histórico do estabelecimento

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histórico do estabelecimento
COLÉGIO ESTADUAL LOVAT
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2012
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO...............................................................................................................3
2. IDENTIFICAÇÃO...............................................................................................................4
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS...............................................................................................4
2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO................................................13
2.3 QUADRO GERAL DE PESSOAL..................................................................................14
2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO......................................................................16
2.5 MATERIAIS DIDÁTICOS E EQUIPAMENTOS........................................................17
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................18
4. MARCO SITUACIONAL..................................................................................................19
5. MARCO CONCEITUAL...................................................................................................26
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR....................................................................37
6. MARCO OPERACIONAL..............................................................................................150
7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......155
8. REFERÊNCIAS................................................................................................................156
COLÉGIO ESTADUAL LOVAT – ENSINO FUNDAMENTAL e MÉDIO
Avenida Paraná, 151, Lovat - CEP: 87520-000
Tel/Fax: (44) 3587-1073 - Emails: [email protected] e [email protected]
UMUARAMA - PARANÁ
1 - APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e
Médio tem como finalidade elaborar novos encaminhamentos, refletir e analisar sobre o
trabalho pedagógico e a função social da escola. Este processo tem ocorrido com a
participação da direção, professores, funcionários, alunos, pais ou responsáveis,
representantes do Conselho Escolar, em reuniões e encontros para estudos.
O presente Projeto visa à melhoria da qualidade do ensino público, levando a escola a
assumir sua identidade e autonomia, assegurando a gestão democrática, com propostas das
expectativas e necessidades da comunidade escolar, respeitando sua diversidade cultural,
preparando o cidadão para a sociedade vigente, em acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDBEN, no 9394/96- art. 13, 14 e 15 e o art. 6º, § 1º da Deliberação
16/99-do CEE, art. 2º da Deliberação 14/99-CEE e no art. 4º da Deliberação 16/99-CEE e a
própria Constituição Federal por meio da construção do Projeto Político Pedagógico.
A equipe de profissionais da escola tem grande importância na construção da sua
identidade pedagógica. Segundo Veiga (1995, p. 14), “resgatar a escola como espaço público,
lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva”, pois o projeto político pedagógico
se faz na própria dinâmica do trabalho escolar, incluindo as práticas curriculares presentes nos
espaços em sala de aula e fora dela.
2 - IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio, código 01270, está
localizado na Avenida Paraná, nº 151, no distrito Lovat do município de Umuarama, código
2830, Estado do Paraná.
Pertencente
ao
Núcleo
Telefones para contato, Fax (44) 3587-1073 e 3639-7749.
Regional
http://www.umrlovat.seed.pr.gov.br
de
Educação
(NRE)
de
Umuarama.
O
site:
e e-mails: [email protected] e [email protected].
Atualmente o colégio está sob a direção do Senhor Crederson Emanuel da Silva.
2.1 - ASPECTOS HISTÓRICOS
O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio teve sua origem em 1960,
com a denominação de Escola Isolada Salgado Filho, pertencente ao município de Cruzeiro
do Oeste, com o objetivo de atender as necessidades escolares da zona urbana e rural, a
maioria empregada e meeira de pequenos, médios e grandes latifundiários e comerciantes.
Foi autorizado o funcionamento no novo prédio escolar, na Avenida Paraná s/n.º, pela
Resolução n.º 8021/84 de 29.11.84 e autorização de funcionamento do estabelecimento,
Resolução n.º 012/82 de 18.03.82 e continua funcionando neste local até a data vigente.
Desde a sua origem o Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio teve um
papel fundamental na formação dos cidadãos dessa pequena comunidade. Destacamos como
ponto positivo, jovens cursando o Ensino Médio, outros o terceiro grau, funcionários
públicos, professores, advogados, psicólogos, policiais civis, militares e municipais, padres,
mecânicos, eletricistas, pequenos sitiantes, pequenos empresários, diaristas, todos ex-alunos
dessa unidade de ensino.
Em 1.961, Lovat se desmembra do município de Cruzeiro do Oeste e passou a
pertencer ao município de Umuarama, portanto, a escola ficou subordinada a Rede Municipal
de Ensino de Umuarama.
Em 1.963, recebeu o nome de Grupo Escolar Papa Pio XII. No ano de 1.971 passou a
mantenedora o Governo do Estado do Paraná.
Em 1.980, com a implantação da Reforma Lei nº 5.692/71 de 11 de agosto de 1.971,
passou a ser chamada de Escola Papa Pio XII – Ensino de 1º Grau funcionou as séries
correspondentes ao curso ginasial, sendo extensão do Colégio Estadual de Umuarama,
funcionando em dois turnos, até o ano de 1.978.
Em 1.982, foi criada a Escola Estadual Lovat - Ensino de 1º Grau, funcionando de 5ª à
8ª séries, através da Autorização de Funcionamento, Resolução nº 12 de 18 de março de 1982,
mantido pelo governo do Estado do Paraná.
Em 1984, reconhece o curso de 1º Grau – Regular, Resolução nº. 8021 de 29 de
novembro de 1984.
Em 2002, renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental de 5ª à 8ª séries, através
da Resolução nº 4648 de 26 de novembro de 2002.
Em 2007, renova o Reconhecimento do Ensino Fundamental, através da Resolução
256 de 30 de janeiro de 2007.
O Regimento Escolar foi aprovado, por meio, dos Atos: Homologação, parecer nº
2585 de 02/06/1982. Aprovação pelo Ato nº 70 de 20/06/1995, Ato nº 152 de 20/09/2000,
Ato nº 295 de 24/10/2001, Ato nº 186 de 16/07/2004, Ato nº 218 de 03/10/2008.
Ato de Autorização de Funcionamento da Sala de Recursos, através da Resolução nº.
1523/05 de 14 de junho de 2005. Prorrogação do Funcionamento, através da Resolução nº
569 de 08 de fevereiro de 2007. Prorrogação de Funcionamento, através da Resolução nº 548
de 11 de fevereiro de 2009. Renovação da Autorização de Funcionamento, através da
Resolução nº 880 de 03 de março de 2011.
Em 2009, foi implantado o curso Ensino Médio de forma gradativa com o Ato
Administrativo nº 0276/09, alterando a denominação do estabelecimento de ensino de Escola
Estadual Lovat – Ensino Fundamental, para Colégio Estadual Lovat – Ensino Fundamental e
Médio, no período da manhã, com Autorização de Funcionamento, através da Resolução nº
271 de 21 de janeiro de 2010. Prorrogação de Funcionamento, através da Resolução nº 1775
de 04 de maio de 2011. O processo de Reconhecimento do Ensino Médio se encontra na
Secretaria de Estado da Educação, sob protocolo nº 10.441.524-5.
O Estabelecimento possui Conselho Escolar Homologado pelo Ato Administrativo nº
199 de 22 de Junho de 1.998, com Estatuto aprovado pelo Ato Administrativo n. º 188 de
1996. Ato administrativo nº 212 de 28 de agosto de 2002. Aprovação do Estatuto do
Conselho Escolar, Parecer nº 057 de 20 de março de 2006. Ato administrativo nº 054 de 20 de
março de 2006. Ato Administrativo nº 206 de 11 de julho de 2006 da homologação dos
membros do Conselho Escolar. Ato Administrativo nº 091 de 16 de março de 2009, da
homologação dos membros do Conselho Escolar. Ato Administrativo nº 205 de 28 de junho
de 2011, da homologação dos nomes dos Titulares e Suplentes.
No ano de 2009, foi implantada a “Mudança de Turno - Ensino Fundamental”,
somente para a 5ª série de forma gradativa, conforme protocolo nº 07.267.252-6 de
30/12/2008.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários eleitos em 07/07/2010, com mandato até
07/07/2012.
Lei nº 11.114, de 25 de maio de 2005, estabeleceu a obrigatoriedade do início do
Ensino Fundamental aos seis anos de idade a partir de 2006.
Lei nº 11.274 de fevereiro de 2006. Estabelece a duração do Ensino Fundamental,
ampliando-o para nove anos, com matrícula obrigatória aos seis anos de idade.
Dentre os diversos Bairros/Distritos que compõem o perímetro urbano do município
de Umuarama, encontra – se o distrito de Lovat, localizado a mais ou menos 15 mil metros do
centro, onde se tem acesso pela PR 323, com uma população de classe operária, composta por
residentes na Vila Rural e Zona Rural próximas ao distrito e trabalham no comércio e em
pequenas indústrias localizadas na sede do município.
O Estabelecimento de Ensino possui um Laboratório de Informática - Paraná Digital,
inaugurado em 2007, uma realização do Governo do Estado do Paraná.
Foi construído o Laboratório de química, física e biologia, no mês de setembro de
2011.
A Sala de Apoio atenderá os alunos do 6º e 9º ano do Ensino Fundamental dos anos
finais.
Atividade Complementar Curricular no contra-turno, com duas turmas da modalidade
de Futsal para os alunos do ensino fundamental, sendo uma no período da manhã e outra no
período da tarde, e uma turma de Hora Treinamento/Futsal para os alunos do Ensino Médio,
no período da tarde.
Quadra poliesportiva construída no ano de 2010, pelo Governo Estadual do Paraná.
Os Recursos Humanos, Corpo Docente é composto de Professores Estatutários e
contratado pelo regime PSS (Processo de Seleção Simplificada), todos qualificados para o
Exercício do Magistério.
A escola é composta de 07 (sete) turmas: 6º, 7º e 8º ano, no período da tarde e Sala de
Apoio/8º ano. No período da manhã: 9º ano - Ensino Fundamental, 1ª, 2ª e 3ª Séries do
Ensino Médio, uma Sala de Recursos e Sala de Apoio do 6º ano.
Esta Unidade de Ensino possui Regimento Escolar – Sistema Estadual de Educação –
Lei Nº 5.692/71, aprovado e homologado pelo Parecer nº 2585 de 02/06/1982. Aprovação
pelo Ato nº 70 de 20/06/1995, Ato nº 152 de 20/09/2000, Ato nº 295 de 24/10/2001, Ato nº
186 de 16/07/2004, e atualmente aprovado pelo Ato nº 218 de 03/10/2008.
De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – EFM, podemos
verificar os processos de Classificação, Reclassificação, Promoção e Progressão Parcial.
Seção V
Do Processo de Classificação
Art.85. A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com
a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais, podendo
ser realizada:
I.
Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
fase anterior, na própria escola;
II.
Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III.
Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina, bloco ou etapa compatível ao
seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou
informais.
Art.86. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I.
Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola
para efetivar o processo;
II.
Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III.
Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
IV.
Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V.
Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Seção VI
Do Processo de Reclassificação
Art.87. A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da
avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a
responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas curriculares,
encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a
experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu
Histórico Escolar.
Art.88. O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível da
Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a
reclassificação para conclusão do Ensino Médio.
Art.89. O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na
série/ano/disciplina(s) deverá notificar o Núcleo Regional de Educação para que este proceda
à orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o
fundamentam.
Art.90. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar
conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou
não.
Art.91. A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a ser iniciado, a
fim de obter o devido consentimento.
Art.92. A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe
do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que
comprovem a necessidade da reclassificação.
Art.93. Cabe à Comissão elaborar relatório referente ao processo de reclassificação,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que
sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art.94. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante
dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art.95. O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a
Pasta Individual do aluno.
Art.96. O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria
de Estado da Educação.
Art.97. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Seção VIII
Da Progressão Parcial
Art.104. A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três (3) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitante às séries seguintes.
Art.105. O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
Seção X
Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação
De Estudos e da Promoção
Art.110. A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
aluno.
Art.111. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto
dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos.
Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art.112. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas
no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um
único instrumento de avaliação.
Art.113. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.
Art.114.
A
avaliação
deverá
utilizar
procedimentos
que
assegurem
o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos
entre si.
Art.115. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre
a
ação
pedagógica,
contribuindo
para
que
a
escola
possa
reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art.116. Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma.
Art.117. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para
o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art.118. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art.119 A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
Art.120. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
Art.121. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art.122. O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória de nota 4,0
(quatro) referente a atividades diversificadas dos conteúdos trabalhados; mais a nota 6,0 (seis)
resultante de 02 (duas) avaliações no valor de 3,0 (trinta) cada uma , referentes aos conteúdos
trabalhados, totalizando nota final 10,0 (dez).
Art.123. O estabelecimento proporcionará a Recuperação Bimestral a todos que não
atingirem a nota integral, sendo:
I.
ofertada recuperação no valor de 6,0 (seis) possuindo valor substitutivo,
valendo sempre a maior.
II.
a recuperação do valor 4,0 (quatro) será realizada de maneira ao aluno possa
atingir a nota máxima de cada atividade. O professor corrigirá a atividade
apontando ao que deve ser recuperado, somando-se à nota inicial toda
adequação do aluno, até o fechamento da nota integral da atividade.
Art.124. Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art.125. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência.
Art.126. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima exigida por lei.
Art.127. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do
ano letivo.
Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de
dar continuidade de estudos nas séries/anos seguintes.
Art.128. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados retidos
ao final do ano letivo quando apresentarem:
I.
frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II.
frequência superior a 75% do total de horas letivos e média inferior a 6,0
(seis vírgula zero) em cada disciplina.
Art.129. A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art.130. Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
A Recuperação de Estudos dar-se-á de forma permanente e paralela ao processo de
ensino e aprendizagem. Portanto, as avaliações serão realizadas com instrumentos
diversificados: prova objetiva, prova subjetiva ou prova mista com questões objetivas e
subjetivas, trabalhos em grupo ou individual, resumo de textos, pesquisas, relatórios, leitura e
interpretação de textos, elaboração, leitura e análise de gráficos, manuseio, análise e
interpretação de mapas, produção de textos, releitura de obras literárias ou resoluções de
exercícios, seminários e apresentações teatrais e de danças..
2.2 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO ATENDIMENTO
O Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio funciona nos períodos: da
manhã das 07h30min às 11h55min e no período da tarde, das 13h00min às 17h20min.
SÉRIE
5ª A
5ª B
6ª A
7ª A
8ª A
1ª EM
2ª EM
3ª EM
Nº
alunos
37
-
31
33
32
-
-
-
2007
Nº
alunos
30
-
31
31
27
-
-
-
2008
Nº
alunos
42
-
24
30
25
24
-
-
2009
Nº
alunos
29
-
30
24
26
24
18
-
2010
Nº
alunos
22
22
Nº
6º ANO
alunos
21
27
27
18
21
18
12
7º ANO 8º ANO 9º ANO
-
36
23
23
2011
2012
13
19
17
ANO LETIVO – 2012
DISTRIBUIÇÃO POR SÉRIE E TURMA:
Nº total de alunos: 152 alunos
Nº total de turmas: sete (7)
Nº de turmas com salas próprias: 04 (quatro)
TURNO MANHÃ:
9º ano – 23 alunos
1ª série/Ensino Médio – 13 alunos
2ª série/Ensino Médio - 19 alunos.
3ª série/Ensino Médio – 17 alunos.
Sala de Recursos: 12 alunos
Sala de Apoio – 6º ano: 08 alunos
Programa de Atividade Complementar Curricular em Contra turno – Modalidade Futsal para
o Ensino Fundamental: 40 alunos.
TURNO TARDE:
6º ano – 21 alunos
7º ano – 36 alunos
8º ano – 23 alunos.
Sala de Apoio - 9º ano: 08 alunos
Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno no período da tarde:
Modalidade Hora Treinamento - Ensino Médio: 13 alunos
Modalidade Futsal - Ensino fundamental: 13 alunos.
2.3 – QUADRO GERAL DE PESSOAL
NOME
FUNÇÃO
DISCIPLINA
LEM - Inglês
VÍNCULO
Alessandra Paula Pereira Jardim
Professora
PSS
Alice Ayako Iqueuti
Pedagoga
Antonia Regina da Silva Vaz
Professora
Crederson Emanuel da Silva
Diretor
QPM
Darci Duarte dos Santos
Agente
Educacional I
QFEB
Débora Cristina de Godoi
Professora
Inglês
QPM
Edna Pereira de Souza
Professora
Educação Física
QPM
Eliane Cristina da Costa
Professora
Sala de Apoio
PSS
Eliane de Paula Cordeiro
Professora
Química
QPM
Elma da Mata Pas
Professora
Ensino Religioso
PSS
Erenides Ferrer Moreira
Agente de Apoio
Jaqueline Ezequinhe Rizzieri
Professora
Geografia
PSS
Jaqueline Fernandes Meier
Professora
Biologia
QPM
Luiz Zani
Professor
Matemática/Física
QPM
Margarida Cardozo Lavado
Professora
História/Sociologia
QPM
Maria Aparecida de Almeida
Professora
Língua Portuguesa/Sala
Apoio
QPM
Maria Madalena Correa
Agente
Educacional II
Maria José Vieprz Zabumba
Professora
QPM
Ciências
QPM
PSS
QFEB
Matemática/Sala Apoio
QPM
Marli Knap
Professora
Arte
PSS
Rubina Maria da Silva Correia
Agente
Educacional II
Sandra Regina Furlan
Professora
Filosofia
PSS
Tatiana Marques
Professora
Língua Portuguesa
QPM
Telma Furlan Scamardi
Professora
Sala de Recurso
QPM
Valdise Batista Gomes
Agente de Apoio
Wesley Eduardo Cordeiro
Professor
Química
QPM
Wilson Archangelo
Professor
Sala de Apoio
PSS
QFEB
PSS
Diretor: Crederson Emanuel da Silva.
Nº de professores: 19 professores
Nº de Funcionários: Agente Educacional I – 01
Agente Educacional II - 02
Agente de Apoio - 02
2.4- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
A reforma da escola foi concluída em 2010, atendendo as necessidades da comunidade
escolar, pois o ambiente tornou-se agradável, bonito e confortável.
O prédio possui 03 salas de aulas, laboratório de informática, biblioteca e 01 sala de
aula compartilhada com a Escola Municipal Papa Pio XII.
A sala da direção e pedagoga foi adaptada para atender a sala de apoio.
A sala dos professores está compartilhada com a sala da direção e pedagoga.
Tem uma sala de recursos e uma sala de apoio para os alunos do 6º e 9º ano.
A cozinha é espaçosa e arejada, possui três pias com balcões de granito e dois balcões
para panelões, uma mesa no centro de granito ao lado do fogão, dois espaços para os freezers
e geladeira e um balcão de granito para servir a Merenda Escolar aos alunos, a qual possui
uma porta de ferro de enrolar. A despensa com várias prateleiras, facilitando a organização da
Merenda Escolar. Um almoxarifado para guardar produtos e materiais de limpeza, dentre
outros. Uma pequena área de serviço com um tanque e uma máquina de lavar. Uma área
descoberta, onde fica a central de gás.
O pátio é coberto com grades nas laterais. As paredes do pátio e o corredor que dá
acesso às salas de aula, laboratório, secretaria, biblioteca e bebedores foram revestidas com
pastilhas (cerâmicas) na altura de 1,70 m e o piso de granitina recebeu lixamento e
impermeabilização e foram trocadas todas as torneiras por outras de metais que evitam o
desperdício.
Os banheiros dos alunos receberam reforma geral com trocas de batentes e portas,
pisos, revestimentos, vasos sanitários, caixas de descarga, sendo que os três banheiros foram
readaptados com acessibilidade. No feminino, eram quatro vasos sanitários, ficando dois e um
deles com acessibilidade e um balcão de granito com duas cubas e duas torneiras. No
masculino, de três vasos sanitários, ficou dois, um deles com acessibilidade e dois mictórios.
Em todas as salas o piso é de cerâmica.
Todos os ambientes receberam reparos nas rachaduras, pintura interna e externa,
substituição de portas e fechaduras, substituição do quadro negro por quadro quadriculado nas
três salas de aula, adequação da rede elétrica, luminárias, trocas das caixas d'água de amianto
por PVC, substituição dos vidros quebrados, instalação de quatro refletores para a iluminação
externa, portão para entrada de carros e caminhões, troca das fossas por uma fossa e
sumidouros.
Uma quadra de esportes, construída no ano de 2010, pelo Governo Estadual do
Paraná. No ano de 2011, foi construído o muro de contenção para evitar desmoronamento do
barranco e calçadas para evitar a invasão de areia no piso.
Em todas as salas de aula está instalada uma TV Multimídia.
A estrutura física funciona em prédio próprio (Fundepar), em dualidade com a Escola
Municipal Papa Pio XII – Educação Infantil e Ensino Fundamental – anos iniciais, porém as
instalações administrativas são independentes. A área total é de 3.600 m²: 1.204 m² de
construção Estadual, aproximadamente 1.250 m², de construção Municipal.
Áreas livres: entre o pavilhão estadual e a quadra de esporte: aproximadamente 700 m²
(espaço suficiente para construir mais um pavilhão), entre o muro e o pavilhão municipal:
aproximadamente 350 m² e entre o pavilhão municipal e estadual, aproximadamente 150 m².
O Estágio não-obrigatório é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer
sobre o aspecto produtivo, seu desenvolvimento deverá obedecer aos princípios de proteção
ao estudante, considerando os riscos decorrentes de fatores relacionados ao ambiente,
condições e formas de organização do trabalho.
A Escola é aberta a comunidade, para reunião de pais, da APMF. (Associação de Pais,
Mestres e Funcionários), do Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Palestras.
Também é aberta à comunidade em horário ocioso, para participação de jogos,
Encontros de Catequese, Igreja Evangélica e Pastoral Sociais da Igreja Católica e demais
grupos organizados com fins sociais.
2.5 MATERIAIS DIDÁTICOS E EQUIPAMENTOS
ANTENA PARABÓLICA GMI 9053 - 08.07.97
“TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 7279
“TELEVISOR COLORIDO 20” GMI 7270
RECEPTOR DE SINAIS DE TV VIA SATÉLITE
AMPLIFICADOR
ANTENA PARABÓLICA
4 CPUs GRAPHICS
17 MONITORES PARA MICROCOMPUTADOR
17 TECLADOS PARA MICROCOMPUTADOR
1 SERVIDOR
4 TVs 29 POL.TELA PLANA ENTR.USB
FREEZER HORIZONTAL 300LTS ELECTROLUX
4 RACKs PARA TV 29'
ESTADIÔMETRO PORTATIL P/TRANSPORTE
CARTEIRA P/EDUC.ESPECIAL VERDE
BALANCA PLATAFORMA DIGITAL S/COLUNA
PROCESSADOR ALIMENTOS INDUSTRIAL
BEBEDOURO EM GERAL
16 BANCOS
11 MESAS PARA REFEITÓRIO
MICROCOMPUTADOR
2 TABULEIROS
2 ESTANTES DE AÇO
LIQUIDIFICADOR POLI 8LTS. INDUSTRIAL
AGITADOR MAGNÉTICO C/AQUECIMENTO
2 BALANÇAS DIGITAL
MANTA AQUECEDORA P/BALÃO VOLUMÉTRICO
MEDIDOR DE PH DIGITAL
MESA DE TÊNIS
MICROSCOPIO BIOLÓGICO
MICROSCOPIO ESTEREOSCÓPIO
CÂMERA CCD COLOR
4 MESAS PARA PROFESSOR
3. OBJETIVOS
O Estabelecimento de ensino tem por finalidade, atender ao disposto nas Constituições
Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ministrar o Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, com os seguintes objetivos:
− Formar cidadão crítico, responsável e participativo, capaz de exercer seus direitos e
cumprir com seus deveres, dentro de uma perspectiva de uma sociedade igualitária, diante das
transformações científicas e tecnológicas, capaz de interferir criticamente e transformar a
realidade.
− Promover a democratização e socialização do saber sistematizado, indispensável ao
exercício da cidadania, assim como na produção e sistematização de um novo saber,
nascido da prática social.
− Oportunizar aos alunos a busca da cultura, das relações sociais e políticas, sendo capazes
de buscar soluções para os problemas do dia-a-dia.
− Promover o acesso aos conhecimentos científicos, socialmente produzidos pela
humanidade a fim de possibilitar aos alunos condições de emancipação humana.
− Garantir a toda Comunidade Escolar a participação, através das decisões coletivas, para
que todos se sintam responsáveis na elaboração do Projeto político Pedagógico
objetivando a melhoria de qualidade do ensino e assegurando a permanência dos alunos
na escola.
− Promover a integração entre alunos e a escola, para que esta se torne um ambiente
acolhedor e propício ao desenvolvimento do saber.
4. MARCO SITUACIONAL
Nossos alunos provêm na maioria da zona rural, apresentando uma diversidade
sociocultural que é valorizada pelos profissionais do colégio, por meio das experiências dos
alunos o que transparecem nos estudos com os conteúdos disciplinares, quando
contextualizados.
A realidade desta escola é voltada para a agricultura. A maioria dos alunos reside na
Zona Rural e deslocam-se para estudar no Ensino Fundamental e Ensino Médio neste
Estabelecimento. Temos ex-alunos que abandonaram o primeiro ano do Ensino Médio em
Umuarama e outros que não desejam dar continuidade nos estudos fora de Lovat.
Os pais em busca de melhores condições de trabalho mudam ou regressam a esta
comunidade, causando várias transferências expedidas e recebidas de alunos durante o ano
letivo, portanto, temos caso de migração e não de evasão.
Pontos positivos que nossa escola apresenta:
Os diversos livros enviados para os professores, pela Secretaria de Estado da
Educação, são divulgados pela pedagoga e direção aos mesmos, para que estes utilizem para
pesquisas e planejamento das aulas. Os livros que são destinados aos alunos, são divulgados
pelos professores em sala de aula para que os mesmos possam ler e pesquisar.
Todo material pedagógico (livros, CDs, revistas e outros) ficam à disposição dos
professores e quando necessitam é entregue pela Pedagoga. Os CDs da TV Escola e fitas de
VHS estão na Sala dos Professores a disposição para seu uso e dos alunos.
A escola não tem dificuldades para o aluno participar da Prova Brasil e da Olimpíada
da Matemática, todos participam.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP/Ministério da Educação, o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o
Colégio Estadual Lovat - Ensino Fundamental e Médio, no ano de 2009 ficou com média 4,3,
superando as expectativas, tendo em vista que, a meta para o referido ano seria de 3,9,
superando a meta de 2011, 4,1 (quatro vírgula um) e quase alcançando a de 2013, 4,4. Os
resultados do IDEB são reflexos da organização o trabalho pedagógico como um todo. Neste
ano, não será realizado a Prova Brasil, devido ao número insuficiente de alunos, que estão
matriculados na 8ª série – 15 alunos.
