O poder das fragrâncias
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O poder das fragrâncias
Edição 65 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br O poder das fragrâncias Um mercado que evolui, está presente em um número cada vez maior de produtos e traz sempre muitas novidades 23 a 25 de outubro - Natal/RN Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 3 ABISA Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 29º Expo & Congresso ABISA Nordeste Zoé Morés Jornalista e Executiva da Abisa ...E A ABISA ESTÁ CHEGANDO AOS 30! A ABISA, na incessante busca de solucionar os problemas da classe saboeira, percorre quase diária e incansavelmente divisões técnicas, gabinetes, empresas, procura parcerias etc, levando seus argumentos e seus pleitos na defesa da classe. Ao chegar aos 30 anos, a Abisa pode contabilizar inúmeros sucessos, sucessos esses que bem demonstram sua coesão e credibilidade nos meios técnicos e governamentais. Pirâmide Natal Reconhecemos que nada foi conseguido sem muita luta, esforço e dedicação de todos nós que representamos a Associação. Nada disto foi feito sem que tenha primado no nosso desempenho a Resort & Convention abnegação, nos nossos argumentos a sinceridade e nos nossos pleitos a realidade. Tudo que conseguimos foi justo e por justiça foi concedido. Tudo que batalhamos até hoje foi sensato e teve razão de ser pleiteado. Por isso continuamos colhendo frutos e por isto crescemos e somos conhecidos e respeitados. Iniciamos nossas atividades a quase 30 anos e graças à seriedade com que encaramos os novos desafios, conseguimos fazer da Abisa, uma das associações mais respeitadas do segmento em que atua. Funcionamos durante todos estes anos, crescendo de prestígio, galgando posições no mercado e atingindo todos os objetivos que nos propusemos alcançar, tendo sempre como foco o associado/ fornecedor e suas necessidades do dia a dia. Sabemos que, em tempos de grande concorrência e constantes transformações, é fundamental atentar para todas as mudanças e estar atualizado com as novidades que movimentam o mercado. Estamos sempre abertos e recebemos com muito carinho todas as sugestões, porque as idéias jamais são opostas, o que se opõe são as personalidades. Idéias se complementam, se ampliam, se ajudam, porque uma ideia sozinha precisa de outra e ambas precisam do diálogo, da disposição, do entendimento. E os diálogos com foco no resultado tornam muito mais fácil ouvir e reagir a qualquer tipo de atitude e comportamentos conflituosos das pessoas, porque não existe um ser humano igual ao outro e cada um tem sua maneira de pensar e de ver as coisas. Sempre nos mantemos longe e repudiamos em todos os sentidos qualquer comentário que possa gerar a “rádio corredor” e fazemos o máximo para ajudar cada associado, fornecedor e/ou colaborador a entender melhor a relação de custo x benefício de cada atividade realizada. A filosofia original de “união e luta” dos fundadores da nossa Associação será sempre mantida, afinal, foi com essa idéia que a Abisa se tornou uma entidade sólida e respeitada. Nosso lema será sempre a união, a parceria e o respeito com o trabalho de cada um, seja pessoa física ou jurídica. O Capa ESPUMA 5 B.pdf mercado já passou por fortes crises, mas em nenhum momento nossa Associação pensou em se fundir 1 18/08/11 16:34 Edição 65 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br 2 ou desistir, porque isto, a nosso ver, representaria a morte de todas as conquistas que obtivemos desde a criação de nossa entidade Muito pelo contrário, a união com nossos associados e parceiros nos fortalece a cada dia e não podemos esquecer que, em menos de dois meses estaremos realizando nosso ABISA Av Beira Mar, 406/1302 Centro CEP: 20021-900 Rio de Janeiro – RJ Te.: (21) 2524 5816 [email protected] www.abisa.com.br 29º congresso ininterrupto.Isto nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. C M Y CM Por três décadas, a Abisa lutou em defesa dos interesses das indústrias. Sozinha, contando MY CY CMY K apenas com seus associados e seus parceiros fiéis, obtendo assim, vitórias consagradas com coragem e convicção. A distancia que separa nossas empresas, me obriga a não poder dar-lhes a cada um, a atenção merecida no dia a dia, mas espero encontrar todos no próximo evento em Natal-RN de 23 a 25 de outubro... Até lá... O poder das fragrâncias Um mercado que evolui, está presente em um número cada vez maior de produtos e traz sempre muitas novidades Edição 65 / Julho - Agosto de 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 expediente Editorial 4 Diretor Daniel Geraldes Prezado Leitor Os perfumes foram utilizados primeiramente pelos egípcios como parte de seus rituais religiosos. Os dois métodos principais de uso naquela época eram a queima de incenso e a aplicação de bálsamos e unguentos. Com o decorrer dos séculos muita coisa mudou, além da propagação em sua utilização. A diversidade nos gostos e o desenvolvimento da química moderna colocaram as fundações da perfumaria como nós a conhecemos hoje. A alquimia abriu novos caminhos para a química e novas fragrâncias foram criadas. Especialistas confirmam ser difícil afirmar quais essências farão sucesso, mas é possível prever que tipo de apelo conquistará os consumidores e sob um aspecto todos são unânimes: as pessoas buscam cheiros que trazem à tona sensações e momentos agradáveis da vida. Além de estarem presentes nos cosméticos e na perfumaria fina, as fragrâncias definitivamente “invadiram” os produtos de higiene e limpeza. Outro importante aspecto apontado pelo setor é que, seja qual for a essência, ela deve ser compatível com as fórmulas dos produtos em que está incorporada e resultar em uma perfeita harmonia com os atributos dos mesmos. Para entender um pouco melhor este universo e acompanhar as últimas tendências olfativas ouvimos alguns representantes do mercado. Confira nas próximas páginas. E já que o tema é o mercado de fragrâncias, temos a oportunidade de apresentar nesta edição, além de varias empresas já conhecidas no mercado, duas importantes empresas que atuam no Nordeste do País, ambas sediadas no Recife. A VitaSense, mais nova distribuidora de fragrâncias Firmenich e a Norscent, distribuidora da companhia IFF - International Flavors and Fragrances, que acaba de completar 15 anos de atividades. Boa Leitura! Daniel Geraldes Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] Publicidade Luiz Carlos Nogueira Lubos [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva [email protected] Conselho Editorial Álvaro Azambuja Daniel Geraldes João Francisco Neves José Luiz Araújo Tânia Picchi Zoé Mores Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Espuma é um veiculo bimestral da ABISA publicada Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Fabricantes da Indústria de Sabão, Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes e Fragrâncias, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Insumos e Matérias Primas, Prestadores de Serviços, Frigoríficos e Graxarias, Atacadistas, Supermercados, Embalagens, Aromas, Indústria Química Fina, Equipamentos de Laboratórios e Análises, Corantes e Pigmentos, Entidades da Cadeia Produtiva, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, entre outros. A distribuição é gratuita para todo o Brasil. É enviada para presidentes, proprietários, diretores, gerentes, compras, engenheiros e técnicos de empresas. Tiragem de 5.000 exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 5 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Sumário 6 08 Notícias 22 Informe Publicitário 1 26 Informe Publicitário 2 28 Entrevista Em Foco 1 32 Em Foco 2 Em Foco 3 36 Em Foco 4 Capa 34 44 42 7 Notícias 8 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Nivea ativa recomendações em promoções realizadas na Inglaterra A NIVEA lançou no final de junho uma campanha experiencial para o seu produto NIVEA Soft moisturising cream. Com o título “comece uma nova amizade hoje”, a marca promoverá diversas ativações em torno do novo creme. A estratégia usada pela agência Space como racional da campanha baseia-se numa pesquisa cujos resultados informaram que 78% dos consumidores da marca recomendariam um produto NIVEA aos seus amigos. Para estimular este comportamento, ao invés de distribuir um sample de produto, a marca distribuirá dois, assim como dois cupons de desconto, um para a consumidora e outro para uma amiga. Outras ações promocionais acontecerão também no universo digital. A campanha tem como foco mulheres entre os 20 e os 43 anos e realizará atividades experienciais nas principais estações de trem e redes varejistas, em lojas de departamentos e salões de cabeleireiro. Também serão levados produtos por embaixadores treinados a locais onde as mulheres costumam praticar esportes e em eventos de caridade. Por fim as atividades oferecem também uma oportunidade de ganhar edições limitadas de potes de creme NIVEA Soft criados pelo designer Josep Font, assim como camisetas. Maioria dos consumidores não adquire marcas que desrespeitam meio ambiente Mais de 80% dos consumidores deixariam de adquirir produtos caso tenham conhecimento de que a marca não respeita o meio ambiente ou as práticas comerciais éticas. De acordo com um estudo realizado pela União para BioComércio Ético, conhecido como Barômetro da Biodiversidade, 84% dos sete mil entrevistados de sete países se negariam a comprar no caso mencionado. Mensagem para preservação da biodiversidade A pesquisa ainda revelou quais mensagens estimulariam os consumidores à preservar a biodiversidade. Em primeiro lugar, com 30% das citações, ficou a referência a dados alarmantes sobre espécies ameaçadas de extinção. Outros 23% dos entrevistados disseram que seriam instigados a adotar posturas favoráveis ao meio ambiente caso soubessem que a biodiversidade está sendo utilizada como insumo para medicamentos e cosméticos. Comunicação das empresas Cerca de 90% dos entrevistados mostraram interesse sobre as práticas de abastecimento das empresas de cosmético, afirmando ainda que boicotariam uma marca caso os princípios éticos e ambientais não fossem respeitados. O diretor de negócios da Beraca, empresa que fornece insumos amazônicos para a indústria cosmética e farmacêutica, Filipe Sabará, avalia que a preocupação dos consumidores tende a ser um reflexo da comunicação das empresas. Em oito anos, 48,7 milhões de brasileiros entraram para as classes A,B e C Desde 2003, 48,7 milhões de brasileiros entraram nas classes A, B e C - população maior que a da Espanha. O maior crescimento se deu nas classes A e B (12,8%), seguidas pela classe C (11,1%). E o processo tem se acelerado, mesmo depois da crise financeira de 2009. Nos últimos 21 meses, até maio deste ano, cerca de 13,3 milhões de pessoas ascenderam às classes médias no Brasil. “A educação é a grande política estrutural por trás disso”, explicou Marcelo Néri, coordenador do estudo Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Globais para a Nova Classe Média Brasileira, divulgado em São Paulo, pela FGV. Segundo ele, mesmo sem considerar a política de aumento real do salário mínimo e a estabilidade econômica com inflação sob controle, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos de porcentagem por ano só pelo efeito da educação. Néri cruzou dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), ambas realizadas pelo IBGE. A renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e a desigualdade cai há dez anos. A ascensão da classe C vem sendo observada desde a implementação do Plano Real. Passou de 45 milhões de pessoas, em 1993, para 105,5 milhões, este ano. “O trabalhador brasileiro está trabalhando mais porque se educou mais, está conseguindo trabalho formal e acho que ele é o grande herói dessa ascensão da classe média”, afirmou Neri. A base da pirâmide, formada pelas classes D e E, por sua vez, ficou menor. Em 2003, 96,2 milhões de pessoas faziam parte da base da pirâmide. Neste ano, o número passou para 63,6 milhões. A principal explicação para o encolhimento da classe E, segundo a FGV, são os programas de transferência de renda para os mais pobres, como o Bolsa Família. Brics - Néri comparou os dados brasileiros com o dos outros Brics (grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e mostrou que o País tem feito um esforço maior em distribuir renda. Embora a China e a Índia tenham um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) maior do que o brasileiro desde 1992, o rendimento domiciliar desses países cresce abaixo do PIB. Desde 2003, de acordo com a Pnad, a renda cresceu 1,8 ponto percentual ao ano acima do PIB, superior ao que ocorreu na China, onde o PIB tem crescido dois pontos percentuais por ano acima da renda dos domicílios chineses. O estudo também avaliou que os brasileiros estão mais felizes e satisfeitos com a sua vida que os demais povos dos países do Brics, segundo o Gallup World Pool. Numa escala que varia de 0 a 10, a média brasileira de satisfação no ano de 2009 foi 7, enquanto atingiu 5,2 na África do Sul e 4,5 na China e na Índia. No ranking mundial de felicidade, o Brasil passou da 22ª posição em 2006 para a 17ª em 2009. Os outros Brics ficam abaixo da felicidade mediana entre 144 países analisados. Symrise traz a beleza que vem da horta A Symrise está expandindo sua gama de ingredientes ativos naturais para cosméticos com o seu novo portfólio de produtos Superveggies, de ingredientes vegetais ativos naturais para cosméticos, uma complementação de sua linha Actipone. A linha Superveggies, de substâncias líquidas e solúveis em água, oferece aos formuladores as propriedades saudáveis do brócolis, aspargos e outros vegetais que podem ser utilizados para produtos como géis de banho, xampus e cremes para o rosto. 