Dezembro de 2011
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Dezembro de 2011
Acesse nosso site: www.ocapuchinho.com.br Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO da paróquia e convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 CURITIBA-Pr Tel. paróquia: (041) 3335.5752 (sec.) Tel. convento: (041) 3335.1606 (freis) Tel. Catequese: (041) 3336.3982 EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: De segunda a sexta-feira Das 8h às 12h e das 13h às 18h Sábado das 9h à 12h MISSAS horário Segunda-feira: 6h30 Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19h Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Sábado: 6h30, 17h e 19h Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira: 9h, 15h e 20h NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊS Sexta-feira 8h30 e 19h ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira das 9h às 19h Benção com o Santíssimo às 18h30 BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18h Sábado: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606 Encontros de Entreajuda Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades conjugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail ovidiozanini@ bol.com.br, celular da Ir. Alzira: 9971-8844. Demonstrativo financeiro OUTUBRO – 2011 NOVEMBRO – 2011 RECEITAS Dízimo paroquial............................................................R$60.343,00 Ofertas...........................................................................R$14.422,00 Espórtulas/batizados/casamentos................................R$2.550,00 Total...............................................................................R$77.315,00 RECEITAS Dízimo paroquial........................................................... R$60.105,00 Ofertas.......................................................................... R$13.192,00 Espórtulas/batizados/casamentos............................... R$2.670,00 Total...............................................................................R$75.967,00 Dizimistas cadastrados...................................................................1.290 Dizimistas que contribuíram...............................................................903 Novos Dizimistas.................................................................................. 14 Dizimistas cadastrados...................................................................1.300 Dizimistas que contribuíram...............................................................904 Novos Dizimistas.................................................................................. 17 DESPESAS Dimensão Religiosa Salários/encargos sociais/férias/rescisão....................R$23.099,02 Côngruas........................................................................R$3.270,00 Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS....................R$8.106,09 Desp.cultos /ornamentação/Cálices.............................R$5.729,00 Luz/água/telefone.........................................................R$2.360,98 Conserv. dos imóveis/ Pinturas/ Telhados.....................R$20.347,64 Café do Dízimo e Homenagens......................................R$4.072,50 Manut. Moveis /Máquinas.............................................R$3.484,00 Rouparia /Uniforme.......................................................R$641,32 Despesas com correio (jornal e dizimo)........................R$729,70 Serviços de contabilidade.............................................R$96,00 Serviços de alarme........................................................R$180,00 Manut. Veíc./Combustíveis/Seguros/IPVA.....................R$1.883,59 Material de limpeza.......................................................R$612,30 Material de expediente/xerox/Gráficas..........................R$1.691,00 Revistas/internet/ WEB/”O capuchinho”.......................R$2.867,27 Pla.de saúde de func. / farmácia/Exame......................R$1.512,10 Vales transportes e fretes...............................................R$902,50 Copa/Alimentação/Gás................................................R$722,32 Total...............................................................................R$82.307,33 DESPESAS Dimensão Religiosa Salários/encargos sociais/férias/13ºSal/Rescisão.... R$20.372,87 Côngruas....................................................................... R$3.815,00 Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS................... R$3.635,00 Desp.cultos /ornamentação......................................... R$1.381,00 Luz/água/telefone........................................................ R$2.978,81 Conserv. dos imóveis/ Pinturas/ Telhados.................... R$15.241,00 Café do Dízimo e Homenagens..................................... R$3.922,69 Manut. Moveis /Máquinas/Relógio Ponto.................... R$2.692,00 Aluguel de Andaimes.................................................... R$370,00 Despesas com correio (jornal e dizimo)....................... R$826,15 Serviços de contabilidade............................................ R$96,00 Serviços de alarme....................................................... R$180,00 Manut. Veíc./Combustíveis/Seguros/IPVA.................... R$3.300,06 Material de limpeza...................................................... R$718,53 Material de expediente/xerox/Gráficas......................... R$1.478,00 Revistas/internet/ WEB/”O capuchinho”...................... R$2.945,10 Pla.de saúde de func. / farmácia/Exame..................... R$1.485,29 Vales transportes e fretes.............................................. R$775,90 Copa/Alimentação/Gás............................................... R$546,80 Total...............................................................................R$66.760,20 Dimensão Missionária Taxa para Arquidiocese..................................................R$7.848,20 Taxa para a Província freis Capuchinhos........................R$6.287,93 Mat.pastoral/catequético/Cursos.................................R$1.874,00 Missões..........................................................................R$3.320,00 Total...............................................................................R$19.330,13 Dimensão Missionária Taxa para Arquidiocese................................................. R$7.731,50 Taxa para a Província freis Capuchinhos....................... R$5.973,00 Mat.pastoral/catequético/Cursos................................ R$1.796,30 Total...............................................................................R$15.500,80 Dimensão Social Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz.........................R$4.000,00 Total...............................................................................R$4.000,00 Dimensão Social Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz........................ R$4.000,00 Total...............................................................................R$4.000,00 TOTAL GERAL.................................................................R$86.261,00 ANIVERSARIANTES Nossa paróquia felicita os aniversariantes do mês de dezembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias. SUGESTÕES Caro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 20 de cada mês. Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigários paroquiais: Fr. Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha e Frei João Daniel Lovato. Jornalista responsável: Luiz Witiuk - DRT nº 2859. Coordenação: Secretaria Paroquial e Diego Silva. Capa: Mayra Armentano Silvério. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 5.000 exemplares. 