Fevereiro - Igreja Adventista do Sétimo do Dia do Jd. Colonial
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Fevereiro - Igreja Adventista do Sétimo do Dia do Jd. Colonial
Um olhar Para o Céu Marcos de Benedicto O que você tem nas mãos? 1° de fevereiro Então o SENHOR lhe perguntou: "Que é isso em sua mão?" Êxodo 4:2 Parecia um dia como todos os outros. Nada de extraordinário estava previsto. Moisés só contava com a presença das ovelhas. Mas Deus gosta de surpresas. De repente, o Senhor apareceu numa teofania de fogo na sarça, transformando um lugar comum em terreno sagrado (Êx 3:1-5). Deus tinha uma missão para Moisés. Contudo, o ex-príncipe do Egito havia perdido o sonho. Estava feliz em apenas cuidar da família e liderar ovelhas. Não queria mais saber de êxodo. Não acreditava em si mesmo e talvez até duvidasse do poder de Yahweh. Deus apareceu para resgatar o sonho que havia colocado no coração dele. Tarefa difícil. Deus sabia que era o momento certo, Moisés achava que havia passado a hora. Deus entendia que Moisés estava pronto para a missão, Moisés pensava que não servia mais para o desafio. Deus chegou a ficar irado (4:14). Entre outros argumentos, o Senhor perguntou o que Moisés tinha na mão. Era uma vara de pastor. Deus a transformou em serpente e em vara de novo. Deu-lhe vida e a restituiu à sua forma natural. E disse lhe para levá-la, pois com ela faria "os sinais miraculosos" (v. 17). O poder não estava na vara nem mesmo em Moisés, mas em Deus. Um cajado nas mãos de Moisés era apenas um objeto para apascentar ovelhas; nas mãos de Deus, era um instrumento para subjugar reis e a natureza. Tudo depende das mãos. Adaptando uma ilustração, uma bola de basquete em minhas mãos vale 100 reais; nas mãos de Michael Jordan, vale 50 milhões de dólares. Uma raquete de tênis em minhas mãos significa alguns minutos de exercício; nas mãos de Roger Federer, representa um Grand Slam. Uma funda nas mãos de um menino não passa de um brinquedo; nas mãos de Davi, foi uma poderosa arma para derrubar gigantes. Cinco pães e dois peixes nas mãos de um garoto são apenas alguns sanduíches; nas mãos do Mestre, tornam-se alimento para milhares. Pregos em minhas mãos serviriam somente para ferir; nas mãos de Jesus, serviram para efetuar a salvação do mundo. Tudo depende das mãos. Moisés tinha o que era necessário para servir o Senhor. Nas mãos de Deus, seu objeto de trabalho se transformaria em um instrumento de milagres, libertação e salvação. Nas mãos certas, uma simples vara pode abrir o mar, dividir a história, inspirar sonhos de liberdade. Você pode pensar que não serve para nada, talvez não acredite mais em seu potencial, mas Deus insiste: "Com o que tem nas mãos, você fará milagres." Nas mãos de um servo de Deus, um cajado tem mais poder do que um cetro real. Afinal, o poder divino sempre foi mais importante do que a tecnologia humana. O que você tem nas mãos? Retirado do Site iasdcolonial.org.br Andando em círculos 2 de fevereiro Perambularam pelo deserto e por terras áridas sem encontrar cidade habitada. Salmo 107:4 Se você já teve a sensação de estar andando em círculos, é provável que estivesse mesmo. Um estudo feito pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, comprovou que as pessoas perdidas andam em círculos. O experimento, liderado pelo psicó logo Jan Souman, começou quando um programa de ciência popular procurou sua equipe com a pergunta: "Por que as pessoas que estão perdidas andam em círculos?" No início, ele duvidou que isso realmente ocorresse. Para comprovar, instruiu um grupo de indivíduos a caminhar o mais reto possível durante horas. Alguns caminharam numa região de floresta na Alemanha; outros, no deserto do Saara, no norte da África. Todos foram monitorados por receptores de GPS. Resultado: por mais que os caminhantes tentassem andar em linha reta, terminavam andando em círculos, sem perceber que estavam cruzando as próprias rotas. Há quem tente explicar o fenômeno dizendo que uma pequena diferença no comprimento das pernas faz a pessoa andar em círculos. Porém, os pesquisado res não acreditam nessa hipótese. Afinal, os participantes do estudo nem sem pre andavam apenas para um lado. Além disso, os pesquisadores perceberam que aqueles que podiam ver o Sol ou a Lua conseguiam caminhar em linha bem reta. A chave está no referencial. Parece que o próprio cérebro fica confuso quando não tem um ponto de referência. Estudos anteriores já haviam comprovado que abelhas, pombos e outros animais fazem rotas circulares quando não conseguem se orientar pela posição do Sol. Além disso, em sua maioria, os montanhistas mortos durante escaladas são encontrados num raio de 1,5 quilômetros do ponto em que se perderam, e às vezes a 100 metros do local. Portanto, diz Souman, caminhar em círculos "provavelmente seja o resultado de uma incerteza cerebral crescente sobre onde está a direção reta". Na vida espiritual também podemos andar em círculos. Isso ocorre quando per demos de vista nosso referencial. Após o êxodo, o povo de Israel ficou andando em círculos no deserto porque não seguiu o referencial divino, representado pelo pilar de nuvem e fogo. Hoje, quando desviamos o olhar de Deus, perdemos o rumo e giramos ao redor de nós mesmos. Se você for para a floresta e o deserto, é melhor levar uma bússola ou um GPS. E, se estiver andando pelas florestas e desertos da vida, é melhor ter um ponto de referência existencial. Fixando os olhos em Deus, você não caminhará em círculos nem ficará perdido. Se você não quiser ficar dando voltas ao redor de si mesmo, olhe para um referencial no céu. Retirado do Site iasdcolonial.org.br Rejeições fatais 3 de fevereiro Este Jesus é "a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular". Atos 4:11 No livro Rotten Rejections (Rejeições Detestáveis), André Bernard enumera deliciosos casos de rejeição de autores que se tornaram famosos e até clássicos. A lista dos rejeitados inclui Henry James, Nabokov, Gertrude Stein e Ernest Hemingway. Às vezes, o sucesso dos livros rejeitados mostra o erro crasso de jul gamento dos avaliadores. Por exemplo, o avaliador do material de Sylvia Plath escreveu: "Certamente não há talento genuíno suficiente para prestarmos atenção." Rudyard Kipling recebeu este comentário: "Lamento, Sr. Kipling, mas você não sabe usar a língua inglesa." Uma carta para Emily Dickinson dizia: "[Seus poemas] são geralmente vazios de verdadeiras qualidades poéticas." A respeito do Diário de Anne Frank, o avaliador disse: "A garota não tem percepção ou sentimento especial que poderia elevar esse livro acima do nível de 'curiosidade'." Ao desqualificar o romance A Revolução dos Bichos, de George Orwell, o editor sentenciou: "É impossível vender histórias de animais nos Estados Unidos." Mais recentemente, a história de A Cabana, do canadense William P. Young, foi recusada por 26 editoras e, finalmente, foi lançada por uma editora criada para publicá-la. Esses erros não se restringem ao mundo literário. Em 1962, a gravadora Decca disse para os Beatles: "Não gostamos do som de vocês, e a música de guitarra está saindo de moda." "E o Vento Levou" será o maior fracasso na história de Hollywood", comentou Gary Cooper, ao rejeitar o papel principal no filme. "Estou feliz que será Clark Gable quem irá quebrar a cara e não Gary Cooper." Um dia, um rapaz chamado Steven Paul Jobs procurou a Atari e a HP, mas elas não precisavam das criações de um jovem que ainda nem tinha saído da universidade. Jobs fundou a Apple, e o resto é história. Erro monumental em cada um desses casos. Porém, o maior erro de avaliação de todos os tempos foi o dos construtores que olharam para uma pedra cha mada Jesus Cristo: eles a descartaram e depois descobriram que era a pedra angular do mundo. Erro fatal! Se você, porventura, sente-se rejeitado, isso não significa que não tem valor. Às vezes, o problema não está na obra, mas no olhar de quem a examina. Uma obra-prima pode ser rejeitada por algum avaliador insensível, mas um dia seu valor será reconhecido. Acima de tudo, não cometa o erro fatal de rejeitar a pedra angular de sua vida. Oração de um vencedor 4 de fevereiro Jabez orou ao Deus de Israel: "Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores" E Deus atendeu ao Retirado do Site iasdcolonial.org.br seu pedido. 