Ano 13 Ed 148 Set 2012

Transcrição

Ano 13 Ed 148 Set 2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
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T
enho acompanhado junto a
Sandra Santos, presidente da
AUEESP, muitos casos de terreiros
que têm o mesmo nome.
Enquanto o terreiro/centro/tenda/
grupo/templo não tem registro em
cartório, não existe legalmente, parece
que vai tudo bem. Permanecem
anos trabalhando no terreiro
chamado, por exemplo, “Casa
Sete Flechas” ou “Casa de
Ogum Beira Mar”, afinal estes
são os nomes dos guias que
comandam estas casas. Um
dia resolvem registrar em cartório
e descobrem que já existe outro terreiro
com estes nomes, que existem muitos
centros com os mesmos nomes e que,
legalmente, isso se torna um problema.
Bem no início da religião, era comum adotar nomes de santos católicos
como: Tenda São Jorge, Casa Santa
Rita, Terreiro Cosme e Damião e outros.
Hoje prevalecem os nomes de Caboclos, Pretos-velhos e Orixás. No entanto, existe na Umbanda a questão das
falanges, em que milhares de médiuns
trabalham com entidades que levam
o mesmo nome como: Pena Branca,
Pai José, Vovó Cabinda, Jurema e etc.
Logo, antes de adotar um nome
para seu terreiro, é fundamental fazer
uma pesquisa sobre este nome. É
certo que seu templo tem um dirigente
espiritual único, mas o nome que ele
carrega é o mesmo para milhares de
espíritos de uma mesma falange. Por
isso, nós podemos ter entidades com os
mesmos nomes, mas não podemos
ter terreiros com os mesmos
nomes. Um templo é uma
entidade jurídica que
deve ser registrada em
cartório e, para tanto,
deve respeitar as leis da
sociedade. O que recomendo é que os nomes tenham mais
apelo de criatividade.
Alguns casos de terreiros homônimos vão parar na justiça, pois ninguém
quer abrir mão do nome que deu a seu
templo de Umbanda. Nome de templo,
portanto, é coisa séria, precisa ser pesquisado, consultado e registrado.
Ainda assim, nos faz lembrar a
resposta do Caboclo que é o Pai da
Umbanda, quando lhe perguntaram seu
nome, ele respondeu: “Se é preciso que
eu tenha um nome, então pode me chamar de Caboclo das Sete Encruzilhadas,
porque não haverão caminhos fechados
para mim”. Com estas palavras, ele
deixa claro que o nome não é o mais
importante e que seu nome é apenas
simbólico, não é um nome que carregou
em nenhuma encarnação.
Assim são nossos guias, não se
importam tanto com nomes e jamais
brigariam por um nome. No entanto,
nós, que ainda estamos aprendendo,
vivemos brigando por muitas coisas.
E se brigar e discutir é a regra, então
o que mais importa é nosso ego e vaidade, e nada mais forte que um nome.
Certa vez, na adolescência, li um
dos livros de Dale Carnegie em que ele
dizia que o mais importante na vida de
alguém era o seu nome. Claro, junto de
nosso nome vai a ideia de identidade
e todos queremos construir uma boa
identidade. Então se um nome é tão
importante, vamos pensar bem antes
de dar um nome ao nosso terreiro de
Umbanda. Não é certo fazer de forma
automática a associação do nome do
caboclo com o nome da razão social que
terá este terreiro um dia. Não importa
qual seja o nome de seu terreiro, ele
sempre vai ser a “Casa do caboclo tal”,
no entanto dê um nome autêntico para
identificar este templo.
Contatos: [email protected]
COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA “PAI BENEDITO DE ARUANDA”;
ASSOCIAÇÃO UMBANDISTA E ESPIRITUALISTA DO ESTADO DE SÃO PAULO – “AUEESP”
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É uma obra filantrópica, cuja missão é
contribuir para o engrandecimento da
religião, divulgando material teo­ló­gico
e unificando a comunidade Umbandista.
Os artigos assinados são de in­teira
res­ponsabilidade dos auto­res, não
refletindo necessaria­mente a opinião deste jornal.
As matérias e artigos deste jor­nal podem
e devem ser reproduzidas em qualquer
veículo de comunicação. Favor citar o
autor e a fonte (J.U.S.).
Sandra Santos
“M
eu filho, o que acende a
vela, não é o fogo; é a
mente. Explico:
Antes de estar fisicamente acesa,
ela primeiro se acende no plano mental:
é a ideia de acender a vela.
Depois, a vela é acesa no plano
astral: é o desejo de acender a vela.
Finalmente, a vela é acesa no plano
físico: é o ato de acender a vela.
Depois de fisicamente acesa, a
vela irradia e propaga luz e calor pela
combustão do elemento mineral parafina (derivado de petróleo) e pela fibra
vegetal do pavio.
Essa energia é potencializada e
multiplicada no plano astral em uma
velocidade e intensidade inimagináveis
na forma de ondas e esferas concêntricas, vagamente parecidos com os
círculos formados por uma pedrinha
que é atirada no centro de um lago de
superfície calma.
Essas ondas de energia percorrem
em um instante todos os reinos sutis da
Natureza e carregam consigo a frequência vibratória de quem acendeu a vela
assim como o teor psíquico completo de
seu comando ou pedido mental .
Pela Lei de Sintonia e Afinidade,
Inteligências, Seres e Forças que se
identificarem positivamente ou negativamente com o teor da mensagem
disparada pela velas acesa imediatamente responderão, seja através
de vibrações diretas ou pela própria
presença consciencial.
Isso inclui criaturas de diversos
planos, dimensões e faixas vibratórias:
elementais da Natureza, espíritos
desencarnados, seres angélicos e arcangélicos, inteligências planetárias e
extra-planetárias, etc...
Veja, meu filho, a imensa responsabilidade envolvida no acender
de uma simples vela, dentro de um
contexto magístico, em um ambiente
sagrado. O que acende primeiro a
vela é o “fogo mental”, bem antes do
“fogo físico”.
Portanto, preste bem atenção
no motivo, intenção e propósito que
o leva a acender uma vela, pois a
mesma energia emitida ao acender a
vela, retorna multiplicada ao emissário
quando ela se apaga : ‘o que vai, vem
e o que vem, vai...’. Entendeu?
Principalmente, preste bem atenção na qualidade de seu “fogo mental”:
ele aquece e ilumina ou queima e
destrói?
Fique na Paz de Nosso Pai Oxalá! ”
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AS DIFICULDADES DO
INÍCIO DAS SETE LINHAS
No começo, muitas pessoas queriam
decifrar o mistério das Sete Linhas de Umbanda e isso deu muita confusão, porque
todos achavam que estavam certos em
suas interpretações sobre elas. Mas quando estudamos as classificações criadas no
decorrer dos anos, vimos que o enfoque
de todos estava na contramão, porque
as Sete Linhas de Umbanda não são sete
linhas de trabalho ou sete Orixás, e sim sete
irradiações divinas.
Este assunto das sete linhas é um dos
que, futuramente, poderá ser resolvido,
mas agora o que interessa é estudarmos
para saber o que está revelado até agora
sobre isso.
Como já dissemos, no Candomblé não
existe esse mistério das sete linhas, isso
surgiu dentro da Umbanda, trazido pelo
Caboclo das Sete Encruzilhadas. Antes de
ele ter aberto esse Mistério da Umbanda
não existia nada escrito sobre as sete linhas
e, se observarmos com atenção, veremos
que a nossa religião tem seus fundamentos
e tem uma forma de exteriorizar seu conhecimento oculto, que está sendo aberto,
sem depender de explicações alheias, por
meio dos livros enviados até nós por Pai
Benedito de Aruanda.
Podemos explicar muitos dos nossos
fundamentos a partir do Setenário Sagrado,
que existe e está presente em quase todas
as religiões, e não somente na Umbanda.
Mas temos hoje uma explicação lógica
para este Setenário Sagrado, em que ele é
associado às sete irradiações divinas, aos
sete sentidos capitais da vida, aos sete
símbolos sagrados. Aos sete elementos
formadores do planeta, às sete essências,
aos sete fatores, aos sete poderes originais
exteriorizados por Deus, etc.
Os sete Orixás ancestrais são absorvedores dos sete fatores e das sete essências
originais, vivas e divinas, que estimulam
os sete sentidos e dão origem aos sete
símbolos sagrados, etc., tudo comandado
pelas sete irradiações divinas.
Hoje temos uma forma de explicação
lógica e racional, mas é preciso que cada
umbandista aprenda-a para mantermos
a coerência existente nela e para que,
amanhã ou depois, não sofra, por meio de
novas interpretações pessoais, mudanças
de nomes e dos termos usados para fixar de
vez esse mistério dentro da Umbanda.