2 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 TOTAL GERAL.................................................................R$105.637,46 ORAÇÃO VOCACIONAL Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém. BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS “O Senhor te abençoe e te proteja. Mostre-te a sua face e se compadeça de ti. Volva a ti o seu rosto e te dê a paz” Mensagem do Pároco No mês de dezembro, nosso coração se volta para a manjedoura de Belém e contempla o Menino Deus nascido entre nós há dois mil anos e celebrado em cada Natal. É a festa da esperança, da paz, dos encontros, da amizade, da fraternidade, da alegria e do amor. É Deus que vem até nós, para nos levar até Ele. Em cada Natal, a criança de Belém chega com novos presentes pendurados na árvore da fé e da amizade. Não há repetição, nem rotina, porque o mistério da encarnação não se esgota. Há sempre uma mensagem nova no Natal, um sorriso diferente de Jesus, que nos aguarda de braços abertos para o Seu aniversário. Celebramos também, na noite de 31 de dezembro, a passagem para o Ano Novo. Queremos dar graças ao Senhor pelos benefícios que nos concedeu no ano que finda e pedir suas bênçãos para o ano que está chegando. A Igreja consagra o primeiro dia do ano à Santa Maria Mãe de Deus. Por Ela, nos foi concedida a maior bênção e a fonte de todas as bênçãos, Jesus Cristo, luz e salvação de todos. É também dia da Paz. Esse dom divino que todos nós almejamos e que realiza-se entre nós quando superamos o egoísmo, a violência, a mentira, as trevas e as injustiças. Peçamos à Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, que nos ensine os caminhos da paz! Frei Pedro Cesário Palma AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA N. SRA. DAS MERCÊS Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de outubro de 2011, os donativos abaixo discriminados: DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: OUTUBRO/11 Destinatário N. Sra. da Luz (Vila) Almirante Tamandaré Vila Verde Cerne Setor Mercês Totais Peças de roupas 1.117 1.356 1.023 105 3.601 Calçados pares 114 53 136 12 315 Diversos Total 180 83 243 03 509 1.411 1.492 1.402 120 4.425 Alimentos kg 400 kg 395 kg 266 kg 120 kg 282 kg 1.463 kg À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: NOVEMBRO/11 Destinatário N. Sra. da Luz (Vila) Almirante Tamandaré Vila Verde Cerne Setor Mercês Totais Peças de roupas 2.592 2.022 2.042 250 6.906 Calçados pares 254 176 192 10 632 Diversos Total 329 519 368 1.216 3.175 2.717 2.602 260 8754 Alimentos kg 360 kg 360 kg 300 kg 120 kg 303 kg 1.443 kg À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. “Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7) Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3 A Imaculada Mãe de Deus No dia 8 de dezembro celebramos a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora e no dia 1º de janeiro, Ano Novo. Na oitava do Santo Natal, celebraremos a solenidade de Nossa Senhora, Maria Mãe de Deus. São duas solenidades referentes a essa criatura privilegiada por Deus, que se destacam pela importância desta Senhora, Virgem e Mãe, na História da Salvação, na Igreja. Maria é Mulher Imaculada Partimos sempre dos dados bíblicos. Que a Virgem Maria tenha sido mesmo virgem, é um dado claramente atestado no Novo Testamento. Ele vincula duas tradições autônomas a respeito da virgindade de Maria, uma reforçando a outra: a) A Tradição do Evangelista Mateus (1,18-25) faz, nada menos, que quatro referências à virgindade da Mãe de Jesus: • “Antes do coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo (v 18); • O que nela foi concebido vem do Espírito Santo (v 20); • Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho...( v.23); • E, sem que ele a tivesse concebido, ela deu à luz o seu filho” (v.25). b) A tradição do Evangelista Lucas (1,34-35): • “Como se fará isso, pois não conheço homem?” • O Espírito Santo descerá sobre ti (...) Por isso, aquele que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. A Igreja toda, há séculos, professa a fé: “E se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria”. Ela é virgem por excelência. A Igreja confirma, por seus legítimos representantes, que Maria é virgem “antes do parto, no parto e depois do parto”. É uma expressão lapidar, que retoma didaticamente o que se tornou corrente na catequese. Para ver sobre este tema, leia o Catecismo da Igreja Católica (n. 496-507) e o livro: Dogmas Marianos, de Frei Cledovis Boff, OSM, editora Ave-Maria. Deus Pai esconde seus segredos “aos sábios e entendidos” e os revela aos “pequeninos” ( Mt 11,25). A virgindade é um privilégio, uma graça muito especial que Maria recebeu de Deus. Ela recebeu essa graça, em função de Cristo; é a tarefa que ela assumiu em proveito de toda a humanidade. O grande mariólogo Frei Clodovis Boff afirma, no seu livro já citado, página 23, que os grandes reformadores como Lutero, Calvino e Zwínglio nunca duvidaram da virgindade perpétua de Maria. Infelizmente, a maioria dos evangélicos acabou, com o tempo, perdendo essa herança preciosa. Mesmo para o Islã, Maria é sempre virgem, como se vê no Corão (19, 20; 21, 91; 66, 12). Para o livro santo dos Muçulmanos, os judeus que negam a virgindade de Maria, nada mais fazem que levantar contra ela uma “calúnia enorme” (4,155). 4 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 Vejamos, portanto, que a fé na virgindade de Maria garante a fé na divindade de Jesus, “que foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria”. Maria é preservada do pecado por ser Mãe de Jesus, o Filho de Deus! É importante também lembrar também das aparições de Nossa Senhora das Graças (1831-1832) e de Nossa Senhora de Lourdes (1857). A primeira preparou a fé no dogma da Imaculada e a segunda o confirmou. O Papa Pio IX proclamou, como verdade de fé em 1854: “DECLARAMOS, PRONUNCIAMOS E DEFINIMOS como doutrina revelada por Deus, o seguinte: A Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do Gênero humano, FOI PRESERVADA IMUNE DE TODA MANCHA DE PECADO ORIGINAL”. Essa doutrina, pois, deve ser crida firmemente e inviolavelmente por todos os fiéis. Maria é Mãe de Deus Maria é Mãe de Deus! As Escrituras comprovam esta verdade que professamos. Vejamos: • “Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43). “Senhor” é na Bíblia um nome divino: é aplicado a Deus e ao Messias-Rei, enquanto representante de Deus. • “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo” (Lc 1,32). Maria, portanto, é Mãe do Filho de Deus. Em Isaías (7,14) e em Mateus ( 1,23): • “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Emanuel, que significa: Deus conosco”. O Novo Testamento usa, em geral, a expressão “Mãe de Jesus” para falar de Maria. Sabemos, porém, que Jesus é Deus. Portanto, Maria é mãe de Deus. O Concílio de Éfeso (431) declarou que Maria é “Mãe de Deus” (Theotókos), “segundo a carne”, assumida pelo Verbo. Os santos Padres não duvidaram chamar a Santa Virgem Maria de Mãe de Deus (...) porque nasceu dela o Verbo (...) segundo a carne. Os concílios ecumênicos subsequentes de Calcedônia (451), de Constantinopla II (553) e Constantinopla III (681), confirmaram o Theotokos, a Santa Virgem Maria é “Mãe de Deus”. (Ver Catecismo da Igreja Católica nos números 495, 466467 - Mãe de Deus); e números 967-970 - Mãe dos fiéis). O franciscano Beato Duns Scotus, “doutor mariano” declara que depois de “Filho de Deus”, o título mais elevado é o de “Mãe de Deus”. É bom saber que os grandes reformadores, como Lutero, Calvino e Zwínglio, admitiam o título “Mãe de Deus” (Ver obra citada a cima de Clodovis Boff, p.16). Amiga e amigo leitor! Hoje, o título “Mãe de Deus” é muito familiar para nós. Está na segunda parte da Ave-Maria: “Santa Maria Mãe de Deus”. Sem nenhuma dúvi- da, Maria é “Mãe de Deus”. Há fundamentações muito consistentes a respeito disso nas Escrituras, na Tradição e no