de amêndoas, (para
peles normais, inchadas ou
sensíveis), azeite para (peles
rugosas), amendoim (para
peles secas), óleo de gérmen
de trigo (para cicatrizes).
Para mais informações
ligue para o Centro Reflexologia da Madeira .
Boas caminhadas e não
ponha seus pés por mãos
alheias.
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TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
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28 sociedade
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO
DE SUSANA LOPES TEIXEIRA,
(Notária em Substituição, por Deliberação da Ordem dos Notários),
SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FUNCHAL
TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607
E-mail: [email protected]
PUB
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 32
do Livro de Notas número 14-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura
de Justificação Notarial, na qual José Avelino Rodrigues Betencourt, NIF
103 968 881, natural da freguesia de São Martinho, concelho do Funchal e mulher
Irene Ferreira de Araújo Betencourt, NIF 183 405 099, natural da freguesia
e concelho de Santa Cruz, onde residem na Estrada dos Moinhos, 55, casados
no regime da comunhão geral, se afirmam donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrem, do prédio rústico, terra e benfeitorias, composto de pastagem
artificial permanente, e de cultura arvense de sequeiro, com a área de setecentos
e quarenta metros quadrados, ao sítio da Lombada, freguesia de São Martinho,
concelho do Funchal, a confrontar pelo Norte com Avelino Rodrigues, Sul com a
Levada dos Piornais, Leste com Aurélio Pereira Afonseca e Oeste com Herdeiros de
Adelaide Jesus Freitas, inscrito na matriz cadastral sob o 3/006 da Secção “V”
prédio que não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal.
Declararam para os efeitos previstos no artigo 112º. número 4, do Código do Registo
Predial, que o prédio acabado de identificar, não tem qualquer relação, por não ser o
mesmo, com os prédios semelhantes descritos na Conservatória do Registo Predial
do Funchal, sob o número dezoito mil novecentos e quarenta e cinco a folhas cento
e trinta e nove do Livro B-cinquenta – freguesia de São Martinho, e cento e três a
folhas duzentos e oito verso do Livro B-primeiro da extinta do concelho.
Que os justificantes adquiriram o referido prédio, através da doação meramente
verbal, feita no ano de mil novecentos e noventa, feita pelos pais do justificante
marido, Manuel Rodrigues Bettencourt e mulher Maria Rodrigues, casados no
regime da comunhão geral e residentes que foram ao dito sítio da Lombada.
Que os justificantes estão, assim, na posse do identificado prédio, em nome
próprio desde o referido ano posse esta pública, pacífica e de boa fé, contínua e
ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios
de um proprietário e cultivando e colhendo os respectivos frutos.
Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade do identificado prédio a título
originário – por usucapião.
Está conforme o original aqui narrado por extracto.
Funchal, vinte e um de Outubro de dois mil e catorze.
P’la NOTÁRIA,
(Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/08).
CARTÓRIO NOTARIAL DE
SUSANA
LOPES TEIXEIRA
Av. Nova Cidade, nº 19 – r/c
9.300 – 113 – CÂMARA DE LOBOS
Telef. 291 942 116 – Fax 291 941 629
E-mail: [email protected]
(publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014)
Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 11 do Livro de
notas para escrituras diversas número 94-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de
Justificação Notarial, na qual, AGOSTINHO AGUIAR FERNANDES, NIF 139 073 841 e mulher
BENVINDA DOS ANJOS PEREIRA DE ABREU AGUIAR, NIF 135 360 595, casados sob o
regime da comunhão de bens adquiridos, ambos naturais da freguesia da Quinta Grande, concelho
de Câmara de Lobos, onde residem no Caminho do Areeiro, número 8, se afirmam donos e legítimos
possuidores, com exclusão de outrem, dos dois prédios rústicos, ambos localizados no Sítio da
Igreja, freguesia da Quinta Grande, concelho de Câmara de Lobos, a saber:
I) – um com a área de duzentos e quarenta e sete metros quadrados, composto por cultura
arvense de regadio, a confrontar pelo Norte com Estrada Professora Alice, Sul com os ora
justificantes Agostinho Aguiar Fernandes e mulher Benvinda Dos Anjos Pereira De Abreu Aguiar,
Leste com João Zacarias Rodrigues e Oeste com Francisco Rodrigues, inscrito na matriz cadastral
respectiva sob o artigo 22/000 da Secção “MM”, e descrito na Conservatória do Registo
Predial de Câmara de Lobos sob o número oitocentos e dois – da freguesia da Quinta
Grande, onde se acha registada a aquisição favor de João Gonçalves Ponte e mulher Celina de
Andrade, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes no dito Sítio da Igreja pela
apresentação vinte e nove de mil novecentos e noventa e oito barra zero três barra treze.
