113 - Jornal Centro em Foco

Transcrição

113 - Jornal Centro em Foco
Ano IX - Nº 113
3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Débora Falabella
leva A Serpente
no Sérgio Cardoso
Pág. 10
FecomercioSP completa 75 anos
Fundada em 1938, a
instituição apoia 154
sindicatos que respondem
por 11% do PIB paulista.
Pág. 3
Mestres do
Renascimento no
CCBB
57 obras de grandes nomes
expostas até 23/09. Pág. 2
linhas centrais
2
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Os Mestres do Renascimento estão no CCBB
O
Retire seu
exemplar
gratuitamente
Centro Velho
Banca Líbero
rua Líbero Badaró, 413
Banca Martinelli
Pça Antonio Prado
Banca Pça Antonio Prado
Pça Antonio Prado
Banca Largo do Café
Lgo do Café
Banca das Apostilas
rua Boa Vista
Liberdade
Banca Shinozaki –
Pça da Liberdade
Bela Vista
Banca Maria das Graças
rua Maria Paula, 23
Banca do Heitor
rua Maria Paula, 243
Banca Estadão
viaduto Nove de Julho, 185
Banca Consolação
viaduto Nove de Julho
Banca da Rocha
Rua Rocha, 132
Banca do Toninho
Rua da Consolação
Banca GV
Av. 9 de Julho, 2029
Banca Vd. Jacareí
(em frente Pharma & Cia);
Centro Novo
Banca São Bento
rua Barão de Itapetininga
Banca Corredor Cultural
Pça. Dom José Gaspar
Banca São Luís – av. São Luís
República
Banca av. São Luis 84
av. São Luís
Arouche
Banca Mester
av. São Joao, 1050
Banca do Olavo
av. Duque de Caxias, 436
Sta Cecília
Banca Angelical
av. Angélica, 500
Banca Amália – al. Barros, 303
Banca Sta Cecília
Largo Sta Cecilia
Expediente
Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a mostra ‘Mestres
do Renascimento - Obras Primas Italianas’. São 57 obras
de grandes nomes da história
da arte, como Leonardo da
Vinci, Rafael, Ticiano, Donatello e Michellangelo que
ficarão em exibição em São
Paulo até dia 23 de setembro.
Parte da essência do Renascimento está no próprio
nome: renascença vem do
nascer de novo, ressurgir.
Os artistas italianos restauram a grandeza de Roma,
antes vista no período clássico. Reviver esse glorioso passado e, portanto, inaugurar
uma nova era, foi um sentimento de esperança intenso - que se tornaria inspiração - para muitos talentosos
da época. Principalmente
para os florentinos. Foi na
Florença, próspera cidade
mercantil, que grupos de artistas começaram a utilizar a
arte clássica para criar novos
modelos, harmônicos e belos. No CCBB, os visitantes
também iniciam a apreciação
das obras por Florença - espaço no quarto andar do prédio que leva esse nome.
Ritratto di gentiluomo com flauto
Na pintura renascentista, surgiram características
muito singulares. Em primeiro, a nova maneira de representar o mundo, através
de domínio do equilíbrio de
cores e da perspectiva. Além
disso, a partir dos estudos
feitos sobre o corpo humano, foi possível reproduzir
uma nova gama de gestos e
posturas. Outra inovação foi
a introdução de maior dinamismo nas cenas (muitas
até sugerem personagens
em movimento, diferente
do comportamento estático
dos retratados em geral) e a
descoberta do sombreado,
aumentando mais uma vez,
o realismo das imagens.
Essas informações podem
ser da ciência dos visitantes,
mas, se não forem, podem
ser descobertas ao observar o Cristo Benedicente,
de Rafael, por exemplo. Ou
Madonna com Menino, de
Ticiano e a Anunciação, de
Allegoria della battaglia di
Lepanto
Botticelli. Nessas e em outras obras, podem-se conferir
todas essas transformações e
ainda reparar a genialidade
das composições artísticas do
período.
A exposição vem fazendo muito sucesso. Segundo
Marcos Mantoan, Gerente
Geral do CCBB, a mostra é
uma grande oportunidade à
população. “Por ser gratuita
e interessante, a exposição
recebe todos os tipos de
público, de todas as classes
sociais e idades. Desde o dia
13 de Julho, quando começou, recebemos mais de 155
mil visitantes”, afirma. De
fato, as mais de 4.700 visitas
por dia são um incentivo e
exemplo para outras iniciativas culturais na cidade.
Por Sophia Winkel
Serviço:
Exposição ‘Mestres do
Renascimento - Obras
Primas Italianas’
CCBB - Centro Cultural
Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112
- Centro
De quarta a segunda das
10h às 22h, até 23 de
setembro
Próxima Virada
Renascentista
(funcionamento durante a
madrugada): 21 de setembro
Entrada franca
LAdorazione dei Pastori
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região central
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3255-1568
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empreendimentos centrais
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
I
FecomercioSP completa 75 anos
nstalada na região central, no bairro Bela Vista,
à rua Dr. Plínio Barreto,
a Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo
do Estado de São Paulo (FecomercioSP), fundada em
1938, completou 75 anos
no último dia 30. Ao longo
de sua história, a instituição atuou ativamente para
a implantação do Código de
Defesa do Consumidor, para
o tratamento diferenciado à
micro e à pequena empresa
e para o fim da cobrança da
CPMF. Recentemente trabalhou para o fim da cobrança
da multa dos 10% do FGTS
(que não beneficia empresários, tampouco trabalhadores) e para a elaboração de
uma proposta sustentável
para o descarte de resíduos
sólidos.
Desde a sua criação tem
contribuído para a melhoria
do ambiente econômico do
País e no direcionamento
e apoio a 154 sindicatos
patronais filiados, que representam 1,8 milhão de
atividades empresariais e
respondem por 11% do PIB
P
3
Divulgação
paulista (4% do PIB brasileiro) e por 5 milhões de
empregos. No Estado, a Fecomercio é responsável por
administrar o Serviço Social
do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Um dos destaques da
FecomercioSP ao longo de
sua história é a elaboração
de estudos econômicos e
jurídicos e de indicadores
que expliquem e apontem
tendências para a conjuntura econômica, sendo a
primeira entidade a realizar
uma pesquisa conjuntural
do varejo, já na década dos
anos 1970. Também foi pioneira ao realizar uma pes-
quisa sobre endividamento
e inadimplência, apontando
a parcela da população insegura em assumir compromissos financeiros.
O presidente da Federação, Abram Szajman, ressalta o papel fundamental da
entidade para o crescimento econômico do País. “Estamos diretamente ligados ao
consumidor, aos sindicatos
e à sociedade.” Essa relevância também é reconhecida pelo governador Geraldo
Alckmin. “Destaco a grande
contribuição da FecomercioSP para o Estado de São
Paulo. Hoje, são 5 milhões
de postos de trabalho no
comércio e nos serviços.
