módulo 5 - CTA Eletrônica
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ATENÇÃO: O material a seguir é parte de uma das aulas da apostila de MÓDULO 5 que por sua vez, faz parte do CURSO DE TELECOMUNICAÇÕES (MÓDULO 5 ao 7). A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar. Você poderá adquirir o arquivo digital da apostila completa (16 aulas), ou ainda na forma impressa que será enviada por por correio. Entre na nova loja virtual CTA Eletrônica e veja como: www.lojacta.com.br Além de ter a apostila e estuda-la, torne-se aluno e assim poderá tirar dúvidas de cada uma das questões dos blocos atrelados a cada uma das aulas da apostila, receber as respostas por e-mail, fazer parte do ranking de módulos e após a conclusão do módulo com prova final, participar do ranking geral e poder ser chamado por empresas do ramo de eletroeletrônica. Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa página de cursos: www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp APOSTILA AULA 14 MÓDULO - 5 O TELEVISOR SHARP MODELO C-2053 A Sharp Corporation e a diagramação geral do funcionamento A fonte chaveada paralela - amplificador de erro Estrutura de acionamento do televisor - proteção e desarme Seletor de canais - Processamento de luminância e crominância Detecção PAL - NTSC Formador OSD e Formador PWM Processamento Vertical - Horizontal e Som (sem fio) O TELEVISOR SHARP 2053 A SHARP Corporation A Sharp, está voltando ao mercado brasileiro (ano de 2010), pelas mãos do Grupo Mitsui, um conglomerado japonês de trading que envolve empresas de mineração, energia e vários outros setores. A operação será conduzida pela MBK Distribuidora de Produtos Eletrônicos, que até já escolheu um executivo para comandar o processo: Kenji Miura. Na verdade, as negociações vêm desde o final de 2006, quando a Sharp Corporation – hoje líder mundial em TVs LCD – decidiu que era hora de voltar ao mercado brasileiro. O Mitsui já tem uma subsidiária aqui, o que facilitou muito as coisas. Recentes acordos comerciais entre os governos japonês e brasileiros também. A meta era ambiciosa: vender 600 mil TVs até 2010, o que equivaleria, a 80% do mercado se telas finas. A previsão ainda não se confirmou, pois a Samsung continue líder, seguida pela LG e Sony. Ainda mal se consegue ver anúncios desta marca Japonesa. Milhões de brasileiros estão a trocar seus TVs de tubo, com tamanho até 29″, por LCDs, que são mais finos, elegantes, consomem menos energia e estão cada vez mais baratos. É nesse potencial que a Sharp, assim como as concorrentes, está de olho. A antiga Sharp do Brasil, que pertencia ao Grupo Machline, oficialmente faliu em 2002. Desde então, a marca rodou por várias mãos, de forma errática, e a matriz nunca se comprometeu efetivamente com a operação brasileira. As notícias de agora indicam que há planos de aproveitar a fábrica original de Manaus, que a essa altura deve estar totalmente obsoleta, e a partir dali fornecer para toda a América Latina. TV SHARP 2053 Nosso estudo sobre conversores DC-DC (fontes chaveadas) vai ficar ainda mais claro se acompanharmos essa fonte, utilizada em um aparelho receptor de TV, o modelo 2053, da Sharp; ele utilizada uma fonte chaveada paralela e um processador geral (Jungle) TDA 8361 da Philips, já estudado no chassis CPH05 da Philco. DIAGRAMAÇÃO GERAL Podemos verificar que a estrutura deste televisor é muito semelhante a da maioria dos televisores de tubo, como podemos ver pelo seu diagrama geral na figura 1. O IC101 será o cérebro de comando controlando não só o figura 1 SELETOR FI SAW L1 X1 OSC DEM VÍDEO JUNGLE 14 15 CROMA CONTROLES AGC FI AGC RF 16 VERTICAL Power HORIZONTAL R G B C1 MICRO +B HVcc ELETRÔNICA TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 227 R710 R709 R708 R707 P/ BOBINA DESMAG. C712 R712 C711 R706 C709 R705 IC701 D706 7 9 C713 18V 10 C714 11 OSCILATOR 4 R716 RX721 R714 R713 180k 12 13 R720 7k87 14 R701 1 16 FB708 FB707 CX 716 L705 RX719 