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O Malhete
Linhares - ES, Março de 2016
Ano VIII - Nº 83
[email protected]
INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL
UM AUSPICIOSO COMEÇO
No passado dia 14 de fevereiro, na página 29 do jornal italiano Il Sole 24
Ore, o Cardeal Gianfranco Ravasi (foto) publicou, sob o título Cari fratelli
massoni (Queridos Irmãos Maçons) um texto no qual convida ao diálogo
entre a Igreja Católica e a Maçonaria. O Cardeal Ravasi é o Presidente
do Conselho Pontifício para a Cultura, um organismo da Cúria Romana,
o que nos deve alertar para o peso institucional que esta iniciativa terá.
02
OPINIÃO
Março 2016
AS ORDENS INICIÁTICAS E O NÓ DE GÓRDIO
Ir\ José Maurício Guimarães
Or\ de Belo Horizonte-MG
PREMISSAS:
"A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre
investigação da verdade".
"A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas formas; combater os hipócritas que enganam a humanidade; os pérfidos, que a
defraudam e os ambiciosos que a usurpam."
Apesar de a Maçonaria moderna ter se estruturado na Inglaterra em 1717, ela já existia atuante
no século anterior e de maneira germinal em tempos remotos. Foi na Inglaterra que a Maçonaria
alcançou o estágio mais sofisticado de "negócio de
Estado" e desde então, naquela ilha, os Pedreiros
Livres (freemasons) permanecem condescendente
com o sistema monárquico de governo. Foi também nessa boa e velha Inglaterra que, em 1960, foi
formada a banda de "The Beatles", que tanto admiramos, e que não tem nada a ver com a Maçonaria.
Foi na França, com a assistência dos adversários comuns da Coroa Britânica – os escoceses – que
as bases de futuras repúblicas foram moldadas, e
tomadas para si, pelo Rito Escocês a partir de 1786
e no decorrer da história. Menos de setenta anos
separam a Maçonaria como negócio de Estado
monárquico das Maçonarias revolucionárias e
republicanas (Revolução Francesa, 1789-1799),
cujos principais líderes e redatores da Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão foram
maçons.
Não pretendo dizer que a Revolução Francesa
foi exclusivamente "obra da Maçonaria", mesmo
porque toda obra maçônica só é válida quando
abraçada primeiro pelos seus membros e Lojas;
depois pelo povo. Foi também na França que nasceu, em 1915, a insuperável cantora Édith Piaf
(que tanto amamos) e que não tem nada a ver com
a Maçonaria ou com as repúblicas.
A progressiva saída de cena da Maçonaria aconteceu com o surgimento, por um lado, das organizações sindicais durante o século XIX – no Reino
Unido, em 1871, e na França, em 1884 – e por
outro, com o desenvolvimento das modernas universidades, laicas e de caráter estatal, introduzindo-se assim uma relação nova entre os governos,
os trabalhadores e o conhecimento.
No final do século XIX os "segredos" da organização do trabalho (atuação operativa) e os "mistérios" da pesquisa científica (atuação especulativa) passaram das mãos dos maçons para os sindicatos e as universidades – não por descuido da
Maçonaria, mas por vontade própria da legítima
organização maçônica que almeja, em primeiríssimo lugar, o processo civilizatório condenando
qualquer forma de absolutismo ou controle do pensamento.
Não obstante essas realidades históricas, a
Maçonaria do século seguinte (1901-2000) insistiu em preservar os feudos que haviam sido derrubados há mais de um século e meio. O desgaste
advindo dessa peleja é melhor observado em paí-
O Malhete
Informativo Maçônico Online
Publicação da Editora Castro
Circulação em todo o Brasil
Alexandre corta o nó górdio em pintura do século XIX
ses de cultura jovem como o Brasil, pois nos Estados Unidos a Maçonaria vinha se fortalecendo,
nos últimos séculos, mediante projetos sólidos,
abrangentes em termos da república e do interesse
social (ver meu livro "Grande Loja Maçônica de
Minas Gerais, História Fundamentos e Formação", Belo Horizonte, 2014 - III e IV partes).
Entre nós, os prolongados queixumes entremeados de gemidos e gritos de grande pesar face ao
desgosto de que – dizem eles – "a Maçonaria não
está fazendo nada", reflete a consequência de um
absolutismo que insiste num modelo feudal, cuja
natureza intrínseca e oculta é monárquica: muitos
caciques e poucos índios.
Este é o "nó górdio" que ainda não conseguimos desatar (Górdio, segundo a lenda, foi um camponês da Frigia – Anatólia, na moderna Turquia –
coroado rei quando, cumprindo a previsão dos
oráculos, chegou à cidade numa humilde carroça
que ele amarrou numa coluna com um nó impossível de se desatar. Enquanto a carroça ali estivesse,
só ele poderia governar, fazer as leis e julgar.)
Assim permanecem os novos carroceiros que
amarram seus coches nas colunas do Templo da
Sabedoria com um nó desafiante ao poder de seus
súditos. Chega-se ao poder pelo voto democrático,
mas governa-se pelo sistema discricionário – esta
é a regra das novas sociedades INICIÁTICAS
(não só a Maçonaria!!!) onde a educação, o
conhecimento e o poder não são compartilhados
de forma igualitária: uns "sabem" mais que os
outros e o mínimo que dizem saber não compartilham; de igual forma inventam "histórias para bois
dormirem", enquanto a vaca vai para o brejo.
Voltemos à Frigia do ano 340 A.C., quando Alexandre, o Grande, ouviu a história do nó górdio e,
intrigado com a questão, foi até o templo e, após
muito analisar, desembainhou sua espada e cortou
o nó com um único golpe.
Onde estarão os Alexandres hoje?
Parafraseando Fiedrich Hegel, ouso apreciar o
que acontece com quaisquer outros fatos do passado, refiram-se eles aos costumes, às leis, etc. –
fatos pertencentes à história que a miopia do Séculos XX e do atual Século XXI insiste, à custa de
cultuar a estupidez, em classificá-los sem nenhuma relação com a vida presente. E por melhor que
os verdadeiros estudiosos reconheçam esses fatos
e personalidades em todos os seus pormenores, o
desafio que devemos enfrentar não tem se tornado
cultura nossa.
A indigência cultural impede que nossos direitos − o conhecimento do poder e a participação no
poder do conhecimento − produzam os efeitos da
glória que já não existe. O que é histórico, disse
Hegel, só é nosso quando pertence à nação a que
também pertencemos ou quando podemos considerar o presente em geral como uma consequência de tais ou tais acontecimentos passados, em
especial daqueles cujos caracteres e atos neles
representados se prendem como os anéis de uma
cadeia. Não basta o laço que existe entre o povo e a
terra em que ele vive; é preciso que haja uma íntima ligação entre o passado do nosso povo e o
nosso estado atual, a nossa vida e modo de existência de hoje.
Mas que essa ligação entre o passado e o nosso
estado atual não se imobilize pela carroça de Górdio estacionada na entrada dos templos.
(*)O Irmão José Maurício Guimarães é Venerável
Mestre e fundador da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Corona , Pedro Campos de Miranda”, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica de
Minas Gerais
Diretor Responsável: Ir\Luiz Sérgio de Freitas Castro
Jornalista Resp.: Ir\Danilo Salvadeo - FENAJ-ES 0535-JP
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não refletindo, necessariamente, a opinião de O Malhete
CAPA
Março 2016
03
2016: O ANO EM QUE A MAÇONARIA RETORNARÁ AO PALCO
N
ão é preciso apelar para qualquer tipo de conhecimento esotérico para supor que 2016 será – e já está
sendo – um ano de mudanças. Tanto política quanto
economicamente, o País passa por uma fase conturbada,
repleta de incertezas. Neste momento turbulento, a palavra
usada, seja nas capas dos jornais, seja em conversas de café
no trabalho, é só uma: crise. Por mais que venha sendo
empregado da maneira mais negativa, esse conjunto de
letras tem como origem a palavra grega krisis, que tem
como significados separação, decisão, julgamento e
momento decisivo. É essa a leitura feita pelo Eminente
Irmão Benedito Marques Ballouk Filho, Grão-Mestre
Estadual do GOSP, para o momento atual. “Como Maçons,
temos a chance e responsabilidade de encarar este período
como a hora de fazer a diferença, assumindo a posição da
Maçonaria de vanguarda das transformações sociais.” Ele
conta que este “ano de mudança” acontece em duas esferas
em 2016: dentro da Maçonaria e fora, em contato com a
sociedade.
Internamente, a Ordem passa por uma série de mudanças realizadas para que a própria Maçonaria tenha a capacidade estrutural necessária para, cada vez mais, representar
e unir os Irmãos, permitindo ações coordenadas e promovendo a união e a fraternidade maçônicas. Para que essa
seja uma realidade cada vez mais presente, várias medidas
vêm sendo tomadas. “Entre as mudanças e evoluções
empregadas para tanto, podemos destacar a construção da
Nova Sede do GOSP como o maior projeto da gestão. Além
disso, temos a modernização do nosso parque de informática, o incentivo à realização dos Encontros Regionais de
Aprendizes e Companheiros (ERACs), subsidiados pelo
GOSP por toda a Jurisdição, e o Encontro Regional de
Administração Maçônica (ERAM), em que transferimos
nossa Sede com todo o staff para apresentarmos nossos
feitos e auscultarmos as Lojas e Irmãos. São frentes de
ação diversas, mas com o mesmo objetivo de unir ainda
mais a Maçonaria Paulista”, ressalta. OGME ainda explica
que é a partir dessa unidade interna que se faz possível
planejar e operar em esferas externas, assumindo a responsabilidade de catalisadores das mudanças sociais, historicamente exercida pelos Maçons. Segundo o Eminente
Irmão Ballouk, a atuação do GOSP é uma peça-chave para
enfrentar a crise política e econômica vivida pelo Brasil.
“Trata-se de uma das organizações Maçônicas mais representativas da América Latina, com quase 800 Lojas e mais
de 23mil Obreiros. Somos uma Nação capacitada, ávida
por mudanças em nosso país, como células que formam um
complexo organismo capilarizado, que atua em diversas
frentes e extratos da sociedade. O potencial e a responsabilidade que temos são imensos”, afirma. Entre as principais
ações do GOSP para vencer a crise atual, ele destaca a atuação nas frentes política e econômica. De um lado, o Grupo
Estadual de Ação Política (GEAP), coordenando os grupos
locais e incentivando as Lojas para que se somem a esse
processo - principalmente em um ano de eleições municipais, recebendo os candidatos eletivos e deles buscando
compromissos que visam resgatar a ética e a cidadania,
apoiando a luta constante contra a corrupção que assola o
País. De outro lado, na frente econômica, a união maçônica
Grão-Mestre Estadual do GOSP, Eminente irmão Benedito Marques Ballouk Filho
também se faz
presente como ferramenta de mudança. “Esse é o maior
patrimônio do GOSP e deve ser promovido cotidianamente, principalmente no momento atual. Para tanto, passamos
a promover, desde o final do ano passado, o Encontro de
Liderança Empresarial Maçônica de São Paulo
(ELEMSP), como objetivo de estreitar e fomentar novos
negócios entre os Irmãos”, ressalta o GME. Ele conta que o
primeiro evento foi um sucesso e que será repetido por toda
a Jurisdição, ajudando os Maçons a superarem as dificuldades econômicas e impulsionar a economia para fora da
recessão atual. “A Maçonaria nunca fez nada
pelo Brasil nesses 193 anos de história. Quem fez sempre
foram os Maçons, pessoas de carne, osso e boa vontade.
Agora não será diferente. Permaneceremos unidos para
enfrentar este ano de mudanças, catalisando e liderando a
sociedade para enfrentarmos nossa krisis de forma positiva, assim como os gregos a imaginaram milênios atrás ao
inventarem essa palavra”, finaliza. Grão-Mestre Estadual
do GOSP, Eminente irmão Benedito Marques Ballouk
Filho.
Fonte: Revista Luzes
04
CAPA
Março 2016
Cardeal Gianfranco Ravasi
Por Ir\RUI BANDEIRA (*)
o passado dia 14 de fevereiro, na página 29 do jornal
italiano Il Sole 24 Ore, o Cardeal Gianfranco Ravasi publicou,
sob o título Cari fratelli massoni
(Queridos Irmãos Maçons) um
texto no qual convida ao diálogo
entre a Igreja Católica e a Maçonaria. O Cardeal Ravasi é o Presidente
do Conselho Pontifício para a Cultura, um organismo da Cúria Romana, o que nos deve alertar para o
peso institucional que esta iniciativa terá.
No seu texto, o Cardeal Ravasi
invoca os valores comuns entre as
duas instituições, a dimensão comunitária, a beneficência, a dignidade
humana e a luta contra o materialis-
mo, e invoca mesmo a necessidade
de "superar a atitude de certos setores integristas católicos que - para
atacar alguns representantes hierárquicos da Igreja de que eles não
gostam - recorrem à arma da acusação de uma sua apodítica filiação
maçónica"(tradução minha).
Abaixo, está texto traduzido do
italiano:
Título original: «Caros irmãos maçônicos»
Trad.: Rui Jorge Martins
Li há algum tempo numa revista americana que a
bibliografia sobre a maçonaria supera os cem mil títulos.
Para este interesse contribui certamente a aura de secretismo e de mistério que, com mais ou menos razão, envolve numa espécie de neblina as várias “obediências” e os
“ritos” maçônicos, para não falar depois da própria génese, que segundo a historiadora inglesa Frances Yates «é
um dos problemas mais discutidos e discutíveis em todo o
campo da investigação histórica» (curiosamente, o ensaio da estudiosa era dedicado ao Iluminismo da RosaCruz, traduzido pela [editora italiana] Einaudi em 1976).
Não queremos, obviamente, adentrarmo-nos neste
arquipélago de “lojas”, “orientes”, “artes”, “afiliações”
e denominações, cuja história frequentemente se entrelaça – no bem e no mal – com a da política de muitas
nações (penso, por exemplo, no Uruguai, onde participei
recentemente em vários diálogos com expoentes da sociedade e da cultura de tradição maçónica), assim como
não é possível traçar linhas de demarcação entre a
autêntica, a falsa, a degenerada ou a para-maçonaria e
os vários círculos esotéricos ou teosóficos.
É igualmente custoso desenhar um mapa da ideologia que rege um universo tão fragmentário, do qual tal-
vez se possa falar de um horizonte e de um método mais
do que de um sistema doutrinal codificado. No interior
deste âmbito fluido encontram-se algumas interseções
suficientemente delineadas, como uma antropologia
baseada na liberdade de consciência e de intelecto e na
igualdade dos direitos, e um deísmo que reconhece a
existência de Deus, deixando porém móveis as definições
da sua identidade. Antropocentrismo e espiritualismo
são, portanto, dois percursos suficientemente escavados
no interior de um mapa muito variável e móvel que não
estamos em condições de esboçar de forma rigorosa.
Nós, todavia, satisfazemo-nos apenas em assinalar
um interessante livrinho que tem uma finalidade muito
circunscrita, o de definir a relação entre maçonaria e
Igreja católica. Entendamo-nos desde já: não se trata de
uma análise histórica dessa relação nem das eventuais
contaminações entre os dois sujeitos. É, de facto, evidente que a maçonaria assumiu modelos cristãos até litúrgicos. Não se deve esquecer, por exemplo, que no séc. XVII
muitas lojas inglesas recrutavam membros e mestres
entre o clero anglicano, de tal modo que uma das primeiras e fundamentais “constituições” maçónicas foi redigida pelo pastor presbiteriano James Anderson, falecido
em 1739. Nela, entre outros elementos, afirmava-se que
um adepto «nunca será um ateu estúpido nem um liberti-
no irreligioso», mesmo se o credo proposto era, no fim, o
mais vago possível, «aquele de uma religião sobre a qual
todos os homens estão de acordo».
Ora, a oscilação dos contactos entre Igreja católica e
maçonaria teve movimentos muito variados, chegando
até à clara hostilidade, marcada pelo anticlericalismo de
uma parte e excomunhão da outra. Com efeito, a 28 de
abril de 1738, o papa Clemente XII, o florentino Lorenzo
Corsini, promulgava o primeiro documento explícito
sobre a maçonaria, a Carta Apostólica “In eminenti apostolatus specula”, em que declarava «dever-se condenar e
proibir… as mencionadas Sociedades, Uniões, Reuniões, Encontros, Agregações ou Convenções dos Pedreiros Livres e dos “Francs Maçons” ou com qualquer
outro nome chamadas». Uma condenação reiterada por
sucessivos pontífices, de Bento XIV até Pio IX e Leão
XIII, que afirmava a incompatibilidade entre a pertença
à Igreja católica e a obediência maçónica. Lapidar era o
Código de Direito Canónico de 1917, cujo cânone 2335
recitava: «Quem se inscreve na seita maçónica ou noutras associações do mesmo género que tramam contra a
Igreja ou as legítimas autoridades civis, incorre “ipso
facto” na excomunhão reservada “simpliciter” à Santa
Sé».
N
Continua...
Março 2016
O novo Código, em 1983, temperou a fórmula,
evitando a referência explícita à maçonaria, conservando a substância da pena destinada também,
em sentido mais geral, a «quem der o nome a uma
associação que maquina contra a Igreja» (cânone
1374). Mas o texto eclesial mais articulado sobre a
inconciliabilidade entre a adesão à Igreja católica e
à maçonaria é a “Declaratio de associationibus
massonicis” emanada pela Congregação para a
Doutrina da Fé, do Vaticano, a 26 de novembro de
1983, assinada pelo prefeito de então, o cardeal
Joseph Ratzinger. A declaração precisava exatamente o valor do asserto do novo Código de Direito
Canónico, sublinhando que permanecia «sem alteração o juízo da Igreja quanto às associações maçónicas, porque os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e
porque a inscrição nelas permanece proibida».
O livrinho a que nos referimos agora [“Declaração sobre as associações maçónicas”, Congregação para a Doutrina da Fé, Libreria Editrice Vaticana, Cidade do Vaticano, 2015] é interessante porque junta – além de uma introdução do atual prefeito da congregação, cardeal Gerhard Müller – dois
artigos de comentário a essa declaração publicados
então pelo [jornal da Santa Sé] “Osservatore Romano” e pela [revista italiana] “Civiltà Cattolica”,
bem como dois documentos de outros tantos episcopados locais, a Conferência Episcopal Alemã
(1980) e das Filipinas (2003). Trata-se de textos
significativos porque se confrontam com as razões
teóricas e práticas da inconciliabilidade entre maçonaria e catolicismo, como os conceitos de verdade,
religião, Deus, homem e mundo, espiritualidade,
ética, ritualidade, tolerância. Em particular é significativo o método adotado pelos bispos filipinos, que
articulam o seu discurso através de três trajetórias:
a histórica, a explicitamente doutrinal e a das orientações pastorais. O todo é articulado segundo o
género catequético de perguntas e respostas, 47,
que permitem entrar também nas particularidades,
como a cerimónia de iniciação, os símbolos, o uso
da Bíblia, a relação com as outras religiões, o juramento de irmandade e os graus hierárquicos, entre
outros temas.
