histórico de desempenho
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2 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SUMÁRIO CONJUNTURA ECONÔMICA CARTEIRA SUGERIDA “COMO FAZEMOS?” DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2010 HISTÓRICO DE DESEMPENHO SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO 2011 PORTFÓLIO DIVIDENDOS COINVALORES POR DENTRO DAS EMPRESAS ESPECIAL PERSPECTIVAS COSAN SÃO MARTINHO TEREOS INTERNACIONAL 4 7 8 9 10 12 13 14 16 17 18 BRASILAGRO BRF FOODS JBS M.DIAS BRANCO MARFRIG MINERVA SLC AGRÍCOLA 20 21 22 23 24 25 26 FRAS-LE IOCHPE MAXION MARCOPOLO RANDON 28 29 30 31 EMBRAER GOL TAM ABC BRASIL AMAZONIA BANESTES BANCO DO BRASIL BICBANCO CRUZEIRO DO SUL DAYCOVAL INDUSVAL ITAU PARANÁ BANCO PINE SANTANDER SOFISA 33 34 35 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 CAMARGO CORRÊA CR2 CYRELA REALTY DIRECIONAL EVEN EZTEC GAFISA HELBOR INPAR JHSF MRV RODOBENS ROSSI TECNISA TRISUL 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 BEMATECH CIA HERING GRENDENE GUARARAPES HYPERMARCAS LOJAS RENNER MARISA METALFRIO PÃO DE AÇÚCAR SARAIVA 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 ANHANGUERA ESTÁCIO KROTON 81 82 83 AES TIETÊ CEMIG CESP COPEL CPFL ENERGIA ELETROBRAS ELETROPAULO ENERGIAS DO BRASIL ENERGISA EQUATORIAL LIGHT MPX ENERGIA TRACTEBEL TRANSMISSÃO PAULISTA 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 FERTILIZANTES HERINGER INEPAR LUPATECH 51 52 100 3 BR BROKERS BR PROPERTIES CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES LOPES BRASIL SÃO CARLOS 102 103 104 105 106 ALL CCR ECORODOVIAS JULIO SIMÕES LOCALIZA LOG-IN OHL BRASIL SANTOS BRASIL TEGMA TRIUNFO PART 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 DURATEX ETERNIT EUCATEX PORTOBELLO 119 120 121 122 CIELO CSU CARDSYSTEM REDECARD 124 125 126 KEPLER WEBER PARANAPANEMA 128 129 FERBASA 131 KLABIN SUZANO PAPEL 133 134 BRASKEM COMGÁS ECODIESEL PETROBRAS PROVIDENCIA ULTRAPAR 136 137 138 139 140 141 COPASA SABESP 143 144 AMIL CREMER DASA DROGASIL FLEURY ODONTOPREV PROFARMA 146 147 148 149 150 151 152 SULAMERICA 154 BMFBOVESPA CETIP TEMPO PART 156 157 158 ALIANSCE BRMALLS IGUATEMI MULTIPLAN 160 161 162 163 CSN USIMINAS 165 166 IDEIASNET TOTVS 168 169 TELEMAR VIVO 171 172 E S P E C I A L 4 P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONJUNTURA ECONÔMICA As raízes do bom ambiente macroeconômico que BRASIL, TEMPO DE CONQUISTAS E DESAFIOS vivenciamos agora têm origem na década de 1990. Os fundamentos da economia brasileira melhoraram substancialmente nas duas últimas décadas. Avanços foram observados em diversas áreas. Os desafios ainda são muitos, e por vezes complexos, mas as bases para um futuro próspero parecem em adiantado processo de consolidação. Raízes. As raízes da melhora do ambiente macroeconômico brasileiro remontam aos desenvolvimentos observados na década de 1990. A instabilidade política que marcou os primeiros anos da redemocratização foi superada, assim como o quadro de inflação crônica foi superado com o sucesso do Plano Real. Conquistas posteriores, não menos importantes, foram a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a bemsucedida adoção de um regime de câmbio flutuante e metas de inflação e, já na A redução da vulnerabilidade externa foi a grande conquista desta década no campo década de 2000, a redução da vulnerabilidade externa. Além desses fatores, a economia brasileira foi beneficiada pela rápida expansão da China – país mais populoso do mundo, que vem atravessando um processo tardio de macroeconômico. urbanização (com crescentes necessidades de suprimento de matérias-primas, sobretudo combustíveis e minerais). O enorme apetite chinês provocou uma acentuada elevação nos preços das commodities, beneficiando uma vasta gama de países emergentes, sobretudo os exportadores de produtos básicos, como o Brasil. Os avanços obtidos pela economia brasileira permitiram uma consistente melhora em O País atingiu o status de grau de investimento de sua percepção de risco nos mercados internacionais. As principais agências de acordo com as principais agências de classificação de risco concederam ao Brasil o selo de grau de investimento poucos classificação de risco. meses antes da eclosão da crise financeira internacional de 2008. Esse quadro benigno resultou num importante fortalecimento da imagem brasileira no cenário global – reforçada também pela descoberta de expressivas reservas de petróleo na camada pré-sal –, o que teve grande influência nas definições do País como sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 (no Rio de Janeiro). Turbulência e resistência. A superação do quadro de instabilidade que travava o desenvolvimento brasileiro, ajudada pelo efeito catalisador da expansão chinesa, permitiu um fortalecimento progressivo do nosso mercado interno. Houve redução substancial dos níveis de pobreza. Os investimentos ganharam fôlego. O mercado de trabalho se fortaleceu. A população passou a ter acesso mais fácil ao crédito – que Observamos substancial redução dos níveis de pobreza em nossa sociedade. O mercado de trabalho se fortaleceu, com a população tendo mais acesso ao crédito em todas as faixas. passou a desempenhar papel crescente na expansão da demanda interna. Assim, quando a crise global eclodiu o Brasil parecia mais preparado para enfrentar as turbulências. As aparências revelaram-se fundamentadas: a economia brasileira sofreu uma recessão de duração curta, engrenando uma recuperação acelerada a partir de meados de 2009. Os bancos brasileiros não foram atingidos pela crise financeira e, considerados sólidos – o Brasil figurou em 10º lugar no ranking de saúde bancária, segundo o Global Competitiveness Report de 2010 –, tiveram papel fundamental na Entre as boas medidas adotadas pelas recuperação pós-crise. autoridades brasileiras vale destacar iniciativas A ação das autoridades brasileiras – adotando iniciativas de estímulo monetário e de fiscal – também foi vital para a preservação das condições de crédito e, portanto, para estímulo (desonerações). monetário (juros) e fiscal a recuperação da confiança e da atividade econômica. Foram promovidas desonerações tributárias e reduções nas alíquotas de recolhimento compulsório sobre depósitos bancários, de modo que as instituições financeiras dispuseram de farta liquidez para preservar suas linhas de financiamento. A taxa básica de juros foi reduzida de maneira agressiva, de 13,75% para 8,75% ao ano, aliviando o custo do crédito. 5 O ano de 2010 se iniciou em ritmo expressivo de crescimento. Desta forma, houve reversão na condução das políticas anticíclicas, com elevação da taxa de juros e retirada dos estímulos fiscais. 2010. Como resultado, a economia brasileira iniciou 2010 em ritmo expressivo de crescimento – rapidamente recuperando os níveis de consumo e produção pré-crise. A consolidação da retomada de pujante crescimento provocou ajustes na condução das políticas públicas, de resto instigadas por uma aceleração inflacionária (reforçada por uma alta transitória dos alimentos). Boa parte dos estímulos fiscais e monetários adotados durante a crise foi revertida. A taxa básica de juros foi elevada em 200 pontos-base, para 10,75% ao ano. A retirada de estímulos – num contexto em que as principais economias avançadas continuavam a enfrentar fortes ventos contrários (sobretudo o bloco europeu, às voltas com a crise fiscal de países periféricos) – provocou uma desaceleração da atividade doméstica, sobretudo industrial, no 2º semestre de 2010. Mas esse esfriamento não chegou a prejudicar o mercado de trabalho: a taxa de desemprego continuou a recuar para níveis recordes de baixa, impulsionando a renda e estimulando o consumo (de resto sustentado pela forte expansão do crédito). Com isso, e preocupadas com uma nova aceleração inflacionária (tendo uma vez mais a alta dos alimentos como principal ingrediente), no último trimestre de 2010 as A preocupação agora é a inflação. O Banco Central já sinalizou que pode iniciar uma nova rodada de elevação da taxa básica de juros em 2011. autoridades brasileiras voltaram a adotar medidas para dosar o crescimento da demanda interna – tal como uma nova elevação nas alíquotas de recolhimento compulsório sobre depósitos bancários. Ademais, as autoridades federais afirmaram comprometimento com uma execução fiscal mais cautelosa em 2011; e o Banco Central sinalizou que poderá promover nova rodada de elevação da taxa básica de juros. Desafios. A necessidade de dosar o ímpeto da demanda doméstica e manter a inflação na zona de conforto – que exigirá políticas mais cautelosas nas searas fiscal e monetária – deverá fazer com que, em 2011, a economia doméstica registre taxas de crescimento mais moderadas do que em 2010. Nem por isso o desempenho da economia será decepcionante. A rápida expansão dos investimentos privados ajuda a ampliar a capacidade de oferta, acomodando uma expansão da demanda, num contexto em que o mercado de trabalho permanece fortalecido. Ademais, caso necessário, o governo parece dispor de um amplo leque de instrumentos potentes para dosar o crescimento e manter a economia equilibrada. O quadro macroeconômico brasileiro, portanto, se apresenta amplamente benigno. O Mesmo diante de um possível aperto monetário Brasil é destino procurado por investidores estrangeiros, seja para aplicações no as perspectivas econômicas do Brasil em 2011 sólido e rentável sistema financeiro, seja para projetos produtivos – estimulados não são muito positivas. apenas pelo grande potencial de crescimento do mercado doméstico, como também pelos grandes eventos esportivos de 2014 e 2016 e pelo potencial energético do País. Mas ainda persistem muitos desafios pela frente, em diversas áreas. No campo social, embora a pobreza esteja diminuindo substancialmente, os índices de desigualdade social no Brasil continuam entre os piores do mundo, em grande medida por causa da qualidade do sistema educacional. Com efeito, no Global Competitiveness Report de 2010, o Brasil aparece na 103ª posição entre 133 países Melhoramos muito socialmente, todavia, há muito pela frente. Por exemplo, o Brasil continua entre os piores do mundo em termos de qualidade do sistema educacional. no quesito “qualidade do sistema educacional”; e apenas na 119ª posição no quesito “qualidade da educação fundamental”. O sistema de saúde ineficiente e o crime organizado também são desenvolvimento do País. apontados como mazelas sociais prejudiciais ao E S P E C I A L 6 e P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONJUNTURA ECONÔMICA A questão fiscal é o grande nó na área econômica do País. Se paga muito imposto se levarmos em consideração a contrapartida disto, as prestações de serviços por parte do governo. Na área econômica, a questão fiscal é a que inspira maiores cuidados – embora o Brasil venha reduzindo de maneira consistente o endividamento governamental. A carga tributária brasileira está entre as mais altas do mundo (e a sua contrapartida, em termos de prestação de serviços, deixa muito a desejar). Dois indicadores apontados no Global Competitiveness Report são alarmantes: (1) o Brasil figura em último lugar no ranking do quesito “extensão e eficiência tributária”; e (2) a regulamentação tributária e trabalhista é apontada como o fator mais problemático para o ambiente de negócios, superando por larga margem outros fatores como a corrupção e a insuficiência de infraestrutura. Ainda no campo fiscal, os gastos públicos são considerados elevados e de baixa qualidade. Embora o investimento público tenha dobrado como proporção do PIB nos últimos oito anos, ele ainda representa menos de 10% dos gastos do governo – que continuam engessados com o custeio de uma máquina inchada e, sobretudo, com benefícios previdenciários que superam por larga margem (como proporção dos respectivos PIBs) as despesas com aposentadorias de países que têm perfil Precisamos enfrentar outros gargalos como a infraestrutura, sobretudo logística. populacional semelhante ao Brasil. Além da questão fiscal, outros gargalos de ordem econômica precisam ser enfrentados. É o caso da infraestrutura – sobretudo logística. O Brasil tem grande dependência no transporte rodoviário de carga, oneroso ao escoamento da produção. Ademais, as estruturas portuárias são consideradas precárias e ineficientes. Demandarão, portanto, investimentos pesados. O setor energético também inspira cuidados: gargalos no fornecimento de energia hidroelétrica, sobretudo em períodos de estiagem prolongada, são frequentes. Além do peso tributário e da onerosa infraestrutura, a cadeia produtiva brasileira ainda enfrenta percalços associados às taxas de juros e aos spreads bancários, entre os mais elevados do mundo, e sofre com a cotação cambial em valorização – reflexo, A cadeia produtiva brasileira ainda enfrenta entre outros fatores, do elevado diferencial de juros interno-externo, num contexto de percalços associados às taxas de juros e aos progressiva melhora da avaliação do risco-Brasil –, que expõe a indústria brasileira a spreads bancários, entre os mais elevados do uma acirrada concorrência externa. mundo, e sofre com a cotação cambial em São desafios que precisarão ser encarados pelo novo governo – que dispõe de valorização. ambiente e instrumentos para enfrentá-los, dando continuidade ao fortalecimento da economia brasileira como líder regional e como player global. Fernando Sampaio Diretor de Macroeconomia e sócio da LCA Consultores. Economista formado pela FEA-USP, com pós-graduação pela Unicamp. Tem mais de 20 anos de experiência em análise econômica e 17 anos em consultoria. É articulista da Folha de S.Paulo. 7 CARTEIRA SUGERIDA COMO FAZEMOS A CARTEIRA SUGERIDA A carteira sugerida foi criada em julho de 2001, com o objetivo de agregar valor às atividades do departamento, aumentando o leque de produtos oferecidos a nossos clientes. Atravessávamos um período conturbado, marcado pelo estouro da bolha da Desde sua criação em jul/01, a carteira Internet, num processo de recessão nos EUA e em diversos países no mundo, sugerida acumulada rentabilidade de inclusive o Brasil. Aliás, começávamos a sofrer os nefastos efeitos da crise 1.897,53%, superando em muito o índice de energética que teve impacto direto no mau desempenho da economia no período referencia, o IBOVESPA, que acumula alta (o país cresceu pífios 1,3% em 2001 contra 4,3% em 2000). Nossos “hermanos” de 403,64% no mesmo período. estavam às voltas com a maior crise econômica desde a implantação da estabilização monetária do anos 90. Entre crises e expansões econômicas completamos 9 anos de carteira sugerida comemorando a rentabilidade acumulada até dez/10 de 20,87% contra 1,04% do IBOVESPA no período. Mas também é verdade que temos obtido êxito na empreitada de reduzir a exposição ao risco em nossas indicações, focando empresas sólidas em setores menos sensíveis durante a crise financeira internacional entre 2008 e 2009. Aliás, cabe utilizar este espaço para esclarecer como é feito o processo de escolha desta carteira sugerida. Primeiramente, discutimos o desempenho da carteira sugerida do mês que se encerra, o cenário traçado, os papéis sugeridos, enfim, a estratégia que foi adotada. Importante sempre, independentemente dos acertos, aprender com os erros para tentar ao menos evitá-los. Não custa lembrar que a carteira sugerida faz parte da Análise de Mercado Mensal, compondo o corpo deste trabalho que é divulgado até o 3º dia útil do A carteira sugerida faz parte de um relatório mês. Só podemos fazer as alterações na carteira durante este período. mensal chamado Análise de Mercado que Lembrem-se, a carteira sugerida é apenas um portfólio de referência para o sai até o 3º dia útil do mês. investimento em ações, não se trata de uma carteira real administrada pelos analistas da corretora e nem poderia ser diferente. Mensalmente, realizamos uma teleconferência com economistas de consultorias contratas e posteriormente, com base nos cenários abordados, realizamos um comitê no último dia útil para discutir sobre o cenário para o mês subseqüente. Debatemos sobre a agenda macro-econômica e sobre a agenda corporativa para o mês e avaliamos os principais itens da pauta macro e micro econômica de forma a traçarmos um cenário base para o período. Definido o cenário base, enquadramos os setores que devem ser beneficiados pela conjuntura econômica projetada. Posteriormente, fazemos a escolha das O peso de um papel na carteira leva mais companhias que tendem a se destacarem setorialmente frente às seus pares em conta o risco envolvido do que o retorno diante de determinada conjuntura. Esta é a chamada análise top down (de cima propriamente dito. Determinamos os papéis para baixo). No caso da carteira sugerida, eventualmente, praticamos a chamada através da análise top down (de cima para análise bottom-up (de baixo para cima), utilizando projeções recentes que baixo). Eventualmente, praticamos a chamada análise bottom-up (de baixo para cima). elaboramos. Nós decidimos os pesos dos papéis na carteira pelo risco que estes representam em maior medida que o retorno projetado para estas ações. A experiência da equipe é de fato o maior trunfo para a boa performance ao longo dos anos. 8 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S DESEMPENHO HISTÓRICO DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS Ao longo destes nove anos, enfrentamos situações absolutamente distintas, com fases de forte expansionismo econômico e diferentes crises. Nossa estratégia de focar no cenário macro (análise Top Down) para suportar a grande maioria das escolhas de papéis para a carteira se mostrou adequada na maioria das vezes. Principalmente em tempos de crise, a carteira teve desempenho bastante satisfatório ante o IBOVESPA. 2 0 1 1 9 DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2010 Após um tempestuoso ano de agravamento da crise financeira global, 2010 foi o ano da ressaca, sobretudo para as economias da Zona do Euro e EUA. Além do indigesto processo de adequação à nova realidade econômica, os estrangeiros definitivamente começaram a prestar mais atenção ao significado de algumas palavras. A expressão “pacote de ajuda econômica” que por essência encontrou respaldo na teoria keynesiana, de intervenção governamental na economia, nunca foi tão utilizada num único ano. Em 2010, algumas nações sentiram as duras conseqüências da palavra “gastar” e começaram a perceber a real importância da palavra “poupar”. Enquanto as populações desses países - que terão crescimento comprometido para a próxima década - se revoltaram contra as medidas de austeridade fiscal, os “poupadores” cresceram vistosamente e de certa forma evitaram um colapso generalizado. O Brasil seguiu a trajetória de legitimação de importância econômica, mesmo não sendo tão poupador assim, e ganhou junto a outros países emergentes influência no FMI, destacando-se como o terceiro país em intenção de investimento e deu início à produção comercial de petróleo em águas ultraprofundas, além de emplacar uma das maiores taxas de crescimento econômico. Tendo em vista essa dinâmica conjuntural, adotamos estratégias que se alinharam com a fraca condição econômica externa e robustez da economia doméstica em nossos pareceres e indicações. O resultado dessa leitura micro e macroeconômica pode ser observado em nossa carteira recomendada, que encerrou o ano com valorização de 19,8% acima do IBOVESPA. 10 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 HISTÓRICO DE DESEMPENHO DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DE DEZEMBRO E ÚLTIMOS 12 MESES OSCILAÇÃO MENSAL GANHO ACUMULADO 12 MESES Período Portfólio Ibovespa Dif. Portfólio Ibovespa Janeiro (10) -4,76% -4,65% -0,11% -4,76% -4,65% Fevereiro 1,25% 1,68% -0,43% -3,56% -3,05% Março 3,50% 5,82% -2,32% -0,19% 2,59% Abril -0,68% -4,04% 3,35% -0,88% -1,55% Maio -4,13% -6,64% 2,51% -4,97% -8,09% Junho 0,64% -3,35% 3,99% -4,36% -11,17% Julho 10,38% 10,80% -0,42% 5,57% -1,57% Agosto -0,66% -3,51% 2,85% 4,88% -5,03% Setembro 7,57% 6,58% 0,99% 12,81% 1,22% Outubro 5,52% 1,79% 3,73% 19,04% 3,03% Novembro -0,46% -4,20% 3,74% 18,50% -1,30% Dezembro 2,00% 2,36% -0,36% 20,87% 1,04% PERFORMANCE PORTFÓLIO COINVALORES X IBOVESPA PERFORMANCE ACUMULADA PORTFÓLIO COINVALORES X IBOVESPA 11 CÓDIGO PESO COTAÇÃO 30/11/10 COTAÇÃO 30/12/10 % PERÍODO Vale PNA VALE5 12% 48,00 48,50 1,04 Petrobras PN PETR4 7% 24,39 27,29 11,85 Brmalls ON BRML3 6% 16,90 17,10 1,18 Cosan ON CSAN3 6% 26,25 27,61 5,18 Hypermarcas ON HYPE3 6% 27,13 22,53 -16,96 ItauUnibanco PN ITUB4 6% 39,24 39,79 1,41 Lojas Renner ON LREN3 6% 59,40 56,40 -5,06 Randon PN RAPT4 6% 13,67 12,29 -10,13 Ambev PN AMBV4 5% 45,42 50,52 11,23 CCR ON CCRO3 5% 46,75 46,90 0,32 Cemig PN CMIG4 5% 27,21 26,71 -1,84 Eztec ON EZTC3 5% 13,01 14,03 7,84 Sid Nacional ON CSNA3 5% 26,11 26,67 2,14 Tractebel ON TBLE3 5% 27,08 27,45 1,37 Tran. Paulista PN TRPL4 5% 53,00 55,10 3,96 Triunfo Part. ON TPIS3 5% 8,70 9,75 12,07 EMPRESA Total Ibovespa 100% IBOV DESEMPENHO DOS PAPÉIS DEZEMBRO/10 2,00% 2,36% 12 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 HISTÓRICO DE DESEMPENHO SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO 2011 EMPRESA CÓDIGO ENERGIA PESO Portfólio Ibovespa IBrX 100 15% 5,45% 4,96% Cot./ L.Liq.’10 (*) VPA R$ Milhões P/L ’10(*) Cotação Preço Alvo Potencial 30/12/10 Dez/11 Valorização 31,0% Cemig PN CMIG4 5% 1,07% 0,96% 1,60 -x- -x- 26,71 35,00 Tractebel ON TBLE3 5% -x- 0,52% 4,20 1.190,8 15,0 27,45 -x- -x- Transmissão Paulista PN TRPL4 5% 0,20% 0,16% 1,90 831,5 10,5 55,10 63,00 14,3% 12% 15,66% 16,68% VALE5 12% 2,68% 8,76% 2,20 26.839,0 10,3 48,50 66,00 36,1% 10% 6,79% MINERAÇÃO Vale PNA CONSUMO / VAREJO AmBev PN AMBV4 5% 0,85% 3,44% 7,30 6.900,8 20,9 50,52 -x- -x- Lojas Renner ON LREN3 5% 1,07% 0,63% 7,00 302,8 22,7 56,40 78,00 38,3% CONSTRUÇÃO CIVIL 10% 8,98% 3,14% Eztec ON EZTC3 5% -x- -x- 1,80 -x- -x- 14,03 -x- -x- Mills ON MILS3 5% -x- -x- 3,90 -x- -x- 20,60 -x- -x- 10% 2,76% 2,27% CCRO3 5% 0,77% 0,94% 7,80 -x- -x- 46,90 -x- -x- TPIS3 5% -x- -x- 1,70 61,0 23,3 9,75 -x- -x- 9% 20,05% 21,59% PETR4 9% 10,44% 10,23% 1,20 30.850,0 12,3 27,29 35,00 28,3% 6% 0,75% 0,30% 2,10 -x- -x- 27,61 35,00 26,8% 2,70 -x- -x- 39,79 47,00 18,1% 5,10 2.396,2 16,2 26,67 36,00 35,0% 1,30 1.526,8 4,5 17,10 23,00 34,5% 2,40 152,9 44,3 25,10 -x- -x- 2,20 1.658,8 17,4 53,30 61,00 14,4% LOGÍSTICA CCR Rodovias ON Triunfo ON PETRÓLEO Petrobrás PN AÇÚCAR E ÁLCOOL Cosan ON CSAN3 BANCOS Itaú Unibanco PN ITUB4 SIDERURGIA Sid Nacional ON CSNA3 SHOPPING CENTER BrMalls ON BRML3 AVIAÇÃO Gol PN GOLL4 TELECOM Vivo PN VIVO4 TOTAL DIVISÃO DA CARTEIRA POR SETORES 6% 0,75% 0,28% 6% 10,42% 19,77% 6% 3,83% 8,31% 6% 9,17% 5,24% 6% 2,15% 1,91% 6% -x- 0,79% 6% -x- 0,55% 5% 2,23% 1,29% 5% 0,82% 0,20% 5% 3,39% 2,49% 5% 0,71% 0,75% 100% 13 O Portfólio Dividendos Coinvalores consiste na indicação de cinco SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO DE 2011 papéis de companhias com elevada projeção de dividend yield, EMPRESA CÓDIGO EXPOSIÇÃO COTAÇÃO PORTFÓLIO 30/12/10 PREÇO ALVO YIELD PRESENÇA PROJETADO satisfatória liquidez, presença mínima de 80,0% de mercado e histórico de boa pagadora de dividendos. Nosso objetivo é proporcionar aos nossos clientes um portfólio que garanta a Bradesco BBDC4 20% 32,65 R$ 40,10 -x- 100% distribuição dos dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações Vale PNA VALE5 20% 48,50 R$ 66,00 2,1% 100% sem, Tractebel TBLE3 20% 27,45 Em revisão 4,7% 100% AmBev AMBV4 20% 27,45 Em revisão 3,0% 100% Trans. Pta TRPL4 20% 55,10 R$ 63,00 10,5% 100% contudo, referenciar seu desempenho aos principais benchmarks do mercado. O Portfólio será avaliado e sofrerá alterações mensalmente quando for o caso, entretanto, destacamos que as indicações podem não coincidir com as recomendações da Equipe de Análise de Investimentos da Coinvalores. Importante ressaltar que sua performance poderá ser abaixo dos principais benchmarks, quando é analisada através da evolução dos preços das DESEMPENHO DO PORTFÓLIO EM DEZEMBRO DE 2010 ações sugeridas, pois o foco é alcançar rentabilidade através de dividendos e/ou distribuição de juros sobre capital próprio. Porém, o EMPRESA CÓDIGO EXPOSIÇÃO COTAÇÃO COTAÇÃO VALORIZAÇÃO PORTFÓLIO 30/11/10 30/12/10 20% 59,40 56,40 -5,06% Portfólio Dividendos Coinvalores apresenta perfil com menor risco, Lojas Renner LREN3 tendo em vista sua composição caracterizada por companhias mais AmBev AMBV4 20% 45,42 50,52 11,23% Tractebel TBLE3 20% 27,08 27,45 1,37% Bradesco BBDC4 20% 32,88 32,65 -0,72% Cemig CMIG4 20% 27,21 26,71 -1,84% TOTAL 1,00% maduras e com elevada geração de caixa. Em dezembro, o Portfólio Dividendos Coinvalores apresentou desempenho abaixo do IBOVESPA, com alta de 1,00%, contra a performance também positiva de 2,36% do Índice da Bolsa de São Paulo, no mesmo período. Esse desempenho foi influenciado por HISTÓRICO DE DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DIVIDENDOS variações bastante distintas como a expressiva alta das ações da AmBev (11,23%) e a queda dos papéis das Lojas Renner (-5,06%). PORTFÓLIO DIVIDENDOS COINVALORES IBOVESPA CDI Dezembro/10 1,00% 2,36% 0,93% Acumulado no Ano 34,62% 1,04% 9,75% Para o Portfólio Dividendos Coinvalores do mês de Janeiro, optamos pela troca dos papéis das Lojas Renner (LREN3) por ações da Vale (VALE5) e pela troca de Cemig (CMIG4) por ações da Transmissão Paulista (TRPL4), tendo em vista o cenário favorável para essa companhia e a perspectiva de distribuição de proventos futuros. A Transmissão Paulista possui sólida situação financeira e mantém política de distribuição de dividendos interessante, graças à baixa necessidade de investimento. A companhia ainda se beneficia de um cenário com pressão inflacionária, já que sua receita está indexada a índices de preços. HISTÓRICO DE DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DIVIDENDOS 14 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 POR DENTRO DAS EMPRESAS O QUE É? Gostaríamos de deixar absolutamente claro que nosso objetivo neste trabalho é trazer para o investidor as expectativas das companhias de capital aberto (não se trata de informação privilegiada) em relação ao ano de 2011. Gostaríamos de agradecer às seguintes equipes de relações com investidores que colaboraram direta e decisivamente com nosso trabalho: ABC BRASIL CSN IGUATEMI AES TIETÊ CSU CARDSYSTEM INDUSVAL PINE PORTOBELLO ALIANSCE CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES INEPAR PROFARMA ALL CYRELA REALTY INPAR PROVIDENCIA AMAZONIA DASA IOCHPE MAXION RANDON AMIL DAYCOVAL ITAÚ REDECARD ANHANGUERA DIRECIONAL JBS RODOBENS BANCO DO BRASIL DROGASIL JHSF ROSSI BANESTES DURATEX JULIO SIMÕES SABESP BEMATECH ECODIESEL KEPLER WEBER SANTANDER BICBANCO ECORODOVIAS KLABIN SANTOS BRASIL BM&FBOVESPA ELETROBRAS KROTON SÃO CARLOS BR BROKERS ELETROPAULO LIGHT SÃO MARTINHO BR PROPERTIES EMBRAER LOCALIZA SARAIVA BRASILAGRO ENERGIAS DO BRASIL LOG-IN SLC AGRÍCOLA BRASKEM ENERGISA LOJAS RENNER SOFISA BRF EQUATORIAL LOPES BRASIL SULAMERICA BRMALLS ESTÁCIO LUPATECH SUZANO PAPEL CAMARGO CORRÊA ETERNIT M.DIAS BRANCO TAM CCR EUCATEX MARCOPOLO TECNISA CEMIG EVEN MARFRIG TEGMA CESP EZTEC MARISA TELEMAR CETIP FERBASA METALFRIO TEMPO PART. CIA HERING FERTILIZANTES HERINGER MINERVA TEREOS INTERNACIONAL CIELO FLEURY MPX ENERGIA TOTVS COMGAS FRAS-LE MRV TRACTEBEL COPASA GAFISA MULTIPLAN TRANSMISSÃO PAULISTA COPEL GOL ODONTOPREV TRISUL COSAN GRENDENE OHL BRASIL TRIUNFO PART. CPFL ENERGIA GUARARAPES PÃO DE AÇÚCAR ULTRAPAR CR2 HELBOR PARANA BANCO USIMINAS CREMER HYPERMARCAS PARANAPANEMA VIVO CRUZEIRO DO SUL IDEIASNET PETROBRAS Assim como nos anos anteriores, não pudemos contar com a participação de todas as companhias de capital aberto que acompanhamos em nosso stock guide. Todavia, conseguimos um número consideravelmente mais representativo de depoimentos, que com certeza ajudarão o investidor a formar uma opinião mais clara sobre 2011. Reiteramos que a economia é dinâmica e os cenários mudam consideravelmente, entretanto, o nosso trabalho é, e sempre será, traçar cenários e perspectivas. Para isso, contamos muito com os profissionais de relação com os investidores para “afinar” e “calibrar” nossas projeções. E, novamente, agradecemos muito os esforços decisivos destes profissionais para a confecção deste trabalho. Totalizamos 131 companhias. Este ano não vou usar este espaço para desabafar ou até mesmo reclamar por algum mau tratamento de um ou outro profissional de RI que não faz jus a tão importante posição que ocupa dentro de uma companhia de capital aberto. Fomos tão bem recebidos em nossa demanda pela maioria absoluta dos RI’s, até mesmo aqueles que por algum motivo não puderam participar, que vai um MUITO OBRIGADO mais uma vez. Em meus 16 anos de mercado, sem sombra de dúvida, o segmento que mais evoluiu nesse nosso universo foi á área de Relação com Investidores. É apenas a minha opinião...Mas é sincera!!! Parabéns!!! 15 AÇÚCAR E ÁLCOOL “O setor não é para cardíacos!”. Assim começava a palestra de um professor da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) num seminário do setor em 2010. Os usineiros (e os EMPRESAS ACOMPANHADAS investidores) sentiram muito bem o que é fazer parte de um setor que vive numa eterna montanha russa. Vamos fazer uma análise de dois anos, para entender melhor esse sobe e desce do setor. COSAN No começo do ano de 2009, o açúcar estava sendo negociado a aproximadamente US$ c12/lb. (CSAN3) Antes de começarmos a análise, é preciso entender um ponto principal: o Brasil é o maior produtor SÃO M ARTINHO mundial, com uma participação de aproximadamente 21%, seguido pela Índia com 15% e China, (SMTO3) com 10%. Uma das principais vantagens competitivas do Brasil é a obtenção da sacarose através do plantio de cana-de-açúcar. A beterraba sai na desvantagem já que tem de ser replantada todos os anos e exige rotação de colheita, que varia entre três e cinco anos. No Brasil, a cana é cultivada, destacadamente, nas regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste. A primeira região concentra aproximadamente 87% da produção de açúcar e álcool do país e a safra vai de abril a novembro. É por isso que dizemos aqui na Coinvalores: “os balanços do setor não acompanham as demais companhias e se iniciam num trimestre à frente.” Ou seja, o 1º trimestre da safra começa em abril até junho, assim por diante. Com este conhecimento, verificamos que o Brasil é um dos países mais competitivos na produção de açúcar. Em números aproximados, costumamos trabalhar com um custo break even das antigas usinas do país em US$ c15/lb. Contudo, por mudanças estruturais que impactaram o custo de capital em todo o mundo, consideramos um valor de US$ c18/lb para as usinas Green Field. Como utilizar esta informação para investir no setor? O mercado mundial de açúcar não consegue operar por muito tempo com preços abaixo de US$ c15/lb, levando a uma redução da oferta e conseqüente busca pelo equilíbrio. Contudo, as entradas de novas ofertas deverão trazer este equilíbrio para patamares um pouco mais superiores. Voltando aos preços internacionais, acompanhamos em 2009 os preços atingirem US$ c24/lb. Contudo, em maio/10, os preços derreteram para US$ c13,70/lb, levando muitos investidores ao desespero, já que se vislumbrava, até então, uma forte recuperação da safra Indiana. O crescimento veio, mas bem abaixo das expectativas. Com isso, poucos meses depois, os preços foram para US$ c29,20/lb, trazendo euforia para o setor. Os investimentos brasileiros no setor vieram para ficar e o processo acelerado de consolidação deverá perdurar ainda por alguns anos. Os carros flex estão tomando conta das ruas das cidades, trazendo sustentabilidade para o crescimento da produção das usinas. Para os usuários finais, já é percebido (no final de 2010) a competição com o açúcar, reduzindo a atratividade do consumo do etanol em quase todo o território nacional. Os preços do combustível apresentaram aumento médio da ordem de 16% em 2010. O primeiro trimestre de 2011 ainda vai enfrentar pressão nos preços devido a entresafra, mas já em meados de março, os preços deverão retomar menores patamares, devendo encerrar o ano com alta de cerca de 8% na média. Para o açúcar, as incertezas em relação a oferta por conta das restrições climáticas associada a expectativa da retomada da demanda mundial, os preços internacionais deverão apresentar elevação da ordem de 8,5% em 2011. As empresas passaram, sobretudo, ao longo de 2010, por grandes consolidações, lideradas pela companhia estatal Petrobras. Como exemplo, temos a participação da gigante do petróleo nas principais companhias abertas, além do interesse na ETH (empresa do grupo Odebrecht). Este movimento deverá trazer a liderança da Petrobras no setor. Do outro lado temos a Cosan, que preferiu se associar com estrangeiros (Shell) para estimular seu crescimento. O setor vai continuar em destaque em 2011, seja pela elevação orgânica do setor, seja pela expansão dos investimentos das companhias. TEREOS (TERI3) COMPRAR R$ 35,00 COMPRAR R$ 30,50 COMPRAR R$ 3,80 16 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 AÇÚCAR E ÁLCOOL COSAN (CSAN3) A COMPANHIA A Cosan S.A. Indústria e Comércio é a única Companhia de energia renovável totalmente integrada através de suas unidades de negócio: (i) Radar Propriedades Agrícolas, que atua no investimento em propriedades agrícolas; (ii) Cosan Açúcar e Álcool, responsável pela produção de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir da cana-de-açúcar; (iii) Rumo Logística, empresa do grupo responsável pela logística de exportação de açúcar; (iv) Cosan Alimentos, que concentra as marcas União e DaBarra e (v) Cosan Combustíveis e Lubrificantes, responsável pela distribuição e comercialização de combustíveis e lubrificantes. Essa estrutura faz da Cosan a terceira maior produtora de açúcar do mundo, maior produtora mundial de etanol a partir da cana de açúcar, a maior exportadora mundial de açúcar e a quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pela assinatura de contratos definitivos para a criação de uma Joint Venture proposta envolvendo certos ativos da Cosan e da Shell International Petroleum Company Limited. Cada empresa terá 50% de participação na nova entidade, com ações ordinárias. A Cosan contribuirá com suas atividades de açúcar, etanol e co-geração de energia, distribuição e comercialização de combustíveis e os ativos de logística de etanol. Em contrapartida, a Shell contribuirá com seus ativos de distribuição e comercialização de combustíveis (varejo e aviação) no Brasil e sua participação em empresas de pesquisa e desenvolvimento a partir da biomassa, inclusive de etanol. Esta nova empresa terá uma rede de aproximadamente 4.500 postos de combustíveis em todo o Brasil, consolidando-se como o terceiro maior distribuidor de combustíveis do país. Nos 9 meses de janeiro a setembro de 2010, a Cosan apresentou receita líquida consolidada de R$ 13,1 bilhões, EBITDA de R$ 1,7 bilhão e Dívida Líquida de R$ 4,7 bilhões, representando 2,1x o EBITDA dos últimos 12 meses. Estes resultados foram beneficiados pela entrada em operação das atividades de transporte ferroviário com a compra de 729 vagões e 50 locomotivas pela Rumo Logística, e pelos resultados da venda de energia das novas plantas de cogeração. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a Companhia focará na formação da JV proposta com a Shell e na integração de suas atividades para otimizar custos e processos com objetivo de extrair sinergias. Em adição, dará continuidade aos investimentos iniciados pela Rumo para a formação de uma solução logística multimodal integrada para o açúcar e buscará alavancar os ativos de distribuição e a marca União através da Cosan Alimentos. Dessa forma, a Cosan continuará a buscar o crescimento sustentável, maximizando o valor a todos os clientes, parceiros, acionistas e colaboradores. Luiz Felipe Jansen de Mello – Relações com Investidores 17 SÃO MARTINHO (SMTO3) A COMPANHIA O Grupo São Martinho está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade de moagem próxima a 14 milhões de toneladas, destinadas a produção de açúcar e etanol nas três usinas em operação: Usina São Martinho localizada em Pradópolis (região de Ribeirão Preto, SP); Usina Iracema, em Iracemápolis (região de Limeira, SP) e Usina Boa Vista (Quirinópolis, a 300km de Goiânia, GO), além de uma unidade para produção de ácido ribonucleico, a Omtek, também em Iracemápolis. O índice médio de mecanização da colheita é de 86%, chegando a 100% na Usina Boa Vista. Desde a Safra 2008/09, passamos também a comercializar energia elétrica produzida a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado por uma forte recuperação nos preços de açúcar e etanol, trazendo os resultados do Grupo São Martinho para outro patamar de rentabilidade. Desde o início da Safra 2010/11 (abril/10) registramos crescimento de 23,9% na Receita Líquida no Comparativo 6M11 x 6M10, enquanto o EBITDA ajustado do Grupo apresentou crescimento ainda mais expressivo de +103,5% neste mesmo período. Em junho deste ano, o Grupo anunciou uma parceria estratégica com a Petrobras Biocombustível S.A. para a produção de etanol no Centro-Oeste do Brasil, envolvendo os ativos do grupo São Martinho “Usina Boa Vista S.A.” e a “SMBJ Agroindustrial S.A.”, ambos localizados no Estado de Goiás. Em agosto, aprovamos a primeira fase do projeto de cogeração na Usina São Martinho. Este projeto demandará R$ 173 milhões em investimentos, que resultarão em um excedente de energia para comercialização de 244.00 MWh à partir da safra 2013/2014. No final deste ano, anunciamos uma reorganização societária visando a otimização e eficiência de nossas operações, principalmente, no escopo administrativo, financeiro e fiscal. PERSPECTIVA 2011 Para o ano de 2011, esperamos resultados ainda mais robustos devido ao cenário atual de preços de açúcar e etanol. Adicionalmente, pretendemos dar continuidade no plano estratégico da companhia visando garantir o aumento da capacidade de moagem do grupo e implementação dos projetos anunciados durante o ano de 2010. João Carvalho do Val – Relações com Investidores. 18 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 AÇÚCAR E ÁLCOOL TEREOS INTERNACIONAL (TERI3) A COMPANHIA A Tereos Internacional é um dos líderes globais em produção de açúcar, amido e bioenergia, através do processamento de cana-de-açúcar e de cereais. O Grupo possui operações no Brasil, Europa e na região do Oceano Índico, oferecendo a seus clientes em mais de 100 países uma gama diversificada de produtos, dentre os quais se destacam o açúcar, produtos à base de amido, etanol, álcool potável, álcool industrial e energia. A Companhia foi constituída a partir da combinação da Guarani, uma das principais produtoras de açúcar e etanol no Brasil, com os ativos europeus de processamento de cereais e de cana-de-açúcar da região do Oceano Índico do grupo francês Tereos. RETROSPECTIVA 2010 No exercício 2009/2010, a Tereos Internacional registrou receita líquida de R$ 5,0 bilhões, com resultados expressivos, em particular, no Oceano Índico e Brasil, que registraram aumentos de 50,8% e 13,9% na receita líquida, respectivamente, em comparação ao exercício anterior. O EBITDA da Companhia aumentou 28,1% entre os períodos, alcançando R$ 802 milhões. A Companhia registrou lucro líquido de R$ 431 milhões no período. O endividamento líquido registrou diminuição de 24,5%, atingindo R$ 2,3 bilhões, ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 2,9x. PERSPECTIVA 2011 Açúcar: preços sólidos devido aos estoques mundiais em níveis muito baixos e, no Brasil, à oferta justa devido ao crescimento abaixo do esperado na produção da região Centro-Sul. Etanol: preços sólidos, no Brasil, em vista da maior quantidade de cana-de-açúcar destinada à produção de açúcar. Na Europa, preços sólidos em vista dos maiores preços de milho e trigo. Amido: estoques mundiais estimados de trigo e milho devem suprir a demanda esperada. Baixa produção de milho provavelmente resultará em aumento de preços no curto prazo. Mercado europeu em recuperação, em um momento de limitadas possibilidades de aumento na produção de amidos e derivados, deve também proporcionar preços melhores. Equipe de Relações com Investidores 19 ALIMENTOS / AGRÍCOLA 2010 pode ser considerado um ano de recuperação, depois dos obstáculos que as empresas (que compõem o setor) encontraram em 2009. E para 2011, após a EMPRESAS ACOMPANHADAS recuperação, aguardamos melhoras mais consistentes. BRASILAGRO (AGRO3) Do lado das commodities agrícolas, tivemos quebra de safra de importantes regiões produtoras de grãos ao redor do mundo e as condições climáticas adversas na produção brasileira os preços apresentaram forte alta no ano de 2010. Levantamentos da Conab mostram variação nos preços das commodities agrícolas entre -1,6% e +0,6% frente à safra anterior. No entanto, a Conab acredita que os problemas enfrentados em 2010 (evolução dos preços) possam estimular a produção no próximo ano (2011) melhorando assim a questão dos fortes aumentos de preços. BRF FOODS (BRFS3) COMPRAR R$ 34,00 JBS (JBSS3) M.DIASBRANCO (MDIA3) MANTER R$ 45,00 M ARFRIG (MRFO3) Outro ponto que nos chamou a atenção foram os dados da SECEX (Secretaria de MINERVA Comércio Exterior) que divulgou relatório sobre exportações de carnes em nov/10, (BEEF3) mostrando queda no volume, dado os altos preços, principalmente a carne bovina. O RENAR volume de carne bovina veio 27,7% menor se comparado ao mês de outubro de 2010 (RNAR3) e os volumes de carne suína também apresentaram queda, ficando 14,7% menor no SLC AGRÍCOLA mesmo comparativo. Já as exportações de carne de frango recuaram 2,6% no mês de (SLCE3) novembro de 2010, ante o mês anterior. Como comentado anteriormente, os preços elevados foram o principal motivo que afetou os volumes comercializados. No mês de novembro de 2010, os preços da carne de frango, bovina e suína reportaram elevação de 8,5%, 7,8% e 7,9%, respectivamente. Para 2011, aguardamos melhoras mais consistentes, refletindo as boas perspectivas para cenário macroeconômico, em especial no mercado interno. Os principais pontos que estão impulsionando a nossa expectativa são: o crescimento do mercado de trabalho; a elevada elasticidade-renda com o setor e; o incremento da massa de renda. Sem contar os possíveis ganhos de sinergias, dada as inúmeras aquisições e fusões que ocorreram no setor. Destacamos também que os elevados gastos com alimentação no mercado interno vem impulsionando o setor de alimentos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, a perspectiva para os gastos das famílias é crescente, tanto que a projeção para o ano de 2010 é de crescimento de 6,6% na produção industrial de alimentos e para o ano de 2011 a estimativa é de incremento adicional de 3,3%. COMPRAR R$ 8,00 20 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ALIMENTOS / AGRÍCOLA BRASILAGRO (AGRO3) A COMPANHIA A BrasilAgro é a líder brasileira na aquisição e desenvolvimento de terras com grande potencial de valorização. O desenvolvimento, e consequentemente a valorização das terras, têm como objetivo um grande aumento na lucratividade por hectare através do melhor uso possível para a terra. A BrasilAgro, em menos de 4 anos de operação, já adquiriu 174.840 hectares, transformou mais de 41 mil hectares e na última safra, 2009/2010, plantou uma superfície de 46,1 mil hectares divididos entre as cultura de soja, milho, arroz, sorgo e cana de açúcar. RETROSPECTIVA 2010 A safra 2009/2010 passou por uma instabilidade nas condições climáticas no país, o que ocasionou um elevado nível de chuvas na região Centro-Oeste e um forte veranico fora de época na região Nordeste. Nesse cenário, a BrasilAgro usou sua experiência combinada com uma gestão financeira conservadora, diversificação de portfólio e geográfica, além de investimentos em tecnologia e redução de custos, para maximizar seus resultados e continuar consolidando sua posição no mercado. Realizamos operações de financiamentos com órgãos de fomento governamentais, que oferecem linhas de financiamentos de curto e longo prazo com taxas de juros inferiores às taxas de mercado. O aumento do saldo de empréstimos e financiamentos permite que a companhia utilize o caixa disponível na expansão do portfólio de propriedades. No ano-safra 2009/2010, a BrasilAgro plantou uma superfície total de 46.140 hectares divididos entre as culturas de soja, milho, sorgo, arroz, capim semente e cana de açúcar, aumento de 38% em relação ao ano anterior. A área transformada totalizou 17.972 hectares, que representa aumento de 17% em relação ao ano anterior. PERSPECTIVA 2011 Para a safra de 2010/2011 a companhia planeja continuar com o forte ritmo de expansão da área plantada e transformação das propriedades, além de sempre buscar novas oportunidades de compra e venda de fazendas. A BrasilAgro pretende plantar uma área de aproximadamente 65 mil hectares, divididos entre as culturas de soja, milho (safra de verão e inverno), arroz, sorgo (safra de verão e inverno), cana de açúcar, pastagem e floresta, além de transformar uma área de aproximadamente 20 mil hectares. Departamento de Relações com Investidores 21 BRF (BRFS3) A COMPANHIA A BRF desponta como líder global na indústria de alimentos, sendo uma das maiores empresas do setor no mundo, dispondo de uma ampla gama de produtos e marcas. É a maior exportadora de aves e uma das maiores exportadoras de carnes no mundo e a maior empresa de proteínas global em termos de valor de mercado. Principais números: R$ 20,9 bilhões de faturamento líquido em 2009 (58% Mercado Interno); 63 fábricas; Mais de 100 mil funcionários; Exportações de aproximadamente 190 mil toneladas/mês para mais de 140 países; Abate de 6,7 milhões de cabeças de aves/dia e 39,3 mil cabeças de suínos + bovinos/dia; Produção anual de 4,8 milhões de toneladas de alimentos derivados de carne e 2 milhões de toneladas de lácteos; Portfólio composto por mais de 3.000 SKUs com marcas fortes. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, os esforços da empresa foram direcionados para o crescimento do lucro operacional, conquistados pelo bom desempenho do mercado interno e a consistente recuperação do mercado externo, mesmo diante do cenário desafiante que combinou câmbio forte e commodities agrícolas em ascensão. Focamos nossos esforços na administração dos mercados, redução de custos e execução das estratégias delineadas. PERSPECTIVA 2011 A empresa vai constituir bases para fortalecer a atuação da indústria brasileira no competitivo mercado internacional de alimentos. A BRF – Brasil Foods é a maior empresa global de proteínas em valor de mercado e uma das maiores dentre as empresas de alimentos. A BRF continuará investindo em soluções que permitam levar produtos saudáveis e práticos para a mesa dos consumidores, ampliando também o acesso ao portfólio para as classes C e D, bem como, para as cadeias de food service e varejo, com maior eficiência na distribuição. Reforçamos nosso compromisso em agregar real valor aos negócios da empresa e a prepararmos para o seu crescimento sustentado, fortalecendo nossa capacidade de superar adversidades e buscando novas oportunidades que farão da BRF uma empresa de diferencial competitivo ímpar. Leopoldo Saboya – Vice-Presidente de Finanças, Administração e Relações com Investidores. 22 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ALIMENTOS / AGRÍCOLA JBS (JBSS3) A COMPANHIA Nós somos a maior processadora global de alimentos de origem animal com uma base de produção diversificada internacionalmente, balanceada entre proteínas e líder nos mercados em que atuamos. O amplo mix de produtos processados e centros de distribuição, além dos escritórios de vendas, permitem atender a todos os mercados consumidores ao redor do mundo. Vendemos para redes multinacionais de Fast Food e varejo, além de atuar no mercado local, com vendas segmentadas por área: atacado e vendas institucionais. Entre os diversos segmentos em que estamos presente, somos (i) líder em produção e exportação de carne bovina do mundo; (ii) o segundo maior produtor de carne de frango do mundo; (iii) o terceiro maior produtor de carne suína dos EUA; (iv) um dos líderes na produção e exportação de carne ovina do mundo, e; (v) líder mundial no processamento de couros/ peles. Em 2009, obtivemos R$ 55,2 bilhões de receita líquida consolidada pro forma e contamos com mais de 120 mil colaboradores. RETROSPECTIVA 2010 No 1º sem/10 focamos nossos esforços em integrar as empresas que adquirimos no final do ano passado. Concluímos duas transações transformacionais em dezembro e, conforme nossa tradição, movemos rapidamente para implementar a integração necessária e capturar as sinergias para melhorar nossa rentabilidade. A fusão com a Bertin e a aquisição do controle da Pilgrim’s Pride nos EUA foram desafios para os quais nos sentimos preparados, tendo em vista nossa história, que envolveu inúmeras aquisições e processos de integração. Temos satisfação em anunciar que estamos progredindo em capturar as sinergias, hoje acima das nossas expectativas e, estamos confiantes que nossos resultados nos próximos trimestres demonstrarão isso. Diversas mudanças ocorreram no mercado no segundo semestre e algumas dessas mudanças influenciaram diretamente nossos negócios: aumento no preço da matéria prima (principalmente gado e grãos) e apreciação do câmbio (Real e Dólar Australiano). É importante ressaltar que os preços de venda acompanharam a evolução das matérias primas, refletindo a forte demanda. O aumento da renda per capita nas classes menos privilegiadas resulta na melhora nos hábitos de consumo (inclusive alimentares), onde a proteína animal se destaca. Vimos essa tendência ocorrer especialmente nas economias emergentes, destacando o Brasil, mesmo com a crise econômica mundial. Expandimos rapidamente nossa distribuição direta aqui no Brasil, o que servirá de modelo para fortalecer a distribuição direta global. PERSPECTIVA 2011 Observamos um aumento expressivo da demanda por nossos produtos, especialmente nos mercados emergentes e em países ricos em petróleo, regiões onde há dificuldade para aumentar a produção de proteína. Dessa forma, o comércio internacional está tomando novas dimensões e os preços de venda devem se manter em patamares elevados. Quase um terço de nossa receita vem de exportações e enxergarmos isso como uma tendência consistente. Ao aumentar nossa presença nesses mercados, ganhamos mais musculatura para avançar com nosso projeto de distribuição direta. Nossa base de clientes em regiões como o Oriente Médio está crescendo e, assim, esperamos ver nossa margem aumentando nesses mercados ao longo dos próximos trimestres. Enquanto isso, observamos certa estagnação nos mercados maduros. Como exemplo, nos EUA foram tomadas medidas para a criação de novos postos de trabalho (o que tende a elevar a demanda local por proteína). A depreciação contínua do Dólar americano consolida os EUA como plataforma de produção de onde podemos exportar uma maior variedade de produtos. Observamos sazonalmente um gradual aumento em nossas exportações dos EUA e, na nossa visão, essa é uma tendência que deve continuar a trazer impactos positivos para o nosso negócio. Em suma, na medida em que avançamos na distribuição direta e aumentamos nossa variedade de produtos processados/ industrializados, somados aos benefícios advindos do crescimento de nossas exportações, estamos confortáveis em dizer que estamos no caminho certo e esperamos continuar expandindo, gradualmente, nossas margens. Departamento de Relações com Investidores 23 M.DIAS BRANCO (MDIA3) A COMPANHIA A M. DIAS BRANCO atua há mais de sessenta anos no ramo de alimentos, produzindo e comercializando biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo, margarinas, gorduras e cremes vegetais. A Companhia, listada na BM&FBovespa desde 2006 no Novo Mercado, é líder nacional nas áreas de biscoitos e massas. O seu portfólio, composto por marcas e produtos reconhecidos em suas respectivas áreas de atuação, aliado a um eficiente sistema de distribuição, caracterizado pelo foco no pequeno varejo, além da localização estratégica das suas unidades industriais e comerciais, permitem à M. DIAS BRANCO uma cobertura nacional. Seu modelo de integração vertical, caracterizado pela produção de suas principais matérias primas (farinha de trigo e gordura vegetal) para produção de biscoitos e massas, possibilita vantagens competitivas no tocante a custos de produção, maior qualidade dos referidos insumos, melhor planejamento da produção e atuação na comercialização de outros produtos (especialmente farinha de trigo e margarinas). Adicionalmente, a contínua busca pela expansão da liderança de mercado e melhoria de eficiência operacional, a utilização de tecnologia no “estado-da-arte”, a baixa necessidade de investimento para atender ao crescimento orgânico e a possibilidade de crescimento por aquisições terminam por comprovar a viabilidade da tese de investimento da Companhia e o seu compromisso com a geração de valor para o acionista. RETROSPECTIVA 2010 Nos primeiros nove meses de 2010 (9M10), a M. Dias Branco apresentou uma Receita Líquida de 1,81 bilhão (+2% versus 9M09), devido especialmente ao crescimento do volume de vendas dos segmentos de biscoitos, farinha e farelo no período. A Companhia também obteve, no mesmo período, um Lucro Bruto de R$ 763,3 milhões (+0,5% versus 9M09), um Ebitda de R$ 350,7 milhões (-5,8% versus 9M09) e um Lucro Líquido de R$ 242,8 milhões (-12,3% versus 9M09). Na geração desses resultados, além da Receita Líquida anteriormente citada, vale destacar: i) o aumento de 3,2% no custo de matériaprima no período, decorrente do aumento do custo médio por tonelada do açúcar e cacau em pó, e apesar da redução no custo médio por tonelada consolidado de trigo, farinha de terceiros, óleos e gordura de terceiros; ii) o aumento de 6,2% nas despesas operacionais, devido principalmente à ocorrência de outras despesas operacionais nos 9M10 no total de R$ 12,4 milhões versus R$ 8,8 milhões de outras receitas operacionais no 9M09; iii) despesas financeiras superiores às receitas financeiras em R$ 13,9 milhões no 9M10 e R$ 3,0 milhões no 9M09. Adicionalmente, o fluxo de caixa operacional gerado no 9M10 foi da ordem de R$ 294,9 milhões (+26,8% versus 9M09), contribuindo assim para redução da dívida líquida, que atingiu R$ 236,6 milhões (-47,8% versus 9M09) ao final do 9M10. A Companhia segue expandindo sua liderança de mercado em biscoitos e massas, com market-share em volume de 23,6% e 22,5% no 9M10, respectivamente. Os investimentos realizados no período de 9M10 totalizaram R$ 102,0 milhões, que reforçam a tese de baixa necessidade de investimento da Companhia para atender ao crescimento orgânico. PERSPECTIVA 2011 Considerando as expectativas positivas no tocante à futura evolução do PIB em 2011, esperamos prosseguir com o processo de expansão de nosso volume de vendas consolidado em todas as regiões do País, expandindo assim nossa liderança em biscoitos e massas no mercado brasileiro e reforçando nossa atuação nos segmentos de farinha, farelo, margarinas e gorduras vegetais no mercado nordestino. Sabemos dos desafios referentes especialmente ao cenário de commodities para o referido ano, porém a companhia tem demonstrado capacidade de adaptação aos diferentes níveis de preços de suas principais matérias-primas, devido às características de seu modelo de negócios, e espera prosseguir com uma eficiente gestão de suas margens. Além disso, a M. Dias Branco continua executando seu programa de racionalização de custos e despesas, buscando ainda uma maior seletividade com relação a investimentos para o próximo ano, porém, atenta a oportunidades de aquisição de empresas. Álvaro Luiz Bandeira de Paula – Diretor de Investimentos e de Relações com Investidores 24 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ALIMENTOS / AGRÍCOLA MARFRIG (MRFG3) A COMPANHIA A Marfrig é uma das maiores e mais diversificadas empresas globais de alimentos, orientada para o longo prazo com crescimento da participação dos produtos industrializados nas vendas e focada nos clientes. A Marfrig Alimentos S.A. é uma Companhia de alimentos com atividades nos segmentos de processamento e distribuição de produtos de carne bovina, suína, ovina e avícola In natura, Processadas e Industrializadas a clientes no Brasil e no exterior, além da distribuição de outros produtos alimentícios, como batata pré-cozida congelada, pescados e massas. A base operacional, diversificada e flexível, inclui 151 unidades produtivas, comerciais e de distribuição em 22 países e nos 5 continentes. Considerada uma das Companhias mais internacionalizadas e uma das mais diversificadas do setor de alimentos baseada em proteínas animais, o Grupo realizou 40 aquisições nos quatro últimos anos, a maior parte delas no exterior. Seus produtos são exportados para mais de 100 países. O Grupo Marfrig conta hoje com aproximadamente 90 mil funcionários. Em out/10, concluiu a aquisição da Keystone Foods, uma das mais importantes realizadas pelo Grupo. A Keystone é uma das maiores fornecedoras globais de processados de carnes a base de proteínas animais a várias redes de Food Service ao redor do mundo com presença em 5 continentes. A Marfrig Alimentos é listada no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA (MRFG3) e está comprometida com as melhores práticas de governança corporativa. A Companhia também é pioneira em projetos e ações de sustentabilidade em toda cadeia produtiva. A formação de Comitês Internos de Gestão Socioambiental em todas as unidades garantem o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista na cadeia produtiva, além de implementar e monitorar procedimentos e práticas desenvolvidas e adotadas pelo Grupo. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, iniciamos o processo de integração da Seara, que posicionou o Grupo como o 2º maior player nacional de produtos de carne de aves e suínos e trouxe uma marca forte e reconhecida nos mercados nacional e internacional para o seu portfólio. Em junho, anunciamos a aquisição da Keystone Foods, que foi sem dúvida, uma das mais importantes aquisições feitas pelo Grupo. Essa aquisição está em linha com a estratégia traçada pelo Grupo Marfrig e consolida a sua posição de trabalhar em todo o ciclo da cadeia produtiva, desde o abate até a entrega do produto ao cliente final, eliminando intermediários. A Keystone é uma das maiores fornecedoras no mundo de processados de carnes para as grandes redes de Food Service globais. Com 54 unidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, além de países da Europa, Ásia e Oriente Médio, a Keystone atende mais de 28 mil restaurantes e teve uma receita líquida de US$ 6,4 bilhões com suas operações de processamento de carnes e distribuição em 2009. No 3º trim/10 também tivemos conquistas importantes como a integração da O’Kane Poultry no Reino Unido que já nos permite atuar de forma mais ampla e direta nos mercados europeus - e a conclusão bem sucedida do processo de aquisição da Keystone Foods, que passará a ter seu resultado consolidado em nossas demonstrações financeiras a partir de 01/out/10. Também, nossas ações passaram a integrar pela primeira vez as carteiras teóricas do Índice Bovespa, do IBrX-50 e ICO2 (índice Carbono Eficiente), um reflexo incontestável da liquidez, da alta performance e da sustentabilidade que os nossos ativos vem obtendo. Em 2010, a Marfrig recebeu 3 prêmios de Relações com Investidores no IR Global Rankings (IRGR) Awards. Fomos eleitos “A Melhor Empresa do Agronegócio” pela Maiores e Melhores da Revista Exame, a “Melhor Empresa em Gestão em Sustentabilidade Financeira” pela Revista Isto É Dinheiro e a “Melhor Indústria de Carnes” pela Revista Globo Rural. Em novembro, a Companhia foi premiada em duas categorias no “Prêmio Produz Brasil 2010” - dirigido às empresas do ramo agropecuário que desenvolvam projetos unindo crescimento econômico e sustentabilidade. PERSPECTIVA 2011 O principal desafio para 2011 é integrar as empresas adquiridas e realizar as sinergias nas operações. Com a Seara, o estudo de uma consultoria externa estimou sinergias de R$ 200 milhões até 2011, sendo R$ 60 milhões ainda em 2010. Com a Keystone, integrada ao Grupo em outubro, as estimativas preliminares indicaram ser possível atingir US$ 100 milhões até 2013. Além disso, estamos otimistas com a recuperação econômica global, que deve acontecer gradualmente. Também estamos otimistas com o Brasil, que também deverá continuar a apresentar indicadores positivos na economia. A volatilidade cambial e as condições setoriais adversas em alguns mercados onde a companhia mantém suas operações, devem continuar gerando um cenário desafiador por mais um período, mas, acreditamos estar preparados para atingir nossos objetivos. Equipe de Relações com Investidores 25 MINERVA (BEEF3) A COMPANHIA O Minerva S.A. é um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne bovina, couro e exportação de boi vivo e está entre os três maiores exportadores brasileiros do setor em termos de receita bruta de vendas, comercializando seus produtos para cerca de 100 países. A companhia tem uma capacidade diária de abate de 8.940 cabeças de gado e de desossa de 1.890 toneladas de carne bovina, equivalente a aproximadamente 11.960 cabeças. Presente nos estados de São Paulo, Rondônia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Paraguai, o Minerva opera nove plantas de abate e desossa e oito centros de distribuição, além de atuar também no segmento de Food Service através da joint-venture Minerva Dawn Farms (MDF), atualmente com capacidade de 120 toneladas de carne processada/dia, produzindo alimentos a base de carne bovina, suína e de aves. RETROSPECTIVA 2010 Faturamos R$ 3.377 milhões nos últimos doze meses encerrados em 30-Set-2010, crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que nos coloca como um dos principais players de proteína bovina no Brasil. A combinação entre a diversificação dos mercados em que atuamos e o modelo conservador na gestão dos investimentos, que teve como foco o crescimento orgânico e a excelência na gestão de riscos, foram fatores que nos tornaram menos vulneráveis aos efeitos da crise. Quando comparamos o terceiro trimestre de 2010 com o mesmo período do ano anterior, nossa capacidade de produção aumentou em 20% e mantivemos os níveis das taxas de utilização das plantas, referência no setor. A maturação dos investimentos reflete no crescimento da receita em mais de 30% nos últimos doze meses. O destaque em 2010 foi o crescimento das operações de distribuição para médios e pequenos varejistas, representando 52% do total das vendas no mercado interno e cujo crescimento nos últimos 12 meses foi de 65%. PERSPECTIVA 2011 A empresa continuará dando prioridade para a estratégia operacional, política financeira conservadora, eficiência da administração do capital de giro e logística adequada das operações. Os segmentos de commodities e produtos de valor agregado sempre terão estratégias diferenciadas, pois requerem foco na administração dos riscos e independência nas decisões. A manutenção da nossa participação no mercado externo é um dos marcos na nossa política comercial para 2011, destacando o nosso aumento de market share nas operações do mercado interno através dos nossos Centros de Distribuição. A companhia está atenta ao movimento de consolidação do setor e é um forte candidato às oportunidades que tenham racionalidade industrial, logística, financeira e onde os riscos estejam alinhados ao bom retorno dos investimentos e com o processo de desalavancagem da empresa. Eduardo Takeiti – Gerente de Relações com Investidores 26 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ALIMENTOS / AGRÍCOLA SLC AGRÍCOLA (SLCE3) A COMPANHIA A SLC Agrícola é uma das maiores proprietárias de terras do Brasil e uma das maiores produtoras agrícolas brasileiras, com foco em soja, algodão e milho. Possui 11 unidades de produção, estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros, e atingiu 223 mil hectares de área plantada no ano-safra 2009/10. RETROSPECTIVA 2010 Os resultados do ano de 2010 foram reflexo, principalmente, da safra 2009/10, cujo plantio teve início em setembro de 2009. Na formação do custo de produção daquele ano-safra – primeiro item para definição das margens – tivemos impacto positivo oriundo da redução nos preços dos principais fertilizantes na comparação com a safra 2008/09. Tivemos, no entanto, ao longo da safra, algumas perdas de produtividade em virtude de problemas climáticos em algumas regiões onde estão localizadas nossas unidades (notadamente Mato Grosso). Em termos de preços de commodities, observamos um cenário estável ao longo do primeiro semestre, porém com forte recuperação a partir da metade do ano – influenciada principalmente pelos severos problemas climáticos na Europa, amplificada pela firme demanda asiática. Em resumo, vimos 2010 como um ano de recomposição de margens, após um ano fraco em termos de resultados que foi 2009. Adquirimos áreas novas para plantio, e também fechamos novos contratos de arrendamento (no Mato Grosso e na Bahia), apesar de termos apresentado crescimento considerado moderado em área plantada para o novo exercício, pois tivemos que revisar para baixo (em 8.000 hectares) a área plantada total em virtude do atraso do início das chuvas no Estado do Mato Grosso, fenômeno que atingiu boa parte do Estado. PERSPECTIVA 2011 Para 2011 a Companhia projeta um cenário bastante favorável, dadas as condições do ponto de vista macro, notadamente em relação às possibilidades de nova redução nos custos de produção para a safra 2010/11 (preços de fertilizantes e defensivos) e bom cenário econômico, este último favorecendo a demanda pelos nossos produtos, o que traz suporte para os preços. Anunciamos em novembro nossa primeira estimativa de plantio para a safra 2010/11, de 230,6 mil hectares - sendo 85 mil hectares de algodão, um crescimento de 36% na área de algodão em relação ao ano-safra anterior, com o objetivo de aproveitar o excelente cenário de preços (e margens) da commodity no momento. Ivo Marcon Brum – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 27 AUTOPEÇAS / MATERIAL DE TRANSPORTE A palavra “turbinado” sintetiza como foi o ano de 2010 para o setor automotivo. Na esteira do bom momento da economia interna, a indústria automobilística engrenou uma EMPRESAS ACOMPANHADAS recuperação, que encontrou respaldo nos estímulos governamentais e condicionantes de demanda para registrar bom desempenho em 2010. Apesar do fim da redução do IPI, o BATISTELLA setor continuou impulsionado, principalmente pelo aumento da massa salarial, expansão do (BTTL4) crédito disponível, redução das taxas de juros e aumento nos prazos de pagamentos. Segundo dados da ANFAVEA, de janeiro a novembro de 2010 houve crescimento de 14,6% na produção total de autoveículos em relação ao mesmo período de 2009. A projeção da entidade é de que o mercado interno de veículos deve encerrar 2010 com 3,45 milhões de unidades, (crescimento de 9,8% sobre os 3,14 milhões de veículos comercializados em 2009), tornando-se o quarto maior mercado mundial. Todavia, entendemos que a análise do comportamento do setor em 2011 dependerá, dentre outros fatores, da saúde econômica dos EUA. Caso a lentidão econômica nos EUA permaneça por um longo período, é factível que o real continue o movimento de valorização, FRAS-LE IOCHPE MAXION M ARCOPOLO (POMO4) (LEVE4) de câmbio valorizado, é a expansão das importações. Os efeitos desse movimento já (PLAS3) importações de veículos atinjam a casa de 21%, podendo chegar a 22% em 2011. Só para se ter uma idéia da grandeza desses números, em 2005 os importados correspondiam a apenas 5% do total de vendas. Mesmo com essa expectativa de aumento do volume de importados, os emergentes representados fortemente pelos países que integram o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão concentrar a maior parte da produção e superar os países desenvolvidos, tanto em consumo quanto em produção. A China deve continuar na liderança da produção, expandindo seu domínio na indústria com marcas próprias, tanto no mercado interno como no externo, em virtude das parcerias com marcas globais que conferiram expertise para o gigante asiático. O Brasil ainda enfrenta diversos problemas, como a alta carga de impostos, deficiência na infraestrutura, baixa escala de produção, dentre outros fatores que prejudicam a indústria nacional diante de outros países. Contudo, levamos vantagem sobre os outros integrantes do “BRIC”, graças à melhor tradição em engenharia, laboratórios mais sofisticados, além do acúmulo de conhecimento em muitos anos de indústria instalada no país. Entre prós e contras, as perspectivas continuam otimistas para 2011, apontando novo recorde de vendas no mercado interno, que deverão alcançar 3,63 milhões de unidades, o que representa aumento de 5,2% na comparação com 2010, segundo a ANFAVEA. E o otimismo não acaba por aí: no médio prazo, as projeções apontam demanda de seis milhões de unidades em 2015, sustentada pelo aumento de renda e crédito, bem como pelas novas fábricas e ampliação das já existentes. Basta olhar para os números de investimentos, que só entre as quatro grandes montadoras supera R$ 20 bilhões entre planos em andamento e outros que vão até 2015. Outro fator que representa potencial de crescimento do mercado automotivo no Brasil é a relação de número de carros por habitante. Atualmente, números da ANFAVEA apontam uma relação de 6,9 habitantes por veículo no Brasil, enquanto países europeus e nos EUA tem médias próximas a dois habitantes por veiculo. Ainda temos muito espaço para crescer assim como ainda existe uma grande demanda reprimida no mercado automotivo nacional. COMPRAR R$ 8,00 METAL LEVE PLASCAR importações, que chegaram à média de 18,4% até novembro de 2010. A previsão é que as COMPRAR (MYPK3) (apesar das possíveis medidas que o governo possa adotar) e a conseqüência deste cenário apareceram e começam a preocupar. A ANFAVEA enfatiza a preocupação com as COMPRAR (FRAS4) RANDON (RAPT4) COMPRAR R$ 18,00 28 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 AUTOPEÇAS / MATERIAL DE TRANSPORTE FRAS-LE (FRAS4) A COMPANHIA Fundada em 1954, a Fras-le atua há 56 anos no mercado nacional e internacional, sendo a maior empresa da América Latina e uma das líderes mundiais em material de fricção. Com mais de 9 mil referências entre pastilhas e lonas para freios de veículos leves e comerciais, a empresa fornece diretamente às montadoras, mercado de reposição e a mais de 80 países nos cinco continentes. Com fábricas no Brasil, EUA e China, possui também Centros de Distribuição na Argentina, Alemanha e EUA, Escritórios Comerciais na África, Alemanha, Argentina, Chile, Emirados Árabes, EUA e México. RETROSPECTIVA 2010 Motivados pela atual conjuntura econômica nacional e pelo ensaio de uma recuperação da economia no cenário internacional, a Fras-le revisou o seu guidance para cima na metade de 2010. Essa revisão se justificou pelos recordes históricos obtidos nas receitas da Companhia, principalmente no mercado externo, tanto pelas exportações como também através das controladas no exterior. As unidades industriais da China e dos Estados Unidos desempenharam um papel importante no processo de internacionalização dos negócios da Fras-le, sendo que a unidade asiática com apenas um ano de atividade operacional passou pela primeira ampliação, momento em que dobrou a sua capacidade produtiva. A Companhia conseguiu ainda, no mercado externo, obter importantes ganhos de market share. Os investimentos em aumento de capacidade produtiva aceleraram no decorrer do exercício, principalmente na linha de lonas de freio para veículos comerciais, onde a demanda cresceu consideravelmente. PERSPECTIVA 2011 Estamos otimistas em relação ao desempenho de 2011, pois acreditamos que o mercado doméstico deve manter-se aquecido. A expansão esperada para o Brasil tende a movimentar com maior intensidade a produção, fato que refletirá positivamente nas soluções para o transporte, onde a Fras-le participa ativamente com o fornecimento de materiais de fricção para o freio de veículos comerciais. Em relação ao mercado externo, em 2011 deverá concretizar-se a tão esperada recuperação da economia mundial, principalmente no mercado norte-americano de onde vem a principal parcela das receitas da Fras-le. Deveremos continuar avançando em market share, tanto pelo crescimento nas exportações, como também pelo aumento das receitas das unidades do exterior. A Fras-le administra os seus negócios com foco em resultados de médio e longo prazo, as oscilações cambiais não deverão causar impactos significativos nos resultados, pois são desafios naturais já enfrentados em várias oportunidades ao longo da história da Companhia, que procura equilibrar fatores pontuais como este, com alternativas internas e externas para compensar os efeitos cambiais nos resultados, buscando dessa forma custos competitivos e margens adequadas ao seu planejamento estratégico. Equipe de Relações com Investidores 29 IOCHPE MAXION (MYPK3) A COMPANHIA A Iochpe-Maxion atua nos segmentos automotivo e ferroviário e é a maior fabricante brasileira de rodas e chassis, vagões de carga e fundidos ferroviários. No segmento automotivo a companhia atua através das Divisões Rodas e Chassis, Fumagalli e Componentes Automotivos e no segmento ferroviário através da AmstedMaxion. A Divisão Rodas e Chassis produz rodas de aço para caminhões, ônibus e máquinas agrícolas e chassis para caminhões, ônibus e pick-ups. É responsável por aproximadamente 55% da receita liquida consolidada da Iochpe-Maxion e detém cerca de 65% do mercado de rodas e chassis, no Brasil, em número de unidades produzidas. A Divisão Fumagalli produz rodas de aço para automóveis e comerciais leves. Corresponde por aproximadamente 25% da receita liquida consolidada do grupo e detém cerca de 52% do mercado brasileiro de rodas para automóveis e 30% do mercado de automóveis da região do NAFTA, em número de unidades produzidas. A Divisão Componentes Automotivos produz conjuntos estampados estruturais, alavanca do freio de mão, pedaleiras e outros produtos em aço para automóveis. Responde por aproximadamente 8% da receita liquida consolidada da companhia. AmstedMaxion, uma joint-venture com a Amsted Industries dos Estados Unidos, parceria na qual cada parte detém 50% do negócio. Produz vagões ferroviários de carga e fundidos ferroviários e industriais e é responsável por 12% da receita liquida consolidada da IochpeMaxion. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 significou recuperação e crescimento para a Iochpe-Maxion. Com a recuperação dos setores de atuação da companhia e a inclusão plena da Divisão Fumagalli (aquisição realizada em setembro de 2009) nos resultados, conseguimos atingir resultados expressivos. No segmento automotivo, destacamos o forte crescimento da produção brasileira de veículos, em especial o crescimento da produção brasileira de caminhões. Outro ponto de destaque foi o mercado norte-americano, o qual apresentou um crescimento da produção de veículos e comerciais leves, bem acima das expectativas para aquele mercado. No segmento ferroviário, 2010 foi marcado pela retomada da demanda doméstica por vagões de carga. PERSPECTIVA 2011 As previsões para o segmento automotivo são de continuidade do crescimento, porém em um ritmo menor do apresentado em 2010. No segmento ferroviário as previsões também apontam para uma demanda por vagões ferroviários de carga ainda maior que as apresentadas em 2010. Diante desse cenário, somado ao bom posicionamento da companhia em seu setor de atuação, teremos boas oportunidades de crescimento em 2011. Luis Fernando C. de Abreu – Gerente de Relações com Investidores 30 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 AUTOPEÇAS / MATERIAL DE TRANSPORTE MARCOPOLO (POMO4) A COMPANHIA A Marcopolo S.A., líder de mercado no Brasil, é uma das principais empresas do mundo dedicadas ao desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo de passageiros. A Companhia, que completou 61 anos em 2010, destaca-se pelas idéias inovadoras aliadas à tecnologia de ponta, que tem como resultado uma linha diversificada para atender às necessidades específicas de cada mercado, nacional ou internacional. Fundada em Caxias do Sul, possui operações na África do Sul, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Egito, Índia e México. A Marcopolo é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde 1978, e em 2002, foi a primeira companhia industrial a aderir ao Nível 2 de Governança Corporativa da Bovespa. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a indústria de carrocerias de ônibus vivenciou um ano de retomada, após a retração do mercado em 2009. Esta retomada, sustentada principalmente pelo mercado interno brasileiro, possibilitou à Marcopolo operar durante o ano todo com a carteira de pedidos cheia e com nível elevado de utilização da capacidade instalada. Mesmo com a forte demanda, a Companhia procurou otimizar sua eficiência operacional, racionalizando gastos e reduzindo custos, buscando maximizar o retorno aos seus acionistas. É importante destacar o engajamento dos colaboradores da Marcopolo, que não mediram esforços para manter o mercado abastecido. Isso tudo possibilitou à Companhia obter resultados recordes em 2010. PERSPECTIVA 2011 O cenário para 2011 continua favorável para o setor de ônibus. Os pedidos em carteira para o 1T11 indicam um início de ano aquecido. As melhores condições de financiamento oferecidas pelo BNDES através da linha FINAME-PSI, válida até março de 2011, com possibilidade de entrega posterior em até 180 dias, vem sustentando a renovação da frota. Além disso, a entrada em vigor a partir de 2012 dos motores EURO-5, que encarecerá o preço final do produto, trará antecipação de compras por parte dos empresários do transporte coletivo. E ainda, a Marcopolo lançará os dois modelos faltantes de ônibus rodoviários da Geração 7 (DD e LD), completando a linha de produtos existentes na geração anterior. O leilão das concessões das linhas interestaduais e internacionais, programados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para ocorrer em meados de 2011, também resultará em aceleração da renovação da frota brasileira de ônibus rodoviários. No exterior, os destaques ficarão por conta da recuperação do mercado mexicano, da maturação das unidades da Índia e do Egito, e da continuidade do bom desempenho das unidades da Argentina e da Colômbia. Thiago Deiro – Gerente de Relações com Investidores. 31 RANDON (RAPT4) A COMPANHIA A Randon S.A – Implementos e Participações é controladora de nove empresas que atuam nos segmentos de veículos e implementos, autopeças e serviços financeiros. RETROSPECTIVA 2010 O Brasil experimenta um dos melhores momentos de sua história econômica atual. A onda de crescimento beneficia todos os setores com particularidades pontuais em cada um. E, este é o ambiente de aplicação dos produtos da Randon. Impulsionados pelos investimentos mais consistentes de origem pública e privada, as áreas ligadas a infraestrutura, construção civil, habitação, saneamento e energia têm ganhado relevância no mix de produtos comercializados, e sustenta boa perspectiva de manutenção e ampliação das vendas. Além disto, o setor primário, seja agronegócio, mineração e bioenergia, contabiliza recordes de produção e amplia sua demanda por produtos e serviços, gerando volumes adicionais de transporte. Estímulos ao consumo de massa, tanto de bens duráveis como de consumo, mantém o transporte de produtos industriais em curva ascendente. Os resultados acumulados até o terceiro trimestre validaram o bom momento do mercado de veículos comerciais e de material de carga no âmbito doméstico e a crescente demanda por produtos e serviços da Companhia. De fato, em volume de faturamento, o terceiro trimestre marcou o melhor momento do desempenho da história da Randon, com números de grandeza não antes atingidos. As receitas dos meses de outubro e novembro, divulgadas ao mercado, sinalizam que os guidances divulgados pela Companhia durante o exercício corrente serão atingidos. PERSPECTIVA 2011 A interação diversificada nos negócios da Companhia em todas as esferas da economia proporciona resultados consistentes, equilibrados e sustentáveis no longo prazo. Vale destacar, a manutenção das condições de financiamento diferenciadas ofertadas pelo BNDES, para aquisição de veículos comerciais, com a validade postergada até o fechamento do primeiro trimestre de 2011. A mudança no governo não sinaliza mudanças na condução da economia e reduz eventuais preocupações. Além disto, a perspectiva de avanço na economia, a oferta de crédito e a confiança restabelecida asseguram boas condições para a continuidade do crescimento e a manutenção dos resultados. Oportunamente a Companhia irá divulgar o Guidance oficial para 2011, com a base dos indicadores para o referido exercício. Hemerson Fernando de Souza – Relações com Investidores 32 AVIAÇÃO 2010 foi um ano movimentado para as companhias do setor de aviação listadas em EMPRESAS ACOMPANHADAS bolsa. Ano sujeito a chuvas, trovoadas e, quem diria, até erupções vulcânicas (quem não se lembra do vulcão “sopa de letrinhas”?), mas que também acabou nos trazendo EMBRAER MANTER (EMBR3) GOL europeu durante dias e também afetou as aéreas nacionais - os acionistas de TAM e COMPRAR (GOLL4) TAM (TAMM4) notícias positivas. O monstrengo cuspidor de lava islandês parou o espaço aéreo GOL que o digam – e atrasos continuaram a fazer parte do dia a dia de quem viaja de avião no Brasil, as escalas das tripulações causaram dor de cabeça às companhias e COMPRAR a infra-estrutura aeroportuária brasileira continua defasada. Mas nem só de notícias ruins viveu 2010. A movimentação de passageiros, por exemplo, apresentou expressivo crescimento em relação a 2009. Até novembro, a evolução era de 24,3% no tráfego doméstico e 21,0% nas rotas internacionais. O preço das passagens, em níveis historicamente baixos principalmente se comparado ao comportamento dos preços do transporte rodoviário, o crescimento do poder de compra da população e o maior acesso ao crédito, foram fatores essenciais para essa expansão. Outra boa notícia foi a fusão anunciada entre a TAM e a chilena LAN. O mercado recebeu muito bem o acordo, especialmente pela relação de troca das ações, favorável ao minoritário da aérea nacional. E quando já estávamos de olho em 2011, certos que 2010 não traria grandes surpresas, surgem informações acerca de grupos privados com projetos para construção de um 3º aeroporto para atender a cidade de São Paulo. Aguardamos ansiosamente o desenrolar dessa história já que o projeto seria muito bem vindo para “desafogar” o já septuagenário Congonhas e Guarulhos, que em 2010 completou 25 anos em operação. Participação - Mercado Doméstico 2009 2010 45,94% 42,66%41,48% 39,78% 4,26% 5,95% 3,55% 5,88% 2,54% 2,59% 1,46% 2,17% TAM GOL WEBJET AZUL AVIANCA TRIP Para 2011, esperamos que o tráfego de passageiros novamente apresente forte expansão, ao redor de 15%. O crescimento deve ser sustentado pela aquecida economia interna, com aumento das viagens de negócio e ainda uma maior fatia da população escolhendo voar pelo país ao invés de viajar por nossas estradas, muitas vezes esburacadas. E é nessa fatia, que está trocando o ônibus pelo avião em viagens interestaduais, que deve se manter o foco das companhias. Boa parte das ações das aéreas está voltada para capturar esse público que cresce a passos largos. Lojas de rua em locais populares, venda através de grandes redes de varejo e parcerias com bancos para parcelamento de passagens apenas são alguns exemplos. 33 EMBRAER (EMBR3) A COMPANHIA A Embraer S.A. (BM&FBOVESPA: EMBR3 ; NYSE: ERJ) é a empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, a Empresa mantém escritórios, instalações industriais e oficinas de serviços ao cliente no Brasil, China, Estados Unidos, França, Portugal e Cingapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e defesa. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Em 30 de setembro de 2010, a Embraer contava com 17.009 empregados – número que não inclui funcionários das subsidiárias não-integrais – e possuía uma carteira de pedidos firmes a entregar de US$ 15,3 bilhões RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, o mercado aeronáutico foi marcado por sinais iniciais de estabilização e até recuperação em alguns segmentos. O bom posicionamento da Embraer permitiu o aproveitamento das oportunidades que surgiram, principalmente na aviação comercial. Vários clientes como Flybe, Azul, Republic, Air Lease, Austral, entre outros, fizeram encomendas de E-Jets ao longo do ano. Além disso, na aviação executiva, a Embraer continuou a expandir sua base de clientes e frota global, com a entrega dos jatos Phenom 100 & 300, assim como dos Legacy 600 e Lineage 1000. O Legacy 650 recebeu certificação da ANAC e EASA, permitindo o início de suas entregas para clientes no Brasil e na Europa. Enquanto novas vendas nesse segmento continuam brandas, a Netjets, um dos principais operadores no mercado de aviação executiva, encomendou 50 jatos Phenom 300, além de 75 opções de compra. No segmento de defesa, o desenvolvimento do KC-390 continua avançando conforme o planejado e além do Brasil, Portugal, República Checa, Colômbia, Chile e Argentina, também assinaram cartas de intenção para a aquisição dessa aeronave, elevando seu potencial de ordens para atuais 60 unidades. A Embraer continuou a focar em seu programa corporativo denominado P3E (Programa Embraer de Excelência Empresarial, lançado em 2007 com o objetivo de aumentar sua produtividade e eficiência) e alguns resultados significativos foram alcançados, principalmente nas operações industriais, contribuindo positivamente para a melhoria da margem bruta da Companhia. PERSPECTIVA 2011 Em diversos aspectos, espera-se que 2011 seja um ano em que a indústria aeronáutica continue seu caminho de recuperação, assim como ocorreu em 2010. A Embraer continuará seu foco na satisfação e atendimento de seus clientes nos segmentos de aviação comercial, executiva e defesa e estará bem posicionada para aproveitar potenciais oportunidades de mercado que se apresentarem. Os programas de desenvolvimento de aeronaves como os Legacy 450 & 500 e o KC-390 continuarão avançando de acordo com seus planos de certificação. A Embraer continuará sua trajetória no controle de despesas, na otimização da produtividade e na maximização de valor ao acionista. Relações com Investidores 34 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 AVIAÇÃO GOL (GOLL4) A COMPANHIA A GOL foi criada em 2001 baseada na missão de popularizar e democratizar o transporte aéreo no Brasil e na América do Sul. Sua estratégia é voltada para o crescimento rentável resultante de uma estrutura de baixo custo e alta qualidade no atendimento ao cliente, o que permite oferecer tarifas reduzidas e, conseqüentemente, uma opção de transporte acessível a todos. A GOL já transportou mais de 160 milhões de passageiros desde o início de suas atividades e detém aproximadamente 40% do market share do mercado doméstico. Hoje, é considerada a maior empresa de “Baixo Custo e Baixa Tarifa” da América Latina. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010 a companhia atingiu o objetivo de possuir em caixa ao menos 25% da receita líquida dos últimos 12 meses, e redução de riscos no curto prazo por meio do alongamento de seus compromissos financeiros, e desalavancagem do balanço patrimonial de forma consistente, através da geração de caixa operacional. Adicionalmente, a GOL consolidou seu plano de renovação e padronização da frota, com a devolução de todas aeronaves Boeing 737-300 e substituição por aeronaves Boeing 737-700 e 800s Next Generation. Por fim, no mês de dezembro de 2010, foi inaugurado o Instituto GOL, uma iniciativa pioneira com o objetivo de promover o ensino profissionalizante voltado à capacitação e qualificação de profissionais do setor de aviação. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 será marcado pelo foco da Companhia na ampliação de sua vantagem em custos que serão obtidas pelo resultado das iniciativas iniciadas no ano de 2010 tais como: (i) devolução das aeronaves Boeing 737-300; (ii) instalação de winglets em aeronaves Boeing 737-700; (iii) introdução do Orçamento Base Zero; (iv) implantação do Centro de Serviços Compartilhados; e (v) desenvolvimento de medidas inovadoras aliadas ao uso intensivo de alta tecnologia pela implantação do GPS Landing System e do ACARS – sistema de acompanhamento de manutenção online. Todas estas iniciativas proporcionam um novo patamar em custos que se traduzirá em cada vez mais, popularizar o transporte aéreo no mercado brasileiro ao oferecer passagens com preços atrativos e uma operação com alta capilaridade de destinos. Rodrigo de Macedo Alves – Diretor de Mercado de Capitais 35 TAM (TAMM4) A COMPANHIA A TAM, membro da Star Alliance, lidera o mercado doméstico desde julho de 2003 e fechou o último mês de novembro com 42,6% de market share. A companhia voa para 45 destinos no Brasil. Com os acordos comerciais firmados com companhias regionais, chega a 89 destinos diferentes do território nacional. A participação de mercado da TAM entre as companhias aéreas brasileiras que operam linhas internacionais foi de 85,7% em novembro. As operações para o exterior abrangem voos diretos para 18 destinos nos Estados Unidos, Europa e América do Sul: Nova York, Miami e Orlando (EUA), Paris (França), Londres (Inglaterra), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha), Madri (Espanha), Buenos Aires (Argentina), Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Santiago (Chile), Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Montevidéu (Uruguai), Caracas (Venezuela), Lima (Peru) e Bogotá (Colômbia). Além disso, mantém acordos de codeshare que permitem o compartilhamento de assentos em voos com companhias internacionais, possibilitando ao passageiro viajar para outros 87 destinos nos EUA, América do Sul, Europa e Ásia. A Star Alliance, por sua vez, oferece voos para 1.160 aeroportos em 181 países. A TAM é pioneira no lançamento de um programa de fidelização para companhia aérea no Brasil. O TAM Fidelidade já distribuiu 12 milhões de bilhetes por meio de resgate de pontos e faz parte da rede Multiplus, que possui hoje 7,6 milhões de associados. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi um ano muito importante para a TAM, entre os principais eventos, destacase o IPO da Multiplus, a entrada na Star Alliance, a maior aliança de companhias aéreas do mundo, o lançamento do projeto de varejo incluindo venda de passagens nas Casas Bahia, novos produtos, campanha publicitária com a cantora Ivete Sangalo e outras ações com o objetivo de incentivar o uso do transporte aéreo, trabalhando estrategicamente com clientes que viajam basicamente a lazer. Outro passo importante foi a aquisição da Pantanal Linhas Aéreas, anunciada em dezembro de 2009 e aprovada pela ANAC em março de 2010. A malha da Pantanal foi ampliada, aumentando de 7 para 20 o número de cidades atendidas. No terceiro trimestre, a TAM registrou taxa de ocupação internacional recorde de 82,7% e a maior margem EBIT dos últimos 15 trimestres. Anunciou também em 2010 a assinatura de um memorando de entendimento com LAN Airlines S.A. sinalizando a intenção de união de suas holdings em uma única entidade controladora com o nome de LATAM Airlines Group S.A. A empresa finalizará o ano com 151 aeronaves em operação, um recorde histórico na indústria da aviação brasileira, onde nenhuma outra companhia aérea do país chegou a ter uma frota de aviões de passageiros desse porte. PERSPECTIVA 2011 A empresa está otimista com 2011, e acredita na finalização da operação de união com a LAN até o primeiro semestre de 2011, criando a LATAM, um gigante Latino Americano na aviação mundial, e com ela grandes oportunidades de sinergias, que provém principalmente de receitas de passageiros e cargas. O mercado doméstico também deve continuar crescendo, lembrando que a aviação comercial brasileira historicamente cresce numa proporção de duas a três vezes a taxa de crescimento do PIB. Jorge Bonduki Helito – Gerente de Relações com Investidores. 36 BANCOS E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 Ao contrário de 2009, em 2010 tivemos um crescimento mais simétrico do crédito no Brasil. Os EMPRESAS ACOMPANHADAS maiores destaques foram os segmentos de veículos, consignado, imobiliário e cartões, no que diz respeito à Pessoa Física e Pequenas e Médias Empresas, em Pessoa Jurídica. O ABC BRASIL (ABCB4) COMPRAR R$ 19,60 desempenho do segmento de crédito corporativo só não foi superior nos bancos, por conta da competição de outras formas de funding (debêntures, por exemplo) e por causa do BNDES. Outro fenômeno observado esse ano foi os grandes bancos entrando no mercado dos bancos AMAZÔNIA médios e pequenos, alavancando, por exemplo, a concessão de capital de giro para pequenas e (BAZA3) médias empresas. BANESTES (BEES3) Com as recentes medidas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central, as projeções BANRISUL (BRSR6) divulgadas foram as seguintes: de crescimento das carteiras de Pessoa Física foram revisadas para baixo. As medidas BICBANCO (BICB4) COMPRAR BRADESCO COMPRAR R$ 40,10 Ampliação do requerimento de capital para empréstimos de longo prazo concedidos às pessoas físicas, de 100% para 150%. Para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), o limite de prazo é de 24 meses. Já para o consignado é de 36 meses. Ou seja, acima desses prazos, o índice de Basileia mínimo passa de 11% para 16,5%, diminuindo a (BBDC4) BCO DO BRASIL (BBAS3) capacidade de alavancagem das instituições focadas nesses segmentos. No caso de financiamento de veículos, a alíquota depende do prazo e do percentual pago à vista COMPRAR R$ 40,00 (essa medida passa a vigorar para os créditos concedidos a partir de 06 de dezembro). Extinção gradual dos Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE). Vale lembrar CRUZEIRO DO SUL que este instrumento de captação foi criado no auge da crise (2008/2009) para dar (CZRS4) liquidez aos bancos médios (essa medida passa a vigorar a partir de 2012). DAYCOVAL COMPRAR (DAYC4) INDUSVAL (IDVL4) O Banco Central determinou elevação da alíquota do compulsório para os depósitos à vista e a prazo (excluindo o crédito imobiliário), que devem retirar do mercado cerca de COMPRAR R$ 9,30 R$ 61 bilhões. O adicional de compulsório sobre depósitos à vista e a prazo será elevado de 8% para 12%. Já o compulsório sobre depósitos a prazo aumentará de 15% para 20% (essa medida passou a vigorar desde 13 de dezembro). ITAUUNIBANCO (ITUB4) COMPRAR R$ 47,00 Compartilhamos da opinião de alguns economistas de que a alta do compulsório deve influenciar PANAMERICANO mais as novas concessões de crédito e menos as taxas finais de juros. Já a elevação do (BPNM4) PARANÁ BANCO requerimento de capital sobre as operações de crédito com prazo superior a 24 meses deve COMPRAR (PRBC4) PINE Desta forma, tais medidas devem reduzir o ritmo de crescimento das carteiras de veículos e de COMPRAR (SANB11) crédito consignado dos bancos, assim como deve elevar as taxas finais cobradas dos consumidores pessoas físicas. (PINE4) SANTANDER produzir efeitos tanto sobre o preço (juros) quanto sobre quantidades (novos empréstimos). COMPRAR R$ 26,50 Em relação à evolução dos spreads, vale destacar que há folga de capital por parte dos bancos brasileiros. De acordo com informações oriundas do BACEN, o índice de Basiléia do sistema financeiro brasileiro no 3º trim/10 era 17%, valor superior ao valor estipulado para as operações SOFISA (SFSA4) MANTER de crédito com prazo acima de 24 meses (16,5%). Cabe enfatizar que ao redor de 60% dos bancos operavam com índice de Basiléia superior à média no 3º trim/10. Parece-nos factível a hipótese de que alguns bancos podem considerar conveniente não elevar tanto as suas margens sobre os custos de captação para poder ganhar mercado de seus concorrentes. Em linhas gerais, estimamos crescimento de 8% para a carteira de pessoa física em 2011. Já para Pessoa Jurídica, acreditamos numa elevação média de 6% nos saldos das carteiras. 37 ABC BRASIL (ABCB4) A COMPANHIA O Banco ABC Brasil é uma instituição financeira especializada na concessão de crédito a empresas de médio a grande porte. Construiu ao longo de 21 anos uma base sólida de clientes, oferecendo produtos financeiros de alto valor agregado e adaptados às necessidades específicas dos seus clientes. Conta com uma ampla carteira de produtos, ágil processo decisório e profunda expertise na análise de crédito, o que permite auferir resultados consistentes, com índices de perda notadamente baixos. O Banco ABC Brasil é um dos únicos bancos brasileiros de porte médio a contar com controle internacional e completa autonomia local. O controlador Arab Banking Corporation é um banco internacional com atuação em 21 países. O Banco ABC BRASIL possui a mais alta classificação de risco entre os bancos médios de capital aberto. Foi conferido pela agência Moody´s Investors Service “Aa1.br”/”Br-1” na escala nacional e “Baa3”/”P3” na escala global. A agência Fitch Ratings Inc., confere “AA-” na escala nacional e “BB+” em escala global. RETROSPECTIVA 2010 O forte crescimento do país (expectativa de terminar o ano com crescimento do PIB superior a 7%) teve reflexo direto no mercado de crédito corporativo. Ambos os segmentos de atuação do Banco ABC Brasil se beneficiaram nesse cenário, com a carteira Corporate (empresas de médio-grande porte, com faturamento anual entre R$ 250 milhões e R$ 2 bilhões) atingindo R$ 9,3 bilhões e a carteira Middle Market (empresas de médio porte, com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões) atingindo R$ 1,4 bilhão. O crescimento da carteira de crédito do banco foi de 44,5% no período janeiro-setembro 2010. O forte crescimento e a manutenção da qualidade da carteira resultaram em aumento da rentabilidade ao longo do ano. O lucro líquido foi de R$ 148,2 milhões nos nove meses do ano, 52,2% acima dos R$ 97,4 milhões do mesmo período de 2009. Foi destinado aos acionistas no período o valor bruto de R$ 18,8 milhões referente a distribuição de juros sobre capital próprio do 3º trim/10. PERSPECTIVA 2011 A expectativa para 2011 é de que seja mais um ano de bom crescimento do país, com convergência para um nível mais sustentável devido a ações nas políticas monetárias e fiscais que mantenham a inflação sob controle. As últimas medidas macroprudenciais do Banco Central são positivas para que também o crescimento do crédito ocorra em bases sustentáveis. O Banco ABC Brasil, banco focado no crédito corporativo, segue preparado para aproveitar as oportunidades e continuar crescendo em 2011. Com suporte de um forte acionista controlador estrangeiro, expertise em análise de crédito e índice de eficiência competitivo, o banco apresenta todas as ferramentas necessárias para se diferenciar e competir no mercado de crédito corporativo brasileiro. O banco continuará seguindo a estratégia de mudança do mix da carteira de crédito com o aumento da participação do segmento de Middle Market (empresas com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 250 milhões), evolução que já vem ocorrendo nos últimos trimestres com impacto positivo na rentabilidade e diversificação da base de clientes. O Banco ABC Brasil apresenta ainda elevado rating (maior entre os bancos médios de capital aberto) e comprovado histórico de sucesso em diferentes cenários econômicos como importantes diferenciais. Henrique de Resende Mendonça - Relações com Investidores 38 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS AMAZÔNIA (BAZA3) A COMPANHIA O Banco da Amazônia S.A. é uma instituição financeira, pessoa jurídica de direito privado, sociedade de economia mista, integrante da Administração Pública Federal Indireta, com sede em Belém, Capital do Estado do Pará, e atuação na Amazônia Legal. Criado em 1942, dentre as medidas econômicas tomadas pelo Brasil durante a II Guerra, o Banco de Crédito da Borracha (BCB) tinha a finalidade de subsidiar a produção e garantir o suprimento de borracha natural para os países aliados, o que acabou por se constituir em uma das contribuições mais importantes do Brasil ao esforço de guerra. Com o fim do conflito, o antes Banco de Crédito da Borracha veio a denominar-se Banco de Crédito da Amazônia - BCA, passando a ser encarregado da função de fomentar o desenvolvimento de novas atividades produtivas na Região. Em 1966, diante da necessidade de integração da Amazônia à economia nacional e, como parte dos objetivos da “Operação Amazônia”, o BCA foi transformado em Banco da Amazônia. Além de atuar como banco comercial e de fomento passou a agregar a função especial de agente financeiro da política do Governo Federal para o desenvolvimento da Região, constituindo-se no primeiro banco regional brasileiro. O Banco da Amazônia conta com 185 unidades (base Nov/2010), sendo 109 agências (107 localizadas na Amazônia Legal), distribuídas por 100 cidades de 10 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal 64 Postos de Atendimento Eletrônico (PAE), 7 Postos de Atendimento Bancário (PAB), e 5 Postos de Atendimento Avançado (PAA). RETROSPECTIVA 2010 O Banco da Amazônia alcançou nos primeiros nove meses de 2010, incluindo o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO, carteira de crédito de R$ 11,7 bilhões, ativos totais de R$ 19,4 bilhões e um lucro líquido de R$ 50,7 milhões. Seguindo uma estratégia conservadora, o Banco da Amazônia tem se destacado pela sua alta liquidez e baixa alavancagem demonstrada pelo Índice de Basiléia de 21,74% com base em setembro de 2010. Foi implementado no Banco, um novo modelo de negócios que incorpora a variável do desenvolvimento regional sustentável, incluindo a segmentação de clientes, com quatro vetores estratégicos: áreas específicas com foco no cliente, apoiadas por modelo de segmentação; aprimoramento de mecanismos de governança com foco na transparência e eficácia operacional; e otimização de funções de negócio, em particular crédito e tecnologia da informação que ganham estruturas próprias e especializadas; gestão e acompanhamento da transformação estratégica voltada para rentabilidade e a indução do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Com relação aos financiamentos concedidos por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO foram contratados R$ 3,7 milhões, no período de 1989 a 2002. Porém, esse número saltou nos anos posteriores (2003 até 2010) para, aproximadamente, R$ 11,0 milhões. Evolução semelhante também acontece nas contratações com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA). Atualmente, a Instituição é responsável por mais de 74% de todo o crédito de fomento concedido na Região Norte, onde cerca de 96% dos municípios receberam financiamento do Banco da Amazônia. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, com a expectativa de grande parte do mercado de um crescimento econômico mais acentuado, o Banco da Amazônia continuará com uma atuação que deverá privilegiar sua liquidez e também a elevação de seus níveis de rentabilidade. Para isso, entre as principais ações que a instituição irá priorizar estão as seguintes: foco no segmento de empréstimos para pequenas e médias empresas; atuação específica no varejo, notadamente no crédito consignado; desenvolvimento dos novos produtos direcionados às empresas e à pessoa física; manutenção de margens adequadas às operações; ampliação da estrutura de captação, com foco na redução dos custos e na extensão dos prazos; controle das despesas, mantendo um dos melhores índices de eficiência do mercado; Com todas estas iniciativas, o Banco da Amazônia, com uma história de mais de 68 anos, devotada ao desenvolvimento regional sustentável, acredita que poderá reforçar seu posicionamento como agente indutor do progresso da Amazônia Legal. Equipe de Relações com Investidores 39 BANESTES (BEES3) A COMPANHIA O Banestes, sociedade anônima de capital aberto e de economia mista criada em 1937, é, atualmente, um banco múltiplo controlado pelo Estado do Espírito Santo. O Banestes é um dos mais importantes agentes de políticas públicas do Estado, contribuindo, decisivamente, para o desenvolvimento socioeconômico regional. Compõe, com mais três empresas (Banestes Seguros, Banestes Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e Banestes Administradora, Corretora de Seguros, Previdência e Capitalização), o Sistema Financeiro Banestes. Detém, atualmente, a maior rede bancária do Estado do Espírito Santo. É a única instituição bancária com agências em todos os 78 municípios capixabas. Possui, ao todo, mais de 800 pontos de atendimento, oferecendo um portfólio completo de produtos e serviços financeiros aos seus clientes pessoas físicas e jurídicas. Embora classificado na listagem Bovespa como “Nível Tradicional”, o Banestes, voluntariamente, adota alguns requisitos exigidos somente para empresas listadas no “Nível 1” e no “Novo Mercado”, tais como a atuação de mais de 20% de membros independentes no Conselho de Administração; a obrigação de realizar ofertas públicas de aquisição de ações sob determinadas circunstâncias; e a extensão, para todos os acionistas, das mesmas condições obtidas pelo acionista controlador quando da alienação de controle do Banco, entre outras. RETROSPECTIVA 2010 Nos nove primeiros meses de 2010, o Banestes apresentou um montante de R$ 9,0 bilhões em Ativos Totais, com uma Carteira de Crédito Bruto da ordem de R$ 3,3 bilhões, 12,0% maior que no mesmo período do ano anterior. O Patrimônio Líquido chegou a R$ 749,0 milhões, um crescimento de 13,0% em relação a 2009. O Resultado da Intermediação Financeira da companhia alcançou R$ 337,3 milhões, com Lucro Líquido de R$ 114,5 milhões. O Banco continuou o processo de ampliação de sua rede de atendimento além das fronteiras do Estado do Espírito Santo, inaugurando nova agência na cidade de Mantena (MG), integrando o grupo, já em funcionamento, de Teixeira de Freitas (BA) e Nanuque (MG). 2010 é o ano que marca fortes avanços do Banescard, o primeiro cartão de crédito e débito com bandeira própria de um banco comercial no país, consolidando a maior rede credenciada no estado e o alcance de mais de 500 mil cartões ativos. Este ano marca também a retomada das operações com Crédito Imobiliário pelo Banco. Os produtos CDC Veículos e Banestes Financeira foram fortalecidos com novos sistemas, para atender à crescente demanda por essas linhas de crédito, projetando bons resultados juntamente aos produtos que já são destaque na Carteira Comercial, tais como Crédito Consignado, Capital de Giro e Conta Garantida. PERSPECTIVA 2011 A expectativa é que o próximo ano seja marcado por um crescimento econômico um pouco menor que o sustentado este ano no Brasil. Contudo, as preocupações com o aumento da inflação, da balança comercial e da conta corrente devem permanecer na pauta econômica, sendo um dos principais desafios da equipe econômica do próximo governo. Em relação ao Banestes, com o fim da exclusividade de bandeiras de cartão de crédito, o Banco pretende estabelecer parceria com redes credenciadoras de atuação nacional, para que o Banescard seja aceito em todo o País. O Banescard, cartão bandeira própria do Banestes, tem, também, previsão de chegar ao cliente não correntista na forma de Private Label (cartão de crédito associado a uma loja). Também tem pauta nos planos para o cartão uma reformulação de layout e a agregação de chip para propiciar maior segurança ao cliente. A instituição planeja manter a política de ampliação da rede de agências, inclusive nas cidades limítrofes do Espírito Santo, assim como perseverar na ampliação da Carteira Comercial e buscar continuamente a redução de custos como forma de melhorar a eficiência operacional. Relações com Investidores 40 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS BANCO DO BRASIL (BBAS3) A COMPANHIA Fundado em outubro de 1808, o Banco do Brasil foi o primeiro banco a operar no País e também a primeira empresa a realizar uma oferta pública de ações no mercado de capitais brasileiro. Com foco na realização de negócios orientados à geração de resultados sustentáveis e desempenho compatível com suas lideranças de mercado, o Banco do Brasil é um banco múltiplo e atua em todos os segmentos do mercado financeiro e de capitais. O BB possui presença significativa em todos os estados brasileiros, além de desenvolver atividades em importantes centros financeiros mundiais. O Banco do Brasil também atua como agente de políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social brasileiro, apoiando o agronegócio, as micro e pequenas empresas e o comércio exterior brasileiros. RETROSPECTIVA 2010 Apesar do cenário de incertezas financeiras, as estratégias de negócio permitiram ao BB aumentar sua participação de mercado em diversos segmentos, além de favorecer a um desempenho altamente competitivo conciliado com seu papel de banco público. Esforços foram focados na integração de operações e extração de sinergias trazidas pelas novas parcerias estratégicas e aquisições, especialmente no caso do Banco Nossa Caixa e do Banco Votorantim. Além disso, o Banco deu prosseguimento ao processo de reestruturação de sua área de seguridade, visando aumentar a participação deste setor no resultado do Conglomerado BB e estabeleceu novas parcerias no segmento de cartões. Neste período, o Banco do Brasil anunciou negociações visando implementar sua estratégia de internacionalização: adquiriu o controle acionário do Banco Patagônia, da Argentina, anunciou parceria para operar no continente Africano e manifestou sua intenção de expandir as atividades nos EUA e nos mercados da América Latina. Nos nove primeiros meses de 2010, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 7,7 bilhões, resultado 28,5% superior ao apurado no mesmo período de 2009. O Banco manteve a liderança na concessão de crédito, com saldo na carteira em conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, de R$ 365,1 bilhões. Maior financiador do agronegócio e do comércio exterior brasileiro, líder em repasses globais do sistema BNDES/Finame, líder em depósitos, além de maior administrador de recursos de terceiros no Brasil, o BB consolidou em setembro de 2010 uma base de mais de 54,5 milhões de clientes, possuindo a maior rede de agências no Brasil com 18,3 mil pontos de atendimento, somados a 40 pontos no exterior. O Banco do Brasil realizou em junho de 2010 oferta pública de ações que alcançou R$ 9,7 bilhões. O percentual de ações em livre circulação (free float) aumentou para 30,4%, superando o percentual mínimo de 25% exigido pelo regulamento do Novo Mercado, ao qual o BB aderiu ainda em 2006. Todos estes fatores colaboraram para que o BB finalizasse o ano de 2010 apresentando resultados crescentes e consistentes, em linha com as expectativas do mercado, cumprindo sua função pública sem comprometer a rentabilidade para o acionista. PERSPECTIVA 2011 O BB está caminhando para uma nova fase em sua história. A palavra banco não se encaixa mais pra gente. Como um grande conglomerado, queremos ser referência como fornecedor de produtos e serviços financeiros. Temos a intenção de aproveitar o cenário de crescimento dos negócios e diversificar nossas receitas por meio de uma fonte baseada em tarifas. Vemos também as seguintes oportunidades específicas: Consolidar as aquisições e parcerias estratégicas já realizadas; Expandir nossas operações no exterior e; Ganhar participação de mercado em segmentos específicos de negócio, tais como financiamento imobiliário, mercado de capitais, seguridade e cartões. Gilberto Lourenço da Aparecida – Gerente Geral de Relações com Investidores 41 BICBANCO (BICB4) A COMPANHIA Fundado em 1938, o BICBANCO é um dos bancos mais antigos e tradicionais do país, focado na concessão de crédito corporativo com garantia de recebíveis. É especializado no segmento de middle market – empresas que faturam anualmente entre R$ 50 milhões e R$ 500 milhões. Possui uma diversificada base de clientes atendida através de 42 pontos de atendimento nas principais capitais e cidades do País. No sistema financeiro brasileiro, posiciona-se como o 5º maior banco por operações de crédito e 6º por depósitos e total de ativos, entre os bancos de capital nacional privado, de acordo com o ranking do Banco Central do Brasil (setembro/2010). Em outubro de 2007 o Banco realizou seu IPO aderindo ao nível I de Governança Corporativa da BMF&BOVESPA, garantindo 100% de tag along. O Banco tem remunerado seus acionistas quatro vezes ao ano, através de dividendos e JCP. Em setembro de 2010 o free float era de 27%. RETROSPECTIVA 2010 Ao longo de 2010, o Banco continuou a pavimentar sua rota de crescimento através: (i) da ampliação de volumes captados bem como alongamento de prazos e diversificação de fontes; (ii) fortalecimento do capital de referência, especialmente o Tier II, com o objetivo de assegurar um patamar confortável de alavancagem expressa no índice de Basiléia e (iii) contínua expansão da carteira de crédito, associada à abertura de novos pontos de atendimento e ampliação de número de clientes. Nos nove meses de 2010 o Banco registrou os seguintes volumes operacionais e evolução na comparação com o ano anterior: (i) R$ 7,0 bilhões de depósitos a prazo, incremento de 82,6% nos últimos 12 meses, e R$ 11,7 bilhões de captação total, crescimento de 68,3% ante 2009; (ii) O índice de Basiléia foi de 18,0%, satisfatoriamente acima dos 11,0% requeridos pelo Banco Central e (iii) R$ 12,2 bilhões de operações de crédito, expansão de 59,0% em 12 meses. O desempenho do período de nove meses de 2010 refletiu numa rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio de 20,5% a.a e um lucro líquido de R$ 278,9 milhões. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para 2011 são favoráveis. Crescimento com qualidade, rentabilidade e segurança tem sido, e continuará sendo a tônica do desempenho da Organização. A persistirem as atuais condições de mercado, é de se esperar que a carteira de crédito continue em trajetória ascendente e em proporções superiores à média de mercado, apoiando-se na abertura de novos pontos de vendas e ampliação da base de clientes. Maria Inês M. Ramos – Superintendente de Relações com Investidores 42 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS CRUZEIRO DO SUL (CZRS4) A COMPANHIA O Banco Cruzeiro do Sul S.A. (Banco) é um Banco Múltiplo que opera com a carteira comercial, de investimento, inclusive pratica operações de câmbio e é líder do Conglomerado Cruzeiro do Sul, que também inclui as seguintes entidades: Cruzeiro do Sul S.A. Corretora de Valores e Mercadorias; Cruzeiro do Sul S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários; BCS Seguros S.A.; Cruzeiro do Sul S.A. Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros; Cruzeiro do Sul Comercial, Importadora e Exportadora Ltda, atual denominação da Cruzeiro do Sul Imobiliária, Comercial, Importadora e Exportadora Ltda (alteração contratual em 24 de agosto de 2010) e Companhia Promotora de Vendas - Proveban. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010 nossa produção de ativos de crédito consignado foi superior à nossa previsão. A produção não abandonou nossa estratégia de qualidade e liquidez, tanto relativas a crédito pessoal consignado, como a empréstimos para pequenas e médias empresas (middle market), não dispensando a forma seletiva que vem sendo praticada em nossa produção de ativos, sempre concentrando os esforços no desenvolvimento de operações com retornos mais atraentes e de baixo risco de crédito. PERSPECTIVA 2011 Projetamos para o futuro um crescimento de nossa produção de crédito consignado acompanhando a sazonalidade do produto e as tendências do mercado, sempre observando oportunidades de incremento de nossa fatia de mercado. Para isso o banco mira principalmente no seu crescimento de forma orgânica, e vem fazendo investimentos tanto de pessoal como em tecnologia, objetivando estar pronto para o crescimento planejado para o futuro próximo. Banco Cruzeiro do Sul – Relações com Investidores 43 DAYCOVAL (DAYC4) A COMPANHIA O Banco Daycoval S.A. é uma instituição financeira especializada no segmento de Middle Market e com atuação relevante no Varejo. O Daycoval, que tem sede em São Paulo (SP), conta com 29 agências, distribuídas estrategicamente pelo país. O Banco alcançou nos primeiros nove meses de 2010, carteira de crédito de R$ 5,5 bilhões, ativos totais de R$ 9,3 bilhões e um lucro líquido de R$ 203,8 milhões. O Daycoval vem se destacando pela melhora da qualidade da carteira de crédito, baixa alavancagem e alto Índice de Basiléia de 21,2% em setembro de 2010. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 ainda sofreu reflexos negativos no cenário externo em função da crise de 2008. Os mercados internacionais apresentam certa instabilidade, principalmente EUA e a zona do euro, porém o mercado interno vem se destacando pelo forte crescimento e pelas medidas assertivas na condução da política econômica, colocando o país em evidência global. Neste contexto, o Banco Daycoval, acompanhando o ritmo de crescimento da economia doméstica, mais uma vez se destacou, apresentando um crescimento expressivo ao longo do ano, com manutenção das margens, trazendo, dessa forma, maior retorno aos nossos acionistas com menor risco. Mantivemos nossa baixa alavancagem mesmo com a redução do índice de Basiléia; a carteira de crédito total do banco cresceu 44,6% nos nove primeiros meses do ano, sendo que o portfólio de Middle Market aumentou significativamente sua participação na carteira, representando 65,4% no 3T10. No segmento de pessoas físicas, o destaque foi a originação no crédito consignado que aumentou 104,9% nos nove primeiros meses desse ano. Além disso, conseguimos aumentar a diversidade de funding realizando a maior emissão externa já feita pelo Banco de US$ 300 milhões, além de outros empréstimos sindicalizados junto ao IFC (International Finance Corporation) e IIC (Inter-American Investment Corporation), que inclusive registrou uma demanda significativamente superior ao valor ofertado. Vale mencionar que a Daycoval Asset Management alcançou neste ano a marca de R$ 1 bilhão em ativos administrados, refletindo assim a credibilidade que o Daycoval alcançou. Esses números ressaltam a capacidade que temos de crescer com custos reduzidos e a nossa política de atuação conservadora que nos permite crescer de forma sustentável. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, com a expectativa de grande parte do mercado de um crescimento econômico acentuado, o Banco Daycoval continuará com uma atuação que deverá privilegiar sua liquidez e também a elevação de seus níveis de rentabilidade. Para isso, entre as principais ações que a instituição irá priorizar estão as seguintes: foco no segmento de empréstimos para pequenas e médias empresas; atuação específica no varejo, notadamente no crédito consignado; desenvolvimento de novos produtos direcionados às empresas; manutenção de margens adequadas às operações; ampliação da estrutura de captação, com foco na redução dos custos e na extensão dos prazos; controle das despesas, mantendo um dos melhores índices de eficiência do mercado; novos esforços para aumentar a liquidez das ações DAYC4. Com todas estas iniciativas, o Banco Daycoval respaldado em uma história de mais de 40 anos, pautada pela seriedade e competência na condução dos negócios, acredita que com seus diferenciais competitivos, aliados às boas perspectivas para o segmento de crédito no Brasil, poderá reforçar seu posicionamento tanto no mercado financeiro, como no mercado de capitais. Daniela Warchavsky – Superintendente de Relações com Investidores 44 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS INDUSVAL (IDVL4) A COMPANHIA O Banco Indusval Multistock é um banco comercial focado na concessão de crédito a empresas atuando no mercado financeiro brasileiro há mais de 40 anos. Através de suas 11 agências, o BIM oferece produtos de crédito, em moeda nacional e moeda estrangeira que incluem, além de várias modalidades de aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos, operações estruturadas para viabilizar o atendimento customizado de necessidades de recursos de suas empresas-clientes. Sua subsidiária, Indusval Multistock Corretora de Valores, atua como intermediária em operações em bolsas de valores, mercadorias e futuros. Listado no nível 1 da bolsa de valores paulista em julho de 2007, o Banco aderiu voluntariamente à maioria dos requisitos do Novo Mercado. RETROSPECTIVA 2010 A evolução dos fundamentos confirmou a consistência da atividade econômica doméstica e houve alguma evolução no cenário internacional em que pesem ainda as preocupações com alguns países europeus e a lenta recuperação da economia americana. Nossa carteira de crédito, principalmente constituída de operações de empréstimo e financiamento a empresas de médio porte (middle market), ainda reflete os efeitos da crise sobre esse nicho de empresas e a manutenção das taxas de inadimplência ao longo do exercício, ratificada pelos dados do Banco Central do Brasil. Desta forma, o crescimento da carteira de crédito foi contido tanto pelo cenário de risco quanto por operações liquidadas e não renovadas, em função de seu risco, e pelas baixas de operações, já totalmente provisionadas, levadas a créditos em liquidação. Ao longo do exercício, o Banco manteve uma liquidez elevada para fazer frente a eventuais episódios de turbulência e garantir a segurança de seus negócios, ainda que com reflexos sobre sua rentabilidade. Ao final de 2009, o Banco passou por um processo de reflexão e detalhada revisão de sua estratégia de negócios a médio e longo prazos visando inclusive a fortalecer suas políticas, práticas e processos. O primeiro passo nesse caminho foi a parceria estratégica firmada na Corretora de Valores em junho de 2009 que já trabalha sob nova plataforma tecnológica, com produtos mais adequados ao perfil de clientes que deseja manter e conquistar. Como segundo passo, a decisão de expandir o foco de atuação para empresas de maior porte - upper middle, levou à segmentação da plataforma de atendimento a clientes em “Middle Market” - responsável pelo relacionamento com empresas com faturamento anual predominantemente até R$ 400 milhões; e, “Grandes Empresas” para atender às demandas de empresas-clientes com faturamento superior a R$ 400 milhões/ ano. Essa nova plataforma de atendimento foi criada em julho último e objetiva a busca de maior competitividade no atendimento das demandas específicas de cada segmento, uma vez que para as empresas de maior porte, teremos melhor capacidade de competir através de operações estruturadas com soluções customizadas. Nesse sentido, a área de operações estruturadas também teve sua equipe fortalecida e a área de crédito do banco está aprimorando seus processos e adequando-os à essa nova unidade de negócios. As demonstrações financeiras do Banco Indusval refletem de forma transparente esse período em que estamos trabalhando para a expansão e perenidade do Banco de forma consistente e sustentável. PERSPECTIVA 2011 Os principais drivers de valor para o Banco são o volume de crédito concedido e o nível de inadimplência. Com a maturação das novas plataformas recentemente implantadas e com a redução nos níveis de inadimplência abre-se a perspectiva de crescimento da carteira de crédito e rentabilidade, uma vez que temos funding e capital que permitem um crescimento saudável em 2011. Maria Angela R. Valente – Superintendente de Relações com Investidores. 45 ITAÚUNIBANCO (ITUB4) A COMPANHIA No dia 3 de novembro de 2008, foi constituído o maior conglomerado financeiro privado do Brasil, o Itaú Unibanco, um dos 10 maiores Bancos do mundo em valor de mercado. O Itaú Unibanco surgiu da associação do Itaú, fundado em 1944 por Alfredo Egydio de Souza Aranha, e do Unibanco, fundado em 1924 por João Moreira Salles, unindo os valores e princípios adquiridos ao longo de mais de seis décadas de história. O Itaú Unibanco atua em todos os segmentos do mercado financeiro e de capitais, sendo líder em diversos destes segmentos, como financiamento de veículos, faturamento de cartões de crédito, entre outros. Está presente no Brasil e no exterior, tendo suas ações negociadas na BM&FBovespa, NYSE (EUA) e BCBA (Argentina). A companhia está constantemente comprometida com as boas práticas de Governança Corporativa, buscando ser sempre transparente com seus diversos públicos estratégicos. RETROSPECTIVA 2010 Em 24 de outubro de 2010, ocorreu a finalização do processo de migração das mais de 1.000 agências do Unibanco para o Itaú. Em menos de 2 anos de fusão foram integradas as áreas administrativas e toda a rede de agências. Nos nove primeiros meses de 2010, o lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco foi de R$ 9,6 bilhões, equivalente a um crescimento de 25,4% sobre o mesmo período de 2009. A carteira de crédito com avais e fianças cresceu 16,6% até 30 de setembro de 2010 em relação ao mesmo período de 2009, atingindo R$ 313,2 bilhões. Em 30 de setembro a carteira de crédito para Pessoa Física registrava crescimento de 15,9%, além do crescimento de 16,2% na carteira de crédito para Pessoa Jurídica e de 52,7% na carteira de crédito imobiliário em 12 meses. PERSPECTIVA 2011 Expectativa de crescimento da economia mundial e de continuidade no crescimento econômico brasileiro, com a manutenção de um cenário favorável a atividade doméstica. Está previsto para 2011 a finalização do tombamento das carteiras do Unibanco e a desativação destes sistemas. O Itaú Unibanco continuará seguindo na continua busca pela geração de valor ao acionista, transparência, governança corporativa, responsabilidade social e ambiental e crescimento sustentável. Relações com Investidores 46 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS PARANÁ BANCO (PRBC4) A COMPANHIA Constituído pelo Grupo JMalucelli em 1979, o Paraná Banco atua nos segmentos de crédito consignado, middle market, seguro garantia e resseguro, os dois últimos através de suas subsidiárias a JMalucelli Seguradora e a JMalucelli Resseguradora, líderes absolutas no mercado de seguro garantia brasileiro. O Paraná Banco está presente em 11 estados brasileiros através de 84 franquias, 14 lojas próprias, mais de 400 correspondentes bancários e 9 sucursais da JMalucelli Seguradora estrategicamente distribuídas. O Paraná Banco tornou-se uma companhia de capital aberto em junho de 2007, e atualmente está listado no nível 1 de governança corporativa da BM&FBovespa, mas já confere tag along de 100% para suas ações preferenciais. RETROSPECTIVA 2010 De janeiro a setembro de 2010 o Paraná Banco alcançou um lucro líquido de R$ 83,7 milhões, um crescimento de 11,2% em relação ao mesmo período de 2009. A carteira de crédito evoluiu 25,9% da comparação anual e vem mantendo seus baixos níveis de inadimplência, com apenas 2,4% dos créditos classificados em nível H em setembro de 2010. Nosso bom desempenho está relacionado a qualidade da nossa carteira de crédito, nosso modelo inovador de canais de distribuição de lojas próprias e franquias aliado a nossa estratégia de foco em convênios com maior rentabilidade e ao bom desempenho das operações de seguro do banco. A participação das seguradoras JMalucelli no resultado vem sendo crescente, tendo respondido por 50,2% do lucro líquido consolidado nos 9M10, o que representa mais da metade do resultado no período. Nossa presença no mercado de seguro garantia e seu imenso potencial de crescimento continua marcante em 2010. Os prêmios de seguro garantia gerados pela JMalucelli Seguradora cresceram 6,9% nos nove meses de 2010, enquanto os sinistros de seguros recuaram 63,2% no mesmo período. A JMalucelli Re aumentou sua retenção de prêmios em 39,6% no mesmo período resultando em um retorno sobre o PL de 17,5%. O ano de 2010 será lembrado pela nova parceria estratégica firmada em novembro entre a JMalucelli Participações em Seguros e Resseguros (holding de seguros do Paraná Banco) e a Travelers Companies. Por uma participação de 43,4% das empresas de seguros, a Travelers fará um aporte de R$ 625 milhões nas seguradoras JMalucelli, o que além dos benefícios da própria capitalização, proporcionará às empresas de seguro um parceiro estratégico fundamental para o crescimento de suas atividades. A conclusão desta operação aguarda autorização da SUSEP para se concretizar. PERSPECTIVA 2011 Pretendemos crescer a carteira de crédito em 2011 acima da média do mercado e continuar expandido as operações de seguros. O foco do crescimento será na carteira de middle market, sem sacrificar a nossa excelente qualidade de carteira e sem deixar de aproveitar o crescimento do mercado de crédito consignado. Assim pretendemos aumentar a participação deste produto no nosso mix da carteira de crédito total, crescendo por meio de uma sinergia com a JMalucelli Seguradora e seus mais de 30 mil clientes. Para o seguro garantia o futuro é ainda mais promissor, já que teremos pela frente pesados investimentos em infra-estrutura que estão diretamente ligados ao crescimento do mercado de garantias. Para a JMalucelli Seguradora queremos manter a liderança neste mercado no Brasil e na América Latina e para a JMalucelli Re vamos expandir a sua atuação para a América Latina, onde enxergamos um potencial mercado de resseguro garantia. Ainda em 2011 a JMalucelli Seguradora de Crédito deverá iniciar novas operações no mercado de Property and Casualty, também conhecido como seguro contra danos. Cristiano Malucelli – Diretor de Relações com Investidores. 47 PINE (PINE4) A COMPANHIA O PINE é um banco comercial voltado para empresas e tem como objetivo atender suas diversas demandas de forma personalizada. Para isso, dispõe de uma pluralidade de produtos e de profissionais qualificados, que entendem cada empresa e propõem soluções individuais para cada necessidade. O Banco PINE conta, hoje, com os principais recursos necessários para crescer de forma sustentada: capital humano qualificado, capitalização confortável e funding adequado. Com isso, proporciona um atendimento cada vez melhor aos seus clientes, aprimorando continuamente as soluções disponíveis, gerando fidelidade e criando um ambiente propício ao cross-selling. Agilidade e criatividade no atendimento aos clientes são marcas registradas da instituição, graças ao seu modelo de gestão caracterizado por uma estrutura enxuta e desburocratizada, com poucos níveis hierárquicos e uma cultura interna baseada na meritocracia. O Banco PINE oferece aos seus clientes uma completa gama de produtos de crédito e repasses, tanto em moeda local como em moeda estrangeira. Disponibiliza também serviços de assessoria financeira e estratégica, produtos de tesouraria e investimentos. RETROSPECTIVA 2010 Para o Banco PINE, 2010 foi um ano em que se refletiu a estratégia de atendimento completo a empresas, aumento do cross-selling de produtos e serviços e crescimento seletivo da carteira de crédito. Os principais indicadores do Banco apresentaram melhora no ano e todos os negócios contribuíram positivamente para o resultado. A carteira de crédito de Empresas cresceu com qualidade, atingindo R$ 5,3 bilhões, aumento de 9,8% em relação a junho de 2010 e de 54,1% em relação a setembro de 2009, e manteve níveis de non-performing loans em patamares relativamente baixos, com 0,6% em setembro de 2010. No lado da captação, os depósitos a prazo atingiram seu máximo histórico, de R$ 3,6 bilhões. Considerando-se o acumulado em doze meses, o lucro líquido atingiu R$ 103,4 milhões, crescimento de 61,7%, o resultado operacional atingiu R$ 181,3 milhões, crescimento de 76,0% e o ROAE anualizado atingiu 16,6%, 6,1 p.p. acima do mesmo período do ano passado. Ainda em 2010, o Banco PINE recebeu alguns reconhecimentos. A Fitch elevou os ratings em maio, destacando o consistente desempenho ao longo da crise financeira e, em julho, recebeu o prêmio de Melhor Banco Comercial do país, pela World Finance Awards. Os números de 2010 são reflexos da estratégia apresentada nos últimos anos. O PINE é um banco comercial voltado para o cliente, com o objetivo de atender suas diversas demandas de forma personalizada. Para isso, possui pluralidade de produtos e profissionais qualificados, que entendem cada empresa e propõem soluções individuais para as suas necessidades. PERSPECTIVA 2011 2011 se inicia com perspectivas mais otimistas com relação ao crescimento econômico nos EUA, no Japão e na Alemanha e com sérias dúvidas sobre a retomada da atividade econômica na Europa periférica, na França, na Itália e na Alemanha. É nesse contexto que o Brasil emerge como uma boa aposta, mas sujeita ao recrudescimento inflacionário, ao aperto monetário e à necessidade de ajuste fiscal. A Selic real, igual a 6,5%, o aumento do investimento bruto privado, da massa real de salários e do crédito doméstico são os principais motores da continuidade do crescimento do PIB brasileiro em 2011, mantido em pelo menos 5,0%. O Banco PINE está bem posicionado nos diversos setores da economia que serão beneficiados por este cenário positivo. Está, portanto, otimista em relação ao próximo ano e espera manter uma trajetória de crescimento criterioso. Relações com Investidores 48 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BANCOS SANTANDER (SANB11) A COMPANHIA O Santander Brasil é o 3º. maior banco privado do Brasil, com participação de mercado de 11% no total de créditos, conforme dados do Banco Central de Set/10. Possui operações em todo o território nacional, estrategicamente concentradas no Sul e no Sudeste, regiões que respondem por aproximadamente 73% do Produto Interno Bruto (PIB). O Santander Brasil é controlado pelo Grupo Santander e seu resultado no 9M10 representou aproximadamente 25% do resultado global do Grupo Santander. O Brasil é um dos mercados mais atraentes do mundo dado seu alto potencial de crescimento e baixa penetração de produtos e serviços bancários. A meta do banco é ser o melhor banco múltiplo do Brasil em geração de valor para os acionistas, em satisfação de clientes e funcionários e em reconhecimento e atratividade da marca. Quer ser reconhecido pelo relacionamento com os clientes de varejo e atacado. Para isso, incentiva negócios sustentáveis por meio de um portfólio completo com produtos que atendem às necessidades dos clientes. O Santander acredita que pode alcançar essas metas por meio das seguintes estratégias: Melhoria da eficiência por meio de sinergias e implementação das melhores práticas no processo de integração; Expansão da oferta de produtos e canais de distribuição no Banco Comercial; Capitalização da forte posição de mercado que possui no negócio de atacado; Desenvolvimento contínuo de uma plataforma de negócios transparente e sustentável. RETROSPECTIVA 2010 No 9M10 o lucro líquido do Santander totalizou R$ 5.464 milhões, com crescimento de 39,5% versus 9M09. O patrimônio líquido registrou, em set/10, R$ 44.767 milhões, excluindo o ágio da aquisição do Banco Real. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ajustado pelo ágio atingiu 17,3%, 4,8 p.p. menor em doze meses, devido à diluição dos recursos da Oferta Global de Ações em out/09. O índice de eficiência atingiu 34,4% nos 9M10, com melhora de 1,6 p.p. em relação ao mesmo período de 2009. Esse desempenho é decorrente do aumento das receitas de margem com juros e de comissões, de 8,7% e 11,7%, respectivamente, e do controle de gastos com captura de sinergias, que manteve a evolução de despesas abaixo do índice de inflação. O total de despesas administrativas e de pessoal aumentou 2,8% em doze meses, como resultado de controle de custos e captura de sinergias provenientes da aquisição do Banco Real que, até set/10, somou R$ 1.545 milhões. O índice de Basiléia alcançou 22,8% em set/10, com crescimento de 5,0 pontos percentuais em doze meses. Já a cobertura para perdas atingiu 101,4% em set/10, aumento de 0,4 p.p. versus mesmo período de 2009. O Santander Brasil, com sua estratégia de banco universal, atua nos principais segmentos de credito. O crescimento da carteira de credito apresentou aceleração no decorrer dos primeiros nove meses de 2010. No acumulado de doze meses, a carteira de crédito expandiu 15,8% atingindo R$ 153.998 milhões. Desde o inicio do processo de integração, importantes etapas foram concluídas, novos produtos, serviços e funcionalidades foram adicionados no dia-a-dia de nossos clientes, buscando extrair sempre o melhor de cada Banco. No 9M10, todos os “gaps” derivados da unificação das plataformas dos dois bancos foram desenvolvidos e implantados e os projetos apresentam significativo grau de avanço. Estão sendo realizados os testes prévios nos sistemas, relativos à migração de dados de clientes e operações, bem como, os testes na nova plataforma tecnológica. Em nov/10, o atendimento aos clientes e a marca foram unificados em todas as agências, ATMs, Internet Banking e canais de atendimento aos clientes. A principal premissa do processo de integração é melhorar continuamente o padrão de atendimento e o nível de serviço prestado aos clientes. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, o crescimento da indústria deverá continuar saudável. A solidez da demanda interna e do sistema financeiro continua sendo fundamental para puxar o crescimento brasileiro, a despeito das incertezas que cercam a recuperação econômica global. A manutenção de bons fundamentos macroeconômicos do país terá papel relevante para garantir a sustentabilidade deste ciclo de crescimento da economia. Em 2011, daremos o último passo do processo de integração com a migração tecnológica, que ocorrerá no 1S11. Relações com Investidores. 49 SOFISA (SFSA4) A COMPANHIA O Banco Sofisa tem 20 anos de experiência na concessão de crédito a pequenas e médias empresas com faturamento anual entre R$ 5 milhões e R$ 300,0 milhões, o middle market. Conta com patrimônio líquido de R$ 776 milhões, ativos de R$ 4,7 bilhões e presença em 11 diferentes estados brasileiros, através de uma rede de 14 agências e mais de 1.000 clientes. Seus negócios são fundamentados no estreito relacionamento com seus clientes e em uma política de concessão de crédito com fortes garantias reais (98% do total no 3º trim/10) e alta pulverização de riscos, com a exposição máxima de crédito por grupo econômico limitada a R$ 30 milhões. Listado no Nível 2 de Governança Corporativa – BM&FBOVESPA, o Sofisa conta com um Conselho de Administração com 60% de membros independentes, Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal. Adicionalmente, o Banco adotou tag along de 100%, e uma Política de Negociação de Valores Mobiliários visando maior isonomia e equidade na negociação dos valores mobiliários de sua emissão. RETROSPECTIVA 2010 Em maio de 2010 o Banco Sofisa vendeu sua plataforma de originação do Varejo. Desta forma, o Banco não mais origina operações de financiamento de veículos e crédito consignado desde então e foca sua estratégia exclusivamente no mercado de middle market, onde acredita ter vantagem competitiva. O lucro líquido acumulado de jan/10 a set/10 foi de R$ 61,1 milhões, 220% superior ao lucro líquido acumulado no mesmo período de 2009, de R$ 1,9 milhão. A carteira de crédito no 3º trim/2010 alcançou R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão no segmento Empresas e R$ 1,0 bilhão no segmento Varejo. Em termos de captação, o Sofisa encerrou o 3º trim/10 com total de captação de R$ 3,4 bilhões. O Banco concluiu uma operação de Empréstimo Sindicalizado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$140,0 milhões. Além disso, o Sofisa foi a única instituição brasileira indicada ao Prêmio ClearBanking, do BID, por suas Melhores Práticas de Governança Corporativa. PERSPECTIVA 2011 O Banco Sofisa está totalmente focado na concessão de crédito ao middle market e almeja crescer sua carteira de crédito de Empresas e, para suportar a estratégia de crescimento, a partir do 2º sem/10 o Sofisa tem revisto processos administrativos e operacionais e tem investido em tecnologia e estrutura, principalmente da equipe comercial. Logo para o 1º trim/2011 estão previstas mais contratações e a abertura de novas agências. Esse crescimento será fundamentado em três dos pilares da filosofia do Banco Sofisa: (1) estreito relacionamento e entendimento das necessidades dos clientes, (2) alto padrão e disciplina na concessão de crédito, e (3) elevado nível de garantias e baixa concentração de risco. Esta estratégia permitirá ao Banco Sofisa retomar o seu patamar de rentabilidade histórica nos próximos semestres. Isabel Paiva e Sousa Oliveira – Relações com Investidores 50 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BENS DE CAPITAL / INFRA-ESTRUTURA A demanda por bens de capital se mostrou bastante aquecida ao longo de 2010, EMPRESAS ACOMPANHADAS trazendo também preços crescentes. Para 2011, o primeiro semestre deverá apresentar maior estabilidade, podendo apresentar leve expansão no final do ano. O câmbio em CONFAB Comprar patamar relativamente apreciado e a forte importação de produtos siderúrgicos, os (CNFB4) R$ 7,50 preços de máquinas e equipamentos deverão continuar pouco pressionados no decorrer INDS ROMI Comprar de 2011. Com isso, trabalhamos com aumento dos preços da ordem de 2,0% em 2011 (podendo ser lido como recuo em termos reais). (ROMI3) Uma importante notícia foi divulgada no mês de novembro/10: a prorrogação do INEPAR FINAME PSI até 31/03/11 (para a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de (INEP4) MANTER No gráfico abaixo podemos observar a produção e o consumo aparente de bens de (LUPA3) capital até o 3º trim/10, mostrando que importamos grande volume em 2010, contudo, o OSX BRASIL consumo mostrou forte expansão ao longo do ano, já ficando acima dos patamares précrise. Produção 3T2010 1T2010 3T2009 1T2009 3T2008 1T2008 3T2007 1T2007 3T2006 1T2006 3T2005 450 400 350 300 250 200 150 100 50 1T2005 (WEGE3) Manter 3T2004 (OSXB3) WEG fabricação nacional), com taxas de 5,5% a.a. e até 10 anos para pagar. 1T2004 LUPATECH Consumo Aparente O consumo aparente de bens de capital no Brasil deverá fechar 2010 com elevação da ordem de 27% sobre 2009. Trabalhamos com expansão de 12% para 2011, acompanhando a expansão da atividade interna. As importações deverão fechar o ano com elevação de 43% e para 2011, a expansão deverá ser mais modesta, cerca de 15%. Os últimos dados divulgados (out/10) destacaram a forte importação de equipamentos fixos para transporte e partes e peças para bens de capital para agricultura. As exportações também cresceram em 2010, e deverão mostrar expansão de 20% em 2011, favorecida pela expectativa de expansão econômica dos países da América Latina. A produção brasileira de bens de capital deverá fechar o ano com expansão de 23% e continuar em alta (+10%) em 2011. Lembramos também aos investidores que algumas companhias de capital aberto do setor são muito dependentes dos investimentos em petróleo e gás. Com isso, reforçamos a expressiva programação de investimentos da Petrobras já aprovada para os próximos anos e as perspectivas para os demais, assim como a necessidade de fortes investimentos em infraestrutura no país. A Petrobras aprovou no começo de 2010 o dispêndio de R$ 250 bilhões até 2014, e deverá investir cerca de R$ 462 bilhões nos anos pós-2014. Para este segmento, a programação das licitações não é muito previsível, contudo, certamente grandes encomendas deverão ocorrer no biênio 2011/2012, favorecendo as companhias do setor. 51 INEPAR (INEP4) A COMPANHIA A INEPAR S/A INDÚSTRIA E CONTRUÇÕES, empresa holding, teve sua história iniciada em 1953. Nossas empresas, controladas e coligadas, têm como atividade a criação de soluções; a fabricação e o fornecimento de bens de capital, equipamentos e serviços destinados a: geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica; exploração e beneficiamento de petróleo e gás; infraestrutura para movimentação de cargas; transporte ferroviário e metroviário e a implantação e expansão de sistemas de infraestrutura para telecomunicações. RETROSPECTIVA 2010 No ano de 2010, marcado por grandes investimentos no setor de infraestrutura, registramos um significativo crescimento da carteira de pedidos de nossas controladas e coligadas, em virtude da reorganização da companhia com profundas e significativas mudanças no modelo de gestão, linhas de negócios e atualização tecnológica do parque fabril efetuada a partir do ano de 2003. O desempenho comercial, apresentado a partir desta data, consolidou a INEPAR e demonstra que ela está preparada para enfrentar um mercado, que se tornou ao longo dos últimos anos, altamente competitivo, principalmente no momento atual, que certamente demandará por projetos com margens de contribuição mais justas. PERSPECTIVA 2011 Contando com um parque fabril dos mais equipados e modernos da América Latina, localizado em Araraquara, interior de São Paulo, e utilizado para a fabricação dos diversos equipamentos pela controlada IESA-Projetos, Equipamentos e Montagens S.A, aliada também a expertise em projetos de engenharia da IESA Óleo & Gás, a INEPAR tem uma grande variedade de equipamentos e serviços voltados para o setor de óleo & gás, estando assim preparada para acompanhar e atender a grande demanda prevista em 2011, principalmente, com os investimentos que ocorrerão, também, para o desenvolvimento dos campos petrolíferos da camada do pré-sal. O setor de energia elétrica continua demandando investimento em infraestrutura, as taxas de consumo tendem a apresentar índices de expansão superior ao PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, o que faz a controlada IESA, em conjunto com a joint-venture AHI – Andritz Hidro Inepar, vislumbrar grandes oportunidades de negócios, principalmente na área de geração hídrica. Relações com Investidores 52 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 BENS DE CAPITAL / INFRA-ESTRUTURA LUPATECH (LUPA3) A COMPANHIA A Lupatech S.A. é um dos maiores fornecedores nacionais de equipamentos e serviços para o setor de Petróleo e Gás, sendo líder em cabos para ancoragem de plataformas e válvulas, além de prestar serviços de Intervenção em poços de petróleo e gás e de Workover. RETROSPECTIVA 2010 Durante o ano de 2010 a carteira de negócios da Lupatech cresceu 225%, passando a R$ 2,6 bilhões, sendo cerca de 80% desse montante relacionado a contratos de prestação de serviços e o restante voltado para atividades de manufatura de equipamentos, principalmente cabos de ancoragem e válvulas. PERSPECTIVA 2011 A Administração da Companhia acredita que, fruto do grande crescimento da carteira de negócios, o ano de 2011 tem perspectivas mais favoráveis para o crescimento das receitas e da rentabilidade, atrelados principalmente, à recuperação dos investimentos em desenvolvimento de estruturas produtivas no setor de petróleo e gás, como por exemplo, a construção de novas plataformas de produção de petróleo e gás. A Lupatech tem capacidade industrial para absorver forte crescimento de demanda e acredita que é competitiva nas linhas de negócio em que atua, o que será de grande importância para a recuperação de seus indicadores operacionais e consequentemente o retorno para seus acionistas. Thiago Alonso de Oliveira – CFO e Diretor de Relações com Investidores. 53 CONSTRUÇÃO CIVIL As empresas de construção civil devem fechar 2010 com o maior crescimento em quase duas décadas e meia. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção EMPRESAS ACOMPANHADAS Civil (CBIC), o PIB do setor deve ficar em R$ 152,4 bilhões, o que representa um expressivo crescimento de 11%, quando as projeções iniciais eram de expansão de BROOKFIELD cerca de 9%. O bom momento da economia, com expansão de renda e índices de (BISA3) desemprego decrescentes, ganhou o reforço, em 2009, do programa Minha Casa CC DES IMOB Minha Vida, criado como parte das políticas anticíclicas governamentais, por conta do (CCIM3) caráter de forte demandante de mão de obra do setor de construção e pelo fato de CR2 (CRDE3) ajudar a sustentar o crescimento de outros setores. O crescimento de cerca de 11% esperado para o fechamento de 2010, colabora para aumento de 17% na produção de cimento, 19% de expansão na produção de aço e 16,5% de evolução nas vendas de materiais de construção. Os frutos desses dois fatores começaram a ser mais fortemente percebidos agora em 2010, com o crescimento supramencionado puxado CYRELA REALTY (CYRE3) EVEN construtoras, e com a geração de 340 mil empregos formais pelo setor em todo o país (EVEN3) Desemprego), já são mais de 2,6 milhões nas obras, nível nunca antes observado. Esse ritmo acelerado de expansão também é responsável por um dos gargalos que atualmente aflige o setor, a falta de mão de obra. E esse gargalo deve acelerar o processo de transformação do canteiro de obra em uma “linha de montagem”. Padronização é a palavra em voga entre as construtoras de olho no aumento dos clientes da classe C, com empreendimentos ficando cada vez mais parecidos e processos construtivos que mais lembram a montagem dos antigos LEGOs. MANTER MANTER DIRECIONAL (DIRR3) pelo segmento econômico, que virou a “menina dos olhos” da maioria das até outubro. De acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e COMPRAR R$ 12,00 EZTEC COMPRAR (EZTC3) GAFISA (GFSA3) COMPRAR R$ 17,00 HELBOR (HBOR3) INPAR (INPR3) JHSF PART COMPRAR (JHSF3) Crédito Imobiliário / PIB 111% MILLS COMPRAR (MILS3) 85% MRV COMPRAR (MRVE3) PDG REALT COMPRAR (PDGR3) 15% 11% RODOBENS IMOB. 3% Holanda EUA Chile México (RDNI3) Brasil (RSID3) COMPRAR R$ 20,00 TECNISA MANTER ROSSI O setor deve continuar experimentando boa evolução nos próximos anos. Para 2011, a evolução deve ficar em cerca de 6%, e quando levamos em consideração a forte base de comparação construída em 2010 vemos que o número não é insignificante. Para a próxima década o país deve encontrar as condições ideais para o crescimento econômico, com a pirâmide etária ficando mais “cheinha” na população economicamente ativa e quando olhamos para a participação do crédito imobiliário no PIB vemos que ainda temos muito a avançar. No Brasil, esse número orbita os 3%, nas economias “mais antigas”, o número deve cair, mas em um patamar ainda muito superior, e mesmo quando olhamos para países como México (11%) e Chile (15%), vemos que ainda há espaço para evoluirmos, mesmo com um nível de poupança abaixo do desses países. (TCSA3) TRISUL (TRIS3) 54 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL CAMARGO CORRÊA (CCIM3) A COMPANHIA A CCDI é uma empresa de incorporação e construção imobiliária do Grupo Camargo Corrêa. Iniciou suas operações em 1996 e abriu seu capital em 2007, sendo negociada no Novo Mercado da Bovespa. A CCDI atua em três segmentos de mercado: Baixa Renda através de sua subsidiária integral HM Engenharia e Construções, empresa com mais de 34 anos de experiência, Tradicional representado por unidades Residenciais e Salas Comerciais e o segmento de Lajes Corporativas. Em 2010, a CCDI venceu o Prêmio Master Imobiliário com o empreendimento In Berrini devido ao seu sucesso de vendas resultante de sua estratégia inovadora. O Banco de Terrenos da Companhia para futuros desenvolvimentos soma R$ 9,1 bilhões. RETROSPECTIVA 2010 Nos 9M10, a CCDI lançou R$ 1,0 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV), distribuídos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo. Ao longo do ano, a CCDI e a HM Engenharia adquiriram R$ 1,3 bilhão em terrenos para futuro desenvolvimento. As vendas contratadas dos nove primeiros meses de 2010 ultrapassaram a marca de R$ 850,0 milhões. A HM Engenharia foi uma das empresas convidadas a participar ativamente do projeto piloto da Caixa Econômica Federal – CEF, que transfere parte do processo de aprovação de crédito e emissão de contratos para seus correspondentes bancários. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a CCDI continuará trabalhando nos três segmentos de mercado: Baixa Renda, Tradicional e Lajes Corporativas. O segmento de Baixa Renda deverá ser responsável por aproximadamente 50% dos lançamentos de 2011. No segmento Tradicional, a CCDI deve aumentar o volume de lançamentos em suas quatro regionais (RJ, PR, MG e ES). O segmento de Lajes Corporativas terá grandes desafios em 2011: o empreendimento Matarazzo e o Vila Olímpia. A Companhia seguirá atuando nos três pilares estratégicos: Foco no Cliente, Recuperação de Margem e Integração. Leonardo de Paiva Rocha – Relações com Investidores. 55 CR2 (CRDE3) A COMPANHIA A CR2 Empreendimentos Imobiliários S.A. é uma das principais incorporadoras imobiliárias que atua no Rio de Janeiro e em São Paulo. Criou e implementou um modelo diferenciado de negócio, que tem como foco único a incorporação imobiliária, baseando-se em parcerias para cada empreendimento que desenvolve e que são gerenciadas e controladas pela Companhia. Suas ações são negociadas no Novo Mercado, nível máximo de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), sob o código CRDE3, e suas ADRs são negociadas nos EUA no mercado de balcão (OTC - Over The Counter), sob o código CREIY. RETROSPECTIVA 2010 Nos nove primeiros meses de 2010, a Companhia entregou 5 projetos, com VGV total de R$ 230mm. Até o final de 2010, a empresa pretende entregar um VGV total acumulado de R$ 702,5mm, ou 69% do VGV lançado. Esse fato demonstra a atual posição da CR2 de entregar os projetos lançados e reforçar o caixa da Companhia, para então iniciar um novo ciclo de lançamentos. Dos R$ 702,5mm previstos para entrega até o final de 2010, 94% se encontram vendidos ao final do 3T10, o que mostra a boa aceitação dos produtos CR2 no mercado. Ao longo de 2010, a posição de caixa da Companhia passou de R$ 35,4mm no final de 2009 para R$ 63,7mm no 3T10. Além disso, em 5 de novembro de 2010, a Companhia emitiu sua primeira debênture, no valor total de R$ 60mm, com prazo de vencimento de 3 anos e início da amortização do principal em novembro de 2012. A taxa da debênture é de CDI + 2,5% a.a. e os recursos provenientes desta captação serão destinados ao reforço do capital de giro, à aquisição de terrenos e ao reperfilamento da dívida. Os bancos coordenadores desta operação foram o BB Banco de Investimento S.A. (coordenador líder) e Bradesco BBI S.A. Também em novembro, a Companhia retornou seu ciclo de lançamentos com dois projetos lançados no Rio de Janeiro: Jardim Paradiso IIB-III e Splendore Valqueire II. Os dois empreendimentos se enquadram no segmento econômico e somam um VGV total de R$ 126mm, sendo R$ 89mm provenientes do Jardim Paradiso IIB-III e R$ 37mm do Splendore Valqueire II. Este movimento está em linha com o momento da Companhia de entrega do VGV lançado, monetização dos recebíveis e fluxo de caixa operacional positivo. PERSPECTIVA 2011 A CR2 está bastante otimista e motivada em relação ao ano de 2011, estamos prontos para retomar um ritmo mais elevado de lançamentos, aproveitando a privilegiada posição do nosso land bank, focado no segmento de baixa renda e com exposição na região da Barra da Tijuca, positivamente impactada pela escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A retomada dos lançamentos irá impulsionar os resultados da Companhia em 2011, assim como aumentar a visibilidade da CR2 no mercado. Rogério Furtado / Paulo Castro – Relações com Investidores 56 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL CYRELA REALTY (CYRE3) A COMPANHIA A Cyrela Brazil Realty é uma das maiores incorporadoras de imóveis residenciais do Brasil. Considerada uma das empresas mais sólidas e admiradas do setor de construção civil, atua em 16 estados e 66 cidades no Brasil, dentre os quais se destacam São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rio Grande do Norte, além da Argentina e Uruguai, contando com 201 empreendimentos em andamento. Em seus 50 anos de história, construiu uma marca que representa qualidade, liderança e confiabilidade. Utilizando as mais avançadas tecnologias construtivas, a Cyrela atua em todos os segmentos de renda, integrando incorporação, construção, vendas e serviços. Atuamos na construção e incorporação de edifícios residenciais em todos os diferentes segmentos de mercado – alto padrão, médio alto padrão, médio padrão, econômico e super-econômico, estes dois últimos por meio da Living, criada em 2006. Ingressamos no Novo Mercado da BM&FBOVESPA em 21 de setembro de 2005. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pela definição do processo de sucessão presidencial e pela expectativa de continuidade do crescimento do mercado imobiliário, principalmente pelo incentivo dado pelo governo federal com o programa “Minha Casa Minha Vida”, e sua expansão com a continuidade do atual governo no poder nos próximos 4 anos. Impulsionados pelo programa e pela crescente demanda no seu segmento de atuação, os lançamentos da Living somaram R$ 436,3 milhões, equivalentes a 32,1% do total de lançamentos da Companhia no trimestre. Nos 9M10, foram lançados R$ 1.156,5 milhões, somando 8.863 unidades, o que representa 37,5% do VGV total lançado pela Cyrela, desempenho em linha com nossa estratégia de aumentar a participação da Living no portfólio da Companhia. Porém, motivado pelo fato acima, o mercado imobiliário sofreu com o atraso nas aprovações de projetos nas prefeituras de grandes capitais, onde a companhia possui maior foco, fazendo com que um maior volume de lançamentos ficasse concentrado no quarto trimestre de 2010. PERSPECTIVA 2011 Com a definição do processo sucessório, espera-se que para 2011, a companhia exiba um volume de lançamentos e vendas melhor distribuído entre os períodos do ano, ficando um terço dos lançamentos para o primeiro semestre de 2011 e dois terços para o segundo semestre. A companhia pretende ampliar a atuação nos empreendimentos para a baixa renda através da Living e cumprir o guidance de lançamentos (R$ 8,3 a R$ 9,1 bilhões) e vendas (R$ 7,6 a 8R$ 8,4 bilhões), associados ao processo de recuperação de margens. A margem bruta deve atingir um patamar de 33% a 37%. A margem EBITDA deve figurar entre 20% e 24% e a Margem Líquida entre 14% e 16%. Luis Largman – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 57 DIRECIONAL (DIRR3) A COMPANHIA A construtora e incorporadora Direcional Engenharia, fundada em 1981 pelo engenheiro Ricardo Valadares Gontijo, já construiu mais de 2 milhões de m² e entregou e/ou incorporou mais de 30 mil unidades. Com sede em Belo Horizonte (MG), está presente no Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. É uma das mais conceituadas construtoras e incorporadas do mercado e estreou em 2009 a comercialização de suas ações na BM&FBovespa. RETROSPECTIVA 2010 Nos 9M10 a companhia teve vendas contratadas de R$ 630,6 milhões, aumento de 20,5% se comparado aos R$ 523,4 milhões dos 9M09 e um recorde histórico para a companhia. No início de outubro a companhia celebrou contrato junto a Prefeitura do Rio de Janeiro para a construção do “Projeto Bairro Carioca”, empreendimento com VGV total de R$ 114,2 milhões e 2.240 unidades para a faixa de 0 a 3 salários mínimos do “Programa Minha Casa, Minha Vida”. Com esse projeto, até o mês de outubro de 2010, a companhia já havia contratado VGV de R$ 744,8 milhões e 9.258 unidades, aumento de 12,7% e 18,3% respectivamente se comparado a todo o ano de 2009. A receita liquida acumulada atingiu R$ 518,6 milhões, com Margem Líquida Ajustada de 24,4%. O ROE anualizado do 3T10 foi de 25,2%. O LandBank era de R$ 8,6 bilhões (R$ 7,4 bilhões % Companhia), composto por 66.167 unidades potenciais, sendo 69,7% elegíveis ao “Programa Minha Casa, Minha Vida”. PERSPECTIVA 2011 O ambiente econômico do país continua muito favorável ao desenvolvimento da indústria da construção civil, principalmente no segmento popular (déficit habitacional expressivo, crescimento demográfico, aumento da renda, disponibilidade de crédito imobiliário e incentivos governamentais); condições econômicas que deverão se sustentar nos próximos anos. A companhia reafirma sua estratégia de verticalização da cadeia produtiva, acreditando ser um importante diferencial para garantir qualidade, prazo de entrega e domínio de custos de construção. Carlos Wollenweber – CFO | RI 58 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL EVEN (EVEN3) A COMPANHIA A Even Construtora e Incorporadora S.A. é uma empresa resultante da combinação das atividades da ABC Construtora e Incorporadora Ltda. e da Terepins e Kalili Engenharia e Construções Ltda., com o objetivo de atuar nas áreas de construção e incorporação imobiliária, uma empresa com mais de 35 anos de experiência. A Even tem posição de liderança em São Paulo e forte presença em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, praças em que a empresa está fortalecendo suas operações. Além disso, a empresa tem foco nos empreendimentos residenciais de até R$ 500 mil. RETROSPECTIVA 2010 Nos primeiros nove meses de 2010 a companhia alcançou um crescimento expressivo nos indicadores operacionais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os lançamentos aumentaram em 130%, as vendas contratadas também cresceram de forma expressiva, atingindo alta de 100%, sendo que 75% dos lançamentos dos 9M10 foram vendidos no mesmo período. A VSO no 3T10 foi de 37%. Além disso, o EBITDA cresceu 71%, com margem de 21%, e o Lucro Líquido aumentou 117%, com uma margem líquida de 13,4%. PERSPECTIVA 2011 Estamos otimistas com a retomada de mercado, mas continuamos com o mesmo plano a longo prazo, em função de lançar, vender, construir e entregar com a mesma eficiência operacional e financeira com que sempre fizemos. Somos realistas quanto aos gargalos do setor, e lançaremos produtos sempre respeitando a capacidade financeira e de execução dos mesmos. Temos 96% dos produtos lançados com financiamento contratado e queremos continuar com assertividade nos futuros projetos. Neste ano de 2010 prosseguimos com a consolidação da nossa marca Open, que opera em produtos residenciais de R$ 100 a R$ 350mil. Lançamos até o final do 3T10 mais de 2.750 unidades neste segmento. Para 2011, já contamos com landbank extenso neste segmento, portanto esperamos uma continuidade do crescimento da Open. No tocante a “landbank”, continuaremos com estratégia de giro rápido, comprando terrenos rentáveis segundo nossos estudos de viabilidade financeira para que sejam lançados num prazo médio de 10 meses. Estamos trabalhando muito para aperfeiçoar nosso sistema de atendimento ao cliente e mantermos nossa qualidade nos serviços pré e pós-chaves, dado que é uma relação duradoura e envolve o maior ativo dos nossos compradores. Manteremos nossa política conservadora em relação do fluxo de caixa, sempre trabalhando com caixa mínimo confortável para qualquer cenário. Ou seja: possuímos uma posição sólida de caixa e alto índice de financiabilidade; volume significativo de entregas no ano de 2009, 2010 e grande crescimento para 2011; maior representatividade da Open dentro do nosso portfólio; aumento consistente no valor de vendas contratadas e margens constantes. Dany Muszkat - Diretor Financeiro e de RI 59 de EZTEC (EZTC3) A COMPANHIA Com 31 anos de história, a EZTEC se destaca como uma das companhias mais lucrativas do setor de incorporação e construção no Brasil. As recorrentes margens elevadas da EZTEC são resultado de seu modelo de negócio totalmente integrado, que captura ganhos ao longo de todo o ciclo do produto: aquisição de terrenos (aliado a uma grande experiência de atuação na Região Metropolitana de São Paulo), desenvolvimento de produtos (que além de antecipar tendências do mercado, busca sempre o melhor aproveitamento do terreno), comercialização (com uma equipe de mais de 350 corretores próprios), construção (sempre se atentando a qualidade dos empreendimentos, com entrega no prazo e dentro dos custos orçados) e financiamento direto ao cliente. Ao longo de sua história, a EZTEC lançou 67 empreendimentos, totalizando mais de 1,4 milhão de metros quadrados de área construída e em construção, compreendendo 11.879 unidades. A Companhia tem seu foco de atuação no segmento comercial e residencial de classe média na Região Metropolitana de São Paulo. A EZTEC S.A. integra o Novo Mercado da Bovespa desde 2007 e é negociada com o código EZTC3. RETROSPECTIVA 2010 Em 8 de Março de 2010, a administração da EZTEC anunciou suas projeções para 2010, com lançamentos, em Valor Geral de Vendas (VGV) próprio, de R$ 700,0 milhões a R$ 900,0 milhões para o ano. Com o lançamento do empreendimento Gran Village Vila Formosa, em 19 de novembro de 2010, a EZTEC cumpriu sua programação para o ano, atingindo R$ 887,1 milhões em lançamentos, crescimento de 75,4% em relação a 2009. Aliado ao aumento dos lançamentos, as vendas contratadas permaneceram elevadas, sendo que 80,7% das unidades lançadas foram comercializadas até setembro de 2010. A EZTEC também realizou projeções de margem bruta mínima de 40,0% e margem líquida mínima de 30,0%, de acordo com as práticas contábeis vigentes. Com a apuração dos resultados dos nove primeiros meses de 2010, a margem bruta do período totalizou 46,7%, 6,7p.p. acima do mínimo projetado. Já a margem líquida atingiu 37,7% no 9M10, 7,7p.p. acima do mínimo projetado, totalizando um lucro líquido de R$ 181,0 milhões, crescimento de 41,0% em relação ao 9M09. PERSPECTIVA 2011 Otimista quanto à demanda por imóveis na Região Metropolitana de São Paulo, em 22 de novembro de 2010 a administração da EZTEC divulgou suas projeções para 2011, com lançamentos, em VGV próprio, de R$1,0 bilhão a R$ 1,2 bilhão. Esse crescimento é sustentado por um estoque de terrenos de quase R$4,0 bilhões de VGV próprio potencial; por uma sólida posição financeira (com caixa líquido de R$ 78,6 milhões ao final do 3T10, além de R$ 279,0 milhões em recebíveis de unidades concluídas, passíveis de securitização); e pelo modelo de negócio integrado da EZTEC, fundamental para que o desenvolvimento dos empreendimentos ocorra dentro do prazo, custo e qualidade programados. Área de Relações com Investidores 60 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL GAFISA (GFSA3) A COMPANHIA A Gafisa é líder na incorporação residencial diversificada, com presença nacional atendendo a todos os segmentos demográficos do mercado brasileiro. Estabelecidos há mais de 56 anos, já concluímos e vendemos mais de 1000 empreendimentos sob a marca Gafisa, e construímos mais de 12 milhões de metros quadrados de residências, mais do que qualquer outra incorporadora residencial no Brasil. Reconhecida como uma das construtoras residenciais administradas com maior profissionalismo, a "Gafisa" é também uma das marcas mais respeitadas e conhecidas do mercado imobiliário, reconhecida entre potenciais adquirentes, corretores, financiadores, proprietários de terrenos, competidores, e investidores por sua qualidade, consistência, e profissionalismo. Entre nossas marcas mais famosas estão a Tenda, que atende ao segmento de habitações destinadas à baixa renda, a Gafisa e a Alphaville, que oferecem uma variedade de opções residenciais com foco do segmento médio ao alto. A Gafisa S.A. é negociada no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA (BOVESPA:GFSA3) e na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE:GFA). RETROSPECTIVA 2010 As perspectivas para o setor imobiliário melhoraram fortemente ao longo do ano, devido à volta do otimismo dos investidores em relação ao Brasil, às ações governamentais que desempenharam um importante papel na aceleração da retomada do crescimento econômico, evitando assim, uma recessão mais prolongada e ao cenário macroeconômico em geral, que contribuiu para a retomada da confiança do consumidor. Os mercados de crédito reabriram, retomando suas atividades normais, enquanto a demanda por imóveis residenciais aumentou de modo significativo em todas as faixas de renda. Na Gafisa, implantamos uma plataforma operacional baseada em ganhos de escala para atender esta demanda. No acumulado do ano até Set/10 a Companhia acumula um volume de vendas recorde de R$ 2,8 bilhões, originados por todos os segmentos do portfólio da Gafisa, que atende a todas as faixas da população. A aceleração das vendas será liderada pela forte introdução de novos lançamentos no decorrer do quarto trimestre e além. PERSPECTIVA 2011 O déficit de moradia no Brasil continua expressivo, com a estimativa atual próxima de 7 milhões de famílias, e um acréscimo de 1,5 milhões de novas famílias por ano. A demanda por novas habitações é reforçada pelo aumento real dos salários, pela queda nas taxas de desemprego e por um índice de confiança do consumidor cada vez maior. Para o futuro, existe uma grande expectativa de um ciclo de crescimento robusto e sustentado, com um crescimento do PIB estimado em 5% para os próximos anos. Nos últimos quatro anos, desenvolvemos uma sólida plataforma para atender às diferentes demandas habitacionais das famílias brasileiras preparando a Companhia para atender a demanda em todos os segmentos de baixo, médio e alto padrão, um mercado potencial de R$ 195 bilhões de reais por ano. Com a Copa do Mundo no Brasil e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, teremos investimentos expressivos em infraestrutura. Esperamos auferir benefícios de nosso forte posicionamento em todos os segmentos e alavancar nosso land bank e nossa rede de relacionamentos naquele e em outros estados. Relações com Investidores 61 de HELBOR (HBOR3) A COMPANHIA A Helbor é uma das principais incorporadoras imobiliárias do Brasil, com presença em mais de 25 cidades localizadas em 10 estados (além do Distrito Federal), nas regiões sudeste, centrooeste, sul e nordeste, responsáveis por 78% do PIB brasileiro de 2008. Em seus 33 anos de atividades, a Helbor acumulou experiência significativa na incorporação imobiliária nos segmentos médio-baixo até o alto padrão e comercial. A Helbor é uma incorporadora pura, o que lhe confere maior capacidade de administrar os custos relacionados ao desenvolvimento de seus empreendimentos, além de lhe permitir flexibilidade para aturar em diversos segmentos e regiões do país. As ações da Helbor (HBOR3) estão listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa desde outubro de 2007. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 está sendo positivo para a Helbor, tanto do ponto de vista de lançamentos de novos empreendimentos, quanto do ponto de vista de vendas de unidades lançadas e em estoque. De janeiro até setembro de 2010, o VGV total lançado atingiu mais de R$ 1,3 bilhão, 105% superior ao período de 9 meses de 2009. As vendas contratadas parte Helbor somaram R$ 1,1 bilhão, 60% superior ao período de 9 meses de 2010. A companhia lançou 13 empreendimentos nos 9 primeiros meses de 2010, dos quais 4 lançamentos atingiram a marca de 100% de comercialização e 5 situam-se na faixa entre 90% e 100%. O Complexo Casa das Caldeiras (1 torre comercial e 4 torres residenciais) foi o destaque dos lançamentos do ano, com um VGV total de R$ 570 milhões. As 535 salas comerciais foram vendidas no lançamento e 95% dos 384 apartamento foram comercializados na abertura das vendas, velocidade de vendas bastante superior a empreendimentos de mesmo ticket médio. A Helbor também focou seus esforços de vendas de unidades em estoque, tanto que do total de vendas dos 9 meses de 2010, 66% referiram-se a lançamentos e 34% a estoques, e o volume de unidades prontas respresentava 4% dos R$ 373 milhões de estoque parte Helbor. PERSPECTIVA 2011 A Helbor está confiante no cenário de 2011 para ampliar seus projetos imobiliários. As perspectivas da economia brasileira sinalizam que as condições elementares para que o mercado imobiliário continue em franco desenvolvimento estão evidentes na manutenção das políticas e programas governamentais, voltados à aquisição da casa própria e que estimulam a cadeia produtiva do setor. No âmbito privado, empresas de todos os portes também apostam no crescimento do País ampliando seus investimentos nas mais diferentes áreas. É o caso da Helbor. Nosso VGV (Valor Global de Vendas) Potencial total de banco de terrenos alcançou, em 2010, R$ 4 bilhões, com um total de 48 projetos – sendo R$ 1,4 bilhão apenas no 3º trim/10. Esse cenário foi alcançado, aproveitando as oportunidades do mercado, que permitiu adquirir novas áreas sem desembolsar altas quantias, por meio do sistema de permuta – que atingiu 62,2% do banco de terrenos no 3º trimestre de 2010. Não há dúvidas de que o ano de 2010 foi muito positivo para a Helbor. Nossos novos empreendimentos tiveram excelente velocidade de comercialização e também tivemos um ótimo desempenho de vendas de unidades prontas. Porém, nossas expectativas para 2011 são ainda melhores. Nossa previsão de lançamentos para o novo ano é equivalente ao dobro de lançamentos realizados em todo o ano de 2010. Henrique Borenstein - Presidente da Helbor Empreendimentos S.A. 62 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL INPAR (INPR3) A COMPANHIA A Inpar é uma incorporadora e construtora fundada há 18 anos e conhecida por seus empreendimentos de alta qualidade e pelo pioneirismo nos padrões construtivos adotados. A Companhia está hoje presente em todas as regiões do país e tem seu foco de atuação no mercado residencial, particularmente nos segmentos de médio padrão e padrão econômico, por meio da marca Viver, criada em 1999 para atender ao cliente em busca de sua primeira aquisição imobiliária. A Inpar é controlada pela Paladin Realty Partners, empresa de private equity baseada nos Estados Unidos, focada no segmento de incorporação imobiliária da América Latina. A Companhia também se beneficia da experiência profissional de sua diretoria e pela adoção de rígidos padrões de governança corporativa. A Inpar integra o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e é negociada sob o código INPR3. RETROSPECTIVA 2010 As importantes medidas adotadas pela administração desde que a Paladin Realty Partners adquiriu o controle da Inpar resultaram em um substancial turnaround, refletido nos resultados obtidos ao longo de 2010. Neste ano, a Companhia apresentou aumento nos lançamentos e vendas contratadas, obteve uma melhora expressiva em sua velocidade de vendas e continuou apresentando avanço em seus indicadores financeiros. A Inpar iniciou o ano capitalizada, após a bem-sucedida conclusão de seu plano de capitalização no 1º trimestre que, aliado a seu importante banco de terrenos, permitiram à Companhia executar um programa mais ativo de lançamentos. Ao mesmo tempo, a administração continuou priorizando o aumento da eficiência operacional: em 2010, uma nova estrutura foi implementada na área comercial, para dar suporte ao crescimento da Companhia; deu-se início à implementação do software empresarial SAP, com o objetivo de fortalecer controles e otimizar processos internos e foi constituída a Inpar Vendas, empresa própria de vendas da Companhia que já conta com mais de 150 corretores. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a Inpar manterá sua estratégia baseada no crescimento sustentável com foco no mercado residencial e no segmento Viver, direcionado aos compradores de primeira moradia nos segmentos de médio padrão e padrão econômico. Com (i) o significativo banco de terrenos no valor de R$ 11,2 bilhões em mercados identificados como estratégicos, (ii) comprovada capacidade operacional e (iii) sólida posição financeira, a Companhia espera, em 2011, continuar a executar os projetos de seu pipeline em uma trajetória de crescimento consistente e sustentável, visando entregar melhores resultados e trazer retornos consistentes a seus acionistas. Relações com Investidores 63 JHSF (JHSF3) A COMPANHIA A JHSF é uma das empresas líderes no setor imobiliário no Brasil, com expressiva atuação nos mercados de incorporações imobiliárias residenciais e comerciais de uso misto e larga escala, desenvolvimento e administração de shoppings centers e hotéis de alto padrão através da marca Fasano. A empresa é reconhecida por seu pioneirismo, padrão de qualidade e pela capacidade de identificar novas oportunidades de negócios que geram impacto altamente positivo nas regiões onde são implantados. Em 38 anos de atuação, a JHSF alcançou a marca de mais de 6 milhões de metros quadrados construídos em projetos imobiliários, com significativa atuação em São Paulo. Primeira empresa a integrar residencial, comercial e shopping center em um único empreendimento de larga escala, a JHSF é responsável pelo Parque Cidade Jardim, que reúne nove torres residenciais, três torres comerciais e o Shopping Cidade Jardim. A companhia também se destaca na área de incorporação por empreendimentos como o Fazenda Boa Vista, que já se tornou referência no mercado brasileiro e o Horto Bela Vista em Salvador, hoje o maior empreendimento da Bahia. RETROSPECTIVA 2010 A receita bruta consolidada atingiu R$ 455,7 milhões nos 9M10, representando um crescimento de 27,7% sobre o mesmo período de 2009 pro-forma. O EBITDA ajustado chegou a R$ 88,2 milhões nos 9M10, representando um crescimento de 56,4% sobre o mesmo período de 2009 pro-forma. O lucro líquido ajustado atingiu R$53,0 milhões nos 9M10, representando um crescimento 434,5% sobre o mesmo período de 2009 pro-forma. Estes números não refletem o resultado bruto de R$ 72,7 milhões obtidos na venda das torres Platinum e Metropolitan, concluída em Outubro de 2010. PERSPECTIVA 2011 Na área de incorporações, a JHSF continuará focando o segmento de alta renda, com o benefício do ciclo de caixa favorável e rentabilidade acima da média, trazendo empreendimentos únicos e emblemáticos para o mercado. Teremos novas fases de nossos empreendimentos de larga escala que já foram testados e aprovados pelos nossos clientes, Fazenda Boa Vista (SP), Horto Bela Vista (BA) e Parque Ponta Negra (AM), bem como, planejamos o lançamento da primeira fase do empreendimento Parque Catarina. Adicionalmente, continuaremos a lançar empreendimentos “stand-alone”, nos moldes dos empreendimentos lançados Vitra (SP), Benedito Lapin (SP) e Praça Vila Nova (SP). Na área de shoppings, em 2011 a JHSF continuará em ritmo acelerado a construção de 3 novos shoppings que totalizam uma área bruta locável de 172,1 mil m2 e um net operating income (NOI) de R$ 125,3 milhões, operando a plena capacidade. Dentro do cronograma destes shoppings, está prevista a abertura do Shopping Metrô Tucuruvi para o segundo semestre de 2011 e do Shopping Bela Vista e Shopping Ponta Negra para 2012. Relações com Investidores 64 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL MRV (MRVE3) A COMPANHIA A MRV Engenharia e Participações S.A. é a maior incorporadora e construtora brasileira no segmento de empreendimentos residenciais populares em número de unidades incorporadas e cidades atendidas. A Companhia possui 31 anos de atuação com foco nas classes populares. A larga experiência e estrutura operacional da Companhia lhe permitem combinar uma atuação voltada para o segmento de empreendimentos residenciais populares com a obtenção de altas margens. A MRV possui uma diversificação geográfica única no setor imobiliário brasileiro. A Companhia atua em 85 cidades em 14 estados e no Distrito Federal. A MRV integra o Novo Mercado da Bovespa e é negociada com o código MRVE3. Os ADRs são negociados no OTCQX International Premier, a categoria mais alta do Mercado de Balcão, sob o código MRVNY. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a estratégia de crescimento do tamanho dos empreendimentos tem se mostrado um sucesso e, juntamente com a qualidade do nosso time operacional, tem permitido com que a MRV obtenha, e continue a obter, resultados tão positivos. Este aumento no tamanho dos nossos empreendimentos nos permite ganhar escala, aumentar a produtividade da operação e, assim, melhorar o retorno dos nossos projetos. Nossos resultados financeiros apresentaram um crescimento expressivo, demonstrando nossa capacidade de execução. Os principais fatores para o aumento em nossa margem bruta são reflexos da forte demanda e dos ganhos constantes de produtividade dentro da qualidade almejada por nossos clientes. A soma desta qualidade operacional e da excelência na gestão do negócio nos permitiu aumentar nosso guidance de margem EBITDA para o ano de 2010 para 26%-29%, demonstrando que estamos confiantes no futuro das nossas operações, sempre aliando crescimento com resultados acima da média do mercado e baseados na estratégia de maiores retornos aos nossos acionistas. PERSPECTIVA 2011 A MRV enxerga um mercado forte, fundamentado no tripé renda, demanda e crédito, e tem pela frente um período muito longo para continuar crescendo de forma sustentável. A MRV ressalta que todas as áreas, quais sejam: desenvolvimento imobiliário, produção, comercial, financeiro e administrativo, vêm crescendo de forma bastante equilibrada, o que nos dá tranqüilidade em relação ao nosso desempenho futuro. A MRV pretende acelerar os lançamentos e, já a partir do 4T10 e 1T11, alcançar o novo patamar de VGV por trimestre, garantindo assim as nossas metas comerciais de 2011. O programa MRV 40 Mil já é uma realidade. Partimos agora para a implementação do programa MRV 70 Mil, e acreditamos que temos todas as condições de alcançar esta marca em um futuro próximo. Mônica Simão - Relações com Investidores. 65 RODOBENS (RDNI3) A COMPANHIA Incorporadora imobiliária residencial com mais de 19 anos de atuação e foco em cidades do interior brasileiro com população acima de 150 mil habitantes. Desde o início das atividades em 1991, já lançou 124 empreendimentos residenciais em 46 cidades em 9 estados Brasileiros (SP, MG, RJ, PR, RS, CE, MT, SC, BA), totalizando mais de 40 mil unidades e área total maior que de 3 milhões de m² (base: set/2010). A Rodobens Negócios Imobiliários (Companhia) faz parte das Empresas Rodobens - um dos 100 maiores grupos empresariais do País. A corporação fundada em 1949, em São José do Rio Preto (SP), atua fortemente em dois setores distintos: veículos, que deu origem à corporação, e imobiliário. O Grupo se destaca por buscar sempre, nos dois setores de atuação, soluções integradas para seus clientes e, para isso, conta com revendedoras de veículos, administradora de consórcio, corretora de seguros, banco, locação de veículos, negócios internacionais e comunicação empresarial. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi de crescimento operacional, estabilização das margens da companhia, maior controle na execução de obras e constante evolução no processo construtivo. Houve continuidade no trabalho de estruturação e ajustes iniciado no ano anterior para que a companhia mantenha o foco na baixa renda e no programa habitacional do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida (MCMV). Neste processo destaca-se o crescimento no volume de repasse de pessoas físicas, principalmente na modalidade imóvel na planta. Em virtude da velocidade operacional da Companhia e o elevado ritmo de obras, exigindo um maior consumo de caixa, ao longo do ano foram realizadas operações financeiras como a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões com o FGTS, e de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) com algumas instituições financeiras. Através de acordos com bancos, a Companhia também intensificou campanhas de vendas de estoque de unidades concluídas com prazos e taxas de juros atraentes ao cliente. Lançamos no acumulado 9M10, 9.502 unidades representando um VGV de R$ 620 milhões (parte Rodobens) e VGV total de R$ 757 milhões. As vendas contratadas no 9M10 alcançaram R$ 599 milhões em VGV (parte Rodobens), com 8.595 unidades vendidas e VGV total de R$ 746 milhões. Está em andamento a implementação de uma reestruturação organizacional de acordo com diagnóstico de consultoria especializada, tendo como objetivo otimizar processos com eficiência e adequação das despesas gerais e administrativas. PERSPECTIVA 2011 As ações da Companhia para o último trimestre de 2010, assim como os primeiros meses de 2011 serão voltadas para: (i) melhorias no processo de repasse de clientes aos bancos; (ii) redução do nível de endividamento da companhia; (iii) negociações da carteira de recebíveis performados; (iv) vendas do estoque; e (v) contínua política de caixa. Em relação ao crescimento projetado para 2011 a Companhia tem como meta interna lançar de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,5 bilhão em VGV Rodobens, representando entre 18.000 e 21.000 unidades. Esta meta não representa um guidance, pois a Companhia tem como política a não divulgação de guidance, apenas compartilha com o mercado suas metas internas. Luciano Guagliardi – Relações com Investidores 66 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL ROSSI (RSID3) A COMPANHIA A Rossi completou 30 anos em 2010, e tem presença em 81 cidades do País sendo uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil. Atua em diversos segmentos do mercado imobiliário e tem no seu portfólio inúmeros sucessos de vendas de imóveis residenciais e comerciais, nos mais variados perfis de renda. A gestão é totalmente integrada por meio de um sistema SAP, que permite administrar e controlar todas as etapas da incorporação, e com isso reduzir o custo de construção, aumentar as margens e rentabilidade. Nossa administração possui mais de 25 anos de experiência no setor imobiliário. Em 2007, foi estruturada a equipe própria de vendas com o objetivo de garantir um serviço de qualidade e com alto grau de comprometimento, já que os corretores são constantemente treinados e estão alinhados aos valores da Rossi. A Rossi integra o Novo Mercado da Bovespa e é negociada com o código RSID3 e ADRs nível 1 na Bolsa de Nova Iorque, sob o código SRZY, no mercado OTC. RETROSPECTIVA 2010 A Companhia registrou recorde histórico de lançamentos e vendas contratadas em 2010, que acompanhou o crescimento vigoroso da economia brasileira, com destaque para o setor de construção civil. Continuamos com sua estratégia de diversificação geográfica e possui presença em mais de 80 cidades no Brasil e opera em todos os segmentos de renda, inclusive o programa Minha Casa Minha Vida. A maior disponibilidade de crédito, tanto para o consumidor quanto aos incorporadores, a melhora da confiança do consumidor, elevada demanda por imóveis e o aumento do rendimento dos trabalhadores foram pilares essenciais para o desenvolvimento do setor, tendência que deve continuar nos próximos anos. O ano também foi marcado pelo reconhecimento da marca Rossi como uma das principais empresas do setor, tanto em inovação quanto geração de valor, por meio de diversos prêmios. No lançamento do empreendimento Fibrasa Connection, em Vitória-ES, investimos em realidade aumentada gigante, que culminou como o maior marcador de realidade aumentada do mundo no Guinness World Records™, o livro dos recordes. Além disso, a Rossi venceu o prêmio ABRASCA de Criação de Valor, na categoria Destaque Setorial em Construção Civil & Mercado Imobiliário, que é concedido às empresas que, tiveram o melhor modelo de criação de valor no período de 2007 a 2009, apresentaram sustentabilidade nos resultados e excelência em controle de riscos, transparência e atuação socioambiental. PERSPECTIVA 2011 A Rossi continua otimista com o desempenho da economia brasileira e o setor de construção civil. Apesar do forte crescimento nos últimos 5 anos, o financiamento imobiliário ainda representa apenas 3% do PIB, ou seja, existe espaço para expansão do crédito sem riscos. A Companhia continuará focada na estratégia de diversificação regional por meio de parcerias e aproveitará as oportunidades provenientes para o segmento econômico e o programa Minha Casa Minha Vida. O déficit habitacional continua significativo, combinado com o crescimento populacional, mudanças em termos de idade e capacidade de pagamento, além da expansão da classe média, garantem excelentes perspectiva de crescimento. Cassio Elias Audi – Relações com Investidores 67 TECNISA (TCSA3) A COMPANHIA A Tecnisa é uma das maiores incorporadoras de empreendimentos residenciais do Brasil, com foco orientado para clientes de todas as faixas de renda, distribuídos por todas as regiões do Brasil. A Companhia participa de todas as fases de uma incorporação imobiliária, incluindo a aquisição do terreno, o desenvolvimento do projeto, a realização das obras, as vendas das unidades e o atendimento aos seus clientes. Para ser possível a atração da demanda das classes mais baixas, a Tecnisa possui empreendimentos que se incluem no programa governamental “Minha Casa Minha Vida”, além de possuir departamentos específicos responsáveis por esse tipo de projeto, sendo vantajoso para a empresa e para os clientes em termos de relacionamento e comunicação. A fim de atender às demandas de clientes com maior poder aquisitivo, a Tecnisa realiza seus projetos com alguns dos mais respeitados profissionais do mercado, emprega acabamentos sofisticados e de alta qualidade, e possibilita a personalização de diversos aspectos das unidades adquiridas. A Companhia possui uma equipe de vendas própria dedicada exclusivamente à comercialização das suas unidades. Com isso, ganha qualidade no atendimento, dedicação e empenho nas vendas das suas unidades, reduz as despesas com vendas e melhora suas margens de lucro. A Tecnisa acredita que a alta qualidade e tecnologia empregadas em seus empreendimentos, aliadas à sua contínua preocupação com o atendimento às necessidades dos seus clientes, fazem de sua marca uma das mais fortes e bem-conceituadas nos segmentos em que atua. A Companhia acredita que, com o resultado das bem-sucedidas práticas e políticas adotadas nos seus mais de 30 anos de experiência no setor imobiliário, seu desempenho operacional será sempre um ponto forte da empresa. Nos seus empreendimentos, a Tecnisa comercializa, em média, 90% das unidades até o final da fase de construção de tais projetos. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi o melhor da história para a Tecnisa. A companhia conseguiu alcançar seu maior volume de lançamentos em um ano, lançando R$ 2,0 bilhões em 2010, assim como havia sido orientado pela companhia no início do ano. Além disso, a Tecnisa atingiu seu maior número de vendas contratadas em um ano. Parte do sucesso desse resultado se deu graças a outro recorde histórico alcançado pela empresa, o lançamento do empreendimento Taguá, em Brasília, maior empreendimento realizado pela Tecnisa e que obteve um enorme sucesso de vendas. O ano de 2010 também foi marcado pela consolidação da marca Tecnisa Flex, que incorpora projetos que possuem apartamentos com valor entre R$ 90 mil e R$ 200 mil e cujos lançamentos representaram 33% do total lançado pela empresa. Os projetos da linha Flex possuem um ciclo menor entre lançamento e entrega das chaves, portanto, com a criação desse novo segmento o tempo médio de obra da empresa diminuiu e mesmo assim a Tecnisa continua possuindo uma das maiores margens do setor. O bom desempenho operacional da companhia em 2010 refletiu em seu preço da ação, que vem valorizando durante o ano, porém ainda possui um alto potencial de valorização. PERSPECTIVA 2011 Após um excepcional resultado obtido no ano de 2010, a Tecnisa pretende aproveitar o bom momento do mercado brasileiro para continuar realizando projetos rentáveis e se manter entre as principais incorporadoras do País. A companhia acredita fortemente que o bom desempenho do mercado imobiliário brasileiro se manterá para um longo tempo, com a inclusão de uma grande demanda reprimida no foco de clientes da empresa, graças a programas governamentais que auxiliam a aquisição de imóveis imobiliários e também ao enriquecimento da população nacional. Como as regras contábeis do mercado imobiliário brasileiro apenas permitem que a receita seja contabilizada de acordo com o andamento da obra, é esperado que a receita da companhia tenha um crescimento considerável em 2011, como conseqüência do alto número de empreendimentos lançados no ano anterior. Com o sucesso do modelo de negócios da linha Flex, é possível que seja realizada uma expansão desse segmento com a inclusão de apartamentos com valor até R$ 300 mil. Após uma rápida recuperação de uma crise mundial, a Tecnisa pretende em 2011, continuar comprando terrenos em todas as regiões do Brasil para que seja a possível a manutenção da alta lucratividade que a empresa apresenta, mantendo o padrão e a qualidade Tecnisa. Renato Meyer Nigri – Relações com Investidores Tecnisa 68 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSTRUÇÃO CIVIL TRISUL (TRIS3) A COMPANHIA A Trisul é uma das maiores incorporadoras e construtoras da região metropolitana de São Paulo. É uma Companhia que já nasceu com aproximadamente 30 anos de experiência, resultado da reorganização societária ocorrida em abril de 2007 entre as empresas Tricury e Incosul, duas das mais tradicionais empresas de incorporação e construção imobiliária da região metropolitana de São Paulo, ambas fundadas no final da década de 1970. Ao longo de sua história, a Trisul lançou mais de 27 mil unidades, distribuídas em 180 empreendimentos. De acordo com o Top Imobiliário realizado em junho de 2010, a Trisul consolidou-se como a 6ª maior construtora e a 8ª maior incorporadora da região metropolitana de São Paulo em 2009 (fonte: Embraesp). RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 consolidou o crescimento do setor no Brasil que ainda possuí uma forte demanda habitacional. A combinação de maior facilidade ao crédito imobiliário, crescente níveis de confiança do consumidor e melhor cenário econômico formaram um ambiente extremamente favorável ao setor, evidenciado pelo nosso robusto resultado operacional e financeiro que nos 9M10 já superaram o ano inteiro de 2009. Em relação aos lançamentos, até novembro, a Companhia lançou R$808 milhões em VGV Trisul superando em 32% todo o ano de 2009. Acompanhando o circulo virtuoso do setor a Trisul alcançou nos 9M10 R$639 milhões de vendas contratadas e atingiu uma velocidade de venda de lançamento de 67%. A Trisul apresentou nos primeiros 9M10 receita líquida de R$ 606 milhões, um crescimento de 60% vs. 9M09 e lucro líquido de R$ 57 milhões com crescimento de 98% vs. 9M09. Em 2010 a Companhia entregou aos seus clientes 09 empreendimentos, os quais representam um VGV Trisul de lançamento de R$ 217 milhões. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, a Trisul continuará mantendo sua estratégia de monitoramento de demanda, preservação do caixa e contínuo relacionamento com a Caixa Econômica Federal. A Companhia pretende seguir com a mesma versatilidade e agilidade, aproveitando a demanda existente no estado de São Paulo atuando nos segmentos de padrão econômico e médio padrão, buscando sempre a melhor rentabilidade em suas atividades. Por tudo isso, os resultados do 3T10 e dos 9 meses acumulados de 2010 que já superaram o desempenho operacional e financeiro do ano de 2009 demonstram que a Trisul está no caminho certo e continuará se aperfeiçoando em sua estratégia e modelo de negócio para entregar, cada vez mais, melhores resultados aos seus acionistas e, desta forma, dando continuidade a um crescimento sustentável buscando a perenidade da Companhia. Marco Antonio Mattar – Diretor de Relações com Investidores 69 CONSUMO / VAREJO Mais um ano de fortes vendas! Ou!... O melhor Natal da historia! A verdade é que o ano de 2010 foi “muito bem obrigado” para as empresas de consumo em geral. Este EMPRESAS ACOMPANHADAS bom desempenho está ancorado tanto no cenário macroeconômico quanto no microeconômico. Do lado macro, os grandes catalisadores foram: o crédito crescente; emprego em expansão; confiança do consumidor forte e aumento da renda. Já do lado micro, vivendo o bom momento da economia as empresas investiram mais na abertura de lojas, nas aquisições e expansões além de se aperfeiçoarem tecnologicamente. Para o ano que se iniciam (2011), as perspectivas continuam promissoras. As companhias calçadistas preparam a nova coleção (a partir de janeiro) com mais otimismos, dado um cenário melhor, principalmente doméstico. As empresas de Bens de Consumo nunca respiraram tão aliviadas com o poder de compra dos consumidores cada vez maior. E as companhias de Varejo nem se fala, estão com as vendas indo de vento em poupa. Se considerarmos todos os indicadores macroeconômicos, como renda crescente, taxa de desemprego controlado, inflação indo para o centro da meta, crédito ainda em expansão e fortes investimentos vindo dos empresários, realmente vamos ter fortes resultados também no ano de 2011. As expectativas se mantêm forte, com crescimento do PIB na casa de 7,5% em 2010 e 4,6% para 2011. O resultado das vendas no comércio geral de outubro apresentou aumento de 0,4% se comparado com o mês anterior. Já na comparação com out/09, o varejo nacional obteve acréscimo de 8,8%. ALPARGATAS (ALPA4) AMBEV (AMBV4) COMPRAR B2W (BTOW3) MANTER BEMATECH (BEMA3) MANTER R$ 10,00 BOMBRIL (BOBR4) BRASMOTOR (BMTO4) CIA HERING (HGTX3) COMPRAR GLOBEX (GLOB4) GRAZZIOTIN (CGRA4) GRENDENE (GRND3) MANTER GUARARAPES (GUAR3) MANTER HYPERMARCAS (HYPE3) COMPRAR R$ 32,00 IGB (IGBR3) LE LIS BLANC (LLIS3) E para o final de 2010 a previsão, segundo o IBGE, é que as vendas no comércio cresçam 11,3%, contra alta de 5,9% de 2009. Tudo conspira para que as vendas no varejo se mantenham aquecidas. Para 2011, nossa projeção para as vendas do LOJAS AMERICANAS (LAME4) COMPRAR R$ 21,00 LOJAS RENNER (LREN3) COMPRAR R$ 78,00 MARISA (MARI3) COMPRAR R$ 32,00 METALFRIO (FRIO3) comércio é de 8,0% de crescimento se comparado ao ano de 2010. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) também traça um cenário mais otimista para o setor de varejo, onde as vendas reais do comércio varejista brasileiro devem crescer até 8% em 2011. Apenas para o comércio de São Paulo, a Fecomercio tem como expectativa crescimentos de 4% a 7% para o faturamento do setor. Esta projeção vem ancorada nas taxas de crescimento do emprego, da renda e do crédito e, no consumo das famílias. MUNDIAL (MNDL4) NATURA (NATU3) PÃO DE AÇÚCAR (PCAR5) MANTER COMPRAR R$ 86,00 POSITIVO (POSI3) MANTER SARAIVA (SLED4) MANTER SOUZA CRUZ (CRUZ3) MANTER 70 de E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSUMO / VAREJO BEMATECH (BEMA3) A COMPANHIA A Bematech é líder absoluta no segmento de tecnologia para o comércio. Em 2010, a Companhia completou duas décadas de pioneirismo, produzindo soluções que redefinem a experiência do consumidor no ponto de venda, através de uma plataforma integrada de equipamentos, sistemas de gestão, serviços e treinamentos, que automatizam processos e apóiam a gestão comercial. Isso permite ao varejista aumentar sua rentabilidade e obter maior eficiência no controle de suas operações e nas relações com clientes e fornecedores. Com distribuição abrangente, a Bematech está presente em mais de 400 mil pontos de venda. Possui quatro centros de excelência em P&D e conta com mais de 1.400 colaboradores, entre Brasil, China,Taiwan, EUA, Argentina e Alemanha. RETROSPECTIVAM2010 Após o IPO, realizado em abril de 2007, a Bematech registrou resultados excepcionais em 2008, num ano muito promissor para o comércio em geral, marcado ainda pelas oportunidades de boas aquisições, que contribuíram para consolidar a estratégia da Companhia. Passado o período mais turbulento de 2009, deflagrado pela crise internacional que resultou na quase estagnação dos negócios no segmento de automação comercial, a Bematech chega aos 9 meses de 2010 com consistência e méritos a serem reconhecidos. O ano começou com um trimestre de fortes resultados. Com a Copa do Mundo e a proximidade das eleições, a expansão da receita dos trimestres posteriores foi mais moderada, com importante recuperação nas margens de rentabilidade. Assim, a Bematech chega ao acumulado do ano, finalizado em setembro, contabilizando R$ 102 milhões de lucro bruto, 19,2% de margem Ebitda e 10,1% de margem líquida, refletindo todos os esforços de reestruturação de custos, integração das adquiridas e de unificação de algumas diretorias, os quais fortaleceram ainda mais os fundamentos da Companhia. Entrando no detalhe das unidades de negócios, alguns fatores devem ser destacados: em Hardware, é preciso salientar a crescente representatividade das vendas via operador logístico, parceria iniciada ao final de 2009 e que vem se demonstrando uma decisão bastante acertada da empresa. Junto a isso, vale destacar o empenho em lançar produtos diferenciados, como all-in-ones e multi-touch, trazendo rapidez e eficiência aos clientes; em Software o destaque fica por conta da sinergia alcançada entre as empresas adquiridas, o desenvolvimento de canais mais fortes de vendas e a unificação de plataformas e versões trazendo maior padronização ao aplicativo e, com isso, melhores resultados; em relação à unidade de serviços, o importante é destacar as iniciativas de transformá-la de um laboratório de reparos de equipamentos em um fornecedor de serviços de valor agregado, aumentando seu portifólio com solução de transferência eletrônica de fundos e monitoramento remoto, por exemplo. Em relação às ações da Companhia (BEMA3) o ano de 2010 foi bastante positivo até o momento, apresentando valorização de 11% (entre dezembro de 2009 e 16 de novembro de 2010), mantendo-se bem acima do Ibovespa, o qual no mesmo período apresentou valorização de 0,9%. PERSPECTIVA 2011 Com o cenário econômico sinalizando a manutenção dos índices de recuperação do consumo, do crédito e da geração de empregos, aliado à continuidade prometida pelo novo Governo, a Bematech conta com um cenário promissor em 2011, movido pelas iniciativas do setor varejista de realizar novos investimentos em automação comercial, considerando ainda que deve haver uma intensificação nos preparativos para os grandes eventos mundiais que o Brasil vai sediar em 2014 e 2016. Após realizar ajustes na estrutura organizacional, agilizando a tomada de decisões e reduzindo custos em algumas áreas de negócios, a Companhia pode reiterar o guidance de expansão de margem EBITDA já compartilhado com o mercado (atingir 21% a 24% sobre a receita líquida, entre os anos de 2011 e 2012) e está pronta para capturar as oportunidades de recuperação do mercado, com novos produtos, diferenciados e inovadores, e novas linhas de negócios em segmentos como os meios eletrônicos de pagamentos, sinalizando perspectivas positivas. Relações com Investidores 71 CIA HERING (HGTX3) A COMPANHIA Com uma história de 130 anos, a Cia. Hering é uma das maiores empresas de varejo e design de vestuário do Brasil. O modelo de negócios da Cia. Hering se caracteriza por três fases essenciais: (i) produção; (ii) gestão de marcas e produtos; e (iii) varejo. O modelo de produção diferenciado permite optar entre produzir internamente artigos de vestuário, terceirizar partes do processo produtivo, ou comprar artigos acabados de terceiros (no mercado interno e externo). O portfólio de marcas da Companhia é composto por marcas fortes e com posicionamentos distintos: i) Hering: principal ativo da Companhia é uma marca democrática para adultos de todas as classes sociais; ii) Hering Kids: voltada para crianças de todas as classes sociais; iii) PUC: com foco em crianças de classes sociais A e B; iv) dzarm.: posicionada como marca para jovens A e B com atitude de moda. A estrutura de varejo da Cia Hering permite uma presença capilar em todo o território nacional. A Companhia atua no mercado através de três canais de distribuição: i) lojas próprias e franqueadas Hering e PUC; ii) lojas de varejo multimarcas Hering, Hering Kids, PUC e dzarm. e; iii) Webstores Hering, PUC e dzarm.. Também comercializa suas marcas próprias no exterior. RETROSPECTIVA 2010 Para a Cia. Hering, 2010 está sendo um ano de resultados expressivos. Dentre os destaques estão: i) Crescimento em vendas de dois dígitos, acumulado até o 3T10, nas quatro marcas: Hering (44,0%), Hering Kids (40,4%), PUC (25,4%) e dzarm (27,5%). Ii) Melhora significativa nos resultados operacionais, seja em termos de EBITDA ou Lucro Líquido, em função do crescimento de vendas, resultado do modelo de negócios da Cia o qual apresenta muita alavancagem operacional. Iii) A Cia Hering revisou a meta de expansão da rede Hering Store para o ano, adicionando 12 lojas ao plano inicial, com a expectativa de alcançar 337 lojas ao final de 2010. Também decidiu antecipar em um ano a meta divulgada para 2012, prevendo alcançar 405 lojas já ao final de 2011. iv) Durante o 3T10, foi apresentado estudo indicando maior potencial de expansão da rede Hering Store, o qual mostrou que, nas condições econômicas atuais, a rede tem potencial para alcançar 604 lojas no mercado brasileiro. V) Novo plano para as marcas infantis, com estratégia que prevê reposicionamento de produtos e faixas de preço: Hering Kids com maior sortimento de artigos Value & Moderate e PUC focada no segmento Better & Premium. Em linha com este plano, está previsto o lançamento de duas lojas piloto no 4T10, sendo uma exclusiva para a marca Hering Kids e outra com um espaço de vendas (corner) para a marca PUC. Em 2011 também serão inauguradas outras duas lojas piloto no mesmo padrão (uma exclusiva e outra com corner PUC). Vi) Na dzarm., seguindo o reposicionamento iniciado em 2009, foi inaugurada, ainda em 2010, uma loja piloto exclusiva da marca. PERSPECTIVA 2011 Para os próximos anos, a marca Hering continuará sendo a principal alavanca de crescimento da Companhia, tanto na rede de lojas quanto no varejo multimarcas. Na rede Hering Store o incremento das vendas totais se dará tanto pela aceleração do ritmo de expansão da rede, bem como pelo crescimento das vendas no conceito mesmas lojas. Para o mercado infantil, novas oportunidades continuarão a ser exploradas com as marcas Hering Kids e PUC, pela segmentação e definição de público alvo. Na marca dzarm a Companhia continuará a explorar o reposicionamento iniciado em 2009, e com o lançamento de uma loja piloto ao final de 2010, passa a testar um novo canal de distribuição para a marca em 2011. Frederico de Aguiar Oldani – Diretor de Relações com Investidores 72 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSUMO / VAREJO GRENDENE (GRND3) A COMPANHIA A Grendene é uma das maiores fabricantes de calçados no mundo. Sua primeira unidade fabril nasceu em Farroupilha (RS), em 1971. As vantagens competitivas da companhia se fundamentam em tecnologia própria de produto e produção; na verticalização da sua produção (capacidade instalada de 200 milhões de pares/ano – além de matrizaria e fábrica de PVC para consumo próprio); na agilidade no aumento da capacidade instalada com investimento não relevante; nas marcas e designs próprios; na pesquisa, desenvolvimento e inovação constantes e no marketing forte e bem posicionado. Empresa listada no Novo Mercado desde a abertura de capital em Out/2004 com sólida estrutura de capital, forte geração de caixa e boa pagadora de dividendos. Produz calçados para o mercado interno e externo, atendendo ao público feminino, masculino e infantil (classes A a D). A companhia é detentora de marcas como Melissa, Rider, Grendha, Ipanema, Ihabela, Zaxy, Cartago, Pega Forte, Grendene Kids e Grendene Baby, além de uma linha de licenciamentos que contempla celebridades e personagens infanto-juvenis. A Grendene vende seus produtos por meio de representantes comerciais, distribuidores, exportações diretas e via subsidiárias no exterior (EUA e Argentina). As exportações, iniciadas em 1979, seguem, atualmente, para mais de 90 países, cobrindo todos os continentes. RETROSPECTIVA 2010 A Grendene nos primeiros nove meses de 2010 entregou um lucro líquido de R$ 189,7 milhões com crescimento na Receita Líquida de Vendas de 14,5% e fabricação de 120,2 milhões de pares de calçados, gerou R$ 242 milhões de caixa proveniente das atividades operacionais, pagou R$ 68,5 milhões de dividendos a seus acionistas e pelo 6º ano consecutivo mantém a liderança nas exportações de calçados brasileiros. Os bons resultados obtidos, em especial no 3º trim./10, ratificam a nossa visão da evolução do cenário econômico para o setor de consumo de baixo ticket assim como, as boas perspectivas para os próximos anos se mantém, consequência do desenvolvimento econômico e melhoria do poder de compra da população PERSPECTIVA 2011 A expectativa que temos divulgado ao mercado é de crescimento de receita bruta e lucro a uma taxa média composta entre 8% e 12% para a receita e entre 12 % e 15% para o lucro nos 5 anos (2009-2013). Entendemos que neste período poderemos ter anos com crescimento maior que esta taxa, como foi o caso em 2009 e outros anos com crescimento menor, mas pretendemos na média atingir esta meta. A Grendene deve reforçar a execução de sua estratégia em 2010/2011 com especial atenção à adequação de sua política de preços a um mercado com demanda forte, identificando novos segmentos de mercado, com novos licenciamentos, inovando em produtos, reforçando suas marcas com marketing agressivo através de múltiplas mídias e buscando a excelência na operação através das melhorias contínuas e reforçando seus relacionamentos com os canais de distribuição e clientes finais. O objetivo é ganhar escala crescendo com solidez e sustentabilidade tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo com especial atenção para a manutenção das margens. A evolução do consumo no Brasil não vem decepcionando e a inclusão de classes antes alijadas do mesmo vem acontecendo proporcionando crescimento em diversos mercados e gerando muitas oportunidades. Este quadro, por si só já é otimista, e é reforçado no Brasil pela previsão de grandes investimentos nos próximos anos: a copa do mundo, as olimpíadas e os investimentos no pré-sal, são alguns eventos que devem ter efeitos muito positivos na renda da população e no nível de consumo. Francisco Olinto Vello Schmitt - Diretor de Relações com Investidores 73 GUARARAPES (GUAR3) A COMPANHIA A Guararapes é a maior confecção do Brasil e controladora da rede varejista Lojas Riachuelo, uma das maiores redes de lojas de departamento de vestuário do país, com 123 lojas espalhadas por todo o território nacional. Desde o início, o objetivo do Grupo Guararapes tem sido comercializar produtos de alta qualidade a preços acessíveis, sempre buscando satisfazer e agregar valor a seus clientes e acionistas. A integração de sua cadeia produtiva, modelo comprovado de sucesso no mundo, é um de seus diferenciais e o que permite à Guararapes-Riachuelo responder rapidamente às constantes mudanças e tendências do mercado e do mundo da moda. A Financeira - Midway Financeira S.A. foi criada em Janeiro de 2008 e iniciou suas operações em Julho deste mesmo ano. Sua fundação tem como objetivo realizar as operações de financiamento aos consumidores dos produtos e serviços de sua controladora, Lojas Riachuelo, buscando os recursos financeiros mais adequados para o suporte de tais transações. RETROSPECTIVA 2010 No decorrer dos nove primeiros meses de 2010, a receita líquida da Riachuelo cresceu 14,7% ou 8,7% em “mesmas lojas”. Como conseqüência do desenvolvimento do modelo integrado, da melhora do processo de alocação de estoques e da busca constante por maior variedade de itens expostos por m² de área de vendas, a margem bruta consolidada de mercadorias evoluiu de maneira consistente no decorrer do período, registrando aumento de 2,2 p.p., atingindo 51,9%. No mesmo período, o EBITDA consolidado passou de R$ 260,4 milhões em 2009 para R$ 339,1 milhões nos primeiros nove meses de 2010, com margem EBITDA sobre a receita líquida consolidada de mercadorias de 24,2%, registrando, assim, um crescimento de 30,2% em relação ao 9M09 e expansão de 2,9 p.p. na margem EBITDA sobre venda de mercadorias. O desempenho obtido é consequência da performance das vendas, aliado ao crescimento de margem bruta e à redução dos níveis de inadimplência registrados no período. Em linha com a tendência internacional de buscar estilistas renomados para desenvolver coleções exclusivas com o intuito de democratizar a moda e, assim, ampliar o acesso a produtos de design que priorizam a escolha da matéria prima e o processo de desenvolvimento, a Riachuelo firmou parceria com Oskar Metsavaht, diretor de criação e estilo da Osklen. Outro grande destaque do período foi a mudança do ritmo de expansão através da inauguração de 16 lojas em 2010 ante 6 abertas em 2009. PERSPECTIVA 2011 O mercado de varejo de moda encontra-se em fase inicial de consolidação uma vez que os cinco principais players possuem menos de 10% de market share. A integração entre Guararapes e Riachuelo e a expansão do número de lojas da rede busca exatamente manter o processo de consolidação através da penetração em novos mercados com grande potencial de crescimento. Com o intuito de aproveitar rapidamente o grande potencial de mercado existente, a Riachuelo pretende acelerar o ritmo de inaugurações para 22 lojas por ano no decorrer de 2011 a 2013. Sendo assim, a Companhia espera totalizar 190 lojas e 480 mil m² de área de vendas ao final de 2013. Além das lojas novas, a Companhia renovará suas unidades com foco na maior variedade de modelos por m² e na experiência de compra oferecida aos clientes através de um formato arquitetônico inovador. No campo dos negócios financeiros, o processo de conversão da carteira de cartões private label para cartões embandeirados deve continuar sua trajetória ascendente, com a adesão de mais um milhão de unidades no decorrer dos próximos 12 meses. Tulio Queiroz – Controller e RI 74 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSUMO / VAREJO HYPERMARCAS (HYPE3) A COMPANHIA A Hypermarcas detém o mais completo portfólio de marcas do Brasil nos segmentos de Beleza e Higiene Pessoal, Medicamentos, Higiene e Limpeza, e Alimentos. Sua história começou em 2002 e, desde então, com investimentos agressivos em marketing e múltiplas aquisições, construiu uma companhia detentora de um extenso portfólio de marcas reconhecidas no Brasil, entre as quais Assolan, Apracur, Benegrip, Biotônico Fontoura, Bitufo, Bozzano, Cenoura & Bronze, Doril, Engov, Epocler, Etti, Finn, Gelol, Jontex, Lisador, Lucretin, Luper, Monange, Neo Química, Olla, Paixão, Pom-Pom, Rinosoro, Risqué, Sanifill, Sapeka, Très-Marchand, York e Zero-Cal. Para maiores informações visite: http://www.hypermarcas.com.br. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi caracterizado pela consolidação da Hypermarcas enquanto maior empresa de bens de consumo com capital de origem brasileira. Diversos fatores contribuíram para a concretização deste cenário favorável. No âmbito macroeconômico, observamos a retomada do crescimento após a crise financeira e a provável tendência de continuidade no campo político, com a eleição de Dilma Roussef. Internamente, a Companhia obteve níveis significativos de crescimento de suas receitas (72%), com índices bastante expressivos de crescimento orgânico. Aliado a isso, a Hypermarcas continuou a realizar aquisições estratégicas, tanto em Beleza e Higiene Pessoal (Sapeka, Sanifill, York, Bitufo e Pom Pom Sabonetes), como em farmacêuticos (Luper), segmentos que estão em ciclos de expansão, apresentando maiores margens e crescimentos mais elevados. Dessa forma, a Hypermarcas seguiu sua estratégia de aliar crescimento orgânico a aquisições estratégicas, que permitem capturar sinergias com sua plataforma operacional. PERSPECTIVA 2011 Dentre as principais perspectivas para 2011 estão a continuidade do modelo estratégico, combinando aquisições e crescimento orgânico (“same brands sales”), bem como a condução de diversas iniciativas de modo a acelerar o desempenho operacional da companhia. Dentre estas iniciativas, destacam-se o impulsionamento dos ganhos de distribuição, com presença em um maior número de PDV´s, bem como uma melhor exposição nos mesmos; os lançamentos de diversos novos produtos e extensões de linhas já existentes; além do relançamento de marcas adormecidas. Dentro da metodologia de integração da companhia, o principal destaque é a consolidação do parque industrial de farmacêuticos em Anápolis, no estado de Goiás, que resultará em uma significativa economia de recursos, tanto em termos operacionais, como logísticos. Relações com Investidores 75 LOJAS RENNER (LREN3) A COMPANHIA A Lojas Renner é a segunda maior rede de lojas de departamentos de vestuário no Brasil. Atualmente conta com 134 lojas, sendo 126 instaladas em Shopping Centers e 8 em pontos centrais de cidades, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A companhia desenvolve e vende roupas, calçados e moda íntima de qualidade para mulheres, homens, adolescentes e crianças sob 16 marcas próprias de vestuário e afins, das quais 6 são representativas do conceito Lifestyle, em que cada uma reflete um estilo próprio de ser e de vestir. A Lojas Renner também vende acessórios, perfumaria e cosméticos por meio de marcas próprias e oferece mercadorias em determinadas categorias sob marcas de terceiros. O público alvo da companhia são mulheres entre 18 e 39 anos de idade que estão na faixa de consumo média / alta da população brasileira. A Lojas Renner oferece a seus clientes produtos de moda em vários estilos, com qualidade e preços competitivos, em ambientes práticos e agradáveis. O conceito Lifestyle torna a combinação de peças individuais de roupas mais conveniente para a clientela, formando um conjunto coordenado por estilo de vida, consistente em cada uma das marcas. A Lojas Renner busca manter sua linha de produtos continuamente renovada, sempre apresentando modelos novos para acompanhar e ajudar a formar as preferências de estilo do consumidor. A missão de cada um dos colaboradores não é meramente satisfazer, mas encantar os clientes, isto é, superar suas expectativas. A Lojas Renner oferece também serviços financeiros, tais como vendas financiadas em 0+8 parcelas com encargos, empréstimos pessoais, títulos de capitalização e seguros através da rede de lojas. A companhia é listada desde 1967 e foi, em 2005, a primeira empresa brasileira a ter 100% de suas ações em circulação, sem a presença de um acionista controlador. Está no Novo Mercado da Bovespa e segue as melhores práticas de Governança Corporativa. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi bastante positivo para a Lojas Renner, que apresentou crescimento consistente em seus resultados. A companhia inaugurou 14 lojas no período, sendo três delas no novo modelo compacto. Houve evolução importante da margem bruta da operação de varejo, conseqüente de melhorias operacionais implementadas ao longo dos últimos anos. A estrutura de custos fixos adotada desde 2008 também colaborou para as diluições de despesas. Os serviços financeiros continuaram contribuindo positivamente, com menores níveis de inadimplência. Em 2010, a companhia lançou importantes projetos tais como os cartões de crédito embandeirados com Mastercard e Visa, chamados de “Meu Cartão”, abriu sua primeira loja exclusivamente feminina, começou a vender seus produtos também pela internet e ainda deu lançamento a um plano de expansão mais agressivo com modelos compactos de lojas. PERSPECTIVA 2011 Em 2011 a Renner continuará expandindo seu modelo atual, além de acelerar o crescimento através das lojas compactas. Neste ano serão inauguradas 30 novas unidades. A companhia acredita que poderá dobrar o tamanho atual da cadeia através destes dois modelos, chegando a 255 lojas em operação em 2014. Além do ambiente macroeconômico favorável, a Renner continuará testando a loja compacta feminina e manterá seu foco na consolidação de oportunidades de crescimento relacionadas ao negócio principal, capturando a expansão das classes emergentes e do maior poder de compra da classe média. A redução da informalidade é outro vetor de crescimento importante que trará oportunidades de ganhos de participação de mercado. Em 2011, a companhia prevê a expansão consistente das vendas, com ganhos moderados de margens. Os serviços financeiros deverão continuar contribuindo positivamente para os resultados e o “Meu Cartão” passará a ter maior participação nos negócios. Paula Picinini – Relações com Investidores 76 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSUMO / VAREJO MARISA (AMAR3) A COMPANHIA A Marisa é a maior rede de lojas especializada em moda feminina e moda íntima feminina e uma das maiores redes de lojas de departamento de vestuário feminino, masculino e infantil do Brasil. Com mais de 60 anos de experiência e foco na Classe C - a maior classe social do Brasil, de acordo com a ABEP, - a companhia conhece e acompanha as necessidades de seus clientes, construindo uma relação de cumplicidade e intimidade com a mulher brasileira. A marca "Marisa" está fortemente associada ao reconhecido slogan "De Mulher para Mulher", é top of mind em lingerie, e nacionalmente conhecida como uma marca jovem, moderna e sensual. A companhia iniciou suas atividades em 1948 na cidade de São Paulo, sob o comando de Bernardo Goldfarb. Atualmente, a Marisa tem presença em todas as regiões brasileiras, por meio de 240 lojas e quatro centros de distribuição estrategicamente localizados próximos aos maiores centros consumidores do Brasil. RETROSPECTIVA 2010 A Marisa tem vantagens competitivas únicas, devido às suas características: A empresa opera tanto lojas de shopping quanto de rua, o que lhe dá maior flexibilidade e capacidade de penetração; Gerência formatos diferenciados de lojas, ou seja, adapta-se com sucesso em áreas de vendas que variam de 250 m² a 2.500 m², conquistando dessa forma, presença em um número maior de praças; Operação logística estruturada para atender crescimento agressivo em todas as regiões do Brasil; e Marca e slogan altamente reconhecidos. A Marisa se destacou durante o ano todo reportando, trimestre após trimestre, crescimentos expressivos tanto de EBITDA quanto de Lucro Líquido, sendo que nesse último o aumento acumulado até os noves meses foi de 101,1%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados da Companhia mostraram ao mercado que a sua administração está bem preparada para enfrentar os mais distintos desafios que possam surgir. PERSPECTIVA 2011 A Marisa conta com três formatos de lojas – Marisa Ampliado, Marisa Feminina e Lingerie – que se mostram sólidos e competitivos e superam as expectativas da Companhia em termos de performance, fidelização e encantamento do público. A Marisa está preparada para o crescimento econômico esperado para o próximo ano e está se expandindo, em sintonia com o desenvolvimento do Brasil e cada vez mais alinhada com aquilo que a mulher brasileira busca. A administração está certa que todos os empreendimentos programados para 2011 trarão como benefício geração de valor para a empresa e seus acionistas. Janaina São Felicio - Gerente de Relações com Investidores 77 METALFRIO (FRIO3) A COMPANHIA A Metalfrio Solutions S.A é uma multinacional de origem brasileira (fundada em 1960) e um dos maiores fabricantes mundiais de equipamentos de refrigeração comercial do tipo PlugIn, especialmente aqueles classificados como Ice Cold Merchandiser - ICM. A empresa é líder de mercado na América Latina, segundo pesquisa da Freedonia Group, presente em 90,5% dos estabelecimentos comerciais no Brasil e acredita ser um dos fabricantes com crescimento mais acelerado em todo o mundo em termos de receita líquida. O portfólio de produtos Metalfrio é composto por mais de 350 modelos entre refrigeradores, conservadores e congeladores verticais e horizontais, que possuem diversas aplicações, tais como resfriamento de cervejas e refrigerantes, conservação de sorvetes e congelamento de alimentos em geral. Além deste variado portfólio, a empresa é um provedor de soluções completas, oferecendo uma ampla gama de serviços aos clientes, desde a conceituação de novos produtos, fabricação, passando pela distribuição e o serviço pós-venda. RETROSPECTIVA 2010 2010 foi um ótimo ano para a Metalfrio, com aumento de receita acima do PIB, acompanhando nos países onde atua o forte crescimento dos mercados de bebidas e sorvetes. A rentabilidade da operação também melhorou sensivelmente, gerando um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 25% nos 12 meses findos em 30 de setembro de 2010. Durante o mês de julho de 2010, a companhia concluiu a construção da terceira fase da sua planta em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, com a transferência das atividades fabris da linha de freezers horizontais da unidade de São Paulo, que foi concluída em novembro/2010. No México, a nova linha de produção para refrigeradores horizontais, inaugurada no 3º trimestre, gerou um pedido de 7000 unidades da Nestlé, no ano. Em 02 de julho de 2010 a Metalfrio divulgou, através de Comunicado ao Mercado, que assinou um convênio com o Governo do Estado de Pernambuco e com o Município de Vitória de Santo Antão, PE, para a construção de uma nova fábrica, que irá atender a crescente demanda por refrigeração comercial nos Estados do Norte e Nordeste do Brasil. Esta fábrica deve entrar em operação no final de 2011. A Metalfrio foi uma das primeiras companhias listadas a completar a conversão para IFRS, a adotar o sistema de “Assembléias On-Line”. Além disso, investiu na área de Relações com Investidores e lançou seu novo site de RI. PERSPECTIVA 2011 O Ano de 2011 já começou bem para a Metalfrio com o anúncio, ainda no 4º trimestre de 2010 do recebimento de um pedido de U$ 24,1 milhões para o mercado local e de exportação, da sua subsidiária na Turquia. Em 2011, a empresa deve acompanhar o crescimento do mercado de bebidas e sorvetes, explorar novas oportunidades de consolidação no setor. No Brasil, investiremos na expansão regional, construindo uma planta fabril em Pernambuco. Em mercados como o México e a Rússia, devemos crescer com clientes de produtos horizontais. Marcelo Moojen Epperlein – Relações com Investidores 78 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 CONSUMO / VAREJO PÃO DE AÇÚCAR (PCAR5) A COMPANHIA Fundado em 1948, o Grupo Pão de Açúcar é atualmente o maior varejista e principal empregador privado do Brasil. São quase 2 mil pontos de vendas, distribuídas em 18 estados e no Distrito Federal, totalizando quase 3 milhões de m² em área de vendas. Para garantir a atuação no mercado, atendendo clientes de todas as classes socioeconômicas em seus diversos momentos de compra, o Grupo oferece uma estrutura multi-formato com os seguintes modelos: lojas de conveniência (Extra Fácil), supermercados (Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas), hipermercados (Extra), lojas especializadas em eletroeletrônicos (Ponto Frio e Casas Bahia), drogarias, postos de combustíveis, “atacarejo” (Assaí atacadista) e comércio eletrônico (extra.com, pontofrio.com e casasbahia.com). O controle da Companhia é compartilhado entre seus sócios brasileiros e o Grupo francês Casino, segundo maior varejista da França. Suas ações estão listadas desde 1995 na Bovespa e desde 1997 na NYSE (ADR Nível III). O apoio a políticas públicas de cunho social, o incentivo às práticas esportiva e cultural, o estímulo ao comércio ético e solidário e ao consumo consciente são iniciativas sempre presentes no DNA do Grupo. RETROSPECTIVA 2010 Os principais objetivos da Companhia para o ano de 2010 foram: expansão, especialmente por meio das novas lojas do Assaí (atacarejo) e da readequação do modelo de supermercado para as classes mais baixas (de CompreBem e Sendas para Extra Supermercado); crescimento de vendas mesmas lojas acima da inflação; manutenção do programa já implementado de controle de despesas; maiores ganhos de eficiência; melhoria do retorno sobre capital investido; e consolidação da cultura corporativa meritocrática. Este ano ficou marcado pela associação com a Casas Bahia, grande líder do segmento varejista de não-alimentos brasileiro, no Grupo. A partir de Agosto, a gestão das lojas de eletroeletrônicos passou a ser feita em conjunto. O faturamento anualizado do Grupo em 2010 foi superior a R$ 40 bilhões de reais. PERSPECTIVA 2011 2011 deve ser um ano de consolidação para o Grupo Pão de Açúcar. As operações de varejo de alimentos estão bastante maduras, e devem mostrar continuidade em seu processo de desenvolvimento, especialmente no que diz respeito a rentabilidade. Também nas operações de varejo de não-alimentos, o grande desafio será a integração do Ponto Frio com a Casas Bahia. Cada modelo irá assumir um posicionamento mais específico e ambos devem se beneficiar dessa união, assim como o próprio Grupo, que pretende otimizar seus recursos por meio desta união. O comércio eletrônico da Companhia deverá continuar apresentando alto crescimento de vendas, cerca de 50% acima do crescimento médio desse mercado. A área de real estate (GPA Malls & Properties) continua a demonstrar sua capacidade de geração de resultados para a Companhia. E a FIC (Financeira Itaú CBD), financeira gerenciada em parceria com o Itaú, deverá mostrar resultados ainda melhores em 2011, graças ao aumento do nível do consumo e da utilização de crédito entre a população brasileira. Departamento de Relações com Investidores 79 SARAIVA (SLED4) A COMPANHIA Com mais de 95 anos de existência, atualmente o Grupo Saraiva é composto por duas empresas distintas. A Saraiva S.A. Livreiros Editores, atuante nos negócios de edição de livros, sistemas de ensino e comercialização de conteúdo, e a Saraiva e Siciliano S.A., uma empresa dedicada ao varejo de livros e demais produtos ligados à cultura, lazer e informação. A Livraria Saraiva é a maior rede de livrarias do país em termos de faturamento e um dos maiores varejistas de livros por meio da internet. Em 2008 adquiriu a rede de lojas da Livraria Siciliano e consolidou sua liderança no Brasil. RETROSPECTIVA 2010 Nos primeiros nove meses do ano, a receita bruta consolidada somou R$ 1,1 bilhão, o que representa crescimento de 22% em relação à igual período do ano anterior. Este resultado decorre dos recentes investimentos realizados nas várias frentes de negócios nos quais o grupo atua. A Editora Saraiva ampliou sua atuação no segmento Editorial e vem conquistando importantes ganhos de participação de mercado no programa de compras de livros do governo, o PNLD. Em 2010, este contrato de fornecimento de livros totalizou R$ 140,4 milhões, o que representa 15,8% do total do programa, ganho de 2,7 pontos percentuais de participação de mercado. A Divisão de Sistemas de Ensino, por meio da marca Ético, obteve crescimento de 84% no número de alunos até setembro de 2010. Em 2010, ainda, a Livraria praticamente concluiu o processo de transformação das lojas Siciliano para o padrão Saraiva. Nos primeiros nove meses de 2010 a receita bruta atingiu R$ 907 milhões, 26% superior à do mesmo período do ano anterior, e refletiu o bom desempenho tanto do varejo eletrônico (+31%) quanto das lojas físicas (+24%). Neste período, as operações da Saraiva.com responderam por 36% da receita da Livraria. PERSPECTIVA 2011 A Editora continuará a investir em novos formatos de comercialização de seu conteúdo. O processo de conversão de conteúdos para vendas digitais está em desenvolvimento, assim como novas iniciativas relacionadas à aplicação de tecnologia nos processos de ensino-aprendizagem. No próximo ano haverá ampliação dos programas oficiais de compra de livros para o Ensino Médio (PNLD 2012), por meio de aquisições de novos conteúdos em língua estrangeira, filosofia e sociologia. Em 2011, a Divisão de Sistemas de Ensino ampliará sua atuação e passará a comercializar soluções para a rede pública, por meio da marca “Agora”. O plano de expansão da rede de lojas da Livraria para os próximos dois anos (2011 e 2012) prevê a inauguração de até 8 novas lojas e outras 3 lojas no modelo iTown. Na divisão de varejo eletrônico, o foco continuará no incremento das operações, com a inclusão de novas categorias de produtos. Em 2011, a plataforma de venda e aluguel de filmes estará disponível para utilização em computadores Macintosh e por meio de streaming. O Saraiva Digital Reader, a plataforma de venda de e-books da Saraiva, por outro lado, já pode ser acessado por usuários de PC, iPhone e iPad. A intenção da Livraria é tornar suas soluções digitais acessíveis em várias plataformas e hardwares, de modo a consolidar esse mercado no Brasil, graças ao aumento do nível do consumo e da utilização de crédito entre a população brasileira. Departamento de Relações com Investidores 80 E S P E C I A L EDUCACIONAL P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 As perspectivas para 2011 são positivas, baseadas em vários fatores que vêm EMPRESAS ACOMPANHADAS impulsionando o setor educacional privado nos últimos anos. Assim como observado em outros diversos setores, chama atenção a ascensão da classe ANHANGUERA C, que depois de concentrar seu consumo em bens duráveis ao longo dos últimos anos, (AEDU11) ESTÁCIO (ESTC3) KROTON (KROT11) está aumentando o consumo de serviços como educação e saúde. Dentre os 21 milhões MANTER de brasileiros da classe C com idade entre 18 e 35 anos, apenas 9% cursou ou está cursando o ensino superior. Desta forma, o mercado de ensino superior tem a chance de crescer significativamente buscando penetração nos níveis de renda mais baixos. Uma das barreiras de entrada para o ensino superior esta relacionado à renda, diante disso, observa-se que a penetração é elevada nas classes A e B, porém baixa nas demais, desta maneira abre-se para as intuições a oportunidade de investimentos focados na classe C e D. De acordo com dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC), cerca de um terço da população brasileira é composta por jovens estudantes matriculados no Ensino Básico. Este contingente é de 60 milhões de alunos. Mas apenas 4,7 milhões ascendem ao ensino superior (1,2 milhão estuda em instituições públicas e 3,5 milhões em faculdades privadas). Segundo informações divulgadas na mídia, para transpor as barreiras do ensino superior as instituições privadas de ensino superior contam com duas ferramentas: financiamento estudantil (FIES - Financiamento ao Estudante de Ensino Superior pelo governo) e tecnologia. No rol de medidas de estímulo governamental, vale destacar que em 20 de outubro deste ano foi anunciada a criação do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC), e a partir de então o estudante que pleitear recursos do Fies não precisará mais apresentar fiador. O fundo será o fiador do estudante, desde que ele esteja matriculado em cursos de licenciatura ou que tenha renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio. A noticia foi positiva para o setor e beneficiará as companhias que aderirem ao fundo. A principal barreira para o financiamento estudantil era a necessidade de um fiador. A conclusão desta medida é que a partir de agora podemos esperar crescimento das matriculas no ensino superior, redução no número de evasão e queda significativa nos índices de inadimplência. Outro ponto importante no tabuleiro deste setor é o uso da tecnologia. Com a popularização da internet e da banda larga o Ensino a Distância (EAD) começou a ganhar cada vez mais espaço. Segundo o censo da Associação Brasileira de Educação a Distancia (Abed) havia 649.854 pessoas matriculadas no curso on-line superior em 2009. Entre 2005 e 2008, os estudantes do ensino a distância cresceram mais de 600%. Segundo apuramos via mídia, novas tecnologias viabilizam a entrega de conteúdo digital à distância, seja via satélite ou pela Internet. Deste modo, reduz-se os principais custos do negócio em aproximadamente 75%, o que permite reduzir a mensalidade. Na opinião de especialistas, essas ferramentas serão importantes para que as instituições privadas de ensino superior deixem para trás uma incômoda situação de baixo crescimento e elevada inadimplência. Em nossa opinião, a combinação de crescimento econômico, ajuda governamental, baixa penetração e investimento em tecnologia, são os ingredientes necessários para o sucesso das companhias listadas em bolsa e para o setor como um todo. 81 ANHANGUERA (AEDU3) A COMPANHIA A Anhanguera é a maior empresa de capital aberto do setor de educação no Brasil em termos de valor de mercado, que, em 09 de dezembro de 2010, era de R$4,50 bilhões, sem considerar a emissão de 23.000.000 novas ações ordinárias da Companhia, com base no preço de negociação das ações no encerramento do pregão da BM&FBOVESPA na referida data, conforme disponibilizado pela Bloomberg. A Anhanguera encerrou o 3º trimestre de 2010 superando 300 mil alunos em seus 54 Campi e mais de 500 Polos, distribuídos por todos os estados brasileiros e também no Distrito Federal. O público-alvo da Anhanguera é composto por adultos das Classes Média e Baixa, que trabalham durante o dia e estudam à noite. A Anhanguera acredita ter a melhor proposição de valor em Ensino Profissional, permitindo que adultos trabalhadores das Classes Média e Baixa realizem seus projetos de vida por meio de melhoria de sua qualificação profissional e perspectivas de sucesso no mercado de trabalho. Para tanto, a Anhanguera se destaca no mercado por oferecer ensino de qualidade diferenciada ao seu público-alvo, através de uma ampla gama de cursos direcionados a esse segmento, incluindo: graduação, pós-graduação e educação continuada, por meio presencial e à distância, a um custo acessível. RETROSPECTIVA 2010 A Companhia aprofundou suas vantagens competitivas de escala, gestão e tecnologia para criar benefícios concretos a seus alunos, como mensalidades mais acessíveis, currículos mais flexíveis e qualidade reconhecida, consolidando sua liderança em ensino superior e profissional e garantindo o fortalecimento da marca Anhanguera, que figura hoje entre as 30 marcas mais valiosas do Brasil, conforme divulgado em 05 de maio de 2010 pela Revista Isto é Dinheiro. A liderança da Companhia no setor também foi reconhecida pela mídia especializada que classifica a Anhanguera Educacional no Setor de Serviços Diversos como a melhor empresa em Inovação e Qualidade, a segunda melhor em gestão de Recursos Humanos, a quarta melhor em Governança Corporativa, além de, pelo segundo ano consecutivo, a melhor empresa em Responsabilidade Social. A liderança no setor foi, também, confirmada pelo ingresso da Companhia no segmento especial de governança corporativa Novo Mercado, bem como ingresso na carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA. Além dos expressivos resultados financeiros, a Companhia foi fortalecida em sua Administração pela chegada de Alexandre Dias, ex-Diretor Geral do Google Brasil, para o cargo de Diretor Superintendente. Para fechar o ano, a Companhia estima que reforçará seu caixa com a captação líquida no Mercado de Capitais de aproximadamente R$ 810,34 milhões, após a dedução das comissões e das despesas decorrentes ou relacionadas à emissão de 23.000.000 ações. PERSPECTIVA 2011 A Anhanguera se prepara para dar continuidade ao seu plano de expansão, de modo a replicar o modelo de negócio da Companhia em escala nacional, ampliando o acesso de jovens trabalhadores ao ensino de qualidade, enquanto também gerando valor a seus acionistas. José Augusto Teixeira – Vice Presidente de Planejamento e Relações com Investidores 82 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 EDUCACIONAL ESTÁCIO (ESTC3) A COMPANHIA Somos uma das maiores redes universitárias privadas do Brasil. Em 30 de setembro de 2010, contávamos com 216,2 mil alunos matriculados nas modalidades presencial e à distância, em cursos de graduação e pós-graduação. Nossa rede é formada por duas universidades, dois centros universitários, 26 faculdades e 51 pólos de ensino à distância credenciados pelo MEC, com uma capilaridade nacional representada por 69 campi, nos principais centros urbanos de 17 estados brasileiros, estrategicamente localizados nas proximidades das residências e/ou dos locais de trabalho de nosso público alvo de trabalhadores de classes média e média-baixa. Possuímos professores altamente capacitados, metodologias de ensino avançadas e instalações bem equipadas, e oferecemos 78 cursos de graduação nas áreas de Ciências Exatas, Ciências Biológicas e Ciências Humanas, em graduação tradicional e tecnológica. Adicionalmente, oferecemos cursos de pós-graduação lato sensu, cursos de mestrado e de doutorado além de diversos cursos de extensão, com qualidade diferenciada e a preços competitivos, visando a formação profissional de nossos alunos e sua melhor empregabilidade. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Estácio avançou consistentemente na sua estratégia de criação de valor para a Companhia: - O lançamento a nível nacional do novo modelo acadêmico no início do ano que inclui material didático, incluso na mensalidade aos alunos, reforçando as bases para o crescimento orgânico a partir de um produto de qualidade, com competitividade de custos e maior rentabilidade. - A melhor gestão do custo docente, nosso maior custo, obtido a partir de disciplinas compartilhadas e otimização da ocupação das salas de aula, garantem ganhos de eficiência e rentabilidade. - Aquisição da Faculdade da Amazônia, sediada em Boa Vista, Roraima com 4.500 alunos e 40% de participação de mercado, indicando a retomada da estratégia de crescimento da Companhia. - Conclusão, em outubro, do processo de Oferta Pública de Ações (OPA), na qual foram distribuídas 36.083.564 ações, num valor total de R$ 685,6 milhões, elevando o free float para 76% do capital da companhia. PERSPECTIVA 2011 Para o ano de 2011, a Estácio, manterá seu foco no plano de crescimento, associado à obtenção de ganhos de eficiência e rentabilidade de sua operação. O segmento de ensino à distância será o grande impulsionador do crescimento orgânico da companhia, juntamente com os lançamentos de novos cursos e unidades. Já temos programado o lançamento em março de 2011, do curso de gastronomia e hotelaria, no bairro Chácara Flora, na cidade de São Paulo, além de outros lançamentos que anunciaremos ao longo de 2011. Uma equipe exclusiva de M&A avalia as oportunidades do mercado nas cerca de 2000 instituições privadas de ensino superior no país, em busca da consolidação da marca Estácio em locais onde não estamos presentes e/ou queremos fortalecer a nossa marca. Flávia Menezes de Oliveira – Gerente de Relações com Investidores 83 KROTON (KROT11) A COMPANHIA A Kroton Educacional é um dos maiores grupos educacionais do Brasil, com atuação na Educação Básica há mais de 40 anos e no Ensino Superior desde 2001. Na Educação Básica, a Companhia atua de forma integrada e diversificada, provendo serviços de educação, tecnologia de ensino e material didático para uma rede de mais de 720 escolas associadas em todos os Estados do Brasil, com mais de 265 mil alunos. No Ensino Superior, a Kroton conta 39 unidades, presentes em 27 cidades de dez estados brasileiros e mais de 85 mil alunos. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcante para a Kroton. Em março, a Companhia anunciou a aquisição de um dos maiores grupos educacional do Brasil, o IUNI. Após a negociação, que provocou um aumento de cerca de 100% de sua base de alunos no Ensino Superior, iniciou-se um amplo e completo processo de integração das duas Companhias, o que resultou na captura de sinergias anualizadas de aproximadamente R$ 35 milhões já impactando parcialmente os resultados de 2010. Durante o processo, colocamos em operação de forma estável os principais projetos de integração, incluindo o novo modelo pedagógico para o Ensino Superior, a nova estrutura organizacional, os sistemas de gestão financeiros unificados, e os processos de planejamento e controle integrado. Em decorrência, os desempenhos operacionais e financeiros apresentaram uma relevante melhora, fortalecendo o cumprimento de nosso guidance de resultados. Também em 2010, realizamos expressivos progressos nas ações relacionadas ao novo FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior -, programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação no Ensino Superior, lançado em maio com importantes mudanças que facilitaram ainda mais a contratação por parte dos estudantes. Em 6 meses de operação, alcançamos mais de 5 mil alunos inscritos no Novo FIES, o que deverá gerar uma redução da inadimplência e da evasão, além de outras conseqüências positivas. PERSPECTIVA 2011 Pensando em 2011, a Kroton conduziu uma ampla revisão estratégica, incluindo o redesenho do portfólio de cursos e a política de precificação, com o objetivo de aprimorar a atração e a retenção de alunos, e melhorar seu nível de rentabilidade. Considerando sua nova estrutura operacional e acadêmica, o novo FIES, e as sinergias capturadas, a Kroton deverá, em 2011, empreender novos esforços para acelerar seu crescimento orgânico e inorgânico. Neste sentido, a Companhia permanecerá atenta para oportunidades de aquisições, inclusive na área de educação a distância (EAD) e na continua busca de novas tecnologias educacionais para suas operações, tanto na Educação Básica, quanto no Ensino Superior. Carlos Lazar – Diretor de Relações com Investidores 84 ENERGIA E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 Em termos de consumo de energia, 2010 está se caracterizando pela recuperação da EMPRESAS ACOMPANHADAS classe industrial. Não custa lembrar que o setor industrial foi o mais afetado com a eclosão da crise ao final de 2008, impactando de forma decisiva o consumo de energia desta classe AES TIETÊ COMPRAR CELESC MANTER O mal estar ficou por conta do 3º Ciclo de Revisão Tarifária que veio com péssimas novidades para boa parte das companhias do setor. No começo de setembro, a Diretoria (CLSC6) CEMIG (CMIG4) ao longo de 2009. Nos nove primeiros meses de 2010, as indústrias já consumiram 12,3% mais energia em relação ao período do ano passado. (GETI4) COMPRAR R$ 35,00 da Aneel realizou Reunião Pública Ordinária deliberando a proposta de realização de Audiência Pública relativa à metodologia de cálculo da Taxa de Remuneração Regulatória (custo de capital) para aplicação no 3º Ciclo de Revisão Tarifária Periódica das CESP (CESP6) Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica. O WACC regulatório é uma importante variável determinante do preço da tarifa de energia, tendo sido proposto pela Aneel COELCE (COCE5) COPEL COMPRAR Revisão Tarifária. Estima-se que o impacto desta revisão sobre a tarifa média das MANTER (CPLE6) CPFL ENERGIA distribuição. Voltando a abordar o consumo em 2010, das diversas medidas que foram adotadas pelo MANTER (ELPL4) ENERGIAS DO BRASIL muita coisa no ar ainda e devemos assistir novos episódios desta saga nos próximos meses. As novidades que surgem, aparentemente, não são boas para o segmento de MANTER (ELET6) ELETROPAULO distribuidoras ao longo dos próximos três anos será uma queda entre 8% e 10%. Foi realmente muito ruim para o setor e as distribuidoras caíram fortemente após o anúncio. Há MANTER (CPFE3) ELETROBRAS percentual de 7,15%, cerca de 2,9 p.p. inferior ao custo de capital utilizado no 2º Ciclo de governo para mitigar os efeitos da crise, a redução do IPI para a linha branca foi sem dúvida uma das que mais afetaram positivamente o setor elétrico. Diante da redução de MANTER impostos, o consumo de eletrodomésticos aumentou e consequentemente o consumo de (ENBR3) energia elétrica. O consumo residencial cresceu 5,8% em setembro. Para a Empresa de ENERGISA Pesquisa Energética - EPE, o avanço nesse segmento deveu-se à taxa de desemprego (ENGI11) relativamente baixa e à expansão do crédito. Já no consumo comercial, a alta foi de 6,4% EQUATORIAL ante o mesmo período do ano anterior. A expectativa é que o consumo de energia elétrica (EQTL3) deve crescer ainda 4,5% no quarto trimestre de 2010 em comparação ao mesmo período de LIGHT COMPRAR 2009. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estimam que o consumo de energia (LIGT3) no Brasil apresente crescimento de 8,1% em 2010, ante elevação de 7,7% em 2009. MPX ENERGIA Em termos de geração, estamos animados com o futuro, todavia, a grande preocupação (MPXE3) fica por conta da renovação das concessões. Compartilhamos da opinião de que o novo REDE ENERGIA governo deve definir uma regra em 2011, caminhando para algo como concessão onerosa, (REDE4) ou seja, redução de tarifas no horizonte. TRACTEBEL COMPRAR regulado, baixíssimo risco e não sujeito à flutuação de demanda. Aqui, a questão da (TBLE3) TRANS. PAULISTA (TRPL4) Já em transmissão temos características bem definidas tais como: segmento muito bem COMPRAR R$ 63,00 revisão tarifária que culminou com WACC de 7,24% não causou tanto estrago quanto nas distribuidoras. Neste segmento, vem chamando atenção a elevação dos deságios nos leilões de transmissão, característica que deve se repetir em 2011. Atenção também para as licenças ambientais, como pudemos observar nos leilões relacionados principalmente ao Madeira. Passa a ser mais um componente que devemos acompanhar de perto na hora de calcular o retorno do projeto em si. Reiteramos aqui nosso parecer do ano passado no qual enfatizávamos que o principal chamariz das companhias de energia, seja pela constância na distribuição, seja pelo volume, é a distribuição de proventos. AES TIETÊ (GETI4) A COMPANHIA Principal geradora do Grupo AES Brasil e segunda maior companhia privada de geração do país, a AES Tietê possui uma capacidade instalada de 2.657 Megawatts (MW), o que representa 2,4% da capacidade instalada do Brasil em 2010. Seu parque gerador é composto de dez usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo localizadas nos rios Tietê, Pardo, Grande e Mogi Guaçu, além de 6 PCHs no Estado de Minas Gerais. Sua geração representa 18% de toda a energia produzida dentro do Estado de São Paulo. A Companhia possui contrato de concessão válido por 30 anos, com vencimento em 2029, passível de renovação por mais 30 anos. Toda energia que a companhia pode vender através de contratos de longo prazo está contratada até o final de 2015, por meio de um contrato bilateral de compra e venda de energia elétrica com a AES Eletropaulo. As ações da AES Tietê estão listadas na BM&FBovespa sob os códigos GETI3 (ordinárias) e GETI4 (preferenciais). A Companhia também possui ADRs Nível I negociadas no mercado de balcão norteamericano sob os códigos AESAY (ordinárias) e AESYY (preferenciais). Desde 2007, a AES Tietê integra a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), também da BM&FBovespa, que reúne as empresas com os melhores desempenhos relacionados à sustentabilidade. A AES Tietê é controlada diretamente pela Companhia Brasiliana de Energia – holding formada pela AES Corporation e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). RETROSPECTIVA 2010 A AES Tietê obteve importantes conquistas ao longo deste ano como o Prêmio Destaque da Agência Estado Empresas e a eleição de Melhor Empresa do Setor de Energia pelo Guia Melhores e Maiores da Revista Exame. No acumulado dos nove meses de 2010, a Companhia apresentou uma geração de energia 29% superior a sua garantia física, evidenciando mais uma vez a sua excelente disponibilidade operacional. As condições macroeconômicas favoráveis do início de 2010 possibilitaram a 1ª emissão de debêntures da Companhia em abril de 2010 no valor de R$ 900 milhões, a um custo de CDI + 1,20% a.a. e com prazo de 5 anos. As debêntures pagam juros semestrais e as amortizações serão realizadas em parcelas anuais e iguais no 3º, 4º e 5º anos. Esses recursos foram integralmente utilizados para pré-pagar a única dívida da Companhia, uma confissão de dívida com a Eletrobrás. Com essa troca, a Companhia economizou R$ 25 milhões até Setembro de 2010, enquanto o prazo da divida foi alongado de 2,1 anos para 3,5 anos. Seguindo prática adotada desde 2006, a Companhia por mais um ano distribuiu trimestralmente, por meio de proventos, 100% do seu lucro líquido, alcançando a marca de R$ 628 milhões até o terceiro trimestre de 2010. Em outubro de 2010, a Companhia firmou contrato com o Banco Mundial, no valor de USD 1,75 milhão para vender créditos de carbono a serem gerados até o final de 2010. A previsão de venda é de 400 mil toneladas de créditos, o que representa 2.672 hectares de área plantada. O reconhecimento da receita referente a esse projeto será efetuado em 2011, somente após auditoria independente certificada pela ONU que possui conclusão prevista para setembro do ano que vem. O projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (ou MDL) promove a geração e a comercialização de créditos de carbono e contribui também para a mitigação de riscos de ocupações ilegais através do reflorestamento das áreas de preservação permanente, as chamadas APPs. Por fim, foram implementadas ações de segurança nas usinas da AES Tietê, visando a melhoria de processos, programas e infra-estrutura local, de forma a garantir a segurança dos colaboradores da Companhia. PERSPECTIVA 2011 Na primeira metade de 2011, entrarão em operação duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) com capacidade instalada de 7 MW localizadas no Rio Jaguari-Mirim, no Estado de São Paulo. Para esse ano também é esperada a obtenção da licença ambiental do projeto de uma usina térmica de 550 MW no interior do Estado de São Paulo que está sendo desenvolvido pela Companhia. A realização desse projeto possibilitará o cumprimento da obrigação de expansão de aproximadamente 400 MW prevista pelo Edital de Privatização. A AES Tietê continuará a busca por oportunidades de expansão através de projetos que permitam uma maior criação de valor para seus acionistas e continuará a expandir suas iniciativas de segurança e de proteção ao meio ambiente. Relações com Investidores 86 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA CEMIG (CMIG4) A COMPANHIA A Cemig foi fundada em 1952 e hoje é a maior empresa integrada do setor elétrico brasileiro, atuando nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O grupo é composto por 62 empresas e 10 consórcios, com presença em 20 estados brasileiros e no Chile, sendo que a sua sede está localizada na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A Cemig possui 12% do mercado de distribuição, 10% da capacidade total de transmissão e responde por 7% da capacidade instalada na geração. A empresa possui mais de 116.000 acionistas em 44 países, com ações negociadas nas Bolsas de São Paulo, Nova Iorque e Madrid. O valor de mercado da companhia atingiu recentemente a cifra de R$ 18 bilhões. Além de estar presente nos principais índices acionários ao redor do mundo a Cemig possui uma forte política de dividendos, que garante o pagamento mínimo de 50% do lucro líquido sob a forma de dividendos. Nos primeiros nove meses de 2010 apresentamos um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão e uma geração de caixa, medida pelo LAJIDA, de R$ 3 bilhões. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pelo forte crescimento da economia brasileira, que apresentou uma expansão da ordem de 7,5%. Esse desempenho também se fez sentir no mercado de energia elétrica, que apresentou taxas robustas de crescimento. Nos primeiros nove meses de 2010 as vendas consolidadas da Cemig atingiram 48.765 GWH, 9% maiores do que no mesmo período do ano anterior. Ao longo de 2010 finalizamos a construção do nosso parque eólico no Ceará, que totaliza 100 MW. Além desse projeto temos também participação em uma das maiores usinas hoje em construção no Brasil, a hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, que possui 3.450 MW. Seguindo a nossa estratégia de posicionamento como consolidadores do setor elétrico brasileiro adquirimos participações adicionais na Light e na TBE, empresas nas quais já estamos desde 2006, iniciando desta forma um novo capítulo que visa capturar mais sinergias entre as empresas e melhorar a eficiência operacional dos ativos, fato demonstrado no caso da TAESA, empresa adquirida no ano de 2009 e que no terceiro trimestre de 2010 apresentou substanciais melhorias em seus resultados. nas recentes aquisições realizadas temos entrado na gestão das empresas adquiridas em parceria com fundos de investimentos em participações, modelo de parceria inédito no setor e que permite à Cemig agregar valor aos negócios e aos seus parceiros. Por fim em dezembro anunciamos o pagamento de R$ 900 milhões em dividendos extraordinários, atingindo no ano de 2010 uma distribuição total de R$ 1,8 bilhão sob a forma de dividendos, o que demonstra o nosso compromisso de agregação de valor aos acionistas, seja através de crescimento, seja através da distribuição de dividendos. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas de crescimento para o ano de 2011 continuam promissoras, em virtude dos vultosos investimentos esperados em infraestrutura e novos projetos, que contribuem para o crescimento do mercado de energia elétrica. As prioridades para o ano de 2011 estão concentradas basicamente na execução de medidas de redução de custos, na integração com os ativos adquiridos, com destaque para TAESA e LIGHT, além da nossa participação em novos projetos, em especial geração e transmissão de energia elétrica. No que toca à distribuição de energia elétrica nossos desafios consistem em investimentos na melhoria dos serviços prestados e aumento de eficiência operacional. A Cemig também está atenta às oportunidades que se fizerem presentes no que se refere à fusões e aquisições, tendo sempre como principal compromisso a agregação de valor aos nossos acionistas, uma vez que temos como visão ser até 2020 um dos dois maiores grupos de energia elétrica do Brasil, com presença relevante na América Latina. Agostinho Faria Cardoso – Relações com Investidores 87 CESP (CESP6) A COMPANHIA A CESP - Companhia Energética de São Paulo, sociedade de economia mista de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de São Paulo, tem como atividade principal a geração de energia elétrica limpa e renovável através de um parque gerador 100% hidráulico. A Companhia é a maior geradora de energia elétrica do Estado de São Paulo, responsável por aproximadamente 57% da energia produzida no Estado, e a 4ª maior geradora do país, produzindo cerca de 9% de toda a energia elétrica gerada no Brasil. O parque gerador da CESP é composto por seis usinas, com capacidade instalada total de 7.455,3 megawatts (MW), localizadas nas bacias dos rios Paraná, Tietê e Paraíba do Sul. As seis hidrelétricas estão estrategicamente localizadas no centro econômico e região mais populosa do Brasil e são de fundamental importância para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). RETROSPECTIVA 2010 A CESP é uma forte geradora de caixa e tem consistentemente utilizado esta característica para desalavancagem. Nos últimos 12 meses findos no 3º trimestre de 2010, a empresa obteve Receita Líquida de R$ 2.821,8 milhões e EBITDA de R$ 1.940,5 milhões. Em 2010 a CESP teve sua classificação de risco significativamente melhorada, subindo de BBB- para A- na escala nacional da Standard&Poor´s e de B para BB- na escala global da mesma agência classificadora de risco, além de ter o seu “rating” corporativo elevado pela agência Moody´s de Ba1 para Ba2 e seu perfil de risco individual de crédito elevado de Ba3 para Ba2. No aspecto operacional, em 2010 a CESP manteve seu alto nível de excelência operacional ao fechar outubro com o Índice de Disponibilidade das suas Unidades Geradoras em 93,3%, bem acima do padrão ANEEL de 89,6%. Além de fazer parte dos principais índices da BM&FBovespa, em 2010 a CESP também foi qualificada a compor a carteira do Índice Carbono Eficiente – ICO2, criado neste ano pela BM&FBovespa e pelo BNDES, e pela 5ª vez foi aprovada para fazer parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE da bolsa de São Paulo. Em 2010 a CESP conquistou os prêmios: (i) “Selo Paulista da Diversidade” (Categoria Pleno – com auditoria externa), outorgado pela Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado de São Paulo, por suas políticas e práticas que visam promover a inclusão e a igualdade de oportunidades e de tratamento aos membros de grupos discriminados em função da cor, raça, etnia, origem, sexo, deficiência, idade, credo religioso e orientação sexual; e (ii) “Selo Empresa Cidadã 2009/2010”, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo pelas iniciativas da Companhia na área de responsabilidade social corporativa. PERSPECTIVA 2011 Estando com a totalidade de sua energia assegurada comercializada em contratos, o que lhe garante receitas estáveis e previsíveis, em 2011 a Companhia continuará mantendo sua trajetória de redução de endividamento, com o objetivo de encerrar o ano com o índice de endividamento líquido / EBITDA em torno de 2,1x, bem como dará continuidade à implantação do processo de Gerenciamento de Riscos, juntamente com o desenvolvimento do Planejamento Empresarial com Sustentabilidade. No aspecto ambiental, a empresa manterá suas metas de redução da emissão de gases de efeito estufa, conforme adesão ao programa de mudanças climáticas e seqüestro de carbono, como signatária do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA. Relações com Investidores 88 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA COPEL (CPLE6) A COMPANHIA A Copel – Companhia Paranaense de Energia - gera, transmite, distribui e comercializa energia, além de prestar serviços de telecomunicações. A empresa é uma das maiores companhias do setor elétrico brasileiro. A posição de prestígio da Copel no setor é o resultado de 56 anos de experiência e competência em energia. A Copel abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 na Bolsa de Valores de São Paulo – BMF&BOVESPA - e tornou-se, em julho de 1997, a primeira empresa do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova York. Sua marca também está presente, desde junho de 2002, na Europa, com seu ingresso no Latibex – o braço latino-americano da Bolsa de Valores de Madri. Em maio de 2008, formalizou seu ingresso no Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Atualmente, a Companhia atende diretamente a 3.718.949 unidades consumidoras em 393 municípios e 1.112 localidades (distritos, vilas e povoados). A Copel possui 18 usinas próprias e participação em outras 7 empresas de geração de energia, totalizando uma capacidade instalada de 5.160 MW. Para transmitir e distribuir a energia gerada, a Companhia conta com 1.913 km de linhas de transmissão e 181.367 km de linhas de distribuição, sendo a terceira maior rede de distribuição do Brasil. Para prestar serviços de telecomunicações aos seus 877 clientes corporativos em 233 municípios, a Companhia conta com 10.677 km de cabos ópticos auto-sustentados. A Copel tem em seu quadro de pessoal 8.950 empregados. RETROSPECTIVA 2010 Nos primeiros nove meses de 2010, a Copel apresentou lucro líquido de R$ 675,9 milhões, equivalente a R$ 2,47 por ação. A empresa possui endividamento equivalente a 19,6% do patrimônio líquido, caracterizando-a como uma das menos endividadas do setor. O EBITDA foi de R$ 1.044,3 milhões. Diante do cenário de recuperação da economia, o mercado fio da companhia cresceu 7,0% entre janeiro e setembro de 2010. O consumo industrial, comercial e residencial foram os principais responsáveis por este desempenho, apresentando crescimento de 8,3%, 8,0% e 5,4% em relação a igual período do ano anterior, respectivamente. Em 2010, a Copel arrematou a concessão para construir e operar (i) a Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no rio Teles Pires (Mato Grosso), com capacidade instalada de 300 MW, e (ii) a linha de transmissão de 500 kV Araraquara 2 – Taubaté, localizada no interior do Estado de São Paulo, com 356 km de extensão, e a subestação Cerquilho III, localizada na mesma região, com tensão 230 kV e 300 MVA de potência. Adicionalmente, a Copel obteve a autorização para construção e operação da PCH Cavernoso II, localizada no Estado do Paraná, com potência de 19 MW. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, o Conselho de Administração da Copel aprovou um Programa de Investimentos de R$ 2.061 milhões, dos quais R$ 1.025 milhões serão aplicados em obras de geração e transmissão. Na conclusão da Usina Hidrelétrica de Mauá serão aplicados cerca de R$ 164 milhões e R$ 492 milhões no início da construção da Usina Hidrelétrica de Colíder. Relações com Investidores 89 CPFL ENERGIA (CPFE3) A COMPANHIA A CPFL Energia é o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, atuando nos segmentos de distribuição, geração e comercialização de energia elétrica, nos mercados livre e regulado. Em Distribuição é líder de mercado com 13% de market-share, atuando através de 8 empresas, atendendo 6,7 milhões de clientes em 569 municípios nos estados de SP, RS, MG e norte do PR. Em Geração, possui atualmente 8 grandes usinas hidrelétricas, 34 Pequenas Centrais Hidrelétricas e 3 usinas termelétricas, sendo uma movida a biomassa de cana-de-açúcar, totalizando 2.222 MW de potência instalada. Possui ainda 4 usinas a biomassa, totalizando 185 MW e 8 parques eólicos em construção, correspondentes a 218 MW, que entrarão em operação nos próximos 3 anos. Em Comercialização de energia, também é líder de mercado desde sua criação, com atuação nacional e 16% de market-share. Desde setembro de 2004, a CPFL tem suas ações listadas no Novo Mercado da Bovespa e ADR Nível III na NYSE. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi um ano bastante positivo para a Empresa, caracterizado por um expressivo crescimento da capacidade de geração. Tivemos o início da operação comercial da UTE Biomassa Baldin, em Pirassununga/SP, nossa primeira usina a biomassa, com 45 MW de potência instalada, da UHE Foz do Chapecó (855 MW; participação CPFL: 51%), a maior hidrelétrica a entrar em operação no país em 2010 e as UTEs Termonordeste e Termoparaíba, com 174,2 MW, além da aquisição da PCH Diamante, representando um crescimento de 37,9% com relação à potência instalada ao final de 2009. Anunciamos também a construção de mais 3 usinas a biomassa e mais um parque eólico, o qual encontra-se na mesma região dos 7 parques comercializados no leilão de reserva de dez/2009 e atualmente em construção, totalizando 175 MW. No segmento de distribuição, tivemos um ano de forte recuperação da indústria, além da continuidade da boa performance das classes residencial e comercial, fruto de toda a expansão do emprego, renda e crédito nos últimos anos. Um evento importante para o Setor foi o início das discussões sobre o 3º ciclo de revisão tarifária das distribuidoras, com a divulgação de proposta pela ANEEL em setembro e início do processo de Audiência Pública, que deverá ser concluído em janeiro de 2011. Em 2010 tivemos uma série de leilões públicos que vão garantir o suprimento de energia nos próximos anos, dada a expectativa de expansão da demanda neste período. Como destaques, tivemos o leilão estruturante onde foi comercializada a energia da UHE Belo Monte (11 GW) e a comercialização de 190 MWmédios em energia de fonte biomassa e 899 MWmédios de fonte eólica, no 3º Leilão de Reserva e 2º Leilão de Fonte Alternativa, realizados em agosto, através de 82 empreendimentos. PERSPECTIVA 2011 Nossas perspectivas são positivas, com continuidade de boas taxas de crescimento do mercado de energia, especialmente nas regiões em que atuamos, que possuem taxas médias de crescimento acima da média nacional. A expectativa do mercado é de um PIB Brasil para 2011 em torno de 4,5%, o que impacta positivamente o consumo de energia. Em 2011 também deverão entrar em operação mais 3 plantas de geração a biomassa da CPFL, atualmente em construção: Bio Ipê, Bio Buriti e Bioformosa, as quais adicionarão 115 MW à potência instalada de geração do Grupo. Até 2013 entrarão em operação mais 1 planta de biomassa e 8 parques eólicos, elevando a capacidade de geração do Grupo a 2.805 MW, segundo maior player privado de geração do país. Além disso, a CPFL continuará avaliando novos empreendimentos de geração, em especial de fonte biomassa e eólica, além de projetos hidrelétricos greenfield. No que tange às questões regulatórias, será concluído o processo de Audiência Pública sobre a Metodologia do 3º ciclo de revisão tarifária em janeiro. Para a CPFL Energia o impacto do 3º ciclo em 2011 será bastante pequeno, tendo em vista que somente a CPFL Piratininga passará pelo processo em out/2011. A CPFL Paulista e a RGE, que juntas representam mais de 70% do EBITDA de Distribuição do Grupo, só passarão pelo processo em abril e junho de 2013, respectivamente. Gustavo Estrella - Diretor de Relações com Investidores 90 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA ELETROBRAS (ELET6) A COMPANHIA As Centrais Elétricas Brasileiras SA – Eletrobras –, com sede na capital federal, é uma sociedade de economia mista que tem como objeto social atuar nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além de exercer atividades de financiamento e prestar garantias a concessionárias de energia elétrica sob seu controle. Atualmente, conta com um parque gerador de energia com aproximadamente 39 GW, entre usinas hidrelétricas, térmicas e nucleares, e possui mais de 60.000 Km de linhas de transmissão. Com foco em rentabilidade, competitividade, integração e sustentabilidade, a companhia lidera um sistema composto de 12 subsidiárias, uma empresa de participações (Eletrobras Eletropar), um centro de pesquisas (Eletrobras Cepel) e metade do capital de Itaipu Binacional. Listada na Bolsa de Valores de São Paulo desde 1971, negocia suas ações ordinárias (ELET 3) e preferenciais B (ELET6) também na Bolsa de valores de Nova York (ADRs) e na Bolsa de Valores de Madri (LATIBEX). Possui como acionista majoritário a União Federal com 52% do capital votante, sendo que 21,77% dessas ações encontra-se em poder do público. RETROSPECTIVA 2010 Há pouco mais de dois anos, a Eletrobras vem promovendo uma profunda reforma em sua gestão, com o objetivo de não só permanecer como um dos grandes players do mercado de energia elétrica do Brasil, mas também de ampliar sua atuação e sua importância como uma das maiores empresas de energia limpa do mundo. Para isso, a Eletrobras leva adiante medidas de aprimoramento de sua governança corporativa e uma série de projetos que conferem maior integração, competitividade e rentabilidade aos negócios de suas empresas. O ano de 2010 representou efetivamente o início de novos tempos, começando com o lançamento do símbolo dessa profunda transformação – a nova marca Eletrobras. Reflexo do primeiro Planejamento Estratégico integrado, a nova marca representa, com unicidade, uma nova etapa para as empresas Eletrobras. Este ano, a empresa voltou o seu olhar para o exterior, sem deixar de investir no país: são cerca de 50 mil MW em geração a partir de fonte renovável que a Eletrobras está estudando no Brasil e no mercado internacional, sendo 20 mil MW só nas Américas. Entraram em operação as usinas hidrelétricas de Retiro Baixo (82 MW) e Serra do Facão (212 MW) e iniciou-se a construção da Usina Nuclear Angra III. Além disso, continuou a perseguir os níveis de transparência exigidos pelo mercado e implementou a gestão de riscos e controles internos, esforços reconhecidos pelo próprio mercado, com a inclusão, pela quarta vez consecutiva, no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE/Bovespa) e na primeira lista do índice de Carbono Eficiente da Bovespa. PERSPECTIVA 2011 A visão de futuro da Eletrobras, expressa no Planejamento Estratégico 2010-2020, é ser, até 2020, o maior sistema empresarial global de energia limpa. Por isso, a empresa está cada vez mais voltada para investimentos em hidrelétricas de médio e grande portes, além de projetos de biomassa e eólicos. Há, contudo, dois pressupostos para esses investimentos: que estejam alinhados à estratégia de ampliar a atuação da Eletrobras no mercado de energia limpa e que sejam rentáveis para seus acionistas. Para os investimentos no exterior, a condição é que sejam mais rentáveis do que os similares no mercado brasileiro. O Plano Estratégico da Eletrobras prevê ainda que a empresa terá, até 2020, 10% de sua receita vinda do exterior. Realizar investimentos sustentáveis e rentáveis é o grande foco da Eletrobras nos próximos anos. Grandes oportunidades surgidas em 2010 serão impulsionadas em 2011 visando o aumento do seu valor de mercado. Os objetivos da Eletrobras aproximarão, cada vez mais, a empresa de sua visão, transformando em realidade o desejo de permanecer grande e atuante no mercado global, gerando desenvolvimento social e econômico com respeito ao meio ambiente não só no Brasil, mas também no mundo. Relações com Investidores 91 ELETROPAULO (ELPL4) A COMPANHIA A AES Eletropaulo, principal distribuidora do Grupo AES Brasil é a maior distribuidora de energia elétrica da America Latina, atendendo a cerca de 6,1 milhões de unidades consumidoras cuja demanda aproximada é de 41 TWh por ano. Sua área de concessão de 4.526 km2, formada pela capital e por mais 23 municípios da Grande São Paulo, constitui o principal centro econômico do país. Entre os ativos da AES Eletropaulo estão 46 mil quilômetros de redes de distribuição além de cerca de 1,1 milhão de postes. A AES Eletropaulo possui diversos canais de comunicação com os seus consumidores como: lojas próprias, postos “Mais AES Eletropaulo” (agentes credenciados como, por exemplo, casas lotéricas), call center, chat, internet e SMS, garantindo fácil acesso à Companhia. As ações da AES Eletropaulo estão listadas no Nível II de Governança Corporativa da BM&FBovespa sob os códigos ELPL3 (ordinárias) e ELPL4 (preferenciais). A Companhia também possui ADRs negociados no mercado de balcão norte-americano sob as regras 144A e “Reg S” (Regulamento S) sob os códigos EPUMY e ELPSY (preferenciais). RETROSPECTIVA 2010 Até novembro de 2010, a AES Eletropaulo conquistou importantes prêmios como o Índice de Satisfação do Consumidor (IASC) em que foi reconhecida como a melhor empresa da região Sudeste e 3ª melhor empresa do Brasil. Foi listada mais uma vez pela Revista Carta Capital como uma das empresas mais admiradas do país e conquistou o prêmio da Fundação COGE no quesito Ação de Responsabilidade Social com o programa “Casa de Cultura e Cidadania – Vivências que Transformam”. Posicionando a Companhia em patamares mundiais e reafirmando a excelência da gestão, a AES Eletropaulo foi a única empresa brasileira e receber o Prêmio Iberoamericano em 2010. O melhor desempenho econômico-financeiro da Companhia em 2010 quando comparado a 2009 foi gerado pelo crescimento do mercado no ano e foi alavancado pelos seguintes eventos extraordinários: (i) liquidação financeira de R$ 265,4 milhões referente à venda da AES Eletropaulo Telecom, (ii) recebimento de R$ 106,3 milhões em função do fim da discussão com o Banco Santos e (iii) pagamento da segunda parcela do acordo firmado com a Prefeitura de São Paulo em 2009 no valor de R$ 73,3 milhões. A Companhia realizou ainda duas emissões de debêntures cujo montante de R$ 800 milhões foi utilizado para a otimização da estrutura de capital e investimento na rede de distribuição visando uma qualidade ainda maior do serviço prestado. Em 2010, os investimentos em ações de combate a perdas comerciais (ou seja, fraudes e ligações ilegais) resultaram na redução de 1 p.p. em relação ao ano passado. A taxa de arrecadação da AES Eletropaulo manteve-se acima de 101%, conseqüência do constante processo de combate à inadimplência e de acordos para a recuperação de receitas de anos anteriores. Esses eventos, atrelados ao rígido controle de custos e despesas, impactaram positivamente o lucro líquido da Companhia e possibilitaram um maior volume de dividendos declarados aos acionistas da AES Eletropaulo que, desde 2007 são beneficiados pela prática de distribuição da totalidade do lucro líquido, com payout superior a 100% nos últimos três anos. PERSPECTIVA 2011 Para o ano de 2011, a AES Eletropaulo mantém a meta de ser a melhor empresa de distribuição de energia do Brasil pelo Ranking Abradee. Para isso, a Companhia vem investindo para a melhora de seus indicadores operacionais. Em julho de 2011, a Companhia passará pela sua 3ª revisão tarifária, processo que ainda está sendo definido pela Aneel. Em 2011, a Companhia estará listada pelo sexto ano consecutivo no Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa, evidenciando o comprometimento que a AES Eletropaulo tem com o desenvolvimento sustentável. Relações com Investidores 92 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA ENERGIA ENERGIAS DO BRASIL (ENBR3) A COMPANHIA A EDP Energias do Brasil é holding de um conglomerado de empresas com portfólio diversificado e integrado que tem como atividades gerar, distribuir e comercializar energia elétrica no mercado brasileiro. As distribuidoras da Companhia, EDP Bandeirante e a EDP Escelsa, atendem a aproximadamente 2,7 milhões de clientes com forte concentração nos segmentos residencial e industrial, presentes em 98 municípios, nos estados de São Paulo e do Espírito Santo, com população total atendida de, aproximadamente, 8 milhões de habitantes, abrangendo uma área total de concessão de 50,9 mil Km2. A Companhia também participa de empreendimentos de geração, tais como a Usina Hidrelétrica Lajeado e Usina Hidrelétrica Peixe Angical que, em conjunto com outros empreendimentos de geração hidrelétrica e eólica, lhe conferem 1.741 MW de capacidade instalada em 2010. Considerando-se a participação no projeto em construção da UTE Porto do Pecém, em parceria com a MPX Energia, para o desenvolvimento de uma usina termoelétrica a carvão mineral com 720 MW de capacidade e as repotenciações em andamento, a Companhia espera alcançar 2.150 MW de capacidade instalada em 2012. A sua comercializadora, a Enertrade, comercializou um total de 6.039 GWh até setembro de 2010. RETROSPECTIVA 2010 A área de geração, o principal vetor estratégico para o crescimento dos negócios da Companhia, proporcionou uma receita operacional líquida de R$ 732,1 milhões e R$ 702,6 milhões nos 9M10 e 9M09, respectivamente. O lucro líquido da geração foi de R$ 118,4 milhões e R$ 135,6 milhões nos mesmos períodos. A área de distribuição proporcionou uma receita operacional líquida de R$ 2.807,6 milhões e R$ 2.522,1 milhões nos 9M10 e 9M09, respectivamente. O lucro líquido da distribuição foi de R$ 257,7 milhões e R$ 262,2 milhões nos mesmos períodos. A comercialização de energia, realizada pela Enertrade, proporcionou uma receita operacional líquida de R$ 521,6 milhões e R$ 597,7 milhões nos 9M10 e 9M09, respectivamente. O lucro líquido da comercialização foi de R$ 14,4 milhões e R$ 18,3 milhões nos mesmos períodos. Considerando-se as eliminações entre as empresas do conglomerado EDP Energias do Brasil, a receita operacional líquida consolidada totalizou R$ 3.726,1 milhões nos 9M10 e R$ 3.415,9 milhões nos 9M09. O lucro líquido da Companhia foi de R$ 343,2 milhões nos 9M10 e R$ 450,0 milhões nos 9M09. A geração de caixa operacional, medida pelo EBITDA, foi de R$ 1.069,9 milhões e R$ 1.048,8 milhões nos mesmos períodos. PERSPECTIVA 2011 O principal objetivo da Companhia é criar valor para os acionistas, principalmente por meio do crescimento sustentado nos mercados de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica no Brasil. Para alcançar esse objetivo, a Companhia fundamenta suas ações nos seguintes pilares estratégicos: ampliar a atuação em geração, manter investimentos e crescer organicamente no segmento de distribuição, manter forte atuação no segmento de comercialização, focar no desenvolvimento de energia renovável, estimular a sustentabilidade e inovação e consolidar posição como um participante central no desenvolvimento do setor elétrico brasileiro, identificando as melhores oportunidades de negócios nos segmentos de atuação, de maneira sempre consistente com o planejamento estratégico e obedecendo a rigorosos critérios de retorno sobre o investimento. Relações com Investidores 93 ENERGISA (ENGI11) A COMPANHIA Com 105 anos de experiência, a Energisa é uma das principais distribuidoras privadas de energia elétrica do Brasil e se destaca pela ousadia planejada, inovação e experiência em distribuição, geração, comercialização e oferecimento de soluções integradas para o mercado. A companhia controla cinco distribuidoras no Brasil – Energisa Sergipe, Energisa Paraíba, Energisa Borborema (PB), Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo (RJ) – e possui 91.180 km² de área coberta, prestando serviços a 2,3 milhões de consumidores e a uma população de 6,7 milhões de habitantes em 352 municípios, o que representa atendimento a 3,5% da população brasileira e a 10,4% do Nordeste. Mais de cinco mil colaboradores diretos e indiretos atuam em suas empresas. Parte da história do setor elétrico brasileiro, a Energisa teve sua origem na CataguazesLeopoldina, sempre norteando suas ações pelo pioneirismo. Prova disso é o fato de ter sido a terceira companhia listada na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 1907. Atualmente, as ações do grupo são negociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro de São Paulo (BM&F Bovespa) sob os códigos ENGI3, ENGI4 e ENGI11 (Units). RETROSPECTIVA 2010 Nos nove primeiros meses de 2010, a Energisa acumulou R$ 2,17 bilhões de receita bruta consolidada, o que representa aumento de 11,8% sobre igual intervalo de 2009. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado reportado neste período foi de R$ 383,3 milhões, resultado 3,6% maior do que no ano anterior. O lucro líquido consolidado da companhia em nove meses de 2010 foi de R$ 159,5 milhões. Mesmo cumprindo um ciclo de investimentos, a Energisa encerrou os primeiros nove meses de 2010 com um nível confortável de posição consolidada de caixa e aplicações financeiras no montante de R$ 580,8 milhões. Este valor é 2,5 vezes superior às dívidas consolidadas de curto prazo e correspondem a 12,7% das suas dívidas totais consolidadas. Em 2010, a Energisa foi eleita destaque do setor de energia elétrica no Prêmio Abrasca de Criação de Valor. Com base na consistência de três anos de criação de valor, medida por lucro, dividendos, preço das ações, entre outros fatores, a Energisa foi eleita a melhor entre as companhias do setor de energia elétrica participantes. O levantamento realizado pela premiação aponta que a empresa gerou 71% de valor aos acionistas durante 2009 e 34% na média dos últimos três anos. Além disto, outros fatores foram decisivos para a escolha da companhia, como o crescimento do valor de mercado de R$ 1,3 bilhão em 2008 para R$ 2,3 bilhões no fim de 2009 e o total de R$ 123,3 milhões de dividendos pagos no ano passado. PERSPECTIVA 2011 O Grupo Energisa pretende investir no triênio 2010/2012 aproximadamente R$ 1,2 bilhão em geração e distribuição. Desse montante, R$ 675 milhões estão sendo destinados a projetos de energia renovável. Uma das grandes apostas da companhia como pilar de seu crescimento no mercado é intensificar os projetos de investimento neste tipo de energia, notadamente em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e em energia eólica. Em 2010, a Energisa entrou definitivamente no segmento de geração de energia elétrica por fonte eólica. O grupo foi um dos vencedores do 2º Leilão de Fontes Alternativas 2010, organizado pelo governo federal, e ganhou a concorrência para comercializar por 20 anos 59,7 MW médios, com potência instalada de 150 MW, ao preço de R$ 136,00 / MWh. Para suprir a demanda de energia vendida no leilão, a empresa vai construir cinco parques eólicos (Ventos de São Miguel, Renascença I, II, II e IV), com potência de 30 MW cada, nos municípios de Parazinho e João Câmara, no Rio Grande do Norte. A expectativa é que a operação comercial seja iniciada no primeiro semestre de 2013, com capacidade para geração anual média de 66,4 MW. Também estão em andamento as construções de três Pequenas Centrais Hidrelétricas na Bacia do Rio Grande (RJ), com capacidade de 31,2 MW. Duas delas já estão em fase de enchimento do reservatório para início de operação comercial. Recentemente, a Energisa revisou seu planejamento estratégico, ampliando sua meta inicial de chegar a 200 MW de capacidade instalada de geração até 2014. Agora o foco é implementar 500 MW de energia renovável até 2017. Maurício Perez Botelho – Vice-presidente de Finanças e Diretor de Relações com Investidores 94 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA EQUATORIAL (EQTL3) A COMPANHIA A Equatorial é uma empresa holding que possui investimentos na Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), na Geramar e na Equatorial Soluções. A Equatorial possui 65,11% da CEMAR, concessionária do serviço de distribuição de energia elétrica que atua em todo estado do Maranhão. A Equatorial também participa em 25% do capital da Geramar, sociedade responsável pela operação de 2 usinas térmicas no Maranhão, com capacidade instalada de 330MW. Adicionalmente, a Equatorial controla a Equatorial Soluções, empresa prestadora de serviços. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Equatorial concluiu o seu processo de Cisão Parcial, do qual originou-se a Redentor Energia, sociedade que detém indiretamente 13,03% da Light S.A. e cujo controle acionário está sendo alienado para uma sociedade a ser indicada pela CEMIG. Desta forma, a Equatorial buscou valorizar o seu acionista minoritário, que terá o direito de escolher alienar ou não sua participação indireta em Light, de acordo com as mesmas condições oferecidas ao acionista controlador de Equatorial. Adicionalmente, os resultados apresentados até o momento pela controlada CEMAR têm sido positivos, reafirmando a excelência e capacidade de gestão da Equatorial Energia. Ao longo do ano, o Programa Luz Para Todos atingiu a marca de mais de 260 mil novos consumidores no Maranhão, decorrência de nossa dedicação em levar energia elétrica às populações do meio rural e em contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico de mais de 1 milhão e 300 mil pessoas. E, finalmente, mas não menos importante, 2010 marcou o início das operações comerciais da Geramar, duas usinas termelétricas situadas no interior do Maranhão, que desde o 1º trimestre deste ano estão disponíveis a gerar energia. PERSPECTIVA 2011 As expectativas para a Equatorial Energia em 2011 são bastante positivas. Buscamos continuar melhorando nossa performance tanto operacional como financeira, com destaque para o programa de combate às perdas da CEMAR, programa que já demonstrou sua robustez com os resultados apresentados em 2010 e para as perspectivas de investimento no Maranhão. Como resultado de nosso trabalho, esperamos continuar entregando valorização diferenciada aos nossos acionistas, sempre buscando o mais alto nível de governança corporativa. Eduardo Haiama – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 95 LIGHT (LIGT3) A COMPANHIA A Empresa chegou ao Brasil em 1899, vinda do Canadá. No Rio, chegou em 1905 pela subsidiária The Rio de Janeiro Trainway, Light and Power Co. Ltd. Em pouco tempo assumiu o controle da iluminação pública a gás, logo substituída pela elétrica, que expandiu a produção e passou a servir indústrias, comércios e residências. Depois de vendida a Eletrobrás em 1979, foi privatizada em 1996. Em 2006, a empresa passou ao controle do Grupo Rio Minas Energia. Após uma reestruturação dentro do bloco de controle, a Cemig aumentou sua participação acionária. Hoje, a Light é uma holding de empresas que atuam nas áreas de: geração, distribuição e comercialização de energia e é responsável pela distribuição de energia elétrica em uma área de concessão de 10.970 km² do Estado do Rio de Janeiro, serve a 10 milhões de habitantes, abrangendo 31 municípios, aproximadamente 70% do consumo do Estado do Rio de Janeiro. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pela retomada do crescimento econômico. O consumo de energia na área de concessão da Light cresceu 6,0% até setembro, reflexo da melhoria nas condições econômicas. Também houve grande avanço no programa de combate às perdas, principalmente em duas frentes, uma com o início da utilização dos medidores eletrônicos centralizados para faturamento e outra no tocante às áreas de risco, com o sucesso da estratégia de implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, cuja invasão do Complexo do Alemão se tornou o símbolo da retomada do Estado nessas comunidades. Outros acontecimentos durante o ano reforçam a imagem da empresa junto aos seus investidores, como a distribuição de dividendos no valor de R$ 795 milhões, representando um dividend yield de 16,2% com payout de 100% sobre os resultados de 2007 e 2008 e 76,3% para o resultado de 2009; inclusão pelo 4º ano consecutivo no ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), consolidando o compromisso da empresa com a sustentabilidade. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 traz grandes desafios para os negócios da companhia. No segmento de distribuição, o programa de combate às perdas continua como prioridade, com a intensificação dos investimentos em novas tecnologias (medição eletrônica) e a realização de ações em áreas antes inacessíveis, na esteira das UPPs. Como estratégia de crescimento através da atividade de geração de energia, a Light tem o objetivo de dobrar a capacidade instalada atual do seu parque gerador, de 855 MW. Além dos projetos de geração em andamento já anunciados – PCH Lajes, PCH Paracambi e UHE Itaocara – que adicionarão121 MW à capacidade instalada atual, a Light tem dois sites para desenvolvimento de energia eólica com um total de 31 MW de capacidade instalada e ainda procura novas oportunidades, sejam greenfields ou brownfields ou através de Joint Venture com a Cemig. O momento do Estado do Rio de Janeiro é formidável, com atribuição de escala de "investment grade" pela Standard & Poor’s, criando melhores condições para conduzir suas políticas de investimento, que prevêem grandes projetos de infraestrutura, inclusive para os jogos Olímpicos e Copa do Mundo, o que gera grande oportunidade para o crescimento do consumo de energia elétrica. Relações com Investidores E S P E C I A L 96 P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA MPX ENERGIA (MPXE3) A COMPANHIA A MPX, uma empresa do Grupo EBX, é uma geradora de energia com um amplo portfólio de projetos de geração térmica e energia renovável, que a posicionam estrategicamente para se tornar uma geradora privada líder no setor elétrico brasileiro. A Companhia possui um portfólio de 4 empreendimentos com energia contratada e projetos greenfield, no Brasil e no Chile, totalizando mais de 10 GW de capacidade, além de ativos de classe mundial de carvão e gás natural na Colômbia e no Brasil, com flexibilidade para suprir as plantas próprias ou o mercado internacional. A companhia foi listada no Novo Mercado da Bovespa em 2007, seguindo assim os mais estritos padrões de governança corporativa. RETROSPECTIVA 2010 No ano de 2010, a MPX teve alta expressiva, superando amplamente o Ibovespa e o IEE. Dentre as conquistas em 2010, destacam-se: Em março de 2010 a MPX divulgou o Plano de Negócios da MPX Colômbia. O sistema MPX Colômbia contará com 2 minas a céu aberto e 1 subterrânea, além de ferrovia e porto próprios para escoamento da produção. A campanha de sondagem realizada até fev/2010 indicou recursos potenciais de 1,7 bilhão de toneladas de carvão. A produção deverá iniciar-se em 2012 e, com os recursos já identificados, poderá alcançar 15 milhões de toneladas anuais (Mtpa) em 2018. Emitida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado do Maranhão (SEMA) a Licença Prévia para o Complexo de Geração MPX Parnaíba que prevê a implantação de um complexo de geração a gás natural com capacidade de até 1.863 MW. Concluído o primeiro poço exploratório na Bacia do Parnaíba, o OGX-16, no Bloco PN-T-68, o qual apresentou fortes indícios de gás. Protocolados o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Plano de trabalhos e Obras (PTO) da Mina de Cañaverales junto ao Ministério de Meio Ambiente Colombiano (MAVDT). Definido o plano de perfuração para a certificação de recursos subterrâneos na Colômbia. Desembolsada junto ao BNDES, em outubro, a primeira parcela do financiamento de longo prazo da Usina MPX Pecém II, no valor de R$ 464 milhões. Iniciada, em 23 de outubro, a perfuração do segundo poço na Bacia do Parnaíba, o OGX-22, no Bloco PN-T-68, no qual foi identificado presença de gás, confirmando a presença de uma província petrolífera na região e ressaltando o potencial dos blocos. PERSPECTIVA 2011 Alguns catalisadores de curto prazo deverão destravar o valor das opcionalidades no Portfólio de Projetos da MPX. A evolução de nossas obras mantém-se de acordo com o cronograma e com previsão de entrada em operação antes do início dos contratos de venda de energia, criando a expectativa de geração de receitas para a Companhia ainda no final de 2011. Outro importante destaque em 2011 será a consolidação do Complexo de Geração do Parnaíba. A campanha exploratória será ainda mais intensa em 2011, com a perfuração de 9 poços adicionais, visando a confirmação do alto potencial gerador de gás dos blocos. O complexo de geração térmica do Parnaíba deverá ser um marco na expansão da geração a gás no Brasil e contribuirá significativamente para o crescimento da MPX. Os esforços de licenciamento e venda de Energia da MPX Sul, MPX Castilla e MPX Açu Fases I e II, além da construção da Usina Solar de MPX Tauá também serão importantes passos a serem conquistados em 2011. Desta maneira, a MPX estará estrategicamente posicionada nos mercados de energia e mineração de carvão térmico e alcançará objetivos que irão gerar valor aos nossos acionistas. Relações com Investidores 97 TRACTEBEL (TBLE3) A COMPANHIA A Tractebel Energia, com sede em Florianópolis, Santa Catarina, é responsável por cerca de 8% da geração de energia elétrica do país, sendo o maior gerador privado do Brasil. Seu parque, composto por 21 usinas hidrelétricas e termelétricas, tem capacidade instalada de 6.469 MW, o que significa um incremento superior a 70% desde a privatização da Gerasul em 1998 e demonstra seu foco em crescimento. A Tractebel Energia é listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. Empresa pertencente ao Grupo franco-belga GDF SUEZ, a Tractebel Energia conta com mais de 1.000 empregados no país e tem como maiores clientes concessionárias de distribuição de energia e indústrias - além de prestar serviços associados, como a implantação de instalações de cogeração, operação e manutenção de equipamentos de produção de energia e monitoramento da qualidade da energia. RETROSPECTIVA 2010 No ano de 2010, aumentamos em 41 MW a capacidade instalada de nosso parque gerador, com o início de operação da PCH Areia Branca, de 19,8 MW, e da usina de cogeração a bagaço de cana-de-açúcar Ibitiúva Bioenergética, de 21,2 MW. Outra conquista que marcou o ano foi a elevação dos padrões de governança corporativa em relação ao modelo de transferência de ativos entre a Companhia e seu controlador. Uma das ações implementadas foi a criação de um Comitê Independente para Transações com Partes Relacionadas, composto em sua maioria por membros independentes do Conselho de Administração da Companhia. O Comitê será responsável pela negociação das transações com o controlador e avaliação de criação de valor de novos projetos para a Companhia. O forte desempenho operacional, apresentado até o terceiro trimestre de 2010, deverá ser traduzido em crescimento dos resultados anuais da Companhia. A Tractebel Energia fechou o terceiro trimestre do ano com um crescimento de 15,9% na receita líquida acumulada se comparada a do mesmo período de 2009, atingindo R$ 2.993 milhões. O EBITDA avançou 18,5% em comparação ao acumulado de nove meses de 2009, passando de R$ 1.568,6 milhões para R$ 1.858,8 milhões nos 9M10. Colaborou para esse resultado a elevação do preço médio dos contratos de venda de energia, decorrente dos reajustes de preços dos contratos existentes e dos maiores preços praticados nos novos contratos, principalmente os com as comercializadoras de energia. O lucro líquido acumulado até o 3T10 alcançou R$ 844,2 milhões, crescimento de 7,8% em relação aos R$ 782,9 milhões apresentados nos nove meses de 2009. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 será marcado pelo ano da entrada em operação da hidrelétrica Estreito, com capacidade instalada de 1.087 MW, dos quais 435 pertencentes à Companhia. Outro evento esperado para o ano, ou até meados de 2012, é a aquisição da participação de 50,1% que o controlador possui na Energia Sustentável do Brasil, uma empresa de propósito específico responsável pela construção, manutenção, operação e venda da energia a ser gerada pela usina Jirau. Jirau terá uma potência de 3.450 MW, a partir de 46 turbinas de 75 MW cada, com início de operação previsto para maio de 2012. Adicionalmente, a Companhia mantém o interesse de participar de leilões de energia nova, geração eólica inclusa, com possibilidades de incrementar e diversificar sua matriz energética. A contínua busca pela expansão do parque gerador é fundamental para manter a posição da Tractebel Energia como empresa consolidadora no setor e para garantir o crescimento de seus resultados nos próximos anos. A administração mantém seu guidance mínimo de payout de 55% para 2011, em razão do considerável volume de investimentos previstos. Relações com Investidores 98 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 ENERGIA TRANSMISSÃO PAULISTA (TRPL4) A COMPANHIA Controlada pelo Grupo Empresarial ISA, um dos maiores grupos do setor de energia elétrica e de telecomunicações na América Latina, a CTEEP - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista é a principal empresa concessionária privada do setor de transmissão de energia elétrica do Brasil, responsável pela transmissão de 30% de toda energia produzida no País e por 60% da consumida na região Sudeste. Com capacidade instalada de 43.973 MVA, é responsável pela transmissão de quase 100% da energia elétrica consumida no Estado de São Paulo, que responde por 30% do PIB nacional. Para garantir a excelência no atendimento aos seus clientes, conta com uma infra-estrutura complexa formada por uma rede de 12.272 km de linhas de transmissão, 18.698 km de circuitos, 105 subestações com tensão de até 550 kV e 2.488 km de cabos de fibra ótica. A Companhia investe na modernização de sistemas, na inovação de processos e na expansão da capacidade de seu sistema de transmissão. Sua estratégia de crescimento contempla a otimização dos ativos existentes, a participação em leilões de novas linhas de transmissão e a avaliação constante das oportunidades de aquisição no mercado de transmissão. Com ações listadas na BM&FBovespa, a CTEEP participa, desde 2002, do Nível 1 de governança corporativa; tem suas ações listadas no Ibovespa, o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado brasileiro de ações. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010 confirmamos nosso posicionamento como a principal empresa concessionária privada do setor de transmissão de energia elétrica do Brasil. Os recursos destinados para as obras de reforço do sistema somaram mais R$ 311,8 milhões, até novembro de 2010. O valor representa 47,3% a mais do total investido no ano passado (R$ 211,6 milhões). Os investimentos em energizações — entrada em operação de novas subestações ou linhas de transmissão — têm sido crescentes dentro do planejamento estratégico da Companhia. Até 20 de outubro deste ano, a CTEEP já energizou 69 obras. Para o final do ano, a meta é totalizar a operação de 97 projetos – 12% a mais do verificado em 2009 -, com RAP (receita anual permitida) de R$ 22,8 milhões. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 será marcado por grandes projetos no setor de transmissão de energia elétrica no Brasil, com destaque para o leilão de Belo Monte. Importante destacar que, com a proximidade dos dois grandes eventos de 2014 e 2016 e a crescente demanda por investimentos em infraestrutura, esperamos um importante crescimento dos resultados da Companhia por meio de reforços e ampliações no sistema existente – um dos principais vetores do crescimento da CTEEP. Relações com Investidores 99 FERTILIZANTES A adubação é imprescindível na exploração agrícola em diversos solos e a agricultura depende basicamente de três principais macronutrientes: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio EMPRESAS ACOMPANHADAS (K). O nitrogênio é indispensável à fotossíntese, auxilia a formação das folhagens e favorece o rápido crescimento da planta. O potássio possui importância para o metabolismo da planta, no FERT. HERINGER funcionamento dos líquidos que nela circulam. Ele é um nutriente fundamental para a (FHER3) qualidade dos frutos e das hortaliças e para a formação das fibras vegetais. Já o fósforo é VALEFERT fundamental em várias reações químicas dentro da planta, mas é na raiz que se nota a sua (FFTL4) importância: ele faz com que a raiz explore maior área do solo e retire mais nutrientes, o que significa plantas mais fortes e desenvolvidas, mais frutos e grãos. Apesar de ser um dos maiores detentores mundiais de reservas de potássio e fósforo, o Brasil é amplamente dependente de importações de insumos para fertilizantes. Com o aumento significativo nos preços dos minerais, verificados sobretudo em 2007 e 2008, o governo tem se movimentado para estimular a produção doméstica do complexo nitrogênio-fósforopotássio (NPK). Entre 2011 e 2014, oito projetos de investimento no setor devem entrar em operação, metade deles liderados pela Vale. Juntos, os aportes somam R$ 7,9 bilhões e devem aumentar a capacidade de produção de fosfato, potássio e nitrogênio em 2,9 milhões de t, 1,2 milhão de t e 1,6 milhão de t, respectivamente. O Centro-Oeste e o Nordeste concentram 46% e 23% dos investimentos, nesta ordem, seguidos pelo Sul (14%), Sudeste (13%) e Norte (5%). Lembramos que a divisão Vale Fertilizantes assumiu os projetos da antiga Fosfértil, adquirida pela mineradora, enquanto a Vale manteve seus projetos anteriores. A empresa está em processo de consolidação e a Vale Fertilizantes deve passar a controlar também os projetos da Vale no setor, extinguindo a divisão atualmente vigente dentro do grupo. Não descartamos a possibilidade da ValeFert vir a mercado para fazer uma nova capitalização futuramente, com isso não trabalhamos com fechamento de capital da “antiga Fosfertil”. Apesar de a Petrobras contar com apenas um projeto, que envolve a utilização de gás natural para a produção de nitrogenados (amônia e uréia), o investimento de R$ 3,6 bilhões é superior aos R$ 3,4 bilhões que serão desembolsados pela Vale. A estatal também deve realizar novos projetos ou concessões, dadas as descobertas recentes de minas de potássio. Vale observar ainda que o aumento da capacidade de produção de fertilizantes no País ocorrerá com uma mudança no perfil das empresas atuantes no setor, com o aumento da presença do capital nacional e diminuição da presença de empresas multinacionais. Para 2011, com a melhora na demanda internacional por grãos, existe tendência de aumentar a propensão para o cultivo em diversos países, fato que poderá seguir favorecendo os preços dos fertilizantes com graduais recuperações, a exemplo do que se observou a partir de jul/10. Tal fato, aliado à observação das empresas do setor terem entrado no ano de 2010 com estoques mais ajustados, deverão trazer reflexos positivos em sua rentabilidade. Caso confirmadas estas expectativas, a comercialização da safra agrícola 2010/11, que ocorrerá a partir de mar/11, será realizada em patamar de preços mais favoráveis, o que deverá contribuir para a melhora na renda agrícola e, conseqüentemente, nas decisões de plantio na temporada 2011/12, com impactos positivos na cadeia do agronegócio, que envolve desde agricultores e pecuaristas até os fornecedores de fertilizantes, sementes, rações, máquinas agrícolas e equipamentos de armazenagem. Com a maturação dos investimentos no setor, seja através de novos projetos ou do aumento da capacidade das minas já em operação, deverá ocorrer uma redução na dependência do País em relação às importações, com impacto relevante sobre o saldo da balança comercial. MANTER COMPRAR R$ 24,50 100 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 FERTILIZANTES FERTILIZANTES HERINGER (FHER3) A COMPANHIA A Fertilizantes Heringer S.A. é uma das companhias pioneiras na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, com atuação nacional e 42 anos de presença neste mercado. A Companhia teve um crescimento significativo em toda sua trajetória, resultado de investimentos em novas unidades de produção, qualidade de seus produtos, atendimento diferenciado a seus clientes, ampla rede de comercialização e distribuição, acesso seguro e estável a matérias-primas, agilidade no processo decisório e posicionamento estratégico oportuno dentro de importantes mercados regionais. Exercem suas atividades por meio de 19 unidades de produção estrategicamente localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Sergipe, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Todas essas unidades produzem, comercializam e distribuem fertilizantes para atender a diferentes culturas agrícolas brasileiras, conforme as necessidades de seus respectivos clientes. Fertilizantes Heringer – “Orgulho de ser brasileira” RETROSPECTIVA 2010 É esperado para o ano de 2010 um significativo aumento do volume de entregas perto de 24 milhões de toneladas, com um crescimento aproximado de 8%. Isso beneficia muito o setor como um todo, principalmente com relação as margens . A valorização dos preços das commodities agrícolas impulsionou o mercado, fazendo com que os agricultores investissem mais em suas lavouras. A Fertilizantes Heringer S.A. mostrou sua importância no mercado, tendo em vista o aumento de capacidade de mistura em algumas fábricas e a inauguração de uma fabrica em Dourados/MS. A capacidade atual é de 5,4 milhões de toneladas ano. Essa capacidade está acima do volume de entregas da Companhia, visando atender prontamente seus atuais 46 mil clientes. No acumulado dos 9 meses, a participação de mercado foi de 17,9%, 2,0 pontos percentuais acima do que no mesmo período de 2009, as entregas somaram 2.985,3 milhões de toneladas, sendo 17,5% acima comparado com o mesmo período de 2009. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para o agronegócio brasileiro para 2011 estão fortemente vinculadas ao desenvolvimento da economia mundial, pois tem grande dependência das exportações de suco de laranja, açúcar, soja, milho, carnes, etc., para outros países. O aumento da demanda internacional por commodities agrícolas e seus preços se vincula ao incremento de renda nos países emergentes nos últimos anos e ao crescimento populacional. O setor de fertilizantes está fortemente ligado ao desenvolvimento da agricultura, por isso espera-se um aumento no consumo, aquecendo ainda mais o mercado. Wilson Rio Mardonado – Diretor de Controladoria e Relações com Investidores 101 IMOBILIÁRIO / LOCAÇÃO COMERCIAL 2010 foi um ano de forte demanda e preços crescentes tanto quando falamos de locação comercial, quanto do ramo imobiliário. As companhias de intermediação imobiliária se EMPRESAS ACOMPANHADAS aproveitam dos mesmos drivers de crescimento das construtoras, o mercado está aquecido, a oferta de empreendimentos é grande, mas a demanda parece ser maior ainda. BR BROKERS E quando olhamos para déficit habitacional, desemprego em baixa e expansão de renda o (BBRK3) cenário se mostra bastante animador para os próximos anos. Ainda há a questão da BR PROPERTIES consolidação. As companhias têm, fortemente, buscado crescer geograficamente através (BRPR3) de aquisições e com o crescimento cada vez mais forte observado fora dos grandes CYRELA CP (CCPR3) centros, esse fenômeno deve se intensificar. Taxa de Vacância - Escritórios 20% 15% 10% 5% 0% 2005 2006 2007 2008 SP 2009 2010 - 3º trim Rio Quando olhamos para a atuação das empresas de locação comercial listadas em bolsa, nos deparamos com uma concentração maior nos mercados mais badalados do país, leiase eixo Rio-São Paulo, e por isso é sobre essa região que vamos discorrer nesse relatório. No “Estado da Guanabara”, espremido entre mar e montanha, que além do aumento natural de demanda por crescimento econômico, perece que vai concentrar a organização tanto de Copa do Mundo quanto de Olimpíadas a serem realizadas em território tupiniquim e há ainda o Pré-sal, e diversas empresas que se aproveitam direta ou indiretamente desses eventos devem se instalar na cidade. Assim como no ano passado, a absorção líquida (diferença entre o número de escritórios alugados nesse período e os escritórios que ficaram vagos mais a nova oferta) foi grande, fechando os nove meses em 85.900,0 m², sendo que quando olhamos apenas para edifícios classe A, a absorção líquida foi de 66.000 m² no mesmo período, a maior da história para esse segmento. A taxa de vacância dos edifícios comerciais cariocas continua bem abaixo da média histórica, a vacância total do mercado está em 3,1%, enquanto algumas regiões já têm vacância inferior a 1%. Com tudo isso, os preços continuam a subir, especialmente no Centro, cujo patamar de preço já chega próximo ao da Zona Sul. Já do lado de cá da ponte aérea, sem as limitações geográficas encontradas em terras cariocas, encontramos saturação apenas quando olhamos para as regiões como Paulista e Faria Lima, a “casa” do mercado financeiro. A taxa de vacância nessas regiões está abaixo dos 4%, sendo que nos empreendimentos considerados triple A da Faria Lima, a vacância é zero. Quando olhamos para o mercado total a vacância paulista chegou a 4,9% no final de setembro, menor índice histórico de vacância de escritórios na capital paulista. O que deve continuar nos próximos anos é o aumento do número de empresas se instalando fora dessas áreas mais badaladas, em regiões próximas a Marginal Pinheiros e Alphaville, por exemplo, onde ainda há espaço para a oferta de novos empreendimentos. LOPES BRASIL (LPSB3) COMPRAR SÃO CARLOS (SCAR3) COMPRAR 102 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 IMOBILIÁRIO / LOCAÇÃO COMERCIAL BR BROKERS (BBRK3) A COMPANHIA A companhia foi constituída em janeiro de 2007. Abrimos capital na Bovespa no dia 29 de outubro de 2007, quando já tínhamos adquirido 16 imobiliárias, com atuação em 10 estados. Até agosto de 2008 (menos de um ano após nossa abertura de capital), adquirimos mais 10 companhias, entre elas a Abyara Brokers, uma das empresas líderes do mercado de São Paulo. Graças a este ousado plano de aquisições conquistamos posição de liderança do setor com pouco mais de 18 meses de operação. Formávamos em setembro de 2010, a maior força de vendas do setor no país com mais de 12.500 corretores parceiros distribuídos em 906 pontos de venda, em 15 estados além do Distrito Federal. Oferecemos aos nossos clientes uma carteira imobiliária vasta para intermediação de venda de edifícios, unidades residenciais, loteamentos, condomínios de casas, shopping centers, conjuntos comerciais, flats e hotéis. Além disso, atuamos em todos os segmentos de renda, comercializando desde imóveis de padrão econômico até imóveis de alto padrão. Nosso maior diferencial é atuar em âmbito nacional, porém aproveitando a experiência e o conhecimento local de nossas subsidiárias, por isso trabalhamos com todos os incorporadores de capital aberto e mais 300 outros incorporadores não listados. RETROSPECTIVA 2010 Nos nove primeiros meses de 2010, a Companhia atingiu R$ 11,1 bilhões em vendas contratadas, um crescimento de 43% frente ao mesmo período de 2009. Adicionalmente, a Brasil Brokers mostrou estar bem posicionada para aproveitar o potencial de crescimento do segmento econômico: no 3T10 esse segmento representou 48% das unidades vendidas. Destacamos também nossas vendas no mercado secundário que alcançavam R$ 1,7 bilhão nos nove primeiros meses de 2010. O resultado apresentado pela Brasil Brokers no terceiro trimestre mostrou não só a retomada do mercado imobiliário brasileiro, mas também a eficiência operacional da Companhia. O EBITDA Ajustado aumentou 52% em relação aos nove primeiros meses de 2009, além disso, a margem EBITDA Ajustada foi de 38%. Já o Lucro Líquido Ajustado da Companhia foi de R$ 57 milhões, 68% maior que nos nove primeiros meses de 2009. PERSPECTIVA 2011 Em 2011 acreditamos que o mercado imobiliário brasileiro continuará em expansão e esperamos que o mesmo ocorra com a operação da companhia. Pretendemos continuar nosso processo de expansão de lojas, com foco no mercado secundário, tendo assinado em outubro de 2010 um contrato de parceria com o HSBC para oferta de crédito imobiliário aos nossos clientes deste mercado, recebendo uma comissão sobre o volume contratado. Esperamos que a parceria torne-se operacional já no primeiro trimestre de 2011. Ainda em dezembro de 2010 retomamos nosso plano de expansão através de aquisições com a compra da Galvão, imobiliária que atua na cidade de Curitiba, um mercado relevante no qual ainda não atuávamos. Relações com Investidores 103 BR PROPERTIES (BRPR3) A COMPANHIA A BR Properties é uma das principais empresas de investimento em imóveis comerciais no Brasil, com foco na aquisição, locação, administração, desenvolvimento e venda de imóveis comerciais, incluindo edifícios de escritório, galpões industriais e de logística, e imóveis voltados ao varejo. A Companhia objetiva adquirir imóveis estrategicamente localizados, com alta rentabilidade e forte potencial de apreciação. A BR Properties também obtém receitas através de uma administração predial especializada, dinâmica e proativa, que agrega valor ao imóvel. A Companhia também agrega valor ao imóvel através de melhorias, expansões da área bruta locável (ABL), e redução do custo de ocupação total do locatário. Atualmente, a BR Properties possui em seu portfólio 62 imóveis comerciais, com uma área bruta locável (ABL) de 1.025.248 m², que representam um valor de mercado de aproximadamente R$ 3,4 bilhões de acordo com a CB Richard Ellis e estimativas internas da Companhia. A Companhia também possui 4 projetos em desenvolvimento que, uma vez finalizados, adicionarão 148.313 m² de ABL ao portfólio. A BR Properties monitora o mercado imobiliário comercial brasileiro a fim de antecipar tendências de oferta e demanda das diversas regiões onde atua, de forma a avaliar oportunidades de aquisição e, ao vendêlos, realizar ganhos dos imóveis que já se valorizaram. Sua estratégia de negócios inclui também a aquisição de imóveis na modalidade de “Sale-Lease-Back”, desenvolvimentos “Built to Suit” e, ainda, a incorporação de empreendimentos imobiliários comerciais, com a finalidade de mantê-los em carteira para renda. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi transformacional para a BR Properties. Continuamos nossa vertiginosa expansão do portfólio, visando consolidar uma indústria altamente fragmentada com aquisições que agregam valor. Adquirimos, até a presente data, 17 imóveis comerciais, com um valor de mercado estimado de R$ 1,6 bilhão e 413.614 m² de área bruta locável (ABL). Em março deste ano, a Companhia concluiu sua oferta pública inicial (IPO), arrecadando aproximadamente R$ 726 milhões para continuar seu expressivo plano de crescimento proposto. Em outubro, a BR Properties acessou pela primeira vez o mercado de dívida internacional, emitindo um bônus perpétuo para investidores qualificados no valor de US$ 200 milhões, que serão utilizados para fazer novas aquisições. No período de nove meses de 2010, o EBITDA ajustado pro-forma da Companhia, em que consideramos o total potencial de geração de receita dos imóveis adquiridos ao decorrer do ano, totalizou R$ 162,4 milhões, com uma margem EBITDA ajustada de 88%, uma das maiores da indústria. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para o ano de 2011 seguem a mesma linha do que foi adotada no ano de 2010. Planejamos continuar nossa forte expansão do portfólio, utilizando os recursos em caixa e provenientes da emissão do bônus perpétuo. Com estas aquisições, a Companhia planeja continuar sua estratégia de consolidação, reforçando sua posição como maior companhia aberta de imóveis comerciais do Brasil. Continuamos acreditando em um cenário extremamente benéfico para o setor de locações comerciais, com baixos níveis de novo estoque e elevada demanda refletindo nos níveis de vacância historicamente baixos e um contínuo aumento no valor médio dos aluguéis. Pedro Daltro – Diretor de Relações com Investidores 104 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 IMOBILIÁRIO / LOCAÇÃO COMERCIAL CYRELA COMMERCIAL PROPERTIES (CCPR3) A COMPANHIA A CCP é uma das principais empresas de investimentos, locação e venda de propriedades comerciais do Brasil com foco no desenvolvimento e aquisição de edifícios corporativos de alto padrão, shopping centers e centros de distribuição. A Companhia busca oportunidades de compra, venda e revenda de imóveis comerciais que, com base em sua experiência e conhecimento do mercado imobiliário comercial, possam lhe oferecer ganhos. Atualmente, possui 192,6 mil m² de área locável e mais 285,3 mil m² em projetos em desenvolvimento a serem entregues nos próximos anos. A CCP também administra seus imóveis com o objetivo de maximizar o valor de suas unidades, além de serem remunerados por gerenciar os ativos envolvidos na joint venture com o CPP (Canadian Pension Plan) e GIC (Government of Singapore Investment Corporation). RETROSPECTIVA 2010 Como estratégia de nossos negócios em investir no setor de propriedades comerciais, em 2010 anunciamos o (i) aumento da participação no Shopping D para 31,6%; (ii) aumento da participação no projeto Torre Matarazzo para 42%; (iii) lançamento do Shopping Metropolitano Barra no Rio de Janeiro; (iv) receita apurada de R$ 6,8 milhões com vendas de propriedades; (v) incremento médio de 20,6% nos contratos de locação com as revisionais celebradas durante o ano; (vi) aquisição de terreno na região da Faria Lima para o desenvolvimento de torre corporativa AAA; (vii) desenvolvimento de Shopping Center em Belo Horizonte, MG; (viii) desenvolvimento de Shopping Center em Belém do Pará; (ix) aquisição de dois terrenos no município de Cajamar, SP para a construção de Parque Logístico, cuja primeira fase foi 100% pré locada; (x) aquisição de terreno no município de Queimados, RJ para a construção de Parque Logístico; e (xi) Aquisição de terreno no município de Jundiaí, SP para a construção de centro logístico; PERSPECTIVA 2011 A Companhia está confiante no crescimento e desenvolvimento no segmento em que atua e pretende continuar buscando oportunidades para novos negócios. Relações com Investidores 105 LOPES BRASIL (LPSB3) A COMPANHIA Acreditamos ser a maior empresa de soluções integradas de intermediação, consultoria e promoção de financiamentos de imóveis do Brasil, em termos de lucratividade, tendo vendido no mercado um valor geral de vendas de R$9,3 bilhões em 2009 e, até 30 de setembro de 2010, R$ 9,6 bilhões. Atuamos em 12 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Acreditamos ser a única companhia do setor no Brasil de intermediação imobiliária integrada em todos os Estados em que atuamos. Oferecemos uma plataforma de soluções completa aos nossos clientes, desde a consultoria imobiliária, contando com equipe especializada em inteligência de negócios, até a intermediação de lançamentos, revendas e promoção de financiamentos imobiliários. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, superamos nossos índices históricos chegando a atingir resultados nos mesmos patamares do IPO, quando éramos apenas uma empresa focada no mercado de lançamentos imobiliários. Iniciamos o processo de aquisições no mercado secundário, com a consolidação de quatro empresas dedicadas a este segmento. Além disso, concretizamos o processo de aquisição da Patrimóvel, empresa líder do setor no Rio de Janeiro. No segmento de financiamento imobiliário, a CrediPronto financiou R$ 387,1 milhões nos 9M10, um aumento de 326% em relação ao mesmo período do ano passado. Estamos confiantes com a nossa estratégia de expansão no mercado secundário, consolidação do mercado primário e desenvolvimento do mercado de financiamentos imobiliários no Brasil. Acreditamos que 2010 foi um ano de grandes realizações para a Companhia e nossos sólidos resultados revelam que estamos caminhando na direção correta. PERSPECTIVA 2011 Acreditamos poder nos beneficiar do crescimento e amadurecimento do mercado imobiliário brasileiro, inclusive da esperada expansão do crédito imobiliário em relação ao PIB, sem incorrer os riscos inerentes às atividades de incorporação imobiliária, devido à pouca necessidade de capital e à alta capilaridade de geração de caixa em nossas operações. Pretendemos explorar ativamente oportunidades de expansão nos vários mercados e segmentos em que atuamos, de forma a expandir a nossa presença tanto no mercado primário (refere-se a lançamentos imobiliários) como, especialmente, no mercado secundário (refere-se a revenda de imóveis novos e usados). Relações com Investidores 106 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 IMOBILIÁRIO / LOCAÇÃO COMERCIAL SÃO CARLOS (SCAR3) A COMPANHIA A São Carlos Empreendimentos é uma das principais empresas de investimento e administração de imóveis comerciais do Brasil. Sua especialidade é comprar o controle de imóveis ineficientes e baratos; fazer intervenções pontuais e com investimento baixo, com o objetivo de maximizar a geração de receita de aluguel e valor de mercado; e depois vender com boa lucratividade. Atualmente o portfólio da 2 companhia tem 38 imóveis comerciais, aproximadamente 413 mil m de área locável e valor de mercado estimado em R$ 2,26 bilhões. O foco da empresa é trabalhar principalmente com edifícios de escritório localizados em São Paulo e Rio de Janeiro, e lojas de varejo. RETROSPECTIVA 2010 2010 foi o melhor ano da companhia até hoje, tanto em termos de compras de imóveis quanto em termos de rentabilidade. Neste ano a companhia investiu R$ 446 milhões em aquisições – um volume recorde – e vendeu 9 lojas de varejo e um edifício de escritório, pelo total de R$ 68 milhões. A análise da receita de locação dos próximos 12 meses em relação ao valor de mercado do imóvel (cap rate), aponta que adquirimos imóveis em 2010 com cap rate médio de 3º ano de 14,5%, e vendemos imóveis com cap rate médio de 10,9% (o que equivale a dizer que compramos imóveis mais baratos do que efetivamente vendemos). Estas vendas de imóveis em conjunto geraram lucro contábil de R$ 44 milhões para a Companhia em 2010. Continuamos apresentando resultados com rentabilidade entre as mais altas do setor imobiliário no Brasil – as margens NOI, EBITDA e FFO foram de 98%, 88% e 51% respectivamente, no 9M10. A companhia apresenta atualmente uma situação financeira bastante confortável, com saldo de caixa pro forma de R$ 315 milhões. Nos 12 meses anteriores a Setembro de 2010 o portfólio de imóveis da São Carlos valorizou 25% sobre a mesma base. PERSPECTIVA 2011 A despeito da perspectiva de aumento na taxa básica de juros e do aumento na taxa de inflação no Brasil no início de 2011, acreditamos que o cenário para o nosso segmento do mercado imobiliário e para a São Carlos continuará favorável, principalmente devido à demanda por lajes corporativas em geral mais forte do que a oferta disponível. A taxa IGP-M de inflação reajusta praticamente todos os contratos de locação da São Carlos, mas reajusta apenas 10% dos financiamentos. Os vetores de crescimento da companhia são: (a) grande capacidade de investimento e execução; (b) aumento da receita de locação nos contratos que estão vencendo; e (c) expansão da área locável em determinados imóveis. Continuaremos a trabalhar com uma estrutura bastante enxuta e focada, buscando aumentar a margem EBITDA e a geração de caixa, gerando assim bons retornos. Relações com Investidores 107 LOGÍSTICA / TRANSPORTES O Brasil tem tudo para ter uma das melhores décadas de sua história no tocante a crescimento econômico. Porém, alguns importantes gargalos se encontram no EMPRESAS ACOMPANHADAS caminho do país até o desenvolvimento. Diversos setores já vêem escassez de mão de obra especializada, por exemplo, e a tendência é que além do já observado forte ALL crescimento das importações de produtos, fruto de um real valorizado, devemos (ALLL3) COMPRAR R$ 23,00 passar a importar profissionais estrangeiros para nossas empresas. Mas esse é um CCR COMPRAR assunto para um outro relatório pois o foco desse texto é o setor de logística que é (CCRO3) outro importante gargalo a ser transposto e que deve ser destino de pesados ECORODOVIAS (ECOR3) investimentos nos anos vindouros. JULIO SIMÕES (JSLG3) Evolução da Movimentação de Cargas -Portos BR 10,3% 9,0% / ano 7,5% LLX (LLXL3) LOCALIZA COMPRAR (RENT3) 1,8% LOG IN MANTER (LOGN3) 2008 2009 2010* 2011* 2012-2014* OHL BRASIL MANTER (OHLB3) -4,6% SANTOS BRASIL (STBP11) Os principais portos do Brasil não se mostram capacitados a receber um crescimento TEGMA mais acelerado na demanda e esperamos que a movimentação de cargas nos (TGMA3) terminais brasileiros cresça a taxas superiores às vistas nos últimos anos. Segundo a TRIUNFO PART Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), a movimentação total de cargas (TPIS3) evoluiu apenas 1,8% em 2008 e em 2009 caiu 4,6% em relação ao ano anterior. A projeção é que em 2010, o aumento do volume nos portos seja de 10,3%, em 2011, de 7,5%, e entre 2012 a 2014, crescimento médio de 9%. De acordo com estudos do IPEA (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os investimentos públicos não tem sido suficientes, os portos brasileiros necessitariam de R$ 42,8 bilhões tanto para melhorar a movimentação dos navios nos portos quanto na evolução dos acessos terrestres a esses locais. E o quadro não muda muito quando olhamos para mobilidade urbana e movimentação de cargas dentro do território nacional. Aí que surgem oportunidades para a iniciativa privada. Exportadores de minério de ferro, celulose, etc. têm investido na construção de terminais privativos. As antigas concessionárias de rodovias, vendo as TIRs (taxa interna de retorno) dos leilões recentes bem abaixo do que se via no passado, também estão de olhos bem abertos, buscando, cada uma à seu modo, diversificar sua atuação. Por isso, além dos editais dos leilões de rodovias em Minas e São Paulo e de algumas rodovias federais, devem estar sobre as mesas dos executivos do setor projetos de metrôs, VLTs (veículos leves sobre trilhos), terminais portuários e complexos logísticos integrados. O relógio está rodando, além do substancial crescimento esperado para nossa economia interna, temos grandes eventos internacionais batendo a nossa porta, e não há como adiar esses investimentos. E quem souber escolher sabiamente pode colher os frutos junto com o Brasil. MANTER R$ 26,00 COMPRAR 108 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 LOGÍSTICA / TRANSPORTES ALL (ALLL3) A COMPANHIA A ALL opera 21.300 km de malha ferroviária, 1.095 locomotivas, 31.650 vagões, 650 veículos rodoviários, centros de distribuição e áreas de armazenamento. As operações da ALL abrangem uma área responsável por aproximadamente 65% do PIB do Mercosul e a Companhia atende a sete dos portos mais ativos no Brasil e na Argentina, por meio dos quais aproximadamente 78% de todas as exportações de grãos da América do Sul são embarcadas anualmente. A Companhia oferece uma completa gama de serviços de logística, incluindo transporte ferroviário nacional e internacional, transporte intermodal porta-a-porta, serviços de distribuição e armazenamento. Os serviços são prestados no Brasil e na Argentina por três unidades de negócios: commodities agrícolas, produtos industriais e serviços rodoviários. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, ano que marcou o ingresso da ALL no Novo Mercado da Bovespa, o volume da ALL Brasil nos noves meses cresceu 6,4% comparado ao mesmo período do ano anterior. No 3T10, o crescimento foi de 9,6%, atingindo 11.034 milhões de TKU. Nos 9M10 o EBITDA da ALL cresceu 12,2%, para R$ 1.098,2 milhões, com crescimento de margem de 49,8% para 51,2%. O lucro líquido cresceu 134% para R$ 223,1 milhões neste mesmo período, com crescimento de receita operacional após despesas financeiras de 313%, para R$ 234,5 milhões. Nossos projetos de longo prazo continuam avançando bem. A extensão de nossa ferrovia ligando Alto Araguaia a Rondonópolis tem avançado como planejado e nosso acordo com a Rumo já está operacional, com os volumes devendo crescer de acordo com o cronograma de investimentos. Além disso, estamos trabalhando fortemente nos projetos de infra-estrutura nos segmentos de contêineres, terminais e mineração. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para 2011 são positivas. Nossa projeção de crescimento médio anual de volume é de pelo menos 10% no Brasil, durante os próximos 5 anos. Continuamos confiantes nos fundamentos positivos da ALL, tanto na capacidade da Companhia de manter sua história de crescimento orgânico, quanto nas possibilidades futuras com os projetos de longo prazo. Gustavo Portella Reichmann – Gerente de Relações com Investidores 109 CCR (CCRO3) A COMPANHIA O Grupo CCR é um dos maiores grupos de concessão de infraestrutura do mundo, controlando as concessionárias CCR Ponte (RJ), CCR NovaDutra (SP-RJ), CCR ViaLagos (RJ), CCR RodoNorte (PR), CCR AutoBAn (SP), CCR ViaOeste (SP) e CCR RodoAnel (SP), e, por meio de sua controlada CPC, a SPVias (SP), sendo que a CPC também participa da Renovias (SP), perfazendo um total de 2.437 quilômetros de rodovias. O Grupo CCR também atua em negócios correlatos, tendo participação de 38,25% no Grupo STP, que opera cobrança automática de pedágios e estacionamentos, com atuação em vários Estados do País e, por sua controlada CPC, detém participação de 45% no capital social da Controlar, concessionária que realiza o programa de inspeção veicular da Cidade de São Paulo. Além disso, o Grupo CCR iniciou este ano a sua atuação no segmento de transporte de passageiros com a Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, tendo participação de 58% no capital social na concessionária ViaQuatro. De suas ações ordinárias, 48,8% são negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, também de acordo com modelos contábeis internacionais. A companhia pertence aos índices IBrX-50, IBrX-100, MSCI Latin America e Ibovespa. Foi a pioneira no ingresso ao Novo Mercado da Bovespa, o segmento mais rígido do mercado acionário brasileiro. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pela forte recuperação da economia brasileira, o portfólio da companhia soube aproveitar tal crescimento apresentando um forte crescimento em seu tráfego consolidado. Aliado a tal cenário, a companhia seguiu seu compromisso de distribuição de dividendos para os acionistas. Pagamos, em abril, R$ 0,23 por ação e R$ 1,70 por ação em setembro, totalizando aproximadamente R$ 850 milhões em dividendos distribuídos aos acionistas da companhia. Esse ano também foi marcado por uma nova aquisição da CCR, a SPVias, a quinta maior concessionária de rodovias do Estado de São Paulo. A aquisição da SPVias confirma o acerto da estratégia de expansão de negócios do Grupo CCR, através de aquisições, oportunidades no mercado primário e desenvolvimento de negócios correlatos, sempre priorizando a qualidade da rentabilidade e manutenção da disciplina de capital da companhia. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 será marcado pelo início da operação completa da linha 4 (Fase I) do metrô de São Paulo. Além de ser a primeira PPP do Estado de São Paulo, esse projeto marcou o início da diversificação do portfólio da companhia. Os recentes indicadores da economia brasileira sugerem a continuação de um ambiente muito favorável em relação às perspectivas futuras de evolução para a companhia. O forte crescimento da economia nacional aliado aos eventos que o país deve receber (Copa do Mundo e Olimpíadas), tornaram necessários um grande esforço para novos investimentos em infra-estrutura no Brasil. Oportunidades claras para crescimento, desenvolvimento e diversificação do portfólio atual da CCR, sempre ancorado em uma disciplina de capital sustentável em busca da maior criação de valor e rentabilidade para o acionista. Relações com Investidores 110 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 LOGÍSTICA / TRANSPORTES ECORODOVIAS (ECOR3) A COMPANHIA Como uma das maiores empresas de infraestrutura logística integrada do Brasil, as operações da EcoRodovias estão organizadas em sistemas que incluem três terminais logísticos e cinco concessionárias de rodovias nos principais corredores de exportação e importação e de circulação de bens, de produção, de consumo e de turismo do país. Pelos mais de 1.450 quilômetros administrados pelo grupo, passam mais de 110 milhões de veículos por ano, o que representa 70% do fluxo de passageiros e turistas, e 48% de toda carga nacional movimentada para exportação e importação. Em São Paulo, o grupo EcoRodovias controla as concessionárias Ecovias e Ecopistas, que administram, respectivamente, o Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso ao Porto de Santos e às praias da Baixada Santista, e o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que liga a capital paulista ao Porto de São Sebastião e ao centro industrial Vale do Paraíba, às praias do litoral norte paulista e à região serrana de Campos do Jordão. No Paraná, a Ecovia administra a BR-277 de Curitiba a Paranaguá, acesso ao porto e ao litoral paranaense, e a Ecocataratas, de Guarapuava a Foz do Iguaçu, que, além de ser importante região turística, é também corredor de acesso ao Mercosul. No Rio Grande do Sul, a Ecosul administra o polo rodoviário de Pelotas, que dá acesso ao litoral gaúcho e ao porto de Rio Grande. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 representa um marco na história da companhia. Apenas sete meses após a realização do IPO, que captou, em abril, R$ 872 milhões, a valorização das ações da companhia de quase 50% traduz o quanto a estratégia da empresa foi compreendida pelo mercado. O ano também foi marcado pela assinatura do acordo de participação acionária da BRZ na Elog, braço de logística do grupo; pela concretização da compra da Armazéns Gerais Columbia e Eadi Sul, que somam, ao todo, 14 novos ativos no Sul e no Sudeste; inauguração do Ecopátio Imigrantes e celebração da assinatura do contrato de arrendamento de uma área de 1,8 milhão de metros quadrados para desenvolvimento do Ecopátio Viracopos. PERSPECTIVA 2011 A necessidade de o país garantir níveis de investimentos cada vez mais elevados na área de infraestrutrura em rodovias, portos e aeroportos, para reduzir os gargalos que ainda impedem o crescimento mais acelerado e contínuo da economia, abrem um leque de oportunidades para iniciativa privada, já que o setor público não dispõe de recursos suficientes para cumprir com tamanha demanda de investimentos. Diante desse cenário, a EcoRodovias se posiciona hoje como uma maiores empresas integradoras de logística do país. Além de uma das maiores operadoras de rodovias do Brasil, com a aquisição da Armazéns Gerais Colúmbia e Eadi Sul, por meio de contrato firmado em maio com a Elog, a empresa passa a ser uma das principais operadoras de terminais alfandegados, e a contar com sistemas logísticos em todas as rodovias que controla atualmente, ampliando sua área de influência nas regiões Sul e Sudeste. Com objetivo de ampliar essa cadeia logística, a companhia também observa oportunidades de negócios em portos e aeroportos, focados principalmente no transporte de cargas. No setor rodoviário, a companhia continua acompanhando o desenvolvimento de novos projetos de concessões rodoviárias, para participar de licitações sempre dentro da estratégia do grupo de atuar nos principais corredores de importação e exportação. Também vê oportunidades no mercado secundário e mantém negociações com os poderes concedentes para, por meio de novos investimentos, ampliar a capacidade de tráfego das rodovias sob sua administração. O foco de nossa estratégia é criar sistemas logísticos que integrem todos os serviços de importação e exportação em um único espaço, contribuindo decisivamente para dar mais eficiência à cadeia logística, reduzindo o custo das operações e tornando o Brasil mais competitivo. Relações com Investidores 111 JULIO SIMÕES (JSLG3) A COMPANHIA A Julio Simões Logística (“JSL”) é a empresa com o mais amplo portfólio de serviços logísticos do Brasil e líder em seu segmento em termos de receita líquida. Com cerca de 55 anos de experiência neste setor, a companhia atua em todo o território brasileiro e opera em toda a cadeia do processo produtivo, desde o transporte de carga até a completa terceirização das cadeias logísticas. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 representou um marco para a JSL. Após intensa preparação, a companhia abriu seu capital e estreou suas ações no Novo Mercado da BM&FBovespa no mês de abril, em uma oferta totalmente primária que arrecadou R$ 477,9 milhões, com o objetivo principal de fortalecer a posição financeira e suportar o crescimento de suas operações para os próximos anos. Na frente comercial foram obtidos expressivos resultados, com a negociação de novos contratos com receita no valor global de R$ 1,2 bilhão nos primeiros nove meses, a ser capturada ao longo dos próximos 5 anos. Tais contratos tiveram origem em clientes preexistentes (43% do total), fruto do constante esforço de aumentar a integração da companhia junto a seus parceiros, bem como junto a novos clientes (57% do total), muitos dos quais atuantes em setores crescentes da economia, o que poderá gerar importantes oportunidades de expansão das atividades da companhia num futuro próximo. Nos 9M10, a receita bruta da JSL registrou R$ 1,627 billhão, superando em 37,1% o faturamento dos 9M09. A receita bruta de Serviços registrou crescimento de 24,9%, totalizando R$ 1,350 bilhão, impulsionada tanto pelo forte crescimento de 12,3% na receita com os mesmos contratos existentes no período equivalente de 2009, como pela receita de R$ 208,7 milhões proveniente de novos contratos. No segmento de Venda de Ativos, a receita bruta totalizou R$ 276,7 milhões, crescimento anual de 162,6%. No mesmo período, o EBITDA-A registrou R$ 428,6 milhões, superando em 82,7% o desempenho dos 9M09 e correspondendo a uma margem EBITDA-A de 29,3%, melhora de 7,5 p.p. PERSPECTIVA 2011 Para o próximo ano, espera-se que a JSL continue sua sólida trajetória de crescimento, em função tanto do imenso potencial do mercado brasileiro, que vivência um momento de forte expansão e de busca pela competitividade, como pelo posicionamento único da companhia no mercado de logística, que combina a expertise operacional em diversos setores da economia, a oferta do mais amplo portfólio de serviços e a sólida reputação nesse mercado, construída ao longo de mais de cinco décadas de atuação. As perspectivas de crescimento da companhia são baseadas em 3 vertentes: o crescimento nos volumes operados nos contratos existentes, acompanhando a evolução dos negócios dos clientes; novos contratos na atual base de clientes, no qual a companhia possui grande histórico de sucesso na atividade de cross selling; e a captura de novos clientes, aproveitando suas claras vantagens competitivas para ampliar sua posição de liderança no setor. A JSL continuará investindo para capturar as oportunidades desse mercado e utilizará como alavancas sua experiência, reputação e solidez financeira, de forma a seguir oferecendo as melhores soluções logísticas para seus clientes atuais e potenciais no crescente mercado brasileiro. Relações com Investidores 112 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 LOGÍSTICA / TRANSPORTES LOCALIZA (RENT3) A COMPANHIA A Localiza Rent a Car S.A. foi fundada em 1973, durante o período do primeiro choque do petróleo, com 6 fuscas usados, comprados a crédito. Hoje, a Companhia é a maior locadora de automóveis da América do Sul, com mais de 450 agências em 8 países da América do Sul e uma frota de mais de 85 mil carros. A Empresa atua por meio de uma plataforma integrada de negócios, composta de 4 divisões: Aluguel de Carros, Franchising de Aluguel de Carros, Aluguel de Frotas e venda de carros Seminovos. Listada no Novo Mercado da Bovespa desde 2005, a Companhia é negociada com o ticker RENT3. DATA-BASE: 30/09/2010 RETROSPECTIVA 2010 Nos nove primeiros meses de 2010, a Companhia já havia gerado receita e EBITDA equivalentes a todo o ano de 2009 e um lucro líquido 56% superior. Este crescimento demonstra a competência da Companhia para aproveitar as oportunidades de mercado, reafirmando seu know-how e eficiência de gestão em aluguel de carros. A RENT3 foi ranqueada como a ação que mais se valorizou desde o IPO, 829,8% (Economática em 14/10/2010). Esta valorização reflete o forte crescimento com rentabilidade e os elevados padrões de Governança Corporativa adotados pela Localiza. PERSPECTIVA 2011 Investimentos apontados pelo BNDES em infra-estrutura, indústria e construção - incluindo a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 - estimados em cerca de R$ 1,3 trilhão até 2013 refletirão num forte crescimento do PIB. Neste contexto, o crescimento econômico do Brasil, o aumento da renda e a uma maior tendência de terceirização de frota, aliados às vantagens competitivas da Localiza em todos os elos do processo de aluguel – desde a captação de recursos, compra e aluguel dos carros até a venda dos veículos desativados – deverão continuar alavancando os negócios da Companhia. Novas agências de aluguel de carros e pontos de venda de Seminovos serão abertos, de forma a absorver o crescimento da demanda por aluguel e da renovação da frota. Sílvio Guerra – Relações com Investidores 113 LOG-IN (LOGN3) A COMPANHIA A Log-In Logística Intermodal S.A. (Log-In, BMF&Bovespa: LOGN3) atua na área de logística oferecendo ao mercado soluções integradas para movimentação portuária e transporte de contêineres porta-a-porta, por meio marítimo ou ferroviário, complementado por transporte rodoviário de curta distância, bem como para a armazenagem de contêineres em terminais terrestres intermodais de carga. RETROSPECTIVA 2010 Os indicadores divulgados ao longo de 2010 mostram boa recuperação nos fluxos de comércio exterior, inclusive na movimentação de cargas entre Brasil e Argentina, além de crescimento na economia brasileira. Dados informados pelo Boletim Focus do Banco Central indicam projeção de aumento de 7,5% para o PIB em 2010 e 4,5% em 2011. A produção física industrial acumula alta de 8,8% de janeiro a agosto de 2010 comparado ao mesmo período do ano passado. Para 2010, perspectivas indicam crescimento de 11,3%. A corrente de comércio exterior nos primeiros nove meses deste ano subiu 36,9% em relação ao mesmo período de 2009. E no comércio entre o Brasil e a Argentina, as exportações aumentaram 57,4% e as importações, 34%. A Log-In conquistou novos clientes, novas rotas e novos mercados foram desenvolvidos e a representatividade nas cadeias logísticas de clientes já existentes, incrementada. Na cabotagem e na rota ferroviária entre São Paulo e Centro Oeste, a Companhia passou a atender segmentos que anteriormente utilizavam outros modais de transporte, com captura de ganhos de market share sobre o transporte rodoviário de longa distância. O desempenho macroeconômico favorável observado nos últimos meses e a necessidade de uma menor dependência no transporte rodoviário na movimentação de cargas por médias e longas distâncias, aliados aos esforços realizados pelas diversas áreas da Companhia traduzemse nas melhorias obtidas pela Log-In ao longo de 2010. PERSPECTIVA 2011 A economia no Brasil vem crescendo em ritmo superior aos investimentos que estão sendo realizados para incrementar a infraestrutura logística do País. Este descompasso gera oportunidades para as empresas que atuam no setor. O segmento de logística apresenta perspectivas de crescimento para os próximos anos. Hoje são limitadas as alternativas para a movimentação da produção nacional de forma competitiva e o preço pago pela falta de investimentos em infraestrutura é elevado, o que reforça a necessidade da consolidação de uma companhia de logística integrada. Além disso, a tendência de conteinerização de cargas presente em todas as regiões do mundo é verificada também no Brasil. As empresas cada vez mais buscam a padronização no acondicionamento de suas cargas, que se traduz em menores custos envolvidos na movimentação das mesmas, o que para as empresas que atuam no segmento de logística intermodal é uma tendência positiva, pois gera oportunidades para o desenvolvimento de novos mercados. O Brasil tem dimensões continentais, são mais de 8 mil quilômetros de costa e a distribuição de renda entre as regiões brasileiras cria desafios no setor de logística e transporte. Hoje há um maior fluxo na movimentação de cargas originadas nas regiões sul e sudeste em direção ao nordeste e ao norte, o que acarreta um desbalanceamento no sistema de transporte do país. Aliado a essas características, para distâncias acima de 1.500 quilômetros, o modal de transporte mais eficiente é a navegação costeira, sendo os benefícios advindos pela utilização mais intensa deste modal substanciais para o desenvolvimento do País. A Log-In segue com o desenvolvimento de seu Plano de Investimentos iniciado em 2007, que tem por base a construção de uma matriz de transporte eficiente e sustentável para o Brasil, onde a navegação de cabotagem tem grande importância e tende a ser o principal pilar de crescimento frente aos demais negócios da Companhia. Relações com Investidores 114 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 LOGÍSTICA / TRANSPORTES OHL BRASIL (OHLB3) A COMPANHIA A OHL Brasil S.A. é uma das maiores companhias do setor de concessões de rodovias do Brasil em quilômetros administrados, com 3.226 Km em operação. Através de suas nove concessionárias, a OHL Brasil S.A. administra rodovias localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, detém 100% do capital das seguintes concessões estaduais: Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte; e das concessões federais: Autopista Fernão Dias, Autopista Regis Bittencourt, Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul e Autopista Fluminense. A Companhia é uma empresa brasileira com 60% do seu controle detido pela OHL Concesiones, sociedade espanhola que desenvolve suas atividades na área de promoção de infra-estrutura, incluindo a seleção de projetos, participação em licitações, financiamento, construção e operação dos mesmos. Atualmente, a OHL Concesiones, além de ser acionista majoritária da OHL Brasil, administra diversas sociedades concessionárias de rodovias na Espanha, Chile, Peru, México e Argentina. A OHL Concesiones é subsidiária integral da OHL S.A. empresa espanhola do setor de construção e concessão e uma das líderes desses setores. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 começou com a atividade econômica brasileira aquecida. O tráfego pedagiado nos nove primeiros meses do ano das concessionárias da OHL Brasil apresentou um crescimento de 39,9%, motivado pela evolução positiva do PIB e da produção industrial no período, bem como pela abertura das últimas praças de pedágio nas concessionárias federais. A última praça de pedágio entrou em operação em setembro e está localizada no município de Mairiporã, na concessionária Fernão Dias. Através das concessionárias estaduais foi realizada a primeira emissão de debêntures no mercado brasileiro, no valor de R$ 1,4 bilhão, sendo os recursos destinados ao refinanciamento de dívidas de curto prazo e à realização de investimentos. Em outubro foi aprovado pelo BNDES o empréstimo de longo prazo (15 anos) no valor de R$ 1,0 bilhão na concessionária Régis Bittencourt, com o objetivo de financiar a execução de melhoramentos e novas infraestruturas na rodovia. Nos nove primeiros meses do ano a Receita Líquida da OHL Brasil apresentou um aumento de 29,6%, o EBITDA cresceu 48,6% e o lucro líquido atingiu R$ 205 milhões, com um crescimento de 94,3% sobre o mesmo período do ano anterior. PERSPECTIVA 2011 Em 2011 as expectativas do mercado indicam que o PIB deverá crescer próximo a 4,5% e a produção industrial poderá avançar 4,7%. Espera-se também um aumento na taxa de juros básico da economia motivado pela pressão inflacionária, provocada pelo crescimento do consumo. A OHL Brasil S.A. acredita ainda que, com o advento da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, deverá haver uma aceleração dos processos de licitação no país e, consequentemente, um grande número de oportunidades de projetos de infraestrutura deve acontecer no nosso setor. Por último, esses acontecimentos devem contribuir para estimular novamente as taxas de crescimento nos próximos anos. Alessandro Scotoni Levy – Gerente de Relações com Investidores. 115 SANTOS BRASIL (STBP11) A COMPANHIA A Santos Brasil é uma das mais importantes prestadoras de serviços de infraestrutura portuária e logística do Brasil e atua em três segmentos de negócios: terminais de contêineres; logística portuária e terminais de veículos. A Companhia é a maior operadora de terminais de contêineres no Brasil, com aproximadamente 20% do mercado nacional. Desde 1997 opera o Tecon Santos, o maior terminal de contêineres da América Latina, localizado no Porto de Santos. Possui terminais de contêineres em Santa Catarina, o Tecon Imbituba e no Pará, o Tecon Vila do Conde. No Porto de Santos, também opera o Terminal de Veículos – TEV. Utilizando-se das sinergias e complementaridade entre os negócios, desde 2007 conta com seu braço logístico – a Santos Brasil Logística - para atuar fora dos limites portuários e oferecer soluções logísticas sofisticadas e integradas aos seus clientes, da movimentação portuária à armazenagem, transporte e distribuição. RETROSPECTIVA 2010 A Santos Brasil espera crescer o volume de contêineres operados em até 30%, com ganhos de market-share em todos os segmentos de negócios. Até os 9M10, o crescimento foi de 28,4% em movimentação de contêineres, 47,6 % em armazenagem de contêineres e 83,6% em movimentação de veículos. O crescimento da movimentação de contêineres exige investimentos decisivos em equipamentos, tecnologia, treinamento, segurança; ou seja, a constante necessidade de aumentar a capacidade e eficiência dos terminais para assegurar a competitividade portuária como forma eficiente de promoção do crescimento econômico. Desta forma, os investimentos previstos pela Companhia em 2010 foram de R$ 173 milhões, destinados essencialmente à expansão da capacidade operacional. Os investimentos realizados pela Companhia desde o início de suas atividades já superam R$ 2,8 bilhões a valor presente. Em um setor marcado por alta alavancagem operacional, a queda no volume das operações em 2009 aumentou o foco sobre a redução de custos e ajustes operacionais. Com maior eficiência na utilização dos seus equipamentos e controle do recurso homemhora empregado, a rentabilidade das operações foi impulsionada diante do cenário de expressiva recuperação em 2010. A previsão é que a Companhia termine o ano com R$ 320 milhões de EBITDA. Resultado 42% superior ao ano anterior, com significativo aumento de 5 pontos percentuais na margem. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a expectativa é de manutenção de um cenário promissor com aumento de volume em todas as operações. A Companhia deverá melhorar sua rentabilidade por meio de ganhos de escala. Os investimentos previstos promovem a competitividade da Companhia, especialmente nas operações no Sul do país com a perspectiva de aumento expressivo nas operações portuárias e de logística. Marcos Tourinho – Diretor-Adjunto de Relações com Investidores 116 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 LOGÍSTICA / TRANSPORTES TEGMA (TGMA3) A COMPANHIA A Tegma Gestão Logística S.A. é uma das maiores provedoras de gestão logística do Brasil e líder no segmento de transporte de veículos zero-quilômetro para a indústria automotiva. Como provedor logístico integrado, a Tegma atua no transporte, na armazenagem, no controle e na gestão de estoque, bem como no desenvolvimento de soluções logísticas em diversos setores da economia, oferecendo um amplo portfólio de serviços. RETROSPECTIVA 2010 A Tegma apresentou crescimento de 15,6% no EBITDA nos primeiros nove meses de 2010, fazendo com que a Companhia atingisse margem de 16,1% no período, o que representa um crescimento de 1,1 p.p. em relação ao ano anterior. O aumento da rentabilidade deve-se principalmente ao foco da Companhia na aquisição e manutenção de contratos rentáveis nos mais diversos segmentos de atuação, como logística de veículos 0km, de autopeças, de bens intermediários e de consumo. No segmento automotivo, tivemos um crescimento de 13,5% no volume de veículos transportados nos primeiros nove meses do ano, decorrente do crescimento das vendas de veículos tanto no mercado interno quanto nas exportações. Em relação ao setor de bens de consumo, fechamos importantes contratos esse ano 2 com clientes como Embratel, Claro e Luxottica, e ampliamos em mais de 30 mil m a nossa área de armazenagem, o que representa um crescimento de quase 60,0% em relação ao ano anterior. Ganhamos também novos contratos de logística automotiva, tanto no segmento de peças, com a Fiat Powertrain quanto na logística de veículos, com a Volvo e a Kia. PERSPECTIVA 2011 A Tegma acredita que o ano de 2011 será positivo para o setor automobilístico devido a manutenção do cenário macroeconômico favorável e a existência de demanda reprimida. Os investimentos anunciados pelas montadoras presentes no país e pelas indústrias do setor que pretendem ingressar no mercado brasileiro reforçam as expectativas otimistas para os próximos anos. Acreditamos também que 2011 será um ano de forte crescimento nos demais setores em que atuamos, especialmente nos segmentos de bens de consumo (com foco no desenvolvimento de operações de armazenagem e serviços correlatos) e de autopeças. No próximo ano, a Tegma manterá sua estratégia de crescimento com rentabilidade, por meio de um rígido controle de custos, da otimização de processos e do foco em aquisição e manutenção de contratos com alto valor agregado. Alexandre Brandão – Diretor de Planejamento e de Relações com Investidores. 117 TRIUNFO PART. (TPIS3) A COMPANHIA A Triunfo Participações e Investimentos S.A. é uma das principais empresas brasileiras do setor de infraestrutura, com forte atuação nos segmentos de concessões rodoviárias, administração portuária e geração de energia. Listada desde 2007 no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da BM&FBovespa, a Triunfo baseia sua estratégia de crescimento na diversificação de seu portfólio, através de projetos bem estruturados com foco na geração de valor aos acionistas. A Triunfo está presente nos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Goiás, empregando aproximadamente 2.300 colaboradores. No segmento rodoviário, a Triunfo administra 641 quilômetros no Sul e no Sudeste do Brasil, por meio das concessionárias Concepa, Concer e Econorte. Possui o controle compartilhado da Portonave, que administra o Terminal Portuário de Navegantes, em Santa Catarina, o mais moderno do país. Além do terminal, a Portonave controla 100% da Iceport, uma trading company que movimenta carga própria e possui uma câmara frigorificada com capacidade para estocar 14 mil toneladas de carga congelada. Por meio da Rio Verde Energia, a Triunfo é titular da concessão para exploração da Usina Hidrelétrica Salto, em Goiás, que tem capacidade instalada de 116 MW. Ainda no segmento de geração de energia, a Companhia venceu no leilão A-5 da ANEEL, em julho de 2010, para implantar e operar a Usina Hidrelétrica Garibaldi, com 177,5MW de potência instalada, localizada em Santa Catarina. Além disso, detém uma área de 190 hectares em Santos (SP), que futuramente será destinada a empreendimentos portuários e a Maestra Logística, empresa constituída para operar o serviço de cabotagem. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi importante para a consolidação das atividades da Triunfo. O inicio da operação comercial da Usina Hidrelétrica Salto, reforçou a presença da Companhia nos três segmentos de atuação. A primeira turbina da UHE Salto iniciou operação em maio, e, em agosto, com o início da operação da segunda turbina, a usina já estava operando em plena capacidade. Em julho, a Triunfo foi declarada vencedora do Leilão A-5 da Aneel, e após assinatura do contrato, passará a ter o direito de explorar a UHE pelo prazo de 30 anos. No segmento rodoviário, o desempenho da produção industrial e a recuperação da economia impulsionaram o volume de tráfego das concessionárias, Concer, Concepa e Econorte. No segmento portuário, foi registrado alto crescimento na movimentação de contêineres. Em julho, a Portonave assinou um acordo com os sindicatos que representam os trabalhadores portuários de Santa Catarina. O projeto do terminal portuário em Santos passou por audiência pública do IBAMA, em abril, e aguarda o parecer do órgão. Para fazer frente à intenção da Companhia em iniciar atividades no segmento de cabotagem, foi concluída a compra de mais um navio, o Maestra Atlântico, em fevereiro. Atualmente, os dois navios encontram-se na fase final de reforma. No final de julho, a Triunfo fez a segunda emissão pública de debêntures, no valor de R$ 133,5 milhões. Além de fortalecer o caixa, a captação será utilizada para investimento em novos projetos. O trabalho de aproximação que está sendo desenvolvido pelo departamento de relações com investidores, é outro ponto de destaque esse ano. Com a realização de quatro reuniões públicas e a realização do primeiro Triunfo Day, a Triunfo reforça o compromisso com a transparência e com a governança corporativa. PERSPECTIVA 2011 A Triunfo pretende aproveitar o alto potencial de crescimento do setor de infraestrutura, já que as perspectivas de investimentos nesse segmento para os próximos anos são bastante positivas. No segmento de concessões rodoviárias, a perspectiva da Companhia é participar dos próximos leilões estaduais e federais. No segmento portuário, temos um projeto em desenvolvimento para a construção de um terminal portuário em Santos. A Companhia acredita que a saturação dos portos e o crescimento rápido da demanda por novos terminais vão impulsionar o desenvolvimento de novos projetos neste segmento. A Triunfo pretende, ainda, iniciar operação da Maestra, empresa construída para operar o segmento de cabotagem. Para o segmento de geração de energia, em 2011, a Triunfo vai iniciar a implantação da UHE Garibaldi, recém-adquirida no leilão da ANEEL e também avançar os estudos já iniciados de diversos projetos, incluindo PCH’s e parque eólico. Relações com Investidores 118 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 2 0 1 1 Acompanhando o bom momento da economia brasileira, em especial o aquecimento EMPRESAS ACOMPANHADAS do setor imobiliário, a indústria de materiais de construção deve fechar o ano de 2010 com taxas de crescimento de dois dígitos, com expectativa de aumento das vendas COMPRAR R$ 24,00 entre 12% e 13% em termos reais. Com esses números, o setor volta ao patamar (DTEX3) ETERNIT MANTER crescimento do setor imobiliário, agora turbinado pela segunda fase do programa DURATEX (ETER3) observado antes da crise. Os principais drivers para o setor continuam sendo o Minha Casa Minha Vida, as obras de infra-estrutura do(s) PAC(s), investimentos EUCATEX (EUCA3) visando Copa do Mundo e Olimpíadas, lembrando que, além das arenas, substancial PORTOBELLO (PTBL3) investimentos dos governos estaduais e municipais. De acordo com dados da parte dos recursos gastos nesses eventos irá para obras nas cidades-sede, além de ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção Civil), a indústria de materiais de construção opera hoje com 87% de sua capacidade instalada, apesar da evolução mostrada pelo setor não há escassez de insumos para a construção e os investimentos que serão aportados no setor serão suficientes para suportar a demanda. Segundo sondagem da mesma associação, realizada em novembro, 76% das indústrias de materiais pretendem investir nos próximos 12 meses, isso denota aumento da confiança do empresariado do segmento já que em outubro o percentual daqueles que pretendiam investir em 2011 era de 73%. Vendas da Ind. Mat. De Construção - Bilhões de R$ 109 2010 118 2011 129 2012 140 2013 153 2014 162 2015 175 2016 Projeções: Abramat Um ponto negativo para o setor em 2010 foi o real valorizado em relação à moeda norte americana, que causou perda de competitividade ao produto nacional com custos elevados em relação aos custos dos importados. Com isso, as importações ganharam força significativamente e a balança comercial da indústria de materiais de construção caminha para um total acumulado em 2010 com déficit superior a US$ 1 bilhão. Como em outros setores, 2011 deve ser um ano de crescimento proporcionalmente menor que observado em 2010, muito por conta da forte base de comparação construída ao longo do último ano. Projetamos evolução de 4,6% do PIB para o ano que se inicia e com 6,1% de expansão projetada para o setor de construção civil é plausível esperar crescimento de 8,8% para a indústria de materiais de construção, superando R$ 118 bilhões. Entre construção de imóveis novos, reforma e manutenção dos antigos, estima-se que os investimentos habitacionais alcançarão uma média anual de R$ 230 bilhões entre 2011 e 2016. 119 DURATEX (DTEX3) A COMPANHIA Trata-se de empresa fundada em 1951, já como empresa de capital aberto, que, portanto, comemora 60 anos de existência em 2011. A Duratex é a maior produtora de painéis de madeira e metais sanitários do Hemisfério Sul e vice-líder no segmento de louças sanitárias. Esta posição foi alcançada através de crescimento orgânico, fusões e aquisições ao longo de sua história, sendo destaques: a incorporação da Deca, em 1972, a introdução dos painéis de MDF no mercado brasileiro, em 1997, a inauguração da maior linha contínua de fabricação de painéis de MDF, em 2009, ano em que ocorreu a associação com a Satipel, importante player no segmento de painéis. A partir desta associação, a Duratex dá importante salto de governança corporativa adotando apenas uma espécie de ações (ordinárias), o que confere a cada ação um voto nas Assembléias Gerais, e a sua inclusão no Novo Mercado da BM&FBovespa. Atualmente estas ações encontram-se incluídas nos principais índices de mercado: Ibovespa e ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa. RETROSPECTIVA 2010 Aproximadamente, 2/3 da receita é gerada pela Divisão Madeira que, por sua vez, tem a indústria de móveis como principal destino de suas vendas (aproximadamente 80% da receita). O restante da receita tem origem na Divisão Deca que fornece metais e louças sanitárias para a indústria da construção. Ambas as Divisões apresentaram bom desempenho no ano, embaladas pela ampla disponibilidade de crédito e prazo de financiamento além de um ambiente de taxa de juros e expansão de renda favoráveis. Investimentos realizados desde 2007 voltados à expansão orgânica das operações, aliados ao cenário favorável, permitiram a Empresa se beneficiar do bom momento apresentando resultados recordes no ano. Até setembro, a Receita Líquida havia crescido 24,5%, em relação a 2009, somado R$2.022,2 milhões. O EBITDA de R$666,2 milhões mais do que dobrou, em relação àquele apresentado no ano anterior, correspondendo a uma margem EBITDA de 32,9%. O Lucro Líquido de R$310,6 milhões, correspondente a um ROE anualizado de 16,8%, apresentou expansão de 81,2% em relação a 2009. PERSPECTIVA 2011 O ano de 2011 será um ano de otimização das ocupações industriais, principalmente na Divisão Madeira, após a inauguração de três novas plantas em 2009, além da captura de sinergias advindas da associação com a Satipel e de benefícios advindos da integração do processo de fabricação de resinas. Na Divisão Deca, os desafios estarão atrelados à condução das expansões nas unidades de metais em Jundiaí/SP e de louças sanitárias em Queimados/RJ, além da conclusão dos trabalhos de due diligence e possível efetivação da aquisição da Elizabeth Louças Sanitárias, em João Pessoa/PB, e a sua integração à Duratex, de acordo com Comunicado ao Mercado de 8 de novembro de 2010. Relações com Investidores. 120 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 MATERIAL DE CONSTRUÇÃO ETERNIT (ETER3) A COMPANHIA A Eternit, fundada em 1940 e com registro em bolsa em 1948, é a maior e mais diversificada indústria de cobertura do país - um dos maiores mercados de construção civil do mundo, com uma demanda anual superior a 500 milhões de metros quadrados. O Grupo Eternit é composto por 10 fábricas e 1 mineradora, sendo 4 fábricas da Eternit, 1 fábrica da controlada Precon Goiás, 5 fábricas da controlada Tégula Soluções para Telhados, e a SAMA Minerações Associadas, terceira maior mineradora de amianto crisotila do mundo. RETROSPECTIVA 2010 A demanda por materiais de construção permaneceu aquecida; a oferta de crédito, a recuperação do poder aquisitivo e a geração de emprego contribuíram para a manutenção da performance da indústria da construção civil no ano de 2010, na qual a Eternit está inserida. A integralização do aumento de capital permitiu a Eternit adquirir a Tégula Soluções para Telhados, empresa líder no mercado brasileiro de telhas de concreto de alto padrão. Em 2010 a Eternit conciliou os seus investimentos com a sua política de dividendos, com payout por volta de 80% e um dividend yield de 9,3%. Em novembro de 2010 foi divulgada a pesquisa científica conduzida por pesquisadores ligados a USP, UNICAMP e UNIFESP e varias outras universidades públicas brasileiras que avaliaram a saúde dos colaboradores da SAMA e verificaram que realmente não existem novos casos de doenças ligados ao amianto entre os colaboradores admitidos a partir da década de 1980. O estudo ainda confirma que não há casos de doenças entre a população brasileira que utiliza produtos de fibrocimento contendo amianto. A íntegra do estudo está disponível em http://www.sectec.go.gov.br. PERSPECTIVA 2011 Em linha com o Plano Estruturado de Expansão e Diversificação da Companhia, a Eternit está finalizando estudos visando a implantação de uma linha de produção para mármore sintético, como também mais uma nova linha de produção para fibrocimento e a fábrica multiprodutos, possivelmente na região nordeste, além de novas aquisições. Para 2011, vamos manter o foco na expansão e diversificação da Companhia além de continuar remunerando bem os seus acionistas. A Eternit confia no crescimento da economia brasileira e, principalmente, do setor em que está inserida. Com uma estrutura de capital adequada, baixo endividamento e um projeto consistente de investimentos, a Eternit está bem posicionada para maximizar as oportunidades surgidas e consolidar a Eternit como uma provedora de produtos e soluções para a construção civil. Élio A. Martins – CEO e Diretor de Relações com Investidores. 121 EUCATEX (EUCA4) A COMPANHIA A história do Grupo Eucatex teve início em 1951 e hoje está presente nos segmentos da construção civil e indústria moveleira. O Grupo é formado por um complexo de três fábricas: Chapas/MDF/T-HDF (Salto), Tintas e Vernizes (Salto) e Painéis/Pisos (Botucatu). A empresa possui ainda a Unidade Florestal com 46 mil hectares de florestas de eucalipto e um Viveiro de Mudas. No segmento construção civil, a Eucatex produz os pisos laminados, divisórias modulares, tintas imobiliárias, sistema de cobertura e portas. Já a indústria moveleira tem na Eucatex um dos maiores fornecedores de painéis MDP, Tamburato, chapas de fibras de madeira e desde Outubro de 2010 também com painéis MDF e T-HDF. Grupo genuinamente nacional, a Eucatex opera com madeira proveniente de florestas próprias, que têm certificado ISO 14001 e o Selo Verde, concedido pela Scientifc Certification Systems (SCS), entidade ligada ao Conselho de Manejo Florestal, o Forest Stewardship Council (FSC), dos Estados Unidos. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 será lembrado pelo início da produção da nossa nova linha de T-HDF/MDF e pelo anúncio da construção de uma nova fábrica de Tintas em Pernambuco. O desempenho da Receita Bruta nos 9M10 apresentou um aumento de 20% em relação à 9M09, reflexo do crescimento das vendas de todos os seus produtos, conforme apresentado a seguir: no segmento de painéis de madeira o aumento foi de 12,3%, em Pisos de 49,4% e no segmento de Tintas de 22,3%. O Lucro Bruto foi positivamente impactado por todo esse crescimento, com aumento de valor da ordem de 28,3% e o percentual de Margem Bruta sobre faturamento aumentou em 2,3 p.p. passando a ser 36%. O EBITDA recorrente da companhia foi de R$ 115,4 milhões, representado um aumento de 46% em relação aos 9M09, desconsiderando o efeito da venda de ativo em 2010 e do parcelamento tributário em 2009. Já a Margem EBITDA apresentou um crescimento de 3,6 p.p. sendo 19,9% nos 9M10. O Lucro Líquido do período foi de R$ 89 milhões resultado impactado pelo aumento nas vendas e também pela venda de ativo (Fazenda de 300 alqueires localizada no município de Itu/SP, impacto no resultado de R$ 57,7 milhões). O endividamento representa 1,1 vezes o EBITDA recorrente (sem os efeitos do parcelamento). A dívida de curto prazo representa 54% do seu total. Os investimentos realizados foram da ordem de R$ 150,1 milhões onde os maiores recursos distribuídos na construção da nova linha de T-HDF/MDF e plantio de 1,2 mil hectares de florestas. O valor patrimonial das ações da companhia ao final do terceiro trimestre é de R$ 9,05 milhões. Em 1º de Julho de 2010, a Eucatex aderiu aos níveis de governança da BM&FBovespa, pertencendo, desde então, ao Nível 1. Atualmente, a Companhia participa dos seguintes índices da BM&FBovespa: INDX (Índice do Setor Industrial), IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa) e SMLL (Índice Small Cap), fruto do seu compromisso com o mercado de capitais. PERSPECTIVA 2011 A Eucatex, em 2011, planeja reforçar o seu posicionamento na comercialização de seus produtos de maior valor agregado, investindo em novas linhas de acabamento para Lacca, Vittrio, BP, Portas para Construção Civil e Pisos. Também em 2011, esperamos consolidar a produção da nova linha de T-HDF/MDF, que entrou em operação em Outubro de 2010, que quando atingir a sua capacidade plena, poderá acrescentar até R$ 250 milhões ao faturamento bruto e R$ 80 milhões a geração de caixa com base nos preços e custos atuais, representando um percentual de margem EBITDA da ordem de 50%. Além dessa nova linha, é esperado para o 1º Semestre/2011, o início da produção da sua nova fábrica de Tintas Imobiliárias Base Água em Pernambuco, cuja meta é aumentar para 20% a participação da região Nordeste nas vendas de Tintas (atualmente 10%), e da entrega de dois centros de distribuição um para Tintas Imobiliárias Base Solvente e outro para Pisos Laminados, Divisórias e Painéis de Madeira, destinados a Construção Civil e Indústria Moveleira, aproveitando o crescimento dessa região. José Antonio Goulart de Carvalho – Relações com Investidores. 122 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 MATERIAL DE CONSTRUÇÃO PORTOBELLO (PTBL3) A COMPANHIA A Portobello é uma marca internacional de revestimentos cerâmicos e uma das líderes do segmento no Brasil. A Companhia foi constituída em dezembro de 1977 com uma visão de futuro pautada pela inovação, qualidade e globalização. A concepção do parque fabril foi desenvolvida pela italiana Sacmi, líder mundial em tecnologia de fabricação cerâmica. Atualmente estão instaladas dezesseis linhas de produção, em área construída de 200 mil m2. A produção é destinada ao mercado interno e às exportações: a Portobello é comercializada em 65 países. A pesquisa e desenvolvimento são realizados com apoio de laboratórios italianos e espanhóis – estratégia que tem assegurado à Portobello a vanguarda de lançar novidades e tendências de produtos simultaneamente às principais companhias mundiais do segmento. No mercado em que a Portobello atua, este é um diferencial estratégico, já que se trata de um consumo motivado pela moda - mais de 50% das vendas da companhia decorrem de lançamentos realizados nos últimos cinco anos. A Portobello é um ponto de referência para arquitetos, decoradores, construtoras e consumidores. Prova disso é a participação de mais de 25 mil arquitetos e decoradores, registrados no programa de relacionamento da Portobello Shop – única franquia de revestimentos cerâmicos do Brasil e principal canal de distribuição da Companhia, ao lado das revendas multimarcas e da venda direta a construtoras. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pelos recordes históricos de venda, pelo alto crescimento da Companhia e pelo ótimo desempenho do setor de construção civil. Adotaram-se medidas (substituição de equipamentos, lançamentos de produtos, foco no mercado doméstico e terceirização de parte da produção) que vêm refletindo no aumento da rentabilidade e na eficiência operacional. Como resultado houve geração de caixa nos nove primeiros meses de 2010 (EBITDA) superior a R$ 64 milhões, valor 58% superior ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida da Companhia ultrapassou a marca dos R$ 379 milhões, 26% superior aos nove meses de 2009, destacando o mercado interno, que teve um aumento de 30%. Como este crescimento foi superior ao registrado pelo mercado interno, a Companhia aumentou sua participação relativa sobre os concorrentes. As vendas para o mercado externo atingiram os níveis esperados pela Companhia e representaram 7% da receita. O lucro líquido no valor de R$ 29 milhões foi 494% maior que o obtido no mesmo período de 2009. Como líder do setor de revestimentos cerâmicos e visando tirar máximo proveito do crescimento da construção civil, em 2010 a Companhia ampliou em 16% a sua capacidade fabril com a instalação de uma nova linha de produção de porcelanato esmaltado, atingindo a capacidade produtiva, ao final de 2010, da ordem de 24 milhões de m²/ano. Consoante com sua política de inovação a Portobello lançou na Cersaie 2009 em Bolonha, principal feira do setor, simultaneamente com as melhores marcas italianas e espanholas, o Extra-Fino, revestimento com apenas 4,7 mm de espessura. Esta linha de produtos mantém as características de resistência e durabilidade do produto convencional; é o produto ideal para a reforma em imóveis comerciais que ocorrerão na esteira dos eventos sediados pelo Brasil nos próximos anos, as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol. PERSPECTIVA 2011 A Companhia continua otimista com o crescimento do setor de construção civil nos próximos anos e continuará com o seu plano de expansão: (i) aumento das vendas; (ii) redução dos custos; e (iii) re-estruturação da dívida, visando redução de custo e alongamento do perfil de endividamento, e, acredita estar preparada para atender o crescimento da demanda com produtos inovadores e que satisfaçam às necessidades de seus clientes. Mario A. F. Baptista – Relações com Investidores. 123 MEIOS DE PAGAMENTOS Mudanças, boas perspectivas e muita preocupação. Assim podemos resumir o setor de meios de pagamentos, pelo menos para nós do mercado de capitais. EMPRESAS ACOMPANHADAS Dia 1º de julho de 2010 foi um marco para esse setor no Brasil, com o fim da CIELO exclusividade de captura de todas as transações com cartões Visa por parte da Cielo. Desde então observamos uma nova fase de acirrada concorrência e conseqüente queda de margens. Esta medida estava no rol de ações do governo no sentido de: abertura da atividade de credenciamento; interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações); neutralidade nas atividades de compensação e liquidação; fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito; e transparência na definição da tarifa de intercâmbio. Os principais impactos do fim da exclusividade são: diversificação do segmento de credenciamento; redução do número de terminais POS alugados; surgimento de novas bandeiras de cartões; redução das taxas de desconto comerciais; e o final da Rede e Loja Débito Crédito Total “trava domicilio”. Até Set Até Set Variação Absoluta Variação% 2009 2010 ano anterior ano anterior Cartões – milhares 4.821.212 5.325.983 504.771 10% Transações - milhares 4.358.358 5.033.883 675.525 15% Faturamento - R$ milhões 312.709 379.008 66.299 21% Cartões - milhares 1.166.412 1.292.375 125.963 11% Transações - milhares 1.831.080 2.106.367 275.287 15% Faturamento - R$ milhões 180.431 221.001 40.570 22% Cartões - milhares 2.009.533 2.155.946 146.413 7% Transações - milhares 1.721.627 2.030.527 308.900 18% Faturamento - R$ milhões 90.559 110.181 19.622 22% Cartões - milhares 1.645.256 1.877.665 232.409 14% Transações - milhares 805.649 896.990 91.341 11% Faturamento - R$ milhões 41.718 47.826 6108 15% Fonte: ABECS Para nós aqui do mercado, fica a preocupação pelo acirramento da concorrência diante da nova conjuntura setorial. Os números de set/10 da Redecard já apontaram margens declinantes ao passo que a Cielo já anunciou que o 4º trim/10 também deve apresentar estreitamento de margens. Estamos iniciando cobertura de forma mais ampla do setor e, em breve, deveremos apresentar um parecer conclusivo sobre o mesmo. (CIEL3) CSU CARDSYSTEM (CARD3) REDECARD (RDCD3) MANTER R$ 7,30 COMPRAR R$ 28,00 124 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 MEIOS DE PAGAMENTOS CIELO (CIEL3) A COMPANHIA A Cielo S.A. é a empresa líder do setor de meios de pagamentos eletrônicos no Brasil. É responsável pelo credenciamento de estabelecimentos comerciais, gestão de rede para aceitação de cartões, bem como pela captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito. A alta tecnologia aplicada em sua rede permite que a Cielo opere com um índice de disponibilidade de 99,995%. Além disso , sua infra-estrutura atual suporta 1,8 mil transações por segundo, capacidade três vezes superior ao que é processado hoje. A empresa ainda possui o mais moderno parque brasileiro de equipamentos, com média de 1,8 ano, e uma rede com 1,2 milhão de estabelecimentos comerciais ativos, cobrindo 98% do território nacional. RETROSPECTIVA 2010 A partir do dia 1º de julho de 2010, a Cielo passou a vivenciar um novo cenário, com a abertura do mercado. Com o fim da exclusividade com a bandeira Visa, a Cielo, passou a transacionar também com outras bandeiras, como Mastercard, Amex, Ticket entre outras. O ano de 2010 também marcou o maior recorde de margem EBITDA da Companhia , no 2T10, com margem de 70,1%. PERSPECTIVA 2011 Para 2011 esperamos, que o mercado continue crescendo e consequentemente continuar entregando ótimos resultados nominais, e explorar cada vez mais as novas parcerias, para penetração em novos mercados. André Cazotto– Relações com Investidores 125 CSU CARDSYSTEM (CARD3) A COMPANHIA A CSU CardSystem S.A. é referência em administração e processamento de cartões de crédito para terceiros, serviços de call center e suporte para análise de crédito e cobrança, bem como no desenvolvimento e na gestão de programas de fidelidade. A empresa surgiu em 1992 com sua primeira unidade de negócios: a CardSystem, que é atualmente a maior processadora independente de meios eletrônicos de pagamentos na América Latina. Logo surgiram outras unidades derivadas do modelo full service que a CSU idealizou no segmento de cartões. Essas novas unidades são hoje intituladas CSU.Contact, CSU.MarketSystem e CSU.Acquirer. RETROSPECTIVA 2010 A CSU encerrou o terceiro trimestre de 2010 com lucro líquido de R$ 7,2 milhões, um crescimento de 36,8% em relação ao mesmo período de 2009. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido acumulado totalizou R$ 19,6 milhões, com variação positiva de 32,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As disponibilidades, formadas por caixa e investimentos financeiros da companhia, somaram R$ 41,4 milhões, com crescimento de 383,6% em relação ao 3T09. O aumento expressivo do caixa teve impacto sobre o saldo da dívida líquida da companhia, que encerrou o 3T10 em R$ 16,0 milhões, com redução de 76,2% se comparado ao 3T09. O Ebitda totalizou R$ 20,6 milhões no 3T10, com redução de 3,5% em relação ao 3T09. A CSU.CardSystem fechou contrato, com duração de três anos e com renovação automática por mais dois anos, com o Tribanco e assumirá o processamento dos cartões private label, cuja base de cartões conta com cerca de 2,5 milhões de unidades, e também processará os cartões bandeirados (flex) a serem lançados pelo banco. A unidade emitiu 0,9 milhão de cartões no 3T10 e encerrou com uma base de 20,0 milhões de cartões, com redução de 14,1% na comparação com o 3T09, relacionada à saída de um cliente da carteira da unidade. Já a CSU.Contact aumentou em 3,2 pontos percentuais sua contribuição para a receita líquida da companhia no 3T10, para 42,4% do total. A unidade registrou crescimento de 6,8% sobre o número de posições de atendimento no 3T10 em relação do 2T10. Ainda no 3T10, a CSU.Acquirer conquistou seu primeiro contrato no segmento: o Banrisul. Sua rede atual é composta por cerca de 100 mil estabelecimentos credenciados, localizados na região Sul do país. No ano de 2009, a rede Banricompras capturou mais de 60 milhões de transações com volume financeiro total de quase R$ 4,0 bilhões. O início do processamento e captura de todos os estabelecimentos atualmente cadastrados deve acontecer no inicio de 2011. PERSPECTIVA 2011 Para alavancar o contínuo crescimento e perpetuidade dos nossos negócios temos como meta principal em 2011 continuar conquistando novos clientes em todas as unidades da CSU. Além disso, buscamos consolidar a entrada no segmento de processamento para adquirentes, iniciada com o Banrisul. Apostamos também em mais dois projetos: a expansão da unidade CSU.Contact, fortalecida com a recente contratação de um novo diretor geral, Luís Guilherme Prates, que deverá maximizar resultados e trazer novos contratos no segmento de contact center. Paralelamente, continuaremos também investindo em tecnologia a fim de desenvolver novos produtos e serviços para manter o nosso software sempre atualizado. Outro passo importante é o fortalecimento do Conselho de Administração da CSU, que possui um novo membro independente, Álvaro de Souza. Além de agregar expertise e profissionalismo crescente à gestão estratégica da CSU, a chegada do executivo consolida os esforços da companhia para alinhamento constante com as melhores práticas de governança corporativa do mercado. Décio Burd - Diretor de Relações com Investidores. 126 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 MEIOS DE PAGAMENTOS REDECARD (RDCD3) A COMPANHIA A Redecard, credenciadora multibandeira de cartões de crédito, débito e de benefícios, é uma das líderes da indústria de cartões de pagamento no mercado brasileiro. Além da atividade de credenciamento de estabelecimentos e captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações com cartões de crédito e débito, a Companhia oferece vários serviços aos seus clientes, como o aluguel dos equipamentos para captura eletrônica de transações (POS), o pré-pagamento de recebíveis aos estabelecimentos, referentes às vendas por eles realizadas com cartões de crédito, o serviço de consulta de cheques por meio dos seus equipamentos POS, além dos serviços de captura e transmissão de transações realizadas com cartões de benefícios (Voucher) e com cartões de lojas (Private Label). A Companhia valoriza a inovação em soluções de pagamentos eletrônicos por meio de produtos e serviços, como o pagamento via celular, pagamento sem contato, recarga de celular, e-commerce, verificação de cheques e saque no ponto de venda. É a única empresa do setor de meios de pagamentos que está presente no Índice de Sustentabilidade da BM&FBovespa e no Dow Jones Sustainability Index pelo segundo ano consecutivo, ao lado de apenas 6 companhias brasileiras presentes neste último índice. Além disso, a Redecard foi eleita uma das 150 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil pelo Guia Você S/A Exame, principal ranking do gênero publicado no país. RETROSPECTIVA 2010 A partir de 01 de julho, a Redecard iniciou a captura das transações de débito e crédito da bandeira Visa em todo seu parque de maquininhas, aumentando o seu portfólio com a bandeira de maior participação de mercado no país. Atualmente, são 22 bandeiras, e em 2010, acrescentamos seis novas bandeiras. Entre elas, destacamos a Hipercard, a maior bandeira nacional com foco no Nordeste e no Sul do Brasil, e a China Union Pay (CUP) que conta com cerca de 2,2 bilhões de cartões emitidos, uma das maiores bandeiras de cartões do mundo. No ano de 2010, a Redecard fechou parceria com os Bancos Caixa Econômica Federal e Safra, para manutenção e expansão do credenciamento por esses bancos. Também neste ano, a Redecard realizou uma parceria com a Multiplus e passou a ser a única rede adquirente habilitada a realizar transações de resgate de benefícios, acúmulo de pontos, e consulta ao saldo de pontos acumulados pelos consumidores no programa da Multiplus. PERSPECTIVA 2011 Tendo em vista o novo cenário competitivo estabelecido em 2010, a Redecard buscará aprofundar a gestão de seu relacionamento com clientes em 2011. A Companhia visa atingir seus objetivos de negócio enquanto reafirma seu compromisso com a conduta transparente e com boas práticas de governança corporativa e responsabilidade socioambiental, continuando a ser reconhecida internacionalmente pelo mercado de capitais como uma empresa comprometida com a sustentabilidade. Relações com Investidores 127 METALURGIA O setor de metalurgia tem presença bastante pulverizada em diversos outros setores da economia. Nesse contexto, as metalúrgicas, se confundem com siderúrgicas e até EMPRESAS ACOMPANHADAS mesmo mineradoras (em virtude da similaridade das atividades), e conseguem aproveitar drivers de diversos mercados. Destacadamente, os setores industriais de FORJAS TAURUS bens de capital, bens de consumo duráveis, automotivo e infra-estrutura despontam (FJTA4) como grandes demandantes de produtos metalúrgicos, afetando de maneira KEPLER WEBER significativa o desempenho da metalurgia. Em 2010, mesmo com o fim de algumas medidas anticíclicas, impactando a demanda no mercado interno e desequilíbrios político – econômicos na Zona do Euro e EUA, afetando o consumo externo, os setores correlacionados a metalurgia, mantiveram a tendência positiva e registraram crescimento. Esse crescimento ficou explícito em alguns indicadores divulgados pelo IBGE que evidenciaram a forte expansão da atividade industrial no Brasil em 2010. A produção da indústria brasileira manteve trajetória ascendente e registrou alta de 11,8% no acumulado do ano até outubro. Além deste indicador, o nível de utilização de capacidade instalada atingiu níveis superiores a 80%, reforçando o cenário de aquecimento industrial. Todavia, para 2011 a conjuntura deverá ser de menor crescimento para a economia, dada a maior base de comparação, bem como maior pressão inflacionária. Desta forma, esperamos que o PIB industrial acompanhe o crescimento econômico interno e registre expansão de algo em torno de 4,6%. Na esteira de crescimento também se inclui dentre outros, o segmento automotivo, que deve encerrar 2010 com crescimento próximo a 10%. Para 2011, a demanda por veículos deve bater novo recorde, refletindo as tendências favoráveis para o mercado de trabalho, atividade econômica interna e prorrogação de algumas medidas de estímulo econômico. Por falar na prorrogação de incentivos, vale ressaltar que essa nova “validade” também beneficia setores como construção civil e bens de capital. Produtos como máquinas, veículos de carga e materiais de construção são importantes num momento em que é preciso garantir investimentos que mantenham o crescimento elevado. O prognóstico tanto para o segmento de bens de capital como de construção civil também é de crescimento no próximo ano, respaldados por necessidade de renovação do parque fabril, indicando boas perspectivas para a demanda de produtos metalúrgicos que deverão acompanhar o crescimento desses setores. Com relação ao setor de siderurgia, as perspectivas apontam expansão na produção mundial em 2011, normalização das importações para o mercado interno e crescimento (ainda que em menor ritmo) da produção chinesa. Esses fatores devem contribuir sobremaneira com a expansão da demanda de produtos metalúrgicos. Trabalhamos com um cenário de alta para os preços das commodities metálicas atreladas a dois fatores: (i) forte expansão econômica chinesa; (ii) déficit na oferta de vários metais para 2011. Porém, os desdobramentos da crise de crédito que se abate na Europa, e o processo de recuperação econômica dos EUA prometem elevação da volatilidade, representando risco para o custo das companhias deste setor ao longo do ano. (KEPL3) M ANGELS INDL (MGEL4) PARANAPANEMA (PMAM3) VENDER 128 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 METALURGIA KEPLER WEBER (KEPL3) A COMPANHIA Com sede no Rio Grande do Sul - Brasil, a Kepler Weber atua no setor de agronegócio, sendo especializada no desenvolvimento de soluções completas para armazenagem. Com alta tecnologia de industrialização e qualidade máxima de insumos, as unidades fabris do Grupo Kepler Weber têm capacidade para processar 100 mil toneladas de aço/ano. Trading companies, cooperativas, empreendimentos de médio e de grande porte formam a carteira de clientes da Kepler Weber, para a qual são desenvolvidos projetos sob medida no sistema turn key. Empresa de capital aberto, fundada em 1925, vem atuando há 40 anos no mercado internacional, sendo líder do setor na América do Sul. Com estrutura ágil e integrada, a Kepler Weber tem como objetivo contribuir para a lucratividade de seus clientes e para a máxima rentabilidade de seus acionistas. A marca Kepler Weber conquistou reconhecimento nacional e mundial, desempenhando papel de destaque no crescimento da produtividade do agronegócio no Brasil, país com o maior potencial de expansão agrícola no cenário macroeconômico da atualidade. RETROSPECTIVA 2010 Durante o ano de 2010, a Kepler Weber focou em projetos de redução de custos, desenvolvimento de novos mercados e adequação de seu portfólio de produtos. Dentre as ações tomadas reporta-se: a) especialização das plantas de Campo Grande (MS), que passou a produzir toda a linha de secadores de grãos da Companhia, e de Panambi (RS), que ficou responsável pelos demais produtos da Kepler Weber; b) expansão dos negócios além da América Latina; c) Consolidação depois do lançamento em 2009 da linha KW Fazenda, opção de sistemas de armazenagem para os pequenos e médios produtores de grãos. Os resultados do terceiro trimestre de 2010 foram impulsionados pelo crescente volume de negócios, devido à retomada dos investimentos pelos agentes do agronegócio, que estavam represados pela crise econômica. A safra recorde observada neste ano e a retomada dos níveis de preços das commodities agrícolas contribuíram para o crescimento apresentado nas vendas da Kepler Weber. A manutenção de uma posição robusta na disponibilidade de capital de giro, aliado ao bom resultado alcançado pela Kepler Weber neste terceiro trimestre de 2010, obtendo um lucro líquido de R$ 6,6 milhões, retrata a estratégia de desenvolvimento da Companhia, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo mercado. Neste ano a Kepler Weber comemora 85 anos, sempre com o olhar voltado para o futuro, investindo em novas tecnologias e conhecimento. Fazendo do pioneirismo o principal combustível da sua evolução, vem apresentando as melhores e mais completas soluções em armazenagem no Brasil e no exterior. PERSPECTIVA 2011 Acreditamos na retomada dos investimentos em armazenagem de grãos no mercado externo, que em função da crise internacional, postergou as decisões dos negócios. No mercado interno, as primeiras projeções indicam que o Brasil continuará com uma safra robusta de grãos, que aliada ao déficit da capacidade estática de armazenagem, deverá demandar um relevante volume de novos investimentos do setor. Esses fatores, associados ao período de sazonalidade positiva de vendas, permitem que a Kepler Weber tenha um otimismo moderado, prevendo um bom volume de negócios para o próximo ano. A disponibilidade de capital de giro, aliada à retomada dos investimentos no setor, permitirá que a Companhia continue no seu plano de negócios em posição de vantagem competitiva, sem a necessidade de captação de recursos de terceiros. Em vista desses fatores apresentados, a Administração da Kepler Weber agradece a todos aqueles que apoiam os negócios da Companhia – acionistas, clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores, que muito têm contribuído para a consolidação da Companhia como o principal player de soluções de armazenagem de grãos. Nolci Santos – Relações com Investidores 129 PARANAPANEMA (PMAM3) A COMPANHIA A Paranapanema atua no segmento de metais não-ferrosos possuindo uma divisão cobre, sendo a maior produtora não-integrada de cobre refinado no Brasil e líder de vendas com participação de cerca de 40% em volume de vendas no mercado doméstico com volume de produção é de 240mil ton/ano de cobre eletrolítico, devendo atingir cerca de 276mil ton/ano a partir de 2013. É também uma das maiores produtoras de semi-elaborados de cobre no Brasil (laminados, barras, tubos, conexões e ligas de cobre), produzidos nas plantas industriais da Eluma S.A. com volume atual de 72mil ton/ano devendo atingir 130mil ton/ano em 2013. Além disso, nossas operações incluem a divisão fertilizantes que atua na produção de superfosfato simples e fertilizantes complexos. RETROSPECTIVA 2010 A Paranapanema finalizou seu processo de reorganização societária com a incorporação da Eluma S.A. – Indústria e Comércio em 31 de março de 2010, etapa que encerrou o ciclo de reestruturações iniciado em 2006. Esta nova estrutura organizacional consolida o segmento de cobre da companhia, gerando maior sinergia, redução de custo, melhora na geração de caixa e na estrutura de capital. Dando prosseguimento à política de melhoria da Governança Corporativa da companhia, em 22 de março de 2010, todas as ações preferenciais foram convertidas em ordinárias, preparando a Paranapanema para o Novo Mercado da BM&FBovespa em busca de maior liquidez de suas ações no mercado. Em 14 de julho de 2010, houve a criação do comitê de auditoria e reorganização dos comitês financeiro e de remuneração e gestão, não estatutários ligados ao Conselho de Administração, bem como a reorganização de outros comitês não estatutários ligados à Diretoria da companhia, buscando a melhoria dos controles internos. A companhia expandiu sua capacidade instalada e seu mix de produtos, disponibilizando maior volume de produtos ao mercado com qualidade. Seguindo a Política Corporativa de Gestão de Riscos de Mercado, intensificamos o foco na maximização da cadeia produtiva e no mercado interno. PERSPECTIVA 2011 Considerando um cenário macroeconômico brasileiro favorável de 2011-2016, com crescimento do PIB de aproximadamente 5% a.a. e perspectivas positivas para a demanda de produtos de cobre com a continuidade do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Brasil, exploração de petróleo no pré-sal, dos eventos esportivos a se realizar no Brasil como a Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas em 2016, investimentos em energia elétrica e em energia limpa e aumento da demanda na construção civil, estamos realizando investimentos que somam R$ 510 milhões até 2013 que impulsionarão a demanda por cobre nos próximos anos, reforçando o posicionamento das marcas CARAÍBA e ELUMA, melhorando nossa competição no mercado com a capacidade de aumentar a oferta de produtos de elevada qualidade. Em linha com as oportunidade de investimentos, a companhia estabeleceu ações estratégicas firmando parcerias estratégicas e intensificando a reciclagem de cobre a fim de aumentar sua rentabilidade, cujo reflexo será mais significativo a partir de 2011. Relações com Investidores. 130 E S P E C I A L MINERAÇÃO P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 Sempre quando nós falamos em minério de ferro, associamos à produção siderúrgica. Com isso, EMPRESAS ACOMPANHADAS precisamos analisar também este setor. A China praticamente dita o movimento da indústria siderúrgica, com produção de aproximadamente 50% (cerca de 650 milhões de toneladas) de todo aço mundial. Ou seja, a Ásia é, e continuará sendo, o principal destino de nosso minério de ferro. BRADESPAR Numa continha básica, cada tonelada de aço consome cerca de 1,5 tonelada de minério de ferro. (BRAP4) Só existem três lugares no mundo com grandes reservas do metal: Austrália, África e Brasil. A FERBASA Austrália tem poucas jazidas ainda não exploradas. Na África, a instabilidade política e a (FESA4) infraestrutura precária tornam os investimentos extremamente arriscados. O Brasil é o único lugar M AGNESITA (MAGG3) COMPRAR R$ 14,00 onde há minas de grande porte e produto de alta qualidade disponíveis. Neste sentido, deverão ser investidos US$ 39 bilhões até 2014 para exploração do minério de ferro no Brasil. As exportações locais deverão passar de um pouco mais de 300 milhões de toneladas para cerca de 626 milhões MMX (MMXM3) em 2015. Para a economia, esse montante se traduz em superávit comercial, já que não importamos minério de ferro. VALE (VALE5) COMPRAR R$ 66,00 O setor de minério, sobretudo os ferrosos, tem passado por um cenário de aperto entre oferta e demanda, tendo oferta restrita e demanda pujante. No lado da oferta, grande parte da “impossibilidade” de aumento pode ser justificada aos gargalos de logística brasileiros. Embora detenha uma imensa reserva de minério de ferro de alta qualidade, o Brasil ainda possui entraves logísticos que minam o desenvolvimento da capacidade de exportação - o Brasil possui cerca de 26 bilhões de toneladas de minério de ferro em reservas e é um dos principais exportadores mundiais (em 2009 foi o segundo país em quantia exportada da commodity – atrás apenas da Austrália). Em nossa opinião, as companhias que procuraram desenvolver projetos de minério de ferro vão ter que passar pela logística, podendo, em última instância, ter que se associar (ou vender ativos) para a utilização dos meios de transporte, como aconteceu em 2010 com a Usiminas e a MMX. É por este motivo que sempre, na programação de investimentos das grandes companhias do setor, acompanhamos expressivos volumes de recursos destinados para a logística do minério. Investimentos no setor estão sendo feitos e segundo o Ministério de Minas e Energia, a produção brasileira de minério de ferro deverá chegar a 1 bilhão de toneladas em 2030, representando aumento de cerca de 150% em relação a produção atual. Vamos deixar um espaço para falarmos um pouco sobre fertilizantes, contudo, maiores detalhes poderão ser obtidos no setorial deste segmento, em páginas anteriores. Lembramos que o setor também pode ser considerado como commodities minerais, sendo que os fertilizantes têm seus preços formados no mercado internacional. Entre 2011 e 2014, devem entrar em operação oito projetos de investimento no setor de insumos para fertilizantes, metade deles liderados pela Vale, embora os maiores aportes devam ser da Petrobras. Voltando para a mineração, não trabalhamos com expressivas altas para o minério de ferro ao longo de 2011, contudo, deveremos manter a trajetória de alta, beneficiada por fatores como: má fase da produção indiana e maior dependência chinesa por importações. Os investimentos programados deverão se traduzir em forte expansão da oferta mundial e trazer queda nos preços da commodity no longo prazo, mas tal efeito não deverá ser percebido neste ano. Como uma das características de risco destacamos a possibilidade de uma nova regulamentação do setor de mineração, o que poderia implicar em aumento de custos das mineradoras brasileiras. Com a mudança do quadro do governo federal, este assunto não deverá ganhar relevância no 1º semestre de 2011, entretanto, recomendamos aos investidores acompanharem as comissões de Minas e Energia, já que o assunto (além de outras questões tributárias) poderá ser acalorado. 131 FERBASA (FESA3) A COMPANHIA A Ferbasa, que foi fundada em 1961 no estado da Bahia, em 2011 terá percorrido uma parte importante de sua trajetória ao completar 50 anos. Considerada maior fabricante de ferro ligas do Brasil, tendo o Ferro Cromo como carro chefe, é a única produtora integrada das Américas, exercendo as atividades de mineração, reflorestamento e metalurgia. Detém 85% das reservas de minério de cromo no Brasil, e utiliza seu próprio carvão como redutor nos fornos, com áreas de reflorestamento no estado da Bahia. Estreou na Bovespa em 1962. Representa uma importante função social, através da Fundação José Carvalho, sua controladora, que abrange 12 escolas, atendendo cerca de 7.000 crianças. RETROSPECTIVA 2010 Após o período turbulento vivido nos últimos dois anos, com a forte retração do mercado internacional, a Companhia volta a caminhar de forma gradual na reestruturação dos processos e nas perspectivas de crescimento dos mercados (interno e externo). Os volumes alcançados em 2010 foram significativos e embora a maior parte da produção seja voltada para o mercado interno, nos últimos meses, o comércio internacional cresceu no planejamento estratégico da empresa. O percentual de vendas, apesar da valorização do real, apresentou nos onze primeiros meses deste ano, crescimento expressivo diante do mesmo período do ano de 2009, isto indica que a Companhia está em processo de melhoria contínua e manterá o mesmo empenho para no ano de 2011. Na esfera institucional, 2010 marca a aderência ao nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa, decisão preponderante para prosseguir no crescimento desejado. PERSPECTIVA 2011 Para 2011, existe a perspectiva de aquecimento na demanda do MI, a qual está fundamentada em alguns fatores, dentre os quais se destacam: estimativa de crescimento do PIB brasileiro em 5,0 % em 2011, previsão de investimentos em obras do PAC estimadas em R$ 959 bilhões, a partir deste ano, e até 2014, início de investimentos do Pré-sal, crescimento do setor automobilístico, de transformação e construção civil, início das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Para o ME, delineamos um cenário onde: a China, maior fornecedor do mundo de FeSi75%, com severas restrições de produção devido a problemas ambientais, a África do Sul, maior produtor de FeCrAC do mundo, com sérios problemas com racionamento de energia e aumentos anuais no preço deste indispensável insumo; o consumo de aço no mundo, continua fraco, em função ainda da baixa atividade econômica do Japão, Europa e Estados Unidos, adicionado a um menor crescimento da própria China. Geraldo Oliveira Lopes – Relações com Investidores 132 E S P E C I A L PAPEL E CELULOSE P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 No cenário pós-crise, os setores industriais que conseguiram capturar o dinamismo econômico EMPRESAS ACOMPANHADAS interno (além de outros países emergentes) e traduzir esse bom momento em resultados, apresentaram melhor desempenho em 2010. O setor de papel e celulose foi um dos que FIBRIA (FIBR3) COMPRAR R$ 31,00 (KLBN4) COMPRAR R$ 6,80 SUZANO PAPEL (SUZB5) COMPRAR R$ 22,00 KLABIN apresentaram boa desenvoltura. Nesse ano de recuperação, observou-se um movimento de alta dos preços da celulose no mercado internacional, refletindo uma conjuntura que contemplava oferta restrita (em função da parada de produção chilena e desalento econômico europeu) e demanda pujante (destacando-se a China como o maior país consumidor). As companhias integradas do setor (produtoras de papel e celulose) inseridas neste contexto se beneficiaram tanto da contração de oferta de celulose no mercado internacional, como do bom momento das economias emergentes, que representam os principais mercados consumidores de papel. Vale destacar que o mercado europeu e chinês foram os principais destinos das exportações de celulose no acumulado do ano de 2010 até outubro (aproximadamente 70%), evidenciando a dependência da performance econômica dessas regiões. Já com relação ao papel, as exportações brasileiras foram amplamente direcionadas à América Latina, o que conferiu certa “blindagem” da indústria papeleira em meio aos distúrbios que afetaram a demanda na Zona do Euro e EUA. Na tentativa de “reanimar” sua atividade, o EUA injetou liquidez na sua economia, desvalorizando o dólar. O movimento de depreciação da moeda afetou positivamente o resultado financeiro das companhias do setor (já que a maior parte de suas dividas é em moeda estrangeira), em contrapartida, as importações atingiram níveis inquietantes, somando US$ 1,73 bilhão (crescimento de 41,2%). Todavia, as cotações de celulose devem apresentar certa pressão no começo de 2011. Essa perspectiva baseia-se na relativa melhora dos estoques, reabertura de plantas menos competitivas que haviam sido fechadas no período de crise econômica global, bem como no processo de maturação de uma planta chinesa com capacidade de produção de 1 milhão de toneladas ao ano. Já para o médio prazo (decorrer de 2011), os preços devem apresentar consistência, refletindo os patamares historicamente baixos dos estoques europeus, a expansão da demanda dos países em desenvolvimento, a recuperação (ainda que lenta e gradual) da demanda dos países desenvolvidos e, principalmente, a perspectiva de que não ocorram novas (grandes) agregações de capacidade à produção mundial até 2013. A relativa manutenção dos preços nos atuais patamares manterá o Brasil como um dos países mais competitivos do mundo na produção de papel e celulose, em virtude dos baixos custos de produção. Quando olhamos para o segmento de papel, num horizonte de perspectivas mais longo (próximos 15 anos), a demanda global por papel imprensa deve recuar substancialmente, em vista do avanço dos meios digitais. Contudo, o consumo de papeis para embalagem e tissue (papel absorvente/ higiene pessoal) deve expandir-se na mesma proporção ou acima do desempenho do PIB mundial. O futuro do setor de papel e celulose contempla alguns pontos chave, para os quais as companhias deverão estar atentas para manter atuação competitiva no mercado. Entre os fatores que determinarão os “sobreviventes”, destacamos o desenvolvimento de tecnologias (tanto para diversificação de produtos como para otimização de produção) e as fontes de recursos (tanto financeiros quanto matéria-prima). São exatamente esses aspectos que diferenciam o Brasil de seus concorrentes e que sustentam as perspectivas de investimentos para o setor. Segundo informações da Bracelpa, a indústria brasileira de papel e celulose investirá cerca de US$ 20 bilhões nos próximos sete anos na base florestal e na construção de novas fábricas. Além disso, estima-se que a produção de celulose passará de 13,4 milhões para 20 milhões de toneladas em 2017. Nesse mesmo período, a produção de papel aumentará de 9,3 milhões para 12,5 milhões de toneladas, e a área de florestas plantadas crescerá 25%. 133 KLABIN (KLBN4) A COMPANHIA Fundada em 1899, a Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil. Líder nos segmentos de papéis e cartões para embalagens (única produtora na America Latina de cartões para embalagens de líquidos), embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. Comercializa madeiras em toras para serrarias e laminadoras, para uso na construção civil e na indústria moveleira. A companhia é referência mundial no desenvolvimento sustentável, posiciona-se como uma das seis maiores fabricantes globais de cartões de fibras virgens, sendo que sua unidade no Estado do Paraná é uma das dez maiores fábricas integradas de celulose e papel do mundo. RETROSPECTIVA 2010 A Klabin encerra o ano de 2010 com recorde no volume de vendas e de receita líquida. Com a forte recuperação da demanda no mercado doméstico, a Companhia pode direcionar 68% do volume e 79% da receita líquida para o mercado interno, onde obtém preços melhores e custos de logística menores. Os investimentos realizados em 2010 e os previstos para 2011 nas fábricas de papel são direcionados para a redução de custos e aumento da produtividade. Na Unidade Florestal foi disponibilizada mais áreas para a reforma florestal, e no período 2009 e 2011, as florestas da Klabin passarão de uma produtividade de 11 para 14 toneladas de celulose por hectare/ano de eucalipto. Na fábrica de Monte Alegre (PR) a nova linha de transmissão de energia propiciará menor consumo. Em Otacílio Costa (SC) deverá entrar em operação uma nova caldeira de biomassa que substituirá a caldeira de óleo combustível, além da reforma da linha de evaporação que proporcionará redução de custo por conta do menor consumo de vapor, possibilitando aumento de produção entre 15.000 e 20.000 t/ano. Para a fábrica de Correia Pinto (SC) foi adquirida uma nova caldeira de biomassa, que permitirá substituir uma caldeira a óleo combustível com menor custo de produção de vapor. Na Unidade de sacos industriais em Lages (SC) foi instalada uma nova linha de sacos multifolhados. Em fábricas de conversão de papelão ondulado foram adquiridas quatro novas impressoras, e está em andamento a reforma das onduladeiras, após as reformas e com as novas impressoras a capacidade de conversão de caixas de papelão ondulado deverá crescer em 10%. PERSPECTIVA 2011 O contínuo crescimento do mercado doméstico de bens de consumo não duráveis continuará impulsionando as vendas dos produtos de Klabin, cuja demanda esta fortemente correlacionada com o consumo destes bens. A companhia continuará trabalhando no aprimoramento de sua matriz energética com utilização intensiva de fontes de energia renovável. A Klabin continua priorizando o aumento da geração operacional de caixa, redução do endividamento e desalavancagem financeira, em 2010 Standard & Poor´s elevou o rating da Companhia em escala global de BB para BB+. Em 2011, área plantada em Monte Alegre (PR) continuara sendo expandida, preparando a Companhia para a implantação de uma fábrica de celulose fibra curta com capacidade anual de 1,5 milhão de toneladas/ano. Em 2 de fevereiro a Klabin substituirá o atual CEO Reinoldo Poernbacher que está se aposentando, pelo Sr. Fabio Schvartsman. Luiz Marciano Candalaft – Gerente de Relações com Investidores 134 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 PAPEL E CELULOSE SUZANO PAPEL (SUZB5) A COMPANHIA A Suzano é uma das maiores produtoras verticalmente integradas de papel e celulose da América Latina, com capacidade de produção anual de 1,1 milhão de toneladas de papel e 1,8 milhão de toneladas de celulose de mercado. A Suzano é a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e líder regional nos mercados de papel para imprimir e escrever e papelcartão. O foco de sua atuação está voltado para duas linhas de produtos: (i) celulose de mercado, vendida principalmente para produtores de diferentes tipos de papel em mais de 40 países, sendo Europa e China os principais destinos; e (ii) papel, com maior volume de vendas para o Brasil e América Latina. A Suzano conta com 4 unidades industriais: Suzano, Rio Verde e Embu no Estado de São Paulo e Mucuri no Estado da Bahia, além da participação de 50% no Consórcio Paulista de Papel e Celulose. RETROSPECTIVA 2010 O crescimento econômico e a retomada da demanda mundial de celulose pós-crise internacional, possibilitaram aumento dos preços de papel e celulose em 2010. Até setembro, a receita líquida da Suzano somou R$ 3.318,5 milhões, superando em 13,2% a do mesmo período do ano anterior. Nos primeiros nove meses, o EBITDA da companhia alcançou 1.324,9 milhões, com margem de 39,9% em relação à receita líquida. Em 30/09/2010, a dívida líquida consolidada era de R$ 3.850,1 milhões e o EBITDA dos últimos doze meses foi de R$ 1.617,4 milhões. Dessa forma, a relação dívida líquida / EBITDA foi de 2,4x. A Companhia cresceu 130% nos últimos 5 anos e se prepara para um novo ciclo de crescimento que elevará significativamente a capacidade de produção anual de celulose de mercado de 1,8 milhões de toneladas para 4,6 milhões de toneladas. Em linha com esta estratégia, em 2010 a Suzano deu andamento aos projetos que compõem o Projeto Suzano 2024: (i) o novo ciclo de crescimento da Companhia, que compreende a construção de 2 novas linhas de produção de celulose nos Estados do Maranhão e do Piauí; (ii) a aquisição da FuturaGene plc., empresa pioneira na pesquisa e desenvolvimento de biotecnologia; e (iii) o investimento na Suzano Energia Renovável, voltada para a produção de pellets de madeira para energia. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a Suzano seguirá com os investimentos florestais e com a análise e desenvolvimento de oportunidades de negócios relacionados à sua expertise florestal alinhados com a estratégia de estar entre as maiores e mais rentáveis empresas de base florestal do mundo em 2024. O sucesso do Projeto Suzano 2024 está amparado pelo Planejamento Estratégico da companhia e pelo conhecimento acumulado ao longo de sua trajetória, tanto em pesquisa científica e tecnológica aplicada ao manejo florestal e à produção de celulose e papel, como em gestão administrativa e solidez na condução dos negócios, com foco na criação de valor sustentável em toda a cadeia de negócios. Relações com Investidores. 135 PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS Os preços do petróleo apresentaram expressiva valorização ao longo de 2010. Contudo, para nós brasileiros (e mais especificamente, analistas do mercado de capitais), o grande evento do ano EMPRESAS ACOMPANHADAS foi a megacapitalização da gigante estatal Petrobras. Tal notícia foi assunto no mundo todo, já que somou mais de R$ 120 bilhões. Como já falamos em outros relatórios, o evento trouxe um novo marco na história do mercado de capitais, contudo, deixou também algumas marcas, (BRKM5) MANTER R$ 21,00 COMGÁS MANTER BRASKEM sobretudo aos investidores minoritários. Focando na análise setorial, o quadro para o mercado de petróleo ainda mostra um balanço de oferta e demanda pouco pressionado, apesar das recentes revisões por parte das principais (CGAS5) instituições internacionais, que passaram a apontar para um aumento de demanda maior do que ECODIESEL o anteriormente previsto. (ECOD3) A Internacional Energy Agency (IEA) e a Opep elevaram em 200 mil barris suas projeções para a OGX PETRÓLEO ampliação do consumo diário global de petróleo em 2010, enquanto a Energy Information (OGXP3) Administration (EIA) elevou suas estimativas em 300 mil barris/dia. Para 2011, a IEA e a Opep aumentaram suas projeções em 100 mil barris diários. Segundo a AIE, esses cálculos são PETROBRAS (PETR4) MANTER COMPRAR R$ 35,00 baseados na estimativa do FMI de crescimento global de 4,7% no ano de 2010 é de 4,2% em 2011. Caso o crescimento global seja de cerca de 3%, a demanda por petróleo cairá para 87,1 milhões de barris diários. Para 2011, as estimativas da IEA indicam que o mercado se tornará PROVIDÊNCIA (PRVI3) (UGPA4) COMPRAR R$ 125,00 dos países membros do cartel (em especial a da Arábia Saudita) é relativamente elevada – UNIPAR VENDER próxima dos 6 milhões de barris/dia – e atende com folga às necessidades globais. (UNIP6) menos dependente da Opep e de estoques em 300 mil barris/dia. Contudo, independentemente da estimativa de ampliação da dependência em relação à oferta da Opep, a capacidade ociosa A agência não concorda com expectativas de preços próximos a US$ 100 por barril em 2011, contudo, a tendência deverá ser de alta, com possibilidade de haver redução da oferta e aceleração nos preços. Trabalhamos com elevação de aproximadamente 3% no preço do barril de petróleo em nosso cenário base. Lembramos também que parte da tendência altista em nossas expectativas está contemplando a perspectiva de um dólar desvalorizado em relação as outras moedas por um período mais longo que o anteriormente considerado. Para o longo prazo, a agência prevê que a demanda de petróleo aumentará 18% entre 2009 e 2035, em grande parte graças ao consumo da China, e o barril deve alcançar o preço de 113 dólares, mas as cotações devem sofrer uma volatilidade no curto prazo, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). A AIE calcula que a demanda mundial de petróleo chegará a 99 milhões de barris diários (mbd) em 2035, uma alta de 15 milhões na comparação com 2009. O aumento será resultado exclusivamente da demanda de países que não integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE). De fato, metade deste aumento virá da China, em conseqüência da necessidade de combustíveis do gigante asiático para seu sistema de transportes. Entre os países da OCDE a demanda cairá 6% no mesmo período de referência, de acordo com o relatório sobre as perspectivas energéticas mundiais da AIE. Ou seja, para os mais céticos, o petróleo não deverá deixar de ser uma importante fonte de energia pelos próximos 20 anos. Em 2011, assim como em toda a década que se inicia, os países emergentes deverão ser os principais responsáveis pela expansão da demanda mundial por petróleo e, conseqüentemente, os investimentos e as receitas do setor. Uma coisa é certa também: mesmo que não tenhamos acompanhado uma vigorosa recuperação econômica mundial, o preço internacional do barril de petróleo retomou a trajetória de alta, e buscou o patamar de US$ 90/barril, superando as projeções mais otimistas. Trabalhamos com valores próximos a US$ 90/ barril em 2011, beneficiado por restrições no lado da oferta, favorecido por questões de moedas. ULTRAPAR 136 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS BRASKEM (BRKM5) A COMPANHIA A Braskem é líder no mercado de resinas termoplásticas das Américas, com foco na produção de polietileno, polipropileno e PVC. Ocupa posição destacada entre as grandes petroquímicas globais e atua com a perspectiva de tornar-se a líder mundial em química sustentável. Criada em 2002 e controlada pelo Grupo Odebrecht, a Braskem é hoje uma das principais empresas exportadoras brasileiras, com presença em cerca de 60 países e em todos os continentes. Com 7 mil integrantes e capacidade produtiva de mais de 15 milhões de toneladas anuais de resinas termoplásticas, petroquímicos e químicos intermediários, a Companhia possui 28 unidades industriais no Brasil, localizadas em Alagoas, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, além de 3 unidades industrias nos Estados Unidos. A Braskem tem como bases de sua estratégia a promoção da competitividade da cadeia petroquímica brasileira e a autonomia tecnológica, alinhadas com o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável. Com ações listadas na BM&FBovespa (BRKM5, BRKM6, BRKM3), Nova York (NYSE:BAK) e Madri (Latibex: XBRK), a Braskem está listada no Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa e garante 100% de tag along a todas as suas ações. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Braskem deu dois grandes passos em sua estratégia de crescimento e internacionalização com a aquisição da Quattor no Brasil e dos ativos de Polipropileno da Sunoco Chemicals nos Estados Unidos. Essas operações expandiram a capacidade produtiva da Companhia em 80%, e ampliaram seu Ebitda consolidado dos últimos 9 meses em 50%, sem prejuízo de sua estrutura de capital. Em bases reais, a Braskem registrou faturamento de R$ 243 bilhões nos 9M10, com lucro liquido de R$ 476 milhões e Ebitda de R$ 2,8 bilhões. Avançando em sua estratégia de tornar-se líder mundial em química sustentável, a Braskem inaugurou em setembro de 2010 sua planta de 200 kt/ano de Eteno Verde, produto feito a partir do etanol, matéria prima 100% renovável, além de anunciar o projeto de produção de 30 kt/ano Polipropileno Verde a partir de 2013. PERSPECTIVA 2011 A Braskem permanecerá focada na integração dos ativos adquiridos, e na captura de sinergias provenientes da aquisição de Quattor, estimadas em R$ 400 milhões em Ebitda anual e recorrente a partir de 2012. Dentro do seu plano de crescimento de médio e longo prazo, a Companhia continuará com seus investimentos nos projetos prioritários de expansão de PVC em Alagoas com capacidade de 200 kt/ano e entrada em operação em 2012, e de acesso a matériaprima competitiva no projeto integrado base gás no México com capacidade de 1 Mt/ano de eteno e 1Mt/ano de PE, com início de operação previsto para 2015. Em relação ao cenário petroquímico, a expectativa é de melhora do ciclo a partir da 2ª metade de 2011, como reflexo do melhor balanço entre a oferta e demanda mundial. Por outro lado, o bom desempenho do mercado brasileiro e a favorável perspectiva de crescimento, deverão continuar a favorecer a Companhia. A Braskem e seus administradores seguem com seu compromisso de crescimento e desenvolvimento sustentável, e continuarão a agir proativamente em busca de oportunidades de expansão de seus negócios, sempre com o objetivo de criar valor para os acionistas da Companhia, sem perder o foco em sua disciplina financeira. Relações com Investidores 137 COMGÁS (CGAS5) A COMPANHIA A Comgás é uma distribuidora de gás natural canalizado no estado de São Paulo com mais de 950 mil clientes. Sua área de concessão abriga cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, abrangendo 177 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, além da Baixada Santista e do Vale do Paraíba. A Comgás trabalha com gás natural, produto ambientalmente mais amigável em comparação com outros combustíveis fósseis, e desempenha o papel de disseminadora da cultura desse insumo. Trata-se de um recurso energético seguro e econômico. Como prestadora de serviços públicos, suas atividades são reguladas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), órgão do governo do Estado de São Paulo, que concedeu à Comgás um prazo de 30 anos a partir de Maio de 1999 para a exploração do serviço público com a possibilidade de renovação uma única vez por mais 20 anos. O capital da companhia foi aberto em 1996 e suas ações estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde 1997. Foi privatizada em Abril/99 por R$ 1,65 bilhão e os principais acionistas com capital votante da companhia são o Grupo BG (antiga British Gas) e o Grupo Shell. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pela recuperação continuada da economia brasileira iniciada em 2009, impactando de forma positiva nas atividades industriais dos clientes da empresa, e como conseqüência num aumento pela demanda de gás natural em relação aos períodos anteriores. Comparando o acumulado do ano com o mesmo período do ano anterior, notam-se resultados, na maioria das vezes, maiores do que aqueles reportados em 2009. Além da sazonalidade, os leilões de gás incentivaram a retomada do volume demandado pelas indústrias. Cabe também destacar que em 2010 a companhia superou a meta de 100 mil novos clientes residenciais conectados. A estratégia de financiamento da expansão da Comgás continua baseada em linhas de longo prazo. Com este objetivo, a Comgás celebrou dois novos contratos no valor equivalente a cem milhões de Euros, cada, de um financiamento de longo prazo concedido pelo European Investment Bank. Deste montante, cem milhões de Euros foram desembolsados durante o ano de 2010. Estes recursos, além dos providos pelo BNDES e demais fontes de financiamento de longo prazo, são destinados à expansão, modernização e reforço da rede de distribuição de gás canalizado e outros investimentos para dar suporte à operação da Companhia, demonstrando o comprometimento em ampliar a sua área de atuação e aprimorando cada vez mais os serviços oferecidos aos seus clientes. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para o ano de 2011 são positivas, tanto em termos de retomada no volume distribuído quanto em crescimento através de novos clientes conectados. A Companhia continuará a juntar esforços para crescer principalmente no mercado residencial sem perder foco nos demais mercados em que atua, sempre oferecendo soluções energéticas em condições competitivas. A Comgás tem trabalhado fortemente no desenvolvimento de parceiros e infra-estrutura para atingir um patamar de adições de novos clientes, de forma sustentável, próxima a 100 mil clientes por ano para os próximos anos. A Companhia continuará buscando a excelência de suas operações, aprimorando sua eficiência, a otimização de seus resultados e a geração de valor aos seus acionistas, sempre tendo foco na segurança dos seus funcionários e contratados. Roberto Lage – Diretor de Finanças e de Relações com Investidores. 138 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS BRASIL ECODIESEL (ECOD3) A COMPANHIA A Brasil Ecodiesel é um dos maiores produtores de biodiesel do Brasil, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, a comercialização de biodiesel no Brasil é feita através de leilões públicos promovidos pela ANP. A companhia conta com quatro unidades de produção em operação (Rosário do Sul – RS; Porto Nacional – TO; Iraquara – BA; Itaqui – MA), com um total de 518,4 mil m³ por ano de capacidade instalada de produção de biodiesel. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi caracterizado por uma maior competitividade no setor de biodiesel, onde se observou tanto um aumento no número de participantes como incremento na capacidade de produção dos antigos participantes, decorrentes principalmente pelo aumento da mistura obrigatória do biodiesel no diesel para 5% em janeiro deste ano. No decorrer dos leilões de 2010 percebeu-se um aumento significativo do deságio, atingindo seu máximo no 4T10, 28,87%. Diante deste cenário de preços decrescentes, a companhia optou por buscar melhores margens, ao invés de arrematar um maior volume nos leilões. Desta forma, a Brasil Ecodiesel, no intuito de compensar a perda de receita, tomou algumas iniciativas para compensar a perda de receita, como a redução das despesas gerais e administrativas e o aumento do volume do esmagamento de soja, permitindo assim reduzir o custo de matéria-prima. As despesas administrativas da companhia no 3T10 arrefeceram 5,6%, atingindo R$ 11 milhões. O endividamento seguiu a mesma direção, apresentando queda de 23,21% na comparação trimestral (2T10 versus 3T10), atingindo no dia 30 de setembro de 2010, dívida de R$ 60,2 milhões, concentradas no longo-prazo. Desta forma o caixa líquido no terceiro trimestre atingiu satisfatórios R$ 80 milhões, bem acima dos R$ 65 milhões observados no 2T10. Por fim, vale mencionar que, no decorrer do ano, as ações da Brasil Ecodiesel passaram a integrar as carteiras teóricas do Ibovespa, IBrX-50 e Índice Carbono Eficiente. PERSPECTIVA 2011 Em dezembro de 2010, foi aprovada pelo Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel a incorporação das ações de emissão da Maeda S.A. Agroindustrial, pendente de aprovação de AGE a ser realizada em 23 de dezembro de 2010. Caso aprovada, a Maeda passará a ser subsidiária integral da Brasil Ecodiesel. A administração da Brasil Ecodiesel entende que a associação com a Maeda representará uma diversificação das operações, com ampliação de produtos e mercado, passando a atuar nos mercados de alimentos e energia. Eduardo de Come – Relações com Investidores 139 PETROBRAS (PETR4) A COMPANHIA Fundada em 1953, a Petrobras é líder no setor petrolífero no Brasil e a quarta maior empresa de energia do mundo, segundo ranking da agência Platts. Na indústria de óleo, gás e energia, atua de forma integrada no Brasil nos segmentos de exploração e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, energia elétrica e biocombustíveis. Além do Brasil, a companhia atua em 27 outros países. Líder em tecnologia de exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras desbrava uma nova fronteira exploratória com elevado potencial de recursos: a camada pré-sal da costa brasileira, região que se estende pelas Bacias de Santos, Campos e do Espírito Santo. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Petrobras realizou a maior oferta de ações da história, no valor total de R$ 120,2 bilhões, dos quais R$ 45,5 bilhões foram para seu caixa e R$ 74,8 bilhões foram utilizados para pagar a cessão onerosa dos direitos de produção de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em áreas não licitadas abaixo do pré-sal, reforçando a sustentabilidade da produção da companhia. A alavancagem líquida foi reduzida de 34% para 16%, o que fortalece a companhia e possibilita o desenvolvimento do seu Plano de Negócios 2010-2014, cujos investimentos atingem US$ 224 bilhões. Em outubro de 2010 entrou em operação em Tupi o primeiro sistema definitivo de produção instalado na área do pré-sal. Esta unidade produzirá óleo de alto valor comercial e coletará informações técnicas fundamentais para o desenvolvimento das grandes acumulações de petróleo da Bacia de Santos. Ainda em outubro foi concluída a perfuração do nono poço no pré-sal desta bacia na área de Tupi, ajudando a confirmar o potencial de óleo e gás natural recuperável, estimado pela empresa entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. Outros destaques do segmento de exploração e produção foram os anúncios de novas acumulações no pré-sal de Albacora Leste, no prospecto exploratório conhecido como Brava e o início da produção no pré-sal do Espírito Santo, no campo de Baleia Franca. Uma parcela dos investimentos está sendo destinada ao segmento de refino para aumento da oferta e da qualidade de derivados no crescente mercado brasileiro. No segmento de gás e energia, destaca-se a conclusão da infraestrutura de transporte e os investimentos em GNL. Com sua posição dominante no mercado brasileiro, nos nove primeiros meses do ano a companhia gerou R$ 45 bilhões de caixa operacional e alcançou lucro líquido de R$ 24,5 bilhões, uma elevação de 10% frente à igual período em 2009. PERSPECTIVA 2011 Face às projeções de crescimento das economias brasileira e mundial, ao aumento no consumo de derivados de petróleo no Brasil e ao aumento de produção, a Petrobras considera promissoras as perspectivas para 2011. São planejados 4 testes de longa duração na área do pré-sal e o início de produção no módulo 3 de Marlim Sul (100.000 barris diários) e no campo de Jubarte (180.000 barris diários). Prossegue o Projeto Varredura, com potencial de adição, a baixos custos, de novas reservas em campos já em produção. A Petrobras continuará investindo em seu excelente portfólio de projetos, visando à integração de suas atividades e à flexibilização de suas operações e gerando retornos para seus acionistas. Relações com Investidores. 140 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 PETRÓLEO / PETROQUÍMICO / GÁS PROVIDÊNCIA (PRVI3) A COMPANHIA Fundada em 1963, a Providência é hoje, líder na fabricação e comercialização de nãotecidos no Brasil, com significativa presença nas Américas e atuação global. A Companhia possui 9 linhas de produção com capacidade de 70 mil toneladas de nãotecido/ano na Cidade de São José dos Pinhais/PR e outra linha na Cidade de Pouso Alegre/MG, com capacidade para 10 mil ton/ano. No 1T11, será inaugurada a primeira unidade fabril nos EUA, na Cidade da Carolina do Norte – Statesville, aumentando em 25% a capacidade de produção da empresa. O nãotecido, que tem como matéria-prima principal o polipropileno, é utilizado em vários segmentos, dentre os quais se destacam: descartáveis médico/hospitalares - utilizado na confecção de roupas e artigos descartáveis de proteção médica, como gorros, máscaras, lençóis, aventais e também em campos cirúrgicos de alta performance; descartáveis higiênicos - principal matéria-prima na confecção de fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e lenços umedecidos; e duráveis - aplicação em diversas áreas, como agricultura, decoração, ecologia, construção, indústria, embalagem, confecção, medicina, proteção, transporte, esportes, além de produtos como alto-falantes, panos de limpeza e até mesmo testes de gravidez. RETROSPECTIVA 2010 A Companhia Providência fechou o terceiro trimestre de 2010 com lucro líquido de R$ 14,2 milhões, sendo 98,3% superior ao registrado no segundo trimestre de 2010 (2T10). O Ebitda ajustado totalizou R$ 30,1 milhões, 21,1% acima do 2T10 e 15,6% maior, quando comparado com o mesmo período do ano passado (3T09). A margem Ebitda ajustada totalizou 25,8%, 4,4 p.p. acima, em relação ao segundo trimestre de 2010. O volume de vendas somou 19,7 mil toneladas, crescimento de 3,2%, em comparação com o 3T09 e a receita líquida atingiu R$ 116,6 milhões. Além disso, distribuiu dividendos antecipados de 100% do lucro líquido, referente aos resultados concluídos em 30 de junho de 2010. Outro destaque foi a contratação de financiamento à Exportação junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Programa BNDES-Exim PréEmbarque, no montante de R$ 150 milhões, com taxa de juros pré-fixada de 7,0% ao ano e tem prazo de pagamento de 18 meses. A contratação desse financiamento faz parte da estratégia de crescimento da empresa. Os recursos provenientes dele serão utilizados nas operações de exportação. A Companhia anunciou investimentos no montante de até US$ 120 milhões compreendendo duas linhas de produção, bem como os demais ativos relacionados a essas linhas, a serem instaladas uma no Brasil e a outra nos Estados Unidos da América, cada uma com capacidade instalada de 20 mil toneladas por ano de nãotecidos destinados aos mercados de artigos descartáveis higiênicos e descartáveis médicos. PERSPECTIVA 2011 O projeto nos EUA está seguindo o cronograma previsto para construção da fábrica, tanto do ponto de vista operacional, como financeiro. A montagem está em pleno andamento e a comercialização deverá ocorrer ainda no 1T11. Há forte expectativa para os próximos períodos de manter a plena capacidade de produção, confirmada pelos pedidos de vendas já existentes, bem como estabilidade nos preços da matéria prima, o que deve contribuir para a manutenção das margens no último trimestre do ano. Eduardo Feldmann Costa – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. 141 ULTRAPAR (UGPA4) A COMPANHIA A Ultrapar é um dos mais sólidos grupos econômicos brasileiros com posição diferenciada nos segmentos em que atua: distribuição de combustíveis e de GLP através da Ipiranga e da Ultragaz, produção de químicos através da Oxiteno e armazenagem para granéis líquidos através da Ultracargo. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Ultrapar apresentou mais um ano de forte desempenho, com patamares recordes de EBITDA e lucro líquido, fruto da expansão da economia brasileira, da maturação dos investimentos recentes e da captura das sinergias das aquisições realizadas. Na Ipiranga, os efeitos positivos na venda de combustíveis da continuidade do crescimento da frota de veículos leves e do maior dinamismo da economia brasileira contribuíram para uma evolução significativa nos resultados. Demos mais um passo no plano de expansão da Ipiranga no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil com a aquisição da DNP, a quarta maior distribuidora de combustíveis no Norte do país, e com os investimentos em embandeiramentos e abertura de novos postos na região. Na Ultragaz, os programas de excelência operacional implementados e o desempenho no segmento granel colaboraram para mais um ano de crescimento importante nos resultados. Na Oxiteno, o patamar de resultados atingido foi viabilizado pelo forte desempenho das vendas de especialidades químicas, decorrente da maior atividade econômica e das expansões de capacidade realizadas, e pela recuperação das margens, para a qual contribuíram a melhor composição de vendas e a estabilidade nos preços das matérias-primas ao longo do ano. A Ultracargo, por sua vez, concluiu a venda de seus negócios de logística interna, armazenagem de sólidos e transporte rodoviário, concentrando suas atividades e investimentos na armazenagem para granéis líquidos, que permitiu forte evolução na armazenagem efetiva em seus terminais e nos resultados. PERSPECTIVA 2011 Nossos negócios estão bem posicionados para colher benefícios do crescimento econômico e da maior escala de operações decorrentes de investimentos realizados. A Ipiranga continuará se beneficiando dos reflexos positivos da maior atividade econômica nas vendas de diesel e da visibilidade de crescimento continuado na frota de veículos. Em paralelo, a Ipiranga seguirá priorizando seu plano de expansão da rede de postos nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A Ultragaz seguirá colhendo as boas perspectivas para o segmento granel, em que é líder destacada. Na Oxiteno, o crescimento da venda de especialidades no Brasil combinado às expansões de capacidade de produção deverão permitir forte crescimento no volume vendido, com menor participação de commodities na composição de vendas. A Ultracargo, focada na armazenagem de granéis líquidos, se beneficiará das expansões em andamento em seus terminais, da maior especialização nos serviços prestados e da demanda crescente por infraestrutura logística no Brasil. Por fim, as boas perspectivas em cada um de nossos negócios de atuação, combinadas à nossa resiliência e ao maior dinamismo da economia, permitem visibilidade para a continuidade da trajetória de crescimento de resultados da empresa. Relações com Investidores. 142 E S P E C I A L SANEAMENTO P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 Questões relacionadas à tributação deverão ser um dos assuntos discutidos pelo setor EMPRESAS ACOMPANHADAS em 2011. O setor recolhe 1,65% de PIS e 7,6% de Cofins sobre o faturamento. A proposta das empresas é conseguir o crédito integral do tributo. Segundo a Aesbe COPASA (CSMG3) SABESP (SBSP3) SANEPAR (SAPR4) COMPRAR R$ 35,00 (Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais) as empresas estaduais COMPRAR R$ 48,00 PIS e da Cofins constava da reforma tributária votada em 2007, mas foi vetada pelo deverão pagar R$ 2 bilhões em PIS e COFINS em 2010. A proposta de isenção da presidente Lula, sob o argumento que a medida afetava o equilíbrio fiscal. Naquele ano, a arrecadação dessas contribuições foi de R$ 130 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão, ou 1,2%, proveniente das empresas de saneamento. O setor necessita de grandes investimentos para universalização dos serviços de água e esgoto. No decorrer dos últimos anos, altos investimentos vêm sendo feitos em saneamento. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, em jul/10 apenas 39,6% dos brasileiros possuíam acesso a coleta de esgoto, enquanto 77,4% da população tinham abastecimento de água. Nota-se que apesar dos investimentos das companhias em tratamento de esgoto ainda há um déficit muito grande a ser superado. Projeções indicam que serão necessário R$ 270 bilhões para atingir a universalização de água em 2039. Importante saber que a demanda de água e esgoto não tem ligação com renda. Por serem bens essenciais, o consumo é independente do cenário macro, desta forma, a demanda por esses bens é inelástica. Em 2008 o desempenho do PIB foi de 5,1%, e o setor apresentou uma média de crescimento de 2%, no entanto, em 2009 quando o PIB apresentou decréscimo de -0,2% o setor continuou com os mesmos 2% de expansão. Em 2010 e 2011 a expectativa de crescimento permanece em 2%. O faturamento é decorrente dos investimentos em ligações de água. Entretanto, o tratamento de esgoto é uma exigência da lei e ambiental. Diariamente são despejados no meio ambiente 5,4 bilhões de litros de esgoto sem tratamento. Porém, o serviço de tratamento de esgoto diminui as margens das companhias uma vez que muitas áreas têm ligações de esgoto não tratado, mas cujo serviço já é cobrado do consumidor. De acordo com as novas leis ambientais o tratamento terá que ser implantado, sem nenhuma cobrança adicional. O setor de saneamento possui baixa representatividade em Bolsa. Apenas duas empresas, Sabesp e Copasa, têm razoável liquidez. Para ambas o ano de 2010 foi marcado por questões políticas, referente à sucessão estadual. Tanto em São Paulo, quanto em Minas Gerais os riscos foram mitigados com a permanência do PSDB, que deve manter as mesmas políticas adotadas até então. A expectativa em 2011 é que as companhias consigam superar problemas de gestão e planejamento e reduzir o excesso de tributação, podendo assim expandir investimentos. 143 COPASA (CSMG3) A COMPANHIA Fundada em 1963, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, sob a denominação Companhia Mineira de Água e Esgotos - COMAG (“COMAG”), com a finalidade de executar a política estadual de saneamento básico à população do Estado de Minas Gerais. Em 1973, o Departamento Municipal de Águas e Esgoto - DEMAE, responsável pela prestação dos serviços de saneamento básico no Município de Belo Horizonte foi incorporado à COMAG passando a denominação para Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG em 1974. As principais atividades da Companhia compreendem serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, incluindo planejamento, elaboração de projetos, execução, ampliação, remodelagem e exploração de serviços de saneamento. Sua atuação é concentrada no Estado de Minas Gerais, que é o terceiro estado economicamente mais produtivo do País e com população estimada para 2010 em 19,5 milhões. RETROSPECTIVA 2010 A população beneficiada com os serviços de abastecimento de água em setembro de 2010 era de 13,0 milhões e a de esgotamento sanitário era de 7,7 milhões. Em relação ao desempenho econômico financeiro, a Companhia obteve bons indicadores nos nove primeiros meses de 2010. A receita líquida de água e de esgoto que foi de R$ 1,73 bilhão em 2010, ante R$ 1,63 bilhão no mesmo período de 2010. Em relação à geração de caixa, o EBITDA foi de R$ 707 milhões, e manteve-se estável em relação ao mesmo período do ano anterior. As diversas premiações recebidas no ano comprovam a eficiência do trabalho da COPASA, cabendo-se destacar o Troféu Ouro – Rumo a Excelência do PNQS, reconhecido pela International Water Association – IWA pelo seu modelo de gestão ao adotar as melhores práticas gerenciais e obter os melhores resultados operacionais. A Companhia também foi premiada com o Troféu Transparência, concedido pela ANEFAC, em reconhecimento a transparência e clareza das demonstrações contábeis. Além disso, a Companhia foi incluída no Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE passando a compor a carteira no ano de 2011. Para a Companhia estar listada no ISE é um reconhecimento do mercado pelo seu desempenho em questões relativas à sustentabilidade. PERSPECTIVA 2011 Para os próximos anos, a Copasa pretende continuar a sua expansão para o Estado de Minas Gerais visando o aumento da cobertura dos serviços. Para isso, a Companhia tem como meta a assinatura de concessões dos serviços de esgotamento sanitário em 131 municípios onde ela detém apenas a concessão dos serviços de abastecimento de água e a obtenção da concessão de ambos os serviços em 31 municípios onde ela ainda não está presente. A Companhia objetiva ainda, a redução das perdas e elevação do índice de tratamento de esgoto. Paula Vasques Bittencourt – Relações com Investidores 144 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SANEAMENTO SABESP (SBSP3) A COMPANHIA A SABESP é uma das maiores prestadoras de serviços de água e esgoto do mundo com base no número de clientes. Está presente em 364 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, atendendo a 23,6 milhões de pessoas com água, que representam aproximadamente 60% da população urbana do Estado de São Paulo, e 19,9 milhões de pessoas com esgoto. A Sabesp também fornece água tratada no atacado para sete municípios com população total estimada em 3,6 milhões de pessoas. As importantes transformações na regulação do setor de saneamento, ocorridas em 2007, geraram novos desafios e oportunidades para a Sabesp. O novo marco regulatório consolidou a integração entre os investimentos da prestadora de serviços e as prioridades estabelecidas pelo titular dos serviços, tornou a prestação de contas mais efetiva e transparente, e aumentou a segurança para investimentos. A Sabesp está autorizada atuar fora do Estado de São Paulo e exterior. O escopo de serviços prestados pela Companhia ampliou e inclui prestação de serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de planejamento, operação e manutenção de sistemas de produção, armazenamento, conservação e comercialização de energia. A Companhia vem se estruturando para ampliar a base de sua atuação e, ao mesmo tempo, passar a ser uma empresa de soluções ambientais. A Sabesp está inserida no Novo Mercado da BM&FBovespa (100% de ações ordinárias) e NYSE, onde 49,7% das ações estão em negociação. Desde dezembro 2007 faz parte do Índice de Sustentabilidade da Bovespa – ISE. RETROSPECTIVA 2010 Até setembro de 2010, a Sabesp obteve receita líquida de R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O LAJIDA dos nove primeiros meses de 2010 foi de R$ 2,4 bilhões e a margem de 45,5%. Em junho de 2010 a Sabesp assinou Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário com o Estado de São Paulo e o Município de São Paulo, com o objetivo de assegurar o direito de explorar a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário na Capital pelo prazo de 30 anos, renováveis por mais 30 anos. O contrato estabeleceu a ARSESP como responsável pelas funções de regulação, controle e fiscalização dos serviços. Até setembro/09 a Sabesp assinou 199 contratos com prazo de 30 anos em municípios onde opera, formalizando em torno de 67% da receita. Com relação aos empréstimos e financiamentos destacamos a assinatura do Contrato de Empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, para financiamento parcial do Programa de Despoluição do Rio Tietê – Etapa III. O Investimento será de US$ 800 milhões, sendo US$ 600 milhões de financiamento e US$ 200 milhões de contrapartida da Sabesp. No mês de outubro a Sabesp assinou contrato de empréstimo com a Japan International Cooperation Agency - JICA, para financiamento do Programa Integrado de Melhoria Ambiental na Área de Mananciais da Represa Billings (ProBillings). O investimento total é de ¥ 12.357 bilhões, sendo ¥ 6.208 bilhões de financiamento e ¥ 6.149 bilhões de contrapartida da Sabesp. O prazo total será de 25 anos, com 7 anos de carência com taxa de juros de 1,2% a.a.. PERSPECTIVA 2011 Para o ano de 2011, a Sabesp continuará avançando no seu programa de investimentos. O Capex projetado para o ano de 2011 é de R$ 1.753 milhões. Os principais projetos são: i) o Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água, com perspectiva de redução do índice de perdas dos atuais 26,0% para 20,0% em 2013; ii) Programa Onda Limpa que tem como objetivo aperfeiçoar e expandir os sistemas de esgoto nos municípios que formam a Região Metropolitana da Baixada Santista; iii) Projeto Tietê 3ª fase cujo objetivo é dar continuidade à melhoria da qualidade ambiental da bacia do Alto Tietê. Serão investidos cerca de US$ 1,05 bilhão com previsão de conclusão em 2010. No mês de outubro a Sabesp negociou com a JICA os termos do contrato de empréstimo complementar para o programa Onda Limpa fase II. O valor deste novo financiamento é de ¥ 19,162 bilhões de ienes, 18 anos de amortização e taxa de juros entre 1,8 a 2,5% a.a.. O próximo passo para formalização do contrato é aprová-lo na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. A Sabesp também está em negociação com a JICA no valor de ¥ 33,5 bilhões para financiamento para o Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água. As negociações estão avançadas, tendo inclusive comprometimento do governo japonês no seu orçamento. Com a finalização dessas captações, a Sabesp já terá contratado 100% dos financiamentos necessários para a realização do CAPEX projetado até 2013. Com relação à renovação de contratos, a Sabesp continuará negociando com os municípios onde opera e ainda não formalizou ou renovou contratos. Angela Beatriz Airoldi - Gerente de Relações com Investidores 145 SAÚDE Em nosso stock guide classificamos todas as empresas que possuam estreita correlação entre suas atividades operacionais e este imenso setor que responde sozinho por algo próximo a 5% EMPRESAS ACOMPANHADAS do PIB nacional. Existe pouquíssima relação entre as empresas que nós acompanhamos nesse setor de saúde. Desta forma, vamos colocar uma visão mais genérica do mesmo. É notório que o setor de saúde privada atravessa a maior expansão da sua história com diversas AMIL (AMIL3) aquisições de hospitais, farmácias e laboratórios. Vale comentar que desde 2000, 14 milhões de brasileiros adquiriram algum tipo de plano de saúde privado, aumento de quase 50%. A impressionante expansão da classe C traz consigo 100 milhões de consumidores para as prestadoras de serviços de saúde. Nosso mercado de medicamentos é segundo que mais cresce no mundo, atrás apenas da China, incentivando diversos grupos europeus, americanos e CREMER DASA (DASA3) japoneses a iniciar suas operações próprias no Brasil. Segundo pesquisas recentes, o país DROGASIL saltará da nona para a sétima posição entre os maiores mercados de medicamentos do mundo (DROG3) até 2013. FLEURY Vale apena abordar também neste pequeno tópico setorial, algo que nos anima em relação aos (FLRY3) segmentos ligados á área de saúde: o amadurecimento em massa da população brasileira. Compartilhamos da idéia de que a mudança no perfil da população é e será determinante para o aumento dos gastos com saúde. A redução do índice de natalidade acentuou a mudança da pirâmide etária brasileira nos últimos anos. A base de pessoas com até 14 anos vem se estreitando. Paralelamente, a faixa produtiva, dos 15 aos 64 anos, ganha corpo. Segundo especialistas, essa mudança favorecerá o Brasil por mais 24 anos (fase essa conhecida como bônus demográfico). Obviamente que, para o Brasil, o desafio será após essa fase do bônus demográfico, todavia, em nosso radar vislumbramos várias oportunidades para todas as companhias de capital aberto que acompanhamos em nosso stock guide. Observando o gráfico abaixo, podemos concluir que vários setores despontam com possibilidades de crescimento acentuado, dada à nova composição demográfica que está sendo projetada. Os segmentos ligados aos setores de saúde projetam crescimento anual muito expressivo. Para se ter uma idéia, produtos farmacêuticos devem saltar de um faturamento consolidado de R$ 80,0 bilhões em 2010 para algo próximo a R$ 200,0 bilhões em 2020, com crescimento anual médio de 9,5%. Essa taxa de crescimento médio anual deverá se repetir também no que tange ao segmento de serviços hospitalares que deve saltar de uma faturamento consolidado de R$ 76,0 bilhões em 2010 para aproximadamente R$ 184,0 bilhões em 2020. Abordando de forma bem generalista, concluímos que há diversas oportunidades de crescimento entre as empresas que acompanhamos em todos os seus segmentos de atuação. MANTER (CREM3) ODONTOPREV (ODPV3) PROFARMA (PFRM3) MANTER R$ 24,00 COMPRAR 146 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SAÚDE AMIL (AMIL3) A COMPANHIA A história da Amilpar inicia-se com a aquisição da Casa de Saúde São José em 1972, uma pequena clínica de maternidade na cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Em 1978 foi fundada a Amil Assistência Médica, quando a Companhia ingressou no mercado de planos de saúde. Desde então, a Amilpar desenvolveu as marcas mais reconhecidas e respeitadas no setor de assistência à saúde suplementar por meio de uma estratégia de crescimento lucrativo, tanto organicamente como por meio de uma série de aquisições estratégicas, oferecendo aos seus associados produtos diversificados e inovadores de assistência à saúde. Estreou na Bovespa em 2007, fazendo parte do Novo Mercado, o nível de listagem com o padrão mais alto de governança corporativa. A Amilpar é a maior empresa de Medicina de Grupo no Brasil, de acordo com a ANS, atendendo atualmente a mais de 5 milhões de Beneficiários nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. A Companhia também é a empresa de Medicina de Grupo com a maior Rede Credenciada do País, abrangendo mais de (i) 3.400 hospitais; (ii) 9.500 clínicas e centros médicos; (iii) 46.000 consultórios médicos; e (iv) 10.300 laboratórios e centros de diagnóstico de imagens. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi marcado pelo grande desafio de rentabilizar a maior aquisição já feita pela Amilpar em toda a sua história: a Medial Saúde S.A. Logo após o fechamento da aquisição, que ocorreu em 1º de dezembro de 2009, um time completo de diversas áreas da Amilpar passou a acompanhar as operações nas áreas mais críticas da Medial, a fim de compartilhar as práticas que vêm sendo utilizadas na Amilpar e graças ao esforço conjunto destas equipes, já nos nove primeiros meses de 2010 as operações combinadas apresentaram uma margem EBITDA de 7,5%, em comparação com a margem EBITDA negativa em 0,9% apresentada pela Medial em 2009. Mas a empresa não parou por aí, também foram adquiridos em 2010: (i) a ASL, que possui 15% de participação de mercado no estado do Rio Grande do Norte; (ii) o hospital Pró-Cardíaco, que é uma das principais referências em medicina de alta complexidade no Rio de Janeiro, especializado no atendimento cardiológico e; (iii) a Excelsior Saúde, com atuação na região Nordeste do país e 7% de participação de mercado no estado de Pernambuco. Também é importante mencionar que neste ano foi rolada a dívida de curto prazo da Companhia, emitida para financiar a oferta pública de aquisição de ações (OPA de Tag Along) direcionada aos acionistas minoritários da Medial, através da emissão de debêntures de longo prazo no valor de R$ 900 milhões. PERSPECTIVA 2011 Em 2011 a Amilpar continuará a avaliar todas as oportunidades que o mercado vier a oferecer que possam gerar valor para nossos acionistas, seja através de crescimento orgânico, seja através de aquisições estratégicas. O atual cenário indica uma melhora contínua nos níveis de emprego e renda e estes são indicadores extremamente importantes para o crescimento do setor de saúde suplementar do país. Roger Nickhorn – Gerente de Relações com Investidores. 147 CREMER (CREM3) A COMPANHIA Fundada em 1935, a Cremer é fornecedora líder em várias categorias de produtos descartáveis e consumíveis que facilitam e aperfeiçoam os cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene, para uso profissional e doméstico; um mercado estimado de aproximadamente R$ 4,5 bilhões/ano. A sólida posição da Companhia resulta da combinação de (1) produtos de qualidade superior com uma marca altamente reconhecida, (2) escala e excelência operacional e (3) capilaridade e presença nacional que colocam a Companhia em uma posição única no setor. A Cremer abriu seu capital no segmento do Novo Mercado da Bovespa em abril de 2007, aderindo aos mais altos níveis de governança corporativa, sob o código CREM3. RETROSPECTIVA 2010 A Cremer teve um ano marcado (1) pela implementação das iniciativas estratégicas traçadas ao final de 2009 e (2) por desafios de curto prazo que prejudicaram a performance da empresa no ano. Uma das principais iniciativas estratégicas implementadas em 2010 foi a parceria firmada com a Embramed. Pelos termos do contrato, a Cremer terá condições especiais na compra dos produtos fabricados pela Embramed por um prazo de três anos. Além disso, celebrou-se um contrato de call (pela Cremer) e put (pela Embramed) para uma aquisição futura da Embramed pela Cremer. A Embramed é referência na fabricação de produtos médico hospitalares de base plástica, como equipos e sondas, e teve receita bruta de R$ 75,9 milhões em 2009. Além dessa parceria, pode-se destacar o bom desempenho do segmento Varejo, principalmente pela evolução dos projetos go-to-market e nossas ações de trade marketing. Contudo, o mercado de luvas de procedimento foi o principal desafio enfrentado, onde o mercado esteve sobre-ofertado, além disso a Cremer sofreu com o aumento expressivo do preço dos seus insumos, principalmente do algodão cujo preço mais do que duplicou no ano. PERSPECTIVA 2011 Um importante desafio da Companhia para 2011 será continuar com a implementação das iniciativas estratégicas, como a efetivação da parceria com a Embramed e o desenvolvimento do projeto go-to-market, que será alavancado pelo lançamento das novas embalagens e reposicionamento da marca. Além disso deve-se monitorar o desenvolvimento do mercado de luvas de procedimento, bem como o repasse de preços pelo aumento de custos que a Cremer está tendo. Relações com Investidores. 148 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SAÚDE DASA (DASA3) A COMPANHIA A DASA é a maior empresa de medicina diagnóstica na América Latina em termos de receita bruta e atendimentos e a quarta maior rede no mundo. Com mais de 12 mil colaboradores, processa em média 10 milhões de exames por mês. Oferece mais de três mil tipos de exames de análises clínicas e diagnóstico por imagem. Atualmente, a DASA detém 20 marcas distintas, presentes em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal. Além disso, a DASA presta serviços de apoio para mais de quatro mil laboratórios em todo o Brasil, e opera para o Setor Público, tanto na prestação de serviços de análises clínicas quanto de imagem. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, reforçamos nossos princípios que norteiam a geração de valor ao acionista e que são baseados em: a) Melhor relação custo – benefício do mercado, com base em sua segmentação de público alvo, benefícios de escala, otimização de compras de insumos e equipamentos, além do incremento de produtividade nos Núcleos Técnicos Operacionais (NTOs); b) Diversificação de receita, equilibrando os riscos intrínsecos ao nosso negócio e a exploração de novos segmentos de comprovado potencial; c) Implementação de uma cultura de performance, baseada na ampliação da remuneração variável com maior apoio e envolvimento do Conselho de Administração; d) Maior robustez na rede de distribuição, através do fortalecimento de nossas marcas em nível regional e maior cobertura geográfica; e) Foco na qualidade, investindo em acreditações nacionais e internacionais, melhora na percepção dos pacientes quanto a nossos serviços (NPS – Net Promoting Score) e na criação das Diretorias Médicas Regionais. Em termos de negócios, a DASA realizou uma importante associação com a MD1 Diagnósticos, terceira maior rede de laboratórios do país - controladora de quatro significativos players do mercado (Sergio Franco, CDPI, Multi Imagem e Pro Echo) -, e adquiriu o Cerpe, o maior laboratório de medicina diagnóstica do Nordeste. PERSPECTIVA 2011 A DASA tem excelentes perspectivas para 2011. A empresa acredita estar plenamente preparada para entregar um ano de crescimento e investimento. A DASA tem hoje um time ainda mais comprometido, que busca constantemente a melhoria da qualidade dos serviços prestados, processos internos, sinergias de custo e receitas e adição de valor aos acionistas. Além disso, o mercado de medicina diagnóstica continua oferecendo excelentes oportunidades de negócios. Grandes capitais e cidades do interior estão sendo favorecidas com o aquecimento da economia no Brasil e esse movimento reflete, consideravelmente, o segmento de medicina diagnóstica e da saúde como um todo. Tharso Bossolani – Relações com Investidores 149 DROGASIL (DROG3) A COMPANHIA A história da Drogasil teve início com a sua fundação em 28 de março de 1935, quando dois proprietários de pequenos grupos de farmácias, Drogaria Bráulio e Drogaria Brasil, resolveram fazer uma fusão de suas empresas e formaram uma nova sociedade que passou a operar sob a denominação de Drogasil. A Drogasil tornou-se sociedade anônima em 1972. Em 20 de julho de 1977, obteve o seu registro junto à CVM. Em 11 de Junho de 2007, a Drogasil S.A. registrou-se na listagem do “Novo Mercado” o segmento de maior grau de governança corporativa da BM&FBovespa. Segundo o ranking da ABRAFARMA, a Drogasil é a segunda maior rede de drogarias do Brasil, no critério faturamento base ano 2009. A Companhia atua há 75 anos no mercado varejista de medicamentos e produtos de higiene e beleza no Brasil. RETROSPECTIVA 2010 A eficiência da operação da Drogasil, reflete-se no crescimento do retorno sobre vendas nos últimos 3 anos. Tendo realizado investimento em ativo fixo, acumulados de R$ 222,5 milhões nos últimos 4 anos, a empresa apresenta um crescimento no retorno sobre vendas, 3.3% das vendas brutas em 2007 para 4.4% em 9M10 (já em 2009, encerramos o exercício fiscal com retorno sobre vendas de 4,2% das vendas brutas). Este resultado é obtido através da forma equilibrada como realizou-se (realiza-se) a expansão da rede de lojas Drogasil. Se em 2004, tínhamos presença da Drogasil em 42 municípios, hoje a Drogasil está presente em 88 municípios e 6 estados no Brasil. Mantemos hoje um equilíbrio entre lojas que consideramos maturadas (com mais de três anos de operação) e lojas em fase de maturação (lojas com menos de 3 anos de operação), no que contribuem para uma diluição crescente nas despesas com vendas e administrativas. Como conseqüência, temos um EBITDA crescente nos últimos 3 anos e margem EBITDA (comparada à receita bruta de vendas) que cresceu de 5.1% em 2007 para 6,6% em 2009. Este nível de margem EBITDA compara-se aos padrões de operação internacionais dos varejistas CVS e Walgreens nos USA. PERSPECTIVA 2011 A Drogasil planeja continuar o seu processo de expansão da rede de lojas em 2011. Os aspectos favoráveis de crescimento da massa salarial, emprego formal e índice de confiança do consumidor brasileiro são positivos para o varejo de forma geral. A Drogasil com um ticket médio de R$ 39,0 no terceiro trimestre de 2010 (R$ 37,2 no 3T09) e Abrafarma (R$ 30,9), o segmento de varejo farmacêutico, não depende de expansão de crédito para viabilizar suas vendas. Em cenários de desaquecimento econômico, é um segmento defensivo, principalmente por lidar com medicamentos, higiene pessoal e cosmética que são itens prioritários na hierarquia de necessidades do consumidor. Roberto Listik – Gerente de Relações com Investidores 150 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SAÚDE FLEURY (FLRY3) A COMPANHIA O Grupo Fleury é uma das mais respeitadas organizações de medicina e saúde do País, fundado em 1926 e reconhecido pela comunidade médica e opinião pública pela excelência em serviços ao cliente, inovação e qualidade técnica. Possui um portfólio estratégico de marcas para diferentes segmentos de planos de saúde e está presente nos principais centros econômicos brasileiros, tendo realizado 24 aquisições desde 2002. Com um posicionamento competitivo de diferenciação, disponibiliza soluções cada vez mais integradas e completas em medicina diagnóstica e preventiva, além de ser considerado centro de referência para a realização de exames complexos e de ponta para cerca de 3 mil laboratórios e hospitais de todo o Brasil. O constante desenvolvimento de metodologias e modelos de negócios inovadores é possível graças à permanente busca e geração de conhecimento. Norteada por altos padrões de Governança Corporativa, a empresa conta com uma administração profissional e experiente. RETROSPECTIVA 2010 Podemos destacar um crescimento orgânico acima do setor, fruto dos investimentos na ampliação do escopo dos serviços prestados e otimização da rede de unidades de atendimento. Outro significativo avanço foi constatado nas operações diagnósticas em hospitais, impulsionado pelo crescimento das renomadas instituições em que atua e por novos clientes. A evolução dos negócios de medicina preventiva, incluindo a aceleração dos contratos de Gestão de Doenças Crônicas, segue contribuindo para o crescimento do Grupo. A integração de aquisições estratégicas permitiu ampliar a cobertura geográfica e complementar o portfólio de produtos, além de adicionar recursos humanos altamente qualificados e aumentar a eficiência operacional. O Grupo também inaugurou Centros Médicos Integrados, que reúnem diferentes especialidades para um diagnóstico multidisciplinar, acompanhado da opinião de assessores médicos. Em seu primeiro ano de atuação como companhia de capital aberto, o Grupo Fleury conquistou o prêmio “IBGC de Governança Corporativa 2010” na categoria de empresas listadas, reconhecimento já conquistado em 2007 na categoria de empresas não listadas; e, alinhado à prática de alto padrão de governança corporativa, assinou o “Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção”. Também foi o primeiro no Brasil a obter o certificado Leed (padrão gold) para uma unidade de medicina diagnóstica, um importante avanço na construção de edificações sustentáveis. Adicionalmente, o Fleury foi apontado como a marca mais valiosa do setor (MillwardBrown e BrandAnalitics) e como o melhor e mais confiável centro de medicina diagnóstica para 85% dos médicos (Ipsos, 2010). PERSPECTIVA 2011 As projeções dos principais indicadores macroeconômicos mostram um contexto favorável aos investimentos e progressão crescente da atividade econômica em geral. A geração de empregos formais e o envelhecimento da população têm contribuído consistentemente para o crescimento da utilização e do número de beneficiários do sistema da saúde suplementar. Para captar este aumento de demanda, daremos seguimento à nossa estratégia de diferenciação e ampliação da oferta, incluindo expansão da metragem (superior a 30%) e do portfólio de serviços ofertados em nossa rede de unidades de atendimento. Adicionalmente, a ampliação de nossas operações diagnósticas em hospitais, a maturação dos serviços de medicina preventiva, com destaque para o serviço de Gestão de Doenças Crônicas, e nossa estratégia de aquisições seletivas nos permitirão crescer em patamares acima da expansão do setor. Relações com Investidores 151 ODONTOPREV (ODPV3) A COMPANHIA A OdontoPrev é a maior operadora de planos odontológicos na América Latina. Cerca de 4,8 milhões de beneficiários contam com nossas diferenciadas soluções de saúde bucal. A rede credenciada de cirurgiões dentistas da OdontoPrev é altamente especializada e presente em todo o Brasil. A Companhia é listada no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, tem 100% de direitos de tag-along e payout mínimo de 50%. A Companhia foi fundada em 1987 por profissionais de odontologia que identificaram a oportunidade de propiciar planos odontológicos a clientes corporativos que já tinham o histórico de extensão desse tipo de benefício em seus países de origem e que demandavam elevado grau de profissionalização, qualidade e tecnologia. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi de grande sucesso para a OdontoPrev. Crescemos nossa base de beneficiários, consolidamos a parceria com o Bradesco, anunciamos o início do atendimento ao Banco do Brasil e os números foram recordes: nos primeiros nove meses de 2010 a receita se ampliou em 76%, a geração de caixa cresceu 85% e o lucro líquido 96%. As ações da OdontoPrev tem apresentado alta histórica de liquidez, superando R$ 10 milhões por dia, neste 4º trimestre de 2010. PERSPECTIVA 2011 A OdontoPrev manterá sua política de forte distribuição de resultados aos acionistas, que deverão se beneficiar da aceleração na distribuição de planos dentais pelos novos canais junto ao Bradesco e Banco do Brasil. A empresa é 100% focada na geração de valor. Desde a abertura de capital em 2006, os acionistas OdontoPrev, para cada R$ 1 investido, tem cerca de R$ 4, até o início de dezembro de 2010. José Roberto Borges Pacheco – Diretor de Relações com Investidores 152 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SAÚDE PROFARMA (PFRM3) A COMPANHIA A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos S.A atua há 49 anos na distribuição de produtos farmacêuticos, higiene pessoal e cosméticos, nos mais populosos estados brasileiros. Com 12 centros de distribuição a Profarma comercializa aproximadamente 18,0 milhões de unidades por mês e atende a aproximadamente 31 mil pontos de venda, consolidando-se entre as empresas líderes deste setor no Brasil. Cobrindo uma área geográfica que representou 94,0% do mercado consumidor de produtos farmacêuticos do Brasil em 2010, a Profarma, com sua equipe especializada e comprometida, busca tornar-se o maior e mais rentável distribuidor atacadista de produtos farmacêuticos no Brasil por meio de resultados consistentes e sustentáveis, mantendo baixos custos operacionais, fortalecendo suas vantagens competitivas e maximizando valor para os acionistas. RETROSPECTIVA 2010 A Profarma consolidou seus resultados positivos alcançados ao longo do ano, fortalecendo ainda mais sua solidez financeira e seu posicionamento no setor de distribuição. Os resultados apresentados ao longo do ano de 2010, refletem o foco da Companhia em ações no sentido de manter o equilíbrio entre crescimento, margem operacional e ciclo de caixa de forma a preservar sua rentabilidade, em um mercado que em 2010 se mostrou menos conservador do que no ano de 2009. PERSPECTIVA 2011 A Profarma é listada no Novo Mercado da Bovespa, e está dentro dos padrões de governança corporativa exigidos com um alto nível de transparência, o que certamente dá segurança total ao investidor. A Companhia não tem política de divulgação de guidance, portanto não é abordado as perspectivas para 2011. Relações com Investidores 153 SEGUROS O ano de 2010 foi muito positivo para o setor de seguros no Brasil, destacando-se o crescimento dos prêmios num ambiente de expansão da renda e do mercado de trabalho e EMPRESAS ACOMPANHADAS dos incentivos governamentais. Adicionalmente, a elevação da taxa de juros aumentou a rentabilidade dos títulos públicos que compõe as carteiras de investimentos das PORTO SEGURO seguradoras. (PSSA3) Outro ponto que contou positivamente para esse setor em 2010 foi a não ocorrência de acontecimentos extraordinários tais como surto de gripe suína ou elevação além da normalidade dos sinistros de automóveis. Ainda com relação ao exercício que se encerra, as estimativas são bastante animadoras. Segundo projeções da Siscorp, a estimativa é que o setor, incluindo saúde suplementar, feche o ano com receitas de R$ 179,3 bilhões, o que representaria 5,05% do PIB, ou seja, crescimento de 12,8% sobre 2009. Fontes: Brasil Econômico, CNSeg com dados da Susep, ANS e projeções Siscorp *Estimativa As expectativas para 2011 são muito promissoras para o setor de seguros, tendo em vista que o ambiente econômico favorável tende a beneficiar o crescimento dos prêmios conjuntamente a uma menor sinistralidade. As projeções apontam para elevação da taxa básica de juros, desta forma, o resultado financeiro das seguradoras continuará sendo beneficiado. Tanto o seguro de automóveis como o saúde, que afetam mais diretamente as companhias que acompanhamos (Sul América e Porto Seguro), tendem a apresentar boa performance em 2011. Muito tem se falado sobre as recentes medidas do BACEN para conter a forte expansão do crédito para consumo, mais precisamente veículos e consignados, todavia, estamos falando de algo muito muito bom para algo, no mínimo, bom. Explica-se, a perspectiva é de que a venda de veículos continue apresentando bons números em 2011, beneficiando diretamente o setor de seguros. Não se enganem, haverá crédito sim para a compra de veículos, não tanto quanto antes, mas haverá e a indústria baterá recordes novamente. Com o PIB crescendo na casa de 4,5%, continuaremos a assistir a criação de postos de trabalhos formais, aumentando o número de beneficiários de plano de saúde. E por fim, os bancos devem continuar a aumentar sua participação nesse setor. Não temos cobertura efetiva desse setor, mas nosso viés é de compra para os dois papéis que acompanhamos (SULA11 e PSSA3). SULAMERICA (SULA11) COMPRAR COMPRAR 154 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SEGUROS SULAMERICA (SULA11) A COMPANHIA Maior seguradora independente do Brasil, com sólida reputação e forte reconhecimento da marca, a SulAmérica adota um modelo de negócios multilinha, contando com um amplo portfólio de produtos e serviços de alta qualidade nos segmentos de saúde, automóveis e outros ramos elementares, pessoas, previdência e gestão de ativos, oferecendo cobertura a mais de 5 milhões de clientes. Atuando em todo o território nacional, a companhia conta com mais de 100 pontos de presença, incluindo 14 sucursais nas principais cidades do país, que garantem apoio aos mais de 29 mil corretores que distribuem seus produtos. A SulAmérica também mantém parcerias com algumas das mais respeitadas instituições financeiras brasileiras para comercialização de seus produtos e serviços, atingindo mais de 16 mil pontos de venda. Desde outubro de 2007, a SulAmérica integra o Nível 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da BM&FBovespa. RETROSPECTIVA 2010 A SulAmérica e a indústria de seguros em geral, beneficiaram-se grandemente da expansão econômica, da melhor distribuição de renda e da expansão das operações de crédito observados nos últimos anos. A indústria de seguros atravessou o ano de 2010 mantendo um bom desempenho e mostrando que tem espaço para crescer em um mercado ainda subpenetrado. A incorporação de novos mercados de consumidores, como as pequenas e médias empresas, novos produtos e canais de distribuição contribuíram para que a indústria mantivesse a trajetória de crescimento observada nos últimos anos, ampliando sua penetração na economia nacional. Segundo dados da SUSEP e da ANS, os prêmios da indústria de seguros apresentaram crescimento de 13,4% nos seis meses de 2010 quando comparado ao mesmo período de 2008. A SulAmérica beneficiou-se de seu modelo multilinha, obtendo crescimento e rentabilidade em suas principais áreas de negócios. A companhia encerrou os primeiros nove meses de 2010 alcançando R$ 6,2 bilhões em prêmios de seguros, com crescimento de 13,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os prêmios de seguro saúde cresceram 16,2% em relação aos nove meses de 2009 e os prêmios de seguros de automóveis cresceram 27,7% no mesmo período, com a frota segurada alcançando 1,3 milhão de veículos em setembro de 2010. Cabe destacar que a o segmento de automóveis da SulAmérica alcançou uma participação de mercado de 10,5%, sendo o maior player independente no segmento e ocupando a 3ª posição no ranking por prêmios de seguros. O lucro líquido foi de R$ 268,4 milhões e o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado foi de 13,7%. PERSPECTIVA 2011 A SulAmérica manterá seu foco na ampliação de ofertas inovadoras e diversificadas, seguindo uma estratégia que tem apresentado excelentes resultados nos últimos anos, com a customização de produtos de seguros e o fortalecimento de sua relação com os corretores de seguros, principais parceiros comerciais da companhia. Além disso, a companhia poderá explorar regiões estratégicas, que ainda tem alto potencial de penetração de seguros, e são pouco exploradas pela companhia. O crescimento orgânico predominará entre os fatores que contribuirão para o desenvolvimento da companhia principalmente com ações de CRM, buscando incentivar as vendas cruzadas. A companhia buscará aumentar o alcance de suas parcerias de distribuição, permitindo uma maior diversificação dos seus canais de distribuição, complementando o principal canal que é representado por mais de 30 mil corretores de seguros. Além das oportunidades já mencionadas, o ano de 2011 exigirá um permanente controle dos custos em todos os seus segmentos. A SulAmérica continuará com seu programa de aprimoramento de eficiência operacional iniciado em 2009, focando na revisão e otimização de processos operacionais. Arthur Farme d’Amoed Neto – Vice-presidente Corporativo e de Relações com Investidores 155 SERVIÇOS DIVERSOS Para alguns economistas, estamos passando por um processo de desindustrialização. Este assunto é tema para outro fórum. O fato em destaque aqui é o sinal de que o setor de EMPRESAS ACOMPANHADAS serviços ganha peso na economia, beneficiado pela expansão robusta da massa de rendimentos. O mercado de trabalho passa por um momento muito positivo, com intensa formalização do emprego e aumento da renda. É neste ambiente que cresce força da demanda por serviços na economia. Para exemplificar, temos a tendência das pessoas comerem mais fora de casa, viajarem mais, além de procurarem mais por serviços de educação e saúde. A forte expansão do crédito também merece destaque, já que impulsiona o avanço do BM&FBOVESPA (BVMF3) COMPRAR R$ 15,50 CETIP (CTIP3) CONTAX (CTAX4) MANTER segmento de intermediação financeira. Com este cenário, o setor de serviços tende a apresentar maiores oportunidades, além dos preços tenderem a apresentar expansão maior ITAUSA (ITSA4) que os da indústria, por exemplo, já que não são “exportáveis”, não sofrendo concorrência de MULTIPLUS importação. No período do governo Lula, as metas de geração de emprego foram superadas (somando mais de 14 milhões de empregos formais), sendo que grande parte deste montante está ligado, ou depende diretamente do setor de serviços. Agora, com este cenário, abre-se grande oportunidade para diversas empresas prestadoras de serviços. Desde o setor de saúde, com o crescimento orgânico de suas carteiras, até o setor de educação, pela necessidade de qualificação desta mão de obra. Outro setor de destaque, com empresas acompanhadas pelo departamento, será o de Call Center. A expansão do setor de serviços exige expansão de qualquer atendimento ao cliente, como cobrança e cadastro. Taxa de desemprego Rendim ento médio real (R$) 1650 14% 1550 1450 12% 1350 10% 1250 1150 8% 1050 Fonte: PME- IBGE mar/10 mar/09 mar/08 mar/07 mar/06 mar/05 mar/04 mar/03 950 mar/02 mar/1 0 mar/0 9 mar/0 8 mar/0 7 mar/0 6 mar/0 5 mar/0 4 mar/0 3 mar/0 2 6% Fonte: PME- IBGE Falando de crédito e financiamento, o mercado de capitais assumiu importante papel como agente financiador das companhias abertas nos últimos oito anos. Segundo a CVM, foram registradas 215 ofertas públicas neste período, que somaram R$ 355 bilhões. As companhias que abriram capital somaram 128 empresas, sendo que as captações somaram R$ 123 bilhões. Tem se falado muito na nova campanha da BM&FBovespa de atingir 5 milhões de contas nos próximos anos. Contudo, vamos destacar aqui a perspectiva de abertura de capital de novas companhias. Segundo a bolsa, a expectativa é de abertura de 200 novas companhias nos próximos cinco anos, sendo que somente em 2011, este número deverá girar entre 40 e 60. O volume médio diário do mercado secundário se multiplicou 11 vezes no período em análise, passando de R$ 558 milhões em 2002 para uma média diária aproximada de R$ 6,5 bilhões em 2010. O crescimento do país e das companhias deverá passar pelo mercado de capitais. Tanto a expansão econômica, como a transformação do país, passando a apresentar características de amadurecimento, mostram grande oportunidade para diversas companhias, sobretudo para as do setor de serviços, que deverão continuar apresentando expansão acima da média da economia ao longo de 2011. Projetamos expansão da ordem de 4,8% para o PIB do setor de serviços em 2011. (MPLU3) TEMPO PART. (TEMP3) VALID (VLID3) MANTER 156 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SERVIÇOS DIVERSOS BM&FBOVESPA (BVMF3) A COMPANHIA A BM&FBOVESPA é a maior bolsa da América Latina em volumes negociados e a terceira maior do mundo em valor de mercado. A BM&FBOVESPA desenvolve, implanta e provê sistemas para negociação de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias. Por meio de suas plataformas, processa a negociação, a compensação e a liquidação de ativos e valores mobiliários transacionados, além de realizar a listagem de ações e de outros ativos, divulgar informações de suporte ao mercado, atuar como depositária central dos ativos negociados em seus ambientes e licenciar softwares e índices. A bolsa brasileira desempenha também atividades de gerenciamento de riscos das operações realizadas por meio de seus sistemas. Para tanto, possui uma robusta estrutura de clearings que atuam de forma integrada, de maneira a assegurar o funcionamento eficiente de seus mercados e a consolidação adequada das operações. A BM&FBOVESPA ainda exerce o papel de fomentar o mercado de capitais brasileiro. Para tanto, desenvolve inúmeros programas de educação e popularização de seus produtos e serviços. RETROSPECTIVA 2010 Entre os principais desenvolvimentos do ano se destacam a parceria estratégica preferencial global com o CME Group, que contempla o desenvolvimento conjunto de um novo sistema de negociação multi-mercado, e o lançamento de uma grande campanha de popularização e educação financeira. Além disso, a companhia implantou uma nova política de preços para investidores de alta frequência para os segmentos BM&F e Bovespa. Também teve início a listagem e negociação de Certificados de Depósito de Valores Mobiliários - BDR Nível I Não Patrocinados no Brasil. Na área de tecnologia da informação, alguns dos eventos marcantes foram a ampliação da capacidade de negociação do segmento BM&F de 200 mil para 400 mil negócios/ dia e a melhora da performance dos sistemas de negociação para ambos os segmentos, com redução da latência. PERSPECTIVA 2011 Entre as metas da BM&FBOVESPA para 2011, estão os esforços na prospecção de novas companhias a serem listadas em seu mercado, as campanhas de educação financeira e marketing para a atração de investidores pessoas físicas, o desenvolvimento da nova plataforma eletrônica de negociação multi-mercado, que integrará a negociação de ações, derivativos, câmbio e renda fixa e o desenvolvimento do processo de integração das Clearings. Relações com Investidores 157 CETIP (CTIP3) A COMPANHIA A CETIP S.