Ano 13 Ed 148 Set 2012
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Ano 13 Ed 148 Set 2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -2 T enho acompanhado junto a Sandra Santos, presidente da AUEESP, muitos casos de terreiros que têm o mesmo nome. Enquanto o terreiro/centro/tenda/ grupo/templo não tem registro em cartório, não existe legalmente, parece que vai tudo bem. Permanecem anos trabalhando no terreiro chamado, por exemplo, “Casa Sete Flechas” ou “Casa de Ogum Beira Mar”, afinal estes são os nomes dos guias que comandam estas casas. Um dia resolvem registrar em cartório e descobrem que já existe outro terreiro com estes nomes, que existem muitos centros com os mesmos nomes e que, legalmente, isso se torna um problema. Bem no início da religião, era comum adotar nomes de santos católicos como: Tenda São Jorge, Casa Santa Rita, Terreiro Cosme e Damião e outros. Hoje prevalecem os nomes de Caboclos, Pretos-velhos e Orixás. No entanto, existe na Umbanda a questão das falanges, em que milhares de médiuns trabalham com entidades que levam o mesmo nome como: Pena Branca, Pai José, Vovó Cabinda, Jurema e etc. Logo, antes de adotar um nome para seu terreiro, é fundamental fazer uma pesquisa sobre este nome. É certo que seu templo tem um dirigente espiritual único, mas o nome que ele carrega é o mesmo para milhares de espíritos de uma mesma falange. Por isso, nós podemos ter entidades com os mesmos nomes, mas não podemos ter terreiros com os mesmos nomes. Um templo é uma entidade jurídica que deve ser registrada em cartório e, para tanto, deve respeitar as leis da sociedade. O que recomendo é que os nomes tenham mais apelo de criatividade. Alguns casos de terreiros homônimos vão parar na justiça, pois ninguém quer abrir mão do nome que deu a seu templo de Umbanda. Nome de templo, portanto, é coisa séria, precisa ser pesquisado, consultado e registrado. Ainda assim, nos faz lembrar a resposta do Caboclo que é o Pai da Umbanda, quando lhe perguntaram seu nome, ele respondeu: “Se é preciso que eu tenha um nome, então pode me chamar de Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverão caminhos fechados para mim”. Com estas palavras, ele deixa claro que o nome não é o mais importante e que seu nome é apenas simbólico, não é um nome que carregou em nenhuma encarnação. Assim são nossos guias, não se importam tanto com nomes e jamais brigariam por um nome. No entanto, nós, que ainda estamos aprendendo, vivemos brigando por muitas coisas. E se brigar e discutir é a regra, então o que mais importa é nosso ego e vaidade, e nada mais forte que um nome. Certa vez, na adolescência, li um dos livros de Dale Carnegie em que ele dizia que o mais importante na vida de alguém era o seu nome. Claro, junto de nosso nome vai a ideia de identidade e todos queremos construir uma boa identidade. Então se um nome é tão importante, vamos pensar bem antes de dar um nome ao nosso terreiro de Umbanda. Não é certo fazer de forma automática a associação do nome do caboclo com o nome da razão social que terá este terreiro um dia. Não importa qual seja o nome de seu terreiro, ele sempre vai ser a “Casa do caboclo tal”, no entanto dê um nome autêntico para identificar este templo. Contatos: [email protected] COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA “PAI BENEDITO DE ARUANDA”; ASSOCIAÇÃO UMBANDISTA E ESPIRITUALISTA DO ESTADO DE SÃO PAULO – “AUEESP” Rua Serra da Bocaina, 427 - Belém - São Paulo INSTITUTO CULTURAL COLÉGIO TRADIÇÃO DE MAGIA DIVINA Rua Irmã Carolina, 272 - Belém - São Paulo COMUNICADO Informamos que as organizações religiosas acima citadas, todas fundadas por RUBENS SARACENI, não possuem filiais, sub-sedes, representações, representantes, ou estabelecimentos sob qualquer outra denominação, além de suas sedes sociais na cidade de São Paulo (SP). Somente os seus presidentes detêm o direito de representá-las, consequentemente, nenhuma pessoa física ou jurídica está autorizada a se apresentar em nome das organizações acima, dentro ou fora da cidade e do Estado de São Paulo. Qualquer dúvida favor entrar em contato através dos telefones: (11) 2954-7014 e 99784-2668 – E-mail:[email protected]. expediente: Diretor Responsável: Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112 E-Mail: [email protected] Endereço: Av. Irerê, 292 - Apto 13 Planalto Paulista São Paulo - SP Diagramação, Editoração e Arte: Laura Carreta - Tel.: (11) 8820-7972 Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail: [email protected] Consultora Jurídica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2796-9059 Jornalistas Responsáveis: Marcio Pugliesi - MTB: 33888 Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401 É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Umbandista. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião deste jornal. As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.). Sandra Santos “M eu filho, o que acende a vela, não é o fogo; é a mente. Explico: Antes de estar fisicamente acesa, ela primeiro se acende no plano mental: é a ideia de acender a vela. Depois, a vela é acesa no plano astral: é o desejo de acender a vela. Finalmente, a vela é acesa no plano físico: é o ato de acender a vela. Depois de fisicamente acesa, a vela irradia e propaga luz e calor pela combustão do elemento mineral parafina (derivado de petróleo) e pela fibra vegetal do pavio. Essa energia é potencializada e multiplicada no plano astral em uma velocidade e intensidade inimagináveis na forma de ondas e esferas concêntricas, vagamente parecidos com os círculos formados por uma pedrinha que é atirada no centro de um lago de superfície calma. Essas ondas de energia percorrem em um instante todos os reinos sutis da Natureza e carregam consigo a frequência vibratória de quem acendeu a vela assim como o teor psíquico completo de seu comando ou pedido mental . Pela Lei de Sintonia e Afinidade, Inteligências, Seres e Forças que se identificarem positivamente ou negativamente com o teor da mensagem disparada pela velas acesa imediatamente responderão, seja através de vibrações diretas ou pela própria presença consciencial. Isso inclui criaturas de diversos planos, dimensões e faixas vibratórias: elementais da Natureza, espíritos desencarnados, seres angélicos e arcangélicos, inteligências planetárias e extra-planetárias, etc... Veja, meu filho, a imensa responsabilidade envolvida no acender de uma simples vela, dentro de um contexto magístico, em um ambiente sagrado. O que acende primeiro a vela é o “fogo mental”, bem antes do “fogo físico”. Portanto, preste bem atenção no motivo, intenção e propósito que o leva a acender uma vela, pois a mesma energia emitida ao acender a vela, retorna multiplicada ao emissário quando ela se apaga : ‘o que vai, vem e o que vem, vai...’. Entendeu? Principalmente, preste bem atenção na qualidade de seu “fogo mental”: ele aquece e ilumina ou queima e destrói? Fique na Paz de Nosso Pai Oxalá! ” Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -3 AS DIFICULDADES DO INÍCIO DAS SETE LINHAS No começo, muitas pessoas queriam decifrar o mistério das Sete Linhas de Umbanda e isso deu muita confusão, porque todos achavam que estavam certos em suas interpretações sobre elas. Mas quando estudamos as classificações criadas no decorrer dos anos, vimos que o enfoque de todos estava na contramão, porque as Sete Linhas de Umbanda não são sete linhas de trabalho ou sete Orixás, e sim sete irradiações divinas. Este assunto das sete linhas é um dos que, futuramente, poderá ser resolvido, mas agora o que interessa é estudarmos para saber o que está revelado até agora sobre isso. Como já dissemos, no Candomblé não existe esse mistério das sete linhas, isso surgiu dentro da Umbanda, trazido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. Antes de ele ter aberto esse Mistério da Umbanda não existia nada escrito sobre as sete linhas e, se observarmos com atenção, veremos que a nossa religião tem seus fundamentos e tem uma forma de exteriorizar seu conhecimento oculto, que está sendo aberto, sem depender de explicações alheias, por meio dos livros enviados até nós por Pai Benedito de Aruanda. Podemos explicar muitos dos nossos fundamentos a partir do Setenário Sagrado, que existe e está presente em quase todas as religiões, e não somente na Umbanda. Mas temos hoje uma explicação lógica para este Setenário Sagrado, em que ele é associado às sete irradiações divinas, aos sete sentidos capitais da vida, aos sete