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| julho - 2016 | ANO LXIII • No 07 |
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
2 de agosto
8º centenário do
perdão de assis
Frei Evaristo será ordenado bispo em 6 de agosto
Sumário
Xx
Mensagem do ministro provincial
No Ano Santo da Misericórdia, o 8º centenário da indulgência da Porciúncula................... 343
Província celebra 341 de fundação e 125 da presença dos missionários alemães.............. 347
História
Formação e estudos
Ituporanga: Olimpíadas Frei Gabriel “O importante é ser menor”.................................................... 348
Retiro mensal da Fraternidade São Boaventura............................................................................................... 349
Tarde com Maria marca o final do Mês Mariano em Rondinha.......................................................... 350
Fae: A expectativa para ir ao encontro do outro............................................................................................ 351
Missa na capela da fae-Centro Universitário..................................................................................................... 351
Fraternidade São Boaventura inaugura nova frente de pastoral no Colégio Bom Jesus...... 352
Curso de Franciscanismo................................................................................................................................................... 353
Vem aí Cantos Franciscanos!........................................................................................................................................... 354
Itf: o cuidado da Casa Comum é tema da Noite Cultural..................................................................... 355
Notícias do Postulantado Frei Galvão...................................................................................................................... 355
Entrevista: Frei Leonardo Aureliano dos Santos - o novo professor do itf................................. 356
Comissão litúrgica da Ordem se reúne.................................................................................................................. 358
Sav
Jovens fazem retiro em Rondinha.............................................................................................................................. 359
Fraternidades
Santuário do Divino Espírito Santo: Três dias com Nossa Senhora................................................... 360
Terço dos homens no colo da Mãe da Penha.................................................................................................. 362
O agradecimento de Frei Benjamim........................................................................................................................ 363
Corpus Christi em Xaxim................................................................................................................................................... 364
Xaxim: Festa da fé no encerramento do Mês Mariano............................................................................... 365
Agudos: Corpus Christi reúne milhares de fiéis............................................................................................... 366
PVF: Um dia com Maria e Frei Galvão....................................................................................................................... 367
Gaspar: Semana de oração pela unidade dos cristãos............................................................................... 368
Uma “quase-jufra” na Paróquia São Francisco de Assis de Duque de Caxias............................. 369
Primeiro encontro do regional Serra-baixada................................................................................................... 370
60 Anos de vida religiosa de Frei Henrique e renovação dos ministros........................................ 370
Encontro do Regional Vale do Paraíba.................................................................................................................... 371
Despedida de Frei Gentil e posse de Frei Paulo............................................................................................... 372
Bragança, Fraternidade cuidadora............................................................................................................................. 373
Frei Jean narra suas impressões na viagem à Síria......................................................................................... 374
ESPECIAL: Frei Evaristo nomeado bispo da Prelazia de Marajó............................................................ 376
Evangelização
Notícias da Missão de Angola........................................................................................................................................ 382
Sefras: População de rua será acolhida até final do inverno.................................................................. 386
Palavra da Hora: um novo projeto de comunicação................................................................................... 388
Frente de Comunicação faz dois encontros....................................................................................................... 388
Usf realiza celebração pascal judaica..................................................................................................................... 389
Clubinho São Francisco de Assis: 45 anos............................................................................................................ 390
Cffb
Família Franciscana do Paraná: A misericórdia no pensamento de São Franciso................. 391
Notícias e informações
Vem aí novo musical sobre São Francisco!.......................................................................................................... 392
Crucifixo de São Damião volta “à casa”.................................................................................................................... 394
Oração pelos avós................................................................................................................................................................... 395
Falecimento: Olívio Mariano de Toledo.................................................................................................................. 395
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Mensagem
No Ano Santo da Misericórdia, o Oitavo
Centenário da Indulgência da Porciúncula
Caríssimos irmãos e irmãs,
Que o Senhor lhes dê a Paz
e todo o Bem!
A Ordem Franciscana, neste ano
de 2016, faz memória dos 800 anos da
“Indulgência da Porciúncula”, também
conhecida pelo nome de “O Perdão de
Assis”. Mesmo conhecendo, não é demais repetir a essência desta “Indulgência” que a história franciscana nos
transmitiu pelo testemunho tardio de
Bartolomeu de Pisa (+1401?). Ele nos
relata:
Uma noite, do ano do Senhor de
1216, Francisco estava compenetrado
na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis,
quando, repentinamente, a igrejinha
ficou repleta de uma vivíssima luz e
Francisco viu sobre o altar o Cristo e à
sua direita a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos.
Francisco, em silêncio e com a face por
terra, adorou a seu Senhor.
Perguntaram-lhe, então, o que ele
desejava para a salvação das almas.
A resposta de Francisco foi imediata:
“Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um
mísero pecador, te peço, que, a todos
quantos arrependidos e confessados,
virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma
completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores
tereis: acolho portanto o teu pedido,
mas com a condição de que tu peças
esta indulgência, da parte minha, ao
meu Vigário na terra (Papa)”.
E imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que,
naqueles dias encontrava-se em Perusa
e com candura lhe narrou a visão que
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Mensagem
teve. O Papa o escutou com atenção e,
depois de alguns esclarecimentos, deu
a sua aprovação e disse: “Por quantos
anos queres esta indulgência”? Francisco destacadamente respondeu-lhe:
“Pai santo, não peço por anos, mas por
almas”.
E feliz, se dirigiu à porta, mas o
Pontífice o reconvocou: “Como, não
queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de
Deus, Ele cuidará de manifestar a obra
sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser
a Santíssima Virgem Maria, Cristo, o
Escrivão, e os Anjos, as testemunhas”.
E poucos dias mais tarde, junto aos
Bispos da Úmbria, ao povo reunido na
Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos
todos ao paraíso!”
A Ordem dos Frades Menores, na
busca da aproximação dos Irmãos ao
apelo de Jesus Cristo, “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36), elegeu para este ano o
tema “Irmãos e Menores rumo à Misericórdia e ao Perdão”, procurando
unificar o ano do Jubileu da Misericórdia aos 800 anos do Perdão de Assis. Nas “Linhas Guias do Definitório
Geral para a animação nos anos 2016
e 2017”, se afirma: “No pensamento de
São Francisco a misericórdia é antes
de tudo um atributo de Deus e depois
é também uma qualidade necessária em nossas relações interpessoais”.
Vejamos, portanto, como fazer esta
leitura da misericórdia e do “amplo e
generoso perdão” a partir dos Escritos
de São Francisco de Assis.
“Misericórdia e perdão, um
atributo de Deus”
São Francisco de Assis, no final da
sua vida, junto à capelinha da Porciúncula (local onde, segundo o testemunho de Bartolomeu de Pisa, suplicou “o amplo e generoso perdão”),
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recorda a todos o quanto a misericórdia de Deus determinou toda a sua
vida penitencial, na obediência a Jesus Cristo, “o rosto da misericórdia do
Pai” (EV 1): “O Senhor me concedeu
a mim, Frei Francisco, iniciar uma
vida de penitência: como estivesse em
pecado, parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor
mesmo me conduziu entre eles e eu
tive misericórdia com eles” (Test. 1).
Assim, na leitura sequencial do Testamento, constatamos que o Senhor
misericordioso foi para Francisco e
é para todos os frades: o referencial
da vida de oração; o fundamento da
fé à santa Igreja que se faz visível na
Eucaristia, no anúncio da Palavra,
nos sacerdotes e teólogos; a origem
da nova família chamada ‘Fraternidade’ que vive segundo a forma do
santo Evangelho e que asceticamente
se empenha para viver a pobreza pela
graça do trabalho; o impulsionador de
uma evangelização que começa pelo
anúncio da Paz, para animar os frades
a irem pacificamente pelo mundo e
protagonizarem em todos os tempos
da história a utopia da Paz, cantada na
noite do nascimento do Verbo que se
fez carne: “Paz na terra aos homens de
boa vontade”.
Esta Misericórdia, como atributo
divino, também é contemplada na Regra não Bulada, quando São Francisco
convoca os frades a perseverarem na
verdadeira fé e penitência como condição salvífica: “Amemos todos, de
todo coração... o Senhor nosso Deus...
que nos criou e nos remiu e só por sua
misericórdia nos salvará” (Cf. RnB
23, 23-26). Francisco de Assis, ao inserir nesta Regra a belíssima “Oração
de louvor e ação de graças”, contempla a “misericordiosa salvação” como
um dom que procede do “Onipotente,
altíssimo, santíssimo e sumo Deus”,
revelada na ação das Pessoas da Santíssima Trindade (“Trindade perfeita
e Unidade simples” cf. CtOr 53): o
Pai santo e justo que é Rei e Senhor,
Criador do céu e da terra; o Filho
Redentor e Salvador, pois Nele todos
fomos criados e amados; e o Espírito
Santo Paráclito que anima e santifica
todos os seres espirituais e corporais.
Portanto, é a totalidade da vida, isto é,
toda a criação que necessita da misericórdia e do perdão. Esta reflexão é
retomada pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato Sì.
Misericórdia e perdão também
são rezados e contemplados por São
Francisco na assim chamada “Paráfrase à Oração do Senhor”. Quando
Bartolomeu de Pisa relata que o Pobre de Assis intercedeu pelo “amplo
e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”,
isto se torna evidente nesta meditação franciscana que encontramos na
Paráfrase ao Pai-nosso: “Perdoai-nos
as nossas dívidas: pela vossa inefável misericórdia, pela virtude da
paixão de vosso dileto Filho e pelos
méritos e intercessão da beatíssima
Virgem Maria e de todos os vossos
eleitos. Assim como nós perdoamos
aos nossos devedores: aquilo que não
conseguimos perdoar plenamente,
fazei vós, Senhor, que perdoemos
plenamente”. O perdão pleno muitas
vezes se torna difícil porque, mesmo
dizendo que perdoamos a quem nos
tem ofendido, guardamos no coração
mágoas ou ressentimentos passados.
Logo, o perdão pleno é acima de tudo
uma ação da “inefável misericórdia”
do Pai celestial: “Sede misericordiosos, como é misericordioso vosso Pai
celestial” (Lc 6,36), “clemente e compassivo, lento para a cólera, grande
em misericórdia” (Sl 145, 9).
O que não dizer dos muitos atributos divinos cantados por São Francisco nos “Louvores a Deus Altíssimo”? E no verso deste pergaminho
se encontra a belíssima bênção do
Senhor compassivo e misericordioso
que o Estigmatizado do Alverne deu
Mensagem
“ Ouvi-me, Senhor, pois vossa bondade é compassiva; em nome de
vossa misericórdia voltai-vos para
mim” (Sl XII, 7).
“A vós, salmodiarei, ó meu auxílio,
pois sois o Deus que me acolhe, meu
Deus, minha misericórdia” (Sl XII,
10).
“Eu, porem, esperei em vossa misericórdia” (Sl XIII 5).
“Naquele dia, o Senhor enviou sua
misericórdia e de noite o seu cântico” (Sl XV, 5).
Misericórdia e perdão,
virtudes necessárias nas
nossas relações interpessoais
a seu companheiro e amigo Frei Leão.
Depois da experiência transfiguradora no Monte Alverne, onde o amante
e o Amado se fundem no mistério do
amor e da dor, o “angélico Francisco”
elenca nesta oração de louvor vários
atributos ou propriedades divinas e a
conclui com esta exclamação: “Tu és
nossa vida eterna: grande e admirável
Senhor, Deus onipotente, misericordioso Salvador”. O coração compassivo (miserior+cor) do Senhor Deus
Santo se visibiliza como Salvador (salvator), ou seja, o médico que cuida,
sana as feridas, cura as enfermidades
e as culpas.
A misericórdia de Deus também
é invocada na oração conclusiva da
Carta a toda a Ordem: “Eterno Deus
onipotente, justo e misericordioso,
concedei-nos a nós míseros praticar
por vossa causa o que reconhecermos ser a vossa vontade... para seguir
as pegadas de vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo”. A misericórdia
do Senhor é fundamental para que a
Ordem se coloque no seguimento de
nosso Senhor Jesus Cristo, pois o justo e misericordioso Deus purifica-nos
dos pecados, nos dá o discernimento
do coração e nos abrasa com o fogo do
Espírito Santo.
Enfim, dada a sua familiaridade
com a Palavra de Deus, mais especificamente na oração do Ofício Divino, São Francisco compõe para sua
devoção pessoal e da fraternidade o
chamado “Ofício da Paixão do Senhor”. Nesta oração, ele reza e contempla o Senhor Misericordioso em
todos os Tempos Litúrgicos e nas diversas Horas Canônicas. Sem entrar
em detalhes, apenas elenco alguns
versículos:
“ Deus enviou sua misericórdia e sua
verdade, arrancou a minha alma dos
meus fortíssimos inimigos, pois se
tornaram mais fortes do que eu...”
(Sl III, 5).
“Porque aos céus se eleva a vossa
misericórdia, até às nuvens a vossa
verdade” (Sl III, 11).
“Naquele dia, o Senhor enviou sua
misericórdia e na noite foi cantado
o seu louvor (Sl IX,4).
“A vós, meu Deus, cantarei salmos
porque sois minha defesa, vós sois
meu Deus e minha misericórdia” (Sl
XI 9).
A segunda afirmação das Linhas
Guias do Definitório Geral para a animação nos anos 2016 e 2017, é que a
“misericórdia é uma qualidade necessária em nossas relações interpessoais”. E isso para dar visibilidade concreta ao apelo de Jesus Cristo: “Sejam
misericordiosos como é misericordioso o vosso Pai celeste” (Lc 6,36).
Em primeiro lugar, nessa linha
de pensamento, eu diria que a misericórdia é uma virtude a ser cultivada. Na 27ª Admoestação, quando São
Francisco descreve as “Virtudes que
afugentam os vícios”, afirma: “Onde
há misericórdia e discernimento,
aí não há nem superfluidade nem rigidez (Adm 27,6). No pensamento e
na lógica do Santo de Assis, cada virtude é um ‘anjo protetor’ das demais
virtudes, como ele mesmo nos atesta em outro escrito, assim chamado
“Elogio das Virtudes”. Ao saudar as
virtudes parceiras, onde uma virtude é irmã e protetora da outra, assim
escreve: “Quem possuir uma de vós e
não ofender as demais, a todas possui; e quem a uma ofender, nenhuma
possui e a todas ofende. E cada uma
por si destrói os vícios e pecados” (EV
6). Em outras palavras, o cultivo de
uma virtude qualifica o irmão a ser
um “Frade perfeito”, tão bem descrito
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Mensagem
e formulado no Espelho da Perfeição:
“Francisco examinava em si mesmo
as qualidades e as virtudes de que deveria ser dotado o bom frade menor”
(cf. EP 85).
Assim, por ser uma virtude de
fundamental importância, a misericórdia é determinante nas relações interpessoais na fraternidade. Quando
a virtude da misericórdia adormece,
adoece e desaparece na vida do frade menor, a superfluidade e rigidez
minam e destroem as sagradas relações fraternas. Consequentemente
se evidenciam várias fragilidades: os
rancores pessoais que turbam a limpidez da alma ou a pureza de coração;
a dureza de coração que nos torna
rígidos e inclementes; a insensibilidade diante das necessidades físicas e
espirituais do irmão; a dificuldade de
perdoar e de oferecer o perdão; a inclemência diante do erro do confrade,
os julgamentos duvidosos e desnecessários; a invejosa desconsideração
da virtude que potencializa o irmão,
etc. São males que destroem em nós o
profetismo da misericórdia de um Pai
Misericordioso. O Papa Francisco, no
último Capítulo Geral da Ordem, nos
recordava: “É importante recuperar a
consciência de que somos portadores
de misericórdia, de reconciliação e de
paz”.
Francisco de Assis, profundo conhecedor da fragilidade humana, nos
ajuda a pensar e agir misericordiosamente. Cito alguns textos, com exemplificações concretas:
Na 2ª Carta aos Fiéis, dirigindo-se
aos cristãos que vivem religiosamente,
recorda a caridade e a misericórdia às
pessoas que estão investidas do poder:
“Aqueles que receberam o poder de
julgar os outros exerçam o julgamento com misericórdia, como eles próprios gostariam de obter do Senhor
a misericórdia. Pois, julgamento sem
misericórdia terão os que não fizeram
misericórdia” (2CtFi 28-29).
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Na Carta que escreveu a um Ministro dos Frades Menores, a chamada carta-magna da Misericórdia,
São Francisco acolhe na misericórdia
as reais dificuldades de um superior
colocado como servidor de uma
determinada fraternidade. Na vida
cotidiana, no enfrentamento das dificuldades e diferenças, há algo mais
importante que deve prevalecer, que
está até mesmo acima do valor da
vida contemplativa num eremitério.
Este algo ‘mais’ (plus = soma) é a vida
fraterna! “E nisto quero reconhecer
se tu amas o Senhor e a mim, servo
dele e teu, se fizeres isto: não haja no
mundo irmão que pecar, o quanto
puder pecar, que, após ter visto teus
olhos, se sinta talvez obrigado a sair
de tua presença sem obter misericórdia se misericórdia buscou. E se não
buscar misericórdia, pergunta-lhe se
não na quer receber...” (Ct Min 5-7).
E ainda: se alguém pecar, “não o envergonhem nem descomponham.
Tenham antes grande misericórdia
com ele e mantenham oculto o pecado... O Custódio, por sua vez, o atenda com misericórdia, como desejaria
ser tratado se estivesse em idêntica
situação”. E Francisco conclui o texto
com a orientação e indução ao rito
sacramental da reconciliação e da absolvição, acrescentada da recomendação evangélica: “Vai e não peques
mais” (cf. CtMi 13-15).
Ser misericordioso, indulgente, compreensível, amável não significa ser conivente
com o pecado, nem mesmo permitir que
o irmão fique vagando fora da obediência
e da Regra. “Aqueles irmãos que não os
quiserem observar (exercícios regulares
da vida penitencial, vaguear pelo mundo
sem se importar com a disciplina da Regra) não os considerarei como católicos
nem como irmãos: não quero vê-los nem
falar-lhes, enquanto não mudarem de atitude” (cf. CtOr 40-46). Portanto, oferecer
misericórdia e corrigir se complementam
no exercício do amor fraterno.
Conclusão
Na celebração do Ano Santo da
Misericórdia e dos 800 anos da Indulgência da Porciúncula, que também
entre nós celebremos o “Perdão de
Assis”. Reviver o perdão com a mesma
audácia com que São Francisco o celebrou no Cântico das Criaturas, num
momento crítico de divergências nas
relações humanas: “Louvado sejas,
meu Senhor, pelos que perdoam por
teu amor, e suportam enfermidades e
tribulações. Bem aventurados os que
as sustentam em paz, que por ti, Altíssimo, serão coroados”.
Que entre nós resplandeçam as
obras de misericórdia dentro e a partir das nossas fraternidades. “É bom
perseverar nas obras de misericórdia e
ter tempo para os bons frutos, ajudar
os necessitados e dar alguma coisa aos
pobres”, nos recorda o Sacrum Commercium (n 39). As obras de misericórdia nos obrigam a viver no espírito de pobreza, libertando-nos da das
doenças da autorreferencialidade, da
sede do poder e do egoísmo. Por isso
as obras e gestos de misericórdia, dentro e fora das nossas fraternidades, não
são ações facultativas. A misericórdia é
uma seta de fundamental importância
no discurso das Bem-aventuranças,
logo, consequência do amor fraterno.
São Francisco de Assis, depois de
falar do Misericordioso Redentor nos
“Louvores a Deus”, soube compreender a dificuldade do seu companheiro
Frei Leão. Por isso, com um coração
terno e misericordioso, oferece-lhe
em forma de bênção a face misericordiosa de Deus: “O Senhor te abençoe e
te guarde; te mostre a sua face e tenha
misericórdia de ti. Volva para ti o seu
olhar e te dê a paz. Frei Leão, o Senhor
te abençoe”.
Meu irmão e minha irmã, o Senhor
vos abençoe!
Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM
Ministro Provincial
História
Província celebra 341 anos de fundação
e 125 da presença dos missionários alemães
N
o dia 15 de julho, a Província
Franciscana da Imaculada
Conceição do Brasil celebra
341 anos de fundação, já que
neste dia, em 1675, o Papa Clemente
X assinava a bula “Pastoralis Officii”
decretando a sua ereção. Sua história, contudo, mostra que esteve muito
perto de não celebrar essa data hoje.