Nas atividades extracurriculares são propostas as realizações de: Mostra Cultural e
Científica - no primeiro semestre, com exposição e apresentação de trabalhos pelos alunos aos
pais e comunidade; Gincana Cultural e Esportiva; Noite de Talentos; Festa Sertaneja; visita a
Unipar Aberta; Mostra de cursos do IFPR; Museu de História Natural e Laboratórios da
Unipar.
O conteúdo referente à História do Paraná será contextualizado, envolvendo todas
as disciplinas, conforme Plano de Trabalho Docente.
Acompanhamento dos professores, pedagoga e direção nos casos de faltas. A
pedagoga convoca os pais através de ligação telefônica, para conversar sobre as faltas
excessivas do filho e também a explicação do Programa FICA. Se o aluno regressa às aulas,
a ficha não é enviada ao Conselho Tutelar. Porém, não tendo êxito, a pedagoga preenche a
ficha FICA, juntamente com um ofício, relatando as medidas tomadas pela escola. E a ficha é
encaminhada ao Conselho Tutelar. Todos os casos encaminhados ao Conselho Tutelar foram
atendidos com muita atenção e responsabilidade.
A Equipe Multidisciplinar é orientada a desenvolver trabalhos de resgate da Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena. As atividades desenvolvidas em sala de aula,
contextualizados com determinados conteúdos específicos, constam no PTD - Plano de
Trabalho Docente e no livro registro de classe do professor. Neste ano letivo, também está
sendo realizada na escola, a formação continuada sobre equipe multidisciplinar. Nos
encontros, os professores participantes estudam textos impressos, pesquisam imagens, filmes,
etc. e discutem as ações que serão realizadas até o próximo encontro.
Levando em consideração os preceitos legais da Lei nº 11.788/2008 e da Instrução nº
006/2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do estágio dos
estudantes: as Instituições de Ensino da Rede Estadual, obrigatoriamente, deve prever o
estágio não-obrigatório. Partindo da demanda dos alunos, é uma atividade opcional, idade
mínima de 16 anos, deve ser acrescida a carga horária regular e obrigatória e não poderá
interferir na aprovação e reprovação do aluno. Neste estabelecimento de ensino, instituiu-se o
Plano de Estágio não-obrigatório, no Ensino Médio.
Estão distribuídos no pátio da escola, dez mesas e vinte bancos que são utilizados
pelos alunos no horário da merenda escolar/intervalo. Possui grades nos dois lados do pátio,
para maior segurança, protegendo da destruição das portas do banheiro e possíveis roubos de
mesas e cadeiras.
A Sala de Recursos funciona no período da manhã, com 08 alunos matriculados na
área de Deficiência Intelectual/Transtornos Funcionais Específicos.
O Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno de Macro
campo: Esporte e Lazer, conteúdo: Futsal atenderá os alunos do Ensino Fundamental e Hora
Treinamento aos alunos do Ensino Médio.
A Sala de Apoio a Aprendizagem do 6º e 9º ano, atenderá os alunos com
dificuldades ou defasagens na aprendizagem.
Neste ano de 2012, foi implantado o Ensino Fundamental de 09 anos.
O Agente Educacional I é responsável pela manutenção da infra-estrutura escolar,
alimentação escolar e também como educador. O Agente Educacional II é responsável pela
administração e operação de Multimeios Escolares. Os agentes educacionais não transmitem
conhecimento científico para os alunos, mas transmite conhecimentos empíricos, voltados
para a conduta sobre higiene, disciplina, organização, respeito, ética, paciência, considerandose mediadores do conhecimento cultural, político e social. Ajudam muito na educação dos
estudantes, ás vezes os alunos conversam mais com os agentes do que com a equipe
pedagógica, direção e professores. Eles sentem mais a vontade em dialogar ou desabafar.
Foi realizada uma pesquisa com os pais, para saber o dia da semana e horário mais
viável para participar das Reuniões Escolares. Foi decidido, então, que as reuniões serão
realizadas as segundas-feiras e quintas-feiras, alternadamente, no período da noite.
No início deste ano, foi decidido que em todo final de bimestre, no período da noite,
seria realizado uma reunião com os pais/responsáveis com entrega de boletins. Realmente,
80% dos pais/responsáveis comparecem para se informar sobre a vida escolar dos alunos.
São realizadas reuniões semestrais ou bimestrais, conforme a necessidade,
oportunizando aos alunos, pais e responsáveis na formação do Conselho Escolar e Grêmio
Estudantil.
Os recursos financeiros são provenientes do Fundo Rotativo e PDDE (Programa
Dinheiro Direto Escola) e de promoções realizadas pela APMF (Associação de Pais, Mestres
e Funcionários).
Na hora atividade, o professor conversa com a pedagoga informando e buscando
soluções para os problemas que está enfrentando com os alunos sobre: indisciplina, baixo
rendimento, desinteresse, irresponsabilidade na realização de atividades em sala de aula e
entrega de trabalhos de determinados alunos e outros.
Organização da hora atividade concentrada por área do conhecimento em um
mesmo dia da semana, objetiva, propiciar uma melhor e mais efetiva atuação das equipes do
Núcleo Regional de Educação junto aos professores dos estabelecimentos de ensino.
Segunda-feira – História, Geografia, Filosofia e Sociologia
Terça-feira – Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna.
Quarta-feira – Matemática e Física
Quinta-feira – Biologia, Ciências e Química.
Sexta-feira – Arte, Educação Física e Ensino Religioso.
Devido a carga horária do professor serem distribuídas em diversos estabelecimentos
de ensino, dificulta a concentração da hora atividade nos dias determinados.
01 - Disciplinas que não estão com aulas no dia da hora atividade:
2ª feira – Manhã – Filosofia/Geografia/História – Nenhuma aula
Tarde – Geografia - Nenhuma aula.
5ª feira – Manhã – Biologia – Nenhuma aula.
6ª feira – Manhã/tarde – Educação Física e Ensino Religioso – Nenhuma aula.
02- Disciplinas que estão com aulas no dia da hora atividade:
2ª feira – Manhã – Sociologia – 04 aulas
Tarde – História – 05 aulas
3ª feira – Manhã – inglês – 05 aulas e Língua Portuguesa – 04 aulas
Tarde – inglês – 02 aulas e Língua Portuguesa 02 aulas.
4ª feira – Manhã – Física – 03 aulas e Matemática 01 aula
Tarde – Matemática – 03 aulas
5ª feira – Manhã – Química – 06 aulas com 02 professores. Ciências – 02 aulas
Tarde – Ciências – 05 aulas
6ª feira – Manhã – Arte – 04 aulas.
Tarde – Arte – 03 aulas
Devido às transformações econômicas, sociais e políticas, que prevê uma definição
dos sujeitos, o Colégio Estadual Lovat, enquanto espaço de transmissão do saber sóciohistórico, revelam-se como possibilidade de articular novas relações para os sujeitos que dela
fazem parte. Portanto, para enfrentar as diversas dificuldades que surgem no cotidiano, é
necessário que a escola seja um espaço de participação e de democratização.
Apresentamos algumas de nossas dificuldades:
A escola possui Laboratório de Informática com 12 (doze) computadores conectados a
Internet, do Programa PARANÁ/DIGITAL – SEED, inaugurada em 2007, sendo que este
número de computadores é insuficiente para atender os alunos de uma turma.
A indisciplina é um dos maiores problemas que nossa escola enfrenta em sala de aula.
Apesar do colégio passar por uma reforma geral, o espaço físico continua
insuficiente, sendo realizada várias adaptações como: instalação do Laboratório de
Informática, implantação do Ensino Médio de forma gradativa, laboratório de química, física
e biologia, sala de apoio e mudança de turno e turma.
Devido a implantação do Ensino Médio, Sala de Apoio de 6º e 8º Ano e 03 turmas de
Atividade Complementar Curricular em Contraturno, o trabalho pedagógico e burocrático
aumentou, e com isso hà necessidade de aumentar a demanda para mais um pedagogo.
Dificuldades dos integrantes do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil participarem
efetivamente das reuniões escolares.
A secretaria da escola tem somente duas agentes educacionais II e quando há
necessidade de uma se ausentar por licença médica ou especial, sobrecarrega a outra,
dificultando a realização das documentações nos prazos estipulados.
A falta de professores em razão de atestado médico, ocasiona transtornos na
aprendizagem, na disciplina dos alunos e na organização da escola.
O colégio apresenta casos isolados de evasão no ensino fundamental e merece
atenção de todos os envolvidos no processo escolar, sugerindo ações e propondo medidas
para enfrentar e superar esse problema.
A escola enfrenta o problema de alunos do período contra turno e jovens estranhos
que invadem o ambiente escolar, para jogar bola na quadra poliesportiva.
Segundo a Instrução nº 008/2011 – SUED/SEED, as instituições do Sistema Estadual
de Ensino com oferta do Ensino Fundamental – anos finais, devem, a partir de 2012,
implantar o 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de forma simultânea. Portanto, este
estabelecimento de ensino apresenta:
A correspondência das séries finais do Ensino Fundamental de 8 anos de duração para
os anos finais do Esnino fundamental de 9 anos de duração será:
EF 8 anos de duração
EF 9 anos de duração
séries finais
anos finais
5ª série
6º ano
6ª série
7º ano
7ª série
8º ano
8ª série
9º ano
Considerando a aprovação:
EF 8 ANOS - 2011
EF 8 ANOS - 2012
EF 9 ANOS - 2012
4ª série
5ª série
6º ano
5ª série
6ª série
7º ano
6ª série
7ª série
8º ano
7ª série
8ª série
9º ano
8ª série
-
-
Considerando a retenção:
EF 8 ANOS – 2011
EF 9 ANOS - 2012
5ª série
Retido
6º ano
6ª série
Retido
7º ano
7ª série
Retido
8º ano
8ª série
Retido
9º ano
Abaixo poderemos verificar o levantamento de dados estatísticos referente ao ano de
2011.
LEVANTAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS - 2011
COLÉGIO ESTADUAL LOVAT - EFM
180
167
160
140
120
100
80
60
40
20
8
2
11
19
19
6
0
TOTAL DE APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE
TOTAL DE REPROVADOS
TRANSFERIDOS EM CURSO
REPROVADOS POR FALTA
REPROVADOS POR NOTA
DESISTENTES
MATRICULADOS
5. MARCO CONCEITUAL
Neste marco, contém a idealização, o sonho de futuro, os princípios e valores, a ética,
a concepção de sociedade e de ser humano partilhada pelo coletivo escolar.
Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos,
preocupações e costumes e que interagem entre si constituindo uma comunidade.
Vivemos em uma sociedade contemporânea que vivencia grandes mudanças
econômicas, políticas e sociais, as quais, afetando a relação entre valores humanos,
comportamento e ética, têm trazido novos desafios à educação.
Portanto, as instituições de ensino buscam trilhar novos caminhos administrativos e
organizacionais, baseados na descentralização, autonomia e participação. Ou seja, não é
adaptar o sujeito às novas demandas da sociedade atual e sim, por meio do conhecimento
histórico, científico, artístico e filosófico, possibilitar que o aluno tenha condições de analisar
a sociedade atual em suas contradições, subsidiando-o para transformar sua prática social.
Homem vem a ser como sujeito histórico, produto e produtor das relações
econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformados pelos
conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais e com a participação no processo
educativo, conscientizador, transformador e de luta, para construção de uma sociedade justa e
igualitária.
Segundo Paro: “o homem é um ser histórico e produtor de sua existência”. Portanto,
livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas¸
não naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é.
A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais, em
referência à identidade e cultura dos povos do campo, vlorizando-os como sujeitos que
possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra. Trata-se do campo como lugar
de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência e
sobrevivência.
Assim, a compreensão de campo vai além de uma definição jurídica. Configura um
conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e não apenas sua localização
espacial e geográfica. A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e
econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos
povos que nele vivem.
O que caracteriza o homem do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a
natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra
dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de
vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com
uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
Não há uma concepção única de infância. Há uma diversidade de concepções que
influenciam a forma como a sociedade, comunidade ou grupo se relaciona com suas crianças,
o que torna importante a busca de uma maior compreensão dessas concepções. Alguns
entendem a infância como a condição natural, biológica, que categoriza as crianças como
distintas dos adultos, mas as vêem como iguais entre si. Percebem unidade no jeito de ser e de
agir de qualquer criança, independentemente do tempo histórico, da localidade e das
condições sociais e econômicas em que vive. Outros vêem a infância como uma construção
social e histórica , estando crianças sujeitas a influências das tradições e costumes do seu
grupo cultural, de seu pertencimento étnico, religioso e de gênero, e das condições
socioeconômicas nas quais estão inseridos. Para estes, existem diversas maneiras de ser
criança, as quais dependerm de suas condições concretas de existência.
Hoje, especialmente nas sociedades ocidentais, a infância é entendida como um tempo
na formanão do ser humano, diferente da idade adulta, estando entre os direitos fundamentais
deste período o direito de brincar. A criança é intensa em seu jeito de experimentar o mundo
de se expressar e comunicar, de revelar suas curiosidades. Para as crianças se desenvolverem
e aprenderem sobre o mundo em que vivem, precisam interagir física, afetiva, social,
intelectual e culturamente na vida familiar e comunitária em que estão inseridos. O brincar
infantil é um processo de atividade intelectual que precede o conhecimento da realidade da
criança. É um meio para conhecer o que rodeia, uma forma de comprovar, atribuindo, de
modo afetivo, significado as conhecimentos adquiridos.
Adolescência, é uma fase cheia de questionamento e instabilidade, caracteriza por
uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são
questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim
a liberdade e auto-afirmação. Na América Latina cabe destacar Aberastury & Knobel (1989),
os quais, com sua obra, tornaram-se referência para profissionais de várias áreas. Knobel
introduziu a noção de “síndrome normal da adolescência”, caracterizada por uma
sintomatologia que inclui: “1) busca de si mesmo e da identidade; 2) tendência grupal; 3)
necessidade de intelectualizar e fantasiar; 4) crises religiosas, que podem ir desde o ateísmo
mais intransigente até o misticismo mais fervoroso; 5) deslocalização temporal, onde o
pensamento adquire as características de pensamento primário; 6) evolução sexual manifesta,
que vai do auto-erotismo até a heterossexualidade genital adulta; 7) atitude social
reivindicatória com tendências anti ou associais de diversa intensidade; 8) contradições
sucessivas em todas as manifestações da conduta, dominada pela ação, que constitui a forma
de expressão conceitual mais típica deste período da vida; 9) uma separação progressiva dos
pais; e 10) constantes flutuações de humor e do estado de ânimo” (Aberastury & Knobel,
1989, p. 29).
Educação, conforme a Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 1º “A
educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações a sociedade civil e nas manifestações culturais.”
A educação é algo mais amplo do que um simples conceito, pois tem influência das
diversas culturas da sociedade. Podemos dizer que a educação é vida e um processo contínuo
que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos
conhecimentos, o crescimento pessoal e o melhor relacionamento do indivíduo na família,
escola, comunidade e sociedade.
Escola como instituição educacional (cultural) numa perspectiva histórico-crítico,
cabe promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de
possibilitar ao aluno condições de se emancipar. Desenvolver no aluno a capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, preparandoo para a vida profissional e cidadã.
Segundo Gramsci “cabe a escola transformar as relações sociais e não para reproduzir
a sociedade tal qual está organizada face ao modo de produção vigente. A função é
humanizar, oferecer condições a emancipação, à participação e não a adaptar os indivíduos á
situação de dominação”.
Os povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos
conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do processo
pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao professor, a quem
compete definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados que devem ser
trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas
relações sociais do mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola.
Conhecimento: o homem é o sujeito criador de seu destino e construtor do seu
conhecimento. Possui valores, crenças e costumes diferenciados, concebidos por diferentes
povos através das práticas sociais e conhecimentos acumulados. É necessário construir um
conhecimento que nos permita compreender o mundo e a nossa sociedade de maneira plural,
coletiva e crítica. Portanto, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente. O
conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende o sujeito que ensina
e o objeto do conhecimento.
Ensino-aprendizagem: aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece
porque o ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”
(SAVIANI, 1995, P.17), este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos
elementos culturais necessários a sua formação e a sua humanização.
É democrático, ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por parte de
todos os alunos. Porém, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por parte dos
sujeitos, são diferentes, inclusive em relação à diversidade social, econômica e cultural.
Portanto, o professor deverá modificar as formas de mediação para que ele de fato
aprenda. Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma
relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”.
A aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu
uso é que se chama Alfabetização.
Ler e escrever de forma adequada e eficiente, diferentes gêneros e tipos de textos nas
mais diversas situações, chamamos de Letramento.
Em 1990, na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, a alfabetização passa a
ser “entendida como instrumento eficaz para a aprendizagem, para o acesso e para a
elaboração da informação, para criação de novos conhecimentos e para a participação na
própria cultura e na cultura mundial nascente. Se tomarmos como ponto de partida essa
definição, constatamos que nela essa explícita a ideia de que a aprendizagem da leitura e da
escrita se torna um instrumento que permitirá o indivíduo ter acesso à informação e criar
novos conhecimentos. A escrita, comparável a um instrumento, é vista como capaz de
permitir a entrada do aprendiz no mundo da informação, seja possibilitando o acesso aos
conhecimentos histórica e socialmente produzidos, seja criando condições diferenciadas para
a produção de novos conhecimentos. Soares afirma que, para entrar e viver nesse mundo do
conhecimento, o aprendiz necessita de dois passaportes: o domínio da tecnologia de escrita (o
sistema alfabético e ortográfico), que se obtém por meio do processo de alfabetização, e o
domínio de competências de uso dessa tecnologia (saber ler e escrever em diferentes
situações e contextos), que se obtém por meio do processo de letramento.
A avaliação deve ser diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e formativa. A
avaliação processual tem, antes de tudo, o objetivo de diagnosticar o que se aprendeu ou não,
enfim, proceder a retomada dos conteúdos, a recuperação de estudos e, consequentemente, a
reavaliação. As notas não são o fim último, o fim é a aprendizagem. Os critérios de avaliação
do conteúdo, ou seja, da disciplina são decorrentes da intencionalidade do trabalho de cada
professor em relação aos seus objetivos e aos seus conteúdos.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos, também se avalia a prática dos professores, a
gestão e o currículo escolar bem como o próprio sistema de ensino como um todo, entende-se
também como análise da prática pedagógica de todos os envolvidos no processo educativo,
com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Cidadão significa pertencer a um país, ter seus direitos assegurados e participar das
decisões sobre o que é melhor para a sociedade na qual vive. Todo cidadão tem direitos e
deveres. São regras básicas para que todos convivam bem.
É direito de todo cidadão, por exemplo, ter liberdade de ir a qualquer lugar, adotar a
religião que quiser e ter suas próprias opiniões. Por outro lado, todo cidadão tem também o
dever de respeitar os outros, suas crenças e suas necessidades.
Cidadania, segundo Dalmo Dallari: expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa
a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. “Quem não tem
cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando
numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. Os direitos que temos não nos foram
conferidos, mas conquistados. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e
conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social. É
necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos.
Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é
algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no
convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que
estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania
deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a
ecologia, a ética. A cidadania é tarefa que não termina. Enquanto seres inacabados que somos,
sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos
direitos.
Portanto, através do conhecimento possibilitará a compreensão da realidade e
subsidiar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de
cumprir e fazer cumprir seus direitos.
Cultura é um conjunto de valores dos indivíduos de uma determinada sociedade,
transmissíveis de forma não biológica. É a maneira de viver de um povo.
A cultura engloba tudo o que um povo aprende, produz e adota como hábitos de vida,
sua língua, sua história, suas obras de arte, seus costumes de alimentação e suas tradições
religiosas. Diferentes grupos têm diferentes culturas. Assim é a Nação Brasileira.
Tecnologias de informação e comunicação presentes nesta sociedade vêm assumindo
um duplo papel: funcional – a tecnologia como ferramenta, instrumento, função e normativo
– a tecnologia determinando modelos para as relações sociais.
O papel funcional oscila entre a versão otimista de transformação de sociedade, que
afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de informação, entre outras, e a versão
pessimista de controle social e político, onde o cidadão passa a ser vigiado e perde sua
privacidade. Nas duas versões é possível identificar a mesma ideologia: a técnica determina o
mundo e as relações humanas.
Portanto, é necessário um constante processo de reflexão crítica sobre o papel das
tecnologias nesta sociedade. O acesso ás tecnologias amplia as transformações sociais e
desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.
Frente a este cenário, a educação tem procurado construir novas estratégias
pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando
em práticas que promovam o currículo, nos seus diversos campos dentro do sistema
educacional.
Além de promover uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão
digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente dessas
tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das
práticas educacionais.
Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação
de conteúdos, o uso das mídias Web, televisiva e impressa mobiliza e oportunizam novas
formas de ver, ler e escrever o mundo.
É importante que estejam aliadas a uma reflexão crítica que potencialize o pensamento
sobre as práticas pedagógicas e no aprimoramento da prática docente.
São meios que contribuem para a democratização do conhecimento na escola, como
também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e programas, junto à
comunidade escolar.
Tempo, está relacionado com o passado, presente e futuro. O passado como parte
integrante do presente, um passado eterno que é a condição para passagem, para o movimento
do tempo. Portanto, nos leva a refletir sobre a ação humana, uma vez que o ser é conduzido
por seus pensamentos constituídos pelo passado, presente e projeções do futuro, portanto a
ação humana é movida pela inter-relação desses três tempos, compondo a identidade de cada
sujeito. Dessa forma, perceber o tempo como um elemento constitutivo do ser humano,
definidor de nossa individualidade é fundamental para pensarmos uma educação que respeite
o processo pessoal e a história de vida de cada aluno. Compreender o tempo como diferença,
construção e desenvolvimento do ser é buscar propostas de ensino que proporcionem em sua
organização curricular um espaço de tempo mais flexível procurando desenvolver habilidades
e respeitar os diferentes tempos de aprendizagem, considerando o processo de produção de
conhecimento.
Espaço: a escola é a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente
produzido pelo homem e espaço de socialização e construção de novos conhecimentos, que
possibilita a todos os envolvidos compreender as contradições do real para modificá-lo.
É espaço de construção da democracia social e política e de novas relações internas e
externas.
Mundo, o ser humano é um sujeito fruto de seu tempo histórico, das relações sociais
em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo
como o compreende e como dele lhe é possível participar. Não está “colocado” no mundo,
mas ele é o mundo, faz o mundo e faz cultura.
Gestão Democrática, a LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, garante à gestão
democrática na escola uma grande vitória da educação brasileira, e assim passa a refletir a
participação efetiva da comunidade escolar em prol de um trabalho coletivo e participativo
almejando resultados educativos amplos e significativos. A educação procura fortalecer a
gestão democrática na escola pública através de seu projeto político pedagógico,
oportunizando assim uma real participação coletiva de diretor, professores, alunos, pais e, de
modo geral, de toda a comunidade escolar buscando novas ideias através do diálogo coletivo.
Na gestão democrática busca-se a solução de dificuldades através do enfrentamento
dos problemas abordados, buscando uma solução em conjunto para que o espaço escolar se
torne um ambiente harmonioso, democrático e de transparência.
A gestão democrática procura salientar a importância da busca das soluções em que o
docente procure refletir sobre as queixas, os lamentos de uma forma crítica, procurando a
valorização na construção do conhecimento e da aprendizagem. E para que os objetivos sejam
alcançados, é preciso que o docente deixe que os alunos se tornem mais participativos,
críticos, e que possam expor suas ideias; assim estaremos formando cidadãos autônomos,
participativos e independentes.
A gestão democrática se consolida na participação da comunidade escolar através das
diversas instâncias colegiadas como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil.
Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na escola, é
incentivado e fortalecido nas escolas públicas estaduais. Isto se dá no processo de composição
do Conselho através da eleição direta de todos representantes dos diferentes segmentos,
respeitando o princípio da representatividade e da proporcionalidade.
Com isso o Conselho Escolar passa a ter legitimidade para deliberar, fiscalizar, avaliar
e ser consultado pela comunidade escolar, constituindo como meio permanente da prática
democrática e participativa.
É um órgão gestor que cria mecanismos de participação efetiva e democrática da
comunidade escolar, desde a definição da programação e aplicação de recursos financeiros,
do projeto político pedagógico, da elaboração e alteração do Regimento Escolar, da definição
do Calendário Escolar, observando a legislação vigente.
Conselho de classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, no qual
os vários professores que trabalham com determinadas turmas, em diferentes disciplinas ou
áreas de conhecimento, juntamente com a equipe pedagógica e, por vezes, com o diretor da
escola, se reúnem para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos dessas turmas e
séries.
Tem por objetivo desenvolver uma avaliação coletiva dos resultados do aluno, ele se
transforma, ainda, no espaço fundamental para o reconhecimento do projeto político
pedagógico que promove esses resultados.
Os conselhos de classes possuem algumas características básicas que os fazem
diferentes de outros órgãos colegiados da escola: em primeiro lugar, o aluno e seu processo
educativo é o centro da discussão, em segundo lugar, o trabalho pedagógico desenvolvido
pelo professor é o centro de reflexão e análise em função dos objetivos levantados, das
atividades propostas e dos produtos encontrados.
Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse
dos estudantes, os educandos têm assegurado pela Lei Federal n°. 7.398 de 04/11/1985.
Tem o direito de se organizar livremente através de agremiações estudantis, devendo a
instituição Escolar, garantir o espaço, representar condignamente o corpo discente, tem fins
cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais; defender os interesses individuais e
coletivos do colégio, incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros,
promover a cooperação entre diretor, funcionários, professores e alunos no trabalho Escolar
buscando seus aprimoramentos.
Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras
instituições de caráter educacional assim como as filiações às entidades gerais UMES (União
Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes
Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); lutar pela
democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de
deliberação da Escola.
Representante de turma é um elo entre a turma e a comunidade escolar. É o portavoz da turma, isto é, o elemento que transmite as sugestões, reivindicações e problemas do
grupo. Incentiva a turma a participar de eventos, solenidades, visitas etc.
Além dessas tarefas o representante deve: Incentivar a turma a ser um grupo coeso e
unido. Auxiliar o grupo a determinar seus objetivos e a utilizar os meios adequados para
atingí-los.
Também, ajudar a turma a colaborar com os objetivos básicos e projetos da escola.
