Contas Individuais e Consolidadas - Exercício de

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Contas Individuais e Consolidadas - Exercício de
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A. Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Matriculada na C.R.C. da Maia sob o nº Único de Matrícula e Identificação Fiscal 506 035 034 Capital Social: 700 000 000 euros Sociedade Aberta
RELATÓRIO ANUAL DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS E CONSOLIDADAS EXERCÍCIO DE 2013 11 Março 2014 Índice
Relatório de Gestão
Anexos ao Relatório de Gestão e Participações Qualificadas
Anexo a que se refere o artº. 447 do Código das Sociedades Comerciais
Anexo a que se refere o artº. 448 do Código das Sociedades Comerciais
Participações qualificadas
Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº. 1 do art. 245º do Código
dos Valores Mobiliários
Relatório do Governo da Sociedade
Demonstrações Financeiras Separadas
Demonstração de Posição Financeira
Demonstração de Resultados
Demonstração do Rendimento Integral
Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Notas anexas às Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras Consolidadas
Demonstração Consolidada de Posição Financeira
Demonstração Consolidada de Resultados
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral
Demonstração Consolidada de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa
Notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria e do Conselho Fiscal
Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e
individual
Relatório do Conselho Fiscal
SONAE INDÚSTRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO Exercício de 2013 Relatório de
Gestão
ÍNDICE
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................... 3
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA ................................................................................... 4
1.
A SONAE INDÚSTRIA ....................................................................................................................... 5
1.1. O NOSSO NEGÓCIO ............................................................................................................................. 5
1.2. A NOSSA HISTÓRIA............................................................................................................................... 6
1.3. OS NOSSOS PRODUTOS ....................................................................................................................... 7
1.4. A NOSSA ESTRATÉGIA .......................................................................................................................... 9
1.5. OS NOSSOS PRÉMIOS EM 2013 .......................................................................................................... 11
1.6. PRINCIPAIS EVENTOS EM 2013 ........................................................................................................... 11
2.
ANÁLISE SETORIAL ............................................................................................................................. 12
3.
ANÁLISE DE ATIVIDADE ....................................................................................................................... 14
3.1. VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDA RECORRENTE ................................................................................ 14
3.1.1. Consolidado Sonae Indústria........................................................................................................... 14
3.1.2. Europa do Sul .................................................................................................................................. 15
3.1.3. Europa do Norte .............................................................................................................................. 16
3.1.4. Resto do Mundo (Canadá e África do Sul) ...................................................................................... 17
3.2. ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA ................................................................................................... 18
3.2.1. Demonstração de Resultados ......................................................................................................... 18
3.2.2. CAPEX ............................................................................................................................................. 19
3.2.3. Balanço e Estrutura de Capital ........................................................................................................ 20
3.3. RESULTADOS INDIVIDUAIS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS ................................................................ 21
3.4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................................................ 21
3.5. PERSPETIVAS FUTURAS PARA 2014 .................................................................................................... 21
3.6. INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO ....................................................................... 21
3.7.
TRANSAÇÕES COM AÇÕES PRÓPRIAS............................................................................................................. 23
3.8.
EVENTOS SUBSEQUENTES .......................................................................................................................... 23
3.9.
POLÍTICA DE DIVIDENDOS .......................................................................................................................... 23
4.
4.1.
GESTÃO DE RISCOS ........................................................................................................................... 24
POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO ................................................................................................... 24
4.2.
RISCOS DE MERCADO ............................................................................................................................... 24
4.3. RISCOS LEGAIS .................................................................................................................................. 26
4.4. RISCOS OPERACIONAIS ...................................................................................................................... 26
5.
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ..................................................................................................... 27
5.1. RELATÓRIO SOCIAL ............................................................................................................................ 27
5.2. RELATÓRIO AMBIENTAL ...................................................................................................................... 33
6.
NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS .................................................................................................... 37
ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO E PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ........................................................... 38
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS ...................................... 38
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS ...................................... 39
PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS..................................................................................................................... 39
DECLARAÇÃO EMITIDA NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART. 245º DO
CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS............................................................................................................. 40
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Relatório de
Gestão
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
A envolvente macroeconómica e financeira e um contexto de baixos níveis de procura no sector de painéis
derivados de madeira, prevalecente na maioria dos mercados onde estamos presentes, determinaram mais
um ano pleno de desafios para a Sonae Indústria.
Não obstante este enquadramento, conseguimos, ao longo de 2013, concretizar mudanças organizacionais
e importantes iniciativas de negócio que, em conjunto com novas medidas que pretendemos implementar
durante o ano de 2014, reforçam a minha confiança na capacidade da empresa em melhorar a rentabilidade
a curto/médio prazo, alavancando nos seus ativos mais fortes e mais competitivos e nas suas competências
diferenciadoras.
Em Fevereiro de 2013, foi nomeada uma nova Comissão Executiva, com um mandato claro para executar o
plano estratégico definido, que preconiza uma presença industrial mais reduzida mas mais competitiva, o
desenvolvimento de uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e comprometidas,
encorajando uma cultura que fomenta a excelência operacional e a inovação, e a transformação da
empresa numa operação enfocada no mercado, com uma oferta de produtos consistente, integrada e
reconhecida pelos clientes.
Continuamos, assim, a adaptar a nossa capacidade de produção à procura de mercado, adotando medidas
adicionais de reestruturação. Após o encerramento da fábrica de Knowsley, no Reino Unido, e da fábrica de
aglomerado em Solsona, Espanha, entramos em negociações, durante o mês de Setembro de 2013, tendo
em vista a paragem das atividades de produção de aglomerado na unidade industrial de Horn, na
Alemanha. Neste país, procuraremos transferir a produção para o nosso melhor ativo, a unidade de
Nettgau, onde atualmente detemos uma capacidade anual de produção superior a 1 milhão de metros
cúbicos, repartida entre aglomerado de partículas e OSB.
Continuamos também focados nas nossas pessoas, promovendo o trabalho de equipa, o desenvolvimento
contínuo de novas competências e a partilha de conhecimentos e melhoras práticas entre todas as nossas
operações. Neste âmbito, um passo importante foi implementado através da iniciativa “Improving our work”,
um programa cujo objetivo é o desenvolvimento e a implementação de uma cultura de melhoria contínua.
Em linha com o caminho previamente definido pela Sonae Indústria, esta iniciativa procura standardizar e
otimizar processos, com o objetivo de aumentar os níveis de eficiência e de produtividade de todas as áreas
do grupo. Esta cultura de melhoria contínua não deve estar presente apenas nos nossos processos
industriais, devendo ser incorporada em todas as atividades correntes da organização.
Um aspeto fundamental dos nossos principais valores e da nossa cultura passa pela segurança e bem-estar
dos nossos colaboradores. Continuamos a investir em políticas de saúde e segurança eficazes, através de
uma abordagem sistemática, com o objetivo de minimizar acidentes e outros efeitos que possam ser
causados pelas nossas operações. Temos, deste modo, conseguido melhorar consistentemente os nossos
indicadores de saúde e segurança, reduzindo o número e a gravidade dos incidentes ocorridos.
Gostava ainda de deixar uma nota de pesar e tristeza em relação ao trágico acidente que ocorreu no dia 6
de julho no centro de Lac-Mégantic, localidade onde está situada a nossa fábrica do Canadá, que afetou
direta ou indiretamente todos os nossos colaboradores locais e perturbou durante alguns dias o
funcionamento das nossas operações. Gostaria de realçar a resiliência e a capacidade demonstrada pela
equipa local em ultrapassar este período de adversidade, que permitiram reiniciar as atividades de produção
em apenas cinco dias após o acidente. Esta capacidade de enfrentar adversidades, de adaptação a um
ambiente em mudança e de prosperar num cenário pleno de incertezas, é um exemplo que eu espero que
consiga ser apreendido e seguido por todas as operações do grupo.
Em resumo, temos procurado implementar todas as medidas necessárias que permitam a transformação da
Sonae Indústria numa empresa mais competitiva, criando os alicerces para um crescimento futuro e para
uma melhor rentabilidade. Espero que 2014 seja já um ano de retoma efetiva para a empresa. Esta fase de
reestruturação que estamos a ultrapassar deve ser vista como uma oportunidade para repensarmos o
negócio e para utilizarmos os nossos recursos e competências de um modo mais enfocado e sustentável.
Para enfrentar o ambiente económico desafiante que ainda nos espera, continuaremos a apostar no
desenvolvimento dos nossos colaboradores, proporcionando formação e procurando identificar talento, bem
como exigindo o melhor de cada um. Gostaria de agradecer novamente a dedicação, espírito de equipa e
empenho que evidenciaram ao longo do ano de 2013.
Belmiro de Azevedo, Chairman Sonae Indústria
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Relatório de
Gestão
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA
O ano de 2013 foi mais um ano repleto de desafios para a generalidade da indústria europeia de painéis
derivados de madeira, com impactos evidentes no nível de rentabilidade da Sonae Indústria nesta região.
Os desafios macroeconómicos que prevalecem na Europa continuaram a refletir-se em níveis baixos de
indicadores de confiança e de consumo, principalmente nos países periféricos, originando níveis de procura
reduzidos nos sectores em que os nossos clientes se inserem, nomeadamente nas indústrias de construção
e de produção de mobiliário. A evolução menos positiva na Europa foi, no entanto, parcialmente
compensada por um melhor desempenho operacional e financeiro das nossas operações na América do
Norte e na África do Sul, apesar do impacto resultante das desvalorizações cambiais face ao Euro.
Em termos de desempenho financeiro consolidado, o nosso volume de negócios diminuiu cerca 7% face a
2012, essencialmente em resultado da redução da nossa presença industrial, na sequência dos
encerramentos das fábricas de Knowsley (Reino Unido) e de Solsona (Espanha) e da paragem das
atividades de produção de aglomerado na unidade de Horn (Alemanha). Não obstante esta evolução
verificada ao nível das receitas, deve ser realçado o facto de termos conseguido aumentar o nível médio de
utilização de capacidade instalada nas nossas unidades, quando comparado com 2012. Em resultado da
quebra do nível de receitas, a nossa rentabilidade operacional baixou, com o valor de EBITDA recorrente a
diminuir cerca de 19% face ao período homólogo, para 80 milhões de euros em 2013, o que corresponde a
uma margem de 6,5% sobre o volume de negócios. De realçar que continuamos a implementar diversas
iniciativas destinadas à redução da nossa estrutura de custos, o que nos permitiu já em 2013, em
comparação com o ano anterior e numa base comparável, uma poupança de mais de 13 milhões de euros
no total de encargos fixos.
Apesar do desempenho operacional acima descrito, conseguimos diminuir, pelo terceiro trimestre
consecutivo o valor da nossa dívida líquida face ao trimestre anterior, demonstrando a resiliência da
capacidade de geração de cash flow da empresa, mesmo no atual contexto adverso. Esta evolução foi
conseguida graças a uma gestão criteriosa dos investimentos e do nível de fundo de maneio, em todas as
nossas operações. Gostaria ainda de realçar o fato de termos conseguido refinanciar uma grande parte da
dívida que se vencia em 2013 e de termos começado já a implementar as medidas necessárias que nos
ajudarão a refinanciar os vencimentos de linhas de crédito previstos para 2014. Neste sentido, no que diz
respeito à nossa estrutura de endividamento, temos vindo já a negociar uma alteração no perfil de
maturidades com os três principais bancos credores.
Estamos ainda longe dos níveis consolidados de rentabilidade e de eficiência industrial pretendidos e que
estabelecemos como meta para nós próprios. Foram, no entanto feitos progressos, que nos permitem estar
confiantes de que conseguiremos atingir os nossos objetivos. Neste âmbito, implementámos medidas
adicionais de reestruturação, de entre as quais destacaria a decisão de entrar em negociações com os
representantes dos trabalhadores em relação à paragem de produção de aglomerado de partículas em Horn
(Alemanha) e as negociações para a potencial venda de duas fábricas em França. Conjuntamente com as
iniciativas, atualmente em curso, destinadas à melhoria da nossa oferta e à racionalização da estrutura de
custos, estas medidas constituem passos importantes no sentido do fortalecimento da nossa posição
competitiva e capacidade financeira, ao mesmo tempo que posicionam a empresa para oportunidades
futuras de crescimento. Estas e outras ações atualmente a serem implementadas vão-nos permitir criar uma
empresa diferente, mais ágil, nomeadamente através da aposta em produtos e segmentos de maior valor
acrescentado, que possam contribuir positivamente para o nosso desempenho consolidado, e do enfoque
de recursos nas fábricas mais eficientes e competitivas.
Continuamos a contar com o compromisso e dedicação de todos os colaboradores e com o apoio dos
nossos principais stakeholders para atingirmos estes objetivos.
Rui Correia, CEO Sonae Indústria
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Relatório de
Gestão
1. A SONAE INDÚSTRIA
1.1.
O NOSSO NEGÓCIO
Somos um dos maiores produtores mundiais de painéis derivados de madeira, com 24 fábricas localizadas
em 6 países, distribuídos por 3 continentes. Em 2013, a nossa atividade englobava, a nível mundial, 4.170
colaboradores e gerou um volume de negócios de 1.232 milhões de euros.
Os painéis derivados de madeira são uma alternativa valiosa à madeira maciça, com algumas claras
vantagens, nomeadamente porque permitem uma utilização mais eficiente das matérias-primas. Outra
vantagem particular consiste na sua flexibilidade dimensional, que, em contraste com a madeira maciça,
permite a produção de produtos de dimensões feitas-à-medida, as quais podem ser adaptadas aos
requisitos das aplicações dos clientes. Assim, hoje em dia, assistimos à substituição da madeira maciça
pelos painéis derivados de madeira num número crescente de aplicações.
Comparando com outros materiais de construção, tais como o aço e o betão armado, a madeira tem
impactos ambientais adversos significativamente inferiores, quando utilizada como material de construção.
Por conseguinte, os painéis derivados de madeira têm um efeito positivo no aquecimento global através da
melhoria da eficiência energética, o que permite aos proprietários das habitações uma redução significativa
da sua fatura de energia. Para além disso, quando utilizados para fins relacionados com a construção, estes
materiais funcionam como armazenadores de carbono, ajudando, deste modo, a mitigar as emissões de
CO2. No final da sua vida útil, os painéis derivados de madeira podem ser reciclados e transformados em
novos produtos, reentrando, assim, num ciclo contínuo de reciclagem. Por este motivo, é espectável que a
procura de madeira e de produtos derivados de madeira para a indústria da construção tenha um
crescimento sólido com o passar do tempo.
Em tempos em que os eventos climáticos extremos, como inundações e secas, sinalizam que a mudança
climática é muito mais do que uma discussão científica teórica, as sociedades em geral – e as empresas em
particular – estão constantemente à procura de formas alternativas que permitam combater estes novos
cenários climáticos e estas novas realidades.
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Relatório de
Gestão
Os produtos derivados de madeira, têm um papel importante a desempenhar nesta realidade. A Sonae
Indústria acredita que utilizar mais madeira representa um forte contributo para combater as alterações
climáticas, porque pode, por um lado, reduzir as fontes de CO2, e por outro lado, aumentar os sumidouros
de CO2 e o armazenamento de carbono. A redução das fontes de CO2 resulta da madeira ser um material
que armazena energia, podendo substituir, em diversas aplicações, outros materiais que usam mais energia
– e geram mais emissões – durante a sua produção. A utilização da madeira pode também aumentar os
sumidouros de CO2 e o armazenamento de carbono, uma vez que a própria floresta tem um papel único no
sequestro de carbono da atmosfera – as florestas ao crescer, absorvem mais CO2, e os produtos florestais
mantêm o carbono armazenado durante a sua vida útil. A utilização de produtos de madeira estimula um
maior crescimento da floresta, e um mercado eficiente para produtos de madeira oferece um incentivo
financeiro para investir na gestão ativa da floresta. Adicionalmente, quando os produtos de madeira são
reutilizados ou reciclados, o armazenamento de carbono é prolongado numa nova vida útil, evitando
emissões de CO2 para a atmosfera.
1.2.
A NOSSA HISTÓRIA
Desde a nossa fundação, em 1959, levámos a cabo um processo de expansão, concretizado de forma
consolidada e durante um longo período, através da combinação de crescimento orgânico e de aquisições.
Ao longo da década de 90, foram realizadas aquisições e efetuados investimentos significativos em projetos
de raiz no Brasil, Canadá, África do Sul, Espanha e Reino Unido. Em 1998, através da aquisição do grupo
alemão Glunz, expandimo-nos para a Alemanha e França. Em 2006, adquirimos os ativos do grupo alemão
Hornitex e uma fábrica de aglomerado de partículas em França (Darbo). Ainda em 2006 iniciamos o
investimento numa nova linha de produção de aglomerado cru na fábrica de White River, na África do Sul,
tendo esta começado a produzir durante 2007. Deste modo, em 2007, a nossa produção de painéis de
3
3
madeira crus tinha crescido para mais de 10 milhões de m , que comparava com apenas 2 milhões de m
em 1997.
Depois de 2007, inseridos num contexto da crise económica mundial, fomos forçados a tomar medidas de
reestruturação, encerrando ativos insustentáveis e desinvestindo em ativos específicos perante a existência
de melhores intervenientes, e a prosseguir a nossa atividade de forma mais eficiente e flexível do que
anteriormente. Em 2008, encerrámos duas linhas: uma de aglomerado de partículas na fábrica de Valladolid
(Espanha) e outra de MDF na fábrica de Meppen (Alemanha). Em Março de 2009, encerrámos as fábricas
de aglomerado de partículas em Coleraine (Reino Unido) e em George (África do Sul). Para além destas,
em Junho do mesmo ano, encerrámos duas fábricas em França, as unidades de St. Dizier e de
Châtellerault. No 4º trimestre de 2009, encerrámos a fábrica de Kaisersesch e no início de 2010,
encerrámos a unidade de Duisburg (a qual tinha parado a produção no início de 2009). No decurso de 2009
e em linha com a estratégia definida de reforço do nosso balanço, tomamos a decisão de alienar as
operações no Brasil, o que foi facilitado pelo processo de consolidação já a decorrer neste mercado. Em
Abril de 2010, vendemos também a fábrica de Lure (França) à Swedspan, uma subsidiária do grupo INGKA,
que também detém o grupo IKEA.
Mais recentemente, em Setembro de 2012, decidimos encerrar a fábrica de Knowsley, no Reino Unido,
devido a dificuldades na sua reconstrução, no seguimento do incêndio que ocorreu nesta no ano anterior.
Esta decisão foi o resultado de longos atrasos no seu processo de reconstrução, devido a dificuldades
políticas e de licenciamento e aos reduzidos e insustentáveis níveis de utilização de capacidade que esta
fábrica estava a enfrentar. Em Dezembro do mesmo ano, iniciámos negociações com vista ao encerramento
da fábrica de Solsona em Espanha, devido à grave crise e à consequente queda na procura, sofrida durante
os últimos anos particularmente na indústria de construção neste país. Estas negociações com os
representantes dos trabalhadores foram finalizadas em Janeiro de 2013, permitindo o encerramento
definitivo desta unidade.
No passado mês de Setembro de 2013, entramos em negociações com representantes dos colaboradores e
sindicatos, tendo em vista uma redução das atividades de produção de aglomerado da unidade de HornBad Meinberg, em virtude do abrandamento da procura no mercado de aglomerado de partículas e do
excesso de capacidade industrial na região. Estas negociações com os representantes dos trabalhadores
só serão concluídas durante o ano de 2014.
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Relatório de
Gestão
O processo de decisão relativamente ao encerramento das diversas unidades industriais teve por base uma
perspetiva o mais abrangente possível de uma análise custo-benefício, efetuada caso a caso. Esta análise
incluiu uma avaliação dos impactos social e ambiental, presentes e futuros, de cada operação.
A combinação dos processos de restruturação mencionados anteriormente com a venda de ativos conduziu
3
a uma redução da nossa capacidade de produção instalada em 3,5 milhões de m quando comparada com
3
o máximo nível atingido em 2007, totalizando atualmente uma capacidade de 6,6 milhões de m no final de
2013.
3
EVOLUÇÂO DA CAPACIDADE, desde 1992 (milhões de m )
1.3.
OS NOSSOS PRODUTOS
Os nossos produtos base, denominados de “produtos crus”, compreendem:
• Aglomerado de partículas (PB) que é um produto muito versátil e indicado para a generalidade
das utilizações nas indústrias de mobiliário e construção;
• Painéis de fibras de média densidade (MDF), um excelente substituto da madeira maciça e ideal
para o mobiliário, pavimentos e indústria da construção;
• E painéis de fibras orientadas (OSB), um produto altamente resistente e indicado para aplicações
estruturais e não-estruturais na indústria da construção.
Mais de 50% da nossa produção é transformada em produtos de valor acrescentado, tais como os
pavimentos laminados (laminate flooring) e os painéis revestidos a melamina (MFC). Estes, por sua
vez, são utilizados numa enorme variedade de aplicações, tais como: mobiliário, pavimentos, gavetas,
portas, embalagens, decoração de interiores, bem como cozinha e utensílios de jardinagem.
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Relatório de
Gestão
COZINHA / MOBILIÁRIO DE CASA E ESCRITÓRIO
PAVIMENTOS LAMINADOS
CONSTRUÇÃO
DECORAÇÃO
EMBALAGEM
A nossa Marca de produtos decorativos na Europa: INNOVUS
Com o objectivo de criar uma oferta global e integrada, lançamos em Janeiro de 2011 a marca de produtos
decorativos INNOVUS. Uma marca construída como uma plataforma para o desenvolvimento de parcerias
com projetistas, designers, arquitetos, fabricantes de mobiliário, distribuidores. INNOVUS marca um novo
caminho em direção à criatividade, uma nova maneira de explorar as cores, as formas e as texturas,
inspirada no design e na simplicidade, e sempre atenta às últimas tendências. Uma coleção de desenhos
ampla, atual e disponível em diversos produtos, dando assim origem a uma completa gama decorativa. A
cada padrão corresponde a textura que mais o valoriza, de acordo com a opinião de muitos dos nossos
clientes e a seleção criteriosa dos nossos especialistas. A solução integral está também garantida, já que a
cada desenho corresponde a sua orla, desenhada especialmente para combinar com INNOVUS.
Mais informação sobre a gama de produtos INNOVUS pode ser encontrada em:
http://www.innovus.co/
Inovação de Produto: Woodforce
O Woodforce é um pellet combinado de madeira e plástico, que confere um reforço de polímeros excecional
a compostos de poliolefina. Esta nova tecnologia patenteada oferece muitas vantagens incluindo reduções
de peso e de custo com oportunidades de design únicas no setor das fibras naturais.
O Woodforce não é um subproduto, nem um resíduo: trata-se de um produto derivado de madeira
processado industrialmente que confere resistência natural a plásticos. Enquanto produto derivado de
madeira dinâmico capaz de agir como reforço mecânico para polímeros termoplásticos, o Woodforce
melhora significativamente as propriedades pretendidas da resina plástica. Trata-se de um reforço mecânico
renovável de origem biológica que é compatível com um processo industrial, tendo um desempenho
comprovado e aspetos económicos favoráveis que se encontravam indisponíveis até agora.
O Woodforce pode substituir a fibra de vidro para pequenas aplicações de fibras. Comparado com as fibras
agrícolas, o Woodforce é uma solução ideal do ponto de vista industrial. Não-sazonal, tem uma gestão
eficaz da cadeia de fornecimento e é extremamente ecológico, graças à dosagem perfeita do granulado em
cubos.
Mais informação sobre este produto inovador desenvolvido pela empresa está disponível em:
http://www.woodforce.com/
Woodforce está disponível em madeira natural e já tratada com pigmentos pretos
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Relatório de
Gestão
1.4.
A NOSSA ESTRATÉGIA
O modo como nos vemos como empresa, como agimos e nos relacionamos uns com os outros e com o
mundo à nossa volta, representa uma cultura corporativa de melhoria contínua – desafiamo-nos
constantemente para termos um melhor desempenho – que é sustentada pela nossa Missão, Visão e
Valores
VISÃO:
Ser reconhecido como um líder mundial sustentável no sector dos painéis derivados de madeira,
proporcionando de forma consistente, aos nossos clientes, os melhores produtos, mantendo os mais
elevados níveis de serviço e promovendo práticas empresariais e ambientais responsáveis
MISSÂO:
O nosso objetivo é retirar o máximo potencial dos painéis derivados de madeira para benefício dos nossos
clientes, acionistas, colaboradores e da sociedade em geral
As nossas atividades estão assentes em boas práticas de governo de sociedades, na melhoria contínua da
eficiência das operações e na promoção ativa de inovação, proporcionando um ambiente de trabalho
motivador, seguro e justo.
VALORES E PRINCÍPIOS
Os nossos valores representam a pedra basilar sobre a qual o nosso negócio é construído e são os
princípios orientadores do nosso comportamento.
AMBICIOSO
AMBIÇÃO Definimos metas ambiciosas mas alcançáveis. Desafiamo-nos, de forma contínua, para
ultrapassar limites previamente estabelecidos, concentrando-nos em tornarmo-nos e permanecermos
líderes de mercado, bem como em criar valor sustentável para os nossos acionistas.
INOVADOR
CONHECIMENTO / INSTRUÇÃO Consideramos que o conhecimento é uma das maiores fontes de
realização pessoal e de desenvolvimento de carreira. Esforçamo-nos por atrair pessoas motivadas e
esperamos que todos contribuam com ideias e estejam totalmente empenhados no sucesso da empresa.
Oferecemos formação profissional e encorajamos a participação ativa em programas académicos.
ASSUMIR RISCOS Não aceitamos o status quo. Procuramos alternativas, ideias novas, novas abordagens
e soluções para ultrapassar barreiras. Assumimos riscos calculados.
INOVAÇÃO Acreditamos que a nossa vantagem competitiva a longo prazo depende da nossa capacidade e
determinação em inovar, obtendo melhorias contínuas e aumentando a nossa eficiência. Encorajamos os
nossos colaboradores a gerar ideias novas, avaliamos a sua capacidade de o fazer e esperamos que os
nossos gestores sejam o exemplo a seguir. Encorajamos uma cultura de assunção de risco, dentro de
níveis devidamente controlados de exposição.
PRONTO PARA A MUDANÇA Procuramos soluções direcionadas para o cliente. Os nossos colaboradores
e as nossas sociedades têm de ser suficientemente flexíveis para aceitar novas ideias e novas formas de
fazer negócios, tendo também de estar preparados para aceitar mudanças, melhorar produtos e processos
e dar resposta a novos desafios organizacionais.
AUTÊNTICO
AUTÊNTICO Mantemo-nos fiéis a nós próprios e somos humildes, consistentes e coerentes.
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Relatório de
Gestão
ABERTURA E TRANSPARÊNCIA Assumimos responsabilidades e esperamos que os outros façam o
mesmo. Incentivamos uma cultura de abertura, transparência e responsabilização, e estamos recetivos à
opinião de colaboradores, bem como de observadores externos, como meio para obter uma avaliação
independente do nosso desempenho, do nosso grau de cumprimento das melhores práticas e dos nossos
próprios valores e princípios. Esforçamo-nos por dar resposta às preocupações das partes interessadas.
COOPERAÇÃO Damos autonomia aos nossos colaboradores e esperamos que estes assumam
responsabilidades. Acreditamos na cooperação e no trabalho em equipa como um meio para partilhar
conhecimento, experiência e responsabilidades entre os nossos colaboradores, tanto na execução de
tarefas quotidianas, como na resolução de problemas complexos.
RESPONSÁVEL
COMPORTAMENTO ÉTICO As relações com as partes interessadas baseiam-se no respeito, na
transparência, na honestidade e na integridade e não toleramos qualquer tipo de suborno ou forma de
corrupção. Esforçamo-nos por preservar a nossa independência em relação a pressões políticas, para
podermos falar e agir livremente, primeiro e sobretudo, em defesa dos interesses da sociedade
CONSCIÊNCIA SOCIAL Sabemos que a nossa atividade empresarial tem um impacto sobre o ambiente
social e que temos uma responsabilidade no apoio às comunidades locais. Podemos envolver-nos com
instituições de solidariedade social ou de beneficência, ou apoiar atividades culturais, desportivas ou de
outro tipo como parte da nossa responsabilidade social e encorajar a participação ativa de todos os nossos
colaboradores.
NÃO DESCRIMINAÇÃO Somos uma entidade empregadora que defende a igualdade de oportunidades.
Não aceitamos qualquer tipo de discriminação no local de trabalho relacionada com idade, género, raça,
origem social, religião, orientação sexual ou aptidão física. Os nossos sistemas de compensação e de
desenvolvimento de carreira baseiam-se no mérito.
SAÙDE E SEGURANÇA O bem-estar físico e psicológico dos nossos colaboradores tem uma importância
fundamental para nós e esforçamo-nos por garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos.
Esperamos que todos os colaboradores cumpram as diretrizes e práticas de segurança.
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Temos consciência do impacto ambiental que provocamos e consideramos
que a gestão responsável das questões ambientais é crucial para o nosso sucesso empresarial. Estamos
empenhados no conceito da eco-eficiência e na obtenção sustentável de matérias-primas e respeitamos
activamente estes princípios em todas as nossas práticas empresariais.
DIRECÇÕES ESTRATÉGICAS:
Durante 2011 dedicamos especial atenção em definir e alinhar as quatro direções estratégicas que
queremos prosseguir no médio a longo prazo, de modo a melhorar significativamente o nosso desempenho,
nomeadamente:
1) Construir uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e comprometidas
 Programa de alinhamento e desenvolvimento de pessoas
2) Criar uma cultura de alta performance fomentando a excelência operacional e a inovação
 Programa estruturado para desenvolver as melhores práticas e a partilha de conhecimento,
reforçada por uma abordagem lean manufacturing
3) Ser uma empresa com enfoque no mercado e com uma oferta integrada e consistente
 Coleção global Innovus que tem vindo a ganhar uma crescente aceitação pelos nossos
clientes
4) Desenvolver fábricas competitivas, com fornecimento seguro de madeira e de químicos
 Iniciativas que visam aumentar a flexibilidade de utilização da matéria prima utilizada.
Temos desde 2011 vindo a implementar as iniciativas necessárias que nos conduzirão pelo caminho
estratégico definido, com a ambição de crescer e gerir um negócio rentável, assumindo um compromisso
para com práticas de negócio responsáveis e uma sustentável criação de valor para os nossos acionistas.
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Relatório de
Gestão
1.5.
OS NOSSOS PRÉMIOS EM 2013
Tafisa Canada recebe um dos principais prémios de proteção ambiental (Phenix Award) e um prémio
de escolha do público (People's Choice Award)
Phenix Award
A Tafisa Canadá recebeu o prestigiado Phenix Award por excelência na proteção e sustentabilidade
ambientais – Business Category, Environmental Achievement, Technology, Process or Practice (Categoria
Empresas, Desempenho, Tecnologia, Processo ou Prática Ambiental) – atribuído pelo Quebec Ministry of
Sustainable Development, Environment, Wildlife and Parks (Ministério do Quebec para Desenvolvimento
Sustentável, Ambiente, Vida Selvagem e Parques), o Quebec Ministry of Finance and Economy (Ministério
do Quebec para Finanças e Economia ), a Eco Enterprises Quebec e a Quebec Environment Foundation.
A Tafisa Canadá foi selecionada por um painel de especialistas, dentre uma lista de 35 empresas, pelo
sucesso da sua tecnologia de referência em reciclagem de madeira ("Rewood"). No seguimento de um
investimento no valor de 5,4 milhões de dólares canadianos, a Tafisa Canada conseguiu aumentar o nível
de utilização de fibra de madeira reciclada na sua produção de aglomerados, permitindo à empresa reciclar
244.000 toneladas de resíduos de madeira por ano – o equivalente a cerca de dois milhões de árvores.
O grupo de contemplados com o Phenix Award – que também incluiu as categorias municipal, sem fins
lucrativos e educacional/jovens – foi divulgado a 25 de setembro de 2013 durante uma cerimónia realizada
na Assembleia Nacional na cidade do Quebec.
Phenix People’s Choice Award
A Tafisa Canadá foi também escolhida pelo público para o prémio Phenix People’s Choice. Na primavera de
2013, 3.500 pessoas escolheram online o seu projeto favorito. O "Rewood" da Tafisa Canadá foi o projeto
que recebeu a maioria dos votos e, por isso, foi contemplado com o prémio. ''Em nome da Tafisa, quero
aproveitar esta oportunidade para agradecer à comunidade ambientalista e ao público em geral pelo seu
apoio", afirmou Louis Brassard, Diretor de Operações da Tafisa Canada, ao receber os prémios. Louis
Brassard explicou ainda que a Tafisa Canadá é uma das poucas unidades na América do Norte que está a
reutilizar madeira a esta escala. "Temos muito orgulho no facto de a nossa empresa estar a recuperar
resíduos de madeira urbanos que de outra forma acabariam em aterros, eventualmente libertando emissões
de carbono nocivas para o ar”.
.
1.6.
PRINCIPAIS EVENTOS EM 2013
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Relatório de
Gestão
2. ANÁLISE SETORIAL
Contexto macroeconómico
Durante 2013, a economia mundial continuou a enfrentar níveis elevados de incerteza e a recuperação da
atividade económica só se verificou em determinadas regiões. Em particular, a zona euro continuou a sofrer
o impacto da falta de dinamismo da atividade económica, sentida especialmente nos países do sul da
Europa, uma vez que as medidas políticas e fiscais adicionais tiveram duras consequências ao nível do
consumo privado, especialmente na categoria de produtos duradouros. Nos países do norte da Europa
verificou-se um ambiente diferente, tendo começado a apresentar alguns sinais da muito desejada
recuperação, com melhorados padrões de investimentos em habitação privada no setor da construção.
1
Segundo a OCDE, "um nível de relativo otimismo está a voltar à zona euro" . Sinais de melhoria e
tendências ascendentes registadas no crescimento do PIB na região, considerado lento mas positivo,
apontam para a possibilidade de a recessão na Europa estar a chegar ao fim.
Na América do Norte, após a implementação de medidas de consolidação fiscal importantes, a economia
canadiana manteve os seus padrões de crescimento do PIB, sustentados por exportações e atividades de
investimento. Nos Estados Unidos, o crescimento económico foi considerado modesto, estando a merecer
especial atenção o orçamento do Estado e o nível de dívida pública do país após o impasse político que
levou ao encerramento dos organismos públicos (shutdown). Apesar deste clima, registou-se um
crescimento do PIB durante 2013, com padrões de consumo favoráveis em relação a bens duradouros,
apoiados pela redução das taxas de desemprego e por condições de concessão de empréstimos um pouco
menos restritivas.
A África do Sul teve um arranque lento em 2013 mas a depreciação acentuada do rand e a consequente
recuperação do mercado de exportações permitiu a recuperação da atividade económica durante o resto do
ano, embora mantendo uma taxa reduzida de crescimento do PIB em comparação com os resultados
históricos recentes. Durante 2013, o país também sofreu a perda do seu ex-presidente Nelson Mandela e
enfrentou uma vaga de greves motivadas pela exigência de aumentos salariais, um reflexo de alguma
tensão social sentida no país.
No que toca ao clima geral nas indústrias de consumo relevantes para a Sonae Indústria, a atividade no
setor da construção, que sofreu o impacto extremamente elevado em anos anteriores da crise da dívida
soberana e os impactos associados em termos de condições de crédito restritivas, começou a revelar sinais
de melhoria em alguns países. Isto contrasta com as tendências ainda descendentes verificadas no setor do
mobiliário. A evolução por zonas geográficas onde a Sonae Indústria está presente foi muito diferente, uma
vez que, enquanto na Península Ibérica e em França as licenças de construção para habitação continuaram
a apresentar reduções acentuadas comparativamente com o período homólogo, na Alemanha, nos Estados
Unidos e na África do Sul, o mercado da construção começou a apresentar melhorias, comprovadas pela
evolução positiva em termos de novas licenças de construção para habitação quando comparadas com o
ano anterior.
Painéis derivados de madeira
2
De acordo com estimativas divulgadas pela European Panel Federation (EPF) em junho de 2013 (os dados
disponíveis mais recentes), a procura enfrentada pelo setor europeu de painéis de madeira durante 2013
manteve-se relativamente estável, mas em níveis históricos reduzidos, enquanto continuava a ser afetada
por um desempenho dececionante das indústrias do mobiliário e da construção. Trata-se de um reflexo do
atual contexto económico europeu e da estagnação dos hábitos de consumo, especialmente em relação a
bens duradouros.
OCDE, "Economic Challenges and Policy Recommendations for the EURO Area" (Desafios económicos e
recomendações de políticas para a zona EURO), fevereiro de 2014
1
2
EPF, Relatório Anual 2012-2013, junho de 2013
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Relatório de
Gestão
Analisando o desempenho por produtos, a produção europeia de aglomerado de partículas nos países
membros da EPF, após a queda de 5,5% verificada em 2012, continuou a apresentar níveis reduzidos de
atividade de produção durante 2013. No entanto, calcula-se que a produção total poderá, para o ano de
2013 no seu conjunto, ter aumentado ligeiramente (+1,5%) comparada com 2012, o que se deverá traduzir
3
num valor de produção global ligeiramente superior a 29 milhões de m . O comportamento dos volumes de
produção está alinhado com o desempenho previsto da procura, conforme avaliado através dos níveis de
consumo registados nos países abrangidos pela análise.
Em termos de MDF, estima-se que o valor da produção na Europa tenha descido 6% em 2012 para cerca
de 11 milhões de m³. Para 2013 e em termos do mercado europeu no seu conjunto, prevê-se que o
consumo de MDF se mantenha relativamente estável (-0,4%) quando comparado com o ano anterior.
A produção europeia de OSB teve uma redução moderada de 2,3% em 2012 (-2,3%), mas mesmo assim
atingiu um nível de produção total superior a 3,5 milhões de m³. O desempenho de 2013 deve ser
semelhante ao registado durante o ano de 2012.
Em contraste com a evolução relativamente estável dos mercados europeus, o clima de negócios positivo
verificado nos Estados Unidos durante 2013 teve efeitos positivos sobre a atividade de construção e,
consequentemente, sobre a procura de produtos de painéis derivados de madeira na região. O mercado
imobiliário nos Estados Unidos fechou 2013 num contexto positivo, em contraste com a evolução
dececionante registada no exercício em termos de licenças de habitação no Canadá. Apesar disso, as
3
estimativas divulgadas pela RISI indicam que o consumo total de aglomerado de partículas na América do
Norte em 2013 ficou 3,1% acima do valor registado em 2012. À semelhança da evolução do segmento de
aglomerado de partículas, calcula-se que o nível de consumo total de MDF durante 2013 na região tenha
registado um aumento de 7,9% comparativamente com o período homólogo, enquanto o consumo de OSB
terá crescido ainda mais (até 9,4%, quando comparado com 2012).
O desempenho do setor sul-africano de painéis derivados de madeira continua a acompanhar o
desempenho global da economia em geral e dos setores da construção e do mobiliário em particular.
Durante 2013, estimou-se um ligeiro declínio nos volumes de consumo geral de painéis de derivados de
madeira, comparado com o valor de 2012. As estatísticas para produção de mobiliário em 2013 registaram
4
um aumento de 2,9% comparativamente com o período homólogo.
Pavimentos Laminados
Embora longe dos valores máximos históricos de 2007, os dados preliminares divulgados pelos European
Producers of Laminate Flooring (EPLF) indicam que durante 2013 poderá ter ocorrido um ligeiro aumento do
5
total de vendas de pavimentos (+0,7% em relação ao período comparável em 2012). No entanto, se a
evolução for considerada apenas em termos dos países da Europa ocidental, calcula-se que o total de
vendas em 2013 na realidade tenha descido aproximadamente 2,4% em relação a 2012, uma evolução que
está de acordo com as tendências dececionantes referidas anteriormente verificadas nos setores de
mobiliário e de construção na Europa.
RISI, North American Wood Panels Forecast - 5-Year (Previsão - Painéis de Madeira - América do Norte - 5 anos),
dezembro de 2013
4
Innomis, South Africa furniture production (Produção de mobiliário na África do Sul), evolução de valor,
comparativamente com o período homólogo, fevereiro de 2014
5
EPLF, Dados preliminares, World Sales of Flooring (Venda mundial de pavimentos), evolução comparativamente com
o período homólogo, fevereiro de 2014
3
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Relatório de
Gestão
3. ANÁLISE DE ATIVIDADE
3.1.
VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDA RECORRENTE
3.1.1.
Consolidado Sonae Indústria
Sonae Indústria consolidado
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente
350
316
318
324
300
297
293
250
200
7.3%
6.8%
7.0%
6.5%
150
5.8%
100
50
0
Milhões de euros
14.0%
1T13
2T13
3T13
4T13
1,400
12.0%
1,200
de
10.0%Volume
1,000
Negócios
8.0%
800
6.0%
600
Margem
4.0%
EBITDA 400
2.0% Recorrente
200
0.0%
4T12*
1,600
1,352
7.9%
1,321
7.5%
1,232
14.0%
12.0%
10.0%
6.5%
8.0%
6.0%
4.0%
2.0%
0
0.0%
2011*
2012*
2013
* Transferindo os valores do Reino Unido para “operações descontinuadas”, devido à paragem da atividade de
produção nesta região durante o 3T12
O Volume de Negócios consolidado da Sonae Indústria foi de 1.232 milhões de euros, em 2013, menos 7%
que o valor registado em 2012, em grande parte devido à redução da presença industrial e ao
abrandamento da procura que prevalece nos principais mercados da Europa. Por outro lado, a
desvalorização do dólar canadiano e do rand sul-africano fez baixar o contributo destas operações no
Volume de Negócios consolidado. Este efeito cambial negativo mais do que anulou o efeito da melhoria nas
receitas, em moeda local, para ambas as regiões. A descida do Volume de Negócios consolidado resultou
da combinação dos volumes de vendas mais baixos (menos 7,7% que em 2012) e da ligeira descida dos
preços médios de venda (-0,8% relativamente a 2012).
O 4T13, em comparação com o mesmo trimestre de 2012, registou igualmente uma descida do volume de
negócios de 7%, em que o principal impacto negativo vem da Europa do Norte, nomeadamente no
seguimento da paragem da prensa de aglomerados em Horn, em Setembro último.
Em termos consolidados, a pressão nos custos da madeira e da energia térmica foram os principais factores
3
que contribuíram para o aumento dos custos variáveis unitários (por m ) em 2013, mais 0,9% do que no ano
anterior. Este aumento foi parcialmente anulado pela melhoria obtida nos custos dos químicos, eletricidade
e manutenção do grupo. Numa base trimestral, e em comparação com o trimestre anterior, os custos
variáveis unitários aumentaram 1,1%.
É importante referir que a Sonae Indústria conseguiu reduzir os custos fixos totais, numa base comparável,
ou seja, sem a contribuição das unidades industriais de Knowsley e Solsona, em aproximadamente 5%, o
que representa uma redução de 13 milhões de euros relativamente ao valor registado em 2012.
De salientar ainda que, em 2013, o índice médio de utilização de capacidade das unidades industriais
aumentou para 73,1% (mais 0,5 pp em comparação com o nível médio de 2012). Este valor foi atingido
através da concentração da produção nas unidades industriais mais eficientes, do ajustamento da produção
aos baixos níveis de procura do mercado e graças ao desempenho da nossa linha de OSB em Nettgau que
registou níveis record de produção, beneficiando de um contexto de forte procura do mercado. De referir
que, numa base comparável, ou seja, excluindo linhas de produção inativas, o índice médio de utilização de
capacidade do grupo aumentou para 74,8%.
O EBITDA recorrente da Sonae Indústria foi de 80 milhões de euros, o que se traduziu numa margem
EBITDA recorrente de 6,5%, menos 1 pp do que em 2012. O EBITDA não recorrente registado foi de 15
milhões de euros, em 2013, na sua maioria relacionados com custos de despedimento (9,4 milhões de
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Relatório de
Gestão
euros, dos quais 5 milhões relativos ao encerramento da unidade de Solsona) e custos adicionais
6
associados com unidades descontinuadas (5 milhões de euros). Face a tudo isto, o EBITDA total em 2013
foi de 65 milhões de euros.
3.1.2.
Europa do Sul
Europa do Sul
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente
140
125
126
130
112
120
118
80
3.6%
40
4.4%
4.3%
1.1%
20
14.0%
12.0%
100
60
Milhões de euros
1.9%
0
1T13
2T13
3T13
525
518
500
10.0% Volume de 400
Negócios **
8.0%
300
6.0% Margem
200
4.0% EBITDA
Recorrente 100
2.0%
0.0%
4T12*
600
485
12.0%
10.0%
5.1%
8.0%
4.8%
6.0%
3.0%
4.0%
2.0%
0
4T13
14.0%
0.0%
2011
2012
2013
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
À semelhança de 2012, o desempenho na Europa do Sul foi afetado negativamente pelas condicionantes
macroeconómicas existentes. As dificuldades de acesso ao crédito e o aumento da taxa marginal de
imposto sobre o rendimento disponível das famílias condicionaram fortemente o investimento em bens de
consumo duradouros, o que resultou na queda da procura de artigos de mobiliário em todos os países desta
região.
Estes fatores foram confirmados pelas mais recentes estatísticas publicadas pelas autoridades competentes
que demonstram que o número de novas licenças de construção na Península Ibérica baixou
7
8
consideravelmente face ao ano anterior (-30,4%, em Portugal e -22%, em Espanha ). No que diz respeito a
França, a atividade do sector de construção mostrou também sinais de queda, com o número de licenças de
9
construção a descer 11% em comparação com o mesmo período de 2012. Ainda que sentindo o impacto
destas condições de mercado, a Sonae Indústria conseguiu compensar parcialmente a descida dos
volumes de vendas nos países da Europa do Sul através do aumento da atividade de exportação para
outras regiões.
Em termos de desempenho financeiro em 2013, devemos salientar os seguintes fatores:
•
O volume de negócios baixou 6%, consequência, em grande parte, da descida de 7% nos
volumes de vendas. Em termos de desempenho da região, o principal contributo negativo vem da
Península Ibérica (em que os volumes de vendas caíram 14% relativamente a 2012), que foi
parcialmente compensado pela melhoria do desempenho em França (+6% numa base comparável).
De salientar, no entanto, que o desempenho da Península Ibérica reflete a realocação dos clientes
6
EBITDA = Resultados Operacionais + Depreciações & Amortizações + (Provisões e perdas por imparidade –Perdas por
imparidade
de dívidas a receber + Reversão de perdas por imparidade em terceiros)
7
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Janeiro 2014 (“Nova habitação residencial”, evolução acumulada Janeiro a Novembro)
8
Fonte: Ministierio de Fomento, Janeiro 2014 (evolução acumulada Janeiro a Novembro)
9
Fonte: Service économie statistiques et prospective (Ministière de l’Écologie, de l’Energie, du Développement durable et de
l’Aménagement du territoire), Janeiro 2014 (evolução acumulada Janeiro a Dezembro)
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Relatório de
Gestão
de aglomerados nas várias unidades industriais do grupo (da unidade encerrada em Solsona,
Espanha para a unidade de Linxe, em França);
•
Os preços médios de venda na Península Ibérica registaram níveis ligeiramente mais elevados
que em 2012, visível, em particular, nos preços dos painéis revestidos a melamina, o que em parte
compensou o efeito da descida dos volumes de vendas. Por outro lado, em França, ainda que os
preços de venda registassem algum aumento relativamente a 2012, o efeito mix de vendas teve um
impacto negativo sobre o preço médio global devido ao aumento do peso do aglomerado cru;
•
Os custos variáveis unitários (por m ) foram afetados negativamente pela pressão sentida no
preço da madeira, bem como nos combustíveis e eletricidade. O aumento dos custos variáveis foi
compensado, de certa forma, pela descida dos preços dos químicos que resultam de melhorias de
eficiência e do mix de produtos produzidos;
•
A combinação destes fatores levou à deterioração da margem EBITDA recorrente, em 2013, para
3%, na Europa do Sul. No entanto, a margem EBITDA recorrente aumentou 0,8pp no 4T13, em
comparação com o trimestre anterior.
3
3.1.3.
Europa do Norte
Europa do Norte
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente
160
132
140
137
138
132
Milhões de euros
14.0%
122
120
12.0%
700
628
600
572
14.0%
528
500
100
6.8%
80
4.4%
60
5.8%
6.2%
5.2%
10.0%Volume de
8.0% Negócios **400
6.0%
6.8%
10.0%
7.2%
5.4%
300
Margem
200
EBITDA
100
Recorrente
2.0%
20
0
0.0%
4T12*
1T13
2T13
3T13
4T13
8.0%
6.0%
4.0%
4.0%
40
12.0%
2.0%
0
0.0%
2011*
2012*
2013
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
Em contraste com o desempenho do mercado da Europa do Sul, o número de licenças de construção na
10
Alemanha aumentou 12,1% , em 2013, o que demonstra que o mercado continua a recuperar em resultado
da combinação entre a melhoria de condições dos mercados financeiros e a descida das taxas de juro. No
entanto, a melhoria no sector da construção não foi acompanhada pela indústria de mobiliário que continuou
a registar um declínio nas vendas.
Na sequência das condições de mercado aqui referidas, registaram-se as seguintes evoluções no
desempenho da Europa do Norte, em 2013:
10
•
O volume de negócios nesta região baixou 7,6%, em grande parte devido ao impacto da descida
de 2,5% nos volumes vendidos, o que se explica pela queda na procura do mercado de
aglomerados de particulas, que afetou maioritariamente a nossa unidade de Horn (que registou, ao
longo de 2013, níveis muito baixos de utilização de capacidade). Este desempenho negativo
contrasta com a tendência de crescimento nos volumes de OSB que se fixaram em níveis muito
acima dos de 2012;
•
Os preços médios de venda mantiveram-se relativamente estáveis na região, em que o impacto
negativo dos preços de venda dos produtos de aglomerado continuamente baixos foram
compensados pela tendência de crescimento dos preços de OSB;
Fonte: German Federal Statistics Office, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro)
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Relatório de
Gestão
•
•
3
Os custos variáveis unitários (por m ) registaram um aumento médio de aproximadamente 4%,
em comparação com 2012, uma evolução relacionada, na sua maioria, com a pressão contínua
nos custos da madeira e dos combustíveis;
A combinação destes fatores levou à deterioração da margem EBITDA recorrente para 5,4%
(versus 7,2%, em 2012). Numa base comparável, se excluirmos os itens associados com a
correção de custos acrescidos, a margem EBITDA Recorrente do 4T13 teria diminuído apenas
0,7pp.
3.1.4.
Resto do Mundo (Canadá e África do Sul)
Resto do Mundo
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente
80
69
70
60
14.2%
50
66
15.0%
68
13.3%
65
15.3%
61
13.5%
40
30
20
10
0
Milhões de euros
25.0%
300
20.0%
250
Volume de 200
15.0% Negócios **
150
10.0% Margem
100
EBITDA
5.0% Recorrente 50
0.0%
4T12*
1T13
2T13
3T13
4T13
255
278
261
30.0%
25.0%
14.8%
12.2%
14.3%
20.0%
15.0%
10.0%
5.0%
0.0%
0
2011*
2012*
2013
** Volume de negócios inclui vendas entre empresas do grupo
Na América do Norte, a evolução marcadamente positiva, ainda que lenta, da economia dos EUA levou ao
11
aumento dos níveis de construção em 2013 (mais 18% numa base comparável). O desempenho positivo
do mercado Americano mais do que compensou a descida registada, ao longo de 2013, nas licenças de
12
construção do Canadá (redução de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior)
À semelhança da tendência que prevalece no mercado dos EUA, também a África do Sul registou uma
13
subida no número de licenças de construção concedidas no mercado residencial (mais 9,2% , numa base
comparável), o que revela sinais positivos de retoma no setor da construção deste país.
Em termos de desempenho financeiro destas regiões, em 2013, devemos salientar os seguintes pontos:
•
O volume de negócios consolidado da região baixou 6,2% devido à evolução negativa das taxas
de câmbio. No que diz respeito a volumes de vendas, a evolução negativa registada na África do
Sul foi parcialmente anulada pela melhoria do desempenho das operações no Canadá. De notar
que, numa base comparável, se excluirmos o efeito negativo das taxas de câmbio, o volume de
negócios aumentou 5% face ao ano de 2012;
•
Os preços médios de vendas registaram uma evolução positiva neste ano, em ambas as regiões,
refletindo a melhoria das condições de mercado e o aumento da quota de produtos de valor
acrescentado no mix de vendas global;
•
Os custos variáveis unitários (por m ) reduziram ligeiramente na América do Norte mas
aumentaram na África do Sul, devido à pressão exercida sobre os custos da madeira, químicos e
combustíveis. No entanto, se compararmos o 4T13 com o 3T13, os custos variáveis médios
baixaram significativamente nas nossas unidades sul-africanas;
3
11
Fonte: RISI, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Dezembro)
12
Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro)
13
Fonte: Statistics South Africa, Janeiro 2014 (evolução acumulada de Janeiro a Novembro)
Página 17 de 40
Relatório de
Gestão
•
Apesar do contributo negativo dos movimentos nas taxas de câmbio das moedas do Canadá e
África do Sul face ao Euro (em particular no que diz respeito à desvalorização do Rand em 24%
face ao euro), a margem EBITDA recorrente da região aumentou 14,3%, em 2013, mais 2,1pp
relativamente a 2012;
•
De salientar que a nossa unidade industrial da América do Norte conseguiu restabelecer totalmente
o problema do fornecimento originado pelo acidente ferroviário que ocorreu no dia 6 de julho em
Lac Mégantic e, não obstante este trágico acontecimento, foi capaz de registar um bom nível de
rentabilidade durante o ano de 2013.
3.2.
ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA
3.2.1.
Demonstração de Resultados
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Milhões de euros
2012*
1.321
2013
1.232
Europa do Sul
518
485
Europa do Norte
572
Resto do Mundo
2013 /
2012*
4T13 /
4T12*
(7%)
4T12*
316
3T13
297
4T13
293
(6%)
125
112
118
528
(8%)
132
132
122
(8%)
278
261
(6%)
69
65
61
(11%)
34
97
99
29
65
80
(16%)
(33%)
5
16
19
10
14
17
(45%)
(19%)
13
26
23
(26%)
Europa do Sul
25
15
(41%)
4
1
2
(49%)
Europa do Norte
41
28
(31%)
9
8
6
(30%)
Resto do Mundo
34
37
9%
10
10
8
(15%)
7,5%
(77)
(13)
12
(51)
6,5%
(75)
(32)
(39)
(59)
-1,0 pp
6,5%
(19)
1
(1)
(13)
5,8%
(18)
(40)
(44)
(15)
-1,5 pp
(15%)
7,3%
(20)
(12)
(3)
(13)
dos quais Juros Líquidos
(28)
(37)
(29%)
(8)
(9)
(10)
(27%)
dos quais Descontos Financeiros Líquidos
(15)
(15)
1%
(4)
(4)
(4)
14%
(39)
(16)
(98)
19
-
(16)
(11)
(15)
(1)
(58)
25
-
dos quais Impostos Correntes
(6)
(7)
(30%)
(1)
(2)
(2)
(29%)
dos quais Impostos Diferidos
(10)
27
-
(9)
0
27
-
(55)
(45)
(1)
(99)
(79)
(1)
(78)
(44%)
(27)
(4)
(0)
(30)
(16)
(0)
(16)
(34)
(0)
(33)
(24%)
Volume de Negócios consolidado
Outros Proveitos Operacionais
EBITDA
EBITDA Recorrente
Margem EBITDA Recorrente %
Amortizações e depreciações
Provisões e Perdas de Imparidade
Resultados Operacionais
Encargos Financeiros Líquidos
Result. antes de Impostos de oper. continuadas
Impostos
Resultado de operações continuadas
Resultado de operações descontinuadas
Interesses Minoritários
Resultado Líquido atribuível aos Acionistas
3%
-
26%
21%
(7%)
(5%)
(24%)
6%
(16%)
-
(22%)
(9%)
* transferindo os valores do Reino Unido para "operações descontinuadas", devido à paragem da atividade de produção nesta região
Em 2013, o EBITDA consolidado baixou 32 milhões de euros relativamente a 2012, na sua maioria devido à
descida dos níveis de atividade e aos custos não recorrentes substanciais registados durante este ano (15
milhões de euros), associados a medidas de reestruturação adicionais levadas a cabo pela empresa
(nomeadamente custos relacionados com o encerramento da unidade de Solsona, em Espanha). A geração
de EBITDA, em 2013, foi ainda afetada negativamente pelos movimentos negativos das taxas de câmbio do
dólar canadiano e do rand no valor de 4,7 milhões de euros. De notar que o valor dos itens não recorrentes
inclui o contributo positivo decorrente da venda de ativos non-core, mais concretamente, a venda de dois
ativos imobiliários: Duisburg (Alemanha) e George (África do Sul).
