Depois Da Zunga, a escola

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Depois Da Zunga, a escola
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nos classificados do ng
Pág. 34
Director Geral Evaristo Mulaza
Semanário | Ano I
Nº 16 | Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |GrÁtis
Sociedade
Lixo rentável
Pés na terra
A recolha de lixo
está a ser paga.
Cada saco rende
100 kwanzas. Já se
faz negócio.
Págs 4 e 5
Paul G atirou-se a uma carreira
a solo cantada em inglês. Mas
garante que não perdeu a
identidade. Antes do espectáculo
a 19 de Outubro, em Luanda, o exSSP confessa-se ao NG Págs 40 e 41
Política
Novos inquilinos
Conheça os
direitos e os
deveres dos
recém eleitos e
o que faz um
deputado.
Pág. 15
Cultura
O maior FestiSumbe
Durante 14 horas,
repartidas em dois
dias, a cidade do
Sumbe vibrou com
o maior festivel de
música de Angola
pág. 42
Depois
da Zunga,
a Escola
São vendedores ambulantes que andam pelas ruas a
ganhar o sustento. Mas não desistem, têm sonhos e
ambições. Vendem durante o dia e estudam à noite a
pensar no futuro. Transportam com eles uma grande
vontade de mudar de vida. Págs 24 e 25
Desporto
Economia
Pobre futebol
Centros de oportunidades
A Federação precisa
de nove milhões
de dólares por ano
para sobreviver.
Anda à procura
de quem a
financie Pág. 47
Já são 40 os centros
de emprego, onde se
procura e se oferece
oportunidades de
trabalho. Mas a eficácia
ainda é fraca.
Págs. 18 e 19
Opinião • Sociedade • Política • Economia • Caderno do Estudante • Internacional • Cultura • Desporto
Opinião
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Opinião
Editorial
Emídio
Fernando
Editor Executivo
Evaristo Mulaza
Director Geral
FICHA TÉCNICA
Director Geral: Evaristo Mulaza
Directora Geral Adjunta: Geralda
Embaló
2
E agora pergunto eu...
Geralda
Embaló
Directora Geral
Adjunta
O grande desafio
Ensino renovado
O novo Governo trouxe novidades para a
educação e o ensino. Pela primeira vez, o
ensino superior ganha um gabinete ministerial, evoluindo da anterior estrutura de
secretaria de Estado.
Há novidades ainda mais importantes.
No discurso que proferiu à nação, pouco
depois de ser investido no cargo de Presidente da República, o chefe do Governo anunciou reformas. Mas não reformas
quaisquer. Avançou perspectivas de mudanças que, no concreto, respondem à
preocupação mais importante que se coloca hoje ao ensino. A aposta no primado da
qualidade sobre a perspectiva quantitativa. E mais: a necessidade da reorientação
do ensino, face às necessidades de desenvolvimento do país.
Mas quem esteve atento ao discurso
percebeu mais do que isso. José Eduardo dos Santos preferiu o pragmatismo à
retórica demagógica, dizendo que o seu
Governo vai fazer, mas, sobretudo, como
pretende fazer. E aqui tocou nos pontos-chave: reforma do modelo curricular, verificação do perfil e competência dos professores e revisão do sistema de gestão das
escolas públicas. Os que melhor percebem
sobre matérias de ensino concordam que a
qualificação que se pretende do nosso sistema passa, sobretudo, pelos pontos sobre
os quais incide a reforma anunciada. Mas
não se pode reformar sem se conhecer a
fundo o que se quer mudar. A visão de senso comum não basta, quando se opta por
refazer o ensino. Por isso, precipitações à
parte, o ponto de partida passa por pôr em
campo a investigação para que as decisões
da mudança tenham o escudo da fundamentação científica.
Nos Estados Unidos também se fala nisso. Em plena crise do mercado de trabalho,
Opinião
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
com o desemprego a acumular-se dia após
dia, um estudo divulgado em Julho chega a uma conclusão controversa. A crise
ceifou mais de nove milhões de postos de
trabalho, no entanto as empresas americanas têm mais de 600 mil vagas de emprego.
O problema é a falta de gente qualificada
para as preencher.
A nossa situação não vale qualquer
comparação com a realidade americana.
De qualquer forma, o exemplo serve para
perceber o quão é urgente a mudança da
rota. Fabricar licenciados todos os anos
que mal percebem o que está além da estrada não vale o esforço do dinheiro público, nem mesmo do privado. E ensinar
apenas para que o mercado se encarregue
de escolher os bons e penalizar os fracos é
uma irresponsabilidade que ameaça a soberania.
Ainda vamos a tempo de efectuar as
mudanças urgentes e necessárias. É que,
como reza o velho adágio, “a qualidade das coisas é infinitamente preferível à
quantidade delas”.
Editor Executivo: Emídio Fernando, Redacção: André Kivuandinga, António Miguel,
Edno Pimentel, José Zangui, Manuel Bento,
Raimundo Ngunza, Waldney Oliveira, Valdimiro
Dias e Amélia Santos, Márcia Ilunga (estagiárias)
Fotografia: Manuel Tomás, Mário Mujetes e
Santos Samuesseca (estagiário); Paginação:
Armindo Dalas, Francisco de Oliveira, Pedro de
Oliveira; Correspondentes: Luís Morais (Huíla),
Simeão Mundula (Huambo); Michael Segunda
(Benguela); Produção gráfica: Notiforma SA,
Propriedade e Distribuição: GEM Angola Global
Media, Lda; Tiragem: 50.000; Nº de Registo do
MCS: 644/B/2012
GEM ANGOLA GLOBAL MEDIA, LDA
Administração: Geralda Embaló e Evaristo Mulaza
Na cerimónia de posse como Presidente da República eleito, José Eduardo dos Santos anunciou as linhas
principais do que vai ser a governação para os próximos cinco anos.
Entre a continuidade prometida,
nomeadamente nos investimentos
públicos, e o esforço de diversificar a
economia para que não fique dependente do petróleo, há outras medidas
(talvez) mais estimulantes e que são
autênticos desafios.
Na política que vive à base das eleições permanentes, há uma regra, escondida, mas sempre aplicada: deve-se fazer tudo o que encha ‘o olho’,
ou, em linguagem mais universal,
‘show-off ’. Daí que nasçam as pontes, as estradas, os edifícios, os aeroportos, etc, etc. A ideia é mostrar
obra.
Desta vez, José Eduardo dos Santos e o Governo têm, em mãos, uma
tarefa bem mais complicada, mas a
que já se comprometeram: fazer investimentos no saneamento básico e
reformar todo o ensino, do primário
ao superior, passando pela formação
profissional, com o objectivo de ter
mais e melhores quadros angolanos.
São estas as tais ‘obras’ que não se
vêem, a olho nu, mas são bem mais
importantes do que apenas o betão.
Uma é praticamente subterrânea e a
outra só se sente no futuro.
A aposta na qualificação e na formação deve ser o principal desígnio
de qualquer político que sonhe, um
dia, governar. E não deve existir nada
mais gratificante para um governante do que criar a verdadeira riqueza:
jovens formados que possam enfrentar o futuro com meios que a actual
sociedade exige. É esse, no fundo, o
grande desafio de José Eduardo dos
Santos para os próximos cinco anos.
Departamento Administrativo: Argentina Santos,
Jessy Ferrão, Valdimir de Almeida e Nelson Manuel Comerciais: Neusa Capita e Manuela Conceição; Nº de Contribuinte: 5401180721; Nº de registo
estatístico: 92/82 de 18/10/82 Tel.: 927596835
Endereço: Rua Fernão Mendes Lopes, nº 35,
Alvalade, Luanda/Angola, Telefones: +244 222
320510, 222 320511, Fax: 222 320514
As redes sociais online não deixam de surpreender à medida
que vão acumulando feitos
tão impensáveis há uns anos
quanto o estreitar de famílias
desgarradas, como o ligar de
fãs a famosos, e de cidadãos
aos seus governantes. Sem
falar, claro, na portentosa capacidade de mobilização de
multidões sob as mais variadas
motivações.
A página do Nova Gazeta
no Facebook é mais um dos
fenómenos que não cessa de
surpreender. Em dois meses
de existência juntaram-se cerca de duas mil pessoas, na sua
maioria jovens angolanos, ao
que começou a ser conhecida
na rede como a “Família Nova
Gazeta”. E é mesmo de uma família que se trata. Os seguidores do NG na rede comentam
os temas, discutem assuntos,
opinam, corrigem erros e deixam frequentemente mensagens de alento que fazem com
que o trabalho da equipa valha
a pena todas as semanas.
É, para nós um barómetro
directo da opinião do nosso
público alvo, e a interactividade, que o fórum proporciona
permite-nos melhorar o jornal
pavimentando o caminho para
a afirmação enquanto veículo
de informação dos jovens de
acordo com as suas próprias
sugestões.
As redes sociais dão, no entanto, azo a outros resultados
menos felizes. Recentemente
na Holanda uma adolescente
que colocou por engano um
convite para a sua festa de
aniversário no Facebook, viu o
seu dia acabar com confrontos
entre quatro mil jovens e polícia, resultantes em vários feridos, à medida que milhares de
pessoas foram compartilhando
o convite enganoso.
Não é preciso ir tão longe
para ver quando as redes dão
para o torto... Minutos depois
da sua comunicação ao público, o primeiro ministro português, Pedro Passos Coelho
viu a sua página do Facebook
inundada por toda a espécie
de insultos com os comentários mais simpáticos a mencionar “coelho na caçarola”.
Se passearmos um pouco
pelos diferentes sites nacionais
podemos observar facilmente
como a anonimidade que concede a internet pode dar lugar
à impunidade e proliferação
da falta de educação sob a máscara da liberdade de expressão.
Não faltam comentários abusivos, com linguagem profundamente ofensiva e ordinária
lembrando que se é certo que a
nossa liberdade termina onde
Cartas ao Director
começa a liberdade dos outros,
é certo que quando ninguém
vê e não há consequências, a
inobservâcia das regras sociais
é facilitada ao ponto de se tornar sistemática.
Mas é aqui que reside o
erro, no pensar que a anonimidade nos absolve de consequências. É que de uma forma
ou outra, elas sempre acabam
por aparecer. Um exemplo que
costumo citar neste tópico, é o
da Inglaterra, que depois de
duas semanas de desacatos,
e sem qualquer lei aprovada
que o permitisse, violou a privacidade dos incitadores à violência, colocando-os na prisão
tão rapidamente que todos se
perguntaram se de facto a anonimidade que a net prometia,
alguma vez teria existido.
Um estudo recente nos
EUA, revelou que 56% dos empregadores vêem os perfis do
Facebook ou Twitter em busca
de mais informação sobre os
candidatos. Tendência crescente à medida que as sociedades
se vão tornando mais informatizadas, e más noticias para
muitos que utilizam as redes
sociais como confessionário
onde frequentemente se vêem
Frases
manifestações de preguiça ou
instintos homicidas contra chefes ou colegas de trabalho que
afugentam qualquer empregador (por mais desesperado que
esteja). Pergunto-me quantos
utilizadores terão consciência
real do alcance que poderá ter
um comentário desta natureza...
O mês passado foi preso
um jovem de 15 anos por matar à facada uma colega de escola de 14 anos, por causa de
uma discussão iniciada no Facebook e que descambou para
ofensas pessoais.
E agora pergunto eu, enquanto ninguém dúvida de
que as redes sociais vieram
para ficar trazendo uma nova
e positiva dimensão de liberdade e proximidade, será que
não há necessidade de as enquadrar dentro dos parâmetros essenciais à vida em sociedade? Será que é positivo ou
sinónimo de desenvolvimento
enfraquecer a fronteira entre
liberdade e libertinagem? Até
que ponto considerámos os
efeitos da dita (e enganadora)
impunidade, particularmente
junto dos mais novos?
Uma frase conhecida sobre o Facebook diz algo como
“bem-vindo ao Facebook, onde
as pessoas que te adicionam
como amigo passam por ti na
rua sem cumprimentar; onde
as relações são perfeitas e os
mentirosos acreditam nas suas
próprias mentiras; onde os
teus inimigos são quem mais
visita o teu perfil, enquanto a
tua família te bloqueia, onde
mesmo que só escrevas o que
pensas, alguém sempre leva a
mal”.
Dá que pensar...
“Espero representar
de forma condigna as
mulheres angolanas
residentes em França no
Concurso miss Angola”
Nair Furtado,
miss Angola em França
“Profissionalizamos o
departamento de hóquei
em patins tanto do ponto
de vista técnico como
de recursos humanos. É
uma preocupação uma
vez que não atingimos
o objectivo preconizado
para a presente época e
sabemos que os resultados
não surgem do dia para a
noite, mas esperávamos
outro comportamento da
equipa”.
Amaral Aleixo, vice-presidente
do Petro de Luanda
“Devo agradecer os
organizadores do
FestiSumbe que têm
contribuído na unificação
dos artistas e na
massificação da cultura e
apelo as demais províncias
para seguirem o mesmo
exemplo e promoverem os
músicos nacionais”.
W King, kudurista
envie a sua para: [email protected]
Reforçar polícia
Sinto-me alegre e protegido
quando vejo patrulheiros da
Polícia, na minha rua, que por
sinal é a principal do bairro
Gamek Vila. Falo concretamente da rua do Paiol. A
minha preocupação prende-se no facto de a presença
dos patrulheiros ser muito
irregular, num mês podem
aparecer apenas três dias.
Dada a importância daquela rua, que lentamente vai
ganhando algumas casas
nocturnas, que infelizmente
também atraem os meliantes, gostaria que a Polícia
tornasse regular a presença
dos seus efectivos no local,
já que não se pode contar
com a iluminação pública.
Aí o sistema de iluminação
pública funciona deficientemente com a energia solar.
As lâmpadas estão mais
apagadas do que acesas,
o que facilita a vida dos
bandidos.
Os amigos do alheio que
apoquentam a vida dos
moradores, na minha rua, o
fazem à mão armada e isto
não tem horas de acontecer.
Por isso, solicito não só em
meu nome mas também
em nome do colectivo de
moradores que se reforce
a presença da Polícia. Uma
esquadra móvel na rua seria
uma boa solução.
Francisco Salvador, bairro
do Gamek Vila
3
Sociedade
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Governo provincial lança campanha ‘Luanda limpa’
Lixo por kwanzas
Nada se perde com
o projecto lançado
pelo governo de
Luanda: o lixo
doméstico é vendido
para depois ser
transformado.
A iniciativa tem
entusiasmado quem
se empenha em
recolher o lixo.
Sociedade
| Quinta-feira
Quinta-feira44de
deOutubro
Outubro2012
2012
cumentos necessários. Para
conseguir recolher o lixo vê-se obrigada a varrer as residências das vizinhas e a “recolher nas ruas”.
Agostinho Kyosa, gestor
do posto de transferência do
Kalawenda, assegura que “o
projecto tem tido uma boa
adesão”.
Feliciana Rainha João, segunda supervisora do posto
de transferência, já percebeu
que “o lixo começa ser procurado porque os populares
não o querem ter em casa e
estão preocupados em conservá-lo bem, para posterior
comercialização”.
“Quando há muitos clientes o nosso trabalho torna-se
muito complicado e cansativo”, desabafa.
Desde a entrada em vigor
do projecto já foram atendidos 321 clientes. O número
de registos é permanente.
Normalmente, há mais às
segundas e terças-feiras que
“são dias com muita concorrência”.
Com este entusiasmo, os
responsáveis só lamentam
ter “maiores dificuldades”
porque “faltam sacos”.
Nem todo lixo
é dinheiro
O lixo que se comercializa é
apenas doméstico. Os postos
de transformação não aceitam pedras, areia, cimento,
entulho, carcaças, sucatas,
electrodomésticos, líquidos,
lixo hospitalar, pilhas, bate-
“
Desde a
entrada em
vigor do
projecto já
foram atendidos
321 clientes
rias, óleos e materiais de ferrugens. E muito menos lixo
industrial. No posto, o lixo é
colocado em contentores de
sete metros cúbicos que são
depois transportados por
um camião até ao aterro sanitário”.
Dos três postos de transferência, erguidos em Luanda, apenas o de Kalawenda,
no Cazenga, está em funcionamento. Os do Kilamba
Kiaxi e o do Zango, em Viana, ainda estão a ser equipados.
Fotos Manuel Tomás
4
Regras para a recolha do lixo
poderia vender
graças às informações
dadas
pelas vizinhas.
Maria da Conceição
Joaquim,
vendedora, garante já ter no
banco
quatro
mil
kwanzas
resultantes da
venda do lixo,
arrecadados desde que o projecto foi
lançado. “Sempre que
venho vender sou bem
atendida”, assegura. Por
cada vez que se desloca
ao Posto de Transferência, PT, leva muitos sacos,
cujo número “varia de dia
para dia”. Há dias que leva
dez, outros apenas seis, pois
“depende muito da motivação que tiver naquele dia”.
Encontra os resíduos nas residências das vizinhas que
não querem vender e
ela aproveita.
Por sua vez,
Antónia Simão,
também vendedora, informada
pelas
vizinhas,
Huambo
Agostinho Kyosa,
gestor do posto de
transferência do
Kalawenda
’’
Por André Kivuandinga
O governo provincial lançou, em Agosto, o projecto
denominado ‘Luanda Limpa’, que se dispõe a comprar
o lixo doméstico.
O arranque aconteceu no
Cazenga, na zona do Kalawenda, onde está situado
um posto de transferência.
Para a concretização do
projecto estão a ser criados,
em diversos bairros, postos
de transferência onde os munícipes deverão fazer o registo para posterior depósito
do lixo que será transferido para o aterro sanitário dos Mulenvos.
Todos os dias, muita
gente acorre ao local. Umas pessoas
para obterem informações, enquanto outras,
já informadas, tentam concretizar o negócio.
Como Mariana António,
uma das moradoras da zona,
que passou por curiosidade.
Normalmente, deposita o
lixo, mas nunca tinha pensado em vendê-lo. Soube que
Sociedade
deslocou-se ao PT, para se
inteirar do funcionamento e
abrir o processo para começar a vender.
De início, foi complicado
porque não possuía os do-
As pessoas quando chegam ao PT são cadastradas, numa ficha onde é
escrito, nome, número de telefone e a quantidade de sacos que trouxe.
Com esses dados, quem quer vender lixo tem de abrir uma conta bancária. Quem tiver já uma conta só tem de entregar o número. Três dias
depois de entregarem o lixo, é feito o depósito dos valores. Um saco
de 50 litros dá 100 kwanzas, quanto mais sacos trouxer a pessoa mais
dinheiro ganha.
