jornal “brasília espírita” - Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
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jornal “brasília espírita” - Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
ta ír i n sí l Bra ia Esp Jor al 1973 2013 Anos ANO XL - Nº 181 Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima www.atualpa.org.br [email protected] JORNAL “BRASÍLIA ESPÍRITA”, 40 ANOS DISSEMINANDO ESPIRITISMO NA PÁTRIA DO EVANGELHO Jorge Hessen (*) m tempos recuados, a população brasileira consistia em um arraial incorporado no litoral, lançando um olhar nostálgico para o solo de outros continentes (africano e europeu). Na percepção de que o Brasil jazia de costas para o Brasil, surgiram os amplos clamores para advogar a interiorização do país, opinião primeiramente defendida por Sebastião José de Carvalho e Melo – o Marquês de Pombal – em 1761. Em seguida, em 1789, os inconfidentes, liderados por Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes – demonstravam um manifesto anseio por um processo de interiorização do Brasil. Na Assembleia Constituinte de 1823, José Bonifácio – o Patriarca da Independência – no documento intitulado "Memória sobre a necessidade e meios de edificar no interior do Brasil uma nova capital", defendeu a construção da nova cidade, sugerindo dois nomes para o que seria a nova capital do país, idealizada no Planalto Central: Petrópolis e Brasília. Na Proclamação da República do Brasil, em 1889, a constituição republicana estabelecia a mudança da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central. Mais tarde, o Presidente Epitácio Pessoa, amparado na constituição de 1891, lançou a pedra fundamental da nova capital do Brasil, no Morro do Centenário, em Planaltina, estado de Goiás. Meio século após, mergulhado no arroubo profético, Juscelino Kubitschek registrou: "deste Planalto Central, desta solidão que em Encontro em Brasília Autor CASTRO ALVES Livro Castro Alves Fala À Terra. Psicografia de Francisco Cândido Xavier breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada, com Por sua natureza, Brasília é um apelo para todos que voltem seus olhares para o Alto, numa ascensão sem fim, fora do espaço e do tempo, na subida evolutiva mais rápida e mais firme, para a eternidade e para o infinito.” (1) Naquele áurico 21 de abril de 1973, data escolhida para o lançamento do jornal BRASÍLIA ESPÍRITA, duas motivações fundamentais planavam no imaginário dos fundadores: “o martírio de imagem: Alexandre Bittencourt E março/abril 2013 uma fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino", inaugurando a 21 de abril de 1960 a Capital de todos os brasileiros. Carlos Torres Pastorino, 13 anos após a fundação de Brasília, assinalou na primeira edição do jornal BRASÍLIA ESPÍRITA que a fronteira do Distrito Federal “é a atmosfera brilhante e límpida de um céu que se perde no infinito, conectando-a apenas com o sol durante as horas do dia, e com as estrelas semeadas pela imensidão sideral nas horas silenciosas e meditativas das noites serenas que refrigeram as almas. O berço da Renascença Era um viveiro de sóis Consagrado ao pensamento De Gênios, Santos e Heróis. Nas retaguardas medievas, Jaziam agora as trevas De Átila a Tamerlão; Entre as cinzas das Cruzadas, Multidões desesperadas Pediam renovação. Tiradentes” e a “inauguração de Brasília”. À época, Mário de Almeida, diretor secretário do jornal, enunciava que o periódico era consagrado para a divulgação espírita cristã na Capital da Pátria do Evangelho, enquadrado “no desígnio da evangelização das almas e no estudo pacífico das verdades espirituais aclamadas por Kardec. Seu escopo é o de unir todos os esforços na Doutrina Espírita e construir a frente única da espiritualidade acima e além das controvérsias e dos desentendimentos.” (2) B R A S Í L I A E S P Í R I TA t e m desempenhado seu compromisso doutrinário convidando seus leitores para Ante a Fé, Savonarola E novo facho a brilhar; Copérnico estuda e espreita, Da Vinci, é a Forma perfeita, Colombo é o poder no mar... Aos gritos da Humanidade, Cansada de grandes réus, Sanando a angústia dos povos, Explodiam tempos novos, Vinham respostas dos Céus... No entanto, embora o Progresso Anunciando o Porvir, Não se via no horizonte Réstea de paz a surgir; Discórdia ferindo o mundo, Era tormento infecundo, Intérmino vendaval, Pelas fornalhas da guerra, O ódio agitava a Terra Em luta descomunal. Na Europa aflita e insegura, Dante ilumina a cultura, Gutenberg amplia a escola, Foi então que a Voz do Alto Conclamou no Imenso Azul: – "Desdobre-se no Planeta a reverência da liberdade de crença de cada qual, até porque é um predicado constitucional e um direito do indivíduo. A Terceira Revelação abanca seus alicerces na composição de todos os princípios religiosos: Deus, justiça divina, imortalidade da alma, caridade e amor. Considerando os distintos graus em que estagiam as pessoas no campo da consciência e do pensamento, tornam-se cogentes formulações, não exclusivamente religiosas, todavia, igualmente de condutas ajustadas com o estágio de desenvolvimento em que cada ser humano se encontra. Almejamos que pelo pensamento construtivo e pelo progresso moral e espiritual da geração nascida no Distrito Federal, o brasiliense, que já é uma espécie de síntese nacional, transforme Brasília na Capital do Evangelho ante a Pátria do Terceiro Milênio. Até porque é forçoso rememorarmos que “o Brasil facultará ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada, e será o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro” (3), embora compreendamos não ser uma programação para imediato, e nem será antecipada ao desdobramento dos ensinos de Jesus apenas no Brasil, visto que a lição doutrinária do pensamento do Cristo é Universal. (*) http://jorgehessen.net Referências: (1) Pastorino, Carlos Torres. Artigo intitulado “21 de abril” , publicado na primeira edição do Jornal Brasília Espírita em 21/04/1973 (2) Mário de Almeida, Diretor Secretário do Jornal Brasília Espírita, publicado na primeira edição do Jornal Brasília Espírita em 21/04/1973 (3) XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (pelo Espírito Humberto de Campos). 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977. Novo lábaro no Sul!... Povo heróico se levante Sobre o maciço gigante, Marcado a estrelas no Além; Obreiros de mãos armadas Levantarão nas estradas O Reino do Eterno Bem." Surgia o Brasil nascente Nos braços de Portugal Que lhe deu, ao pé dos Andes, Visões de altura imortal!... Chega ilustre caravana, Lisboa é a voz soberana, Tomé de Sousa conduz; No entanto, entre os companheiros, O armamento dos obreiros Era a mensagem da Cruz. O ensinamento de Cristo pag. 02 Editorial / Entrevista exclusiva- Lenira Viana Concurso A Doutrina Explica 2012- Artigo: A sustentabilidade como caminho para o mundo de regeneração pag. 03 pag. 04 Concurso A Doutrina Explica 2012 - Artigo : Mediunidade na infância pag. 05 Mediunidade na infância (continuidade) / Artigo: Emocionei-me com o Grão pag. 06 Artigo: Talentos e Medo de Falar em Público / Artigo: Reflexões espíritas sobre a Tragédia de Santa Maria/RS pag. 07 Artigo: Análise, Apreciação, Crítica / Casos e Causos do Atualpa - Cultura Organizacional no Atualpa. pag. 08 Palestras (segundas e quintas) / Datas Espíritas / Agende-se / DIJ / Lanche Beneficente Articulista e palestrante espírita Faz-se verdade e clarão Nas forjas em que se erguia O País em ascensão. Nóbrega, Anchieta, Gregório Espalham no território O Evangelho do Senhor E o Brasil grava, na História, A fé cristã por vitória, Traduzida em paz e amor. Nos domínios do universo, Ninguém evolui a sós, A Humanidade na Terra É a soma de todos nós. Mas, de olhar alçado aos cimos, Por súplica repetimos, Em Brasília, aos céus de luz: – “Brasil de perenes brilhos, Pela união de teus filhos, Deus te conserve em Jesus.” BRASÍLIA ESPÍRITA 2 próprios. Jorge Hessen escreveu muito para o JBE. O jornal surgiu exatamente desse desejo de divulgar a Doutrina, por meio de um periódico que não dava despesa ao leitor, uma vez que sempre foi gratuito. O jornal sempre foi conduzido por pessoas da Casa de Atualpa. Depois do Viana outros sucederam. Lembro bem do nosso amigo Ênio da Costa Araújo, que esteve responsável e que proporcionou a sua continuidade, mantendo acesa a luz da divulgação. A ideia do nome “Brasília Espírita”, eu suponho que foi uma homenagem a Brasília. Nós estávamos na cidade e o lançamento do jornal foi no dia 21 de abril de 1973, aniversário da fundação de Brasília. Como disse Carlos Torres Pastorino, na 1ª. Edição do JBE: “Brasília é, por sua natureza, um apelo para todos