Sementes_de_vida_7

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Sementes_de_vida_7
Sementes de vida
Novembro de 2012
Associação Irmãs Franciscanas
da Mãe Dolorosa
Ordem Terceira de São Francisco
Sumário
Carta de ir. Teresina marra
internacionalidade e
inculturação a serviço
do Evangelho
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#7
Queridas irmãs, noviças, postulantes, amigos leitores e leitoras,
O tema escolhido para o número 7 de Sementes de Vida “Interculturalidade
e Internacionalidade a Serviço do Evangelho”, deseja ser um desafio que nos
estimula a responder com mais coerência às exigências do Evangelho no
mundo, no qual somos chamadas a viver e agir. Os testemunhos que apresentamos são um pequeno sinal que é possível responder ao chamado da Igreja,
que confia às comunidades de vida consagrada a particular tarefa de fazer
crescer a espiritualidade de comunhão.
A minha experiência
de internacionalidade
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O trecho que segue, tirado integralmente da exortação Apostólica de Vida
Consagrada, é a melhor introduçäo a esta publicaçäo, mas sobretudo é uma
proposta a ser realizada com urgência.
Primeiro Encontro
internacional das
Arquivistas SSm
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“Colocais nas diversas sociedades do nosso planeta... as comunidades de
vida consagrada, nas quais se encontram como irmãos e irmãs pessoas de
diversas idades, línguas e culturas, aparecem como sinal de um diálogo sempre possível e de uma comunhão capaz de harmonizar as diferenças.
Encontro internacional
da Formação com Votos
Temporários e com Votos
Perpétuos de 2005 a 2012
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As comunidades de vida consagrada são enviadas a anunciar, pelo testemunho de sua vida, o valor da fraternidade cristã e a força transformadora da
Boa Nova, que faz reconhecer a todos como filhos de Deus e leva ao amor
oblativo para com todos, especialmente para com os últimos. Estas comunidades são lugares de esperança e de descoberta das bem-aventuranças, lugares onde o amor, haurido na fonte da comunhão que é a oração, é chamado
a tornar-se lógica de vida e fonte de alegria”.
Honrando o passado
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Celebrando o presente
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indo para o futuro
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Caminhemos juntas!
page 20
Publicado pela:
Administração Geral
Casa Generalizia
Via Paolo III, 7-9
00165 Roma, Italia
Os Institutos internacionais, nesta época caracterizada pela repercussão universal dos problemas e simultaneamente pelo regresso dos ídolos do nacionalismo, sobretudo eles, têm a missão de manter vivo e testemunhar o sentido da
comunhão entre os povos, as raças e as culturas. Num clima de fraternidade
a abertura à dimensão mundial dos problemas não sufocará as riquezas particulares, nem a afirmação de uma particularidade gerará contrastes com as
outras ou com o todo. “Os Institutos internacionais podem realizar isso eficazmente, já que eles próprios devem enfrentar criativamente o desafio da inculturação e conservar ao mesmo tempo a sua identidade...” (VC, 51)
A história das SSM, desde o início, é caracterizada como congregação internacional e, por isso, mostramos sentimentos de gratidão à providência que
assim nos pensou. Reforçar hoje este aspecto importante nos ajudará a responder de modo mais adequado à missão evangelizadora, à promoção e ao
respeito pela pessoa humana e para toda a criação.
Ir. M. Teresina Marra
Superiora Geral
Sementes de vida
Novembro de 2012
internacionalidade e inculturação
a serviço do Evangelho
"Que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós,
para que o mundo creia que tu me enviaste."
(João 17,21)
tação ambiental que causam separação nós
experimentamos divisão e fragmentação. No
entanto, como religiosas somos chamadas a promover a comunhão e unidade em nossa comunidade e no mundo.
