COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO — 2014/2015

Transcrição

COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO — 2014/2015
COMPANHIA
NACIONAL
DE BAILADO
—
2014/2015
A FUNDAÇÃO EDP É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO
E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL
O QUE ESTÁ NO
OLHAR DESTES
ARTISTAS?
¯¯¯ Luísa Taveira,
¯¯¯ Diretora Artística
¯¯¯ setembro 2014
¯
A temporada que aqui se revela traz consigo apenas meia novidade.
Acontece que, por uma boa causa, apresentamos uma programação
com novas produções mas também com alguns espetáculos já
anunciados para, desse modo, acertarmos calendários com os
restantes teatros e com o que se convencionou ser a temporada
cultural, de setembro a julho.
Assim, para além das três estreias mundiais até final de dezembro
de 2014: Tempestades, Lídia e Quebra Nozes Quebra Nozes, temos
mais quatro estreias marcadas para o primeiro semestre de 2015.
Iniciaremos em fevereiro com um projeto para uma bailarina e um
pianista, encenado por Tiago Rodrigues. O pianista é Mário Laginha
que acumula a interpretação com a composição musical e a bailarina
é a nossa Barbora Hruskova. Ela irá dançar e falar sobre a sua
longa carreira e revelar-nos-á como todo o repertório deixou marcas
indeléveis num corpo que parece frágil. Explicar-nos-á igualmente
porque é que A perna esquerda de Tchaikovski é afinal a perna
(apesar de “gauche” ou “sinistra”) onde qualquer bailarina apoia
a sua técnica, a sua emoção, as idiossincrasias dos coreógrafos e,
claro está, quase toda a sua vida.
Esta obra confere também o mote para a programação: as pessoas/
os artistas. Os que tão profusamente preenchem esta brochura, os
bailarinos da CNB, são só alguns. Os artistas que um dia fizeram
parte do Ballet Gulbenkian são, por exemplo, outros.
BG é o nome de um programa, a estrear em março, que construímos
em torno do património de todos nós: os quarenta anos de atividade
do Ballet Gulbenkian.
Ele irá, naturalmente, incluir obras de Vasco Wellenkamp e Olga
Roriz, os dois coreógrafos portugueses que mais marcaram aquela
Companhia, bem como peças de Hans van Manen e Ohad Naharin.
A escolha deste repertório não foi fácil, uma vez que resumir nunca
é fácil e, nesse exercício de subtração, soubemos sempre que quase
tudo iria ficar de fora. Mesmo assim, temos a ousadia de pensar
que a memória se avivará, os intérpretes de hoje prolongarão o
movimento dos de ontem e assim indefinidamente, como deve ser.
À Fundação Calouste Gulbenkian queremos agradecer a sua
associação a este projeto.
O Pássaro de Fogo é a terceira grande estreia de 2015, a acontecer
em junho. Esta obra-prima de Stravinski terá coreografia de Fernando
Duarte e conta com a direção e encenação de Carlos Pimenta.
O vídeo mapping de OCUBO, com direção de Nuno Maya, vai
mergulhar o público nessa imensa floresta onde a narração acontece
e que Aleksandr Golovin ou Marc Chagall outrora pintaram.
Henriett Ventura e Xavier Carmo, dois artistas da CNB, juntaram-se
aos dançautores São Castro e António Cabrita e à produtora VO’ARTE
para apresentarem o projeto Tábua Rasa. É com o estímulo à criação
contemporânea em vista, que este projeto se insere na programação
da CNB, mas também e não menos importante, pelas provas
e qualidades já demonstradas por estes criadores.
A reposição de Giselle de Georges Garcia, de O Lago dos Cisnes
de Fernando Duarte, de Mozart Concert Arias de Anne Teresa De
Keersmaeker e de Orfeu e Eurídice de Olga Roriz, completam
a programação onde a digressão nacional terá um peso considerável,
na calendarização dos espetáculos.
Seremos acompanhados pela Orquestra de Câmara Portuguesa, a
Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Sinfónica Portuguesa
e Orquestra Clássica do Sul, dirigidas pelos maestros Pedro Carneiro,
Pedro Neves, Jose Miguel Esandi, Joana Carneiro e Cesário Costa.
Muitos são ainda os criadores na área da cenografia, figurinos
e desenho de luz cujos nomes encontrarão mencionados neste
programa.
As conferências/conversas trazem também uma novidade: Cristina
Peres será curadora e moderadora de um ciclo que se intitula
Eu não percebo nada de dança. Cansada deste estribilho recorrente,
Cristina Peres quer mostrar que todos percebemos alguma coisa
de dança e, quanto mais não seja, temos sempre um ponto de vista,
mesmo que este chegue através de matérias tão improváveis como
a matemática, o ativismo político ou a psicoterapia.
Outras atividades preencherão ainda a temporada da CNB tais como
um documentário a ser construído por Cláudia Varejão, a parceria
com o MUDE para uma exposição dos figurinos de António Lagarto,
As horas de Sophia, os Ensaios Gerais Solidários, etc. Para além
destas atividades paralelas, existem cerca de noventa espetáculos
à sua escolha.
Por último – e apesar de não termos palavras que respondam
à pergunta do título, o que está no olhar destes artistas? –, queremos
convidá-lo a vir desvendar a sua resposta pois, por muito que lhe
digamos ser sensível e maravilhoso o que lá está, só do seu ponto
de vista o poderá confirmar.
A Companhia Nacional de Bailado agradece reconhecida
à Fundação EDP.
Os Projetos de Aproximação à Dança prosseguirão em 2015 pelas
mãos da coreógrafa Sónia Baptista e serão, pela primeira vez,
também realizados em digressão.
Nascido da vontade de alguns bailarinos da CNB, A Fada Oriana é um
projeto para jovens, que ficará concluído em 2015 e cujo destino final
será o espaço escolar, especialmente o dos estudantes a quem
o Plano Nacional de Leitura recomenda a leitura da obra de Sophia
de Mello Breyner Andresen.