que voltem seus olhares para o Alto, numa ascensão sem fim, fora do espaço e do tempo, na subida evolutiva mais rápida e mais firme, para a eternidade e para o infinito”. E ditorial por André R. Ferreira Temos um entendimento de que o lançamento ou a criação de ações e novos processos de trabalho nas lides espíritas representam ato de pioneirismo de grande valor e importância. É preciso decisão e um pouco de ousadia, criatividade e motivação para pensar o novo e correr riscos de se expor em implementação das ideias e captação de recursos. Devemos considerar, também, de grande importância, a continuidade dos trabalhos, que exige esforço e dedicação continuados, com cuidados para manter e aperfeiçoar gradativamente os padrões conquistados, em respeito aos preceitos e às propostas substantivas mais nobres que motivaram a criação. O Jornal Brasília Espírita foi criado por valorosos espíritas, encabeçados pelo confrade, à época presidente do Grêmio Espírita Atualpa e fundador do jornal, Hilpert Viana, que visualizaram a oportunidade, a necessidade e direcionaram recursos para iniciar a empreitada. Em 21 de abril de 1973 Brasília já estava consolidada e fazia-se oportuno a criação de um jornal espírita que propagasse os conteúdos espíritas na região. Inicialmente impresso nas gráficas do Jornal de Brasília, manteve-se fiel à Doutrina Espírita, esclarecendo e consolando com publicações ininterruptas nestes 40 anos, mantendo sempre o formato tablóoide e evoluindo em qualidade técnica, tanto de diagramação, quanto de impressão e conteúdos inéditos. Passou da versão preto e branco em papel jornal, para versões coloridas e em papel branco especial. Atualmente o jornal conta com um Conselho Editorial que estabelece diretrizes anuais e equipes de revisão de língua portuguesa e conteúdo doutrinário, que visam garantir a qualidade final das publicações. O Grêmio Espírita Atualpa tem a satisfação de promover e patrocinar este trabalho com ajuda de contribuições mensais dos sócios mantenedores, garantindo a distribuição, sem ônus para os leitores, de 2000 exemplares impressos. Além disso, o seu arquivo digital tem uma média de 200 downloads na página da internet www.atualpa.org.br e encaminhamento de mais de 3000 exemplares eletrônicos através de mala direta pela internet. Valorizemos, portanto, o trabalho no bem, iniciado com responsabilidade e amor, mas valorizemos e homenageemos igualmente os esforços de continuidade do trabalho de divulgação da Doutrina Espírita e da mensagem de Jesus Cristo. Que nas letras luminosas do Jornal Brasília Espírita, Deus seja sempre louvado! 1960 - 2013 ENTREVISTA Lenira Viana Presidente do Grêmio Espírita Atualpa B. Lima “Há um interesse do não espírita em conhecer a Doutrina Espírita, seja por curiosidade, seja na busca de um benefício” 1) Como surgiu a ideia de se criar um jornal no Grêmio Espírita Atualpa? De quem foi a ideia do nome “Jornal Brasília Espírita”? Lenira Viana (LV) - Convivendo com o Viana, tenho que a ideia surgiu dele, da vontade de dar notícias do Movimento Espírita, de divulgar a Doutrina. Por isso, no início o jornal era todo diagramado com mensagens de André Luiz, Joanna de Ângelis, Meimei e outros espíritos de conteúdos incontestáveis. Era raro um artigo escrito por um encarnado. Depois chegaram algumas pessoas com textos março/abril 2013 Mais ainda! O JBE é muito bonito visualmente! 3) Estamos na época da internet. Ainda necessitamos do jornal impresso, do mural e da filipeta? LV - Eu acho que a internet é uma coisa muito importante, pelas notícias rápidas e tudo mais que oferece, mas também é muito perigosa em minha opinião, pois se lê de tudo. E, uma leitura como a do nosso jornal, voltada para o bem, sempre predomina, permanece, traz alguma coisa diferente e boa, toca o coração das pessoas, alguma coisa que não seja só aquela informação fria. A prática do bem precisa ser pensada para que possamos fazer o nosso melhor, daí a importância de uma leitura atenta e tranquila que o jornal proporciona. Também acho importante o mural e a filipeta, considerando que nem todo mundo tem acesso à internet; eles também funcionam para o público interno do Atualpa, proporcionando uma consulta rápida e fidedigna dos eventos que acontecem no GEABL. 2) Qual a sua percepção sobre a importância da imprensa espírita para o jovem, para o adulto, para os não espíritas e para os espíritas? 4) Por fim, cite reportagens que foram marcantes nesses 40 anos, em sua opinião. LV - É a divulgação da Doutrina. Quando a gente lê o Evangelho, está escrito: “Ide e Pregai para toda a gente”. Não diz pregue apenas através da palavra e sim faça alguma coisa a mais por ações diferenciadas. Começa com isso, ou seja, o objetivo maior é divulgar a Mensagem. Para o não espírita é importante também! Quantas pessoas nos procuram que professam outras religiões, e dizem: “Sabe, eu acho ótimo o jornal. Muito interessante. Sempre levo para casa e leio”. Às vezes recebemos telefonemas de pessoas que dizem que leram o jornal e comentam a programação de palestras e eventos. Há um interesse do não espírita em conhecer a Doutrina Espírita, seja por curiosidade, seja na busca de um benefício, e isso atrai as pessoas. O não espírita também acaba lendo o jornal. Tem uma pessoa aqui do Atualpa que disponibiliza o jornal no seu comércio e o “feedback” que ele nos dá é de que muita gente pega o jornal, leva, lê em casa e comenta. Sabemos que centros espíritas co-irmãos aproveitam para fazerem algo parecido em suas casas das ações desenvolvidas no GEABL e que são divulgadas pelo Jornal. O jovem espírita tem a oportunidade de iniciar uma leitura de jornal salutar, com mensagens edificantes e formadoras de caráter. Além disso, podem ajudar nas matérias do JBE. LV - As reportagens são tão boas, tão verdadeiras, tão saudáveis que fica difícil citá-las. Vou falar apenas de duas. Teve uma vez que saiu no jornal uma mensagem de um médium do Ataulpa, descrevendo, pela psicografia, uma visão em relação ao que está construído acima do parquinho do Grêmio Espírita, no plano espiritual e que a gente não percebe. Uma pessoa que não tem relação com a nossa Casa, como frequentadora ou trabalhadora, também descreveu a mesma visão, consoante com a mensagem desse nosso amigo, antes da publicação no jornal. Achei isso muito forte, dada as fontes diferentes e da coincidência com as características citadas por ambos. Outra reportagem muito interessante foi a biografia de nosso irmão Viana relativa à construção do Atualpa na cidade de Anchieta, no Espírito Santo, que foi fundado por ele, estando presente um grupo de Brasília do qual fizemos parte. Aquilo foi muito marcante, pois algumas pessoas não conheciam esse trecho da vida do irmão Viana. Ainda, estamos querendo resgatar um pouco da história da família Viana, escrevendo um pouco do período inicial em Brasília, mostrando porque nós estamos aqui, por que fomos para o Rio de Janeiro em 1977, ficamos lá por dez anos, e porque voltamos. O que o mentor Atualpa pretendia com tudo isso? São coisas que serão interessantes de serem contadas. Fundado em 28 de outubro de 1960 - Reconhecido de utilidade pública federal - CNPJ 00.116.301/0001-85 SGAS quadra 610 Conjunto D - CEP 70200-700 - Brasília - DF Telefone: (061) 3443-2000 A equipe do Jornal Brasília Espírita agradece a todos os irmãos que direta e indiretamente têm oferecido valioso apoio na divulgação dos ensinamentos do Consolador Prometido, seja no fornecimento de artigos, seja na revisão dos textos ou no serviço de distribuição. Registro no Cartório do 2° Ofício de Registro Civil do Distrito Federal. Bimestral. Editado pelo Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima Endereço: SGAS - Qd. 610 - Cj. D Brasília - DF - CEP 70200-700 CNPJ 00.116.301/0001-85 Responsável: Lenira Pereira Viana Presidente do GEABL. Editor: André R. Ferreira e-mail: [email protected] Revisão: Paulo de Tarso Pereira Viana, Lenira Viana, Ruy de Oliveira Barbosa, Soraia Ofugi, Lenise Amaral e Cesar Viana Jornalista : Paulo de Tarso dos Reis Lyra DRT/MTB 760-95 Diagramação/Editoração Eletrônica Alexandre Bittencourt de Oliveira Gráfica: Editora Otimismo Tiragem: 2 mil exemplares impressos Disponibilização em www.atualpa.org.br Permitida a reprodução, na íntegra ou em parte, desde que citada a fonte. DIRETORIA Presidência: LENIRA PEREIRA VIANA Vice-Presidência: PAULO DE TARSO P. VIANA Secretaria: SOLANGE VAZ DOS SANTOS Tesouraria: MARIO RINALDO ARRUDA DE AGUIAR DEPARTAMENTOS Assistência Espiritual: WILSON JOSÉ RODRIGUES ABREU Formação Doutrinária: CARLA VIEIRA GONÇALVES ABREU Infância e Juventude: MARGARIDA CARDOSO LEITE Divulgação