1 Crônicas 4:10 O livro de Crônicas começa com uma longa lista de genealogias, que se estende até o capítulo 9 e engloba mais de 500 personagens. Depois de 44 nomes estranhos só no capítulo 4, encontramos um pequeno oásis informativo: a vida de Jabez. A biografia dele é uma das mais breves da Bíblia: "Jabez foi o homem mais respeitado de sua família" (1Cr 4:9). Mas é suficiente para revelar seu diferencial. Nas entrelinhas desse microperfil, ao lado do verso de hoje, podemos imaginar que Jabez foi ousado, corajoso, nobre, religioso, renomado. Talvez um lutador contra o destino. O texto informa que sua mãe escolheu esse nome, que significa "dor" ou "sofrimento", porque com muitas dores o deu à luz (v. 9). Alguns comentaristas sugerem que ele era filho ilegítimo. Seja como for, Jabez transcendeu o roteiro ori ginal de sua biografia. Deveria ser um perdedor, mas transformou-se em vencedor. Sua oração tem o potencial para alterar roteiros e revolucionar vidas. No livro A Oração de Jabez, best-seller internacional, Bruce Wilkinson conta que em um dia chuvoso de primavera, intrigado com o sucesso de Jabez, ele se perguntou o que fizera esse personagem se destacar em relação aos demais. Deveria ser a oração. Imaginando o futuro que Deus teria para alguém comum como ele, orou na manhã seguinte a oração de Jabez palavra por palavra. E no dia seguinte. E no outro. Trinta anos depois, ainda não havia parado. Essa oração, diz Wilkinson, revolucio nou sua vida e seu ministério. Outras pessoas revelaram que faziam a mesma ora ção havia anos, com resultados esplêndidos. Jabez, na verdade, faz cinco pedidos simples e diretos a Deus, dependendo da tradução: (1) abençoa-me de verdade; (2) amplia meu território; (3) que a tua mão esteja comigo; (4) guarda-me do mal; e (5) livra-me de causar dor aos outros. Quer uma oração mais ousada do que essa? Ela parece um tanto egoísta, mas, para um perdedor em potencial, um zero rumo ao nada, está ótima. Jabez acredita na bên ção divina, confia na mão todopoderosa de Deus, quer evitar os perigos que o mal representa e deseja não fazer ninguém sofrer. Deus deve ter achado legítima a oração e atendeu o pedido. Você luta contra um contexto desfavorável, uma perspectiva negativa, um futuro desestimulador? Assim como Jabez, peça para Deus mudar seu destino. Você se surpreenderá ao ver o que Deus pode fazer com, por e para pessoas comuns. Nas mãos de Deus, qualquer anti-herói provável se torna um herói improvável. Paradoxos 5 de fevereiro Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará. Mateus 16:25 Alex era apaixonado por números. Ganhador de olimpíadas de matemática na juventude, Retirado do Site iasdcolonial.org.br tornara-se um admirado professor. A habilidade com os números o havia ajudado também a ter sucesso com o dinheiro. Afinal, como ele dizia desde pequeno, quem trabalha com números tem mais chance de acumular números do que quem trabalha com letras. No entanto, como que para se vingar, as letras começaram a instigar seu coração na busca de uma compreensão maior dos mistérios espirituais. Descendente de uma família devota, ele sentia necessidade de conhecer a Deus como nunca havia conhecido. No entanto, as aparentes contradições da Bíblia, do evangelho e da religião o faziam hesitar. Por exemplo, como pode Cristo ser divino e humano ao mesmo tempo? A ideia de que, no reino de Deus, devemos morrer para nascer ou ser o menor para ser o maior lhe parecia um absurdo. Para ele, o fato de sermos santos e pecadores ao mesmo tempo não fazia sentido. Em vez de render-se a Deus, apegava-se a pequenos detalhes para demorar-se um pouco mais em suas especulações filosóficas. Um dia, foi conversar com um sábio rabino messiânico. Falou de seus dilemas. O rabino Noam ouviu com interesse e mudou a perspectiva de Alex com apenas uma pergunta: "Quantos paradoxos da matemática você conhece?" Com sua mente ágil, Alex começou rapidamente a processar dezenas de paradoxos matemáticos e não matemáticos, indo do famoso paradoxo do gato de Schrödinger a outros mais simples. Como o paradoxo de Zenão: você nunca irá do ponto A ao ponto B, pois sempre terá que andar a metade do caminho, e a metade da metade, e a metade da metade da metade, até o infinito. Ou o paradoxo do queijo: o queijo suíço tem buracos; assim, quanto mais queijo, mais buracos; porém, quanto mais buracos, menos queijo; logo, quanto mais queijo, menos queijo! Ou o paradoxo do barbeiro: um barbeiro corta a barba de todos os homens que não barbeiam a si mesmos; nesse caso, ele barbeia a si mesmo? Ou ainda o paradoxo do buraco negro: se a informação que o sistema precisa para funcionar desaparece totalmente no buraco negro, todo o sistema deveria se transformar num buraco negro, que destruiria o próprio buraco negro. Alex entendeu que a vida é feita de aparentes contradições. Se podemos conviver com os paradoxos da matemática, da física ou da filosofia, por que não podemos aceitar os paradoxos da religião? Você pode fazer todos os tipos de perguntas sem que elas destruam sua fé. Apesar das ambivalências, o evangelho é a verdade mais coerente do mundo, o paradoxo que acalenta o coração quando a vida não tem lógica. Sem defeito 6 de fevereiro Para ser aceitável o animal terá que ser sem defeito e sem mácula. Levítico 22:21 Imagine que você seja um jovem sacerdote no tempo do Antigo Testamento, um candidato a oficiar no santuário divino, em meio à fumaça do incenso, sob a glória da Shekinah. Para ver se você está preparado, Deus resolve fazer um teste rápido de três Retirado do Site iasdcolonial.org.br perguntas. Moisés se encarrega de aplicar o "Enem" divino: 1. A pessoa deve ser uma oferta ou levar uma oferta? 2. É o ofertante ou a oferta que deve ser "sem defeito"? 3. A oferta representa a pessoa ou o Redentor? Sem dúvida, você passaria com louvor no teste, sinalizando que a pessoa devia levar a oferta, e não ser a oferta; a oferta é que devia ser "sem defeito"; e ela repre sentava o Redentor. A expressão "sem defeito" surge pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 12:5, onde o próprio Deus enfatiza que o cordeiro da Páscoa deveria ser "sem defeito". Depois, o Senhor reafirma que a oferta levada ao santuário também deveria ser "sem defeito". Esse detalhe certamente era fundamental, pois a expressão aparece quase 50 vezes no Antigo Testamento. A última vez em que ela marca presença é em l Pedro 1:19. Nesse texto, o apóstolo afirma que fomos redimidos "pelo pre cioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito". Hoje, numa sociedade que endeusa a beleza, as pessoas querem mascarar os defei tos. Usam cremes para rugas, fazem plásticas para esticar a pele, colocam toneladas de maquiagem para tapar manchas. Contudo, o resultado nem sempre é bom. O mesmo pode ocorrer no ambiente religioso. Muitas pessoas desejam esconder seus defeitos, como se as imperfeições atrapalhassem a aceitação delas por Deus ou pela comuni dade. Isso não resolve o problema de ninguém. Todos nós temos defeitos incorrigíveis. Lamento dizer, mas não existe absolutamente nada em você que o recomende a Deus. A notícia maravilhosa é que Deus não pede perfeição do ofertante, mas da oferta, a qual representava o sacrifício perfeito de Cristo. Para o Senhor do san tuário, o que importa é a perfeição do Redentor, não a imperfeição do redimido. De Adão a Abraão, de Moisés a Pedro, de Arão a Jesus, o foco da salvação é sem pre na oferta, nunca no ofertante. Você não é perfeito, mas a sua oferta é, pois o próprio Deus proveu o Cordeiro que tira o pecado do mundo. E, se a oferta é perfeita, você também é, porque ela o substi tui. A perfeição do Cordeiro é creditada a você. Deus olha sua imagem no espelho do Céu e o vê como vê a Cristo, sem defeito. Assim, você pode tirar todas as maquiagens morais usadas para camuflar as manchas do pecado, pois foi declarado "sem defeito". Eu sou Yahweh 7 de fevereiro Diga o seguinte aos israelitas: Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês. Levítico 18:2 Em várias culturas, quando as pessoas conhecem alguém, costumam dizer o nome. Retirado do Site iasdcolonial.org.br Usamos frases como: "Olá, eu sou Maria"; "Oi, eu sou José"; "Prazer, meu nome é Suzana". Até ao telefone, dizemos o nome. Pessoas que se dirigem a assembleias também se apresentam ou são apresentadas. Isso faz parte do ritual de identificação. Nos primórdios da história do povo de Israel, Deus também se apresentou muitas vezes. A frase usual para isso era: "Eu sou o senhor [Yahweh], o Deus de vocês." Essa expressão, ou pequenas variações dela, aparece 34 vezes em 33 ver sos do Antigo Testamento. O interessante é que uma nota massorética, colocada por algum escriba observador, informa que a frase aparece 24 vezes no fim dos versos. Qual seria a relevância dessa estatística? Por certo, ao se apresentar dessa maneira no início, no meio ou no fim de uma afirmação, Deus queria estabelecer um vínculo entre ele, Israel e determinado procedimento. Yahweh era o motivo, o fundamento e a garantia daquilo que estava pedindo que o povo fizesse. O hebraico tem orações sem verbo explícito, chamadas de orações "nominais". No original, a frase que estamos considerando quer dizer algo como: "Eu, Yahweh, seu Deus". Entre as funções das orações nominais, duas se destacam: (1) identificar a pessoa (no caso, "Eu sou Yahweh") e (2) mostrar as qualidades de alguém ("o Deus de vocês"). Ao se apresentar como Yahweh, nome geralmente traduzido como Senhor, Deus deseja, em primeiro lugar, revelar sua identidade eterna, transcendente e imanente: aquele que era, é e sempre será, aquele que é o início e o fim de todas as coisas, aquele que está em todos os tempos e lugares. Yahweh, o Deus eterno, não aban dona você em nenhuma circunstância. Ele participa de cada detalhe de sua história. Em segundo lugar, Deus quer evidenciar o relacionamento dele com seu povo. "Eu sou o seu Deus", o Senhor diz repetidamente. Ele quer dizer que você tem um Deus. Você é dele e ele é seu. Deus guarda você no coração e quer que você tam bém o leve no peito. Assim como um casal de namorados coloca um anel para evi denciar seu relacionamento, Deis oferece a você uma aliança de compromisso. Em terceiro lugar, Deus pretende ressaltar que aqueles que pertencem a ele devem imitar seu jeito de ser e agir. Os capítulos 18 a 20 de Levítico apresentam um alto ideal de santificação e selam cada bloco com a frase: "Eu sou Yahweh, o seu Deus." Hoje, ao você enfrentar qualquer desafio, ouça Deus lhe dizendo: "Eu sou Yahweh, o seu Deus! Eu sou infinito, eu contenho o universo, eu posso todas as coisas!" E amanhã também, porque Yahweh está em todos os tempos e lugares. Sem comparação 8 de fevereiro Reconheçam isso hoje, e ponham no coração que o SENHOR é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro. Deuteronômio 4:39 Retirado do Site iasdcolonial.org.br Olhe para o espelho. O que você vê não é, obviamente, o mesmo que outra pessoa veria se fosse ela quem estivesse olhando. Você é singular, inigualável, inimi tável, pois cada pessoa tem uma configuração particular e uma história diferente. Seu DNA, seus talentos e seus sonhos são únicos. Mas será que você poderia ale gar em