módulo 5 - CTA Eletrônica

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módulo 5 - CTA Eletrônica
ATENÇÃO:
O material a seguir é parte de uma das aulas da
apostila de MÓDULO 5 que por sua vez, faz parte
do CURSO DE TELECOMUNICAÇÕES
(MÓDULO 5 ao 7).
A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o
treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar.
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APOSTILA
AULA
14
MÓDULO - 5
O TELEVISOR SHARP MODELO C-2053
A Sharp Corporation e a diagramação geral do funcionamento
A fonte chaveada paralela - amplificador de erro
Estrutura de acionamento do televisor - proteção e desarme
Seletor de canais - Processamento de luminância e crominância
Detecção PAL - NTSC Formador OSD e Formador PWM
Processamento Vertical - Horizontal e Som (sem fio)
O TELEVISOR SHARP 2053
A SHARP Corporation
A Sharp, está voltando ao mercado brasileiro (ano de
2010), pelas mãos do Grupo Mitsui, um conglomerado
japonês de trading que envolve empresas de mineração,
energia e vários outros setores. A operação será
conduzida pela MBK Distribuidora de Produtos
Eletrônicos, que até já escolheu um executivo para
comandar o processo: Kenji Miura.
Na verdade, as negociações vêm desde o final de 2006,
quando a Sharp Corporation – hoje líder mundial em TVs
LCD – decidiu que era hora de voltar ao mercado
brasileiro. O Mitsui já tem uma subsidiária aqui, o que
facilitou muito as coisas. Recentes acordos comerciais
entre os governos japonês e brasileiros também. A meta
era ambiciosa: vender 600 mil TVs até 2010, o que
equivaleria, a 80% do mercado se telas finas. A previsão
ainda não se confirmou, pois a Samsung continue líder,
seguida pela LG e Sony. Ainda mal se consegue ver
anúncios desta marca Japonesa.
Milhões de brasileiros estão a trocar seus TVs de tubo,
com tamanho até 29″, por LCDs, que são mais finos,
elegantes, consomem menos energia e estão cada vez
mais baratos. É nesse potencial que a Sharp, assim
como as concorrentes, está de olho.
A antiga Sharp do Brasil, que pertencia ao Grupo
Machline, oficialmente faliu em 2002. Desde então, a
marca rodou por várias mãos, de forma errática, e a
matriz nunca se comprometeu efetivamente com a
operação brasileira. As notícias de agora indicam que há
planos de aproveitar a fábrica original de Manaus, que a
essa altura deve estar totalmente obsoleta, e a partir dali
fornecer para toda a América Latina.
TV SHARP 2053
Nosso estudo sobre conversores DC-DC (fontes
chaveadas) vai ficar ainda mais claro se
acompanharmos essa fonte, utilizada em um aparelho
receptor de TV, o modelo 2053, da Sharp; ele utilizada
uma fonte chaveada paralela e um processador geral
(Jungle) TDA 8361 da Philips, já estudado no chassis
CPH05 da Philco.
DIAGRAMAÇÃO GERAL
Podemos verificar que a estrutura deste televisor é muito
semelhante a da maioria dos televisores de tubo, como
podemos ver pelo seu diagrama geral na figura 1. O
IC101 será o cérebro de comando controlando não só o
figura 1
SELETOR
FI
SAW
L1
X1
OSC
DEM
VÍDEO
JUNGLE
14
15
CROMA
CONTROLES
AGC
FI
AGC
RF
16
VERTICAL
Power
HORIZONTAL
R
G
B
C1
MICRO
+B
HVcc
ELETRÔNICA
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 227
R710
R709
R708
R707
P/ BOBINA
DESMAG.
C712
R712
C711
R706
C709
R705
IC701
D706
7
9
C713
18V
10
C714
11
OSCILATOR
4
R716
RX721
R714
R713
180k
12
13
R720
7k87
14
R701
1
16
FB708
FB707
CX 716
L705
RX719
C707
DX707 R718
C706
OUTPUT
15
CX717
OUTPUT
LOGIC
2
D
4
70
3
70
D
18V
RX717
2
DEMAG.
