histórico do estabelecimento
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histórico do estabelecimento
COLÉGIO ESTADUAL LOVAT ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...............................................................................................................3 2. IDENTIFICAÇÃO...............................................................................................................4 2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS...............................................................................................4 2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO................................................13 2.3 QUADRO GERAL DE PESSOAL..................................................................................14 2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO......................................................................16 2.5 MATERIAIS DIDÁTICOS E EQUIPAMENTOS........................................................17 3. OBJETIVOS.......................................................................................................................18 4. MARCO SITUACIONAL..................................................................................................19 5. MARCO CONCEITUAL...................................................................................................26 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR....................................................................37 6. MARCO OPERACIONAL..............................................................................................150 7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......155 8. REFERÊNCIAS................................................................................................................156 COLÉGIO ESTADUAL LOVAT – ENSINO FUNDAMENTAL e MÉDIO Avenida Paraná, 151, Lovat - CEP: 87520-000 Tel/Fax: (44) 3587-1073 - Emails: [email protected] e [email protected] UMUARAMA - PARANÁ 1 - APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio tem como finalidade elaborar novos encaminhamentos, refletir e analisar sobre o trabalho pedagógico e a função social da escola. Este processo tem ocorrido com a participação da direção, professores, funcionários, alunos, pais ou responsáveis, representantes do Conselho Escolar, em reuniões e encontros para estudos. O presente Projeto visa à melhoria da qualidade do ensino público, levando a escola a assumir sua identidade e autonomia, assegurando a gestão democrática, com propostas das expectativas e necessidades da comunidade escolar, respeitando sua diversidade cultural, preparando o cidadão para a sociedade vigente, em acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, no 9394/96- art. 13, 14 e 15 e o art. 6º, § 1º da Deliberação 16/99-do CEE, art. 2º da Deliberação 14/99-CEE e no art. 4º da Deliberação 16/99-CEE e a própria Constituição Federal por meio da construção do Projeto Político Pedagógico. A equipe de profissionais da escola tem grande importância na construção da sua identidade pedagógica. Segundo Veiga (1995, p. 14), “resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva”, pois o projeto político pedagógico se faz na própria dinâmica do trabalho escolar, incluindo as práticas curriculares presentes nos espaços em sala de aula e fora dela. 2 - IDENTIFICAÇÃO O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio, código 01270, está localizado na Avenida Paraná, nº 151, no distrito Lovat do município de Umuarama, código 2830, Estado do Paraná. Pertencente ao Núcleo Telefones para contato, Fax (44) 3587-1073 e 3639-7749. Regional http://www.umrlovat.seed.pr.gov.br de Educação (NRE) de Umuarama. O site: e e-mails: [email protected] e [email protected]. Atualmente o colégio está sob a direção do Senhor Crederson Emanuel da Silva. 2.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio teve sua origem em 1960, com a denominação de Escola Isolada Salgado Filho, pertencente ao município de Cruzeiro do Oeste, com o objetivo de atender as necessidades escolares da zona urbana e rural, a maioria empregada e meeira de pequenos, médios e grandes latifundiários e comerciantes. Foi autorizado o funcionamento no novo prédio escolar, na Avenida Paraná s/n.º, pela Resolução n.º 8021/84 de 29.11.84 e autorização de funcionamento do estabelecimento, Resolução n.º 012/82 de 18.03.82 e continua funcionando neste local até a data vigente. Desde a sua origem o Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio teve um papel fundamental na formação dos cidadãos dessa pequena comunidade. Destacamos como ponto positivo, jovens cursando o Ensino Médio, outros o terceiro grau, funcionários públicos, professores, advogados, psicólogos, policiais civis, militares e municipais, padres, mecânicos, eletricistas, pequenos sitiantes, pequenos empresários, diaristas, todos ex-alunos dessa unidade de ensino. Em 1.961, Lovat se desmembra do município de Cruzeiro do Oeste e passou a pertencer ao município de Umuarama, portanto, a escola ficou subordinada a Rede Municipal de Ensino de Umuarama. Em 1.963, recebeu o nome de Grupo Escolar Papa Pio XII. No ano de 1.971 passou a mantenedora o Governo do Estado do Paraná. Em 1.980, com a implantação da Reforma Lei nº 5.692/71 de 11 de agosto de 1.971, passou a ser chamada de Escola Papa Pio XII – Ensino de 1º Grau funcionou as séries correspondentes ao curso ginasial, sendo extensão do Colégio Estadual de Umuarama, funcionando em dois turnos, até o ano de 1.978. Em 1.982, foi criada a Escola Estadual Lovat - Ensino de 1º Grau, funcionando de 5ª à 8ª séries, através da Autorização de Funcionamento, Resolução nº 12 de 18 de março de 1982, mantido pelo governo do Estado do Paraná. Em 1984, reconhece o curso de 1º Grau – Regular, Resolução nº. 8021 de 29 de novembro de 1984. Em 2002, renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries, através da Resolução nº 4648 de 26 de novembro de 2002. Em 2007, renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental, através da Resolução 256 de 30 de janeiro de 2007. O Regimento Escolar foi aprovado, por meio, dos Atos: Homologação, parecer nº 2585 de 02/06/1982. Aprovação pelo Ato nº 70 de 20/06/1995, Ato nº 152 de 20/09/2000, Ato nº 295 de 24/10/2001, Ato nº 186 de 16/07/2004, Ato nº 218 de 03/10/2008. Ato de Autorização de Funcionamento da Sala de Recursos, através da Resolução nº. 1523/05 de 14 de junho de 2005. Prorrogação do Funcionamento, através da Resolução nº 569 de 08 de fevereiro de 2007. Prorrogação de Funcionamento, através da Resolução nº 548 de 11 de fevereiro de 2009. Renovação da Autorização de Funcionamento, através da Resolução nº 880 de 03 de março de 2011. Em 2009, foi implantado o curso Ensino Médio de forma gradativa com o Ato Administrativo nº 0276/09, alterando a denominação do estabelecimento de ensino de Escola Estadual Lovat – Ensino Fundamental, para Colégio Estadual Lovat – Ensino Fundamental e Médio, no período da manhã, com Autorização de Funcionamento, através da Resolução nº 271 de 21 de janeiro de 2010. Prorrogação de Funcionamento, através da Resolução nº 1775 de 04 de maio de 2011. O processo de Reconhecimento do Ensino Médio se encontra na Secretaria de Estado da Educação, sob protocolo nº 10.441.524-5. O Estabelecimento possui Conselho Escolar Homologado pelo Ato Administrativo nº 199 de 22 de Junho de 1.998, com Estatuto aprovado pelo Ato Administrativo n. º 188 de 1996. Ato administrativo nº 212 de 28 de agosto de 2002. Aprovação do Estatuto do Conselho Escolar, Parecer nº 057 de 20 de março de 2006. Ato administrativo nº 054 de 20 de março de 2006. Ato Administrativo nº 206 de 11 de julho de 2006 da homologação dos membros do Conselho Escolar. Ato Administrativo nº 091 de 16 de março de 2009, da homologação dos membros do Conselho Escolar. Ato Administrativo nº 205 de 28 de junho de 2011, da homologação dos nomes dos Titulares e Suplentes. No ano de 2009, foi implantada a “Mudança de Turno - Ensino Fundamental”, somente para a 5ª série de forma gradativa, conforme protocolo nº 07.267.252-6 de 30/12/2008. Associação de Pais, Mestres e Funcionários eleitos em 07/07/2010, com mandato até 07/07/2012. Lei nº 11.114, de 25 de maio de 2005, estabeleceu a obrigatoriedade do início do Ensino Fundamental aos seis anos de idade a partir de 2006. Lei nº 11.274 de fevereiro de 2006. Estabelece a duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos, com matrícula obrigatória aos seis anos de idade. Dentre os diversos Bairros/Distritos que compõem o perímetro urbano do município de Umuarama, encontra – se o distrito de Lovat, localizado a mais ou menos 15 mil metros do centro, onde se tem acesso pela PR 323, com uma população de classe operária, composta por residentes na Vila Rural e Zona Rural próximas ao distrito e trabalham no comércio e em pequenas indústrias localizadas na sede do município. O Estabelecimento de Ensino possui um Laboratório de Informática - Paraná Digital, inaugurado em 2007, uma realização do Governo do Estado do Paraná. Foi construído o Laboratório de química, física e biologia, no mês de setembro de 2011. A Sala de Apoio atenderá os alunos do 6º e 9º ano do Ensino Fundamental dos anos finais. Atividade Complementar Curricular no contra-turno, com duas turmas da modalidade de Futsal para os alunos do ensino fundamental, sendo uma no período da manhã e outra no período da tarde, e uma turma de Hora Treinamento/Futsal para os alunos do Ensino Médio, no período da tarde. Quadra poliesportiva construída no ano de 2010, pelo Governo Estadual do Paraná. Os Recursos Humanos, Corpo Docente é composto de Professores Estatutários e contratado pelo regime PSS (Processo de Seleção Simplificada), todos qualificados para o Exercício do Magistério. A escola é composta de 07 (sete) turmas: 6º, 7º e 8º ano, no período da tarde e Sala de Apoio/8º ano. No período da manhã: 9º ano - Ensino Fundamental, 1ª, 2ª e 3ª Séries do Ensino Médio, uma Sala de Recursos e Sala de Apoio do 6º ano. Esta Unidade de Ensino possui Regimento Escolar – Sistema Estadual de Educação – Lei Nº 5.692/71, aprovado e homologado pelo Parecer nº 2585 de 02/06/1982. Aprovação pelo Ato nº 70 de 20/06/1995, Ato nº 152 de 20/09/2000, Ato nº 295 de 24/10/2001, Ato nº 186 de 16/07/2004, e atualmente aprovado pelo Ato nº 218 de 03/10/2008. De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – EFM, podemos verificar os processos de Classificação, Reclassificação, Promoção e Progressão Parcial. Seção V Do Processo de Classificação Art.85. A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais, podendo ser realizada: I. Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; II. Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; III. Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina, bloco ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. Art.86. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: I. Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; II. Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica; III. Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o respectivo consentimento; IV. Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; V. Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno. Seção VI Do Processo de Reclassificação Art.87. A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Art.88. O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio. Art.89. O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) deverá notificar o Núcleo Regional de Educação para que este proceda à orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam. Art.90. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. Art.91. A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. Art.92. A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Art.93. Cabe à Comissão elaborar relatório referente ao processo de reclassificação, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. Art.94. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. Art.95. O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. Art.96. O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação. Art.97. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. Seção VIII Da Progressão Parcial Art.104. A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três (3) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitante às séries seguintes. Art.105. O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. Seção X Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação De Estudos e da Promoção Art.110. A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Art.111. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Art.112. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Art.113. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico. Art.114. A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. Art.115. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Art.116. Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Art.117. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas. Art.118. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Art.119 A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Art.120. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina. Art.121. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Art.122. O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória de nota 4,0 (quatro) referente a atividades diversificadas dos conteúdos trabalhados; mais a nota 6,0 (seis) resultante de 02 (duas) avaliações no valor de 3,0 (trinta) cada uma , referentes aos conteúdos trabalhados, totalizando nota final 10,0 (dez). Art.123. O estabelecimento proporcionará a Recuperação Bimestral a todos que não atingirem a nota integral, sendo: I. ofertada recuperação no valor de 6,0 (seis) possuindo valor substitutivo, valendo sempre a maior. II. a recuperação do valor 4,0 (quatro) será realizada de maneira ao aluno possa atingir a nota máxima de cada atividade. O professor corrigirá a atividade apontando ao que deve ser recuperado, somando-se à nota inicial toda adequação do aluno, até o fechamento da nota integral da atividade. Art.124. Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe. Art.125. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência. Art.126. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei. Art.127. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo. Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes. Art.128. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; II. frequência superior a 75% do total de horas letivos e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina. Art.129. A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Art.130. Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar. A Recuperação de Estudos dar-se-á de forma permanente e paralela ao processo de ensino e aprendizagem. Portanto, as avaliações serão realizadas com instrumentos diversificados: prova objetiva, prova subjetiva ou prova mista com questões objetivas e subjetivas, trabalhos em grupo ou individual, resumo de textos, pesquisas, relatórios, leitura e interpretação de textos, elaboração, leitura e análise de gráficos, manuseio, análise e interpretação de mapas, produção de textos, releitura de obras literárias ou resoluções de exercícios, seminários e apresentações teatrais e de danças.. 2.2 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio funciona nos períodos: da manhã das 07h30min às 11h55min e no período da tarde, das 13h00min às 17h20min. SÉRIE 5ª A 5ª B 6ª A 7ª A 8ª A 1ª EM 2ª EM 3ª EM Nº alunos 37 - 31 33 32 - - - 2007 Nº alunos 30 - 31 31 27 - - - 2008 Nº alunos 42 - 24 30 25 24 - - 2009 Nº alunos 29 - 30 24 26 24 18 - 2010 Nº alunos 22 22 Nº 6º ANO alunos 21 27 27 18 21 18 12 7º ANO 8º ANO 9º ANO - 36 23 23 2011 2012 13 19 17 ANO LETIVO – 2012 DISTRIBUIÇÃO POR SÉRIE E TURMA: Nº total de alunos: 152 alunos Nº total de turmas: sete (7) Nº de turmas com salas próprias: 04 (quatro) TURNO MANHÃ: 9º ano – 23 alunos 1ª série/Ensino Médio – 13 alunos 2ª série/Ensino Médio - 19 alunos. 3ª série/Ensino Médio – 17 alunos. Sala de Recursos: 12 alunos Sala de Apoio – 6º ano: 08 alunos Programa de Atividade Complementar Curricular em Contra turno – Modalidade Futsal para o Ensino Fundamental: 40 alunos. TURNO TARDE: 6º ano – 21 alunos 7º ano – 36 alunos 8º ano – 23 alunos. Sala de Apoio - 9º ano: 08 alunos Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno no período da tarde: Modalidade Hora Treinamento - Ensino Médio: 13 alunos Modalidade Futsal - Ensino fundamental: 13 alunos. 2.3 – QUADRO GERAL DE PESSOAL NOME FUNÇÃO DISCIPLINA LEM - Inglês VÍNCULO Alessandra Paula Pereira Jardim Professora PSS Alice Ayako Iqueuti Pedagoga Antonia Regina da Silva Vaz Professora Crederson Emanuel da Silva Diretor QPM Darci Duarte dos Santos Agente Educacional I QFEB Débora Cristina de Godoi Professora Inglês QPM Edna Pereira de Souza Professora Educação Física QPM Eliane Cristina da Costa Professora Sala de Apoio PSS Eliane de Paula Cordeiro Professora Química QPM Elma da Mata Pas Professora Ensino Religioso PSS Erenides Ferrer Moreira Agente de Apoio Jaqueline Ezequinhe Rizzieri Professora Geografia PSS Jaqueline Fernandes Meier Professora Biologia QPM Luiz Zani Professor Matemática/Física QPM Margarida Cardozo Lavado Professora História/Sociologia QPM Maria Aparecida de Almeida Professora Língua Portuguesa/Sala Apoio QPM Maria Madalena Correa Agente Educacional II Maria José Vieprz Zabumba Professora QPM Ciências QPM PSS QFEB Matemática/Sala Apoio QPM Marli Knap Professora Arte PSS Rubina Maria da Silva Correia Agente Educacional II Sandra Regina Furlan Professora Filosofia PSS Tatiana Marques Professora Língua Portuguesa QPM Telma Furlan Scamardi Professora Sala de Recurso QPM Valdise Batista Gomes Agente de Apoio Wesley Eduardo Cordeiro Professor Química QPM Wilson Archangelo Professor Sala de Apoio PSS QFEB PSS Diretor: Crederson Emanuel da Silva. Nº de professores: 19 professores Nº de Funcionários: Agente Educacional I – 01 Agente Educacional II - 02 Agente de Apoio - 02 2.4- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO A reforma da escola foi concluída em 2010, atendendo as necessidades da comunidade escolar, pois o ambiente tornou-se agradável, bonito e confortável. O prédio possui 03 salas de aulas, laboratório de informática, biblioteca e 01 sala de aula compartilhada com a Escola Municipal Papa Pio XII. A sala da direção e pedagoga foi adaptada para atender a sala de apoio. A sala dos professores está compartilhada com a sala da direção e pedagoga. Tem uma sala de recursos e uma sala de apoio para os alunos do 6º e 9º ano. A cozinha é espaçosa e arejada, possui três pias com balcões de granito e dois balcões para panelões, uma mesa no centro de granito ao lado do fogão, dois espaços para os freezers e geladeira e um balcão de granito para servir a Merenda Escolar aos alunos, a qual possui uma porta de ferro de enrolar. A despensa com várias prateleiras, facilitando a organização da Merenda Escolar. Um almoxarifado para guardar produtos e materiais de limpeza, dentre outros. Uma pequena área de serviço com um tanque e uma máquina de lavar. Uma área descoberta, onde fica a central de gás. O pátio é coberto com grades nas laterais. As paredes do pátio e o corredor que dá acesso às salas de aula, laboratório, secretaria, biblioteca e bebedores foram revestidas com pastilhas (cerâmicas) na altura de 1,70 m e o piso de granitina recebeu lixamento e impermeabilização e foram trocadas todas as torneiras por outras de metais que evitam o desperdício. Os banheiros dos alunos receberam reforma geral com trocas de batentes e portas, pisos, revestimentos, vasos sanitários, caixas de descarga, sendo que os três banheiros foram readaptados com acessibilidade. No feminino, eram quatro vasos sanitários, ficando dois e um deles com acessibilidade e um balcão de granito com duas cubas e duas torneiras. No masculino, de três vasos sanitários, ficou dois, um deles com acessibilidade e dois mictórios. Em todas as salas o piso é de cerâmica. Todos os ambientes receberam reparos nas rachaduras, pintura interna e externa, substituição de portas e fechaduras, substituição do quadro negro por quadro quadriculado nas três salas de aula, adequação da rede elétrica, luminárias, trocas das caixas d'água de amianto por PVC, substituição dos vidros quebrados, instalação de quatro refletores para a iluminação externa, portão para entrada de carros e caminhões, troca das fossas por uma fossa e sumidouros. Uma quadra de esportes, construída no ano de 2010, pelo Governo Estadual do Paraná. No ano de 2011, foi construído o muro de contenção para evitar desmoronamento do barranco e calçadas para evitar a invasão de areia no piso. Em todas as salas de aula está instalada uma TV Multimídia. A estrutura física funciona em prédio próprio (Fundepar), em dualidade com a Escola Municipal Papa Pio XII – Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais, porém as instalações administrativas são independentes. A área total é de 3.600 m²: 1.204 m² de construção Estadual, aproximadamente 1.250 m², de construção Municipal. Áreas livres: entre o pavilhão estadual e a quadra de esporte: aproximadamente 700 m² (espaço suficiente para construir mais um pavilhão), entre o muro e o pavilhão municipal: aproximadamente 350 m² e entre o pavilhão municipal e estadual, aproximadamente 150 m². O Estágio não-obrigatório é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo, seu desenvolvimento deverá obedecer aos princípios de proteção ao estudante, considerando os riscos decorrentes de fatores relacionados ao ambiente, condições e formas de organização do trabalho. A Escola é aberta a comunidade, para reunião de pais, da APMF. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), do Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Palestras. Também é aberta à comunidade em horário ocioso, para participação de jogos, Encontros de Catequese, Igreja Evangélica e Pastoral Sociais da Igreja Católica e demais grupos organizados com fins sociais. 2.5 MATERIAIS DIDÁTICOS E EQUIPAMENTOS ANTENA PARABÓLICA GMI 9053 - 08.07.97 “TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 7279 “TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 7270 RECEPTOR DE SINAIS DE TV VIA SATÉLITE AMPLIFICADOR ANTENA PARABÓLICA 4 CPUs GRAPHICS 17 MONITORES PARA MICROCOMPUTADOR 17 TECLADOS PARA MICROCOMPUTADOR 1 SERVIDOR 4 TVs 29 POL.TELA PLANA ENTR.USB FREEZER HORIZONTAL 300LTS ELECTROLUX 4 RACKs PARA TV 29' ESTADIÔMETRO PORTATIL P/TRANSPORTE CARTEIRA P/EDUC.ESPECIAL VERDE BALANCA PLATAFORMA DIGITAL S/COLUNA PROCESSADOR ALIMENTOS INDUSTRIAL BEBEDOURO EM GERAL 16 BANCOS 11 MESAS PARA REFEITÓRIO MICROCOMPUTADOR 2 TABULEIROS 2 ESTANTES DE AÇO LIQUIDIFICADOR POLI 8LTS. INDUSTRIAL AGITADOR MAGNÉTICO C/AQUECIMENTO 2 BALANÇAS DIGITAL MANTA AQUECEDORA P/BALÃO VOLUMÉTRICO MEDIDOR DE PH DIGITAL MESA DE TÊNIS MICROSCOPIO BIOLÓGICO MICROSCOPIO ESTEREOSCÓPIO CÂMERA CCD COLOR 4 MESAS PARA PROFESSOR 3. OBJETIVOS O Estabelecimento de ensino tem por finalidade, atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ministrar o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, com os seguintes objetivos: − Formar cidadão crítico, responsável e participativo, capaz de exercer seus direitos e cumprir com seus deveres, dentro de uma perspectiva de uma sociedade igualitária, diante das transformações científicas e tecnológicas, capaz de interferir criticamente e transformar a realidade. − Promover a democratização e socialização do saber sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e sistematização de um novo saber, nascido da prática social. − Oportunizar aos alunos a busca da cultura, das relações sociais e políticas, sendo capazes de buscar soluções para os problemas do dia-a-dia. − Promover o acesso aos conhecimentos científicos, socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar aos alunos condições de emancipação humana. − Garantir a toda Comunidade Escolar a participação, através das decisões coletivas, para que todos se sintam responsáveis na elaboração do Projeto político Pedagógico objetivando a melhoria de qualidade do ensino e assegurando a permanência dos alunos na escola. − Promover a integração entre alunos e a escola, para que esta se torne um ambiente acolhedor e propício ao desenvolvimento do saber. 4. MARCO SITUACIONAL Nossos alunos provêm na maioria da zona rural, apresentando uma diversidade sociocultural que é valorizada pelos profissionais do colégio, por meio das experiências dos alunos o que transparecem nos estudos com os conteúdos disciplinares, quando contextualizados. A realidade desta escola é voltada para a agricultura. A maioria dos alunos reside na Zona Rural e deslocam-se para estudar no Ensino Fundamental e Ensino Médio neste Estabelecimento. Temos ex-alunos que abandonaram o primeiro ano do Ensino Médio em Umuarama e outros que não desejam dar continuidade nos estudos fora de Lovat. Os pais em busca de melhores condições de trabalho mudam ou regressam a esta comunidade, causando várias transferências expedidas e recebidas de alunos durante o ano letivo, portanto, temos caso de migração e não de evasão. Pontos positivos que nossa escola apresenta: Os diversos livros enviados para os professores, pela Secretaria de Estado da Educação, são divulgados pela pedagoga e direção aos mesmos, para que estes utilizem para pesquisas e planejamento das aulas. Os livros que são destinados aos alunos, são divulgados pelos professores em sala de aula para que os mesmos possam ler e pesquisar. Todo material pedagógico (livros, CDs, revistas e outros) ficam à disposição dos professores e quando necessitam é entregue pela Pedagoga. Os CDs da TV Escola e fitas de VHS estão na Sala dos Professores a disposição para seu uso e dos alunos. A escola não tem dificuldades para o aluno participar da Prova Brasil e da Olimpíada da Matemática, todos participam. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP/Ministério da Educação, o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio, no ano de 2009 ficou com média 4,3, superando as expectativas, tendo em vista que, a meta para o referido ano seria de 3,9, superando a meta de 2011, 4,1 (quatro vírgula um) e quase alcançando a de 2013, 4,4. Os resultados do IDEB são reflexos da organização o trabalho pedagógico como um todo. Neste ano, não será realizado a Prova Brasil, devido ao número insuficiente de alunos, que estão matriculados na 8ª série – 15 alunos. Nas atividades extracurriculares são propostas as realizações de: Mostra Cultural e Científica - no primeiro semestre, com exposição e apresentação de trabalhos pelos alunos aos pais e comunidade; Gincana Cultural e Esportiva; Noite de Talentos; Festa Sertaneja; visita a Unipar Aberta; Mostra de cursos do IFPR; Museu de História Natural e Laboratórios da Unipar. O conteúdo referente à História do Paraná será contextualizado, envolvendo todas as disciplinas, conforme Plano de Trabalho Docente. Acompanhamento dos professores, pedagoga e direção nos casos de faltas. A pedagoga convoca os pais através de ligação telefônica, para conversar sobre as faltas excessivas do filho e também a explicação do Programa FICA. Se o aluno regressa às aulas, a ficha não é enviada ao Conselho Tutelar. Porém, não tendo êxito, a pedagoga preenche a ficha FICA, juntamente com um ofício, relatando as medidas tomadas pela escola. E a ficha é encaminhada ao Conselho Tutelar. Todos os casos encaminhados ao Conselho Tutelar foram atendidos com muita atenção e responsabilidade. A Equipe Multidisciplinar é orientada a desenvolver trabalhos de resgate da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. As atividades desenvolvidas em sala de aula, contextualizados com determinados conteúdos específicos, constam no PTD - Plano de Trabalho Docente e no livro registro de classe do professor. Neste ano letivo, também está sendo realizada na escola, a formação continuada sobre equipe multidisciplinar. Nos encontros, os professores participantes estudam textos impressos, pesquisam imagens, filmes, etc. e discutem as ações que serão realizadas até o próximo encontro. Levando em consideração os preceitos legais da Lei nº 11.788/2008 e da Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do estágio dos estudantes: as Instituições de Ensino da Rede Estadual, obrigatoriamente, deve prever o estágio não-obrigatório. Partindo da demanda dos alunos, é uma atividade opcional, idade mínima de 16 anos, deve ser acrescida a carga horária regular e obrigatória e não poderá interferir na aprovação e reprovação do aluno. Neste estabelecimento de ensino, instituiu-se o Plano de Estágio não-obrigatório, no Ensino Médio. Estão distribuídos no pátio da escola, dez mesas e vinte bancos que são utilizados pelos alunos no horário da merenda escolar/intervalo. Possui grades nos dois lados do pátio, para maior segurança, protegendo da destruição das portas do banheiro e possíveis roubos de mesas e cadeiras. A Sala de Recursos funciona no período da manhã, com 08 alunos matriculados na área de Deficiência Intelectual/Transtornos Funcionais Específicos. O Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno de Macro campo: Esporte e Lazer, conteúdo: Futsal atenderá os alunos do Ensino Fundamental e Hora Treinamento aos alunos do Ensino Médio. A Sala de Apoio a Aprendizagem do 6º e 9º ano, atenderá os alunos com dificuldades ou defasagens na aprendizagem. Neste ano de 2012, foi implantado o Ensino Fundamental de 09 anos. O Agente Educacional I é responsável pela manutenção da infra-estrutura escolar, alimentação escolar e também como educador. O Agente Educacional II é responsável pela administração e operação de Multimeios Escolares. Os agentes educacionais não transmitem conhecimento científico para os alunos, mas transmite conhecimentos empíricos, voltados para a conduta sobre higiene, disciplina, organização, respeito, ética, paciência, considerandose mediadores do conhecimento cultural, político e social. Ajudam muito na educação dos estudantes, ás vezes os alunos conversam mais com os agentes do que com a equipe pedagógica, direção e professores. Eles sentem mais a vontade em dialogar ou desabafar. Foi realizada uma pesquisa com os pais, para saber o dia da semana e horário mais viável para participar das Reuniões Escolares. Foi decidido, então, que as reuniões serão realizadas as segundas-feiras e quintas-feiras, alternadamente, no período da noite. No início deste ano, foi decidido que em todo final de bimestre, no período da noite, seria realizado uma reunião com os pais/responsáveis com entrega de boletins. Realmente, 80% dos pais/responsáveis comparecem para se informar sobre a vida escolar dos alunos. São realizadas reuniões semestrais ou bimestrais, conforme a necessidade, oportunizando aos alunos, pais e responsáveis na formação do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. Os recursos financeiros são provenientes do Fundo Rotativo e PDDE (Programa Dinheiro Direto Escola) e de promoções realizadas pela APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários). Na hora atividade, o professor conversa com a pedagoga informando e buscando soluções para os problemas que está enfrentando com os alunos sobre: indisciplina, baixo rendimento, desinteresse, irresponsabilidade na realização de atividades em sala de aula e entrega de trabalhos de determinados alunos e outros. Organização da hora atividade concentrada por área do conhecimento em um mesmo dia da semana, objetiva, propiciar uma melhor e mais efetiva atuação das equipes do Núcleo Regional de Educação junto aos professores dos estabelecimentos de ensino. Segunda-feira – História, Geografia, Filosofia e Sociologia Terça-feira – Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna. Quarta-feira – Matemática e Física Quinta-feira – Biologia, Ciências e Química. Sexta-feira – Arte, Educação Física e Ensino Religioso. Devido a carga horária do professor serem distribuídas em diversos estabelecimentos de ensino, dificulta a concentração da hora atividade nos dias determinados. 