Estas várias declarações de incompatibilidade
entre as duas pertenças à Igreja e à maçonaria não
impedem, todavia, o diálogo, como é explicitamente
afirmado no documento dos bispos alemães, que já
então elencavam âmbitos específicos de discussão,
como a dimensão comunitária, a beneficência, a
luta contra o materialismo, a dignidade humana, o
conhecimento recíproco. Deve-se, além disso, superar a atitude de certos ambientes integralistas católicos que – para atingirem alguns expoentes inclusive hierárquicos da Igreja que a eles desagradam –
Esta posição pública do Cardeal Ravasi certamente terá uma adequada e ponderada resposta por parte dos responsáveis da Maçonaria, no sentido da correspondência ao convite
efetuado. Para já, o Grão-Mestre do Grande
Oriente de Itália, Irmão Stefano Bisi, logo no
dia imediato enviou uma carta ao Il Sole 24
Ore, manifestando o seu apreço pela iniciativa
e confirmando a disponibilidade para o diálogo também por parte da Maçonaria.
Designadamente, refere o Grão-Mestre do
Grande Oriente de Itália que ficou "satisfeito ao
saber que, sem preconceito e com a ampla visão
cultural que o distingue, (o Cardeal Ravasi)
falou sem ideias preconcebidas da Maçonaria
indo para além dos esclarecimentos e posições
oficiais e escritos da Igreja, amplamente conhecidos, e reconhecido que entre as duas instituições existem também valores comuns que as
recorrem à arma da acusação apodítica de uma sua
pertença maçónica. Em conclusão, como escreviam já os bispos da Alemanha, é preciso ir além da
«hostilidade, ultrajes, preconceitos» recíprocos,
porque «em relação aos séculos passados melhoraram e mudaram o tom, o nível e o modo de manifestar as diferenças» que ainda continuam a existir
unem, sem que isso anule as visões diversas e a
demarcação das claras diferenças" (tradução
minha).
A terminar, frisou que "a Maçonaria não é inimiga da Igreja, de nenhuma igreja, e tem sido
sempre a casa do diálogo e da tolerância. Não
se opõe a qualquer religião e deixa os irmãos
livres de seguir a sua fé. Mas os tempos mudam e
a Humanidade está ameaçada por grandes perigos, como o terrorismo fundamentalista, a decadência de valores, a globalização desenfreada.
A grandeza das instituições seculares, espirituais e religiosas a que o homem adere, procurando vias pessoais de melhoria e elevação, está em
saber lidar com estes desafios delicados, participando na e partilhando a resolução das necessidades e dos problemas que surgem. E igualmente em ter a coragem de ir além de "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos", como no
05
claramente.
Card. Gianfranco Ravasi
In "
Il Sole 24 Ore"
, 14.2.2016 (original ainda não
disponível na internet)
caso da Igreja e Maçonaria"(tradução minha).
Pode ler-se o texto original da resposta em
h t t p : / / w w w. g r a n d e o r i e n t e . i t / w p c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 1 6 / 0 2 /A g e n p a r l 22.06.2016.pdf .
Toda a longa viagem começa com um primeiro e, por vezes pequeno, passo. Espero que o
passo dado pelo Cardeal Ravasi, e logo acompanhado pelo Grão-Mestre do Grande Oriente de
Itália seja efetivamente o início da longa viagem
que ponha termo às mencionadas "hostilidade,
insultos, preconceitos recíprocos" e permita inaugurar uma era de cooperação entre as duas instituições, não especialmente em benefício de
nenhuma delas, mas a bem da Humanidade.
(*) O Irmão Rui Bandeira é membro da
R.’.L.’. Mestre Affonso Domingues - Portugal
Fonte: A Partir Pedra
06
Março 2016
GERAL
(*) Ir\Antônio do Carmo Ferreira
Grão-Mestre do GOI-PE
Or\Recife - PE
T
enho alertado nossos irmãos Maçons a respeito dos
compromissos para com a comunidade em que nos
encontramos por ser aí que residimos ou em face de,
em seu âmbito, achar-se instalada a nossa Loja. Em ambos
os casos, direta ou indiretamente, o Maçom tem a ver com
essa comunidade, como qualquer outro cidadão o tem em
iguais circunstâncias, devendo com ela contribuir para
melhoria de seus costumes e bem estar de todos que ali habitam. Mais ainda porque é para tornar felizes as pessoas que
nós nos entranhamos de Maçonaria. Pelo menos este é o
objetivo. E mesmo porque ao se beneficiar o todo, a parte do
mesmo termina por usufruir desses benefícios.
Quando, em meus artigos, refiro-me à Maçonaria comunitária, quero tratar deste assunto. Digo que cada Loja deve
ter o seu projeto e até pareço exagerar nestas referências.
Entendo que é através desse instrumento que se põe em prática o que foi a prendido durante a formação templária, como
também que o projeto estimulará a permanência do Maçom,
por muito mais tempo, em atividade na Ordem. Basta constatar que a execução do projeto leva o Maçom a envolver-se
com ele, constituindo-se num desafio, seja por sua condição
de contribuinte dos meios, seja como dirigente. E nestas
condições, decerto, não serão regrados esforços para que a
missão tenha pleno êxito.
Quero ressaltar, porém, que o envolvi mento, tal como foi
exposto acima, torna-se um fato circunstancial. Enquanto
que o caráter de construtor social que se assume ao ser iniciado Maçom adverte-me que este envolvimento deve ser inerente. A construção social é compromisso que o Maçom
deve resgatar não por uma obrigação (entendida aqui como
um gesto forçado), mas sim por amor à realização do que lhe
é devido.
A filantropia que está na definição da Ordem, é o nome
deste compromisso, sendo seu exercício parte exotérica da
vida do Maçom. Falhar para com ele nem pensar, dado que
tal indiferença, todos sabemos, seria desonroso para o Iniciado.
“Amar ao próximo” foi um mandamento que se tornou
evidente com o nascimento da civilização cristã e está catalogado entre as virtudes Maçônicas que nos são da das a
conhecer desde a passagem pelo “banco das reflexões”,
claro que chamando a atenção para o fato de que a prática
dessa virtude ilustrará nossos dias, daí em diante e por toda a
vida. O apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios, estabeleceu esta marca que a Maçonaria tomou como mote: “Ninguém busque o seu interesse, mas o do próximo” (I Cor 10,
24).
A mim me parece que já se torna necessário a Ordem
repensar seu dicionário no tocante à expressão “amor fraternal”. É o “espírito do tempo” que exige isto. Os Estatutos das
Potências estão cansados de repetir que a “Maçonaria é uma
Instituição Iniciática, Filantrópica...” Mas já está no
momento de ir mais além, explicitando que “filantropia” não
é teoria, é prática e, como tal absolutamente necessária, distinguindo-se de “caridade”, a qual, embora contida na filantropia, é de menor hierarquia.
Em nossos dias, fazer caridade é dar uma esmola, isto é,
colocar, por exemplo, algum dinheiro na bacia do pedinte
postado na cabeceira da ponte, ou servir um prato de sopa na
calçada de sua residência a alguém que passa faminto, ou dar
um velho e surrado cobertor a quem treme de frio de baixo da
marquise, etc. Houve um tempo distante, mais de 2 mil anos,
em que a palavra “caridade” era sinônimo perfeito de pleno
“amor ao próximo”, a ponto de ser uma das três virtudes
teologais. As duas outras eram Fé e Esperança, mas elas
ambas subalternas à caridade (I Cor 13, 13).
Filantropia, nos tempos de hoje, ocupa um espaço mais
amplo. É um estágio mais evoluído dessa caridade. Esse
gesto de dar esmola, e não são poucos que entendem as sim,
contribui para corromper os costumes Já a filantropia não. É
a contribuição não somente destinada a atender a carências
imediatas, mas também e sobretudo o caminho para fomentar a melhoria das condições de sobrevivência seja de uma
organização, se ja de uma coletividade. É uma contribuição
para o progresso, o qual também se inclui na definição da
Ordem: Iniciática, Filantrópica, Progressista ... daí ser preci-
so e urgente reformar nosso dicionário!
O projeto de filantropia é uma proposta da Loja. Não
deve ser uma imposição do Venerável nem de qualquer obreiro isolado.
Pois, por seu significado e destinação, é um instrumento
consensual. Todos os membros da Loja deverão estar engajados. Será uma imensa Oficina. Tanto que se me proponho a
realmente ser um Construtor Social, tenho que me debruçar
sobre esta nobre missão, conhecendo minha comunidade e
suas carências, interpretando os seus sonhos, avaliando suas
possibilidades, estabelecendo prioridades, colaborando,
enfim, com a pavimentação de seus grandes caminhos.
Se o quadro da Loja é de poucos obreiros, juntem-se várias Lojas. Se já existe um projeto vitorioso, procuremos nos
associar à iniciativa. Que a Loja não seja o limite, mas a vertente. Não esquecer que antes como agora a Ordem é construir. Que à responsabilidade individual sobreponha-se o
compromisso coletivo da Oficina, como o “Orvalho do Hermon” da Maçonaria comunitária do mundo atual.
* Antônio do Carmo Ferreira, é o Grão Mestre do Grande
Oriente Independente de Pernambuco. GOIPE/COMAB.
GERAL
Por Ir.’. ROBERTO E. CASEMIRO
ambém conhecido como Rito de Willermoz, em
alusão ao seu criador, o francês Jean Baptiste de
Willermoz, o Rito Escocês Retificado tinha
como grande objetivo trazer de volta antigas influências dos Cavaleiros Templários - como um rito de
cavalaria, também de um antigo rito chamado Rito de
Heredom. Para ele, que nasceu e faleceu na cidade de
Lyon (1730 - 1824) e foi iniciado na Maçonaria aos 20
anos em uma Loja que funcionava sob os auspícios da
Estrita Observância Templária, o Rito havia se descaracterizado com o tempo, perdendo, assim, sua identidade original como um Rito de Cavaleiros.
Pelo fato de ser um homem bastante estimado por
seus discípulos, principalmente pelas maneiras cordiais, amigáveis e sedutoras, sempre reuniu em torno de
si homens devotos a sua causa espiritual, como Louis
Claude de Saint-Martin, Joseph de Maistre, Martinez
de Pasqually e o conde de Saint-Germain. “Willermoz
ensinava em seu Capítulo que, para encontrar a pedra
cúbica, que contém todos os dons, virtudes ou faculdades, era necessário achar o princípio da vida, que os
Adeptos chamam Alkaeter. Esse espírito tem a faculdade de purificar o ser anímico do homem, prolongando sua vida”, explica o Secretário Estadual Adjunto de
Orientação Ritualística para o Rito Escocês Retificado do Grande Oriente de São Paulo (GOSP), Poderoso Irmão Roberto E. Casemiro.
De acordo com ele, hoje, os Ritos existentes no
Grande Oriente do Brasil (GOB) são o REAA, Rito
Moderno, York - Emulação, Adonhiramita, Rito Brasileiro, Shoreder e o Rito Escocês Retificado, também
conhecido pela sigla RER. Apesar da diversidade,
T
(*) Por Garibaldi Rizzo
Vejo e leio com satisfação os artigos escritos pelo Grão
Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás Adolfo
Valadares, na essência de seus artigos eu me identifico muito
e me animo ao ver que a Maçonaria está viva e atuante,
fazendo o seu papel político transformador, não apenas em
nome de projetos pessoais, mas sim de interesse da humanidade, cuja nossa principal missão é fazê-la feliz.
Um dos temas abordados nos artigos é a valorização da
família como agente de formação educacional, guardiã dos
valores cívicos, morais e cristãos.
Somos diariamente bombardeados pela cultura consumista que vende falsos valores.
De que adianta transmitir aos nossos filhos bons ensinamentos se temos algo nocivo, entrando sem bater em nossos
lares diariamente.
Infelizmente a programação televisiva em nosso país não
é nossa parceira na educação da nossa família, muito pelo
contrário. O que nos intriga é que tem alguns programas
bons, mas eles passam em horários de baixa audiência, mas
nos horários considerados nobres submetem nossos jovens a
influência negativa de posturas nada condizentes com a
prática dos bons costumes.
Estamos hoje colhendo os frutos desta invasão cultural,
no comportamento, nos valores espirituais de sociais de
grande parte de nossa juventude, traumas irreversíveis.
Temos observado ao longo dos tempos o poder e a
influência que a mídia exerce na grande maioria das pessoas,
independente de qual mídia seja: televisão, internet, rádio,
jornal, etc.
cada um possui sua própria beleza. “Quando os
Irmãos cumprem o que prevê o Rito, tudo funciona.
Porém, infelizmente, é comum tentarmos estabelecer
ligações com outros Ritos praticados anteriormente e
é assim que se perde a pureza.”
O Ir.'. Casemiro relata que a Maçonaria é de um
universo amplo e oferece de maneira bastante rica
opções para o desenvolvimento de seus integrantes,
Os pais precisam desenvolver valores como: senso de
responsabilidade, disciplina, cooperação, oferecendo a afetividade no lar. Assim, quando essa criança for participar da
vida fora de casa, terá esses valores fundamentados na família, evitando que se tornem presas fáceis de qualquer grupo
negativo.
Infelizmente pessoas falam, se vestem, se alimentam,
votam, e agem influenciadas fortemente pela mídia seja ela
qual for, e não podemos negar que a mídia é forte e poderosa
mesmo, coloca e tira pessoas do poder, dá e tira sucesso de
bandas e cantores musicais e muito mais, e o que me deixa
mais triste é observar pessoas que se modelam dentro desse
formato e se tornam verdadeiros robôs controlados pelo
sistema sem nenhum tipo de atitude e vontade própria.
É com pesar que vejo certos programas cuja mídia e o
marketing são tão fortes em torno desse programa que conseguem fazer com que milhares de pessoas fiquem de uma a
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seja no simbolismo, seja no filosofismo, com seus
sistemas variados de Graus. “Há um grande equívoco
dos Irmãos que entendem que o Rito Escocês Retificado veio para corrigir o Escocês Antigo e Aceito.
Isso não procede. Somos oriundos da Estrita Observância Templária e de um cristianismo primitivo, e
não dogmático”, comenta o Irmão, que é grau 33 do
Rito Escocês Antigo e Aceito.
Segundo ele, a Maçonaria desenvolveu da Operativa para a Maçonaria Especulativa e encontrou diferentes caminhos nessa evolução, por meio de outros
Ritos, tidos como mais 'ecumênicos', que possibilitam
o ingresso de árabes, judeus, evangélicos e espíritas,
por exemplo. “Todos temos de forma peculiar a crença em um princípio criador, que é Deus, ao qual denominamos o Grande Arquiteto do Universo, o Grande
Geômetra. No Retificado, seguimos, desde nosso
ingresso, a crença cristã, pois, ao final, poderemos ser
Armado Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa
(CBCS). Além disso, nosso Rito vem inspirado no
caminho espiritual da Estrita Observância Templária,
utilizando os ensinamentos e práticas espirituais dos
Cavaleiros Jacques de Molay e Jean Baptiste Willermoz, entre outros.”
Hoje, o Grande Oriente do Brasil (GOB) possui 19
Lojas em todo o Brasil, com perspectiva de surgirem
outras mais, a partir do momento em que outros
Irmãos conheçam o sétimo Rito, que apesar de recente
no País, é antigo na Europa e bem conceituado no
caminho do aperfeiçoamento maçônico. Já no GOSP,
são cinco Lojas: Jerusalém Celeste (nº 4.186 - São
Paulo), Solidariedade e Progresso (nº 3.078 - São Paulo), Alquimia (nº 3.409 - São Vicente), Lisboa (nº
4.150 - Santos) e Lealdade e Tolerância (nº 4.392 Presidente Prudente).
duas horas no sofá de suas casas acompanhando um reality
show capitalista e que não agrega nenhum tipo de valor
moral e ético, pelo contrário faz uma apologia sutil de ensinamentos que eu tenho certeza que você não passaria para o
seu filho. Vencer a qualquer preço, sedução e nudismo,
depravação, enganação, traição e por aí vai. Isso é a mídia
exercendo seu poder e influenciando pessoas.
A TV é consumida em grande escala desde os dois anos
de idade, durante a infância e a adolescência. A programação
e os anúncios da TV são frequentemente sensuais, e, muitas
vezes, os adolescentes acreditam que aquilo que veem na TV
seja real. Essa crença na realidade é maior entre crianças e
adolescentes mais jovens, que são os maiores consumidores
de TV.
A Maçonaria tem que estar atenta a esta situação e se
posicionar de alguma forma. O período entre os 10 e os 20
anos é também decisivo na vida de uma pessoa, uma vez que
o homem parece definir-se entre os 15-20 anos. É necessário
nesta fase dar-lhes um porque para viver.
Em nossas sessões temos que dedicar quartos de hora
para debater esta realidade perversa, os frutos estão ai aos
nossos olhos, jovens entrando na vida do crime, sem limites
e respeito ao próximo e ao patrimônio alheio.
Envolver nossas entidades paramaçônicas tais como os
De Molay, as Filhas de Jó e as Cunhadas nestes questionamentos é algo urgente. Não podemos nos isolar da realidade,
Enclausurados em nossos templos e salões de festa, enquanto aqui fora urge a necessária presença de homens de bons
costumes que procuram tornar feliz a humanidade pela prática as solidariedade , da fraternidade e do combate aos vícios.
*Garibaldi Rizzo.
ARLSUnião e Fraternidade nº 123- Goiânia-GO
Fonte: Diário da Manhã-Goiânia-GO
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Março 2016
MAÇONS FAMOSOS
JOHN THEOPHILUS DESAGULIERS
(12 março de 1683 – 29 de fevereiro em 1744)
ra um franco-britânico nascido filósofo natural,
clérigo, engenheiro e maçom que foi eleito para a
Royal Society em 1714 como assistente experimental de Isaac Newton . Ele estudou em Oxford e mais
tarde popularizada teorias de Newton e suas aplicações
práticas em palestras públicas. Patrono mais importante
de Desaguliers era James Brydges, primeiro duque de
Chandos . Como um maçom, Desaguliers foi fundamental para o estabelecimento da primeira Grande Loja formada em Londres em 1717 e serviu como seu terceiro
Grão-Mestre.
