Untitled - Companhia Nacional de Bailado

Transcrição

Untitled - Companhia Nacional de Bailado
CNB DANÇAR EM CASA
GISELLE
GEORGES GARCIA
COM A PARTICIPAÇÃO DA
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
DIRECÇÃO MÚSICAL GEOFFREY STYLES
Lisboa, Teatro Camões
Dezembro 2009
10, 11, 16, 17, 18, 22 e 23 às 21h / 13 e 20 às 16h
Tardes Família 12 e 19 de Dezembro às 16h
Um apoio ao serviço da
comunidade e da cultura
Mecenas Exclusivo da Companhia Nacional de Bailado
(CNB), desde 1998, e agora Mecenas do OPART, a Fundação EDP, sedeada no Museu da Electricidade, desenvolve uma acção constante e coerente de apoio à cultura
e às artes. Essa acção realiza-se através de produções
próprias, parcerias, mecenato e prémios, tendo a qualidade, a sustentabilidade e a avaliação dos resultados
como princípios orientadores.
Desde que o homem se conhece, a dança tem sido uma
das grandes formas em que ele simboliza os sonhos e as
apreensões, os sentimentos e as ideias, os anseios e as
esperanças. A dança é simultaneamente liberdade, limite e superação. Nestes tempos de incerteza, os gestos
solitários ou solidários do bailarino são um convite e um
apelo a uma nova aliança da cultura e da natureza, do
indivíduo e da sociedade, do passado e do futuro.
A Companhia Nacional de Bailado é a instituição de
referência no mundo da dança. Partilhamos com ela os
valores da criatividade, da inovação, da descentralização
e da internacionalização. E também o rigor, o esforço e
a renovação que todo o trabalho artístico exige.
Desejamos que a CNB seja cada vez mais fiel aos propósitos da sua criação e às expectativas do seu público.
O nosso apoio à CNB traduz a responsabilidade social,
cultural e empresarial da EDP, exercida ao serviço da
comunidade e do desenvolvimento cultural.
Fundação EDP
Companhia
Nacional
de Bailado
Numa época em que se discute internacionalmente o
papel das companhias e dos teatros nacionais, é importante que a Companhia Nacional de Bailado (CNB)
se situe dinamicamente no tecido artístico português.
Este posicionamento é também fundamental para a
projecção internacional, que tem vindo a ser conquistada graças a uma estratégia de circulação que se pretende cada vez mais alargada.
Cenário Giselle
I Acto
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CNB DANÇAR EM CASA
À semelhança das suas congéneres noutros países, a
CNB foi criada por iniciativa governamental – em
Portugal, em 1977, por despacho de David Mourão
Ferreira, então Secretário de Estado da Cultura. Marca
de um país que se queria moderno e democrático,
desejando uma estética diferente (e em parte oposta)
à estética do Estado Novo, a CNB pode ser incluída
nas conquistas culturais da ‘Revolução dos Cravos’. Tal
como aconteceria noutras áreas (da economia à política
de negócios estrangeiros e à política nacional), também
a CNB revelaria as flutuações de uma época em busca
do seu próprio sentido. Qual o quadro institucional de
enquadramento da CNB? Como realizar a complexa
Que fazer
também para
o desenvolvimento dos
públicos de
dança?
missão de combinar o repertório internacional com
a edificação de um repertório nacional? Como
identificar a qualidade estética e técnica dos programas
e sobretudo o que fazer para qualificar intérpretes e
criadores? Que fazer também para o desenvolvimento
dos públicos de dança?
Entre 1978 e 1993, a direcção artística da CNB esteve a
cargo de Armando Jorge, a que se seguiu Isabel Santa
Rosa nos dois anos seguintes. Genericamente, este
período foi marcado pela montagem de grandes obras
de repertório internacional. A CNB apresentou então
a primeira realização nacional de produções integrais
de bailados como La Sylphide, Raymonda, O Lago dos
Cisnes, Coppélia, Dom Quixote e Romeu e Julieta; produziu clássicos como Grand Pas-de-Quatre, Giselle,
Les Sylphides, Petruchka, La Bayadère, O Pássaro de
Fogo, O Quebra-Nozes, A Sagração da Primavera,
As Bodas e La Fille Mal Gardée, entre outros. Apresentou também obras de Balanchine, Lifar, Lichine, Joos,
Limón, van Dantzig, Nebrada, Oscar Araiz, Kenneth
MacMillan, Lubovitch, Michael Corder, Robert North e
Heinz Spöerli. Os Concursos Coreográficos, iniciados
por Armando Jorge, articular-se-iam então com a apresentação de obras do próprio Armando Jorge, Fernando
Lima, Carlos Trincheiras e Olga Roriz.
Em Junho de 1996, Jorge Salavisa foi convidado para
reestruturar a CNB, tendo assumido, em Setembro desse ano, o cargo de Presidente do Instituto Português
do Bailado e da Dança, associação cultural que então
tutelava a Companhia. A opção pelo repertório contemporâneo foi sublinhada, através de uma estratégia
de convites a novos coreógrafos de dimensão internacional e da organização dos Concursos Coreográficos.
A partir de 1996, sob a sucessiva direcção artística de
Salavisa (1996-1999), de Luisa Taveira (1999-2000) e de
Marc Jonker (2001-2002), a CNB apresentou obras de
criadores como Michael Corder, William Forsythe, Anne
Teresa De Keersmaeker (em estreia absoluta), Hans van
Manen, Pierre Wyss, Behyan Murphy, Marco Cantalupo,
David Fielding, e dos coreógrafos portugueses Rui Lopes
Graça, Olga Roriz e Vasco Wellenkamp.