Refletindo sobre a oração de Jesus temos consciência de que o mundo é um só e, que somos
chamados a promover a unidade entre as pessoas e a criação. No Novo Testamento lemos que
Jesus estava constantemente empenhado para
acabar com a divisão, o ódio e a injustiça, somos
todos filhos do mesmo Pai, todos amados e valorizados da mesma forma. Em sua carta aos Efésios 4,4-6, São Paulo nos lembra que somos “um
só corpo e um só Espírito ... como há somente
uma esperança a que fostes chamados .... um só
Senhor, uma só fé, um só batismo. Um só Deus e
Pai de todos, que está acima de tudo e por todos
e em todos”. Infelizmente, o mundo em que vivemos é, frequentemente, em nítido contraste com
este desejo de comunhão e de unidade. Por
causa das guerras, ganância, violência e devas-
No Antigo Testamento, na história de Noé, Deus
se revela como nosso Deus e declara que somos
o seu povo. Jesus lembra aos discípulos, dizendo
que com esta aliança nunca os deixará sozinhos,
ou melhor lhes promete a presença do Espírito
Santo. Deus está sempre conosco em uma relação de aliança e isso elimina as diferenças, disputas ou conflitos que nos colocam em confronto
um com o outro. Se temos um relacionamento
com Deus,conosco e com a Criação entendemos
que temos de aceitar e honrar-nos com respeito e
dignidade.
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Sementes de vida
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Como Irmãs da Mãe Dolorosa, somos chamadas
a criar um mundo mais justo e sustentável, um
mundo que promove a paz, unidade e igualdade,
incluindo para a criação. Somos uma congregação internacional e compartilhamos a mesma
visão da vida religiosa que expressamos em diferentes língua, cultura, costumes e tradições .
Nossa visão é fundamentada no Evangelho.
Sabemos por experiência que a vida religiosa
internacional é uma oportunidade para experimentar a metanoia e kenosis, se vivida com uma
ótica do Evangelho. Na verdade, a palavra internacionalidade inclui o conceito de respeito
mútuo, de aceitação das diferenças,d o diálogo e
da aceitação da diversidade cultural de toda a
riqueza.
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Como Irmãs da Mãe Dolorosa, somos uma congregação com diferentes culturas e grupos étnicos, e essa realidade,mesmo oferecendo continuos desafios, é acima de tudo uma graça.
Assim, temos a oportunidade de experimentar
uma união mais profunda, ou seja que surge da
riqueza da diversidade. Este é o ensinamento
que vem de Deus e que encontramos expresso
em toda a criação.
Para se tornar uma congregação internacional,
devemos reconhecer, aceitar e promover o que
nos une, isto é o nosso carisma e nossa missão.
Depois disso, a simplificação das estruturas de
governo ajuda-nos a realizar a esperança e o
sonho de nos tornarmos mais unidas como uma
congregação.
Falando de intercultural e internacional, P. Daniel
Pietrzak escreve que cada cultura, portanto, precisa de olhar para si em relação aos valores que
possui, sua relação com os valores de outros
povos e culturas e, sua compatibilidade real com
os valores do Evangelho. Só desta forma, os
membros podem entrar de forma mais significativa em relação profunda com os membros de diferentes culturas, com o objetivo final a alcançar
juntos o “reino de justiça, de amor e de paz” que
Jesus pregou e instaurou através de sua vida,
morte e ressurreição.
Ser uma congregação unida também significa
considerar isto em relação àqueles a quem servimos.
(Idéias tiradas: Catherine Harmer “Multiculturalism na Vida
Religiosa hoje” Revisão dos Religiosos, Janet Malone, “internacionalidade a que preço” 1992, revisão para os religiosos,
o Padre Daniel Pietrzak, “Interculturalidade e internacionalidade: uma utopia ou uma tensão construtiva para Missiologia franciscana? )”.
