jornal “brasília espírita” - Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima

Transcrição

jornal “brasília espírita” - Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
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Jor
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1973
2013
Anos
ANO XL - Nº 181
Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
www.atualpa.org.br
[email protected]
JORNAL “BRASÍLIA ESPÍRITA”, 40 ANOS
DISSEMINANDO ESPIRITISMO NA PÁTRIA
DO EVANGELHO
Jorge Hessen (*)
m tempos recuados, a
população brasileira
consistia em um arraial
incorporado no litoral,
lançando um olhar
nostálgico para o solo de outros
continentes (africano e europeu). Na
percepção de que o Brasil jazia de
costas para o Brasil, surgiram os amplos
clamores para advogar a interiorização
do país, opinião primeiramente
defendida por Sebastião José de
Carvalho e Melo – o Marquês de Pombal
– em 1761. Em seguida, em 1789, os
inconfidentes, liderados por Joaquim
José da Silva Xavier – o Tiradentes –
demonstravam um manifesto anseio por
um processo de interiorização do Brasil.
Na Assembleia Constituinte de
1823, José Bonifácio – o Patriarca da
Independência – no documento
intitulado "Memória sobre a necessidade
e meios de edificar no interior do Brasil
uma nova capital", defendeu a
construção da nova cidade, sugerindo
dois nomes para o que seria a nova
capital do país, idealizada no Planalto
Central: Petrópolis e Brasília.
Na Proclamação da República
do Brasil, em 1889, a constituição
republicana estabelecia a mudança da
capital do Rio de Janeiro para o Planalto
Central. Mais tarde, o Presidente
Epitácio Pessoa, amparado na
constituição de 1891, lançou a pedra
fundamental da nova capital do Brasil,
no Morro do Centenário, em Planaltina,
estado de Goiás. Meio século após,
mergulhado no arroubo profético,
Juscelino Kubitschek registrou: "deste
Planalto Central, desta solidão que em
Encontro em
Brasília
Autor CASTRO ALVES
Livro Castro Alves Fala À Terra.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
breve se transformará em cérebro das
mais altas decisões nacionais, lanço os
olhos mais uma vez sobre o amanhã do
meu País e antevejo esta alvorada, com
Por sua natureza, Brasília é um apelo para
todos que voltem seus olhares para o Alto,
numa ascensão sem fim, fora do espaço e
do tempo, na subida evolutiva mais rápida
e mais firme, para a eternidade e para o
infinito.” (1)
Naquele áurico 21 de abril de
1973, data escolhida para o lançamento
do jornal BRASÍLIA ESPÍRITA, duas
motivações fundamentais planavam no
imaginário dos fundadores: “o martírio de
imagem: Alexandre Bittencourt
E
março/abril 2013
uma fé inquebrantável e uma confiança
sem limites no seu grande destino",
inaugurando a 21 de abril de 1960 a
Capital de todos os brasileiros.
Carlos Torres Pastorino, 13 anos
após a fundação de Brasília, assinalou na
primeira edição do jornal BRASÍLIA
ESPÍRITA que a fronteira do Distrito
Federal “é a atmosfera brilhante e límpida
de um céu que se perde no infinito,
conectando-a apenas com o sol durante
as horas do dia, e com as estrelas
semeadas pela imensidão sideral nas
horas silenciosas e meditativas das
noites serenas que refrigeram as almas.
O berço da Renascença
Era um viveiro de sóis
Consagrado ao pensamento
De Gênios, Santos e Heróis.
Nas retaguardas medievas,
Jaziam agora as trevas
De Átila a Tamerlão;
Entre as cinzas das Cruzadas,
Multidões desesperadas
Pediam renovação.
Tiradentes” e a “inauguração de Brasília”.
À época, Mário de Almeida, diretor
secretário do jornal, enunciava que o
periódico era consagrado para a
divulgação espírita cristã na Capital da
Pátria do Evangelho, enquadrado “no
desígnio da evangelização das almas e no
estudo pacífico das verdades espirituais
aclamadas por Kardec. Seu escopo é o de
unir todos os esforços na Doutrina Espírita
e construir a frente única da
espiritualidade acima e além das
controvérsias e dos desentendimentos.” (2)
B R A S Í L I A E S P Í R I TA t e m
desempenhado seu compromisso
doutrinário convidando seus leitores para
Ante a Fé, Savonarola
E novo facho a brilhar;
Copérnico estuda e espreita,
Da Vinci, é a Forma perfeita,
Colombo é o poder no mar...
Aos gritos da Humanidade,
Cansada de grandes réus,
Sanando a angústia dos povos,
Explodiam tempos novos,
Vinham respostas dos Céus...
No entanto, embora o Progresso
Anunciando o Porvir,
Não se via no horizonte
Réstea de paz a surgir;
Discórdia ferindo o mundo,
Era tormento infecundo,
Intérmino vendaval,
Pelas fornalhas da guerra,
O ódio agitava a Terra
Em luta descomunal.
Na Europa aflita e insegura,
Dante ilumina a cultura,
Gutenberg amplia a escola,
Foi então que a Voz do Alto
Conclamou no Imenso Azul:
– "Desdobre-se no Planeta
a reverência da liberdade de crença de
cada qual, até porque é um predicado
constitucional e um direito do indivíduo.
A Terceira Revelação abanca
seus alicerces na composição de todos
os princípios religiosos: Deus, justiça
divina, imortalidade da alma, caridade e
amor. Considerando os distintos graus
em que estagiam as pessoas no campo
da consciência e do pensamento,
tornam-se cogentes formulações, não
exclusivamente religiosas, todavia,
igualmente de condutas ajustadas com
o estágio de desenvolvimento em que
cada ser humano se encontra.
Almejamos que pelo
pensamento construtivo e pelo
progresso moral e espiritual da geração
nascida no Distrito Federal, o
brasiliense, que já é uma espécie de
síntese nacional, transforme Brasília na
Capital do Evangelho ante a Pátria do
Terceiro Milênio. Até porque é forçoso
rememorarmos que “o Brasil facultará
ao mundo inteiro uma expressão
consoladora de crença e de fé
raciocinada, e será o maior celeiro de
claridades espirituais do orbe inteiro” (3),
embora compreendamos não ser uma
programação para imediato, e nem será
antecipada ao desdobramento dos
ensinos de Jesus apenas no Brasil, visto
que a lição doutrinária do pensamento
do Cristo é Universal.
(*)
http://jorgehessen.net
Referências:
(1) Pastorino, Carlos Torres. Artigo intitulado
“21 de abril” , publicado na primeira edição do
Jornal Brasília Espírita em 21/04/1973
(2) Mário de Almeida, Diretor Secretário do Jornal
Brasília Espírita, publicado na primeira edição do
Jornal Brasília Espírita em 21/04/1973
(3) XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo,
Pátria do Evangelho (pelo Espírito Humberto de
Campos). 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.
Novo lábaro no Sul!...
Povo heróico se levante
Sobre o maciço gigante,
Marcado a estrelas no Além;
Obreiros de mãos armadas
Levantarão nas estradas
O Reino do Eterno Bem."
Surgia o Brasil nascente
Nos braços de Portugal
Que lhe deu, ao pé dos Andes,
Visões de altura imortal!...
Chega ilustre caravana,
Lisboa é a voz soberana,
Tomé de Sousa conduz;
No entanto, entre os companheiros,
O armamento dos obreiros
Era a mensagem da Cruz.
O ensinamento de Cristo
pag. 02 Editorial / Entrevista exclusiva- Lenira Viana
Concurso A Doutrina Explica 2012- Artigo: A sustentabilidade como caminho para o mundo de regeneração
pag. 03
pag. 04
Concurso A Doutrina Explica 2012 - Artigo : Mediunidade na infância
pag. 05
Mediunidade na infância (continuidade) / Artigo: Emocionei-me com o Grão
pag. 06
Artigo: Talentos e Medo de Falar em Público / Artigo: Reflexões espíritas sobre a Tragédia de Santa Maria/RS
pag. 07
Artigo: Análise, Apreciação, Crítica / Casos e Causos do Atualpa - Cultura Organizacional no Atualpa.
pag. 08
Palestras (segundas e quintas) / Datas Espíritas / Agende-se / DIJ / Lanche Beneficente
Articulista e palestrante espírita
Faz-se verdade e clarão
Nas forjas em que se erguia
O País em ascensão.
Nóbrega, Anchieta, Gregório
Espalham no território
O Evangelho do Senhor
E o Brasil grava, na História,
A fé cristã por vitória,
Traduzida em paz e amor.
Nos domínios do universo,
Ninguém evolui a sós,
A Humanidade na Terra
É a soma de todos nós.
Mas, de olhar alçado aos cimos,
Por súplica repetimos,
Em Brasília, aos céus de luz:
– “Brasil de perenes brilhos,
Pela união de teus filhos,
Deus te conserve em Jesus.”
BRASÍLIA ESPÍRITA
2
próprios. Jorge Hessen escreveu muito
para o JBE. O jornal surgiu exatamente
desse desejo de divulgar a Doutrina, por
meio de um periódico que não dava
despesa ao leitor, uma vez que sempre foi
gratuito.
O jornal sempre foi conduzido por
pessoas da Casa de Atualpa. Depois do
Viana outros sucederam. Lembro bem do
nosso amigo Ênio da Costa Araújo, que
esteve responsável e que proporcionou a
sua continuidade, mantendo acesa a luz
da divulgação.
