2013 - Portway
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2013 - Portway
Relatório & Contas 2013 – portway - handling de portugal, s.a. ÍNDICE I. SÍNTESE DE INDICADORES II. ORGÃOS SOCIAIS III. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 1. O MERCADO 2. VENDAS & MARKETING 3. RECURSOS HUMANOS 4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 5. INFRA-ESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS DE HANDLING 6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE) 7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES 8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS IV. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS V. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS VI. PARECER DO AUDITOR EXTERNO 2 Relatório & Contas 2013 3 Relatório & Contas 2013 I. SÍNTESE DE INDICADORES SÍNTESE DE INDICADORES 2013 2012 Financeiros (Euros) ∆% 13/12 (Euros) Volume de Negócios EBITDA (1) EBIT (2) Margem Operacional Resultado Líquido Valor Acrescentado Bruto Activo Líquido Capital Próprio Rentabilidade do Activo (ROA) Rentabilidade do Capital Próprio (ROE) Investimento Autonomia Financeira Estrutura do Capital Próprio - Artº 35º CSC (3) 61.770.896 9.302.662 7.802.100 13% 5.583.638 46.907.637 31.858.715 20.874.407 17,5% 26,7% 342.044 66% 123% 59.714.732 7.054.131 5.225.679 9% 3.750.042 44.911.943 29.325.758 15.290.768 12,8% 24,5% 1.236.963 52% 90% 3% 32% 49% +4 pp 49% 4% 9% 37% +4 pp +2 pp -72% +11 pp +33 pp 1.738 37.455.867 21.551 36.132 26.989 10.200 1.764 37.704.586 21.374 33.599 25.460 9.242 -1% -1% 1% 8% 6% 10% 51.314 13.782.822 61.216 49.681 12.872.189 60.863 3% 7% 1% Pessoal Trabalhadores no Activo (média FTE) (4) Custos com Pessoal - inclui trabalho temporário (5) Custos de Pessoal por trabalhador (6) Proveitos por trabalhador (apenas handling) Valor Acrescentado Bruto per capita Unidades de Tráfego por trabalhador (apenas handling) Actividade (valores) Nº Voos Assistidos Nº Passageiros Assistidos (7) Nº Toneladas Movimentadas (1) EBITDA - Earning before interest, taxes, depreciations, amortizations (2) EBIT - Earning before interest, taxes (3) CSC - Código das Sociedades Comerciais (4) FTE - Full-time Equivalent (em 2012 e 2013, estão incluidos 432 e 247 trabalhadores temporários, respectivamente) (5) incluí Eur 7,814,574 e Eur 4.162.551, respectivamente, referente a custos de trabalho temporário em 2012 e 2013 (6) calculo inclui custo trabalho temporário (7) incluí passageiros assistidos por outros handlers na área de passageiros (foram 553,466 e 628.404 em 2012 e 2013 respectivamente) Unidades de tráfego: Passageiros assistidos (embarcados e desembarcados) 100 Kgs de carga 4 Relatório & Contas 2013 5 Relatório & Contas 2013 II. ORGÃOS SOCIAIS Da esquerda para a direita: Dra Pascale Albert-Lebrun (Vogal Conselho de Administração) Dr. António Ferreira de Lemos (Presidente Conselho de Administração) Dr. Luís Ribeiro (Vogal do Conselho de Administração) Dr. José Manuel Santos (Vogal Conselho de Administração) 6 Relatório & Contas 2013 ASSEMBLEIA-GERAL José Luís Arnaut Duarte Presidente Francisco Sebastian Secretário CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Ferreira de Lemos Presidente Pascale Albert-Lebrun Administradora Luís Ribeiro Administrador José Manuel Dias dos Santos Administrador FISCAL ÚNICO Pedro Roque SROC Unipessoal, Lda. nº 125 (Representada por Pedro Nuno Ramos Roque, ROC nº 828) FISCAL ÚNICO SUPLENTE Jaime Matos, Castanheira Guilherme e Martins da Silva, SROC, nº 167 (Representada por Jaime Abrantes da Silva Matos, ROC nº 556) 1. Os Órgãos Sociais iniciaram o mandato em 24-09-2012 para o triénio 2011-2013. 2. A Assembleia-Geral da portway reuniu em 20/03/2013 para apreciar e aprovar o Relatório e Contas do Exercício 2012. 3. Em 27/03/2013 o Dr. Frederico Rangel renunciou ao seu mandato; as suas áreas de competência (Jurídico e Contencioso, Qualidade e Ambiente, Safety/Security, Secretariado e Administrativa) passaram a ser desempenhadas igualmente pelo Dr. José Manuel Santos. 4. Em 17/09/2013 por Decisão de Acionista Única por escrito, foi deliberado designar a Sra. Pascale Frédérique Thouy Albert-Lebrun como Administradora para o remanescente do mandato em curso, 2011-2013; na mesma data foi igualmente deliberado nomear o Dr. José Luís Arnaut Duarte como Presidente da Mesa da Assembleia-Geral e o Dr. Francisco Sebastian, Secretário da Mesa da Assembleia-Geral. 5. Durante o exercício o Conselho de Administração realizou 22 (vinte e duas) reuniões ordinárias. 6. No decorrer do ano de 2014, o Dr. António Ferreira de Lemos – Presidente do Conselho de Administração (Relações com o Acionista e Representação da Sociedade e Estratégia), renunciou ao mandato em carta datada de18/02/2014. 7 Relatório & Contas 2013 8 Relatório & Contas 2013 III. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O ano de 2013 ficará para sempre marcado na história da portway como o ano da passagem da empresa do Sector Empresarial do estado para o Sector Privado, com a aquisição da ANA,S.A. pela VINCI, em Setembro de 2013. Também ao nível interno a empresa registou o melhor ano de sempre com um EBITDA de 9,3 milhões de euros e um resultado líquido que ultrapassou os 5,5 milhões de euros. Foi igualmente um ano de consolidação e melhoramento das relações sociais, com os trabalhadores, os colaboradores temporários, bem como com os diversos stakeholders. Ainda que o principal cliente da portway tenha mantido a sua operação face ao ano anterior, em termos globais assistiu-se, em 2013, ao recuperar do número de movimentos das companhias aéreas assistidas, mais aviões (3,3%), mais carga por via aérea (0,6%), e mais passageiros (6,8%). Operacionalmente, face a 2012, a actividade da portway em 2013 pode ser resumida, da seguinte forma: a) Mais 1633 voos (51314 voos). b) Mais 353 toneladas de carga (61216 tons.) – e mais 962 tons por camião avião. c) Mais 782619 passageiros (13.782.822 passageiros) De referir o número record de turnarounds realizados pela portway, bem como o número de passageiros assistidos, cuja contribuição da situação de operador único em Faro ajudou a consolidar, embora tenha sido a Direção de Unidade de Handling do Porto a principal contribuidora para o aumento do número de passageiros. 9 Relatório & Contas 2013 Salienta-se que os preços do handling (turnaround) são normalmente cobrados pela tipologia de avião e serviços a ele prestados, sem relação directa com o número de passageiros transportados, pelo que o benefício para a empresa relacionado com o acréscimo de passageiros diz unicamente respeito às actividades conexas de handling (cobrança de excessos de bagagem, de 2ª ou mais malas, de alocação de lugares ou embarque prioritário, ou mesmo de vendas de bilhetes). De registar que todas as Unidades de Handling (LIS/OPO/FAO/FNC) terminaram com resultados positivos (Beja está incluída operacionalmente dentro da Direção de Unidade de Handling de Lisboa), contribuindo ainda para o reforço da rentabilidade da atividade principal. O regresso da portway à real estabilidade social nas suas relações com os parceiros sociais e os trabalhadores foi um dos fatores de sucesso. Em 2013 realizou-se mais trabalho com menos pessoal. O efectivo médio de trabalhadores no activo decresceu 1%, tendo sido compensado por um acréscimo de produtividade de 8 (oito) % (Placa e Passageiros) permitindo um ganho face aos resultados de 2012 de cerca de 1,5 milhões de euros. Para além disso o número de horas de trabalho suplementar baixou significativamente (mais de 1,6%) apesar do aumento do número de turnarounds. A utilização de melhores horários e planeamento de recursos, aliado ao forte controlo diário da operação e motivação dos nossos trabalhadores, foi fundamental para alcançar estes resultados. Assim, graças a um esforço de gestão a vários níveis na empresa foi possível diminuir o total dos gastos com Pessoal em 0,7%, mesmo tendo pago em 2013 um vencimento salarial mensal a mais a cada trabalhador (subsídio de férias), tudo comparado a 2012. Com a aquisição do grupo ANA pela VINCI, em Setembro de 2013, foi igualmente possível cessar de imediato a redução e suspensão de várias 10 Relatório & Contas 2013 componentes salariais (redução de salários, congelamento das linhas de carreira, de promoções), impostas pelo orçamento do estado ao Sector Empresarial Público. O controlo dos custos com o pessoal (que representaram 69% dos gastos totais da empresa) aliado a um decréscimo em 6,2% dos gastos em FSE. (cerca de 757 mil euros), permitiram à portway alavancar um crescimento do volume de negócios de 3% (alcançando 61.770.896 euros), para registar crescimentos do EBITDA e do resultado liquido, francamente superiores, respectivamente de 37% para os 9.395.531 euros no caso do primeiro, e de 49% para os 5,583 milhões de euros, no caso do segundo. A rentabilidade do capital próprio (ROE) aumentou 2,2 pontos percentuais (pp) tendo atingido 26,7%, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) aumentou 4%. A autonomia financeira aumentou 11 pp Há a registar positivamente um aumento dos rendimentos por trabalhador (8%), bem como do valor acrescentado bruto per capita (6%), e também de mais 10% nas Unidades de Tráfego por trabalhador, O efectivo médio de trabalhadores no activo decresceu 1%. Em 2013, a portway manteve-se como único operador em Faro, face à não comunicação do vencedor do concurso lançado pelo INAC para a atribuição de uma 2ª licença de handling. Simultaneamente, no final do ano, a portway apresentou ao INAC o seu pedido de licenciamento para o Porto Santo, ao mesmo tempo que aguarda a eventual liberalização do espaço aéreo nos Açores para aí se instalar, assumindo a vontade de prestar aos seus clientes a cobertura da totalidade dos aeroportos da rede ANA. Pelo décimo ano consecutivo, a portway ganhou o prémio de Melhor Agente de Handling de Carga Aérea, atribuído pela Revista “Transportes e Negócios”, após votação dos profissionais do setor. 11 Relatório & Contas 2013 Para além disso, no registo de On Time performance do seu maior cliente (Easyjet), e a nível da comparação por países, a portway alcançou em 2013, 26 semanas em 1º Lugar. De registar que a Escala do Funchal terminou o ano de 2013 sem qualquer atraso de avião da sua responsabilidade, o que atesta bem a elevada performance da mesma. A portway manteve a sua certificação ambiental pela norma NP ISSO 144001:2004, assim como a certificação em Sistema de Qualidade, pela norma ISSO 9001:2008. Ao nível das Unidades de Handling, os resultados operacionais foram os seguintes (não considerando passageiros assistidos em self-handling): a) Lisboa 13.051 voos (mais 427 voos). 39682 tons. (mais 2263 tons). 3.226.938 passageiros (mais 204.712 passageiros) b) Porto 13.946 voos (mais 241 voos). 19.314 tons. (menos 523 tons). 3.920.980 passageiros (mais 353.773 passageiros) c) Faro 21.387 voos (mais 948 voos). 168 tons. (menos 2 tons). 5.845.966 passageiros(mais 324.528 passageiros) d) Funchal 2.915 voos (menos 11 voos). 2.052 tons. (menos 1385 tons). 788.182 passageiros (mais 28.613 passageiros) e) Beja 16 voos (mais 1 voo) 0 tons (igual valor) 12 Relatório & Contas 2013 756 passageiros (menos 993 passageiros De referir, que no final de Novembro de 2013, a Ryanair iniciou a sua operação em Lisboa, com 4 voos diários, prevendo a mesma basear um avião em Abril de 2014, tendo sempre como base a operação no T2. Em resumo, 2013 foi um ano de resultados excecionais e que relevam a alta performance da empresa, esperando que este despertar para um novo patamar de operação e rentabilidade continue a crescer em 2014 e anos seguintes. 13 Relatório & Contas 2013 1.O MERCADO No ano de 2013, a indústria aeronáutica registou, de acordo com a IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) um aumento de 5,2% de passageiros, num total de 3.1 biliões, um aumento de 4,8% no número de voos, cerca de 33 milhões de voos (mais de 1 milhão em relação a 2012) e um aumento de 1% nas toneladas de carga movimentadas, quando comparado com os registos de 2012. Este aumento no transporte aéreo de carga marcou a recuperação de consecutivos declínios nos anos anteriores. O crescimento global está ligado, de acordo com a IATA, à melhoria dos resultados económicos verificados em 2013. Nos Aeroportos Portugueses e seguindo a tendência do mercado Mundial (excepto nas toneladas de carga), registaram-se em 2013, de acordo com a ANA (Aeroportos de Portugal), e quando comparado com 2012, mais voos (2,3%), mais passageiros (5,2%), e menos carga (2,1%). A portway encerrou 2013 em consonância com a tendência do mercado Mundial Assim e analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado global cresceu 1% quando comparado com 2012, num valor global (dos cinco aeroportos onde a portway opera) de 39% da quota de mercado. Mercado Global Lisboa (LIS) 2013 PTW OTHER Porto (OPO) 2012 PTW OTHER 2013 PTW OTHER Faro (FAO) 2012 PTW OTHER 2013 PTW VOOS 13.051 58.117 12.624 57.831 13.946 15.246 13.706 15.203 21.387 QM 18% 82% 18% 82% 48% 52% 47% 53% 100% Funchal (FNC) 2012 2013 Beja (BYJ) 2012 2013 TOTAL 2012 2013 OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER 0 20.412 0 2.915 7.419 2.924 7.088 16 19 15 0 0% 100% 0% 28% 72% 29% 71% 46% 54% 100% 0% PTW 2012 OTHER PTW 39% 61% 38% 14 Relatório & Contas 2013 OTHER 51.314 80.799 49.681 79.428 62% Mercado Global Nº de Voos 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 2013 2012 2012 2012 2012 PTW 2013 Beja (BYJ) OTHER OTHER PTW PTW 2013 Funchal (FNC) OTHER PTW OTHER PTW 2013 Faro (FAO) OTHER PTW OTHER PTW 2013 Porto (OPO) OTHER PTW 2012 OTHER PTW 2013 Lisboa (LIS) OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER 0 2012 TOTAL (fonte: estatística portway) Analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado livre (sem contabilizar a TAP e a SATA) manteve os registos de 2012, num valor global (dos cinco aeroportos onde a portway opera) de 75% da quota de mercado livre. Este valor está naturalmente influenciado, pela quota de mercado em Faro de 100%. Mercado Livre Lisboa (LIS) 2013 PTW OTHER Porto (OPO) 2012 PTW OTHER 2013 PTW OTHER Faro (FAO) 2012 PTW OTHER VOOS 13.051 11.857 12.624 12.177 13.946 3.427 13.706 3.181 48% 51% 49% 80% 20% 81% 19% Funchal (FNC) Beja (BYJ) TOTAL 2012 2013 2012 2013 2012 PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER 21.387 0 20.412 0 100% 0% 100% 0% 2.915 2.096 2.924 1.617 58% 42% 64% 36% 16 19 15 n/a 46% 54% 100% n/a 2013 PTW OTHER 2012 PTW OTHER 51.314 17.398 49.681 16.975 75% 25% 75% 25% Mercado Livre Nº de Voos 55.000 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 2013 2012 Lisboa (LIS) 2013 2012 Porto (OPO) 2013 2012 Faro (FAO) 2013 2012 Funchal (FNC) 2013 2012 Beja (BYJ) 2013 OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW 0 OTHER 52% PTW QM 2013 PTW OTHER 2012 TOTAL (fonte: estatística portway) 15 Relatório & Contas 2013 A portway encerrou 2013 com um aumento, face a 2012, de 3% no número de voos assistidos (turnaround) num total de cerca de 51 mil voos. Fazendo uma análise por escala, podemos perceber que as escalas que contribuíram para este aumento de voos, foram Faro com um aumento de 5%, Lisboa com um aumento de 3% e Porto com um aumento de 2%. Funchal e Beja mantiveram o número de voos de 2012. Evolução de Voos/Turnarounds portway Lisboa Porto Faro Funchal Beja TOTAL 2013 2012 13.051 13.946 21.387 2.915 16 51.314 12.624 13.706 20.412 2.924 15 49.681 Evolução Voos portway 55.000 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Lisboa Porto Faro 2013 Funchal Beja TOTAL 2012 (fonte: estatística portway) Em relação ao número de passageiros, 2013 registou um aumento de 7% nos passageiros assistidos pela portway, situando-se nos 13,7 milhões. Pode-se, igualmente, observar que o aumento dos passageiros assistidos ocorreu em todas as escalas. De registar um aumento de 10% na escala do Porto. Estes números não contabilizam os passageiros assistidos directamente pelas companhias aéreas, 16 Relatório & Contas 2013 mesmo que a portway realize o manuseamento e o Lost&Found da respectiva bagagem. Evolução de Passageiros portway Lisboa Porto Faro Funchal Beja TOTAL 2013 2012 3.226.938 3.920.980 5.845.966 788.182 756 13.782.822 3.022.226 3.567.207 5.521.438 759.569 1.749 12.872.189 Evolução Passageiros portway 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 Lisboa Porto Faro 2013 Funchal Beja TOTAL 2012 (fonte: estatística portway) Na carga aérea, em 2013 a quota de mercado registou um aumento de 1%, quando comparado com 2012, num valor global (dos cinco aeroportos onde a portway opera) de 48% da quota de mercado. Quanto à carga movimentada, o aumento foi de 0,6% na carga manuseada, num total de cerca 61 mil toneladas. 