LPR 2004 v6_PORT_04.qxp

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LPR 2004 v6_PORT_04.qxp
REL ATÓRIO PL ANETA VIVO
2004
ÍNDICE
Apresentação
1
O Índice Planeta Vivo
2
Espécies Terrestres
4
Espécies de Água Doce
6
Espécies Marinhas
8
Pegada Ecológica
10
Pegada de Alimentos, Fibras e Madeira
12
Pegada da Energia
14
Extracção de Água
16
Eliminação do défice ecológico
18
One Planet Living
20
Pegada Ecológica: Perguntas Frequentes
22
Tabelas
24
O material e as designações geográficas deste relatório não implicam a expressão de qualquer
opinião por parte da WWF em relação ao estatuto legal de qualquer país, território ou área, ou em
relação às suas fronteiras ou limites.
WWF
(Também conhecido como World Wildlife
Fund nos EUA e Canadá) é uma das maiores
e mais experientes organizações de
conservação do mundo, com quase 5
milhões de associados e uma rede global
activa em 90 países. A missão da WWF é
de deter a degradação do ambiente do
planeta e construir um futuro no qual a
humanidade poderá viver em harmonia com
a natureza.
O CENTRO MUNDIAL DE
MONITORIZAÇÃO DA CONSERVAÇÃO
DO PAONU
é a unidade de avaliação da biodiversidade e
implementação de política do Programa do
Ambiente da Organização das Nações
Unidas (PAONU). O PAONU-CMCM fornece
produtos e serviços objectivos e
cientificamente rigorosos que incluem a
avaliação de ecossistemas, apoio para a
implementação de acordos sobre o
ambiente, informação sobre a
biodiversidade local e global, pesquisas
sobre as ameaças ambientais, e o
desenvolvimento de situações futuras.
A REDE GLOBAL DA PEGADA
promove a economia sustentável ao dar a
conhecer a Pegada Ecológica, uma
ferramenta que permite medir a
sustentabilidade. Juntamente com os seus
parceiros, a Rede coordena a pesquisa,
desenvolve normas metodológicas e
fornece quem toma as decisões com bases
robustas de recursos para ajudar a
economia humana a operar dentro dos
limites ecológicos da Terra.
REVISORES
Jonathan Loh1
Mathis Wackernagel2
ÍNDICE PLANETA VIVO:
Jonathan Loh1
Martin Jenkins3
Val Kapos3
Jorgen Randers4
Julio Bernal3
Kevin Smith3
Carmen Lacambra3
Eloise Phipps3
PEGADA ECOLÓGICA:
Mathis Wackernagel2
Daniel Moran2
Steven Goldfinger2
Chad Monfreda5
Sarah Drexler2
Susan Burns2
ELIMINAÇÃO DO DÉFICE ECOLÓGICO E
ONE PLANET LIVING :
Mathis Wackernagel2
Steven Goldfinger2
Daniel Moran2
Jules Peck6
Paul King6
Jonathan Loh1
1. WWF INTERNATIONAL
Avenue du Mont-Blanc
CH-1196 Gland
Switzerland
www.panda.org
2. GLOBAL FOOTPRINT NETWORK
1050 Warfield Avenue
Oakland CA 94610, USA
www.footprintnetwork.org
3. UNEP-WCMC
219 Huntingdon Road
Cambridge CB3 0DL, UK
www.unep-wcmc.org
4. NORWEGIAN SCHOOL OF
MANAGEMENT
Elias Smiths vei 15, Box 580
N-1302 Sandvika, Norway
www.bi.no
5. SAGE
University of Wisconsin
1710 University Avenue
Madison WI 53726, USA
www.sage.wisc.edu
6. WWF-UK
Panda House
Godalming
Surrey GU7 1XR, UK
www.wwf-uk.org
Publicado em Outubro de 2004 pela
WWF-World Wide Fund For Nature
(antiga World Wildlife Fund), Gland,
Suiça.
Qualquer reprodução na totalidade
ou em parte desta publicação
deverá referir o título e creditar a
editora acima mencionada como
detentora dos direitos de autor.
© texto e gráficos 2004 WWF Todos
os direitos reservados
ISBN: 2-88085-265-X
Uma produção BANSON
27 Devonshire Road
Cambridge CB1 2BH, UK
Mapas e diagramas: Tchad Monfreda,
Simon Blyth, David Burles, Helen de Mattos
Paginação: Helen de Mattos
Editora de Produção: Jane Lyons
APRESENTAÇÃO
Nos últimos anos a comunidade global estabelece objectivos claros para
a sustentabilidade e a conservação. Na Cimeira de Desenvolvimento
Sustentável de 2002 os governos adoptaram um plano para reduzir
significativamente a perda da biodiversidade até 2010. Na reunião de 2004
da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica em Kuala
Lumpur, os governos acordaram em estabelecer objectivos nacionais e
regionais para a criação de redes de zonas protegidas, incluindo novos
parques que ajudarão a salvaguardar a biodiversidade. Para além disso, a
totalidade dos 191 estados membros das Nações Unidas deram o seu apoio
aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que não só lidam com as
causas da degradação ambiental - como é o caso dos crescentes níveis de
pobreza - mas também incluem um objectivo especifico sobre a
sustentabilidade ambiental. Foram também desenvolvidos indicadores que
ajudarão a monitorização do progresso dos governos no alcance destes
objectivos até 2015.
Algumas pessoas poderão argumentar que os governos estão a perder
tempo a falar sobre metas e objectivos e deveriam de pôr mãos à obra. Mas
estes compromissos públicos para tratar destes assuntos críticos fornecem
uma grande oportunidade. Pela primeira vez as populações podem
responsabilizar os seus líderes pelo seu êxito ou fracasso no alcance de
objectivos mensuráveis e quantificáveis no que se refere a estes assuntos
criticamente importantes. A WWF e outras organizações não governamentais
vão monitorizar cuidadosamente o seu progresso e, onde possível, contribuir
para alcançar esses objectivos e metas.
Da mesma forma não deixaremos de revelar onde as nações estão a
falhar nestes objectivos e continuaremos a exigir a tão necessária acção.
O Relatório Planeta Vivo 2004 é o quinto de uma série de publicações
Planeta Vivo que exploram o impacto do homem sobre este planeta finito. A
análise focada neste relatório é parte do nosso contributo para medir o
progresso mundial em termos do desenvolvimento sustentável e a
conservação da biodiversidade. Baseia-se em dois indicadores chave.
O primeiro, o Índice Planeta Vivo (LPI), mede tendências gerais em
populações de espécies selvagens espalhadas pelo mundo. Examina a
riqueza natural de espécies de vertebrados através do tempo e, desta forma,
é um indicador do estado do ambiente natural do mundo. O segundo, a
Pegada Ecológica, é uma forma de medir a sustentabilidade ambiental e
mede as exigências passadas e actuais da humanidade sobre os recursos
renováveis do planeta Terra. Nós acreditamos que este dois indicadores
fornecem informação vital sobre o estado dos ecossistemas mundiais e as
pressões que o homem impõe sobre os mesmos. Infelizmente, as notícias
não são boas. O LPI perdeu terreno entre 1970 e 2000, o que representa um
golpe crítico sobre a vitalidade e resistência dos sistemas naturais do mundo.
Durante o mesmo período a Pegada Ecológica da humanidade cresceu ao
ponto de exceder em 20% a capacidade ecológica do mundo. Apesar da
Pegada Ecológica não ser um indicador acordado dos Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio, é no entanto uma referência crucial, porque
mede a pressão total imposta pela humanidade sobre o ambiente global.
Quando se compara a Pegada Ecológica actual com a capacidade dos
ecossistemas, temos que concluir que já não vivemos dentro dos limites
sustentáveis do nosso planeta. Os ecossistemas estão a sofrer , o clima
global está a mudar e se continuarmos por este caminho de consumo
insustentável e exploração, quanto mais difícil será proteger e restaurar a
biodiversidade que permanece. Apoiamos os governos das Nações Unidas no
seus esforços para acordar e medir objectivos e metas mas, uma vez que já
estão acordados, temos agora que redobrar esforços para trabalhar juntos
para os atingir. Os números apresentados neste relatório são uma lembrança
surpreendente que agora é a altura de agir.
Dr Claude Martin
Director Geral, WWF International
Figura 1: Populações de espécies decrescem. O Índice Planeta Vivo mostra
tendências médias nas populações de espécies terrestres, de água doce e espécies
marinhas no mundo inteiro. Perdeu cerca de 40% entre 1970 e 2000.
Figura 2: Exigências Humanas sobre a biosfera estão a subir. A Pegada
Ecológica mede o uso que a pessoas fazem de recursos naturais renováveis. A
pegada ecológica da humanidade é aqui demonstrada em termos de números de
planetas, em que um planeta representa a totalidade de produtividade biológica da
Terra no espaço de um ano. Em 2001, a Pegada Ecológica da humanidade era 2,5
vezes maior que em 1961, e excedia a capacidade biológica do planeta em cerca de
20%. Este excedente esgota o capital natural da Terra e é, portanto, sustentável
apenas durante um período limitado.
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 1
ÍNDICE PL ANETA VIVO
O Índice Planeta Vivo (LPI) é um
indicador do estado da biodiversidade do
mundo: mede as tendências em populações
de vertebrados que vivem em ecossistemas
terrestres, de água doce, e marinhos pelo
mundo fora. A Figura 1 (veja página
anterior) demonstra que o Índice perdeu
cerca de 40 porcento entre 1970 e 2000.
Desde a última edição do Relatório
Planeta Vivo em 2002, o número de séries
cronológicas de populações incluídas no
Índice aumentou, e actualmente inclui
espécies terrestres de outros ecossistemas
que não os florestais: prado, savana,
deserto e tundra.
O Índice actualmente inclui dados sobre
aproximadamente 3.000 tendências
populacionais para mais de 1.100 espécies.
A metodologia de cálculo do Índice
também foi alterada e agora segue uma
2 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
base anual em vez de um ciclo de cinco
anos. No entanto, como existem
relativamente poucos dados de anos
recentes, o Índice não se estende para além
do ano 2000.
O Índice está mais robusto que na suas
versões anteriores mas os resultados
demonstrados mantêm-se consistentes. O
Índice Planeta Vivo é a média de três
índices distintos que medem as alterações
na abundância de 555 espécies terrestres,
323 espécies de água doce e 267 espécies
marinhas pelo mundo fora.
Enquanto o Índice Planeta Vivo perdeu
cerca de 40 porcento entre 1970 e 2000, o
Índice terrestre perdeu cerca de 30
porcento, o Índice de água doce cerca de 50
porcento e o Índice marinho cerca de 30
porcento no mesmo período.
Estas quedas podem-se comparar com a
Pegada Ecológica Global, a qual aumentou
em 70 porcento, e com o aumento da
população em 65 porcento entre 1970 e
2000.
O mapa mostra o que resta das paisagens
em estado selvagem usando como critério a
sua distância de estabelecimentos humanos,
estradas ou outras infra-estruturas.
O Índice toma como um dado adquirido
que o nível de perturbação ou transformação
de paisagens naturais pelos humanos
aumenta com a acessibilidade a partir dos
lugares que os humanos habitam.
Quanto maior a densidade de centros
populacionais ou redes rodoviárias, menor é
o valor de área em estado selvagem.
Figura 3: O Índice de espécies terrestres registou um
decréscimo de cerca de 30 porcento entre 1970 e 2000 em
555 espécies de mamífero, ave e réptil que vivem em
ecossistemas terrestres.
Figura 4: O Índice de espécies de água doce registou
um decréscimo de cerca de 50 porcento entre 1970 e 2000
em 323 espécies de vertebrado encontradas em rios, lagos e
ecossistemas pantanosos.
Figura 5: O Índice de espécies marinhas registou um
decréscimo de cerca de 30 porcento entre 1970 e 2000 em
267 espécies de mamífero, ave, réptil e peixe que se
encontram nos oceanos mundiais e ecossistemas costeiros.
Mapa 1: ZONAS EM ESTADO SELVAGEM REMANESCENTES
Nível alto de zona em estado selvagem
Nível baixo de zona em estado selvagem
O valor de zonas em estado selvagem de qualquer ponto do planeta e à medida da sua
distância dos estabelecimentos humanos, estradas ou outras infra-estruturas.
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 3
ESPÉCIES TERRESTRES
O Índice de espécies terrestres indica que
as populações de espécies terrestres
diminuíram em cerca de 30 porcento entre
1970 e 2000.
Este declínio médio oculta as diferenças
entre as alterações em ecossistemas
temperados e tropicais. A Figura 6 mostra as
tendências médias nas populações de 431
espécies terrestres de climas temperados e
124 espécies tropicais. As espécies de climas
temperados diminuíram em mais de 10
porcento enquanto que as espécies tropicais
diminuíram em cerca de 65 porcento.
As diferenças entre o declínio de zonas
temperadas e os trópicos revelam as
diferenças entre o ritmo de perda de habitats.
De acordo com dados da FAO Organização para Alimentos e Agricultura(Figura 7), a cobertura de florestas tropical
diminuiu cerca de 7 porcento entre 1970 e
4 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
2000, enquanto que a cobertura de floresta
temperado aumentou 1 porcento. A Figura 8
mostra que os índices de espécies de prado,
savana, deserto e tundra diminuíram mais de
60 porcento entre 1970 e 2000.
As populações de espécies que habitam
ecossistemas de pasto tropicais diminuíram
cerca de 80 porcento, enquanto que as
populações de espécies em ecossistemas de
prado temperados diminuíram mais de 10
porcento no mesmo período. O declínio mais
rápido das espécies tropicais não implica que
as mesmas são menos abundantes que as
espécies de zonas temperadas; simplesmente
reflecte as alterações relativas nas suas
populações entre 1970 e 2000. A maior parte
das florestas e prados naturais em zonas
temperadas desapareceram antes de 1970,
enquanto que nos trópicos a perda de
habitats naturais é relativamente recente e é
um fenómeno que ainda perdura.
O declínio agudo das espécies de zonas
de prado é espelhado pelo aumento do factor
zona de prado na Pegada Ecológica. A
pegada de zona de prado mais que duplicou
entre 1970 e 2000 enquanto que a pegada de
floresta aumentou em 30 porcento (ver
página 12).
O mapa mostra exemplos de tendências
em espécies terrestres determinadas e as suas
localizações aproximadas pelo mundo fora.
Os gráficos não indicam forçosamente as
tendências para a população global de cada
espécie, mas em alguns casos representam
tendências de uma população local ou
regional.