SENSOR
3
C704
1
70
70
D
CURRENT
PROTECT
PWM
SUPPLY
INITIAL/
PROTETION
5
SOFT
START
C715
LEVEL
DETECTOR
V. REF.
6
1
UR18V
R711
2
C710
R715
R706
ERROR
AMPLIFIER
8
R705
C701
D
RX722
C703
R275 1W
4
R723
L701
FB704
R702
100k
R724
R726 1W
3
FB706
R727 1W
F701
C733
C735
Q701
L704
CX708
R703
10
8
12
7
C729
R731
T701
5
6
3
4
1
2
FB703
FB702
C719
FB701
C720
D709
C723
D710
C725
C722
C726
AT12V
C724
AT14V
C721
AT115V
TERRA DO SECUNDÁRIO
TERRA DO PRIMÁRIO
R728
R729
D708
L702
APOSTILA
MÓDULO - 5
figura 2
228
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA
APOSTILA
integrado IC201 (brilho, contraste, cor, etc.), como
também o seletor de canais.
O secundário da fonte chaveada é totalmente isolado da
rede elétrica, sendo este o procedimento mais comum
nos televisores atuais, sejam de tubo ou de telas finas. É
uma fonte paralela, possuindo um transistor MOSFET
como chaveador. O integrado IC701 será o responsável
pela geração da onda quadrada (em PWM) que irá fazer
saturar e cortar o transistor QX701.
Esta fonte produzirá para o secundário 3 tensões
estabilizadas:
a) 115V: alimentação geral para o primário do TSH e
coletor do transistor driver.
b) 12V: alimentação para diversas áreas do televisor
como processamento horizontal e vertical, croma e
luminância (com tensão estabilizada em 8V). Fará
também a alimentação para o microprocessador através
de uma estabilização de 5V.
c) 14V: alimentação para o integrado de saída de som (na
versão estéreo, haverá a polarização para dois
integrados).
O integrado microprocessador (IC101) será o
responsável por ligar e desligar o televisor (pino 8), além
de criar as formas de onda PWM’s (Modulação por
Largura de Pulso), que serão filtradas, criando tensões
de controles, substituindo os antigos potenciômetros que
variavam as tensões, alterando os níveis de brilho,
contraste, cor, volume, etc.
Do microprocessador ainda sairão dados e clock, que
controlarão a sintonia e o chaveamento de canais (dados
e clock).
O circuito de áudio é formado internamente ao IC201
(jungle) e pelos integrados IC 902 (processador MTS) e
IC 302 (transmissor FM); e ainda será complementado
pelos amplificador de som IC301.
Completando o circuito de áudio, teremos um receptor de
FM, que possibilitará ao cliente deste televisor escutar
sua programação preferida, sem atrapalhar a audição de
uma outra fonte de sinal de áudio para pessoas que
estão no mesmo ambiente, ou próximo dele.
O seletor de canais oferecerá em sua saída o sinal de FI
em torno de 44MHz, que passará pelo filtro SAW (onde
as amplitudes do sinal são rigidamente controladas),
entrando então em fase e contra-fase no integrado IC201
pelos pinos 45 e 46. Estes sinais são amplificados
internamente pelo integrado, saindo o sinal de vídeo
composto demodulado pelo pino 7, retornando o sinal de
vídeo pelo pino 13 e a interportadora de som pelo pino 5.
A interportadora de som é amplificada e demodulada em
FM, gerando o sinal multiplex, que irá ao decodificador
Stereo (IC902).
O sinal de luminância após ser amplificado e controlado,
vai até a matriz RGB, onde é somada com os sinais
diferença de cor que vêm do circuito de croma, formando
os sinais R, G e B, que acabam indo aos amplificadores
R, G e B (Q851, Q852 e Q853), que excitam os catodos
do cinescópio.
O integrado IC201, ainda fará todo o controle de
sincronismo e processamento horizontal-vertical. De
posse da frequência de 3,58MHz, haverá consecutivas
divisões de frequências, onde chegamos a frequência
horizontal de 15734 Hz (NTSC/PAL-M), criando uma
onda quadrada que sairá pelo pino 37. Esta onda
quadrada irá excitar o transistor driver Q601 e este
excitará o transistor de saída horizontal, Q602. Não
ELETRÔNICA
MÓDULO - 5
devemos esquecer que tanto a excitação do transistor
driver como do transistor de saída horizontal são feitas
em forma de chaveamento (corte e saturação), para que
se tenha o menor aquecimento possível do transistor de
saída horizontal.