Nesses 75 anos, a FecomercioSP foi fundamental para
moldar esse Estado que tem
tamanho de país”, afirma.
O presidente do Sindicato dos Comerciários,
Ricardo Patah, fala dessa
relação entre empregadores
e empregados e relembra a
harmonia da interação entre
os sindicatos e a FecomercioSP. “A valorização do comércio e do comerciário é
um ponto importantíssimo.
A regulamentação da categoria em março, teve apoio
irrestrito da entidade. Isso
nos traz uma possibilidade,
no futuro, de essa profissão - que hoje é a maior do
Brasil, com 12 milhões de
trabalhadores - ter um piso
único no País. De possuir
capacitação e qualificação”,
explica.
A questão da capacitação e do bem-estar é um
ponto importante do trabalho nessas mais de sete décadas, com a fundação do
Serviço Social do Comércio
(Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em 1946.
“Há uma união de interesses importante. O Senac
procura suprir eventuais
deficiências de emprego e
de qualificação”, destaca o
diretor regional da entidade, Paulo Salgado. Ele conta que as pesquisas divulgadas pela FecomercioSP
são fundamentais para a
melhoria constante do serviço prestado. “O Senac,
dessa maneira, pode se
antecipar às mudanças empreendidas e necessidades
de capacitação.”
O Sesc, referência em
programação cultural e
de lazer de qualidade, foi
pioneiro no conceito do
bem-estar social do trabalhador no Brasil. O diretor
regional, Danilo Miranda,
lembra que a fundação da
entidade ocorreu em função
da pressão do empresariado por melhores condições
profissionais sob o ponto de
vista de lazer, cultura e educação. “A FecomercioSP foi
o organismo que exerceu
o papel de formalizar essa
proposta em um contexto
de pós-guerra, industrializa-
ção e urbanização. O Sesc é
o resultado”, conta.
Personalidades da economia e política nacionais
creditam a legitimidade da
Federação ao posicionamento adotado em relação a temas e problemas presentes
no contexto de cada época.
“A FecomercioSP soube
liderar o empresariado nacional em direção à modernização e ao crescimento da
economia, acompanhando
as grandes transformações
sociais e políticas do País”,
destaca o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. Para o diretorpresidente do Grupo Pão
de Açúcar, Enéas Pestana, a
“entidade exerce importante papel para o desenvolvimento do comércio paulista. A força e o crescimento
do setor refletem esse trabalho, que abrange frentes
como sustentabilidade, pessoas e gestão do varejo”.
Informações fornecidas
ao Centro em Foco pela
Assessoria de Imprensa da
instituição.
Curso aponta novidades para inscrição de projetos no MinC
rojetos Culturais Incentivados ensina a “fazer
fazendo” e os participantes têm a oportunidade
de discutir e inscrever seus
próprios projetos, além de
participar de uma visita guiada a eventos incentivados na
cidade de São Paulo
Com o objetivo de
mostrar o funcionamento e as peculiaridades da
área cultural, o Instituto
Puente lança o curso prático Projetos Culturais
Incentivados. Em tempos
de novo Salic Web, nova
Instrução Normativa do
MinC, Vale-Cultura e expansão da economia da
cultura, o curso - dividido
em três módulos - apresenta o panorama geral
para quem deseja enveredar
profissionalmente pelo segmento cultural. Um grande
diferencial desse método é
a visita guiada a eventos incentivados, para que os alunos possam verificar, in loco,
o que podem agregar ou rejeitar em seus projetos.
O Módulo Básico - que
começa no dia 14 de setembro - está dividido em quatro eixos, cada um com três
horas de duração: 1. A profissão de produtor cultural,
2. A empresa/instituição de
produção cultural, 3. A elaboração de um projeto cultural, 4. Vendendo ou não
vendendo: como viabilizar?
Esse módulo capacita os
participantes a entenderem
o papel do produtor cultural,
suas tarefas, principais desafios e formas alternativas
de viabilizar seus projetos.
No Módulo Intermediário
os estudantes elaboram e
inscrevem seus projetos no
novo Salic Web, do Ministério da Cultura e no Módulo
Avançado conhecem a etapa
de pós-aprovação de seus
projetos, sendo orientados
para a captação e gestão de
recursos incentivados.
A instrutora é a diretora
da Vê Cultura, Valéria Marcondes, com mais de 20
anos de atuação no segmento cultural e no mercado de
marketing cultural, prestando consultoria para a ela-
boração, acompanhamento
técnico, execução e gestão
financeira em projetos culturais incentivados.
Inscrições:
As inscrições podem
ser feitas pelo site www.
institutopuente.org.
O
valor do primeiro módulo
é de R$ 692,00 até o dia
03/09/2013, e de R$ 756,00
a partir de 04/09/2013. O
pagamento poderá ser parcelado em até 5 vezes com
cartão de crédito (PayPal).
O segundo e o terceiro módulos também são
de 115 horas de duração
cada, com realização em
28 e 29/09/2013 e 12 e
13/10/2013, respectivamente. Os alunos que cursarem
os três módulos recebem
um desconto de 4% para o
segundo módulo e de 8%
para o terceiro.
Curso:
Projetos Culturais
Incentivados - Módulo I
Data: 14 e 15 de setembro
Local: Instituto Puente
Viaduto 9 de Julho,
160 - SL 176 - Bela
Vista (próximo ao metrô
Anhangabaú)
Horários: Sábado: 10h00
às 13h00, 14h00 às
17h00, 19h30 às 22h30
Domingo: 10h00 às
13h00, 14h00 às 17h00
Investimento: R$ 692,00
até o dia 03/09/13 e R$
756,00 após 04/09/2013
Informações:
(11) 3159-4848
4
comunidade
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Bancos: muito lucro e poucos funcionários.
M
Em um ano, os maiores bancos do país eliminaram mais de 10 mil postos de trabalho, mas o lucro gerado pelos bancários
no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado subiu 19,4%
esmo com lucros
astronômicos, os
bancos continuam cobrando taxas e juros
altos. O número de funcionários também diminui a
cada ano. De acordo com o
balanço dos bancos, entre
junho de 2012 e junho de
2013 foram extintos cerca
de 10 mil postos de trabalho, ou seja, funcionários
foram dispensados de agências e departamentos sem
que houvesse reposição.
Em um ano, o Itaú eliminou
4.458 vagas, o Santander
cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580 e o Banco do
Brasil 276 empregos.
Pressão por metas
adoece cada vez
mais os bancários
A falta de funcionários
e a pressão por venda de
produtos como cartões, seguros, com metas cada vez
maiores, têm levado os trabalhadores ao adoecimento.