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Relatório de
Gestão
As amortizações registaram um valor de 75 milhões de euros, menos 3% que em 2012. Apesar disso, a
menor geração de EBITDA e as imparidades registadas na sua maioria em França (relativamente ao
imobilizado fixo e ao goodwill) levaram a um EBIT negativo de 15 milhões de euros, em 2013.
Os encargos financeiros, em comparação com o ano anterior, aumentaram 8 milhões de euros (+15%),
devido à subida do custo médio da dívida que se fixou em 5,5%, mais 1,1pp que o custo médio em 2012.
Esta evolução resulta, na sua totalidade, da subida dos spreads em Portugal e Espanha, já que as taxas
Euribor se mantiveram em níveis historicamente baixos.
No último trimestre de 2013, foram registados impostos diferidos adicionais no valor de 27 milhões de euros:
8.4 milhões de euros associados com as operações em Portugal e na Alemanha e 16.4 milhões de euros
relativos ao impacto direto da reavaliação de “Terrenos e Edifícios”. O valor de impostos registado em 2013
foi de 1 milhão de euros acima do valor registado em 2012.
A combinação de todos estes fatores levou a um resultado líquido negativo das operações continuadas de
79 milhões de euros, menos 24 milhões de euros que o valor registado em 2012. No entanto, é de salientar
que, devido ao impacto das operações descontinuadas (em 2012, a empresa registou uma imparidade
relevante relativa ao encerramento das operações em Knowsley), o resultado líquido aumentou 21% face ao
ano anterior.
3.2.2.
CAPEX
Ativo fixo adicional
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Milhões de euros
35
35
6
14
23
19
13
9
6
2011
2T
3T
4.3
Europa do Sul
9.7
6
6
7
1T
2013 | Ativo fixo adicional por região Milhões de euros
10
6
4
3
2012
2013
4T
Adiantamentos a Fornecedores
5.4
Europa do Norte
Resto do Mundo
xx
FY CAPEX
Em termos acumulados, desde o início de 2013, os ativos fixos adicionais atingiram 19 milhões de euros,
em comparação com 35 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior. A maioria dos
investimentos está associada com melhorias nas áreas de manutenção e segurança orientadas,
essencialmente, para as nossas unidades na região da Europa do Sul.
Em 2013, foi também registado um valor de aproximadamente 3,5 milhões de euros em “Pagamentos
antecipados a fornecedores de ativos fixos”, relacionados com os investimentos planeados para as
unidades de reciclagem das nossas operações na Alemanha.
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Relatório de
Gestão
3.2.3.
Balanço e Estrutura de Capital
BALANÇO
Milhões de euros
2012
936
806
92
24
13
329
130
141
23
34
4
1.269
135
136
(1)
1.134
688
9M13
868
744
90
23
11
348
131
156
28
33
4
1.220
77
78
(1)
1.143
707
2013
940
811
82
34
13
302
123
121
27
30
4
1.246
127
128
(1)
1.119
705
Médio e longo prazo
492
251
275
Curto prazo
196
456
430
178
268
1.269
179
257
1.220
156
257
1.246
665
6,7 x
93
679
7,9 x
108
678
8,4 x
88
Ativos não correntes
Imobilizações corpóreas
Goodwill
Impostos diferidos ativos
Outros ativos não correntes
Ativos correntes
Existências
Clientes
Caixa e investimentos
Outros ativos correntes
Ativos não correntes detidos para venda
Total do Ativo
Capitais Próprios e Interesses Minoritários
Capitais Próprios
Interesses Minoritários
Passivo
Dívida remunerada
Fornecedores
Outros passivos
Total do Passivo, Capitais Próprios e Int. Minoritários
Dívida Líquida
Dívida Líquida / EBITDA Recorrente**
Fundo de Maneio
**EBITDA recorrente dos últimos dozes meses
De acordo com a IAS 16, a Sonae Indústria alterou, em 2013, o tratamento contabilístico dos ativos
tangíveis “Terrenos e Edifícios” de um modelo de custos para um modelo de reavaliação de ativos. De
forma a refletir o valor justo destes itens nas contas da sociedade, foi contratada uma empresa externa para
levar a cabo a avaliação dos ativos da sociedade, o que resultou num aumento de 130 milhões de euros.
Foi registada uma reserva de reavaliação na rubrica de capitais próprios no valor de 93 milhões de euros,
após os encargos com impostos diferidos correspondentes. De notar que o valor de amortizações, em 2013,
não reflete o impacto desta reavaliação.
O total de capitais próprios foi afetado negativamente pelas imparidades registadas no ano e pelo impacto
contabilístico associado à consolidação das operações do Canadá e África do Sul, utilizando a taxa de
câmbio mais baixa para o dólar canadiano e para o rand. Estes movimentos traduziram-se num efeito
combinado negativo de 19 milhões de euros, em 2013. Estes efeitos negativos foram, ainda assim, quase
totalmente anulados pela reserva de reavaliação anteriormente referida, o que resultou numa redução
líquida dos capitais próprios de 8 milhões de euros, em comparação com o valor do final de 2012.
No final de 2013, o fundo de maneio da sociedade baixou 5 milhões de euros em comparação com o final
de 2012. Esta evolução positiva deve-se, em parte, à descida dos níveis de atividade registados no ano,
consequência direta da redução da presença industrial, mas também devido à melhoria do período médio
de recebimentos que baixou em três dias.
Numa base anual, o endividamento líquido aumentou 13 milhões de euros para 678 milhões de euros no
final de 2013, mas manteve-se praticamente estável se compararmos com o final do 3T13, o que reflete o
enfoque contínuo da empresa na melhoria da geração de cash flow, ainda que num contexto atual
económico e de mercado bastante difícil.
A combinação da descida do EBITDA recorrente com a ligeira subida do nível do endividamento líquido
levaram a uma deterioração do rácio Endividamento Líquido / EBITDA Recorrente para 8,4x.
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Relatório de
Gestão
3.3.
RESULTADOS INDIVIDUAIS DA SONAE INDÚSTRIA, SGPS
A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto empresa-mãe do grupo Sonae Indústria, define as diretrizes
estratégicas para o grupo, gere as participações e monitoriza a atividade das suas subsidiárias. Além disso,
a estrutura central é responsável pelo funcionamento das atividades financeiras do grupo, alocando fundos
e gerindo as necessidades de tesouraria das suas subsidiárias.
3.4.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto empresa gestora das participações sociais do grupo, com base nas
contas individuais, gerou um Resultado Líquido negativo no exercício de 2013 de 150.763.751,85 euros.
O Conselho de Administração irá propor, na Assembleia Geral de Acionistas, que este Resultado Líquido
negativo seja levado a resultados transitados.
3.5.
PERSPETIVAS FUTURAS PARA 2014
Em 2014, prevemos uma estabilização ou mesmo, em certas regiões, uma melhoria marginal da envolvente
de mercado para a indústria como um todo. Esta evolução, em conjunto com a implementação das medidas
de reestruturação e alienações anunciadas, deve permitir-nos atingir um desempenho financeiro acima do
que registámos em 2013, excluindo os custos isolados inerentes aos processos de reestruturação.
No que diz respeito aos custos da madeira, continuamos a prever uma conjuntura difícil, na Europa, com os
desequilíbrios que prevalecem entre a oferta e a procura a determinarem os preços e a disponibilidade
desta matéria-prima. Estamos a tomar medidas para resolver este problema, melhorando as nossas
eficiências e adaptando o tipo de madeira consumido aos constrangimentos do mercado.
Vamos continuar a implementar a nossa estratégia definida de concentração da nossa produção nas
unidades industriais mais eficientes, aumentando o nosso mix de vendas com uma maior parcela de
produtos de valor acrescentado, procurando continuamente eficiências operacionais e ganhos de
produtividade. Em termos de investimentos, vamos executar o plano definido de melhorar a nossa base de
ativos, aumentando a reciclagem e os equipamentos de revestimento de painéis a papel melaminico, em
linha com o posicionamento do mercado em segmentos de valor acrescentado que pretendemos alcançar e
com as melhores práticas sustentáveis de aumentar a utilização de material reciclado nas nossas unidades
industriais.
Tal como no ano passado, esperamos conseguir refinanciar a maior parte da dívida que se vence em 2014
e ajustar o perfil da dívida à geração de cash flow. Estamos confiantes que, com o apoio dos nossos
principais stakeholders, vamos conseguir executar com êxito a estratégia definida, aumentando
significativamente a nossa posição competitiva e posicionando-nos eficazmente para as próximas fases do
ciclo económico.
Iremos continuar a desenvolver oportunidades de carreira a longo prazo e de gestão de talento, já que estas
são prioridades da nossa empresa. O investimento em formação e a melhoria das capacidades das nossas
pessoas são um fator importante para a implementação da nossa estratégia, em conjunto com o
compromisso contínuo de assegurar um ambiente de trabalho seguro a todos os nossos colaboradores.
3.6.
INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO
A Sonae Indústria, SGPS, SA é uma empresa cotada na NYSE Euronext Lisbon, com um acionista
maioritário – a EFANOR – que atualmente detém aproximadamente 51% do capital social.
A Sonae Indústria foi uma subsidiária da Sonae, SGPS até 2005, ano em que ocorreu a cisão em relação a
essa empresa e em que se concentrou exclusivamente na sua competência principal: a produção de painéis
derivados de madeira. Através de regras adequadas de governo da sociedade, de uma gestão do risco
eficiente e de preocupações genuínas com o ambiente e a segurança dos nossos colaboradores, o nosso
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Relatório de
Gestão
objetivo é ser reconhecido como um líder mundial sustentável no setor dos painéis de derivados de
madeira.
A evolução da cotação das ações da Sonae Indústria normalmente é afetada por ciclos macroeconómicos,
uma vez que o desempenho financeiro da empresa depende muito da evolução dos setores da construção
e do mobiliário. Nos últimos anos, a cotação das ações da Sonae Indústria também pode ter sido afetada
pela crise das dívidas soberanas na Europa, nomeadamente devido à maior aversão ao risco por parte de
investidores estrangeiros em relação a investimentos em valores mobiliários portugueses.
COTAÇÃO DA AÇÃO E VOLUME DE TRANSAÇÕES
Apesar de significativos desafios macroeconómicos e financeiros, a cotação das ações da Sonae Indústria
subiu aproximadamente 15% durante 2013. O volume de transações diário mais elevado das ações da
Sonae Indústria registou-se a 23 de janeiro, o mesmo dia em que Portugal regressou aos mercados de
dívida a longo prazo, emitindo 2,5 biliões de euros e reduzindo o custo do crédito para menos de 5%.
O valor mínimo da cotação, durante 2013, registou-se a 3 de julho (0,45 euros por ação), imediatamente
após o início da crise política em Portugal, uma demonstração clara da sensibilidade das ações ao
desempenho geral do país em termos económicos, financeiros e políticos, não obstante a diversidade
geográfica das operações de produção e de comercialização da Sonae Indústria. O valor máximo da
cotação em 2013 foi atingido a 11 de novembro, após a decisão do BCE de reduzir a taxa de referência em
25 pontos base.
Significativamente, em termos de liquidez, as ações da Sonae Indústria registaram um volume de transação
médio diário de 413.413 ações durante 2013, mais do que duplicando o nível registado durante 2012.
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Relatório de
Gestão
INDICADORES BOLSISTAS
Código ISIN PTS3P0AM0017
Código Bloomberg SONI
Código Reuters SONI.LS
2011
2012
2013
Capital Social
Número de ações
700,000,000
140,000,000
700,000,000
140,000,000
700,000,000
140,000,000
Resultados Líquidos
Resultados Líquidos por ação
Devidendos por ação*
Cotações
Máximo ano
Mínimo ano
Média ano
-57,817,393
-0.41
0.00
-98,876,879
-0.71
0.00
-78,045,917
-0.56
0.00
1.93
0.50
1.23
0.71
0.39
0.56
0.66
0.45
0.56
0.64
88,900,000
162,181
0.49
68,460,000
150,479
0.56
78,820,000
413,413
Cotação a 31-Dec
Capitalização Bolsista a 31-Dec
Volume médio de transações diário (ações)
* distribuídos no ano seguinte
3.7.
TRANSAÇÕES COM AÇÕES PRÓPRIAS
A Sonae Indústria, SGPS, SA não adquiriu, nem alienou ações próprias durante o exercício e, à data de 31
de dezembro de 2013, a empresa não detinha ações próprias.
3.8.
EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 6 de janeiro de 2014, a Isoroy SAS, sociedade detida indiretamente pela Sonae Indústria SGPS, SA,
na sequência de uma proposta recebida relativa aos negócios e ativos das unidades industriais de Auxerre
e Le Creusot, em França, que inclui a transferência de todos os colaboradores daqueles negócios, iniciou o
processo de informação e consulta dos representantes dos colaboradores relativamente à potencial
transação, bem como ao subsequente redimensionamento dos escritórios localizados em Antony, Paris.
3.9.
POLÍTICA DE DIVIDENDOS
O Conselho de Administração definiu como objetivo a distribuição aos acionistas de 50% dos lucros anuais
da empresa.
O rácio de pagamento real é proposto pelo Conselho de Administração em cada ano, tendo em
consideração a sustentabilidade da estrutura de capitais da empresa e as fontes de financiamento
disponíveis, bem como os planos de investimentos existentes.
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Relatório de
Gestão
4. GESTÃO DE RISCOS
4.1.
POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO
a) Créditos sobre Clientes
O risco de crédito na Sonae Indústria resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus clientes,
relacionados com a atividade operacional.
O principal objetivo da gestão de risco de crédito na Sonae Indústria é garantir a cobrança efetiva dos
recebimentos operacionais de clientes em conformidade com condições de pagamento o mais reduzidas
possível, mantendo ao mesmo tempo o nível mais baixo possível de imparidade de devedores.
De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por parte dos
clientes, as empresas do Grupo:
-
Criaram uma Comissão de análise e acompanhamento trimestral do risco de crédito;
Implementaram processos e procedimentos comuns de gestão de crédito pró-ativos e preventivos,
apoiados por sistemas de informação;
Criaram mecanismos adequados de cobertura de riscos (tais como, seguros de crédito, cartas de
crédito, garantias bancárias).
Para fomentar a partilha de experiências e o alinhamento de procedimentos e práticas, bem como garantir a
aplicação das melhores regras de controlo, a Sonae Indústria promove de forma regular o "Fórum de
Gestão de Riscos de Crédito de Clientes".
b) Outros ativos financeiros para além de créditos sobre clientes
Para além dos ativos resultantes das atividades operacionais e dos saldos de créditos sobre clientes
correlacionados, as empresas do Grupo detêm outros ativos financeiros, relacionados sobretudo com as
suas atividades de gestão de tesouraria e com depósitos em instituições financeiras. Em consequência
destes movimentos e saldos bancários, existe também risco de crédito associado ao potencial
incumprimento pecuniário das instituições financeiras que são contraparte nestes relacionamentos. No
entanto, o risco é considerado reduzido devido aos valores limitados normalmente envolvidos em depósitos
bancários e à credibilidade das instituições financeiros usadas pelas empresas do grupo.
4.2.
RISCOS DE MERCADO
a) Risco de Taxa de Juro
Devido à proporção relevante de dívida a taxa variável nas suas Demonstrações Consolidadas de Posição
Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, a empresa está exposta a risco de taxa
de juro.
Regra geral, a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações
de taxas de juro. Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os
níveis de taxa de juro e o "cash flow operacional antes de juros líquidos", que cria uma cobertura natural ao
nível do "cash flow operacional após juros líquidos" para a Sonae Indústria.
Como exceção à sua política geral, a Sonae Indústria pode contratar certos derivados de taxa de juro,
visando exclusivamente cobrir exposições a riscos existentes e apenas na medida em que os riscos e
valorização desses derivados possam ser avaliados com rigor pela empresa. As subsidiárias da Sonae
Indústria não contratam derivados de taxa de juro com objetivos de trading, geração de proveitos ou fins
especulativos.
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Relatório de
Gestão
b) Risco de Taxa de Câmbio
Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes,
a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. As Demonstrações Consolidadas de
Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostas a risco de câmbio de
translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de
translação como de transação.
Como regra do Grupo, sempre que é possível e economicamente viável, as empresas do Grupo procuram
compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira, mitigando dessa
forma os riscos cambiais.
Também como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da atividade
operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco cambial deve ser mitigado
através da utilização de derivados cambiais de curto prazo contratados pela subsidiária exposta ao referido
risco. As subsidiárias da Sonae Indústria não contratam derivados cambiais com objetivos de trading,
geração de proveitos ou fins especulativos.
Como política, o risco de translação em resultado da conversão de investimentos de Capitais Próprios em
subsidiárias não Euro não é coberto, uma vez que estes investimentos são considerados de longo prazo.
Também se pressupõe que a cobertura de transações não acrescentaria valor a longo prazo. Os ganhos e
as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de câmbio de investimentos de Capitais
Próprios em subsidiárias não Euro são contabilizados na rubrica de “outro rendimento integral acumulado”.
c) Risco de Liquidez
No Grupo Sonae Indústria, a gestão do risco de liquidez tem por objetivo assegurar que a sociedade
obtenha, atempadamente, o financiamento necessário para dar continuidade aos negócios, implementar a
estratégia definida e cumprir com as suas obrigações, nos termos e condições mais favoráveis.
Para este efeito, a gestão de liquidez do Grupo compreende:
-
Planeamento financeiro e previsões de fluxos de caixa por país e a nível consolidado, com
diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e para o business plan);
-
Diversificação de fontes de financiamento;
-
Diversificação dos prazos de vencimento da dívida por forma a evitar uma excessiva concentração
de reembolsos em curtos períodos de tempo;
-
Negociação com bancos de relacionamento de linhas de crédito de curto prazo (committed e
uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de operações financeiras (como é o
caso do programa de Securitização de créditos comerciais), com o objetivo de assegurar um
balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados;
-
Acesso e gestão ativa das posições de liquidez e dos fluxos de caixa das subsidiárias, tendo em
consideração os objetivos do Grupo no que toca a liquidez.
É política da Sonae Indústria não incluir rácios financeiros consolidados nos seus contratos de
financiamento, que possam resultar no respetivo reembolso antecipado. Esta política tem em consideração
a imprevisibilidade dos ciclos que caracterizam o negócio dos painéis derivados de madeira, e que
influenciam fortemente os rácios financeiros ao longo das diferentes fases do ciclo de negócios.
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Relatório de
Gestão
4.3.
RISCOS LEGAIS
A Sonae Indústria e as suas subsidiárias estão obrigadas e promovem ativamente o respeito pelas leis
aplicáveis nos países e regiões em que operam. Mudanças nesses enquadramentos legais podem traduzirse em alterações, ou mesmo restrições, às condições atuais de exploração e podem originar custos
acrescidos.
A Sonae Indústria, SGPS, SA é, e pretende continuar a ser, reconhecida pela forma como age de acordo
com as regras e os valores da concorrência com base no mérito, na força dos mercados livres e no respeito
ilimitado pelo consumidor. Para atingir esse objetivo, estão em vigor medidas para reforçar a promoção e
divulgação das iniciativas de conformidade existentes dentro do Grupo. Tais medidas incluem formação
para os colaboradores, a fim de garantir que todas as partes da nossa organização, em todas as geografias,
têm uma consciência mais profunda e mais completa e um respeito mais rigoroso perante as suas
obrigações legais.
4.4.
RISCOS OPERACIONAIS
O fabrico de painéis derivados de madeira é uma atividade industrial com um risco operacional muito
significativo, decorrente de eventuais acidentes envolvendo incêndio e explosão. Consequentemente, a
gestão de risco operacional é uma preocupação central da empresa e temos uma postura ativa na
implementação de normas e de melhores práticas, bem como na escolha de sistemas capazes de reduzir
os riscos industriais.
Para uma descrição pormenorizada destes riscos e das iniciativas desenvolvidas para os mitigar, consultar
o Relatório sobre o Governo da Sociedade.
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Relatório de
Gestão
5. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
5.1.
RELATÓRIO SOCIAL
AS NOSSAS PESSOAS
Na Sonae Indústria, acreditamos que as pessoas são o suporte para impulsionar a mudança do futuro.
Preocupamo-nos com a segurança e o bem-estar dos nossos colaboradores e esforçamo-nos por apoiar o
seu desenvolvimento pessoal e profissional para poderem concretizar os seus próprios objetivos de carreira.
Cada colaborador é um indivíduo único e é esta diversidade que constitui a riqueza da cultura da Sonae
Indústria. Expressamos o nosso empenho para com as nossas pessoas nos valores empresariais de
Cooperação, Não-discriminação e Segurança e Saúde.
No final de 2013, a Sonae Indústria empregava um total de 4.170 pessoas em 7 países diferentes. A
diminuição em relação ao final de 2012 deve-se sobretudo ao encerramento da fábrica de Solsona.
Força de trabalho por idade
O grupo etário mais representativo na Sonae Indústria corresponde às idades entre 45 e 54 anos. Também
se deve salientar que as mulheres representam aproximadamente 16% do total da força de trabalho da
empresa.
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Relatório de
Gestão
Número de Colaboradores e Produtividade
Número de Colaboradores
1)
Produtividade
BASE 100: 2002
10.000
195,0
182,3
181,0
8.000
7.805
163,8
6.224
5.710
166,3
6.895
149,5
6.000
167,0
5.438
176,1
6.944
6.471
5.438 2)
179,6
170,0
164,1
145,3
145,0
5.368
123,4
4.712
4.789
4.408
4.170
4.000
120,0
100
2.000
95,0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
1) Colaborados excluindo estagiários
2) Hornitex e Darbo
Nos últimos anos, a produtividade tem vindo a aumentar de uma forma muito significativa, especialmente
devido ao processo de reestruturação que levámos a cabo.
Taxa de absentismo (%)
2011
4,8%
2010
4,7%
5,0%
4,0%
5,0%
5,0%
5,7%
6,0%
2012
2013
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
2009
O absentismo tem vindo a diminuir de forma constante nos últimos anos mas apresentou um ligeiro
aumento em 2013 gerado sobretudo na Alemanha, devido a baixa por doença, e nas áreas corporativas,
devido a licenças de maternidade/paternidade.
Página 28 de 40
Relatório de
Gestão
Horas de formação e % por colaborador
140
126
2,5%
2,0%
73
80
101
103
100
126
120
3,0%
60
1,5%
1,0%
40
0,5%
20
0
0,0%
2009
2010
2011
2012
2013
Apesar de em 2013 se ter registado uma redução do número médio de horas de formação por colaborador,
em comparação com o ano anterior, a formação continua a ser uma das prioridades da Sonae Indústria. Os
programas de formação para desenvolvimento contínuo dos últimos anos, apoiados por entidades externas,
já foram concluídos e agora a atenção está centrada em atividades de formação internas e partilha de
melhores práticas em fóruns específicos.
PARCERIAS COM UNIVERSIDADES
Com o objetivo de desenvolver e melhorar as características dos nossos produtos e de criar um Centro de
Investigação, Desenvolvimento e Inovação (CIDI), foi desenvolvida uma parceria com duas universidades
portuguesas, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Escola Superior
Tecnológica de Viseu (ESTV), com o apoio da ARCP - Associação Rede de Competência em Polímeros.
Esta parceria é um motor de promoção de inovação de produtos e processos no grupo e fomenta as
relações e a cooperação entre a nossa empresa e a comunidade estudante. No momento, e inserido no
enquadramento de competências definido, os principais objetivos do nosso centro de investigação são os
seguintes:
•
•
•
•
•
G0 – Novos Polímeros - Investigação fundamental;
G1 – Resinas - controlo e monitorização industrial;
G2 – Derivados de Madeira - desenvolvimento de novos produtos, caracterização do desempenho
físico-mecânico, avaliação da performance de sistemas de encolagem;
G3 – Papéis Impregnados e Termolaminados - impregnação, caracterização de desempenho,
desenvolvimento de novos produtos/processos
14
G4 – Emissões - análise de emissões COV , em particular de Formaldeído
Tendo em conta os objetivos expostos em cima, a Sonae Indústria, através de uma das suas subsidiárias, a
Euroresinas, tem os seguintes equipamentos e instalações no campus universitário:
Reator para produção de resina
14
Equipamentos para produção
de aglomerado de partículas
Análise de emissões
de formaldeído
Compostos orgânicos voláteis
Página 29 de 40
Relatório de
Gestão
Com esta parceria, a Sonae Indústria tem deste modo acesso privilegiado a equipamentos e técnicas, ao
conhecimento científico dos investigadores, ao desenvolvimento de novos métodos e acesso permanente a
técnicos de elevado potencial para eventuais processos de recrutamento de quadros para as suas
empresas
ENVOLVIMENTO NA COMUNIDADE LOCAL
Independentemente de nacionalidades, na Sonae Indústria a maioria das nossas pessoas partilha o desejo
de melhorar as condições de vida dos mais carenciados nas comunidades locais em que estamos
presentes. Em algumas situações específicas, envolvemo-nos com instituições sociais ou de beneficência e
encorajamos as nossas pessoas a participar ativamente nestas iniciativas.
Em Portugal, foi lançado um projeto de voluntariado pela Sonae Indústria em 2008, intitulado "T-shirt", que
dá a todos os colaboradores da empresa a oportunidade de dedicar um máximo de três dias de trabalho por
ano para fazer trabalho em regime de voluntariado. Esses dias são financiados pela empresa com o fim de
encorajar os colaboradores a envolver-se em comunidades e projetos locais.
"T-shirt", Woody e a floresta urbana, Portugal
A educação e o bem-estar das crianças são uma parte importante do nosso compromisso. Neste programa
"t-shirt" específico, os voluntários da Sonae Indústria visitam escolas locais e promovem o ciclo virtual da
madeira junto de crianças da pré-primária ao 4º ano. Começando muito novas, as crianças vão crescer com
consciência da necessidade e das vantagens da reciclagem. Com este fim em vista, imprimimos um livro de
40 páginas e capa mole em que o "Woody" conta como precisa da floresta e das árvores para sobreviver.
Desta forma, o Woody torna-se um instrumento para ensinar às crianças o papel importante que as árvores
têm na sobrevivência do planeta, encorajando-as a estar mais conscientes das questões ambientais e do
seu impacto na nossa vida diária. Este projeto reflete o empenho da empresa em estimular a reflexão sobre
o impacto da floresta na vida diária e especificamente aos níveis ambiental, social e económico mostrando, por exemplo, a vida na floresta, as atividades económicas associadas ao setor das florestas, o
uso no quotidiano de produtos e serviços com origem na floresta, bem como promovendo a reciclagem de
madeira.
Durante o ano de 2013 visitamos 54 aulas de 14 escolas situadas nas proximidades das nossas fábricas.
No total conseguimos chegar a 1.204 estudantes durante um período de 7 meses. Três destas escolas
foram também presenteadas com uma coleção de livros para a sua biblioteca, que foram gentilmente
doados pela Fundação Belmiro de Azevedo. Durante o mês de Dezembro, foi efetuada a já habitual recolha
de Natal de brinquedos. Os brinquedos que foram recolhidos pelas várias unidades foram posteriormente
oferecidos a instituições de solidariedade locais.
"T-shirt", atividades de reflorestação em Portugal e Espanha
Com esta iniciativa, à semelhança dos últimos anos, a Sonae Indústria visa manter a sua atitude
responsável ao nível ambiental, ajudando dessa forma a proteger o património florestal, contribuindo para a
sustentabilidade dos recursos naturais e chamando a atenção para a importância das florestas nacionais.
Além disso, desafia os agentes económicos a promover em conjunto mais e melhores florestas, para que
possam gerar mais valor, tanto numa perspetiva ambiental como numa perspetiva socioeconómica.
Em 2013, 114 colaboradores, familiares e amigos de cinco unidades da Sonae Indústria estiveram
envolvidos no processo de reflorestação em Penacova, para apoiar a Floresta Unida, uma organização que
tem como meta plantar 400 milhões de árvores em 30 anos e proteger outros 150 milhões.
Outros programas de responsabilidade social em Espanha
•
Kilo Project – recolha de alimentos que são posteriormente oferecidos à Federación Española de
Bancos de Alimentos (FESBAL), à Cáritas e à Cruz Vermelha Espanhola. Durante o ano de 2013
foram recolhidos 640 kgs de alimentos pelos colaboradores das fábricas espanholas da Sonae
Indústria.
Página 30 de 40
Relatório de
Gestão
•
SOLIDARIDAD POR UN TUBO – consiste numa iniciativa integrada no programa T-shirt, de recolha
de telemóveis e equipamentos e acessórios antigos. O dinheiro proveniente da venda destes
equipamentos é depois oferecido à Associação de Pais de crianças com Cancro.
Programas de responsabilidade social no Canadá
A Tafisa Canadá continua a apoiar ativamente várias iniciativas e esforços em Lac-Mégantic e nas
comunidades próximas. A Tafisa Canadá e os seus colaboradores são dos principais doadores da
Fondation du centre de santé et de services sociaux du Granit (CSSS du Granit, Fundação para a Saúde e
Segurança). Desde 2003, mais de $180.000 foram doados para o desenvolvimento de serviços dedicados à
promoção da saúde e bem-estar da comunidade.
Deve ser ainda mencionado o incidente de 6 de Julho de 2013 que ocorreu em Lac-Mégantic e que mudou
a face da comunidade. O CSSS du Granit desempenhou um papel fundamental no suporte às pessoas que
foram afetadas por esta tragédia, oferecendo cuidados médicos nas horas seguintes ao acidente, bem
como suporte emocional essencial, assegurando que profissionais médicos adequados estavam disponíveis
para pessoas que necessitavam de suporte para enfrentar a perda de entes queridos e bens. A comunidade
de Lac-Mégantic recebeu também suporte emocional e financeiro de todas as partes do mundo. Muitos dos
parceiros económicos da nossa empresa, incluindo clientes, fizeram vários donativos a favor da Cruz
Vermelha Canadiana e à Fondation Avenir Lac-Mégantic com o objetivo de apoiar a comunidade. Muitos
dos nossos colaboradores, em conjunto com as suas famílias, dedicaram o seu tempo a ajudar as pessoas
da comunidade que foram afetadas pelos eventos do Verão passado.
Foi também essencial o suporte à preservação de um ambiente de “normalidade” na comunidade. Neste
sentido a Tafisa Canadá continuou a apoiar as atividades e eventos que permitem que as pessoas se
reúnam e se divirtam. Continuou também a apoiar atividades que ajudam a promover o turismo na região. A
Tafisa Canadá fez também várias contribuições para várias iniciativas desportivas que envolveram crianças
e colaboradores da empresa.
Investimento Social da Empresa - Iniciativas na África do Sul (CSI - Corporate Social Investment)
Na África do Sul, a nossa empresa Sonae Novobord desenvolve várias ações, não só através de apoio
financeiro, mas também com parcerias ativas, promovendo e participando em campanhas de sensibilização.
Os principais pontos são a Educação (incluindo bolsas de estudo e competências), o Worldwide Fund for
Nature (WWF) e a organização de iniciativas de educação para professores. Durante 2013, integradas no
programa global da empresa, foram organizadas as seguintes atividades:
- Programa de e-learning nas escolas de Ligbron, Lungisani, Hazyview e Camden, com destaque
para o desenvolvimento dos alunos nas áreas específicas da matemática e das ciências;
- Apoio a uma escola para crianças carenciadas na zona de Alexandra (Friends of Alex);
- Apoio à Furntech, uma escola de ensino técnico para desenvolvimento de competências em
carpintaria/marcenaria (pessoas carenciadas);
- Envolvimento ativo no WWF, no Water Neutral Program, estimulando o investimento na proteção
o
dos recursos hídricos e ecossistemas da África do Sul (parceria já no seu 4 ano de existência);
- Atribuição de bolsas de estudo a dois (candidatos AA - Ação Afirmativa) estudantes na
universidade.
A gestão das iniciativas CSI é da responsabilidade de uma comissão dirigida por um consultor
independente, sendo os restantes membros colaboradores da Sonae Novobord.
PRINCIPAIS INDICADORES DE SAÚDE E SEGURANÇA
Durante 2013, foram implementadas várias ações, melhores práticas e procedimentos melhorados em todas
as nossas unidades, com o objetivo de melhorar continuamente os indicadores de segurança da Sonae
Indústria.
15
A figura abaixo representa o índice consolidado no país e no mundo de casos de acidentes com baixa :
15
Casos de acidentes com baixa: qualquer acidente ou doença ocupacional que impeça o colaborador de apresentarse ao trabalho, em qualquer turno subsequente e calendarizado. Acidentes fatais e doenças são considerados casos
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Relatório de
Gestão
8,0
Índice de casos de acidente com baixa
2011
2012
2013
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Peninsula Ibérica NBB
França
Alemanha
JV 50%
Canadá África do Sul
Sonae Indústria
O índice global de casos de acidentes com baixa da Sonae Indústria melhorou 12% (em comparação com
2012). Embora ainda não tenhamos atingido as metas definidas, consideramos que se trata de uma
tendência positiva e consistente, indicando que estamos no caminho certo para concretizar os nossos
objetivos a médio prazo. A este nível vale a pena destacar os bons resultados obtidos na Península Ibérica,
16
na JV 50% e na Alemanha (reduções de 40%, 36% e 27%, respetivamente, em comparação com o ano
passado).
O Negócio Non-Board e as operações na África do Sul e no Canadá registaram alguns acidentes durante o
exercício, o que levou a um aumento significativo do índice de casos de acidentes com baixa. Em França,
como se pode ver no gráfico, também tivemos um ligeiro aumento (+1% em comparação com 2012). Para
melhorar os nossos níveis de segurança e, nas regiões onde a evolução foi negativa, garantir uma inversão
dos resultados, foram implementadas ações adicionais durante o ano, a juntar às medidas existentes
visando garantir uma redução sustentável das causas de fundo que estiveram na origem destes acidentes.
Índice de gravidade
2,50
2011
2012
2013
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
Peninsula Ibérica NBB
França
Alemanha
JV 50%
Canadá África do Sul
Sonae Indústria
17
À semelhança do índice de casos de acidentes com baixa, o índice de gravidade desceu 23% globalmente
em comparação com o ano anterior. A ocorrência de um incidente no Canadá aumentou naturalmente o
índice de gravidade nessa operação, mas não teve um impacto significativo ao nível do índice global.
de acidentes com baixa, independentemente do tempo que medeia entre o acidente e o falecimento em
consequência da doença.
Índice de casos de acidentes com baixa = (Número de casos de acidentes com baixa x 200.000) / Número de horas
trabalhadas calculado numa base de 200.000 horas por colaborador (100 colaboradores a tempo inteiro, a trabalhar
50 semanas, 40 horas por semana).
16
Joint Venture com Tarkett para a produção de Pavimentos Laminados, em Eiweiler (50% / 50%)
17
Índice de gravidade = Número de dias de trabalho perdidos devido a casos de acidentes com baixa x 1.000 / Número
de horas trabalhadas
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Relatório de
Gestão
O índice de gravidade está relacionado com o grau de gravidade dos acidentes com base no número de
dias perdidos e destina-se a revelar a dimensão dos problemas de segurança ao expor a importância de
cada acidente. O facto de este índice ter diminuído em todos os países, exceto no Canadá, por motivos bem
conhecidos, é um indicador claro de que os acidentes ocorridos foram menos graves. No entanto, o nosso
objetivo principal mantém-se inalterado e faremos todos os esforços para continuar a reduzir o valor destes
índices todos os anos
5.2.
RELATÓRIO AMBIENTAL
3
Consumo de madeira (tonelada seca/m produzido)
A madeira é a principal matéria-prima da Sonae Indústria. Como grandes utilizadores deste material natural,
renovável e reciclável, consideramos que usar madeira reciclada e subprodutos de madeira na nossa
produção faz parte do nosso contributo sustentado visando mitigar as emissões de CO2 e as alterações
climáticas.
Nas figuras abaixo apresentamos as tendências de consumo por tipo de madeira e de eficiência na
utilização de madeira para os últimos anos.
Consumo de madeira por metro cúbico produzido
(tonelada seca /m3)
0,69
0,69
0,70
0,71
0,70
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2009
2010
2011
2012
2013
O nosso valor global de consumo específico de madeira manteve-se estável em comparação com os
valores de 2012, e permanece em níveis ligeiramente mais baixos do que aqueles registados em anos
anteriores.
Consumo de madeira por tipo
24%
22%
19%
23%
18%
26%
24%
16%
41%
37%
38%
39%
21%
31%
33%
74%
40%
43%
43%
2009
2010
2011
2012
51%
80%
36%
10%
34%
39%
100%
3%
59%
84%
66%
60%
40%
61%
46%
20%
0%
2013
Reciclado
África do
Sul
Subprodutos
Canadá Alemanha JV 50%
França
Penisula
Ibérica
Rolaria
Página 33 de 40
Relatório de
Gestão
O valor de consumo de madeira por tipo, para todas as operações da Sonae Indústria, revelou o impacto
dos encerramentos de Knowsley e de Solsona, que determinou um contributo mais baixo de matériasprimas de madeira reciclada.
O contributo mais elevado de madeira de rolaria também resulta de um peso relativamente mais elevado da
produção de MDF, em comparação com anos anteriores.
3
3
Consumo de água (m / m )
Municipal, à superfície e subterrânea
Tal como é do conhecimento geral, em todo o mundo a água limpa está a tornar-se um recurso raro. Uma
vez que os processos de produção da Sonae Indústria exigem água, é objetivo da empresa fazer esforços
sustentados contínuos para reutilizar águas residuais tratadas e para aferir e reduzir, na medida do
possível, os níveis de consumo de água.
Os processos de produção de MDF consumem volumes de água significativamente mais elevados em
comparação com o fabrico de aglomerado de partículas ou OSB. Após uma tendência de 5 anos de
melhorias graduais, o consumo global específico de água da Sonae Indústria sofreu um ligeiro aumento em
2013, quando comparado com o ano anterior, motivado sobretudo pelo contributo mais acentuado da
produção de MDF no nosso portfólio global de produção de painéis. No entanto, este indicador continua a
ser melhor do que o nível registado em 2011. Este efeito foi observado sobretudo nas operações da
Península Ibérica, em consequência do encerramento de Solsona e do contributo mais reduzido da
produção de aglomerado de partículas daí decorrente.
Consumo de água por metro cúbico produzido
(m3/m3)
0,48
0,47
0,49
0,54
0,57
0,6
0,4
0,2
0,0
2009
2010
2011
2012
2013
3
Geração de resíduos (kg / m )
Resíduos perigosos e não perigosos
O indicador global especifico de geração de resíduos também foi afetado pela redução dos níveis de
produção verificada durante os últimos anos, bem como pelo reforço da representatividade da produção de
MDF no portfólio da Sonae Indústria.
No que toca ao desempenho individual por país, apenas as nossas operações francesas registaram uma
melhoria em comparação com o desempenho do ano anterior.
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Relatório de
Gestão
Geração de resíduos por metro cúbico produzido
(kg/m3)
60,0
25,4
26,5
27,9
29,1
33,9
40,0
2011
2012
2013
20,0
0,0
2009
2010
SISTEMAS DE GESTÃO
O processo de integração gradual dos sistemas de gestão de qualidade, ambiental e de saúde e segurança
da Sonae Indústria continuou durante 2013.
O número de unidades certificadas ao nível de sistemas de gestão de qualidade (de acordo com a norma
ISO 9001), ambiental (de acordo com a norma ISO 14001) e de saúde e segurança (de acordo com a
norma OHSAS 18001) manteve-se estável em 2013.
No início de 2013, cumprimos um objetivo crucial ao obter uma certificação da cadeia de responsabilidade
para matérias-primas para as operações com base em floresta.
Esta conquista inclui os seguintes elementos:
-
Todas as nossas operações industriais de fabrico de aglomerado estão certificadas de acordo com
as normas de cadeia de responsabilidade e de madeira controlada do FSC (Forest Stewardship
Council). A única exceção atual é Pontecaldelas, uma operação de valor acrescentado que fabrica
pavimentos laminados, em Espanha. O plano para a certificação da fábrica de Pontecaldelas de
acordo com o FSC está programado para 2014;
-
Todas as nossas operações industriais europeias estão certificadas de acordo com o princípio de
cadeia de responsabilidade do PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification Programa para o Reconhecimento de Sistemas de Certificação Florestal), garantindo dessa forma a
nossa política de dupla certificação para a Europa;
-
O nosso grupo de propriedades florestais em Portugal (o único país onde a Sonae Indústria possui
algumas florestas) também está certificado de acordo com as normas de gestão florestal do FSC e
do PEFC.
A situação atual ao nível de certificação dos nossos sistemas de gestão é a seguinte:
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Relatório de
Gestão
Qualidade
Ambiente
Produtos florestais
cadeia de
responsabilidade
ISO 9001
ISO 14001
PEFC
FSC
Segurança &
Saúde
OHSAS
18001
Maia
Mangualde
Oliveira do Hospital
Sines
Alcanede
Vilela
Castelo de Paiva
Betanzos
Linares
Valladolid
Cuellar
Pontecaldelas
Auxerre
Le Creusot
Linxe
Ussel
Meppen
Eiweiler
Nettgau
Hörn
Beeskow
Kaisersesch
Panbult
White River
Lac-Mégantic
Página 36 de 40
Relatório de
Gestão
6. NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS
Atividade desenvolvida
Administração
pelos
Membros
Não-Executivos
do
Conselho
de
Todos os Membros Não-Executivos do Conselho de Administração da Sonae Indústria integram uma das
Comissões do Conselho de Administração (para uma descrição pormenorizada da composição e das
principais funções de cada comissão, consultar o Relatório sobre o Governo da Sociedade). Nesse
contexto, aqueles Membros do Conselho de Administração analisam as matérias que são da competência
da respetiva Comissão, dando diretrizes à empresa sobre as mesmas e apresentando propostas ao
Conselho de Administração. Para além dessa participação nas Comissões Especializadas, os Membros
Não-Executivos do Conselho de Administração participam ativamente nas reuniões do Conselho de
Administração, onde discutem e questionam as matérias em análise e as decisões tomadas. De acordo com
a experiência profissional que possuem, os Membros Não-Executivos do Conselho de Administração
participam igualmente na análise de projetos de otimização industrial, de projetos de expansão e de
reestruturação, e no desenvolvimento de contactos internacionais relevantes com possíveis parceiros e
autoridades, no âmbito das áreas geográficas em que a empresa está atualmente presente ou em que
equaciona poder vir a investir.
Agradecimentos
O Conselho de Administração gostaria de agradecer aos clientes, fornecedores, instituições financeiras e
outros parceiros de negócio da Sonae Indústria pelo seu envolvimento constante e a confiança que mais
uma vez demonstraram em relação à organização.
O Conselho de Administração gostaria igualmente de agradecer sinceramente a todos os nossos
colaboradores o esforço, empenho e dedicação demonstrados ao longo do ano.
11 de março de 2014,
O Conselho de Administração,
_________________________
Belmiro de Azevedo
_________________________
Rui Correia
_________________________
Paulo Azevedo
_________________________
Chris Lawrie
_________________________
Albrecht Ehlers
_________________________
Jan Bergmann
_________________________
Javier Vega
Página 37 de 40
ANEXOS AO RELATÓRIO
QUALIFICADAS
DE
GESTÃO
E
PARTICIPAÇÕES
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES
COMERCIAIS
Data
Aquisições
Quantidade
Valor Md. €
Alienações
Quantidade
Valor Md. €
Belm iro Mendes de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
(1 acção é detida pelo conjuge)
Sonae Indústria, SGPS, SA
(detidas pelo conjuge)
Saldo em
31.12.2013
Quantidade
49.999.997
1.010
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Migracom, SGPS, SA (2)
1
1.969.996
Rui Manuel Gonçalves Correia
Sonae Indústria, SGPS, SA
12.500
Agostinho Conceição Guedes
Sonae Indústria, SGPS, SA
2.520
Data
Aquisições
Quantidade
Valor Md. €
Alienações
Quantidade
Valor Md. €
Saldo em
31.12.2013
Quantidade
(1) Efanor Investim entos, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Pareuro, BV (3)
44.780.000
5.583.100
(2) Migracom , SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Imparfim, SGPS, SA (4)
90.000
150.000
(3) Pareuro, BV
Sonae Indústria, SGPS, SA
27.118.645
(4) Im parfin, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
278.324
Relatório de
Gestão
ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES
COMERCIAIS
Número de acções a 31.12.2013
Efanor Investimentos, SGPS, SA
Sonae Indústria,SGPS, SA
Pareuro, BV
44.780.000
5.583.100
Pareuro, BV
Sonae Indústria, SGPS, SA
27.118.645
PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS
Cumprimento do disposto no Artigo 8º, nº1, alínea b) do Regulamento da CMVM nº 5/2008
Accionista
Nº de acções
% Capital Social
% Direitos de Voto
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Directamente
Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor)
Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor)
Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente)
Através da Migracom, SGPS, SA(sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo)
Atravé da Linhacom, SGPS, SA(sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo)
Total de Imputação
44.780.000
27.118.645
31,9857%
19,3705%
31,9857%
19,3705%
1.010
711
90.000
23.186
0,0007%
0,0005%
0,0643%
0,0166%
0,0007%
0,0005%
0,0643%
0,0166%
72.013.552
51,4383%
51,4383%
(1) Belmiro Mendes de Azevedo é, nos termos da al.b) do nº1 do Artº 20º e do nº1 do Artº 21º do CVM o ultimate beneficial owner, porquanto detém cerca
de 99 % do capital social e dos direitos de voto da Efanor Investimentos SGPS, SA e esta, por sua vez domina integramente a Pareuro BV.
Página 39 de 40
Relatório de
Gestão
DECLARAÇÃO EMITIDA NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NA
ALÍNEA C) DO Nº1 DO ART. 245º DO CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS
Nos termos do disposto na alínea c) do nº1 do Artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros
do Conselho de Administração da Sonae Indústria, SGPS, SA declaram que, tanto quanto é do nosso
conhecimento:
a) O relatório de gestão, as contas anuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por
lei, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma
imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da
sociedade e das sociedades incluídas no perímetro de consolidação; e
b) o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da
sociedade e das sociedades incluídas no perímetro de consolidação e contém uma descrição dos
principais riscos e incertezas com que se defrontam.
_________________________
Belmiro Mendes de Azevedo
_________________________
Rui Manuel Gonçalves Correia
_________________________
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
_________________________
George Christopher Lawrie
_________________________
Javier Vega de Seoane Azpilicueta
_________________________
Jan Kurt Bergmann
_________________________
Albrecht Olof Luther Ehlers
Página 40 de 40
SONAE INDÚSTRIA
RELATÓRIO DO
GOVERNO DA
SOCIEDADE
2013
11 Março 2014
Relatório do
Governo da
Sociedade
ÍNDICE
PARTE I – INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E
GOVERNO DA SOCIEDADE ...................................................................................................................... 3
A.
ESTRUTURA ACIONISTA ................................................................................................................ 3
I.
Estrutura de Capital .............................................................................................................................. 3
II.
Participações Sociais e Obrigações Detidas ........................................................................................ 4
B.
ORGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES ................................................................................................. 5
I.
Assembleia Geral ................................................................................................................................. 5
a)
Composição da mesa da assembleia geral ......................................................................................... 5
b)
Exercício do Direito de Voto ................................................................................................................. 5
II.
Administração e Supervisão ................................................................................................................. 6
a)
Composição .......................................................................................................................................... 6
b)
Funcionamento ..................................................................................................................................... 9
c)
Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados .......... 13
III.
Fiscalização ..................................................................................................................................... 17
a)
Composição ........................................................................................................................................ 17
b)
Funcionamento ................................................................................................................................... 19
c)
Competências e funções .................................................................................................................... 20
IV.
Revisor Oficial de Contas ................................................................................................................ 20
V.
Auditor Externo ................................................................................................................................ 21
C.
ORGANIZAÇÃO INTERNA ............................................................................................................. 22
I.
Estatutos ............................................................................................................................................. 22
II.
Comunicação de Irregularidades ........................................................................................................ 22
III.
Controlo interno e gestão de riscos ................................................................................................. 24
IV.
Apoio ao Investidor .......................................................................................................................... 33
V.
Sítio de Internet ............................................................................................................................... 33
D.
REMUNERAÇÕES .......................................................................................................................... 35
I.
Competência para a determinação .................................................................................................... 35
II.
Comissão de remunerações ............................................................................................................... 35
III.
Estrutura das remunerações ........................................................................................................... 36
IV.
Divulgação das Remunerações ....................................................................................................... 39
V.
Acordos com Implicações Remuneratórias ..................................................................................... 41
VI.
Planos de Atribuição de Ações ou Opções sobre Ações (Stock Options) ...................................... 41
E.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS .......................................................................... 43
I.
Mecanismos e procedimentos de controlo ......................................................................................... 43
II.
Elementos relativos aos negócios ...................................................................................................... 44
PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO .......................................................................... 45
1.
Identificação do Código de governo das sociedades adotado ........................................................... 45
2.
Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado ....................................... 45
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Relatório do
Governo da
Sociedade
PARTE I – INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE
ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA
SOCIEDADE
A.ESTRUTURA ACIONISTA
I.
ESTRUTURA DE CAPITAL
1. Estrutura de capital
O capital social da Sonae Indústria é de 700 milhões de euros e é representado por 140 milhões de ações
ordinárias, nominativas e com um valor nominal de 5 euros por ação. Todas as ações estão cotadas na
NYSE Euronext Lisbon.
2. Restrições à transmissibilidade e titularidade das ações
Não existem quaisquer restrições relativamente à transferência ou venda de ações da sociedade.
3.
Ações próprias
A sociedade não detém quaisquer ações próprias;
4.
Impacto da alteração de controlo acionista da Sociedade em acordos significativos
Em 31 de Dezembro de 2013 existiam financiamentos no montante de cerca de 131 milhões de euros
(representando 19% do endividamento líquido consolidado), relativamente aos quais os respetivos credores
têm a possibilidade de considerar vencida a divida, no caso de mudança do controlo acionista, não se
afigurando que estes acordos possam prejudicar a livre transmissibilidade das ações da sociedade. Não
foram estabelecidos quaisquer outros acordos relevantes sujeitos a alterações ou cessação, no caso de
transferência de controlo da sociedade.
5.
Medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista
Não existem quaisquer limitações estatutárias relativas ao número de votos que podem ser exercidos por
um único acionista.
6.
Acordos parassociais
Quanto é do conhecimento da sociedade não existem acordos parassociais que possam conduzir a
restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou direitos de voto.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
II.
PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS
7. Titulares de Participações Qualificadas
Accionista
Nº de acções
% Capital Social
% Direitos de Voto
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Directamente
44,780,000
31.9857%
31.9857%
Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor)
27,118,645
19.3705%
19.3705%
1,010
0.0007%
0.0007%
711
0.0005%
0.0005%
90,000
0.0643%
0.0643%
Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor)
Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente)
Através da Migracom, SGPS, SA(sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo)
Atravé da Linhacom, SGPS, SA(sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo)
Total de Imputação
23,186
0.0166%
0.0166%
72,013,552
51.4383%
51.4383%
(1) Belmiro Mendes de Azevedo é, nos termos da al.b) do nº1 do Artº 20º e do nº1 do Artº 21º do CVM, o ultimate beneficial owner,
porquanto detém cerca de 99 % do capital social e dos direitos de voto da Efanor Investimentos SGPS, SA e esta, por sua vez domina
integramente a Pareuro BV.
8.
Indicação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos de
administração e de fiscalização.
Os administradores da Sonae Indústria detinham as seguintes ações da sociedade, a 31 de Dezembro de
2013:
Nº de acções
Belm iro Mendes de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
(1 acção é detida pelo conjuge)
Sonae Indústria, SGPS, SA
(detidas pelo conjuge)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo
Efanor Investimentos, SGPS, SA (1)
Migracom, SGPS, SA (2)
Rui Manuel Gonçalves Correia
Sonae Indústria, SGPS, SA
Nº de acções
(1) Efanor Investim entos, SGPS, SA
49,999,997
Sonae Indústria, SGPS, SA
Pareuro, BV (3)
44,780,000
5,583,100
(2) Migracom , SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
Imparfim, SGPS, SA (4)
90,000
150,000
(3) Pareuro, BV
Sonae Indústria, SGPS, SA
27,118,645
(4) Im parfin, SGPS, SA
Sonae Indústria, SGPS, SA
278,324
1,010
1
1,969,996
12,500
9. Competência do Conselho de Administração em sede de aumentos de capital
O Conselho de Administração da Sonae Indústria pode deliberar aumentar o capital social da sociedade até
ao montante de mil e duzentos milhões de euros, por uma ou mais vezes, por entradas em dinheiro, nos
termos estabelecidos na lei. Estes poderes foram-lhe atribuídos na Assembleia Geral realizada no dia 28 de
Abril de 2010 e podem ser exercidos durante o prazo de cinco anos a contar daquela data, sem prejuízo da
assembleia geral poder renovar estes poderes. O Conselho de Administração não usou ainda os poderes
que lhe foram conferidos na referida Assembleia Geral.
10. Relações de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade
Não existem relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a
sociedade.
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Governo da
Sociedade
B. ORGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES
I.
a)
ASSEMBLEIA GERAL
Composição da mesa da assembleia geral
11. Identificação e cargos dos membros da Mesa da Assembleia Geral e respectivo mandato
A Mesa da Assembleia Geral foi eleita na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sonae Indústria,
realizada em 29 de Março de 2012 para o mandato 2012-2014, era à data de 31 de Dezembro de 2013
composta por:
- João Augusto Esmeriz Vieira de Castro - Presidente
- António Agostinho Cardoso da Conceição Guedes – Secretário
Os membros da mesa da Assembleia Geral renunciaram aos cargos que desempenhavam no inicio do mês
de março de 2014.
b)
Exercício do Direito de Voto
12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto
Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída apenas pelos acionistas com
direito a voto, que, comprovem junto da sociedade a sua titularidade, nos termos estabelecidos na lei.
Nos temos do disposto no artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários, têm direito a participar nas
assembleias gerais e aí discutir e votar, quem, na data de registo, a qual corresponde às 0 horas do 5º dia
de negociação anterior ao da realização da assembleia, for titular de ações que lhe confiram, segundo a lei
e o contrato de sociedade, pelo menos um voto.
Nos termos dos estatutos da Sonae Indústria, os acionistas podem fazer-se representar nas reuniões da
Assembleia Geral, nos termos estabelecidos na lei e nos constantes do respetivo aviso convocatório.
Os estatutos da Sonae Indústria, preveem que, para que a Assembleia Geral de Acionistas possa funcionar
em primeira reunião, é necessário que se encontrem presentes ou representados acionistas titulares de
mais de 50% do capital social.
Os estatutos da sociedade estabelecem que, enquanto a sociedade for considerada «sociedade com o
capital aberto ao investimento do público», os acionistas poderão votar por correspondência relativamente a
todas as matérias constantes da ordem de trabalhos, estabelecendo as regras a que o exercício do voto por
correspondência se encontra sujeito. Estabelecem, nomeadamente, os estatutos da sociedade que só serão
considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade, por meio de carta
registada com aviso de receção, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com pelo menos três
dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da
qualidade de acionista e que os votos exercidos por correspondência valem como votos negativos
relativamente a propostas de deliberação apresentadas posteriormente à data em que esses mesmos votos
tenham sido emitidos. A Sonae Indústria disponibiliza um modelo específico de voto por correspondência,
tanto no seu sítio na Internet, www.sonaeindustria.com, como na sua sede social.
Os estatutos da Sonae Indústria, preveem que o voto por correspondência possa ser exercido por via
eletrónica, se esse meio for colocado à disposição dos acionistas e constar do aviso convocatório. Esta
possibilidade ainda não foi utilizada.
A informação preparatória para a Assembleia Geral e as propostas a apresentar pelo Conselho de
Administração são disponibilizadas na data da divulgação da convocatória.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
A sociedade não adotou qualquer mecanismo que provoque o desfasamento entre o direito ao recebimento
de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação.
13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único
acionista ou por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações
A cada ação corresponde um voto, sem qualquer limitação.
14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria
qualificada
As deliberações são tomadas por maioria simples, exceto se a lei exigir outra maioria.
II.
ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO
a)
Composição
15. Identificação do modelo de governo adotado.
Os estatutos da Sonae Indústria definem um modelo de governação da sociedade constituído por um
Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.
O Conselho de Administração analisa anualmente as vantagens e os possíveis inconvenientes da adoção
deste modelo.
O Conselho de Administração entende que o referido modelo defende os interesses da sociedade e dos
seus acionistas, mostrando-se eficaz, não tendo deparado com quaisquer constrangimentos ao seu
funcionamento.
16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e
substituição dos membros do Conselho de Administração
Nos termos dos estatutos da sociedade, o Conselho de Administração pode ser constituído por um número
par ou impar de membros, no mínimo de cinco e no máximo de nove, eleitos em Assembleia Geral para
mandatos de três anos.
Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral de Acionistas. Grupos de
acionistas, representando entre 10 e 20% do capital social da sociedade, podem apresentar uma proposta
independente, enviada previamente à Assembleia Geral de Acionistas, para nomear um Administrador. O
mesmo acionista não pode apoiar mais de uma lista de Administradores e cada lista tem de identificar, pelo
menos duas pessoas elegíveis, para cada cargo a preencher. Se forem apresentadas listas por mais de um
grupo de acionistas, a votação incidirá sobre o conjunto dessas listas.
Em caso de morte, renúncia ou incapacidade temporária ou permanente de qualquer um dos
Administradores, o Conselho de Administração é responsável pela sua substituição. Se o Administrador em
causa tiver sido nomeado pelos acionistas minoritários, terá de ser realizada uma eleição separada.
17. Composição do Conselho de Administração
O Conselho de Administração da Sonae Indústria à data de 31 de Dezembro de 2013 era composto por 7
administradores, todos eleitos na Assembleia Geral Anual realizada em 29 de Março de 2012 para o
mandato 2012-2014, com exceção de George Christopher Lawrie, que foi eleito na Assembleia Geral Anual
realizada em 12 de Abril de 2013 até ao termo do mandato em curso.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Belmiro de Azevedo e Paulo Azevedo foram inicialmente designados, com efeitos a partir de 15 de
Dezembro de 2005, data do registo da fusão da «antiga» Sonae Indústria - SGPS, SA na Sonae 3P Panels, Pulp and Paper, SA e a redenominação desta última para Sonae Indústria, SGPS, SA. Rui Correia
foi inicialmente designado para o Conselho de Administração da Sonae 3P, a 22 de Julho de 2002. Albrecht
Ehlers foi inicialmente cooptado em Setembro de 2011. Javier Vega e Jan Bergmann foram eleitos na
Assembleia Geral Anual de 2012.
O Conselho de Administração da Sonae Indústria à data de 31 de Dezembro de 2013 tinha a seguinte
composição:
- Belmiro Mendes de Azevedo – Presidente (Não executivo)
- Duarte Paulo Teixeira de Azevedo – Vice-presidente (Não executivo)
- Albrecht Olof Lothar Ehlers (Não Executivo e Independente)
- Javier Vega de Seoane Azpilicueta (Não Executivo e Independente)
- Rui Manuel Gonçalves Correia (Executivo)
- George Christopher Lawrie (Executivo)
- Jan Kurt Bergmann (Executivo)
Belmiro Mendes de Azevedo foi presidente da Comissão Executiva até 15 de Fevereiro de 2013.
João Paulo dos Santos Pinto que tinha sido eleito para o mandato 2012-2014 e era membro da Comissão
Executiva, renunciou ao cargo de administrador com efeitos a 31 de Outubro de 2013.
18. Distinção entre membros executivos e não executivos do Conselho de Administração
Dos (7) sete administradores, três (3) são membros executivos e quatro (4) são membros não-executivos.
Dos Administradores não-executivos, dois (2) são independentes. Relativamente ao administrador Albrecht
Olof Lothar Ehlers, entende-se que a retribuição anual de 12 300 euros, que recebe da sociedade
participada Glunz, AG por integrar o seu Supervisory Board não lhe retira a independência.
19. Qualificações Profissionais e outros elementos curriculares relevantes dos membros do
Conselho de Administração
Belmiro de Azevedo (Presidente do Conselho de Administração): Licenciatura em Engenharia Química
- Universidade do Porto; PMD da Harvard Business School e participou no Programa de Gestão Financeira
da Universidade de Stanford; desde cedo, ocupou diversas funções no grupo Efanor/Sonae. É, atualmente,
Presidente do Conselho de Administração da Sonae SGPS, S.A., Presidente do Conselho de Administração
da Sonae Capital, SGPS S.A. e membro de: «European Union Hong-Kong Business Cooperation
Committee; do «International Advisory Board» da Allianz AG; do «International Advisory Board» da Harvard
Business School. Foi diversas vezes condecorado, sendo de destacar: a «Encomienda de Numero de la
Ordem del Mérito Civil» por Sua Majestade, D. Juan Carlos, Rei de Espanha; a «Ordem do Cruzeiro do Sul»
pelo Presidente da República Federal do Brasil; a «Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique» pelo
Presidente da República de Portugal; nomeação como «Honorary Fellow» pela London Business School e
membro da «Order of Outstanding Contributors to Sustainable Development» pelo World Business Council
for Sustainable Development.
Javier Vega (Independente): Licenciatura em Engenharia de Minas pela Escuela Técnica Superior de
Ingenieros de Minas de Madrid e Licenciatura em Business Management pela Glasgow Business School
(UK). Foi membro do Conselho de Administração de diversas sociedades, tais como Robert Bosh, Red
Electrica de España, SEAT e Grupo Ferrovial. Atualmente exerce outros cargos de administração.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Paulo Azevedo: Licenciatura em Engenharia Química - EPF Lausanne (Suíça) e Pós-graduação em
Estudos Empresariais - EGP (ex-ISEE/UP). Exerceu o cargo de Presidente Executivo da Optimus –
Telecomunicações, S.A., entre 1998 e 2000; Presidente da Comissão Executiva da Sonae SGPS, S.A..
Desempenha diversas funções de gestão e administração no grupo Efanor/Sonae. Paulo Azevedo é filho de
Belmiro de Azevedo.
Albrecht Ehlers (Independente): Advogado, licenciatura em Direito pela Universidade de Münster
(Alemanha). De 1987 a 2000 desempenhou diversas funções nas áreas legal e de recursos humanos, na
Glunz AG, tendo em 1995 sido designado para integrar o Conselho de Administração Executivo (Vorstand)
daquela sociedade, com responsabilidades em diversas áreas nomeadamente recursos humanos e
departamento legal. Entre 2000 e 2004 foi vice presidente sénior da Hochtief AG (Alemanha) com
responsabilidade nomeadamente nas áreas de recursos humanos e serviços corporativos. A partir de 2004
e até 2009 integrou o Conselho de Administração Executivo (Vorstand) daquela sociedade. A partir do ano
2010 ocupa funções de chanceler na Universidade Técnica de Dortmund (Alemanha).
Rui Correia (CEO): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto e Pós-graduação em Gestão
Empresarial - EGP (ex-ISEE/UP). Integra o Grupo Efanor/Sonae desde 1994, foi Director do Departamento
Financeiro da Sonae SGPS, a partir de 2000, e a partir de 2001, ocupou diversos cargos de gestão e
administração no grupo Efanor/Sonae. Foi nomeado Administrador Financeiro (CFO) da Sonae Indústria,
em 2005 e CEO da Sonae Indústria em Fevereiro de 2013.
Christopher Lawrie (CFO): BA (Honours) Degree" em Gestão e Finanças da Universidade de Greenwich,
em Inglaterra. Possui uma vasta experiência na banca de investimentos, tendo passado pela Schroders,
BZW e Credit Suisse onde desempenhou a função de Director da área de Corporate Finance no sector das
telecomunicações para o Sul da Europa. Em 2001, integrou o Grupo Sonae/Efanor, onde exerceu funções
de CFO na Sonaecom e, posteriormente, foi nomeado CEO da Sonae Retail Properties. Assumiu a função
de CFO da Sonae Indústria em 2013.
Jan Bergmann (CITO): Licenciatura em Engenharia – Universidade Técnica de Berlin (Alemanha, “Dr.-ING”
Universidade Técnica de Berlin, Business Administration and Finance for Technical Managers – European
School of Management and Technology. Exerceu diversos cargos no Grupo DuPont e entrou em Janeiro de
2011 para a Glunz AG.
20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do
Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada
O administrador não executivo Belmiro de Azevedo é acionista maioritário da Efanor Investimentos, SGPS,
SA e o administrador não executivo Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo.
21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários
órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade, incluindo informação sobre
delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração
quotidiana da Sociedade
A repartição de competências entre os vários órgãos sociais e comissões é a seguinte:
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Assembleia Geral de Acionistas
Comissão de Vencimentos
Conselho Fiscal
Auditor Externo
Revisor Oficial de Contas
Conselho de Administração
Secretário da Sociedade
Comissão de Auditoria e Finanças
Comissão de Responsabilidade
Social, Ambiente e Ética
Comissão de Nomeações e
Remunerações
Comissão Executiva
CITO
PRESIDENTE (CEO)
INDUSTRIAL E TECNOLOGIA, AMBIENTE,
HIGIENE & SEGURANÇA
RECURSOS HUMANOS E COMPETITIVIDADE
VENDAS E MARKETING
b)
CFO
FINANÇAS, PLANEAMENTO E CONTROLO,
ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO, AUDITORIA
INTERNA
Funcionamento
22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho
de Administração
O Conselho de Administração e a Comissão Executiva possuem regulamentos de funcionamento que
podem ser consultados no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com.
23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de
Administração
Durante o exercício de 2013, o Conselho de Administração reuniu 10 vezes, tendo registado em ata o teor
das respectivas deliberações, tendo a assiduidade sido de 100% para todos os membros, com exceção de
Paulo Azevedo e Albrecht Ehlers cuja assiduidade foi de 80%.
24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos
administradores executivos
Compete à Comissão de Vencimentos da sociedade, em diálogo com a Comissão de Nomeações e
Remunerações, proceder à avaliação de desempenho dos administradores executivos.
25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos.
Os critérios de avaliação de desempenho dos administradores executivos são pré-determinados, baseados
em indicadores de desempenho da empresa, das equipas de trabalho sob a sua responsabilidade e do seu
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Relatório do
Governo da
Sociedade
próprio desempenho individual. Estes critérios estão melhor especificados no ponto deste relatório relativo
às Remunerações.
Os já referidos critérios de avaliação dos administradores executivos e que se encontram pré-determinados,
são os seguintes: critérios objetivos relacionados com o grau de sucesso de implementação das iniciativas e
ações acordadas a implementar no ano em questão; e critérios subjetivos que estão relacionados com o
contributo em termos de experiência e conhecimento para as discussões do conselho de administração, a
qualidade da preparação das reuniões e da contribuição para as discussões do conselho de administração
e dos comités e compromisso com o sucesso da companhia, entre outros.
26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos
cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras
atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício
Os membros da Comissão Executiva dedicam-se a tempo inteiro à administração da Sonae Indústria e das
sociedades suas participadas.
Os demais membros do Conselho de Administração, atualmente, acumulam a função de membros do
Conselho de Administração e de fiscalização de outras sociedades, aqui listadas.
Em sociedades pertencentes ao grupo Efanor:
Membro do órgão de administração:
Belmiro Mendes de Azevedo:
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•
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•
•
Àguas Furtadas-Sociedade Agrícola, SA (Presidente)
Alpêssego-Sociedade Agrícola, SA (Presidente)
BA – Business Angels SGPS, S.A (Administrador Único).
Casa Agrícola de Ambrães, S.A. (Presidente)
Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Presidente)
Prosa-Produtos e Serviços Agrícolas, SA (Presidente)
SC – SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae – SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae Capital, SGPS, S.A. (Presidente)
Spred, SGPS, S.A. (Presidente)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo:
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•
Efanor Investimentos, SGPS, S.A.
MDS, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae - SGPS, S.A. (Presidente da Comissão Executiva)
Sonae Investimentos – SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae MC - Modelo Continente, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae Sierra, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonae Specialized Retail, SGPS, SA (Presidente)
Sonaecom, SGPS, S.A. (Presidente)
Sonaegest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Presidente)
Sonaerp - Retail Properties, S.A.(Presidente)
Rui Manuel Gonçalves Correia:
•
•
Agloma Investimentos, SGPS, S.A.
Aserraderos de Cuellar, S.A.
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BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH
Darbo, SAS (Presidente)
Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A.
GHP GmbH
Glunz AG (Presidente)
Glunz UK Holdings, Ltd.
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A.
Isoroy SAS (Presidente)
LaminatePark GmbH & Co. Kg
Maiequipa – Gestão Florestal, S.A.
Megantic, B.V.
Poliface North America Inc.(Presidente)
Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A.
Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A.
Somit - Imobiliária, S.A.
Sonae Indústria-Management Services, SA
Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A.
Sonae Indústria (UK) Ltd.
Sonae Novobord (PTY) Ltd. (Presidente)
Sonae Tafibra International BV
Spanboard Products, Ltd.
Tableros de Fibras, S.A. (Presidente)
Tableros Tradema, SL
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL
Tafibra South Africa (PTY) Ltd. (Presidente)
Tafisa Canada Inc. (Presidente)
Tafisa Developpment SASU (Presidente)
Tafisa France S.A.S
Tafisa Investissements SASU (Presidente)
Tafisa Participations SASU (Presidente)
Tafisa UK, Ltd.
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. (Presidente)
George Christopher Lawrie
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•
Agloma Investimentos, SGPS, S.A.
Aserraderos de Cuellar, S.A.
Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A.
Glunz AG
Glunz UK Holdings, Ltd.
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A.
LaminatePark GmbH & Co. Kg
Maiequipa – Gestão Florestal, S.A.
Poliface North America Inc.
Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A.
Serradora Boix, SL
Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A.
Somit - Imobiliária, S.A.
Sonae Indústria-Management Services, SA
Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A.
Sonae Indústria (UK) Ltd.
Sonae Novobord (PTY) Ltd.
Spanboard Products, Ltd.
Tableros de Fibras, S.A. (Vice-Presidente)
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Tableros Tradema, SL
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL
Tafibra South Africa (PTY) Ltd.
Tafisa Canada Inc.
Tafisa UK, Ltd.
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL
Tecmasa Reciclados de Andalucia SL (Presidente)
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.(Vice-Presidente)
Jan Kurt Bergmann:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH
GHP GmbH
Glunz AG (Vice-Presidente)
Glunz Service GmbH
Glunz UKA GmbH
LaminatePark GmbH & Co. Kg
OSB GmbH
Sonae Indústria-Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, SA
Tableros de Fibras, SA
Tafibra Suisse SA (Presidente)
Tool GmbH (Presidente)
Membro do órgão de fiscalização:
Albrecht Ehlers:
•
Glunz AG (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”)
Em sociedades não pertencentes ao grupo Efanor:
Membro de órgão de administração:
Belmiro Mendes de Azevedo:
•
Imoassets-Sociedade Imobiliária, SA (Presidente)
Duarte Paulo Teixeira de Azevedo:
•
•
Imparfin, SGPS, S.A.
Migracom – SGPS, S.A. (Presidente)
Albrecht Ehlers:
•
Erich-Brost-Institut für Journalismus in Europa GmbH
Javier Vega:
•
Gestlink, SA (Presidente)
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Relatório do
Governo da
Sociedade
•
•
•
•
DKV Seguros (Presidente)
MásMóvil (Presidente)
Ydilo Voice Solutions, SA
Tavex Algodorena, SA
Membro do órgão de fiscalização:
Albrecht Ehlers:
•
•
•
c)
Schindler Deutschland GmbH
Salus BKK (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”)
PROvendis GmbH
Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores
delegados
27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem
ser consultados os regulamentos de funcionamento das mesmas
Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e indo ao encontro das melhores
práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração, nomeou uma Comissão Executiva,
bem como 3 Comissões com Competências Especializadas.
O regulamento de funcionamento da Comissão Executiva pode ser consultado no sítio da sociedade:
www.sonaeindustria.com.
28. Composição da Comissão Executiva
A Comissão Executiva é nomeada pelos membros do Conselho de Administração e é composta por 3
membros, com as seguintes áreas de responsabilidade:
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Comissão Executiva
Rui Correia
(CEO)
Christopher Lawrie
(CFO)
Jan Bergmann
(CITO)
O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva todos os poderes de gestão corrente da
sociedade, com expressa exclusão dos seguintes:
a) eleição do Presidente do Conselho de Administração;
b) cooptação de administradores;
c) pedido de convocação de Assembleias Gerais;
d) aprovação do Relatório e Contas anuais;
e) prestação de cauções e garantias reais ou pessoais pela sociedade;
f) deliberação de mudança de sede e de aumento de capital social;
g) deliberação sobre projetos de fusão, cisão e transformação da sociedade;
h) aprovação do business plan e do orçamento anual da Sociedade;
i) definição das políticas de recursos humanos, nomeadamente planos de atribuição de ações e planos de
atribuição de remuneração variável, aplicável a quadros de topo, em áreas que não sejam da
competência da Assembleia Geral ou da Comissão de Vencimentos, assim como decisões sobre a
compensação individual de quadros de topo, que estão delegadas à Comissão de Nomeações e
Remunerações e, quando estes são Administradores da sociedade é requerida a deliberação da
Comissão de Vencimentos ou da Assembleia Geral de Acionistas;
j) definição ou alteração de políticas contabilísticas sempre que a sociedade em causa esteja integrada no
perímetro de consolidação do Grupo;
k) aprovação de contas trimestrais e relatório e contas semestrais;
l) compra e venda, leasing financeiro de longa duração ou outros investimentos em ativos fixos tangíveis
quando envolvam valores que excedam o montante de cinco milhões de euros por cada transação;
m) subscrição ou compra de ações em sociedades participadas se, durante o exercício social e no seu
conjunto, excederem o valor acumulado de vinte milhões de euros;
n) investimento em novas sociedades bem como investimento em outros ativos financeiros se, durante o
exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de dez milhões de euros;
o) outros investimentos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor
acumulado de dez milhões de euros, exceto se enquadrados no curso ordinário dos negócios,
nomeadamente investimentos de curto prazo de liquidez disponível;
p) desinvestimentos ou alienação de ativos desde que resulte da referida transação um efeito significativo
(entendido como sendo igual ou superior a 5%) sobre os resultados operacionais da sociedade ou afete
os postos de trabalho de mais de cem trabalhadores;
q) definição da estratégia e das politicas gerais da Sonae Indústria e do Grupo Sonae Indústria;
r) definição da estrutura empresarial do Grupo Sonae Indústria.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Com a saída de João Paulo Pinto, as áreas de responsabilidade da Comissão Executiva ficaram assim
divididas:
•
•
•
Rui Manuel Gonçalves Correia - CEO
George Chistopher Lawrie - CFO
Jan Kurt Bergmann - CITO
Comissão Executiva
Europa do
Sul
Europa do
Norte
América do
Norte
África do Sul
Negócio NonBoard
CEO
RECURSOS HUMANOS E COMPETITIVIDADE, VENDAS E MARKETING
CFO
FINANÇAS, PLANEAMENTO E CONTROLO, ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO, AUDITORIA INTERNA
CITO
INDUSTRIAL E TECNOLOGIA, AMBIENTE, HIGIENE & SEGURANÇA
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
ORGANIZAÇÃO MATRICIAL
A Comissão Executiva reúne-se ordinariamente, pelo menos, uma vez por mês, com exceção do mês de
Agosto e, além disso, todas as vezes que o seu Presidente a convoque; a reunião só poderá realizar-se,
desde que se encontrem presentes ou representados a maioria dos seus membros. O Presidente Executivo
preside à reunião.
Em 2013 a Comissão Executiva reuniu 17 vezes, tendo registado em ata o teor das respectivas
deliberações, tendo a assiduidade sido de 100% para todos os seus membros com exceção de Jan
Bergmann cuja assiduidade foi de cerca de 94%.
As deliberações da Comissão Executiva são tomadas pela maioria dos seus membros presentes ou
representados, incluindo aqueles que votem por correspondência. Na falta de quórum, a Comissão
Executiva deverá submeter a matéria em causa a deliberação do Conselho de Administração.
Com o objetivo de manter o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal permanentemente informado
das deliberações da Comissão Executiva, o Presidente da Comissão Executiva disponibiliza, a todos os
seus membros, as atas das reuniões da Comissão Executiva. No final de cada ano a Comissão Executiva
elabora o calendário das suas reuniões para o ano seguinte, dando conhecimento do mesmo ao Conselho
de Administração e ao Conselho Fiscal.
Os membros da Comissão Executiva prestam todas as informações requeridas por outros membros dos
órgãos sociais em tempo útil e de forma adequada.
29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades
desenvolvidas no exercício dessas competências
O Conselho de Administração nomeou ainda três comissões com competências especializadas.
Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC)
O BAFC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos:
•
•
•
Javier Vega (Presidente, Independente).
Paulo Azevedo;
Albrecht Ehlers (Independente);
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Relatório do
Governo da
Sociedade
O BAFC reúne, ordinariamente, pelo menos 5 vezes por ano, tendo as seguintes atribuições principais:
•
proceder à análise e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras e as apresentações de
resultados, a publicitar ao mercado, com vista a apresentar as suas conclusões ao Conselho de
Administração;
•
analisar a gestão de risco, controlar internamente os processos e negócios;
•
analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa;
•
analisar a evolução dos principais rácios financeiros e alterações dos ratings formais e informais da
sociedade, incluindo reportes das agências de rating;
•
analisar e aconselhar sobre quaisquer alterações nas políticas e práticas contabilísticas;
•
verificar o cumprimento das normas contabilísticas;
•
verificar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias, em particular no âmbito financeiro.
Durante 2013, o BAFC reuniu 5 vezes, tendo registado em ata o teor das respetivas deliberações.
As competências atribuídas ao BAFC, como comissão especializada do Conselho de Administração, são
desenvolvidas numa ótica de gestão da sociedade não se sobrepondo às funções do Conselho Fiscal,
enquanto órgão de fiscalização. O BAFC é uma comissão a quem compete, dentro do Conselho de
Administração e dos poderes de gestão que este possui, analisar detalhadamente as demonstrações
financeiras, analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa, os processos de gestão de
risco, e a evolução dos principais rácios financeiros, entre outros temas, emitindo recomendações para
deliberação final em sede do Conselho de Administração, operacionalizando assim melhor o seu
funcionamento.
Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética (SREEC)
O SREEC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos:
•
Belmiro de Azevedo (Presidente);
•
Albrecht Ehlers (Independente);
•
Javier Vega (Independente).
Compete a esta Comissão:
• rever e aconselhar o Conselho de Administração na informação e nos reportes a serem incluídos nas
contas semestrais e anuais da sociedade;
• acompanhar a condução dos negócios da sociedade, os impactos em termos de sustentabilidade, nas
suas vertentes económica, ambiental e social, bem como do governo societário e dos standards éticos.
Cabendo-lhe salvaguardar e acompanhar a adoção do Código de Conduta, bem como proceder à sua
atualização sempre que necessário.
Esta comissão tem uma Subcomissão de Ética composta por um membro do Conselho de Administração
Independente e Não-Executivo, pelo Auditor Interno e pela Responsável Global de Recursos Humanos, que
tem como função assessorar o SREEC.
A Subcomissão de Ética apresenta pelo menos um relatório anual ao Conselho de Administração e, quando
apropriado, também ao órgão de fiscalização do país em causa, em questões relacionadas com governo
societário e ética nos negócios.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Os membros atuais da Subcomissão de Ética são:
•
Albrecht Ehlers (Presidente)
•
Edite Barbosa (Responsável Global de Recursos Humanos)
•
Rogério Ribeiro (Auditor Interno)
O SREEC reuniu 2 vezes durante o ano de 2013 e registou em ata o teor das suas deliberações.
A Subcomissão de Ética reuniu 2 vezes.
Comissão de Nomeações e Remunerações (BNRC)
O BNRC é composto pelos seguintes Administradores não-executivos:
•
Belmiro de Azevedo (Presidente);
•
Javier Vega (Independente);
•
Paulo Azevedo;
•
Albrecht Ehlers (Independente).
Esta Comissão reúne, normalmente, pelo menos, duas vezes por ano, sendo a sua atribuição principal a de
analisar e apresentar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração, relativas à
remuneração e outras compensações dos membros do conselho de administração e analisar e aprovar
propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração à Comissão de Vencimentos,
relativas à remuneração e outras compensações de outros quadros de topo do Grupo Sonae Indústria, em
função da atividade por estes desenvolvida. Compete igualmente ao BNRC identificar potenciais candidatos
com perfil para administrador, quer para a própria sociedade quer para as sociedades suas participadas.
O BNRC faz a ligação com a Comissão de Vencimentos da Sonae Indústria, por só assim poder ser
garantido que a Comissão de Vencimentos possui, relativamente a cada administrador, mas principalmente
no que respeita aos administradores executivos, o necessário conhecimento sobre o desempenho dos
mesmos ao longo do exercício, atendendo a que a Comissão de Vencimentos não acompanha de perto a
atividade desenvolvida pelos administradores, não possuindo assim o necessário conhecimento que lhe
permite exercer as funções que lhe competem de forma correta. O BNRC pode também solicitar assessoria
de entidades externas, desde que estas se comprometam a manter sigilo absoluto sobre a informação
obtida em resultado dessa cooperação.
Em 2013, o BNRC reuniu 2 vezes, tendo registado em ata o teor das respetivas reuniões.
III.
a)
FISCALIZAÇÃO
Composição
30. Identificação do órgão de fiscalização: Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal da sociedade pode ser constituído por um número par ou impar de membros, com um
mínimo de três e um máximo de cinco, devendo existir um ou dois suplentes, consoante a sua composição
seja de, respectivamente, três ou mais elementos, sendo eleitos para mandatos de três anos.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
31. Composição
O Conselho Fiscal da sociedade foi eleito na Assembleia Geral Anual de 2012, para o mandato 2012-2014 e
tem a seguinte composição:
•
•
•
•
Manuel Heleno Sismeiro – Presidente
Armando Luís Vieira de Magalhães -Vogal
Jorge Manuel Felizes Morgado – Vogal
Óscar José Alçada da Quinta – Vogal Suplente
Os atuais membros do Conselho Fiscal foram eleitos pela primeira vez, nas seguintes datas:
•
•
•
•
Manuel Heleno Sismeiro – Abril 2009
Armando Luís Vieira de Magalhães – Maio 2007
Jorge Manuel Felizes Morgado – Maio 2007
Óscar José Alçada da Quinta – Maio 2007
32. Independência dos membros do Conselho Fiscal
Todos os membros do Conselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidades previstas no nº1 do artigo
414º-A e os critérios de independência previstos no nº5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades
Comerciais.
Com vista a garantir a cada momento a independência dos membros do Conselho Fiscal, os respetivos
membros, previamente à respetiva designação, emitiram declarações atestando que: (i) não incorriam em
nenhuma das incompatibilidades previstas no artigo 414º-A do Código das Sociedade Comerciais, bem
como que não se encontravam em qualquer circunstância que afete a sua independência nos termos do
disposto no nº5 do artigo 414º do mesmo diploma legal; (ii) comunicariam à sociedade a ocorrência de
qualquer facto que, no decurso do mandato, determine incompatibilidade ou perda de independência.
33. Qualificações profissionais dos membros do Conselho Fiscal
MANUEL HELENO SISMEIRO (Presidente do Conselho Fiscal):
Licenciatura em Finanças, ISCEF (Portugal),Contabilista, ICL (Portugal). Actualmente exerce funções de
Consultor em especial nas áreas de auditoria interna e controle interno e é Presidente do conselho fiscal da
OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA, da Sonae Indústria, SGPS, SA e da Sonae Capital, SGPS, SA.
Foi sócio da Coopers & Lybrand e da Bernardes, Sismeiro & Associados e de 1998 a 2008 da
PricewaterwhouseCoopers - auditores e revisores oficiais de contas e responsável pela auditoria e revisão
oficial de contas nos mais diversos sectores da actividade económica. Foi igualmente responsável pela
gestão do escritório do Porto das referidas sociedades e Director da Divisão de Auditoria, no período 1998 –
2002, e membro do órgão de gestão da PricewaterhouseCoopers, no mesmo período.
ARMANDO LUÍS VIEIRA DE MAGALHÃES (Vogal do Conselho Fiscal): Bacharelato em Contabilidade
(ex-ICP e actual ESCAP), Licenciatura em Economia - Universidade do Porto, Executive MBA - European
Management (IESF/IFG). Ocupou diversas funções numa instituição de crédito (1964-1989), desde 1989
começou a exercer a actividade de revisor oficial de contas, primeiro individualmente e posteriormente como
sócio da Santos Carvalho & Associados, SROC e actualmente da Armando Magalhães, Carlos Silva &
Associados, SROC, Lda.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
JORGE MANUEL FELIZES MORGADO (Vogal do Conselho Fiscal): Licenciatura em Gestão – ISEG,
Universidade Técnica de Lisboa, MBA em Finanças –IEDE Madrid, MBA em Gestão e Sistemas de
Informação – Universidade Católica, Revisor Oficial de Contas. Ocupou diversas funções de auditoria na
Coopers & Lybrand (1980-1989), responsável pelo Controlo de Gestão e Auditoria Interna do Grupo
Coelima (1989-1991), partner da Deloitte (1991-2004), a partir de 2004 Revisor Oficial de Contas e Partner
da Econotopia-Consultoria e Gestão, SA
OSCAR ALÇADA DA QUINTA (Vogal-Suplente do Conselho Fiscal): Licenciatura em Economia Universidade do Porto. Ocupou diversas funções na área administrativa e financeira em diversas
sociedades (1982-1986), desde 1986 prestação de serviços no âmbito da auditoria externa a Revisores
Oficiais de Contas e a sociedade com aquela actividade e em 1990 obtém a inscrição na Lista dos
Revisores Oficiais de Contas, função que passou a exercer em regime de exclusividade, primeiro
individualmente e posteriormente como sócio da Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC.
b)
Funcionamento
34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho
Fiscal
O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal está disponível no sítio da sociedade
www.sonaeindustria.com.
35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do
Conselho Fiscal
Em 2013 o Conselho Fiscal reuniu 6 vezes, tendo registado em ata o teor das respectivas deliberações, e
com uma assiduidade de 100% de todos os membros com exceção do membro Jorge Morgado o qual teve
uma assiduidade de 50%.
36. Disponibilidade de cada um dos membros com descrição de cargos exercidos em outras
empresas, dentro e fora do grupo e demais atividades relevantes exercidas pelos membros do
Conselho Fiscal
Os membros do Conselho Fiscal acumulam as suas funções com o exercício de outros cargos a seguir
elencados e com outras atividades, conforme referido no ponto 33
Funções exercidas pelos membros do Conselho Fiscal à data de 31 de Dezembro de 2013
Noutras sociedades pertencentes ao grupo Efanor:
Manuel Heleno Sismeiro
•
Sonae Capital, SGPS, SA (Presidente do Conselho Fiscal)
Armando Luís Vieira de Magalhães
•
•
Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal)
Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Jorge Manuel Felizes Morgado
•
Sonae, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
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Relatório do
Governo da
Sociedade
•
•
Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Sonae Sierra, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Óscar Alçada da Quinta
•
•
Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal)
Sonae Investimentos, SGPS, SA (Conselho Fiscal)
Noutras sociedades não pertencentes ao grupo Efanor:
Manuel Heleno Sismeiro
•
•
OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA (Presidente do Conselho Fiscal)
Segafredo Zanetti (Portugal) SA (Presidente da Mesa da Assembleia Geral)
Armando Luís Vieira de Magalhães
•
•
Futebol Clube do Porto - Futebol S.A.D (Conselho Fiscal)
Real Vida Seguros (Conselho Fiscal)
Óscar Alçada da Quinta
•
•
•
BA GLASS I – Serviços de Gestão e Investimentos, SA. (Conselho Fiscal)
Caetano-Baviera – Comércio de Automóveis, SA (Conselho Fiscal)
Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC (Administração)
c)
Competências e funções
37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para
efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo
O Conselho Fiscal deve aprovar a contratação, pela sociedade ou por sociedades integradas no seu
consolidado, do auditor externo ou de quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de
participação ou que integrem a mesma rede, para a prestação de serviços diversos dos serviços de
auditoria.
38. Outras funções do órgão de fiscalização
O Conselho Fiscal exerce todas as competências que lhe são atribuídas por lei.
Além daquelas competências o Conselho Fiscal da sociedade deve emitir parecer prévio relativamente a
qualquer transação com acionistas titulares de participações qualificadas ou com entidades que com eles
estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (acionistas de
referência), nos termos explicitados no ponto 91.
No Relatório do Conselho Fiscal, disponibilizado no sítio da sociedade conjuntamente com os demais
documentos de prestação de contas, o Conselho Fiscal descreveu a atividade de fiscalização desenvolvida,
não tendo referido quaisquer constrangimentos detetados.
IV.
REVISOR OFICIAL DE CONTAS
39. Identificação do revisor oficial de contas
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Relatório do
Governo da
Sociedade
O Revisor Oficial de Contas é a PriceWaterHouseCoopers & Associados, SROC, Lda, representada por
Hermínio António Paulos Afonso.
40. Permanência de Funções
A PriceWaterhouseCoopers é o revisor oficial de contas da sociedade desde a Assembleia Geral Anual de
2006, e está no seu terceiro mandato de três anos.
41. Outros serviços prestados pelo ROC à sociedade
Durante o ano de 2013 a PriceWaterHouseCoopers não prestou quaisquer outros serviços para além dos
de auditoria ou com ele relacionados, à sociedade e/ ou a sociedades por ela participadas.
V.
AUDITOR EXTERNO
42. Identificação do auditor externo
O auditor externo da sociedade é a PriceWaterHouseCoopers & Associados, SROC, Lda, representada por
Hermínio António Paulos Afonso, registada na CMVM com o nº 9077
43. Permanência de Funções
A PriceWaterhouseCoopers é auditor externo da sociedade desde 2006. O seu representante atual
Hermínio Afonso representa-a desde 20 de Setembro de 2011.
44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo
A Sonae Indústria não definiu ainda uma política e periodicidade de rotação do auditor externo, uma vez
que o terceiro mandato para o qual o revisor oficial de contas foi eleito apenas termina em 2014.
Relativamente ao sócio revisor oficial de contas, a Sonae Indústria também não estabeleceu qualquer
política de periodicidade, sendo que, sempre será cumprido o estabelecido na lei.
45. Avaliação do auditor externo
Foi o Conselho Fiscal que, na Assembleia Geral de 2012, propôs a eleição do Revisor Oficial de Contas que
é simultaneamente o auditor externo da sociedade. A proposta de política de remunerações aprovada na
assembleia geral de 2013, estabelece que o Revisor Oficial de Contas da sociedade seja remunerado de
acordo com os níveis de honorários normais para serviços similares, por referência à informação do
mercado, conforme negociado anualmente sob supervisão do Conselho Fiscal e da Comissão de Auditoria
e Finanças.
O Conselho Fiscal reúne, sempre que assim o entende, com o auditor externo, acompanhando a sua
atividade e as conclusões do seu trabalho, através dos relatórios finais de auditoria. Desta forma, é-lhe
possível efetuar uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo auditor externo. O Conselho Fiscal pode, se
ocorrer justa causa, propor à Assembleia Geral a destituição do Revisor Oficial de Contas, uma vez que
este é eleito sob proposta do Conselho Fiscal.
46. Outros serviços prestados pelo auditor externo à sociedade
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Durante o ano de 2013 não foram contratados outros serviços ao auditor externo da sociedade. No caso de,
a sociedade ou qualquer sociedade sua participada, pretender contratar serviços ao auditor da sociedade
distintos dos de auditoria, o Conselho Fiscal deverá aprovar a contratação desses serviços.
47. Remuneração anual
Os valores pagos pela Sonae Indústria e pelas sociedades suas participadas no exercício de 2013 à
PriceWaterhouseCoopers foram os seguintes:
Pela Sociedade
Valor dos serviços de revisão de contas (€)
13 730 € / 3.15%
Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€)
1 925 € / 0.44%
Por outras entidades que integram o grupo
Valor dos serviços de revisão de contas (€)
386 394 € / 88.63%
Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€)
33 915 € / 7.78%
C. ORGANIZAÇÃO INTERNA
I.
ESTATUTOS
48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade
As regras aplicáveis a alterações dos estatutos da sociedade são as estabelecidas na lei. Cabe à
assembleia geral de acionistas deliberar sobre a alteração dos estatutos da sociedade, podendo contudo, o
Conselho de Administração deliberar alterar a sede social dentro do território nacional, bem como deliberar
aumentar o capital social por novas entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite de mil e
duzentos milhões de euros.
II.
COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES
49. Meios e política de comunicação de irregularidades
A Sonae Indústria possui um Código de Conduta, que contém uma política de comunicação de
irregularidades, que se encontra disponível no sítio www.sonaeindustria.com. Com o Código de Conduta e a
política de comunicação de irregularidades, a Sonae Indústria visa criar o clima e a oportunidade
necessários para que os seus colaboradores e prestadores de serviços manifestem preocupações genuínas
em relação a qualquer comportamento ou decisão que, no seu entender não respeite a ética ou o Código de
Conduta da Sonae Indústria.
A denúncia deve ser enviada por e-mail ou por correio para um dos seguintes endereços:
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Por e-mail:
[email protected]
Por correio:
Sonae Industria SGPS, S.A.
Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética
Lugar do Espido, Via Norte
Apartado 1096
4470-177 Maia Codex
Portugal
Quando solicitado, poderá ser marcada uma reunião para clarificar o possível caso de irregularidade com a
Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética.
Cada irregularidade será recebida pela Subcomissão de Ética que terá a responsabilidade de iniciar e
supervisionar a investigação de todas as denúncias. Concluída a investigação e caso se verifique que a
irregularidade comunicada corresponde a um comportamento faltoso, a Subcomissão de Ética da Comissão
de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética, deverá comunicar ao superior hierárquico do colaborador em
causa ou à entidade patronal do prestador de serviços a situação em causa a fim de serem aplicadas as
ações corretivas e/ou serem instaurados procedimentos disciplinares.
Dado que a sociedade pretende encorajar a comunicação em boa-fé de qualquer possível caso de
irregularidade, evitando ao mesmo tempo danos para a reputação de pessoas inocentes à partida indicadas
como possíveis suspeitos de conduta inadequada, não são aceites denúncias anónimas. A investigação
será realizada de forma confidencial e a sociedade garante que não haverá qualquer tipo de ação
discriminatória ou de retaliação contra qualquer colaborador ou prestador de serviços que comunique em
boa-fé um possível caso de irregularidade. No caso de qualquer colaborador ou prestador de serviços
considerar que sofreu algum tipo de retaliação por ter efetuado uma denúncia ou por ter participado numa
investigação deve dar conhecimento desse facto de imediato à Subcomissão de Ética da Comissão de
Responsabilidade Social, Ambiente e Ética.
A sociedade disponibiliza na sua intranet um formulário de comunicação de irregularidades.
A Subcomissão de Ética comunica ao Conselho Fiscal qualquer denúncia recebida.
A sociedade mantém um registo de todas as denúncias e processos investigados, bem como das
respectivas conclusões o qual está acessível para consulta pelos órgãos sociais e pelo auditor externo.
O Código de Conduta da Sonae Indústria contém um conjunto de normas baseadas nos valores
partilhados, que regem as atividades do Grupo Sonae Indústria. É aplicável a todas as pessoas contratadas
pelo Grupo, incluindo membros dos órgãos estatutários, e diretores das sociedades do Grupo,
administradores, quadros superiores, colaboradores e pessoas cujo estatuto é equivalente ao de
colaboradores, tais como trabalhadores temporários e prestadores de serviços. O Código de Conduta define
linhas de orientação de natureza ética empresarial que devem ser seguidas por todos os colaboradores e
prestadores de serviços durante o desempenho das respetivas funções.
A Sonae Indústria adota e promove de forma ativa as mais exigentes normas éticas de conduta profissional
a todos os níveis do Grupo. O compromisso relativamente a normas de conduta deve partir dos níveis mais
elevados da empresa. Assim, os gestores de topo da Sonae Indústria devem constituir um exemplo para
toda a organização através das suas ações, liderando de forma ativa a adoção destas normas e controlando
a sua aplicação, constituindo sua obrigação garantir, na sua área de responsabilidade, o rigoroso
cumprimento da lei, mantendo uma constante monitorização desse cumprimento, e transmitindo claramente
aos seus colaboradores que o não cumprimento de qualquer lei que seja aplicável, poderá, para além de
outras consequências legais, ter consequências disciplinares.
É particularmente importante que um compromisso em relação a estas normas seja aceite por todos os
colaboradores e prestadores de serviços em todo o Grupo, onde quer que estes desenvolvam a sua
atividade. Em cada organização local também devem ser adotados princípios e ações adequados para lidar
com questões éticas específicas que possam surgir nos respetivos países.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
O Código de Conduta da Sonae Indústria foi elaborado de forma a explicitar claramente a conduta desta
perante todas as suas partes interessadas, bem como a relacionar esta conduta com os valores da própria
empresa. O Código de Conduta está estruturado da seguinte forma:
Relacionamento com colaboradores e prestadores de serviços
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Partilha de conhecimento e desenvolvimento pessoal
Inovação e iniciativa
Respeito, responsabilização e cooperação
Confidencialidade e responsabilidade
Sustentabilidade
Conflito de interesses
Segurança e Saúde no Trabalho
Consciência Social
Comunicação
Cumprimento
Relacionamento com acionistas e outros investidores
• Criação de valor
• Transparência
• Cumprimento
Relacionamento com governos e comunidades locais
•
•
•
•
Comportamento Ético
Consciência Social
Diretriz Fiscal
Consciência Ambiental
Relacionamento com parceiros de negócios
•
•
•
•
Foco no Cliente
Integridade
Comportamento Ético
Transparência
Relacionamento com concorrentes
• Observância das leis da concorrência
• Comportamento Ético
O documento integral do Código de Conduta pode ser consultado no sítio da empresa através do
endereço: www.sonaeindustria.com.
III.
CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS
50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de
sistemas de controlo interno.
A Sonae Indústria implementou políticas e procedimentos, para garantir o cumprimento das diretivas dos
órgãos de gestão. A Sonae Indústria tem integrado na sua organização Global de Processos de Negócio e
Sistemas um Centro de Competências que ao trabalhar com as operações locais e os departamentos
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Relatório do
Governo da
Sociedade
corporativos, atua como um Centro de Excelência para a concretização de objectivos-chave, tais como:
prioritização, desenvolvimento e implementação de processos e sistemas (incluindo atividades de controlo);
definição das melhores práticas e avaliação do desempenho dos processos, estabelecendo a ligação entre
as necessidades do Negócio e a componente aplicacional de sistemas.
Na Sonae Indústria existe um conjunto significativo de atividades de controlo, tais como: aprovações,
autorizações, verificações, reconciliações, revisões do desempenho operacional, segurança dos ativos e
segregação de funções. A informação pertinente é identificada, recolhida e comunicada, num determinado
prazo e de tal forma que permita que os colaboradores possam cumprir as suas responsabilidades. A
Sonae Indústria tem um departamento de Planeamento e Controlo de Gestão (PCG), que, apoiado em
sistemas de informação sólidos, produz relatórios e análises com informações operacionais, financeiras e
relacionadas com questões de conformidade. O PCG, através do seu Manual de Procedimentos, garante e
define um conjunto de regras e procedimentos relativamente aos processos de planeamento, reporte,
contas de gestão e processo de aprovação de investimentos.
O departamento de Consolidação de Contas é responsável pela preparação de informação financeira
consolidada, com base em reporting packages enviados pelos responsáveis Administrativo-Financeiros de
cada país. O Centro de Serviços Partilhados efetua a contabilização dos movimentos nas contas de todas
as subsidiárias, com a exceção das subsidiárias canadianas, ajudando assim a garantir o alinhamento de
políticas e reforçando os procedimentos e controlos.
Os sistemas de controlo internos são monitorizados. Existem atividades permanentes de monitorização a
decorrer, nomeadamente atividades regulares de supervisão e de gestão. Há avaliações separadas
realizadas pelo departamento de Auditoria Interna cujo âmbito e frequência dependem, em primeira
instância, da avaliação de riscos e da eficácia dos procedimentos de monitorização existentes.
Existem procedimentos de reporte periódicos aos órgãos de administração e fiscalização das principais
deficiências de controlo interno e incumprimentos dos procedimentos e políticas definidas pela Sonae
Indústria.
A Sonae Indústria tem um nível razoável de confiança no sistema de controlo interno implementado. A
comunicação da Visão, Valores e Princípios na organização reforça a importância do comportamento ético.
A existência de um Código de Conduta, de um instrumento Whistleblower, e da Subcomissão de Ética
aumentam a cultura de controlo da organização.
51. Explicitação das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou
comissões da sociedade
É da responsabilidade do Conselho de Administração a criação das estruturas e serviços necessários a
garantir que o sistema de controlo interno e de gestão de riscos funciona adequadamente. Para esse efeito
foram criados, já há alguns anos, departamentos específicos para aquelas áreas, constituídos por equipas
especializadas, os departamentos de auditoria interna e o de gestão de risco. Competindo ao primeiro a
função de monitorizar o cumprimento dos procedimentos e das políticas definidas bem como de reportar à
administração alguma irregularidade encontrada. Ao departamento de gestão de risco compete analisar os
possíveis riscos afetos às sociedades bem como a implementação de normas e escolha de sistemas
passíveis de redução desses mesmos riscos.
O responsável pelo departamento de auditoria interna reporta funcionalmente e reúne, no mínimo duas
vezes por ano com o Conselho Fiscal bem como com a Comissão de Auditoria e Finanças cujo presidente é
um administrador independente, podendo aqueles órgãos, sempre que o entendam, solicitar-lhe as
informações e esclarecimentos, que entendam por conveniente.
Adicionalmente, compete em especial à Comissão de Auditoria e Finanças, a gestão de risco, controlando
internamente os processos e negócios e analisando os resultados dos trabalhos da auditoria interna e
externa.
No âmbito das competências do Conselho Fiscal inclui-se a fiscalização da eficácia do sistema de gestão de
riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria, tendo este órgão acesso a todos os
documentos que solicite e o contacto que entender com os responsáveis dos respetivos departamentos,
recebendo os relatórios realizados por aqueles serviços.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
São apresentados ao Conselho Fiscal os planos de trabalho dos serviços de auditoria interna, podendo o
Conselho Fiscal pronunciar-se sobre os mesmos, bem como sobre a adequação dos recursos afetos aos
diferentes serviços de compliance.
O auditor externo verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações bem como a eficácia e
funcionamento dos mecanismos de controlo interno. No caso de encontrar qualquer deficiência ou
irregularidade esta será reportada ao Conselho Fiscal.
52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos
A Sonae Indústria é uma organização que assenta na integridade dos seus princípios e em valores éticos,
descritos no código de conduta da empresa que foi distribuído por todos os seus colaboradores, que são
também promovidos pelo topo da hierarquia.
Os diversos órgãos de gestão da sociedade são o resultado de uma filosofia de gestão e estilo de atuação
que se baseia numa forte estrutura organizativa com uma atribuição adequada de autoridade e de
responsabilidades. Políticas e procedimentos adequados na área de recursos humanos e a existência do
Código de Conduta constituem parte integrante desta estrutura.
53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos
A Sonae Indústria enfrenta uma diversidade de riscos, internos e externos, os quais têm de ser avaliados,
estando por isso implantada uma cultura de prevenção e de deteção preventiva. Tal como se referirá mais
adiante, foi concebido um sistema integrado de gestão transversal de risco (Enterprise-Wide Risk
Management Framework), o qual é atualizado periodicamente.
O principal risco financeiro que a Sonae Indústria enfrenta, prende-se com o risco de crédito sobre
clientes, isto é, o risco de um cliente pagar mais tarde ou não pagar os bens adquiridos essencialmente por
falta de liquidez. De forma a mitigar este risco, a Sonae Indústria implementou procedimentos de gestão de
crédito e processos de aprovação de crédito. O seguro de crédito surge como ferramenta mandatória para a
mitigação deste risco e é utilizado em todas as geografias onde nos encontramos e onde esta possibilidade
está disponível. Os níveis de cobertura de risco de crédito que são oferecidos pelas soluções externas de
seguro de crédito são constantemente revistos e atualizados ao longo do ano e é mantida uma relação
estreita e complementar com os nossos fornecedores dessa solução visando uma mitigação do risco
comum e uma melhor avaliação do risco de crédito. Nas situações pontuais em que não conseguimos
mitigar o risco via seguro de crédito, são procuradas soluções alternativas e/ou complementares (tais como
garantias bancárias, cartas de crédito e confirming entre outras) com os nossos clientes visando a
concretização de maiores volumes de negócio num ambiente de risco controlado e mínimo. Na situação
limite de não conseguirmos obter qualquer cobertura de risco para um determinado cliente ou operação,
desencadeamos um processo interno detalhado e pormenorizado visando analisar toda e cada uma das
vertentes de um negócio em particular de modo a podermos tomar uma decisão informada e completa
sobre a assunção de um eventual auto-risco de crédito.
Os riscos económicos em que a Sonae Indústria incorre são: risco de taxa de juro, risco de taxa de
câmbio e risco de liquidez.
O risco da taxa de juro advém da proporção relevante de dívida a taxa variável incluída na Demonstração
Consolidada da Posição Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros. Regra geral a
Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro.
Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis de taxa de
juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural ao nível do “cash flow
operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria.
O risco da taxa de câmbio é consequência da Sonae Indústria enquanto Grupo geograficamente
diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes. A Demonstração Consolidada da
Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de
translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de
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Sociedade
translação como de transação. Sempre que possível e economicamente viável, as empresas do Grupo
procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira.
O risco de liquidez prende-se sobretudo com o objetivo que a sociedade possui de garantir capacidade
para obter atempadamente o financiamento necessário para poder levar a cabo as suas atividades de
negócio, implementar a sua estratégia, e cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas,
evitando ao mesmo tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis. Com este
propósito, a gestão de liquidez concentra-se principalmente no planeamento financeiro consistente, na
diversificação de fontes de financiamento e de maturidades da dívida emitida.
Relativamente aos riscos jurídicos, o principal risco da atividade do Grupo prende-se com alterações
legislativas que possam ocorrer ao nível do exercício da atividade (legislação ambiental e do trabalho, entre
outras) que podem onerar o exercício da atividade afetando a sua rentabilidade.
54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de
riscos
A Auditoria Interna é desenvolvida como uma atividade independente e objetiva, que visa auxiliar a Sonae
Indústria a atingir os seus objetivos, participando no processo de criação de valor. Utiliza uma abordagem
sistemática e estruturada para avaliar e melhorar a eficácia da gestão de risco, dos processos de controlo
interno e do governo da sociedade.
A Auditoria Interna atua em conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de
Auditoria Interna (International Standards for the Professional Practice of Internal Auditing), estabelecidas
pelo Instituto de Auditores Internos (Institute of Internal Auditors), incluindo o respetivo Código de Ética.
No desempenho das suas competências, a Auditoria Interna tem acesso a quaisquer pessoas, registos,
informações, sistemas e bens considerados necessários.
A Auditoria Interna reporta funcionalmente à Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC) e ao Conselho
Fiscal.
O planeamento da atividade da Auditoria Interna é essencialmente desenvolvido com base numa avaliação
prévia e sistemática dos riscos dos negócios da Sonae Indústria. O plano anual da atividade de Auditoria
Interna é previamente aprovado pela Comissão Executiva e apresentado à Comissão de Auditoria e
Finanças e ao Conselho Fiscal.
Periodicamente são preparados e enviados à Comissão Executiva, à Comissão de Auditoria e Finanças e
ao Conselho Fiscal da Sonae Indústria relatórios descritivos da atividade de Auditoria Interna, o qual inclui o
resumo das principais deficiências de controlo interno e de incumprimentos dos procedimentos e políticas
definidas pela sociedade.
O sistema de reporte implementado garante um feedback regular, uma revisão adequada das atividades
desenvolvidas e a possibilidade de ajustar o plano de atividades às necessidades emergentes.
A Comissão de Auditoria e Finanças e o Conselho Fiscal são responsáveis por supervisionar a eficácia da
função de Auditoria Interna. Nesse sentido, a Auditoria Interna desenvolveu um programa de garantia e
promoção da qualidade, que contempla análises contínuas e regulares, bem como avaliações periódicas da
qualidade conduzidas a nível interno e externo.
A Gestão de Risco é uma das componentes da cultura da Sonae Indústria, está presente em todos os
processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores, aos diferentes níveis
da organização.
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Sociedade
A Gestão de Risco compreende os processos de identificação dos riscos potenciais, analisando o seu
possível impacto nos objetivos estratégicos da organização e prevendo a probabilidade da sua ocorrência,
de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos.
Realiza-se uma abordagem global para assegurar uma cobertura adequada e equilibrada do risco
operacional, através da transferência deste para os nossos parceiros de seguros. A Sonae Indústria
desenvolveu vários programas de seguro para colocação do risco no mercado, visando a cobertura de:
•
•
•
•
•
Danos patrimoniais (incluindo avaria de máquinas) e Perdas de Exploração;
Danos nos transportes;
Danos causados a terceiros (Responsabilidade de produto, civil e ambiental);
Risco de Crédito;
Acidentes de trabalho
A Sonae Indústria adota apólices globais como suporte aos processos de gestão de risco, complementando
com soluções locais que melhor abordem riscos e tópicos específicos e está empenhada em melhorar, quer
a proteção dos seus ativos, quer os níveis de prevenção, para reforçar a parceria com o mercado segurador
como um todo.
55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na
sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira
O fabrico de painéis derivados de madeira é uma atividade industrial com um risco operacional muito
significativo, quer de incêndio, quer de explosão. Consequentemente, a gestão de risco operacional
desenvolve a sua atividade na implementação de normas e na escolha de sistemas passíveis de redução
dos riscos das unidades industriais.
A área de Gestão de Risco está individualizada em duas responsabilidades com vista a garantir uma
abordagem mais focada e especializada: Gestão de Risco Operacional e Gestão de Seguros
A Gestão de Risco Operacional está integrada no departamento responsável pela consolidação das
melhores práticas de Segurança e Saúde no Trabalho (Departamento Corporativo HSE & Systems
Integration), e reporta diretamente ao CITO da empresa, de forma a estar focada no desenvolvimento e
implementação de ações para mitigar os riscos nas operações industriais.
Foi formalmente constituída uma rede de Responsáveis pela Gestão de Risco por País, em cada um dos
países onde a Sonae Indústria tem operações e, em cada uma das unidades industriais, existe um
Responsável da Unidade pela Gestão de Risco.
A organização do Departamento Corporativo HSE & Systems Integration pode ser analisada no quadro em
anexo:
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Negócio Non-Board
Canadá
África do Sul
Ambiente
Alemanha
Gestão de Risco e coordenção
local
França
Higiene e Segurança
Peninsula Ibérica
HSE & Systems Integration
A função de Gestão de Risco operacional tem também uma importante ligação ao departamento
Corporativo IndBest (“Industrial Best Practices”). Este departamento assegura a implementação e a partilha
das melhores práticas ao nível de processos e procedimentos industriais, através da efetiva coordenação
com as equipas locais, nomeadamente com os Responsáveis Industriais das diversas operações e os
Diretores de fábrica, e o suporte à implementação de projetos de investimento industriais. Esta equipa
promove também várias ações para otimizar a eficiência energética do grupo e coordenar globalmente a
gestão das tarefas de manutenção.
Integrado neste departamento está ainda a equipa de Melhoria Contínua, que promove a implementação
das melhores práticas de melhoria contínua que potenciam a eficiência e a produtividade em todo o grupo,
mudando gradualmente a cultura de todos os colaboradores da empresa. O seu objetivo é promover que
todas as operações, através dos seus colaboradores, desempenhem mais rápido e eficientemente as suas
funções, não só na área industrial, mas também nas áreas de suporte e comercial.
IndBest
(Eficiência Industrial e Projetos)
Processos, Engenharia e
Equipamentos
Melhoria de Processo
Gestão da Energia
Gestão da Manutenção
Melhoria Contínua
Gestão da Qualidade & Kaizen
A gestão de seguros está integrada numa área transversal denominada “Compliance & Risk Management”.
A função de gestão de seguros tem como objetivo assegurar uma gestão mais eficiente e eficaz das várias
políticas de seguros do Grupo, enquanto uma resposta possível à mitigação dos riscos seguráveis. É
responsável pela elaboração e implementação de procedimentos que possibilitem a minimização da
exposição ao risco, diminuindo a probabilidade de estes se materializarem e assegurando o máximo de
cobertura.
Esta função é ainda responsável pela promoção da metodologia Enterprise Wide Risk Management
(EWRM), identificando, avaliando e prioritizando os riscos e o seu potencial impacto nas atividades da
organização.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
O Modelo de Risco da empresa, agrega os riscos do negócio em três categorias (Riscos de Envolvente de
Negócio, Riscos do Processo de Negócio e Riscos da Informação para a Tomada de Decisão), e contém a
quantificação da Relevância (impacto no EBITDA e na eficiência operacional), assim como da Probabilidade
(a frequência da ocorrência do acontecimento ou do cenário) de riscos críticos para a Sonae Indústria.
A gestão dos riscos financeiros, enquadrada nos riscos do processo do negócio, é efetuada e monitorizada
no âmbito da atividade da função financeira.
A Gestão de Risco Operacional
A Sonae Indústria procura melhorar o seu processo industrial, através da implementação de práticas mais
eficientes e sustentáveis. A necessidade de avaliar e mitigar os riscos operacionais das operações é uma
preocupação e neste sentido agimos de modo a aumentar o nível de consciencialização relativamente aos
novos riscos e mudanças do comportamento em relação aos riscos atuais.