01 - Disciplinas que não estão com aulas no dia da hora atividade: 2ª feira – Manhã – Filosofia/Geografia/História – Nenhuma aula Tarde – Geografia - Nenhuma aula. 5ª feira – Manhã – Biologia – Nenhuma aula. 6ª feira – Manhã/tarde – Educação Física e Ensino Religioso – Nenhuma aula. 02- Disciplinas que estão com aulas no dia da hora atividade: 2ª feira – Manhã – Sociologia – 04 aulas Tarde – História – 05 aulas 3ª feira – Manhã – inglês – 05 aulas e Língua Portuguesa – 04 aulas Tarde – inglês – 02 aulas e Língua Portuguesa 02 aulas. 4ª feira – Manhã – Física – 03 aulas e Matemática 01 aula Tarde – Matemática – 03 aulas 5ª feira – Manhã – Química – 06 aulas com 02 professores. Ciências – 02 aulas Tarde – Ciências – 05 aulas 6ª feira – Manhã – Arte – 04 aulas. Tarde – Arte – 03 aulas Devido às transformações econômicas, sociais e políticas, que prevê uma definição dos sujeitos, o Colégio Estadual Lovat, enquanto espaço de transmissão do saber sóciohistórico, revelam-se como possibilidade de articular novas relações para os sujeitos que dela fazem parte. Portanto, para enfrentar as diversas dificuldades que surgem no cotidiano, é necessário que a escola seja um espaço de participação e de democratização. Apresentamos algumas de nossas dificuldades: A escola possui Laboratório de Informática com 12 (doze) computadores conectados a Internet, do Programa PARANÁ/DIGITAL – SEED, inaugurada em 2007, sendo que este número de computadores é insuficiente para atender os alunos de uma turma. A indisciplina é um dos maiores problemas que nossa escola enfrenta em sala de aula. Apesar do colégio passar por uma reforma geral, o espaço físico continua insuficiente, sendo realizada várias adaptações como: instalação do Laboratório de Informática, implantação do Ensino Médio de forma gradativa, laboratório de química, física e biologia, sala de apoio e mudança de turno e turma. Devido a implantação do Ensino Médio, Sala de Apoio de 6º e 8º Ano e 03 turmas de Atividade Complementar Curricular em Contraturno, o trabalho pedagógico e burocrático aumentou, e com isso hà necessidade de aumentar a demanda para mais um pedagogo. Dificuldades dos integrantes do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil participarem efetivamente das reuniões escolares. A secretaria da escola tem somente duas agentes educacionais II e quando há necessidade de uma se ausentar por licença médica ou especial, sobrecarrega a outra, dificultando a realização das documentações nos prazos estipulados. A falta de professores em razão de atestado médico, ocasiona transtornos na aprendizagem, na disciplina dos alunos e na organização da escola. O colégio apresenta casos isolados de evasão no ensino fundamental e merece atenção de todos os envolvidos no processo escolar, sugerindo ações e propondo medidas para enfrentar e superar esse problema. A escola enfrenta o problema de alunos do período contra turno e jovens estranhos que invadem o ambiente escolar, para jogar bola na quadra poliesportiva. Segundo a Instrução nº 008/2011 – SUED/SEED, as instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental – anos finais, devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de forma simultânea. Portanto, este estabelecimento de ensino apresenta: A correspondência das séries finais do Ensino Fundamental de 8 anos de duração para os anos finais do Esnino fundamental de 9 anos de duração será: EF 8 anos de duração EF 9 anos de duração séries finais anos finais 5ª série 6º ano 6ª série 7º ano 7ª série 8º ano 8ª série 9º ano Considerando a aprovação: EF 8 ANOS - 2011 EF 8 ANOS - 2012 EF 9 ANOS - 2012 4ª série 5ª série 6º ano 5ª série 6ª série 7º ano 6ª série 7ª série 8º ano 7ª série 8ª série 9º ano 8ª série - - Considerando a retenção: EF 8 ANOS – 2011 EF 9 ANOS - 2012 5ª série Retido 6º ano 6ª série Retido 7º ano 7ª série Retido 8º ano 8ª série Retido 9º ano Abaixo poderemos verificar o levantamento de dados estatísticos referente ao ano de 2011. LEVANTAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS - 2011 COLÉGIO ESTADUAL LOVAT - EFM 180 167 160 140 120 100 80 60 40 20 8 2 11 19 19 6 0 TOTAL DE APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE TOTAL DE REPROVADOS TRANSFERIDOS EM CURSO REPROVADOS POR FALTA REPROVADOS POR NOTA DESISTENTES MATRICULADOS 5. MARCO CONCEITUAL Neste marco, contém a idealização, o sonho de futuro, os princípios e valores, a ética, a concepção de sociedade e de ser humano partilhada pelo coletivo escolar. Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes e que interagem entre si constituindo uma comunidade. Vivemos em uma sociedade contemporânea que vivencia grandes mudanças econômicas, políticas e sociais, as quais, afetando a relação entre valores humanos, comportamento e ética, têm trazido novos desafios à educação. Portanto, as instituições de ensino buscam trilhar novos caminhos administrativos e organizacionais, baseados na descentralização, autonomia e participação. Ou seja, não é adaptar o sujeito às novas demandas da sociedade atual e sim, por meio do conhecimento histórico, científico, artístico e filosófico, possibilitar que o aluno tenha condições de analisar a sociedade atual em suas contradições, subsidiando-o para transformar sua prática social. Homem vem a ser como sujeito histórico, produto e produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformados pelos conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais e com a participação no processo educativo, conscientizador, transformador e de luta, para construção de uma sociedade justa e igualitária. Segundo Paro: “o homem é um ser histórico e produtor de sua existência”. Portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas¸ não naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais, em referência à identidade e cultura dos povos do campo, vlorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Assim, a compreensão de campo vai além de uma definição jurídica. Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e não apenas sua localização espacial e geográfica. A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem. O que caracteriza o homem do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico. Não há uma concepção única de infância. Há uma diversidade de concepções que influenciam a forma como a sociedade, comunidade ou grupo se relaciona com suas crianças, o que torna importante a busca de uma maior compreensão dessas concepções. Alguns entendem a infância como a condição natural, biológica, que categoriza as crianças como distintas dos adultos, mas as vêem como iguais entre si. Percebem unidade no jeito de ser e de agir de qualquer criança, independentemente do tempo histórico, da localidade e das condições sociais e econômicas em que vive. Outros vêem a infância como uma construção social e histórica , estando crianças sujeitas a influências das tradições e costumes do seu grupo cultural, de seu pertencimento étnico, religioso e de gênero, e das condições socioeconômicas nas quais estão inseridos. Para estes, existem diversas maneiras de ser criança, as quais dependerm de suas condições concretas de existência. Hoje, especialmente nas sociedades ocidentais, a infância é entendida como um tempo na formanão do ser humano, diferente da idade adulta, estando entre os direitos fundamentais deste período o direito de brincar. A criança é intensa em seu jeito de experimentar o mundo de se expressar e comunicar, de revelar suas curiosidades. Para as crianças se desenvolverem e aprenderem sobre o mundo em que vivem, precisam interagir física, afetiva, social, intelectual e culturamente na vida familiar e comunitária em que estão inseridos. O brincar infantil é um processo de atividade intelectual que precede o conhecimento da realidade da criança. É um meio para conhecer o que rodeia, uma forma de comprovar, atribuindo, de modo afetivo, significado as conhecimentos adquiridos. Adolescência, é uma fase cheia de questionamento e instabilidade, caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e auto-afirmação. Na América Latina cabe destacar Aberastury & Knobel (1989), os quais, com sua obra, tornaram-se referência para profissionais de várias áreas. Knobel introduziu a noção de “síndrome normal da adolescência”, caracterizada por uma sintomatologia que inclui: “1) busca de si mesmo e da identidade; 2) tendência grupal; 3) necessidade de intelectualizar e fantasiar; 4) crises religiosas, que podem ir desde o ateísmo mais intransigente até o misticismo mais fervoroso; 5) deslocalização temporal, onde o pensamento adquire as características de pensamento primário; 6) evolução sexual manifesta, que vai do auto-erotismo até a heterossexualidade genital adulta; 7) atitude social reivindicatória com tendências anti ou associais de diversa intensidade; 8) contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta, dominada pela ação, que constitui a forma de expressão conceitual mais típica deste período da vida; 9) uma separação progressiva dos pais; e 10) constantes flutuações de humor e do estado de ânimo” (Aberastury & Knobel, 1989, p. 29). Educação, conforme a Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 1º “A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações a sociedade civil e nas manifestações culturais.” A educação é algo mais amplo do que um simples conceito, pois tem influência das diversas culturas da sociedade. Podemos dizer que a educação é vida e um processo contínuo que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos conhecimentos, o crescimento pessoal e o melhor relacionamento do indivíduo na família, escola, comunidade e sociedade. Escola como instituição educacional (cultural) numa perspectiva histórico-crítico, cabe promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao aluno condições de se emancipar. Desenvolver no aluno a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, preparandoo para a vida profissional e cidadã. Segundo Gramsci “cabe a escola transformar as relações sociais e não para reproduzir a sociedade tal qual está organizada face ao modo de produção vigente. A função é humanizar, oferecer condições a emancipação, à participação e não a adaptar os indivíduos á situação de dominação”. Os povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas relações sociais do mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola. Conhecimento: o homem é o sujeito criador de seu destino e construtor do seu conhecimento. Possui valores, crenças e costumes diferenciados, concebidos por diferentes povos através das práticas sociais e conhecimentos acumulados. É necessário construir um conhecimento que nos permita compreender o mundo e a nossa sociedade de maneira plural, coletiva e crítica. Portanto, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente. O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Ensino-aprendizagem: aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, P.17), este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua formação e a sua humanização. É democrático, ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por parte de todos os alunos. Porém, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por parte dos sujeitos, são diferentes, inclusive em relação à diversidade social, econômica e cultural. Portanto, o professor deverá modificar as formas de mediação para que ele de fato aprenda. Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. A aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu uso é que se chama Alfabetização. Ler e escrever de forma adequada e eficiente, diferentes gêneros e tipos de textos nas mais diversas situações, chamamos de Letramento. Em 1990, na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, a alfabetização passa a ser “entendida como instrumento eficaz para a aprendizagem, para o acesso e para a elaboração da informação, para criação de novos conhecimentos e para a participação na própria cultura e na cultura mundial nascente. Se tomarmos como ponto de partida essa definição, constatamos que nela essa explícita a ideia de que a aprendizagem da leitura e da escrita se torna um instrumento que permitirá o indivíduo ter acesso à informação e criar novos conhecimentos. A escrita, comparável a um instrumento, é vista como capaz de permitir a entrada do aprendiz no mundo da informação, seja possibilitando o acesso aos conhecimentos histórica e socialmente produzidos, seja criando condições diferenciadas para a produção de novos conhecimentos. Soares afirma que, para entrar e viver nesse mundo do conhecimento, o aprendiz necessita de dois passaportes: o domínio da tecnologia de escrita (o sistema alfabético e ortográfico), que se obtém por meio do processo de alfabetização, e o domínio de competências de uso dessa tecnologia (saber ler e escrever em diferentes situações e contextos), que se obtém por meio do processo de letramento. A avaliação deve ser diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa. A avaliação processual tem, antes de tudo, o objetivo de diagnosticar o que se aprendeu ou não, enfim, proceder a retomada dos conteúdos, a recuperação de estudos e, consequentemente, a reavaliação. As notas não são o fim último, o fim é a aprendizagem. Os critérios de avaliação do conteúdo, ou seja, da disciplina são decorrentes da intencionalidade do trabalho de cada professor em relação aos seus objetivos e aos seus conteúdos. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos, também se avalia a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar bem como o próprio sistema de ensino como um todo, entende-se também como análise da prática pedagógica de todos os envolvidos no processo educativo, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra. Cidadão significa pertencer a um país, ter seus direitos assegurados e participar das decisões sobre o que é melhor para a sociedade na qual vive. Todo cidadão tem direitos e deveres. São regras básicas para que todos convivam bem. É direito de todo cidadão, por exemplo, ter liberdade de ir a qualquer lugar, adotar a religião que quiser e ter suas próprias opiniões. Por outro lado, todo cidadão tem também o dever de respeitar os outros, suas crenças e suas necessidades. Cidadania, segundo Dalmo Dallari: expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. “Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social. É necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. A cidadania é tarefa que não termina. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos direitos. Portanto, através do conhecimento possibilitará a compreensão da realidade e subsidiar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos. Cultura é um conjunto de valores dos indivíduos de uma determinada sociedade, transmissíveis de forma não biológica. É a maneira de viver de um povo. A cultura engloba tudo o que um povo aprende, produz e adota como hábitos de vida, sua língua, sua história, suas obras de arte, seus costumes de alimentação e suas tradições religiosas. Diferentes grupos têm diferentes culturas. Assim é a Nação Brasileira. Tecnologias de informação e comunicação presentes nesta sociedade vêm assumindo um duplo papel: funcional – a tecnologia como ferramenta, instrumento, função e normativo – a tecnologia determinando modelos para as relações sociais. O papel funcional oscila entre a versão otimista de transformação de sociedade, que afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de informação, entre outras, e a versão pessimista de controle social e político, onde o cidadão passa a ser vigiado e perde sua privacidade. Nas duas versões é possível identificar a mesma ideologia: a técnica determina o mundo e as relações humanas. Portanto, é necessário um constante processo de reflexão crítica sobre o papel das tecnologias nesta sociedade. O acesso ás tecnologias amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Frente a este cenário, a educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo, nos seus diversos campos dentro do sistema educacional. Além de promover uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas educacionais. Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação de conteúdos, o uso das mídias Web, televisiva e impressa mobiliza e oportunizam novas formas de ver, ler e escrever o mundo. É importante que estejam aliadas a uma reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas e no aprimoramento da prática docente. São meios que contribuem para a democratização do conhecimento na escola, como também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e programas, junto à comunidade escolar. Tempo, está relacionado com o passado, presente e futuro. O passado como parte integrante do presente, um passado eterno que é a condição para passagem, para o movimento do tempo. Portanto, nos leva a refletir sobre a ação humana, uma vez que o ser é conduzido por seus pensamentos constituídos pelo passado, presente e projeções do futuro, portanto a ação humana é movida pela inter-relação desses três tempos, compondo a identidade de cada sujeito. Dessa forma, perceber o tempo como um elemento constitutivo do ser humano, definidor de nossa individualidade é fundamental para pensarmos uma educação que respeite o processo pessoal e a história de vida de cada aluno. Compreender o tempo como diferença, construção e desenvolvimento do ser é buscar propostas de ensino que proporcionem em sua organização curricular um espaço de tempo mais flexível procurando desenvolver habilidades e respeitar os diferentes tempos de aprendizagem, considerando o processo de produção de conhecimento. Espaço: a escola é a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de socialização e construção de novos conhecimentos, que possibilita a todos os envolvidos compreender as contradições do real para modificá-lo. É espaço de construção da democracia social e política e de novas relações internas e externas. Mundo, o ser humano é um sujeito fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar. Não está “colocado” no mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo e faz cultura. Gestão Democrática, a LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, garante à gestão democrática na escola uma grande vitória da educação brasileira, e assim passa a refletir a participação efetiva da comunidade escolar em prol de um trabalho coletivo e participativo almejando resultados educativos amplos e significativos. A educação procura fortalecer a gestão democrática na escola pública através de seu projeto político pedagógico, oportunizando assim uma real participação coletiva de diretor, professores, alunos, pais e, de modo geral, de toda a comunidade escolar buscando novas ideias através do diálogo coletivo. Na gestão democrática busca-se a solução de dificuldades através do enfrentamento dos problemas abordados, buscando uma solução em conjunto para que o espaço escolar se torne um ambiente harmonioso, democrático e de transparência. A gestão democrática procura salientar a importância da busca das soluções em que o docente procure refletir sobre as queixas, os lamentos de uma forma crítica, procurando a valorização na construção do conhecimento e da aprendizagem. E para que os objetivos sejam alcançados, é preciso que o docente deixe que os alunos se tornem mais participativos, críticos, e que possam expor suas ideias; assim estaremos formando cidadãos autônomos, participativos e independentes. A gestão democrática se consolida na participação da comunidade escolar através das diversas instâncias colegiadas como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil. Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na escola, é incentivado e fortalecido nas escolas públicas estaduais. Isto se dá no processo de composição do Conselho através da eleição direta de todos representantes dos diferentes segmentos, respeitando o princípio da representatividade e da proporcionalidade. Com isso o Conselho Escolar passa a ter legitimidade para deliberar, fiscalizar, avaliar e ser consultado pela comunidade escolar, constituindo como meio permanente da prática democrática e participativa. É um órgão gestor que cria mecanismos de participação efetiva e democrática da comunidade escolar, desde a definição da programação e aplicação de recursos financeiros, do projeto político pedagógico, da elaboração e alteração do Regimento Escolar, da definição do Calendário Escolar, observando a legislação vigente. Conselho de classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, no qual os vários professores que trabalham com determinadas turmas, em diferentes disciplinas ou áreas de conhecimento, juntamente com a equipe pedagógica e, por vezes, com o diretor da escola, se reúnem para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos dessas turmas e séries. Tem por objetivo desenvolver uma avaliação coletiva dos resultados do aluno, ele se transforma, ainda, no espaço fundamental para o reconhecimento do projeto político pedagógico que promove esses resultados. Os conselhos de classes possuem algumas características básicas que os fazem diferentes de outros órgãos colegiados da escola: em primeiro lugar, o aluno e seu processo educativo é o centro da discussão, em segundo lugar, o trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor é o centro de reflexão e análise em função dos objetivos levantados, das atividades propostas e dos produtos encontrados. Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes, os educandos têm assegurado pela Lei Federal n°. 7.398 de 04/11/1985. Tem o direito de se organizar livremente através de agremiações estudantis, devendo a instituição Escolar, garantir o espaço, representar condignamente o corpo discente, tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais; defender os interesses individuais e coletivos do colégio, incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros, promover a cooperação entre diretor, funcionários, professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos. Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional assim como as filiações às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola. Representante de turma é um elo entre a turma e a comunidade escolar. É o portavoz da turma, isto é, o elemento que transmite as sugestões, reivindicações e problemas do grupo. Incentiva a turma a participar de eventos, solenidades, visitas etc. Além dessas tarefas o representante deve: Incentivar a turma a ser um grupo coeso e unido. Auxiliar o grupo a determinar seus objetivos e a utilizar os meios adequados para atingí-los. Também, ajudar a turma a colaborar com os objetivos básicos e projetos da escola. Comparecer e participar das reuniões e eventos para os quais for convocado. Exercer uma liderança positiva. Solicitar a intervenção da Direção, quanto a assuntos específicos da sua turma. APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários, nessa mesma linha de ação, passa a ter uma preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da escola, diante da insuficiência de recursos que lhe endereçavam os poderes públicos. É outro mecanismo de fortalecimento do processo democrático, considerado como entidade civil com personalidade jurídica própria, sem caráter lucrativo, formado pelos pais dos alunos regularmente matriculados na escola, tendo como objetivo o estabelecimento de vínculo entre escola e família como contribuição necessária para o processo educativo. A entidade deverá ser regida por estatuto ou regulamento próprio. Currículo é histórico, resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais. O currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Neste sentido, a escola cabe erigir seu papel fundamental na democratização do ensino, no acesso ao conhecimento sistematizado, na implementação de políticas públicas educacionais, nas condições reais da escola pública hoje e suas relações com a sociedade. Currículo, é a própria expressão das intenções da escola. É no Plano de Trabalho Docente, que o professor direciona o trabalho com os conteúdos e estabelece uma relação com a realidade dos alunos e suas necessidades, contextualizando-as. Formação Continuada é o momento em que o professor tem a possibilidade de ampliar seus conhecimentos, refletir sobre sua prática docente e dialogar com os demais profissionais para estabelecer novas estratégias de trabalho. O professor deve estar constantemente se aperfeiçoando para exercer a atividade educativa. Deve ser um pesquisador. Participar de palestras, cursos, seminário, etc. Na hora atividade, o diálogo e a troca de ideias e experiências são fundamentais para consolidar saberes da prática educativa. Desafios Educacionais Contemporâneos (Meio Ambiente, Prevenção e uso indevido de drogas e Enfrentamento à violência), Educação do Campo, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena, serão abordados pelos professores de maneira interdisciplinar e contextualizada de acordo com os conteúdos desenvolvidos no decorrer do ano letivo, conforme registro no Plano de Trabalho Docente. Matriz Curricular é um documento técnico-pedagógico, onde está definida a distribuição da carga horária entre as disciplinas, que tem uma Base Nacional Comum, completada, por uma Parte Diversificada. Trabalho coletivo no âmbito escolar consiste na integração das atividades do corpo docente, direção e equipe pedagógica tendo por objetivo a aprendizagem do educando. As ações docentes necessitam ter por meta uma educação, que contribua para a formação do aluno cidadão conscientes de seu papel na sociedade contemporânea. Todos os esforços no sentido de se produzir um trabalho coletivo teria como finalidade maior, a construção de uma sociedade igualitária, com menos desigualdades sociais, que todos possam usufruir do patrimônio cultural acumulado pela humanidade: conhecimento científico, bens e serviços gerando qualidade de vida. Acesso, permanência e qualidade do ensino aprendizagem do aluno na escola. A Constituição Federal, em seu artigo 206, inciso I, prevê, dentre outros princípios, a igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas preocupados com as situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola. Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou indiretamente à educação escolar preocupar-se com o enfrentamento, da evasão escolar. Trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento. Equipe Multidisciplinar é composta pela direção, equipe pedagógica, professores e funcionários, para orientar e auxiliar o desenvolvimento de ações relativas à educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena, ao longo do período letivo. O trabalho das Equipes Multidisciplinares nas Escolas da Rede Estadual de Educação é de fundamental importância para o processo de superação das práticas discriminatórias. Programa Atividade Complementar Curricular em Contra turno, será desenvolvida o Esporte/Futsal, que possibilita aos alunos e comunidade, uma atividade teórico-prática em suas várias manifestações e abordagens, aprimoramento da saúde e para integração dos sujeitos em suas relações sociais. Possibilitar o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social. História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena têm como perspectiva proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08. O Conselho Estadual de Educação do Paraná, delibera no Art. 1º, § 1º, que a Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, assim como atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre o outro, de um povo sobre o outro. E no § 2º, o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. Promover estudos sobre a História do Paraná, Lei Estadual nº 13.381/01 Deliberação nº 07/06, Aprovado em 10/11/06, objetivando formar cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização de nosso Estado. Com estudos sobre os Elementos formadores da cidadania Paranaense, sobre as comunidades, municípios e regiões do Estado. Programa Fica Comigo, tem como principal meta o combate à evasão escolar, entendendo que o acesso à escola e à educação é um direito subjetivo e inalienável através do qual, segundo a LDB e a própria ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. As DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) e as DCE (Diretrizes Curriculares (Estaduais) apontam para a preparação para a vida, visando o resgate da cidadania, assim o conhecimento científico passa a ser socializado de forma sistematizada na Instituição Escolar. A construção das Diretrizes Curriculares Estaduais foi embasada no processo coletivo, com a participação dos professores da rede pública estadual, que puderam opinar e expressar suas ideias, colaborando de forma efetiva para que a educação no Paraná alcance níveis cada vez melhores ARTE 1. APRESENTAÇÃO O uso pedagógico da arte, através da história, foi constatado durante o período colonial, nas vilas de reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa. Nas reduções jesuíticas, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se também, as manifestações locais. Este contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira com manifesto na cultura popular paranaense, como na música caipira em sua forma de cantar e tocar viola; no folclore, com as Cavaladas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras que permaneceram com algumas variações. Por volta do século XVIII, buscou a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência . Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da Colônia, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar da formalização dessa Reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. continuou com o ensino organizado sobre a tradição pedagógica, cultural jesuítica com uma educação estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim e música. Em 1808, com a vinda da família real de Portugal, chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa que vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica que entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras. A arte com moldes europeus, estabelecida pela Missão Artística Francesa, é contestada na Semana de Arte Moderna de 1922, um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas, que influenciou artistas brasileiros, que valorizavam a cultura nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada. O movimento Modernista, também denominado de Antropofágico, valorizava a cultura do povo, pois entendia que, em toda a História dos povos que habitaram o território onde hoje é o Brasil, sempre ocorreram manifestações artísticas. Considerava, também, que desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a arte africana, cada uma com suas especialidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. Nesse contexto, o ensino de Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova , fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas com a nomeação do compositor Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação Musical e Artística, no Governo de Getúlio Vargas. Pensamento social, com o objetivo de criar uma identidade nacional. A música foi muito difundida nas escolas e conservatórias e os professores trabalhavam com o canto orfeônico, ensino dos hinos, canto coral, com apresentações para grandes públicos. A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a bossa nova e os festivais; no teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar. Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos. Vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Nesse contexto, em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, em cujo artigo 7º determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio. Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural, o ensino de Arte tornou-se obrigatório. Sob uma concepção centrada nas habilidades e técnicas, minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia então ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão. O ensino da Educação artística passou a pertencer à área da Comunicação e Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas, na música, enfatizou-se execução de hinos pátrios e de festas cívicas. A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e para a nova Constituinte de 1988. Com a elaboração do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no Ensino de 1º grau e o Documento de Restruturação do Ensino de 2º grau. Tais propostas curriculares tiveram na pedagogia histórico-crítica o seu principio norteador e intencionavam fazer da escola um instrumento que contribuísse para a transformação social. Do ensino de Arte retomava, assim, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi interrompido em 1995 e o Currículo Básico foi, aos poucos, abandonado nas escolas pela imposição dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). A nova LDB 9394/96 mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período, também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em uma habilitação específica. Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artísticas, filosófica e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei No 11.769 em 18 de agosto, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte. Reconhece-se que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar uma transformação no ensino de Arte. Entretanto, essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para destacar dons inatos, pois muitas vezes é vista equivocadamente, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. A arte estabelece referências sobre sua função social, tais como: servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. No ensino de Arte pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e expandir sua capacidade de criação artística, desenvolver pensamento crítico, permitir uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitar a construção de uma sociedade sem desigualdades e injustiças. Dessa forma, o objeto de estudo da disciplina de Arte é Conhecimento Estético e Artístico. 2. CONTEÚDOS Os conteúdos estruturantes são: − Elementos Formais; − Composição; − Movimentos e Períodos. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE MÚSICA − Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade. − Composição: Ritmo, Melodia, Escalas: diatônica, pentatônica, cromática, improvisação. − Movimentos e Períodos: Greco-Romana, oriental, ocidental, africana. ARTES VISUAIS − Elementos Formais: Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz. − Composição: Bidimensional, figurativa, geométrica, simetria, técnicas: pintura, escultura, arquitetura, gêneros: cenas da mitologia... − Movimentos e Períodos: Arte Greco-Romana, Arte Africana, Arte Oriental, Arte PréHistórica. TEATRO − Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e Espaço. − Composição: Enredo, roteiro; espaço cênico, adereços, Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...; Gêneros: Tragédia, Comédia, circo. − Movimentos e Períodos: Greco-Romana, Teatro Oriental, Teatro Medieval, Renascimento. DANÇA − Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço. − Composição: Kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre e interrompido), rápido e lento, formação, níveis (alto, médio e baixo), deslocamentos (direto e indireto), dimensões (pequeno e grande), técnica: improvisação, gênero: circular. − Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança Clássica. 6ª SÉRIE MÚSICA − Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade. − Composição: Ritmo, Melodia, Escalas, gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico, técnicas: vocal, instrumental e mista, improvisação. − Movimentos e Períodos: Música popular e étnica (ocidental e oriental) ARTES VISUAIS − Elementos formais: Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz. − Composição: Proporção, tridimensional, figura e fundo, abstrata, perpectiva, técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura, gêneros: paisagem, retrato, natureza morta... − Movimentos e Períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco. TEATRO − Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e Espaço. − Composição: Representação, leitura dramática, cenografia, Técnicas: Jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas, Gêneros: rua e arena, caracterização. − Movimentos e Períodos: Comédia dell arte, Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano. DANÇA − Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço. − Composição: Ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve e pesado) fluxo (livre, interrompido e conduzido), lento, rápido e moderado, níveis (alto, médio e baixo), formação, direção, gênero: folclórica, popular e étnica.. − Movimentos e Períodos: Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena. 7ª SÉRIE MÚSICA − Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade. − Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, Tonal, modal e a fusão de ambos, técnicas: vocal, instrumental e mista. − Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, eletrônica, mini,alista, rap, rock, tecno. ARTES VISUAIS − Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz. − Composição: Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação, técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista... − Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea. TEATRO − Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e Espaço. − Composição: Representação no Cinema e Mídias,Texto dramático, maquiagem, sonoplastia, roteiro,Técnicas: Jogos teatrais, sombras, adaptação cênica... − Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo. DANÇA − Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço. − Composição: Giro, rolamentos, saltos, aceleração e desaceleração, direções (frente, atrás, direita e esquerda), improvisação, coreografia, sonosplastia, gênero: indústria cultural e espetáculo. − Movimentos e Períodos: Hip Hop, musicais, expressionismo, indústria cultural, dança moderna. 8ª SÉRIE MÚSICA − Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade. − Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, técnicas: vocal, instrumental e mista, gêneros: popular, folclórico e étnico. − Movimentos e Períodos: Música engajada, música popular Brasileira, música contemporânea. ARTES VISUAIS − Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz. − Composição: Bidimensional, tridimensional, figura-fundo, ritmo visual, técnica: pintura, grafitte, performance, gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano... − Movimentos e Períodos: Realismo, vanguardas, muralismo e arte Latino-Americana, Hip Hop TEATRO − Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e Espaço. − Composição: Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum, dramaturgia, cenografia, sonosplastia, iluminação, figurino. − Movimentos e Períodos: Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguardas. DANÇA − Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço. − Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos, extensão (perto e longe), coreografia, deslocamento, gênero: performance e moderna. − Movimentos e Períodos: Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea. 2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO: MÚSICA: − Elementos Formais:Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade. − Composição:Ritmo; Melodia; Harmonia; Escalas; Modal, Tonal e Fusão de ambos; Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop...; Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista improvisação. − Movimentos e Períodos:Música Popular Brasileira; Paranaense; Popular; Indústria Cultural; Engajada; Vanguarda; Ocidental; Oriental; Africana; Latino-Americana. ARTES VISUAIS − Elementos Formais:Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor e Luz. − Composição:Bidimensional; Tridimensional; Figura e fundo; Figurativo; Abstrato; Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Simetria; Deformação; Estilização; Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e escrituras, arquitetura, história em quadrinhos...; Gêneros: Paisagem, natureza-morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia... − Movimentos e Períodos:Arte Ocidental; Arte Oriental; Arte Africana; Arte Brasileira; Arte Paranaense; Arte Popular; Arte de Vanguarda; Indústria Cultural; Arte Contemporânea; Arte Latino-Americana. TEATRO − Elementos Formais:Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e Espaço. − Composição:Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatrofórum; Roteiro; Encenação e leitura dramática; Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico; Dramaturgia; Representação nas mímicas; Caracterização; Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação; Direção e Produção. − Movimentos e Períodos:Teatro Greco-Romano; Teatro Medieval; Teatro Brasileiro; Teatro Paranaense; Teatro Popular; Indústria Cultural; Teatro Engajado; Teatro Dialético; Teatro Essencial; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro de Vanguarda; Teatro Renascentista; Teatro Latino-Americano; Teatro Realista e Teatro Simbolista. DANÇA − Elementos Formais:Movimento Corporal; Tempo e Espaço. − Composição:Kinesfera; Fluxo; Peso; Eixo; Salto e queda; Giro; Rolamento; Movimentos articulares, lento, rápido e moderado; Aceleração e desaceleração; Níveis; Deslocamento; Direções; Planos; Improvisação; Coreografia; Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão. − Movimentos e Períodos:Pré-história; Greco-Romana; Medieval; Renascimento; dança Clássica; Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Hip Hop; Indústria Cultural; Dança Moderna; Vanguardas; Dança Contemporânea. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos, Educacionais Contemporâneos e Educação do Campo - realidade da escola. os Desafios 3. METODOLOGIA O encaminhamento metodológico de Artes será orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica . Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem, por que e o que será trabalhado, desta forma devem-se contemplar três momentos da organização pedagógica: − Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos; − Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte; − Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O trabalho poderá iniciar por qualquer um dos momentos, ou os três simultaneamente e ao final das atividades o aluno terá que ter vivenciado cada um deles. Teorizar: privilegia a cognição em que a racionalidade opera para aprender o conhecimento historicamente produzido sobre arte, alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados. É imprescindível considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhar nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade, discutindo como as manifestações artísticas podem produzir significados de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra, reconhecendo a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção. O conteúdo deverá ser contextualizado pelo aluno, para que compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados. Sentir e perceber no processo pedagógico, os alunos deverão ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A percepção e apropriação das obras artísticas se darão inicialmente pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção, serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social. Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social. A humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo trabalho artístico. Trabalho Artístico, a prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos. Teorizar, sentir e perceber e trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos. O encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto, interessa que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico. Nas artes visuais a prática pedagógica abordará além da produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, as formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas. Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do meio, podendo considerar artistas, produções artísticas e bens culturais da região, também é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública. Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra componha a prática pedagógica, considerando a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte. Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade. O professor poderá pedir que cada aluno desenhe diversas linhas, de formas diferentes, para juntos observarem e discutirem a expressividade, o peso, o movimento que cada uma pode ocupar nesse espaço (teorização). O aluno poderá desenvolver e criar efeitos de movimento e de organização do espaço, tendo como referencial o estudo de linhas já realizado (trabalho artístico). Mostrar obras (sentir e perceber) de artistas que deram ênfase ao uso de linhas e, também, expor as composições dos alunos para apreciação e apropriação dos trabalhos pelos próprios colegas. Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte. O elemento central da Dança é o movimento corporal, baseando-se em atividades de experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho artístico) tornando o conhecimento significativo para o aluno, entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos (teorizar). Alguns encaminhamentos podem ser realizados tais como: − criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos sequenciais; − uso de diferentes adereços; − proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas individuais e coletivas; − identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi concebida. Por fim o professor precisa selecionar os conteúdos de danças, considerando o contexto social e cultural, o repertório de danças dos alunos, seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos. Na música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza. A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo. O som é constituído por vários elementos que apresentam diferentes características e podem ser analisados em uma composição musical ou em sons isolados. Os elementos formais do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração. A música é uma forma de representar e relacionar-se com o mundo, de fazer compreender a imensa diversidade musical existente, de forma direta e indireta interfere na vida da humanidade. No encaminhamento metodológico será trabalhado a apreciação e análise de videoclipe na TV Multimídia (música, imagem, representação, dança...), seleção de músicas de vários gênero; construção de instrumentos musicais, com vários tipos de materiais, para produções musicais com diversos arranjos instrumentais e vocais; registro de todo o material sonoro produzido pelos alunos. No teatro a metodologia de ensino deverá ser trabalhado o conceito de teatro como uma forma artística que aprofundará e transformará sua visão de mundo, sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção social do homem em seu processo de desenvolvimento. O teatro oportunizará aos alunos a análise, a investigação e a composição de personagens, de enredo e de espaços de cena, permitindo a interação crítica dos conhecimentos trabalhados com outras realidades socioculturais, podendo ser iniciado pelo enredo, por meio de metáforas, as relações humanas, dramatizadas por atores ou bonecos em falas e gestos ou mímicas. O encaminhamento metodológico poderá partir de uma obra literária (contos, lendas, cantigas populares), uma letra de música ou recorte de jornal, uma fotografia ou pintura, os quais contém temas sobre situações relevantes do ser humano consigo e com o outro, devendo ser considerado a faixa etária e a realidade dos alunos, para que possam questionar e reelaborar essas temáticas em peças cênicas. 4. AVALIAÇÃO A avaliação da disciplina de arte será diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos e processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica, deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos. Será contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. A avaliação almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas. A avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno, permitindo que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade. O método de avaliação inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deverá avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deverá elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. Deverá ser feito um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. O diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo. Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitúi-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: − trabalhos artísticos individuais e em grupo; − pesquisas bibliográfica e de campo; − debates em forma de seminários e simpósios; − provas teóricas e práticas; − registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros. Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem: − A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; − A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; − A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. 5. REFERÊNCIAS BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação, Minimanual de Pesquisa Arte, Editora Claranto, 1ª Edição, 2003. CIT, Simone, Histórias da Música Popular Brasileira para crianças, Lei Incentivo a Cultura, Ministério da Cultura, Patrocínio: Natura PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. ARTE. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte, Editora Ática. 1ª edição, 2006. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, Editora Ática, 1ª Edição, 2005. BIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO O objeto de estudo da disciplina de Biologia é o fenômeno Vida. No esforço constante em entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais, modelos teóricos foram elaborados pelo homem sendo conhecidos e apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio. Foi buscando na História da Ciência e nos contextos históricos onde ocorreram influencias econômicas, políticas e sociais que tenta-se compreender os pensamentos colaboradores na construção das diferentes concepções para o ensino. Já na antiguidade Aristóteles deixou contribuições relevantes à Biologia referente à classificação dos seres vivos. Na Idade Média, o conhecimento do Universo foi atribuído a Deus e oficializado pela Igreja Católica que transforma em dogmas, institucionalizando o dogmatismo teocêntrico. Carl Von Linné (1707 – 1778) em seu Systema Naturae mantendo a visão de mundo estático idêntico em sua essência à criação perfeita do seu criador (FUTUYMA, 1993, p. 02). Com Darwin, a concepção teológica criacionista, que falava das espécies como imutáveis desde a sua criação, dá lugar à reorganização temporal do homem. Pautada nestas e, em muitas outras concepções, é que o processo de ensino e aprendizagem de Biologia deve, portanto, valorizar a dúvida, contradição, diversidade e divergência, o questionamento de certezas e incertezas tendo uma visão além da escolar ou de sala de aula, em que a vida possa ser compreendida como de fato é, em sua totalidade abrangente. Levar os educandos a dar devida importância ao estudo da Biologia, uma vez que, está relacionada com as origens de tudo o que existe no Universo, bem como, os caminhos percorridos pelos seres vivos até os dias atuais, despertando sua curiosidade para encontrar respostas para muitas questões que lhe proporcionarão um melhor entendimento sobre a sua própria existência. Uma profunda reflexão deve proporcionar consciência da necessidade de respeitar a natureza com todas as suas formas de vida como principio indispensável à sua sobrevivência, entendendo que os benefícios historicamente conquistados pela a humanidade não devem ficar restritos a beneficiar apenas uma pequena parcela da população mas é justo e direito que contemple a todos. A importância de se estudar Biologia está no fato de que se trata de um tema relacionado com as origens de tudo o que existe no universo e os caminhos percorridos pelos seres vivos, nos dias atuais, desperta a curiosidade do homem, encontra respostas para muitas questões e proporciona um melhor entendimento sobre a própria existência. É importante, pois leva o ser humano a refletir sobre a necessidade de garantir sua sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os conhecimentos historicamente conquistados pela humanidade deve beneficiar a todos e não apenas a uma pequena minoria. Os conteúdos estruturantes para o ensino da disciplina de Biologia evidenciam de que modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais, bem como, relacioná-los à sua historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento cientifico e o caráter transitório do conhecimento elaborado. Para tanto precisa-se abordar cada conteúdo dando ênfase aos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina relacionando-os aos diversos conceitos da ciência, sendo estas relações desenvolvidas através de um aprofundamento conceitual e reflexivo. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Organização dos seres vivos; Mecanismos biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia; Mecanismos de desenvolvimento embriológico; Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos; Teorias evolutivas; Transmissão das características hereditárias; Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente; Organismos geneticamente modificados. Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidades, serão trabalhados integrados ao conteúdo, como a Lei referente a história e cultura afro-brasileira e africana (10.639/03), a história e cultura dos povos indígenas (11.645/08) e a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (9.795/99). Os experimentos serão amparados pela Lei 14.037/03: Código Estadual de Proteção aos Animais, Lei de Biossegurança, Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Política Nacional da Biodiversidade. 3. METODOLOGIA A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento, acerca do objeto de estudo no fenômeno VIDA, em sua complexidade de relações, no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade de relações ecológicas, buscando no meio em que vive, utilizando-se de experimentos do trabalho desenvolvido no campo com hortifrutigranjeiros e na lida com os animais, o professor utilizará dos seguintes instrumentos: pesquisas de campo, relatórios e visitação nas propriedades, palestras e debates. Compete ao professor direcionar o processo pedagógico, interferindo e criando condições necessárias para que o aluno se aproprie do conhecimento como especifidade de seu papel social na relação pedagógica confrontando assim, os saberes do aluno, que é a lida com o trabalho no campo, com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Assim, as atividades práticas acontecerão em diversos ambientes como no laboratório de informática e na biblioteca com a realização de pesquisas e leituras; as atividades que necessitam do laboratório de química, física e biologia, são improvisadas, já que não temos ainda o laboratório, assim vinculamos a teoria a prática. Também será utilizado outras atividades que estimulem os educandos ao trabalho coletivo como música, história em quadrinho, painéis, murais, exposições e feiras, sendo que para o desenvolvimento dessas atividades serão utilizados os mais variados recursos pedagógicos como a TV multimídia, slides, fitas vhs, dvd's, cd-rom's educativos, etc. Vale destacar a importância de se valorizar os registros feitos pelos educandos no decorrer de atividades realizadas nas aulas, pois através das mesmas, o professor analisa a própria prática e faz as intervenções pedagógicas necessárias e, ainda, pode divulgar tais produções como forma de socialização dos saberes e interação entre os estudantes. Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos, a Diversidade, a Cultura Afro-Brasileira e Indígena serão trabalhados integrados, contínuos no desenvolvimento dos conteúdos. 