A ideia do nome “Brasília Espírita”, eu
suponho que foi uma homenagem a
Brasília. Nós estávamos na cidade e o
lançamento do jornal foi no dia 21 de
abril de 1973, aniversário da
fundação de Brasília. Como disse
Carlos Torres Pastorino, na 1ª.
Edição do JBE: “Brasília é, por sua
natureza, um apelo para todos que
voltem seus olhares para o Alto,
numa ascensão sem fim, fora do
espaço e do tempo, na subida
evolutiva mais rápida e mais firme,
para a eternidade e para o infinito”.
E ditorial
por André R. Ferreira
Temos um entendimento de que o
lançamento ou a criação de ações e novos
processos de trabalho nas lides espíritas
representam ato de pioneirismo de grande
valor e importância. É preciso decisão e um
pouco de ousadia, criatividade e motivação
para pensar o novo e correr riscos de se
expor em implementação das ideias e
captação de recursos. Devemos considerar,
também, de grande importância, a
continuidade dos trabalhos, que exige
esforço e dedicação continuados, com
cuidados para manter e aperfeiçoar
gradativamente os padrões conquistados,
em respeito aos preceitos e às propostas
substantivas mais nobres que motivaram a
criação.
O Jornal Brasília Espírita foi criado
por valorosos espíritas, encabeçados pelo
confrade, à época presidente do Grêmio
Espírita Atualpa e fundador do jornal,
Hilpert Viana,
que visualizaram a
oportunidade, a necessidade e
direcionaram recursos para iniciar a
empreitada.
Em 21 de abril de 1973 Brasília já
estava consolidada e fazia-se oportuno a
criação de um jornal espírita que propagasse
os conteúdos espíritas na região.
Inicialmente impresso nas gráficas do Jornal
de Brasília, manteve-se fiel à Doutrina
Espírita, esclarecendo e consolando com
publicações ininterruptas nestes 40 anos,
mantendo sempre o formato tablóoide e
evoluindo em qualidade técnica, tanto de
diagramação, quanto de impressão e
conteúdos inéditos. Passou da versão preto
e branco em papel jornal, para versões
coloridas e em papel branco especial.
Atualmente o jornal conta com um Conselho
Editorial que estabelece diretrizes anuais e
equipes de revisão de língua portuguesa e
conteúdo doutrinário, que visam garantir a
qualidade final das publicações. O Grêmio
Espírita Atualpa tem a satisfação de
promover e patrocinar este trabalho com
ajuda de contribuições mensais dos sócios
mantenedores, garantindo a distribuição,
sem ônus para os leitores, de 2000
exemplares impressos. Além disso, o seu
arquivo digital tem uma média de 200
downloads na página da internet
www.atualpa.org.br e encaminhamento de
mais de 3000 exemplares eletrônicos
através de mala direta pela internet.
Valorizemos, portanto, o trabalho no bem,
iniciado com responsabilidade e amor, mas
valorizemos e homenageemos igualmente
os esforços de continuidade do trabalho de
divulgação da Doutrina Espírita e da
mensagem de Jesus Cristo. Que nas letras
luminosas do Jornal Brasília Espírita, Deus
seja sempre louvado!
1960 - 2013
ENTREVISTA
Lenira Viana
Presidente do
Grêmio Espírita Atualpa B. Lima
“Há um interesse do
não espírita em
conhecer a Doutrina
Espírita,
seja por curiosidade,
seja na busca de
um benefício”
1) Como surgiu a ideia de se criar um
jornal no Grêmio Espírita Atualpa? De
quem foi a ideia do nome “Jornal
Brasília Espírita”?
Lenira Viana (LV) - Convivendo com o
Viana, tenho que a ideia surgiu dele, da
vontade de dar notícias do Movimento
Espírita, de divulgar a Doutrina. Por isso,
no início o jornal era todo diagramado com
mensagens de André Luiz, Joanna de
Ângelis, Meimei e outros espíritos de
conteúdos incontestáveis. Era raro um
artigo escrito por um encarnado. Depois
chegaram algumas pessoas com textos
março/abril 2013
Mais ainda! O JBE é muito bonito
visualmente!
3) Estamos na época da internet. Ainda
necessitamos do jornal impresso, do
mural e da filipeta?
LV - Eu acho que a internet é uma coisa
muito importante, pelas notícias rápidas e
tudo mais que oferece, mas também é
muito perigosa em minha opinião, pois se
lê de tudo. E, uma leitura como a do nosso
jornal, voltada para o bem, sempre
predomina, permanece, traz alguma coisa
diferente e boa, toca o coração das
pessoas, alguma coisa que não seja só
aquela informação fria. A prática do bem
precisa ser pensada para que possamos
fazer o nosso melhor, daí a importância de
uma leitura atenta e tranquila que o jornal
proporciona. Também acho importante o
mural e a filipeta, considerando que nem
todo mundo tem acesso à internet; eles
também funcionam para o público interno
do Atualpa, proporcionando uma consulta
rápida e fidedigna dos eventos que
acontecem no GEABL.
2) Qual a sua percepção sobre a
importância da imprensa
espírita para o jovem, para o
adulto, para os não espíritas e
para os espíritas?
4) Por fim, cite reportagens que foram
marcantes nesses 40 anos, em sua
opinião.
LV - É a divulgação da Doutrina.
Quando a gente lê o Evangelho,
está escrito: “Ide e Pregai para toda
a gente”. Não diz pregue apenas
através da palavra e sim faça alguma
coisa a mais por ações diferenciadas.
Começa com isso, ou seja, o objetivo
maior é divulgar a Mensagem. Para o não
espírita é importante também! Quantas
pessoas nos procuram que professam
outras religiões, e dizem: “Sabe, eu acho
ótimo o jornal. Muito interessante. Sempre
levo para casa e leio”. Às vezes
recebemos telefonemas de pessoas que
dizem que leram o jornal e comentam a
programação de palestras e eventos. Há
um interesse do não espírita em conhecer
a Doutrina Espírita, seja por curiosidade,
seja na busca de um benefício, e isso atrai
as pessoas. O não espírita também acaba
lendo o jornal. Tem uma pessoa aqui do
Atualpa que disponibiliza o jornal no seu
comércio e o “feedback” que ele nos dá é
de que muita gente pega o jornal, leva, lê
em casa e comenta.
Sabemos que centros espíritas co-irmãos
aproveitam para fazerem algo parecido
em suas casas das ações desenvolvidas
no GEABL e que são divulgadas pelo
Jornal.
O jovem espírita tem a oportunidade de
iniciar uma leitura de jornal salutar, com
mensagens edificantes e formadoras de
caráter. Além disso, podem ajudar nas
matérias do JBE.
LV - As reportagens são tão boas, tão
verdadeiras, tão saudáveis que fica difícil
citá-las. Vou falar apenas de duas. Teve
uma vez que saiu no jornal uma
mensagem de um médium do Ataulpa,
descrevendo, pela psicografia, uma visão
em relação ao que está construído acima
do parquinho do Grêmio Espírita, no plano
espiritual e que a gente não percebe. Uma
pessoa que não tem relação com a nossa
Casa, como frequentadora ou
trabalhadora, também descreveu a
mesma visão, consoante com a
mensagem desse nosso amigo, antes da
publicação no jornal. Achei isso muito
forte, dada as fontes diferentes e da
coincidência com as características
citadas por ambos. Outra reportagem
muito interessante foi a biografia de nosso
irmão Viana relativa à construção do
Atualpa na cidade de Anchieta, no Espírito
Santo, que foi fundado por ele, estando
presente um grupo de Brasília do qual
fizemos parte. Aquilo foi muito marcante,
pois algumas pessoas não conheciam
esse trecho da vida do irmão Viana. Ainda,
estamos querendo resgatar um pouco da
história da família Viana, escrevendo um
pouco do período inicial em Brasília,
mostrando porque nós estamos aqui, por
que fomos para o Rio de Janeiro em 1977,
ficamos lá por dez anos, e porque
voltamos. O que o mentor Atualpa
pretendia com tudo isso? São coisas que
serão interessantes de serem contadas.
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Infância e Juventude:
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ANDRÉ RIBEIRO FERREIRA
Assistência e Promoção Social Espírita:
GILDA GOMES RODRIGUES
Arte e Cultura Espírita:
CONCEIÇÃO DE MORAES CAVALCANTE
ATIVIDADES ASSISTENCIAIS E PROMOCIONAIS
Oficina de Costura: Terça-feira às 14h
Bazar Beneficente Irmã Virgínia:
Domingo às 10h
Gabinete Odontológico:
Sábado/Domingo às 08h
Gabinete Médico e Farmácia: Domingo às 10h
Albergue Noturno: Aberto todo o ano
Campanha Auta de Souza:
Domingo às 10h
Distribuição de sopa: Domingo às 10h,
Caravana Chico Xavier (apoio aos desvalidos):
1ª sexta-feira de cada mês, às 19h
ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS
Reunião Pública e Passe - Segunda-feira: 20h15
- Quinta-feira: 20h15
- Domingo: 09h15
Evangelização da Juventude - Domingo às 10h30
Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Sábado: 16h45
Evangelização da Infância- Domingo: 09h
ABL
GE
março/abril 2013
BRASÍLIA ESPÍRITA
3
A Doutrina Explica
Textos contemplados no concurso A Doutrina Explica, ocorrido
no período de março a setembro de 2012, com o objetivo de
sensibilizar os participantes para o potencial de racionalização e
explicação da realidade social e espiritual pela Doutrina Espírita,
incentivar a leitura, o uso da biblioteca espírita e levar a conhecer
alguma metodologia de pesquisa para apoiar o estudo doutrinário.