sentido absoluto que não existe nenhum outro como você, indicando que está em uma categoria especial? Não. Isso seria uma vangloria infundada. No entanto, há alguém que pode dizer que é único em sentido absoluto, sem com paração no Céu e na Terra, ou em qualquer lugar do universo. Deus disse tantas vezes, em tantos versos na Bíblia, que ele é único, inigualável, que parece óbvio que deseja ver essa verdade gravada em nossa mente. Esse é um dos temas mais claros da Bíblia. "Eu sou o Senhor, e não existe ninguém igual a mim", diz repetidamente o Senhor. Se você tem dúvidas, confira, por exemplo, Êxodo 8:10; 15:11; Deuteronômio 4:35,39; 2 Samuel 7:22; Salmo 86:8 a 10; Isaías 40:18, 25; 43:10, 11; 44:6-8; 45:5 a 7, 18, 19, 21, 22; 46:5, 9, 10; Jeremias 10:6, 7. Cansou da maratona de textos? É para pôr no coração e não se esquecer. Deus pode dizer isso porque tem vida em si mesmo, está em todos os lugares, vê tudo e não é limitado pelos impossíveis. Ele não depende de você nem de mim. Está acima da criação. Criou tudo, possui tudo, reina sobre tudo. O Senhor tem uma radiância que pertence somente a ele. Quando Deus olha no espelho, seu poder, sua sabedoria e sua beleza se refletem por todo o cosmos. Eterno, brilha para sempre. Iluminado, clareia todos os rincões. Glorioso, atrai todos os olhares. Bondoso, aben çoa o mundo inteiro. Deus é Deus, e não tem para ninguém. Nenhuma imitação de divindade pode fazer frente a ele. Só ele é o número um para sempre. O problema é que, em geral, não percebemos a grandeza de Deus. Mas deverí amos perceber. Há alguns anos, o conhecido pastor John Piper pregou uma série de mensagens intituladas "Educação para a exultação". Creio que, de vez em quando, precisamos contemplar Deus para exultarmos nele. Note que estou falando de exultação, com "u", não exaltação, com "a". Exaltação é o ato de elevar alguém, inclusive você, mas exultação é quando você se rejubila em alguém, como Deus. Você pode exaltar o Senhor e exultar nele. Quando você maximiza o eu, minimiza Deus. Porém, você não existe por seu próprio poder. Seu "eu" está dentro de DEUS, circundado e protegido por ele. É a essência de Deus que confere sentido à sua existência. Sem você, Deus continua sendo Deus; mas, sem Deus, você não continua sendo você. O bom do bom humor 9 de fevereiro A alegria do coração transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito. Provérbios 15:13 Retirado do Site iasdcolonial.org.br O humor faz bem para a vida. É uma espécie de lubrificante das relações sociais. Mas nem todo mundo consegue levar a vida com graça. Você tem bom humor? Gosta de rir, consegue rir de si mesmo e tem facilidade para fazer os outros rirem? Ótimo! Porém, se você não consegue rir de si mesmo, tem dificuldade de fazer os outros rirem, não acha graça em nada e está sempre de mau humor, então precisa redescobrir o "palhaço" que existe em você. Os psicólogos têm notado que o humor tem um aspecto social. Normalmente, achamos graça de coisas relacionadas com as pessoas. Por exemplo, os desenhos ani mados de plantas, animais, vegetais, pedras ou brinquedos se tornam mais engraçados quando seus personagens incorporam características humanas. Rimos de nós mesmos. O humor tem a função de comunicar poder e status, um fato que, séculos atrás, Aristóteles já havia notado. Por isso, em grande parte, o humor tem que ver com sátira, sarcasmo e ironia. De acordo com os teóricos do humor, quem faz rir geral mente tem mais poder e ostenta status mais alto do que quem ri. Inconscientemente ou não, os humoristas tentam inverter os papéis fazendo as pessoas rirem dos pode rosos. Quando um aluno ou funcionário faz palhaçadas na frente do professor ou chefe, está subvertendo a lógica da produção e do consumo de humor e, portanto, "roubando" o poder do superior. Já as mulheres gostam de homens que têm senso de humor e teoricamente, possuem um status mais elevado. O pesquisador Robert Provine explica que, quando um orador e o auditório riem juntos, o orador geralmente ri mais do que o auditório. Levando em conta a equação mencionada, em que o riso expressa um status inferior, ao rir, o orador está sinalizando seu baixo status, na tentativa de se identificar com o público e ganhar sua simpatia. Outro detalhe interessante é que as expressões faciais afetam o humor da própria pessoa e dos outros, que acabam imitando essas expressões e alterando seu estado de espírito. Há um mecanismo de contágio emocional. Se você entrar sorrindo em uma sala em que está um grupo de amigos em um estado de humor neu tro, logo eles vão sorrir de volta. Um sorriso tem o poder de iluminar muitas faces. As estruturas da vida são pesadas e, às vezes, enferrujadas. É preciso adicionar o lubrificante do bom humor para fazê-las rodar mais suavemente. Ao sor rir, você diz: "Eu sou amigo." O humor sinaliza cordialidade e simplifica relações sociais complexas. Mas lembre-se: ter senso de humor real é fazer rir sem ferir os outros. Agora, olhe para quem está ao seu lado e dê-lhe um sorriso. Público (des)qualificado 10 de fevereiro O Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido. Lucas 19:10 Retirado do Site iasdcolonial.org.br Na introdução de seu clássico O Evangelho Maltrapilho, Brennan Manning explica que o livro foi escrito com um tipo de público em mente. O livro não foi escrito para os cristãos "superespirituais", "os acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim da exegese" ou "os místicos de capuz que querem mágica em sua religião", entre outros, mas para os "discípulos inconsistentes e instáveis", "os vasos de barro que arrastam pés de argila", os aniquilados, derrotados e exauridos como ele mesmo. Às vezes, ao ler os evangelhos, especialmente Lucas, fico com a impressão de que eles, igualmente, foram escritos para um público específico: os doentes, os pobres, os explorados, os perdidos, os fracassados, os desesperados, os margi nalizados. Os evangelhos foram escritos para dizer aos que não têm solução que Jesus é a solução. Algum tempo atrás, comecei a escrever um livro que nunca foi (e provavelmente nunca será) concluído. Mas um trecho da introdução, pelo menos, vira "livro" agora: "Este livro não é para os deslumbrados com Hollywood. Não é para os segui dores de celebridades. Não é para os fascinados pelo poder. Não é para os ado radores do dinheiro. Não é para os que apregoam a teologia da prosperidade fácil. Não é para os que desejam a vitória pelas estratégias dos generais. Não é para os que apostam no sucesso pelos métodos do mercado. Não é para os que buscam atalhos espirituais. Não é para nenhum desses, a não ser que precisem da solução apresentada aqui. "Este livro é para os que fizeram tudo errado e querem corrigir os erros, ou que tentaram fazer tudo certo e deu tudo errado. É para os que não conseguem ver Deus através da neblina, mas sabem que ele está lá. É para os que, apesar do silêncio de Deus, clamam pela ajuda divina em tempo e fora de tempo. É para os que vagaram pelo deserto com o cantil vazio em busca de um oásis. É para os que têm marcas no corpo e escoriações na alma. É para os derrotados que não desistem de lutar. É para os vencidos que, no entanto, sabem que, em Cristo, são mais do que vencedores. Este livro foi escrito para mim mesmo e para qualquer um que tenha descoberto que não é bom o suficiente." Caro leitor, os evangelhos não foram escritos primariamente para apresentar informação, ensinar teologia ou propor um código de ética; foram escritos para apresentar a solução para o fracasso humano. Se você se sente fracassado, a boa-nova de Jesus é para você. Ninguém é tão bom que não precise do evangelho, nem tão mau que não o mereça. Tradição x mudança 11 de fevereiro Assim, por causa da sua tradição, vocês anulam a palavra de Deus. Mateus 15:6 O que você acha de receber uma notícia que havia sido divulgada pela última vez há quase 600 anos? No dia 11 de fevereiro de 2013, o mundo foi surpreendido pela notícia de que o papa Bento XVI iria renunciar. Desde 1415 um papa não renun ciava ao cargo de pontífice. Retirado do Site iasdcolonial.org.br Eu mi lembro de ter ficado horas lendo e refletindo sobre essa decisão. Por dever do oficio e curiosidade, acompanhei todos os detalhes. Qualquer que tenha sido o motivo real da renúncia, o fato é que o papa tradiciona lista mudou, inovou, ousou. Ele humanizou a figura do papa, pondo um fim ao fardo de que um papa tem de ficar na função até morrer. Se os bispos devem se aposentar aos 75 anos, e os cardeais que escolhem o papa não podem ter mais de 80 anos, por que o bispo de Roma teria que ficar até os 90 ou 100 anos definhando em público? A tradição não é necessariamente ruim, mas pode desviar as pessoas da verdade e da fé viva. Quando ela se degenera e fossiliza, vira tradicionalismo. O historiador do cristianismo Jaroslav Pelikan definiu esses termos assim: "Tradição é a fé viva dos mortos; tradicionalismo é a fé morta dos vivos." Dialogar com o passado é bom, mas viver no tempo pretérito é fechar a porta para o futuro. De fato, o futuro é o tempo da possibilidade, da mudança, do novo. Ao romper com o tradicionalismo, abrimos o coração para a ação de Deus e experimentamos outras realidades no presente. Jesus falou várias vezes contra a tradição, especialmente em Mateus 7, no contexto de uma crítica dos fariseus ao fato de os discípulos não seguirem o costume de lavar as mãos cerimonialmente. "Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens", replicou Jesus (Mc 7:8). "Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram" (v. 13). O problema dos fariseus era valorizar a tradição acima do mandamento divino. Para seguir cegamente a tradição, eles sacrificavam a fé, a misericórdia, o amor e até o bom senso. Os costumes