Em 1764, o Marquês de Pombal, Ministro plenipotenciário do Rei Dom
José I, baixou uma lei proibindo a recepção de novos membros e um decreto promulgado pelo Ministério da
Justiça do Império, de 19 de maio de
1855, proibiu, em absoluto, a recepção
de noviços em todas as ordens religiosas no Brasil. Esta medida prendia-se
a um pensamento muito divulgado e
adotado pelo imperador de extinguir
as casas do clero regular e concentrar
todo o patrimônio das Ordens nos
seminários para a formação de clero
secular. Esta campanha anti-religiosa
desencadeada pelo Império Brasileiro
contribuiu para que a Província de Santo Antônio
chegasse à República com
nove frades e a da Imaculada Conceição com apenas um, Frei João do Amor
Divino Costa.
A pedido da Santa Sé,
a Província da Saxônia
aceitou a missão de restaurar as Províncias da
Imaculada Conceição e
de Santo Antônio no Brasil. O advento da República brasileira, proclamada
em 15 de novembro de
1889, retardou a vinda
dos missionários até meados de 1891, quando Frei
Amando Bahlmann com
três confrades, Frei Xisto
Meiwes, Frei Humberto Themans e
Frei Maurício Schmalor, encetaram o
apostolado de Santa Catarina. Antes,
seguiram para a Bahia para aclimatar-
-se no Sul. A instabilidade política
e jurídica do Brasil fez com que os
franciscanos alemães se precavessem.
Com a República recém-proclamada,
era preciso esperar pelas disposições
religiosas da nova legislação.
Superadas as dificuldades iniciais
em função da recém-proclamada República do Brasil, o governo provisório, através do Decreto Federal de nº
119-A, de 07 de janeiro de 1890, extingue o padroado “com todas as suas
instituições, recursos e prerrogativas”
e estabelece a liberdade de cultos no
Brasil. Na prática, significava a revogação da circular de 19 de maio de
1855 do Ministro da Justiça, Nabuco
de Araújo, que proibia a entrada de
noviços nas ordens religiosas.
No dia 10 de julho de 1891, os
missionários alemães dirigiram-se para Teresópolis para dar início à missão, “reiniciando” a vida
franciscana no Brasil através de um
novo modelo pastoral. Teresópolis,
segundo Frei Amando
Bahlmann: “é uma vila
com uma boa igreja. Os
católicos não são muito
numerosos, mas quatorze povoados pertencem a
esta Paróquia”.
A Paróquia de Teresópolis foi entregue oficialmente aos franciscanos,
por provisão de Dom José
Pereira da Silva Barros,
Bispo do Rio de Janeiro,
que tinha jurisdição eclesiástica sobre a Província de
Santa Catarina , em 12 de
novembro de 1891. Teresópolis foi o ponto de partida para novas fundações,
como paróquias, conventos e colégios.
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Formação e Estudos
Ituporanga
XXXVI Olimpíadas Frei Gabriel
o Importante é ser menor
N
a quinta feira, 12 de maio, no
Seminário São Francisco de
Assis, deu-se início às XXXVI
Olimpíadas Frei Gabriel. As
Olimpíadas acontecem anualmente,
alterando a rotina do Seminário, e
tem o intuito de estimular o trabalho
em equipe, a criatividade, o espírito
fraterno, a prática de esportes e a superação dos limites. Na festa de abertura que aconteceu na quinta-feira,
as equipes buscaram preparar apresentações, cada uma com seu mascote, bandeira, seguido do seu grito
de guerra e hino, propostas estas que
foram acordadas na preparação para
estas Olimpíadas.
As apresentações foram cheias de
criatividade, capricho e empenho. Ao
todo eram três equipes: Equipe Verde
com o mascote Mike Wazowski; Equipe Rosa Pink com o mascote Pantera
Cor de Rosa; e Equipe Salmão com o
mascote Harry Plotegher (sic). Após
a cerimônia de abertura, realizou-se
uma confraternização com muito cachorro quente.
Ao longo de toda Olimpíada,
aconteceram diversas provas: desde basquetebol, vôlei, futsal, tênis de
mesa, sinuca, roda a roda, caça ao
tesouro, entre tantas outras. Neste período, o nosso inimigo era o horário,
pois a qualquer momento poderia
soar a corneta. Foi um momento de
muita interação, de descontração, de
alegria e união. A Olimpíada findou-se com o tradicional circuito no qual
as equipes dão o seu melhor.
O resultado final aconteceu no domingo (15) à noite, durante o Recreio
Fraterno, que contou com a presença
de alguns frades da paróquia Santo Estêvão. A classificação final foi: Equipe
Salmão em 1º lugar, Equipe Rosa Pink
em 2º e Equipe Verde em 3º lugar.
Parabéns a todos os participantes
que deram seu sim para as Olimpíadas e, de modo especial, a toda equipe
de organização que fez acontecer a
XXXVI Olimpíada Frei Gabriel.
Bênção do novo órgão
No domingo 22 de maio, no
início da solenidade da Santíssima
Trindade, a igreja do Seminário
São Francisco de Assis ganhou um
novo instrumento musical. O órgão
eletrônico, de fabricação do Grupo
Bonh (Novo Hamburgo – RS), é
uma peça exclusiva, sendo fabricado
de acordo com os pedidos de nossa
Fraternidade.
Por ser um instrumento de grande apreço da Igreja Católica, o órgão
foi abençoado, conforme o Ritual de
Bênçãos propõe. Tudo aquilo que se
destina ao culto, é louvável que receba
uma bênção.
Após a bênção e a incensação, o
órgão acompanhou o primeiro canto da assembleia, que foi uma versão
do Hino do Ano da Misericórdia (cf.
https://youtu.be/9ocUm9rX0So). Assim, entoamos um hino à bondade e
à misericórdia do Pai, que neste ano
somos chamados a contemplar e, sobretudo, imitar.
Nesta solenidade da Santíssima
Trindade também contamos em nossa Fraternidade com a presença dos
vocacionados aqui de Ituporanga que
estão buscando um discernimento da
sua vocação.
Equipe de Comunicação
Formação e Estudos
RETIRO MENSAL DA FRATERNIDADE SÃO BOAVENTURA
N
os dias 26, 27 e 28 de maio,
a Fraternidade Franciscana
do Convento São Boaventura de Campo Largo-PR viveu
momentos de meditação, partilha e
oração à luz de um dos fundamentos
que fomenta a espiritualidade do frade menor, isto é, o “espírito de oração
e devoção”, realidade esta que perpassa e orienta todo o viver do religioso
franciscano, e que fora tema norteador para as reflexões desenvolvidas
durante esses três dias que marcaram
o retiro mensal desta fraternidade.
Este ponto vital que caracteriza a
forma de vida do frade franciscano,
abordado no presente encontro, diz
respeito à intimidade do religioso
para com Deus, à sua entrega total ao
“Sumo Bem” e ao desejo de realizar
unicamente a vontade do Criador dar concretude ao Reino dos Céus e
conduzir o gênero humano ao coração da Santíssima Trindade. Este mesmo espírito que dinamiza a relação do
religioso franciscano com o Pai celestial, se faz presente na vida em fraternidade, no serviço aos menores e necessitados e no anúncio da boa nova
do Reino aos homens, enfim, é parte
estruturante de uma vida orientada
para as coisas do Alto. Entretanto, desejar o espírito do Senhor e o seu santo modo de operar, conforme destacado nas reflexões da fraternidade local,
significa assumir todas as dimensões
da vida a partir da doutrina do Cristo,
que compreende o amor doação, posicionamento promotor da dignidade
que toca os seres humanos, e a radical
transformação da face da terra, tendo
em vista a reconciliação da criação
com o seu Criador.
Uma vez plenificado com a força do espírito que moveu Cristo no
decurso de sua missão terrena, afirma-se que o religioso franciscano é
convocado, como resposta inerente
à sua consagração e adesão à força
que procede do Alto, a permanecer
no amor do Filho do Altíssimo para
produzir bons frutos e frutos em
abundância, e levar à plenitude a totalidade do seu ser, a fim de formar
comunhão com o Amado e dispensador de todos os bens – Deus Pai
todo poderoso.
Nesse sentido, a oração é a vida
que move o franciscano para o encontro com as realidades celestiais, realidades que se fazem presentes também
na comunhão com os irmãos da terra,
visto que “onde um ou mais estiverem
reunidos no nome do Senhor, Ele estará presente no meio deles”. Por esta
razão, desejosos por permanecerem
no amor que procede da comunhão
com o Pai, o Filho e o Divino Espírito, cada religioso franciscano busca
fazer da própria existência um espaço
de acolhida à palavra que sai da boca
de Deus, de forma que, a sua vida,
enquanto consagrado, seja expressão
da misericórdia infinita de Deus Pai,
presença que acolhe e socorre os irmãos sofredores – os necessitados do
seu amor incondicional. Portanto, o
espírito de oração e devoção responde
pela vida que orienta os servos do Altíssimo Onipotente Bom Senhor e da
mais perfeita pobreza, a fim de que se
realize nos homens a obra redentora
do Pai, e o seu reino de amor se estenda por sobre toda a terra.
Por fim, durante a homília da missa do sábado (28/05), presidida por
Frei Rodrigo Santos, os membros da
fraternidade local puderam partilhar,
de forma mais profunda, aspectos
desta espiritualidade à luz das diversas dimensões da vida até o momento
presente da caminhada vocacional,
experiência esta profícua e de valor
ímpar, visto que cada um pode levantar particularidades da presença do
Ressuscitado dentro do processo que
toca a vida de oração particular e comunitária.
Frei Thiago da Silva Soares
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
349
Formação e Estudos
TARDE COM MARIA MARCA O FINAL
DO MÊS MARIANO EM RONDINHA
N
a tarde do último domingo do
mês de maio (29/05), celebrou-se no Convento São Boaventura de Campo Largo-PR uma
tarde Mariana para comemorar e encerrar bem o mês dedicado a Nossa
Senhora. O encontro teve início às 16
horas e encerrou-se às 18h30 com a coroação de Nossa Senhora.
Na capela da Fraternidade, deu-se
início ao momento dedicado à Mãe de
Deus, com uma devoção a Nossa Senhora, oração e Ladainha de Nossa Senhora, cantada todos os dias no mês de
maio no Noviciado em Rodeio – SC. A
Ladainha é cantada em latim e é fruto
de uma devoção popular em forma de
preces.
Não há precisão sobre a origem da
Ladainha, mas foi aprovada em 1587
pelo Papa Sisto V. A forma mais antiga
foi conhecida no fim do século XII. Ela
possui 50 invocações, as quais clamam
Nossa Senhora como Santa (3), Mãe
(12), Virgem (6), Rainha (12), Vaso (3),
Torre (2) e outros 12 títulos variados.
Em seguida, já que o tempo estava propiciando uma tarde fria, todos
350
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
encaminharam-se em procissão com
a imagem de Nossa Senhora ao refeitório do convento onde foram servidos
deliciosos chás e demais guloseimas.
Ademais, não poderiam faltar homenagens à Nossa Senhora, como poesias,
músicas, cantos etc., os quais foram
conduzidos pelos frades e pessoas que
se dispuseram a homenagear Maria.
Para concluir a tarde mariana, após
a degustação dos chás e iguarias e encerradas as apresentações, fez-se um
momento bonito no qual coroou-se
Nossa Senhora e, assim, deu-se termo
a mais uma tarde dedicada a Maria no
Convento São Boaventura.
Este foi o segundo ano em que a
Fraternidade Franciscana São Boaventura proporcionou uma tarde mariana
à comunidade que aqui participa das
celebrações, às pessoas das comunidades das proximidades e às pessoas das
comunidades com as quais os frades
fazem pastorais. A fraternidade agradece a todas as pessoas que participaram desta tarde com Maria.
Frei Marcos Schwengber
Formação e Estudos
RONDINHA-FAE-Pastoral Universitária
A EXPECTATIVA PARA IR AO ENCONTRO DO OUTRO
A
grande maioria dos jovens espera a sexta-feira com muita
ansiedade, pois logo virá o final
de semana para se divertirem e terem
um tempo livre para descansar. Entretanto, para os jovens estudantes da FAE
- Centro Universitário, na sexta-feira
(03/06), a expectativa é bem outra. Na
verdade, eles se preparavam para mais
uma experiência de saída, juntamente
com a Pastoral Universitária da instituição, onde iriam ao encontro do outro.
Desta vez, na CMEI (Centro Municipal
Educacional Infantil) Jardim Alegre.
Como o próprio nome do Centro
Educacional já diz, o local transformou-se num Jardim Alegre, pois os
estudantes da FAE organizaram excelentes atividades para as crianças, e
todas as brincadeiras e jogos foram no
pátio da escola. E logo a expectativa de
encontrar as crianças foi superada por
risos, danças, histórias, brincadeiras e
até espadas... de bexiga de ar é claro.
Assim, cada jovem pode fazer a experiência de verdadeiramente se cansar. As crianças não pouparam energia
e brincaram à vontade. Mas o cansaço
teve sua retribuição, que superou qualquer motivo de reclamação: um sorri-
so sincero, um abraço apertado, uma
felicidade que transbordava dos olhos
puros das crianças.
Dessa forma, uma sexta-feira de
atividades onde se busca a felicidade
do outro é uma grande marca na história de cada participante das atividades
da Pastoral. O sair de si e ir ao encontro do outro é exigente, mas abre uma
perspectiva totalmente humana: o
outro, antes de passar por indiferente,
torna-se um irmão! Deus seja louvado!
MISSA NA CAPELA DA FAE-CENTRO UNIVERSITÁRIO
Como é de costume, toda última
terça-feira do mês, os frades estudantes do Convento São Boaventura participam e animam a Missa na capela da
FAE-Centro Universitário. No último
dia do mês de maio (31/05) não foi
diferente. A capela ficou pequena para
tantos motivos a serem celebrados.
Rendeu-se graças a Deus pelo dom da
vida, houve também a tradicional bênção dos pãezinhos de Santo Antônio e
recordou-se ainda a grande festa da Visitação de Nossa Senhora à sua prima
Isabel, com uma bela coroação de Nossa Senhora, conduzida pelos estudantes
do colégio Bom Jesus, unidade do Centro de Curitiba.
A Santa Missa contou com uma
grande participação dos alunos, colaboradores e professores do grupo Bom
Jesus e da FAE. O presidente da celebração foi Frei Mário Knapik, frade que
atua diretamente na Frente de Educação
da Província Franciscana da Imaculada
Conceição do Brasil.
Ao final da celebração, como já havia
sido citado por Frei Mário, as crianças
que estudam no Colégio Bom Jesus, em
um gesto simples, porém belo e profundo, coroaram a imagem da Imaculada. Com o coração puro, ofereceram à
Virgem Mãe pétalas de rosas, representando o perfume da pureza de Maria; o
terço, sinal de nossa devoção para com a
mãe; a Bíblia, representação para aquela que foi obediente e acolheu o próprio
Verbo; flores brancas, símbolo da Imaculada Conceição; e por último a Coroa
colocada na cabeça de Maria.
Frei Matheus José Borsoi
Frei Augusto Luiz Gabriel
Frei Gabriel Dellandrea
Formação e Estudos
FRATERNIDADE SÃO BOAVENTURA INAUGURA NOVA
FRENTE DE PASTORAL NO COLÉGIO BOM JESUS
A
tendendo a um antigo apelo
para que os frades estudantes
tivessem uma presença mais
efetiva na rede dos Colégios
Bom Jesus, e acompanhando o movimento de nossa Província que elegeu
a Frente da Educação como uma de
suas prioridades na ação evangelizadora, a Fraternidade Franciscana São
Boaventura iniciou hoje, (24/05) mais
uma pastoral educacional.
Desde o início do ano, os frades
A nova frente de pastoral, iniciada
hoje, já se volta aos alunos que fazem
seus encontros de preparação para a
Crisma no próprio colégio Bom Jesus.
Todos os frades de Profissão Temporária participarão desta atividade pastoral, em duplas, falando aos alunos
sobre variados temas da catequese,
próprios da preparação da Crisma,
estabelecidos pela Arquidiocese de
Curitiba. O intuito é ser mais uma
presença fraterna franciscana junto
aos alunos.
Inicialmente, esta atividade pastoral será exercida na unidade do Bom
Jesus Aldeia, em Rondinha. Esta será,
sem dúvida, uma rica oportunidade para nossos frades estudantes se
confrontarem com a demanda desta
desafiadora Frente de Evangelização e
perceberem suas aptidões e potencialidades para atender aos anseios desta
parte do Povo de Deus. Que Deus os
abençoe.
estudantes assumiram a Pastoral Universitária na FAE-Centro Universitário, que já existia,. Participavam do
projeto Semeando o Bem, voltado à
acolhida de alunos do nono ano e Ensino Médio, da rede educacional Bom
Jesus. Os dois projetos têm como objetivo oferecer aos alunos e universitários a oportunidade de fazerem ações
sociais, tendo como base o próprio
Evangelho que envia a todos em missão a fim de que possam fazer o bem.
Frei Rodrigo Silva Santos
PERDER OU GANHAR?
352
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Meu Deus, o que vejo!
Vejo o Cristo pobre, desnudo,
entre inocentes animais nascido,
pelas elites corrutas deste chão
perseguido, varrido,
pelo poder de Deus reerguido
e, por mim, de si, ele deu tudo,
o mal já foi todo vencido.
Se soubessem o que vejo e sinto!
Abdicariam da depravação maldita,
da ganância por riqueza e poder,
das preconceituosas falácias,
do orgulho sádico, vão prazer.
Se soubessem o que vejo e sinto!
Tudo isso devolveriam, quanto antes,
a quem mesmo de direito:
ao diabo.
Oxalá o façam algum dia.
Por vivem cegos.
Ou, talvez, nem queiram ver.
Escolha sua.
Paciência.
Tenho pena dessa gente.
Vão sofrer.
Talvez um dia acordem
para o belo de uma nova ordem,
ordem de Deus, tempos melhores,
ordem dos menores.
Tive pena de mim.
Acordei.
Dono de nada, pouco a pouco,
me sinto quase bem-aventurado.
Para mim, foi-se o passado.
Futuro, ao Altíssimo pertence.
Agora, sou o que sou:
apenas muito amado.
Frei José Ariovaldo da Silva
CURSO DE FRANCISCANISMO
Formação e Estudos
O ROSTO DA MISERICÓRDIA EM SÃO FRANCISCO
E SANTA CLARA DE ASSIS
Por ocasião do Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, a Fraternidade Franciscana São Boaventura oferece um Curso sobre o Rosto da Misericórdia em São Francisco e Santa
Clara de Assis. O Curso destina-se aos frades e irmãs das Ordens e Congregações religiosas franciscanas, aos membros da OFS e a todos os que desejam contemplar e vivenciar mais intensamente em
suas vidas o Rosto da Misericórdia, no seguimento de São Francisco e Santa Clara de Assis.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. A Bula do Ano Santo da Misericórdia: “Misericordiae Vultus”
2. Maria, Mãe da Divina misericórdia
3. A misericórdia do Senhor para com São
Francisco e a resposta do Poverello de Assis: “Eu usei de misericórdia”
4. A contemplação franciscana da misericórdia do Senhor nos mistérios da encarnação e ressurreição
5. A misericórdia nos Escritos de Santa Clara
de Assis
6. As dimensões da misericórdia: teológica,
antropológica e cristológica
7. “Misericordiosos como o Pai” nas periferias existenciais de hoje
PROFESSORES
COORDENAÇÃO
Frei João Mannes
E-mail – [email protected]
LOCAL E DATA
Fraternidade Franciscana São Boaventura
Rondinha – Campo Largo – PR
11 a 14 de outubro de 2016.
INSCRIÇÕES NO SITE DA
FRATERNIDADE SÃO BOAVENTURA
www.franciscanosrondinha.com.br
CUSTO
Hospedagem, alimentação
e Curso = R$ 400,00
PAGAMENTO
Durante o Curso ou pelo site
da Fraternidade
3F
rei Fidêncio Vanboemmel. Mestre em
Espiritualidade Franciscana.
3F
rei Fábio Cesar Gomes. Doutor em
Teologia, com especialização em
Espiritualidade Franciscana.
3F
rei João Mannes. Doutor em Filosofia,
com especialização na Mística de
São Boaventura.
3A
ndreia Cristina Serrato. Doutora
em Teologia com especialização em
Simone Weil. Professora na PUC-PR
ORGANIZAÇÃO DO CURSO
10/10 – Chegada
11/10 – 08h45 - Início do Curso
14/10 – 10h30 – Término do Curso
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
353
Formação e Estudos
VEM AÍ “CANTOS FRANCISCANOS”!
O
nde estão reunidos os filhos
e filhas de São Francisco,
aí não pode faltar a doce e
fraterna alegria de louvar o
Bom Senhor. Esse hábito, não fomos nós que criamos, mas é herança
herdada de nosso Pai São Francisco
que, por onde quer que andasse,
louvava o Criador de tudo, e convidava também todas as criaturas para
que O louvassem.