Desaguliers nasceu em La Rochelle , vários meses
depois que seu pai Jean Desaguliers, um pastor protestante, tinha sido exilado como refugiado huguenote pelo
regime Católica. Jean Desaguliers foi ordenado como um
anglicano pelo bispo Henry Compton de Londres , e enviado para Guernsey. Enquanto isso, o bebê foi batizado
Jean Théophile Desaguliers no templo protestante em La
Rochelle, e ele e sua mãe, em seguida, fugiu para se juntar a Jean em Guernsey.
Em 1694 a família mudou-se para Londres, onde Jean
Desaguliers mais tarde criou uma escola francesa em
Islington. Ele morreu em 1699 seu filho, que agora usava
o nome anglicised John Theophilus, com a presença do
Bispo Grammar School Vesey em Sutton Coldfield [ 1 ]
até 1705, quando entrou Christ Church, Oxford e seguiu
o currículo clássico de costume e se formou bacharel em
1709 ele Também assistiu a palestras de John Keill , que
usou as manifestações inovadoras para ilustrar conceitos
difíceis da filosofia natural newtoniana. Quando Keill
deixou Oxford em 1709 Desaguliers continuou dando as
palestras em Hart Hall, o precursor do Hertford College,
Oxford . Ele fez um mestrado lá em 1712 Em 1719
Oxford concedeu-lhe o grau honorário de Doutor em
Leis Civis, depois que ele foi muitas vezes referido como
o Dr. Desaguliers. Seu doutorado foi incorporada pela
Universidade de Cambridge em 1726.
Desaguliers foi ordenado diácono em 1710, em
Fulham Palace , e como sacerdote em 1717, em Ely Palace, em Londres.
Desaguliers aconselhou o duque de Chandos em muitos projetos e parece ter se distraído de suas funções paroquiais por seus outros interesses. O Duque reclamou uma
vez que houve atrasos indevidos na enterrar os mortos,
mas isso foi atribuído ao pároco que ficou no comando da
igreja.
E
Professor e Promotor de Newton Experimental Philosophy
Em 1712 Desaguliers voltou para Londres e cursos
anunciados de palestras públicas em Filosofia Experimental. Ele não foi o primeiro a fazer isso, mas se tornou
o maior sucesso, oferecendo-se para falar em Inglês,
Francês ou Latina. Na época de sua morte, ele havia dado
mais de 140 cursos de cerca de 20 palestras sobre cada
mecânica, hidrostática, pneumática, ótica e astronomia.
Ele manteve suas palestras atualizado, publicado notas
para seus ouvintes, e projetou seu próprio aparelho,
incluindo um planetário de renome para demonstrar o
sistema solar, e uma máquina para explicar o movimento
das marés. Em 1717 Desaguliers apresentada na Hampton Court e lecionou em francês para o rei George I e de
sua família.
Manifestante na Royal Society
Em 1714, Isaac Newton, presidente da Royal Society,
convidou Desaguliers para substituir Francis Hauksbee
(16601713) como demonstrador em reuniões semanais
da Sociedade; ele foi logo feito um Fellow da Royal Society. [ 2 ] Desaguliers promoveu as ideias de Newton e
mantido o caráter científico das reuniões quando Hans
Sloane assumiu a Presidência após Newton morreu em
1727. Desaguliers contribuíram com mais de 60 artigos
Maçonaria
Desaguliers era membro da Loja Maçônica n º 4, que
se reuniu no Rummer and Grapes taberna, perto de sua
casa em Westminster. Esta lodge se juntou com outros
três lojas em 24 de junho de 1717 para formar o que se
tornaria a Premier Grande Loja da Inglaterra. O novo
Grand Lodge cresceu rapidamente à medida que mais
lojas aderiram e Desaguliers é lembrado como sendo
fundamental para seu sucesso inicial. Ele se tornou o
terceiro GrãoMestre em 1719 e mais tarde foi três vezes
vice-grão-mestre. Ele ajudou James Anderson elaborar
as regras nas “Constituições da Maçonaria”, publicado
em 1723, e ele era ativo no estabelecimento de caridade
maçônica. Durante uma viagem de palestras para a
Holanda em 1731 Desaguliers iniciado na Maçonaria
Francis, duque de Lorena (17081765), que mais tarde
tornou-se imperador do Sacro Império Romano. Desaguliers também presidiu quando Frederick, Príncipe de
Gales , se tornou um maçom em 1737, e ele tornou-se,
adicionalmente, um capelão para o príncipe.
para as Philosophical Transactions Royal Society . Ele
recebeu o prestigioso da Sociedade Medalha Copley em
1734, 1736 e 1741 O último prêmio foi para o seu resumo
do conhecimento atualizado sobre o fenômeno da eletricidade. Ele havia trabalhado nisso com Stephen Gray ,
que ao mesmo tempo que deu entrada na casa Desaguliers. “Dissertação a respeito da eletricidade” das Desaguliers (1742), no qual ele cunhou o condutor e isolante
termos, foi premiado com uma medalha de ouro pela
Academia de Ciências de Bordeaux.
Patrocínio do duque de Chandos
James Brydges, primeiro duque de Chandos nomeado
Desaguliers como seu capelão, em 1716, mas, provavelmente, tanto por sua competência científica como suas
funções eclesiásticas. Ele também foi presenteado a
vivência de Igreja St Lawrence, pouco Stanmore, que
estava próximo à mansão do Duke chamado Cannons ,
então em construção nas proximidades, em Edgware. A
igreja foi reconstruída no estilo barroco em 1715 como
capela em Cannons não foi concluída até 1720, a igreja
foi o local dos primeiros desempenhos dos chamados
Chandos Anthems por George Frideric Handel, que era,
em 1717/18, como Desaguliers, um membro da família
do Duque.
A propriedade Cannons beneficiado de conhecimentos científicos Desaguliers “, que foi aplicado ao jardim
da água elaborada lá. Ele também foi conselheiro técnico
para uma empresa em que tinha investido Chandos, o
York Buildings empresa , que utilizou vapor de energia
para extrair água do Tamisa. Em 1718 Desaguliers dedicado ao Duque sua tradução do tratado de Edme Mariotte
sobre o movimento da água. Talvez não seja coincidência
que, no verão de 1718 Handel compôs sua ópera Acis e
Galatea por desempenho em Cannons. Neste trabalho, o
herói Acis é transformado em uma fonte, e uma vez que,
por tradição, a obra foi realizada pela primeira vez no
exterior, no terraço com vista para o jardim, uma conexão
com novas obras de água Desaguliers “parece provável.
Família
Em 14 de outubro de 1712 John Theophilus Desaguliers casado Joanna Pudsey, filha de William e Anne Pudsey de Kidlington, perto de Oxford. Para a maioria de sua
vida de casados o casal viveu no Canal Row, Westminster, onde Desaguliers deu a maioria de suas palestras.
Quando forçado a sair devido ao trabalho na ponte de
Westminster eles se separaram e John Theophilus tomou
alojamentos no Bedford Coffee House, em Covent Garden e continuou suas palestras lá. Os Desaguliers teve
quatro filhos e três filhas, para a maioria dos quais adquiriram padrinhos aristocráticas, mas apenas duas crianças
sobreviveram à infância: John Theophilus jnr
(17181751) formouse em Oxford, tornou-se um clérigo,
e morreu sem filhos, enquanto Thomas (1721 1780) teve
uma carreira militar de destaque na Royal Artillery , chegando ao posto de General. Ele se tornou chefe firemaster no Arsenal, Woolwich, e parece ter sido o primeiro a
ser empregado pelo exército Inglês para aplicar princípios científicos para a produção de canhões e os poderes de
artilharia, para o qual ele foi eleito membro da Royal
Society . Foi Desaguliers Thomas, que, em parte, elaborados e supervisionados os fogos de artifício para a primeira apresentação da música de Handel para o Royal
Fireworks em Green Park. [ 4 ] Mais tarde, ele tornou-se
um escudeiro do rei George III. [ carece de fontes? ]
Declínio
John Theophilus Desaguliers há muito sofria de gota a
cada inverno, e morreu depois de vários meses de doença
grave em 29 de fevereiro 1744 Embora nunca tenha sido
um homem rico, ele não morreu na pobreza, como sugerido pelas linhas frequentemente citado, mas imprecisas
do poeta James Cawthorn:
Desaguiliers Como pobre negligenciadas caiu!
Como ele que ensinou dois reis de graça para ver
Todos Boyle enobrecido, e todos Bacon sabia,
morreu em um celular, sem um amigo para salvar,
Sem guiné, e sem uma sepultura.
Fonte: MS Maçom
GERAL
Por Ir \Kennyo Smail
ste é um grande tabu na Maçonaria brasileira.
Um assunto tão polêmico que é evitado, a ponto
de eu ter recebido algumas solicitações para
não o incluir na obra DEBATENDO TABUS
MAÇÔNICOS.
Sem entrar no mérito da discussão (que nem ao
menos é realizada), me aterei aos fatos relacionados
ao tema no meio maçônico internacional, de forma a
fornecer informações aos interessados em, quem sabe,
um dia debate-lo.
No caso dos Estados Unidos, recentemente duas
Grandes Lojas, da Geórgia e de Tennessee, se pronunciaram oficialmente contrárias ao ingresso de homossexuais na Maçonaria. Essas posturas têm gerado
manifestações de outras Grandes Lojas, como a da
Califórnia, que se pronunciou publicamente sobre o
assunto, como pode ser visto no seguinte trecho:
Você pode ter lido sobre os recentes acontecimentos em alguns estados dos EUA, incluindo Geórgia e
Tennessee, onde Grandes Lojas Maçônicas adotaram
novas regras ou tem imposto regras existentes que
disciplinam os maçons por sua orientação sexual.
Tais regras e ações não coincidem com os princípios
da Maçonaria praticados pela Grande Loja da Califórnia e não são apoiadas pelo que entendemos como
o grande objetivo da nossa fraternidade.
(…)Maçonaria instrui seus membros para defender e respeitar as leis do seu governo e não para minar
essas leis (…).
Com mais de 50.000 membros em todo o estado, as
E
lojas sob a Grande Loja da Califórnia estão abertas a
homens de bom caráter e fé, independentemente da
sua raça, cor, crenças religiosas, opiniões políticas,
situação econômica, orientação sexual, capacidade
física, cidadania ou nacionalidade (..).
Sincera e fraternalmente, M. David Perry, GrãoMestre.
Agora, vejamos a postura oficial da Grande Loja de
Utah:
(…) A Mui Respeitável Grande Loja de Maçons
Livres e Aceitos de Utah recebe em suas portas e admite a seus privilégios, homens dignos de vários credos e
classes. No entanto, ela insiste que todos os homens
estarão sobre uma exata igualdade. Como esta Grande Loja não se preocupa com a fé de um Mason religioso, origem étnica e raça ou, também não se preocupa
com a preferência sexual de um maçom. Tudo o que se
pede é que um maçom de Utah observe bem seus deveres e promova o bem da Fraternidade dentro dos limites de sua Loja e da comunidade em torno dele.
Atenciosamente & Fraternalmente,
R. Wesley Ing, Grão-Mestre.
A Grande Loja do Distrito de Columbia também se
pronunciou a respeito:
Em resposta às recentes questões apresentadas a
esta Grande Loja sobre as qualificações e elegibilidade dos homens que pretendem aderir em nossas Lojas,
oferecemos esta declaração de princípios inabalável:
A admissão à participação em nossas Lojas é estendida a homens de fé com base em seu mérito pessoal e
bom caráter, sem distinção de raça, credo, orientação
Março 2016
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sexual, religião específica ou nacionalidade.
(…) A diversidade da nossa sociedade, em termos
de raça, credo, orientação sexual, religião específica
e origem nacional é, assim, visto como um ativo, em
vez de um passivo (…).
(…) Nossa dedicação à diversidade não nasceu em
Washington, DC. A lei em todo o mundo maçônico e
prática desde os dias de Constituições de Anderson
desfavorece claramente a exclusão dos homens com
base em modos de crenças, experiências e estilos de
vida que gozam de proteção legal em suas sociedades
(…).
E no dia 1º de março deste ano, o Supremo Conselho do REAA da Jurisdição Sul dos EUA, conhecido
também como o Supremo Conselho “Mãe do Mundo”, se posicionou quanto à polêmica:
A associação ao Rito Escocês é baseada em integridade pessoal e bom caráter, sem distinção de raça,
crenças religiosas, orientação sexual ou nacionalidade.
Christopher Hodapp, importante escritor maçônico, também se declarou a respeito na última Conferência de Grão-Mestres da América do Norte:
Apenas 10 anos atrás, ninguém teria sequer contemplado as complicações maçônicas do casamento
gay e, de repente, jovens maçons ficam chocados quando descobrem que algumas jurisdições têm regras que
discriminam membros gays. Toda a nossa sociedade
mudou rapidamente, num piscar de olhos, e nós temos
que lidar com isso. Porque, se estamos contando com
esses novos homens para se unirem, se tornarem ativos na Maçonaria, e salvarem nossa fraternidade do
esquecimento, não podemos simplesmente ignorar os
problemas que eles consideram ser de importância
vital como sendo trivial (…). Nós lhes dizemos, muitas
vezes, ali mesmo em nossas páginas, que ensinamos
tolerância. Nós não podemos voltar atrás nessa promessa.
Lembrando ainda que a Grande Loja da Geórgia,
uma das duas que se posicionaram oficialmente contra, já havia se envolvido anteriormente em polêmica
discriminatória, ao tratar da proibição de ingresso de
maçons que não fossem brancos. O preconceito parece ainda ser um problema em alguns estados dos EUA.
Sou da opinião simples de que o que um maçom faz
entre quatro paredes somente diz respeito a ele, e que
imprimir opiniões pessoais em legislação maçônica
não condiz com os princípios da instituição. Sendo a
Maçonaria uma escola de moralidade, a partir do
momento que a homossexualidade não é considerada
uma imoralidade, não há que se falar em impedimento
por essa razão. A crença de que assim se está protegendo a instituição esbarra no fato de que a parcela da
sociedade contrária à homossexualidade é preconceituosa (a mesma parcela que geralmente é contrária à
Maçonaria), e o preconceito é justamente um dos
males (juntamente com o fanatismo e a ignorância)
que devem ser combatidos pela Maçonaria.
Nesse sentido, creio que a pergunta que cada um
deve se fazer é: Você considera a homossexualidade
como algo imoral? A resposta para essa pergunta e a
complexidade envolvida em sua compreensão conduzirão sua opinião sobre o tema.
O que não podemos é fechar nossos olhos para a
realidade. Precisamos debate-la.
10
Março 2016
GERAL
POSTURA DE VANGUARDA DA MAÇONARIA
A
história nos comprova o êxito da Maçonaria decorrente de uma atuação inteligente externa de vanguarda, de liderança na solução dos problemas sociais, estando sempre à frente de seu tempo. Uma bandeira é
irresistível quando uma confluência de fatores concorre
para a sua maturação e chegada do seu tempo. Quem sair
primeiro e empunhar essa bandeira terá sucesso inevitável.
A Maçonaria tem um passado de glória porque alicerçada
em princípios eternos soube sempre detectar a correta chamada do tempo para o avanço da sociedade humana. Significativa foi a atuação da Maçonaria pela Independência do
Brasil, pela Abolição e pela República.
A questão é simples: para ser vanguarda é preciso estar
além do seu tempo. A Maçonaria não precisa observar para
onde a sociedade humana marcha para então escolher uma
posição de vanguarda ou imaginar qual seria a vanguarda
para os dias atuais, qual seria a chamada do tempo. Basta
assumir as suas próprias bandeiras, que por serem lastreadas em princípios eternos e universais sempre foram bandeiras de vanguarda.
Vejamos sinteticamente: a Maçonaria é uma entidade
em que seus membros, atuando como irmãos, com solidariedade interna, em uma postura espiritual ecumênica e
suprapartidária, buscam humildemente o auto aperfeiçoamento. Então, em atitude de solidariedade externa, voltados para o mundo, procuram bem servir a humanidade,
sustentados nos princípios eternos e universais da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
Por serem os princípios da Maçonaria eternos e universais, esses princípios estão sempre presentes, são sempre
atuais. Como o processo evolutivo da sociedade humana é
construído por etapas, é preciso perceber a aplicação desses
princípios eternos e universais no contexto das condições
atuais. Assim, a Maçonaria estará sempre na “crista da
onda”, sendo sempre atual, não cristalizada no passado,
sinalizando o porvir e por isso estando além do seu tempo
em relação à sociedade humana.
Ser-maçom é praticar a humildade, reconhecendo a
imperfeição humana; é esforçar-se em seu auto aperfeiçoamento para melhor servir; é atuar inteligente e amorosamente para a construção de um mundo de paz e de justiça
social; é trabalhar para que tenhamos uma sociedade livre,
com uma democracia solidária, com liberdade de expressão
e de palavra, de religião, de estudar, de morar, de trabalhar,
de divertir, de ter acesso aos bens de consumo, de votar e ser
votado. Não se trata da construção de uma democracia competitiva, com uma liberdade sem ética dos mais fortes
explorando os mais fracos em uma luta de irmãos contra
irmãos. Antes pelo contrário, é trabalhar para que tenhamos
uma sociedade igualitária, em que a igualdade seja de direitos e de oportunidades. A democracia da partilha e não a
democracia da competição. É trabalhar para que tenhamos
uma sociedade fraterna, em que todos se reconheçam como
irmãos, feitos do mesmo barro pelo Grande Arquiteto do
Universo.
A Maçonaria, para se manter na vanguarda, precisa
ousar através da prática dos seus próprios valores, adotando d'entre outras:
a) Postura de defesa da fraternidade humana calcada
em uma visão espiritual ecumênica, com o reconhecimento
da irmandade de todos os seres;
A Maçonaria é uma entidade secular, espiritual e ecumênica. A fé em Deus é exigência para ser Maçom e seus membros podem ser integrantes de qualquer corrente religiosa.
Nesse sentido deve manter uma postura
de vanguarda, promovendo e liderando
atividades ecumênicas, especialmente
pelo fato de que a humanidade ainda vive
despedaçada em lutas religiosas.
b) Postura de defesa da democracia
da partilha, da solidariedade, de auxílio
mútuo, de fraternidade, em contraponto à
democracia da competitividade vigente
de luta de uns contra outros.