O posto atende, às vezes, 200 pessoas por dia. Cada uma delas, traz
entre três a seis sacos. Fora deste processo, estão as empresas licenciadas na recolha do lixo e que têm um contrato com a Elisal. O lixo que a
equipa de recolha deste PT recolhe nas ruas não é contabilizado.
Sanatório
sem sangue
O departamento de hemoterapia do hospital
sanatório do Huambo
está desde Agosto sem
sangue, situação que
tem criado enormes
constrangimentos
no
atendimento dos doentes que necessitam de
transfusão.
Segundo Helena Chipepo, técnica do hospital, a direcção daquela
unidade sanitária, que
cuida de doentes com tuberculose, tem realizado
campanhas de recolha
de sangue para suprir a
carência, mas não tem
conseguido quantidades
suficientes.
Helena Chipepo deu
a conhecer que sempre
que um doente estiver
com falta de sangue os
familiares são obrigados a doarem, para que
a transfusão seja feita.
“Apelamos à sociedade
civil a solidarizar-se com
os doentes aqui internados”, solicitou a técnica
de saúde.
5
Sociedade
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Rafael Morais, coordenador da SOS Habitat
ONDE PODE ENCONTRAR O NOVA GAZETA, TODAS AS QUINTAS-FEIRAS
BENGUELA
LUANDA
Cidade Universitária
Instituto Superior de Ciências da Eucação
Universidade ‘Agostinho Neto’ (UAN)
Faculdades de Letras, Ciências Sociais, Economia, Engenharia, Ciências, Direito
Univeridade Jean Piaget
UTANGA
Universidade Católica
Instituto Superior Metropolitano
Universidade Lusíada de Angola
Universidade Metodista - Luanda e Cacuaco
Universidade Independente
Universidade Óscar Ribas
Universidade Gregório Semedo
Universidade de Belas
Universidade Privada de Angola
Instituto Superior de Ciências Sociais
Instituto Superior Técnico de Angola
Economia de Luanda; Industrial de Luanda; Comercial de Luanda;
Politécnico Pascoal Luvualo; Economia do Kilamba Kiaxi;
Politécnco ‘11 de Dezembro’
PUNIV afecto à PN na Unidade de Intervenção Rápida
INE Marista
INE Garcia Neto
Instituto Politécnico do Sambizanga
PUNIV do Cacuaco
Centro Médio Dom Bosco do Sambizanga
Instituto Politécnico do Nova Vida
Instituto Superior Jean Piaget
Universidade Katiavala Bwuila
Universidade de Benguela
ISCED de Benguela
Universidade Católica (Lobito)
Universidade Lusíada (Lobito)
HUÍLA
Universidade Mandume
ISCED do Lubango
Instituto Superior Gregório Semedo
Instituto Superior Independente
Universidade Privada de Angola
HUAMBO
Faculdades de Economia e de Direito da Universidade ‘José Eduardo dos Santos’
Instituto Superior Politécnico da Universidade ‘José Eduardo dos Santos’ (UJES)
ISCED do Huambo da UJES
Instituto Superior de Enfermagem
Faculdade de Ciências Agrárias
Universidade da Igreja 7º Dia
Universidade Ekuikui II
KWANZA-SUL
Universidade Katiavala Bwuila
Instituto Superior Politécnico do Sumbe
São Paulo, Aeroporto, Mutamba, Maianga, Congolenses, Zé Pirão, Prenda,
Zamba 2, Rocha Pinto, Golfo 1 (Avô Kumbi), Bellas Shopping, Futungo,
Kassequel, Viana
Cabinda
Universidades e Institutos Superiores
1º de Maio’; ‘Sagrada Família’; dos Ministérios; do governo provincial;
do porto de Luanda: do ‘Serpa Pinto’; e do Ambiente (imediações do GUE)
Conservatória da Vila Alice
Conservatórias do S. Paulo e da Samba
Aeroporto Internacional e Doméstico
Avenida principal de Viana (imediações da Casa da Juventude)
vale muito.
Mas não custa nada!
“Não somos contra as demolições”
Defender o direito à
habitação e à terra é o
exercício diário que a
SOS Habitat tem estado
a fazer ao longo de 10
anos. O coordenador
interino, Rafael
Morais, defende que a
resolução do problema
habitacional passa por
uma política de Estado
“concreta, actuante e que
vá ao encontro de todos
os cidadãos”
Por Manuel Bento
Foto Santos Samuesseca
Como têm defendido o
direito à casa?
Temos servido de ponte entre
governados e governantes.
Junto das comunidades identificamos os problemas e procuramos reportar aos governantes para a posterior resolução.
Tem resultado?
Infelizmente, muitas vezes somos mal interpretados. Somos
tidos como agitadores. Somos
uma associação com mais de
200 membros e todos já foram
vítimas de injustas demolições.
Procuramos sempre juntar as
administrações para que as soluções se tornem mais fluídas e
claras.
Mas vocês são contra as
demolições?
Não. E nunca seremos contra
as demolições. O que nós criticamos são as demolições injustas.
Como assim?
O país saiu de uma situação de
guerra que durou cerca de três
décadas e naturalmente, ao
longo desse tempo, as pessoas
foram construindo em zonas
do Estado ou inapropriadas.
Mas não porque queriam. Não
tinham alternativas. Findo o
conflito, caso o Estado ache
que se deve tirar uma determinada comunidade de alguma
zona, deve fazê-lo de forma organizada e respeitando todos
os direitos de um ser humano.
E isso pressupõe o quê?
A forma é simples. Desalojar
sim, mas como alternativa dá-se uma casa onde um cidadão
possa albergar a família. Não é
justo que partam a casa do pobre cidadão e pô-lo a viver em
tenda. É errado.
obrigado a residir ou a construir em zonas impróprias.
E as responsabilidade dos
cidadãos?
Não somos a favor da construção em zonas de riscos nem de
elementos oportunistas que
põem a vida e das famílias
em risco. Primeiro, diagnosticamos a situação para tentar
compreender as razões que o
fizeram ir para aquele local.
dadas as casas. Quando
tudo é feito à
revelia de todos esses processos, aparecem intrusos e
aproveitadores.
E há um diálogo com as
comunidades?
Exactamente. Não só com
as comunidades, também
com as administrações. A
habitação é um assunto
muito bicudo e sensível.
Mas a resolução passa necessariamente pelo constante diálogo entre quem
governa e quem é governado. Por exemplo, o desalojamento na Samba para o
Zango e Panguila não teve
nenhum incidente
e correu tudo bem
porque houve, das
duas partes, consenso e diálogo.
Há também cidadãos que,
depois de serem alojados,
voltam a construir em zonas
de risco. Como é que lidam
com estas situações?
Estes problemas são muito
frequentes e temos estado a
defender que, por um lado, é
Causa nobre
Com sede em Luanda,
a SOS Habitat também
trabalha em Benguela e
Lubango, onde tem identificadas zonas com problemas. A organização, garante o seu coordenador, vive
de doações de pessoas e
parceiros que se revêem
nas causas. Rafael Morais
afirma que o trabalho “não
Menos burocracia
culpa das administrações. Uma das medidas
passa pelo cadastramento. É
necessário que se faça um levantamento geral com os nomes e documentos para que
não se permita o regresso de
pessoas depois de terem sido
Como é que se
resolve o problema da
habitação?
A resolução passa por
uma política de Estado
concreta, actuante e que vá ao
encontro de todos os cidadãos.
É preciso moderação nos preços, maior acessibilidade aos
terrenos, menos burocracia
e a construção e distribuição
inclusiva de casas sociais. Por
exemplo, o governo de Luanda tem sido um dos incentivadores da ocupação ilegal
de terrenos. Um cidadão, para
requerer um espaço, demora
cerca de dois a quatro anos.
Ao longo deste período, vê-se
Projectos como a cidade do
Kilamba não são uma lufada
de ar fresco?
Infelizmente não. Primeiro
por ser um projecto polémico
e fantasma. Gastou-se muito
dinheiro naquela estrutura
cujo impacto não se faz sentir.
Temos números elevados de
indivíduos sem casa e infelizmente a Nova Centralidade
do Kilamba não os salvou. Por
isso, defendemos uma reestruturação daquela cidade.
Como é que olham para
juventude na luta por um
tecto?
Temos uma juventude a lutar
com toda a legitimidade para
conseguir casa. Infelizmente a
política habitacional não tem
sido actuante nem tão pouco
prática. Não temos uma política de renda definida que poderia ajudar. Esperamos que
haja sensibilidade deste novo
Governo no sentido de se resolver o problema habitacional
desta franja da sociedade.
Neste momento estão
acompanhar algum caso?
Estamos a fazer o acompanhamento da situação dos
moradores do Cambambe - I
e II que estão ao relento desde
2002. O ano passado foi garantido que teriam as suas casas e
infelizmente nada foi resolvido. Outro caso é a situação dos
ex-moradores da ilha (de Luanda) que muitos continuam
a viver em tendas no Zango-1.
tem sido fácil”, mas jura
que “a causa é muito
nobre” e, por isso, “não
há dinheiro que pague
todo esse esforço”. A organização foi criada com
o objectivo de “defender
o direito à habitação e à
terra”, com a convicção
de “não culpar as pessoas
por construir casebres
quando não fizemos nada
como alternativa”.
7
LARDEF ajuda à integração de deficientes
Descriminação
em várias frentes
À procura
de dignidade
Crianças, jovens e mais
velhos, de ambos os
sexos, com deficiências,
são geralmente
discriminados na
família, na rua, na
escola e nos locais de
trabalho. A Liga de
Apoio à Integração de
Deficientes (LARDEF)
lidera o combate contra
a descriminação.
Por André Kivuandinga
Foto Manuel Tomás
A deficiência “é irmã
gémea da pobreza” é a conclusão
tirada por Carla
Cristina Luís que
lidera a LARDEF
(Liga de Apoio
à Integração da Deficiência).
O trabalho feito por esta organização, desde 1997, permite-lhe concluir que a maior
parte dos deficientes vive em
zonas periféricas e que não
tem acesso à escola. O outro
grande problema, sublinha a
directora executiva da LARDEF, é a falta de “meios de
compensação ou ajudas técnicas, que são as cadeiras de
rodas ou canadianas”. “Em
Angola há uma falta gritante
destes meios”, lamenta.
A Liga garante que são as
mulheres e as crianças as que
mais sofrem com a discriminação que, por vezes, começa
na família. Carla Luís lembra-se de ter acompanhado um menino que
Carla Cristina Luís,
directora executiva
da LARDEF
Um dos casos que passou pela
LARDEF foi o de uma jovem deficiente, da Huíla, que casou com
um rapaz não deficiente. Passados
alguns meses, a família do marido
rejeitou-a, por ela “não conseguir
acarretar água ou fazer os trabalhos de casa”. Foi “maltratada” até
que a mãe a resgatou. O esposo
entregou-se à vida militar.
Outro caso, relatado pela Liga,
aconteceu numa empresa petrolífera. Um jovem, depois de passar
nos testes, foi rejeitado por ser
deficiente. De nada adiantaram
os protestos dirigidos à direcção,
feitos pela LARDEF, mas o caso
não chegou ao tribunal e o jovem
conseguiu o emprego.
Uma das histórias mais famosas da Liga envolveu um membro
da organização e um comandante
de uma companhia de aviação.
Aconteceu no aeroporto ‘4 de
Fevereiro’. Quando o dirigente da
LARDEF se preparava para viajar,
foi expulso do avião porque não
se fazia acompanhar de uma outra
pessoa. O comandante exigiu a
retirada do passageiro, que depois
constituiu um advogado. O caso
só não foi a tribunal porque se
chegou a um acordo que passou
pelo pagamento de uma multa e
um pedido de desculpas públicas.
As vítimas de discriminação
devem dirigir-se a polícia, tribunais e a organizações que defendem os deficientes.
foi abandonado pelos pais
por ser deficiente. Deixaram-no com avó que enfrentou
muitos problemas por falta
de documentos, por isso, não
teve acesso ao ensino. Outros
problemas comuns têm a ver
com a sexualidade e com o
casamento. “Os pais, quando
têm uma criança deficiente,
criam ideias de que ela não é
potencial mãe e não deve ter
marido”.
Carla Luís apela por um
“apoio da família as pessoas
com deficiência”, lembrando que “os deficientes fazem
tudo o que uma pessoa normal faz, com a diferença de
que os deficientes o fazem
em cadeiras de rodas ou com
muletas”.
Até as instituições…
A directora executiva da LARDEF garante que são frequentes os casos de discriminação
praticada por empresas de
construção que, ultimamente, “eliminam rampas”, mas
reconhece que “muitas pessoas não têm acesso às normas
técnicas aprovadas pelas
Nações Unidas”. No ensino da condução, das
várias escolas, em Luanda, só
uma tem um carro preparado
para deficientes.
Angola, critica Carla Luís,
ainda “está muito atrasada”
na aplicação de leis que defendem pessoas com defici-
ência. No entanto, reconhece
que, nos últimos dez anos,
“as coisas melhoraram substancialmente”, mas ainda assim entende que as pessoas
com deficiência estão muito
marginalizadas”.
Janeiro de 1997, uma organização
não-governamental.
A LARDEF bate-se por um
ambiente sem barreiras e para que
os deficientes estejam integrados na
sociedade, com os seus direitos respeitados. Representar e promover
os direitos, interesses e participação
das pessoas com deficiência é outra
das suas missões.
A liga promove e participa em
encontros que possam influenciar as
políticas a favor da inclusão. Apoia
a criação de actividades geradoras
de rendimento como contributo à
redução da pobreza, encaminha
alguns beneficiários aos centros de
formação profissional, concedendo-
Cadeira de rodas
Manual: 70 mil kwanzas,
Motorizada: 380 mil kwanzas
Muletas
20 mil kwanzas
Uma organização com mais de 15 anos
“Os mais fortes nem sempre são
os mais aptos”, “um deficiente é
somente alguém com capacidades
diferentes” e “o Estado deve promover a integração sócio-economica
das pessoas com deficiência” são os
princípios que levou um grupo de
deficientes, cansado da discriminação, a constituir a LARDEF, a 12 de
Cadeiras e muletas a preços variados
-lhes materiais e ferramentas e microcrédito para criação de pequenos
negócios.
A LARDEF é uma organização
nacional, que tem representações
noutras províncias, e membro do
Movimento Internacional de Organizações de pessoas com deficiências.
Direcção e número de telefone da LARDEF: Rua Comandante Gika, Travessa
dos Militares. Telef. 222 325 404, email - [email protected] - Luanda
9
Sociedade
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Espaço cidadania - Conheça os seus direitos e deveres
Direito de culto e religião
Apesar da laicidade do Estado angolano, prevista na
disposição do número 1 do
artigo 10º da Constituição,
o direito ao culto e religião
é um direito integrado nos
princípios fundamentais da
lei magna. Nos números 2 e 3
do artigo 10º da Constituição
dispõe-se, conjugadamente,
as obrigações do Estado angolano quanto ao reconhecimento e respeito pelas diferentes confissões religiosas.
As obrigações do Estado
a este nível vão até à necessidade de proteger as igrejas
e confissões religiosas e respectivos locais de exercícios
das suas actividades. Isto
quer dizer, por exemplo, que
o Estado não pode permitir
que as igrejas sejam alvo de
acções de vandalismo por
10
parte de pessoas ou grupos.
É obrigação do Estado protegê-las. No entanto, para o
Estado assegurar o direito
de culto e religião há uma
condição inegociável: a actuação das igrejas tem de estar
conformada à Constituição,
ou seja, não pode atentar
contra a Lei e contra a ordem
pública. Por outras palavras,
no âmbito das liberdades que
a Constituição assegura aos
cidadãos, cada um tem o direito de professar as religiões
compatíveis com os seus
princípios, mas é importante
que o crente ou religioso assegure sempre que a congregação a que pertence ou
pretenda pertencer é reconhecida pelo Estado angolano.
Porque poderá sempre dar-se
o caso de uma determinada
pletamente separados. E, à
semelhança de Angola, hoje
a maioria dos estados do
mundo são laicos. Diferente
dos laicos, nos estados religiosos, o chefe do poder religioso é normalmente titular de
poder político, como acontece nos países muçulmanos.
Como Contactar...
igreja não ser reconhecida
por razões relacionadas com
a sua doutrina que pode ser
contrária ao espírito da Constituição.
O que é um estado
laico?
Em termos simples, um estado laico é aquele onde a
religião e o poder são com-
No caso de quiser informa-se sobre
como constituir uma igreja, dirijase ao Instituto Nacional para os
Assuntos Religiosos, do Ministério
da Cultura.
11
Política
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Um parlamento com 220 deputados
Assembleia Nacional por dentro
A Assembleia Nacional é o parlamento de
Angola, órgão legislativo cuja essência é a
elaboração das leis. Aprova o Orçamento
Geral do Estado, fiscaliza a acção do Governo, entre outras competências atribuídas pela Constituição. O parlamento acaba por ser um único órgão representativo.
Os eleitores delegam os seus poderes aos
deputados que, no exercício da actividade, procuram exprimir a vontade do povo.
Na generalidade, o parlamento dispõe de
dois poderes essenciais: o legislativo e o de
fiscalização política. Acrescenta-se ainda
o poder electivo, ou seja, a competência em
eleger membros de outros órgãos como, por
exemplo, a dos juízes do Tribunal Constitucional, Conselho Superior da Magistratura Judicial, Provedor de Justiça,
administração eleitoral, etc. O parlamento
é composto por 220 deputados eleitos por
sufrágio universal, seguindo o sistema
de representação proporcional, para um
mandato de cinco anos. 130 deputados são
eleitos no círculo nacional e os restantes
90 pelos círculos provinciais. Cada província elege cinco. O mandato dos deputados
inicia-se com a posse, seguida da realização da primeira reunião constitutiva do
parlamento após as eleições.
12
Como chegar
a deputado
Função de um
deputado
Um deputado à Assembleia
Nacional tem, entre as
principais funções, a
legislativa, que passa pela
elaboração de leis, o controlo
e fiscalização dos actos
do executivo, o zelar pela
aplicação da Constituição, a
análise das contas do Estado
e a fiscalização da execução
do Orçamento Geral do
Estado. De igual modo,
podem interpelar o Governo,
solicitando esclarecimentos
sobre determinados
assuntos.
Política
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Para ser eleito deputado, um
candidato deve figurar numa
lista apresentada por partidos ou
coligações de partidos políticos
concorrentes às eleições gerais.
Cada força pode incluir candidatos
independentes.
Posteriormente
deve ser eleito
por sufrágio
universal
directo, segundo o
sistema de representação
proporcional para um mandato
de cinco anos, podendo integrar um
grupo parlamentar.