9 Notícias 10 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Wheaton compra operações de cosméticos da Plastclean Wheaton Brasil, maior fabricante de frascos de vidros para perfumaria e cosméticos do Brasil, comprou as operações de decoração de frascos para perfumes e cosméticos da Plastclean, empresa líder nesse mercado no país, que passará a funcionar como mais uma unidade do Grupo Wheaton. Segundo a Wheaton, o negócio foi fechado por 25 milhões de reais. “O mercado de decoração de frascos de cosméticos tem crescido tanto que não dá tempo de trazer as máquinas do exterior”, diz Renato Massara, diretor comercial da Wheaton. “Só neste ano o crescimento da Wheaton nesse mercado foi de 30% em relação a 2010”, diz o executivo. Com a aquisição, a fabricante de vidros que ocupava a segunda colocação no mercado de decoração em vidros de perfumes e cosméticos, com a unidade Wheaton Decor, quase triplica sua capacidade de pintura, consolidando a sua posição de liderança nacional e se firma como uma das maiores empresas do mundo nesse segmento. Só em decoração de embalagens, a Wheaton tem mil funcionários, do total de 2900 do grupo. A planta da Plastclean, localizada em Barueri, na Grande São Paulo, tem duas máquinas de pintura de vidros e três de silkscreen. A Plastclean continuará atuando no segmento de decoração de embalagens de vidro em outros segmentos, principalmente no de bebidas. Bombril Acirra Briga com Unilever e P&G por Sabão Líquido No bilionário mercado de lava-roupas, avança a presença da versão líquida, cuja participação saltou de 2%, há 1,5 ano, para 10% . A disputa que os fabricantes de sabão em pó travaram na última década com o lançamento de novas tecnologias e também fragrâncias agora está migrando de forma mais agressiva para o universo da versão líquida do lava- roupas. O produto que chegou efetivamente ao país há cerca de três anos pelas mãos da americana P&G com o Ariel líquido, após uma tentativa fracassada de Omo da Unilever no final dos anos 1990, começou a ganhar um lugar cativo no carrinho de cerca de 10% dos consumidores brasileiros de detergente para roupas. Calcula-se que 92% da população gaste R$ 4,5 bilhões por ano com lava-roupas. Deste montante, por volta de R$ 450 milhões vêm das vendas do produto líquido. Estimativa da P&G com base em números do instituto de pesquisa Nielsen aponta que, em dois anos, 30% das vendas de lava- roupas poderão vir da fórmula líquida. Há 1,5 ano, o número era de apenas 2%. “Hoje vendemos mais Ariel líquido que em pó, tanto em volume quanto em valor”, garante José Cirilo, diretor de marketing para produtos de limpeza da P&G. Unilever e P&G, as duas grandes rivais deste mercado, começam a enfrentar novos concorrentes interessados em atuar em uma categoria de produtos que promete custos inferiores de produção e transporte e ganhos maiores de margem na negociação com o varejo, que pode ter uma rentabilidade maior com este tipo de produto, já que ainda há baixa presença de adversários. Neste mês, a Bombril, que já detinha o Ecobril líquido e apenas uma versão do lava-roupas Tanto líquido investiu R$ 5 milhões para lançar uma nova família de Tanto Líquido com fórmula, embalagem e cheiros diferenciados. “Decidimos dar amplitude a este produto que já responde por 30% das compras de lavaroupas das classes A e B”, explica Marcos Scaldelai, diretor de marketing da Bombril. Apesar de ter dois peso-pesados na disputa pelo consumidor, Scaldelai diz que ainda há brechas inexploradas na categoria, a exemplo de produtos com fragrâncias. O Omo líquido concentrado só é ofertado em uma versão tradicional e o Ariel é vendido na cor verde e lilás. A ideia é que Tanto tome para si a imagem de lavaroupas líquido cheiroso, assim como Tixan Ypê, da Química Amparo, fez com a versão em pó do produto. Recentemente, esta marca também fez sua estreia em lava- roupas líquido. A P&G, dona de Ariel e Ace, garante ter a liderança nacional do lava-roupas líquido, com 63% de participação. Já a Unilever, que detém marcas como Omo, Surf e Ala, informa que as vendas de Omo concentrado dobraram de tamanho no período de janeiro a junho. A companhia anglo-holandesa assegura deter 67,1% do mercado de lava-roupas (pó e líquido) no período de janeiro a junho de 2011, segundo a Nielsen, e a P&G informa ter 10,5% do mercado de sabão em ambas as versões. Enquanto a P&G investe na migração do consumo do brasileiro do sabão em pó para o líquido, o que tem levado a companhia a realizar investimentos em educação e divulgação nos pontos de venda, Paula Lopes, gerente de marketing de Omo da Unilever, diz não enxergar uma substituição do tradicional sabão em pó pelo líquido por parte do consumidor. “O que estamos vendo é uma combinação dos dois produtos, mas sem queda nas vendas da versão em pó”, garante Paula. A rentabilidade do lava-roupas líquido é maior por não ter a mesma pressão da concorrência do produto em pó. 11 Notícias 12 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 CADE dá sinal verde a marcas de beleza A compra da Revlon pela Hypermarcas foi aprovada pelo Cade. Desde 2007, quando abriu seu capital, a Hypermarcas já fechou mais de R$ 5 bilhões em aquisições. Esses negócios geraram mais de 20 processos no Cade, dos quais três continuam pendentes: a compra do laboratório Mantecorp, por R$ 2,5 bilhões em dezembro do ano passado, e as aquisições da Farmasa (em 2008) e da Jontex (em 2009). O negócio aprovado garantiu à Hypermarcas o controle da Bozzano, da Campos do Jordão, da Juvena e da Aquamarine. As duas primeiras são marcas de cremes de barbear e loções de uso após a barba. As duas últimas, de xampus e condicionadores. O Cade também aprovou a compra da marca Bitufo, de produtos de higiene pessoal, pela Hypermarcas. Os dois negócios foram considerados simples pelos conselheiros. Foram votados pelo rito sumário, um procedimento utilizado para aquisições que não causam preocupações a empresas concorrentes. As aprovações foram unânimes entre os sete conselheiros. No caso da Revlon, o Cade analisou um contrato de compra pela Hypermarcas de cotas da Ceil, empresa que era detentora das marcas Bozzano, Campos do Jordão, Juvena e Aquamarine. A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda fez um parecer de 32 páginas sobre o negócio, fechado em 2008. A Seae ouviu concorrentes, distribuidores e fornecedores de produtos dessas marcas e de concorrentes. Ao fim, concluiu que há amplo espaço para a competição e citou especificamente a concorrência com produtos da Avon, da L’ Oréal, Johnson & Johnson, entre outras. No caso da compra da Bitufo, a competição estaria garantida, segundo a Seae, por conta de empresas concorrentes fortes como a Colgate e a Gillette. Ao analisar ambos os negócios, o Cade seguiu os pareceres da Seae e aprovou-os sem impor qualquer restrição. Os dois negócios aprovados pelo Cade foram fechados entre 2008 e 2010. Em novembro passado, a Hypermarcas assinou memorando de entendimento para a compra das empresas do segmento de higiene bucal IPH&C, DPH Distribuidora e Comercial Maripa, que atuam na fabricação e distribuição de produtos de higiene bucal, como as escovas de dente da marca Bitufo. O valor acertado foi de R$ 82,5 milhões. Há três anos, em julho de 2008, foi acertada a compra de todas as marcas brasileiras da Revlon pelo equivalente em reais a US$ 104 milhões (na data, R$ 163,28 milhões). Na ocasião, a marca Bozzano representava 79% do faturamento da Revlon no Brasil. Pelo relatório do primeiro trimestre de 2011 da Hypermarcas, ela lidera o mercado de cremes e espumas para barbear, com 45%. A unidade de higiene pessoal e beleza representa 36,9% da receita da Hypermarcas, que nos primeiros três meses do ano foi de R$ 845,2 milhões. Sabonete social Se você não tem o hábito de levar “souvenirs” dos hotéis em que se hospeda para casa, alguns dos itens usados durante sua estadia tem destino certo, o lixo. Todos os dias, nos Estados Unidos 2,6 milhões de sabonetes são descartados por hóspedes. Ao perceber isso Derreck Kayongo resolveu dar um novo destino a esse precioso material: a população mundial que não tem acesso à higiene básica. O Global Soap Project recolhe os sabonetes descartados pelos hotéis, reprocessa em novas barras e distribui para quem precisa. Porque tudo que sobra em algum lugar, provavelmente está faltando em outro. Classes D e E querem produtos sofisticados O consumo de perfumes, cosméticos e produtos de higiene deve crescer cerca de 5% ao ano em volume até 2015. Já em valor, a expectativa é que os negócios do setor cresçam ao ritmo deflacionado de dois dígitos, passando de R$ 27,3 bilhões em 2010 para R$ 50 bilhões em 2015, sem considerar impostos e a margem de lucro do comércio. As projeções são de uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e da consultoria Booz & Co. A explicação para as cifras crescerem a um ritmo mais rápido que o volume é a preferência crescente do mercado por produtos de maior valor agregado. “O batom tem que ter protetor solar, o sabonete tem que ser hidratante ou antisséptico, a tintura de cabelo não pode ressecar. Os produtos mais simples, que atendiam estritamente à função deles, estão desaparecendo”, relata o diretorexecutivo da Abihpec, Manoel Simões. O consumidor mais exigente não se restringe à população de alta renda. Pelo contrário, os produtos sofisticados avançam com mais rapidez nas classes D e E. Para além do sabonete e do creme dental, elas frequentam cada vez mais as gôndolas de antissépticos bucais, hidratantes, protetores solares e colônias. Os perfumes são um exemplo de acesso ampliado. Em 2009, 85% dos lares das classes D e E passaram a usar colônia - em 2004, esse percentual era de 66%. Nas classes A, B e C, a penetração da categoria é próxima de 90%. Na população como um todo, o uso rotineiro de cosméticos soma-se ao já consolidado costume de usar produtos básicos de higiene. Com crescimento anual médio de 13,3% em volume nos últimos cinco anos, a demanda por maquiagem desponta entre as principais apostas até 2015. “A mulher brasileira não dispensava o esmalte e o batom, mas as maquiagens para a face e os olhos não eram hábitos muito fortes. Com a adequação delas ao nosso clima, a incorporação ocorre de maneira muito expressiva”, afirma o presidente da Abihpec, João Carlos Basilio. Um mercado tão aquecido - o terceiro maior para produtos do setor no mundo - chama a atenção da indústria internacional, que encontra nos EUA e na Europa um consumo estável ou em desaceleração. “A operação brasileira é das poucas que está dando rentabilidade. A grande luta das empresas lá fora é manter a participação de mercado, aqui ainda há condições para avançar”, diz Basilio. Um reflexo disso, segundo ele, é que a Abihpec recebe de três a quatro investidores por mês, de diferentes países, interessados no mercado brasileiro de higiene e beleza. A indústria está cada vez mais profissional, de acordo com Basilio, sem espaço para aventureiros e até com fortes barreiras a pequenas e médias empresas. A concorrência entre as grandes é acirrada, o que se reflete no investimento em marca. O gasto do setor com mídia pulou de R$ 3,3 bilhões em 2008 para R$ 6 bilhões em 2010, ou seja, dois terços dos R$ 9,2 bilhões investidos ao todo pela indústria. O investimento anual do setor deve mais do que dobrar e alcançar R$ 20 bilhões em 2015, segundo o levantamento. A expectativa é que os gastos com marca continuem a concentrar os recursos, mas as empresas também devem inovar mais e ampliar as operações. “Vejo muitos investimentos pela frente. Várias fábricas já estão definidas ou têm sido planejadas para atender à demanda crescente”, afirma Basilio. A concorrência do produto chinês, que tanto preocupa outros segmentos, não tira o sono dos empresários do setor. Isso porque o país não tem tradição em produtos de beleza e, segundo Basilio, a marca é um diferencial importante nessa indústria. Roberto Leuzinger, vicepresidente da Booz & Co., completa: “O Brasil é um país complexo em termos de logística e formatos. A empresa que trouxer o produto simplesmente porque o câmbio é favorável, sem uma estrutura local de distribuição, dificilmente será bem-sucedida.” 