03
CNB
2014/2015
NOVEMBRO 2014
SAB 01
18H
CONFERÊNCIA Modernismo em Portugal
QUI 06
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Lídia
SEX 07
21H
LÍDIA
SAB 08
21H
LÍDIA
DOM 09
16H
LÍDIA
QUA 12
15H
LÍDIA Espetáculo para Escolas
QUI 13
21H
LÍDIA
SEX 14
19H30 – 20H30
AS HORAS DE SOPHIA
21H
LÍDIA
SAB 15
21H
LÍDIA
DOM 16
16H
LÍDIA
SETEMBRO 2014
QUA 19
14H – 17H00
QUI 20
14H – 17H00
SEX 21
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA
Quebra Nozes Quebra Nozes
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA
SEX 12
21H30
MOZART CONCERT ARIAS Porto, Teatro Municipal . Rivoli
SAB 13
21H30
MOZART CONCERT ARIAS Porto, Teatro Municipal . Rivoli
SEG 22
16H
TER 23
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Tempestades
QUI 27
14H30
QUA 24
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Tempestades
SAB 29
18H
QUI 25
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Tempestades
OUTUBRO 2014
QUI 04
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Quebra Nozes Quebra Nozes
SEX 05
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
PROGRAMA CONCERTO Sardoal, Centro Cultural Gil Vicente
Quebra Nozes Quebra Nozes
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA
Quebra Nozes Quebra Nozes
VISITA AO TEATRO
CONFERÊNCIA O Quebra-Nozes e a tradição
DEZEMBRO 2014
QUA 08
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia
QUI 09
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Lídia
SAB 06
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
16H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
SEX 10
14H30
VISITA AO TEATRO
DOM 07
SAB 11
18H
CONFERÊNCIA Sturm und Drang
QUA 10
15H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES Espetáculo para Escolas
QUI 16
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Tempestades
QUI 11
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES Espetáculo EDP
SEX 17
21H
TEMPESTADES
SAB 18
21H
TEMPESTADES
DOM 19
16H
TEMPESTADES
QUA 22
15H
QUI 23
SEX 24
21H
19H30 – 20H30
21H
SEX 12
19H30 – 20H30
AS HORAS DE SOPHIA
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
SAB 13
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
TEMPESTADES Espetáculo para Escolas
DOM 14
16H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
TEMPESTADES
QUA 17
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
AS HORAS DE SOPHIA
QUI 18
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
TEMPESTADES
SEX 19
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
SAB 25
21H
TEMPESTADES
SAB 20
21H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
DOM 26
16H
TEMPESTADES
DOM 21
16H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES
QUI 30
14H30
VISITA AO TEATRO
DOM 28
16H
QUEBRA NOZES QUEBRA NOZES Guimarães, C. C. Vila Flor
JANEIRO 2015
ABRIL 2015 (CONTINUAÇÃO)
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Bragança
O Lago dos Cisnes
SAB 10
15H
O LAGO DOS CISNES Bragança, Teatro Municipal
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Vila Real
Orfeu e Eurídice
SAB 31
21H30
ORFEU E EURÍDICE Vila Real, Teatro de
FEVEREIRO 2015
TER 03
18H30
QUA 04
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO A Perna Esquerda de Tchaikovski
QUI 05
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
CONFERÊNCIA Memória
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Faro
SEX 06
O LAGO DOS CISNES Faro, Teatro Municipal
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
21H
O LAGO DOS CISNES Faro, Teatro Municipal
DOM 08
16H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
TER 10
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa BG
QUA 11
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa BG
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Programa BG
QUI 12
21H30
PROGRAMA BG Porto, Teatro Municipal . Rivoli
TER 14
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Giselle
QUA 15
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Giselle
QUI 16
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Giselle
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Évora
BG
SAB 18
21H30
PROGRAMA BG Évora, Teatro Garcia de Resende
TER 21
18H30
CONFERÊNCIA O que faz que um Clássico seja um Clássico?
TER 28
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Giselle
QUA 29
21H
GISELLE Dia Mundial da Dança
QUI 30
21H
GISELLE
SAB 02
21H
GISELLE
DOM 03
16H
GISELLE
QUI 07
15H
GISELLE Espetáculo para Escolas
SEX 08
21H
GISELLE
SAB 09
21H
GISELLE
DOM 10
16H
GISELLE
TER 12
18H30
QUI 21
21H
TÁBUA RASA
O Lago dos Cisnes
21H
SAB 07
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Porto
BG
SAB 11
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
SEX 13
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
SAB 14
21H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
DOM 15
16H
A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
MAIO 2015
SEX 22
21H
TÁBUA RASA
SAB 23
21H
TÁBUA RASA
TER 02
18H30
MARÇO 2015
TER 03
18H30
CONFERÊNCIA Património
QUA 11
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO Programa BG
QUI 12
21H
PROGRAMA BG
SEX 13
21H
PROGRAMA BG
SAB 14
21H
PROGRAMA BG
DOM 15
16H
PROGRAMA BG
QUA 18
15H
PROGRAMA BG Espetáculo para Escolas
QUI 19
21H
PROGRAMA BG
SEX 20
21H
PROGRAMA BG
SAB 21
21H
PROGRAMA BG
DOM 22
16H
PROGRAMA BG
QUI 26
21H
PROGRAMA BG
SEX 27
21H
PROGRAMA BG
SAB 28
21H
PROGRAMA BG
DOM 29
16H
PROGRAMA BG
ABRIL 2015
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA Porto
SEX 10
21H30
CONFERÊNCIA Criação
JUNHO 2015
CONFERÊNCIA Representação
QUA 17
21H
ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO O Pássaro de Fogo
QUI 18
21H
O PÁSSARO DE FOGO
SEX 19
21H
O PÁSSARO DE FOGO
SAB 20
21H
O PÁSSARO DE FOGO
DOM 21
16H
O PÁSSARO DE FOGO
QUA 24
21H
O PÁSSARO DE FOGO
QUI 25
SEX 26
14H – 17H00
21H
14H – 17H00
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA O Pássaro de Fogo
O PÁSSARO DE FOGO
PROJETOS DE APROXIMAÇÃO À DANÇA O Pássaro de Fogo
21H
O PÁSSARO DE FOGO
SAB 27
21H
O PÁSSARO DE FOGO
DOM 28
16H
O PÁSSARO DE FOGO
SEX 17
21H30
SAB 18
16H
JULHO 2015
PROGRAMA BG Almada, Teatro Municipal Joaquim Benite
PROGRAMA BG Almada, Teatro Municipal Joaquim Benite
BG
DIGRESSÃO – OUTRAS DATAS A ANUNCIAR
PROGRAMA BG Porto, Teatro Municipal . Rivoli
FESTIVAL AO LARGO – DATAS A ANUNCIAR
17 OUT — 26 OUT
7 NOV — 16 NOV
TEMPESTADES
LÍDIA
ESTREIA MUNDIAL
ESTREIA MUNDIAL
RUI LOPES GRAÇA
PEDRO CARNEIRO
PAULO RIBEIRO
LUÍS TINOCO
Outubro
dias 17, 18, 23, 24
e 25 às 21h
dias 19 e 26 às 16h
Novembro
dias 7, 8, 13, 14
e 15 às 21h
dias 9 e 16 às 16h
Escolas
dia 22 de outubro
às 15h
Ensaio Geral
Solidário
16 de outubro
às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
23, 24 e 25
de setembro
Teresa Simas
convidada
Rui Lopes Graça
coreografia
Pedro Carneiro
conceção musical
Joseph Haydn
música
Mariana Sá
Nogueira
figurinos
Nuno Meira
desenho de luz
e cenografia
Orquestra
de Câmara
Portuguesa
interpretação musical
música gravada:
Romeu Santos contrabaixo
Miguel Costa clarinete
Pedro Carneiro percussão
Daniel Bolito violino
Escolas
12 de novembro
às 15h
Ensaio Geral
Solidário
6 de novembro
às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
8 e 9 de outubro
Sandra Rosado
convidada
COMEMORAÇÕES DOS 100
ANOS DA REVISTA ORPHEU
Paulo Ribeiro
coreografia
Luís Tinoco
música original
José António
Tenente
figurinos
Nuno Meira
desenho de luz
João Ceitil
assistência musical
Orquestra
Metropolitana
de Lisboa
interpretação musical
Pedro Neves
direção musical
5 DEZ — 21 DEZ
QUEBRA NOZES
QUEBRA NOZES
FERNANDO DUARTE
ANDRÉ e. TEODÓSIO
Dezembro
dias 5, 6, 12, 13, 17,
18, 19 e 20 às 21h
dias 7, 14 e 21 às 16h
Espetáculo EDP
11 de dezembro
às 21h
Escolas
10 de dezembro
às 15h
Ensaio Geral
Solidário
4 de dezembro
às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
19, 20, 21
de novembro
Teatro Praga
convidados
09
ESTREIA MUNDIAL
Fernando Duarte
coreografia
André e. Teodósio
encenação
e dramaturgia
Piotr I. Tchaikovski
música
João Pedro Vale
e Nuno Alexandre
Ferreira
cenário e figurinos
Daniel Worm
d’Assumpção
desenho de luz
Orquestra Sinfónica
Portuguesa
interpretação musical
José Miguel Esandi
direção musical
Fevereiro
dias 5, 6, 7, 12, 13
e 14 às 21h
dias 8 e 15 às 16h
Ensaio Geral
Solidário
4 de fevereiro
às 21h
Tiago Rodrigues
Encenação, texto,
cenografia e figurinos
Barbora Hruskova
bailarina
Mário Laginha
música e piano
Cristina Piedade
desenho de luz
5 FEV — 15 FEV
ESTREIA MUNDIAL
A PERNA ESQUERDA
DE TCHAIKOVSKI
PROJETO PARA UMA BAILARINA E UM PIANISTA
TIAGO RODRIGUES
MÁRIO LAGINHA E BARBORA HRUSKOVA
My body was not made for dancing, but I was never able to
resist to music. As a child, I forced my body to learn how to
dance. Unwillingly, it obeyed. I happily surrendered myself
to music. Music is mathematics but I do not like to count.