4. AVALIAÇÃO A avaliação se dará ao longo do processo ensino-aprendizagem, por meio de uma interação diária entre professor e aluno de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos pelo professor para a verificação do rendimento escolar. A avaliação será contínua, diagnóstica, transparente, formativa e cumulativa, permitindo assim, um retrato do aluno e da classe. Serão adotados como instrumentos avaliativos, a capacidade de argumentação e produção escrita, provas escritas que contemplem a pesquisa e o entendimento dos fenômenos naturais e sua influência sobre o meio e os seres vivos que visa o estudo da Biologia. Será emancipadora, uma vez que, avaliar implica num processo que tem como uma das finalidades obter informações para melhor nortear a prática pedagógica, intervindo e reformulando. Enfim, uma avaliação utilizada como instrumento analítico que prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do período letivo, tornando professores e alunos observadores dos avanços e das dificuldades para superarem os obstáculos existentes. A recuperação será paralela ao processo de aprendizagem com o objetivo de sanar ou minimizar as dificuldades encontradas pelos alunos. 5. REFERÊNCIAS AMABIS, José Mariano – Biologia / José Mariano Amabis Rodrigues Martho – 2.ed. – São Paulo: Moderna 2004. Biologia / vários autores – Curitiba – SEED-PR, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. BIOLOGIA. Curitiba: SEED/DEB,2008. LOPES, Sônia – Biologia – volume único – Sônia Lopes, Sergio Rosso – 1. ed. – São Paulo: Saraiva, 2005. AMBIENTE. Ministério do Meio. Disponível em: www.mma.gov.br Acesso em 15 de fev. De 2011. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. SILVA JÚNIOR, César da. Biologia – César e Cézar. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Sociedade Brasileira de Bioética – www.sbbioetica.org.br Livro Didático Público da Disciplina de Biologia. CIÊNCIAS 1. APRESENTAÇÃO A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o Conhecimento Científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, compo, energia e vida. A natureza legitima, o objeto das ciências naturais e da disciplina de Ciências. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Com a interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimento e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. A cultura, o trabalho e o sistema educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influência e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER,1980; ANDERY et al.;1998). Conceituar Ciência é considerá-la um conjunto de descrições, interpretações, teorias ,leis, modelos etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua amplicação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (científica), segundo Freire-Maia, 2000. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos. De acordo com Kneller (1980 ) e Fourez(1995), modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito dos fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamenais que compõem a Natureza, que são utilizados muitas vezes como paradigmas, leis e teorias. Conceituar ciência exige cuidade epistemológico, pois conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história da construção do conhecimento científico. Segundo Gaston Bachelard, existem três períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: Estado pré-científico – um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Buscou superar as explicações míticas, com base nas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza e os intensos registros dos conhecimentos científicos desde a antiguidade até o final do século XVIII. Estado Científico – Foi marcado em que um único método científico é constituído para a compreensão da Natureza. Não significa que não utilizavam de métodos para investigar a Natureza, mas reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isoladas. O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos expereimentaid, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias, produzindo um conhecimento científico a respeito da realidade, rompendo com a forma de construção e divulgação do conhecimento deste período. Estado do novo espirito científico – Início de um período em que valores absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço, do tempo e da massa, perderam o caráter de verdade absoluta, revolucionando as ciências físicas e as demais ciências da natureza. Segundo Marandino, o ensino de Ciências no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos da novas relações de trabalho que originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo”. Na Primeira República, as poucas escolas que existiam nas cidades, eram frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros para ensinar o conhecimento científico de caráter formativo e os filhos de trabalhadores, de agricultores o ensino era transmitido por professores não especializados e o conhecimento científico de caráter informativo, portanto o ensino era diferenciado. A disciplina de Ciências se consolidou no currículo da escolas brasileiras com a Reforma Francisco Campos (1931), os conhecimentos científicos foram integrados na disciplina de Ciências Físicas e Naturais e nas disciplinas de Física, Química e História Natural, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais, dando ênfase na metodologia de aulas expositiva, não dialogada, exigindo memorização e priviligiando a quantidade de informações científicas, de acordo com as necessidades do progresso nacional daquele contexto histórico. Na década de 1940 – Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação de uma elite condutora – dirigente e dirigidos. De caráter propedêutico da disciplina, objetivando o ingresso de alunos da classe média. Em meados de 1950, o contexto mundial acompanhava uma tendência em que ciência e tecnologia forma reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social, segundo Krasilchik, 2000. Na LDB nº 4024/61, marcou o fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar, ampliando para todas as séries – ginasial, preparando o individuo para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos por meio do exercício do método científico. Também possibiliou o uso do livro didático, produção de equipamentos de laboratório, com o objetivo de preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, para tomar decisões com base em informações e dados. Com o golpe de 1964, impôs mudanças no sentido de direcionar o ensino como um todo, formando o trabalhador ou mão-de-obra técnico-científica visando ás necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do país, controlado pelo regime militar. Final da década de 1980, no Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, analisando as relações entre escola, trabalho e cidadania. No início de 1990, ainda sob a LDB nº 5692/71, houve avanços para o ensino de Ciências, reorganizou o ensino em três eixos norteadores: Noções de Astronomia, Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde - melhoria da qualidade de vida. Com a LDB Nº 9394/96, estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, produzindo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, contribuindo para descaracterização da disciplina de Ciências e o ensino dos conteúdos sofreu interferências dos projetos curriculares e extracurriculares, divididos em três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal e o trabalho com temas transversais, esvaziando o conteúdo científico. Em 2003, iniciou no Paraná a produção das novas Diretrizes Curriculares, estabelecendo novos rumos e uma nova identidade para o ensino de Ciências. O professor deve considerar o aprendizado anterior a escola, que não é sistematizado e mediar o aprendizado escolar que objetiva a aprendizagem do conhecimento científico produzindo algo novo no desevolvimento do aluno. Portanto, propicia ao aluno realizar sozinho, amanhã, aquilo que hoje realiza com a mediação do professor. O conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são históricos e sofrem interações mútuas. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia:a astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Esse conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo. Matéria: nesse conteúdo estruturante propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentem à nossa percepção (RUSS,1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Sistemas biológicos: esse conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo e suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções . Energia: esse conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a antiguidade.Nesse conteúdo deve-se provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere ás suas várias manifestações. Biodiversidade: esse conteúdo estruturante visa,por meio dos conteúdos específicos de ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se que o aluno entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE Astronomia − Universo; − Sistema solar; − Movimentos terrestres; − Movimentos celestes; − Astros. Matéria − Constituição da matéria. Sistemas Biológicos − Níveis de organização Celular. Energia − Formas de energia; − Conversão de energia; − Transmissão de energia. Biodiversidade − Organização dos seres vivos; − Ecossistema; − Evolução dos seres vivos. 6ª SÉRIE Astronomia − Astros; − Movimentos terrestres; − movimentos celestes. Matéria − Constituição da matéria. Sistemas biológicos − Célula; − Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia − Formas de energia − Transmissão de energia Biodiversidade − Origem da vida − Organização dos seres vivos − Sistemática 7ª SÉRIE Astronomia − Origem e evolução do Universo Matéria − Constituição da matéria Sistemas Biológicos − Célula − Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia − Formas de energia Biodiversidade − Evolução dos seres vivos 8ª SÉRIE Astronomia − Astros − gravitação universal Matéria − Propriedades da matéria Sistemas Biológicos − Morfologia e fisiologia dos seres vivos − Mecanismos de herança genética Energia − Formas de energia − Conservação de energia Biodiversidade − Interações ecológicas Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da escola. Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e Educação do Campo. 3. METODOLOGIA A história da Ciência, a divulgação científica e atividade experimental são três aspectos importantes que se relacionam e complementam-se na prática pedagógica. A História da Ciência contribui pra a melhoria do ensino, propiciando melhor integração dos conceitos científicos escolares sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de estudo que permite ao professor entender melhor os conceitos científicos para enriquecer suas estratégias de ensino, segundo Bastos, 1998. O professor poderá optar pelo uso de documentos, textos, imagens e registros de história da ciência como recurso pedagógico, contribuindo para sua formação científica e melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois sem a história, perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos observados, propostos e discutidos em certas épocas, segundo Martins. 1990. A divulgação científica, serve de alternativa para suprir a defasagem entre o conhecimento científico e o científico escolar. O professor ao optar pelo uso didático dos materiais de divulgação científica como revistas, jornais, documentários, visitas a Museus e Centros de Ciências e outros, precisa considerar que esse material não foi produzido especialmente para ser trabalhado em sala de aula, por isso requer adequação didática. Também atentar a qualidade, selecionando os que tem linguagem adequada articulada a um rigor teórico conceitual, evitando a banalização o conhecimento científico. Atentar também para que o documentário ou conteúdo de filme, esteja relacionado com o conteúdo específico abordado e os processos cognitivos a serem desenvolvidos pelos alunos, por meio de análise, reflexão, problematizações, etc. Na utilização de um texto de divulgação científica, o professor poderá identificar os conceitos/informações mais significativas, fazer recortes e inserções, além de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. As atividades experimentais, podem contribuir para a superação de obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões e confrontos de idéias entre os alunos e também pela natureza investigativa. Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos e também possibilitam ao professor gerar dúvidas, problematizar o conteúdo que pretende ensinar e que contribuem para que o aluno construa suas hipóteses. Neste estabelecimento de ensino, o professor trabalha primeiramente, com os conceitos científicos em sala de aula, para então, juntos professora e alunos realizarem a pesquisa de campo coletando insetos, folhas, raízes, caules de plantas e espécies de fungos como cogumelos, bolores, líquens e etc. O professor deve dominar os conceitos apresentados além de saber manipular equipamentos e reagentes. Deve valorizar os conceitos “errados” e experimentos que “não funcionaram”, pois tais fracassos servem de investigação para as causas destas incorreções, geralmente ligadas aos limites de correspondência entre os modelos científicos e a realidade que representam. Ao realizar a atividade experimental, destaca-se a importância da contextualização do conteúdo específico, bem como a discussão da história da ciência, da divulgação científica e das possíveis relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. O professor de Ciências , no momento da seleção de conteúdos específicos e da opção por determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre outros critérios, precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, necessita-se considerar as necessidades de adequação da linguagem e nível conceitual. Outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino. O processo ensino-pedagógico pode ser melhor articulado com o uso de: recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabela, infográficos, entre outros; de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates. Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pedagógica a serem valorizadas na ensino de Ciências, tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros. A Abordagem Problematizadora: a ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. A abordagem problematizadora pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados. A Relação Contextual: A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo mais próximo à realidade do estudante para uma posterior abordagem abstrata e específica. Contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Se estabelece por meio de abordagens que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. A Relação Interdisciplinar: As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. As relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o atendimento do objeto de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza. A Pesquisa: Pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e repetições, e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação. A Leitura Científica: Propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levando se em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se: revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças - Publicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - www. sbpcnet.org.br; revista eletrônica Café Orbital Publicação do Observatório Nacional - disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia); revista Scientific American e Scientific American Brasil - Publicação da Editora Duetto - Disponível em www.sciam.com.br; Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas Disponível em www. diaadiaeducacao.pr.gov.br; Coleção Explorando o Ensino - Educação Básica, Ministério da Educação - Disponível em www.mec.gov.br. A Atividade em Grupo: Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciêcias dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante. A Observação: Permite que o professor perceba as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais. O estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita. A atividade Experimental propicia criar situações de investigação para a formação de conceitos. Essas atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, mas também a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais. Essas práticas proporcionam discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser apenas momento de comprovação de leis e teorias ou meras ilustrações das aulas teóricas. Os Recursos Instrucionais: Os recursos instrucionais (mapas, de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos, pois, se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, das atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares, entre outros. O Lúdico: O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos, e deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A ação avaliativa é importante no processo ensino -aprendizagem, pois propicia um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. O professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente. É preciso respeitar o estudante como ser humano inserido no contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos instrucionais diversos. Valorizar também, o que se chama de "erro", que pode sugerir ao professor a maneira como o estudante está pensando e construindo sua rede de conceitos e significados e, neste contexto, se apresenta como importante elemento para o professor rever e articular o processo de ensino, em busca de sua superação. Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar instrumentos compostos por questões e problemas novos, não-familiares, que exijam a máxima transformação do conhecimento adquirido em diferentes contextos a sua compreensão do conhecimento construído. A prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real. As questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula. O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir "erros" conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos: Origem e evolução do universo; constituição e propriedades da matéria; sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos; conservação e transformação de energia; diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos. Serão adotados como instrumentos (diversificados) avaliativos a observação direta do desenvolvimento individual e no grupo, da produção escrita, da capacidade de argumentação, da organização didática e nos projetos, da maturidade em escolhas das respostas para suas incertezas, da mudança de postura em relação à conservação e à preservação ambiental e corporal; provas escritas que contemplem a pesquisa e o entendimento dos fenômenos naturais e suas influências sobre o meio e os seres vivos, atividades que ofereçam ao aluno condições para expressar a sua opinião sobre a interação e a ação humana no ambiente e na produção de tecnologias com o uso de filmes, discussões e material para registro. Entre as estratégias de avaliação, pode-se destacar: observação e registros sistemáticos a respeito do desenvolvimento, das conquistas e das mudanças observadas nos alunos, reuniões periódicas para analisar o trabalho pedagógico, trabalhos individuais ou da equipe e autoavaliação. As informações obtidas pelo professor na avaliação possibilitará uma análise da prática pedagógica para continuar e/ou alterar, fazendo as intervenções necessárias. A Recuperação de estudos será realizada de forma permanente e paralela ao processo de ensino e aprendizagem, com retomada de conteúdos e realizando outra avaliação com instrumentos/critérios diversificados. Em relação a pesquisa de campo, o aluno será avaliado na entrega seus insetários, herbários e dos fungos coletados, observando as condições do material e a identificação das espécies. 5. REFERÊNCIAS BORGES, R.M.R; MORAES, R. Educação em ciências na séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. CARVALHO, A.M.P. e GIL PÉRES, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 1993. FIGUEIREDO, M.T. É importante ensinar ciências desde as primeira séries. Revista de Ensino de Ciências. Funbec, nov. 1989. PARANÁ, Documento Introdutório Ensino Fundamental. Diretrizes para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual - versão preliminar - julho, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. SOUZA, J.B. Geleiras para beber. Nova Escola. São Paulo: Fundação Vitor Civita, n. 135, ano 15, 2000. Livro Didático Público da disciplina de Ciências. PPP- Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - 2011. CADERNOS TEMÁTICOS: História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Educação do Campo. EDUCAÇÃO FÍSÍCA 1. APRESENTAÇÃO A Educação Física é um conjunto de práticas corporais que norteiam uma ação pedagógica fundamentada na cultura corporal, que considera a materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais do indivíduo. Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento que introduz, dialoga e integra o aluno através da cultura corporal do movimento com as diferentes culturas, formando o ser humano que vai (re) produzí-la e transformá-la para usufruir das suas manifestações (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e lutas), em beneficio do exercício crítico da cidadania. O ensino da Educação Física trata-se, portanto, de localizar em cada uma dessas manifestações seus benefícios e suas possibilidades de utilização como instrumento de comunicação, expressão, sentimentos, emoções, socialização, lazer e de manutenção e melhoria da saúde e qualidade de vida. O objeto de estudo e de ensino da Educação Física é a Cultura Corporal. Por meio dos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares Estaduais – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras – esta disciplina tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. Os conteúdos devem promover e organizar um processo que possa contemplar os aspectos motores, sociais, afetivos, cognitivos e culturais, oportunizando a participação do maior número de alunos com fins educativos e formativos. Estas aulas devem possuir caráter recreativo e lúdico, e não seletiva ou de treinamento, porém isto deverá ser realizado com seriedade e compromisso crítico. A Educação Física deve contribuir com princípios e valores que possam combater ou romper paradigmas em que o aluno era visto como mero reprodutor de ações, apresentando uma metodologia que possa contribuir para a formação de indivíduos críticos, capazes de pensar/refletir/analisar, discutir e questionar a realidade, interagindo, construindo e modificando a mesma, também desenvolver suas potencialidades através da cultura corporal. É importante destacar que neste processo educacional de ensino-aprendizagem do ensino médio, os alunos portadores de necessidades especiais não podem ser privados ou tratados de forma diferenciada, mas devem se compreendidos e respeitados em suas diferenças, possibilidades e interesses, com a finalidade de promover a igualdade e criar novas experiências, novas vivências novos benefícios e superar as desigualdades através das aulas. A prática pedagógica que norteia a Educação Física deverá proporcionar: − A superação da dimensão meramente motriz/tecnicista da Educação Física e imprimir uma dimensão histórica, cultural e social às aulas da disciplina. − A ampliação do conhecimento dos alunos em relação aos conteúdos abordados. − A interação entre os diversos tipos de cultura corporal do movimento, formando um ser humano que irá produzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos esportes, jogos e brincadeiras, danças, ginásticas e lutas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. − O reconhecimento do seu corpo e suas diferentes possibilidades. − A diminuição das desigualdades, aceitando as diferenças, as diversidades e as possibilidades dos outros para construir uma educação baseada em respeito, solidariedade e justiça. − A prática/experimentação das diversas formas de práticas corporais, desenvolvendo a potencialidade dos alunos e enriquecendo sua cultura corporal. − A aquisição de uma expressividade corporal consciente, refletindo criticamente sobre as práticas corporais, contribuindo assim para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo e seus limites. − A ampliação da visão de sociedades dos alunos, por meio da Cultura Corporal, de modo que superem a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO − Esporte; − Jogos e brincadeiras; − Dança; − Ginástica; − Lutas. 2.1 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental e Médio. − Coletivos, individuais e radicais; − Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos dramáticos; − Danças folclóricas, danças de rua, danças criativas, danças circulares; − Ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica geral; − Lutas de aproximação, capoeira, lutas com instrumentos mediados. − Coletivos, individuais, radicais; − Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos, jogos cooperativos; − Danças Folclóricas, danças de salão, danças de rua; − Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico, ginástica geral; − Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com instrumento mediador, capoeira. Numa perspectiva multidisciplinar, buscar-se-á a relação dos conteúdos abordados com os Desafios Contemporâneos, com especial atenção à Educação do Campo, tendo em vista que a grande maioria dos alunos atendidos pela escola reside na zona rural. Na abordagem dos conteúdos buscar-se-á contemplar o que dispõe a Lei 10.639/03, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e a Lei 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. 3. METODOLOGIA O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. O senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões. Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física é preciso levar em conta aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade, como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias, para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos. Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à prática realizada. A articulação entre os conteúdos estruturantes (Esporte; Jogos e Brincadeiras; Dança; Ginástica; e Lutas) e os elementos articuladores (Cultura Corporal e: Corpo; Ludicidade; Saúde; Mundo do Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade; e Mídia) é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando existir situações de aprendizagens, eles podem ser retomados e aprofundados. Para o desenvolvimento dos conteúdos propostos serão realizadas aulas teóricas e práticas, trabalhos de pesquisa, a exibição de filmes, utilizando o laboratório de informática a TV multimídia e outros recursos tecnológicos disponíveis. Os conteúdos específicos não serão organizados numa sequência baseada em prérequisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo poderá ser trabalhado em todas as séries, mudando o grau de complexidade, de acordo com as diferenças de entendimento das turmas e as relações entre o conteúdo e possíveis elementos articuladores. Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. 4. AVALIAÇÃO A avaliação adotada é diagnóstica, formativa, contínua e cumulativa respeitando sempre a individualidade de cada educando, sendo oportunizada a todos os alunos de forma inclusiva, tendo como principal objetivo a aprendizagem do aluno e a retomada de conteúdos e de novas ações pedagógicas que possibilitem a apreensão do conhecimento. Dessa forma o professor dará ênfase para que o processo parta da construção do conhecimento que o aluno já possui, procurando acompanhar individualmente, reorganizando e retomando os conteúdos se necessário, para que eles possam dominar o conhecimento e alcançar os objetivospropostos. Ela ocorrerá de forma bimestral, somativa, sendo duas avaliações no valor de 3,0 pontos cada uma, e mais duas avaliações de 2,0 pontos cada, conforme o especificado no projeto político pedagógico e Regimento Escolar. Na avaliação de Educação Física é necessário assumir o compromisso pela busca constante de novas ferramentas estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos inicialmente definidos, priorizando os aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos alunos. Os critérios comprometimento para e a avaliação envolvimento dos devem alunos ser no estabelecidos, processo considerando pedagógico o como: comprometimento e envolvimento - se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios. O professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituíndo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas. A avaliação será realizada com o objetivo de diagnosticar o processo ensinoaprendizagem e a prática pedagógica, utilizando instrumentos avaliativos como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas; e organização e realização de festivais e jogos escolares, cuja finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos. As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar, mas como referência para redimensionar sua ação pedagógica. A recuperação dos conteúdos acontecerá durante o processo pedagógico e serão ofertados a todos os alunos instrumentos avaliativos diversificados que lhes permitam a recuperação das notas. 5. REFERÊNCIAS BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992. ______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999. ______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4 ed. Campinas: Papirus, 1994. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. LIMA, E. S. Avaliação na Escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2002/2000. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995. MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. 2008. SEED. Livro Didático Público de Educação Física. 