Nós temos de nos apegar a certos termos
para que eles sejam discutidos em profundidade, porque já temos dentro da “Gênese
Divina de Umbanda” as explicações de como
todos os poderes se irradiam, mantendo
sempre uma coerência, porque é uma chave
interpretativa.
Uma mesma chave se aplica a todos
os conhecimentos, senão ela não seria verdadeira e, quando associamos o elemento
mineral a Oxum, Oxum ao amor e amor à
concepção, tem todo um fundamento, porque
o elemento mineral é um elemento que nos
dá uma energia conceptiva e
multiplicadora das espécies.
Essa energia não atua
somente no ser humano,
atua em todos os vegetais,
em todas as espécies de
animais, etc. Nada é desordenado na Criação.
FUNDAMENTAÇÃO
DESSE MISTÉRIO
NA UMBANDA
Logo no início da Umbanda, o senhor Caboclo das
Sete Encruzilhadas falava
no Mistério das Sete Linhas
e, em 1933, Leal de Souza
publicou um livro intitulado
O Espiritismo, a Magia e
as Sete Linhas de Umbanda. Entre elas,
destacava-se a linha branca de Umbanda
(de Orixá) e a linha de demanda, para cortar
trabalhos de magia negra. Falava-se em sete
linhas brancas (as positivas), em linha de
demanda (as de esquerda) e linha de santo.
A Umbanda fundamentava-se no mistério
das “sete linhas” e a forma de ensiná-las era
prática, ainda pouco elaborada e totalmente
voltada aos trabalhos que eram desenvolvidos pelos Guias espirituais, todos ligados
às Sete Linhas de Umbanda e de Demanda.
Esse conhecimento e a forma bem terrena de abordar e explicar esse mistério que
começa em Deus, e chega até nós aqui no
plano material, foi trazido pelo senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas e pelos outros
Guias espirituais de Pai Zélio de Moraes, e foi
popularizado pelos filhos de santo por meio
das tendas fundadas por eles, que também
formaram muitos outros médiuns que, posteriormente, fundaram
muitas outras tendas de
Umbanda, fato esse que
as popularizou, tanto
que, em 1933, Leal de
Souza, um dos filhos
de santo de Pai Zélio,
escreveu o primeiro livro
abordando o Mistério
das Sete Linhas de Umbanda.
Devemos lembrar
que era o início de uma
religião e que, nessa
época, pouco se sabia
sobre o mundo espiritual fora do Espiritismo
e muito menos sobre a
própria religião umban-
dista, na época ainda sendo implantada no
plano material pela Espiritualidade.
Posteriormente, outros umbandistas
desdobraram o Mistério das Sete Linhas
e publicaram livros, com elas explicadas
mais a fundo e de forma a hierarquizá-las,
nomeando-as com estes nomes:
- Linha de Oxalá;
- Linha de Xangô;
- Linha de Ogum;
- Linha de Oxóssi;
- Linha de Iemanjá;
- Linha do Oriente;
- Linha das Almas, etc.
Cada autor deu sua
interpretação e, pouco a
pouco, esse mistério foi adquirindo vida própria dentro
da nova religião, pois cada
Guia espiritual revelava que
fazia parte de uma delas.
Dois autores devem ser
destacados e imortalizados
pelos umbandistas porque
eles, em suas épocas e em
acordo com o tempo em
que viveram a Umbanda,
divulgaram esse mistério.
O primeiro é Leal de Souza
por seu pioneirismo. O segundo é Lourenço Braga,
pelo avanço na interpretação desse mistério aberto
dentro da Umbanda por Pai
Zélio e o espírito fundador da umbanda, o
Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Que nenhum umbandista se esqueça
disso ou isso desconheça, para que não venha a negar esse fato aos seus verdadeiros
semeadores, que são Pai Zélio e o espírito
fundador da umbanda, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas.
Muitos outros autores, posteriormente,
publicaram novos livros abordando o Mistério
das Sete Linhas de Umbanda, dando-lhes os
mais variados nomes, fato esse que, se por
um lado enriquecia o estudo da Umbanda,
por outro lado confundia a grande legião de
médiuns umbandistas ávidos por conhecimentos sobre os fundamentos da umbanda.
Essa confusão perdurou até o fim do
século XX, quando Pai Benedito de Aruanda,
orientado pelos espíritos mentores da Umbanda e amparado pelo senhor Caboclo das
Sete Encruzilhadas, finalmente fundamentou
nas Sete Irradiações Divinas as Sete Linhas
de Umbanda e nos trouxe suas regências
divinas originais, esclarecendo de vez esse
mistério, desde sua origem em Deus até nós,
encarnados, aqui na Terra, mas também regidos e influenciados por elas o tempo todo.
Hoje, posso revelar que nossa obra
mediúnica, fundamentadora dos mistérios
de Umbanda, foi amparada pelos espíritos
mentores da Umbanda, entre eles o senhor
Caboclo das Sete Encruzilhadas.
O fato é que foi Pai Zélio e o senhor
Caboclo das Sete Encruzilhadas que abriram
para a Umbanda e todos os umbandistas
os Mistérios das Sete Linhas de Umbanda.
Justiça lhes seja feita!
Texto extraído do livro
“Fundamentos Doutrinários
de Umbanda”, Ed. Madras
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E
sta combinação sugerida no título
é ainda motivo de intensas discussões e normalmente pouquíssima
reflexão producente. Pois é, falar de
Política na Religião é filosoficamente tão
paradoxal quanto o tema “Razão e Fé”.
Religião é o Sagrado, sim, isso é
verdade; e Política é sacanagem, coisa
ruim, jogo de interesses mesquinhos
e... ops “pera aí”.
Imagino que os grandes democratas da Grécia Antiga se decepcionem
com o que ocorre no sistema político
do planeta atualmente quando se trata de troca de vantagens, propinas e
mensalões da vida.
É certo que eu poderia tomar sua
atenção tão preciosa para escrever
centenas de páginas sobre as problemáticas sistêmicas da engrenagem
política no país, e também é certo que
posso usar o mesmo tanto de páginas
para apontar coisas interessantes que
já se fez e faz neste país e que, por não
atenderem ao sensacionalismo e não
vender mídia, não são tão expostas.
No entanto, neste primeiro momento, quero usufruir de sua especial
atenção para refletirmos sobre princípios equivocados a respeito do tema
proposto.
Religião, em síntese, é uma estrutura idealizada pelos homens para
se relacionarem com o Sagrado, na
intenção geral de estimular as virtudes,
potências e proporcionar a tão perseguida transcendência consciencial nos
indivíduos.
Muito bem, religião não existe sem
indivíduos, todos os indivíduos pertencem a uma sociedade, um Estado, um
Município, um País.
Já a Política é uma manifestação
comportamental e natural nos indivíduos humanos e também no reino animal,
tratemos aqui do H. Sapiens Sapiens. A
Política sistemática, como a conhecemos, pretende ser uma estrutura para
tratar das relações humanas a fim de
atingir resultados esperados para a
coletividade, esta que chamamos de
sociedade.
Pois bem, antes da religião, portanto, temos a natureza política e o
exercício político por excelência. Um
templo religioso congregará indivíduos
num contexto muito particular, mas que
ao sair daquela estrutura voltam para a
realidade social, existencial, palpável. O
indivíduo continuará a se deparar com o
trânsito, com as pessoas, com suas necessidades básicas e objetivos diversos.
A bem da verdade é que Religião
é também uma maneira política de se
relacionar com Deus, com o Sagrado, e
que é tão natural no homem holístico.
Querer afastar o exercício e a participação política da religião é o mesmo
que afastar Deus da sociedade. Percebe? Uma coisa está atrelada a outra.
Até aqui estou tratando da natureza comum aos homens, o religioso
e o político.
As religiões se organizam normal-
mente sempre tendo um líder da comunidade, assim é a política democrática
em nosso país, onde elegemos líderes
para tratarem de interesses e necessidades dos grupos sociais.
Acontece que existe um ranço
contra política e seus operadores, os
políticos. Há um desânimo e profunda
descrença na dignidade humana. Claro
que não por acaso, por exemplo, estamos em pleno julgamento de um dos
maiores casos de corrupção da história
de nosso país. É constante virem à tona
escândalos do gênero. Mas não esqueça, quem faz isso são cidadãos, entes
humanos, muitas vezes com menos
caráter do que eu e do que você.
Por outro lado, vemos frequentemente escândalos por desvio de
conduta de muitos líderes religiosos:
“Padres” pedófilos, “Pai de Santo” traficante, “Rabino” ladrão de gravatas,
“Pastor” agressor e assim por diante. A
questão é: a religião é o indivíduo? Ou
o indivíduo está na religião? É a religião
que ensina isso, ou é o indivíduo que
é oportunista?
Quando falamos de políticos corruptos, imundos e sacanas, a mesma
pergunta: política é o indivíduo? Ou o
indivíduo está político? Quem rouba, a
política ou o político?