consenso de grandes Teólogos e também no “senso dos fiéis”. O mesmo se dá em relação à virgindade de Maria. Nós, católicos, precisamos conhecer mais o que a Igreja ensina com segurança, para que não nos deixemos levar por doutrinas sem fundamentação bíblica, muito falsas a esse respeito, e de outros temas de nossa fé. Louvemos a Deus pelas maravilhas que realizou em Maria, especialmente da Encarnação, em vista da nossa salvação. E confiemos na poderosa intercessão da Mãe de Deus junto a seu Filho Divino. Somos chamados, como Maria, a encarnar a Palavra, no dia a dia de nossa vida pessoal e social, conceber Cristo em nosso coração pela fé e gerá-lo pelo testemunho de nossa vida. A Igreja nos diz: “Sem Maria desencarna-se o Evangelho, desfigura-se e transforma-se em ideologia, em racionalismo espiritualista” (Puebla n.301). Que a Mãe do Filho de Deus, nos ajude a entender um pouco mais o espírito do Natal que vamos celebrar e que tenhamos e sintamos durante todo o Ano de 2012, a proteção materna da Imaculada Mãe de Deus. Feliz Natal a todos os amigos leitores deste informativo e um muito abençoado ano de 2012! Frei João Daniel Lovato, OFMCap [email protected] Epifania Epifania quer dizer “manifestação”. É a manifestação de Deus ao mundo. O nosso Deus é um Deus que se manifesta. Desde a criação do mundo até hoje, em todos os momentos, vivemos uma permanente e insistente manifestação de Deus. Na sua imensa bondade, Deus insiste em se fazer presente ao nosso lado. Na medida em que alguém, com esforço e com luta, se deixa tomar e penetrar por Deus, nesta mesma medida é premiado com a transparência divina de todas as coisas. Os místicos nos dão a maior prova disso. São Francisco de Assis mergulhou de tal maneira no mistério de Deus que, de repente, tudo se transfigurou para ele. Tudo falava de Deus: o verme da estrada, o fogo, o cordeiro do campo, os passarinhos das árvores. Deus enche tudo: Ele é imanência, transparência e transcendência como diz São Paulo (Ef 4,6): “Só há um Deus e Pai de tudo, que está acima de tudo (transcendência), por tudo (transparência) e em tudo (imanência)”. Com Tailhard de Chardin, que viveu semelhante visão sacramental, podemos dizer: “O grande mistério do cristianismo, não é exatamente a aparição, mas a transparência de Deus no universo. Oh, sim, Senhor, não somente o raio que aflora, mas o raio que penetra. Não vossa Epifania, Jesus, mas vossa diafania”. Tudo ao nosso redor nos fala eloquentemente de Deus. Pena que nós ainda não nos deixamos penetrar por essa forte presença de Deus e então, infelizmente, permanecemos, em muito, ainda surdos e cegos a essas manifestações. Além dessa diuturna Epifania ou Teofania, sempre houve e continua havendo momentos históricos de particular manifestação do nosso Deus. A festa que chamamos de Epifania celebrada no dia 6 de janeiro ou no domingo depois do dia primeiro de janeiro é um desses históricos momentos de especial manifestação. Historicamente, a festa da Epifania surge no Oriente para celebrar o nascimento de Jesus, numa tentativa de cristianizar a festa do solstício, quando se cultuava o Sol vitorioso. Aliás, o mesmo fenômeno ocorre quase que contemporaneamente em Roma, com festa do Natal sendo introduzida pelos Cristãos no solstício de inverno, quando os romanos celebravam o “Natalis Invicti”, festa do renascimento do sol, a grande divindade romana. Os Cristãos de Roma, em peregrinação à terra santa, levam a festa do Natal e trazem para Roma a festa da Epifania. A partir de então, tanto no Oriente como no Ocidente passam a celebrar o Natal no dia 25 de dezembro e a Epifania no dia 6 de janeiro. Inicialmente, as duas festas tem o mesmo objetivo: celebrar a manifestação de Deus. Claro que a grande manifestação de Deus foi o nascimento de Jesus. Se no Natal celebramos o nascimento de Jesus, na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus, o Filho de Deus, a todos povos, representados pelos Magos. Ao celebrarmos a Epifania, como também qualquer outra festa cristã, devemos distinguir dois planos: um plano histórico e um atual. O que significou no contexto do Evangelho e o que significa hoje para nós. Na narração do fato bíblico, o autor sagrado fala dos Reis Magos, que representando os povos pagãos, ou seja, todos os não judeus, vêm a Belém e a eles Cristo se manifesta. Isso nos lembra um importante fato: a abertura dos horizontes da sal- vação a todos os povos. São Paulo chama isso de “Mistério escondido nos séculos e revelado nos últimos tempos”. Portanto, também os Gentios são chamados em Cristo à mesma herança, a participar da mesma promessa por meio do Evangelho. Para nós que vivemos esta realidade há séculos, o fato não nos impressiona. Pensemos na surpresa dos antepassados (não judeus) que eram excluídos da salvação, impuros, destinados à perdição. Num plano de atualidade, o que significa para nós, hoje, a festa da Epifania? Basicamente é: Cristo hoje presente no mundo. Para encontrá-lo precisamos, assim como os Reis Magos, passar por Jerusalém, ou seja, pela Igreja. Fora da Igreja não encontramos Jesus. Ele é a Cabeça e a Igreja, o Corpo. Nesse sentido, o fato narrado no Evangelho é também símbolo do itinerário da fé. Os Magos abandonam o comodismo de seus palácios, de seus ambientes e vão à procura do Menino, iluminados e orientados pela estrela. Não desanimam com as primeiras dificuldades. Cabe ainda aqui uma outra aplicação: em Jerusalém sabiam (os sacerdotes, os estudiosos das Escrituras, os grandes do povo) onde se encontrava o Menino Jesus, o Messias; mas eles não foram. Pensemos: quantos hoje sabem muito bem onde encontrar Jesus, onde Ele se manifesta. Até porque Jesus mesmo deixou muito claro no seu Evangelho onde Ele pode ser encontrado. Outros mostram até onde e como encontrar Jesus, mas eles mesmos não vão. Que a celebração da Epifania nos torne fortes como os Reis Magos; como eles, possamos sair do nosso comodismo e a despeito de todas as dificuldades, partirmos ao encontro do Cristo onde Ele realmente está. Frei Davi Nogueira Barboza Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5 Papai Noel: um símbolo questionável Estamos chegando ao final de mais um ano. O mundo todo se volta para as festas Natalinas e Ano Novo. Enquanto isso, vai passando pela nossa mente toda uma simbologia. Muitas delas de origens pagãs, mas, hoje com sentido cristão muito bonito. Existem alguns símbolos que são especialíssimos, como a árvore, o presépio, a coroa do Advento, etc. Mas o símbolo que mais chama a atenção e, diria, que talvez esteja muito desvirtuado é a figura simpática do “Bom Velhinho”, o Papai Noel. Navegando na internet, encontrei vários artigos fazendo menção do rumo que tomou a figura de Papai Noel. Alguns o associam ao consumismo, outros querem matá-lo, outros o chamam de comunista. Afinal, temos que concordar que as festas natalinas, bem como todas as outras festas e comemorações se transformaram em verdadeiras oportunidades de se ganhar muito dinheiro. Não sou contra o crescimento do comércio e nem das muitas oportunidades de trabalho que trás para pessoas que não têm emprego e que, às vezes, até passam por necessidades. Mesmo assim, quero que o leitor me acompanhe para ver o processo evolutivo da figura de Pa- pai Noel, sendo associada à venda de produtos e com lucros exagerados. Dizem que a figura do bom velhinho foi inspirada na pessoa de um bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. Com o passar do tempo, na Alemanha, começou-se a associar a imagem de São Nicolau ao Natal e, em pouco tempo, esse costume se espalhou pelo mundo inteiro. Conta-se que, nos Estados Unidos, ele ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal. Inicialmente, o bom velhinho era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em