13 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Produção de cloro recua mais de 10% toneladas. As importações, por sua vez, saltaram 26,7% no semestre, para 626,9 mil toneladas, superando o volume total de vendas (domésticas e exportações) em 13,5%. O consumo aparente semestral alcançou 1,266 milhão de toneladas, expansão de 3,5% na base comparativa, justificado principalmente pela demanda dos setores de papel e celulose e química e petroquímica. Pão de Açúcar tem 50% mais vendas com área de drogaria e mix de beleza A rede de supermercados Pão de Açúcar decidiu aumentar a área de vendas de suas drogarias e reforçar o mix de produtos, especialmente a categoria de perfumaria e beleza. O novo modelo já foi implantado em algumas unidades da rede e a resposta do consumidor foi quase que imediata. Nas cinco unidades nas quais as mudanças foram realizadas, as vendas cresceram mais de 50%. Até então, essas unidades ofereciam, em média, 7 mil itens. Com a expansão, esse número aumentou para 9 mil, incluindo medicamentos, perfumaria e beleza, produtos de cuidado pessoal e também equipamentos para controle e diagnóstico. As melhorias devem ser implementadas nas demais lojas ao longo dos próximos dois anos. Nos últimos três anos, o negócio de drogarias do Grupo Pão de Açúcar dobrou em vendas. Atualmente, a empresa conta com 152 drogarias, distribuídas em 11 Estados brasileiros, mais Distrito Federal. A Anvisa deve baixar em breve norma para obrigar os fabricantes de saneantes - como desinfetantes, detergentes e inseticidas- a alertar que os produtos trazem risco à saúde caso não sejam manuseados adequadamente. As embalagens devem trazer frases como “este produto é tóxico” ou “é veneno” em letras maiúsculas, em negrito. Da forma como são exibidos hoje, os alertas deixam os consumidores confusos, diz a agência. Será vedada também a utilização dos termos “não tóxico”, “seguro”, “inócuo” e “não prejudicial”, bem como superlativos como “o melhor”, “excelente” e “incomparável”. Os saneantes representam a terceira maior causa de intoxicação em seres humanos no Brasil. Amazon H2O chega aos supermercados de todo o País A nova linha de produtos sustentáveis da GTex Brasil reforça que o consumidor pode preservar o planeta até mesmo quando limpa a casa Um novo conceito em produtos de limpeza chega ao mercado brasileiro para ganhar espaço no carrinho de compras dos consumidores. Amazon H2O, uma linha de produtos sustentáveis do início ao fim, é a novidade da GTex Brasil, empresa do segmento de higiene e limpeza que, no final do ano passado, recebeu investimento de R$ 90 milhões da Actis, gestora inglesa de fundos de private equity. Desde maio, os consumidores encontram nas gôndolas do varejo de todo o Brasil os novos lava-louça, sabão em pó, sabão em barra e amaciante Amazon H2O. A linha, com atributos sustentáveis reais, é a única do mercado com formulação 100% biodegradável e à base de babaçu, um produto natural. Além disso, possui embalagens fabricadas com até 85% menos plástico. Segundo José Renato Intini, gerente de marketing da GTex Brasil, o lançamento de Amazon H2O segue a tendência mundial e irreversível de busca do consumidor por produtos que estejam mais alinhados com o consumo consciente. No Brasil, a preocupação dos consumidores com a sustentabilidade é crescente. Cada vez mais as pessoas se dedicam à coleta seletiva, ao uso racional de água e de energia elétrica, por exemplo. “Cada um pode fazer mais, inclusive na hora de escolher o produto no supermercado. Amazon H2O é, sem dúvida, uma opção para levar a sustentabilidade e um produto de performance para dentro de casa, provando que essas duas frentes www.gestoratual.com.br A produção brasileira de cloro e soda apresentou queda superior a 10% no primeiro semestre em relação a igual período de 2010, segundo dados divulgados recentemente pela Abiclor. A retração, destaca a entidade, é consequência do apagão que atingiu o Nordeste em fevereiro e afetou a produção do setor principalmente em Camaçari (BA). Além disso, o indicador também foi pressionado por problemas ocorridos na unidade da Braskem em Alagoas. O volume de cloro produzido no Brasil entre janeiro e junho somou 593,1 mil toneladas, retração de 12,7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Já a produção de soda encolheu 13,3% em igual comparação, para 653 mil toneladas. A taxa de utilização de capacidade instalada na produção de cloro foi de 79,6% neste ano, queda de 12,3 pontos porcentuais em relação ao primeiro semestre de 2010 (91,9%). Na esteira do menor volume produzido, as vendas totais de soda caíram 13,1% no semestre para 552,4 mil Só contra os insetos www.plastimaxsa.com 14 caminham juntas”, afirma. A linha chega ao mercado com o apoio de iniciativas de merchandising nos pontos de venda, além de ações promocionais para consumidores. Em algumas praças do Brasil, quem compra os produtos, ganha uma ecobag personalizada Amazon H2O, acompanhada de um cartão feito de papel semente e uma fita verde, símbolo do movimento ‘De Bem com o Planeta’, apoiado pela GTex Brasil. Com a proposta de levar ao público informações relevantes sobre a preservação do meio ambiente, o movimento traz o blog www.debemcomoplaneta.com.br, além de perfis nas mídias sociais. Só o canal do Facebook já possui mais de 140 mil internautas que curtiram o perfil e estão engajados nas questões sustentáveis. A comunicação de Amazon H2O também conta com campanha publicitária em jornais, revistas e canais de TV a cabo. A combinação de qualidade e inovação dá à GTex Brasil o diferencial necessário para que a empresa ganhe mais espaço na cesta de limpeza caseira do brasileiro. Segundo a Nielsen, este segmento registrou crescimento de 5,8% em 2010, em relação ao ano anterior. 15 Notícias 16 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Natura é única brasileira citada no ranking de inovação da Forbes Palmolive vive novo momento em sua comunicação e oferece Linha Completa de Produtos para o banho A Natura alcançou a oitava colocação no ranking de inovação da Revista Forbes. A empresa de cosméticos foi a única brasileira a ser mencionada na lista das 100 companhias mais inovadoras do mundo. De acordo com a lista, a primeira colocação ficou com a Salesforce.com. Os segundo e terceiro lugares ficaram com a Amazon.com e a Intuitive Surgical, respectivamente. A Apple também foi mencionada entre as dez mais inovadoras, alcançando a quinta posição do ranking e ficando à frente, inclusive, do Google, que ocupou o sétimo lugar. A Palmolive aposta na comunicação integrada de seus produtos para corpo e cabelo, com o objetivo de revitalizar a marca e se aproximar ainda mais do consumidor. O anúncio deste novo momento vem apoiado em uma forte campanha de mídia, com peças em revistas, materiais exclusivos para ponto de venda e ações para os consumidores. Além disso, desde julho, os sabonetes em barra chegam às lojas de todo o país com novos grafismos nas embalagens, destacando ainda mais os ingredientes naturais dos produtos. Lava roupas Razzo possui tampa que diminui o desperdício O novo Lava Roupas Líquido Lev Lav da Razzo faz espuma na medida certa, removendo manchas e realçando as cores dos tecidos. O produto evita que as roupas fiquem desbotadas, deixando-as mais perfumadas. O diferencial do produto, no entanto, é a sua exclusiva escala dosadora. Cada marcação equivale a uma dose de produto para facilitar a aplicação do lava roupas na medida certa, sem desperdício e dispensando os copos americanos. Além disso, o Lava Roupas tem fácil diluição na água e não necessita de aquecimento, evitando os indesejáveis resíduos nas roupas e máquinas. O produto foi totalmente desenvolvido com componentes balanceados, não abrasivos e que não agridem as mãos. Os produtos da Razzo são conhecidos dos brasileiros há 47 anos. Fundada em 1964 por Salvador Razzo, em São Paulo, iniciou suas atividades com a produção de matérias-primas utilizadas na fabricação de produtos de limpeza e higiene. Ao longo de sua história, a empresa diversificou suas atividades, dedicando-se, primeiramente, à produção e à comercialização de sabão em barra e, posteriormente, aos mercados cosmético, farmacêutico e químico. Cremes e loções ganham mais espaço nos lares Entre os produtos com maior valor agregado, os que tiveram aumento mais expressivo de presença nos domicílios brasileiros avaliados pela Kantar Worldpanel foram cremes, loções e detergente líquido para roupa. Nos últimos 12 meses até março, o número de residências que compraram esses itens foi 7,1 pontos percentuais maior que o do mesmo período de 2010. Em seguida vieram inseticida (alta de 4,9 pontos percentuais), leite aromatizado (4,7 pontos percentuais) e sobremesa pronta (4,5 pontos percentuais). Já o produto que teve a maior redução de presença foi o leite pasteurizado (5,8 pontos percentuais). Na sequência, o levantamento apontou quedas de participação para polpa e purê, um tipo de derivado de tomate (4,3 pontos percentuais), cereal matinal (2,5 pontos), cera para assoalho (2,1 pontos) e suco concentrado (1,9 ponto percentual). Na média da América Latina, sucos concentrados tiveram a maior redução (1,5 ponto percentual). O leite aromatizado teve o maior aumento (4,3 pontos percentuais). A nova campanha da marca terá como tema o relançamento da linha de produtos Aloe composta por shampoo, condicionador e sabonete em barra. “Com esse relançamento, a Palmolive terá forte presença de mídia nas principais revistas nacionais, painéis de metrô e suporte diferenciado no ponto de venda”, ressalta Marcelo Cruzato, diretor de Marketing da Marca no Brasil. A Palmolive possui um portfólio completo de produtos para corpo e cabelo. No segmento de cuidados pessoais é a segunda marca em volume de vendas para as categorias de shampoos, condicionadores e sabonetes em barra. “A consumidora brasileira está cada vez mais exigente e a Palmolive acompanha essa evol uç ão do comportamento de compra”, explica Cruzato. A ColgatePalmolive é uma companhia global presente em mais de 179 países e 32 territórios de todo o mundo. No Brasil desde 1927, a empresa investe no desenvolvimento const ante de tecno logia para atender as necessidades de consum o. Por aqui, a companhia foca seus negócios nas áreas de Higiene Oral e Pessoal, Limpeza do Lar e Nutrição Animal, oferecendo qualidade de vida aos seus consumidores, por meio de produtos como: cremes e escovas dentais, sabonetes em barra e líquidos, shampoos e condicionadores, produtos de limpeza e pet food. Fonte: Nielsen Ano Acumulado 2010. Consumo de sacos plásticos cai 25% com lei no Rio Em um ano de vigência da Lei 5.502/09, que desestimula o uso de sacolas plásticas no Estado do Rio de Janeiro, a população fluminense deixou de consumir 600 milhões de sacolas. O número representa redução de cerca de 25% dos 2,4 bilhões de sacolas que eram distribuídos anualmente no Estado. Pela lei, os estabelecimentos devem dar desconto de R$ 0,03 centavos por sacola não utilizada. Os dados foram levantados pela Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e divulgados recentemente pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que se disse satisfeito com o resultado. No entanto, Minc afirmou que é preciso criar novas ações para estimular o consumo consciente. “É um resultado expressivo. São menos 600 milhões de sacolas nos rios, lagoas e canais. É menos gasto para o Poder Público em dragagem e menos gente que perde tudo por causa das inundações. Mas nosso objetivo é dobrar essa meta no ano que vem e passar para 50% de redução em relação ao número inicial de 2,4 bilhões de sacolas”, disse Minc. Entre as propostas para incentivar o consumidor a aderir à redução do consumo de sacolas, Minc citou a diminuição do preço das embalagens reutilizáveis e o aumento do desconto dado a clientes que não usem sacolas. 