mortos dos homens tomavam o lugar da palavra viva de Deus. A tradição humana controlava seus gestos, sua alimentação, sua sociabilidade e sua liturgia. Estavam fechados para mudanças e novos costumes. A tradição tem o poder de controlar a vida, mas não tem o poder de transformar o coração. Ela condiciona os neurônios, congela as emoções e cega os olhos, impedindo a pessoa de ver e sentir os movimentos divinos. Fossilizado, o tradicionalista substitui a alegria da espontaneidade pela gravidade da mesmice. Você é escravo da tradição? Honre o passado naquilo que tem de bom, mas não deixe a tradição controlar suas crenças e ações. Se até o papa pode quebrar uma tradição de 600 anos, muito mais você! Troque a tradição por Jesus. A luz de Israel 12 de fevereiro Mantenha sempre em ordem as lâmpadas no candelabro de ouro puro perante o SENHOR. Levítico 24:4 Em meus dias de menino, quando a noite caía sobre as colinas do Rio do Peixe, costumávamos acender velas em castiçais. Mais tarde, os lampiões tomaram o lugar das Retirado do Site iasdcolonial.org.br velas. Finalmente, as lâmpadas elétricas tornaram obsoletos os lampiões. Mas os castiçais ainda têm um lugar em minha memória afetiva, pois sustentavam as velas, que iluminavam as páginas dos livros, que clareavam minhas ideias. No entanto, aqueles castiçais não se comparavam em beleza e simbolismo ao candelabro que Deus idealizou para colocar no santuário israelita. "Faça um can delabro de ouro puro e batido", instruiu o Senhor a Moisés (Êx 25:31). Decorado com gravuras e flores, tendo uma haste central e três braços de cada lado, ele era uma peça tão importante que aparece em Êxodo, Levítico, Números, os dois livros de Crônicas, Zacarias, Hebreus e Apocalipse. Na história de Israel, o candelabro de sete braços, ou menorá, adquiriu o status de símbolo nacional, especialmente após a destruição de Jerusalém pelos romanos. Até hoje, ele simboliza o Estado de Israel. A representação mais famosa do candelabro de ouro é a do Arco de Tito, construído em Roma no ano 81 d.C. para celebrar a conquista de Jerusalém. De acordo com uma versão, o imperador Vespasiano colocou o candelabro e outros objetos sagrados judaicos no Templo da Paz, na capital do impé rio. A partir daí, as lendas se multiplicam, e ninguém sabe onde o candelabro foi parar. Alguns eruditos associam a menorá com uma árvore de luz, símbolo da vida e da imortalidade. Outros negam essa conexão e defendem que se trata de uma forma única, criada para expressar o simbolismo da luz. Para outros ainda, a menorá terrestre, como reflexo da menorá celestial, indicava a luz da Torah (lei). E há quem sugira o simbolismo do sábado e dos outros seis dias da semana. Acima de tudo, podemos pensar na luz do próprio Deus. Feito de ouro puro, um metal precioso que não oxida nem se deteriora, o candelabro simbolizava a pureza e a estabilidade divina; e sua luz, distribuída em sete braços, representava a perfeição e a continui dade do conhecimento divino, que ilumina Israel e o mundo. O fato é que a luz de Israel não podia apagar. Os sacerdotes deviam manter "as lâmpadas continuamente acesas diante do senhor" (Lv 24:3), alimentadas por azeite de grande pureza. Mesmo sem o candelabro original, Deus ainda é a nossa luz. Jesus é a grande menorá do mundo. Precisamos de sua luz para não andar em trevas. Que a luz divina, alimentada pelo azeite puro do Espírito Santo, noite e dia, ilumine sua vida. A batalha é do Senhor 13 de fevereiro O SENHOR, o Deus de vocês, é quem lutará por vocês. Deuteronômio 3:22 Você já notou que alguns dos momentos mais críticos na história do povo de Deus têm que ver com reinos ou nações que se opõem a Deus e a seus fiéis? Felizmente, o Senhor sempre protege seu povo fragilizado. O padrão segue esta ordem: (1) os poderes hostis se levantam contra o povo de Deus, que fica assus tado e se volta para o Senhor em busca de Retirado do Site iasdcolonial.org.br socorro; (2) Deus envia uma mensa gem profética para acalmar seu povo e assegurar a vitória; e (3) Deus intervém de maneira sobrenatural para trazer livramento. As vitorias no período do êxodo são uma espécie de paradigma do que Deus faria mais tarde. Na época de Moisés e Josué, Deus assegurou uma série de vitórias a seu povo, mas outros inimigos estavam pela frente. Em Deuteronômio 3, Moisés enumera as conquistas de Yahweh e anuncia que Deus continuaria a guerrear em favor de seu povo. Em 2 Crônicas 20, o escritor relata que os moabitas, os amonitas e alguns dos meunitas haviam entrado em guerra contra Josafá. O rei judeu, que governou de 873-849 a.C., ficou alarmado e buscou o Senhor. Na frente do templo de Jerusalém, ele orou: "senhor, Deus dos nossos antepassados, não és tu o Deus que está nos céus? Tu governas sobre todos os reinos do mundo. Força e poder estão em tuas mãos, e ninguém pode opor-se a ti" (2Cr 20:6). Então, o Espirito do Senhor veio sobre Jaaziel, que se levantou no meio da assembleia e disse: "Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus" (2Cr 20:15). Foi nesse contexto que o rei Josafá disse as famosas palavras de 2 Crônicas 20:20: "Tenham fé no senhor, o seu Deus, e vocês serão sustentados; tenham fé nos profetas dele e vocês terão a vitória." De fato, a vitória foi impressionante. Os israelitas louvaram a Deus, que guer reou por eles. Diz o cronista: "O temor de Deus veio sobre todas as nações, quando souberam como o senhor havia lutado contra os inimigos de Israel" (2Cr 20:29). No ano 701 a.C., quando o rei da Assíria invadiu e ameaçou Judá, levantando seu olhar arrogante contra Yahweh, o "santo de Israel", e aterrorizando o rei Ezequias (Is 37), o anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios e deu a vitória a Judá. Senaqueribe fugiu do acampamento, voltou para Nínive e lá ficou, sendo assassinado por dois de seus filhos, em 681 a.C., enquanto ele adorava no templo de seu deus Nisroque. Você tem reis e reinos para derrotar? Não tenha medo. O Senhor lutará por você. Boa vida 14 de fevereiro Vocês serão abençoados na cidade e serão abençoados no campo. Deuteronômio 28:3 Não sei se você nasceu na cidade ou no campo, se sabe distinguir um pato de um marreco, ou se já andou a cavalo. Hoje, a maioria das pessoas não conhece quase nada do "mato" ou da "roça", como se diz em Minas. Em 1950, a população brasileira ainda era predominantemente rural. Porém, no ano 2000, 81% já viviam nas cidades. Em 2010, os urbanautas chegaram a 84% da população do país. Isso significa que a porcentagem de brasileiros que vivem em cidades é maior do que a média internacional, uma vez que o grau de urbanização no mundo ultrapassou os 50% há poucos anos. Retirado do Site iasdcolonial.org.br O sonho de muita gente hoje é morar na cidade grande. Porém, isso não passava pela cabeça dos israelitas. Para os profetas e autores bíblicos do Antigo Testamento, a boa vida era sinônimo de habitação no campo, onde os fazendeiros e habitantes dos vilarejos poderiam desenvolver suas atividades agrícolas em paz. Na Bíblia, há uma série de passagens que falam da bênção de poder construir casas e morar nelas, plantar árvores frutíferas e se deliciar com seus frutos. Por exemplo, ao retratar a vida futura, Isaías (65:21, 22) diz: "Construirão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão do seu fruto, já não construirão casas para outros ocuparem, nem plantarão para outros comerem. Pois o meu povo terá vida longa como as árvores; os meus escolhidos esbanjarão o fruto do seu trabalho." Por outro lado, existem muitas passagens que descrevem a infelicidade de não poder morar nas casas construídas pela própria pessoa ou apreciar os frutos das videiras plantadas por ela, devido aos juízos e castigos divinos. Por exemplo, Miqueias (6:15) descreve uma dessas situações: "Vocês plantarão, mas não colherão; espremerão azeitonas, mas não se ungirão com o azeite; espremerão uvas, mas não beberão o vinho." A matriz desse pensamento está em Deuteronômio, especialmente o capítulo 28, onde Deus promete que, se o povo obedecesse a seus mandamentos, então seria abençoado em tudo que fizesse e comeria dos frutos de suas plantações, ao passo que, se desobedecesse, não seria abençoado, e os estrangeiros saqueariam suas colheitas. Viver numa fazenda (ou pelo menos numa chácara), podendo plantar árvores frutíferas, cultivar um jardim, ouvir o canto dos pássaros e observar o pôr do sol, é uma bênção. Entretanto, note que, apesar de o ideal da boa vida apontar para o campo, Deus promete abençoar tantos os fiéis rurais quanto os urbanos: "Vocês serão abençoados na cidade e serão abençoados no campo." Não importa onde você more, poderá ter uma vida abençoada, se for fiel a Deus. Códigos 15 de fevereiro Que grande nação tem decretos e preceitos tão justos como esta lei que estou apresentando a vocês hoje? Deuteronômio 4:8 Imagine um mundo em que ninguém cobice a mulher do próximo; em que nin guém minta ou fale mal dos outros; em que ninguém tenha casos sexuais ilícitos; em que ninguém furte ou roube; em que ninguém mate, nem odeie, nem brigue; em que os filhos amem e respeitem os pais; em que todos parem no sábado para ado rar o Criador; em que todos reverenciem o nome do Altíssimo; em que ninguém faça imagens para representar o Senhor; em que todos adorem somente a Deus... Esse seria um mundo perfeito do ponto de vista de relacionamentos, não seria? Pois é Retirado do Site iasdcolonial.org.br exatamente esse tipo de sociedade que Deus tinha em vista quando entregou os Dez Mandamentos à humanidade. Longe de ser um código frio, a lei é um guia para a vida em comunidade. O fato de ela estar escrita basicamente na forma negativa significa ampla liberdade, e não restrição. Por exemplo, você não deve mentir, mas é livre para