2. ed. 2007. ENSINO RELIGIOSO 1. APRESENTAÇÃO O objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o Sagrado. A disciplina de Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da história do Brasil, muito embora no contexto do Brasil Colônia a primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou até a Constituição da Republica em 1891, nas atividades de evangelização da Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de confissão católica. A meta da educação como um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas para o ensino das sagradas escrituras, e da doutrina Católica, era conduzir os indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua consequente submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Em 1934, o Estado Novo introduziu a disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Para atender as demandas republicanas quanto às demandas confessionais apresentadas em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa que garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e com caráter facultativo para os estudantes não católicos. Houve vários questionamentos do Artigo da Constituição da Era Vargas da incoerência de uma disciplina como parte integrante para a formação do cidadão e ao mesmo tempo facultativa? O Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua perspectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática catequética nas salas de aulas públicas. No ano de 1996, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), mas não incluiu, nesse documento, o Ensino Religioso. Pela primeira vez, educadores de várias tradições religiosas elaboraram uma proposta educacional. Em 10 de fevereiro de 2006, o Conselho aprovou a Deliberação nº 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Os avanços foram de repensar do objeto de estudo, o compromisso com a formação continuada, consideração pela diversidade religiosa, necessidade de diálogo e do estudo na escola e reconhecer as diferentes manifestações culturais e religiosas. Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois constituíramse historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. O ensino religioso deve fundamentar e orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com os outros campos do conhecimento. Também um dos desafios é efetivar uma prática de ensino voltada para superação do preconceito religioso, desprender-se do histórico confessional catequético, para a construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa. Deve oferecer subsídios para que os alunos entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, contribuindo para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão, o direito à liberdade individual e política, buscando o desenvolvimento da cidadania, superando toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso, Texto Sagrado. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE/6º ANO - Organizações Religiosas; - Lugares sagrados; - Textos sagrados orais ou escritos; - Símbolos Religiosos. 6ª SÉRIE/7º ANO - Temporalidade Sagrada; - Festas religiosas; - Ritos; - Vida e Morte. 3. METODOLOGIA A abordagem teórica do conteúdo, pressupõe sua contextualização associando ao contexto histórico, político e social. Abordar a expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, priorizando às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do Sagrado em estudo, para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa, portanto, respeitando o direito a liberdade de consciência e a opção religiosa do aluno, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorização aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural. A aula será baseada no diálogo, o professor como mediador, partindo da experiência (saberes) do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, levantar as questões e problemas, identificando o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, problematizando-os. Para isso, o professor elaborará questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do educando, mobilizando-o construção do conhecimento. As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor de Ensino Religioso poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, que serão enriquecidas através de vídeos, apostilas, ilustrações, uso da internet para pesquisas e a própria comunidade nos seus diferentes aspectos culturais pertinentes às suas diversidades e expressões. Destacar-se-á o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas. 4. AVALIAÇÃO Para efetivar a avaliação é necessário estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno apropriou do conteúdo e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas, e na prática pedagógica fundamentada no respeito á diversidade culturas e religiosa contribuiu para a transformação social. Como critérios pode-se avaliar se o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de diferentes religiões, credo, se reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social e se emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do Sagrado. Cabe ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos que permitam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos, identificando em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos. Utilizando -se de instrumentos como: exposição oral, trabalhos, pesquisas individuais e coletivas, debates, fotos retirados da Internet, entrevistas, etc. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, é necessário que o professor registre o processo avaliativo por meios que permitam á escola, ao aluno, aos seus pais a identificação dos progressos obtidos. Quando se verifica que o aluno não se apropriou dos conteúdos, faz-se a retomada do mesmo com metodologia e avaliação diversificada. 5. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso - Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação – Curitiba – 2009 – SEED/PR. COSTELLA, Domenico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: Junqueira Sérgio; Wagner, Raul (Orgs.). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004. JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo (Orgs.). Conhecimento local e conhecimento universal: pesquisa didática e ação docente. Curitiba: Champagnat, 2004. SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991. Consulta on line: DECLARAÇÃO universal dos (http://www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh_bib_inter_universal.htm) direitos humanos. Constituição Federal Brasileira – Artigo 5º, inciso VI. SENA L. Qual a razão do Ensino Religioso na Escola? – São Paulo/SP. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Artigo 5º, inciso VI da Constituição. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Paraná – Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de Ensino Religioso. O Sagrado no Ensino Religioso – Curitiba, 2008. FILOSOFIA 1. APRESENTAÇÃO Como disciplina na matriz curricular, considera-se que a Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte. A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento. A função do professor de Filosofia no Ensino Médio, que consiste, basicamente, em pensar de maneira filosófica para construir espaços de problematização compartilhados com os estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a criação de conceitos. O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiência daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e análise de textos, organiza debates, sugere pesquisas e sistematizações O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos. Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações e criem conceitos. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES − Mito e Filosofia; − Teoria do Conhecimento; − Ética; − Filosofia Política; − Filosofia da Ciência; − Estética. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO Mito e Filosofia − saber mítico; − Saber filosófico; − Relação Mito e Filosofia; − Atualidade do mito; − O que é filosofia? Teoria do Conhecimento − Possibilidade do conhecimento; − As formas de conhecimento; − O problema da verdade; − A questão do método; − Conhecimento e lógica. 2º ANO Ética − Ética e moral; − Pluridade ética; − Ética e violência; − Razão, desejo e vontade; − Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas; Filosofia Política − Relações entre comunidade e poder; − Liberdade e igualdade política; − Política e ideologia; − Esfera pública e privada; − Cidadania formal e/ou participa. 3º ANO Filosofia da Ciência − Concepções de ciência; − A questão do método científico; − Contribuições e limites da ciência; − Ciência e ideologia; − Ciência e ética. Estética − Natureza da arte; − Filosofia e arte; − Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.; − Estética e sociedade. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e Educação do Campo. 3. METODOLOGIA O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos darse-á em quatro momentos: − a mobilização para o conhecimento; − a problematização; − a investigação; − a criação de conceitos. O ensino de Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e mobilizar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico. A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto e outros − podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem. Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão. O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua própria realidade. O estudante pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade. Ao final desse processo, o estudante, encontrar-se-á apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideias e conceitos de caráter criativo e de socializá-los. É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo. Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos. Trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para estudantes, evitando a superficialidade e reducionismo e possibilitar as mediações necessárias para realizar o processo de ensino. 4. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. A avaliação não se resume a perceber o quanto o estudante assimilou o conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Propiciar e preparar e naõ determinar e, menos ainda, avaliar ou medir. A Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Respeitar as posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: − qual discurso tinha antes; − qual conceito trabalhou; − qual discurso tem após; − qual conceito trabalhou. A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. 5. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – SEED. MENDES, Ademir Aparecido Pinhelli; BORGES, Anderson de Paula; KESTRING, Bernardo et all (2006) – Filosofia: Ensino Médio – Curitiba: SEED. MENDES, Ademir Aparecido Pinhelli; KESTRING, Bernardo & MARÇAL, jairo (2007) – Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica – Curitiba: SEED. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. Livro Didático Público da Disciplina de Filosofia. FÍSICA 1. APRESENTAÇÃO O objeto de estudo de Física é o Universo em toda sua complexidade. Por isso, a disciplina propõe o estudo da natureza, não coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas. A Física tem como objetivo construir um ensino centrado em conteúdos e metodologias que favoreçam reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade cientifica. É preciso ensinar Física útil para que o aluno possa perceber o significado no momento em que aprende a relaciona com o seu cotidiano, tornando-se um instrumento necessário para a compreensão deste mundo, como conhecimento indispensável a formação da cidadania contribuindo para desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos. A disciplina da Física tem como objetivo entre outros, contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, quer seja no campo da tecnologia, na política e na economia tornando-o um cidadão que faz parte do processo como agente, e não como mero espectador. Compreender o desenvolvimento tecnológico da sociedade e as novas tecnologias que são inserida no seu dia a dia através de novos conhecimentos que a sociedade apresenta a todo momento, também proporcionar aos alunos o crescimento como cidadão, criando a sua própria identidade como cidadão do seu país ou do mundo. Os conteúdos estruturantes: movimento, termodinâmica, eletromagnetismo desmembrados em conteúdos básicos e específicos que serão organizados de forma a garantir os objetos de estudos da disciplina em toda a sua complexidade: o universo, sua evolução e suas transformações. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e Educação do Campo. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: − Movimento − Termodinâmica − Eletromagnetismo 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimento − Momentum e inércia; − Conservação de quantidade de movimento (momentum); − Variação da quantidade de movimento = impulso; − 2ª Lei de Newton: − 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio; − Energia e o princípio da Conservação da energia; − Gravitação. Termodinâmica − Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica; 1ª e 2ª Lei da Termodinâmica. Eletromagnetismo − Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas; − Força eletromagnética; − Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday. − A natureza da luz e suas propriedades. 3. METODOLOGIA É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem. Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias espec[ificas no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido. Considerando que a sala de aula é composta de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve ser considerado pelo professor o que os estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. O professor deve, na realidade, trabalhar a formação de seus alunos de tal modo que os leve a perceberem que não há um conhecimento definitivo e que o saber que eles trazem não se constrói numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma barreira a formulação de novos saberes. Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo. O estudante deve ser capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a nova informação em conhecimento. O professor deve buscar uma avaliação como verificação da apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou mudança de postura metodológica. O professor não pode privilegiar somente resoluções de problemas de física, que se traduzem em aplicações de formas matemáticas e contribuem para consolidar uma metodologia de ensino centrada nas resoluções de exercícios matemáticos. Esse tipo de prática pedagógica mistifica a ciência ao mostrar os modelos científicos – elaborações da mente humana válidas para alguns contextos – como verdades incontestáveis e absolutas, resultantes de procedimentos experimentais. Isso pode levar o estudante a ter uma ideia distorcida do que é a física e quase sempre ao desinteresse pela matéria, portanto a prática no ensino médio deve ser a de assegurar ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio deste campo do conhecimento, essencial para o desenvolvimento de uma cultura cientifica. O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor como é o computador, a televisão, a rede WEB, etc. O professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático. A pesquisa deve ser utilizada no processo educativo, como um instrumento de fazer o aluno ler e pensar e se repensar na de transformação e o professor vai além das possibilidades por um livro qualquer. O fazer ciência está associado a dois tipos de trabalhos: um teórico e um experimental. Em ambos é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um fenômeno. No teórico é formulado um conjunto de hipóteses, acompanhados de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões, podendo receber o apoio de experimentos em que se confrontam os dados coletados com os previstos com a teoria. O professor não deve argumentar para o aluno que para saber física é necessário ter um pré-requisito e saber matemática e também não trabalhar somente com os alunos questões como: considere, suponha e calcule, pois o aluno não irá construir seu conhecimento e sim calcular mecanicamente. O professor deve utilizar-se de uma linguagem que o aluno entenda ou seja, respeitar o seu grau cognitivo, permitindo assim uma metodologia que vá de encontro com o conhecimento científico. O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas entender-se que a resolução de problemas deve permitir que o aluno elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter um valor numérico de grandeza. Poderá também utilizar-se de textos como um instrumento de mediação entre alunoaluno e aluno-professor , a fim de que surjam novas questões e discussões. Trazer as aulas de física textos de obras dos físicos para a formação do leitor crítico, por meio da história da evolução das ideias e conceitos da física presente nas obras. Ex. Galileu Galilei, Isaac Newton e outros. Também textos de divulgação científica em jornais, revistas, livros, filmes de ficção científica e internet. O professor poderá utilizar a TV Pendrive como instrumento para trabalhar os conteúdos como: recortes de filmes, charges e etc. Considerar a realidade social e cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que ela é, sobretudo, espaço de trabalho com o conhecimento e que também produz o conhecimento escolar. 4. AVALIAÇÃO A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes Curriculares, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência. “Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo”. Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e a sua formação. A recuperação de estudos será realizada com retomada dos conteúdos que os alunos não apropriaram e realizada uma nova avaliação com instrumento e critério diversificado. O professor considerará os alunos em sua individualidade e diversidade, indispensável para uma prática pedagógica democrática e inclusiva. Aceitá-lo na sua singular condição intelectual, social, cultural, significa, dar espaço para que se faça ouvir, em uma relação dialógica, sem preconceitos. A avaliação deve ser diversificada tanto qualitativo quanto instrumental. Quantitativo, orientando-se pelo Regimento Escolar. E os critérios verificando a compreensão: dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem; do conteúdo físico expressado em textos científicos e não científicos e a capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento. Os instrumentos de avaliação para uma aula de experimentação, poderá ser um relatório individual, com questões abertas que permitam a exposição de suas ideias. Levando o aluno a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. Na prática demonstrativa, pode-se pedir um relato explicativo. 5. REFERÊNCIAS Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. FÍSICA. Curitiba: SEED/DEB,2008. Livro Didático Público da Disciplina de Física. GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP, 1985; GONÇALVES FILHO, A; São Paulo: Scipione, 2002. MAXIMO. A: Scipione. 1987; TOSCANO, ALVARENGA. B. C. Física: GEOGRAFIA 1. APRESENTAÇÃO Física para Volume o Ensino único. São Médio. Paulo: Desde tempos remotos as relações com a natureza e com o espaço fazem parte das estratégias de sobrevivência do homem. A observação da natureza através dos vários ciclos permitiu que as sociedades pudessem se relacionar com ela e modificá-la em prol de si mesmo. Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos relativos à Geografia. A geografia é uma ciência que tem por objeto de estudo o espaço geográfico resultado da inter-relação entre objetos e ações. Há que se empreender em um ensino capaz de fornecer conhecimentos específicos da Geografia com os quais se possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. Sua função é desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade geograficamente e despertar uma consciência espacial. Para a Compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um quadro conceitual de referência: lugar, território, região, sociedade, paisagem e natureza. Assim promove uma análise espacial sob abordagem natural, histórica, econômica, cultural e política. Levando em consideração as diferentes formas de organização do espaço, nas escalas local, regional, nacional e global. O valor educativo da Disciplina de Geografia origina-se no fato de todos os acontecimentos do mundo tem uma dimensão espacial, visto que o espaço é a materialização dos tempos da vida social, portanto, há que se empreender uma educação geográfica, numa perspectiva crítica e de diálogo, subsidiada na relação de conteúdos teóricos, na prática vivida e no princípio da busca da autonomia moral e intelectual do cidadão. O ensino da Geografia fornecerá ao educando embasamento para consolidar a área do conhecimento que propicie ao aluno a capacidade de ler e interpretar criticamente o espaço geográfico, considerando as diversidades, as desigualdades e as complexidades do mundo. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: − Dimensão econômica do espaço geográfico; − Dimensão política do espaço geográfico; − Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico; − Dimensão socioambiental do espaço geográfico. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE − Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; − Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; − A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; − A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; − As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; − A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; − A mobilidade populacional e as manisfestações socioespaciais da diversidade cultural; − As diversas regionalizações do espaço geográfico. 6ª SÉRIE − A formação , a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. − A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. − As diversas regionalizações do espaço brasileiro. − As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. − A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. − Movimentos migratórios e suas motivações. − O espaço rural e a modernização da agricultura. − A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. − A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. − A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 7ª SÉRIE − As diversas regionalizações do espaço geográfico; − A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano; − A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado; − O comércio em suas implicações socioespaciais; − A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; − A distribuição espacial das atividades produzidas, a (re)organização do espaço geográfico; − As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; − O espaço rural e a modernização da agricultura; − A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; − Os movimentos migratórios e suas motivações; − As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; − Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 8ª SÉRIE − As diversas regionalizações do espaço geográfico; − A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado; − A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; − O comércio mundial e as implicações socioespaciais; − A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; − A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; − As manisfestações socioespaciais da diversidade cultural; − Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações; − A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico; − A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; − O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO: − A formação e transformação das paisagens; − A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; − A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; − A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; − A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; − O espaço rural e a modernização da agricultura; − O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial; − A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações; − Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; − As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; − A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; − A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; − Os movimentos migratórios e suas motivações; − As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; − O comércio e as implicações socioespaciais; − As diversas regionalizações do espaço geográfico; − As implicações socioespaciais do processo de mundialização; − A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 3. METODOLOGIA O desenvolvimento metodológico da disciplina de geografia ocorrerá em função da participação dialogada entre professor e aluno, que utilizará mapas, Atlas, elaboração de questões, de relatórios, pesquisas em livros e na internet, além de leituras complementares com discussão e análise de problemas levantados junto à sociedade e atividades em grupos. Tudo isso para que o aluno seja capaz de questionar seus conhecimentos anteriores e acontecimentos do seu cotidiano relacionando-os aos conteúdos trabalhados, procurando integrá-los de forma coerente e lógica nas atividades propostas. Neste sentido, o ensino de geografia oportuniza ao aluno diversas possibilidades interpretativas do espaço geográfico para nele integrar, entendo e relacionando as especificidades da geografia, sendo capaz de interferir na realidade de maneira consciente e critica. Também serão trabalhado as temáticas dos Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Ela deve estar presente em todas as etapas da aprendizagem e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito. A avaliação será contínua e priorizará a qualidade do processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho ao longo do ano letivo. Conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a avaliação será formativa, porém não será excluída a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim desenvolver as duas formas de avaliação, sendo registradas de maneira organizada e criteriosa, dando ênfase ao aprender. Nessa perspectiva, a avaliação será diagnóstica formativa e continuada, então o professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: provas objetivas e subjetivas, leitura, interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação e discussão de temas em seminários; construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros. 5. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Lúcia Marina Alves. RIGOLIN, Tércio Barbosa. Ensino Médio. Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática, 2005. Geografia: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. GEOGRAFIA. Curitiba: SEED/DEB,2008. Livro Didático Público de Geografia Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011 Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011 SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. Ed. Ática, 1997. TERRA, Lygia. COELHO, Marcos de Amorim. Ensino Médio. Geografia geral e do Brasil: o espaço natural e socioeconômico. Ed. Moderna, 2006. HISTÓRIA 1. APRESENTAÇÃO Nos últimos anos, o ensino de História tem ganhado novas dimensões, seja pelas novas políticas governamentais na área da educação, seja pelo empenho dos professores. Essas mudanças têm colocado em xeque muitas das proposições sobre as quais se formaram várias gerações de docentes, o que tem obrigado o professor, de forma positiva, a rever suas concepções de História e sua visão do processo de ensino-aprendizagem. A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento. A História pode contribuir ao aluno na compreensão do processo de formação de sua identidade e auxiliar na consolidação de sua cidadania. Em outras palavras, identidade e cidadania podem assumir centralidade no ensino de História. Seu estudo contribui para a construção do conhecimento e do respeito à própria identidade e à identidade do outro. Conhecer e respeitar o “outro” com o qual convive pessoalmente (outras etnias, religiões, opções sexuais, opções políticas, outras condições sociais) e com o qual convive enquanto coletividade (outras religiões, culturas e nações). A disciplina é também um meio privilegiado para a educação das relações étnicoraciais, tendo como objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. O processo de ensino-aprendizagem de História deverá partir sempre da realidade do aluno, para tanto, serão abordados assuntos referentes à História do Paraná, objetivando a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e micro-regiões do estado. O ensino de História deve dar conta de superar os desafios, desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, tida como verdade absoluta, socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas e como este se produz formando um homem político capaz de compreender a realidade onde está inserido e nela interferir. Contribuindo assim, para a formação da identidade política/cidadã do indivíduo, à medida que constrói a capacidade de crítica da própria cidadania a partir do conhecimento de outras estruturas políticas e sociais, de projetos alternativos de sociedade que não se efetivaram e do fato de que os acontecimentos históricos não são naturais nem irreversíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação dialética com seus contextos históricos. O ensino de História pressupõe que o aluno participe ativa e criticamente do processo, tornando-se capaz de: - Compreender os fatos passados de forma que possa entender o presente através de suas raízes históricas; - Perceber a ligação entre a sociedade contemporânea e os fatos históricos; - Compreender a temporalidade dos acontecimentos históricos; - Entender que, enquanto cidadãos, somos agentes ativos do processo de construção da História; - Entender o processo histórico como resultado de fatores socioculturais; - Desmistificar a ideia de que a História é construída somente por grandes heróis, como a História tradicional e factual sempre privilegiou. - Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da História do cotidiano e da História cultural. Identificando no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da atualidade a continuidade ou ruptura de elementos do passado, reforçando o diálogo passado – presente; - Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as desigualdades; - Contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é um espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias. - Conhecer e compreender a História dos povos latino-americanos, especialmente a História do Brasil, do Paraná e a História local. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estados de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História: Relações de trabalho; Relações de poder; Relações culturais; 2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/6º ANO − A experiência humana no tempo; − Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; − As culturas locais e a cultura comum. 6ª SÉRIE/7º ANO − As relações de propriedade; − A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; − A relações entre o campo e a cidade; − Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade. 7ª SÉRIE/8º ANO − História das relações da humanidade com o trabalho; − O trabalho e a vida em sociedade; − O trabalho e as contradições da modernidade; − Os trabalhadores e as conquistas de direito. 8ª SÉRIE/9º ANO − As constituições das instituições sociais; − A formação do Estado; − Sujeitos guerras e revoluções. 2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO: 1º ANO - Trabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre; - Urbanização e industrialização; 2º ANO - O Estado e as relações de poder; - Os sujeitos, as revoltas e as guerras; 3º ANO - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções; - Cultura e religiosidade. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08, História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do Campo. 3. METODOLOGIA Ao realizar o seu trabalho o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles, retomar constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, como este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um método de pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações em documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa). O historiador tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, o que nos remete a diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico. Diante disso estabelece-se a necessidade da utilização de bibliografias e fontes documentais diversas, buscando os diferentes sentidos e as diferentes interpretações diante das ações humanas ao longo do tempo. Para o ensino de História, aplicar-se-ão os seguintes métodos: - Aulas expositivas - Análise de textos - Análise e interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes históricas, inclusive a oral - Análise e interpretação de imagens - Análise e interpretação de filmes e músicas - Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos - Debates - Teatros - Seminários - Confecção de maquetes - Visitas 4. AVALIAÇÃO A avaliação objetiva favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. De acordo com Luckesi (2002), a respeito da avaliação diagnóstica é necessário o diálogo acerca dos critérios e á função da avaliação tanto individual quanto coletiva. O aprendizado e a avaliação é um fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, propiciando uma análise criticas das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e alunos. Retomar a avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um coletivo e a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas a aprendizagem de todos. Tanto professor e alunos precisam entender as finalidades, objetivos, critérios e instrumentos da avaliação que permitirá rever o que precisa ser melhorado ou o que já foi apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor poderá adotar varias formas de avaliar: Diagnóstica, Formativa e somativa. Planejar avaliações com atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos alunos em relação ao tema; que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica, permitam que o aluno expresse o desenvolvimento de ideias e conceitos históricas e atividades que revelem se o aluno apropriou da capacidade de leitura de documentos como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão. Nos textos e imagens é importante que o professor faça a identificação, leitura, explicação e interpretação, atentando sempre as formas diferentes de avaliar. Os três aspectos: a investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos alunos, a compreensão das relações da vida humana e o aprendizado dos conteúdos básicos e específicos são complementares e indissociáveis, portanto o professor recorrerá a diferentes atividades: leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos, seminários, debates, relatórios, conclusões individuais ou coletivo, construção de maquetes ou painéis, provas objetivas e subjetivas, etc. A recuperação de estudos se realizará com retomada de conteúdos não apropriados pelo aluno sempre que necessário,oferecendo ao aluno oportunidade para superar as dificuldades demonstradas, seguindo o Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino. 5. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n. 9394/96: diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez de 1996. BRASIL. Lei n. 10.639/03: história e cultura afro-brasileira. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana. Brasília : MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004. COTRIM, Gilberto. Saber e fazer História. São Paulo: Saraiva, 2001. HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, ed. 26. 2005. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. MONTELLATO, Caberei Canele. História Temática. São Paulo: Scipione, 2001. ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação. 2006. PARANÁ. Lei 13.381/01: história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134, 2001. PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo: Ática, 2008. RIBEIRO, Darci. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, ed. 2. 2005. SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2001. VICENTINO, Cláudio. Viver a História. São Paulo: Scipione, s.d. Paraná – Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de História do Paraná. Representações, Memórias, Identidades. Curitiba, 2008. L.E.M. - INGLÊS 1. APRESENTAÇÃO O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809 criaram-se as cadeiras de inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas advindas da abertura dos pontos ao comércio. A dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos emergiu durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a necessidade de aprender inglês. O aprendizado da Língua Estrangeira deveria contribuir para a formação do aprendiz, quanto ao conhecimento e `a reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. Desta forma, ensinar e aprender línguas, é também ensinar e aprender percepções de mundo. O ensino da língua estrangeira moderna deve proporcionar ao aluno a ampliação da visão e diversidade cultural. Trabalhar a língua como discurso construtor de significados efetivados através da prática de leitura, escrita e oralidade. A apresentação do discurso nos mais variados gêneros garantirá ao aluno o estímulo para que entre no universo da língua estrangeira e interaja com ela, fazendo com que o educando colabore no processo de construção da própria identidade, confrontando diálogos e construindo significados a partir das novas informações, levando-o a perceber outras formas de ver o mundo. A valorização de outras culturas deve-se fazer presente, reconhecendo a diversidade cultural de forma crítica e consciente, sendo também capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita. Objetiva-se com o aprendizado de língua estrangeira que os alunos analisem as questões da nova ordem global, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade e que façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas e relevantes, utilizando as práticas de leitura, escrita e oralidade, percebendo-se sujeitos integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO − Discurso como Prática Social. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 5ª Série LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª Série LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Informações explícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais de gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. 7ª Série LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem. • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto. - léxico ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Concordância verbal e nominal; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo ; - expressões que denotam ironia e humor no texto ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª Série LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO − Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos, básicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e Educação do Campo. − Gêneros Discursivos: Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. − Leitura: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacional; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Léxico. − Escrita: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. − Oralidade: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. 3. METODOLOGIA Os conteúdos serão trabalhados de forma contextualizada partindo de textos de diferentes gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, possibilitando ao aluno conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Assim, na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais e escritas e / ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos linguísticos-discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas. Na leitura, espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua e que um texto apresenta várias possibilidades de leitura, que não traz em si um sentido pré-restabelecido, mas sim, uma demarcação para os sentidos possíveis, restringida pelas condições de produção, que se constrói a cada leitura: quem faz a leitura do texto é o sujeito; portanto, o texto não determina a sua interpretação. O trabalho com a leitura vai além daquela superficial, linear, quando busca respostas visualizando no próprio texto, e não-linear permite o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a reflexão, o que possibilita a reconstrução da argumentação. Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. O professor criará condições para que o aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares, que são próprios da comunidade em que está inserido. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, que na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. A escrita deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o professor direcione as atividades de produção textual, definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como o sujeito com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a sua construção do seu texto de sua coerência. Nesse sentido a produção deve ter sempre um objetivo claro. O professor poderá trabalhar com as atividades de pesquisa realizadas pela internet, livros, revistas, entrevistas e outros meios, levando os alunos a uma discussão, chegando assim na produção de texto com a ajuda do professor e dos recursos disponíveis na sala de aula. O professor utilizará para o desenvolvimento dessa metodologia os seguintes recursos: Quadro-negro, giz, DVD, CD, vídeo, livros, dicionários, jornais, revistas, Internet, TV Multimídia. 4. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira deve superar a concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, observando a participação dos alunos, a interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e língua estrangeira, no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias. O processo de avaliação será diagnóstico, contínuo e formativo, contemplando as práticas da leitura, escrita e oralidade. Sendo estas através de tarefas, pesquisas, trabalhos, avaliações, painéis, dramatizações, diálogos e músicas. 5. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna – SEED, 2008. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná - Capítulos da Versão Preliminar. Projeto Político Pedagógico – 2011. BERTOLIN & SIQUEIRA, Essencial English, Coleção Horizontes, São Paulo. Ed. IBEP, 1998. SANTOS, Denise & MARQUES, Amadeu. Links: English for teens. ed. Ática. São Paulo, 2009. LÍNGUA PORTUGUESA 1. APRESENTAÇÃO A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX. Porém a formação do professor teve início somente nos anos 30 do séc. XX. Nos primeiros tempos de colônia não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico (sistema jesuítico de ensino) em que se visava à expansão católica e formação de elites subordinadas à Metrópole. Em meados do séc. XVII, o Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil, pois até então, as práticas de ensino moldavam-se ao ensino do latim. A formação da elite continuou nas mãos da igreja, com seu princípio de educação clássica europeizante. Somente no séc. XIX, o conteúdo gramatical ganhou denominação de Português e, em 1871 foi criado no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de Português. Na época do Movimento Romântico Brasileiro em que se visava a valorização da língua e da cultura brasileira, o latim começa a perder o prestígio e língua nacional passa a ser mais valorizada. O ensino de Língua Portuguesa manteve suas características elitistas até meados do séc. XX, quando iniciou no Brasil, a partir de 1967, um processo de democratização do ensino em que se levassem em conta as novas necessidades trazidas pelos alunos para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. No Governo de Getúlio Vargas institucionalizou-se a vinculação da educação com a industrialização. A Lei 5692/71 ampliou e aprofundou esta vinculação ao dispor que o ensino deveria estar voltado a qualificação para o trabalho, daqui surgiu uma pedagogia tecnicista. Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries). Em decorrência disso, a gramática deixava de ser o enfoque principal ensino da língua e a teoria da língua passava a ser o referencial, embora nas salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino da Língua Portuguesa passou a se pautar em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. Nesse período verificou-se uma intensa ampliação de vagas escolares de acolhimento a professores advindos de ambientes pouco letrados. Em decorrência de tal política, houve uma multiplicação no número de alunos, rebaixamentos dos salários docentes, o que precarizou ainda mais as condições de trabalho, de modo que os professores passaram a buscar alternativas didáticas para facilitar o ensino, entre elas, o livro didático, utilizado como orientador das atividades, tirando do professor a autonomia e responsabilidade quanto a sua prática. A partir de 1980 houve avanços dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua configura um espaço de interação verbal social entre os locutores. Se por um lado as teorias através do Círculo Bakhtin trouxeram alguns avanços para o ensino da Língua Portuguesa, o mesmo não se pode dizer sobre o trabalho com Literatura que ficou voltado apenas aos aspectos formais da obra. Até as décadas de 1960 – 1970, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, transmitia a norma culta da língua. A partir de 1990, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, recentemente tem avançado nos estudos curriculares e em particular, nos ensinos de Língua e Literatura através da influência de vários pensadores. A partir de 1980, os estudos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula, e que se fizeram presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2° Grau, de 1988 e do Currículo Básico de 1990. No que diz respeito ao ensino de Literatura, indicou-se a necessidade de superação da historiografia literária. A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, quis fazer frente ao ensino tradicional, mas ainda não conseguiu se livrar desse estigma. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do final da década de 1990 também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca da linguagem oral e escrita. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências. Portanto, ainda se requer novos posicionamentos em relação à prática de ensino, ou pela discussão crítica dessas práticas ou envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. É preciso, porém, que se tenha cuidado para não empobrecer a construção do conhecimento em nome de uma prática de contextualização. Reduzir a abordagem pedagógica aos limites da vivência do aluno compromete o desenvolvimento de sua capacidade crítica de compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos. Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. Visto que a educação tem como objetivo a formação do aluno para a cidadania e para a participação social, dá-se a necessidade do estudo da linguagem, pois é através desta que o homem se reconhece como ser humano. Ao comunicar-se com seu semelhante e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos outros com quem se interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social. Cabe a escola então, que é um espaço democrático, oferecer ao aluno situações que incentive a fala, a escrita e a leitura – apoiados pela análise linguística. O objetivo maior do ensino da língua materna é o domínio da linguagem nas variadas situações sociais, ou seja, o desenvolvimento da competência comunicativa nas diversas formas de interação. A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos dele, assim o objeto de estudo da disciplina de Língua Portuguesa é a língua como prática social. 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: • Discurso como Prática Social. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª Série LEITURA • Tema do Texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Aceitabilidade do Texto; • Informatividade; • Discurso Direto e Indireto; • Elementos Composicionais do Gênero; • Léxico; • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Tema do Texto; • Interlocutor; • Finalidade do Texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso Direto e Indireto; • Elementos Composicionais do Gênero; • Divisão do Texto em Parágrafos; • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de Formação de Palavras; • Acentuação Gráfica; • Ortografia; • Concordância Verbal/Nominal; ORALIDADE • Tema do Texto; • Finalidade; • Argumentatividade; • Papel do Locutor e Interlocutor; • Elementos Extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do Discurso ao Gênero; • Turnos da Fala; • Variações Linguísticas; • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª Série LEITURA • Tema do Texto; • Interlocutor; • Finalidade do Texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Informatividade; • Aceitabilidade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Informações Explícitas e Implícitas; • Discurso Direto e Indireto; • Elementos Composicionais do Gênero; • Repetição Proposital de Palavras; • Léxico; • Ambiguidade; Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, • pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Tema do Texto; • Interlocutor; • Finalidade do Texto; • Informatividade; • Discurso Direto e Indireto; • Elementos Composicionais do Gênero; • Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de Formação de Palavras; • Acentuação Gráfica; • Ortografia; • Concordância Verbal/Nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. 7ª Série LEITURA: • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA: • Conteúdo temático • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE: • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª Série LEITURA • Conteúdos temático; • Interlocutor; • Finalidade; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Aceitabilidade do texto; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: cesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto 9uso de conectivos gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO LEITURA - Conteúdo temático do texto; − Interlocutor; − Finalidade do texto; − Intencionalidade; − Argumentos do texto; − Contexto de produção; − Aceitabilidade do texto; − Informatividade; − Situacionalidade; − Intertextualidade; − Temporalidade; − Vozes sociais presentes no texto; − Discurso ideológico presente no texto; − Elementos composicionais do gênero; − Contexto de produção da obra literária; − Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; − Progressão referencial; − Partículas conectivas do texto; − Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; − Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo. ESCRITA − Conteúdo temático; − Interlocutor; − Finalidade do texto; − Intencionalidade; − Informatividade; − Contexto de produção; − Situacionalidade; − Intertextualidade; − Temporalidade; − Referência textual; − Vozes sociais presentes no texto; − Ideologia presente no texto; − Elementos composicionais do gênero; − Progressão referencial; − Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; − Semântica: operadores; argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; − Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; − Vícios de linguagem; − Sintaxe de concordância; − Sintaxe de regência. ORALIDADE − Conteúdo temático; − Finalidade; − Intencionalidade; − Argumentos; − Aceitabilidade do texto; − Informatividade; − Papel do locutor e Interlocutor; − Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; − Adequação do discurso ao gênero; − Turnos de fala; − Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); − Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; − Elementos semânticos; − − Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção do gênero a ser trabalhado e propiciar ao aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, para que compreenda os usos da língua e os sentidos estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico. Ao fazer esta seleção de gêneros, nas diferentes esferas, o professor, em conformidade com o Projeto Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, observará as características da escola e o nível adequado a cada uma das séries. Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e básicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08, História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do Campo. 3. METODOLOGIA No exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. Ao compreender o funcionamento de um texto escrito, o aluno terá a possibilidade de resistência aos valores socioculturais. A partir do debate, do levantamento de ideias, dos objetivos bem claros, é possível dar sentido à escrita. A clareza, a coerência e a argumentação serão trabalhadas a partir de textos publicados ou textos dos próprios alunos. O professor deverá desmontar o texto, mostrando as estratégias utilizadas na sua elaboração, o nível de clareza, a partir da coerência e argumentação das ideias. No percurso da produção de texto, serão trabalhados a opinião, o resumo, a pesquisa, a entrevista e a notícia. No processo da produção de texto, levar-se-á o aluno a planejar, escrever, revisar e restruturar seus textos, e que este fato não é motivo para constrangimento, mas sim para crescimento e apropriação do saber. O professor propiciará e promoverá atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, sendo capaz de escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo, adequar o seu discurso ao outro. A oralidade deve estar voltada, sobretudo, à busca da clareza na exposição de ideias e consistência argumentativa na defesa de ponto de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Quanto à leitura, criar-se-á situações em que o aluno tem oportunidades de estar em contato com diversos gêneros textuais das diversas esferas de comunicação. Textos estes, que ele lê, escreve, fala, ouve ou vê, de forma contextualizada. A leitura deve levá-lo a satisfazer sua necessidade de fantasia, em formação e interação. Conforme as esferas de comunicação sociais, na esfera cotidiana, serão vistos os textos de adivinhas, álbum de família, anedotas, comunicados, convites, curriculum vitae. Na esfera literária/artística serão abordados as autobiografias, biografias, contos, crônicas, esculturas, fábulas, haicai, histórias em quadrinhos, lendas, literatura de cordel, memórias. Na esfera escolar, serão vistos ata, cartazes, júri simulados, mapas, palestras, pesquisa, debates, requerimentos, ofícios, declarações. Na esfera da imprensa e na área da publicidade, observar-se-á agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, carta ao leitor e carta do leitor, cartum, charge, classificados, crônica jornalística, editorial, entrevista, anúncios, comercial de TV, email, folder, fotos, slogam. Nas esferas políticas, jurídica, produção e consumo e midiática, as abordagens teóricos metodológicas ocorrerão através de abaixo-assinado, assembleia, carta de emprego e reclamação, boletim de ocorrência, contratos, declaração de direitos, depoimentos, bulas, manual técnico, blog, chat, desenho animado, entrevistas, home page. No trabalho com conteúdo do texto serão propostos exercícios com finalidade de identificar ideias principais e acessórias e, a partir disso, elaborar sínteses. Por meio da análise linguística, o professor poderá mostrar ao seu aluno como o texto se organiza, a partir de quais elementos gramaticais (pronomes, advérbios, conjunções) se dá a costura entre as partes do texto. A análise linguística deverá reconhecer a importância da norma culta da língua, bem como as outras variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as condições sociais em que esta inserido e para afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e, ao mesmo tempo, coletivo. A literatura será trabalhada em sua dimensão estética, buscando formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor. A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social e representa os diversos estágios humanos na história contemporânea. Através dela, podemos compreender a forma de pensar humana dentro de cada época e de cada estilo. 4. AVALIAÇÃO É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A Lei nº 9394/96 da LDBEN destaca a chamada avaliação formativa, que considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferente e, por ser contínua e diagnóstica, aponta a dificuldade, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Dessa forma, contribui para a busca de estratégias nas quais os alunos possam aprender mais e eficazmente. A oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações. A leitura será avaliada através de questões abertas, discussões, debates e outras atividades, que permitam ao professor avaliar a compreensão, o posicionamento do aluno diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o mesmo faz a partir do texto. A escrita será avaliada através da produção de textos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos, ajustando a objetivos e leitores determinados. Na análise linguística e na literatura os alunos serão avaliadas sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes permitem compreender os elementos no interior do texto. O professor avaliará o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). No processo de avaliação, em todo tempo serão respeitadas as diferenças e se promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões pré estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceito, como para construir relações sociais mais generosas e includentes. 5. REFERÊNCIAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa – 2008. CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar – Português Linguagens. Editora Atual - Livro Didático Público de Língua Portuguesa. ERNANE E NICOLA – Curso Prático de Língua, Literatura e Redação. Editora Scipione; FARACO & MOURA – Gramática . Editora Ática. HELENA MARIA, Luft. A Palavra é Sua. São Paulo, Scipione; Inserção dos Conteúdos de Hist. Cult. Afro-brasileira nos Currículos Escolares: O que Diz a Lei – Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003; SUPER INTERESSANTE, Revista. Orientações Curriculares – Departamento de Ensino Médio – Língua Portuguesa. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. MATEMÁTICA 1. APRESENTAÇÃO Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Por volta de 2000 a.C, os Babilônios acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanho e quantidades. Este período foi marcado pelo nascimento da Matemática. Com a Civilização Grega iniciou-se os primeiros registros de regras, princípios lógicos e exatidão de resultados. Com os pitagóricos houve as primeiras discussões sobre a importância e o papel da matemática na formação das pessoas. Com os Platônicos a Matemática foi um instrumento para instigar o pensamento humano. Por volta do século VI a.C. a matemática se inseriu no contexto educacional grego, pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para as questões relacionadas, à origem do mundo. No século V a. C. iniciou as práticas pedagógicas com os Sofistas, com objetivo de formar homens políticos que deveriam dominar a arte da persuasão. Já no século V d. C. até o século VII, o ensino teve um caráter religioso, ela era ensinada somente para atender os cálculos dos calendários religiosos. O século XVI demarcou um período de sistematização destes conhecimentos matemáticos de grandezas e variáveis, influenciados pelos estudos da geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral. Também foi uma fase de grande processos científicos e econômicos aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos: armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuíta contribuiu para o processo pelo qual a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos das escolas brasileiras. No Brasil, destacou-se o professor Euclides de Medeiros Guimarães Roxo, que promoveu as discussões rumo às reformas nos programas de matemática, quando defendeu e solicitou ao Governo Federal a junção das disciplinas aritméticas, álgebra e trigonometria em uma única, denominada Matemática. Essa junção foi concretizada em 1.928 e repassada a todos os estabelecimentos de ensino secundário do país , pela Reforma Francisco Campos (Valente, 1999). Em 1.931, a tendência escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino da matemática na Reforma Francisco Campos. A proposta básica da tendência escolanovista era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o Centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem. Essa tendência norteou a produção de diversas matérias didáticas de matemática e a prática pedagógica de muitos professores na Brasil (década de 1.940 até meados da década de 1.980). Na década de 1.950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica. Essa tendência baseava –se no “no modelo euclidiano e na concepção platônica de Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela visão estática, ahistórica e dogmática do conhecimento matemático. O ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula, enfatizando o uso da linguagem matemática e o rigor e as justificativas das transformações algébricas através das propriedades estruturais. Com a política econômica desenvolvida pelo governo, tomado com o golpe político e econômico de 1964, foi necessário um redirecionamento da política educacional. Os cursos profissionalizantes compulsório no segundo grau e a tendência pedagógica tecnicista contribuíram para que a escola vinculasse, às suas funções, o papel de preparar o indivíduo para se inserir no mercado de trabalho e ao sistema produtivo. Na década de 1.970, o caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante. O método da aprendizagem priorizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulações de algorítmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. Décadas (1.960 – 1.970) – tendência construtivista surgiu no Brasil. Nesta tendência a matemática era vista como uma construção constituída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo dava mais ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento. A tendência pedagógica socioetnocultural, valorizou aspectos socioculturais da educação matemática e tinha sua base teórica e prática na Etnomatemática. A matemática passou a ser vista como um conjunto de conhecimentos universais e bem definidos, passando a ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. Em uma concepção dialógica. Em 1984, surgiu no Brasil a Tendência Histórico-crítica, fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na dependência absolutas da educação em face das condições vigentes, segundo Saviani. Também vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas de uma determinada fase histórica. Essa aprendizagem deve proporcionar ao aluno a construção de significados às ideias matemáticas, estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar, ter uma visão de mundo, ter opções diante da vida, da história e do cotidiano, superando o ensino voltado apenas a memorização, ao desenvolvimento de habilidades e fixação de conceitos. Em 1998, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – orientavam as práticas docentes para desenvolver as competências e habilidades e os temas transversais. Na Matemática, este ensino enfatizou a resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos temas matemáticos. Em 2003, a SEED, deu início a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, priorizando o processo de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. É de fundamental importância que o aluno possa apropriar-se do conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança, segundo Lorenzato e Vila, 1993. O objeto de estudo de Matemática ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático, segundo Fiorentini e Lorenzato, 2001, e envolve o estudo de processos que investigam como o aluno compreende e se apropria da própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., segundo Miguel e Miorim, 2004, p.70. Sendo a Educação Matemática uma atividade humana em construção, propõe-se um ensino que possibilite aos alunos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Que a partir do conhecimento matemático nossos educandos ampliem seu conhecimento, que tenham condições de constatar regularidades, generalizações e apropriações de linguagem adequada para escrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: − Números e Álgebra; − Grandezas e Medidas; − Funções; − Geometrias; − Tratamento da Informação. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª Série: Números e Algebra: - Sistemas de Numeração; - Números Naturais; - Múltiplos e Divisores; - Potenciação e Radiciação; - Números Fracionários; - Números Decimais. Grandezas e Medidas - Medidas de Comprimento; - Medidas de Massa; - Medidas de Área; - Medidas de Volume; - Medidas de Tempo; - Medidas de Ângulos; - Sistema Monetário. Geometrias: - Geometria Plana; - Geometria Espacial. Tratamento da Informação; - Dados, Tabelas e Gráficos; - Porcentagem. 6ª Série: Números e Algebra: -Números Inteiros; -Números Racionais; -Equação e Inequação do 1º grau; -Razão e Proporção; -Regra de Três Simples. Grandezas e Medidas: - Medidas de Temperatura; - Medidas de Ângulos. Geometrias: - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias Não-Euclidianas. Tratamento da Informação: - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e Mediana; - Juros Simples. 7ª Série: Números e Álgebra: − Números Racionais e Irracionais; − Sistemas de Equações do 1º grau; − Potências; − Monômios e Polinômios; − Produtos Notáveis. Grandezas e Medidas: − Medidas de Comprimento; − Medidas de Área; − Medidas de Volume; − Medidas de Ângulos. Geometrias: − Geometria Plana; − Geometria Espacial; − Geometria Analítica; − Geometrias Não-Euclidianas. Tratamento da Informação: − Gráfico e Informação; − População e amostra 8ª Série: Números e Álgebra: − Números Reais; − Propriedades dos Radicais; − Equação do 2º grau; − Teorema de Pitágoras; − Equações Irracionais; − Equações Biquadradas; − Regra de três Composta. Grandezas e Medidas: − Relações Métricas no Triângulo Retângulo; − Trigonometria no Triângulo Retângulo. Funções: − Noção Intuitiva de Função Afim; − Noção Intuitiva de Função Quadrática; Geometrias: − Geometria Plana; − Geometria Espacial; − Geometria Analítica; − Geometrias Não-Euclidianas. Tratamento da Informação: − Noções de Análise Combinatória; − Noções de Probabilidade; − Estatística; − Juros Compostos. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO Números e Álgebra − Números Reais; − Números Complexos; − Sistemas Lineares; − Matrizes e Determinantes; − Polinômios; − Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e modulares. Grandezas e Medidas − Medidas de Área; − Medidas de Volume; − Medidas de Grandezas Vetoriais; − Medidas de Informática; − Medidas de Energia; − Trigonometria. Funções − Função Afim; − Função Quadrática; − Função Polinomial; − Função Exponencial; − Função Logarítmica; − Função Trigonométrica; − Função Modular; − Progressão Aritmética; − Progressão Geométrica. Geometrias − Geometria Plana; − Geometria Espacial; − Geometria Analítica; − Geometrias Não-Euclidianas. Tratamento da Informação − Análise Combinatória; − Binômio de Newton; − Estudo das Probabilidades; − Estatística; − Matemática Financeira. 3. METODOLOGIA Nos encaminhamentos metodológicos, propõe-se articular os conteúdos estruturantes com os específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico abandonando as abordagens fragmentadas, como se os conteúdos existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam, segundo Machado, 1993. Os conteúdos propostos serão abordados por meio das tendências metodológicas, promovendo a articulação do conteúdo matemático, com a resolução de problemas, etnomatemática, História da matemática, investigação, modelagem, mídias tecnológicas e investigações matemáticas . Resolução de problemas – o aluno aplicará seus conhecimentos adquiridos em novas situações para resolver a questão proposta. Utilizar da metodologia como exposição oral e resolução de exercícios, tornando as aulas mais dinâmicas. As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações, dados importantes do problema, para a sua solução; elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, até chegar a uma solução aceitável ( Polya, 2006). Na Etnomatemática, o papel é o de reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação matemática, pois valoriza a história dos alunos, reconhecendo e respeitando a suas raízes culturais. No aspecto cognitivo, revela-se que o aluno é capaz de reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas ás novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. Relacionar o conteúdo com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. A Modelagem matemática, tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano e propõe a valorização do aluno no contexto social, problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Os fenômenos diários, sejam eles físico, biológicos e sociais, são elementos para análise críticas e compreensões diversas de mundo. Possibilita a intervenção do aluno nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, contribuindo para sua formação crítica. Portanto, é uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não só para uma situação particular, mas como suporta para outras aplicações e teorias. As Mídias Tecnológicas dinamizam os conteúdos e potencializam o processo pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, etc., favorecem as experimentações e potencializa formas de resolução de problemas. Abordar atividades com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação. De posse desses recursos, os alunos argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação. A Internet favorece a formação de comunidades virtuais, que relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem. A História da Matemática, deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. Tem como objetivo que os alunos compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. É um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita o aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. A investigação Matemática, pode ser desencadeada a partir de resolução de simples exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Um problema é uma questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, ele não dispõe de um método que permita a resolução imediata; enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido. Diferentemente, na investigação, o objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método deverá ser indicado através de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. O aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas para propor questões, mas porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, os alunos precisam verificar qual é a mais adequada à questão investigada e realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com os colegas e professor. Investigar significa procurar conhecer o que não sabe é objetivo maior de toda ação pedagógica. 4. AVALIAÇÃO A avaliação acontecerá ao longo do processo do ensino-aprendizagem, com metodologias que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Os critérios gerais estão estabelecidos no Regimento Escolar e o específico da disciplina no Plano de Trabalho Docente. Os mesmos são claros e os resultados servirão para que o professor possa intervir na aprendizagem quando necessário, proporcionando novas oportunidades para aprender e também refletindo sobre o seu trabalho e coletando dados sobre as dificuldades de cada aluno. Serão utilizados diferentes instrumentos nesse processo avaliativo: avaliações escritas orais e de demonstração por meio de ferramentas e equipamentos como materiais manipuláveis, computador e calculadora, pesquisas, trabalhos em grupos e individuais etc. . O professor valorizará as noções que o aluno traz de sua vivência relacionando-os com os novos conhecimentos abordados nas aulas de matemática. A Recuperação de Estudos ou Recuperação Paralela, se realizará com retomada dos conteúdos que os alunos não apropriaram, sempre que necessário, com instrumentos e critérios diversificados de acordo com o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino. 5. REFERÊNCIAS A conquista da matemática – José Rui Giovanni Jr. e Benedicto Castrussi. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. MATEMÁTICA. Curitiba: SEED/DEB, 2008. Matemática fundamental – Giovanni e Bonjorno. Matemática aula por aula – Claudio Xavier da Silva e Benigno Barreto Filho. Matemática completa – Giovanni e Bonjorno Matemática_Fazendo a Diferença – Bonjorno e Ayrton Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001 MIORIM, M.A. Introdução a História da Educação Matemática. São Paulo: Atual, 1998. BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard, 1996 Livro Didático Público de Matemática QUÍMICA 1. APRESENTAÇÃO A história da química está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico. O fato mais importante praticado pelo homem nessa época foi à descoberta do fogo. Quando o ser humano dominou a técnica de iniciar e manter o fogo, ele pode provocar novas transformações. O calor foi empregado para cozinhar, modificando a textura, a cor, o sabor dos alimentos. O barro pode ser cozido, e objetos, como potes para armazenar águas e alimentos, foram fabricados. Na Idade Antiga, egípcios, gregos, fenícios e chineses, entre outros, obtiveram metais (ouro, ferro, cobre, chumbo, etc.), vidro, tecidos, bebidas alcoólicas (vinho e cerveja), sabões, perfumes e duas ligas metálicas: o bronze (cobre e estanho) e a aço (ferro e carvão). No Antigo Egito, o fato mais notável foi à mumificação de cadáveres. Na Grécia, se destacou a defesa da constituição atômica da matéria. Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios, gregos e chineses. Os alquimistas utilizaram a teoria dos quatro elementos para explicar as várias formas de composição da matéria. Entretanto, a manipulação da matéria, que ocorria havia milênios na oficina do artesão e que continuaria ocorrendo no laboratório do alquimista, baseava-se em conhecimentos muito anteriores, impregnados de magia, que conflitavam com a filosofia de aristotélica. Os alquimistas buscavam obter o elixir da longa vida; conseguir a pedra filosofal, que permitia transformar um metal comum (ferro, cobre, chumbo, etc.) em ouro. Tentando atingir esses objetivos, os árabes obtiveram muitas substancias (álcool, ácido clorídrico, ácido nítrico, ácido sulfúrico, água-régia, etc.) e construíram apetrechos químicos usados até hoje (almofariz e alambique, etc.). Durante a Idade Moderna surgiu a química médica ou latroquímica (século XVII). Nessa época, os químicos, liderados pelo suíço Paracelço, abandonaram as duas metas alquimistas e passaram a descobrir substâncias que curavam doenças. Paracelço se contrapõe à versão aristotélica dos quatro elementos ao apresentar a teoria dos três princípios. Segundo ela, a matéria seria formada por sal, enxofre e mercúrio, três princípios básicos que representavam o comportamento das substâncias que tinham esses nomes. O sal seria responsável pelo estado sólido; o enxofre responsável pela natureza inflamável; o mercúrio, pelo estado vaporoso ou líquido da matéria. No final do século XVIII, durante a Revolução Francesa, a Química, torna-se uma ciência exata. O químico Lavoisier descobriu que, durante as transformações químicas e físicas, ocorre a conservação da matéria (Lei da Conservação da Matéria). Foi Lavoisier que se iniciou, na Química, o método científico, que estuda os porquês e as causas dos fenômenos. Embora a ciência Química tenha surgido com o cientista Lavoisier, a Química Tecnológica só vai ter lugar a partir da Primeira Guerra Mundial e ganhar impulso com a Segunda Guerra. Graças à Química tecnológica puderam ser construídos aparelhos que permitem a execução práticas das teorias e também a descoberta de centenas de novas substâncias muitas das quais importantes para a humanidade. Portanto, a Química participa do desenvolvimento cientifico tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance econômico, social e político. A sociedade e seu cidadão interagem como conhecimento científico mais avançado possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere. A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em um processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um. Os conteúdos estruturantes do ensino de Química no ensino médio estão calcados em: MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMCA SÍNTÉTICA. Se o objeto de estudo é: substâncias e matérias, sustentado pela tríade: Composição, propriedades e transformação. O ensino de química tem como objetivo despertar no aluno à vontade e o interesse pela pesquisa cientifica, a descoberta e a redescoberta, enfatizando sua relação com a vida cotidiana, através de experimentos. Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual. O conhecimento químico não deve-ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mais sim uma construção da mente humana, em continua mudança. O ensino de química deve possibilitar ao aluno a compreensão do processo e elaboração desse conhecimento com seus avanços, erros e conflitos. Particularmente apresentamos abaixo os seguintes objetivos: - Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da química (livros, jornais, manuais, revistas, computador, etc.). - Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias e modelos) para resoluções de problemas qualitativos e quantitativos em química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes. - Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes. - Reconhecer aspectos químicos relevante na interação individual e coletiva do ser humano com o ambiente. - Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da química e da tecnologia. - Identificar na natureza os elementos químicos, conhecendo suas transformações, concentrações, seu equilíbrio e a importância para o ciclo vital; - Compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES São conteúdos estruturantes de química: - Matéria e sua natureza: É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes. A abordagem da história da Química é necessária para a compreensão de teorias e, em especial, dos modelos atômicos. - Biogeoquímica: a química sempre esteve associada à natureza e a sua finalidade na vida das pessoas, seja ela na velocidade com que se processa uma fermentação para transformação da uva em vinho, seja ela na digestão que auxiliada pelo ácido clorídrico existente no estômago seja ela no oxigênio que do mar vai para a terra, vai para o ar e retorna ao mar. - Química sintética: O avanço das tecnologias permitiu que o homem tivesse cada vez mais conforto no seu cotidiano, sendo assim desenvolveram-se fertilizantes para cada um maior aproveitamento das plantações, a fibra óptica que permite que a comunicação se torne ágil, os conservantes para que os alimentos não pereçam rapidamente. Todos os conteúdos estruturantes se inter-relacionam, e desta forma é possível iniciarse por um conteúdo estruturante e permear por outros conteúdos estruturantes. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS - MATÉRIA - SOLUÇÃO - VELOCIDADE DAS REAÇÕES - EQUILÍBRIO QUÍMICO - LIGAÇÃO QUÍMICA - REAÇÕES QUÍMICAS - RADIOATIVIDADE - GASES - FUNÇÕES QUÍMICAS Os temas: História e a Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, educação do campo, inclusão agenda 21 escolar, educação ambiental, sexualidade e prevenção ao uso indevido de drogas e permearão os conteúdos. 3. METODOLOGIA Será abordado o ensino de química voltado a construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos na sala, ampliando a compreensão dom conhecimento científico e tecnológico par alem do domínio estrito dos conhecimentos de química, o aluno ter contato com o objeto de estudo da matéria e suas transformações, numa relação de dialogo onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realizem no sentido da organização do conhecimento científico. A Química será tratada com o aluno de modo a possibilitar o entendimento do mundo e sua interação com ele. O ensino – aprendizagem na disciplina de química será baseada nas interações aluno-aluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto do conhecimento. E para que estas interações ocorram com sucesso serão utilizados os seguintes recursos: − Leitura de texto, onde o importante será a discussão de ideias; − Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório e visando a construção e ampliação de conceitos; − Demonstrações experimentais, como recursos para coletas de dados e posterior discussão; − Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras; − Aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de estudo; − Audio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de discussão pré e pós atividades áudio-visual e deve facilitar a construção e ampliação dos conceitos; − Informática, como fonte de dados e informações; − Acesso à internet; 4. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita as alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola. Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos”. Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem e da avaliação. Na avaliação não poderá separar a teoria da prática, antes, considerar as estratégias empregadas pelos alunos na articulação e análise dos experimentos com os conceitos químicos, na perspectiva crítica. 5. REFERÊNCIAS BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. CHASSOT, A. Educação Conciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. Diretrizes Curriculares Nacionais. FELTRE, R. Química. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. GOLD FARB, A. M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001. LEVORATO, A. R. Et. Al. Química: Ensino Médio. 1ª ed. Curitiba: SEED-PR. Cargraphics, 2006. NÓBREGA, O. S. et al. Química: volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática 2008. NOVAIS, V. Química. São Paulo: Ed. Atual, v. 1; 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Ensino de Segundo grau. Reestruturação do Ensino de 2° grau – Química. Curitiba: SEED/DESG, 1993. PINTO, A. Ciência e existência. São Paulo: Paz e Terra, 1999. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos novas praticas. Petrópolis: Vozes, 1998. SARDELLA, A., MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3ª ed. São Paulo:Ática, 1992. SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo; Ática, 2004. VIDAL, B. História da Química. Lisboa: Edições 70, 1986. Livro Didático Público de Química SOCIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO A consolidação da sociologia como ciência da sociedade ocorreu no final do século XIX. O capitalismo neste período se configurava como uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Com isso, surgiram teorias indagadas e explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade. A adoção da disciplina nos cursos ocorreu em 1891, início da República, vinculada à disciplina de moral. Em 1901, o Decreto n. 3809, de 1º de janeiro retirou a disciplina dos currículos escolares, retornando em 1925, na escola Secundário do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro. Em 1928 foi ministrada nas Escolas de formação de professores ou nos cursos de Direito, Ciências Médicas, Arquitetura e Engenharia. Em 1930 criam-se os cursos superiores de Ciências Sociais na escola livre de Sociologia Política de São Paulo e da Universidade de São Paulo, possibilitando o desenvolvimento da pesquisa sociológica e também na formação de técnicos e intelectuais. Já em 1942 retirou-se a obrigatoriedade do seu ensino nas Escolas secundárias. Por volta de 1970, já no período da ditadura militar, estava excluída das grades curriculares dos cursos secundários, permanecendo apenas nos cursos do magistério. Com a Lei 5.692/71 instituiu-se a obrigatoriedade do ensino profissional, no 2º grau e outras disciplinas e foram criadas: Educação Moral e Cívica, organização Social e Política Brasileira e Ensino Religioso, de caráter moral e disciplinador. A partir de 1982 alguns estados brasileiros movimentaram-se para sua inclusão no Ensino Médio. Movimento este, que, em 1989, com a promulgação das novas Constituições dos estados brasileiros tiveram frustadas suas novas tentativas de implantação. Com a promulgação da L.D.B. ( Lei 9394/96, no seu art. 36, 1º, inciso II), abriram-se novas perspectivas para a inclusão de Sociologia nas grades curriculares. No entanto, sua obrigatoriedade e especificidade no Ensino Médio não foram garantidas. Na atualidade não há mais espaço para discussões neutras, como fazia no séc. XIX. A Sociologia tem a função de ir além da leitura e da interpretação teórica da realidade. Haja vista, a necessidade de desconstruir e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, de forma a melhorar o senso crítico, transformar a realidade para se conquistar participação mais ativa na sociedade. Sendo assim, a disciplina de Sociedade visa subsidiar o aluno para compreender a totalidade social, como fenômeno contraditório, resultado de relações sociais complementares e antagônicas, repensando os fatos sociais, a partir das teorias sociais e do conhecimento científico. Reelaborar os fatos do cotidiano, relacionando-os com a realidade social é a sua função. A disciplina possibilitará a superação do conhecimento ingênuo, chegando-se à definição dos sujeitos sociais como seres capazes de intervir e transformar a realidade social. Os instrumentos para isso, devem privilegiar o conhecimento e a explicação da sociedade através das inúmeras formas, como seres humanos organizam, trazendo à tona a complexidade dessas relações e as suas consequências para a coletividade. Vale lembrar a necessidade do enfoque ao que preceitua a lei n. 10639/03 e 11645/08 referente à História e Cultura Africana, ressaltando a contribuição da população negra à formação brasileira. Da mesma forma, enfatizando as demais demonstrações das culturas: do campo, do indígena e dos demais povos que integram a complexa formação do povo brasileiro. Portanto, a disciplina de Sociologia proporciona a compreensão da totalidade social como fenômeno contraditório, resultado de relações sociais a partir das teorias sociológicas e do conhecimento científico, percebendo que assim, os atores sociais são capazes de prática cidadã, transformadora da realidade. O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade , como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. . 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: − O Processo de Socialização e as Instituições Sociais; − Cultura e Indústria Cultural; − Trabalho, Produção e Classes Sociais; − Poder, Política e Ideologia; − Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais. 2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS: O Processo de Socialização e as Instituições Sociais − Processo de Socialização; − Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas; − Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos etc). Cultura e Indústria Cultural − Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; − Diversidade cultural; − Identidade; − Indústria cultural; − Meios de comunicação de massa; − Sociedade de consumo; − Indústria cultural no Brasil; − Questões de gênero; − Culturas afro brasileiras e africanas; − Culturas indígenas Trabalho, Produção e Classes Sociais − O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; − Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais − Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; − Globalização e Neoliberalismo; − Relações de trabalho; − Trabalho no Brasil. Poder, Política e Ideologia − Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; − Democracia, autoritarismo, totalitarismo − Estado no Brasil; − Conceitos de Poder; − Conceitos de Ideologia; − Conceitos de dominação e legitimidade; − As expressões da violência nas sociedades contemporâneas Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais. − Direitos: civis, políticos e sociais; − Direitos Humanos; − Conceito de cidadania; − Movimentos Sociais; − Movimentos Sociais no Brasil; − A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; − A questão das ONG's Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e básicos e a realidade da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08, História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do Campo, bem como as temáticas da Diversidade. 