Comparecer e participar das reuniões e eventos para os quais for convocado. Exercer uma
liderança positiva. Solicitar a intervenção da Direção, quanto a assuntos específicos da sua
turma.
APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários, nessa mesma linha de ação,
passa a ter uma preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população
para garantir a manutenção da escola, diante da insuficiência de recursos que lhe
endereçavam os poderes públicos.
É outro mecanismo de fortalecimento do processo democrático, considerado como
entidade civil com personalidade jurídica própria, sem caráter lucrativo, formado pelos pais
dos alunos regularmente matriculados na escola, tendo como objetivo o estabelecimento de
vínculo entre escola e família como contribuição necessária para o processo educativo.
A entidade deverá ser regida por estatuto ou regulamento próprio.
Currículo é histórico, resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e
pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares
na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais.
O currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele
inseridos como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem
enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles.
Neste sentido, a escola cabe erigir seu papel fundamental na democratização do
ensino, no acesso ao conhecimento sistematizado, na implementação de políticas públicas
educacionais, nas condições reais da escola pública hoje e suas relações com a sociedade.
Currículo, é a própria expressão das intenções da escola.
É no Plano de Trabalho Docente, que o professor direciona o trabalho com os
conteúdos e estabelece uma relação com a realidade dos alunos e suas necessidades,
contextualizando-as.
Formação Continuada é o momento em que o professor tem a possibilidade de
ampliar seus conhecimentos, refletir sobre sua prática docente e dialogar com os demais
profissionais para estabelecer novas estratégias de trabalho.
O professor deve estar constantemente se aperfeiçoando para exercer a atividade
educativa. Deve ser um pesquisador. Participar de palestras, cursos, seminário, etc. Na hora
atividade, o diálogo e a troca de ideias e experiências são fundamentais para consolidar
saberes da prática educativa.
Desafios Educacionais Contemporâneos (Meio Ambiente, Prevenção e uso indevido
de
drogas e Enfrentamento à violência), Educação do Campo, História e Cultura
Afro-Brasileira e
Africana e Indígena, serão abordados pelos professores de maneira
interdisciplinar e contextualizada de acordo com os conteúdos desenvolvidos no decorrer do
ano letivo, conforme registro no Plano de Trabalho Docente.
Matriz Curricular é um documento técnico-pedagógico, onde está definida a
distribuição da carga horária entre as disciplinas, que tem uma Base Nacional Comum,
completada, por uma Parte Diversificada.
Trabalho coletivo no âmbito escolar consiste na integração das atividades do corpo
docente, direção e equipe pedagógica tendo por objetivo a aprendizagem do educando. As
ações docentes necessitam ter por meta uma educação, que contribua para a formação do
aluno cidadão conscientes de seu papel na sociedade contemporânea.
Todos os esforços no sentido de se produzir um trabalho coletivo teria como
finalidade maior, a construção de uma sociedade igualitária, com menos desigualdades
sociais, que todos possam usufruir do patrimônio cultural acumulado pela humanidade:
conhecimento científico, bens e serviços gerando qualidade de vida.
Acesso, permanência e qualidade do ensino aprendizagem do aluno na escola. A
Constituição Federal, em seu artigo 206, inciso I, prevê, dentre outros princípios, a igualdade
de condições para acesso e permanência na escola.
Escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas preocupados com as
situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola.
Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou
indiretamente à educação escolar preocupar-se com o enfrentamento, da evasão escolar.
Trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola deve
levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais elaborado sobre
a realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento.
Equipe Multidisciplinar é composta pela direção, equipe pedagógica, professores e
funcionários, para orientar e auxiliar o desenvolvimento de ações relativas à educação das
Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira Africana e
Indígena, ao longo do período letivo.
O trabalho das Equipes Multidisciplinares nas Escolas da Rede Estadual de Educação
é de fundamental importância para o processo de superação das práticas discriminatórias.
Programa Atividade Complementar Curricular em Contra turno, será
desenvolvida o Esporte/Futsal, que possibilita aos alunos e comunidade, uma atividade
teórico-prática em suas várias manifestações e abordagens, aprimoramento da saúde e para
integração dos sujeitos em suas relações sociais.
Possibilitar o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às
práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena têm como perspectiva
proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática,
multicultural e pluriétnica. Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08.
O Conselho Estadual de Educação do Paraná, delibera no Art. 1º, § 1º, que a
Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de
conhecimentos, assim como atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma
vida de fraternidade partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas por séculos de
preconceitos, estereótipos e discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de
um grupo racial sobre o outro, de um povo sobre o outro.
E no § 2º, o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como
a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação
brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas.
Promover estudos sobre a História do Paraná, Lei Estadual nº 13.381/01 Deliberação
nº 07/06, Aprovado em 10/11/06, objetivando formar cidadãos conscientes da identidade, do
potencial e das possibilidades de valorização de nosso Estado.
Com estudos sobre os Elementos formadores da cidadania Paranaense, sobre as
comunidades, municípios e regiões do Estado.
Programa Fica Comigo, tem como principal meta o combate à evasão escolar,
entendendo que o acesso à escola e à educação é um direito subjetivo e inalienável através do
qual, segundo a LDB e a própria ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
As DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) e as DCE (Diretrizes Curriculares
(Estaduais) apontam para a preparação para a vida, visando o resgate da cidadania, assim o
conhecimento científico passa a ser socializado de forma sistematizada na Instituição Escolar.
A construção das Diretrizes Curriculares Estaduais foi embasada no processo coletivo,
com a participação dos professores da rede pública estadual, que puderam opinar e expressar
suas ideias, colaborando de forma efetiva para que a educação no Paraná alcance níveis cada
vez melhores
ARTE
1. APRESENTAÇÃO
O uso pedagógico da arte, através da história, foi constatado durante o período
colonial, nas vilas de reduções jesuíticas, a congregação católica denominada Companhia de
Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de
tradição religiosa.
Nas reduções jesuíticas, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os
ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura,
escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas
valorizavam-se também, as manifestações locais.
Este contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira com
manifesto na cultura popular paranaense, como na música caipira em sua forma de cantar e
tocar viola; no folclore, com as Cavaladas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e
segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras que permaneceram com algumas
variações.
Por volta do século XVIII, buscou a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval
em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os
fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência .
Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do
território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da
Colônia, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de
Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários.
Apesar da formalização dessa Reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças.
continuou com o ensino organizado sobre a tradição pedagógica, cultural jesuítica com uma
educação estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim e música.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal, chega ao Brasil um grupo de artistas
franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam
aprender as artes e ofícios artísticos.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa que vinculava-se ao estilo
neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica que entrou em conflito com a arte
colonial de características brasileiras. A arte com moldes europeus, estabelecida pela Missão
Artística Francesa, é contestada na Semana de Arte Moderna de 1922, um marco importante
para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas, que influenciou artistas brasileiros, que
valorizavam a cultura nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava
métodos de ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.
O movimento Modernista, também denominado de Antropofágico, valorizava a
cultura do povo, pois entendia que, em toda a História dos povos que habitaram o território
onde hoje é o Brasil, sempre ocorreram manifestações artísticas. Considerava, também, que
desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a
arte africana, cada uma com suas especialidades, constituíram a matriz da cultura popular
brasileira.
Nesse contexto, o ensino de Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e
criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente
incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola
Nova , fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, o que rompia com a
transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.
O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas com a nomeação do compositor
Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação Musical e Artística, no Governo de
Getúlio Vargas. Pensamento social, com o objetivo de criar uma identidade nacional. A
música foi muito difundida nas escolas e conservatórias e os professores trabalhavam com o
canto orfeônico, ensino dos hinos, canto coral, com apresentações para grandes públicos.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram:
nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a bossa
nova e os festivais; no teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal, e no
cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter
ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer
com o endurecimento do regime militar.
Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos.
Vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao regime foram perseguidos e
exilados. Nesse contexto, em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, em cujo artigo
7º determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a
partir da 5ª série) e do Ensino Médio.
Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural, o ensino de Arte
tornou-se obrigatório. Sob uma concepção centrada nas habilidades e técnicas, minimizou o
conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia então ao professor trabalhar
com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.
O ensino da Educação artística passou a pertencer à área da Comunicação e
Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram a
censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e
técnicas, na música, enfatizou-se execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização e para a nova Constituinte de 1988.
Com a elaboração do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no Ensino de
1º grau e o Documento de Restruturação do Ensino de 2º grau. Tais propostas curriculares
tiveram na pedagogia histórico-crítica o seu principio norteador e intencionavam fazer da
escola um instrumento que contribuísse para a transformação social. Do ensino de Arte
retomava, assim, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização
dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi
interrompido em 1995 e o Currículo Básico foi, aos poucos, abandonado nas escolas pela
imposição dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
A nova LDB 9394/96 mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas
escolas de Educação Básica. Nesse período, também houve mudanças nos cursos de
graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em uma habilitação
específica.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da
Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino
Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de
diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que
pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes
curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artísticas, filosófica e científica e
articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei No 11.769 em 18 de agosto, que estabelece
a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a necessidade do
ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.
Reconhece-se que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar
uma transformação no ensino de Arte. Entretanto, essa disciplina ainda exige reflexões que
contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para destacar
dons inatos, pois muitas vezes é vista equivocadamente, como prática de entretenimento e
terapia.
O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se
preocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações
socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. A arte
estabelece referências sobre sua função social, tais como: servir à ética, à política, à religião, à
ideologia; ser utilitária ou mágica transformar-se em mercadoria ou simplesmente
proporcionar prazer.
No ensino de Arte pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a
diversidade de pensamento e expandir sua capacidade de criação artística, desenvolver
pensamento crítico, permitir uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e
possibilitar a construção de uma sociedade sem desigualdades e injustiças.
Dessa forma, o objeto de estudo da disciplina de Arte é Conhecimento Estético e
Artístico.
2. CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes são:
− Elementos Formais;
− Composição;
− Movimentos e Períodos.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE
MÚSICA
−
Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
−
Composição: Ritmo, Melodia, Escalas: diatônica, pentatônica, cromática, improvisação.
−
Movimentos e Períodos: Greco-Romana, oriental, ocidental, africana.
ARTES VISUAIS
−
Elementos Formais: Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz.
−
Composição: Bidimensional, figurativa, geométrica, simetria, técnicas: pintura, escultura,
arquitetura, gêneros: cenas da mitologia...
−
Movimentos e Períodos: Arte Greco-Romana, Arte Africana, Arte Oriental, Arte PréHistórica.
TEATRO
−
Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação
e Espaço.
−
Composição: Enredo, roteiro; espaço cênico, adereços, Técnicas: Jogos teatrais, teatro
indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...; Gêneros: Tragédia, Comédia,
circo.
−
Movimentos
e
Períodos:
Greco-Romana,
Teatro
Oriental,
Teatro
Medieval,
Renascimento.
DANÇA
−
Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço.
−
Composição: Kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo (livre e
interrompido), rápido e lento, formação, níveis (alto, médio e baixo), deslocamentos
(direto e indireto), dimensões (pequeno e grande), técnica: improvisação, gênero: circular.
−
Movimentos e Períodos: Pré-história, Greco-Romana, Renascimento, Dança Clássica.
6ª SÉRIE
MÚSICA
−
Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
−
Composição: Ritmo, Melodia, Escalas, gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico,
técnicas: vocal, instrumental e mista, improvisação.
−
Movimentos e Períodos: Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ARTES VISUAIS
−
Elementos formais: Ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz.
−
Composição: Proporção, tridimensional, figura e fundo, abstrata, perpectiva, técnicas:
pintura,
escultura, modelagem, gravura, gêneros: paisagem, retrato, natureza morta...
−
Movimentos e Períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense,
Renascimento, Barroco.
TEATRO
−
Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação
e Espaço.
−
Composição: Representação, leitura dramática, cenografia, Técnicas: Jogos teatrais,
mímica, improvisação, formas animadas, Gêneros: rua e arena, caracterização.
−
Movimentos e Períodos: Comédia dell arte, Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense,
Teatro Africano.
DANÇA
−
Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço.
−
Composição: Ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso (leve e pesado)
fluxo (livre, interrompido e conduzido), lento, rápido e moderado, níveis (alto, médio e
baixo), formação, direção, gênero: folclórica, popular e étnica..
−
Movimentos e Períodos: Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena.
7ª SÉRIE
MÚSICA
−
Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
−
Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, Tonal, modal e a fusão de ambos, técnicas:
vocal, instrumental e mista.
−
Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, eletrônica, mini,alista, rap, rock, tecno.
ARTES VISUAIS
−
Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz.
−
Composição: Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação, técnicas:
desenho, fotografia, audio-visual e mista...
−
Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Arte no Séc. XX, Arte Contemporânea.
TEATRO
−
Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação
e Espaço.
−
Composição: Representação no Cinema e Mídias,Texto dramático, maquiagem,
sonoplastia, roteiro,Técnicas: Jogos teatrais, sombras, adaptação cênica...
−
Movimentos e Períodos: Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo, Cinema Novo.
DANÇA
−
Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço.
−
Composição: Giro, rolamentos, saltos, aceleração e desaceleração, direções (frente, atrás,
direita e esquerda), improvisação, coreografia, sonosplastia, gênero: indústria cultural e
espetáculo.
−
Movimentos e Períodos: Hip Hop, musicais, expressionismo, indústria cultural, dança
moderna.
8ª SÉRIE
MÚSICA
−
Elementos formais: Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
−
Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, técnicas: vocal, instrumental e mista, gêneros:
popular, folclórico e étnico.
−
Movimentos e Períodos: Música engajada, música popular Brasileira, música
contemporânea.
ARTES VISUAIS
−
Elementos formais: Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz.
−
Composição: Bidimensional, tridimensional, figura-fundo, ritmo visual, técnica: pintura,
grafitte, performance, gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano...
−
Movimentos e Períodos: Realismo, vanguardas, muralismo e arte Latino-Americana, Hip
Hop
TEATRO
−
Elementos Formais: Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação
e Espaço.
−
Composição: Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum,
dramaturgia, cenografia, sonosplastia, iluminação, figurino.
−
Movimentos e Períodos: Teatro Engajado, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro do
Absurdo, Vanguardas.
DANÇA
−
Elementos Formais: Movimento Corporal, Tempo e espaço.
−
Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos,
extensão (perto e longe), coreografia, deslocamento, gênero: performance e moderna.
−
Movimentos e Períodos: Vanguardas, Dança Moderna, Dança Contemporânea.
2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:
MÚSICA:
−
Elementos Formais:Altura; Duração; Timbre; Intensidade; Densidade.
−
Composição:Ritmo; Melodia; Harmonia; Escalas; Modal, Tonal e Fusão de ambos;
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop...; Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica, informática e mista improvisação.
−
Movimentos e Períodos:Música Popular Brasileira; Paranaense; Popular; Indústria
Cultural; Engajada; Vanguarda; Ocidental; Oriental; Africana; Latino-Americana.
ARTES VISUAIS
−
Elementos Formais:Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor e Luz.
−
Composição:Bidimensional; Tridimensional; Figura e fundo; Figurativo; Abstrato;
Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Simetria; Deformação; Estilização;
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e
escrituras, arquitetura, história em quadrinhos...; Gêneros: Paisagem, natureza-morta,
cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...
−
Movimentos e Períodos:Arte Ocidental; Arte Oriental; Arte Africana; Arte Brasileira;
Arte Paranaense; Arte Popular; Arte de Vanguarda; Indústria Cultural; Arte
Contemporânea; Arte Latino-Americana.
TEATRO
−
Elementos Formais:Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação e
Espaço.
−
Composição:Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatrofórum; Roteiro; Encenação e leitura dramática; Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e
Épico; Dramaturgia; Representação nas mímicas; Caracterização; Cenografia, sonoplastia,
figurino e iluminação; Direção e Produção.
−
Movimentos e Períodos:Teatro Greco-Romano; Teatro Medieval; Teatro Brasileiro;
Teatro Paranaense; Teatro Popular; Indústria Cultural; Teatro Engajado; Teatro Dialético;
Teatro Essencial; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro de Vanguarda; Teatro
Renascentista; Teatro Latino-Americano; Teatro Realista e Teatro Simbolista.
DANÇA
−
Elementos Formais:Movimento Corporal; Tempo e Espaço.
−
Composição:Kinesfera; Fluxo; Peso; Eixo; Salto e queda; Giro; Rolamento; Movimentos
articulares, lento, rápido e moderado; Aceleração e desaceleração; Níveis; Deslocamento;
Direções; Planos; Improvisação; Coreografia; Gêneros: Espetáculo, indústria cultural,
étnica, folclórica, populares e salão.
−
Movimentos e Períodos:Pré-história; Greco-Romana; Medieval; Renascimento; dança
Clássica; Dança Popular; Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Hip Hop; Indústria
Cultural; Dança Moderna; Vanguardas; Dança Contemporânea.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos,
Educacionais Contemporâneos e Educação do Campo - realidade da escola.
os Desafios
3. METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico de Artes será orgânico, onde o conhecimento, as
práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica .
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem, por que e o que será trabalhado, desta
forma devem-se contemplar três momentos da organização pedagógica:
−
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem
como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
−
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;
−
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma
obra de arte.
O trabalho poderá iniciar por qualquer um dos momentos, ou os três simultaneamente
e ao final das atividades o aluno terá que ter vivenciado cada um deles.
Teorizar: privilegia a cognição em que a racionalidade opera para aprender o
conhecimento historicamente produzido sobre arte, alcançado pelo trabalho com os conteúdos
estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes
Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da
metodologia são trabalhados.
É imprescindível considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos e que
trabalhar nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade, discutindo como as
manifestações artísticas podem produzir significados de vida aos alunos, tanto na criação
como na fruição de uma obra, reconhecendo a possibilidade do caráter provisório do
conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através
do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.
O conteúdo deverá ser contextualizado pelo aluno, para que compreenda a obra
artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho
de sujeitos, histórica e socialmente datados.
Sentir e perceber no processo pedagógico, os alunos deverão ter acesso às obras de
Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de
produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e
da cultura em uma dimensão estética.
A percepção e apropriação das obras artísticas se darão inicialmente pelos
sentidos. De fato, a fruição e a percepção, serão superficiais ou mais aprofundadas
conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.
O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação
dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender
aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e
social.
Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de composição,
o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento
histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é
também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.
A humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela apropriação do conhecimento
sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo trabalho artístico.
Trabalho Artístico, a prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada,
é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para
desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida
somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus
sentidos.
Teorizar, sentir e perceber e trabalho artístico – são importantes porque sendo
interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos
específicos.
O encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto, interessa
que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico.
Nas artes visuais a prática pedagógica abordará além da produção pictórica de
conhecimento universal e artistas consagrados, as formas e imagens de diferentes aspectos
presentes nas sociedades contemporâneas.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do meio, podendo
considerar artistas, produções artísticas e bens culturais da região, também é importante o
trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano das crianças, adolescentes e jovens,
alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o
mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de
conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra componha a prática
pedagógica, considerando a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos
percebidos por ele na obra de arte.
Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a
discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a
realidade humano-social, e as possibilidades de transformação desta realidade.
O professor poderá pedir que cada aluno desenhe diversas linhas, de formas
diferentes, para juntos observarem e discutirem a expressividade, o peso, o movimento que
cada uma pode ocupar nesse espaço (teorização). O aluno poderá desenvolver e criar efeitos
de movimento e de organização do espaço, tendo como referencial o estudo de linhas já
realizado (trabalho artístico). Mostrar obras (sentir e perceber) de artistas que deram ênfase ao
uso de linhas e, também, expor as composições dos alunos para apreciação e apropriação dos
trabalhos pelos próprios colegas.
Para o ensino da Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas
a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,
capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais,
possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte.
O elemento central da Dança é o movimento corporal, baseando-se em atividades de
experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de
criação (trabalho artístico) tornando o conhecimento significativo para o aluno, entender a
dança como expressão, compreender as realidades próximas e distantes, perceber o
movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e históricos (teorizar).
Alguns encaminhamentos podem ser realizados tais como:
− criação de formas de registro gráfico da formação inicial e dos passos sequenciais;
− uso de diferentes adereços;
− proposta de criações, improvisações e execuções coreográficas individuais e coletivas;
− identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi concebida.
Por fim o professor precisa selecionar os conteúdos de danças, considerando o
contexto social e cultural, o repertório de danças dos alunos, seus conhecimentos e suas
escolhas de ritmos e estilos.
Na música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de
modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como
esses sons são distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai
propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.
A música é formada, basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo. O som é
constituído por vários elementos que apresentam diferentes características e podem ser
analisados em uma composição musical ou em sons isolados. Os elementos formais do som
são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.
A música é uma forma de representar e relacionar-se com o mundo, de fazer
compreender a imensa diversidade musical existente, de forma direta e indireta interfere na
vida da humanidade.
No encaminhamento metodológico será trabalhado a apreciação e análise de
videoclipe na TV Multimídia (música, imagem, representação, dança...), seleção de músicas
de vários gênero; construção de instrumentos musicais, com vários tipos de materiais, para
produções musicais com diversos arranjos instrumentais e vocais; registro de todo o material
sonoro produzido pelos alunos.
No teatro a metodologia de ensino deverá ser trabalhado o conceito de teatro como
uma forma artística que aprofundará e transformará sua visão de mundo, sob a perspectiva de
que o ato de dramatizar é uma construção social do homem em seu processo de
desenvolvimento.
O teatro oportunizará aos alunos a análise, a investigação e a composição de
personagens, de enredo e de espaços de cena, permitindo a interação crítica dos
conhecimentos trabalhados com outras realidades socioculturais, podendo ser iniciado pelo
enredo, por meio de metáforas, as relações humanas, dramatizadas por atores ou bonecos em
falas e gestos ou mímicas.
O encaminhamento metodológico poderá partir de uma obra literária (contos, lendas,
cantigas populares), uma letra de música ou recorte de jornal, uma fotografia ou pintura, os
quais contém temas sobre situações relevantes do ser humano consigo e com o outro, devendo
ser considerado a faixa etária e a realidade dos alunos, para que possam questionar e
reelaborar essas temáticas em peças cênicas.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de arte será diagnóstica por ser a referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos e processual por pertencer a todos os momentos da
prática pedagógica, deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino
(desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.
Será contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais. A avaliação almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve
levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas
atividades realizadas.
A avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas,
pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno, permitindo que se
saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática
pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização somente
do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem
os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o
trabalho pedagógico.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o
aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute
dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em
conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.
O método de avaliação inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com
os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O
professor deverá avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se
relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno
também deverá elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser
socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua
produção e a dos colegas.
Deverá ser feito um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e
de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou
representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais
áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. O diagnóstico é a
base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os conteúdos a serem
trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os
alunos trazem consigo.
Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e,
ao mesmo tempo, constitúi-se como referência para o professor propor abordagens
diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários
instrumentos de verificação tais como:
− trabalhos artísticos individuais e em grupo;
− pesquisas bibliográfica e de campo;
−
debates em forma de seminários e simpósios;
−
provas teóricas e práticas;
−
registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às
seguintes expectativas de aprendizagem:
−
A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a
sociedade contemporânea;
−
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e
social;
− A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e
mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
5. REFERÊNCIAS
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação, Minimanual de Pesquisa Arte, Editora
Claranto, 1ª Edição, 2003.
CIT, Simone, Histórias da Música Popular Brasileira para crianças, Lei Incentivo a
Cultura, Ministério da Cultura, Patrocínio: Natura
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
ARTE. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte, Editora Ática. 1ª edição, 2006.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano, Editora Ática, 1ª Edição, 2005.
BIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO
O objeto de estudo da disciplina de Biologia é o fenômeno Vida.
No esforço constante em entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais,
modelos teóricos foram elaborados pelo homem sendo conhecidos e apresentados pela
disciplina de Biologia no Ensino Médio.
Foi buscando na História da Ciência e nos contextos históricos onde ocorreram
influencias econômicas, políticas e sociais que tenta-se compreender os pensamentos
colaboradores na construção das diferentes concepções para o ensino.
Já na antiguidade Aristóteles deixou contribuições relevantes à Biologia referente à
classificação dos seres vivos.
Na Idade Média, o conhecimento do Universo foi atribuído a Deus e oficializado pela
Igreja Católica que transforma em dogmas, institucionalizando o dogmatismo teocêntrico.
Carl Von Linné (1707 – 1778) em seu Systema Naturae mantendo a visão de mundo
estático idêntico em sua essência à criação perfeita do seu criador (FUTUYMA, 1993, p. 02).
Com Darwin, a concepção teológica criacionista, que falava das espécies como
imutáveis desde a sua criação, dá lugar à reorganização temporal do homem.
Pautada nestas e, em muitas outras concepções, é que o processo de ensino e
aprendizagem de Biologia deve, portanto, valorizar a dúvida, contradição, diversidade e
divergência, o questionamento de certezas e incertezas tendo uma visão além da escolar ou de
sala de aula, em que a vida possa ser compreendida como de fato é, em sua totalidade
abrangente.
Levar os educandos a dar devida importância ao estudo da Biologia, uma vez que, está
relacionada com as origens de tudo o que existe no Universo, bem como, os caminhos
percorridos pelos seres vivos até os dias atuais, despertando sua curiosidade para encontrar
respostas para muitas questões que lhe proporcionarão um melhor entendimento sobre a sua
própria existência.
Uma profunda reflexão deve proporcionar consciência da necessidade de respeitar a
natureza com todas as suas formas de vida como principio indispensável à sua sobrevivência,
entendendo que os benefícios historicamente conquistados pela a humanidade não devem
ficar restritos a beneficiar apenas uma pequena parcela da população mas é justo e direito que
contemple a todos.
A importância de se estudar Biologia está no fato de que se trata de um tema
relacionado com as origens de tudo o que existe no universo e os caminhos percorridos pelos
seres vivos, nos dias atuais, desperta a curiosidade do homem, encontra respostas para muitas
questões e proporciona um melhor entendimento sobre a própria existência.
É importante, pois leva o ser humano a refletir sobre a necessidade de garantir sua
sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os conhecimentos historicamente
conquistados pela humanidade deve beneficiar a todos e não apenas a uma pequena minoria.