Doutrinária: ANDRÉ RIBEIRO FERREIRA Assistência e Promoção Social Espírita: GILDA GOMES RODRIGUES Arte e Cultura Espírita: CONCEIÇÃO DE MORAES CAVALCANTE ATIVIDADES ASSISTENCIAIS E PROMOCIONAIS Oficina de Costura: Terça-feira às 14h Bazar Beneficente Irmã Virgínia: Domingo às 10h Gabinete Odontológico: Sábado/Domingo às 08h Gabinete Médico e Farmácia: Domingo às 10h Albergue Noturno: Aberto todo o ano Campanha Auta de Souza: Domingo às 10h Distribuição de sopa: Domingo às 10h, Caravana Chico Xavier (apoio aos desvalidos): 1ª sexta-feira de cada mês, às 19h ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS Reunião Pública e Passe - Segunda-feira: 20h15 - Quinta-feira: 20h15 - Domingo: 09h15 Evangelização da Juventude - Domingo às 10h30 Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Sábado: 16h45 Evangelização da Infância- Domingo: 09h ABL GE março/abril 2013 BRASÍLIA ESPÍRITA 3 A Doutrina Explica Textos contemplados no concurso A Doutrina Explica, ocorrido no período de março a setembro de 2012, com o objetivo de sensibilizar os participantes para o potencial de racionalização e explicação da realidade social e espiritual pela Doutrina Espírita, incentivar a leitura, o uso da biblioteca espírita e levar a conhecer alguma metodologia de pesquisa para apoiar o estudo doutrinário. A sustentabilidade como caminho para o mundo de regeneração Luiz Fernando Ehlke Riesemberg e Rafaela da Rosa Cardoso (*) A mudanças propostas, pois, como afirma André Trigueiro ainda em Espiritismo e Ecologia, “ecologistas e ambientalistas apregoam valores que soam bastante ameaçadores a quem se acostumou a enxergar a Natureza como um gigantesco supermercado do qual basta retirar o que se deseja das prateleiras sem nenhuma preocupação com os limites do estoque” (p.70 e 71). Ou seja, é preciso agir com paciência e cautela, aguardando reações negativas que buscam promover o desânimo ante as novas práticas. cozinha e dar preferência aos produtos confeccionados com materiais menos agressivos ao meio ambiente. A reportagem citada no início do texto aborda a produção de copinhos de bioplástico cuja matéria-prima é a mandioca ao invés do petróleo, o que O espírito André Luiz une-se aos atraiu particularmente a nossa atenção que tratam desse assunto, quando pelo fato de as casas espíritas serem aconselha, na obra Conduta Espírita, a grandes consumidoras de copinhos “prevenir-se contra a destruição e o fonte: http://www.atitudessustentaveis.com.br revista Veja publicou, nas páginas 56 e 57 de sua edição especial de dezembro de 2011(em destaque), a reportagem “A mandioca que vira copinhos”. O texto, de autoria de Marina Yamaoka, apresenta a alternativa de se substituir o plástico pelo bioplástico, um material feito à base de plantas e raízes, que se decompõe naturalmente. A medida visa diminuir a emissão de gás carbônico decorrente da produção do plástico convencional e, assim, amenizar o aquecimento global. Apresentamos, abaixo, dois excelentes trabalhos de pesquisa recomendados para publicação: “A sustentabilidade como caminho para o mundo de regeneração” e “Mediunidade na infância”. Tal ação nos recorda de, pelo menos, dois pontos importantes tratados na Doutrina Espírita: a necessidade de cuidarmos bem de tudo o que nos é ofertado por Deus e a de prepararmos a Terra para sua transformação em um mundo de regeneração. Em O Livro dos Espíritos, nas questões 702 a 727, que tratam da Lei de Conservação, a espiritualidade já nos alerta a respeito do dever de se fazer bom uso dos recursos naturais do planeta, a fim de não passarmos necessidades futuras (p.379 a 388). Este tema tem sido bastante discutido nas últimas décadas, o que faz com que o homem não possa mais citar a ignorância como desculpa para não contribuir com a sustentabilidade, aqui entendida como a capacidade do ser humano de interagir com o meio ambiente, preservando-o para não comprometer os recursos n a t u ra i s d a s g e ra ç õ e s f u t u ra s . Encontramos no mesmo livro, na questão 637, a afirmação: “Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz”. Assim, ao pensarmos em alçar a Terra a uma condição mais elevada, não podemos ignorar a responsabilidade que temos, como espíritas, em fazer por merecer nossa entrada nesse local almejado, pois, no mundo de regeneração que buscamos, “todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo,Cap. III, item 17). André Trigueiro, em sua obra Espiritismo e Ecologia, nos lembra que estas duas ciências do título são “afins, sinérgicas, e que sugerem abordagens sistêmicas da realidade” (p.16). O espírita, portanto, tem o compromisso moral de aderir às práticas ecológicas e sustentáveis. Há muitas alternativas que podem ser adotadas com o objetivo de melhorar a qualidade do planeta. Não devemos nos furtar de praticar, a começar no próprio centro espírita, a coleta seletiva do lixo, o aproveitamento da água da chuva, a coleta do óleo de que “os elementos constitutivos dos seres orgânicos e dos seres inorgânicos são os mesmos” (Cap. X, item 15). Ou, como prefere André Trigueiro, “o que está fora também está dentro” (Espiritismo e Ecologia, p.36). No livro Transição Planetária, de Manoel Philomeno de Miranda, é apresentada a resposta dos Espíritos à questão 540 de O Livro dos Espíritos: “... É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo ao arcanjo, que também começou por ser átomo.” É reforçado ainda que esta rede de encadeamentos já havia sido percebida por Antoine Lavoisier, em sua citação a respeito do estudo da massa: Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma (p. 165). Assim, concluímos que a adoção de práticas sustentáveis em nosso dia a dia, sua divulgação e a realização de pesquisas acerca de novas tecnologias para a conquista de um planeta do qual o homem possa extrair seu sustento sem prejudicá-lo são algumas das atitudes que conduzem a Humanidade à ascensão física, moral e, consequentemente, à conquista de um mundo melhor, que será habitado por nossos descendentes e por nós mesmos em reencarnações futuras. E se a Lei de Deus está escrita na nossa consciência (O Livro dos Espíritos, (Q. 621) ), a responsabilidade pela boa conservação do orbe terrestre não cabe a mais ninguém, senão aos seus próprios habitantes. (*) Centro Espírita Manoel Figueira Neto (São Mateus do Sul – PR) e Centro Espírita Filhos da Verdade (Curitiba – PR) Referências: Kardec, A. (2008).O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (91ª A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA REVISTA VEJA -DEZ 2011 - ESPECIAL esbanjamento das riquezas da terra em descartáveis para a distribuição de água explorações abusivas” (p.114), pois “o fluída. desprezo deliberado pelos recursos do Além da adoção das práticas solo significa malversação dos favores do sustentáveis que já são disseminadas, Pai” (p. 115). também temos a obrigação de prever e Como se não bastasse, para criar outros meios de se garantir a confirmar tais elucidações, encontramos, conservação do meio ambiente. em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Ora, em A Gênese, aprendemos um resumo das qualidades necessárias que “o desenvolvimento orgânico está para nossa elevação espiritual: “Toda a sempre em relação ao desenvolvimento moral de Jesus se resume na caridade e na do princípio intelectual”(Cap. VIII, item 7). humildade, isto é, nas duas virtudes E no texto “A Tecnologia”, atribuído à contrárias ao egoísmo e ao orgulho” (Cap equipe do Momento Espírita, da XV, item 3). Federação Espírita do Paraná, somos As pequenas ou grandes ações lembrados de que “a inteligência é que buscam a construção de um planeta poderoso instrumento para fomentar o onde reine a sustentabilidade se apóiam, progresso da Humanidade” e de que portanto, nas lições de amor do próprio “Deus anseia que as pessoas inteligentes Cristo. O ato de cuidar do planeta é um usem a sua inteligência para o bem de meio de demonstrarmos nossa humildade todos”. perante o Criador, pois estamos zelando Podemos entender, a partir daí, pela casa de alguém que nos confiou, que o homem precisa desenvolver sua temporariamente, sua propriedade. É, capacidade intelectual a fim de criar também, uma forma de se fazer caridade a novas tecnologias para preservar ainda todas as criaturas que nele habitam, ou mais a natureza. que ainda o habitarão. Tem o homem, também, que É, por fim, um meio de aprender a lidar com as inevitáveis demonstrarmos que amamos a nós consequências geradas a partir das próprios, pois, em A Gênese, encontramos edição). Kardec, A. (2001). A Gênese. São Paulo: Livraria Allan Kardec Editora (20ª edição). Kardec, A (2010). O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira (129ª edição). Vieira, W. (ano N/D).Conduta Espírita. (pelo Espírito André Luiz). (9ª edição) Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira. Franco, D. P. (2011). Transição Planetária. (pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda). (3ª ed.) Salvador: Livraria Espírita Alvorada Editora. Trigueiro, A. (2010). Espiritismo e Ecologia. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira. Redação do Momento Espírita. (2010). A Tecnologia. Momento Espírita. Recuperado em 10 de abril de 2012. Obtido em http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php ?id=1749&stat=3&palavras=tecnologia&tipo =t Yamaoka, Marina (2011, dezembro). A mandioca que vira copinhos. Revista Veja, editora Abril, edição especial, ano 44 (Veja 2.249), pp.56-57. BRASÍLIA ESPÍRITA 4 http://manancialdeluz.blogspot.com.br Mediunidade na Infância Clara Alice Lima Leal,Ana Cristina Auvray Barbosa Guedes Flávia Ferreira Bach da Graça,Vinícius do Vale Ferreira, Edivaldo Peçanha de Oliveira (*) Revista IstoÉ - Jan/2007 m matéria publicada em janeiro de 2007 na edição nº 1942 da Revista IstoÉ (em detalhe), os jornalistas Camilo Vannuchi e Celina Côrtes abordaram a delicada questão da mediunidade na infância. A matéria inicia contando a história do pequeno Roberto, morador de Brasília/DF, o qual, com pouco mais de um ano de idade, no colo da mãe, apontou para a foto de uma jovem num quadro na parede de sua casa e disse: “Vovó”. E tenham aprendido nesta existência. A matéria publicada na Revista IstoÉ é bastante rica e dá margem a inúmeras indagações sobre o porquê desses fenômenos, como ocorrem e porque nem todas as crianças passam por isso. Interessados em entender melhor este assunto, os alunos do 3º Ciclo de Infância da Escola de Evangelização do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima, todos na faixa etária de 11 e 12 anos, realizaram pesquisas na bibliografia espírita objetivando encontrar respostas para as questões a seguir: A mãe estranhou, pois a foto era da bisavó de Roberto, já desencarnada, que 1. Por que se diz que o assunto que ele não chegara a conhecer. Não bastasse envolve crianças e mediunidade é isso, o menino ainda tocou a foto na altura sério? do colo da moça, e disse: “Dodói”. D e v i d o à f a l t a d e A mãe ficou espantada com aquilo, pois lembrou que a avó, já idosa, desencarnara em consequência de um câncer de mama. esclarecimentos, muitas pessoas costumam atribuir as faculdades mediúnicas que se manifestam na infância a simples fantasias decorrentes da idade, ignorando-as por completo. Outras ridicularizam e reprimem a criança, nela provocando conflitos internos que podem gerar futuros prejuízos psíquicos e morais. podem vivenciar fenômenos passageiros, que podem desaparecer com o tempo, razão pela qual é muito importante usar o bom senso e avaliar cada caso criteriosamente antes de afirmar que uma criança é médium. 3. Por que há muitos casos de mediunidade na infância? A mediunidade, ao contrário do que muitos pensam, não é um dom sobrenatural. É uma faculdade que nos permite entrar em contato com os Espíritos e com o mundo espiritual. Toda pessoa a possui, em maior ou menor grau, manifestando-a, muitas vezes, sem se dar conta. Mas, no campo de estudos do fenômeno mediúnico, designamos como médiuns aqueles que apresentam a mediunidade de forma ostensiva, passível de ser analisada e até mesmo comprovada. A mediunidade infantil é um tema que instigou e ainda instiga muitos pesquisadores. Até mesmo Allan Kardec se preocupou em abordar o tema em O Livro dos Médiuns. Recentemente, a mídia brasileira explorou bastante este assunto. A Rede Globo de Televisão exibiu, em horário nobre, a novela Páginas da Vida, onde os personagens mirins Clara e Francisco viam e até conversavam com a mãe desencarnada. O cinema também explorou este tema por meio do filme O Sexto Sentido, onde um garoto de 8 anos, interpretado pelo ator Haley Joel Osment, via “pessoas mortas” que o procuravam em busca de ajuda para solucionar assuntos mal resolvidos, pendências que lhes afligiam o coração. Mas casos como esses vão além da ficção. Temos relatos de médiuns famosos, como o de Francisco Cândido Xavier, que desde os 5 anos de idade conversava com sua mãe desencarnada, que o socorria quando sua madrinha lhe infligia maus tratos. A médium Yvonne do Amaral Pereira também manifestou sua mediunidade ainda quando era criança, e aos 4 anos de idade já falava com espíritos. Divaldo Pereira Franco, médium e palestrante espírita, via espíritos desde criança e tinha como companheiro um indiozinho desencarnado de nome Jaguaruçu, com quem brincava, corria e conversava muito, embora seus familiares estranhassem o fato de que ele conversasse, sorrisse e corresse “sozinho”. Não podemos esquecer de ressaltar ainda as irmãs Fox, que em 1848 protagonizaram diversos fenômenos no vilarejo de Hydesville, no Estado de Nova York, Estados Unidos. Kate, então com 11 anos e Margareth com 14, deram início à “telegrafia espiritual” ao estabelecerem comunicação com o espírito que produzia sons e ruídos na casa para onde se mudaram. O método, bastante rudimentar, utilizava estalos de dedos, palmas e batidas para a comunicação com o espírito, porém muito contribuiu para os estudos do mundo espiritual e das relações entre os homens e os desencarnados. Casos como este repetem-se aos milhares no mundo inteiro, intrigando familiares, educadores e estudiosos, pois as crianças revelam fatos, datas e situações, normalmente relacionados à Importante ressaltar que toda história familiar, sem que ninguém tenha criança que manifeste sinais de lhes contado, isto é, “ninguém deste mediunidade deve ser levada muito a mundo”, como ressaltam os autores da sério. Todo médium, independentemente matéria. da idade que possua, deve ser orientado e Os pais costumam encarar a estimulado a buscar esclarecimentos, a comunicação entre as crianças e os fim de conhecer a utilidade das “amigos invisíveis” como mera fantasia. faculdades que lhe foram atribuídas pela Quando a coisa extrapola, muitos buscam Espiritualidade e os perigos e o apoio da Psicologia e da Medicina para inconvenientes da mediunidade. tentar entender o que se passa com seus Entretanto, quando se trata de uma filhos, e não raras vezes o assunto é criança, essa necessidade é ainda maior, tratado como “invencionice de crianças cabendo aos pais buscar o auxílio junto às que apenas querem chamar a atenção”. Casas Espíritas, oferecendo-lhe a De outras vezes, o problema é segurança necessária para a sua devida diagnosticado como transtorno de preparação. personalidade, estado de transe, etc., e as crianças são tratadas na base da psicoterapia e medicamentos. 2. É comum a mediunidade surgir na O escritor e palestrante espírita Richard Simonetti, em matéria publicada na edição infância? Embora diversos casos revelem, nº 48 da Revista Espírita Cristã, explica de fato, simples fantasias infantis e outros A mediunidade na infância é que “até os 7 anos, antes que complete o tantos configurem problemas afetos às bastante comum, muito mais do que se processo reencarnatório, o espírito ciências do comportamento, deve ser pensa. As crianças, cujas ligações com o conserva algumas percepções espirituais salientado que há inúmeras situações que corpo físico são mais tênues, têm mais e pode ter experiências de contato com o assombram os mais céticos, exatamente facilidade para interagir com os Espíritos. Além, sem que seja propriamente um porque não podem ser explicadas pela É natural, portanto, que as ciência tradicional, como é o caso, por crianças interajam mais facilmente com o médium. Essa sensibilidade tende a exemplo, das crianças que subitamente mundo espiritual, mas não é obrigatório d e s a p a r e c e r e v a i r e s s u r g i r n a passam a falar outra língua, sem que a que assim aconteça. Muitas crianças adolescência, se ela realmente tiver março/abril 2013 mediunidade”. E como saber se a criança é realmente médium ou se o que ela narra é fruto de sua imaginação? Simonetti esclarece que “[...] em princípio, é difícil definir. O melhor é não interferir, tratando com naturalidade a criança. A tendência é o fenômeno desaparecer, seja porque a criança se desinteressou em relação ao amigo imaginário, seja por que perdeu o contato com ele, a partir da consolidação reencarnatória”. 