3. METODOLOGIA A Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer. O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as transformações socioeconômicas, culturais e políticas contemporâneas. Sugere-se que a disciplina seja iniciada com uma contextualização da construção da Sociologia, enfocando a modernidade como recorte histórico necessário para essa compreensão. Em vez de receber respostas prontas, a Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc. O professor pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado a realidade que lhe cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados. Considerar sua especificidade etária e em sua diversidade cultural, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais. Também as peculiaridades da região e a origem do aluno, para que os conteúdos respondam os questionamentos desse grupo social. O professor deve utilizar de metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos prévios e a reconstruir saberes. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos: Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições, quando possível; exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos, leituras de textos: clássico-teóricos, teóricocontemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos. A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos como visita a museus, parques ecológicos e até mesmo uma caminhada pelos arredores da escola, desde que o aluno seja levado a articular aquilo que for apreendido neste exercício aos conteúdos desenvolvidos em aula. Um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. É preciso que o professor proponha uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: o filme não deve estar relacionado somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde quando se passa; a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida, a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, por ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão, visual, musical, literário, para completar a atividade. 4. AVALIAÇÃO A avaliação no ensino de Sociologia, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a avaliação constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram dificuldades. A avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Significa considerar como critérios básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais. Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. A Recuperação de Estudos, se realizará com retomada dos conteúdos que os alunos não apropriaram, sempre que necessário, com instrumentos e critérios diversificados de acordo com o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino. 5. REFERÊNCIAS CARVALHO, Lejeune. Mato Grosso de (org.).Sociologia e ensino em debate. Unijuí, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED/DEB,2008. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. PACHECO, Ricardo e MENDONÇA, Erasto F. Educação, sociedade e trabalho: Abordagem sociologia da educação. Brasília: UNB, 2006. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat - 2011. SZTOMPKA, Piotr. A sociologia da mudança social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. Livro Didático Público da Disciplina de Sociologia PROGRAMAS E PROJETOS - SALA DE RECURSOS 1. APRESENTAÇÃO Sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Atende alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5º a 8º séries, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência intelectual e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no progresso de aprendizagem na Classe Comum, de acordo com a definição da instrução 05/04. As atividades nestas salas seguem uma dinâmica de trabalho condizente com as dificuldades e necessidades dos alunos e dos recursos a serem adaptados. 2. OBJETIVOS GERAIS − Desenvolver o trabalho na Sala de Recursos a partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum; − Elaborar a programação e observar as áreas de desenvolvimentos (cognitivo, motor, socioafetivo – emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo educacional para atingir o currículo da Classe Comum; − Retomar os conteúdos pedagógicos defasados das series iniciais, com metodologia e estratégias diferenciadas, garantindo o seu domínio e sua consolidação; − Oportunizar e exercitar o desenvolvimento de suas habilidades adaptativas: sociais, de comunicação, cuidado pessoal e autonomia. Conteúdos a serem desenvolvidos na Sala de Recursos: − O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos devera partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum. − A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora, socioafetiva-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem, para atingir currículo da Classe Comum. − Serão trabalhados conteúdos das áreas do conhecimento: Língua Portuguesa e Matemática. − Os conteúdos pedagógicos defasados, das series iniciais, deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas. 3. METODOLOGIA O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deverá ser confundido com reforço escolar (repetição de conteúdo da prática educativa da sala de aula). O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da Classe Comum, quanto às adaptações curriculares, avaliações e metodologias que poderão ser utilizadas na sala de aula, em atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais. Serão utilizados jogos visando desenvolver os aspectos motores, linguísticos, lógico – matemáticos, musical espacial, como suporte ao aprendizado, através de momentos lúdicos e prazerosos. Os alunos serão atendidos em grupo ou individualmente conforme as necessidades de cada educando. Utilização de jogos em grupos e brincadeiras que envolvam dramatização para desenvolver linguagem, o pensamento, a concentração e atenção. Propor momentos de leituras com diversos portadores de textos, em grupo ou individualmente. Buscar ajuda com profissionais da área educacional ou da saúde, sempre que houver necessidade. Realizar adaptações curriculares juntamente com os professores do ensino comum, em função dos conteúdos, objetivos, avaliações, tempo, realidade e espaço físico de acordo com as peculiaridades do aluno. RECURSOS Jogos: − De tabuleiro; − De quebra-cabeça; − De cartas; − Coletivos, de duplas e individuais; − De estratégias... − Livros de literatura infantil e infanto-juvenil; − Gibis, revistas, coquetel; − Fantoches; − Bolas, corda, bambolê, petecas e objetos feitos de sucatas; − Televisão, radio, aparelho de DVD, vídeo cassete, laboratório de informática; − Outros... 4. AVALIAÇÃO A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do Ensino Regular, pelos professores da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico – pedagógica da Escola, com assessoramento de uma equipe multidisciplinar, enfocando os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, alem das áreas do desenvolvimento, em seguida o aluno é encaminhado para uma avaliação psicológica e quando houver suspeita de distúrbios de aprendizagem o aluno será encaminhado aos profissionais da área psicológica, fonoaudiológica, especialista em psicopedagogia e outras que se fizeram necessárias. A avaliação será contínua no contexto escolar, através de observação e relatórios do aluno. A reavaliação dos processos de interatividade educacional deverá ser periódico com propósito de readequação ou modificação da metodologia de ensino. O desligamento do aluno no programa que não necessita mais apoio especializado, será efetuado por meio de relatórios elaborados, pelos professores da Sala de Recursos, Classe Comum e Equipe Pedagógica. 5. REFERÊNCIAS AÇÕES EMERGENCIAIS SALA DE RECURSOS DE 5º À 8ª SÉRIES, fevereiro – 2008 Documento 1 e 2; DIRETRIZES CURRICULARES – 2006; INSTRUÇÃO Nº05/04; KISHIMOTO,T.M. Jogos Tradicionais Infantis. São paulo: Sala de Recursos Vozes, 1993; Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011. Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011. VIGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. Tradução de NETO, J. C. e colaboradores. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 6. MARCO OPERACIONAL A Educação não tem fórmula pronta a seguir, a fórmula é criada, desvendada a cada passo em que estimulamos os nossos alunos. Estes por sua vez, têm seus conhecimentos prévios que devemos levar em consideração para acrescentar nessa “fórmula” do educar. Inserir a história da comunidade no currículo da escola é importante, serve de motivação no processo de ensino-aprendizagem. Desta maneira, o coletivo do Colégio Estadual Lovat – Ensino Fundamental e Médio, discute, reflete e busca soluções para o enfrentamento dos desafios que apresentam no dia a dia. Citamos algumas ações para solucionar os problemas do cotidiano escolar: Os professores têm utilizado o Laboratório de Informática para a preparação de atividades, provas e pesquisas. Os alunos utilizam para realizar pesquisas, leitura de textos e imagens e jogos educativos, tanto acompanhados pelo professor, como também no horário de contra turno. Devido o número reduzido de computadores e não ter um agente de execução, há a necessidade do professor dividir a turma em dois grupos, sendo que um grupo utiliza o laboratório e outro realiza atividades em sala de aula, o que dificulta o trabalho pedagógico. A escola busca coletivamente, soluções para enfrentar os problemas disciplinares e de aprendizagem. Quando há reclamações dos professores na hora atividade sobre a indisciplina de vários alunos de determinada turma, primeiramente, é realizada uma reunião entre direção, pedagoga, professores e alunos para dialogar e detectar as causas e tentar resolver no coletivo. Não resolvendo, os pais são convocados para juntos decidirem, que medidas são tomadas a partir daquele momento. Não ocorrendo a mudança de comportamento, o caso é tratado individualmente com o aluno e se necessário juntamente com os pais. E como última medida a ser tomada, o aluno é submetido à análise do Conselho Escolar. Em caso de dificuldades na aprendizagem, a pedagoga convoca os pais para dialogar, orientar sobre as atividades e as responsabilidades escolares do filho e buscando juntos, soluções para melhorar a aprendizagem. Todas as medidas como: reuniões, diálogo com o aluno, convocações de pais, são registrados em atas, ocorrências ou fichas individuais. Devido a necessidade urgente, foi solicitada à Secretaria de Estado da Educação, sob protocolo nº 07.579.294-8, a construção de mais um pavilhão e ampliação do prédio, com mais sala de aula, sala de reunião, Biblioteca e Laboratório de Química, Física e Biologia. Até o presente momento, foi aprovada pelo Governo Estadual a construção de 03 salas de aula em parceria com o Município. Construção prevista para este ano de 2012. No período da manhã funcionam 01 turma do Ensino Fundamental (9º Ano), 03 turmas do ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª Séries), 01 Sala de Recursos, 01 Sala de Apoio/6º Ano e 01 Atividade Complementar Curricular (Futsal). No período da tarde funcionam 03 turmas do Ensino Fundamental (6º, 7º e 8º Ano), 01 Sala de Apoio/9º Ano e 02 Atividade Complementar Curricular (Futsal). Para realizar os trabalhos que necessitam de maior atenção por parte da pedagoga, se torna impossível dar conta no prazo estipulado, pois além do trabalho burocrático, a pedagoga atende, alunos, pais, professores e outros. Neste ano, a direção solicitará a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, aumento de demanda para mais um pedagogo. As reuniões do Conselho Escolar, são realizadas mensalmente, no período da noite e quando necessário, são convocadas reuniões extraordinárias. Conforme consta na Orientação nº 01/11-GS/SEED do item 1,“Os Professores, Pedagogos, Agente Educacional I e II, Agente de Apoio e Agente de Execução que se afastarem de suas funções em licenças legalmente concedidas, por período superior a 15 dias consecutivos, serão substituídos até o retorno ao trabalho”, mas na realidade a lei não está sendo cumprida, pois a escola necessitou de substituto e não teve. Portanto, para resolver o problema, a direção fez um acordo em 2011 com as duas Agentes Educacionais II, para que uma possa sair em licença especial no mesmo ano e a outra no ano seguinte. A direção entende que é de direito de todos os funcionários usufruírem destas licenças. Na falta de professores por atestado médico, é solicitado aos mesmos que deixem atividades para serem aplicadas pela pedagoga e desenvolvidos em sala de aula com os alunos, evitando aulas vagas. Em relação a evasão escolar, a escola tomará as medidas cabíveis, porém quando o aluno persistir em não retornar as aulas, será necessário solicitar do Conselho Tutelar ações efetivas que solucionem os casos encaminhados pelo estabelecimento. Foi construído o muro de contenção em toda extensão da quadra poliesportiva, para evitar a invasão de areia e o desmoronamento do barranco localizado em uma das laterais da quadra. Implantação do Programa de Atividade Complementar Curricular em Contra turno, para os alunos do Ensino Fundamental e Médio. Os alunos podem ocupar o tempo livre no período contra turno, praticando esporte, evitando a presença do aluno em horário não permitido pela escola. Nos casos em que alunos estranhos insistem em invadir o ambiente escolar para jogar bola com nossos alunos, a direção/pedagoga solicita a presença da Patrulha Escolar. Durante a reforma da escola, a TV Paulo Freire foi retirada da sala dos professores, que antes, permanecia ligada para que os professores pudessem assistir aos programas no momento da hora atividade. Ações que serão desenvolvidas relacionado a Ensino Fundamental de 09 anos: Articulação entre diretores e pedagogos das escolas municipais e estaduais para estudos da proposta pedagógica curricular e as concepções sobre alfabetização, letramento, infância e adolescência. Capacitação com os professores na hora atividade e pedagoga, com leitura do caderno de orientações pedagógicas para os anos inicias do ensino fundamental de 09 anos, metodologias diversificadas envolvendo o lúdico, concepção de alfabetização, letramento, infância e adolescência e a instrução nº 008/2011- SUED/SEED. Reunião com pais no início das aulas, para informar e esclarecer sobre a Lei da implantação do ensino de 09 anos, avaliação com o acompanhamento dos pais, metodologia e procedimentos gerais. Ações que a escola desenvolve durante o ano letivo: Os Representantes de Turma e os Vice-representantes são eleitos pelos alunos no início do primeiro semestre, de forma democrática para dar oportunidade a todos. Suas funções são desde as mais simples como, dar avisos até nas atividades mais complexas, como reunir e coordenar a turma para discussão e reflexão sobre os problemas, dificuldades e tomada de decisões. O representante e o Vice de cada turma participam do Conselho de Classe, reivindicando e ponderando sobre os pontos negativos e positivos das disciplinas. Também ouvem e repassam aos demais alunos as orientações dos professores. Deve ser capaz de ouvir a turma e expressar as opiniões e necessidades junto ao Conselho ou perante a Pedagoga ou Direção. Recebe orientação permanente da Pedagoga. O Conselho de Classe é realizado em todo final do bimestre, junto com os Professores, Pedagoga, Direção e Representante de Turma. O objetivo é analisar, discutir e refletir sobre o desempenho dos alunos, seus avanços e suas dificuldades na aprendizagem. Discute as causas prováveis das dificuldades que o aluno está encontrando na aprendizagem e busca no coletivo, soluções ou medidas a serem tomadas. O pré-conselho é realizado na hora atividade do professor, pela pedagoga, com preenchimento da ficha, nas quais nomeiam os alunos que estão com problemas de aprendizagem, indisciplina, desinteresse e outros. Posteriormente, conversar com o aluno e se necessário com os pais, buscando melhorar a aprendizagem do filho/aluno. Também, no pré-conselho com os alunos, a pedagoga dialoga com cada turma, analisando coletivamente, as dificuldades de aprendizagem ou mesmo no relacionamento com professores e colegas. As dificuldades são pontuadas pelo representante e vice e levadas para o Conselho de Classe para a efetiva busca de soluções, seja ela com alunos ou mesmo com algum professor. No pós-conselho dos professores, a Direção/Pedagoga orienta os alunos individualmente e quando necessário, convoca os pais para as devidas orientações, registradas em atas. E o professor reforça a atenção individual para o aluno, cujo rendimento ficou abaixo das expectativas. No pós-conselho com os alunos, a pedagoga/direção conversa com o professor, cujo nome foi elencado no momento do pré-conselho, expondo, trocando ideias e opiniões, buscando soluções para melhorar o relacionamento professor/aluno e a aprendizagem da turma, se necessário o próprio professor dialoga com a turma. O conteúdo referente à História do Paraná será contextualizado, envolvendo todas as disciplinas, conforme Plano de Trabalho Docente. Com o objetivo de valorizar a cultura dos povos do campo e a importância do trabalho destes, resgatando a sua origem e identidade. Ações que serão realizadas envolvendo as diversas disciplinas junto a comunidade escolar: Pesquisa sobre o nome e a origem do distrito. Fazer um levantamento da cultura popular local (folclore, receitas caseiras, ervas medicinais, jogos, brinquedos e brincadeiras locais, cantigas) e produção agrícola do distrito. Os dados coletados (fotos, depoimentos, vídeos e outros materiais) serão disponibilizados num “blog” que será desenvolvido pelos alunos com a colaboração dos professores. A Formação Continuada dos Professores, além de cursos de Capacitação realizados pela SEED e outros, é realizada na Hora Atividade do professor. A Equipe Pedagógica e Direção promovem e coordenam discussões, estudos e trabalhos para um aperfeiçoamento constante do professor, analisando artigos de revistas, vídeos, textos, CDS educativos, como atualização e conteúdos que abrangem temas educativos a serem trabalhados com os alunos em sala de aula. A hora atividade, também é utilizada pelo professor para planejamento, correção de atividades, registros no livro de classe, pré-conselho com a pedagoga e dificuldades do dia a dia, porém o tempo é insuficiente para desempenhar todo esse trabalho. Os Planos de Trabalho Docente são elaborados semestralmente pelo corpo docente, embasados na Proposta Pedagógica Curricular. O PTD entregue a equipe pedagógica, são arquivados em uma pasta à disposição de todos os professores, onde poderão ser feitos adaptações ou reformulações necessárias. Direção e a pedagoga acompanham a elaboração da Proposta Pedagógica Curricular e Plano de Trabalho Docente, orientando os professores e solicitando as modificações e melhorias necessárias para um bom resultado da aprendizagem dos alunos. A avaliação é contínua, cumulativa e processual, realizado em função dos objetivos propostos para cada momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. É em função dos conteúdos em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente e Regimento Escolar. Em todos os bimestres, os alunos que estão com notas abaixo da média, os pais são convocados para conversar com a pedagoga, para juntos auxiliarem no processo de ensino aprendizagem, acompanhando a vida escolar do filho e para que no final do ano letivo o aluno, seja aprovado. Portanto, entende-se que é necessário que professores pedagoga e pais acompanhem todos os bimestres para que no final do ano letivo, o aluno seja aprovado. Muitos casos são resolvidos, porque a maioria dos pais desta comunidade escolar participa ativamente quando solicitados. A Agenda Escolar, na qual será anexada no caderno do aluno, informando os dias das avaliações e data de entrega de trabalhos que o professor solicitar. Para o bom funcionamento e organização do tempo e espaço escolar, será fixado na sala de aula o Regulamento Interno para o conhecimento dos alunos e registro no livro ata de reuniões de pais e professores. O calendário escolar será fixado na sala de aula, para que os alunos acompanhem o cronograma anual da escola. O ingresso do aluno na Sala de Recursos é permitido pelos pais, por ser contra-turno. É informado aos pais, da importância do filho participar da sala de recursos, da metodologia diferenciada, auxiliando-os nas dificuldades de aprendizagem. A Metodologia Educacional e Recursos Pedagógicos como os jogos, brincadeiras, situações problemas, interpretações de textos, auxiliam o desenvolvimento do raciocínio lógico no decorrer do processo ensino aprendizagem. Sanar as deficiências básicas dos anos iniciais e adquirir confiança para que o aluno acompanhe os conteúdos ministrados em sala de aula. Foi realizado um levantamento dos alunos com dificuldades/defasagens na aprendizagem com os professores do 6º e 9º ano, para posteriormente, serem matriculados na Sala de Apoio. Os pais/responsáveis assinam o Termo de Ciência, após ser informado da importância do aluno avançar na aprendizagem e da metodologia diferenciada da sala regular. A sala de apoio foi instalada na sala da direção e pedagoga. Os agentes educacionais I e II atuam e agem como educadores junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de conservação da limpeza e higiene do ambiente escolar, o desperdício de água, o respeito mútuo, entre outros. Há incentivo da Direção e Pedagoga para que todos os envolvidos na escola: Professores, Agentes Educacional I e II e Agentes de Apoio, para participarem de todos os eventos e cursos de Formação Continuada oferecidas pela SEED, tais como: Seminário de Atualização e Motivação, TV Escola (Teleconferência) treinamentos para o pessoal da Merenda Escolar, Grupo de Estudos organizado pelo NRE e Semana Pedagógica. A Patrulha Escolar têm auxiliado nos casos de infração ou agressão física que ocorrem no ambiente escolar. Os policiais conversam com os alunos e se necessário os pais são convocados para resolver as ocorrências e são registrados em ata própria. Quando não é possível comparecer a escola no momento das ocorrências, as orientações são repassadas via telefone. A presença da Patrulha na escola tem contribuído com a paz dentro do ambiente escolar. Há união e participação efetiva de todos os segmentos da escola na resolução dos problemas e na organização de atividades diversas, devido à escola ser de pequeno porte. A relação de solidariedade e amizade é marcante, pois todos reconhecem e desempenham suas funções e colaboram para o bom funcionamento da escola como um todo. Para a realização das ações definidas neste Projeto Político Pedagógico, a escola conta com o apoio da Direção, Pedagoga, Corpo Docente, Agentes Educacionais, pais e alunos. 7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Considerando a participação da SEED (Secretaria de Estado de Educação), o qual incentiva e apoia à escola, para que esta realize suas tarefas, tornando como base nos eixos propostos, sendo que o primeiro objetivo é a permanência do aluno com satisfação, dar-se à oportunidade aos professores para desenvolver suas competências no âmbito profissional continuada, e que para a escola, ter uma gestão democrática e participativa, necessita de acompanhamento e auxilio da comunidade, pois sem esta se torna ineficaz sua prática, a avaliação dar-se-á através de reuniões com Direção, Professores, Alunos e Pais ou Responsáveis, para estudar, discutir e analisar o Projeto Político Pedagógico, durante o ano letivo, realizando reuniões bimestrais com os professores, agente educacional I e II, constatando quais as metas que foram alcançadas, o que precisa mudar ou ser melhorado. Portanto é imprescindível que este trabalho seja em conjunto com a SEED (Secretaria Estadual de Educação), NRE (Núcleo Regional de Educação) e Escola, visto que é através deste órgão que nosso aluno poderá ter acesso digno e uma educação valorizada a qual lhe é direito como cidadão brasileiro. 8. REFERÊNCIAS: CASTANHEIRA, M. L.; MACIEL, F. I. P., MARTINS, R. M. F. Alfabetização e letramento na sala de aula - 2. ed. - Belo Horizonte: Autêntica Editora: Ceale, 2009. CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS Brasília: MEC/SEMTEC, 1998. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – Resolução nº 03. Brasília: 1998. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, 1990. DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1993. DNC – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. ENSINAR E APRENDER, Reflexão e Criação. CEMPEC, 1997. FERNANDES, Bernardo Mançano. Diretrizes de uma comunidade. In: Educar do campo: identidade e políticas públicas – Caderno 4. Brasília. Articulação Nacional por uma Educação do Campo, 2002. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. GRAMSCI, Os intelectuais e a organização da Cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1978. INBERNÓN, F. Formação Docente e Profissional. São Paulo: Cortez, 2000. MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, LDBEN Lei nº 9394/96 Brasília: 1996. MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e Competitividade, Desafios Educacionais do Terceiro Milênio. São Paulo: Vozes, 1994. MELLO, Guiomar Namo, de. Parecer CEB 15/98. Brasília: MEC, 1998. NEGRINE, Airton. O Ensino de Educação Física. PARANÁ APP SINDICATO, Mudando a Cara da Escola: Construindo o Projeto Político Pedagógico. Curitiba: 1997. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Resolução nº 3492/98. Curitiba: 1998. PARO, V. H. O conselho de escola na democratização da Gestão Escolar. In: Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001. p. 79-89. PISCHEL, Gina. História Universal de Arte. São Paulo: Melhoramentos, 1966. PORCHER, Lous. Educação Artística, Luxo ou Necessidade. São Paulo: Melhoramentos, 1996. ROLIM, Maria Augusta et al. Uma Análise Dinâmica do Brasil em transformação. Belo Horizonte: Editora Lê, 1991. SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença. História de Arte. São Paulo: Editora Ática, 1991. Vol. 01. SIQUEIRA E BERTOLIN. Novo Horizonte. São Paulo: Essential English CEN, 1998. SOARES, M.B. Letramento: um tema em três gêneros. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. VEIGA, Ilma Passos, Projeto Político Pedagógico: Uma construção coletiva. Campinas, SP: Papirus, SP, 1995, p. 11-35. CADERNO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO DO CAMPO/PARANÁ.Secretaria de Estudo da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental - Curitiba – SEED – PR 2005. CADERNO TEMÁTICO: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA/PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação – Curitiba – SEED – PR 2005. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS. Ministério da Educação. Assessoria de Comunicação Social. Brasília. MEC. 2005. FICA COMIGO/PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação–Superintendência de Educação. Assessoria de Relações Externas e Interinstitucionais. SEED – PR 2005. DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA NAS ESCOLAS DO CAMPO. Resolução CNE/CBE Nº 1 de 03 de Abril de 2002, Brasília . MEC. DIRETRIZES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO DO CAMPO. SEED/DEF/Coordenação de Educação do Campo. TEXTOS ELABORADOS PELA SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO. CGE/SEED. – Curitiba – Paraná. DELIBERAÇÕES • 14/99 – Elaboração da Proposta • 07/99 – Avaliação, Recuperação e Elevação • 16/99 – Regimento Escolar (indicação 007/99) • 02/03 – Educação Especial – Educação Inclusiva • 09/01 – Matrícula de Ingresso, por transferência e regime de progressão parcial, Aproveitamento de Estudo • 01/06 – CCE – Normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná • 04/06 – CEE – Normas complementares as DCN para Educação Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana RESOLUÇÕES • 03/99 – CNE/CEB – Diretrizes Nacionais/Educação Indígena • 017/06 – SUED/SEED – Criação da Equipe Multidisciplinar da Cultura Afro INSTRUÇÕES • 01/99 – Classificação, Reclassificação • 02/03 – Hora Atividades • 02/04 – SUED/Hora Atividade • 03/06 – Preenchimento do Livro Registro de Classe • 13/06 – SUED/SEED – Orienta a oferta do Ensino Religioso na Rede Estadual de Ensino do Paraná • 05/07 – SEED/DAE/CDE – Normatiza os procedimentos para o registro da disciplina Ensino Religioso na Rede Estadual de Ensino • 012/06 – SUED/SEED e CNE/CEE – Instrução Normativa que altera nomenclaturas Língua Estrangeira Moderna no Ensino Fundamental – CNE/CEF Edcação Artística para Artes INSTRUÇÕES NORMATIVAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL • 05/04 – Sala de Recurso de 5ª a 8ª séries Instrução Normativa LEIS • Lei Federal 10.172 de 03/01/01 – Plano Nacional de Educação • LDB/9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases • Lei Estadual 13.381/01 – História do Paraná • Lei Federal 10.639/03 – Cultura Afro • Lei Federal 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente • Lei Federal 11.114/05 – Regulamenta o Ensino Fundamental de 8 para 9 anos • Lei LDB 9394/96 E O Art 3º da Resolução CNE/B nº 01 de 03/04/02 – Educação do Campo • LDB – Artigo 58,59,60 – Educação Especial • Constituição Federal • DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – 2007 • DCN – Parecer nº 1000/03. Res. CNE/CEB nº 02 de 07/04/98