C707 DX707 R718 C706 OUTPUT 15 CX717 OUTPUT LOGIC 2 D 4 70 3 70 D 18V RX717 2 DEMAG. SENSOR 3 C704 1 70 70 D CURRENT PROTECT PWM SUPPLY INITIAL/ PROTETION 5 SOFT START C715 LEVEL DETECTOR V. REF. 6 1 UR18V R711 2 C710 R715 R706 ERROR AMPLIFIER 8 R705 C701 D RX722 C703 R275 1W 4 R723 L701 FB704 R702 100k R724 R726 1W 3 FB706 R727 1W F701 C733 C735 Q701 L704 CX708 R703 10 8 12 7 C729 R731 T701 5 6 3 4 1 2 FB703 FB702 C719 FB701 C720 D709 C723 D710 C725 C722 C726 AT12V C724 AT14V C721 AT115V TERRA DO SECUNDÁRIO TERRA DO PRIMÁRIO R728 R729 D708 L702 APOSTILA MÓDULO - 5 figura 2 228 4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS ELETRÔNICA APOSTILA integrado IC201 (brilho, contraste, cor, etc.), como também o seletor de canais. O secundário da fonte chaveada é totalmente isolado da rede elétrica, sendo este o procedimento mais comum nos televisores atuais, sejam de tubo ou de telas finas. É uma fonte paralela, possuindo um transistor MOSFET como chaveador. O integrado IC701 será o responsável pela geração da onda quadrada (em PWM) que irá fazer saturar e cortar o transistor QX701. Esta fonte produzirá para o secundário 3 tensões estabilizadas: a) 115V: alimentação geral para o primário do TSH e coletor do transistor driver. b) 12V: alimentação para diversas áreas do televisor como processamento horizontal e vertical, croma e luminância (com tensão estabilizada em 8V). Fará também a alimentação para o microprocessador através de uma estabilização de 5V. c) 14V: alimentação para o integrado de saída de som (na versão estéreo, haverá a polarização para dois integrados). O integrado microprocessador (IC101) será o responsável por ligar e desligar o televisor (pino 8), além de criar as formas de onda PWM’s (Modulação por Largura de Pulso), que serão filtradas, criando tensões de controles, substituindo os antigos potenciômetros que variavam as tensões, alterando os níveis de brilho, contraste, cor, volume, etc. Do microprocessador ainda sairão dados e clock, que controlarão a sintonia e o chaveamento de canais (dados e clock). O circuito de áudio é formado internamente ao IC201 (jungle) e pelos integrados IC 902 (processador MTS) e IC 302 (transmissor FM); e ainda será complementado pelos amplificador de som IC301. Completando o circuito de áudio, teremos um receptor de FM, que possibilitará ao cliente deste televisor escutar sua programação preferida, sem atrapalhar a audição de uma outra fonte de sinal de áudio para pessoas que estão no mesmo ambiente, ou próximo dele. O seletor de canais oferecerá em sua saída o sinal de FI em torno de 44MHz, que passará pelo filtro SAW (onde as amplitudes do sinal são rigidamente controladas), entrando então em fase e contra-fase no integrado IC201 pelos pinos 45 e 46. Estes sinais são amplificados internamente pelo integrado, saindo o sinal de vídeo composto demodulado pelo pino 7, retornando o sinal de vídeo pelo pino 13 e a interportadora de som pelo pino 5. A interportadora de som é amplificada e demodulada em FM, gerando o sinal multiplex, que irá ao decodificador Stereo (IC902). O sinal de luminância após ser amplificado e controlado, vai até a matriz RGB, onde é somada com os sinais diferença de cor que vêm do circuito de croma, formando os sinais R, G e B, que acabam indo aos amplificadores R, G e B (Q851, Q852 e Q853), que excitam os catodos do cinescópio. O integrado IC201, ainda fará todo o controle de sincronismo e processamento horizontal-vertical. De posse da frequência de 3,58MHz, haverá consecutivas divisões de frequências, onde chegamos a frequência horizontal de 15734 Hz (NTSC/PAL-M), criando uma onda quadrada que sairá pelo pino 37. Esta onda quadrada irá excitar o transistor driver Q601 e este excitará o transistor de saída horizontal, Q602. Não ELETRÔNICA MÓDULO - 5 devemos esquecer que tanto a excitação do transistor driver como do transistor de saída horizontal são feitas em forma de chaveamento (corte e saturação), para