17 Notícias 18 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Aumento de renda de classes mais baixas puxa preço de produtos menos essenciais O que acontece com a globalização dos mercados? Durante os últimos 25 anos estamos acompanhando diariamente os mercados de gorduras animais, principal mente o de sebo bovino, e a cadeia de todos os óleos vegetais, e definitivamente entendemos que a dinâmica dos negócios está dividida entre dois pontos bem claros: PRÉ-ENERGIA e PÓS-ENERGIA. A globalização dos mercados está mais evidente com a consolidação de grandes players, com atuações em todos os países, tendo o Brasil como FORÇA EM AGRONEGÓCIOS, destacando-se: - Proteínas Animais: onde temos três empresas brasileiras entre as cinco gigantes globais; - Biocombustíveis: tendo etanol e biodiesel papel primordial da produção mundial; - Grãos e Alimentos: proteínas vegetais; Nosso país é uma das únicas fronteiras agricultável do mundo e com a necessidade de crescimento da produção de alimentos, considerando que até 2020 a produção estará totalmente equilibrada com a demanda. Percebemos também a atuação mais globalizada dos gigantes em produção de óleos vegetais, margarinas e proteínas vegetais, fazendo com que as mudanças em nossas rotinas sejam contínuas, pois hoje caminhamos por áreas onde encontramos cada dia mais a presença física, principalmente de empresários asiáticos, como uma prova bastante clara da necessidade de garantir alimentação para suas plantas e crescente demanda para o futuro. Quando falamos em exportações e pensamos no chamado custo-Brasil, o país passa por expansões em todos os sentidos e percebemos a crescente demanda da nossa infraestrutura, portos, estradas e também as ferrovias. Porém, com o aumento da demanda interna gerada por um crescente movimento e consumo da antes denominada classe C, temos percebido que não estamos prontos para as importações que o câmbio (altamente favorável) acabou trazendo para os nossos consumidores. Ao analisarmos no nosso país o mercado potencial de bicombustíveis, temos que abrir um parênteses para o negócio do ÓLEO DE PALMA, pois temos áreas devastadas na Amazônia Legal, principalmente no estado do Pará que poderia nos colocar como principais produtores mundiais e ainda com todo o apelo ecológico, pois as áreas serão reflorestadas com uma variedade de palmeira que traz alta produtividade de óleo por ha (praticamente 10x maior do que a soja, por exemplo), e proporciona a produção de dois produtos NOBRES com aplicações diversas: o óleo de palma, muito utilizado na fabricação de gorduras lowtrans, sabonetes, sabão, oleoquímicos, emulsificantes e como fonte de biodiesel renovável; e também o óleo de palmiste, bruto nobre na fabricação de cosméticos finos, aminas graxas, betainas para shampoos, achocolotados, coberturas de chocolates e sorvetes e na ração animal. Temos no Brasil uma grande área mundial sustentável de expansão de palma, porque aqui as nossas áreas, com apoio do Governo, estão com o novo zoneamento para reservas, e com o apoio de empresas como Petrobrás e Vale, que estão otimizando o desenvolvimento de agricultura familiar no estado do Pará, valorizando ainda mais a permanência da mão-de-obra no campo, gerando renda e desenvolvimento em todas estas áreas, como fazem os produtores e pioneiros, que estão há mais de 30 anos neste mercado. A palma e o sebo sempre andaram lado a lado no mundo, para alimentos, para saboarias e também para o mercado de biocombustíveis. Mesmo com a globalização, o sebo ainda é um dos produtos mais valorizados e importantes do mundo, com todos os mercados integrados em negócios que passam pela mesma cadeia produtiva e logística. O que acontece na palma, no sebo, nos lauricos, na economia global, na tão comentada análise dos alimentos x energia e de que modo tudo isso influência nas suas operações? Conte com nossa equipe de profissionais especializados. A informação em tempo de globalização é cada dia mais valiosa e estar ao lado de parceiros certos também, por isso, auxiliamos os nossos clientes em questões como: logística, tendências, análises de mercado e visibilidade dos negócios, oferecendo-lhes importantes diferenciais para as decisões estratégicas. Fonte: Carlos Eduardo O. Alexandre - Uniamérica Brasil 19 O aumento da renda das classes C e D vem contribuindo para a evolução dos preços de serviços menos essenciais. De acordo com levantamento feito pela, o maior consumo de serviços como teatro e salão de beleza, por exemplo, por tais classes foi responsável por uma alta acumulada de 9,24% em 12 meses até junho no IPC-BR (Índice de Preços ao Consumidor). Os serviços em questão são aqueles vistos como uma novidade no orçamento da população de renda mais baixa, como gastos com salão de beleza, lavanderia, cinema, show, teatro e academia de ginástica. Serviços menos essenciais O economista da FGV, André Braz, elaborou uma lista com 16 serviços pesquisados pelo IPC-BR que são mais atrelados à recreação, estética, ou serviços terceirizados de atividades domésticas. Braz entende que tais atividades serão fontes constantes de pressão na inflação varejista, uma vez que a demanda não dá sinais de que irá diminuir. Em 12 meses, alguns serviços já apresentaram alta de dois dígitos, como passagem aérea (13,71%), hotel (12,83%), teatro (11,12%) e alfaiate e costureira (10,98%). Empregados domésticos (7,11%) e salão de beleza (9,90%) também representaram importante aumento nos gastos. Vale destacar outros serviços que tiveram variação média acima da inflação do período, como show musical (7,24%), academia de ginástica (8,42%) e lavagem de carros e lubrificação (7,31%). Braz comenta que essa situação reflete o aumento Uniamerica 2.pdf 1 10/08/11 11:56 de renda da população, já que tais gastos poderiam ser substituídos por opções mais baratas ou simplesmente não existirem. C M Y Tradição, Qualidade e Transparência que você conhece CM MY CY CMY K Seu parceiro global nos produtos: • Sebo Bovino • Proteínas Animais • Óleos Vegetais • Oleoquímicos • Biocombustíveis • Glicerinas Av. Angélica, 2.530- 13ºAndar – Higienópolis - 01228-200 São Paulo/SP – Brasil – Fone 55 (11) 2142-8100 - Fax: 55 (11) 2142-8133 www.uniamericabrasil.com.br Notícias 20 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Sabonetes antibacterianos A marca Francis criou a linha de sabonetes Francis Protection, composta por sabonetes antibacterianos que garantem 99% de eficácia, perfumam e nutrem a pele. O produto está com novas embalagens, completamente reformuladas e com uma identidade visual que vai ao encontro do status de luxo. Os sabonetes estão disponíveis em quatro versões, cada uma contém perfumes e propriedades hidratantes únicas: extrato de calêndula com proteção delicada para pele sensíveis; óleo de girassol com proteção eficaz; extrato de aveia com proteção nutritiva e nutrientes marinhos com proteção total. Sina Cosméticos muda o seu canal de distribuição Francis Protection está com embalagens reformuladas e uma identidade visual que vai ao encontro do status de luxo. ANVISA atualiza lista de conservantes permitidos para os produtos de limpeza A relação está na Resolução da Diretoria Colegiada de número 30 (RDC 30/2011) publicada no Diário Oficial da União em 07 de julho. A RDC 30/2011 atualiza a resolução publicada em 2008, a RDC 35/2008, quando a ANVISA vetou o uso do Formaldeído, o formol, como conservante de produtos saneantes, depois que entrou para a classificação toxicológica de carcinogenicidade da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer, a IARC, nominada pela sua sigla em inglês, International Agency for Research on Cancer. Basicamente, a resolução eleva a concentração máxima permitida do conservante denominado de MIT/CMIT (CAS 55965-84-9), usado em produtos de limpeza do tipo multiuso, de 0,0015% p/p para 0,0022 % p/p . Isso porque a empresa fabricante comprovou à ANVISA, por meio de estudos científicos, que o produto é seguro em uma concentração mais alta. A RDC 30/2011 inclui na lista um novo produto, o conservante Propionato de N,N-didecil-N-metil-poli(oxietil) amônio (CAS 94667-33-1), registrado há pouco tempo na Agência. Ele é usado em detergentes de uso domésticos. Outros conservantes já haviam sido incluídos na lista original, que é de 2008, por meio da RDC 58/2009, como é o caso do triclosan e dos sais e ésteres do parabeno. Nesta resolução publicada há dois anos, houve a ampliação do limite de 0,05% p/p para 0,1% p/p para o conservante BIT, presente em produtos de limpeza restritos à manipulação profissional. Fonte: Fonte: Imprensa/ANVISA Bombril lança sabonete líquido Com o objetivo de estar presente em todas as categorias de Higiene & Limpeza, a Bombril ingressa no mercado de sabonetes líquidos com o lançamento do Dash. Nas versões lavanda e erva-doce, possui ativos hidratantes e fragrâncias exclusivas, garantindo a sensação de limpeza, hidratação e suavidade. Vem em embalagens práticas, disponíveis em dois tamanhos diferentes: 5 L e 1 L, com tampa pump, apropriada para ser colocada na pia dos mais diversos estabelecimentos ou mesmo residências. O mercado de sabonetes líquidos no Brasil vem apresentando significativo crescimento nos últimos anos, o que demonstra uma evidente mudança de hábito de consumo. Dash é o novo sabonete líquido da Bombril, disponível em embalagens de 5L e 1L. O mercado de cosméticos cresce em média 15% ao ano fazendo com que seja de alta competição. Neste sentido, o varejo acaba por se tornar um desafio para as empresas que querem um espaço nas gôndolas de farmácias, drogarias, perfumarias ou supermercados. Por outro lado, o segmento de venda direta ao consumidor através de catálogo cresceu 40% no último ano, o que faz com que se torne atraente para quem não quer viver a pressão do varejo por preços baixos. “O consumidor já vê na venda por catálogo um canal de extrema conveniência e de equilíbrio entre custo e beneficio na hora da compra”, afirma Amalia Sina, executiva da Sina Cosméticos, que após 5 anos de venda no varejo, muda o canal de distribuição e investe na venda por catálogo. O segmento de venda direta por catálogo e internet tem atraído a atenção de várias empresas de cosméticos, porém ainda há um grande espaço para crescimento. A Sina Cosméticos possui em seu portfólio mais de 100 itens no segmento de cabelo, corpo, banho, rosto e casa, o que a torna uma candidata para disputar o interesse da consumidora que busca variedade de produtos na hora da compra. “A mulher brasileira sempre gostou de comprar via catálogo e agora já vê na internet algo semelhante, portanto, teremos também a versão virtual para aquelas que apreciam a compra via internet”. 21 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Os diretores, Flávia e Luis Fernando, comemoram a atuação bem-sucedida da empresa, no Nordeste do País. Informe 1 22 Profissionais capacitados para atenderem as necessidades dos clientes. Ex-executivo da indústria de fragrâncias, com passagens pelas empresas Givaudan e a própria IFF, Luis Fernando desejava melhorar e aprimorar o atendimento no Nordeste. “Meu desafio pessoal era oferecer à região o nível de qualidade de atendimento ao qual eu estava acostumado. E este, sem dúvida, é hoje o meu grande orgulho. A Norscent é uma empresa vencedora. Nos tornamos referência do Norscent setor no Nordeste” afirma Luis Fernando. Os constantes investimentos em estudos das características do mercado, em pesquisas com consumidores e em treinamento comercial transformaram o desejo de seu fundador em uma realidade respeitada na indústria regional. No início eram 3 funcionários alocados em um pequeno espaço físico no bairro recifense de Santo Amaro. Fazendo a diferença na perfumaria do Nordeste “Há 15 anos iniciávamos as nossas atividades com o desejo de melhorar e aprimorar o atendimento no Nordeste. Hoje, com orgulho, afirmamos que nos tornamos referência no setor de fragrâncias.” C om a proposta de levar para a indústria de higiene e limpeza das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País, produtos melhores, alta tecnologia em perfumes e atendimento comercial especializado, Luis Fernando Mele de Natale criou em 16 de agosto de 1996, na cidade de Recife (PE), a Norscent, distribuidora da companhia IFF International Flavors and Fragrances. A Norscent está com nova identidade visual. A borboleta em aquarela reflete o momento de transformação e reúne as características da empresa: modernidade, ousadia e maturidade. Equipe FDG (Fragrance Development Group). A companhia atingirá a marca de 400 toneladas de fragrâncias produzidas. 23 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Informe 1 24 Um dos pontos fortes da empresa é a sua equipe comercial, com 8 executivos de contas. Hoje, são mais de 30 pessoas distribuídas nas áreas de Controle de Qualidade, FDG (Fragrance Development Group), Marketing, Laboratórios de Aplicação, Administrativa e Comercial. Dos 250 kg de fragrâncias produzidas no seu primeiro ano de atuação, a Norscent atingirá em 2011 a marca de 400 toneladas. “Um crescimento que orgulha todos que fazem parte desta trajetória.” De acordo com o executivo Luis Fernando, um ponto forte da Norscent é a sua força de vendas, com 8 executivos com larga experiência no setor. “Este fato faz do nosso time comercial um dos grandes ativos da Norscent. Não se constrói conhecimento técnico, experiência e relacionamento com os clientes do dia para noite. Este conjunto de habilidades é lapidado ao longo dos anos. Os executivos são grandes gestores de suas carteiras, dando fluência e poder de fogo ao trabalho de aprovar os projetos dos clientes”, destaca Kleber Niceas, gerente comercial. Soluções sob medida Fatores como estoque local e profissionais treinados para entenderem e atenderem as necessidades específicas dos clientes estão entre alguns dos aspectos que fazem a diferença na atuação da Norscent. “Todos aqui têm “o sotaque da região” e sabem, melhor do que ninguém, criar soluções adequadas ao nosso mercado”, observa o executivo, Luis Fernando. Para acompanhar o progresso e a evolução dos negócios, bem como, comemorar os seus 15 anos, a Norscent está com nova identidade visual. “A borboleta em aquarela reflete o momento de transformação e reúne as características relevantes para a companhia: modernidade, ousadia e maturidade”, explica a diretora, Flávia Natale Horst. A empresa está preparada para continuar a oferecer ao mercado excelência no atendimento e mesmo diante de um cenário de desaceleração econômica, apresenta boas perspectivas de números para 2011. “Estimamos um crescimento de aproximadamente 15% em relação à 2010. É um número expressivo e uma recuperação bem-sucedida em muito pouco tempo. Que venham os próximos 15 anos, pois queremos muito mais!”, afirma Kleber. Todos da Norscent têm “o sotaque da região” e criam soluções adequadas ao mercado local. 