seguida, ainda nos Estados Unidos, foi criada uma nova imagem nas cores vermelha e branca, com cinto preto. Teria sido a Coca-Cola quem associou essa figura ao seu produto, o refrigerante, cuja embalagem tinha as mesmas cores. Essa campanha publicitá- ria fez tanto sucesso que logo se espalhou pelo mundo todo. Sabendo de tudo isso, resta a nós cristãos e cristãs, resgatarmos o verdadeiro sentido do Natal, vivenciarmos profundamente seu espírito e abrirmos o nosso coração para que a alegria do Natal chegue aos lares pobres, às pessoas que passam fome e que estão perdendo sua dignidade. Mas, antes disso, façamos o possível para pensarmos um pouco antes de comprar qualquer coisa e perguntarmos se realmente isso é necessário. Com certeza teremos um Natal muito mais fraterno, de muito mais vida e de muito mais amor. Boas Festas a todos. Paz e Bem. Frei Benedito Félix da Rocha Vigário Paroquial freidito@bol. com.br Espaço bíblico O conhecimento de Deus nos transforma em missionários Estamos concluindo este ano. Neste semestre fizemos uma bela caminhada com os fiéis da Paróquia Nossa Senhora das Mercês no curso que tratou do Evangelho de Mateus. Falávamos da importância de estudar e nos aprofundar nas Sagradas Escrituras, mas que tudo isso deveria nos ajudar a seguir melhor a Jesus Cristo, já que saber de Bíblia não é o foco principal, e sim perceber como a Palavra de Deus, que é viva e eficaz (Hebreus 4,12; Isaías 55,10-11), nos ajuda a ser melhores discípulos e discípulas de Cristo. A Sagrada Escritura, inúmeras vezes, nos exorta sobre a necessidade de conhecermos a Deus. O profeta Oséias, em um contexto próprio, fala do amor de Deus dirigido ao povo que o havia abandonado, que o Senhor seduziria o povo e falaria em seu coração (Oséias 2,16) e conclui: “Eu te desposarei a mim na fidelidade e conhecerás o Senhor” (Oséias 2,22). Várias vezes esse profeta fala da necessidade que o povo tem de conhecer ao Senhor. Mas o que significa conhecer? Biblicamente, conhecer indica uma adesão total de uma pessoa a uma realidade. Em outros termos, indica a intimidade/ relacionamento profundo com o outro. No caso de Oséias, seria como afirmar que o povo havia se separado de Deus (e por isso o povo é tratado como a esposa infiel – Oséias 2,4-15), e deveria conhecer a Deus, ou seja, voltar a ter um relacionamento profundo e íntimo com Deus: “Conheçamos, corramos atrás do conhecer o Senhor” (Oséias 6,3). As Sagradas Escrituras nos predispõe a conhecer a Deus para então sermos discípulos-missionários. O evangelista João nos apresenta um bonito exemplo de pessoa que cresce no relacionamento com Cristo, chega a conhecê-lo, e só depois vai anunciá-lo. Veja o texto da Samaritana, em João 4,1-34. Jesus está junto ao poço, com a mulher. Pede água para ela (4,7). A mulher se dirige a Jesus: “como, sendo judeu, tu me pedes de beber...” (4,8). No primeiro contato com o Mestre a mulher o chama de judeu, apenas mais um homem judeu. Em seguida, Jesus fala para ela: “se conhecesses o dom de Deus...” (4,10). Parece que a Samaritana vai interagindo com Jesus, faz como que uma catequese com o próprio Cristo. Resultado: estamos praticamente no meio do diálogo, e agora ela se dirige a Jesus como profeta: “vejo que és profeta” (4,19). Profeta já é um título maior, parece que a mulher já o conhece mais. No final do diálogo, percebemos que a Samaritana já não chama Jesus nem de judeu, nem de profeta. Ela cresce ainda mais no conhecimento do Senhor, a ponto de chamá-lo de Cristo: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não seria ele o Cristo?” (4,29). Chamar Jesus de Cristo implica reconhecer que ele é um Ungido de Deus, o Messias (Christos é a tradução grega do hebraico Meshiah – Messias, que significa Ungido). O bonito de toda esta história, além desse cres- Frei Rogério retorna com o curso bíblico no segundo semestre de 2012 6 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 cimento da fé da Samaritana e do aprofundamento do conhecimento do Senhor, é notar que ela se torna uma discípula. Ela larga o balde com o qual iria tirar água do poço. Deixou o que era mais importante e que lhe ajudaria a viver, “e correu à cidade” (4,28) dizendo “vinde ver o Cristo” (4,29). À medida que nos aprofundamos na Sagrada Escritura, e participamos mais da vida da comunidade, vamos crescendo no conhecimento de Deus, na intimidade com Cristo. É semelhante ao que acontece quando conhecemos outra pessoa: no início sabemos pouco sobre ela, mas chega um momento que somos capazes de saber detalhes de sua vida, nos preocuparmos e alegrarmos com ela. Mas com Deus, damos um passo a mais: quando nos tornamos mais íntimos com Ele, quando nosso conhecimento de Deus se alarga, nos lançamos na missão. Que o Senhor nos dê a graça de crescermos ainda mais na intimidade com Ele, para sermos seus verdadeiros discípulos e discípulas. Paz e Bem! Frei Rogério Goldoni Silveira – OFMCap freiroger@yahoo. com.br Nossos freis O frei que já passou por “poucas e boas” Ele ficou em pé e, batendo no peito, falou “escute. Atire aqui! Atire pois hoje o casamento não sai. Se quiser casamento, que venha amanhã”. Essa foi uma das várias situações de perigo e intimidação que frei Adelino Lolvatel, de 82 anos, teve que enfrentar. Em uma das comunidades onde celebrava missas, precisou ser firme em sua decisão de não realizar um casamento à força. “Passei bastante apuro no meu trabalho pastoral, de me esperarem na estrada, quererem me bater, me mostrar revólver... O casamento, por exemplo, tem suas leis. A gente explicava e muita gente não aceitava. Levavam uma vida bagunçada [com infidelidade, adultério, promiscuidade] e até traziam testemunha falsa”, relembra o padre que afirma ter passado por apuros em diversas vezes, ao tentar explicar para algumas pessoas que casamento não se realizava de um dia para o outro, nem mediante a violência. Hoje, frei Adelino mora com os capuchinhos nas Mercês. Por uns três anos, trabalhou sozinho em Itapoá (SC) mas, por problemas de saúde, acabou vindo para Curitiba fazer seus tratamentos. “Estou me tratando aqui desde maio. Fiz tudo quanto é tipo de exame e ainda há mais alguns pra fazer”, conta. Para piorar, se machucou e diz estar surpreso com a falta de mobilidade na terceira idade. “Nesses dias, estava andando pela calçada, tropico e caio com o corpo em cima do meu braço. É incrível como a gente vai ficando velho e cai facilmente”, comenta. Membro de uma família composta por 10 irmãos, frei Adelino aproveitou a instalação de um seminário perto da sua casa e passou a integrá-lo juntamente com seu primo. “Isso aconteceu em 1942, em Lacerdópolis (SC), quando eu tinha 12 anos”, explica. Além da pouca idade, frei Adelino precisou driblar a dificuldade de aprendizado. “Já havia ido à escola, mas mal sabia ler e escrever quando entrei no seminário”. Em 1943, foi para Botiatuba, Almirante Tamandaré (PR), fez todo o ginásio e noviciado lá. Completou os estudos em Filosofia e Teologia aqui nas Mercês. “Me tornei sacerdote em 1955. Nos primeiros cinco anos, trabalhei em lombo de cavalo. Atendia cinquenta e poucas igrejinhas. Pra fazer esses ‘atendimentos’ viaja 20 dias por mês, fora de casa”, esclarece. O padre conta também que atuou em diversas comunidades por muitos anos a fio: 12 anos em Cruzeiro do Oeste (PR), 12 anos em Dois Vizinhos (PR), 7 anos em Capitão Leônidas Marques (PR) e um ano no Paraguai, em dez pequenas comunidades de brasiguaios. “Naquele tempo, a gente nem era sofrido, nem tinha tanta facilidade. Éramos jovens e eu aceitava trabalhar com gosto naquilo que escolhi fazer, que era ser padre”. Uma nova Igreja para os novos tempos Frei Adelino admite que os tempos mudaram. Entretanto, defende uma receita tradicional para atrair a juventude à vida religiosa e sacerdotal. “Pra