17 Relatório & Contas 2013 Evolução Carga portway Lisboa Porto Faro Funchal TOTAL 2013 2012 39.682 19.314 168 2.052 61.216 37.419 19.837 170 3.437 60.863 Evolução Carga portway 70.000 47% 48% 60.000 50.000 41% 45% 40.000 30.000 57% 56% 20.000 10.000 95% 94% 70% 48% 0 Lisboa Porto Faro 2013 Funchal TOTAL 2012 (fonte: estatística portway) 18 Relatório & Contas 2013 Análise Mercado Carga 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 2013 2012 Lisboa (LIS) 2013 2012 Porto (OPO) 2013 2012 Faro (FAO) 2013 2012 2013 Funchal (FNC) OTHER PTW OTHER PTW PTW OTHER PTW OTHER OTHER PTW OTHER PTW PTW OTHER PTW OTHER OTHER PTW OTHER PTW 0 2012 TOTAL (fonte: estatística portway) O mercado do handling, em 2013, ficou marcado por um conjunto de factores que agora destacamos: A indefinição do processo de atribuição de uma segunda licença para exercer a actividade de assistência em escala no Aeroporto de Faro. Fruto desta indefinição a portway continua a assistir 100% do mercado de handling desse Aeroporto. Esta situação tem originado um continuado aumento do custo operacional nesta escala, nomeadamente na formação e contratação e de recursos humanos bem como nos investimentos em equipamentos de assistência às aeronaves. A inauguração da operação da Ryanair em Lisboa, mais concretamente no terminal 2 e a expectável abertura de base operacional neste Aeroporto; O início da operação do operador turístico de voos charter Windavia, para diferentes destinos e com voos para as 5 escalas da portway; 19 Relatório & Contas 2013 Aumento da carga de importação em 7,5% e da carga de exportação em 7,6%. Para este aumento contribuiu de forma relevante a escala de Lisboa, que influenciada pela assistência durante um ano completo da Emirates, registou um aumento na importação de cerca de 12,7% e 17,8% na exportação; Diminuição da capacidade de transporte de carga no Aeroporto do Funchal, em cerca de 43,5% afectando igualmente Lisboa. Esta diminuição está relacionada com a introdução na rota Lisboa – Funchal – Lisboa de uma aeronave com capacidade de transporte de carga inferior à anterior, bem como a saída dos correios desta operação. Apesar da saída da DHL para regime de self handling em 2012 no Porto, a carga expresso manuseada registou um aumento de 3,9% em particular em Lisboa com 6,4%. A carga em trânsito teve um aumento significativo de 54% no Porto, ao contrário de Lisboa que perdeu cerca de 28%. 20 Relatório & Contas 2013 2. VENDAS & MARKETING A direção comercial da portway (Vendas & Marketing) criou em 2013 um conjunto de oportunidades e ações, alinhadas com a estratégia definida pela empresa. Ao longo do ano colocou-se enfoque particular na fidelização dos clientes, bem como na extensão dos contratos em fim de termo. Prolongaram-se acordos mesmo antes de termo, afirmando a determinação de compromisso de parte a parte. Garantiu-se sempre a rentabilidade da prestação de serviço para a portway, assegurando-se a satisfação do cliente com a qualidade dos serviços prestados, indo ao encontro das suas preferências individuais Dentro do contexto do close relationship marketing, a portway colocou a sua particular dedicação a potenciais novos clientes, preparando propostas transparentes que espelham as necessidades individuais de cada cliente. De forma a aumentar a sua competitividade, as propostas portway contemplam os serviços que o cliente realmente precisa e durante o tempo que precisa. É esta estratégia que permite à portway ser competitiva, eficiente, optimizar os seus recursos e aumentar progressivamente a sua produtividade. A portway renovou contratos com as seguintes companhias aéreas: 21 Relatório & Contas 2013 AOPA FINNAIR TAP AIR TRANSAT CARGO GERMANIA THOMAS COOK AIRLINE AASMVAZ HELVETIC AIRWAYS BRITISH AIRWAYS HIFLY THOMAS COOK AIRLINES BRITISH AIRWAYS CARGO IBERIA CARGO THOMSONFLY LTD LIMITED BA CITYFLYER LTD INTERPORT BV TRANSAERO AIRLINES BLUE AIR JET TIME TRAVEL SERVICE BRUSSELS AIRLINES NV/SA LEISURE CARGO TUI AIRLINES NEDERLANDS CONDOR LUXAIR CORENDON SATA TUIFLY NORDIC AB CRS SWIFTAIR US AIRWAYS DEUTSCHE LUFTHANSA AG SWISS EDELWEISS TACV BELGIUM N.V. B.V. (ARKEFLY) A portway assinou novos contratos com as seguintes companhias: WINDAVIA XL AIRWAY FRANCE AVION EXPRESS A equipa comercial da portway participou em quatro conferências, nomeadamente na IATA Ground Handling Conference realizada em Vancouver, na IATA – Human Capital Summit; no Ground Handling International Council em Madrid, destacando se a Air Cargo Handling Conference, que se realizou pela primeira vez em Lisboa e na qual a portway se demarcou como expositor, participante no fórum de discussão final e patrocinador do programa de acompanhantes e do souvenir oficial do evento. No âmbito desta conferência, recebeu delegados nas suas instalações de carga, apresentando-lhes as vantagens dos serviços de carga da portway. A conferência atingiu uma adesão record, com mais de 200 participantes dos diversos ramos da indústria (handlers, companhias aéreas, reguladores, etc.). 22 Relatório & Contas 2013 Em todas as conferências o contacto comercial e a discussão de temas da Indústria foram atividades principais. A portway aproveitou estes fóruns, bem como o Seminário Nacional de Transitários promovido pela APAT e a revista Transportes&Negócios, para reunir com os vários intervenientes da indústria, tendo como objetivos principais: Fortalecer a relação com clientes Contactar e conquistar novos clientes Promoção do destino Portugal Percepção de tendências da Indústria e dos diferentes mercados (da esquerda para a direita, de cima para baixo − ACHC: stand portway; souvenir oficial; visita às instalações de carga; cocktail no hangar de carga) Através de uma grande interactividade e partilha de informação, o dinamismo do marketing da portway promoveu e aprofundou a importante relação com os clientes. 23 Relatório & Contas 2013 Protocolos A mesma interactividade foi ambicionada e conseguida em relação ao cliente interno, promovendo iniciativas, parcerias e momentos de grande partilha, com enfoque especial na responsabilidade social da empresa e seus colaboradores. As parcerias proporcionam um vasto conjunto de benefícios, em diversas áreas, no sentido de facilitar e melhorar o bem-estar dos colaboradores. Foi dada continuidade às parcerias estabelecidas nos anos anteriores e acrescentaram-se hotéis, colégios, escolas de formação (nomeadamente a AESE), livrarias, gasolineiras, Nespresso; clínicas, ginásio e SPAs que foram apreciadas e aproveitadas pelos colaboradores. Em relação à AESE, a portway abriu portas a visitas de campo para alunos da escola de negócios, completadas com ações de formação sobre o mercado de handling, atividade e problemática de gestão. Também o jornal mensal interno - Embarque de Palavras, continuou a ser em 2013, um veículo de aproximação aos nossos colaboradores, divulgando informação relevante sobre a empresa, eventos, protocolos, e outros assuntos. Patrocínios A portway apoiou os seus colaboradores na prática de desporto, quer dentro do contexto da empresa quer fora do âmbito da portway. Patrocínios de equipas desportivas com participação de colaboradores ou filhos de colaboradores portway aumentaram a energia e motivação interna; destacando-se as equipes de futebol das diversas unidades de handling. 24 Relatório & Contas 2013 O jantar do Encontro Anual Europeu da companhia US Airways, que pela primeira vez se realizou em Lisboa, foi patrocinado pela portway e organizado em pleno coração de Lisboa. Diversos eventos e conferências relevantes foram patrocinados ao longo de 2013, conforme acima explanado. Responsabilidade Social e Ética A Responsabilidade Social e a Ética, embora sempre presente na portway, nunca esteve tão presente como em 2013. Os quadros da portway reuniram-se em Setúbal para uma formação nesta área, digirida pela AESE, com grande impacto nos colaboradores. No dia seguinte e juntamente com os jovens em risco do Centro Tabor criaram-se espaços de lazer e trabalho que muito faziam falta ao Centro e em especial aos jovens que nele encontram abrigo. A partilha de objetivos foi notória, assim como a participação não só dos colaboradores, mas também dos jovens do Centro, que se integraram facilmente nos trabalhos e agradeceram o contributo portway. Um momento que mais uma vez marcou todos os participantes, tanto da portway como do próprio Centro Tabor. 25 Relatório & Contas 2013 A portway uniu-se à Caritas sob forma de donativo no auxílio aos mais carenciados e na luta contra a exclusão. Juntamente com a ANA e a ANAM, a portway recolheu brinquedos junto do universo dos colaboradores para serem entregues a instituições de apoio a crianças carenciadas nas diferentes áreas circundantes aos aeroportos nos quais operamos. A portway ofereceu aos seus colaboradores cabazes com todos os ingredientes necessários para a celebração tradicional da ceia natalícia. Os mesmos cabazes foram também entregues na Igreja da Graça, na instituição Apoio à Vida, Helpo e na Aldeia de Crianças SOS, para que o Natal seja de facto um momento de partilha. Responsabilidade Ambiental No campo da responsabilidade ambiental, e de forma a compensar as emissões de dióxido de carbono correspondentes ao combustível consumido pelos seus equipamentos durante um ano a portway, manteve os diversos protocolos com os municípios contíguos aos aeroportos e com a Quercus para a plantação de árvores. De referir também a parceria da portway com a Caetano Bus no projecto e.Cobus. A portway testou o primeiro autocarro eléctrico a nível mundial para aeroporto, com nova tecnologia de baterias (Siemens) e concebido para o transporte de passageiros. O evento de inauguração do projeto contou com a presença do ministro do ambiente, ordenamento do território e energia e representantes de destacadas entidades do mercado automóvel e aeronáutico, tendo suscitado interesse nacional e internacional. 26 Relatório & Contas 2013 A marca portway A marca portway teve um momento de grande destaque durante a entrevista do administrador José Manuel Santos no contexto do programa da TVI Marca Pessoal. No âmbito da entrevista apresentaram-se os serviços portway através de uma colaboração operacional do administrador em diversas funções operacionais na Unidade de Handling do Aeroporto de Lisboa. A brochura institucional foi actualizada em relação a conteúdos e a sua imagem melhorada, servindo de suporte para a divulgação da marca e dos serviços portway, assim como de suporte para o CD-Rom do Relatório Anual e Contas 2012. 27 Relatório & Contas 2013 Como novo elemento de merchandising selecionou-se uma fita métrica que com a afirmação made to measure reafirma a flexibilidade da portway em adaptar-se à necessidade do cliente: o fato à medida a nível da assistência em escala em Portugal. Também a sinalética da UHL, leia-se escritório de direcção e coordenação, foi atualizada, apresentando uma imagem coerente com outras infra-estruturas decoradas nos últimos anos. É clara, laranja e dinâmica. 28 Relatório & Contas 2013 Anúncios e publicações Publicaram-se diversos anúncios em revistas e anuários com visibilidade internacional, tais como: Airline Yearbook; Airport Yearbook; Airline Ground Services Airline Directory Cargo Airport & Services Magazine Promovemos também a imagem portway em publicações nacionais da especialidade, nomeadamente na Turisver, Take Off, Transportes & Negócios, APAT, Ambitur e no diretório anual da revista Take OFF. Em 2013, a portway recebeu pela 10ª vez consecutiva o prémio de Melhor Agente de Handling de Carga, atribuído pela revista “Transportes e Negócios”. Este prémio é de grande valia, visto que é atribuído através da votação de empresas do sector, atestando desta forma a qualidade dos nossos serviços de carga. O Lisbon Lounge Ao longo de 2013 o Lisbon Lounge registou mais de 60 mil passageiros, uma subida superior a 20% face a 2012 com um aumento de mais de 3% nas vendas diretas. Também do ponto de vista do resultado económico, 2013 foi um ano muito positivo para o Lisbon Lounge. Os passageiros destacam como pontos fortes do Lisbon Lounge, a tranquilidade da sala. Sentem-se em casa, num ambiente perfeito para relaxar, descansar e trabalhar. 29 Relatório & Contas 2013 3. RECURSOS HUMANOS O número de Full Time Equivalents (FTE) registou uma diminuição de 1% em 2013 (total empresa), passando de 1764 em 2012 para 1738 em 2013. Este decréscimo de 1% no número de FTE’s, está diretamente relacionado com o aumento da produtividade na área principal, que conseguiu com menos trabalhadores assistir mais aviões, carga e passageiros. Por outro lado, este decréscimo de FTE’s foi acompanhado pela descida do número de trabalhadores a tempo parcial (part-time), dado que o número de trabalhadores ao serviço passou de 2124 em 2012, para 2079 em 2013, o que representou um decréscimo de 2,2%. Os gastos com pessoal em 2013 decresceram 1% face a 2012. Evolução do Efectivo Médio portway 2500 2013 2012 2500 2000 2000 1500 1500 1000 1000 500 0 500 Trabalhadores Trabalhadores FTE FTE A distribuição de FTE’s pelos departamentos da portway, não apresentou diferenças significativas em 2013 mas apenas ligeiras variações quando comparada com o ano anterior (mais 2% na área de Passageiros e uma diminuição de 1% na Carga). 30 Relatório & Contas 2013 Distribuição de FTE´s % 2012 2013 3% 3% 4% 3% 3% DIRECÇÕES UH 10% 13% OPERAÇÕES DIRECÇÕES UH 4% 10% OPERAÇÕES 14% PAX PAX PLACA PLACA 31% 37% 29% CARGA MANUTENÇÃO CARGA MANUTENÇÃO 37% SEDE SEDE A produtividade operacional da portway passou de 8,28 em 2012 para 8,94 (placa e passageiros) em 2013, o que representou um aumento de 8%. Esta evolução foi positiva, na medida em que assinala uma inversão no decréscimo que se registou de 2011 para 2012, tendo possibilitado à portway a poupança de mais de um 1,483 milhões de euros quando comparado com a produtividade de 2012 face a 2013. FTE/s Voo 8,94 8,28 2013 2012 Este indicador resulta da divisão do número de voos por números de FTE´s (incluindo as horas de trabalho dos trabalhadores temporários da portway, e trabalho suplementar desses mesmos trabalhadores) O número de toneladas por FTE aumentou 4% em 2013 face a 2012. Este acréscimo, deveu-se à diminuição do número de FTE’s na área de carga (-3%) e ao maior número de toneladas de carga que foram manuseadas nos terminais da portway (+0,6% não contabilizando a carga via camião-avião). Não obstante, o comportamento errático deste segmento de negócio, o mesmo permitiu um ajuste rentabilizado dos colaboradores. 31 Relatório & Contas 2013 Toneladas/FTE 392 377 2013 2012 Este indicador resulta da divisão do número de toneladas de carga manuseada pelo número médio de FTE´s alocados à área da Carga O número médio de horas de trabalho suplementar por FTE (Placa/Pax) diminuiu na globalidade das Escalas em cerca de 20%. Este decréscimo foi mais evidente nos Aeroportos de Funchal (-84%), Lisboa (-57%) e Porto (-2%). O Aeroporto de Faro foi o único que registou um acréscimo de 35%, em virtude da não ocorrência da entrada de um novo operador de handling em Faro. Trabalho Suplementar/FTE (Placa e Pax) 6,8 6,6 4,2 4,8 4,3 4,4 3,7 3,7 4,0 2,4 Lisboa Porto Faro 2013 Funchal Total 2012 Assim, mesmo tendo reduzido o número de FTE’s em 1% foi ainda possível reduzir o número de horas suplementares em 1,7%, o que auxiliou igualmente o resultado da produtividade, para além da redução de gastos com as horas extra. 32 Relatório & Contas 2013 O absentismo total registou em 2013 uma diferença de 0,4% face a 2012. O valor foi de 4,8% em 2012 e de 5,2% em 2013. Este ligeiro acréscimo continuou a manter o absentismo próximo dos 5% e continua marcado pelos alegados acidentes de trabalho, a que não deverá ser alheio o difícil ambiente económico e social em Portugal, em 2012 e 2013. Aircraft Dispatcher / Dispatcher Em 2013 tiveram inicio os processos de seleção, recrutamento e formação das novas selecção das funções de Aircraft Dispatcher e Dispatcher, provavelmente o processo mais ambicioso dos Recursos Humanos dos últimos 5 anos e dos próximos 5 anos. Estas duas funções têm como objetivo a obtenção de sinergias operacionais entre departamentos, assim como uma melhor adequação e otimização funcional dos recursos humanos das áreas de Placa, Passageiros e Operações, contribuindo igualmente e decisivamente para a redução dos custos de pessoal. O número de trabalhadores envolvidos atinge os cerca de 140 trabalhadores, nas 4 Direções de Unidade de Handling. Absentismo 7,0 6,0 5,6 6,3 4,5 4,1 4,4 4,9 3,3 3,6 4,2 5,2 4,8 1,1 DIR. UH. OPS. PAX PLACA 2013 CARGA MANUT. TOTAL 2012 33 Relatório & Contas 2013 O número de acidentes de trabalho foi de 239 acidentes em 2013 face aos 166 ocorridos em 2012. O que indicou um número de 0,12 acidentes por colaborador em 2012 e 0,14 em 2013. O número de dias de baixa registou, igualmente um aumento de 1897 dias face a 2012, o que situou este número em 5819 dias em 2013. Verificou-se assim um valor de 3,44 dias de baixa por colaborador em 2013 face a 2,75 em 2012. No entanto foi possível tirar algum benefício económico face ao não pagamento legal dos dias de baixa, acompanhado do não pagamento do aumento do trabalho suplementar. Nº Dias Baixa Nº Acidentes 0,14 3,44 0,12 2013 2012 2,75 2013 2012 Formação A actuação do Centro de Formação da portway decorreu com base no seu Plano de Formação de 2013. Deste plano decorreu a realização de cerca de 96.217 horas de formação (interna e externa), dadas a mais de 5.022 formandos (internos e externos), o que representa um aumento de mais 997 horas e de mais 606 formandos em 2013 face a 2012. 