Com a excitação do TSH (transformador de saída
horizontal) , haverá a geração da tensão de MAT, pulsos
do TSH para auxílio na formação do sinal de SandCastle, tensão de filamento, ABL (Automatic Brightness
Limiter) e a tensão de 25V que alimentará o circuito de
saída vertical.
Partindo ainda do oscilador de 3,58MHz e de sua divisão,
chegaremos também a frequência vertical de 60Hz
(NTSC/PAL-M), onde a partir desta frequência será
criada uma dente-de-serra que irá para o circuito de
saída vertical (IC501), criando assim uma forma de onda
dente-de-serra de grande amplitude (pino 5) que irá
excitar a BDV (Bobina de Deflexão Vertical). Através de
um divisor de tensão iremos realimentar uma amostra da
tensão de saída vertical para o pino 41 do integrado
IC201, conseguindo assim um determinado nível DC em
sua saída (pino 43), mantendo estável a tensão de saída
vertical (pino 5 do IC501).
Complementando o circuito, temos ainda a alimentação
para o integrado IC201, que é feita via Q708 e Q706,
através do corte de Q707, que dependerá da tensão do
pino 8 (power) do microprocessador (IC 101).
FONTE CHAVEADA
Na maioria das fontes chaveadas paralelas isoladas, a
frequência de trabalho está diretamente relacionada com
o consumo geral que o aparelho terá. Nos casos de
consumo em torno de 100W, como neste aparelho, a
frequência da fonte poderá estar entre 30kHz e 80kHz.
Nos caso de consumo entre 150W e 400W, a frequência
estará entre 20kHz e 50kHz. Para consumos abaixo de
70W, a frequência de trabalho da fonte estará entre
70kHz e 120kHz. Para consumos inferiores a 30W, a
frequência da fonte poderá ser maior que 150kHz.
Na figura 2, temos a diagramação completa da fonte
chaveada utilizada neste televisor, que apresenta
características comuns às fontes chaveadas
convencionais:
a) Trabalha com tensões de rede de 90 a 240Vac
b) Possui circuito de detecção de corrente máxima e
desarme
c) Baixo consumo
d) Boa taxa de estabilização das tensões de saída (cerca
de 5% mesmo não usando acoplamento óptico)
Podemos destacar que o integrado IC701, possui um
oscilador próprio criando as variações que irão excitar o
transistor chaveador. Os resistores R725, R726 e R727,
serão os sensores de corrente que circula pela fonte,
sendo que o ponto massa está no lado de cima dos
resistores e claro o potencial mais baixo (negativo do
capacitor da fonte C707) estará do lado de baixo desses
resistores.
PARTIDA E OSCILAÇÃO DA FONTE
O resistor R702 de 100k, será o responsável pela partida,
polarizando não só o circuito oscilador (pino 11 do
integrado), como também o circuito de excitação (driver)
pelo pino 2, como podemos ver na figura 3.
Esta alimentação fará com que o oscilador comece a
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 229
APOSTILA
MÓDULO - 5
corrente por ele e pelo primário do transformador
T701, pois a reatância indutiva neste
7
transformador, não permitirá uma alta corrente
D704
D702
inicial.
Mas com o transistor QX701 mantendo
R702
C713 C714
sua saturação e com o campo no transformador
em expansão, haverá um aumento da corrente
12
pelo primário deste transformador T701, o
mesmo ocorrendo para o transistor QX701 e
10
11
2
5
pelos resistores em paralelo do emissor
Q1
(formando uma resistência equivalente de 0,33
OSC.
Q X701
1
ohms).
16
Antes que a corrente circulante pelo primário de
CIRC.
Q2
PWM
LÓG.