O compromisso da Maçonaria é com a
conquista de um mundo de justiça social
calcado na fraternidade; a humanidade
conquistou, pelo menos em parte, uma
visão democrática de organização social,
mas a democracia conhecida está assentada na competitividade, na disputa por
espaços na sociedade, no conflito de classes e de interesses, quando dentro de uma
visão maçônica dever-se-ia buscar a construção de uma sociedade democrática solidária, alicerçada
na partilha, na fraternidade, no companheirismo, no compartilhamento, no socorro mútuo, no “um por todos e
todos por um”.
c) Postura em defesa das Metas do Milênio, aprovadas pelo Brasil na Assembleia Geral da ONU. Foram aprovados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – os
ODM, com vistas a serem alcançados até 2.015, ainda não
alcançados, e agora temos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os ODS, voltados primordialmente
para a sustentabilidade.
A Maçonaria sempre teve um compromisso de defesa
dos ideais nacionalistas e certamente não existe ideal mais
elevado do que a construção de uma pátria livre da miséria,
da ignorância, do analfabetismo, das doenças endêmicas.
Essa é uma atuação concreta na qual a Maçonaria pode
ultrapassar os limites do assistencialismo para buscar a
conquista de uma sociedade humana justa, construída e
alicerçada nos princípios maçônicos.
Oito são os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
– ODM:
1. Erradicar a fome e a miséria do mundo;
2. Educação básica de qualidade para todos (o que implica em acabar com analfabetismo);
3. Igualdade de gêneros e a valorização da mulher;
4. Reduzir a mortalidade infantil;
5. Melhorar a condição de saúde das gestantes;
6. Combate a AIDS, a malária e outras doenças endêmicas;
7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;
8. Todo o mundo trabalhando pelo desenvolvimento (o
que implica na inclusão social).
17 são os Objetivos de Dese
1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em
todos os lugares
2.Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar,
melhorar a nutrição
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar
para todos
4. Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as
mulheres e meninas
6. Garantir disponibilidade e manejo sustentável da
água
7. Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável
8. Promover o crescimento econômico sustentado,
inclusivo e sustentável
9. Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva
10. Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes
12. Assegurar padrões de consumo e produção sustentável
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança
do clima
14. Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável das
florestas
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável
17. Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parceria global
d) “2022 – o Brasil que queremos ” é um projeto lançado pela UnB em parceria com outras Universidades (UniCatólica, UniCEUB, UniPAZ, IESB) e com a União Planetária, objetivando unir o conhecimento acadêmico com
os desejos, anseios e perspectivas da sociedade, em busca
de soluções para os problemas da humanidade. O Movimento está assentado em princípios democráticos, com
liberdade de pensamento, atuação suprapartidária, supra
religiosa, supra ideológica, examinando em diálogos construtivos, com maturidade, as medidas necessárias para
alcançarmos uma Pátria próspera, feliz, fecunda. A data
2022 refere-se ao fato de que em 2022 estaremos alcançando dois séculos de independência.
É importante que a Maçonaria, que esteve na primeira
linha de luta pela Independência, venha se agregar nesse
projeto de estudo e busca de soluções adequadas para a
nossa Pátria.
e) Postura de estudo profundo de auto aperfeiçoamento para melhor servir.
O caminho a ser percorrido pelos Maçons é complexo e
gigantesco, dependendo prioritariamente de auto aperfeiçoamento. O “lavrar a pedra bruta” deve ser examinado
com profundidade, com estudo científico, com método,
yoga e meditação. Os Maçons buscam humildemente o auto
aperfeiçoamento para melhor servir. Esse auto aperfeiçoamento deve ser feito com os estudos mais recentes da psicanalise e outras disciplinas correlatas, buscando compreender a natureza humana e seu aprimoramento.
É essencial que a Maçonaria intensifique a sua Missão
Magna de transformação da sociedade humana pelo bem,
pela fraternidade, pela solidariedade humana.
A Maçonaria precisa assumir com coragem essas bandeiras, que lhe pertencem. Se não o fizer, outras entidades o
farão, possivelmente sem a mesma capacidade, eis que o
processo evolutivo é permanente e inevitável, não podendo
ser detido. Assim como as águas buscam sempre encontrar
saídas, assim também marcha a vida.
Fonte: http://www.godf.org.br/
GERAL
Março 2016
11
A TAREFA DA MAÇONARIA NA MODERNIDADE
Por Sir-Knight A. French
A
Maçonaria é muitas coisas para muitas pessoas diferentes. Tem sido desta forma por muitos, muitos anos.
À semelhança da evolução da sociedade, a chamada
de civilização humana, que tem visto progressos contínuos de
mudança e adaptação, também a Maçonaria evoluiu. Enquanto as suas origens se mantêm – e sempre se mantiveram –
escondidas nas brumas do tempo, os modelos contemporâneos funcionais do sistema de gruas da Obra são, na sua maior
parte, rastreáveis, bem como as suas alterações.
Alguns de fato argumentam que, enquanto se considera
que as nossas sociedades progrediram, a Maçonaria desenvolveu-se a partir de um potente começo. Mas é realmente
este o caso – será que a Maçonaria se desenvolveu? Será que
perdeu alguma coisa? Se é este o caso, é este atributo perdido
recuperável? E de quem é a função de reclamar esta luz caída?
O presente artigo tem intenção de iluminar a tarefa da
Maçonaria para o futuro, se a Obra espera continuar a ser uma
força obsequiosa e divina na cultura humana. O objetivo da
missão deve ser transmitido à geração vindoura, os Maçons
mais jovens, que apenas agora estão a chegar aos portões da
Maçonaria em massa, que estão saturados em correntes esotéricas e filosóficas, com avidez de aprender e um desejo genuíno de serem mudados. Os Maçons mais jovens, que batem à
porta da Maçonaria, buscam um tipo de luz específico – a luz
que emana das antigas escolas de mistério epifíticas – nas
quais indubitavelmente a Maçonaria tem as suas raízes. A
questão mantém-se: se estes jovens encontrarão o tipo de luz
que buscam, ou em invés algum efeito prísmeo, uma luz distorcida e dobrada sob uma miríade de pensamentos e opiniões
malconduzidas. E se não a encontrarem, será que em alternativa continuarão em frente, decidindo que a Fraternidade não
é para eles? Será razoável assumir que a Maçonaria, especialmente na América, irá esmorecer e morrer, preservada unicamente em museus como artigos de memorabilia antiquados,
apesar de interessantes?
Não, se a maçonaria conseguir erguer-se à altura da função que a evolução mundial colocou à sua frente.
A sabedoria e ensinamentos esotéricos não foram a principal motivação para que antigos Maçons se juntassem à Fraternidade, e na América esta dificuldade foi aumentada. De
facto, o que se verificava era o contrário – os antigos Maçons
desejavam erradicar, tanto quanto possível, todos os conteúdos esotéricos e inconvencionais, enquanto enfatizavam as
atividades de caridade da Obra, mais seguras e benéficas. É
importante relembrar, no entanto, que estas ações eram absolutamente necessárias. Isto relaciona-se com a sobrevivência
da Fraternidade.
Os membros mais velhos da Obra, que ingressaram na
Maçonaria mediante o seu regresso da I e II Guerras Mundiais, procurando o sentimento de fraternidade e uma extensão
do seu ambiente militar, antes de alguma coisa esotérica,
nunca devem ser criticados, desprezados ou exonerados. Em
contrário, deviam, em todas as alturas, ser reverenciados,
honrados e respeitados por terem carregado nas suas costas a
honorável instituição Maçónica para à frente no tempo,
mesmo que as completas implicações dos seus estudos possam ter sido perdidas neles, em certas ocasiões. Sem o serviço
à Obra, a Maçonaria teria morrido na América há décadas
atrás, atirados à lama pela vontade e agenda dos anti Maçons.
A história informa-nos que, entre outras influências, o
caso Morgan do início do século XIX inspirou uma onde anti
Maçonaria – incluindo o Partido Antimaçónico, também
conhecido como Movimento Antimaçónico, e o primeiro
partido político minoritário nos Estados Unidos – que teria,
em último caso, terminado a Maçonaria na América. O caso
Morgan envolveu o desaparecimento de William Morgan, um
ianque que foi malsucedido na sua tentativa de se inscrever
numa Loja ou Capítulo Maçónico em Batávia, Nova Iorque,
algures entre 1824 e 1826. Existem teorias competitivas acerca do seu estatuto como membro, uma em que lhe negaram
admissão numa Loja, outra em que ele já era um Maçon mas
foi banido quando tentou ingressar no Capítulo dos Maçons
do Arco Real. Apesar disto, ambas as teorias sustêm que,
depois de a admissão lhe ter sido negada, Morgan ameaçou
publicar os rituais da Fraternidade num livro, como forma de
retaliação. De seguida, Morgan foi dado como desaparecido,
e anti Maçons afirmaram que ele tinha sido raptado e morto
por Maçons. O ulterior Partido Antimaçónico opôs-se ao
presidente Andrew Jackson, um conhecido Maçom, e até teve
candidatos à presidência entre 1828 e 1832.
Com o escrutínio policial sobre a Maçonaria, a Fraternidade foi associada a secretismo, violência, conspiração e outras
atividades nefastas. A Obra continuava a ter as suas proponentes, mas a exposição negativa levou a um aumento massivo da anti Maçonaria entre americanos, e, desta forma, a
Maçonaria era frequentemente olhada com suspeita. Estes
problemas políticos coincidiram com o Segundo Grande
Despertar do evangelismo protestante nos EUA, o que estimulou muitas reformas direcionadas para corrigir os males da
sociedade antes da antecipada Segunda Vinda de Jesus Cristo. Combinando isto com o começo das teorias conspirativas
acerca da crescente corrupção política dentro das relações
internacionais, a Maçonaria encontrou-se numa situação
difícil. Não foi até às gerações de Maçons depois das Primeira
e Segunda Guerras Mundiais que a Maçonaria conseguiu
limpar a sua imagem, na sua maior parte, aos olhos do público. Por esta razão, devemos a estes homens as maiores honra
e prestígio.
No entanto, com esta mudança de foco em direção à externa, exotérica imagem da Obra, o conteúdo esotérico foi ou
perdido ou verdadeiramente suprimido em muitos círculos da
Ordem. E, com o tempo, não só muito deste conteúdo foi
ignorado, mas de facto foi completamente esquecido, tanto
que os Maçons atuais nem estavam conscientes de que algo
faltava. Apesar disto, a Maçonaria cresceu em força e número, sabedoria esotérica à parte, e as suas atividades de caridade aumentaram substancialmente. Desta forma, podemos
compreender agora de onde o ditado “A Maçonaria é tão americana como a tarte de maçã” tem as suas origens.
A tarefa da Maçonaria da Modernidade, no século XXI,
uma missão que é continuamente trazida às suas portas por
esses jovens de pensamento esotérico, é o reaparecimento da
sabedoria espiritual e filosófica das antigas escolas de mistério, a fundação sobre a qual a Maçonaria foi originalmente
erguida. O que é único acerca desta tarefa é que, enquanto
reaparecimento remete para algo mais antigo ou o regresso a
algo anterior, a Obra já não é secreta como foi durante tempos
anteriores, e todos os seus “segredos” e até os seus rituais
podem ser encontrados na Internet. Desta forma, mais do que
um simples retorno, o objetivo é completamente novo, um
caminho que nunca foi antes percorrido – uma mistura de
esotérico e exotérico em esforço para alcançar um equilíbrio
completo e harmonioso.
Pela primeira vez na história da iniciação esotérica, os
ensinamentos esotéricos das antigas escolas de mistério
podem ser disponibilizados ao maior número de pessoas
possível, graças à imagem externa Maçónica, popularizada
na cultura Americana. Isto terá um efeito transformador no
mundo. O obstáculo surge quando estes jovens Maçons chegam às portas da Maçonaria e não encontram a luz pura por
que buscam. Várias vezes, estes membros recentes entram na
Fraternidade com mais conhecimentos acerca de conceitos
esotéricos que os Maçons que os iniciam. Eventualmente, a
roda rodará, e os jovens Maçons farão mais iniciações e operações, mas até lá, se a Maçonaria espera sobreviver e continuar a sua carreira influenciadora, deve conceber e adaptar-se
ao caráter Maçónico enquanto este é reintroduzido por jovens
Maçons – tal como já se adaptou e concebeu a necessidade de
garantir a sua ulterior longevidade e boa imagem na sociedade. A Maçonaria neste sentido é como um camaleão, alterando a sua cor para se conciliar às necessidades atuais do ambiente em que se encontra.
Afinal de contas, no que toca aos conhecimentos esotéricos, a Maçonaria surgiu de uma traição de mistérios, um certo
desvendar de segredos que ocorreu em violação de juramentos e obrigações. De facto, num cenário não muito diferente
daquele em que ocorreu o caso de William Morgan. Este é um
tópico acerca do qual o autor convida o leitor a pesquisar
ulteriormente.
Além disso, por volta da altura do caso Morgan, uma conferência de iniciados internacional foi dada para discutir o
destino da humanidade e das tradições das escolas de mistérios. Um relato desta reunião pode ser encontrado no livro O
Movimento Oculto no Século Dezanove, escrito pelo filósofo
alemão e cientista espiritual Rudolf Steiner. Steiner explica
que para a humanidade sobreviver ao ataque violento do materialismo que se aproxima e que em breve engoliria o planeta
inteiro, os ensinamentos dos antigos mistérios teriam de ser
disseminado para o público, algo que nunca antes havia sido
feito. Até esse momento, estes ensinamentos eram violentamente guardados por ordens esotéricas, frequentemente sob
penalidade de morte. Durante estas conferências internacionais de iniciados, duas fações foram formadas – uma que se
intitulava esoteristas e outra exoteristas (embora os termos
não fossem usados com o significado normal).
Os exoteristas queriam que estes ensinamentos dos mistérios fossem gradualmente libertados para o público em geral,
de modo a salvá-los do assalto materialista. Os esoteristas
viam isto como uma péssima opção, que tais ensinamentos
tinham sido guardados por tanto tempo por boas razões, e que
mentes impreparadas não poderiam utilizá-los ou reconhecêlos, ou, pior ainda, poderiam usá-los para o mal.
No final, foi encontrada uma espécie de compromisso,
com os primeiros espojos de esoterismo a chegar ao conhecimento do público na forma de espiritualismo entusiasta do
século XIX e inícios do século XX. Nós podemos encontrar
mais provas desta disseminação esotérica, enchendo as prateleiras da secção Nova Era de qualquer livraria. É desnecessário dizer, no entanto, que esta abordagem não foi totalmente
bem-sucedida. E talvez os esoteristas tivessem um ponto de
vista válido, porque a disseminação de vários conhecimentos
esotéricos levaram eventualmente e prepararam o caminho
para o nascimento do oculto Terceiro Reich e Adolfo Hitler na
Alemanha Nazi.
Contudo, a tarefa e o papel futuro da Maçonaria é realizar
o seu destino de disseminação esotérica, mas ao serviço do
bem, tornando disponíveis a sabedoria da iniciação para o
maior número de pessoas. A Maçonaria é a mais pública das
universidades esotéricas, agora ainda mais do que alguma vez
no passado, e os mais jovens buscadores-de-luz – na verdade
trazedores-de-luz – chegarão às suas portas em grande número, antes de ir a qualquer outro lugar. Assim, é da responsabilidade da Maçonaria recebê-los da forma correta.
Em conclusão, uma cautela será erguida contra o pensamento de que a iniciação esotérica é o único propósito da
Maçonaria, não obstante o conteúdo deste artigo. Os mais
importantes princípios da Obra são três: Amor Fraternal,
Alívio e Verdade. O Amor Fraternal, o sentimento de fraternidade procurado pelos Maçons mais antigos sob a condição de
regressarem das guerras, há muito que é cuidado por eles, e
deve continuar a ser praticado pelos Maçons mais jovens.
Alívio, na forma de atos caridosos dentro e fora da Fraternidade, também há muito é praticado pelos antigos Maçons,
que utilizaram a filantropia para que a fraternidade parecesse
mais igualitária. Isto também deve continuar no futuro com
foco e poderoso ímpeto.
No entanto, se estes últimos que atualmente são mais vitais. Bem como o terceiro – Verdade – que agora requere energia restaurante significativa. A Verdade aqui não significa
apenas honestidade ou ser-se um homem de palavra. É Verdade com V maiúsculo, no sentido que a Verdade acerca da
Ordem e dos seus ensinamentos esotéricos. Verdade como na
Verdade acerca da realidade espiritual divina e da filosofia
intemporal dos antigos. Verdade como no poder da Palavra
divina, ela própria carregando poderes criativos e transformadores, que afetam toda a realidade física. Os Maçons devem
descobrir a Verdade mais alta acerca de quem realmente são.
Ou nas palavras de Albert G. Mackey, 33º, na sua Enciclopédia da Maçonaria Revista: “Esta ideia de verdade não é a
mesma que a expressa na lição do Primeiro Grau, onde o
Amor Fraternal, Alívio e Verdade são ditos os 'grandes três
propósitos da profissão Maçônica'. Nessa perspectiva, Verdade, que é chamada de 'Atributo Divino, a fundação de toda a
virtude', é sinônimo de sinceridade, honestidade de expressão
e atos francos. A maior ideia de verdade que impregna o inteiro sistema Maçônico, e que é simbolizada pela Palavra, é que
é propriamente expressada como um conhecimento de
Deus.”
Fonte: Cerberus Magazine
12
Março 2016
*Autores: E. Figueiredo & Caio R. Reis
“SIC TRANSIT GLORIA MUNDI !” (Como são passageiras as glórias do mundo !). Esta frase dita pelo Venerável Mestre é o ponto alto de uma Iniciação Maçônica. Ela
encerra uma das maiores verdades e que quase sempre é
ignorada por todos nós. Julgamo-nos eternos e pouco
fazemos para vencer as nossas paixões. Os cargos, o
poder e a vaidade nos impedem muitas vezes de aparar a
pedra bruta que somos, e, esquecemos então um dos princípios mais importantes da Maçonaria que é a humildade.
Já, como neófito, lhe é dito que ele acabou de morrer
para a vida profana (Era Vulgar) e renasceu para a Verdadeira Luz. Isso quer dizer que tudo que o aviltava, quando profano, deverá ser desvestido, inclusive a
VAIDADE. E, tudo que lhe faltava como virtudes, deverá ser incorporado, inclusive a HUMILDADE. Uma vez
GERAL
Iniciado, o postulante torna-se Maçom, e, como tal, estará
sob vigilância de sua própria consciência e dos demais
Maçons.
Comandado pelo Venerável Mestre a Loja dará guarida ao novo Irmão orientando e ensinando o caminho a ser
trilhado, agora como Maçom, imbuído de humildade e
destituído de ostentação.
