Sexo – Problema ou Solução?
Transcrição
Sexo – Problema ou Solução?
Peregrino das Letras Informação, Cultura e Livre Expressão IMPRESSO PREÇO NAS BANCAS R$1,00 www.jperegrino.com.br DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Ribeirão Preto Ano Nº 11 - março/2006 Ribeirão Preto - SP-- SP Ano-IV - Nº VI 41 - -Setembro/2003 - R$ 1,00 “O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles.” Simone de Beauvoir Sexo – Problema ou Solução? Antigamente, justificava-se a desarmonia sexual pela rigidez dos valores morais, a repressão do sexo-prazer, a visão do sexo como pecado, sujeira, demoníaco, o medo da gravidez. Hoje as mulheres estão livres sexual e concepcionalmente falando, os valores morais estão a cada dia mais relaxados e abertos a assimilar condutas de vários tipos, o cotidiano está amplamente erotizado, mas nem por isso as queixas diminuíram, o prazer aumentou ou a harmonia entre os casais cresceu. Faz-se mais sexo e continua faltando..., PÁGINA 6 Peregrino 2 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial 2006 vai ser um ano movimentado. Começou com shows de rock, duas bandas famosas movimentando uma galera mais do que razoável. U2 e Rolling Stones. A moçada e também a ala menos nova a lotar o Morumbi e a praia de Copacabana, respectivamente. Por algumas horas de apresentação esquecer violências, desemprego, corrupção. Entrar no ritmo frenético da música, não importava o som de má qualidade, deixar ir embora a energia mal acumulada, ser só corpo, não pensar. Cantar a música. Buscar “satisfation”. Beijar Bono na boca e ficar famosa por um tempo, receber mil e-mails e ser convidada para mil entrevistas. Depois temos o carnaval. Delirar na avenida, vestir fantasias, colocar todas as máscaras. O samba nas veias, puro prazer. Para onde foram os problemas da cidade? “Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval”. “Carnaval, desengano, deixei a dor em casa me esperando, e brinquei e sambei...” Depois virá o futebol. A torcida pelo Hexa. Todo o País em ritmo de bola no pé. Bandeira verde-amarela em nossos corações. Tomara que as repartições nos dispensem na hora dos jogos. Tomara que a seleção se supere. Somos expectativas de gol. Achamos que o técnico deveria ter convocado outros jogadores para seleção, achamos que deveriam ficar na reserva alguns que ele colocou para jogar. Nos arvoramos todos a palpitar. È isto que 2006 vai ser. Um Ano palpitante em todos os sentidos. Uma delícia, claro. Serão também deliciosas as eleições? Com tanta coisa a nos tirar do eixo, não serão elas levadas menos a sério do que deveriam? Vamos pensar nisto. Vamos viver os eventos divertidos que o Ano nos reserva, porém, muito ligados. Temos uma responsabilidade enorme: a de eleger homens decentes para governar nosso Brasil. Não há mais desculpas, não podemos dizer que não sabemos das falcatruas, não podemos votar novamente naqueles que tão descaradamente nos roubaram. Eles deixaram cair as máscaras. Cabe a nós não nos deixarmos desviar em nossa obrigação de contribuir para um País melhor! Muito rock, muita samba, muito futebol e muito discernimento na hora de escolher. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz [email protected] JPeregrino (16) 3621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000 Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz WebDesign Francisco Guilherme R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 3621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - março/2006 OSCILAÇÕES H á pessoas que têm uma terrível dificuldade de definir o que querem. Aquelas que nunca sabem se devem ir ou não, se devem ficar ou não. Se compram um tipo de roupa ou outro, se viajam para este lugar ou para aquele. Se escolhem aquele ou aquele outro parceiro. Vivem suspensas entre duas possibilidades. Vivendo sempre na ambigüidade, elas padecem. Sim, porque causa muito sofrimento não saber por que coisa decidir. As oportunidades acabam se perdendo. Até que algo seja decidido, o bonde passa, o trem passa, o metrô passa, o avião passa, a vida passa. Elas não decidem e por conseguinte, não agem. As pessoas ao redor delas se cansam. Nunca sabem o que esperar. No entanto elas não se preocupam em saber a opinião de outras pessoas e guardam para si seus problemas. O estado de espírito em constante mutação é outra característica apresentada. Podem alternar entre a tristeza e a alegria, ora riem, ora choram. Podem estar sujeitas a alterações de pressão, ora alta, ora baixa, podem sofrer de enjôos e de tonturas freqüentemente, podem sentir dores que migram pelo corpo e que não são detectadas pelos médicos. Sofrem muitas vezes de labirintite. Pois é, elas vivem oscilando. Interessante é que a palavra oscilar deriva de oscillum que significava rostinho. É que costumavam dependurar nas vinhas, a guisa de espantalho, um fio em cuja extremidade colocavam o rosto de Baco, deus do vinho. Oscillum derivou para balançar, provavelmente pelo movimento realizado pelo fio dependurado. Não é por acaso que os bêbados oscilam. Bem, os sintomas acima dizem respeito ao floral Scleranthus em desarmonia. A planta foi encontrada pelo Dr.Bach em 1930 e pertence ao Grupo da Incerteza e da Insegurança. Ele a encontrou justamente quando devia decidir entre ficar no campo e cumprir sua missão pessoal ou retornar para Londres. O seu uso vai trazer definição entre duas situações, tomada de decisão rápida, prontidão para agir. Vai nos afastar do deus Baco e de sua propensão a nos embriagar. Vai nos aproximar cada mais de nossa verdade interior, aquela que já conhecemos e da qual nos afastamos por artimanhas do “oscillum”. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, Escritora e membro da UBE [email protected] Assinatura do Peregrino 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Telefones (16) 3621 9225 / 9992 3408 e-mail: [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - março/2006 3 Informação, Cultura e Livre Expressão Leptospirose A leptospirose é uma enfermidade endêmica, bastante comum em épocas de chuvas. É uma doença causada por bactéria, a Leptospira ssp, afetando a maior parte dos animais inclusive o homem. É transmitida através da urina, água e alimentos contaminados pelo microorganismo, pela penetração da pele lesada, e pela ingestão. O cão e outros animais como por exemplo ratos, bovinos e animais silvestres também podem contrair a doença e transmiti-la. A doença é causada principalmente pela urina que os ratos e os camundongos deixam, de preferência próximo a lugares onde encontram algo para comer: restos de comida de cachorros, lixo, ossos, etc.. Um cão que logo pela manhã, no quintal ou no jardim, focinha o rastro de um rato e lambe um pouco da urina do roedor é, na maioria dos casos, condenado. Sintomas nos animais Depois de 8-14 dias de contágio, manifesta-se a icterícia, o animal evacua água quase preta, vomita fortemente e morre depois de 3 ou 4 dias. Os primeiros sinais clínicos observados nos animais doentes são anorexia, apatia, vômito e febre evoluindo para anemia, icterícia, poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos), diarréia, a urina pode apresentar-se com sangue ou de coloração escura e podem aparecer erosões (úlceras) na boca ou língua. Profilaxia nos animais Para evitar a leptospirose a profilaxia indicada é: 1. a vacinação semestral do seu animal de estimação; 2. drenagem de águas paradas; limpeza de terrenos baldios; 3. colocação de cloro na água; 4. desinfecção e limpeza do local eliminando restos de comidas que possam atrair ratos e fechar hermeticamente as latas de lixo caseiro; 5. fechamento de buracos entre telhas, paredes e rodapés; 6. controle de roedores e animais silvestres; 7. isolamento do animal portador, tratamento; e todo material que entrou em contato com o animal deve ser desinfetado ou incinerado. 