Percebemos, numa reflexão mais
profunda, que a política é tão metafísica
quanto a religião, e o homem é quem
concretiza de maneira boa ou não aquilo
que exerce e representa.
Sou Umbandista, vejo diariamente
denúncias de supostos “sacerdotes”
cometendo atrocidades diversas dentro
e fora do meu meio religioso. Não me
espanto com os escândalos e, de certa
maneira, acho bom, assim vai ficando
claro que minha religião não é
aquilo e que mais um indivíduo
está fora de circulação e não
poderá mais usar o nome da
minha fé em vão; e, por outro
lado, trabalho diariamente
para fazer completamente
o contrário, para expandir,
ensinar e enaltecer a minha
fé, meus irmãos na fé.
Assim penso que deve
ser na política, pessoas de
bem devem pleitear cargos
políticos se desejarem tirar
de circulação os charlatões,
os falsários, corruptos e bandidos que se aproveitam da
fé social do povo, ludibriam e
sacaneiam.
Viu? No exercício prático,
não vejo diferença entre religião e política.
As várias religiões são
como os vários partidos, ou
seja, maneiras grupais de
ver e entender Deus e a Sociedade
respectivamente. Mas que, independentemente da diversidade, é preciso
existir em harmonia, pois tudo junto
traz um bem maior.
Em nosso país, de dois em dois anos
temos o processo eleitoral democrático,
algo pelo qual meus avós e pais lutaram
para conquistar e que hoje muitos de
minha geração pouco compreendem a
grandeza.
Para mim não se trata de um ciclo
para “obrigatoriamente” dar poder a
maus políticos, trata-se de um ciclo de
renovação de esperança, de responsabilidade cidadã, de participação para uma
Cidade, um Estado e um País melhor.
É verdade, eu creio seriamente
nisso, por isso é preciso saber em quem
você deposita o seu voto, saiba que seu
voto é a delegação de poder de algo que
você gostaria de fazer, mas que outro
deverá fazê-lo.
Não vote em discursinhos baratos
ou em troca de nada, tampouco acredite
em excesso de promessas, a verdade é
que pouco se consegue fazer no tempo
determinado, o importante é que se
faça o certo, pois de pouco em pouco
fazendo o certo em algumas décadas
temos uma realidade melhor.
Cuidado com o discurso do tipo:
Umbandista vota em Umbandista, Católico em Católico, ou coisa do tipo. Agora
o que vale é o Cidadão votando noutro
Cidadão, este que recebe o poder não
poderá ter estes rótulos, e deverá promover melhorias que vão além de suas
particularidades.
Tem muita gente se aproveitando,
cuidado! Pesquise sobre o indivíduo,
não só o que ele mostra, mas o que
outros mostram sobre ele.
Encerro com uma reflexão:
“Não há nada de errado com aqueles que não
gostam de política, simplesmente serão governados por
aqueles que gostam.” - Platão
A
Reflexões
sobre a
mediunidade
mediunidade não é um peso e
sim um dom. Mas quando não
sabemos como trabalhar com ela,
pode se tornar um fardo.
Muitos se sentem reféns de dores
e sentimentos que se manifestam em
seu corpo sem explicação científica,
biológica, psicológica ou racional. Em
muitos momentos da vida, sentimos que
há algo de errado em nós, nos sentimos
deslocados do mundo, sentimos que
falta um sentido ou uma razão para
nossas vidas. Sentimos “coisas” que
não conseguimos explicar e, às vezes,
parece que estamos ficando loucos.
Muitas vezes parece que temos distúrbios bipolares, tripolares, multipolares…
Somos vistos como histéricos, desequilibrados ou esquisitos, apenas porque
vemos, ouvimos ou sentimos o mundo
espiritual.
Como diria Pai Ronaldo Linares:
“Não estamos loucos, apenas descobrimos que somos médiuns”.
Durante muito tempo a psicologia
considerou os sintomas da mediunidade
como se fossem os mesmos da histeria.
Hoje sabemos que histeria não tem
hora nem lugar para acontecer e muito
menos pode dar um sentido para nossas
vidas. Sendo assim, se a mediunidade
fosse uma loucura, então seria uma
loucura controlada. Somos loucos por
Deus, somos místicos no sentido mais
forte da palavra: aqueles que vivem
uma experiência transcendental direta
e visceral com o sagrado. Afinal: a sabedoria que reside no sagrado é loucura
para este mundo material e a sabedoria
deste mundo é loucura para o sagrado
e divino. (I Cor: 1:17)
Ao nos descobrirmos médiuns,
passamos a ouvir muitos dogmas e
tabus que nem sempre correspondem
à verdade sobre nossa mediunidade.
Como por exemplo:
• De que todo médium tem um
pesado karma para carregar. • Que
médium é um devedor da Lei maior.
• Que mediunidade é um caminho
de sofrimento e dor. • Que os guias
espirituais ajudam a todos menos a
seu médium.
• Que um médium deve ser um
santo(a), casto(a), puro(a) e ilumina­
do(a), como um avatar ou mestre as­­cen­
sionado. • Que médium está destinado a
uma vida miserável, sem prosperidade.
• Que o médium assinou um contrato antes de encarnar e que agora
deve cumprir seja lá o que for, que ele
mesmo não sabe o que foi.
• Que uma vez desenvolvida a
mediunidade, a pessoa passa a estar
amarrada com a Umbanda e não pode
sair mais desta religião. Etc...
Enquanto, na verdade...
• Mediunidade é oportunidade de
viver a vida com mais qualidade, com
mais sentido, com mais sentimento.
• Mediunidade é oportunidade de
contato com nossa família espiritual
que nos ama e quer bem.
• Mediunidade é oportunidade de
vencer velhas dificuldades, superar
apegos, curar dores e vícios.
• Mediunidade é oportunidade de
sair do caminho da dor e entrar no
caminho do amor.
• Mediunidade é oportunidade de
nos libertarmos do peso do karma negativo desta e de outras encarnações.
• Mediunidade é mais vida para
nossas vidas.
• Mediunidade é tudo isso e muito
mais se for bem trabalhada, e pode ser
um caos se mal trabalhada.
Por isso, precisamos, em primeiro
lugar, desconstruir certos paradigmas
desconexos com a realidade de uma
mediunidade saudável. Não basta
apenas cuidar do espírito. É necessária
uma nova cultura, passar a ver a vida
de um ponto de vista integral.
O médium precisa se autoconhecer, precisa aprender a trabalhar suas
dores, seus traumas, vícios e dificuldades. O médium precisa aprender a aplicar sobre si mesmo e sobre sua vida os
recursos da Umbanda, antes de exigir
ou esperar que seus guias façam pelos
outros. O mais importante é querer
se tornar alguém melhor, uma pessoa
mais bacana para si mesmo e para os
próximos e os distantes também.
Para conseguir desenvoltura mediúnica na religião de Umbanda, é
importante que os médiuns conheçam
o mínimo sobre o que é Umbanda,
quem são os guias e orixás, o que é
uma oferenda, o que são firmezas e
assentamentos, o que é magia, o que
são pontos cantados e riscados e etc.
99,9% dos médiuns são semiconsientes e entram em crise por acreditar
que estão “mistificando”, não sabem se
são eles ou os guias se manifestando.
Por esta razão, entre outras, é muito
importante que o médium de Umbanda
estude, aprenda e conheça o que é
este dom divino que se manifesta por
seu intermédio.
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
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Padrinhos:
Zélio de Moraes e Chico Xavier
Por CABOCLO 7 - Através do médium FRANCISCO SÁ Contatos [email protected]
C
E
sta é a bagagem que a Casa de
Velas Santa Rita, situada na Praça
da Liberdade, 248 em São Paulo,
traz em sua memória.
Muito mais do que uma simples
casa de artigos religiosos, participa,
serve, prestigia e acom- panha a evolução não só da nossa Umbanda, como
de todas as outras religiões. Mantém
uma equipe treinada com funcionários,
na sua maioria, com mais de 15 anos
de casa.
Fundada em 1934 pelo pai, Sr. Gaspar e seus filhos Nelson e Valter, eles
inauguraram um pequeno comércio ao
lado da Igreja Santa Cruz das Almas dos
Enforcados. Vendiam basicamente dois
produtos: velas, que na época era feita
de sebo animal, já que a loja se situa
vizinha a Igreja dos enforcados, e leite
a granel, pois naquela época não havia
geladeira para sua conservação.
Algumas curiosidades do bairro
vêm da época dos escravos, porque
na praça existia uma forca e o pelourinho. Os escravos que conseguiam
escapar, usavam este caminho para
chegar aos Quilombos. Daí a origem
do nome Liberdade. Após a guerra, as
velas de sebo animal começaram a ser
substituída pelas de parafina. Surgiram
então pequenas fábricas que produziam
velas brancas.
Usando seu prestígio, conseguiu
que fizessem também velas coloridas,
usadas nas representa- ções de nossos
Orixás... quantas histórias....
