Untitled - Companhia Nacional de Bailado
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Untitled - Companhia Nacional de Bailado
CNB DANÇAR EM CASA GISELLE GEORGES GARCIA COM A PARTICIPAÇÃO DA ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA DIRECÇÃO MÚSICAL GEOFFREY STYLES Lisboa, Teatro Camões Dezembro 2009 10, 11, 16, 17, 18, 22 e 23 às 21h / 13 e 20 às 16h Tardes Família 12 e 19 de Dezembro às 16h Um apoio ao serviço da comunidade e da cultura Mecenas Exclusivo da Companhia Nacional de Bailado (CNB), desde 1998, e agora Mecenas do OPART, a Fundação EDP, sedeada no Museu da Electricidade, desenvolve uma acção constante e coerente de apoio à cultura e às artes. Essa acção realiza-se através de produções próprias, parcerias, mecenato e prémios, tendo a qualidade, a sustentabilidade e a avaliação dos resultados como princípios orientadores. Desde que o homem se conhece, a dança tem sido uma das grandes formas em que ele simboliza os sonhos e as apreensões, os sentimentos e as ideias, os anseios e as esperanças. A dança é simultaneamente liberdade, limite e superação. Nestes tempos de incerteza, os gestos solitários ou solidários do bailarino são um convite e um apelo a uma nova aliança da cultura e da natureza, do indivíduo e da sociedade, do passado e do futuro. A Companhia Nacional de Bailado é a instituição de referência no mundo da dança. Partilhamos com ela os valores da criatividade, da inovação, da descentralização e da internacionalização. E também o rigor, o esforço e a renovação que todo o trabalho artístico exige. Desejamos que a CNB seja cada vez mais fiel aos propósitos da sua criação e às expectativas do seu público. O nosso apoio à CNB traduz a responsabilidade social, cultural e empresarial da EDP, exercida ao serviço da comunidade e do desenvolvimento cultural. Fundação EDP Companhia Nacional de Bailado Numa época em que se discute internacionalmente o papel das companhias e dos teatros nacionais, é importante que a Companhia Nacional de Bailado (CNB) se situe dinamicamente no tecido artístico português. Este posicionamento é também fundamental para a projecção internacional, que tem vindo a ser conquistada graças a uma estratégia de circulação que se pretende cada vez mais alargada. Cenário Giselle I Acto 04 05 CNB DANÇAR EM CASA À semelhança das suas congéneres noutros países, a CNB foi criada por iniciativa governamental – em Portugal, em 1977, por despacho de David Mourão Ferreira, então Secretário de Estado da Cultura. Marca de um país que se queria moderno e democrático, desejando uma estética diferente (e em parte oposta) à estética do Estado Novo, a CNB pode ser incluída nas conquistas culturais da ‘Revolução dos Cravos’. Tal como aconteceria noutras áreas (da economia à política de negócios estrangeiros e à política nacional), também a CNB revelaria as flutuações de uma época em busca do seu próprio sentido. Qual o quadro institucional de enquadramento da CNB? Como realizar a complexa Que fazer também para o desenvolvimento dos públicos de dança? missão de combinar o repertório internacional com a edificação de um repertório nacional? Como identificar a qualidade estética e técnica dos programas e sobretudo o que fazer para qualificar intérpretes e criadores? Que fazer também para o desenvolvimento dos públicos de dança? Entre 1978 e 1993, a direcção artística da CNB esteve a cargo de Armando Jorge, a que se seguiu Isabel Santa Rosa nos dois anos seguintes. Genericamente, este período foi marcado pela montagem de grandes obras de repertório internacional. A CNB apresentou então a primeira realização nacional de produções integrais de bailados como La Sylphide, Raymonda, O Lago dos Cisnes, Coppélia, Dom Quixote e Romeu e Julieta; produziu clássicos como Grand Pas-de-Quatre, Giselle, Les Sylphides, Petruchka, La Bayadère, O Pássaro de Fogo, O Quebra-Nozes, A Sagração da Primavera, As Bodas e La Fille Mal Gardée, entre outros. Apresentou também obras de Balanchine, Lifar, Lichine, Joos, Limón, van Dantzig, Nebrada, Oscar Araiz, Kenneth MacMillan, Lubovitch, Michael Corder, Robert North e Heinz Spöerli. Os Concursos Coreográficos, iniciados por Armando Jorge, articular-se-iam então com a apresentação de obras do próprio Armando Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras e Olga Roriz. Em Junho de 1996, Jorge Salavisa foi convidado para reestruturar a CNB, tendo assumido, em Setembro desse ano, o cargo de Presidente do Instituto Português do Bailado e da Dança, associação cultural que então tutelava a Companhia. A opção pelo repertório contemporâneo foi sublinhada, através de uma estratégia de convites a novos coreógrafos de dimensão internacional e da organização dos Concursos Coreográficos. A partir de 1996, sob a sucessiva direcção artística de Salavisa (1996-1999), de Luisa Taveira (1999-2000) e de Marc Jonker (2001-2002), a CNB apresentou obras de criadores como Michael Corder, William Forsythe, Anne Teresa De Keersmaeker (em estreia absoluta), Hans van Manen, Pierre Wyss, Behyan Murphy, Marco Cantalupo, David Fielding, e dos coreógrafos portugueses Rui Lopes Graça, Olga Roriz e Vasco Wellenkamp. Em Maio de 2001, Ana Pereira Caldas foi nomeada Directora da CNB e em Setembro de 2002 Mehmet Balkan assumiu a sua Direcção Artística. Um ano mais tarde, com a associação do Teatro Camões como a ‘Casa da Dança’, a CNB passou a contar com um espaço de exibição altamente qualificado, acolhendo criações, entre outros, de Nacho Duato e Renato Zanella. Combinar a remontagem das grandes peças clássicas com a criação nacional, não excluindo criações mais experimentalistas – estas programadas por Mark Deputter – passaria a ser o seu desafio. Simultaneamente, a CNB desenvolveu relações com outras estruturas de criação, trabalhando nomeadamente com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra das Beiras, Quarteto de Pianos de Amesterdão e ainda com diversos músicos e maestros portugueses. Em Outubro de 2007, Vasco Wellenkamp foi nomeado Director Artístico, assumindo aquele que é o desafio nuclear desta estrutura: a conjugação do repertório clássico com a criação contemporânea, incluindo a criação nacional. Daniel Tércio Director Artístico Vasco Wellenkamp Vasco Wellenkamp iniciou os estudos de bailado em 1961 com Margarida de Abreu e Fernando Lima, no Grupo Verde Gaio. Em 1968, ingressou no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham, onde se formou em Dança Moderna. Ainda em Nova Iorque, frequentou o curso de composição coreográfica de Merce Cunningham e trabalhou com Valentina Pereyslavec no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógrafos e compositores da Universidade de Surrey em Inglaterra. De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo residente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna da Escola de Dança do Conservatório Nacional, e em 1983, professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa. Vasco Wellenkamp tem sido convidado por várias companhias estrangeiras a criar novas obras coreográficas: no Brasil coreografou para o Ballet do Teatro Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a CIA Cisne Negro e o Ballet Guaíra, na Argentina coreografou para o Ballet Contemporâneo do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary Dance Theater, o Dance Theater Comune e a Companhia Focus On, na Suiça para o Ballet du Grand Theatre de Gèneve, em Itália para o Balletto di Toscana e na Croácia para a Companhia de Bailado do Teatro de Zagreb, entre outras. Em Janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo que dirigiu até Outubro de 2007. Foi nomeado Director Artístico do Festival de Sintra, em Setembro de 2003. Vasco Wellenkamp recebeu por duas vezes o Prémio de Imprensa (1974 e 1981). Foram-lhe ainda atribuídos os Prémios do Semanário Sete (1982), da Revista Nova Gente (1985 e 1987) e da Rádio Antena 1 (1982). Em 1996, foi galardoado com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A Voz e a Paixão. Em 1994, a 10 de Junho, dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares. Cria em 2005 a sua primeira coreografia para a Companhia Nacional de Bailado e é seu Director Artístico desde Outubro de 2007. Filipa de Castro, Carlos Pinillos Ensaios de estúdio 06 07 CNB DANÇAR EM CASA GISELLE OU LES WILIS Bailado de Pantomina em dois actos, de Théophile Gautier e Vernoy de St. Georges Estreia Absoluta Paris, Teatro da Academia Real de Música, 28 de Junho de 1841 Estreia em Portugal Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos, 1843 Coreografia, Recriação e Encenação Georges Garcia (segundo Coralli-Perrot e Marius Petipa) Música Adolphe Adam Cenários Ferruccio Villagrossi Figurinos Guarda-roupa tradicional gentilmente oferecido Estreia no Grupo Gulbenkian de Bailado Lisboa, Cinema Tivoli, 14 de Janeiro de 1967 Estreia CNB Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos, 15 de Outubro de 1987 pela Fundação Calouste Gulbenkian Desenho de Luz Cristina Piedade Assistente do Coreógrafo Maria Palmeirim Ensaiadores Cristina Maciel, Isabel Fernandes, Jan Linkens ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA Direcção Musical Geoffrey Styles Reconstrução e Restauro de Cenário Leonel & Bicho, Lda Ana Lacerda Ensaios de palco 08 09 CNB DANÇAR EM CASA I Acto A cena tem lugar em frente à casa de Giselle, numa aldeia junto ao Reno. Giselle é uma camponesa de compleição frágil que tem duas paixões na vida, uma é dançar e a outra é o seu vizinho Loys. Giselle ignora, no entanto, que Loys é na verdade o Duque da Silésia de nome Albrecht, e juntos dançam e