8. Uso de luvas ao lidar com o animal doente. Diagnóstico e Tratamento Deverão ser feitos pelo clínico veterinário responsável pelo atendimento e acompanhamento do animal, lembrando da grande importância do caso, por tratar-se de uma zoonose, podendo haver também o comprometimento das pessoas da família. Reiteramos a necessidade de vacinação para a garantia e segurança da saúde da família. Dr. Mussi A. de Lacerda Médico Veterinário CRMVSP 3065 Tamanduá-bandeira A ficha do bicho Nome popular: Tamanduá-bandeira, iurumi Nome científico: Myrmecophaga tridactyla Quanto vive: 15 anos e o “vovô” dos tamanduás viveu 19, num zoológico de Ohio, Estados Unidos Quanto pesa: 30 quilos Onde vive: Cerrados da América Central à Argentina O que come: Cupim, formigas, ovos, larvas de insetos Filhotes: Um, que nasce após gestação de 190 dias O tamanduá-bandeira é da Ordem dos Edentata, que quer dizer sem dentes. Ele nem precisa mesmo de dentes, porque só come insetos pequenos, que engole sem mastigar. Para conseguir sua comida, o tamanduá usa as fortes unhas que tem para abrir um cupinzeiro, onde enfia a língua de dois palmos de comprimento, fininha e coberta de uma saliva grudenta. Os cupins grudam na língua e o tamanduá a recolhe, para engolir o almoço. O tamanduá enxerga mal, escuta mal, mas tem um olfato muito bom, 40 vezes melhor que o nosso. E o nariz dele é tão importante que, para protegêlo, o tamanduá esconde a ponta do focinho embaixo da grande cauda, quando vai dormir. Embora ficando raro porque o cerrado onde vive está sendo transformado em plantações de soja, o tamanduá-bandeira deve sobreviver em cativeiro, pois se reproduz bem nos zoológicos. Mesmo quando a fêmea não sabe bem como tratar do filho e o abandona, ele é criado na mamadeira, mas nesse caso os tratadores dão um bicho de pelúcia para o filhote, no qual ele fica agarrado, usando-o como substituto da mãe ausente. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão Luiz Roberto de Souza Queiroz. 4 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - março/2006 Falar de poetas É bem mais agradável do que falar do “Grande Nojo”, segundo Cony ou da “náusea e do horror”, conforme Érico Veríssimo. Já abordei esses dois assuntos, que vêm a ser o mesmo, embora a distância temporal entre esses escritores seja bem grande. É que qualquer pessoa de bem sente-se enojada até o limite e horrorizada só de pensar o que a falta de caráter e a ambição desmedida podem fazer com um país. Os poetas são pessoas especiais, bonitas por dentro, mesmo que não sejam por fora. Enchem a alma da gente de emoções, de beleza, e, muitas vezes, com seus versos, lutam por ideais pelo povo ou pela nação. Oswald de Andrade (11/1/ 1890 - 22/10/1953), se fosse vivo, teria completado há pouco, cento e dezesseis anos. Ele disse, certa vez: “Viajei, fiquei pobre, fiquei rico, casei, enviuvei, casei, divorciei, viajei, casei... já disse que sou conjugal, gremial e ordeiro. O que não impediu de ter brigado diversas vezes à portuguesa e tomado parte em algumas batalhas campais. Nem de ter sido preso treze vezes.” Por isso, pode-se imaginar a vida tumultuada que ele levou. “Em várias flamas variamente ardia”, como diria Camões, entretanto não apenas em flamas amorosas; as brigas a que Oswald se refere podem também ser entendidas no campo da literatura: brigas com a gramática tradicional que ele subverteu, com o léxico, cujo número ele aumentou, criando neologismos curiosos, como : “Beiramávamos em auto”; “losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam o verde dos montes interiores; com a estrutura tradicional do romance, usando uma técnica de montagem em Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande, que corresponde, em pintura, ao cubismo, numa “prosa telegráfica”, no dizer da crítica, que utiliza a linguagem em vários níveis; com a técnica teatral, que renovou, tornando-se um dos marcos iniciais do teatro moderno brasileiro; com a poesia, que procurou dessacralizar, através de uma linguagem coloquial em que o humor e a ironia despertaram ora os aplausos dos críticos, ora os mais acerbos comentários. Oswald de Andrade foi uma das personalidades mais expressivas do Modernismo brasileiro: jornalista, poeta, romancista, teatrólogo e professor de literatura na USP; sempre irrequieto e atuante, mesmo nos últimos anos de sua vida, cheios de dificuldades econômicas e de saúde, ora elogiado, ora criticado (ainda hoje), permanece à espera de estudos mais profundos que revelem realmente quais as qualidades de sua obra e sua contribuição para a literatura brasileira. Também nascido em janeiro (9/1/1920) e falecido em outubro (9/10/1999), João Cabral de Mello Neto pertence à chamada “geração de 45”, cronologicamente, e destacouse por uma linguagem seca e concisa, pela elaboração do verso “nítido e preciso” e por outra vertente de sua poesia, a social em que focaliza o Nordeste e os dramas que afligem sua gente. Também ele pretendeu desmistificar a linguagem poética e introduziu novos temas na poesia, a crítica social, sem sentimentalismos, em O cão sem plumas, O rio, Morte e vida Severina; interessou-se também pelos temas históricos em Auto do Frade, sobre o Frei Caneca. João Cabral pretendia ser crítico literário, daí, talvez a lucidez com que aborda, nos próprios versos, o ato de fazer poesia. No início, sofreu influência de Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade, mas, aos poucos, foi emergindo seu estilo inconfundível, antilírico e racionalista. O sertão nordestino é uma constante em sua obra. João Cabral é natural de Recife e passou a infância e a adolescência em contato com engenheiros e todos que trabalham com a cana-de-açúcar. Dessas experiências de vida sua obra está impregnada. Hoje, João Cabral é considerado um dos poetas mais inventivos e originais da literatura brasileira. Sua obra Morte e vida Severina, com música de Chico Buarque, é a mais conhecida do público, teve muitas apresentações, inclusive no exterior, sendo premiada na França, no tempo do TUCA, Teatro da Universidade Católica. Nilva Mariani U.B.E., Academia de Letras Ciências e Artes da AFPESP Anador (Justicia sp.) Planta que cresce em quase todo o Brasil, o anador é mais conhecido por seu uso ornamental, uma vez que as folhas chamam a atenção pela cor e pelo formato. No entanto, a sabedoria popular a utiliza contra diversos tipos de dor daí o nome, ana (contra) dor em especial a de cabeça. Em chá, tintura, compressas ou no banho, o anador oferece alívio em pouco tempo. Parte utilizada: Folha. Ajuda a tratar de: Dores localizadas em geral, febre. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Ribeirão Preto - SP - março/2006 Peregrino Os preçonhentos A lguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões... A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fração dos praticados aqui. Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares. Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo. Que acrescidos de impostos e benefícios, representam quase 600 dólares. Comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios... Hora extra? Na China? Esqueça. O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego, que trabalha horas extras sabendo que nada vai receber... Essa é a armadilha chinesa. Que não é uma estratégia comercial, mas de poder. Os chineses estão tirando proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficar com o que “agrega valor”: a marca. Dificilmente você adquire nas grandes redes dos Estados Unidos um produto feito nos Estados Unidos. É tudo “made in China”, com rótulo estadunidense. Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas... Mesmo ao custo do fechamento de suas fábricas. É o que chamo de “estratégia preçonhenta”. Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila as táticas para dominar no longo prazo. As grandes potências mercadológicas que fiquem com as marcas, o design... Os chineses ficarão com a produção, desmantelando aos poucos os parques industriais ocidentais. Em breve, por exemplo, não haverá mais fábricas de tênis pelo mundo. Só na China. Que então aumentará seus preços, produzindo um “choque da manufatura”, como foi o do petróleo. E o mundo perceberá que reerguer suas fábricas terá custo proibitivo. Perceberá que se tornou refém do dragão que ele mesmo alimentou. Dragão que aumentará ainda mais os preços, pois quem manda é ele, que tem fábricas, inventários e empregos... Uma inversão de jogo que terá o impacto de uma bomba atômica. Chinesa. Nesse dia, os executivos “preçonhentos” tristemente olharão para os esqueletos de suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas de seus parques fabris desmontados. E lembrarão com saudades do tempo em que ganharam dinheiro comprando baratinho dos chineses e vendendo caro a seus conterrâneos... E então, entristecidos, abrirão suas marmitas e almoçarão suas marcas. Luciano Pires www.lucianopires.com.br ILUSÕES DE ÓTICA Acredita que o círculo dentro do grupo maior e o círculo dentro do grupo menor são do mesmo tamanho? 5 Informação, Cultura e Livre Expressão FALAR BEM... Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1. O Banco X enviou o comunicado: A cobrança “que procederemos” ocorrerá por sua conta e risco... Além da cobrança teremos o erro na Língua Portuguesa que ocorrerão por nossa conta e risco!!! Prezado amigo leitor, daremos a dica: Proceder a um sorteio, a um exame, a uma cobrança, a pesquisa... Também estão incorretos: proceder uma cobrança, proceder um sorteio... A frase acima corrigida ficará: A cobrança a que procederemos ocorrerá por sua conta e risco... 2. __ Está com dor de garganta, perguntou Maria? A dica de Maria é usar UM própolis... a dor melhorará muito... Porém, teremos “outra dor”!!! A dor do uso incorreto do Português... Prezados leitores, muitas coisas verdadeiramente deliciosas são femininas: a musse, a alface, a poncã, a puxa-puxa, a própolis (substantivo feminino)... Vamos ficar sem dores: usaremos A PRÓPOLIS!!! 3. ANTES DE QUE Pedro fique bravo, ela estava aguardando-o exatamente no horário marcado... Pedro ficará bravo com o Português... Vejam, amigos leitores, a expressão correta é: ANTES QUE, da mesma forma a expressão DEPOIS QUE. Antes que Pedro fique bravo, corrigimos o Português!!! Curiosidade: Procuram-se Heróis de Verdade “Procuram-se pessoas que saibam que... ... ser é mais do que parecer. ...amar não é só um sentimento, e sim um jeito de tratar a pessoa amada. ... quando um dos dois perde, todos perdem juntos. ... é melhor uma derrota honesta do que uma vitória sem escrúpulos. ... pedir desculpas engrandece a alma. ...E que sejam capazes de... ... chorar de saudade. ... vibrar com uma noite estrelada. ... aprender com o sorriso de uma criança. ... falar de Deus com alegria no coração. Procuram-se pessoas simples, com olhar sincero e coração grande. Heróis de verdade... O tipo de gente que não precisa de aplauso para ter uma noite de sono em paz!”” Roberto Shinyashiki Colaboração: Renata Carone Sborgia Advogada e Profª de Português e Inglês, Mestra USP / RP [email protected] Peregrino 6 Ribeirão Preto - SP - março/2006 Informação, Cultura e Livre Expressão Sexo – Problema ou Solução? Dhenise Pacheco - Médica, Psicoterapeuta E statísticas mostram que entre os brasileiros, 12% dos homens e 35% das mulheres não têm desejo, vontade de fazer sexo, e 10% dos homens e 30% das mulheres não têm orgasmo, prazer sexual. Aproximadamente 50% dos homens entre 18 e 60 anos sofre com ejaculação precoce e cerca de 40% deles apresentam algum grau de impotência. Por outro lado, a mesma pesquisa mostra que 68% das mulheres considera a qualidade de sua vida sexual muito boa ou ótima. Esses dados chamam a atenção para o grau de dificuldade que as pessoas continuam enfrentando para relacionar-se sexual e amorosamente. Antigamente, justificava-se a desarmonia sexual pela rigidez dos valores morais, a repressão do sexoprazer, a visão do sexo como pecado, sujeira, demoníaco, o medo da gravidez. Hoje as mulheres estão livres sexual e concepcionalmente falando, os valores morais estão a cada dia mais relaxados e abertos a assimilar condutas de vários tipos, o cotidiano está amplamente erotizado, mas nem por isso as queixas diminuíram, o prazer aumentou ou a harmonia entre os casais cresceu. Faz-se mais sexo e continua faltando..., A falta de desejo sexual é resultante da depressão, do estresse, de discórdias matrimoniais ou de causas físicas como deficiências hormonais, mas também tem origens mais profundas. Existe um grande medo da intimidade, e por isso um medo do sexo, que é o ponto máximo da intimidade. As pessoas estão com medo de se tornar vulneráveis, de abandonar suas defesas e abrir-se umas com as outras. As pessoas fecharam-se em papéis sexuais fixos e restritos e desenvolveram uma só dimensão em seus relacionamentos sexuais, seguindo um conjunto de reações culturalmente determinadas. Assim ficaram entediadas e desinteressadas com relação à natureza repetitiva do sexo e incapazes de recorrer a outros aspectos de si mesmas durante a intimidade. A sexualidade é a capacidade de relacionar-se com o outro e consigo próprio com criatividade e prazer. É poder abrir-se e entregar-se à possibilidade de dar e