Instead of counting music, I prefer to tell stories while
I dance mathematics. I divide tempo, I multiply gestures
and add up pains. Each pain in my body equals to a dance
performance. I have been dancing for more than thirty years.
I have a collection of pains. My knee aches when I listen
to Prokofiev. My back suffers when I listen to Sibelius.
But not everything means pain. I like to go on stage early,
when only the piano tuner is present. That is my joy, the
joy that precedes everyone else’s, the lull before the storm.
The halts of a journey before reaching the country of final
destination. I do not know precisely where is my country,
I reckon my homeland is the theatre since it is the place
where I feel at home. I have already reasoned over this and
I am sure that during my life I have spent more hours
dancing than sleeping. I dream more when I dance than
when I sleep. When I dance all seems a dream but as I feel
pain, I know it is real. To dance causes pain, but it pains me
even more when I am motionless.
(Tiago Rodrigues)
Invited by CNB-National Ballet of Portugal, Tiago Rodrigues
writes and directs a piece which revolves around the
memory of Barbora Hruskova’s body. Dialoguing with Mário
Laginha’s piano – who is on stage playing his original music
composed for this piece – Hruskova revisits her career and
the marks that her life in dancing have drawn on her body.
O meu corpo não foi feito para dançar, mas eu nunca fui capaz
de resistir à música. Quando era criança, obriguei o meu corpo
a aprender a dançar. Ele obedeceu, mas contrariado. Eu, feliz,
entreguei-me à música. Música é matemática, mas eu não gosto
de contar. Em vez de contar música, prefiro contar histórias enquanto
danço matemática. Divido tempo, multiplico gestos e adiciono dores.
Cada dor no meu corpo, corresponde a um espetáculo de dança.
Já danço há mais de 30 anos. Tenho uma coleção de dores.
Quando ouço Prokofiev, dói-me o joelho. Quando ouço Sibelius,
doem-me as costas. Mas nem tudo é dor. Gosto de ir cedo para
o palco, quando ainda só lá está o afinador de pianos. Isso é a minha
alegria antes da alegria dos outros, a calmaria antes da tempestade.
As escalas da viagem antes do país de destino final. Não sei bem de
que país sou, acho que a minha terra natal é o teatro porque
é o lugar onde me sinto em casa. Já fiz as contas e tenho a certeza
de que já passei mais horas da minha vida a dançar do que a dormir.
Sonho mais quando danço do que quando durmo. Quando danço,
tudo parece um sonho mas, como tenho dores, sei que é real.
Dançar dói, mas dói mais quando estou parada.
Tiago Rodrigues
A convite da Companhia Nacional de Bailado, Tiago Rodrigues
escreve e dirige uma peça em torno da memória do corpo da
bailarina Barbora Hruskova. Em diálogo com o piano de Mário
Laginha, que está em palco para interpretar a música original que
compôs para este espetáculo, Hruskova revisita a sua carreira
e as marcas que essa vida na dança traçou no seu corpo.
11
Março
dias 12, 13, 14,
19, 20, 21, 26, 27
e 28 às 21h
dias 15, 22 e 29
às 16h
Escolas
18 de março às 15h
Ensaio Geral
Solidário
11 de março às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
10, 11 e 12 de
fevereiro
Sónia Baptista
convidada
TREZE GESTOS
DE UM CORPO
Olga Roriz
coreografia
António Emiliano
música
Nuno Carinhas
cenografia e figurinos
Orlando Worm
desenho de luz
NOVA CRIAÇÃO
Vasco Wellenkamp
coreografia
Vítor José
desenho de luz
Maria João
voz
João Farinha
piano
Patrícia Henriques
assistente do coreógrafo
Canções
Beatriz (Edu Lobo / Chico Buarque);
Retrato a branco e preto
(Tom Jobim / Chico Buarque);
Eu sei que vou te amar
(Tom Jobim / Vinicius de Moraes).
TWILIGHT
MINUS 16
Hans van Manen
coreografia
Ohad Naharin
coreografia e figurinos
John Cage
música
The Perilous Night
para piano preparado
Bambi
desenho de luz
Jean-Paul Vroom
cenografia e figurinos
Jan Hofstra
desenho de luz
Paulo Pacheco
piano
Nathalie Caris
assistente do coreógrafo
Erez Zohar
assistente do coreógrafo
Música
colagem de composições
de diversos autores
1. You belong to my heart
Perez Prado and his Orchestra
(Agustin Lara / R. Gilbert);
2. Adios Mi Chaparrita
Perez Prado and his Orchestra
(L.F. Esperon / B. Marcus);
3. Hernando’s Hideaway
Billy May’s Rico Mambo Orchestra
(Richard Adler and Jerry Ross)
4. Solamente Una Vez
Perez Prado
(Agustin Lara / R. Gilbert);
5. Taboo (Tabu)
Perez Prado and his Orchestra
(Margarita Lecuona)
6. Isle of Capri
Perez Prado and his Orchestra
7. Adios Pampa Mia
Perez Prado
(Canaro / Mores / Pelay)
8. It must be true
The John Buzon Trio
9. Hava Nagila (traditional music)
Dick Dale
10. Echad Mi Yodea (traditional
music) arranged and played by Ohad
Naharin and the Tractor’s Revenge
11. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608
James Bowman (Vivaldi)
12. Somewhere over the rainbow
adapted by Marusha (D.J.)
(Harold Arlen & E.Y. Hamburg)
13. Hooray For Hollywood (cha cha)
Don Swan & His Orchestra
(John H. Mercer & Richard E. Whiting)
14. Sway
Dean Martin (P.B. Ruiz & N. Gimbel)
15. Stabat Mater
James Bowman and the Academy
of Ancient Music (Vivaldi)
12 MAR — 29 MAR
BG
Ballet Gulbenkian is the inextinguishable memory of art and,
in particular, of the dance in Portugal. CNB pays homage to
Ballet Gulbenkian by evoking its repertoire and inseparable
individuals that created its history. Experiences will be
livened up as well as dreams and emotions of those who
experienced so many unforgettable moments of this company.
Life will be provided to a narrative that some can only have
access through oral testimonies. This is also a CNB assumed
challenge: keep alive a legacy that bring us together with
past days but still does today. To turn to works that comprise
this program is to enrich CNB repertoire, is to grant to its
performers the possibility to dance their imaginary.
We owe to Olga Roriz and Vasco Wellenkamp the significant
PROGRAMA DE HOMENAGEM AO
BALLET GULBENKIAN
EM ASSOCIAÇÃO COM A FUNDAÇÃO
CALOUSTE GULBENKIAN
O Ballet Gulbenkian é memória inextinguível da arte e, em particular,
da dança em Portugal. Evocar o seu repertório e individualidades
indissociáveis da sua história é a homenagem que a CNB lhe
presta. Avivar-se-ão experiências, emoções e sonhos dos que
experimentaram tantos momentos inesquecíveis dessa companhia.