T701 e demais componentes ligados ao
15
negativo, chegue a um ponto acima do aceitável,
a tensão de carga dos capacitores C713 e C714,
já chegarão a um patamar tal, que haverá um
“reset”
no circuito oscilador, fazendo com que os
+150Vdc
capacitores sejam descarregados. Com isto a
+150Vdc
figura 4
tensão da entrada “não inversora” do operacional
R702
100KW
acaba ficando menor do que a entrada
“inversora” criando na saída um potencial de
CX716
tensão baixo (L) o que imediatamente produz o
IC701
corte do transistor driver e excitando o outro
02
11
05
T701
transistor, que ao saturar levará o pino 16 ao terra
H
OP1
cortando o transistor QX701. A saída do IC 701 é
R1
H
H
baseada em 2 transistores drivers que trabalham
em “classe B”, sendo utilizado para isso dois
PORTA E1
transistores
NPN, tendo a base de Q1 ligação
H
direta à saída do circuito lógico, enquanto a base
de Q2, passará por um inversor. Isto é feito para
QX701
H
OSCILADOR
01
que se tenha garantia que enquanto um deles
está saturado, o outro estará cortado. Então no
pino
2 do integrado teremos o coletor do 1° driver
10
R 713
e no pino 1 seu emissor, que está ligado
0,33W
externamente ao pino 16 que é o coletor do 2°
C714
C713
driver que tem seu emissor ligado ao terra (pino
15). Assim, quando o operacional tem na sua
saída nível alto, irá saturar o 1° driver que levará
funcionar, gerando no pino 10 uma rampa de carga nos
capacitores C713 e C714. Esta elevação de tensão no o pino 1 a nível alto e saturará o transistor chaveador,
pino 10, será levada até o circuito formador PWM, que enquanto o 2° driver estará cortado. Mas, quando o
imediatamente formará uma tensão positiva em sua operacional estiver com nível baixo na saída, teremos o
saída que passando pelo circuito lógico, criará a corte do 1° driver e a saturação do 2° driver levando o
polarização para o transistor driver (transistor interno pino 16 a terra e cortando o transistor chaveador QX701.
NPN do IC 701, coletor no pino 2 e emissor no pino 1), Quando o transistor chaveador QX701 entra em corte,
levando ao pino 1 do integrado um potencial positivo, e cria em seu coletor um pulso positivo que irá gerar para o
consequente produzindo a saturação do transistor secundário tensões retificadas também positivas, no
processo de funcionamento chamado de fly-back.
QX701.
A figura 4 mostra em detalhes o formador de
T701
PWM e o circuito lógico de controle. Com a
figura 5
polarização proveniente do pino 11 do integrado,
7
+150VDC
haverá uma carga dos capacitores C713 e C714,
controlado pelo oscilador interno do IC701,
levando esta elevação de tensão até a entrada
R721
DX707
10KW
reset do oscilador e a um operacional8
R718
comparador, que por sua vez também receberá
RE717
R716
56W
2,2KW
uma tensão na entrada não inversora, formada
2
3
10
por um divisor resistivo interno ligado ao pino 5.
Este, formará uma tensão menor do que a
12
R1
R2
Q3
proveniente da rampa dos capacitores; assim,
Q1
QX701
teremos na saída do operacional, um nível alto de
R3
1
tensão levando o transistor driver à saturação,
Q4
R4
elevando o potencial do pino 1 do integrado,
R5
saturando o transistor QX701.
No instante inicial da saturação do transistor
E1
QX701, não haverá grande circulação de
T701
CX716
R3
figura 3
R2
D703
D701
230
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA
APOSTILA
MÓDULO - 5
CRIAÇÃO DA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO PARA O
INTEGRADO
As análises a seguir, deverão ser feitas através da figura
5. Considerando que o transistor chaveador está cortado
(inicialmente), não está havendo corrente circulante pelo
primário do transformador T701, o que significa que
também não há tensão induzida no pino 8, sendo esta de
zero volt.
Internamente ao integrado, com o pino 3 em zero volt,
teremos uma pequena polarização para o transistor Q4,
somente quando a tensão de entrada (pino 2) estiver
alcançado um nível próximo aos 18V. A pequena
condução do transistor Q4 permitirá também uma
pequena polarização do 1° transistor driver levando à
condução o transistor chaveador QX701. Com o início de
condução deste transistor haverá a criação do campo no
transformador gerando um potencial negativo no pino 8,
sendo este potencial levado ao pino 3 do integrado
(emissor do transistor P1, NPN), gerando assim a
saturação do transistor Q4 e consequente saturação do
transistor driver e também a saturação do transistor
chaveador QX701.