Os conteúdos estruturantes para o ensino da disciplina de Biologia evidenciam de
que modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma
concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais, bem
como, relacioná-los à sua historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção
do pensamento cientifico e o caráter transitório do conhecimento elaborado. Para tanto
precisa-se abordar cada conteúdo dando ênfase aos aspectos essenciais do objeto de estudo da
disciplina relacionando-os aos diversos conceitos da ciência, sendo estas relações
desenvolvidas através de um aprofundamento conceitual e reflexivo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Teorias evolutivas;
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;
Organismos geneticamente modificados.
Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e a
Diversidades, serão trabalhados integrados ao conteúdo, como a Lei referente a história e
cultura afro-brasileira e africana (10.639/03), a história e cultura dos povos indígenas
(11.645/08) e a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (9.795/99). Os
experimentos serão amparados
pela Lei 14.037/03: Código Estadual de Proteção aos
Animais, Lei de Biossegurança, Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional do Meio
Ambiente) e Política Nacional da Biodiversidade.
3. METODOLOGIA
A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de
conteúdos que ampliem seu entendimento, acerca do objeto de estudo no fenômeno VIDA,
em sua complexidade de relações, no estudo da biodiversidade em processos biológicos de
variabilidade genética, hereditariedade de relações ecológicas, buscando no meio em que
vive,
utilizando-se
de
experimentos
do
trabalho
desenvolvido
no
campo
com
hortifrutigranjeiros e na lida com os animais, o professor utilizará dos seguintes instrumentos:
pesquisas de campo, relatórios e visitação nas propriedades, palestras e debates.
Compete ao professor direcionar o processo pedagógico, interferindo e criando
condições necessárias para que o aluno se aproprie do conhecimento como especifidade de
seu papel social na relação pedagógica confrontando assim, os saberes do aluno, que é a lida
com o trabalho no campo, com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da
concepção de ciência como atividade humana.
Assim, as atividades práticas acontecerão em diversos ambientes como no laboratório
de informática e na biblioteca com a realização de pesquisas e leituras; as atividades que
necessitam do laboratório de química, física e biologia, são improvisadas, já que não temos
ainda o laboratório, assim vinculamos a teoria a prática.
Também será utilizado outras atividades que estimulem os educandos ao trabalho
coletivo como música, história em quadrinho, painéis, murais, exposições e feiras, sendo que
para o desenvolvimento dessas atividades serão utilizados os mais variados recursos
pedagógicos como a TV multimídia, slides, fitas vhs, dvd's, cd-rom's educativos, etc.
Vale destacar a importância de se valorizar os registros feitos pelos educandos no
decorrer de atividades realizadas nas aulas, pois através das mesmas, o professor analisa a
própria prática e faz as intervenções pedagógicas necessárias e, ainda, pode divulgar tais
produções como forma de socialização dos saberes e interação entre os estudantes.
Os conteúdos relacionados
aos Desafios Educacionais
Contemporâneos, a
Diversidade, a Cultura Afro-Brasileira e Indígena serão trabalhados integrados, contínuos no
desenvolvimento dos conteúdos.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo ensino-aprendizagem, por meio de uma
interação diária entre professor e aluno de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos
estabelecidos pelo professor para a verificação do rendimento escolar.
A avaliação será contínua, diagnóstica, transparente, formativa e cumulativa,
permitindo assim, um retrato do aluno e da classe.
Serão adotados como instrumentos avaliativos, a capacidade de argumentação e
produção escrita, provas escritas que contemplem a pesquisa e o entendimento dos fenômenos
naturais e sua influência sobre o meio e os seres vivos que visa o estudo da Biologia.
Será emancipadora, uma vez que, avaliar implica num processo que tem como uma
das finalidades obter informações para melhor nortear a prática pedagógica, intervindo e
reformulando.
Enfim, uma avaliação utilizada como instrumento analítico que prevê um conjunto de
ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do período letivo, tornando professores e
alunos observadores dos avanços e das dificuldades para superarem os obstáculos existentes.
A recuperação será paralela ao processo de aprendizagem com o objetivo de sanar ou
minimizar as dificuldades encontradas pelos alunos.
5. REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano – Biologia / José Mariano Amabis Rodrigues Martho – 2.ed. – São
Paulo: Moderna 2004.
Biologia / vários autores – Curitiba – SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
BIOLOGIA. Curitiba: SEED/DEB,2008.
LOPES, Sônia – Biologia – volume único – Sônia Lopes, Sergio Rosso – 1. ed. – São Paulo:
Saraiva, 2005.
AMBIENTE. Ministério do Meio. Disponível em: www.mma.gov.br Acesso em 15 de fev. De
2011.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
SILVA JÚNIOR, César da. Biologia – César e Cézar. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Sociedade Brasileira de Bioética – www.sbbioetica.org.br
Livro Didático Público da Disciplina de Biologia.
CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o Conhecimento Científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao
ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes
das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
compo, energia e vida. A natureza legitima, o objeto das ciências naturais e da disciplina de
Ciências.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Com a
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,
conhecimento e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. A cultura, o
trabalho e o sistema educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento,
estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar
dos seus recursos. A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influência e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais,
éticas e políticas (KNELLER,1980; ANDERY et al.;1998). Conceituar Ciência é considerá-la
um conjunto de descrições, interpretações, teorias ,leis, modelos etc, visando ao
conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua amplicação e renovação, que resulta
da aplicação deliberada de uma metodologia especial (científica), segundo Freire-Maia, 2000.
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir
da aplicabilidade de métodos científicos. De acordo com Kneller (1980 ) e Fourez(1995),
modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito dos
fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamenais que compõem a
Natureza, que são utilizados muitas vezes como paradigmas, leis e teorias. Conceituar ciência
exige cuidade epistemológico, pois conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário
investigar a história da construção do conhecimento científico.
Segundo Gaston Bachelard, existem três períodos do desenvolvimento do
conhecimento científico: Estado pré-científico – um período marcado pela
construção
racional e empírica do conhecimento científico. Buscou superar as explicações míticas, com
base nas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza e os intensos
registros dos conhecimentos científicos desde a antiguidade até o final do século XVIII.
Estado Científico – Foi marcado em que um único método científico é constituído para a
compreensão da Natureza. Não significa que não utilizavam de métodos para investigar a
Natureza, mas reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isoladas. O método científico,
como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos expereimentaid,
levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias, produzindo um
conhecimento científico a respeito da realidade, rompendo com a forma de construção e
divulgação do conhecimento deste período. Estado do novo espirito científico – Início de um
período em que valores absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço, do tempo e da
massa, perderam o caráter de verdade absoluta, revolucionando as ciências físicas e as
demais ciências da natureza.
Segundo Marandino, o ensino de Ciências no Brasil, foi influenciado pelas relações de
poder que estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos da novas relações de trabalho que originaram nas sociedades
contemporâneas, centradas na informação e no consumo”.
Na Primeira República, as poucas escolas que existiam nas cidades, eram frequentadas
pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros para ensinar o conhecimento
científico de caráter formativo e os filhos de trabalhadores, de agricultores o ensino era
transmitido por professores não especializados e o conhecimento científico de caráter
informativo, portanto o ensino era diferenciado.
A disciplina de Ciências se consolidou no currículo da escolas brasileiras com a
Reforma Francisco Campos (1931),
os conhecimentos científicos foram integrados na
disciplina de Ciências Físicas e Naturais e nas disciplinas de Física, Química e História
Natural, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes
ciências naturais, dando ênfase na metodologia de aulas expositiva, não dialogada, exigindo
memorização e priviligiando a quantidade de informações científicas, de acordo com as
necessidades do progresso nacional daquele contexto histórico.
Na década de 1940 – Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação de uma
elite condutora – dirigente e dirigidos. De caráter propedêutico da disciplina, objetivando o
ingresso de alunos da classe média.
Em meados de 1950, o contexto mundial acompanhava uma tendência em que ciência
e tecnologia forma reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento econômico,
cultural e social, segundo Krasilchik, 2000.
Na LDB nº 4024/61, marcou o fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências
no currículo escolar, ampliando para todas as séries – ginasial, preparando o individuo para o
domínio dos recursos científicos e tecnológicos por meio do exercício do método científico.
Também possibiliou o uso do livro didático, produção de equipamentos de laboratório, com o
objetivo de preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, para tomar decisões com
base em informações e dados.
Com o golpe de 1964, impôs mudanças no sentido de direcionar o ensino como um
todo, formando o trabalhador ou mão-de-obra técnico-científica visando ás necessidades do
mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do país, controlado pelo
regime militar.
Final da década de 1980, no Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o
Currículo Básico para o ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia
histórico-crítica, analisando as relações entre escola, trabalho e cidadania.
No início de 1990, ainda sob a LDB nº 5692/71, houve avanços para o ensino de
Ciências, reorganizou o ensino em três eixos norteadores: Noções de Astronomia,
Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde - melhoria da qualidade de vida.
Com a LDB Nº 9394/96, estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional,
produzindo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, contribuindo para descaracterização
da disciplina de Ciências e o ensino dos conteúdos sofreu interferências dos projetos
curriculares e extracurriculares, divididos em três dimensões: conceitual, procedimental e
atitudinal e o trabalho com temas transversais, esvaziando o conteúdo científico.
Em 2003, iniciou no Paraná a produção das novas Diretrizes Curriculares,
estabelecendo novos rumos e uma nova identidade para o ensino de Ciências. O professor
deve considerar o aprendizado anterior a escola, que não é sistematizado e mediar o
aprendizado escolar que objetiva a aprendizagem do conhecimento científico produzindo algo
novo no desevolvimento do aluno. Portanto, propicia ao aluno realizar sozinho, amanhã,
aquilo que hoje realiza com a mediação do professor. O conhecimento científico e o
conhecimento cotidiano são históricos e sofrem interações mútuas.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Astronomia:a astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é
uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Esse conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do
universo.
Matéria: nesse conteúdo estruturante propõe-se a abordagem de conteúdos específicos
que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como
objetos materiais quaisquer que se apresentem à nossa percepção (RUSS,1994). Sob o ponto
de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como
também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,
sentimos ou tocamos.
Sistemas biológicos: esse conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo e
suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas
respectivas funções .
Energia: esse conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de
energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a antiguidade.Nesse
conteúdo deve-se provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o
conceito energia no que se refere ás suas várias manifestações.
Biodiversidade: esse conteúdo estruturante visa,por meio dos conteúdos específicos de
ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados.
Espera-se que o aluno entenda o sistema
complexo de conhecimentos científicos que
interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e
extintas.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE
Astronomia
− Universo;
− Sistema solar;
− Movimentos terrestres;
− Movimentos celestes;
− Astros.
Matéria
− Constituição da matéria.
Sistemas Biológicos
− Níveis de organização Celular.
Energia
− Formas de energia;
− Conversão de energia;
− Transmissão de energia.
Biodiversidade
− Organização dos seres vivos;
− Ecossistema;
− Evolução dos seres vivos.
6ª SÉRIE
Astronomia
− Astros;
− Movimentos terrestres;
− movimentos celestes.
Matéria
− Constituição da matéria.
Sistemas biológicos
− Célula;
− Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia
− Formas de energia
− Transmissão de energia
Biodiversidade
−
Origem da vida
−
Organização dos seres vivos
−
Sistemática
7ª SÉRIE
Astronomia
−
Origem e evolução do Universo
Matéria
−
Constituição da matéria
Sistemas Biológicos
− Célula
− Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia
− Formas de energia
Biodiversidade
−
Evolução dos seres vivos
8ª SÉRIE
Astronomia
−
Astros
−
gravitação universal
Matéria
−
Propriedades da matéria
Sistemas Biológicos
−
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
−
Mecanismos de herança genética
Energia
− Formas de energia
− Conservação de energia
Biodiversidade
− Interações ecológicas
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da
escola. Os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e
Educação do Campo.
3. METODOLOGIA
A história da Ciência, a divulgação científica e atividade experimental são três
aspectos importantes que se relacionam e complementam-se na prática pedagógica.
A
História da Ciência contribui pra a melhoria do ensino, propiciando melhor integração dos
conceitos científicos escolares sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo
e como fonte de estudo que permite ao professor entender melhor os conceitos científicos
para enriquecer suas estratégias de ensino, segundo Bastos, 1998. O professor poderá optar
pelo uso de documentos, textos, imagens e registros de história da ciência como recurso
pedagógico, contribuindo para sua formação científica e melhorias na abordagem do conteúdo
específico, pois sem a história, perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos observados,
propostos e discutidos em certas épocas, segundo Martins. 1990. A divulgação científica,
serve de alternativa para suprir a defasagem entre o conhecimento científico e o científico
escolar. O professor ao optar pelo uso didático dos materiais de divulgação científica como
revistas, jornais, documentários, visitas a Museus e Centros de Ciências e outros, precisa
considerar que esse material não foi produzido especialmente para ser trabalhado em sala de
aula, por isso requer adequação didática. Também atentar a qualidade, selecionando os que
tem linguagem adequada articulada a um rigor teórico conceitual, evitando a banalização o
conhecimento científico. Atentar também para que o documentário ou conteúdo de filme,
esteja relacionado com o conteúdo específico abordado e os processos cognitivos a serem
desenvolvidos pelos alunos, por meio de análise, reflexão, problematizações, etc. Na
utilização de um texto de divulgação científica, o professor poderá identificar os
conceitos/informações mais significativas, fazer recortes e inserções, além de estabelecer
relações conceituais, interdisciplinares e contextuais. As atividades experimentais, podem
contribuir para a superação de obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos, não
somente por propiciar interpretações, discussões e confrontos de idéias entre os alunos e
também pela natureza investigativa. Entende-se por atividade experimental toda atividade
prática cujo objetivo inicial é a observação seguida da demonstração ou da manipulação,
utilizando-se de recursos como vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de
materiais alternativos e também possibilitam ao professor gerar dúvidas, problematizar o
conteúdo que pretende ensinar e que contribuem para que o aluno construa suas hipóteses.
Neste estabelecimento de ensino, o professor trabalha primeiramente, com os conceitos
científicos em sala de aula, para então, juntos professora e alunos realizarem a pesquisa de
campo coletando insetos, folhas, raízes, caules de plantas e espécies de fungos
como
cogumelos, bolores, líquens e etc. O professor deve dominar os conceitos apresentados além
de saber manipular equipamentos e reagentes. Deve valorizar os conceitos “errados” e
experimentos que “não funcionaram”, pois tais fracassos servem de investigação para as
causas destas incorreções, geralmente ligadas aos limites de correspondência entre os
modelos científicos e a realidade que representam. Ao realizar a atividade experimental,
destaca-se a importância da contextualização do conteúdo específico, bem como a discussão
da história da ciência, da divulgação científica e das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
O professor de Ciências , no momento da seleção de conteúdos específicos e da opção
por determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre outros critérios, precisa levar em
consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, necessita-se considerar as
necessidades de adequação da linguagem e nível conceitual.
Outras variáveis interferem no processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos,
dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou
regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.
O processo ensino-pedagógico pode ser melhor articulado com o uso de: recursos
pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto
de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa
(geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto,
célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio,
televisor, computador, retroprojetor, entre outros; de recursos instrucionais como
organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabela,
infográficos, entre outros; de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,
museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática
pedagógica a serem valorizadas na ensino de Ciências, tais como: a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico, entre outros.
A Abordagem Problematizadora: a ação de problematizar é mais do que a mera
motivação para se iniciar um novo conteúdo. A abordagem problematizadora pode ser
efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o
conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as;
na segunda, o professor problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do
conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.
A Relação Contextual: A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a
abordar o conteúdo mais próximo à realidade do estudante para uma posterior abordagem
abstrata e específica.
Contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas
sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Se estabelece por meio de
abordagens que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados
para as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.
A Relação Interdisciplinar: As relações interdisciplinares se estabelecem quando
conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do
conteúdo de outra. As relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca,
nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o atendimento do objeto
de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
A Pesquisa: Pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os
objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do
próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e
explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na
apresentação oral o estudante deve superar a
simples leitura e repetições, e repetição,
evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua
interpretação.
A Leitura Científica: Propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao
professor analisar o material a ser trabalhado, levando se em conta o grau de dificuldade da
abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos
materiais de divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças - Publicação da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência - www. sbpcnet.org.br; revista eletrônica Café Orbital Publicação do Observatório Nacional - disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e
Tecnologia); revista Scientific American e Scientific American Brasil - Publicação da Editora
Duetto - Disponível em www.sciam.com.br; Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas Disponível em www. diaadiaeducacao.pr.gov.br; Coleção Explorando o Ensino - Educação
Básica, Ministério da Educação - Disponível em www.mec.gov.br.
A Atividade em Grupo: Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciêcias dos
problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo
estudante.
A Observação: Permite que o professor perceba as dificuldades individuais de
interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais.
O estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de
resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
A atividade Experimental propicia criar situações de investigação para a formação de
conceitos. Essas atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, mas
também a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.
Essas práticas proporcionam discussões, interpretações e se coadunem com os
conteúdos trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser apenas momento de comprovação
de leis e teorias ou meras ilustrações das aulas teóricas.
Os Recursos Instrucionais: Os recursos instrucionais (mapas, de relações, diagramas
V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do
conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico tecnológico e na avaliação da
aprendizagem.
Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos, pois, se fundamentam
na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com o conteúdo
científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, das
atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares, entre outros.
O Lúdico: O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo
utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o
interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente
pelo professor, entre outros.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos, e deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino -aprendizagem, pois propicia um
momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. O professor
precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo
consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.
É preciso respeitar o estudante como ser humano inserido no contexto das relações
que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Valorizar os conhecimentos
alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir
de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos instrucionais diversos. Valorizar
também, o que se chama de "erro", que pode sugerir ao professor a maneira como o
estudante está pensando e construindo sua rede de conceitos e significados e, neste contexto,
se apresenta como importante elemento para o professor rever e articular o processo de
ensino, em busca de sua superação.
Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar instrumentos
compostos por questões e problemas novos, não-familiares, que exijam a máxima
transformação do conhecimento adquirido em diferentes contextos a sua compreensão do
conhecimento construído.
A
prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do
estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por
ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real.
As questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas
trabalhadas em sala de aula.
O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos
pelo estudante, corrigir "erros" conceituais para a necessária retomada do ensino dos
conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que ocorra a
aprendizagem dos conceitos:
Origem e evolução do universo; constituição e propriedades da matéria; sistemas biológicos
de funcionamento dos seres vivos; conservação e transformação de energia; diversidade de
espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem como os processos
evolutivos envolvidos.
Serão adotados como instrumentos (diversificados) avaliativos a observação direta
do desenvolvimento individual e no grupo, da produção escrita, da capacidade de
argumentação, da organização didática e nos projetos, da maturidade em escolhas das
respostas para suas incertezas, da mudança de postura em relação à conservação e à
preservação ambiental e corporal; provas escritas que contemplem a pesquisa e o
entendimento dos fenômenos naturais e suas influências sobre o meio e os seres vivos,
atividades que ofereçam ao aluno condições para expressar a sua opinião sobre a interação e a
ação humana no ambiente e na produção de tecnologias com o uso de filmes, discussões e
material para registro.
Entre as estratégias de avaliação, pode-se destacar: observação e registros sistemáticos a
respeito do desenvolvimento, das conquistas e das mudanças observadas nos alunos, reuniões
periódicas para analisar o trabalho pedagógico, trabalhos individuais ou da equipe e autoavaliação.
As informações obtidas pelo professor na avaliação possibilitará uma análise da
prática pedagógica para continuar e/ou alterar, fazendo as intervenções necessárias.
A Recuperação de estudos será realizada de forma permanente e paralela ao processo
de ensino e aprendizagem, com retomada de conteúdos e realizando outra avaliação com
instrumentos/critérios diversificados.
Em relação a pesquisa de campo, o aluno será avaliado na entrega seus insetários,
herbários e dos fungos coletados, observando as condições do material e a identificação das
espécies.
5. REFERÊNCIAS
BORGES, R.M.R; MORAES, R. Educação em ciências na séries iniciais. Porto Alegre:
Sagra Luzzatto, 1998.
CARVALHO, A.M.P. e GIL PÉRES, D. Formação de professores de ciências: tendências e
inovações. São Paulo: Cortez, 1993.
FIGUEIREDO, M.T. É importante ensinar ciências desde as primeira séries. Revista de
Ensino de Ciências. Funbec, nov. 1989.
PARANÁ, Documento Introdutório Ensino Fundamental. Diretrizes para o Ensino
Fundamental da Rede Pública Estadual - versão preliminar - julho, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
SOUZA, J.B. Geleiras para beber. Nova Escola. São Paulo: Fundação Vitor Civita, n. 135,
ano 15, 2000.
Livro Didático Público da disciplina de Ciências.
PPP- Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - 2011.
CADERNOS TEMÁTICOS: História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Educação
do Campo.
EDUCAÇÃO FÍSÍCA
1. APRESENTAÇÃO
A Educação Física é um conjunto de práticas corporais que norteiam uma ação
pedagógica fundamentada na cultura corporal, que considera a materialidade das relações
sociais, políticas, econômicas e culturais do indivíduo.
Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento que introduz, dialoga e
integra o aluno através da cultura corporal do movimento com as diferentes culturas,
formando o ser humano que vai (re) produzí-la e transformá-la para usufruir das suas
manifestações (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e lutas), em beneficio do
exercício crítico da cidadania.
O ensino da Educação Física trata-se, portanto, de localizar em cada uma dessas
manifestações seus benefícios e suas possibilidades de utilização como instrumento de
comunicação, expressão, sentimentos, emoções, socialização, lazer e de manutenção e
melhoria da saúde e qualidade de vida.
O objeto de estudo e de ensino da Educação Física é a Cultura Corporal. Por meio dos
conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares Estaduais – esporte, dança,
ginástica, lutas, jogos e brincadeiras – esta disciplina tem a função social de contribuir para
que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
Os conteúdos devem promover e organizar um processo que possa contemplar os
aspectos motores, sociais, afetivos, cognitivos e culturais, oportunizando a participação do
maior número de alunos com fins educativos e formativos. Estas aulas devem possuir caráter
recreativo e lúdico, e não seletiva ou de treinamento, porém isto deverá ser realizado com
seriedade e compromisso crítico.
A Educação Física deve contribuir com princípios e valores que possam combater ou
romper paradigmas em que o aluno era visto como mero reprodutor de ações, apresentando
uma metodologia que possa contribuir para a formação de indivíduos críticos, capazes de
pensar/refletir/analisar, discutir e questionar a realidade, interagindo, construindo e
modificando a mesma, também desenvolver suas potencialidades através da cultura corporal.
É importante destacar que neste processo educacional de ensino-aprendizagem do
ensino médio, os alunos portadores de necessidades especiais não podem ser privados ou
tratados de forma diferenciada, mas devem se compreendidos e respeitados em suas
diferenças, possibilidades e interesses, com a finalidade de promover a igualdade e criar
novas experiências, novas vivências novos benefícios e superar as desigualdades através das
aulas.
A prática pedagógica que norteia a Educação Física deverá proporcionar:
− A superação da dimensão meramente motriz/tecnicista da Educação Física e imprimir
uma dimensão histórica, cultural e social às aulas da disciplina.
− A ampliação do conhecimento dos alunos em relação aos conteúdos abordados.
− A interação entre os diversos tipos de cultura corporal do movimento, formando um ser
humano que irá produzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos
esportes, jogos e brincadeiras, danças, ginásticas e lutas em benefício do exercício crítico
da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
− O reconhecimento do seu corpo e suas diferentes possibilidades.
− A diminuição das desigualdades, aceitando as diferenças, as diversidades e as
possibilidades dos outros para construir uma educação baseada em respeito, solidariedade
e justiça.
−
A prática/experimentação das diversas formas de práticas corporais, desenvolvendo a
potencialidade dos alunos e enriquecendo sua cultura corporal.
− A aquisição de uma expressividade corporal consciente, refletindo criticamente sobre as
práticas corporais, contribuindo assim para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo e seus limites.
− A ampliação da visão de sociedades dos alunos, por meio da Cultura Corporal, de modo
que superem a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas
corporais.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
− Esporte;
− Jogos e brincadeiras;
− Dança;
− Ginástica;
− Lutas.
2.1 Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental e Médio.
− Coletivos, individuais e radicais;
− Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos
cooperativos, jogos dramáticos;
− Danças folclóricas, danças de rua, danças criativas, danças circulares;
− Ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica geral;
− Lutas de aproximação, capoeira, lutas com instrumentos mediados.
− Coletivos, individuais, radicais;
− Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos, jogos cooperativos;
− Danças Folclóricas, danças de salão, danças de rua;
− Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico, ginástica geral;
− Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com instrumento mediador,
capoeira.
Numa perspectiva multidisciplinar, buscar-se-á a relação dos conteúdos abordados
com os Desafios Contemporâneos, com especial atenção à Educação do Campo, tendo em
vista que a grande maioria dos alunos atendidos pela escola reside na zona rural.
Na abordagem dos conteúdos buscar-se-á contemplar o que dispõe a Lei 10.639/03,
referente à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e a Lei 11.645/08, referente à
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
3. METODOLOGIA
O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as
diferentes culturas. O senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de
Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos,
nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física é
preciso levar em conta aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto,
ou seja, é uma primeira leitura da realidade, como preparação e mobilização do aluno para a
construção do conhecimento escolar.
Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor
propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os
conhecimentos prévios.
Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado, para que
tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades
relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, o
professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias, para que o jogo não se encaminhe
desvinculado dos objetivos estabelecidos.
Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que
criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível também a
efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem,
transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à prática realizada.
A articulação entre os conteúdos estruturantes (Esporte; Jogos e Brincadeiras; Dança;
Ginástica; e Lutas) e os elementos articuladores (Cultura Corporal e: Corpo; Ludicidade;
Saúde; Mundo do Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade; e Mídia)
é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e,
quando existir situações de aprendizagens, eles podem ser retomados e aprofundados.
Para o desenvolvimento dos conteúdos propostos serão realizadas aulas teóricas e práticas,
trabalhos de pesquisa, a exibição de filmes, utilizando o laboratório de informática a TV
multimídia e outros recursos tecnológicos disponíveis.