trocam palavras de amor. Não se apercebem que estão a ser constantemente vigiados por Hilarion, um caçador que ama Giselle mas que é por esta repudiado. Na aldeia festeja-se entretanto o final da estação das vindimas onde todos dançam alegremente, incluindo Giselle e Albrecht. Berta, mãe de Giselle, lembra à filha que dançar excessivamente só lhe trará fadiga, e conta a história das wilis, espíritos de raparigas que morreram solteiras e que, na escuridão da noite, se vingam dos seus amados fazendo-os dançar até à morte. Mas Giselle não toma muita atenção à advertência da mãe e continua a dançar. Ao ouvirem-se as trompas que anunciam a chegada dos caçadores, Hilarion repara que Albrecht e o seu escudeiro se escondem na cabana de Loys, facto que ele estranha. Vem mais tarde a descobrir, precisamente dentro da cabana (e que virá de resto a ser o seu trunfo para desmascarar Albrecht), uma espada com características tais que só pode pertencer a um homem de elevada condição. Maria João Pinto, Yurina Miura, África Sobrino, Ensaios de estúdio 10 11 CNB DANÇAR EM CASA Ao terminarem uma caçada, o Duque da Curlândia, a sua filha Bathilde e a respectiva comitiva visitam a aldeia onde vive Giselle. Esta fica impressionada com a beleza de Bathilde que por sua vez lhe oferece um colar. Os camponeses continuam a dançar, Giselle é coroada rainha das vindimas e é no auge destes festejos que Hilarion desmascara Albrecht, revelando a sua verdadeira identidade. Albrecht ajoelha-se perante Bathilde de quem na realidade está noivo e beija-lhe as mãos. Giselle fica destroçada e desmaia. Ao despertar e perante tal infelicidade, perde a razão e dança tragicamente, acabando por morrer. II Acto A cena tem lugar na floresta, no reino das wilis Hilarion encontra-se aos pés do túmulo de Giselle, amargurado e arrependido. À meia noite aparece Myrtha, rainha das wilis, acompanhada por outras wilis, e juntas executam uma dança de acolhimento à recém falecida, Giselle. Hilarion sucumbe ao feitiço destas sedutoras e perigosas criaturas, e estas arrastam-no para uma dança mortal. Surge Albrecht, com um ramo de lírios brancos, que deposita aos pés do corpo da sua amada. Giselle, agora uma wili, levanta-se do túmulo e dança com Albrecht, deixando-o completamente enfeitiçado. Cresce a intensidade dramática. O jovem tenta resistir à exaustão e Giselle apela a Myrtha que poupe o seu amado a tão terrível destino. Em vão porém... Giselle continua a dançar com Albrecht até que o romper da madrugada faz desvanecer o encanto das noivas mortas, sendo a salvação de Albrecht. Giselle retorna ao seu túmulo e lança um último adeus ao seu amado. Barbora Hruskova, Filipe Portugal e Artistas CNB Ensaios de estúdio 12 13 CNB DANÇAR EM CASA A atmosfera romântica de Giselle A estética romântica é, entre outras características, marcada pela valorização do sentimento, pela representação de uma natureza indomada, pela enfatização dos nacionalismos europeus, e por uma teoria do génio – aspectos que encontraram na dança teatral do século XIX um terreno de eleição. Um ano depois do Ballet des nonnes (integrado na ópera Robert le Diable, de Meyerbeer), foi estreado La Sylphide, em 1832, normalmente considerado o primeiro ballet romântico autónomo. A partir de então subiram ao palco algumas das mais importantes peças do repertório clássico, como Le Diable Boiteaux (1836), La Gipsy (1839) e La Tarentule (1839). Marie Taglioni e Fanny Elssler eram então as prima ballerinas, encarnando nos teatros franceses respectivamente o espírito cristão, todo elevação e espiritualidade, e a energia pagã do desejo e da celebração telúrica. A versão original de Giselle, de 1841, inscreve-se na tradição romântica e actualiza-a com um tal grau de excelência, que se tornaria em si mesmo o bailado mais emblemático desta corrente estética. O primeiro acto, terreno e solar, passa-se numa aldeia germânica rodeada por vinhas, nas margens do Reno. A jovem e bonita camponesa Giselle não resiste à descoberta da identidade nobre do seu namorado Loys e enlouquece. As cenas de loucura transportadas para palco tornaram-se muito ao gosto do princípio do século XIX, no teatro, na ópera (nomeadamente em Lucia di Lammermoor e em I Puritani) e em dança, em baila- 14 15 CNB DANÇAR EM CASA dos como Nina, ou La Folle par Amour (1813), La Fille du Danube (1836) e L’Ecumeur du Mer (1840). No bailado Giselle, a loucura e morte da heroína permitem a passagem para o segundo acto, extra-terreno e lunar. Este acto decorre à volta do túmulo da jovem, no ambiente nocturno de bosques húmidos, habitados por wilis; são estas os espectros trágicos de noivas prematuramente falecidas. No final, Giselle, que tinha motivos para condenar Albrecht, acaba por salvá-lo da funesta atracção de Myrtha, a rainha das wilis. A