A sustentabilidade como caminho
para o mundo de regeneração
Luiz Fernando Ehlke Riesemberg e
Rafaela da Rosa Cardoso (*)
A
mudanças propostas, pois, como afirma
André Trigueiro ainda em Espiritismo e
Ecologia, “ecologistas e ambientalistas
apregoam valores que soam bastante
ameaçadores a quem se acostumou a
enxergar a Natureza como um gigantesco
supermercado do qual basta retirar o que
se deseja das prateleiras sem nenhuma
preocupação com os limites do estoque”
(p.70 e 71). Ou seja, é preciso agir com
paciência e cautela, aguardando reações
negativas que buscam promover o
desânimo ante as novas práticas.
cozinha e dar preferência aos produtos
confeccionados com materiais menos
agressivos ao meio ambiente. A
reportagem citada no início do texto
aborda a produção de copinhos de
bioplástico cuja matéria-prima é a
mandioca ao invés do petróleo, o que
O espírito André Luiz une-se aos
atraiu particularmente a nossa atenção que tratam desse assunto, quando
pelo fato de as casas espíritas serem aconselha, na obra Conduta Espírita, a
grandes consumidoras de copinhos “prevenir-se contra a destruição e o
fonte: http://www.atitudessustentaveis.com.br
revista Veja publicou,
nas páginas 56 e 57 de
sua edição especial de
dezembro de 2011(em
destaque), a reportagem
“A mandioca que vira
copinhos”. O texto, de
autoria de Marina
Yamaoka, apresenta a
alternativa de se substituir o plástico pelo
bioplástico, um material feito à base de
plantas e raízes, que se decompõe
naturalmente. A medida visa diminuir a
emissão de gás carbônico decorrente da
produção do plástico convencional e,
assim, amenizar o aquecimento global.
Apresentamos, abaixo, dois excelentes trabalhos de pesquisa
recomendados para publicação: “A sustentabilidade como caminho
para o mundo de regeneração” e “Mediunidade na infância”.
Tal ação nos recorda de, pelo
menos, dois pontos importantes tratados
na Doutrina Espírita: a necessidade de
cuidarmos bem de tudo o que nos é
ofertado por Deus e a de prepararmos a
Terra para sua transformação em um
mundo de regeneração.
Em O Livro dos Espíritos, nas
questões 702 a 727, que tratam da Lei de
Conservação, a espiritualidade já nos
alerta a respeito do dever de se fazer bom
uso dos recursos naturais do planeta, a
fim de não passarmos necessidades
futuras (p.379 a 388). Este tema tem sido
bastante discutido nas últimas décadas,
o que faz com que o homem não possa
mais citar a ignorância como desculpa
para não contribuir com a
sustentabilidade, aqui entendida como a
capacidade do ser humano de interagir
com o meio ambiente, preservando-o
para não comprometer os recursos
n a t u ra i s d a s g e ra ç õ e s f u t u ra s .
Encontramos no mesmo livro, na questão
637, a afirmação: “Tanto mais culpado é o
homem, quanto melhor sabe o que faz”.
Assim, ao pensarmos em alçar a
Terra a uma condição mais elevada, não
podemos ignorar a responsabilidade que
temos, como espíritas, em fazer por
merecer nossa entrada nesse local
almejado, pois, no mundo de
regeneração que buscamos, “todos
reconhecem Deus e tentam caminhar
para Ele, cumprindo-lhe as leis”. (O
Evangelho Segundo o Espiritismo,Cap.
III, item 17).
André Trigueiro, em sua obra
Espiritismo e Ecologia, nos lembra que
estas duas ciências do título são “afins,
sinérgicas, e que sugerem abordagens
sistêmicas da realidade” (p.16). O
espírita, portanto, tem o compromisso
moral de aderir às práticas ecológicas e
sustentáveis.
Há muitas alternativas que
podem ser adotadas com o objetivo de
melhorar a qualidade do planeta. Não
devemos nos furtar de praticar, a
começar no próprio centro espírita, a
coleta seletiva do lixo, o aproveitamento
da água da chuva, a coleta do óleo de
que “os elementos constitutivos dos seres
orgânicos e dos seres inorgânicos são os
mesmos” (Cap. X, item 15). Ou, como prefere
André Trigueiro, “o que está fora também está
dentro” (Espiritismo e Ecologia, p.36).
No livro Transição Planetária, de
Manoel Philomeno de Miranda, é
apresentada a resposta dos Espíritos à
questão 540 de O Livro dos Espíritos: “... É
assim que tudo serve, que tudo se encadeia
na Natureza, desde o átomo primitivo ao
arcanjo, que também começou por ser
átomo.” É reforçado ainda que esta rede de
encadeamentos já havia sido percebida por
Antoine Lavoisier, em sua citação a respeito
do estudo da massa: Na natureza nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma (p.
165).
Assim, concluímos que a adoção de
práticas sustentáveis em nosso dia a dia, sua
divulgação e a realização de pesquisas
acerca de novas tecnologias para a conquista
de um planeta do qual o homem possa extrair
seu sustento sem prejudicá-lo são algumas
das atitudes que conduzem a Humanidade à
ascensão física, moral e, consequentemente,
à conquista de um mundo melhor, que será
habitado por nossos descendentes e por nós
mesmos em reencarnações futuras. E se a
Lei de Deus está escrita na nossa consciência
(O Livro dos Espíritos, (Q. 621) ), a
responsabilidade pela boa conservação do
orbe terrestre não cabe a mais ninguém,
senão aos seus próprios habitantes.
(*)
Centro Espírita Manoel Figueira Neto (São Mateus
do Sul – PR) e Centro Espírita Filhos da Verdade
(Curitiba – PR)
Referências:
Kardec, A. (2008).O Livro dos Espíritos. Rio
de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (91ª
A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA
REVISTA VEJA -DEZ 2011 - ESPECIAL
esbanjamento das riquezas da terra em
descartáveis para a distribuição de água
explorações abusivas” (p.114), pois “o
fluída.
desprezo deliberado pelos recursos do
Além da adoção das práticas solo significa malversação dos favores do
sustentáveis que já são disseminadas, Pai” (p. 115).
também temos a obrigação de prever e
Como se não bastasse, para
criar outros meios de se garantir a
confirmar tais elucidações, encontramos,
conservação do meio ambiente.
em O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Ora, em A Gênese, aprendemos um resumo das qualidades necessárias
que “o desenvolvimento orgânico está para nossa elevação espiritual: “Toda a
sempre em relação ao desenvolvimento moral de Jesus se resume na caridade e na
do princípio intelectual”(Cap. VIII, item 7). humildade, isto é, nas duas virtudes
E no texto “A Tecnologia”, atribuído à contrárias ao egoísmo e ao orgulho” (Cap
equipe do Momento Espírita, da XV, item 3).
Federação Espírita do Paraná, somos
As pequenas ou grandes ações
lembrados de que “a inteligência é
que buscam a construção de um planeta
poderoso instrumento para fomentar o
onde reine a sustentabilidade se apóiam,
progresso da Humanidade” e de que
portanto, nas lições de amor do próprio
“Deus anseia que as pessoas inteligentes
Cristo. O ato de cuidar do planeta é um
usem a sua inteligência para o bem de
meio de demonstrarmos nossa humildade
todos”.
perante o Criador, pois estamos zelando
Podemos entender, a partir daí, pela casa de alguém que nos confiou,
que o homem precisa desenvolver sua temporariamente, sua propriedade. É,
capacidade intelectual a fim de criar também, uma forma de se fazer caridade a
novas tecnologias para preservar ainda todas as criaturas que nele habitam, ou
mais a natureza.
que ainda o habitarão.
Tem o homem, também, que
É, por fim, um meio de
aprender a lidar com as inevitáveis demonstrarmos que amamos a nós
consequências geradas a partir das próprios, pois, em A Gênese, encontramos
edição).
Kardec, A. (2001). A Gênese. São Paulo:
Livraria Allan Kardec Editora (20ª edição).
Kardec, A (2010). O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Rio de Janeiro: Federação
Espírita Brasileira (129ª edição).
Vieira, W. (ano N/D).Conduta Espírita. (pelo
Espírito André Luiz). (9ª edição) Rio de
Janeiro: Federação Espírita Brasileira.
Franco, D. P. (2011). Transição Planetária.
(pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda).
(3ª ed.) Salvador: Livraria Espírita Alvorada
Editora.
Trigueiro, A. (2010). Espiritismo e Ecologia.
Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira.
Redação do Momento Espírita. (2010). A
Tecnologia. Momento Espírita. Recuperado
em 10 de abril de 2012. Obtido em
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php
?id=1749&stat=3&palavras=tecnologia&tipo
=t
Yamaoka, Marina (2011, dezembro). A
mandioca que vira copinhos. Revista Veja,
editora Abril, edição especial, ano 44 (Veja
2.249), pp.56-57.
BRASÍLIA ESPÍRITA
4
http://manancialdeluz.blogspot.com.br
Mediunidade na Infância
Clara Alice Lima Leal,Ana Cristina Auvray Barbosa Guedes
Flávia Ferreira Bach da Graça,Vinícius do Vale Ferreira,
Edivaldo Peçanha de Oliveira (*)
Revista IstoÉ - Jan/2007
m matéria publicada em
janeiro de 2007 na
edição nº 1942 da
Revista IstoÉ (em
detalhe), os jornalistas
Camilo Vannuchi e
Celina Côrtes
abordaram a delicada questão da
mediunidade na infância. A matéria inicia
contando a história do pequeno Roberto,
morador de Brasília/DF, o qual, com pouco
mais de um ano de idade, no colo da mãe,
apontou para a foto de uma jovem num
quadro na parede de sua casa e disse:
“Vovó”.