II) - outro com a área de cento e trinta e cinco metros quadrados, composto por cultura arvense
de regadio, a confrontar pelo Norte com Francisco Rodrigues, Sul, Leste e Oeste com os ora
justificantes Agostinho Aguiar Fernandes e mulher Benvinda Dos Anjos Pereira De Abreu Aguiar,
inscrito na matriz cadastral respectiva sob o artigo 23/000 da Secção “MM”, prédio que não
se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos.
Declararam ainda que, para os efeitos previstos no artigo 112.º número 3, do Código do Registo
Predial, o prédio acabado de identificar em II), não tem qualquer relação, por não ser o mesmo, com
o prédio semelhante descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos sob o número
quarenta e dois mil trezentos e sessenta e seis, a folhas cento e dezasseis do
Livro B – Cento e Vinte e Dois, da freguesia da Quinta Grande.
Que os primeiros outorgantes, ora justificantes, adquiriram os prédios atrás identificados, no
ano de mil novecentos e noventa e três, já no estado de casados, por compra verbal não titulada,
feita a José Fernandes de Freitas e mulher Leonor de Jesus Rodrigues, casados sob o regime da
comunhão geral de bens e residentes em Barutas, Caracas, Venezuela.
Que os justificantes estão na posse dos identificados prédios, em nome próprio, há mais de
vinte anos, posse esta pública, pacífica e de boa fé, exercida contínua e ininterruptamente à vista de
todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário, cultivando-os e colhendo
os respectivos frutos.
Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade dos identificados prédios a título originário
– por usucapião.
Está conforme o original aqui narrado por extracto.
Câmara de Lobos, nove de Outubro de dois mil e catorze.
P’la NOTÁRIA,
(Gilda Carvalho da Silva Nunes – autorização datada de 05/02/2014, válida até 05/02/2015,
inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/12).
Turismo Rural na RAM
com pouca procura
O PNR Madeira defende que “é necessário
mais e melhor promoção ao Turismo Rural”
Segundo dados da Direcção Regional de Estatística,
70 por cento da oferta em
Turismo Rural na RAM, continua por preencher e não tem
qualquer tipo de procura.
Na opinião do PNR Madeira “esta é uma falha imperdoável da secretaria regional do Turismo e Transportes, que não tem feito nada
para impulsionar o turismo rural e a costa norte da
Madeira”.
Fábio Henriques defende: “Nas feiras internacionais
que tanto Conceição Estudante apregoa, não é feito qualquer tipo de promoção ao
nosso turismo rural, nem é
feita qualquer acção no sentido de mostrar as riquezas
que a nossa grande área rural
pode oferecer ao visitante.
Nomeadamente o clima ameno, as paisagens deslumbrantes, as levadas, a segurança,
os produtos tradicionais destas zonas rurais, bem como
demonstrar a qualidade dos
estabelecimentos rurais, que
na opinião do nosso partido
são de primeira linha.”
Continua: “O Governo
Regional tem, de uma vez por
todas, de deixar de ostracizar as zonas rurais e os seus
empresários, porque só com
uma atitude activa pode-se
construir um mercado fantástico de turismo rural, e assim
também aumentar o emprego nestas zonas, evitando ao
mesmo tempo a saída dos
mais jovens destas zonas.”