peça, com música de Adams, foi coreografada por Jean Coralli e, de forma mais ou menos anónima mas decisiva, por Jules Perrot, tendo por principal protagonista a italiana Carlota Grisi, que se tornaria uma das mais destacadas bailarinas do seu tempo; com ela dançavam Lucien Petipa, no papel de Lois / Albrecht e Adêle Dumilâtre, como Myrtha. Inspirada no folclore alemão, mais concretamente na obra romântica de Heinrich Heine De l’Allemagne, a história foi transposta para libreto por Saint-Georges e Théophile Gautier. No rescaldo da estreia, escrevia este ao seu companheiro de letras Heinrich Heine: “A Carlota dançou com uma perfeição, com uma ligeireza, com uma audácia, uma voluptuosidade casta e delicada que a colocam em primeiro plano, entre Elssler e Taglioni; para a pantomima ela ultrapassou todas as expectativas; nem um gesto convencional, nenhum movimento falso; é a natureza e a ingenuidade em si mesma: é bem verdade que dela se diz que tem por mestre e por marido o Perrot aéreo. Petipa foi gracioso, apaixonado e tocante; desde há muito tempo que um bailarino não proporcionava tanto prazer e não era tão bem recebido. A música A peça tornar‑se-ia assim um símbolo de uma certa beleza e de uma certa atmosfera. Mas ficaria também todo um conjunto de questões sociais que o espectador de hoje pode colocar. de A. Adam é superior à música vulgar dos bailados; ela abunda em motivos, de efeitos de orquestra; contém mesmo, atenção tocante para os amantes de música difícil, uma fuga muito bem conduzida. O segundo acto resolve com felicidade este problema musical do fantástico gracioso e pleno de melodia. Quanto às decorações, elas são de Ciceri, que ainda não tem igual na representação de paisagens. O nascer do sol, que faz de conclusão, é de uma verdade prestigiante. A Carlota foi chamada pelos aplausos da sala inteira.” Um êxito, pois. A peça tornar-se-ia assim um símbolo de uma certa beleza e de uma certa atmosfera. Mas ficaria também todo um conjunto de questões sociais que o espectador de hoje pode colocar. Reconhecendo a natureza emblemática do bailado no quadro da estética romântica, o olhar contemporâneo sabe que está perante uma representação que sublinha, sem as questionar, a vitimização da mulher e da classe trabalhadora. Giselle, como a maior parte das peças de repertório, suscitou remontagens e novas versões ao longo dos anos. Algumas destas têm procurado actualizar o tema e problematizar as questões sociais atrás referidas. Assim aconteceu com a versão de Mats Ek, de 1982, em que a jovem camponesa, como uma heroína grotesca, habita num cenário repleto de símbolos de fertilidade, no 1º acto, que se transmuta no ambiente de um hospital psiquiátrico no 2º acto. Em 1984, Frederic Franklin produziria para o Dance Theatre of Harlem uma versão criola de Giselle, representando o ambiente de uma plantação do Louisiana. Na Rússia, o bailado chegou bem cedo, um ano depois da estreia original, pela mão do coreógrafo francês Antoine Titus. A partir de então, a peça continuaria a arrebatar o público dos teatros imperiais, marcada pelas interpretações superiores de Lucile Grahan e de Fanny Elssler e remontada por Perrot para Carlota Grisi, em 1850. Marius Petipa assistiu Perrot nesta remontagem e continuou a trabalhar a coreografia, o cenário e a música até aos finais de 1889, sendo porém a versão de 84 a que se tornaria referenciável. Uma das transformações que Petipa introduziu relativamente à versão original passou pela expansão das danças das wilis no segundo acto para o grand pas de wilis. A coreografia, registada em notação Stepanov, foi trazida para o ocidente pelo coreógrafo Nikolai Sergeyev e serviu de base à remontagem feita pelos Ballets Russes de Diaghilev, em 1910, com Tamara Karsavina e Vaslav Nijinsky nos papéis principais. A produção da CNB baseia-se na versão de Marius Petipa, de 1884. Cumprindo uma das suas missões principais – a de divulgar o repertório internacional – não é a primeira vez que a CNB apresenta este bailado trágico e encantador de atmosfera romântica. Fê-lo em diversas ocasiões: pela primeira vez, em 1987, no Teatro Nacional São Carlos. Daniel Tércio Georges Garcia Natural de Camagüey formou-se sob a orientação de Fernando e Alicia Alonso, no Ballet Nacional de Cuba. A diversidade do repertório da companhia de Havana e o contacto com mestres russos estão na base do seu trabalho na área do bailado clássico, designadamente na sua preparação pedagógica na linha das escolas do Bolchoi e do Kirov. Estudou igualmente arte dramática e técnicas de cena. Coreografia Em 1964 coreografou Majísimo (Massenet), o seu primeiro bailado para o Ballet Nacional de Cuba, o qual ainda se mantém em repertório nesta e noutras companhias. No ano seguinte cria Amazónia (Reingold Glière) e algumas danças