E
tenham aprendido nesta existência.
A matéria publicada na Revista
IstoÉ é bastante rica e dá margem a
inúmeras indagações sobre o porquê
desses fenômenos, como ocorrem e
porque nem todas as crianças passam
por isso. Interessados em entender
melhor este assunto, os alunos do 3º Ciclo
de Infância da Escola de Evangelização
do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima,
todos na faixa etária de 11 e 12 anos,
realizaram pesquisas na bibliografia
espírita objetivando encontrar respostas
para as questões a seguir:
A mãe estranhou, pois a foto era da
bisavó de Roberto, já desencarnada, que 1. Por que se diz que o assunto que
ele não chegara a conhecer. Não bastasse envolve crianças e mediunidade é
isso, o menino ainda tocou a foto na altura sério?
do colo da moça, e disse: “Dodói”.
D e v i d o à f a l t a d e
A mãe ficou espantada com aquilo,
pois lembrou que a avó, já idosa,
desencarnara em consequência de um
câncer de mama.
esclarecimentos, muitas pessoas
costumam atribuir as faculdades
mediúnicas que se manifestam na
infância a simples fantasias decorrentes
da idade, ignorando-as por completo.
Outras ridicularizam e reprimem a
criança, nela provocando conflitos
internos que podem gerar futuros
prejuízos psíquicos e morais.
podem vivenciar fenômenos passageiros,
que podem desaparecer com o tempo,
razão pela qual é muito importante usar o
bom senso e avaliar cada caso
criteriosamente antes de afirmar que uma
criança é médium.
3. Por que há muitos casos de
mediunidade na infância?
A mediunidade, ao contrário do
que muitos pensam, não é um dom
sobrenatural. É uma faculdade que nos
permite entrar em contato com os Espíritos
e com o mundo espiritual. Toda pessoa a
possui, em maior ou menor grau,
manifestando-a, muitas vezes, sem se dar
conta. Mas, no campo de estudos do
fenômeno mediúnico, designamos como
médiuns aqueles que apresentam a
mediunidade de forma ostensiva, passível
de ser analisada e até mesmo
comprovada.
A mediunidade infantil é um tema
que instigou e ainda instiga muitos
pesquisadores. Até mesmo Allan Kardec
se preocupou em abordar o tema em O
Livro dos Médiuns. Recentemente, a mídia
brasileira explorou bastante este assunto.
A Rede Globo de Televisão exibiu, em
horário nobre, a novela Páginas da Vida,
onde os personagens mirins Clara e
Francisco viam e até conversavam com a
mãe desencarnada. O cinema também
explorou este tema por meio do filme O
Sexto Sentido, onde um garoto de 8 anos,
interpretado pelo ator Haley Joel Osment,
via “pessoas mortas” que o procuravam
em busca de ajuda para solucionar
assuntos mal resolvidos, pendências que
lhes afligiam o coração.
Mas casos como esses vão além
da ficção. Temos relatos de médiuns
famosos, como o de Francisco Cândido
Xavier, que desde os 5 anos de idade
conversava com sua mãe desencarnada,
que o socorria quando sua madrinha lhe
infligia maus tratos. A médium Yvonne do
Amaral Pereira também manifestou sua
mediunidade ainda quando era criança, e
aos 4 anos de idade já falava com
espíritos. Divaldo Pereira Franco, médium
e palestrante espírita, via espíritos desde
criança e tinha como companheiro um
indiozinho desencarnado de nome
Jaguaruçu, com quem brincava, corria e
conversava muito, embora seus familiares
estranhassem o fato de que ele
conversasse, sorrisse e corresse
“sozinho”. Não podemos esquecer de
ressaltar ainda as irmãs Fox, que em 1848
protagonizaram diversos fenômenos no
vilarejo de Hydesville, no Estado de Nova
York, Estados Unidos. Kate, então com 11
anos e Margareth com 14, deram início à
“telegrafia espiritual” ao estabelecerem
comunicação com o espírito que produzia
sons e ruídos na casa para onde se
mudaram. O método, bastante rudimentar,
utilizava estalos de dedos, palmas e
batidas para a comunicação com o
espírito, porém muito contribuiu para os
estudos do mundo espiritual e das
relações entre os homens e os
desencarnados.
Casos como este repetem-se aos
milhares no mundo inteiro, intrigando
familiares, educadores e estudiosos, pois
as crianças revelam fatos, datas e
situações, normalmente relacionados à
Importante ressaltar que toda
história familiar, sem que ninguém tenha
criança
que manifeste sinais de
lhes contado, isto é, “ninguém deste
mediunidade
deve ser levada muito a
mundo”, como ressaltam os autores da
sério. Todo médium, independentemente
matéria.
da idade que possua, deve ser orientado e
Os pais costumam encarar a
estimulado a buscar esclarecimentos, a
comunicação entre as crianças e os
fim de conhecer a utilidade das
“amigos invisíveis” como mera fantasia.
faculdades que lhe foram atribuídas pela
Quando a coisa extrapola, muitos buscam
Espiritualidade e os perigos e
o apoio da Psicologia e da Medicina para
inconvenientes da mediunidade.
tentar entender o que se passa com seus
Entretanto, quando se trata de uma
filhos, e não raras vezes o assunto é
criança, essa necessidade é ainda maior,
tratado como “invencionice de crianças
cabendo aos pais buscar o auxílio junto às
que apenas querem chamar a atenção”.
Casas Espíritas, oferecendo-lhe a
De outras vezes, o problema é
segurança necessária para a sua devida
diagnosticado como transtorno de
preparação.
personalidade, estado de transe, etc., e as
crianças são tratadas na base da
psicoterapia e medicamentos.
2. É comum a mediunidade surgir na O escritor e palestrante espírita Richard
Simonetti, em matéria publicada na edição
infância?
Embora diversos casos revelem,
nº
48 da Revista Espírita Cristã, explica
de fato, simples fantasias infantis e outros
A mediunidade na infância é
que
“até os 7 anos, antes que complete o
tantos configurem problemas afetos às bastante comum, muito mais do que se
processo
reencarnatório, o espírito
ciências do comportamento, deve ser pensa. As crianças, cujas ligações com o
conserva
algumas
percepções espirituais
salientado que há inúmeras situações que corpo físico são mais tênues, têm mais
e
pode
ter
experiências
de contato com o
assombram os mais céticos, exatamente facilidade para interagir com os Espíritos.
Além,
sem
que
seja
propriamente
um
porque não podem ser explicadas pela
É natural, portanto, que as
ciência tradicional, como é o caso, por crianças interajam mais facilmente com o médium. Essa sensibilidade tende a
exemplo, das crianças que subitamente mundo espiritual, mas não é obrigatório d e s a p a r e c e r e v a i r e s s u r g i r n a
passam a falar outra língua, sem que a que assim aconteça. Muitas crianças adolescência, se ela realmente tiver
março/abril 2013
mediunidade”.
E como saber se a criança é
realmente médium ou se o que ela narra é
fruto de sua imaginação? Simonetti esclarece
que “[...] em princípio, é difícil definir. O melhor
é não interferir, tratando com naturalidade a
criança. A tendência é o fenômeno
desaparecer, seja porque a criança se
desinteressou em relação ao amigo
imaginário, seja por que perdeu o contato com
ele, a partir da consolidação reencarnatória”.
4. Há algum inconveniente em
desenvolver a mediunidade nas crianças?
A mediunidade não deve ser
desenvolvida na criança, pois seu corpo ainda
está em formação, tornando-a, portanto, um
ser ainda frágil. Essa questão foi abordada no
capítulo XVIII de O Livro dos Médiuns, de
Allan Kardec, cuja resposta encontra-se
transcrita a seguir:
“Certamente e sustento mesmo que é muito
perigoso, pois que esses organismos débeis
e delicados sofreriam por essa forma grandes
abalos, e as respectivas imaginações
excessiva sobre-excitação. Assim, os pais
prudentes devem afastá-las dessas ideias,
ou, quando nada, não lhes falar do assunto,
senão do ponto de vista das consequências
morais.”
Além das consequências para o frágil
organismo infantil, é importante lembrar ainda
que o trato com a mediunidade e a
comunicação com o mundo espiritual deve
ser realizado com respeito e seriedade, de
modo a atrair a assistência dos bons espíritos
e afastar a influência de espíritos brincalhões
e menos esclarecidos, que muitas vezes
querem apenas causar perturbação. Não se
pode esperar esse tipo de comportamento de
uma criança, que em geral tende a encarar
tudo como uma brincadeira, correndo assim o
risco de atrair espíritos malévolos.
5. Há crianças que são médiuns
naturalmente, desde muito pequenas. Há
algum inconveniente nisso?
A mediunidade, quando se manifesta
espontaneamente numa criança, indica que
faz parte de sua própria natureza e que a sua
constituição física é adequada para tal. Não
ocorre o mesmo quando a mediunidade é
provocada e excitada, não sendo
recomendável, portanto, que assim suceda.
Por exemplo, uma criança que tem visões
espontâneas, geralmente pouco se
impressiona e estas lhe parecem muito
naturais, dando-lhes pouca atenção e quase
sempre as esquecendo. Mais tarde, o fato lhe
volta à memória e ela o explica facilmente, se
conhece o Espiritismo.