Deste modo, não querendo perder essa virtude que herdamos de
nosso Pai São Francisco, mas querendo resgatar os cantos próprios de
nosso Carisma, gostaríamos de propor um Encontro de Cantos Franciscanos, que terá por objetivo ensaiar,
aprimorar e aprender cantos próprios da Família Franciscana, a fim
de uma melhor utilização na Liturgia
da Missa e em outras celebrações, retiros, encontros e evangelização.
354
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Este encontro é aberto para todos aqueles que gostam de cantar e
estão dispostos a aprender, ensaiar
e aprimorar os cantos que testificam a vida de São Francisco e Santa
Clara de Assis, e tantos outros Santos e Santas Franciscanos, e, assim,
render louvores ao Altíssimo e Bom
Senhor!
LOCAL E DATA
é a soma dos dois dias do encontro. Inclui 4 cafezinhos e 2
almoços e apostila com cantos e
partituras.
Alimentação: R$ 45,00
Para quem precisar, temos hospedagem. Esta inclui roupa de cama; 2
cafés da manhã; 2 almoços; 4 cafezinhos; 1 jantar.
De 03 a 04 de setembro de 2016
Fraternidade Franciscana São Boaventura – Rondinha - PR
Rodovia do Café, BR 277, Km 112
Rondinha - Campo Largo / PR
Hospedagem (para quem precisar): R$ 80,00
*Para os cafezinhos, propomos que
haja uma partilha de alguns quitutes trazidos pelas fraternidades.
HORÁRIO
CONTATO E OUTRAS
INFORMAÇÕES:
Início: 08h30
Término: 17h30
CUSTO
O valor de contribuição abaixo
Telefone: (041) 3291-6000
E-mail: [email protected]
Frei Zilmar A. M.de Oliveira
Formação e Estudos
ITF: O cuidado da Casa Comum
é tema dE Noite Cultural
U
m público interessado acompanhou atentamente as palestras
da Noite Cultural, realizada no
dia 08 de junho, no Instituto Teológico Franciscano – ITF.
Buscando meios para “cuidar da
Casa Comum”, o evento foi direcionado para “Um diálogo entre realidade e
espiritualidade” e iniciou-se com uma
apresentação musical com a participação de estudantes do ITF.
O primeiro a tomar a palavra foi
Breno Herrera – analista ambiental do
Instituto Chico Mendes e doutorando do Programa de Psicossociologia
de Comunidades e Ecologia Social.
Baseando-se na obra de Joan Martínez Alier, O ecologismo dos pobres, o
palestrante explicou a diferença entre
“ecologia” e “ecologismo”; os diferen-
tes grupos no movimento ambientalista; abordou a tragédia na Região
Serrana do RJ, em 2011, e apresentou
perspectivas para a ecologia a partir
da opção preferencial pelos pobres.
Por sua vez, Frei Ludovico Gar-
mus deu sua contribuição a partir de
uma visão bíblico-franciscana sobre a
ecologia, e Priscila Viana e Alcimaro
Martins, ambos da Comissão Pastoral
da Terra/Campos-RJ – CNBB, discorreram sobre o impacto socioambiental.
NOTÍCIAS DO POSTULANTADO FREI GALVÃO
Corpus Christi
tônio, em Guaratinguetá. Logo
pela manhã estávamos juntos
nas ruas do centro da cidade
ajudando na confecção dos tradicionais tapetes. No fim da tarde, retornamos para participarmos da Celebração Eucarística e
da Solene Procissão.
Postulinter
a assessora do Postulinter nesse
Regional. O tema que norteou
o encontro foi “Motivação na
Vida Religiosa”. Cada postulante, a partir de seu carisma, pôde
refletir e partilhar um pouco de
sua caminhada e “motivar-se”
ainda mais nesse rico tempo de
formação inicial.
Nesse ano, nós postulantes,
juntamente com a Fraternidade
da OFS de Guaratinguetá e com
as Irmãs Franciscanas Seráficas
do Convento das Graças celebramos a Solenidade de Corpus
Christi na Catedral Santo AnDos dias 6 a 8 de junho ocorreu no Seminário Frei Galvão
mais um encontro do Postulinter da CRB do Vale do Paraíba.
Participaram conosco oito postulantes dos Cônegos da Obra
dos Santos Anjos e uma postulante das Irmãs Franciscanas Seráficas. O encontro foi orientado
por Irmã Júlia, Terceira Capuchinha, que já há alguns anos é
João Manuel Zechinato
(postulante)
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
355
Formação e Estudos
Entrevista: FREI LEONARDO AURELIANO DOS SANTOS
O NOVO PROFESSOR DO ITF
M
ineiro, de Ponte Nova,
Frei Leonardo Aureliano dos Reis Teixeira dos
Santos nasceu no dia 25
de setembro de 1981, mas conheceu
a periferia de São Paulo muito cedo,
já que sua família se mudou para a
metrópole paulistana em 1986. Filho de José dos Santos e Maria dos
Reis Teixeira dos Santos, tem uma
irmã, Viviane, que é 6 anos mais
nova. Em São Paulo, estudou na
escola pública Gustavo Barroso e
cresceu nas imediações do bairro do
Jaçanã. Hoje nem se arrisca, mas vivia jogando bola descalço no asfalto.
Nos primeiros anos de escola era o
menor da turma. Quando adolescente, apaixonado por bicicleta, sumia com os amigos e, várias vezes,
arrebentou-se pelas trilhas. Durante
o Ensino Médio, criou simpatia pelos movimentos sociais e começou
a se envolver em protestos e reivindicações de todo tipo. Começou o
acompanhamento vocacional em
2000, com Frei Luiz Fernando, do
Convento São Francisco, no centro
de São Paulo.
Iniciou sua formação e estudos
no seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga, quando fez o aspirantado em 2001. No ano seguinte,
fez o postulantado e, na sequência,
tornou-se frade menor ao fazer a
primeira profissão no encerramento do ano do Noviciado. A partir de
2004, cursou Filosofia, em Curitiba
e, em 2008, seguiu para Petrópolis
(RJ), para os estudos de Teologia.
Foi ordenado presbítero no dia 10
de março de 2012 e passou a trabalhar no Sanatório Tavares de Macedo, em Venda das Pedras, onde foi
criada uma nova fraternidade fran-
356
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
ciscana da Província.
Na metade de 2013,
viajou para estudar em
Roma e retornou neste
ano para assumir a cadeira de Teologia Moral no ITF.
ITF - Fale um pouco
de você e sua trajetória de vida.
Frei Leonardo Não tem nada extraordinário na minha
vida. Entrei no seminário em 2001 e segui
o percurso normal
da formação na Província da Imaculada.
Quando terminei a
Teologia, fui indicado
para continuar com os
estudos em Roma depois de um período de
um ano de experiência
pastoral em Venda das
Pedras, Itaboraí.
ITF - Qual o maior
desafio para o ensino
e o estudo da Teologia nos dias atuais?
De modo particular
no que se refere à
Moral Fundamental
e à Ética?
Frei Leonardo - Acredito que
desafios sempre houve. Mas hoje a
coisa tende a ser mais difícil. Começando pela própria natureza dos
problemas dos quais se ocupa a Teologia Moral: ela é uma disciplina
que requer um olhar muito amplo
sobre as outras ciências. Isso é muito arriscado. O discurso pode se
tornar por demais difuso ganhando
ares de pouca cientificidade ou, no
afã da precisão de uma só ciência,
acabar muito reducionista. Soma-se
a isso o clima de relativismo entre
alguns grupos e as de posições conservadoras de outros. Acredito que
o maior desafio não esteja na sala
Formação e Estudos
de aula, mas na própria construção
de qualquer reflexão em Teologia
Moral num mundo cada vez mais
complexo.
ITF - No período em que esteve
estudando em Roma, percebeu
alguma diferença marcante entre
o perfil dos estudantes de Teologia
na Europa e no Brasil?
Frei Leonardo - Talvez a única diferença marcante seja o fato de
que aqui a Teologia é cada vez mais
vista como uma possibilidade de estudo na vida das pessoas. Nosso ITF
é um exemplo disso. Aqui encontramos várias pessoas que começaram
a estudar Teologia porque queriam
algo mais. O crescimento das Igrejas
evangélicas também acabou criando
uma demanda pelo estudo da Teologia que pouco a pouco faz do curso
de Teologia um curso mais aberto.
Isso pode parecer coisa pouco importante, mas influencia muito no
modo de fazer Teologia. Em Roma,
os estudantes são normalmente religiosos ou aspirantes ao presbiterato.
-americanas. Há também as pouco
lembradas teologias asiáticas e africanas. No próprio Instituto Teológico Franciscano existem várias
teologias, tanto entre os estudantes
como entre os professores. Se a pergunta se refere às possíveis diferenças entre a Academia Alfonsiana e
o Instituto Teológico Franciscano
de Petrópolis, eu diria que existem,
mas são muito pequenas. De modo
geral, a contraposição entre teologia
latino-americana e europeia identifica latino-americana como teologia
mais progressista (principalmente
no campo social) e europeia como
mais conservadora. Hoje eu teria
muita dificuldade em ver a teologia
latino-americana como progressista. Ideologias à parte, as vozes progressistas por aqui são tão poucas
como no velho mundo. Talvez devêssemos olhar com um pouco mais
de generosidade para as teologias
produzidas na Ásia e nos EUA. Até
agora, ao menos em Teologia Moral,
vi coisas muito interessantes nessas
áreas.
ITF - Existem diferenças entre
a Teologia europeia e a latino-americana?
Frei Leonardo - Existem teologias europeias e teologias latino-
ITF - Qual o aspecto que mais o
fascina no estudo/ensino da Teologia Moral?
Frei Leonardo - Ironicamente,
aquilo que a torna mais difícil: a
necessidade de contato constante
com toda a Teologia e as outras ciências.
ITF - Qual a contribuição do Instituto Teológico Franciscano para
seus estudos na Europa?
Frei Leonardo - Foi imensa.
Basta considerar que nossa grade
curricular é bastante extensa. Somando a grade da Filosofia (nas
Universidades Pontifícias, o curso de Teologia inclui disciplinas
filosóficas), eu tinha o dobro de
tempo de estudo dos meus colegas. Em diversos cursos, encontrei
bibliografia produzida por nossos
professores e ex-professores. O
próprio nome do Moser constava
em algumas bibliografias de curso.
ITF - Quais as suas perspectivas
como professor no ITF?
Frei Leonardo - Se eu der conta
de ajudar o pessoal a ter uma visão
integrada do ser humano, de propor
a moral cristã como um caminho
de realização plena, e, os candidatos ao presbiterato conseguirem ser
misericordiosos, propondo o Evangelho com gradualidade misericordiosa, estarei satisfeito. Acho que
foi isso que aprendi na Academia
Afonsiana.
Seminário
Energia para Vida
O Centro de Defesa de Direitos Humanos
(CDDH) – Petrópolis e o Instituto Teológico Franciscano (ITF) convidam para o Seminário Energia
para Vida, nos dias 2 e 3 de julho.
O evento, conduzido pelo engenheiro eletricista Joilson José Costa, do Fórum de Mudanças Climáticas, parceiro da CNBB (Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil), discutirá a política energética atual e alterativas, além de oferecer uma oficina
a partir da energia solar (fotovoltaica).
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
357
Formação e Estudos
COMISSÃO LITÚRGICA DA ORDEM SE REÚNE
N
os dias 31 de maio e 1º de junho reuniu-se na Cúria Geral
em Roma a Comissão Litúrgica da Ordem para dar continuidade ao trabalho de elaboração do
Suplemento Franciscano do Missal
Romano. Estiveram presentes todos
os membros da Comissão: Frei Sandro Soverend, Guardião da Fraternidade da Cúria Geral e novo Coordenador da Comissão, Frei Ferdinando
Campana, da Itália, Frei Francisco
Fresneda, da Espanha, e Frei Alberto
Beckhäuser, do Brasil.
Dia 31 de maio iniciamos os trabalhos às 09h00: Apresentação dos Livros Litúrgicos, ou seja, do Missal, do
Lecionário e do Livro das Preces do
Fiéis. Um trabalho monumental que
explica a demora na conclusão de sua
montagem feita sob a coordenação de
Frei Ferdinando Campana. O Volume
do Missal se compõe de 1238 páginas.
O Volume do Lecionário, de 1672 páginas e o Volume das Preces dos Fiéis,
de 122 páginas. Após a pausa, Frei Alberto foi convidado a apresentar suas
sugestões de correções, emendas e
complementações do Missal. Depois
foi a vez de Frei Francisco Fresneda
358
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
apresentar considerações e correções
referentes ao Lecionário. Também As
Preces dos Fiéis e as pequenas notas
biográficas de todos os Santos e Bem-aventurados da Família Franciscana
mereceram observações.
Dia 1º de junho continuamos os
trabalhos. Nesta reunião a Comissão se restringiu à análise do Missal.
Agora se farão as correções propostas e os textos serão enviados para
uma última apreciação aos membros
da Comissão. Frei Alberto se ocupará, sobretudo, com o Missal e Frei
Francisco, com o Lecionário. Estas
observações deverão ser devolvidas
ao Coordenador até fins de setembro.
Em seguida, todo o material com as
últimas correções será apreciado pelo
Definitório Geral. Isto deverá acontecer até o fim deste ano. Se aprovado,
será encaminhado à aprovação da Sé
Apostólica. Sabendo que Roma é eterna deveremos esperar pelo resultado.
O texto atual é em Italiano. Deverá
então se traduzido para as demais
línguas oficiais da Ordem, ou seja,
para o Inglês e o Espanhol. Poderá ao
mesmo tempo sendo traduzido para
outras línguas. Isto naturalmente de-
mora. Será que conseguimos fazê-lo
até o fim de 2017?
Será preparada também a publicação do “Il Celebrare francescano”, “O
Jeito Franciscano de Celebrar” como
Guia para a Celebração Franciscana
da Liturgia, trabalho elaborado por
mim. Para sua publicação pela Vozes
falta apenas uma Apresentação do
Ministro Geral da Ordem, cujo esboço, prometido há muito tempo pelo
nosso Ex-Coordenador, só precisa ser
ultimado.
Só após a conclusão do Missal é
que se vai dar continuidade aos trabalhos em relação ao Suplemento
Franciscano da Liturgia das Horas e
do Ritual, cujos esquemas já foram
delineados pela Comissão no início
dos seus trabalhos.
Interessante observar que se trata
de 344 celebrações para mais de 450
santos e bem-aventurados de toda a
Família Franciscana. Claro que nem
todos vão celebrar todos os santos e
bem-aventurados. Muitos são apresentados como Memória facultativa.
Em tudo Deus seja louvado!
Frei Alberto Beckhäuser
SAV
JOVENS FAZEM RETIRO EM RONDINHA
E
ntre os dias 26 e 29 de maio, o
Serviço de Animação Vocacional da Província Franciscana
da Imaculada Conceição, promoveu, em Rodinha (Campo Largo-PR), mais uma etapa do retiro franciscano para jovens. O encontro foi
conduzido e motivado por Frei Diego
Melo, Irmã Isabel Simeoni e Frei Edvaldo Soares. Dos dez jovens que participaram deste retiro, oito já haviam
participado do primeiro, realizado em
setembro de 2015 no Eremitério Beato Frei Egídio (Rodeio-SC), e o grupo
pôde ser alegrar com a presença de
dois novos participantes e de Frei Edvaldo, que também não esteve presente na oportunidade anterior.
O retiro em Rondinha teve início
com a acolhida e o almoço com os
frades da fraternidade do Convento
São Boaventura. Em seguida, Frei
Gabriel Dellandrea, estudante de Filosofia, apresentou a capela central,
com seus vitrais e mosaicos tão ricos
em significados. Logo depois, a partir das leituras de trecho do Evange-
lho (Lc 2,1-20) e das Fontes Franciscanas, com a biografia de Tomás de
Celano sobre o presépio de Greccio
(1 Cel 30), as reflexões tiveram início em um lugar inusitado e extremamente significativo: uma antiga
estrebaria do Convento, não mais
utilizada, mas ainda preservada, local onde nos foi apresentado o tema
do retiro: a Encarnação.
Assim teve início o retiro, uma
profunda experiência de silêncio, reflexão pessoal e autoconhecimento, a
partir de leituras, oração, filmes, partilha e vida fraterna. Nesses quatro
dias tivemos a oportunidade de silenciar para escutar Deus falar ao nosso
coração, de partilhar nossas vidas e
nossa história, nos aprofundarmos
na espiritualidade franciscana, nos
aproximarmos da humanidade de
Jesus e de nossa própria humanidade, especialmente na surpreendente
experiência realizada na última tarde
de retiro: a visita à instituição “Pequeno Cotolengo”, em Curitiba, que
acolhe crianças e adultos com defi-
ciências múltiplas. Talvez este tenha
sido o momento mais desafiador do
retiro, mas também um dos mais
profundos, o momento de colocar
em prática aquilo que foi meditado
e refletido nos dois dias anteriores,
sentindo e vivenciando o mundo que
se torna presépio.
Tendo começado o retiro na estrebaria, ao final dos quatro dias,
percorremos o itinerário e encerramos diante da imagem do presépio,
não um presépio comum, mas um
construído e imaginado a partir da
história e da caminhada de cada um,
a partir de nossa humanidade, um
presépio capaz de refletir tudo aquilo
que está em nossos corações. Ao final do retiro e diante desta imagem
temos, mais uma vez, a certeza de
que não estamos sozinhos, e relembramos que, na nossa caminhada,
precisamos manter nosso coração
aberto a Deus e ao nosso próximo,
com olhar misericordioso, sempre
buscando os traços de Deus em nossa humanidade.
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
359
Fraternidades
TRÊS DIAS COM NOSSA SENHORA
A
imagem peregrina de Nossa
Senhora Aparecida, que percorre o Brasil, na preparação
dos 300 anos de seu achamento nas águas do Rio Paraíba, está
passando de paróquia em paróquia
na Arquidiocese de Vitória. Na sexta-feira de noite, dia 20 de maio, chegou
à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Vila Velha, a mãe de todas as
paróquias do Estado, desde 1942 sob
os cuidados dos Franciscanos.
Tínhamos que optar: ou ela passaria pelas comunidades, pelos vários
hospitais e colégios, ou ficaria no Santuário recebendo as dez comunidades
e os alunos dos colégios. O conselho
paroquial preferiu a segunda forma,
também por razões de segurança da
imagem e pelo sentido pedagógico da
peregrinação, já que estamos no Ano
Santo da Misericórdia, que pressupõe
o movimento romeiro.
360
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Assim, durante três dias, de hora
em hora, foram se substituindo as
muitas pastorais, os colégios, os grupos como a Ordem Franciscana Secular, os Congregados Marianos, o
Terço dos Homens, o Apostolado da
Oração, e, sobretudo as dez comunidades. Foi intensa a participação.
Acima do que poderíamos esperar. É
verdade que tivemos a sorte de termos a imagem em final de semana e
na segunda, dia 23, que é feriado em
Vila Velha, por celebrarmos o Dia do
Solo Espiritossantense. Não havendo
a obrigação do trabalho, tornou-se
bem mais fácil a presença dos paroquianos.
A imagem da Aparecida recebeu
seu trono no vasto presbitério do
Santuário, sob a grande cruz, iluminada pela luz dos dois vitrais: de São
Francisco declamando o Cântico do
Sol em meio a colibris e o Sol atraves-
sando o símbolo de Vila Velha, que
é o Convento da Penha. Cada grupo
organizou seu próprio programa de
cantos, orações, reflexões e pedidos.
Tivemos, então, três dias de cantoria
mariana e de vozes orantes escutadas
dentro e fora do Santuário.
Dois momentos se destacaram.
O primeiro foi a Missa vespertina de
domingo, festa da Santíssima Trindade. Todos os Frades concelebraram.
A equipe litúrgica e o presidente da
celebração Frei Djalmo Fuck conseguiram englobar a Trindade e Maria
de Nazaré. Coisa, aliás, nada difícil
de fazer. Difícil é fazê-lo da forma
elegante, mística, popular e carinhosa como foi feito, envolvendo as duas
mil pessoas presentes e orantes no
Santuário. Pescadores verdadeiros,
com suas redes-ganha-pão-diário e
suas roupas cheirando a peixe, mulheres de pescadores rezando na
Fraternidades
pequena capela e acendendo velas
para obter curas e bênçãos, crianças correndo pelos corredores ‘para
ver tudo o que estava acontecendo’,
líderes das comunidades com seus
estandartes (Cristo Rei, Cristo Redentor, Cristo Ressuscitado, São Sebastião, São Marcos, São Benedito,
Santa Clara, Sagrada Família, Nossa
Senhora do Rosário e o Divino, colégios com suas bandeiras festivas e
o povo inteiro cantando “Dá-nos a
bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora de Aparecida!” e as lágrimas
escapando piedosas dos olhos de homens e mulheres.