para ópera. Radicado na Europa desde 1966, fez parte do elenco do Ballet da Ópera de Marselha e foi primeiro bailarino da Ópera de Lyon. Trabalhou, sucessivamente, como bailarino principal, mestre de bailado e coreógrafo no Ballet da Valónia, no qual, para além de Noite das Walpurgias da ópera Fausto, de Gounod, coreografou Sinfonia nº 39 (Mozart) e Tanagras (Bernier) e remontou Les Sylphides e A Bela Adormecida. Como mestre de bailado e coreógrafo colaborou com o Ballet do Teatro La Fenice, o Novo Ballet da Ópera de Marselha e o Ballet Gulbenkian, para o qual coreografou Três Movimentos (Stravinsky), Duo (Benedetto Marcello) e Variações Sinfónicas (César Franck), além das remontagens de Majísimo e do Grand Pas-de-Quatre (Cesare Pugni). Em 1973 remontou o bailado Giselle para o Ballet Gulbenkian, tendo, posteriormente, recriado a mesma obra para o Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o Ballet National de Marselha (sob a direcção de Roland Petit) e para a Companhia Nacional de Bailado, em 1987. Em 1976 foi convidado pela Fundação de Teatros do Rio de Janeiro para reorganizar e dirigir o Ballet do Teatro Municipal, companhia onde, depois, viria a montar O Lago dos Cisnes, Paquita, Grand Pas-de-Quatre e Variações Sinfónicas. Como Professor Convidado tem leccionado nos cursos do Banff Center (Canadá), no Festival Internazionale della Danza (Veneza, Itália) e no Festival Internazionale del Balleto (Nervi, Itália). Em 1979 foi Mestre de Bailado do Ballet Théatre Français de Nancy e do Ballet Nacional de Marselha e, posteriormente, professor e coreógrafo convidado do Ballet Real do Winnipeg, do Balletto do Teatro Alla Scala, de Milão, do Aterballetto (Reggio Emila), do Balleto del Teatro di San Carlo, de Napoles, do Ballet Gulbenkian, da Companhia Nacional de Bailado e do Boston Ballet, onde permaneceu duas temporadas. Actualmente é professor na Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde, desde 1991, coordena a área de técnica de dança clássica. Para os alunos desta escola, remontou uma versão de La Fille Mal Gardée que, posteriormente, entrou no reportório da Companhia Nacional de Bailado. Colabora regularmente com a Companhia Nacional de Bailado, o Ballet da Ópera de Lyon e os Ballets de Monte-Carlo. Georges Garcia, Artistas CNB Ensaios de palco 16 17 CNB DANÇAR EM CASA 18 19 CNB DANÇAR EM CASA Geoffrey Styles é um jovem maestro britânico cuja competência, musicalidade e cativante personalidade lhe conferem uma excelente reputação no universo da composição musical. Abrangendo o seu trabalho uma amplitude variada de estilos, Geoffrey Styles domina em particular a esfera operática, e dirige um reportório de mais de quarenta óperas, de Glück a Mozart, Stravinsky e Britten. Em Setembro 2002 foi designado Maestro Assistente da Ópera Nacional de Bordéus. Geoffrey iniciou a sua aprendizagem musical como Organista em Westminster Abbey, com Simon Preston e posteriormente em Christchurch, sob a orientação de Stephen Darlington. Após dois anos como Répétiteur na Ópera Nacional de Paris, Geoffrey foi convidado por Alain Lombard para integrar o Grand-Théâtre de Bordéus como Assistente do Mestre de Coro, sob a tutela de Günther Wagner, cargo que manteve até 2002. Em recentes temporadas Geoffrey Styles colaborou em dois ciclos do Anel com as óperas de Lisboa e de Estrasburgo e apresentou-se com grande sucesso à frente da Orquestra Filarmónica de Monte Carlo e Orquestra Nacional de Bordéus. Terminou a temporada 08/09 com a direcção e gravação de Coppélia, pela Ópera Nacional de Bordéus. Geoffrey Styles inicia a temporada 09/10 com Direcção Musical Paula Castro, Terra Plana e Minimally Invasive de Paulo Henrique, Primeiro nome, Le (baseado no desenho original de Miran Sustersic), D.São Sebastião, Gust, More, e À Força de Francisco Camacho, e em co-criação, Apetite, Pop Corn de António Feio, Conversas da treta de António Feio e José Pedro Gomes, Ao Vivo e Comédia Off de Paulo Ribeiro, Jump-up-and-Kiss-me, Confidencial, O Amor ao canto do bar vestido de negro, Pedro e Inês e Nortada de Olga Roriz. É desde 2004 Directora Técnica da Companhia Nacional de Bailado Geoffrey Styles Nasceu em Lisboa, em 1967. Estudou iluminação em Portugal, Espanha e Estados Unidos. Leccionou em Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Finlândia. Trabalhou em inúmeros es pectáculos e festivais, desde o teatro à dança, passando pela música, os quais foram apresentados em toda a Europa, Brasil, Estados Unidos, Africa e Austrália. Desde 1988, que colaborou com os mais diversos coreógrafos e encenadores, entre os quais se destacam, Clara Andermatt, Vera Mantero, António Feio, José Laginha, João Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuphard, Rui Nunes, Madalena Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar, Jessica