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos é a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. O modelo de negócios da Companhia é verticalmente integrado, garantindo o suporte necessário a todo o ciclo de operações do mercado financeiro, e inclui os serviços de registro, custódia, negociação eletrônica, gestão de garantias, compensação e liquidação de uma grande diversidade de ativos. Com atuação nacional, a CETIP congrega uma comunidade financeira interligada em tempo real. São cerca de 10.000 participantes, incluindo a totalidade dos bancos brasileiros, além de corretoras, distribuidoras, fundos de investimento, empresas de leasing, seguradoras, fundos de pensão e entidades de previdência complementar, empresas não financeiras emissoras de títulos, entre outros, com os quais a Companhia mantém forte relacionamento. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a CETIP S.A. apresentou resultados expressivos atendendo às expectativas do mercado e após um ano de capital aberto, foi possível manter a trajetória de crescimento ao longo de todos os trimestres de 2010. A receita líquida diversificada e resiliente apresentou crescimento da ordem de 30% com margem de EBITDA e margem Líquida elevadas. 2010 foi um ano de inúmeras iniciativas para a Companhia, inicialmente firmamos um acordo master com a Clearstream Banking S.A. - líder global em serviços de colateral na Europa - para desenvolvimento do primeiro serviço de gestão de colateral para o mercado brasileiro. Seguindo a linha de estabelecimento de parcerias estratégicas, assinamos uma carta de intenções com a Deutsche Borse AG para o desenvolvimento de uma plataforma eletrônica para negociação de instrumentos de renda fixa, fortalecendo o papel da Companhia como prestadora de serviços de infraestrutura para o mercado financeiro. Com o objetivo de agregar valor, desenvolvemos diversos produtos para atender às necessidades do mercado, sempre visando a transparência e governança corporativa. A introdução da Letra Financeira corroborou para uma eventual expansão das perspectivas acerca do incentivo ao mercado secundário de renda fixa. A CETIP passou a ser a registradora e depositária desses títulos, atingindo cerca de R$ 20 bilhões de estoque em outubro. Em 2010 nossos esforços concentraram-se no ganho de escala e na geração de valor para os acionistas. Buscamos atingir a excelência na prestação de serviços e oferecer aos nossos participantes produtos que atendessem as suas necessidades com segurança, agilidade e proatividade. Mantivemos o compromisso de incrementar nosso negócio e investimos em tecnologia e recursos humanos para desenvolver novos produtos e aperfeiçoar os existentes. Para informações adicionais sobre os resultados da Companhia favor acessar: www.cetip.com.br/ri. PERSPECTIVA 2011 A estabilidade econômico-financeira alcançada pelo Brasil nos últimos anos tem impulsionado a criação de novos instrumentos no mercado de capitais e alongado os prazos das operações, estimulando a criação de um mercado secundário de renda fixa. A CETIP é o lugar onde o mercado encontrará espaço e tecnologia para essas negociações. Nossa aspiração é que a CETIP continue sendo a maior e a melhor plataforma de prestação de serviços do mercado financeiro brasileiro de renda fixa e derivativos de balcão, com a oferta de serviços sob medida cada vez mais alinhados às tendências e demandas de mercado. A expectativa para o cenário de 2011 é otimista com aumento de emissão de títulos de renda-fixa; alongamento dos prazos, ambiente regulatório progressivo, procura por maior variedade de ativos lastreados e sofisticados por parte dos investidores e administradores das corporações e desenvolvimento do mercado de colateral e ferramentas de cálculos de valor justo. Nossa avenida de crescimento se mantém aberta para inovações e desenvolvimento, fomentando a maximização de valor de nossa Companhia e, consequentemente, o preço de nossas ações. Relação com Investidores 158 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SERVIÇOS DIVERSOS TEMPO PART (TEMP3) A COMPANHIA A Tempo Assist atua em três segmentos de negócio: (i) saúde, que se divide em Soluções (serviços de back office e aluguel de rede); planos de saúde (pós e pré pagamento); e Homecare; (ii) planos odontológicos; e (iii) serviços de assistência especializada 24h: auto, residência, pessoal e viagem. A companhia compartilha entre as três unidades de negócio a estrutura de central de atendimento, processamento e gerenciamento de rede de prestadores. A empresa é listada no mais alto nível de Governança da BM&FBovespa: o Novo Mercado. RETROSPECTIVA 2010 Ao longo do ano de 2010 a Tempo Assist direcionou esforços a diversos projetos visando à otimização operacional, comercial e financeira do seu negócio. Esse período se iniciou com a transição do time executivo responsável pelo período de acelerado crescimento via aquisições para o time atual, com capacitação focada na integração de companhias e na gestão de processos operacionais e de distribuição comercial. A ampliação das parcerias affinity em Odonto e o canal de vendas diretas em Assistências superaram as expectativas e contribuíram para a consolidação dos bons resultados atingidos durante o ano. A implantação e aprimoramento dos sistemas da companhia, sobretudo com a implantação do SAP e o desenvolvimento do sistema operacional de planos odontológicos conhecido com Odonto Utilis corroboraram para o bom desempenho da empresa. No ano de 2010 tivemos o desenvolvimento de novos negócios como a aquisição da seguradora de saúde Unibanco Saúde e da celebração de um memorando de entendimentos para a criação de uma Joint Venture com a Caixa Seguros S.A. PERSPECTIVA 2011 As perspectivas para 2011 refletem as ações da empresa ao longo do último ano. A dinamização do crescimento por meio de novos canais comerciais, o aprimoramento dos sistemas da companhia e a ampliação da rentabilidade da empresa por meio de ações específicas de redução de despesas e custos são medidas que trouxeram a companhia para novos patamares de crescimento e rentabilidade de seus negócios, sinalizando um futuro bastante promissor para a empresa. No segmento de Assistências a companhia irá focar no crescimento dos canais B2B2C de venda direta ao consumidor e manter presença e competitividade no mercado B2B. No segmento de Odonto a companhia espera alavancar a distribuição de saúde com o propósito de incentivar a venda cruzada de planos odontológicos, além de filtrar a base de corretores, desenvolver sistemas de monitoramento e incentivo, expandindo as parcerias de distribuição massificada (Affinity). No segmento de Saúde a companhia irá implementar um processo de venda consultiva junto às empresas e corretores com monitoramento e alinhamento de incentivos e utilizar seu amplo portfólio para alavancar suas vendas oferecendo a melhor solução de saúde aos clientes. A Caixa Seguradora Saúde será focada em seguros de saúde destinados exclusivamente para pequenas, médias e grandes empresas clientes da Caixa Econômica Federal captados por meios de seus canais de distribuição. Além disso, os seguros odontológicos também serão distribuídos diretamente para pessoas físicas. As operações da Caixa Seguradora Saúde deverão ser iniciadas no começo de 2011. Relações com Investidores 159 SHOPPING CENTER Os Shoppings Centers, não são mais considerado somente um centro de compras, mas sim um espaço de lazer para toda família, que engloba desde as lojas para as EMPRESAS ACOMPANHADAS compras e cinemas, além de restaurantes e playground para a criançada. Quem nunca passou um final de semana em um shopping? Um grande número de famílias passam horas e horas do seu final de semana nos corredores dos 392 shoppings em todo o Brasil, tanto que o tráfego de visitantes chegou a 348 milhões de visitas/mês em 2009. ALIANSCE (ALSC3) BRM ALLS (BRML3) COMPRAR R$ 23,00 GENERAL SHOPPING (GSHP3) Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), no ano de 2010 o setor fechará com faturamento de R$ 87,0 bilhões, elevação de 22,5% se comparado IGUATEMI (IGTA3) ao ano de 2009, que já foi muito forte (com elevação de 10% em relação ao ano de 2008). Esta expansão vem ao encontro do movimento de melhora do consumo provocada pela alta do crédito; elevação da confiança do consumidor; ao aumento da renda do brasileiro e; da mudança do perfil dos consumidores. Também vale comentar, que a maior parte das receitas dos Shopping Centers vem dos alugueis cobrados de seus “condôminos” e com um mercado mais aquecido e com vendas crescentes, há a possibilidade de reajuste dos alugueis cobrados. Já a área bruta locável (ABL) é um importante indicador, uma espécie de 'termômetro' para avaliar o desempenho do setor. Estimava-se que, ao final de 2009, no Brasil 2 havia cerca de 9,1 milhões de m de área bruta locável chegando ao final de 2010 2 com cerca de 9,6 milhões de m , crescimento de 5,2%, demonstrando a intenção e o interesse dos lojistas pelas lojas em shopping. Além do ABL, outro indicador importante para o setor é a taxa de ocupação que no Brasil esta em torno de 97,82% que é um número elevando. Outro destaque a ser lembrado é que todos estes novos empreendimentos devem somar aproximadamente 810 mil novos empregos, agregando mais renda para o consumo. As perspectivas para o setor no ano de 2011 se mantém positivas, tendo em vista maiores níveis de renda e continua melhora do acesso ao crédito. Segundo a Abrasce, no ano que se inicia serão aproximadamente 26 inaugurações. Além disso, o censo (realizado a cada dois anos) da Abrasce indica que 19% dos shoppings em funcionamento passaram por ampliações e os outros 38% devem entrar em reformas nos próximos dois anos. Desta forma, estas expansões devem criar 1,5 milhão de m de Área Bruta Lócavel (ABL) até o final de 2012. 2 MULTIPLAN (MULT3) COMPRAR 160 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SHOPPING CENTER ALIANSCE (ALSC3) A COMPANHIA A Aliansce Shopping Centers é uma das empresas líderes do setor de shopping Center no Brasil, atuando como proprietária e administradora, participando ativamente de todas as fases do negócio, desde o planejamento e desenvolvimento até sua comercialização e administração. Nosso portfólio possui diversidade geográfica, com shoppings localizados em todas as regiões brasileiras, e exposição a um público de diversificada faixa de renda. A Aliansce possui hoje participação em 17 shoppings, sendo 14 em operação e 03 em desenvolvimento. A Companhia também atua como prestadora dos seguintes serviços: (i) a administração de shopping centers; (ii) a comercialização de espaços de shopping centers; e (iii) o planejamento e desenvolvimento de shopping centers. Entre os 17 shoppings em que possuímos participação, administramos 15 empreendimentos. Possuímos um perfil desenvolvedor – desde 2006, desenvolvemos e inauguramos 08 shoppings centers e estamos entre as maiores administradoras de shoppings do Brasil. RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 marcou o início de uma nova fase da Aliansce, com o lançamento das nossas ações no Novo Mercado da BM&FBovespa, através de um oferta primária de ações (IPO). Os recursos adicionais estão sendo investidos no crescimento da empresa. Lançamos o Parque Shopping Belém, com 28.100 m² de ABL, consolidando a presença da Companhia na capital Paraense, com dois shoppings que entendemos possuir uma vantagem competitiva por sua qualidade e localização. Inauguramos o Boulevard Shopping Belo Horizonte (MG), empreendimento com 43.064 m² de ABL. Com a construção da torre de escritórios de aproximadamente 17.000 m² de área útil na estrutura do shopping, o empreendimento se consolidará como um dos maiores pólos de negócios da capital mineira. Anunciamos o aumento de participação no Super Shopping Osasco (SP) e no Boulevard Shopping Campina Grande (PB) que juntos adicionaram 1.405 m² de ABL própria ao nosso portfólio. Adquirimos um terreno de 18.256 m² localizado na Barra da Tijuca, vizinho ao Via Parque Shopping (RJ), que permitirá a ampliação do potencial construtivo deste ativo. Esta região concentra 70% dos investimentos que serão realizados para as Olimpíadas de 2016. PERSPECTIVA 2011 No segundo trimestre de 2011, teremos a inauguração do Boulevard Shopping Campos com aproximadamente 19.000 m² de ABL. Empreendimento com grande potencial, único em uma cidade com aproximadamente 450 mil habitantes. Pretendemos inaugurar expansões nos shoppings da Companhia que irão agregar mais de 13.000 m² de ABL própria ao nosso portfólio. Permanecemos otimistas com impactos favoráveis que o crescimento da economia terá no varejo e com a convicção de que nosso jovem e diversificado portfólio está excepcionalmente bem posicionado para continuar a virtuosa trajetória em 2011. Reafirmamos o nosso compromisso de dar transparência às nossas iniciativas, permitindo assim que nossos acionistas acompanhem o retorno dos investimentos realizados e as movimentações estratégicas. Relações com Investidores 161 BRMALLS (BRML3) A COMPANHIA A BRMALLS é a maior empresa integrada de shopping centers do Brasil, detendo participação em 40 shoppings, que totalizam 1,2 milhão de m² de Área Bruta Locável (ABL) e 575,5 mil m² de ABL próprio. A companhia possui 4 projetos greenfields e 5 expansões em desenvolvimento, que somados elevam o ABL total da companhia para 1,4 milhão de m² e o ABL próprio para 703,3 mil m² nos próximos anos. A BRMALLS é a única empresa nacional de shopping centers, com presença em todas as cinco regiões do Brasil, atendendo aos consumidores de todas as diferentes classes sociais do país. A companhia oferece serviços de administração para 28 shoppings centers e de comercialização para 31, totalizando 892,0 mil m² de ABL. RETROSPECTIVA 2010 O desempenho da companhia no ano de 2010 foi muito positivo, tanto no desempenho dos principais indicadores quanto nas demonstrações financeiras e vetores de crescimento. Ao longo do ano inauguramos dois projetos greenfield, o Shopping Granja Vianna e o Shopping Sete Lagoas, que foram 100% comercializados e desenvolvidos pela BRMALLS e duas expansões, do Maceió Shopping e do West Shopping. Estes projetos adicionaram juntos 65,9 mil m² de ABL total à companhia. Além disso, adquirimos participação em quatro shoppings e aumentamos nossa participação em outros quatro, adquirindo até o momento R$ 1,3 bilhão versus o guidance de R$ 0,5 bilhão. Em setembro, além de ter sido aprovado a mudança do limite de endividamento da companhia de 2,75x para 3,75x a dívida líquida/EBITDA, foi aprovada também a exclusão do nosso bond perpétuo da definição de dívida líquida, o que da mais liberdade para a Cia. em caso de novas oportunidades tanto via aquisições quanto via projetos greenfield e expansões. No 3º trim./10 a Standard & Poor´s elevou nosso rating de escala nacional Brasil de brA para brA+ e reafirmaram BB- em escala global, ambos com perspectiva estável. Em Outubro a Fitch Ratings elevou o nosso rating de crédito local em dois níveis de A para AA- e elevou nosso crédito internacional de BB- para BB. Nos 9ºm/10 alcançamos Receita Líquida de R$ 360,5 milhões, crescimento de 31,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Nosso NOI 9M10 foi de R$ 320,3 milhões, representou elevação de 25,9% sobre o 4º trim./09, atingindo uma margem NOI de 90,0%. O EBITDA ajustado atingiu R$ 292,7 milhões, aumento de 33,8% sobre o mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA ajustada no acumulado nove meses foi de 81,2%, elevação de 1,3 p.p. quando comparado ao 9ºm/10. Nosso FFO ajustado atingiu R$ 215,1 milhões, crescimento de 47,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Nossa receita nos 9ºm/10 apresentou aumento de 31,9% sobre o 9º M/09, totalizando R$ 392,6 milhões. No 3º trim./10 ainda realizamos o desdobramento das ações de emissão da Cia. na proporção de 2:1, a fim de aumentar o número de investidores e estimular a negociação de ações de emissão da companhia. PERSPECTIVA 2011 Com a inauguração de mais duas expansões e mais dois projetos greenfield que adicionarão 57,9 mil m² de ABL próprio para a BRMALLS, além das aquisições e inaugurações já citadas, esperamos que o ano de 2011 seja ainda melhor do que o de 2010. Nos 9ºm/10 apresentamos ótimos leasing spreads renovações e novos contratos, que vão refletir na receita da Cia. Em 2011, daremos continuidade aos nossos esforços tanto na comercialização quanto na execução dos projetos greenfields e expansões. Além disso, ainda esperarmos ótimas oportunidades para aquisições devido ao ainda fragmentado mercado de shoppings centers no Brasil. Estamos confiantes com as perspectivas econômicas para Brasil, em especial o setor de varejo. Vamos nos beneficiar cada vez mais da contínua expansão do varejo brasileiro e a maior demanda por lojas dentro de shoppings centers. Além disso, com a economia voltando a se aquecer e o crescimento constante do poder de consumo da classe média brasileira, nos vemos em uma ótima posição para extrair o máximo dessas oportunidades principalmente devido ao nosso portfólio concentrado na classe média. Relação com Investidores 162 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SHOPPING CENTER IGUATEMI (IGTA3) A COMPANHIA A Iguatemi é uma das maiores empresas full service no setor de shopping centers do Brasil. Suas atividades englobam a concepção, o planejamento, o desenvolvimento e a administração de shopping centers regionais e complexos imobiliários de uso misto. A Iguatemi detém participação em 12 shopping centers, que totalizam mais de 430 mil m² de ABL (Área Bruta Locável), sendo a sua ABL própria correspondente a 238 mil m². RETROSPECTIVA 2010 O ano de 2010 foi novamente repleto de importantes conquistas para a Iguatemi. No final de março, inauguramos o Shopping Iguatemi Brasília, primeiro shopping da Companhia na região e primeiro shopping com marcas internacionais de luxo fora do eixo Rio – São Paulo. Já no primeiro trimestre de operação, o shopping teve margem NOI de 82,5%. Os shoppings em operação continuaram crescendo. Tivemos melhorias nos indicadores operacionais com crescimento de vendas acima dos 10% e reajuste dos aluguéis sempre acima da inflação. Além disso, continuamos trabalhando o mix, oferecendo eventos e serviços diferenciados buscando sempre oferecer a melhor experiência de consumo para nossos clientes. Pelo terceiro ano consecutivo a marca Iguatemi foi listada entre as 50 marcas mais valiosas do Brasil, certificando nosso compromisso com qualidade e inovação no setor de shoppings. PERSPECTIVA 2011 2011 será um ano muito importante para a Iguatemi. Em abril teremos a inauguração do Shopping Iguatemi Alphaville e em setembro vamos inaugurar o JK Iguatemi e a expansão do Shopping Center Galleria. O crescimento da nossa receita líquida em 2011 será entre 25% a 30%, com margem EBITDA entre 70% e 72%. Adicionalmente, temos uma meta de ter 520 mil m² de ABL própria em 2014 (um crescimento de aproximadamente 120% sobre nossa ABL atual). Relações com Investidores 163 MULTIPLAN (MULT3) A COMPANHIA A Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. é a líder em receita no setor de shopping centers do Brasil. Criada como uma companhia full service, a Multiplan planeja, desenvolve e administra um dos maiores e mais bem qualificados portfólios de shoppings do país. A Companhia também possui operações estratégicas nos setores de incorporação imobiliária residencial e comercial que geram sinergias em operações relacionadas a shopping centers, por meio do desenvolvimento de projetos multiuso em áreas adjacentes. No final deste trimestre, a Multiplan administrava 13 shopping centers próprios, com uma participação média de 66,1%, totalizando uma ABL de 544.703 m², 3.500 lojas e tráfego anual estimado em 147 milhões de consumidores. RETROSPECTIVA 2010 Os shopping centers da Multiplan registraram vendas no valor de R$ 5,0 bilhões nos primeiros nove meses de 2010, 23,5% acima dos 9M09. As Vendas nas Mesmas Lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 13,0% no 9M10, enquanto as Vendas nas Mesmas Áreas (SAS) aumentaram 14,9%. A Receita de Locação teve um aumento de 24,4% no trimestre em relação ao 9M09, alcançando R$ 301,8 milhões. O Aluguel Mesmas Lojas (SSR) e Aluguel Mesmas Áreas (SAR) mostraram desempenho consistente no período de nove meses, crescendo 4,9% e 4,5%, respectivamente. Estes aumentos foram o resultado da abertura de novas áreas, Vendas nas mesmas Lojas (SSR) fortes e o impacto da linearidade. Se desconsiderarmos o efeito do IGP-DI nos contratos de locação (0,6% no 3T10), o SSR trimestral registrado teve o maior crescimento desde o 3T07, com 6,0%. A Receita Líquida do período foi de R$ 426,0 milhões em 9M10, um aumento 31,2% sobre os 9M09. Este resultado veio em parte das contribuições de receitas com locação e estacionamento, além da venda de imobiliário. As Receitas Diferidas acumulam R$ 158,5 milhões em 30 de setembro de 2010, conseqüência da locação de lojas em vários projetos da empresa. O Resultado Operacional Líquido (NOI) foi beneficiado pela queda de 11,6% em Despesas de Shopping Centers no 3T10, atingindo R$ 103,9 milhões no trimestre, com aumento de 32,1% sobre 3Q09, ou 29,9% (9M10/9M09). O Lucro Líquido Ajustado, o EBITDA (Lajida) e o Fluxo de Caixa da Operação (AFFO) nos 9M10 registraram elevações de 41,8%, 14,2% e 38,4% respectivamente. Os projetos de shopping centers em fase de locação atingiram patamares de contratos assinados acima do planejado, com 50% das lojas locadas em apenas 1/3 do tempo decorrido desde o lançamento. Em relação aos projetos imobiliários, quatro torres comerciais estão em fase de desenvolvimento, duas para locação e duas para a venda, e duas já estão em construção. Em outubro foi anunciada uma torre de escritórios com 288 conjuntos comerciais, junto ao shopping de Ribeirão Preto, o Centro Profissional RibeirãoShopping. Todas essas realizações, inclusive o bem-sucedido processo de comercialização dos novos shoppings, geraram no ano despesas pré-operacionais, não recorrentes, da ordem de R$ 32 milhões. Em contrapartida, esses investimentos irão gerar uma receita, somente com cessão de direitos, de R$ 52,5 milhões relativos a 270 contratos já assinados nesse período. Recentemente, conforme já comunicado, a Multiplan aumentou a participação no Pátio Savassi, em Belo Horizonte, e assinou a compra de mais 25% do Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto, ampliando a participação de 37,5% para 62,5%. PERSPECTIVA 2011 A companhia possui cinco shopping centers - ParkShoppingSãoCaetano, Village Mall, JundiaíShopping, ParkShopping CampoGrande e Shopping Maceió - e quatro torres comerciais em desenvolvimento. Destes projetos, o ParkShoppingSãoCaetano e o Morumbi Business Center, torre comercial para locação em São Paulo, deverão ser entregues em 2011. Os outros sete projetos têm entrega prevista para 2012. Os cinco shopping centers que serão inaugurados deverão contribuir inicialmente com um NOI estimado de R$ 122,4 milhões no primeiro ano de operação. A Multiplan tem um estoque de terrenos de 528.590m², e projetos que deverão ser lançados de acordo com as oportunidades do mercado. Relação com Investidores 164 E S P E C I A L SIDERURGIA P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 A siderurgia passou por maus momentos em 2010, contrastando com o ritmo da atividade EMPRESAS ACOMPANHADAS econômica interna, principalmente quando analisamos a oferta mundial de aço e os custos para a produção do insumo. Como se não bastasse, a mudança no sistema de reajuste do GERDAU (GGBR4) COMPRAR R$ 28,00 (CSNA3) COMPRAR R$ 36,00 USIMINAS MANTER SID NACIONAL (USIM5) minério de ferro (principal matéria prima na fabricação do aço) que deixou de ser anual e passou a ser trimestral, também pressionaram os custos de produção. Com isso, o cenário para siderurgia mundial caracterizou-se por uma sobreoferta ao longo de 2010. Segundo a World Steel Association, a produção mundial de aço cresceu 5,1% em novembro de 2010, comparando-se com o mesmo período do ano anterior. Assim, a oferta global de aço se recuperou para níveis anteriores a crise, fato que, combinado com a demanda no mercado desenvolvido ainda abaixo dos níveis pré-crise, estabeleceu uma limitação aos preços. Além da expansão da oferta mundial de aço, destacamos uma combinação de fatores nada interessante para o setor em 2010, caracterizada por um câmbio apreciado (desvalorização do dólar em relação a uma cesta de moedas), incentivos tributários à importação concedidos por 13 estados e especulação com os preços dos produtos siderúrgicos. A forte demanda interna e o aumento de competitividade do produto internacional (impulsionada pelos fatores anteriormente comentados) exerceram forte impacto sobre o aumento das importações. A parcela dos importados no consumo interno, que, de 2001 a 2009 foi em média, de 7%, atingiu 27% no acumulado do ano até outubro, em 2010. Quando falamos em aumento da presença de produtos siderúrgicos importados em território nacional e manutenção dos níveis de produção interna, invariavelmente nos referimos a aumento dos estoques de aço, e redução dos preços (descontos) dos produtos. Segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), os estoques de aço atingiram nível próximo a quatro meses de venda em 2010 (sendo que o nível considerado normal é de 2,5 meses). Contudo, no médio/longo prazo acreditamos que se configurarão melhores condições para o desenvolvimento do setor siderúrgico no mercado doméstico, a começar pela perspectiva de que o processo de adequação dos estoques, ocorra a partir do primeiro trimestre de 2011, desencadeado pelo declínio das importações de aço. Segundo o Instituto Aço Brasil (IABr) as importações de produtos siderúrgicos devem cair em 2011. Tal queda deverá amparar-se majoritariamente em medidas de contenção das compras externas, tal como à recente medida governamental que arbitra um preço de referência para as mercadorias, com base no preço dos produtos de fabricação nacional que são exportados e o preço dos mesmos no mercado internacional. Trabalhamos com a perspectiva de aumento da produção mundial, para 2011 não havendo mudança do atual cenário de sobreoferta de aço. Desta forma não esperamos aumentos significativos no preço dos produtos siderúrgicos. Segundo previsões da Associação Mundial do Aço, a demanda mundial pela liga metálica deve atingir 1,34 bilhão de toneladas em 2011, representando alta de 5,3% em comparação com 2010. E adivinhe qual será o maior demandante?...China! A demanda por aço do país asiático deve crescer 3,5% A/A sendo responsável por 45% da demanda mundial. No mesmo sentido de crescimento, o consumo aparente nas Américas do Sul e Central deve subir 9,1% em 2011. Por outro lado, a demanda no mundo desenvolvido em 2011 é prevista como sendo 25% menor do que a verificada em 2007, em virtude das incertezas relacionadas ao aumento dos gastos do consumidor e empresas, bem como a continuidade do cenário de recuperação. 165 CSN (CSNA3) A COMPANHIA Marco da industrialização brasileira, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em operação há 7 décadas, é uma das empresas siderúrgicas mais integradas e competitivas do mundo, conta com mais de 18.000 colaboradores e possui unidades de produção nos Estados Unidos e na Europa. A CSN investiu, desde 1996, mais de US$ 2.4 bilhões na modernização das instalações industriais e no aumento da produtividade, garantindo à Companhia, uma das maiores margens operacionais do setor siderúrgico. A empresa vem diversificando seus negócios, buscando sempre maximizar o retorno aos seus acionistas. Com esta visão, a CSN atua em 5 diferentes pilares de negócios totalmente integrados: Siderurgia, Mineração, Cimento, Logística e Energia. Dominando toda a cadeia produtiva do aço, a CSN oferece aos seus clientes, de diferentes segmentos da indústria, uma diversificada linha de produtos de alto valor agregado. A mina de Casa de Pedra, com reservas que superam 3.4 bilhões de toneladas de minério de ferro de elevado grau de pureza, também posiciona a CSN como uma importante exportadora de minério de ferro, além de garantir o total fornecimento da matéria prima para a produção de aço bruto da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Com o crescimento do setor de construção civil, a CSN iniciou, a partir de maio de 2009, a produção e comercialização de cimento de alta qualidade, aproveitando a escória resultante da produção de aço e o calcário proveniente de sua mina em Arcos (MG). RETROSPECTIVA 2010 As estratégias da CSN, construídas ao longo dos últimos anos - tais como a verticalização produtiva, integração, diversificação de produtos e foco no mercado interno - se mostraram coerentes e são responsáveis pelos bons números do ano de 2010. A performance financeira registrada em 2010 mostra a capacidade da empresa em gerar valor para os acionistas. PERSPECTIVA 2011 Disciplina na alocação de capital e sólida posição financeira fazem da CSN uma empresa preparada para crescer e para enfrentar novos desafios. Além dos projetos de crescimento orgânico, a empresa permanece atenta às oportunidades de aquisição e aliança estratégica em todos os segmentos em que atua no Brasil e no exterior, de forma a acelerar sua expansão e geração de valor. No que se refere a projetos, a CSN continua com seus planos de expansão no segmento de minério de ferro, incluindo a expansão do Porto de Itaguaí. A capacidade de produção de minério de ferro deve atingir 110 milhões de toneladas e a capacidade de escoamento do Porto de Itaguaí chegará a 130 milhões de toneladas. Dentro dos seus objetivos de diversificação, a Companhia vem apostando na implementação de sua primeira planta de produção de aços longos em 2011, com capacidade de 500.000 toneladas, e estuda a construção de duas novas plantas com capacidade total de 1 milhão de toneladas. O projeto de cimento conta atualmente com uma capacidade de 2.8 milhões de toneladas. Investimentos adicionais, em diferentes regiões do país, elevarão a capacidade para 6.4 milhões de toneladas nos próximos anos. Iniciada em 2006, a Ferrovia Transnordestina teve um avanço importante em 2010. Foram investidos, até setembro, aproximadamente R$ 900 milhões. Este projeto de 1.728 km é considerado um dos mais importantes da região Nordeste e do PAC e ligará a cidade de Eliseu Martins aos portos de Suape e Pecem. Relações com Investidores 166 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 SIDERURGIA USIMINAS (USIM5) A COMPANHIA A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas é o maior e mais moderno complexo siderúrgico de aços planos da América. É formada por empresas que atuam em quatro Unidades de Negócios: Mineração e Logística; Siderurgia; Transformação do Aço e Bens de Capital. Em resumo, extrai o minério, transforma-o em aço da melhor qualidade, beneficia o produto de acordo com as especificações dos clientes, oferece transporte por via rodoviária, ferroviária ou marítima e entrega bens acabados, como equipamentos e estruturas metálicas de grande porte. Em 2009, conquistou a liderança nacional no segmento de distribuição de aço ao consolidar suas operações. Em 2010, seguindo a sua estratégia de verticalização do seu processo produtivo, agregação de valor aos seus produtos e expansão da sua presença no mercado nacional e internacional, criou a Mineração Usiminas, empresa de classe mundial no mercado de minério de ferro e também formou a Rede Usiminas – que une as suas próprias unidades de distribuição a outras dez empresas que aceitaram atuar em parceria com o Grupo Usiminas em 15 Estados brasileiros. O Grupo Usiminas emprega, aproximadamente, 30 mil funcionários e tem capacidade para produzir 9,5 milhões de toneladas de aço por ano em duas usinas – Ipatinga/MG e Cubatão/SP, o que representa aproximadamente 25% da produção brasileira. Orientada prioritariamente para o suprimento interno, detém aproximadamente 50% do mercado brasileiro de aços planos, com destaque para setores como o automobilístico, autopeças, construção naval, equipamentos agrícolas, industriais e eletrônicos. A Usiminas foi a primeira siderúrgica no Brasil a ser avaliada como grau de investimento em 2008, pelas três principais agências de rating no mundo - Moody’s, Standard&Poor’s e Fitch. A Usiminas aprimora continuamente suas estruturas de governança, para garantir um processo decisório seguro e sempre voltado para a geração de valor aos seus acionistas e demais públicos de relacionamento. RETROSPECTIVA 2010 A Usiminas apurou até setembro/2010 uma receita líquida de R$ 9,9 bilhões, lucro líquido de R$ 1,2 bilhão e geração de caixa medida pelo EBITDA, de R$ 2,3 bilhões, respectivamente 24%, 91% e 160% superiores, quando comparados àqueles alcançados em igual período do exercício anterior. A Usiminas investiu até setembro cerca de R$ 2,2 bilhões, como parte integrante de um novo ciclo de investimentos iniciado em 2007, da ordem de R$ 14 bilhões, visando a agregação de valor e redução de custos. A entrada em operação da nova coqueria nem setembro/10 na usina de Ipatinga, se configurou como mais um passo rumo à autossuficiência em coque. A Companhia atuou também com vigor na disciplina dos investimentos, preservando seus mercados e a saúde financeira, mantendo um caixa consistente e um perfil da dívida adequado. Além disso, outras ações foram colocadas em prática com o objetivo de adicionar valor à Companhia, através da consolidação e ampliação das unidades de negócios. No ano de 2010 foi criada a Mineração Usiminas S.A. (MUSA) que contemplou a transferência de ativos de propriedade da Usiminas para a MUSA, compreendendo os ativos minerários na região da Serra Azul, a participação em terminais de embarque de minério na região da Serra Azul, 83,3% da participação do capital da MRS e o terreno localizado em Itaguaí, RJ (Porto). A MUSA S.A nasceu, portanto, com grande potencial de crescimento na região da Serra Azul, dado seu porte, disponibilidade de capital e função logística integrada. Através da maior integração da atividade de mineração e logística, em conjunto com garantia de fornecimento de certa quantidade de minério à Usiminas, esse movimento é um passo importante na integração da siderurgia ao minério. PERSPECTIVA 2011 A Usiminas continuará a investir na busca contínua por diferenciais competitivos, através do desenvolvimento de novas tecnologias, visando a melhoria da qualidade dos produtos acabados e ampliação do portfólio de produtos com alto valor agregado. Com vistas a contribuir ainda mais para o resultado consolidado do Grupo, a unidade de mineração trabalhará em projetos de otimização das três plantas existentes e na construção de uma nova planta de beneficiamento de finos. Este investimento proporcionará um aumento gradativo da produção nos próximos anos, e em 2015 a Usiminas espera atingir a capacidade de produção anual de 29 milhões de toneladas. Os investimentos para o período entre 2010 e 2015 são estimados em R$ 4,1 bilhões. A Usiminas tem ainda no seu radar de atuação a exploração dos eixos de negócio “Transformação do Aço” e “Bens de Capital” com o objetivo de aumentar a penetração no mercado e fornecer soluções customizadas. Relação com Investidores 167 TECNOLOGIA De acordo com dados da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o setor de informática cresceu 13% em 2010. Tal desempenho foi decorrente do ambiente EMPRESAS ACOMPANHADAS favorável ao consumo, como a perspectiva de crescimento econômico no longo prazo e, consequentemente, do emprego e da renda do consumidor, além da oferta de crédito. Para 2011, IDEIASNET espera-se a continuidade do crescimento amparado pelo bom desempenho da venda de PCs, (IDNT3) que deverá atingir 14 milhões de unidades. Com o aumento na venda de PCs e dos acessos a TIVIT internet por meio da banda larga, a expansão dos meios digitais promoverá o crescimento (TVIT3) acelerado da publicidade online, webhosting, e-commerce e software. Como citado, outro fator que colabora com a expansão do setor tecnológico é a penetração da (TOTS3) MANTER R$ 172,00 UOL MANTER TOTVS internet nas famílias de baixa renda. Ao contrário da telefonia móvel, que já esta bem difundida em todas as classes de renda, a internet ainda possui baixa penetração nas classes C, D e E, mas a perspectiva é de que aumente nos próximos anos. O Plano Nacional da Banda Larga, programa do governo federal, tem o objetivo de levar banda larga para esse público. O programa prevê a cobertura de mais de mil cidades em 2011 e todo o território nacional até 2014, com preços entre R$ 15 e R$ 35, e velocidade mínima de 512 kbps. O mercado de acesso à internet banda larga (fixa e móvel) deverá fechar 2010 com 28% de expansão, já para 2011, as perspectivas de aumento são de 30% nas conexões, o crescimento será impulsionado pelo aumento na concorrência e expansão da cobertura. Com expansão dos meios digitais os seguimentos de e-commerce e publicidade digital ganharão mais força. De acordo com o e-bit, o comércio eletrônico deverá faturar R$ 14,3 bilhões em 2010, alta de 35% na comparação anual. No Brasil, a publicidade online ainda tem muito espaço para crescer e espera-se crescimento de 20% já para 2011. Para se ter uma idéia, do total mercado de publicidade, a online representava apenas 4,3%, em ago/10. Para os provedores de internet, a publicidade online e serviços de webhosting representam potenciais catalisadores de crescimento e podem compensar a queda das receitas com assinaturas nos próximos anos. Evolução do núm ero de assinantes de banda larga (em m ilhões) 27,0 20,7 16,2 0,7 1,2 2,3 3,9 5,6 7,7 11,3 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011* fonte: Anatel, ABTA, Teleco, Operadoras. . Com as condições favoráveis para o consumo mantidas e aumento da renda per capita, as perspectivas de crescimento em 2011 permanecem favoráveis em software, além de internet e mídia. As empresas de tecnologia estão expandindo seus negócios em Cloud Computing (computação em nuvem) e Business Analiytics. Com a Cloud Computing, muitos aplicativos, assim como arquivos e outros dados relacionados, não precisam mais estar instalados ou armazenados no computador do usuário ou em um servidor próximo. Esse conteúdo passa a ficar disponível nas "nuvens", isto é, na internet. (UOLL4) 168 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 TECNOLOGIA IDEIASNET (IDNT3) A COMPANHIA A Ideiasnet foi fundada em 2000, época em que todos tinham um conhecido que conhecia alguém que ganhara muito dinheiro de repente com a internet. No mesmo ano a empresa abriu capital na Bovespa e a Bolha estourou. O portfólio que era composto por 19 sonhos, passou por diversas mudanças guiadas pelo empreendedorismo pela capacidade de enxergar longe, de trazer escalabilidade e principalmente pelas oportunidades de mercado. Hoje a companhia se posiciona como uma venture capital em tecnologia no Brasil e na América Latina, participando ativamente de todos os estágios de desenvolvimento de suas investidas. Em 2009 realizou sua primeira venda. A Braspag, empresa especializada no processamento de operações de comércio eletrônico, foi vendida para o grupo Silvio Santos, que pagou R$ 25 milhões para adquirir 100% do negócio. Se 2009 foi marcado pela venda da Braspag, 2010 foi o ano de dar início ao processo de dinamismo do portfólio. Novos investimentos no segmento de ecommerce foram feitos, desinvestimentos também foram feitos. O objetivo é claro, transformar idéias em negócios de grande sucesso, que ofereçam escalabilidade e retorno ao acionista. RETROSPECTIVA 2010 Em 2010, a Ideiasnet apresentou forte crescimento de receita por parte de várias companhias investidas, superando, em muitas vezes, o crescimento dos mercados em que atuam. No segmento de e-commerce, a Officer continuou crescendo em ritmo forte e sustentável, compatível com o estágio de maturação do seu mercado e do seu negócio. No segmento de Infraestrutura & Telecom, a Padtec apresentou alto crescimento, favorecida pelos investimentos em fibra óptica por parte das operadoras de telefonia, além de ter saído vencedora no primeiro leilão de DWDM da Telebrás, no âmbito do PNBL. A Automatos permaneceu expandindo suas receitas, com o crescimento da demanda corporativa de monitoramento de performance de servidores e desktops, consolidando sua posição privilegiada no segmento e o reconhecimento de alta qualidade por parte de seus clientes. No segmento de Mídia, Comunicação e Conteúdo, o crescimento das receitas do Bolsa de Mulher superou a ampliação do mercado de mídia digital e continuou agregando um número cada vez maior de usuárias cadastradas e visitantes únicos. Seu alto investimento em marketing ainda compromete a geração de caixa da empresa no curto prazo, porém deverá agregar alto retorno por aumentar a exposição e visibilidade do Grupo, que vem atuando em diversas plataformas, além da internet, incluindo mobile, TV, e-learning, ecommerce, entre outros modelos de negócios. No campo das fusões e aquisições, manteve-se atuante, coordenando operações por parte das investidas, como a aquisição da BP Solutions pela Officer e da Relativa pela Automatos. Ambas investidas mantêm-se em posição privilegiada em seus respectivos mercados e encontram apoio da Ideiasnet para realizaram transações geradoras de valor e agregadoras de sinergias. PERSPECTIVA 2011 Em 2011, a Ideiasnet continuará a implementar sua estratégia de dinamização do portfólio. O posicionamento da companhia quanto à necessidade de realizar ciclos de investimentos, concluindo sua participação em investidas para realizar novas adições ao portfólio, está bastante claro. Neste sentido, todas as empresas que compõem o portfólio são constantemente reavaliadas, assim como seus mercados e as perspectivas de crescimento futuro, de modo a monitorar quaisquer oportunidades de geração de valor para os acionistas da companhia. O pioneirismo da Ideiasnet na atuação neste setor e os 10 anos de experiência em identificar opções de investimentos altamente escaláveis, com grande potencial de crescimento e a baixo custo dá a companhia a vantagem de se posicionar oportunisticamente no mercado de venture capital de tecnologia e conseguir ótimos negócios. Luis Alberto Reátegui – Diretor de Relações com Investidores Patricia Calazans – Gerente de Relações com Investidores Renata Vencato – Analista de Relações com Investidores 169 TOTVS (TOTS3) A COMPANHIA A TOTVS é a maior empresa da América Latina no desenvolvimento de software aplicativos, a 7ª maior desenvolvedora de sistemas de gestão empresarial integrada (ERP, CRM, BI) do mundo e a 1ª em países emergentes. A Companhia é líder absoluta no Brasil e no segmento de pequenas e médias empresas (PME) na América Latina. A TOTVS foi a primeira empresa do setor de TI da América Latina a abrir capital, e está listada no Novo Mercado da BMFBOVESPA (TOTS3). Suas operações de software atendem 26,2 mil clientes e são complementadas por um amplo portfólio de soluções verticais e por serviços de valor agregado como Consultoria, Datacenter, ServiceDesk e BPO de folha de pagamentos. RETROSPECTIVA 2010 Até o terceiro trimestre de 2010 a TOTVS conquistou mais de 2,2 mil clientes, crescimento de 20% em relação ao ano anterior, superou sucessivamente seus recordes históricos de receitas e EBITDA, atingindo faturamento de R$ 1,2 bilhão no acumulado de 12 meses. Este trabalho elevou a participação de mercado da companhia para 44,2% do mercado endereçável de ERP (segundo estudo do IDC) no primeiro semestre de 2010, um incremento de 2,52 pontos percentuais frente ao 1S09, o maior crescimento dentre todos os participantes do mercado. Durante o período de 2010, a TOTVS: (i) concluiu o processo de consolidação de seus canais de distribuição; (ii) anunciou a compra da SRC Serviços em Informática Ltda., empresa que concentrou as operações das principais franquias de desenvolvimento dos softwares de gestão ligados à marca Datasul, fortalecendo assim o processo de desenvolvimento de seus softwares; (iii) firmou parceria com a IBM para oferta de seus softwares em cloud computing na modalidade de software como serviços (SaaS) para pequenas e médias empresas em mercados emergentes, primeiramente na Argentina, Chile e Colômbia. PERSPECTIVA 2011 A TOTVS entende que o mundo vive a Sociedade do Conhecimento, na qual o compartilhamento da informação e a colaboração decorrente das relações interpessoais tem mais relevância para os negócios. Assim, a Companhia pretende, a partir de 2011, levar a capacidade de compartilhamento de informações e experiências entre seus clientes e colaboradores, criando redes de colaboração e compartilhamento de informação e negócios. Além disso, o mercado continua a demonstrar fortes fundamentos: (i) software como uma necessidade básica para a condução de qualquer empresa; (ii) baixa penetração de sistema integrado de gestão no mercado brasileiro (estimada entre 8% e 9%) de pequenas e médias empresas (PME); (iii) concorrência fragmentada; (iv) modificações estruturais que demandam maior organização das companhias, como o caso do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e novas gerações de administradores que iniciam suas carreiras em um mundo totalmente conectado, onde o software é parte do dia a dia. A TOTVS deverá manter seus investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, o que lhe permitirá manter-se como uma das 5 empresas que mais investem em P&D no Brasil, sendo a primeira colocada quando o investimento é comparado em relação porcentual à receita líquida. José Rogério Luiz – Vice-Presidente Executivo e Financeiro e Diretor de Relações com Investidores 170 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S TELECOM / BANDA LARGA 2 0 1 1 Podemos dizer que 2010 foi marcado pelo processo de consolidação do setor. É correto afirmar EMPRESAS ACOMPANHADAS que o mercado brasileiro de telecomunicações e mídia está se reorganizando. A aquisição de 50% do capital social da Brasilcel (controladora da VIVO) pela Telefónica, junto ao ingresso da TELEMAR COMPRAR Portugal Telecom no Grupo Telemar e a reestruturação societária da América Móvil caracterizam esse processo de consolidação setorial, resultando em empresas mais integradas e melhor (TNLP4) capitalizadas. TELEMAR NL Outro fato marcante em 2010 foi a aprovação na câmara dos deputados do polêmico Projeto de (TMAR5) Lei nº 29 – PL29 que aborda entre outras coisas a permissão para que empresas de capital estrangeiro controlem companhias de comunicação no Brasil, além da possibilidade de ser (TLPP4) COMPRAR R$ 55,00 TIM PART COMPRAR deve ser votado somente em 2011. TELESP (UOLL4) VIVO (VIVO4) oferecida pelas teles o serviço de TV por Assinatura. Atualmente, o PL-29 tramita no Senado e Os recentes leilões da Banda H também podem ser considerados outro evento importantíssimo COMPRAR R$ 61,00 neste ano que se encerra. As licenças arrematadas pela Nextel, segundo seu presidente, dobram o potencial de crescimento da empresa no Brasil. Ou seja, temos mais um competidor neste mercado. A pergunta é: cabe mais um competidor? Em nossa opinião, só em nichos. Esse processo de reorganização que ocorre no Brasil já era esperado e retrata o ambiente setorial no mundo de um modo geral. Internacionalmente, não é comum a exploração do serviço por mais de três grandes players, fato este que pode ser explicado pelas próprias características do setor. Explica-se, é um setor intensivo em tecnologia e capital, caracterizado por um ambiente extremamente dinâmico, a mercê de constantes modificações. Em termos de projeções, o mercado brasileiro de telefonia móvel ainda deverá continuar apresentando forte expansão em 2011, com expansão de 10,5%. Em telefonia fixa, os números devem ser bem menos expressivos quando se fala de crescimento, em decorrência da continuidade do processo de migração fixo-móvel. Em banda larga e TV por assinatura, a expectativa é de aumento de concorrência, com tendência de forte expansão da base em 2011. Tal expectativa está ancorada nos seguintes fatores: aumento de cobertura destes serviços; acirramento da concorrência entre as concessionárias de telefonia, operadoras de TV a cabo e operadoras móveis; entrada de uma quinta prestadora de banda larga via 3G, que deverá impulsionar ainda mais o segmento. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos, principalmente em termos de regulação, pois no campo de reorganização societária os maiores movimentos já foram efetuados. Fica a expectativa em relação à TIM, seria esta o próximo alvo? 171 TELEMAR (TNLP4) A COMPANHIA Maior empresa brasileira de telecomunicações, a Oi é pioneira na prestação de serviços convergentes no país. Oferece transmissão de voz local e de longa distância, telefonia móvel, comunicação de dados, internet e entretenimento. Com a compra do controle da Brasil Telecom, em 2009, a Oi passou a atuar em todo o território nacional. Em setembro de 2010, a empresa possuía 62,4 milhões de clientes. Deste total, 20,4 milhões estavam em telefonia fixa, 37,4 milhões em telefonia móvel, 4,3 milhões em banda larga fixa e 280 mil em TV por assinatura. Pelo terceiro ano consecutivo, a Oi integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa refletindo o alto grau de comprometimento da companhia com a responsabilidade social e a adoção de práticas gerenciais sustentáveis. RETROSPECTIVA 2010 Ao longo de 2010, a Companhia focou no aumento da rentabilidade do negócio com o objetivo de gerar caixa e reduzir sua alavancagem. Como reflexo dos objetivos traçados para 2010, a OI registrou aumento de margem EBITDA, que fechou os 9M10 com 35,7%, e a redução da Divida Líquida, que atingiu R$ 19,3 bilhões em Setembro/2010, contra R$ 21,9 bilhões em Dezembro/2009. Os benefícios em custos e despesas das sinergias com Brasil Telecom são evidentes, presentes em praticamente todos os itens. Destacamos a expressiva redução do custo de mercadorias vendidas e materiais como consequência da decisão de replicar na Região II a bem sucedida estratégia da Região I focada na venda de chips avulsos no segmento pré-pago. Na Região III, São Paulo, após dois anos do lançamento de nossa operação em telefonia móvel, já possuímos aproximadamente 8 milhões de clientes, representando mais de 13% de market share no Estado de São Paulo e de aproximadamente 18% na grande São Paulo. PERSPECTIVA 2011 Ao longo desse ano, a Oi segue confiante de que, com o portfólio completamente integrado em todas as três regiões do país, com uma mesma estratégia de canais, com campanhas de marketing nacionais e com foco na qualidade dos serviços, está no caminho certo para apresentar cada vez mais resultados sólidos e crescentes. Relações com Investidores 172 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 TELECOM / BANDA LARGA VIVO (VIVO4) A COMPANHIA A Vivo presta serviços de telecomunicações móveis, telefonia celular, transmissão de dados e internet em todo o Brasil. Nesse ano de 2010, após a compra da participação acionária da Portugal Telecom, a Telefónica da Espanha passou a ser o principal controlador da companhia. Cobrindo todo o território nacional é a maior empresa do setor no país e também o maior grupo de telefonia celular do Hemisfério Sul. A força da marca Vivo, consolidada pela liderança incontestável em cobertura da rede 3G, a maior rede de lojas próprias do país e liderança em qualidade em serviços e atendimento (conforme indicadores da Anatel), contribui para que mais pessoas se conectem usufruindo dos recursos que a sociedade em rede oferece para que elas vivam melhor e se desenvolvam. RETROSPECTIVA 2010 O setor durante o ano de 2010 se mostrou bem ativo e apresentou um crescimento significativo, adicionando um total de 20,5 milhões de clientes até o mês de outubro, atingindo no mesmo mês um total de 194 milhões de clientes, elevando a penetração no país para valores acima de 100. O crescimento na base de assinantes no ano já é 18% superior se compararmos o mesmo período no ano de 2009 e as vendas natalinas prometem um desempenho ainda maior levando em consideração o bom momento econômico que o país atravessa. Para a Vivo, o ano de 2010 tem sido marcado por grandes conquistas. Dos indicadores financeiros relativos à qualidade dos serviços e participação de mercado, a Vivo continua apresentando resultados sólidos que comprovam a eficiência de sua estratégia frente a essa indústria altamente competitiva. Até outubro desse ano, a Vivo conquistou cerca de 57% de todos os novos acessos pós-pago do país. Com isso, consolidou ainda mais a sua liderança em qualidade e estabilizou seu market share em 30,03% do mercado brasileiro. Expandiu rapidamente a sua rede 3G e alcançou 779 cidades em setembro desse ano, oferecendo a melhor conexão para dados e voz aos seus clientes, cobrindo cerca de 65% da população. A manutenção da liderança dos indicadores da Anatel, mantém os clientes ainda mais satisfeitos e leais à marca, guiando a empresa em uma caminho sustentável de resultados ao mesmo tempo em que se inicia o amadurecimento do mercado. A maior cobertura de alta velocidade e a melhor qualidade na prestação de serviços permitiu converter as receitas de dados e SVAs no maior impulsionador de receita da empresa. Durante o 3º Trimestre a Vivo obteve aumento anual superior a 60% nas receitas de dados e SVAs é de 92% nas receitas com internet móvel. Falando em sustentabilidade, como resultado do nosso compromisso, alcançamos, pela segunda vez consecutiva, a certificação para integrar o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial, concedido pela Bovespa e que reconhece empresas com práticas de sustentabilidade alinhadas ao desenvolvimento do negócio. PERSPECTIVA 2011 Para o ano de 2011 espera-se um mercado ainda bem aquecido em vendas, acompanhando o bom momento econômico. Ainda esperamos um crescimento em dados, com maior participação de smartphones e aumento da penetração de usuários. Já no ambiente competitivo, vislumbramos um aumento na concorrência após à consolidação de alguns grupos e uma maior oferta de produtos convergentes no mercado. Neste ambiente mais competitivo, a Vivo manterá firme a sua estratégia na busca de aquisição e retenção dos melhores clientes com o objetivo de manter a liderança e as melhores margens do setor. Relações com Investidores 173 INDICADORES 2007 2008 2009 Acum. Acum. Acum. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Acum. CDI 14,97% 11,81% 9,11% 0,66 0,59 0,76 0,66 0,75 0,79 0,86 0,89 0,84 0,81 0,81 0,93 9,75% TR 2,12% 1,46% 0,66% 0,00 0,00 0,07 0,00 0,05 0,05 0,11 0,09 0,07 0,04 0,03 0,14 0,68% Poupança 7,70% 7,71% 6,35% 0,50 0,50 0,58 0,50 0,55 0,56 0,62 0,59 0,57 0,55 0,53 0,64 6,90% US$ Comercial -8,66% -16,0% -24,68% 7,67 -3,40 -1,66 -2,41 4,78 -0,84 -2,46 -0,07 -3,52 0,65 0,65 -2,80 -4,42% US$ Paralelo -9,09% -13,1% -27,04% 7,53 -4,00 -1,04 -2,11 4,84 -1,54 1,04 0,00 -0,52 -4,66 -1,09 -2,91 -4,31% Ouro 12,69% 11,26% 6,66% 6,45 1,20 4,28 1,47 4,35 2,92 -3,91 3,58 0,75 7,67 6,25 -3,53 32,26% IGPM 3,85% 7,75% -1,46% 0,63 1,18 0,94 0,77 1,19 0,85 0,15 0,77 1,15 1,01 1,45 0,69 11,32% Global Brasil 40 2,86% 0,56% 4,52% -0,94 1,47 -0,23 0,00 -0,89 1,23 1,58 0,46 1,10 1,17 -2,14 -1,96 0,89% T-Bonds 10 Y 6,71% -12,7% 42,60% -5,17 -0,28 6,39 -4,44 -9,84 -10,61 -1,36 -12,37 1,61 3,65 7,20 18,04 -11,57% T-Bonds 30 Y 5,85% -6,21% 55,85% -3,79 2,66 1,94 -4,03 -7,06 -7,13 1,79 -9,55 4,53 8,40 2,50 6,34 -5,48% Dow Jones 16,65% 6,11% 17,87% -4,56 2,56 5,15 1,40 -7,92 -3,58 7,08 -4,31 7,72 3,06 -1,01 5,19 10,95% Nasdaq 9,99% 9,35% 35,99% -6,28 4,23 7,14 2,64 -8,29 -6,55 6,90 -6,24 12,04 5,86 -0,37 6,19 17,36% S&P 500 14,13% 3,06% 21,30% -4,67 2,85 5,88 1,48 -8,20 -5,39 6,88 -4,74 8,76 3,69 -0,23 6,53 12,80% IEE 40,84% 23,74% 49,45% -0,09 0,55 -0,89 0,05 -5,76 5,44 3,28 3,49 -0,94 3,83 0,77 2,12 11,98% Itel – Ind telecom. 10,73% 16,14% 49,41% -7,88 -4,11 -1,81 -4,51 9,13 -2,20 -1,09 -3,96 4,05 5,80 -3,47 3,74 -7,44% IGC 41,31% 31,55% 75,79% -2,98 0,73 4,72 -2,19 -5,22 -2,32 12,72 -1,91 7,33 3,46 -2,13 1,05 12,54% ITAG 45,16% 24,25% 77,33% -4,15 0,71 3,74 -1,86 -5,12 -1,76 14,77 -2,08 7,00 3,29 -2,81 1,05 11,72% FGV 100 30,83% 39,5 % 79,83% -2,81 1,73 4,31 -3,05 -4,54 -2,35 8,22 -1,41 5,99 3,79 -2,53 3,36 10,21% IBRX – Índice Brasil 36,06% 47,83% 69,91% -4,22 1,14 5,21 -3,70 -5,98 -4,71 11,00 -3,39 6,93 1,67 -3,26 3,47 2,62% 17,47 43,68% 79,23% -3,21 0,34 5,76 -3,37 -7,72 -0,46 8,19 -3,42 6,73 1,82 -3,76 2,07 1,63% 32,93% 43,64% 78,52% -4,65 1,68 5,82 -4,04 -6,64 -3,35 10,80 -3,51 6,58 1,79 -4,20 2,36 1,04% Ibovespa Médio Ibovespa 2010 (%) 2010 174 E S P E C I A L P E R S P E C T I V A S 2 0 1 1 FALE CONOSCO EQUIPE COINVALORES MESA DE OPERAÇÕES / BOVESPA ATENDIMENTO HOME BROKER tel: 11 3035-4160 tel: 11 3035-4162 Marcio Espigares [email protected] Anderson dos Santos [email protected] Deborah Bloise [email protected] Antonio Cláudio Bonagura [email protected] Paula Centola Zoratti de Abreu [email protected] Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro [email protected] Karoline Andrade [email protected] Eliane Cristina Soboslai [email protected] Francisco José Sidani Nogueira [email protected] Cristiano Batista Ribeiro [email protected] Douglas Nunes Leite Alves [email protected] Paulo Natanael Carbone D'Angelo [email protected] Gênesis Rodrigues [email protected] Getulio Vimieiro [email protected] João Domingos Inaimo [email protected] João Paulo de Souza Angeli Dias [email protected] João Pinto Braga Filho [email protected] José Antonio Penna [email protected] Tatiane C.C. Pereira Leonardo Antonio Sampaio Campos [email protected] Bruno Fernandes Perri Camargo [email protected] Luiz Carlos Camasmie Gabriel [email protected] Paulo Caldas Rebouças paulo.rebouç[email protected] Ricardo Lacanna Junior [email protected] GESTÃO DE INVESTIMENTOS [email protected] 11 3035-4164 11 3035-4165 FUNDOS DE INVESTIMENTO/CLUBES/CARTEIRAS ADMINISTRADAS Walter Roberto Pereira Pinto [email protected] tel: 11 3035-4163 William Celso Scarparo [email protected] Jussara Pacheco [email protected] Marcelo Rizzo [email protected] Paulo Botelho A. Sampaio Neto [email protected] Vanessa Lima [email protected] DIRETORIA tel: 11 3035-4151 Fernando Ferreira da Silva Telles [email protected] FUNDOS IMOBILIÁRIOS Francisco Candido de Almeida Leite [email protected] tel: 11 3035-4163 Henrique Freihofer Molinari [email protected] Maria de Fátima Carvalheiro Russo José Ataliba Ferraz Sampaio [email protected] Paulino Botelho de Abreu Sampaio [email protected] FORA DE SÃO PAULO [email protected] MESA DE BM&F tel: 11 3035-4161 DDG 0800 170 340 IMPORTANTE Destaca-se que os Comentários, Análises e Projeções contidas neste trabalho foram elaboradas de forma absolutamente independente das posições detidas por esta instituição, refletindo a opinião pessoal dos analistas que as avaliam. Os analistas da Coinvalores não mantêm vínculo algum com qualquer pessoa natural que atue no âmbito das companhias cujos valores mobiliários foram alvo de análise no relatório divulgado, esclarecendo a natureza do vínculo. A Coinvalores bem como os fundos, carteiras e clubes de investimentos em valores mobiliários por ela administrados não possui participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% (um por cento) do capital social de quaisquer das companhias cujos valores mobiliários foram alvo de análise no relatório divulgado, ou esteja envolvida na aquisição, alienação e intermediação de tais valores mobiliários no mercado. Nenhum dos analistas da Coinvalores é titular, direta ou indiretamente, de valores mobiliários de emissão da companhia objeto de sua análise, que representem 5% (cinco por cento) ou mais de seu patrimônio pessoal, ou esteja envolvido na aquisição, alienação e intermediação de tais valores mobiliários no mercado. O analista que assina este trabalho e a Coinvalores não recebe remuneração por serviços prestados ou apresenta relações comerciais com qualquer das companhias cujos valores mobiliários foram alvo de análise no relatório divulgado, ou pessoa natural ou pessoa jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse desta companhia. Nenhum diretor, empregado ou representante da Coinvalores exerce cargo de diretor, conselheiro da administração ou fiscal das companhias cujos valores mobiliários são alvo de análise neste trabalho. E, finalmente, a remuneração ou esquema de compensação dos Analistas de Investimentos da Coinvalores não está de forma alguma ligada à precificação de quaisquer dos valores mobiliários emitidos por companhias analisadas no relatório, ou às receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela instituição a qual está vinculado, Este trabalho é fornecido a seu destinatário com a finalidade exclusiva de apresentar informações e os valores mobiliários de que trata, não se constituindo numa oferta de venda ou uma solicitação para compra de ações. As informações utilizadas para sua elaboração foram obtidas de fontes públicas e/ou diretamente junto à(s) companhias(s), objeto da análise. Consideramos tais fontes confiáveis e de boa fé, porém não há nenhuma garantia, expressa ou implícita, sobre sua exatidão. As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. As opiniões aqui contidas a respeito da compra, venda ou manutenção dos papéis das companhias em análise ou a ponderação de tais valores mobiliários numa carteira teórica expressam o melhor julgamento dos analistas responsáveis por sua elaboração, porém não devem ser tomados por investidores como recomendação para uma efetiva tomada de decisão ou realização de negócios de qualquer natureza. Desta forma, a Coinvalores e os analistas envolvidos em sua elaboração não aceitam responsabilidade por qualquer perda direta ou indireta decorrente da utilização do conteúdo deste documento. 175 EQUIPE DE ANÁLISE ANALISTA C HEFE Marco Aurélio Barbosa (CNPI) [email protected] 3094-7871 Marco Saravalle (CNPI) [email protected] 3094-7870 r. 444 Sandra Peres (CNPI) [email protected] 3094-7873 r. 442 [email protected] 3094-7873 r. 560 r. ANALISTAS DE I NVESTIMENTOS ASSISTENTES DE ANÁLISE Marluci de Lima Costa Felipe Martins Silveira [email protected] 3094-7872 r. 443 Marcela Nascimento [email protected] 3094-7871 r. 561 Bruno Piagentini Caloni [email protected] 3094-7870 r. 444 SETORES ACOMPANHADOS: Alimentos / Agrícola Energia Papel e Celulose Sandra Peres (CNPI) Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Marco Saravalle (CNPI) Marcela Nascimento Bruno Piagentini Caloni Autopeças / Transportes Fertilizantes Marco Saravalle (CNPI) Sandra Peres (CNPI) Petróleo, Petroquímico e Gás Marco Saravalle (CNPI) Bruno Piagentini Caloni Bruno Piagentini Caloni Imobiliárias / Locação Aviação Sandra Peres (CNPI) Marco Saravalle (CNPI) Felipe Martins Silveira Saneamento Básico Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Marcela Nascimento Felipe Martins Silveira Logística / Transportes Saúde Bancos Marco Saravalle (CNPI) Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Felipe Martins Silveira Bens de Capital / Infra-Estrutura Material de Construção Seguros Marco Saravalle (CNPI) Sandra Peres (CNPI) Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Bruno Piagentini Caloni Felipe Martins Silveira Construção Civil Meio de Pagamentos Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Sandra Peres (CNPI) Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Shopping Center Felipe Martins Silveira Marco Saravalle (CNPI) Marcela Nascimento Serviços Diversos Sandra Peres (CNPI) Metalurgia Consumo / Varejo Marco Saravalle (CNPI) Siderurgia Sandra Peres (CNPI) Bruno Piagentini Caloni Marco Saravalle (CNPI) Educacional Mineração Marco Saravalle (CNPI) Marco Saravalle (CNPI) Marcela Nascimento Bruno Piagentini Caloni Bruno Piagentini Caloni Telecom e Banda Larga Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Marcela Nascimento 441 176 178 NOSSOS PARCEIROS NOME ENDEREÇO CEP CIDADE ESTADO TELEFONE FOCUS INVESTIMENTOS RUA JOAQUIM NABUCO, 828 - SALA 1207 93310-002 NOVO HAMBURGO RS (51) 3398-9910 SAGA INVESTIMENTOS AV. NICOMEDES ALVES SANTOS, 387 38400-170 UBERLANDIA MG (34) 3292-9900 OPEN AV. DR. NILO PEÇANHA, 1221 - SALA 1602 91330-000 PORTO ALEGRE RS (51) 3378-8700 COINVEST R CEARA, 295 - SOBRE LOJA 1 29101-290 VILA VELHA ES (27) 3299-3539 DANIELA SALIM AV. DIOGENES RIBEIRO DE LIMA, 2811 APTO 73 BL 2 05458-002 SÃO PAULO SP (11) 9525-8743 VCP SEGUROS RUA ALTINO ARANTES 945 - SALA 4 14025-030 RIBEIRÃO PRETO SP (16) 3632-2999 PAULO GATTI RUA MANDURI, 278 01457-020 SÃO PAULO SP (11) 3811-8000 GUSTAVO HAASE RUA PRINCIPE, 217 89160-000 RIO DO SUL SC (47) 3522-6655 REGIA RUA BOA VISTA, 63 – 6º ANDAR - CJ 601 01014-001 SÃO PAULO SP (11) 3105-2171 CEO INVEST AV. GOIÁS, 623 - SALAS 404 A 406 74015-906 GOIÂNIA GO (62) 3941-4245 FERNANDO TOURNIER RUA VIDAL RAMOS, 351 88701-160 TUBARÃO SC (48) 3622-0326 ARANYS RUA COM. MIGUEL CALFAT, 295 - S/L 04537-081 SÃO PAULO SP (11) 3453-2040 TORANZO RUA XAVIER DE TOLEDO, 183 - SALA 61 09010-130 SANTO ANDRE SP (11) 4990-8188 FINACAP AV. AGAMENOM MAGALHÃES, 2656 - LOJA 2 52020-000 RECIFE PE (81) 3241-2939 SERGIO - Ações e Cia Investimentos RUA SANTA CATARINA, 50 - 6º ANDAR SALA 601 86010-470 LONDRINA PR (43) 30295700 G8 INVESTIMENTOS AV.BRIG. FARIA LIMA, 2894 - CJ 42 01451-030 SÃO PAULO SP (11) 3702-6060 FABIO CIASCA RUA ARATÚ, 130 79040-330 CAMPO GRANDE MS (67) 8122-8132 SANKT GALEN RUA PEDROSO ALVARENGA, 755 - 5º ANDAR CONJ 52 04531-011 SÃO PAULO SP (11) 3079-1811 BRAVO INVESTIMENTOS RUA SÃO CRISTÓVÃO NUNES PIRES, 110 6º ANDAR - SALA 603 88010-120 FLORIANÓPOLIS SC (48) 3223-4478 LUSA - LUIZ BASSETO RUA MANDURI, 278 01457-020 SÃO PAULO SP (11) 3811-8000 ATITUDE INVESTIMENTOS RUA LAERCIO MONZANI, 486 13060-533 CAMPINAS SP (19) 3227-5034