Bento Kangamba
“fora” do parlamento
O político e empresário Bento dos Santos
‘Kangamba’ poderá abdicar do seu assento
no parlamento, para se dedicar exclusivamente, à “actividades empresarial e filantrópica”, garantem alguns órgãos de comunicação social.
O empresário, que esteve envolvido na
primeira controvérsia logo após a abertura da nova legislatura, em declarações
a emissora Católica de Angola, mostrou-se indisponível para ir para parlamento,
alegando que se encontra “muito apertado
com actividade empresarial”.
As bancadas parlamentares da CASA-CE
e do PRS apresentarem pedidos de impugnação do mandato de Bento ‘Kangamba’
na Comissão de Verificação de Mandatos
da Assembleia Nacional, por ele ter sido
condenado a uma pena superior a dois
anos, por crime de burla a um cidadão português, facto que motivou o arrestamento
de um avião da TAAG.
Novos deputados em formação
Interação com eleitor
Para melhor interagir com aqueles
que o elegem, o deputado pode
utilizar sistemas de informação e
outras formas de divulgação das
suas actividades parlamentares
e de contacto com os eleitores,
a nível central e nos círculos
eleitorais. Além disso, o
deputado dispõe de um gabinete
próprio, onde recebe cidadãos
que se desloquem a apresentar
reclamações e sugestões.
Os deputados que se estreiam, na Assembleia Nacional, beneficiaram durante esta
semana de uma acção formativa para se inteirarem das suas novas funções, anunciou
a presidência daquele órgão legislativo.
Estreiam-se no novo parlamento 104
deputados, oriundos maioritariamente
do MPLA, com 72 parlamentares, seguida
da UNITA, o maior partido da oposição,
com 20 e CASA-CE, o partido revelação
das eleições com oito. O PRS tem um novo
deputado e a FNLA dois.
Esse facto acontece, quando aquele
órgão prepara a abertura do ano parlamentar, que deverá acontecer até à segunda
quinzena do mês. A ocasião serve para o
Presidente da República endereçar a mensagem sobre o Estado da Nação, bem como
anunciar as políticas preconizadas pelo
novo Governo.
13
Política
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
A semana das tomadas de posse
A semana passada foi de intensa actividade política, marcada pela tomada de posse dos órgãos de
soberania, resultante das eleições gerais de 31 de
Agosto.
O novo governo foi empossado na última
segunda-feira, no Palácio Presidencial da Cidade
Alta, em cerimónia presidida pelo chefe do Executivo, José Eduardo dos Santos. No novo elenco há
mais quatro ministérios e apenas dois ministros de
Estado, comparativamente ao anterior, tendo sido
suprimido o cargo de ministro de Estado e da Coordenação Económica. Destaca-se também a ascensão de novos rostos à frente de alguns ministérios e
governos provinciais
A semana passada, José Eduardo dos Santos
foi empossado pela primeira vez, pela mão do Juiz
Presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira. No discurso de circunstância, anunciou as prioridades para o mandato que termina em 2017, atribuindo ênfase à questão das políticas de emprego,
educação, combate à pobreza entre outros problemas. Enquanto no Parlamento, Fernando da Piedade Dias dos Santos, regressa à liderança, depois da
passagem pela Vice-presidência da República.
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| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Discurso de tomada de posse do Presidente da República
Prioridade para os Jovens
Sendo que o Presidente da República é também
chefe do Governo, e o mais alto responsável
pelas políticas que vão conduzir o país nos próximos cinco anos, é importante perceber quais
são as suas prioridades de futuro. Aqui fica um
resumo, trocando em miúdos o que disse o PR
acerca das prioridades quando foi empossado.
Paz e liberdade
Manter a estabilidade política é considerada a “primeira
prioridade” de José Eduardo dos Santos que, por isso,
defende o “aprofundamento da democracia, a liberdade
de expressão e de criação, a igualdade de oportunidades
e maior justiça social”.
Mais competências
BMF SOLUÇÕES PME
Com o BMF existe sempre uma solução…
Dispomos de soluções de financiamento para
Micro e Pequenas e Médias Empresas que
pretendem:
Expandir o seu negócio,
Modernizar suas operações,
Melhorar seu espaço físico ou
Diversificar seu sector de actuação.
O Governo pretende uma maior valorização dos quadros
angolanos. A formação profissional, nas escolas e
nas empresas, encabeça a lista das preocupações. O
objectivo é ter “quadros altamente qualificados e uma
classe de trabalhadores bem formada tecnicamente”.
Mais transparência
Quantos somos
Rigor e mais transparência na gestão e nas contas
públicas entram nos planos do Presidente. O Governo
quer reforçar o diálogo com sindicatos, organizações
sociais e profissionais, igrejas, empresários e outros
parceiros sociais. Está em marcha um programa de
reformas com o objectivo de melhorar a organização,
gestão e controlo das Finanças Públicas.
Em 2013, vai acontecer o primeiro Recenseamento
Geral da População e da Habitação. É uma
operação que vai dar a exacta medida do número
de habitantes em Angola e como vivem. As
informações recolhidas vão permitir ao Governo
elaborar “políticas mais realistas”.
Reformar a ordem
Os militares, polícias e tribunais também vão passar por
reformas. Estão previstos o alargamento da rede dos
tribunais, o aumento do número de prisões e de centros
de reeducação e o reforço de polícias. José Eduardo dos
Santos garante querer dar “um sinal claro de combate
ao nefasto sentimento de impunidade” que existe na
sociedade, ou seja, vão ser aumentados os esforços
contra a criminalidade.
Resposta num máximo de 10 dias
Rua Ndunduma, nº 257 - Tel: 222-430184 - email: [email protected]
Novos mecanismos para a criação e acesso ao emprego
vão, de acordo com os planos, ser desenvolvidos com
a criação de programas geradores de emprego que
melhorem o rendimento das famílias. Ao mesmo tempo,
serão elaboradas políticas de incentivo às micro,
pequenas e médias empresas. Por outro lado, é ideia
do Governo alterar as leis laborais, tornando-as mais
flexíveis: estão previstos a mobilidade laboral, ou seja,
o trabalhador poderá exercer a sua profissão na mesma
empresa, mas em local diferente, e o emprego temporário.
Em simultâneo, prevê-se uma maior fiscalização
sistemática das regras.
Esforço social
José Eduardo dos Santos quer “aperfeiçoar” a
política social em várias frentes: melhorar o
acesso à saúde, investir no saneamento básico,
na água potável e na habitação. Está prevista
a adopção de um Plano Sanitário, logo no
início do mandato. O programa de combate à
fome e à pobreza será reforçado. Vai haver uma
atenção especial aos antigos combatentes;
serão melhorados a assistência social e o apoio
à criança em idade pré-escolar, de reintegração
social e formação profissional para portadores
de deficiência e de alargamento, em todas
províncias, de estabelecimentos de acolhimento
de idosos.
Prioridade ao ensino
Reformas no ensino, formação profissional, valorização
dos quadros nacionais, alteração das leis laborais,
além de uma política social que elimine injustiças,
são as principais linhas de força prometidas pelo
Presidente da República.
Educação para todos
Investimentos para durar
CRIAMOS OPORTUNIDADES
Emprego diferente
O Presidente garante manter o reforço nos
investimentos públicos, de escolas a hospitais,
passando pelas grandes infra-estruturas. Mas
não quer apenas que seja o Estado a fazê-lo.
As empresas privadas terão uma parte dessa
responsabilidade.
José Eduardo dos Santos promete “desenvolver
um programa de revisão do sistema educativo”.
A ideia é dar mais eficácia: vão ser valorizados
o modelo curricular e as competências de
professores, formadores e educadores. A gestão
das escolas públicas será alterada. O Governo
promete ainda assegurar a educação pré-escolar
e o ensino primário obrigatório e gratuito para
todos e elevar a taxa de escolaridade da educação
básica para 100%.
17
Economia
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Economia
A província do Bengo prevê colher, no
perímetro irrigado de Caxito, mais de cem
mil toneladas de banana na campanha
agrícola de 2012/2013
Centros funcionam em mais de 60 municípios
Banco Millennium Angola foi distinguido
pela segunda vez, o melhor banco de
capital maioritariamente estrangeiro em
Angola, pela revista EMEA.
“
O trabalho
que faço
oferece-me um
rendimento
melhor. Por isso
ainda não tenho
necessidade
de procurar
um Centro de
Emprego.
Porta para um emprego
Angola tem 40 centros
de empregos em 65
municípios. No entanto,
a capacidade de resposta
tem sido fraca: as
empresas preferem fazer
recrutamentos directos. Os
centros não desarmam e,
muitas vezes, são eles que
vão atrás do emprego.
O director do centro
de emprego e formação
profissional do Cazenga, Venâncio Neto,
considera que o baixo
grau de satisfação só
será minimizado se as
empresas “cultivarem
o hábito” de recrutar
a partir dos centros de
emprego.
’’
seus documentos, aguarda ansiosa por uma vaga.
Foto Santos Samuesseca
Boa parte dos jovens sabe da
existência dos centros de empregos tutelados pelo Ministério da Administração Pública
Emprego e Segurança Social
(MAPESS). João Martins é um
deles que tem a noção que
poderia encontrar emprego
num dos centros. Mas prefere manter-se como vendedor
ambulante, porque lhe ofere-
“
Consegui
o meu primeiro
emprego
graças a
intermediação
do Centro de
Emprego da
Samba.
’’
Emiliana Inês
ce melhor rendimento. Ainda não sentiu necessidade de
recorrer a um centro, embora
tenha amigos que tentaram e
conseguiram empregos.
Emiliana Inês conseguiu
o seu actual emprego, graças
à intermediação do centro da
Samba. “Foi apenas uma tentativa, encorajada por algumas
amigas, e depois fui seleccionada por uma empresa onde trabalho neste momento”, conta.
Por sua vez, Francisco Valeriano entende que alguns
desempregados não procuram
os centros porque estes “não
desempenham o seu papel
como deviam”. Para sustentar
a sua afirmação, conta que depositou o seu currículo no centro de emprego de Viana já há
cinco anos, mas, até hoje, “infelizmente não consigo emprego
e estou a me virar”.
Jussara Vilarinho, que depositou no mês passado os
“
Sei da
existência
dos Centros
de Emprego.
Candidatei-me
num deles e
estou a espera
da resposta.
’’
Insignificante
Luanda é a província com
maior número de centros de
empregos: são no total nove,
distribuídos por Viana, Cazenga, Sapú, Zango, Kilamba Kiaxi, Icolo e Bengo, Ingombota,
Samba e Sambizanga. Segundo os responsáveis dos centros
de Cazenga, Sambizanga e Ingombota, diariamente, muitos
jovens da faixa etária entre 17 e
os 28 anos procuram emprego.
No entanto, a capacidade
de resposta é “insignificante”,
como reconhece o responsável
do Cazenga, Venâncio Neto.
Aqui, um dos que mais tem
recebido pedidos de emprego,
de 2011 até agora, registou 776
candidatos. No mesmo período recebeu apenas 61 ofertas
de trabalho. Na Ingombota,
havia, esta semana, 13 vagas
disponíveis para profissionais
da área de electrotecnia, chefe
de cozinha, técnico de ‘offshore’, entre outras. No Sambi-
Cento e cinco toneladas de pescado foram capturadas de Janeiro
a Agosto deste ano, na província do Huambo, aumentando a
oferta de peixe nas zonais rurais, anunciou o director provincial
da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Hemitério Tiago.
Mais colaboração das empresas
João Martins, vendedor ambulante.
Por José Zangui
Economia
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
zanga, estavam disponíveis 12
vagas para estafetas.
Para um candidato se inscrever, basta entregar uma
cópia do Bilhete Identidade e
currículo. Depois, é encaminhado em função das vagas
oferecidas pelas empresas que
procuram mão-de-obra através dos centros de emprego.
Das vagas, nem todas são ocupadas porque, nalguns casos,
os candidatos recusam devido
ao baixo salário oferecido pelos
potenciais empregadores.
Quase 600 mil
Dados fornecidos pelo Ministério
da Administração Pública
Emprego e Segurança Social
(MAPESS) indicam que foram
criados 596.176 empregos no
sector privado, entre 2009 a
2011, sendo 385.255 em 2009,
100.850 em 2010 e 110.071
em 2011. Ainda não há dados de
2012.
Jussara Valerinho.
vale muito.
Mas não custa nada!
Qual é faixa etária que
mais solicita emprego?
São jovens dos 17 a 30 anos
que procuram o primeiro emprego, mas também
temos recebido casos de
pessoas com 40 anos que
já tiveram emprego e que
se desvincularam ou procuram um melhor. Importa
salientar que a percentagem
é de jovens com ensino médio, seguido do ensino de
base e apenas cerca de três
por cento são universitários.
Os jovens queixam-se da
falta de capacidade de
resposta. Concorda?
Admitimos que a capacidade de resposta é insignificante. Basta ver que no Cazenga das 776 pessoas que
recebemos apenas 61 foram
encaminhadas. A razão é
objectiva, há muita gente à
procura de emprego e pouca oferta.
Quais são os mecanismos
que estão a ser estudados
para elevar a fasquia?
Há pouco interesse das empresas em relacionarem-se
com os centros, apesar de os
técnicos de emprego irem ao
encontro das empresas para
informá-las sobre a mão-de-obra existente. Estas procuram fazer recrutamentos directos. O que podemos fazer
é pedir mais colaboração das
entidades empregadoras. Não
passarem aqui apenas para visarem os seus contratos já fei-
tos, mas para virem buscar
mão-de-obra.
Que outras actividades
são desenvolvidas
pelos centros além do
encaminhamento da mãode-obra?
Os centros também formam técnicos nos vários
sectores. O Cazenga, por
exemplo, de 2011 a esta
parte formou mais de cinco
mil pessoas, incluindo em
empreendedorismo.
Sociedade
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Millennium lança
novos cartões de débito
Luta contra a pobreza
Incentivo à produção nacional
O presidente do conselho
de direcção da Acção para
o Desenvolvimento Rural e
Ambiente, ADRA, Guilherme dos Santos, garantiu,
no Lubango, que existem
quantidades suficientes de
alimentos nas províncias da
Huíla, Benguela e Cunene, fruto do programa do
governo para a redução da
pobreza em Angola.
Guilherme dos Santos,
que abordava o programa
de desenvolvimento comunitário, em execução
pela ADRA em todo o país,
sublinhou que, apesar da
ausência de chuvas em
2011, existe um excedente de milho, massango,
massambala, feijão e soja,
que os camponeses comer-
cializam para a aquisição de
produtos industriais.
Uma grande parte de
camponeses conseguiu
produzir consideráveis
quantidades de cereais,
oleaginosas e tubérculos.
“Neste momento, estamos a
trabalhar na avaliação e monitoria no tocante ao pro-
grama de desenvolvimento
comunitário e seu impacto
junto das comunidades,
para depois traçarmos estratégias para o reforço”.
Economia
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
A ADRA começou, em
2001, a execução do programa de desenvolvimento
comunitário com o objectivo de apoiar a produção alimentar de famílias no meio
rural, bem como em projectos de gestão de recursos
naturais, reforço do poder
local, incluindo a descentralização administrativa e
formação de quadros, entre
outras acções.
Actividades no quadro
do programa de desenvolvimento comunitário
decorrem nas províncias de
Luanda, Huíla, Benguela,
Huambo, Malange e Cunene, dando lugar a progressos consideráveis.
O Banco Millennium Angola apresentou, esta semana, cinco novos
cartões de débito Visa para particulares nas versões Classic, Prestige
e Platinum e para empresas nas
gamas Business e Corporate.
Com os novos cartões Visa, os
clientes podem, sem necessidade de
carregamentos, movimentar a sua
conta à ordem em kwanzas, de uma
forma rápida, conveniente e segura,
em qualquer parte do Mundo.
Os novos cartões Millennium
Angola têm um chip de segurança
incorporado nos estabelecimentos comerciais e levantamentos
em ATM (terminal de pagamento
automático) da Rede Visa. Além
disto, possibilitam a activação de
um seguro de viagem para obtenção
de um seguro de acidentes pessoais
com inúmeras coberturas.
Negócios em Angola
abordados nos EUA
A presidente do conselho de administração da Agência
Nacional de Investimento Privado (ANIP), Maria Luísa
Perdigão Abrantes, abordou, em Houston, com empresários
e congressistas norte-americanos as oportunidades de
investimentos em Angola.
Intervindo na Cimeira Bienal de Negócios Texas/África,
num painel sobre investimento sustentável em África,
destacou a construção e reconstrução de infra-estruturas
rodoviárias e ferroviárias, que ligam Angola aos países
vizinhos, facilitando o intercâmbio comercial na região.
Apresentou os passos a seguir para todos os interessados a investir no país, sublinhando que a ANIP, entre
outras tarefas, presta também a assistência jurídica e
técnica necessária aos investidores.
Construção de infra-estruturas, educação e saúde
foram apontadas por Maria Luísa Abrantes como grande
oportunidade de negócios e que constituem uma forma de
diversificação de investimentos.
A Cimeira Bienal de Negócios Texas/África é um fórum
da organização “Texas Africa Business Summit”. Este ano,
o lema foi “O Reposicionamento de África: Parceria Estratégica para o Desenvolvimento Económico”.
Adiada Feira
Internacional de Minas
Maria Luísa
Perdigão
Abrantes,
presidente
do ANIP
Refriango
Importação de vinhos do Alentejo
Angola lidera ranking
Angola é o maior mercado dos vinhos da
região do Alentejo, Portugal, com um volume de
importações avaliado em quatro milhões e 189
mil litros, segundo dados estatísticos de 2011
divulgados pela Comissão Vitivinícola da Região
do Alentejo, CVRA, na cidade de Évora.
A cifra revela um crescimento significativo relativamente a 2010, em que o país importou dois
milhões e 376 mil litros de vinhos do Alentejo,
entre tintos, brancos, rosé e espumantes.
As estatísticas da CVRA indicam, além de Angola,
mais quatro destinos dos vinhos alentejanos,
nomeadamente Brasil, com um volume de
importação, em 2011, de dois milhões e 498 mil
litros, EUA um milhão 355 mil litros, Canadá 755
mil e China 550 mil.
20
A quarta edição da Feira Internacional de Minas de Angola (FIMA), que teria lugar na última semana de Setembro,
foi adiada sem previsão de nova data, devido, entre outros motivos, ao empossamento dos novos deputados
da Assembleia Nacional, no passado 27 de Setembro. Cerca de 120 empresas, entre nacionais e estrangeiras,
confirmaram as suas presenças na feira, que visa incentivar a promoção de investimentos, com a reactivação e relançamento da produção diamantífera e do ramo mineiro em Angola. Tem ainda por finalidade lançar e apresentar
novos produtos, assim como soluções tecnológicas aplicáveis ao sector.
