flyfishing em pesqueiro

Transcrição

flyfishing em pesqueiro
n°01, novembro de 2013
APRENDER OU NÃO?
EIS A QUESTÃO
Rubinho mostra que a pesca com
mo ca eficiente e di ertida
FLYFISHING EM
PESQUEIRO
Nessa modalidade, a
diversidade de peixes que
podem ser capturados em
pesque-pagues não é pequena!
PEREIRA BARRETO
Opção para iniciar a pesca do Tucunaré
STREAMERS
POLAR FIBRE
Aprenda com o nosso passo a passo
E MAIS:
Leia nossas colunas de Tecnologia da
Informação, Saúde e Atado
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Cursos
Faça o seu curso de fly, não importa o nível de seu
conhecimento na modalidade!
CURSOS BÁSICOS:
CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:
Ministrados pela equipe Total Fly, têm
como principal característica introduzir o
iniciante na modalidade de forma simples e
descomplicada.
Ministrados pelos mais renomados instrutores da
modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e
Gerson Kavamoto.
Tão fácil que, após apenas um dia de curso,
você já estará apto a buscar seu primeiro
peixe no pesque-pague de sua preferência.
E daí para frente é só progresso e emoção.
Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar,
corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer
local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar
em uma pescaria específica, tanto no que diz respeito a
local quanto ao peixe-alvo.
ONDE ESTAMOS
Localizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY
terá, em breve, tudo o que o pescador de fly necessita em um único lugar.
e-mail: cursos@totalfly.com.br
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A ESPORTIVA
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Editorial
Expediente
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Informa
A TOTAL FLY
magazine
Expediente
A Total Fly surgiu como um
desafio de ajudar os aman-
tes da pesca esportiva a descobrir que a modalidade
Diretoria
Salgado Filho e Loopinvest
Flyfishing (Pesca com Mosca), ou, simplesmente, Fly,
como é mais conhecida, é mais simples e emocionante do
Edição e revisão de texto
que muitos imaginam.
Janaína Quitério
Assim nasceu a Total Fly, uma empresa que integra todo
(MTB 45.041/SP)
o conteúdo para a prática dessa modalidade e conta com
C
uma equipe de profissionais especializados em dar suporte
Projeto gráfico e diagramação
M
ao pescador esportivo, independentemente do seu estágio
Glauco Dias
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na modalidade: iniciante, intermediário ou avançado.
Pela primeira vez no Brasil, uma única marca oferecerá
CM
Colaboraram nesta edição
MY
todo o suporte para a prática do Flyfishing: cursos (ar-
Alexandre Sarpe, Arnaldo Rampado (fotos), Carlos
remesso e atado), Fly Shop (equipamentos, acessórios,
Cacosa, Diego Veronezi, Mario Kayano (fotos), Regi-
materiais de atado, iscas), Viagens, Loja Virtual. E mais:
naldo Bueno, Rick Morais, Rubinho, Salgado Filho.
tudo isso poderá ser encontrado num único lugar. Em uma
sede com cerca de 25.000 m 2, além de estar próxima a
maior capital brasileira, oferecerá tudo para o seu conforto,
segurança e diversão.
É nesse espaço que está localizado o CT (Centro de
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Pintura de Luiz Roberto de Matteis
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amigos e, ainda, a única Flyshop (loja) onde você poderá
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testar seus novos equipamentos.
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A revista Total Fly integra esse circuito e, a partir de
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Treinamento), com lanchonete, além de espaço para reunir
agora, trará matérias técnicas e roteiros, além de colunas,
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artigos, entrevistas e textos que possam ajudar o pescador
esportivo a desvendar e/ou aprimorar seus conhecimentos
nessa modalidade.
Que o Flyfishing, além de ajudar a pegar muitos peixes,
fisgue muitos pescadores esportivos. Não perca nossas
A Total Fly magazine é uma publicação institucional da marca Total
Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por
escrito da diretoria. O conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias inclusos nesta edição é responsabilidade dos anunciantes. A
Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em
artigos assinados.
edições trimestrais e venha conhecer o nosso trabalho!
É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.
Janaína Quitério
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CMY
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Sumário
Edição 01
Coluna de tecnologia
da informação
O boom da internet e
do Flyfishing
Por: Rick Morais
Coluna de atado
Desatando o atado
Por: Carlos Cacosa
30
32
Vale a pena aprender a pescar com mosca?_p08
Rubinho dá as dicas
34
Roteiro especial em Pereira Barreto-SP_p12
Flyfishing em pesqueiro_p20
Coluna de saúde
É preciso preparação
física para pescar?
Por: Diego Veronezi
Aprenda a fazer streamers polar fibre_p26
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Pesca com mosca
Curso de fly
TEXTO: RUBINHO
FOTOS: JJPHOTOS E ARNAUD FILLEUIL
PESCA COM MOSCA:
APRENDER OU NÃO, EIS A QUESTÃO
Esse estilo de
pesca, muito
eficiente em
diversas situações,
é capaz de
proporcionar
grandes momentos
de prazer para
quem pratica a
pesca esportiva
Q
uando tive contato
com esse estilo
de pesca pela pri-
meira vez, por volta de 1992,
pouco se sabia sobre a pesca
com mosca no Brasil. Havia
poucos pescadores que
dominavam essa técnica, e
as informações, quando disponíveis, sempre chegavam
com certo mistério, como
um estilo difícil, quase que
reservado para poucos. Sem
contar as conotações negativas, tais como: “a pesca de
fly ou mosca é o último estágio da loucura”; “o pescador
parece ser meio afeminado”;
“os equipamentos são muito
mais caros quando comparados aos molinetes e carretilhas”. E por aí vai.