Quando houver o corte do transistor chaveador, haverá a
criação de um potencial positivo em seu coletor, havendo
também o mesmo nível positivo para o pino 8 do
transformador, criando imediatamente o corte do
transistor Q4 (tensão mais alta no emissor que a base) e
inibindo qualquer nível alto para a polarização do 1°
transistor driver por esta malha, ficando a excitação do
transistor driver, a partir de agora, feita apenas pela
malha do operacional e oscilador.
Ao mesmo tempo, o potencial positivo gerado pelo pino 8
do transformador acaba sendo retificado por DX707 e
filtrado por CX716, criando uma tensão mais estável para
a alimentação do integrado IC701.
CIRCUITO AMPLIFICADOR DE ERRO E
ESTABILIZAÇÃO DA FONTE
O amplificador de erro é formado por um transistor NPN e
um zener, como podemos observar na figura 6; a base do
transistor fica ligada internamente ao pino 7 do integrado
e seu coletor ao pino 8. Então podemos ver que o pulso
positivo criado no corte do chaveador, ainda será
retificado por D706 e filtrado por C709, com o objetivo de
criar uma amostra de tensão de 16,5V, que será levada
ao pino 7 do integrado IC701, chegando lá com 2,3V,
figura 6
D706
D
figura 7
C
D
figura 8
B
T701
R714
4,7KW
R710
D
82KW
8
C711
R706
33KW
R705
33KW
R707
1,KW
R708
1,5KW
+18V
A
figura 9
12
A
Q6
Q7
C714
C713
9
2,3V
10
ELETRÔNICA
+18V
+18V
7
A
C
C715
R709
2,7KW
A
B
R711
C710
C709
devido aos resistores R705/R706 e R707/R708.
Internamente, o transistor Q6 terá em seu emissor, uma
tensão estabilizada por um zener de 1,7V, sendo que a
corrente principal de polarização deste zener, virá do
resistor ligado à tensão de +18V. Toda esta polarização
manterá esse transistor em média condução, sendo a
tensão do coletor presente no pino 8 e levada ao pino 9
via R710. No pino 9 (internamente) teremos um transistor
que terá seu coletor ligado ao pino 12, onde uma tensão
de referência entrará na entrada “não inversora” de um
operacional interno ao CI. Na entrada “inversora” entrará
uma dente de serra formada no pino 10, através de um
multivibrador interno, gerando na saída do operacional,
uma onda quadrada.
O nível alto da saída do operacional manterá o transistor
chaveador saturado, e quanto maior este tempo, maior
também será o potencial induzido nos secundários,
OSC. __
RS
D
D5
B
B
C
C
A
IC701
TEMPO QUE O TRANSISTOR CHAVEADOR
FICA SATURADO (CHAVE FECHADA)
TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS 231
APOSTILA
MÓDULO - 5
quando do corte deste transistor.
está isolada do primário, faz-se necessária a utilização
Assim, quanto maior for a tensão induzida nos de acoplamento óptico de precisão, e a taxa de variação
secundários, maior será a tensão sobre o capacitor C709 da fonte acaba caindo entre 1% e 2%.
e consequentemente maior será a tensão do pino 7,
polarizando mais o transistor amplificador de erro, CIRCUITO DE LIMITAÇÃO DE CORRENTE
elevando a tensão no pino 12 e no circuito comparador O circuito de limitação de corrente máxima de saída da
(operacional). Com isto diminuirá a largura do pulso fonte de alimentação, trabalha com a referência de
positivo presente na saída do operacional e o transistor tensão presente no pino 13 do IC701 (figura 10), que está
chaveador ficará menos tempo saturado, diminuindo no internamente ligado a base de um transistor NPN, cujo
seu corte as tensões induzidas. Assim teremos a emissor está ligado a massa. Este transistor estará
estabilização das tensões.
normalmente saturado, pois ele apresenta em sua base
Observando as formas de onda das figuras 7, 8 e 9, uma tensão de 0,7V acima do emissor (o cálculo é
podemos ter uma melhor ideia de como o controle de baseado no divisor resistivo R713 e R720, que acabam
estabilização se processa.
gerando para este pino uma tensão em torno de 0,8V, em
Na figura 7, temos pulsos negativos presentes na saída aberto). Como o transistor está saturado e seu coletor
do oscilador (interno ao IC 701), produzirão a descarga está ligado a entrada CK do Flip-Flop interno, não haverá
dos capacitores C713 e C714. Quando a saída do mudança de estado do Flip-Flop (saída Q em nível alto),
multivibrador voltar a nível alto, o diodo D5, ficará cortado permitindo o funcionamento normal da excitação do
(nível positivo no catodo e uma tensão aumentando no transistor chaveador.