receber estímulos que movam a energia estagnada, fazendo com que ela circule e carregue todo o corpo a fim de que, ao ser liberada, faça uma verdadeira “limpeza” dos canais e centros por onde ela passe, diminuindo as defesas e contatando a essência, diminuindo as barreiras eu-não eu. E é isso que provoca o medo. Gastase muita energia e tempo construindo e sustentando defesas e máscaras que escondam o que é verdadeiramente bom, para que “não usufruam de mim”, e o que é ruim, para “não se afastarem de mim”. O medo de ficar só arrasta as pessoas umas para as outras de forma rápida, superficial e morna. Não pode haver aprofundamento sob pena de se dar a conhecer... Entra-se, então num círculo vicioso de insatisfações, desprazeres, disfunções e de uma busca incessante de alguém que traga a sensação de inteireza, de completude, de unidade que está nada mais nada menos do que dentro de cada um. Hoje há educação sexual nas escolas: desde criança sabe-se sobre o funcionamento do aparelho reprodutor, como é a relação sexual, como as crianças são geradas e nascem e como é a prevenção da gravidez e das doenças sexualmente transmissíveis. O número de gravidezes não planejadas e indesejadas, de doenças transmitidas por via sexual e de disfunções sexuais continua tremendamente alto. Hoje, aprende-se sobre inteligência emocional no trabalho, na família e no sexo. Hoje fala-se de sexo no café da manhã, no almoço e no jantar; a internet globaliza as informações, as imagens e as relações eróticas. Por outro lado, a massificação, a globalização, a tecnologia e a velocidade desconectam o ser de si próprio. Não conhecemos nossos ritmos, nossos desejos, nossas sensações, nossos sentimentos, nossa origem e nosso fim. Desconhece-se a si e ao outro, portanto é impossível dar-se ao outro ou receber o outro em si. Mas a necessidade de relacionar-se é premente, da forma que for possível, é preciso dar vazão ao “tesão”, é necessário cumprir-se o papel de homem/mulher, mostrar um bom desempenho... O “tesão” vira tensão, tensão é estresse, sistema nervoso simpático: adrenalina, rigidez muscular, desconexão dos pensamentos, sentimentos e sensações, lutar ou fugir. Excitação é parassimpático, é relaxamento, é vasodilatação; orgasmo é deixar fluir as sensações, a energia, é conexão consigo e com o parceiro. Situações obviamente incompatíveis que vão gerar a insatisfação e, portanto, a constante busca do prazer e o medo cada vez maior, de falhar nesse intento. Se ficamos divididos entre o forte desejo e a forte inibição, incapazes de encontrar o ponto intermediário em que paixão e virtude podem se unir de um modo relaxante e criativo, é difícil encontramos prazer no sexo. Para melhorar nossas vidas eróticas, não precisamos de novas técnicas ou novos auxílios eletrônicos e mecânicos. Precisamos de uma mudança no modo como imaginamos o objetivo de nossas vidas: viver de modo narcisista, visando realizar complexas fantasias de prazer ou, generosamente, com um coração aberto e uma imaginação vívida. Se quisermos saber como conquistar uma nova vida e uma nova sensibilidade, tudo que teremos de fazer é olhar atentamente para nossos problemas. Temos de tomar cuidado para não procurar apressadamente compensações, defendendo o oposto do que nossos sintomas indicam. Teremos coragem para sair de nossos esconderijos por trás do moralismo e da hipocrisia? Estamos ligados a nossos moralismos porque eles nos protegem das ricas possibilidades da vida. Basicamente, não confiamos em nossa sexualidade. Nós nos sentimos atraídos por ela, mas não desejamos que complique nossas vidas e interfira nos nossos planos. Poderíamos encontrar o nosso caminho na vida e, talvez, no mundo, diminuindo nossas ansiedades em relação ao eros e levando nossos desejos a sério. Aprender a colher o fruto dos desejos talvez seja a principal habilidade que uma verdadeira educação poderia ensinar. Às vezes, temos problemas porque o colhemos cedo ou tarde demais. No primeiro caso, a vida se torna confusa. No segundo, nos sentimos vazios, cheios de arrependimento e remorso, e deprimidos. Em nossa cultura, os modelos de relação sexual satisfatória estão mais ligados à idéia de alívio do estresse e de colecionar orgasmos do que aos desejos mais profundos de conexão e intimidade. Tanto homens quanto mulheres tendem a levar só os genitais para a cama, ignorando a capacidade sensual do corpo inteiro e, além do corpo físico, do corpo energético. Seja qual for nossa história sexual, geralmente é preciso curar muita coisa antes de podermos explorar integralmente a verdadeira intimidade com o parceiro, permitindo ver onde essa ligação nos conduz e não limitar o foco ao prazer genital e ao orgasmo. Jornal Corpo Mente Salvador, agosto de 2003. Ribeirão Preto - SP - março/2006 Peregrino 7 Informação, Cultura e Livre Expressão Ayurveda – Um sistema de medicina indiano O sistema de medicina indiano, o ayurveda (do sânscrito ayus, “vida”, e veda, “conhecimento”), criado há aproximadamente cinco mil anos, tem como principal preocupação o equilíbrio do organismo, pregando que a boa saúde é resultado direto de viver em harmonia com o Universo. Tudo começou em torno de 3000 a.C., no Vale do Rio Indo, Índia, na cidade de Mohenjo Daro. Descoberta por arqueólogos em 1922, tinha instalações sanitárias tão avançadas como as do Império Romano, que só surgiriam 2500 anos depois. O conhecimento de higiene lá gerado sobreviveu à sua destruição por volta de 2000 a.C., influenciando a medicina que começara a surgir na Índia. Arianos vindos do centro da Ásia, em meados do segundo milênio a.C., conquistaram o Vale do Rio Indo, impondo seus valores à civilização lá existente. Eles introduziram um sistema de divisão social em castas e a religião baseada nos Vedas. Os Vedas, tradições transmitidas oralmente e depois compiladas em textos sânscritos, foram produzidos pelos brâmanes, casta que detinha a sabedoria cultural e religiosa dos arianos. Além de religiosos, esses textos contêm a fonte do conhecimento médico que constitui a base do ayurveda. Os três primeiros Vedas – Rig Veda, Yajur Veda e Samaveda – ligados ao misticismo bramânico ortodoxo, contém descrições de práticas médicas baseadas em rituais mágicos e cultos a divindades. O quarto Veda – Atharvaveda – foi composto por brâmanes dissidentes em contato com a cultura autóctone da Índia, nas florestas, fundando o movimento aranyaka (de aranya, “floresta”), com linguagem mais objetiva e com referência mais direta à fitoterapia. A partir do século 5 a.C., invasões e guerras levaram a transformações sociais, diminuindo a influência brâmane com assimilação de valores de outras culturas, particularmente o budismo. Os monges budistas propiciaram o intercâmbio entre a medicina ayurvédica e a medicina chinesa. Entre os séculos 2 a.C. e 2 d.C. surgiram os tratados médicos Caraka Samhita e Sushruta Samhita, onde são descritos os conhecimentos de anatomia, fisiologia, fitoterapia e cirurgia que formam o substrato do ayurveda. O conhecimento anatômico descrito