Os conteúdos específicos não serão organizados numa sequência baseada em prérequisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da complexidade crescente, onde um
mesmo conteúdo poderá ser trabalhado em todas as séries, mudando o grau de complexidade,
de acordo com as diferenças de entendimento das turmas e as relações entre o conteúdo e
possíveis elementos articuladores.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam
eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação adotada é diagnóstica, formativa, contínua e cumulativa respeitando
sempre a individualidade de cada educando, sendo oportunizada a todos os alunos de forma
inclusiva, tendo como principal objetivo a aprendizagem do aluno e a retomada de conteúdos
e de novas ações pedagógicas que possibilitem a apreensão do conhecimento.
Dessa forma o professor dará ênfase para que o processo parta da construção do
conhecimento que o aluno já possui, procurando acompanhar individualmente, reorganizando
e retomando os conteúdos se necessário, para que eles possam dominar o conhecimento e
alcançar os objetivospropostos. Ela ocorrerá de forma bimestral, somativa, sendo duas
avaliações no valor de 3,0 pontos cada uma, e mais duas avaliações de 2,0 pontos cada,
conforme o especificado no projeto político pedagógico e Regimento Escolar.
Na avaliação de Educação Física é necessário assumir o compromisso pela busca
constante de novas ferramentas estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior
coerência com o par dialético objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam
coerentes com os objetivos inicialmente definidos, priorizando os aspectos quantitativos de
mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades
físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos alunos.
Os
critérios
comprometimento
para
e
a
avaliação
envolvimento
dos
devem
alunos
ser
no
estabelecidos,
processo
considerando
pedagógico
o
como:
comprometimento e envolvimento - se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio
da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações
problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e
propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja
através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.
O professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas
corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituíndo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o
processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o
trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o
objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda
superem as dificuldades constatadas.
A avaliação será realizada com o objetivo de diagnosticar o processo ensinoaprendizagem e a prática pedagógica, utilizando instrumentos avaliativos como: dinâmicas
em grupo, seminários, debates, júri-simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos,
inventário do processo pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas
opiniões aos demais colegas; e organização e realização de festivais e jogos escolares, cuja
finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa
situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos.
As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de
Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar,
mas como referência para redimensionar sua ação pedagógica.
A recuperação dos conteúdos acontecerá durante o processo pedagógico e serão
ofertados a todos os alunos instrumentos avaliativos diversificados que lhes permitam a
recuperação das notas.
5. REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.
______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.: Caderno CEDES,
Campinas, v. 19, n. 48, 1999.
______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4 ed.
Campinas: Papirus, 1994.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez,
1992.
LIMA, E. S. Avaliação na Escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2002/2000.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez,
1995.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas:
Autores Associados, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. 2008.
SEED. Livro Didático Público de Educação Física. 2. ed. 2007.
ENSINO RELIGIOSO
1. APRESENTAÇÃO
O objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso é o Sagrado.
A disciplina de Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos
da história do Brasil, muito embora no contexto do Brasil Colônia a primeira forma de
inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou até a Constituição da
Republica em 1891, nas atividades de evangelização da Companhia de Jesus e outras
instituições religiosas de confissão católica.
A meta da educação como um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas para o
ensino das sagradas escrituras, e da doutrina Católica, era conduzir os indígenas ao abandono
de suas crenças e costumes e a sua consequente submissão ao conjunto de preceitos e
sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.
Em 1934, o Estado Novo introduziu a disciplina de Ensino Religioso nos currículos da
educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Para atender as
demandas republicanas quanto às demandas confessionais apresentadas em forma de lei, uma
proposta de ensino da temática religiosa que garantisse a existência de uma disciplina desse
teor na educação pública e com caráter facultativo para os estudantes não católicos.
Houve vários questionamentos do Artigo da Constituição da Era Vargas da incoerência de
uma disciplina como parte integrante para a formação do cidadão e ao mesmo tempo
facultativa?
O Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou na redação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua perspectiva correção, em 1997, pela
Lei 9.475.
Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação brasileira,
foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de
prática catequética nas salas de aulas públicas.
No ano de 1996, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), mas
não incluiu, nesse documento, o Ensino Religioso. Pela primeira vez, educadores de várias
tradições religiosas elaboraram uma proposta educacional.
Em 10 de fevereiro de 2006, o Conselho aprovou a Deliberação nº 01/06, que
instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Os
avanços foram de repensar do objeto de estudo, o compromisso com a formação continuada,
consideração pela diversidade religiosa, necessidade de diálogo e do estudo na escola e
reconhecer as diferentes manifestações culturais e religiosas.
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois constituíramse historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. O
ensino religioso deve fundamentar e orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as
expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com os outros
campos do conhecimento. Também um dos desafios é efetivar uma prática de ensino voltada
para superação do preconceito religioso, desprender-se do histórico confessional catequético,
para a construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.
Deve oferecer subsídios para que os alunos entendam como os grupos sociais se
constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, contribuindo para superar
desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e
expressão, o direito à liberdade individual e política, buscando o desenvolvimento da
cidadania, superando toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado
grupo de preceitos e sacramentos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso, Texto Sagrado.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE/6º ANO
- Organizações Religiosas;
- Lugares sagrados;
- Textos sagrados orais ou escritos;
- Símbolos Religiosos.
6ª SÉRIE/7º ANO
- Temporalidade Sagrada;
- Festas religiosas;
- Ritos;
- Vida e Morte.
3. METODOLOGIA
A abordagem teórica do conteúdo, pressupõe sua contextualização associando ao
contexto histórico, político e social. Abordar a expressão do Sagrado do ponto de vista laico,
não religioso, priorizando às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do
Sagrado em estudo, para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma
ou outra tradição religiosa, portanto, respeitando o direito a liberdade de consciência e a
opção religiosa do aluno, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorização
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado
e da diversidade
sociocultural.
A aula será baseada no diálogo, o professor como mediador, partindo da experiência
(saberes) do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, levantar as questões e
problemas, identificando o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, problematizando-os.
Para isso, o professor elaborará questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do
educando, mobilizando-o construção do conhecimento.
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor de Ensino Religioso poderão
fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, que serão enriquecidas através de
vídeos, apostilas, ilustrações, uso da internet para pesquisas e a própria comunidade nos seus
diferentes aspectos culturais pertinentes às suas diversidades e expressões.
Destacar-se-á o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das
diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.
4. AVALIAÇÃO
Para efetivar a avaliação é necessário estabelecer os instrumentos e definir os critérios
que explicitem o quanto o aluno apropriou do conteúdo e foi capaz de relacioná-lo com as
outras disciplinas, e na prática pedagógica fundamentada no respeito á diversidade culturas e
religiosa contribuiu para a transformação social. Como critérios pode-se avaliar se o aluno
expressa uma relação respeitosa com os colegas de diferentes religiões, credo, se reconhece
que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social e se
emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do Sagrado.
Cabe ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos que
permitam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos, identificando
em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão
para a
compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos. Utilizando -se de instrumentos
como: exposição oral, trabalhos, pesquisas individuais e coletivas, debates, fotos retirados da
Internet, entrevistas, etc.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou
reprovação do aluno, é necessário que o professor registre o processo avaliativo por meios
que permitam á escola, ao aluno, aos seus pais a identificação dos progressos obtidos.
Quando se verifica que o aluno não se apropriou dos conteúdos, faz-se a retomada do
mesmo com metodologia e avaliação diversificada.
5. REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso - Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação – Curitiba – 2009 – SEED/PR.
COSTELLA, Domenico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:
Junqueira Sérgio; Wagner,
Raul (Orgs.). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba:
Champagnat, 2004.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo (Orgs.). Conhecimento local e conhecimento
universal: pesquisa didática e ação docente. Curitiba: Champagnat, 2004.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.
Consulta
on
line:
DECLARAÇÃO
universal
dos
(http://www.mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh_bib_inter_universal.htm)
direitos
humanos.
Constituição Federal Brasileira – Artigo 5º, inciso VI.
SENA L. Qual a razão do Ensino Religioso na Escola? – São Paulo/SP.
Diversidade Religiosa e Direitos Humanos – Artigo 5º, inciso VI da Constituição.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Paraná – Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de Ensino Religioso. O
Sagrado no Ensino Religioso – Curitiba, 2008.
FILOSOFIA
1. APRESENTAÇÃO
Como disciplina na matriz curricular, considera-se que a Filosofia pode viabilizar
interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da
literatura, da história, das ciências e da arte.
A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao
estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise
e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que
dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará entender
as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão dos
enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter
fragmentário do conhecimento.
A função do professor de Filosofia no Ensino Médio, que consiste, basicamente, em
pensar de maneira filosófica para construir espaços de problematização compartilhados com
os estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da
história da Filosofia e com a criação de conceitos.
O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiência daquilo que é
específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá
manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras
e análise de textos, organiza debates, sugere pesquisas e sistematizações
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da
investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer com que os
estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a partir dos
textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações e criem
conceitos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Mito e Filosofia;
− Teoria do Conhecimento;
− Ética;
− Filosofia Política;
− Filosofia da Ciência;
− Estética.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS:
1º ANO
Mito e Filosofia
− saber mítico;
− Saber filosófico;
− Relação Mito e Filosofia;
− Atualidade do mito;
− O que é filosofia?
Teoria do Conhecimento
− Possibilidade do conhecimento;
− As formas de conhecimento;
− O problema da verdade;
− A questão do método;
− Conhecimento e lógica.
2º ANO
Ética
− Ética e moral;
− Pluridade ética;
− Ética e violência;
− Razão, desejo e vontade;
− Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;
Filosofia Política
− Relações entre comunidade e poder;
− Liberdade e igualdade política;
−
Política e ideologia;
− Esfera pública e privada;
− Cidadania formal e/ou participa.
3º ANO
Filosofia da Ciência
− Concepções de ciência;
− A questão do método científico;
− Contribuições e limites da ciência;
− Ciência e ideologia;
− Ciência e ética.
Estética
− Natureza da arte;
− Filosofia e arte;
− Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;
− Estética e sociedade.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da
escola,
os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e
Educação do Campo.
3. METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos darse-á em quatro momentos:
− a mobilização para o conhecimento;
− a problematização;
− a investigação;
− a criação de conceitos.
O ensino de Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem, da
leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as
possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e mobilizar possíveis
relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não possa
ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e
estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É importante
ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto e outros −
podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz
por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência
filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos
filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes
maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais
orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é
importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma
análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua própria realidade.
O estudante pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto
filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em
questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como
podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.
Ao final desse processo, o estudante, encontrar-se-á apto a elaborar um texto, no qual
terá condições de discutir e comparar ideias e conceitos de caráter criativo e de socializá-los.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades investigativas
individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter
dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que
inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação
seja fundamento do processo de criação de conceitos.
Trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para estudantes,
evitando a superficialidade e reducionismo e possibilitar as mediações necessárias para
realizar o processo de ensino.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a
função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
A avaliação não se resume a perceber o quanto o estudante assimilou o conteúdo presente na
história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar
deste ou daquele tema. Propiciar e preparar e naõ determinar e, menos ainda, avaliar ou
medir. A Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de conceitos
encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico.
Respeitar as posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está
em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir
e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
− qual discurso tinha antes;
− qual conceito trabalhou;
− qual discurso tem após;
− qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio
da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo.
5. REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná – SEED.
MENDES,
Ademir Aparecido Pinhelli; BORGES, Anderson de Paula; KESTRING,
Bernardo et all (2006) – Filosofia: Ensino Médio – Curitiba: SEED.
MENDES, Ademir Aparecido Pinhelli; KESTRING, Bernardo & MARÇAL, jairo (2007) –
Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica – Curitiba: SEED.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Livro Didático Público da Disciplina de Filosofia.
FÍSICA
1. APRESENTAÇÃO
O objeto de estudo de Física é o Universo em toda sua complexidade. Por isso, a
disciplina propõe o estudo da natureza, não coisas da natureza, ou a própria natureza, mas
modelos de elaborações humanas.
A Física tem como objetivo construir um ensino centrado em conteúdos e
metodologias que favoreçam reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que
esta não é somente fruto da pura racionalidade cientifica. É preciso ensinar Física útil para
que o aluno possa perceber o significado no momento em que aprende a relaciona com o seu
cotidiano, tornando-se um instrumento necessário para a compreensão deste mundo, como
conhecimento indispensável a formação da cidadania contribuindo para desenvolvimento de
um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da historia e
compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento
do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua
produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu
comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.
A disciplina da Física tem como objetivo entre outros, contribuir para a formação de
sujeitos que sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de
decisões, quer seja no campo da tecnologia, na política e na economia tornando-o um cidadão
que faz parte do processo como agente, e não como mero espectador. Compreender o
desenvolvimento tecnológico da sociedade e as novas tecnologias que são inserida no seu dia
a dia através de novos conhecimentos que a sociedade apresenta a todo momento, também
proporcionar aos alunos o crescimento como cidadão, criando a sua própria identidade como
cidadão do seu país ou do mundo.
Os conteúdos estruturantes: movimento, termodinâmica, eletromagnetismo
desmembrados em conteúdos básicos e específicos que serão organizados de forma a garantir
os objetos de estudos da disciplina em toda a sua complexidade: o universo, sua evolução e
suas transformações.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da
escola,
os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08 e
Educação do Campo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
− Movimento
− Termodinâmica
− Eletromagnetismo
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS:
Movimento
− Momentum e inércia;
− Conservação de quantidade de movimento (momentum);
− Variação da quantidade de movimento = impulso;
− 2ª Lei de Newton:
− 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
− Energia e o princípio da Conservação da energia;
− Gravitação.
Termodinâmica
− Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica; 1ª e 2ª Lei da Termodinâmica.
Eletromagnetismo
−
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
−
Força eletromagnética;
−
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Ampère, Lei de Gauss
magnética, Lei de Faraday.
−
A natureza da luz e suas propriedades.
3. METODOLOGIA
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou
concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os
fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de
convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, que requer metodologias espec[ificas no ambiente escolar.
A escola
é,
por
excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido.
Considerando que a sala de aula é composta de pessoas com diferentes costumes,
tradições, pré-conceitos e ideias que dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de
partida deve ser considerado pelo professor o que os estudantes conhecem a respeito do tema
para que ocorra uma aprendizagem significativa.
O professor deve, na realidade, trabalhar a formação de seus alunos de tal modo que
os leve a perceberem que não há um conhecimento definitivo e que o saber que eles trazem
não se constrói numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma barreira a
formulação de novos saberes.
Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na busca da
aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio
do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o
saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo.
O estudante deve ser capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias
semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a nova informação em conhecimento. O
professor deve buscar uma avaliação como verificação da apropriação do respectivo
conteúdo, para posteriores intervenções ou mudança de postura metodológica.
O professor não pode privilegiar somente resoluções de problemas de física, que se
traduzem em aplicações de formas matemáticas e contribuem para consolidar uma
metodologia de ensino centrada nas resoluções de exercícios matemáticos. Esse tipo de
prática pedagógica mistifica a ciência ao mostrar os modelos científicos – elaborações da
mente humana válidas para alguns contextos – como verdades incontestáveis e absolutas,
resultantes de procedimentos experimentais. Isso pode levar o estudante a ter uma ideia
distorcida do que é a física e quase sempre ao desinteresse pela matéria, portanto a prática no
ensino médio deve ser a de assegurar ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao
formalismo próprio deste campo do conhecimento, essencial para o desenvolvimento de uma
cultura cientifica.
O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor como
é o computador, a televisão, a rede WEB, etc. O professor é quem sabe quando e como
utilizar o livro didático.
A pesquisa deve ser utilizada no processo educativo, como um instrumento de fazer o
aluno ler e pensar e se repensar na de transformação e o professor vai além das possibilidades
por um livro qualquer. O fazer ciência está associado a dois tipos de trabalhos: um teórico e
um experimental. Em ambos é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um
fenômeno. No teórico é formulado um conjunto de hipóteses, acompanhados de um
formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões,
podendo receber o apoio de experimentos em que se confrontam os dados coletados com os
previstos com a teoria.
O professor não deve argumentar para o aluno que para saber física é necessário ter
um pré-requisito e saber matemática e também não trabalhar somente com os alunos questões
como: considere, suponha e calcule, pois o aluno não irá construir seu conhecimento e sim
calcular mecanicamente.
O professor deve utilizar-se de uma linguagem que o aluno entenda ou seja, respeitar
o seu grau cognitivo, permitindo assim uma metodologia que vá de encontro com o
conhecimento científico.
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas
entender-se que a resolução de problemas deve permitir que o aluno elabore hipóteses além
das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter
um valor numérico de grandeza.
Poderá também utilizar-se de textos como um instrumento de mediação entre alunoaluno e aluno-professor , a fim de que surjam novas questões e discussões. Trazer as aulas de
física textos de obras dos físicos para a formação do leitor crítico, por meio da história da
evolução das ideias e conceitos da física presente nas obras. Ex. Galileu Galilei, Isaac
Newton e outros. Também textos de divulgação científica em jornais, revistas, livros, filmes
de ficção científica e internet. O professor poderá utilizar a TV Pendrive como instrumento
para trabalhar os conteúdos como: recortes de filmes, charges e etc.
Considerar a realidade social e cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que
ela é, sobretudo, espaço de trabalho com o conhecimento e que também produz o
conhecimento escolar.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes
Curriculares, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da
Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do
estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução
das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.
“Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que
o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,
quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo”. Inicialmente, é
preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos,
pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos trabalhos e nas
possibilidades de revisão do planejamento pedagógico, a avaliação será um instrumento
auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e a
sua formação.
A recuperação de estudos será realizada com retomada dos conteúdos que os alunos
não apropriaram e realizada uma nova avaliação com instrumento e critério diversificado.
O professor considerará os alunos em sua individualidade e diversidade, indispensável
para uma prática pedagógica democrática e inclusiva. Aceitá-lo na sua singular condição
intelectual, social, cultural, significa, dar espaço para que se faça ouvir, em uma relação
dialógica, sem preconceitos.
A avaliação deve ser diversificada tanto qualitativo quanto instrumental. Quantitativo,
orientando-se pelo Regimento Escolar. E os critérios verificando a compreensão: dos
conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem; do conteúdo físico
expressado em textos científicos e não científicos e a capacidade de elaborar relatórios tendo
como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento.
Os instrumentos de avaliação para uma aula de experimentação, poderá ser um
relatório individual, com questões abertas que permitam a exposição de suas ideias. Levando
o aluno a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. Na prática demonstrativa, pode-se
pedir um relato explicativo.
5. REFERÊNCIAS
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
FÍSICA. Curitiba: SEED/DEB,2008.
Livro Didático Público da Disciplina de Física.
GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP, 1985;
GONÇALVES FILHO, A;
São Paulo: Scipione, 2002.
MAXIMO. A:
Scipione. 1987;
TOSCANO,
ALVARENGA.
B.
C.
Física:
GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO
Física
para
Volume
o
Ensino
único.
São
Médio.
Paulo:
Desde tempos remotos as relações com a natureza e com o espaço fazem parte das
estratégias de sobrevivência do homem. A observação da natureza através dos vários ciclos
permitiu que as sociedades pudessem se relacionar com ela e modificá-la em prol de si
mesmo. Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos relativos à
Geografia.
A geografia é uma ciência que tem por objeto de estudo o espaço geográfico
resultado da inter-relação entre objetos e ações. Há que se empreender em um ensino capaz de
fornecer conhecimentos específicos da Geografia com os quais se possa ler e interpretar
criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e
suas diferentes formas de abordagem. Sua função é desenvolver o raciocínio geográfico, isto
é, pensar a realidade geograficamente e despertar uma consciência espacial.
Para a Compreensão desse espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um quadro
conceitual de referência: lugar, território, região, sociedade, paisagem e natureza. Assim
promove uma análise espacial sob abordagem natural, histórica, econômica, cultural e
política. Levando em consideração as diferentes formas de organização do espaço, nas escalas
local, regional, nacional e global.
O valor educativo da Disciplina de Geografia origina-se no fato de todos os
acontecimentos do mundo tem uma dimensão espacial, visto que o espaço é a materialização
dos tempos da vida social, portanto, há que se empreender uma educação geográfica, numa
perspectiva crítica e de diálogo, subsidiada na relação de conteúdos teóricos, na prática vivida
e no princípio da busca da autonomia moral e intelectual do cidadão.
O ensino da Geografia fornecerá ao educando embasamento para consolidar a área do
conhecimento que propicie ao aluno a capacidade de ler e interpretar criticamente o espaço
geográfico, considerando as diversidades, as desigualdades e as complexidades do mundo.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da
escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
−
Dimensão econômica do espaço geográfico;
−
Dimensão política do espaço geográfico;
−
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico;
−
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE
−
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
−
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
−
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
−
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
−
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
−
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
−
A mobilidade populacional e as manisfestações socioespaciais da diversidade cultural;
−
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE
−
A formação , a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
−
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
−
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
−
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
−
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
−
Movimentos migratórios e suas motivações.
−
O espaço rural e a modernização da agricultura.
−
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
−
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
−
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE
−
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
−
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano;
−
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
−
O comércio em suas implicações socioespaciais;
−
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
−
A distribuição espacial das atividades produzidas, a (re)organização do espaço geográfico;
−
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
−
O espaço rural e a modernização da agricultura;
−
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
−
Os movimentos migratórios e suas motivações;
−
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
−
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
−
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
−
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
−
A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
−
O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
−
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
−
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
−
As manisfestações socioespaciais da diversidade cultural;
−
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
−
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização
do espaço geográfico;
−
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
−
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:
−
A formação e transformação das paisagens;
−
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
−
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
−
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
−
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
−
O espaço rural e a modernização da agricultura;
−
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;
−
A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações;
−
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
−
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
−
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente;
−
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população;
−
Os movimentos migratórios e suas motivações;
−
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
−
O comércio e as implicações socioespaciais;
−
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
−
As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
−
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
3. METODOLOGIA
O desenvolvimento metodológico da disciplina de geografia ocorrerá em função da
participação dialogada entre professor e aluno, que utilizará mapas, Atlas, elaboração de
questões, de relatórios, pesquisas em livros e na internet, além de leituras complementares
com discussão e análise de problemas levantados junto à sociedade e atividades em grupos.
Tudo isso para que o aluno seja capaz de questionar seus conhecimentos anteriores e
acontecimentos do seu cotidiano relacionando-os aos conteúdos trabalhados, procurando
integrá-los de forma coerente e lógica nas atividades propostas.
Neste sentido, o ensino de geografia oportuniza ao aluno diversas possibilidades
interpretativas do espaço geográfico para nele integrar, entendo e relacionando as
especificidades da geografia, sendo capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
critica.
Também serão trabalhado as temáticas dos Desafios Educacionais Contemporâneos e
a Diversidade.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem. Ela deve
estar presente em todas as etapas da aprendizagem e nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou
estabelecer um conceito. A avaliação será contínua e priorizará a qualidade do processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho ao longo do ano letivo. Conforme determina a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a avaliação será formativa, porém não será excluída
a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim desenvolver as duas formas de
avaliação, sendo registradas de maneira organizada e criteriosa, dando ênfase ao aprender.
Nessa perspectiva, a avaliação será diagnóstica formativa e continuada, então o
professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos
alunos, como: provas objetivas e subjetivas, leitura, interpretação e produção de textos de
Geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas
bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação e discussão de temas em
seminários; construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves. RIGOLIN, Tércio Barbosa. Ensino Médio.
Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática, 2005.
Geografia:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
GEOGRAFIA. Curitiba: SEED/DEB,2008.
Livro Didático Público de Geografia
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011
SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. Ed. Ática, 1997.
TERRA, Lygia. COELHO, Marcos de Amorim. Ensino Médio. Geografia geral e do Brasil:
o espaço natural e socioeconômico. Ed. Moderna, 2006.
HISTÓRIA
1. APRESENTAÇÃO
Nos últimos anos, o ensino de História tem ganhado novas dimensões, seja
pelas novas políticas governamentais na área da educação, seja pelo empenho dos
professores. Essas mudanças têm colocado em xeque muitas das proposições sobre as quais se
formaram várias gerações de docentes, o que tem obrigado o professor, de forma positiva, a
rever suas concepções de História e sua visão do processo de ensino-aprendizagem.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento
humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos
sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste
conhecimento.
A História pode contribuir ao aluno na compreensão do processo de formação de sua
identidade e auxiliar na consolidação de sua cidadania. Em outras palavras, identidade e
cidadania podem assumir centralidade no ensino de História. Seu estudo contribui para a
construção do conhecimento e do respeito à própria identidade e à identidade do outro.
Conhecer e respeitar o “outro” com o qual convive pessoalmente (outras etnias, religiões,
opções sexuais, opções políticas, outras condições sociais) e com o qual convive enquanto
coletividade (outras religiões, culturas e nações).
A disciplina é também um meio privilegiado para a educação das relações étnicoraciais, tendo como objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura
dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual valorização
das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas.
O processo de ensino-aprendizagem de História deverá partir sempre da realidade do
aluno, para tanto, serão abordados assuntos referentes à História do Paraná, objetivando a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do estudo das
comunidades, municípios e micro-regiões do estado.
O ensino de História deve dar conta de superar os desafios, desenvolver o senso
crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, tida como verdade absoluta,
socializando a produção da ciência histórica, passando da reprodução do conhecimento à
compreensão das formas e como este se produz formando um homem político capaz de
compreender a realidade onde está inserido e nela interferir. Contribuindo assim, para a
formação da identidade política/cidadã do indivíduo, à medida que constrói a capacidade de
crítica da própria cidadania a partir do conhecimento de outras estruturas políticas e sociais,
de projetos alternativos de sociedade que não se efetivaram e do fato de que os
acontecimentos históricos não são naturais nem irreversíveis, mas produzidos por sujeitos
coletivos em relação dialética com seus contextos históricos.
O ensino de História pressupõe que o aluno participe ativa e criticamente do processo,
tornando-se capaz de:
- Compreender os fatos passados de forma que possa entender o presente através de suas
raízes históricas;
- Perceber a ligação entre a sociedade contemporânea e os fatos históricos;
- Compreender a temporalidade dos acontecimentos históricos;
- Entender que, enquanto cidadãos, somos agentes ativos do processo de construção da
História;
- Entender o processo histórico como resultado de fatores socioculturais;
- Desmistificar a ideia de que a História é construída somente por grandes heróis, como a
História tradicional e factual sempre privilegiou.
- Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da História do
cotidiano e da História cultural. Identificando no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas
ações políticas da atualidade a continuidade ou ruptura de elementos do passado, reforçando o
diálogo passado – presente;
- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de
efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as
desigualdades;
- Contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é um
espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias.
- Conhecer e compreender a História dos povos latino-americanos, especialmente a História
do Brasil, do Paraná e a História local.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estados de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
Relações de trabalho;
Relações de poder;
Relações culturais;
2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª SÉRIE/6º ANO
− A experiência humana no tempo;
− Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
− As culturas locais e a cultura comum.
6ª SÉRIE/7º ANO
− As relações de propriedade;
− A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
− A relações entre o campo e a cidade;
− Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
7ª SÉRIE/8º ANO
− História das relações da humanidade com o trabalho;
− O trabalho e a vida em sociedade;
− O trabalho e as contradições da modernidade;
− Os trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª SÉRIE/9º ANO
− As constituições das instituições sociais;
− A formação do Estado;
− Sujeitos guerras e revoluções.
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:
1º ANO
-
Trabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;
-
Urbanização e industrialização;
2º ANO
- O Estado e as relações de poder;
- Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
3º ANO
- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;
- Cultura e religiosidade.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e a realidade da
escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08,
História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do
Campo.
3. METODOLOGIA
Ao realizar o seu trabalho o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles,
retomar constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico,
como este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um método de
pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações em documentos
produzidos sobre seu objeto de pesquisa).
O historiador tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo e os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, o
que nos remete a diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico. Diante
disso estabelece-se a necessidade da utilização de bibliografias e fontes documentais diversas,
buscando os diferentes sentidos e as diferentes interpretações diante das ações humanas ao
longo do tempo.
Para o ensino de História, aplicar-se-ão os seguintes métodos:
- Aulas expositivas
- Análise de textos
- Análise e interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes históricas, inclusive a oral
- Análise e interpretação de imagens
- Análise e interpretação de filmes e músicas
- Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos
- Debates
- Teatros
- Seminários
- Confecção de maquetes
- Visitas
4. AVALIAÇÃO
A avaliação objetiva favorecer a busca da coerência entre a concepção de História
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. De
acordo com Luckesi (2002), a respeito da avaliação diagnóstica é necessário o diálogo acerca
dos critérios e á função da avaliação tanto individual quanto coletiva. O aprendizado e a
avaliação é um fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, propiciando
uma análise criticas das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e
alunos. Retomar a avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um coletivo e a
responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas a aprendizagem de todos.
Tanto professor e alunos precisam entender as finalidades, objetivos, critérios e
instrumentos da avaliação que permitirá rever o que precisa ser melhorado ou o que já foi
apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor poderá adotar varias formas de avaliar:
Diagnóstica, Formativa e somativa. Planejar avaliações com atividades que possibilitem a
apreensão das ideias históricas dos alunos em relação ao tema; que permitam desenvolver a
capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica, permitam que o aluno expresse o
desenvolvimento de ideias e conceitos históricas e atividades que revelem se o aluno
apropriou da capacidade de leitura de documentos como: cinema, fotografia, histórias em
quadrinhos, músicas e televisão. Nos textos e imagens é importante que o professor faça a
identificação, leitura, explicação e interpretação, atentando sempre as formas diferentes de
avaliar.
Os três aspectos: a investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos alunos, a
compreensão das relações da vida humana e o aprendizado dos conteúdos básicos e
específicos são complementares e indissociáveis, portanto o professor recorrerá a diferentes
atividades: leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos
históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de
conceitos, seminários, debates, relatórios, conclusões individuais ou coletivo, construção de
maquetes ou painéis, provas objetivas e subjetivas, etc.
A recuperação de estudos se realizará com retomada de conteúdos não apropriados
pelo aluno sempre que necessário,oferecendo ao aluno oportunidade para superar as
dificuldades demonstradas, seguindo o Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino.
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9394/96: diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23
dez de 1996.
BRASIL. Lei n. 10.639/03: história e cultura afro-brasileira.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das
relações étnico-raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana.
Brasília : MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
COTRIM, Gilberto. Saber e fazer História. São Paulo: Saraiva, 2001.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, ed. 26.
2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez,
2002.
MONTELLATO, Caberei Canele. História Temática. São Paulo: Scipione, 2001.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação. 2006.
PARANÁ. Lei 13.381/01: história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134, 2001.
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo: Ática, 2008.
RIBEIRO, Darci. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo,
Companhia das Letras, ed. 2. 2005.
SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2001.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História. São Paulo: Scipione, s.d.
Paraná – Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de História do Paraná.
Representações, Memórias, Identidades. Curitiba, 2008.
L.E.M. - INGLÊS
1. APRESENTAÇÃO
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da chegada
da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809 criaram-se as cadeiras de inglês e
francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas advindas da
abertura dos pontos ao comércio.
A dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos emergiu
durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a necessidade de aprender
inglês. O aprendizado da Língua Estrangeira deveria contribuir para a formação do aprendiz,
quanto ao conhecimento e `a reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros
povos. Desta forma, ensinar e aprender línguas, é também ensinar e aprender percepções de
mundo.
O ensino da língua estrangeira moderna deve proporcionar ao aluno a ampliação da
visão e diversidade cultural. Trabalhar a língua como discurso construtor de significados
efetivados através da prática de leitura, escrita e oralidade. A apresentação do discurso nos
mais variados gêneros garantirá ao aluno o estímulo para que entre no universo da língua
estrangeira e interaja com ela, fazendo com que o educando colabore no processo de
construção da própria identidade, confrontando diálogos e construindo significados a partir
das novas informações, levando-o a perceber outras formas de ver o mundo.
A valorização de outras culturas deve-se fazer presente, reconhecendo a diversidade
cultural de forma crítica e consciente, sendo também capaz de usar a língua em situações de
comunicação oral e escrita.
Objetiva-se com o aprendizado de língua estrangeira que os alunos analisem as
questões da nova ordem global, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica
a respeito do papel das línguas na sociedade e que façam uso da língua que estão aprendendo
em situações significativas e relevantes, utilizando as práticas de leitura, escrita e oralidade,
percebendo-se sujeitos integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
−
Discurso como Prática Social.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
LEITURA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª Série
LEITURA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Informações explícitas;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais de gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
7ª Série
LEITURA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- léxico
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Concordância verbal e nominal;
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo ;
- expressões que denotam ironia e humor no texto
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª Série
LEITURA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
•
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
•
Polissemia;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Léxico.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
•
Polissemia;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Acentuação gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
−
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos, básicos e a realidade da
escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei
11.645/08 e Educação do Campo.
−
Gêneros Discursivos: Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de
gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a
cada uma das séries.
−
Leitura: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Situacional; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;
Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do
gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões
que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem; Léxico.
−
Escrita: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;
Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do
gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões
que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância
verbal/nominal.
−
Oralidade: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e
semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
3. METODOLOGIA
Os conteúdos serão trabalhados de forma contextualizada partindo de textos de
diferentes gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e
internacional
ou no mundo editorial, possibilitando ao aluno conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
Assim, na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais e escritas e /
ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas (leitura, escrita e
oralidade). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos
linguísticos-discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.
Na leitura, espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a
heterogeneidade da língua e que um texto apresenta várias possibilidades de leitura, que não
traz em si um sentido pré-restabelecido, mas sim, uma demarcação para os sentidos possíveis,
restringida pelas condições de produção, que se constrói a cada leitura: quem faz a leitura do
texto é o sujeito; portanto, o texto não determina a sua interpretação.
O trabalho com a leitura vai além daquela superficial, linear, quando busca respostas
visualizando no próprio texto, e não-linear permite o reconhecimento das suas opções
linguísticas, a intertextualidade e a reflexão, o que possibilita a reconstrução da
argumentação.
Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da
realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais
textos.
O professor criará condições para que o aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos
com os quais se depare e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma
ideologia e valores particulares, que são próprios da comunidade em que está inserido. O
maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar
um novo modo de ver a realidade.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, que na abordagem discursiva, a oralidade é
muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua
Estrangeira mesmo que com limitações. Também é importante que o aluno se familiarize
com os sons específicos da língua que está aprendendo.
A escrita deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É
importante que o professor direcione as atividades de produção textual, definindo em seu
encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de
uso. É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como o sujeito com quem o
aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a sua construção do seu texto de
sua coerência. Nesse sentido a produção deve ter sempre um objetivo claro.
O professor poderá trabalhar com as atividades de pesquisa realizadas pela internet,
livros, revistas, entrevistas e outros meios, levando os alunos a uma discussão, chegando
assim na produção de texto com a ajuda do professor e dos recursos disponíveis na sala de
aula.
O professor utilizará para o desenvolvimento dessa metodologia os seguintes recursos:
Quadro-negro, giz, DVD, CD, vídeo, livros, dicionários,
jornais, revistas, Internet, TV
Multimídia.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira deve superar a concepção de mero
instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que se configura como processual
e, como tal objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a
partir de suas produções, observando a participação dos alunos, a interação verbal, a partir da
escolha de textos consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre
alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e
língua estrangeira, no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao
promover o desenvolvimento de ideias.
O processo de avaliação será diagnóstico, contínuo e formativo, contemplando as
práticas da leitura, escrita e oralidade. Sendo estas através de tarefas, pesquisas, trabalhos,
avaliações, painéis, dramatizações, diálogos e músicas.
5. REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua
Estrangeira Moderna – SEED, 2008.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná - Capítulos da Versão
Preliminar.
Projeto Político Pedagógico – 2011.
BERTOLIN & SIQUEIRA, Essencial English, Coleção Horizontes, São Paulo. Ed. IBEP,
1998.
SANTOS, Denise & MARQUES, Amadeu. Links: English for teens. ed. Ática. São Paulo,
2009.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. APRESENTAÇÃO
A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas
últimas décadas do séc. XIX. Porém a formação do professor teve início somente nos anos 30
do séc. XX.
Nos primeiros tempos de colônia não havia uma educação em moldes institucionais e
sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político,
social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico (sistema jesuítico de
ensino) em que se visava à expansão católica e formação de elites subordinadas à Metrópole.
Em meados do séc. XVII, o Marquês de Pombal tornou obrigatório o ensino da
Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil, pois até então, as práticas de ensino moldavam-se
ao ensino do latim. A formação da elite continuou nas mãos da igreja, com seu princípio de
educação clássica europeizante.
Somente no séc. XIX, o conteúdo gramatical ganhou denominação de Português e, em
1871 foi criado no Brasil, por decreto imperial o cargo de professor de Português.
Na época do Movimento Romântico Brasileiro em que se visava a valorização da
língua e da cultura brasileira, o latim começa a perder o prestígio e língua nacional passa a ser
mais valorizada.
O ensino de Língua Portuguesa manteve suas características elitistas até meados do
séc. XX, quando iniciou no Brasil, a partir de 1967, um processo de democratização do
ensino em que se levassem em conta as novas necessidades trazidas pelos alunos para o
espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos
até então admitidos na escola.
No Governo de Getúlio Vargas institucionalizou-se a vinculação da educação com a
industrialização. A Lei 5692/71 ampliou e aprofundou esta vinculação ao dispor que o ensino
deveria estar voltado a qualificação para o trabalho, daqui surgiu uma pedagogia tecnicista.
Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro
grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua
Portuguesa (nas quatro últimas séries). Em decorrência disso, a gramática deixava de ser o
enfoque principal ensino da língua e a teoria da língua passava a ser o referencial, embora nas
salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino da
Língua Portuguesa passou a se pautar em exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
Nesse período verificou-se uma intensa ampliação de vagas escolares de acolhimento
a professores advindos de ambientes pouco letrados. Em decorrência de tal política, houve
uma multiplicação no número de alunos, rebaixamentos dos salários docentes, o que
precarizou ainda mais as condições de trabalho, de modo que os professores passaram a
buscar alternativas didáticas para facilitar o ensino, entre elas, o livro didático, utilizado como
orientador das atividades, tirando do professor a autonomia e responsabilidade quanto a sua
prática.
A partir de 1980 houve avanços dos estudos em torno da natureza sociológica da
linguagem, ou seja, a língua configura um espaço de interação verbal social entre os
locutores.
Se por um lado as teorias através do Círculo Bakhtin trouxeram alguns avanços para o
ensino da Língua Portuguesa, o mesmo não se pode dizer sobre o trabalho com Literatura que
ficou voltado apenas aos aspectos formais da obra.
Até as décadas de 1960 – 1970, a leitura do texto literário, no ensino primário e
ginasial, transmitia a norma culta da língua.
A partir de 1990, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, recentemente tem
avançado nos estudos curriculares e em particular, nos ensinos de Língua e Literatura através
da influência de vários pensadores.
A partir de 1980, os estudos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar
sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de
aula, e que se fizeram presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2° Grau, de
1988 e do Currículo Básico de 1990.
No que diz respeito ao ensino de Literatura, indicou-se a necessidade de superação da
historiografia literária.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, quis fazer frente ao
ensino tradicional, mas ainda não conseguiu se livrar desse estigma.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do final da década de 1990 também
fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções
interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca da linguagem oral e escrita. No
entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com conceitos pouco
reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências.
Portanto, ainda se requer novos posicionamentos em relação à prática de ensino, ou
pela discussão crítica dessas práticas ou envolvimento direto dos professores na construção de
alternativas. É preciso, porém, que se tenha cuidado para não empobrecer a construção do
conhecimento em nome de uma prática de contextualização. Reduzir a abordagem pedagógica
aos limites da vivência do aluno compromete o desenvolvimento de sua capacidade crítica de
compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos. Nas Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso
ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.
Visto que a educação tem como objetivo a formação do aluno para a cidadania e para
a participação social, dá-se a necessidade do estudo da linguagem, pois é através desta que o
homem se reconhece como ser humano. Ao comunicar-se com seu semelhante e trocar
experiências, certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos outros com quem se interage.
Isso lhe permite compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como
sujeito social. Cabe a escola então, que é um espaço democrático, oferecer ao aluno situações
que incentive a fala, a escrita e a leitura – apoiados pela análise linguística. O objetivo maior
do ensino da língua materna é o domínio da linguagem nas variadas situações sociais, ou seja,
o desenvolvimento da competência comunicativa nas diversas formas de interação.
A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para articular não
apenas as relações que estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos
dele, assim o objeto de estudo da disciplina de Língua Portuguesa é a língua como prática
social.
2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
•
Discurso como Prática Social.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª Série
LEITURA
•
Tema do Texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Argumentos do texto;
•
Aceitabilidade do Texto;
•
Informatividade;
•
Discurso Direto e Indireto;
•
Elementos Composicionais do Gênero;
•
Léxico;
•
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Contexto de produção;
•
Tema do Texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do Texto;
•
Informatividade;
•
Argumentatividade;
•
Discurso Direto e Indireto;
•
Elementos Composicionais do Gênero;
•
Divisão do Texto em Parágrafos;
•
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de Formação de Palavras;
•
Acentuação Gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância Verbal/Nominal;
ORALIDADE
•
Tema do Texto;
•
Finalidade;
•
Argumentatividade;
•
Papel do Locutor e Interlocutor;
•
Elementos Extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do Discurso ao Gênero;
•
Turnos da Fala;
•
Variações Linguísticas;
•
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª Série
LEITURA
•
Tema do Texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do Texto;
•
Argumentos do texto;
•
Contexto de produção;
•
Informatividade;
•
Aceitabilidade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Informações Explícitas e Implícitas;
•
Discurso Direto e Indireto;
•
Elementos Composicionais do Gênero;
•
Repetição Proposital de Palavras;
•
Léxico;
•
Ambiguidade;
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
•
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Contexto de produção;
•
Tema do Texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do Texto;
•
Informatividade;
•
Discurso Direto e Indireto;
•
Elementos Composicionais do Gênero;
•
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de Formação de Palavras;
•
Acentuação Gráfica;
•
Ortografia;
•
Concordância Verbal/Nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica.
7ª Série
LEITURA:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Argumentos do texto;
•
Contexto de produção;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
•
Conteúdo temático
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Contexto de produção;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Concordância verbal e nominal;
•
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação
do texto;
•
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras;
sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Argumentos;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª Série
LEITURA
•
Conteúdos temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Intencionalidade do texto;
•
Argumentos do texto;
•
Contexto de produção;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso ideológico presente no texto;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Contexto de produção;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência;
•
Processo de formação de palavras;
•
Vícios de linguagem;
•
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Argumentos;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
•
Marcas linguísticas: cesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
•
Semântica;
•
Adequação da fala ao contexto 9uso de conectivos gírias, repetições, etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
LEITURA
-
Conteúdo temático do texto;
−
Interlocutor;
−
Finalidade do texto;
−
Intencionalidade;
−
Argumentos do texto;
−
Contexto de produção;
−
Aceitabilidade do texto;
−
Informatividade;
−
Situacionalidade;
−
Intertextualidade;
−
Temporalidade;
−
Vozes sociais presentes no texto;
−
Discurso ideológico presente no texto;
−
Elementos composicionais do gênero;
−
Contexto de produção da obra literária;
−
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
−
Progressão referencial;
−
Partículas conectivas do texto;
−
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
−
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido
conotativo e denotativo.
ESCRITA
−
Conteúdo temático;
−
Interlocutor;
−
Finalidade do texto;
−
Intencionalidade;
−
Informatividade;
−
Contexto de produção;
−
Situacionalidade;
−
Intertextualidade;
−
Temporalidade;
−
Referência textual;
−
Vozes sociais presentes no texto;
−
Ideologia presente no texto;
−
Elementos composicionais do gênero;
−
Progressão referencial;
−
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
−
Semântica: operadores; argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
−
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
−
Vícios de linguagem;
−
Sintaxe de concordância;
−
Sintaxe de regência.
ORALIDADE
−
Conteúdo temático;
−
Finalidade;
−
Intencionalidade;
−
Argumentos;
−
Aceitabilidade do texto;
−
Informatividade;
−
Papel do locutor e Interlocutor;
−
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;
−
Adequação do discurso ao gênero;
−
Turnos de fala;
−
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
−
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
−
Elementos semânticos;
−
−
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção do gênero a ser trabalhado e propiciar ao
aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, para que compreenda os
usos da língua e os sentidos estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento
linguístico. Ao fazer esta seleção de gêneros, nas diferentes esferas, o professor, em
conformidade com o Projeto Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano
de Trabalho Docente, observará as características da escola e o nível adequado a cada uma
das séries.
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e básicos e a realidade
da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08,
História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do
Campo.
3. METODOLOGIA
No exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua
sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são
construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo.
Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. Ao compreender o
funcionamento de um texto escrito, o aluno terá a possibilidade de resistência aos valores
socioculturais. A partir do debate, do levantamento de ideias, dos objetivos bem claros, é
possível dar sentido à escrita. A clareza, a coerência e a argumentação serão trabalhadas a
partir de textos publicados ou textos dos próprios alunos. O professor deverá desmontar o
texto, mostrando as estratégias utilizadas na sua elaboração, o nível de clareza, a partir da
coerência e argumentação das ideias.
No percurso da produção de texto, serão trabalhados a opinião, o resumo, a pesquisa, a
entrevista e a notícia. No processo da produção de texto, levar-se-á o aluno a planejar,
escrever, revisar e restruturar seus textos, e que este fato não é motivo para constrangimento,
mas sim para crescimento e apropriação do saber.
O professor propiciará e promoverá atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um
falante cada vez mais ativo e competente, sendo capaz de escutar a voz do outro e, ao mesmo
tempo, adequar o seu discurso ao outro. A oralidade deve estar voltada, sobretudo, à busca da
clareza na exposição de ideias e consistência argumentativa na defesa de ponto de vista. Esse
domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua
visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Quanto à leitura, criar-se-á situações em que o aluno tem oportunidades de estar em
contato com diversos gêneros textuais das diversas esferas de comunicação. Textos estes, que
ele lê, escreve, fala, ouve ou vê, de forma contextualizada. A leitura deve levá-lo a satisfazer
sua necessidade de fantasia, em formação e interação. Conforme as esferas de comunicação
sociais, na esfera cotidiana, serão vistos os textos de adivinhas, álbum de família, anedotas,
comunicados, convites, curriculum vitae. Na esfera literária/artística serão abordados as
autobiografias, biografias, contos, crônicas, esculturas, fábulas, haicai, histórias em
quadrinhos, lendas, literatura de cordel, memórias. Na esfera escolar, serão vistos ata,
cartazes, júri simulados, mapas, palestras, pesquisa, debates, requerimentos, ofícios,
declarações. Na esfera da imprensa e na área da publicidade, observar-se-á agenda cultural,
anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, carta ao leitor e carta do leitor, cartum,
charge, classificados, crônica jornalística, editorial, entrevista, anúncios, comercial de TV, email, folder, fotos, slogam. Nas esferas políticas, jurídica, produção e consumo e midiática, as
abordagens teóricos metodológicas ocorrerão através de abaixo-assinado, assembleia, carta de
emprego e reclamação, boletim de ocorrência, contratos, declaração de direitos, depoimentos,
bulas, manual técnico, blog, chat, desenho animado, entrevistas, home page.
No trabalho com conteúdo do texto serão propostos exercícios com finalidade de
identificar ideias principais e acessórias e, a partir disso, elaborar sínteses.
Por meio da análise linguística, o professor poderá mostrar ao seu aluno como o texto
se organiza, a partir de quais elementos gramaticais (pronomes, advérbios, conjunções) se dá
a costura entre as partes do texto.
A análise linguística deverá reconhecer a importância da norma culta da língua, bem
como as outras variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de
expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz
de enfrentar as condições sociais em que esta inserido e para afirmação da sua cidadania,
como sujeito singular e, ao mesmo tempo, coletivo.
A literatura será trabalhada em sua dimensão estética, buscando formar um leitor
capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de
literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor.
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social e
representa os diversos estágios humanos na história contemporânea. Através dela, podemos
compreender a forma de pensar humana dentro de cada época e de cada estilo.
4. AVALIAÇÃO
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo
de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do
ano letivo. A Lei nº 9394/96 da LDBEN destaca a chamada avaliação formativa, que
considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferente e, por ser
contínua e diagnóstica, aponta a dificuldade, possibilitando que a intervenção pedagógica
aconteça a todo tempo. Dessa forma, contribui para a busca de estratégias nas quais os alunos
possam aprender mais e eficazmente.
A oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a participação do aluno
nos diálogos, relatos e discussões, a clareza ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu
desembaraço, a argumentação ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua
capacidade de adequar o discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações.
A leitura será avaliada através de questões abertas, discussões, debates e outras
atividades, que permitam ao professor avaliar a compreensão, o posicionamento do aluno
diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o mesmo faz a partir do texto.
A escrita será avaliada através da produção de textos, coesos e coerentes, dentro dos
gêneros previstos, ajustando a objetivos e leitores determinados.
Na análise linguística e na literatura os alunos serão avaliadas sob uma prática
reflexiva e contextualizada que lhes permitem compreender os elementos no interior do texto.
O professor avaliará o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção
dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações
estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.).
No processo de avaliação, em todo tempo serão respeitadas as diferenças e se
promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos
que sustentam o pensamento único, padrões pré estabelecidos e conceitos tradicionalmente
aceito, como para construir relações sociais mais generosas e includentes.
5. REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa – 2008.
CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar – Português Linguagens.
Editora Atual - Livro Didático Público de Língua Portuguesa.
ERNANE E NICOLA – Curso Prático de Língua, Literatura e Redação. Editora Scipione;
FARACO & MOURA – Gramática . Editora Ática.
HELENA MARIA, Luft. A Palavra é Sua. São Paulo, Scipione;
Inserção dos Conteúdos de Hist. Cult. Afro-brasileira nos Currículos Escolares: O que
Diz a Lei – Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003;
SUPER INTERESSANTE, Revista.
Orientações Curriculares – Departamento de Ensino Médio – Língua Portuguesa.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
MATEMÁTICA
1. APRESENTAÇÃO
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que
vieram compor a Matemática conhecida hoje. Por volta de 2000 a.C, os Babilônios
acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os
primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações
físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanho e quantidades. Este período foi
marcado pelo nascimento da Matemática. Com a Civilização Grega iniciou-se os primeiros
registros de regras, princípios lógicos e exatidão de resultados. Com os pitagóricos houve as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da matemática na formação das pessoas.
Com os Platônicos a Matemática foi um instrumento para instigar o pensamento
humano.
Por volta do século VI a.C. a matemática se inseriu no contexto educacional grego,
pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para as questões relacionadas, à origem do
mundo. No século V a. C. iniciou as práticas pedagógicas com os Sofistas, com objetivo de
formar homens políticos que deveriam dominar a arte da persuasão.
Já no século V d. C. até o século VII, o ensino teve um caráter religioso, ela era
ensinada somente para atender os cálculos dos calendários religiosos. O século XVI
demarcou um período de sistematização destes conhecimentos matemáticos de grandezas e
variáveis, influenciados pelos estudos da geometria analítica e à
projetiva, o cálculo
diferencial e integral. Também foi uma fase de grande processos científicos e econômicos
aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos: armas
de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuíta contribuiu para o processo
pelo qual a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos das escolas
brasileiras.
No Brasil, destacou-se o professor Euclides de Medeiros Guimarães
Roxo, que
promoveu as discussões rumo às reformas nos programas de matemática, quando defendeu e
solicitou ao Governo Federal a junção das disciplinas aritméticas, álgebra e trigonometria em
uma única, denominada Matemática. Essa junção foi concretizada em 1.928 e repassada a
todos os estabelecimentos de ensino secundário do país , pela Reforma Francisco Campos
(Valente, 1999).
Em 1.931, a tendência escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino
da matemática na Reforma Francisco Campos. A proposta básica da tendência escolanovista
era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O
estudante era considerado o Centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem.
Essa tendência norteou a produção de diversas matérias didáticas de matemática e a prática
pedagógica de muitos professores na Brasil (década de 1.940 até meados da década de 1.980).
Na década de 1.950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica.
Essa tendência baseava –se no “no modelo euclidiano e na concepção platônica de
Matemática”, a qual se caracterizava pela sistematização lógica e pela visão estática, ahistórica e dogmática do conhecimento matemático. O ensino era centrado no professor que
demonstrava os conteúdos em sala de aula, enfatizando o uso da linguagem matemática e o
rigor e as justificativas das transformações algébricas através das propriedades estruturais.