As doenças físicas, como
Lesão por Esforço Repetitivo
(LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (Dort), e os transtornos
mentais, como estresse,
depressão e síndrome do pânico, tornaram-se epidemia
entre os bancários. Uma das
principais mudanças que os
trabalhadores cobram dos
bancos, na Campanha Nacional 2013, é a alteração desse
quadro, com o fim da cobrança por metas abusivas.
“Essa é mais uma forma
de os bancos acabarem com
a saúde dos bancários. Além
disso, devolvem à sociedade, da qual tanto lucro tiram, serviços piores, filas e
atendimento precário”, critica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco
e Região.
A categoria bancária
está entre as que mais sofrem com doenças ocupacionais relacionadas à forma de gestão dos bancos
que apostam numa rotina
de metas abusivas, extrema pressão e assédio moral
como forma de aumentar
sua produtividade. Mais de
21 mil bancários (21.144)
foram afastados no ano passado, de acordo com dados
do INSS, em todo o país –
sendo 27% por LER/Dort
e 25,7% por transtornos
mentais e comportamentais (como stress, depressão, síndrome do pânico).
Somente nos três primeiros
meses de 2013, 4.387 pessoas se licenciaram pelos
mesmos motivos (25,8%
transtornos mentais e 25,4%
por LER/Dort). Em 2011, o
número de bancários afastados foi de 20.714.
Bancários trabalham mais
para remunerar acionistas
Acionistas estão ficando
com parcela cada vez maior
da distribuição, e os trabalhadores cada vez menor
Os principais responsáveis pelo excelente resultado dos bancos no Brasil
recebem cada vez menos
retorno por esse trabalho.
Apesar dos reajustes salariais
conquistados nas Campanhas Nacionais Unificadas
desde 2004, que acumulam
85,32%, bancários viram
cair, nos últimos anos, a parcela que recebem do valor
adicionado dos bancos.
Valor adicionado é o PIB
do setor. São todas as receitas do banco, já subtraídas as
despesas de intermediação
financeira e outras, operacionais. Esse valor que sobra
é distribuído entre acionistas (na forma dividendos
e lucros retidos); governo
(pagamento de impostos) e
trabalhadores (remuneração,
vales, auxílios, FGTS).
Entre 1999 e 2005, em
média, os acionistas ficavam
com 25,9% dessa distribuição
do valor adicionado (DVA), os
impostos consumiam 24%, e
50,1% eram destinados aos
trabalhadores. Nos últimos
anos, entre 2006 e 2012,
houve uma inversão: enquanto o governo continua na
casa dos 23%, os acionistas
passaram a receber em média
quase 40% e aos trabalhadores restaram 37% (veja quadro abaixo).
“E isso num cenário em
que os bancários trabalham
cada vez mais”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, mencionando
dados dos balanços dos seis
maiores bancos do Brasil (BB,
Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC): na comparação
entre os primeiros seis meses
deste ano com o mesmo período de 2012, o lucro gerado
por trabalhador subiu 19,4%.
Cada bancário ampliou em
13,6% a receita com tarifas
e em 19,8% a carteira de
crédito. O número de contas
correntes sob a responsabilidade de cada um aumentou
6,9%. Só caiu a quantidade
de trabalhadores por agência:
- 5%. “Os bancos estão extinguindo postos de trabalho e
ganhando muito com isso.
Os trabalhadores que ficam
estão sobrecarregados, adoecendo e esse quadro é inadmissível num setor que tanto
ganha”, destaca Juvandia.
Caderno do Jornal Centro em Foco - Edição Nº 113
Fraturas em crianças exigem precisa investigação radiológica
U
ma criança cai, aparentemente machuca-se com gravidade,
como saber se algum osso
foi quebrado, principalmente quando a criança ainda
não sabe descrever ao certo
o que está sentindo? Geralmente, além do inchaço na
área afetada, a criança manifestará uma dor contínua,
forte, paralisante. Portanto, é importante que ela se
mova o mínimo possível até
receber atendimento médico
e uma investigação radiológica possa orientar a conduta
de tratamento.
Segundo o médico radiologista Edson Sato, do
Centro de Diagnósticos Brasil, há diversas classificações
de fraturas, podendo ser
expostas ou fechadas, completas ou incompletas, com
desvio ou sem desvio, com
extensão articular ou não.
Há também fraturas patológicas - em que uma lesão
subjacente predispõe à fragilidade óssea com fratura
na sequência - e as fraturas
por estresse, que ocorrem
quando o osso é submetido
a uma carga superior ao que
pode suportar.
1. Fraturas incompletas:
a) Em “galho verde” - neste
caso, parte do osso é lascada ou trincada, mas do lado
oposto o osso permanece
intacto; b) Em “torus” quando há compactação por
forças compressivas; c) Deformação plástica - nessa situação, as corticais* estão
íntegras.
2. Fraturas envolvendo a placa fisária
(Salter-Harris): Neste
caso, são fraturas que
envolvem a placa de
crescimento.
Sato afirma que
nem sempre um simples raio-x identifica
o problema. Nesses
casos, exames mais
sofisticados, como
a cintilografia e a
ressonância magnética de extremidades, são necessários.
“As fraturas são mais comuns
em meninos do que em meninas. Os
locais
mais
co -
muns de fraturas em crianças
são o rádio distal**, o cotovelo, a clavícula e a tíbia***.
Há fraturas por estresse
repetitivo causadas, inclusive, pelo uso de calçados impróprios.”
O especialista adverte que quando a dor
se torna mais constante, o ideal é procurar
um ortopedista imediatamente
e prosseguir com a
investigação diagnóstica. Em casos
menos críticos, o
paciente se recupera entre seis e oito
semanas de repouso. Mas nos casos
mais graves, em que
mesmo com muito
repouso o osso não
se consolida, pode ser
necessária uma intervenção cirúrgica seguida de fisioterapia.
Mais informações a
respeito do tema podem
ser encontradas em
www.cdb.com.br
6
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Carta aberta da Plenária Municipal de Saúde de São Paulo
Documento em apoio ao “Programa Mais Médicos” e aos vetos da presidenta Dilma ao Ato Médico
A
Plenária Municipal de
Saúde de São Paulo,
conforme decisão tomada em sua última reunião
ordinária, ocorrida em 03 de
agosto de 2013, na Câmara
Municipal de São Paulo se
posiciona a favor do Programa Mais Médicos, que além
de levar mais médicos para
regiões onde há escassez
ou inexistem profissionais,
propõe melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, com
investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde. Desta forma
o Governo Federal garantirá
mais médicos para atuar na
atenção básica de periferias
de grandes cidades e municípios do interior do país:
A
implantodontia
está
consagrada
como uma especialidade odontológica que
restabelece com eficiência a função mastigatória.