nesses tratados deve-se ao fato de que os pioneiros do ayurveda dissecavam cadáveres, o que foi proibido na cultura ariana e cristã por muitos séculos. Entre os séculos 10 e 12 acabou a era de ouro do ayurveda, com invasões de muçulmanos que impuseram seu sistema médico. Alguns textos foram preservados por monges que fugiram para o Tibete e Nepal. A tradição ayurvédica foi resgatada no século 16 quando o imperador mongol Akbar ordenou a compilação do conhecimento indiano. A ocupação da Índia no século 19 pelos ingleses, que reconheciam como legítimas só as práticas médicas ocidentais, novamente ameaçou de extinção ao ayurveda. Em meados do século 20, o movimento nacionalista indiano, liderado por Mahatma Gandhi, estimulou a busca pelas raízes do ayurveda, e seu renascimento. Hoje há cerca de 400 mil médicos ayurvédicos na Índia. Enquanto a medicina ocidental “pode ser compreendida pela visão analítica característica do pensamento científico, o ayurveda se baseia em uma concepção holística do mundo, na qual o todo não se resume à soma das partes”. Para o ayurveda, a pessoa saudável é aquela que consegue equilibrar os quatro componentes da vida: corpo, sentidos, mente e alma. “Tudo é imensamente simples e, ao mesmo tempo, impossível de ser entendido em sua plenitude”. A base metafísica da medicina ayurvédica – doutrina Samkhya – admite uma relação entre o microcosmo do interior do homem e o macrocosmo do mundo material, sendo um o espelho do outro – purusha. Nós e o Universo somos constituídos da mesma substância. É importante viver em harmonia com a natureza e cuidar da saúde. O ayurveda é mais preventivo que curativo. Geralmente usa exercícios, nutrição equilibrada, meditação, ervas, ioga e massagem. A massagem ayurvédica é uma técnica de massagem profunda que integra manobras de tração e alongamento dos tendões e ligamentos, com a estimulação de diversos pontos e órgãos vitais. Tem sua eficácia comprovada na eliminação de toxinas e no combate ao estresse físico, emocional, mental e energético. Ativa a irrigação sanguínea, particularmente pela drenagem capilar e ativa a drenagem linfática. Dessa maneira, atua sobre os músculos, melhorando a sua nutrição e oxigenação e eliminando as toxinas acumuladas. Atuando sobre a pele, melhora a sua irrigação, estimulando as glândulas sebáceas e nutrindo os folículos pilosos dos pêlos e cabelos. Age também sobre os demais órgãos e sistemas do organismo. O aumento do fluxo sanguíneo ocorre independente da atividade cardíaca, a qual, paradoxalmente, diminui. Os movimentos manuais repetidos fazem circular endorfinas e aumentam a capacidade imunológica pela revitalização dos linfócitos T-killer. Há recuperação rápida da fadiga e diminuição da dor e do estresse, dando sensação de bem-estar e relaxamento profundo do corpo. A massagem ayurvédica age principalmente no relaxamento do organismo e na manutenção da saúde. Ela está indicada no alívio de dores musculares, dores reumáticas, problemas de coluna, vícios posturais, enxaqueca, estresse, depressão e síndrome do pânico, entre outras, além de fortalecer o sistema imunológico. É recomendada como terapia complementar nos tratamentos para transtornos físicos, emocionais, mentais ou espirituais. Essa massagem é contraindicada em gestantes que não estão acostumadas a receber massagem, pois as manipulações podem prejudicar o bebê. Porém, existe uma adaptação após o 3° mês de gestação, que poderá se estender até o final da gravidez. Também não é indicada para pacientes com câncer porque pode ocasionar fraturas ósseas em pacientes com metástases ósseas subclínicas, ou seja, ainda não diagnosticadas. Deve-se evitar a realização dessa massagem em estados febris nos processos inflamatórios, ou então, evitar massagens vigorosas em locais inflamados ou com feridas cutâneas. Pacientes aidéticos e comatosos em estados terminais também não deverão ser massageados com essa técnica. Desde que indicado o seu uso, recomenda-se pelo menos uma sessão por semana durante dez semanas. Cada sessão deve durar em média 50 minutos, acrescentando mais 10 a 15 minutos, no final, para o repouso do paciente. A massagem deve ser realizada no chão, sobre um colchonete, usando óleo vegetal, como forma de melhor deslizar as mãos sobre o corpo do cliente e propiciar aprofundamento mais eficiente no toque. A massagem ayurvédica trabalha em todo o corpo físico. Tecnicamente utiliza-se massagem com os pés – caminhando nas costas do cliente – , com as mãos – palma, dorso e pontas dos dedos – , com o antebraço e o cotovelo. Ela é composta por movimentos suaves que são sempre direcionados no sentido das extremidades para a cabeça, podendo se inverter nos membros superiores. Nas regiões cardíaca e tímica a massagem ocorre com movimentos do centro para a periferia torácica. Já no abdome a massagem é feita por movimentos giratórios no sentido horário. No campo físico, as disfunções da coluna vertebral diminuem, podendo até haver correção completa, pois o manuseio e o alongamento dos tendões e músculos devolvem ao corpo sua postura normal. Como parte integrante da filosofia védica, a massagem ayurvédica visa estimular todos os chakras maiores e menores do corpo. Como resultado das massagens, muitas pessoas relatam que observam que seus olhos passaram a ter mais brilho, sua pele ficou mais limpa, luminosa, enfim, que uma nova luz passou a brilhar em todo o seu ser. Referência Bibliográfica: Rezende, Rodrigo. Ayurveda. Super Interessante: 203: 52-59, 2004. Edson Garcia Soares – médico com formação holística de base da UNIPAZ Ana Carolina Segato Rizzatti – bióloga com formação em massagem ayurvédica Elaine Reis – terapeuta holística, com formação e especialização em Yoga Massage Ayurvedic com a Mestra Kusum Modak. Coordenadora do Avathar Instituto de Formação Holística em São Paulo. Peregrino 8 Informação, Cultura e Livre Expressão Tui Ná dos Pés ou Reflexologia e eficaz que cura doenças tão dessemelhantes como inchaço e sinusite? Ribeirão Preto - SP - março/2006 Begônia-cruz-de-ferro (Begonia masoniana) Breve História do Tui-Ná dos Pés H á cerca de 26 anos trabalhava como professora de Química da Secretaria de Estado da Educação - SP. Depois de 13 anos de efetivo exercício, exonerei-me do cargo para trabalhar como massoterapeuta, enfrentando a estranheza de familiares e amigos. Como eu tinha um filho pequenino para criar, me alertavam: “Como? Antes pingar do que secar!”, “Como? Não se larga o certo pelo duvidoso!”