A actividade vai realizar-se sob o lema “Com a diversificação da economia, apostemos no desenvolvimento de
Angola”, e nela estarão expostos produtos como ouro, granitos, areia, rochas ornamentais, burgau, petróleo e vários
outros serviços. Entre os expositores destacam-se empresas de exploração, prospecção e produção, seguradoras e
bancos. Além da anfitriã Angola, a Feira Internacional de Minas vai contar com a participação da Namíbia, Portugal,
Argentinas Emiratos Árabes Unidos, Holanda e Alemanha.
O preço médio da venda de vinhos de Denominação de Origem Controlada, DOC Alentejo a
retalho situa-se em 3,88 euros, aproximadamente 560 kwanzas por unidade de 75 centilitros,
significativamente superior ao preço médio de
venda de vinhos de Portugal 3,55 euros por
garrafa de 75 centilitros. O Alentejo detém a
maior quota de mercado de Portugal por regiões,
em volume 39,01 por cento e em valor 43,53
por cento, na categoria de vinhos.
A CVRA criada em 1989 é uma entidade interprofissional privada e de utilidade pública, que
define as linhas estratégicas para a região, bem
como as políticas nas áreas da viticultura e da
enologia. É responsável pela promoção destes
vinhos no mercado português e internacional.
Dinheiro “desaparece” do cofre
A direcção da Refriango acusa sindicalistas da empresa
de terem desviado valores, em benefício próprio, do
Fundo do Acordo de Cooperação e Desenvolvimento
de Políticas de Auxílio Económico e Cultural, assinado
entre a empresa e a comissão sindical, em Outubro do
ano passado.
Segundo um comunicado da empresa citado pelo
Jornal de Angola, o acordo de cooperação é um instrumento importante de apoio social
para o qual contribuem 2.500
trabalhadores e a própria empresa disponibiliza mensalmente o
equivalente a quinze mil dólares.
21
af_press_DD_NovaGazeta.pdf
6
6/18/12
7:11 PM
Caderno do Estudante
Caderno do Estudante
Quinta-feira 4 de Outubro 2012
CURIOSIDADES
Aula do professor
Especialistas prevêm aquecimento
global com o Árctico em degelo
“Agredir” é que está correcto. Saiba o
que a Gramática diz a respeito.
Pág. 27
A nossa página no Facebook
facebook.com/novagazeta
Pág. 28
Vendedores de rua não desistem de estudar
AGARRADOS AOS LIVROS
M
Y
Y
Y
Andam pelas ruas para sobreviver, vendendo
o que podem. Mas não deixam de ter
horizontes e dedicam-se ao estudo com o
mesmo afinco. São vendedores de rua que
querem mudar de vida: vendem durante o dia
e, mais tarde, vão para a escola. Confessam
que não é fácil conciliar, mas não desistem.
Págs. 24 e 25
Línguas
polémicas
A introdução do ensino
de línguas nacionais nas
universidades não é pacífica. Há
quem aplauda e há quem tenha
dúvidas.
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Os responsáveis
Enquanto Mpinda Simão se
mantêm como Ministro da
Educação, Adão do Nascimento
é o novo rosto do Ensino
Superior.
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Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
CadernodedoMérito
Estudante
História
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4 de Outubro
4 de2012
Outubro 2012
Vendedores ambulantes conseguem conciliar trabalho e formação
Entre a rua e a escola
Victor de Oliveira,
vendedor ambulante
É quase impossível contar o número de jovens que vende nas ruas. Mas, de uma forma geral, a maioria dos jovens tem
consciência de que não é a venda que lhes garante um futuro. Enquanto uns desistem de estudar, outros agarram-se aos cadernos
a pensar em dias melhores.
Por Edno Pimentel
Fotos Mário Mujetes
A falta de emprego é apontada por muitos jovens ambulantes como a principal razão por optarem vender
nas ruas. Daniel Silva,
de 22 anos, morador do
Sambizanga, vende há
mais de dois anos. Tem
mulher e dois filhos e,
nem por isso, encontra
obstáculos que o privem das suas actividades, nem motivos para
não frequentar a escola.
Com um ar desolado,
o jovem desabafa que
não era este o emprego
que um dia almejou para
si e que, durante algum
tempo, “procurei emprego, mas estava difícil,
por não ter qualquer
formação profissional”.
Cuidadoso, explica que
“não podia passar o dia
em casa, preferi vender para não seguir
outros caminhos”.
Daniel Silva frequenta a 7ª classe,
garante não se envergonhar do que faz e
promete, apesar do pouco
tempo que tem para revisar
os cadernos, fazer “todos os
esforços para transitar de
classe”.
“
Muitos dos
zungueiros não
fazem outra coisa
porque não têm
alternativa
24
’’
Daniel Silva, vendedor
ambulante e estudante
Para estudar e trabalhar,
diz o jovem ambulante, é
preciso “muita força de vontade” e o “grande desejo de
querer mudar de vida”. Por
isso, não poupou esforços
em juntar dinheiro, com os
lucros das vendas, que lhe
suportam os estudos.
Daniel Silva tem, no entanto, outros planos para
os filhos, pois deseja que os
mesmos tenham uma sorte
diferente. “A venda ambulante é uma alternativa e não
uma opção de vida”.
É esta convicção que lhe
dá forças para, todos os dias
e a “pensar no futuro dos
meus filhos”, depois do negócio, ir para o “cubico” preparar-me e, em seguida, ir à
escola”. Os jovens dizem-se agastados com
“a falta de interesse
das autoridades, que
estão mais preocupadas em expulsá-los
das ruas do que com o
que acontecerá depois disso”.
Caderno do Estudante
Caso bem diferente é o
de Victor de Oliveira, de 24
anos, sete dos quais dedicados à venda ambulante. Assume preferir a rua porque
algumas empresas “pagam
salários miseráveis”.
No entanto, garante que
“quer muito voltar às aulas
e concluir os estudos, desde que as condições estejam
criadas”.
Victor Oliveira também
tem dois filhos e mulher e
sente que não tem condições
de estudar: não tem dinheiro
para pagar uma escola privada e não consegue juntar
dinheiro para entrar numa
escola pública. “Cobra-se
muito dinheiro”, desabafa.
Adilson Victor, de 23
anos, e Fernando Chiteculo, de 21, ambos
ambulantes
há
quatro
anos,
lamentam “a falta de incentivos que aliciem os jovens
zungueiros a outras práticas,
de forma a garantir um melhor enquadramento social”.
“Estamos na rua não porque
somos analfabetos ou delinquentes, mas temos necessidades como qualquer outra
pessoa.
Queremos
fazer
cursos para podermos ter empregos
mais dignos e estarmos em condições de custear
os nossos próprios estudos”,
asseguram
Fernando Chiteculo,
vendedor ambulante
e estudante
A rotina de Daniel
Todos os dias, a partir das 5
horas, Daniel parte para os
armazéns comprar calçados
e outros produtos para os
revender no largo da Sistec, ao Maculusso. Pouco
depois das oito horas, inicia
as vendas. No final do dia,
por volta das 17, arruma o
negócio e vai à casa preparar-se. Às 18 horas, Daniel
começa as suas aulas na
escola “Vida Abundante”,
no Sambizanga. Regressa à
casa por volta das 23 horas,
descansa para enfrentar, no
dia seguinte, mais uma jornada laboral.
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Caderno do Estudante
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Línguas nacionais nas universidades
Dispositivo ‘vê’ o cancro
Um projecto de investigação, denominado ‘3P’s’, que tem
por objectivo o desenvolvimento de um dispositivo que visa
identificar e antecipar a instalação de cancro, poderá ser criado pela investigadora do Instituto Superior de Engenharia do
Porto (ISEP), em Portugal, Goreti Sales. Para este trabalho, Goreti Sales obteve uma bolsa de um milhão de euros que lhe vai
permitir desenvolver dispositivos autónomos e portáteis para
o diagnóstico precoce do cancro.
A investigadora explica que “o aparecimento de uma patologia como o cancro está associado à presença de algumas
biomoléculas (biomarcadores) que circulam no organismo em
baixas quantidades. A existência de um biossensor (dispositivo) capaz de detectar esses biomarcadores, de modo rápido,
rigoroso e não invasivo, será extremamente importante para
a dinamização do diagnóstico precoce da doença”. Espera-se
que o ‘3P’s’ facilite o acesso da comunidade em geral à monitorização destes sinais de alerta, a tempo de evitar a instalação da
doença ou de minimizar as suas consequências”.
A introdução, no ensino superior, do estudo obrigatório das línguas nacionais não é pacífica. Uns entendem que é forçar o
que se deveria aprender naturalmente e que falta uma política que as mantenha vivas. Outros defendem a medida como
forma de preservar a identidade nacional, não só no presente, mas sobretudo a pensar no futuro.
se as nossas
“línguas
não são
a escrita
“ Com
das línguas
faladas de modo
natural por
muitos, não
se irá resolver
o problema
no ensino
superior
locais vamos
transformar
a nossa rica
tradição oral
em literatura
escrita
’’
’’
António Filipe Augusto,
professor universitário
“Não é assim que se faz”
Não é uma medida boa, porque
carece de alguns cuidados técnicos. É
preciso saber que, se as nossas línguas
não são faladas de modo natural por
muitos, não se irá resolver o problema
no ensino superior.
O exercício da língua é de fórum
cultural. O que deve haver é a criação
de políticas de incentivo dentro de
um espaço de utilização, pois não
basta dizer que a língua faz parte da
nossa cultura para que as pessoas
aprendam.
É preciso que haja uma política
linguística bem desenhada. É preciso
seguir alguns pressupostos para
essa aplicação como, a planificação
de estatuto das línguas, em que
estejam patentes os estatutos das
línguas a ensinar, uma vez que,
26
oficialmente, não há um estatuto
definido; a planificação ortográfica
por uma questão de padronização
de planificação e aprendizagem; o
espaço de utilização, onde as pessoas
podiam aprender as línguas de
forma natural, sem necessidade de as
obrigar.
O que se pode fazer é, como já
acontece em algumas faculdades,
criar cursos de línguas africanas,
em que os estudantes optem pelas
línguas da sua preferência e que lhes
sejam mais familiares.
Se, por exemplo, o Estado criasse
uma política em que as pessoas
tinham de aprender uma língua, as
pessoas, com certeza, falariam, pelo
menos, uma língua e preveniriam as
próximas gerações para esta situação.
Donquel Paxe, licenciado
em ciências da educação
“Devem ser ensinadas em todos os níveis”
O que vulgarmente são designadas
línguas nacionais são importantíssimas
para a perpetuação dos valores
culturais. As línguas angolanas devem
ser ensinadas a todos os níveis do
nosso ensino sem excepção. Angola
é dos poucos países em Africa que
grande parte dos seus falantes só
consegue comunicar-se na língua
dos colonizadores. As línguas
estrangeiras, como o inglês, francês
e lingala, etc., estão a ter um espaço
sociolinguisticamente maior em relação
às nossas línguas locais. Os angolanos
poderão perder a sua identidade
cultural se essa medida não for
urgente.
A introdução das línguas nacionais
no ensino superior é de extrema
importância, pois só assim se dará
resposta à valorização das línguas de
Angola, que, durante séculos, eram
desprezadas, tidas como línguas dos
indígenas e actualmente estereotipadas
por vários segmentos da nossa
sociedade. Um vendedor que tenha,
por exemplo, o domínio de uma das
línguas locais, ao vender o seu produto
a alguém que fale a mesma língua, vai
facilitar a comunicação.
Com a escrita das línguas locais,
vamos transformar a nossa rica
tradição oral em literatura escrita que
jamais desaparecerá e estaremos em
condições de passar o testemunho que
recebemos dos nossos pais às futuras
gerações. Com o ensino das línguas
locais estaremos, não só a evitar o
seu desaparecimento, mas também a
garantir a preservação da cultura.
Caderno do Estudante
Ciência
“
O poder da
inventiva não
se adquire na
universidade, mas é
um dom especial para
poder criar, inventar
ou transformar
engenhocas aplicáveis
em áreas das artes e
das ciências
’’
Arlindo Isabel, Director do
Gabinete de Investigação
Científica e Documentação
da Universidade Agostinho
Neto
Meio ambiente
Sexo nas plantas com ajuda de interruptores no ADN
Gelo marinho desaparece
Nos animais e humanos, depois do
espermatozóide fecundar o óvulo,
os genes saem do ADN de cada célula, alteram-se e dão origem à pele,
ao fígado ou neurónios.
Nas plantas, os órgãos sexuais,
que se encontram nas flores, são
formados depois do desenvolvimento do caule, das raízes ou das
folhas.
Jörg Becker, cientista e investigador do Instituto Gulbenkian
de Ciência (IGC), em colaboração
com uma equipa do “Cold Spring
Harbor Laboratory”, nos Estados
Unidos, explica que, “nos animais,
as linhas germinativas são criadas
logo no início do desenvolvimento, mas nas plantas são criadas no
fim”. Depois da análise dos grãos
de pólen da “Arabidopsisthaliana”,
concluiu-se que, no seu interior, há
Há muitas incertezas sobre como
será o clima da Terra no fim deste
século, mas “o Árctico nunca
mais será o mesmo”, garantem
especialistas.
O sinal mais forte vem da queda
recorde na extensão do gelo marinho,
que, recentemente, atingiu 4,1
milhões de quilómetros quadrados, a
menor medida feita por satélite desde
que esse tipo de dados começou a ser
recolhido, no fim dos anos 1970.
O problema é que, apesar da abertura
de rotas de navegação nesta área
e a possibilidade de exploração de
petróleo, como consequência, poderá
colocar-se em risco os animais,
especialmente, ursos, raposas e
outros, que dependem do gelo do
Árctico.
Alguns especialistas garantem que
“uma coisa que não deve preocupar
três núcleos importantes: o núcleo
vegetativo, que é uma espécie de
grande comandante que faz crescer
um tubo a partir do grão de pólen
até ao ovário e os dois núcleos sexuais masculinos, responsáveis pela
fecundação.
A equipa conseguiu separar o
núcleo vegetativo dos sexuais. Ao
analisar as células, verificou que o
ADN do núcleo vegetativo estava
mais esticado e o ADN das células
sexuais masculinas estava mais encolhido e mutilado. Estas regiões
truncadas do ADN são, segundo
Becker, importantes na reprodução.
ninguém,
no caso do derretimento
marinho, é o aumento do nível dos
mares”. “Como esse gelo já está no
oceano, não faz diferença para o nível
da água se ele está presente na forma
sólida ou líquida”.
Mas admitem que “um mar Árctico
mais quente e com menos gelo tem
repercussões consideráveis”.
Biologia
Criado mosquito sem
malária
Cientistas criaram em laboratório um
tipo de mosquito ‘Aedesaegypti’ que não
transmite o vírus da malária. A pesquisa
foi feita pela Universidade de Monash,
na Austrália.
Os pesquisadores introduziram no ‘Aedesaegypti’ a bactéria ‘Wolbachia’, presente em 70 por cento dos insectos. Essa
bactéria actua como uma espécie de vacina para o mosquito e bloqueia a multiplicação do vírus dentro do insecto. Dessa forma, o mosquito não transmite mais
a malária. A colónia é criada em labora-
tório e, depois, os insectos são postos
na natureza onde se reproduzem com
mosquitos locais e a bactéria é transmitida de mãe para filho pelos ovos.
A bactéria não só bloqueia a transmissão
do vírus da malária, mas também tem
efeito sobre a capacidade de reprodução.
As fêmeas geram filhotes com a bactéria,
independentemente da situação do macho. No entanto, os óvulos fertilizados
sem ‘Wolbachia’, que se acasalam com
machos que tenham a bactéria, morrem.
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Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Caderno do Estudante
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Caderno do Estudante
Lunda Sul
6 mil adultos aprendem a escrever
Administrador alerta
Huíla: Responsável pede mais rigor a licenciados
Durante o acto de abertura
das terceiras jornadas
científico-pedagógicas
do Instituto Superior de
Ciências da Educação
(ISCED/Lubango), o director
geral do ISCED, Raimundo
Amizalaque, apelou aos
estudantes recém-licenciados
para desenvolverem uma
cultura universitária, onde a
cientificidade e as capacidades
técnicas caminhem de mãos
dadas, de modo a evidenciar
rigor e coerência nas diversas
áreas de conhecimento.
“um curso superior deve
fornecer conhecimentos e
técnicas relevantes no domínio
dos seus cursos, assim como
desenvolver altas capacidades
de adaptação às novas
realidades, para servir, de
forma satisfatória ao quadro
licenciado e suas entidades”,
alertou, convidando todos
a reflexão: “urge questionar
se a instituição universitária
deve formar licenciados
privilegiados pelas
necessidades imediatas de
promoção social”.
Huambo
Benguela
Instituto Superior “Lusíadas” nasce em 2013
Mais de seis mil pessoas já
aprenderam a ler e a escrever, em Saurimo, no âmbito
do Programa de Alfabetização e Aceleração Escola
(PAAE), garantiu o seu coordenador Gilberto Ngambo.
Neste ano, o programa conta
com 200 alfabetizadores, tutelados pela direcção provincial da Educação, universo
que integra alguns voluntários, para a formação de mais
de 28 mil alunos, cinco mil
dos quais mulheres.
O coordenador valorizou
o envolvimento das igrejas e
de outros parceiros da sociedade civil na alfabetização,
enquanto a direcção da Educação perspectiva encontros
com responsáveis das associações de moto-taxistas,
com a finalidade de incentivar os jovens a aderirem ao
programa de alfabetização.
28
Programa assegura alfabetização de 35 mil pessoas
O coordenador provincial do programa de alfabetização de Benguela, Mário João Manuel, garantiu
a execução de um projecto, em dois módulos, que
prevê a alfabetização de mais de 35 mil pessoas
ainda este ano.
No primeiro período deste ano mais de 17 mil
benguelenses foram alfabetizados, no âmbito do
Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar.
“Este primeiro período caminha a bom ritmo, tendo em conta o nível de intervenção e participação
de todos os actores que estão ligados directamen-
A partir do próximo ano,
nasce o Instituto Superior
Politécnico Lusíadas do
Huambo, que surge da
Universidade Lusíada do
Lobito, em Benguela.
O director geral da
Lusíadas, Albertino
Sebastião, informou que a
instituição vai funcionar nas
instalações da Faculdade
Adventista de Teologia, e
ministrará, numa primeira
fase, cursos de licenciatura
de Arquitectura, Engenharia
de Gestão Industrial, Gestão
de Recursos Humanos e
Psicologia Clínica.
Apesar de ligada à
Universidade do Lobito, a
instituição será autónoma,
no seguimento da política
de autonomização das
universidades por região.