Foram desenvolvidas em 2013 atividades de gestão do risco operacional para atingir os objetivos propostos
relativamente a um ambiente controlado de risco.
Tendo em conta todos os riscos identificados associados a uma atividade industrial como a nossa, a
proteção de ativos-chave, bem como as atividades de prevenção de perdas, são uma preocupação
constante para o Grupo, tendo sido definidas como prioridades para 2013.
Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS)
As existentes CORS da Sonae Indústria foram desenvolvidas com referência às normas internacionais,
1
2,
como NFPA e/ ou fichas da FM tendo sido consideradas as melhores práticas de engenharia de proteção
contra incêndios na Sonae Indústria, assim como da indústria da madeira. Estas foram validadas em
conjunto com técnicos externos de vários níveis, especialistas do mercado de seguros e da gestão de risco.
Estes visam garantir a homogeneização dos processos e procedimentos em todas as geografias com vista
a melhorar a gestão do risco operacional, deixando pouco ou nenhum espaço para a incerteza.
As Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS) estão divididas em três áreas:
1. Programas de Gestão e Procedimentos:
•
•
•
Melhores práticas da indústria no que se refere a medidas de Prevenção de Perdas que envolvem o
elemento humano;
Preparação para emergências;
Programas de Gestão (manutenção, equipamento para inspeções, formação, subcontratados,
limpeza).
2. Sistemas de Proteção contra Incêndios:
•
•
•
Referência a normas reconhecidas internacionalmente, nomeadamente NFPA.
Requisitos gerais na deteção e proteção contra incêndio em instalações industriais, especificações
do abastecimento de água para incêndios e características dos materiais de construção;
Integração de uma parte para práticas de vigilância (hardware).
3. Riscos Especiais:
1
National Fire Protection Association
2
Factory Mutual
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Relatório do
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•
•
Conhecimento desenvolvido mundialmente na deteção de incêndios e proteção inerente à indústria
de painéis de madeira: manuseamento e transporte de partículas molhadas e secas, secadores,
prensas, etc;
Questões específicas como as referentes às instalações de óleo térmico e hidráulico, armários e
quadros elétricos ou transformadores.
Em 2013, no seguimento de um estudo detalhado levado a cabo por uma empresa internacional
independente, que efetua serviço em todas as áreas de segurança industrial e de processos,
nomeadamente de prevenção de incêndio e de explosão, foi elaborado uma identificação exaustiva de
riscos associados aos processos chave operacionais (produção).
Foram elaborados planos de ação de médio prazo adequados para mitigar esses riscos, especialmente com
foco na utilização de Material Reciclado, cuja utilização se espera que aumente durante os próximos anos.
Seguindo a filosofia CORS, foram consultados no terceiro trimestre de 2013 empresas adicionais,
especializadas em tecnologia de ponta relativamente a técnicas de proteção contra explosões causadas por
poeiras, a fim de fornecerem soluções técnicas adequadas para minimizar e controlar os riscos
identificados.
Inspeções
Inspeções Externas
Os CORS passaram a ser os processos e procedimentos pelos quais as auditorias de risco se regem para
verificar a exposição de cada unidade industrial. Isto permite uma maior transparência e harmonização no
processo de auditorias.
Em 2013, foi introduzida uma mudança importante ao processo de auditoria externa, que já é realizado em
todas as fábricas, no que diz respeito à entidade que elabora a auditoria. Foi efetuado um corte com o
processo que existia nos anos anteriores, em que a entidade que conduz a auditoria externa era alterada
todos os anos. Deste modo, acordou-se que, até 2014/15 as inspeções serão conduzidas pela mesma
entidade em cada fábrica. Esta mudança vai garantir um acompanhamento mais eficiente das
recomendações em curso.
Posteriormente à realização das auditorias externas é emitido um relatório com um conjunto de
recomendações para cada fábrica visitada. Desde 2000 o Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae
3
Industria melhorou de 5,8 até ao valor atual de 7.2 .
Durante 2013 foram elaboradas 6 auditorias, estando os seus resultados refletidos no QIN calculado no final
do ano, conforme indica o gráfico em baixo.
3
No cálculo do Índice de Qualidade de Risco Global correspondente a 2013, foram apenas considerados os relatórios
de Valladolid e de Linares
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Relatório do
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Sociedade
Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Indústria
(ponderado pelo capital seguro)
7.5
7.1
7.1
7.2
7.2
7.2
2011
2012
2013
7.1
7.0
7.0
7.0
6.8
6.6
6.5
6.5
6.2
6.1
6.0
5.8
5.5
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Inspeções Internas
No seguimento das mudanças organizacionais realizadas durante 2013, as visitas internas realizadas a
algumas fábricas em particular centraram-se na avaliação do cumprimento das Normas Corporativas de
Risco Operacional.
O resultado das visitas é reportado bem como é efetuado o seguimento das recomendações identificadas.
Plano de Risco 2009-2015
Todos os planos individuais das fábricas (que são atualizados anualmente) definem um conjunto de
medidas a tomar, visando o cumprimento das Normas Corporativas de Risco Operacional e nas diretrizes
corporativas publicadas. Os principais objetivos são:
•
Melhorar o nível de risco das instalações da Sonae Indústria, fomentando uma maior segurança das
pessoas e dos ativos, minimizando eventuais períodos de interrupção de negócio;
•
Obter um retorno financeiro, refletido no prémio do seguro (a demonstração real da preocupação
com a prevenção de danos);
•
Constituir a base para a preparação do orçamento anual para o investimento em medidas de
Prevenção de Danos e estabelecer prioridades, com base no impacto na Prevenção de Danos.
Em 2013 foi realizado um acompanhamento trimestral das recomendações, que foi posteriormente
reportado aos parceiros de seguros. Cada fábrica é responsável por atualizar a situação reportada
utilizando um modelo previamente definido. Esta informação é então centralizada e colocada num sítio na
internet usado pelo painel ressegurador.
Distribuição do Prémio do Seguro “All Risks”
A maior parte das unidades industriais da Sonae Indústria estão inseridas, em termos de seguro “All Risks”,
num programa global e contratado centralmente.
Para mais corretamente imputar o custo do seguro por unidade e geografia, o Departamento de Gestão de
Seguros desencadeou um processo, durante este ano e em todas geografias, de obtenção de condições
locais que permitisse efetuar uma distribuição equitativa do premio global por cada unidade produtiva e local
de risco.
Este processo não conduziu a diferenças significativas face ao processo anterior de distribuição de prémio
mas permitiu garantir, com outra fiabilidade externa, uma prática que vinha sendo seguida nos últimos anos.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Para as unidades não incluídas no programa global, foram efetuados processos de procura e seleção nas
geografias onde se encontram localizadas visando obter as melhores condições de cobertura e preço.
IV.
APOIO AO INVESTIDOR
56. Departamento de Apoio ao Investidor
A Sonae Indústria tem um Departamento de Apoio ao Investidor, responsável por gerir a relação entre a
Sociedade e os acionistas, investidores, analistas e autoridades de mercado, incluindo a Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários.
Trimestralmente, este departamento é responsável por coordenar a preparação da apresentação de
resultados a ser divulgada ao mercado, assim como esclarecer, sempre que necessário, quaisquer factos
relevantes ou eventos, que possam influenciar o preço da ação. Este departamento está permanentemente
disponível para responder a qualquer questão formulada pelo mercado. A sociedade está disponível para
reunir com investidores, quer em roadshows, em reuniões individuais, que lhe sejam solicitadas, quer em
conferências em que participe.
O Departamento de Apoio ao Investidor é composto por dois colaboradores, sendo o seu diretor António
Castro. Este Departamento pode ser contactado por e-mail, [email protected] ou
por telefone: +351.220.100.655.
57. Representante para as relações com o mercado
O representante legal da Sonae Indústria para as Relações com o Mercado de Capitais é o seu
administrador executivo George Christopher Lawrie, que pode ser contactado via Departamento de Apoio
ao Investidor, ou, se pretendido, através do email, [email protected].
58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano
ou pendentes de anos anteriores
A sociedade mantém um registo dos pedidos apresentados ao Departamento de Apoio ao Investidor e do
tratamento que lhe foi dado. Durante o ano de 2013 o Gabinete de Relações com Investidores recebeu
contactos e pedidos de esclarecimento por parte de 35 investidores, dos quais sete não residentes. Em
termos globais, o prazo médio de resposta aos pedidos de informação dos investidores foi inferior a 24
horas. Não existiam quaisquer pedidos de informação pendentes de anos anteriores.
V.
SÍTIO DE INTERNET
59. Endereço
O sítio da sociedade na Internet é www.sonaeindustria.com.
60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e
demais elementos da sociedade
A firma, qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171º do Código
das Sociedades Comerciais podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,27 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,27 (versão em inglês)
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Relatório do
Governo da
Sociedade
61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou
comissões
Os estatutos da sociedade podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,31 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,31 (versão em inglês)
Os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração, Comissão Executiva e Conselho Fiscal
podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,109 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,109 (versão em inglês)
62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do
representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura
equivalente, respetivas funções e meios de acesso
A informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,29 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,29 (versão em inglês)
A informação relativa ao representante para as relações com o mercado pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,30 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,30 (versão em inglês)
A informação relativa ao Gabinete de Apoio ao Investidor pode ser consultada nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,55 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,55 (versão em inglês)
63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas
Os documentos de prestação de contas da sociedade podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,42 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,42 (versão em inglês)
O calendário semestral de eventos societários encontra-se disponível nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,53 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,53 (versão em inglês)
64. Local onde é divulgada a informação sobre a assembleia geral
As convocatórias das assembleias gerais e toda a informação preparatória e subsequente à mesma são
disponibilizadas nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=2,0,32 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em inglês)
65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico
O acervo histórico das deliberações tomadas em assembleia geral, o capital representado e os resultados
das votações, podem ser consultados nas páginas:
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em português)
http://www.sonaeindustria.com/page.php?ctx=1,0,32 (versão em inglês)
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Relatório do
Governo da
Sociedade
D. REMUNERAÇÕES
I.
COMPETÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO
66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, da
comissão executiva
Conforme estabelecido nos estatutos da sociedade a Assembleia Geral de acionista é responsável por fixar
a remuneração dos membros dos órgãos sociais ou de eleger uma comissão para esse efeito. No que
respeita aos membros do Conselho de Administração, a Comissão de Vencimentos dialoga com a
Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração, por só assim poder ser
garantido que a Comissão de Vencimentos possui, relativamente a cada administrador, mas principalmente
no que respeita aos administradores executivos, o necessário conhecimento sobre o desempenho dos
mesmos ao longo do exercício.
II.
COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES
67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou
coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos
membros e assessores
A Comissão de Vencimentos da sociedade é eleita em Assembleia Geral para mandatos de três anos,
tendo sido eleita na Assembleia Geral de Março de 2012 para o mandato 2012-2014. Atualmente a
Comissão de Vencimentos é composta pela Efanor Investimentos - SGPS, SA, representada por Belmiro
Mendes de Azevedo, pela Imparfin - SGPS, SA, representada por José Fernando Oliveira de Almeida CôrteReal e pelo Professor José Manuel Neves Adelino.
O Professor José Manuel Neves Adelino é um membro independente da Comissão de Vencimentos.
A participação de Belmiro de Azevedo, que é também Presidente do Conselho de Administração, na
Comissão de Vencimentos, corresponde à representação do interesse acionista na Comissão de
Vencimentos, nela intervindo nessa qualidade. Belmiro de Azevedo não participa na discussão nem está
presente no ponto da reunião em que é deliberada a sua própria remuneração, garantindo-se assim a
necessária imparcialidade e transparência do processo.
Não foi contratada qualquer empresa para apoiar a Comissão de Vencimentos ou a Comissão de
Nomeação e Remunerações do Conselho de Administração. Para efeitos de benchmark no nível salarial
dos membros do Conselho de Administração, aquelas comissões utilizam estudos multi-empresa
elaborados por consultores internacionais presentes em Portugal e disponibilizados no mercado.
68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de
política de remunerações
O representante da Imparfin, José Corte Real trabalha para o Grupo Efanor na área de Recursos Humanos;
os seus amplos conhecimentos e vasta experiência na área de Recursos Humanos, nomeadamente em
matéria de política de remuneração contribuem muito positivamente para o trabalho da Comissão de
Vencimentos.
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Sociedade
III.
ESTRUTURA DAS REMUNERAÇÕES
69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização
Na Assembleia Geral Anual realizada em 2013 a Comissão de Vencimentos fez aprovar uma declaração
relativa à política de remuneração e compensações dos órgãos sociais e dos dirigentes e um plano de
atribuição de ações.
A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Sonae Indústria e dos seus dirigentes,
adere às orientações comunitárias, à legislação nacional e às recomendações da Comissão de Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM) e é baseada no pressuposto de que a iniciativa, a competência e o empenho
são os fundamentos essenciais de um bom desempenho e que este deve estar alinhado com os interesses
de médio e longo prazo da sociedade, com vista à sua sustentabilidade.
Na determinação da política retributiva são tomadas como elemento comparativo para a fixação da
remuneração, por um lado, as referências de mercado fornecidas pelos diversos estudos disponíveis em
Portugal e nos demais mercados europeus, nomeadamente os elaborados pelo consultor especializado Hay
Group e por outro lado, as sociedades incluídas no PSI-20 do Portuguese Stock Index.
Os planos retributivos a atribuir aos administradores executivos são definidos tendo por referência estudos
de mercado relativos a “Top Executives” de Portugal e da Europa, tendo como posicionamento de
referência a mediana do mercado para a remuneração fixa e o terceiro quartil para a remuneração total em
circunstâncias comparáveis.
As remunerações fixas e as remunerações variáveis objetivo são deliberadas pela Comissão de
Vencimentos em diálogo com a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração.
A componente fixa da remuneração está alinhada, nos seus intervalos, com os padrões do mercado, os
quais são aferidos pela equivalente praticada nas sociedades comparáveis.
A componente variável da remuneração, aplicável aos membros executivos, está sujeita a limites máximos
percentuais e obedece a critérios de desempenho pré-estabelecidos e mensuráveis - indicadores de
desempenho - comprometidos com cada um dos membros executivos em cada exercício social.
A componente variável da remuneração é aferida por avaliação da performance de um conjunto de
indicadores de desempenho, quer do negócio com cariz essencialmente económico e financeiro “Key
Performance Indicators of Business Activity” (Business KPIs) quer individuais, combinando estes últimos
indicadores de desempenho essencialmente quantificados “Personal Key Performance Indicators” (Personal
KPIs). O conteúdo dos indicadores de desempenho e o seu peso específico na determinação da
remuneração efetiva, asseguram o alinhamento dos administradores executivos com os objetivos
estratégicos definidos e o cumprimento das normas legais em que se enquadra a atividade social.
Para o apuramento da componente variável da remuneração é efetuada uma avaliação individual de
desempenho pela Comissão de Vencimentos, em diálogo com a Comissão de Nomeação e Remunerações
do Conselho de Administração. Esta avaliação tem lugar após serem conhecidos os resultados da
sociedade.
Assim e relativamente a cada exercício social são avaliadas a atividade da empresa, a performance e os
contributos individuais para o sucesso coletivo, que, necessariamente, condicionarão a atribuição da
componente fixa e variável do plano retributivo de cada administrador executivo.
A disponibilização efetiva de, pelo menos cinquenta por cento, do valor da remuneração variável atribuída
ao administrador executivo, em cada exercício, em resultado da avaliação de desempenho individual e da
empresa, é diferida por um período de três anos. Esta componente diferida da remuneração variável é
composta por ações, sendo-lhe aplicável o Plano de Atribuição de Ações (Plano) nos termos do respetivo
regulamento, mantendo a sociedade a opção pela entrega, em substituição das ações, do valor
correspondente em dinheiro.
Na aplicação da Política de Remuneração e Compensação é ponderado o exercício de funções em
sociedades em relação de domínio ou de grupo.
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Governo da
Sociedade
A Política de Remuneração e Compensação da sociedade mantém o princípio de não contemplar a
atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à
cessação de mandato, quer esta cessação ocorra no termo do respetivo prazo, quer se verifique uma
cessação antecipada por qualquer motivo ou fundamento, sem prejuízo da obrigação do cumprimento pela
sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria.
Não integra a política de Remuneração e Compensação qualquer sistema de benefícios, designadamente
de reforma, a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes.
Para assegurar a efetividade e transparência dos objetivos da Política de Remuneração e Compensação os
administradores executivos:
•
•
não celebraram nem devem celebrar, contratos com a sociedade ou com terceiros que tenham por
efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade;
não devem alienar durante o mandato em curso, as ações da sociedade a que possam vir a aceder,
por via da participação no Plano, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual,
com exceção daquelas que necessitem ser alienadas para suportar o pagamento de impostos
resultantes do beneficio dessas mesmas ações.
No que respeita ao órgão de administração da Sonae Indústria, a política aprovada estabelece o seguinte:
Administradores executivos (AE)
A política de remuneração e compensação dos administradores executivos, incorpora, na sua estrutura,
mecanismos de controlo, considerando a ligação ao desempenho individual e coletivo, prevenindo
comportamentos de assunção de riscos excessivos. Este objetivo é ainda assegurado pelo facto de cada
Key Performance Indicator se encontrar limitado a um valor máximo.
A remuneração dos administradores executivos inclui, em princípio, duas componentes: (i) uma componente
fixa, que engloba a Remuneração Base, que é paga por referência ao período de um ano (os vencimentos
são pagos em 12 meses) e um subsídio de responsabilidade anual; (ii) uma componente variável, atribuída
no primeiro semestre do ano seguinte àquele a que diz respeito e condicionada à concretização dos
objetivos fixados no ano anterior, dividida em duas partes: (a) Prémio Variável de Curto Prazo pago
imediatamente após a atribuição, e (b) um Prémio Variável de Médio Prazo, pago após um diferimento pelo
período de três anos, considerando-se que a exposição dos AE às flutuações no preço da ação é a forma
mais apropriada de alinhar os interesses dos mesmos com os dos acionistas.
(i) A remuneração fixa do AE é definida em função das competências pessoais e do nível de
responsabilidade da função desempenhada por cada AE e é objeto de revisão anual. A cada AE é atribuída
uma classificação designada internamente por Grupo Funcional. Os AE estão classificados nos grupos
funcionais “Group Leader” “Group Senior Executive” e “Senior Executive”. As classificações funcionais estão
estruturadas tendo por base o modelo internacional Hay de classificação de funções corporativas, com o
objetivo de facilitar comparações de mercado e promover a equidade interna.
(ii) A remuneração variável, visa orientar e recompensar os AE pelo cumprimento de objetivos prédeterminados, baseados em indicados de desempenho da empresa, das equipas de trabalho sob a sua
responsabilidade e do seu próprio desempenho individual e é atribuída depois de apuradas as contas do
exercício e de ter sido efetuada a avaliação de desempenho. Dado que a atribuição do respectivo valor está
dependente da concretização de objetivos, o seu pagamento não se encontra garantido.
(a) O Prémio Variável de Curto Prazo
Este prémio é pago no primeiro semestre do ano seguinte ao que diz respeito.
O método de cálculo do Prémio Variável de Curto Prazo dos AE sem responsabilidade geográfica
especifica, a saber, CEO e CFO, assenta nos resultados dos KPI’s da sociedade, a 100% sendo que 70%
resultam do Operational Cash Flow e 30% dos Custos Fixos. Estes resultados serão depois sujeitos a um
fator multiplicador decorrente da avaliação de desempenho, podendo variar de 0 a 150%, consoante a
classificação do desempenho individual atribuída ao AE. No que diz respeito aos AE com responsabilidades
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geográficas, COO NE&CITO e COO SE&CMSO, o cálculo do prémio é semelhante ao anteriormente
descrito, mas o resultado combinado do Operational Cash-Flow e dos Custos Fixos da sociedade tem um
peso de 70%, distribuídos em 50% para o Operational Cash-Flow e 20% para os Custos Fixos e o peso da
geografia representa os restantes 30%, com 20% atribuídos ao Operational Cash-Flow e 10% aos Custos
Fixos. O fator multiplicador decorrente da avaliação de desempenho aplica-se da mesma forma.
(b) O Prémio Variável de Médio Prazo
Este prémio destina-se a reforçar a ligação dos AE à sociedade, alinhando os seus interesses com os dos
acionistas, e aumentando a consciencialização da importância do respetivo desempenho para o sucesso
global da organização. O valor atribuído corresponde a, no mínimo 100% do Prémio Variável de Curto
Prazo, o que significa que este prémio, via participação no Plano de Atribuição de Ações, corresponde, no
mínimo a 50% do valor total da remuneração variável.
O valor atribuído em euros será dividido pelo preço médio de cotação de fecho das últimas trinta sessões
anteriores á Assembleia Geral ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral se
realizar depois desta data, para apuramento de um número de ações a que corresponde. O valor convertido
em ações será ajustado por quaisquer variações ocorridas no capital social ou dividendos (Total
Shareholder Return) durante um período de diferimento de 3 anos. Na data de vencimento do Plano, as
ações são entregues sem qualquer custo, mantendo a sociedade a opção pela entrega, em sua substituição
do valor correspondente em dinheiro.
Considerando as duas componentes variáveis, o valor do objetivo pré-definido varia entre 40% e 60% da
remuneração total anual (remuneração fixa e objetivo da remuneração variável)
No que se refere ao apuramento de resultados, o valor de cada prémio, tem como limite mínimo 0% e
máximo de 120% do objetivo previamente definido.
Administradores não executivos
A remuneração dos administradores não executivos (ANE) é estabelecida em função de dados do mercado,
segundo os princípios: (1) atribuição de uma remuneração fixa (cerca de 15% está dependente da presença
nas reuniões do Conselho de Administração ou de alguma das suas Comissões); (2) atribuição de um
subsídio de responsabilidade anual; não sendo atribuível qualquer outro valor a título de remuneração ou
outra compensação variável aos ANE. A remuneração fixa pode ser incrementada até 5% para os ANE que
presidam a uma Comissão do Conselho de Administração.
Conselho Fiscal
No que respeita ao Conselho Fiscal a política de remuneração aprovada estabelece que a sua remuneração
consiste numa retribuição fixa, determinada tendo em conta a situação da sociedade e as práticas de
mercado e inclui um subsídio de responsabilidade anual.
Revisor Oficial de Contas
O Revisor Oficial de Contas da sociedade é remunerado de acordo com os níveis de honorários normais
para serviços similares, por referência à informação do mercado, sob supervisão do Conselho Fiscal e da
Comissão de Auditoria e Finanças do Conselho de Administração.
70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada
No que respeita aos administradores não executivos, a atribuição de apenas uma remuneração fixa,
conforme explicitada no ponto anterior, permite o alinhamento dos interesses desses administradores com
os interesses de longo prazo da sociedade.
Já no que respeita aos administradores executivos a atribuição de uma remuneração composta por uma
componente fixa e uma componente variável, sendo esta ultima componente aferida por avaliação da
performance de um conjunto de indicadores de desempenho e o peso específico destes na determinação
da remuneração efetiva, asseguram o alinhamento dos administradores executivos com os interesses de
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longo prazo da sociedade e desincentiva a assunção de riscos. O resultado da avaliação de desempenho
de cada um dos administradores executivos serve como fator multiplicador dos demais KPI´s definidos (para
uma melhor compreensão do funcionamento dos diversos KPI´s ver o ponto anterior).
71. Referência à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre
eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente.
Conforme já referido nos dois pontos anteriores a remuneração dos administradores executivos é composta
por uma componente variável, tendo a avaliação de desempenho impacto na mesma (para uma melhor
compreensão do impacto da avaliação de desempenho na componente variável da remuneração ver o
ponto 69)
72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração
O Prémio Variável de Médio Prazo é diferido pelo período de 3 anos.
73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável
Os critérios de atribuição da remuneração variável em ações, a manutenção dessas ações, a eventual
celebração de contratos relativos a essas ações, bem como a sua relação face ao valor da remuneração
total anual, encontram-se explicitados na política de remuneração constante do ponto 69 e do plano de
atribuição de ações constante do ponto 86.
74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções
A sociedade não atribui opções.
75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer
outros benefícios não pecuniários
Os parâmetros e fundamentos do sistema de prémios anuais constam da política de remunerações
constante do ponto 69.
76. Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores
A sociedade não tem implementado qualquer regime complementar de pensões ou de reforma antecipada.
IV.
DIVULGAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES
77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos
membros dos órgãos de administração da sociedade
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Relatório do
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2013
Total da
Remuneração Anual
Fixa
2012
Belmiro de Azevedo (Presidente)
Paulo Azevedo
Javier Vega
Albrecht Ehlers(e)
Rui Correia
João Paulo Pinto (f)
Christopher Lawrie (g)
Jan Bergmann (h)
Total do Conselho de Administração
2013
Total do Prémio
Variável de Curto
prazo
2012 (a)
2013 (b)
Total do Prémio
Variável de Médio
Prazo
2012 (c)
2013 (d)
Total
2012
2013
182,200
182,010
182,200
182,010
28,300
28,110
28,300
28,110
23,490
30,200
23,490
30,200
41,400
40,800
41,400
40,800
265,951
277,010
59,200
414,051
552,010
260,950
231,177
59,200
320,150
231,177
384,500
500,000
110,000
88,900
165,000
149,267
149,267
250,000
250,000
53,800
100,000
80,700
1,052,291
1,188,573
172,200
210,000
169,600
150,000
315,000 1,394,091 1,713,573
(a) relativo a 2012, valor aprovado e pago em 2013;
(b) relativo a 2013, baseado em valores objetivo, dependendo a atribuição dos KPIs reais alcançados e da subsequente aprovação
pela Comissão de Vencimentos;
(c) relativo a 2012, aprovado em 2013 e diferido durante um período de carência de 3 anos até 2016;
(d) relativo a 2013, baseado em valores objetivo, dependendo a atribuição dos KPIs reais alcançados e da subsequente aprovação
pela Comissão de Vencimentos. O valor inicial, a atribuir no ano de 2014 e dependente da performance da cotação das ações é
diferido durante um período de 3 anos de carência até 2017 e será contabilizado linearmente ao longo daquele período de 3 anos;
(e) Do montante auferido em 2012, 29.100 euros foram pagos pela Sonae Indústria e 12.300 pela Glunz AG. Do montante auferido em
2013, 28.500 euros foram pagos pela Sonae Indústria e 12.300 euros pela Glunz AG;
(f) relativo a 10 meses de 2013;
(g) relativo a 8 meses de 2013;
(h) valores integralmente pagos pela Glunz AG.
78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou
que se encontrem sujeitas a um domínio comum.
Os montantes pagos por outras sociedades do grupo encontram-se explicitados no quadro anterior.
79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios
Os prémios pagos aos administradores executivos encontram-se explicitados no quadro constante do ponto
77.
80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das
suas funções durante o exercício
Não foram pagas indemnizações a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas
funções durante o exercício.
81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos
membros dos órgãos de fiscalização da sociedade
Os membros do Conselho Fiscal no ano de 2013 auferiram, a remuneração total de 26.600 euros, sendo
que o seu Presidente auferiu a quantia de 10.200 euros e cada um dos dois vogais a quantia de 8.200
euros.
82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral no ano de 2013 auferiu a remuneração total de 5.000 euros.
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V.
ACORDOS COM IMPLICAÇÕES REMUNERATÓRIAS
83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa
de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração.
A Politica de Remuneração e Compensação aprovada em Assembleia Geral mantém o princípio de não
contemplar a atribuição de compensações aos administradores, associadas à cessação de mandato, sem
prejuízo da obrigação do cumprimento pela sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria.
84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre
a sociedade e os titulares do órgão de administraçã0
Não foram celebrados quaisquer acordos entre a sociedade e os administradores e dirigentes que prevejam
indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho
na sequência de uma mudança de controlo da sociedade.
VI.
PLANOS DE ATRIBUIÇÃO DE AÇÕES OU OPÇÕES SOBRE AÇÕES (STOCK OPTIONS)
85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários
Conforme já referido ao Prémio Variável de Médio Prazo (PVMP) a que acedem os administradores
executivos é aplicável o Plano de Atribuição de Ações (Plano) o qual foi objeto de deliberação pela
Assembleia Geral.
86. Caraterização do plano
O regulamento do Plano estabelece o seguinte:
1. Características do PVMP
O PVMP é uma das partes da componente variável estabelecida na Politica de Remuneração e
Compensação da Sonae Indústria. Esta parte da componente distingue-se das restantes por ter um carácter
restrito e discricionário, cuja atribuição é condicionada às regras de elegibilidade estabelecidas no Plano.
O PVMP proporciona aos beneficiários a possibilidade de partilharem com os acionistas o valor criado, pela
sua intervenção direta na definição da estratégia e na gestão dos negócios
2. Enquadramento do PVMP
O PVMP está desenhado com vista a compensar os beneficiários pelo seu esforço sustentado ao longo de
4 anos (constituídos pelo Ano de Avaliação [1 ano] e pelo Período de Diferimento [3 anos]) e a melhorar a
performance do negócio fator determinante da criação de valor para os acionistas. Esta criação de valor é
medida através da avaliação de desempenho de cada um dos beneficiários durante o Ano de Avaliação e o
valor inicialmente atribuído no Plano está ligado à evolução da cotação das ações da Sonae Indústria
durante o Período de Diferimento. O valor das ações inicialmente atribuído no Plano a cada beneficiário
durante o Ano de Avaliação depende da sua performance durante aquele ano (a percentagem do PVMP
atribuída no Plano é igual à percentagem dos KPI´s anuais atingida).
O valor convertido em ações será ajustado por quaisquer variações ocorridas no capital social ou
dividendos em linha com o conceito de Total Shareholder Return, durante o Período de Diferimento.
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3. Elegibilidade
São elegíveis para efeitos de atribuição do PVMP e participação no Plano os administradores executivos.
De acordo com a política de remuneração e compensação, o Conselho de Administração, pode igualmente
aplicar o PVMP aos colaboradores.
Membros Elegíveis
Valor de referência do
prémio variável de médio prazo
(% do Prémio Variável de Curto Prazo
atribuído)
Administradores Executivos Sonae
Indústria
pelo menos 100%
Administradores Executivos Negócios
pelo menos 50%
Colaboradores
termos a definir pelo Conselho de Administração
4. Valor de referência do PVMP e Vencimento
O valor do PVMP dos administradores executivos corresponde a, no mínimo 100% do Prémio Variável de
Curto Prazo, o que significa que o PVMP corresponde a, pelo menos 50% do valor total da remuneração
variável. O valor inicialmente atribuído é convertido num número equivalente de ações da Sonae Indústria,
considerando-se para o efeito a média da cotação de fecho das 30 sessões anteriores à Assembleia Geral
ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral ocorrer depois desta data.
No caso de distribuição de dividendos, alteração do valor nominal das ações ou alteração do capital social
da sociedade, o número de ações inicialmente atribuído ao abrigo do Plano será ajustado de acordo com a
metodologia standard de mercado, usada para calcular o Total Shareholder Return, ao longo do Período de
Diferimento.
Três anos depois, no terceiro ano da data da conversão o Plano vence-se.
Na data de vencimento, o número de ações correspondente é transferido para cada administrador
executivo, sem pagamento de contrapartida. Os demais colaboradores a quem tenha sido atribuído aquele
direito, adquirem as ações nos termos das condições estabelecidas pelo Conselho de Administração, dentro
de um intervalo que pode variar de 0% a 10% do seu custo.
A sociedade reserva-se o direito de entregar, em substituição das ações, o numerário equivalente ao seu
valor de mercado à data do respetivo exercício.
5. Cessação do Plano
O direito de aquisição das ações atribuídas pelo Plano caduca se ocorrer a cessação do vínculo que deu
origem à atribuição do Plano, sem prejuízo do disposto nos parágrafos seguintes.
No caso de incapacidade permanente ou morte do beneficiário, serão recalculados os Planos pendentes, de
acordo com o valor de mercado à data, sendo o respectivo pagamento efetuado ao próprio ou aos seus
herdeiros.
Em caso de reforma do beneficiário os Planos pendentes manter-se-ão em vigor até à data dos respetivos
vencimentos
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87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações
A sociedade não possui planos de atribuição de opções de aquisição de ações
88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no
capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes
Não se encontram previstos quaisquer mecanismos de controlo num sistema de participação dos
trabalhadores no capital da sociedade.
E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
I.
MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLO
89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes
relacionadas
Os mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes
relacionadas pautam-se por princípios de rigor, transparência e de estrita observância das regras
concorrenciais de mercado. Tais transações são objeto de procedimentos administrativos específicos que
decorrem de imposições normativas, nomeadamente as relativas às regras dos preços de transferência, ou
da adoção voluntária de sistemas internos de verificação e controlo.
90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência
A sociedade não efetuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração,
bem como com os do Conselho Fiscal.
As operações com sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da atividade normal da
sociedade e foram realizadas em condições normais de mercado e a preços que respeitam as normas
sobre preços de transferência.
91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para
efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação
qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação
Qualquer transação com acionistas titulares de participações qualificadas ou com entidades que com eles
estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (acionistas de
referência), que envolva valor superior a 10 milhões de euros deve ser submetida a parecer prévio do
Conselho Fiscal. O pedido de parecer deve ser acompanhado de todos os elementos necessários que
permitam uma análise comparada com o mercado e a forma como serão geridos potenciais conflitos de
interesse.
Qualquer transação que for contratada com acionistas de referência deve ser resultado de um processo
comparativo de propostas, não estando sujeita a parecer prévio do Conselho Fiscal qualquer transação de
valor inferior a 10 milhões de euros devendo contudo, ser prestada informação ao Conselho Fiscal, nos
seguintes termos:
O CFO da Sonae Indústria é responsável por informar o Conselho Fiscal:
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Governo da
Sociedade
a) trimestralmente, de todas as transações com acionistas de referência que ultrapassem 1 milhão
de euros e quaisquer outras operações que sejam consideradas particularmente "sensíveis"
pela administração.
b) Numa base anual, transações com acionistas de referência com valores acumulados anuais que
excedam 5 milhões de euros.
No ano de 2013 não existiu nenhuma transação sujeita a controlo por parte do Conselho Fiscal.
II.
ELEMENTOS RELATIVOS AOS NEGÓCIOS
92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação
sobre os negócios com partes relacionadas
A informação relativa aos negócios com partes relacionadas consta de Nota nº 35 do Anexo às
Demonstrações Financeiras.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
PARTE II – AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES ADOTADO
A Sonae Indústria, SGPS, SA adotou o Código de Governo das Sociedades publicado pela Comissão de
Mercado de Valores Mobiliários em 2013, o qual se encontra publicado no endereço www.cmvm.pt.
A escolha do Código de Governo das Sociedades da CMVM justifica-se pelo facto de o mesmo assegurar
um grau adequado de proteção dos acionistas e de transparência do governo societário, sendo por outro
lado o Código do Governo com o qual os investidores estão mais familiarizados.
2. ANÁLISE DE CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES
ADOTADO
A Sonae Indústria cumpriu todas as recomendações constantes do Código de Governo acima identificado,
durante o exercício de 2013. Além do cumprimento das obrigações legais e das recomendações do referido
Código a Sonae Indústria, consciente da importância de um bom governo corporativo, quer para os seus
negócios, quer para os seus acionistas, procura constantemente adotar as melhores práticas em todas as
áreas em que atua, tendo elaborado o seu próprio código de conduta, o qual pode ser consultado no sítio da
sociedade www.sonaeindustria.com.
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
I.1 As sociedades devem incentivar os seus acionistas a
participar e a votar nas assembleias gerais,
designadamente não fixando um número excessivamente
elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e
implementando os meios indispensáveis ao exercício do
direito de voto por correspondência e por via eletrónica.
Cumpre
12 e 13
I.2 As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem
a tomada de deliberações pelos seus acionistas,
designadamente fixando um quórum deliberativo superior
ao previsto por lei.
Cumpre
14
I.3 As sociedades não devem estabelecer mecanismos que
tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito
ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos
valores mobiliários e o direito de voto de cada ação
ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função
dos interesses de longo prazo dos acionistas.
Cumpre
12
I.4 Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do
número de votos que podem ser detidos ou exercidos por
um único acionista, de forma individual ou em concertação
com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo
Cumpre
13
RECOMENDAÇÃO
I.
VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE
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Governo da
Sociedade
RECOMENDAÇÃO
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
Cumpre
4
menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação
pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa
disposição estatutária – sem requisitos de quórum
agravado relativamente ao legal – e que, nessa
deliberação, se contem todos os votos emitidos sem que
aquela limitação funcione.
I.5 Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito
exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela
sociedade em caso de transição de controlo ou de
mudança da composição do órgão de administração e que
se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre
transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos
acionistas do desempenho dos titulares do órgão de
administração.
II.
SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E
FISCALIZAÇÃO
III.
IV.
II.1 Supervisão e Administração
II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força
da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de
administração deve delegar a administração quotidiana da
sociedade, devendo as competências delegadas ser
identificadas no relatório anual sobre o Governo da
Sociedade.
Cumpre
27 e 28
II.1.2. O conselho de administração deve assegurar que a
sociedade atua de forma consentânea com os seus
objetivos, não devendo delegar a sua competência,
designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e
as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura
empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser
consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco
ou às suas características especiais.
Cumpre
28
II.1.3 O conselho geral e de supervisão, além do exercício das
competências de fiscalização que lhes estão cometidas,
deve assumir plenas responsabilidades ao nível do
governo societário, pelo que, através de previsão
estatutária ou mediante via equivalente, deve ser
consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar
sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a
definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões
que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu
montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o
cumprimento do plano estratégico e a execução das
principais politicas da sociedade.
Não aplicável
II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o
Conselho de Administração e o Conselho Geral e de
Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as
comissões que se mostrem necessárias para:
a) Assegurar uma competente e independente avaliação
Cumpre
15 e 27 a 29
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de
Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar
objetivos em matéria de assunção de riscos e criar
sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os
riscos efetivamente incorridos são consistentes com
aqueles objetivos.
Cumpre
50 a 52
II.1.6 O Conselho de Administração deve incluir um número de
membros não executivos que garanta efetiva capacidade
de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade
dos restantes membros do órgão de administração.
Cumpre
17 e 18
Cumpre
18
RECOMENDAÇÃO
do desempenho dos administradores executivos e do
seu próprio desempenho global, bem assim como das
diversas comissões existentes;
b) Refletir sobre sistema, estrutura e as práticas de
governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos
órgãos competentes as medidas a executar tendo em
vista a sua melhoria.
II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se
uma proporção adequada de independentes, tendo em
conta o modelo de governação adotado, a dimensão da
sociedade e a sua estrutura acionista e o respectivo free
float.
A independência dos membros do Conselho Geral e de
Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria
afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos
demais membros do Conselho de Administração
considera-se independente a pessoa que não esteja
associada a qualquer grupo de interesses específicos na
sociedade nem se encontre em alguma circunstância
suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de
decisão, nomeadamente em virtude de:
a. Ter sido colaborador da sociedade ou de
sociedade que com ela se encontre em
relação de domínio ou de grupo nos últimos
três anos;
b. Ter, nos últimos três anos, prestado
serviços ou estabelecido relação comercial
significativa com a sociedade ou com
sociedade que com esta se encontre em
relação de domínio ou de grupo, seja de
enquanto
sócio,
forma
direta
ou
administrador, gerente ou dirigente de
pessoa coletiva;
c.
Ser beneficiário de remuneração paga pela
sociedade ou por sociedade que com ela se
encontre em relação de domínio ou de
grupo além da remuneração decorrente do
exercício das funções de administrador;
d. Viver em união de facto ou ser cônjuge,
parente ou afim na linha reta e até ao 3º
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Relatório do
Governo da
Sociedade
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas,
quando solicitados por outros membros dos órgãos
sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma
adequada ao pedido, as informações por aqueles
requeridas.
Cumpre
28
II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da
comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao
Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente
do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de
Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de
Supervisão e ao Presidente da Comissão para as
Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das
respetivas reuniões.
Cumpre
28
II.1.10 Caso o presidente do conselho de administração exerça
funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre
os seus membros, um administrador independente que
assegure a coordenação dos trabalhos dos demais
membros não executivos e as condições para que estes
possam decidir de forma independente e informada ou
encontrar outro mecanismo equivalente que assegure
aquela coordenação.
Não aplicável
RECOMENDAÇÃO
grau, inclusive, na linha colateral, de
administradores ou de pessoas singulares
titulares direta ou indiretamente de
participação qualificada;
e. Ser titular de participação qualificada ou
representante de um acionista titular de
participações qualificadas.
II.2. Fiscalização
II.2.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho
Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as
Matérias Financeiras, deve ser independente, de acordo
com o critério aplicável, e possuir as competências
adequadas ao exercício das respectivas funções.
Cumpre
32
II.2.2 O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do
auditor externo e o primeiro destinatário dos respectivos
relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a
respectiva remuneração e zelar para que sejam
asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas
à prestação dos serviços.
Cumpre
45
II.2.3 O órgão de fiscalização deve avaliar o anualmente o
auditor externo e propor ao órgão competente a sua
destituição ou a resolução do contrato de prestação dos
seus serviços sempre que se verifique justa causa para o
efeito.
Cumpre
45
II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos
sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor
os ajustamentos que se mostrem necessários.
Cumpre
51
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Relatório do
Governo da
Sociedade
RECOMENDAÇÃO
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de
Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se
sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos
serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo
cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços
de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios
realizados por estes serviços pelo menos quando estejam
em causa matérias relacionadas com a prestação de
contas, a identificação ou a resolução de conflitos de
interesses e a deteção de potenciais ilegalidades.
Cumpre
51
II.3.1 Todos os membros da Comissão de Remunerações ou
equivalente devem ser independentes relativamente aos
membros executivos do órgão de administração e incluir
pelo menos um membro com conhecimentos e experiência
em matérias de política de remuneração.
Cumpre
67 e 68
II.3.2 Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de
Remunerações no desempenho das suas funções
qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha
prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer
estrutura na dependência do órgão de administração, ao
próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha
relação atual com a sociedade ou com consultora da
empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a
qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se
encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação
de serviços..
Cumpre
67
Cumpre
69
Cumpre
85 e 86
II.3 Fixação de Remunerações
II.3.3 A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos
de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2º
da Lei nº 28/2009 de 19 de Junho, deverá conter,
adicionalmente:
a) Identificação e explicitação dos critérios para a
determinação da remuneração a atribuir aos
membros dos órgãos sociais;
b) Informação quanto ao montante máximo
potencial, em termos individuais, e ao montante
máximo potencial, em termos agregados, a pagar
aos membros dos órgãos sociais, e identificação das
circunstâncias em que esses montantes máximos
podem ser devidos;
c)
Informação
quanto
à
exigibilidade
ou
inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição
ou cessação de funções de administradores.
II.3.4 Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa
à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de
opções de aquisição de ações ou com base nas variações
do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A
proposta deve conter todos os elementos necessários para
uma avaliação correta do plano.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
RECOMENDAÇÃO
Grau de
Cumprimento
II.3.5 Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta
relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de
reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos
sociais. A proposta deve conter todos os elementos
necessários para uma avaliação correta do sistema.
Não aplicável
V.
Relatório do
Governo
REMUNERAÇÕES
III.1 A remuneração dos membros executivos do órgão de
administração deve basear-se no desempenho efetivo e
desincentivar a assunção excessiva de riscos.
Cumpre
69
III.2 A remuneração dos membros não executivos do órgão de
administração e a remuneração dos membros do orgão de
fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo
valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu
valor.
Cumpre
69
III.3 A componente variável da remuneração deve ser
globalmente razoável em relação à componente fixa da
remuneração, e devem ser fixados limites máximos para
todas as componentes.
Cumpre
69
III.4 Uma parte significativa da remuneração variável deve ser
diferida por um período não inferior a três anos, e o direito
ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação
do desempenho positivo da sociedade ao longo desse
período.
Cumpre
69 e 72
III.5 Os membros do órgão de administração não devem
celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com
terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à
variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela
sociedade.
Cumpre
69
III.6 Até ao termo do seu mandato, devem os administradores
executivos manter as ações da sociedade a que tenham
acedido por força de esquemas de remuneração variável,
até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total
anual, com exceção daquelas que necessitem ser
alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes
do benefício dessas mesmas ações.
Cumpre
69
III.7 Quando a remuneração variável compreender a atribuição
de opções, o início do período de exercício deve ser
diferido por um prazo não inferior a três anos.
Não aplicável
III.8 Quando a destituição de administrador não decorra de
violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão
para o exercício normal das respectivas funções mas,
ainda assim seja reconduzível a um inadequado
desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotadas
dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para
que qualquer indemnização ou compensação, além da
legalmente exigida não seja devida.
Cumpre
83
Página 50 de 52
Relatório do
Governo da
Sociedade
RECOMENDAÇÃO
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
IV.1 O auditor externo deve, no âmbito das suas competências,
verificar a aplicação das políticas e sistemas de
remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o
funcionamento dos mecanismos de controlo interno e
reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da
sociedade.
Cumpre
51
IV.2 A sociedade ou quaisquer entidades que com ela
mantenham uma relação de domínio não devem contratar
ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com
eles se encontrem em relação de grupo ou que integrem a
mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria.
Havendo razões para a contratação de tais serviços – que
devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e
explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da
Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a
30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.
Cumpre
46 e 47
IIV.3 As sociedades devem promover a rotação do auditor ao
fim de dois ou três mandatos, conforme sejam
respectivamente de quatro ou três anos. A sua
manutenção além deste período deverá ser fundamentada
num parecer específico do órgão de fiscalização que
pondere expressamente as condições de independência
do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.
Cumpre
44
V.1 Os negócios da sociedade com acionistas titulares de
participação qualificada, ou com entidades que com eles
estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do
Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em
condições normais de mercado.
Cumpre
90
V.2 O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer
os procedimentos e critérios necessários para a definição
do nível relevante de significância dos negócios com
acionistas titulares de participação qualificada – ou com
entidades que com eles estejam em qualquer uma das
relações previstas no nº1 do art. 20º do Código dos
Valores Mobiliários -, ficando a realização de negócios de
relevância significativa dependente de parecer prévio
daquele órgão.
Cumpre
91
Cumpre
59 a 65
IV. AUDITORIA
V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES
COM PARTES RELACIONADAS
VI. INFORMAÇÃO
VI.1 As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na
Internet, em português e em inglês, acesso a informações
que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a
sua realidade atual em termos económicos, financeiros e
de governo.
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Relatório do
Governo da
Sociedade
RECOMENDAÇÃO
Grau de
Cumprimento
Relatório do
Governo
VI.2 As sociedades devem assegurar a existência de um
gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente
com o mercado, que responda às solicitações dos
investidores em tempo útil, devendo ser mantido um
registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe
foi dado.
Cumpre
56 e 58
Página 52 de 52
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS SEPARADAS
Demonstração Separada de Posição Financeira
Demonstrações Separadas de Resultado por Natureza
Demonstrações Separadas de Rendimento Integral
Demonstrações Separadas de Alterações dos Capitais Próprios
Demonstrações Separadas dos Fluxos de Caixa
Notas Anexas às Demonstrações Financeiras Separadas
Sonae Indústria-SGPS,SA
DEMONSTRAÇÃO SEPARADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
ATIVO
Notas
ATIVOS NÃO CORRENTES:
Ativo Fixo Tangível
Ativo Intangivel
Investimentos em empresas do grupo e associadas
Investimentos disponiveis para venda
Ativos por Impostos diferidos
Outros Ativos não correntes
Total de Ativos não correntes
ATIVOS CORRENTES:
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros Ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Total de Ativos correntes
31.12.13
31.12.12
3
4
6
6
7
8
2.801
0
605.187.656
122.922
5.527.236
513.808.092
1.124.648.706
3.118
0
745.286.910
122.922
6.763.505
513.844.898
1.266.021.352
9
9
9
10
11
24.150
13.302.794
1.102.868
89.367
297.991
14.817.170
6.584
2.275.276
682.831
120.372
45.504
3.130.568
1.139.465.877
1.269.151.920
12
12
12
700.000.000
3.131.757
-65.896.264,63
80.009
637.315.501
700.000.000
3.131.757
84.867.487
46.224
788.045.468
13
13
83.101.488
118.908.927
59.735.977
248.344.033
202.010.415
308.080.010
6.639.814
150.677.246
129.918.927
174.361
7.542.528
729.554
4.457.531
300.139.961
42.969.697
52.546.189
55.000.000
121.973
17.696.869
873.102
3.818.613
173.026.442
502.150.376
481.106.452
1.139.465.877
1.269.151.920
TOTAL DO ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Reservas Legais
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento integral acumulado
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente
Total de passivos não correntes
PASSIVO CORRENTE:
Parcela corrente dos empréstimos bancários não correntes
Empréstimos bancários correntes
Empréstimos obrigacionistas - parcela corrente
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros passivos correntes
Total de passivos correntes
13
13
13
14
15
15
16
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
As notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
Sonae Indústria-SGPS,SA
DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DE RESULTADOS POR NATUREZA
PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
Notas
31.12.13
31.12.12
Proveitos operacionais:
Outros proveitos operacionais
0
21
Custos operacionais:
Fornecimentos e Serviços externos
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
3e4
Provisões e perdas por imparidade
17
Outros custos operacionais
21
140.636
133.506
140.636
133.506
0
0
-599.065
-1.095.796
-1.102.268
-954.144
-1.053
-1.456
0
-176.179.713
-179.024
-236.740
Total de custos operacionais
-1.881.410
-178.467.848
Resultados operacionais
-1.740.774
-178.334.342
1.559.453
-402.110
-26.084.297
-22.850.529
27.643.749
22.448.419
Resultados financeiros
22
Gastos e perdas financeiras
Rendimento e ganhos financeiros
Resultados relativos a investimentos
23
Resultado antes de impostos
-150.212.759
0
-150.394.080
-178.736.452
Imposto sobre o rendimento - imposto corrente
24
866.597
1.262.617
Imposto sobre o rendimento - imposto diferido
24
-1.236.269
-2.357.332
-150.763.752
-179.831.167
-150.763.752
-179.831.167
-1,08
-1,28
-1,08
-1,28
Resultado depois de impostos
Resultado Líquido do exercício
RESULTADOS POR ACÇÃO
Excluindo Operações em Descontinuação
Basico
Diluido
25
As Notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
Sonae Indústria-SGPS,SA
DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
NOTAS
Resultado Líquido do exercício
12
31.12.13
31.12.12
-150.763.752
-179.831.167
33.785
46.224
Outro Rendimento Integral do periodo
Variação no justo valor dos activos disponíveis para venda
Variação no justo valor dos derivados de cobertura de fluxos de caixa
Ganhos relativos a reavaliações de imobilizado
Ganhos (perdas) actuariais em planos de benefícios de pensões
Quota-parte de outro rendimento integral de associadas
Imposto relativo às componentes do Outro rendimento integral
Outro rendimento integral líquido do período
RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL DO PERIODO
33.785
46.224
-150.729.967
-179.784.943
As Notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
Sonae Indústria-SGPS,SA
DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DE ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
Montantes expressos em euros
Outro rendimento integral acumulado
Capital Social
Notas
Saldo em 01.01.13
12
700 000 000
Reserva
legal
12
3 131 757
Outras
reservas e
Resultados
acumulados
Ganhos /
Quota-parte de Imposto Relativo Outro ren
Derivados de
(perdas)
Ativos
outro
às componentes dimento
cobertura de Reserva de atuariais em
disponíveis para
rendimento
de outro
integral
fluxos de
Reavaliação
planos de
venda
integral de
rendimento
liquido do
caixa
beneficios de
associadas
integral
período
pensões
Subtotal
Total dos
Capitais
Próprios
12
84.867.487
0
46 224
46 224
788 045 468
Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior
Rendimento integral total
Resultado liquido do exercicio
Outro rendimento integral do exercicio
Total
Outros
Saldo em 31.12.13
12
-150.763.752
- 150 763 752
-150.763.752
- 150 763 752
12
Saldo em 01.01.12
33 785
80 009
33 785
80 009
33 785
637 315 501
700 000 000
3 131 757
-65.896.265
700 000 000
3 131 757
264.698.654
967 830 411
- 179 831 167
- 179 831 167
Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior
Rendimento integral total
Resultado liquido do exercicio
Outro rendimento integral do exercicio
Total
Outros
Saldo em 31.12.12
12
- 179 831 167
- 179 831 167
700 000 000
3 131 757
84 867 487
46 224
46 224
46 224
46 224
46 224
788.045.468
SONAE INDÚSTRIA,SGPS,S.A.
DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em EUR)
ATIVIDADES OPERACIONAIS:
NOTA
31.12.2013
31.12.2012
Recebimento de Clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao Pessoal
0
671.726
1.230.788
241.469
1.248.761
1.100.923
Fluxo Gerado Pelas Operações
-1.902.515
-2.108.215
-1.059.208
-173.263
-881.609
-109.007
Pagamento/recebimento imposto s/rendimento
Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional
Fluxo das atividades operacionais [1]
11
-1.016.569
-1.335.613
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Ativos Fixos Tangiveis
Ativos Fixos intangiveis
Dividendos
Juros e proveitos similares
1.042.543
169
23
4.570.960
5.613.672
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos Fixos Tangiveis
Ativos Fixos Intangiveis
6
15.727.008
Fluxo das atividades investimento [2]
8.600
792
15.727.008
9.392
-10.113.335
-9.392
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Juros e custos similares
Empréstimos concedidos
Empréstimos obtidos
1.700.507
251.930.506
2.435.000.000
Pagamentos respeitantes a:
Juros e custos similares
Dividendos pagos
Empréstimos concedidos
Empréstimos obtidos
Outros
2.688.631.013
24.579.180
2.399.229
304.137.086
2.765.000.000
3.071.536.315
22.204.191
18
221.447.000
2.857.428.197
237.305.303
2.390.495.197
2.652.379.680
3.101.079.406
Fluxo das atividades de financiamento [3]
36.251.334
-29.543.091
Variação de caixa e seus equivalentes
25.121.429
-30.888.096
-25.000.685
120.745
25.121.429
5.887.410
-25.000.685
-30.888.095
Caixa e seus equivalentes início exercício
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
Variação de caixa e seus equivalentes
11
11
As notas anexas fazem parte destas Demonstrações Financeiras Individuais
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
(Montantes expressos em euros)
1.
Nota Introdutória
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. (“Empresa”) tem a sua sede no Lugar do Espido, Via
Norte, 4470-177 Maia, Portugal.
As ações da sociedade encontram-se admitidas à cotação na NYSE Euronext Lisbon.
2.
Principais Politicas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações
financeiras são as seguintes:
2.1.
Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)
emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas
pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior
“Standing Interpretations Committee” (“SIC”), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de
janeiro de 2013 e aprovadas pela União Europeia.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, entraram em vigor as seguintes
normas e interpretações:
IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’;IAS 12 (alteração), 'Imposto
sobre o rendimento';IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’;Melhorias às normas
2009 – 2011;IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’;IFRS 7 (alteração)
‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’;IFRS 13 (nova), ‘Justo valor:
mensuração e divulgação’;IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de
uma mina a céu aberto’
1
A introdução destas normas e das melhorias, assim como a interpretação, não tiveram
impactos relevantes nas demonstrações financeiras da sociedade.
A 31 de dezembro de 2013 estavam emitidas e aprovadas pela União Europeia as
seguintes normas e interpretações que não foram aplicadas, dado apenas serem de
aplicação obrigatória em exercícios posteriores (em ou após 1 de janeiro de 2014):
IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’;IFRS 11 (nova), ‘Acordos
conjuntos’;IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’;Alterações à
IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’;IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações
financeiras
separadas’;IAS
28
(revisão
2011),’Investimentos
em
associadas
e
empreendimentos conjuntos’; IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos
financeiros; IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não
financeiros’;IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuação da contabilidade de
cobertura’;Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’
À data de 31 de dezembro de 2013, estavam emitidas as seguintes normas, de aplicação
obrigatória em exercícios posteriores (em ou após 1 de Janeiro de 2014), que ainda não
tinham sido aprovadas pela União Europeia:
IAS
19
(alteração),
‘Planos
de
benefícios
definidos
–
Contribuições
dos
empregados’;Melhorias às normas 2010 – 2012;Melhorias às normas 2011 – 2013;IFRS 9
(nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (data de aplicação ainda
não definida; IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’
(data de aplicação ainda não definida); IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”).
Não se estima que da futura adoção destas normas decorram impactos significativos para
as Demonstrações Financeiras anexas.
Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações e tomando por
base o custo histórico, exceto para os instrumentos financeiros que se encontram registados
ao justo valor.
2.2.
Investimentos em empresas do grupo e associadas
As partes de capital em empresas do grupo e associadas são registadas ao custo de
aquisição, adicionado de eventuais despesas de compra. É feita uma avaliação dos
investimentos em empresas do grupo e associadas quando existem indícios de que o Ativo
2
possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de imparidade que se
demonstrem existir.
Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais)
sobre as quais a Sonae Indústria, SGPS, tem o poder de decidir sobre as políticas
financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, directo ou
indirecto, de mais de metade dos direitos de voto.
As Associadas são entidades das quais a Sonae Indústria detém entre 20% e 50% dos
direitos de voto, ou sobre as quais a Sonae Indústria tenha influência significativa na
definição das políticas financeiras e operacionais.
Para além do reconhecimento da imparidade do investimento na Subsidiária /Associada, a
Sonae Indústria reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações ou tenha
efetuado pagamentos em benefício da Subsidiária/Associada.
As entidades que qualificam como Subsidiárias encontram-se listadas na Nota 6.
As entidades que qualificam como Associadas encontram-se listadas na Nota 6.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros em empresas do grupo e
associadas (dividendos recebidos) são registados na demonstração de resultados do
exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição.
2.3.
Ativos Fixos Tangíveis
Os Ativos Fixos Tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para
IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de
aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas
por imparidade acumuladas.
Os Ativos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade.
As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, de acordo com o
método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil
estimada:
3
Equipamento básico
5<x<20
Equipamento administrativo
4
Outros ativos fixos tangíveis
5
Os gastos com reparação e manutenção de Ativos são consideradas como custo no
exercício em que ocorrem.
Os Ativos Fixos tangíveis em curso representam Ativos ainda em fase de construção,
encontrando-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de
imparidade. Estes Ativos são depreciados a partir do momento em que os Ativos
subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate dos Ativos fixos tangíveis são
determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na
data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de
resultados, como Outros rendimentos operacionais ou Outros gastos operacionais.
2.4.
Ativos Intangíveis
Os Ativos Intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os Ativos Intangíveis só são
reconhecidos se forem identificáveis e se for provável que deles advenham benefícios
económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por esta e se possa medir
razoavelmente o seu valor.
As despesas de desenvolvimento, para as quais a Empresa demonstre capacidade para
completar o seu desenvolvimento e iniciar o seu uso e para as quais seja provável que o
Ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas
de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do
exercício em que são incorridas.
Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são
registados como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, exceto na
situação em que estes gastos estejam directamente associados a projectos para os quais
seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a empresa. Nestas
situações estes gastos são capitalizados como Ativos intangíveis.
As amortizações começam a ser registadas quando o ativo se encontra disponível para uso
e são calculadas pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de
vida útil estimada o qual varia entre 3 a 6 anos.
4
2.5.
Locações
Os contratos de locação, em que a empresa age como locatário, são classificados como (i)
locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e
vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem
transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da
substância e não da forma do contrato.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como
custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de
locação.
2.6.
Imparidade dos Ativos não financeiros
É efectuada uma avaliação de imparidade com referência ao final do exercício sempre que
seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante
pelo qual o Ativo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o Ativo se encontra registado é superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de
resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de
venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do Ativo, numa transação entre
entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que
espera que surjam do uso continuado do Ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A
quantia recuperável é estimada para cada Ativo, individualmente ou, no caso de não ser
possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o Ativo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada
quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou
diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de
imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por
imparidade é reconhecida na demonstração de resultados na rubrica de Provisão e Perdas
por Imparidade. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da
5
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por
imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente
reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a
aquisição, construção ou produção de Ativos fixos, são capitalizados, fazendo parte do
custo do Ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das
atividades de construção ou desenvolvimento do Ativo e é interrompida quando o Ativo se
encontra pronto a ser utilizado ou quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer
rendimentos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com
um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para
capitalização
2.8.
Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a sociedade tem uma obrigação
presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a
resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa
ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada relato e são
ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
Nas situações em que se estima existir um período de tempo significativo entre o momento
em que ocorre a obrigação e o momento em que ocorrerá o respetivo pagamento, a
provisão é registada pelo seu valor atual.
2.9.
Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos detidos pela sociedade classificam-se como segue:
-
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;
-
Investimentos disponíveis para venda
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os
investimentos detidos para negociação que a sociedade adquire tendo em vista a sua
6
alienação num curto período de tempo. São classificados na demonstração da
posição financeira da sociedade como investimentos correntes.
A sociedade classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são
enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
nem como investimento detidos até à maturidade.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como Ativos não
correntes, exceto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses
da data de relato.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data
de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação (investimentos
disponíveis para venda).
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores, por referência ao seu valor de mercado à data do relato, sem qualquer
dedução relativa a gastos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os
investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com
fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de
eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados (as) na rubrica
Resultados Financeiros da demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de
justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento
ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do
investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma
perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a)
na demonstração de resultados.
7
b)
Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na
demonstração da posição financeira deduzidas de eventuais perdas por imparidade,
reconhecidas na rubrica Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a
reflectir o seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que
indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo
em dívida não será recebido. Para tal, a sociedade tem em consideração informação
de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas
responsabilidades bem como informação histórica dos saldos vencidos e não
recebidos.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante
escriturado do saldo a receber e respectivo valor atual dos fluxos de caixa futuros
estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se
perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
As dívidas de terceiros são apresentadas no balanço como Ativos correntes, exceto
quando a respectiva maturidade é superior a doze meses da data de relato, situações
em que são apresentadas como Ativos não correntes.
c)
Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de
acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que
assumem.
d)
Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo, pelo valor nominal recebido, líquido de
despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são
calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, e contabilizados na rubrica
Resultados Financeiros da demonstração de resultados, de acordo com o princípio de
especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.13. A parcela do
juro efectivo, relativa a comissões com a emissão de empréstimos, é adicionada ao
valor contabilístico do empréstimo, caso não sejam liquidados durante o período.
8
e)
Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal, dado que não
vencem juros e o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.
f)
Instrumentos derivados
A sociedade utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros
como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos
derivados com o objectivo de negociação.
Os instrumentos derivados utilizados pela sociedade, definidos como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa, respeitam fundamentalmente a instrumentos de
cobertura de taxa de juro (“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as
convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de
reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são materialmente idênticos
às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que
configuram relações perfeitas de cobertura.
As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas na rubrica de Resultados
Financeiros da demonstração de resultados.
Os critérios utilizados pela sociedade para classificar os instrumentos derivados como
instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
-
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de
alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
-
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
-
Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta;
-
A transação objecto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de
caixa, são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes
instrumentos são reconhecidas em capitais próprios, na rubrica Reservas de
cobertura, incluída na rubrica Reservas e resultados transitados da demonstração da
posição financeira, sendo transferidas para a rubrica Resultados Financeiros da
demonstração de resultados no mesmo exercício em que o instrumento objecto de
cobertura afecta resultados.
9
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com
recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por
base a atualização, para a data do relato, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do
“leg” variável do instrumento derivado.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o
instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado
deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor
acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída
em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do exercício
ou adicionadas ao valor contabilístico do Ativo a que as transações objecto de
cobertura deram origem; as reavaliações subsequentes são registadas directamente
nas rubricas da demonstração de resultados.
Os instrumentos financeiros derivados em relação aos quais a empresa não aplicou
“hedge accounting”, são inicialmente registados ao justo valore posteriormente
reavaliados, sendo as variações, calculadas através de ferramentas informáticas
específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da demonstração
de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros
contratos, os mesmos são tratados como derivados separados, nas situações em que
os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e
nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor, com
os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
Em situações específicas, a sociedade pode proceder à contratação de derivados de
taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações,
os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração de
resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja
mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao
custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico
do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.
Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros Ativos não
correntes, Outros Ativos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos
correntes da demonstração da posição financeira.
10
Para os períodos apresentados, a empresa não tem instrumentos financeiros
derivados negociados.
g)
Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos ativos após
dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos
suportados com a sua emissão.
h)
Ações próprias
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um
abatimento ao capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações
próprias são registadas em Outras reservas incluída em Outras reservas e resultados
acumulados.
i)
Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem
aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de
tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente
mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes
de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, na demonstração de posição financeira.
2.10. Responsabilidades pelo Plano de incentivos de médio e longo prazo
A Sociedade atribui, anualmente, aos quadros integrados num grupo funcional com
classificação Executive ou superior, um prémio definido em função do valor criado para os
acionistas no exercício anterior, que será pago após um período de três anos, na
circunstância de o quadro, ao qual foi atribuído, se manter em funções no final deste
período. Este prémio consiste na atribuição de um determinado número de ações da
Sociedade, podendo esta, na data de pagamento, optar pela entrega dos títulos atribuídos
ou pelo pagamento em dinheiro do contravalor dos títulos, calculado à cotação dos
mesmos na data de pagamento.
A responsabilidade é registada nas rubricas Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração de Posição Financeira, e Gastos com o Pessoal, da Demonstração de
Resultados por natureza, linearmente ao longo do período de diferimento do pagamento,
tendo em consideração o justo valor das ações atribuídas na data de atribuição das
mesmas.
11
Caso o quadro deixe de exercer funções durante o período de diferimento do pagamento
da responsabilidade anteriormente registada, a mesma será abatida da Demonstração de
Posição Financeira por contrapartida da rubrica Gastos com o Pessoal, da Demonstração
de Resultados por natureza, no período em que se constate a extinção da
responsabilidade.
2.11. Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os
mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos
afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de
divulgação.
Os Ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.12. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis
da sociedade de acordo com as regras fiscais, e considera, quando existem situações
relevantes, a tributação diferida.
A partir de 2006 a empresa optou pela Aplicação do Regime Especial de Tributação dos
Grupos de Sociedades, sendo o Grupo de Tributação a 2013 constituído pelas seguintes
sociedades participadas: Euroresinas – Indústrias Químicas, S.A., Sonae Indústria de
Revestimentos, S.A., Ecociclo– Energia e Ambiente, S.A., Maiequipa – Gestão Florestal,
S.A.,Movelpartes – Componentes para a Industria de Mobiliário, S.A, Sonae IndustriaManagement Services SA, Sonae Industria PCDM SA, Siaf Energia SA, Imoplamac Gestão
de Imóveis SA, Agloma Investimentos SGPS, e Somit Imobiliaria SA, sendo registado em
cada uma das subsidiárias o respetivo impacto e o ganho resultante do RETGS na
sociedade mãe.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço
e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos Ativos e passivos para efeitos
de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e
passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados às taxas de
tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão
das diferenças temporárias.
12
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em
que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias
dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão
desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a
sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, exceto se
resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o
imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias
tributáveis, excepto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o
reconhecimento inicial de activos e passivos, que não resultem de uma concentração de
actividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. No
que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em
subsidiárias, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa mãe tem
capacidade para controlar o período da reversão da diferença temporária; e ii) é provável
que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.
2.13. Rédito e especialização dos exercícios
Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração
de resultados à data do relato.
A Sonae Indústria, SGPS, procedia ao débito de serviços de gestão e outros até 2011, data
a partir da qual, estes serviços passaram a ser desempenhados por outra empresa do
Grupo, pelo que correntemente a Empresa não reconhece qualquer valor na rubrica de
rédito nas demonstrações financeiras separadas.
Os dividendos obtidos de investimentos em subsidiárias e associadas são reconhecidos
como rendimentos no período em que são atribuídos aos sócios ou acionistas.
Os juros obtidos de concessão de empréstimos são registados no período a que dizem
respeito, tendo em conta o período decorrido até ao final de cada exercício.
Os gastos e rendimentos são contabilizados no período a que dizem respeito,
independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos
cujo valor real não seja conhecido são estimados.
13
Nas rubricas de Outros Ativos correntes e Outros passivos correntes, são registados os
gastos e os rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas
apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já
ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de
cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde.
2.14.
Mais-valias e menos-valias
As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de Ativos fixos tangíveis
e Ativos intangíveis e de investimentos, são apresentadas na demonstração de resultados
pelo valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico
na data de alienação ou abate, nas rubricas de Outros rendimentos operacionais e Outros
gastos operacionais.
2.15. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças,
pagamentos ou à data do relato dessas mesmas transações, são registados como
rendimentos e gastos na demonstração de resultados do período, exceto as relativas a
valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital
próprio.
2.16. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições
que existiam à data do relato são reflectidos nas demonstrações financeiras (eventos
ajustáveis). Os eventos após a data do relato que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data do relato são divulgados no anexo às demonstrações
financeiras, se materiais (eventos não ajustáveis).
2.17. Gestão de risco
a)
Riscos de Mercado
i) Risco de Taxa de Juro
Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável, e dos consequentes
cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de
14
taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do Euro, uma vez que
a maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.
Como regra geral, a Sonae Indústria SGPS não cobre por meio de derivados
financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro.
Como excepções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae
Indústria pode contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os
seguintes princípios são observados:
- Os derivados não são utilizados com objectivos de trading, geração de rendimentos
ou fins especulativos;
- A sociedade apenas contrata derivados com Instituições Financeiras com rating
mínimo Investment Grade;
- Os derivados contratados replicam exactamente as exposições subjacentes no que
diz respeito às datas de liquidação e indexantes de base;
- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são
sempre conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;
- Cotações de pelo menos duas Instituições Financeiras são obtidas antes da
contratação de derivados de taxa de juro.
ii) Outros Riscos de Preço
A 31 de dezembro de 2013 a sociedade não detinha investimentos significativos
classificados como disponíveis para venda, como que este risco não é significativo.
b)
Risco de Liquidez
A gestão de risco de liquidez, na Sonae Indústria, tem por objectivo garantir que a
sociedade possui capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário
para poder levar a cabo as suas atividades de negócio, implementar a sua estratégia, e
cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo
tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis.
Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspectos:
15
- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao
nível das operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes
horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);
- Diversificação de fontes de financiamento;
- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração
excessiva em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.
- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo
(committed e uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de
operações financeiras (como é o caso do programa de Securitização de créditos
comerciais), assegurando um balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de
commitment fees suportados;
2.18. Julgamento e estimativas
As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras
incluem:
a) Análises de imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis e investimentos em
empresas do grupo e associadas;
b) Análise de imparidade das contas a receber;
c) Registo de ajustamentos aos valores dos ativos, nomeadamente, ajustamento de justo
valor;
d) Cálculo de provisões e responsabilidade por benefícios pós-emprego;
e) Cálculo do imposto sobre o rendimento.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da
preparação das presentes demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento
e na experiência de eventos passados e/ou correntes. Não obstante, poderão ocorrer
situações em exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram
considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram
posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas, através da
Demonstração de Resultados, de forma prospectiva, conforme disposto pela norma IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na
preparação das demonstrações financeiras são descritos nas correspondentes notas
anexas.
16
2.19. Justo Valor de ativos e passivos
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo, se existir um mercado activo, a
cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor
conforme definido na IFRS 13 – Mensuração do justo valor.
No caso de não existir um mercado activo, são utilizadas técnicas de valorização
geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o
nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
A Sonae Indústria SGPS aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros
não cotados, tais como, ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de
valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa
descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de
taxa de juro e volatilidade de mercado.
Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais
avançados contendo pressupostos e dados que não são directamente observáveis em
mercado, para os quais a Sonae Indústria SGPS utiliza estimativas e pressupostos internos.
Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13
17
3.
Ativos Fixos Tangíveis
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no
valor dos Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
3 1.12 .13
Equipamento Equipamento
básico
administrativo
A tivo s Fixo s
Tangiveis em
curso
To tal
A t iv o brut o :
Saldo inicial
38.099
132.619
A quisiçõ es
Saldo final
-
170.718
736
736
38.099
132.619
736
171.454
37.820
129.780
-
167.600
D e pre c ia ç õ es e perdas de
im pa ridade a c um ula da s
Saldo inicial
Depreciação do Exercicio
Saldo final
V a lo r lí quido
77
976
37.897
130.756
-
168.653
1.053
202
1.863
736
2.801
3 1.12 .12
A tivo s Fixo s
Equipamento Equipamento
Tangiveis em
básico
administrativo
curso
To tal
A t iv o brut o :
Saldo inicial
38.099
131.827
A quisiçõ es
Transferencias
Saldo final
-
169.926
792
792
-
792
38.099
132.619
(792)
-
170.718
37.716
128.472
-
166.188
104
1.308
-
1.412
37.820
129.780
-
167.600
279
2.839
-
3.118
D e pre c ia ç õ es e perdas de
im pa ridade a c um ula da s
Saldo inicial
Depreciação do Exercicio
Saldo final
V a lo r lí quido
18
4.
Ativos Intangíveis
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no
valor dos Ativos Intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foi o seguinte:
31.12.13
Softw are
Softw are
Total
NGI
Total
GI + NGI
A t iv o brut o :
Saldo inicial
550
550
A quisições
-
-
550
550
550
Saldo inicial
550
550
550
Saldo final
550
550
550
-
-
-
Saldo final
550
A m o rtiza ç õ es e pe rda s de
im pa rida de a cum ula da s
V a lo r lí quido
31.12.12
Softw are
Softw are
Total
NGI
Total
GI + NGI
A t iv o brut o :
Saldo inicial
550
550
A quisições
-
-
550
550
550
506
506
506
44
44
44
550
550
550
-
-
-
Saldo final
550
A m o rtiza ç õ es e pe rda s de
im pa rida de a cum ula da s
Saldo inicial
A mortização Exercicio
Saldo final
V a lo r lí quido
19
5.
Instrumentos financeiros
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, os ativos e passivos reconhecidos na demonstração
da posição financeira correspondem às seguintes categorias da IAS 39:
Ativos
Empréstimos registados a
Ativos
e contas a justo valor por Derivados de disponíveis
NOTA S
receber
resultados
cobertura
para venda
31.12.13
Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda
Outros Ativos não correntes
Ativos correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Outros Ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Ativos correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Outros Ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
513.808.092
122 922
513 808 092
122 922
513.808.092
9
24.150
13.302.795
24 150
13 302 795
297.991
297 991
24.150
13.302.795
89.367
297.991
9
89.367
10
11
527.433.028
0
0
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Outros passivos correntes
Total
122 922
89.367
527.645.317
122 922
513 844 898
122 922
513.844.898
9
6.584
2.275.276
6 584
2 275 276
45.504
45 504
6.584
2.275.276
120.372
45.504
9
120.372
10
11
516.172.262
13
13
13
13
14
15
0
0
13
13
13
13
14
15
122.922
Sub-total
516.295.184
Passivos não
abrangidos
pela
IFRS 7
120.372
83.101.488
118.908.927
83.101.488
118.908.927
157.317.060
129.918.927
174.361
7.542.528
157.317.060
129.918.927
174.361
7.542.528
0
4.457.531
157.317.060
129.918.927
174.361
7.542.528
4.457.531
496 963 291
496 963 291
4 457 531
501 420 822
59.735.977
248.344.033
59.735.977
248.344.033
59.735.977
248.344.033
95.515.886
55.000.000
121.973
17.696.869
95.515.886
55.000.000
121.973
17.696.869
0
3.818.613
95.515.886
55.000.000
121.973
17.696.869
3.818.613
476 414 739
476 414 739
3 818 613
480 233 351
16
516.415.556
Total
83.101.488
118.908.927
16
Total
31.12.12
Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo
527.555.950
513.844.898
Passivos
registados a
Outros
justo valor Derivados de passivos
por resultados cobertura
financeiros
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Outros passivos correntes
122.922
8
6
Total
31.12.13
Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo
Total
8
6
Total
31.12.12
Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda
Outros Ativos não correntes
122 922
Sub-total
Ativos não
abrangidos
pela
IFRS 7
20
6.
Investimentos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
31.12.13
Não Correntes
31.12.12
Correntes
Não Correntes
Correntes
Inve s tim ent o s em E m pre s as do G rupo
Saldo em 1de Janeiro
A quisiçõ es durante o período
944.009.598
15.727.008
A lienaçõ es durante o período
Outros
Saldo final do período
P erdas po r imparidade acumuladas (No ta 17)
(20.738.811)
938.997.795
(333.810.139)
605.187.656
-
944.006.011
3.600
13
944.009.598
(198.722.687)
745.286.910
-
Inve s tim ent o s dis po niv e is pa ra v e nda
122.922
122.922
-
117.922
5.000
122.922
-
605.310.578
-
745.409.832
-
Justo valo r em 1de Janeiro
A quisiçõ es durante o período
A lienaçõ es durante o período
A umento/(diminuição ) no justo valo r
Outros
Justo valo r no final do perío do
Investimentos em empresas do grupo
As principais variações nesta rubrica referem-se:
Aumento de capital na participada Tafisa Tableros de Fibras S.A. no valor de 15.727.008
euros, correspondendo a 12.581.606 novas ações.
Liquidação da sociedade Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A., no
montante de 20.738.811 euros, tendo gerado uma perda no montante de 19.696.231
euros.
A variação em Perdas de Imparidade Acumuladas refere-se à utilização da imparidade
existente sobre a participação da Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada,
S.A. no montante de 20.310.499 euros pela liquidação da sociedade, ao registo perdas de
imparidade relativas à participação na Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. no
montante de 1.937.000 euros, à participação da Movelpartes – Componentes para a
Indústria do Mobiliário, S.A. no montante de 2.276.000 euros e à participação Tafisa
Tableros de Fibras, S.A. no montante de 152.454.642 euros. Relativamente à participação
da Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. reverteu-se a imparidade em 1.269.691 euros.
21
Investimentos disponíveis para venda
Os Investimentos Disponíveis para venda referem-se a participações financeiras que não
cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiarias ou associadas
Em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade detinha as seguintes participações em empresas
do Grupo e Associadas, incluídas na rubrica de Investimentos em Empresas do grupo e
associadas.
Sociedade
%
Participação
Custo de
Aquisição
Perdas de
Imparidade
Capitais
Proprios
Resultados
Liquidos
Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A.
100,00%
15.838.526
0
16.094.991
M aiequipa - Gestão Flo restal,S.A .
100,00%
3.438.885
962.785
758.805
-42.853 a)-c)
M o velpartes - Co mpo nentes para Industria do M o biliário ,S.A.
100,00%
4.180.113
2.276.000
1.191.661
-879.502 a)-c)
Sonae Industria de Revestimento s,S.A.
100,00%
21.729.193
6.588.233
10.952.870
-559.170 a)-c)
Imo plamac - Gestão de Imóveis,S.A.
100,00%
6.000.000
0
5.792.465
Sonae Industria -M anagement Services SA
100,00%
250.000
0
733.306
89.893
0,02%
29.742
0
-26.871.561
-32.524.813
Taiber
200.684
59.189
99,11%
877.308.319
323.983.122
24.611.616
100,00%
1.720.021
0
179.546
Sonae Industria - Pro dução e Comercialização de Derivado s de M adeira,S.A.
2,97%
3.497.787
0
70.543.381
89.370
Siaf Energia, S.A.
0,20%
5.000
0
7.257.270
272.310
Somit Imobiliaria
0,02%
10
0
4.732.495
1.936.023
Agloma Investimento s,S.A .
6,54%
5.000.000
0
92.209.217
3.793.461
Sonae RE, So cieté A nonyme
0,04%
1.200
0
2.307.542
-692.458
938.998.795
333.810.139
Tafisa - Tablero s de Fibras,S.A.
Ecociclo - Gestão A mbiental,S.A.
a)
12.481.476 b)-c)
34.949
Estima-se que o montante pelo qual o custo de aquisição das participações
financeiras, na Maiequipa-Gestão Florestal, Sonae Industria Revestimentos, Movelpartes –
Componentes para a Indústria de Mobiliário e Tafisa – Tableros de Fibra , se encontra
registado é superior à sua quantia recuperável, tendo sido reconhecidas perdas por
imparidade apresentadas na rubrica “ Perdas por Imparidade Acumuladas de Investimentos”
(Nota 17).
b)
O valor apresentado em capitais próprios corresponde ao valor dos capitais
próprios individuais da participada Tafisa-Tableros Fibra Sa, tendo em conta que esta
subsidiaria não apresenta contas consolidadas.
c)
Foram realizados testes de imparidade à data de 31 de dezembro de 2013,
relativo às empresas Tafisa Tableros de Fibra , Sonae Industria Revestimentos, Maiequipa
Gestão Florestal, Ecociclo – Energia e Ambiente e
Movelpartes-Componentes para a
Industria de Mobiliário , consistiram em determinar o valor recuperável através do método
dos fluxos de caixa descontados. Para tal, foram efetuadas projeções dos fluxos de caixa
operacionais por um período de 8 anos, posteriormente extrapolados através de uma
perpetuidade e atualizados à data de encerramento das presentes demonstrações
22
financeiras. As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas médias ponderadas do
custo do capital (WACC), recalculadas através da metodologia CAPM (Capital Asset Pricing
Model) para cada segmento relatável, antes de impostos. Estas taxas consideram
especificidades do mercado, incorporando diferentes fatores de risco, bem como as taxas
de juro sem risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos de cada país considerado. A
utilização de um período de 8 anos para projeçao dos fluxos de caixa teve em consideração
a extensão e intensidade dos ciclos económicos a que a atividade do grupo está sujeita. Os
fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui
projeções atualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos ocorridos nos
mercados em que o Grupo atua.
2013
Península Ibérica
Taxa de desconto (antes imposto)
12,20%
Taxa de crescimento da perpetuidade
1,00%
Período de projecção dos f luxos de caixa
8 anos
Conclusões do Teste
Tableros de Fibras
A lemanha
França
9,38%
9,62%
1,00%
1,00%
8 anos
8 anos
SIR
Africa Sul
18,86%
1,00%
8 anos
Co m imparidade
Maiequipa
Movelpartes
Ecociclo
12,12%
1,00%
8 anos
12,12%
1,00%
8 anos
12,12%
1,00%
8 anos
12,12%
1,00%
8 anos
Com imparidade
Sem imparidade
Co m imparidade
Sem imparidade
2012
Península Ibérica
Taxa de desconto (antes imposto)
13,42%
Taxa de crescimento da perpetuidade
1,00%
Período de projecção dos fluxos de caixa
8 anos
Conclusões do Teste
Tableros de Fibras
Alemanha
França
Africa Sul
9,56%
9,14%
17,06%
1,00%
1,00%
1,00%
8 anos
8 anos
8 anos
Co m imparidade
SIR
Canada
8,96%
1,00%
8 anos
Maiequipa
Movelpartes
13,27%
1,00%
8 anos
13,45%
1,00%
8 anos
13,27%
1,00%
8 anos
co m Imparidade
sem Imparidade
Sem imparidade
Na sequência dos testes realizados ao montante escriturado na rubrica Investimentos em
empresas do grupo, à data de 31 de dezembro foram registadas imparidades relativo a
Sonae Industria Revestimentos no montante de 1.937.000 euros, relativo à Movelpartes –
Componentes para a Indústria de Mobiliário, S.A. no montante de 2.276.000 euros
e
relativo à Tafisa-Tableros de Fibra no montante de 152.454.642 euros. Relativo à Maiequipa
– Gestão Florestal, S.A., procedeu-se a uma reversão da imparidade no montante de
1.269.691 euros. (Nota 17).
23
7.
Ativos por impostos diferidos
O detalhe dos Ativos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 de acordo,
com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:
IMPOSTOS DIFERIDOS-SALDOS
Ativos
Imparidade de Ativos
Prejuízos Fiscais Reportáveis
Outros
31.12.13
Passivos
31.12.12
Ativos
-
4.083.078
1.444.158
5.527.236
Passivos
5.077.625
1.685.880
6.763.505
-
IMPOSTOS DIFERIDOS - MOVIMENTOS
Ativos
Saldo inicial
Efeito em resultados:
Imparidade de Ativos
Prejuízos Fiscais Reportáveis
Outros
31.12.13
Passivos
6.763.505
Sub To tal (Nota 24)
Saldo f inal
31.12.12
Ativos
-
Passivos
9.120.837
(5.077.625)
4.083.078
(241.722)
-
(1.236.269)
5.527.236
-
-
(2.769.634)
412.302
-
(2.357.332)
-
-
6.763.505
-
-
O montante incluído em Outros diz respeito a benefícios fiscais SIFIDE a deduzir nos
próximos anos.
Em 2013 foram criados ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais gerados
neste exercício relativamente à liquidação da Agloma, S.A.
8.
Outros Ativos não correntes
O detalhe dos outros Ativos não correntes em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o
seguinte:
31.12.13
Empréstimos concedidos a empresas do grupo (Nota 2.2 e 20)
31.12.12
513 808 092
-
Outros Ativos não Correntes
513 844 898
-
513 808 092
513 844 898
513 808 092
513 844 898
Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 17)
Instrumentos financeiros
24
Os empréstimos concedidos a empresas do Grupo têm vencimento de médio e longo prazo
e no final do ano venciam juros à taxa de 5,34%.
Não existem condições de reembolso previstas, somente para taxa de juro. O reembolso é
efetuado mediante as disponibilidades de cada uma das empresas, não sendo, neste
momento, possível prever a data.
9.
Clientes , Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica Clientes tinha a seguinte composição:
31.12.13
Clientes, conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
Perdas de imparidade acumuladas em clientes
31.12.12
24 150
24 150
6 584
6 584
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 as contas correntes de Clientes tinham as seguintes
maturidades:
31.12.13
31.12.12
Não vencido
Vencido mas sem registo de imparidade
>90 dias
23.278
0
872
872
6.584
6.584
Total
24.150
6.584
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as Outras dívidas de terceiros tinham a seguinte
composição:
31.12.13
31.12.12
Outras dividas de terceiros
Empresas Grupo - Juros (Nota 20)
Empresas Grupo - IRC Grupo (Nota 20)
Empresas Grupo - Em préstimos (Nota 20)
Outros devedores
1.464.882
612.815
845.213
1.231.623
10.591.303
23.000
12.901.398
1.867.438
401.397
407.839
13.302.794
2.275.276
25
A maturidade dos outros devedores é a seguinte:
ANTIGUIDADE DE ADAINTAMENTO
A FORNECEDORES
31.12.13
Vencido mas sem registo de imparidade
< 30 dias
ANTIGUIDADE DE
FORNECEDORES (SALDOS
ACTIVOS)
TOTAL OUTROS DEVEDORES
31.12.12
31.12.13
31.12.12
31.12.13
31.12.12
31.12.13
-
-
-
-
-
-
-
6.018
1.500
6.158
1.500
'30 - 90 dias
140
-
>90 dias
Total
ANTIGUIDADE DE DEVEDORES
DIVERSOS
37
-
31.12.12
-
-
37
399.860
401.681
-
-
399.860
401.681
-
1.500
-
399.897
401.821
-
6.018
401.397
407.839
1.500
-
399.897
401.821
-
6.018
401.397
407.839
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o Estado e Outros Entes Públicos tinham a seguinte
decomposição:
31.12.13
31.12.12
Estado e outros entes públicos- Activo
Imposto sobre o rendimento
1.102.730
Imposto sobre o valor acrescentado
682.695
138
0
Outros
137
1 102 868
10.
682 831
Outros Ativos correntes
O detalhe dos outros Ativos correntes em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o seguinte:
31.12.13
Acréscimos de Proveitos
39 247
10 175
Custos Dif eridos
50 120
110 197
89 367
120 372
89 367
120 372
Ativos não abrangidos pela IFRS7
11.
31.12.12
Caixa e equivalentes de caixa
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o
seguinte:
31.12.13
Numerário
Depósitos bancários
Caixa e equivalentes de caixa no balanço
Descobertos bancarios (1)
812
297 179
297 991
(177.246)
120.745
31.12.12
867
44 637
45 504
(25.046.189)
(25.000.685)
(1) registado no balanço na rubrica Emprestimos Bancarios correntes (Nota 13)
26
A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos
imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a
menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.
12. Capital Próprio
Capital Social
Em 31 de dezembro de 2013, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está
representado por 140 000 000 de ações ordinárias, ao portador e escriturais, com o valor
nominal de cinco euros.
As seguintes pessoas colectivas detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de
dezembro de 2013:
Entidade
%
Efanor Investimentos, SGPS, S. A.
31,9
O Capital Próprio a 31 de dezembro de 2013 e 2012 tem a seguinte decomposição:
Capital Social
Reservas Legais
Reservas Livres
Reservas Outras
Resultados Transitados
Resultado Liquido do Exercicio
2013
2012
700.000.000
3.131.757
20.145.630
246.000.759
-181.198.893
-150.763.752
700.000.000
3.131.757
20.145.630
245.966.974
-1.367.726
-179.831.167
637.315.501
788.045.468
Reservas
Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido
anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos
20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa,
mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou
incorporada no capital.
Reservas livres: Relativas a lucros obtidos em exercícios anteriores e encontram-se
disponíveis para distribuição, desde que não sejam necessárias para cobrir prejuízos.
27
Reservas Outras: esta rubrica inclui reservas de fusão de exercícios anteriores, no valor de
245.920.750 euros, as quais, nos termos de legislação Portuguesa não são distribuíveis,
podendo ser incorporadas no capital Social.
No exercício de 2013 foi contabilizado nesta conta o montante de 33.785 euros derivado da
reconfiguração do Plano de Incentivos de Médio e Longo Prazo:
O Grupo alterou o perfil do plano de incentivos de médio e longo prazo de acordo com as
características referidas na nota 2.10, designadamente no que diz respeito à atribuição de
ações da Sociedade.
O justo valor dos serviços adquiridos foi determinado por referência ao justo valor das ações
atribuídas, calculado com base na cotação média das ações da Sociedade durante os 30
dias anteriores à data de realização da Assembleia Geral de Acionistas.
O gasto, de 33.785 euros, registado na rubrica Gastos com pessoal, da Demonstração de
resultados, foi integralmente contabilizado segundo as regras aplicáveis aos planos de
transações com base em ações e liquidadas com capital próprio.
2013
nº ações atribuídas
Saldo Inicial Atribuídas
273.069
156.450
Justo valor
184.896
Ano pagamento
88.900
Canceladas
126.772
Pagas
Saldo Final
302.747
85.838
Saldo Inicial Atribuídas Canceladas
273.069
187.958
55.244
Pagas
Saldo Final
273.069
184.896
2015/2016
Gasto com pessoal
13.
2012
184.896
2015
21.460
46.224
46.224
Empréstimos Obtidos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:
31.12.13
Custo amortizado
NOTAS
Outros empréstimos-Papel Comercial
c)
Empréstimos bancários - outros
Empréstimos obrigacionistas
a)
Descobertos bancários
Endivi damento bruto
Caixa e equiv. caixa no balanço
Endividamento líquido
Endividamento líqui do total
b)
Correntes
Não
correntes
137.170.117
19.969.697
129.918.927
31.12.12
Valor Nominal
Correntes
Não
correntes
55.000.000
28.101.488
118 908 927
137.500.000
19.969.697
130.000.000
177.246
287 235 986
0
202 010 415
297 991
286 937 995
202 010 415
488 948 410
Custo amortizado
Valor Nominal
Correntes
Não
correntes
Correntes
Não
correntes
55.000.000
28.409.091
120 000 000
63.500.000
6.969.697
55.000.000
49 399 047
10 336 930
248 344 033
63.500.000
6.969.697
55.000.000
50 000 000
10 378 788
250 000 000
177.246
287 646 943
0
203 409 091
25.046.188
150 515 885
308 080 010
25.046.188
150 515 885
310 378 788
297.991
287 348 952
203 409 091
45 504
150 470 381
308 080 010
45.504
150 470 381
310 378 788
490 758 043
458 550 391
460 849 169
28
Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos:
31.12.13
2013
31.12.12
150.515.885
2014
287.646.943
186.969.697
2015
90.909.091
33.409.091
2016
37.500.000
30.000.000
2017
70.000.000
60.000.000
2018
5.000.000
491.056.034
460.894.673
As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa
anterior, foram as seguintes:
Emprestimos Bancarios
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos-Papel Comercial
2013
2012
7,918%
4,064%
7,165%
6,545%
3,230%
4,785%
a) Em 31 de dezembro de 2013, os empréstimos bancários contraídos resumem-se como
segue:
Foi celebrado em 19 de fevereiro 2009 um contrato de Mutuo com uma Instituição bancária
no montante de 20.000.000 euros. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado e será
amortizado entre 2009 e 2015. À data de 31 de dezembro de 2013 o valor do empréstimo
totalizava 4.545.455 euros,
apresentado na rubrica Passivo
Corrente pelo valor de
3.636.364 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 909.091 euros
Foi celebrado em 05 de agosto de 2010 um Contrato de Abertura Credito com uma
instituição Bancária no montante de 10.000.000 euros .Este empréstimo vence juros à taxa
de mercado e será amortizado entre 2012 e 2015. À data de 31 de dezembro de 2013 o
valor do empréstimo totalizava 5.833.333 euros, apresentado na rubrica Passivo Corrente
pelo valor de 3.333.333 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 2.500.000 euros
Foi celebrado em 26 de dezembro de 2012 um Contrato Abertura Credito com uma
instituição Bancária no montante de 25.000.000 euros. Este empréstimo tem como prazo
de utilização entre 1 e 31 de março. Este empréstimo vence juros à taxa de mercado e será
amortizado num prazo de 5 anos a contar da 1º utilização. À data de 31 de dezembro de
2013 o valor do empréstimo totalizava 25.000.000 euros, apresentado na rubrica Passivo
não Corrente na sua totalidade.
29
Foi celebrado em 29 de novembro de 2013 um Contrato de Empréstimo Bancário com uma
instituição Bancária no montante de 13.000.000 euros. Este empréstimo vence juros à taxa
de mercado e será amortizado ao fim de 12 meses a contar da data da assinatura do
contrato. À data de 31 de dezembro de 2013 o valor do empréstimo totalizava 13.000.000
euros, apresentado na rubrica Passivo Corrente na sua totalidade.
b) Os empréstimos obrigacionistas em vigor à data de 31 de dezembro de 2013 são os
seguintes :
Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014, emitido em 28 de Março de 2006,
no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de
8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de um spread e
serão pagos semestralmente nos dias 28 de Março e 28 de Setembro de cada ano;
Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 (2º emissão), emitido em 2 de
Agosto de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no
final do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses
acrescida
de um spread e serão pagos semestralmente nos dias 2 de Fevereiro e 2 de Agosto de
cada ano
Em 05 de maio 2010 foi emitido o Empréstimo Obrigacionista Sonae Industria 2010/2017
no montante de 150 000 000 euros, pelo prazo de 7 anos. Em 22 de outubro de 2012, o
contrato foi revisto, tendo-se alterado o plano de amortizações. O reembolso das obrigações
será efetuado por redução do valor nominal, a partir da 8ª data de pagamento de juros, 05
maio de 2014, em 7 prestações semestrais e sucessivas, sendo as 6 primeiras no valor de
15 000 000 euros cada uma, e a última no valor de 60 000 000 euros. Os juros são pagos
semestralmente nos dias 05 de maio e 05 de novembro de cada ano.
C) Emissões de papel comercial a 31 de dezembro 2013
Em 25 de janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e
um conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, posteriormente
aditado em 19 de março de 2008 e em 30 de setembro de 2010. À data de 31 de dezembro
de 2013 existiam emissões de papel comercial por vencer no montante de 20 000 000
euros, dos quais 15 000 000 com vencimento a curto prazo.
Em 31 de março de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 50 000 000
30
euros e maturidade longo prazo. Á data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava a
ser totalmente utilizado.
Em 25 de junho de 2013 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial e posteriormente aditado em 6 de dezembro de 2013.O
programa tem um montante nominal máximo de 100 000 000 euros e maturidade de longo
prazo. À data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava a ser parcialmente utilizado no
montante 57.500.000 euros, apresentado em corrente.
Em 13 de dezembro de 2013 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato
para emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 65 000
000 euros e maturidade curto prazo. Á data de 31 de dezembro de 2013, este limite estava
a ser totalmente utilizado.
14.
Fornecedores
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes
de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da sociedade. As contas de
fornecedores têm as seguintes maturidades:
MATURIDADE DE FORNECEDORES
C/C
31.12.13
A Pagar a
< 90 dias
90 - 180 dias
> 180 dias
15.
31.12.12
140.548
25.000
8.814
174.361
121.973
121.973
Outras dívidas a terceiros e Estado e Outros entes públicos
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 estas rubricas tinham a seguinte composição:
31.12.13
31.12.12
Outras dívidas a terceiros
Empresas Grupo - IRC Grupo (Nota 20)
348.259
Empréstimos obtidos de empresas do Grupo (Nota 20)
7.151.000
17.676.500
Instrumentos financeiros
7.499.259
17.676.500
Outros credores
43.268
20.369
7.542.528
17.696.869
31
31.12.13
31.12.12
Estado e outros entes públicos - Passivo
Imposto sobre o rendimento
Retenções Imposto
Imposto s/ Valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
Passivos não abrangidos pela IFRS7
16.
684.514
34.640
3.756
6.644
806.536
24.240
6.295
5.732
30.299
873.102
729.554
Outros Passivos Correntes
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
31.12.13
Custos a pagar
Remunerações a Liquidar
200.161
Seguros a Liquidar
Juros a liquidar
Passivos não abrangidos pela IFRS7
373.775
966
0
4.159.536
3.143.535
Fornecimentos e Out serv
17.
31.12.12
96.869
301.303
4.457.531
3.818.613
Provisões e perdas de imparidade acumuladas
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante o
exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012 foi o seguinte:
31.12.2013
Rubricas
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 6)
Saldo inicial
Aumento
Diminuições Reversões
Saldo final
198 722 687
156 667 642
1 269 691 20 310 499
333 810 139
198 722 687
156 667 642
1 269 691 20 310 499
333 810 139
31.12.2012
Rubricas
Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 6)
Saldo inicial
22 542 975
22 542 975
Aumento
Diminuições Reversões
176 179 713
176 179 713
Saldo final
198 722 687
198 722 687
As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente Ativo.
A reversão da perda de Imparidade em Investimentos refere-se ao registo da anulação da
perda de Imparidade sobre a participação da Agloma – Sociedade Industrial de
Aglomerados de Madeira, S.A., uma vez que esta sociedade foi liquidada durante o
32
exercício de 2013.A diminuição da perda de imparidade refere-se à reversão de parte da
perda de imparidade relativa à participação da Maiequipa – Gestão Florestal, S.A..Os
aumentos das perdas de imparidade, dizem respeito ao registo de perdas de imparidade
relativas à participada Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. no montante de 1.937.000
euros, à participada Movelpartes – Componentes para a Indústria do Mobiliário no montante
de 2.276.000 euros e à participada Tafisa Tableros Fibras, S.A. no montante de
152.454.642 euros.
18.
Locações operacionais
Durante o exercício de 2013 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 41.176
euros relativo a rendas a título de contratos de locação operacional.
Adicionalmente, à data de balanço a sociedade detinha contratos irrevogáveis de locação
operacional, cujas rendas vencem como se segue:
31.12.13
Vencíveis em 2013
31.833
Vencíveis em 2014
14.217
31.833
Vencíveis em 2015
14.217
31.833
Vencíveis em 2016
11.847
29.463
40.281
4.404
129.366
Vencíveis em 2017
19.
31.12.12
Riscos financeiros
19.1 Riscos de liquidez
O risco de liquidez descrito na nota 2.17, b) no que diz respeito ao endividamento bruto
referido na nota 13 pode ser analisado como segue:
2013
2012
Riscos Financeiros
Riscos Financeiros
Maturidade do
endividam ento
Bruto
Juros
2013
Maturidade do
endividam ento
Bruto
Total
Juros
Total
0
2013
150.515.885
16.017.367
166.533.252
2014
287.646.943
15.621.410
303.268.353
2014
186.969.697
14.291.785
201.261.482
2015
90.909.091
12.119.613
103.028.704
2015
33.409.091
7.782.720
41.191.811
2016
37.500.000
6.592.354
44.092.354
2016
30.000.000
5.648.690
35.648.690
2017
70.000.000
2.706.171
72.706.171
2017
60.000.000
2.032.630
62.032.630
2018
5.000.000
172.000
5.172.000
2018
0
0
0
491.056.034
37.211.548
528.267.582
460.894.673
45.773.192
506.667.865
33
Os valores de juros indicados no quadro anterior foram calculados com base nas taxas de
juro em vigor a 31 de dezembro de 2013 e 2012 para cada um dos valores em dívida. O
valor indicado para 2014 na Maturidade do endividamento bruto inclui, para além das
amortizações de dívida programadas, a amortização dos valores considerados no
endividamento de final de 2013, para os quais o compromisso da dívida é inferior a um
ano (apesar de se poder vir a verificar a renovação dos limites de crédito em questão).
Consistentemente com os princípios descritos na nota 2.17 b), a Sonae Indústria
concentra os seus esforços na gestão da dívida que vence em 2014 e 2015 com o objetivo
de proporcionar à sua equipa de gestão a margem necessária para implementar o seu
plano estratégico que, tal como indicado anteriormente ao mercado, procura reduzir o
impacto nocivo da atividade industrial, privilegia as unidades industriais mais rentáveis e
busca a eficiência operacional e a venda de ativos.
Durante o quarto trimestre de 2013, a sociedade realizou uma análise detalhada da
estrutura de capitais e do perfil de maturidade da dívida, no sentido de identificar
alternativas para alcançar soluções de financiamento de longo prazo, que lhe
proporcionem o tempo necessário à implementação do seu plano estratégico (redução
considerável dos montantes de dívida a serem reembolsados em 2014 e 2015) e que
logrem obter o apoio dos seus parceiros de negócio principais, nomeadamente dos seus
acionistas e dos principais bancos credores.
Como resultado desta análise, estão a decorrer negociações com os três principais
bancos credores com o objetivo de encontrar soluções adequadas ao refinanciamento da
dívida com vencimento ao longo dos próximos anos. Estas negociações poderão resultar
numa extensão do prazo de vencimento da dívida corrente e num refinanciamento das
condições associadas à mesma que, conjuntamente com outras iniciativas conducentes à
melhoria da estrutura de capitais do grupo, possibilitarão o acesso da sociedade, no médio
prazo, aos mercados de financiamento bancário e/ou de capitais para refinanciar a sua
dívida, se tal for considerado adequado.
19.2 Risco de Mercado
19.2.1 Risco de taxa de juro
Na análise do risco da taxa de juro descrito na nota 2.17 b) i) foi calculado o efeito que se
teria produzido nos resultados de impostos do exercício de 2013 e 2012, se se tivesse
34
verificado uma variação de +/- 7,5% pp em relação às taxas de juro verificadas no
exercício
Riscos Financeiros
2013
"Notional"
2012
Efeitos em resultados (Valores em
Eur)
0,75%
"Notional"
-0,75%
Efeitos em resultados (Valores em
Eur)
0,75%
-0,75%
Endividamento Bruto
Intragrupo
-7.151.000
-79.791
79.791
-17.676.500
-690.929
690.929
Externo
-490.878.788
-2.886.843
2.886.843
-435.848.485
-2.906.451
2.906.451
-498.029.788
-2.966.634
2.966.634
-453.524.985
-3.597.381
3.597.381
Instrumentos Financeiros
Derivados
Empréstimos
concedidos a
em presas do grupo
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
499.242.695
Aplicações Tesouraria
(externas)
499.242.695
3.889.926
-3.889.926
566
-566
3.890.492
-3.890.492
923.858
-923.858
492.303.872
492.303.872
4.464.536
-4.464.536
30.692
-30.692
4.495.228
-4.495.228
897.847
-897.847
Os valores do endividamento incluído no quadro anterior exclui descobertos bancários e
empréstimos obtidos que não estão sujeitos a variação de taxa de juro.
Considerando a Euribor a 6M como indicador de referência para o nível de taxas de juro
do Euro, uma variação de 0,75 pontos percentuais corresponde a 35,7 vezes o desvio
padrão daquela variável em 2013 (2 vezes em 2012).Os valores de juros foram calculados
com base nas taxas de juro em vigor a 31 de dezembro de 2013, para cada um dos
valores em divida.
35
20.
Partes relacionadas
Saldos e transações efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2013
e 2012 podem ser detalhados como se segue:
Saldos
Clientes
31.12.13
23.173
-
Agloma
Agloma Investimentos
Ecociclo
Euroresinas
Implamac
SInd-pcdm
Isoroy
Maiequipa
Movelpartes
Somit Imobiliária
Siaf Energia
Sonae Industria Revestimentos
Sonae ,sgps
Sind - Management services
Tafisa Tableros Fibra
Taiber
Novis
Raso Viagens Turismo
Solinca investimentos Turisticos
Sonaecenter
Sonae RP
SC-Consultadoria
Imosede
Fornecedores
31.12.12
31.12.13
5.712
123.215
Outras dividas a Terceiros
31.12.12
31.12.13
87.488
7.151.000
Outros Activos não correntes
31.12.13
17.676.500
1.224.000
208.500
294.000
513.808.092
513.844.898
25.000
10.591.303
197.000
2.841.000
24.100.000
537.000
1.199.000
882.000
359.000
5.000
1.973.000
1.079.000
7.088.303
892
Transacções
34.925
1.021.900
1.012.900
458.800
2.457.800
1.000
327.000
2.000
4.328.000
5.712
31.12.13
1.290.500
435
49.000
5.553
11.287
11.851
9.842
101
221
2.448.000
4.703.000
5.402
228.379
14.168
354
23.642
50.000
54.176
1.377.000
811.000
50.000.000
434.378.392
3.000
116.000
507.372.198
221
31.12.12
270.681
17.459
469
45.936
50.000
52.698
Juros auferidos
31.12.13
31.12.12
27.643.696
345
5.748
16.961
155.006
104.616
886.392
22.417.761
556
21
27.583
235.941
272.314
163.318
55.644
1.304
70.753
38.941
Juros Suportados
31.12.13
262.101
11.487
31.12.12
23.069
2.523.885
1
2.211.343
1.038
555
7.019
18.671
17.303
35.308
62.033
132.266
88.400
137.009
8.943
24.541
623
6.377
115.061
30.361
1.149.583
25.166.983
21.564.026
9.587
17
10.887
1.260
23.000
3.827.000
5.127.500
85
1.015
538
72.237
31.12.12
1.056
13.083
1.206
53.233
Fornecimentos e Serviços
externos
31.12.13
- Agloma
- Agloma Investimentos
- Ecociclo
- Euroresinas
- Implamac
- SInd-pcdm
- Isoroy
- Maiequipa
- Movelpartes
- Somit Imobiliária
- Siaf Energia
- Sonae Industria Revestimentos
- Sonaecenter
- Sonae ,sgps
- Sind - Management services
- Tafisa
- Saphety
- Solinca investimentos Turisticos
- Taiber
- Novis
- SC-Consultadoria
- Raso Viagens Turismo
- Solinca investimentos Turisticos
- Digitmarket
- Sonae RP
- Imosede
13.287
31.12.12
20.000
7
22.274
Aplicações tesouraria
31.12.12
89.724
3.683
1.125
36
As remunerações dos órgãos sociais são detalhadas da seguinte forma:
Remunerações do Conselho de Administração:
2013
Remuneração fixa
Remuneração variável
923.175
159.700
1.082.875
2012
818.204
185.000
1.003.204
Remuneração do Conselho Fiscal, Assembleia Geral e Comissão Vencimentos:
2013
Remuneração fixa
36.750
2012
36.750
Honorários pagos à sociedade de Revisores oficiais de contas Pricewatherhouse Coopers &
Associados Lda.
Honorários Totais referentes revisão legal de contas
13.730
A politica de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, bem
como o montante anual auferido pelos respectivos membros de forma individual são
apresentados no relatório de governo da sociedade.
21.
Outros ganhos e Perdas operacionais
Os Outros Ganhos e Perdas Operacionais são detalhados como segue:
Outros rendim entos Operacionais
31.12.13
Proveitos Suplementares
Outros
30 299
110 337
140 636
31.12.12
133 466
40
133 506
Outros gastos operacionais
31.12.13
Perdas alienação investimentos não correntes
Impostos- Iva e Imposto selo
Outros
31.12.12
114.427
64.597
13
185.652
51.075
179.024
236.740
37
22.
Resultados financeiros
31.12.13
Gastos e perdas:
Juros suportados
Outros
Resultados f inanceiros
Rendim entos e ganhos:
Juros obtidos (Nota 20)
Outros
24 616 358
1 467 939
1 559 453
27 643 749
21 989 295
861 234
- 402 110
22 448 419
27 643 749
22 448 418
1
22.448.419
27.643.749
23.
31.12.12
Ganhos e perdas relativas a Investimentos
No exercício de 2013 a sociedade teve os seguintes resultados relativos a investimentos:
2013
2012
Dividendos
24.
Movelpartes - Componentes p/ind.Mobiliário,S.A.
Imoplamac - Gestão de Imóveis,S.A.
Siaf Energia,S.A.
Somit Imobiliaria SA
Euroresinas - Indústrias Quimicas,S.A.
Sonae Indústria - Management Services, S.A.
Sonae Indústria - P.C.D.M.,S.A.
Reversão imparidade participação da Maiequipa,S.A.( Nota 6)
Reversão imparidade participação da Agloma,S.A.(Noat 6)
500.000
871.896
3.196
104
1.250.000
1.500.000
445.765
1.269.691
20.310.499
Ganhos relativos a investimentos
26.151.150
0
Perda na liquidação da Agloma,S.A.(Nota 6)
Registo perda imparidade participação da SIR,S.A.(Nota 6)
Registo perda imparidade participação da Movelpartes,S.A.(Nota 6)
Registo perda imparidade participação da Tafisa,S.A.(Nota 6)
-19.696.267
-1.937.000
-2.276.000
-152.454.642
Perdas relativas a investimentos
-176.363.909
0
Resultado relativo a investimentos
-150.212.759
0
Impostos sobre rendimento
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de
2013 e 2012 são detalhados como segue:
31.12.13
Imposto corrente
Imposto dif erido (Nota 7)
Imposto corrente Ajust.ano anterior
661.454
31.12.12
1.411.328
(1.236.269)
(2.357.332)
(574.815)
(946.004)
205.143
(148.711)
(369.672)
(1.094.715)
38
A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como se segue:
2013
Resultado Antes de Impostos
Imposto sobre Rendimento (25%)
Ajustamentos ao imposto sobre rendimento
Provisões não dedutiveis
Perda imparidade ativos financeiros
Dividendos
Tributação Autónoma e Derrama S Ind SGPS
Utilização imposto dif erido grupo
Poupança fiscal (prejuizo gerado em 2013/2012)
2012
-150.394.080
37.598.520
-178.736.452
44.684.113
-99
-38.849.488
-1.030.474
-38.596
-44.044.928
Outros
1.709.293
0
-59.002
-2.769.634
1.243.447
36.029
-574.815
0
-946.004
A Taxa efetiva de imposto é de (0.38%).
25.
Resultados por ação
Os resultados por ação dos exercícios apresentados, foram calculados tendo em
consideração os seguintes montantes:
31.12.13
31.12.12
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico
(resultado líquido do período)
- 150 763 752
- 179 831 167
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído
- 150 763 752
- 179 831 167
140 000 000
140 000 000
líquido por ação diluído
140 000 000
140 000 000
Resultado por ação
-1,08
-1,28
Número de acções
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
líquido por ação básico
Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado
Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações em
descontinuação.
26.
Contingência
Em outubro de 2010 a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma liquidação da autoridade
fiscal, de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação em 2006 da sua
participada Socelpac, SGPS, SA, no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser
39
considerada a 50% para efeitos de cálculo da matéria colectável. Por discordar deste
entendimento a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com a informação
disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a probabilidade
da referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi efectuado
qualquer ajustamento aos montantes registados de imposto corrente e de Ativo por
imposto diferido relativo a prejuízos fiscais (nota 7).
Ficou concluída no exercício de 2012 a ação de Inspecção à Tributação em IRC pelo
grupo de sociedades relativo ao ano de 2009. Da ação de inspeção resultaram correções
à matéria colectável no montante de 3.743.609 euros, relativo a IRC no montante de
3.131.296 euros, derrama no montante de 337.258 euros e 275.055 euros de juros
compensatórios.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
Ficou concluída no exercício de 2013 ação de Inspecção à Tributação em IRC pelo grupo
de sociedades relativo ao ano de 2010, da ação de inspeção resultaram correções à
matéria colectável no montante de 1.897.603 euros, relativo a 1.612.926 euros de IRC,
desconsideração de retenções no montante de 158.961 euros, de derrama 1.992 euros e
123.724 euros de juros compensatórios.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
Foi recebida, no exercício de 2013, uma liquidação adicional à ação de Inspeção à
Tributação em IRC pelo grupo de sociedades relativo ao ano de 2009, no montante de
480.438 euros para correção ao valor imputado aos prejuízos fiscais, reportados pela AT,
no decorrer da inspeção ao ano 2009.
A empresa apresentou impugnação Judicial e apresentou uma fiança prestada pela
empresa Sonae Industria PCDM para suspensão do processo de Execução Fiscal.
O Conselho de Administração considera que a probabilidade da referida impugnação ser
julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi constituída qualquer provisão nas
contas da empresa.
40
A Sonae Industria SGPS prestou uma fiança a favor do Instituto de Segurança Social no
montante de 4.181.794 euros para caução de uma contingência que a Sonae Industria
PCDM tem com esta entidade, esta contingência encontra-se em fase de reclamação.