que se tenha o menor aquecimento possível do transistor de saída horizontal. Com a excitação do TSH (transformador de saída horizontal) , haverá a geração da tensão de MAT, pulsos do TSH para auxílio na formação do sinal de SandCastle, tensão de filamento, ABL (Automatic Brightness Limiter) e a tensão de 25V que alimentará o circuito de saída vertical. Partindo ainda do oscilador de 3,58MHz e de sua divisão, chegaremos também a frequência vertical de 60Hz (NTSC/PAL-M), onde a partir desta frequência será criada uma dente-de-serra que irá para o circuito de saída vertical (IC501), criando assim uma forma de onda dente-de-serra de grande amplitude (pino 5) que irá excitar a BDV (Bobina de Deflexão Vertical). Através de um divisor de tensão iremos realimentar uma amostra da tensão de saída vertical para o pino 41 do integrado IC201, conseguindo assim um determinado nível DC em sua saída (pino 43), mantendo estável a tensão de saída vertical (pino 5 do IC501). Complementando o circuito, temos ainda a alimentação para o integrado IC201, que é feita via Q708 e Q706, através do corte de Q707, que dependerá da tensão do pino 8 (power) do microprocessador (IC 101). FONTE CHAVEADA Na maioria das fontes chaveadas paralelas isoladas, a frequência de trabalho está diretamente relacionada com o consumo geral que o aparelho terá. Nos casos de consumo em torno de 100W, como neste aparelho, a frequência da fonte poderá estar entre 30kHz e 80kHz. Nos caso de consumo entre 150W e 400W, a frequência estará entre 20kHz e 50kHz. Para consumos abaixo de 70W, a frequência de trabalho da fonte estará entre 70kHz e 120kHz. Para consumos inferiores a 30W, a frequência da fonte poderá ser maior que 150kHz. Na figura 2, temos a diagramação completa da fonte chaveada utilizada neste televisor, que apresenta características comuns às fontes chaveadas convencionais: a) Trabalha com tensões de rede de 90 a 240Vac b) Possui circuito de detecção de corrente máxima e desarme c) Baixo consumo d) Boa taxa de estabilização das tensões de saída (cerca de 5% mesmo não usando acoplamento óptico) Podemos destacar que o integrado IC701, possui um oscilador próprio criando as variações que irão excitar o transistor chaveador. Os resistores R725, R726 e R727, serão os sensores de corrente que circula pela fonte, sendo que o ponto massa está no lado de cima dos resistores e claro o potencial mais baixo (negativo do capacitor da fonte C707) estará do lado de baixo desses resistores. PARTIDA E OSCILAÇÃO DA FONTE O resistor R702 de 100k, será o responsável pela partida, polarizando não só o circuito oscilador (pino 11 do integrado), como também o circuito de excitação (driver) pelo pino 2, como podemos ver na figura 3. Esta alimentação fará com que o oscilador comece a TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 229 APOSTILA MÓDULO - 5 corrente por ele e pelo primário do transformador T701, pois a reatância indutiva neste 7 transformador, não permitirá uma alta corrente D704 D702 inicial. Mas com o transistor QX701 mantendo R702 C713 C714 sua saturação e com o campo no transformador em expansão, haverá um aumento da corrente 12 pelo primário deste transformador T701, o mesmo ocorrendo para o transistor QX701 e 10 11 2 5 pelos resistores em paralelo do emissor Q1 (formando uma resistência equivalente de 0,33 OSC. Q X701 1 ohms). 16 Antes que a corrente circulante pelo primário de CIRC. Q2 PWM LÓG. T701 e demais componentes ligados ao 15 negativo, chegue a um ponto acima do aceitável, a tensão de carga dos capacitores C713 e C714, já chegarão a um patamar tal, que haverá um “reset” no circuito oscilador, fazendo com que os +150Vdc capacitores sejam descarregados. Com isto a +150Vdc figura 4 tensão da entrada “não inversora” do operacional R702 100KW acaba ficando menor do que a entrada “inversora” criando na saída um potencial de CX716 tensão baixo (L) o que imediatamente produz o IC701 corte do transistor driver