mim, tem que ser através do exemplo... Da vida que se leva, da simplicidade, humilda- de, estudo e oração”. Ele atribui a mudança do perfil do jovem a aspectos históricos e sociais. “Pra dizer a verdade, trocou o sistema. Naquele tempo as famílias eram mais numerosas e havia mais disciplina. A criança não é mais recreativa por si mesma, ela já encontra tudo fácil”. Durante muitos anos de sacerdócio, frei Adelino celebrou missas em latim, época em que também precisou lidar com situações desafiadoras, tanto quanto na ocasião narrada no início desse texto. “O padre rezava a missa de costas e o povo fazia o que bem entendia. O povo era muito simples e cuspia no chão, conversavam, entravam na igreja com cachorro...” Para ele, muita coisa mudou pra melhor com o Concílio Vaticano II. “O povo gostou porque daí eles rezavam na língua materna. Teve um padre que não queria essa transformação, mas o povo vinha pra mim e pedia para dizer a esse outro padre que rezasse em português e de frente para eles”. Esse novo fôlego de vida sobre a Igreja continua ecoando através do tempo. Exemplo disso é a participação mais ativa dos leigos. “Hoje em dia, dá pra ver quanta gente faz a sua parte pra ajudar na comunidade. Naquele tempo, era só o padre para fazer casamentos, rezar a missa e realizar pequenas reuniõezinhas... Hoje em dia, os próprios fiéis é que estudam e comandam vários grupos”. Esse novo papel assumido por membros da comunidade, segundo frei Adelino, foi essencial para ajudar na formação dos católicos. “Hoje em dia tem mil e uma pastorais. Então, se tornou mais fácil fazer o povo entender melhor as coisas da Igreja, a sua fé, o seu batismo...” Para encerrar, o frei nos deixa sua mensagem. “É preciso ter fé naquilo que a gente faz. Muitas vezes, podemos fazer mil e uma coisas, mas a gente faz por fazer. Só que tem uma passagem nas escrituras que diz que a fé sem obras não vale nada. Então é preciso acreditar naquilo que a gente faz e agir”. Colaboração: Diego Henrique da Silva Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7 O Batismo de Jesus Com a Festa do Batismo de Jesus, é concluído o tempo do Natal. É uma ótima oportunidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje e a ação da Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos. O Batismo de Jesus, por João, no Rio Jordão, é um evento que nos mostra com intensidade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano, imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um batismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cordeiro sem mancha, que veio tirar o pecado do mundo, submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado. Podemos observar, no episódio do batismo do Senhor, que Deus assume tudo o que é próprio da nossa frágil condição humana. Jesus não teve pecado, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assumiu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte da cruz. A vida, as atitudes e as palavras de Jesus, nos estimulam a amar com todas as nossas forças a Deus, que tanto nos ama, e a nos tornar mais compassivos e condescendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, sofrem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da caridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é orgulhosa, alegra-se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa. O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Aliança. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O Batismo que Jesus confiou à Sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só significa, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à semelhança do único Filho. Os Santos Padres da 8 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmitir-lhes aquele poder de purificação e renovação, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ao celebrarmos a Festa do Batismo do Senhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas batismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nascido da água e do Espírito. Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missionários de Jesus. O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevogável. Não podemos querer Cristo sem Sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, assim, o Mistério de Cristo, que resplandece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso batismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida. Neste novo ano litúrgico que se inicia com o Advento e o nascimento de Jesus, Senhor e Deus de todo o universo, devemos, como batizados, acolher Jesus em nossos corações e em nossas vidas, trazendo-nos uma conversão autêntica a ponto de nos tornarmos verdadeiros discípulos de Cristo, cumprindo assim nossa missão em nossa família e em toda sociedade, de levar a Boa Nova de Cristo, batizando a todos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A força do batismo faz maravilhas na pessoa e na sociedade. Diácono Jorge A. F. Andrade BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS “ O Senhor te . abençoe e te proteja e Mostre-te a tua face se compadeça de ti. o Volva a ti o seu rost e te dê a paz.” BÊNÇÃOS Começar o ano novo é bom, melhor ainda com as bênçãos de Deus! Dia 6 de janeiro de 2012 (Primeira sexta-feira do ano), os Freis Capuchinhos das Mercês estarão realizando a tradicional bênção dos motoristas, veículos, pessoas, água e objetos, fato este que já faz parte do calendário de eventos religiosos de Curitiba e Região Metropolitana. Serão 15 horas ininterruptas (das 6h às 21h) em que muitos freis do Estado do Paraná e Santa Catarina estarão à disposição para abençoá-los. As bênçãos serão realizadas nas ruas que contornam a Igreja Nossa Senhora das Mercês e também no interior da Igreja, para as pessoas que vêm de ônibus, ou que assim o desejarem. No interior da Igreja, os freis estarão atendendo confissões e abençoando pessoas, água e objetos. As celebrações deste dia serão realizadas nos seguintes horários: 6h30 (Missa); 8h30 (Novena); 15h (Novena) e 19h (Missa). Os voluntários que, generosamente, auxiliam os freis neste ministério, colaborando para o bom êxito deste evento, já podem se inscrever na Secretaria Paroquial ou pelo telefone 3335-5752. É mais um momento para fortalecermos a nossa confiança de que tudo aquilo que se deseja um dia se alcançará estando em sintonia com Deus, fonte de todas as bênçãos. Até o dia 6 de janeiro! Frei Darci Roberto Catafesta Guardião do Convento N. Sra. das Mercês Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9 Preparai o caminho, Jesus procura abrigo 2011 chega ao seu final e já se fala em novos planos, projetos, propósitos, objetivos de melhoria e tantos sonhos para o Novo Ano. É tempo de rever o que foi feito e o que ficou para traz. É tempo de balanço, não somente material, financeiro, mas também familiar, espiritual... Acima de tudo, é tempo de parar um pouco, e dizer MUITO OBRIGADO! Foram tantas as bênçãos derramadas em nossos caminhos!!!. Será que tomamos consciência da infinidade de graças, que o Senhor nos concede a cada ano, a cada dia, a cada instante!? Viemos ao mundo, tal qual uma semente, que Deus colocou em campo fértil, para que pudéssemos germinar, crescer, cultivar-nos e produzir frutos. O final de ano é um momento de reflexão. É uma pausa para rever o que vivemos, o que produzimos... No turbilhão da vida é preciso parar... Silenciar a mente, olhar para dentro de si e perguntar-se: que tipo de sementes plantei, que frutos eu produzi no decorrer deste ano? Valeu a pena tanto esforço, tanta correria, noites de insônia, preocupações? Será que me tornei uma pessoa melhor? Na minha família, no meu trabalho, na minha igreja... Eu estive atento às pessoas mais próximas, acolhendo, ouvindo, dando carinho, sendo sinal de esperança? No final da