símbolos sagrados. Aos sete elementos formadores do planeta, às sete essências, aos sete fatores, aos sete poderes originais exteriorizados por Deus, etc. Os sete Orixás ancestrais são absorvedores dos sete fatores e das sete essências originais, vivas e divinas, que estimulam os sete sentidos e dão origem aos sete símbolos sagrados, etc., tudo comandado pelas sete irradiações divinas. Hoje temos uma forma de explicação lógica e racional, mas é preciso que cada umbandista aprenda-a para mantermos a coerência existente nela e para que, amanhã ou depois, não sofra, por meio de novas interpretações pessoais, mudanças de nomes e dos termos usados para fixar de vez esse mistério dentro da Umbanda. Nós temos de nos apegar a certos termos para que eles sejam discutidos em profundidade, porque já temos dentro da “Gênese Divina de Umbanda” as explicações de como todos os poderes se irradiam, mantendo sempre uma coerência, porque é uma chave interpretativa. Uma mesma chave se aplica a todos os conhecimentos, senão ela não seria verdadeira e, quando associamos o elemento mineral a Oxum, Oxum ao amor e amor à concepção, tem todo um fundamento, porque o elemento mineral é um elemento que nos dá uma energia conceptiva e multiplicadora das espécies. Essa energia não atua somente no ser humano, atua em todos os vegetais, em todas as espécies de animais, etc. Nada é desordenado na Criação. FUNDAMENTAÇÃO DESSE MISTÉRIO NA UMBANDA Logo no início da Umbanda, o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas falava no Mistério das Sete Linhas e, em 1933, Leal de Souza publicou um livro intitulado O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. Entre elas, destacava-se a linha branca de Umbanda (de Orixá) e a linha de demanda, para cortar trabalhos de magia negra. Falava-se em sete linhas brancas (as positivas), em linha de demanda (as de esquerda) e linha de santo. A Umbanda fundamentava-se no mistério das “sete linhas” e a forma de ensiná-las era prática, ainda pouco elaborada e totalmente voltada aos trabalhos que eram desenvolvidos pelos Guias espirituais, todos ligados às Sete Linhas de Umbanda e de Demanda. Esse conhecimento e a forma bem terrena de abordar e explicar esse mistério que começa em Deus, e chega até nós aqui no plano material, foi trazido pelo senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas e pelos outros Guias espirituais de Pai Zélio de Moraes, e foi popularizado pelos filhos de santo por meio das tendas fundadas por eles, que também formaram muitos outros médiuns que, posteriormente, fundaram muitas outras tendas de Umbanda, fato esse que as popularizou, tanto que, em 1933, Leal de Souza, um dos filhos de santo de Pai Zélio, escreveu o primeiro livro abordando o Mistério das Sete Linhas de Umbanda. Devemos lembrar que era o início de uma religião e que, nessa época, pouco se sabia sobre o mundo espiritual fora do Espiritismo e muito menos sobre a própria religião umban- dista, na época ainda sendo implantada no plano material pela Espiritualidade. Posteriormente, outros umbandistas desdobraram o Mistério das Sete Linhas e publicaram livros, com elas explicadas mais a fundo e de forma a hierarquizá-las, nomeando-as com estes nomes: - Linha de Oxalá; - Linha de Xangô; - Linha de Ogum; - Linha de Oxóssi; - Linha de Iemanjá; - Linha do Oriente; - Linha das Almas, etc. Cada autor deu sua interpretação e, pouco a pouco, esse mistério foi adquirindo vida própria dentro da nova religião, pois cada Guia espiritual revelava que fazia parte de uma delas. Dois autores devem ser destacados e imortalizados pelos umbandistas porque eles, em suas épocas e em acordo com o tempo em que viveram a Umbanda, divulgaram esse mistério. O primeiro é Leal de Souza por seu pioneirismo. O segundo é Lourenço Braga, pelo avanço na interpretação desse mistério aberto dentro da Umbanda por Pai Zélio e o espírito fundador da umbanda, o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Que nenhum umbandista se esqueça disso ou isso desconheça, para que não venha a negar esse fato aos seus verdadeiros semeadores, que são Pai Zélio e o espírito fundador da umbanda, o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Muitos outros autores, posteriormente, publicaram novos livros abordando o Mistério das Sete Linhas de Umbanda, dando-lhes os mais variados nomes, fato esse que, se por um lado enriquecia o estudo da Umbanda, por outro lado confundia a grande legião de médiuns umbandistas ávidos por conhecimentos sobre os fundamentos da umbanda. Essa confusão perdurou até o fim do século XX, quando Pai Benedito de Aruanda, orientado pelos espíritos mentores da Umbanda e amparado pelo senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, finalmente fundamentou nas Sete Irradiações Divinas as Sete Linhas de Umbanda e nos trouxe suas regências divinas originais, esclarecendo de vez esse mistério, desde sua origem em Deus até nós, encarnados, aqui na Terra, mas também regidos e influenciados por elas o tempo todo. Hoje, posso revelar que nossa obra mediúnica, fundamentadora dos mistérios de Umbanda, foi amparada pelos espíritos mentores da Umbanda, entre eles o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas. O fato é que foi Pai Zélio e o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas que abriram para a Umbanda e todos os umbandistas os Mistérios das Sete Linhas de Umbanda. Justiça lhes seja feita! Texto extraído do livro “Fundamentos Doutrinários de Umbanda”, Ed. Madras Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -4 E sta combinação sugerida no título é ainda motivo de intensas discussões e normalmente pouquíssima reflexão producente. Pois é, falar de Política na Religião é filosoficamente tão paradoxal quanto o tema “Razão e Fé”. Religião é o Sagrado, sim, isso é verdade; e Política é sacanagem, coisa ruim, jogo de interesses mesquinhos e... ops “pera aí”. Imagino que os grandes democratas da Grécia Antiga se decepcionem com o que ocorre no sistema político do planeta atualmente quando se trata de troca de vantagens, propinas e mensalões da vida. É certo que eu poderia tomar sua atenção tão preciosa para escrever centenas de páginas sobre as problemáticas sistêmicas da engrenagem política no país, e também é certo que posso usar o mesmo tanto de páginas para apontar coisas interessantes que já se fez e faz neste país e que, por não atenderem ao sensacionalismo e não vender mídia, não são tão expostas. No entanto, neste primeiro momento, quero usufruir de sua especial atenção para refletirmos sobre princípios equivocados a respeito do tema proposto. Religião, em síntese, é uma estrutura idealizada pelos homens para se relacionarem com o Sagrado, na intenção geral de estimular as virtudes, potências e proporcionar a tão perseguida transcendência consciencial nos indivíduos. Muito bem, religião não existe sem indivíduos, todos os indivíduos pertencem a uma sociedade, um Estado, um Município, um País. Já a Política é uma manifestação comportamental e natural nos indivíduos humanos e também no reino animal, tratemos aqui do H. Sapiens Sapiens. A Política sistemática, como a conhecemos, pretende ser uma estrutura para tratar das relações humanas a fim de atingir resultados esperados para a coletividade, esta que chamamos de sociedade. Pois bem, antes da religião, portanto, temos a natureza política e o exercício político por excelência. Um templo religioso congregará indivíduos num contexto muito particular, mas que ao sair daquela estrutura voltam para a realidade social, existencial, palpável. O indivíduo continuará a se deparar com o trânsito, com as pessoas, com suas necessidades básicas e objetivos diversos. A bem da verdade é que Religião é também uma maneira política de se relacionar com Deus, com o Sagrado, e que é tão natural no homem holístico. Querer afastar o exercício e a participação política da religião é o mesmo que afastar Deus da sociedade. Percebe? Uma coisa está atrelada a outra. Até aqui estou tratando da natureza comum aos homens, o religioso e o político. As religiões se organizam normal- mente sempre tendo um líder da comunidade, assim é a política democrática em nosso país, onde elegemos líderes para tratarem de interesses e necessidades dos grupos sociais. Acontece que existe um ranço contra política e seus operadores, os políticos. Há um desânimo e profunda descrença na dignidade humana. Claro que não por acaso, por exemplo, estamos em pleno julgamento de um dos maiores casos de corrupção