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A minha experiência de internacionalidade
Em contato com o nosso Mundo: Uma Chamada Evangélica à Conversão vivendo e compartilhando com a criação o Nosso Carisma era o
tema do nosso 19° Capítulo Geral. Irmã Alessandra Maria Zonato e eu estávamos no Comitê de
Preparação e muitas vezes questionamo-nos
como podemos fazer que este tema se torne uma
realidade na nossa vida pessoal e na congregação. Um “louco sonho do
qual falavamos muitas
vezes, é de abrir uma
nova missão na África
com algumas Irmãs, cada
de um país onde está presente a nossa congregação. Dez anos depois
poderemos ver bem
como este sonho tornou-se realidade!
outros lugares do mundo; vinham da Corsega, da
Serbia, do Maroco, do Kenya, da Nigeria, do
Sudan, da Colombia e de outras partes. A Internacionalidade completa é o amor universal, é reconhecer e aceitar as diversidades culturais. Uma fé
vívida, pede uma tomada de consciência completa
do outro, quer dizer da sua etnia, cultura, religião e
de todo aquilo que é como pessoa. Compartilhar a
vida com estas mulheres e homens, fez-me
entender, que a aceitação de todos, é a lógica
conseqência, que deriva do grande mandamento:
Ama o Senhor teu
Deus com todo o teu
coração, com toda a
tua alma e com toda a
tua mente… ame o
próximo como a ti
mesmo.
Na nossa última reunião
de preparação na Áustria,
Ir. Alessandra disse-me:
“Julie, nós podemos não ir
para África, mas Deus
está enviando a África a
nós. Vens a Assis. Há
muitas mulheres nigereinas na Itália que se prostituem. Eu respondi logo
“Sim virei“. Naquele período não podia deixar o
ministério que eu estava desempenhando, mas
organizei-me para ter um mês livre. Cheguei em
Assis no dia 17 de setembro de 2002, e no dia 18,
viajei para Fabriano em direção a”Casa entre as
Nuvens, um centro de acolhida para mulheres
envolvidas no tráfico de seres humanos, vendidas
no mercado de sexo que procuravam deixar a
“estrada”.
Aquelas
mulheres
deram um grande testemunho deste mandamento com o seu modo
de viver a hospedagem; ali viviam como
um evento sagrado. O testemunho que deram
com os seus desejos de encontrar-me, creio que
seja uma das características de hospedagem. No
Gênesis 15,2 Abrão “corre” para encontrar o seu
hóspede e no caminho para Emaús os discípulos
“insistem” a fim de que, o seu companeiro permaneça juntamente com eles. (Lc 24,29). Uma atitude de atenção, alegria e cuidado, característico da
Virtude de hospedagem, é essencial e fundamental para viver a nossa internacionalidade
como SSM e também sem dúvida, como comunidade global. O raciscmo é a recusa de amar os
outros nas suas diversidades,
enquanto a hospedagem é
o ministério de aceitação
das divergências e de
acolhida do estrangeiro.
Nas Sagradas Escrituras
lemos, Amai o estrangeiro, porque fostes
estrangeiros na terra
do Egito. (Dt. 10,19)
Esta foi uma verdadeira e própria imersão nos processos de inculturação e, a minha primeira e verdadeira experiência da qual definiria
“internacionalidade
completa”; para mim, estas
palavras significam transcendência de egogentrismoconversão de pensamento de
crer que a minha cultura
seja a melhor. Haviam
mulheres provenientes
de toda a Europa e de
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Sementes de vida
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A minha segunda experiência de internacionalidade, foi aquela de fazer parte do segundo
pequeno grupo de Irmãs, enviadas a Tanzânia
para uma experiência e um discernimento sobre
a possibilidade de inicar uma nova missão. A
minha experiência foi simplesmente isso; com
uma finalidade, intenção, atenção e uma ou mais
necessidades que nos impelem de ir além de nós
mesmas, então o Evangelho, o Carisma, a tradição católica e a compaixão pela humanidade,
tornam-se critérios de base a guiar, julgar, avaliar, motivar, transcender e nos apoiar. Isso nos
ajuda a quebrar a ilusão, a qual chamarei “particularismo cultural”. A nossa reflexão teológica de
cada dia, sobre a nossa experiência como
modus operandi enraizou-nos nos elementos
essenciais. Contudo em diversos lugares, nos
une o Evangelho, o Carisma das SSM, os documentos da Igreja e as necessidades do povo.