4. Há algum inconveniente em desenvolver a mediunidade nas crianças? A mediunidade não deve ser desenvolvida na criança, pois seu corpo ainda está em formação, tornando-a, portanto, um ser ainda frágil. Essa questão foi abordada no capítulo XVIII de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, cuja resposta encontra-se transcrita a seguir: “Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobre-excitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas ideias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das consequências morais.” Além das consequências para o frágil organismo infantil, é importante lembrar ainda que o trato com a mediunidade e a comunicação com o mundo espiritual deve ser realizado com respeito e seriedade, de modo a atrair a assistência dos bons espíritos e afastar a influência de espíritos brincalhões e menos esclarecidos, que muitas vezes querem apenas causar perturbação. Não se pode esperar esse tipo de comportamento de uma criança, que em geral tende a encarar tudo como uma brincadeira, correndo assim o risco de atrair espíritos malévolos. 5. Há crianças que são médiuns naturalmente, desde muito pequenas. Há algum inconveniente nisso? A mediunidade, quando se manifesta espontaneamente numa criança, indica que faz parte de sua própria natureza e que a sua constituição física é adequada para tal. Não ocorre o mesmo quando a mediunidade é provocada e excitada, não sendo recomendável, portanto, que assim suceda. Por exemplo, uma criança que tem visões espontâneas, geralmente pouco se impressiona e estas lhe parecem muito naturais, dando-lhes pouca atenção e quase sempre as esquecendo. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo. Ainda assim, aquelas crianças que manifestarem espontaneamente a faculdade, devem ser cercadas de cuidados especiais, sendo importante, por todos os meios, evitar seu incentivo, buscando instruí-las e formar sua personalidade. Somente depois que elas venham a amadurecer orgânica e psicologicamente é que se deve orientar o seu desenvolvimento mediúnico propriamente dito. 6. Em que idade a pessoa pode se ocupar da mediunidade sem que haja inconvenientes? Conforme consta no capítulo XVIII de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, “não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de 12 anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da (continua)... março/abril 2013 (continuação da página anterior). BRASÍLIA ESPÍRITA expectativas. mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro e inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo.” Considerando que estes casos ocorrem no mundo inteiro, isto só reforça a importância de que o assunto seja cada vez mais abordado e discutido nos meios de comunicação, a fim de que o esclarecimento libertador chegue às famílias. A Doutrina Espírita e os espíritas têm, portanto, um papel fundamental nesse trabalho de esclarecimento, para 7. Em muitos casos de mediunidade na que a mediunidade não seja motivo de infância, a família não é espírita. Como sofrimento para essas famílias. proceder nessas situações? Em geral, casos de mediunidade espontânea em crianças de famílias não espíritas podem causar muitos transtornos, tanto para os pequenos quanto para os pais, que não sabem do que se trata e muito menos como lidar com o fenômeno. Nesse sentido, cabem algumas recomendações valiosas aos pais: a) observar se o comportamento da criança não é fruto da influência de algo que viram na TV ou em filmes, ou mesmo se a criança não está apenas querendo chamar a atenção; b) não negar pura e simplesmente o fenômeno, para que a criança não se sinta acusada de mentirosa e desenvolva outros problemas; c) não valorizar excessivamente o fenômeno; d) não demonstrar medo, para não deixar a criança nervosa e insegura; e) não criar 8. Existe diferença entre a mediunidade numa criança e num adulto? No adulto, a constituição emocional, anatômico-fisiológica é mais bem estruturada do que em uma criança, razão pela qual encontra-se menos propenso a sobre-excitações e transtornos. Tal, entretanto, não constitui regra, visto que há crianças que sentem, psicografam e têm vidências melhores que alguns adultos. 5 orientadoras dos seus protetores, às vezes vêem e denunciam a presença de espíritos e não raro transmitem avisos e recados dos espíritos aos familiares”. [...] “Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico. Todavia, mesmo nesse caso, é necessário cuidado para orientar o adolescente sem excitar a sua imaginação, acostumando-o ao processo natural regido pelas leis do crescimento”. A juventude e madureza correspondem, na sequência, à fase “[...] dos estudos sérios do Espiritismo e da mediunidade, bem como da prática mediúnica nos Centros e Grupos Espíritas”. ***** Como se observa, o assunto é instigante e merece ser amplamente discutido, pois diz respeito a fenômenos que ocorrem com crianças no mundo inteiro, independente de sua raça, condição social, crença religiosa, etc. No livro Mediunidade – Vida e Comunicação, J. Herculano Pires Voltando à reportagem da Revista esclarece que na “[... ] fase infantil as IstoÉ, que deu origem à presente matéria, manifestações mediúnicas são mais de transcrevemos o posicionamento do caráter anímico; a criança projeta a sua médico Leonardo Posternak, Presidente alma nas coisas e nos seres que a do Instituto da Família, que estuda as r o d e i a m , r e c e b e a s i n t u i ç õ e s relações familiares: “É importante que que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. (...) As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que Orson Peter Carrara (*) encontramos entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os para as realizações em todas as áreas, preconceitos da rotina, o interesse não apenas a moral. Sim, porque quem material, o egoísmo, a cegueira do tem fé movimenta forças à sua volta e fanatismo, as paixões orgulhosas, são faz acontecer os projetos que alimenta m visita em indústria alimentícia, depareime com o grão de mostarda. Pequenino grão, diminuta semente, no entanto comparada por Jesus para falar sobre a força da fé. E Ao ter o diminuto grão na palma da mão, lembrei-me dos ensinos do Mestre da Humanidade e emocionei-me com as lições profundas e sábias daquele que é a Luz do Mundo! Somente sua imensa sabedoria poderia mesmo fazer referida comparação. Ele afirmou que se tivermos fé do tamanho do grão de mostarda somos capazes de remover os obstáculos da vida nas montanhas do orgulho, da vaidade, do ciúme e de tantas imperfeições que todos trazemos. Também o mesmo pequenino grão se existente, daquele tamanho no coração, como inspiração para a iniciativa e a perseverança, comparado para dizer da força da fé, é capaz de superar as lutas, antes no ideal e na mente. as enfermidades e manter serenidade e Afinal, seria interessante confiança no amparo que nunca falta perguntar: o que é fé? para estarmos com a cabeça erguida e prosseguindo nossos projetos de Fé é confiança nas próprias aperfeiçoamento. forças, é sabedoria para escolher o O mesmo grão, utilizado por melhor caminho, é igualmente a Jesus para falar da força moral de certeza de atingir determinado objetivo. levantar-se diante da adversidade, vale Acompanhemos o comentário de Allan igualmente para os projetos de Kardec: “É certo que, no bom sentido, a realização e iniciativa pessoal ou confiança nas próprias forças torna-nos coletiva. A fé é aquele elemento vital capazes de realizar coisas materiais fonte: jcdrf.blogspot.com Emocionei-me com O Grão sejamos humildes para admitir que muita coisa ainda escapa à medicina cartesiana. Em vez de dizer aos pais que o filho não tem nada ou que os sintomas vão passar, seria mais honesto dizer que a medicina vigente não é capaz de diagnosticar o que se passa com ele”. E nós, respeitosamente, dizemos: o Espiritismo sabe! Como Consolador Prometido por Jesus, veio ao mundo para abrir aos homens os olhos, norteando-os no caminho do progresso, a fim de que “vejam”, “ouçam” e “compreendam” com os Espíritos Superiores as Verdades do Reino de Deus. (*) Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima Referências: 1 - VANUCCHI, Camilo e CÔRTES, Celina – Revista IstoÉ, edição nº 1942, Janeiro/2007. 2 - KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 62a. ed. Rio de Janeiro (RJ): Federação Espírita Brasileira – Departamento Editorial, 1996 - Cap. XVIII, q. 221, itens 6, 7 e 8. 3 - KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos: 72a. ed. Rio de Janeiro (RJ): Federação Espírita Brasileira – Departamento Editorial, 1992 – Parte Segunda, Cap. VII. 4 - PEREIRA, Yvonne Amaral. Recordações da Mediunidade, 5ª edição, Rio de Janeiro (RJ): Federação Espírita Brasileira - Departamento Editorial, 1987. 