Entretanto, nem sempre
os resultados estéticos
são atingidos.
Como já mencionado
em artigo anterior, os implantes não substituem
perfeitamente os dentes
naturais. Desta forma,
para que se alcance um
sorriso estético com a
reabilitação com implantes, o especialista deve
atentar a vários fatores,
desde o planejamento cirúrgico do implante, até
o término da confecção
da prótese.
O planejamento inicia
com a avaliação do periodonto e o peri-implante,
ou seja, da gengiva ao redor dos dentes e implan-
- Apoiamos a contratação de médicos estrangeiros,
caso não haja o preenchimento de todas as vagas oferecidas pelo Programa Mais Médicos pois existe urgência em
se resolver esse problema;
- Apoiamos a mudança na
formação dos estudantes de
Medicina, que garantirá aproximação dos novos médicos à
realidade de saúde do país;
- Apoiamos a mudança na
lógica de abertura dos cursos
de medicina de universidades
privadas, que deverão apresentar propostas com foco
nas regiões prioritárias do
SUS e que se aprovadas pelo
MEC, os cursos de medicina
podem ser abertos;
- Apoiamos como requisito para abertura de um
novo curso, a existência de
pelo menos três Programas
de Residência Médica em
especialidades consideradas
prioritárias no SUS: Clínica
Médica e Cirurgia - Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria
- Medicina de Família e Comunidade;
- A Plenária Municipal
de Saúde de São Paulo se
posiciona também a favor do
Veto ao Ato Médico, cuja Lei
12.842 - que regulamenta
a atividade médica no país,
conhecida como Lei do Ato
Médico, tramitou quase 11
anos no Congresso Nacional;
- Apoiamos o governo
Federal, que considerando
as manifestações do Congresso Nacional, de Secretarias Municipais de Saúde e
das Entidades Nacionais Municipalistas, e após consultar
as entidades representativas
de profissionais da saúde,
apresentará novo projeto de
lei que assegure as competências de cada profissão e a
adequada prestação dos serviços de saúde;
- Apoiamos o veto dos
artigos referentes à formulação do diagnóstico de doenças, que se aprovado traria
restrições ao trabalho de outros profissionais de saúde;
- Apoiamos o veto aos dispositivos que impedem a atuação de outros profissionais na
indicação de órteses e próteses, inclusive oftalmológicas;
- Apoiamos o veto à direção e a chefia de serviços
médicos enquanto ato exclusivo deste profissional;
- Apoiamos o veto no
trecho que indicava a invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção,
sucção, punção, insuflação,
drenagem, instilação e enxertia, que caso a redação
fosse mantida, a utilização
da acupuntura seria privativa
de médicos, restringindo a
atenção à saúde e o funcionamento do SUS.
A Plenária Municipal de
Saúde solicita a manuten-
ção integral do veto parcial
decidido pela Exma. presidenta da República Dilma
Rousseff e apela ao Senado
Federal que preserve o interesse público, garantindo
o livre exercício de todas as
profissões da área da saúde,
da não reserva de mercado
ao profissional médico, do
atendimento nos estabelecimentos privados de saúde e,
especialmente, das políticas
públicas do Sistema Único
de Saúde, e assim aprove o
texto com o veto parcial da
presidenta, que garante a
regulamentação do exercício
da medicina e os interesses
da população brasileira.
Plenária Municipal de Saúde
de São Paulo
Implantes x Estética do sorriso
tes. A avaliação dos dentes
também é muito importante, uma vez que “a face é o
quadro do rosto e o sorriso
a moldura desse quadro”
(MONDELLI, 2003). A partir disso, prossegue-se com
a avaliação do exame tomográfico, o qual possibilita o
planejamento adequado do
posicionamento do implante, fator importantíssimo
quando se trata de estética
do sorriso com implantes.
Em muitos casos, para
se atingir o máximo de estética, deve-se lançar mão
de procedimentos de enxerto ósseo para ganhar
altura e/ou espessura ósseas. Entretanto, os procedimentos muitas vezes
cruciais quando se fala de
estética com implantes, são
as cirurgias plásticas periimplantares, ou seja, os
procedimentos nos quais
se acrescenta gengiva arti-
ficial e/ou natural para melhorar a estética gengival
do sorriso.
Por fim, após o correto
planejamento dos implantes e da gengiva ao redor
dos implantes, deve reabilitar o paciente com próteses sobre implantes que se
adaptem harmoniosamente
com o complexo ambiente
antes criado. Para tanto,
deve-se trabalhar com a seleção da cor, ajuste da for-
ma do dente e a confecção
de textura nas próteses de
porcelana. Deve-se lembrar
que a prótese deve estar
em função mastigatória e
em congruência com os
tecidos ao seu redor, possibilitando adequada higienização pelo paciente.
A apresentação acima retrata apenas alguns
pontos, abordados de
maneira
simplificada,
relativos ao complexo
tratamento estético com
implantes dentários, que
devem ser observados
pelo especialista em implantodontia para que o
paciente possa ter o seu
melhor sorriso e aquilo
que ele promove: saúde,
beleza e felicidade!
Dr. Marcelo Cavalli
Especialista em
Implantodontia
Mestre e Doutorando
pela USP - Professor
UniFMU
[email protected]
77
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Deus existe
E
u era jovem, quatro
anos de formada, havia terminado a residência médica e trabalhava
em um ambulatório de medicina de grupo, atendendo
pacientes de clínica geral e
cardiologia.
Os pacientes eram das
mais variadas idades, as doenças comuns, gripes, resfriados, dores de barriga,
pressão alta, colesterol elevado, diabete, dores musculares, dores nas pernas
enfim, uma gama de enfermidades rotineiras
Eu gostava de atender
naquele ambulatório porque o ambiente era bom,
havia vários colegas da faculdade que atendiam lá,
trocávamos impressões profissionais, falávamos sobre
doentes, doenças, congressos. Não sobrava tempo
para jogar conversa fora ou
falar de amenidades. Não
gostava do fluxo de pacientes que tínhamos que atender, um a cada 15 minutos,
fora os retornos. Esse tempo era escasso.
Embora as doenças
fossem corriqueiras havia
pacientes mais complexos,
com inúmeras queixas,
com dificuldade para se locomover ou se expressar, e
suas fichas médicas eram
pesadas devido ao número
de especialistas que consultavam e de internações,
que só para tomar conhecimento do histórico do paciente demorava 15 ou 20
minutos.
Tentava obter o máximo
de informações através da
história clínica do paciente
para não errar o diagnóstico e muito menos a medicação. Afinal, meu objetivo
era salvar vidas.