Com a política econômica desenvolvida pelo governo, tomado com o golpe político e
econômico de 1964, foi necessário um redirecionamento da política educacional. Os cursos
profissionalizantes compulsório no segundo grau e a tendência pedagógica tecnicista
contribuíram para que a escola vinculasse, às suas funções, o papel de preparar o indivíduo
para se inserir no mercado de trabalho e ao sistema produtivo.
Na década de 1.970, o caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi
marcante. O método da aprendizagem priorizado
era a memorização de princípios e
fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulações de algorítmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas.
Décadas (1.960 – 1.970) – tendência construtivista surgiu no Brasil. Nesta tendência a
matemática era vista como uma construção constituída por estruturas e relações abstratas
entre formas e grandezas. O construtivismo dava mais ênfase ao processo e menos ao produto
do conhecimento.
A tendência pedagógica socioetnocultural, valorizou aspectos socioculturais da
educação matemática e tinha sua base teórica e prática na Etnomatemática. A matemática
passou a ser vista como um conjunto de conhecimentos universais e bem definidos, passando
a ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. Em uma concepção dialógica.
Em 1984, surgiu no Brasil a Tendência Histórico-crítica, fundamentada no
materialismo histórico, buscava a construção do conhecimento a partir da prática social,
superando a crença na autonomia e na dependência absolutas da educação em face das
condições vigentes, segundo Saviani. Também vista como um saber vivo, dinâmico,
construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas de uma determinada
fase histórica. Essa aprendizagem deve proporcionar ao aluno a construção de significados
às ideias matemáticas, estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar, ter uma visão
de mundo, ter opções diante da vida, da história e do cotidiano, superando o ensino voltado
apenas a memorização, ao desenvolvimento de habilidades e fixação de conceitos.
Em 1998, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – orientavam as práticas
docentes para desenvolver as competências e habilidades e os temas transversais. Na
Matemática, este ensino enfatizou a resolver problemas locais e estimulou a abordagem dos
temas matemáticos.
Em 2003, a SEED, deu início a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais,
priorizando o processo de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e
da disciplina Matemática. É de fundamental importância que o aluno possa apropriar-se do
conhecimento de forma que compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine
claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança, segundo Lorenzato e Vila, 1993.
O objeto de estudo de Matemática ainda está em construção, porém, está centrado na
prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático, segundo Fiorentini e Lorenzato, 2001, e envolve o estudo de processos que
investigam como o aluno compreende e se apropria da própria matemática concebida como
um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., segundo Miguel e
Miorim, 2004, p.70.
Sendo a Educação Matemática uma atividade humana em construção, propõe-se um
ensino que possibilite aos alunos análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e
formulação de ideias. Que a partir do conhecimento matemático nossos educandos ampliem
seu conhecimento, que tenham condições de constatar regularidades, generalizações e
apropriações de linguagem adequada para escrever e interpretar fenômenos matemáticos e de
outras áreas do conhecimento.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO:
− Números e Álgebra;
− Grandezas e Medidas;
− Funções;
− Geometrias;
− Tratamento da Informação.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA ENSINO FUNDAMENTAL:
5ª Série:
Números e Algebra:
- Sistemas de Numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e Divisores;
- Potenciação e Radiciação;
- Números Fracionários;
- Números Decimais.
Grandezas e Medidas
- Medidas de Comprimento;
- Medidas de Massa;
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Tempo;
- Medidas de Ângulos;
- Sistema Monetário.
Geometrias:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
Tratamento da Informação;
- Dados, Tabelas e Gráficos;
- Porcentagem.
6ª Série:
Números e Algebra:
-Números Inteiros;
-Números Racionais;
-Equação e Inequação do 1º grau;
-Razão e Proporção;
-Regra de Três Simples.
Grandezas e Medidas:
- Medidas de Temperatura;
- Medidas de Ângulos.
Geometrias:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias Não-Euclidianas.
Tratamento da Informação:
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e Mediana;
- Juros Simples.
7ª Série:
Números e Álgebra:
−
Números Racionais e Irracionais;
−
Sistemas de Equações do 1º grau;
−
Potências;
−
Monômios e Polinômios;
−
Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas:
− Medidas de Comprimento;
− Medidas de Área;
− Medidas de Volume;
− Medidas de Ângulos.
Geometrias:
− Geometria Plana;
− Geometria Espacial;
− Geometria Analítica;
− Geometrias Não-Euclidianas.
Tratamento da Informação:
−
Gráfico e Informação;
−
População e amostra
8ª Série:
Números e Álgebra:
−
Números Reais;
−
Propriedades dos Radicais;
−
Equação do 2º grau;
−
Teorema de Pitágoras;
−
Equações Irracionais;
−
Equações Biquadradas;
−
Regra de três Composta.
Grandezas e Medidas:
−
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
−
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções:
−
Noção Intuitiva de Função Afim;
−
Noção Intuitiva de Função Quadrática;
Geometrias:
− Geometria Plana;
− Geometria Espacial;
− Geometria Analítica;
− Geometrias Não-Euclidianas.
Tratamento da Informação:
− Noções de Análise Combinatória;
− Noções de Probabilidade;
− Estatística;
− Juros Compostos.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra
− Números Reais;
− Números Complexos;
− Sistemas Lineares;
− Matrizes e Determinantes;
− Polinômios;
− Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e modulares.
Grandezas e Medidas
− Medidas de Área;
− Medidas de Volume;
− Medidas de Grandezas Vetoriais;
− Medidas de Informática;
− Medidas de Energia;
− Trigonometria.
Funções
− Função Afim;
− Função Quadrática;
− Função Polinomial;
− Função Exponencial;
− Função Logarítmica;
− Função Trigonométrica;
− Função Modular;
− Progressão Aritmética;
− Progressão Geométrica.
Geometrias
− Geometria Plana;
− Geometria Espacial;
− Geometria Analítica;
− Geometrias Não-Euclidianas.
Tratamento da Informação
− Análise Combinatória;
− Binômio de Newton;
− Estudo das Probabilidades;
− Estatística;
− Matemática Financeira.
3. METODOLOGIA
Nos encaminhamentos metodológicos, propõe-se articular os conteúdos estruturantes
com os específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico
abandonando as abordagens fragmentadas, como se os conteúdos existissem em patamares
distintos e sem vínculos, afinal o significado curricular de cada disciplina não pode resultar
de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam, segundo
Machado, 1993.
Os conteúdos propostos serão abordados por meio das tendências metodológicas,
promovendo a articulação do conteúdo matemático, com a resolução de problemas,
etnomatemática, História da matemática, investigação, modelagem, mídias tecnológicas e
investigações matemáticas .
Resolução de problemas – o aluno aplicará seus conhecimentos adquiridos em novas
situações para resolver a questão proposta. Utilizar da metodologia como exposição oral e
resolução de exercícios, tornando as aulas mais dinâmicas. As etapas da resolução de
problemas são: compreender o problema; destacar informações, dados importantes do
problema, para a sua solução; elaborar um plano de resolução; executar o plano; conferir
resultados; estabelecer nova estratégia, até chegar a uma solução aceitável ( Polya, 2006). Na
Etnomatemática, o papel é o de reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático. Essa metodologia é uma importante fonte de
investigação da Educação matemática, pois valoriza a história dos alunos, reconhecendo e
respeitando a suas raízes culturais. No aspecto cognitivo, revela-se que o aluno é capaz de
reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas ás novas circunstâncias e
ampliando seus fazeres e saberes. Relacionar o conteúdo com o ambiente do indivíduo e suas
manifestações culturais e relações de produção e trabalho. A Modelagem matemática, tem
como pressuposto a problematização de situações do cotidiano e propõe a valorização do
aluno no contexto social, problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Os fenômenos diários, sejam eles físico, biológicos e sociais, são elementos para
análise críticas e compreensões diversas de mundo. Possibilita a intervenção do aluno nos
problemas reais do meio social e cultural em que vive, contribuindo para sua formação crítica.
Portanto, é uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não só para uma
situação particular, mas como suporta para outras aplicações e teorias. As Mídias
Tecnológicas dinamizam os conteúdos e potencializam o processo pedagógico. Os recursos
tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, etc.,
favorecem as experimentações e potencializa formas de resolução de problemas.
Abordar atividades com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da
disciplina, que é a experimentação. De posse desses recursos, os alunos argumentam e
conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação. A Internet
favorece a formação de comunidades virtuais, que relacionadas entre si, promovem trocas e
ganhos de aprendizagem.
A História da Matemática, deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o
pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. Tem como objetivo que os
alunos compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. É
um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na
busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita o aluno
analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A investigação Matemática, pode ser desencadeada a partir de resolução de simples
exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Um problema é uma questão para a
qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, ele não dispõe de um método que
permita a resolução imediata; enquanto que um exercício é uma questão que pode ser
resolvida usando um método já conhecido. Diferentemente, na investigação, o objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método deverá ser indicado através de
uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. O aluno
é chamado a agir como um matemático, não apenas para propor questões, mas porque
formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, os alunos precisam verificar
qual é a mais adequada à questão investigada e realizar provas e refutações, discutindo e
argumentando com os colegas e professor. Investigar significa procurar conhecer o que não
sabe é objetivo maior de toda ação pedagógica.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação acontecerá ao longo do processo do ensino-aprendizagem, com
metodologias que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do
aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada
por ele. Os critérios gerais estão estabelecidos no Regimento Escolar e o específico da
disciplina no Plano de Trabalho Docente. Os mesmos são claros e os resultados servirão para
que o professor possa intervir na aprendizagem quando necessário, proporcionando novas
oportunidades para aprender e também refletindo sobre o seu trabalho e coletando dados
sobre as dificuldades de cada aluno. Serão utilizados diferentes instrumentos nesse processo
avaliativo: avaliações escritas orais e de demonstração por meio de ferramentas e
equipamentos como materiais manipuláveis, computador e calculadora, pesquisas, trabalhos
em grupos e individuais etc. .
O professor valorizará as noções que o aluno traz de sua vivência relacionando-os
com os novos conhecimentos abordados nas aulas de matemática.
A Recuperação de Estudos ou Recuperação Paralela, se realizará com retomada dos
conteúdos que os alunos não apropriaram,
sempre que necessário, com instrumentos e
critérios diversificados de acordo com o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.
5. REFERÊNCIAS
A conquista da matemática – José Rui Giovanni Jr. e Benedicto Castrussi.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
MATEMÁTICA. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
Matemática fundamental – Giovanni e Bonjorno.
Matemática aula por aula – Claudio Xavier da Silva e Benigno Barreto Filho.
Matemática completa – Giovanni e Bonjorno
Matemática_Fazendo a Diferença – Bonjorno e Ayrton
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001
MIORIM, M.A. Introdução a História da Educação Matemática. São Paulo: Atual, 1998.
BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard, 1996
Livro Didático Público de Matemática
QUÍMICA
1. APRESENTAÇÃO
A história da química está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento das
civilizações, a partir das primeiras necessidades do homem pré-histórico. O fato mais
importante praticado pelo homem nessa época foi à descoberta do fogo. Quando o ser
humano dominou a técnica de iniciar e manter o fogo, ele pode provocar novas
transformações. O calor foi empregado para cozinhar, modificando a textura, a cor, o sabor
dos alimentos. O barro pode ser cozido, e objetos, como potes para armazenar águas e
alimentos, foram fabricados.
Na Idade Antiga, egípcios, gregos, fenícios e chineses, entre outros, obtiveram metais
(ouro, ferro, cobre, chumbo, etc.), vidro, tecidos, bebidas alcoólicas (vinho e cerveja), sabões,
perfumes e duas ligas metálicas: o bronze (cobre e estanho) e a aço (ferro e carvão). No
Antigo Egito, o fato mais notável foi à mumificação de cadáveres. Na Grécia, se destacou a
defesa da constituição atômica da matéria.
Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia desenvolveu-se
simultaneamente entre os árabes, egípcios, gregos e chineses. Os alquimistas utilizaram a
teoria dos quatro elementos para explicar as várias formas de composição da matéria.
Entretanto, a manipulação da matéria, que ocorria havia milênios na oficina do artesão e que
continuaria ocorrendo no laboratório do alquimista, baseava-se em conhecimentos muito
anteriores, impregnados de magia, que conflitavam com a filosofia de aristotélica. Os
alquimistas buscavam obter o elixir da longa vida; conseguir a pedra filosofal, que permitia
transformar um metal comum (ferro, cobre, chumbo, etc.) em ouro. Tentando atingir esses
objetivos, os árabes obtiveram muitas substancias (álcool, ácido clorídrico, ácido nítrico,
ácido sulfúrico, água-régia, etc.) e construíram apetrechos químicos usados até hoje
(almofariz e alambique, etc.).
Durante a Idade Moderna surgiu a química médica ou latroquímica (século XVII).
Nessa época, os químicos, liderados pelo suíço Paracelço, abandonaram as duas metas
alquimistas e passaram a descobrir substâncias que curavam doenças. Paracelço se contrapõe
à versão aristotélica dos quatro elementos ao apresentar a teoria dos três princípios. Segundo
ela, a matéria seria formada por sal, enxofre e mercúrio, três princípios básicos que
representavam o comportamento das substâncias que tinham esses nomes. O sal seria
responsável pelo estado sólido; o enxofre responsável pela natureza inflamável; o mercúrio,
pelo estado vaporoso ou líquido da matéria.
No final do século XVIII, durante a Revolução Francesa, a Química, torna-se uma
ciência exata. O químico Lavoisier descobriu que, durante as transformações químicas e
físicas, ocorre a conservação da matéria (Lei da Conservação da Matéria). Foi Lavoisier que
se iniciou, na Química, o método científico, que estuda os porquês e as causas dos
fenômenos.
Embora a ciência Química tenha surgido com o cientista Lavoisier, a Química
Tecnológica só vai ter lugar a partir da Primeira Guerra Mundial e ganhar impulso com a
Segunda Guerra.
Graças à Química tecnológica puderam ser construídos aparelhos que permitem a
execução práticas das teorias e também a descoberta de centenas de novas substâncias muitas
das quais importantes para a humanidade.
Portanto, a Química participa do desenvolvimento cientifico tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance econômico, social e
político. A sociedade e seu cidadão interagem como conhecimento científico mais avançado
possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere.
A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em um
processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um. Os conteúdos estruturantes do
ensino de Química no ensino médio estão calcados em: MATÉRIA E SUA NATUREZA,
BIOGEOQUÍMICA E QUÍMCA SÍNTÉTICA. Se o objeto de estudo é: substâncias e
matérias, sustentado pela tríade: Composição, propriedades e transformação.
O ensino de química tem como objetivo despertar no aluno à vontade e o interesse
pela pesquisa cientifica, a descoberta e a redescoberta, enfatizando sua relação com a vida
cotidiana, através de experimentos. Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos
químicos e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual. O conhecimento
químico não deve-ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e
acabados, mais sim uma construção da mente humana, em continua mudança. O ensino de
química deve possibilitar ao aluno a compreensão do processo e elaboração desse
conhecimento com seus avanços, erros e conflitos.
Particularmente apresentamos abaixo os seguintes objetivos:
- Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da química (livros, jornais, manuais, revistas, computador, etc.).
- Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias e modelos) para
resoluções de problemas qualitativos e quantitativos em química, identificando e
acompanhando as variáveis relevantes.
- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química, selecionando
procedimentos experimentais pertinentes.
- Reconhecer aspectos químicos relevante na interação individual e coletiva do ser humano
com o ambiente.
- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da
química e da tecnologia.
- Identificar na natureza os elementos químicos, conhecendo suas transformações,
concentrações, seu equilíbrio e a importância para o ciclo vital;
- Compreender os conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e mudar
sua atitude em relação a ele.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São conteúdos estruturantes de química:
- Matéria e sua natureza: É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua
natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos
estruturantes. A abordagem da história da Química é necessária para a compreensão de teorias
e, em especial, dos modelos atômicos.
- Biogeoquímica: a química sempre esteve associada à natureza e a sua finalidade na vida das
pessoas, seja ela na velocidade com que se processa uma fermentação para transformação da
uva em vinho, seja ela na digestão que auxiliada pelo ácido clorídrico existente no estômago
seja ela no oxigênio que do mar vai para a terra, vai para o ar e retorna ao mar.
- Química sintética: O avanço das tecnologias permitiu que o homem tivesse cada vez mais
conforto no seu cotidiano, sendo assim desenvolveram-se fertilizantes para cada um maior
aproveitamento das plantações, a fibra óptica que permite que a comunicação se torne ágil, os
conservantes para que os alimentos não pereçam rapidamente.
Todos os conteúdos estruturantes se inter-relacionam, e desta forma é possível iniciarse por um conteúdo estruturante e permear por outros conteúdos estruturantes.
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
- MATÉRIA
- SOLUÇÃO
- VELOCIDADE DAS REAÇÕES
- EQUILÍBRIO QUÍMICO
- LIGAÇÃO QUÍMICA
- REAÇÕES QUÍMICAS
- RADIOATIVIDADE
- GASES
- FUNÇÕES QUÍMICAS
Os temas: História e a Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, educação do
campo, inclusão agenda 21 escolar, educação ambiental, sexualidade e prevenção ao uso
indevido de drogas e permearão os conteúdos.
3. METODOLOGIA
Será abordado o ensino de química voltado a construção/reconstrução de significados
dos conceitos científicos na sala, ampliando a compreensão dom conhecimento científico e
tecnológico par alem do domínio estrito dos conhecimentos de química, o aluno ter contato
com o objeto de estudo da matéria e suas transformações, numa relação de dialogo onde a
aprendizagem dos conceitos químicos se realizem no sentido da organização do
conhecimento científico. A Química será tratada com o aluno de modo a possibilitar o
entendimento do mundo e sua interação com ele. O ensino – aprendizagem na disciplina de
química será baseada nas interações aluno-aluno, aluno-professor e aluno-professor-objeto do
conhecimento. E para que estas interações ocorram com sucesso serão utilizados os seguintes
recursos:
− Leitura de texto, onde o importante será a discussão de ideias;
− Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório e visando a construção e
ampliação de conceitos;
− Demonstrações experimentais, como recursos para coletas de dados e posterior discussão;
− Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras;
− Aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de estudo;
− Audio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de
discussão pré e pós atividades áudio-visual e deve facilitar a construção e ampliação dos
conceitos;
− Informática, como fonte de dados e informações;
− Acesso à internet;
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações
recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,
portanto, está sujeita as alterações no seu desenvolvimento.
Esse tipo de avaliação leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o
processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a
aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo
educacional no coletivo da escola.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos”.
Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos
prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa
(re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas, sociológica, ambiental e
experimental dos conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre
outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo
de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates
conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas, ou
seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem e
da avaliação.
Na avaliação não poderá separar a teoria da prática, antes, considerar as estratégias
empregadas pelos alunos na articulação e análise dos experimentos com os conceitos
químicos, na perspectiva crítica.
5. REFERÊNCIAS
BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
CHASSOT, A. Educação Conciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.
Diretrizes Curriculares Nacionais.
FELTRE, R. Química. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.
GOLD FARB, A. M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001.
LEVORATO, A. R. Et. Al. Química: Ensino Médio. 1ª ed. Curitiba: SEED-PR.
Cargraphics, 2006.
NÓBREGA, O. S. et al. Química: volume único. 1ª ed. São Paulo: Ática 2008.
NOVAIS, V. Química. São Paulo: Ed. Atual, v. 1; 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de
Ensino de Segundo grau. Reestruturação do Ensino de 2° grau – Química. Curitiba:
SEED/DESG, 1993.
PINTO, A. Ciência e existência. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat - 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos novas praticas. Petrópolis: Vozes, 1998.
SARDELLA, A., MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3ª ed. São Paulo:Ática,
1992.
SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo; Ática, 2004.
VIDAL, B. História da Química. Lisboa: Edições 70, 1986.
Livro Didático Público de Química
SOCIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO
A consolidação da sociologia como ciência da sociedade ocorreu no final do século
XIX. O capitalismo neste período se configurava como uma nova forma de organização da
sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Com isso, surgiram teorias indagadas
e explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos.
Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender,
explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder,
institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração
ou igualdade.
A adoção da disciplina nos cursos ocorreu em 1891, início da República, vinculada à
disciplina de moral. Em 1901, o Decreto n. 3809, de 1º de janeiro retirou a disciplina dos
currículos escolares, retornando em 1925, na escola Secundário do Colégio Pedro II, Rio de
Janeiro. Em 1928 foi ministrada nas Escolas de formação de professores ou nos cursos de
Direito, Ciências Médicas, Arquitetura e Engenharia.
Em 1930 criam-se os cursos superiores de Ciências Sociais na escola livre de
Sociologia Política de São Paulo e da Universidade de São Paulo, possibilitando o
desenvolvimento da pesquisa sociológica e também na formação de técnicos e intelectuais.
Já em 1942 retirou-se a obrigatoriedade do seu ensino nas Escolas secundárias.
Por volta de 1970, já no período da ditadura militar, estava excluída das grades
curriculares dos cursos secundários, permanecendo apenas nos cursos do magistério.
Com a Lei 5.692/71 instituiu-se a obrigatoriedade do ensino profissional, no 2º grau e
outras disciplinas e foram criadas: Educação Moral e Cívica, organização Social e Política
Brasileira e Ensino Religioso, de caráter moral e disciplinador.
A partir de 1982 alguns estados brasileiros movimentaram-se para sua inclusão no
Ensino Médio. Movimento este, que, em 1989, com a promulgação das novas Constituições
dos estados brasileiros tiveram frustadas suas novas tentativas de implantação.
Com a promulgação da L.D.B. ( Lei 9394/96, no seu art. 36, 1º, inciso II), abriram-se
novas perspectivas para a inclusão de Sociologia nas grades curriculares. No entanto, sua
obrigatoriedade e especificidade no Ensino Médio não foram garantidas.
Na atualidade não há mais espaço para discussões neutras, como fazia no séc. XIX. A
Sociologia tem a função de ir além da leitura e da interpretação teórica da realidade. Haja
vista, a necessidade de desconstruir e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como
irrefutáveis, de forma a melhorar o senso crítico, transformar a realidade para se conquistar
participação mais ativa na sociedade.
Sendo assim, a disciplina de Sociedade visa subsidiar o aluno para compreender a
totalidade social, como fenômeno contraditório, resultado de relações sociais complementares
e antagônicas, repensando os fatos sociais, a partir das teorias sociais e do conhecimento
científico.
Reelaborar os fatos do cotidiano, relacionando-os com a realidade social é a sua
função. A disciplina possibilitará a superação do conhecimento ingênuo, chegando-se à
definição dos sujeitos sociais como seres capazes de intervir e transformar a realidade social.
Os instrumentos para isso, devem privilegiar o conhecimento e a explicação da
sociedade através das inúmeras formas, como seres humanos organizam, trazendo à tona a
complexidade dessas relações e as suas consequências para a coletividade. Vale lembrar a
necessidade do enfoque ao que preceitua a lei n. 10639/03 e 11645/08 referente à História e
Cultura Africana, ressaltando a contribuição da população negra à formação brasileira. Da
mesma forma, enfatizando as demais demonstrações das culturas: do campo, do indígena e
dos demais povos que integram a complexa formação do povo brasileiro.
Portanto, a disciplina de Sociologia proporciona a compreensão da totalidade social
como fenômeno contraditório, resultado de relações sociais a partir das teorias sociológicas e
do conhecimento científico, percebendo que assim, os atores sociais são capazes de prática
cidadã, transformadora da realidade.
O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se
estabelecem no interior dos grupos na sociedade , como se estruturam e atingem as relações
entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e
a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo não
existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do
trabalho do professor.
.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
−
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais;
−
Cultura e Indústria Cultural;
−
Trabalho, Produção e Classes Sociais;
−
Poder, Política e Ideologia;
−
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
2.1. CONTEÚDOS BÁSICOS:
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
−
Processo de Socialização;
−
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
−
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos etc).
Cultura e Indústria Cultural
−
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
−
Diversidade cultural;
−
Identidade;
−
Indústria cultural;
−
Meios de comunicação de massa;
−
Sociedade de consumo;
−
Indústria cultural no Brasil;
−
Questões de gênero;
−
Culturas afro brasileiras e africanas;
−
Culturas indígenas
Trabalho, Produção e Classes Sociais
−
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
−
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
−
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
−
Globalização e Neoliberalismo;
−
Relações de trabalho;
−
Trabalho no Brasil.
Poder, Política e Ideologia
−
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
−
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
−
Estado no Brasil;
−
Conceitos de Poder;
−
Conceitos de Ideologia;
−
Conceitos de dominação e legitimidade;
−
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
−
Direitos: civis, políticos e sociais;
−
Direitos Humanos;
−
Conceito de cidadania;
−
Movimentos Sociais;
−
Movimentos Sociais no Brasil;
−
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
−
A questão das ONG's
Serão contextualizados de acordo com os conteúdos específicos e básicos e a realidade
da escola, os Desafios Educacionais Contemporâneos, História e Cultura Afro-brasileira e
Africana – Lei nº 10.639/03 e História e Cultura Afro-brasileira e Indígena – Lei 11.645/08,
História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio - Lei nº 13.381/01 e Educação do
Campo, bem como as temáticas da Diversidade.
3. METODOLOGIA
A Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes
os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, deve
recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar
pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor
metodológico que a ciência requer.
O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além
do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo
que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com
as transformações socioeconômicas, culturais e políticas contemporâneas. Sugere-se que a
disciplina seja iniciada com uma contextualização da construção da Sociologia, enfocando a
modernidade como recorte histórico necessário para essa compreensão. Em vez de receber
respostas prontas, a Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar
respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na
família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc. O professor
pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado a realidade que lhe cerca,
desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e
cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados. Considerar sua especificidade
etária e em sua diversidade cultural, além de importantes aspectos como a linguagem,
interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais. Também as peculiaridades da
região e a origem do aluno, para que os conteúdos respondam os questionamentos desse
grupo social. O professor deve utilizar de metodologias que coloquem o aluno como sujeito
de seu aprendizado, provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos
prévios e a reconstruir saberes.
Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos: Aulas
expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições, quando possível; exercícios
escritos e oralmente apresentados e discutidos, leituras de textos: clássico-teóricos, teóricocontemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; debates e seminários de temas
relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos. A pesquisa de campo
pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a
pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base
para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos
conteúdos como visita a museus, parques ecológicos e até mesmo uma caminhada pelos
arredores da escola, desde que o aluno seja levado a articular aquilo que for apreendido neste
exercício aos conteúdos desenvolvidos em aula.