5 - PIRES, J. Herculano – Mediunidade – Vida e Comunicação: 5a. ed. São Paulo (SP): Edicel, 1984 - Cap. I. 6 - Revista Cristã de Espiritismo: edição nº 48, ano 2007. crê na possibilidade de vitória. Noutra acepção, considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e noutro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas. A fé verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.(...)”. E Jesus compara a força da fé, capaz de remover gigantescos obstáculos, com o diminuto grão de mostarda. Quanta sabedoria! Pensemos mais nessa notável comparação e movimentemos nossas forças para realizarmos o melhor a nosso alcance. Somos capazes! outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não Grão de mostarda (*) Articulista e palestrante espírita Matão/SP BRASÍLIA ESPÍRITA 6 necessário, de maneira triunfante e apressada, muitas vezes, sem respeito pela dor do próximo e sem respeito pelas convicções do outro. Explico-me. http://redesuper.com.br Reflexões espíritas sobre a Tragédia de Santa Maria Dora Incontri A tragédia de Santa Maria me leva a algumas reflexões que considero importantes para o movimento espírita. Recentemente participei de uma banca de doutorado na Universidade Metodista, em que o pesquisador José Carlos Rodrigues, examinou em ampla investigação de campo quais os principais motivos de “conversão”, eu diria, “migração” para o espiritismo, no Brasil. Ganhou disparado a “resposta racional” que a doutrina oferece para os problemas existenciais. De fato, essa é grande novidade do espiritismo no domínio da espiritualidade: introduzir um parâmetro de racionalidade e distanciar-se dos mistérios insondáveis, que as religiões sempre mantiveram intactos e impenetráveis, sobretudo o mistério da morte. Entretanto, essa racionalidade, que era realmente a proposta de Kardec, tem sido barateada em nosso meio, como tudo o mais, para tornar-se uma cartilha de respostinhas simples, fechadas e dogmáticas, que os adeptos retiram das mangas sempre que Talentos e Medo de Falar Em Público Geraldo Campetti Por exemplo: existe na Filosofia espírita uma leitura de mundo de “causa e efeito”, que traduziram como “lei do karma”, conceito que vem do hinduísmo. Essa ideia é de que nossas ações presentes geram resultados, que colheremos mais adiante ou que nossas dores presentes podem ser explicadas à luz de nossas ações passadas. Mas há muitas variáveis nesse processo: por exemplo, estamos sempre agindo e portanto, sempre temos o poder de modificar efeitos do passado; as dores nem sempre são efeitos do passado, mas sempre são motivos de aprendizado. O sofrimento no mundo resulta das mais variadas causas: má organização social, egoísmo humano, imprevidência… Estamos num mundo de precário grau evolutivo, onde a dor é nossa mestra, companheira e o que muitas vezes entendemos como “punição” é aprendizado de evolução. Aqui, apenas gostaria de afirmar que nós espíritas, temos sim algumas respostas racionais, mas elas são genéricas e não podem servir como camisas de força para toda a realidade. Que respostas baseadas em evidências e pesquisas temos, por exemplo, para essas famílias enlutadas com a tragédia de Santa Maria? ! que a morte não existe e que esses jovens continuam a viver e que poderão mais dia, menos dia, dar notícias de suas condições; ! que a morte traumática deixa marcas para quem fica e para quem foi e que todos precisam de amparo e oração; Observemos a primeira palavra e seu significado. O dicionário eletrônico Houaiss apresenta quatro acepções ao adjetivo receoso: (*) Parábola dos Talentos, narrada por Jesus e registrada por Mateus (26:14-30), é rica em informações e dela podemos extrair inúmeras lições. Tratase daquele Senhor que ia fazer longa viagem e deixa seus bens para administração de três servidores, concedendo ao primeiro cinco talentos, ao segundo, dois talentos e ao terceiro, um talento, conforme as respectivas competências. Quando o Senhor retorna, os dois primeiros restituíram os talentos sob sua guarda em dobro: o que havia recebido cinco, devolveu dez e o que recebeu dois, restituiu quatro. Mas, o que recebeu um talento, apenas um talento devolveu ao Senhor. A Para o nosso objeto de estudo, cabe-nos apreciar especificamente o versículo 25, cujo conteúdo explicativo da atitude do servidor que houvera recebido e devolvido um talento é o seguinte: !que tem receio, que hesita em fazer algo por temor das consequências; temeroso; !em que há receio; !que se mostra intimidado, pouco à vontade; tímido, acanhado, timorato; !que facilmente se amedronta; medroso, vacilante, irresoluto. Para o vocábulo inseguro, Houaiss apresenta também quatro acepções. Duas delas mais nos interessam: – sem confiança em si mesmo; titubeante, tímido, medroso; – que tem dificuldade para tomar resoluções; hesitante, irresoluto, vacilante. Foi, então, por receio, por medo, que o servidor enterrou o talento, não o desenvolvendo adequadamente para restituí-lo ao Senhor. Ele se sentiu inseguro: era, de fato, o que tinha menor capacidade entre os três, tanto que recebeu a menor porção. E agiu covardemente, não aplicando com acerto o recurso sob sua responsabilidade. A parábola é uma metáfora que “Receoso, escondi na terra o teu muito bem se pode aplicar à temática da talento; aqui tens o que é teu”. março/abril 2013 ! que o sofrimento deve ter algum significado existencial, que cada um precisa descobrir e transformá-lo em motivo de ascensão… ! que a fé, o contato com a Espiritualidade, seja ela qual for, dá forças ao indivíduo, para superar um trauma dessa magnitude. Não podemos afirmar por que esses jovens morreram. Não devemos oferecer uma explicação pronta, acabada, porque não temos esses dados. Os espíritas devem se conformar com essa impotência momentânea: não alcançamos todas as variáveis de um fato como esse, para podermos oferecer uma explicação definitiva. Havia processos da lei de causa e efeito? Provavelmente sim. Houve falha humana, na segurança? Certamente sim. Qual o significado que essa tragédia terá? Cada pai, cada mãe, cada familiar, cada pessoa envolvida deverá achar o seu significado. Alguns talvez terão notícias de algum evento passado que terá desembocado nesse drama; outros extrairão dessa dor, um motivo de luta para mais segurança em locais de lazer; outros acharão novos valores e farão de seu sofrimento uma bandeira para ajudar outros que estejam no mesmo sofrimento e assim por diante. Oremos por essas pessoas, ofereçamos nossas melhores vibrações para os que foram e para os que ficaram e ainda para os que se fizeram de alguma forma responsáveis por esse evento trágico. Mas tenhamos delicadeza ao tratar da dor do próximo! Não ofereçamos respostas fechadas, apressadas, categóricas, deterministas. Ofereçamos amor, respeito e àqueles que quiserem, um estudo aberto e não dogmático, da filosofia espírita. FONTE:http://doraincontri.com/2013/01/28/reflexoes -espiritas-sobre-a-trag... oratória, mais especificamente ao medo de falar em público. Se nossa capacidade nesse quesito é limitada, mas se nos sentimos com possibilidade de desenvolvimento, não nos cabe coibir nosso potencial, enterrando-o por insegurança. É possível superar a insegurança com o enfrentamento de nossos temores, considerando as seguintes providências: estudo aprofundado do tema a ser apresentado; pesquisa de informações adicionais ao conteúdo; conhecimento de técnicas de oratória; exercício para desenvolver a habilidade de falar em público; diminuição da ansiedade; redução da autoexigência quanto ao desempenho, da rigidez e da inflexibilidade. Mesmo que a timidez teime em dominar o comportamento, impedindo-nos de agir com segurança, cabe-nos exercitar gradativamente a exposição pública para que o “fantasma” da baixa autoestima não nos impeça de fazermos o que é necessário. A confiança de que não estamos sós, abandonados, desamparados pela Misericórdia Divina é um alento ao coração apreensivo quando estamos diante de uma tarefa de divulgação doutrinária pela “palavra falada”. Articulista e palestrante espírita vice-Presidente da FEB autor do livro: “Como falar em público sem desencarnar de medo” - 2012 - CEAC Brasília/DF (*) março/abril 2013 BRASÍLIA ESPÍRITA 7 Chamada de textos: “CASOS e CAUSOS do ATUALPA” Estórias da nossa história 1. Objeto 1.1. A chamada de textos: “CASOS E CAUSOS DO ATUALPA” consiste na seleção e divulgação de textos sobre o tema “cultura organizacional no Atualpa”. 1.2. O objetivo desta chamada é estimular a reflexão e a produção de textos relativos à história e à cultura organizacional do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima. 1.3. A promoção de Casos e Causos do Atualpa faz parte das comemorações dos 40 anos do Jornal Brasília Espírita. 