25 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Informe 2 26 O novo perfume do Norte e Nordeste do Brasil A VitaSense é a mais nova distribuidora de fragrâncias Firmenich para o Norte e Nordeste do Brasil A VitaSense é a mais nova distribuidora de fragrâncias Firmenich para o norte e nordeste do Brasil. Com suas operações iniciadas há menos de um ano, a empresa trabalha com duas matérias-primas raras e valiosas: a atenção e a dedicação personalizada a cada cliente. Com uma meta ambiciosa de não apenas vender fragrâncias, mas também conceitos, marcas olfativas e satisfação, a VitaSense surgiu de uma necessidade natural que o mercado desta região do país tem apresentado ao longo do tempo. Cada local tem as suas particularidades, e é dessa forma que a VitaSense vem desenvolvendo as A VitaSense possui um moderno laboratório para avaliar o desempenho e a performance das suas fragrâncias. Na sala espelhada acontecem as pesquisas qualitativas sobre hábitos e costumes dos consumidores. periodicamente. A VitaSense tem um diferencial que é a sala espelhada, para a realização de focus group e pesquisa qualitativa sobre hábitos e costumes dos consumidores. A empresa conta também com um moderno e ágil laboratório de aplicação para avaliação técnica, que analisa o desempenho e a performance das fragrâncias utilizadas nos projetos. Essa atividade garante uma maior segurança e confiabilidade aos nossos clientes. “Nossa intenção é deixar o cliente à vontade. Essa interação é fundamental para a escolha de uma fragrância em sinergia com o nosso cliente e o mercado que ele atua. A partir do momento que conseguimos captar a essência do projeto, trabalhamos para que o produto desenvolvido provoque no consumidor as experiências de bem-estar, limpeza e outras sensações”, afirma Aderson Agra, diretor da VitaSense. A atuação da logística é mais um aspecto positivo para que a VitaSense possa atender aos clientes com rapidez e eficiência. Localizada estrategicamente em Pernambuco, a empresa está situada em um ponto geográfico privilegiado que possibilita uma maior velocidade no atendimento de toda a região. A VitaSense conta com um galpão de 500 metros quadrados e estoque com possibilidade de verticalização e capacidade para armazenar até 30 toneladas de fragrâncias. Firmenich Empresa suíça, fundada em 1895, em Genebra, a Firmenich tem mais de um século dedicado a excelência na criação de aromas e fragrâncias; e ocupa hoje posição de destaque entre as maiores companhias de essências do mundo. Localizada em Cotia-SP, está no Brasil desde 1953, onde além da planta fabril possui um moderno centro criativo que atende também a América Latina. Os três segmentos onde atua (Perfumaria Fina, Higiene Pessoal e Limpeza da Casa) possuem equipes exclusivas, focadas no desenvolvimento de projetos e no atendimento das necessidades dos clientes. suas atividades. Atuando no mercado de cosméticos, perfumaria fina, higiene pessoal e limpeza da casa, a empresa dispõe de dados de mercado e apoio com apresentações de Marketing. Contando com informações técnicas para oferecer aos seus clientes, a VitaSense pode oferecer uma orientação mais segura e um melhor direcionamento das tendências e novidades do mercado. Em sua sede, em Recife, além do funcionamento do escritório administrativo, a empresa dispõe de uma sala de reunião com produtos de mercado que são avaliados “A distribuição exerce hoje um papel fundamental no mercado de fragrâncias, possibilitando que o acesso aos clientes seja feito de maneira completa. No Brasil, a cobertura dos clientes e o seu atendimento estão cada vez mais personalizados. Esta é uma necessidade profunda, devido a sua extensão territorial e peculiaridades regionais, onde o Norte e o Nordeste são únicos! Por este motivo, a parceria da Firmenich com a VitaSense é o reforço de uma estratégia de consolidação e expansão de negócios nestas áreas”, conclui Samuel A VitaSense está localizada em Recife e tem um galpão de 500 m2, com capacidade para armazenar até 30 toneladas de fragrâncias. Voelzke, gerente de contas de Firmenich. Saiba mais sobre a Firmenich no www.firmenich.com. 27 Revista Espuma / Fevereiro 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Dirceu Brás Aparecido Barbano Entrevista 28 Por: Lia Freire “O principal desafio para a ANVISA é trazer à legalidade as empresas informais, que fabricam e colocam no mercado saneantes sem qualquer avaliação de segurança e de eficácia”, Dirceu Barbano. Produtos “O mercado de saneantes no Brasil movimenta cerca de 12,2 bilhões de reais ao ano, gerando mais de 20 mil empregos diretos. A qualidade e a segurança destes produtos vêm crescendo dia a dia, fruto do próprio avanço tecnológico, da conscientização das empresas e dos consumidores.” de alta penetração nos lares brasileiros , chegando a índices superiores a 90%, como nos casos dos detergentes , sabões e água sanitária , os saneantes têm também extrema importância na saúde pública , visto que atuam na área preventiva , reduzindo gastos com o tratamento de doenças , principalmente as infecciosas . Cerca de 95% 29 Revista Espuma – Qual é a análise do mercado brasileiro de saneantes? Dirceu Barbano – O mercado de saneantes no Brasil movimenta cerca de 12,2 bilhões de reais ao ano, gerando mais de 20 mil empregos diretos. São produtos de alta penetração nos lares brasileiros, chegando a índices superiores a 90%, como nos casos dos detergentes, sabões e água sanitária. Estrategicamente, os saneantes têm extrema importância na saúde pública, visto que atuam na área preventiva, reduzindo gastos com o tratamento de doenças, principalmente as infecciosas. Cerca de 95% dos fabricantes destes produtos são micros e pequenas empresas. Também ainda existe um mercado clandestino de saneantes no Brasil, que atinge percentagens elevadas de informalidade, como é o caso da água sanitária, com 42% de informalidade, e dos desinfetantes, com cerca de 30%. Revista Espuma – Em relação aos quesitos qualidade, diversidade e eficiência dos produtos quais observações a serem feitas? Barbano – A principal função da Gerência de Saneantes da ANVISA é avaliar os produtos saneantes a serem lançados no mercado, quanto à qualidade, segurança e eficácia. Os produtos que tiveram a aprovação da ANVISA têm eficácia comprovada por ensaios executados em laboratórios habilitados, bem como, passaram por avaliação de formulação e dados físico-químicos, de forma que, além de eficazes, têm o risco sanitário gerenciado. Além de testes toxicológicos e atendimento a requisitos de embalagem, o produto proposto passa por uma avaliação de rotulagem, de modo a subsidiar o consumidor com todas as informações necessárias à prevenção de eventos adversos durante a sua manipulação e orientações de primeiros socorros em caso de acidente. dos fabricantes destes produtos são micros e pequenas empresas , e ainda existe um mercado clandestino, que atinge percentagens elevadas de informalidade . A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - atua no registro e notificação desses produtos , antes de sua comercialização, observando critérios de qualidade para garantir eficácia e segurança . Também elabora normas e padrões , apoia a organização de informações sobre a ocorrência de problemas de saúde causados pelo produto, atua no controle e avaliação de riscos , acompanha o desenvolvimento técnico - científico de substâncias e , quando necessário, adota medidas corretivas para eliminar , evitar ou minimizar os perigos relacionados aos saneantes . Para falar sobre o cenário atual deste mercado, bem como os trabalhos desenvolvidos e as principais conquistas do setor obtidos pela ANVISA, entrevistamos Dirceu Brás A parecido Barbano, Diretor Presidente da Agência , que assumiu o atual cargo em abril de 2011. Na ANVISA, Barbano iniciou seu primeiro mandato como diretor em outubro de 2008, em dezembro do mesmo ano foi designado como substituto do Diretor -Presidente , depois Diretor -Presidente interino até assumir o atual cargo. Revista Espuma – Quais aspectos neste setor ainda precisam ser aprimorados? Barbano – Sem dúvida alguma, o principal desafio para o setor e para a ANVISA é trazer à legalidade as empresas informais, que fabricam e colocam no mercado produtos saneantes sem qualquer avaliação de segurança e de eficácia. Embora muitos fatores sejam externos à ação da Agência, como a questão tributária e a própria cultura de parte da população em adquirir produtos clandestinos, existem ações importantes que podem ser tomadas no âmbito da saúde, como capacitação de agentes de vigilância dos Estados e Municípios, organização de seminários e palestras em conjunto com as associações e sindicatos, para capacitar responsáveis técnicos de empresas, Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 29 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Entrevista 30 “A função da Gerência de Saneantes da ANVISA é avaliar os produtos saneantes a serem lançados no mercado, quanto à qualidade, segurança e eficácia”, Dirceu Barbano. simplificação da legislação, aumento no número de fiscais, ações educativas nas escolas, entre outras. Revista Espuma - Quais foram as principais conquistas até hoje obtidas nesta área de saneantes? E as contribuições da ANVISA? Barbano – A qualidade e a segurança dos saneantes vêm crescendo dia a dia, fruto do próprio avanço tecnológico, da conscientização das empresas e dos consumidores, inclusive com relação à preservação do meio ambiente, e com a percepção cada vez mais clara de que os investimentos na prevenção de doenças, onde os saneantes exercem papel relevante, tem retorno muito maior que investimentos na área puramente assistencial. A contribuição da Gerência Geral de Saneantes da ANVISA, nesse contexto, vem com a constante atualização das normas relativas ao setor, acompanhando de perto os avanços mundiais na área regulatória e focando na simplificação de procedimentos para registro de produtos, sem perder o objetivo maior, que é de garantir a segurança e eficácia dos saneantes que são oferecidos ao mercado. Revista Espuma – Quais são as prioridades da Agência para o setor de produtos de limpeza? Barbano – No sentido de simplificar os procedimen tos para registro e notificação de produtos saneantes, lançamos em 2009 o sistema totalmente eletrônico de notificação de produtos de risco 1 (produtos de baixo risco sanitário). Com este sistema, processos que anteriormente demandavam cerca de 30 dias para análise e aprovação, agora são finalizados em 24 horas. Associado à notificação eletrônica, a gerência implantou um sistema de Monitoramento de Produtos Notificados, que audita a qualidade da informação prestada pelas empresas com relação a seus produtos. A prioridade este ano é consolidar o sistema de Monitoramento, garantindo a qualidade e recuperação de dados informados para os produtos de risco 1. Outro importante aspecto diz respeito à publicação da norma de rotulagem de produtos saneantes, que irá agrupar, num único regulamento, as frases e dizeres obrigatórios em rótulo para todas as categorias de produtos saneantes. Essa norma já prevê adequações ao sistema GHS, harmonizado mundialmente para rotulagem de produtos químicos, facilitando a exportação e importação de saneantes. Revista Espuma – Há alguma novidade ou fatos relevantes e recentes em relação a este segmento que mereça ser destacado? Barbano – Diversas categorias de saneantes estão diretamente envolvidas com problemas sérios que o Brasil tem enfrentado nos últimos anos. A primeira trata dos inseticidas, utilizados no controle da dengue. Em 2010, a Gerência de Saneantes publicou a RDC 34/10, norma harmonizada no Mercosul, que trata do registro desses produtos. Uma segunda categoria de saneantes, também ligada à dengue, é a água sanitária, cuja norma foi também revisada em 2009, através da RDC 55/09. A norma já prevê o uso da água sanitária no combate à larva do mosquito da dengue. Uma terceira categoria de saneantes, a de esterilizantes e desinfetantes de alto nível, está diretamente ligada ao surto de infecções hospitalares por micobactérias de crescimento rápido, que vem ocorrendo no País há alguns anos. Várias normas foram publicadas no sentido de se garantir a eficácia desses produtos contra a micobactéria identificada no surto. Cabe notar ainda o registro de produtos específicos para o combate do vírus H1N1 que foi motivo de preocupação recente. Revista Espuma – Sobre a legislação brasileira, quais aspectos poderiam ser aprimorados, tornando a indústria brasileira ainda melhor? Barbano – Os trabalhos na Gerência caminham no sentido de se compatibilizar a legislação brasileira com as normas internacionais e com o desenvolvimento tecnológico mundial. No âmbito do Mercosul, muito já progredimos, harmonizando uma grande parte da legislação atual, o que nos permitirá, em breve, passarmos para a fase de livre comércio entre os estados partes, especificamente para os produtos de menor risco sanitário. Revista Espuma – Em relação às fiscalizações e regulação, qual o posicionamento da ANVISA ? Barbano – A Gerência de Saneantes atua em forte parceria com a Gerência de Inspeção da ANVISA, participando de inspeções conjuntas, de forma a coibir irregularidades na fabricação de produtos. Em casos mais graves, onde o fabricante nem mesmo possui Autorização de Funcionamento para fabricação de saneantes, a gerência dá suporte à Assessoria de Segurança Institucional da ANVISA, em operações de repressão, com a Polícia Federal. Por outro lado, considerando que a fiscalização é uma atribuição típica dos Estados e Municípios, a Gerência de Saneantes coordena, juntamente com a área de inspeção, capacitações de agentes das vigilâncias sanitárias de todo o Brasil, num regime constante. Isso se faz necessário, pois a rotatividade de servidores nos Estados e Municípios é muito grande e também pela necessidade de se atualizar esses profissionais com relação às novas legislações que surgem. 