A errada imagem sobre
esse fantástico estilo de pesca afastou muitos potenciais
adeptos, além de torná-lo
antipático para muitos.
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em San Carlos Del Bariloche
no primeiro ano, e as peças
daquele intrincado quebra-cabeça foram se encaixando
rapidamente. Nunca pareceu
ser tão fácil aprender sobre
essa modalidade. Retornei
no ano seguinte para o curso
avançado e, no terceiro ano,
fui convidado para participar de um curso especial de
instrutores, uma vez que ele
queria proliferar cada vez
mais a pesca com mosca fora
da América do Norte.
Apaixonado por qualquer tema relativo à pesca esportiva,
e por estar no mercado televisivo com o primeiro programa de pesca em caráter nacional, me senti na obrigação
de aprender sobre essa modalidade de pesca o mais rápido
possível, independentemente das aparentes dificuldades
e do custo. Lembro-me de movimentar a vara com a linha
pela primeira vez e de me enrolar todo logo de saída. Parecia
difícil e, na verdade, era mesmo. Com poucos pescadores,
a instrução caminhava muito lentamente, ainda mais sem
método de ensino, o que dificulta muito o processo de aprendizagem. Comecei sozinho e tive agradáveis momentos de
diversão com bons peixes do outro lado. Mas, era limitante.
Não sabia onde estava errando e muito menos como corrigir
meus movimentos. Decidido a aprender defi nitivamente a
pescar com mosca, entrei em contato com alguns poucos
pescadores desse estilo e comecei meu treinamento.
A cada aula havia evolução, mas não era suficiente,
queria mais. Sentia que faltava um método de ensino. Por
mais boa vontade que tivessem, era difícil entender o que
exatamente deveria ser feito e por que ocorria determinado
movimento errado. Percebi que teria de buscar instrução
fora do país. Naquela época, Mel Kriegger, um americano
de São Francisco, nos Estados Unidos, era considerado um
dos maiores instrutores de fly, conhecido mundialmente por
seu eficiente método de ensino. Fiz o curso básico com ele
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Pesca com mosca
Curso de fly
Meu maior objetivo de
fazer um curso de instrutor
foi tomar conhecimento com
uma metodologia já testada e
eficiente, pois somente dessa
forma se consegue formar
novos pescadores. Saber
pescar não necessariamente
significa saber ensinar. São
coisas diferentes, mas pouco
percebidas pelos brasileiros.
Pude sentir isso na pele, e
confesso que quase desisti
do estilo. Quando percebi
que, com um bom método de
ensino, fica não só divertido
aprender, como se consegue
resultados muito mais rapidamente, não resisti e tomei a
decisão de me preparar para
montar uma escola de fly, que
encurtasse o caminho entre o
desejo de aprender e a prática
do conhecimento adquirido.
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O que é: apenas um estilo de pesca, muito
eficiente em diversas situações e pode trazer
grandes momentos de prazer para quem pratica a pesca esportiva.
Como é: um equipamento próprio, com-
posto de uma vara comprida, entre 7 e 10 pés,
as mais comuns com 9 pés, uma carretilha e
uma linha especial, densa e pesada, emborrachada. Como as iscas são leves, a linha é que
é arremessada, levando de carona uma mosca
(isca artificial, artesanalmente montada com
pelos, penas e materiais sintéticos, imitando
algo, vivo ou não, mas comestível), a ser apresentado ao peixe.
O que se pesca: a variedade é grande,
indo desde um lambari, passando pela truta,
pelos dourados de água doce e salgada, pelos
tucunarés, até os grandes marlins oceânicos.
Não há limite, desde que se apresente ao peixe uma isca que realmente se pareça com um
inseto, uma flor, um fruto, um réptil, um peixe,
ou seja, algo atraente.
Caro ou barato: normal, igual a qual-
quer outro estilo. Há material mais de combate, com bons preços e equipamentos mais de
ponta, com valor agregado. O custo do curso de qualidade deve ser considerado como
investimento, uma vez que pode garantir um
retorno muito mais seguro e rápido.
Pescar com mosca é fácil. Todos
Se conselho valer, aprendam
podem e devem aprender, pois é
a pescar também no estilo fly ou
somente mais um divertido e amplo
pesca com mosca, mas busquem
estilo de pesca. Eficiente em muitos
uma instrução credenciada. Garan-
momentos, ela proporciona uma emo-
to que valerá a pena. O caminho
ção bem integrada com a natureza.
fica mais curto. Com método, um
Creio que o suave movimento da linha
aluno pode pescar rapidamente. O
no ar leva a uma leveza natural. Um
entendimento da dinâmica desse
arremesso bem feito já garante grande
movimento da linha no ar garante
prazer, somado à fisgada, à briga com
possibilidade de autocorreção, que
o peixe, à foto e à soltura, completam o
é a única forma de poder melhorar
programa em alto estilo.
sua técnica.