expressar com sinceridade seus sentimentos; não deve odiar e matar, mas pode amar e fazer o bem; não deve adulterar, mas pode ter amizade, namorar e casar; não deve adorar uma falsificação de Deus, mas é convidado a admirar, amar, ado rar, estudar e interpretar o Deus verdadeiro. O que a lei proíbe é o que destrói a vida. Alguns dizem que a lei de Moisés é uma simples adaptação da lei de Hamurabi, um poderoso imperador e legislador de Babilônia que viveu no século 18 a.C. Mas isso não é verdade. O código de Hamurabi diz coisas como: "Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados na água"; "Se um homem quebrar o dente de seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado"; "Se um construtor fizer uma casa para outrem e ela cair e matar o dono, o construtor deverá ser condenado à morte." Certas similaridades entre os dois códigos se devem a afinidades culturais. As diferenças são mais notáveis. Hamurabi diz ter recebido suas leis do deus Sol, enquanto Moisés as recebeu de Yahweh. A lei de Deus, com suas nuances, ligações, interpretações e indicações de inteligência, é um muro que protege a vida; é um espelho que mostra o que está certo ou errado; é o marco que sinaliza o ponto zero da ética; é uma árvore que abriga os trabalhadores cansados; é a arquitetura da vida social; é um mapa que orienta o caminho da paz; é uma moldura que impõe limites ao trânsito social; é o padrão que serve de referência para os desorientados. E, permeando sua rede de normas, há um fio dourado que dá um senso de unidade ao todo: o amor. Ainda hoje, se você seguir o código divino, descobrirá o segredo da felicidade. O diferencial da lei divina é o próprio Deus, que usa a ei para guiar você pessoalmente. Salvando o mundo 16 de fevereiro Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Romanos 5:8 Existe um importante ditado rabínico que diz: "O homem foi criado sozinho para ensinar que, se alguém destruir uma única pessoa, a Escritura o considera como se tivesse destruído o mundo inteiro; e, se alguém salvar a vida de uma única pessoa, a Escritura o considera como se tivesse salvado o mundo inteiro." A versão mais sintética e popular desse provérbio diz apenas: "Quem salva uma vida é como se tivesse salvado o mundo inteiro." É verdade que a frase original do Talmude não é tão universalista, pois fala em salvar "uma alma de Israel" (isto é, um judeu), mas o conceito é fantástico. Esse pensamento foi associado com a ação de vários indivíduos, como, por exemplo, Raoul Wallenberg, Karl Retirado do Site iasdcolonial.org.br Plagge e Aristides de Sousa Mendes, que ajudaram a salvar judeus do genocídio nazista. Os heróis são chamados pelos judeus de "justos entre as nações". Entre os "justos" se destaca Oskar Schindler, que arriscou a vida e gastou cerca de 4 milhões de marcos alemães para salvar mais de 1.100 judeus da morte nos campos nazistas. Por quê? "Eu fiz o que pude, fiz o que devia, fiz o que minha consciência disse que eu tinha que fazer", ele afirmou. Para ele, não havia escolha. Chiune (Sempo) Sugihara, cônsul japonês na Lituânia, também salvou um grande número de pessoas. Ao emitir mais de 2 mil vistos para refugiados judeus-poloneses, mesmo arriscando a vida e a carreira diplomática, possibilitou a pre servação de mais de 6 mil vidas. Estima-se que os filhos e netos das pessoas salvas por Sugihara totalizem hoje mais de 40 mil pessoas! Outra história incrível cie amor, compaixão e humanismo é a de Nicholas Winton, chamado de "Schindler da Grã-Bretanha". Corajosamente, ele resga tou 669 crianças tchecas do destino fatal nos campos nazistas. Hoje, há mais de 5 mil descendentes das crianças de Winton ao redor do mundo. Seu feito glorioso somente se tornou conhecido meio século depois. Ele não havia contado nem para a esposa sobre suas ações. Depois disso, ele recebeu muitas honras. Em dezembro de 2002, a rainha Elizabeth II o transformou em cavaleiro (Sir). Porém, nenhum desses "justos", por mais honoráveis que sejam, se compara com um justo que deu a vida para salvar judeus e não judeus. Na verdade, esse homem morreu pelo mundo inteiro. Ele não apenas arriscou a vida, mas a entre gou. Não se sacrificou apenas pelos amigos, mas pelos inimigos. Não morreu pelos justos, mas pelos pecadores. De fato, quem salva uma pessoa é como se tivesse salvado o mundo inteiro, e quem salva o mundo inteiro é como se tivesse salvado uma pessoa. Viva na nuvem 17 de fevereiro A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo, de noite. Êxodo 13:22 Muita gente vive tentando descobrir qual é a vontade de Deus. Alguns se perguntam: "Será que devo ir ou ficar? Casar ou comprar um carro? Estudar Teologia ou Medicina?" Seria bom se Deus desse uma resposta direta, não é? Pois bem, no tempo de Moisés, isso ocorria. Deus se manifestava com frequência por meio de uma nuvem. Deus se revelava de modo visível e quase tangível. A teofania (isto é, a manifestação de Deus) é um motivo recorrente no livro de Êxodo e também recebe destaque em Números. A presença de Deus era representada pela nuvem de dia e o pilar de fogo à noite, fenômeno que guiou e protegeu o povo de Israel desde a saída do Egito até a entrada em Retirado do Site iasdcolonial.org.br Canaã e, depois, sinalizou a presença divina no santuário e no templo. No Antigo Testamento, a expressão "coluna de nuvem" é usada somente 11 vezes, mas o conceito aparece muito mais. Em nosso dia a dia, nuvem geralmente é sinônimo de coisa ruim, especialmente quando uma "nuvem escura" paira sobre a cabeça de alguém. Porém, no caso de Israel, a situação era diferente. Naquele contexto cultural, a manifestação de Deus na nuvem ou no fogo era sinal do favor divino. A nuvem representava proteção, providência, liderança, direção, julgamento quando necessário e descanso. Era, ao mesmo tempo, escudo, ar condicionado, GPS... Por isso, quando você achar que há uma nuvem sobre sua cabeça, saiba que ela pode ser uma nuvem boa, se fizer você olhar para cima e buscar a direção de Deus. A melhor nuvem não é a da internet, que protege seus dados, mas a da presença divina, que protege sua vida. O problema é que, às vezes, somos muito vagarosos ou apressados e não queremos seguir o ritmo da nuvem. Contudo, você pode ter certeza de que Deus conhece o ritmo adequado e o melhor caminho. Mesmo quando a nuvem divina guiou o povo pelos lugares mais difíceis, Deus sabia o que estava fazendo, pois Israel não estava preparado para passar pelo caminho mais fácil, no litoral, onde poderia ter que enfrentar inimigos mais fortes. Agora, para seguir a nuvem e viver sob a nuvem, é preciso ter fé e confiança. A nuvem era, nesse sentido, um símbolo da justificação pela fé. Espécie de templo móvel, ela expressava o desejo que Deus tinha de habitar com seu povo. A nuvem era a presença visível de Yahweh. Viver sob a nuvem era viver sob a presença Deus. Você está disposto a viver sob a nuvem? Aceita o ritmo da nuvem para a sua vida? Então confie nela. O cabelo de Beethoven 18 de fevereiro Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Mateus 10:30 Algumas cabeleiras de personagens célebres ficaram quase tão famosas quanto os donos. É difícil, por exemplo, visualizar Ludwig van Beethoven sem o seu cabelo desalinhado e razoavelmente comprido. Porém, o que muitos não sabem é que, quando o gênio alemão morreu, no dia 26 de março de 1827, sua cabeleira ficou bastante desbastada. Ocorre que as pessoas tinham o costume de cortar mechas do cabelo das celebridades para guardar de lembrança. Russell Martin escreveu um intrigante best-seller sobre a trajetória de um punhado de cabelo do gênio. Quando Beethoven estava à beira da morte, um jovem músico chamado Ferdinand Hiller Retirado do Site iasdcolonial.org.br foi visitá-lo e lhe prestar tributo. No dia seguinte à morte do grande compositor, Hiller cortou uma mecha do cabelo do ídolo. Durante um século, a relíquia per maneceu com a família de Hiller. Depois, passou para uma família judia e foi parar em Gilleleje, cidadezinha portuária da Dinamarca. Na época da II Guerra Mundial, o medalhão com o cabelo foi dado para um médico local, Kay Alexander Fremming, que estava envolvido no esforço para salvar judeus caçados pelos nazistas. Finalmente, a filha de Fremming pôs o cabelo de Beethoven à venda por meio da Sotheby’s, famosa casa de leilões de Londres. Dois admiradores americanos do compositor, Ira Brilliant e Alfredo Guevara, compraram a relíquia em 1994 por 7.300 dólares. Dos 582 fios de cabelo, medindo de 7 a 15 cm, com tonalidades branca, cinza e marrom, 160 (27%) fica ram com Guevara e os outros 422 (73%) foram para o Ira Brilliant Center for Beethoven Studies. Mais tarde, alguns fios foram dedicados a estudos científicos. Em 1802, Beethoven havia escrito uma carta para seus irmãos Johann e Carl. Na carta, nunca enviada, pediu para descobrirem, após sua morte, o que havia cau sado seus problemas de saúde. Dos 50 aos 56 anos, o gênio foi totalmente surdo, o que não o impediu de compor a Nona Sinfonia. Isso sem falar na terrível depres são e na extrema dor abdominal, entre outras coisas. Quase 200 anos depois, gra ças a exames sofisticados, a resposta apareceu. O cabelo de Beethoven continha grande quantidade de chumbo. O envenenamento por esse metal, chamado plumbismo, certamente foi a causa de seus males. Se o cabelo de Beethoven foi guardado, contado e estudado com carinho por seus admiradores, nosso cabelo também recebe atenção especial. Segundo Jesus, o Pai celestial conhece cada fio de cabelo da nossa cabeça, porque tem interesse pelos detalhes de nossa vida. Ele conhece a estrutura de cada fio de cabelo e sua história química. Ao fazer o DNA mais sofisticado do seu cabelo, Deus sabe o que se passa com você. Ninguém pode cuidar