Levy, Joana Providência, João Fiadeiro, Margarida Bettencourt, Nigel Chernock, Miguel Pereira, Filipa Francisco, Paula Castro, Carlota Lagido, Teresa Prima, João Galante, Paulo Henrique, Lúcia Sigalho, Rui Lopes Graça, Paulo Ribeiro, Aldara Bizarro, Francisco Camacho, Olga Roriz. Das criações de luz para dança e teatro destacamse: O Cansaço dos Santos de Clara Andermatt, O Sorriso da Gioconda, Leonardo, Puro Sangue/ Mulheres e Realidade Real de Lúcia Sigalho, Encaramelado de Aldara Bizarro, Um golpe de sorte numa mera crise não é suficiente, Babilónia de Teresa Prima/João Galante, Espiões Agentes Duplos e outros carácteres suspeitos de João Galante, Carlota Lagido e Filipa Francisco, Ever Wanting de Desenho de Luz solo para bailado, em 1833, para o coreógrafo André Deshayes, em Londres, a que se seguiu La Fille du Danube, em 1836, para a bailarina Marie Taglioni e para a Ópera de Paris. A sua obra seguinte foi o trabalho que mais fama lhe trouxe, o bailado Giselle, encomendado pelo professor e coreógrafo francês Jules Perrot. Esta obra, concluída em três semanas, tinha como característica notável a introdução de leitmotifs, motivos musicais associados a diferentes personagens do bailado, que permitiam assim a sua identificação no decorrer da acção. Foi pouco tempo após o sucesso de Giselle que Adolphe Adam começou a ter problemas com o novo director da Ópera de Paris, o que o levou a demitir-se e a abrir o seu próprio teatro, em 1847, o Théâtre National em Paris, criado para formar jovens talentos. Devido à Revolução, este projecto só funcionou durante um ano, deixando Adolphe Adam com dívidas enormes e obrigando-o a retornar à profissão de jornalista, para conseguir ganhar algum dinheiro. Em 1849 Adolphe Adam aceitou o cargo de professor de composição no Conservatório, cargo que manteve até ao fim da vida. Continuou a compor, sendo de destaque o bailado O Corsário, que estreou em 1856. Adolphe Adam faleceu em Paris, a 3 de Maio de 1856, tendo escrito 40 óperas, 14 bailados e um grande número de operetas e vaudevilles. Cristina Piedade Música Adolphe Adam Adolphe Adam nasceu em Paris a 24 de Julho de 1803. O seu pai, professor de música no Conservatório, fez tudo o que pôde para que Adolphe não iniciasse uma carreira musical, mas os seus esforços foram em vão. Em 1821 Adolphe Adam entrou no Conservatório de Paris, estudando órgão e harmónio, com Benoist e mais tarde com Boïeldieu. Um amigo de seu pai, Ferdinand Hérold (compositor do bailado La Fille Mal Gardée) encorajou-o a compôr, especialmente para o teatro. Aos 22 anos, Adam ajudou Boïeldieu na orquestração da sua ópera La Dame Blanche, e ele próprio transcreveu-a para piano o que lhe permitiu vendê-la mais facilmente. Com o dinheiro que fez com este negócio, Adolphe Adam viajou por outros países da Europa tais como Bélgica, Holanda, Alemanha e Suíça, e nas suas viagens conheceu Eugéne Scribe, com quem viria a trabalhar em inúmeras óperas nos 30 anos que se seguiram. Em 1830 Adolphe Adam tinha já escrito 28 obras para teatro, incluindo algumas danças e a sua primeira obra dramática, a opereta em 1 acto, Pierre et Catherine. A sua primeira ópera em 3 actos, Danilowa, obteve sucesso neste mesmo ano, mas os últimos espectáculos foram cancelados por causa da Revolução de Julho. No entanto, ainda nesse ano Adolphe Adam escreveu, em colaboração com Casmir Gide, o seu primeiro bailado Chatte Blanche. Fausto foi a sua primeira composição a A Sagração da Primavera e Petrushka para a Ópera Nacional de Bordéus, e dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa em Dido e Eneias em Julho. Outros pontos relevantes da temporada incluem concertos com a Filarmónica de Estrasburgo e o virtuoso percussionista Alasdair Malloy. Para a Companhia Nacional de Bailado, dirige pela primeira vez a Orquestra Sinfónica Portuguesa no bailado Giselle. 20 21 CNB DANÇAR EM CASA Música y Danza de Granada (1997); concerto de Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo 98; Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000); e Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003). A Orquestra tem actuado, no âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, sob a direcção de notáveis maestros, tais como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros. A discografia da Orquestra conta com dois CD’s para a etiqueta Marco Polo, com as Sinfonias n.º 1 e n.º 5, e n.º 3 e n.