Figura 6: As populações de espécies terrestres de
zonas temperadas diminuíram mais de 10 porcento entre
1970 e 2000 enquanto que as espécies tropicais terrestres
diminuíram em 65 porcento.
Figura 7: A cobertura de floresta temperada
aumentou cerca de 1 porcento entre 1990 e 2000,
enquanto que a floresta tropical diminuiu cerca de 7
porcento (FAO 2001).
Figura 8: O Índice de espécies de prado, savana,
deserto e tundra diminuiu mais de 60 porcento entre 1970 e
2000. As populações de espécies de prado em zonas
temperadas registaram um declínio de mais de 10 porcento
enquanto que as populações de espécies de prado tropicais
diminuíram cerca de 80 porcento no mesmo período.
1970
2000
Rangifer tarandus
1970
2000
Branta bernicla
1970
2000
Cuculus canorus
G
1970
2000
Capra
cylindricornis
1970
2000
Junco hyemalis
1970
2000
Geronticus eremita
1970
2000
Panthera tigris
1970
2000
Anser albifrons
1970
2000
Saimiri oerstedii
1970
2000
Gyps bengalensis
1970
2000
Diceros bicornis
1970
2000
Necrosyrtes
monachus
1970
2000
Vicugna vicugna
1970
2000
Trichosurus
vulpecula
Mapa 2: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES TERRESTRES DETERMINADAS
1970-2000
Espécies
Rangifer tarandus
Junco hyemalis
Anser albifrons
Saimiri oerstedii
Vicugna vicugna
Cuculus canorus
Geronticus eremita
Diceros bicornis
Nome comum
Rena
Junco-ardoseiro
Ganso grande de testa branca
Macaco-esquilo-panamiano
Vicunha
Cuco
Ibís calvo
Rinoceronte preto
Localização da população do levantamento
Parque Nacional Denali, Alasca
América do Norte
México
Costa Rica, Panamá
América do Sul
Suécia
Turquia
África
Espécies
Necrosyrtes monachus
Nome comum
Abutre de capuz
Capra cylindricornis
Branta bernicla
Gyps bengalensis
Panthera tigris
Trichosurus vulpecula
Tur do Cáucaso
Ganso de faces negras
Abutre de rabadilha branca
Tigre
Opossum
Localização da população do levantamento
Parques Nacionais Queen Elizabeth e Murchison Falls,
Uganda
Cáucaso Oriental
Sibéria
Parque Nacional Keoladeo, Índia
Índia, todos os estados
Tasmânia
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 5
ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE
O Índice de espécies de água doce
diminuiu em cerca de 50 porcento entre 1970
e 2000, o declínio mais repentino dos três
índices de espécies. A Figura 9 mostra as
tendências médias das populações de 269
espécies de água doce em zonas temperadas e
54 espécies de água doce de zonas tropicais.
Dez mil das 25,000 espécies de peixe
identificadas, ou seja 40 porcento do total
mundial, vivem em água doce. No entanto, a
água doce representa apenas 2,5 porcento da
água mundial, e 99 por cento desta encontra-se
nas calotas de gelo ou subterrânea. Em termos
do seu tamanho em relação à superfície da
terra, os ecossistemas de água doce pântanos, rios e lagos - correspondem a uma
tranche desproporcionalmente grande da
biodiversidade global.
A degradação dos sistemas de água doce é
uma consequência directa da crescente
6 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
procura, da parte dos humanos, de alimentos,
fibras, energia e água. O aumento da procura
da água para a irrigação na Ásia Central desde
os anos 60, na sua maior parte para a cultura
do algodão e do arroz, reduziu e por fim
estancou os caudais dos rios Amu Darya e Syr
Darya que fluíam para o Mar Aral. A área do
mar diminuiu para menos de metade entre
1960 e 2000 enquanto a salinidade aumentou
em quase cinco vezes (Figura 10). O pescado
do Mar Aral entrou em colapso. Apenas 160
das 319 espécies de ave e 32 das mais de 70
espécies de mamífero que habitavam os deltas
dos rios antes de 1960 ainda lá estavam em
2000. O ritmo das extinções de espécies de
peixe de água doce no mundo inteiro excede
em muito o ritmo de extinções de fundo. A
Figura 11 mostra que 91 espécies se
extinguiram no último século, entre as quase
50 espécies de ciclídeos do Lago Vitória.
Muitas das espécies endémicas do Vale do Rift
tornaram-se muita raras ou mesmo extintas em
décadas recentes após a introdução da Perca do
Nilo Lates niloticus no Lago Vitória em 1970
para utilização como alimento. O Lago Vitória
sustentava cerca de 300 espécies de ciclídeos
antes da introdução da perca, que acabou por
ser um predador voraz dos ciclídeos
endémicos.
O mapa mostra exemplares de tendências
em populações de algumas espécies de água
doce, bem como a sua localização aproximada
pelo mundo inteiro. Os gráficos não
representam forçosamente tendências das
populações globais de cada espécie, mas em
alguns casos representa tendências de uma
população local ou regional.
Figura 9: As espécies de água doce de zonas
temperadas diminuíram em cerca de 50 porcento entre
1970 e 2000 enquanto que as espécies de água doce
tropicais diminuíram em cerca de 50 por cento entre 1970 e
1995 (não existem dados suficientes para determinar o
ritmo entre 1995 e 2000).
Figura 10: A área do Mar Aral diminuiu em 60
porcento entre 1960 e 2000 enquanto a sua salinidade
aumentou em 360 porcento (UNEPGRID Arendal 2004).
Figura 11: Noventa e uma espécies de peixe de água
doce constam da lista de espécies extintas na lista vermelha
de 2000 da UICN. Entre estas, dez espécies não podiam ser
atribuídas a um ano específico, portanto o gráfico inclui-as
ao ritmo de uma extinção por cada década do século 20.
(WCMC 1998, UICN 2000).
1970
2000
Actitis hypoleucos
1970
2000
Anas americana
1970
2000
Oncorhynchus
keta
1970
2000
Pandion haliaetus
1970
2000
Lipotes vexillifer
1970
2000
Grus americana
1970
2000
Aythya affinis
1970
2000
Crocodylus
acutus
1970
2000
Podilymbus gigas
1970
2000
Lutra lutra
1970
2000
Platanista
gangetica
1970
2000
Hippopotamus
amphibius
1970
2000
Crocodylus
mindorensis
1970
2000
Crocodylus
novaeguineae
1970
2000
Tachybaptus
rufolavatus
1970
2000
Himantopus
novaezelandiae
Mapa 3: TENDÊNCIAS EM POPULAÇÕES DE ESPÉCIES DE ÁGUA DOCE
1970-2000
Espécies
Oncorhynchus keta
Anas americana
Grus americana
Aythya affinis
Podilymbus gigas
Crocodylus acutus
Pandion haliaetus
Actitis hypoleucos
Nome comum
Salmão-cão
Piadeira americana
Grou branco da América
Zarro bastardo
Mergulhão do lago Atitlan
Crocodilo americano
Águia-pesqueira
Maçarico das rochas
Localização da população do levantamento
Rio Columbia, EUA
EUA e Canadá
Texas, EUA
México
Guatemala
Lago Enriquillo, República Dominicana
Reino Unido
Suécia
Espécies
Hippopotamus amphibius
Tachybaptus rufolavatus
Platanista gangetica
Lipotes vexillifer
Lutra lutra
Crocodylus mindorensis
Crocodylus novaeguineae
Himantopus novaezelandiae
Nome comum
Hipopótamo
Mergulhão pequeno
Golfinho do rio Ganges
Delfim chinês de água doce
Lontra
Crocodilo do mindoro
Crocodilo da Nova Guiné
Pernilongo da Nova Zelândia
Localização da população do levantamento
Uganda
Madagáscar
Rio Ganga, Índia
Rio Yangtze, China
Coreia
Sudoeste Asiático
Papua Nova Guiné
Nova Zelândia
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 7
ESPÉCIES MARINHAS
O Índice de espécies marinhas indica que
267 populações de espécies de mamífero, ave,
réptil, e peixe diminuíram em cerca de 30%
entre 1970 e 2000.
A Figura 12 mostra as tendências médias
das populações de 117 espécies dos Oceanos
Atlântico e Árctico, 105 espécies do Pacífico,
15 espécies do Oceano Índico e 30 espécies do
Mar Austral. As tendências relativamente
estáveis da abundância de espécies no Pacífico
e nos Oceanos Atlântico e Árctico escondem
um paradoxo. As espécies de peixe comerciais
que são referidas para consumo humano, como
o bacalhau e o atum, encontram-se em geral
nos níveis mais altos da cadeia alimentar. Se
as plantas como o fito plâncton e outros
produtores primários fazem parte do 1º nível
trófico, e o zooplâncton e outros animais que
se alimentam deles fazem parte do 2º nível
trófico, então as espécies como o bacalhau e o
8 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
atum encontram-se, mais ou menos, no 4º nível
trófico.
Estima-se que a bio massa destes peixes de
alto nível trófico se tenha diminuído em cerca
de dois terços no Atlântico Norte entre 1950 e
2000. À medida que os predadores principais
foram sistematicamente reduzidos as espécies
em volta do 3º nível tornaram-se mais
abundantes. Para compensar a pesca reduzida
de peixes de alto nível trófico tais como o
bacalhau (Figura 13), as espécies que ocupam
níveis tróficos mais baixos foram focados. A
pesca do bacalhau não só diminuiu como
também diminuiu o tamanho médio do
bacalhau pescado. Devido ao facto dos
bacalhaus menores e mais jovens tenderem a
alimentar-se de níveis mais baixos da cadeia
alimentar do que os peixes adultos, isto
aumenta o efeito paradoxal de redução da
cadeia alimentar através da pesca.
A Figura 14 mostra que o nível trófico
médio das capturas de peixe no Atlântico
Central Oeste e Noroeste caiu de 3,3 em 1970
para 2,9 em 1994, uma queda de cerca de 12
porcento. No Atlântico Nordeste o nível trófico
médio das capturas caiu de 3,5 a 3,4 no mesmo
período. O declínio dos bancos de pesca de
espécies de alto nível trófico é uma
consequência directa da sobrepesca, apoiada
por subsídios que, no Atlântico Norte totalizam
cerca de 2,5 mil milhões de dólares por ano. O
mapa indica a localização de corais de água
quente e corais de água fria, e dá exemplos de
tendências em populações de espécies
marinhas determinadas e a sua localização
aproximada em todo o mundo. Os gráficos não
representam forçosamente tendências das
populações globais de cada espécies, mas
podem indicar tendências numa população
local ou regional.
Figura 12: O Índice de espécies marinhas perdeu
cerca de 30 porcento entre 1970 e 2000. As espécies do
Oceano Índico e do Mar Austral registaram um queda geral,
enquanto que as tendências médias das espécies do
Atlântico e Árctico e espécies do Pacífico mantiveram-se
estáveis.
Figura 13: As capturas de Bacalhau Atlântico (Gadus
morhua) diminuíram em 70 porcento entre 1970 e 2000
(FAO 2004b).
Figura 14: O nível trófico médio da capturas de peixe
no Atlântico Central Oeste e Noroeste diminuiu cerca de 12
porcento e no Atlântico Nordeste diminuiu 3 porcento entre
1970 e 1994 (Pauly et al. 1998).
Mapa 4: DISTRIBUIÇÃO DE CORAIS E TENDÊNCIAS DE POPULAÇÕES MARINHAS DETERMINADAS
Corais de água quente
Espécies
Gadus macrocephalus
Monachus schauinslandi
Chelonia mydas
Enhydra lutris
Pelecanus occidentalis
Macronectes giganteus
Mirounga leonina
Gadus morhua
Corais de água fria
A representação gráfica nesta escala exagera as verdadeiras áreas de recife.
1970-2000
Nome comum
Bacalhau Pacífico
Foca monge do Havai
Tartaruga verde
Lontra marinha
Pelicano castanho
Ossígrafo
Elefante marinho meridional
Bacalhau Atlântico
Localização da população do levantamento
Ilhas Aleutas, Mar de Bering
Havai
East Island, Havai
Costa da Califórnia, EUA
América do Norte
Bird Island, Geórgia do Sul
Geórgia do Sul
Mar do Norte
Espécies
Clupea harengus
Monachus monachus
Dugong dugon
Sousa chinensis
Diomedea exulans
Chelonia mydas
Eudyptes pachyrhynchus
Nome comum
Arenque
Foca monge
Dugongue
Golfinho de bossa do Indo-Pacífico
Albatroz viageiro
Tartaruga verde
Pinguim da Nova Zelândia
Localização da população do levantamento
Mar da Noruega
Mar Mediterrânico
Emirados Árabes Unidos
Emirados Árabes Unidos
Possession Island, Ilhas Crozet
Turtle Islands, Sabah
Sul da Nova Zelândia
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 9
PEGADA ECOLÓGICA
A Pegada Ecológica mede o consumo dos
recursos naturais pelas pessoas. A pegada
pode ser comparada com a capacidade da
natureza para renovar estes recursos. A
pegada de cada país é a área total necessária
para produzir os alimentos e as fibras que
consome, absorver os resíduos que produz
com o consumo de energia, e fornecer espaço
para as suas infra-estruturas.
As pessoas consomem recursos e serviços
ecológicos de todo o mundo, portanto a sua
pegada e um soma de todas estas áreas, sejam
onde forem no planeta. A Pegada Ecológica
global era de 13,5 mil milhões de hectares
10 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
globais em 2001, ou 2.2 hectares globais por
pessoa (um hectare global é um hectare cuja
produtividade biológica é igual à média
global). Estas exigências sobre a natureza
podem-se comparar com a capacidade
biológica da Terra, baseada na sua área
biologicamente produtiva - aproximadamente
11,3 mil milhões de hectares globais, o que
representa um quarto da superfície da Terra.
A área produtiva da biosfera traduz-se
numa média de 1,8 hectares globais por
pessoa em 2001. A Pegada Ecológica global
altera-se com o tamanho da população,
consumo médio por pessoa, e eficiência dos
recursos. A capacidade biológica da Terra
altera-se consoante o tamanho da área de
produtividade biológica e a sua produtividade
média. Em 2001 a Pegada Ecológica da
humanidade excedia a capacidade biológica
global em 0,4 hectares por cada pessoa, ou
seja em 21 porcento. Este excedente iniciou-se nos anos 80 e tem crescido desde então
(ver Figura 2). Para todos os efeitos o
excedente representa o desgaste do capital
natural a um ritmo mais rápido do que a sua
capacidade regenerativa. Este excedente
poderá vir a reduzir a capacidade biológica
permanentemente
Figura 15: A Pegada Ecológica por pessoa para países
com uma população de mais de 1 milhão.