A Sonae Industria SGPS assinou cessão de posição contratual nos aditamentos aos
contratos de Leasing celebrados em 2012, que a Imoplamac tem em vigor com uma
entidade bancária, em caso de incumprimento destes, pelo montante 8.680.000 euros.
27.
Eventos subsequentes
Não existe nada de relevante a assinalar
28.
Aprovação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração
em 11 de março de 2014.
41
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Demonstração Consolidada de Posição Financeira
Demonstração Consolidada de Resultado por Naturezas
Demonstrações Consolidadas de Rendimento Integral
Demonstração Consolidada de Alterações nos Capitais Próprios
Demonstração Consolidadas dos Fluxos de Caixa
Notas Anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013, 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 1 DE JANEIRO DE 2012
(Montantes expressos em euros)
ATIVO
ATIVOS NÃO CORRENTES:
Ativos fixos tangíveis
Goodwill
Ativos intangíveis
Propriedades de investimento
Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação
Investimentos disponíveis para venda
Ativos por impostos diferidos
Outros ativos não correntes
Total de ativos não correntes
Notas
31.12.2013
31.12.2012
01.01.2012
Reapresentado
Reapresentado
10
13
11
12
9
9
14
15
811 477 229
81 840 163
7 491 577
1 268 956
1 566 686
1 108 824
34 003 208
1 073 819
939 830 462
806 163 927
92 496 051
7 137 808
1 313 215
2 262 846
1 091 540
25 046 395
1 389 646
936 901 428
915 418 700
92 620 183
8 576 779
1 357 473
2 360 890
1 069 440
37 874 949
3 606 230
1 062 884 644
ATIVOS CORRENTES:
Inventários
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Estado e outros entes públicos
Outros ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Total de ativos correntes
17
18
19
21
20, 26
22
123 468 707
121 013 543
5 565 730
10 182 506
13 979 041
27 295 811
301 505 338
129 983 908
140 918 477
13 801 900
8 126 925
12 548 389
23 182 513
328 562 112
137 414 763
158 400 706
13 132 676
13 628 325
21 664 946
23 570 163
367 811 580
Ativos não correntes detidos para venda
16
4 318 092
4 411 224
911 164
1 245 653 892
1 269 874 764
1 431 607 388
700 000 000
3 131 757
- 647 867 883
72 681 459
127 945 333
- 795 247
127 150 086
700 000 000
3 131 757
- 569 867 023
- 380 018
132 884 716
- 939 705
131 945 011
700 000 000
3 131 757
- 460 542 177
- 7 326 625
235 262 955
329 050
235 592 005
25, 27
2 2
25,
27
25, 27
25, 27
29
28
14
33
123 145 528
118 908 92
927
30 153 351
2 553 262
25 651 828
55 758 364
73 558 661
7 433 001
437 162 922
128 275 420
248 344 033
36 192 908
78 868 673
27 679 582
64 940 905
60 072 909
7 372 628
651 747 058
155 127 941
287
28 993 050
0 0
39 494 029
98 597 712
25 204 783
77 332 116
64 298 186
14 327 908
762 375 725
25, 27
25, 27
25, 27
25, 27
25, 27
30
31
32
33
22 165 408
201 693 837
129 918 927
5 558 615
70 902 123
156 380 414
12 259 031
81 137 986
1 324 543
681 340 884
64 693 562
68 492 770
55 000 000
4 114 170
4 060 098
177 584 402
14 103 601
86 115 099
12 018 993
486 182 695
111 796 391
24 554 807
15 000 000
4 593 444
1 477 788
161 475 903
13 211 850
101 325 866
203 609
433 639 658
1 245 653 892
1 269 874 764
1 431 607 388
TOTAL DO ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Reserva legal
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento integral acumulado
Total
Interesses que não controlam
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO:
PASSIVOS NÃO CORRENTES:
Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente
E
Empréstimos
é i
obrigacionistas
bi
i i
não convertíveis
í i - líquidos
lí id da
d parcela
l corrente
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente
Outros empréstimos
Benefícios pós-emprego
Outros passivos não correntes
Passivos por impostos diferidos
Provisões
Total de passivos não correntes
PASSIVOS CORRENTES:
Parcela corrente dos empréstimos bancários não correntes
Empréstimos bancários correntes
Parcela corrente dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis não correntes
Parcela corrente dos credores por locações financeiras não correntes
Outros empréstimos
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
Outros passivos correntes
Provisões
Total de passivos correntes
23
23
23
23
24
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012
(Montantes expressos em euros)
Vendas
Prestação de serviços
Outros rendimentos e ganhos
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas por imparidade (aumentos / reduções)
Outros gastos e perdas
Resultado operacional
Gastos financeiros
Rendimentos financeiros
Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas
Resultados relativos a investimentos
Notas
31.12.2013
31.12.2012
39, 44
39, 44
36, 39
39, 44
39
39, 44
39
44
33, 44
37, 39
1 227 729 546
3 826 375
28 864 462
645 471 186
- 301 971
337 068 213
196 220 543
74 743 609
31 883 425
14 370 407
1 316 690 424
4 339 792
34 400 251
679 064 964
- 1 496 556
357 166 572
204 383 493
77 323 387
13 184 115
14 086 910
44
- 39 035 029
11 717 582
40
40
63 610 032
5 036 187
- 696 165
71 038 941
20 242 177
- 212 981
79 861
- 98 305 039
- 39 212 302
Resultado antes de impostos das operações que continuam
Imposto sobre o rendimento
14, 41
Resultado depois de impostos das operações que continuam
Resultados depois de impostos das operações descontinuadas
- 19 388 908
15 628 002
- 78 916 131
- 54 840 304
42
Resultado líquido consolidado do período
Atribuível a:
Acionistas da Empresa-Mãe
Operações que continuam
Operações descontinuadas
Acionistas da Empresa-Mãe
- 45 211 595
- 78 916 131
- 100 051 899
- 78 045 917
- 54 215 194
- 44 661 686
- 78 045 917
- 98 876 879
Interesses que não controlam
Operações que continuam
- 870 214
Operações descontinuadas
Interesses que não controlam
Resultados por ação
Das operações que continuam:
Básico
Diluído
- 625 111
- 549 909
43
43
- 870 214
- 1 175 020
- 0.5575
- 0.5575
- 0.3873
- 0.3873
Das operações descontinuadas:
Básico
Diluído
- 0.3190
- 0.3190
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em euros)
Notas
Resultado líquido consolidado do exercício (a)
31.12.2013
31.12.2012
Reapresentado
- 78 916 131
- 100 051 899
- 19 431 262
- 4 926
- 891 175
- 12 815
833 309
129 856 643
- 3 824 712
37 373 865
- 897 213
73 879 899
- 3 831 489
- 5 036 232
- 103 883 388
- 4 984 440
- 51 792
- 5 036 232
- 102 671 757
- 1 211 631
-103 883 388
Outro rendimento integral consolidado
Rubricas que ulteriormente poderão ser reclassificadas para resultado
Variação da reserva de conversão monetária
Variação no justo valor de ativos disponíveis para venda
Imposto sobre o rendimento referente a rubricas que poderão ser reclassificadas
Rubricas que ulteriormente não serão reclassificadas para resultado
Remensuração de planos de benefícios definidos
Revalorização de ativos fixos tangíveis
Imposto sobre o rendimento referente a rubricas que não serão reclassificadas
Outro rendimento integral consolidado do exercício, líquido de imposto (b)
Rendimento integral total consolidado do período (a) + (b)
Rendimento integral total consolidado atribuível a:
Acionistas da Empresa-mãe
Interesses que não controlam
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em euros)
Capital Social
Reserva
legal
Outras reservas
e resultados
acumulados
Nota
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 - reapresentado
700 000 000
3 131 757
-460 542 177
Total - reapresentado
45
700 000 000
Capital Social
3 131 757
Reserva
legal
329 050
235 592 005
-3 794 878
- 98 876 879
- 3 794 878
- 1 175 020
- 36 611
- 100 051 899
- 3 831 489
-98 876 879
-3 794 878
-102 671 757
-1 211 631
-103 883 388
89 604
-10 537 571
10 741 485
89 604
203 914
- 57 124
89 604
146 790
-569 867 023
- 380 018
132 884 716
- 939 705
131 945 011
Outras reservas
e resultados
acumulados
700 000 000
3 131 757
- 569 867 023
Total dos Capitais
Próprios atribuíveis
aos accionistas da
Empresa-mãe
Interesses
que não
controlam
Total dos
capitais próprios
- 380 018
132 884 716
- 939 705
131 945 011
73 061 477
- 78 045 917
73 061 477
- 870 214
818 422
- 78 916 131
73 879 899
73 061 477
- 4 984 440
- 51 792
- 5 036 232
109 445
- 64 388
196 250
109 445
131 862
127 945 333
- 795 247
127 150 086
-78 045 917
Total
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Outro
rendimento
integral
acumulado
23
Rendimento integral total consolidado do período
Resultado líquido consolidado do período
Outro rendimento integral consolidado do período
Plano de pagamento com base em ações
Outros
Total dos
capitais próprios
235 262 955
Nota
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
Interesses
que não
controlam
-7 326 625
-98 876 879
Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - reapresentado
Total dos Capitais
Próprios atribuíveis
aos acionistas da
Empresa-mãe
23
Rendimento integral total consolidado do período
Resultado líquido consolidado do exercício- reapresentado
Outro rendimento integral consolidado do período - reapresentado
Plano de pagamento com base em ações
Outros
Outro
rendimento
integral
acumulado
-78 045 917
45
109 445
- 64 388
700 000 000
3 131 757
-647 867 883
72 681 459
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA,
S.A.
INDÚSTRIA S.G.P.S.,
SGPS S
A
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS PERÍODOS
Í
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
(Montantes expressos em euros)
ATIVIDADES OPERACIONAIS:
Notas
Recebimento de clientes
31.12.2013
31.12.2012
1 231 670 082
1 337 396 093
P
Pagamentos
t a fornecedores
f
d
995 110 857
1 032 592 559
Pagamentos ao pessoal
201 774 554
224 566 243
34 784 671
80 237 291
Fl
d pelas
l operações
õ
Fluxos gerados
Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento
5 677 539
4 743 238
Outros recebimentos / pagamentos relativos à atividade operacional
1 100 143
22 808 504
30 207 275
98 302 557
165 127
8 973 018
156 871
295 016
9 29
138 848
16 756 569
297 097
79 861
13 572 425
30 844 800
20 692 615
192 500
38 101 442
20 692 615
- 11 397 599
38 293 942
- 7 449 142
750 914
2 609 598 270
97 638
2 610 446 822
1 240 155
2 910 498 562
41 935 652
2 546 578 785
Fluxos das atividades operacionais (1)
42
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
R
bi
t provenientes
i t de:
d
Recebimentos
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis e intangíveis
Subsídios ao investimento
Ativos não correntes detidos para venda
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis e intangíveis
Outros
Fl
Fluxos d
das atividades
ti id d de
d investimento
i
ti
t (2)
42
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes
p
a:
Juros e rendimentos similares
Empréstimos
obtidos
E
é ti
btid
Outros
Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares
Empréstimos obtidos
Dividendos
Amortização de contratos de locação financeira
Outros
O tros
Fluxos das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
Ef it d
dif
d câmbio
â bi
Efeito
das diferenças
de
Caixa e seus equivalentes no início do exercício
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
2 911 738 717
42
2 593 294 672
17 152 150
37 673 887
2 974 854 632
4 518
4 620 874
4 257 653
3 021 411 564
- 109 672 847
22
22
35 961 826
49 595
- 17 810 257
18 101 974
- 18 819 432
6 181
1 015 356
- 17 810 257
4 780 235
A notas
t anexas fazem
f
t destas
d t demonstrações
d
t õ financeiras
fi
i
lid d
As
parte
consolidadas.
O Conselho de Administração
ç
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
(Montantes expressos em euros)
1.
NOTA INTRODUTÓRIA
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 1096,
4470-909 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas
notas 4 a 6 (“Grupo”). Os negócios do Grupo e as áreas de atuação encontram-se descritos na nota
44.
A Sonae Indústria, SGPS, SA é incluída no perímetro de consolidação da Efanor Investimentos,
SGPS, SA., sendo esta a sua empresa-mãe e a entidade controladora final.
As ações da sociedade encontram-se admitidas à cotação na NYSE Euronext Lisbon.
2.
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação destas demonstrações financeiras
consolidadas são as seguintes:
2.1.
Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) emitidas
pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International
Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations
1
Committee” (“SIC”), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de janeiro de 2013 e aprovadas pela União
Europeia.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, entraram em vigor as seguintes normas e
interpretações:
IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’. Esta alteração modifica a
apresentação de itens contabilizados como Outro rendimento integral, que passaram a ser separados
em função de serem, ou não, reclassificados no futuro para resultado do exercício, bem como o
respetivo efeito do imposto, quando os itens sejam apresentados pelo valor bruto. A adoção desta
alteração afetou a apresentação da Demonstração consolidada do rendimento integral da Grupo;
IAS 12 (alteração), 'Imposto sobre o rendimento'. Esta alteração requer que uma Entidade mensure o
imposto diferido relacionado com um ativo, atendendo à forma como a Entidade espere vir a realizar o
valor contabilístico do ativo através do uso ou da venda. A alteração também incorpora as orientações
contabilísticas da SIC 21 na IAS 12, sendo esta primeira revogada. A adoção desta alteração não
teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do grupo;
IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’. Esta revisão à IAS 19 introduz alterações
significativas no registo e mensuração de gastos com planos de benefícios definidos e benefícios de
cessação de emprego, bem como nas divulgações para todos os benefícios dos empregados. Os
desvios atuariais são reconhecidos de imediato, e apenas, em Outro rendimento integral (o método
do corredor deixa de ser permitido). O custo financeiro dos planos de benefícios definidos com fundos
constituídos é calculado com base no valor líquido das responsabilidades não cobertas pelos fundos.
Os benefícios de cessação de emprego apenas são reconhecidos quando cessa a obrigação de o
empregado prestar serviço no futuro. A adoção desta alteração teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo, conforme indicado nas notas 3 e 29;
Melhorias às normas 2009 – 2011, O ciclo anual de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 1
(segunda adoção da IFRS 1 e respetivas isenções), IAS 1 (apresentação de demonstrações
financeiras adicionais quando uma alteração de política contabilística é obrigatória ou voluntária), IAS
16 (classificação de peças de reserva e equipamento de serviço quando a definição de ativo fixo
tangível é cumprida), IAS 32 (classificação de impactos fiscais relacionados com transações que
envolvem Capitais próprios ou Dividendos), e IAS 34 (isenção de divulgação de ativos e passivos por
segmento). A adoção da alteração à IAS 1 afetou a apresentação das demonstrações financeiras do
Grupo;
IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração cria uma isenção adicional
para os casos em que uma Entidade que tenha sido sujeita a hiperinflação severa apresenta
2
demonstrações financeiras IFRS pela primeira vez. A outra alteração respeita à substituição de
referências a uma data fixa por ‘data de transição para IFRS’, nas isenções à adoção retrospetiva. A
adoção desta alteração não teve impactos nas demonstrações financeiras do Grupo, uma vez que
estas já são apresentadas em IFRS;
IFRS 7 (alteração) ‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’. Esta alteração faz
parte do projeto de “compensação de ativos e passivos financeiros” do IASB, e introduz novos
requisitos de divulgação sobre o direito de uma Entidade compensar (ativos e passivos), as quantias
compensadas, e os seus efeitos na exposição ao risco de crédito. A adoção desta alteração não teve
impactos nas demonstrações financeiras do Grupo;
IFRS 13 (nova), ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A IFRS 13 tem como objetivo melhorar a
consistência das demonstrações financeiras, ao apresentar uma definição precisa de justo valor e
uma única fonte de mensuração de justo valor, assim como as exigências de divulgação a aplicar
transversalmente a todas as IFRS. A adoção deste normativo não teve impacto nas demonstrações
financeiras do Grupo;
IFRIC 20 (nova),’Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto’. Esta
interpretação refere-se à contabilização dos custos de remoção de resíduos acumulados durante a
fase de produção (fase inicial) de uma mina de superfície, como um ativo, considerando que a
remoção de desperdícios gera dois tipos de benefícios potenciais: extração imediata de recursos
minerais e melhoria do acesso a quantidades adicionais de recursos minerais, a serem extraídos no
futuro. A adoção desta interpretação não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
A 31 de dezembro de 2013 estavam emitidas e aprovadas pela União Europeia as seguintes normas
e interpretações que não foram aplicadas, dado apenas serem de aplicação obrigatória em exercícios
posteriores:
IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na União Europeia em períodos
anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os
procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e
na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios a aplicar para determinar o controlo. O
princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas
subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. O Grupo irá aplicar a IFRS 10 no
período anual em que esta se tornar obrigatória;
IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem,
o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 incide sobre os direitos e obrigações dos
acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações
3
conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os
ativos líquidos, que são registados por aplicação do método de equivalência patrimonial). A
consolidação de empreendimentos conjuntos por integração proporcional deixa de ser permitida. O
Grupo irá aplicar a IFRS 11 no período anual em que esta se tornar obrigatória;
IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma
estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, tais
como subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a
avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. O Grupo
irá aplicar a IFRS 12 no período anual em que esta se tornar obrigatória;
Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A emenda clarifica
que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da
adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico
imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período
comparativo, em Capitais próprios. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS
12. O Grupo irá aplicar estas alterações no início do período anual em que se tornarem obrigatórias:
IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na União Europeia em
períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista,
na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os
investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara
demonstrações financeiras separadas. O Grupo irá aplicar esta revisão à norma no início do período
anual em que se tornar obrigatória;
IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar na
União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014).
A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico
para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos. Define, ainda, os requisitos de
aplicação do método de equivalência patrimonial. O Grupo irá aplicar esta revisão à norma no início
do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de
ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar a noção de “deter atualmente o direito legal de
compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras
4
de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O grupo irá aplicar
esta alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração trata da divulgação de
informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado
através do modelo do justo valor menos custos estimados de venda. O grupo irá aplicar esta
alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração à IAS 39 permite que uma
Entidade mantenha a contabilização de cobertura quando a contraparte de um derivado, que tenha
sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou
equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. O grupo irá aplicar esta
alteração no início do período anual em que se tornar obrigatória;
Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração define uma Sociedade de investimento
(‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10,
para as entidades que se qualifiquem como Sociedades de investimento, cujos investimentos em
subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à
IAS 39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12. O grupo irá aplicar esta alteração no início do
período anual em que se tornar obrigatória.
As alterações referidas anteriormente, nomeadamente na IFRS 11, terão efeitos nas demonstrações
financeiras consolidadas do grupo aquando da sua aplicação, que poderão ser avaliados através das
informações mencionadas na nota 5 - Empresas controladas conjuntamente (ativos, passivos,
rendimentos e gastos). Estas empresas, que estão consolidadas nas presentes demonstrações
financeiras pelo método de integração proporcional, passarão a ser registadas pelo método de
equivalência patrimonial nos exercícios seguintes.
À data de 31 de dezembro de 2013, estavam emitidas as seguintes normas, de aplicação obrigatória
em exercícios posteriores, que ainda não tinham sido aprovadas pela União Europeia:
IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao
processo de aprovação da União Europeia. Esta alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de
empregados ou de entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a
sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço.
5
Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de aprovação da União
Europeia. Este ciclo de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS
16, IAS 24 e IAS 38;
Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de aprovação pela União
Europeia. Este ciclo de melhorias afeta as seguintes normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40.
IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (data de aplicação ainda não
definida). Esta norma ainda está sujeita ao processo de aprovação da União Europeia. A IFRS 9
corresponde à primeira parte da nova norma IFRS para instrumentos financeiros, a qual prevê a
existência de duas categorias de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os instrumentos
de capital próprio são mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são mensurados ao
custo amortizado apenas quando a Entidade os detenha para receber fluxos de caixa contratuais, e
os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos
financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. O grupo irá aplicar esta norma no
início do período anual em que se tornar obrigatória.
IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’ (data de aplicação ainda
não definida). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de aprovação da União Europeia. Esta
alteração corresponde à terceira fase da IFRS 9, e reflete uma revisão substancial das regras de
contabilidade de cobertura da IAS 39: elimina a avaliação quantitativa da eficácia da cobertura,
permite que um maior número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permite o
diferimento de determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais.
Esta alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco da
Entidade. O grupo irá aplicar esta norma no início do período anual em que se tornar obrigatória.
A Sociedade estima que a futura adoção destas normas não provocará alterações significativas nas
suas demonstrações financeiras consolidadas.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos
contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (nota 4) no pressuposto da continuidade das
operações e tomando por base o custo histórico, exceto para os instrumentos financeiros que se
encontram registados de acordo com os critérios descritos na nota 2.12.
6
2.2.
Princípios de consolidação
São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:
a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente,
mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas, ou detenha o poder de
controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo),
foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação
integral. O capital próprio e o rendimento integral destas empresas, correspondente à participação
de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente na Demonstração de posição
financeira consolidada e na Demonstração de resultados consolidada, respetivamente, na rubrica
Interesses que não controlam. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras encontramse detalhadas na nota 4.
O rendimento integral e as restantes rubricas de capital próprio são atribuídas aos detentores de
interesses que não controlam, de acordo com a sua participação, mesmo que esta rubrica adquira
valores negativos.
Os ativos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição.
Qualquer excesso do custo de aquisição acrescido da quota-parte dos interesses que não
controlam no justo valor dos ativos e passivos adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo
valor da participação dos interesses que não controlam na filial adquirida, em relação ao justo
valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida, é reconhecido como goodwill (notas
2.2.d) e 14). Caso o diferencial entre o custo de aquisição acrescido da quota-parte dos interesses
que não controlam no justo valor dos ativos e passivos adquiridos, ou alternativamente, acrescido
do justo valor da participação dos interesses que não controlam na filial adquirida, e o justo valor
dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida seja negativo, o mesmo é reconhecido como
rendimento do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de acionistas
que não controlam são apresentados pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos
identificados, ou alternativamente, pelo justo valor da respetiva participação na filial adquirida.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas
demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os
dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
7
b) Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente
As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente (empresas que o Grupo
controla em conjunto com entidades terceiras, sendo o controlo conjunto estabelecido
contratualmente ou por acordo parassocial) foram valorizadas nestas demonstrações financeiras
consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto
é adquirido ou constituído. De acordo com este método os ativos, passivos, rendimentos e gastos
destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, rubrica a
rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis da empresa
controlada conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como goodwill (nota 2.2.d)). Caso o
diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos seja
negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do exercício.
As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na
proporção do controlo atribuível ao Grupo.
As empresas conjuntamente controladas encontram-se detalhadas na nota 5.
c) Investimentos financeiros em empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma
influência significativa, através da participação nas decisões financeiras e operacionais da
empresa, mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das mesmas - geralmente
investimentos representando entre 20% e 50% do capital de uma empresa) são registados pelo
método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas
pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas
variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de
ganhos ou perdas do exercício, e pelos dividendos recebidos.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis da
associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como parte do investimento
financeiro. Se essas diferenças forem negativas são registadas como rendimento do exercício, na
rubrica resultados relativos a empresas associadas.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo
possa estar em imparidade, sendo registadas como gasto as perdas por imparidade que se
8
demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores
deixam de existir, são objeto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o
investimento se encontra registado, o investimento é apresentado por valor nulo, exceto quando o
Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.
Os ganhos não realizados com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do
Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não
realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie
que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na nota 6.
d) Goodwill
As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,
acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos ativos e passivos
adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não
controlam na filial adquirida, e o justo valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida,
são reconhecidas como goodwill (nota 13).
As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas
conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas
empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica Goodwill (nota 13).
O goodwill dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro encontram-se registadas na
moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (euro) à taxa
de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são
registadas na rubrica Reserva de conversão monetária incluída na rubrica Outro rendimento
integral acumulado.
O valor de goodwill não é amortizado, sendo testado anualmente para verificar se existem perdas
por imparidade. As perdas por imparidade de goodwill verificadas no exercício são registadas na
demonstração consolidada de resultados do exercício, na rubrica Provisões e perdas por
imparidade.
As perdas por imparidade relativas a goodwill não podem ser revertidas.
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As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,
acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos ativos e passivos
adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não
controlam na filial adquirida, e o justo valor dos ativos e passivos líquidos totais da filial adquirida,
são reconhecidas como rendimento na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos
ativos e passivos adquiridos.
As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas
conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas
empresas à data da sua aquisição, são reconhecidas como rendimento na data de aquisição,
após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.
e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
Os ativos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras cuja moeda
funcional não é o euro, são convertidos para euros utilizando as taxas de câmbio à data do
balanço, e os gastos e rendimentos, bem como os fluxos de caixa, são convertidos para euros
utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante gerada
após 1 de janeiro de 2004, é registada no capital próprio na rubrica de Reserva de conversão
monetária incluída na rubrica Outro rendimento integral acumulado. As diferenças cambiais
geradas até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida
de Outras reservas e resultados acumulados.
O valor de goodwill e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades
estrangeiras são tratados como ativos e passivos dessa entidade e transpostos para euros de
acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a Reserva de conversão monetária acumulada
é reclassificada para a demonstração consolidada de resultados como um ganho ou perda na
alienação.
As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais estrangeiras foram as
seguintes:
31.12.2013
Final do
exercício
Libra inglesa
Rand sul-africano
Dólar canadiano
Dólar americano
Franco suiço
Média do
exercício
0.8337 0.8489
14.5666 12.7730
1.4671 1.3669
1.3791 1.3275
1.2276 1.2308
31.12.2012
Final do
exercício
Média do
exercício
0.8161 0.8106
11.1732 10.5285
1.3137 1.2837
1.3194 1.2842
1.2072 1.2052
Fonte: Bloomberg
10
2.3.
Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS),
encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou
custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em
Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
Os ativos fixos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,
deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo alterou a mensuração subsequente dos
terrenos e edifícios, incluídos na rubrica Ativos fixos tangíveis, para o método de revalorização, por
entender que o mesmo melhor reflete o valor económico destas classes de ativos fixos tangíveis,
tendo em conta a sua natureza.
O incremento resultante da revalorização é registado em Outro rendimento integral do exercício,
sendo posteriormente transferido para a rubrica Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração consolidada de posição financeira, à medida que o bem revalorizado for depreciado
e/ou alienado.
O valor revalorizado será revisto sempre que se conclua que o mesmo difere significativamente do
justo valor dos ativos revalorizados, não excedente, contudo, um período de cinco anos.
O Grupo regista como ativo fixo tangível os componentes de elementos de equipamento básico
que têm vidas úteis significativamente diferentes das dos respetivos ativos principais, ou que só
podem ser utilizadas num ativo principal específico. A depreciação destes componentes é
efetuada separadamente tendo em consideração as respetivas vidas úteis estimadas identificadas.
As despesas de reparação e manutenção são consideradas como gasto no exercício em que
ocorrem.
As depreciações começam a ser registadas quando os bens se encontram disponíveis para uso,
pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para
cada grupo de bens.
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As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Anos
Edifícios e outras construções
20 - 40
Equipamento básico
2 - 25
Equipamento de transporte
5
Ferramentas e utensílios
5
Equipamento administrativo
4 - 10
Outros ativos fixos tangíveis
5
Os ativos fixos em curso incluem os ativos fixos tangíveis em fase de construção e encontram-se
registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes ativos fixos são
transferidos para as diversas rubricas de ativos fixos tangíveis, tendo em consideração a sua
natureza, e depreciados, a partir do momento em que estejam disponíveis para uso.
O valor residual, a vida útil e o método de depreciação dos ativos fixos tangíveis são revistos
anualmente.
2.4.
Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e
das perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis identificáveis só são reconhecidos se
for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se forem controláveis
pelo Grupo e se o seu valor puder ser razoavelmente mensurado.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são escrituradas na
demonstração consolidada de resultados quando incorridas (nota 38).
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o
seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o
ativo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de
desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como gasto do exercício em que
são incursas.
Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de programas informáticos são
registados como gastos na demonstração consolidada de resultados, quando incorridos, exceto na
situação em que estes gastos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável
a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações, estes gastos são
capitalizados como ativos intangíveis.
12
As amortizações começam a ser registadas quando os ativos se encontram disponíveis para uso,
pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual
varia entre 3 e 6 anos.
2.5.
Locações
Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como (i) locações
financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse dos bens locados, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem
transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos mesmos bens.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não
da forma do contrato.
Os ativos fixos tangíveis utilizados pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, bem
como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados na Demonstração consolidada de
posição financeira pelo menor valor entre o justo valor dos ativos locados e o valor dos pagamentos
mínimos de locação financeira. Adicionalmente, os juros incluídos nas rendas, as depreciações e
perdas por imparidade são registados na Demonstração consolidada de resultados como gastos do
exercício a que respeitam. As depreciações e perdas por imparidade são calculadas e registadas nos
termos previstos na nota 2.3 para os ativos fixos tangíveis. Nos casos em que não exista certeza
razoável quanto à aquisição dos bens locados no termo do contrato, o período de depreciação será o
menor entre a vida útil esperada e o prazo considerado no contrato de locação.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas vencidas são registadas como gasto na
Demonstração consolidada de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
2.6.
Propriedades de Investimento
As propriedades de investimento encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das
depreciações e das perdas por imparidade acumuladas. São constituídas, essencialmente, por
terrenos e edifícios de operações descontinuadas em relação aos quais o Grupo celebrou contratos
de arrendamento com entidades terceiras.
Os períodos e o método de depreciação das propriedades de investimento são os indicados na nota
2.3. para o ativo fixo tangível.
13
2.7.
Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma
garantia razoável de que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas
para a sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na
Demonstração consolidada de resultados de acordo com os gastos incorridos.
Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de ativos fixos, são incluídos na rubrica
Outros passivos não correntes, da Demonstração consolidada de posição financeira e são creditados
na Demonstração consolidada de resultados em quotas constantes, durante o período estimado de
vida útil dos ativos adquiridos.
2.8.
Imparidade dos ativos não correntes, exceto Goodwill e Impostos diferidos
É efetuada uma avaliação de imparidade, à data de cada balanço, sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indiciem que o montante pelo qual o ativo se encontra
registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável,
é contabilizada uma perda por imparidade na rubrica Provisões e perdas por imparidade da
Demonstração consolidada de resultados.
A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda
líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo, numa transação entre entidades
independentes, conhecedoras e interessadas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à
alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que
surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável
é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade
geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
A reversão de perdas por imparidade contabilizadas em exercícios anteriores é registada quando se
conclui que as perdas por imparidade já não existem ou diminuíram. Esta análise é efetuada sempre
que existam indícios de que a perda por imparidade anteriormente registada tenha revertido. A
reversão das perdas por imparidade é registada na rubrica Provisões e perdas por imparidade, da
Demonstração consolidada de resultados. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada
até ao limite da quantia que estaria contabilizada (líquida de amortização ou depreciação) caso a
perda por imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.
14
2.9.
Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente contabilizados como
gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, diretamente relacionados com a aquisição,
construção ou produção de ativos fixos, são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A
capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou
desenvolvimento do ativo e é interrompida quando o ativo se encontra pronto a ser utilizado ou
quando o projeto se encontra suspenso. Quaisquer rendimentos financeiros gerados por empréstimos
obtidos, diretamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos
financeiros elegíveis para capitalização.
2.10. Inventários
As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor
realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os trabalhos em curso encontram-se
valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais
baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão de obra e gastos
gerais de fabrico (considerando as depreciações dos equipamentos produtivos calculadas em função
de níveis normais de utilização da capacidade produtiva).
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar
a produção e dos custos de comercialização.
As diferenças entre o custo e o respetivo valor de realização dos inventários, no caso de este ser
inferior ao custo, são registadas como gastos operacionais nas rubricas de Custo das vendas ou
Variação de produção, consoante respeitem a inventários de mercadorias e matérias-primas ou a
inventários de produtos acabados e semiacabados, subprodutos e trabalhos em curso,
respetivamente.
2.11. Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente
(legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa
obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente
estimado.
15
Nas situações em que se estima existir um período de tempo significativo entre o momento em que
ocorre a obrigação e o momento em que ocorrerá o respetivo pagamento, a provisão é registada pelo
seu valor atual.
As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor
estimativa a essa data.
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um
plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes
envolvidas.
O aumento e a utilização ou reversão de provisões são reconhecidos na rubrica Provisões e perdas
por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados
2.12. Instrumentos financeiros
a) Investimentos
Os investimentos detidos pelo Grupo classificam-se como segue:
-
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;
-
Investimentos disponíveis para venda;
-
Investimentos detidos até à maturidade.
Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos
detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto
período de tempo. São classificados na Demonstração de posição financeira consolidada como
investimentos correntes.
O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis
como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimentos
detidos até à maturidade.
Os investimentos disponíveis para venda são classificados como ativos não correntes, exceto
se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.
Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não
correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo
registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida que o Grupo tem intenção e
capacidade de manter até essa data.
16
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos
respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do
preço pago.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de
resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores
por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a
custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em
instrumentos de capital de outras entidades que não sejam cotados e para os quais não seja
possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido
de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica Resultados
financeiros da Demonstração consolidada de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos
disponíveis para venda são registados em Outro rendimento integral, na Demonstração
consolidada de rendimento integral, e incluídos na rubrica Outro Rendimento Integral
Acumulado, na Demonstração consolidada de posição financeira, até o investimento ser
vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se
situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade,
momento em que o ganho ou perda acumulada é reclassificado(a) para a Demonstração
consolidada de resultados.
b)
Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço
consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Provisões
e perdas por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados, por forma a refletir o
seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem,
objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será
recebida. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que
demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades bem como
informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
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As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante
escriturado do saldo a receber e respetivo valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados,
descontados à taxa de juro efetiva inicial que, nos casos em que se perspetive um recebimento
num prazo inferior a um ano, é considerada nula.
As dívidas de terceiros são apresentadas na Demonstração consolidada de posição financeira
como ativos correntes, exceto quando a respetiva maturidade é superior a doze meses da data
de balanço, situações em que são apresentadas como ativos não correntes.
c)
Classificação de capital próprio ou passivo
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a
substância contratual independentemente da forma legal que assumem.
d)
Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas
com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a
taxa de juro efetiva e contabilizados na rubrica Resultados financeiros, da Demonstração
consolidada de resultados, de acordo com o princípio de especialização dos exercícios,
conforme política definida na nota 2.9. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a
emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja
liquidada durante o exercício.
e)
Fornecedores
As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e
o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.
f)
Instrumentos derivados
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de
garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo
de negociação.
Quando utilizados pelo Grupo, os instrumentos derivados definidos como instrumentos de
cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa
de juros (“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas
de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa
de juro são materialmente idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos
18
subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências,
eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados financeiros da Demonstração
consolidada de resultados.
Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos
de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:
-
Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de
alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;
-
A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;
-
Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta;
-
A transação objeto de cobertura é altamente provável.
Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa,
são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são
contabilizadas em Outro rendimento integral, na Demonstração consolidada do rendimento
integral, e na rubrica Outro rendimento integral acumulado, da Demonstração consolidada de
posição financeira, sendo transferidas para a rubrica Resultados financeiros, da Demonstração
consolidada de resultados, no mesmo exercício em que o instrumento objeto de cobertura afeta
resultados.
A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efetuada com recurso a
sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados, nos termos indicados na nota
26.
A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o
instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser
qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor registadas em Outro
rendimento integral acumulado, são transferidas para resultados do exercício ou adicionadas
ao valor contabilístico do ativo a que as transações objeto de cobertura deram origem; as
reavaliações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da Demonstração
consolidada de resultados.
O Grupo utiliza, ainda, instrumentos financeiros com objetivo de cobertura de fluxos de caixa
que respeitam, essencialmente, a coberturas de taxa de câmbio (“forwards”) de empréstimos
obtidos e operações comerciais que, contudo, não configuram relações perfeitas de cobertura
e, portanto, não receberam tratamento de “hedge accounting”, mas que permitem mitigar, de
forma muito significativa, o efeito de variações cambiais dos empréstimos e saldos a receber,
denominados em divisas, em relação aos quais o Grupo pretende cobrir o risco cambial.
19
Estes instrumentos derivados em relação aos quais a empresa não aplicou “hedge accounting”,
são registados pelo seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas
informáticas
específicas,
afetam
diretamente
a
rubrica
Resultados
financeiros
da
Demonstração consolidada de resultados.
Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos,
os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e
características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em
que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor, com os ganhos ou perdas não
realizados registados na Demonstração consolidada de resultados.
Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro
com o objetivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão
registados pelo seu justo valor através da Demonstração consolidada de resultados. Nas
situações em que o instrumento objeto de cobertura não seja mensurado ao justo valor
(nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz
de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da
Demonstração consolidada de resultados.
Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros ativos não correntes, Outros
ativos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos correntes da Demonstração
consolidada de posição financeira.
g)
Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após
dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados com
a sua emissão.
h)
Ações próprias
As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao
capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das ações próprias são registadas
em Outras reservas incluída em Outras reservas e resultados acumulados.
i)
Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores
de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a
20
menos de três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de
alteração de valor.
Para efeitos da Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e
equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de
Empréstimos, na Demonstração consolidada de posição financeira.
2.13. Benefícios pós-emprego
Conforme mencionado na nota 29 o Grupo assumiu, através de algumas filiais, compromissos de
conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de
reforma, os quais configuram planos de benefícios definidos, tendo sido constituídos para o efeito
fundos de pensões autónomos.
A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue
o procedimento de obter anualmente cálculos atuariais das responsabilidades, determinados de
acordo com o “Projected Unit Credit Method”.
As remensurações (ganhos e perdas atuariais) decorrentes dos ajustamentos de experiência e das
alterações de pressupostos atuariais demográficos e financeiros são registadas em outros
rendimentos integrais, no Capital próprio.
O juro líquido é determinado pela aplicação da taxa de desconto, derivada das taxas de juro de
obrigações de rating elevado, ao valor das responsabilidades deduzido do justo valor dos ativos do
fundo do plano.
Os custos por responsabilidades passadas são registados imediatamente como gasto do exercício.
As responsabilidades por benefícios pós-emprego reconhecidas à data de relato representam o valor
presente das obrigações por planos de benefícios definidos, ajustado pelas remensurações e
reduzido do justo valor dos ativos líquidos do fundo de pensões.
2.14. Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo
os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de ocorrer uma saída de fundos
afetando benefícios económicos futuros seja considerada remota, caso em que não são objeto de
divulgação.
21
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas
divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.15. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das
empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das
empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de
cada empresa do Grupo, considerando o resultado e a taxa anual efetiva de imposto estimada.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e refletem
as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico
e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os ativos e passivos por impostos diferidos são
calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em
vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam
diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício
da sua reversão. No final de cada exercício é efetuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo
os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem
de valores registados diretamente em outro rendimento integral, situação em que o imposto diferido é
também registado na mesma rubrica.
2.16. Rédito e especialização dos exercícios
Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na Demonstração consolidada de
resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos são transferidos para o
comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são
reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo
justo valor do montante recebido ou a receber.
Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na Demonstração
consolidada de resultados com referência à respetiva fase de acabamento à data do balanço.
22
Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou
acionistas.
Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente
da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja
conhecido são estimados.
Nas rubricas de Outros ativos correntes e Outros passivos correntes, são registados os gastos e os
rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em
exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a
exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor
que lhes corresponde.
2.17. Mais-valias e menos-valias
As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de ativos fixos tangíveis e
intangíveis e de investimentos, são apresentadas na Demonstração consolidada de resultados pelo
valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de
alienação ou abate, nas rubricas de Outros rendimentos e ganhos e Outros gastos e perdas.
2.18. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As transações são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda
funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transação.
Todos os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações
financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as
taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício. Ativos e passivos não monetários
denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda
funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo
valor foi determinado.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de
câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data de cobrança, pagamento ou à data de
encerramento das demonstrações financeiras, dessas mesmas transações, são registadas como
rendimentos e gastos operacionais, no caso de transações de natureza operacional, ou como
rendimentos e gastos financeiros, no caso de transações de natureza financeira, na Demonstração
consolidada de resultados. As diferenças de câmbio relativas a valores não monetários cuja variação
de justo valor seja registada diretamente em capital próprio, são registadas igualmente em capital
próprio.
23
Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio o Grupo contrata instrumentos
financeiros derivados de cobertura (nota 2.12.f)).
2.19. Responsabilidades pelo Plano de incentivos de médio prazo
A Sociedade e as suas subsidiárias atribuem, anualmente, aos quadros integrados num grupo
funcional com classificação Executive ou superior, um prémio definido em função do valor criado para
os acionistas no exercício anterior, que será pago após um período de três anos, na circunstância de
o quadro, ao qual foi atribuído, se manter em funções no final deste período. Este prémio consiste na
atribuição de um determinado número de ações da Sociedade, podendo esta, na data de pagamento,
optar pela entrega dos títulos atribuídos ou pelo pagamento em dinheiro do contravalor dos títulos,
calculado à cotação dos mesmos na data de pagamento.
A responsabilidade é registada nas rubricas Outras reservas e resultados acumulados, da
Demonstração consolidada de posição financeira, e Gastos com o pessoal, da Demonstração
consolidada de resultados, linearmente ao longo do período de diferimento do pagamento, tendo em
consideração o justo valor das ações atribuídas na data de atribuição das mesmas.
Caso o quadro deixe de exercer funções durante o período de diferimento do pagamento da
responsabilidade anteriormente registada, a mesma será abatida da Demonstração consolidada de
posição financeira por contrapartida da rubrica Gastos com o pessoal, da Demonstração consolidada
de resultados, no período em que se constate a extinção da responsabilidade.
2.20. Eventos subsequentes
Os eventos que ocorreram após o termo do exercício e que proporcionem informação adicional sobre
condições que existiam à data da Demonstração consolidada de posição financeira são refletidos nas
demonstrações financeiras consolidadas (eventos registáveis). Os eventos que ocorreram após o
termo do exercício e que proporcionem informação sobre condições que ocorreram após a data da
Demonstração consolidada de posição financeira são divulgados no anexo às demonstrações
financeiras consolidadas, se materiais (eventos não registáveis).
2.21. Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados todos os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo, tendo em
consideração o sistema interno de relato de informação financeira (nota 44).
24
2.22. Julgamentos e estimativas
As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras
consolidadas incluem:
a) Vidas úteis do ativo fixo tangível e intangível (notas 10, 11 e 12);
b) Análises de imparidade do goodwill e de ativos fixos tangíveis e intangíveis (nota 13);
c) Análise de imparidade das contas a receber (notas 18 e 19);
d) Registo de ajustamentos aos valores dos ativos, nomeadamente, ajustamento de justo valor e,
no caso dos inventários, ao valor realizável líquido (nota 33);
e) Cálculo de provisões e responsabilidade por benefícios pós-emprego (nota 29 e 33);
f) Cálculo do imposto sobre o rendimento (nota 41).
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação
das presentes demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na
experiência de eventos passados e/ou correntes. Não obstante, poderão ocorrer situações em
exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas
estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das
demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas, através da Demonstração consolidada de
resultados, de forma prospetiva, conforme disposto pela norma IAS 8.
As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas são descritos nas correspondentes notas anexas.
2.23. Direitos de emissão de dióxido de carbono
O Grupo tem instalações industriais, localizadas em diversos países europeus, abrangidas pelo
Comércio Europeu de Licenças de Emissão.
O esquema consiste na atribuição, por parte do Estado onde a instalação se encontra localizada, de
uma quantidade de licenças de emissão de dióxido de carbono, escrituradas nas rubricas Outros
ativos intangíveis e Rendimentos diferidos, ao valor de mercado da data de atribuição. O rendimento
diferido é transferido para a rubrica Outros rendimentos e ganhos linearmente ao longo do exercício.
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, é registada, nas
rubricas Acréscimos de gastos e Outros gastos e perdas, a estimativa de emissões até então
realizadas.
No exercício seguinte, após apuramento definitivo das emissões de CO2, é efetuado o abate nas
rubricas Outros ativos intangíveis e Acréscimos de gastos pelo custo das licenças devolvidas ao
Estado. Nas situações em que as licenças não utilizadas são vendidas, é registada o correspondente
25
ganho ou perda, correspondente à diferença entre o custo e o valor de mercado, nas rubricas Outros
rendimentos e ganhos ou Outros gastos e perdas.
2.24 . Classificação de rubricas de natureza operacional quanto à sua recorrência
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo passou a divulgar informação sobre a
recorrência dos eventos contabilizados em rubricas de natureza operacional, com exceção dos
registados em amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade, mas incluindo as
perdas por imparidade em clientes, tendo em vista proporcionar aos leitores das suas demonstrações
financeiras consolidadas informação adicional que permita melhor avaliar a tendência de resultados
futuros.
Desta forma, são classificados como não recorrentes os eventos que pela sua natureza são
infrequentes, incomuns, excecionais, únicos ou residuais, em relação aos quais não há expectativas
de ocorrerem regularmente no contexto da atividade normal da empresa. Em particular, o Grupo
classifica como tal, os rendimentos provenientes de indemnização de seguros, os gastos resultantes
de multas e coimas e os rendimentos e ganhos relacionados com a descontinuação de ativos, ou
desta decorrentes, designadamente:
- Mais-valias e menos-valias resultantes da alienação ou abate de ativos fixos tangíveis ou
ativos intangíveis;
- Gastos de reestruturação;
- Gastos com a terminação da relação laboral com trabalhadores;
- Rendimentos e ganhos de uma entidade, ou parte de uma entidade, incluída na
consolidação, após a mesma ter sido classificada internamente como inativa.
Todos os eventos que não sejam classificados como não recorrentes, são classificados como
recorrentes.
2.25. Justo valor de ativos e passivos
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo, se existir um mercado ativo, a cotação de
mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13
– Mensuração do justo valor.
No caso de não existir um mercado ativo, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites
no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo
valor conforme definido na IFRS 13.
26
A Sonae Indústria aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais
como ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais
frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que
incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado.
Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais
avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para
os quais a Sonae Indústria SGPS utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3
da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
2.26. Gestão do risco
a)
Risco de crédito
i) Créditos sobre clientes
O risco de crédito, na Sonae Indústria, resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus
Clientes, relacionados com a atividade operacional.
O principal objetivo da gestão de risco de crédito, na Sonae Indústria, é garantir a cobrança
efectiva dos recebimentos operacionais de Clientes em conformidade com as condições
negociadas.
De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por
parte dos Clientes, as empresas do Grupo expostas a este tipo de risco:
- Têm implementados processos e procedimentos de gestão de crédito proativos; ativos e
reativos. Processos, estes, suportados por avançados sistemas de informação.
- Dispõem localmente (em cada país) de “comités” de análise e acompanhamento do risco de
crédito;
- Possuem equipas exclusivamente dedicadas à gestão do crédito de clientes e respetivas
cobranças;
- Estabelecem e acompanham os limites de crédito dos seus clientes, monitorizando diariamente
a exposição efetiva;
- Possuem mecanismos de proteção, tais como seguros de crédito, quando considerados
economicamente viáveis;
- Utilizam agências de rating de crédito;
- Recorrem aos meios das companhias de seguros e legais disponíveis para recuperação de
crédito quando aplicável.
27
ii) Outros ativos financeiros para além de Créditos sobre clientes
Para além dos ativos resultantes das atividades operacionais, as empresas do Grupo detêm
ativos financeiros decorrentes do seu relacionamento com instituições financeiras, tais como
depósitos bancários, investimentos financeiros e derivados financeiros (com valor de mercado
positivo). Consequentemente, existe também risco de crédito associado ao potencial
incumprimento
pecuniário
das
Instituições
Financeiras
que
são
contraparte
nestes
relacionamentos.
Como regra, os ativos financeiros decorrentes deste relacionamento com instituições financeiras
envolvem preferencialmente contrapartes com rating mínimo de Investment Grade. Por outro
lado, de um modo geral, a exposição relacionada com este tipo de ativos financeiros é
amplamente diversificada e de duração limitada no tempo.
b)
Riscos de mercado
i) Risco de taxa de juro
Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável no seu Balanço consolidad, e dos
consequentes cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco
de taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do Euro, uma vez que a
maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.
Como regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua
exposição às variações de taxas de juro.
Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis
de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural
ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria. A lógica por
detrás deste princípio é a seguinte:
- Na sua atividade operacional, a Sonae Indústria encontra-se exposta maioritariamente à área
do Euro e, como referido anteriormente, a sua exposição principal no que se refere à variação de
taxa de juro também se concentra na divisa Euro.
- A atividade operacional da Sonae Indústria é cíclica, sendo positivamente correlacionada com
os ciclos da economia em geral e, em particular, com os ciclos do setor da construção (e
também do setor do mobiliário). Tal facto deve-se essencialmente à natureza dos seus produtos
28
e ao facto de serem bens duráveis e do tipo commodity, com um desempenho superior quando
as condições económicas são favoráveis.
- Sob condições económicas normais, quando se verificam fortes níveis da atividade económica
e da procura, a inflação tende a aumentar. Tendo em conta que o Banco Central Europeu (BCE)
tem como missão fundamental garantir a estabilidade dos preços, o BCE intervém normalmente
no sentido de aliviar tensões inflacionistas através do recurso à subida das taxas de juro. Efeitos
opostos ocorrem quando se verificam níveis fracos de atividade e de procura, com menores
pressões sobre os preços.
- Quando a atividade e a procura são fortes na zona do Euro, a Sonae Indústria tende a
desempenhar de forma superior ao nível operacional, gerando cash flow operacional mais
elevado. Ao mesmo tempo, quando as condições económicas são favoráveis, o BCE tende a
subir as taxas de juro de modo a refrear a procura e prevenir aumentos de preços, o que se
reflete, para a Sonae Indústria, em juros líquidos suportados mais elevados, criando-se uma
cobertura natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos”. O mesmo princípio
(mas com sinais opostos) aplica-se em situações económicas recessivas.
- A Sonae Indústria entende que, para além da taxa de juro do Euro, estes mesmos princípios se
aplicam para as restantes taxas de juro às quais o Grupo se encontra exposto, tais como as da
libra esterlina, dólar canadiano ou do rand sul-africano (apesar de reconhecer que em mercados
emergentes o comportamento das taxas de juro é influenciado por outros efeitos não diretamente
relacionados com as condições económicas domésticas).
Como exceções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae Indústria pode
contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os seguintes princípios são
observados:
- Os derivados não são utilizados com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins
especulativos;
- As empresas do Grupo contratam preferencialmente derivados com instituições financeiras com
rating mínimo Investment Grade;
- Os derivados contratados replicam exatamente as exposições subjacentes no que diz respeito
às datas de liquidação e indexantes de base;
- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são sempre
conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;
29
- Cotações de pelo menos duas instituições financeiras são obtidas antes da contratação de
derivados de taxa de juro.
ii) Risco de taxa de câmbio
Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes
diferentes, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. O Balanço e a
Demonstração de resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de translação e as
subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de
translação como de transação.
O risco de taxa de câmbio prende-se com a possibilidade de registar perdas ou ganhos em
resultado da variação das taxas de câmbio.
O risco de transação emerge essencialmente quando existe risco cambial relacionado com cash
flows denominados em divisa que não a divisa funcional de cada uma das subsidiárias. Os cash
flows das empresas do Grupo são largamente denominados nas respetivas divisas locais. Isto é
válido independentemente da natureza dos cash flows, ou seja, operacional ou financeira, e
permite um grau considerável de hedging cambial natural, reduzindo o risco de transação do
Grupo. Em linha com este raciocínio, como princípio, as subsidiárias da Sonae Indústria apenas
contratam dívida financeira denominada na respetiva divisa local.
Também como regra do Grupo, sempre que possível e economicamente viável, as empresas do
Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa
estrangeira.
Ainda como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da
atividade operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco
cambial deve ser mitigado através da contratação de derivados cambiais levados a cabo na
subsidiária exposta ao referido risco. As empresas do Grupo não contratam derivados cambiais
com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins especulativos.
O risco de conversão monetária emerge do facto de, no âmbito da preparação das contas
consolidadas do Grupo, as demonstrações financeiras das subsidiárias com moeda funcional
diferente da moeda de relato das contas consolidadas (Euro), terem de ser convertidas para
Euros. Uma vez que as taxas de câmbio variam entre os períodos contabilísticos e uma vez que
o valor dos ativos e passivos das subsidiárias não são coincidentes, introduz-se volatilidade nas
contas consolidadas devido ao facto de a conversão ser efetuada em períodos diferentes a taxas
de câmbio diferentes.
30
Como política, o risco de translação em resultado da conversão do investimento (capitais
próprios) em subsidiárias não Euro, não é coberto uma vez que estes investimentos são
considerados de longo prazo e se assume que a cobertura destes valores não acrescenta valor
no longo prazo. Os ganhos e as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de
câmbio dos valores de capitais próprios denominados em outras divisas que não o Euro, são
contabilizados na rubrica Reservas de conversão, incluída na rubrica Outro rendimento integral
da Demonstração consolidada de posição financeira.
Algumas subsidiárias da Sonae Indústria concedem ou recebem financiamento intragrupo em
divisas distintas da sua divisa local. Quando se verificam estas situações, o financiamento
intragrupo é sempre denominado na divisa funcional da outra contraparte do Grupo. A política da
Sonae Indústria é cobrir de modo sistemático o valor em aberto destes financiamentos
intragrupo, de modo a reduzir a volatilidade nas Demonstrações financeiras individuais e
consolidadas. Esta volatilidade resulta do facto de não existir um compensação dos ganhos ou
perdas registadas na Demonstração de resultados de uma das contrapartes do Grupo com um
ativo ou passivo intragrupo denominado noutra divisa que não a sua divisa funcional (ganho ou
perda registado como consequência da alteração do valor do seu ativo ou passivo denominado
em divisa estrangeira), do lado da outra contraparte do Grupo. Ao não existir esta compensação,
as contas consolidadas são também afetadas.
Estas coberturas cambiais de financiamentos intragrupo são feitas atualmente através de
contratos forward de taxa de câmbio, levados a cabo pela subsidiária exposta ao risco cambial e
renovados consistentemente numa base semestral. Cotações de pelo menos duas instituições
financeiras são obtidas antes da contratação destes derivados. Estes derivados de cobertura
cambial não são utilizados com objetivos de trading, geração de rendimentos ou fins
especulativos.
A análise dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio está incluída na nota 28.
iii) Outros riscos de preço
A 31 de dezembro de 2013 o Grupo não detinha investimentos significativos classificados como
disponíveis para venda.
c)
Risco de liquidez
No Grupo Sonae Indústria, a gestão do risco de liquidez tem por objetivo assegurar que a
sociedade obtenha, atempadamente, o financiamento necessário para dar continuidade aos
31
negócios, implementar a estratégia definida e cumprir com as suas obrigações quando devidas,
nos termos e condições mais favoráveis.
Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspetos:
- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao nível das
operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes horizontes temporais
(semanal, mensal, anual e plurianual);
- Diversificação de fontes de financiamento;
- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração excessiva
em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.
- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo (committed e
uncommitted), programas de papel comercial e outros tipos de operações financeiras (como é o
caso do programa de securitização de créditos comerciais), assegurando um balanceamento
entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados;
- Acesso e gestão ativa das posições de liquidez e dos fluxos de caixa das subsidiárias, tendo
em consideração os objetivos do Grupo no que à liquidez diz respeito.
É política da Sonae Indústria não incluir rácios financeiros consolidados nos seus contratos de
financiamento, que possam resultar no respetivo reembolso antecipado. Esta política tem em
consideração a imprevisibilidade dos ciclos que caracterizam o negócio dos painéis derivados de
madeira, e que influenciam fortemente os rácios financeiros ao longo das diferentes fases do
ciclo de negócios.
A análise do risco de liquidez está incluída na nota 27.
3.
ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
a) Responsabilidades por benefícios pós-emprego
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade passou a registar as
remensurações, anteriormente designadas por ganhos e perdas atuariais, referentes a planos de
benefícios definidos em outro rendimento integral. As demonstrações financeiras do exercício anterior
foram reapresentadas por forma a incluir as remensurações que não haviam sido registadas às datas
de 1 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2012. Os efeitos desta alteração são apresentados na
nota 29.
32
b) Revalorização de ativos fixos tangíveis
Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo procedeu à revalorização de terrenos e edifícios incluídos na
rubrica Ativos fixos tangíveis da Demonstração consolidada de posição financeira. O valor dos ativos
foi determinado por uma entidade avaliadora independente com recurso a uma combinação de
métodos de valorização de ativos, e corresponde a um justo valor de nível 2.