Em Maio de 2001, Ana Pereira Caldas foi nomeada Directora da CNB e em Setembro de 2002 Mehmet Balkan
assumiu a sua Direcção Artística. Um ano mais tarde,
com a associação do Teatro Camões como a ‘Casa da
Dança’, a CNB passou a contar com um espaço de exibição altamente qualificado, acolhendo criações, entre
outros, de Nacho Duato e Renato Zanella. Combinar a
remontagem das grandes peças clássicas com a criação
nacional, não excluindo criações mais experimentalistas
– estas programadas por Mark Deputter – passaria a ser
o seu desafio.
Simultaneamente, a CNB desenvolveu relações com
outras estruturas de criação, trabalhando nomeadamente
com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto,
Orquestra das Beiras, Quarteto de Pianos de Amesterdão
e ainda com diversos músicos e maestros portugueses.
Em Outubro de 2007, Vasco Wellenkamp foi nomeado
Director Artístico, assumindo aquele que é o desafio
nuclear desta estrutura: a conjugação do repertório
clássico com a criação contemporânea, incluindo a
criação nacional.
Daniel Tércio
Director Artístico
Vasco Wellenkamp
Vasco Wellenkamp iniciou os estudos
de bailado em 1961 com Margarida de
Abreu e Fernando Lima, no Grupo Verde
Gaio. Em 1968, ingressou no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do
Ministério da Educação em Nova Iorque,
na Escola de Dança Contemporânea
de Martha Graham, onde se formou em
Dança Moderna. Ainda em Nova Iorque,
frequentou o curso de composição
coreográfica de Merce Cunningham e
trabalhou com Valentina Pereyslavec
no American Ballet Theatre. Em 1978,
como bolseiro da Fundação Gulbenkian,
frequentou o curso para coreógrafos e
compositores da Universidade de Surrey
em Inglaterra.
De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo residente, professor de Dança Moderna e ensaiador
do Ballet Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor
de Dança Moderna da Escola de Dança do Conservatório Nacional, e em 1983, professor coordenador da
Escola Superior de Dança de Lisboa. Vasco Wellenkamp
tem sido convidado por várias companhias estrangeiras
a criar novas obras coreográficas: no Brasil coreografou
para o Ballet do Teatro Municipal de São Paulo, o Ballet
de Niterói, a CIA Cisne Negro e o Ballet Guaíra, na
Argentina coreografou para o Ballet Contemporâneo
do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary
Dance Theater, o Dance Theater Comune e a Companhia Focus On, na Suiça para o Ballet du Grand Theatre
de Gèneve, em Itália para o Balletto di Toscana e na
Croácia para a Companhia de Bailado do Teatro de Zagreb, entre outras. Em Janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo que dirigiu
até Outubro de 2007. Foi nomeado Director Artístico do
Festival de Sintra, em Setembro de 2003.
Vasco Wellenkamp recebeu por duas vezes o Prémio
de Imprensa (1974 e 1981). Foram-lhe ainda atribuídos
os Prémios do Semanário Sete (1982), da Revista Nova
Gente (1985 e 1987) e da Rádio Antena 1 (1982). Em
1996, foi galardoado com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A Voz e a Paixão.
Em 1994, a 10 de Junho, dia de Portugal de Camões e
das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com o
grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique,
por sua Excelência o Senhor Presidente da República,
Dr. Mário Soares.
Cria em 2005 a sua primeira coreografia para a Companhia Nacional de Bailado e é seu Director Artístico
desde Outubro de 2007.
Filipa de Castro, Carlos Pinillos
Ensaios de estúdio
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CNB DANÇAR EM CASA
GISELLE
OU LES WILIS
Bailado de Pantomina em dois actos, de Théophile
Gautier e Vernoy de St. Georges
Estreia Absoluta Paris, Teatro da Academia Real de Música,
28 de Junho de 1841
Estreia em Portugal Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos, 1843
Coreografia, Recriação e Encenação Georges Garcia
(segundo Coralli-Perrot e Marius Petipa)
Música Adolphe Adam
Cenários Ferruccio Villagrossi
Figurinos Guarda-roupa tradicional gentilmente oferecido
Estreia no Grupo Gulbenkian de Bailado Lisboa, Cinema Tivoli,
14 de Janeiro de 1967
Estreia CNB Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos,
15 de Outubro de 1987
pela Fundação Calouste Gulbenkian
Desenho de Luz Cristina Piedade
Assistente do Coreógrafo Maria Palmeirim
Ensaiadores Cristina Maciel, Isabel Fernandes,
Jan Linkens
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
Direcção Musical Geoffrey Styles
Reconstrução e Restauro de Cenário Leonel & Bicho, Lda
Ana Lacerda
Ensaios de palco
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CNB DANÇAR EM CASA
I Acto
A cena tem lugar
em frente à casa de
Giselle, numa
aldeia junto ao
Reno.
Giselle é uma camponesa de compleição frágil que tem
duas paixões na vida, uma é dançar e a outra é o seu
vizinho Loys. Giselle ignora, no entanto, que Loys é na
verdade o Duque da Silésia de nome Albrecht, e juntos
dançam e trocam palavras de amor. Não se apercebem
que estão a ser constantemente vigiados por Hilarion, um
caçador que ama Giselle mas que é por esta repudiado.
Na aldeia festeja-se entretanto o final da estação das
vindimas onde todos dançam alegremente, incluindo
Giselle e Albrecht. Berta, mãe de Giselle, lembra à filha
que dançar excessivamente só lhe trará fadiga, e conta
a história das wilis, espíritos de raparigas que morreram
solteiras e que, na escuridão da noite, se vingam dos
seus amados fazendo-os dançar até à morte. Mas Giselle
não toma muita atenção à advertência da mãe e continua a dançar.