Proporcionar-se-á vida a uma narrativa a que alguns já só chegam
em testemunhos ouvidos. Este é, também, um desafio assumido pela
CNB: manter vivo um património que nos une ao passado, mas que
nos continua a fazer hoje. Recorrer às obras que constituem este
programa é potenciar o repertório da CNB, é proporcionar aos seus
intérpretes a oportunidade de dançar o imaginário de muitos.
bulk of Ballet Gulkenkian creations during the Eighties and
the first half of the Nineties. Olga Roriz’s Treze Gestos de
um Corpo – already in the CNB repertoire – was created
for Ballet Gulbenkian and became one of its national and
international hallmarks. Vasco Wellenkamp returns to the
world of creation with a commission whose connivance
balances between his own aesthetics and the voice of Maria
João who will interpret songs of Brazilian authors such as
Tom Jobim, Chico Buarque, Vinicius de Moraes and Edu Lobo.
Among the guest foreign choreographers, Hans van Manen
was probably one of the most performed by Ballet Gulbenkian.
His Twilight duet, presented and included in the repertoire
in 1979, was danced by two principal dancers: Graça Barroso
and Isabel Queiroz, whose memories we thus also render
our homage.
Five creations by Ohad Naharin were danced by Ballet
Gulbenkian during the last decade of its existence. Minus
enraptured audiences in Portugal, Spain, Germany and
Finland. This will certainly be the biggest challenge for
CNB dancers since it will be their first approach to this
choreographer’s vocabulary. For Naharin, Minus 16 is the
reconstruction of the beginnings, middles and endings of
so many other stories created by him with which he achieves
a result as coherent as the originals, if not more.
Many names and many works went unmentioned. It would
be infeasible in a single program or during a whole season
to cover the whole Ballet Gulbenkian artistic legacy.
A Olga Roriz e a Vasco Wellenkamp se deve a principal criação
própria do Ballet Gulbenkian nos anos oitenta e primeira metade
dos noventa. Treze Gestos de um Corpo, de Olga Roriz, que já faz
parte do repertório da CNB, foi criado para o elenco do Ballet
Gulbenkian e tornou-se sua referência tanto a nível nacional, quanto
internacional. Vasco Wellenkamp volta à geografia da criação numa
encomenda criadora de cumplicidades entre o seu sentido estético
e a voz de Maria João, que interpretará canções de autores brasileiros
como Tom Jobim, Chico Buarque, Vinicius de Moraes e Edu Lobo.
Entre os coreógrafos convidados estrangeiros, Hans van Manen
terá sido dos mais dançados pelo Ballet Gulbenkian. O seu dueto
Twilight, integrado no repertório em 1979, foi interpretado por
duas das principais bailarinas portuguesas: Graça Barroso e
Isabel Queiroz, cujas memórias também, assim, serão recordadas.
Ohad Naharin chega ao repertório do Ballet Gulbenkian na última
década do seu historial, ao longo da qual foram apresentadas
cinco das suas criações. Com Minus, foram arrebatadas salas em
Portugal, Espanha, Alemanha e Finlândia. Este será o maior desafio
para o elenco da CNB por ser a primeira abordagem ao vocabulário
do coreógrafo. Para Naharin, Minus 16 é a reconstrução de inícios,
meios ou finais de muitas outras histórias por si criadas, com a qual
consegue um resultado tão ou mais coerente.
Thankfully such legacy is a lot wider than our memories can
live. To dance it is to remember it!
(João Costa)
Muitos nomes e muitas obras ficarão por citar. Seria impossível num
único programa, ou mesmo ao longo de uma temporada completa,
abranger todo o espólio artístico do Ballet Gulbenkian.
Ditosamente é muito mais vasto do que as nossas memórias vivem.
Dançarmos é lembrá-lo!
João Costa
13
Abril
dias 29 (dia mundial
da dança) e 30 às
21h
Maio
dias 2, 8 e 9 às 21h
dias 3 e 10 às 16h
Escolas
7 de maio às 15h
Ensaio Geral
Solidário
28 de abril às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
14, 15 e 16 de abril
Sónia Baptista
convidada
Georges Garcia
coreografia, recriação
e encenação segundo
Jean Coralli,
Jules Perrot,
Marius Petipa e
Théophile Gautier
Adolph Adam
música
Ferruccio Villagrossi
cenários
Cristina Piedade
desenho de luz
Figurinos tradicionais,
gentilmente oferecidos
pela Fundação Calouste
Gulbenkian
Orquestra de Câmara
Portuguesa
interpretação musical
Pedro Carneiro
direção musical
In 1827, Maria Taglioni’s first appearance
in the title role of La Sylphide signaled the
advent of the Romantic Ballet era.
In a certain way, Romanticism is a response
to the Industrial Revolution and it concedes
to emotion the focal place whose figuration
is amply manifested in indomitable natures,
visible in Casper David Friedrich’s paintings
or then as something occult and supernatural
so evident in Edgar Allan Poe’s poetry. But
Romanticism was also a revolt against a
ruling and overly refined aristocracy whose
opposite was found in the glorification of
simplicity, purity and country life.
For all it represents, Giselle is the
quintessence of romantic ballet. The first act
narrates how rural innocence can be prey
of a treacherous and scheming aristocracy;
the second act, so-called ‘white act’, unfolds
in a supernatural environment where the
ethereal woman is torn between vengeance
and redemption.
The use of pointe technique, by then still in
its dawning days, reinforced the romantic
concept of elevation depicted by winged and
weightless creatures thus making of dance
a privileged vehicle of the Romanticism.
Possibly in no other time dance was so
representative of total performance.
Estreia mundial
Paris, Teatro da Academia Real
de Música,
28 de junho de 1841
Estreia na CNB
Lisboa, Teatro Nacional
de São Carlos,
15 de outubro de 1987
29 ABR — 10 MAI
GISELLE
GEORGES GARCIA
Em 1827, com a estreia de Maria Taglioni no papel titular de La
Sylphide, inicia-se a era romântica da dança.
O Romantismo, de certa maneira, a corrente de contra-resposta
à Revolução Industrial, confere à emoção o lugar central cuja
figuração se encontra amplamente representada em naturezas
indomáveis, patente nas telas de Casper David Friedrich, ou como
algo de sobrenatural e de oculto, tão evidente na poesia de Edgar
Allan Poe. Mas o Romantismo foi também a revolta contra uma
aristocracia dominante e rebuscada cujo oposto foi encontrado
ao glorificar a simplicidade e a pureza da vida campestre.
É por esta razão que Giselle é o bailado romântico mais que perfeito.
O 1 º ato narra de como a inocência campestre pode ser vítima de
uma aristocracia traidora e calculista; o 2º ato, dito o ato branco,
desenrola-se num ambiente sobrenatural onde a mulher etérea
surge dividida entre a vingança e a redenção.
O uso da técnica de pontas, à época ainda muito rudimentar, vinha
ao encontro da ideia romântica de elevação representada por
seres esvoaçantes e imponderáveis, fazendo da dança um veículo
privilegiado do Romantismo. Possivelmente em nenhuma outra
altura, a dança foi tão sinónimo de espetáculo total.
15
Maio
dias 21, 22 e 23
às 21h
António Cabrita
Henriett Ventura
São Castro
Xavier Carmo
co-criação e interpretação
Wilson Mestre Galvão
cenografia
Nuno Nogueira
figurinos
Vítor José
desenho de luz
Companhia Nacional
de Bailado/Vo’Arte
co-produção
21 MAI — 23 MAI
TÁBUA RASA
ESTREIA MUNDIAL
ANTÓNIO CABRITA
HENRIETT VENTURA
SÃO CASTRO
XAVIER CARMO
The Latin expression tabula rasa meant
Com origem no latim, tabula rasa (tábua rasa) correspondia a uma
tábua de cera onde nada estava escrito.
a wax blank slate.
The expression was used and spread
by the Aristotelian empiricists who used
it to describe the blankness of the mind
before any practice, a particular state
of mind in which everything would be
possible to create and write as a result
Os empiristas de Aristóteles, ao fazerem uso desta sua expressão,
propagaram-na. Usavam-na para descrever o vazio da mente antes
de qualquer prática, um particular estado de espírito no qual tudo
seria possível criar e escrever a partir da experiência adquirida.
of acquired experience.