. Mas cansada do miserável pinga-pinga até em ideologia, larguei tudo, subi nas asas do duvidoso (aqui vislumbrava coisas como esperança e nova razão de viver) e voei. “Voei e deixei o resto afundar atrás de mim” (Hexagrama 40 do I Ching, Liberação: movimento propiciando e libertação de situação perigosa). Fui visitar familiares em Barretos. Encontrei minha mãe com dificuldade de caminhar, pés e tornozelos terrivelmente doloridos e inchados e uma irmã sem condição de se locomover, tamanha era a dor que uma sinusite aguda lhe impingia. Apliquei o Tui-Ná dos pés em ambas. O ato ganhou de fato cara de milagre: logo em seguida minha mãe saiu andando sem dor nem edemas e minha irmã superou a sinusite que a atormentava há dias. Depois disto, nunca mais as duas falaram sobre a “loucura de trocar o certo pelo duvidoso”, pelo menos para mim. Penso que compreenderam na carne e no coração, a minha escolha. Mas, o que será, de onde vem, na verdade, este procedimento tão simples Na China a prática da massagem nas zonas reflexas dos pés é tão antiga quanto sua civilização. Mestre Liu Pai Lin (1905-2000), introdutor do Tai Chi Taoísta no Brasil, aprendeu a técnica de massagem dos pés com seu tio-avô Liu Yun Pu, renomado médico em seu país há mais de 100 anos. Tendo maestria nesta arte de cura, Liu Yun Pu salvou a vida de muitos pacientes, dentre eles um médico suíço. Impressionado com os resultados obtidos, este médico escreveu um livro sobre o Tui-Ná dos Pés (ou Reflexologia Podal) e disseminou este conhecimento para a Europa. Sua obra encerrava a clareza de quem vivenciou o que transmitia. Assim, esta terapia que estava se perdendo até mesmo na China, foi ganhando notoriedade nos países de língua alemã. Tal obra descrevia de forma tão rica os fundamentos e as técnicas da massagem dos pés que os médicos chineses pediram permissão ao autor para traduzi-la para o chinês! Mestre Liu Pai Lin tinha esta relíquia, herança de seu tio-avô. O tempo sugerido por ele para a massagem dos pés em relação ao corpo todo variava de 50 a 70%, tamanha a importância dos pés como veículo terapêutico. Em suas aulas, Mestre Liu nos transmitia bondosa e generosamente grandes segredos milenares da Arte Taoísta de Cura, e, ensinava por ex.: “As doenças da parte de cima do corpo se resolvem mais rapidamente quando tratadas na parte de baixo”. E também: “Quando em baixo se fortalece, em cima relaxa”, falas inspiradas no Hexagrama 17 do I Ching, Seguir, e que fazem lembrar o nosso curto e grosso “pés frios, cabeça quente”. Josefina Goes Nunes (Jô) Professora de Tai Chi Pai Lin e Tui-Ná terapeuta. Pertencente a uma família composta de mais de mil espécies diferentes, a begônia-cruz-de-ferro, nativa da China, cresce até 30 cm. Suas folhas têm no centro um desenho marrom que lembra a cruz-de-malta. Se você cultivá-la em vasos, na primavera vai ter sua begônia cheia de flores cor-de-rosa e brancas. Luz: Média intensidade, próximo a uma janela ensolarada. Temperatura: 15 a 27ºC, tolerando até 10ºC. Água: Espere a superfície do solo do vaso secar antes de regar novamente. Adubação: A cada 2 meses. Propagação: Sementes, rizomas ou estacas de folhas. Cuidados especiais: Cuidado para não molhar as folhas durante as regas. Problemas comuns: Se as pontas e bordas das folhas tornaremse marrons, aumente a umidade. Se houver pouca ou nenhuma flor, mude para local mais iluminado. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Amêndoa – Máscara Rejuvenescedora Se sua pele for seca ou normal, adicione leite a uma porção de pó de amêndoas (vendido em farmácias comuns ou de manipulação). Caso a pele seja oleosa, substitua o leite por limão. Misture bem, até obter uma pasta lisa. Aplique no rosto e espere secar. Depois, retire com água morna, com a ajuda de um chumaço de algodão. Enxágüe em seguida. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Ribeirão Preto - SP - março/2006 Peregrino 9 Informação, Cultura e Livre Expressão Males do Estômago O que todo adulto deveria saber e a criança gostaria que o soubesse A Seu estômago não gosta de receber alimentos fora de hora, não suporta condimentos fortes nem abusos alcoólicos. Quando isso acontece, ele reage, formando gases, aumentando a acidez e tornando-se pesado e dolorido. Mas se você tratá-lo com um pouco de respeito e com algumas ervas especiais, ele deixará de ser tão exigente e até permitirá alguns pequenos excessos. Não é exagero dizer que a erva-doce é a grande protetora do seu estômago. Com ela você pode fazer o carvão digestivo, que é um ótimo remédio contra a digestão difícil, a azia e os gases que dilatam o estômago. Também pode preparar uma tintura para acabar com o excesso de acidez. E pode ainda ficar no clássico chá por infusão, eficiente digestivo e calmante do sistema nervoso, que, quando abalado, interfere na fabricação do suco gástrico e gera uma série de incômodos. Para fazer o carvão digestivo, você precisa de 50 g de semente de erva-doce em pó, 50 g de carvão de tília e 50 g de açúcar (de preferência mascavo). Junte estes ingredientes num recipiente de vidro que feche bem e sacuda até que a mistura fique homogênea. Tome 1 colher (chá) dissolvida em água, após as refeições. Para a tintura, macere durante 10 dias 13 g de semente de erva-doce em 50 g de álcool a 70º, coe e ponha o líquido num vidrinho cuja tampa seja um conta-gotas. Tome 10 gotas num cálice de água, após o almoço e o jantar, e sempre que notar alterações estomacais. No preparo do chá basta ferver 30 g de semente ou folha verde de erva-doce por 5 minutos em 1 litro de água. Esse chá é ao mesmo tempo calmante, digestivo e antiácido. Mas além da erva-doce você ainda deve usar hortelã e camomila. Com a hortelã você pode fazer o chá, que é um bom tônico geral, e também preparar o alcoolato, um antigo e vigoroso digestivo. Coloque em 1/2 litro de álcool a 60º um punhado de folhas frescas de hortelã e deixe em infusão por 5 dias no mínimo. Depois desse tempo junte um xarope (feito com a fervura de 180 g de açúcar em 120 g de água). O xarope só deve ser juntado ao álcool quando estiver completamente frio. Depois de 48 horas, coe e coloque o líquido numa garrafa de rolha firme. Tome 15 a 20 gotas diluídas em um pouco de água, antes das principais refeições. Quanto à camomila, por ser um dos mais eficazes calmantes, deve ser tomada (como chá) todas as noites. Com esse hábito é possível manter os nervos fortes, sadios e livres das tensões que tanto atrapalham o bom funcionamento do estômago. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Pintor Vincent van Gogh (1853 – 90), pintor e desenhista holandês, ao lado de Cézanne e Gauguin, os maior dos pósimpressionistas. Durante toda a vida vendeu um só quadro, travando uma amarga batalha contra a pobreza, o alcoolismo e a insanidade. Embora sua carreira tenha durado apenas dez anos, realizou uma produção prodigiosa (cerca de 800 pinturas). Os primeiros quadros retratam principalmente a vida dos camponeses e mostram cores e espíritos sombrios. No entanto, depois da mudança para Paris, em 1886, foi influenciado pelos impressionistas e pelas gravuras japonesas. Isso tornou seu trabalho mais claro, abrangendo uma gama temática mais ampla, como paisagens, retratos e naturezasmortas. Em 1888, fixou-se em Arles, onde produziu muito, mas também sofreu repetidas crises nervosas, com extremos de alucinação e depressão. Gauguin juntouse a ele, mas acabaram brigando, o que precipitou o episódio em que cortou parte da própria orelha. Nos últimos 70 dias de vida, pintou 70 quadros, antes de suicidarse com um