31 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Em Foco 1 32 O A conquista de mercados se faz com indústrias e não com empresas mercado brasileiro será cada vez mais abordado por empresas estrangeiras para colocação de seus produtos, ainda que não tenham raízes industriais aqui. Basta ver a crescente presença destas nas feiras em nosso país. Hoje, comercialmente, com a acirrada competição, quem não conquista será conquistado. Sempre foi assim? Não com a atual contundência e em um mundo sem fronteiras. Concorrentes e competidores estão fora do alcance dos nossos olhos e ouvidos, não apenas por distâncias geográficas, mas com costumes e línguas. A internet encurtou distâncias, facilitou os contatos, espalhou informações e conhecimentos, mas as ameaças passaram de dezenas a milhares. Essa análise é importante para que possamos nos dar conta de que não falamos mais de representação de empresas, mas de indústrias. Vale à pena reforçar que não se trata de indústria no conceito fábrica, mas desta como segmento industrial, cadeia produtiva. A exposição e oferta englobam desde matérias-primas, passando pelos equipamentos para transformação, chegando aos produtos acabados. Ali temos um país representado, o poder de uma região ou cidades, para depois chegarmos às empresas. É importante observar que não se trata de ações isoladas de um empreendedor, com seus produtos e marcas, mas da criação e propagação do poderio de um conceito. As barreiras não são derrubadas com mercantilismo isolado, mas com cooperação que dá a cadeia produtora força de entrada e base de sustentação. Quando a indústria se mostra presente em um mercado, ainda que uma empresa cometa erros, outras serão acionadas e promoverão a sustentação. O aprendizado e poder de multiplicação da indústria são substancialmente superiores ao da empresa, bem como seu poder de transformação. Dentro da cadeia produtiva que forma a indústria vendas, programação de produção, solicitação de empréstimos, aos pleitos de proteção à indústria é necessário fundamentação. Principalmente os pleitos precisam de bases sólidas de argumentação e profissionais preparados para defendê-los e sustentá-los, sempre. Há brutal diferença entre reivindicação, tendo com fonte um projeto, e manifestação lamentosa. A segunda não oferece contrapartida e só é exercitada nos momentos de desvantagem. Isto não convence e não é matéria para criação do futuro. Como nunca foi a reserva de mercado. A indústria para se sustentar precisa de representação e esta tem quer ser profissional. podemos ter centenas de empresas e milhares de gestores pensando, questionando e agindo. As empresas cooperarão, enquanto integrantes do segmento industrial, para conquistar mercado, e competirão para conquistar clientes. Não é necessário muito esforço para entender a importância dessa aliança que forma a coopetição – cooperação com competição. Onde falhamos, perdendo mercado para indústrias globalizadas dentro e fora de nossas fronteiras? Nossa individualidade dificulta o estabelecimento de alianças para formar cadeias produtivas fortes que permitam superar a concorrência externa. Amabilidade e simpatia – estar ao lado - não estabelecem esforços cooperativos, pois são frágeis frente à individualidade. Para isso é necessário empatia – colocar-se no lugar de. Precisamos mudar nosso modo de pensar a agir. O pensamento estratégico precisa anteceder as ações, para não sermos apenas reativos e repetitivos. A reflexão e o debate são necessários para promover a mudança de mentalidade, pois as barreiras estão exatamente nas portas psicológicas. E estas só abrem por dentro. Os juros altos e os impostos sufocam as empresas neste país, mas as gestões amadoras também têm peso considerável. Sempre que tenho oportunidade lembro os gestores do alto custo da administração barata. Dos trabalhos operacionais como abordagem de As notícias tratam da falta de qualificação operacional, mas se olharmos cuidadosamente as luzes gerenciais cada dia se mostram mais fracas. Os bons resultados que as empresas vêm experimentando impedem que esse ponto seja observado, contudo o preço a ser pago no futuro poderá ser substancial. Não tratamos nesse caso de perda de um cliente ou outro, mas de uma maciça troca de fornecedores, em vários pontos da cadeia produtiva, por empresas estrangeiras. Diretamente ligado aos conceitos do segmento está o que pensam e como reagem as entidades de classe. Temos que nos lembrar todos os dias que quem não conquista é conquistado, e a conquista de mercados não se faz com empresas, mas com indústria. Resumo Precisamos mudar nosso modo de pensar a agir. O pensamento estratégico precisa anteceder as ações, para não sermos apenas reativos e repetitivos. A reflexão e o debate são necessários para promover a mudança de mentalidade, pois as barreiras estão exatamente nas portas psicológicas. E estas só abrem por dentro. Ivan Postigo, é Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão. Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652 www.postigoconsultoria.com.br Twitter: @ivanpostigo Skype: ivan.postigo 33 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma / Fevereiro 2011 Em Foco 2 34 Flora, controlada pela JBS, pode estar de olho na Assolan A família Batista, principal acionista do frigorífico JBS, o maior frigorífico de carne bovina do mundo, andou dizendo tempos atrás que queria transformar a Flora, empresa com gestão independente do JBS, na “Unilever brasileira”. Após a J&F, holding controlada pela família e presidida por Joesley Batista, comprar a Bertin Higiene & Beleza, detentora das marcas Francis, Ox e Neutrox, agora ela encontra-se em negociações avançadas para adquirir as marcas Assim e Assolan da Hypermarcas. Estima-se no mercado que as duas marcas faturaram juntas perto de R$ 170 milhões no ano passado. Hoje, a Flora não tem sabão em pó e nem esponja de aço em seu portfólio de produtos de limpeza. Com a decisão de a Hypermarcas focar seu negócio em medicamentos e produtos de beleza, os ativos de limpeza passaram a ser ofertados. Encontram-se no páreo pelas marcas Assolan e Assim as empresas Ypê, forte em detergente líquido, Gtex, que adquiriu recentemente a Scarlate dos amaciantes Baby Soft, e J&F, controlada pelos 35 Batista. De todas elas, contudo, é a J&F que aparece em conversações mais avançadas. Para ajudar nesta missão, os irmãos Batista levaram para o seu lado um especialista no mercado de consumo de massa. Eles tiraram Eduardo Luz, vice-presidente de produtos de cuidados pessoais da Unilever, da gigante anglo-holandesa que detém marcas consagradas como Omo, Seda e Dove. O executivo considerado um peso-pesado pelo mercado dá expediente na Flora. Luz teria aceitado a proposta dos irmãos Batista em troca de uma participação na Flora. A empresa não comenta os detalhes contratuais. Luz parte agora para a montagem de sua equipe, que deverá ser integrada por cinco a seis executivos que se dividirão entre as áreas de logística, financeira e marketing. Moacir Sanini, ex-presidente da Bertin Higiene & Beleza e um dos criadores de Albany para a Flora no passado, se desligou da empresa recém-adquirida e deve retornar para o Grupo Bertin. Mais do que gente, a Flora precisará de boas estratégias e ações assertivas para transformar um negócio que faturou por volta de R$ 500 milhões no ano passado em uma “Unilever brasileira”. Com a aquisição da divisão de higiene e beleza da Bertin, que registrou vendas pouco acima de R$ 480 milhões no ano passado, é certo que o faturamento da Flora chegará ao fim de 2011 com um valor superior a R$ 1 bilhão. Quem trabalha ao lado dos Batista garante que o plano para a Flora é ousado. Isso significa que outras aquisições não estão descartadas. A ideia é crescer de forma orgânica e, muito possivelmente, também com outras compras. Uma especialista no setor que prefere não se identificar diz que o primeiro passo para a Flora é aumentar o número de produtos e categorias, de forma a diversificar seu portfólio e atrair os olhos do consumidor. Essa é uma estratégia adotada pela Bombril, que tem lançado dezenas de produtos ao ano, incluindo até graxa para sapatos. As marcas Assolan e Assim são conhecidas do grande público por conta dos contínuos investimentos em publicidade promovidos pela Hypermarcas nos últimos anos. Contudo, não são grandes exemplos de participação de mercado e estão bem longe de se assustar líderes como Bombril e Omo. Se estas marcas menores não funcionam para gigantes do setor de limpeza, elas podem, no entanto, fazer a diferença para uma empresa como a Flora, que está tentando ganhar fôlego no setor de limpeza e higiene. “São marcas que demandarão investimento e estratégia. Se tudo isso for feito de forma adequada, poderá atingir em cheio os emergentes em busca de uma solução com melhor custo-benefício”, diz um concorrente. A matéria é de Françoise Terzian, publicada no Brasil Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint. Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 35 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 indústria que acaba por limitar o poder de escolha do consumidor, que, constantemente, nem desconfia de quem está por trás de sua marca preferida. A estratégia também trava a expansão de marcas menores. A situação pode até se intensificar caso a polêmica fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour saia, de fato, do papel, concentrando mais ainda o setor supermercadista. - poucas indústrias, apenas dez, entram com força no carrinho de compras dos brasileiros. Esse grupo representa até 70% das compras. Os demais 30% são disputados por cerca de 500 empresas menores, regionais – disse Marco Quintarelli, diretor do Grupo Azo, consultoria especializada em varejo, referindo-se a AmBev, BRF-Brasil Foods, CocaCola, Hypermarcas, JBS, Kimberly-Clark, Nestlé, Procter & Gamble, Reckitt Benckiser e Unilever (ver infografia). Segundo Quintarelli, a concentração brasileira na indústria de bens de consumo cresceu fortemente, nos últimos anos, com a maior presença no país de grandes produtores mundiais – interessados no potencial de consumo das classes emergentes. A Em Foco 3 36 O Domínio silencioso das marcas A Dez empresas concentram 70% das compras dos carrinhos dos consumidores nos supermercados . concorrência entre diversos produtos que pesam diretamente no orçamento familiar, como alimentos, bebidas, higiene e limpeza, em muitos casos, é mero jogo de faz de conta no país. Dez grandes empresas – multinacionais, na maioria – abocanham de 60% a 70% das compras de supermercado de uma família típica brasileira e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo, apontam especialistas em varejo. Muitas vezes, um fabricante chega a ser dono de diversas marcas de um mesmo produto, fazendo com que elas “disputem” entre si fatias do mercado. Uma tática da gigante Unilever, por exemplo, se orgulha de entrar a cada mês em 86% das residências brasileiras através de algumas de suas marcas como Omo, Kibon, Seda, Lux, Hellmann’s, Arisco e Knorr. Entre as nacionais, a tese de Quintarelli fica clara com o alto nível de concentração atingido no segmento de lasanhas e comidas prontas: a BRF-Brasil Foods, criada em 2008 com polêmica fusão entre Sadia e Perdigão, ainda em análise pelos órgãos de defesa da concorrência, detêm 90% do segmento. EMPRESAS IMPÕEM PREÇOS AO VAREJO As vozes críticas à crescente concentração se voltam também para o problema do controle de preços. Ao dominarem mercados, as indústrias tendem a impor preços ou dificultar negociações com o varejo, diz um varejista que preferiu não se identificar. Outra imposição é empurrar produtos de menor qualidade – ou de menor saída – nas meganegociações com o varejo. - Os consumidores não têm a menor noção de que, após uma fusão, as indústrias ficam mais fortes e, por isso, acabam tendo maior controle sobre os 37 Em Foco 3 38 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 preços. A culpa recai, sem dúvida, sobre os varejistas – disse Armando Strozenberg, conselheiro da ABPAssociação Brasileira de Propaganda. Segundo Genival de Souza, diretor do Prezunic, a concentração diminuiu o poder de negociação dos varejistas. Além disso, dificulta o fortalecimento de marcas menores e reduz as opções de compra dfos consumidores. - No setor de sabão em pó, por exemplo, Omo e Surf (da Unilever) representam mais de 70% das vendas da categoria. Como não ter Omo? Estamos falando