1.4. Causo – baseado na definição do dicionário Houaiss – é uma narração, relativamente curta, que trata de um acontecimento supostamente real; caso, história ou conto e pode assumir diversos formatos: narrativa oral ou escrita, conto, poesia, cordel, texto com ou sem métrica ou rima, etc. 2. Participação na chamada 2.1. É permitida a participação somente de frequentadores, ex-frequentadores e trabalhadores do Grêmio Espírita Atualpa. 3. Períodos de recebimento e seleção dos textos 3.1. Serão realizadas três seleções de textos: 1ª Seleção: ocorrerá no dia 24 de fevereiro de 2013, para os textos recebidos no período entre 07 de e 22 de fevereiro. 2ª Seleção: ocorrerá no dia 17 de março de 2013, para os textos recebidos no período entre 23 de fevereiro e 10 de março. 3ª Seleção: ocorrerá no dia 14 de abril de 2013, para os textos recebidos no período entre 11 de março e 07 de abril. Análise, Apreciação, Crítica José Passini (*) ualquer obra ao ser exposta ao público fica sujeita à análise, à apreciação, à crítica, da parte daqueles que a examinam, seja ela uma escultura, uma música, uma pintura ou uma página literária. No mundo da literatura, há até a atividade normal de pessoas que se especializam em crítica literária, exercendo-a, sem que os autores de artigos ou de livros sintam-se ofendidos por verem suas idéias, suas posições, ou opiniões serem analisadas, criticadas, contestadas, desde que através de linguagem compatível com a ética e com o respeito. Esses trabalhos de crítica literária são, não raro, usados em estudos levados a efeito em academias de letras, ou em cursos universitários de língua e literatura, com real proveito para aqueles que se entregam ao aprendizado da arte de bem escrever, seja num Curso de Letras, seja num de Comunicação Social. Tendo consciência de que haverá aqueles que analisarão e darão a público sua apreciação sobre aquilo que publica, o autor, por certo, preocupar-se-á com o que diz, e como o diz, ou seja, com o conteúdo e com a forma. No meio espírita, infelizmente, isso não se dá. Atualmente, assiste-se a uma verdadeira avalancha de obras, na maioria mediúnicas, cheias de inovações, de revelações, de modismos, sem que haja espaço na imprensa espírita para uma apreciação séria, clara, fraterna, a respeito de conteúdos altamente duvidosos, que são levados a público como se fossem verdades reveladas. Paulo, a maior autoridade em assuntos mediúnicos nos tempos apostólicos, conforme se Q 4. Procedimento para participação 4.1. Os textos devem ser enviados em formato word para o e-mail do Jornal Brasília Espírita: [email protected] ou entregues na Livraria Letras e Luzes. 4.1.1 No corpo do e-mail ou na mensagem impressa, o participante deverá informar o nome completo, telefone e endereço eletrônico para contato. 4.2. O texto deve ter título e possuir no máximo 3000(três mil) caracteres, incluído o título e desconsiderados os espaços. 4.3. O texto deverá ser apresentado com a seguinte formatação: página no tamanho A4 (21 cm x 29,7cm), numeradas, uso de Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples entre linhas, espaço duplo entre os parágrafos e todas as margens de 2,5 cm. 4.5. Serão desconsiderados os textos que não obedeçam aos critérios deste regulamento e os que não se relacionarem ao tema proposto. 5. A seleção 5.1. Os textos serão selecionados pelos integrantes da comissão de seleção, a partir do cumprimento dos requisitos deste edital, sem que se atribua qualquer nota classificatória ou mensuração de importância. 5.2. Além dos requisitos estabelecidos nos itens anteriores, os participantes deverão observar, sob pena de não divulgação do texto, o seguinte: 5.2.1. Os textos podem, se necessário, resguardar a identidade das personagens, mediante atribuição de nomes diferentes dos envolvidos na situação descrita . 5.2.2. Evitar descrição de situações constrangedoras, que permitam a identificação dos envolvidos na narração. 5.2.3. O texto deve versar sobre a história ou estórias da cultura organizacional. 5.3. À comissão de seleção fica reservado o direito de desconsiderar os textos que versem sobre situações constrangedoras, permitam a perfeita identificação das personagens ou não se relacionem ao tema proposto. constata nos caps. 12 e 14 da sua Primeira Carta aos Coríntios, dentre outras orientações, recomenda: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”1 Sábio conselho, repetido reiteradamente mais tarde na obra de Kardec, destina-se à prevenção contra o deslumbramento, a vaidade, à atuação de Espíritos enganadores no intercâmbio mediúnico. Cuidado semelhante pode-se observar também em João: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”2 Será que estamos esperando que aqueles que combatem o Espiritismo venham trazer a público certos absurdos que estão sendo publicados ante a comunidade espírita completamente silente, sem que tenhamos meios de demonstrar-lhes que certas “revelações” foram contestadas? Ou será que foi esquecido o brocardo: “Quem cala, consente.”? Será que Kardec não sairia hoje em defesa dos verdadeiros postulados espíritas? Ou calar-se-ia, receando desagradar pessoas? Onde podemos situar a recomendação de Erasto: “Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.”3 A Federação Espírita Brasileira e várias outras editoras são entidades de utilidade pública e que, coerentemente com o que ensina o Espiritismo, não visam a lucros. Malgrado esses nobres exemplos, instalaram-se inúmeras editoras que aí estão a divulgar obras que contrariam frontalmente os postulados espíritas, através de publicações que, embora declarem serem os recursos obtidos destinados a entidades assistenciais – o que jamais deve influir na análise doutrinária das publicações – agem como entidades meramente comerciais, colocando o lucro acima do ideal da divulgação. O médium, autor material dessas obras, por 6. Integrantes da comissão de seleção 6.1. Membros da Diretoria do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima(GEABL). 6.2. Coordenação do Departamento de Divulgação Doutrinária/GEABL 6.3. Revisores do Jornal Brasília Espírita. 7. Considerações finais 7.1. A publicação dos textos será feita no Jornal Brasília Espírita, página do Grêmio Espírita Atualpa (www.atualpa.org.br/) na internet e/ou em mural no GEABL, a partir das datas de seleção. 7.3. Ao inscrever um texto nesta chamada, os participantes declaram que são legítimos autores das redações enviadas, bem como únicos e exclusivos titulares dos seus direitos autorais, e que as redações são originais e não violam quaisquer direitos de terceiros ou direitos conexos. 7.4. Os direitos autorais dos textos selecionados passam a ser do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima por tempo indeterminado, sem que isso implique em qualquer ônus ou contraprestração pecuniária ao participante e autor do texto apresentado. 7.5. A participação na chamada pressupõe a autorização da divulgação dos dados e imagem do autor e do texto em meios de comunicação interna e externa do GEABL, bem como o uso do texto para quaisquer finalidades que a instituição julgar oportunas. 7.6. A participação na presente chamada implica em inequívoca, irretratável e irrevogável aceitação deste regulamento. 7.7. O descumprimento de qualquer cláusula deste regulamento pressupõe a desclassificação do texto. 7.8. Os casos omissos, dúvidas, divergências ou situações não previstas neste regulamento, serão julgados e decididos de forma soberana e irrecorrível pela Comissão de seleção. 