O segundo momento foi a Missa
de despedida, na segunda, dia 23, das
16 às 18 horas. Novamente o Santuário cheio. Não era dia santo. Era
um santo momento. Liturgia aos
cuidados dos jovens. Missa votiva
de Nossa Senhora Aparecida, concelebrada, presidida por Frei Florival
de Toledo. Não saberia dizer se havia
mais mulheres ou mais homens. Mas
posso afirmar que havia tanta juventude quanta idade madura. Os jovens
encenaram a história da Aparecida e
a imagem fez sua entrada solene e
aplaudida pelo corredor central e
foi ocupar seu trono no presbitério.
Também a Palavra de Deus entrou
trazida por uma moça vestida com
o manto de Aparecida, cantando
“Mostra-me o caminho, mostra-me
a luz, mostra-me Jesus”.
A despedida da Imagem aconteceu também em dois momentos. O
primeiro, após a Comunhão, quando uma bailarina, ao som da Ave-Maria, entrou pelo corredor central, recolhendo do chão objetos (ali
previamente colocados), enquanto
o locutor lhes dava um sentido: um
relógio para simbolizar a entrega do
nosso tempo, não o cronológico, mas
o kairológico, sobretudo, acentuava
o locutor, o tempo dos nossos grupos, o tempo de nossas atividades,
o tempo de nossas orações; depois,
um par de sandálias, para expressar
nossa caminhada na fé; a camisa do
grupo jovem, para dizer da eterna juventude dos que vivem em Deus; um
terço, para simbolizar a oração como
fonte da juventude e força da caminhada; um coração, para lembrar o
mandamento do amor, alimento da
comunidade; flores, para recordar
que nas coisas pequenas se encontra
a beleza daquelas “grandes coisas”
que em nós fez e faz a misericórdia
divina; a Bíblia, por onde dialogamos
com Deus. Por fim, a bandeira nacional (aclamadíssima!), pedindo a
proteção da Senhora Aparecida para
o Brasil, da qual é Mãe e Rainha.
O segundo momento, já fora do
Santuário, enquanto ela subia em
seu andor no carro, uma chuva de
fogos coloridos descia do céu, para
encanto de crianças e velhos. Pelas
ruas da paróquia, gente pelas janelas,
homens em pé nos bares, foi levada
até a Rotatória de Itaparica, onde co-
meçou a caminhada de todas as 15
paróquias de Vila Velha pelo calçadão da praia, que devia ser luminosa,
mas o vento forte não deixava nada
aceso. A caminhada de quatro quilômetros devia ser penitencial, dentro
do Ano Santo da Misericórdia, mas
o povo, predominantemente jovem,
foi cantando e dançando e pulando,
feliz e festivo, enquanto na rua paralela, à esquerda, acontecia a carreata
dos que não podiam caminhar, mas
queriam expressar o amor filial à
Mãe Aparecida, e, à direita, as ondas
do mar, provocadas pelo vento, barulhavam seu modo de louvar a Deus.
No céu, a lua ainda cheia, corria livre, rindo do quarto minguante sob
os pés da Imaculada que passava no
andor.
Na Praia do Ribeiro, onde desemboca a Rua Champagnat, sem discursos, a Paróquia do Rosário entregou
a imagem à Paróquia São Francisco.
Frei Clarêncio Neotti
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361
Fraternidades
Terço dos Homens NO CONVENTO DA PENHA
no colo da Mãe da Penha
O
movimento devocional Terço
dos Homens vem crescendo
no país e, no sábado à tarde, dia
21 de maio, chegou ao Convento da Penha, na Casa da Mãe de
Deus, Santuário da graça e do perdão
em Vila Velha, no Espírito Santo. Cerca de dois mil homens participaram
do 3º Encontro Estadual do Terço dos
Homens, que reuniu quatros dioceses:
Cachoeiro de Itapemirim, Colatina,
São Mateus e Arquidiocese de Vitória.
Foi uma tarde devocional que terminou com a Celebração Eucarística,
presidida por Dom Rubens Sevilha,
bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória. “Hoje, o coração de Nossa Senhora está alegre de modo especial.
Vocês se lembram de quando eram
crianças, e até hoje quem tem mãe
viva, a alegria maior da mãe era ver
seus filhos juntos? Repararam nisso?
O coração de Nossa Senhora hoje,
neste momento, está alegre, feliz, por
ver seus filhos reunidos e querendo caminhar nesta missão bonita do
Terço dos Homens”, disse D. Sevilha
na sua saudação, exaltando esse amor
à Mãe de Deus. “Como é bom o colo
da Mãe! Quer coisa melhor na vida
362
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
do que colo de mãe? E a vida não está
fácil. E os homens sabem disso! Hoje
está difícil manter uma família”, acrescentou, perguntando quem era pai e
avô? “Quase todo mundo... Veja quão
difícil é a missão de vocês. Não é fácil,
mas meu irmão, você não está sozinho.
Você não vai estar abandonado na vida
ou jogado na vida sem mãe e sem pai.
Você tem pai, que é Deus; você tem
mãe, que é a Mãe de Jesus e nossa Mãe
e temos Jesus que Deus nos enviou
para ensinar o caminho”, acrescentou.
No final pediu aos homens que
perseverassem nesta devoção e fez
um alerta. “Quando a gente decide
caminhar no bem, aparece sempre
um monte de obstáculos, de dificuldades. O terço é essa ‘arma’ para superar os obstáculos e caminhar mais
perto de Deus. Por isso, essa missão
do Terço dos Homens é maravilhosa!”, completou.
O missionário redentorista irmão
João Batista de Viveiros, o Irmão Viveiros, da Rádio e TV Aparecida,
observou ainda como o Terço dos
Homens vem crescendo nos últimos
anos, sendo que no encontro nacional
em fevereiro de 2016, estiveram reuni-
dos 45 mil homens em Aparecida (SP).
“O Terço dos Homens é obra de Deus
e não dos homens. E ação do Espírito
Santo”, disse.
Irmão Viveiros explicou que o
Terço dos Homens não é de hoje,
mas teve início em 1936, na pequena cidade de Itabi, em Sergipe. Ele
foi formado por Frei Peregrino, frade
franciscano do Convento de Penedo
(AL), embora vários grupos e pessoas
e até movimentos que reivindicam a
fundação do primeiro grupo. Existe
um documento registrado em cartório, atestando que o terço dos homens
foi fundado com o nome de ‘Terço
dos Homens de Nossa Senhora do
Perpértuo Socorro’, por Frei Peregrino, no dia 8 de setembro de 1936, em
uma Santa Missão, que estava sendo
realizada na Vila da Providência, atual cidade de Itabi, SE. O terço dos homens não nasce como um movimento
excludente, porque seria contraditório
ao Evangelho e à missão da Igreja, mas
é uma porta eficaz para os homens encontrarem seu lugar na Igreja.
Frei Alan Leal (texto)
Solange Souza (fotos)
Fraternidades
O AGRADECIMENTO DE FREI BENJAMIM
I
nternado na primeira quinzena de março no Hospital A.C.
Camargo, em São Paulo, Frei
Benjamim Ansolin recebeu alta
no final de maio. Foram quase três
meses de tratamento, sendo dois
meses e meio de internação com
sessões de rádio e quimioterapia,
três momentos de permanência
na UTI, de cuidado e acompanhamento constante de suas irmãs, es-
Segue a poesia:
pecialmente Lourdes Ansolin, que
esteve quase todo o tempo com o
Frei no hospital, visitas de amigos
e confrades, para orações e celebrações da missa e, especialmente, de
muita esperança. Neste tempo, o
confrade criou uma bonita relação
de afeto com a equipe do hospital
e, numa espécie de poema autobiográfico, narra o que viu e viveu em
75 dias de internação hospitalar.
O vai e vem de um hospital
São Paulo, 22 de maio de 2016 - Frei Benjamim Francisco Ansolin
1. De manhã à noite e da noite ao amanhecer
O vai e vem do hospital é muito intenso;
São médicos, enfermeiros e enfermeiras
Muito dedicados e dedicadas a um bom atendimento.
8. Esta gratidão é extensiva a todos os profissionais da saúde,
Porque, também eles, instrumentos que são de Deus na profissão;
Aplicam seus devidos conhecimentos e aptidões,
Com muita responsabilidade, no exercício da sua missão.
2. É um entra e sai dos quartos de pacientes
Fazendo consultas ou levando medicamentos;
Cada um cumprindo, religiosamente, sua missão,
Bem como outros e outras com demais procedimentos.
9. Que o bom Deus a todos recompense
Por tanta bondade, zelo e alma delicada;
Que eles também sintam a incontida alegria
de ver um de seus pacientes voltando para casa.
3. Pelos corredores, muitas macas, cadeiras de rodas e outros móveis
Todos eles para servirem ao atendimento dos doentes;
Em todos os andares, diversos são os elevadores
Que, num sobe e desce, são manobrados por gentis competentes.
10. As palavras que mais se ouvem neste hospital
São “meu querido ou minha querida” e “obrigado e obrigada”.
Atitude gentil que muito me impressionou
Porque saindo, de coração, desta gente muito amada.
4. Passando pelos quartos dos pacientes
Constata-se que são bem aparelhados;
Banheiros, armários, sofás, TVs e outros que tais
Bem aproveitados por acompanhantes e visitas maravilhados.
11. Só ouvindo estas amáveis palavras
A gente se sente bem acolhido e feliz;
Pois é um verdadeiro e lenitivo bálsamo
Para alguém que se sente, às vezes, um tanto infeliz.
5. O A.C. Camargo de São Paulo
Que me acolheu com muito carinho e desvelo;
Trata de câncer dos mais diversos tipos
Sendo assim, uma referência de um bom modelo.
12. Fique, aqui neste hospital, a minha gratidão a todos
A quem dedico orações e a minha bênção sacerdotal.
Saindo daqui sentirei de todos muita saudade,
Que a levarei para sempre até a vida eternal.
6. Mas como é opressiva a solidão da UTI,
Só amenizada pela entrada de médicos e de enfermeiros;
E, por vezes, a presença amiga de acompanhantes prestimosos,
Revigora a esperança do paciente nos seus sofrimentos passageiros.
13. Aos padres do convento e ao enfermeiro João
Também a minha fraternal gratidão.
Porque sempre marcaram aqui presença amável;
Os padres me abençoando ou rezando missa,
E o enfermeiro João sempre prestativo e afável.
7. Grande é a alegria de médicos, enfermeiros e doentes
Vendo alguém voltando curado para casa;
A gratidão, por certo, subirá até o Deus da vida,
Que conduziu também dos médicos a mão abençoada.
Nota: A Deus sejam dadas glória e louvor
Porque é sempre grande o seu amor!
Fraternidades
CORPUS CHRISTI EM XAXIM
A
pesar do dia chuvoso, a quinta-feira de Corpus Christi
(26/05) em Xaxim, Santa Catarina, uniu muitas pessoas,
grupos, pastorais e entidades, primeiro na parte da manhã, para a confecção dos “tapetes” pelas ruas do centro
da cidade, depois pela procissão de
Corpus Christi.
As crianças da catequese, acompanhadas de várias catequistas, eram as
mais animadas. Mesmo enfrentando
364
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
a chuva e o frio, mantinham-se fiéis
e dedicadas ao trabalho de dar cor e
vida ao caminho que seria percorrido
pelo Cristo presente na Eucaristia.
Às 15 horas teve início na Igreja
Matriz São Luiz Gonzaga a Missa Solene desta data, presidida pelo pároco
Frei Alex Sandro Ciarnoscki e concelebrada pelo vigário paroquial Frei
Vitalino Piaia.
A Igreja Matriz ficou completamente lotada de fiéis e uma boa parte
acompanhou do lado de fora. O momento mais aguardado começou ao
término da celebração com a Procissão do Cristo Eucarístico, percorrendo os “tapetes” coloridos com serragem pintada e outros materiais.
O povo católico de Xaxim mais
uma vez demonstrou sua fé, seu respeito e sua reverência ao Cristo vivo, presente e próximo na Hóstia Consagrada.
Valnei Brunetto
Fraternidades
xaxim
FESTA DA FÉ NO ENCERRAMENTO DO MÊS MARIANO
O
povo católico da Paróquia São
Luiz Gonzaga de Xaxim, Lajeado Grande, Marema e Entre
Rios (SC) viveu e experienciou na noite do domingo (29/05),
mais um grandioso momento de encontro, fé, celebração e comunhão.
Às 18 horas, o Ginásio São
Francisco, no centro da cidade ficou lotado com o povo
de Deus que veio dos quatro
municípios da Paróquia para
participar da coroação e encerramento do mês mariano;
da entrega da Cruz Peregrina
da Misericórdia para a Paróquia Bom Jesus de Xanxerê;
o aniversário do pároco, Frei
Alex Sandro Ciarnoscki, e
para acolher a presença do
Bispo Diocesano, Dom Odelir José Magri, que presidiu a
Santa Eucaristia.
Freis Genildo Provin e
Alcides Cella da Paróquia São
José, de Coronel Freitas, também estiveram presentes, além
do Vigário Geral da Diocese, Pe. Ademir
Rubini; do pároco de Xanxerê, Pe. Marcelo Spézia e dos vigários paroquiais,
Pe. Domingos Dias e Claudir Meoti.
É na celebração que a comunhão
acontece e a igreja de Deus se faz.
Sem dúvida, a celebração desta noite
fortaleceu o espírito de comunhão e
participação; de fraternidade e solidariedade; de partilha e pertencimento à
Igreja e ao Projeto do Reino anunciado e testemunhado por Jesus Cristo.
Valnei Brunetto
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
365
Fraternidades
AGUDOS
CORPUS CHRISTI REÚNE MILHARES DE FIÉIS
A
Paróquia São Paulo Apóstolo
de Agudos realizou na tarde
da quinta-feira (26) a solenidade de Corpus Christi. A
celebração, presidida por Frei Carlos
Pierezan e concelebrada pelo pároco
Frei Sílvio Trindade Werlingue, contou também com a presença do Diácono Marcos Alberto Arantes e foi realizada na Praça Tiradentes da cidade,
seguindo com procissão pela rua 13
de maio até a Paróquia para bênção
final. Neste ano, milhares de pessoas
participaram da festa do Corpo e Sangue de Jesus.
Durante a celebração, Frei Carlos lembrou a todos os presentes
sobre a importância da Eucaristia,
sinal vivo da presença de Jesus na
vida dos cristãos. “Estamos aqui
acolhendo Jesus em nossa vida, por
isso queremos hoje, em praça pública, agradecer pela presença perma-
nente de Jesus em nosso meio”, disse.
O pároco, Frei Sílvio, pediu aos
fiéis para serem misericordiosos e
partilharem tudo o que aprenderam
dos ensinamentos de Jesus com o próximo. “Neste ano da misericórdia, devemos partilhá-la com os irmãos, pois
esta é a melhor lição que nós podemos
aprender com a Eucaristia”, pontuou.
Sinônimo de união
A solenidade também contou
com a integração, criatividade e empenho de membros dos seis setores
da Paróquia, pastorais e movimentos, que, pela manhã, enfeitaram as
ruas com a confecção de tapetes, que
levaram a temática principal da Eucaristia, mesclando com os padroeiros
dos setores: São Paulo Apóstolo, São
Francisco de Assis, Nossa Senhora
das Graças, Santa Cecília, São João
Batista e Nossa Senhora Aparecida.
Diego Pires Rodrigues, catequista
no setor Nossa Senhora das Graças,
estava entusiasmado com os enfeites. “É o primeiro ano que eu enfeito. Acho muito importante, pois tem
um trabalho em equipe, pois aqui um
setor ajuda o outro. Todas as pessoas
se unem para transformar o Corpus
Christi em sinônimo de união”, comenta.
Cleonice Aparecida Araújo, do
Setor Santa Cecília, conta que enfeitar as ruas e participar da solenidade
é muito importante. “Corpus Christi
significa vida. Para mim é muito gratificante participar da montagem dos
tapetes. Faço com muito prazer”, diz.
Solidariedade
A Paróquia São Paulo Apóstolo
ainda arrecadou fraldas geriátricas
para as pessoas doentes da cidade de
Agudos.
O gesto foi tão positivo entre os
fiéis que haverá uma ampliação na
arrecadação para além Corpus Christi. Os interessados em colaborar, poderão levar sua doação na Secretaria
Paroquial, das 9h às 11h e das 13h às
17h. A Paróquia fica na Avenida Benedito Otoni, 582.
Isabela Gaspar
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[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Fraternidades
PVF: Um dia com Maria e Frei Galvão
T
odo mês de maio, o Pró-Vocações e Missões Franciscanas convida os benfeitores
para “Um Dia com Maria e
Frei Galvão”. Neste ano, no dia 22
de maio, os benfeitores se reuniram
para este passeio-peregrinação a
Aparecida e a Guaratinguetá. Chegamos na Casa da Mãe de Deus por
volta das 9h30 e seguimos em procissão, cantando e rezando, até o
Santuário.
Em seguida partimos para o Se-
minário Frei Galvão, na cidade de
Guaratinguetá, onde fomos acolhidos
por Frei João Francisco da Silva, Frei
Claudino Dal’Mago, Frei Leonir Ansolin e toda fraternidade. Nesta casa
de formação da Província, participamos de uma celebração e conhecemos as instalações da casa, que fica
em meio à cidade, rica em natureza e
espiritualidade.
No final da tarde visitamos a Catedral de Santo Antônio, local onde Frei
Galvão foi batizado e fez sua primeira
comunhão, bem como a casa onde o
Santo nasceu.
Como disse Frei Alexandre, “foi
um dia abençoado, com muito sol e
amor”. Fizemos um retorno tranquilo
para São Paulo.
Agradecemos à fraternidade do
Seminário Frei Galvão pela acolhida, bem como a todos os benfeitores por dividir este momento de fé
conosco.
Marcelo Miranda
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
367
Fraternidades
gaspar
SEMANA DE ORAÇÃO
PELA UNIDADE DOS
CRISTÃOS
Ser ecumênico educa para o diálogo, para a
fraternidade e para o respeito. Cria um clima de
escuta da Palavra de Deus e uma disposição para
a partilha. A busca da unidade contribui para a
superação dos preconceitos e favorece o cultivo
do diálogo afetuoso. Ser ecumênico é essencial
para a credibilidade do Cristianismo. Jesus orou
para que todos sejam um e o mundo possa crer
(Jo 17,21).
Unidos em Cristo e em comunhão com a
Igreja Luterana e a Igreja Assembleia de Deus, a
Paróquia São Pedro Apóstolo, de Gaspar, realizou
no dia 10 de maio de 2016, um Culto Ecumênico
para celebrar a Semana de Oração pela Unidade
dos Cristãos.
Simbolizando o compromisso de ser sal da
terra e luz do mundo, durante a celebração, os fiéis foram convidados a experimentar uma pitada
de sal e acender uma vela no Círio Pascal.
Envolvidos com a Campanha Maio Amarelo, projeto que procura orientar para a educação
no trânsito, várias entidades do nosso município
também participaram da celebração. Fizeram-se
presentes o Lions, Rede Feminina de Combate ao
Câncer, Polícia Militar, Ditran e agentes de trânsito.
O Coral Santa Cecília animou o culto e o rito
da celebração foi dividido entre o Pároco Frei
Paulo, Frei Lindolfo, acompanhados pelo Pastor
Alessandro Lung, da Assembleia de Deus e o
Pastor Horst Lumke, da Igreja Luterana.
ACALANTO
Leonor Darós
Esse acalanto, pra trazer-me a calma,
Vem lá do céu, e é um dom do meu Senhor,
Eu sepultei a dor dentro em minha alma,
E em mim, bem forte, vive o puro amor...
Esse acalanto, que harmoniza o peito,
É bem suave e de uma divina graça,
É obra do céu, de um artista perfeito,
Vem de uma orquestra a ressoar na praça...
Eu sempre ouvi essa cantiga linda,
Espaço santo em minha tarde finda,
Pra recompor minha alma da fadiga!...
Pra mim constante é sempre esse acalanto,
Até a morte ele será meu canto,
E com ele regressar ao céu eu vou.
Frei Walter Hugo de Almeida
Fraternidades
UMA “QUASE-JUFRA” NA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO
DE ASSIS DE DUQUE DE CAXIAS
O
carisma franciscano é de
todo aquele que, casado ou
consagrado, jovem ou até de
mais idade, sonha como sonhou o pobre de Assis! Assim está
sendo para os jovens da Paróquia São
Francisco de Assis de Duque de Assis
– RJ. Próximo de completar um ano,
estes jovens estão seguindo os passos
formativos para uma futura ereção
de uma JUFRA – Juventude Franciscana. Abaixo, segue uma pequena
reflexão da parte deles carregada de
ousadia e de inspiração franciscana.
“Queridos Irmãos, paz e bem!