de uma marca imbatível. Podemos ter mais opções, por exemplo, de leite condensado. Mas não tem como não ter Leite Moça. Esse poderio me impede de barganhar, independentemente do bom relacionamento da rede com a industria – disse Souza. Os tentáculos das indústrias podem não ser percebidos pelos consumidores até o momento em que, paradoxalmente, buscam um selo de qualidade para um suco ou uma margarina. Então, marcas como a Del Valle não deixam de colocar, ainda que discretamente, a sua fabricante, a Coca-Cola. Outras empresas, como a Reckitt Benckiser, sabem da importância de reforçar marcas como Vanish – líder com mais de 75% de mercado em mais de 50 países – e praticamente dobrou seu investimento em publicidade no último ano, pulando da 16ª para a oitava posição entre os maiores anunciantes di país. CONSUMIDOR IGNORA EFEITOS DE FUSÕES O mais importante para as empresas hoje são suas marcas. Daí o fato de o suco Del Valle não apresentar tão agressivamente a marca Coca-Cola no rótulo. Em vez disso, o “Coca-Cola” fica no cantinho das embalagens e funciona mais como um atestado de qualidade do produto e pode trazer nas entrelinhas atributos como higiene e qualidade – afirmou Strozenberg, acrescentando que, atualmente, não se vê mais anúncios que fazem menção a uma empresa e suas marcas . – Já não se vê mais propagandas que lembrem que um ou outro produto faz parte da família Unilever. A força de empresas como Unilever e Nestlé fica clara em suas campanhas publicitárias – pondera José Martins, diretor da Global Brands, referindose ao fato de que muitas delas não fazem mais propaganda individualmente de seus produtos, mas da marca corporativa. – Ainda assim, pouca gente sabe que a Jaguar e Land Rover são da Ford. Para Paulo Vicente, professor da Fundação Dom Cabral, a eventual concentração do varejo com uma fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour poderia piorar essa situação e ampliar a barreira para novos fabricantes de bens de consumo. Vicente acredita que o mercado de alimentos e higiene e limpeza é mais concentrado no Brasil que em outros países. - O setor de supermercados no Brasil é menos concentrado que em outros países e há espaço para novos jogadores, é um setor sem muitas barreiras de entrada. Mas a fabricação de alimentos e produtos de higiene é muito mais difícil, pois necessita de alto capital, know-how, maquinaria, rede de distribuição e de marcas fortes. Como grandes grupos já concentram este mercado e investem muito em suas marcas, esta é uma das maiores barreiras – afirmou. Não deixa de ser um paradoxo um país tão forte no agronegócio não ter criado grandes marcas, com diferenciais, e manter diversos segmentos nas mãos de cinco ou seis jogadores globais – afirmou. O publicitário Eduardo Barros, sócio da iYo, tem o hábito de comprar o sab~çao em pó Omo, mas nem tinha noção de que o Surf sai da mesma fabricante, a Unilever. Nem imaginava que três adoçantes – Finn, Adocyl e Zero-Cal – que controlam mais da metade do setor são da Hypermarcas. E muito menos que Elegê é BRF-Brasil Foods. Preocupado com a qualidade doa alimentos que dá à sua filha, sempre buscava comprar congelados de Sadia e Perdigão, fugindo de “marcas menores” como Batavo. Ao saber que ela também faz parte do grupo, se surpreendeu: - Descobrir que uma marca controla outras menores me faz sentir um pouco enrolado. Por que os preços tão diferentes? Será que no produto mais barato Há menos qualidade? – indaga. Barros, que não experimenta marcas desconhecidas na alimentação, reforçando a tese do peso da marca e da dificuldade de pequenas empresas crescerem, enquanto marcas globais ficam cada vez maiores. VOCÊ SABE DE QUEM ESTÁ COMPRANDO? Alguns conglomerados têm participação dominante em determinados setores e, ao mesmo tempo, peso relevante em outras áreas. Até 70% do carrinho de compras dos consumidores se concentram nas marcas de apenas 10 indústrias. Os demais 30% são disputados por cerca de 500 outras companhias. UNILEVER O que é? Uma das maiores multinacionais do mundo, a empresa atua em segmentos diferenciados com marcas-referência. Alguns números: controla mais de 50% do consumo de sabão em pó no Brasil. Além de ser dona do Omo, líderno mercado, conta com Surf, Ala e Brilhante. Algumas marcas e produtos: Comfort, Seda, Lux, Kibpon, Hermann’s, Arisco, Knorr, Becel, Maisena, AdeS, Dove, Axé, Close Up e Rexona. AMBEV O que é? Maior fabricante de cervejas do Brasil, surgiu a partir de uma megafusão há 10 anos. Alguns números: 70,1% do mercado de cerveja em 2010, maior participação desde o início da empresa. O Guaraná Antarctica é líder isolado entre os guaranás. Algumas marcas e produtos: Skiol, Brahma, Antactica, Bohemia, Original, Polar, Serramalte, Stella Artois, Quilmes e caracu. Mas também é dona, controla ou distribui marcas como Guaraná Antactica, Sukita, pepsi, H2OH!, Gatorade e Lipton. COCA-COLA O que é? Maior fabricante mundial de refrigerantes. Cada vez mais aventura-se em outros segmentos, como sucos prontos, cafés, água e 39 Em Foco 3 40 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 energéticos. Alguns números: Dominava 49,2% do mercado de bebidas não-alcoólicas do Brasil em 2009. Algumas marcas e produtos: Coca-Cola, Guaraná Kuat, Energético Burn, Kapo, Suco Mais, Suco Del Valle, Leão(Mate), Guaraná Jesus, Água Cristal, Gladiator, Nobaqua, Scheppes, Laranja Caseira, Ice Tea e Aquarius Fresh. NESTLÉ O que é? Empresa suíça líder no Brasil, atua no segmento de chocolates, sobremesas e sorvetes. Associou-se à Garoto, em um negócio barrado pela Cadê e que agora está na Justiça. Já é a maior engarrafadora de água do mundo. Alguns números: O faturamento mundial do grupo em 2010 foi de U$ 35,7 bilhões. O mercado brasileiro está entre os mais importantes. Algumas marcas e produtos: Leite Moça, Ninho, Nescau, Nescafé, Bono, Neston, Suflair, Passatempo, Mucilon, Chandelle, Cambinho, Alpino, Maggi, Molico, Água São Lourenço, Perrier, Nestea, Água Petrópolis, Tostines, Água Pureza Vital, Água S.Pellegrino e Levíssima. HYPERMARCAS O que é? O grupo brasileiro atua em setores como remédios, alimentos, higiene e limpeza, chegando a controlar mais de 50% de diversos segmentos. Alguns números: Adoçantes- 56% do mercado, com Finn, Adocyl e Zero-Cal, Preservativos- 54% do mercado, com Olla e Jontex, Cremes e espumas de barbear- 45% do mercado com Bozzano e Avanço. Algumas marcas e produtos: Etti, Monange, Cenoura&Bronze, Assolan, Pom Pom, Avanço, Risque, Biocolor, Bozzano, Sapeka, Supra Sumo, Jontex, Cajamar, Biorene, Denorex, Niasi, Paixão e Assim. KIMBERLY-CLARK O que é? Multinacional americana presente no Brasil desde 1996, com produtos de higiene pessoal e doméstica. Alguns números: Líder no Brasil de papel higiênico em folha dupla. Algumas marcas e produtos: Intimus, Neve, Scott, Fraldas Huggies, Fraldas Turma da Mônica e Kleenex. JBS PROCTER & GAMBLE O que é? Maior empresa de bens de consumo do mundo, com marcas globais que faturam, individualmente, mais de U$ 1 bilhão por ano cada. Alguns números: Três bilhões de pessoas consomem ao menos, um produto da empresa por dia. Algumas marcas e produtos: Pantene, Pameprs, Head&Shoulders, Alfazema, Wella, Koleston, Olay, Oral-B, Ariel, ACE, Hipoglos, Gillette e Prestobarba. BRF O que é? União das gigantes Sadia e Perdigão, feita em 2008 e ainda em análise pelos órgãos de defesa da concorrência. Alguns números: Lasanhas e pratos prontosde 80% a 90%, pizzas congeladas-de 60% a 70%, Hambúrgueres- de 70% a80%. Algumas marcas e produtos: Sadião, Perdigão, Batavo, Turma da Mônica, Qualy, Miss Daisy, Hot Pocket, Elegê, Chester, Fiesta, Becel, Perdix, Borella e Rezende. O que é? Maior empresa de proteína animal do mundo. Alguns números: Está presente em 64% do mercado global. Algumas marcas e produtos: Swift, Vigor, Leco, Friboi e Bertin. RECKITT BENCKISER O que é? Gigante mundial no setor de limpeza. E higiene, fundado em 1823, criador de marcas globais. Alguns números: O grupo pulou do 16º luga, em 2009, para o 8º lugar no ano passado entre os maiores anunciantes do país. O valor investido passou de R$ 460 milhões para R$ 830 milhões no período. O Vanish, um dos carros-chefes da empresa, domina mais de 75% do mercado em 57 países. Algumas marcas e produtos: Veja, Vanish, Finish, Harpic, veet, Nugget, SBP, Detefon, Repelex, Varsol, Brasso e Bom Ar Air Wick. Fontes: empresas, mercado e Cade. 41 Em Foco 4 42 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Conflito de gerações Estudo com 125 empresas do país mostra que a passagem do poder aos herdeiros e a contratação de executivos estão entre as maiores dificuldades do negócio O principal desafio enfrentado pelas empresas familiares é encontrar o momento certo para abrir mão do controle do negócio e entregá-lo à geração seguinte. Essa foi uma das conclusões da pesquisa realizada pelo consultor americano John L. Ward, durante o evento Special Management Program HSM — Family Business, realizado no mês passado em São Paulo. Aproveitando a presença de 125 sócios de empresas familiares, Ward realizou um estudo sobre o funcionamento desse tipo de negócio no Brasil — que a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios publica com exclusividade. Segundo a pesquisa, as transições dentro dos negócios familiares costumam ser demoradas. Os empresários que estão no comando cobram maturidade e experiência da geração seguinte: 40% deles só convidam os membros mais jovens para o conselho de diretores depois dos 35 anos; mais de 60% exigem dos descendentes experiência externa superior a um ano, antes que comecem a participar do negócio; e 25% só permitem a posse de ações depois da morte dos pais. “Esses empresários estão certos”, disse Ward, em entrevista à revista. “A maioria dos especialistas acredita que a nova geração jamais deve ocupar o comando sem antes ter experimentado uma vivência substancial no mundo empresarial.” A capacitação dos HERDEIROS NA BALANÇA Conheça as principais conclusões da pesquisa realizada pelo consultor americano John Ward com empresas familiares durante evento em São Paulo herdeiros é um ponto crucial para o sucesso de um empreendimento familiar, na opinião de Ênio Pinto, do Sebrae Nacional. “Sem isso, muitos negócios acabam escorregando no amadorismo ou são vítimas de decisões falhas sobre os rumos da empresa”, afirma. Outra questão fundamental da pesquisa é a que diz respeito aos diretores independentes. Mais de 40% dos empresários relataram que não tinham nenhum diretor que não fizesse parte da família. Ward não se diz surpreso com o número: segundo ele, a porcentagem pode chegar a 70% em alguns países. “Há uma grande cautela em chamar pessoas de fora. É uma pena, porque esses empreendedores ainda não descobriram a importância de contar com um conselho forte, formado por diretores independentes”, diz. Confira a seguir outras conclusões do estudo conduzido pelo consultor no Brasil. Por Rafael Farias Teixeira 43 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 O CAPA 44 s perfumes foram utilizados primeiramente pelos egípcios como parte de seus rituais religiosos. Os dois métodos principais de uso naquela época eram a queima de incenso e a aplicação de bálsamos e unguentos. Com o decorrer dos séculos muita coisa mudou, além da propagação em sua utilização. A diversidade nos gostos e o desenvolvimento da química moderna colocaram as fundações da perfumaria como nós a conhecemos hoje. A alquimia abriu novos caminhos para a química e novas fragrâncias foram criadas. Especialistas confirmam ser difícil afirmar quais essências farão sucesso, mas é possível prever que tipo de apelo conquistará os consumidores e sob um aspecto todos são unânimes: as pessoas buscam cheiros que trazem à tona sensações e momentos agradáveis da vida. Outro importante aspecto apontado pelo mercado é que as fragrâncias devem ser compatíveis com as fórmulas dos produtos em que estão incorporadas e resultarem em uma perfeita harmonia com os atributos dos mesmos, sem causar irritações, dermatites alérgicas, dermatoses ou outras reações adversas nos consumidores. De produtos de limpeza à perfumaria fina As fragrâncias e os seus fascínios No século XIX, o filósofo Jean-Jacques Rousseau afirmou: “O olfato é o sentido da imaginação”. Com toda razão, afinal os estímulos aromáticos incitam as emoções e recordações. Por Lia Freire As fragrâncias passaram a ser usadas em diferentes categorias de produto e uma delas é formada pelos itens de limpeza, desde que o conceito limpar e perfumar foi adotado pela indústria. Consumidores desejam ter acesso a produtos que mostrem que a casa está limpa e, ao mesmo tempo, perfumada. Em se tratando de tendências olfativas, os perfumes que transmitem bem-estar, harmonia e equilíbrio vêm sendo os mais procurados nestes itens. Há os aromatizadores florais (lavanda, jasmim etc), usados preferencialmente em ambientes como salas, enquanto que as fragrâncias campestres (eucalipto, por exemplo) ganham destaque em áreas como cozinha e banheiro. Também são procurados produtos com perfumes exóticos, como os que lembram florestas tropicais, montanhas etc. Até mesmo aqueles que remetem aos perfumes pessoais vêm ganhando