Quanto à eficiência: no caso do tucunaré, posso afirmar que a pescaria com equipamento de fly é muito mais produtiva que a
praticada com isca artificial nos equipamentos
convencionais de carretilha ou molinete. Sem
medo de errar, poderia afirmar que, numa base
comparativa entre os estilos, o fly tende, de
uma maneira geral, a levar uma vantagem de
cerca de 5 x 1, ou seja, 5 peixes no fly para
1 nos equipamentos convencionais. Se, num
primeiro momento, pode parecer um número
exagerado, não é difícil explicar essa vantagem. Enquanto no equipamento convencional
o pescador faz um arremesso na estrutura
onde se pensa estar o peixe, o pescador de
fly consegue arremessar três vezes no mesmo local. Isso é possível uma vez que no fly o
pescador não necessita trazer a isca até onde
ele está para novo arremesso. Como no fly o
que se arremessa é a linha e não a isca, é possível levantar a linha da água muito antes de
a isca se aproximar e fazer novo arremesso.
Somente essa facilidade já daria uma grande
vantagem, mas ainda se pode contar com a
naturalidade da isca de fly em relação às iscas artificiais produzidas com metal, plástico,
madeira ou borracha. Como são iscas produzidas com pelos ou penas, elas nadam de
forma mais natural que as demais, feitas com
materiais mais rígidos e, consequentemente,
atraindo mais os predadores, como é o caso
do tucunaré. Por ser leve, a isca não assusta
o peixe ao tocar na água, como ocorre com
as demais.
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Pereira Barreto-SP
Roteiro
POR: SALGADO FILHO
COLABORAÇÃO: MARIANA DE PAULA SANTOS
FOTO DE ABERTURA: MS IMAGENS
DEMAIS FOTOS: ARNALDO RAMPADO
PEREIRA BARRETO:
INICIANDO VOCÊ NA
PESCA DO TUCUNARÉ
Essa estância turística, que empreende um trabalho
voltado aos esportes aquáticos, ao turismo de
veraneio e ao ecoturismo, é ótima opção para os
iniciantes da pesca com mosca
O
pequeno vilarejo denominado Novo Oriente, fundado oficialmente em
1928 com o objetivo de receber imigrantes japoneses para trabalhar na
lavoura, deu origem à cidade de Pereira Barreto, distante 626 quilôme-
tros da capital paulista. Localizada na divisa dos estados de São Paulo e do Mato
Grosso do Sul, tinha como principal fonte de renda a agropecuária e a lavoura,
mas, em meados de 1990, teve a maior parte de seu território inundada por conta
da formação do lago da hidrelétrica de Três Irmãos, no rio Tietê, que confinou
seus pouco mais de 25 mil habitantes atuais em uma península de 982,70 Km 2 .
Mas esse golpe não fez a cidade “encolher”. Muito pelo contrário: ela passou
a investir, a princípio, no turismo de pesca e, na sequência, foi promovida à
estância turística. Além disso, deu início a um trabalho voltado aos esportes
aquáticos, ao turismo de veraneio (devido às suas belas praias) e ao ecoturismo,
o que leva hoje centenas de pessoas a visitá-la. É por isso que novos negócios
são gerados constantemente e mais investimentos são destinados a empreendimentos autossustentáveis, como é o caso da piscicultura.
No início, os tucunarés-amarelos e azuis fizeram a alegria de milhares de pescadores. Mas, infelizmente por falta de informação e conscientização ambiental,
a pesca, em sua maioria predatória, fez com que diminuísse muito a quantidade
desses peixes e, por consequência, a frequência de pescadores.
Como sempre, ao ver-se livre da pressão, a natureza se recompôs, os tucunarés se multiplicaram rapidamente e, novamente, são encontrados em abundância
nas águas que circundam a cidade, tornando Pereira Barreto o lugar perfeito
para o iniciante na pesca com Fly.
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Isso porque, indiscutivel-
Pereira Barreto-SP
Roteiro
vegetações, o que ajuda a
mente, o que importa para
acertar a precisão de arre-
quem está iniciando não é
messo.
a qualidade, ou seja, ir atrás
2) A utilização de moscas
somente de peixes gran-
dos mais variados modelos
des, o que pode resultar em
e tamanhos, o que aumenta
uma única fisgada no dia,
consideravelmente o nível
ou mesmo em nenhuma, ao
de habilidade do princi-
passo que, tendo-se quanti-
piante. Isso vai ao encontro
dade e com grande variação
de “afinar” o instinto do
de tamanho, desde peixes
pescador para escolher qual
praticamente do tamanho
isca e em qual situação
da mosca (isca) até peixes
utilizá-la.
de dois, três ou mais quilos,
3) Dar fisgadas nas mais
o pescador iniciante tem a
diversas situações, como
oportunidade de:
na queda da mosca na água
1) Treinar muitos arre-
(batida), no trabalho pro-
messos em locais diferen-
priamente dito e naquelas
tes, com condições que vão
incríveis investidas já junto
de sem vento até com vento
ao barco, que, por muitas
bem mais forte. Além de va-
vezes, chega a assustar o
riadas estruturas, que tanto
pescador.
podem ser locais totalmente
4) Brigar com o peixe, o
livres de obstáculos a outros que ensinará, na prática,
em meio a pauleiras e a
o novato do quanto seu
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equipamento é capaz de
tal qual o caiaque. Além de
No caso, o caiaque irá exi-
suportar, como seu líder será
garantir a diversão da pes-
gir um pouco mais de prática
importante sendo parte do
caria, ele promove momentos
do mosqueiro por conta de ter
conjunto, tanto para evitar
únicos de tranquilidade e paz que fazer os arremessos sen-
a perda do peixe, como na
ao pescador, que, enquanto
tado, mas nada que um pouco
eficiência do arremesso
rema rumo a algum ponto de
de treino não o capacite. O
e até mesmo na prática
pesca, tem interação total
melhor é que se tenha alguma
de embarcar, manusear,
com a natureza e, claro, de
experiência com caiaques, de
fotografar e soltar o peixe.