A abertura das inscrições
preliminares dos candidatos está
prevista para Outubro próximo.
te ao processo, quer os parceiros quer os alfabetizandos e alfabetizadores envolvidos, bem como
professores da rede pública”, avança.
O programa está a ser desenvolvido em duas
metodologias, sendo uma “gostar de ler e escrever” e a outra com o método cubano “sim eu posso”, que é alfanumérica e em áudio visual.
O programa é extensivo aos dez municípios
da província e está a ser implementado em locais
como igrejas, instituições públicas, privadas e nas
forças armadas.
Kwanza-Sul
Falta professores do ensino primário
O chefe de repartição municipal da educação da Quibala, Alfredo Lima, mostra-se preocupado com a falta de professores para fazer face ao número de alunos
naquela localidade.
O responsável avança que são necessários cerca de 130 professores do
ensino primário para mais de 17 mil alunos, sobretudo no meio rural, mas a expectativa é que o problema seja resolvido com a realização do concurso público
neste Novembro. As estatísticas indicam
que as comunas do Cariango, Lonhe e
Ndala-Kachibo são as que registam
maior défice de professores. Além do
sector público, no município da Quibala
estão também envolvidos, no processo
de alfabetização, algumas ONG’s, como
é o caso da Associação Angolana para
Educação de Adultos (AAEA) e Dom
Bosco e Alfalite.
Ensino Superior com novo dirigente
Mpinda
Simão, ministro
da Educação
Cândida Teixeira,
ministra da Ciência
e Tecnologia
O Ministério do Ensino Superior da Ciência e Tecnologia
(MESCT), anteriormente dirigido por Maria Cândida Pereira Teixeira, foi fragmentado
em dois ministérios: o Ministério do Ensino Superior, que
passa a ser dirigido por Adão
Gaspar ferreira do Nascimento; e o Ministério da Ciência e
Tecnologia por Maria Cândida
Pereira Teixeira. O Ministério
da Educação continua a ser representado por Mpinda Simão.
Adão do Nascimento, mestre em ciências pedagógicas,
foi secretário de Estado para
o Ensino Superior até antes de
ser nomeado ministro do Ensino Superior.
Adão do
Nascimento,
ministro do
Ensino Superior
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| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Se estudas na ULA
já podes pagar
as propinas num balcão
do Banco Caixa Totta.
O serviço encontra-se disponível nas seguintes agências:
LUANDA
--------------------------------------------------Luanda - Sede Banco Caixa Geral Totta de Angola
Avenida 4 de Fevereiro n.º 99
Município da Ingombota
--------------------------------------------------Dependência da Mulemba
Estrada de Cacuaco - Km 5
Município do Cacuaco
Luanda
Agência do Cacuaco
Rua Direita do Cacuaco n.º 3
Município do Cacuaco
Província de Luanda
Agência do Panguila
Mercado do Panguila
Município do Cacuaco
Província de Luanda
Agência Caravela
Avenida Dr. António Agostinho Neto
Praia do Bispo
Município da Ingombota
Província de Luanda
Dependência do Porto de Luanda
Largo do Porto de Luanda
Município da Ingombota
Agência do HCTA
Edifício Hotel Convenções - Talatona
Município da Samba
Província de Luanda
Dependência do Kinaxixe
Avenida de Portugal n.º 82
Município da Ingombota
Luanda
Dependência da Samba
Rua da Samba n.º 114
Município da Samba
Luanda
CABINDA
--------------------------------------------------Agência de Cabinda
Rua Irmão Evaristo
Cabinda
HUAMBO
--------------------------------------------------Agência do Huambo
Rua Craveiro Lopes
Município da Cidade Alta
Província do Huambo
Opinião
Ainda sobre a qualidade
do ensino universitário
Osvaldo
Amaro,
Jurista e docente
Se, por um lado, subscrevo as críticas dirigidas ao corpo docente universitário pelo Secretário de Estado
para o Ensino Superior, Pedro Sebastião Teta, no que diz respeito à falta
de formação pedagógica adequada,
ao défice da elaboração de manuais
académicos que minimizem as carências de bibliografia, e, mesmo à
caracterização genérica dos professores como maus, do ponto de vista
técnico e axiológico; por outro, não
é menos verdade que as culpas não
podem ser exclusivamente atribuídas aos professores universitários.
O actual estado do ensino universitário em Angola carece desde
há algum tempo de uma atenção
especial. Uma vez que em todo o
território nacional já se ampliaram
sobremaneira o número de salas
de aula (resultando na oportunidade de mais estudantes efectuarem
a formação superior), é chegado o
momento de se criarem mecanismos
que estabeleçam um maior nível de
rigor e qualidade dos serviços que as
instituições do ensino superior prestam.
Para tal, os formadores dos futuros
quadros nacionais devem ser seleccionados de modo mais criterioso.
Nas universidades públicas, a admissão de docentes obedece a uma
selecção mais rigorosa, uma vez que
passa pelo preenchimento de requisitos estatutários como a média final
mínima de 14 valores e a realização
de concurso documental de provimento, sem o qual o vínculo é meramente material e inexistente para
efeitos jurídico-remuneratórios.
Nas universidades privadas, a realidade é algo distinta. Salvo em raras
excepções, aí os critérios de acesso,
quando existem, são bem mais flexíveis, por motivos facilmente perceptíveis e derivados, por um lado, da
escassez de licenciados no país que
obtenham tal média final, por outro,
da existência de mais salas de aula
do que docentes, o que origina a necessidade de provimento das vagas
existentes, sem grandes exigências
formais e objectivas.
Não obstante esta inicial bifurca-
ção da rota para a
docência universitária, grande parte dos
d o c e n - tes apresenta défice de
capacidade, especialmente os mais
jovens, quer devido à pressão que a
vida social exerce, quer por falta de
bases pedagógicas, quer ainda por
falta de tempo para investigar, aprimorar e transmitir adequadamente
os seus conhecimentos, algumas
vezes devido à adopção da turbo-docência, também conhecida entre
nós por “garimpo” académico.
Uma outra crítica, direccionada pelo
Secretário de Estado ao sistema de
ensino universitário, reporta-se à
não exigibilidade aos docentes da
publicação de uma obra bibliográfica antes de atingirem o título de
professores titulares (última categoria da carreira docente universitária). Aqui ficam três sugestões que
poderiam contribuir para solucionar
esse hiato: a primeira é
que não parece razoável exigir aos docentes universitários a
publi-
cação
de uma obra
apenas para a obtenção do título de
professor titular, uma
vez que para esse título só podem
ser
admitidos
aqueles
professores associados já com o grau de
Doutor (à partida alguém que já elaborou pelo menos duas teses). Para
o devido efeito dever-se-ia alterar o
Decreto 25/94, de 01 de Junho, que
regula o Estatuto da Carreira Docente Universitária, no sentido de se
exigir essa publicação, na transição
do título de assistente estagiário ao
de assistente. Esta obrigatoriedade
contribuiria para o enriquecimento
do acervo bibliográfico nacional, tão
essencial para uma formação adequada dos nossos quadros. A segunda relaciona-se com a não institucionalização na maior parte dos planos
curriculares pré-universitários e
universitários, públicos e privados,
da cadeira de metodologia de investigação científica. A obrigatoriedade do ensino dessa matéria teria
um papel fulcral no esclarecimento
dos passos e requisitos técnico-científicos específicos necessários para a
elaboração de trabalhos, teses e monografias aos estudantes dos diversos ramos do saber e desmistificaria
as dúvidas e dificuldades ainda notórias nesse domínio.
A terceira sugestão é dirigida ao organismo de tutela, designadamente, o Ministério do Ensino Superior
e Ciência e Tecnologia, que por intermédio do Centro Nacional de
Investigação Científica deveria estimular mais objectivamente os docentes a intensificarem a investigação científica e consequentemente
a publicarem manuais académicos,
independentemente da sua categoria na carreira docente, promovendo concursos, concedendo prémios
e atribuindo subsídios para aquelas
pessoas que se dediquem a intensificar os seus conhecimentos e a passar o seu testemunho aos que deles
careçam.
Em síntese, com um maior rigor na
selecção dos docentes universitários
e dos conteúdos a leccionar, bem
como um incentivo claro à investigação científica, é possível elevar a
qualidade do ensino universitário.
Quem sai beneficiado são os nossos
quadros e com eles o nosso país.
Dependência Sequeira Lukoki
Rua Sequeira Lukoki n.º 75/77
Município da Ingombota
Luanda
Dependência de Viana
Rua Comandante Valódia n.º 25
Município de Viana
Luanda
Investir no Presente. Conquistar o Futuro.
30
LUBANGO
--------------------------------------------------Agência do Lubango
Avenida Deolinda Rodrigues n.º 86
Lubango
Caderno do Estudante
vale muito.
Mas não custa nada!
31
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Caderno do Estudante
Caderno do Estudante
Aula do Professor
Edno Pimentel
Professor
Numa Sexta-feira, dois alunos, o
‘Mr Sunday’ (senhor Domingos) e
o ‘Little Father’ (Paizinho), foram
seleccionados para as habituais aulas de ‘Talking’. Diante da turma
do ‘Elementary’, os dois tinham de
mostrar tudo o que sabiam em inglês aos alunos visitantes.
Depois das perguntas de apresentação (‘How are you?’=’Como estás?’; ‘What’syourname?’= ‘Como te
chamas?’;’Where do you live?’ = ‘Onde
vives?’), um deles pergunta:
Mr Sunday: “Why do you want
to speak English?”(= Porque queres
aprender ingles?). Little Father: “Be-
I pretend to find a new job
cause I pretend to find a new job”.O
professor percebeu o que o aluno
queria dizer. “Little Father” não sabia
que “pretend” tinha um significado
diferente daquele que supostamente
apresentava. “Pretend” significa “fingir” em português.
Ainda durante a conversa, Mr Sunday disse: “I’m not well. I have constipation”. Mal sabia ele que “constipation” era prisão de ventre e não gripe
como
queria dizer.
Palavras como estas, pretend e
constipation, com grafia semelhante
ao português e têm, geralmente, origem latina, são chamadas de “falsos
amigos” ou “falsos cognatos”, que, ao
longo dos tempos, adquiriram outros
significados.
É forte a presença de vocábulos de
origem latina no inglês. O principiante de inglês não deve preocupar-se
com qualquer probabilidade de erro
ao interpretar palavras do inglês parecidas com palavras do português.
Mas deve, sempre que puder, consultar um dicionário ou um professor de
inglês para mais esclarecimentos.
Alguns falsos cognatos:
Actually (adv) - na verdade ..., o fato é
que ...
Assist (v) - ajudar, dar suporte
Attend (v) - assistir, participar de
Beef (n) - carne de gado
Cigar (n) - charuto
College (n) - faculdade, ensino superior
Data (n) - dados (números, informações)
Expert (n) - especialista, perito
Grip (v) - agarrar firme
Intend(v) tencionar
Legend (n) - lenda
Library (n) - biblioteca
Lunch (n) - almoço
Parents (n) - pais
Preservative (n) - conservante
Pretend (v) - fingir
ENcONtrE
EMprEGO hOjE
Director Geral Evaristo Mulaza
semanário | Ano i
Nº 16 | Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |GrÁtis
Sociedade
lixo rentável
pés na terra
A recolha de lixo
está a ser paga.
Cada saco rende
100 kwanzas. Já se
faz negócio.
págs 4 e 5
Paul G atirou-se a uma carreira
a solo cantada em inglês. Mas
garante que não perdeu a
identidade. Antes do espectáculo
a 19 de Outubro, em Luanda, o exSSP confessa-se ao NG págs 40 e 41
Política
novos inquilinos
Actualmente - nowadays, today
Assistir - to attend, to watch
Atender - to help; to answer; to see, to
examine
Bife - steak
Cigarro - cigarette
Colégio (2º grau) - high school
Data - date
Esperto - smart, clever
Gripe - cold, flu, influenza
Entender - understand
Legenda - subtitle
Livraria - book shop
Lanche - snack
Parentes - relatives
Preservativo - condom
Pretender - to intend, to plan
Proibida a venda! Este jornal é GRÁTIS
nos classificados do NG
pág. 34
Conheça os
direitos e os
deveres dos
recém eleitos e
o que faz um
deputado.
pág. 15
Cultura
o maior Festisumbe
Durante 14 horas,
repartidas em dois
dias, a cidade do
Sumbe vibrou com
o maior festivel de
música de Angola
pág. 42
Depois
Da Zunga,
a escola
São vendedores ambulantes que andam pelas ruas a
ganhar o sustento. Mas não desistem, têm sonhos e
ambições. Vendem durante o dia e estudam à noite a
pensar no futuro. Transportam com eles uma grande
vontade de mudar de vida. págs 24 e 25
Desporto
Economia
pobre futebol
centros de oportunidades
A Federação precisa
de nove milhões
de dólares por ano
para sobreviver.
Anda à procura
de quem a
financie pág. 47
Jornal Nova Gazeta
Já são 40 os centros
de emprego, onde se
procura e se oferece
oportunidades de
trabalho. Mas a eficácia
ainda é fraca.
págs. 18 e 19
Opinião • Sociedade • Política • Economia • Caderno do Estudante • Internacional • Cultura • Desporto
CAPA.indd 2
01/10/12 21:49
A semana passada perguntámos aos leitores o que pensam
sobre a turbo-docência. É um mal necessário? É inevitável?
Pode ser benéfico para os alunos? Esta semana, desafiamos
a que deixem mensagens ao novo ministro do Ensino
Superior, Adão do Nascimento. O que gostariam que ele
começasse por fazer, por exemplo.
Amigos 2.016
adiciona o NG aos teus amigos
Pergunta da semana:
Quais são as tuas sugestões ao ministro do Ensino Superior?
Opinião do estudante
Professor ferrão
vais sair daí quando?
Estudante da
Universidade Jean
Piaget
Estou em minha casa agora, queria dormir mais
decidi folhear e ler o jornal Nova Gazeta da edição numero 14, portanto a edição desta semana.
E aqui abro um parênteses para dizer que o teclado em que estou teclando e tão complicado
que nem sei onde ficam os sinais de acentuação.
Continuando... Na página 11 do referido Jornal
há um artigo que fala da malária.
O mesmo diz que a malária é causada por um
vírus, quando na realidade é causada por um
protozoário. Achei que era um lapso mas conclui
que se trata de falta de conhecimento da matéria pois mais à frente o editor repetiu a expressão
“vírus” para designar o agente causal da malária.
A questão e que o Nova Gazeta foi concebido em
parte para ser lido por estudantes universitários
e, portanto, deve ter mais cuidado na elaboração
dos seus artigos, sob pena de cair na descrença...
Que fique claro! A malária e uma doença infecciosa de origem parasitária e não viral.
Alguns colegas e eu temos estado a debater o
caso “Magoga” ou “Chandula” vs Febre Tifóide...
Gostaria que o vosso Jornal tratasse desse assunto, porque parecendo mentira, muitos acabam
contraindo a Tifóide comendo na rua...
32
“Eles me agradiram”
Quando se aproximou, com o rosto inchado, os olhos vermelhos de sangue, o rapaz
explicou-me o que se passara. Tinha sido assaltado no dia anterior por meliantes.
Receberam-lhe o telemóvel, os calçados, e o dinheiro que levava. “Como se não bastasse, eles me agradiram”, lamentou. Fez a queixa à polícia e espera que os delinquentes
sejam punidos para não “agradirem” mais ninguém. Eu também desejo o mesmo. É
preciso pôr um ‘stop’ a esses indivíduos que perdem o tempo a agredir as pessoas de
bem. Porque agradir é errado. O certo, do ponto de vista linguístico, é AGREDIR. Este é um
verbo, à semelhança de outros irregulares, ao qual os professores devem prestar especial atenção. Recomenda-se. Agredir é um verbo irregular porque, neste caso, sofre uma alteração no seu
radical, embora obedeça ao paradigma dos verbos regulares da terceira conjugação
(os terminados em –ir). A sua conjugação é a seguinte:
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Ernesto V. Romance:
A permissividade em relação à “turbo-docência” é
um gesto que contempla esta prática dos docentes,
fazendo com que muitos professores extrapolem o que é
legalmente permitido. Em todo o caso, a “turbo-docência”
é uma consequência directa da própria conjuntura social.
Acredito que, implementando a prática de investigação
científica nas unidades orgânicas, os docentes terão
mais ocupação. A par da docência, a investigação é
também uma actividade remunerada.
Elton Cambole:
Esse fenómeno, a todos os títulos reprovável,
infelizmente se assiste em grande escala no nosso país,
principalmente nas universidades. O escritor brasileiro
Augusto Cury diz num dos seus livros “educar é semear
com sabedoria e colher com paciência”, quando um
docente é “garimpeiro no ensino” não está em condições
para transmitir sabedoria com paciência ecolher bons
resultados.
Presente Indicativo
Pret. Perf. Simples
Presente Conjuntivo
Eu
Agrido
Agredi
Agrida
Tu
Agrides
Agrediste
Agridas
Ele/a
Agride
Agrediu
Agrida
Nós
Agredimos
Agredimos
Agridamos
Bernardino Capandumbo:
Vós
Agredis
Agredistes
Agridais
Agrediram
Agridam
A turbo-docência causa má preparação pedagógica dos
professores e suscita fracasso por parte dos estudantes.
Se um professor lecciona em várias universidades, numa
ou noutra, poderá ser pouco produtivo, prejudicando,
deste modo, os estudantes.
Ele/as Agridem
A norma padrão da Língua Portuguesa referente a Angola prevê o uso pós-verbal dos pronomes clíticos. Isto quer dizer que será
conveniente dizer “Eles agrediram-me”.
Fotos 14
Mapa 2
Subcritores
Cláudio Bartolomeu:
Penso que é um mal necessário. No entanto, são
poucos os docentes que deveriam ter permissão para
ministrarem aulas em várias instituições de ensino.
Primeiro, porque a formação dos mesmos é duvidosa.
Segundo, porque são poucos os que transmitem os
conhecimentos nas diferentes instituições de ensino
ao mesmo nível. Por isso, devia haver monitorização
destes turbo-docentes e consertar este problema.
Skyvânio Graça:
É um mal que precisa de ser banido, porque os seus
efeitos prejudicam os estudantes. Docentes que
leccionam em três ou mais faculdades e ainda exercem
outras funções já não irão explicar com afinco. Haja
inspecção rigorosa por parte do Ministério da Educação
e do Ensino Superior Ciências, para que alcancemos a
tão esperada qualificação e eficácia do ensino.
Avelino Morais:
A turbo-docência é um mal “não necessário” que se
deve combater, porque os efeitos negativos poderão ser
sentidos por todos nós. Um professor precisa de tempo
para planificar. Nenhum docente, por mas tempo que
leccione, deve sentir-se“o dono” do saber. É preciso uma
actualização constante.