A figura do Venerável Mestre, dos Luzes ou de qualquer outra autoridade, em uma Loja Maçônica, reflete
sempre a bondade e as suas ações que são comparadas as
de um pai que aconselha o filho ou do irmão mais velho
que o protege. É por essa razão que a joia do Venerável
Mestre (o esquadro) tem um significado tão profundo
para todos nós, pois ela representa a retidão das suas atitudes além da confiança que todos os irmãos nele depositam. Em nosso meio não há lugar para jactância do
mundo profano. Aquele Maçom que por ventura não se
enquadre dentro dessas normas irá se sentir deslocado e,
mais cedo ou mais tarde, perceberá que está no lugar errado.
Ser humilde significa seguir essa postura e quando
perguntado: “Que vindes fazer aqui ?” , responder com
convicção e com orgulho: “ Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria !”
Aquele Maçom que se deixa contaminar pelo sonho
passageiro de poder, seja na vida profana ou até mesmo
dentro da Ordem infelizmente não entendeu a beleza e a
profundidade dos nossos ensinamentos.
Conta-se o caso que no México, há muitos anos, um
Maçom foi condenado injustamente à morte. O caso teve
grande repercussão dentro e fora da Maçonaria. O Presidente do México era Maçom e um dia estando em Loja,
ocupando o humilde cargo de Guarda do Templo ouviu
quando os Maçons indignados discutiam a condenação
do Irmão. Foi então que um dos presentes sugeriu que o
Presidente do México poderia comutar a pena do referido
Irmão.
Argüido pelo Venerável Mestre a resposta foi a
seguinte:
___“Venerável Mestre este guarda do Templo que vos
fala nada pode fazer, mas se o Venerável permitir a minha
saída, quem sabe o Presidente do México possa fazê-lo !”
O Irmão condenado foi salvo. Esta pequena narrativa
mostra, primeiro, aquilo que dizíamos anteriormente que
a Maçonaria nivela a todos sem distinções de cargos e de
títulos; e, em segundo lugar, a humildade do Presidente
do México que sem dúvida entendeu muito bem a frase
“sic transit gloria mundi”.
Ser humilde é desbastar esta pedra bruta que somos e
com tolerância, bondade e amor tratar não só os seus
irmãos, mas também aqueles com os quais convive na
vida profana. Não somos perfeitos e assim sendo, dentro
da Maçonaria, encontraremos exemplos de irmãos que
por sua postura e pelas suas atitudes são exemplos a
serem seguidos, todavia outros existirão que mesmo
tendo chegado aos graus mais elevados da Ordem parece
que nada entenderam e continuam pedras brutas a serem
lapidadas.
Devemos ter sempre em mente que a Maçonaria é
perfeita nos seus ensinamentos e naquilo que tenta modificar dentro de cada um de nós, porém nem todos os
Maçons entendem desta forma e alguns permitem que o
falso brilho das coisas possa ofuscar estas verdades.
Pior que a falta de humildade é a vaidade.
O Maçom tem o dever de constantemente policiar os
seus procedimentos para evitar que a vaidade possa fazêlo esquecer dos ensinamentos recebidos, que somos todos
iguais e que na Maçonaria não existem distinções de títulos e de cargos.
A vaidade, literalmente falando, é a qualidade do que é
vão, vanglória, ostentação, presunção malformada de si.
Nos dicionários, soberba, orgulho, arrogância são palavras muito próximas de vaidade. Homens tomados por
esses sentimentos são os que olham para si como dignos
de admiração pelos outros. Imaginam que estão acima
das demais pessoas.
Infelizmente, muitos Maçons não conseguem se desvencilhar desse vício, pavoneando sua condição de algum
cargo recebido, por menor que seja, exigindo tapete vermelho e deixando ao largo a modéstia.
Ainda bem que esses tipos são poucos.....
* E. Figueiredo & Caio R. Reis são Maçons Eméritos
e obreiros da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.
Fonte: Blog Verdadeiros Irmãos
GERAL
Março 2016
13
FRANCO MAÇONARIA POR GIACOMO CASANOVA
U
m fato desconhecido por muitos é a identidade
esotérica do famoso Giacomo Casanova, lembrado somente por sua vida romântica.
Casanova dedicou sua vida ao estudo do oculto e
dos mistérios, foi iniciado em antigas escolas de alquimia e cabala além de ter sido amigo pessoal do, também famoso, György Rákóczi mais conhecido como o
Imortal Conde de Saint-Germain. Casanova desvendou os segredos da Aquimia e completou o Magnum
Opus - a Grande Obra - descobrindo o segredo da Pedra
Filosofal, tal como fez Saint-Germain e diversos outros
Maçons de sua época.
A Maçonaria do século XVIII da qual fizeram parte
Casanova e Saint-Germain era um tanto diferente do
que temos hoje, principalmente em questão de práticas.
A Fraternidade, Espiritualidade e a busca pelos mistérios eram parte da rotina maçônica. E tal espírito maçônico necessita ser reimplantado novamente nas Lojas,
pois são poucas as que permanecem neste espírito.
A mensagem de Casanova é como um aviso aos que
desejam entrar na Maçonaria e aos que lá permanecem
e sentem que existe algo faltando no âmbito espiritual.
Somente aqueles que ingressarão e os Maçons ainda
dispostos a mudar essas condições, conseguirão restaurar o espírito da Franco Maçonaria em suas Lojas. Aqueles que desejam se dedicar a Magnum Opus revelada
através da Arte Real ensinada pelos rituais da Maçonaria.
MAÇONARIA POR GIACOMO CASANOVA
"Foi em Lyon que um respeitável indivíduo, que
conheci na casa de M. de Rochebaron, obteve para mim
o favor de ser iniciado na sublime ordem da Franco
Maçonaria. Eu cheguei em Paris um simples Aprendiz;
poucos meses depois de minha chegada eu me tornei
Companheiro e Mestre; o ultimo é certamente o maior
grau da Franco Maçonaria, todos os demais graus que
iniciei depois são apenas invenções agradáveis, que,
além de simbólicos, nada acrescentam à dignidade do
Mestre.
Ninguém nesse mundo pode obter conhecimento de
tudo, mas todo homem que se sente dotado de faculdades e consegue perceber a extensão de sua força moral,
deve esforçar-se para obter a maior quantidade possível de conhecimento. Um jovem bem aventurado que
deseja viajar e conhecer não só o mundo, mas também
o que é chamado de boa sociedade, que não quer se
encontrar, em certas circunstâncias, inferior aos seus
iguais, e evita sua participação em prazeres mundanos,
deve iniciar-se no que é chamado de Franco Maçonaria
mesmo que seja somente para conhecer superficialmente o que é a Franco Maçonaria.
É uma instituição de caridade, que em certos tempos
e em certos lugares, foi pretexto para criminosos agirem contra a ordem pública, mas existe algo abaixo do
céu que não foi deturpado? Não vimos os Jesuítas, abaixo das vestes da santa religião, impulsionar a mão com
a adaga cujos reis deveriam ser assassinados?
Todos os homens de
importância, eu me refiro
aqueles cuja existência
social é destacada pela
inteligência e mérito, pelo
aprendizado ou pela prosperidade, possam ser (e
muitos destes são) Franco
Maçons. É possível supor
que tais significados no
qual os iniciados, fazendo
a lei de nunca falar entre si
sobre política, ou de religião, ou de governos, conversem somente emblemas
de moral triunfante? (...)
Mistério é a essência da
natureza do homem, e tudo
que se apresente para a
humanidade abaixo de
uma aparência misteriosa,
sempre excitará a curiosidade e será investigado,
mesmo quando os homens
estão certos que os véus
nada cobre além de um
código cifrado.
Sobre tudo, eu gostaria
de advertir os jovens bem
aventurados que desejam
viajar (buscar o conheciGiacomo Casanova
mento) a se tornarem Franaqueles que inescrupulosamente revelaram o que foi
co Maçons; mas gostaria
de adverti-los para serem cuidadosos em escolher uma feito em Loja, são incapazes de revelar o que é realLoja, porque, embora a má companhia não possa influ- mente essencial; eles não tem o conhecimento do
enciar enquanto dentro de uma Loja, o candidato deve- segredo, e se soubessem, eles certamente não teriam
revelado o mistério das cerimônias.
se guardar contra conhecimentos ruins.
A impressão sentida em nossos dias pelos não iniciAqueles que se tornam Franco Maçons apenas para
uma questão de descobrir o segredo da Ordem, correm ados é da mesma natureza daquela sentida em outros
o grande risco de envelhecerem encobertos de sombra tempos por aqueles que não eram iniciados nos mistérisem nunca descobrir os propósitos da Ordem. Porém os existentes em Elêusis em honra a Ceres. Mas o mishá um segredo, mas é tão inviolável que este nunca foi térios de Elêusis eram de interesse em toda a Grécia e
confidenciado ou murmurado para ninguém. Aqueles qualquer um que tenha alcançado alguma eminência na
que param sua jornada na crosta externa, imaginam que sociedade daqueles dias tinha um ardente desejo de
o segredo consiste em palavras passe, sinais, ou que o fazer parte naquelas cerimônias misteriosas, enquanto
principal segredo será encontrado somente ao alcançar na Franco Maçonaria, no meio de muitos homens do
o grau mais alto. Esse é um ponto de vista equivocado: mais alto mérito, grande parte são uma multidão de
o homem que advinha o segredo da Franco Maçonaria, canalhas que nenhuma sociedade deve reconhecer,
e para sabe-lo você precisa adivinha-lo, alcança esse pois eles são o refugo da humanidade, tanto quanto a
ponto somente por um longo comparecimento em moral está em causa."
Lojas, através do profundo raciocínio, comparações e
Por Giacomo Casanova.
deduções. Esse homem não confiaria o segredo nem ao
seu melhor amigo da Franco Maçonaria, porque ele
Uma mensagem aos Maçons e DeMolays que busestá ciente de que se seu amigo não descobriu, ele não
poderia fazer nenhum uso deste após ter sido sussurra- cam pelo conhecimento.
do em seu ouvido. Não, ele mantem sua paz, e o segredo permanece um segredo.
Tudo feito em Loja precisa ser um segredo; mas
14
Março 2016
GERAL
Ir\ Francisco Feitosa
Editor da Revista Arte Real
Diletos Leitores!
A história da Revista Maçônica Arte Real teve início
em 24 de fevereiro de 2007, quando lançamos sua
primeira edição virtual, de periodicidade mensal e
distribuição gratuita para todos os leitores cadastrados em nossa carteira de e-mails. Recentemente comemoramos nove anos de ininterruptos trabalhos, que se
divide em três fases distintas, a começar de sua criação, na versão virtual, quando foram publicadas
setenta edições, período em que apoiou eventos culturais e trabalhos sociais, publicou lançamentos de
obras literárias, além de difundir a cultura maçônica.
Nesse período, teve sua distribuição gratuita, pela
Internet, tendo enorme aceitação, ao ponto de iniciarmos com uma carteira de 1.500 e-mails e chegarmos a
30.000 e-mails cadastrados de leitores de todo o Brasil e do exterior.
Há cerca de quatro anos, quando estivemos proferindo uma palestra na cidade de Cuiabá, fomos convidados pela Grande Loja Maçônica de Mato Grosso para
firmarmos um Convênio, através do qual passaríamos
a produzir, na versão impressa, nossa Revista. As cláusulas deste Convênio firmaram as responsabilidades
das partes envolvidas, sendo que caberia à Revista
Arte Real a responsabilidade da produção (seleção de
matérias, diagramação, editoração gráfica, artes e a
divulgação), e à GLEMT a de logística (assinaturas,
renovações, distribuição, publicidade e SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente).
Lamentavelmente, devido a uma infraestrutura (logística) pouco adequada às necessidades do mercado
editorial, tivemos alguns problemas em atender, com
excelência, alguns de nossos assinantes e anunciantes, aos quais, mais uma vez, pedimos, encarecidamente, nossas desculpas. Como, ao longo do tempo,
de parte da GLEMT, não foi possível estruturar uma
logística à altura do mínimo necessário para levar
avante tal empreitada, chegamos à conclusão de que
melhor seria antecipar a finalização de nosso Convênio.
Com isso, com a distribuição da edição nº 22 – janfev/16, estaremos encerrando a produção da versão
impressa que, com exceção de algumas dificuldades
envolvendo a logística, foi uma empreitada, no que se
refere à produção, elaborada com muito profissionalismo, dedicação e respeito aos nossos leitores, que já
nos acompanham desde de 2007.
A partir de então, devido ao nosso compromisso com
a cultura maçônica; ao respeito pelos mais de 33.000
e-mails cadastrados de nossos leitores, atualmente,
que compõem nossa carteira, por todo o Brasil e no
exterior; à necessidade de estimular a leitura, o estudo
e a pesquisa, voltaremos a produzir a Revista Arte
Real, em sua versão original, virtual, com periodicidade mensal e com distribuição gratuita, via Internet.
As 22 edições impressas, com índice remissivo das
matérias publicadas e a capa da Revista, poderão ser
acessadas em nosso site www.revistaartereal.com.br
e serem adquiridas através de solicitação, pelo e-mail
[email protected], ao custo de, apenas,
R$ 13,00/exemplar. Não cobraremos o custo de envio
para qualquer cidade do Brasil.
Para essa retomada, a fim de conseguirmos arcar com
todos os custos de produção, e mantermos sua distribuição gratuita, estaremos contando com os nossos
leitores que queiram ser nossos “Parceiros Culturais”,
anunciando suas empresas, produtos e/ou serviços em
nossa Revista, a fim de possibilitar que essa chama,
acesa em 24 de fevereiro de 2007, continue a brilhar e
iluminar as mentes daqueles que dispensam parte de
seu valoroso tempo para ler e refletir sobre os artigos
publicados.
A versão virtual, além da distribuição pelo sistema de
e-mail marketing para mais de 33 mil leitores, também, estará sendo distribuída pelo facebook RevistaArterReal, nos mais de 50 grupos associados, em
diversas listas de discursão maçônica pela Internet,
além de ficar exposta, para download, em nosso site!
Faça contato que enviaremos as modalidades e os
valores de anúncios praticados! De fato, uma excelente vitrine para exposição de sua empresa a todo o Povo
Maçônico! Agradecemos, desde já, atenção dispensada e contamos com sua prestimosa participação!
Contamos com a participação de todos para levar a
efeito tão árdua e ao mesmo tempo prazerosa empreitada, em prol da cultura maçônica, o que fez de nossa
Revista uma imprescindível ferramenta, para auxiliar
os Irmãos na necessária transformação de sua iniciação simbólica em uma Iniciação Real.
Revista Arte Real, tratando a cultura maçônica com a
seriedade que merece!
Fraternalmente,
Francisco Feitosa - Editor Responsável
Jornalista MTb 19038/MG
GERAL
Março 2016
15
O MITO DE SÍSIFO E NÓS, MAÇONS
(*) Por Irmão Dinovan Dumas de Oliveira
bem possível que todos tenham vivenciado, nos primeiros dias que sucederam suas respectivas iniciações, a expiação que conheço nesses poucos dias
como Aprendiz.
Peço que levem isso em conta e recepcionem com
sapiência o exercício que faço da palavra, reconhecendo
minha infância iniciática e sabendo separar o joio do trigo
(se é que ele, o trigo, pode ser encontrado em uma ou outra
linha deste texto).
Em passado recente o ministro Luís Roberto Barroso
(STF), constitucionalista de estirpe, com a erudição que
lhe é peculiar, publicou laureado artigo onde citava o mito
de Sísifo, esmiuçado e bem conhecido por este Aprendiz
durante determinado período de aprimoramento (MBA em
Educação e Gestão de Negócios).
Lembrou o ministro que Sísifo, personagem da mitologia grega, era conhecido por sua astúcia, indiscutível culto
à felicidade e ódio à morte.
Ele era filho do rei Éolo, da Tessália, que foi o fundador
e primeiro rei de Éfira, também conhecida como Corinto,
uma das cidades visitadas pelo Apóstolo Paulo e presente
no Novo Testamento do livro sagrado dos cristãos.
Em uma determinada época Sísifo despertou a ira dos
deuses ao desafiá-los e enganá-los, situação que resultou
na sua condenação por Zeus, o rei das divindades.
A reprimenda foi tornar-se um ser imortal e passar a
eternidade empurrando uma pedra montanha acima, no
Reino dos Mortos. Quando chegasse ao cume, a pedra rolaria para a base de novo e Sísifo voltaria novamente à tarefa.
O fio da meada vem do escritor francês Albert Camus,
no ensaio filosófico “O Mito de Sísifo”, de 1941, que interpreta a história como sendo uma analogia ao castigo que é
se dedicar a um trabalho sem sentido por toda a eternidade.
Agora, a digressão.
O History Channel, respeitoso e reconhecido canal de
televisão, apregoou em notícia recente as cinco sociedades
fechadas mais influentes e misteriosas da história. Informou que “recente reunião mundial do Clube Bilderberg
voltou a levar às primeiras páginas a incógnita sobre a verdadeira influência que exercem alguns grupos fechados
mais ou menos secretos sobre o destino do planeta” .
A nota é categórica ao afirmar que a Francomaçonaria
É
está na lista, sem referência às demais potências da Ordem.
Em primeiro lugar figura o famigerado clube de Bilderberg, que é o encontro das figuras mais influentes do
mundo e que acontece desde 1954.
Tenho ciência que o Grande Oriente do Brasil é reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra . Uma leitura expandida da notícia pode dar a entender, então, que
citar a Francomaçonaria foi fazer incluir a Ordem brasileira, alemã, francesa etc..
De toda forma, ouso divagar e sugerir que avaliemos a
situação de tal modo que seja possível solidificar uma
ampliação vertiginosa da compreensão que temos da realidade, no sentido de compreende-la na sua totalidade .
Reflitamos em conjunto: quais ações, condutas e posturas passeiam pelo nosso campo de visão e nos capacitam de
forma a evitar que nós, Maçons da contemporaneidade (e
de terras tupiniquins), realmente não estejamos de fora?
De que modo nós, que ocupamos esse templo de elevação, trabalho e busca, integrantes do que, permitam-me,
chamo de “juventude” Maçônica, efetivamente influenciaremos as andanças mundiais?
Compreendo que este tipo de provocação ou questionamento pode sugerir a vivência do inebriado estado que
sucede a iniciação. Pode até sugerir, na cabeça de alguns,
certa prepotência ou até um impulso juvenil, revelador,
quem sabe, de patologias ansiolíticas ou coisas que o
valham.
Não me importo! Rejeito a ideia de me quedar inerte e
faço uso de uma das prerrogativas que minha condição de
Maçom oferece. Regozijo diante da garantia que tenho de
me expressar, festejo o fato de “decorar” a coluna do Norte,
revelo estar vivenciando a realização de um desejo longínquo (quiçá ancestral) e, enfim, certifico: nós devemos SER
a diferença!