Ao ouvirem-se as trompas que anunciam a chegada
dos caçadores, Hilarion repara que Albrecht e o seu
escudeiro se escondem na cabana de Loys, facto que
ele estranha. Vem mais tarde a descobrir, precisamente
dentro da cabana (e que virá de resto a ser o seu trunfo
para desmascarar Albrecht), uma espada com características tais que só pode pertencer a um homem de
elevada condição.
Maria João Pinto, Yurina Miura,
África Sobrino,
Ensaios de estúdio
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CNB DANÇAR EM CASA
Ao terminarem uma caçada, o Duque da Curlândia, a
sua filha Bathilde e a respectiva comitiva visitam a aldeia
onde vive Giselle.
Esta fica impressionada com a beleza de Bathilde que
por sua vez lhe oferece um colar. Os camponeses continuam a dançar, Giselle é coroada rainha das vindimas
e é no auge destes festejos que Hilarion desmascara
Albrecht, revelando a sua verdadeira identidade. Albrecht
ajoelha-se perante Bathilde de quem na realidade está
noivo e beija-lhe as mãos.
Giselle fica destroçada e desmaia. Ao despertar e perante tal infelicidade, perde a razão e dança tragicamente,
acabando por morrer.
II Acto
A cena tem lugar
na floresta, no
reino das wilis
Hilarion encontra-se aos pés do túmulo de Giselle,
amargurado e arrependido.
À meia noite aparece Myrtha, rainha das wilis, acompanhada por outras wilis, e juntas executam uma dança de
acolhimento à recém falecida, Giselle.
Hilarion sucumbe ao feitiço destas sedutoras e perigosas criaturas, e estas arrastam-no para uma dança
mortal.
Surge Albrecht, com um ramo de lírios brancos, que
deposita aos pés do corpo da sua amada. Giselle, agora
uma wili, levanta-se do túmulo e dança com Albrecht,
deixando-o completamente enfeitiçado.
Cresce a intensidade dramática. O jovem tenta resistir
à exaustão e Giselle apela a Myrtha que poupe o seu
amado a tão terrível destino. Em vão porém... Giselle
continua a dançar com Albrecht até que o romper da
madrugada faz desvanecer o encanto das noivas mortas, sendo a salvação de Albrecht.
Giselle retorna ao seu túmulo e lança um último adeus
ao seu amado.
Barbora Hruskova, Filipe Portugal
e Artistas CNB
Ensaios de estúdio
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CNB DANÇAR EM CASA
A atmosfera romântica
de Giselle
A estética romântica é, entre outras características,
marcada pela valorização do sentimento, pela representação de uma natureza indomada, pela enfatização
dos nacionalismos europeus, e por uma teoria do génio
– aspectos que encontraram na dança teatral do século
XIX um terreno de eleição. Um ano depois do Ballet des
nonnes (integrado na ópera Robert le Diable, de Meyerbeer), foi estreado La Sylphide, em 1832, normalmente
considerado o primeiro ballet romântico autónomo. A
partir de então subiram ao palco algumas das mais importantes peças do repertório clássico, como Le Diable
Boiteaux (1836), La Gipsy (1839) e La Tarentule (1839).
Marie Taglioni e Fanny Elssler eram então as prima ballerinas, encarnando nos teatros franceses respectivamente o espírito cristão, todo elevação e espiritualidade,
e a energia pagã do desejo e da celebração telúrica.
A versão original de Giselle, de 1841, inscreve-se na
tradição romântica e actualiza-a com um tal grau de
excelência, que se tornaria em si mesmo o bailado mais
emblemático desta corrente estética.
O primeiro acto, terreno e solar, passa-se numa aldeia
germânica rodeada por vinhas, nas margens do Reno.
A jovem e bonita camponesa Giselle não resiste à descoberta da identidade nobre do seu namorado Loys e
enlouquece. As cenas de loucura transportadas para
palco tornaram-se muito ao gosto do princípio do século XIX, no teatro, na ópera (nomeadamente em Lucia
di Lammermoor e em I Puritani) e em dança, em baila-
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CNB DANÇAR EM CASA
dos como Nina, ou La Folle par Amour (1813), La Fille du
Danube (1836) e L’Ecumeur du Mer (1840).
No bailado Giselle, a loucura e morte da heroína permitem a passagem para o segundo acto, extra-terreno e
lunar. Este acto decorre à volta do túmulo da jovem, no
ambiente nocturno de bosques húmidos, habitados por
wilis; são estas os espectros trágicos de noivas prematuramente falecidas. No final, Giselle, que tinha motivos
para condenar Albrecht, acaba por salvá-lo da funesta
atracção de Myrtha, a rainha das wilis.
A peça, com música de Adams, foi coreografada por
Jean Coralli e, de forma mais ou menos anónima mas
decisiva, por Jules Perrot, tendo por principal protagonista a italiana Carlota Grisi, que se tornaria uma
das mais destacadas bailarinas do seu tempo; com ela
dançavam Lucien Petipa, no papel de Lois / Albrecht e
Adêle Dumilâtre, como Myrtha.