Figura 16: A Pegada Ecológica da humanidade
aumentou 160 porcento entre 1961 e 2001, um tanto mais
rápido que a população que se duplicou no mesmo período.
Figura 17: Pegada Ecológica por região em 2001.
A altura de cada barra é proporcional à pegada média de
cada região por pessoa, a largura da barra é proporcional à
Pegada Ecológica total da região.
Mapa 5: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA INTENSIDADE DA
PEGADA ECOLÓGICA
O mapa de intensidade da Pegada Ecológica mostra como é
distribuído o consumo de recursos no mundo. A intensidade
aumenta com a densidade populacional, maior consumo per
capita, ou menor eficiência de recursos.
Hectares globais utilizados por quilómetro quadrado
da superfície da Terra, 2001
mais de 1 000
500 – 1 000
100 – 500
10 – 100
1 – 10
menos de 1
dados insuficientes
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 11
PEGADA DE ALIMENTOS, FIBRAS E MADEIRA
A pegada de alimentos, fibras e madeira
de um determinado país inclui a área precisa
para manter o consumo da população
humana de: a) zona de cultivo, que fornece
plantas para alimento, rações de animais,
fibras e óleos; b) prados e pastos, que
alimentam o gado para carne, peles, lã e
leite; c) zona de pesca, para a produção de
peixe e produtos do marisco; e d) áreas de
floresta, que fornecem madeira, fibras de
madeira, e pasta. (As florestas para bio
massa (lenha e carvão vegetal) e absorção de
dióxido carbónico (CO2) constam da pegada
energética.). A alteração de produtos e
12 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
serviços dos ecossistemas pode alterar o
tamanho destas áreas. Por exemplo, as florestas
tropicais estão-se a converter em zona de
cultivo e zonas de prado. No Sudeste Asiático,
América Latina e em África as plantações estão
a substituir as florestas naturais para
fornecimento da crescente procura pelo óleo de
palma para a margarina, doces, sabonetes e
loções. Em outras partes, as zonas de cultivo
irrigadas estão-se a tornar pouco produtivas
devido às faltas de água ou salinidade. A
pegada de alimentos, fibras e madeira de um
Norte Americano médio em 2001 era de 3,0
hectares globais, mais do que o triplo da média
global, enquanto que a pegada de alimentos,
fibras e madeira de um Africano ou Asiático
era de menos que 0,7 hectares globais. A
procura de produtos de origem animal está a
crescer de uma forma particularmente rápida,
como se verifica pelo aumento de zonas de
prado. Uma percentagem significativa de
plantas de cultivo também é usada para fazer
rações para gado, o que leva a uma perda de
calorias dos alimentos - um quilo de carne de
porco de porcos alimentados à base de rações
vegetais tem no mínimo quatro vezes a pegada
de um quilo do grão em si.
Figura 18. A pegada de alimentos, fibras e madeira
(indicando zona de cultivo, área de floresta, zona de prado, e
zona de pesca) por pessoa, por país, 2001. Repare que a
linha da média global mostra a média do que é consumido e
não um nível sustentável.
Figura 19. A pegada de alimentos, fibras e madeira
da humanidade cresceu 42 porcento entre 1961 e 200, com
as maiores taxas de crescimento registadas em zonas de
pesca (98 porcento) e zonas de prado (186 porcento).
Figura 20. Cada barra regional mostra a pegada
regional e por pessoa, e a sua área representa a pegada de
alimento, fibras e madeira total para aquela região.
Mapa 6: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA INTENSIDADE DA
PEGADA DE ALIMENTOS, FIBRAS E MADEIRA
O mapa de intensidade da pegada de alimentos, fibras e madeira
mostra como é distribuído o consumo de recursos pelo mundo. A
intensidade aumenta com maiores densidades populacionais, maior
consumo per capita ou menor eficiência de recursos.
Hectares globais utilizados por quilómetro quadrado
da superfície da Terra, 2001
mais de 1 000
500 – 1 000
100 – 500
10 – 100
1 – 10
menos de 1
dados insuficientes
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 13
PEGADA ENERGÉTICA
A pegada energética de um determinado
país é calculada aqui como sendo a área
precisa para fornecer, ou absorver resíduos de
combustíveis fosseis (carvão, petróleo e gás
natural), bio massa (lenha e carvão vegetal),
energia nuclear, e hidráulica.
A pegada de combustíveis fósseis é aqui
calculada como sendo a área precisa para
absorver o CO2 eliminado ao se queimar
combustíveis como o carvão, petróleo e gás
natural, menos a quantia absorvida pelos
oceanos. Outros métodos de cálculo são
discutidos na página 22. A pegada de bio
massa (lenha e carvão vegetal) é a área de
14 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
floresta precisa para a produzir. A energia
nuclear, a qual representa cerca de 4 porcento
da utilização global de energia, não gera CO2.
A sua pegada é calculada como sendo a área
necessária para absorver o CO2 emitido ao
utilizar uma quantia equivalente de
combustíveis fósseis.
A pegada de energia hidráulica é a área
ocupada pelas barragens e as suas lagunas.
Nem a energia solar nem a energia eólica
foram incluídas; a sua pegada actual é mínima,
e a maior parte dos colectores solares estão
localizados em zonas urbanizadas, pelo que já
estão contabilizados. As pegadas energéticas
nacionais são ajustadas para incluir a energia
que os bens importados e exportados contêem.
A energia utilizada na transformação de um
produto num dado país que é posteriormente
consumido noutro é subtraída da pegada do
produtor e adicionada à pegada do consumidor.
A pegada energética mostra a maior
disparidade por pessoa entre países de
rendimento alto/médio e países de baixo
rendimento. Isto explica-se parcialmente pelo
facto das pessoas conseguirem consumir apenas
um nível finito de alimentos, enquanto que o
consumo de energia está limitado apenas à
capacidade de pagar pelo seu uso.
Figura 21: Pegada energética nacional por pessoa,
indicando as componentes de combustíveis fósseis, bio massa
(lenha e carvão vegetal), nuclear, e hidráulica em 2001. Repare
que a linha da média global mostra a média do que é consumido e
não um nível sustentável.
Figura 22: A pegada energética, que é dominada pelos
combustíveis fósseis, foi a componente da Pegada ecológica que
mais cresceu entre 1961 e 2001, aumentando quase 700
porcento ao longo deste período. Embora a quantia de energia
hidráulica seja agora equivalente à energia nuclear, a sua pegada
é demasiado pequena para ser representada neste gráfico.
Figura 23: A pegada energética por pessoa em 2001
mostram uma diferença de 14 vezes entre países de alto e países
de baixo rendimento.
Mapa 7: DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE INTENSIDADE
DA PEGADA ENERGÉTICA
O mapa de intensidade da pegada energética mostra como está
distribuído o consumo de recursos pelo mundo. A intensidade
aumenta com a densidade populacional, maior consumo per
capita, ou menor eficiência de recursos.
Hectares globais utilizados por quilómetro
quadrado da superfície da Terra, 2001
mais de 1 000
500 – 1 000
100 – 500
10 – 100
1 – 10
menos de 1
dados insuficientes
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 15
CAPTAÇÕES DE ÁGUA
Menos de 1 porcento da água doce do
mundo encontra-se disponível em forma de
recurso renovável.
O resto está congelado nas calotas de
gelo, a grande profundidade na forma de
reservas subterrâneas fósseis, ou não se tem
acesso a ela por razões geográficas. Estima-se
que mais de metade do que está disponível é
usado pelos humanos.
A Figura 24 mostra as captações de água
por pessoa, a quantidade de água anualmente
removida de recursos como lagos, rios,
albufeiras ou de reservas subterrâneas.
Normalmente a água não é usada da mesma
16 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
forma que os alimentos ou a energia, porque
pode ser devolvida depois de utilizada
embora com a sua qualidade reduzida.
Desta forma as captações de água são
medidas em substituição da quantidade total
utilizada. O mapa mostra as captações de
água na forma da percentagem dos recursos
aquáticos renováveis anuais em 2001. Se as
captações excederem um determinado limite,
que varia consoante a situação ecológica
mas a qual os peritos fixam entre 20 e 40
porcento, os ecossistemas naturais ficam
pressionados. Muitos países já excedem este
nível, e alguns captam mais de 100 porcento
dos seus recursos anuais renováveis. Isto só
é possível ao captar reservas de água fósseis
de aquíferos subterrâneos, um recurso que
pode ser usado apenas uma vez.
As consequências da sobre-utilização
evidenciam-se em rios como o Nilo,
Amarelo e Colorado, que são tantas vezes
reduzidos pelas captações para irrigação que
em períodos de seca não desaguam para o
mar. Os pântanos e massa de água interiores
estão-se a secar e os aquíferos estão-se a
esgotar mais rapidamente do que são
renovados.
Figura 24: Captações de água doce por pessoa em 2001,
indicando a utilização na agricultura, na indústria, e uso
doméstico (Gleick 2004).
Figura 25: Utilização global de água entre 1961e 2001, um
crescimento médio anual de 1,7 porcento. A utilização para a
agricultura aumentou 75%, mais do que duplicou na indústria, e
o uso doméstico aumento em mais de quatro vezes.
Figura 26: A média global da utilização de água foi de 650
metros cúbicos por pessoa em 2001, variando entre cerca de
1.900 metros cúbicos anuais por pessoa na América do Norte e
cerca de 250 metros cúbicos por pessoa em África. Os países
com rendimento alto usam cerca de 1.000 metros cúbicos por
pessoa, o dobro da quantidade usada em média pelos países de
rendimento médio e baixo.
Mapa 8: CAPTAÇÕES DE ÁGUA POR PAÍS
Em termos de percentagem de recursos disponíveis, 2001
mais de 100%
40 – 100%
20 – 40%
10 – 20%
1 – 10%
menos de 1%
dados insuficientes
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 17
A E L I M I N A Ç Ã O D O PA S S I VO E C O L Ó G I C O
A Pegada Ecológica documenta as
exigências passadas e presentes da humanidade
sobre a natureza. Pode também ajudar na
identificação de consequências futuras das
opções actuais das sociedades no caso das
projecções actuais sobre as tecnologias futuras,
a população, níveis de consumo e a
produtividade biológica são comunicadas de
forma clara. Esta secção explora quatro dos
possíveis caminhos para o futuro.
O cenário de referência baseia-se num
caminho de crescimento lento da procura dos
recursos naturais, fundado nas estimativas
conservadoras de algumas agências
internacionais. Este caminho baseia-se também
num crescimento demográfico moderado que
leva a uma população de 9 mil milhões até
2050 (Figura 27) (UNDESA 2003), aumentos
relativamente lentos de emissões de CO2
(Figura 28) (IPCC 2000b), e a manutenção das
tendências actuais no consumo de alimentos e
fibras (Figura 29) (Bruinsma/FAO 2003).
Baseia-se na hipótese que as melhorias no que
18 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
se refere à tecnologia irão aumentar lentamente
a bio produtividade global a um ritmo parecido
ao que se registou na última década. Neste
cenário, a humanidade estará a utilizar uma
capacidade biológica equivalente a três
planetas Terra em 2050.
Este cenário de "crescimento lento"
contrasta-se com três possíveis caminhos que
voltariam a ver a humanidade a viver dentro
dos limites da bio capacidade do planeta
(Figura 30). Todos estes caminhos atribuem
uma parte da bio capacidade às espécies
selvagens, de forma a preservar a
biodiversidade. Isto não implica que qualquer
destes caminhos se torne politicamente viável;
os caminhos são meras possibilidades.
O primeiro caminho indica uma redução da
Pegada Ecológica da humanidade até 2030 para
50 porcento da bio capacidade do planeta, o
nível sugerido pelo biólogo E O Wilson (2002).
Um segundo caminho indica um redução par
67 porcento da bio capacidade em meados do
século. O terceiro caminho mostra a
humanidade a reduzir as suas exigências sobre
os serviços ecológicas para 88 porcento da
capacidade biológica do planeta no final do
século. Isto reflecte a sugestão da Comissão
Brundtland (WCED 1987) que os restantes 12
porcento fiquem preservados para as espécies
selvagens.
Passivo ecológico
Os caminhos diferem quanto ao excedente
das exigências humanas sobre a bio capacidade
do planeta, e o número de anos durante os
quais esse excedente continuará. Para cada um,
a soma dos défices globais anuais dá-nos uma
forma de medir o passivo ecológico
acumulado. Na Figura 30 este passivo
compreende a área acima da linha de "um
único planeta" e abaixo da curva da Pegada
Ecológica para cada caminho hipotético.
O défice ecológico em planetas-ano, onde
1 planeta-ano equivale à capacidade biológica
da Terra durante 1 ano.
Entre 1983 e 2001, a humanidade
acumulou 1,5 planetas-ano de défice
ecológico. No cenário de "crescimento lento"
este défice aumenta para mais de 40 planetasano até 2050 e depois continua a acumular. O
caminho dos 50 porcento resulta num défice
total de 3,5 planetas-ano, o caminho de 67
porcento em 6 planetas-ano, e o caminho dos
88 porcento em 20 planetas-ano (Figura 31).
Activos ecológicos
Um tipo de capital financeiro pode muito
facilmente ser trocado por outro desde que se
chegue a um valor monetário correspondente.
Os activos ecológicos são menos
intercambiáveis. A sobre-utilização de um
determinado tipo de activo ecológico, como os
bancos de pesca por exemplo, nem sempre
pode ser compensado por uma utilização
menos intensa de outro, como as florestas. No
entanto, estes tipos de activo não existem
independentemente um do outro: se as zonas
de cultivo expandem à custa das florestas,
haverá menos árvores para fornecimento de
madeira, papel, e combustível, ou para
absorver CO2. Se os bancos de pesca entram
em colapso as zonas de cultivo poderiam ficar
sobre maior pressão para alimentar o gado e os
seres humanos. Desta forma os activos
ecológicos, embora não sejam homogéneos,
podem ser considerados como um todo quando
se está calcular a tolerância da biosfera em
relação ao excedente.
Avaliação de risco
As florestas são ecossistemas produtivos
com um stock de bio massa grande. Todos os
anos as florestas produtivas jovens acumulam
cerca de 2 porcento da bio massa das florestas
maduras, tornado os activos ecológicos de
uma floresta madura equivalentes a 50 anos de
produção. Se a capacidade biológica total do
planeta fosse floresta, o esgotamento máximo
de uma só vez seria equivalente a 50 planetasano. No entanto, a maior parte dos tipos de
eco-sistema têem menos stock disponível que
as florestas e são esgotados mais rapidamente
se forem sobre-utilizados. Para além disso, a
ideia dos activos ecológicos serem
completamente intercambiáveis subestima a
severidade do excedente, devido ao facto da
sobre-utilização de um tipo potencialmente
levar ao esgotamento e degradação desse
determinado activo, mesmo se a procura total
não indica um excedente global. Podem ainda
ser causados danos irreversíveis aos
ecossistemas e serviços de ecossistemas
devido à perda de ecossistemas.