Apontou ainda: “Com
uma aposta firme de promoção deste género de turismo, nomeadamente com promoção nas feiras internacionais, nas feiras no continente e com uma aposta firme
em incentivos de constituição de novas unidades deste
género, pode-se criar também
toda uma envoltura que permita também a abertura e a
manutenção do comércio tradicional e da restauração nestas zonas.”
O PNR Madeira é da opinião que “com este ostracismo do Governo e mesmo das
Câmaras destas zonas, se está
a desperdiçar um mercado
que pode ser mesmo a marca
de diferença da Madeira em
relação a outros destinos de
férias”. l SS
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Deputada Municipal
do PAN na Assembleia
Municipal do Funchal
Uma (v)ida à volta
do mundo... ?
O Adelino tem 55 anos e
é de Setúbal. A primeira coisa que me chamou a atenção,
foi a sua bicicleta (reconheci
aquele meio de transporte de
qualquer lado...?) e de imediato, os meus olhos procuraram o dono de tão
engraçado objecto, aparelhado de tudo e mais alguma coisa. Depois, depareime com uma banca cheia de
recortes de jornal, entrevistas suas, mapas com trajectos
percorridos, fotografias...
Este homem, é um globo-trotter e já há vinte e
nove anos que vagueia por
todos os continentes: América (Estados Unidos, Chile e Brasil), África (Senegal, Guiné-Bissau), Europa e agora, desde Dezembro
que está no Funchal.
Querem saber mais? O Adelino partiu no dia 7 de Outubro de 2003 de Portugal para
fazer a volta da Europa de bicicleta, e assim entrar no Livro
do Guinness: em 11 anos, já
vai na terceira volta ao continente - tem 67.000 Km nas
pernas, o homenzinho!
...Tinha tantas perguntas
para lhe fazer, mas percebi
que não tenho jeito nenhum
para entrevistadora...reagia
com demasiada emoção ao
que me contava...!!
Bem, mas lá me contou
que, para além do orgulho
de bater um recorde, o que o
atraíu nesta opção de vida, foi
também a aventura de viajar
solitário.
A vida não é fácil, mas
Empresa proprietária:
O. L. C. - Audiovisuais,
TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda.
Contr. n.º 509865720
Matriculada na Conservatória do Registo
Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92
Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00
Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - Unipessoal
Redacção e Paginação:
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Parque Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 6
9300 Câmara de Lobos – Madeira – Portugal
é o preço da sua liberdade. Para se poder alimentar,
o Adelino faz pequenos trabalhos (vindimas, construção, pesca, etc.) pelos locais
por onde vai passando; as
compras, fá-las nos hipermercados, gastando entre 5€
a 10€/diários. Dorme nos
estacionamentos, nas florestas, nas praias. Faz entre 40
e 120 Km por dia sobre a sua
pesada bicicleta, variando de
acordo com a sua condição
física e a meteorologia.
Para se poder lavar e aproveitar “bonitas paisagens”,
o Adelino tem o cuidado de
escolher percursos que contornem as costas dos países
que atravessa.
Amontoados na sua bicicleta tem peluches, tachos, roupas, pequenas recordações
que vai acumulando e a bandeira da RAM, de Portugal e
da Europa!! Já atravessou 24
países da União Europeia e
dos que mais gostou foram:
a Finlândia e a Noruega, pela
“generosidade e os apertos de
mão” da população.
Tal como eu, as pessoas
querem saber tudo e o Adelino fala muito com os residentes: um enriquecimento
pessoal para ele. “As pessoas são muito curiosas e falam
facilmente”.
Claro que nem sempre as
coisas lhe correm bem, conta: - “...já parti uma perna
enquanto pescava, no Senegal; muitas vezes sou tratado
como um marginal...é necessário sofrer ligeiramente, se
não, é como um passeio!...”
Para ele, o importante foi
ter podido fazer uma verdadeira “escolha de vida”, que
assume, mesmo quando, por
vezes se lamenta das dificuldades no dia a dia...