anodo). Enquanto a saída do oscilador se mantiver em Mas, caso a corrente chegue a níveis acima do
nível alto permitirá a carga dos capacitores C713 e C714, especificado de fábrica, haverá uma maior queda de
formando assim uma dente-de-serra no pino 10 do IC tensão sobre R725, R726 e R727, que farão com que a
701, que está indicada com a letra “A”. A dente-de-serra tensão do pino 13 fique um pouco mais negativa do que o
“A” chega ao operacional sendo comparada com a normal, levando o transistor interno ao corte, criando um
tensão de referência “B” do pino 12, presente no coletor pulso positivo de clock, levando a saída Q do Flip-Flop a
de Q7. Enquanto a tensão da dente-de-serra é inferior à nível baixo, evitando a polarização do 1° transistor driver
tensão de referência, a saída do operacional (“C”) ficará e saturando o 2° transistor, cortando o transistor
em nível baixo, passando para nível alto, quando a chaveador.
tensão da dente-de-serra ultrapassar a de referência.
Para voltar a acionar o televisor, necessitaremos desligar
Se houver uma elevação na tensão de saída da fonte a alimentação e ligá-la novamente, para que o circuito do
(figura 8), provocará também uma elevação na tensão do Flip-Flop volte a ficar com a saída Q em nível “H”,
pino 7, polarizando mais o transistor Q6, diminuindo sua permitindo a polarização normal do transistor driver pelo
tensão de coletor. Esta tensão (menor) sairá pelo pino 8, operacional e oscilador.
indo até o pino 9, chegando à base de Q7, que terá menor
polarização e consequentemente elevará a tensão do ESTRUTURA PARA LIGAR O TELEVISOR
pino 12 do IC 701 (“B”) que é a entrada “não inversora” do Faremos a visualização geral necessária para
operacional. Em consequência disto, haverá uma acionamento do televisor, como pode ser visto na figura
diminuição na largura dos pulsos positivos que temos na 11.
saída do operacional e um menor tempo de saturação do Quando ligamos o televisor à rede elétrica, começará o
transistor chaveador. Com o menor tempo de saturação funcionamento da fonte chaveada, pois ela não
do transistor chaveador, haverá menor campo dependerá de nenhum comando secundário. Assim, na
eletromagnético sendo criado no primário do T701 e figura, podemos ver o secundário do transformador
assim, no corte do transistor chaveador, haverá um T701, gerando as tensões de +115V, +14V e +12V, até
menor nível de tensão gerada não somente no primário, chegar a polarização do microprocessador, que libera o
mas em todos os enrolamentos secundários. Como funcionamento do “POWER ON”, gerando o
existe uma realimentação, caso a tensão
tendesse a subir, a realimentação faria esta figura 10
tensão cair, como foi mostrado e na verdade a
7
tensão ficaria estabilizada. Agora na figura 9,
temos o gráfico das tensões quando a tensão
+18V
de referência presente no pino 12 cair (menor
T701
IC 701
tensão nas saídas estabilizadas);
2
+18V
imediatamente isso geraria pulsos positivos
mais largos, o que garantiria um maior tempo
D10
+18V
12
Q1
de saturação para o transistor chaveador e
+18V
1
consequentemente “maiores” tensões de 150Vdc
QX701
D11
saída, que na verdade continuariam
FLIP H
16
CK
FLOP
estabilizadas.
Q2
Q10
Q8
Note que não existe estabilização perfeita,
pois para haver a realimentação deverá haver
R713
13
14 15
180KW
uma pequena variação na tensão da fonte. Na
CX717
maioria das fontes chaveadas, esta taxa varia
+18V
R126 1W
de 3% a 5%, quando tomamos como
R720
7,87KW
R126 1W
referência de controle uma tensão de saída
R127 1W
menor. Mas, nas fontes que utilizam a fonte
principal (tensões entre 90 e 130Vdc) que
232
4 TELEVISÃO ANALÓGICA E SISTEMAS UTILIZANDO TUBOS DE IMAGEM - OSCILOSCÓPIOS
ELETRÔNICA

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