Esta reflexão ajudou-me a enfrentar a ilusão de
sentir-me separada e a juntar-me novamente ao
coração da minha (nossa) identidade. Acima de
tudo, nós somos manifestação de Deus-Imago
Die.Não somos feitos só a imagem de Deus,
também nós “ nele vivemos, nos movemos e
existimos, (At 17,28). Cristo assumiu uma dimensão humana e é o Verbo em que tudo foi criado.
Como diz Alyward Schorter, Isso significa que é
Ele o coração de todas as culturas, Ele é o responsável de tudo isso o que há de verdadeiro e
de bom nelas, é Ele que as torna veículos de salvação. Lembro que um dia, enquanto éramos
noviças escutamos por três vezes, estas palavras do Evangelho: “vós mesmos daí a eles de
comer.” Estas palavras do Evangelho nunca
haviam causado em mim uma tal aflição psicológica e espiritual como aquele dia. Senti muita
raiva, e quando nos reunimos para a reflexão
teológica, disse às Irmãs que não teria condiçôes
escutá-las uma outra vez. Outro motivo foi também, porque aquele dia encontramos muitas
crianças famintas, algumas desmariaram na
escola diante dos nossos olhos e nós não tinhamos nada para oferece-lhes para comer. Esta
experiência nunca abandonou-me; como pode a
mente diante destas realidades continuar a construir-se uma identidade baseada sobre a raça, a
proveniência, côr da pele, a religião, ou a própria
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congregação religiosa, quer dizer sobre as coisas que para nós são casuais e marginalizadas? Depois
das orações, tornamo-nos como aquilo que dizemos, comecemos a conhecer o significado e a importância das coisas, e escolher as prioridades que são verdadeiramente importantes, aquelas quer dizer
que encarnam as palavras do Evangelho.
Citação de Aylward Shorter “Toward A Theology Of Inculturation (Para uma teológia de Inculturação)” Orbis Books.
Ir. Julie Marie Peters,
Trinidad
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Algumas irmãs, compartilham as suas experiências de internacionalidade, tida durante
os recentes encontros da congregação, organizados para promover mais com seriedade
a unidade a internacionalidade.
PrimEiro ENCoNTro iNTErNACioNAL DAS ArQuiViSTAS SSm
romA, 23-27 JANEiro 2012
Foi uma semana repleta para as arquivistas da congregação que se reuniram para discutirem os objetivos e as atividades regionais/provinciais e decidir outras modalidades
para um mais estreito contato. Eis algumas reflexões sobre a experiência internacional:
O carater internacional de encontro e a unidade nas diversidades para mim, foram evidentes
de quanto segue:
• Cada participante contribuiu com a oração, breves apresentações, revisão e traduções dos
textos;
• A interpretação e as traduções foram feitos dentro do grupo;
• Todas ajudaram-se reciprocamente apesar da dificuldade da língua;
• As participantes foram incentivadas para continuarem os trabalhos não completados depois
da reunião com a colaboração recíproca.
Uma outra bela experiência internacional foi a noite passada juntamente com as nossas
Irmãs em Borgo.
Ir. M. Margarita Schütz,
Alemanha
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Viemos da Áustria, da
Alemanha, da Itália e
dos Estados Unidos.
Uma Irmã fez experiência do ministério no Brasil e muitas visitaram as
missões SSM em Barbedos, Graneda. St. Lúcia.
Trinidad/Tobago e Tanzânia. O que nos reuniu,
foi o nosso comum ministério de arquivistas.