Inspirada no folclore alemão, mais concretamente na
obra romântica de Heinrich Heine De l’Allemagne, a
história foi transposta para libreto por Saint-Georges e
Théophile Gautier. No rescaldo da estreia, escrevia este
ao seu companheiro de letras Heinrich Heine: “A Carlota
dançou com uma perfeição, com uma ligeireza, com
uma audácia, uma voluptuosidade casta e delicada que
a colocam em primeiro plano, entre Elssler e Taglioni;
para a pantomima ela ultrapassou todas as expectativas;
nem um gesto convencional, nenhum movimento falso;
é a natureza e a ingenuidade em si mesma: é bem verdade que dela se diz que tem por mestre e por marido o
Perrot aéreo. Petipa foi gracioso, apaixonado e tocante;
desde há muito tempo que um bailarino não proporcionava tanto prazer e não era tão bem recebido. A música
A peça tornar‑se-ia assim
um símbolo
de uma certa
beleza e de uma
certa atmosfera.
Mas ficaria
também todo
um conjunto
de questões
sociais que o
espectador
de hoje pode
colocar.
de A. Adam é superior à música vulgar dos bailados; ela
abunda em motivos, de efeitos de orquestra; contém
mesmo, atenção tocante para os amantes de música
difícil, uma fuga muito bem conduzida. O segundo
acto resolve com felicidade este problema musical do
fantástico gracioso e pleno de melodia. Quanto às decorações, elas são de Ciceri, que ainda não tem igual na
representação de paisagens. O nascer do sol, que faz de
conclusão, é de uma verdade prestigiante. A Carlota foi
chamada pelos aplausos da sala inteira.”
Um êxito, pois. A peça tornar-se-ia assim um símbolo
de uma certa beleza e de uma certa atmosfera. Mas
ficaria também todo um conjunto de questões sociais
que o espectador de hoje pode colocar. Reconhecendo
a natureza emblemática do bailado no quadro da estética romântica, o olhar contemporâneo sabe que está
perante uma representação que sublinha, sem as questionar, a vitimização da mulher e da classe trabalhadora.
Giselle, como a maior parte das peças de repertório,
suscitou remontagens e novas versões ao longo dos
anos. Algumas destas têm procurado actualizar o tema
e problematizar as questões sociais atrás referidas. Assim aconteceu com a versão de Mats Ek, de 1982, em
que a jovem camponesa, como uma heroína grotesca,
habita num cenário repleto de símbolos de fertilidade,
no 1º acto, que se transmuta no ambiente de um hospital psiquiátrico no 2º acto. Em 1984, Frederic Franklin
produziria para o Dance Theatre of Harlem uma versão
criola de Giselle, representando o ambiente de uma
plantação do Louisiana.
Na Rússia, o bailado chegou bem cedo, um ano depois
da estreia original, pela mão do coreógrafo francês
Antoine Titus. A partir de então, a peça continuaria a
arrebatar o público dos teatros imperiais, marcada pelas
interpretações superiores de Lucile Grahan e de Fanny
Elssler e remontada por Perrot para Carlota Grisi, em
1850. Marius Petipa assistiu Perrot nesta remontagem e
continuou a trabalhar a coreografia, o cenário e a música até aos finais de 1889, sendo porém a versão de 84 a
que se tornaria referenciável. Uma das transformações
que Petipa introduziu relativamente à versão original
passou pela expansão das danças das wilis no segundo
acto para o grand pas de wilis. A coreografia, registada
em notação Stepanov, foi trazida para o ocidente pelo
coreógrafo Nikolai Sergeyev e serviu de base à remontagem feita pelos Ballets Russes de Diaghilev, em 1910,
com Tamara Karsavina e Vaslav Nijinsky nos papéis
principais.
A produção da CNB baseia-se na versão de Marius Petipa, de 1884. Cumprindo uma das suas missões principais – a de divulgar o repertório internacional – não é a
primeira vez que a CNB apresenta este bailado trágico e
encantador de atmosfera romântica. Fê-lo em diversas
ocasiões: pela primeira vez, em 1987, no Teatro Nacional São Carlos.
Daniel Tércio
Georges Garcia
Natural de Camagüey formou-se sob a
orientação de Fernando e Alicia Alonso,
no Ballet Nacional de Cuba. A diversidade do repertório da companhia de Havana e o contacto com mestres russos
estão na base do seu trabalho na área do
bailado clássico, designadamente na sua
preparação pedagógica na linha das escolas do Bolchoi e do Kirov. Estudou igualmente arte dramática e técnicas de cena.
Coreografia
Em 1964 coreografou Majísimo (Massenet), o seu primeiro bailado para o Ballet
Nacional de Cuba, o qual ainda se mantém em repertório nesta e noutras companhias. No ano seguinte cria Amazónia
(Reingold Glière) e algumas danças para
ópera.
Radicado na Europa desde 1966, fez parte do elenco do
Ballet da Ópera de Marselha e foi primeiro bailarino da
Ópera de Lyon. Trabalhou, sucessivamente, como bailarino principal, mestre de bailado e coreógrafo no Ballet
da Valónia, no qual, para além de Noite das Walpurgias
da ópera Fausto, de Gounod, coreografou Sinfonia nº 39
(Mozart) e Tanagras (Bernier) e remontou Les Sylphides
e A Bela Adormecida.
Como mestre de bailado e coreógrafo colaborou com
o Ballet do Teatro La Fenice, o Novo Ballet da Ópera de
Marselha e o Ballet Gulbenkian, para o qual coreografou
Três Movimentos (Stravinsky), Duo (Benedetto Marcello)
e Variações Sinfónicas (César Franck), além das remontagens de Majísimo e do Grand Pas-de-Quatre (Cesare
Pugni).
Em 1973 remontou o bailado Giselle para o Ballet Gulbenkian, tendo, posteriormente, recriado a mesma obra
para o Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o
Ballet National de Marselha (sob a direcção de Roland
Petit) e para a Companhia Nacional de Bailado, em 1987.