Um passivo de 50 planetas-ano podem
desta forma ser uma estimativa muito alta
daquilo que a biosfera poderá tolerar. Esta
comparação ajuda-nos a interpretar o risco
associado com cada um dos quatro caminhos
hipotéticos. O caminho dos 50 porcento, por
exemplo, é economicamente arriscado devido
ao facto de necessitar grandes investimentos
agora, mas ecologicamente é o menos
arriscado, porque minimiza o passivo
ecológico. Por outro lado o caminho dos 88
porcento requer um investimento inicial
menor, mas corre o risco de comprometer
seriamente a capacidade de biosfera em
preencher as exigências da humanidade.
Figura 27: De acordo com a projecção média da ONU a
população mundial atingirá os 9 mil milhões até 2050, um aumento
de 47 porcento entre 2000 e 2050.
Figura 28: Dentro de um cenário de baixas emissões do IPCC
Reduzir e partilhar
Para se eliminar o excedente ecológico e
manter a biodiversidade, a procura de recursos
por parte dos seres humanos terá que ser
reduzida ao ponto de não exceder a oferta. A
Figura 32 mostra a Pegada Ecológica de cada
região em 1961,2001 e, de acordo com a
projecção dos 67 porcento, em 2050. São
dadas duas alternativas para 2050, uma na
qual cada região utiliza dois terços da
capacidade biológica disponível no seu
território, e outra em que o acesso à
capacidade biológica global é distribuída pelas
regiões em proporção à população de cada
região. Nenhuma das duas é necessariamente a
estratégia correcta, mas ambas representam
opções para partilhar a bio capacidade de uma
forma sustentável.
as emissões de carbono irão aumentar até aos 11,7 milhões de
toneladas até 2050, um aumento de 70 porcento em relação a 2000.
Figura 29: As projecções da FAO indicam um crescimento de
104 porcento no consumo de carne, peixe e marisco entre 2000 e
2050, enquanto que se prevê que o consumo de cereais cresça 71
porcento e o consumo global de produtos florestais registe um
aumento de 87 porcento.
Figura 30: Quatro possíveis caminho para o futuro: um
cenário de "crescimento lento" baseado nas projecções
conservadoras de agências internacionais, e três caminhos para viver
dentro das capacidades biológicas do planeta.
Figura 31: O passivo ecológico é o resultado de défices
globais acumulados. Continuará a aumentar a menos que a pegada
ecológica seja menor que a bio capacidade mundial.
Figura 32: Pegadas para cada região em 1961, 2001, e 2050
baseado no caminho dos 67%, aceitando um futuro em que a pegada
de cada região é proporcional a) à sua bio capacidade ou b) à sua
população.
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 19
ONE PLANET LIVING
O passivo global ecológico continuará a
aumentar desde que a Pegada Ecológica exceda
a bio capacidade. O risco para a humanidade, e
a biodiversidade que daí resulta, só poderá ser
eliminado ao reduzir e eventualmente eliminar
o passivo - vivendo dentro da capacidade de
um único planeta. Para ter êxito, este tipo de
vivência de planeta único tem que ser
económico e atraente para pessoas de
variadíssimas origens culturais, que vivem em
diferentes zonas do mundo.
O passivo ecológico é constituído por quatro
factores; portanto a redução do passivo requer
políticas e actividades que levam:
1. Ao aumento de bio capacidade ao proteger, conservar e
restaurar os ecossistemas e a biodiversidade, para manter a
produtividade biológica e serviços ecológicos.
2. À redução da população mundial.
3. À redução do consumo per capita de bens e serviços.
4. Melhoria da eficiência de uso dos recursos a partir dos
quais são produzidos os bens e serviços.
O aumento da bio capacidade impulsiona a
robustez do sistema de suporte vital do
planeta. Em termos práticos, isto requer o
estabelecimento e manutenção de redes de
zonas protegidas que cobrem todos os
ecossistemas terrestres, de água doce, e
O QUE É O ONE PLANET LIVING?
marinhos, a requalificação de ecossistemas
degradados de forma a se poderem adaptar às
alterações climatéricas. Requer a protecção
dos solos da erosão e degradação, e a
preservação de zonas de cultivo existentes em
vez do desenvolvimento urbano e industrial.
Inclui a protecção das bacias fluviais,
pântanos e ecossistemas de bacias vertentes
para manter o fornecimento de água doce. E
implica a eliminação do uso de químicos
tóxicos que degradam os ecossistemas. O
crescimento da população pode ser reduzido e
até invertido ao dar apoio equitativo e
respeitoso às pessoas que optam por ter
menos filhos. Três abordagens provadas são
as de dar mais oportunidades de educação,
Como funciona o BedZED
A parceria entre o BioRegional Development Group e a WWF, One Planet Living (Vivência Planeta Único) é uma
iniciativa baseada na experiência do projecto Beddington Zero fossil Energy Development (BedZED). O BedZED é um
espaço de habitação e trabalho sustentável em Londres. As suas habitações e escritórios são altamente eficientes
em consumos energéticos: o complexo consome 90 porcento menos energia para aquecimento que uma habitação
média no Reino Unido e menos de metade da água, e foi concebido de forma a que toda a energia consumida seja
gerada de forma renovável. Os materiais de construção provêm de fontes locais, recicladas, ou de fontes bem
geridas. E, embora seja um projecto compacto, os residentes têm jardins privativos e jardins de Inverno. Os
residentes vêm o BedZed como um lugar agradável para viver, o que contradiz a presunção de que uma menor
pegada ecológica forçosamente se traduzirá numa menor qualidade de vida.
Ventilação eólica com
recuperação de calor
Painéis fotovoltaicos
para carregar carros
eléctricos
Armazenamento
das águas da chuva
Sistema de
informática
O conceito One Planet Living tem o objectivo de demonstrar como é possível tornar o desafio de viver dentro das
capacidades do nosso planeta viável, económico e atractivo. Isto é relevante para todas as actividades humanas,
desde a gestão de recursos naturais à agricultura sustentável, floresta ou pesca sustentável, produção industrial sem
emissão de carbono, áreas protegidas e desenvolvimento urbano. Um dos objectivos é de estabelecer comunidades
One Planet Living em todos os continentes até 2009, com projectos planeados ou já iniciados em Portugal, o Reino
Unido, África do Sul, América do Norte e China (ver www.bioregional.com).
económicas e de saúde às mulheres.
O potencial para a redução de consumo
per capita depende em muito do nível de
rendimento. As pessoas que consomem a um
nível de subsistência têm pouca margem de
manobra para reduzirem o seu uso de
recursos, enquanto que aqueles que vivem
em cidades e países ricos podem facilmente
reduzir a sua pegada sem comprometer a sua
qualidade de vida. No passado, a forma mais
politicamente aceitável de minimizar a
Pegada Ecológica foi a de tornar mais
eficientes os sistemas de produção que
convertem a energia e recursos em bens e
serviços. Nos últimos 40 anos, o
desenvolvimento tecnológico ajudou em
sanita que
poupa água
Tratamento de
águas residuais
Fossa
depósito de
água da
chuva
Iluminação e
electrodomésticos de
baixos consumos
electricidade
água quente
20 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Sistema de bio
massa
combinado de
aquecimento e
energia
Fonte: ARUP
muito a compensar o aumento do consumo
per capita, mantendo a Pegada Ecológica por
pessoa relativamente constante.
•
1. Melhorar a informação para a tomada de
decisões ao:
• Fornecer melhor qualidade e mais quantidade de
informação aos meios de comunicação. Os Governos e
as empresas não irão receber as indicações
apropriadas dos cidadãos e consumidores sem que o
público esteja bem informado.
• Apresentar informação responsável e correcta sobre
os produtos de forma a que os consumidores não
sejam enganados pela publicidade.
• Estimular o uso alargado de relatórios empresariais
sobre o ambiente para mostrar quais as empresas que
se estão a esforçar para se tornarem sustentáveis, e a
forma como o estão a fazer.
• Apoiar campanhas de informação pública e educação
sobre os desafios e oportunidades da sustentabilidade
tratando de temas como as alterações climatéricas, as
florestas e os bancos de pesca.
• Pedir aos governos para medirem e relatarem
indicadores mais abrangentes sobre o desempenho
social, económico, e ecológico para complementar os
indicadores económicos existentes como o PIB,
défice da balança corrente, e taxa de inflação.
• Estimular o custeamento total de todos os bens e
serviços desde a energia à água.
3. Utilizar os mercados e a regulamentação ao:
• Incentivar os mercados financeiros a preferirem a
sustentabilidade de longo prazo aos ganhos de curto
prazo. Os fundos de pensões e as seguradoras têm
nomeadamente oportunidades para investir de forma
ecologicamente responsável e abandonar os seus
interesses em actividades insustentáveis.
• Permitir que os governos ajustem o regime dos
mercados e criem incentivos fiscais para que as
pessoas se tornem menos dependentes nos recursos
e minimizem a produção de resíduos.
• Criar incentivos para a promoção de energias
renováveis e tecnologias de eficiência energética.
2. Avançar o design dos produtos e infraestruturas urbanas ao:
• Fazer com que o custo dos transportes reflicta todos
os custos sociais e ambientais de transportes
rodoviários e aéreos, e estimular o uso de transportes
públicos.
• Implementar sistemas abrangentes de redução de
resíduos que incluem a reutilização de recursos
municipais e a reciclagem, e dão prioridade à
prevenção da libertação de substâncias perigosas.
Introduzir requisitos de design de prédios que levam a
redução da produção de resíduos e utilização de
energia.
4. Aumentar a cooperação internacional ao:
• Pressionar os governos a alterar a sua perspectiva de
interesses nacionais de curto prazo para uma
perspectiva global de interesses comuns. Numa
economia global os governos raramente agem de
forma unilateral sobre assuntos como as alterações
climatéricas, a bio diversidade, ou a gestão dos
oceanos. As convenções internacionais e os tratados
estimulam o desenvolver de soluções equitativas para
os desafios da sustentabilidade.
Embora os ganhos de eficiência sejam
importantes e representam uma grande
oportunidade (Pacala e Socolow 2004), não
serão o suficiente para inverter o
crescimento actual da Pegada Ecológica.
As seguintes acções ajudaram a criar
uma sociedade onde todas as pessoas vivem
bem, dentro das capacidades de um único
planeta.
Globalmente, o One Planet Living é
possível, e compatível com uma vida com
ACÇÃO INOVADORA
Existem muitas formas em que grupos de líderes de negócios, membros de governos, e da sociedade civil podem
desenvolver modelos inovadores para enfrentar o desafio de viver dentro das capacidades de um único planeta. Estas
pessoas têm o poder de trazer o desenvolvimento sustentável ao centro das atenções. Um exemplo o do sector da energia.
Podiam-se reduzir significativamente as emissões de CO2 ao mudar os sistemas para energia renovável ou a redução da
procura através de medidas básicas de eficiência energética. Estas alternativas poderiam tornar-se rapidamente atraentes
se o preço da energia gerado através dos combustíveis fósseis reflectisse os seus custos totais.
Individual …se os consumidores comprassem energia renovável onde ela existisse, isto estimularia as
produtoras a produzir mais energia limpa.
Empresarial …se as produtoras pagassem o custo verdadeiro do carvão isto incentivava-as a
mudar para fontes energéticas menos carbono-intensivas
Governamental …os governos deveriam incentivar a construção de centrais mais
limpas ao impor restrições rígidas nos sistemas de compra e venda de direitos de
emissões de carbono
Internacional …para ter a certeza que estes sistemas de negociação
perversos não aparecem em países diferentes, os acordos internacionais,
como o Protocolo de Quioto, devem ser implementados e os acordos após
2012 devem incluir um sistema equitativo de restrições e negociações.
significado e recompensadora para todos.
Os altos níveis de consumo de materiais
e energias não são necessários para sustentar
uma qualidade de vida decente. Conforme
sugerem Meadows et al. (2004) em Limits
to Growth: The 30-Year Update: "Nós não
achamos que uma sociedade sustentável
tenha que estar estagnada, chata, uniforme
ou rígida. Não tem que ser, e provavelmente
não poderia ser, controlada centralmente ou
autoritária. Poderia ser um mundo que tem
tempo, recursos, e vontade de corrigir os
seus erros, inovar, preservar a fertilidade dos
ecossistemas do planeta. Poderia focar na
melhoria de qualidade de vida de forma
comedida em vez do aumento descomedido
do consumo…".
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 21
PEGADA ECOLÓGICA:
O que é incluído na Pegada Ecológica?
O que é excluído?
Para prevenir que as exigências humanas
sobre a natureza, sejam exageradas, a Pegada
Ecológica inclui apenas os aspectos de consumo
de recursos e produção de resíduos que são
potencialmente sustentáveis, e para os quais
existem dados que permitem que esta procura
seja traduzida em termos da área precisa.
Como a natureza não tem uma capacidade
absorção de metais pesados, materiais
radioactivos como o plutónio ou compostos
sintéticos persistentes (e.g. clorodana, PCBs,
CFCs, PVCs, dioxinas), a sustentabilidade
necessita que a emissão para a biosfera de tais
substâncias seja eliminada. Igualmente, os
impactos de muitos fluxos de resíduos estão mal
contabilizados nas contas da Pegada Ecológica.
Por exemplo, dados fiáveis sobre a redução de
capacidade biológica devido à chuva ácida ainda
não estão disponíveis, portanto não se incluem
nas contas.
A água consta das contas da Pegada
Ecológica apenas de forma indirecta. A sobre-utilização da água doce afectam o crescimento
presente e futuro das plantas, o que se reflecte
em alterações de bio capacidade. Para além
disso, a Pegada Ecológica inclui a energia
necessária para fornecer e tratar a água, e a área
ocupada pelas albufeiras e barragens.
As contas da Pegada Ecológica retratam a
procura de recursos passada e a sua
disponibilidade, não prevêem o futuro. Portanto,
a Pegada Ecológica não estima perdas futuras
causadas pela actual degradação dos
ecossistemas, sejam elas a salinidade ou perda
dos solos, ou a destruição dos bancos de pesca.
Estes impactos serão, no entanto, contabilizados
na Pegada Ecológica futura como uma perda de
bio capacidade.