34 Relatório & Contas 2013 Nº Horas Formação 96217 2013 Formandos 95220 5022 2013 2012 4416 2012 O aumento do número de horas de formação deveu-se principalmente ao aumento do número de cursos que o centro tem desenvolvido, nas áreas comportamentais: Liderança e Gestão de Equipas, Relacionamento Interpessoal, Gestão de Conflitos, Fatores Humanos, Saúde e Segurança no Trabalho e Primeiros Socorros. Este crescimento de formandos e número de horas de formação, conseguiu ser assegurado pelos recursos humanos existentes no Centro de Formação Em termos globais, a atuação do centro de formação em 2013 foi responsável: Por assegurar o número de recertificações no ano de 2013, tanto a nível interno como externo, o que contribuiu para a manutenção e aumento de clientes; Reforçar as relações comerciais já existentes com parceiros internacionais (ex: DGR SYSTEM – Angola e SAA – GUINÉ BISSAU). Este reforço foi alcançado pela diversidade da oferta e da concepção de novos cursos; Atingir, a nível externo e interno, um novo máximo de formandos em DGR: 1416; Recertificação do Centro de formação da portway, pelo décimo ano consecutivo, como Accredited Training School da IATA; Apresentação ao INAC de todos os cursos ministrados pela portway; Finalização do tableau de board para controlo de certificações dos diferentes formandos internos e externos (Forinsia); 35 Relatório & Contas 2013 Inicio das formações para novas funções de Aircraft Dispatcher/Dispatcher; Continuação das ações de formação de OAE e TAE para formando externos; A gestão das ações de formação garantiu a quase totalidade das recertificações obrigatórias dos formandos no Inverno IATA. Esta gestão permitiu evitar a retirada de colaboradores da operação no Verão IATA; O trabalho de revisão dos conteúdos dos manuais, continuou a ser efetuado em 2013, sempre de acordo com as exigências dos reguladores. No âmbito da Responsabilidade Social, foi desenvolvido uma ação de formação intitulada “Somos portway” com os quadros da empresa. 36 Relatório & Contas 2013 4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA Apesar da persistência de uma conjuntura económica difícil em 2013, com baixos índices de confiança dos agentes económicos, o tráfego aéreo de passageiros manteve um crescimento significativo, tanto a nível mundial, como nacional. Não obstante o exposto e com um ligeiro crescimento da operação, a portway registou em 2013 um resultado liquido positivo de 5,6 milhões de euros, o melhor de sempre nos 13 anos de actividade, ultrapassando a barreira dos 61 milhões de euros de rendimentos. O “Earning before interest, taxes, depreciations and amortizations” (EBITDA) cresceu 32% e o “Earning before interest and taxes” (EBIT) melhorou significativamente (49%) quando comparados com o ano de 2012. Para fazer face ao aumento de atividade a ocorrer em algumas das suas Unidades de Handling, a portway investiu em 2013, 342 mil euros para continuar o processo de melhoramento e renovação do seu parque de equipamentos iniciado no ano anterior, mas também para responder ao imperativo associado ao aumento da necessidade / meios para a Unidade de Handling de Faro. A nível financeiro, a portway voltou a realizar aplicações financeiras remuneradas junto da ANA Aeroportos de Portugal, SA no valor de 4,0 milhões de euros (elevando para 9,5 milhões de euros o volume total de aplicações realizadas junto do accionista). As duas linhas de financiamento de apoio à tesouraria, no valor global de máximo permitido de 5 (cinco) milhões de euros não registaram qualquer utilização, mantendo-se apenas os contratos de leasing financeiro já celebrados no passado, os únicos financiamentos activos. Assim, o Resultado Liquido do exercício de 2013 atingiu EUR. 5.583.638 (cinco milhões quinhentos e oitenta e três mil seiscentos e trinta e oito euros), o qual, comparado com o do exercício anterior, corresponde a um acréscimo de 49%. 37 Relatório & Contas 2013 No entanto, este resultado encontra-se influenciado por alguns factores de carácter excepcional: a) As medidas de contenção salarial impostas as Setor Empresarial Público aplicadas até Agosto (redução salariais, subsídios e carreiras congeladas, redução do custo do trabalho suplementar e eliminação do descanso compensatório); b) A manutenção pelo terceiro ano consecutivo do único agente de handling em Faro, enquanto não é decidida e atribuída a segunda licença em Faro; c) Diversas receitas extraordinárias (reconhecimento de inventário de peças de oficina, reversão de provisões, etc) que totalizaram 1,4 milhões de euros em 2013 (em 2012 os rendimentos extraordinários atingiram mais de 1 milhão de euros). Rendimentos Operacionais Os Rendimentos Operacionais cresceram em relação a 2012 e reflectem o efeito conjugado da entrada de novos clientes (por exemplo em Faro), e do aumento de voos e novas rotas por parte dos actuais clientes, com o impacto importante das duas bases da Ryanair bem como a da Easyjet em Lisboa. Adicionalmente, verificou-se algum aumento nos preços dos contractos de handling (renovações em 2013), a melhoria das existentes (e.g. formulários de tráfego, cobrança de cancelamentos de voos às companhias aéreas, emissão de novos bilhetes por efeito dos cancelamentos), a criação de novos serviços em 2013 (e.g. novo serviço de entrega de bagagem a cargo da portway e por conta das Companhias Aéreas, e a alteração da forma de facturação do serviço de RX na carga), o crescimento das receitas dos serviços de ticketing (comissionamento de venda de bilhetes e serviços ao passageiro e.g speedy boarding, Gate Bags, entre outros). Verificou-se uma melhoria, com um crescimento de 7,0% dos serviços suplementares prestados pela portway na área dos aeroportos, que continuam a 38 Relatório & Contas 2013 corresponder a uma receita adicional significativa na área de assistência a passageiros nos Aeroportos (carrinhos de bagagem, lounges, balcões de informação, etc.) e formação. À semelhança do que foi a tendência no ano anterior, a redução no volume de negócio relacionado com a carga em 5% foi a única área de negócio que registou uma descida face ao ano 2012 (apesar do aumento de rendimentos por toneladas manuseadas), tendo o volume de carga movimentado descido 12% face ao ano anterior, conforme se evidencia no seguinte quadro e no respectivo gráfico: Valor em Euros 2013 2012 Rendimentos operacionais Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos Assistência na placa e a passageiros ∆%13/12 61.770.896 59.714.732 3,4 53.578.144 52.770.443 1,5 Serviços Standard 40.637.141 36.614.667 11,0 Serviços Suplementares 12.941.003 16.155.776 (19,9) Assistência na carga Serviços Standard Rendimentos operacionais 8.192.753 6.944.290 8.192.753 6.944.290 61.770.896 59.714.732 18,0 18,0 3,4 Evolução dos Proveitos Rendimentos 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2013 Ramp & Pax Handling 2012 Cargo Handling Proveitos Operacionais Em 2013 a portway passou a registar como Prestação de Serviços a facturação que até 2012 era registada em Outros Rendimentos, nomeadamente os serviços prestados à ANA Aeroportos de Portugal, SA, as comissões e receitas dos balcões de venda, os serviços de Lounge prestado no Aeroporto de Lisboa, os serviços de 39 Relatório & Contas 2013 suporte e de assistência a passageiros não directamente relacionados com voos, os serviços de formação e os rendimentos com o RX e taxa de segurança cobrados nos terminais de carga. A área de assistência na placa e a passageiros cresceu 1,5%, impulsionado principalmente pelos serviços standard de handling prestados em todas as quatro Unidades de Handling. A redução verificada nos Serviços Suplementares está directamente relacionado com o crescimento dos Serviços Standard pelos motivos referidos no parágrafo anterior. Nos rendimentos de serviço suplementar apresentado no quadro de Rendimentos Operacionais, manteve-se os serviços prestados à ANA, Aeroportos de Portugal S.A., nesta rubrica por não estarem relacionados com a actividade handling. Incluise nestes, igualmente os proveitos provenientes de prestação de serviços de Formação e Consultadoria, que foram realizados pelo Centro de Formação quer dentro quer fora do país, nomeadamente no Continente Africano e na Europa, tendo continuado os Cursos homologados pelo INAC na área de Assistência a Passageiros e Placa. Gastos Operacionais Em 2013, os gastos operacionais ascenderam a 54,0 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 1,0% face a 2012, reflectindo a política de ajustamento dos meios às necessidades, atendendo às sucessivas realidades com que a portway se foi deparando ao longo do corrente exercício económico, nomeadamente com a actividade em Faro. GASTOS OPERACIONAIS Total gastos operacionais Gastos com o Pessoal Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidade de Dívidas a Receber Outros Gastos e Perdas 2013 2012 53.968.796 37.455.867 738.054 11.433.038 1.500.562 92.868 2.748.408 54.489.054 37.704.586 78.823 12.190.872 1.828.453 (172.121) 2.858.441 ∆%13/12 -1,0% -0,7% 836,3% -6,2% -17,9% 154,0% -3,8% 40 Relatório & Contas 2013 Em termos relativos, os Gastos com o Pessoal desceram (particularmente devido às medidas salariais legais aplicadas até Agosto, ou mesmo o controle e contratação directa da contratação temporária pela portway em vez de via trabalho temporário) bem como os Fornecimentos e Serviços Externos, respectivamente, cerca de -0,7% e -6,2%. Para além disso, conforme referido no capítulo III.3, parte significativa da redução dos Gastos com Pessoal está directamente relacionado com a melhoria da produtividade na actividade do handling. De realçar que os gastos com Trabalho Temporário estão reflectidos na rubrica “Gastos com o Pessoal” em vez de serem contabilizados na rubrica dos “Fornecimentos e Serviços Externos”. Estes gastos representaram em 2013 EUR. 4.162.551 e em 2012 EUR. 7.814.547. Os Gastos de Depreciações e de Amortizações, quando comparado com o ano 2012, reflectem um decréscimo de 17,9% devido a que em 2012 o volume de aquisições de equipamentos operacionais ter sido superior a 0,9 milhões de euros face a 2013. Os gastos das mercadorias vendidas e consumidas referem-se aos produtos de alimentação fornecidos para o Lisbon Lounge que a portway explora no Aeroporto de Lisboa bem como os consumos de peças manutenção de equipamentos operacionais. Em Janeiro de 2013, a portway realizou um inventário de peças em armazém, cujos gastos eram até então registados directamente em Fornecimentos de Serviços Externos. Com o início de utilização de uma nova ferramenta informática para as obras de manutenção realizadas nas oficinas em cada aeroporto, foi transferido para balanço, na rubrica de Existências, o montante correspondente à valorização dada às peças em armazém, no total de 607 mil euros, passando desde de Fevereiro a ser registado em gastos de mercadoria consumidas o montante correspondente às peças afectas a cada obra de manutenção de equipamento operacional. 41 Relatório & Contas 2013 O valor indicado em “Imparidade de Dividas a Receber” corresponde ao reforço/reversão da provisão de cobranças duvidosas dos valores em dívida de clientes que se encontram com processos de falência ou solicitaram protecção de credores, nos tribunais dos respectivos países, ou de atrasos atípicos na liquidação de valores facturados. A contabilização desta provisão já iniciada em anos anteriores, tendo em 2010, 2011 e 2012, e de acordo com os critérios fiscais, sido inscrito EUR. 330.355, EUR. 89.764 e EUR. 103.901 respectivamente, para fazer face a eventuais verbas de cobrança difícil. Em 2012, por ter sido registado uma melhoria significativa nas dívidas de clientes face à antiguidade apresentado em anos anteriores, a portway efectuou a reversão de EUR. 261.885 das imparidades. Nos gráficos abaixo expostos podem-se verificar que a estrutura de gastos operacionais, em termos relativos, mantém-se muito semelhante à do ano anterior, i.e., os Gastos com o pessoal e os Fornecimentos e Serviços Externos representam cerca de 90% dos gastos operacionais totais. Estrutura Gastos Operacionais 2012 Estrutura Gastos Operacionais 2013 0% 5% 3% 0% 22% 70% 69% 21% 0% 1% 4% 5% Gastos com o Pessoal Custo das Merc. Vendidas e Mat. Consumidas Gastos com o Pessoal Custo das Merc. Vendidas e Mat. Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos de Depreciação e de Amortização Fornecimentos e Serviços Externos Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidade de Dívidas a Receber Outros Gastos e Perdas Imparidade de Dívidas a Receber Outros Gastos e Perdas Por outro lado, a desagregação dos gastos com os FSE (Fornecimentos e Serviços Externos), evidenciada no quadro seguinte, permite avaliar as variações registadas nesta componente dos gastos, bem como qual o peso relativo de cada uma. 42 Relatório & Contas 2013 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Total dos Fornecimentos e Serviços Externos Rendas e alugueres Trabalhos especializados (a) Combustíveis Subcontratos Conservação e reparação Comunicação Vigilância e Segurança Material de Escritório Electricidade Seguros Outros custos 2013 Valor 11.433.038 5.117.900 1.024.874 909.082 863.148 593.291 425.807 380.653 342.604 272.916 252.017 1.250.744 2012 % 100,0 44,8 9,0 8,0 7,5 5,2 3,7 3,3 3,0 2,4 2,2 10,9 Valor 12.190.872 5.228.426 874.908 953.844 818.327 1.318.228 380.934 376.466 313.174 321.699 243.365 1.361.501 % 100,0 42,9 7,2 7,8 6,7 10,8 3,1 3,1 2,6 2,6 2,0 11,2 Na rubrica Rendas e Alugueres está incluído, para além das rendas com espaços ocupados pela portway nos vários aeroportos, cerca de 1,13 milhões de euros em 2013 e 1,4 milhões de euros em 2012 referente a aluguer de balcões de check-in. Nesta rubrica, houve em 2013 o cancelamento de estimativas de rendas, que estavam provisionadas em exercícios anteriores, no total de 388 mil euros. nos vários aeroportos bem como o incremento de rendas, em cerca de 553 mil euros anuais, relativamente a novas instalações e outras regularizações a partir do segundo semestre de 2011. Nos trabalhos especializados a principal subida, cerca de 100 mil euros, está relacionada com os serviços de assessoria informática, na sua maioria adquiridos directamente aos serviços da ANA, S.A.. A reduzida significativa registada na rubrica de Conservação e Reparação prendese com o já descrito anteriormente para os Custos de Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas. Com acréscimo da actividade no Aeroporto de Faro, e na ausência de meios próprios, nomeadamente autocarros, foi celebrado um contrato com a EVA – Transportes SA para o aluguer de autocarros. O impacto deste contrato foi de cerca de 128 mil euros (em 2012 tinha sido 78 mil euros). 43 Relatório & Contas 2013 O crescimento das restantes rubricas, geralmente associadas directamente com os gastos directos de exploração, reflectem o impacto do aumento ocorrido na actividade do handling face ao ano anterior. Resultados O apuramento do Resultado Liquido, no último triénio, teve a evolução mencionada no quadro abaixo indicado: 2013 2012 2011 ∆%13/12 Valor Valor Valor Rendimentos Operacionais 61.770.896 59.714.732 58.320.091 3,4 Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos 61.770.896 59.714.732 58.320.091 3,4 Outros proveitos operacionais 0 0 0 0,0 Gastos Operacionais (53.968.796) (54.489.054) (55.436.612) 1,0 Resultado Operacional 7.802.100 5.225.679 2.883.479 49,3 Resultado financeiro 141.032 28.254 69.522 399,2 Resultado antes de impostos 7.943.132 5.253.932 2.953.001 51,2 Impostos (2.359.494) (1.503.890) (241.265) (56,9) Imposto corrente (2.359.494) (1.503.890) (241.265) (56,9) Resultado líquido 5.583.638 3.750.042 2.711.736 48,9 Sintese dos Resultados O Resultado Operacional melhorou em cerca de 2,6 milhões de euros entre o ano de 2012 e 2013 devido a um crescimento de 2,1 milhões de euros dos rendimentos operacionais e uma diminuição dos gastos operacionais em 0,5 milhões de euros. a) Melhoria das condições contratuais e da rentabilidade/margem dos contratos comerciais, nomeadamente na actividade principal; b) Criação de novos serviços contratuais (Raio X, bagagem …); c) Aumento da actividade. Bem como pelos impactos extraordinários nos rendimentos, nomeadamente: d) Reconhecimento dos stocks de peças em Existências (607 mil euros); e) Anulação de estimativas de rendas (388 mil euros) e anulação de estimativas com consumos, ambos registados em exercícios anteriores (60 mil euros). 