vida, Deus nos questionará apenas sobre a vivência do Amor. “Eu tive fome e me des- te de comer, Eu tive sede e me deste de beber... Estava nu e me vestiste, enfermo ou na prisão e vieste me ver...” A preparação para o Natal deveria ser, antes de tudo, um tempo forte, de oração, de meditação e reflexão profunda, para rever a vivência do AMOR. Ele, Jesus (disfarçado de tantas formas), bate na nossa porta todos os dias, com fome, talvez nem tanto de pão, mas com fome de carinho, de afeto, com sede de justiça, de compreensão, de acolhida... Ele precisa de ouvidos que se disponham a ouvi-Lo, a reconhecê-Lo como irmão, filho do mesmo Pai... Ele pode vir disfarçado no doente espiritual, naquele que perdeu a fé e a esperança... Ou no irmão que está preso pelas correntes da droga, do álcool... Se corresse hoje a notícia de que Jesus iria nascer em alguma cidade, certamente a maioria de nós nos apressaria para visitá-Lo, adorá-Lo... Não podemos voltar a Belém, mas podemos preparar-Lhe um presépio mais moderno, todo iluminado, aquecido, repleto de presentes... Podemos preparar o verdadeiro presépio em nosso coração, com as luzes da solidariedade, com o calor da harmonia familiar e que os presentes sejam nossas atitudes de acolhida, nossos gestos de bondade, de perdão e verdadeiro amor. Portanto, a Belém de hoje pode ser a sua casa, a sua empresa, a sua escola... Na manjedoura deste Natal, podemos ver a face sofrida de tantos irmãos que vivem em nosso meio, doentes, deprimidos, sem fé, sem esperança. O mundo tem fome de amor Neste mundo tão conturbado, cheio de violência, podemos ouvir o grito silencioso dos incompreendidos, dos mal amados, dos injustiçados. Que a magia do Natal, desperte a solidariedade, atitudes de acolhida, gestos de bondade e verdadeiro amor. Sejamos Missionários do Amor, Faróis de Esperança, todos os dias, em todos os lugares, para cada ser humano que cruzar em nossas vidas. Assim, vamos doar AMOR neste Natal e no decorrer de todo o Novo Ano. Que nossas mesas sejam fartas com gestos de acolhida! Que nossas mãos sejam focos de luz que rompem as trevas, que acende a esperança. Que o Deus Menino venha renascer em cada coração, despertando o verdadeiro Amor e a alegria de servir e ajudar. Que em 2012, as portas, do amor, da fé e da esperança, se abram para acolher a todos, com ternura e carinho. Feliz e santo natal! Nelly Kirsten Parapsicóloga Clínica [email protected] Parapsicologia e qualidade de vida – n° 54 Paranormalidade não deve ser confundida com Hiperestesia Começando o estudo dos fenômenos paranormais, é preciso esclarecer que muitos acontecimentos normalmente entendidos como paranormais, de fato não o são. É o caso de todos os fenômenos que envolvem hipersensibilidade dos sentidos. Somos capazes de perceber, por meio dos nossos sentidos (ao menos inconscientemente), estímulos mínimos e amplificá-los. Esta extraordinária capacidade de sentir chama-se, tecnicamente, hiperestesia. As pessoas que captam frequentemente estes estímulos mínimos são chamadas “sensitivas”. Há sensações que, por serem tão pequenas, não são percebidas pelo consciente, mas que podem ser captadas pelo Subconsciente. O consciente, no entanto, pode ser treinado para perceber estas sensações, chegando a graus fantásticos de hiperestesia. É o que acontece com: pintores que distinguem matizes nas cores completamente indiferenciáveis para o comum das pessoas; degustadores de comidas e bebidas que percebem sabores normalmente não percebidos; cegos e surdos-mudos que frequentemente apresentam algum sentido superdesenvolvido. É o exercício que lhes permitiu a manifestação da hiperestesia. Se podem manifesta-la, é porque a capacidade estava aí, é porque o ser humano possui 10 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 uma grande capacidade sensorial. Pessoas histéricas, por exemplo, podem apresentar hipersensibilidade auditiva (hiperacusia), ouvindo mínimos sons a grandes distâncias. Podem também apresentar grande intolerância para certos odores ou sabores, podem ter também hipersensibilidade à dor ou ao tato, de modo que um pequeno estímulo causa forte dor. A hipersensibilidade visual pode ser observada em muitos portadores de neuropatia, que veem pequenos objetos distantes como se usassem binóculos. A neuropatia sensorial é uma doença que afeta os nervos que levam informações das sensações das várias partes do corpo para o cérebro. Com hipnotizados, especialmente sensitivos, é mais fácil experimentar a que graus de hipersensibilidade pode chegar o ser humano. Com os olhos bem fechados, alguns hipnotizados sentem os raios luminosos com tal nitidez, que conseguem ver até objetos sumamente distantes, impossíveis de ser percebidos (conscientemente) por qualquer outra pessoa, em estado normal e com os olhos abertos. Mais do que sensibilidade, a hiperestesia parece, às vezes, uma amplificação exagerada da sensibilidade. Não só se percebe, mas “se aumenta” o poder do estímulo exterior. Por exemplo, uma mão colocada a 40 centímetros do dorso descoberto de uma hipnotizada, fazia com que ela se curvasse para diante, se queixando do grande calor. Os fenômenos acima citados são muitas vezes confundidos com os fenômenos paranormais: Telepatia, Clarividência, Precognição. Só se pode pensar na possibilidade de um fenômeno paranormal se qualquer explicação normal for impossível ou muito pouco lógica. Se os fatos podem repetir-se com regularidade e precisão contínua em determinadas pessoas, como acontece nos fenômenos de hipersensibilidade dos sentidos, então trata-se de fenômenos sensoriais e não de fenômenos paranormais. Não se deve explicar por mais aquilo que pode ser explicado por menos. No atendimento terapêutico, os sensitivos e paranormais podem encontrar adequada orientação. A Parapsicologia pode ser de grande ajuda também para os casos de: depressão, medos, síndrome do pânico, estresse, ansiedade, bloqueios, traumas, dependências químicas e superação de perdas. Flávio Wozniack - Parapsicólogo (41)3336-5896 ou (41) 9926-5464 [email protected] VOLUNTARIADO Sônia atua como voluntária há mais de uma década e afirma amar o que faz Sagrada Família de Nazaré A FAMÍLIA DE NAZARÉ é uma família como qualquer família de ontem, de hoje ou de amanhã, que se defronta com crises, dificuldades e contrariedade. No entanto, é uma família unida e solidária. Nela, existe verdadeiro amor e solidariedade. Não hesita enfrentar os perigos do deserto e o desconforto do exílio, quando um de seus membros corre risco. É uma família que escuta a Palavra de Deus e, nessa escuta, consegue vencer as contrariedades, superar os riscos e descobrir os caminhos para assegurar a seus membros a vida e o futuro. JOSÉ aparece atento às indicações de Deus, e aceita a sua vontade. Tudo sacrifica em defesa da vida daquele menino, que Deus lhe confiou. É uma família que obedece a Deus! Diante das indicações de Deus, não discute nem argumenta; mas cumpre à risca os desígnios de Deus. E Sou casada, tenho três filhos e duas netinhas. Sou voluntária na Paróquia Nossa Senhora das Mercês há 12 anos. Iniciei como leitora nas novenas do Cristo Partido, nas sextas-feiras, às 19h. Depois, participei das equipes de liturgia da paróquia e até hoje faço parte das mesmas como coordenadora de liturgia. Também entrei para o Apostolado da Oração e, atualmente, me encontro como coordenadora desse grupo. Sou apaixonada por esse movimento, em especial pelo Sagrado Coração de Jesus. Pertenço à Ordem Franciscana Secular da Fraternidade Nossa Senhora das Mercês, onde já fui vice-ministra por seis anos, e secretária do Conselho Regional da Ordem Franciscana Secular. Pertenço à Pastoral do Dízimo, onde já fui secretária, ao Grupo Santa Rita e ao Serviço de Animação Vocacional (SAV), onde também colaborei como