Arnaldo Gaspar Soba:
É sim prejudicial, tanto para o professor como para os
estudantes. Porque tudo na vida requer uma preparação
prévia.
33
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Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
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37
37
Internacional
Quinta-feira
Quinta-feira 44 de
de Outubro
Outubro 2012
2012 ||
EUA
África do Sul:
Inquérito a Marikana
As autoridades sul-africanas iniciaram
o inquérito ao tiroteio que matou,
em Agosto, 30 mineiros nas minas de
Marikana, ordenado pelo presidente
sul-africano, Jacob Zuma. Os habitantes
daquela comunidade continuam a
protestar contra a brutalidade da polícia
durante a greve que teve esse fim trágico,
apelando à polícia para proteger os
cidadãos. O incidente de Marikana, o
mais grave desde o fim do apartheid,
aconteceu a 16 de Agosto. 34 pessoas
morrerem e 78 ficaram feridas quando
a polícia disparou contra mineiros da
empresa Lonmin em greve, durante uma
semana, exigindo aumentos salariais.
Portugal
Quénia
Igrejas e escola atacadas
Greves geram prejuízos
de 500 milhões
A greve no porto da capital portuguesa, que se arrasta desde
meados de Setembro, pode gerar prejuízos superiores a 500
milhões de dólares para os grandes importadores, segundo
cálculos da Associação Comercial de Lisboa
Pelo porto, mensalmente, são exportadas 370 mil
toneladas de produtos e importadas 650 mil toneladas. A
prevalência desta grave por mais tempo poderá afectar o
abastecimento às indústrias que se vêem sem matériasprimas para as suas produções.
38
Alemanha
Realizador pouco
inocente
A polícia de Los Angeles, Estados Unidos de América, deteve
o presumível produtor de “A inocência dos muçulmanos”, o
filme que provocou a ira dos muçulmanos. Nakoula Besseley
Nakoula, alegadamente, quebrou as regras da liberdade
condicional, impostas depois de uma condenação, há dois
anos, por fraude bancária.
A juíza decretou a prisão preventiva devido ao perigo
iminente de uma fuga e risco para a comunidade. A detenção
não esta relacionada
com o filme que
produziu, no qual
ridiculariza o profeta
Maomé, que causou
uma onda de violência
em todo o mundo
muçulmano. Nakoula
Besseley Nakoula tem
andado escondido
desde que começaram
as manifestações e tem
a sua cabeça a prémio,
cuja recompensa
é oferecida por
um governante
paquistanês.
A polícia queniana atribui a
autoria dos ataques com granadas
a uma igreja e à escola de São
Policarpo, Nairobi, como retaliação
dos simpatizantes da milícia
islâmica somali, Al Shabab,
descontente com a intervenção
militar do Exercito do Quénia na
Somália.
No âmbito da missão da
União Africana, o exército
somali, apoiado pelo Quenia,
ajudou a expulsar as milícias
da cidade de Mogadíscio, bem
como recentemente da cidade de
Kismayu, o bastião da milícia.
Este último acontecimento
despertou a cólera da população
queniana, levando a multidão
a retaliar contra os somalis
residentes com paus e pedras,
provocando o ferimento a 13
pessoas, no subúrbio de Eastleigh.
No Quénia, tornou-se
uma prática o arremesso de
Internacional
Cultura
| Quinta-feira 427dedeOutubro
Setembro
2012
2012
Líbia
Recolha de armas
Católicos pagam para rezar
Numa decisão considerada inusitada e polémica, um
tribunal alemão decidiu que, para ser católico, é preciso
pagar um imposto religioso. Quem não o fizer perde o
direito ao baptismo e à comunhão.
A decisão do Tribunal Administrativo Federal determina que
um católico, que declare formalmente o seu afastamento da
Igreja para não pagar a contribuição mensal, também perde
o direito de participar nas cerimónias religiosas.
Os juízes determinaram, no entanto, que o assunto é da
alçada única da Igreja e que tal afastamento parcial não
é possível, argumentando que aqueles que “desejam
voluntariamente permanecer na comunidade católica
não podem exigir que o Estado restrinja o direito de
autodeterminação da Igreja”.
A medida foi anunciada dois dias depois de um decreto
da Conferência dos Bispos da Alemanha entrar em vigor,
segundo o qual os católicos que se recusarem a pagar a taxa
perdem o direito de receber os sacramentos.
O responsável da associação cristã defende que, desde 2006,
a interpretação da lei “era muito clara” e que as pessoas, por
deixarem a igreja, não renunciam à sua fé.
As armas, utilizadas pelos rebeldes e
milícias líbias na luta contra o antigo
presidente Muammar Kadhafi, começaram
a ser recolhidas numa iniciativa organizada
pelo exército e apoiada por uma televisão
privada. Em Bengasi, a cidade principal
bastião dos rebeldes, aproximadamente 800
pessoas entregaram as armas, enquanto
duas centenas em Tripoli entregaram ao
exército metralhadoras, lança-granadas e
munições. Face ao clima de insegurança,
gerado pelas milícias armadas, muitos
líbios tem abandonado o país. O governo
tenta desmobilizar as milícias, desde o
ataque ao consulado dos Estados Unidos
em Bengasi, no dia 11 de Setembro que
resultou na morte do embaixador e de mais
três americanos.
Síria
Património destruído
Os combates na cidade síria de Alepo estão a destruir
a herança cultural da humanidade, denunciaram os
responsáveis da Unesco, órgão das Nações Unidas
que zela pela educação, ciência e cultura. O mercado
medieval de Alepo, uma das principais atracções
turísticas, tornou-se numa das vítimas deste conflito.
O fogo terá destruído um milhar de lojas na estrutura
com abóbadas em pedra e fachadas de madeira
trabalhada. Além disso, os responsáveis da UNESCO
acreditam que locais históricos, como a antiga cidade
de Palmira, a Velha Damasco ou o Castelo dos
Cruzados, tenham sido igualmente afectados. A Síria
tem seis locais classificados pelo aquele organismo da
ONU como património mundial.
Venezuela
Campanha violenta
Mais de cem mil pessoas saíram às ruas de Caracas, capital
da Venezuela, para protestarem pela morte, a tiro, de
três apoiantes do partido da oposição Primeiro Justiça
encabeçado por Henrique Capriles, adversário de Hugo
Chávez, nas eleições do próximo domingo.
O tiroteio ocorreu perto da cidade de Barinas, de onde
é natural Hugo Chávez. Capriles recebeu o maior apoio
de sempre na capital venezuelana. O presidente Hugo
Chaves que se recandidata a um novo mandato, garantiu,
por seu lado, que não há nenhum risco de perder as eleições
marcadas para este domingo, além de, igual modo, lamentar
as mortes.
granadas em lugares públicos, nos últimos
seis meses, principalmente em bares, igrejas
e paragens de autocarros.
Rússia
Audiência adiada
O Tribunal de Moscovo adiou a audiência
para apreciação do recurso das integrantes da
banda Pussy Riot para a próxima semana, numa
altura em que responsáveis da Igreja Ortodoxa
russa prometem apoiar um eventual recurso
para redução de pena. Mas apenas se as três
jovens demonstrem arrependimento pelos actos
cometidos.
A audiência foi adiada depois de uma delas
ter decidido abdicar dos advogados por estes
não terem a mesma visão que ela tinha em
relação ao caso. As três jovens, de 22, 24 e 30
anos, foram condenadas, em Agosto, a dois
anos de trabalhos forçados por “hooliganismo”
e “incitação ao ódio religioso” na sequência
de uma performance musical anti-Putin na
catedral de Moscovo, que elas produziram.
39
Cultura
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Paul G, Músico
“Penso além da realidade”
O músico tem na
forja o seu primeiro
grande show de
carreira a solo,
intitulado “Paul
G e Amigos”, com
a participação de
artistas nacionais e
internacionais. O seu
segundo disco está a
ser produzido e será
lançado brevemente
Por Amélia Santos
Foto Mário Mujetes
É considerado um cantor
de sucesso. Contava com
toda essa receptividade do
público?
Sinceramente, não. Lancei o
álbum e, na altura, contava
com uma editora americana.
A intenção era fazer o lançamento nos Estados Unidos e
depois em Angola, mas acabei por fazer o contrário por
causa do tempo. Felizmente o público aderiu bem ao
meu disco, foi muito bom. O
facto de cantar em inglês
abre-me portas. Venci o “kora Awards”, fui
nomeado para Washington
Music Award, um prémio
que dão a músicos que são
reconhecidos a nível internacional e na área de Washington. Agora estou, pela quarta
vez consecutiva, no “Music
channel Awards”. Esses passos todos mostram que estou
a desbravar outros mercados.
Ouve-se comentários de
que está a fugir das nossas
raízes.
Isso é um pensamento extremamente negativo, porque,
apesar de cantar em inglês,
não significa que deixei de ser
angolano. Ao fazer-se uma
música, deve pensar-se mais
além do que a realidade nos
mostra. Faço questão de ter
sempre nas minhas músicas
alguma característica angolana.
40
“
Sou
o primeiro
angolano a
estar num dos
melhores “sites”
de vídeoclipes
em alta
definição.
’’
Além de músico, é
empresário. Quanto é
que cobra para participar
num espetáculo?
Sim, sou empresário. A minha empresa dedica-se a produção de eventos musicais.
Produzi quase todos os shows que a Unitel fez com cantores americanos. Parte dos
contactos com esses cantores
foi a minha empresa que os
fez, em colaboração com a
Step Models. Em relação aos
cachês, depende muito, porque as pessoas que nos contratam não têm ainda a cultura de quanto vale um cantor.
O meu cache oficial é de 15
mil dólares.
Daí o bom “look “nos
shows?
Presença sempre foi o meu
forte, mas não é fácil. A minha mãe sempre me chamou
de Bangão, sempre gostei
de coisas diferentes. Sempre
gostei de estar bem e sempre
tive bom gosto. As pessoas
pensam que tudo que o Paul
usa é caro, não! É questão de
saber escolher e bom gosto.
Já se vive da música em
Angola?
Sim. Eu vivo da música. É a
minha maior fonte de sustento, tenho também o lado empresarial, mas ainda não dá o
mesmo que a música me dá.
Quem produz as suas
músicas?
O meu primeiro álbum foi
produzido e escrito por
mim, o segundo terá uma
coprodução, devido às várias
participações. Estou a trabalhar nele. Se tudo correr bem,
ainda este ano sai com o título de `The New Era´.
Falemos sobre o seu
passado. Quem foram os
mentores dos SSP?
O grupo foi criado por mim
e pelo Big Nelo, porque, na
altura, já dançávamos e estávamos à procura de um nome
para o grupo. Big Nelo, na
Alemanha, fazia parte de um
grupo SSP e demos o mesmo
nome ao nosso porque achamos conveniente.
A rotura dos SSP dá-se com
a sua saída?
Na verdade, eu e o Kude fomos os causadores da rotura
dos SSP. Na altura, havíamos
conseguido bolsas de estudo
para o Brasil e Inglaterra. Mas
preferi ir ao Brasil porque ti-
| Quinta-feira 427dedeOutubro
Setembro
2012
2012
nha lá parentes. Fiz um curso
intensivo de música durante
dois anos e formei-me em Introdução de Produção Musical.
Foi nesta fase que começou a
carreira a solo?
Sim! Fiquei quatro anos nos
Estados Unidos, nesta data
comecei a traçar a minha carreira a solo, já aspirava cantar
outros estilos musicais e tinha
mais queda para o R&B do
que o Hip Hop. Fiz o inglês
porque sempre desejei que
o mundo ouvisse as minhas
músicas.
Os nossos músicos cantam
só para o mercado nacional
ou também para outros
horizontes?
Cantam para outros horizonte. Acredito que um bom
músico, que sonha alcançar o
sucesso, deseja que o mundo
ouça as suas músicas, e que
não fique confinado no seu
país. A nossa visão deve ser
mais além.
Cultura
Grande show ‘Paul G e amigos’
Até ao fecho desta
edição estava marcada uma conferência
de imprensa, para a
última terça-feira, 02,
no espaço Chateau
d´ax, em que Paul G
falaria sobre o seu
primeiro grande show
de carreira a solo a ser
realizado no próximo
dia 19 de Outubro
no cine Atlântico, em
Luanda. O músico vai
partilhar o palco com
artista nacionais e
estrangeiros, que têm
contribuído significativamente para o sucesso
do seu trabalho. Paul G
gravou o seu primeiro
disco a solo em 2009
intitulado `Transição´,
com alguns sucessos
como `freaking Me
Out´.
PERFIL
Nome completo: Paulo Jorge
Marques João
Nascimento: 31 de Março
Família: Juddy Conceição e
Azael
Pior defeito no ser humano:
Falsidade
Qualidade: Honestidade
Ocupação: Cantor e compositor, produtor, dançarino e
empresário
Estilo musical: R & B e Rapp
41
Cultura
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Festisumbe
Mamborro
Calou se a voz da “Xuxú”
Sumbe vibrou
em 14 horas de música
Mamborro deixou a
música e a cultura
angolanas órfãs, no dia
27 de Setembro. Yury da
Cunha diz que perdeu,
“mais do que um mestre,
um pai”.
Nos dias 28 e 29 de Setembro, a cidade do Sumbe recebeu pela 12ª vez o
Festisumbe, que reuniu o grosso da música angolana, repartida entre a nova e
velha geração.
Por Manuel Bento
Fotos Cedidas
Mais de 100 mil pessoas, provenientes de vários pontos do país,
marcaram presença na marginal
do Sumbe, capital do Kwanza
Sul, onde assistiram, no último
fim de semana, ao maior festival
de música angolana.
No primeiro dia, (sexta-feira),
o cenário foi abrilhantado pelos
músicos Hady Lima, Titica, Irmãos Almeidas, Edy Tussa, O2,
Proletário, Ary, C4-Pedro e por alguns artistas locais, que actuaram
durante sete horas ininterruptas.
Já no segundo e último dia, nem
mesmo a pequena chuva que insistia em cair na cidade conseguiu
travar a imensa vontade e disposição dos habitantes do Sumbe
e visitantes para verem cantar
Bessa Teixeira, Sabino Henda, Lulas da Paixão, Banda Voga, Puto
Portugues, Ary, Yuri da Cunha,
os Kassave e W-King, ao longo de
sete horas.
Com as canções “Makumba”,
“Fató” e “Popozuda”, Yuri da
Cunha, conhecido também como
o “show man” da música ango-
42
Horizonte Nzinga Mbandi
lana, não deixou os seus créditos
em mãos alheias, tendo demonstrado a capacidade artística numa
simbiose perfeita entre a dança e
a interpretação. A plateia, muito
empolgada, agradeceu, respondendo-lhe com demoradas ovações. Puto Português também
manteve a habitual performance
em palco, recebendo igualmente
o carinho do público do Sumbe.
Yuri da Cunha, que já participa do espectáculo há três anos,
mostrou-se satisfeito e atribuiu
nota positiva ao público “que demonstrou estar a mudar de atitude relativamente ao valor que se
deve dar à música angolana”.
“Para mim é sempre uma honra voltar a terra onde eu nasci. Já
fechei aqui algumas parcerias
que me vão possibilitar voltar ao
Sumbe com mais regularidade”,
afirmou. “Sinceramente é sempre um prazer ser convidado
para cantar no Festisumbe. Estive
no espectáculo de Consagração
da Miss Malange, mas não a cá
voltar”.
Durante os dois dias de
emoções, a marginal do Sumbe
foi também aproveitada para a
realização de uma feira de artesanato. A actividade contou
com mais de duzentos expositores e serviu de oportunidade
para muitos comprarem produtos de cultura, vestuários, tecidos e outros acessórios.
Ao Nova Gazeta o administrador municipal do Sumbe, Sebastião Daniel Neto, disse que
o espectáculo superou as espectativas por ter passado a cifra
das 100 mil pessoas previstas.
Para a autoridade local o
Festisumbe é uma demonstração do empenho do Governo
Kwanza-sul no bem-estar da
juventude. “Compreendemos
que a cultura é um ponto de
união no qual a juventude se
revê. Por isso estamos empenhados todos os anos a proporcionar um espectáculo de qualidade aos nossos jovens e em
todas as edições procuramos
sempre caprichar ”, finalizou
Resistir no teatro
O grupo teatral Horizonte Nzinga
Mbandi, já com 26 anos é um dos grupos
sobreviventes de Luanda. Fundos próprios,
cursos de formação de actores, além dos
espectáculos, explicam a ‘longevidade’.
Por Amélia Santos
Fotos Mário Mujetes
O grupo teatral Horizonte Nzinga Mbandi existe há
26 anos, conta com um elenco acima dos 50 membros e vai sobrevivendo graças a vários projectos,
como a formação em vários ramos sobretudo ligados à arte cénica e televisão de que são exemplos os
cursos para actores, operadores de camara, editores,
guionistas e apresentadores. Consegue ainda arrecadar alguma receita com a venda de bilhetes dos
espectáculos que produz. “O grupo não depende de
patrocínios, porque estes são raros”, esclarece o actor e responsável pelo elenco, José Galiano, falando
de outras actividades que sustentam o grupo.
“Para os cursos que realizamos, temos um convénio com actores brasileiros. Procuramos exibir uma
única peça em duas sessões para abranger desde o
escalão dos mais jovens aos mais adultos”.
O actor hoje tem a noção de que “o público tem outra percepção do teatro”. Garante que já não vem ao
teatro apenas como diversão, “mas como algo interessante que transmite informação. E muitos se revêem nas histórias que o teatro exibe e o importante
é a representação manifestação cultural”.
O grupo Horizonte Nzinga Mbandi foi criado por
Adelino Caracol e Ezequiel Isenguele, em 1986. Já
passaram por aqui muitos actores que fazem – e fizeram – sucesso tanto em Angola como no estrangeiro. Mónica Ceril, Luís Kifas, Dalton, David Inoque e
muitos outros actores actuaram neste grupo instalado em Luanda.
Ao longo destes anos, o Horizonte Nzinga Mbandi
foi somando alguns prémios: o da Cultura e Arte,
em 2007, duas vezes vencedor do prémio DSTv, em
2008 e 2009, e, este ano, foi homenageado no `Angola 35 graus´ na categoria de artes.
Cultura
| Quinta-feira 427dedeOutubro
Setembro
2012
2012
Por Manuel Bento
Foto Santos Samuesseca
O artista foi para muitos
uma das figuras mais emblemáticas da música infantil,
das décadas de 1980 e 1990,
quando se evidenciou na
canção infantil, consagrando-se em 1987 vencedor do
“Top dos Mais Queridos” e
“Top dos Cinco”.