da história de nosso país. É constante virem à tona escândalos do gênero. Mas não esqueça, quem faz isso são cidadãos, entes humanos, muitas vezes com menos caráter do que eu e do que você. Por outro lado, vemos frequentemente escândalos por desvio de conduta de muitos líderes religiosos: “Padres” pedófilos, “Pai de Santo” traficante, “Rabino” ladrão de gravatas, “Pastor” agressor e assim por diante. A questão é: a religião é o indivíduo? Ou o indivíduo está na religião? É a religião que ensina isso, ou é o indivíduo que é oportunista? Quando falamos de políticos corruptos, imundos e sacanas, a mesma pergunta: política é o indivíduo? Ou o indivíduo está político? Quem rouba, a política ou o político? Percebemos, numa reflexão mais profunda, que a política é tão metafísica quanto a religião, e o homem é quem concretiza de maneira boa ou não aquilo que exerce e representa. Sou Umbandista, vejo diariamente denúncias de supostos “sacerdotes” cometendo atrocidades diversas dentro e fora do meu meio religioso. Não me espanto com os escândalos e, de certa maneira, acho bom, assim vai ficando claro que minha religião não é aquilo e que mais um indivíduo está fora de circulação e não poderá mais usar o nome da minha fé em vão; e, por outro lado, trabalho diariamente para fazer completamente o contrário, para expandir, ensinar e enaltecer a minha fé, meus irmãos na fé. Assim penso que deve ser na política, pessoas de bem devem pleitear cargos políticos se desejarem tirar de circulação os charlatões, os falsários, corruptos e bandidos que se aproveitam da fé social do povo, ludibriam e sacaneiam. Viu? No exercício prático, não vejo diferença entre religião e política. As várias religiões são como os vários partidos, ou seja, maneiras grupais de ver e entender Deus e a Sociedade respectivamente. Mas que, independentemente da diversidade, é preciso existir em harmonia, pois tudo junto traz um bem maior. Em nosso país, de dois em dois anos temos o processo eleitoral democrático, algo pelo qual meus avós e pais lutaram para conquistar e que hoje muitos de minha geração pouco compreendem a grandeza. Para mim não se trata de um ciclo para “obrigatoriamente” dar poder a maus políticos, trata-se de um ciclo de renovação de esperança, de responsabilidade cidadã, de participação para uma Cidade, um Estado e um País melhor. É verdade, eu creio seriamente nisso, por isso é preciso saber em quem você deposita o seu voto, saiba que seu voto é a delegação de poder de algo que você gostaria de fazer, mas que outro deverá fazê-lo. Não vote em discursinhos baratos ou em troca de nada, tampouco acredite em excesso de promessas, a verdade é que pouco se consegue fazer no tempo determinado, o importante é que se faça o certo, pois de pouco em pouco fazendo o certo em algumas décadas temos uma realidade melhor. Cuidado com o discurso do tipo: Umbandista vota em Umbandista, Católico em Católico, ou coisa do tipo. Agora o que vale é o Cidadão votando noutro Cidadão, este que recebe o poder não poderá ter estes rótulos, e deverá promover melhorias que vão além de suas particularidades. Tem muita gente se aproveitando, cuidado! Pesquise sobre o indivíduo, não só o que ele mostra, mas o que outros mostram sobre ele. Encerro com uma reflexão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.” - Platão A Reflexões sobre a mediunidade mediunidade não é um peso e sim um dom. Mas quando não sabemos como trabalhar com ela, pode se tornar um fardo. Muitos se sentem reféns de dores e sentimentos que se manifestam em seu corpo sem explicação científica, biológica, psicológica ou racional. Em muitos momentos da vida, sentimos que há algo de errado em nós, nos sentimos deslocados do mundo, sentimos que falta um sentido ou uma razão para nossas vidas. Sentimos “coisas” que não conseguimos explicar e, às vezes, parece que estamos ficando loucos. Muitas vezes parece que temos distúrbios bipolares, tripolares, multipolares… Somos vistos como histéricos, desequilibrados ou esquisitos, apenas porque vemos, ouvimos ou sentimos o mundo espiritual. Como diria Pai Ronaldo Linares: “Não estamos loucos, apenas descobrimos que somos médiuns”. Durante muito tempo a psicologia considerou os sintomas da mediunidade como se fossem os mesmos da histeria. Hoje sabemos que histeria não tem hora nem lugar para acontecer e muito menos pode dar um sentido para nossas vidas. Sendo assim, se a mediunidade fosse uma loucura, então seria uma loucura controlada. Somos loucos por Deus, somos místicos no sentido mais forte da palavra: aqueles que vivem uma experiência transcendental direta e visceral com o sagrado. Afinal: a sabedoria que reside no sagrado é loucura para este mundo material e a sabedoria deste mundo é loucura para o sagrado e divino. (I Cor: 1:17) Ao nos descobrirmos médiuns, passamos a ouvir muitos dogmas e tabus que nem sempre correspondem à verdade sobre nossa mediunidade. Como por exemplo: • De que todo médium tem um pesado karma para carregar. • Que médium é um devedor da Lei maior. • Que mediunidade é um caminho de sofrimento e dor. • Que os guias espirituais ajudam a todos menos a seu médium. • Que um médium deve ser um santo(a), casto(a), puro(a) e ilumina do(a), como um avatar ou mestre ascen sionado. • Que médium está destinado a uma vida miserável, sem prosperidade. • Que o médium assinou um contrato antes de encarnar e que agora deve cumprir seja lá o que for, que ele mesmo não sabe o que foi. • Que uma vez desenvolvida a mediunidade, a pessoa passa a estar amarrada com a Umbanda e não pode sair mais desta religião. Etc... Enquanto, na verdade... • Mediunidade é oportunidade de viver a vida com mais qualidade, com mais sentido, com mais sentimento. • Mediunidade é oportunidade de contato com nossa família espiritual que nos ama e quer bem. • Mediunidade é oportunidade de vencer velhas dificuldades, superar apegos, curar dores e vícios. • Mediunidade é oportunidade de sair do caminho da dor e entrar no caminho do amor. • Mediunidade é oportunidade de nos libertarmos do peso do karma negativo desta e de outras encarnações. • Mediunidade é mais vida para nossas vidas. • Mediunidade é tudo isso e muito mais se for bem trabalhada, e pode ser um caos se mal trabalhada. Por isso, precisamos, em primeiro lugar, desconstruir certos paradigmas desconexos com a realidade de uma mediunidade saudável. Não basta apenas cuidar do espírito. É necessária uma nova cultura, passar a ver a vida de um ponto de vista integral. O médium precisa se autoconhecer, precisa aprender a trabalhar suas dores, seus traumas, vícios e dificuldades. O médium precisa aprender a aplicar sobre si mesmo e sobre sua vida os recursos da Umbanda, antes de exigir ou esperar que seus guias façam pelos outros. O mais importante é querer se tornar alguém melhor, uma pessoa mais bacana para si mesmo e para os próximos e os distantes também. Para conseguir desenvoltura mediúnica na religião de Umbanda, é importante que os médiuns conheçam o mínimo sobre o que é Umbanda, quem são os guias e orixás, o que é uma oferenda, o que são firmezas e assentamentos, o que é magia, o que são pontos cantados e riscados e etc. 99,9% dos médiuns são semiconsientes e entram em crise por acreditar que estão “mistificando”, não sabem se são eles ou os guias se manifestando. Por esta razão, entre outras, é muito importante que o médium de Umbanda estude, aprenda e conheça o que é este dom divino que se manifesta por seu intermédio. Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -5 Padrinhos: Zélio de Moraes e Chico Xavier Por CABOCLO 7 - Através do médium FRANCISCO SÁ Contatos [email protected] C E sta é a bagagem que a Casa de Velas Santa Rita, situada na Praça da Liberdade, 248 em São Paulo, traz em sua memória. Muito mais do que uma simples casa de artigos religiosos, participa, serve, prestigia e acom- panha a evolução não só da nossa Umbanda, como de todas as outras religiões. Mantém uma equipe treinada com funcionários, na sua maioria, com mais de 15 anos de casa. Fundada em 1934 pelo pai, Sr. Gaspar e seus filhos Nelson e Valter, eles inauguraram um pequeno comércio ao lado da Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados. Vendiam basicamente dois produtos: velas, que na época era feita de sebo animal, já que a loja se situa vizinha a Igreja dos enforcados, e leite a granel, pois naquela época não havia geladeira para sua conservação. Algumas curiosidades do bairro vêm da época dos escravos, porque na praça existia uma forca e o pelourinho. Os escravos que conseguiam escapar, usavam este caminho para chegar aos Quilombos. Daí a origem do nome Liberdade. Após a guerra, as velas de sebo animal começaram a ser substituída pelas de parafina. Surgiram então pequenas fábricas que produziam velas brancas. Usando seu prestígio, conseguiu que fizessem também velas coloridas, usadas nas representa- ções de nossos Orixás... quantas histórias.... Começou a haver um aumento na procura de imagens religiosas. Nasce em 1956 a fábrica IMAGENS BAHIA LTDA. O grupo ficou completo. De um lado a fábrica de imagens e de outro a loja de varejo. Segundo Nelson Filho, ele sempre ouvia de seu pai e tio, as histórias de como a Umbanda começou a ganhar força. Em contato com líderes religiosos da época, como o radialista Hercílio Sanches, Pai Jamil Rachid, Pai Milton Aguirre, Pai Demétrio, Pai Plínio, Pai Caio Aranha, Babá Messias, Pai Élcio de Oxalá entre muitos outros, alguns já não estão mais conosco, mas trabalhavam unidos sempre para defender aqueles que injustamente sofriam perseguições e discriminações por suas crenças religiosas. Muitos continuam até hoje como muitos outros que se juntaram depois, afirma seu sócio, Sr. Décio, que se juntou ao grupo há 50 anos. Hoje o bairro é conhecido pela história da igreja das Almas e dos Aflitos onde centenas de pessoas acompanham as missas pelas 13 almas e por ser um bairro oriental, pelas suas festas, crenças e cultura originada da grande imigração de japoneses, chineses e coreanos. A CASA DE VELAS SANTA RITA cumpre também seu papel cultural, mantendo e levando aos paulistanos e turistas essa bagagem histórica. É conhecida nacionalmente por ser a loja mais completa do setor religioso. Pode-se encontrar roupas, velas, imagens, atabaques, livros, banhos, defumadores, incensos, pedras e muito mais. Existe também um setor de artesanato, peças de gesso em branco e madeira, aulas de pinturas e todo material para a confecção de velas e sabonetes artesanais. A loja é conhecida também por seu atendimento acolhedor e ambiente familiar, fazendo com que sejam abraçadas sem discriminação todas as religiões. É o ponto de referência para acontecimentos culturais, como o que ocorreu em comemoração ao Centenário da Umbanda, ho- menageando o querido Pai Élcio de Oxalá, as tardes de autógrafos dos lançamentos dos livros de Alexandre Cumino, Severino Sena, Fernandes Portugal, entre outros. Patrocina também peças de teatro e eventos dos mais diversos segmentos culturais. A loja e a fábrica também patrocinam as festas de Curimba, Atabaques de Ouro, Iemanjá, São Jorge e muitas mais. Enfim, todos os eventos importantes onde o nome da Umbanda é exaltado de forma séria. No site www.srita.com.br além da venda de seus produtos existe campos como variedades e notícias, que mostram curiosidades do setor. hico Xavier trouxe a prática do humanismo ao espiritismo, que inicialmente se apresentou na França, como uma doutrina de caráter mais científico no campo espiritual, para organizar principalmente as relações nossas com o astral. Zélio de Moraes trouxe a prática religiosa do culto à natureza, expandindo a noção de acesso à espiritulidade a todos, de forma estruturada, no plano físico e no astral. São conceitos religiosos complementares, onde muito um ensina de práticas, ao outro. A prática fundada por Zelio, trouxe elementos que nos dão base, para nos aproximarmos de forma religiosa às forças da natureza, para apreciá-la, reverenciá-la, como algo divino, onde divindades existem e se manifestam, se corretamente e fundamentalmente abordadas. Na relação que se promove, na religião da Umbanda, com as forças vivas da natureza, passamos a enxergá-la de forma a respeitá-la ainda mais, ao trazê-la para dentro dos templos, emocional e mentalmente, por meio de toda a sua ritualística religiosa. Assim, toda a natureza à nossa volta, ofertada há milhões de anos, por nosso Pai Criador, para sustentar o processo evolutivo de todos, reconquista sua importancia em nossas vidas, pois passamos a reverenciar com consciência mais ampla, as manifestações divinas no vento, no mar, nos rios, nas cachoeiras, nas matas, na chuva, nas fontes, na tempestade, no fogo, nos minerais, nos cristais, nas plantas, nas ervas, nas flores, nos animais etc.. A vivencia religiosa umbandista abre nossa visão para a presença dos seres naturais, encantados, elementais, essenciais, etc.. a conviverem conosco em outros planos e dimensões da vida, neste nosso planeta Terra. Passamos a nos interelacionar, num contexto religioso, evolutivo e imensamente estruturado, nos suprindo com energias e fontes de cura em nossas vidas, na carne e fora dela. Carinhosamente, Pai Zelio fundou no campo físico, uma estrutura religiosa, no astral previamente constituída, que converge a prática do humanismo espirita fomentado por Chico, com o culto religioso às forças e poderes divinos da natureza, objetivando a prática da caridade entre seres humanos. Tudo isto respeitando e reverenciando outros seres que habitam este Planeta em outras dimensões. Nada melhor que um povo religiosamente aberto, com mesclas regionais distintas, ora mais pro índio, ora mais pro negro, ora mais pro branco, vivendo todos num país com natureza exuberante, riquíssima em elementos, e com “lendas” espirituais instigantes, para apreciar tal prática. Um povo espirituoso, alegre, carinhoso, resignado e compreensivo no tratamento humano, passa a servir como um cadinho para uma revolução espiritual, lenta, firme e duradoura, tendo a valorização do ser humano em relação à natureza, na prática para a caridade, como base para aprender a reverenciar a ampla criação à nossa volta. Nesta prática, aprendemos a cuidar e a respeitar as manifestações divinas na natureza, a utilizar seus elementos com discernimento, como instrumento precioso de trabalho e fonte energetica de cura de nossos males. Resgatamos com isso a nossa apreciação à criação divina, com seu lado prático de abastecer-se nela como fonte de energia física, psíquica e emocional. Ampliamos nossa noção da “vida”, desenvolvendo nossa relação com a natureza, tanto nos templos quanto em seus pontos de força, ao apreciarmos suas manisfestações, em qualquer local, seja através de uma flor, de uma concha, de uma pedra imantada, de um fogo em cor, de uma brisa suave etc. para cada vez mais sabermos entrar em sintonia com ela. Desta foma o umbandista eleva a natureza ao grau onde ela merece ser respeitada e tratada, pelo tanto que oferece ao ser humano, nesta prática da caridade, vendo-a com outros olhos, os olhos do coração. Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -6 Reconhecimento a uma médium umbandista Fonte: Blog Super Interessante http://www.super-interessante.com/2012/08/maior-medium-do-brasil.html sexta-feira, 24 de agosto de 2012 Enviado por Osmar Santos e livremente editado por Marina B. Nagel A médium Adelaide Scritori e o escritor Paulo Coelho. (acervo pessoal). P rever catástrofes climáticas e controlar o tempo é um trabalho que a médium umbandista Adelaide Scritori desenvolve juntamente com seu guia, o Cacique Cobra Coral. Presidente da Fundação Cacique Cobra Coral, ela conquistou notoriedade internacional e é chamada por artistas, governos e entidades em todo o mundo. Trabalho esse que antes já era desenvolvido por seu pai, Ângelo Scritori, fundador da FCCC em 1931. Adelaide Scritori hoje é conhecida como a Senhora do Tempo e costuma ser contratada por grandes empresas e grandes políticos mundiais para intervir no tempo em certas circunstâncias. Por exemplo, a Fórmula 1 e a Fórmula Indy a contratam em alguns grandes prêmios para evitar que a chuva chegue no circuito. Apesar do trabalho ser magístico e espiritual, a médium utiliza ferramentas científicas, pois sua fundação recorre a recursos meteorológicos para identificar o que é preciso para evitar que a chuva chegue ao local, como diminuir ou aumentar a umidade do ar, reduzir os vento, etc. Com isso, ela consegue isolar o local para atrasar a chegada da chuva, ou impedir sua chegada. Assim como aconteceu em Mônaco este ano: enquanto os monitores de previsão do tempo indicavam a chegada da chuva como iminente, a médium junto do Cacique Cobra Coral conseguiu atrasá-la de maneira inexplicável. A cada leitura, a previsão de chegada da chuva era para 3 minutos, depois 4 minutos, depois 5 e o tempo passava e nada da chuva chegar. Foi só a corrida terminar para começar o temporal. Adelaide Scritori também foi contratada pelo