E por fim, e a seu pedido, se algum amigo meu, ou
amigo de amigo, ou amigo de
amigo de amigo, tiver uma
embarcação e puder dar uma
boleia ao Adelino e à sua bicicleta para qualquer continente, ele ficar-me-á eternamente grato...tanto quanto o bem
que me fez ter-me cruzado
com este personagem! l
Director:
Edgar R. de Aguiar
Redacção:
Fabíola Sousa, Juan Andrade
Ricardo Soares e Sara Silvino
Fotografia:
Fábio Marques (Madeira),
Diana Sousa Aguiar (Lisboa)
Economia:
Juan Andrade
Secretariado de Redacção:
Dulce Sá
Colunistas: António Cruz,
Celso Neto, Constantino Palma,
Ferreira Neto, Francisco Oliveira
Gregório Gouveia,
Helena Rebelo, Humberto Silva,
Idalina Perestrelo,
Joana Homem Costa,
José Carvalho,
José Mascarenhas, Luísa Antunes,
Pinto Baptista, Raquel Coelho,
Ricardo Freitas, Teresa Brazão
e Rui Almeida
O TRIBUNA não é apenas
feito para si, também é feito
por si. Envie-nos sugestões,
informações, comentários,
fotografias e as suas opiniões
para o e-mail:
[email protected]
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Paula Belbut
29
Paginação
e tratamento de imagem:
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Departamento Comercial:
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Departamento Financeiro:
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e distribuição: O. L. C., Limitada
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30 frases
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
“
O país ganha pouco,
e até pode perder
muito, em ter grandes
debates sobre a questão
da dívida pública, mas
concordo que o Parlamento
é o sítio adequado para que
discussões dessas possam
realizar-se”
Pedro Passos Coelho, Primeiro
Ministro – Diário Económico
“
Se não se tivesse
feito [dívida
pública], as
condições da
Madeira seriam outras,
muito piores, ninguém
ia investir por nós. A
História demonstrou que
ninguém veio resolver os
nossos problemas”
Alberto João Jardim, Presidente do
Governo Regional – Agência Lusa
“
Se Portugal tivesse
como primeiro-ministro
o dr. António Costa, o
vosso sector [turismo]
teria de viver com taxas de
dormidas que iriam custar
€120 milhões por ano aos
empresários turísticos - que
lhes fazem muita falta para
gerar riqueza e emprego.”
António Pires de Lima, ministro da
Economia – Expresso
“
Isso não tem nada a
ver com a fiscalidade
verde, eles querem é ir
buscar mais dinheiro”
“
É um orçamento
que oferece
esperança,
mas com
responsabilidade”
Poiares Maduro, ministro
Adjunto e do Desenvolvimento
Regional – RTP
“
O Governo deveria ter
confrontado o país com
um programa agressivo
sim, mas de redução da
despesa pública logo em 2012”
Eduardo Catroga, economista – Diário
Económico
José Sócrates, comentador – RTP1
“
Messi é
melhor
do que
Cristiano
Ronaldo”
“
Acha normal
um primeiroministro
esconder do
vice uma solução
fundamental?”
Luis Suarez,
futebolista do
Barcelona – Goal.
com
Marcelo Rebelo de Sousa,
comentador – TVI
“
Messi tem grande
experiência, é o
melhor jogador
do mundo e vai
continuar a sê-lo, mas
quando o treinador diz
alguma coisa, o jogador
tem sempre de ouvir”
De Boer, treinador Ajax – A bola
“
O meu
objetivo
passa por
continuar
a evoluir, pois
quero ser um
dos melhores do
Mundo”
Cédric Soares,
futebolista do Sporting
- Record
opinião
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
31
Sociedade de Advogados, RL
Maus tratos a animais punidos
com pena de prisão
férias e decidem ao invés de
deixar o animal de estimação
a cuidado de terceiros, abandoná-lo, passará este facto a
poder dar origem a pena de
prisão, pena esta que poderá
ir até aos 6 meses ou pena de
multa até 60 dias.
Caso testemunhe alguma
das situações mencionadas,
deverá apresentar queixa
junto da PSP, chamando as
autoridades ao local, caso
a situação revista urgência.