melhor de sua cabeleira e de sua vida. Tipos de salvação 19 de fevereiro Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12 Na língua grega, há uma diferença entre conhecimento proposicional/racional/ científico e o conhecimento reflexivo/experimental/relacional. Os gnósticos, grupo religioso que surgiu nos primeiros séculos da era cristã, valorizavam o segundo tipo de conhecimento e o relacionavam com a salvação. Ao longo da história, apareceram muitos outros meios de salvação. O catálogo é longo. Para o gnótico, a salvação ocorre quando você sabe. Para o místico, a salvação ocorre quando você sente. Para o legalista, a salvação ocorre quando você faz. Para o perfeccionista, a salvação ocorre quando você é. Para o espiritualista, a salvação ocorre Retirado do Site iasdcolonial.org.br quando você sofre. Para o hipócrita, a salvação ocorre quando você parece. Para o escolhido, a salvação ocorre quando você pertence. Para o existencialista, a salvação ocorre quando você experimenta. Para o tradicionalista, a salvação ocorre quando você conserva. Para o capitalista, a salvação ocorre quando você tem. Para o comunista, a salvação ocorre quando você divide. Para o naturalista, a salvação ocorre quando você evolui. Mas, para o cristão, a salvação ocorre quando você crê. Todos esses "meios" de salvação, exceto o cristão, são antropocêntricos (com base no homem) e não passam de ilusão. Contudo, a salvação proposta pelo cristia nismo autêntico é teocêntrica (com base em Deus) e tem uma dimensão passada, pre sente e futura. O foco não é "faça", mas "feito"; não é "merecimento", mas "graça"; não é "você", mas "Deus". No sistema divino, você pode ter a certeza da salvação agora. Algumas pessoas gostam de discutir a semântica da palavra "salvação", mas não há por que complicar. No Novo Testamento, salvação é o que Cristo fez por nós. Ele morreu para que vivamos, venceu o pecado para que tenhamos santidade, des truiu a morte para que recebamos a imortalidade, conquistou a degradação para que experimentemos a glorificação. Por isso, em certo sentido, todas as palavras e metáforas relacionadas com a salvação têm que ver com substituição e o que Deus fez. Propiciação (do ambiente cultual) é o sacrifício que Deus ofereceu para satisfazer a justiça; redenção (do ambiente do mercado) é o preço que Deus pagou pelo nosso resgate; justificação (do ambiente da corte) é a defesa que Deus providenciou para nos declarar inocentes; e reconciliação (do ambiente familiar) é o abraço que Deus ofereceu para restaurar nossas relações. Por tudo o que Deus fez, você pode dizer: "Sou perdoado: Deus pagou minha dívida. Sou justificado: Deus mudou meu estado. Sou regenerado: Deus transformou meu coração. Sou reconciliado: Deus se tornou meu amigo." Celebração da vida 20 de fevereiro No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Gênesis 2:2 Não é preciso ser um sociólogo para perceber que o ritmo da vida e da história está se acelerando. Vamos cada vez mais rápido para o futuro. O excesso de velocidade não começou no século 21. Porém, o ritmo atual está chegando a um nível nunca visto. Em vez de Era Pós-moderna, a fase que atravessamos poderia se chamar Era da Aceleração ou Era da Velocidade. A cada dia, a tecnologia derruba barreiras e torna o mundo menor, criando mudanças no tempo, nos costumes, na linguagem, em tudo. Ela afeta o trabalho, a educação, a saúde, a espiritualidade e uma infinidade de outros aspectos. Uma das consequências do ritmo frenético é o desajuste temporal. As pessoas hoje têm a sensação de que o tempo passa mais rápido. Por causa da velocidade, perdemos o Retirado do Site iasdcolonial.org.br referencial. No passado, as coisas permaneciam do mesmo jeito por muito mais tempo. Era possível conhecer, pensar, adaptar. Agora, tudo muda rapidamente. A ace leração, em certo sentido, leva ao fim da cultura oral, da memória e da história. A rup tura com o passado potencializa a perda da identidade pessoal, social e coletiva. Em meio a essa correria, nada melhor que parar e observar o tempo sagrado. A ideia de separar um dia por semana para renovar a vida vem do próprio Deus. O sábado (do hebraico shabbat, "cessar", "findar", "descansar"), celebrado desde o início do mundo, tem essa finalidade. Sabendo que o ser humano teria a tendência de viver correndo, chegando a ponto de escravizar a si mesmo e aos outros, Deus criou um dia especial para fazermos uma pausa na agenda. O próprio Deus, que não cansa, descansou. Ele fez isso para servir de modelo. O sábado é um memorial no tempo para enfatizar a importância de celebrar o Criador, a vida e a liberdade. Presente de Deus para a humanidade, dado antes de o primeiro casal realizar qualquer trabalho, o descanso no sábado é uma expressão de confiança no poder divino. É uma maneira de adotar o ritmo de Deus, abrindo-se para suas surpresas. É a participação na vida do próprio Criador. Direcionado para o passado e o futuro, mas vivido no presente, o sábado é uma antecipação da eternidade. Caracterizado pela tranquilidade e a paz, ele oferece a chance de "organizar" os neurônios e restaurar o equilíbrio interior. É o melhor tempo para reencontrar o rumo da vida. Você não precisa seguir o ritmo maluco do mundo. Como disse Mark Buchanan, o problema não é a falta de tempo: "A maioria de nós vive com medo de não ter tempo. Mas você e eu somos herdeiros da eternidade. Não temos falta de tempo. Temos apenas de aprender a contar os dias direito." Não seja multado, em sua própria existência, por excesso de velocidade. O sonho de Deus para você 21 de fevereiro [Deus] é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos,, de acordo com o seu poder que atua em nós. Efésios 3:20 O sonho de Deus pai a você é mais elevado do que você jamais poderia imaginar. O apóstolo Paulo diz na paráfrase A Mensagem, que Deus "pode fazer qualquer coisa, muito mais do que poderiam imaginar ou pedir nos seus sonhos" (Ef 3:20). Na verdade, Deus não somente pode fazer coisas inimagináveis por você, mas também quer fazê-lo. Muitas pessoas se contentam com um voo baixo, um horizonte estreito, um mundo apertado. Elas se limitam a ser Campestre (minha simpática cidade natal) ou Tatuí (a cidade ternura onde moro), quando poderiam ser São Paulo ou Nova York. Nada contra adoráveis cidades pequenas, mas tudo contra mentalidades pequenas. Retirado do Site iasdcolonial.org.br Nova York, fundada em 1624 (ou 1625) por holandeses, tinha inicialmente seis ou sete ruas. Mais tarde, ao criarem o mapa da cidade, os pais fundadores previ ram o progresso e a deram o nome de Boundary Street (Rua da Fronteira) para a 19 rua. Tudo o que conseguiam imaginar era uma cidade com cerca de 20 ruas! Na virada do ano 2000, minha família e eu tivemos a oportunidade de conhe cer essa metrópole cosmopolita, com um amigo que tinha sido motorista de limusine e conhece tudo da Big Apple. Que cidade imensa! Hoje, somente Manhattan tem cerca de 700 ruas, e Nova York é considerada a capital cultural do mundo. De que tamanho é o seu sonho? "Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir", diz Ellen White, "é o ideal de Deus para com seus filhos" (Mente, Caráter e Personalidade, vol. l, p. 105,106). Ela aconselha a juventude a pensar grande: "Queridos jovens, qual é o alvo e propósito de sua vida? Vocês têm a ambição de se educarem para poder ter nome e posição no mundo? Têm pensamentos que não ousam exprimir, de poder um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poder se assentar em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elabora ção de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Cada um de vocês pode estabelecer um alvo. Não se contentem com realizações mesquinhas. Aspirem à altura e não poupem esforços para alcançá-la" (Fundamentos da Educação Cristã, p. 82). Seja você jovem ou experiente, sonhe alto. Crie uma visão maior do que o seu horizonte, procure um destino maior do que seu ponto de partida, use um poder maior do que sua força, e o sucesso virá naturalmente. O poder divino está dis ponível para ajudá-lo a conquistar mais do que você possa imaginar. Com Deus, o seu potencial é ilimitado, porque Deus é ilimitado. Se você viver o sonho divino para sua vida, então realizará seus próprios sonhos. Visita noturna 22 de fevereiro Olha para mim e responde, SENHOR meu Deus. Ilumina os meus olhos. Salmo 13:3 Elijah Angelov era pastor de uma igreja carismática na Bulgária havia vários anos. Então os adventistas fizeram uma série de pregações evangelísticas em sua vila. Elijah estava seguro de que os adventistas não tinham o Espírito Santo, pois não falavam em línguas. Mesmo assim, decidiu assistir às reuniões. Ao constatar que as verdades apresentadas eram claras e convincentes, ficou muito impressionado. Os adventistas mostraram que o sábado é o dia de adoração e que a pessoa que morre não vai diretamente para o Céu ou para o inferno. O pastor começou a estudar a Bíblia e ficou convencido da verdade revelada na Palavra de Deus. E agora? Elijah e Zoya não se uniram à Igreja Adventista durante as reuniões, mas con tinuaram a Retirado do Site iasdcolonial.org.br estudar a Bíblia, lutando para descobrir o que Deus tinha a lhes dizer. Meses mais tarde, Zoya disse a Elijah: "Estou convencida de que a mensagem do sábado é correta." "Como você chegou a essa conclusão?", o esposo quis saber. "Perguntei diretamente a Deus", ela explicou. Zoya pedira que, se os adventis tas fossem o povo de Deus, o Senhor enviasse a irmã Nina até a casa dela com esta mensagem: "Não hesite. O sábado é a verdade." Porém, Deus deveria enviar Nina naquele dia. Caso contrário, Zoya entenderia que os adventistas estão errados. As horas se arrastaram, e a irmã Nina não apareceu. O horário de jantar