Começou a haver um aumento na
procura de imagens religiosas. Nasce
em 1956 a fábrica IMAGENS BAHIA
LTDA. O grupo ficou completo. De um
lado a fábrica de imagens e de outro a
loja de varejo. Segundo Nelson Filho,
ele sempre ouvia de seu pai e tio, as
histórias de como a Umbanda começou a ganhar força.
Em contato com líderes religiosos
da época, como o radialista Hercílio
Sanches, Pai Jamil Rachid, Pai Milton
Aguirre, Pai Demétrio, Pai Plínio, Pai
Caio Aranha, Babá Messias, Pai Élcio de
Oxalá entre muitos outros, alguns já não
estão mais conosco, mas trabalhavam
unidos sempre para defender aqueles
que injustamente sofriam perseguições
e discriminações por suas crenças
religiosas.
Muitos continuam até hoje como
muitos outros que se juntaram depois,
afirma seu sócio, Sr. Décio, que se juntou ao grupo há 50 anos.
Hoje o bairro é conhecido pela história da igreja das Almas e dos Aflitos
onde centenas de pessoas acompanham as missas pelas 13 almas e por
ser um bairro oriental, pelas suas festas,
crenças e cultura originada da grande
imigração de japoneses, chineses e
coreanos.
A CASA DE VELAS SANTA RITA
cumpre também seu papel cultural,
mantendo e levando aos paulistanos e
turistas essa bagagem histórica.
É conhecida nacionalmente por ser
a loja mais completa do setor religioso. Pode-se encontrar roupas, velas,
imagens, atabaques, livros, banhos,
defumadores, incensos, pedras e muito mais. Existe também um setor de
artesanato, peças de gesso em branco
e madeira, aulas de pinturas e todo
material para a confecção de velas e
sabonetes artesanais.
A loja é conhecida também por
seu atendimento acolhedor e ambiente familiar, fazendo com que sejam
abraçadas sem discriminação todas as
religiões. É o ponto de referência para
acontecimentos culturais, como o que
ocorreu em comemoração ao Centenário da Umbanda, ho- menageando o
querido Pai Élcio de Oxalá, as tardes de
autógrafos dos lançamentos dos livros
de Alexandre Cumino, Severino Sena,
Fernandes Portugal, entre outros.
Patrocina também peças de teatro
e eventos dos mais diversos segmentos
culturais. A loja e a fábrica também
patrocinam as festas de Curimba, Atabaques de Ouro, Iemanjá, São Jorge e
muitas mais.
Enfim, todos os eventos importantes onde o nome da Umbanda é
exaltado de forma séria.
No site www.srita.com.br além da
venda de seus produtos existe campos
como variedades e notícias, que mostram curiosidades do setor.
hico Xavier trouxe a prática do
humanismo ao espiritismo, que
inicialmente se apresentou na
França, como uma doutrina de caráter
mais científico no campo espiritual,
para organizar principalmente as relações nossas com o astral. Zélio de
Moraes trouxe a prática religiosa do
culto à natureza, expandindo a noção
de acesso à espiritulidade a todos, de
forma estruturada, no plano físico e no
astral. São conceitos religiosos complementares, onde muito um ensina de
práticas, ao outro.
A prática fundada por Zelio, trouxe
elementos que nos dão base, para nos
aproximarmos de forma religiosa às
forças da natureza, para apreciá-la,
reverenciá-la, como algo divino, onde
divindades existem e se manifestam,
se corretamente e fundamentalmente
abordadas. Na relação que se promove, na religião da Umbanda, com
as forças vivas da natureza, passamos
a enxergá-la de forma a respeitá-la
ainda mais, ao trazê-la para dentro dos
templos, emocional e mentalmente, por
meio de toda a sua ritualística religiosa.
Assim, toda a natureza à nossa volta,
ofertada há milhões de anos, por nosso
Pai Criador, para sustentar o processo
evolutivo de todos, reconquista sua
importancia em nossas vidas, pois passamos a reverenciar com consciência
mais ampla, as manifestações divinas
no vento, no mar, nos rios, nas cachoeiras, nas matas, na chuva, nas fontes,
na tempestade, no fogo, nos minerais,
nos cristais, nas plantas, nas ervas,
nas flores, nos animais etc.. A vivencia
religiosa umbandista abre nossa visão
para a presença dos seres naturais,
encantados, elementais, essenciais,
etc.. a conviverem conosco em outros
planos e dimensões da vida, neste
nosso planeta Terra. Passamos a nos
interelacionar, num contexto religioso,
evolutivo e imensamente estruturado,
nos suprindo com energias e fontes
de cura em nossas vidas, na carne e
fora dela.
Carinhosamente, Pai Zelio fundou
no campo físico, uma estrutura religiosa, no astral previamente constituída,
que converge a prática do humanismo
espirita fomentado por Chico, com
o culto religioso às forças e poderes
divinos da natureza, objetivando a prática da caridade entre seres humanos.
Tudo isto respeitando e reverenciando
outros seres que habitam este Planeta
em outras dimensões.
Nada melhor que um povo religiosamente aberto, com mesclas regionais distintas, ora mais pro índio, ora
mais pro negro, ora mais pro branco,
vivendo todos num país com natureza
exuberante, riquíssima em elementos,
e com “lendas” espirituais instigantes,
para apreciar tal prática. Um povo espirituoso, alegre, carinhoso, resignado e
compreensivo no tratamento humano,
passa a servir como um cadinho para
uma revolução espiritual, lenta, firme
e duradoura, tendo a valorização do
ser humano em relação à natureza,
na prática para a caridade, como base
para aprender a reverenciar a ampla
criação à nossa volta. Nesta prática,
aprendemos a cuidar e a respeitar as
manifestações divinas na natureza, a
utilizar seus elementos com discernimento, como instrumento precioso de
trabalho e fonte energetica de cura de
nossos males. Resgatamos com isso a
nossa apreciação à criação divina, com
seu lado prático de abastecer-se nela
como fonte de energia física, psíquica
e emocional. Ampliamos nossa noção
da “vida”, desenvolvendo nossa relação
com a natureza, tanto nos templos
quanto em seus pontos de força, ao
apreciarmos suas manisfestações, em
qualquer local, seja através de uma
flor, de uma concha, de uma pedra
imantada, de um fogo em cor, de uma
brisa suave etc. para cada vez mais
sabermos entrar em sintonia com ela.
Desta foma o umbandista eleva a
natureza ao grau onde ela merece ser
respeitada e tratada, pelo tanto que
oferece ao ser humano, nesta prática
da caridade, vendo-a com outros olhos,
os olhos do coração.
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Página -6
Reconhecimento a uma médium umbandista
Fonte: Blog Super Interessante
http://www.super-interessante.com/2012/08/maior-medium-do-brasil.html
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Enviado por Osmar Santos e livremente editado por Marina B. Nagel
A médium Adelaide Scritori e o escritor
Paulo Coelho. (acervo pessoal).
P
rever catástrofes climáticas e controlar o tempo é um trabalho que
a médium umbandista Adelaide
Scritori desenvolve juntamente com seu
guia, o Cacique Cobra Coral. Presidente
da Fundação Cacique Cobra Coral, ela
conquistou notoriedade internacional
e é chamada por artistas, governos e
entidades em todo o mundo. Trabalho
esse que antes já era desenvolvido por
seu pai, Ângelo Scritori, fundador da
FCCC em 1931.
Adelaide Scritori hoje é conhecida
como a Senhora do Tempo e costuma
ser contratada por grandes empresas e
grandes políticos mundiais para intervir
no tempo em certas circunstâncias.
Por exemplo, a Fórmula 1 e a Fórmula
Indy a contratam em alguns grandes
prêmios para evitar que a chuva chegue no circuito. Apesar do trabalho ser
magístico e espiritual, a médium utiliza
ferramentas científicas, pois sua fundação recorre a recursos meteorológicos
para identificar o que é preciso para
evitar que a chuva chegue ao local,
como diminuir ou aumentar a umidade
do ar, reduzir os vento, etc.
Com isso, ela consegue isolar o
local para atrasar a chegada da chuva,
ou impedir sua chegada. Assim como
aconteceu em Mônaco este ano: enquanto os monitores de previsão do
tempo indicavam a chegada da chuva
como iminente, a médium junto do Cacique Cobra Coral conseguiu atrasá-la de
maneira inexplicável. A cada leitura, a
previsão de chegada da chuva era para
3 minutos, depois 4 minutos, depois 5
e o tempo passava e nada da chuva
chegar. Foi só a corrida terminar para
começar o temporal.
Adelaide Scritori
também foi contratada pelo presidente
do Comitê Olímpico
internacional, Jacques Rogge, para a
cerimônia de abertura e de encerramento das olimpíadas
2012.