Cabe por sua vez à PSP dirigir-se ao local, avaliando a
situação de forma a impedir
que seja levado a cabo qualquer acto de violência, negligência ou abuso de animais,
identificando os respectivos
autores destas infracções,
levantando o auto referente
a esses casos. Deverão de
seguida remetê-lo para o
Ministério Público, que procederá de acordo com o disposto na lei.
As associações zoófilas
legalmente constituídas têm
de igual forma direito de participação procedimental e de
acção popular, direito este
que se traduz na legitimidade para requerer a todas
as autoridades e tribunais as
medidas preventivas e urgentes que se mostrem necessárias e adequadas para evitar
violações em curso ou iminentes. Beneficiam de igual
forma da dispensa de pagamento de custas e taxa de
justiça, podendo constituirse como assistentes em todos
os processos relacionados
com este tipo de abuso.
Nos termos da lei, cumpre de igual forma referir
que por animal de companhia entende-se «qualquer
animal detido ou destinado
a ser detido por seres humanos, designadamente no seu
lar, para seu entretenimen-
to e companhia». Não estão
pois abrangidos no conceito
legal os animais utilizados
para fins de exploração agrícola, pecuniária ou agroindustrial.
Neste ponto é de salientar que as associações de
animais têm demonstrado
alguma apreensão quanto
ao facto de esta lei ser apenas aplicável aos animais de
companhia e não à generalidade de animais.
É importante que o Ministério Público não considere esta questão um assunto
menor, retirando as necessárias consequências, para
aqueles que infrinjam a lei.
Está na hora de punir
aqueles que reiteradamente
abusam dos animais e que
atentam contra os «melhores
amigos do homem», sejam
eles cães, gatos ou outros
animais de companhia.
PUB
Dra. Helena Sousa Aguiar
Advogada, área de actuação: Advogada,
Área de actuação: direito fiscal e imobiliário
e-mail: [email protected]
Entrou em vigor no passado dia 1 de Outubro uma
alteração ao Código Penal
que criminaliza os maus tratos a animais de companhia.
Quer isto dizer que poderão enfrentar pena de prisão
efectiva até 1 ano ou pena de
multa até 120 dias, aquele
que «sem motivo legítimo,
infligir dor, sofrimento ou
quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de
companhia», caso resulte dos
maus tratos a «morte do animal, privação de importante
órgão ou membro ou afectação grave e permanente da
sua capacidade de locomoção» a pena poderá chegar
aos 2 anos de prisão ou pena
de multa até 240 dias.
Já no que diz respeito
ao abandono de animais de
companhia, essa brutalidade
que ocorre com maior frequência no período de Verão,
quando os «donos» vão de
PUB
Previsão
para hoje
TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014
Períodos de céu muito nublado
com abertas.
Vento em geral fraco.
Lenços cor-de-rosa unem
homens e mulheres na luta
contra o Cancro da Mama
Hora muda
no domingo
Nos termos do Decreto Legislativo Regional n.o
6/96/M, a Hora Legal da
Região Autónoma da Madeira deverá ser atrasada de 60
minutos às 02.00 horas do
próximo domingo, dia 26 de
Outubro de 2014. Assim, às 2
horas de tempo legal (1 hora
UTC) do dia 26 de
Outubro, os relógios serão
atrasados 60 minutos, passando a vigorar a Hora Legal
de Inverno.
Faleceu Gregório
Figueira fundador dos
«Amigos de Peixe»
O fundador e presidente
do grupo «Amigos de Peixe»
Gregório Arlindo Figueira de
Faria faleceu, no passado dia
20, aos 84 anos de idade.
Gregório Figueira distinguiu-se como empresário
e defensor da dinamização
da economia em Câmara de
Lobos.
Exerceu o cargo de Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal
de Câmara de Lobos entre 9
de outubro de 1974 e 29 de
abril de 1975.
Foi o responsável pelo surgimento do grupo «Amigos
de Peixe», a 12 de dezembro
de 1997, instituição sediada no Concelho, onde participava com assiduidade nos
convívios.
O Tribuna da Madeira apresenta condolências à
família.