Com o programa computadorizado Midosa,
cada arquivista, tem a
possiblidade de ceder à lista do material de arquivo, contido nos outros repositores. Ajudou-nos
também muito a compartilhar um pouco de conehecimento das línguas comuns.
No final de janeiro de
2012, tive a oportunidade de viver uma semana
internacional com todas
as arquivistas da Congregação. Foi um encontro muito interessante
que nos forneceu ótimas
indicações, para entender
como
arquivar
melhor o grande número
de documentos de vários
genêros, que cada arquivista tem guardado.
Sobretudo é interessante
a modalidade com a qual foi organizada a semana. Mesmo que não houve interpretações profissionais, comunicamo-nos bem e criou-se também
um bom clima de abertura e partilha.
Ir. M. Helen Malolepsy,
Estados Unidos
Ir. Miryam Elisa Stella,
Itália
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Encontro internacional da Formação
com Votos Temporários e com Votos Perpétuos
de 2005 a 2012
roma, 20-30 de junho de 2012
As 23 jovens irmãs chegaram de diversos países para aprofundarem o carisma e a
missão das SSm e compartilharem os seus sonhos e esperanças pra o futuro. isso foi o
primeiro encontro como grupo. Eis algumas reflexões sobre a experiência international.
O meeting internacional organizado em Roma para os novos membros da Congregação, foi um tempo
de graça para viver a fraternidade, a amizade e o conhecimento com as Irmãs provenientes de diversos
países onde está presente a nossa Congregação. Apesar das divergências culturais e lingüísticas,
encontramo - nos juntamente com o desejo de viver o nosso carisma e enfrentar o futuro com a esperança e fé. Um agradecimento especial ao Conselho Geral que acreditou nesta possibilidade que pode tornar-se semente de esperança e fecundidade também para os próximos anos.
Ir. M. Nicoletta Cortese,
Itália
Para mim, os dias de formação internacional, foram um verdadeiro momento de Graça. De fato, experimentei a fadiga e a beleza da comunicação: o obstáculo lingüístico colocou-nos à provação, mas todas
nos empenhamos, para fazer o melhor para enfrentá-lo, animadas pelo vivo desejo de conhecer-nos e
compartilhar as nossas experiências. Creio que o dom mais belo foi ter reavivado este desejo de um recíproco conhecimento e de profunda partilha fraterna.
Ir. M. Stefania Sangalli,
Itália
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Este encontro foi uma linda oportunidade para poder compartilhar com outras Irmãs jovens, os meus pensamentos sobre o nosso carisma, esperanças e desafios. O modo em que nós rezamos, trabalhamos e
rimos, foi uma experiência que me enrequeceu. A maneira em que colaboramos neste encontro internacional pode ser um sinal para o mundo de hoje, onde, é possível viver juntas e em paz entre as pessoas
de diversas culturas. Quando houver a boa vontade para fazê-lo.
Ir. Elisabeth Maria Knapp,
Áustria
Encontrar as Irmãs de outros países da nossa congregação, foi verdadeiramente uma oportunidade
maravilhosa. Compartilhar as experiências do nosso carisma e escutar diretamente pelas nossas coirmãs, como o Espírito Santo nos une também nas situações muitas diversas, fez -me refletir sobre a beleza de ter uma congregação multicultural em que, cada uma de nós pode expressar na realidade do próprio país, com certeza modalidades diversas por cultura e hábitos, a mesma herança que nos deixou
Madre Francisca, compartilhando as alegrias e as fadigas e aprendendo ter um olhar mais amplo sobre
a realidade do mundo.