chegou e passou. Nada de Nina. "Decidi que a mensagem que os adventistas ensinam está errada", Zoya disse ao marido. Então, quando Zoya estava se preparando para deitar, alguém bateu à porta. Era Nina. Sem medir palavras, a amiga adventista disse: "Irmã Zoya, não hesite. O sábado é a verdade de Deus." Zoya começou a chorar e a gritar: "Louvado seja Deus!" Então Nina contou para Zoya que, durante o dia inteiro, havia resistido ao impulso de ir à casa dela. Finalmente, não podendo esperar mais, havia ido. Elijah louvou a Deus por abrir a mente deles e mostrar seu poder e sua verdade. Ainda hoje, Deus pode revelar o caminho para aqueles que buscam de todo o coração descobrir a verdade. Se você está angustiado, querendo fazer a vontade divina, mas ainda tem dúvidas, peça para o Senhor lhe mostrar a verdade. Talvez ele não envie uma irmã "Nina" ou um anjo, mas certamente responderá ao anseio de seu coração. Quando você clama: "Olha para mim e ilumina meus olhos", a luz brilha em sua vida, ainda que seja noite. Síndrome de Nabucodonosor 23 de fevereiro Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade? Daniel 4:30 A palavra "síndrome" existe desde o tempo do médico grego Galeno, que viveu no 2° século d.C. O termo não descreve uma doença específica, mas indica um grupo de sinais, sintomas e fenômenos de uma condição médica. Conhecemos bem expressões como "síndrome de Down" e "síndrome do pânico". Porém, existem outras síndromes. Uma delas é a "síndrome de Nabucodonosor". Sabe o que isso significa? Laurence Turner, professor de homilética no Newbold College, ilustra essa síndrome. Ele conta que do lado de fora da porta de seu escritório se encontrava um nervoso estudante de teologia. O rapaz hesitava em bater. Sabia que do outro lado existia um aparelho de vídeo. E lá estava o professor. Dias antes, diante de uma sala lotada de colegas e uma Retirado do Site iasdcolonial.org.br câmera, ele pregara um sermão. Agora era a hora do julgamento. Como o próprio aluno avaliaria seu desempenho? Esse tipo de experiência produz uma humildade quase universal entre os estudantes. Um deles, de fato, disse: "Esse não sou eu!" Um dia, porém, chegou à sala do professor um jovem estudante cheio de alegria e sentou-se para a autoavaliação. Enquanto assistia à sua própria mensagem, ele proferiu vários "améns". Então o professor perguntou: "Como você avaliaria essa pregação?" Ele virou-se, radiante, e disse: "Excelente! Absolutamente magnífica!" Mudemos o foco para a cena de um poderoso monarca em pé diante dos jardins suspensos de seu palácio. Ele contempla a obra que mandara construir e a acha esplendorosa. Olha para o caminho processional sagrado, vê o muro de um quilômetro de cumprimento, decorado com 575 animais mitológicos, e o acha magnífico. Congratula-se por sua própria grandeza. Um ano antes, ele tivera um sonho com uma árvore majestosa que havia crescido até o céu. Essa árvore, que simbolizava ele mesmo, seria derrubada por causa de seu orgulho e sua arrogância. Apesar do conselho do intérprete do sonho, ele não se humilhou. As palavras de autocongratulação ainda estavam em sua boca quando uma voz vinda do céu decretou o fim de sua autoridade real. Ele "passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu", os "cabelos e pelos cresceram como as penas de uma águia, e as suas unhas como as garras de uma ave" (Dn 4:33). Finalmente, num lampejo de bom senso, ele olhou para o céu, glorificou o Altíssimo e recuperou a majestade. Você sofre da síndrome de Nabucodonosor? Se sim, olhe para o céu com humildade antes que sua árvore seja derribada e sua autoridade seja tirada. Sonhos dentro de sonhos 24 de fevereiro No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir. Daniel 2:1 Babilônia, a poderosa cidade-estado acadiana construída às margens do rio Eufrates e cujas ruínas se encontram a cerca de 85 quilômetros de Bagdá, era uma terra de sonhos e sonhadores. Ali reis e profetas sonharam com o passado, o presente e o futuro do mundo. Mesmo tendo um império para controlar e reinos para conquistar, Nabucodonosor se dava ao luxo de sonhar. Os sonhos (note o plural) mencionados no verso de hoje foram apenas os primeiros de uma série. O rei sonhou com uma estátua gigantesca feita de Retirado do Site iasdcolonial.org.br vários materiais (Dn 2:31-33), uma "pedra que se soltou de uma montanha" e destruiu a estátua (2:45), "uma árvore muito alta no meio da terra" (4:10), e sabe-se lá mais o quê. Depois, no primeiro ano de Belsazar, "Daniel teve um sonho, e certas visões passaram por sua mente, estando ele deitado em sua cama" (7:1). O profeta sonhou com "os quatro ventos do céu agitando o grande mar" e animais estranhos saindo das águas: um leão com asas de águia, um urso com três costelas entre os dentes, um leopardo com quatro asas e quatro cabeças, um animal aterrorizante com dentes de ferro (7:2-7). Mais tarde, teve outros sonhos e visões. Sonhos, muitos sonhos, sonhos dentro de sonhos. E a interpretação? Como entender o significado de tanta atividade onírica? Como definir o próprio sonho? Seria uma imaginação do inconsciente? A realização de um desejo? Uma tentativa da psiquê de encontrar equilíbrio? Um mero subproduto da atividade cere bral? A edição de um filme que a mente deseja gravar no cérebro? Quando o rei ficou perturbado com seus sonhos, cujo conteúdo ele esquecera, os magos, encantadores, astrólogos e adivinhos de Babilônia tentaram descobrir o que se passara dentro da cabeça do monarca enquanto ele dormia. Porém, fracassaram. Se hoje, depois de tantos estudos científicos, filosóficos e psicanalíticos, ainda não sabe mos direito o que é o sonho e como interpretá-lo, imagine na época! Nem o melhor Freud babilônico podia decifrar o significado daquele cenário cheio de imagens, ideias e sensações. "Mas", disse Daniel (2:28), "existe um Deus nos céus que revela os mistérios." A vida, às vezes, é como um sonho estranho, cheio de animais e bichos exóticos, em que nada parece fazer sentido. Contudo, o Espírito divino pode interpre tar a paisagem onírica e dar coerência aos fatos. Ele mostra o rumo da história, o fio da narrativa, o fluxo dos acontecimentos. Quando você não conseguir decifrar os sonhos que passam pela sua cabeça, recorra ao Deus que revela os mistérios. Barulhos 25 de fevereiro Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. Salmo 46:10 (ARA) Imagine que você seja um amante da natureza. Você pega o carro e resolve dar um passeio tranquilo pela orla ou pelas montanhas. Dirigindo devagar, você liga o som e começa a ouvir sua canção preferida, enquanto aprecia a paisagem paradisíaca e o pôr do sol espetacular. A música transporta você para outro mundo. A experiência transcendental desperta sentimentos de amor e paz. Agora, imagine que você seja um piloto de Fórmula 1. Você vai para Interlagos, entra na pista, liga o som e começa a acelerar: 100, 150, 180, 200, 230, 280, 300 qui lômetros por hora... O carro é potente, e o motor faz um barulho ensurdecedor. Você não está apenas Retirado do Site iasdcolonial.org.br correndo por prazer, mas competindo com outros pilotos. A atividade exige concentração total. Em qual dessas situações você acha que é mais fácil acompanhar a mensagem da música? Nem precisa dizer, não é? Assim como a velocidade e os ruídos impedem a apreciação da música, a correria e os barulhos da vida nos atrapalham a ouvir a voz de Deus. Hoje, infelizmente, as pessoas vivem em constante corrida. A aceleração não começou no século 21. Ela vem ocorrendo há muito tempo. Vários historiadores têm debatido a questão da aceleração da história. Em 1948, o historiador francês Daniel Halévy já chamava a atenção para o fenômeno. Porém, é óbvio que o ritmo está cada vez mais acelerado. As pessoas hoje têm a sensação de que o tempo passa mais rápido. O relógio não mudou, mas a sensação mudou. Ao tentar ganhar tempo, temos a sensação de perdê-lo. Além da velocidade, vivemos em uma sociedade barulhenta. Na cultura ocidental, a extroversão é bastante valorizada, ao contrário do que ocorre em algumas culturas orientais, que preferem um estilo mais introvertido e discreto. A jornada interior cedeu espaço para a festa exterior. Como observou o historiador da cultura Warren Susman, o culto ao caráter deu lugar ao culto à personalidade. O ritmo calmo é importante especialmente na vida espiritual. Quanto mais rápido corremos e mais longe estamos de uma pessoa, mais difícil é ouvir sua voz, ainda que seja um grito. Para ouvir a voz de Deus, é necessário diminuir o ritmo, aquietar-se e permanecer perto dele. "Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus", diz Ellen White (O Desejado de Todas as Nações, p. 253). Se você tem andado muito rápido, reduza a velocidade para perceber melhor a voz divina. E, caso esteja tentando distinguir os sons celestiais em meio a um mundo em constante barulho, experimente o silêncio. A voz de Deus 26 de fevereiro Fala, SENHOR, pois o teu servo está ouvindo. 