presidente do Comitê Olímpico internacional, Jacques Rogge, para a cerimônia de abertura e de encerramento das olimpíadas 2012. Na Inglaterra, conhecida por suas chuvas frequentes, nenhuma gota foi registrada no local durante essas cerimônias. A médium umbandista brasileira começou conquistar o voto de confiança das personalidade mundiais quando, nos anos 80 em Londres, a primeira dama Margareth Thatcher contratou a Fundação para combater o frio que estava caindo sobre Londres, com temperaturas recordes negativas de -30°C. Adelaide conseguiu elevar a temperatura de um dia para o outro a um grau negativo e foi ovacionada pela imprensa inglesa.”Poderes que a ciência não explica, mas que os fatos comprovam” diziam eles. Personalidades do mundo inteiro pedem ajuda à fundação FCCC, de Adelaide Scritori. Pessoas como o exprimeiro ministro Tony Blair, Jacques Rogge e muitos políticos brasileiros, até a organização de eventos como o Rock in Rio, ou fazendeiros para salvar suas plantações. O rei da música, Roberto Carlos, também utiliza o trabalho da médium. Por exemplo, Cesar Maia fez um contrato de proteção com a Fundação para evitar chuvas torrenciais que trariam catástrofes para a cidade do Rio de Janeiro. Esta, assim como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm convênios com a Fundação. Cacique Cobra Coral: medalha de ouro na abertura da Olimpíada Blog do Marcelo Tas Direto de Londres - 28.07.12 Fonte: http://blogdotas.terra.com.br/2012/07/28/ cacique-cobra-coral-medalha-de-ouro-na-abertura-da-olimpiada/ Não é novidade para alguns a atuação da Fundação Cacique Cobra Coral, fundada pela medium brasileira Adelaide Scritori, na prevenção de chuvas e tempestades durante eventos como Carnaval, nas edições do Rock in Rio pela Europa, na visita ao Brasil de Barack Obama ou a recente edição da Formula Indy, em São Paulo. Este blog conversou com Osmar Santos, marido de Adelaide e porta-voz da Fundação, sobre a notícia de que eles teriam vindo a Londres, a convite da organização da Olimpíada, para travar um duelo com o tradicional mau tempo da capital britânica na cerimônia de abertura. Por telefone, da sala de embarque de Heathrow, de onde retornou esta noite para São Paulo, Osmar confirmou e deu detalhes da “operação”, como ele mesmo denomina a atuação do espírito do Cacique. Por conta da instabilidade meteorológica na ilha da Rainha, ambos chegaram å Londres com antecedência- no dia 7 de Julho- para iniciar os trabalhos. Adelaide Scritori também ajudou nas enchentes do Vale do Itajaí, em SC, a acalmar os temporais. Além de controlar o tempo, ela prevê também grandes catástrofes, como no mês de agosto 2001, quando enviou uma carta para a Casa Branca prevendo os ataques de 11 de setembro. George Bush, aliás, enviou uma equipe de investigação à casa de Adelaide procurando saber como ela soube e para investigar se havia um envolvimento com o Al Qaeda. Adelaide Scritori : “Minha missão é minimizar catástrofes que podem ocorrer em razão dos desequilíbrios provocados pelo homem na natureza”, diz. Durante a o dia de ontem, na cerimônia de abertura, Adelaide ficou em Dublin, na Irlanda, de onde garantiu que as ondas de pressão que entravam pelo Norte da ilha fossem desviadas para a Espanha, com a intenção de abrandar a seca daquela região no momento. Enquanto isso, de dentro do estádio, Osmar enviava informações em tempo real da situação em Londres. Na cerimônia de ontem, ocorreram alguns pinguinhos de chuva antes do início e nenhuma mísera gota durante as mais de tres horas do espetáculo dirigido por Daniel Boyle, que teve cenas que teriam sido bem complicadas de se realizar na chuva como o salto de paraquedas da Rainha (interpretada por um dublê, evidentemente) de um helicóptero que sobrevoava o estádio. Para quem quiser saber, Osmar garante bom tempo- sem grandes chuvas prolongadas- até o final da Olimpíada. Para isso, ele e sua esposa voltam à capital britância antes da cerimônia de encerramento. A Fundação não recebe dinheiro pela atuação do Cacique, mas exige contra partidas ambientais das insituições que colabora. Quanto a fenômenos desconhecidos da ciencia dos homens, este blogueiro segue rigosamente o ditado espanhol: “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”. A Rainha deveria dar uma medalha de ouro para o Cacique! Não se pode achar o que nunca se perdeu! por BABÁ DIRCE FOGO www.santuariodaumbanda.com.br www.casadepaibenedito.com.br B oa tarde ao meu povo e Umbanda e a todos aqueles que, assim como eu, tem fé nos Orixás e orgulho de dizer: EU SOU UMBANDISTA! Pensando em que mensagem deixar a vocês comecei a refletir sobre a vida, a religião e sobre algo que li: “Depois que saí da Umbanda, eu saí do buraco que eu estava, encontrei Jesus e agora estou bem melhor...” Pensando por algum tempo nessa frase, algumas dúvidas surgiram e, entre tantas, essas: -Como encontrar alguém que jamais deveríamos ter perdido? Afinal, como pode alguém, depois de passar algum tempo pela nossa religião sair criticando? Será mesmo que a culpa de uma vida que não está dando certo é de nosso Pai Oxalá? Dos sagrados Orixás? Da Umbanda? Então pensei que a pergunta para essas pessoas deveria ser: “Como estaria minha vida se, naquele momento difícil, eu não tivesse o amparo de nossos Orixás?”. Ainda sou capaz de tocar num assunto ainda mais delicado: - Como foi o comportamento dessa pessoa no tempo em que frequentava um Templo de Umbanda? Colocar roupa branca e carregar guias não é ser umbandista? O tempo que passamos no Templo é curto, o que importa é nossa postura todos os dias. Será que levamos em nosso coração todos os dias a FÉ, o AMOR e a CARIDADE? Essa é a bandeira da Umbanda, mas, certamente se encaixa em qualquer religião. Sermos caridosos com nossos irmãos, gentis, cordiais, manter sempre nosso coração puro e ter uma postura correta faz de nós pessoas melhores e isso não é apenas a máxima de uma religião. Como é possível alguém dizer que saiu de uma religião e encontrou Jesus em outra? Para encontrar é preciso ter perdido. Eu nunca perdi Jesus. Nunca perdi a fé. Nunca perdi a crença. Quem achou quando saiu é porque perdeu e esse não é o intuito. Não deveria ser. A fé está em carregar no coração uma força superior que nos guia, que nos ampara. Isso é fé! As portas da minha casa e da nossa religião estarão sempre abertas, como as de qualquer Templo (seja qual for a religião) deveriam estar. Tenhamos sempre em nosso coração que precisamos ter humildades para reconhecer o que foi nossa fé, sem esnobar, como se não fizesse parte da própria história daqueles que seguiram para outro caminho. Não vejo problema em trocar, tentar novas possibilidades, mas, tenhamos respeito com a religião do seu irmão - não mais irmão de fé, mas, um irmão que compartilha o mesmo mundo que você. Estamos em pleno século XXI; o homem visitou o espaço; viaja de um continente a outro em horas; fala com o mundo todo através das telas de um computador e nós ainda temos preconceito religioso? Eu aceito minha fé e me orgulho de cada guia que carrego em meu pescoço. Eu honro o solo sagrado que piso para incorporar as entidades, para bater cabeça no altar sagrado dos Orixás. Sou guiada por Pai Oxalá e protegida pelos Exus. Salve nosso Pai Oxalá Bendito. Laroyê a todos os Exus. Diga: SIM, SOU UMBANDISTA! Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -7 Um bom observador Contatos: [email protected] U ma das grandes dúvidas dos médiuns que começam a incorporar e que são semiconscientes é: será que sou eu, ou será que é o Guia? Com o tempo, a prática e uma boa orientação, essa dúvida costuma desaparecer. Mas se o médium não se conhece e não conhece os próprios pensamentos, a chance de interferir no trabalho do Guia permanece. Claro que as informações do nosso mental, nossa língua, nossos conhecimentos e nosso vocabulário são utilizados pelos espíritos que dão consulta através de nós. É muito mais difícil para o médium semiconsciente passar uma informação totalmente nova e sem precedentes, do que o Guia falar sobre algo que o médium já leu, estudou, ou ouviu. Mesmo assim, nossas opiniões, julgamentos e pensamentos não podem interferir. Um dos caminhos para entender o seu papel e reconhecer a atuação dos Guias é saber observar os pensamentos e silenciar a mente. No livro “O Poder do Silêncio”, Eckhart Tolle diz que a mente funciona com voracidade, sempre querendo mais. E quando nos identificamos com a mente, ficamos ansiosos ou entediados. Segundo ele, não adianta lutar contra essas emoções, mas, sim, aceitá-las e observar como é se sentir assim. No mesmo livro, Tolle escreve: “Quando você aceita totalmente o momento presente, quando deixa de discutir com o que é, a compulsão de pensar diminui e é substituída por uma calma atenta”. Isso significa que devemos ouvir nossa mente. Como? Silenciando. No meio do turbilhão de atividades e ocupações de um dia, dificilmente nos damos conta sobre o que estamos pensando. Observar os pensamentos é parar, silenciar e prestar atenção ao que passa na mente. São dezenas de pen- samentos em poucos minutos. Perceba quais são repetitivos, quais podem ser colocados no papel e esquecidos, quais são realmente importantes naquele momento. Conheça o funcionamento de sua mente. Se estamos o tempo todo preocupados, analisando as situações, julgando o próximo, fazendo planos, remoendo o passado, nunca estamos realmente vivendo a situação presente. Estar no presente é estarmos plenos, totalmente conectados com o que estamos fazendo agora. Um exercício é fazer uma atividade rotineira, como tomar banho, sem pensar em mais nada além do que você está fazendo naquele momento. Preste atenção no sabonete, no seu corpo, nos movimentos dos dedos ao lavar os cabelos, nas sensações de cada toque ou da água caindo. Parece simples, mas nesses poucos minutos, vários outros pensamentos virão à mente. Preste atenção neles, como um observador. Imagine um médium incorporado. Enquanto o Guia trabalha e dá consulta, o médium observa o que está acontecendo ao redor, pensa sobre o que o consulente está falando, lembra de situações semelhantes, julga o comportamento ou os fatos apresentados, isso se não tenta adivinhar qual o melhor conselho a dar. Impossível? Não. Acreditem, isso acontece. Se você consegue ser um observador dos próprios pensamentos, muito mais facilmente conseguirá ser um observador durante o trabalho mediúnico. Vou transcrever um outro trecho do livro “O Poder do Silêncio”: “Só quando mantém a calma e o silêncio em seu interior é que você pode alcançar a região de calma e silêncio em que vivem as pedras, as plantas e os animais. Só quando o barulho de sua mente silencia, você se torna capaz de ligar-se à natureza num nível profundo e ultrapassar a sensação de separação causada pelo excesso de pensamento. Na calma e no silêncio há uma dimensão adicional de conhecimento e de percepção que fica além do pensamento.” Ao ler isso, não penso só na possibilidade de acessar outras dimensões de conhecimento e percepção, outras dimensões sensoriais. Mas leio “natureza” como Tronos da Vida, como nossos amados Pais e Mães Orixás, e vejo essa real possibilidade de uma maior conexão com essas Forças e Poderes espirituais quando estamos silenciosos e vivendo o momento presente. Tente pedir ajuda a sua família espiritual. Tendo sua mente calma e tranquila, muito mais facilmente receberá uma intuição ou sentirá a resposta dentro de si. “Deus, nossos Orixás e Guias sempre nos alcançam no silêncio de nossos corações”, como acabou de me dizer meu amado esposo, Alexandre Cumino. Encontre esse lugar de calma e silêncio dentro de sua própria mente. Observe seus pensamentos. Conheçase profundamente. Assim não haverá dúvidas sobre quem é você e quem são os seus Guias. Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -8 Cosme e Damião Mais uma vez Saravá as crianças política Contatos: [email protected] C onhecido como Erês, Ibeijada, criança, comes, hoje esta data já é bem difundida na religião. É uma data muito comemorada, até porque todos querem colaborar, muita gente faz promessa e paga em forma de sacolinha de doces, bolos ou brinquedos. O que me chamou atenção o ano passo foi uma historia que chegou ate meu terreiro. Vamos a historia. Uma Senhora de idade fez uma promessa para Cosme e Damião para curar seu neto em um determinado terreiro que freqüentava, pediu para um Erê para salvar seu neto, se ele fosse curado, de agradecimento para o Erê que traria na festa de Cosme e Damião 500 sacolinhas com brinquedos. Muito bem, o neto foi curado, onde o menino tinha uma doença muito grave nos pulmões. A avó agradecida e emocionada passou o ano todo economizando sua aposentadoria para vir comprar os doces, e ela mesma confeccionou bolsinhas, bonequinhas de pano com cabelinhos de lá, bolas de tecidos entre outros. Chegou o grande dia, ela finalmente conseguiu montar as 500 sacolinhas e 150 brinquedos feitos por ela. Na semana da festa de Cosme no terreiro em que freqüentava, tentou entrar em contato mas não conseguiu falar com a Mãe de Santo, uma médium que atendeu disse para ela que tinha falado com a Mãe de Santo, é a Mãe disse que não iria aceitar pelo fato de não fazer parte dos médiuns da casa e aquelas “coisas” poderiam estar com “macumba” feita para prejudicar o terreiro. M Essa avó desnorteada começou a procurar outros terreiros com uma vizinha que tinha carro, e bateram em mais de 10 terreiros para oferecer as doações e ninguém aceitou, até que ela chegou no Templo da Luz Dourada, eu estava na organização da nossa festa, era uma quinta feira, começo da noite, uma filha da casa ouviu a campainha e foi atender, a avó estava chorando sem saber o que fazer, a filha veio me chamar, e a senhora entrou e contou-me tudo, mostrou a foto do neto, eu pedi para que os filhos ajudassem a descarregar o carro e recebemos aquelas doações. Me fez refletir e pensar muito a respeito do que esta acontecendo na cabeça das pessoas que se intitulam religiosos praticantes da Umbanda com fé, amor e caridade... Contatos: [email protected] ais uma vez se aproximam as eleições e mais uma vez vemos as pessoas se degladiando. Mais uma vez vemos calúnias, mentiras, enganação, e muitos candidatos. Mais uma vez ouvimos as mesmas coisas. Mais uma vez, quem estiver lendo vai pensar: “lá vem o Alexandre Cumino se meter em política”. Mais uma vez vamos ver uns dizerem que: “sem política não se faz nada” e outros responderem que: “religião e política não se misturam”. Mais uma vez vão desfilar nos terreiros o ego e a vaidade. Mais uma vez vamos analisar carisma e poder de persuasão. Mais uma vez vamos nos questionar quem pode nos ajudar. Mais uma vez vamos ouvir promessas de realizações anticonstitucionais. Mais uma vez vamos ser procurados por amigos e conhecidos para votar em alguém. Mais uma vez vamos ver discussões… e mais uma vez vamos nos cansar de tudo isso. Eu, como a grande maioria dos umbandistas, também não gosto de política, não tenho cultura política e nem um partido preferido. Mas, como todos umbandistas, também quero que minha religião seja respeitada e espero que um dia existam M antenha o sorriso filho de Umbanda, mantenha o sorriso que o melhor está por vir.. Tenha fé que o que é teu está guardado ou a caminho; não cruze os braços nunca, se for pra ajoelhar que seja para o Alto e nunca para as trevas. Se for pra odiar ou amar escolha amar, mesmo que doa, mesmo que sofra; porque ódio, mágoa e rancor nada mais são que venenos para teu espírito. Não deixe que situações ou pessoas apaguem tua luz, essa luz que você adquire cada dia mais com muito esforço e sacrifícios, lembrese sempre de que nunca está sozinho, você tem uma família espiritual que te ampara, te guia e te protege; se você chora eles choram, se você ri, eles riem também. Erga tua cabeça e não deixe que o embaixo lhe pregue peças que te desequilibrem, que te tirem a paz de espírito, que te tirem o brilho do olhar. Plante amor, vigie para que teus pensamentos sejam positivos, colha o que precisa colher com amor no coração, com aceitação e com humildade, retifique teus erros e mantenha sempre a esperança em você mesmo. Se afaste do que te faz mal, ouça teus guias como tem feito, continue colocando em prática o representantes que nos reconheçam publicamente e lutem, não por privilégios, mas por igualdades de direitos e deveres para todos. Vi, nestes últimos anos, um irmão e vereador chamado Quito Formiga ajudando, como pode, nossa comunidade com algumas ações de amparo e esclarecimento. Mas, para além disso, o irmão Quito Formiga conseguiu, aqui em São Paulo, oficializar o Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, dia 15 de Novembro. Está trabalhando para a Umbanda ser reconhecida como Patrimônio Imaterial da Cidade de São Paulo. E tem ainda outros projetos ligados a questão da intolerância religiosa. Gostaria de dizer ainda que o vereador Quito Formiga não pediu meu apoio e nem meu voto, fui eu quem lhe ofereci o apoio, pois creio que ele pode, sim, nos ajudar nestas questões. Por isso peço a todos que ainda não têm um candidato certo que pesquisem, pensem e reflitam. Quem sabe este irmão possa nos ajudar e representar. Eu creio que sim. Quito Formiga para vereador: 22.700 que tem aprendido. Tenha como base, como alicerce poderoso em tua vida os Sentidos Divinos, para que um dia você mesmo possa SER: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução, Geração e também Vitalidade, Desejo e Intenção. Saiba aplicar teu aprendizado em teu dia-a-dia, lute contra teu pior, sem descanso, sem desânimo. O melhor está por vir filho de Umbanda.. não desista. Não baixe sua guarda, mantenha sua armadura a todo momento para que assim, ao ouvir palavras que possam te magoar, elas batam em tua armadura e caiam todas ao chão para que não atinjam teu coração, para que não façam morada em teu íntimo. Você tem uma missão nessa terra abençoada, teu desígnio vem do Alto e ninguém pode tirar isso de você, mesmo que você não saiba qual seja ela, abrace com amor e siga sempre em frente, porque o melhor ainda está por vir. Não se esqueça: o segredo de tudo está no amor. Que nosso Pai Olorum e os amados Pais e Mães Orixás lhe irradie, ampare, proteja e guarde.. Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -9 Contatos: [email protected] Curso de Atabaque (Curimba) Toque e Canto TAMBOR DE ORIXÁ Com Severino Sena, há 14 anos formando Ogãs e Instrutores. S alve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em mamãe natureza. Salve a força da Umbanda, e a sua presença como religião natural. Salve todas as religiões do bem, e para o bem, que pregam a liberdade e o bem estar. Dia desses fui convidado por um grupo espírita (tradicional) para palestrar sobre ervas e sobre a Umbanda, e desse encontro, surgiu um campo vastíssimo de trabalho onde muito irmãos, definitivamente capacitados para o trabalho transformador e ostensivo da cura espiritual, tem dúvidas e preconceitos em relação à nossa religião e ao uso dos elementos da natureza. Vale lembrar que o uso das ervas não é exclusividade de nenhuma religião, seita ou grupo de afinidades. Está para as religiões naturais e abstratas da mesma forma, desde que seu uso siga alguns critérios básicos. Coisas que já falamos dezenas de vezes aqui nas colunas do JUS. Um pergunta me chamou a atenção: -Se eu uso as ervas, na forma de banhos ou mesmo defumações, eu não estaria “viciando” a pessoa e fatalmente criando uma dependência do uso ritualístico, sem o qual esse ser humano não sente que, pode evoluir sozinho, por sua vontade, perseverança e Fé em Cristo? E eu não estou criando reações para mim mesmo? Ora, assim como a pessoa pode se viciar no atendimento espiritual semanal, no jogo de búzios, nas cartas do tarô, e outros oráculos sem os quais o indivíduo não toma nenhuma decisão ou atitude, pois falta a muleta. Não estou desqualificando nenhuma dessas práticas, veja bem. Apenas apontando que há realmente pessoas que “viciam” nessas práticas e as tem não como ferramentas de auto conhecimento e melhora, Erveiro da mas como balizadores do dia a dia. Se transformam em clientes vip de um cheque especial que não se salda nunca. Para qualquer passo, há essa necessidade. Vou além, o ser pode se viciar no passe magnético, na cromoterapia, na bíblia, sem a qual ele não tem nenhum conteúdo. Se torna um papagaio repetidor de versículos sem ao menos saber o que está falando. Vejo os guias espirituais na Umbanda e em outros meios também, lidarem com essas situações com maestria. Um número determinado de banhos e uma forma precisa do uso das ervas. Se é um processo complexo, três banhos de limpeza, mais três de reequilíbrio e um final que remete ao propósito, seja paz de espírito, harmonia, prosperidade, etc. Defumações semanais, com tempo para começar e terminar. Nunca vi um processo onde se faria necessário tomar banho de ervas “todos os dias”. Na Umbanda, o atendimento é direto, o oráculo vivo é através do próprio médium que, com os guias espirituais, aconselha, recomenda banhos, oferendas, práticas simples mas envolventes e que colocam a pessoa também como responsável pela qualidade da realização. Observando um atendimento espiritual assim, vemos que é recomendado para a pessoa algum ritual, mas essa pessoa já está ali, pedindo ajuda, o que já é uma grande coisa. Ela já saiu do ostracismo e pelo menos foi até o terreiro, não ficou em casa reclamando e curtindo o tempo perdido. Dignou-se a aguardar seu atendimento e diante da entidade espiritual confiou suas dúvidas, temores e insucessos. E declarou seu desejo de melhorar. O guia espiritual lhe atenderá, fará ali Jurema Templo Escola “Ventos de Aruanda” Cursos Ministrados por Adriano Camargo • Curso de Ervas: Manipulação Ritualística 1, 2, 3, 4 e 5; • Ervas na Umbanda; • Magia Divina das Sete Chamas; • Magia Divina das Sete Pedras; • Magia Divina das Sete Ervas; • Magia Divina das Sete Raios; • Teologia de Umbanda; • Sacerdócio de Umbanda. Informações e Inscrições: Av. Senador Vergueiro, 4362 - Sl. 2 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo (11) 4177-1178 www. ventosdearuanda.com.br um benzimento, um descarrego energético e recomendará alguns banhos com ervas e defumação para sua casa. O ritual nesse caso servirá para condensar as energias necessárias para a realização da melhora global, e ao mesmo tempo especifica da pessoa, e para dar permanência à vibração desejada. Mas e se estou nesse processo, me sentindo fraco, desanimado, desmotivado, sem ânimo até para ir ao terreiro, ou fazer um ritual, como sair desse estado de crise e me colocar em condição de melhora? Buscar um estado de espírito mais adequado é sua tarefa inicial. Se já passou por essa fase, ou se, graças a Deus nem chegou nela, ótimo, passe adiante pois os rituais fluirão em plenitude. Caso contrário, existem fórmulas mágicas que funcionam há milênios. As religiões se servem desses recursos e disseminam de forma natural essas chaves de ligação com estados de espírito que permitem pelo menos a busca da ajuda necessária. As rezas, orações, preces são essas chaves milagrosas que podemos citar sem medo de errar. Eu gosto muito de Prece de Cáritas e Salmo 23 para essas situações onde é necessário quebrar barreiras energéticas.. Enfim, resumindo, todos que demonstrem vontade de melhorar a si próprios, vontade e disposição para fazer algo pelo semelhante, desejo de mudanças, desejo de praticar o bem, adquirir paz interior, paz de espírito, de se desenvolver como pessoa, como ser humano, como médium. Todos que querem um mundo melhor, começando por si, suas casas, seu trabalho, podem praticar seus rituais sem medo das reações negativas, pois se elas existem, não tem força nenhuma contra quem está no bem, para o bem e pelo bem. E mais, quando você se coloca no caminho com vontade, mesmo que haja interrupções, oposições, forças contrárias, tenha certeza que o universo conspirará a seu favor, colocando a você todos os recursos necessários. Texto extraído do livro “Rituais com Ervas – Banhos, defumações e benzimentos” - de Adriano Camargo, com lançamento previsto para o próximo mês de outubro. Mais informações pelo telefone: (11) 4177-1178 Templo de Doutrina Umbandista Pai Oxalá e Pai Ogum Magia DIVINA dAS SETE PEDRAS SAGRADAS SEGUNDA-Feira: Das 20h00 às 22h00 Sacerdócio de umbanda Terça-Feira: Das 20h00 às 22h00 desenvolvimento mediúnico QUINTA-Feira: Das 20h00 às 22h00 sábado: Das 14h00 às 16h00 Magia DIVINA dAS SETE ERVAS SAGRADAS sábado: Das 10h00 às 12h00 INSCRIÇÕES ABERTAS: MAGIA DOS RAIOS E MAGIA DOS GÊNIOS Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi Rudge Ramos - S.B. do Campo Tel. (11) 4365-1108 - à partir das 13h00 Novas Turmas! homens e mulheres!!! Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na Umbanda, para Guias e Orixás!!! sem taxa de matrícula: Toques: Nagô, Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento SEGUNDAS-Feiras, das 19h20 às 22h30 CEIE - Centro de Est. Inic. Evolução Pça Joaquim Alves, 1 - Penha - SP Sextas, AS 19h00 e SÁBADOS, AS 9H00 Instituto sete porteiras do brasil Av. Tiradentes, 1290 - Metrô Armênia Adquira o CD “Umbanda canta para as Yabás Obá, Oyá e Egunitá” Informações: 3984-0181/9622-7909 www.tambordeorixá.net.br [email protected] [email protected] Escola de Baralho Cigano Carmem Romani Sunacai Formando turmas: Curso de Baralho Cigano Aguardem novidades! 