Ir. M. Rosa Toccolini,
Itália
Quando cheguei ao aeroporto de Roma senti imediatamente “as boas vindas” de Ir. Claudia Maria Bonacina. O calor, a hospedagem, o amor e o cuidado experimentados durante o período que passei em
Roma, são todas bênçãos, da qual agradeço ao Senhor. Escutar as reflexões sobre Madre Francisca,
São Francisco e, visitar os lugares onde viveram e testemunharam os seus amores a Cristo, para mim
teve um grande significado, que me inspirou a dar mais ainda de mim mesma. Nutro uma grande esperança e entusiasmo pela nossa Congregação, porque observei a paixão, a alegria e o desejo das nossas
jovens Irmãs de servir Cristo. Nós somos membros da Congregação das Irmãs da Mãe Dolorosa, mas
somos alegres e sabemos como experimentá-la. Sinto-me rejuvenescida.
Ir. Yvette Marie Fernander,
Graneda
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Foi uma experiência positiva, que me fez crescer muito, sobretudo na atenção das coirmäs. Geralmente
é mais fácil cuidar aqueles que estão longe. Vivi a fadiga dos diversos ritmos de tempo, devido às diversidades pessoais e culturais, mas sobretudo experimentei o clima fraterno e de comunhão profunda.
Cresceu sempre mais o desejo de compartilhar a minha fé com as outras, a um nível mais profundo.
Ir. Claudia Maria Bonacina,
Itália
Foi uma experiência muito rica e importante, pois durante o encontro percebi a beleza do nosso Carisma que apesar da distância geográfica, vivemos a comunhão na diversidade, e isso é muito bonito, pois,
percebe-se que quem nos une é o mesmo Espirito e para mim isso ficou bem claro no dia em que partilhamos a nossa história vocacional e o nosso apostolado. Pois para mim foi um momento de aprendizagem e troca de experiência que me fez retornar com mais entusiasmo e coragem, tendo em mente que
como Maria, também eu, sou chamada a estar aos pés da Cruz e ir de encontro com as necessidades
dos irmãos menos favorecidos.
Ir. M. Lucilda Borges Cantuária,
Brasil
O encontro internacional de formação dos novos membros SSM, vivido em Roma no mês de junho de
2012, para mim foi uma experiência positiva e importante. Foi uma ocasião para abrir os horizontes da
mente, do coração e crescer no conhecimento recíproco, na comunhão e união entre nós, novos membros SSM. Todas nós somos pequenas pedras, cada uma de côr diferente, com a sua particularidade e
originalidade, mas todas faz parte de uma grande mosaico.
Ir. M. Silvia Benetton,
Itália
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Sementes de vida
Novembro de 2012
O encontro internacional de formação, foi simplesmente respirar uma bocada deste ar, feita de atenção
recíproca, respeito, escuta e muita benevolência, onde brotaram fontes de água viva, para uma forte
comunhão humana, de fé evangélica e esperanças/objetivos comuns para o futuro, para viver juntamente como as SSM na Igreja e no mundo.
Ir. Tatiana Maria Murador,
Itália
Estes dias de encontro, foram para mim, dias de graça e de alegria. Experimentei a beleza da nossa Congregação, que está presente em cada irmã, na sua diversidade. Nestes dias, o nosso Carisma, apareceu
como uma força poderosa, presente na nossa vida e na vida da Igreja. Um caminho de esperança, feito
de muitos rostos e de muitos acontecimentos.
Ir. Helena Maria Alves de Jesus,
Brasil
Foi bonito conhecer Ir. Yvette e Ir. Gillian e rever as Irmãs que vivem no Brasil, Tanzânia e na Áustria.
Contemplei os rostos das Irmãs americanas que pela primeira vez conheciam os lugares importantes da
nossa espiritualidade. A alegria delas aumentava cada dia, e, de fato, lia-se nos olhos. Infelizmente as
dificuldades de comunicar verbalmente, foi um handicap mas, os gestos e os olhares ajudaram-me. Compartilhar e escutar as várias experiências foi para mim, uma verdadeira riqueza, apesar de minha fadiga
pessoal. Obrigada por esta oportunidade!
Ir. M. Luciana Desini,
Itália
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Honrando o passado
“Quem nos separará do amor de Cristo?”