Na Inglaterra,
conhecida por suas
chuvas frequentes,
nenhuma gota foi
registrada no local
durante essas cerimônias.
A médium umbandista brasileira
começou conquistar o voto de confiança
das personalidade mundiais quando,
nos anos 80 em Londres, a primeira
dama Margareth Thatcher contratou
a Fundação para combater o frio que
estava caindo sobre Londres, com
temperaturas recordes negativas de
-30°C. Adelaide conseguiu elevar a
temperatura de um dia para o outro
a um grau negativo e foi ovacionada
pela imprensa inglesa.”Poderes que a
ciência não explica, mas que os fatos
comprovam” diziam eles.
Personalidades do mundo inteiro
pedem ajuda à fundação FCCC, de
Adelaide Scritori. Pessoas como o exprimeiro ministro Tony Blair, Jacques
Rogge e muitos políticos brasileiros, até
a organização de eventos como o Rock
in Rio, ou fazendeiros para salvar suas
plantações. O rei da música, Roberto
Carlos, também utiliza o trabalho da
médium.
Por exemplo, Cesar Maia fez um
contrato de proteção com a Fundação
para evitar chuvas torrenciais que trariam catástrofes para a cidade do Rio
de Janeiro. Esta, assim como São Paulo,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm
convênios com a Fundação.
Cacique Cobra Coral: medalha
de ouro na abertura da Olimpíada
Blog do Marcelo Tas
Direto de Londres - 28.07.12
Fonte: http://blogdotas.terra.com.br/2012/07/28/
cacique-cobra-coral-medalha-de-ouro-na-abertura-da-olimpiada/
Não é novidade para alguns a atuação da Fundação Cacique Cobra Coral,
fundada pela medium brasileira Adelaide Scritori, na prevenção de chuvas e
tempestades durante eventos como Carnaval, nas edições do Rock in Rio pela
Europa, na visita ao Brasil de Barack Obama ou a recente edição da Formula
Indy, em São Paulo.
Este blog conversou com Osmar Santos, marido de Adelaide e porta-voz
da Fundação, sobre a notícia de que eles teriam vindo a Londres, a convite da
organização da Olimpíada, para travar um duelo com o tradicional mau tempo da
capital britânica na cerimônia de abertura.
Por telefone, da sala de embarque de Heathrow, de onde retornou esta noite
para São Paulo, Osmar confirmou e deu detalhes da “operação”, como ele mesmo
denomina a atuação do espírito do Cacique. Por conta da instabilidade meteorológica na ilha da Rainha, ambos chegaram å Londres com antecedência- no dia
7 de Julho- para iniciar os trabalhos.
Adelaide Scritori também ajudou
nas enchentes do Vale do Itajaí, em SC,
a acalmar os temporais.
Além de controlar o tempo, ela prevê também grandes catástrofes, como
no mês de agosto 2001, quando enviou
uma carta para a Casa Branca prevendo
os ataques de 11 de setembro. George
Bush, aliás, enviou uma equipe de
investigação à casa de Adelaide procurando saber como ela soube e para
investigar se havia um envolvimento
com o Al Qaeda.
Adelaide Scritori : “Minha missão
é minimizar catástrofes que podem
ocorrer em razão dos desequilíbrios
provocados pelo homem na natureza”, diz.
Durante a o dia de ontem, na cerimônia de abertura, Adelaide ficou em Dublin,
na Irlanda, de onde garantiu que as ondas de pressão que entravam pelo Norte
da ilha fossem desviadas para a Espanha, com a intenção de abrandar a seca
daquela região no momento. Enquanto isso, de dentro do estádio, Osmar enviava
informações em tempo real da situação em Londres.
Na cerimônia de ontem, ocorreram alguns pinguinhos de chuva antes do início
e nenhuma mísera gota durante as mais de tres horas do espetáculo dirigido por
Daniel Boyle, que teve cenas que teriam sido bem complicadas de se realizar
na chuva como o salto de paraquedas da Rainha (interpretada por um dublê,
evidentemente) de um helicóptero que sobrevoava o estádio.
Para quem quiser saber, Osmar garante bom tempo- sem grandes chuvas
prolongadas- até o final da Olimpíada. Para isso, ele e sua esposa voltam à capital
britância antes da cerimônia de encerramento. A Fundação não recebe dinheiro
pela atuação do Cacique, mas exige contra partidas ambientais das insituições
que colabora.
Quanto a fenômenos desconhecidos da ciencia dos homens, este blogueiro
segue rigosamente o ditado espanhol: “No creo en brujas, pero que las hay, las
hay”. A Rainha deveria dar uma medalha de ouro para o Cacique!
Não se pode achar o que nunca se perdeu!
por BABÁ DIRCE FOGO
www.santuariodaumbanda.com.br
www.casadepaibenedito.com.br
B
oa tarde ao meu povo e Umbanda
e a todos aqueles que, assim
como eu, tem fé nos Orixás e
orgulho de dizer: EU SOU UMBANDISTA!
Pensando em que mensagem
deixar a vocês comecei a refletir sobre
a vida, a religião e sobre algo que li:
“Depois que saí da Umbanda, eu saí do
buraco que eu estava, encontrei Jesus
e agora estou bem melhor...”
Pensando por algum tempo nessa
frase, algumas dúvidas surgiram e,
entre tantas, essas:
-Como encontrar alguém que jamais deveríamos ter perdido? Afinal,
como pode alguém, depois de passar
algum tempo pela nossa religião sair
criticando? Será mesmo que a culpa
de uma vida que não está dando certo
é de nosso Pai Oxalá? Dos sagrados
Orixás? Da Umbanda?
Então pensei que a pergunta para
essas pessoas deveria ser:
“Como estaria minha vida se,
naquele momento difícil, eu não
tivesse o amparo de nossos Orixás?”.
Ainda sou capaz de tocar num
assunto ainda mais delicado:
- Como foi o comportamento
dessa pessoa no tempo em que
frequentava um Templo de Umbanda? Colocar roupa branca e
carregar guias não é ser umbandista? O tempo que passamos
no Templo é curto, o que importa
é nossa postura todos os dias.
Será que levamos em nosso
coração todos os dias a FÉ, o AMOR
e a CARIDADE? Essa é a bandeira da
Umbanda, mas, certamente se encaixa
em qualquer religião.
Sermos caridosos com nossos irmãos, gentis, cordiais, manter sempre
nosso coração puro e ter uma postura
correta faz de nós pessoas melhores e
isso não é apenas a máxima de uma
religião.
Como é possível alguém dizer que
saiu de uma religião e encontrou Jesus
em outra? Para encontrar é preciso ter
perdido. Eu nunca perdi Jesus. Nunca
perdi a fé. Nunca perdi a crença. Quem
achou quando saiu é porque perdeu e
esse não é o intuito. Não deveria ser.
A fé está em carregar no coração uma
força superior que nos guia, que nos
ampara. Isso é fé!
As portas da minha casa e da nossa
religião estarão sempre abertas, como
as de qualquer Templo (seja qual for
a religião) deveriam estar. Tenhamos
sempre em nosso coração que precisamos ter humildades para reconhecer o
que foi nossa fé, sem esnobar, como
se não fizesse parte da própria história
daqueles que seguiram para outro
caminho.
Não vejo problema em trocar,
tentar novas possibilidades, mas, tenhamos respeito com a religião do seu
irmão - não mais irmão de fé, mas,
um irmão que compartilha o mesmo
mundo que você.
Estamos em pleno século XXI; o
homem visitou o espaço; viaja de um
continente a outro em horas; fala
com o mundo todo através das telas
de um computador e nós ainda temos
preconceito religioso?
Eu aceito minha fé e me orgulho
de cada guia que carrego em meu
pescoço. Eu honro o solo sagrado
que piso para incorporar as entidades,
para bater cabeça no altar sagrado
dos Orixás. Sou guiada por Pai Oxalá
e protegida pelos Exus.
Salve nosso Pai Oxalá Bendito.
Laroyê a todos os Exus.
Diga: SIM, SOU UMBANDISTA!
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Página -7
Um bom
observador
Contatos: [email protected]
U
ma das grandes dúvidas dos
médiuns que começam a incorporar e que são semiconscientes
é: será que sou eu, ou será que é o
Guia? Com o tempo, a prática e uma
boa orientação, essa dúvida costuma
desaparecer. Mas se o médium não
se conhece e não conhece os próprios
pensamentos, a chance de interferir
no trabalho do Guia permanece. Claro
que as informações do nosso mental,
nossa língua, nossos conhecimentos e
nosso vocabulário são utilizados pelos
espíritos que dão consulta através de
nós. É muito mais difícil para o médium
semiconsciente passar uma informação
totalmente nova e sem precedentes, do
que o Guia falar sobre algo que o médium já leu, estudou, ou ouviu. Mesmo
assim, nossas opiniões, julgamentos
e pensamentos não podem interferir.