2292-8296 / 7874-1060 Cursos ministrados pela Professora Rose de Souza http://carmemromani.com/ Página -10 Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012 Página -11 UTOPIAS um texto de QUITO FORMIGA “O PROGRESSO NÃO É SENÃO A REALIZAÇÃO DAS UTOPIAS” U ma das melhores definições de utopia é aquela que diz:“a utopia é um ideal inatingível”, ou seja, uma expressão que serve para designar o impossível, o pretendido, entretanto nunca alcançado. Os pessimistas de plantão adoram usar este termo para desfazerse dos seus sonhos ou para minar as forças dos sonhadores à sua volta, eles repetem a exaustão: “Isto é uma utopia”, “você não vai conseguir”, “trata-se de algo utópico, irrealizável”, fazem isto sem perceberem que o mundo continua sua trajetória evolutiva e que o homem prossegue dando provas de que os limites podem ser rompidos e que tudo é possível para aqueles que possuem um firme propósito, para acreditar e materializar os seus sonhos. “Se as coisas são inatingíveis... Ora! Não é motivo para não quere-las... Que tristes os caminhos, se não fora, A mágica presença das estrelas”! Mario Quintana. Quando no início do século passado, Santos Dumont desafiou a lei da gravidade e voou com um veículo mais pesado que o ar, para muitos habitantes da época, naquele momento, o impossível acontecia. “Aleijados não podem ser escultores”, diziam os descrentes de ocasião, não conseguindo explicar tamanha técnica e precisão das formas esculpidas pelo grande Aleijadinho. “Muitas vezes a utopia de um século torna-se a idéia vulgar do século seguinte”. Edouard Herriot. Acredite em seus sonhos. Sua existência pode ser muito mais do que um amontoado de desculpas e de objetivos não realizados. Procure enxergar a palavra utopia, como um ideal, uma meta a ser alcançada, não limite suas percepções. Em sua vida não fique no ordinário, busque sempre o extraordinário. “Quero a utopia, quero tudo e mais, Quero a felicidade n os olhos de um pai, Quero a alegria muita gente feliz, Quero que a justiça reine em meu país, Quero a liberdade, quero o vinho e o pão, Quero ser amizade, quero amor, prazer, Quero nossa cidade sempre ensolarada, Os meninos e o povo no poder, eu quero ver...” Milton Nascimento/F. Brant. Você precisa acreditar em seu poder de superação, não existem problemas intransponíveis, assim como não existem limites para a misericórdia divina. O pensamento utópico deve servir como mola propulsora para que atinjamos nossos intentos. Viemos ao mundo com propósitos específicos de realização. Deus nos preparou caminhos especiais e individuais para que possamos quitar as dívidas do passado e ascender espiritualmente. Não deixemos o pessimismo e a falta de confiança nos afastar do caminho da evolução. CASA 7 LINHAS Artigos Religiosos, Velas, Defumadores, Imagens, etc ... ( (14) 3232-3876 Rua Gerson França, 2-28 Centro, Bauru - SP Oscar Wilde “A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Eduardo Galeano. Emmanuel, certa feita escreveu que: “Deus possui estradas onde o homem não tem caminhos”, por isso, acredite sempre na divina providencia e lute com toda sua força e inteligência, rumo à conquista dos seus ideais, lembrando que, muitas vezes, o impossível acontece. Um conhecido diálogo entre um dos maiores geneticistas do século XX, Dr. Lejeune , descobridor da sín drome de Down e humanista, com um médico a favor do aborto, Dr Monod, ocorreu da seguinte forma diante das câmeras de televisão: Dr. Lejeune: “Se o senhor soubesse de um casal em que o pai era sifílico e alcoólatra e a mãe tuberculosa. Eles tiveram quatro filhos, sendo que o primeiro, nasceu cego de nascença; o segundo morto logo após o parto; o terceiro surdo mudo; o quarto, tuberculoso, e que a mãe ficou grávida do quinto filho. Que faria o senhor”? Dr. Monod: “Eu interromperia essa gestação”. Dr. Lejeune: “Então o senhor teria matado Beethoven”. “NÃO HÁ NADA COMO O SONHO PARA CRIAR O FUTURO. UTOPIA HOJE, CARNE E OSSO AMANHÔ. Victor Hugo. Olhando para o lado errado por FERNANDO SOUZA FILHO - [email protected] A gira naquela noite começou tranquila, os pretos-velhos já estava postados com o olhar sereno, prontos para atender os consulentes. A senhora que aparentava ter seus 50 e poucos anos sentou em frente ao Vô Antônio do Congo e parecia calma, ainda que visivelmente ansiosa. - Olhe, vô, estou com problemas no meu trabalho, não consigo me concentrar em nada, as coisas estão saindo errado. Preciso resolver isso, minha produtividade está desabando. - Calma, zifia, vamos abrir uma gavetinha de cada vez para ver o que tem dentro. - Mas, vô, isso está afetando meu rendimento no trabalho... Preciso de uma solução urgente. Em silêncio, o Vô então começou a dar um passe magnético nos ombros, no peito e no estômago na senhora, que aos poucos foi se acalmando e “baixando” a adrenalina. O Vô, porém, demorou-se no passe magnético em uma região especial: o coração. Imediatamente ele percebeu que o problema não era no trabalho daquela senhora. - A zifia tá com um aperto grande demais aqui, uma energia muito pesada. Problema com os “sangue”, zifia? - “Sangue”? - Família, zifia... - Ah, sim, família. Não, Vô, meus filhos estão bem, meu marido está bem, minha mãezinha também. - Mãezinha tá longe, zifia? A indagação do Vô não foi à toa: ele havia detectado uma energia densa que parecia ser a origem da aflição da senhora. - Ela está bem idosa, tem 86 anos, tivemos que colocá-la em uma casa de repouso. Ela está bem de saúde, mas toda vez que eu a visito ela me olha estranho, de forma muito dura, porque já nem fala mais, Vô. Acho que ela me odeia, sei lá. - Rê rê rê, zifia... Ela olha sunsê querendo vortá no tempo, com uma imensa tristeza de não ter acarinhado sunsê como queria. - Como assim? Ela sempre foi muito fria, durona, auto-suficiente, nunca pensou em dar carinho para os filhos. - O máximo de carinho era um tapinha nos ombros, né zifia? Mas agora é diferente, agora ela olha pra trás e tem todo tempo do mundo pra lembrar e avaliar tudo que passou. Sunsê agora é o pilar dela na “idosisse”, zifia. Sunsê é a coluna que dá alegria e força para a caminhada derradeira da moça. - Olhe, Vô, com todo respeito, não dá para acreditar nisso, não. Ela sempre foi muito fria, um gelo de ser humano. Como ela pode me ver diferente agora se os olhos CASA SÃO BENEDITO Sob nova direção ( O mais completo estoque de Artigos religiosos (14) 3223-2552 Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru continuam me olhando de maneira tão áspera? O senhor não a conheceu, por isso diz essas coisas! Desculpe, não dá para acreditar nisso, Vô. - Sunsê num consegue acreditar nisso, mas me chama de “Vô”... Sunsê tá diante dum moço que diz falar pelo “esprito” dum Preto-Véio africano, mas acredita nisso. Sunsê num sabe se por trás da roupa fluídica desse nego num tá um médico, um padre jesuíta ou até um sinhozinho. Ainda assim sunsê acredita. Sunsê num vê as energias do passe do nego, mas ainda assim acredita nos benefícios do passe magnético dado por uma entidade que sunsê num vê. E ainda assim sunsê também acredita? - Lógico que acredito, vô. - Mas sunsê num acredita que agora que o peso dos anos calou sua mãe e ela não pode oiá pra trás e ver o tempo que perdeu, os carinhos que deixou de dar, o amor que deixou de receber? Sunsê num acredita porque num olhou direito nos óios dela. Sunsê precisa mudar os óios pra ver direito os óios dela. Zifia, esse é o único olhar que ela conhece, esses são os óios que ela vê o mundo. Ela num sabe ver diferente. Mas num significa que num mudou lá dentro. Mesmo que ela ainda conseguisse falar, as palavras doces talvez num saíssem da boca dela. Cabe a sunsê agora interpretar isso no olhar de súplica dela. Diante das palavras do Vô, a moça debulhou-se em lágrimas, sendo carinhosamente assistida pela cambone, que lhe trouxe lencinhos de papel e um copo d’água. Ela quebrou o “protocolo”, abraçou longamente o Vô entre soluços doídos e lágrimas abundantes. - Obrigado, Vô, o senhor não sabe a diferença que isso fez em minha vida. Então ela se levantou, sorrindo entre lágrimas, mas leve no espírito e disposta a fazer algo de verdade quando voltasse pra casa. A Umbanda é tão simples quanto a sabedoria do Preto-Velho: às vezes o mundo parece estar desabando, mas é apenas você que está olhando para o lado errado. Obrigado pela lição, Vô. Nossa capa: Reprodução da pintura Cozcacuauhtli de David Alfaro Siqueiros Página -12 Jornal de Umbanda Sagrada - Setembro/2012
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Ano 09 Ed 100 Set 2008
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