Além desse emprego,
trabalhava no serviço público federal e ali minha
frustração era ainda maior.
Os pacientes esperavam
meses para ser atendidos,
enfrentando filas imensas
de madrugada, para marcar
consultas e exames, passando frio e fome e muitas
vezes quando chegava o
grande dia, o dia da consulta, faltava sala para examinar, material para curativo,
medicação e até mesmo
estetoscópio e aparelho de
pressão.
Isso em pleno centro
de São Paulo, imagine-se
na periferia! Não dava para
por em prática o que aprendemos na faculdade, ver e
ouvir o paciente, observar
seu modo de andar, seu aspecto, sua fala, seu modo
de sentar, de respirar, se
estava pálido ou corado, se
parecia debilitado, se estava
com expressão de dor. Segundo nossos professores
esta prática nos garantiria
50% do diagnóstico.
Voltando ao ambulatório de medicina de grupo
em que trabalhava, gostaria de dar um depoimento
a respeito de um caso que
para mim se tornou emblemático e inesquecível e
que norteou para sempre
minha conduta em matéria
de consulta de pacientes.
Certo dia entrou no
Acupuntura
Medo de agulhas?
As agulhas são descartáveis, mas você
pode optar por substituí-las pelo LASER.
Melhoras já na primeira sessão.
Atendimento diferenciado. 3255.4833
Vera Ligia Lemos - Biomédica Acupunturista
consultório um paciente de
cerca de 30 anos, eletricista
de manutenção de hospital,
uma sacola cheia de exames. Havia raios X, exames
de coração, de sangue, de
estômago, de pulmão e segundo ele nenhum veredito.
Ninguém sabia o que
ele tinha. A queixa era de
cansaço extremo, fadiga,
estando
impossibilitado
de trabalhar. Ele mesmo
estranhava o fato, pois até
pouco tempo atrás era bem
disposto e trabalhava com
gosto e vontade. Havia
passado por vários especialistas, mas os sintomas vinham se agravando - agora
sentia cansaço até para falar. Notei que era verdade,
ele parecia muito cansado
no final do relato.
Estes sintomas me lembravam uma história que
tinha visto recentemente
na televisão. Tratava-se do
caso de um milionário muito famoso, dono de estaleiros na Grécia, Aristóteles
Onassis, que estava casado
com a viúva de outro não
menos famoso, o presidente dos Estados Unidos da
América, John Fitzgerald
Kennedy. O cansaço para
falar era semelhante ao de
Onassis, constatado na entrevista dada a um jornalista! Será que podia ser a
mesma doença?
O paciente já havia
consultado tantos médicos
do hospital e nenhum havia solucionado seu caso.
Como que eu, praticamente recém-formada, poderia
auxiliá-lo e melhorar sua
condição de saúde?
Não sabia que exame
mais poderia pedir, que
medicação lhe dar. Nesse
momento tive uma idéia,
vi uma luz no fim do túnel:
escrevi no receituário o
nome de um colega neurologista, que trabalhava no
andar de cima e o diagnóstico da doença - Miastenia
Gravis, uma doença rara.
Então, com uma segurança que causou estranheza
a mim mesma, anunciei ao
paciente que o problema
era esse e que o tratamento da doença lhe garantiria
a cura.
Passou-se um mês e
meio, e um dia aquele meu
colega neurologista foi até
a mim e perguntou sobre
como eu fizera o diagnóstico
da doença do referido paciente. Esse paciente havia
se submetido a uma cirurgia
para retirar o timo, um órgão
embrionário que havia crescido e se tornado um tumor.
O paciente estava bem,
havia sido curado e estava
pronto a voltar ao trabalho. Foi bom ter prestado
atenção no paciente, me
concentrado em seus sintomas e pensado em várias
possibilidades. Mas tudo
isso leva tempo, um tempo
que vale a pena, pois pode
salvar uma vida.
Só tive uma resposta
e uma constatação, Deus
existe.
Além do conhecimento,
existe a fé. Deus nos dá sinais de sua existência diariamente, o difícil é reconhecer e interpretá-los. No
caso dos médicos os sinais
são ver, ouvir, examinar e
sentir os pacientes.
Acredito que a arte perdida de curar tem que ser
recuperada e a humanização
da medicina é o caminho.
Amália Pelcerman
Cardiologia e Clínica Geral
Tel.: 3257-4071
[email protected]
8
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
IBCC festeja Dia do Nutricionista com dicas de alimentação
O
Dia do Nutricionista,
que se comemora
em 31 de agosto é
lembrado pelo Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) com a publicação
de dicas de cuidados com a
alimentação para o paciente
oncológico. De acordo com
especialistas, uma dieta balanceada com alimentos
variados, tipos e quantidades adequadas, compondo
refeições coloridas e que
incluem alimentos tanto de
origem vegetal como animal,
precisa fazer parte do cardápio de todas as pessoas,
inclusive de quem está em
tratamento.
O paciente que necessita de Quimioterapia e/ou
Radioterapia, pode apresentar algumas reações como
náuseas, diarreias, constipação (prisão de ventre), res-
Divulgação
secamento da boca e aftas. A
nutricionista do IBCC, Joyce
Romanelli, explica que a alimentação saudável auxilia e
diminui os efeitos colaterais
ocasionados nessa fase do
tratamento. “A irradiação
(Radioterapia) do abdome,
por exemplo, pode desencadear aumento das evacuações. Beber bastante líquido e evitar alimentos com
muitas fibras (vegetais crus
e frutas frescas, como laranjas) são dicas importantes”,
revela a nutricionista.
As náuseas são outra
reação que o paciente oncológico pode sentir durante a
Radioterapia e/ou Quimioterapia. Refeições em pequenas
quantidades e várias vezes ao
dia (pelo menos seis vezes),
ingerir alimentos em tempe-
ratura ambiente, tomar lentamente bebidas geladas, evitar
bebidas alcoólicas, café, chá
preto, chá mate, frituras, alimentos gordurosos, doces
concentrados, como o de
leite e goiabada, e alimentos
muito temperados podem
ajudar a diminuir as náuseas.
Há também a possibilidade do paciente ter dificuldade de evacuar. Nesse
caso, a ingestão de líquidos
durante o dia, o aumento do
consumo de frutas (mamão,
laranja, abacate e ameixa) e
de verduras cruas e cozidas
contribuem com o funcionamento do intestino. “É importante, sempre que possível, ingerir também o bagaço
das frutas”, complementa
Joyce. Se surgirem aftas ou
ressecamento da boca, a indicação é aumentar a ingestão de líquido, evitar alimen-
tos muito quentes ou muito
frios, acrescentar molhos e
caldos nos alimentos, incluir
purês, sopas, cremes, pudins, gelatinas, mingaus, vitaminas e carnes moídas ou
desfiadas nas refeições.