uma forma ecologicamente
forma a mais bem controlá-los
correta. Nossa equipe optou
em situações de vento e quan-
A pescaria na região tanto
pode ser feita embarcada,
pelas duas situações para po- do estiver com o peixe fisgado.
com um guia especializado
der melhor transmitir as in-
Isso porque, dependendo de
disponível em pousadas e
formações necessárias para
seu tamanho, ele poderá levar
hotéis, ou com locomoção
que você faça uma pescaria
o pescador a dar um “passeio”
própria e mais acessível,
agradável e eficiente.
pelo rio ou por estruturas.
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Pereira Barreto-SP
Roteiro
Também vale a pena lembrar que, embarcado em um
caiaque, as distâncias percorridas são bem menores do
que quando estamos em barco motorizado, o que acarretará em menos pontos explorados. Nesse caso, uma solução
seria seguir com mais um “caiaqueiro” em uma embarcação motorizada para os pontos, com os caiaques amarrados. Ao chegar neles, soltam-se os caiaques e realiza-se a
pescaria. O guia, além de estar com as provisões necessárias no barco, como alimentação, bebidas etc., poderá
ainda servir como fotógrafo do grupo.
Outro fator interessante é que uma dupla pagaria um valor
X e, em quatro caiaqueiros, o que não interferirá na pesca, o
valor da diária será bem menor por pessoa. No caso da pesca
embarcada com motorização, o ideal é que se pesque no máximo em dois no barco, fora o guia, por conta do espaço, evitando
desconfortos e possíveis acidentes.
Vale lembrar que é imprescindível o uso de óculos e boné,
além de amassar as farpas dos anzóis. Protetor solar e head
wear’s também são recomendados para a proteção durante a
navegação, bem como do sol no rosto, nuca e orelhas.
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A segurança sempre é fundamental para o sucesso de uma pescaria.
Conte sempre com a experiência
do guia não só para saber em quais
pontos investir, mas também para
questioná-lo sobre a preferência dos
peixes por determinada cor, tamanho de isca e velocidade de trabalho,
que pode variar dependendo da
situação do dia.
Procure concentrar-se na direção
ou na precisão do arremesso, no
caso de pescar em estruturas. Vale
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lembrar que o predador, na
maioria das vezes, está perto
delas. Quanto mais próximo
for o arremesso, melhor. Em
locais abertos, a precisão
não conta, mas a distância
ajuda, uma vez que você terá
uma área maior para trabalhar sua isca.
As vantagens da pesca
embarcada são muitas e,
no caso das motorizadas,
além da rapidez de deslocamento e da varredura de
mais pontos, fará com que
você conheça mais lugares
do local e, entre um ponto
e outro, poderá aproveitar
Pereira Barreto-SP
Roteiro
To
tal
VADO
O
R
P
A
Fly
Onde ficar: O Hotel e Pousada
Dinâmica das Águas tem toda a
estrutura necessária para atender o
pescador. Chalés e apartamentos
confortáveis que acomodam até 6
pessoas. Excelente café da manhã.
Não é servido jantar (exceto para
excursões). Para o almoço, pode
se levar marmitex ou lanche no
barco e aproveitar para saboreá-lo
às margens da represa, ganhando
mais tempo na pescaria. Ainda,
se preferir, pode combinar com o
guia e levar material para fazer um
belo peixe grelhado ou churrasco.
No jantar, o pescador pode ir até o
restaurante Cozinha da Vó, que,
além do prato-feito servido toda
noite, poderá escolher um cardápio
recheado de delícias à la carte.
Depois, um passeio pela cidade
para apreciar suas praças, saborear
um sorvete como sobremesa
em uma das várias sorveterias
existentes por lá e preparar-se para
mais um dia de treinamento intenso.
Pereira Barreto, capturando
Como chegar: Saindo de São
Paulo, o melhor é acessar a rodovia
dos Bandeirantes. No final desta, siga
pela rodovia Washington Luis até que
ela se transforme na rodovia Feliciano
Salles da Cunha. Siga em frente até
Pereira Barreto. Como a rodovia
margeia a cidade, logo que chegar, o
Hotel Dinâmica das Águas estará à
esquerda da rodovia.
dezenas de tucunarés, você
Quem leva: Total Fly Viagens
para apreciar as paisagens,
fauna e flora locais, o que lhe
renderá boas fotos.
Uma coisa é certa: além
da diversão, depois de um
curso intensivo nas águas de
estará apto a aventurar-
Tel.:(11) 998353-5141
-se em qualquer lugar. Ou,
então, voltar. Aí, sim, para ir
atrás do seu troféu!