The blank page of a writer, the blank
canvas of a painter, the raw stone block
of a sculptor and more specifically here,
the empty stage for the interpreter: here
is the keynote for the collaboration of
A página em branco do escritor, a tela em branco do pintor, a pedra
em bruto do escultor, e mais concretamente aqui, a cena em branco
para o intérprete: eis o mote para a colaboração de quatro criadores
com percursos díspares.
four creators, all with disparate paths.
Something comes to life and takes shape
in a simple story about a human mind
and the infinite capabilities of inhabiting
Algo se manifesta e ganha forma, numa história simples sobre a
mente humana e as infinitas capacidades de se preencher o corpo.
the body.
António Cabrita, Henriett Ventura,
(António Cabrita, Henriett Ventura,
São Castro e Xavier Carmo
São Castro and Xavier Carmo)
17
Junho
dias 18, 19, 20, 24,
25, 26 e 27 às 21h
dias 21 e 28 às 16h
Ensaio Geral
Solidário
17 de junho
às 21h
Projetos de
Aproximação
à Dança (PAD)
25 e 26 de junho
Sónia Baptista
convidada
Fernando Duarte
coreografia
Firebird (1910) is inspired in a Russian tale re-written
Igor Stravinski
música
imaginary world with fantasy sets, princes and princesses,
Carlos Pimenta
dramaturgia
e encenação
Nuno Maya
e OCUBO
cenografia
e video mapping
José António
Tenente
figurinos
Cristina Piedade
desenho de luz
Orquestra
Sinfónica
Portuguesa
interpretação musical
Joana Carneiro
direção musical
by M. Fokine and composed by Stravinski. As usual in
tales, Firebird draws upon an imaginary of fantasy. In this
evil and magic creatures live together and their movement,
led by Stravinski’genius, acquires an eerie dimension.
As Henry Léon once said ‘When the bird flies we have the
impression it is airborne by the music.’ Considering the
characteristics of the work, this is a huge challenge for
dancers, orchestra and creators.
Resorting to the interpreters’ artistry and to the ‘magical’
possibilities that technology avails nowadays, we hope
not to disappoint Léon’s observation and make this bird
‘really’ fly.
(Carlos Pimenta)
18 JUN — 28 JUN
O PÁSSARO
DE FOGO
ESTREIA MUNDIAL
FERNANDO DUARTE
CARLOS PIMENTA
O Pássaro de Fogo (1910) é inspirado numa lenda russa reescrita por
M. Fokine e composta musicalmente por Stravinski. Recorre, como
é próprio das lendas, a um imaginário fantástico. Nesse imaginário
coabitam – em cenários de fantasia – príncipes e princesas,
criaturas malévolas e mágicas, cujo movimento conduzido pelo
génio de Stravinski ganha uma expressão sobrenatural. Tal como
disse Henry Léon “Quando o pássaro voa ficamos com a impressão
de que este é levado pela música”.
Tendo em conta as características da obra, é um enorme desafio
para os bailarinos, orquestra e criadores.
Com o recurso ao virtuosismo dos intérpretes e às possibilidades
“mágicas” que a tecnologia hoje oferece esperamos não desiludir
a constatação de Léon e fazer “realmente” este Pássaro voar.
Carlos Pimenta
19
PROJETOS
CNB
2014/2015
PROJETOS CNB 2014/2015
DIGRESSÃO
NACIONAL
MOZART CONCERT ARIAS
UN MOTO DI GIOIA
Anne Teresa De Keersmaeker
coreografia
Wolfgang A. Mozart música
Herman Sorgeloos cenário
Rudy Sabounghi figurinos
Anne Teresa De Keersmaeker
ORFEU E EURÍDICE
Olga Roriz coreografia
Christoph W. Gluck música
Nuno Carinhas cenário e figurinos
Cristina Piedade desenho de luz
Vila Real, Teatro de Vila Real
31 de janeiro às 21h30
desenho de luz
Porto,
Teatro Municipal . Rivoli
12 e 13 de setembro às 21h30
BG – PROGRAMA DE
HOMENAGEM AO BALLET
GULBENKIAN
PROGRAMA CONCERTO
Porto,
Teatro Municipal . Rivoli
10 e 11 de abril às 21h30
Sardoal, Centro Cultural
Gil Vicente
22 de setembro às 16h
QUEBRA NOZES
QUEBRA NOZES
Guimarães, Centro Cultural
Vila Flor
28 de dezembro às 16h
O LAGO DOS CISNES
Fernando Duarte coreografia
Edgar Pera filme
Piotr I. Tchaikovski música
José António Tenente figurinos
Nuno Meira desenho de luz
Bragança, Teatro Municipal
10 de janeiro às 15h
Faro, Teatro Municipal
6 e 7 de fevereiro às 21h
(em colaboração com
a Orquestra Clássica do Sul)
21
Évora, Teatro Garcia
de Resende
18 de abril às 21h30
Almada, Teatro Municipal
Joaquim Benite
17 de julho às 21h30
18 de julho às 16h
PROJETOS CNB 2014/2015
PAD – PROJETOS DE
APROXIMAÇÃO À DANÇA
TEMPESTADES
ORFEU E EURÍDICE
Convidada Teresa Simas
Lisboa, Teatro Camões
23, 24 e 25 de setembro
das 14h às 17h00
Convidada Sónia Baptista
Vila Real, Teatro de Vila Real
31 de janeiro (hora a confirmar)
9/14 anos
12/16 anos
Os serviços educativos da Companhia Nacional de Bailado seguem
as premissas lançadas nos anos anteriores, onde através de
pequenos projetos idealizados por convidados, estudantes entre
os 9 e os 16 anos podem conviver com criadores e intérpretes,
assistir a ensaios, familiarizar-se com diferentes linguagens
artísticas e experimentar a dança nas suas diversas dimensões.
Cada workshop serve ainda de introdução aos espetáculos para escolas
a que os participantes são convidados a assistir gratuitamente.
Espetáculo para Escolas
22 de outubro às 15h
LÍDIA
Convidada Sandra Rosado
Lisboa, Teatro Camões
8 e 9 de outubro
das 14h às 17h00
12/16 anos
Espetáculo para Escolas
12 de novembro às 15h
Para reservar um workshop ou
lugares num espetáculo para a sua
escola, favor contatar:
Cristina de Jesus
(coordenadora PAD)
Telf. 218 923 489
[email protected]
BG
Convidada Sónia Baptista
Lisboa, Teatro Camões
10, 11 e 12 de fevereiro
das 14h às 17h00
9/16 anos
Espetáculo para Escolas
18 de março às 15h
Porto, Rivoli Teatro Municipal
10 e 11 de abril (hora a confirmar)
9/16 anos
QUEBRA NOZES
QUEBRA NOZES
Convidados Teatro Praga
Lisboa, Teatro Camões
19, 20 e 21 de novembro
das 14h às 17h00
9/14 anos
Espetáculo para Escolas
10 de dezembro às 15h
Évora, Teatro Garcia de Resende
18 de abril (hora a confirmar)
9/16 anos
GISELLE
Convidada Sónia Baptista
Lisboa, Teatro Camões
14, 15 e 16 de abril
das 14h às 17h00
9/14 anos
O LAGO DOS CISNES
Convidada Sónia Baptista
Bragança, Teatro Municipal
10 de janeiro (hora a confirmar)
9/14 anos
Faro, Teatro Municipal
6 de fevereiro (hora a confirmar)
9/14 anos
Espetáculo para Escolas
7 de maio às 15h
O PÁSSARO DE FOGO
Convidada Sónia Baptista
Lisboa, Teatro Camões
25 e 26 de junho
das 14h às 17h00
9/16 anos
A FADA ORIANA
O espetáculo A Fada Oriana, idealizado para estudantes do ensino
básico, é inspirado no conto homónimo de Sophia de Mello Breyner
Andresen, inserido nas obras recomendadas pelo Plano Nacional
de Leitura.