Os métodos de avaliação utilizados foram o método de mercado e o método do custo. Pelo método
de mercado, as propriedades são valorizadas mediante comparação com situações similares no
mercado, sendo realizados os correspondentes ajustamentos atendendo, nomeadamente, à
dimensão, forma, localização, acessos e estado de conservação. O método do custo consiste em
obter uma aproximação ao valor através da soma do valor dos diferentes ativos que compõem as
propriedades, ou seja, ativos depreciáveis e terrenos. Relativamente aos edifícios, estimou-se o custo
de reposição a novo dos mesmos, deduzindo a depreciação resultante por deterioração física e
obsolescência, ou seja, o custo de adquirir ou produzir um imóvel semelhante para os mesmos fins
industriais.
Esta revalorização de terrenos e edifícios consistiu em aumentar o valor bruto dos mesmos e as
depreciações acumuladas, no caso dos edifícios, por forma a alcançar o valor líquido determinado na
valorização efetuada por entidade independente. O acréscimo ao valor líquido destes ativos teve
como contrapartida a rubrica Revalorização de ativos fixos tangíveis, da Demonstração consolidada
de rendimento integral. Adicionalmente, foi registado um passivo por imposto diferido referente à
diferença temporária tributável gerada pela revalorização, registado nas rubricas Passivos por
impostos diferidos, da Demonstração consolidada de posição financeira, e Imposto sobre o
rendimento referente a rubricas que não serão reclassificadas, na Demonstração consolidada de
rendimento integral. Nas situações em que existem prejuízos fiscais reportáveis disponíveis para
serem utilizados aquando da reversão desta diferença temporária tributável, foi registado um ativo por
imposto diferido, incluído nas rubricas Ativos por imposto diferido, da Demonstração consolidada de
posição financeira, e Imposto sobre o rendimento, da Demonstração consolidada de resultados. O
valor das depreciações do exercício não foi alterado por esta revalorização.
Os principais efeitos desta revalorização de ativos fixos tangíveis são apresentados na nota 10 (valor
bruto e depreciações acumuladas), nota 14 (impostos diferidos) e nota 23.4 (outro rendimento
integral).
33
4.
EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31
de dezembro de 2013 e 2012, são as seguintes:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL
CONDIÇÕES
DETIDO
DE
31.12.2013
1)
2)
3)
31.12.2012
INCLUSÃO
Directo
Total
Directo
Total
Agepan Eiweiler Management, GmbH
Eiweiler (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
Agloma Investimentos, SGPS, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
98,90%
100,00%
98,90%
a)
Agloma - Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A.
Oliveira do Hospital (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Aserraderos de Cuellar, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
98,90%
100,00%
98,90%
a)
BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Darbo, SAS
Linxe (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
a)
Ecociclo, Energia e Ambiente, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Euroresinas - Indústrias Quimicas, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
a)
GHP Glunz Holzwerkstoffproduktions GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
Glunz AG
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Glunz Service GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Glunz UK Holdings, Ltd.
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Glunz UkA GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Impaper Europe GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Imoplamac – Gestão de Imóveis, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Isoroy, SAS
Rungis (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Maiequipa - Gestão Florestal, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Megantic B.V.
Amsterdão (Países Baixos)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Movelpartes – Comp. para a Indústria do Mobiliário, S.A.
Paredes (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Novodecor (Pty) Ltd
Woodmead (África do Sul)
100,00%
100,00%
OSB Deustchland
Alemanha
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Poliface North America
Baltimore (EUA)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
a)
Racionalización y Manufacturas Florestales, S.A.
Madrid (Espanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
SCS Beheer, BV
Holanda
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Sociedade de Iniciativa e Aproveit. Florestais - Energias, S.A.
Mangualde (Portugal)
100,00%
98,79%
100,00%
98,79%
a)
Somit – Imobiliária, S.A.
Mangualde (Portugal)
100,00%
98,79%
100,00%
98,79%
a)
Sonae Indústria – Management Services, S. A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
a)
Sonae Indústria – Prod. e Comerc. Derivados Madeira, S. A.
Mangualde (Portugal)
100,00%
98,82%
100,00%
98,82%
Sonae Indústria – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A.
Maia (Portugal)
MÃE
MÃE
MÃE
MÃE
a)
MÃE
Sonae Indústria de Revestimentos, S.A.
Maia (Portugal)
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
Sonae Novobord (Pty) Ltd
Woodmead (África do Sul)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
a)
Sonae Tafibra International, B. V.
Woerden (Países Baixos)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Sonae Industria (UK), Limited
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Spanboard Products Ltd
Belfast (Reino Unido)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tableros de Fibras, S.A.
Madrid (Espanha)
98,42%
98,78%
98,42%
98,78%
a)
Tableros Tradema, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafibra South Africa, Limited
Woodmead (África do Sul)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa Canadá Inc
Lac Mégantic (Canadá)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa Développement
Rungis (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa France S.A.S.
Rungis (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa Investissement
Rungis (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa Participation
Rungis (França)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafisa U.K.Ltd.
Knowsley (Reino Unido)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L.
Madrid (Espanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tafibra Suisse, SA
Tavannes (Suiça)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.
Barcelona (Espanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
Tool, GmbH
Meppen (Alemanha)
100,00%
98,78%
100,00%
98,78%
a)
a)
1)
Controlo detido por maioria de votos.
Sociedade liquidada à data de 31 de maio de 2013;
2)
Sociedade constituída à data de 31 de dezembro de 2013;
3)
Sociedade fusionada na Megantic BV à data de 1 de janeiro de 2013.
34
Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação por integração
global, conforme indicado na nota 2.2.a).
5.
EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE
Os empreendimentos conjuntos, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, são os seguintes:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL DETIDO
% DE CAPITAL DETIDO
31.12.2013
31.12.2012
Directo
Total
Directo
Total
Laminate Park GmbH & Co. KG
Eiweiler (Alemanha)
50,00%
49,39%
50,00%
49,39%
Tecmasa, Reciclados de Andalucia, S. L.
Alcalá de Guadaira (Espanha)
50,00%
49,39%
50,00%
49,39%
As empresas controladas conjuntamente foram incluídas na consolidação pelo método de
consolidação por integração proporcional, conforme indicado na nota 2.2.b).
Os montantes proporcionalizados de ativos, passivos, rendimentos e gastos incluídos na
consolidação, após eliminação de saldos e transações intragrupo, são os seguintes:
31.12.2013
Ativos não correntes
Ativos correntes
Passivos não correntes
Passivos correntes
Rendimentos e ganhos operacionais
Gastos e perdas operacionais
6.
31.12.2012
21 215 108
9 703 623
3 074 884
8 202 012
35 544 611
44 543 418
26 528 525
11 143 876
3 010 457
11 388 895
37 586 196
46 183 692
INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
As empresas associadas, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 31 de dezembro de
2013 e 2012, são as seguintes:
FIRMA
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL
DETIDO
31.12.2013
Serradora Boix
Barcelona
31.12.2012
Directo
Total
Directo
Total
31,25%
30,87%
31,25%
30,87%
35
As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência
patrimonial, conforme indicado na nota 2.2.c).
Os montantes totais agregados de ativos, passivos, rendimentos operacionais e resultados
líquidos das empresas associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial nas
presentes demonstrações financeiras consolidadas, são os seguintes:
31.12.2013
Ativos
Passivos
Rendimentos e ganhos operacionais
Resultado líquido
31.12.2012
16 565 084
11 328 114
22 631 416
-2 223 794
18 686 568
11 586 484
22 919 338
- 689 936
Não existem responsabilidades assumidas relativamente a esta empresa associada.
7.
ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
As alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o exercício, mencionadas nas
notas 5, 6 e 7, não produziram efeitos significativos nas demonstrações financeiras
consolidadas.
8.
CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Nas Demonstrações consolidadas de posição financeira, às datas de 31 de dezembro de
2013 e 2012, estão incluídos os seguintes instrumentos financeiros:
Empréstimos
e contas a
receber
Activos
registados a
justo valor por
resultados
Derivados de
cobertura
Activos
disponíveis
para venda
Sub-total
Activos não
abrangidos
pela
IFRS 7
Total
31.12.2013
Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda
Outros ativos não correntes
Ativos correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Outros ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Total
1 108 824
1 072 124
121 013 543
4 151 901
77 618
27 295 811
153 533 379
77 618
1 108 824
1 108 824
1 072 124
1 696
1 108 824
1 073 820
121 013 543
4 151 901
77 618
27 295 811
1 413 829
13 901 423
121 013 543
5 565 730
13 979 041
27 295 811
154 719 821
15 316 948
170 036 769
36
31.12.2012
Ativos não correntes
Investimentos disponíveis para venda
Outros ativos não correntes
Ativos correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Outros ativos correntes
Caixa e equivalentes de caixa
Total
1 091 540
1 387 950
140 918 477
10 452 746
5 612
23 182 513
175 941 686
Passivos
registados a
justo valor
por resultados
5 612
Derivados de
cobertura
1 091 540
Passivos
ao custo
amortizado
1 091 540
1 387 950
1 696
1 091 540
1 389 646
140 918 477
10 452 746
5 612
23 182 513
3 349 154
12 542 777
140 918 477
13 801 900
12 548 389
23 182 513
177 038 838
15 893 627
192 932 465
Sub-total
Passivos não
abrangidos
pela
IFRS 7
Total
31.12.2013
Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente
Outros empréstimos
Outros passivos não correntes
123 145 528
118 908 927
30 153 351
2 553 262
18 803 578
123 145 528
118 908 927
30 153 351
2 553 262
18 803 578
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Fornecedores
Outros passivos correntes
Total
223 859 245
129 918 927
5 558 615
70 902 123
156 380 414
11 137 917
891 321 887
223 859 245
129 918 927
5 558 615
70 902 123
156 380 414
11 137 917
891 321 887
Passivos não correntes
Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente
Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela corrente
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente
Outros empréstimos
Outros passivos não correntes
128 275 420
248 344 033
36 192 908
78 868 673
20 896 701
128 275 420
248 344 033
36 192 908
78 868 673
20 896 701
Passivos correntes
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Fornecedores
Outros passivos correntes
Total
133 186 332
55 000 000
4 114 170
4 060 098
177 584 402
8 573 544
895 096 281
133 186 332
55 000 000
4 114 170
4 060 098
177 584 402
8 634 808
895 157 545
36 954 787
123 145 528
118 908 927
30 153 351
2 553 262
55 758 365
70 000 068
106 954 855
223 859 245
129 918 927
5 558 615
70 902 123
156 380 414
81 137 985
998 276 742
44 044 204
128 275 420
248 344 033
36 192 908
78 868 673
64 940 905
77 480 291
121 524 495
133 186 332
55 000 000
4 114 170
4 060 098
177 584 402
86 115 099
1 016 682 040
31.12.2012
61 264
61 264
Os ativos e passivos não abrangidos pela IFRS 7 são constituídos, essencialmente, por saldos a
receber e a pagar ao Estado, saldos a receber e a pagar aos empregados do Grupo e rubricas de
acréscimos e diferimentos.
Não existem saldos compensados de ativos e passivos financeiros.
37
9.
INVESTIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
Investimentos em filiais excluídas da consolidação
Saldo inicial
Liquidação
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33)
Valor líquido dos investimentos em filiais excluídas da consolidação
Investimentos em associadas
Saldo inicial
Aumento de capital
Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33)
Valor líquido dos investimentos em associadas
Investimentos em associadas e em empresas excluídas da consolidação
Investimentos disponíveis para venda
Saldo inicial
Aquisição
Variação do justo valor
Saldo final
Perdas de imparidade acumuladas (Nota 33)
Valor líquido dos investimentos disponíveis para venda
31.12.2013
Correntes
Não correntes
31.12.2012
Correntes
Não correntes
36 969 914
36 969 914
37 054 870
84 956
36 969 914
36 969 914
36 969 914
2 262 846
- 696 160
1 566 686
2 296 057
179 771
- 212 982
2 262 846
1 566 686
2 262 846
1 566 686
2 262 846
31.12.2013
Correntes
Não correntes
31.12.2012
Correntes
Não correntes
1 107 501
94
17 190
1 124 785
1 085 401
5 000
17 100
1 107 501
15 961
1 108 824
15 961
1 091 540
O montante incluído na rubrica Investimentos em filiais excluídas da consolidação refere-se
à ex-subsidiária Tarnaise des Panneaux, detida indiretamente pela Sonae Indústria, SGPS,
SA em 100% do seu capital. Em 2001, o Grupo Sonae Indústria apresentou em tribunal um
pedido de insolvência desta sociedade, que se encontra a decorrer desde então e que
configura uma situação de perda de controlo da entidade, razão pela qual tem sido excluída
do perímetro de consolidação. A Demonstração consolidada de posição financeira inclui
uma imparidade pelo valor total da participação financeira nesta sociedade.
Os investimentos disponíveis para venda são constituídos por investimentos financeiros que
não cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiárias ou como associadas e
são registados ao custo de aquisição, que se estima não ser materialmente diferente do seu
justo valor. Adicionalmente, incluem uma aplicação num fundo de investimento registada
pelo seu justo valor de 782 077 euros, que foi calculado com base em informação de
mercado (justo valor de nível 1).
38
10.
ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por
imparidade acumuladas, foram os seguintes:
31.12.2013
Terrenos e
edificios
Ativo Bruto:
Saldo inicial
Investimento
Desinvestimento
Revalorização
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
Equipamento Básico
Equipamento de
transporte
Ferramentas e
utensilios
Equipamento
administrativo
Outros ativos
fixos tangíveis
Ativos fixos
tangíveis em
curso
Total ativos fixos
tangíveis
434 438 870
26 573
15 504 063
367 878 974
618 214
- 12 162 492
1 671 554 504
2 309 792
8 501 020
16 350 415
40 760
1 899 987
16 194 874
58 000
172 134
35 099 785
2 290
1 857 481
14 753 523
6 985
73 117
21 760 715
19 794 686
15 747 182
- 45 870 960
153 034
- 282 173
280 368
- 174 830
375 366
- 352 916
693 772
- 2 167
- 17 646 271
- 808 282
2 210 152 686
22 239 086
28 007 802
367 878 974
221 665
- 59 653 820
775 296 076
1 635 239 498
14 362 049
16 186 278
33 267 044
15 378 996
23 100 848
2 512 830 789
Saldo inicial
Depreciações do exercício
Perdas por imparidade do exercício
Desinvestimento
Revalorização
Reversão de perdas de imparidade
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
165 204 077
10 191 309
14 205 052
8 990 698
238 022 331
1 163 942 606
59 374 639
27 468 936
7 158 017
14 273 345
889 056
14 224 444
572 755
32 744 799
817 886
13 599 488
560 175
1 874 622
172 133
1 807 491
73 117
95
502
72
- 278
Saldo final
Saldo final líquido
Saldo final
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
67 512
1 403 988 759
72 405 820
41 741 500
20 076 078
238 022 331
6 736 192
- 2 994 364
6 734 874
- 1 393
- 24 337 229
- 204 055
- 167 830
721
1 321
- 288 824
415 637 707
1 212 554 668
13 083 724
14 457 141
31 466 970
14 085 838
67 512
1 701 353 560
359 658 369
422 684 830
1 278 325
1 729 137
1 800 074
1 293 158
23 033 336
811 477 229
- 27 992 580
31.12.2012
Terrenos e
edificios
Ativo Bruto:
Saldo inicial
Investimento
Desinvestimento
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
Saldo final
Equipamento
Básico
Equipamento de Ferramentas e
transporte
utensilios
Equipamento
administrativo
Outros ativos
fixos tangíveis
Ativos fixos
tangíveis em
curso
31 625 908
30 786 695
Total ativos fixos
tangíveis
462 786 346
360 031
4 745 821
- 23 793 662
- 168 024
1 765 637 982
2 715 042
51 591 866
- 43 456 737
- 1 749 917
16 383 051
823 514
1 143 276
289 432
- 2 306
17 441 156
2 400
1 530 702
306 250
- 24 230
39 882 841
23 918
5 167 039
351 343
8 722
14 752 346
247 796
239 469
9 504
- 40 803 180
151 292
2 348 509 630
34 711 600
64 426 500
- 106 867 085
- 1 774 959
434 438 870
1 671 554 504
16 350 415
16 194 874
35 099 785
14 753 523
21 760 715
2 210 152 686
163 733 552
11 190 218
14 973 551
3 482 096
14 194 897
1 213 908
36 765 886
1 116 159
13 607
5 129 738
13 301 353
691 819
80 508
244 382
- 17 032
14 961 908
823 388
2 739
1 530 565
1 885
- 10 418
- 20 723
- 28 982
7 867
- 233 783
3 973
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo inicial
Depreciações do exercício
Perdas por imparidade do exercício
Desinvestimento
Reversão de perdas de imparidade
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
- 21 210 440
- 708
1 190 133 334
62 118 887
31 545 747
50 160 326
3 931 656
- 65 156 180
- 607 200
Saldo final
165 204 077
1 163 942 606
14 273 345
14 224 444
32 744 799
13 599 488
Saldo final líquido
269 234 793
507 611 898
2 077 070
1 970 430
2 354 986
1 154 035
1 118 428
2 251 440
- 2 251 440
1 433 090 930
77 154 379
48 867 592
61 665 535
3 933 541
- 88 891 243
- 633 823
1 403 988 759
21 760 715
806 163 927
À data de 31 de dezembro de 2013, o grupo efetuou uma revalorização de terrenos e
edifícios, cujo valor foi determinado por entidade avaliadora independente. Como
consequência desta revalorização, o valor líquido total dos ativos fixos tangíveis foi
aumentado em 129 856 643 euros. O valor das depreciações do exercício não foi alterado
pela revalorização.
O efeito da revalorização por segmento encontra-se detalhado na nota 44.
39
O aumento e a reversão de perdas por imparidade registadas em ativos fixos tangíveis,
durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, encontram-se detalhados na nota
33.
Durante os exercícios de 2013 e 2012 não foram capitalizados juros suportados e outros
encargos financeiros incorridos, no âmbito das condições definidas na nota 2.9.
Em 31 de dezembro de 2013, o Grupo tinha hipotecado ativos fixos tangíveis no montante
de 167 568 888 euros (172 775 920 euros em 31 de dezembro de 2012), como garantia de
empréstimos obtidos no montante de 38 799 617 euros (51 984 521 euros em 31 de
dezembro de 2012).
À mesma data, existiam compromissos assumidos para aquisição de elementos do ativo
fixo tangível no montante de 7,3 milhões de euros, que compreendem a instalação de uma
nova linha de melaminas na unidade industrial de Oliveira do Hospital, Portugal.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os ativos fixos tangíveis adquiridas com recurso a
locação financeira apresentavam o seguinte detalhe:
31.12.2013
Saldo Inicial
Ativo Bruto:
Terrenos e edificios
Equipamento Básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensilios
Equipamento administrativo
Outros activos fixos tangíveis
Variações do
Perímetro de
Consolidação
Aumento
34 771 500
44 798 579
5 190 624
31.12.2012
Outras
variações
206 462
- 1 755 028
58 000
Saldo Final
34 771 500
45 005 041
3 410 318
58 000
323 270
34 771 500
44 798 579
5 190 624
83 568 129
85 121 720
10 628 394
21 471 138
3 487 489
221 590
- 37 747
- 221 590
85 121 720
279 590
- 1 807 903
Terrenos e edificios
Equipamento Básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensilios
Equipamento administrativo
10 628 394
21 471 138
3 487 489
215 838
1 461 484
2 987 938
512 130
6 767
80 791
- 28 082
12 089 878
24 458 992
2 286 071
6 767
268 547
Saldo Final
35 802 859
5 049 110
- 1 716 436
39 110 255
35 802 859
Saldo final líquido
49 318 861
- 4 769 520
- 91 467
44 457 874
49 318 861
Saldo Final
361 017
Saldo Final
361 017
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
- 84
- 1 688 270
215 838
Os pagamentos mínimos de locação financeira são apresentados na nota 25.4
40
11.
ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas por
imparidade acumuladas, foram os seguintes:
31.12.2013
Patentes,
Custos de
Royalties e
desenvolvimento
outros direitos
Não gerados
internamente
Ativo Bruto:
Saldo inicial
Variações do perímetro de consolidação
Investimento
Desinvestimento
Reavaliação
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
Saldo final
Programas informáticos
Outros ativos intangíveis
Ativos intangíveis em curso
Total ativos tangíveis
Total
Não gerados
Gerados
Não gerados
Gerados
Não gerados
Gerados
Não gerados
Gerados
Não gerados
internamente internamente internamente internamente internamente internamente internamente internamente internamente
190 006
3 553 260
- 24 940
18 030 000
2 393 393
418 230
30 031
63 454
1 171 470
55 172
2 307 561
1 328 156
18 148 626
685 997
418 230
- 1 202
- 8 449
535 021
- 553 462
188 803
- 171
188 804
3 519 871
17 593 329
2 551 994
63 454
3 825 648
346 617
98 253
2 919 687
- 24 940
134 098
13 989 224
1 685 164
63 454
1 651 906
331 302
415 079
24 609
- 55 172
8 636 285
- 24 940
2 993 558
30 031
26 784 911
- 24 940
2 993 558
448 261
- 1 231 076
479 849
- 553 462
- 695 656
- 9 822
- 215 807
- 563 284
783 077
17 656 783
10 869 394
28 526 177
891 321
14 052 678
136 591
1 651 906
5 594 425
- 24 940
641 624
19 647 103
- 24 940
2 293 530
415 079
24 609
439 688
Depreciações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
Saldo inicial
Variações do perímetro de consolidação
Amortizações do exercício
Perdas de imparidade do período
Desinvestimento
Reversão de perdas de imparidade
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
- 1 202
- 2 718
- 437 494
9
Saldo final
136 684
3 026 127
14 788 557
1 991 866
52 120
493 744
2 804 772
560 128
Saldo final líquido
39 633
63 454
1 027 912
2 797 736
783 077
- 437 494
- 3 911
- 441 405
14 852 011
6 182 589
21 034 600
2 804 772
4 686 805
7 491 577
31.12.2012
Ativo Bruto:
Saldo inicial
Variações do perímetro de consolidação
Investimento
Desinvestimento
Reavaliação
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
Custos de
desenvolvimento
Patentes,
Royalties e
outros direitos
Não gerados
internamente
Não gerados
internamente
183 407
3 061 911
19 905
Programas informáticos
Gerados
internamente
17 033 706
144 257
Outros ativos intangíveis
Não gerados
Gerados
internamente internamente
2 024 176
63 454
Não gerados
internamente
1 848 225
Gerados
Não gerados
internamente internamente
55 172
1 426 540
1 953 090
11 013
6 939
- 339
512 946
- 1 692
1 242 125
- 101 574
380 284
- 54
190 007
3 553 260
18 030 000
2 393 393
63 454
1 171 469
Saldo inicial
Variações do perímetro de consolidação
Amortizações do exercício
Perdas de imparidade do período
Desinvestimento
Reversão de perdas de imparidade
Transferências e reclassificações
Variações cambiais
58 785
2 894 237
11 509 682
1 287 469
63 454
816 738
39 807
45 291
2 577 457
398 425
19 905
770
918
- 339
64
- 625
- 96 520
194
- 6
Saldo final
98 253
2 919 687
13 989 224
1 685 164
Saldo final líquido
91 754
633 573
4 040 776
708 229
Saldo final
Ativos intangíveis em curso
937 093
Total ativos tangíveis
Gerados
internamente
55 172
Não gerados
internamente
17 152 332
8 054 812
25 207 144
144 257
2 606 930
1 984 008
2 606 930
2 128 265
1 180 390
- 150 206
Total
- 789 327
1 242 125
- 101 574
- 39 364
- 2 085
1 202 761
- 103 659
1 328 156
18 148 626
8 636 285
26 784 911
11 573 136
5 057 229
16 630 365
2 577 457
483 523
3 060 980
770
20 823
21 593
Depreciações e Perdas por Imparidade
Acumuladas:
63 454
74 583
- 625
- 96 520
74 777
- 281
74 152
- 96 801
891 321
14 052 678
5 594 425
19 647 103
4 095 948
3 041 860
7 137 808
280 148
55 172
1 328 156
41
12.
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor das propriedades de investimento, bem como nas respetivas depreciações e
perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
31.12.2013
Custo
Ativo Bruto:
Saldo inicial
Saldo final
Total
Custo
Total
1 667 281
1 667 281
1 667 281
1 667 281
1 667 281
1 667 281
1 667 281
1 667 281
354 067
44 258
398 325
354 067
44 258
398 325
309 808
44 258
354 066
309 808
44 258
354 066
1 268 956
1 268 956
1 313 215
1 313 215
Depreciações de Perdas de Imparidade
Acumuladas:
Saldo inicial
Depreciações do exercício
Saldo final
Saldo final líquido
31.12.2012
31.12.2013
Rendas de propriedades de investimentos
Custos operacionais diretos
201 514
92 165
31.12.2012
247 886
181 400
Os ativos classificados como propriedades de investimentos são constituídos por uma
parcela do terreno e dos edifícios da anterior unidade industrial de Göttingen, na
Alemanha, que foi desativada em 2002. À data de 31 de dezembro de 2013, o justo valor
dos ativos classificados como propriedades de investimento não foi determinado por um
avaliador independente, dado o Grupo estimar que o mesmo não difere significativamente
do montante escriturado na Demonstração consolidada de posição financeira.
42
13.
GOODWILL
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os movimentos ocorridos
no valor do goodwill foi o seguinte:
31.12.2013
Ativo Bruto:
Saldo Inicial
Diminuições
Variações cambiais
Saldo Final
Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo Inicial
Aumentos
Saldo Final
Valor líquido
92 496 051
852 508
-2 075 631
89 567 912
31.12.2012
92 620 183
- 124 132
92 496 051
7 727 749
7 727 749
81 840 163
92 496 051
Os testes de imparidade realizados aos montantes registados na rubrica Goodwill, à data de
31 de Dezembro de 2013, consistiram em determinar o valor recuperável através do método
do uso. Para tal, foram efetuadas projeções dos fluxos de caixa operacionais por um
período de 8 anos, para cada unidade geradora de caixa, posteriormente extrapolados
através de uma perpetuidade e atualizados à data de encerramento das presentes
demonstrações financeiras consolidadas. As taxas de desconto utilizadas correspondem às
taxas médias ponderadas do custo do capital (WACC), calculadas através da metodologia
CAPM (Capital Asset Pricing Model) para cada unidade geradora de caixa, antes de
impostos. Estas taxas consideram especificidades do mercado, incorporando diferentes
fatores de risco, bem como as taxas de juro sem risco das Obrigações do Tesouro a 10
anos do país onde a respetiva unidade geradora de caixa se insere.
Os fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui
projeções atualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos ocorridos nos
mercados em que o Grupo atua.
Os montantes registados de Goodwill foram distribuídas pelas diferentes unidades
geradoras de caixa, agregadas em função das sinergias originadas pelas combinações de
negócio respetivas.
43
31.12.2013
Península Ibérica
Alemanha
71 461 306
3 588 414
Taxa de desconto (antes de imposto)
12.65%
9.37%
9.62%
18.86%
Taxa de crescimento da perpetuidade
1.00%
1.00%
1.00%
1.00%
Total de rendimentos
1.59%
2.12%
4.24%
3.57%
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
1.04%
1.67%
2.45%
3.57%
Custos fixos
0.51%
0.27%
2.61%
3.15%
8 anos
8 anos
8 anos
8 anos
Imparidade
Sem Imparidade
Imparidade
Sem Imparidade
Goodwill
França
África do Sul
6 790 443
Taxa de crescimento (CAGR 2013-2021):
Período de projecção dos fluxos de caixa
Conclusões do teste
CAGR ‐ Taxa de crescimento média ponderada
CAGR Alemanha exclui componente de produção de aglomerado cru da unidade industrial de Horn.
O valor de uso da unidade geradora de caixa Península Ibérica foi calculado em 264 214
758 euros.
31.12.2012
Península Ibérica
Alemanha
França
África do Sul
73 489 917
3 588 414
6 027 749
9 389 971
Taxa de desconto (antes de imposto)
13.42%
9.43%
9.05%
17.93%
Taxa de crescimento da perpetuidade
1.00%
1.00%
1.00%
1.00%
Período de projecção dos fluxos de caixa
8 anos
8 anos
8 anos
8 anos
Sem imparidade
Sem imparidade
Sem imparidade
Sem imparidade
Goodwill
Conclusões do teste
Na sequência dos testes realizados ao montante escriturado na rubrica Goodwill, verificouse a existência de imparidade nas unidades geradoras de caixa Península Ibérica e França,
razão pela qual se registou uma perda por imparidade no montante total de 7 727 749
euros, dos quais 1 700 000 euros reduzem o goodwill da primeira e 6 027 749 euros
reduzem o goodwill da segunda.
44
14.
IMPOSTOS DIFERIDOS
O detalhe e movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de
2013 e 2012, de acordo com as diferenças temporárias subjacentes, é o seguinte:
Ativos por Impostos Diferidos
31.12.2013
31.12.2012
Reapresentado
Anulação de Custos Diferidos
Homogeneização de Amortizações e Depreciaç
Provisões não Aceites Fiscalmente
Imparidade de Ativos
Prejuízos Fiscais Reportáveis
Anulação de Ativos Fixos Tangíveis
Revalorização de Ativos Fixos tangíveis
Outros Impostos Diferidos
102 650
1 046 495
3 851 888
21 744 099
47 567
1 811 150
1 904 414
16 956 521
50 543
7 313 159
34 003 208
4 221 117
25 046 395
Ativos por impostos diferidos
2013
Saldo inicial
Efeito em resultado:
Resultante de alterações nas diferenças temporárias
Homogenização de amortizações e depreciações
Provisões não aceites fiscalmente
Imparidade de ativos
Anulação de ativos fixos tangíveis
Anulação de custos diferidos
Revalorização de ativos fixos tangíveis
Prejuízos fiscais reportáveis
Outros impostos diferidos
Resultante de alteração de taxa de imposto
Subtotal
Efeito em reservas:
Itens de Outro Rendimento Integral
Efeito de conversão monetária
Efeito de alteração do perímetro
Reclassificação
Saldo final
Passivos por Impostos Diferidos
31.12.2013
31.12.2012
Reapresentado
25 046 395
- 401 641
1 947 474
- 2 976
- 102 650
2012
Reapresentado
47 670 257
57 294 360
23 315 621
2 572 783
73 558 661
887 935
1 890 614
60 072 909
Passivos por impostos diferidos
2013
2012
Reapresentado
37 874 949
60 072 909
64 298 186
- 138 000
- 101 948
- 3 792
- 2 975
- 3 561 860
- 1 536 560
- 75 751
- 24 525
- 2 072 723
- 3 633 808
18 942 108
3 277 278
23 659 593
- 11 518 883
- 1 941 673
- 13 707 271
23 659 593
- 13 707 271
694 656
- 2 942 955
- 29 530
- 2 972 485
- 185 237
- 363 013
857 237
- 116 520
37 188 628
- 6 575 861
- 39 976
- 689 493
- 14 154 530
138 000
- 14 154 530
138 000
34 003 208
25 046 395
73 558 661
60 072 909
- 3 633 808
45
Na sequência da revalorização de terrenos e edifícios referida nas notas 3 e 10, o Grupo
registou um passivo por imposto diferido no montante de 36 685 302 euros.
Simultaneamente, foi registado um ativo por imposto diferido no montante de 14 154 530
euros, tendo em consideração que esta revalorização constitui uma diferença temporária
tributável que justifica a utilização futura dos prejuízos fiscais reportáveis correspondentes.
Em conformidade com o disposto nas Normas Internacionais de Contabilidade / Normas
Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo efetua anualmente uma avaliação dos ativos
por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais reportáveis, tendo por base projeções
de resultados efetuadas para os cinco anos seguintes.
De acordo com a estimativa de resultado fiscal do exercício de 2013 e com as declarações
fiscais do exercício de 2012 das empresas que registam ativos por impostos diferidos
referentes a prejuízos fiscais, os mesmos eram reportados como segue:
Caducidade
2014
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
Sem caducidade
Sub-total
Imposto diferido
compensado
Total
31.12.2013
Activos por impostos
diferidos
Prejuízo fiscal
3 375 000
3 162 176
12 048 431
632 230
12 032 581
2 042 580
584 146
15 397
1 101 121
15 397
1 063 331
15 397
996 450
523 923
402 330
375 013
843 750
948 653
2 361 053
189 669
3 631 374
612 774
175 244
4 619
330 336
4 619
318 999
4 619
298 935
157 177
120 699
112 505
38 385 503
31.12.2012
Activos por impostos
diferidos
Prejuízo fiscal
4 575 000
1 143 750
5 740 083
710 820
1 722 025
213 246
10 115 025
11 025 903
3 079 021
87 494 308
25 783 604
46 986 833
13 877 500
125 879 811
35 898 629
58 012 736
16 956 521
125 879 811
- 14 154 530
21 744 099
46
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os prejuízos fiscais para os quais não
foram registados ativos por impostos diferidos, podem ser detalhados como segue:
31.12.2013
Caducidade
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
2031
Sem caducidade
Total
Prejuízo fiscal
31.12.2012
Crédito de imposto
Prejuízo fiscal
Crédito de imposto
2 320 773
61 813
223 477
9 189 526
120 238
88 891 087
58 520 943
100 429 541
8 690 189
1 067 531
18 315 068
731 428
46 655 781
1 557 668
22 962 888
18 845 874
28 400 046
9 382 661
577 990
14 487
46 628
2 774 535
48 598
26 685 324
17 564 360
30 147 124
2 536 232
320 259
5 494 521
219 428
13 996 735
467 301
6 888 867
5 653 763
8 520 015
2 814 798
6 567 087
65 295
55 743
12 443 799
154 623
90 245 835
64 843 584
101 765 405
8 179 581
1 082 928
19 416 189
746 825
47 719 111
1 573 065
23 959 338
19 369 797
1 641 772
17 386
14 694
3 722 725
40 495
27 069 575
19 447 076
30 523 330
2 447 787
324 878
5 824 857
224 047
14 315 733
471 920
7 187 802
5 810 939
416 366 532
124 770 965
398 188 205
119 085 016
1 222 094 458
350 072 713
1 209 559 465
358 392 670
1 638 460 990
474 843 678
1 607 747 670
477 477 686
Os ativos por impostos diferidos são compensados com o valor dos passivos por impostos
diferidos nas situações em que:
i) A Empresa geradora das respetivas diferenças temporárias tenha capacidade
legal para compensar os saldos ativos com os saldos passivos do imposto sobre
o rendimento corrente; ou
ii) Os ativos e passivos por impostos diferidos apurados estão relacionados com o
imposto sobre o rendimento a pagar à mesma Entidade fiscal:
(a) por uma entidade; ou
(b) por diferentes entidades que pretendem receber/ pagar imposto numa
base líquida
47
15.
OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros ativos não correntes da
Demonstração consolidada de posição financeira tinha a seguinte composição:
31.12.2013
Valor Bruto
Clientes e Outros Devedores
Instrumentos Financeiros
12 003 306
12 003 306
Estado e Outros entes Públicos
Outros
Activos não abrangidos pela IFRS 7
1 696
1 696
Total
12 005 002
Imparidade
31.12.2012
Valor Líquido
10 931 182
10 931 182
10 931 182
Valor Bruto
1 072 124
1 072 124
12 319 132
12 319 132
1 696
1 696
1 696
1 696
1 073 820
12 320 828
Imparidade
10 931 182
10 931 182
Valor Líquido
1 387 950
1 387 950
1 696
1 696
10 931 182
1 389 646
ANTIGUIDADE DE CLIENTES E OUTROS
DEVEDORES NÃO CORRENTES
31.12.2013
16.
31.12.2012
Não vencido
1 072 124
1 387 950
Total
1 072 124
1 387 950
ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em setembro de 2012, foram classificados como Ativos não correntes detidos para venda
diversos ativos da unidade industrial de Knowsley, Inglaterra, que ficaram disponíveis para
venda na sequência da descontinuação da atividade produtiva nesta unidade industrial, e
em relação aos quais existiam expectativas de realização de uma transação de venda no
período de um ano.
Em outubro de 2012, concretizou-se a venda de parte significativa destes ativos, no
montante de 13 480 671 euros (11 001 576 libras).
À data de 31 de dezembro de 2013, a rubrica Ativos não correntes detidos para venda, da
Demonstração consolidada de posição financeira, apresentava um saldo de 4 318 092
euros (3 600 000 libras), constituído pelos ativos remanescentes da unidade industrial de
Knowsley, para os quais existem perspetivas de concretização de uma transação de venda
a curto prazo.
48
17.
INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Inventários da Demonstração consolidada de
posição financeira detalhava-se como segue:
31.12.2013
Mercadorias
Produtos acabados e intermédios
Produtos e trabalhos em curso
Matérias primas, subsidiárias e de consumo
31.12.2012
8 382 231
48 735 661
1 846 358
71 333 650
130 297 900
6 829 193
123 468 707
Perdas acumuladas em inventários (Nota 33)
8 311 186
50 793 611
1 412 663
78 299 588
138 817 048
8 833 140
129 983 908
Os inventários do grupo são constituídos, principalmente, por madeira, placas cruas e
revestidas e produtos químicos.
18.
CLIENTES
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de Clientes da Demonstração
consolidada de posição financeira podia decompor-se como segue:
31.12.2013
Valor Bruto
Clientes
145 790 391
Imparidade
24 776 848
31.12.2012
Valor Líquido
121 013 543
Valor Bruto
166 075 209
31.12.2013
Não vencido
Vencido mas sem registo de imparidade
0 - 30 dias
30 - 90 dias
+ 90 dias
Imparidade
25 156 732
Valor Líquido
140 918 477
31.12.2012
97 831 427
100 715 057
13 552 663
3 685 732
3 063 521
20 301 916
23 537 132
5 864 869
2 246 958
31 648 959
2 270 192
1 459 193
23 927 663
27 657 048
12 392 802
7 317 295
14 001 096
33 711 193
145 790 391
166 075 209
Vencido com registo de imparidade
0 - 90 dias
90 - 180 dias
180 - 360 dias
+ 360 dias
Total
49
19.
OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outras dívidas de terceiros da Demonstração
consolidada de posição financeira tinha a seguinte decomposição:
31.12.2013
Valor Bruto
Outros devedores
Instrumentos financeiros
4 155 402
4 155 402
Outros devedores
Activos não abrangidos pela IFRS 7
1 413 830
1 413 830
Total
5 569 232
Imparidade
3 502
3 502
3 502
31.12.2012
Valor Líquido
Valor Bruto
4 151 900
4 151 900
10 468 857
10 468 857
1 413 830
1 413 830
3 349 154
3 349 154
5 565 730
13 818 011
Imparidade
16 111
16 111
Valor Líquido
10 452 746
10 452 746
3 349 154
3 349 154
16 111
13 801 900
ANTIGUIDADE DE OUTROS
DEVEDORES
31.12.2013
Não vencido
31.12.2012
9 793
38 430
0 - 30 dias
1 670 937
6 835 120
30 - 90 dias
1 378 825
2 353 023
+ 90 dias
1 095 847
4 145 609
1 242 284
10 430 427
4 155 402
10 468 857
Vencido mas sem registo de imparidade
Total
A rubrica Outros devedores inclui saldos devedores de fornecedores no montante de 2 590
422 euros.
20.
OUTROS ATIVOS CORRENTES
O detalhe da rubrica Outros ativos correntes da Demonstração consolidada de posição
financeira, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é o seguinte:
31.12.2013
Valor Bruto
Imparidade
31.12.2012
Valor Líquido
Valor Bruto
Imparidade
Valor Líquido
Instrumentos derivados (nota 26)
Instrumentos financeiros
77 618
77 618
77 618
77 618
5 612
5 612
5 612
5 612
Acréscimo de rendimentos
Gastos diferidos
Activos não abrangidos pela IFRS 7
6 252 674
7 648 749
13 901 423
6 252 674
7 648 749
13 901 423
4 754 959
7 787 818
12 542 777
4 754 959
7 787 818
12 542 777
Total
13 979 041
13 979 041
12 548 389
12 548 389
50
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, o Grupo
não detinha quaisquer instrumentos derivados de cobertura de fluxos de caixa. Os
montantes incluídos no quadro anterior referem-se a instrumentos financeiros derivados
registados ao justo valor através de resultados (nota 26).
A rubrica Acréscimo de rendimentos inclui 3,9 milhões de euros de estimativas referentes à
venda de energia elétrica.
A rubrica Gastos diferidos inclui um montante de 6,1 milhões de euros referente à
periodização de gastos com seguros.
21.
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (ATIVO CORRENTE)
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Estado e outros entes públicos podia
decompor-se como segue:
31.12.2013
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
22.
31.12.2012
2 314 236
5 380 631
51 724
2 435 915
10 182 506
2 342 037
4 774 949
52 295
957 644
8 126 925
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica Caixa e equivalentes de caixa da
Demonstração consolidada de posição financeira e da Demonstração consolidada dos
fluxos de caixa era o seguinte:
31.12.2013
Numerário
Depósitos Bancários e Outras Aplicações de Tesouraria
Imparidade em Outras Aplicações de Tesouraria
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Posição
Financeira (Instrumentos financeiros)
Descobertos Bancários
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Fluxos de Caixa
31.12.2012
55 553
27 240 258
64 924
23 117 589
27 295 811
23 182 513
9 193 837
40 992 770
18 101 974
- 17 810 257
51
Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com
instituições financeiras, incluídos no passivo corrente da Demonstração consolidada de
posição financeira, na rubrica Empréstimos bancários (nota 25.1).
A Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de
2012 inclui, linha a linha, os fluxos da subsidiária Sonae Industria (UK), Ltd, que nesse
exercício foi incluída em Resultados depois de impostos das operações descontinuadas, na
Demonstração consolidada de resultados. O contributo desta subsidiária para os fluxos de
caixa consolidados encontra-se detalhado na nota 42.
23.
CAPITAL PRÓPRIO
O capital próprio consolidado é composto pelas seguintes rubricas:
23.1. CAPITAL SOCIAL
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o capital social, integralmente subscrito e realizado,
estava representado por 140 000 000 de ações ordinárias, sem direito a uma remuneração
fixa, com o valor nominal unitário de 5 euros. Nessa data, a sociedade e suas filiais não
detinham quaisquer ações próprias.
23.2. RESERVA LEGAL
A rubrica Reserva legal inclui a reserva da Sociedade-mãe constituída e utilizada nos
termos dos artº. 295 e 296 do Código das Sociedades Comerciais. Esta reserva não pode
ser distribuída aos acionistas, podendo ser incorporada no capital social ou utilizada para
cobrir prejuízos.
23.3. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS ACUMULADOS
A rubrica Outras reservas e resultados acumulados inclui:
- As reservas da Sociedade-mãe e a quota-parte atribuível ao Grupo das reservas das
entidades incluídas na consolidação, constituídas nos termos dos respetivos estatutos ou
por proposta dos respetivos Conselhos de Administração, aprovadas em Assembleia Geral
de Acionistas;
- Os resultados acumulados de exercícios anteriores da Sociedade-mãe e a quota-parte dos
mesmos das entidades incluídas na consolidação, cuja aplicação ainda não foi efetuada;
52
- O resultado líquido do exercício corrente da Sociedade-mãe e a quota-parte dos mesmos
das entidades incluídas na consolidação;
- Os ajustamentos de consolidação a qualquer das componentes anteriores.
23.4. OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL ACUMULADO
A rubrica Outro rendimento integral acumulado tem a seguinte composição:
- A reserva de conversão monetária, resultante da transposição para Euros das
demonstrações financeiras de subsidiárias expressas em moeda funcional diferente;
- A variação do justo valor dos ativos disponíveis para venda (nota 9);
- O saldo de instrumentos financeiros derivados de cobertura (nota 26);
- O efeito da remensuração das obrigações de benefícios definidos (notas 3 e 29);
- Revalorização de ativos fixos tangíveis (notas 3 e 10);
- Os ajustamentos de consolidação a qualquer dos componentes anteriores.
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Conversão
monetária
Saldo em 1 de Janeiro de 2013
Outro rendimento integral consolidado do exercício
Ativos
disponíveis
para venda
Reserva de
revalorização
Remensurações
em planos de
benefícios
definidos
Imposto relativo
às componentes
de outro
rendimento
integral
Total
2 699 144
93 816
- 4 019 786
- 846 808
- 380 018
-19 195 990
- 4 866
128 387 467
821 044
36 946 178
73 061 477
-16 496 846
88 950
128 387 467
-3 198 742
36 099 370
72 681 459
Outros
Saldo em 31 de Dezembro de 2013
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Conversão
monetária
Saldo em 1 de Janeiro de 2012 - reapresentado
Outro rendimento integral consolidado do exercício - reapresentado
Outros
Ativos
disponíveis
para venda
Reserva de
revalorização
Remensurações
em planos de
benefícios
definidos
Imposto relativo
às componentes
de outro
rendimento
integral
-7 152 005
106 475
- 241 605
39 490
-7 326 625
- 890 336
- 12 659
-3 778 181
- 886 298
-3 794 878
93 816
-4 019 786
- 846 808
10 741 485
Saldo em 31 de Dezembro de 2012 - reapresentado
Total
2 699 144
10 741 485
- 380 018
A rubrica Reserva de conversão monetária refere-se, essencialmente, às subsidiárias Tafisa
Canadá, Sonae Industria (UK) e Sonae Novobord.
53
24.
INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e
2012 foram os seguintes:
31.12.2013
31.12.2012
Reapresentado
25.
Saldo Inicial
Resultado do exercício atribuível aos interesses que não controlam
Outro rendimento integral do exercício
Outros
- 939 705
- 870 214
818 422
196 250
329 050
-1 175 020
- 36 611
- 57 124
Saldo final
- 795 247
- 939 705
EMPRÉSTIMOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:
31.12.2013
Custo Amortizado
Valor nominal
Ajustamento
ao justo valor
Corrente
Não corrente
Corrente
Não corrente
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Endividamento bruto
223 859 245
129 918 927
5 558 615
70 902 123
430 238 910
123 145 528
118 908 927
30 153 351
2 553 262
274 761 068
224 851 903
130 000 000
5 558 615
71 656 925
432 067 443
123 649 567
120 000 000
30 153 351
2 553 262
276 356 180
-3 228 745
Caixa e equiv. caixa no balanço
Endividamento líquido
402 943 099
274 761 068
404 771 632
276 356 180
- 3 228 745
27 295 811
27 295 811
677 704 167
Endividamento líquido total
-3 228 745
681 127 812
31.12.2012
Custo Amortizado
Corrente
Empréstimos bancários
Empréstimos obrigacionistas
Credores por locações financeiras
Outros empréstimos
Endividamento bruto
133 186 332
55 000 000
4 114 170
4 060 098
196 360 600
Caixa e equiv. caixa no balanço
Endividamento líquido
173 178 087
Endividamento líquido total
Não corrente
Valor nominal
Corrente
128 275 420
248 344 033
36 192 908
78 868 673
491 681 034
133 311 753
55 000 000
4 114 170
4 060 098
196 486 021
491 681 034
173 303 508
23 182 513
Não corrente
Ajustamento
ao justo valor
129 230 007
250 000 001
36 192 908
79 716 721
495 139 637
-1 038 028
495 139 637
- 1 038 028
-1 038 028
23 182 513
664 859 121
668 443 145
54
As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa
anterior, foram as seguintes:
2013
2012
Empréstimos bancários
6.8650%
5.1752%
Obrigações
4.0640%
3.2296%
10.7560%
10.1960%
4.7550%
2.7505%
Locações financeiras
Outros
No cômputo destas taxas de juro médias não foram considerados os descobertos bancários,
por imaterialidade dos montantes envolvidos.
O valor incluído na coluna “Ajustamentos ao justo valor” refere-se ao montante que teria que
ser registado no exercício caso as respetivas rubricas estivessem relevadas ao justo valor.
O cálculo deste montante teve em consideração as taxas de juro de mercado aplicáveis
(justo valor de nível 2).
Os empréstimos referidos nos quadros anteriores não incluem empréstimos concedidos por
partes relacionadas que, à data de encerramento das presentes demonstrações financeiras
consolidadas, eram inexistentes.
As maturidades destes financiamentos encontram-se detalhadas na nota 27.
25.1. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
A rubrica Empréstimos bancários (valor nominal) do quadro da nota 25. inclui as rubricas
Empréstimos bancários não correntes- líquidos da parcela corrente, Parcela corrente dos
empréstimos bancários não correntes e Empréstimos bancários correntes da Demonstração
consolidada de posição financeira, e detalhava-se, à data de 31 de dezembro de 2013,
como segue:
55
31.12.2013
Corrente
Não corrente
Parcela de curto
prazo
Sociedade
Sonae Indústria-SGPS,SA
Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos,SL
Tafisa Canada Inc.
Sonae Novobord (Pty) Ltd
Tafisa-Tableros de Fibras, SA
Imoplamac - Gestão de Imóveis, S. A.
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Laminate Park GmbH & Co.
Outros
83 409 091
6 969 697
25 266 797
10 724 846
6 853 124
6 472 665
4 248 833
123 649 567
Curto prazo
150 500 000
35 000 000
Descobertos
bancários
177 247
7 000 000
1 273 702
362 403
192 500 000
4 009 046
3 145 859
225 580
9 193 837
2 862 580
23 158 066
Total
241 056 035
35 000 000
32 119 921
18 471 213
7 362 403
7 111 413
4 009 046
3 145 859
225 580
348 501 470
31.12.2012
Não corrente
Sonae Indústria-SGPS,SA
Tafisa Canada Inc.
Sonae Novobord (Pty) Ltd
Tafisa-Tableros de Fibras, SA
Imoplamac - Gestão de Imóveis, S. A.
Laminate Park GmbH & Co.
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Euroresinas-Indústrias Quimicas,SA
Outros
Corrente
Parcela de curto
prazo
Sociedade
60 378 788
39 314 825
22 420 645
Curto prazo
Descobertos
bancários
Total
27 500 000
7 115 749
42 969 697
3 846 527
8 438 508
8 000 000
1 564 251
25 046 189
106 477
77 467
8 361 119
77 467
3 611 667
2 780 658
920 083
11 643
155 894 674
43 267 829
30 936 620
16 361 119
8 757 467
3 611 667
2 780 658
920 083
11 643
129 230 007
64 818 983
27 500 000
40 992 770
262 541 760
Os empréstimos bancários não correntes e a respetiva parcela corrente detalham-se como
segue:
a) Em janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e um
conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, aditado em
setembro de 2010. À data de 31 de dezembro de 2013 existiam emissões de papel
comercial por vencer no montante de 20 000 000 euros (51 000 000 euros em 31 de
dezembro de 2012);
b) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae
Indústria, SGPS, S. A., contraiu um financiamento em ZAR junto do Banco Europeu de
Investimento (com um montante máximo de 247 170 000 ZAR). O empréstimo vence
juros a uma taxa variável e será reembolsado em 14 prestações semestrais, sucessivas
e iguais, vencendo-se a primeira em setembro de 2010. À data de 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 123 585 000 ZAR (8 484 110 euros);
c) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae
Indústria, SGPS, S. A., contraiu um financiamento junto do International Finance
56
Corporation (IFC) no montante de 71 800 000 ZAR. O empréstimo vence juros a uma
taxa de mercado e será reembolsado em 16 prestações semestrais, sucessivas e
iguais, vencendo-se a primeira em junho de 2009. À data de 31 de dezembro de 2013, o
valor do empréstimo ascendia a 26 925 000 ZAR (1 848 401 euros);
d) Em fevereiro de 2009 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e
uma instituição financeira portuguesa, num montante de 20 000 000 euros. Este
empréstimo vence juros a uma taxa variável, sendo reembolsado entre 2009 e 2015. À
data de 31 de dezembro de 2013, o valor em dívida era de 4 545 455 euros;
e) Em setembro de 2009, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato para
emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, com um
montante nominal máximo de 40 000 000 euros, aumentado para 65 000 000 euros em
abril de 2013. Este programa venceu em outubro de 2013. A Sonae Indústria, SGPS,
SA celebrou posteriormente um novo contrato para emissão de papel comercial com a
mesma instituição financeira e pelo mesmo montante com maturidade em janeiro de
2014, que foi, nesta data, prorrogado para março de 2014. À data de 31 de dezembro
de 2013, o limite estava a ser totalmente utilizado;
f) Em julho de 2010, foi celebrado pela Tableros de Fibras S.A. um contrato para emissão
de papel comercial, aditado em maio de 2013, tendo em vista a prorrogação do prazo
de vencimento de dezembro de 2013 para dezembro de 2016. O montante nominal
máximo de 7 000 000 euros será reduzido a partir de janeiro de 2014 até à data de
vencimento. Em 31 de dezembro de 2013, o limite estava totalmente utilizado;
g) Em agosto de 2010, a Sonae Industria SGPS, S.A. celebrou um contrato de
financiamento, por um montante de 10.000.000 euros, com uma instituição financeira
portuguesa que vence juros a uma taxa variável e será amortizável entre 2012 e 2015.
Em 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo era de 5 833 333 euros;
h) Em março de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato para
emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 50 000
000 euros e maturidade em 2015. À data de 31 de dezembro de 2012, este limite estava
a ser completamente utilizado;
i) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no valor
de 81 000 000 de dólares canadianos (CAD), com um sindicato de instituições
financeiras da América do Norte. O financiamento tem um prazo de cinco anos e
subdivide-se em duas partes: a primeira, no valor de CAD 66 000 000, é amortizável ao
57
longo deste período; a segunda, no valor máximo de CAD 15 000 000, apenas se vence
na maturidade do financiamento (revolving). Em junho de 2013, a sociedade procedeu
ao aumento do montante contratado da primeira parte do empréstimo, no montante de
CAD 7 500 000. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor da componente amortizável
do empréstimo ascendia a CAD 42 495 139 (28 965 537 euros), e a componente
revolving do não estava a ser utilizada. Este contrato contempla dois rácios financeiros
calculados com base nas demonstrações financeiras individuais da sociedade: um rácio
de “Passivo Financeiro/ (Capital Próprio + Passivo Financeiro)” e outro de "EBITDA
ajustado/ Serviço da Dívida”. Estes rácios são testados trimestralmente até ao término
do financiamento e o seu incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do
empréstimo;
j) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no valor
de CAD 5 000 000 com uma instituição financeira canadiana. O vencimento do contrato,
que originalmente esta previsto ocorrer em abril de 2016, foi prorrogado para abril de
2017, com inclusão de um período de carência entre julho de 2013, inclusive, e julho de
2014, exclusive. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo era de CAD
3 777 778 (2 575 009 euros). Este contrato contempla um rácio calculado com base nas
demonstrações financeiras individuais da sociedade: “Passivo Financeiro de Médio e
Longo Prazo/ Capital Próprio”. O rácio é testado aquando da publicação das contas
anuais e o seu incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do empréstimo;
k) Em novembro de 2012, a Imoplamac, S. A. contratou um financiamento ,no montante de
8 680 000 euros, junto de uma instituição financeira portuguesa, que vence juros
trimestrais a uma taxa variável e será amortizado trimestralmente entre março de 2013
e março de 2016. O valor em dívida, à data de 31 de dezembro de 2013, era de 7 111
414 euros;
l) Em dezembro de 2012, a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um contrato de
financiamento com uma instituição financeira portuguesa por um montante de 25 000
000 euros, totalmente disponibilizados em março de 2013. Este contrato vence juros a
uma taxa variável e será amortizado entre 2015 e 2018. À data de 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 25 000 000 euros;
m) Em dezembro de 2012, a Sonae Novobord contraiu um financiamento junto de uma
instituição financeira da África do Sul, no montante de 150 000 000 de rands sulafricanos (ZAR). O empréstimo vence juros a uma taxa de mercado e será reembolsado
em três prestações anuais, sucessivas e iguais, tendo-se vencido a primeira em
dezembro de 2013. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do empréstimo ascendia
58
a ZAR 100 000 000 (6 865 000 euros). Este contrato contempla três rácios financeiros
calculados com base nas demonstrações financeiras individuais da sociedade: “Passivo
Financeiro Liquido/ EBITDA”, “EBITDA/ Juros” e “Free Cash Flow/ Serviço da Dívida”.