Ainda assim, aquelas crianças que
manifestarem espontaneamente a faculdade,
devem ser cercadas de cuidados especiais,
sendo importante, por todos os meios, evitar
seu incentivo, buscando instruí-las e formar
sua personalidade. Somente depois que elas
venham a amadurecer orgânica e
psicologicamente é que se deve orientar o
seu desenvolvimento mediúnico
propriamente dito.
6. Em que idade a pessoa pode se ocupar
da mediunidade sem que haja
inconvenientes?
Conforme consta no capítulo XVIII de
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, “não há
idade precisa, tudo dependendo inteiramente
do desenvolvimento físico e, ainda mais, do
desenvolvimento moral. Há crianças de 12
anos a quem tal coisa afetará menos do que a
algumas pessoas já feitas. Falo da
(continua)...
março/abril 2013
(continuação da página anterior).
BRASÍLIA ESPÍRITA
expectativas.
mediunidade, em geral; porém, a de
efeitos físicos é mais fatigante para o
corpo; a da escrita tem outro e
inexperiência da criança, dado o caso de
ela querer entregar-se a sós ao exercício
da sua faculdade e fazer disso um
brinquedo.”
Considerando que estes casos
ocorrem no mundo inteiro, isto só reforça
a importância de que o assunto seja cada
vez mais abordado e discutido nos meios
de comunicação, a fim de que o
esclarecimento libertador chegue às
famílias. A Doutrina Espírita e os espíritas
têm, portanto, um papel fundamental
nesse trabalho de esclarecimento, para
7. Em muitos casos de mediunidade na que a mediunidade não seja motivo de
infância, a família não é espírita. Como sofrimento para essas famílias.
proceder nessas situações?
Em geral, casos de mediunidade
espontânea em crianças de famílias não
espíritas podem causar muitos
transtornos, tanto para os pequenos
quanto para os pais, que não sabem do
que se trata e muito menos como lidar com
o fenômeno.
Nesse sentido, cabem algumas
recomendações valiosas aos pais: a)
observar se o comportamento da criança
não é fruto da influência de algo que viram
na TV ou em filmes, ou mesmo se a criança
não está apenas querendo chamar a
atenção; b) não negar pura e
simplesmente o fenômeno, para que a
criança não se sinta acusada de mentirosa
e desenvolva outros problemas; c) não
valorizar excessivamente o fenômeno; d)
não demonstrar medo, para não deixar a
criança nervosa e insegura; e) não criar
8. Existe diferença entre a
mediunidade numa criança e num
adulto?
No adulto, a constituição
emocional, anatômico-fisiológica é mais
bem estruturada do que em uma criança,
razão pela qual encontra-se menos
propenso a sobre-excitações e
transtornos. Tal, entretanto, não constitui
regra, visto que há crianças que sentem,
psicografam e têm vidências melhores
que alguns adultos.
5
orientadoras dos seus protetores, às
vezes vêem e denunciam a presença de
espíritos e não raro transmitem avisos e
recados dos espíritos aos familiares”. [...]
“Na adolescência o seu corpo já
amadureceu o suficiente para que as
manifestações mediúnicas se tornem mais
intensas e positivas. É tempo de
encaminhá-la com informações mais
precisas sobre o problema mediúnico.
Todavia, mesmo nesse caso, é necessário
cuidado para orientar o adolescente sem
excitar a sua imaginação, acostumando-o
ao processo natural regido pelas leis do
crescimento”. A juventude e madureza
correspondem, na sequência, à fase “[...]
dos estudos sérios do Espiritismo e da
mediunidade, bem como da prática
mediúnica nos Centros e Grupos
Espíritas”.
*****
Como se observa, o assunto é
instigante e merece ser amplamente
discutido, pois diz respeito a fenômenos
que ocorrem com crianças no mundo
inteiro, independente de sua raça,
condição
social, crença religiosa, etc.
No livro Mediunidade – Vida e
Comunicação, J. Herculano Pires
Voltando à reportagem da Revista
esclarece que na “[... ] fase infantil as IstoÉ, que deu origem à presente matéria,
manifestações mediúnicas são mais de transcrevemos o posicionamento do
caráter anímico; a criança projeta a sua médico Leonardo Posternak, Presidente
alma nas coisas e nos seres que a do Instituto da Família, que estuda as
r o d e i a m , r e c e b e a s i n t u i ç õ e s relações familiares: “É importante que
que não podemos fazer quando
duvidamos de nós mesmos. (...) As
montanhas que a fé transporta são as
dificuldades, as resistências, a má
vontade,
em uma palavra, que
Orson Peter Carrara (*)
encontramos entre os homens, mesmo
quando se trata das melhores coisas. Os
para as realizações em todas as áreas, preconceitos da rotina, o interesse
não apenas a moral. Sim, porque quem material, o egoísmo, a cegueira do
tem fé movimenta forças à sua volta e fanatismo, as paixões orgulhosas, são
faz acontecer os projetos que alimenta
m visita em indústria
alimentícia, depareime com o grão de
mostarda. Pequenino
grão, diminuta
semente, no entanto
comparada por Jesus para falar sobre a
força da fé.
E
Ao ter o diminuto grão na palma
da mão, lembrei-me dos ensinos do
Mestre da Humanidade e emocionei-me
com as lições profundas e sábias
daquele que é a Luz do Mundo! Somente
sua imensa sabedoria poderia mesmo
fazer referida comparação.
Ele afirmou que se tivermos fé do
tamanho do grão de mostarda somos
capazes de remover os obstáculos da
vida nas montanhas do orgulho, da
vaidade, do ciúme e de tantas
imperfeições que todos trazemos.
Também o mesmo pequenino grão se
existente, daquele tamanho no coração,
como inspiração para a iniciativa e a
perseverança, comparado para dizer da
força da fé, é capaz de superar as lutas,
antes no ideal e na mente.
as enfermidades e manter serenidade e
Afinal, seria interessante
confiança no amparo que nunca falta
perguntar:
o que é fé?
para estarmos com a cabeça erguida e
prosseguindo nossos projetos de
Fé é confiança nas próprias
aperfeiçoamento.
forças, é sabedoria para escolher o
O mesmo grão, utilizado por melhor caminho, é igualmente a
Jesus para falar da força moral de certeza de atingir determinado objetivo.
levantar-se diante da adversidade, vale Acompanhemos o comentário de Allan
igualmente para os projetos de Kardec: “É certo que, no bom sentido, a
realização e iniciativa pessoal
ou confiança nas próprias forças torna-nos
coletiva. A fé é aquele elemento vital capazes de realizar coisas materiais
fonte: jcdrf.blogspot.com
Emocionei-me com O Grão
sejamos humildes para admitir que muita
coisa ainda escapa à medicina cartesiana.
Em vez de dizer aos pais que o filho não tem
nada ou que os sintomas vão passar, seria
mais honesto dizer que a medicina vigente
não é capaz de diagnosticar o que se passa
com ele”.
E nós, respeitosamente, dizemos: o
Espiritismo sabe! Como Consolador
Prometido por Jesus, veio ao mundo para
abrir aos homens os olhos, norteando-os no
caminho do progresso, a fim de que “vejam”,
“ouçam” e “compreendam” com os Espíritos
Superiores as Verdades do Reino de Deus.
(*)
Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
Referências:
1 - VANUCCHI, Camilo e CÔRTES, Celina –
Revista IstoÉ, edição nº 1942, Janeiro/2007.
2 - KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 62a. ed.
Rio de Janeiro (RJ): Federação Espírita Brasileira
– Departamento Editorial, 1996 - Cap. XVIII, q.
221, itens 6, 7 e 8.
3 - KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos: 72a. ed.
Rio de Janeiro (RJ): Federação Espírita Brasileira
– Departamento Editorial, 1992 – Parte Segunda,
Cap. VII.
4 - PEREIRA, Yvonne Amaral. Recordações da
Mediunidade, 5ª edição, Rio de Janeiro (RJ):
Federação Espírita Brasileira - Departamento
Editorial, 1987.
5 - PIRES, J. Herculano – Mediunidade – Vida e
Comunicação: 5a. ed. São Paulo (SP): Edicel,
1984 - Cap. I.
6 - Revista Cristã de Espiritismo: edição nº 48, ano
2007.
crê na possibilidade de vitória. Noutra
acepção, considera-se fé a confiança que
se deposita na realização de determinada
coisa, a certeza de atingir um objetivo.
Nesse caso, ela confere uma espécie de
lucidez, que faz antever pelo pensamento
os fins que se têm em vista e os meios de
atingi-los, de maneira que aquele que a
possui avança, por assim dizer,
infalivelmente. Num e noutro caso, ela
pode fazer que se realizem grandes coisas.
A fé verdadeira é sempre calma. Confere a
paciência que sabe esperar, porque
estando apoiada na inteligência e na
compreensão das coisas, tem a certeza de
chegar ao fim. A fé insegura sente a sua
própria fraqueza, e quando estimulada pelo
interesse torna-se furiosa e acredita poder
suprir a força com a violência. A calma na
luta é sempre um sinal de força e de
confiança, enquanto a violência, pelo
contrário, é prova de fraqueza e de falta de
confiança em si mesmo.(...)”.