Nós somos a juventude da Paróquia São Francisco de Assis, localizada em Campos Elíseos - Duque
de Caxias. [...] Nos reunimos no encontro de formação para aos poucos
assumirmos o carisma da JUFRA
(Juventude Franciscana) em nossa
Paróquia na Baixada Fluminense.
Nosso encontro aconteceu na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em
Petrópolis. O objetivo de nossa tarde foi refletir acerca da vida de São
Francisco de Assis.
Aprofundando nessa reflexão,
levamos em conta que, apesar da
distância temporal, vivemos as mesmas condições vividas por Francisco:
avanço tecnológico, desenvolvimento das ciências, conflitos por terra,
consumo desnecessário, altas taxas
de criminalidade, doenças, epidemias, distância do povo em relação
ao clero e aos governantes. Como
não poderíamos deixar de mencionar, vivemos em uma sociedade corrupta e com grandes distâncias entre
as classes, que tristemente, com ações
repetitivas, insistem em massacrar os
menos favorecidos.
Contudo, sonhamos e apostamos
em livrar nossos dias das armadilhas
deste mundo, imposta por esta sociedade afastada dos valores essenciais da vida. Queremos encontrar
a força na encarnação, na “loucura”
do Cristo crucificado e na autenticidade de sua Ressurreição para
anunciar um novo tempo. Confiamos que não haja pessoa mais autentica do que o próprio Francisco
de Assis. Quem quer ser Francisco?”.
Aqui, nossa grande estima a estes
irmãos que, ao modo jovem de ser, assumem verdadeira e profeticamente os
passos de Cristo de acordo com a proposta de São Francisco a todos os jovens.
Frei Leandro Costa Santos
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
369
Fraternidades
PRIMEIRO ENCONTRO DO REGIONAL SERRA-BAIXADA
N
os dias 29 e 30 de maio estiveram reunidos os frades que
compõem o Regional Serra/
Baixada ao qual pertencem as fraternidades de Petrópolis, Duque de
Caxias e Paty do Alferes, totalizando
45 frades.
No dia 29/05, o encontro teve
início com uma oração, cujo tema
foi “O Espírito Santo, sopro vital
da Igreja”, conduzida por Frei José
Ariovaldo, o qual estimulou os frades a uma profunda atitude de oração e de meditação através dos cantos, leitura do Evangelho e orações.
A reflexão foi feita por Frei Almir
Guimarães.
Frei Cesar Külkamp deu as
boas vindas a todos e conduziu
o encontro, que teve eleição,
formação, informação, oração,
partilha e convivência fraterna.
No fim do encontro, dia 30/05,
definiram-se as datas dos próximos regionais para este ano, bem
como os locais: 24/06, às 14 horas
em Campos Elíseos; 02 e 03/09, no
ITF; e 19/11, Paty do Alferes. O encontro terminou às 12 horas com a
oração na Igreja e um almoço festivo.
Frei Wagner José da Rosa
60 anos de Vida Religiosa de Frei Henrique e Renovação dos Ministros
N
a noite de quarta-feira, dia 18
de maio, em Missa presidida
pelo Sr. Bispo Diocesano de
Joaçaba, Dom Frei Mário Marquez
OFMCap, Frei Henrique Ireno Dell’
Olivo renovou seus votos religiosos ao completar 60 anos de Vida
370
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Consagrada. O guardião da fraternidade, Frei José Idair Ferreira
Augusto, conduziu o momento da
Renovação do frade jubilando. Já
Dom Mário aceitou as renovações
das promessas dos mais de 200 Ministros Extraordinários da Sagrada
Comunhão Eucarística, da Palavra
e da Esperança. Imploremos à Santíssima Virgem Maria, padroeira de
nossa Paróquia, neste mês dedicado
a ela, que sempre abençoe, proteja e
ilumine a vocação de Frei Henrique
e a de todos os ministros.
Fraternidades
ENCONTRO DO REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA
N
o dia 9 de junho, em São Sebastião, o Encontro teve início
já na fraterna acolhida dos
frades da casa, nos cumprimentos, com o café da manhã, no refeitório. Na sala superior do Convento, deu-se a reunião, aberta por Frei
João Pereira da Silva, coordenador.
Ele propôs a Oração Litúrgica da manhã, lembrando São José de Anchieta,
celebrado no dia.
Na pauta: “Cultivo da qualidade
de vida e das relações fraternas” “Apontamentos sobre o Encontro dos
guardiães e coordenadores - Agudos,
4 e 5 de maio de 2016”. Da leitura e
reflexão sobre o texto, passou-se à
partilha. Qualidade de vida e relações
fraternas deverão ser cultivadas e alimentadas dia a dia, ao longo da vida.
O texto em questão contém preciosos
ensinamentos e conselhos a serem
postos em prática, tanto no sustento
material quanto nas relações fraternas: buscar alimentação sadia; evitar
aquela que agride o organismo, prevenir antes que remediar; ter força de
vontade, querer de fato fazer o que é
melhor pelo bem físico; organizar-se
para bem administrar as coisas básicas à saúde. Ao mesmo tempo, não
poderá faltar o que contribui para um
bom relacionamento fraterno: mediar
conflitos através do diálogo; conversar, e conversar muito; procurar ajudar e deixar-se ajudar; aprender com a
“crisis”, um meio de “purificar”, acrisolar, o modo de pensar e agir; gerenciar,
discernir, situações difíceis e mudar o
que é possível; buscar o que é essencial
à vida em fraternidade; agir com equilíbrio entre dependente e autônomo.
Da partilha das Casas do Regional: Frei Walter Hugo ressaltou a atração turística que se tornou a Fazenda
Esperança, bem como o Santuário
nela construído há pouco tempo. Ali
há retiros programados para o ano
todo. Do Seminário Frei Galvão, Frei
João Francisco, Definidor, apresentou
estatística de constante crescimento
do número de romeiros; a expectativa
da “Festa Agostina”- 5, 6 e 7 - também
já está se espalhando na cidade (e na
Província também! Todos convidados!). Frei João Pereira, Frei Virgílio
e Frei Marcelo Romani, empolgados
com novos trabalhos na Paróquia
Nossa Senhora do Amparo, não escondem os desafios que enfrentam
em construir espaços novos em espaços de casa tombada pelo Patrimônio.
Frei Jeâ Paulo deu a boa notícia do
Estágio dos Postulantes, no Sefras, em
São Paulo, durante o mês de julho. Por
fim, Frei João Francisco fez conhecer
o empenho do Definitório na reorganização das atividades da Província,
pelo fato da nomeação episcopal de
Frei Evaristo P. Spengler.
Como se pode avaliar pela foto, o
Encontro concluiu-se com aquele almoço!
Frei Claudino Dal’Mago
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
371
Fraternidades
Despedida de Frei Gentil branco
e posse de frei Paulo borges
N
o dia 28 de maio, sábado, às 19
horas, houve a Missa de Ação
de Graças na igreja matriz da
Paróquia Nossa Senhora da
Imaculada Conceição, em Angelina, pelos três anos que Frei Gentil de
Lima Branco esteve à frente da Paróquia como pároco e reitor do Santuário.
A paróquia viveu sobre o pastoreio de Frei Gentil desde janeiro de
2013. Frei Gentil, de uma forma bem
especial e fraterna, sempre teve o cuidado de bem conduzir o rebanho a ele
372
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
confiado. Pelo seu exemplo, dedicação, paciência e humildade, tal como
o Bom Pastor, buscou e resgatou várias ovelhas que andavam dispersas.
Sua maneira de ser e agir aproximou
as pessoas e as fez sentirem-se irmãs.
Promoveu o crescimento espiritual
fortalecendo a fé, dando um sentido
comunitário de vida cristã e aproximou o povo de Deus.
A ele nossos sinceros agradecimentos pela amizade, carinho,
humildade, fraternidade e amor ao
rebanho que lhe foi confiado. E pe-
dimos a intercessão de Nossa Senhora de Angelina sobre ele e sua nova
missão.
No domingo dia 29 de maio, na
missa das 10 horas na Igreja Matriz
de Angelina, Dom Wilson Tadeu
Jönck, Arcebispo Metropolitano de
Florianópolis, deu posse ao Frei Paulo
Cezar Magalhães Borges que assume
a missão de pároco em Angelina. A
comunidade paroquial acolhe com
alegria seu novo pastor e intercede à
Mãe, Nossa Senhora, que derrame
suas bênçãos sobre ele.
Fraternidades
FRATERNIDADE CUIDADORA DE BRAGANÇA
M
oro em Bragança Paulista, SP, numa Fraternidade com vinte confrades.
Frades que trabalham na
Universidade São Francisco, frades
que formam a Fraternidade Cuidadora e treze frades idosos e em
tratamento. Ali convivo com o que
diz a Regra Não Bulada: “Se algum
dos irmãos cair enfermo, onde quer
que estiver, os outros irmãos não o
abandonem, a não ser que se constitua um dos irmãos ou mais, se necessário for, que o sirvam como gostariam de ser servidos” (Rnb 10,1).
Viver assim é confirmar a identidade fraterna da Ordem. Se um Irmão
não tiver lugar para ficar na hora
que mais necessita, é sinal que a
identidade da instituição enfraqueceu. A doença física não dói tanto,
nem faz sofrer, como estar longe do
ideal que se abraçou. Sadio é não
afastar do relacionamento humano.
Temos enfermeiros e enfermeiras
exemplarmente dedicados, visita
médica constante, mas é a Comunidade que assumiu estar com todos
ali, formando com todos os atendentes uma única célula fraterna.
Saúde é estar na família que se
escolheu. Saúde é organizar todos
os gestos de amor e cuidado. Saúde
é ter os irmãos e irmãs enfermeiros,
médica e fisioterapeuta fazendo o
que não sabemos fazer clinicamente. No campo do amor que é cuidado, temos que ser especialistas.
Bonito ver ali gestos de caridade
como especialização de cada um.
O irmão enfermo recebe remédios,
fisioterapia, alimentação adequada e
terapias diversas, porém todos não
vivem somente de cuidados técnicos, mas recebem a dose certa de
carinho, aconchego e presença.
Nossa Fraternidade Cuidadora
não se caracteriza como lugar de
doença e velhice, mas como lugar de
convergência de sentidos: todos entregaram sua vida até o limite possível. Também não é uma casa em que
vêm para esperar a morte chegar.
Não podemos aceitar a doença e os
limites da idade como um confronto
com a morte. Saúde é estar sempre
do lado da vida, reconciliando-se
com ela e abraçando o que vier. O
hoje do cuidado, para agradecer o
ontem da entrega, é o futuro garantido na certeza da eternidade.
Frei Vitório Mazzuco
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
373
Fraternidades
IMPRESSÕES DA VIAGEM À SÍRIA
D
epois de dez dias desde a minha chegada a Damasco – Síria, sinto que já posso contar
um pouco de minhas impressões e experiências.
Fui acolhido no Convento Franciscano São Paulo. A comunidade
aqui é composta por quatro frades,
três sírios e um palestino. Anexa ao
Convento esta a paróquia dedicada à
conversão de São Paulo. O trabalho
dos frades é desenvolvido em torno
a Paróquia, com diversas atividades e
missas diárias que são bem frequentadas pelo povo. É interessante notar
que a grande maioria dos fiéis que
participam da missas são de outras
Igrejas Cristãs, como Melkitas, Maronitas, Siríacos e Ortodoxos. Um
ecumenismo que parte
das bases e ignora as
divisões históricas ou
teológicas. Todos rezam juntos, cantam e
comungam com a mesma fé que demonstram
em suas próprias Igrejas. De fato, a impressão mais forte que tive
até agora foi ver a fé
deste povo, que mesmo
sofrendo seis anos de
374
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
guerra e perseguição não se deixaram
abater, mas, pelo contrário, o sofrimento os aproximou mais de Cristo e
fortaleceu a comunidade.
No final do mês de maio foi muito
bonito ver as expressões de fé e de devoção para com a Virgem Maria, visíveis no rosto e nos gestos de cada um
dos fiéis que lotaram as Igrejas de Damasco. Algumas meninas e até mesmo senhoras vinham vestidas de túnica azul com um cordão branco, que
lembra o de nosso hábito, o que elas
chamam de “tob al Adhra”, em português, túnica de Nossa Senhora. No
último dia do mês foi realizada uma
grande procissão pelas ruas do bairro cristão de Baba Tuma com grande
participação popular junto aos frades,
acompanhada de banda de música e
cantos marianos, enquanto se ouviam
no fundo sons de disparos de canhões
do exército que combatem rebeldes
islâmicos na periferia de Damasco.
Agora no mês de junho as atenções se
voltam para o coração de Jesus. É louvável a sensibilidade dos frades que a
partir da devoção popular evangelizam, reúnem e animam o Povo.
De fato, parece que os sírios, de
modo especial, os cristãos que ainda
vivem por aqui não se deixaram vencer pelo medo, apesar dos tristes relatos que diariamente escuto de gente
que perdeu membros de sua família,
sejam mortos na guerra ou porque
partiram para outros países em busca de segurança. O esforço dos frades
é de assistir de muitas
maneiras a população
que ainda permanece
no país. São várias as
atividades que desenvolvem, em especial
com as crianças e jovens
que quase diariamente
se encontram nos espaços do convento para
brincar, comer, ou para
catequese e celebração
eucarística. Segundo
Fraternidades
eles a casa dos freis é um lugar onde
se sentem seguros, apesar de que este
mesmo convento já foi atingido por
cinco foguetes no ano passado, lançados pelos rebeldes que combatem
contra o Governo.
Depois da intervenção russa na
guerra, em Damasco a situação atualmente é bem mais calma, mas ainda se sente um clima de tensão e de
medo e são muitas as barreiras militares espalhadas pela cidade que verificam carro por carro, bolsas, sacolas e
documentos para tentar inibir ataques
terroristas e a entrada de rebeldes, em
especial nas áreas cristãs que são mais
visadas pelos terroristas. Alguns bairros da periferia de Damasco onde os
combates ainda são muito intensos,
estão completamente isolados e ainda na mãos dos radicais islâmicos. É
estranho pensar que a guerra esta tão
próxima do centro da cidade e ver que
as pessoas parecem viver do modo
mais normal possível. Como eles
mesmo dizem, apesar de tudo, a vida
deve continuar.
Em outro convento franciscano,
algumas quadras daqui, com a presença de apenas um frade, os quartos
e espaços foram cedidos para acolher
refugiados de outras partes da Síria
onde os combates são mais intensos.
Apenas na região de Damasco e Tartous, a vida ainda é possível,. Nas demais regiões tomadas pelos rebeldes
islâmicos, é praticamente impossível
para um cristão continuar morando.
Na segunda maior cidade da Síria,
Aleppo, a situação é a pior possível e
lá ainda permanecem cinco frades
que cuidam do maior convento, esco-
la e igreja da Ordem na Síria, que se
tornou ponto de refúgio para muitas
famílias.
Até agora a experiência tem sido
muito edificante e desafiadora, e estar
próximo de situações tão extremas e
ouvir relatos tão fortes, faz com que
nos sintamos muito impotentes e totalmente dependentes da providência divina. Faz-nos esperar em Deus
como de fato a única segurança e proteção. Portanto, posso dizer que até
agora, a maior experiência que tenho
feito tem sido a da fé.
No mais, um abraço dos confrades de Damasco, cidade da conversão
de São Paulo, e peço as vossas orações
pela paz neste país e para este povo
tão sofrido.
Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira
NÚMEROS DO CONFLITO
Ao todo, 11,5% da população da
Síria morreu ou ficou ferida desde o
início da guerra, em março de 2011,
segundo um documento do Syrian
Center for Policy Research.
Em cinco anos de guerra civil, 400
mil sírios foram mortos no conflito e
outros 70 mil pereceram devido à falta
de água e cuidados médicos.
A estatística é muito maior do
que a de 250 mil mortos usada pela
ONU até parar de coletar dados, há 18
meses. Com os feridos no conflito, o
número de atingidos chega a mais de
11% da população.
Cerca de 400 mil mortes ocorreram
diretamente devido à violência, enquanto 70 mil pessoas morreram por
não ter acesso a tratamento adequado,
medicamentos, água limpa ou abrigo.
O número de feridos chega a 1,9
milhão de pessoas. A expectativa de
vida no país caiu de 70 anos em 2010
para 55,4 em 2015. As perdas na economia são estimadas em 255 bilhões
de dólares.
Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos tenta destruir o Estado Islâmico na Síria e quer que o presidente
sírio, Bashar al-Assad, deixe o poder.
Mas a Rússia e o Irã apoiam Assad e
são contrários aos opositores dele, que
recebem apoio do Ocidente e de aliados árabes, como a Arábia Saudita.
Fraternidades
Frei Evaristo Spengler:
BISPO Da ilha dE MARAJÓ
Frei Fidêncio cumprimenta Frei Evaristo durante a sua eleição para Vigário Provincial
E
leito Vigário Provincial no
último Capítulo Provincial
da Província Franciscana da
Imaculada Conceição, em janeiro último, Frei Evaristo Spengler
nem bem acabou de se instalar e ter
376
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
traçado uma agenda de trabalho com
o novo Governo Provincial e já terá
de assumir uma nova missão na Igreja: Ele foi nomeado pelo Papa Francisco, na quarta-feira, 1º de junho,
bispo da Prelazia de Marajó, no Pará.
Natural de Gaspar (SC), onde
nasceu no bairro de Pocinho no dia
29 de março de 1959, Frei Evaristo
vestiu o hábito franciscano quando
ingressou no Noviciado de Rodeio,
em Santa Catarina, no dia 20 de
janeiro de 1977. No dia 2 de agosto de 1982 fez a profissão solene na
Ordem dos Frades Menores e foi ordenado presbítero no dia 19 de maio
de 1984.
Aos 57 anos, Frei Evaristo tem
pela frente o maior desafio de sua
vida religiosa, embora isso não seja
novidade para ele, pois até hoje suas
experiências pastorais estiveram
concentradas em duas regiões de
fortes desigualdades e fraturas sociais: a Baixada Fluminense e a Missão de Angola (África), durante e no
pós-guerra.
Frei Evaristo vai suceder a Dom
José Luiz Azcona, religioso missionário da Ordem dos Agostinianos
Recoletos e bispo prelado do Marajó
desde 1987, que, devido à idade (76
anos), teve sua renúncia ao governo
pastoral da Prelazia aceita pelo Papa
Francisco, conforme prevê o Direito
Canônico.
Dom José Luiz está há 30 anos
no Marajó e é mundialmente reconhecido pela luta contra a exploração de menores, combate à prostituição, à exploração ambiental e à
corrupção no interior do Pará. O
prelado também é notoriamente
um dos membros do episcopado
no Brasil mais envolvidos com o
Movimento da Renovação Carismática Católica e as Novas Comunidades.
Fraternidades
Frei Evaristo em serviço quando era missionário na Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola
O MISSIONÁRIO
FREI EVARISTO
A
pós ser ordenado em 1984, Frei
Evaristo foi transferido para Duque
de Caxias, no bairro Campos Elíseos,
como Vigário Paroquial e responsável
pela equipe bíblica. Nesse tempo nasceu o projeto “Luar de Dança”, iniciativa
que surgiu em 1990 com Frei Evaristo,
na igreja Nossa Senhora de Santana. O
projeto começou com 30 alunos e em
2013 tinha 1.200 crianças.
Nesse tempo, Frei Evaristo também participou do Fórum Permanente
Contra a Violência(1988-1991).
Nesta mesma cidade, em 17 de janeiro de 1992, foi transferido pela Província Franciscana para a Fraternidade
de Imbariê, uma casa de formação inclusiva, onde foi vigário e vice-mestre
dos frades professos temporários. Seu
trabalho pastoral na Baixada Fluminense continuou em 10 de janeiro de
1995, quando passou a residir na vizinha Nilópolis como Vigário Paroquial
e animador da Equipe Bíblica Urbana.
De 30 de março de 1996 a 21 de janeiro de 1998 se dedicou aos estudos
bíblicos em Jerusalém. No retorno ao
Brasil, passou a residir no Convento
Santo Antônio e continuou os estudos
na PUC-Rio.
Frei Evaristo dizia no ano passado
que seu sonho era voltar para a Missão
de Angola, onde ficou por uma década.
Essa experiência missionária começou
no dia 31 de maio de 2001. De 2003 a
2006, Frei Evaristo presidiu a Fundação
Imaculada Mãe de Deus de Angola.
Nessa época, de 2005 a 2010, participou
de um projeto da ONU de Reconstrução de Escolas. Quatro escolas foram
criadas, abrindo 12 novas salas e várias
salas reformadas.