Estes rácios são testados trimestralmente até ao término do financiamento e o seu
incumprimento pode conduzir ao vencimento antecipado do empréstimo;
n) Em junho de 2013 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um novo contrato de agência
para emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, com um
montante nominal máximo de 50 000 000 euros, sem garantia de subscrição,
aumentado para 100 000 000 euros em dezembro de 2013. O programa vence-se em
junho de 2018. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do papel comercial emitido
ascendia a 57 500 000 euros;
o) Em junho de 2013 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou dois novos contratos para
emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa. Cada um dos
programas tinha um montante nominal máximo de 25 000 000 euros e venciam-se em
outubro de 2013, tendo um dos programas sido prorrogado para janeiro de 2014 e,
nesta data, novamente prorrogado para abril de 2014. À data de 31 de dezembro de
2013, nenhum valor estava ser tomado;
p) Em novembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA e a Taiber, Tableros Aglomerados
Ibéricos, S.L. celebraram um contrato de financiamento com uma instituição financeira
portuguesa, por um montante máximo de 50 000 000 euros, repartidos em desembolsos
que podem ser efetuados por cada uma das entidades durante o prazo máximo de seis
meses. Este contrato vence juros a uma taxa variável e tem maturidade em outubro de
2014. À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas,
o valor do empréstimo contraído pela Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L.
ascendia a 35 000 000 euros. (Não foram efetuados desembolsos à Sonae Indústria,
SGPS, SA). Este empréstimo tem como garantia penhor das ações da subsidiária
Sonae Novobord.
q) Em novembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato de
financiamento com uma instituição financeira espanhola, por um montante de 13 000
000 euros. Este contrato vence juros a uma taxa variável e será integralmente
amortizado em novembro de 2014. À data de 31 de dezembro de 2013, o valor do
empréstimo era de 13 000 000 euros;
Conforme estabelecido no ponto 1.3 - Exercício de Direito de Voto e Representação de
Acionistas na Assembleia Geral, do Relatório do Governo de Sociedade, em 31 de
dezembro de 2013 existiam financiamentos no montante de cerca de 131 milhões de euros
59
(representando 19,3% do endividamento líquido consolidado), relativamente aos quais os
respetivos credores têm a possibilidade de considerar vencida a divida, no caso de
mudança do controlo acionista.
À data de 31 de Dezembro de 2013 os rácios incluídos nos empréstimos mencionados
anteriormente cumpriam as condições contratualmente estabelecidas.
25.2. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS
a) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de março de 2005,
no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo de
8 anos. Os juros foram pagos semestralmente nos dias 31 de março e 30 de setembro de
cada ano. À data de 31 de dezembro de 2013, este empréstimo tinha sido totalmente
amortizado;
b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 – 1ª. emissão, emitido em 28 de
março de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no
final do prazo de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 28 de março e 28 de
setembro de cada ano;
c) Empréstimo obrigacionista 2006/2014 – 2ª. emissão, emitido em 2 de agosto de 2006, no
montante de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo
de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 2 de fevereiro e 2 de agosto de
cada ano;
d) Empréstimo obrigacionista 2010/2017, emitido em maio de 2010, no montante de 150
000 000 euros, por subscrição particular e pelo prazo de 7 anos. Em outubro de 2012, o
contrato foi revisto e foi alterado o plano de amortização. O reembolso das obrigações será
efetuado por redução do valor nominal, a partir da oitava data de pagamento de juros, a
ocorrer em 5 de maio de 2014, em 7 prestações semestrais sucessivas, sendo as seis
primeiras no montante de 15 000 000 euros cada uma, e a última no montante de 60 000
000 euros. Os juros são pagos semestralmente nos dias 5 de maio e 5 de novembro de
cada ano;
Os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente vencem juros a uma taxa
variável composta pela Euribor a 6 meses acrescida de um spread.
60
25.3. OUTROS EMPRÉSTIMOS
A rubrica Outros empréstimos do quadro da nota 25 inclui a rubrica Outros empréstimos do
passivo corrente e do passivo não corrente da Demonstração consolidada de posição
financeira e tinha o seguinte detalhe, à data de 31 de dezembro de 2013 e 2012:
31.12.2013
Sociedade
Não corrente
Outros
Glunz AG
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Isoroy SAS
Tableros Tradema,S.L.
Sonae Tafibra International, BV
Sonae Industria (UK), Ltd.
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas,SL
2 020 724
328 203
Corrente
Operação
securitização
25 284 859
8 469 207
11 629 875
11 785 008
7 285 746
939 846
204 335
2 553 262
Outros
78 950
5 917 577
163 687
102 170
65 394 541
6 262 384
31.12.2012
Sociedade
Glunz AG
Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA
Isoroy SAS
Tableros Tradema,S.L.
Sonae Tafibra International, BV
Sonae Industria (UK), Ltd.
Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas,SL
Não corrente
Operação
Outros
securitização
18 541 795
27 749 559
6 854 880
9 706 638
8 598 265
3 225 429
74 676 566
Corrente
Outros
4 241 538
78 950
3 390 461
492 359
488 599
306 258
102 088
5 040 155
4 060 098
a) Em setembro de 2012, a Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A. conjuntamente com as suas
filiais Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S. A.,
Tableros Tradema, S.L, Isoroy S.A.S., Glunz AG, Sonae Tafibra International, B.V. e
Sonae Industria (UK) Limited celebraram junto do Banco ING Belgium SA/NV e da
Finacity Corporation uma operação de securitização de créditos comerciais num
montante máximo de 100 000 000 euros, renovável por períodos de 18 meses e um
prazo máximo de 6 anos. A próxima renovação ocorrerá em março de 2014. Em 31 de
dezembro de 2013, o valor do empréstimo ascendia a 65 394 544 euros.
61
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos
financeiros, nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco
de crédito associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais,
num montante de 75 997 148 euros, são mantidos no ativo consolidado.
b) Em setembro de 2012, a Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados
de Madeira, S. A celebrou uma operação de factoring de créditos comerciais num
montante máximo de 5 000 000 euros, pelo prazo de um ano, renovável. Em setembro
de 2013, este contrato foi renovado pelo período de um ano. À data 31 de dezembro de
2013, o valor do empréstimo ascendia a 3 971 220 euros.
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos
financeiros, nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco
de crédito associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais,
num montante de 4 490 112 são mantidos no ativo consolidado.
O justo valor estimado dos ativos transferidos e dos passivos associados não difere
significativamente dos respetivos valores contabilísticos.
25.4. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Pagamentos mínimos
de locação financeira
31.12.2013
31.12.2012
2012
2013
2014
2015
2016
2017
após 2018 (2017)
9 334 634
9 344 678
8 610 305
6 925 132
12 429 887
841 878
47 486 514
8 623 429
9 310 896
9 303 918
8 538 608
6 854 035
Valor actual dos pagamentos
mínimos de locação financeira
31.12.2013
31.12.2012
4 114 170
6 582 102
6 422 655
6 235 478
5 057 124
5 919 249
6 440 158
6 285 401
5 111 645
11 154 117
801 396
35 711 966
11 895 549
40 307 078
Credores por locação financeira - corrente
5 558 615
4 114 170
Credores por locação financeira - não corrente
30 153 351
36 192 908
18 393 118
61 024 004
Os ativos reconhecidos ao abrigo de contratos de locação financeira são apresentados na
nota 10.
62
25.5. FLUXOS DE CAIXA
Os montantes apresentados nas rubricas Recebimentos provenientes de empréstimos
obtidos e Pagamentos respeitantes a empréstimos obtidos, das atividades de financiamento
da Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, incluem as renovações das emissões de
papel comercial referidas na nota 25.1.
26.
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:
Outros activos correntes
31.12.2013
Derivados ao justo valor através de resultados:
"Forwards" de taxa de câmbio
31.12.2012
Outros passivos correntes
31.12.2013
31.12.2012
77 618
5 612
61 264
77 618
5 612
61 264
Derivados ao justo valor através de resultado
São constituídos por derivados de taxa de câmbio (“forwards”), em relação aos quais não foi
aplicada contabilidade de cobertura.
A determinação do justo valor dos “forwards” de taxa de câmbio é efetuado com recurso a
sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e a avaliações externas,
quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos, e teve
por base a atualização, para a data do balanço, do montante a ser recebido/pago na data de
termo do contrato (justo valor de nível 2). O montante de liquidação considerado na
avaliação é igual ao montante na moeda de referência multiplicado pela diferença entre a
taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada à data da
avaliação (taxa de câmbio “forward” determinada entre a data da avaliação e data de
maturidade do contrato, obtida com recurso a informação de mercado).
Os ganhos e perdas correspondentes à variação do justo valor foram registados na rubrica
Ajustamentos para o justo valor de instrumentos financeiros registados ao justo valor
através de resultados (nota 40), a que corresponde um ganho líquido de 354 362 euros
(perda líquida de 2 884 813 euros em 31 de dezembro de 2012).
63
Os instrumentos derivados registados ao justo valor através de resultados, detidos pelo
grupo à data de 31 de dezembro de 2013, vencem integralmente durante o exercício de
2014.
Derivados ao justo valor através de reservas
Durante os exercícios de 2013 e 2012 não foram contratados instrumentos financeiros
derivados registados ao justo valor através de reservas.
27.
RISCOS FINANCEIROS
27.1. Risco de liquidez
O risco de liquidez descrito na nota 2.24., c), no que diz respeito ao endividamento bruto
referido na nota 26, pode ser analisado como segue:
31.12.2013
Maturidade do
endividamento
bruto (nota 25)
Juro
Total
2014
432 067 443
24 496 632
456 564 075
2015
115 967 016
16 669 220
132 636 236
2016
65 581 309
9 434 045
75 015 354
2017
77 604 446
4 557 111
82 161 557
2018
16 297 804
1 450 677
17 748 481
2019
491 111
36 145
527 256
Após 2019
414 494
14 090
428 584
708 423 623
56 657 920
765 081 543
64
31.12.2012
Maturidade do
endividamento
bruto (nota 25)
Juro
Total
2013
196 486 021
22 394 728
218 880 749
2014
293 495 524
24 935 968
318 431 493
2015
60 096 624
12 934 337
73 030 961
2016
62 434 285
8 706 115
71 140 400
2017
66 725 410
3 880 985
70 606 395
2018
11 147 662
1 276 681
12 424 343
Após 2018
1 240 132
50 236
1 290 368
691 625 658
74 179 050
765 804 709
Os valores de juros indicados nos quadros anteriores foram calculados com base nas taxas
de juro em vigor a 31 de dezembro de 2013 e 2012 para cada um dos valores em dívida. O
valor indicado para 2014 (2013) na maturidade do endividamento bruto inclui, para além das
amortizações de dívida programadas, a amortização dos valores considerados no
endividamento de final de 2013 (2012) para os quais o compromisso da dívida é inferior a
um ano.
As maturidades dos restantes instrumentos financeiros estão incluídas nas respetivas notas
explicativas.
Consistentemente com os princípios descritos na nota 2.25 c), a Sonae Indústria concentra
os seus esforços na gestão da dívida que vence em 2014 e 2015, com o objetivo de
proporcionar à sua equipa de gestão a margem necessária para implementar o seu plano
estratégico que, tal como indicado anteriormente ao mercado, procura reduzir o impacto
nocivo da atividade industrial, privilegia as unidades industriais mais rentáveis e busca a
eficiência operacional e a venda de ativos.
Durante o quarto trimestre de 2013, a Sociedade realizou uma análise detalhada da
estrutura de capitais e do perfil de maturidade da dívida, no sentido de identificar
alternativas para alcançar soluções de financiamento de longo prazo, que lhe proporcionem
o tempo necessário à implementação do seu plano estratégico (redução considerável dos
montantes de dívida a serem reembolsados em 2014 e 2015) e que logrem obter o apoio
dos seus parceiros de negócio principais, nomeadamente dos seus acionistas e dos
principais bancos credores.
65
Como resultado desta análise, estão a decorrer negociações com os três principais bancos
credores com o objetivo de encontrar soluções adequadas ao refinanciamento da dívida
com vencimento ao longo dos próximos anos. Estas negociações poderão resultar numa
extensão do prazo de vencimento da dívida corrente e num refinamento das condições
associadas à mesma que, conjuntamente com outras iniciativas conducentes à melhoria da
estrutura de capitais do grupo, possibilitarão o acesso da Sociedade, no médio prazo, aos
mercados de financiamento bancário e/ou de capitais para refinanciar a sua dívida, se tal for
considerado adequado.
27.2. Risco de mercado
27.2.1. Risco de taxa de juro
Na análise do risco de taxa de juro, descrito na nota 2.24., b), i), foi calculado o efeito que se
teria produzido nos resultados antes de impostos dos exercícios de 2013 e 2012, no caso
de ter ocorrido uma variação de +0,75 pontos percentuais e de -0,75 pontos percentuais em
relação às taxas de juro reais verificadas durante esses exercícios:
Análise de sensibilidade
2013
"Notional"
(Euros)
2012
Efeito em resultados
(Euros)
0.75%
"Notional"
(Euros)
-0.75%
Efeito em resultados
(Euros)
0.75%
-0.75%
Endividamento bruto
EUR
GBP
CAD
ZAR
644 988 066
873 037
32 110 269
17 198 270
695 169 642
-3 590 896
- 9 893
- 274 683
- 134 698
-4 010 170
3 590 896
9 893
274 683
134 698
4 010 170
568 279 783
1 896 670
42 038 276
30 860 490
643 075 218
-3 675 179
- 52 455
- 347 144
- 113 821
-4 188 599
3 675 179
52 455
347 144
113 821
4 188 599
EUR
1 428 027
1 428 027
11 497
11 497
- 11 497
- 11 497
3 874 033
3 874 033
72 331
72 331
- 72 331
- 72 331
-3 998 673
3 998 673
-4 116 268
4 116 268
Depósitos bancários e outras
aplicações de tesouraria
Os valores de endividamento bruto incluído no quadro anterior excluem descobertos
bancários e os empréstimos que não estão sujeitos a variação da taxa de juro. O montante
dos depósitos bancários e outras aplicações de tesouraria exclui os depósitos à ordem.
Considerando a Euribor a 6M como indicador de referência para o nível de taxas de juro do
Euro, uma variação de 0,75 pontos percentuais corresponde a 35,7 vezes o desvio padrão
daquela variável em 2013 (2 vezes, em 2012).
66
27.2.2. Risco de taxa de câmbio
Em relação ao risco de taxa de câmbio, descrito na nota 2.24, b), ii), foram efetuadas:
a) Análises de sensibilidade aos saldos denominados em moeda diferente da moeda
funcional de cada sociedade incluída na consolidação, considerando uma variação de
+1% e -1% nas taxas de câmbio verificadas no final dos exercícios de 2013 e 2012 de
cada moeda, em relação ao Euro.
i) Empréstimos líquidos de aplicações de tesouraria
Montante denominado em moeda
estrangeira
31.12.2013
GBP
17 795 110
31.12.2012
13 000 000
Contra-valor em Euros
31.12.2013
21 344 700
Análise de sensibilidade
2013
31.12.2012
15 929 420
2012
-1%
1%
- 213 447
213 447
-1%
- 159 294
1%
159 294
A sensibilidade refere-se ao efeito que a variação de -1% e 1% nas taxas de câmbio
verificadas no final dos exercícios de 2013 e 2012 teriam no valor líquido das diferenças
de câmbio incluídas na nota 40.
ii) Os restantes instrumentos financeiros ativos e passivos não contêm saldos
denominados em moeda diferente da moeda funcional da respetiva sociedade que
constituam riscos cambiais relevantes.
b) Análise de sensibilidade aos instrumentos derivados contratados para cobertura do
risco de câmbio identificado no ponto anterior.
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, os
instrumentos financeiros derivados de taxa de câmbio contratados pelo Grupo ascendiam
a montantes irrelevantes (nota 26).
27.2.3. Risco de crédito
No que diz respeito ao risco de crédito, descrito na nota 2.24, a), este encontra-se refletido,
essencialmente, nos montantes escriturados na rubrica Clientes (nota 18). Não se
verificaram diferenças relevantes entre os valores registados nesta rubrica e o respetivo
justo valor estimado.
67
28.
OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 a rubrica Outros passivos não correntes pode ser
detalhada como segue:
31.12.2013
31.12.2012
Empréstimos de partes relacionadas
Outros credores
Instrumentos financeiros
18 803 577
18 803 577
20 896 701
20 896 701
Outras dívidas a terceiros
Passivos não abrangidos pela IFRS 7
36 954 787
36 954 787
44 044 204
44 044 204
Total
55 758 364
64 940 905
31.12.2013
2015
2016
2017
2018
Total
Maturidade dos Outros Credores não correntes
7 255 897
5 082 216
4 823 210
1 642 254
18 803 577
7 255 897
5 082 216
4 823 210
1 642 254
18 803 577
31.12.2012
2014
2015
2016
2017
Total
Maturidade dos Outros Credores não correntes
2 101 701
6 265 000
6 265 000
6 265 000
20 896 701
2 101 701
6 265 000
6 265 000
6 265 000
20 896 701
A rubrica Outros credores inclui o montante de 18 561 400 euros (20 896 701 euros em 31
de dezembro de 2012) a pagar no âmbito do processo de contra-ordenação instaurado pela
Autoridade da Concorrência Alemã.
A rubrica Outras dívidas a terceiros não correntes inclui o montante de 35 727 688 euros (42
552 874 euros à data de 31 de dezembro de 2012) referentes ao diferimento de
rendimentos com subsídios ao investimento.
68
29.
BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO
Diversas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus
empregados prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice,
invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem
numa percentagem crescente em função do número de anos de serviço do trabalhador,
aplicada à tabela salarial negociada anualmente. Existem, ainda, subsidiárias que estão
sujeitas a obrigação legal de pagar aos seus funcionários determinadas prestações
pecuniárias no momento de aposentação dos mesmos.
O valor atual das responsabilidades por benefícios definidos é avaliado anualmente através
de estudos atuariais realizados com base no método “Projected Unit Credit”. Os
pressupostos atuariais utilizados nas avaliações efetuadas em 31 de dezembro de 2013 e
2012, foram os seguintes:
Glunz AG
31.12.13
31.12.12
Tábua de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de rendimento do fundo
Taxa técnica atuarial
Taxa de crescimento das pensões
Richttafeln
2005 G
2,0%
3,5%
3,5%
1,75%
Richttafeln
2005 G
0.0%
3,8%
5,0%
1,75%
Alemanha
GHP GmbH
Tool GmbH
31.12.13
31.12.12
31.12.13
31.12.12
Richttafeln
2005 G
0,0%
3,5%
3,5%
1,75%
África do Sul
31.12.13
31.12.12
Tábua de mortalidade
Taxa de crescimento salarial
Taxa de rendimento do fundo
Taxa técnica atuarial
Taxa de crescimento das pensões
Taxa de crescimento da obrigação por
depesas de saúde
PA(90)-2
PA(90)
8,0%
9,5%
9,5%
5,3%
7,7%
8,2%
8,2%
5,0%
1,2%
0,0%
Richttafeln
2005 G
0,0%
3,8%
5,0%
1,75%
Richttafeln
2005 G
0,0%
3,5%
3,5%
1,75%
Richttafeln
2005 G
0,0%
3,8%
5,0%
1,75%
França
31.12.13
31.12.12
INSEE 2006- INSEE 20062008
2008
2,0%
2,0%
3,0%
2,75%
-
Impaper
31.12.13
31.12.12
Richttafeln
2005 G
2,0%
3,5%
3,5%
1,75%
Richttafeln
2005 G
0,0%
3,8%
5,0%
1,75%
Portugal
31.12.13
31.12.12
TV 88/90
TV 88/90
3,0%
3,3%
4,0%
0,0%
3,0%
2,7%
5,5%
0,0%
69
Os planos de benefícios, constituídos em exercícios anteriores por diversas sociedades do
Grupo, são os seguintes:
África do Sul:
A Sonae Novobord (PTY) Ltd. dispõe do seguinte esquema de benefícios pós-emprego
aos seus colaboradores:
Plano de contributos definidos, que compreende um conjunto de ativos afetos a
um fundo gerido por entidade terceira. A obrigação da sociedade consiste na
entrega ao fundo das contribuições definidas. Durante o exercício foi reconhecido
na rubrica Gastos com o pessoal, da Demonstração consolidada de resultados, o
montante de 511 710 euros. À data de 31 de dezembro de 2013 não existiam
contribuições devidas e não pagas ao fundo;
Plano de benefícios definidos, com fundo constituído, gerido por entidade terceira,
nos termos da legislação sul-africana sobre fundos de pensões. O valor presente
do passivo por benefícios definidos é calculado de acordo com a Norma
Internacional de Contabilidade nº. 19, tendo em consideração a legislação
aplicável, com recurso a estudos atuariais realizados por entidade independente.
Este plano compreende responsabilidades por pensões de reforma por velhice,
pensões por morte em serviço e pensões de sobrevivência (pensões pagas ao
cônjuge sobrevivo).
Esquema de comparticipação em despesas de saúde realizadas após a data de
reforma dos colaboradores abrangidos, segundo o qual a empresa comparticipará
50% das despesas de saúde elegíveis.
A taxa técnica atuarial de 9,5%, utilizada no cálculo da responsabilidade por
benefícios definidos da Sonae Novobord (Pty) Ltd, corresponde à taxa de
rendimento das obrigações governamentais sul-africanas de cupão zero com
vencimento correspondente à duração média estimada do passivo por benefícios
definidos. Esta taxa de retorno foi obtida a partir da curva de rendimento das
obrigações governamentais sul-africanas de cupão zero, publicada pela “Bond
Exchange of South Africa”, tendo em consideração que o mercado de obrigações
corporativas não está suficientemente desenvolvido neste país.
A duração média estimada do passivo por benefícios definidos registado pela
Sonae Novobord (Pty) Ltd é de 16,9 anos.
70
De acordo com o estudo atuarial efetuado em 31 de dezembro de 2013, o valor do
passivo por benefícios definidos ascendia a 851 535 euros.
Alemanha:
A Glunz AG, a GHP GmbH, a Tool GmbH e a Impaper Europe GmbH & Co. KG dispõem
de planos de benefícios definidos, com fundo constituído, calculado de acordo com a
Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em estudos atuariais levados a
cabo por entidade independente.
A taxa técnica atuarial de 3,5%, utilizada no cálculo das responsabilidades por benefícios
definidos das subsidiárias alemãs, corresponde à taxa média ponderada obtida por
aplicação da curva de rendimento de obrigações corporativas de elevada qualidade, que
é calculada a partir da informação publicada pela Bloomberg sobre obrigações
corporativas com nível de “rating” de pelo menos AA conferido por pelo menos uma das
principais agências internacionais de “rating”.
A duração média do passivo por benefícios definidos registado é a seguinte:
- Glunz AG: 11,64 anos;
- GHP GmbH: 21,74 anos;
- Tool GmbH: 18,45 anos;
- Impaper Europe GmbH & Co. KG: 22,89 anos.
De acordo com os estudos atuariais realizados à data de 31 de dezembro de 2013, o
valor dos passivos por benefícios definidos destas sociedades ascendia a 20 941 758
euros.
França:
A Isoroy SAS e a Darbo SAS, SA estão obrigadas a pagar, no momento de reforma dos
seus colaboradores, uma quantia definida nos termos do acordo coletivo de trabalho do
setor.
A taxa técnica atuarial de 3%, utilizada no cálculo da responsabilidade por benefícios
definidos das subsidiárias francesas, corresponde à taxa de retorno de obrigações
corporativas com classificação de risco AA e vencimento a mais de 10 anos, do índice
Markit iBoxx.
A duração média do passivo por benefícios definidos registado é a seguinte:
- Isoroy SAS: 11,1 anos;
- Darbo SAS: 10,2 anos.
71
A responsabilidade das duas sociedades foi avaliada por estudo atuarial efetuado à data
de 31 de dezembro de 2013 e ascendia a 1 279 800 euros.
Portugal:
Diversas sociedades do Grupo dispõem de um plano de benefícios definidos, com fundo
constituído, gerido por entidade terceira e calculado de acordo com a Norma
Internacional de Contabilidade nº 19, com base em estudos atuariais levados a cabo por
entidade independente. Estão abrangidos os trabalhadores de seis sociedades
contratados até 31 de dezembro de 1994 que, a partir do momento da reforma e até ao
termo da vida, receberão mensalmente uma renda correspondente a 20% do seu salário
à data de reforma. Os trabalhadores abrangidos têm a possibilidade de optar pelo
recebimento de uma quantia no momento de reforma, em alternativa à renda mensal.
A taxa técnica atuarial de 4%, utilizada no cálculo da responsabilidade por benefícios
definidos das subsidiárias portuguesas, foi obtida a partir das curvas de rendimento das
obrigações corporativas de cupão zero de elevada qualidade, da zona euro, acrescida de
um spread, determinado com base no índice iTraxx Europe Main.
A duração média estimada do passivo por benefícios definidos registado pelas
subsidiárias portuguesas é de 20 anos.
Com base no estudo atuarial efetuado em 31 de dezembro de 2013, o passivo por
benefícios definidos ascendia a 2 578 735 euros.
O principal risco a que estes planos de benefícios definidos expõem o Grupo é o risco de
liquidez. À data de 31 de dezembro de 2013, os ativos afetos aos planos representavam
21,9% (20,8% em 31 de dezembro de 2012) da obrigação de benefícios definidos. Este
risco é, contudo, mitigado pelo facto de as obrigações de benefícios definidos do Grupo
terem um prazo médio de vencimento bastante longo, e pelo facto de os trabalhadores
abrangidos não reterem direito aos benefícios no caso de cessarem a relação de trabalho
com o Grupo.
O movimento ocorrido nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 no valor
presente das obrigações de benefícios definidos pode ser decomposto como segue:
72
31.12.2013
Plano sem
fundo
constituído
(+)
(+)
(+)
(+)
Plano com
fundo
constituído
31.12.2012
Reapresentado
Plano sem
fundo
constituído
Total
Saldo inicial do valor presente das obrigações de benefícios definidos
Custo de juros
Custo do serviço corrente
Perdas / (Ganhos) atuariais, dos quais:
Resultantes de alterações de pressupostos financeiros
Resultantes de alterações de pressupostos demográficos
(+) Custos reconhecidos por serviços passados
(-) Pensões pagas
(+) Atualização cambial
2 405 594
113 978
85 942
- 72 433
- 193 883
74 141
- 21 070
120 640
- 260 038
32 623 748
1 375 759
435 792
- 957 291
252 855
191 341
- 290 906
1 939 680
-1 201 971
35 029 342
1 489 737
521 734
-1 029 724
58 972
265 482
- 311 976
2 060 319
-1 462 009
2 285 158
141 280
73 866
71 566
ND
ND
(=) Saldo final do valor presente das obrigações de benefícios definidos
2 131 335
30 045 451
32 176 785
Plano com
fundo
constituído
Total
100 008
- 66 268
29 130 162
1 569 098
427 174
3 577 494
ND
ND
- 131 245
1 636 397
- 312 536
31 415 320
1 710 378
501 040
3 649 060
ND
ND
- 131 245
1 736 405
- 378 804
2 405 594
32 623 749
35 029 344
ND – não disponível.
Durante os exercícios de 2013 e 2012, o justo valor dos ativos dos planos registou os
seguintes movimentos:
31.12.2013
(+) Saldo inicial do justo valor dos ativos do plano
(+) Contribuição para os ativos do plano, das quais:
Empregados
Empregador
(+) Remensurações
(-) Pagamento de pensões
(+) Atualização cambial
(=) Saldo final do justo valor dos ativos do plano
31.12.2012
Reapresentado
7 349 940
696 876
24 583
672 293
811 502
629 855
- 1 167 623
6 210 537
694 699
99 614
595 086
962 378
292 548
- 225 303
7 060 839
7 349 763
Os ativos afetos aos planos de benefícios definidos não incluem ativos mobiliários da
Sociedade e suas subsidiárias nem ativos ocupados ou utilizados pelo Grupo.
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, o valor das responsabilidades por benefícios
definidos reconhecidos na Demonstração consolidada de posição financeira é detalhado
como segue:
31.12.2013
(+) Valor presente das obrigações de benefícios definidos
(-) Justo valor dos ativos do plano
(+) Limite máximo dos ativos
(=) Passivo de benefícios definidos
32 176 785
7 060 839
535 882
25 651 828
31.12.2012
Reapresentado
35 029 344
7 349 763
27 679 582
73
O efeito destas responsabilidades na rubrica Gastos com pessoal das Demonstrações
consolidadas de resultados dos exercícios de 2013 e 2012 é o seguinte:
31.12.2013
(+)
(+)
(+)
(+)
(+)
Custo de juros
Custo do serviço corrente
Custos reconhecidos por serviços passados
Contribuições dos empregados
(Aumento) / diminuição do justo valor nos ativos do fundo
31.12.2012
Reapresentado
1 489 737
521 734
- 311 976
- 24 583
- 422 820
1 252 092
1 649 469
493 309
- 131 245
- 37 897
- 414 462
1 559 174
A sensibilidade da obrigação por comparticipação em despesas de saúde pode ser
analisada como segue:
2013
Base de
valorização
- 1,0 pp
-1,0%
Obrigação por benefícios definidos
0,0%
971 329
851 466
+ 1,0 pp
- 1,0 pp
+1,0%
-1,0%
752 129
2012
Base de
valorização
1 281 282
+ 1,0 pp
0,0%
+1,0%
1 122 151
984 411
A base de valorização refere-se à taxa de crescimento da obrigação, incluída nos pressupostos
atuariais divulgados anteriormente.
A
sensibilidade
da
obrigação
por
benefícios
definidos,
excluindo
o
esquema
de
comparticipação em despesas de saúde, é a seguinte:
-0,5 pp
Obrigação por benefícios definidos
33 628 220
2013
Base de
valorização
+0,5 p
31 325 319 29 233 630
A base de valorização refere-se à taxa técnica atuarial incluída nos pressupostos atuariais
divulgados anteriormente.
74
A alteração de política contabilística referida na alínea a) da nota 3 teve os seguintes efeitos na
Demonstração consolidada de posição financeira à data de 31 de dezembro de 2012:
Ativos por impostos diferidos
Total do ativo
Outro rendimento integral acumulado
Interesses que não controlam
Total do capital próprio
Benefícios pós-emprego
Total do passivo
30.
Reapresentado
(a)
Publicado
(b)
Diferença
(a) - (b)
25 046 395
1269 874 674
24 189 158
1269 017 527
857 237
857 147
- 380 018
- 939 705
131 945 011
2 792 960
- 900 628
135 157 066
-3 172 978
- 39 077
-3 212 055
27 679 582
1269 874 764
23 610 290
1269 017 527
4 069 292
857 237
FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Fornecedores, da Demonstração
consolidada de posição financeira, apresentava as seguintes maturidades:
MATURIDADE DE FORNECEDORES
31.12.2013
A Pagar a
< 90 dias
90 - 180 dias
> 180 dias
31.
31.12.2012
152 855 419
2 069 288
1 455 707
156 380 414
176 272 220
1 287 393
24 789
177 584 402
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVO CORRENTE)
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Estado, incluída no passivo corrente,
apresentava a seguinte decomposição:
31.12.2013
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o rendimento
Imposto sobre o valor acrescentado
Contribuições para a segurança social
Outros
3 005 507
2 808 408
4 348 791
2 096 325
12 259 031
31.12.2012
1 576 844
4 391 247
4 911 613
3 223 897
14 103 601
75
32.
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica Outros passivos correntes pode ser
detalhada como segue:
31.12.2013
Accionistas
Instrumentos financeiros derivados
Fornecedores de ativos fixos tangíveis
Outros credores
Instrumentos financeiros
Outros credores
Custos a pagar:
Seguros
Custos com o pessoal
Encargos financeiros
Descontos de quantidade
Fornecimentos e serviços externos
Outros
Proveitos diferidos:
Subsídios ao investimento
Outros
Passivos não abrangidos pela IFRS 7
Total
31.12.2013
< 90 dias
31.12.2012
20 334
4 149 672
6 967 919
11 137 925
1 882 693
20 334
61 264
2 875 665
5 677 545
8 634 808
1 669 098
194 182
16 516 517
7 048 783
17 312 464
10 529 871
8 127 030
628 951
24 677 139
5 024 275
15 882 431
13 057 777
8 577 830
7 604 044
784 477
70 000 061
7 813 852
148 938
77 480 291
81 137 986
86 115 099
90 - 180 dias
> 180 dias
Total
Maturidade dos Fornecedores de ativos fixos tangíveis correntes
3 481 071
242 345
426 256
4 149 672
Maturidade dos Outros Credores correntes
6 704 969
31 887
231 063
6 967 919
10 186 040
274 232
657 319
11 117 591
31.12.2012
< 90 dias
90 - 180 dias
> 180 dias
Total
Maturidade dos Fornecedores de ativos fixos tangíveis correntes
2 873 811
1 854
2 875 665
Maturidade dos Outros Credores correntes
4 745 901
506 650
424 994
5 677 545
7 619 712
508 504
424 994
8 553 210
76
33.
PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS
O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas, durante os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foi o seguinte:
31.12.2013
Descrição
Saldo inicial
Variação
cambial
Perdas por imparidade:
Ativos fixos tangíveis
Goodwill
Ativos intangíveis
Outros ativos não correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Subtotal perdas por imparidade
19 242
10 931 182
25 156 732
16 111
69 046 101
Provisões:
Processos judiciais em curso
Garantias a clientes
Restruturações
Outras
Subtotal provisões
2 150 693
690 770
10 911 412
5 638 746
19 391 621
- 362
- 85 774
- 6 025
- 92 161
Subtotal perdas por imparidade e provisões
88 437 722
- 859 448
Outras perdas:
Investimentos
36 985 875
Ajuste ao valor realizável líquido dos inventários
Total
32 922 834
8 833 140
134 256 737
Aumento
Utilização
Reversão
41 741 500
7 727 749
6 736 192
- 767 287
4 557 159
2 204 475
- 767 287
54 026 408
8 940 667
126 114
86 800
91 458
304 372
187 000
42 611
8 464 460
4 234 448
12 928 519
1 885 430
54 330 780
12 928 519
10 826 097
Outras
Variações
1 445 529
69 373 671
7 727 749
19 242
10 931 182
- 1 965 281
24 776 848
- 12 609
3 502
- 532 361 112 832 194
- 26 529
1 885 430
Saldo final
3 994 190
3 967 661
2 063 278
647 797
562 548
5 483 921
8 757 544
3 435 300 121 589 738
36 985 875
- 77 864
- 937 312
4 889 219
59 219 999
12 928 519
5 921 981
16 748 078
- 893 321
6 829 193
2 541 979 165 404 806
2012
Descrição
Saldo inicial
Perdas por imparidade:
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Outros ativos não correntes
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Subtotal perdas por imparidade
33 529 610
19 242
10 931 182
23 911 465
19 628
68 411 127
Provisões:
Processos judiciais em curso
Garantias a clientes
Restruturações
Outras
Subtotal provisões
Subtotal perdas por imparidade e provisões
Outras perdas:
Investimentos
Ajuste ao valor realizável líquido dos inventários
Total
Variação
cambial
Variação
de perímetro
Aumento
Utilização
Reversão
Outras
Variações
Saldo final
30 788
48 867 592
3 933 541
- 45 571 615
- 199 079
9 497 471
4 265 976
- 168 291
58 365 063
8 199 517
- 3 787 149
- 3 517
- 49 362 281
8 445 337
858 616
745 571
4 481 993
14 531 517
151
- 16 548
5 923
- 10 474
273 173
18 913
14 556 730
2 361 638
17 210 454
2 005 808
62 000
4 321 691
1 123 161
7 512 660
2 719 741
124 910
52 650
34 556
2 931 857
- 53 091
- 1 895 359
2 150 693
690 770
10 911 412
5 638 746
19 391 621
82 942 644
- 178 765
75 575 517
7 512 660
11 131 374
- 51 257 640
88 437 722
37 005 998
7 836 654
127 785 296
- 13 224
- 191 989
7 031 388
82 606 905
7 512 660
5 638 036
16 769 410
- 20 123
- 383 642
- 51 661 405
36 985 875
8 833 140
134 256 737
- 1 842 268
32 922 834
19 242
10 931 182
25 156 732
16 111
69 046 101
Na Demonstração consolidada de posição financeira, as perdas por imparidade são
deduzidas ao valor do correspondente ativo.
77
Os aumentos e utilizações/reversões de provisões e perdas por imparidade encontram-se
incluídos nas seguintes rubricas da Demonstração consolidada de resultados:
Perdas
Custo das vendas
Variação da produção
Provisões e perdas por imparidade
Gastos com pessoal
Total (Demonstração Consolidada de Resultados)
2013
Ganhos
Total
Perdas
2012
Ganhos
Total
1 417 373
3 471 846
54 288 169
42 611
2 094 676
3 827 304
22 404 744
1 349 873
- 677 303
- 355 458
31 883 425
- 1 307 262
2 367 053
3 692 864
27 715 417
2 023 877
3 417 048
14 531 302
343 176
275 816
13 184 115
59 219 999
29 676 597
29 543 402
82 606 905
24 282 070
58 324 835
Perdas por imparidade
Na coluna “Outras variações” são incluídos os movimentos de perdas por imparidade
efetuados na sequência da alienação ou abate dos ativos com os quais estão relacionadas.
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos registados em perdas
por imparidade detalham-se como segue:
- O aumento de perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis diz respeito,
essencialmente, a ativos localizados em Portugal, Espanha, França e Alemanha,
em relação aos quais foram realizados testes de imparidade individuais;
- A reversão de perdas por imparidade em ativos fixos tangíveis diz respeito a
ativos localizados em Portugal e Espanha, em relação aos quais foram realizados
testes de imparidade individuais;
- O aumento de perdas por imparidade em goodwill diz respeito às unidades
geradoras de caixa localizadas em França (6 027 024 euros) e na Península
Ibérica (1 700 000 euros).
Provisões
À data de 31 de dezembro de 2013, os saldos de provisões podiam decompor-se como
segue:

Provisões para processos judiciais em curso: inclui, designadamente, uma
estimativa de compensação a ex-trabalhadores, no âmbito de anteriores processos
de reestruturação, no montante de 1 313 mil euros. Não é possível estimar o
período em que estas provisões serão utilizadas.
78

Outras Provisões: inclui, nomeadamente, 1 401 mil euros, estimado para fazer face
a responsabilidades de natureza ambiental, 2 934 mil euros, para responsabilidades
por outros benefícios de longo prazo a empregados (prémios de antiguidade que
não configuram planos de benefícios definidos), e 761 mil euros para
responsabilidades por impostos. Não é possível estimar o período em que estas
provisões serão utilizadas.
Durante o exercício, não foram registados montantes significativos relativos à contabilização
de provisões pelo valor atual das responsabilidades estimadas.
A rubrica Provisões e perdas por imparidade, da Demonstração consolidada de resultados,
encontra-se detalhada por segmento geográfico na nota 44.
34.
LOCAÇÕES OPERACIONAIS
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012 o Grupo detinha contratos irrevogáveis de
locação operacional cujas rendas vencem como segue:
Pagamentos mínimos
de locação operacional
31.12.2013
31.12.2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Após 2018 (2017)
4 669 076
2 302 536
1 364 308
560 910
115 859
16 366
9 029 055
5 253 314
3 783 291
2 003 812
1 206 185
486 993
279 211
13 012 806
Durante o exercício de 2013, o Grupo registou na rubrica Fornecimentos e serviços
externos, da Demonstração consolidada de resultados, rendas referentes a contratos de
locação operacional no montante de 7 956 mil euros (8 828 mil euros no exercício de 2012).
79
35.
PARTES RELACIONADAS
35.1. Os saldos e transações registados durante o exercício com entidades relacionadas,
podem ser resumidos como segue:
Saldos
Contas a receber
31.12.2013
Contas a pagar
31.12.2012
31.12.2013
31.12.2012
Outras filiais da empresa-mãe
284 452
389 944
1 561 097
1 658 251
Empreendimentos conjuntos
116 434
252 425
307 807
303 707
Transações
Rendimentos
31.12.2013
Gastos
31.12.2012
31.12.2013
31.12.2012
Outras filiais da empresa-mãe
1 184 444
1 144 612
7 347 030
7 428 946
Empreendimentos conjuntos
3 744 862
4 711 949
5 656 688
8 344 364
35.2. A remuneração dos membros do Conselho de Administração da Sociedade pode ser
decomposto como segue:
31.12.2013
Benefícios de curto prazo
Benefícios de médio prazo
1 398 573
42 400
1 440 973
31.12.2012
1 431 501
46 224
1 477 725
O valor de benefícios de médio prazo referente ao exercício de 2013, incluído no quadro
anterior, refere-se ao valor registado na rubrica Gastos com pessoal que diz respeito aos
elementos do Conselho de Administração.
À data de 31 de dezembro de 2013 não havia benefícios pós-emprego atribuídos aos
membros do Conselho de Administração da Sociedade.
35.3. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade registou nas
presentes demonstrações financeiras consolidadas os seguintes honorários pagos à
sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC,
Lda e respetiva rede internacional:
80
31.12.2013
Honorários totais referentes à revisão legal das contas anuais
Honorários totais referentes a outros serviços de garantia de fiabilidade
Honorários totais referentes a outros serviços de consultoria fiscal
36.
31.12.2012
400 124
35 840
403 905
36 808
435 964
440 713
OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica Outros rendimentos e ganhos, da Demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2013 e 2012, detalha-se como segue:
31.12.2013
Ganhos na alienação de investimentos não correntes
Ganhos na alien. e abate de prop. invest., ativos tang. e intang.
Rendimentos suplementares
Subsídios ao investimento
Restituição de impostos
Diferenças de câmbio favoráveis
Outros
66 515
1 754 975
9 655 118
7 186 656
5 105 618
1 871 261
3 224 319
28 864 462
31.12.2012
98 948
372 692
10 357 713
11 151 058
4 382 222
1 602 814
6 434 804
34 400 251
A rubrica Restituição de impostos inclui 4,6 milhões de euros de recuperação de impostos
incorridos aquando do consumo de gás e eletricidade (registados na rubrica Fornecimentos
e Serviços Externos), e reembolsados em função dos indicadores de eficiência energética
verificados.
37.
OUTROS GASTOS E PERDAS
A rubrica Outros gastos e perdas, da Demonstração consolidada de resultados dos
exercícios de 2013 e 2012, tem a seguinte composição:
31.12.2013
Impostos
Perdas na alienação de investimentos não correntes
Perdas na alien. e abate de prop. invest., ativos tang. e intang.
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Outros
38.
31.12.2012
7 185 969
5 840 832
852 507
1 536 092
2 805 662
1 990 177
14 370 407
72 585
2 839 663
2 241 429
3 092 401
14 086 910
GASTOS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Durante o exercício de 2013, o Grupo registou em diversas rubricas da Demonstração
consolidada de resultados, gastos em investigação e desenvolvimento no montante de 1
048 458 euros (1 260 963 euros no exercício de 2012).
81
39.
RUBRICAS OPERACIONAIS RECORRENTES E NÃO RECORRENTES
As rubricas de natureza operacional da Demonstração consolidada de resultados
apresentam a seguinte decomposição quanto à sua recorrência:
Reapresentado
31.12.2013
Recorrente
Vendas
Prestação de serviços
Outros rendimentos e ganhos
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Perdas por imparidade em clientes (aumentos/reduções)
Outros gastos e perdas
1227 148 384
3 826 375
25 921 670
(645 570 401)
1 053 238
(332 516 969)
(185 707 130)
(2 352 684)
(11 558 260)
Resultado operacional antes de amortizações,
depreciações, provisões e perdas por imparidade
(exceto clientes)
40.
80 244 223
31.12.2013
Não recorrente
581 162
2 942 792
99 215
( 751 267)
(4 551 244)
(10 513 413)
(2 812 147)
(15 004 902)
312.12.2013
Total
31.12.2012
Recorrente
1227 729 546
3 826 375
28 864 462
(645 471 186)
301 971
(337 068 213)
(196 220 543)
(2 352 684)
(14 370 407)
1316 690 424
4 339 792
29 783 632
(679 064 964)
1 496 556
(356 731 051)
(202 350 270)
(5 177 984)
(9 956 210)
65 239 321
31.12.2012
Não recorrente
99 029 925
4 616 619
( 435 521)
(2 033 223)
( 90 074)
(4 130 700)
(2 072 899)
31.12.2012
Total
1316 690 424
4 339 792
34 400 251
(679 064 964)
1 496 556
(357 166 572)
(204 383 493)
(5 268 058)
(14 086 910)
96 957 026
RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos exercícios de 2013 e 2012 têm a seguinte composição:
Gastos financeiros:
Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários
relativos a obrigações não convertiveis
relativos a contratos de locação financeira
outros
Diferenças de câmbio desfavoráveis
relativas a empréstimos
Descontos de pronto pagamento concedidos
Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados
Outros gastos e perdas financeiros
19 005 011
11 144 110
3 860 246
2 729 896
36 739 263
15 069 447
10 720 660
4 032 610
1 990 622
31 813 339
3 745 718
3 745 718
6 809 577
6 809 577
15 951 091
240 986
6 932 974
63 610 032
16 009 211
9 800 890
6 605 924
71 038 941
31.12.2013
Rendimentos financeiros:
Juros obtidos
relativos a depósitos bancários
relativos a empréstimos a empresas relacionadas
relativos a empréstimos a operações descontinuadas
outros
Diferenças de câmbio favoráveis
relativas a empréstimos
Descontos de pronto pagamento obtidos
Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados
Outros rendimentos e ganhos financeiros
Resultados financeiros
34 023
31.12.2012
118 060
152 083
574 524
128 992
2 402 363
345 218
3 451 097
3 393 729
3 393 729
7 267 571
7 267 571
803 229
595 348
91 798
5 036 187
759 423
6 916 077
1 848 009
20 242 177
- 58 573 845
- 50 796 764
82
41.
IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios de 2013 e 2012 são
detalhados como segue:
31.12.2013
Imposto corrente
Imposto diferido
31.12.2012
7 243 170
- 26 632 078
- 19 388 908
5 554 539
10 073 463
15 628 002
A reconciliação do resultado consolidado antes de impostos das operações que continuam
com o imposto sobre o rendimento do exercício consolidado pode ser apresentada da
seguinte forma:
Resultado antes de imposto das operações que continuam
Taxa imposto
Imposto expectável a 25%
31.12.2013
31.12.2012
-98 305 038
-39 212 302
25.00%
25.00%
-24 576 261
-9 803 076
Difª. em taxas de imposto estrangeiras
(+)
-6 459 603
-4 395 419
Efeito de impostos provinciais/municipais
(+)
868 034
488 655
Ajustamentos de consolidação
(-)
-3 313 554
3 267 143
Diferenças permanentes
Custos não dedutíveis
Proveitos não tributados
(+)
(-)
5 756 854
1 131 598
5 159 895
874 706
Prejuízos fiscais reportáveis
Ativo por imposto diferido registado, sobre prejuízos fiscais de exercícios anteriores
Ativo por imposto diferido não registado (não conformidade IAS 12)
Utilização de prejuízos fiscais reportáveis cujo imposto diferido não foi registado em exercícios anteriores
Imposto diferido revertido
(+)
(-)
(+)
(+)
-4 123 937
-6 423 428
- 621 598
1 474 000
-17 050 828
- 411 076
9 616 397
Passivo por imposto diferido referente a depreciações compensado
(-)
1 747 813
107 988
Efeito de alteração das taxas de imposto
(+)
135 747
Outros
(+)
1 300 285
1 955 659
-19 388 908
15 628 002
Imposto sobre o rendimento
83
42.
RESULTADOS DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, os resultados da subsidiária Sonae
Industria (UK), Ltd passaram a ser incluídos na rubrica Resultados depois de Impostos das
operações descontinuadas, da Demonstração consolidada de resultados, na sequência da
descontinuação da atividade produtiva na unidade industrial de Knowsley, Inglaterra. Esta
rubrica apresenta o seguinte detalhe:
31.12.2012
Vendas
Prestações de serviços
Outros rendimentos e ganhos
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas por imparidade (aumentos / reduções)
Outros gastos e perdas
Resultado operacional
24 655 551
850 424
25 749 830
13 506 940
1 975 672
12 250 156
14 131 917
2 936 231
43 747 367
3 307 438
- 40 599 916
Gastos financeiros
Rendimentos financeiros
Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas
Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos das operações descontinuadas
- 45 211 595
Imposto sobre o rendimento
Resultado líquido das operações descontinuadas
- 45 211 595
Atribuível a:
Accionistas da Empresa-Mãe
Interesses que não controlam
5 017 199
405 520
- 44 661 686
- 549 909
Os fluxos de caixa referentes às operações descontinuadas incluídos linha a linha na
Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de
2012, detalham-se da seguinte forma:
31.12.2012
Actividades operacionais
Actividades de investimento
Actividades de financiamento
3 711 002
14 031 213
- 15 902 699
84
43.
RESULTADOS POR AÇÃO
Os resultados por ação do exercício foram calculados tendo em consideração os seguintes
montantes:
31.12.2013
31.12.2012
Resultado líquido
Resultado líquido
das operações
que continuam
total
das operações das operações
que continuam descontinuadas
total
Resultados
Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico
(Resultado líquido do exercício)
- 78 045 917
- 78 045 917
- 54 215 194
- 44 661 686
- 98 876 879
- 78 045 917
- 78 045 917
- 54 215 194
- 44 661 686
- 98 876 879
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
140 000 000
Resultado básico por ação
-0.5575
-0.5575
-0.3873
-0.3190
-0.7063
Resultado diluído por ação
-0.5575
-0.5575
-0.3873
-0.3190
-0.7063
Efeito das ações potenciais
Juro das obrigações convertíveis (líquido de imposto)
Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído
Número de ações
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado
líquido por ação básico
Efeito das ações potenciais decorrentes das obrigações convertíveis
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado
líquido por ação diluído
44.
INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
A atividade principal do Grupo consiste na produção e comercialização de painéis
aglomerados de madeira e produtos derivados destes, através de instalações fabris e
comerciais localizadas em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suíça,
Países Baixos, Canadá e África do Sul.
À data de 31 de dezembro de 2012, os segmentos relatáveis identificados, de acordo com o
sistema interno de relato de informação financeira ao órgão decisor, pelos quais existe um
elemento responsável que integra o órgão de gestão decisor, eram os seguintes:
Europa;
Resto do Mundo.
Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, ocorreram alterações organizacionais
com efeitos nos segmentos relatáveis identificados, que passaram a ser:
Europa do Norte;
Europa do Sul;
Resto do Mundo.
85
O rédito de cada segmento relatável deriva, principalmente, da produção e venda de painéis
aglomerados de madeiros e seus derivados.
As principais rubricas de natureza operacional da Demonstração consolidada de resultados
distribuem-se pelos segmentos relatáveis da seguinte forma:
Volume de negócios
Externo
31.12.2013
Intersegmento
31.12.2012
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
495 720 051
543 373 843
36 551 635
40 264 828
Europa do Sul
Operações que continuam
470 913 494
470 913 494
495 316 480
495 316 480
24 769 561
24 769 561
37 940 721
37 940 721
Resto do mundo
264 922 375
282 339 892
1231 555 921
1321 030 216
61 321 196
78 205 550
Total dos segmentos
Europa do Sul
Operações descontinuadas
25 505 975
O volume de negócios compreende as rubricas Vendas e Prestação de serviços, da
Demonstração consolidada de resultados.
Custo das vendas
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
281 067 981
287 481 626
Europa do Sul
Operações que continuam
229 350 447
229 350 447
244 358 526
244 358 526
Resto do mundo
135 052 758
147 224 811
Total dos segmentos
645 471 186
679 064 964
Europa do Sul
Operações descontinuadas
13 506 940
86
Fornecimentos e serviços externos
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
127 456 981
138 873 480
Europa do Sul
Operações que continuam
151 584 441
151 584 441
156 339 295
156 339 295
58 026 790
61 953 797
337 068 213
357 166 572
Resto do mundo
Total dos segmentos
Europa do Sul
Operações descontinuadas
12 250 156
Amortizações e depreciações
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
28 229 008
28 345 531
Europa do Sul
Operações que continuam
28 880 136
28 880 136
29 092 126
29 092 126
Resto do mundo
17 634 465
19 885 730
Total dos segmentos
74 743 609
77 323 387
Europa do Sul
Operações descontinuadas
2 936 231
Provisões e perdas por imparidade
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
Europa do Sul
Operações que continuam
Resto do mundo
Total dos segmentos
Europa do Sul
Operações descontinuadas
6 368 481
-4 647 324
25 731 692
25 731 692
17 845 502
17 845 502
- 216 747
- 14 063
31 883 425
13 184 115
43 747 367
87
Resultado operacional
31.12.2013
Europa do Norte
Europa do Sul
Operações que continuam
-7 919 808
22 447 031
-51 119 565
-51 119 565
-24 202 532
-24 202 532
20 004 344
13 473 083
-39 035 029
11 717 582
Resto do mundo
Total dos segmentos
31.12.2012
Europa do Sul
Operações descontinuadas
-40 599 916
Os rendimentos e os gastos financeiros não estão incluídos no sistema interno de relato de
informação financeira ao órgão de gestão decisor.
O volume de negócios das operações que continuam distribui-se pelos mercados em que se
localizam os clientes, da seguinte forma:
2013
Localização do cliente
'000 eur
Alemanha
América do Norte
Portugal
Espanha
França
África do Sul
Reino Unido
Outros
Total
326 663 169
176 935 731
122 353 270
120 286 264
96 874 187
90 019 244
27 020 972
271 403 084
27%
14%
10%
10%
8%
7%
2%
22%
1 231 555 921
100%
2012
Localização do cliente
Alemanha
América do Norte
Espanha
Portugal
África do Sul
França
Reino Unido
Outros
Total
'000 eur
294 979 956
176 986 900
138 924 522
117 430 055
106 000 509
101 658 330
48 431 976
336 617 968
22%
13%
11%
9%
8%
8%
4%
25%
1 321 030 216
100%
88
O sistema de relato interno de informação financeira não inclui informação sobre ativos e
passivos segmentais. Os ativos não correntes, incluídos nas rubricas Ativos fixos tangíveis,
Ativos intangíveis, Goodwill, Propriedades de investimento e Outros ativos não correntes, da
Demonstração consolidada de posição financeira, distribuem-se pelos segmentos relatáveis
da seguinte forma:
31.12.2013
31.12.2012
Europa do Norte
302 959 398
239 853 486
Europa do Sul
391 337 437
424 233 028
Resto do mundo
208 854 909
244 414 133
Total dos segmentos
903 151 744
908 500 647
Activos Não Correntes (Demonstração
Consolidada de Posição Financeira)
903 151 744
908 500 647
O efeito da revalorização de terrenos e edifícios na rubrica Ativos fixos tangíveis, da
Demonstração consolidada de posição financeira, tem o seguinte detalhe:
31.12.2013
Europa do Norte
46 043 956
Europa do Sul
70 386 435
Resto do mundo
13 426 252
Total dos segmentos
129 856 643
As transações entre os diversos segmentos foram efetuadas a preços de mercado e em
condições idênticas às praticadas entre entidades independentes.
45.
PLANO DE INCENTIVOS DE MÉDIO PRAZO
O Grupo dispõe de um plano de incentivos de médio prazo com as características
apresentadas na nota 2.19.
89
O justo valor dos serviços adquiridos foi determinado por referência ao justo valor das ações
atribuídas, calculado com base na cotação média das ações da Sociedade durante os 30
dias anteriores à data de realização da Assembleia Geral de Acionistas.
O gasto registado na rubrica Gastos com pessoal, da Demonstração consolidada de
resultados, foi integralmente contabilizado segundo as regras aplicáveis aos planos de
transações com base em ações e liquidadas com capital próprio.
31.12.2013
31.12.2012
Saldo inicial Atribuídas Canceladas Saldo final
Saldo inicial Atribuídas Canceladas Saldo final
Nº. de ações
529 338
385 046
126 772
787 612
562 281
32 943
Justo valor
358 415
219 370
85 838
491 947
380 721
22 306
Ano de pagamento
2 016
Gasto com pessoal
130 904
46.
529 338
358 415
2 015
21 459
89 604
Contingências
Em outubro de 2010, a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma nota de liquidação da
autoridade fiscal, de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação, em 2006, da
sua participada Socelpac, SGPS, SA, no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser
considerada em 50% para efeitos de cálculo da matéria coletável em sede de IRC. Por
discordar deste entendimento, a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com
a informação disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a
probabilidade de a referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não
foi efetuado qualquer ajustamento aos montantes de imposto corrente e de ativo por
imposto diferido registados nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.
No final do exercício de 2010, ocorreu um acidente na subsidiária Sonae Industria (UK) Ltd
do qual resultou a morte de dois trabalhadores de uma entidade terceira que efetuavam
trabalhos de manutenção nas instalações fabris desta filial. É opinião da Sociedade que
qualquer responsabilidade em que a mesma venha eventualmente a incorrer, cuja
quantificação não é possível à data de encerramento das presentes demonstrações
financeiras consolidadas, está coberta pela apólice de seguro do Grupo.
Na sequência do acidente ocorrido em junho de 2011 na subsidiária Sonae Industria (UK),
Ltd (nota 3), encontra-se a decorrer um processo judicial contra a mesma, apresentado por
10 000 indivíduos que alegam ter sofrido com a inalação de fumos originados pelo sinistro.
90
É opinião da Sociedade que qualquer responsabilidade em que a mesma venha
eventualmente a incorrer, cuja quantificação não é possível à data de encerramento das
presentes demonstrações financeiras consolidadas, está coberta pela apólice de seguro do
Grupo.
47.
EVENTOS SUBSEQUENTES
Não ocorreram eventos subsequentes relevantes (nota 2.20).
48.
APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de
Administração e autorizadas para emissão em 11 de Março de 2014.
91
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL 

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