secretária, quando era chamada. Já pertenci ao Conselho Paroquial de Pastoral (CPP), também como secretária. Sou ministra da Sagrada Eucaristia. Também pertenço ao movimento de Entreajuda da Paróquia, no qual comecei como recepcionista, dando ao público, todas as informações sobre esse movimento. Amo o que faço, sou muito feliz por ser voluntária em minha paróquia. Sônia Marlene Ristow é, precisamente, o cumprimento obediente dos projetos de Deus, que assegura a essa família um futuro de vida, de tranquilidade e de paz. A Sagrada Família é modelo da família cristã. Costuma-se dizer isso não tanto em seu contexto sociocultural e histórico, mas quanto em seus valores fundamentais, especialmente o amor, que lhe deram coesão, significado e missão de salvação nos planos de Deus. Jesus quis nascer e crescer numa família humana; teve a Virgem Maria como Mãe e José como pai, que o educaram com imenso amor. Eis porque a família de Jesus merece ser chamada ‘santa’, totalmente imbuída do desejo de cumprir a vontade de Deus, encarnada na adorável presença de Jesus.” Colaboração: Izilda de Figueiredo Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11 HOMENAGEM A Pastoral da Pessoa Idosa presta uma homenagem a você, Denize, pelo seu aniversário, dia 23 de dezembro. Todo brilho da natureza, toda vida que respira, todas as coisas sábias e maravilhosas foi Deus quem fez. Fez também com que você, um dia nascesse e viesse a enfeitar e alegrar nossas vidas. Agradecemos a você pelo trabalho, carinho e dedicação. Parabéns, felicidades! Que Deus lhe dê muitos anos de vida, saúde, alegria e paz. 12 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 Dezembro: Mês da Paz “Paz representa a tranquilidade da ordem”. É uma bela definição da Filosofia. Para os romanos, “si vis pacem, para bellum”. = “Se queres a paz, prepare a guerra”. Esta é uma visão militar de paz. Percebemos que a paz possui diversos aspectos: paz econômica, paz social, paz individual, paz religiosa e assim por diante. O que nos interessa aqui é a paz pessoal ou individual. Trata-se de um estado emocional positivo e este precisa de imagens. Nenhuma imagem produz tanta paz como o presépio de Belém com José e Maria com seu Menino, anjos cantando a glória de Deus nas alturas e paz aos homens de boa vontade, e os pastores trazendo ofertas. O midraxe dos Reis Magos que representam a todos nós ensina o correto caminho da paz nos símbolos do ouro que reconhece Jesus como rei, da mira como sinal da conversão e do incenso da adoração a Deus. João Batista prega no deserto o fundamento da paz cristã, que consiste na preparação do coração para a vinda de Cristo Jesus. “Convertei-vos e crede no Evangelho. Endireitai os caminhos do Senhor; aplainai suas veredas. Ele vos batizará com o Espírito Santo” (Mt 3, 1-11). Já faz uns dois mil anos que Cristo nasceu entre nós e mais da metade da população mundial ainda não o aceita como Redentor e único Mediador com Deus. Ninguém conheceu o coração humano como Jesus, que nos advertiu: “É de dentro do coração dos homens que saem as intenções malignas: prostituições, roubos, assassinatos, adultérios, ambições desmedidas, maldades, devassidão, inveja, difamação, arrogância, insensatez” (Mc 7, 21-22). Quer dizer, a paz brota de um coração limpo. No tempo de Jesus ninguém conhecia a palavra depressão, paranoia, esquizofrenia e outras. A depressão representa um dos maiores problemas da humanidade. No tempo de Jesus era conhecida como possessão demoníaca ou possessão de memórias negativas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que até o ano 2020 teremos uns dois bilhões de depressivos. Como isso é alarmante! Para o cristão, o caminho da paz é amar a Jesus. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e a ele viremos e nele estabeleceremos morada. Dou-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 23-27). A paz é o dom principal das bem-aventuranças: “Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus. Bem-aventurados os mansos. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 4-9). Ver a Deus é um paraíso! Todo dia vemos e ouvimos imagens de violência nos meios de comunicação social, que produzem medo e insegurança. Precisamos utilizar imagens de paz como uma floresta balançando suavemente ao vento, lagos serenos com seus marrequinhos deslizando como pequenos barcos, luar e entardecer, passeios nos parques e praias com suas gaivotas e biguás celebrando a liberdade, o poema do namoro e noivado, a graça de uma criança adormecida no colo da mãe ou do pai e, principalmente, imagens religiosas como o presépio e a ressurreição de Jesus. É bom lembrar o princípio de Psicologia: “O que imaginamos tende a acontecer”. Frei Ovídio Zanini Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13 A História do Natal CURIOSIDADES Natal, suas tradições e costumes As tradições e costumes são uma maneira de fazer presente o que ocorreu ou o que se costumava fazer nos tempos passados e celebrar momentos importantes. Os presépios No ano 1223, São Francisco de Assis deu origem aos presépios que atualmente conhecemos, popularizando entre os leigos um costume que até esse momento era do clero, fazendo-o popular. Os hinos e cantigas de natal As primeiras cantigas de Natal foram compostas pelos evangelizadores no século V, com a finalidade de levar a Boa Nova aos aldeãos e camponeses que não sabiam ler. Suas letras eram inspiradas na liturgia da Natal. No século XIII estendem-se por todo o mundo. Cantar cantigas de Natal é um modo de demostrar nossa alegria e gratidão a Jesus e escutá-los durante o Advento, ajuda à preparação do coração para o acontecimento do Natal. Os cartões de Natal O costume de enviar mensagens natalinas se Notícias da Catequese Fique de olho nas datas!!! Pais e catequistas, fiquem atentos às datas que se seguem: • Confraternizações de final de ano para catequistas, catequizandos e pais - primeira semana de dezembro; • Início da matrícula para o próximo ano da catequese: dia 7/2. A taxa será de R$ 60. As crianças que precisarem de bíblias poderão comprá-las na ocasião da matrícula por R$ 20; • Reunião com os pais e catequizandos para o início das atividades, seguida da Missa do Envio às 10h30 - dia 4/3; • Início dos encontros de Catequese - dia 6/3 14 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011 originou nas escolas inglesas, onde era pedido aos estudantes que escrevessem algo que tivesse a ver com a temporada natalina., Essas mensagens deveriam ser escritas antes que os alunos saíssem para as férias de inverno e enviadas para os seus pais, através do correio.. Em 1843, W.E. Dobson e Sir Henry Cole fizeram os primeiros cartões de Natal impressos, com a única intenção de pôr, ao alcance do povo inglês, as obras de arte que representavam o Nascimento de Jesus. Papai Noel (Santa Claus) ou São Nicolau A imagem de Papai Noel, velhinho gorducho e sorridente que traz presentes às crianças boas no dia do Natal, teve sua origem na historia de São Nicolau. Existem várias lendas que falam acerca da vida deste santo. Em certa ocasião, o chefe da guarda romana daquela época, chamado Marco, queria apoderar-se de umas jovenzinhas se seu pai não lhe pagasse uma dívida. Nicolau então tomou três sacos cheios de ouro e, na Noite de Natal, em plena escuridão, chegou até a casa e colocou os sacos pela chaminé, salvando, assim, as meninas. Marco, que queria acabar com a fé cristã, mandou queimar todas as igrejas e prender todos os cristãos. Assim Nicolau foi capturado e preso. Quando o imperador Constantino se converteu e mandou liberar todos os cristãos, Nicolau havia envelhecido. Quando saiu do cárcere, tinha a barba crescida e branca e tinha as roupas vermelhas que o distinguiam como bispo; contudo, os longos anos de cárcere não conseguiram