Três anos depois, no dia 25 de setembro de 2004, retornou ao Brasil para
ser submetido a uma delicada cirurgia
na coluna. Recuperado, retornou para a
Missão e foi eleito no dia 20 de dezembro de 2006 conselheiro da Fundação
Imaculada Mãe de Deus. Em 2009, Frei
Evaristo celebrou o seu jubileu de 25
anos de sacerdócio em Gaspar, com a
comunidade e familiares. Nesse dia, dizia que retornava a Gaspar para come-
morar as bodas de prata de sacerdócio
com 27 malárias no corpo, mas com
mais luz nos olhos.
Em janeiro de 2010 encerrava essa
etapa missionária e retornava para a conhecida Baixada Fluminense, na mesma Duque de Caxias, Imbariê, como
Vigário Paroquial. Ali continuou até
2012 quando o Capítulo Provincial o
elegeu Definidor e o manteve como coordenador da Fraternidade de Imbariê.
Em 2013 também acumulou a função
de vice-mestre dos frades de profissão
temporária do tempo da Teologia.
Conhecido pelo seu trabalho de
pacificação, Frei Evaristo voltou a trabalhar pela paz como membro do Fórum “Grita Baixada contra a Violência”
(2011 a 2015).
Em 2015, Frei Evaristo foi convidado por Frei Germano Guesser para ser
o pregador da Festa de São Pedro Apóstolo de Gaspar. Depois de 42 anos, desde o ingresso no Seminário, voltava a
participar da festa em sua cidade natal.
No Capítulo Provincial de 2016, ele
foi eleito Vigário Provincial e passou
a acumular a função de Secretário da
Evangelização.
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
377
Fraternidades
A PRELAZIA
A
Prelazia de Marajó foi erigida
a 14 de abril de 1928 pela bula
Romanus Pontifex do Papa Pio XI,
com território desmembrado da
Arquidiocese de Belém do Pará.
Segundo dados do IBGE, a Prelazia
conta com uma população aproximada de 300.000 habitantes, com
88,5% de católicos. A maior população está nas paróquias de Breves,
com cerca de 100.000 habitantes. O
território da prelazia é de 86.477,12
km², organizado em dez paróquias,
abrangendo os seguintes municípios: Soure - Paróquia Menino Deus
(Sé prelatícia), Breves - Paróquias
de Sant’ana, São José Operário e
Santa Terezinha do Menino Jesus,
Afuá - Paróquia Nossa Senhora da
Conceição, Chaves - Paróquia Santo
Antônio, Anajás - Paróquia Menino
Deus, Portel - Paróquia Nossa Senhora da Luz, Melgaço - Paróquia
São Miguel Arcanjo e Bagre - Paróquia Santa Maria, Salvaterra - Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
378
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
No ano passado, em entrevista
ao site da TV Aparecida, a produtora
Nazaré Soares, que há 8 anos é redatora-chefe do departamento de jornalismo na TV Aparecida, falou sobre
o projeto “Desafios da Igreja: Ilha de
Marajó”, onde abordou não apenas as
ameaças de morte a Dom Luiz Azcona
da Prelazia de Marajó, como também,
as denúncias de exploração infantil e
o trabalho feito pela Igreja na região.
Dizia ela: “A comunidade tem medo
de que Dom Azcona se aposente, porque ele é o juiz, ele é o delegado, ele é
o professor, ele é o pastor e ele é o pai,
então, ele significa muito para aquele
povo. O medo deles é que o próximo
Dom José
Luiz Azcona
se recupera de um
ataque de
búfalos e foi
convidado
por Frei
Evaristo a
continuar na
Prelazia
bispo não os proteja. Lá, eles recorrem
a Dom Azcona e ele tenta ajudar, não
só na parte material, ele toca o coração das pessoas. Ele é o que o Papa
Francisco pede, que a Igreja sirva as
pessoas, e ele serve aquelas pessoas.
Essa inquietação é da comunidade,
é nossa e é também da Igreja. Dom
Azcona está lá há 30 anos e dá a vida
pelo povo”. Segundo Nazaré, a Igreja ali é fundamental, pois ela faz um
trabalho de conscientização. “Entretanto, a Igreja é uma gota no oceano,
pois é um desafio muito grande. Você
consegue imaginar 20 padres para um
território do tamanho de Portugal?”,
questionava.
Fraternidades
A GRANDE
ILHA DO
MARAJÓ
M
arajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo. Possui 16 municípios. Está localizada a oeste da foz
do rio Amazonas e a leste da Baía do
Guajará, a três horas de barco de Belém. Numa região repleta de igarapés
e rios, pouco se consegue fazer por estradas, principalmente porque chove
demasiadamente de janeiro a maio,
quando boa parte da ilha fica alagada.
Dessa forma, a capital Soure e Salvaterra, separadas pelo rio Paracauari,
são os municípios que se beneficiam
por estarem próximos de Belém.
Distante 70 km quilômetros de
Soure, fica Cachoeira do Arari, e também o local do Museu Histórico do
Marajó, que possui peças arqueológicas encontradas pelo padre italiano
Giovanni Gallo, criador da instituição.
Segundo estudos, a Ilha de Marajó foi
habitada por índios bem avançados,
com cultura comparada à pré-colombiana. Mas teriam desaparecido antes
da chegada dos portugueses em Joanes, no município de Salvaterra.
Além da vegetação e belas praias,
Marajó é conhecida por possuir o
maior rebanho de búfalos no Brasil,
com cerca de 700 mil cabeças, cerca
de três vezes a população dos 16 municípios. O artesanato, as comidas e a
cultura refletem um pouco o costume
do peão local, que habita as grandes
fazendas da região. Comidas como o
Frito do Vaqueiro e o Filé à Marajoara
levam a carne do animal, que tem menos colesterol do que a bovina. O artesanato de couro também é bastante
forte na região.
Soure. O centro da
cidade, onde as bicicletas
rivalizam com os búfalos
como meio de transporte
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
379
Fraternidades
Frei Evaristo será ordenado
bispo no dia 6 de agosto
D
e volta a São Paulo da viagem à Prelazia de
Marajó no último dia 15/6, Frei Evaristo
Spengler informou que vai ser ordenado bispo
na sua cidade natal, Gaspar (SC), no dia 6 de
agosto, às 9 horas, na Igreja Matriz São Pedro
Apóstolo. O bispo ordenante será seu confrade
Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB. A posse será no dia 27 de agosto,
em Soure, sede da Cúria, também às 9 horas..
Frei Evaristo voltou animado e cheio de esperança. “Encontrei um povo acolhedor, religioso, solidário e fraterno”, disse. De 8 a 14, ele
pôde conhecer todas as dez paróquias que fazem parte da Prelazia nos nove municípios de
Soure (Paróquia Menino Deus e Sé prelatícia);
Salvaterra (Paróquia Nossa Senhora da Conceição); Chaves (Paróquia Santo Antônio);
Afuá (Paróquia Nossa Senhora da Conceição);
Anajás (Paróquia Menino Deus); Breves (Paróquias de Sant’Ana, São José Operário e Santa
Terezinha do Menino Jesus); Portel (Paróquia
Nossa Senhora da Luz); Melgaço (Paróquia
São Miguel Arcanjo); e Bagre (Paróquia Santa
Maria).
“Em todas cidades fui recebido com
muito carinho e muita alegria”, contou, mais
tranquilo depois de ter uma ideia geral de
toda a extensão de 86.477,12 km² da Prelazia. Na chegada a Belém, no dia 6 de junho,
depois de almoçar com o arcebispo de Belém e seu auxiliar, o primeiro compromisso
foi visitar o bispo emérito Dom José Luiz
Azcona, que se recupera de uma cirurgia
depois de ser atacado por um búfalo quando participava de uma procissão em Soure. “O primeiro convite que lhe fiz foi para
que volte ao Marajó para morarmos juntos”,
contou. “Assim, ele estará conosco na Ilha de
Marajó. Aqui é o seu lugar, aqui ele passou
a sua vida inteira e me disse que gostaria de
passar ‘o resto de seus dias com o meu povo
do Marajó’. Vamos continuar rezando pela
sua recuperação para que seja rápida e total.
E que, em breve, ele possa estar conosco no
Marajó!”, desejou. Nesta viagem, ele visitou
Dom José em quatro ocasiões.
380
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Fraternidades
O ROTEIRO DA VIAGEM
4 DE JUNHO - Frei Evaristo viajou ain-
da no sábado para Brasília, onde visitou o seu confrade Dom Leonardo
Ulrich Steiner, secretário geral da
CNBB e seu bispo ordenante.
turística da região, como pousadas,
restaurantes e bares.
jou para Belém, onde visitou o Arcebispo de Belém e seu auxiliar, e
em seguida visitou Dom José Luis
Azcona. A ele fez a seguinte confissão: “D. José, não sei ser bispo. Só sei
ser frade menor”. D. Azcona respondeu: “Também não sabia. Aprendi
com o Espírito Santo e com o povo”.
Frei Evaristo foi acolhido pelo povo,
e fez uma oração na Igreja de Nossa
Senhora da Conceição. Almoçou
com os padres Agostinianos da Paróquia, Freis Manuel Santana e José,
e voltou para Soure, onde visitou comunidades religiosas da Congregação das Agostinianas Misssionárias,
Filhas da Divina Graça e também a
Comunidade Católica Nova Aliança. À noite celebrou a Eucaristia com
as Irmãs Filhas da Divina Graça.
7 DE JUNHO - Frei Evaristo se reuniu
10 DE JUNHO - Um dia intenso. Às 7
6 DE JUNHO - Na segunda-feira, via-
com a coordenação dos bispos do
Regional Norte II da CNBB - D.
Bernardo Johannes Bahlmann,
Dom Alberto Taveira Corrêa e
Dom Irineu Roman -, onde teve
as primeiras impressões da região
Norte do Brasil e pôde definir uma
agenda favorável tendo em vista a
posse, que ficou definida para o dia
27. Visitou também a sede do Regional Norte II.
8 DE JUNHO - Primeiro contato com o
povo de Soure, onde está a Sé prelatícia. Foi recebido com honras por
autoridades e muita festa pelo povo.
Conheceu os seminaristas do Seminário Menor e almoçou com os
padres José Otávio, pároco da catedral e José Antônio, vigário geral da
Prelazia, religiosas da Comunidade
Católica Nova Aliança de Soure. À
noite, celebrou a Eucaristia na Catedral. Esta viagem foi coordenada
pelo Vigário Geral da Prelazia, Pe.
José Antônio.
9 DE JUNHO - Viagem para Salvater-
ra, cidade próxima de Soure, cheia
de belas praias de água doce, apesar
de parecerem ser praias de mar. Salvaterra possui maior infraestrutura
horas, viagem para Chaves em um
monomotor. Ali pôde conhecer a
Paróquia Santo Antônio, cujo Pároco é Glauciney e a Comunidade
Católica Shalon, mas às 11 horas seguiu para Afuá, onde almoçou com
as Irmãs da Providência de GAP e
Missão Marajó-RCC, pois o pároco
Manuel Nunes estava visitando as
comunidades do interior da paróquia. Às 16 horas, seguiu para Anajás, onde celebrou Missa na Paróquia
Menino Deus, participou dos festejos de Santo Antônio e jantou com o
pároco, Adenilson Santos e o vigário
paroquial francês Remi e com as Irmãs da Caridade de Santana e a Fraternidade Missionária João Paulo II.
11 DE JUNHO - Viagem para Breves,
a maior e mais estruturada cidade
do Marajó, com mais de cem mil
habitantes. Ali aporta a maioria das
embarcações que transita pelo Rio
Amazonas. Frei Evaristo desembarcou no aeroporto e seguiu em carreata até a Paróquia São José e Santa
Terezinha do Menino Jesus, onde
celebrou missa e almoçou com os
Padres Clayton e Robson Evangelista da Comunidade Católica Providência Santíssima, além das Irmãs
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
381
Fraternidades
da Caridade Santana e Missão Marajó-RCC. Às 15 horas, conheceu a
Paróquia de Sant’Ana, administrada
pelos agostinianos, que entre outros
trabalhos atuam na educação, no
rádio (Rádio Santana) e TV, repetindo o sinal da TV de Nazaré. Encontrou-se com Frei Simon Puertas
Pérez e Frei Juan Manuel. Sant’Ana
é a padroeira da cidade, comemorada há mais de 100 anos. Com eles visitou as Irmãs de Notre Dame, Rita
e Carala, da mesma congregação da
Irmã Doroty, e que estão na coordenação da CPT da Prelazia. Visitou também as Irmãs Agostinianas
Missionárias que coordenam um
grande colégio. Depois passou no
Projeto Cruz do Sul que assiste a
crianças. À noite, Frei Evaristo celebrou na Comunidade Santo Antônio, desta mesma paróquia, que celebrava a Trezena de Santo Antônio.
12 DE JUNHO - Às 6h30, Frei Evaris-
to preside Missa transmitida pela
TV Nazaré. Em seguida, saída para
Portel, onde foi acolhido com festa
pelo pároco Frei Zezinho e Frei Ricardo junto com o povo. Conheceu
as comunidades urbanas da paróquia, o trabalho com crianças vítimas de exploração sexual, realizado
pela Fraternidade Ágape da Cruz.
Almoçou com os padres e Irmãs
Maria José e Graça, da Congregação das Agostinianas Missionárias.
O pároco Pe. Zezinho expôs sua
preocupação com os ribeirinhos
ameaçados de perder suas terras em
função da pressão dos fazendeiros.
À tarde, Frei Evaristo se encontrou
com lideranças da comunidade e às
19 horas celebrou a Santa Missa.
13 DE JUNHO - Visita a Melgaço, mu-
nicípio que detém o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) entre os municípios do Brasil. Frei Evaristo se encontrou com o
382
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
pároco polonês, Padre Tadeu, com
as pastorais e a Comunidade Católica Presença. Está sendo construída a nova matriz da Paróquia São
Miguel Arcanjo. Visitou também a
Comunidade São Pedro, e o bairro
Matadouro, onde o pároco procura
um terreno para iniciar uma comunidade. Visitou também a comunidade Católica Presença. Depois
almoçou com o padre, a Comunidade Presença e leigos da paróquia.
Depois seguiu para a Paróquia Santa Maria de Bagre. O pároco também polonês, Pe. Casimiro, chegou
pouco depois porque seu barco
ficara preso em um banco de areia
do rio, na volta de visita a comunidades ribeirinhas. Na sua chegada,
o Pe. Casimiro apresentou as obras
sociais: o Centro Educacional São
Francisco, uma grande unidade de
saúde e um centro comunitário. Ao
lado construiu uma casa para acolher religiosas que poderão estar a
serviço da saúde e da formação de
leigos. Às 19 horas, Missa na matriz,
onde a Pastoral da Criança fez uma
apresentação de quadrilha.
14 DE JUNHO - Às 6h30, saída para
Breves, de onde, às 8 horas, seguiu
viagem em um catamarã para Belém. Depois de sete horas de viagem, Frei Evaristo estava na capital
paraense. Visitou novamente Dom
José, conheceu o Seminário Maior
(estudantes de Filosofia e Teologia)
e celebrou à noite com o reitor, seminaristas e benfeitores.
15 DE JUNHO - Despediu-se do bispo
auxiliar de Belém D. Irineu Roman,
pois o Arcebispo Metropolitano,
Dom Alberto Taveira, estava em viagem a Roma, e, por último, foi desejar melhoras a Dom José Luiz. Ainda
sobrou um tempo para conhecer a
Basílica de Nazaré e alguns pontos da
cidade antes de retornar a São Paulo.
Fraternidades
ENTREVISTA:
O que me dá medo é a acomodação
F
Frei Evaristo Spengler
rei Evaristo trabalhou anos na Baixada
Fluminense, anos na Missão de Angola,
dois cenários de grandes fraturas sociais.
Esses desafios, contudo, só fortaleceram
o frade menor e não é diferente agora diante do
seu maior desafio na Igreja: bispo na Prelazia de
Marajó. Esta entrevista Frei Evaristo deu depois de
conhecer um pouco a realidade que terá pela frente
com a viagem que fez de dez dias à Ilha. Segundo
Comunicações - Frei Evaristo,
apresente-nos a Prelazia do Marajó em números.
Frei Evaristo - A Prelazia do
Marajó se situa no maior arquipélogo fluviomarinho do mundo. Ocupa
uma área de 86.477 Km2. Tem 10
paróquias em 9 municípios. Tem
22 padres, 10 da Ordem dos Agostinianos, 7 diocesanos da Prelazia
do Marajó, dois diocesanos poloneses e um francês da Fidei Donum e
ele, “os desafios sociais e eclesiais não me assustam
quando há uma Igreja viva. O que me dá medo é a
acomodação, é perder o ímpeto missionário”, confessa. Quem o conhece, sabe que o carisma franciscano está no seu DNA e não há menor chance
de perder esse ímpeto evangelizador que o acompanha. Acompanhe esta entrevista
dois da Comunidade Católica Providência Santíssima. Conta com 8
seminaristas no seminário menor, e
15 no seminário maior, dos quais 6
na Filosofia e 9 na Teologia. Conta
também com 9 comunidades religiosas femininas e seis comunidades missionárias de vida. Lá situa-se
o município mais pobre e abandonado pelo poder público do Brasil:
Melgaço (IDH 0,418), além de outros municípios que estão entre os
mais pobres do Brasil.
Moacir Beggo
Comunicações - Na visita à Pre-
lazia de Marajó, que esperanças
você trouxe?
Frei Evaristo - A Igreja de Marajó
é muito viva. Tem grande participação de jovens, adultos e crianças. O
povo das comunidades irradia muita
alegria, fraternidade e acolhimento. É
uma Igreja da terra e das águas, com
muitas comunidades ribeirinhas. Há
pastorais muito ativas como a Pastoral da criança que assiste a quase cinco
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
383
Fraternidades
mil crianças e três mil famílias. Conta com padres muito desapegados,
com espírito missionário a serviço
do povo. A Ordem dos Agostinianos prestou e presta um valiosíssimo
serviço à Prelazia. Há vocações locais
com boas perspectivas de futuro. As
congregações religiosas e as comunidades leigas são muito dedicadas ao
povo. As expressões culturais como a
cerâmica marajoara e o carimbó são
belíssimos. Sem contar a paisagem
paradisíaca das florestas e das águas.
Comunicações - Quais os desafios da Igreja e da realidade?
Frei Evaristo - Em nível eclesial
há um número insuficiente de clero
para atender um território quase da
dimensão de Portugal e com uma população de mais de 300 mil habitantes, na maioria católica. A logística é
um complicador para proporcionar
cursos de formação e reuniões com
participação de leigos das paróquias.
A Prelazia ainda depende em boa
384
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
parte de recursos de fora para manter seus seminários e os trabalhos
pastorais. Em nível social, Marajó
conta com a ausência quase completa do poder público. Há municípios
em que o analfabetismo chega a 40
e até 50% da população. Como resultado desse descaso, constata-se
grande índice de prostituição infantil, tráfico de pessoas e fazendeiros
expulsando ribeirinhos. É uma terra
que clama aos céus. O bispo Dom
Azcona, como outros dois bispos do
Pará, Dom Erwim e Dom Flávio estão ameaçados de morte por se posicionarem contra esses crimes.
Comunicações - Frei Evaristo,
depois de anos de trabalho na Baixada Fluminense e na Missão de
Angola, inclusive durante a guerra
civil, como o sr. encara esse novo
desafio em sua vida?
Frei Evaristo - Cada missão
traz desafios, mas também profundas lições. Aprendi muito com o
povo da Baixada Fluminense como
ser uma Igreja Povo de Deus, em
que cada cristão assume o seu batismo como discípulo missionário
de Jesus a serviço do Reino. Aprendi como o povo se organiza nas comunidades colocando seus dons a
serviço do bem comum. Aprendi a
ligação da fé com a vida e a forma
como o povo se organiza em pastorais e movimentos sociais buscando realizar o desejo de Jesus: Eu
vim para que todos tenham vida e
tenham vida plenamente”. Aprendi
como deixar-se iluminar pela Palavra de Deus, abrindo-se à ação
do Espírito Santo. Em Angola não
foi diferente. Encontrei um povo
de muita fé. Sentia Deus falando
nos acontecimentos e nas pessoas
como em nenhum outro lugar. O
povo angolano resistiu ao sofrimento, e nunca perdeu a esperança
e a alegria. Rezou incansavelmente
a Maria, Senhora da Paz, para que
seus filhos pudessem viver em paz
naquela terra. Vi o povo ir para as
Fraternidades
ruas se abraçar celebrando a paz. E,
depois da reconciliação, como se
uniram para reconstruir o país! Em
Marajó encontrei um povo muito
acolhedor e alegre, que luta pelos
direitos dos mais fracos. Sei que
aprenderei muito com eles.
sacerdotal foi: “Vai, eu estou contigo!” (Ex 3, 10.12). É o envio de Deus
a Moisés em missão. Nesta missão sei
que Deus também não me deixará
sozinho. O Espírito Santo me guiará
e iluminará a missão.