(Rm 8,35)
Celebremos as irmãs que entraram na beatitude eterna.
As nossas irmãs falecidas de
2 de novembro de 2011 a 2 de novembro de 2012
✟
Ir. M. Anakleta Kirsch
Ir. M. Mathilde Gottschalk
Ir. M. Loretta Jacobs
Ir. M. Regina Bruen
Ir. M. Nemesia Nieberle
Ir. M. Sebaldina Weger
Ir. M. Maura Voegerl
Ir. Jean Marie Krueger
Ir. M. Bernarda Schnörer
Ir. M. Dorothy Bruder
Ir. Mary David Kolc
Ir. M. Severina Kaestel
Ir. M. Corinne Peerenboom
Ir. M. Theolinda Russell
Ir. M. Susanne Geiger
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Celebrando o presente
Jubileus 2012
“Verá como o Senhor fará crescer a sua obra, e haverá frutos maravilhosos para
a santa Igreja nesta nova árvore para a glória de Deus.”
(M. Francisca Streitel, Carta 2(2), ao Pe. Jordan))
Rezemos, de modo especial, pelas Irmãs que celebraram o Jubileu,
para que elas continuem a viver o chamado batismal, através da oração, do exemplo e das obras.
75 Anni
Ir. M. Agape Rabl
(Província US/Caraibi)
70 Anni
Ir. M. Dominika Graml
(Região Deutschland-Österreich)
Ir. Marie Hilgers
(Província US/Caraibi)
60 Anni
Ir. M. Albana Diemer
Ir. M. Armella Meier
Ir. M. Bernardina Girbinger
Ir. M. Ehrenfrieda Vinzens
Ir. M. Melchiada Winner
Ir. M. Nolaska Hollweck
(Região Deutschland-Österreich)
Ir. Frieda Marie Mohnl
Ir. M. Rosella Romero
Ir. M. Sebastiana Langecker
Ir. M. Sylvia Egan
(Província US/Caraibi)
50 Anni
Ir. M. Magdalena Gaismeier
(Região Deutschland-Österreich)
25 Anni
Ir. Maria Auxiliadora Chaveiro
(Delegação Madre Francisca Streitel)
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Oshkosh, Estados Unidos
Abenberg, Alemanha
Goiânia, Brasil
Bruck, Áustria
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Indo para o futuro
O 21° Capítulo Geral realizado em Roma de 14 a 27 de outubro de 2012,
teve como tema “levar vida plena aos outros”. A congregação inteira, preparou-se para este evento eclesial com a escuta, a oração e a reflexão.
Todas as Irmãs, participaram enviando sugestões e considerações às delegadas. Durante o retiro e durante a realização do Capítulo, as delegadas
ouviram com coração aberto as relações e as apresentações da Superiora Geral, da Provincial, das Regionais e da Delegação, como também a
mensagem das irmãs mais novas da Congregação.
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Olhamos com serenidade a nossa realidade, os nossos profundos desejos,
os recursos e também as nossas fragilidades e, expressamos o empenho de
querer transformar com a graça de Deus, nós mesmas e as nossas comunidades para evangelizar as pessoas do nosso tempo nas diversas culturas
onde estamos presentes.
Queridas Irmãs, caminhemos sem temor, porque Deus está conosco, não
estamos sozinhas! Com a Igreja, fortalecidas na fé, queremos ser pessoas
credíveis e alegres, que anunciam com a vida o Senhor morto e ressuscitado
para toda a humanidade.
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Agora inicia o trabalho, para atualizar este programa que nos chama para uma mais profunda
conversão. Todos os níveis congregacionais, o realizarão nas suas realidades e, juntamente
com os nossos colaboradores e benfeitores leigos, empenhamo-nos com fé, paciência, coragem
e esperança.
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Sementes de vida
Novembro de 2012
Caminhemos juntas!
...Levar vida plena aos outros...
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