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Pesque-pague
Parar treinar
TEXTO E FOTOS: REGINALDO BUENO
Flyfishing em pesqueiro:
um treinamento
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Muitos pescadores do interior do País têm a vantagem de morar perto de bons locais de
pesca, ou seja, mar, rios e represas, mas os que estão dentro das grandes cidades não
têm a mesma sorte. Então, qual seria a solução para curtir nossas pescarias com mais
frequência, gastando pouco tempo e dinheiro e perto de nossas casas? Por incrível que
pareça, a solução é simples: vá pescar em um pesque-pague
C
om o aumento
tranquilamente com toda a sua família. Há pescadores, in-
de pescadores
clusive, que não trocam esses pesqueiros por outros locais
ingressando na
de pesca.
modalidade do flyfi shing,
Na modalidade flyfi shing, é enorme a diversidade de
temos percebido uma boa
peixes que podem ser capturados nesses lugares, desde
quantidade de gente indo a
tilápias, pacus, matrinxãs, piraputangas, carpas, catfi sh,
pesqueiros para fazer cursos
lambaris, até as belas traíras, os dourados, os pintados etc.
ou treinar arremessos.
E engana-se quem pensa que a pesca de fly em pesque-
Porém, com o encantamento
-pagues somente pode ser feita com isca imitando ração.
imediato do pescador pelo
Em nossas pescarias, fi sgamos praticamente todos os
esporte e pelas matérias
peixes usando como iscas os streamers (que são imitações
exibidas nas mídias e nas
de peixinhos), moscas secas imitando baratinhas, aranhas,
redes sociais, mostrando
libélulas e formigas com asas, além de ninfas diversas. Já
as “pescarias dos deuses”
vimos tilápias fi sgadas com a isca wolly bugger e montana,
em terras patagônicas e
e ninfas tipo bead head, traíras e pintados fi sgados com
amazônicas, logo o sujeito
streamers lastreados, dourados atacando sem piedade stre-
cai na tentação de achar
amers, baratinhas e poppers, bem como traíra fi sgada com
que a prática da pesca com
isca atada usando uma minhoca de silicone como cauda.
mosca só pode ser feita “no
As possibilidades são enormes. Aliás, a pesca com mos-
estilo”, vadeando rios (isto é,
ca permite usar toda a criatividade na confecção de suas
andando dentro das águas)
próprias iscas.
ou flotando (em float tubes)
É sabido que as moscas (nome genérico utilizado para
em águas correntes dos rios
as iscas) feitas em cortiça ou E.V.A. imitando ração são
pelo mundo afora.
muito eficientes, especialmente em dias quentes e nubla-
Como ninguém é de ferro,
dos, quando o peixe sobe à superfície para comer as rações
além do fato de que esses
que ficam ali flutuando. Em dias assim, a pescaria tem um
locais são, muitas vezes, de
ingrediente a mais: a possibilidade de ver o ataque do peixe
difícil acesso, seja pelo alto
na isca, que faz o coração do pescador bater na garganta e a
custo ou pela falta de tempo,
adrenalina ir a mil!
muita gente está se diver-
Já em dias muito claros ou mais frios, a tendência é de o
tindo a valer nos pesque-
peixe ficar mais no fundo. Nesse caso, funcionam bem os
-pagues bem pertinhos de
streamers mais lastreados, que trabalham embaixo, rente
casa, que oferecem estrutura ao fundo do lago ou na meia-água, dependendo da situação.
segura e confortável para
Outro fator que interfere diretamente na escolha da isca
você se divertir e pescar
e que atua no comportamento do peixe é a presença do
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Pesque-pague
Parar treinar
vento. Se for uma pequena e
mento, que trabalham mais
trabalhar mais no fundo,
manhoso, use velocidades
leve brisa, as moscas secas
na sub superfície ou fundo,
porém, isso dependerá
mais lentas de recolhimento.
com asas podem funcionar
onde é possível, com o
também do lastro utilizado
Mas, atenção, essas não são
bem, especialmente quando
equipamento de fly, escolher quando a isca foi montada.
regras fi xas. Lembre-se de
a brisa faz a isca caminhar
o nível de profundidade que
que em tudo na vida há ex-
levemente na superfície
nossa mosca vai atuar, ou
bastante é a velocidade de
ceções. O sucesso é colocar
da água, onde o arrasto da
seja, se após o lançamento,
trabalho ou de puxada: dias
em prática todas as opções
mosca cria um pequeno
você já iniciar o trabalho de
em que o peixe está mais
possíveis dentro daquilo que
“risco”, que é o gatilho para
recolhimento intermitente,
ativo, você poderá encantá-lo você está observando quan-
o ataque. Já quando o vento
a mosca irá atuar na sub
usando uma velocidade mais to às ações dos peixes, no
é um pouco mais forte, vão
superfície. Se você aguardar
rápida. Nos dias em que o
local e na hora em que você
bem as iscas de afunda-
mais tempo, sua mosca vai
peixe está mais seletivo e
for pescar.
Outro fator que influencia
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Uma dica importante: antes
de iniciar o arremesso, jogue um
pouco de ração flutuante na água e
observe se os peixes estão subindo
para comer. Caso afirmativo, você
poderá iniciar usando as moscas de
superfície ou sub superfície. Caso
negativo, comece com streamers de
meia-água ou fundo, trabalhando
com mais ou menos velocidade.
Uma coisa é certa: pescando com
streamers e em trabalho mais lento,
o corpo dessas iscas apresentarão
um trabalho espetacular, no qual as
fi bras ou penas darão certo “bailado”
na água durante as puxadas, com
o movimento sendo, na maioria das
vezes, o ponto alto de sedução para o
peixe e, em consequência, ocorrendo
o ataque.