Um dos caminhos para entender o
seu papel e reconhecer a atuação dos
Guias é saber observar os pensamentos
e silenciar a mente. No livro “O Poder do
Silêncio”, Eckhart Tolle diz que a mente
funciona com voracidade, sempre querendo mais. E quando nos identificamos
com a mente, ficamos ansiosos ou
entediados. Segundo ele, não adianta
lutar contra essas emoções, mas, sim,
aceitá-las e observar como é se sentir
assim. No mesmo livro, Tolle escreve:
“Quando você aceita totalmente o
mo­mento presente, quando deixa de
discutir com o que é, a compulsão de
pensar diminui e é substituída por uma
calma atenta”.
Isso significa que devemos ouvir
nossa mente. Como? Silenciando.
No meio do turbilhão de atividades
e ocupações de um dia, dificilmente
nos damos conta sobre o que estamos
pensando. Observar os pensamentos é
parar, silenciar e prestar atenção ao que
passa na mente. São dezenas de pen-
samentos em poucos minutos. Perceba
quais são repetitivos, quais podem ser
colocados no papel e esquecidos, quais
são realmente importantes naquele
momento. Conheça o funcionamento
de sua mente.
Se estamos o tempo todo preocupados, analisando as situações, julgando
o próximo, fazendo planos, remoendo
o passado, nunca estamos realmente
vivendo a situação presente. Estar no
presente é estarmos plenos, totalmente
conectados com o que estamos fazendo agora. Um exercício é fazer uma
atividade rotineira, como tomar banho,
sem pensar em mais nada além do que
você está fazendo naquele momento.
Preste atenção no sabonete, no seu corpo, nos
movimentos dos dedos
ao lavar os cabelos, nas
sensações de cada toque
ou da água caindo. Parece simples, mas nesses
poucos minutos, vários
outros pensamentos
virão à mente. Preste
atenção neles, como um
observador.
Imagine um médium
incorporado. Enquanto o
Guia trabalha e dá consulta, o médium observa
o que está acontecendo ao redor, pensa
sobre o que o consulente está falando,
lembra de situações semelhantes, julga
o comportamento ou os fatos apresentados, isso se não tenta adivinhar qual o
melhor conselho a dar. Impossível? Não.
Acreditem, isso acontece. Se você consegue ser um observador dos próprios
pensamentos, muito mais facilmente
conseguirá ser um observador durante
o trabalho mediúnico.
Vou transcrever um outro trecho do
livro “O Poder do Silêncio”: “Só quando
mantém a calma e o silêncio em seu interior é que você pode alcançar a região
de calma e silêncio em que vivem as pedras, as plantas e os animais. Só quando
o barulho de sua mente silencia, você
se torna capaz de ligar-se à natureza
num nível profundo e ultrapassar a
sensação de separação causada pelo
excesso de pensamento. Na calma e no
silêncio há uma dimensão adicional de
conhecimento e de percepção que fica
além do pensamento.”
Ao ler isso, não penso só na possibilidade de acessar outras dimensões
de conhecimento e percepção, outras
dimensões sensoriais. Mas leio “natureza” como Tronos da Vida, como nossos
amados Pais e Mães Orixás, e vejo
essa real possibilidade de uma maior
conexão com essas Forças e Poderes
espirituais quando estamos silenciosos
e vivendo o momento presente. Tente
pedir ajuda a sua família espiritual.
Tendo sua mente calma e tranquila,
muito mais facilmente receberá uma
intuição ou sentirá a resposta dentro
de si. “Deus, nossos Orixás e Guias
sempre nos alcançam no silêncio de
nossos corações”, como acabou de me
dizer meu amado esposo, Alexandre
Cumino.
Encontre esse lugar de calma e
silêncio dentro de sua própria mente.
Observe seus pensamentos. Conheçase profundamente. Assim não haverá
dúvidas sobre quem é você e quem são
os seus Guias.
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Página -8
Cosme e Damião
Mais uma vez
Saravá as crianças
política
Contatos: [email protected]
C
onhecido como Erês, Ibeijada, criança, comes, hoje esta data já é bem
difundida na religião.
É uma data muito comemorada, até
porque todos querem colaborar, muita
gente faz promessa e paga em forma de
sacolinha de doces, bolos ou brinquedos.
O que me chamou atenção o ano passo
foi uma historia que chegou ate meu terreiro. Vamos a historia.
Uma Senhora de idade fez uma promessa para Cosme e Damião para curar
seu neto em um determinado terreiro que
freqüentava, pediu para um Erê para salvar
seu neto, se ele fosse curado, de agradecimento para o Erê que traria na festa
de Cosme e Damião 500 sacolinhas com
brinquedos. Muito bem, o neto foi curado,
onde o menino tinha uma doença muito
grave nos pulmões.
A avó agradecida e emocionada passou o
ano todo economizando sua aposentadoria para
vir comprar os doces, e ela mesma confeccionou
bolsinhas, bonequinhas de pano com cabelinhos
de lá, bolas de tecidos entre outros. Chegou o
grande dia, ela finalmente conseguiu montar as
500 sacolinhas e 150 brinquedos feitos por ela.
Na semana da festa de Cosme no terreiro em que
freqüentava, tentou entrar em contato mas não
conseguiu falar com a Mãe de Santo, uma médium
que atendeu disse para ela que tinha falado com a
Mãe de Santo, é a Mãe disse que não iria aceitar
pelo fato de não fazer parte dos médiuns da casa
e aquelas “coisas” poderiam estar com “macumba”
feita para prejudicar o terreiro.
M
Essa avó desnorteada começou a procurar
outros terreiros com uma vizinha que tinha carro, e
bateram em mais de 10 terreiros para oferecer as
doações e ninguém aceitou, até que ela chegou no
Templo da Luz Dourada, eu estava na organização
da nossa festa, era uma quinta feira, começo da
noite, uma filha da casa ouviu a campainha e foi
atender, a avó estava chorando sem saber o que
fazer, a filha veio me chamar, e a senhora entrou
e contou-me tudo, mostrou a foto do neto, eu
pedi para que os filhos ajudassem a descarregar
o carro e recebemos aquelas doações.
Me fez refletir e pensar muito a respeito do
que esta acontecendo na cabeça das pessoas que
se intitulam religiosos praticantes da Umbanda
com fé, amor e caridade...
Contatos: [email protected]
ais uma vez se aproximam as eleições e
mais uma vez vemos as pessoas se degladiando. Mais uma vez vemos calúnias,
mentiras, enganação, e muitos candidatos. Mais
uma vez ouvimos as mesmas coisas.
Mais uma vez, quem estiver lendo vai pensar:
“lá vem o Alexandre Cumino se meter em política”.
Mais uma vez vamos ver uns dizerem que:
“sem política não se faz nada” e outros responderem que: “religião e política não se misturam”.
Mais uma vez vão desfilar nos terreiros o ego e
a vaidade.
Mais uma vez vamos analisar carisma e poder
de persuasão. Mais uma vez vamos nos questionar
quem pode nos ajudar. Mais uma vez vamos ouvir
promessas de realizações anticonstitucionais.
Mais uma vez vamos ser procurados por amigos e conhecidos para votar em alguém. Mais uma
vez vamos ver discussões… e mais uma vez vamos
nos cansar de tudo isso.
Eu, como a grande maioria dos umbandistas,
também não gosto de política, não tenho cultura
política e nem um partido preferido. Mas, como
todos umbandistas, também quero que minha religião seja respeitada e espero que um dia existam
M
antenha o sorriso filho de Umbanda,
mantenha o sorriso que o melhor está
por vir.. Tenha fé que o que é teu está
guardado ou a caminho; não cruze os braços
nunca, se for pra ajoelhar que seja para o Alto e
nunca para as trevas.
Se for pra odiar ou amar escolha amar, mesmo
que doa, mesmo que sofra; porque ódio, mágoa
e rancor nada mais são que venenos para teu
espírito. Não deixe que situações ou pessoas
apaguem tua luz, essa luz que você adquire cada
dia mais com muito esforço e sacrifícios, lembrese sempre de que nunca está sozinho, você tem
uma família espiritual que te ampara, te guia e
te protege; se você chora eles choram, se você
ri, eles riem também.
Erga tua cabeça e não deixe que o embaixo
lhe pregue peças que te desequilibrem, que te
tirem a paz de espírito, que te tirem o brilho do
olhar.
Plante amor, vigie para que teus pensamentos
sejam positivos, colha o que precisa colher com
amor no coração, com aceitação e com humildade, retifique teus erros e mantenha sempre a
esperança em você mesmo.
Se afaste do que te faz mal, ouça teus guias
como tem feito, continue colocando em prática o
representantes que nos reconheçam publicamente
e lutem, não por privilégios, mas por igualdades
de direitos e deveres para todos.