tiro. A fama de Van Gogh cresceu rapidamente após sua morte e a intensidade emocional da sua obra influenciou de forma marcante a arte do século 20. crescente preocupação com a saúde emocional da criança é plenamente justificada, pois o custo pago pela sociedade pelo tratamento e cuidados com os que sofrem com os descuidos emocionais é imenso, ao longo da vida de um cidadão. Hoje já é perfeitamente aceito que a saúde, ao longo de toda a vida do indivíduo, está correlacionada à qualidade dos cuidados emocionais básicos que se recebe desde a mais tenra idade e mesmo desde o período vivenciado dentro do útero da mãe. Até a qualidade de aceitação da gravidez influencia na vida emocional da criança e posteriormente no adulto. A capacitação para se adquirir a maturidade emocional tem raízes bem no princípio de nossas vidas. E se a personalidade adulta é fortemente influenciada pelas mais tenras experiências, todo cuidado que tenhamos com a vida emocional da criança estará atuando preventivamente na boa adaptação e capacitação do adulto para a vida plena e saudável. Embora isto ainda seja pouco reconhecido pelos profissionais do campo de saúde, excluindo aqueles que lidam com a saúde mental e alguns poucos outros, ainda há muito pouco empenho para formação adequada daqueles que são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade das crianças, dessas pequeninas criaturas que virão a constituir e participar ativamente do futuro de uma sociedade, cidade, estado, país e planeta, enfim participar com sua cota única e expressão individualizada para o que chamamos de humanidade. A esses responsáveis – pais, educadores e administradores públicos está delegada a responsabilidade da criação de um mundo mais humano, pois são eles os responsáveis pela capacitação de preparar a criança num adulto emocionalmente maduro e, portanto preparado para uma vida adulta plena e saudável. Nenhuma educação e formação atingirão esta meta se não envidarmos esforços para a preservação física, emocional, mental e espiritual da criança ajudando-a a se tornar aquele ser que ela já é em sua essência. É desta preservação que se obterá seres amorosos para consigo mesmos e para com os outros e, portanto seres que se auto-estimam e conseqüentemente capacitados a reconhecer o valor do outro. A criança apenas precisa desse respaldo familiar, grupal, social para que possa desabrochar plenamente a sua “flor única”, que é no fundo sua contribuição no contexto em que vive ou no contexto no qual ela se estabelecerá, dependendo de suas escolhas pessoais. Onde quer que ela esteja, se tiver bases emocionais, mentais e espirituais bem estabelecidas e de acordo com a sua natureza interna, estará derramando no ambiente com quem ou com que se relacionar, os seus dons únicos de acordo com seus princípios e ideais mais elevados. E, portanto colaborando para com o surgimento e estabelecimento de uma sociedade mais humana. Tornar-se humano significa poder em cada momento da sua vida fazer pelo outro, seja ele quem for, aquilo que gostaria que fizessem para com ele mesmo. O que nos choca é a pouca importância que se dá a serviços para prevenir e harmonizar os problemas de saúde emocional, mental, espiritual da criança. Um esforço razoável tem sido destinado a diagnosticar os problemas, porém muito pouco empenho tem sido envidado para solucioná-los, ou seja, atuar construtivamente no âmbito em que eles são criados e originados. Muito pode ser feito mesmo antes de se encaminhar uma criança para a psicoterapia intensiva devido a seu comportamento destoar em relação a outras crianças. O fato de se encaminhar uma criança para a psicoterapia por si só já a estigmatiza. Jamais cansarei de escrever e dizer que a “criança não é o problema” mas sim a incapacitação da sociedade - família, educadores e administradores - em assumir suas parcelas de responsabilidade perante o desafio de contribuir para a saúde emocional, mental, espiritual e física da criança. Se a criança receber a nutrição necessária afetiva, emocional, mental, espiritual adequada dos responsáveis que compartilham de sua formação, sem dúvida resultará num adulto perfeitamente preparado para a execução de seu papel social e para seu próprio processo evolutivo de alma. Convido os leitores desse jornal a fazer profunda reflexão do quanto cada um pode colaborar para que a criança, não importa filho de quem seja, receba o cuidado e o respeito de que ela necessita para tornar-se um adulto emocionalmente maduro, capacitado para enfrentar os desafios da vida. Maria Cecília Paro CRP 06/30040-1 10 Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - março/2006 “Todo ritmo tem sua Pausa” T odos nós estamos sendo estimulados demais por vários meios. Através da alimentação, uma enorme porcentagem de tudo que comemos ou bebemos é classificado como estimulante: refrigerantes coloridos, café, chá mate, chá verde, amendoim, castanha de caju, feijões escuros, verduras verde escuro (por exemplo: couve, brócolis e espinafre), chocolate preto, carnes vermelhas (bovina, salmão, avestruz, caça em geral), tabaco, etc. O nosso próprio ritmo do cotidiano é baseado em cobranças e pressões externas (que acabam internalizando e se tornando um hábito). Pressa, sempre muita pressa... Sobrecarga de atividades, fazendo dez coisas ao mesmo tempo, no mesmo dia. Competição, medo de perder o seu lugar ao sol, pânico de perder o seu espaço na multidão de corpos robotizados, medo de ficar para trás e ser esquecido... Nunca estamos sem fazer nada, sempre em movimento com muita velocidade, cada vez mais rápido. E nenhum atrito construtivo, porque sem calma, não se consegue fazer bem feito... Se você tocar rapidamente com a ponta dos dedos uma chapa quente do fogão, nada acontece. Assim são as coisas feitas com pressa: na realidade nada acontece. Tudo bem trabalharmos bastante, produzirmos muito, mas para o produto final passar pelo controle de qualidade ele precisa ser feito com muita atenção, muita concentração, dedicação e principalmente sem pressa de chegar ao fim. Experimente parar alguns minutos por dia, para respirar profundamente, tentar não pensar em nada ou então ficar observando o céu, as nuvens, as plantas, os animais, as pessoas ao seu redor. Vá até uma praça, sente-se no banco, apenas relaxe e observe ao seu redor. É um excelente exercício que pode ser feito duas a três vezes por semana para começar e permanecer cinco minutos nesse estado de paz e quietude (esse espaço de tempo pode ir aumentando de acordo com a possibilidade). Uma vez perguntei a uma paciente com mais de 80 anos de idade, muito saudável, que apenas procurava o médico como rotina e prevenção, como ela explicava uma idade tão avançada e tanta saúde e equilíbrio. Ela me respondeu: “sempre que tenho a oportunidade, eu durmo ou fico quieta, sem fazer nada, só relaxando”. Isso explicou o porque que todas as vezes que ela se sentava na sala de espera do meu consultório, ela fechava os olhos e permanecia tranqüila. Muitos dos pacientes presentes estranhavam