Em 1976 foi convidado pela Fundação de Teatros do Rio
de Janeiro para reorganizar e dirigir o Ballet do Teatro
Municipal, companhia onde, depois, viria a montar
O Lago dos Cisnes, Paquita, Grand Pas-de-Quatre e
Variações Sinfónicas. Como Professor Convidado tem
leccionado nos cursos do Banff Center (Canadá), no
Festival Internazionale della Danza (Veneza, Itália) e no
Festival Internazionale del Balleto (Nervi, Itália).
Em 1979 foi Mestre de Bailado do Ballet Théatre Français de Nancy e do Ballet Nacional de Marselha e,
posteriormente, professor e coreógrafo convidado do
Ballet Real do Winnipeg, do Balletto do Teatro Alla Scala,
de Milão, do Aterballetto (Reggio Emila), do Balleto del
Teatro di San Carlo, de Napoles, do Ballet Gulbenkian,
da Companhia Nacional de Bailado e do Boston Ballet,
onde permaneceu duas temporadas.
Actualmente é professor na Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde, desde 1991, coordena a área
de técnica de dança clássica. Para os alunos desta escola, remontou uma versão de La Fille Mal Gardée que,
posteriormente, entrou no reportório da Companhia
Nacional de Bailado. Colabora regularmente com a
Companhia Nacional de Bailado, o Ballet da Ópera de
Lyon e os Ballets de Monte-Carlo.
Georges Garcia, Artistas CNB
Ensaios de palco
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CNB DANÇAR EM CASA
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CNB DANÇAR EM CASA
Geoffrey Styles é um jovem maestro britânico cuja competência,
musicalidade e cativante personalidade lhe conferem uma excelente reputação no universo da
composição musical.
Abrangendo o seu trabalho uma
amplitude variada de estilos, Geoffrey Styles domina em particular a
esfera operática, e dirige um reportório de mais de quarenta óperas, de Glück a Mozart, Stravinsky
e Britten. Em Setembro 2002 foi
designado Maestro Assistente da
Ópera Nacional de Bordéus.
Geoffrey iniciou a sua aprendizagem musical como Organista em
Westminster Abbey, com Simon
Preston e posteriormente em Christchurch, sob a
orientação de Stephen Darlington.
Após dois anos como Répétiteur na Ópera Nacional de Paris, Geoffrey foi convidado por Alain
Lombard para integrar o Grand-Théâtre de Bordéus como Assistente do Mestre de Coro, sob a
tutela de Günther Wagner, cargo que manteve até
2002.
Em recentes temporadas Geoffrey Styles colaborou em dois ciclos do Anel com as óperas de
Lisboa e de Estrasburgo e apresentou-se com
grande sucesso à frente da Orquestra Filarmónica
de Monte Carlo e Orquestra Nacional de Bordéus.
Terminou a temporada 08/09 com a direcção e
gravação de Coppélia, pela Ópera Nacional de
Bordéus.
Geoffrey Styles inicia a temporada 09/10 com
Direcção Musical
Paula Castro, Terra Plana e Minimally Invasive de
Paulo Henrique, Primeiro nome, Le (baseado no
desenho original de Miran Sustersic), D.São Sebastião, Gust, More, e À Força de Francisco Camacho,
e em co-criação, Apetite, Pop Corn de António
Feio, Conversas da treta de António Feio e José
Pedro Gomes, Ao Vivo e Comédia Off de Paulo
Ribeiro, Jump-up-and-Kiss-me, Confidencial, O
Amor ao canto do bar vestido de negro, Pedro e
Inês e Nortada de Olga Roriz.
É desde 2004 Directora Técnica da Companhia
Nacional de Bailado
Geoffrey Styles
Nasceu em Lisboa, em 1967.
Estudou iluminação em Portugal,
Espanha e Estados Unidos. Leccionou em Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Finlândia.
Trabalhou em inúmeros es­
pectáculos e festivais, desde o teatro à dança, passando pela música,
os quais foram apresentados em
toda a Europa, Brasil, Estados
Unidos, Africa e Austrália.
Desde 1988, que colaborou com
os mais diversos coreógrafos e
en­cenadores, entre os quais se
desta­cam, Clara Andermatt, Vera
Mantero, António Feio, José Laginha, João Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuphard, Rui Nunes, Madalena
Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar, Jessica
Levy, Joana Providência, João Fia­deiro, Margarida
Bettencourt, Nigel Chernock, Miguel Pereira, Filipa Fran­cisco, Paula Castro, Carlota Lagido, Teresa
Prima, João Galante, Paulo Henrique, Lúcia Sigalho, Rui Lopes Graça, Paulo Ribeiro, Aldara Bizarro,
Francisco Camacho, Olga Roriz.
Das criações de luz para dança e teatro destacamse: O Cansaço dos Santos de Clara Andermatt,
O Sor­riso da Gioconda, Leonardo, Puro Sangue/
Mulheres e Realidade Real de Lúcia Sigalho, Encaramelado de Aldara Bizarro, Um golpe de sorte
numa mera crise não é suficiente, Babilónia de Teresa Prima/João Galante, Espiões Agentes Duplos
e outros carácteres suspeitos de João Galante,
Carlota Lagido e Filipa Fran­cisco, Ever Wanting de
Desenho de Luz
solo para bailado, em 1833, para o coreógrafo André Deshayes, em Londres, a que se seguiu La Fille
du Danube, em 1836, para a bailarina Marie Taglioni e para a Ópera de Paris. A sua obra seguinte
foi o trabalho que mais fama lhe trouxe, o bailado
Giselle, encomendado pelo professor e coreógrafo francês Jules Perrot. Esta obra, concluída em
três semanas, tinha como característica notável a
introdução de leitmotifs, motivos musicais associados a diferentes personagens do bailado, que
permitiam assim a sua identificação no decorrer
da acção.