e excitando o outro 02 11 05 T701 transistor, que ao saturar levará o pino 16 ao terra H OP1 cortando o transistor QX701. A saída do IC 701 é R1 H H baseada em 2 transistores drivers que trabalham em “classe B”, sendo utilizado para isso dois PORTA E1 transistores NPN, tendo a base de Q1 ligação H direta à saída do circuito lógico, enquanto a base de Q2, passará por um inversor. Isto é feito para QX701 H OSCILADOR 01 que se tenha garantia que enquanto um deles está saturado, o outro estará cortado. Então no pino 2 do integrado teremos o coletor do 1° driver 10 R 713 e no pino 1 seu emissor, que está ligado 0,33W externamente ao pino 16 que é o coletor do 2° C714 C713 driver que tem seu emissor ligado ao terra (pino 15). Assim, quando o operacional tem na sua saída nível alto, irá saturar o 1° driver que levará funcionar, gerando no pino 10 uma rampa de carga nos capacitores C713 e C714. Esta elevação de tensão no o pino 1 a nível alto e saturará o transistor chaveador, pino 10, será levada até o circuito formador PWM, que enquanto o 2° driver estará cortado. Mas, quando o imediatamente formará uma tensão positiva em sua operacional estiver com nível baixo na saída, teremos o saída que passando pelo circuito lógico, criará a corte do 1° driver e a saturação do 2° driver levando o polarização para o transistor driver (transistor interno pino 16 a terra e cortando o transistor chaveador QX701. NPN do IC 701, coletor no pino 2 e emissor no pino 1), Quando o transistor chaveador QX701 entra em corte, levando ao pino 1 do integrado um potencial positivo, e cria em seu coletor um pulso positivo que irá gerar para o consequente produzindo a saturação do transistor secundário tensões retificadas também positivas, no processo de funcionamento chamado de fly-back. QX701. A figura 4 mostra em detalhes o formador de T701 PWM e o circuito lógico de controle. Com a figura 5 polarização proveniente do pino 11 do integrado, 7 +150VDC haverá uma carga dos capacitores C713 e C714, controlado pelo oscilador interno do IC701, levando esta elevação de tensão até a entrada R721 DX707 10KW reset do oscilador e a um operacional8 R718 comparador, que por sua vez também receberá RE717 R716 56W 2,2KW uma tensão na entrada não inversora, formada 2 3 10 por um divisor resistivo interno ligado ao pino 5. Este, formará uma tensão menor do que a 12 R1 R2 Q3 proveniente da rampa dos capacitores; assim, Q1 QX701 teremos na saída do operacional, um nível alto de R3 1 tensão levando o transistor driver à saturação, Q4 R4 elevando o potencial do pino 1 do integrado, R5 saturando o transistor QX701. No instante inicial da saturação do transistor E1 QX701, não haverá grande circulação de T701 CX716 R3 figura 3 R2 D703 D701 230 4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS ELETRÔNICA APOSTILA MÓDULO - 5 CRIAÇÃO DA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO PARA O INTEGRADO As análises a seguir, deverão ser feitas através da figura 5. Considerando que o transistor chaveador está cortado (inicialmente), não está havendo corrente circulante pelo primário do transformador T701, o que significa que também não há tensão induzida no pino 8, sendo esta de zero volt. Internamente ao integrado, com o pino 3 em zero volt, teremos uma pequena polarização para o transistor Q4, somente quando a tensão de entrada (pino 2) estiver alcançado um nível próximo aos 18V. A pequena condução do transistor Q4 permitirá também uma pequena polarização do 1° transistor driver levando à condução o transistor chaveador QX701. Com o início de condução deste transistor haverá a criação do campo no transformador gerando um potencial negativo no pino 8, sendo este potencial levado ao pino 3 do integrado (emissor do transistor P1, NPN), gerando assim a saturação do transistor Q4 e consequente saturação do transistor driver e também a saturação do transistor chaveador QX701. Quando houver o corte do transistor chaveador, haverá a