Alinhados aos ideais e às liberdades de pensamento que
a Maçonaria desfraldou, devemos honra ao suor e às conquistas dos que nos antecederam. Devemos impulso enfático e destemido às ações progressistas e evolucionistas
que nos regem.
Somos sucessores de homens que entregaram suas
vidas à campanha republicana, à abolição da escravatura, à
evolução da política nacional, à materialização da tão esperada anistia para presos políticos, à luta pela redemocratização do país etc.
Somos sucessores de Irineu Evangelista de Souza, o
(primeiro) Barão e (depois) Visconde de Mauá (baluarte da
industrialização brasileira), de José Bonifácio de Andrada
e Silva, de Victor Hugo, do jurisconsulto baiano Rui Barbosa, de Victor Brecheret, de José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco e símbolo da diplomacia
brasileira, de George Washington, de Franklin Delano
Roosevelt, de Benjamin Franklin e de tantos outros.
É de fácil percepção, então, que a coxia não é o nosso
lugar!
O “x” da questão é que, para estar no palco (e não na
coxia), é preciso preparo. Mais que isso: é preciso consciência. Consciência essa que deve revelar ao seu portador
a impossibilidade de se distanciar dos compromissos que
foram assumidos no dia em que foi aceito na Maçonaria.
Que deve ser capaz de incrustar na cabeça de cada um
aqui presente o absurdo que será se ele não se dispor a
seguir sua vida na condição de homem honesto e honrado,
uma vez que para estar aqui entre nós é preciso estar ciente
de que uma das nossas missões é arrastar [positivamente]
outras pessoas pelo nosso exemplo .
É preciso que roguemos, então, pela universalização de
condutas éticas, prósperas e humanas, e que respeitemos,
dessa forma, uma regra moral e igualitária que se extrai do
princípio maior da filosofia de Kant, cuja dicção é:
“Age de tal modo que a máxima da tua vontade (o princípio que a inspira e move) possa se transformar em uma lei
universal”.
E em uma Maçonaria que almeje agir de tal modo que
sua conduta possa se transformar em uma lei universal,
permitindo que outras pessoas sejam arrastadas pelos seus
exemplos, não cabe “jeitinho”, “agrado” a guarda de trânsito, “café” para fiscal ou desavenças que não privilegiem a
fraternidade que nos une. Não cabe intolerância, mentira,
desafeto e falta de compaixão. Não cabe o exagero, o desacerto e a incompreensão das diferenças. Não cabe, estimados Irmãos, não cabe!
Cabe, sim, trabalho incessante pela realização dos fins
da Maçonaria. Cabe, sim, o dever de estudo sobre todas as
questões que agitam a sociedade. Cabe, sim, o dever de ser
bom, justo, digno, ético, dedicado, corajoso, isento de orgulho e ambição, livre de preconceitos e pronto a todos os
sacrifícios pelo triunfo do Direito e da Verdade .
É o cuidado com a autofagia!
(*) Ir\ Dinovan Dumas de Oliveira A\ M\
ARLS Acácia de Aruã
Or\de Mogi das Cruzes (SP)
16
Geral
Março 2016
ria.
Ir\ Barbosa Nunes
Grão-Mestre Geral Adjunto
do Grande Oriente do Brasil
R
egistro neste artigo, agradecimentos aos maçons do
Grande Oriente do Brasil do Estado do Mato Grosso
do Sul, pela receptividade e especial deferência a mim
e aos meus companheiros de viagem, deputados federais
maçônicos Gilmar Mendes e José Walter. Em 26 de fevereiro,
desloquei-me de Goiânia para a cidade de Paranaíba, localizada em uma região rica, de belas paisagens naturais. Em outros
tempos um recanto do Mato Grosso do Sul.
O Bolsão Sul-Matogrossense é uma sub-divisão do estado
de Mato Grosso do Sul, baseada em valores regionais e sócioeconômicos. Abrange os municípios de Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Selviria, Aparecida
do Taboado, Inocência, Cassilândia, Chapadão do Sul e Costa
Rica. É área de grande arrecadação fiscal do estado.
Especificamente via Itumbiara, Trevão, Prata, Campina
Verde e Iturama, atravessando duas vezes o Rio Paranaíba na
divisa de Goiás com Minas Gerais e na divisa de Minas Gerais
com Mato Grosso do Sul, percorremos 600 quilômetros.
Em Paranaíba, proferi palestra de encerramento do IV
Ciclo de Palestra Maçônica do Bolsão, promovido pelo GOBMS, sob a presidência do Grão-Mestre Estadual Benilo Allegretti. Participação dos maçons e das cunhadas da região.
Outros palestrantes foram Paulo Fernando Veríssimo de Mendonça, Sérgio Rodrigues Júnior, Tito Alves de Campos e
Andrei Barbosa de Almeida. Abordaram temas atuais e de
tecnologia da informação. Voltaremos em 2017, para o V Cilo
de Palestra do Bolsão, que será realizado na cidade de Selvi-
Meus agradecimentos especiais ao Venerável Mestre da
Loja "Canaã", anfitriã do evento, irmão Alfredo Fanuchi e sua
esposa, presidente da Fraternidade Feminina, Eliene Rodrigues da Silva, bem como às presidente e vice presidente da
Fraternidade Estadual, Maria Elisa e Beatriz Bleyer e aos
Grão-Mestre Adjunto, Celestino Laurindo Júnior, presidente
da Assembleia Estadual Maçônica, Francisco Dias Gobi e
secretário do Poder Legislativo, Moisés Moreira Alves.
Representou a Assembleia Federal Maçônica, o deputado
Antônio Vargas de Andrade.
A revista "Consciência" editada há longo tempo em produção de qualidade com noticias e artigos do meio maçônico,
abordando temas da atualidade, esteve presente com seu diretor Ademir Batista de Oliveira.
O que tem haver este artigo de uma viagem à cidade de
Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, com Tião Carreiro, consagrado como um grande mestre, habilidoso tocador de viola,
um dos maiores violeiros brasileiros?
Tem e muito. Mas falo um pouco mais de Tião Carreiro,
para encerrar explicando a conexão referida. Tião Carreiro
tocava viola desde jovem, mas sempre procurou novas formas
de execução e ai inventou um ritmo diferente. A viola batia
cruzado com o violão, numa mistura de recorte do caipira
lento com o recortado mineiro, mais apressado. Ai nasceu o
Pagode, que em Minas Gerais, era baile. Estava batizado o
novo ritmo. Tião Carreiro tornou-se o Rei do Pagode. O primeiro gravado, foi "Pagode em Brasília", composição de
Lourival dos Santos e Teddy Vieira.
Na cultura da música raiz, o pagode sertanejo é um dos
ritmos mais tradicionais. Projetou Tião Carreiro por seu toque
marcante e inconfundível, passando a enriquecer a lista dos
ritmos regionais. Tião Carreiro cantou estórias, falou ao coração de uma forma emocionante. Foi um mestre da viola.
Milhões pelo Brasil afora, aliviam as saudades ouvindo as
centenas de músicas gravadas por ele em inúmeros discos 78
rotações e Lp?s. Estreou em 1956, com a música "Boiadeiro
punho de aço", com o seu companheiro Pardinho. Formaram
a inesquecível dupla "Tião Carreiro & Pardinho", também
teve outros parceiros.
Natural de Montes Claros, nasceu em 13 de dezembro de
1934 e faleceu em 15 de outubro de 1993. Sepultado no Cemitério da Lapa, São Paulo, seu túmulo é local de grande visitação no Dia de Finados.
Vamos então ligar Paranaíba, que sediou o IV Ciclo de
Palestra Maçônica do Bolsão a Tião Carreiro. Gilmar Mendes, que nos conduziu ida e volta, é possuidor de uma extensa
lista de músicas interpretadas por Tião Carreiro. Ai meus
amigos de todos os sábados, uma permanência com irmãos e
cunhadas do Mato Grosso do Sul, nos deliciamos ao som de
faixas como estas: "Pagode em Brasília", "Amargurado", "O
ipê e o prisioneiro", "Rei do gado", "Chora viola", "A vaca já
foi pro brejo", "O prato do dia", "Boi soberano", "Porta do
mundo", "A coisa ta feia", "A mão do tempo", "Terra roxa",
"Travessia do Araguaia", "Couro de Boi" e mais ainda.
"Heroi sem medalha", "Pousada de boiadeiro", "Falou e
disse", "Encanto da natureza", "Ferreirinha", "Boiada cuiabana", "Águas do São Francisco", "A volta que o mundo dá",
"Cabelo loiro", "Cabocla Teresa", "Candeeiro de fazenda",
"Canoeiro", "Carreiro velho".
Tião Carreiro gravou mais de 400 músicas. É imortal na
história da música sertaneja de raiz.
Portanto, para mim, Gilmar Mendes e José Walter, a ida a
Paranaíba, Mato Grosso do Sul, nos proporcionou contatos
fraternos com irmãos e cunhadas do Bolsão, do Grande Oriente do Mato Grosso do Sul e da Loja "Canaã", estimulada por
iluminados momentos de audição de um pouquinho de Tião
Carreiro. Um artista completo, uma viola encantadora e seu
pagode, do qual ele é rei!
Temos um espaço publicitário para divulgar sua empresa, produtos ou
serviços para milhares de leitores devidamente cadastrados de todo o
Brasil e exterior
SAÚDE
Março 2016
17
ESTRESSE E ATIVIDADE FÍSICA EM EXCESSO
PODEM AUMENTAR A QUEDA DE CABELO
Por GUILHERME RENKE (*)
queda capilar (alopecia) pode ocorrer em qualquer idade, com surgimento agudo ou gradativo,
apresentando-se com diminuição da densidade
capilar de forma generalizada ou em pequenas áreas.
Dentre todas as formas, a mais identificada é a alopecia
androgenética, que no homem se inicia na região frontal
e, posteriormente, acomete o topo da cabeça (região da
“coroa”). Já nas mulheres, a queda normalmente se inicia
na linha média da cabeça e se expande lateralmente.
Inicialmente, começamos a observar cabelos demais
no chão do banheiro, no pente, após nos pentearmos, e no
travesseiro. Começamos a encontrar cabelos demais em
qualquer lugar, menos aonde deveriam estar, e é aí que
vem o desespero!
Podemos dividir a origem da alopecia em quatro grandes grupos:
Inflamatórias: por exemplo, a alopecia areata, que
afeta 50% dos homens em algum momento da vida.
Genéticas: aquelas herdadas dos nossos antepassados, por exemplo a alopecia androgenética Ambientais:
associadas aos hábitos de higiene, hábitos alimentares,
profissão e prática de esportes
Hormonais: associadas a doenças da tireoide e outras,
que cursam com sensibilidade aumentada do folículo
piloso a certos hormônios produzidos pelo nosso organismo
A
Ao contrário do que se pensava anteriormente, estes
quatro fatores tendem a estar associados. A alopecia costuma ter um agente principal, combinado em maior ou
menor grau com outro. Por exemplo, um paciente pode
ter uma alopecia androgenética agravada pelo estresse,
por praticar exercícios físicos exageradamente ou por
métodos de higiene inapropriados. A partir daí, surgem
infinitas combinações que poderão ser identificadas apenas por um profissional qualificado, que dedique tempo,
paciência e escuta ao seu paciente.
Outro tipo de alopecia difusa é o eflúvio telógeno
(ET), que apresenta-se com ciclos capilares anormais.
Ou seja, o pelo que deveria estar em fase de crescimento
(fase anágena) passa rapidamente para fase de queda
(fase telógena). O que produz uma queda abrupta e abundante de cabelos (mais de 200 hastes ao dia) de dois a três
meses após o estimulo desencadeante.
Provavelmente, o ET é a forma mais comum de perda
capilar difusa entre homens e mulheres. observada pelos
dermatologistas. O ET apresenta diversos fatores desencadeantes, como estresse, desequilíbrios endócrinos,
deficiências nutricionais, medicamentos, etc. Em aproximadamente 30% dos pacientes, a causa não é identificada, mas a evolução do quadro é autolimitada.
Quando o assunto são as mulheres, observamos casos
de alopécia por ET associada ao estresse, também ao uso
exagerado de substâncias químicas para o cabelo, uso
contínuo de medicamentos para doenças crônicas e prática exagerada de exercícios físicos. Além disso, alguns
estudos mostram a relação entre a queda capilar com
intoxicação por metais pesados como chumbo e o cádmio que são muito prevalentes na nossa população.
Segundo o dermatologista e tricologista Misael do
Nascimento, "o primeiro passo no tratamento é descobrir a causa. Para isso, médico e paciente precisam resgatar na memória todos os eventos importantes ocorridos nos três meses que antecederam a queda capilar.
Após a suspensão do agente causal, como em todo tratamento de alopecia, é preciso ter paciência para se obter
um bom resultado terapêutico. A boa notícia é que, hoje
em dia, esse tempo de espera pode ser reduzido com o
auxílio dos tratamentos orais e tópicos estimulantes do
crescimento capilar, que comprovadamente melhoram
muitos casos de alopecia.
Vale ressaltar que alguns nutrientes são essenciais
para o crescimento capilar e são bem descritos na literatura científica, como Ômega 3 & 6, Ferro, Vitamina B12
(cobalamina), Zinco, Biotina, Vitamina D e Vitamina E.
É importante lembrar que a identificação precoce da
causa da alopécia é fundamental. Além disso, uma história clínica colhida pelo médico e uma avaliação laboratorial completa são importantes para exclusão de causas
endócrinas, nutricionais e/ou autoimunológicas para a
queda capilar. Essas medidas auxiliam o médico para
que seja feito o tratamento específico o quanto antes, a
fim de evitar as estratégias terapêuticas mais agressivas.
(*)
Fonte: Eu Atleta
Bibliografia:
Deo K et al. Observational Study of Acquired
Alopecias in Females Correlating with Anemia and Thyroid Function. Dermatol Res Pract. 2016
(2016:6279108).
Abdel A. et al. Possible Relationship between
Chronic Telogen Effluvium and Changes in Lead, Cadmium, Zinc, and Iron Total Blood Levels in Females: A
Case-Control Study. Int J Trichology. 2015 JulSep;7(3):100-6.
Malkud S. Telogen Effluvium: A Review. J Clin
Diagn Res. 2015 Sep;9(9):WE01-3.
Matsumura H et al. Hair follicle aging is driven by
transepidermal elimination of stem cells via COL17A1
proteolysis. Science. 2016 Feb 5;351(6273):aad4395.
Ablon G et al. A Randomized, Double-blind, Placebocontrolled, Multi-center, Extension Trial Evaluating the
Efficacy of a New Oral Supplement in Women with Selfperceived Thinning Hair. J Clin Aesthet Dermatol. 2015
Dec;8(12):15-21.
Betz R. et al. Genome-wide meta-analysis in alopecia
areata resolves HLA associations and reveals two new
susceptibility loci. Nov 2014. Nature.
doi:10.1038/ncomms6966
18
Março 2016
"Quando a pessoa percebe em que momentos tem mais
energia, ela deve tentar priorizar as tarefas mais importantes, e assim não se sentir esgotada no fim do dia", ensina.
Para aproveitar melhor o tempo, Welbourne recomenda
a seus alunos que tentem usar 60% de seu dia para se divertir e se reenergizar. Vivenciar experiências positivas pode
ajudá-los a lidar com os outros 40%, que são sempre mais
desafiadores.
Outros especialistas, como o consultor de carreiras
Lindel Greggery, que trabalha em Brisbane, na Austrália,
recomendam manter uma rotina diária de 10 minutos de
meditação ou pelo menos um momento de tranquilidade
longe do computador, durante o expediente.
Distrações são inevitáveis; o problema é não perder tempo e energia nelas
Por Alina Dizik da BBC Capital
os últimos anos, tentei todo tipo de truques para
melhorar minha produtividade no trabalho. O
mais radical incluiu instalar aplicativos no meu
computador que bloqueavam as "viciantes" redes sociais ou que até me impediam de acessar a internet por
algumas horas.
Minha ideia era que se eu conseguisse me livrar das
distrações, seria mais produtiva nas horas de trabalho. Mas
o problema não era estar conectada à internet e, sim, o meu
estado mental: e-mails e mensagens continuavam pipocando no meu telefone, e minha atenção embarcava junto.
Apesar de fazer uma lista detalhada de tarefas a cada
dia, eu percebi que só conseguia cumprir metade delas,
simplesmente por estar cansada ao fim de algumas horas.
Meu comportamento era exatamente o contrário do que
N
Segundo especialistas, manter um diário dos
níveis de energia ajuda a melhorar produtividade
sugerem as mais recentes pesquisas sobre produtividade:
trabalhar de maneira mais inteligente não significa se concentrar nos detalhes, mas sim na energia que empregamos
enquanto trabalhamos.
De olho no relógio
O nível de energia pode ser algo difícil de medir, mas
ficar de olho em como você se sente em determinadas
horas do dia pode ajudar a estabelecer um cronograma para
render melhor nesses momentos. É o que defende Flip
Brown, autor do livroBalanced Effectiveness at Work (Eficiência equilibrada no trabalho, em tradução literal).
Segundo Brown, a maioria das pessoas acabam se enganando no que diz respeito ao volume de trabalho que são
capazes de realizar por dia. "As pessoas têm ilusões em
termos de gerenciamento do tempo, e isso cria problemas
na hora de administrar nossa energia", explica o autor. Ele
mesmo admite deixar as tarefas mais complicadas para os
momentos do dia em que se sente mais "energizado".
Essa abordagem pode decepcionar aqueles que acreditam que maximizar o tempo passado no escritório ou trabalhar até altas horas são fundamentais para produzir melhor.
Mas essas atitudes podem, de certa forma, prejudicar a
produtividade.
Entender como e quando você se sente em melhor
forma pode ajudá-lo a monitorar sua própria energia e otimizá-la para o trabalho.
A consultora Theresa Welbourne, que também é professora na escola de administração da Universidade de
Nebraska (EUA), costuma pedir para que funcionários das
empresas em que atua anotem quando percebem que seu
nível de energia está baixo ou alto.
"Esse registro mais formal ajuda o indivíduo a reconhecer as diferenças entre tarefas energizantes (como conversar com os colegas) e funções que tendem a ser exaustivas
(como participar de uma reunião)", afirma Welbourne.
Equilíbrio em quatro áreas
Há quatro maneiras de conservar a energia física, emocional, intelectual e espiritual, segundo Annie Perrin, vicepresidente da Energy Project, uma consultoria de Nova
York que atende clientes como a Sony e o Google.