Foi pouco tempo após o sucesso de Giselle que
Adolphe Adam começou a ter problemas com o
novo director da Ópera de Paris, o que o levou a
demitir-se e a abrir o seu próprio teatro, em 1847,
o Théâtre National em Paris, criado para formar
jovens talentos. Devido à Revolução, este projecto só funcionou durante um ano, deixando Adolphe Adam com dívidas enormes e obrigando-o a
retornar à profissão de jornalista, para conseguir
ganhar algum dinheiro.
Em 1849 Adolphe Adam aceitou o cargo de professor de composição no Conservatório, cargo
que manteve até ao fim da vida. Continuou a
compor, sendo de destaque o bailado O Corsário,
que estreou em 1856.
Adolphe Adam faleceu em Paris, a 3 de Maio de
1856, tendo escrito 40 óperas, 14 bailados e um
grande número de operetas e vaudevilles.
Cristina Piedade
Música
Adolphe Adam
Adolphe Adam nasceu em Paris
a 24 de Julho de 1803. O seu pai,
professor de música no Conservatório, fez tudo o que pôde para
que Adolphe não iniciasse uma
carreira musical, mas os seus esforços foram em vão. Em 1821
Adolphe Adam entrou no Conservatório de Paris, estudando órgão
e harmónio, com Benoist e mais
tarde com Boïeldieu. Um amigo de seu pai, Ferdinand Hérold
(compositor do bailado La Fille
Mal Gardée) encorajou-o a compôr, especialmente para o teatro.
Aos 22 anos, Adam ajudou Boïeldieu na orquestração da sua ópera
La Dame Blanche, e ele próprio
transcreveu-a para piano o que lhe permitiu vendê-la mais facilmente. Com o dinheiro que fez
com este negócio, Adolphe Adam viajou por outros países da Europa tais como Bélgica, Holanda,
Alemanha e Suíça, e nas suas viagens conheceu
Eugéne Scribe, com quem viria a trabalhar em
inúmeras óperas nos 30 anos que se seguiram.
Em 1830 Adolphe Adam tinha já escrito 28 obras
para teatro, incluindo algumas danças e a sua primeira obra dramática, a opereta em 1 acto, Pierre
et Catherine. A sua primeira ópera em 3 actos, Danilowa, obteve sucesso neste mesmo ano, mas os
últimos espectáculos foram cancelados por causa
da Revolução de Julho. No entanto, ainda nesse
ano Adolphe Adam escreveu, em colaboração
com Casmir Gide, o seu primeiro bailado Chatte
Blanche. Fausto foi a sua primeira composição a
A Sagração da Primavera e Petrushka para a Ópera Nacional de Bordéus, e dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa em Dido e Eneias em Julho.
Outros pontos relevantes da temporada incluem
concertos com a Filarmónica de Estrasburgo e o
virtuoso percussionista Alasdair Malloy.
Para a Companhia Nacional de Bailado, dirige pela
primeira vez a Orquestra Sinfónica Portuguesa no
bailado Giselle.
20 21
CNB DANÇAR EM CASA
Música y Danza de Granada (1997); concerto de
Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt;
concerto de encerramento da Expo 98; Festival
de Música Contemporânea de Alicante (2000); e
Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003).
A Orquestra tem actuado, no âmbito das
temporadas líricas e sinfónicas, sob a direcção de
notáveis maestros, tais como Rafael Frühbeck de
Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda,
Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel
Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze,
Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre
outros. A discografia da Orquestra conta com dois
CD’s para a etiqueta Marco Polo, com as Sinfonias
n.º 1 e n.º 5, e n.º 3 e n.º 6, de Joly Braga Santos,
as quais gravou sob a direcção do seu primeiro
maestro titular, Álvaro Cassuto a quem se seguiu
José Ramón Encinar (1999/2001) e Zoltán Peskó
(2001/2004) no mesmo cargo. Donato Renzetti
desempenhou funções de Primeiro Maestro Convidado até à Temporada de 2006/07.
A partir do início da Temporada 2008/09 Julia
Jones ocupa o cargo de Maestro Titular.
Elenco Artístico
Orquestra Sinfónica
Portuguesa
Criada em 1993 a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um
dos corpos artísticos do Teatro
Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma actividade
sinfónica própria, incluindo uma
programação regular de concertos, participações em festivais de
música nacionais e internacionais.