Indo ao encontro do imaginário de um leque de idades que une o final
da infância ao início da adolescência, A Fada Oriana é uma história
de beleza e magia sobre uma fada que promete cuidar da floresta pela
qual ficara responsável, preservando valores humanos e bens
da natureza.
Integrada no projeto CNB nas Escolas, esta criação cruza diversas
áreas artísticas, procura unir a diversidade de compreensões estéticas
e valorizar a importância de interacção de linguagens de expressão.
A Fada Oriana leva o palco às escolas, aproximando a arte dos
territórios do ensino académico.
Annabelle Barnes
Catarina Lourenço
Mário Franco
Mariana Paz
Paulina Santos
coreografia
Sara Carinhas
encenação
Mário Franco
sonoplastia
23
Jorge Sacadura Cabral
cenografia
CNB e TNSC
figurinos
Zeca Galamba
execução de cenários
Jorge Sacadura Cabral
Alexandra Sobral
pintura de cenários
PROJETOS CNB 2014/2015
CONFERÊNCIAS /
CONVERSAS
SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2014
STURM UND DRANG
Teatro Camões, sábado, 11 de outubro às 18h
Delfim Sardo, Rui Vieira Nery, Cristiana Vasconcelos Rodrigues,
e os criadores de Tempestades: Rui Lopes Graça e Pedro Carneiro.
MODERNISMO EM PORTUGAL
Teatro Camões, sábado, 1 de novembro às 18h
Raquel Henriques da Silva, Carlos Vargas e os criadores
de Lídia: Paulo Ribeiro e Luís Tinoco.
O QUEBRA-NOZES E A TRADIÇÃO
Teatro Camões, sábado, 29 de novembro às 18h
Maria José Fazenda e os criadores de Quebra Nozes Quebra Nozes:
André e. Teodósio e Fernando Duarte.
JANEIRO A JULHO DE 2015
EU NÃO PERCEBO NADA DE DANÇA
Ciclo de conversas em torno da dança a propósito da
programação da Companhia Nacional de Bailado
Curadoria e moderação Cristina Peres
PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
TEMA 1: MEMÓRIA
Teatro Camões, terça-feira, 3 de fevereiro às 18h30
BG – PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN
TEMA 2: PATRIMÓNIO
Teatro Camões, terça-feira, 3 de março às 18h30
GISELLE
TEMA 3: O QUE FAZ QUE UM CLÁSSICO SEJA UM CLÁSSICO?
Teatro Camões, terça-feira, 21 de abril às 18h30
TÁBUA RASA
TEMA 4: CRIAÇÃO
Teatro Camões, terça-feira, 12 de maio às 18h30
O PÁSSARO DE FOGO
TEMA 5: REPRESENTAÇÃO
Teatro Camões, terça-feira, 2 de junho às 18h30
Ao longo dos 20 anos em que fiz regularmente crítica de dança em
jornais, quase sempre que convidei alguém a acompanhar-me fui
avisada: “Olha que eu não percebo nada de dança...”. A declaração
foi repetida por pessoas muito diferentes, com backgrounds sociais
e formações muito diversas – algumas até artísticas, ainda que de
outras áreas. Tinham em comum a preocupação de confessarem
“não compreender” a dança. A dança é provavelmente a arte com
a qual a universalidade das pessoas com maior naturalidade poderia
implicar-se e ligar-se por ter como condição da sua existência
e comunicação o corpo e o movimento. Estes são comuns a todas
as pessoas - as que praticam e as que apreciam dança – e por
isso me perguntei com frequência por que seria que ninguém
referia outras categorias de juízo ao confessar a sua “dificuldade”
perante a dança, tal como, por exemplo: “eu não sinto nada com
dança”. Ponderei vezes sem conta por que não ousariam as pessoas
colocar o raciocínio como subsidiário da experiência do corpo e
do movimento, esse território que têm em comum com todas as
outras pessoas e que é presente, enorme e inevitável. Apercebi-me
também em sequência, e por isso mesmo, que eram raríssimas
as pessoas a quem eu tivesse ouvido afirmações como “não
compreendo a música” ou “não percebo nada de artes plásticas”.
Relativamente a estas artes ouvia antes “não gosto” disto, “não
percebo nada de pintura abstrata” ou “não tenho paciência para
Stockhausen”, afirmações que são, mesmo assim, de outra natureza.
Por que exigem as pessoas, em primeiro lugar, compreender
a dança? E por que é que, em segundo, afirmam tão prontamente
a sua impossibilidade?
Quando a direção da Companhia Nacional de Bailado me dirigiu
o convite para imaginar uma série de conversas públicas que
pontuassem a programação que fez para a temporada janeirojulho de 2015, lembrei-me que seria uma belíssima oportunidade
para propor a uma série de palestrantes que viessem ao teatro
da dança estabelecer um diálogo entre si a partir dos seus pontos
de vista e, ao mesmo tempo, que o partilhassem com todos os
outros. Não sei se se conseguirá dar uma resposta universalmente
satisfatória às duas perguntas escritas acima destas linhas. Ou
se esse seria sequer o objetivo mais premente. Porém, e aconteça
o que acontecer, nenhuma combinação de palestrantes, por mais
exógena que pareça, vai inibir o público de participar num fenómeno
para o qual se encontra igualmente munido de instrumentos como
os palestrantes. Só é preciso um ponto de vista e todas as pessoas
têm um ponto de vista. Para tornar a equação mais justa, propus
que os convidados olhassem a dança a partir das suas disciplinas
e linguagens e estabelecessem as conexões que achassem
pertinentes, retirando-lhes assim qualquer hipótese de confissões
apriorísticas como “eu não percebo nada de dança”.
Cristina Peres, setembro 2014
PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI
BG – PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN
TEMA 1: MEMÓRIA
Teatro Camões, terça-feira, 3 de fevereiro às 18h30
Convidado Fábio Chalub
TEMA 2: PATRIMÓNIO
Teatro Camões, terça-feira, 3 de março às 18h30
Convidada Maria João Seixas
Matemático, professor associado da Faculdade de Ciências e Tecnologia
Jornalista, criadora e apresentadora de programas culturais na RTP,
da Universidade Nova de Lisboa
foi assessora para os Assuntos Culturais do primeiro-ministro António Guterres
São as experiências da memória e da consciência dissociáveis? Podem uma bactéria ou
e diretora da Cinemateca Portuguesa
mesmo um pedaço de matéria inanimado ter memória? Diríamos, por isso, que eles têm
Não há uma única vertente do Ballet Gulbenkian que não faça de alguma maneira
“consciência” do passado? E o que é a memória de um computador?
parte do património das gerações que assistiram aos seus espetáculos ao longo de
Pensamos na nossa memória como fruto das nossas experiências individuais.
quatro décadas. Passados 50 anos da sua criação e dez sobre a sua extinção, ainda
Será possível termos memória de um passado coletivo? São o nosso corpo e os nossos
é difícil imaginar como será a conceção do universo contextual da dança para o público
hábitos resultados das experiências dos nossos antepassados?
que já não lhe teve acesso. Falamos da sua vertente mais visível, a das temporadas
aguardadas com grande expetactiva pelo público, com as quais a Fundação Gulbenkian,
a par da programação da Orquestra e Coro, criou um interface fundamental com os
consumidores de cultura, multiplicando-os. E falamos também da introdução de Portugal
à dança moderna e contemporânea que não teria acontecido sem o Ballet Gulbenkian.