Frequentemente, as pessoas se sentem menos equilibradas em uma ou duas dessas áreas, o que pode levar a uma
exaustão constante. Saber combater o estresse nas quatro
áreas pode ajudar a permanecer produtivo.
Para manter o bem-estar físico, Perrin recomenda ter
uma alimentação saudável e se dedicar a atividades de
lazer fora do trabalho. "Uma caminhada pode ser uma
maneira rápida de se reenergizar porque produz mais
endorfinas que podem ajudar a reduzir o estresse", afirma.
Fazer um lanche com algum alimento de baixo índice
glicêmico, como um iogurte ou uma barra de cereais, oferece mais energia porque mantém os níveis de glicose no
sangue mais estáveis.
O bem-estar emocional depende de se evitar o estresse
ou qualquer coisa que provoque sentimentos negativos,
como checar os e-mails constantemente ou passar horas no
Facebook observando a vida dos amigos.
Dar um tempo do trabalho por curtos períodos também
ajuda a renovar a energia intelectual. "Isso é importante
para dar um descanso à área de pensamento analítico do
Fazer pausas durante o expediente ajuda a
equilibrar a energia física, emocional e intelectual
cérebro", afirma Perrin.
Outro truque para se reenergizar entre reuniões é tirar o
foco da tarefa e passar algum tempo conversando com os
colegas sobre assuntos não relacionados com o trabalho.
Por fim, manter a energia com a satisfação espiritual
significa "equilibrar os cuidados com você mesmo por
meio dos cuidados com os outros", tanto no trabalho quanto fora dele, segundo Perrin.
Fonte: BBC Brasil
CRÔNICAS
Por EDIVAL LOURENÇO (*)
á basicamente duas abordagens metodológicas, em posições opostas, acerca da apuração da veracidade dos fatos
relativos às coisas divinas: segundo o Minimalismo, o
que não tem evidência ou comprovação não pode ser verdadeiro.
Já para o Maximalismo, o fato de não haver evidência não é
prova de inexistência. Como no trocadilho lapidar de Carl
Sagan: “Ausência de evidência não é evidência de ausência”.
Nos primórdios das religiões, nossos antepassados certamente não se apegaram a essas filigranas metodológicas de comprovação da realidade. As religiões se formaram, na maior parte, sob
a força das informações colhidas em revelações. E a revelação
não é fundada na racionalidade, mas na imaginação fantasiosa,
uma espécie de efeito colateral da razão. É mais na base da fé, da
livre e exacerbada interpretação dos eventos, sem a mínima
crítica da razão. Aliás, a razão diante da fé pode soar como sacrilégio ou heresia.
A revelação procede de várias fontes. A pessoa tem um
sonho, como todo mundo tem, e dá a ele (ao sonho) um caráter
revelador, como se fosse Deus lhe passando uma mensagem,
uma ordem ou uma orientação. O sujeito que recebe revelações
pode ouvir a voz de Deus no ranger dos troncos dos bambus,
quando o vento os agita. Pode ouvir a voz divina quando o vento
roça a boca da cacimba, ver um recado transcendente num relâmpago ou numa moita de sarça pegando fogo. Não só ouve a voz,
mas distingue suas palavras e entende a sintaxe das frases. E
adota posturas e comportamentos novos a partir das mensagens
recebidas em revelações. Garante Nicolás Maduro, presidente da
Venezuela, que ouve revelações de Hugo Chaves pela voz de um
“passarinho pequenino” e se orienta por essas revelações.
Uma breve história para ilustrar. Certa vez, um vizinho de
sítio devia ao outro uma quantia em dinheiro. O credor era
homem de muita fé, bastante crédulo e costumava receber revelações de Deus em sonhos e por outros meios. Na Semana Santa
daquele ano, o devedor escreveu com caldo de limão em um ovo
H
Célio Pezza
Escritor e Colunista
Goiânia-GO
E
xiste um fato que precisamos reconhecer: os
governos de Lula e Dilma fizeram com que a corrupção se tornasse tão popular e visível, que hoje
todos sabem o significado dessa palavra. Como o governo costuma dizer, “nunca antes na história desse país” se
viu tanta corrupção. Também criaram uma série de “mantras”, como: “eu não sei de nada, tudo foi feito dentro da
lei, acabamos com a pobreza no país”, e outros.
A cidade de Mariana e o rio Doce mergulharam na
lama da Samarco e o Brasil mergulhou na lama da corrupção. Graças ao Ministério Público e a Policia Federal,
essa lama toda está sendo remexida, e a cada dia, mais
empresários e políticos corruptos estão aparecendo.
Começou com a Petrobrás e se espalhou por praticamente todas as instituições ligadas ao governo. O cerco está
se apertando e dia virá em que o ex-presidente Lula esta-
de galinha: “O mundo acaba na sexta-feira santa”. Depois passou
cinzas para evidenciar as letras. Foi ao galinheiro do vizinho
carola e colocou o ovo sob as galinhas poedeiras. Ao fim do dia,
quando o sitiante foi colher os ovos, deparou-se com aquele
estampando a profecia apocalíptica. Na mesma hora ele correu a
vizinhança, feito um Moisés com as tábuas dos dez mandamentos, mostrando o objeto de seu assombro e ao mesmo tempo
orgulho, por Deus haver confiado a ele a notícia do dia exato do
fim da vida terrena e o começo da vida coletiva no céu. Quando
chegou à casa do devedor e anunciou que Deus lhe revelara o fim
do mundo na próxima sexta-feira, este fingiu espanto e pavor e
disse que tinha medo, mas não era propriamente da morte, porque até se achava um homem justo. O que o assustava de fato era
a ideia de morrer devendo, uma vez que não teria tempo suficiente de arrumar dinheiro para pagar a dívida ao credor ali presente.
O arauto da notícia nefasta, imbuído de suas convicções transcendentes, retrucou: “Nem eu, meu caro irmão, quero chegar aos
umbrais do Juízo Final, levando cadernetas de acerto de contas
daqui da terra. Quero chegar ao céu com os pés livres das correntes do mundo. Neste momento, diante das testemunhas aqui
presentes, e em nome de Jesus, a sua dívida está perdoada”.
Sempre que vejo alguém muito convicto de suas ideias religiosas me vem à lembrança esse fato corriqueiro do devedor esperto. Toda religião nasceu de algum trambique, pelo menos em
parte, e por ele se prevalece.
Para as religiões, sobretudo as monoteístas, Deus existe de
fato e nós, seres humanos, fomos motivos de ocupação do criador desde muito cedo. Pelas escrituras judaico-cristãs, o universo físico existe há pouco mais de 6 mil anos. E nós fomos feitos
de terra molhada, o material mais próximo da mão, e carregou
nossa pilha com o sopro da divindade, a fonte de energia mais
imediata. Tão logo fizemos os primeiros movimentos vitais,
recebemos determinação de “Crescei e multiplicai-vos, enchei e
dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves
dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra”.
rá no banco dos réus, com seus
amigos de partido. Ele sabe
disso e usa de toda sua influencia para transferir a culpa
para outros, já que ele não
sabe de nada e é uma alma
pura. A última tentativa foi a
de afastar o promotor Cássio
Roberto Conserino do caso do
polemico tríplex reformado
pela empreiteira OAS. A justiça prevaleceu e o Conselho
Nacional do Ministério Público decidiu que o promotor de
justiça Cássio Conserino vai
permanecer à frente da investigação que apura suposta
ocultação de patrimônio por parte de Lula. Existem muitas outras investigações em andamento e a teia está se
fechando em volta de Lula e outros políticos de peso. O
presidente do PT, Rui Falcão, diz que essas ações do
Ministério Público são uma “perseguição inominável ao
partido” e Lula se julga acima da lei. Ainda por cima,
ameaçam a democracia brasileira com seus fiéis soldados do MST. Eles se esquecem de que a democracia tem
responsabilidades de quem exerce ou exerceu o poder e
as funções de fiscalização e controle estão nas mãos da
Policia Federal, do Ministério Público e da Justiça Federal. Eles não são acima da lei, embora se julguem dessa
Março 2016
19
Para a ciência, no entanto, o universo começou há 14,5
bilhões de anos, num processo explosivo de origem desconhecida. Pode ter sido por Deus, mas não pelos deuses das religiões. O
corpo celeste que habitamos e chamamos de Terra existe há pelo
menos 4,56 bilhões de anos. Como os dinossauros, por exemplo,
viveram numa outra era geológica e foram extintos por avarias
climáticas, há 65 milhões de anos, e a terra só teria 6 mil, para os
religiosos os dinossauros nunca existiram. Esses ossos petrificados, encontrados nas escavações dos arqueólogos, não passariam de engodos espalhados pelo demônio para confundir a cabeça
e o coração da humanidade. Por que ele faria isso? Porque a
humanidade confusa é mais fácil de ser apanhada e conduzida
por desvios. Daí a ser frita nos caldeirões do inferno é um passo.
Só não se sabe por que o demônio teria essa fixação de fritar
indivíduos de nossa espécie. De qualquer forma, os dinossauros
seriam, por assim dizer, só uma estratégia de mercado do diabo.
Para os crentes da existência de um Deus amoroso, tudo o que
existe no mundo plausível (e no implausível também) foi feito
para servir à nossa espécie, a Homo sapiens. Assim, até as outras
espécies humanas já identificadas pelos arqueólogos, como os
floresiensis, erectus, habilis, ergaster, neandertais e soloensis, se
a existência deles fosse passível de crédito, teriam existidos
somente para atender às necessidades de nossa espécie.
Segundo as narrativas sagradas (revelações e profecias), tudo
o que Deus fez foi para nos servir, e nós para servirmos a ele. Por
isso Deus cuidou de colocar o homem no mundo desde que
mundo é mundo. Então, se Deus existisse, de duas uma: ou a
gente teria sido feito lá atrás, há 14,5 bilhões de anos ou a Terra
teria só 6 mil anos de existência, conforme os relatos santos. E
nós também teríamos 6 mil anos. Mas, segundo os arqueólogos,
os primordiais de nossa espécie surgiram há cerca de 145 mil
anos. Muito depois do surgimento do mundo atestado pela ciência e muito antes do mundo aventado pelos livros sagrados,
gerando grande discrepância. Considerando o tempo que Deus
se ocupa com as esferas universais, ele só nos incluiu em sua lista
de ocupação durante 0,001% desse tempo. E ainda nos colocou
num grão minúsculo de poeira do tufão universal. Sinais de que
ele nos tem numa conta de importância praticamente desprezível.
Na verdade, o universo passou mais de 14 bilhões de anos
como um deserto divino, sem a noção da existência de Deus.
Deus só veio dar o ar de sua graça muito mais tarde, bem recentemente, quando, no processo evolutivo, surgiu uma espécie, a
nossa, com capacidade de raciocinar. E essa capacidade de raciocinar sofreu um desvio e adquiriu a capacidade de inventar, supor
e tomar fatos supostos e inventados como sendo verdadeiros.
Deus, como ideia, é o último ser gerado pelo processo evolutivo.
É um ser de nosso ramo, nascido dos galhos de nossos pensamentos e revelações. Deus, como as religiões o concebe, não existe.
Ao longo da saga humana, muitos deuses “existiram” e foram
suplantados por outros mais bem sucedidos. A nossa linhagem,
ou a que vier a suceder a ela, se não sucumbir pelos próprios
desatinos ou por alguma avaria climática, em alguns séculos ou
milênios irá inventar outros deuses que hão de suceder os atuais.
Deuses com novas habilidades, mais bem adaptados à realidade
plausível e conveniências da conjuntura, mas ainda assim continuarão carecedores do estatuto existencial.
(*) Edival Lourenço é Presidente da União Brasileira
de Escritores de Goiás
Matéria: Fonte - Revista Bula
forma. Agora, João Santana, marqueteiro do PT, também
será ouvido pelo Ministério Público, sobre a origem irregular do dinheiro gasto em campanhas do PT. Só para
lembrar, o uso de dinheiro ilícito na campanha é motivo
para impeachment, dentro da democracia. Simplesmente por acreditar nesses órgãos e nesses promotores, tenho
esperança de que o Brasil ainda possa desarticular esse
plano criminoso de poder, acabar com essa máquina de
corrupção e mandar todos os bandidos para a cadeia.
Poderiam até ser enviados para a prisão de Guantánamo,
já que o presidente Barack Obama, dos EUA, pretende
desativá-la. Lembro que essa prisão fica em Cuba, local
muito querido de alguns de nossos governantes.
20
Março 2016
Ir\Tomé Castro
Palestrante
Or\ São Paulo-SP
O
entusiasmo é a maior força da alma. Conserve-o
e nunca te faltará poder para conseguires o que
desejas.
Esta máxima de Napoleon Hill, respeitado jornalista e
consultor de relações externas da Casa Branca, traduz
toda a essência e a força do entusiasmo mostrando que as
pessoas que realmente acreditam e se empenham para
investir nas suas próprias forças, conseguem conquistar
mais facilmente os seus ideais, visto que a inspiração é
uma força interior necessária para manter a chama do
entusiasmo sempre acesa, pois esta força tem uma capacidade extraordinária para energizar, dirigir e sustentar o
comportamento para despertar desejos, vontade, garra,
determinação e foco, pois são valores indispensáveis para
que se conquiste de fato um objetivo.
O mundo moderno nos coloca em prova a todo instante, pois são muitos os obstáculos que estaremos nos
defrontando no nosso dia a dia, porém, quando se tem um
ideal e se acredita piamente nesse ideal, com certeza estaremos nos fortalecendo e ampliando nosso ângulo de
visão para identificar mais facilmente os horizontes de
oportunidades que muitas das vezes estão embaixo do
nosso nariz e não estamos conseguindo vislumbrar.
Se tem algo que compromete a capacidade de extravasar as potencialidades adormecidas, é permanecer na
zona do conformismo, porque quando a pessoa cai no
desânimo, ela fica à mercê de influências negativas que
CRÔNICAS
irão comprometer suas habilidades e aptidões para o cumprimento de uma determinada tarefa.
Vejam, por exemplo, a diferença entre um profissional
motivado e um desmotivado. Ambos têm a mesma
incumbência e habilidades para construir um resultado.
Porquê um consegue e o outro não?
É claro que o diferencial está no nível do entusiasmo
de cada um. O entusiasmado consegue influenciar e contagiar outras pessoas com o seu entusiasmo, razão pela
qual conquista mais facilmente seus objetivos, enquanto
que o carente de entusiasmo, por não despertar esta força
interior, só consegue enxergar dificuldades nas oportunidades, pois estando ilhado no universo das incertezas, se
deixa dominar facilmente pelo desânimo.
O que a mente humana pode conquistar é ilimitado,
porém, é preciso acreditar, é preciso investir nas próprias
forças, porque assim procedendo ficará muito mais fácil
conquistar o que realmente se deseja.
Nós estamos passando por um momento delicado no
cenário econômico, porém, é preciso ter muito cuidado e
estar vigilante para não se deixar contaminar por este
clima de incertezas, porque isto pode influenciar negativamente na nossa conduta, principalmente no campo
profissional para que não haja comprometimento no orçamento doméstico.
É claro que para manter uma boa saúde financeira é
fundamental que todos procurem incorporar a força do
entusiasmo, assumindo compromissos com responsabilidade, dedicação e comprometimento com vistas à conquista de resultados positivos para sua empresa. Assim
sendo, é de suma importância que todos procurem se adaptar a estas novas tendência de mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico e comecem a apresentar
alguns diferenciais com ousadia, criatividade e inovação,
para que possamos continuar contribuindo de forma sustentada para evitar que estes acontecimentos negativos
nos atinja.
Para conseguirmos superar
este ambiente momentaneamente desconfortante, é preciso despertar esta força interior
e começar a repensar algumas
atitudes comportamentais,
como por exemplo, procurar
se afastar de pessoas que
ficam resmungando o tempo
inteiro e atribuindo seu fracasso a estes acontecimentos,
como também, devemos procurar não dar ouvidos aos
fatos negativos que diariamente podem ficar ecoando
nos nossos ouvidos, pois isto,
com certeza, poderá influenciar nos resultados que almejamos.
Assim sendo, vamos começar por não nos deixar envolver por este clima de negativismo e, passar a investir mais
nas nossas ideias e pensamen-
tos positivos, porque somente assim estaremos nos capacitando para bloquear qualquer interferência negativa que
possa comprometer a nossa grandeza interior.
Existem algumas características importantes e que
fazem parte do perfil das pessoas bem sucedidas. Dentre
elas destacamos os 5 pilares para o sucesso:
1) O conhecimento: Todos nós sabemos que insegurança denota falta de conhecimento e de domínio
do assunto que se esteja abordando. Portanto, o
conhecimento é o alicerce que dará sustentação
para que possamos nos posicionar de forma favorável e influenciar pessoas do nosso entorno com
fatos relevantes para ajudar a despertar a força
interior em cada um.
2) Planejamento: Saber onde está e aonde pretende
chegar é ingrediente indispensável para conquistar sucesso em qualquer empreendimento. Todo
planejamento deve ser flexível para que se possa
adequar ações pontuais que possam nos favorecer.
Quando se trabalha de forma desordenada e sem um
planejamento efetivo, fica muito difícil prever os resultados e consequentemente o retorno do investimento com
deslocamentos e tempo.
Já dizia com muita propriedade Lúcio Aneu Séneca,
mais conhecido como “Sêneca”, um dos mais célebres
advogados, escritor e intelectual do Império Romano:
“Antes de começar é preciso um plano, e depois de planejar, é preciso execução imediata”.
3) Organização: É outro diferencial muito importante para que se conquiste êxito em uma determinada tarefa. A organização e o planejamento
são duas variáveis que se colocam de forma indissociáveis para que todas as tarefas ocorram a
contento e de forma otimizada;
4) Ousadia: É sabido que para se construir uma gestão inovadora para gerar bons resultados, é fundamental que procuremos estar sempre ousando e
inovando, porque somente assim estaremos conquistando a nossa capacitação como profissionais inovadores e competitivos;
5) Comunicação: É certo que ninguém chega a lugar
algum se não tiver foco e meta definidas, porque
nada vai acontecer se continuarmos fazendo as
coisas sempre da mesma maneira. Para conquistar sucesso é preciso assumir o compromisso e se
adaptar a estas novas tendências de mudanças
que estão ocorrendo no cenário econômico. Portanto, é preciso mudar, é preciso ter uma atitude
mental correta e procurar estar sempre se policiando com relação à comunicação. Para tanto, é
necessário que se use de uma terminologia simples, objetiva, entendível e entonação correta nas
frases, porque agindo assim estaremos evitando
mal entendidos e/ou interpretações equivocadas.