As contas da pegada também não indicam a
intensidade com que cada zona biologicamente
produtiva estar a ser utilizada. A intensidade
22 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
P E R G U N TA S F R E Q U E N T E S
pode levar à degradação, mas nem sempre. Por
exemplo, na China o rendimento da cultura do
arroz mantiveram-se estáveis durante milhares
de anos.
Embora a Pegada Ecológica reflicta as
exigências globais sobre a biosfera, não
especifica pressões específicas sobre a
biodiversidade. É apenas um resumo do risco
que a biodiversidade enfrenta. Por último, a
Pegada Ecológica não avalia a dimensão social e
económica da sustentabilidade.
Como é contabilizado o uso de combustíveis
fósseis?
A Pegada Ecológica mede as exigências
impostas pela humanidade sobre a natureza.
Embora os combustíveis fósseis como o carvão,
o petróleo e o gás natural sejam extraídos da
crosta terrestre e não são regenerados dentro das
escalas temporais humanas, a sua utilização
necessita de serviços ecológicos. A queima deste
combustíveis exerce pressão sobre a biosfera
devido à acumulação de CO2 na atmosfera, o
que contribui para o aquecimento global.
A Pegada Ecológica inclui a bio capacidade
necessária para absorver este CO2, menos a
quantia absorvida pelos oceanos. Um hectare
global consegue absorver o CO2 emitido ao
consumir 1.450 litros de gasolina por ano. A
pegada de combustíveis fósseis não sugere que a
absorção do carbono seja a solução para o
problema do aquecimento global. Na verdade
aponta para a falta de capacidade ecológica para
lidar com um excesso de CO2, e sublinha a
importância de redução das emissões de CO2. A
taxa de absorção usada nos cálculos da Pegada
Ecológica baseia-se numa estimativa da quantia
de emissões de carbono de origem humana que
as florestas mundiais conseguem remover da
atmosfera. Esta taxa aproxima-se do zero à
medida que as florestas amadurecem, portanto a
absorção é limitada pelo tempo.
Portanto os "créditos" carbónicos das
florestas podem ser ilusórios porque não
removem o carbono da atmosfera
permanentemente e apenas adiam a emissão do
carbono contido nos combustíveis fósseis para a
atmosfera.
A eficiência energética poderá ser a forma
mais economicamente viável para reduzir a
pegada energética. Do lado do fornecimento, as
tecnologias de energia renovável como a bio
massa, energia solar térmica e fotovoltaica,
eólica, hidráulica, oceânica térmica, geotérmica
e energia das marés também têm o potencial de
reduzir significativamente o tamanho da pegada
energética. Exceptuando a lenha e a
hidroelectricidade (que estão quase no ponto de
saturação em países industrializados), as
energias renováveis fornecem menos de 1
porcento da energia global (Aitken 2004, Hoffert
et al. 2002). A bio massa pode produzir
combustíveis neutros em termos de emissões
carbónicas para as centrais eléctricas ou
transportes, e têm um enorme potencial tanto em
países industrializados com em países em vias
de desenvolvimento. Mas a fotossíntese têm
uma densidade energética baixa, e necessita de
uma área grande. As células fotovoltaicas, os
colectores térmico-solares, e as turbinas eólicas
ocupam menos terreno, e não precisa de ser
terreno biologicamente produtivo. No entanto,
os custos actuais e a natureza intermitente destes
recursos energéticos fazem com que eles sejam
menos atractivos na maior parte dos mercados
actuais.
Os rendimentos biológicos actuais são
sustentáveis?
Ao calcular as pegadas nacionais, são
usados os rendimentos para as florestas e bancos
de pesca registados pela Organização de
Alimentação e Agricultura das Nações Unidas
(FAO). Os mesmos são estimativas da quantia
máxima do stock de uma determinada espécie
que pode ser utilizada sem reduzir a
produtividade do stock ao longo do tempo.
Como os bancos de pesca estão em declínio,
existem indicações claras que os rendimentos
de pesca relatados são demasiado optimistas.
Na realidade, existem estudos que sugerem que
os bancos de pesca que são explorados a níveis
75 porcento acima do risco de capacidade
estão-se a tornar instáveis (Roughgarden e
Smith, 1996).
Se a sobre-utilização actual levar a
rendimentos mais baixos no futuro, isto
reflectir-se-à nas avaliações futuras de bio
capacidade. As colheitas ao nível, ou abaixo do
nível máximo de regeneração são uma
condição necessária para a sustentabilidade.
Não são, no entanto, suficientes. Retirar menos
que o "rendimento máximo sustentável" pode
causar danos ecológicos se as colheitas
causarem danos aos ecossistemas, se existir
sobre-utilização a nível local, ou se são
protegidas áreas insuficientes para proteger as
espécies selvagens.
Como é contabilizado o comércio
internacional?
A Pegada Ecológica contabiliza o consumo
líquido de cada país ao somar as suas
importações à sua produção, e subtraindo as
suas exportações. Isto implica que os recursos
consumidos na produção de um carro
construído na Alemanha, mas vendido e
utilizado em França, contribuirá para a pegada
francesa e não para a alemã. O "consumo
aparente" que daí resulta pode ficar destorcido
devido ao facto de haver dados insuficientes
sobre os resíduos gerados na produção de bens
para exportação. Isto leva a que a pegada fique
exagerada para os países que produzem a maior
parte dos seus bens para exportação, e
subestima a pegada de países importadores. Da
mesma forma, como não existem dados
suficientes, o consumo associado ao turismo é
incluído na pegada do país de destino.
Estes consumos deveriam ser atribuídos ao
país de residência do turista. Enquanto estes
consumos mal atribuídos distorcem as médias
nacionais, não afectam a Pegada Ecológica
global.
E as zonas urbanizadas?
A área necessária para as infra-estruturas
residenciais, de transportes, produção industrial
e energia hidroeléctrica ocupa uma parte
significativa do terreno bio produtivo do
mundo. Em 2001, a pegada de zonas
urbanizadas era de 0,44 mil milhões de hectares
globais, mas a exactidão deste cálculo está
limitada pelas incertezas sobre os dados em que
se baseia. Por exemplo, nas zonas urbanas os
jardins estão diferenciados das zonas
pavimentadas? Que quantidade da berma e
corredor das estradas é incluído? Mesmo as
imagens de satélite de alta-resolução não
conseguem distinguir de forma adequada entre
estas superfícies. Como tradicionalmente as
cidades têm-se localizado em zonas férteis
com climas moderados e acesso a água doce, as
contas da Pegada Ecológica presumem que as
cidades ocupam áreas biologicamente
produtivas médias. Isto poderá subestimar a
pegada de zonas urbanizadas porque as cidades
são muitas vezes localizadas em cima das
melhores zonas de cultivo, com produtividade
acima da média. No entanto, isto poderá estar
equilibrado por zonas urbanizadas localizadas
em terreno marginal. Embora o tamanho físico
das infra-estruturas influência directamente a
pegada de zonas urbanizadas, também tem
influência sobre outras componentes da pegada.
Por exemplo, casas maiores recursos e energia
para climatização e mobiliário, e estas
habitações de baixa densidade muitas vezes
aumentam o uso de transporte privado e torna
os transportes públicos menos eficientes.
Figura 33: Na América Latina florestas e savanas de
características únicas estão a ser convertidas em campos de soja.
Alguma desta soja rica em proteínas é utilizada para produzir
rações para gado europeu, e alguma é exportada para a China para
consumo humano directo. O gráfico mostra as crescentes zonas de
cultivo de soja brasileiras, que se multiplicaram por 60 vezes desde
1961, de 0,24 milhões de hectares para quase 14 milhões de
hectares em 2001 (Casson 2003, FAO 2004b).
Tabela 1: POPULAÇÃO E PEGADA, POR FAIXA DE
RENDIMENTO, 1961-2001
Figura 34: Variedade de pegadas de tecnologias
energéticas renováveis em comparação com combustíveis fósseis.
O tamanho da pegada energética dos combustíveis biológicos varia
muito dependendo da quantia de energia necessária para converter
o cultivo num combustível.
População
Pegada
total da pop.
Pegada
por pessoa
(milhões)
(mil milhões
de hectares globais)
(hectares
por pessoa)
Países com rendimento alto
Figura 35: Em países de rendimento baixo e intermédio a
pegada média da cada pessoa alterou pouco nos últimos 40 anos,
e reduziu-se em 8 porcento nos dez anos antes de 2001. A pegada
média de cada pessoa em países de rendimento alto era quase três
vezes maior em 1961 do que em países de rendimento baixo e
médio, e aumentou consideravelmente desde então, incluindo um
crescimento de 8 porcento nos 10 anos antes de 2001.
1961
670
2.576
1971
744
3.828
3.8
5.1
1981
805
4.369
5.4
1991
860
5.097
5.9
2001
920
5.893
6.4
Países com rendimento baixo/intermédio
1961
2 319
3.303
1.4
1971
3 006
4.323
1.4
1981
3 685
5.762
1.6
1991
4 463
7.099
1.6
2001
5 197
7.602
1.5
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 23
TABELA 2: A
P E G A D A E C O L Ó G I C A E A B I O C A PA C I D A D E
Dados de 2001
Ver notas nas
páginas 33-37
População
(milhões)
Pegada
Ecológica
Total
Pegada total
de alimentos, fibras
e madeira
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras
Zona de
Floresta
Zona de
Zona de
cultivo
pasto
pesca
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Pegada
energética
total
CO2 de
Incluído no total energético
Biomassa
Nuclear
Hidraúlica
(Ha globais
por pessoa)
combustíveis fósseis
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
MUNDO
6 148.1
2.2
0.9
0.49
0.18
0.14
0.13
1.2
1.03
0.06
0.09
0.00
Países com rendimento alto
Países com rend. intermédio
Países com rendimento baixo
920.1
2 970.8
2 226.3
6.4
1.9
0.8
2.2
0.9
0.5
0.82
0.50
0.35
0.80
0.12
0.03
0.26
0.15
0.03
0.33
0.15
0.09
4.0
0.9
0.3
3.44
0.85
0.20
0.02
0.05
0.09
0.49
0.02
0.00
0.01
0.00
0.00
810.2
30.7
12.8
6.4
1.8
12.3
6.4
15.4
3.8
8.1
3.5
49.8
16.1
69.1
3.8
67.3
1.3
1.4
20.0
8.2
1.4
31.1
1.8
3.1
5.3
16.4
11.6
12.3
2.7
1.2
29.6
18.2
1.9
11.1
1.2
1.5
0.8
1.0
1.3
1.1
0.7
0.9
1.1
1.3
0.9
0.7
0.9
1.5
0.7
0.7
1.7
1.1
1.1
1.0
0.7
0.9
0.6
0.7
3.1
0.8
0.7
1.1
1.1
2.4
0.9
0.7
1.6
1.1
0.7
0.7
0.6
0.7
0.5
0.8
0.4
0.7
0.8
1.1
0.6
0.4
0.6
0.8
0.4
0.4
1.1
0.9
0.8
0.6
0.6
0.6
0.4
0.3
1.0
0.6
0.5
1.0
0.6
0.9
0.6
0.4
1.2
1.0
0.42
0.51
0.30
0.50
0.27
0.64
0.31
0.36
0.33
0.51
0.21
0.18
0.39
0.52
0.29
0.29
0.45
0.65
0.44
0.36
0.34
0.20
0.28
0.21
0.72
0.27
0.34
0.50
0.35
0.50
0.50
0.27
0.49
0.82
0.06
0.04
0.06
0.04
0.06
0.03
0.04
0.05
0.11
0.07
0.07
0.04
0.11
0.05
0.01
0.03
0.03
0.06
0.03
0.05
0.08
0.04
0.00
0.00
0.04
0.00
0.03
0.02
0.00
0.12
0.04
0.03