º 6, de Joly Braga Santos, as quais gravou sob a direcção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto a quem se seguiu José Ramón Encinar (1999/2001) e Zoltán Peskó (2001/2004) no mesmo cargo. Donato Renzetti desempenhou funções de Primeiro Maestro Convidado até à Temporada de 2006/07. A partir do início da Temporada 2008/09 Julia Jones ocupa o cargo de Maestro Titular. Elenco Artístico Orquestra Sinfónica Portuguesa Criada em 1993 a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma actividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. Tem colaborado regularmente com a Radiodifusão Portuguesa através da transmissão dos seus concertos pela Antena 2 e da participação em iniciativas da própria RDP, tais como Prémio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, Prémio Jovens Músicos-RDP e Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito de outras colaborações destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de 21 22 32 33 13 23 24 34 35 48 Isabel Frederico 09 47 Henriette Ventura 31 28 46 Helena Marques 30 45 Florencia Siciliano 29 44 Filipa Pinhão 20 43 Elsa Madeira 19 42 Charmaine Du Mont 18 41 Charlotte Ingleson 27 40 Catarina Grilo 26 39 Carla Pereira 25 38 Anabel Segura 17 37 Ana Baigorri 16 36 África Sobrino 15 CORPO DE BAILE 35 Xavier Carmo 34 Tom Colin 33 Pedro Mascarenhas 32 Freek Damen 31 Armando Maciel 30 Marta Sobreira 29 Maria João Pinto 28 Irina de Oliveira 27 Catarina Lourenço 26 Annabel Barnes 25 Andreia Pinho CORIFEUS 24 Tomislav Petranovic 23 Rui Alexandre 22 Luis d'Albergaria 21 Brent Williamson 12 20 Solange Melo 11 19 Roberta Martins 10 18 Paulina Santos * 08 17 Mariana Paz 07 16 Isabel Galriça 06 15 Fátima Brito 05 14 Alba Tapia 04 14 SOLISTAS 03 13 Mário Franco 02 12 Filipe Portugal 11 Fernando Duarte 10 Didier Chazeau 09 Carlos Pinillos 08 Alexandre Fernandes 07 Peggy Konik 06 Inês Amaral 05 Filomena Pinto 04 Filipa de Castro 03 Barbora Hruskova 02 Ana Lacerda 01 Adeline Charpentier PRINCIPAIS 01 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 71 72 73 74 75 76 E F ** Prestador de serviços 70 D Pianistas Convidados 69 Jorge Silva ** Sérgio Cruz ** Viviena Tupikova ** 68 Professores Convidados 67 Jan Linkens Arkady Nikolaev 66 C Coordenadora Musical 65 B G Ana Paula Ferreira 64 Maria Luisa Carles 63 A temporariamente substituída por 62 Coordenadora Artística Executiva 61 F Filipa Rola 60 Coreógrafo Residente 59 E Rui Lopes Graça 58 Ensaiadora 57 D Isabel Fernandes 56 Mestra de Bailado 55 C Cristina Maciel 54 Mestra de Bailado 53 B Maria Palmeirim 52 Assistente do Director Artístico 51 A Junko Hikasa 50 52 * Licença sem vencimento 77 Ana Moreno 76 Yuhi Yonekura 75 Gonçalo Andrade 74 Reina Sawai 73 Inês Moura ESTAGIÁRIOS 72 Samuel Retortillo 71 Ricardo Limão 70 Nuno Fernandes 69 Miguel Ramalho 68 Maxim Clefos 67 José Carlos Oliveira 66 João Carlos Petrucci 65 Frederico Gameiro 64 Filipe Macedo 63 Christian Schwarm 62 Can Arslan * 61 Andrus Laur 60 Álvaro Santos 59 Alfonso Palencia 58 Yurina Miura 57 Victoria Monge 56 Vera Alves 55 Susana Matos 54 Sílvia Santos 53 Mónica Garcia 52 Marina Figueiredo 51 Maria Santos 50 Margarida Pimenta 49 Iva Vitic 49 G Orquestra Sinfónica Portuguesa VIOLAS Pedro Saglimbeni Muñoz (Coordenador de Naipe), Cecilio Isfan (Coordenador de Naipe Adjunto), Galina Savova (Coordenador de Naipe Assistente), Cécile Pays (Coordenador de Naipe Assistente), Etelka Dudas, Isabel Teixeira da Silva, Maria Cecília Neves, Maria Lurdes Gomes, Massimo Mazzeo, Rogério Gomes, Ruth Forbes, Sandra Moura, Ventzislav Grigorov, Vladimir Demirev DIRECTOR ARTÍSTICO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Christoph Dammann VIOLONCELOS Irene Lima (Coordenador de Naipe), Hilary Alper (Coordenador de Naipe Adjunto), Kenneth Frazer (Coordenador de Naipe Adjunto), Ajda Zupancic (Coordenador de Naipe Assistente), Diana Savova, Emídio Coutinho, Gueorgui Dimitrov, Luís Clode, Samuel Santos* MAESTRO TITULAR Julia Jones ASSISTENTE MUSICAL DO MAESTRO TITULAR Moritz Gnann I VIOLINOS Evelyn Alliaume (Concertino Principal Convidado), Alexander Stewart (Concertino Adjunto), Pavel Arefiev (Concertino Adjunto), Leonid Bykov (Concertino Assistente), Veliana Hristova (Concertino Assistente), Alexander Mladenov, Anabela Guerreiro, António Figueiredo, Asmik Bartikian, Ewa Michalska, Iskrena Yordonova, Jorge Gonçalves, Laurentiu Ivan Coca, Luís Santos, Margareta Sandros, Marjolein de Sterke, Natalia Roubtsova, Nicholas Cooke, Pedro Teixeira da Silva, Regina Stewart, António Nogueira* II VIOLINOS Jan Schabowski (Coordenador de Naipe), Klara Erdei (Coordenador de Naipe Adjunto), Rui Guerreiro (Coordenador de Naipe Adjunto), Mário Anguelov (Coordenador de Naipe Assistente), Nariné Dellalian (Coordenador de Naipe Assistente), Aurora Voronova, Carmélia Silva, Inna Reshetnikova, Kamélia Dimitrova, Katarina Majewska, Maria Filomena Sousa, Maria Lurdes Miranda, Slavomir Sadlowski, Sónia Carvalho, Tatiana Gaivoronskaia, Witold Dziuba 22 23 CNB DANÇAR EM CASA CONTRABAIXOS Pedro Wallenstein (Coordenador de Naipe), Petio Kalomenski (Coordenador de Naipe), Adriano Aguiar (Coordenador de Naipe