Sobre IBCC - O IBCC é
referência para o tratamento do câncer no Brasil. No
hospital, são atendidas 24
especialidades. Em 2012,
o hospital realizou 95.080
consultas, 7.094 cirurgias,
6.160 internações, 13.393
exames
mamográficos,
21.383 ultrassonográficos,
10.747 tomografias computadorizadas, 17.844 aplicações de quimioterapia e
32.474 sessões de radioterapia. Em 2013, o Instituto
completa 45 anos.
Informações da Assessoria
de Imprensa do IBCC
9
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
A
A violência contra a pessoa idosa
violência contra a pessoa idosa é um tema
ainda pouco conhecido
e debatido. As informações
são escassas, a subnotificação
de abusos é evidente e as formas de agressão são diversas e
silenciosas. Trata-se de um gigante sorrateiro que nos desafia enquanto povo que pretende envelhecer com dignidade.
Qualquer forma de violência é absolutamente inaceitável. Mas a violência
contra os idosos possui um
lado extremamente perverso,
pois acontece de forma naturalizada, muitas vezes dentro
de casa. Grande parte das
queixas registradas aponta os
próprios filhos como responsáveis pelos maus tratos. Por
isso mesmo, poucos casos
são denunciados e os dados
acabam sendo subestimados.
Em 2010 o Sistema de
Informação para Vigilância de
Violências e Acidentes (SIVVA) registrou na cidade de
São Paulo 759 notificações de
agressões por terceiros contra
pessoas acima de 60 anos.
Acredita-se, contudo, que os
casos sejam muito mais numerosos, não apenas pela fre-
quente relação de parentesco
entre agressor e agredido,
mas também pela falta de informações sobre os mecanismos de proteção disponíveis.
Apesar de a violência física ser a mais conhecida,
há outras formas de violência cotidiana contra o idoso
que igualmente não podemos tolerar: a negligência,
agressões verbais, o abuso
e o descaso na prestação de
serviços. É importante falar
também da queda acidental,
uma das causas mais frequentes de internação. Somente
em 2010 foram notificadas
3.304 quedas de pessoas
com 60 anos ou mais, que
resultaram em 647 mortes.
Muitas das quedas ocorrem
dentro das residências e as
que acontecem nos espaços
públicos se devem às precárias condições de acessibilidade das ruas, calçadas e
áreas de acessos aos prédios.
Isso indica que é preciso
fortalecer as medidas governamentais e institucionais que
propiciem melhores condições de moradia, locomoção
e acessibilidade. As medidas
preventivas são razoavelmente
simples e incluem iluminação
adequada, pisos sem obstáculos, dispositivos de suporte em
banheiros e em locais onde o
idoso se locomove.
Para começar a enfrentar
essa dura realidade a Secretaria Municipal de Direitos
Humanos e Cidadania lançou
em junho a campanha de
Conscientização da Violência
contra a Pessoa Idosa que terá
caráter permanente, com jornadas e encontros com especialistas para debates em vários distritos da cidade. Além
da campanha, estão previstas
outras ações que incluem para
a efetivação do Estatuto do
Idoso, entre as quais a criação
de Universidades Abertas da
Pessoa Idosa, uma das prioridades do Programa de Metas
em fase final de discussão. A
São Paulo que a gente quer é
acolhedora e não aceita violência contra nenhuma pessoa, em qualquer idade.
Rogério Sottili - Secretário
Municipal de Direitos
Humanos e Cidadania
Guiomar Silva Lopes Coordenadora de Políticas
para Idosos
10
A
ARTES E CULTURA
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Grupo 3 de Teatro apresenta mostra­­de seu
repertório no Teatro Sérgio Cardoso
té 6 de outubro, o
paulistano tem a oportunidade de acompanhar, bem de perto, a trajetória completa do Grupo 3
de Teatro, dirigido por Yara
de Novaes, Débora Falabella e Gabriel Fontes Paiva
desde 2005. Durante cinco
semanas, de terça a domingo, o palco do Teatro Sérgio
Cardoso recebe as peças A
serpente (2005), releitura
do clássico de Nelson Rodrigues, O amor e outros estranhos rumores - 3 histórias
de Murilo Rubião (2010),
adaptação de Silvia Gomez
para a obra de Murilo Rubião - ambas com direção de
Yara de Novaes - e O Continente Negro (2007), texto
inédito no Brasil do dramaturgo chileno Marco Antônio de La Parra, dirigido por
Aderbal Freire-Filho.
Todos os espetáculos
do Grupo 3 alinham profundo trabalho de pesquisa
teatral à busca incessante
por abordagens inovadoras,
criando unidade na pesquisa e na concepção cênica.
Parte desta coerência artística está no fato do Grupo
se manter o mesmo desde
sua fundação, e também por
trabalhar com colaboradores artísticos permanentes,
como o músico Morris Picciotto, que compõe todas
as trilhas dos espetáculos,
o arquiteto e artista plástico André Cortez, que assina os cenários de todas as
montagens e a dramaturga e
jornalista Silvia Gomez, que
adaptou a obra de Murilo
Rubião e traduziu O Continente Negro. Juntos, Yara,
Débora, Gabriel, Morris,
André e Silvia são os responsáveis pela trajetória do
Grupo.
A Serpente - Débora
Falabella interpreta Guida,
uma mulher muito ligada à
irmã Lígia (Débora Gomez).
Ambas casam no mesmo dia
e, com os maridos, dividem
um apartamento em Copacabana. Um ano depois do
casamento, Guida vive uma
intensa lua-de-mel e Lígia é
praticamente virgem. Muito
infeliz, Lígia expulsa o marido de casa e diz para a irmã
que está pensando em morrer. Guida propõe a irmã
que passe uma noite com o
seu marido. Com um ritmo
rápido e texto sucinto - em
apenas um ato - o dramaturgo Nelson Rodrigues
(1912-1980) conseguiu escrever uma
peça inteira sobre
um tema familiar:
a paixão de duas
irmãs pelo mesmo
homem. Completam o elenco
Alexandre Cioletti, Augusto
Madeira e Cyda
Morenyx. “É uma
montagem que privilegia o trabalho
do ator, ressaltando a teatralidade
do texto de Nelson Rodrigues,
em uma leitura
com os
olhos de
hoje”,
destaca a
diretora
Yara de
Novaes.