Para finalizar, procure despertar esta força interior e
seja alguém disposto a colaborar sempre, porque ninguém consegue resultados sozinho. Pensem nisso!
“Desenvolver força, coragem e paz interior demanda
tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o
pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você executa permite que essa decisão se torne efetiva dentro de
seu coração”. Dalai Lama.
Tomé Castro é consultor comercial e palestrante moti-
Março 2016
21
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO (GOSP)
O
Grande Oriente de São Paulo
(GOSP), instituição maçônica
fundada em 29 de julho de
1921, Federado ao Grande Oriente do
Brasil (GOB) – fundado em 18 de
junho de 1822 -, vem a público esclarecer notícia publicada pelo Jornal
Folha de SP, na edição do dia 14 de
março de 2016.
A Maçonaria Regular, devidamente
reconhecida mundialmente, não
recruta pessoas através da Internet.
No Brasil, para se tornar um
Maçom de uma instituição igual ao
Grande Oriente de São Paulo (GOSP)
é necessário que esse homem seja indicado por um Maçom ativo e regular
na sua própria Loja. O GOSP mantém
rígido controle de ingresso e não abre
mão de manter a tradição Maçônica
em todas as suas ações.
Essa Maçonaria via Internet e/ou
programas de televisão, objeto da
matéria em questão, têm somente por
objetivo arrebanhar pessoas – e diga-
se muitas de boa-fé – com fim único
de obtenção dinheiro fácil.
A Maçonaria séria prima pela Tradição, respeita suas leis e possui um
corpo Regulamentador, com critérios
rígidos de ingresso e de permanência
em suas fileiras associativas.
O GOSP esclarece ao cidadão de
bem, inocente, aquele que pelo
pouco que leu e gostou em suas pesquisas pessoais, busca ingressar para
as fileiras maçônicas, por entender
que a Ordem está alinhada com sua
filosofia de vida.
Este cidadão, ávido de conhecimento, busca nos meios virtuais mais
conhecimento, e se depara com estes
mercadores de almas, a oferecer-lhes
o que dizem ser “maçonaria”.
Infelizmente, como em outros setores, pessoas inescrupulosas utilizam-se do nome da Maçonaria para
“vender” ingresso nessas falsas
Ordens, que na maioria possui dirigentes aproveitadores, golpistas e
até estelionatários, como recentemente visto no Estado do Paraná
com prisões feitas pela Polícia.
Se qualquer cidadão livre e de
bons costumes receber quaisquer
convites, quer sejam por Internet,
carta ou outros meios, saiba que está
sendo vítima de golpistas que utilizam o nome da Maçonaria.
A Maçonaria regular, cumpridora
de seus legítimos deveres para com a
sociedade, repudia toda e qualquer
forma de golpe como os praticados
em “convites” feitos pela Internet ou
outro meio, conforme reporta a empírica e mal acurada matéria da Folha
de SP.
A Maçonaria não possui uma patente ou marca de registro para esta ou
aquela Entidade, logo, esta ou aquela
Associação pode se denominar Maçonaria. O que a distingue são a forma
de ingresso, de trabalho, de seriedade
e comprometimento em proporcionar
ao Homem seu aperfeiçoamento.
Poderoso Irmão KAMEL AREF
SAAB
Grão-Mestre Estadual Adjunto em
Exercício
Grande Oriente de São Paulo
(GOSP)
Março 2016
22
GERAL
s movimentos tradicionais da atualidade assentam
quase todos, numa estrutura hierarquizada, onde se
destaca o aspecto formal de obediência. Os movimentos maçônicos, para além de outras denominações –
Grandes Lojas, Grandes Orientes, etc. –, são sempre intitulados de Obediências.
Assim, o conceito de obediência perpassa e é um elemento fundamental em praticamente todas as organizações
ditas tradicionais, o que nos deixa na presença de um aparente paradoxo. E porquê? Porque são estas mesmas organizações que acenam bem alto a bandeira da Liberdade
individual. Na Maçonaria – mais uma vez recorremos ao
exemplo deste movimento – um maçom é um homem
LIVRE e de bons costumes.
Como se poderá, então, obedecer e ser livre ao mesmo
tempo?
Há quem diga que, verdadeiramente, não existe uma
total liberdade do adepto: será impossível ser-se totalmente livre quando se tem de obedecer a certos requisitos, preceitos ou, em alguns casos, verdadeiros dogmas. O adepto
está preso a reconhecimentos, graus, ritos e formalidades
que o afastam de outros adeptos e que o afastam da sua tão
querida e aclamada liberdade.
Existem, no entanto, formas de resolver este enigma.
Em primeiro lugar, podemos dizer que o adepto não foi
obrigado ou coagido a juntar-se a este ou aquele movimento. Se o fez, foi por sua livre vontade – se obedece a um
Grão-Mestre, a um Grão-Prior, a um Imperator ou a um
Venerável, fá-lo de sua livre vontade. Mas esta será, talvez,
uma explicação baseada essencialmente na dialética, no
“discurso engenhoso”…
Uma outra chave para resolver este enigma, imensamente mais profunda, baseia-se num elemento fundamental e absolutamente incontornável: a Fraternidade.
Mas, voltando ao princípio, será importante ressalvar
que, em todo o caso, o adepto irá obedecer, em abstrato, a
uma Tradição que o acolheu e não a alguém em particular.
Contudo, esta Tradição, como vimos, tem uma hierarquia e
cargos distintos, tendo assim persona, isto é, é personificada nos cargos já anteriormente referidos: Grão-Mestre,
Grão-Prior, Imperator, etc.. Dessa forma, o adepto, obedecendo a uma Tradição, terá de, por inerência, obedecer a
uma pessoa, que personifica, tal como ficou exposto supra,
essa mesma Tradição – desculpe-se a perífrase.
Todo este processo, parecendo complexo, é extremamente simples, pois é reconhecida a autoridade a quem
Por Ir.’. Nuno Raimundo
Esta questão que usei como título deste post reflete uma
questão e afirmação que ouço amíude em alguns círculos
profanos. Uns questionam na sua ignorância se a Maçonaria é para "ricos", outros afirmam de forma contudente que
ela é feita para "ricos".
Posso afirmar que nem é uma coisa nem a outra!
Primeiro porque a Maçonaria é uma Ordem universal.
Logo encontrando-se ela em qualquer parte do globo terrestre, seja nos países ditos de "primeira linha" como nos
países classificados (injustamente!) como "terceiromundistas", a Maçonaria é o espelho da sociedade onde se
encontra implantada. O que levará a que nos seus quadros
de obreiros se encontrem gente de múltiplas origens, profissões ou de níveis acadêmicos díspares. O que será sintomático da sua heterogeneidade e universalidade.
Mas apesar disso, é costume se afirmar que a Maçonaria
é feita de uma elite de pessoas, mas "elite" essa que nada
tem a haver com economia e finanças, mas apenas uma
elite moral e social de pessoas que procuram evoluir e crescer espiritualmente através de uma via iniciática e que também procuram promover o progresso da sociedade, e apenas isso.
Nas Lojas Maçônicas encontramos gente de todas as
idades (maiores de idade), logo pessoas que ainda estudam
ou já trabalham ou ambas as situações, e dada a diferença e
multitude de profissões que se podem encontrar numa
Loja, será natural que se encontre gente mais "abonada"
que outras, mas nada que não exista também no mundo
profano, o que é natural!
Mas como é possível encontrar este "tipo" de gente,
naturalmente se poderia confundir a Maçonaria com um
clube de cavalheiros ou apenas como uma associação benfeitora e nada mais, o que é totalmente errado e que subverte os princípios que consagram a Ordem Maçônica. Evidentemente que a Filantropia, a Caridade e a Solidariedade
Social existem, mas são apenas uma consequência da elevada moral que os maçons possam ter e nada mais. Para
exercer essas qualidades em exclusivo existem outro tipo
de associações com essas preocupações prementes, sejam
os Rotários, os Lions ou outras similares.
Todavia e como este texto versa sobre "metais" (vulgo,
dinheiro), posso reafirmar que apesar da Maçonaria não ser
exclusiva de gente rica, ela não é uma Ordem barata, ou
seja, existem sempre custos associados para quem faça
parte dela.
Existem os custos com a adesão na Ordem, as quotas
mensais, as "subidas de grau", os materiais e demais parafernália maçônica, isto é, os aventais, luvas, colares, livros
e outros acessórios e adereços que um maçom necessite
para o seu dia-a-dia na Loja da qual que fará parte integrante. E aqui sim, é que se pode dizer profanamente "que a
Por Emanuel Swedenborg (pseud)
O
personifica a Tradição, pelo seu caráter, obra feita, eleição
regular. O adepto encontra no seu “superior” as características que aprecia e procura para si: o rigor, a disciplina, a
retidão, a justiça, a sabedoria, o discernimento, a harmonia, a paz, o amor e, acima de tudo, a fraternidade. Esta
última “qualidade” ou “característica” é, como dissemos
acima, a chave que resolve o enigma, o paradoxo. Sem a
fraternidade, a autoridade transforma-se em autoritarismo;
o rigor e a disciplina, em exigência severa; a sabedoria e o
discernimento, em arrogância e orgulho intelectual; a harmonia e a paz, em lassidão e apatia. Enfim, tudo se desmorona, tudo se esboroa.
Mas não se fique com a ideia de que é só o adepto que
deve “fazer uso” da fraternidade, para poder contemplar
todas as referidas características “positivas” no seu superior hierárquico. Será tanto ou mais importante que aquele
que ocupa o cargo de destaque se muna de uma fraternidade a toda a prova. Dizemos que será mais importante, e é-o
certamente, pois é do “alto” que tem de vir o exemplo.
A principal “arma” daquele que ocupa um cargo de
responsabilidade deveria ser a fraternidade, pois tudo o
resto vem, como vimos, por acréscimo.
A fraternidade funciona como um filtro – com este filtro, uma característica específica de uma pessoa é considerada uma qualidade apreciável; sem este, tal característica
é vista como um defeito de carácter.
Em jeito de conclusão, poderemos dizer que é através
da vivência da fraternidade que se pode obedecer e ser livre
ao mesmo tempo. É através da fraternidade que ficamos de
igual para igual com o nosso “superior hierárquico” e vislumbramos nele todas as qualidades que apreciamos e nas
quais nos revemos, e assim lhe reconhecemos autoridade.
É através da fraternidade que aquele que ocupa uma função
de responsabilidade, no seio de um movimento tradicional,
poderá fazer valer as suas ideias e obter o respeito (e até a
simpatia) de todos os que estão sob a sua batuta.
Nestas circunstâncias, ou seja, existindo fraternidade,
obedecendo e sendo livre ao mesmo tempo, há lugar para o
verdadeiro Caminho Iniciático. Sem fraternidade, qualquer movimento e organização tradicional torna-se inoperante e disfuncional.
porca torce o rabo", porque regra geral, não são baratos tais
materiais.
Mas também não serão mais caros do que outros relacionados com outras Ordens similares, ou associações civis
ou clubes desportivos. - Nada na vida é borla! E aqui retorno à questão original, " Será a Maçonaria
para ricos?!", claramente que não o é!
Mas não deixa de dar jeito ter algum dinheiro no bolso,
nem que seja para auxiliar quem dele necessitar...
GERAL
Março 2016
23
GRÃO-MESTRE EM EXERCÍCIO EM PORTO ALEGRE
O
Sapientíssimo irmão Barbosa Nunes, em exercício
do cargo de Grão-Mestre Geral do GOB, foi recebido em Porto Alegre pelo Grão-Mestre Estadual
Jorge Pedron de Las LLanas, na quinta-feira, dia 3 de março, e com o Eminente teve o prazer de estar na sessão da
Loja "Amor e Caridade IV", presidida pelo Venerável Mestre Er Gonçalves Bandeira, quando em momento de família, expos vários temas e debateu os assuntos com os
irmãos do quadro, que demonstraram muito interesse e
conhecimento.
Na oportunidade, o irmão Luiz Fachin, Secretário de
Educação e Cultura do GOB-Rio Grande do Sul, apresen-
tou aos presentes a sua última obra maçônica intitulada
"Virtude e Verdade - Graus Simbólicos - Tomo 1", Editora
AGE, que pode ser contatada através do endereço [email protected]. Trata-se de uma obra que está
levando uma maior compreensão sobre a Maçonaria, seus
rituais, com assuntos que se desdobram pela pesquisa, mas
também a partir da mais simples interpretação litúrgica até
a mais acurada indagação filosófica a observar minuciosamente a literatura maçônica. O Sapientíssimo irmão Barbosa Nunes foi presenteado com um volume.
O GOB INDICA COMO MUITO IMPORTANTE
ESTA PRODUÇÃO DO IRMÃO LUIZ FACHIN -
VIRTUDE E VERDADE.
O Secretario Geral Adjunto de Interior e Relações Públicas, Transporte e Hospedagem, do
Grande Oriente do Brasil, irmão Anibal Martinez, foi empossado no último dia 7 de março,
segunda-feira, no Conselho Fiscal da Fundação
Santos Dumont. A solenidade aconteceu na
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,
em ocasião comemorativa aos 60 anos da fundação.
Fundação Santos Dumont foi criada em 05 de
outubro de 1956. É uma instituição cultural de
direito privado, sem fins lucrativos e fiscalizada
pelo Ministério Público. Colaborou e apoiou o
desenvolvimento da aeronáutica contribuindo
com a criação da aviação civil. Evocando Santos
Dumont que afirmou que inventar é transcender,
em 16 de outubro de 1960 inaugurou o Museu de
Aeronáutica, na época pioneiro e o maior da América Latina, no gênero. Com concepção espacial
inspirada em um disco voador, a edificação original (hoje Oca), foi projetada pelo arquiteto Oscar
Niemeyer e o cálculo estrutural é de José Carlos
Figueiredo Ferraz.
24
SOCIAIS
EMOCIONANTE SAGRAÇÃO DE TEMPLO
EM PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL
Março 2016
12
[email protected]
SESSÃO INTERNACIONAL NA LOJA
LIBERDADE CACERENSE 1768
A Loja Liberdade Cacerense 1768 recebeu em sessão 34
irmãos bolivianos, da Loja Wolfgang Amadeus Mozart n.
55 de Santa Cruz de La Sierra, destacamos sentados, da
esquerda para a direita:
Alain Nunes Rocca, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça
Maçônica da Grandes Logias de Bolivia;
Antônio Francisco dos Passos Grão Mestre Estadual do
GOB MT;
Paulo Cesar de Augusto Nunes - Venerável Mestre da
BARLS Liberdade Cacerense 1768;
Ronnie Jesus Rocca - Venerável Mestre da Logia Wolfgang
Amadeus Mozart 55
Presentes ainda o Poderoso Irmão Sebastião Eugênio
Diogo, secretário adjunto de interior e relações públicas e
representante da regional 1 do GOB MT;
Venerável Irmão Luiz Ponce - deputado estadual, nesse ato
representando a PAEL/MT;
Francisco Carlos Lopes Lourenço deputado federal, entre
outras autoridades maçônicas, brilhante sessão que reuniu
mais de 70 irmãos, sendo 34 bolivianos, 23 irmãos da
Liberdade Cacerense e mais de 15 visitantes de outras Lojas
do GOB de Jauru, Mirassol D´Oeste, Cáceres, Pontes e
Lacerda e Cuiabá, além de Alta Floresta.
Apoio ao jornal O Malhete
. Seja nosso parceiro e contribua para a manutenção do jornal «O Malhete». A doação não tem um
valor definido. O contribuidor poderá doar a quantia
que desejar e estará ajudando a darmos continuidade ao nosso trabalho de informações.
O Grande Oriente do Brasil, Rio Grande do Sul, foi
dignificado com mais um espaçoso e belo templo na cidade de Passo Fundo, nascido e construído com dedicação,
esforço e sacrifício dos irmãos das Lojas "Fenix", "Cavaleiros da Arte Real", "Estrela do Planalto" e "Giuseppe Garibaldi", acontecido nas sexta-feira, dia 4 de março, com
mais de 100 irmãos presentes, entre eles o Grão-Mestre
Geral em exercício, Barbosa Nunes, Grão-Mestre Jorge
Pedron de Las LLanas e o Grão-Mestre Honorário Jorge
Colombo Borges. Somaram-se aos presentes deputados
estaduais, conselheiros, secretários, outras autoridades e
um grande número de irmãos, estando presente a representação da Sereníssima Grande Loja.
A sessão foi conduzida pelo Venerável Mestre João
Darci Gonçalves da Rosa, da Loja "Fenix", representando
os demais das Lojas "Cavaleiros da Arte Real" (Paulo
Ricardo), "Estrela do Planalto" (Gleni Lemos Vieira) e
"Giuseppe Garibaldi" (André Scopel).
O Grão-Mestre Geral em exercício, cumprimentou o
Eminente Grão-Mestre Estadual pelo desenvolvimento e
organização de sua administração, e em nome do GOB,
referiu-se aos construtores de uma nova casa maçônica,
agora desta vez na histórica cidade de Passo Fundo.
No salão social, onde foi servido churrasco tipicamente
gaúcho, foram prestadas homenagens às autoridades e
irmãos nas presenças alegres e participativas das cunhadas
das 4 Lojas.
PARABÉNS LOJAS "FENIX", "CAVALEIROS DA
ARTE REAL", "ESTRELA DO PLANALTO" E
"GIUSEPPE GARIBALDI”.
CÂMARA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO
HOMENAGEIA LOJAS DO GOB
A Câmara Municipal de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, na sexta-feira,
dia 4 de março, homenageou as Lojas
"Fenix", "Cavaleiros da Arte Real",
"Estrela do Planalto" e "Giuseppe
Garibaldi", através de diplomas e placas de honra ao mérito entregues pelo
irmão e vereador presidente da câmara
Márcio Patussi, em face do templo que
foi sagrado naquela noite e que passou
a ser, pela sua beleza ritualística, um
ponto demonstrativo da força, união e
dedicação dos maçons de Passo Fundo. O ato ocorreu na sala de reuniões
da Câmara Municipal e presidido pelo
seu presidente, vereador Márcio
Patussi.
Foram homenageados também, o
Grão-Mestre Geral em exercício Bar-
bosa Nunes, o Grão-Mestre Estadual
Jorge Pedron de Las LLanas e o GrãoMestre Honorário Jorge Colombo
Borges. Diploma especial foi concedido e entregue pelo presidente da câmara aos Veneráveis Mestres das Lojas
"Fenix" (João Darci Gonçalves da
Rosa), "Cavaleiros da Arte Real" (Paulo Ricardo), "Estrela do Planalto" (Gleni Lemos Vieira) e "Giuseppe Garibaldi" (André Scopel).
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