Tem colaborado regularmente
com a Radiodifusão Portuguesa
através da transmissão dos seus
concertos pela Antena 2 e da participação em iniciativas da própria
RDP, tais como Prémio Pedro de
Freitas Branco para Jovens Chefes
de Orquestra, Prémio Jovens Músicos-RDP e Tribuna Internacional
de Jovens Intérpretes. No âmbito de outras colaborações destaque-se também a sua presença
nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto
de encerramento do 47.º Festival Internacional de
21
22
32
33
13
23
24
34
35
48 Isabel Frederico
09
47 Henriette Ventura
31
28
46 Helena Marques
30
45 Florencia Siciliano
29
44 Filipa Pinhão
20
43 Elsa Madeira
19
42 Charmaine Du Mont
18
41 Charlotte Ingleson
27
40 Catarina Grilo
26
39 Carla Pereira
25
38 Anabel Segura
17
37 Ana Baigorri
16
36 África Sobrino
15
CORPO DE BAILE
35 Xavier Carmo
34 Tom Colin
33 Pedro Mascarenhas
32 Freek Damen
31 Armando Maciel
30 Marta Sobreira
29 Maria João Pinto
28 Irina de Oliveira
27 Catarina Lourenço
26 Annabel Barnes
25 Andreia Pinho
CORIFEUS
24 Tomislav Petranovic
23 Rui Alexandre
22 Luis d'Albergaria
21 Brent Williamson
12
20 Solange Melo
11
19 Roberta Martins
10
18 Paulina Santos *
08
17 Mariana Paz
07
16 Isabel Galriça
06
15 Fátima Brito
05
14 Alba Tapia
04
14
SOLISTAS
03
13 Mário Franco
02
12 Filipe Portugal
11 Fernando Duarte
10 Didier Chazeau
09 Carlos Pinillos
08 Alexandre Fernandes
07 Peggy Konik
06 Inês Amaral
05 Filomena Pinto
04 Filipa de Castro
03 Barbora Hruskova
02 Ana Lacerda
01 Adeline Charpentier
PRINCIPAIS
01
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
71
72
73
74
75
76
E
F
** Prestador de serviços
70
D
Pianistas Convidados
69
Jorge Silva **
Sérgio Cruz **
Viviena Tupikova **
68
Professores Convidados
67
Jan Linkens
Arkady Nikolaev
66
C
Coordenadora Musical
65
B
G Ana Paula Ferreira
64
Maria Luisa Carles
63
A
temporariamente substituída por
62
Coordenadora Artística Executiva
61
F Filipa Rola
60
Coreógrafo Residente
59
E Rui Lopes Graça
58
Ensaiadora
57
D Isabel Fernandes
56
Mestra de Bailado
55
C Cristina Maciel
54
Mestra de Bailado
53
B Maria Palmeirim
52
Assistente do Director Artístico
51
A Junko Hikasa
50
52
* Licença sem vencimento
77 Ana Moreno
76 Yuhi Yonekura
75 Gonçalo Andrade
74 Reina Sawai
73 Inês Moura
ESTAGIÁRIOS
72 Samuel Retortillo
71 Ricardo Limão
70 Nuno Fernandes
69 Miguel Ramalho
68 Maxim Clefos
67 José Carlos Oliveira
66 João Carlos Petrucci
65 Frederico Gameiro
64 Filipe Macedo
63 Christian Schwarm
62 Can Arslan *
61 Andrus Laur
60 Álvaro Santos
59 Alfonso Palencia
58 Yurina Miura
57 Victoria Monge
56 Vera Alves
55 Susana Matos
54 Sílvia Santos
53 Mónica Garcia
52 Marina Figueiredo
51 Maria Santos
50 Margarida Pimenta
49 Iva Vitic
49
G
Orquestra
Sinfónica
Portuguesa
VIOLAS
Pedro Saglimbeni Muñoz (Coordenador de
Naipe), Cecilio Isfan (Coordenador de Naipe
Adjunto), Galina Savova (Coordenador de Naipe
Assistente), Cécile Pays (Coordenador de Naipe
Assistente), Etelka Dudas, Isabel Teixeira da
Silva, Maria Cecília Neves, Maria Lurdes Gomes,
Massimo Mazzeo, Rogério Gomes, Ruth Forbes,
Sandra Moura, Ventzislav Grigorov, Vladimir
Demirev
DIRECTOR ARTÍSTICO DO TEATRO NACIONAL
DE SÃO CARLOS Christoph Dammann
VIOLONCELOS
Irene Lima (Coordenador de Naipe), Hilary Alper
(Coordenador de Naipe Adjunto), Kenneth Frazer
(Coordenador de Naipe Adjunto), Ajda Zupancic
(Coordenador de Naipe Assistente), Diana Savova,
Emídio Coutinho, Gueorgui Dimitrov, Luís Clode,
Samuel Santos*
MAESTRO TITULAR Julia Jones
ASSISTENTE MUSICAL DO MAESTRO TITULAR
Moritz Gnann
I VIOLINOS
Evelyn Alliaume (Concertino Principal Convidado),
Alexander Stewart (Concertino Adjunto), Pavel
Arefiev (Concertino Adjunto), Leonid Bykov
(Concertino Assistente), Veliana Hristova
(Concertino Assistente), Alexander Mladenov,
Anabela Guerreiro, António Figueiredo, Asmik
Bartikian, Ewa Michalska, Iskrena Yordonova,
Jorge Gonçalves, Laurentiu Ivan Coca, Luís Santos,
Margareta Sandros, Marjolein de Sterke, Natalia
Roubtsova, Nicholas Cooke, Pedro Teixeira da
Silva, Regina Stewart, António Nogueira*
II VIOLINOS
Jan Schabowski (Coordenador de Naipe), Klara
Erdei (Coordenador de Naipe Adjunto), Rui
Guerreiro (Coordenador de Naipe Adjunto),
Mário Anguelov (Coordenador de Naipe
Assistente), Nariné Dellalian (Coordenador de
Naipe Assistente), Aurora Voronova, Carmélia Silva,
Inna Reshetnikova, Kamélia Dimitrova, Katarina
Majewska, Maria Filomena Sousa, Maria Lurdes
Miranda, Slavomir Sadlowski, Sónia Carvalho,
Tatiana Gaivoronskaia, Witold Dziuba
22 23
CNB DANÇAR EM CASA
CONTRABAIXOS
Pedro Wallenstein (Coordenador de Naipe), Petio
Kalomenski (Coordenador de Naipe), Adriano
Aguiar (Coordenador de Naipe Adjunto), Duncan
Fox (Coordenador de Naipe Adjunto), Anita
Hinkova (Coordenador de Naipe Assistente), João
Diogo, José Mira, Manuel Póvoa, Svetlin Chiskov