0.00
0.03
0.08
0.14
0.11
0.04
0.15
0.10
0.03
0.11
0.26
0.16
0.04
0.01
0.06
0.00
0.09
0.08
0.07
0.04
0.02
0.07
0.09
0.18
0.09
0.02
0.13
0.16
0.00
0.16
0.18
0.01
0.00
0.03
0.28
0.09
0.13
0.02
0.11
0.13
0.03
0.03
0.05
0.16
0.14
0.35
0.30
0.15
0.07
0.22
0.04
0.01
0.56
0.14
0.27
0.08
0.09
0.20
0.00
0.09
0.08
0.12
0.13
0.30
0.09
0.28
0.06
0.06
0.44
0.04
0.4
0.8
0.2
0.3
0.7
0.2
0.3
0.2
0.1
0.2
0.2
0.3
0.2
0.6
0.2
0.3
0.5
0.2
0.3
0.3
0.1
0.2
0.3
0.4
2.1
0.2
0.1
0.1
0.5
1.3
0.3
0.2
0.2
0.1
0.27
0.70
0.13
0.08
0.64
0.03
0.01
0.05
0.04
0.01
0.11
0.01
0.10
0.58
0.07
0.02
0.42
0.09
0.08
0.05
0.04
0.11
0.02
0.03
2.04
0.06
0.05
0.02
0.34
1.32
0.29
0.03
0.23
0.04
0.13
0.05
0.05
0.19
0.07
0.19
0.25
0.12
0.11
0.15
0.07
0.27
0.11
0.05
0.12
0.27
0.08
0.09
0.21
0.29
0.06
0.13
0.23
0.32
0.02
0.12
0.09
0.08
0.11
0.00
0.00
0.19
0.00
0.05
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
ÁFRICA
Argélia
Angola
Benin
Botsuana
Burquina Faso
Burundi
Camarões
Rep. Centro Africana
Tchad
Congo
Rep. Dem. do Congo
Costa do Marfim
Egipto
Eritreia
Etiópia
Gabão
Gâmbia
Gana
Guiné Equatorial
Guiné-Bissau
Quénia
Lesoto
Libéria
Líbia
Madagáscar
Malaui
Mali
Mauritânia
Maurícias
Marrocos
Moçambique
Namíbia
Níger
24 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Zonas
Urbanizadas†
(ha global
por pessoa)
Biocapacidade
total
(ha global
por pessoa)
Zona de
cultivo
Incluído na Biocapacidade total
Zona de
Floresta
Pasto
Zona de
pesca
Passivo
Ecológico*
Alteração da
pegada ecológica
per capita**
Alteração de
biocapacidade
per capita**
Captações
de água***
Recursos
de água***
Dados de 2001
(milhares de m3/
pessoa/ano)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
Ver notas nas
páginas 33-37
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(% 1991-2001)
(% 1991-2001)
0.07
1.8
0.53
0.27
0.81
0.13
0.4
-2
-12
0.65
8.87
MUNDO
0.23
0.07
0.05
3.3
2.0
0.7
1.12
0.51
0.32
0.33
0.30
0.19
1.57
1.07
0.13
0.31
0.13
0.07
3.1
-0.1
0.1
8
-5
-11
-7
-10
-16
1.03
0.54
0.55
10.24
11.10
5.45
Países com rendimento alto
Países com rend. intermédio
Países com rendimento baixo
0.06
0.04
0.05
0.04
0.04
0.10
0.04
0.06
0.07
0.08
0.06
0.05
0.06
0.12
0.05
0.04
0.06
0.05
0.05
0.06
0.04
0.04
0.02
0.06
0.04
0.06
0.05
0.06
0.06
0.18
0.00
0.04
0.12
0.06
1.3
0.7
3.5
0.7
4.3
1.0
0.6
1.4
3.7
2.8
8.1
1.6
2.1
0.5
0.7
0.5
20.1
1.0
1.3
2.8
3.0
0.7
1.1
3.4
1.0
3.1
0.5
1.5
6.0
1.2
0.7
2.1
4.5
1.2
0.38
0.25
0.25
0.47
0.11
0.58
0.30
0.63
0.59
0.49
0.10
0.17
0.79
0.30
0.12
0.23
0.49
0.42
0.45
0.27
0.39
0.19
0.14
0.23
0.36
0.26
0.30
0.46
0.16
0.22
0.29
0.21
0.61
0.73
0.51
0.35
2.45
0.06
3.02
0.24
0.21
0.14
0.71
1.87
3.97
0.37
0.75
0.00
0.31
0.16
4.85
0.16
0.34
1.11
0.45
0.35
0.89
0.88
0.28
1.20
0.11
0.78
4.29
0.00
0.00
1.40
1.99
0.35
0.28
0.01
0.32
0.09
1.15
0.06
0.06
0.46
2.37
0.14
3.77
0.98
0.42
0.00
0.00
0.10
12.85
0.08
0.37
1.01
0.61
0.04
0.00
1.94
0.02
1.33
0.03
0.04
0.00
0.01
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0.00
0.04
0.12
0.01
0.46
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0.00
0.01
0.03
0.11
0.00
0.18
0.25
0.07
0.04
0.08
0.24
0.00
1.83
0.28
0.11
0.36
1.55
0.12
0.00
0.30
0.32
0.24
0.07
0.15
1.45
0.82
0.27
0.04
1.77
0.02
-0.13
0.8
-2.7
0.3
-3.1
0.1
0.1
-0.5
-2.7
-1.4
-7.3
-0.9
-1.2
1.0
-0.1
0.2
-18.4
0.1
-0.2
-1.8
-2.3
0.2
-0.4
-2.7
2.0
-2.3
0.1
-0.4
-4.8
1.2
0.2
-1.5
-2.9
-0.1
-5
1
9
-10
-4
4
-22
-3
-9
-6
-40
-19
-5
4
-12
-2
-2
-2
11
-3
-16
-12
-1
-20
9
-14
-21
-10
-14
27
-5
2
24
-12
-18
-17
-22
-12
-22
-3
-21
-19
-19
-24
-27
-24
-9
-1
-25
-36
-23
-13
-15
-21
-26
-24
-5
-30
-18
-25
-14
-21
-24
-12
-28
-21
-22
-15
0.26
0.20
0.03
0.04
0.08
0.06
0.04
0.05
0.01
0.03
0.01
0.01
0.06
0.99
0.08
0.04
0.10
0.02
0.03
0.18
0.08
0.05
0.03
0.04
0.90
0.91
0.09
0.57
0.62
0.51
0.43
0.04
0.14
0.20
6.85
0.47
14.41
3.88
8.23
1.02
0.56
18.50
38.30
5.31
234.90
25.77
5.03
0.84
1.64
1.64
127.83
5.92
2.66
27.42
22.03
0.97
1.68
74.86
0.11
20.50
1.49
8.16
4.19
1.84
0.98
11.87
9.30
3.02
ÁFRICA
Argélia
Angola
Benin
Botsuana
Burquina Faso
Burundi
Camarões
Rep. Centro Africana
Tchad
Congo
Rep. Dem. do Congo
Costa do Marfim
Egipto
Eritreia
Etiópia
Gabão
Gâmbia
Gana
Guiné Equatorial
Guiné-Bissau
Quénia
Lesoto
Libéria
Líbia
Madagáscar
Malaui
Mali
Mauritânia
Maurícias
Marrocos
Moçambique
Namíbia
Níger
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 25
Dados de 2001
População
Ver notas nas
páginas 33-37
(milhões)
Pegada
Ecológica
Total
Pegada total
de alimentos, fibras
e madeira
Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras
Zona de
Floresta
Zona de
Zona de
cultivo
pasto
pesca
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Pegada
energética
total
CO2 de
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
combustíveis fósseis
(Ha globais
por pessoa)
Incluído no total energético
Biomassa
Nuclear
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Hidraúlica
(Ha globais
por pessoa)
Nigéria
Ruanda
Senegal
Serra Leoa
Somália
Rep. Sul Africana
Sudão
Suazilândia
Rep. Tanzânia
Togo
Tunísia
Uganda
Zâmbia
Zimbabué
117.8
8.1
9.6
4.6
9.1
44.4
32.2
1.1
35.6
4.7
9.6
24.2
10.6
12.8
1.2
0.7
1.2
0.9
0.4
2.8
1.0
1.1
0.9
0.9
1.4
1.5
0.8
1.0
0.9
0.5
0.9
0.6
0.0
0.9
0.7
0.9
0.7
0.6
0.9
1.1
0.5
0.5
0.65
0.38
0.49
0.28
0.03
0.37
0.38
0.32
0.28
0.41
0.66
0.53
0.19
0.25
0.06
0.03
0.07
0.02
0.01
0.25
0.05
0.21
0.04
0.03
0.08
0.09
0.06
0.05
0.05
0.04
0.13
0.03
0.00
0.19
0.25
0.32
0.11
0.04
0.03
0.06
0.07
0.13
0.09
0.03
0.25
0.23
0.00
0.05
0.05
0.04
0.25
0.08
0.12
0.45
0.22
0.04
0.3
0.2
0.2
0.3
0.2
1.9
0.2
0.1
0.2
0.3
0.5
0.3
0.2
0.5
0.19
0.02
0.13
0.04
0.00
1.74
0.12
0.03
0.03
0.08
0.43
0.01
0.04
0.39
0.10
0.19
0.11
0.24
0.21
0.06
0.11
0.11
0.12
0.24
0.04
0.29
0.14
0.13
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.05
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
MÉDIO ORIENTE E
ÁSIA CENTRAL
Afeganistão
Arménia
Azerbeijão
Geórgia
Irão
Iraque
Israel
Jordânia
Cazaquistão
Kuvait
Quirgizstão
Líbano
Arábia Saudita
Síria
Tajiquistão
Turquia
Turquemenistão
Emirados Árabes Unidos
Uzbequistão
Iémen
334.3
2.1
0.7
0.47
0.06
0.11
0.07
1.3
1.28
0.01
0.00
0.00
22.1
3.1
8.2
5.2
67.2
23.9
6.2
5.2
15.5
2.4
5.0
3.5
22.8
17.0
6.1
69.3
4.7
2.9
25.3
18.7
0.3
1.0
1.5
0.8
2.1
1.1
5.3
1.9
2.8
9.5
1.1
2.3
4.4
1.9
0.6
2.0
3.1
9.9
1.9
0.7
0.1
0.6
0.6
0.5
0.7
0.1
1.5
0.8
0.8
0.7
0.7
0.9
0.8
0.7
0.3
1.1
0.7
2.3
0.5
0.5
0.09
0.38
0.42
0.28
0.52
0.07
0.80
0.46
0.51
0.49
0.42
0.65
0.49
0.53
0.23
0.75
0.55
1.19
0.28
0.28
0.05
0.02
0.04
0.00
0.02
0.00
0.27
0.09
0.03
0.12
0.02
0.19
0.11
0.03
0.01
0.12
0.01
0.42
0.01
0.01
0.00
0.22
0.09
0.22
0.08
0.00
0.10
0.02
0.26
0.01
0.31
0.00
0.11
0.13
0.06
0.11
0.18
0.01
0.24
0.07
0.00
0.01
0.01
0.00
0.08
0.00
0.35
0.21
0.03
0.12
0.00
0.06
0.13
0.04
0.00
0.07
0.01
0.66
0.01
0.09
0.0
0.3
0.9
0.2
1.4
0.9
3.7
1.0
1.9
8.6
0.2
1.3
3.3
1.1
0.2
0.9
2.3
7.5
1.3
0.2
0.01
0.30
0.89
0.21
1.36
0.92
3.70
0.99
1.91
8.59
0.23
1.29
3.33
1.06
0.23
0.85
2.27
7.50
1.28
0.20
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.02
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
3 406.8
19.4
140.9
13.5
1 292.6
1 033.4
214.4
1.3
7.7
0.6
1.1
1.5
0.8
1.2
0.7
3.0
0.4
0.9
0.8
0.4
0.7
0.39
1.09
0.26
0.22
0.44
0.34
0.35
0.07
0.77
0.01
0.01
0.08
0.01
0.05
0.06
0.78
0.00
0.11
0.11
0.00
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0.16
0.34
0.15
0.58
0.16
0.05
0.25
0.6
4.4
0.1
0.2
0.7
0.3
0.4
0.54
4.34
0.09
0.01
0.65
0.27
0.34
0.05
0.07
0.04
0.15
0.03
0.05
0.08
0.03
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
ÁSIA-PACÍFICO
Austrália
Bangladesh
Cambodja
China
Índia
Indoésia
26 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Zonas
Urbanizadas†
(ha global
por pessoa)
Biocapacidade
total
(ha global
por pessoa)
Zona de
cultivo
(ha global
por pessoa)
Incluído na Biocapacidade total
Zona de
Floresta
Pasto
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
Passivo
Ecológico*
Alteração da
pegada ecológica
per capita**
Alteração de
biocapacidade
per capita**
Captações
de água***
Recursos
de água***
Dados de 2001
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(% 1991-2001)
(% 1991-2001)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
Ver notas nas
páginas 33-37
Zona de
pesca
0.05
0.05
0.05
0.05
0.14
0.05
0.06
0.07
0.07
0.04
0.01
0.05
0.05
0.05
1.0
0.5
0.9
1.2
1.1
2.0
1.8
1.1
1.3
0.8
0.7
1.1
3.6
0.9
0.54
0.30
0.35
0.16
0.21
0.55
0.49
0.27
0.24
0.54
0.52
0.52
0.43
0.28
0.23
0.10
0.27
0.49
0.67
0.72
1.09
0.73
0.70
0.18
0.00
0.23
1.98
0.51
0.09
0.05
0.10
0.11
0.02
0.47
0.11
0.00
0.11
0.06
0.02
0.06
1.00
0.03
0.04
0.01
0.17
0.36
0.07
0.21
0.03
0.00
0.14
0.02
0.18
0.25
0.11
0.02
0.2
0.2
0.3
-0.3
-0.7
0.8
-0.8
0.0
-0.3
0.1
0.6
0.4
-2.8
0.2
-6
6
-8
-8
3
2
1
-9
-29
-1
13
-11
-25
-21
-11
-23
-23
-17
-19
-4
-15
-19
-26
-17
-25
-20
-22
-18
0.07
0.01
0.17
0.08
0.36
0.34
1.16
0.78
0.06
0.04
0.28
0.01
0.16
0.20
2.43
0.64
4.10
34.99
1.49
1.13
2.01
4.26
2.56
3.14
0.47
2.72
9.95
1.57
Nigéria
Rwanda
Senegal
Serra leoa
Somália
Rep. Sul Africana
Sudão
Swazilândia
Rep. Tanzânia
Togo
Tunísia
Uganda
Zâmbia
Zimbabué
0.08
1.0
0.51
0.27
0.12
0.08
1.1
-27
-16
1.17
2.58
0.10
0.05
0.06
0.04
0.07
0.08
0.07
0.08
0.05
0.15
0.09
0.06
0.19
0.07
0.04
0.07
0.09
0.10
0.06
0.05
1.1
0.6
1.2
1.2
0.7
0.6
0.4
0.2
4.1
0.3
1.4
0.3
0.9
0.9
0.4
1.4
3.5
1.0
0.7
0.4
0.65
0.27
0.42
0.23
0.39
0.45
0.23
0.12
1.23
0.03
0.55
0.23
0.44
0.64
0.22
0.75
0.62
0.21
0.39
0.12
0.28
0.18
0.24
0.32
0.13
0.03
0.01
0.03
2.12
0.01
0.74
0.00
0.16
0.14
0.17
0.11
2.19
0.00
0.24
0.12
0.05
0.09
0.13
0.58
0.02
0.00
0.05
0.00
0.30
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.01
0.40
0.02
0.00
0.00
0.00
0.00
0.02
0.34
0.01
0.09
0.00
0.02
0.00
0.35
0.10
0.00
0.01
0.15
0.01
0.00
0.03
0.55
0.64
0.04
0.13
-0.8
0.4
0.3
-0.4
1.4
0.5
4.9
1.6
-1.2
9.2
-0.3
2.0
3.4
1.0
0.1
0.6
-0.4
8.9
1.1
0.3
-35
-82
-73
-86
23
16
22
13
-49
181
-81
29
14
12
-90
4
-44
36
-66
-19
-33
1
1
1
-13
-21
-22
-12
1
15
1
-34
-30
24
1
-22
1
-16
1
-26
1.05
0.96
2.10
0.69
1.08
1.79
0.33
0.20
2.25
0.19
2.02
0.39
0.76
1.18
1.95
0.57
5.22
0.80
2.30
0.36
2.94
3.41
3.68
12.12
2.04
3.16
0.27
0.17
7.06
0.01
4.12
1.25
0.11
1.55
2.60
3.31
5.24
0.05
1.99
0.22
MEIO ORIENTE E
ÁSIA CENTRAL
Afeganistão
Arménia
Azerbeijão
Geórgia
Irão
Iraque
Israel
Jordânia
Cazaquistão
Kuvait
Quirgizstão
Líbano
Arábia Saudita
Síria
Tajiquistão
Turquia
Turquemenistão
Emirado Árabes Unidos
Uzbequistão
Iémen
0.06
0.26
0.05
0.03
0.07
0.04
0.05
0.7
19.2
0.3
1.0
0.8
0.4
1.0
0.34
4.46
0.19
0.31
0.35
0.29
0.34
0.11
8.26
0.00
0.12
0.12
0.00
0.07
0.16
3.47
0.01
0.19
0.17
0.02
0.27
0.09
2.73
0.08
0.37
0.05
0.03
0.28
0.6
-11.5
0.3