E Jesus compara a força da fé,
capaz de remover gigantescos obstáculos,
com o diminuto grão de mostarda. Quanta
sabedoria! Pensemos mais nessa notável
comparação e movimentemos nossas
forças para realizarmos o melhor a nosso
alcance. Somos capazes!
outras tantas montanhas que
atravancam o caminho dos que
trabalham para o progresso da
humanidade. A fé robusta confere a
perseverança, a energia e os recursos
necessários para a vitória sobre os
obstáculos, tanto nas pequenas quanto
nas grandes coisas. A fé vacilante
produz a incerteza, a hesitação, de que
se aproveitam os adversários que
devemos combater; ela nem sequer
procura os meios de vencer, porque não
Grão de mostarda
(*)
Articulista e palestrante espírita
Matão/SP
BRASÍLIA ESPÍRITA
6
necessário, de maneira triunfante e
apressada, muitas vezes, sem respeito
pela dor do próximo e sem respeito pelas
convicções do outro. Explico-me.
http://redesuper.com.br
Reflexões espíritas sobre a
Tragédia de Santa Maria
Dora Incontri
A
tragédia de Santa
Maria me leva a
algumas reflexões que
considero importantes
para o movimento
espírita.
Recentemente
participei de uma banca de doutorado
na Universidade Metodista, em que o
pesquisador José Carlos Rodrigues,
examinou em ampla investigação de
campo quais os principais motivos de
“conversão”, eu diria, “migração” para o
espiritismo, no Brasil. Ganhou
disparado a “resposta racional” que a
doutrina oferece para os problemas
existenciais.
De fato, essa é grande novidade
do espiritismo no domínio da
espiritualidade: introduzir um parâmetro
de racionalidade e distanciar-se dos
mistérios insondáveis, que as religiões
sempre mantiveram intactos e
impenetráveis, sobretudo o mistério da
morte.
Entretanto, essa racionalidade,
que era realmente a proposta de Kardec,
tem sido barateada em nosso meio,
como tudo o mais, para tornar-se uma
cartilha de respostinhas simples,
fechadas e dogmáticas, que os adeptos
retiram das mangas sempre que
Talentos e Medo de
Falar Em Público
Geraldo Campetti
Por exemplo: existe na Filosofia espírita
uma leitura de mundo de “causa e efeito”,
que traduziram como “lei do karma”,
conceito que vem do hinduísmo. Essa
ideia é de que nossas ações presentes
geram resultados, que colheremos mais
adiante ou que nossas dores presentes
podem ser explicadas à luz de nossas
ações passadas. Mas há muitas
variáveis nesse processo: por exemplo,
estamos sempre agindo e portanto,
sempre temos o poder de modificar
efeitos do passado; as dores nem
sempre são efeitos do passado, mas
sempre são motivos de aprendizado. O
sofrimento no mundo resulta das mais
variadas causas: má organização social,
egoísmo humano, imprevidência…
Estamos num mundo de precário grau
evolutivo, onde a dor é nossa mestra,
companheira e o que muitas vezes
entendemos como “punição” é
aprendizado de evolução.
Aqui, apenas gostaria de afirmar
que nós espíritas, temos sim algumas
respostas racionais, mas elas são
genéricas e não podem servir como
camisas de força para toda a realidade.
Que respostas baseadas em evidências
e pesquisas temos, por exemplo, para
essas famílias enlutadas com a tragédia
de Santa Maria?
! que a morte não existe e que esses
jovens continuam a viver e que poderão
mais dia, menos dia, dar notícias de suas
condições;
! que a morte traumática deixa marcas
para quem fica e para quem foi e que
todos precisam de amparo e oração;
Observemos a primeira palavra e
seu significado. O dicionário eletrônico
Houaiss apresenta quatro acepções ao
adjetivo receoso:
(*)
Parábola dos Talentos,
narrada por Jesus e
registrada por Mateus
(26:14-30), é rica em
informações e dela
podemos extrair inúmeras lições. Tratase daquele Senhor que ia fazer longa
viagem e deixa seus bens para
administração de três servidores,
concedendo ao primeiro cinco talentos,
ao segundo, dois talentos e ao terceiro,
um talento, conforme as respectivas
competências. Quando o Senhor
retorna, os dois primeiros restituíram os
talentos sob sua guarda em dobro: o que
havia recebido cinco, devolveu dez e o
que recebeu dois, restituiu quatro. Mas,
o que recebeu um talento, apenas um
talento devolveu ao Senhor.
A
Para o nosso objeto de estudo,
cabe-nos apreciar especificamente o
versículo 25, cujo conteúdo explicativo
da atitude do servidor que houvera
recebido e devolvido um talento é o
seguinte:
!que tem receio, que hesita em fazer algo
por temor das consequências; temeroso;
!em que há receio;
!que se mostra intimidado, pouco à
vontade; tímido, acanhado, timorato;
!que facilmente se amedronta; medroso,
vacilante, irresoluto.
Para o vocábulo inseguro,
Houaiss apresenta também quatro
acepções. Duas delas mais nos
interessam:
– sem confiança em si mesmo;
titubeante, tímido, medroso;
– que tem dificuldade para tomar
resoluções; hesitante, irresoluto,
vacilante.
Foi, então, por receio, por medo,
que o servidor enterrou o talento, não o
desenvolvendo adequadamente para
restituí-lo ao Senhor. Ele se sentiu
inseguro: era, de fato, o que tinha menor
capacidade entre os três, tanto que
recebeu a menor porção. E agiu
covardemente, não aplicando com acerto
o recurso sob sua responsabilidade.
A parábola é uma metáfora que
“Receoso, escondi na terra o teu
muito
bem
se pode aplicar à temática da
talento; aqui tens o que é teu”.
março/abril 2013
! que o sofrimento deve ter algum significado
existencial, que cada um precisa descobrir e
transformá-lo em motivo de ascensão…
! que a fé, o contato com a Espiritualidade,
seja ela qual for, dá forças ao indivíduo, para
superar um trauma dessa magnitude.
Não podemos afirmar por que esses
jovens morreram. Não devemos oferecer
uma explicação pronta, acabada, porque
não temos esses dados. Os espíritas devem
se conformar com essa impotência
momentânea: não alcançamos todas as
variáveis de um fato como esse, para
podermos oferecer uma explicação
definitiva. Havia processos da lei de causa e
efeito? Provavelmente sim. Houve falha
humana, na segurança? Certamente sim.
Qual o significado que essa tragédia terá?
Cada pai, cada mãe, cada familiar, cada
pessoa envolvida deverá achar o seu
significado. Alguns talvez terão notícias de
algum evento passado que terá
desembocado nesse drama; outros
extrairão dessa dor, um motivo de luta para
mais segurança em locais de lazer; outros
acharão novos valores e farão de seu
sofrimento uma bandeira para ajudar outros
que estejam no mesmo sofrimento e assim
por diante.
Oremos por essas pessoas,
ofereçamos nossas melhores vibrações
para os que foram e para os que ficaram e
ainda para os que se fizeram de alguma
forma responsáveis por esse evento trágico.
Mas tenhamos delicadeza ao tratar da dor
do próximo! Não ofereçamos respostas
fechadas, apressadas, categóricas,
deterministas. Ofereçamos amor, respeito e
àqueles que quiserem, um estudo aberto e
não dogmático, da filosofia espírita.
FONTE:http://doraincontri.com/2013/01/28/reflexoes
-espiritas-sobre-a-trag...
oratória, mais especificamente ao medo de
falar em público. Se nossa capacidade
nesse quesito é limitada, mas se nos
sentimos com possibilidade de
desenvolvimento, não nos cabe coibir nosso
potencial, enterrando-o por insegurança.
É possível superar a insegurança
com o enfrentamento de nossos temores,
considerando as seguintes providências:
estudo aprofundado do tema a ser
apresentado; pesquisa de informações
adicionais ao conteúdo; conhecimento de
técnicas de oratória; exercício para
desenvolver a habilidade de falar em
público; diminuição da ansiedade; redução
da autoexigência quanto ao desempenho,
da rigidez e da inflexibilidade.
Mesmo que a timidez teime em
dominar o comportamento, impedindo-nos
de agir com segurança, cabe-nos exercitar
gradativamente a exposição pública para
que o “fantasma” da baixa autoestima não
nos impeça de fazermos o que é necessário.
A confiança de que não estamos sós,
abandonados, desamparados pela
Misericórdia Divina é um alento ao coração
apreensivo quando estamos diante de uma
tarefa de divulgação doutrinária pela
“palavra falada”.
Articulista e palestrante espírita
vice-Presidente da FEB
autor do livro: “Como falar em público sem desencarnar
de medo” - 2012 - CEAC
Brasília/DF
(*)
março/abril 2013
BRASÍLIA ESPÍRITA
7
Chamada de textos:
“CASOS e CAUSOS do ATUALPA”
Estórias da nossa história
1. Objeto
1.1. A chamada de textos: “CASOS E CAUSOS DO
ATUALPA” consiste na seleção e divulgação de
textos sobre o tema “cultura organizacional no
Atualpa”.
1.2. O objetivo desta chamada é estimular a reflexão e
a produção de textos relativos à história e à cultura
organizacional do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa
Lima.
1.3. A promoção de Casos e Causos do Atualpa faz
parte das comemorações dos 40 anos do Jornal
Brasília Espírita.
1.4. Causo – baseado na definição do dicionário
Houaiss – é uma narração, relativamente curta, que
trata de um acontecimento supostamente real; caso,
história ou conto e pode assumir diversos formatos:
narrativa oral ou escrita, conto, poesia, cordel, texto
com ou sem métrica ou rima, etc.