Para a ministra Rosa Cruz
e Silva, a morte de Mambor-
ro enfraquece o universo artístico angolano, “deixando
um grande vazio, só mitigado pelo valor intelectual da
sua obra, que fica indelével
nos marcos históricos de Angola”.
Yuri da Cunha reforça as
palavras da ministra. Em reacção ao NG, referiu que a
morte de Mamborro é uma
perda irreparável na música
angolana e para a cultura em
geral. Para o “show man”, o
artista foi um dos seus principais influenciadores e motivadores, enquanto aluno
na escola Pó da Rádio Nacional.
Visivelmente
abalado,
Yuri da Cunha afirmou que
teve o Mamborro como um
pai, irmão e, sobretudo, “um
mestre que me ensinou muitas coisas que explicam hoje
a minha maturidade, enquanto ser humano”.
A morte de Mamborro
resultou de uma longa luta
com a doença de que padecia há já alguns anos. O
músico sofria de diabetes e
chegou a estar em tratamento na Namíbia, depois de,
em várias ocasiões, o músico
Maya Cool e o grupo os Tuneza terem realizado “SOS
Mamborro”, que serviam
para a recolha de ajuda financeira para o tratamento
do artista.
Apesar da sua notável
carreira, apenas em 2007,
Mamborro gravou o seu primeiro álbum intitulado “Um
Pouco de Mim”. Na década
de 1980, revolucionou e contribuiu para o desenvolvimento da música infantil, ao
lado de nomes como Alberto
Matos, Anax, Caboco, Maranax, Gisela Góis, Ângelo
Boss, As Gingas do Maculusso, Pipiador, Nicinha Rocha,
Macaia, Zito Silva e Lopes
Cortez.
José Manuel Jorge Machado, ou “Mamborró”, nasceu a 7 de Agosto de 1970,
na vila da Gabela, província
do Kwanza-Sul. Gravou um
single com os temas “Quando eu passo pelas ruas”,
“Guida” e “Ndenguelândia”.
Desporto
Cultura
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Agenda
Nova Gazeta ao serviço do leitor
5 de Outubro
Chill Out apresenta a noite `White Experiense
Never Ending Dream´ ao som do Dj Pete The Zouk,
DJ Darcy e DJ César, a partir das 23h00.
12 de Outubro
O colectivo de Arte 17 de
Dezembro apresenta a obra
`O Banco da Marginal´, na
LAASP as 19h30.
5 de Outubro
O grupo de Teatro
Anangola apresenta a
peça `Bom Dia Amor...
Tudo Acabou!´, na
LAASP- ex-Liga Africana,
ao preço de 1000 kz, a
partir das 20h00.
Luanda
O Todas quintas-feiras
O grupo Lev´Arte realiza
` Poesia eu vivo´, no Kings
Club Vila Alice, pelas 19
horas.
Todas as quintas e sextasfeiras
O Bar Oito Dezoito
convida-o para duas
noites especiais de Sound
Sessions, a partir das
21h00.
Todas as quintas-feiras
O Lookal apresenta o
karaoke mais animado
de Luanda, a partir das
22h00.
Gelado de iogurte banana e mel
12 de Outubro
Os Niggaz da DSD
apresentam a segunda
edição da `Noite com
Classe´, no Largo-patriota,
ao som do Dj Mauro Mix
e Bruno Tuga e música ao
vivo de Squadra Azzurra,
ao preço de 2000. A partir
das 22h00.
Anedota da semana
Um muçulmano devoto entra num
táxi e pede ao taxista para desligar o
rádio, porque não quer ouvir música,
como decretado na sua religião e
porque no tempo do profeta não
havia música, especialmente música
ocidental, que é música dos infiéis.
O motorista do táxi educadamente
desliga o rádio, sai do carro dirige-se
à porta do lado do cliente e abre-a.
O árabe preocupado pergunta:
- O que você está a fazer?
Responde o taxista:
- No tempo do profeta não havia
táxis, por isso saia e espere pelo
próximo camelo.
Ingredientes:
2 copos de iogurte natural,
2 Bananas maduras
4 c. mel
1/2 Limão sumo
1 c. (chá) vodka,
Nozes picadas e canela em pó.
Modo de preparo:
Misturar o iogurte com o mel, a vodka e o sumo de limão.
Esmagar as bananas com um garfo e
misturar com o iogurte.
Deitar o preparado num frasco de
vidro com tampa e colocar no congelador.
12 de Outubro
A Discoteca Kapitólio
apresenta noite do `Afro
Music Channel Party´. A
partir das 22h00.
6 de Outubro
Os Bem Bom
apresentam `Ilha
Fashion Party´, em
alusão ao 10º aniversário
do grupo, no Salão
Papa C Beach, na Ilha
de Luanda com música
ao vivo de Dr. Tchubi,
Pé Quente e Bebucho Q
Cuia. Ao som dos Dj’s
Havaiana, Mix, Reis e
Tin Tin. A partir das
15h00.
5 de Outubro
O Lookal Ocean Club
apresenta a noite dos
`´Xutos & Pontapés´,
em alusão aos 30 anos
do Rock & Roll, a partir
das 20h00.
Nas primeiras 2 horas retirar de hora
em hora e mexer com a varinha mágica para quebrar os cristais de gelo até
o gelado ficar cremoso.
Aries
Carneiro
Touro
Aries
Taurus
Gemini
Cancer
Aries
Leo
Virgo
Libra
Scorpio
Leo
Sagittarius
Gemini
Capricorn
Cancer
Semana de ser coerente naquilo
que faz. Não prometa amor quando
não pode dar. A sua saúde financeira
encontra-se em crise.
O seu número da sorte é 33.
Aries
Taurus
Leo
Virgo
Sagittarius
Capricorn
Aquarius
Aries
Pisces Sagittarius
Taurus
Gemini
Semana de refazer os contractos
de trabalho e procurar melhores
propostas. A vida amorosa reserva-lhe
muitas surpresas.
O seu número da sorte é 77.
Gemini
Cancer
Aries
Taurus
Virgo
Libra
Scorpio
Leo
Virgo
Capricorn
Cancer
Aquarius
Balança
Libra
Scorpio
Leo
Pisces Sagittarius
Pisces Sagittarius
Capricorn
Libra
Capricorn
Aquarius
Scorpio
Use a inteligência para alcançar os
seus objectivos e realize os seus
sonhos. Crie actividades saudáveis
para o seu relacionamento.
O seu número da sorte é 41.
Pisces
Aries
Caranguejo
Taurus
Gemini
Dedique-se mais ao trabalho. Valorize a sua companheira, prestando
atenção ao que ela faz. Cuidado com
o colesterol.
O seu número da sorte é 23.
Gemini
Libra
Aries
Aquarius
Leo
Escorpião
Virgo
Está na hora de avaliar os seus actos
e ser responsável. Permaneça fiel aos
seus conceitos de fidelidade. Procure
ajuda médica com urgência.
O seu número da sorte é 5.
Aquarius
Gêmeos
Taurus
Cancer
Scorpio
Taurus
Pisces
Virgo
Leo
Gemini
Sagittarius
Libra
Virgo
Cancer
Libra
Aries
Capricorn
Scorpio
Aquarius
Leo
Capricorn
Aquarius
Pisces
Sagittarius
A sua semana estará repleta de
vitórias, nunca desista dos seus
sonhos. Não é aconselhável partir para
outra relação.
O seu número da sorte é 1.
Scorpio
Taurus
Gemini
Cancer
Aries
Taurus
Pisces
Virgo
Libra
Scorpio
Leo
Virgo
Esta semana será de concretização.
Vá ao encontro de um novo emprego.
Faça feliz a sua família e crie momentos únicos.
O seu número da sorte é 90.
Pisces
Cancer
Aries
Taurus
Virgo
Sagittarius
Gemini
Capricorn
Cancer
Libra
Sagittarius
Scorpio
Capricorn
Aquarius
Aries
Leo
Scorpio
Leo
Virgo
Libra
Scorpio
Pisces
Taurus
Capricorn
Cancer
Aquarius
Pisces
Virgo
Sagittarius
Gemini
Libra
Pisces
Cancer
Procura descontrair das actividades
de trabalho, o stress só vai prejudicálo psicologicamente.
Curta uma aventura de amor.
Número da sorte é 9.
Scorpio
Peixe
O seu rendimento laboral poderá
diminuir. É oportunidade de repensar
ir ao médico. Ocupe o seu coração
com amor.
O seu número da sorte é 2.
Aquarius
Gemini
Virgem
Libra
Aquário
Não trabalhe sob pressão, que a
pressa é inimiga da perfeição. Não
pense mais na traição, levante a
cabeça e siga em frente.
O seu número da sorte é 87.
Aquarius
Gemini
A sua semana não terá stress, mas
vá com calma para não tropeçar.
Continue romântico, amar fá-lo bem!
Gastar melhor ainda.
O seu número da sorte 6.
Leo
Capricórnio
Capricorn
Taurus
Leão
Cancer
Sagitário
Sagittarius
Luanda
Hospitais principais
Josina Machel-222-335046
Pediatria David Bernardino222-391442
Maternidade Central- 222322344
Bombeiros
Posto do comando- 15
Unidade Operativa central222-323333
Policia
Comando Central- 113
Sala operativa do C/P Luanda222-398757
Benguela
Hospitais principais
Hospital central de Benguela272-232606
Hospital municipal do Lobito272-224080
Polícia
Comando municipal- 272233806
Viação e trânsito- .272-280126
Huambo
Hospitais principais
Hospital central do Huambo241-220425
Huíla
Hospitais Principais
Hospital central- 261-220681
Hospital militar- 261-223214
Kwanza Sul
Hospitais principais
Hospital do Sumbe- 236-230554
Polícia
Gabela- 236-220106
Posto do comando do Sumbe236-230018
Cabinda
Hospitais principais
Hospital provincial de Cabinda231222283/231-222405
Hospital central de Cabinda231-224716
Bombeiros
Bombeiros voluntários- 231222333
Sagittarius
Capricorn
Aquarius
Invista mais no seu aperfeiçoamento
pessoal, novas tecnologias
e estudos podem abrir novas
portas.
O seu número da sorte é 14.
Pisces
45
Desporto
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Federação Angolana de Futebol precisa de mais dinheiro
Bastam nove milhões
Os dirigentes da
FAF garantem que a
instituição só consegue viver com nove
milhões de dólares
por ano. Mas estão
longe de receber isso
do Estado. Restam
os patrocínios que o
líder federativo também considera serem
“insuficientes”.
Por Raimundo Ngunza
Foto Santos Samuesseca
árbitros
600/por jogo
“
A gestão
do dinheiro é
feita com muita
responsabilidade...
Só que é
pouco para as
encomendas.
’’
SALÁRIO DO
TREINADOr
30 mil/mês
4º árbitro
500/por jogo
comissário
O actual presidente da Federação Angolana de Futebol
(FAF), Pedro Neto, garante
que precisa de nove milhões
de dólares, por ano, para que
a instituição consiga trabalhar.
Em vésperas de eleições, que
devem acontecer até ao final
do ano, Pedro Neto lamenta
que as verbas, vindas do Orçamento Geral do Estado, sejam insuficientes.
Os prémios destinados
ao campeão do Girabola e ao
vencedor da Taça de Angola
exigem que a FAF desembolse
avultadas somas de dinheiro.
Pedro Neto garante que a
Federação não recebe nada
em troca durante a época desportiva.
Dos nove milhões de
dólares, que ele considera
serem necessários, são retirados cerca de meio milhão para
pagar salários dos técnicos das
selecções de honra, olímpica,
sub-17 e 20. Outra parte serve
para custear as diárias dos
atletas convocados, prémios
de jogos, viagens, alimentação
e tratamento de roupa em que
são precisos mais de um milhão e meio de dólares. Só o
técnico da principal selecção,
o uruguaio Gustavo Ferrin,
aufere um salário mensal
de 30 mil dólares, valor que
provém do orçamento e dos
46
650/por jogo
9 milões
de dólares
assistentes
Desporto
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
principais patrocinadores. Há
ainda jogadores que até hoje
reclamam prémios referentes
aos jogos amistosos e oficiais
para o CHAN de 2011 em
que Angola se sagrou vicecampeã, devendo a cada jogador cerca de 36 mil dólares.
Verbas não chegam
Das verbas atribuídas às 23 instituições desportivas, vindas
do Ministério da Juventude e
Desportos, a FAF recebe anualmente mais de 94 milhões
de kwanzas. O valor é considerado “ irrisório” para cumprir com o programa traçado,
mesmo com os patrocínios
da Endiama, Ensa-Seguros
de Angola, Banco BAI, Unitel, Sonangol, Cristal e Águas
Caramulo.
Apesar de os árbitros receberem, por cada jogo, 60 mil
kwanzas, os assistentes 55 mil,
o quarto árbitro 50 e o comissário do jogo 65 mil kwanzas
respectivamente, a instituição
ainda atribui um subsídio extra aos homens do apito.
De acordo com o secretário-geral,
Cardoso
de
Lima, a gestão do dinheiro é
feita “com muita responsabilidade”, destacando a realização da assembleia-geral que
“custa muito dinheiro à FAF”.
Também, na lista de despesas, constam a manutenção
do principal gerador, compra
de combustíveis, salários dos
funcionários, meios de transportes, materiais de escritórios, telefones e outros gastos
correntes.
Muita fé na selecção
A selecção nacional de futebol joga este domingo, no Estádio 11 de Novembro, o segundo
jogo decisivo para o acesso ao Campeonato Africano das Nações (CAN2013), após ter perdido
por 1-3. O Novo Gazeta saiu à rua para saber as expectativas dos amantes e sobretudo o que
esperam da selecção, após a derrota com o Zimbabwe.
Por Raimundo Ngunza
Foto Santos Samuesseca
António Correia,
funcionário público
Feliciano de Almeida,
estudante e professor
Estamos mal, porque jogadores de
qualidade, que dão confiança para
estarmos no próximo CAN, são poucos.
Precisamos de uma boa reestruturação.
Temos poucas possibilidades do
próximo campeonato. Com a entrada do
novo técnico torna-se difícil distinguir o
jogador que mais dá confiança.
O nosso meio-campo precisa da
criatividade do Gilberto e a garra de
André Macanga. A presença na África
do Sul depende deste jogo.
AdelinO Ussopa,
Luís Lopes,
estudante
Mateus Camati,
vendedor ambulante
Iremos massacrar o Zimbabwe por
5-0. Os ‘Palancas Negras’ não podem
sentir o sabor amargo da derrota.
550/por jogo
Tenho fé. Pese embora termos perdido
em Harare por 1-3, existe um ditado
que diz “em casa, mandamos nós”.
E, no jogo deste domingo, estarei
presente para apoiar os bravos rapazes
e o caminho é sempre em frente.
João Simão,
vendedor ambulante
Não podemos confiar muito no
Manucho Gonçalves porque será muito
marcado pela equipa adversária e
devemos sim ter outras opções como
o Djalma Campos e o Mateus Galiano.
A segurança do Lamá na baliza será
fundamental.
estudante
Devemos encarar o jogo com muita
responsabilidade e não desprezar
o adversário. O nosso meio campo
deve ser mais criativo e criar jogadas
para os nossos atacante. Como
angolana acredito que podemos
marcar presença na África do Sul.
Pascoal Gamba,
As despesas da FAF incluem os prémios de jogo, os custos
com as seleções dos diferentes escalões, gastos com estágios
e viagens das seleções, organiação de actividades como é o
caso da assembleia geral, salários dos funcionários, diária dos
jogadores convocados (calculados em duzentos dólares por
jogador) e demais gastos correntes.
Luís Sebastião,
Dinis Roque,
funcionário público
repórter fotográfico
Somos vizinhos da África do Sul e
fica feio não estar nesta competição.
É frustrante quando os ‘Palancas
Negras’ perdem, mas temos
condições para ganhar ao Zimbabwe.
É muito complicado. Não tenho mais
esperanças nos nossos jogadores,
porque nem o nosso próprio CAN, que
organizámos, conseguimos vencer. Perdi
firmeza pela nossa selecção e, como
angolano, desejo força aos jogadores.
estudante
Devemos lutar e vencer por 4-0 e
temos um conjunto que pode fazer a
diferença com a inclusão de muitos
jovens. Eventos desportivos como
estes não devem ficar de fora e
confio na capacidade do Manucho
Gonçalves que irá marcar e garantir a
passagem para o CAN de 2013.
47
Desporto
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
| Quinta-feira 427dedeOutubro
Setembro
2012
2012
Sónia Guadalupe, jogadora da selecção e do Interclube
Os 10 melhores
salários do futebol
“Somos mais valorizadas”
Com 1,88 cm de altura
e 27 anos, Sónia
Guadalupe é uma das
‘estrelas’ da selecção
de Angola. Iniciou a
carreira aos 13 anos.
Já conquistou vários
títulos, destacando-se
o Afrobasket2011 e o
Africano de Clubes, e
pretende terminar a
carreira aos 35 anos.
Rejeitou dois convites
para jogar na Europa,
por causa dos estudos
Por Raimundo Ngunza
Fotos Mário Mujetes
Sónia Guadalupe começou a
jogar basquetebol influenciada pela irmã mais velha.
Acompanhava-a na escola ‘1º de Maio’ e aí
ganhou o gosto pela
modalidade. “Na altura era a mais
nova e em
minha casa
não havia
ninguém
p a r a
ficar
comi-
48
go, a minha irmã levava-me
sempre à escola e ensinou-me
os primeiros fundamentos do
basquetebol”.
É a segunda filha de 10 irmãos. Começou a jogar no
Team Elite que depois passou
à denominar-se Visa. Jogou no
1º de Agosto e actualmente
representa o Interclube. Aqui
encontrou o treinador que
a ensinou
a dar os
‘primeiros passos’. No
clube das
Forças Armadas especializou-se nos lançamentos
de três pontos sem descurar
os aspectos defensivos, ofensivos, a recepção do passe e
os bloqueios. Sónia Guadalupe passou por todas as etapas das selecções nacionais
até atingir a principal. A sua
primeira internacionalização
aconteceu quando tinha 15
anos, representando os cadetes, e aos 20 foi chamada para
sénior. Até hoje. A adaptação,
na selecção, “foi fácil” até porque encontrou muitas colegas
de equipa.
O basquetebol ganhou mais
importâcia para si quando recebeu apoio incondicional da
família. Hoje tem a vida mais
facilitada. A sua residência, no
bairro Catambor, fica a escassos metros do clube onde militou por muitos anos.
Depois desta trajectória
continua a ser uma das referências actuais do basquetebol
feminino. Foi eleita melhor
marcadora do ‘cinco nacional’
com uma média de 20 pontos
por jogo, tendo dois triplos
em oito tentativas.