Vi, nestes últimos anos, um irmão e vereador
chamado Quito Formiga ajudando, como pode,
nossa comunidade com algumas ações de amparo e
esclarecimento. Mas, para além disso, o irmão Quito
Formiga conseguiu, aqui em São Paulo, oficializar o
Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, dia 15
de Novembro. Está trabalhando para a Umbanda ser
reconhecida como Patrimônio Imaterial da Cidade
de São Paulo. E tem ainda outros projetos ligados
a questão da intolerância religiosa.
Gostaria de dizer ainda que o vereador Quito
Formiga não pediu meu apoio e nem meu voto,
fui eu quem lhe ofereci o apoio, pois creio que ele
pode, sim, nos ajudar nestas questões. Por isso
peço a todos que ainda não têm um candidato
certo que pesquisem, pensem e reflitam. Quem
sabe este irmão possa nos ajudar e representar.
Eu creio que sim.
Quito Formiga para
vereador: 22.700
que tem aprendido.
Tenha como base, como alicerce poderoso
em tua vida os Sentidos Divinos, para que um
dia você mesmo possa SER: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução, Geração e também
Vitalidade, Desejo e Intenção. Saiba aplicar teu
aprendizado em teu dia-a-dia, lute contra teu
pior, sem descanso, sem desânimo.
O melhor está por vir filho
de Umbanda.. não desista.
Não baixe sua guarda, mantenha sua armadura a todo momento para que assim, ao ouvir
palavras que possam te magoar, elas batam em
tua armadura e caiam todas ao chão para que
não atinjam teu coração, para que não façam
morada em teu íntimo. Você tem uma missão
nessa terra abençoada, teu desígnio vem do
Alto e ninguém pode tirar isso de você, mesmo
que você não saiba qual seja ela, abrace com
amor e siga sempre em frente, porque o melhor
ainda está por vir.
Não se esqueça: o segredo de tudo está
no amor.
Que nosso Pai Olorum e os amados Pais
e Mães Orixás lhe irradie, ampare, proteja e
guarde..
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Página -9
Contatos: [email protected]
Curso de Atabaque
(Curimba) Toque e Canto
TAMBOR DE ORIXÁ
Com Severino Sena, há 14 anos formando Ogãs e Instrutores.
S
alve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas
em mamãe natureza. Salve a força
da Umbanda, e a sua presença como
religião natural. Salve todas as religiões do
bem, e para o bem, que pregam a liberdade
e o bem estar.
Dia desses fui convidado por um grupo
espírita (tradicional) para
palestrar sobre ervas
e sobre a Umbanda, e
desse encontro, surgiu
um campo vastíssimo de
trabalho onde muito irmãos, definitivamente capacitados para o trabalho
transformador e ostensivo
da cura espiritual, tem dúvidas e preconceitos em
relação à nossa religião e
ao uso dos elementos da
natureza.
Vale lembrar que o
uso das ervas não é exclusividade de nenhuma
religião, seita ou grupo
de afinidades. Está para
as religiões naturais e
abstratas da mesma forma, desde que seu uso siga alguns critérios
básicos. Coisas que já falamos dezenas de
vezes aqui nas colunas do JUS.
Um pergunta me chamou a atenção:
-Se eu uso as ervas, na forma de banhos
ou mesmo defumações, eu não estaria “viciando” a pessoa e fatalmente criando uma
dependência do uso ritualístico, sem o qual
esse ser humano não sente que, pode evoluir
sozinho, por sua vontade, perseverança e Fé
em Cristo? E eu não estou criando reações
para mim mesmo?
Ora, assim como a pessoa pode se
viciar no atendimento espiritual semanal,
no jogo de búzios, nas cartas do tarô, e
outros oráculos sem os quais o indivíduo
não toma nenhuma decisão ou atitude, pois
falta a muleta.
Não estou desqualificando nenhuma
dessas práticas, veja bem. Apenas apontando que há realmente pessoas que “viciam”
nessas práticas e as tem não como ferramentas de auto conhecimento e melhora,
Erveiro
da
mas como balizadores do dia a dia. Se
transformam em clientes vip de um cheque
especial que não se salda nunca. Para qualquer passo, há essa necessidade.
Vou além, o ser pode se viciar no passe
magnético, na cromoterapia, na bíblia, sem
a qual ele não tem nenhum conteúdo. Se
torna um papagaio repetidor de versículos sem
ao menos saber o que
está falando.
Vejo os guias espirituais na Umbanda e em
outros meios também,
lidarem com essas situações com maestria. Um
número determinado de
banhos e uma forma
precisa do uso das ervas.
Se é um processo
complexo, três banhos
de limpeza, mais três de
reequilíbrio e um final
que remete ao propósito,
seja paz de espírito, harmonia, prosperidade, etc.
Defumações semanais, com tempo para
começar e terminar. Nunca vi um processo
onde se faria necessário tomar banho de
ervas “todos os dias”.
Na Umbanda, o atendimento é direto,
o oráculo vivo é através do próprio médium
que, com os guias espirituais, aconselha,
recomenda banhos, oferendas, práticas
simples mas envolventes e que colocam
a pessoa também como responsável pela
qualidade da realização.
Observando um atendimento espiritual
assim, vemos que é recomendado para a
pessoa algum ritual, mas essa pessoa já
está ali, pedindo ajuda, o que já é uma
grande coisa.
Ela já saiu do ostracismo e pelo menos foi até o terreiro, não ficou em casa
reclamando e curtindo o tempo perdido.
Dignou-se a aguardar seu atendimento e
diante da entidade espiritual confiou suas
dúvidas, temores e insucessos. E declarou
seu desejo de melhorar.
O guia espiritual lhe atenderá, fará ali
Jurema
Templo Escola “Ventos
de
Aruanda”
Cursos Ministrados por Adriano Camargo
• Curso de Ervas: Manipulação Ritualística 1, 2, 3, 4 e 5;
• Ervas na Umbanda;
• Magia Divina das Sete Chamas;
• Magia Divina das Sete Pedras;
• Magia Divina das Sete Ervas;
• Magia Divina das Sete Raios;
• Teologia de Umbanda; • Sacerdócio de Umbanda.
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Rudge Ramos - São Bernardo do Campo
(11) 4177-1178
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um benzimento, um descarrego energético
e recomendará alguns banhos com ervas e
defumação para sua casa.
O ritual nesse caso servirá para condensar as energias necessárias para a realização
da melhora global, e ao mesmo tempo especifica da pessoa, e para dar permanência
à vibração desejada.
Mas e se estou nesse processo, me
sentindo fraco, desanimado, desmotivado,
sem ânimo até para ir ao terreiro, ou fazer
um ritual, como sair desse estado de crise e
me colocar em condição de melhora?
Buscar um estado de espírito mais
adequado é sua tarefa inicial. Se já passou
por essa fase, ou se, graças a Deus nem
chegou nela, ótimo, passe adiante pois os
rituais fluirão em plenitude.
Caso contrário, existem fórmulas mágicas que funcionam há milênios. As religiões
se servem desses recursos e disseminam
de forma natural essas chaves de ligação
com estados de espírito que permitem pelo
menos a busca da ajuda necessária.
As rezas, orações, preces são essas chaves milagrosas que podemos citar sem medo
de errar. Eu gosto muito de Prece de Cáritas
e Salmo 23 para essas situações onde é
necessário quebrar barreiras energéticas..
Enfim, resumindo, todos que demonstrem vontade de melhorar a si próprios,
vontade e disposição para fazer algo pelo
semelhante, desejo de mudanças, desejo
de praticar o bem, adquirir paz interior, paz
de espírito, de se desenvolver como pessoa,
como ser humano, como médium. Todos que
querem um mundo melhor, começando por
si, suas casas, seu trabalho, podem praticar
seus rituais sem medo das reações negativas, pois se elas existem, não tem força
nenhuma contra quem está no bem, para
o bem e pelo bem. E mais, quando você se
coloca no caminho com vontade, mesmo
que haja interrupções, oposições, forças
contrárias, tenha certeza que o universo
conspirará a seu favor, colocando a você
todos os recursos necessários.
Texto extraído do livro “Rituais com Ervas – Banhos,
defumações e benzimentos” - de Adriano Camargo,
com lançamento previsto para o próximo mês de outubro.
Mais informações pelo telefone: (11) 4177-1178
Templo de Doutrina Umbandista
Pai Oxalá
e
Pai Ogum
Magia DIVINA dAS SETE PEDRAS SAGRADAS
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Página -10
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
Página -11
UTOPIAS
um texto de QUITO FORMIGA
“O PROGRESSO NÃO É SENÃO A REALIZAÇÃO DAS UTOPIAS”
U
ma das melhores definições
de utopia é aquela que diz:“a utopia é um ideal inatingível”, ou seja, uma expressão que
serve para designar o impossível,
o pretendido, entretanto nunca
alcançado.