tirar sua bondade e seu bom humor. Os cristãos da Alemanha tomaram a história dos três sacos para tecer a história de Papai Noel, velhinho sorridente vestido de vermelho, que entra pela chaminé no dia de Natal para deixar presentes para as crianças boas. O exemplo de São Nicolau nos ensina a ser generosos, a dar aos que não têm e a fazê-lo com discrição, com um profundo amor ao próximo. Ensina a estar atento às necessidades dos demais, a sair de nosso egoísmo, a ser generosos não só com nossas coisas, mas também com nossa pessoa e nosso tempo. Por isso, o Natal é um tempo propício para imitar São Nicolau em suas virtudes. Árvore de Natal Os antigos germânicos acreditavam que o mundo e todos os astros estavam sustentados pendendo dos ramos de uma árvore gigantesca de Odim e rendiam culto a cada ano. Contam que São Bonifácio, evangelizador da Alemanha, derrubou a árvore que representava o deus Odim e, no mesmo lugar, plantou outro pinheiro, símbolo do amor perene de Deus e o adornou com maçãs e velas, dando-lhe um simbolismo cristão: as maçãs representavam as tentações; e as velas representavam Cristo, a luz do mundo. Este costume se difundiu por toda a Europa e América. A tradição foi evoluindo: trocaram as maçãs por bolas e as velas por luzes que representam a alegria e a luz que Jesus Cristo trouxe ao mundo. As bolas, atualmente, simbolizam as orações que fazemos durante o período de Advento. As bolas azuis são orações de arrependimento, as prateadas de agradecimento, as douradas de louvor e as vermelhas de preces. Costuma-se colocar uma estrela na ponta do pinheiro, que representa a fé que deve guiar nossas vidas. Também é comum pôr adornos de diversas figuras na árvore de Natal. Estes representam as boas ações e sacrifícios, os “presentes” que daremos a Jesus no Natal. Fatos da Vida Paroquial ACONTECEU Boas vindas aos novos dizimistas – Neste mês de novembro foram cadastrados os novos dizimistas Rose May Consentino, Maria Cláudia Gonçalves, Alex Sandro Rezende, Janete Gonçalves Gilbertoni, Albano Zoschke Neto, Miguel Silveira Prestes Junior, Mônica Maxemiuk Sousa, Maria Aparecida Vicente, Gilson Bueno Pilar, Amarildo Genheveski de Souza, Ariana Lima Guimarães, Maria Gorete Lima Nunes, Jonglas Mendes dos Santos, Mario Luis Bossini, Jean Carlos Ceranto Garutt, Marly Ceranto Garutt, Edney Pryplotsky e Ana Cristina G. A. Souza Freis Capuchinhos participam de confraternização arquidiocesana - Juntamente com outros sacerdotes de paróquias do setor Mercês, os freis Pedro Cesário, Benedito Félix, João Daniel Lovato e Davi Barbosa participaram de uma almoço comemorativo com o clero. A confraternização aconteceu no dia 23 de novembro, no município de Quitandinha (PR) e foi uma forma de celebrar todos os encontros do setor, realizados ao longo do ano. VAI ACONTECER Formação profissional e capacitação para o trabalho A Escola Vicentina Técnica de Enfermagem Catarina Labouré (ETECLA) oferece vários cursos na área da saúde. Inscreva-se já! As matrículas estão abertas. Informações: (41) 3219-3650 ou acesse o site www.etecla.com.br TÉCNICO EM ENFERMAGEM Início do curso: 06 de fevereiro de 2012 Duração: 2 anos Horário: manhã, das 7h às 11h30 ou à tarda, das 13h45 às 18h15 Requisitos: idade mínima de 18 anos, Ensino Médio concluído ou cursando o 2° ano. Para matrículas até 20 de dezembro, desconto de 20% na primeira parcela. ESPECIALIZAÇÃO EM NÍVEL TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO Início: 27 de fevereiro de 2012 Duração: 6 meses Horário: 19h15 às 22h30 (de segunda a quinta-feira) Requisitos: diploma de Técnico em Enfermagem CAPACITAÇÃO PARA CUIDADOR DE IDOSOS Início: 05 de março de 2012 Duração: 2 meses Horário: noite, das 19h às 21h15 ou à tarde, das 14h às 16h30 Requisitos: idade mínima de 18 anos e Ensino Fundamental concluído Missa de Natal - Conhecida popularmente como “Missa do Galo”, será celebrada às 19h. Teremos a participação do grupo musical liderado pelo nosso estimado Frei Juarez. No domingo, dia de Natal, as missas ocorrerão nos horários de sempre. CAPACITAÇÃO PARA HOME CARE (Atendimento domiciliar) Início: 06 de março de 2012 Duração: 6 meses Horário: 19h00 às 21h15 (de terça a quinta-feira) Requisitos: ter concluído o Técnico em Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem Jantar dos Solitários – Na noite de Natal, logo após a missa das 19h, será realizada a tradicional confraternização dos solitários no Salão Paroquial. O objetivo dessa ação é oferecer um momento de partilha entre os que se encontram na solidão. CAPACITAÇÃO PARA INSTRUMENTAÇÃO Início: 07 de março de 2012 Duração: 4 meses Horário: manhã, das 7h50 às 11h30 (às segundas, quartas e quintas-feiras) Requisitos: ter concluído o Técnico em Enfermagem ou Auxiliar de Enfermagem Natal Solidário com Jesus – A Paróquia Nossa Senhora das Mercês em nome da comunidade e benfeitores do Natal Solidário com Jesus vai participar de confraternizações com a entrega dos kits de Natal para as Paróquias Irmãs assistidas durante este ano. A Paróquia Nossa Sra. da Conceição, de Almirante Tamandaré, vai receber os presentes no dia 10 de dezembro (sábado); a Paróquia Nossa Sra. da Luz, na Vila Verde, receberá no dia 11 (domingo) e no dia 18 (domingo) será a vez da sede da Paróquia Nossa Sra. da Luz, no CIC. Todas as entregas terão início às 15h. CAPACITAÇÃO PARA CUIDADOR INFANTIL Início: 08 de março de 2012 Duração: 3 meses Horário: noite, das 19h às 21h15 (às terças e quintas-feiras) Requisitos: idade mínima de 18 anos e Ensino Fundamental concluído Primeira sexta-feira do ano, dia das bênçãos – No dia 06 de janeiro de 2012, os freis capuchinhos realizarão a tradicional maratona de bênçãos de veículos, pessoas e objetos durante 15 horas, das 6h às 21h. Venha participar desse dia festivo e começar o ano coberto de bênçãos! O Capuchinho se despede de nossos leitores neste ano, desejando a todos um feliz e santo Natal, próspero Ano Novo e divertidas férias. Retornaremos com a nossa primeira edição de 2012, em março. Até lá! Feliz Natal e próspero e abençoado Ano Novo! Secretaria da Paróquia Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15 Muito Obrigado, Feliz Natal e Feliz Ano Novo! Ao chegar o fim do ano, dizemos muito obrigado primeiramente a Deus por tantas graças que nos concedeu durante este tempo. Certamente, todos nós sentimos a presença amorosa e fortalecedora de nosso Deus em todos os momentos do ano mas, sobretudo, quando precisamos de discernimento e força em nossas vidas. Agradecemos a querida Mãe, Nossa Senhora das Mercês, que não nos deixou faltar o vinho da alegria, da esperança, da fé e do amor em nossa caminhada deste ano. Muito obrigado à você que participou de nossa paróquia; que cultivou sua fé, animou sua esperança e fortaleceu seu amor; que desempenhou serviços em prol da comunidade nas pastorais, grupos e movimentos; que partilhou a vida e os bens para que mais gente tivesse vida. Que Deus e Nossa Senhora das Mercês recompense você e sua família por todo bem realizado. Feliz Natal! Que a festa do Menino Deus lhe traga paz, alegria, saúde e muito amor. Que na noite luminosa do nascimento de Jesus você possa, como José e Maria, os pastores e os Reis Magos, ser envolvido pela sua Luz e proclamar com os Anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados!”. Feliz Ano Novo! Que este lhe seja de muitas e boas realizações. Disse São Paulo: “Quem está em Cristo é uma nova criatura; as coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo” (2Cor 5,17). Que o Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, conceda a você e sua família esta vida sempre renovada no amor, na fé e na esperança. Frei Pedro Cesário Palma Pároco 16 - Ano XII - n.° 122 - Dezembro de 2011
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