criação de um potencial positivo em seu coletor, havendo também o mesmo nível positivo para o pino 8 do transformador, criando imediatamente o corte do transistor Q4 (tensão mais alta no emissor que a base) e inibindo qualquer nível alto para a polarização do 1° transistor driver por esta malha, ficando a excitação do transistor driver, a partir de agora, feita apenas pela malha do operacional e oscilador. Ao mesmo tempo, o potencial positivo gerado pelo pino 8 do transformador acaba sendo retificado por DX707 e filtrado por CX716, criando uma tensão mais estável para a alimentação do integrado IC701. CIRCUITO AMPLIFICADOR DE ERRO E ESTABILIZAÇÃO DA FONTE O amplificador de erro é formado por um transistor NPN e um zener, como podemos observar na figura 6; a base do transistor fica ligada internamente ao pino 7 do integrado e seu coletor ao pino 8. Então podemos ver que o pulso positivo criado no corte do chaveador, ainda será retificado por D706 e filtrado por C709, com o objetivo de criar uma amostra de tensão de 16,5V, que será levada ao pino 7 do integrado IC701, chegando lá com 2,3V, figura 6 D706 D figura 7 C D figura 8 B T701 R714 4,7KW R710 D 82KW 8 C711 R706 33KW R705 33KW R707 1,KW R708 1,5KW +18V A figura 9 12 A Q6 Q7 C714 C713 9 2,3V 10 ELETRÔNICA +18V +18V 7 A C C715 R709 2,7KW A B R711 C710 C709 devido aos resistores R705/R706 e R707/R708. Internamente, o transistor Q6 terá em seu emissor, uma tensão estabilizada por um zener de 1,7V, sendo que a corrente principal de polarização deste zener, virá do resistor ligado à tensão de +18V. Toda esta polarização manterá esse transistor em média condução, sendo a tensão do coletor presente no pino 8 e levada ao pino 9 via R710. No pino 9 (internamente) teremos um transistor que terá seu coletor ligado ao pino 12, onde uma tensão de referência entrará na entrada “não inversora” de um operacional interno ao CI. Na entrada “inversora” entrará uma dente de serra formada no pino 10, através de um multivibrador interno, gerando na saída do operacional, uma onda quadrada. O nível alto da saída do operacional manterá o transistor chaveador saturado, e quanto maior este tempo, maior também será o potencial induzido nos secundários, OSC. __ RS D D5 B B C C A IC701 TEMPO QUE O TRANSISTOR CHAVEADOR FICA SATURADO (CHAVE FECHADA) TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 231 APOSTILA MÓDULO - 5 quando do corte deste transistor. está isolada do primário, faz-se necessária a utilização Assim, quanto maior for a tensão induzida nos de acoplamento óptico de precisão, e a taxa de variação secundários, maior será a tensão sobre o capacitor C709 da fonte acaba caindo entre 1% e 2%. e consequentemente maior será a tensão do pino 7, polarizando mais o transistor amplificador de erro, CIRCUITO DE LIMITAÇÃO DE CORRENTE elevando a tensão no pino 12 e no circuito comparador O circuito de limitação de corrente máxima de saída da (operacional). Com isto diminuirá a largura do pulso fonte de alimentação, trabalha com a referência de positivo presente na saída do operacional e o transistor tensão presente no pino 13 do IC701 (figura 10), que está chaveador ficará menos tempo saturado, diminuindo no internamente ligado a base de um transistor NPN, cujo seu corte as tensões induzidas. Assim teremos a emissor está ligado a massa. Este transistor estará estabilização das tensões. normalmente saturado, pois ele apresenta em sua base Observando as formas de onda das figuras 7, 8 e 9, uma tensão de 0,7V acima do emissor (o cálculo é podemos ter uma melhor ideia de como o controle de baseado no divisor resistivo R713 e R720, que acabam estabilização se processa. gerando para este pino uma tensão em torno de 0,8V, em Na figura 7, temos pulsos negativos presentes na saída aberto). Como o transistor está saturado e seu coletor do oscilador (interno ao IC 701), produzirão a descarga está ligado a entrada CK do Flip-Flop interno, não haverá dos capacitores