2. Participação na chamada
2.1. É permitida a participação somente de
frequentadores, ex-frequentadores e trabalhadores
do Grêmio Espírita Atualpa.
3. Períodos de recebimento e seleção dos
textos
3.1. Serão realizadas três seleções de textos:
1ª Seleção: ocorrerá no dia 24 de fevereiro de 2013,
para os textos recebidos no período entre 07 de e 22
de fevereiro.
2ª Seleção: ocorrerá no dia 17 de março de 2013, para
os textos recebidos no período entre 23 de fevereiro e
10 de março.
3ª Seleção: ocorrerá no dia 14 de abril de 2013, para
os textos recebidos no período entre 11 de março e
07 de abril.
Análise, Apreciação,
Crítica
José Passini
(*)
ualquer obra ao ser exposta ao público fica
sujeita à análise, à apreciação, à crítica, da
parte daqueles que a examinam, seja ela
uma escultura, uma música, uma pintura
ou uma página literária.
No mundo da literatura, há até a
atividade normal de pessoas que se
especializam em crítica literária, exercendo-a, sem que
os autores de artigos ou de livros sintam-se ofendidos por
verem suas idéias, suas posições, ou opiniões serem
analisadas, criticadas, contestadas, desde que através
de linguagem compatível com a ética e com o respeito.
Esses trabalhos de crítica literária são, não raro,
usados em estudos levados a efeito em academias de
letras, ou em cursos universitários de língua e literatura,
com real proveito para aqueles que se entregam ao
aprendizado da arte de bem escrever, seja num Curso de
Letras, seja num de Comunicação Social.
Tendo consciência de que haverá aqueles que
analisarão e darão a público sua apreciação sobre aquilo
que publica, o autor, por certo, preocupar-se-á com o que
diz, e como o diz, ou seja, com o conteúdo e com a forma.
No meio espírita, infelizmente, isso não se dá.
Atualmente, assiste-se a uma verdadeira avalancha de
obras, na maioria mediúnicas, cheias de inovações, de
revelações, de modismos, sem que haja espaço na
imprensa espírita para uma apreciação séria, clara,
fraterna, a respeito de conteúdos altamente duvidosos,
que são levados a público como se fossem verdades
reveladas.
Paulo, a maior autoridade em assuntos
mediúnicos nos tempos apostólicos, conforme se
Q
4. Procedimento para participação
4.1. Os textos devem ser enviados em formato word
para o e-mail do Jornal Brasília Espírita:
[email protected] ou entregues na
Livraria Letras e Luzes.
4.1.1 No corpo do e-mail ou na mensagem
impressa, o participante deverá informar o
nome completo, telefone e endereço eletrônico
para contato.
4.2. O texto deve ter título e possuir no máximo
3000(três mil) caracteres, incluído o título e
desconsiderados os espaços.
4.3. O texto deverá ser apresentado com a seguinte
formatação: página no tamanho A4 (21 cm x
29,7cm), numeradas, uso de Times New Roman,
tamanho 12, espaçamento simples entre linhas,
espaço duplo entre os parágrafos e todas as margens
de 2,5 cm.
4.5. Serão desconsiderados os textos que não
obedeçam aos critérios deste regulamento e os que
não se relacionarem ao tema proposto.
5. A seleção
5.1. Os textos serão selecionados pelos integrantes
da comissão de seleção, a partir do cumprimento dos
requisitos deste edital, sem que se atribua qualquer
nota classificatória ou mensuração de importância.
5.2. Além dos requisitos estabelecidos nos itens
anteriores, os participantes deverão observar, sob
pena de não divulgação do texto, o seguinte:
5.2.1. Os textos podem, se necessário,
resguardar a identidade das personagens,
mediante atribuição de nomes diferentes dos
envolvidos na situação descrita .
5.2.2. Evitar descrição de situações
constrangedoras, que permitam a identificação
dos envolvidos na narração.
5.2.3. O texto deve versar sobre a história ou
estórias da cultura organizacional.
5.3. À comissão de seleção fica reservado o direito de
desconsiderar os textos que versem sobre situações
constrangedoras, permitam a perfeita identificação
das personagens ou não se relacionem ao tema
proposto.
constata nos caps. 12 e 14 da sua Primeira Carta aos
Coríntios, dentre outras orientações, recomenda: “E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”1 Sábio
conselho, repetido reiteradamente mais tarde na obra de
Kardec, destina-se à prevenção contra o
deslumbramento, a vaidade, à atuação de Espíritos
enganadores no intercâmbio mediúnico. Cuidado
semelhante pode-se observar também em João:
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os
espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se
têm levantado no mundo.”2
Será que estamos esperando que aqueles que
combatem o Espiritismo venham trazer a público certos
absurdos que estão sendo publicados ante a
comunidade espírita completamente silente, sem que
tenhamos meios de demonstrar-lhes que certas
“revelações” foram contestadas? Ou será que foi
esquecido o brocardo: “Quem cala, consente.”? Será que
Kardec não sairia hoje em defesa dos verdadeiros
postulados espíritas? Ou calar-se-ia, receando
desagradar pessoas? Onde podemos situar a
recomendação de Erasto: “Melhor é repelir dez verdades
do que admitir uma única falsidade, uma só teoria
errônea.”3
A Federação Espírita Brasileira e várias outras
editoras são entidades de utilidade pública e que,
coerentemente com o que ensina o Espiritismo, não
visam a lucros. Malgrado esses nobres exemplos,
instalaram-se inúmeras editoras que aí estão a divulgar
obras que contrariam frontalmente os postulados
espíritas, através de publicações que, embora declarem
serem os recursos obtidos destinados a entidades
assistenciais – o que jamais deve influir na análise
doutrinária das publicações – agem como entidades
meramente comerciais, colocando o lucro acima do ideal
da divulgação.
O médium, autor material dessas obras, por
6. Integrantes da comissão de seleção
6.1. Membros da Diretoria do Grêmio Espírita Atualpa
Barbosa Lima(GEABL).
6.2. Coordenação do Departamento de Divulgação
Doutrinária/GEABL
6.3. Revisores do Jornal Brasília Espírita.
7. Considerações finais
7.1. A publicação dos textos será feita no Jornal
Brasília Espírita, página do Grêmio Espírita Atualpa
(www.atualpa.org.br/) na internet e/ou em mural no
GEABL, a partir das datas de seleção.
7.3. Ao inscrever um texto nesta chamada, os
participantes declaram que são legítimos autores das
redações enviadas, bem como únicos e exclusivos
titulares dos seus direitos autorais, e que as
redações são originais e não violam quaisquer
direitos de terceiros ou direitos conexos.
7.4. Os direitos autorais dos textos selecionados
passam a ser do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa
Lima por tempo indeterminado,
sem que isso
implique em qualquer ônus ou contraprestração
pecuniária ao participante e autor do texto
apresentado.
7.5. A participação na chamada pressupõe a
autorização da divulgação dos dados e imagem do
autor e do texto em meios de comunicação interna e
externa do GEABL, bem como o uso do texto para
quaisquer finalidades que a instituição julgar
oportunas.
7.6. A participação na presente chamada implica em
inequívoca, irretratável e irrevogável aceitação deste
regulamento.
7.7. O descumprimento de qualquer cláusula deste
regulamento pressupõe a desclassificação do texto.
7.8. Os casos omissos, dúvidas, divergências ou
situações não previstas neste regulamento, serão
julgados e decididos de forma soberana e irrecorrível
pela Comissão de seleção.
7.9. Para obter outras informações e
esclarecimentos, os interessados poderão acessar a
página do Atualpa na internet: www.atualpa.org.br ou
entrar em contato com o editor do Jornal Brasília
Espírita pelo:
[email protected] .
vezes é pessoa bondosa, bem intencionada, até
promotora de nobres atividades no âmbito da assistência
social. Mas o seu trabalho nesse setor será suficiente
para legitimar sua produção mediúnica, transformando-a
em livros? Lamentavelmente, há aqueles que confundem
caridade com pieguismo. Dizem que não se pode ir
contra um irmão. Ninguém, em sã consciência deve
criticar o autor, mas sim a obra. Aquele deve ser
preservado, em nome do respeito que se deve ter para as
suas boas intenções, mas esta deve ser analisada,
dissecada. Essa maneira de agir aprende-se com Jesus,
que nunca atacava o pecador, mas o pecado.
Nesse contexto, deve ser ressaltada a
responsabilidade daqueles que dirigem
estabelecimentos espíritas, sejam centros ou livrarias, no
sentido de fazerem a devida seleção do material escrito
divulgado no recinto da instituição. Muito maior do que a
preocupação com o conteúdo da exposição oral, deve ser
o cuidado com o material impresso entregue ao público,
seja livro ou folheto avulso, pois um livro adquirido, ou
tomado por empréstimo, numa instituição espírita –
principalmente para o leigo –, será tomado como
legítimo.
Entretanto, há dirigentes que se abrigam sob a
capa de uma falsa caridade em relação aos autores.
Omitem-se quanto a um cuidadoso exame, deixando de
ler, ou de colocar nas mãos de irmãos responsáveis, para
análise, muitas obras que estão aí a tentarem desmentir a
seriedade da mensagem espírita, permitindo seja ela
apresentada na forma de romances, relatos,
“revelações”, em linguagem absolutamente não
condizente com a seriedade e com a nobreza da doutrina
que herdamos de Kardec.