Apesar de Portugal ter antes sido pontualmente ponto de passagem da circulação
internacional de artes performativas, o papel do Ballet Gulbenkian, na sua definição
de companhia de reportório, só viria a conhecer a “concorrência” saudável proposta
pela programação do ACARTE, com os ciclos de dança ao longo do ano e com o festival
anual Encontros ACARTE. Não é de espantar que a maioridade dos públicos deste país,
audiências e artistas, devam ao Ballet Gulbenkian parte grande da sua capacidade de
apreciar a produção artística na área da dança a que assistiram a par e passo da sua
criação. Não é de espantar também que este acesso por múltiplos canais tenha ficado
a dever-se a iniciativas da mesma instituição.
Esta conversa tem por objetivo avaliar o impacto do Ballet Gulbenkian no contexto
artístico nacional. O que fez pelos hábitos e consumos artísticos dos portugueses,
como educou o público com o qual foi ter fora de Lisboa e como estabeleceu uma nova
e definitiva fasquia de qualidade no tecido artístico nacional. Por fidelidade ao espírito
destas conversas, que pretendem deslocar o epicentro temático para a discussão de
ideias, queremos perguntar se a “marca” Gulbenkian poderá vir a tornar-se apenas
uma memória nostálgica. Ou se terá a sua inscrição no tecido da produção e circulação
artística em Portugal determinado novos padrões em definitivo.
25
PROJETOS CNB 2014/2015
GISELLE
O PÁSSARO DE FOGO
TEMA 3: O QUE FAZ QUE UM CLÁSSICO SEJA UM CLÁSSICO?
Teatro Camões, terça-feira, 21 de abril às 18h30
Convidados Ricardo Saló e Joana Manuel
TEMA 5: REPRESENTAÇÃO
Teatro Camões, terça-feira, 2 de junho às 18h30
Convidados José Domingos Rego e Céu Guarda
Ricardo Saló é crítico de música, especialista em música contemporânea
José Domingos Rego é artista plástico e professor de Belas Artes
Joana Manuel é cantora, atriz e ativista política
Céu Guarda, formada em Belas Artes, é fotógrafa (Kameraphoto)
Nenhuma peça, nem partitura, nem pintura, nem obra de arte nasce um clássico ou
O video mapping é uma linguagem, ou tem um resultado, que fala eloquentemente um
poderá tornar-se um clássico por vontade do seu criador. Quais são as características
vocabulário da atualidade: é uma “habitação” sobreposta à realidade onde é projetada,
comuns passíveis de serem avaliadas à posteriori que definem um “clássico”?
tem uma existência própria bidimensional que é também “informada” pelas formas e
A propósito de Giselle, vamos tentar olhar para este conjunto de características, que
texturas dos lugares em cujas superfícies é projetada e tem uma proposta de totalidade,
passam por disciplinas muito diversas, mas que não chegam a ato sem a prova do
na medida em que envolve os espaços e as audiências. A história do teatro de sombras,
tempo. Quem viu nascer o disco sound achou que teria uma vida breve, mas enganou-se.
bem como outras técnicas do passado, já utilizavam estes conceitos e obtinham
E o mesmo poderia ser dito de géneros literários, linguagens cinematográficas e estilos
resultados de natureza semelhante. A propósito da dança e para lá dos novos meios
de representação. Da dança à música, do teatro ao rap, da arte de rua às intalações, um
técnicos, que abrem possibilidades e escalas de realização potencialmente infinitas,
clássico ocupa um lugar inequívoco. E pode até perder esse estatuto. Abordaremos de
vamos refletir sobre os diferentes modos de representação do corpo. Entre o gigantismo
caminho o subtema “versões”, uma vez que, por exemplo, a música só se materializa
do video mapping e as miniaturas em petit point, por exemplo, “quanto” é preciso do
na sua interpretação e que, mesmo muito transfigurado e atualizado que seja, um
corpo para se poder considerar que ele está representado? Depende este conceito
Shakespeare é sempre um Shakespeare.
de uma forma física ou de uma ideia? Onde se encontra o corpo que não é figurado?
Abstração é ausência? Qual a distância entre visão e perceção?
TÁBUA RASA
TEMA 4: CRIAÇÃO
Teatro Camões, terça-feira, 12 de maio às 18h30
Convidados Filipe Madeira e Ana Marques Gastão
Filipe Madeira é psicoterapeuta e psicanalista
Ana Marques Gastão é escritora e ensaísta, foi jornalista e crítica de dança
Quais são os mecanismos acionados na criação artística? O que evocam as classificações
de “primeiras obras” e “obras de maturidade”? A mente tem processos diferentes nas
várias idades do criador? O mesmo criador, mesmo que invente espetáculos diferentes
uns dos outros, tem sempre uma linguagem reconhecível? Ou estará sempre a fazer
o mesmo espetáculo ou a pintar a mesma tela? As várias disciplinas têm métodos
e condições de criação próprios ou semelhantes? Criação e originalidade. Criação e saúde
mental: a loucura é romanceada enquanto condição para a criação. O que pretendem
as sociedades que promovem a sanidade? Até que ponto estão a sanidade
e o conhecimento de si próprio ligados?
ENSAIOS GERAIS
SOLIDÁRIOS
Os resultados obtidos no passado, com os Ensaios Gerais
Solidários, e a consciência da ampliação dos possíveis beneficiários,
no presente, confirmam a relevância deste ato que a Companhia
Nacional de Bailado cria a partir do palco.
TEMPESTADES
A cada programa unimos esforços para que possamos oferecer
o último ensaio da Companhia a instituições de solidariedade,
proporcionando-lhes não só um momento privilegiado de união
da sociedade civil em torno das suas atividades, como também
as condições necessárias à angariação de fundos, que as ajudem
na realização dos seus objetivos.
6 de novembro às 21h
16 de outubro às 21h
(ensaio geral já preenchido)
LÍDIA
(ensaio geral já preenchido)
QUEBRA NOZES
QUEBRA NOZES
4 de dezembro às 21h
(ensaio geral já preenchido)
A PERNA ESQUERDA
DE TCHAIKOVSKI
4 de fevereiro às 21h
BG
11 de março às 21h
GISELLE
28 de abril às 21h
O PÁSSARO DE FOGO
17 de junho às 21h
As instituições
interessadas deverão
contactar a CNB para
escolha de data, programa,
e acordo de condições.
Luís Moreira
coordenador EGS
[email protected]
27
O Ensaio Geral Solidário, lançado em outubro
de 2011, teve até ao presente beneficiários
como Fundação GIL, Liga Portuguesa contra
a SIDA, Casa do Artista – APOIARTE,
ACREDITAR, Associação Portuguesa de
Portadores de Trissomia 21 – Diferenças,
Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa,
Associação Alzheimer Portugal, Aldeias de
Crianças SOS, Movimento Vencer e Viver /
Núcleo Regional Sul da Liga Portuguesa
Contra o Cancro, Associação Portuguesa
de Música nos Hospitais, Associação
NÓS, Centro de Educação para o Cidadão
Deficiente, Amnistia Internacional Portugal,
Leigos para o Desenvolvimento, Associação
Auxílio e Amizade, CERCIAMA – Cooperativa
de Educação e Reabilitação de Cidadãos
Inadaptados da Amadora, Associação CAIS,
Fundação Liga, CERCI Lisboa, Fundação da
Solidariedade e Cooperação Universitária,
Associação ILGA Portugal, Liga Portuguesa
de Higiene Mental/Sos Voz Amiga, UMARUnião de Mulheres Alternativa e Resposta,
Associação Portuguesa de Pais e Amigos
do Cidadão Deficiente Mental de Lisboa –
APPACDM Lisboa, CADIN, PAIS EM REDE
ASSOCIAÇÃO, Dê mais Coração – Movimento
Daniela, ANACED – Associação Nacional
de Arte e Criatividade de e para Pessoas
com Deficiência, LIMIAR – Associação de
Cooperação e Desenvolvimento, Associação
de Ajuda ao Recém-Nascido, CEDEMA –
Associação de Pais e Amigos dos Deficientes
Mentais, Associação Turma do Bem, ATACA
– Associação de Tutores e Amigos da Criança
Africana, Associação O COMPANHEIRO,
Soroptimist Internacional Clube Lisboa
Caravela Associação Cozinha Solidária e
Refeições com Alma (CcA), Cooperativa de
Solidariedade Social e Ensino Especial –
CRINABEL, Associação Padrinhos de Portugal
PROJETOS CNB 2014/2015
COMPANHIA NACIONAL
DE BAILADO – O FILME
EXPOSIÇÃO
A Companhia Nacional de Bailado tem quase quatro décadas de
existência. Na sua génese está a interpretação dos grandes clássicos
da dança e o acolhimento permanente de criações contemporâneas.