Os pessimistas de plantão adoram usar este termo para desfazerse dos seus sonhos ou para minar as
forças dos sonhadores à sua volta,
eles repetem a exaustão: “Isto é
uma utopia”, “você não vai conseguir”, “trata-se de algo utópico, irrealizável”, fazem isto sem perceberem
que o mundo continua sua trajetória
evolutiva e que o homem prossegue
dando provas de que os limites
podem ser rompidos e que tudo é
possível para aqueles que possuem
um firme propósito, para acreditar e
materializar os seus sonhos.
“Se as coisas são inatingíveis...
Ora! Não é motivo para não quere-las... Que tristes os caminhos,
se não fora, A mágica presença
das estrelas”! Mario Quintana.
Quando no início do século
passado, Santos Dumont desafiou
a lei da gravidade e voou com um
veículo mais pesado que o ar, para
muitos habitantes da época, naquele
momento, o impossível acontecia.
“Aleijados não podem ser escultores”, diziam os descrentes de
ocasião, não conseguindo explicar tamanha técnica e precisão
das formas esculpidas pelo grande Aleijadinho.
“Muitas vezes a utopia de um
século torna-se a idéia vulgar do
século seguinte”. Edouard Herriot.
Acredite em seus sonhos. Sua
existência pode ser muito mais do
que um amontoado de desculpas e
de objetivos não realizados. Procure
enxergar a palavra utopia, como um
ideal, uma meta a ser alcançada,
não limite suas percepções. Em sua
vida não fique no ordinário, busque
sempre o extraordinário.
“Quero a utopia, quero tudo e
mais, Quero a felicidade n
os olhos de um pai,
Quero a alegria muita gente feliz,
Quero que a justiça reine em meu
país, Quero a liberdade, quero o
vinho e o pão,
Quero ser amizade, quero amor,
prazer, Quero nossa cidade
sempre ensolarada,
Os meninos e o povo no poder,
eu quero ver...”
Milton Nascimento/F. Brant.
Você precisa acreditar em seu
poder de superação, não existem
problemas intransponíveis, assim
como não existem limites para a
misericórdia divina. O pensamento
utópico deve servir como mola propulsora para que atinjamos nossos
intentos. Viemos ao mundo com
propósitos específicos de realização.
Deus nos preparou caminhos especiais e individuais para que possamos
quitar as dívidas do passado e ascender espiritualmente. Não deixemos
o pessimismo e a falta de confiança
nos afastar do caminho da evolução.
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Oscar Wilde
“A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela se
afasta dois passos. Caminho dez
passos e o horizonte corre dez
passos. Por mais que eu caminhe,
jamais a alcançarei. Para serve a
utopia? Serve para isso: para que
eu não deixe de caminhar.”
Eduardo Galeano.
Emmanuel, certa feita escreveu
que: “Deus possui estradas onde
o homem não tem caminhos”, por
isso, acredite sempre na divina providencia e lute com toda sua força
e inteligência, rumo à conquista dos
seus ideais, lembrando que, muitas
vezes, o impossível acontece.
Um conhecido diálogo entre um
dos maiores geneticistas do século
XX, Dr. Lejeune , descobridor da sín­
drome de Down e humanista, com
um médico a favor do aborto, Dr
Monod, ocorreu da seguinte forma
diante das câmeras de televisão:
Dr. Lejeune: “Se o senhor soubesse de um casal em que o pai era
sifílico e alcoólatra e a mãe tuberculosa. Eles tiveram quatro filhos,
sendo que o primeiro, nasceu cego
de nascença; o segundo morto logo
após o parto; o terceiro surdo mudo;
o quarto, tuberculoso, e que a mãe
ficou grávida do quinto filho. Que
faria o senhor”?
Dr. Monod: “Eu interromperia
essa gestação”.
Dr. Lejeune: “Então o senhor
teria matado Beethoven”.
“NÃO HÁ NADA COMO O SONHO
PARA CRIAR O FUTURO. UTOPIA
HOJE, CARNE E OSSO AMANHÔ.
Victor Hugo.
Olhando para o
lado errado
por FERNANDO SOUZA FILHO - [email protected]
A
gira naquela noite começou tranquila,
os pretos-velhos já estava postados
com o olhar sereno, prontos para
atender os consulentes. A senhora que aparentava ter seus 50 e poucos anos sentou
em frente ao Vô Antônio do Congo e parecia
calma, ainda que visivelmente ansiosa.
- Olhe, vô, estou com problemas no
meu trabalho, não consigo me concentrar
em nada, as coisas estão saindo errado.
Preciso resolver isso, minha produtividade
está desabando.
- Calma, zifia, vamos abrir uma gavetinha de cada vez para ver o que tem dentro.
- Mas, vô, isso está afetando meu
rendimento no trabalho... Preciso de uma
solução urgente.
Em silêncio, o Vô então começou a dar
um passe magnético nos ombros, no peito e
no estômago na senhora, que aos poucos foi
se acalmando e “baixando” a adrenalina. O
Vô, porém, demorou-se no passe magnético
em uma região especial: o coração. Imediatamente ele percebeu que o problema não
era no trabalho daquela senhora.
- A zifia tá com um aperto grande demais
aqui, uma energia muito pesada. Problema
com os “sangue”, zifia?
- “Sangue”?
- Família, zifia...
- Ah, sim, família. Não, Vô, meus filhos
estão bem, meu marido está bem, minha
mãezinha também.
- Mãezinha tá longe, zifia?
A indagação do Vô não foi à toa: ele
havia detectado uma energia densa que
parecia ser a origem da aflição da senhora.
- Ela está bem idosa, tem 86 anos, tivemos que colocá-la em uma casa de repouso.
Ela está bem de saúde, mas toda vez que
eu a visito ela me olha estranho, de forma
muito dura, porque já nem fala mais, Vô.
Acho que ela me odeia, sei lá.
- Rê rê rê, zifia... Ela olha sunsê querendo vortá no tempo, com uma imensa tristeza
de não ter acarinhado sunsê como queria.
- Como assim? Ela sempre foi muito fria,
durona, auto-suficiente, nunca pensou em
dar carinho para os filhos.
- O máximo de carinho era um tapinha
nos ombros, né zifia? Mas agora é diferente,
agora ela olha pra trás e tem todo tempo do
mundo pra lembrar e avaliar tudo que passou. Sunsê agora é o pilar dela na “idosisse”,
zifia. Sunsê é a coluna que dá alegria e força
para a caminhada derradeira da moça.
- Olhe, Vô, com todo respeito, não dá
para acreditar nisso, não. Ela sempre foi
muito fria, um gelo de ser humano. Como
ela pode me ver diferente agora se os olhos
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continuam me olhando de maneira tão
áspera? O senhor não a conheceu, por isso
diz essas coisas! Desculpe, não dá para
acreditar nisso, Vô.
- Sunsê num consegue acreditar nisso,
mas me chama de “Vô”... Sunsê tá diante
dum moço que diz falar pelo “esprito” dum
Preto-Véio africano, mas acredita nisso.
Sunsê num sabe se por trás da roupa fluídica
desse nego num tá um médico, um padre
jesuíta ou até um sinhozinho. Ainda assim
sunsê acredita. Sunsê num vê as energias
do passe do nego, mas ainda assim acredita
nos benefícios do passe magnético dado por
uma entidade que sunsê num vê. E ainda
assim sunsê também acredita?
- Lógico que acredito, vô.
- Mas sunsê num acredita que agora que
o peso dos anos calou sua mãe e ela não
pode oiá pra trás e ver o tempo que perdeu,
os carinhos que deixou de dar, o amor que
deixou de receber? Sunsê num acredita
porque num olhou direito nos óios dela.
Sunsê precisa mudar os óios pra ver direito
os óios dela. Zifia, esse é o único olhar que
ela conhece, esses são os óios que ela vê
o mundo. Ela num sabe ver diferente. Mas
num significa que num mudou lá dentro.
Mesmo que ela ainda conseguisse falar, as
palavras doces talvez num saíssem da boca
dela. Cabe a sunsê agora interpretar isso no
olhar de súplica dela.
Diante das palavras do Vô, a moça
debulhou-se em lágrimas, sendo carinhosamente assistida pela cambone, que
lhe trouxe lencinhos de papel e um copo
d’água. Ela quebrou o “protocolo”, abraçou
longamente o Vô entre soluços doídos e
lágrimas abundantes.
- Obrigado, Vô, o senhor não sabe a
diferença que isso fez em minha vida.
Então ela se levantou, sorrindo entre
lágrimas, mas leve no espírito e disposta
a fazer algo de verdade quando voltasse
pra casa.
A Umbanda é tão simples quanto a
sabedoria do Preto-Velho: às vezes o mundo
parece estar desabando, mas é apenas você
que está olhando para o lado errado.
Obrigado pela lição, Vô.
Nossa
capa:
Reprodução
da
pintura
Cozcacuauhtli
de David
Alfaro
Siqueiros
Página -12
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012

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