44 Relatório & Contas 2013 Na redução dos gastos operacionais, para além do aumento da produtividade (mais produção com menos custos), a melhoria está relacionada com impactos registados no exercício de 2013 e que corrigem/cancelam gastos indevidamente contabilizados, nomeadamente: a) A anulação de estimativas de Descansos Compensatórios a pagar (300 mil euros); b) Redução no montante com horas extraordinárias (575 mil euros); c) Redução nas provisões para riscos diversos (269 mil euros); d) Aumento dos gastos com cabazes de Natal – considerado em 2013 os gastos de 2012 e 2013 (237 mil euros); e) Reforço de provisões com processos judiciais (235 mil euros); Quanto ao Resultado Financeiro este aumentou face a 2012 essencialmente pelo aumento das aplicações financeiras efectuadas junto da ANA Aeroportos de Portugal, SA e pela realização de uma aplicação financeira entre Setembro e Dezembro. Valor Acrescentado Bruto O Valor Acrescentado Bruto atingiu, em 2013, os EUR. 46.907.637, o que, em relação ao ano transacto, significou um acréscimo de 2,0 milhões de euros (mais 4,4%). O VAB per capita registou uma subida de 6%, passando de EUR. 25.460 no ano de 2012, para EUR. 26.989 no ano corrente, conforme se evidencia no quadro seguinte: 45 Relatório & Contas 2013 Valor acrescentado bruto (VAB) Serviços prestados Custos de produção Fornecimentos e serviços externos Outros custos Valor acrescentado bruto Número médio de trabalhadores (média FTE) VAB per capita 2013 61.770.896 14.863.260 11.433.038 3.430.222 46.907.637 1.738,00 26.989 2012 59.714.732 14.802.790 12.190.872 2.611.918 44.911.943 1.764,00 25.460 Situação Patrimonial No final de 2013 o Activo Líquido da portway, Handling de Portugal, S.A. era de 33,2 milhões de euros, que corresponde a um acréscimo de 2,5 milhões de euros. - Pela redução dos activos fixos tangíveis e intangíveis no valor de 1,3 milhões de euros; - Pela redução das Dívidas de Terceiros de Curto Prazo no valor de 0,8 milhões de euros; - Pela redução do Estado e Outros Entes Públicos em 0,4 milhões de euros; - Pelo aumento da rubrica de Accionistas/sócios em 4,0 milhões de euros pelo empréstimo efectuado à ANA Aeroportos de Portugal, SA; - Pelo aumento de Outras contas a Receber em 0,1 milhões de euros; Pelo aumento de saldo de Caixa e Depósitos Situação patrimonial Activo Líquido Activo não corrente Activo corrente Capitais próprios e passivo Capitais próprios Passivo Passivo não corrente Passivo corrente 2013 2012 ∆%13/12 31.858.715 2.998.861 28.859.854 31.858.715 20.874.407 29.325.758 4.318.612 25.007.146 29.325.758 15.290.768 2.532.957 (1.319.751) 3.852.708 2.532.957 5.583.638 10.984.308 1.187.874 9.796.434 14.034.989 1.767.127 12.267.862 (3.050.681) (579.253) (2.471.428) 46 Relatório & Contas 2013 O Passivo do ano de 2013 reduziu em cerca de 3,1 milhões de euros, relativamente ao ano anterior, o qual é suportado por: - Decréscimo do saldo dos Fornecedores de Imobilizado e Financiamentos obtidos em 0,6 milhões de euros relacionados com os investimentos realizado em 2013 com financiamento com recurso a leasing reduzido; - Decréscimo do saldo de Fornecedores em 1,6 milhões de euros; - Decréscimo de Outras Contas a Pagar no valor de 0,7 milhões de euros. Capitaos Próprios+Passivo Activo Situação Patrimonial 100 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100 2013 2012 91 85 9 15 -66 -52 -4 -31 -6 -42 201 3 201 2 Activo não corrente Activo corrente Passivo não corrente Passivo corrente Capitais Próprios A evolução verificada ao nível dos principais indicadores financeiros e dos de rendibilidade e de desempenho, sintetizando a evolução verificada no decurso deste exercício económico, por comparação com 2012 é mostrada nos quadros seguintes: Indicadores financeiros 2013 Capitais próprios/Activo liquido (Autonomia financeira) Passivo curto prazo/Total do passivo Activo circulante/Total do passivo Fundo de maneio liquido 65,5 0,9 2,6 602.252 2012 51,8 0,9 1,8 4.272.561 47 Relatório & Contas 2013 Indicadores Rendibilidade e de Desempenho Margem operacional Resultado operacional/ Serviços prestados Rotação do activo Serviços prestados/Total do activo liquido Rendibilidade do activo (ROA) Resultado operacional/Total do activo liquido Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) Resultado líquido/Capital próprio Efeito da estrutura financeira Activo liquido/Capital próprio Efeito financeiro Resultados antes de impostos/Resultado operacional Efeito alavanca financeira Efeito da estrutura financeira*Efeito financeiro Rendibilidade de exploração Resultado antes\de impostos/Capital próprio ou Rendibilidade do activo * Efeito alavanca financeiro Efeito fiscal Resultado líquido/Resultados antes de impostos Rendibilidade dos capitais próprios Resultado líquido/Capitais próprios Rendibilidade de exploração * Efeito fiscal Em % 2013 2012 12,63% 8,75% 1,94% 2,04% 24,49% 17,82% 26,75% 24,52% 1,53% 1,92% 1,02% 1,01% 1,55% 1,93% 38,05% 34,36% 0,70% 0,71% 26,75% 24,52% 48 Relatório & Contas 2013 5. INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE HANDLING Infra-estruturas O aumento moderado da atividade operacional que se verificou durante o ano de 2013, conjugado com o redimensionamento de algumas das infra-estruturas de suporte às Unidades de Handling ocorridas nos anos anteriores, determinou contenção nas iniciativas mais onerosas, mantendo-se contudo a salvaguarda das necessidades operacionais e dos padrões de qualidade. Deu-se prioridade, à implementação de uma política a favor da melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados e dos métodos de trabalho, sem que se tenha perdido de vista o sentido do controlo de custos, como instrumento fundamental para a competitividade da Empresa no mercado do handling aeroportuário. Ao nível das instalações, sistemas de comunicação e equipamentos de suporte à operação, foram introduzidos melhoramentos, decorrentes das necessidades específicas da atividade operacional das Unidades de Handling. Instalações No ano de 2013 realizaram-se algumas renovações de espaços e um conjunto de pequenas intervenções, tendo por objetivo a melhoria das condições de conforto e segurança dos trabalhadores nos diversos locais de trabalho. As instalações em uso foram melhoradas, quer através da articulação dos espaços de trabalho, quer pela adequação do mobiliário, quer ainda através de intervenções de manutenção das instalações, ou substituição de equipamentos, mantendo contudo, a filosofia de racionalização e contenção dos espaços ocupados característica da portway: 49 Relatório & Contas 2013 Enumeram-se seguidamente, algumas das intervenções mais representativas, desenvolvidas em 2013 nos espaços ocupados pela portway: Instalações do Dep. PAX (Terminal 1 ALS) Ampliação da área de trabalho do Departamento de Passageiros no Terminal 1, com instalação de novos equipamentos e mobiliário adequado à reorganização do novo espaço; Lisbon Lounge (Terminal 1 ALS) Obras de manutenção e preparação de licenciamento da instalação de CCTV; Oficina de Manutenção (ASC) Reorganização de espaço e estudo de obra de construção civil para a instalação de novo equipamento de elevação de máquinas; Sala de Formação (AFU) Construção de uma sala de formação no aeroporto da Madeira, aquisição e instalação do respetivo mobiliário e equipamento; Tecnologias de informação No que respeita aos sistemas de informação de suporte e meios de comunicação, identificam-se as seguintes iniciativas como de maior relevância: Informatização da sala de formação na Unidade de Handling de Faro. Foram instalados equipamentos integrados e com monitores de 23” conferindo ao ambiente formativo os recursos tecnológicos necessários para responder às necessidades que derivam dos sistemas de DCS de última geração. Foi também garantindo o acesso ao ambiente formativo a outras aplicações em uso pelas diversas aéreas operacionais. Informatização da sala de formação na unidade de handling do Funchal, utilizando computadores modernos iguais aos instalados em Faro. Ao informatizar a sala de formação foram garantidas as condições 50 Relatório & Contas 2013 necessárias para responder às necessidades formativas presentes e futuras da Unidade de Handling; Substituição dos computadores da sala de formação da Sede garantindo aos formandos um ambiente formativo uniforme e adequado às necessidades atuais e futuras. Foi tido em conta a heterogeneidade de sistemas informáticos em uso e que se prevêem introduzir implicando maior volume formativo sobre ferramentas informáticas de última geração; Reconfiguração dos “routers” virtuais que suportam as comunicações entre as redes portway e as aplicações fornecidas pela “SITA”. Foi também garantida a comunicação em todos as unidades de handling para a nova aplicação de balanceamento de aeronaves “WnB”; Reconfiguração da rede de comunicação entre aeroportos no sentido de permitir o encaminhamento das comunicações sobre as aplicações fornecidas pela “SITA” através dos “routers” virtuais (reconfigurados) instalados em Lisboa. Esta configuração permitiu aumentar a redundância, disponibilidade e também eliminar a segregação de redes existente em Faro; Desenvolvimento interno de novas funcionalidades sobre o sistema informático “Clever Ops”, garantindo a evolução funcional do sistema. A aposta em termos de análise e indicadores de gestão centrou-se na análise consolidada de informação. Foram também introduzidas novas funcionalidades que permitem prever receitas e os custos associados com as novas taxas de handling. De referir, entre outras, o desenvolvimento de funcionalidade que permite validar a faturação sobre a plataforma “CUPPS;” Análise, especificação e desenvolvimento de interfaces de comunicação permitindo o acesso em tempo real à informação operacional existente no sistema informático “Clever Ops”. Os interfaces implementados foram utilizados para introduzir inovação e otimizar a gestão de recursos no Departamento de passageiros da Unidade de Handling do Porto; 51 Relatório & Contas 2013 Assumido internamente o desenvolvimento e suporte tecnológico do sistema informático “Siccarga”. Desta forma foi possível garantir a resposta tecnológica necessária e os níveis de serviço pretendidos. Foram alterados os mecanismos de consulta à base de dados conferindo melhorias muito significativas no desempenho geral do sistema. Foram introduzidas inúmeras melhorias bem como garantidas as adaptações necessárias que decorrem da evolução do negócio (ex. emissão do ficheiro saft); Desenvolvimento de funcionalidade paralela e complementar sobre a aplicação “Siccarga”, permitindo o envio de informação para a autoridade tributária através de “upload” de mensagens (SDS Forms). Para além de agilizar todo o processo de transferência de informação, garante também a sua fiabilidade (AirTransportInformation, AirManifestInformation, Manifestos e Partidas). Ainda sobre o âmbito deste projeto foi especificado interface de comunicação entre o sistema “Clever Ops” e o sistema “Siccarga” para acesso a informação operacional relevante ao projeto; Foi dado o início do processo de acreditação do sistema “Siccarga” enquanto “software” de faturação certificado pela autoridade tributária. Foram efetuadas as necessárias alterações quer à aplicação quer ao modelo de dados no sentido de garantir o cumprimento das imposições legais. Estima-se a conclusão deste processo no primeiro trimestre de 2014; Definição e implementação de interfaces de comunicação com o sistema de gestão da saúde ocupacional “SOWeb.” Desta forma é possível disponibilizar aos utilizadores da portway, com conta de “e- mail” própria, uma plataforma eletrónica para interação com os serviços de saúde ocupacional, usufruindo das funcionalidades disponibilizadas; Início da análise de soluções de mobilidade operacional a introduzir durante o ano de 2014; Análise, especificação e desenvolvimento de aplicação que permite efetuar a gestão dos vouchers de refeição (ERV – Emissão e Recolha de 52 Relatório & Contas 2013 Vouchers). Para além dos mecanismos de gestão necessários foram ainda introduzidos mecanismos de controlo de segurança utilizando códigos únicos e introduzindo códigos de barras 2D (QR). A operacionalização em todas as unidades de handling está prevista para os primeiros meses de 2014; Foi igualmente aumento e desenvolvida a colaboração comos Recursos Humanos e a Área Comercial, no planeamento operacional dos recursos humanos e equipamentos. Com base nesta colaboração foi possível optimizar significativamente o número de recursos alocados na operação, nomeadamente recursos humanos, auxiliando ainda no correcto planeamento de horários, turnos e qualificações na operação. Por último foi prestado apoio na análise de futuras taxas a aplicar pela ANA, bem como na realização de diversos estudos operacionais de apoio à administração e à área comercial. Equipamentos (GSE’S) Relativamente à gestão dos equipamentos de suporte da actividade operacional das Unidades de Handling, deu-se continuidade ao trabalho desenvolvido em anos anteriores quer ao nível da manutenção da frota existente, quer no que respeita à aquisição de novos equipamentos, sendo de relevar os seguintes resultados e iniciativas: Consolidação da utilização do sistema MAC (Manutenção assistida por computador) no controlo efetivo dos processos de trabalho e registo de dados nas Oficinas de Manutenção de GSE’s (Ground Support Equipment) em todas as Unidades de Handling; Implementação do uso do sistema de gestão da manutenção Máximo nas Unidades de Handling de Lisboa e Faro, para controlo da 53 Relatório & Contas 2013 manutenção dos equipamentos da ANA relacionados com a atividade de assistência a PMR’s (My Way); Relativamente aos armazéns de peças de reserva e materiais para manutenção, foram implementados procedimentos de gestão das respetivas existências e criadas rotinas de controlo do imobilizado em cada um dos armazéns; No que respeita à aquisição de peças de reserva e no contexto do trabalho de identificação de componentes versus mercados locais, privilegiou-se a compra através de fornecedores nacionais, em alternativa a aquisições mais dispendiosas junto dos fabricantes internacionais de equipamentos de handling; Deu-se continuidade à execução do programa de manutenção preventiva em todas as unidades de handling, como forma de prolongar a vida útil dos equipamentos e aumentar a sua disponibilidade operacional; No contexto do controlo dos custos de investimento, privilegiou-se a aquisição dos equipamentos estritamente necessários para o redimensionamento da frota, tendo em conta o acréscimo do número de aviões assistidos e eventuais especificidades operacionais; O investimento total em GSE’s (Ground Support Equipment) destinados às Unidades de Handling foi de cerca de 300.000 euros, tendo sido adquiridos os seguintes equipamentos operacionais: - Escada motorizada p/ embarque de avião …………………. 2 Unidades - Trator diesel p/ reboque de bagagem ……………………… 2 Unidades - Trator de reboque de aviões (Towbarless) …………………... 1 Unidade - Contentor marítimo p/ armazenagem de carga ……………. 1 Unidade - Minibus p/ transporte de pessoal …………………………… 3 Unidades - Viatura ligeira p/ transporte na placa …………………..…… 4 Unidades 54 Relatório & Contas 2013 Procedeu-se a uma avaliação integral do estado de conservação e desempenho da atual frota de equipamentos da portway, tendo-se procedido ao abate das unidades consideradas obsoletas, ou aquelas cujos custos de reabilitação não eram compatíveis com um desempenho rentável; Os custos totais associados à actividade de manutenção dos equipamentos de handling em serviço nos aeroportos de Lisboa, Sá Carneiro, Faro, Funchal e Beja foram da ordem de 1,900.000 €, no ano de 2013; O custo total da actividade de manutenção nas quatro Unidades de Handling foi de cerca de 3,5% dos custos operacionais, situando-se assim, em níveis inferiores aos geralmente praticados neste sector de actividade; A adequação da disponibilidade dos equipamentos face às necessidades operacionais foi garantida, pese embora o investimento em novos equipamentos tenha sido significativamente reduzido face à previsão orçamental; As atividades da manutenção da frota de equipamentos de suporte operacional foi maioritariamente executada com o recurso a meios próprios, nas oficinas da portway, nas quatro Unidades de Handling; 55 Relatório & Contas 2013 6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE) Em 2013 a portway viu definidos pelo acionista e adoptados pela Gestão como objetivos estratégicos os explicitados no quadro abaixo; ainda que tendo por base de comparação o ano de 2012 (manutenção da situação único em Faro): Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Percentagem de atrasos responsabilidade portway <= 14 min <=3% 0,93% Percentagem de atrasos responsabilidade portway > 14 min <=1% 0,15% Percentagem de processos de irregularidades de bagagem com responsabilidade atribuída à portway <=1% 0,16% Percentagem de respostas N (No) nas auditorias Prevenção da segurança e internas de segurança e safety <3% 0,008% 10 12 2,5% 31,9% Crescimento da produtividade na actividade principal – Handling, face a 2012 2% 8% Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos GSE a Diesel 100% 64% Objectivo Estratégico Satisfação dos clientes do safety Número de auditorias operacionais realizadas Crescimento acumulado do EBITDA face a 2012 Sucesso económico do negócio Ambiental Estes objetivos, do ponto de vista da gestão, foram maioritariamente atingidos durante o ano de 2013. 56 Relatório & Contas 2013 Qualidade e Ambiente Controle da Qualidade e da Satisfação dos nossos Clientes Em 2013, a Qualidade e a Satisfação dos nossos Clientes foi controlada através: Dos indicadores operacionais de OTP (On Time Performance), apoiado na atribuição de códigos IATA de atraso, passível de análise detalhada das causas; Da atribuição de “Fault Station” aos processos de irregularidade de bagagem dos nossos passageiros, também passível de análise detalhada da causa; Da análise e discussão periódica do desempenho dos objetivos traçados e acordados em sede de contrato (Service Level Agreements) com os principais clientes Da gestão das reclamações e louvores recebidos. Esta informação foi diariamente trabalhada pelas equipas operacionais, e mensalmente analisada em reunião mensal em cada Unidade, à qual comparecem os Membros do Conselho de Administração, o Diretor da Unidade de Handling e os Chefes de Departamento em causa, e convidados elementos da equipa local, da equipa Comercial e da Qualidade. Os valores de “OTP” e “FS” alcançados durante o ano de 2013 são inferiores às metas acima referidas, e claramente indicadores da continuação do esforço de “Melhoria Contínua”. De referir a excepcional diminuição das percentagens de atrasos, curtos e longos, fruto do esforço continuado das equipas operacionais, e da organização do seu trabalho. 