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Pesque-pague
Parar treinar
Quanto ao tipo de líder
iscas. Repare que tudo o
empregado, ele poderá ser
que foi dito na matéria se
do comprimento da vara,
assemelha muito com o que
com tippet de 50 centí-
ocorre na pesca em ambien-
metros de comprimento
tes naturais, fazendo com
ou mais, com diâmetro de
que a prática em pesque-
0,20 ou 0,25 milímetro para
-pague também necessite
moscas secas ou até 0,30
de técnica e macetes para
milímetro para os strea-
ter sucesso, o que exige
mers, porém, isso depende
percepção, observação,
muito do tipo de peixe que
paciência e insistência, tal
se quer pescar. Quanto
qual em qualquer lugar de
maior o peixe, mais grosso
pesca no mundo.
será o tippet, só que dentro
Portanto, deixamos a
de alguns limites de bitola.
nossa sugestão: não fique
Assim, o sucesso depen-
em casa sonhando com
de muito da observação do
aquela pescaria que você
comportamento do peixe no
viu seus amigos fazerem e
momento: aspecto mete-
não deixe seu equipamento
orológico como pressão
enferrujar. Vá pescar num
atmosférica, temperatura,
pesque-pague perto de sua
vento e luminosidade, bem
casa. Você vai se surpreen-
como dos métodos empre-
der com o resultado.
gados no trabalho de nossas
Bom divertimento!
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Técnica
Passo a passo
TEXTO E FOTOS: CARLOS CACOSA
Streamers polar
fibre: como fazer
O
Streamers atados em
polar fibre são eficientes
para peixes predadores,
em especial, tucunarés,
saicangas, jacundás etc.
Atá-los é fácil. Confira!
polar fibre é um
material sintético,
parecido com algo-
dão, maleável, que não retém água e é extremamente
fácil de ser trabalhado. Os
streamers possuem aproximadamente 8,5 centímetros
– tamanho médio de um
tufo de fibra – e, depois de
atado, podemos dispensar
o uso da tesoura, pois seu
shape (formato) da mosca já
fica pronto naturalmente.
MATERIAL UTILIZADO
• Linha mono Ultra Fine
• Polar Fibre Orange (laranja)
• Polar Fibre White (branco)
• EP Fiber Red (vermelho)
• EP Sparkle Pear
• Anzol Gamakatsu SC 15
Tamanho #1
• Olhos 3D
• Cola Goop ou Gel
FERRAMENTAS
• Vise (morsa)
• Bodkin (agulha)
• Bobbin (bobina)
PASSO 1: Fixe o fio de ata-
PASSO 2: Fixe um tufo de polar fibre na cor branca
• Whip Finisher (Ferramenta
do próximo ao olho do anzol e
na parte de cima do anzol. Dê um nó e passe cola. O
para dar nós)
enrole até a sua curvatura. Dê
tufo deve ter o comprimento de, no máximo, três vezes
• Tesoura
um nó e passe cola.
o tamanho da haste do anzol.
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PASSO 5: Leve a linha de atado
PASSO 4: Fixe outro tufo de
um pouco à frente e, na sequência,
polar fibre branco, juntamente com
fixe um tufo de polar fibre orange. O
Sparkle na parte de cima do polar fi bre e
o material de brilho EP Sparkle.
comprimento desse tufo deverá ter
distribua uniformemente o material de
Atenção: esse tufo deve ter o mesmo
o mesmo tamanho dos que já foram
brilho sobre as fi bras.
tamanho dos anteriormente atados.
anteriormente atados.
PASSO 3: Fixe um tufo de brilho EP
fig. 1
fig. 2
PASSO 7: Com um tufo de Ep Fiber vermelho, ou outra fi bra sintética na cor vermelha, faremos a guelra do peixinho. Comece girando
a morsa, ou inverta o anzol. Em seguida, coloque um pequeno tufo da
fi bra escolhida. Para isso, divida um tufo da fi bra em duas partes. (fig. 1)
PASSO 6: Dê um nó e passe cola. Após o
Após atar a primeira parte do tufo, dê um nó e volte com a outra
atado desse tufo, o streamer já estará com seu
metade do tufo sobre a primeira parte do material atado anteriormen-
formato (shape) defi nido.
te. (fig. 2)
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Técnica
Passo a passo
Observações: antes de cortar os tufos de polar fibre,
PASSO 8: Para finalizar a mosca, com a ajuda de um
use um pente para pentear as fibras.
bodkin (agulha) e um pouco de cola goop ou cola gel, coloque os olhos 3D. Cole-os. Misture um pouco de epóxy 5
minutos e aplique na cabeça da mosca. Eu começo a aplicar o epóxy no início do olho do anzol e termino um pouco
depois dos olhos, dando um formato de um triângulo. fig. 1
fig. 2
O streamer atado tem aproximadamente 8,5 centímetros. Este é o tamanho do polar fibre. Após pentear (fig
1), puxe as sobras (fig 2) e corte as pontas do tufo para
igualar e atar na haste do anzol.
Se desejar, com o uso de uma canetinha, é possível
fazer marcas e pequenos detalhes nos streamers.
Contatos/ sugestão: iscas@totalf ly.com.br
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A
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LONTRAS
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internet e do flyfishing O boom da
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Coluna
Tecnologia da Informação
Mas o que a Tecnologia da Informação tem a ver
com o flyfishing no Brasil?