Anualmente, bailarinos de todo o mundo apresentam-se na audição
para integrar a Companhia. O quotidiano é rigoroso para bailarinos,
coreógrafos, músicos, ensaiadores, costureiros, técnicos de luz,
de som e toda uma equipa vasta que permite a dança percorrer
as salas de ensaio, alongar-se pelos corredores e fluir até ao palco.
Este filme acompanha por um lado as criações, estreias e digressões
da companhia de dança mais antiga do país e por outro, o trabalho
silencioso e estrutural de cada bailarino.
DE MATRIX À BELA ADORMECIDA
A construção diária de um bailarino é uma negociação constante
entre o instinto e a técnica. Um compromisso com o rigor e a
disciplina. Aos poucos quebram-se movimentos complexos
num processo que é simultaneamente exaustivo e cativante.
Enfatiza-se a distância entre a análise verbal e o movimento físico.
Trabalha-se a linguagem corporal e deixam-se as palavras deslizar
na singularidade dos gestos. A dança apresenta-se como uma
evidência nos corpos destes bailarinos, cheios de significado
e emoção nos seus movimentos. Este filme é sobre e a partir deles
que, talvez sem saber porquê, um dia giraram sobre os seus corpos
e nunca mais pararam. Histórias que partem de Portugal, Espanha,
França, Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha, Inglaterra, Hungria,
Rússia, EUA, Austrália, Indonésia, Japão e Coreia do Sul, dão origem
à coreografia deste filme.
Cláudia Varejão
ANTÓNIO LAGARTO – FIGURINOS DE TEATRO, DANÇA E ÓPERA
Em colaboração com: Companhia Nacional de Bailado, Teatro Nacional D. Maria II,
Teatro Nacional S. João, Teatro Nacional de S. Carlos
Desenhar um figurino para Teatro consiste em criar um invólucro para o
corpo – o corpo do actor –, que narre uma história, construa memórias
e defina um ESPAÇO para esse CORPO, interpretado a partir de um
texto literário ou não.
Criar um figurino para Dança tem outras implicações. A primeira e
a última é o movimento. Pelo meio, aplica-se tudo o que se aplica
também no caso do teatro, mas exacerbado pelo movimento das
formas, dos tecidos, das texturas, das cores e, como é óbvio, do próprio
corpo, interpretado a partir de uma história, de uma coreografia ou de
uma composição musical.
Roy Strong em Dress as Hieroglyph: Costume in the Ballet de Cour,
primeiro capítulo da brochura Designing for the Dancer (Londres, Elron
Press,1981) escreve:
“O ballet de cour foi essencialmente uma criação da Renascença.
O homem microcosmos, um ser que podia ascender às estrelas ou
precipitar-se até ao nível das bestas monstruosas, era o ponto fulcral
dum universo divinamente estruturado de acordo com a proporção
numérica. Ambos o platonismo e o hermetismo da Renascença
conceberam o homem como um obreiro maravilhoso, que podia,
ao colocar-se em sintonia com o universo mágico, atingir um maior
controlo sobre o universo e o seu próprio destino.
[...]
A Dança era uma imitação do movimento dos céus.”
A exposição De Matrix à Bela Adormecida: António Lagarto
– Figurinos de Teatro, Dança e Ópera, a apresentar no MUDE,
a convite da sua diretora, Bárbara Coutinho, constrói-se exatamente
a partir daqueles polos – do teatro à dança, da palavra ao movimento,
do texto verbal à música. E, ainda, segundo duas dimensões que, ao
longo de anos, me pautaram a criação de figurinos: o terrífico e o belo!
António Lagarto
Mude – Museu do Design e da Moda / Colecção Francisco Capelo
Rua Augusta 24 – 1100-053 Lisboa
11 de dezembro de 2014 a 29 de março de 2015
Terça a domingo da 10h às 18h (encerra à segunda-feira). Entrada Livre.
Programação sujeita
a alteração.
Poemas
Sophia de Mello Breyner Adresen
Retroversões
Rui Esteves
Fotografias CNB
Rodrigo de Souza
Design gráfico
Estúdio João Campos
Norprint Artes Gráficas
Tiragem 7500 exemplares
BILHETES
Companhia Nacional
de Bailado
© dezembro 2014
PROGRAMAS CNB
PLATEIA A1
PLATEIA A2
PLATEIA B
PLATEIA C
PLATEIA D
PLATEIA C1
25€
20€
17.5€
15€
10€
5€
CONTACTOS
DESCONTOS
PREÇOS ESPECIAIS
BILHETEIRAS
Teatro Camões
Passeio do Neptuno, Parque
das Nações
1990 - 193 Lisboa
Telef. 218 923 470
Menores de 25 e
maiores de 65 anos 50%
Espetáculos para escolas
Escolas 3€ / Professores* 0€
Grupos com mais de
15 elementos 25%
COMO CHEGAR
Cartão Lisboa Viva 15%
Tardes de Domingo
Adultos acompanhados com
menores de 18 anos 10€
Menores de 18 anos 5€
Teatro Camões
Quarta a domingo
das 13h às 18h (01 nov – 30 abr)
das 14h às 19h (01 mai – 31 out)
Dias de espetáculo até
meia-hora após o início do
espetáculo.
Telef. 218 923 477
Metro
Linha Vermelha > Oriente
Autocarro Carris
208, 210, 400, 705, 708, 725,
728, 744, 750, 759, 782, 794
Caminhos de Ferro CP
Gare do Oriente
Parques para Automóveis
Parque do Oceanário
Parque da Doca
www.cnb.pt
www.facebook.com/cnbportugal
www.youtube.com/cnbportugal
Cartão Fnac 20%
Desempregados 25%
Profissionais de
Espetáculo**
Preço único 5€
Condições de reserva
As reservas serão garantidas
durante 48h a partir do
momento em que são efetuadas e só aceites até 48h
antes do dia de espetáculo.
ASSINATURAS
Formas de pagamento
Numerário, Cheque, Multibanco
ou Cartão de crédito.
Descontos****
Opção A 25%
5 espetáculos
Mobilidade Reduzida ***
Preço único 15€
Opção B 20%
4 espetáculos
Opção C 15%
3 espetáculos
* 2 professores por turma
** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Plateia D)
*** Só disponível na bilheteira do Teatro Camões (Camarote 3 e 4)
**** Só disponíveis nas bilheteiras do Teatro Camões e
Teatro Nacional de São Carlos.Não acumulável com
outros descontos e não aplicável a espetáculosTardes
de Domingo.
Teatro Nacional
de São Carlos
Segunda a sexta
das 13h às 19h
Telef. 213 253 045
Ticketline
www.ticketline.pt
Telef. 707 234 234
Lojas Abreu, Fnac,
Worten, El Corte Inglés,
C.C. Dolce Vita

Documentos relacionados