57 Relatório & Contas 2013 Gestão de Reclamações O feedback da nossa ação é um dos grandes indicadores da nossa performance, em análise por parte do sistema de reclamações e louvores. Durante 2013 foram recebidos um total de 146 louvores e agradecimentos formais, originados por companhias aéreas, e 1436 reclamações formais na sua grande parte originados por Passageiros. Desse total, após triagem, 1419 reclamações foram enviadas aos verdadeiros responsáveis da insatisfação (maioritariamente, as Companhias Aéreas), tendo sido assumidas internamente 17. Estas foram submetidas a análise e ação internas com o objectivo de melhoria contínua dos serviços e conducentes à satisfação da globalidade dos nossos Clientes. Responsabilidade de Terceiros 2013 1419 133 131 123 121 117 123 135 167 110 97 70 92 Como acima referidos os 146 agradecimentos e louvores pela qualidade dos nossos serviços, sendo a grande maioria com origem das Companhias Aéreas mas também, de alguns Passageiros. 58 Relatório & Contas 2013 Agradecimentos 2013 146 27 25 8 12 22 15 16 8 5 2 2 4 Entidade Reguladora A entidade reguladora da atividade de assistência em escala (handling) em Portugal é o INAC, IP (Instituto Nacional de Aviação Civil), regulando e fiscalizando a gestão de reclamações perante o cumprimento das normas ICAO, da União Europeia e do Estado Português. Relação com o Ambiente A relação da portway com o Ambiente é uma relação de dever executado com empenho, preocupação e consciência da necessidade de um planeta sustentável. 1. A Empresa A empresa assume que é necessário continuar a agir rumo a um ambiente mais sustentável no futuro. Para tal, continuamos focados na melhoria contínua do nosso Sistema de Gestão Ambiental, implementado e certificado desde Fevereiro de 2008. 59 Relatório & Contas 2013 1.1 Política Ambiental da portway A Política Ambiental da portway está descrita no Manual da Qualidade e Ambiente, e visa: Cumprir os rigorosos requisitos legais aplicáveis; Criar sinergias compensatórias, nomeadamente com os nossos parceiros e Clientes; Utilizar correcta e racionalmente os recursos naturais; Encaminhar adequadamente os nossos resíduos; Promover medidas de redução de poluição, através da aquisição de veículos híbridos e/ou eléctricos; Renovar a nossa frota e equipamentos, optando sempre por soluções mais amigas do ambiente. 2 Descrição do Sistema de Gestão Ambiental da portway O Sistema de Gestão Ambiental da portway é um sistema integrado com o Sistema de Gestão da Qualidade e coordenado pela responsável da área do Ambiente, sob instrução da Administração. Com base na identificação dos Aspectos Ambientais Significativos e consequentes Impactes Ambientais em cada Unidade e por Departamento, foi criado um Programa de Gestão Ambiental que inclui uma rotina de encaminhamento de resíduos, conforme as determinações legais - em alguns itens suportada pela organização Ambiental dos Aeroportos, sendo que na maior parte dos artigos recorre-se à contratação directa dos serviços de operadores especializados e licenciados para o efeito. 60 Relatório & Contas 2013 2.1 Objetivo e Meta Ambiental O Objetivo e respectiva Meta Ambiental estabelecido para 2012 está descrito na tabela abaixo: Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa dos GSE a Diesel 64% dos GSE As medições de opacidade dos nossos GSE foram levadas a cabo nas 4 Unidades de Handling e abrangeram 64% dos equipamentos diesel. Por questões operacionais, não foi possível cumprir com a meta de 100% dos equipamentos analisados. A análise estatística dos valores obtidos pelo equipamento de medição, permiti-nos concluir se os nossos GSE apresentam ou não valores de opacidade acima dos valores legais permitidos. Os valores estabelecidos pela legislação para a opacidade (k) são de 3 m-1 para motores turbo e de 2,5 m-1 para motores sem turbo. Qualquer valor acima destes pressupõe problemas ao nível do motor e da combustão do gasóleo. 61 Relatório & Contas 2013 Os valores obtidos pelos nossos GSE ficaram todos abaixo dos valores legais permitidos e podem ser representados pelo gráfico abaixo, onde podemos verificar a ligação entre o aumento da rotação do motor e os valores da opacidade. Relativamente ao consumo de combustível, apresentamos a evolução do consumo de gasóleo/avião: Consumo/avião 30 20 2011 2012 2013 10 0 LIS OPO FAO FNC 62 Relatório & Contas 2013 O consumo de gasóleo sofre uma redução na ordem dos 2L/avião em todas as unidades de handling com excepção de Faro. Esta redução baseou-se numa melhor racionalização na utilização dos recursos e num controlo mais efectivo e rigoroso dos consumos de combustível por equipamento, permitindo assim uma hierarquização dos mesmos. 2.2 Reporting Para cumprimento legal, a portway encontra-se registada no SIRAPA, para registo dos resíduos produzidos e encaminhados para operadores devidamente licenciados, tendo sido apresentados dentro dos prazos legais estabelecidos os inventários de resíduos respeitantes aos anos de 2007-2012. A portway é aderente do sistema de Sociedade Ponto Verde, devido ao consumo de filme de plástico nas paletes de carga. Prevenção e Segurança (Safety) A política de prevenção e segurança mostra-se fundamental para a portway, por razões inerentes à própria actividade, em aeroportos sempre congestionados de aeronaves e equipamentos à dimensão dos equipamentos que utilizamos, à circulação no mesmo espaço de inúmeras viaturas, ao contínuo contacto com combustíveis em grandes quantidades, e ao stress implícito à vontade de cumprir os requisitos do Cliente em espaços de tempo sempre muito curtos. A Cultura de Safety, que se inicia com a prevenção e se desenvolve metodologicamente em todos os momentos e áreas da Operação, assumiu um grande protagonismo, acumulando: 63 Relatório & Contas 2013 a componente importante de Higiene e Segurança no Trabalho com a diminuição de riscos e custos materiais, de nossa propriedade, e, principalmente, da propriedade dos nossos Clientes, com a consciência do impacto da nossa condição humana no trabalho em equipe e na realização de tarefas, muitas envolvendo risco e executadas sob pressão. Para esse efeito foram desenvolvidos esforços em diversas frentes, das quais relevamos: 1. Formação específica em Safety a todos os colaboradores que, directa ou indirectamente, se relacionam com a Operação, como também nos serviços de Armazém e Triagem de Bagagem, e finalmente, nas Equipas de Manutenção; 2. Formação específica em Human Factors transversal a toda a equipa operacional; 3. Monitorização do cumprimento dessas regras, dia a dia, operação após operação, transformando a teoria em práticas sustentadas e universalmente utilizadas. De referir, com ênfase, a aderência generalizada em todos os sectores da Empresa a estas práticas e orientações, redundando no controle dos fatores de risco, e consequente diminuição da componente perigo. A identificação dessas boas práticas e a monitorização do seu cumprimento são pilares do projeto de implementação de um Sistema de Gestão de Safety, no qual a portway te vindo a trabalhar em conjunto com Aeroportos e Clientes, e que se pretende venha a garantir níveis estáveis de Segurança (safety) em lugar de destaque corporativo. 64 Relatório & Contas 2013 Security De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil (ANSAC), a segurança não é um acto isolado da responsabilidade das Forças de Segurança, mas sim um acto partilhado que a todos nos envolve, pelo que a portway desenvolveu a sua política de segurança com base neste conceito de atos ilícitos ao nível da operação e relacionamento com companhias nossas clientes e em especial do mercado PALOP. Durante o ano de 2013, a atividade de security da empresa baseou-se em 12 áreas distintas: 1 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas DUHs mediante auditorias internas: •DUHP – Auditoria de rotina à Unidade de Handling 2 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas Direções de Unidade de Handling mediante auditorias aos seus prestadores de serviço (limpeza de aeronaves),tendo sido efetuadas "full audits" a: •Unidade de Handling do Porto: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de limpeza de aeronaves - Multiservicios; •Unidade de Handling de Faro: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de Recursos Humanos – Adecco; •Unidade de Handling de Faro: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de limpeza de aeronaves – Multiservicios, 3 – A manutenção da já elevada cooperação operacional com todas as autoridades de segurança em especial no âmbito de prevenção e investiga 4 – Homologação pela ANSAC das revisões ao plano de segurança da portway referentes a 2013. 5 – Entrega da versão final do novo PSAR (Plano de Segurança de Agente Reconhecido) para aprovação. 65 Relatório & Contas 2013 6 – Preparação, constituição e entrega do novo PFSP (Programa de Formação de Segurança da portway) para aprovação de acordo com as novas exigências legais. 7 – A manutenção do projecto de formadores de segurança nas Direções de Unidade de Handling com a preparação de novo formador para a unidade de Handling do Porto e renovações dos restantes para estarem de acordo com o novo PNFSAC (Programa Nacional de Formação de Segurança da Aviação Civil) que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2013. 8 – Aprovação e homologação de um gestor de segurança da carga aérea para a unidade de handling de Lisboa devido ao enorme potencial que esta área gera e dado a carga aérea ser uma área crítica em matéria de segurança que presentemente possui necessidade de acompanhamento especial ao abrigo das alterações legais no âmbito do Security. 9 - Certificação da unidade de handling da Madeira como agente reconhecido. 10 – A portway foi sujeita a cinco auditorias em âmbito security durante o presente ano pelos seguintes parceiros: Air TRANSAT - 90% Air Lingus – 100% Lufthansa CGO – 100% TACV TAAG - 100% 11- A portway foi sujeita a três inspeções no âmbito das unidades de handling por parte da autoridade de Segurança da Aviação Civil com uma taxa de conformidade média acima dos 80% e ainda a uma auditoria de âmbito internacional, nomeadamente da ECAC. 66 Relatório & Contas 2013 12 - Em matéria de formação de sensibilização de segurança da aviação civil, a portway realizou no ano de 2013, 93 acções de formação, envolvendo 1071 colaboradores da empresa, garantindo desta forma a permanente garantia de atualização dos seus quadros no que concerne às exigências emanadas da ANSAC em matéria de formação security. No que se refere a 2014, prevê-se como prioridades: 1 - A continuidade e aumento da manutenção e controlo de qualidade "security" nas nossas escalas e todos os prestadores de serviços. 2 – Preparação para a criação e homologação da função de gestor de segurança de carga aérea em todas as unidades de handling da empresa impelindo este setor para uma posição de importância vital na própria sustentação comercial e relacionamento com vários operadores aéreos dentro do mercado da Aviação Civil. 3 – Aprovação e homologação do novo PFSP (Programa de Formação de Segurança da portway) para aprovação. 67 Relatório & Contas 2013 7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES De acordo com o disposto no art. 66º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) são de salientar as seguintes informações relevantes: a) Factos relevantes após o fecho do exercício; Não se registaram factos relevantes após o fecho do exercício de 2013. b) Autorizações concedidas para negócios entre a Sociedade e os seus Administradores; Durante o exercício de 2013 não houve quaisquer negócios entre a Sociedade e nenhum dos seus Administradores, nos termos previstos no art. 397º do CSC. c) Existência de sucursais; A sociedade não tem sucursais. d) Riscos financeiros; As atividades da Sociedade encontram-se expostas a fatores de riscos financeiros: risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Administração, concentrando-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procurando minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro da empresa. 68 Relatório & Contas 2013 8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS De acordo com o presente relatório, e de acordo com o disposto no art. 295º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), o Conselho de Administração da portway -handling de portugal, s.a. propõe que ao Resultado Líquido apurado no exercício de 2013, lucro no montante de EUR. 5.583.638,49, seja dada a seguinte aplicação: a) O montante de EUR. 279.181,92 correspondente a 5% para a conta de “Reserva Legal”; b) O montante de EUR. 3.384.097,98 para cobertura dos resultados transitados negativos referente a exercícios anteriores. c) O montante de EUR. 1.920.358,59 para distribuição de dividendos ao Acionista. 69 Relatório & Contas 2013 9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE Em Setembro de 2013 foi formalizada a aquisição da ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. - acionista única da portway, pelo grupo francês Vinci. Tal aquisição, introduziu alterações ao regime legal da portway, que assim passou automaticamente para o setor privado (deixando o setor empresarial do estado), com diversas implicações, nomeadamente ao nível laboral (com o pagamento efetivo de mais um salário mensal em 2013 face a 2012 entre outros). A nível nacional, à data em que elaboramos este relatório (Fevereiro 2014), não há decisão conhecida do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para a atribuição de uma segunda licença, a um novo operador para Faro, cujo aeroporto, de há 3 anos a esta parte, ainda é servido exclusivamente pela portway na área de operações em pista entre outras. Mais a única intenção de decisão tornada pública nos média foi a do eventual cancelamento do concurso para Lisboa, Porto e Faro. Não há indicações de que o início do Verão IATA 2014 seja diferente, pelo que, pelo 4º ano consecutivo esta empresa deverá assistir sozinha toda a aviação comercial e civil em Faro, pelo menos no início do Verão. Esta decisão traz diversas consequências, nem todas positivas, a começar pela ausência da concorrência que prezamos, e principalmente pelo impacto nos recursos humanos, face às dificuldades legais no prolongamento de algumas relações laborais. Num contexto económico nacional e europeu, a portway soube crescer em receitas (3,4 %). E se olharmos aos resultados económicos e financeiros de 2013, a empresa obteve um resultado de 5,584 milhões de euros já depois de impostos (crescimento de 49%), o que permitiu à mesma, recuperar e reforçar a sua autonomia financeira e o seu capital próprio. A rentabilidade do capital próprio (ROE) foi de 26,75%. 70 Relatório & Contas 2013 O grande esforço ocorreu ao nível dos Recursos Humanos (aumento da produtividade, diminuição do trabalho suplementar, absentismo em valores baixos, e normalização das relações sociais com os parceiros sociais), da redução com os FSE, e das novas receitas criadas por novos serviços, bem como o aumento da rentabilidade das mesmas. As atividades secundárias da portway foram responsáveis por cerca de 19% do negócio (receitas) em 2013, tendo aumentado o peso da atividade principal na portway. Em 2014, deverá agravar-se a pressão comercial dos grandes clientes do Ground handling. A ameaça do self-handling, mesmo que em prejuízo económico destes operadores, é algo que não deverá ser negligenciado. Em 2014 as novas taxas a aplicar pela ANA (novo tarifário) deverão contribuir para aumentar os custos em cerca de 460 mil euros, para além de que as negociações realizadas em 2013 para a prestação de serviços em 2014 irá originar uma quebra significativa de receitas na ordem dos 4 % na atividade secundária. A carga aérea tem vindo sustentadamente a crescer (Lisboa e Porto), não apenas ao nível das toneladas manuseadas, mas igualmente das receitas e respectiva margem. Na carga expresso, são já 2 os clientes da portway com manifestação de interesse pelo recurso ao self handling em Lisboa, e logo que tal seja possível. O grande desafio operacional e ao nível dos recursos humanos dos últimos 5 e dos próximos 5 anos, deverá estar concluído em 2014 – criação da figura do aircraft dispatcher e da do dispatcher, em que estão envolvidos cerca de 140 trabalhadores da portway em processos de seleção, recrutamento e formação. 71 Relatório & Contas 2013 Como principal desafio para 2014, é a contínua recuperação da motivação e dedicação dos nossos colaboradores e a melhoria dos principais indicadores que baixaram em 2012 e que tiveram resultados melhores em 2013: produtividade, trabalho suplementar, greves, estabilidade das relações sociais. Mantêm-se as reuniões mensais da administração com todas as escalas e respectivos trabalhadores (48 em 2013) e videoconferências semanais com os Diretores de Unidade de Handling. No ano de 2014 prosseguirá a avaliação do eventual (re) licenciamento e de abertura de bases nos Açores, devido à previsível liberalização do mercado (cessação das obrigações de serviço público) com entrada de novos players. Para além disso, no 1º trimestre de 2014 a portway deverá obter o licenciamento para o exercício da assistência em escala no aeroporto de Porto Santo, ficando dependente da actividade dos seus principais clientes para o início efetivo da operação. 