mercado dentro deste contexto. Quando o tema é perfumaria fina e cosméticos, ambos voltados ao público feminino, há uma predisposição por notas gourmand (gustativas), como baunilha, chocolate etc; as notas amendoadas, amadeiradas e a releitura dos florais clássicos também continuam fortes; já na perfumaria masculina, notas ambaradas e madeiras nobres figuram entre as mais procuradas. Segundo dados do mercado brasileiro, o setor de cosméticos deve encerrar 2011 com uma movimentação de aproximadamente R$ 31 bilhões, representando um crescimento de 13% em relação a 2010. Enquanto isso, o de higiene e limpeza movimenta cerca de R$ 12 bilhões. Mediante estes números temos ideia do potencial que o setor de fragrâncias tem à sua frente. Hoje, estão disponíveis no mercado uma grande variedade delas, com poder de fixação cada vez maior. Para desenvolvê-las emprega-se alta tecnologia e são realizados diferentes testes químicos, que garantem excelência na qualidade. As matérias-primas usadas podem ser de origem natural (vegetal ou animal) ou sintética, podendo ser empregadas como odoríferas, solventes e agentes de fixação do odor. A falta de variedade, o baixo rendimento nos processos de obtenção de óleos essenciais e, principalmente, o alto custo dos óleos naturais vêm fazendo com que o mercado desenvolva um número maior de fragrâncias sintéticas. “O mercado brasileiro de fragrâncias tem se desenvolvido rapidamente e para acompanhar este crescimento, as casas de fragrâncias precisam criar novos conceitos que supram a demanda. Recentemente, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos, como maior mercado consumidor de perfumaria e cosméticos, então existe ainda um gap a ser atendido, especialmente com a ascensão das classes C e D”, analisa Michael Rentel, gerente de marketing da Citratus-Ibertech do Brasil. A companhia, de capital 100% nacional, fundada em 1991 e que atende os setores home care, personal care, perfumaria fina e especialidades, se tornou parceira estratégica para as indústrias de saneantes e cosméticos, desenvolvendo suas fragrâncias seguindo as últimas tendências de comportamento de mercado. “Os nossos times de P&D e Marketing utilizam-se do 45 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 em diferentes formatos: velas, varetas e spray. As fragrâncias para os lava roupas líquidos também merecem destaque”, afirma Otenio. CAPA 46 Fragrâncias encapsuladas trabalho com cores para criarem as novidades, para interpretarem conceitos e atenderem as expectativas dos consumidores sobre as características olfativas de um referido produto”, explica o gerente de marketing. Nos últimos anos, a Citratus-Ibertech do Brasil seguiu investindo em seus colaboradores, incentivando o aprimoramento técnico e a busca por inovação Também realizou investimentos em estrutura, como a construção de uma nova área comercial e um galpão para estocagem de materiais. Nestes investimentos, somados à aquisição de equipamentos e ao processo de certificação ISO 9001:2008, a empresa investiu mais de R$ 1,5 milhão. Perfumes clássicos Segundo Rodrigo Otenio, gerente de projetos e desenvolvimento da Citratus-Ibertech, a principal evolução no desenvolvimento das fragrâncias está relacionada a novos ingredientes. “Identificamos novos descritivos olfativos, possíveis “blends” de materiais e, principalmente, otimização de performance de um determinado ingrediente em uma categoria. Por exemplo, algo que permita aperfeiçoar “long lasting” de uma fragrância.” Com relação às tendências olfativas, a empresa destaca que os perfumes clássicos estão tendo forte demanda, seguindo a linha Vintage, juntamente com fragrâncias exclusivas e personalizadas. “Neste mercado, cresce consideravelmente os produtos que perfumam ambientes como os aromatizadores, A companhia suíça Firmenich, fundada em 1895, presente em 64 países espalhados pelos 5 continentes, desenvolve em conjunto com os seus clientes locais, fragrâncias para produtos de cuidado pessoal, limpeza doméstica e perfumaria fina. “Investimos em pesquisas científicas e desenvolvimento de novas moléculas e ingredientes para perfumaria, assim como em novas tecnologias para perfumação em várias categorias. Fornecemos produtos de excelência, que têm no código olfativo um dos pontos de maior destaque”, pontua Márcia Ferreira de Santis, diretora regional de desenvolvimento de fragrâncias da Firmenich. O investimento em novos métodos de desenvolvimento de fragrâncias faz parte da estratégia competitiva da Firmenich, que anualmente aloca um percentual de suas vendas na pesquisa e criação de novos produtos, moléculas e processos. “Neste aspecto destacam-se as fragrâncias encapsuladas, que liberam o perfume em momentos específicos do uso do produto, durante as etapas em que a consumidora mais o valoriza. A Firmenich faz um trabalho extenso de desenvolvimento desta tecnologia, com uma equipe que envolve várias áreas, como a técnica, criação, avaliação e marketing. Juntas, buscam sempre o alinhamento em termos de performance olfativa e expectativas dos consumidores”, explica a diretora. Sobre o perfil olfativo dos consumidores atuais, Márcia analisa como mais sofisticado. Seja a utilização dos produtos para cuidados pessoais, em casa ou nas roupas. A executiva destaca ainda que entre as consumidoras brasileiras há uma preferência pela combinação de diferentes tonalidades olfativas, por exemplo, um bouquet floral, constituído por notas olfativas de diferentes flores, combinadas a notas frutais, acrescidas de amadeiradas. Notas orientais, que são mais adocicadas, e antes encontradas exclusivamente em perfumaria fina, agora já fazem parte de produtos para casa como limpadores e amaciantes. “As fragrâncias com notas mais singulares, constituídas por tonalidades olfativas simplificadas e reduzidas a “cheiros únicos” tendem a ser menos preferidas entre as consumidoras atuais”, analisa a diretora da Firmenich, Márcia. Um perfume e várias aplicações Com forte atuação nas regiões Norte, Nordeste, chegando também no Centro-Oeste do País, a Norscent Fragrâncias, distribuidora da IFF - International Flavors & Fragrances Inc., tem uma importante participação nas fragrâncias voltadas aos sabões e saneantes; e agora a empresa investe na ampliação da oferta para as áreas de cosméticos e personal care. “Detemos 80% do share no setor de sabões e as nossas fragrâncias para saneantes são reconhecidas como as mais competitivas no setor. Nos posicionamos como uma extensão da empresa dos clientes, oferecendolhes a garantia de que o padrão de qualidade será respeitado. A variedade de produtos para higiene e limpeza, assim como de itens usados em cuidados pessoais favorece um terreno fértil para que as áreas como Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Fragrance Development Group (FDG´s) se debrucem sobre novidades conceituais e técnicas em fragrâncias”, afirma Kleber Niceas, gerente comercial da Norscent. Para a empresa, há uma forte tendência nas fragrâncias versáteis, ou seja, aquelas que têm mais de uma aplicação. “O coração ou a identidade olfativa da família de produtos é reforçada por esta demanda. O consumidor reconhece a ligação das marcas de sua preferência e, além de embalagens e posicionamento de preço, o perfume é protagonista neste contexto”, destaca Niceas. A busca por novas moléculas aromáticas De olho nas fragrâncias frutais, essências doces e notas gourmet, para as linhas de cosméticos, a Liberty Fragrâncias busca permanentemente incluir novas matérias-primas em seus produtos a fim de aprimorá-los, diferenciá-los e torná-los únicos. Tem também se empenhado para substituir as matériasprimas alergênicas e desenvolver novas moléculas aromáticas Além disso, a empresa que desenvolve 47 CAPA 48 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Um toque brasileiro no mercado de fragrâncias Sem dúvida, a diversidade da flora brasileira faz a diferença no mercado de fragrâncias, sendo um importante e natural diferencial competitivo que o país possui, favorecendo o campo das pesquisas e no desenvolvimento de essências exóticas e exclusivas, com notas tropicais frutadas e ingredientes da Amazônia. “Os biomas brasileiros são um tesouro e fonte para novas inspirações. Hoje, a oportunidade existente em torno destes sistemas é enorme, principalmente se considerarmos o desenvolvimento sustentável e em parceria com as comunidades. A Firmenich conta com o trabalho contínuo de um biólogo exclusivamente dedicado a exploração de espécies nativas que possam resultar em novos códigos olfativos. O Brasil ocupa hoje uma posição de destaque em termos de informações e como definidor de tendências”, analisa Márcia, diretora da Firmenich. Para o executivo da empresa Norscent, Kleber, o desbravamento e consequente descoberta de novas substâncias naturais como raízes, sementes e plantas da Amazônia, ampliaram as possibilidades criativas e permitiram ao mercado brasileiro construir pirâmides olfativas cada vez mais complexas. fragrâncias para amaciantes, domissanitários, perfumaria fina, cosméticos, atendendo ainda outros segmentos de mercado, faz investimentos em seus processos produtivos. Recentemente adquiriu um cromatógrafo a gás, equipamento de tecnologia avançada e fundamental para o desenvolvimento e análise de matérias-primas e essências. A Liberty também destaca que está investindo nas áreas de marketing e comercial, visando elevar a qualidade do seu atendimento. Sobre a demanda brasileira por tipo de fragrâncias, Kid Rodrigues, gerente comercial da Liberty, observa uma forte tendência por novos ingredientes oriundos da região da Amazônia. “Acrescenta-se a isso, uma grande preocupação de todos os que estão envolvidos neste setor em não utilizar matérias-primas alergênicas ou cancerígenas, o que acaba exigindo das casas de fragrâncias processos mais apurados nos procedimentos e fabricação”, destaca. Mais de 3 mil fragrâncias Florais, amadeiradas, cítricas, herbais e alavandadas. São mais de 3 mil fragrâncias desenvolvidas pela Phytoessence, que desde 1995, atende segmentos como, household, cosméticos e perfumaria fina. De acordo com Celso Valdomiro Ribeiro, diretor geral da empresa, a tecnologia tem sido uma importante aliada no crescimento da Phytoessence, visto que o mercado de fragrâncias está em constante crescimento. “Planejamos os investimentos de acordo com nossa visão que é ser a primeira opção de fornecedor brasileiro de fragrâncias, depois das multinacionais. Investimos principalmente na capacitação dos nossos colaboradores, custeando cursos superiores, pós-graduação e de idiomas”, destaca Ribeiro. O diretor afirma que muito embora seja preciso enfrentar a questão do preço baixo, o que pode inibir o poder de criação de fragrâncias, prejudicando e tirando a “magia da perfumaria”, a empresa segue trabalhando para oferecer o melhor e particularmente para os seus negócios, analisa o período como bastante favorável. “O momento é propício devido a necessidade dos fabricantes em melhorarem a qualidade para atender as exigências das classes ascendentes”, opina Ribeiro. 49 50 Serviços Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 Revista Espuma - Julho/Agosto 2011 ASSINATURA DA REVISTA ESPUMA Você pode solicitar o recebimento da Revista Espuma. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61/ São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 ou por e-mail: [email protected] Nome: Empresa: Endereço: Nº: Complemento: Cidade: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: ( ) E-mail: Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fabricantes da Indústria de Sabão ( ) Higiene e Limpeza ( ) Cosméticos ( ) Perfumes e Fragrâncias ( ) Fornecedores de Máquinas e Equipamentos ( ) Insumos e Matérias Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Frigoríficos e Graxarias ( ) Atacadistas 2ª capa Abisa (21) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br 3ª capa Aboissa (11) 3353-3000 [email protected] www.aboissa.com.br 4ª capa e 21 Akzo Nobel (11) 4591-8935 www.akzonobel.com 29 5 Citratus (19) 3826-8100 www.citratus.com.br Liberty Fragrâncias (11) 4146-8888 [email protected] www.libertyfragrancias.com.br 39 Consolid (11) 5531-0244 [email protected] www.consolid.com.br 5 Phytoessence (11) 4195-5267 www.phytoessencefragrancias.com.br 7 10 FAV 105 (11) 2135-5151 [email protected] www.fav105.com.br Norscent (81) 4009-2900 [email protected] www.norscent.com.br Firmenich (11) 4617-8800 www.firmenich.com Vitasense (81) 3271-2100 www.vitasense.com.br 37 29 39 Anima Consultores (11) 3677-1177 www.animaconsult.com.br [email protected] 35 ( ) Supermercados ( ) Embalagens ( ) Aromas ( ) Indústria Química Fina ( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises ( ) Corantes e Pigmentos ( ) Entidades da Cadeia Produtiva ( ) Centros de Pesquisas e Universidades ( ) Escolas Técnicas ( ) Outros CCI Química (11) 5642-0102 [email protected] www.cciquimica.com.br 31 Grande Rio Reciclagem (21) 2765-9550 [email protected] www.grgrupo.com.br 41 Ind José Miguel (87) 3821-0455 www.indjosemiguel.com.br 19 Uniamérica (11) 2142-8100 www.uniamericabrasil.com.br 49 Ype 0800-130054 www.ype.ind.br www.florestasype.com.br 51