Dossiê Nicarágua

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Dossiê Nicarágua
Dossiê Nicarágua
O Nicarágua é mais um dos países da América Central que passou por dois
processos de independência, a primeira no ano de 1821 quando o país se declara
independente em relação a Espanha, quando logo em seguida se torna membro da
Federação Centro-Americana1, a exemplo da Costa Rica, porém o Nicarágua
permanece pouco tempo na federação e em 1823 declara a sua segunda
independência.
A história nicaragüense mostra uma longa batalha entre as duas elites do
país, a liberal da região de Leon e a elite conservadora da região de Granada,
causando diversos conflitos pelo país. Até que por volta do ano de 1855 os liberais
do país pediram apoio estadunidense, que por sua vez prontamente atendeu ao
pedido, enviando ao país William Walker, que por sua vez acabou se tornando
presidente em 1856.
Durante o tempo em que esteve no poder Walker restabeleceu a escravidão
no país. Walker foi deposto no ano de 1857 por um grupo nacionalista, apoiado por
uma coalizão da Federação Centro-Americana, cuja principal força vinha do exército
da Costa Rica.
Dos anos de 1863 a 1893 o país passou por certa estabilidade, o café se
desenvolveu como setor de importância na economia do país, ferrovias passaram a
ligar as principais cidades. Até de 1893 a 1909 tivemos o governo do General José
Santos Zelaya, que começou a se aproximar da Alemanha, fato que não agradou
nem um pouco os Estados Unidos, que apoiou a candidatura de Astolfo Diaz que se
sagrou presidente do Nicarágua.
Diaz precisou muito da ajuda dos Estados Unidos principalmente em seu
segundo mandato quando um grupo se rebelou contra as constantes intervenções
estadunidenses na política do país, os conflitos terminaram com os Estados Unidos
prometendo não mais intervir no país, muito embora a promessa aparentemente não
tenha sido cumprida, pois os três presidentes eleitos depois de Diaz também eram
1
O ideal da Federação era avançar como uma grande nação democrática e que com o passar do
tempo se tornaria também uma nação rica já que ela seria uma grande rota de comércio internacional
por conectar os oceanos Atlântico e Pacífico
apoiados pelos Estados Unidos e seus marines ainda continuavam no país
mantendo a “ordem”.
Augusto César Sandino, único dos líderes do movimento que havia
continuado na luta foi morto pelo chefe da Guarda Nacional, Anastacio Somoza
García que mais tarde se tornaria presidente do país. O país tornou-se basicamente
uma oligarquia dos Somoza que se perpetuaram no poder por um bom tempo.
Os Somoza ainda auxiliaram na tentativa de invasão a Cuba para retirar Fidel
Castro do poder, os poderes dos Somoza só começaram a diminuir a partir de 1961
quando foi criada a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) 2 liderada por
Carlos Fonseca.
Devido a tanto apoio e presença dos Estados Unidos em seu território sua
posição no que diz respeito aos eventos envolvendo Cuba em 1962 são muito
previsíveis, é quase que um apoio incondicional a opinião estadunidense.
Referências
Historia de Nicaragua. Nicaragua Actual. Disponível em: <http://www.nicaraguaactual.info/history.html>. Acesso em: 07 de setembro de 2013.
Historia de Nicaragua. El Rincón del Vago. Disponível em: <
http://html.rincondelvago.com/historia-de-nicaragua.html>. Acesso em 07 de
setembro de 2013.
História de Nicarágua. Latinamerica Way. Disponível em: <
http://www.latinamericaway.com/historia-de-nicaragua/?lang=pt-br>. Acesso em: 07
de setembro de 2013.
HISTORIA MILITAR DE NICARAGUA INDEPENDIENTE: SIGLO XIX. Disponível
em: < http://www.ejercito.mil.ni/contenido/ejercito/historia/docs/historia_militar_1931.pdf>. Acesso em 07 de setembro de 2013.
Nicaragua-La historia desde la independencia hasta el siglo XXI. Proyecto
Latinoamerica. Disponível em:
2
Nome dado em homenagem a Augusto César Sandino.
<http://proyectolatinoamerica.wikispaces.com/NicaraguaLa+historia+desde+la+independencia+hasta+el+siglo+XXI>. Acesso em: 07 de
sembro de 2013.

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