e até ridicularizavam essa sua atitude. Só que ela estava ali para uma consulta de rotina, apenas para confirmar o seu equilíbrio. Enquanto outros... Nunca me esquecerei da lição que ela me ensinou (ou confirmou). Não adianta achar que é o medicamento que cura, e sim nossas atitudes precisam ser consertadas por nós mesmos. As homeopatias, os elixires de cristais ajudam a resgatar o equilíbrio, mas é de suma importância, entendermos onde estamos errando em nossas atitudes e corrigi-las o mais rápido possível. Uma consulta holística não consiste apenas em receitar medicamentos naturais para consertar um corpo sibilidade de se livrar do mal e até agravando seu estado de desequilíbrio. Pare um pouco e se perceba. Assuma humildemente suas dificuldades, fragilidades, imaturidades. Comece e mantenha um tratamento holístico até atingir o seu equilíbrio e todas as vantagens de danificado, mas sim ajudar o paciente a compreender suas atitudes não saudáveis e mudar para o caminho da saúde. Isso é individual em todos os aspectos, inclusive no tempo de cada um. A verdadeira e tão almejada cura está nesses princípios. Não adianta procurar caminhos mais rápidos, aparentemente fáceis e milagrosos. Você só estará adiando sua pos- se estar bem, com todos os recursos disponíveis e saudáveis. Dessa forma, todo o seu processo criativo será muito melhor aproveitado. Dr. Osvaldo Coimbra Junior Médico Clínico Geral Radiestesista Holístico CRM: 54.243 Kurso – Gerda – 3 em 1 Gerda Malaperis / Lasu min paroli plu! / Bazaj radikoj Esperanto-Esperanto Disponibilizamos em nosso site, para download, o arquivo Kurso_GM_LMPP – no formato pdf, para os estudantes de Esperanto que estão cursando ou irão cursar o Gerda Malaperis. Todo material que compõe este arquivo foi retirado da Internet, GRATUITAMENTE. Portanto, solicitamos que aqueles que dele fizerem uso NÃO O COMERCIALIZEM. O intuito de reuni-lo em um único arquivo foi o de facilitar o estudo. Esta foi a única razão pela qual nos propusemos a executar este trabalho, que estamos disponibilizando GRATUITAMENTE em nosso site: www.jperegrino.com.br. O livro Gerda Malaperis! de Claude Piron é utilizado no Curso Gerda, que é um curso intermediário de Esperanto. O livro é um romance policial. O livro Lasu min paroli plu! também de autoria de Claude Piron é composto de histórias curtas especialmente adaptadas para os estudantes do curso Gerda Malaperis. O Vortareto que acompanha os capítulos, está em Esperanto-PortuguêsEsperanto. As explicações das palavras em Esperanto, foram retiradas do Bazaj radikoj Esperanto-Esperanto, que não é um dicionário e, sim, uma ajuda para aqueles que lêem um pouco em Esperanto. DIVULGUEM PARA SEUS AMIGOS. Ribeirão Preto - SP - março/2006 Relacionar-se Bem – Manuel Segura e Margarita Arcas Sempre será um desafio para os professores do Ensino Fundamental educar seus alunos para que, além de serem cidadãos conscientes, sejam éticos no trato com outras pessoas. A proposta do Programa Relacionar-se Bem, dos autores, é a de mostrar tanto ao professor das crianças entre 4 e 12 anos quanto aos seus pais que é possível inserir nelas pensamentos ou habilidades cognitivas necessárias para solucionar problemas interpessoais, sempre tão presentes em nosso dia-adia. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 – Fax: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Peregrino Informação, Cultura e Livre Expressão Prepare-se para vencer – R. O. Dantas Este livro é uma coletânea de pensamentos, provérbios, adágios, salmos, trovas, poemas, mensagens e reflexões. Sua leitura vai lhe oferecer duas oportunidades: 1. buscar incentivo para a prática da automotivação e de aumento de sua autoestima; dois aspectos da personalidade necessários no nosso dia-a-dia; 2. desfrutar de uma leitura muito agradável e fácil através de mensagens encorajadoras, ditas por homens e mulheres do mundo inteiro. A mensagem que eles nos deixaram é bem simples e clara: Acredite em si mesmo! Editora Textonovo Tel.: (11) 3085 4879 / 3088 6221 – Telefax: (11) 3088 0130 www.editoratextonovo.com.br ILUSÕES DE ÓTICA Acredita que a figura ao lado pode aparecer em pelo menos oito modos diferentes? PALESTRAS - GRATUITAS 1 - QUALIDADE DE VIDA E PAZ INTERIOR Local e data: FEFFA - Fraternidade Ecumênica Filosófica Francisco de Assis, Rua Liberdade, 182 - 2 andar, dia 4 de março às 15h. Informações: Oefe Souza - (16) 3636 6039 2 - O LIVRO DE URÂNTIA Local e data: Câmara Municipal de Ribeirão Preto, dia 29 de março, às 19h30. Temas: Revelações para a Quinta Etapa Evolutiva do Planeta e seus Habitantes, Ampliação da Consciência Cósmica e, Elevação da Percepção Espiritual. Informações: Nílcio - (16) 3629 2888. Taquigrafia para crianças e adultos – Paulo Amorim Cardoso É comum se perguntar sobre a facilidade de se aprender a Taquigrafia. Na grafia comum basta conhecer 23 letras do alfabeto, aprender a formar sílabas e, com elas então, formam-se as palavras. Na Taquigrafia são apenas 18 sinais, por intermédio dos quais podemos escrever tudo que quisermos. Dezoito pequenos sinais, simples e fáceis de serem assimilados. Em apenas dez dias, tempo inferior a qualquer sistema de alfabetização, você aprende a ler e a escrever em Taquigrafia Estenital. Paulo Amorim Cardoso Caixa Postal, 12162 Fortaleza – CE – CEP: 60021970 11 Peregrino 12 Ribeirão Preto - SP - março/2006 Informação, Cultura e Livre Expressão Assinar / Anunciar (16) 3621 9225 / 9992 3408 Exposição “Sideral” No MIS - Museu da Imagem e do Som, mezanino da casa da Cultura, está aberta a exposição individual da fotógrafa Elza Rossato, do grupo Amigos da Fotografia, com curadoria de Nilton Campos, e é acompanhada de texto (abaixo) de Antônio Carlos Tórtoro, Diretor para Projetos Culturais do GAF. A abertura ocorreu às 20 horas e 30 minutos, na Praça Alto de São Bento, s/no. Os horários para visitação são os seguintes: de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas; sábados, domingos e feriados, das 12 às 18 horas. A mostra ficará no MIS até 16 de abril. Sideral No chão, o barro, a umidade, o cheiro forte da chuva e as bolinhas de gude de uma infância feliz que preservar não pude. No ar, o frio, a tristeza, a cor escura do dia e a fantasia de um universo composto de um espectro a se reproduzir, num espaço sideral limitado, de vibrações a transluzir. No meu fitar deslumbrado, a escuridão, só a dor de um arrepio e o desvario de um cosmos composto por esferas incandescentes, de corpos que se aglutinam reluzentes, envolventes, cuja beleza mentalmente surrupio. No céu de nuvens refletidas, o nada, da hora nona da paixão, uma sensação de solidão, um orgasmo silencioso que mexe com o coração, numa composição complexa reflexa, carregada de íntima emoção. No horizonte com o sol, uma nesga de esperança em infinito arco-íris esférico que ilumina o chão, o ar, folhas secas de um pomar, as nuvens no veludo negro cósmico, e o meu olhar. Antônio Carlos Tórtoro GAF – Grupo Amigos da Fotografia Diretor de Projetos Culturais [email protected]