Adjunto), Duncan Fox (Coordenador de Naipe Adjunto), Anita Hinkova (Coordenador de Naipe Assistente), João Diogo, José Mira, Manuel Póvoa, Svetlin Chiskov FLAUTAS Katharine Rawdon (Coordenador de Naipe), Nuno Ivo Cruz (Solista A), Anthony Pringsheim (Solista B), Anabela Malarranha (Solista B) OBOÉS Hristo Kasmetski (Coordenador de Naipe), Luís Alves* (Convidado 1º Oboé, Solista A), Ricardo Lopes (Solista A)**, Elizabeth Kicks (Solista B), Luís Marques (Solista B) CLARINETES Francisco Ribeiro (Coordenador de Naipe), Joaquim Ribeiro (Solista A), Jorge Trindade (Solista B), Hugo Figueiredo* (Solista B) FAGOTES David Harrison (Coordenador de Naipe), Susana Dias* (Convidado 1º Fagote, Solista A) Carolino Carreira (Solista A), João Rolo Brito (Solista B), Piotr Pajak (Solista B) CNB TROMPAS Laurent Rossi (Solista A), Paulo Guerreiro (Solista A), António Rodrigues (Solista B), Carlos Rosado (Solista B), Tracy Nabais (Solista B), Dorottya Vig* (Solista B) OPART E.P.E. – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Pedro Moreira VOGAL Carlos Vargas VOGAL Henrique Ferreira TROMPETES Jorge Almeida (Coordenador de Naipe, António Quítalo (Solista A), Latchezar Goulev (Solista B), Pedro Monteiro (Solista B) DIRECÇÃO DE ESPECTÁCULOS DIRECTORA Margarida Mendes Carla Almeida, Lurdes Almeida, Natacha Fernandes TROMBONES Hugo Assunção (Coordenador de Naipe), Jarrett Butler (Solista A), Vítor Faria (Solista B), Júlio Sousa* (Solista A) DIRECÇÃO TÉCNICA DIRECTORA Cristina Piedade João Carlos Andrade TUBA Ilídio Massacote (Solista A) TÍMPANOS E PERCUSSÃO Elizabeth Davis (Coordenador de Naipe), Richard Buckley (Solista A), Lídio Correia, Pedro Araújo e Silva, Carlos Almeiada* DIRECÇÃO DE CENA Henrique Andrade, Vanda França MAQUINARIA Alves Forte, Miguel Osório SOM E AUDIOVISUAIS Bruno Gonçalves, Paulo Fernandes LUZES Vítor José, Pedro Mendes PALCO Ricardo Alegria, Anatol Waschke HARPA Carmen Cardeal (Solista A) ATELIER DE COSTURA Adelaide Marinho, Adelaide Pedro Paulo, Antónia Costa, Conceição Miranda, Glória Bento, Paula Marinho GABINETE DE GESTÃO DO CORO E ORQUESTRA Margarida Clode (Coordenadora) Beatriz Loureiro, Celeste Patarra, Jerónimo Fonseca, Margarida Cruz, Nuno Guimarães CONSERVAÇÃO DO GUARDA-ROUPA Maria José Pardal, Carla Cruz * Reforços ** Licença sem vencimento DIRECÇÃO DE MARKETING DIRECTOR Mário Gaspar Cristina de Jesus GABINETE JURIDICO COORDENADORA Fernanda Rodrigues Juliana Mimoso** DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Bruno Silva, Diogo Faro (estagiário) CANAIS INTERNET João Mendonça, José Luís Costa VIDEO E ARQUIVO DIGITAL Marco Arantes DESIGN João Campos** MARKETING DIRECTO Venâncio Gomes ASSISTENTE Laura Pinto GABINETE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COORDENADOR Pedro Penedo César Silva, Rui Martins** BILHETEIRA Luísa Lourenço, Rita Martins, Susana Clímaco DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DIRECTORA Sofia Dias Manuel Alves, Marisa Leitão, Sofia Teopisto, Vânia Guerreiro, Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO COORDENADOR Nuno Cassiano António Silva, Daniel Lima, João Alegria, Manuel Carvalho, Egídio Heitor** CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Ricardo Telles de Freitas MASSOTERAPEUTA Paulo Pavão OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva DIRECÇÃO FINANCEIRA DIRECTORA Sónia Teixeira Albano Pais, Ana Maria Peixeiro, António Pinheiro, Edna Narciso, Fátima Ramos, João Pereira, Rui Amado * Licença sem vencimento ** Prestador de serviços CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO EDITORIAL Direcção de Marketing DESIGN xiiistudios.com CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS ENSAIOS Ricardo Brito CAPA E ELENCO ARTÍSTICO André Brito CENÁRIO Eduardo Saraiva OSP Alfredo Rocha CONTACTOS Teatro Camões, Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 185 Lisboa Tel.: 21 892 34 70 INFORMAÇÕES AO PÚBLICO Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espectáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro). É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espectáculos. É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de espectáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel. Os menores de 3 anos não poderão assistir ao espectáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro. O programa pode ser alterado por motivos imprevistos. TIRAGEM 1000 Ex. PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO 5€ M/3 BILHETEIRAS/RESERVAS TEATRO CAMÕES 21 892 34 77 TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS 213 253 045/6 // [email protected] Apoios à divulgação: www.cnb.pt www.youtube.com/cnbportugal twitter.com/cnbportugal www.facebook.com/cnbportugal Patrocínio: GEORGES GARCIA GISELLE
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