C713 e C714. Quando a saída do mudança de estado do Flip-Flop (saída Q em nível alto), multivibrador voltar a nível alto, o diodo D5, ficará cortado permitindo o funcionamento normal da excitação do (nível positivo no catodo e uma tensão aumentando no transistor chaveador. anodo). Enquanto a saída do oscilador se mantiver em Mas, caso a corrente chegue a níveis acima do nível alto permitirá a carga dos capacitores C713 e C714, especificado de fábrica, haverá uma maior queda de formando assim uma dente-de-serra no pino 10 do IC tensão sobre R725, R726 e R727, que farão com que a 701, que está indicada com a letra “A”. A dente-de-serra tensão do pino 13 fique um pouco mais negativa do que o “A” chega ao operacional sendo comparada com a normal, levando o transistor interno ao corte, criando um tensão de referência “B” do pino 12, presente no coletor pulso positivo de clock, levando a saída Q do Flip-Flop a de Q7. Enquanto a tensão da dente-de-serra é inferior à nível baixo, evitando a polarização do 1° transistor driver tensão de referência, a saída do operacional (“C”) ficará e saturando o 2° transistor, cortando o transistor em nível baixo, passando para nível alto, quando a chaveador. tensão da dente-de-serra ultrapassar a de referência. Para voltar a acionar o televisor, necessitaremos desligar Se houver uma elevação na tensão de saída da fonte a alimentação e ligá-la novamente, para que o circuito do (figura 8), provocará também uma elevação na tensão do Flip-Flop volte a ficar com a saída Q em nível “H”, pino 7, polarizando mais o transistor Q6, diminuindo sua permitindo a polarização normal do transistor driver pelo tensão de coletor. Esta tensão (menor) sairá pelo pino 8, operacional e oscilador. indo até o pino 9, chegando à base de Q7, que terá menor polarização e consequentemente elevará a tensão do ESTRUTURA PARA LIGAR O TELEVISOR pino 12 do IC 701 (“B”) que é a entrada “não inversora” do Faremos a visualização geral necessária para operacional. Em consequência disto, haverá uma acionamento do televisor, como pode ser visto na figura diminuição na largura dos pulsos positivos que temos na 11. saída do operacional e um menor tempo de saturação do Quando ligamos o televisor à rede elétrica, começará o transistor chaveador. Com o menor tempo de saturação funcionamento da fonte chaveada, pois ela não do transistor chaveador, haverá menor campo dependerá de nenhum comando secundário. Assim, na eletromagnético sendo criado no primário do T701 e figura, podemos ver o secundário do transformador assim, no corte do transistor chaveador, haverá um T701, gerando as tensões de +115V, +14V e +12V, até menor nível de tensão gerada não somente no primário, chegar a polarização do microprocessador, que libera o mas em todos os enrolamentos secundários. Como funcionamento do “POWER ON”, gerando o existe uma realimentação, caso a tensão tendesse a subir, a realimentação faria esta figura 10 tensão cair, como foi mostrado e na verdade a 7 tensão ficaria estabilizada. Agora na figura 9, temos o gráfico das tensões quando a tensão +18V de referência presente no pino 12 cair (menor T701 IC 701 tensão nas saídas estabilizadas); 2 +18V imediatamente isso geraria pulsos positivos mais largos, o que garantiria um maior tempo D10 +18V 12 Q1 de saturação para o transistor chaveador e +18V 1 consequentemente “maiores” tensões de 150Vdc QX701 D11 saída, que na verdade continuariam FLIP H 16 CK FLOP estabilizadas. Q2 Q10 Q8 Note que não existe estabilização perfeita, pois para haver a realimentação deverá haver R713 13 14 15 180KW uma pequena variação na tensão da fonte. Na CX717 maioria das fontes chaveadas, esta taxa varia +18V R126 1W de 3% a 5%, quando tomamos como R720 7,87KW R126 1W referência de controle uma tensão de saída R127 1W menor. Mas, nas fontes que utilizam a fonte principal (tensões entre 90 e 130Vdc) que 232 4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS ELETRÔNICA