1 Samuel 3:9 Será que Deus ainda fala com o ser humano? Além da Bíblia, que meio pode ele usar para nos orientar? As impressões espirituais seriam válidas para um cristão? Num livro autobiográfico, o Dr. Raymond Holmes conta como Deus o orientou em momentos de incerteza. No ensino médio, ele nunca aprendera a estudar de verdade. Assim, quando sentiu que Deus o estava chamando para o ministério e se matriculou num colégio luterano no Michigan, teve um grande desafio. Tirando notas baixas, sentiu-se solitário, estressado e deprimido. Um dia, ele foi à capela para orar. O céu estava escuro. Então ouviu uma voz dizendo: "Não é maravilhoso saber que, acima daquelas nuvens, o Retirado do Site iasdcolonial.org.br sol está brilhando?" Era o pastor luterano local, que não sabia de seus dilemas. Foi tudo o que o pastor disse, mas o suficiente para mudar o espírito do jovem estudante. No fim do ano, ele estava entre os que tiravam as melhores notas. Anos após a graduação, ele enfrentou outro dilema. Sua esposa havia decidido se tornar adventista. O que deveria fazer o pastor luterano? Desesperado, em meio a uma crise profunda, ele procurou um professor e, durante dois dias intensos, abriu-lhe o coração. Finalmente, quando terminou de dizer tudo o que tinha para falar, o professor, que ouvira com atenção, sempre olhando em seus olhos, disse-lhe: "Ray, você precisa perguntar a Deus o que ele está tentando lhe dizer." A inesperada res posta, vinda de um teólogo que estava acostumado a lidar com doutrinas prima riamente num nível cognitivo, o surpreendeu e causou-lhe um profundo efeito. Mais tarde, Raymond se matriculou na Universidade Andrews, uma instituição adventista, para cursar o mestrado e, depois, o doutorado. Um dia, enquanto estudava sobre o sábado, ouviu uma voz chamando-o: "Ray!" Ele a ignorou, mas ela o chamou novamente: "Ray, se você me ama, pare de ler!" Tendo maturidade sufi ciente para perceber que Deus não diria para ele parar de ler sua Palavra, Raymond entendeu ser a voz do diabo e percebeu que estava no meio de um conflito espiritual. Na Andrews, Raymond se matriculou em um curso sobre a doutrina da expiação com Wilber Alexander. Numa aula sobre o ministério de Cristo no santuário celestial, ele descobriu coisas novas. Agendou um encontro com o professor. Abriu o coração e caiu em prantos. Ao ouvir soluços, olhou. Era o professor, que disse: "Eu não estou chorando por você; estou chorando com você." Raymond sentiu a presença de Deus ali. Por fim, o Dr. Holmes tornou-se adventista e, mais tarde, lecionou na Universidade Andrews durante vários anos. Em momentos de crise, ouviu a voz de Deus por meio de amigos espirituais. Você também pode ouvir essa voz. Ore hoje: "Fala, Senhor, porque estou ouvindo." Símbolo paradoxal 27 de fevereiro O SENHOR disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá. Números 21:8 Uma multidão de homens barbudos, mulheres submissas, jovens desconfia dos e crianças curiosas, rosto empoeirado, pele queimada pelo sol, sandálias enve lhecidas nos pés, carregando roupas, panelas, pouco pão, nada de água e alguma esperança, caminhava pelo deserto. Não demorou para que o murmúrio contra o líder e seu Deus dominasse o grupo. De repente, o espírito ofídico que picou o povo deu origem a serpentes venenosas que começaram a morder todo mundo. A morte foi deixando seu rastro e suas vítimas em ziguezague pela areia quente. Retirado do Site iasdcolonial.org.br Não sabemos que tipo de serpente era. Não importa. Qualquer espécie seria assustadora. Se você já se deparou com uma cascavel, jararaca, jararacuçu, urutu-cruzeiro, coral verdadeira, naja, víbora, serpente-tigre, mamba-negra ou taipan, sabe que não fomos feitos para amar as cobras. Parece que a inimizade entre nós e elas está em nosso DNA. Pouca gente gosta de serpentes. Ocorre que ser pentes matam, como aconteceu há algum tempo com o pastor pentecostal Jamie Coots, que estrelou um reality show da National Geographic. Enquanto ele pre gava, foi picado por uma cascavel, recusou ajuda médica por acreditar que estava protegido pelo poder divino, e adeus. De volta ao deserto, o alvoroço tomou conta dos viajantes. Então, os líderes da rebelião pediram que Moisés orasse por eles, suplicando que o Senhor tirasse as serpentes do meio deles (v. 7). Porém, em vez de tirá-las, Deus colocou mais uma. Paradoxo? A serpente era de bronze e estava no alto de um poste. Deus não pre cisou ensinar que o soro antiofídico é feito de veneno de serpentes. Sua solução era diferente: quem olhasse para aquela serpente seria curado. Funcionou. Quem olhava "permanecia vivo", diz a crônica do deserto (v. 9). Viaje no tempo 1.500 anos à frente. O verdadeiro significado daquela ser pente milagrosa finalmente foi revelado: "Da mesma forma como Moisés levan tou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna" (Jo 3:14, 15). Agora o símbolo fazia total sentido. Se algum dia, no deserto da vida, você for picado pela serpente mais vene nosa do planeta, olhe para o madeiro levantado e você viverá. Ali está o antídoto para a morte. 300 28 de fevereiro O SENHOR disse a Gideão: "Com os trezentos homens que lamberam a água livrarei vocês e entregarei os midianitas nas suas mãos". Juizes 7:7 Para quem gosta de vitórias espetaculares, a Bíblia registra a história de uma batalha ganha por 300 valentes. Trata-se do feito épico de Gideão, relatado em Juízes 6 a 8, ao derrotar uma confederação de "midianitas, amalequitas e outros povos que vinham do leste" (6:33), tão "numerosos como nuvens de gafanhotos", com um total de camelos comparado à "areia da praia" (7:12). Só para lembrar, os israelitas plantavam seus cereais e, na hora da colheita, os inimigos levavam tudo. Então o povo clamou a Deus, que chamou Gideão. O anjo do Senhor, que alguns identificam com o Jesus pré-encarnado, "apareceu a Gideão e lhe disse: 'O senhor está com você, poderoso guerreiro'" (6:12). Depois, completou: "Com a força que você tem, vá libertar Israel das mãos de Midiã. Não sou eu quem o está enviando?" (v. 14). Gideão se via como o menor da casa de seus pais, mas Deus o encorajou, destacando seu Retirado do Site iasdcolonial.org.br potencial. O anjo não aceitou o arrazoado negativista do guerreiro. "Eu estarei com você", prometeu, "e você derrotará todos os midianitas como se fossem um só homem" (v. 16). Quando Gideão pediu um sinal, o mensageiro divino aceitou o desafio e mostrou que Deus estaria com ele. "Então o Espírito do senhor apoderou-se de Gideão", diz o relato (6:34), sugerindo o segredo da vitória. Dos 32 mil soldados, Deus mandou Gideão ficar com apenas 300, menos de 1% do exército original, a fim de que Israel não se orgu lhasse (7:2). O guerreiro talvez tenha feito uma rápida matemática na areia: 300 con tra 135 mil = 450 máquinas de guerra midianitas para cada israelita (ver 8:10). Daria para encarar? A história de Gideão mostra que Deus usa pessoas comuns para realizar coisas espetaculares, que ele vê força onde parece haver apenas fraqueza, que pode conse guir com poucos o que parece impossível com muitos. Nas mãos de Deus, "armas" improváveis (7:16) podem derrotar poderosos exércitos. Tudo o que Gideão e seus homens tiveram que fazer foi obedecer: tocar as trombetas, quebrar os jarros e gritar. Se Deus o chamar para combater os inimigos de seu povo, vá em frente, sabendo que a batalha pertence ao Senhor. Você pode sentir-se o menor de seu clã, mas Deus o transformará no maior. Na história de Israel e da igreja, incontáveis conquistas extraordinárias foram obtidas por pessoas como você e eu. As pessoas que realizam grandes coisas para Deus não são grandes antes de iniciá-las, mas depois de Concluí-las. O sucesso é resultado do poder de Deus, não de nossa força. O segredo do herói 29 de fevereiro Como o meu servo Calebe tem outro espírito e me segue com integridade, eu o farei entrar na terra que foi observar. Números 14:24 Alguns personagens dos bastidores da Bíblia mereciam ser protagonistas. Coadjuvantes no roteiro da história sagrada, esses heróis quase anônimos têm lições preciosas para nos ensinar. Um deles foi Calebe, integrante de um grupo de doze espiões que fizeram uma missão de reconhecimento em Canaã. Sondada a terra, confirmou-se que ela manava leite e mel (ou seja, a região era ótima para criar gado e cul tivar plantas). Porém, apesar dos enormes cachos de uva, com talvez mais de 6 quilos, muito maiores do que as escassas uvas encontradas no Egito, dez espiões (83%) trans mitiram um relatório altamente pessimista. Somente dois (17%), Josué e Calebe, apre sentaram um relato positivo. Surpreendentemente, ambos os relatos eram verdadeiros! Para os espiões pessimistas, de cujos nomes ninguém se lembra, a terra era cheia de gigantes, os anaquins, que pertenciam a uma distinta família, ou poderiam ser um grupo de lutadores escolhidos por causa de sua estatura. Na opinião deles, os hebreus eram como gafanhotos aos olhos dos anaquins. Portanto, a terra era inconquistável. Já os Retirado do Site iasdcolonial.org.br espiões otimistas não viam tantos gigantes e estavam segu ros de que poderiam vencer. Quem estava certo? Comparados com os gigantes, os hebreus realmente eram gafanhotos; mas, comparados com Deus, os gigantes é que eram gafanhotos! A diferença estava no olhar. Calebe não era cego. Ele viu os gigantes, mas não deixou de ver a solução. Era um homem de fé, coragem e ousadia fora do comum, porque confiava em Deus e em si. A Bíblia enfatiza que ele seguia fielmente a Deus (Js 14:8, 9, 14). Ele acompanhava o Senhor de perto, com todo o coração, e tudo nele pertencia a Deus. A terra era dos gigantes, mas poderia ser dos hebreus, se eles acreditassem. Por causa da incredulidade, aquela geração morreria no deserto, sem entrar na terra prometida. Porém, Calebe chegaria lá. Embora estivesse com 85 anos, ele reivindicou o direito de conquistar uma montanha de gigantes. Segredo? Calebe tinha "outro espírito" (Nm 14:24), o espírito de vitória. No poder de Deus, ele podia vencer todos os obstáculos. Você tem que enfrentar gigantes hoje? Gigantes da dívida, doença, depressão, incerteza, gigantes do medo, estresse, desencorajamento? Com o espírito de Calebe, você poderá vencê-los. Se ainda temos os incrédulos e negativistas, podemos tam bém ter os confiantes e otimistas. Seja um Calebe, com outro espírito. Reivindique hoje sua montanha de bênçãos. Os pessimistas e incrédulos morrem no deserto. Somente os otimistas e confiantes chegam à terra da promessa. Retirado do Site iasdcolonial.org.br