72 Relatório & Contas 2013 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentados os resultados das atividades desenvolvidas em 2013, deseja este Conselho de Administração manifestar o seu mais elevado apreço e reconhecimento a todos quantos, de uma forma ou de outra, contribuíram positivamente para os resultados obtidos, destacando: Os Trabalhadores da portway que, apesar das dificuldades e medidas de austeridade que continuaram a ser implementadas, mantiveram um espírito de empenho, dedicação e profissionalismo que merecem sempre o reconhecimento do Conselho de Administração; Os Clientes, pela sua exigência, parceria e colaboração, e pela sua capacidade de desafiar e ajudar a portway a encontrar novas e melhores formas de trabalhar e os servir; Os Fornecedores, pelo esforço posto na oportuna e correcta satisfação das necessidades da empresa a um preço justo; A Acionista Única ANA, Aeroportos de Portugal, S.A, pelo apoio prestado às atividades de suporte, bem como pelas auditorias e revisões de processos em que apoiam a melhoria contínua da portway; O Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único, pela presença, espírito interessado e positivamente crítico de que deu provas no seguimento das atividades da empresa. 73 Relatório & Contas 2013 O Conselho de Administração Lisboa, 26 de Fevereiro de 2014 O Conselho de Administração António José Ferreira de Lemos (Presidente) Luís Miguel Silva Ribeiro (Vogal Executivo) José Manuel Dias dos Santos (Vogal Executivo) Pascale Frédérique Thouy Albert-Lebrun (Vogal Executivo) 74 Relatório & Contas 2013 75 Relatório & Contas 2013 PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA BALANÇO EM 31 DEZEMBRO de 2013 (EUROS) NOTAS (*) RÚBRICAS DATAS dez-13 dez-12 ATIVO Ativo não corrente Ativos Fixos Tangíveis 14 2.967.385,21 4.280.925,22 Ativos Intangíveis 15 31.475,65 37.686,85 2.998.860,86 4.318.612,07 Ativo corrente Inventários 16/17 Clientes 16/18/19 555.085,70 1.978,69 6.347.699,36 7.167.494,16 Estado e Outros Entes Públicos 16/20 149.411,61 530.818,38 Accionistas / Sócios 16/21 9.500.000,00 5.500.000,00 Outras contas a Receber 16/18 377.497,61 237.985,76 Diferimentos 16/22 1.221.303,99 1.462.264,74 Caixa e Depósitos Bancários 16/23 10.708.855,73 10.106.603,85 28.859.854,00 25.007.145,58 31.858.714,86 29.325.757,65 17.000.000,00 17.000.000,00 1.200.000,00 1.200.000,00 Reservas Legais 447.207,46 259.705,35 Outras reservas 27.658,98 27.658,98 TOTAL DO ATIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital Realizado Outros Instrumentos de Capital Próprio Resultados Transitados Resultado Liquido do Período TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 24 -3.384.097,98 -6.946.638,08 15.290.768,46 11.540.726,25 5.583.638,49 3.750.042,21 20.874.406,95 15.290.768,46 808.141,43 852.487,22 PASSIVO Passivo não corrente Provisões 16/25 Financiamentos Obtidos 16/26 Passivo corrente Fornecedores 16 379.732,39 914.640,09 1.187.873,82 1.767.127,31 648.300,39 2.235.737,75 2.022.534,01 Estado e Outros Entes Públicos 16/20 1.936.341,45 Financiamentos Obtidos 16/26 529.217,36 614.569,01 Outras Contas a pagar 16/27 6.682.574,89 7.390.271,11 Diferimentos 16/22 0,00 4.750,00 9.796.434,09 12.267.861,88 TOTAL DO PASSIVO 10.984.307,91 14.034.989,19 TOTAL CAP.PRÓPRIO E DO PASSIVO 31.858.714,86 29.325.757,65 Conselho de Administração António José Ferreira de Lemos Luís Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun O Técnico Oficial de Contas José Miguel Cordeiro da Rocha 76 Relatório & Contas 2013 PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PERIODO FINDO EM 31 de Dezembro 2013 e 31 Dezembro 2012 RENDIMENTOS E GASTOS (EUROS) NOTAS (*) PERÍODOS dez-13 dez-12 58.814.260,84 Vendas e Serviços Prestados 5 60.601.164,95 Custo das merc. vendidas matérias consªs 7 -738.053,64 -78.823,07 Fornecimentos e serviços externos 8 -11.433.037,61 -12.190.871,54 -37.704.586,29 9 -37.455.866,71 Imparidade de dívidas a Receber 19 -92.868,43 172.120,91 Provisões 25 -56.239,36 -325.345,95 Gastos com o pessoal 6 1.169.731,52 900.471,65 Outros Gastos e Perdas Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 10 -2.692.168,38 -2.533.095,20 9.302.662,34 7.054.131,35 Gastos /Reversões depreciação e amortização Resultados Operacional ( antes de gastos de financiamento e impostos) 11 -1.500.561,88 -1.828.452,84 7.802.100,46 5.225.678,51 Juros e Rendimentos Similares Obtidos 12 187.587,24 107.768,37 Juros e Gastos Similares Suportados 12 -46.555,30 -79.514,49 7.943.132,40 5.253.932,39 -2.359.493,91 -1.503.890,18 5.583.638,49 3.750.042,21 Outros Rendimentos e Ganhos Resultados antes de impostos 13 Imposto sobre rendimento do exercício Resultado líquido do Período O Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração José Miguel Cordeiro da Rocha António José Ferreira de Lemos Luís Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun 77 Relatório & Contas 2013 PORTWAY - Handling de Portugal, S.A. Demonstração das Alterações dos Capitais Próprios (euros) Outros Instrumentos de Capital Próprio Capital Posição no início de 2012 1 17.000.000,00 1.200.000,00 Reservas Legais 124.118,53 Reservas Livres 27.658,98 Resultados Transitados -9.522.787,67 Resultado Líquido do Exercício 2.711.736,41 Total do Capital Próprio 11.540.726,25 Primeira adopção do referencial contabilístico 0,00 Alterações de políticas contabilísticas 0,00 Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras 0,00 Aplicação do resultado do ano anterior 135.586,82 2.576.149,59 -2.711.736,41 0,00 Realização do excedente de revalorização de activos fixos 0,00 Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações 0,00 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0,00 Correcções relativas a períodos anteriores 0,00 Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0,00 2 0,00 0,00 135.586,82 0,00 2.576.149,59 -2.711.736,41 0,00 3.750.042,21 3.750.042,21 Resultado Líquido do Período 3 Posição no fim de 2012 4=1+2+3 17.000.000,00 1.200.000,00 259.705,35 27.658,98 -6.946.638,08 3.750.042,21 15.290.768,46 Posição no início de 2013 5 17.000.000,00 1.200.000,00 259.705,35 27.658,98 -6.946.638,08 3.750.042,21 15.290.768,46 Primeira adopção do referencial contabilístico 0,00 Alterações de políticas contabilísticas 0,00 Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras 0,00 Aplicação do resultado do ano anterior 187.502,11 3.562.540,10 -3.750.042,21 0,00 Realização do excedente de revalorização de activos fixos 0,00 Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações 0,00 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0,00 Correcções relativas a períodos anteriores 0,00 Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0,00 6 Resultado Líquido do Período 7 Posição no fim de 2013 8=5+6+7 0,00 17.000.000,00 0,00 1.200.000,00 187.502,11 447.207,46 0,00 27.658,98 3.562.540,10 -3.384.097,98 -3.750.042,21 0,00 5.583.638,49 5.583.638,49 5.583.638,49 20.874.406,95 As notas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras Conselho de Administração Técnico Oficial de Contas António José Ferreira de Lemos José Miguel Cordeiro da Rocha Luís Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun 78 Relatório & Contas 2013 PORTWAY - Handling de Portugal, S.A. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PERIODO FINDO EM 31.Dezembro.2013 e 31.Dezembro.2012 (EUROS) PERÍODOS RUBRICAS 2013 2012 Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo 61.407.661,41 € Recebimentos de clientes 59.245.222,49 € - 14.311.635,62 € - 12.773.322,87 € Pagamentos a fornecedores - 37.905.099,23 € - 36.963.301,71 € Pagamentos ao pessoal 9.190.926,56 € Caixa gerada pelas operações 9.508.597,91 € Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento - 1.139.093,51 € Outros recebimentos/pagamentos - 2.633.642,05 € - 1.581.929,76 € 5.418.191,00 € Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) - € 7.926.668,15 € Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: - Activos fixos tangíveis 966.866,77 € - 2.136.963,30 € Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 18.121,65 € 16.091,96 € 180.783,56 € 89.719,24 € Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Subsídios ao investimento Juros e rendimentos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) - 767.961,56 € - 2.031.152,10 € Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio Cobertura de prejuízos Doações Outras operações de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos/concedidos - Juros e gastos similares - 4.000.000,00 € - 1.500.000,00 € 47.977,56 € - 122.955,25 € Dividendos Reduções de capital e de outros intrumentos de capital próprio Outras operações de financiamento Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) - Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 4.047.977,56 € - 1.622.955,25 € 602.251,88 € 4.272.560,80 € Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no ínicio do período 10.106.603,85 € 5.834.043,05 € Caixa e seus equivalentes no fim do período 10.708.855,73 € 10.106.603,85 € Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas António José Ferreira de Lemos José Miguel Cordeiro da Rocha Luís Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Pascale Frederique Thouy Albert-Lebrun 79 Relatório & Contas 2013 PORTWAY HANDNDLING DE PORTUGAL, S.A. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DEZEMBRO 2013 ÍNDICE 1. NOTA INTRODUTÓRIA 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1 Transações em moeda estrangeira 3.2 Ativos fixos tangíveis 3.3 Ativos intangíveis 3.4 Ativos e Passivos Financeiros 3.5 Inventários 3.6 Caixa e equivalentes de caixa 3.7 Rúbricas do Capital Próprio 3.8 Provisões 3.9 Locação 3.10 Imposto sobre o rendimento 3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal 3.12 Rédito 3.13 Ativos e Passivos Contingentes 3.14 Eventos Subsequentes 3.15 Julgamentos e estimativas 4. FLUXOS DE CAIXA 5. RÉDITO 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 7. MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS 8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 9. GASTOS COM O PESSOAL 10. OUTROS GASTOS E PERDAS 11. DEPRECIAÇÕES 12. RESULTADO FINANCEIRO 13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 80 Relatório & Contas 2013 14. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 15. ATIVOS INTANGÍVEIS 16. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS 17. INVENTÁRIOS 18. VALORES A RECEBER - CORRENTES 19. PERDAS POR IMPARIDADE DE ACTIVOS 20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 21. ACIONISTAS 22. DIFERIMENTOS 23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 24. CAPITAL PRÓPRIO 25. PROVISÕES 26. FINANCIAMENTOS OBTIDOS 27. VALORES A PAGAR - CORRENTES 28. GARANTIAS PRESTADAS 29. COMPROMISSOS ASSUMIDOS 30. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO 31. ENTIDADES RELACIONADAS 32. MATÉRIAS AMBIENTAIS 33. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO 81 Relatório & Contas 2013 1. NOTA INTRODUTÓRIA A portway – Handling de Portugal, S.A. é uma sociedade anónima, detida a 100 % pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Sede Social: Aeroporto de Lisboa, Rua C, Edifício 124, 1º piso, 1700-008 Lisboa Capital Social: 17.000.000 euros N.I.P.C. 504 785 753 1.1 Objeto e enquadramento legal da atividade O objeto principal da atividade da portway – Handling de Portugal, S.A. é a assistência em Escala (vulgo “handling”) a aeronaves e passageiros nos Aeroportos de Lisboa, Francisco Sá Carneiro (Porto), de Faro e do Funchal, tal como esta se encontra definida no Decreto-lei nº. 275/99, de 23 de Julho, por licenciamento do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para as seguintes atividades: Assistência administrativa em terra e supervisão; Assistência a passageiros; Assistência a bagagem; Assistência a carga e correio; Assistência a operações de pista; Assistência de limpeza e serviço do avião; Assistência de operações aéreas e gestão de tripulações; Assistência de transporte em terra. Complementar à atividade de Assistência em Escala, efetua-se a gestão dos entrepostos aduaneiros nos citados Aeroportos, mediante licença atribuída pela Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo. Desde Outubro de 2006 o objeto social foi alterado de forma a abranger expressamente a prestação de serviços de formação interna e externa. Em Setembro de 2007 acrescentou-se ao objeto da sociedade a prestação de serviços a terceiros. 82 Relatório & Contas 2013 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas e as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), e as Normas Interpretativas. Sempre que o SNC não responda a aspetos particulares de transações ou situações são aplicadas supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho; e as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações SIC-IFRIC. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados a 31 de dezembro de 2013 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012. As demonstrações financeiras, foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, tomando por base o custo histórico. Com a finalização do processo de aquisição do Grupo ANA por parte do Grupo VINCI, as regras para o encerramento de contas do Grupo VINCI foram já consideradas no encerramento do exercício económico de 2013. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes que afetam as quantias de ativos e passivos, assim como quantias de gastos e rendimentos durante o período de relato. Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em exercícios futuros. 83 Relatório & Contas 2013 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo. 3.1 Transações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas para Euros à taxa de câmbio em vigor à data da transação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, existentes à data do balanço, aos câmbios vigentes nessa data, são reconhecidos na demonstração de resultados. 3.2 Ativos Fixos Tangíveis Os ativos fixos tangíveis adquiridos encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos. Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa por via da sua utilização e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os gastos com reparações e manutenção, que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são reconhecidos como um gasto no período em que são reconhecidos. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado essencialmente o método da linha reta, a partir da data em que o ativo se encontra em condições de funcionamento, utilizando-se as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada, como segue: 84 Relatório & Contas 2013 Anos médios de vida útil Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo 5 a 10 anos 5 a 10 anos 4 a 5 anos 3 a 8 anos 3 a 10 anos Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um ativo, é revista a depreciação desse ativo de forma prospetiva para refletir as novas expetativas. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração de resultados, como outros rendimentos ou outros gastos operacionais. Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso. Imparidade A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, a empresa estima a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do exercício a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico. Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações: • Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; • Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado; 85 Relatório & Contas 2013 • As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo; • A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado; • Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo; • Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera -se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada; • Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado. As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo esteja escriturado pela quantia revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente. 3.3 Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis, encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das correspondentes amortizações. As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método da linha reta em conformidade com o período de vida útil estimado entre 5 a 7 anos. Não é considerada qualquer quantia residual. O custo com os intangíveis gerados internamente, excluindo os custos de desenvolvimento em determinadas circunstâncias, são considerados como um gasto, sendo refletido na demonstração de resultados no ano em que o gasto é incorrido. 86 Relatório & Contas 2013 Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por licenças de serviço de assistência a terceiros emitidas pelo INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil). 3.4 Ativos e Passivos Financeiros 3.4.1 Clientes A maioria das vendas é realizada em condições normais de crédito, e os correspondentes saldos de clientes não incluem juros debitados ao cliente. No final de cada período de relato são analisadas as contas de cliente de forma a avaliar se existe alguma evidência objetiva de que não são recuperáveis. Se assim for é reconhecida a respetiva perda por imparidade. As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a portway tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. 3.4.2 Empréstimos concedidos e contas a receber Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis. São originados quando a empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de negociar a dívida. São incluídos nos ativos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12 meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes. 3.4.3 Empréstimos obtidos e contas a pagar não correntes Os empréstimos obtidos e as contas a pagar não correntes, são registados no passivo pelo custo, apesar de a portway não deter, no período em causa, qualquer empréstimo bancário. 