Referências:
(*) Articulista Espírita:
[email protected]
Juiz de Fora/MG
1. I Co, 14: 29 / 2. I Jo, 4: 1 / 3. O Livro dos Médiuns, 230
TEMA DAS PALESTRAS
SEG
QUI
MARÇO
DOM
SEG
QUI
DOM
SEG
QUI
DOM
SEG
QUI
DOM
SEG
QUI
DOM
ABRIL
março/abril 2013
BRASÍLIA ESPÍRITA
8
SEG
QUI
DOM
SEG
QUI
DOM
SEG
QUI
DOM
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03
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29
DIJ
Segundas e Quintas às 20h
Domingo às 9h
Datas Espíritas
"APRESENTAÇÃO DA EEEIZ"
Vítor Ronaldo
"MEDIUNIDADE NA INFÂNCIA", Texto do Concurso a Doutrina Explica
Jorge Hessen
CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DO LIVRO "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec
Adauto Santos
"AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO"(Bullying) Livro: O Evangelho S.o Espiritismo,Allan Kardec,capítulo
Carmelita Indiano
"A ESCRITURA DO EVANGELHO", Luz Acima, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 45.
Ricardo Honório
Flávio Bastos
Carlos Sá
"NAS HESITAÇÕES DE PEDRO", Luz Acima, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 36.
"AMAR OS VOSSOS INIMIGOS" Livro: O Evangelho S.o Espiritismo,Allan Kardec,capítulo 12, itens 1 a 9,
"NA TRIBUNA", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira, capítulo 14.
Conceição Cavalcante
"A ARTE DE BEM VIVER", Texto do Concurso a Doutrina Explica de Conceição Cavalcante e equipe do DACE.
Conceição Cavalcante
A ARTE COMO VEÍCULO DE EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO: "NA EDUCAÇÃO DO SENTIMENTO EM TODAS AS FASES”
Saulo César
Samuel Magalhães
Niraldo Pulcineli
"ATENDIMENTO FRATERNO", Jornal Brasília Espírita, Rogério Coelho, julho/agosto de 2012
"IMPRENSA ESPÍRITA. SUA HISTÓRIA, SEU PAPAEL, SUA IMPORTÂNCIA".
""O PERDÃO" Livro: Boa Nova, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 10
Vítor Ronaldo
"JESUS: TERAPEUTA DOS ENFERMOS DA ALMA" Reformador, fevereiro de 2012, Adilson Pugliese
Jorge Hessen
CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DO LIVRO "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec.
Maurício Curi
"ACEITA A CORREÇÃO" Livro: Fonte Viva, Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier
Carmelita Indiano
Niraldo Pulcineli
01/03/1944 É lançado o jornal O Semeador, em São Paulo, órgão
da FEESP.
06/03/1932 É fundada a Associação das Senhoras Cristãs de
Araçatuba, pela emérita espírita Benedita Fernandes.
09/03/1979 Desencarnação de José Herculano Pires.
09/03/1984 Desencarnação de Yvone do Amaral Pereira
19/03/1839 Nasce em Portugal, Antônio Gonçalves da Silva
Batuíra, médium curador.
20/03/1833 Nasce na Inglaterra, Daniel Dunglas Home,
considerado o maior médium de efeitos físicos.
22/03/1882 O livro "A Gênese", de Allan Kardec, é editado pela
primeira vez em língua portuguesa.
23/03/1857 Nasce Gabriel Delanne.
31/03/1848 Os fenômenos em Hydesville (EUA) atingem o auge,
envolvendo a família Fox, dando início a inúmeras investigações
sobre a mediunidade.
31/03/1869 Desencarnação de Allan Kardec, vítima da ruptura
de um aneurisma.
01/04/1858 É fundada a Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas, por Allan Kardec.
02/04/1869 Allan Kardec é sepultado no Cemitério de Montmartre.
02/04/1910 Nasce Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo,
MG.
04/04/1919 Desencarnação de Willian Crookes, estudioso inglês
dos fenômenos espíritas.
11/04/1900 Desencarnação, no Rio de Janeiro, de Bezerra de
Menezes.
12/04/1927 Desencarnação de Léon Denis.
15/04/1864 Lançado por Allan Kardec "O Evangelho Segundo o
Espiritismo"
18/04/1857 Lançado O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
14/04/1999 É instituído o "Dia do Consolador"
18/04/1974 É lançado o jornal "Folha Espírita"
21/04/1889 Foi fundado no Rio de Janeiro, o Centro Espírita do
Brasil, sendo seu primeiro presidente Adolfo Bezerra de Menezes,
que instalou a primeira escola de médiuns junto com Augusto Elias
da Silva.
21/04/1973 - É lançado o Jornal “Brasília Espírita”
22/04/1904 Desencarnação de Florence Cook, a médium de
materializações do Espírito Katie King.
24/04/1984 Desencarnação, no Rio de Janeiro, do jornalista
Deolindo Amorim.
30/04/1856 É transmitida a Allan Kardec a primeira revelação
mediúnica a respeito da sua missão
"A ILUSÃO DO DISCIPULO", Boa Nova, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, págs. 159 a 164.
"PROSELITISMO E ARRASTAMENTO", Reportagens de Além-Túmulo, Humberto de Campos, psic. Francisco
Francisco do
Espirito Santo Neto Papel do Espiritismo e as dores da alma em tempos de transição
Roberto Versiani
"PERDA", As Dores da Alma, Hammed, psic. Francisco do Espírito Santo
Suze Vaz e André F. "O VALOR DA BOA LEITURA", (Bilioteca e Livraria).
Marcus Braga
"INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS" "O Livro dos Espíritos"
André Ferreira
"40 ANOS DE BRASÍLIA ESPÍRITA", (Ide e Pregai)
Adauto Santos
"NA OBRA ASSISTENCIAL", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira
Wilson Abreu
Fabiano Augusto
"GRATUIDADE DO BEM" Livro: Jesus e o Evangelho - À luz da Psicologia Profunda, Joanna de Ângelis,
"NA PROPAGANDA", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira, capítulo 13.psicografia Divaldo Franco
MAR
02 - Início das atividades 2013 - DFD/ESE/EADE - 16h45h
10 - Reunião do 1º Conselho Regional Distrital- 1º CRD
17 - Encontro Trabalhadores e Dirigentes Juventude (FEDF)
24 - Treinar fase I - DIJ (FEDF)
30 - Estudos de educação e prática da mediunidade
dirigente Daysi Silva - DAE
ABR
(*) Em todo o mês de abril serão realizadas apresentações
artisticas nas palestra públicas de segundas e quintas-feiras, em
referência ao Livro dos Espíritos - 130 anos, Jornal Brasília
Espírita - 40 anos.
013
07 - Projeto de Melhoria do Trabalho de Evangelização da
Juventude Espírita do DF (FEDF)
14 - Treinar fase II - DIJ (FEDF)
14 - Palestra com Francisco do Espírito Santo Neto as 9h.
27 - Estudos de educação e prática da mediunidade
dirigente Pureza Gonçalves
28 - Treinar fase III -DIJ (FEDF)
Ordinária do Conselho
Federativo Nacional da
Federação Espírita
Brasileira, após etapas de
elaboração coletiva
envolvendo as 26
Entidades Federativas
Estaduais e a do Distrito
Federal.
Encontra-se em fase de
divulgação o “Plano de
Tr a b a l h o p a r a o
Movimento Espírita
Brasileiro (2013-2017)”,
aprovado em Reunião
O Movimento Espírita tem
por finalidade promover e
realizar o estudo, a
divulgação e a prática da
Doutrina Espírita,
colocando-a ao alcance e a
serviço de todos os seres
humanos, cumprindo,
assim, a sua missão, que é
a de “instruir e esclarecer
os homens, abrindo uma
Nova Era para a regeneração da Humanidade”.(O
FEDF tem novo
Conselho Deliberativo
e nova Diretoria
Conforme decisão da Assembleia Geral
dos sócios da FEDF, em 9 de dezembro de
2012, foi realizada reunião do Conselho
Deliberativo no dia 2 de fevereiro do
corrente ano, para escolha dos novos
dirigentes da Federação Espírita do
Distrito Federal e do Conselho
Deliberativo,atendendo ao Artigo 74 do
Departamento de
Infância e Juventude
Evangelização da Infância :
- Domingo: 09h
Evangelização da Juventude
- Domingo: 10h30
DIJ
NOVO
HORÁRIO
XIX
Criança até 7
anos não
paga
05 de maio
Livro dos Espíritos –
Prolegômenos).
Neste Plano de Trabalho
estão definidos as
diretrizes, os objetivos e as
sugestões de projetos para
a sua execução. Sua
duração está programada
para cinco anos, de 2007 a
2012. Neste período, o seu
desenvolvimento deverá
ser acompanhado pelo
Conselho Federativo
Nacional nas suas
Reuniões Ordinárias e nas
Comissões Regionais,
quando deverá ser
avaliado, assim como
aprimorado e enriquecido,
à vista de novas
informações a serem
apropriadas.
atual Estatuto, ficando assim a nova
composição:
I - Presidente do Conselho
Deliberativo:
Waldehir Bezerra de Almeida
II - Presidente da Federação:
Paulo Maia da Costa
III – 1º Vice-Presidente:
Solange Vaz dos Santos
IV – 2º Vice-Presidente:
Lenir Pereira Resende
CULTO do
no LAR
Divulgadores somos todos NÓS
Encontro de Trabalhadores
30 de MAIO
Horário: 8h às 13h30
Grêmio Espírita Atualpa
Av L2 sul 610 (
(61)3443-2000
DDD - Departamento de Divulgação Doutrinária