De 27 a 31 de outubro, várias figuras públicas colocarão um lenço rosa
como sinal de apoio e solidariedade para com as mulheres
A
Europa Donna
Portugal - membro da Coligação Europeia
Contra o Cancro
da Mama e que desenvolve a
sua atividade através da Liga
Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC) – desafia os homens
portugueses a colocarem um
lenço cor-de-rosa na cabeça, real ou virtual, durante a
semana de 27 a 31 de outubro, como forma de assinalar o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama,
que se comemora anualmente a 30 de outubro.
Com a iniciativa “Lenço na Cabeça também é de
Homem”, a organização pretende promover um Movimento nacional que mostre
a solidariedade dos homens
com as mulheres que sofrem
de cancro da mama.
Sob
o
mote
“Lenço na Cabeça também é de
Homem”, a iniciativa será
promovida no online, atra-
Raquel Coelho
Deputada do PTP
“Coar mosquitos
e engolir
camelos”
Hoje em dia todos se preocupam com os custos da
democracia. Preocupam-se
com os custos da Assembleia,
com o número de deputados,
com as subvenções atribuídas aos partidos. De facto, é
vés de uma aplicação que
permite criar um avatar para
as fotografias de perfil das
páginas de Facebook, e com
ações de rua, que incluem a
distribuição de lenços corde-rosa aos homens portugueses para que respondam
ao repto lançado pela Europa Donna Portugal.
Os homens portugueses
serão, desta forma, desafia-
dos a colocar o lenço cor-derosa e a alterar a sua imagem
de perfil na rede social em
sinal de solidariedade para
com as mulheres.
Ao aceitar este desafio,
estarão a promover uma corrente nacional de apoio à
causa e a chamar a atenção de autoridades locais e
nacionais, bem como de instituições da União Europeia,
para a necessidade de dar
mais atenção a este tema.
Com esta iniciativa simbólica, a Europa Donna, através da LPCC, pretende posicionar o cancro da mama
como uma doença de toda a
sociedade e não apenas das
mulheres.
Esta campanha vai contar com o apoio de algumas
figuras públicas. l
uma preocupação legítima já
que 5 milhões de euros numa
terra paupérrima é um valor
claramente excessivo. Por
outro lado, esquecem-se que
a maior parte desse dinheiro é utilizado para suportar as grandes campanhas
do PSD, para pagar os comícios, os artistas como Tony
Carreira e Quim Barreiros,
os milhares de jantares oferecidos, os outdoors gigantes, os brindes oferecidos às
pessoas. No entanto, quando
esse dinheiro está a ser desterrado parece que ninguém
se preocupa com isso, senão
vejamos só a quantidade de
pessoas que vão ao Chão da
Lagoa, aos jantares e comícios do PSD!
Na verdade, se a popula-
ção estivesse preocupada com
estes gastos, não apoiava,
não comparecia, nem aceitava nada que proviesse desse
dinheiro. Aparentemente, são
contra estes gastos, mas no
momento de protestar não só
não recusam como ainda exigem mais - ai do partido que
na campanha não tenha nada
para oferecer!
Inconscientemente, as pessoas acabam por ser coniventes e beneficiar com um sistema que semanas depois vão
repudiar e apontar o dedo.
Contudo, existem gastos
bem maiores e escandalosos
que a opinião pública parece se esquecer. O jackpot da
Assembleia, representa uma
agulha no palheiro comparando com desbarato de dinhei-
ros público das rendas da Via
Expresso e da Via Litoral no
valor de 900 milhões de euros
e que, até final do contrato,
teremos ainda que pagar mais
1700 milhões euros; a dívida de 300 milhões euros da
Via Madeira; os milhões gastos em infraestruturas faraónicas e completamente inúteis; a dívida das sociedades
de desenvolvimentos e os respetivos contratos swaps tóxicos e estes são só alguns dos
exemplos. Estas referências
servem para demonstrar que
as pessoas preocupam-se
mais com o acessório do que
propriamente com o que nos
levou à ruina.
É caso para dizer que “coam
um mosquito para engolir um
camelo”. l

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