Absolutamente tudo! A modalidade está se
popularizando no País graças à internet
POR: RICK MORAIS
S
eja bem-vindo
No Brasil, a aura que pai-
nos anúncios na internet, e
à modalidade
rava em torno da modalida-
pessoas que viajavam para
de pesca mais
de era de ser restrita a uma
fora do país traziam equipa-
antiga da qual se tem no-
nata de pescadores evolu-
mento na bagagem.
tícia! Vivi intensamente o
ídos, quase “semideuses”,
boom na década de 1990 e,
enquanto no resto do mundo
hoje, está muito mais fácil
havia apenas pescadores
vara de fly, aquela carre-
conseguirmos informações
interessados em aprender,
tilha, aquele material de
e equipamentos do que 15
divulgar e compartilhar
atado, que não existia no
anos atrás.
experiências.
Brasil? Começaram a apare-
Quando a internet che-
Novamente, a internet
Mas ainda faltava algo.
Queria comprar aquela
cer os flyshops online.
gou ao Brasil, começamos
teve papel fundamental. En-
a descobrir o flyfishing,
quanto aqui a coisa ainda
sempre quis estava a um
pescadores da modalida-
engatinhava, fora do país
clique do mouse. Mesmo
de, fabricantes e os fóruns
o desenvolvimento era as-
que exista tributação, o fre-
de discussões. Nessa
sombroso. Quando aparecia
te, chegando a quase dobrar
época, tínhamos poucos
um brasileiro em um fórum
o valor, o que você quises-
flyfishermens no País e
americano, alguém gritava
se, podia encontrar em sua
comprar equipamento era
“Peacock Bass” - o nosso
frente, na tela.
um desafio quase impos-
internacionalmente conhe-
sível: ninguém encontrava
cido tucunaré. O interesse
flyshops online nacionais,
e, ainda assim, os preços
pela troca de experiências
além de muitas informações
eram de cair o queixo.
era gigante.
na internet.
Ainda na década de 1990,
Tudo aquilo que você
Hoje, temos alguns
Faltava um periódico vol-
as revistas de pesca come-
tado especificamente para a
çaram a dar mais importân-
modalidade.
cia para o fly, e aumentou a
procura por equipamentos e
informações.
Em consequência, o
Não falta mais.
Mais uma vez, seja bem-vindo ao flyfishing. Se você
estiver começando agora,
flyfishing começou a apa-
tenha certeza de que a
recer em lojas de pesca,
Tecnologia da Informação é
a responsável por você estar
lendo isso.
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O P ROG RAMA P ESCAVENTURA COM
RUBINH O DE AL MEIDA P RADO
É SEMP RE ASSIM, CH EIO DE EMOÇÃ O.
Todo domingo à s 1 2 h 3 0 você tem um encontro marcado com ele.
O programa tem informaçõ es de como ch egar, os peixes, o equipamento,
técnica e muita, muita emoção!
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Coluna
Atado
Desatando o atado
Atado tem esse nome porque, literalmente, os materiais são amarrados
em um anzol de forma que, do início ao final da isca, não existe
emenda ou corte na linha utilizada para confeccioná-la. Além de uma
incrível diversão pré-pescaria, é uma arte e terapia. Bem-vindo ao
mundo do atado!
POR: CARLOS CACOSA
A
maioria de vo-
As iscas, chamadas ge-
trar” a você essa arte e,
peixes, como também pelos
cês já deve ter
nericamente de moscas, são
principalmente, ensiná-lo a
pescadores. Acompanhe!
ouvido a máxi-
feitas uma a uma de forma
fazer as suas próprias iscas.
ma: quase tão bom quanto
artesanal, com dezenas de
No início, as mais simples,
pescar é arrumar as tralhas
materiais diferentes, natu-
mas não menos eficientes,
para a pescaria. Imagine
rais ou sintéticos. Daqui em
até as mais complexas e
então, se, além disso, você
diante, vamos tentar “mos-
cobiçadas, não só pelos
pudesse confeccionar as
ATÉ BEM POUCO TEMPO ATRÁS, O
USO DE MATERIAL SINTÉTICO ERA
ABOMINADO PELOS PESCADORES MAIS
TRADICIONAIS, MAS A DIFICULDADE
DE ENCONTRAR MATERIAIS NATURAIS,
ALÉM DOS BONS RESULTADOS E DO
PREÇO, CONTRIBUÍRAM PARA QUE
MUITOS MUDASSEM DE IDEIA
suas próprias iscas? No caso
do flyfi shing, você pode!
No surgimento da pesca
com mosca, os primeiros
pescadores, ao observarem
insetos que caíam na água
e, imediatamente, eram
abocanhados pelos peixes,
amarraram em anzóis penas
e pelos que imitavam a cor
e o formato daqueles insetos. Foi quando começaram
a pegar muitos peixes! Sem
saber, deram início à pesca
com mosca e ao atado. De
lá para cá, mesmo passando tanto tempo, os homens
contemporâneos continuam
a confeccionar suas iscas,
imitando insetos, pequenos
peixes e anfíbios, e capturando muitos peixes.
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O QUE É NECESSÁRIO PARA SE ATAR UMA MOSCA?