Continuar a trabalhar na
selecção continua a ser o seu
principal objectivo de forma
a conseguir novas conquistas e defender o último título
africano, conquistado em Bamako, Mali, em que Angola
destronou o Senegal.
Apesar da dedicação ao
basquetebol, Sónia Guadalupe nunca deixou de estudar.
Formou-se em Gestão de Recursos Humanos e acha que a
modalidade tem crescido em
interesse junto das mulheres,
graças sobretudo à conquista
do primeiro campeonato africano: “Esta conquista africana
motivou algumas pessoas a
olhar melhor a classe feminina e também clubes como
Petro de Luanda e ASA abriram o basquetebol feminino.
Também nas províncias já se
nota o surgimento de mistos,
que é muito bom para a modalidade”. Outro objectivo de
Sónia Guadalupe passa por
jogar no estrangeiro. Mas,
não para já. Recebeu propos-
tas, durante os Jogos
Olímpicos disputados em Londres, de
dois clubes europeus,
mas recusou, por causa dos estudos. “Jogar na
Rússia, França ou em Los
Angels nos Estados Unidos
da América é sonho de qualquer atleta”. Por cá, admira
Nacissela Maurício e Felizarda
Jorge, atletas do Clube Desportivo 1º de Agosto, porque
“são rápidas e marcam muitos
pontos” e “muito difíceis de
defender”. Lá fora, gosta de
ver jogar a norte-americana
Candace Parker. Mas o maior
ídolo, no basquetebol, é o treinador Apolinário Paquete que
a formou. Sónia Guadalupe
confessa que gostava de terminar a carreira sob as suas
ordens.
Papa-troféus
Há 14 anos no basquetebol e
três a jogar pelo Interclube,
Sónia Guadalupe conquistou
mais de 16 títulos repartidos
em campeonatos nacionais,
taças de Angola e supertaças.
É detentora ainda de três taças de clubes africanos, um
campeonato africano sénior
feminino e vários troféus
em cadetes e juniores. Teve
a sua primeira participação
nas Olimpíadas, este ano, em
Londres.
Desporto
A recente renovação de David Silva com o Manchester City
vai render ao médio espanhol cerca de 14 milhões de dólares anuais. O acordo fez Cristiano Ronaldo cair mais um
lugar na lista dos mais bem pagos no mundo do futebol.
Três africanos no topo
A lista é liderada por Samuel Eto’o, que aufere no Anzhi,
um salário astronómico: cerca de 30 milhões de dólares
anuais, nota para a presença de dois jogadores que alinham
no distante campeonato da China (Dider Drogba e Dario
Conca).
perfil
Nome completo: Sónia Guadalupe
Data de nascimento: 15.09.1985
Estado Civil: Solteira (noiva)
Altura:1,88
Sapatos:43
Perfume: Não tenho um preferido
Cor preferida: Vermelha
Prato preferido: Bitoque
País: França
Filme: Acção e comédia
1º Samuel Eto’o (Anzhi/Rússia) 30 milhões,
2º Zlatan Ibrahimovic (PSG/França), 17,
3º Wayne Rooney (Manchester United/Inglaterra), 15,
4º Yaya Touré (Manchester City/Inglaterra), 14
5º Sergio Agüero (Manchester City/Inglaterra), 13
6º David Silva (Manchester City/Inglaterra), 13,
7º Didier Drogba (Shanghai Shenhua/
China), 12,
8º Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Espanha), 12
9º Leo Messi (Barcelona/Espanha), 11,
10º Fernando Torres (Chelsea/
Inglaterra), 10 milhões de
dólares.
49
Cor de Rosa
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
Leila Lopes em alta
nos Estados Unidos
A miss universo
foi novamente
notícia na mídia
internacional,
por dois motivos.
Primeiro, pelo
reconhecimento
pela contribuição
na promoção e
divulgação do
turismo sustentável,
nos South-South
Awards, realizado
no Hotel Waldorf
Astoria em Nova
York. Segundo, o
clima de intimidade
da miss com um dos
homens negros mais
ricos dos Estados
Unidos, Russel
Simmons.
Angélica é mãe pela
terceira vez
Gugu assume que
já fez plástica
A apresentadora e actriz da rede Globo Angélica deu a luz à
Eva, irmã de Joaquim de sete anos e Bonifácio de quatro. A
apresentadora, de 38 anos, é esposa do apresentador Luciano
Huck, que esperava ansioso pela chegada da primeira filha.
O parto de cesariana estava previsto para Outubro e antecipouse para 25 de Setembro. Angélica estava acompanhada por
sua empresária e por um amigo, além de estar escoltada por
seguranças.
Gugu Liberato, de 53 anos, confessou que já fez cirurgia plástica e implante de
cabelo, no “Programa da Tarde”, da Record com os apresentadores Britto Jr, 49 anos,
e Ana Hickmann, 31 anos.
Gugu contou aos seus fãs que é adepto dos procedimentos estéticos há alguns
anos. O apresentador disse que, em 2004, passou por uma cirurgia plástica na região
dos olhos, para tirar um pouco do peso das pálpebras, que costumam dar um visual
cansado, com o envelhecimento.
“Não tenho problema nenhum em contar, quando achar que está enrugando
muito o pescoço, vou fazer outra cirurgia plástica”.
O rapper Diakota, actualmente pertencente à editora Black Ink Label de CMC e
elemento do grupo OTP ao lado de Boss Alirio, encontra-se hospitalizado em estado
grave. O cantor encontra-se fora de risco de vida, mas o seu estado ainda é crítico.
O artista envolveu-se recentemente numa confusão de grupos dentro do seu
município, “Viana”, por causa de seu irmão mais novo, e como consequência foi
espancado brutalmente por mais de quinze indivíduos dentro da sua residência e foi
levado de urgência ao hospital, onde entrou em cirurgia horas depois.
Chris Brown pode voltar
para prisão
Lindsay Lohan, de 26 anos, a estrela infantil de «The
Parent Trap», foi internada de emergência, na semana
passada, por consequência da asma que tem desde
criança. A mãe da actriz confessou que este problema
de saúde da filha é causado pelo pólen.
Em Junho, sofreu de exaustão e desidratação
durante as filmagens do filme biográfico em que dá
vida a Elizabeth Taylor, em «Liz & Dick»
Lindsay foi parar a cadeia uma semana antes de
ser internada, depois de atropelar um peão e não
prestar ajuda à vítima. A cantora preferiu, na altura, ir
ao bar em vez de prestar socorro a vítima.
O site ´Tmz.com´ declarou que Lohan tinha sido
levada de urgência para um hospital em Nova Iorque,
com uma infecção pulmonar.
O cantor americano Chris Brown pode
voltar a ser preso, após um exame
de sangue apontar que ele fumou
maconha. O exame foi realizado em
Junho na Virgínia, com o resultado
positivo, e a juíza de Los Angeles
marcou audiência judicial, para
Novembro, que irá decidir se o astro
descumpriu os termos de liberdade
condicional à qual foi submetido por
agredir a cantora Rihanna em 2009, na
época sua namorada.
Fredy Costa apresenta
o seu primogénito
Rihanna enrola cigarrinho
de diamantes
A cantora caribenha Rihanna
lançou a audaciosa capa de
“Diamonds”, seu novo single.
A capa foi lançada na quartafeira passada, no itunes, e,
desta vez, ao invés de enrolar
erva no papel, ele enrola
diamantes. A revelação da
imagem foi feita no site oficial
de Rihanna e faz parte da
promoção de seu mais novo
álbum, com previsão para sair
em Novembro.
Diakota em estado crítico
Lindsay Lohan é
internada de emergência
Cor de Rosa
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Ryan Reynolds e Blake Lively
casaram-se em segredo
Ryan Reynolds e Blake Lively realizaram uma cerimónia
secreta a 9 de Setembro, no espaço Boone Hall Plantation,
em Mount Pleasan, Estados Unidos. Florence Welch, da
banda Florence and the Machine, foi a convidada para
animar o casamento. De caordo com a revista `People´, o
casal oficializou a união numa cerimónia secreta.
Lady Gaga desvaloriza Papa
Lady Gaga desprezou a
opinião do Papa Bento XVI,
sobre o casamento de gays,
dizendo que a opinião do
bispo de Roma não importa
ao mundo. “Importa antes
para as pessoas que gostam
do Papa e o seguem”.
Papa Bento XVI é
contrário ao casamento de
gays, defendendo que o
casamento e a família são
instituições que devem ser
promovidas e defendidas
de qualquer equívoco da
sua verdadeira natureza,
“uma vez que tudo o que
for prejudicial para eles
será prejudicial para toda a
sociedade”.
O modelo, actor e empresário Fredy Costa mostrou
o rosto do seu primogénito, Fredy Jr. O pequeno
nasceu e vive nos Estados Unidos, na região de
Washington. O actor foi recepcionado no aeroporto
de Washington pelo filho de 11 anos, para assistir
ao evento da miss Angola, Estados Unidos, na
semana passada.
Fredy Jr é irmão da pequena Ayani, filha de Yola
Araújo, sua esposa. Fredy Costa está a participar da
nova novela angolana Windeck.
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| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Este jornal
está nas mãos
do futuro de Angola.
A sua marca pode
estar lá também.
Marcas
MODA POLKA DOT Bolinhas para todos os gostos
O estilo Polka Dot, que se
popularizou com a roupa
no seculo XVII, continua
a conquistar adeptos. O
designer Marc Jacobs tem
um perfume em honra
das bolinhas e não faltam
adereços, capas de telemóvel
ou relógios com o mesmo
estilo. no Luanda Fashion
Center poderá encontrar
algumas peças como as
sabrinas de bolinhas ou a
elegante camisa de homem.
O primeiro jornal gratuito de Angola tem um alvo
muito especial: estudantes universitários, os
seus professores, todos os que trabalham para
a multiplicação do Conhecimento nesta nossa
renovada Nação. Os líderes de amanhã, em resumo.
O seu negócio, os seus produtos, as suas marcas,
tudo pode ter lugar reservado nesta montra
privilegiada; anunciar no Nova Gazeta é uma
aposta ganha; hoje e amanhã.
Ligue hoje mesmo o 927596835 e veja
o seu anúncio nas mãos do futuro de Angola.
53
Turismo
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
| Quinta-feira 4 de Outubro 2012
Turismo
Postal
Uma das cidades mais graciosas e atrae
ntes do país, com
fascinantes paisagens. É considerada a
cidade mãe da África
do Sul.
A Cidade do Cabo foi fundada pelos hola
ndeses em 1652,
como um entreposto comercial na rota
do oriente, a primeira
fundada por europeus na região.
A população, de 1,3 milhões de habitante
s, é formada
principalmente por nativos africanos e desc
endentes de
holandeses, britânicos, franceses, alem
ães e indonésios.
Cape Town
Entre o mar e a História
SUGESTÃO DE LEITURA
Praias, desportos de aventura
e possibilidades de se praticar
ecoturismo são as principais
características que se podem
encontrar no ‘cartão de visita’
de Cape Town. Ou mais simplesmente a Cidade do Cabo
que ganhou esse nome no dia
em que o navegador português conseguiu dobrar as suas
águas revoltas e rodou para o
Oriente, em 1486. Duzentos
anos depois, a cidade estava
dominada pelos holandeses
que a fizeram a mais importante da região, graças à instalação
de um porto natural. É portanto normal que ainda hoje a
cidade tenha uma vasta gama
de transportes marítimos e
seja destino de muitos iates e
navios de cruzeiros.
Durante o século passado, ficou famosa por acolher
grande parte dos dirigentes e
militantes que combatiam o regime do ‘apartheid’. Entre eles,
Nélson Mandela que acabou
Como ir
por ficar preso na ilha Robbe,
apenas a 10 km da costa da cidade. Era aqui que estava edificada uma prisão para presos.
Hoje, a ilha é uma das principais atracções. Foi considerada
Património da Humanidade,
pela UNESCO, em 1999. A prisão encerrou e é agora um museu que retrata parte da história da África Sul. Mas a ilha não
é ‘política’: é igualmente um
santuário natural para muitas
espécies, tanto marinhas como
terrestres. Na parte norte, podem ser encontradas 132 espécies de aves diferentes, como,
por exemplo, o pinguim-africano que já esteve ameaçado
de extinção. Focas, baleias,
golfinhos, tartarugas, lagartos
e avestruzes são os mamíferos
que se podem encontrar na
ilha. Muitos destes animais são
também visíveis em toda a costa da Cidade do Cabo.
Toda a cidade está virada
para o mar. Começa aí uma das
suas maiores atracções. Como
ainda é uma das cidades mais
importantes, financeiramente,
os investimentos no turismo
não têm parado. Mas a cidade, umas das famosas sul-africanas, não está limitada às
praias. Apesar de elas serem o
seu verdadeiro ex-libris, sobretudo depois do National Geographic ter considerado que a
Cape Town possuía um das 10
melhores praias do mundo.
Os amantes das bicicletas
Onde ficar
Hotéis para todas as bolsas
Via aérea
Através das companhias TAAG e Soouth African Airways.
O bilhete de passagem custa 650 dólares
54
Há, ao todo, registados 262 hotéis em toda a Cidade
do Cabo e na ilha de Robben. Os preços variam entre
os 12 dólares por noite aos quase 300.
Dos mais baratos, o Sunflower Stop, numa das
montanhas que cercam a cidade, e o Bohemian Lofts
são os que apresentam melhores preços. Cada noite,
numa destas unidades, pode ficar entre os 15 dólares
e os 50. Depois, a preços convidaditvos para bolsas
magras, ainda há o Green Elephant e o Ashtani. Mas
há dezenas de hotéis com preços semelhantes.
Para bolsas mais recheadas, recomenda-se o Westin
Cape Town e o Victória e Alfred Hotel. Ambos virados
para o mar, proporcionam todo o luxo habitual em
unidades desta categoria.
garantem que é umas das mais
estimulantes para passear, porque tem estradas largas, espaços unicamente para bicicletas
e com poucos declives. Mas à
volta, toda a cidade está protegida pela Tábua do Cabo,
uma cadeia de montes que a
protegem dos ventos e que são
locais de visita obrigatória.
Quem gosta da noite destaca-a pelas múltiplas ofertas
entre restaurantes, bares, discotecas e as noites quentes
(mas não todo o ano), De facto, as temperaturas atingem
números extremos. Está calor
todo o ano, com o termómetro
a tocar os 40 graus, mas a temperatura mínima pode baixar
do zero e isso tudo no mesmo
dia, especialmente, em Julho
e Agosto. Os melhores meses
para passar férias são os de Dezembro a Março. Cidade considerada limpa, Cape Town é
governada por um conselho
de 210 membros que tratam
de cuidar da sua “localidade”,
deixando-a suficientemente
agradável, não só para os seus
mais de dois milhões de habitantes, como para os milhares
de turistas que a visitam todos
os dias
Liberdade – auto-biografia
de Nélson Mandela”
O primeiro presidente sulafricano, Nélson Mandela,
relata toda a sua história
neste livro. Grande parte
desta auto-biografia é
também o relato de como
se vivia em Cape Town
e na ilha de Robben.
Foi aliás nesta cidade,
na varanda principal
do edifício da Câmara
Municipal que Nelson
Mandela fez o seu primeiro
discurso público, dia 11
de Fevereiro de 1990,
horas depois de ter sido
libertado em que terminou
um cativeiro de 27 anos.
Gastronomia
Este povo conta com
pratos tradicionalmente
africanos como o “pap”
(purê feito com farinha
de milho), o frango
com curry, o “babotie”,
espécie de lasanha
recheada com carne e
passas e o “boerewors”,
linguiça picante é
obrigatório em qualquer
churrasco.
55
A Fechar
Quinta-feira 4 de Outubro 2012 |
DESTAQUES
Sociedade
Caderno do estudante
Sociedade
A Associação LARDEF luta por
dar dignidade aos deficientes.
Em 10 anos de vida, já pode
contar histórias que a deixam
orgulhosa. Págs. 8 e 9
O ensino obrigatório
das línguas nacionais,
no Ensino Superior,
causa polémicas. Sobram
argumentos a favor e
contra a medida Págs.26
A SOS Habitat quer fazer de ‘ponte’
entre o Estado e quem precisa de
casa. A organização garante lutar
por habitações condignas, por isso,
não é contra as demolições Pág. 7
Campeão a três jornadas do fim
Libolo leva Girabola pela segunda vez a Calulu
O Recreativo do Libolo revalidou este domingo o título de campeão nacional de
futebol, a três jornadas do fim do Girabola,
dada a derrota sofrida (0-2) pelo 1.º de
Agosto, segundo classificado, frente ao
Atlético Petróleo de Luanda (Petro).
A formação da província do Kwanza Sul foi
muito regular ao longo da prova, somando
18 vitórias, oito empates e apenas uma
derrota, para um total de 62 pontos, mais
10 do que o 1.º de Agosto, após 27 jornadas. O Petro de Luanda, que “facilitou”
o Libolo a confirmar o título, complicou
a vida aos militares, com uma estratégia
que dificultava o jogo ofensivo da equipa
de Romeu Filemon. A formação militar não
encontrava soluções para parar o trio de
ataque petrolífero (Mabiná, Job e Love). O
1º de Agosto dispôs da melhor situação
aos 27 minutos por Amaro que, servido por
Bua, rematou para a defesa de Lamá.
No segundo tempo, o Petro de Luanda voltou a dominar o jogo, explorando as
facilidades da equipa adversária (linhas
de passes e transições defesa-ataque).
Os petrolíferos chegaram ao primeiro golo
aos 69 minutos por Mabiná, num trabalho
de Job na ala esquerda. Depois do golo, a
formação do Eixo Viário não virou a cara a
luta, conseguindo o tento da tranquilidade,
aos 89 minutos por Job. Mabiná teve mérito no segundo golo. O Petro de Luanda
redimiu-se da derrota na primeira volta
frente ao 1º de Agosto, por 2-0. Ao 1.º de
Agosto, Kabuscorp, com 48 pontos, e Petro,
com 46 pontos, resta agora lutarem pelo
segundo lugar, que dá acesso às competições africanas. Nacional de Benguela e
Sporting de Cabinda cumprem apenas formalidades, enquanto Académica do Soyo,
Recreativo da Caála, Santos FC, Benfica
de Luanda e Sagrada Esperança lutam
para se manter na primeira divisão. Uns
melhores colocados do que outros, mas
todos com a mesma preocupação, fugir da
zona de aflição. A jornada 27 foi fértil em
golos (31), batendo o recorde das rondas
já disputadas no campeonato.
Fotos de Mário Mujetes
Contrastes
Boutique ambulante no Catambor
vale muito.
Mas não custa nada!
Boutique na Vila Alice

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