0.1
0.8
0.4
0.2
6
16
0
9
14
1
4
-11
-6
-11
-3
-7
-15
-14
0.56
0.92
0.54
0.30
0.43
0.62
0.39
4.67
25.42
8.59
35.32
2.24
1.84
13.24
ASIA-PACIFIC
Austrália
Bangladesh
Cambodja
China
Índia
Indonésia
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 27
Dados de 2001
Ver notas nas
páginas 33-37
População
(milhões)
Pegada
Ecológica
Total
Pegada total
de alimentos, fibras
e madeira
Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras
Zona de
Floresta
Zona de
Zona de
cultivo
pasto
pesca
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Pegada
energética
total
CO2 de
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
combustíveis fósseis
(Ha globais
por pessoa)
Incluído no total energético
Biomassa
Nuclear
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Hidraúlica
(Ha globais
por pessoa)
Japão
Coreia do Norte
Rep. Coreia
Laos
Malásia
Mongólia
Myanmar (Burma)
Nepal
Nova Zelândia
Paquistão
Papua Nova Guiné
Filipinas
Sri Lanka
Tailândia
Vietname
127.3
22.4
47.1
5.4
23.5
2.5
48.2
24.1
3.8
146.3
5.5
77.2
18.8
61.6
79.2
4.3
1.5
3.4
1.0
3.0
1.9
0.9
0.6
5.5
0.7
1.3
1.2
1.1
1.6
0.8
1.4
0.5
1.3
0.6
1.3
1.0
0.7
0.4
4.0
0.4
0.9
0.7
0.7
0.7
0.5
0.48
0.33
0.54
0.31
0.50
0.18
0.47
0.32
0.62
0.31
0.26
0.32
0.30
0.36
0.31
0.33
0.05
0.24
0.05
0.19
0.13
0.03
0.04
1.45
0.02
0.14
0.04
0.05
0.07
0.05
0.08
0.00
0.00
0.13
0.04
0.70
0.02
0.06
1.05
0.00
0.11
0.02
0.03
0.01
0.01
0.55
0.11
0.54
0.15
0.55
0.00
0.15
0.02
0.86
0.06
0.35
0.30
0.34
0.29
0.10
2.8
0.9
2.0
0.2
1.6
0.8
0.2
0.2
1.3
0.3
0.3
0.5
0.3
0.8
0.2
2.33
0.88
1.54
0.02
1.60
0.83
0.04
0.04
1.33
0.22
0.09
0.34
0.25
0.75
0.14
0.00
0.05
0.01
0.22
0.03
0.02
0.15
0.11
0.00
0.04
0.21
0.11
0.06
0.07
0.07
0.50
0.00
0.46
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
AMÉRICA LATINA
E CARAÍBAS
Argentina
Belize
Bolívia
Brasil
Chile
Colômbia
Costa Rica
Cuba
Rep. Dominicana
Equador
El Salvador
Guatemala
Haiti
Honduras
Jamaica
México
Nicarágua
Panamá
Paraguai
Perú
Trinidade e Tobago
Uruguai
Venezuela
520.3
3.1
1.2
0.51
0.20
0.37
0.10
0.8
0.64
0.11
0.01
0.01
37.5
0.2
8.5
174.0
15.4
42.8
4.0
11.2
8.5
12.6
6.3
11.7
8.1
6.6
2.6
100.5
5.2
3.0
5.6
26.4
1.3
3.4
24.8
2.6
2.6
1.2
2.2
2.6
1.3
2.1
1.4
1.6
1.8
1.2
1.2
0.5
1.4
2.6
2.5
1.1
1.8
2.2
0.9
2.3
2.6
2.4
1.5
1.8
0.7
1.5
1.7
0.7
1.1
0.6
1.0
1.1
0.7
0.5
0.4
0.6
1.2
1.1
0.5
0.8
1.6
0.7
0.9
1.7
0.9
0.68
0.58
0.34
0.58
0.39
0.33
0.41
0.39
0.37
0.38
0.34
0.30
0.31
0.28
0.42
0.66
0.35
0.31
0.57
0.37
0.40
0.33
0.35
0.13
0.17
0.05
0.35
0.80
0.04
0.37
0.06
0.08
0.30
0.12
0.05
0.02
0.08
0.20
0.09
0.01
0.04
0.40
0.04
0.15
0.25
0.04
0.55
0.19
0.33
0.53
0.29
0.30
0.33
0.07
0.17
0.31
0.14
0.12
0.02
0.18
0.06
0.28
0.10
0.36
0.53
0.13
0.04
0.99
0.33
0.11
0.85
0.02
0.09
0.24
0.04
0.03
0.07
0.35
0.10
0.07
0.03
0.02
0.07
0.51
0.09
0.06
0.06
0.15
0.14
0.35
0.16
0.24
1.0
0.7
0.4
0.5
0.8
0.5
0.9
0.8
0.6
0.6
0.5
0.7
0.1
0.7
1.4
1.3
0.6
0.9
0.4
0.2
1.4
0.8
1.3
0.94
0.62
0.37
0.35
0.63
0.44
0.69
0.80
0.56
0.54
0.36
0.42
0.08
0.43
1.30
1.22
0.33
0.82
0.24
0.12
1.39
0.57
1.28
0.02
0.11
0.05
0.16
0.16
0.05
0.18
0.02
0.01
0.08
0.15
0.26
0.05
0.27
0.05
0.08
0.23
0.09
0.21
0.06
0.01
0.24
0.03
0.04
0.00
0.00
0.02
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.02
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.02
0.02
0.01
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.00
0.03
AMÉRICA DO NORTE
Canadá
Estados Unidos da América
319.1
31.0
288.0
9.2
6.4
9.5
3.0
3.0
3.0
0.98
1.09
0.96
1.35
1.45
1.35
0.44
0.39
0.44
0.22
0.11
0.23
5.8
3.3
6.1
5.20
2.70
5.47
0.04
0.02
0.04
0.56
0.51
0.57
0.02
0.12
0.01
28 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Zonas
Urbanizadas†
(ha global
por pessoa)
Biocapacidade
total
(ha global
por pessoa)
Zona de
cultivo
(ha global
por pessoa)
Incluído na Biocapacidade total
Zona de
Floresta
Pasto
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
Passivo
Ecológico*
Alteração da
pegada ecológica
per capita**
Alteração de
biocapacidade
per capita**
Captações
de água***
Recursos
de água***
Dados de 2001
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(% 1991-2001)
(% 1991-2001)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
Ver notas nas
páginas 33-37
Zona de
pesca
0.07
0.05
0.06
0.10
0.07
0.04
0.08
0.05
0.13
0.04
0.12
0.04
0.05
0.06
0.08
0.8
0.7
0.6
1.4
1.9
11.8
1.3
0.5
14.5
0.4
2.6
0.6
0.4
1.0
0.8
0.14
0.23
0.16
0.33
0.79
0.25
0.54
0.27
2.76
0.26
0.33
0.28
0.20
0.59
0.36
0.00
0.00
0.00
0.21
0.02
11.04
0.01
0.06
4.36
0.01
0.05
0.02
0.02
0.01
0.01
0.42
0.30
0.08
0.68
0.63
0.47
0.48
0.08
6.82
0.02
1.15
0.12
0.05
0.19
0.14
0.13
0.10
0.27
0.07
0.42
0.00
0.21
0.01
0.45
0.04
0.90
0.12
0.06
0.14
0.17
3.6
0.8
2.8
-0.4
1.1
-9.9
-0.4
0.2
-9.0
0.3
-1.3
0.6
0.7
0.6
0.0
6
-37
30
-4
10
-33
10
-4
16
2
-8
-6
20
20
14
-6
-33
-12
-12
-48
-11
1
-12
-13
-18
-16
-22
-12
-1
6
0.69
0.40
0.39
0.55
0.38
0.17
0.69
0.42
0.55
1.16
0.02
0.37
0.67
1.41
0.90
3.38
3.44
1.48
61.73
24.69
13.77
21.69
8.74
85.71
1.52
146.70
6.21
2.67
6.66
11.25
Japão
Coreia do Norte
Rep. Coreia
Laos
Malásia
Mongólia
Myanmar (Burma)
Nepal
Nova Zelândia
Paquistão
Papua Nova Guiné
Filipinas
Sri Lanka
Tailândia
Vietname
0.07
5.5
0.68
1.03
3.62
0.22
-2.4
6
-12
0.51
34.99
0.08
0.07
0.07
0.08
0.11
0.07
0.11
0.04
0.05
0.06
0.04
0.06
0.02
0.07
0.05
0.06
0.07
0.07
0.08
0.09
0.00
0.08
0.07
6.7
6.9
15.6
10.2
5.5
3.7
1.6
0.8
0.8
2.1
0.6
1.3
0.3
1.9
0.5
1.7
3.7
2.7
5.7
4.3
0.4
7.5
2.5
2.31
0.66
0.48
0.80
0.50
0.24
0.46
0.44
0.31
0.39
0.27
0.35
0.15
0.38
0.20
0.52
0.62
0.39
1.14
0.31
0.15
0.73
0.27
2.71
0.32
2.92
1.19
0.49
1.42
0.70
0.07
0.25
0.40
0.14
0.31
0.04
0.29
0.04
0.30
1.05
0.58
3.67
0.89
0.01
5.59
0.73
1.07
5.58
12.16
8.05
2.62
1.93
0.25
0.16
0.21
0.97
0.10
0.57
0.03
1.08
0.11
0.61
1.87
1.58
0.68
2.58
0.04
0.55
1.35
0.54
0.27
0.01
0.10
1.74
0.01
0.03
0.04
0.03
0.30
0.03
0.02
0.03
0.06
0.08
0.25
0.10
0.10
0.08
0.41
0.24
0.52
0.06
-4.2
-4.3
-14.4
-8.0
-2.8
-2.4
0.6
0.7
0.7
-0.3
0.6
-0.1
0.3
-0.5
2.1
0.8
-2.6
-1.0
-3.5
-3.3
1.9
-4.9
-0.1
-6
70
7
9
30
-3
14
-7
30
23
24
25
-4
17
38
5
1
1
-2
5
18
2
1
-7
-19
-18
-10
-14
-16
-13
-24
-19
-24
-5
-20
-26
-26
8
-15
-20
-16
-17
-14
-2
-3
-18
0.77
0.49
0.16
0.34
0.81
0.25
0.67
0.73
0.40
1.35
0.20
0.17
0.12
0.13
0.16
0.78
0.25
0.27
0.09
0.76
0.23
0.94
0.34
21.69
75.73
73.40
47.31
59.80
49.78
28.01
3.39
2.47
34.24
4.00
9.49
1.73
14.49
3.61
4.55
37.80
49.21
59.96
72.57
2.97
41.30
49.82
AMÉRICA LATINA
E CARAÍBAS
Argentina
Belize
Bolívia
Brasil
Chile
Colômbia
Costa Rica
Cuba
Rep. Dominicana
Equador
El Salvador
Guatemala
Haiti
Honduras
Jamaica
México
Nicarágua
Panamá
Paraguai
Perú
Trinidade e Tobago
Uruguai
Venezuela
0.42
0.06
0.45
5.4
14.4
4.9
1.86
2.77
1.76
0.30
0.49
0.28
2.8
10.04
2.01
0.43
1.08
0.36
3.9
-8.0
4.7
7
-2
7
-11
-12
-11
1.90
1.41
1.95
18.72
93.54
10.66
AMÉRICA DO NORTE
Canadá
Estados Unidos da América
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 29
Dados de 2001
Ver notas nas
páginas 33-37
População
(milhões)
Pegada
Ecológica
Total
Pegada total
de alimentos, fibras
e madeira
Incluído no total de alimentos, fibras e madeiras
Zona de
Floresta
Zona de
Zona de
cultivo
pasto
pesca
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Pegada
energética
total
CO2 de
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
combustíveis fósseis
(Ha globais
por pessoa)
Incluído no total energético
Biomassa
Nuclear
(Ha globais
por pessoa)
(Ha globais
por pessoa)
Hidraúlica
(Ha globais
por pessoa)
EUROPA OCIDENTAL
Áustria
Bélgica/Luxemburgo
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Irlanda
Itália
Países Baixos
Noruega
Portugal
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
390.1
8.1
10.7
5.3
5.2
59.6
82.3
10.9
3.9
57.5
16.0
4.5
10.0
40.9
8.9
7.2
59.1
5.1
4.6
4.9
6.4
7.0
5.8
4.8
5.4
6.2
3.8
4.7
6.2
5.2
4.8
7.0
5.3
5.4
1.9
2.0
1.9
3.2
4.3
2.1
1.5
1.8
1.9
1.5
1.7
3.5
2.9
2.2
4.2
1.4
1.7
0.84
0.84
0.90
1.14
0.87
0.89
0.79
1.04
0.78
0.80
0.92
0.72
0.85
1.03
0.86
0.58
0.69
0.58
0.92
0.67
1.77
2.78
0.58
0.46
0.23
0.63
0.35
0.53
1.21
0.53
0.43
2.66
0.37
0.44
0.19
0.13
0.08
0.06
0.20
0.30
0.14
0.20
0.23
0.10
0.10
0.29
0.22
0.09
0.42
0.29
0.27
0.31
0.14
0.24
0.26
0.46
0.33
0.14
0.31
0.21
0.21
0.19
1.28
1.25
0.61
0.29
0.13
0.25
3.0
2.5
2.6
2.9
2.6
3.6
3.1
3.6
4.2
2.2
2.9
2.4
2.4
2.6
2.6
3.7
3.4
2.51
2.36
1.68
2.92
1.34
2.18
2.68
3.59
4.21
2.21
2.83
2.37
2.33
2.24
0.89
2.92
3.13
0.02
0.07
0.01
0.01
0.15
0.01
0.01
0.03
0.00
0.02
0.00
0.05
0.01
0.01
0.12
0.03
0.00
0.47
0.00
0.94
0.00
1.04
1.35
0.42
0.00
0.00
0.00
0.06
0.00
0.00
0.31
1.62
0.73
0.31
0.01
0.06
0.00
0.00
0.03
0.01
0.00
0.00
0.00
0.01
0.00
0.10
0.02
0.01
0.00
0.00
0.00
EUROPA DE LESTE
E CENTRAL
Albânia
Bielorrússia
Bósnia e Herzegovina
Bulgária
Croácia
Rep. Checa
Estónia
Húngria
Letónia
Lituânia
Macedónia
Rep. Moldávia
Polónia
Roménia
Federação Russa
Sérvia e Montenegro
Eslováquia
Eslovénia
Ucrânia
336.5
3.8
1.4
0.83
0.29
0.19
0.12
2.2
2.01
0.04
0.18
0.01
3.1
10.0
4.1
8.0
4.4
10.3
1.4
10.0
2.4
3.5
2.0
4.3
38.7
22.4
144.9
10.5
5.4
2.0
49.3
1.5
3.2
2.3
2.7
2.9
5.0
6.9
3.5
4.4
3.9
2.3
1.2
3.6
2.7
4.4
3.0
3.6
3.8
3.3
0.7
1.5
1.0
1.1
1.2
1.9
3.5
1.3
3.3
2.0
0.9
0.7
1.5
1.1
1.5
1.8
1.4
1.3
1.2
0.50
0.93
0.46
0.84
0.78
0.91
1.12
0.81
0.90
1.02
0.52
0.54
1.05
0.80
0.81
0.84
0.74
0.74
0.80
0.06
0.23
0.33
0.14
0.37
0.67
1.51
0.31
1.30
0.38
0.13
0.05
0.37
0.20
0.30
0.59
0.50
0.46
0.08
0.12
0.30
0.12
0.05
0.00
0.14
0.57
0.10
0.98
0.36
0.16
0.06
0.09
0.06
0.21
0.27
0.11
0.12
0.25
0.03
0.07
0.05
0.03
0.06
0.14
0.30
0.10
0.14
0.28
0.07
0.02
0.04
0.01
0.20
0.11
0.07
0.03
0.05
0.7
1.6
1.2
1.5
1.6
3.0
3.3
2.0
1.0
1.8
1.3
0.5
2.0
1.5
2.8
1.1
2.0
2.4
2.1
0.72
1.58
1.21
0.93
1.57
2.71
3.07
1.67
0.88
1.03
1.27
0.45
1.98
1.44
2.52
0.99
1.31
2.36
1.71
0.01
0.02
0.04
0.04
0.03
0.02
0.25
0.04
0.13
0.10
0.06
0.00
0.01
0.02
0.06
0.06
0.01
0.04
0.02
0.00
0.00
0.00
0.54
0.00
0.24
0.00
0.30
0.00
0.63
0.00
0.00
0.00
0.05
0.20
0.00
0.67
0.00
0.32
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.01
0.01
0.00
0.01
0.00
0.00
NOTAS
Mundo: A população total inclui países que não constam da tabela
Países com rendimento alto: Austrália , Áustria, Bélgica/Luxemburgo, Canadá, Dinamarca,
Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Rep. Coreia, Kuvait, Países
Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes
Unidos, Reino Unido, Estados Unidos da América
30 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Países com rendimento intermédio: Argélia, Argentina, Bielorrússia, Belize, Bolívia, Bósnia e
Herzegovina, Botsuana, Brasil, Bulgária, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Cuba, Rep.