7.9. Para obter outras informações e esclarecimentos, os interessados poderão acessar a página do Atualpa na internet: www.atualpa.org.br ou entrar em contato com o editor do Jornal Brasília Espírita pelo: [email protected] . vezes é pessoa bondosa, bem intencionada, até promotora de nobres atividades no âmbito da assistência social. Mas o seu trabalho nesse setor será suficiente para legitimar sua produção mediúnica, transformando-a em livros? Lamentavelmente, há aqueles que confundem caridade com pieguismo. Dizem que não se pode ir contra um irmão. Ninguém, em sã consciência deve criticar o autor, mas sim a obra. Aquele deve ser preservado, em nome do respeito que se deve ter para as suas boas intenções, mas esta deve ser analisada, dissecada. Essa maneira de agir aprende-se com Jesus, que nunca atacava o pecador, mas o pecado. Nesse contexto, deve ser ressaltada a responsabilidade daqueles que dirigem estabelecimentos espíritas, sejam centros ou livrarias, no sentido de fazerem a devida seleção do material escrito divulgado no recinto da instituição. Muito maior do que a preocupação com o conteúdo da exposição oral, deve ser o cuidado com o material impresso entregue ao público, seja livro ou folheto avulso, pois um livro adquirido, ou tomado por empréstimo, numa instituição espírita – principalmente para o leigo –, será tomado como legítimo. Entretanto, há dirigentes que se abrigam sob a capa de uma falsa caridade em relação aos autores. Omitem-se quanto a um cuidadoso exame, deixando de ler, ou de colocar nas mãos de irmãos responsáveis, para análise, muitas obras que estão aí a tentarem desmentir a seriedade da mensagem espírita, permitindo seja ela apresentada na forma de romances, relatos, “revelações”, em linguagem absolutamente não condizente com a seriedade e com a nobreza da doutrina que herdamos de Kardec. Referências: (*) Articulista Espírita: [email protected] Juiz de Fora/MG 1. I Co, 14: 29 / 2. I Jo, 4: 1 / 3. O Livro dos Médiuns, 230 TEMA DAS PALESTRAS SEG QUI MARÇO DOM SEG QUI DOM SEG QUI DOM SEG QUI DOM SEG QUI DOM ABRIL março/abril 2013 BRASÍLIA ESPÍRITA 8 SEG QUI DOM SEG QUI DOM SEG QUI DOM SEG 03 04 07 10 11 14 17 18 21 24 25 28 31 01 04 07 08 11 14 15 18 21 22 25 28 29 DIJ Segundas e Quintas às 20h Domingo às 9h Datas Espíritas "APRESENTAÇÃO DA EEEIZ" Vítor Ronaldo "MEDIUNIDADE NA INFÂNCIA", Texto do Concurso a Doutrina Explica Jorge Hessen CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DO LIVRO "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec Adauto Santos "AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO"(Bullying) Livro: O Evangelho S.o Espiritismo,Allan Kardec,capítulo Carmelita Indiano "A ESCRITURA DO EVANGELHO", Luz Acima, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 45. Ricardo Honório Flávio Bastos Carlos Sá "NAS HESITAÇÕES DE PEDRO", Luz Acima, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 36. "AMAR OS VOSSOS INIMIGOS" Livro: O Evangelho S.o Espiritismo,Allan Kardec,capítulo 12, itens 1 a 9, "NA TRIBUNA", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira, capítulo 14. Conceição Cavalcante "A ARTE DE BEM VIVER", Texto do Concurso a Doutrina Explica de Conceição Cavalcante e equipe do DACE. Conceição Cavalcante A ARTE COMO VEÍCULO DE EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO: "NA EDUCAÇÃO DO SENTIMENTO EM TODAS AS FASES” Saulo César Samuel Magalhães Niraldo Pulcineli "ATENDIMENTO FRATERNO", Jornal Brasília Espírita, Rogério Coelho, julho/agosto de 2012 "IMPRENSA ESPÍRITA. SUA HISTÓRIA, SEU PAPAEL, SUA IMPORTÂNCIA". ""O PERDÃO" Livro: Boa Nova, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, capítulo 10 Vítor Ronaldo "JESUS: TERAPEUTA DOS ENFERMOS DA ALMA" Reformador, fevereiro de 2012, Adilson Pugliese Jorge Hessen CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DO LIVRO "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec. Maurício Curi "ACEITA A CORREÇÃO" Livro: Fonte Viva, Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier Carmelita Indiano Niraldo Pulcineli 01/03/1944 É lançado o jornal O Semeador, em São Paulo, órgão da FEESP. 06/03/1932 É fundada a Associação das Senhoras Cristãs de Araçatuba, pela emérita espírita Benedita Fernandes. 09/03/1979 Desencarnação de José Herculano Pires. 09/03/1984 Desencarnação de Yvone do Amaral Pereira 19/03/1839 Nasce em Portugal, Antônio Gonçalves da Silva Batuíra, médium curador. 20/03/1833 Nasce na Inglaterra, Daniel Dunglas Home, considerado o maior médium de efeitos físicos. 22/03/1882 O livro "A Gênese", de Allan Kardec, é editado pela primeira vez em língua portuguesa. 23/03/1857 Nasce Gabriel Delanne. 31/03/1848 Os fenômenos em Hydesville (EUA) atingem o auge, envolvendo a família Fox, dando início a inúmeras investigações sobre a mediunidade. 31/03/1869 Desencarnação de Allan Kardec, vítima da ruptura de um aneurisma. 01/04/1858 É fundada a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, por Allan Kardec. 02/04/1869 Allan Kardec é sepultado no Cemitério de Montmartre. 02/04/1910 Nasce Francisco Cândido Xavier, em Pedro Leopoldo, MG. 04/04/1919 Desencarnação de Willian Crookes, estudioso inglês dos fenômenos espíritas. 11/04/1900 Desencarnação, no Rio de Janeiro, de Bezerra de Menezes. 12/04/1927 Desencarnação de Léon Denis. 15/04/1864 Lançado por Allan Kardec "O Evangelho Segundo o Espiritismo" 18/04/1857 Lançado O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. 14/04/1999 É instituído o "Dia do Consolador" 18/04/1974 É lançado o jornal "Folha Espírita" 21/04/1889 Foi fundado no Rio de Janeiro, o Centro Espírita do Brasil, sendo seu primeiro presidente Adolfo Bezerra de Menezes, que instalou a primeira escola de médiuns junto com Augusto Elias da Silva. 21/04/1973 - É lançado o Jornal “Brasília Espírita” 22/04/1904 Desencarnação de Florence Cook, a médium de materializações do Espírito Katie King. 24/04/1984 Desencarnação, no Rio de Janeiro, do jornalista Deolindo Amorim. 30/04/1856 É transmitida a Allan Kardec a primeira revelação mediúnica a respeito da sua missão "A ILUSÃO DO DISCIPULO", Boa Nova, Humberto de Campos, psic. Francisco C. Xavier, págs. 159 a 164. "PROSELITISMO E ARRASTAMENTO", Reportagens de Além-Túmulo, Humberto de Campos, psic. Francisco Francisco do Espirito Santo Neto Papel do Espiritismo e as dores da alma em tempos de transição Roberto Versiani "PERDA", As Dores da Alma, Hammed, psic. Francisco do Espírito Santo Suze Vaz e André F. "O VALOR DA BOA LEITURA", (Bilioteca e Livraria). Marcus Braga "INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS" "O Livro dos Espíritos" André Ferreira "40 ANOS DE BRASÍLIA ESPÍRITA", (Ide e Pregai) Adauto Santos "NA OBRA ASSISTENCIAL", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira Wilson Abreu Fabiano Augusto "GRATUIDADE DO BEM" Livro: Jesus e o Evangelho - À luz da Psicologia Profunda, Joanna de Ângelis, "NA PROPAGANDA", Conduta Espírita, André Luiz, psic. Waldo Vieira, capítulo 13.psicografia Divaldo Franco MAR 02 - Início das atividades 2013 - DFD/ESE/EADE - 16h45h 10 - Reunião do 1º Conselho Regional Distrital- 1º CRD 17 - Encontro Trabalhadores e Dirigentes Juventude (FEDF) 24 - Treinar fase I - DIJ (FEDF) 30 - Estudos de educação e prática da mediunidade dirigente Daysi Silva - DAE ABR (*) Em todo o mês de abril serão realizadas apresentações artisticas nas palestra públicas de segundas e quintas-feiras, em referência ao Livro dos Espíritos - 130 anos, Jornal Brasília Espírita - 40 anos. 013 07 - Projeto de Melhoria do Trabalho de Evangelização da Juventude Espírita do DF (FEDF) 14 - Treinar fase II - DIJ (FEDF) 14 - Palestra com Francisco do Espírito Santo Neto as 9h. 27 - Estudos de educação e prática da mediunidade dirigente Pureza Gonçalves 28 - Treinar fase III -DIJ (FEDF) Ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, após etapas de elaboração coletiva envolvendo as 26 Entidades Federativas Estaduais e a do Distrito Federal. Encontra-se em fase de divulgação o “Plano de Tr a b a l h o p a r a o Movimento Espírita Brasileiro (2013-2017)”, aprovado em Reunião O Movimento Espírita tem por finalidade promover e realizar o estudo, a divulgação e a prática da Doutrina Espírita, colocando-a ao alcance e a serviço de todos os seres humanos, cumprindo, assim, a sua missão, que é a de “instruir e esclarecer os homens, abrindo uma Nova Era para a regeneração da Humanidade”.(O FEDF tem novo Conselho Deliberativo e nova Diretoria Conforme decisão da Assembleia Geral dos sócios da FEDF, em 9 de dezembro de 2012, foi realizada reunião do Conselho Deliberativo no dia 2 de fevereiro do corrente ano, para escolha dos novos dirigentes da Federação Espírita do Distrito Federal e do Conselho Deliberativo,atendendo ao Artigo 74 do Departamento de Infância e Juventude Evangelização da Infância : - Domingo: 09h Evangelização da Juventude - Domingo: 10h30 DIJ NOVO HORÁRIO XIX Criança até 7 anos não paga 05 de maio Livro dos Espíritos – Prolegômenos). Neste Plano de Trabalho estão definidos as diretrizes, os objetivos e as sugestões de projetos para a sua execução. Sua duração está programada para cinco anos, de 2007 a 2012. Neste período, o seu desenvolvimento deverá ser acompanhado pelo Conselho Federativo Nacional nas suas Reuniões Ordinárias e nas Comissões Regionais, quando deverá ser avaliado, assim como aprimorado e enriquecido, à vista de novas informações a serem apropriadas. atual Estatuto, ficando assim a nova composição: I - Presidente do Conselho Deliberativo: Waldehir Bezerra de Almeida II - Presidente da Federação: Paulo Maia da Costa III – 1º Vice-Presidente: Solange Vaz dos Santos IV – 2º Vice-Presidente: Lenir Pereira Resende CULTO do no LAR Divulgadores somos todos NÓS Encontro de Trabalhadores 30 de MAIO Horário: 8h às 13h30 Grêmio Espírita Atualpa Av L2 sul 610 ( (61)3443-2000 DDD - Departamento de Divulgação Doutrinária