87 Relatório & Contas 2013 3.4.4 Fornecedores e outras contas a pagar São incluídos nos passivos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12 meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados como passivos não correntes. Esta situação, no caso da portway aplica-se somente para as locações. 3.4.5 Estado e outros entes públicos Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor. 3.4.6 Diferimentos ativos e passivos Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros. 3.5 Inventários Os inventários são valorizados ao custo de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. O custo é determinado utilizando o método do custo médio ponderado. Os inventários referem-se a produtos alimentares do Lisbon Lounge no aeroporto de Lisboa e aos stocks de peças das oficinas de manutenção de equipamento da portway nas quatro escalas: Lisboa, Porto, Faro e Funchal. 3.6 Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos valores de caixa e outros depósitos, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Estes saldos estão mensurados da seguinte forma: • Caixa – ao custo; • Depósitos sem maturidade definida - ao custo; 88 Relatório & Contas 2013 • Outros depósitos com maturidade definida – ao custo amortizado, determinado com base no método da taxa de juro efetiva. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de ‘‘Caixa e equivalentes de caixa’’ compreende, além de caixa e depósitos bancários, também: • Os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Financiamentos obtidos” e • Os saldos de Caixa e equivalentes de caixa incluídos na rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda. 3.7 Rúbricas do Capital Próprio Capital realizado Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato de sociedade indica o prazo para realização do capital subscrito e não realizado à data da escritura. Outros instrumentos de capital próprio Esta rubrica inclui prestações acessórias que foram efetuadas pelos acionistas, na sequência de deliberação em Assembleia Geral, e que ficaram sujeitas ao regime das prestações suplementares. De acordo com este regime, tais prestações não vencem juros (art.º 210 do CSC), não têm prazo de reembolso definido (art.º 211 do CSC) e só podem ser reembolsadas se após o seu reembolso, o capital próprio não ficar inferior à soma do capital e da reserva legal (art.º 213 do CSC). Reservas legais De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art.º 296 do CSC) Resultados transitados Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento, que, de acordo com o 89 Relatório & Contas 2013 nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados. 3.8 Provisões Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte num efluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade. As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. 3.9 Locação Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos na Demonstração de Resultados no período a que dizem respeito. As locações em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade é assumida pelo locador, são classificadas como locações operacionais. Os pagamentos efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos do locador, são registados na demonstração de resultados durante o período da locação. 90 Relatório & Contas 2013 3.10 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento inclui apenas imposto corrente, não tendo a portway até à data, imposto diferido. O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data da demonstração da posição financeira. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração de resultados. Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, a ANA, S.A. efetuou a opção pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, tendo resultado uma dedução, no Grupo, dos prejuízos fiscais da portway, referente aos períodos de 2008, 2009, 2010 e 2011. 3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento. Férias e subsídio de férias De acordo com a legislação laborar em vigor os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica “Outras Contas a Pagar”. De acordo com a decisão do Tribunal Constitucional em abril de 2013, que considerou inconstitucional a suspensão do subsídio de férias definida pelo Orçamento Geral do Estado de 2013, ao Sector Empresarial do Estado, onde se enquadra a portway, foi efetuado o pagamento do mesmo, que tinha sido considerado em 2012, como acréscimo de gastos com férias e subsídio de férias a liquidar em 2013, de acordo com as orientações do acionista ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. A portway ficou abrangida, pelas medidas de austeridade, impostas pelo Orçamento de Estado de 2013 ao Sector Empresarial do Estado, até agosto de 2013, altura em que foi privatizado o Grupo “ANA – aeroportos de Portugal, S.A”, tendo o Grupo francês VINCI, ganho a concessão dos aeroportos desde então. 91 Relatório & Contas 2013 3.12 Rédito As vendas e as prestações de serviço são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidos. Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento. Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado. Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma imparidade, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido. A empresa alterou o critério de registo dos rendimentos suplementares relativos a serviços prestados a terceiros, na medida em que até ao ano de 2012 (inclusive), os mesmos eram registados na conta 78 (Outros rendimentos e ganhos) e no ano de 2013 passaram a figurar na conta 72 (Prestações de serviços). A Administração procedeu à alteração da política contabilística referida por considerar que a reflexão do valor dos referidos rendimentos na conta de prestação de serviços proporcionará uma informação mais clara e direta do volume de negócios da Empresa. A alteração do modelo de registo dos mencionados rendimentos é de aplicação retrospetiva, conforme dispõe a NCRF 4. Assim, as quantias escrituradas no período anterior registaram os seguintes ajustamentos: 92 Relatório & Contas 2013 2012 Outros rendimentos e ganhos anterior polílitica atual política 15.319.298,25 63.993,77 2.070.864,89 0,00 10.702.650,77 0,00 78163 - Segurança Aeroportuária 716.993,60 0,00 78164 - Lounge Services 635.825,54 0,00 78165 - Formação 323.694,50 0,00 78168 - Diversos 256.838,24 63.993,77 78169 - Outros proveitos suplementares 612.430,71 0,00 0,55 0,55 786 - Rendimentos e ganhos nos restantes activos financeiros 5.275,77 5.275,77 787 - Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 15.042,72 15.042,72 816.158,84 816.158,84 16.155.776,13 900.471,65 781 - Rendimentos suplementares: 78161 - Comissões/Taxas 78162 - Serviços Secundários 782 - Desc.Pronto Pag.Obtidos 788 - Outros 2012 anterior polílitica Prestações de serviços atual política Assistência a Carga e Correio 6.944.289,61 7.661.283,21 Assistência a Operações em Pista 2.884.674,91 2.901.174,46 33.729.991,84 33.919.736,66 Prestações Serviços Diversos Assistência 0,00 2.505.282,24 Outros Serviços 0,00 11.826.784,27 43.558.956,36 58.814.260,84 Assistência Integrada 3.13 Ativos e passivos contingentes Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro. Um passivo contingente é: 93 Relatório & Contas 2013 • Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade, ou • Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de efluxos futuros que não seja remota. 3.14 Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais. 3.15 Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras, foram adotados certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos, rendimentos e gastos relatados. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo órgão de gestão foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações passados e em curso. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração de resultados de forma prospetiva. 94 Relatório & Contas 2013 4. FLUXOS DE CAIXA Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da quantia constante em Caixa e em Depósitos Bancários, era o seguinte: Valores em Euros 2013 2012 26.118,33 26.175,00 10.682.737,40 10.080.428,85 10.708.855,73 10.106.603,85 Caixa Numerário Equivalentes de caixa Depósitos bancários - DO 5. RÉDITO Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Rédito decompõe-se como segue, chamando a atenção para a alteração do tratamento contabilístico dos rendimentos provenientes de serviços prestados a terceiros (anteriormente registados em Outros Rendimentos e ganhos), conforme já identificado na nota 3.12 - Rédito: Valores em Euros 2013 2012 Assistência a Carga e Correio 8.192.752,75 7.661.283,21 Assistência a Operações em Pista 2.702.871,89 2.901.174,46 35.326.714,61 33.919.736,66 2.607.554,63 2.505.282,24 11.771.271,07 11.826.784,27 60.601.164,95 58.814.260,84 Assistência Integrada Prestações Serviços Diversos Assistência* Outros Serviços** *a rúbrica Prestações de Serviços Diversos de Assistência, era em 2013, decomposta por: 95 Relatório & Contas 2013 Valores em Euros Comissões e taxas 2013 2012 1.905.372,60 1.869.456,70 702.182,03 635.825,54 2.607.554,63 2.505.282,24 Serviços Lounge ** a rúbrica Outros Serviços , era em 2013, decomposta por: Valores em Euros 2013 2012 Assistência a passageiros (s/voos assoc.) 110.502,45 122.811,92 Serviços de suporte (s/voos assoc.) 617.938,29 489.618,79 10.579.267,33 10.702.650,77 Serviços Manutenção ANA/ANAM 199.848,00 188.008,29 Formação 263.715,00 323.694,50 11.771.271,07 11.826.784,27 Serviços ANA/ANAM 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros Rendimentos e Ganhos decompõe-se como segue: Valores em Euros Rendimentos suplementares Desc. pronto pag. obtidos Diferenças de câmbio favoráveis Rendimentos e ganhos na alienação de activos correntes Outros 2013 2012 79.570,09 63.993,77 0,00 0,55 2.790,21 5.275,77 14.185,59 15.042,72 1.073.185,63 816.158,84 1.169.731,52 900.471,65 96 Relatório & Contas 2013 Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rúbrica de Outros Rendimentos, decompõe-se como se segue: Valores em Euros Correcções Relativas a Períodos Anteriores Excesso estimativa p/Impostos Outros 2013 2012 1.071.579,82 814.593,42 0,00 1.551,47 1.605,81 13,95 1.073.185,63 816.158,84 7. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS O movimento ocorrido na rubrica Custo das Mercadorias Vendidas, foi conforme segue: Valores em Euros 2013 2012 1.978,69 2.350,41 Compras 684.198,86 78.451,35 Transferências 606.961,79 0,00 Inventários - saldo final 555.085,70 1.978,69 Gasto do Exercício 738.053,64 78.823,07 Inventários - saldo inicial Em fevereiro de 2013, a portway passou a fazer a gestão das existências de peças de manutenção de equipamentos em todas as suas oficinas, tendo sido efetuado o reconhecimento da existência inicial, através de um inventário físico total, com referência a 31 de dezembro de 2012. 97 Relatório & Contas 2013 8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Fornecimentos e Serviços Externos decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 863.148,24 818.326,80 2.101.851,79 2.667.260,74 697.352,16 620.867,26 1.235.551,10 1.393.846,17 178.100,44 224.016,90 Rendas e alugueres 5.117.900,07 5.228.425,74 Outros 1.239.133,81 1.238.127,93 11.433.037,61 12.190.871,54 Subcontratos Serviços Especializados Materiais Energia e fluídos Deslocações, estadas e transportes 9. GASTOS COM PESSOAL Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Gastos com o Pessoal decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 25.840.894,70 23.266.636,69 5.635.367,94 4.936.890,30 10.279,02 6.189,99 Indemnizações 110.116,57 73.117,29 Seguros 546.450,48 513.403,52 Gastos de Acção Social 448.356,50 357.666,70 4.162.551,29 7.814.574,38 701.850,21 736.107,42 37.455.866,71 37.704.586,29 Remunerações Encargos s/Remunerações Benefícios pós emprego Trabalho Temporário Outros 98 Relatório & Contas 2013 As Remunerações do Pessoal Chave da Gestão, eram a 31 de dezembro de 2013 e 2012: Valores em Euros Conselho de Administração Senha de presença Assembleia Geral Fiscal Único* 2013 2012 170.473,14 143.304,58 600,00 0,00 10.080,00 9.720,00 *valor incluído na rubrica FSE O número médio de trabalhadores, era a 31 de dezembro de 2013 e 2012: Número Médio de Trabalhadores 2013 2012 1.690 1.427 99 Relatório & Contas 2013 10. OUTROS GASTOS E PERDAS Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 1.279.730,08 1.237.967,38 0,00 43.436,19 196.111,56 346,83 Donativos 15.592,85 1.246,60 Quotizações 20.705,90 11.976,94 1.053.042,03 1.027.661,33 Multas e penalidades -3.980,04 22.087,05 Insuficiência estimativa p/impostos 11.346,88 0,00 Indemnizações com sinistros 46.453,06 67.253,31 2.231,31 6.940,57 Gastos com serviços bancários 51.515,63 51.257,68 Outros 19.419,12 62.921,32 2.692.168,38 2.533.095,20 Impostos Dívidas incobráveis Correcções relativas a períodos anteriores Fee exploração ANA, S.A. Diferenças de câmbio desfavoráveis 100 Relatório & Contas 2013 11. DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Depreciações decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 1.494.350,68 1.822.646,31 1.909,34 54.221,15 1.003.343,58 1.201.580,84 Equipamento de transporte 287.313,92 353.738,78 Equipamento administrativo 180.916,55 184.744,74 Outros activos fixos tangíveis 20.867,29 28.360,80 Amortizações 6.211,20 5.806,53 Propriedade Industrial 6.211,20 5.806,53 1.500.561,88 1.828.452,84 Depreciações de activos fixos tangíveis Edifícios e outras construções Equipamento básico 12. RESULTADO FINANCEIRO Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os Resultados Financeiros decompõem-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 180.783,56 89.719,24 Outros juros e rendimentos 6.803,68 18.049,13 Juros de mora 1.422,26 -1.093,32 -47.977,56 -78.421,17 141.031,94 28.253,88 Juros obtidos em aplicações financeiras Juros de locação financeira 101 Relatório & Contas 2013 Na rúbrica Juros obtidos em aplicações financeiras, encontra-se para além de rendimento de aplicações financeiras realizado entre Setembro e Dezembro de 2013, juros provenientes do aumento de empréstimos à ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. (ver nota 21). 13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A portway encontra-se sujeita ao regime especial de tributação de grupos de sociedades (RETGS), desde 1 de janeiro de 2008. As empresas que se englobam no perímetro do Grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de imposto sobre o rendimento detalha-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 2.014.137,67 1.271.775,80 Derrama 120.848,26 76.306,55 Derrama Estadual 180.000,00 107.613,10 44.507,98 48.194,73 2.359.493,91 1.503.890,18 2013 2012 7.943.132,40 5.253.932,39 113.418,29 -166.829,18 0,00 0,00 Tax basis 8.056.550,69 5.087.103,21 Income tax expected at 25% 2.014.137,67 1.271.775,80 Expected income tax 2.014.137,67 1.271.775,80 29,29% 29,56% Imposto s/rendimento Tributação Autónoma Amounts in euros Pre-tax profit Differences Deduction of tax losses from previous years 102 Relatório & Contas 2013 14. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, o movimento ocorrido no valor dos Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respetivas Depreciações, foi conforme segue: Valores em Euros Edifícios e outras construções Equip. básico Equip. transporte Outros Equip. Admin. activos fixos tangíveis Imob. em curso Total Custo de aquisição Saldo em 1 de Janeiro de 2012 485.394,41 16.527.111,12 2.304.685,45 1.839.040,20 Aquisições 0,00 Alienações Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2012 379.565,38 248.668,57 21.784.465,13 859.588,46 132.991,25 16.160,30 19.920,00 208.302,50 1.236.962,51 0,00 0,00 -39.712,16 -2.098,28 0,00 0,00 -41.810,44 0,00 166.660,00 0,00 4.600,00 0,00 -171.260,00 0,00 485.394,41 17.553.359,58 2.397.964,54 1.857.702,22 399.485,38 285.711,07 22.979.617,20 Aquisições 0,00 143.416,02 148.904,59 26.522,42 20.312,80 2.888,00 342.043,83 Alienações 0,00 0,00 -39.200,00 -1.721,05 0,00 0,00 -40.921,05 0,00 -150.000,00 150.000,00 128.557,46 0,00 -285.854,56 -157.297,10 Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2013 485.394,41 17.546.775,60 2.657.669,13 2.011.061,05 419.798,18 2.744,51 23.123.442,88 429.253,43 13.406.412,99 1.413.251,73 1.413.236,63 254.661,28 0,00 16.916.816,06 Depreciações Saldo em 1 de Janeiro de 2012 Reforço 54.221,15 1.201.580,76 353.738,77 184.744,84 28.351,60 0,00 1.822.637,12 Alienações 0,00 0,00 -39.712,16 -1.049,04 0,00 0,00 -40.761,20 Regularizações, transferências e abates 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 483.474,58 14.607.993,75 1.727.278,34 1.596.932,43 283.012,88 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Reforço Alienações Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2013 Valor líquido 1 de Janeiro de 2012 0,00 18.698.691,98 1.909,34 1.003.343,58 287.313,92 180.916,55 20.867,29 0,00 1.494.350,68 0,00 0,00 -35.933,34 -1.051,65 0,00 0,00 -36.984,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 485.383,92 15.611.337,33 1.978.658,92 1.776.797,33 303.880,17 0,00 20.156.057,67 56.140,98 3.120.698,13 891.433,72 425.803,57 124.904,10 248.668,57 4.867.649,07 Valor líquido 31 de Dezembro de 2012 1.919,83 2.945.365,83 670.686,20 260.769,79 116.472,50 285.711,07 4.280.925,22 Valor líquido 31 de Dezembro de 2013 10,49 1.935.438,27 679.010,21 234.263,72 115.918,01 2.744,51 2.967.385,21 103 Relatório & Contas 2013 15. ATIVOS INTANGÍVEIS No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, o movimento ocorrido na rubrica Ativos Intangíveis, foi conforme segue: Valores em Euros Propriedade industrial Total Custo de aquisição Saldo em 1 de Janeiro de 2012 120.055,00 120.055,00 11.322,20 0,00 0,00 11.322,20 0,00 0,00 131.377,20 131.377,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 131.377,20 131.377,20 87.874,64 87.874,64 5.815,71 0,00 0,00 5.815,71 0,00 0,00 93.690,35 93.690,35 6.211,20 6.211,20 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 99.901,55 99.901,55 Valor líquido em 1 de Janeiro de 2012 32.180,36 32.180,36 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 37.686,85 37.686,85 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 31.475,65 31.475,65 Aquisições Alienações Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Aquisições Alienações Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2013 Depreciações Saldo em 1 de Janeiro de 2012 Reforço Alienações Regularizações, transferências e abates Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Reforço Alienações Regularizações, transferências e abates 104 Relatório & Contas 2013 16. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS A reconciliação da demonstração da posição financeira com as diversas categorias dos ativos e passivos financeiros nela incluída detalha-se como segue: Valores em Euros Creditos e valores a receber Activos disponíveis para venda Outros passivos financeiros Activos/Passivos não financeiros Total - - - 17.595.912,57 - - 10.708.855,73 - - 28.304.768,30 - - 2013 Activos Clientes e out. contas a receber 17.595.912,57 Outros activos - Caixa e equiv. de Caixa 555.085,70 - 555.085,70 10.708.855,73 555.085,70 28.859.854,00 Passivos Forn. e out. contas a pagar - - Outros passivos - - - - 10.176.166,48 10.176.166,48 - 10.176.166,48 808.141,43 808.141,43 808.141,43 10.984.307,91 2012 Activos Clientes e out. contas a receber 14.898.563,04 Outros activos - - - - 10.106.603,85 - - 25.005.166,89 - - - Caixa e equiv. de Caixa - 14.898.563,04 1.978,69 - 1.978,69 10.106.603,85 1.978,69 25.007.145,58 Passivos Forn. e out. contas a pagar - - Outros passivos - - - - 13.182.501,97 13.182.501,97 852.487,22 13.182.501,97 852.487,22 852.487,22 14.034.989,19 As atividades da portway, encontram-se expostas a fatores de riscos financeiros: risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Administração, concentrando-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procurando minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro da empresa. 105 Relatório & Contas 2013 16.1 Risco Cambial A variação da taxa de câmbio do euro face a outras divisas pode afetar os resultados da Empresa, no entanto até à data, a sua materialidade não tem constituído um risco para a portway. 16.2 Risco de Taxa de Juro Uma vez que a empresa não tem ativos significativos remunerados, assim como passivos com empréstimos bancários (recorrendo apenas e quando necessário, junto das instituições bancárias com que trabalha, ao descoberto bancário das contas caucionadas) encontra-se numa situação em que alterações e flutuações das taxas de juro de mercado, não tenham impactos nos seus resultados. Apenas em termos de locação financeira, poderá encontrar algum risco, uma vez que a taxa de juro dos contratos negociados é indexada à Euribor. No entanto consideramos materialmente irrelevante a exposição da empresa ao risco da taxa de juro. 16.3 Risco de crédito A portway não tem concentrações de risco de crédito significativas, no que diz respeito a clientes e outros devedores. Por norma, as prestações de serviços estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face, aos prazos estabelecidos, tal não resulta, de acordo com a informação que é do conhecimento da empresa, na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes, que permite definir o valor das perdas a reconhecer no período. 106 Relatório & Contas 2013 16.4 Risco de liquidez A empresa gere o risco de liquidez por duas vias. Em primeiro lugar garantindo que a sua dívida financeira (locações) tenha uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características do mercado em que exerce a sua atividade. Adicionalmente, a empresa tem contratado com instituições financeiras facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada. Valores em Euros Instituições Financeiras: 17. CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Crédito por Descoberto em Conta 2.500.000,00 SANTANDER TOTTA Crédito por Descoberto em Conta 2.500.000,00 INVENTÁRIOS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, os Inventários tinham a seguinte composição: Valores em Euros Mercadorias - Prod. alimentares Lisbon Lounge Mercadorias - Peças e materiais de manutenção 2013 2012 4.144,26 1.978,69 550.941,44 0,00 555.085,70 1.978,69 107 Relatório & Contas 2013 18. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Valores a Receber Correntes decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 Clientes 5.232.799,49 5.300.100,91 Clientes - empresas relacionadas 1.114.899,87 1.867.393,25 377.497,61 237.985,76 6.725.196,97 7.405.479,92 Outras contas a receber Os valores a receber apresentados encontram-se deduzidos das respetivas perdas por imparidade, cujo detalhe se apresenta na nota 19. Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Outras Contas a Receber detalha-se conforme segue: Valores em Euros 2013 2012 Fornecedores 52.707,76 8.336,58 Pessoal 49.297,12 54.839,17 Outros devedores 163.968,53 147.791,99 Acréscimos de rendimento 111.524,20 27.018,02 377.497,61 237.985,76 108 Relatório & Contas 2013 19. PERDAS POR IMPARIDADE DE ATIVOS O movimento ocorrido nesta rubrica no decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foi conforme segue: Valores em Euros Saldo em 1 de Janeiro de 2012 Reforço Reversões Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Reforço Reversões Saldo em 31 de Dezembro de 2013 Clientes Total -2.051.696,66 -2.051.696,66 -89.763,91 261.884,82 -89.763,91 261.884,82 -1.879.575,75 -1.879.575,75 -103.901,48 11.033,05 -103.901,48 11.033,05 -1.972.444,18 -1.972.444,18 As perdas por imparidade apuradas no exercício foram reconhecidas como gastos na demonstração de resultados. 109 Relatório & Contas 2013 20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, não existiam dívidas em situações de mora com o Estado e Outros Entes Públicos. Os saldos com estas entidades detalham-se como segue: Activos correntes Valores em Euros 2013 2012 149.411,61 530.818,38 149.411,61 530.818,38 2013 2012 300.634,20 170.928,28 0,00 4.983,59 2.359.493,91 1.503.890,18 -34.292,98 -25.232,54 -1.300.782,08 -170.749,01 609.688,40 536.983,51 1.600,00 1.730,00 1.936.341,45 2.022.534,01 Estado e outros entes públicos Imp. sobre o valor acrescentado -reembolsos pedidos Passivos correntes Valores em Euros Estado e outros entes públicos Retenção Imp. sobre o rend. das pessoas singulares - IRS Retenção Imp. sobre o rend. prediais - IRC Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRC Retenções de terceiros Pagamentos por conta - IRC Contribuições para a Segurança Social Imposto do selo 110 Relatório & Contas 2013 21. ACIONISTAS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Acionistas, detalha-se como segue: Acionistas Valores em Euros 2013 2012 9.500.000,00 5.500.000,00 9.500.000,00 5.500.000,00 Empréstimos concedidos Empresa-Mãe ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. No âmbito da sua atividade de assistência em escala a aeronaves nos aeroportos portugueses a portway tem vindo a registar excedentes de tesouraria cuja adequada gestão assume, naturalmente, particular importância. A aplicação destes excedentes na ANA apresenta-se como uma alternativa viável para ambas as empresas tendo em conta que, no exercício das suas competências, a ANA terá no período 2013-2014 necessidades de tesouraria que terá de financiar com recurso a financiamento bancário num contexto de crise de liquidez que carateriza os mercados financeiros. Assim a portway, concedeu e disponibilizou à sua acionista ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. a 9 do mês de setembro de 2013, um empréstimo no montante global de 4 milhões de euros (quatro milhões de euros), vencendo juros anualmente à taxa Euribor a 12 meses, adicionada de spread de 300 pontos base. O valor desembolsado, será reembolsado ao fim de um ano, podendo ser renovável, por períodos a acordar entre a ANA, S.A. e a portway, depois de avaliado o interesse e as condições de novo empréstimo. Este empréstimo concedido em 2013 pela portway, veio reforçar o valor apresentado nesta rubrica, referente aos empréstimos de 4 milhões de euros (quatro milhões de euros), contratado em 2011, e 1,5 milhões de euros (um milhão e quinhentos mil euros) contratado em 2012, também com sua acionista ANA, S.A. 111 Relatório & Contas 2013 22. DIFERIMENTOS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Diferimentos, detalha-se como segue: Activos correntes 2013 2012 Rendas e alugueres 357.045,05 536.213,59 Seguros 148.099,42 149.452,93 Fardas 680.609,10 662.346,67 Outros 35.550,42 114.251,55 1.221.303,99 1.462.264,74 2013 2012 0,00 4.750,00 0,00 4.750,00 Valores em Euros Gastos a reconhecer Passivos correntes Valores em Euros Rendimentos a reconhecer Proveito antecipado Safeport 23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Caixa e Equivalentes de Caixa, detalha-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 26.118,33 26.175,00 10.682.737,40 10.080.428,85 10.708.855,73 10.106.603,85 Caixa Numerário Equivalentes de caixa Depósitos bancários - DO 112 Relatório & Contas 2013 24. CAPITAL PRÓPRIO Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da portway, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 17.000.000 acções com o valor nominal de 1Euro cada. A empresa é detida a 100% pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Desde novembro de 2004, que fazem parte dos Capitais Próprios da portway, 1.200.000 Euros (um milhão e duzentos mil euros), a que os acionistas atribuíram expressamente o regime de Prestações Acessórias. Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Capital Próprio decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 17.000.000,00 17.000.000,00 1.200.000,00 1.200.000,00 Reservas legais 447.207,46 259.705,35 Reservas livres 27.658,98 27.658,98 -3.384.097,98 -6.946.638,08 5.583.638,49 3.750.042,21 20.874.406,95 15.290.768,46 Capital Prestações acessórias Resultados transitados Resultado líquido do exercício O Código das Sociedades Comerciais estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço de reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, ou incorporada no capital. Em 2013, e de acordo com a proposta de aplicação de resultados, do Resultado Líquido apurado no exercício de 2012 de EUR. 3.750.042,21, foram transferidos EUR. 187.502,11 para a conta de “Reserva Legal” e EUR. 3.562.540,10 para a conta de “Resultados Transitados”. 113 Relatório & Contas 2013 25. As PROVISÕES provisões constituídas a 31 de dezembro 2013 visam cobrir as responsabilidades que a portway poderá vir a assumir, respeitantes a processos em curso, com clientes (neste caso uma reclamação instaurada pelo antigo cliente AZZURRA), outros de natureza laboral, e ainda com outras entidades, tais como o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho). Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Provisões decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 Provisões fiscais 132.908,76 110.460,42 Provisões proc. judiciais clientes 175.000,00 175.000,00 Provisões proc. judiciais laborais 241.974,67 192.437,76 Provisões proc. judiciais outros 258.258,00 374.589,04 808.141,43 852.487,22 Valores em Euros Saldo Inicial 1 janeiro 2013 852.487,22 Reforço 157.472,11 Utilização 100.585,15 Reversão 101.232,75 Saldo Final 31 dezembro 2013 808.141,43 114 Relatório & Contas 2013 26. FINANCIAMENTOS OBTIDOS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Financiamentos Obtidos, decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 Locações (liquidadas entre 1 a 5 anos) 379.732,39 914.640,09 Corrente Locações (liquidadas até 1 ano) Cartões de crédito 535.263,27 -6.045,91 619.474,44 -4.905,43 908.949,75 1.529.209,10 881.966,78 1.449.856,29 33.028,88 79.352,81 914.995,66 1.529.209,10 Não corrente Tipo de equipamento locações Equipamento básico Equipamento de transporte Contratos Leasing V. Aquisição Cont. 349494 7 ground power unit (GPU) 262.000,00 Cont. 100045831 9 tractores eléctricos 270.122,00 Cont. 100048072 7 belt loaders 288.950,00 Cont. 100047666 2 tractores reboque avião 187.035,60 Cont. 100047478 1 maindeck pallet container loader 218.000,00 Cont. 100047092 3 container lifting transporter 174.000,00 115 Relatório & Contas 2013 27. OUTRAS CONTAS A PAGAR Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Outras Dívidas a Pagar, decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 Clientes 283.783,72 233.685,54 Pessoal 32.531,02 8.468,96 997.848,24 1.528.250,00 0,00 162.181,69 5.368.411,91 5.457.684,92 6.682.574,89 7.390.271,11 Outros credores Fornecedores Investimento Acréscimos de gastos Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a rubrica Acréscimos de Gastos, decompõe-se como segue: Valores em Euros 2013 2012 3.631.224,38 4.080.456,90 Fornecimentos e serv. Externos 997.931,36 1.064.302,95 Crédito a clientes 281.134,79 188.890,45 Acréscimos de gastos Fast-Close 127.207,62 0,00 Outros acréscimos de gastos 330.913,76 124.034,62 5.368.411,91 5.457.684,92 Remunerações a liquidar/periodificações 116 Relatório & Contas 2013 28. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, as Garantias Prestadas pela portway, eram as seguintes: Valores em Euros Petrogal Direcção Geral das Alfândegas 29. 2013 2012 7.481,97 7.481,97 1.203.374,02 1.012.958,33 1.210.855,99 1.020.440,30 COMPROMISSOS ASSUMIDOS As responsabilidades da portway, assumidas à data de 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012: Valores em Euros 2013 2012 34.000,00 34.000,00 34.000,00 34.000,00 Encomendas em curso Sistema Informático CLF (Com. Lang. Facility) 30. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO Os Processos Judiciais em Curso, no final de dezembro de 2013 e 2012, em que a portway, é ré, resumem-se como segue: Valores em Euros Processos de natureza laboral Processos de natureza cível 2013 2012 836.986,52 724.488,16 1.159.072,25 1.321.572,25 1.996.058,77 2.046.060,41 117 Relatório & Contas 2013 É entendimento da Administração que o risco sobre todos estes processos se encontra devidamente salvaguardada, com o valor provisionado à data de 31 de dezembro de 2013, no montante total de 808 mil euros (nota 25). 31. ENTIDADES RELACIONADAS Os saldos com partes relacionadas a 31 de dezembro de 2013 e 2012 são os seguintes: Valores em Euros 2013 2012 1.114.899,87 1.867.393,25 558.693,67 996.949,84 65.229,83 26.916,24 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de gastos 617.221,35 620.987,39 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos a reconhecer 350.086,86 592.772,24 9.500.000,00 5.500.000,00 48.282,00 48.282,00 0,00 57.679,98 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Acréscimos de gastos 46.410,83 14.706,52 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Gastos a reconhecer 22.242,76 40.046,47 2013 2012 10.427.092,83 10.492.553,38 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. FSE 7.026.474,16 6.500.198,11 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Outros gastos e perdas 2.276.850,95 2.207.157,00 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos c/pessoal 227.338,53 222.389,41 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Vendas e Serviços Prestados 491.054,92 491.054,92 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. FSE 614.386,85 596.680,17 62.211,68 66.431,56 Saldos ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Cliente ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Fornecedor ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de rendimentos ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Empréstimos concedidos ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Cliente ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Fornecedor Valores em Euros Transações ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Vendas e Serviços Prestados ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Outros gastos e perdas 118 Relatório & Contas 2013 32. MATÉRIAS AMBIENTAIS Não existem matérias ambientais relevantes que possam afetar o desempenho e a posição financeira da portway, assim como não foram reconhecidos nas demonstrações financeiras quaisquer custos ou investimentos relevantes de carácter ambiental. Toda a informação que diga respeito a esta área, encontra-se divulgada no Relatório de Gestão. 33. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Após a data do balanço e a data em que as demonstrações financeiras são autorizadas para emissão, pelo órgão de gestão, não existiram acontecimentos com impacto, que dêem lugar a qualquer tipo de ajustamento, ou que devam ser divulgados. 119 Relatório & Contas 2013 120 Relatório & Contas 2013 121 Relatório & Contas 2013 122 Relatório & Contas 2013 123 Relatório & Contas 2013 124 Relatório & Contas 2013 125 Relatório & Contas 2013 126 Relatório & Contas 2013 127 Relatório & Contas 2013