Para aqueles que dese-
• Tesoura
jam iniciar-se no atado e
• Bodkin
confeccionar suas próprias
• Half Hitch Tool
moscas, será necessário
• Hackle Gauge
a utilização de algumas
Além das ferramentas,
ferramentas e materiais
necessitaremos de mate-
específicos para o ata-
riais específicos para a con-
do, entre eles, podemos
fecção das moscas. Pode-
destacar como ferramentas
mos dividir esses materiais
principais:
em três grupos:
• Morsa – (Vise)
• Bobbin – (Bobina)
• ANZÓIS
Exemplos: anzóis para
• Hackle Plier
dry, ninfas, streamers,
• Whip Finisher
poppers.
• MATERIAL NATURAL
Exemplos: penas e pelos
• MATERIAL SINTÉTICO
Exemplos: fibras sintéticas, gomas de E.V.A., tubos
metálicos, brilhos etc.
Cada grupo de materiais
possui uma enorme gama
de subprodutos, com variações de cores, tamanho,
espessura etc.
Mas, passo a passo, você
irá entender e aprender como
utilizar cada um deles e
verá que não existe nada de
misterioso ou muito difícil,
mas, sim, as técnicas certas
e, principalmente, o treino
e a prática. Agora que você
já tem o material, ensinaremos como fazer a partir da
próxima edição. Lembre-se: a
QUANDO SÓ SE PESCAVA NA NATUREZA, TODAS AS ISCAS IMITAVAM ALGUM
ALIMENTO NATURAL. MAS, COM O SURGIMENTO DOS PESQUE-PAGUES, ONDE A
ALIMENTAÇÃO É FEITA POR RAÇÃO, HOUVE A NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO, COM
IMITAÇÕES QUE VÃO DA SIMPLES ROLHA ATÉ MATERIAIS SINTÉTICOS, COMO O
E.V.A., OS PELOS E A LÃ, COMO HAIR BALL OU LÃ BALL
prática leva à perfeição.
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Coluna
Saúde
“COM A EVOLUÇÃO E A POPULARIZAÇÃO
DA PESCA COM ISCAS ARTIFICIAIS E A
PESCA COM MOSCA, PESCAR NÃO É MAIS
SINÔNIMO DE CALMARIA, DESCANSO,
SOMBRA E ÁGUA FRESCA.”
Preparação física
para pescar: é preciso?
Nosso corpo não é uma máquina.
Ele precisa estar preparado para
essa “maratona” de uma semana
de pesca, mas a grande maioria
dos pescadores não está
com antecedência, prepare
seu corpo, pratique exercício
físico. Se você é adepto à
academia, fale para seu instrutor que você vai pescar,
mostre o movimento do arremesso, do trabalho de iscas,
para ele fazer um fortalecimento específico para você.
POR: DIEGO VERONEZI, DE FISIOTERAPESCA
U
Faça alongamentos antes da
ma viagem de
vejinha, jogando conversa
viagem e, na viagem, antes,
pesca não co-
fora, esperando o peixe pe-
durante e depois do seu dia
meça no dia em
gar a sua isca. Hoje mudou
de pesca, eles vão te ajudar
que entramos no avião, ôni-
e muito. Com a evolução e
a sentir menos desconforto
bus ou até mesmo em nosso
a popularização da pesca
e dores musculares. Traba-
carro rumo àquele lugar tão
com iscas artificiais e a
lhe também as pernas, pois
sonhado. Na verdade, ela
pesca com mosca, pescar
ficamos muito tempo em pé.
começa meses e até anos
não é mais sinônimo de
Faça caminhadas, corridas,
antes, com a pesquisa do
calmaria, descanso, sombra
trabalhe o sistema cardio-
destino, a melhor época,
e água fresca. Hoje, a pesca
vascular, vamos precisar de
a turma de amigos, quem
ficou dinâmica, rápida, com
mais fôlego que o peixe na
vai, quem não vai, a compra
movimentos repetitivos e de
hora da briga.
da tralha, vara, carretilha,
muito esforço físico.
molinete, iscas, moscas,
Nosso corpo não é uma
Aqui no Brasil, geralmente, máquina. Ele precisa estar
linhas e vai por aí afora.
vamos a lugares com tempe-
preparado para essa “ma-
Quem já fez isso sabe muito
raturas elevadíssimas, passa-
ratona” de uma semana de
bem do que estou falando:
mos o dia em pé, debaixo do
pesca, mas a grande maio-
pesquisar vídeos do local
sol, em um piso instável que
ria dos pescadores não está.
na internet, fotos, é gostoso
é o barco, arremessando e
Já presenciei inúmeros ca-
demais, mas vou fazer uma
trabalhando as iscas durante
sos de pessoas que perdem
pergunta. E fisicamente,
geralmente uma semana. Não
dias de pesca e até pes-
você se prepara?
é à toa que já ouvi de muitos
carias inteiras por algum
Se estivesse questio-
pescadores que voltaram
tipo de dor e/ou lesão, e aí a
nando isso há 20, 30 anos,
mais cansados fisicamente
frustração é imensurável.
me chamariam de louco,
do que foram. Lesões, dores e
afinal, a pescaria era muito
desconfortos aparecem quase
apenas pelo lindo ato de
diferente de hoje, mais
que em 100% dos pescadores.
soltar o peixe, mas também
A pesca é esportiva não
parada, tranquila, com iscas Mas, como evitar?
pelo fato de você estar pra-
naturais ou vivas, sentado
ticando um exercício físico,
no barco tomando uma cer-
Do mesmo jeito que você
prepara a viagem e a tralha
um esporte.
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