Um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, é passível de leitura
pelos alunos. É preciso que o professor proponha uma interpretação analítica e contextual e,
assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: o filme não deve estar relacionado somente
ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; aspectos da ficha
técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a
direção, premiações, assunto da obra, onde quando se passa; a elaboração de um roteiro que
contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor
compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que
possam estar correlacionadas; a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às
teorias sociológicas e à realidade histórica referida, a sistematização das análises a partir do
filme e/ou vídeo, por ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de
expressão, visual, musical, literário, para completar a atividade.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de Sociologia, pauta-se numa concepção formativa e
continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos
objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise
“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o
melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a
avaliação constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da realidade à
volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram
dificuldades. A avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a
reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende
continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e
possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Significa considerar como critérios básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da
ciência, articulados com a prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada
teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na
forma de olhar e compreender os problemas sociais.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos
ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem
ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos
que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo
aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
A Recuperação de Estudos, se realizará com retomada dos conteúdos que os alunos
não apropriaram, sempre que necessário, com instrumentos e critérios diversificados de
acordo com o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.
5. REFERÊNCIAS
CARVALHO, Lejeune. Mato Grosso de (org.).Sociologia e ensino em debate. Unijuí, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED/DEB,2008.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PACHECO, Ricardo e MENDONÇA, Erasto F. Educação, sociedade e trabalho:
Abordagem sociologia da educação. Brasília: UNB, 2006.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat - 2011.
SZTOMPKA, Piotr. A sociologia da mudança social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1998.
Livro Didático Público da Disciplina de Sociologia
PROGRAMAS E PROJETOS - SALA DE RECURSOS
1. APRESENTAÇÃO
Sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e
complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries.
Atende alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5º a 8º séries,
egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com
atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência intelectual e que
necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no progresso de
aprendizagem na Classe Comum, de acordo com a definição da instrução 05/04.
As atividades nestas salas seguem uma dinâmica de trabalho condizente com as
dificuldades e necessidades dos alunos e dos recursos a serem adaptados.
2. OBJETIVOS GERAIS
−
Desenvolver o trabalho na Sala de Recursos a partir dos interesses, necessidades e
dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo subsídios
pedagógicos e contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum;
−
Elaborar a programação e observar as áreas de desenvolvimentos (cognitivo, motor,
socioafetivo – emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no
processo educacional para atingir o currículo da Classe Comum;
−
Retomar os conteúdos pedagógicos defasados das series iniciais, com metodologia e
estratégias diferenciadas, garantindo o seu domínio e sua consolidação;
−
Oportunizar e exercitar o desenvolvimento de suas habilidades adaptativas: sociais, de
comunicação, cuidado pessoal e autonomia.
Conteúdos a serem desenvolvidos na Sala de Recursos:
−
O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos devera partir dos interesses,
necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo
subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe
Comum.
−
A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do desenvolvimento
(cognitiva, motora, socioafetiva-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e
conteúdos defasados no processo de aprendizagem, para atingir currículo da Classe
Comum.
−
Serão trabalhados conteúdos das áreas do conhecimento: Língua Portuguesa e
Matemática.
−
Os conteúdos pedagógicos defasados, das series iniciais, deverão ser trabalhados com
metodologias e estratégias diferenciadas.
3. METODOLOGIA
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deverá ser confundido com reforço
escolar (repetição de conteúdo da prática educativa da sala de aula).
O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da Classe
Comum, quanto às adaptações curriculares, avaliações e metodologias que poderão ser
utilizadas na sala de aula, em atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais.
Serão utilizados jogos visando desenvolver os aspectos motores, linguísticos, lógico –
matemáticos, musical espacial, como suporte ao aprendizado, através de momentos lúdicos e
prazerosos.
Os alunos serão atendidos em grupo ou individualmente conforme as necessidades de
cada educando.
Utilização de jogos em grupos e brincadeiras que envolvam dramatização para
desenvolver linguagem, o pensamento, a concentração e atenção.
Propor momentos de leituras com diversos portadores de textos, em grupo ou
individualmente.
Buscar ajuda com profissionais da área educacional ou da saúde, sempre que houver
necessidade.
Realizar adaptações curriculares juntamente com os professores do ensino comum, em
função dos conteúdos, objetivos, avaliações, tempo, realidade e espaço físico de acordo com
as peculiaridades do aluno.
RECURSOS
Jogos:
−
De tabuleiro;
−
De quebra-cabeça;
−
De cartas;
−
Coletivos, de duplas e individuais;
−
De estratégias...
−
Livros de literatura infantil e infanto-juvenil;
−
Gibis, revistas, coquetel;
−
Fantoches;
−
Bolas, corda, bambolê, petecas e objetos feitos de sucatas;
−
Televisão, radio, aparelho de DVD, vídeo cassete, laboratório de informática;
−
Outros...
4. AVALIAÇÃO
A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do Ensino
Regular, pelos professores da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico –
pedagógica da Escola, com assessoramento de uma equipe multidisciplinar, enfocando os
conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, alem das áreas do
desenvolvimento, em seguida o aluno é encaminhado para uma avaliação psicológica e
quando houver suspeita de distúrbios de aprendizagem o aluno será encaminhado aos
profissionais da área psicológica, fonoaudiológica, especialista em psicopedagogia e outras
que se fizeram necessárias.
A avaliação será contínua no contexto escolar, através de observação e relatórios do
aluno.
A reavaliação dos processos de interatividade educacional deverá ser periódico com
propósito de readequação ou modificação da metodologia de ensino.
O desligamento do aluno no programa que não necessita mais apoio especializado,
será efetuado por meio de relatórios elaborados, pelos professores da Sala de Recursos,
Classe Comum e Equipe Pedagógica.
5. REFERÊNCIAS
AÇÕES EMERGENCIAIS SALA DE RECURSOS DE 5º À 8ª SÉRIES, fevereiro – 2008
Documento 1 e 2;
DIRETRIZES CURRICULARES – 2006;
INSTRUÇÃO Nº05/04;
KISHIMOTO,T.M. Jogos Tradicionais Infantis. São paulo: Sala de Recursos Vozes, 1993;
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Lovat – 2011.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Lovat – 2011.
VIGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. Tradução de NETO, J. C. e colaboradores.
Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
6. MARCO OPERACIONAL
A Educação não tem fórmula pronta a seguir, a fórmula é criada, desvendada a cada
passo em que estimulamos os nossos alunos. Estes por sua vez, têm seus conhecimentos
prévios que devemos levar em consideração para acrescentar nessa “fórmula” do educar.
Inserir a história da comunidade no currículo da escola é importante, serve de motivação no
processo de ensino-aprendizagem.
Desta maneira, o coletivo do Colégio Estadual Lovat – Ensino Fundamental e Médio,
discute, reflete e busca soluções para o enfrentamento dos desafios que apresentam no dia a
dia.
Citamos algumas ações para solucionar os problemas do cotidiano escolar:
Os professores têm utilizado o Laboratório de Informática para a preparação de
atividades, provas e pesquisas. Os alunos utilizam para realizar pesquisas, leitura de textos e
imagens e jogos educativos, tanto acompanhados pelo professor, como também no horário de
contra turno. Devido o número reduzido de computadores e não ter um agente de execução,
há a necessidade do professor dividir a turma em dois grupos, sendo que um grupo utiliza o
laboratório e outro realiza atividades em sala de aula, o que dificulta o trabalho pedagógico.
A escola busca coletivamente, soluções para enfrentar os problemas disciplinares e
de aprendizagem. Quando há reclamações dos professores na hora atividade sobre a
indisciplina de vários alunos de determinada turma, primeiramente, é realizada uma reunião
entre direção, pedagoga, professores e alunos para dialogar e detectar as causas e tentar
resolver no coletivo. Não resolvendo, os pais são convocados para juntos decidirem, que
medidas são tomadas a partir daquele momento. Não ocorrendo a mudança de
comportamento, o caso é tratado individualmente com o aluno e se necessário juntamente
com os pais. E como última medida a ser tomada, o aluno é submetido à análise do Conselho
Escolar.
Em caso de dificuldades na aprendizagem, a pedagoga convoca os pais para dialogar,
orientar sobre as atividades e as responsabilidades escolares do filho e buscando juntos,
soluções para melhorar a aprendizagem. Todas as medidas como: reuniões, diálogo com o
aluno, convocações de pais, são registrados em atas, ocorrências ou fichas individuais.
Devido a necessidade urgente, foi solicitada à Secretaria de Estado da Educação, sob
protocolo nº 07.579.294-8, a construção de mais um pavilhão e ampliação do prédio, com
mais sala de aula, sala de reunião, Biblioteca e Laboratório de Química, Física e Biologia. Até
o presente momento, foi aprovada pelo Governo Estadual a construção de 03 salas de aula em
parceria com o Município. Construção prevista para este ano de 2012.
No período da manhã funcionam 01 turma do Ensino Fundamental (9º Ano), 03
turmas do ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª Séries), 01 Sala de Recursos, 01 Sala de Apoio/6º Ano e
01 Atividade Complementar Curricular (Futsal).
No período da tarde funcionam 03 turmas do Ensino Fundamental (6º, 7º e 8º Ano), 01
Sala de Apoio/9º Ano e 02 Atividade Complementar Curricular (Futsal). Para realizar os
trabalhos que necessitam de maior atenção por parte da pedagoga, se torna impossível dar
conta no prazo estipulado, pois além do trabalho burocrático, a pedagoga atende, alunos,
pais, professores e outros.
Neste ano, a direção solicitará a Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, aumento de demanda para mais um pedagogo.
As reuniões do Conselho Escolar, são realizadas mensalmente, no período da noite e
quando necessário, são convocadas reuniões extraordinárias.
Conforme consta na Orientação nº 01/11-GS/SEED do item 1,“Os Professores,
Pedagogos, Agente Educacional I e II, Agente de Apoio e Agente de Execução que se
afastarem de suas funções em licenças legalmente concedidas, por período superior a 15 dias
consecutivos, serão substituídos até o retorno ao trabalho”, mas na realidade a lei não está
sendo cumprida, pois a escola necessitou de substituto e não teve. Portanto, para resolver o
problema, a direção fez um acordo em 2011 com as duas Agentes Educacionais II, para que
uma possa sair em licença especial no mesmo ano e a outra no ano seguinte. A direção
entende que é de direito de todos os funcionários usufruírem destas licenças.
Na falta de professores por atestado médico, é solicitado aos mesmos que deixem
atividades para serem aplicadas pela pedagoga e desenvolvidos em sala de aula com os
alunos, evitando aulas vagas.
Em relação a evasão escolar, a escola tomará as medidas cabíveis, porém quando o
aluno persistir em não retornar as aulas, será necessário solicitar do Conselho Tutelar ações
efetivas que solucionem os casos encaminhados pelo estabelecimento.
Foi construído o muro de contenção em toda extensão da quadra poliesportiva, para
evitar a invasão de areia e o desmoronamento do barranco localizado em uma das laterais da
quadra.
Implantação do Programa de Atividade Complementar Curricular em Contra
turno, para os alunos do Ensino Fundamental e Médio. Os alunos podem ocupar o tempo
livre no período contra turno, praticando esporte, evitando a presença do aluno em horário
não permitido pela escola. Nos casos em que alunos estranhos insistem em invadir o ambiente
escolar para jogar bola com nossos alunos, a direção/pedagoga solicita a presença da Patrulha
Escolar.
Durante a reforma da escola, a TV Paulo Freire foi retirada da sala dos professores,
que antes, permanecia ligada para que os professores pudessem assistir aos programas no
momento da hora atividade.
Ações que serão desenvolvidas relacionado a Ensino Fundamental de 09 anos:
Articulação entre diretores e pedagogos das escolas municipais e estaduais para
estudos da proposta pedagógica curricular e as concepções sobre alfabetização, letramento,
infância e adolescência.
Capacitação com os professores na hora atividade e pedagoga, com leitura do caderno
de orientações pedagógicas para os anos inicias do ensino fundamental de 09 anos,
metodologias diversificadas envolvendo o lúdico, concepção de alfabetização, letramento,
infância e adolescência e a instrução nº 008/2011- SUED/SEED.
Reunião com pais no início das aulas, para informar e esclarecer sobre a Lei da
implantação do ensino de 09 anos, avaliação com o acompanhamento dos pais, metodologia e
procedimentos gerais.
Ações que a escola desenvolve durante o ano letivo:
Os Representantes de Turma e os Vice-representantes são eleitos pelos alunos no
início do primeiro semestre, de forma democrática para dar oportunidade a todos. Suas
funções são desde as mais simples como, dar avisos até nas atividades mais complexas, como
reunir e coordenar a turma para discussão e reflexão sobre os problemas, dificuldades e
tomada de decisões.
O representante e o Vice de cada turma participam do Conselho de Classe,
reivindicando e ponderando sobre os pontos negativos e positivos das disciplinas. Também
ouvem e repassam aos demais alunos as orientações dos professores. Deve ser capaz de ouvir
a turma e expressar as opiniões e necessidades junto ao Conselho ou perante a Pedagoga ou
Direção. Recebe orientação permanente da Pedagoga.
O Conselho de Classe é realizado em todo final do bimestre, junto com os
Professores, Pedagoga, Direção e Representante de Turma. O objetivo é analisar, discutir e
refletir sobre o desempenho dos alunos, seus avanços e suas dificuldades na aprendizagem.
Discute as causas prováveis das dificuldades que o aluno está encontrando na aprendizagem e
busca no coletivo, soluções ou medidas a serem tomadas.
O pré-conselho é realizado na hora atividade do professor, pela pedagoga, com
preenchimento da ficha, nas quais nomeiam os alunos que estão com problemas de
aprendizagem, indisciplina, desinteresse e outros. Posteriormente, conversar com o aluno e se
necessário com os pais, buscando melhorar a aprendizagem do filho/aluno.
Também, no pré-conselho com os alunos, a pedagoga dialoga com cada turma,
analisando coletivamente, as dificuldades de aprendizagem ou mesmo no relacionamento com
professores e colegas. As dificuldades são pontuadas pelo representante e vice e levadas para
o Conselho de Classe para a efetiva busca de soluções, seja ela com alunos ou mesmo com
algum professor.
No pós-conselho dos professores, a Direção/Pedagoga orienta os alunos
individualmente e quando necessário, convoca os pais para as devidas orientações, registradas
em atas. E o professor reforça a atenção individual para o aluno, cujo rendimento ficou
abaixo das expectativas. No pós-conselho com os alunos, a pedagoga/direção conversa com o
professor, cujo nome foi elencado no momento do pré-conselho, expondo, trocando ideias e
opiniões, buscando soluções para melhorar o relacionamento professor/aluno e a
aprendizagem da turma, se necessário o próprio professor dialoga com a turma.
O conteúdo referente à História do Paraná será contextualizado, envolvendo todas as
disciplinas, conforme Plano de Trabalho Docente.
Com o objetivo de valorizar a cultura dos povos do campo e a importância do
trabalho destes, resgatando a sua origem e identidade. Ações que serão realizadas envolvendo
as diversas disciplinas junto a comunidade escolar: Pesquisa sobre o nome e a origem do
distrito. Fazer um levantamento da cultura popular local (folclore, receitas caseiras, ervas
medicinais, jogos, brinquedos e brincadeiras locais, cantigas) e produção agrícola do distrito.
Os dados coletados (fotos, depoimentos, vídeos e outros materiais) serão disponibilizados
num “blog” que será desenvolvido pelos alunos com a colaboração dos professores.
A Formação Continuada dos Professores, além de cursos de Capacitação realizados
pela SEED e outros, é realizada na Hora Atividade do professor. A Equipe Pedagógica e
Direção promovem e coordenam discussões, estudos e trabalhos para um aperfeiçoamento
constante do professor, analisando artigos de revistas, vídeos, textos, CDS educativos, como
atualização e conteúdos que abrangem temas educativos a serem trabalhados com os alunos
em sala de aula. A hora atividade, também é utilizada pelo professor para planejamento,
correção de atividades, registros no livro de classe, pré-conselho com a pedagoga e
dificuldades do dia a dia, porém o tempo é insuficiente para desempenhar todo esse trabalho.
Os Planos de Trabalho Docente são elaborados semestralmente pelo corpo docente,
embasados na Proposta Pedagógica Curricular. O PTD entregue a equipe pedagógica, são
arquivados em uma pasta à disposição de todos os professores, onde poderão ser feitos
adaptações ou reformulações necessárias.
Direção e a pedagoga acompanham a elaboração da Proposta Pedagógica Curricular e
Plano de Trabalho Docente, orientando os professores e solicitando as modificações e
melhorias necessárias para um bom resultado da aprendizagem dos alunos.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, realizado em função dos objetivos
propostos para cada momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. É em função
dos conteúdos em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais, Proposta
Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente e Regimento Escolar. Em todos os
bimestres, os alunos que estão com notas abaixo da média, os pais são convocados para
conversar com a pedagoga, para juntos auxiliarem no processo de ensino aprendizagem,
acompanhando a vida escolar do filho e para que no final do ano letivo o aluno, seja
aprovado. Portanto, entende-se que é necessário que professores pedagoga e pais
acompanhem todos os bimestres para que no final do ano letivo, o aluno seja aprovado.
Muitos casos são resolvidos, porque a maioria dos pais desta comunidade escolar participa
ativamente quando solicitados.
A Agenda Escolar, na qual será anexada no caderno do aluno, informando os dias das
avaliações e data de entrega de trabalhos que o professor solicitar.
Para o bom funcionamento e organização do tempo e espaço escolar, será fixado na
sala de aula o Regulamento Interno para o conhecimento dos alunos e registro no livro ata
de reuniões de pais e professores.
O calendário escolar será fixado na sala de aula, para que os alunos acompanhem o
cronograma anual da escola.
O ingresso do aluno na Sala de Recursos é permitido pelos pais, por ser contra-turno.
É informado aos pais, da importância do filho participar da sala de recursos, da metodologia
diferenciada, auxiliando-os nas dificuldades de aprendizagem. A Metodologia Educacional e
Recursos Pedagógicos como os jogos, brincadeiras, situações problemas, interpretações de
textos, auxiliam o desenvolvimento do raciocínio lógico no decorrer do processo ensino
aprendizagem. Sanar as deficiências básicas dos anos iniciais e adquirir confiança para que o
aluno acompanhe os conteúdos ministrados em sala de aula.
Foi realizado um levantamento dos alunos com dificuldades/defasagens na
aprendizagem com os professores do 6º e 9º ano, para posteriormente, serem matriculados na
Sala de Apoio. Os pais/responsáveis assinam o Termo de Ciência, após ser informado da
importância do aluno avançar na aprendizagem e da metodologia diferenciada da sala regular.
A sala de apoio foi instalada na sala da direção e pedagoga.
Os agentes educacionais I e II atuam e agem como educadores junto à comunidade
escolar, mediando e dialogando sobre as questões de conservação da limpeza e higiene do
ambiente escolar, o desperdício de água, o respeito mútuo, entre outros.
Há incentivo da Direção e Pedagoga para que todos os envolvidos na escola:
Professores, Agentes Educacional I e II e Agentes de Apoio, para participarem de todos os
eventos e cursos de Formação Continuada oferecidas pela SEED, tais como: Seminário de
Atualização e Motivação, TV Escola (Teleconferência) treinamentos para o pessoal da
Merenda Escolar, Grupo de Estudos organizado pelo NRE e Semana Pedagógica.
A Patrulha Escolar têm auxiliado nos casos de infração ou agressão física que
ocorrem no ambiente escolar. Os policiais conversam com os alunos e se necessário os pais
são convocados para resolver as ocorrências e são registrados em ata própria. Quando não é
possível comparecer a escola no momento das ocorrências, as orientações são repassadas via
telefone. A presença da Patrulha na escola tem contribuído com a paz dentro do ambiente
escolar.
Há união e participação efetiva de todos os segmentos da escola na resolução dos
problemas e na organização de atividades diversas, devido à escola ser de pequeno porte. A
relação de solidariedade e amizade é marcante, pois todos reconhecem e desempenham suas
funções e colaboram para o bom funcionamento da escola como um todo.
Para a realização das ações definidas neste Projeto Político Pedagógico, a escola conta
com o apoio da Direção, Pedagoga, Corpo Docente, Agentes Educacionais, pais e alunos.
7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Considerando a participação da SEED (Secretaria de Estado de Educação), o qual
incentiva e apoia à escola, para que esta realize suas tarefas, tornando como base nos eixos
propostos, sendo que o primeiro objetivo é a permanência do aluno com satisfação, dar-se à
oportunidade aos professores para desenvolver suas competências no âmbito profissional
continuada, e que para a escola, ter uma gestão democrática e participativa, necessita de
acompanhamento e auxilio da comunidade, pois sem esta se torna ineficaz sua prática, a
avaliação dar-se-á através de reuniões com Direção, Professores, Alunos e Pais ou
Responsáveis, para estudar, discutir e analisar o Projeto Político Pedagógico, durante o ano
letivo, realizando reuniões bimestrais com os professores, agente educacional I e II,
constatando quais as metas que foram alcançadas, o que precisa mudar ou ser melhorado.
Portanto é imprescindível que este trabalho seja em conjunto com a SEED (Secretaria
Estadual de Educação), NRE (Núcleo Regional de Educação) e Escola, visto que é através
deste órgão que nosso aluno poderá ter acesso digno e uma educação valorizada a qual lhe é
direito como cidadão brasileiro.
8. REFERÊNCIAS:
CASTANHEIRA, M. L.; MACIEL, F. I. P., MARTINS, R. M. F. Alfabetização e
letramento na sala de aula - 2. ed. - Belo Horizonte: Autêntica Editora: Ceale, 2009.
CÓDIGOS E LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS Brasília: MEC/SEMTEC, 1998.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – Resolução nº 03. Brasília: 1998.
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, 1990.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
DNC – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná.
ENSINAR E APRENDER, Reflexão e Criação. CEMPEC, 1997.
FERNANDES, Bernardo Mançano. Diretrizes de uma comunidade. In: Educar do campo:
identidade e políticas públicas – Caderno 4. Brasília. Articulação Nacional por uma
Educação do Campo, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GRAMSCI, Os intelectuais e a organização da Cultura. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira. 1978.
INBERNÓN, F. Formação Docente e Profissional. São Paulo: Cortez, 2000.
MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, LDBEN Lei nº 9394/96 Brasília: 1996.
MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e Competitividade, Desafios Educacionais do
Terceiro Milênio. São Paulo: Vozes, 1994.
MELLO, Guiomar Namo, de. Parecer CEB 15/98. Brasília: MEC, 1998.
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PARANÁ APP SINDICATO, Mudando a Cara da Escola: Construindo o Projeto
Político Pedagógico. Curitiba: 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Resolução nº 3492/98. Curitiba: 1998.
PARO, V. H. O conselho de escola na democratização da Gestão Escolar. In: Escritos sobre
educação. São Paulo: Xamã, 2001. p. 79-89.
PISCHEL, Gina. História Universal de Arte. São Paulo: Melhoramentos, 1966.
PORCHER, Lous. Educação Artística, Luxo ou Necessidade. São Paulo: Melhoramentos,
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CADERNO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO DO CAMPO/PARANÁ.Secretaria de Estudo da
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CADERNO TEMÁTICO: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA/PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação – Curitiba – SEED – PR 2005.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/SECRETARIA ESPECIAL DOS
DIREITOS HUMANOS. Ministério da Educação. Assessoria de Comunicação Social.
Brasília. MEC. 2005.
FICA COMIGO/PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação–Superintendência de
Educação. Assessoria de Relações Externas e Interinstitucionais. SEED – PR 2005.
DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA NAS ESCOLAS DO
CAMPO. Resolução CNE/CBE Nº 1 de 03 de Abril de 2002, Brasília . MEC.
DIRETRIZES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO DO CAMPO.
SEED/DEF/Coordenação de Educação do Campo.
TEXTOS ELABORADOS PELA SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO.
CGE/SEED. – Curitiba – Paraná.
DELIBERAÇÕES
•
14/99 – Elaboração da Proposta
•
07/99 – Avaliação, Recuperação e Elevação
•
16/99 – Regimento Escolar (indicação 007/99)
•
02/03 – Educação Especial – Educação Inclusiva
•
09/01 – Matrícula de Ingresso, por transferência e regime de progressão parcial,
Aproveitamento de Estudo
•
01/06 – CCE – Normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do
Paraná
•
04/06 – CEE – Normas complementares as DCN para Educação Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana
RESOLUÇÕES
•
03/99 – CNE/CEB – Diretrizes Nacionais/Educação Indígena
•
017/06 – SUED/SEED – Criação da Equipe Multidisciplinar da Cultura Afro
INSTRUÇÕES
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01/99 – Classificação, Reclassificação
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02/03 – Hora Atividades
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02/04 – SUED/Hora Atividade
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03/06 – Preenchimento do Livro Registro de Classe
•
13/06 – SUED/SEED – Orienta a oferta do Ensino Religioso na Rede Estadual de
Ensino do Paraná
•
05/07 – SEED/DAE/CDE – Normatiza os procedimentos para o registro da disciplina
Ensino Religioso na Rede Estadual de Ensino
•
012/06 – SUED/SEED e CNE/CEE – Instrução Normativa que altera nomenclaturas
Língua Estrangeira Moderna no Ensino Fundamental – CNE/CEF Edcação Artística
para Artes
INSTRUÇÕES NORMATIVAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
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05/04 – Sala de Recurso de 5ª a 8ª séries Instrução Normativa
LEIS
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Lei Federal 10.172 de 03/01/01 – Plano Nacional de Educação
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LDB/9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases
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Lei Estadual 13.381/01 – História do Paraná
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Lei Federal 10.639/03 – Cultura Afro
•
Lei Federal 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente
•
Lei Federal 11.114/05 – Regulamenta o Ensino Fundamental de 8 para 9 anos
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Lei LDB 9394/96 E O Art 3º da Resolução CNE/B nº 01 de 03/04/02 – Educação do
Campo
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LDB – Artigo 58,59,60 – Educação Especial
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Constituição Federal
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DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná – 2007
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DCN – Parecer nº 1000/03. Res. CNE/CEB nº 02 de 07/04/98