FLAUTAS
Katharine Rawdon (Coordenador de Naipe),
Nuno Ivo Cruz (Solista A), Anthony Pringsheim
(Solista B), Anabela Malarranha (Solista B)
OBOÉS
Hristo Kasmetski (Coordenador de Naipe),
Luís Alves* (Convidado 1º Oboé, Solista A),
Ricardo Lopes (Solista A)**, Elizabeth Kicks
(Solista B), Luís Marques (Solista B)
CLARINETES
Francisco Ribeiro (Coordenador de Naipe),
Joaquim Ribeiro (Solista A), Jorge Trindade
(Solista B), Hugo Figueiredo* (Solista B)
FAGOTES
David Harrison (Coordenador de Naipe), Susana
Dias* (Convidado 1º Fagote, Solista A) Carolino
Carreira (Solista A), João Rolo Brito (Solista B),
Piotr Pajak (Solista B)
CNB
TROMPAS
Laurent Rossi (Solista A), Paulo Guerreiro (Solista
A), António Rodrigues (Solista B), Carlos Rosado
(Solista B), Tracy Nabais (Solista B), Dorottya Vig*
(Solista B)
OPART E.P.E. – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE Pedro Moreira
VOGAL Carlos Vargas
VOGAL Henrique Ferreira
TROMPETES
Jorge Almeida (Coordenador de Naipe, António
Quítalo (Solista A), Latchezar Goulev (Solista B),
Pedro Monteiro (Solista B)
DIRECÇÃO DE ESPECTÁCULOS
DIRECTORA Margarida Mendes
Carla Almeida, Lurdes Almeida, Natacha
Fernandes
TROMBONES
Hugo Assunção (Coordenador de Naipe), Jarrett
Butler (Solista A), Vítor Faria (Solista B), Júlio
Sousa* (Solista A)
DIRECÇÃO TÉCNICA
DIRECTORA Cristina Piedade
João Carlos Andrade
TUBA Ilídio Massacote (Solista A)
TÍMPANOS E PERCUSSÃO
Elizabeth Davis (Coordenador de Naipe), Richard
Buckley (Solista A), Lídio Correia, Pedro Araújo e
Silva, Carlos Almeiada*
DIRECÇÃO DE CENA
Henrique Andrade, Vanda França
MAQUINARIA Alves Forte, Miguel Osório
SOM E AUDIOVISUAIS
Bruno Gonçalves, Paulo Fernandes
LUZES Vítor José, Pedro Mendes
PALCO Ricardo Alegria, Anatol Waschke
HARPA Carmen Cardeal (Solista A)
ATELIER DE COSTURA Adelaide Marinho,
Adelaide Pedro Paulo, Antónia Costa,
Conceição Miranda, Glória Bento, Paula Marinho
GABINETE DE GESTÃO DO CORO E ORQUESTRA
Margarida Clode (Coordenadora)
Beatriz Loureiro, Celeste Patarra, Jerónimo
Fonseca, Margarida Cruz, Nuno Guimarães
CONSERVAÇÃO DO GUARDA-ROUPA
Maria José Pardal, Carla Cruz
* Reforços
** Licença sem vencimento
DIRECÇÃO DE MARKETING
DIRECTOR Mário Gaspar
Cristina de Jesus
GABINETE JURIDICO
COORDENADORA Fernanda Rodrigues
Juliana Mimoso**
DESENVOLVIMENTO COMERCIAL
Bruno Silva, Diogo Faro (estagiário)
CANAIS INTERNET João Mendonça, José Luís Costa
VIDEO E ARQUIVO DIGITAL Marco Arantes
DESIGN João Campos**
MARKETING DIRECTO Venâncio Gomes
ASSISTENTE Laura Pinto
GABINETE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
COORDENADOR Pedro Penedo
César Silva, Rui Martins**
BILHETEIRA
Luísa Lourenço, Rita Martins, Susana Clímaco
DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
DIRECTORA Sofia Dias
Manuel Alves, Marisa Leitão, Sofia Teopisto,
Vânia Guerreiro, Zulmira Mendes
GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO
COORDENADOR Nuno Cassiano
António Silva, Daniel Lima, João Alegria,
Manuel Carvalho, Egídio Heitor**
CONSULTOR EM ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA Ricardo Telles de Freitas
MASSOTERAPEUTA Paulo Pavão
OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva
DIRECÇÃO FINANCEIRA
DIRECTORA Sónia Teixeira
Albano Pais, Ana Maria Peixeiro, António Pinheiro,
Edna Narciso, Fátima Ramos, João Pereira,
Rui Amado
* Licença sem vencimento
** Prestador de serviços
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO EDITORIAL
Direcção de Marketing
DESIGN
xiiistudios.com
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
ENSAIOS Ricardo Brito
CAPA E ELENCO ARTÍSTICO André Brito
CENÁRIO Eduardo Saraiva
OSP Alfredo Rocha
CONTACTOS
Teatro Camões, Passeio do Neptuno,
Parque das Nações, 1990 - 185 Lisboa
Tel.: 21 892 34 70
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espectáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de
28 de Novembro).
É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar
durante os espectáculos.
É proibido fumar e comer/beber dentro da sala
de espectáculos;
Não se esqueça de, antes de entrar no auditório,
desligar o seu telemóvel.
Os menores de 3 anos não poderão assistir ao espectáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro.
O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.
TIRAGEM 1000 Ex.
PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO 5€
M/3
BILHETEIRAS/RESERVAS
TEATRO CAMÕES 21 892 34 77
TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
213 253 045/6 // [email protected]
Apoios à divulgação:
www.cnb.pt
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twitter.com/cnbportugal
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Patrocínio:
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GISELLE

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