Comunicações - O fato de ser
nomeado para uma região de extrema fratura social, onde o bispo
Dom Luiz Azcona sofria ameaças
de morte por lutar contra esse
quadro e a Igreja local ter apenas
20 padres para atender um território do tamanho de Portugal não o
assustou?
Frei Evaristo - Os desafios sociais
e eclesiais não me assustam quando
há uma Igreja viva. Em Marajó, a
Igreja que encontrei me encheu de
esperança. É uma Igreja solidária
que investe seus escassos recursos de
pessoas e bens em função dos mais
fracos. O que me dá medo é a acomodação, é perder o ímpeto missionário. O lema de minha ordenação
po franciscano Frei Evaristo?
conhecer e respeitar essa caminhada,
e peço a Deus que eu possa somar e
contribuir com tudo que já vem sendo feito.
Comunicações - Como bispo no-
Comunicações - Como será o bis-
meado pelo Papa Francisco, como
o sr. avalia o Pontificado dele?
Frei Evaristo - Serei um frade
menor. Em todos os municípios e
paróquias da Prelazia que visitei, na
chegada me ajoelhei e pedi que o
povo rezasse por mim e invocasse a
bênção de Deus sobre a missão que
estava iniciando. Chego com humildade e respeito. Sei que aquela é uma
terra santa. Deus pisou naquela terra e andou por aquelas águas muito
antes de mim. Deus já fez história
com aquele povo. Muitos missionários ali consumiram a sua vida pelo
povo. Muitos leigos testemunharam
sua fé em Jesus Cristo. Ali há profetas como Dom Azcona que defendem a vida dos mais pobres. Quero
Frei Evaristo - O papa Francisco
é uma bênção para a Igreja. Ele chama a Igreja a estar constantemente
em saída. Sonha com uma Igreja
missionária e transformadora. Pede
que o pastor tenha o cheiro das ovelhas. Prefere uma suja pela lama do
caminho do que com uma Igreja
encerrada nas sacristias. Uma Igreja que erra tentado acertar do que
uma Igreja paralisada por medo de
errar. Que Deus dê vida longa ao
papa Francisco para fazer ecoar o
seu grito levando Jesus Cristo até os
confins da terra, às amassadeiras do
assaí, às donas de casa, aos barqueiros e pescadores, aos camponeses “e
outros mais”.
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
385
Evangelização
NOTÍCIAS DA
MISSÃO DE
ANGOLA
386
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Evangelização
Fraternidade São
Francisco de Assis –
Luanda – Palanca
Desde o mês de fevereiro, a Fraternidade São Francisco de Assis,
situada em Luanda, no bairro Palanca, esta alargada, pela chegada
dos frades de profissão temporária
provindos do noviciado no Brasil e
da fraternidade Nossa Senhora da
Porciúncula, em Viana. E no mês
de abril chegaram Frei Ângelo José
e Frei André Luiz, que vieram compor a fraternidade permanente.
Para que pudéssemos acolher todos os confrades em nossa fraternidade foi preciso a construção (ainda
não concluída) de uma nova estrutura onde principalmente moram
os frades de profissão temporária. A
nova casa atualmente conta no total
com 18 quartos.
Esta primeira fase da construção
só foi possível pelas muitas ajudas,
desde o projeto até a sua execusão.
A Província, a Missão Central da
Alemanha e muitos benfeitores do
Brasil, de Angola e da Alemanha
contribuíram para que pudéssemos
iniciar um processo de estruturação
desta casa de formação que, até então, estava acontecendo na Fraternidade Nossa Senhora da Porciúncula, em Viana. Todos os dias nossos
frades estudantes precisavam se deslocar muito cedo de Viana para vir
ao Palanca para estudar Filosofia,
gerando desgastes físicos e financeiros. A Fraternidade São Francisco,
no Palanca, se situa a menos de 500
metros da faculdade de Filosofia.
Os 18 quartos com dois banheijulho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
387
Evangelização
ros coletivos são a primeira fase de
um projeto que contará com mais
quartos, além de sala de encontros,
biblioteca e sala de informática. Até
o momento temos concluído e sendo utilizados os 18 quartos e os banheiros. Urge a necessidade de continuarmos a contrução, pois para
o ano que vem chegarão 12 novos
frades que atualmente estão fazendo
seu ano de noviciado.
Com esta construção, a Fundação Imaculada Mãe de Deus em
Angola vai afirmando seu processo
de formação inicial em terras angolanas. Dando graças a Deus, podemos dizer que atualmente temos um
Aspirantado em Malange com mais
de 50 jovens. Em Kibala, numa casa
agradável, acontece o Postulantado,
o qual conta com 11 jovens postulantes. Por enquanto, o Noviciado
acontece no Brasil, mas há pedido
da Ordem e Conferência africana,
recomendando que este seja feito
em terras africanas. Os estudos de
Filosofia são feitos junto aos Sale-
388
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
sianos, próximos à fraternidade São
Francisco, no bairro do Palanca, e,
por fim, a Teologia em Petrópolis.
Há grandes desafios a serem
superados, como a continuação da
construção da casa dos frades de
profissão temporária, além da construção de uma casa e constituíção de
uma fraternidade para o Noviciado.
Tudo isto são boas preocupações,
pois nos mostram que após 25 anos
os frutos estão a crescer.
Com espírito de gratidão, temos
que render a Deus ação de graças por
todos os benefícios que temos rebecido nestas terras, entre eles o grande
Evangelização
número de jovens que vêm ao nosso
encontro em busca de seguir Jesus
Cristo aos moldes de Francisco de
Assis. Também rendermos graças a
Deus que sempre envia frades para
que a Fundação Imaculada Mãe de
Deus em Angola possa exercer sua
missão. E, por fim, agradecermos a
Província e aos nossos benfeitores
e benfeitoras que estão espalhados
pelo mundo. Pois só com vossas orações e benfeitorias podemos realizar
os projetos previstos para que a Fundação se torne uma instituição forte
e vigorosa e que produza muitos frutos.
Frei Aloísio Paulo
Fraternidade Santo Antônio
Kwanza Sul – Kibala
Nesse ano a Fraternidade Santo
Antônio, que abriga a etapa do Postulantado, conta com onze postulantes,
sendo eles: Adão Bento Abel, Alberto
Capingala Sambei, Angelino Socópia
Sicaleta, António Sacaputo Maimo,
Domingos Makuva Paulo, Eduardo
José Cavita Camunha, Inoc Joaquim
João, João Baptista Kuliaquita, João
Tchivandja Lino, José Francisco Inito
e Silvério Munga Cajonde. O guardião da casa Frei Alisson Zanetti, o
mestre dos postulantes Frei Marco
Antônio dos Santos, o vice-mestre
Frei Ivair Bueno de Carvalho, juntamente com os dois estagiários Frei
Santana Sebastião Kafunda e Frei
Jhones Lucas Martins compõe assim
a fraternidade.
Na casa são desenvolvidos alguns trabalhos como confecções de
velas astesanais e trabalhos manuais. Também há os trabalhos pastorais como visita às aldeias, celebrações com o povo, acompanhamento
da JUFRA. Com a graça e força do
Espírito Santo e a intercessão do
nosso Pai Francisco e Mãe Clara,
está sendo um ano muito frutuoso
de convivência e de graça de Deus.
PAZ E BEM!
Fraternidade Monte Alverne
Malange – Katepa
Frei Jhones Martins
Frei Jefferson Max
Após três meses intensos de aulas,
estudos e de atividades acadêmicas, a
escola do Seminário Santo Antônio, de
Malange, pôde entrar na tão esperada
“pausa pedagógica”. Assim, a partir do
dia 6 do presente mês, alguns de nossos
irmãos seminarisrtas puderam regressar à casa de seus parentes, devendo voltar ao Seminário ao final do mês para o
início das aulas.
No último dia 10, terça-feira, faleceu
junto aos seus familiares nosso querido
irmão seminarista Tomás António Katchiyo, vítima de malária encefálica.
Nascido aos 27 de julho de 2001, Tomás
Katchiyo era natural da Província de
Benguela e cursava a 10ª Classe. Desse modo, toda a nossa fraternidade da
missão se sensibiliza pelo passamento
deste nosso querido irmão, o qual deixou entre nós a marca de sua bondade,
pureza de coração e obediência a Jesus
Cristo, Nosso Mestre e Senhor.
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
389
Evangelização
SEFRAS: População de rua será
acolhida até final do inverno
V
“
ejo a Igreja como um
hospital de campanha”.
Esta afirmação do Papa
Francisco nunca fez tanto sentido. Em São Paulo, no Largo
São Francisco, desde a noite da última segunda-feira, o salão que acolhe
durante o dia o Chá do Padre, passou
a abrigar dezenas de pessoas em situação de rua para pernoite. Elas chegam por volta das 19 horas, recebem
um kit com materiais de higiene pessoal e toalha, tomam banho, ganham
roupa limpa, jantam e recebem cama
quente e cobertor para passarem
a noite. Nas duas primeiras noites,
mais de 50 pessoas foram acolhidas.
Para a noite desta quarta-feira, dia
16, a capacidade aumentou para 100
pessoas.
A batalha, nesse caso, é contra
o frio que chegou forte a São Paulo
antes da chegada oficial do inverno.
A população de rua, contudo, continuará sendo acolhida até o final da
estação, garante Frei José Francisco
de Cássia dos Santos, coordenador do
Serviço Franciscano de Solidariedade
– Sefras.
Segundo o frade, desde a primeira
morte de um morador de rua, ocorrida no fim da semana passada, nasceu
o desejo de fazer algo para atender
esta demanda. O frade conta que após
uma ligação ao Padre Júlio Lancellotti, Vigário Episcopal para o povo de
rua na Arquidiocese de São Paulo,
havia o desejo de acolher os moradores no salão e conversou com alguns
funcionários do Sefras, mas não havia
nada concreto.
Na segunda-feira, dia de Santo
Antônio, em meio às inúmeras celebrações, Frei José Francisco recebeu
a ligação de Luciana Temer, Secretá-
390
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
ria de Assistência e Desenvolvimento
Social da Prefeitura de São Paulo, que
propôs uma parceira entre a Prefeitura e o Sefras. A partir daí a ideia passou a se tornar realidade. Camas de
campanha e colchões foram entregues
no Chá do Padre, que fica localizado
na Rua Riachuelo, 268. O salão, que
serve 300 almoços durante o dia, além
de atender os moradores em diversas
atividades, passou a acolhê-los também para pernoite.
Frei Diego Atalino de Melo, coordenador do Serviço de Animação
Vocacional – SAV, publicou uma
foto do espaço no Facebook, com
o intuito de divulgar o serviço que
passaria a ser prestado. A postagem
viralizou, atingindo em 4 dias mais
de 123 mil compartilhamentos. A
partir de então os meios de comunicação passaram a divulgar, e muitas pessoas se sensibilizaram com a
causa. As doações não pararam de
chegar, além de inúmeras pessoas se
oferecendo para ajudar como voluntários.
Foi o caso de Leidiane e Antônio.
Os jovens viram pelo Facebook e entraram em contato. “Foi uma expe-
Evangelização
riência maravilhosa, enriquecedora,
a gente passa a conhecer a história
destes moradores que são tão ignorados pela sociedade”, partilha a jovem,
que está há 2 dias como voluntária na
acolhida. Maria Aparecida de Brito,
que participa da Ordem Franciscana
Secular na Igreja São Francisco das
Chagas, conta que ao ver a postagem
no Facebook logo se prontificou a ajudar. Cerca de 25 pessoas, entre frades,
paroquianos do Largo São Francisco,
amigos e jovens vocacionados, estavam ajudando na acolhida na noite
desta quarta-feira.
Muitos também compareceram ao local sem
nenhum contato prévio,
souberam pela mídia e
se apresentaram para
ajudar. Os voluntários se
revezaram na recepção,
cozinha, corte de cabelo
e separação de doações.
Alguns jovens e os frades
ficaram durante toda a
madrugada no espaço,
de prontidão no caso de
alguma necessidade.
Na noite de ontem o governador
Geraldo Alckmin esteve presente no
local, acompanhado da Defesa Civil.
Ele conversou com os frades e com os
acolhidos. O governador postou em
sua conta do Twitter algumas fotos da
visita.
O Sefras conta com diversos trabalhos além do Chá do Padre, mas
diante da demanda emergencial, muitos funcionários deixaram suas atividades para ajudar no local. Rosangela
Pezoti, Coordenadora do Setor de Articulação do Sefras, conta que foi um
grande desafio organizar o pernoite
em um curto espaço de tempo. “O Sefras tem uma característica de grandes desafios e atender as demandas
urgentes”, afirma. Ela conta que um
caso semelhante aconteceu com os
imigrantes, no Centro de Referência e
Casa de Acolhida aos Imigrantes, que
fica na Bela Vista, onde foi realizado o
pernoite temporário de algumas pessoas.
Frei José Francisco afirma que o
serviço permanecerá ativo durante
todo o inverno, mas que o Sefras não
tem intenção de manter a acolhida,
uma vez que o salão passou por uma
reforma recente e readequação do
espaço para atender o Chá do Padre,
que é um trabalho diferenciado, chegando a atender 1200 pessoas por dia
com formação, debates, atendimento
jurídico e psicológico, entre outros
serviços.
As doações estão sendo recolhidas
em 4 pontos: as 3 paróquias franciscanas localizadas em São
Paulo e no próprio Chá
do Padre. Roupas e sapatos masculinos e itens de
higiene pessoal (desodorante, aparelho de barbear, sabonete, shampoo)
são a maior urgência no
momento, além de mantimentos para o jantar e
café da manhã, que são
servidos aos moradores.
Érika Augusto
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
391
Evangelização
Palavra da Hora: um novo
projeto de comunicação
E
streou no dia 23 de maio, na TV Kefas, de Governador Valadares (MG)
e na TV Sudoeste, de Pato Branco (PR),
o programa Palavra da Hora. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Província e a TV Kefas.
O objetivo é, a partir do conhecimento e da experiência dos frades,
oferecer um material que leve o telespectador à reflexão em torno de temas
variados. Na primeira série, de 30 programas, Frei Almir Ribeiro Guimarães,
doutor em Teologia Catequética, aborda a questão da família.
Na TV Kefas, o programa, que tem
duração aproximada de dois minutos,
é exibido de hora em hora a partir das
9h, de segunda a sexta. Em Pato Branco, na TV Sudoeste, a atração vai ao ar
às 8h e às 13h15. A edição e a montagem dos programas ficaram a cargo da
TV Sudoeste. As gravações têm sido
realizadas em diferentes estúdios, de
acordo com a opção mais prática para
os frades. Os próximos programas serão gravados em Bragança Paulista, no
estúdio da USF.
Para o Diretor de Conteúdo da
TV Kefas, Márcio Farias, “o programa veio ao encontro do projeto do
Instituto de Misisonários Leigos e da
TV Kefas de levar aos telespectadores
mensagens com reflexão e orientação sobre temas do cotidiano. E esta
parceria com os Franciscanos foi uma
providência que possibilitou realizar
este momento em nossa programação.
Ao exibirmos em 11 edições diárias
alcançamos todos os nossos telespectadores”. Mostrando-se otimista com
o projeto, Farias comenta as primeiras repercussões: “Já no primeiro dia
de exibição recebemos inúmeras ligações e mensagens nas redes sociais
vindas de pessoas que se encantaram
com o Palavra da Hora”, comemorou.
Além de ir ao ar nas duas emissoras
de TV, o conteúdo também ficará disponível pela internet, na WebTV Franciscanos.
392
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
Frente de Comunicação faz dois encontros
A
Frente de Evangelização da Comunicação se reuniu duas vezes
em menos de dois meses. O primeiro
encontro foi realizado no dia 23 de
maio, na sede do Serviço Franciscano
de Solidariedade (Sefras), no Pari. Foi
o teceiro do ano da Frente na Comunicação, envolvendo os diferentes serviços da Província em São Paulo e região,
como o Sefras, Pró-Vocações, Universidade São Francisco (Bragança Paulista), Associação Bom Jesus (Curitiba),
Sala Franciscana e Sede Provincial. No
dia 15 de junho, foi realizado o quarto
encontro na Sede Provincial.
Neste 3º encontro, o coordenador
da Frente de Evangelização, Frei Gustavo Medella, acolheu a todos os participantes, especialmente Frei Vitório Mazzuco e Gilselene Carmona (USF) que
participaram pela primeira vez, e deu
continuidade à reflexão das diretrizes
da Frente de Evangelização, que estão
no Plano de Evangelização da Província, desta vez abordando os temas
“por que queremos estar nos meios de
comunicação” e “como queremos estar”. Segundo Frei Medella, com zelo e
profissionalismo, podemos buscar novos horizontes e tornar nosso serviço
evangelizador mais abrangente e com
maior potencial de transformação.
MÍDIAS E CRIANÇA
Esta reunião teve grande parte do
tempo ocupada com a reflexão sobre
como a sociedade de consumo e as mídias de massa impactam na formação
de crianças e adolescentes. Segundo
Frei Medella, um tema muito próximo
de nós, tendo em vista as Frentes da
Educação, da Comunicação e da Solidariedade.
O documentário “Criança, a Alma
do Negócio” serviu de base para a reflexão. Dirigido pela cineasta Estela
Renner e produzido por Marcos Nisti,
o documentário mostra crianças que
preferem ir ao shopping a brincar, conhecem marcas pelo logotipo, e apesar
de terem uma vasta coleção de brinquedos e jogos, se encantam mesmo é
por um pequeno bonequinho de plástico.
“Acho uma grande covardia a publicidade ser dirigida à criança. Quer
vender o seu produto? Fale com alguém do seu tamanho, não use meu
filho como promotor de vendas dentro
da minha casa… Nunca vou esquecer
quando meu filho de 3 anos pediu para
eu ir ao posto Shell”, diz uma das mães
entrevistadas.
Já em um dos momentos mais tocantes, uma mãe explica o sacrifício
financeiro que significou para a família
satisfazer o desejo de um presente de
natal, um robô, que a criança abandonou logo em seguida, depois de brincar com ele três ou quatro dias. A mãe
alega ter entrado o ano sem dinheiro
só para satisfazer o desejo da filha, o
que caracteriza o assédio crescente das
crianças aos pais.
O encontro terminou com a partilha dos serviços no último mês. A próxima reunião da Comunicação será
em 13 de julho.
Evangelização
USF realiza Celebração Pascal Judaica
A
Pastoral Universitária
da Universidade São
Francisco (USF) promoveu em maio, em
todos os campi, a Ceia Judaica
Cristã para celebrar a Páscoa
Judaica! O evento contou com a
participação de todos os colaboradores.
Todas as celebrações contaram com a presença do Coordenador do Núcleo de Pastoral
Universitária, Frei Vitorio Mazzuco Filho, representantes da
pastoral e membros da reitoria.
Confira o texto escrito pelo
Frei Vitório sobre o ciclo pascal
cristão:
A Ceia Judaico-Cristã na
Páscoa da USF
Neste mês de maio, concluímos o ciclo pascal cristão realizando a Ceia Judaico-Cristã em
todos os Campus da USF, reunindo todos os colaboradores. Forte
momento de comensalidade, a arte
sagrada de comer e beber juntos. Forte momento de sentar-se todos à mesma mesa, sem pressa, e fazer a beleza
da convivência celebrativa.
Um momento rico e profundamente simbólico. Saboreamos a plenitude dos sentidos do pão, ervas
amargas, ovos, haroset, vinho e o
cordeiro. Vimos o quanto o natural
nos acompanha desde os primór-
dios da nossa história e que,
transformado pelo trabalho
humano, tornou-se em sinais
de como o Divino ama e cuida
de nós em todos os detalhes. A
Ceia revelou que há algo maior
do que apenas alimentar-se
biologicamente. Nos alimentamos da Palavra do Senhor que
foi ouvida e degustada. Unimos
tradições de povos que nos ensinaram a contar uma história
orando.
A Ceia Pascal da USF foi
momento de externar profunda gratidão por cada um e cada
uma dos que trabalham na USF.
Celebrar é tornar célebre, tornar
importante demais, grandiosos
demais. Cada pessoa na sua
função é um ingrediente a mais
no cardápio servido no banquete de cada dia aqui na USF: dedicação, acolhimento, entrega,
fidelidade e alegria na construção de uma humanidade possível, de
uma sociedade possível, de um mundo possível e de um Deus possível!
Paz e Bem!
Frei Vitório Mazzuco
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
393
Evangelização
CLUBINHO SÃO FRANCISCO DE ASSIS: 45 ANOS
Antigos e novos membros posam para foto histórica, que marcará os 45 anos do movimento.
As precursoras do Clubinho São Francisco: Lourdes Gaspar, Benedita Sandri, Bernadeth Baglie,
Dorsinda Padial, Aurea Danelon e Maria Helena Lovisi.