O Continente Negro
- Dirigido por
Aderbal Freire
Filho, o texto
do
chileno
Marco Antônio de
La Parra
fala so-
bre relações amorosas de
forma fragmentada, com
diferentes personagens e
histórias. O elenco enxuto
traduz os diversos personagens de Marco Antônio e se
desdobra para contar a vida
de 12 personagens. Segundo o diretor, ”há situações
que são bem dramáticas, estão todos em busca de uma
saída”. O elenco é formado
João Caldas Francisco
por Yara de Novaes, Débora
Falabella e Rodolfo Vaz.
O Amor e outros
estranhos rumores - A
dramaturga Silvia Gomez
escreveu este espetáculo a
partir de contos do mineiro Murilo Rubião (19161991), pioneiro do realismo fantástico brasileiro.
Yara de Novaes dirige o espetáculo que mergulha em
três de seus contos: Memórias do Contabilista Pedro Inácio, Os Três Nomes
de Godofredo e Bárbara.
A montagem apresenta
histórias que trazem à
tona questões extraordinárias sobre amor
e solidão. No elenco, Débora Falabella, Rodolfo
Vaz, Maurício
de Barros e
Priscila Jorge.
Sobre o
Grupo 3
de Teatro
A
estreia
do espetáculo A
Serpente, na Casa de
Cultura Laura Alvim,
no Rio de Janeiro, em
2005, marcou também o nascimento do
Grupo 3 de Teatro,
fundado por Yara
de Novaes, Débora Falabella e Gabriel Fontes Paiva.
Com a criação da
companhia, os três
mineiros radicados em São Paulo
deram continuidade à parceria teatral iniciada em
Belo Horizonte no final
da década
de 1990.
É uma companhia teatral estável de processo
continuado. Sua pesquisa,
realizada desde 2005, muitas vezes se desdobra em
novos projetos de cunho
documental, social e de
difusão. Foi o caso das
mostras “Murilo Rubião
- o Reescritor fantástico”
(SESC Paladium e UFMG)
e “Mostra Contemporânea
de Arte Mineira” (SESC
Pompéia e Vila Mariana) e
da publicação da tradução
para o português do texto
dramatúrgico do chileno
Marco Antonio De La Parra - O Continente Negro.
Frequentemente,
a
companhia estende seu
treinamento com oficinas
abertas promovendo o encontro e o diálogo com
outras companhias, como
quando produziu a oficina
“Dramaturgia e Espaço”
ministrada pelo chileno
Marco Antonio De La Parra
e “View Point” por Myriam
Rinaldi. Ainda no campo
pedagógico, o grupo compartilha com estudantes
de teatro seu processo de
criação com oficinas ministradas por integrantes do
grupo: “A Cena Teatral e
Murilo Rubião”, no Teatro
Tuca, ministrada por Yara
de Noves, André Cortez
e Silvia Gomez e “Espaço
Wellington Carvalho
Dramaturgia e Atuação”,
por André Cortez e Yara de
Novaes.
Serviço:
Mostra do Grupo 3 de
Teatro
Temporada: De 3 de
setembro a 6 de outubro
A Serpente: terças e quartas
às 21h, O Continente
Negro: quintas e sextas às
21h, e O Amor e Outros
Estranhos Rumores:
sábados às 21h e domingos
às 18h.
Duração dos espetáculos:
A Serpente: 60 min, O
Continente Negro: 70 min. e
O Amor e Outros Estranhos
Rumores: 90 min.
Classificação etária: A
Serpente: a partir de 14
anos, O Continente
Negro: a partir de 12 e O
Amor e Outros Estranhos
Rumores: a partir de 12.
Teatro Sérgio Cardoso
Rua: Rui Barbosa, 153 Bela Vista –
Tel.: (11) 3288-0136
Lotação: 835 lugares
Acessibilidade para pessoas
com necessidades especiais
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
(meia entrada). Vendas
por telefone - (11) 40031212 ou internet: www.
ingressorapido.com.br ARTES E CULTURA
SP - 3 de Setembro a 3 de Outubro de 2013
Operação Trem-bala marca os 40 anos
de carreira de Naum Alves de Souza
N
aum Alves de Souza,
diretor, autor, cenógrafo, figurinista
e artista plástico completa
40 anos de carreira e 70 de
vida. Como parte da comemoração levou para o palco
seu texto inédito, Operação
Trem-bala. O espetáculo
cumpre temporada no Instituto Cultural Capobianco,
até a 29 de setembro. Naum
é criador de importantes e
premiadas obras teatrais,
como No Natal a Gente
Vem te Buscar (1979), Aurora da Minha Vida (1981)
e Um Beijo, Um Abraço, Um
Aperto de Mão (1984) -textos traduzidos para diversos
idiomas, publicados e encenados internacionalmente.
Para encenar a nova peça,
Naum escolheu os atores Ana
Andreatta, Mila Ribeiro, Marco Antônio Pâmio e Fábio Espósito. O elenco possui um
passado rico em experiências
com o autor e diretor, que
vem desde a Escola de Arte
Dramática, passa pela criação
em 1997 do Espaço Naum
Alves de Souza (com os espetáculos Strippers e Pivô) e
que se estende até os dias de
hoje. “Formam um consistente, criativo e talentoso grupo
de trabalho”, atesta o autor,
que em 2005 teve publicada
sua obra completa para teatro
pela fundação Cena Lusófona, de Coimbra, Portugal.
A ficha técnica se completa
com Miko Hashimoto, nos
figurinos, Wagner Freire no
desenho de luz, Lívio Tragtenberg na composição da trilha sonora original e direção
musical e Fábio Namatame e
Juliano Lopes no visagismo.
Sobre a história
Embalada em non-sense,
a história se desenrola em
torno de um casal de velhos
Fotos: Paulo Cesar Lima
na iminência de ser enganado
por parentes para embarcar
em um imaginário trem-bala.
Sua Excelência, velho governante há décadas no poder, e
a primeira esposa, Dona Bluma, estão nas mãos das filhas
adultas e de Filipa, a nova e
ambiciosa esposa. De olho na
fortuna, elas projetam “resolver” o problema da senilidade
de Sua Excelência, de Dona
Bluma, e também do velhíssimo cardeal Dom Círio, confessor da família, dos centenários
tios e da cozinheira Elpídia,
que começou a trabalhar na
mansão no tempo do tataravô
de Sua Excelência. Não ficam
de fora o Diabo e os fantasmas dos parentes que assombram a mansão.
Filipa e as três filhas do
casal Vitória, Inglória e Tormenta se aproveitam do fato
de o velho governante imaginar que seu fabuloso projeto
do trem-bala se concretizou
e está pronto para a viagem
inaugural. Filipa, aliada às
jovens, estimula o velho
político e seus agregados a
embarcarem e viajar no magnífico trem, que os levará
ao encontro de um famoso
médico alemão. “Operação
Trem-Bala” mostra os percalços dessa agitada viagem. Baseado em um conto seu ainda não publicado, O Almoço
de Ação de Graças, Naum
insere no texto a temática
do trem bala, referência ao
projeto governamental do
trem de alta velocidade que
ligará Campinas a São Paulo
e ao Rio de Janeiro. O conto
trata da agonia de um velho
político prepotente e senil
e sua família. “A parentada
toda acha que ele vai morrer
e está querendo bicar, tirar
uma lasquinha de sua fortuna”, explica o autor.