Checa, Rep. Dominicana, Equador, Egipto, El Salvador, Estónia, Gabão, Geórgia, Guatemala,
Hungria, Indonésia, Irão, Iraque, Jamaica, Jordânia, Cazaquistão, Letónia, Líbano, Líbia, Lituânia,
Macedónia, Malásia, Maurícias, México, Marrocos, Namíbia, Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai,
Perú, Filipinas, Polónia, Roménia, Federação Russa, Arábia Saudita, Sérvia e Montenegro,
Eslováquia, Rep. África do Sul, Sri Lanka, Síria, Tailândia, Trinidade e Tobago, Tunísia, Turquia,
Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão, Venezuela
Países com rendimento baixo: Afeganistão, Albânia, Angola, Arménia, Azerbeijão,
Bangladesh, Benin, Burkina Faso, Burundi, Cambodja, Camarões, Rep. Centro Africana, Tchad,
Congo, Rep. Dem. Congo, Costa do Marfim, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné Equatorial,
Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Índia, Quénia, Coreia do Norte, Quirgistão, Laos, Lesoto, Libéria,
Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Rep. Moldávia, Mongólia, Moçambique, Myanmar, Nepal,
Zonas
Urbanizadas†
Biocapacidade
total
Zona de
cultivo
Incluído na Biocapacidade total
Zona de
Floresta
Pasto
Zona de
pesca
Passivo
Ecológico*
Alteração da
pegada ecológica
per capita**
Alteração de
biocapacidade
per capita**
Captações
de água***
Recursos
de água***
Dados de 2001
(milhares de m3/
pessoa/ano)
Ver notas nas
páginas 33-37
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
(% 1991-2001)
(% 1991-2001)
(milhares de m3/
pessoa/ano)
0.81
0.71
0.39
2.02
1.08
1.45
0.78
1.02
1.33
0.58
0.31
0.56
0.41
0.92
1.11
0.30
0.49
0.08
0.10
0.04
0.00
0.00
0.14
0.06
0.01
0.96
0.01
0.05
0.02
0.06
0.04
0.04
0.17
0.15
1.03
2.64
0.42
0.46
10.93
1.21
0.85
0.27
0.70
0.38
0.11
4.14
1.08
0.57
8.32
0.94
0.19
0.16
0.00
0.01
0.78
0.24
0.10
0.03
0.24
1.60
0.05
0.16
1.98
0.08
0.04
0.12
0.00
0.36
3.0
1.1
3.7
2.9
-5.4
2.8
2.9
3.9
1.5
2.7
4.0
-0.8
3.6
3.2
-2.7
3.7
3.9
5
4
10
7
16
4
-3
19
25
5
7
11
33
21
6
-6
-1
-7
-7
-4
-14
-6
-8
1
-15
-9
-12
-8
-8
-7
-7
-3
-11
-12
0.53
0.44
0.70
0.13
0.45
0.52
0.46
0.79
0.28
0.73
0.55
0.53
0.73
0.94
0.30
0.35
0.20
5.34
9.59
2.00
1.12
21.20
3.42
1.87
6.78
13.45
3.33
5.69
85.00
6.85
2.73
19.64
7.46
2.49
EUROPA OCIDENTAL
Áustria
Bélgica/Luxemburgo
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Irlanda
Itália
Países Baixos
Noruega
Portugal
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
4.2
1.09
0.21
2.71
0.19
-0.4
-23
0
0.48
16.25
0.9
3.1
1.8
2.4
2.8
2.8
5.7
2.4
6.5
3.9
0.9
1.0
2.0
2.4
6.9
1.7
2.9
2.9
2.0
0.42
0.87
0.26
1.06
0.83
1.06
1.06
1.34
1.97
1.51
0.51
0.85
0.97
0.84
1.18
0.83
0.81
0.29
1.25
0.12
0.29
0.30
0.04
0.33
0.02
0.09
0.07
0.19
0.14
0.24
0.07
0.08
0.01
0.35
0.25
0.04
0.06
0.12
0.24
1.93
1.15
1.12
1.28
1.56
4.22
0.80
4.21
2.12
0.07
0.01
0.86
1.43
4.95
0.50
1.94
2.45
0.47
0.06
0.00
0.01
0.05
0.27
0.01
0.22
0.01
0.09
0.02
0.00
0.00
0.01
0.03
0.39
0.03
0.00
0.01
0.04
0.6
0.0
0.5
0.3
0.1
2.2
1.2
1.1
-2.1
0.0
1.4
0.2
1.6
0.3
-2.6
1.3
0.6
0.9
1.4
-13
-43
-17
-16
6
1
25
-10
-21
-29
-16
-79
-9
-23
-21
8
-28
40
-40
19
1
0
-8
0
0
1
-18
1
1
0
1
-10
-2
1
0
0
0
1
0.54
0.28
–
0.82
–
0.19
1.04
0.46
0.11
0.90
–
0.54
0.30
0.32
0.53
0.26
0.20
0.15
0.76
13.36
5.81
–
2.65
–
1.28
9.47
10.43
15.08
7.15
–
2.72
1.59
9.45
31.11
10.64
9.29
16.03
2.83
EUROPA DE LESTE
E CENTRAL
Albânia
Bielorrússia
Bósnia e Herzegovina
Bulgária
Croácia
Rep. Checa
Estónia
Hungria
Letónia
Lituânia
Macedónia
Rep. Moldávia
Polónia
Roménia
Federação Russa
Sérvia e Montenegro
Eslováquia
Eslovénia
Ucrânia
(ha global
por pessoa)
(ha global
por pessoa)
0.17
0.07
0.33
0.24
0.13
0.16
0.20
0.05
0.12
0.07
0.12
0.14
0.02
0.03
0.17
0.18
0.34
2.1
3.5
1.2
3.5
12.4
3.1
1.9
1.6
4.7
1.1
0.8
6.9
1.6
1.6
9.8
1.6
1.5
0.07
0.07
0.06
0.06
0.13
0.09
0.15
0.11
0.17
0.06
0.12
0.07
0.05
0.07
0.11
0.05
0.08
0.15
0.07
0.06
(ha global
por pessoa)
Nicarágua, Níger, Nigéria, Paquistão, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia,
Tajiquistão, Tanzânia, Togo, Turquemenistão, Uganda, Vietname, Iémen, Zâmbia, Zimbabué
A tabela inclui todos os países com populações de mais de 1 milhão menos o Butão, Oman, e
Singapura, para os quais não havia dados suficientes para calcular a pegada ecológica e dados
sobre bio capacidade.
Os totais poderão não estar correctos devido ao arredondamento.
† Repare que as zonas urbanizadas fazem parte tanto da pegada ecológica como da bio
capacidade.
* Se o número para o passivo ecológico for negativo, o país tem uma balança ecológica positiva.
** Para os países que faziam parte da antiga Etiópia, União Soviética, Jugoslávia, ou
Checoslováquia, as pegadas nacionais de 2001 per capita são comparadas com a pegada per
capita do antigo país unificado.
*** Captações de água e estimativas de recursos de Gleick 2004 e FAO 2004a.
- Os dados sobre captações e recursos da Bósnia e Herzegovina, Macedónia, e Croácia estão
incluídas nas figuras da Sérvia e Montenegro.
RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004 31
TABELA 3:
O P L A N E TA V I V O AT R AV É S D O T E M P O
População
global
Ver notas nas
páginas 33-37
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
Pegada
Ecológica
total
Pegada de Alimentos,
fibras e madeira
Pegada
Energética
total
Zona
Urbanizada
Pegada
Ecológica
Mundial
Captações
de água
(mil milhões)
(mil milhões
ha global)
(mil milhões
ha global)
(mil milhões
ha global)
(mil milhões
ha global)
(número
de planetas)
(milhares de
km3/ano)
3.08
3.14
3.20
3.27
3.33
3.40
3.47
3.55
3.62
3.69
3.77
3.84
3.92
3.99
4.07
4.14
4.21
4.29
4.36
4.43
4.51
4.59
4.67
4.75
4.83
4.92
5.00
5.09
5.18
5.26
5.35
5.43
5.51
5.59
5.67
5.75
5.83
5.91
5.99
6.07
6.15
5.21
5.37
5.67
5.92
6.24
6.41
6.60
6.93
7.35
7.81
7.94
8.38
8.67
8.80
8.81
9.16
9.49
9.66
10.03
10.02
9.93
9.84
10.13
10.39
10.57
10.90
11.33
11.72
11.84
11.80
11.89
11.84
11.97
12.11
12.46
12.69
12.81
12.85
12.97
13.33
13.47
4.04
4.07
4.19
4.23
4.38
4.34
4.39
4.50
4.64
4.75
4.66
4.83
4.79
4.91
4.85
4.87
4.96
4.92
5.07
5.09
5.04
5.00
5.22
5.21
5.21
5.39
5.53
5.62
5.58
5.54
5.49
5.33
5.40
5.49
5.64
5.57
5.64
5.61
5.67
5.78
5.75
0.94
1.06
1.24
1.45
1.62
1.82
1.96
2.18
2.44
2.78
3.00
3.26
3.60
3.60
3.65
3.98
4.22
4.42
4.64
4.61
4.55
4.50
4.57
4.83
5.00
5.15
5.43
5.73
5.89
5.88
6.00
6.11
6.16
6.22
6.41
6.70
6.75
6.81
6.87
7.12
7.28
0.23
0.23
0.24
0.24
0.25
0.25
0.26
0.26
0.27
0.27
0.28
0.28
0.29
0.29
0.30
0.30
0.31
0.32
0.32
0.33
0.33
0.34
0.34
0.35
0.35
0.36
0.37
0.37
0.38
0.39
0.39
0.39
0.40
0.40
0.41
0.41
0.42
0.43
0.43
0.43
0.44
0.49
0.51
0.54
0.56
0.59
0.60
0.62
0.65
0.69
0.73
0.74
0.78
0.81
0.82
0.82
0.85
0.88
0.89
0.93
0.92
0.91
0.91
0.93
0.95
0.97
0.99
1.03
1.06
1.07
1.07
1.07
1.07
1.08
1.09
1.12
1.14
1.15
1.15
1.16
1.19
1.21
2.04
2.10
2.16
2.22
2.28
2.34
2.40
2.46
2.52
2.57
2.64
2.70
2.76
2.82
2.89
2.95
3.01
3.07
3.14
3.20
3.24
3.28
3.31
3.35
3.39
3.43
3.47
3.50
3.54
3.58
3.62
3.65
3.69
3.72
3.76
3.80
3.83
3.87
3.90
3.94
3.98
32 RELATÓRIO PLANETA VIVO 2004
Índice
planeta
vivo
1.00
1.00
1.01
1.01
1.01
1.01
1.00
0.99
0.99
0.98
0.97
0.96
0.96
0.95
0.94
0.93
0.91
0.91
0.89
0.88
0.87
0.85
0.82
0.79
0.75
0.72
0.69
0.65
0.64
0.62
0.61
Índice
espécies
terrestres
1.00
1.01
1.02
1.03
1.04
1.05
1.04
1.03
1.04
1.01
1.00
1.01
1.00
0.99
0.97
0.96
0.95
0.96
0.95
0.95
0.93
0.94
0.91
0.88
0.86
0.85
0.82
0.78
0.76
0.70
0.68
Índice
espécies
água doce
1.00
0.99
0.98
0.98
0.97
0.96
0.97
0.97
0.98
0.98
0.98
0.97
0.98
0.98
0.97
0.96
0.92
0.89
0.84
0.84
0.82
0.77
0.74
0.69
0.64
0.59
0.55
0.50
0.49
0.50
0.47
Índice
espécies
marinhas
1.00
1.01
1.01
1.02
1.03
1.03
1.00
0.98
0.96
0.94
0.92
0.91
0.90
0.89
0.89
0.89
0.88
0.88
0.88
0.87
0.87
0.85
0.82
0.81
0.77
0.74
0.74
0.70
0.69
0.69
0.70
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