A
Paróquia São Paulo Apóstolo
de Agudos realizou na manhã
do domingo, dia 12 de junho,
Missa em comemoração aos
45 anos de fundação do Clubinho São
Francisco (movimento de catequese
de perseverança). A celebração, presidida pelo pároco Frei Sílvio Trindade
Werlingue, contou com a participação de cerca de 50 adolescentes que
fazem parte do movimento, antigos
membros, as primeiras catequistas e
lideranças.
Durante a celebração, Frei Sílvio
394
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
acolheu os perseverantes afirmando
ser motivo de orgulho para toda a Paróquia comemorar o aniversário do
Clubinho São Francisco. “Este grupo
tão coeso que leva adiante o carisma
de São Francisco de Assis”, completou.
Após a Missa, foi realizada uma
homenagem e retrospectiva histórica
dos 45 anos do Clubinho, que contou
com a presença da precursora do movimento Aurea Danelon, das primeiras catequistas, as senhoras Bernadeth
Baglie, Dorsinda Padial, Maria Helena Lovisi, Lurdes Gaspar e Benedita
Sandri; também a primeira
rainha Sonia Mara Gaspar
Silva e membros da primeira
turma do movimento.
Homenagem também
não faltou para a senhora Aurea Danelon. Fazendo parte
do Clubinho desde sua fundação, ela tem muita história
para contar quando o assunto é o carisma franciscano,
que leva como ideal de vida
e o espalha aos adolescentes
perseverantes. “Esses 45 anos
foram pela força de São Francisco, por seu amor, simplicidade e seu exemplo de vida.
Foram os melhores anos da
minha vida”, comentou.
A coordenadora paroquial do movimento, Isabel
Viotto, também agradeceu
aos adolescentes pelo sim ao
chamado de Deus. “Vocês
são especiais, são as pessoas
que vão trazer sal e luz para
o mundo. Obrigada pela escolha de seguir Jesus e São
Francisco”, disse.
Mais sobre o Clubinho
São Francisco de Assis
Fundado no dia 6 de
junho de 1971, o Clubinho
São Francisco de Assis é um movimento de catequese de perseverança
para adolescentes da Paróquia São
Paulo Apóstolo de Agudos. Com 45
anos de história, possui cerca de 50
adolescentes e está presente nos seis
setores que compõem a Paróquia.
Os adolescentes do Clusbinho
São Francisco de Assis aprendem e
levam para a vida a vivência de São
Francisco de Assis, sua vida simples e humilde, marcada pela fé.
Isabela Gaspar
CFFB
CFFB-PR: A MISERICÓRDIA NO
PENSAMENTO DE SÃO FRANCISO
N
o domingo, 5 de junho, aconteceu o encontro de formação
da Família Franciscana do
Núcleo de Curitiba. O encontro reuniu cerca de 50 religiosos e formandos, bem como irmãos e irmãs da
Ordem Franciscana Secular e Jufra,
para uma manhã de reflexão acerca
do tema “A misericórdia no pensamento de São Francisco de Assis”,
conduzida por Frei Ângelo Siqueira,
OFMConv.
O Núcleo de Curitiba já tem por
tradição fazer vários encontros anuais, sendo a maior parte deles por ocasiões celebrativas dos grandes santos
franciscanos (São Francisco, Santa
Clara, Santa Isabel da Hungria...) e um
de formação. Neste ano, o tema acompanha o Ano Santo Extraordinário da
Misericórdia, proposto a toda a Igreja
pelo Papa Francisco.
Frei Ângelo baseou-se em textos do Evangelho que nos mostram
como Jesus foi movido pela misericórdia, sentimento de se colocar
na situação do outro, de igual para
igual, mergulhado em sua miséria
por que se reconhece também na
mesma condição. E a partir desta
postura comum de Jesus, ele levou
a todos à percepção de que esta misericórdia estava entre os elementos
essenciais do carisma franciscano:
acima da fraternidade, da oração, do
trabalho e da pregação, mas presen-
te em cada uma destas dimensões de
nosso carisma.
São Francisco se extasia na misericórdia de Deus e é grato por cada
oportunidade em que pôde viver a
misericórdia com seus irmãos, identificando-se com aquele que erra, por
ele mesmo se considerar mísero pecador. Em sua carta a um Ministro,
ele evidencia que não se pode querer
que o outro ofereça bem maior que o
Senhor lhe permite, que não se pode
querer que os outros sejam melhores do que são, mas buscar aceitá-los
e ajudá-los. E é nesta carta também
que se encontra uma das máximas
do espírito de fraternidade e missão
franciscana: “Que todos encontrem
misericórdia nos seus olhos, se misericórdia vieram buscar”.
Além da celebração eucarística,
houve também um tempo de partilha em grupos de experiências vividas de misericórdia nas comunidades religiosas, que serviu à animação
e incentivo para que se multipliquem
sempre mais.
O encontro foi marcado pelo clima fraterno e alegre que envolveu
partilha de alimentos e de histórias,
marca de nosso carisma e ponto de
identidade onde quer que estejamos.
Uma boa forma de celebrar nossa
unidade.
Frei Rodrigo da Silva Santos
julho / 2016 [coMUNICAÇÕES]
395
Notícias e Informações
VEM AÍ NOVO MUSICAL SOBRE
SÃO FRANCISCO!
S
e depender da leitura dramática de “Francisco de Assis
- A Jornada de um Homem”,
apresentada ontem (31 de
maio) no Museu de Arte Moderna de
São Paulo, a peça musical vai ser um
sucesso. Depois de uma hora e meia
de apresentação, o público que compareceu ao Auditório Lina Bo Bardi
não poupou aplausos para o trabalho
das autoras e diretoras Alcione Alves
e Ilíada de Castro e o grupo de vinte
atores e dois músicos.
Ilíada explicou que essa leitura estava acontecendo no Museu de
Arte Moderna de São Paulo (MAM)
porque se emocionou com as obras
de arte quando visitou a Exposição
Franciscana. Segundo ela, a ideia de
396
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
fazer a leitura ali agradou o curador
Felipe Chaimovich e teve a aprovação
da presidente do MAM, Milu Villela.
“Quero agradecer a vocês pelo espaço
e também a Magnólia Costa que deu
todo esse apoio para nós. Gostaria
de agradecer em especial ao grupo
de frades franciscanos (Frei Fidêncio
Vanboemmel, Ministro Provincial,
Frei Mário Tagliari, Frei Valdecir
Schwambach, Frei Raimundo O. Castro e Frei Edvaldo Soares) que veio
nos prestigiar”, disse Ilíada.
“Nós já tínhamos escrito o texto,
fizemos uma adaptação e estamos
transformando em musical com
canções inéditas de um compositor
maravilhoso de mais de 80 e ... anos”,
explicou Ilíada, referindo-se ao pia-
nista, regente, arranjador e compositor mineiro, Edmundo Villani-Côrtes.
Alcione explicou que na leitura
dramática, o “público é meio que diretor da peça” e a postura é mais ativa
do que assistir simplesmente ao espetáculo. “Por ser uma história longa e
cheia de detalhes, a peça tem muitas
narrações. Algumas cenas e diálogos
foram transformados em narrações”,
explicou antes da apresentação. Na
verdade, Alcione nem precisaria ter
feito essa explicação. A envolvente
condução do texto e dos cantos foi tão
bem feita e tão prazerosa que nos levou a sonhar com o cenário medieval
do início do movimento franciscano
de Assis.
Notícias e Informações
Segundo as autoras, contar a vida
de Francisco foi uma tarefa muito difícil e para isso optaram por dividir
o espetáculo em três planos: o plano
biográfico, o plano simbólico (a importância do coro musical que vai
cantar o simbólico e se movimentar
coreograficamente), e o plano espiritual.
Segundo Ilíada, esse “namoro”
com Francisco de Assis não é recente. “Na verdade, anos atrás, fomos
convidadas a escrever um texto sobre
Francisco de Assis para a Sociedade Antropozófica (a antroposofia é
um caminho do conhecimento que
deseja levar o espiritual da entidade
humana para o espiritual do universo, segundo Rudolf Steiner), que era
muito importante para eles. E a gente
se apaixonou pelo assunto. Realmente
me surpreendeu muito a atualidade
de Francisco de Assis. Ele é a solução
para os nossos dias. Ainda bem que o
Papa resolveu ser Francisco também”,
comemora Ilíada, destacando o tema
da paz e da tolerância religiosa ao citar
o encontro de Francisco com o sultão.
Segundo o Ministro Provincial,
a mensagem de Francisco é sempre
muito atual, basta ver toda a inspira-
ção que serviu para o Papa Francisco
escrever a Laudato Sí. “A peça mostra
este Francisco preocupado com a integridade da totalidade da criação. Ele
é afável, fraterno e tem muito a dizer
em nossos dias”, disse Frei Fidêncio
Vanboemmel.
“Francisco sempre surpreende.
Sua mensagem é atualíssima, como
hoje a crítica ao consumismo. Ele
consegue ser feliz com pouco, ajudando os outros. Hoje, a gente só consegue ser feliz comprando, comprando,
comprando... No século XII, na Idade
Média, ou você ia para o capitalismo
ou pegava uma linha franciscana. O
capitalismo provou que não é caminho”, acrescentou Ilíada, que agora
começa os ensaios pra valer, embora
ainda não exista data para a estreia
do musical. “A produção exige verba e ainda não temos esse valor para
colocar o projeto em circuito”, disse a
autora.
Frei Fidêncio fez um apelo para
que patrocinadores ajudem nesta fase
de produção da peça musical. “Pela
importância e atualidade do projeto
‘Francisco de Assis - A Jornada de um
Homem’, que está em sintonia com
a linguagem da Laudato Sí do Papa
Francisco, fazemos um apelo para que
surjam patrocinadores que acreditam
nos valores e nos ideais da utopia de
Francisco e Clara de Assis. Acredito
que esta mensagem deve chegar ao
coração das pessoas que acreditam
num mundo melhor”, pediu o Ministro Provincial.
Há 800 anos, Francisco de Assis
encanta e conquista mais admiradores e seguidores. Nas artes, ele é garantia de grandes obras como são os
filmes “Francisco, menestrel de Deus”,
de Roberto Rossellini (1950); a encenação televisiva “Francisco de Assis”,
de Liliana Cavani (1966); o filme “Irmão sol, irmã lua”, de Franco Zeffirelli
(1972), com trilha sonora composta
por Riz Ortolani, interpretada por
Claudio Baglioni e por Donovan na
versão inglesa); o mais recente: “Francesco” de Michele Soavi (2002) e a minissérie de TV (duas versões) “Chiara
e Francesco”, direção de Fabrizio Costa (2007). Grande sucesso, em 1981,
também teve o musical “Forza, venite
gente” [Força, vinde gente], de Michele Paulicelli.
Moacir Beggo (texto)
e Érika Augusto (fotos)
Notícias e Informações
CRUCIFIXO DE SÃO DAMIÃO VOLTA “A CASA”
A
pós oito séculos, a Cruz de
São Damião voltou a ser recolocada na Igreja onde São
Francisco de Assis a viu pela
primeira vez, onde rezou no início de
sua conversão e recebeu o mandato:
“Francisco, vai e reconstrói a minha
Igreja, que está em ruínas!”.
O translado da cruz para a Igreja
de São Damião foi uma iniciativa dos
Franciscanos, em comunhão com as
Irmãs Clarissas, por ocasião do Ano
Jubilar da Misericórdia.
O crucifixo foi transferido na
última quarta-feira, 15, da Basílica
de Santa Clara, em Assis – onde era
custodiado desde que as Clarissas
para lá se transferiram após a morte
de Santa Clara – para ser recolocado até domingo, 19, no seu lugar de
origem, isto é, na igreja que leva o
seu nome.
“Um momento de grande importância do ponto de vista histórico, mas
também de profunda intensidade espiritual. Assim vem em mente as palavras do Papa Francisco no início do
Jubileu, que desejava uma Igreja que
caminhasse, edificasse e confessasse
por meio da fé, por meio do Senhor.
É evidente que o centro é ‘edificar’, o
mesmo que pediu Jesus a Francisco, e
que hoje pede a cada um de nós por
meio do nosso estilo de vida”, afirmou
o diretor da sala de imprensa do Sacro
Convento de Assis, Padre Enzo Fortunato.
Não foi a primeira “saída”
Essa não é a primeira vez que a
cruz deixa a Basílica de Santa Clara.
Na tarde de 22 de março de 1953, no
âmbito do VII Centenário da morte
de Santa Clara, a Cruz de São Damião
deixou por poucas horas o templo,
sendo levada em solene peregrinação
pelas ruas de Assis. Naquela ocasião,
no entanto, não chegou a ser levada
até a Igreja de São Damião
398
[coMUNICAÇÕES] julho / 2016
ORAÇÃO PELOS AVÓS
Senhor, Deus de bondade,
Queremos te agradecer pela vida de nossos avós;
Por tudo o que eles nos ensinaram,
Por tudo o que aprendemos de suas vidas sagradas.
Ser pai e mãe é um dom que Tu nos dás.
Ser avô e avó é contemplar a beleza divina
Espelhada no carinho e no cuidado pelos filhos e netos.
A família é o lugar onde aprendemos da vida e de Deus.
Ó Pai, te agradecemos pela vida de nossos avós;
Nos momentos de compreensão,
Nos momentos de aprendizado,
Nos momentos de fé,
Nos momentos de alegria,
Nos momentos de descontração,
Eles foram nossos amigos importantes.
Toda essa amizade vem de Deus
E te bendizemos, Pai de todas as famílias,
Pela vida que nos vem de Ti. Amém.
Dia 26 de julho – Dia dos avós
Frei Carlos Nunes Corrêa
FALECIMENTO
OLÍVIO MARIANO DE TOLEDO
Meu pai nasceu no dia 23 de janeiro de 1925 e faleceu no dia 27 de maio
de 2016. Aos 91 anos, ele foi internado
no hospital de Santa Casa da Misericórdia, em Votorantim, SP, com princípio de pneumonia. Ficou 13 dias sedado na UTI. O caso era grave. Fazia
tratamento periódico de pressão arte-
* 23/01/1925 +27/05/2016
rial e do coração. No dia 27 de maio,
às 22 horas, ele veio a falecer. Nos
últimos dias em que ficou no hospital
pude visitá-lo e dar-lhe a Unção dos
Enfermos. Nestes dias, ele teve a visita de todos os seus filhos (somos 11).
Embora passasse estes últimos dias de
sua vida no hospital, meu pai sempre
foi um homem forte, sadio, alegre, insistente! Gostava de viver! Era um verdadeiro anfitrião.
Mesmo nas condições mais pobres que passamos, nunca deixou de
acolher alguém em sua casa e nutrir
suas necessidades. Sempre tinha uma
reserva para oferecer. Seguia a lei do
Evangelho! Era manso e humilde de
coração. Homem católico! Homem
de comunhão! A missa era a sua alegria. Sempre com um olhar positivo
diante das coisas do mundo. Era um
homem feliz! Conversava com todos,
tinha sempre uma esperança para oferecer. Mariano de sobrenome e Mariano de devoção. Quando, de férias, em
casa, lembro-me bem de suas orações
do terço todos os dias à noite no seu
quarto, mesmo já sem a sua esposa Pedrina, minha mãe, falecida. Era fiel nas
orações e em tudo o que fazia. Cuidou
de sua família até o fim. No dia 3 de
junho, fizemos a Missa do seu Sétimo
dia. Dia do Sagrado Coração de Jesus,
a quem era muitíssimo grato. Sempre
participou dos encontros da Legião
de Maria, mas também do Apostolado da Oração. Trazia consigo a fita do
Sagrado Coração de Jesus. Foi embora
com ela em suas mãos. Assim nos lembramos desse filho bendito do Pai que
aqui na terra produziu muitos frutos.
Salve Maria!
Frei Florival Mariano de Toledo
Xx
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
(*) As alterações e acréscimos estão destacados
Julho
01 a 03
04 04
04 e 05 04 e 05
04 a 15
11 18 e 19 18 a 21
18 a 22
Encontro Vocacional Regional (Ituporanga)
Encontro do Regional Rio de Janeiro e Baixada
Fluminense (Niterói)
Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba)
Encontro do Regional do Leste Catarinense (S.
Amaro da Imperatriz)
Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)
Tempo Forte do Definitório Geral
Encontro do Regional de Pato Branco
(Chopinzinho)
Encontro do Regional do Planalto Catarinense e
Alto Vale do Itajaí (Curitibanos)
Assembleia da FIMDA (Angola)
Retiro Provincial (Rondinha)
Agosto
01 a 03
02
06
09 e 10
15 a 19 22 a 25
22 a 25 22 a 26
27 28 28 a 31 29 30
31
Encontro Provincial da Frente de Comunicação
(Rondinha)
Jubileu dos 800 anos do Perdão de Assis
Ordenação episcopal de Frei Evaristo Spengler
(Gaspar)
Encontro Provincial do SAV
Retiro Provincial para frades de 1 a 10 anos de
transferência, após os períodos em casas de
formação (Vila Velha)
Reunião do Definitório Provincial
Reunião do Definitório Provincial (Rodeio)
Encontro dos Ecônomos da CFMB (Porto Alegre)
Posse de Dom Evaristo na Prelazia do Marajó
(Soure)
Profissão solene de Frei José Morais Cambolo e
Frei Roberto Aparecido Pereira (Petrópolis)
Conselho da Formação inicial (Petrópolis)
Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada
Fluminense (Nilópolis)
Encontro Provincial da Frente das Missões
(Petrópolis)
Prazo para entrega do Projeto Fraterno de Vida e
Missão das Fraternidades
Setembro
01
02 e 03 03 e 04
04
05 09 a 11
12
12 e 13 12 a 23
14 14 e 15
17 e 18
19 Dia Mundial de Oração pelo cuidado da Criação
Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense
(Petrópolis – S. Francisco)
Encontro de Cantos Franciscanos (Rondinha)
Dia da Amazônia: Coleta Anual pela Evangelização
na Amazônia
Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar)
Encontro dos Irmãos Leigos da Província
Encontro do Regional de Curitiba (Rondinha)
Encontro do Regional do Leste Catarinense
(Angelina)
Tempo Forte do Definitório Geral
Encontro do Regional do Vale do Paraíba
(Guaratinguetá – Fazenda Esperança)
Encontro Provincial da Frente de Educação
(Rondinha)
Encontro Provincial da Frente da Solidariedade
Encontro do Regional de Pato Branco
(Mangueirinha)
19
19 a 22
19 a 24
26 26
26 e 27 26 e 27
26 a 30
Encontro do Regional de Agudos (Bauru)
Retiro no Eremitério de Rodeio
Assembleia ampliada da CFMB - SERFE e SIFEM
(Rondinha)
Encontro do Regional do Espírito Santo (Penha)
Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)
Encontro do Regional do Planalto Catarinense e
Alto Vale do Itajaí (Lages)
Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)
Retiro Provincial (Agudos)
Outubro
06 e 07
10 a 14
18 a 20 24 a 26
29
Conselho da Formação e Estudos (Vila
Clementino)
Curso de Franciscanismo (Rondinha)
Reunião do Definitório Provincial (São Paulo)
Encontro Provincial da Frente das Paróquias,
Santuários e Centros de Acolhimento (Agudos)
Ordenação presbiteral de Frei Robson Luiz
Scudela (Coronel Freitas)
Novembro
07 07 a 18
08
12 a 15
19 21 28 28 29 a 01
Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo
(Vila Itoupava)
Tempo Forte do Definitório Geral
Conselho do Secretariado da Evangelização (Vila
Clementino)
Estágio Vocacional (Guaratinguetá)
Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense
– recreativo (Paty do Alferes)
Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São
Sebastião)
Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada
Fluminense
Encontro do Regional de Agudos – recreativo
Reunião do Definitório Provincial
DEZembro
01 e 02 05 05
05
12 12 e 13 12 e 13 12 e 13
12 a 16
Jubileus dos confrades (São Paulo – S. Francisco)
Encontro do Regional de Pato Branco (Pato
Branco)
Encontro do Regional de Curitiba-recreativo
(Caiobá)
Encontro do Regional de São Paulo (Bragança)
Encontro do Regional do Espírito Santo –
recreativo
Encontro do Regional do Leste Catarinense
(Florianópolis)
Encontro do Regional do Planalto Catarinense e
Alto Vale do Itajaí - recreativo
Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)
Tempo Forte do Definitório Geral
janeiro 2017
19 a 22
Missão Franciscana da Juventude (Curitiba)
Março
06 13 27 Encontro do Regional do Espírito Santo (V. Velha –
Santuário)
Encontro do Regional do Vale do Paraíba
(Guaratinguetá – Seminário)
Encontro do Regional de Agudos (Agudos)

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