“Operação Trem-bala”
faz críticas ao poder e ao
modo como a sociedade
trata os idosos. “Quando
somos jovens, não percebemos que um dia vamos
envelhecer. Não pensamos
nisso. Quando a velhice
chega você percebe que não
possui a eternidade. Mostro
na peça que mesmo o poderoso envelhece e fica entregue às mãos dos parentes”,
diz o diretor, citando um
ditado: “É bom cuidar bem
dos filhos porque eles é que
vão escolher o asilo onde os
pais vão mofar”.
Sobre a montagem
Devido à diversidade
de cenas e lugares onde se
passam as ações, Naum Alves de Souza optou por uma
solução quase shakespeariana de encenação, a do palco
neutro. A encenação é enxuta. Cada personagem tem
seu figurino alegórico (todos
com saias compridas e a parte de cima que os caracteriza) e peruca. Como objetos
cênicos, apenas cadeiras de
rodas e andadores. Um trenzinho elétrico, em funcionamento durante toda a peça.
Os figurinos de Miko Hashimoto definem muito bem o
caráter dos personagens.
Serviço:
Operação Trem-Bala
Temporada: até 29 de
setembro
Sessões: Sextas-feiras e
sábados às 20h e domingos
às 19h
Classificação: 14 anos
Duração: 80 minutos
Instituto Cultural
Capobianco - Teatro da Sala
Subterrânea
Rua Álvaro de Carvalho,
97 - Centro (próximo metrô
Anhangabau)
Tel.: (11) 3255-8065 /
3237-1187
Ingressos: R$ 20 e R$
10 (meia entrada, para
estudantes)
11
Anjotérica
Zugon Villar
Anjoterismo é uma simbiose entre ciência e fé.
Estatísticas que confundem
nossas mentes
Existem muitas palavras que
são inventadas apenas para confundir ouvintes. Juízes e advogados,
assim como médicos, benzedeiras
e economistas, usam expressões
que podem até ser comuns nos
ambientes em que transitam e
entre seus pares, mas de difícil
compreensão para aqueles que são
passageiros pelas suas atividades.
A Cientologia de Ron Husbart,
assim como Angélia Rocha da Angelschurch, preconizam que qualquer informação para ser útil precisa ser bem esclarecida. Quando
você ouve distraidamente: Cê tem
brochove..., não dá a impressão
que estão lhe perguntando alguma
coisa com segundas intenções?
Pois é, no mês de setembro
chove em muitos lugares do mundo. Aliás, todos os dias temos chuvas, trovoadas e, estatisticamente,
a cada segundo caem dois raios
em nosso planeta.
Tudo neste mundo já foi motivo de estatística, que segundo
Gueibrou twelv, da Ayasofia, é
a arte de torturar números até
eles oferecerem os valores que o
patrão precisa. Ou como disse Joelmir Beting: enquanto cinquenta
por cento das pessoas passam
fome as outras cinquenta por cento fazem regime.
Observe comigo alguns resultados estatísticos história. No planeta Terra, no ano zero desta contagem DC, éramos 300 milhões
de pessoas, em 1800 chegamos a
1 bilhão, em 1930 dobramos para
2 bilhões e em 1970, 3,5 bilhões,
tínhamos até uma bela canção:
“Noventa milhões em ação, pra
frente Brasil, salve a seleção...”
Hoje o mundo dobrou de novo,
somos 7 bilhões de pessoas vivas.
Uma dessas se suicida a cada 30
segundos, o que soma, aproximadamente, 3.000 por dia, e a cada
minuto uma tentativa frustrada.
Um milhão morre por ano em acidentes de trânsito, sendo que quatrocentas mil são de jovens entre
10 e 24 anos.
Somos sessenta e dois por
cento asiáticos, dez por cento europeus, quatorze por cento africa-
nos, treze por cento americanos e
um por cento da Oceania. Quarenta e oito por cento dos seres humanos são homens e 89% são heteros.
Trinta por cento são brancos, 30%
são cristãos, 80% vivem em condições precárias, 75% têm problemas
de alimentação, 50% nunca falaram
ao telefone, 14% já foram presas e
torturadas, 40% sofrem perseguição por causa de seus credos, 30%
dos adultos são analfabetos, 1%
consegue terminar uma faculdade,
2% têm computadores, 20% possuem telefone celular e um terço
não come insetos, ainda! Oito
por cento tem dinheiro guardado,
sendo que 2% têm 90% de todo dinheiro do mundo e 59% de todo o
dinheiro do mundo são de apenas
6 famílias dos EUA.
Tem mais um minutinho? Pois
é, um minuto depende de que lado
da porta do banheiro você está.
Sabe quanto é 9 meses? Pergunte a
uma grávida. E um milésimo de segundo? Pergunte ao Rubinho Barrichello. Já temos onze mil máquinas
inativas no espaço. Aspiramos 137
metros cúbicos de ar por dia. Noventa e sete por cento da água do
mundo estão nos oceanos, 2% nos
rios, 0,99% no subsolo, 0,01% é tratada e, respiramos, junto com o ar,
uns 500 gramas desta mesma água
por dia. Sessenta e três por cento
do corpo humano compõem-se de
água, o rio
Amazonas despeja 300 m cúbicos, (3 bilhões de litros) por segundo, no mar. A grande São Paulo
consome seis bilhões de litros por
dia. Para se produzir o arroz, usa-se
62 vezes o seu peso em água. Em
1 ano uma pessoa nos Estados Unidos, gasta 200.000 litros, no Haiti
e na África subsaariana menos de 5
mil, e na São Paulo maravilha, uns
80 mil litrinhos.
Trinta por cento das pessoas
adultas do Brasil são aposentados,
10% são funcionários públicos e militares, 0,8% são presidiários, 0,3%
são índios, 30% estão estudando,
0,5% trabalham em estatais, 0,2%
estão doentes, 3% são deficientes e
8% estão desempregadas.
Venha fazer parte de uma instituição e se divertir aprendendo.
Se você sabe venha nos ensinar, se você não sabe, venha aprender para ensinar.
Todas as quartas feiras às 19:
horas temos palestras e conversas
amáveis e reconfortantes à rua Alferes Magalhães, 347 em Santana
- pertinho do metrô.
Veja nossa programação no
site www.escoladeanjos.org ou em
[email protected]

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