ISSN 2446-7545 - Mater Christi
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ISSN 2446-7545 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA MATER CHRISTI Rua: Ferreira Itajuba, 745 Santo Antonio - Mossoró/RN – CEP:59-611-030 Site:www.materchristi.edu.br Fone: (84) 3422-0550 SOCIEDADE MATER CHRISTI Presidente: Emerson Azevedo FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA MATER CHRISTI Direção Geral: Auxiliadora Tenório Pinto de Azevedo Diretor Administrativo: Ciro Tenório de Azevedo Diretor Acadêmico: Gildson Souza Bezerra Coordenador do Curso de Administração: Profº Gildson Souza Bezerra Coordenador do Curso de Ciencias Contabeis: Profº Carlos Alberto de Souza Soares Coordenadora do Curso de Direito: Profª Erika Fernandes Benjamin Coordenador do Curso de Sistemas da Informação: Profº Diego Souza Bezerra Coordenadora Biblioteca: Marciele Oliveira de Souza Projeto Gráfico: Marciele Oliveira de Souza Capa: Carlos Alberto de Souza Soares Catalogação da Publicação na Fonte Bibliotecária: Marciele Oliveira de Souza – CRB 15/521 Encontro de Iniciação Cientifica da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi (5.: 2015: Mossoró/RN) Anais do 5 Encontro de Iniciação Cientifica da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi de 26 e 28 de maio de 2015 / Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. – Mossoró / RN, 2015. 208p. ISSN 2446-7545 (Versão impressa) Evento Organizado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. 1. Educação. 2. Iniciação Cientifica. 3. Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. I. Título. CDD 371.9 1 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO Coordenação Geral Profº. Ms. Gildson Souza Bezerra Coordenação de Infraestrutura Neuricelho Silvestre da Silva Coordenação de Apoio Tecnológico Marcos Alexandre Freire Coordenação Registros Documentais Marciele Oliveira de Souza Comissão Científica (avaliação dos resumos) Profº. Carlos Alberto de Souza Soares Profº. Diego Souza Bezerra Profª. Erika Fernandes Benjamin Profª. Gildson Souza Bezerra Demais Envolvidos Leila Maria Eloi de Vasconcelos Francisca Sônia de Paiva Batista Silva Helyab Magdiel Alves Lucena Amanda Gabriela de Souza Fabrício Silva Rebeca Nolasco Nogueira de Mendonça Helenildo José da Silva Yaskara Karla Pereira 2 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 APRESENTAÇÃO Este Caderno reúne os resumos dos trabalhos apresentado pelos estudantes no das graduações e Administração, Ciências Contábeis, Direito e Sistemas de Informação (bacharelado), participantes do V Encontro de Iniciação Científica da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. Realizado entre 26 e 28 de maio de 2015. O amadurecimento teórico da formação acadêmica através da pesquisa, dos relatos de experiências e da apresentação dos trabalhos, já representa uma vitória. A ampliação do diálogo científico entre os docentes e discentes das graduações também deve ser ressaltado e valorizado neste momento. A participação dos professores orientadores e dos orientandos no processo de desenvolvimento da pesquisa e valorização dos temas que dizem respeito ao caráter regional e desenvolvimento local, temas de discussão deste evento o que também reforça o caráter interdisciplinar. Entendemos que no mundo atual existem profundas mudanças globais que refletem profundamente em área local, exemplo disto; é nossa região que se insere no mundo global com exportação dos nossos principais produtos – o sal, petróleo e produtos da agroindústria. Como enfrentar esta problemática? As repostas advêm da pesquisa, das discussões, das analises e, resultados de investigações nas mais diversas áreas para geração de um conhecimento próprio. O V Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi objetiva expor a essa realidade trazendo a tona questionamentos e fundamentados na pesquisa e interdisciplinaridade dos seus trabalhos. Neste contexto, registram-se neste caderno de anais os resumos e artigos das apresentações painel e orais nas mais diversas temáticas da área da Administração, da Contabilidade, Sistemas de Informação e do Direto. Embora todos os trabalhos sejam dos alunos e professores da instituição, o V Encontro de Iniciação Científica é aberto a toda a comunidade acadêmica do município e região e a sociedade em geral o que reforça os as bases da pesquisa, ensino e extensão que estrutura o processo do conhecimento. 3 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Que estas experiências venham ampliar as relações entre a Faculdade, o ensino acadêmico e a prática, produzindo teias de uma rede forte entre a ciência e a sociedade para o enfrentamento de situações diversas e por um mundo mais solidário e justo. Prof. Ms. Gildson Souza Bezerra 4 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA Pôster do evento 5 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Palestra de abertura 26/05/2015 – 19:00 às 22 hs 6 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Palestra de abertura 26/05/2015 – 19:00 às 22 hs 7 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Palestra de abertura 26/05/2015 – 19:00 às 22 hs 8 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Apresentações do trabalhos 27/05/2015 – 19:00 às 22 hs 9 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Apresentações do trabalhos 27/05/2015 – 19:00 às 22 hs 10 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Apresentações do trabalhos 27/05/2015 – 19:00 às 22 hs 11 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Apresentações do trabalhos 27/05/2015 – 19:00 às 22 hs 12 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Divulgação de resultados e premiação dos trabalhos 28/05/2015 – 19:00 às 22 hs 13 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Divulgação de resultados e premiação dos trabalhos 28/05/2015 – 19:00 às 22 hs 14 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REGISTRO FOTOGRÁFICO OCORRÊNCIA DATA/HORA Divulgação de resultados e premiação dos trabalhos 28/05/2015 – 19:00 às 22 hs 15 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 SUMÁRIO HIGIENE DO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A SATISFAÇÃO DOS SERVIDORES EM UMA EMPRESA DE MOSSORÓ-RN APLICAÇÃO DA GESTÃO AMBINETAL E PRÁTICAS SUTENTÁVEIS COMO FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS IMPORTANTES NO SERVIÇO PÚBLICO EMPOWERMENT: APRESENTAÇÃO DE UMA MODERNA FERRAMENTA DE GESTÃO QUALIDADE E SATISFAÇÃO NO ATENDIMENTO NA EMPRESA MS DE OLIVEIRA SOUZA - ME EM AREIA BRANCA – RN PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPREENDER: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA CUSTOMIZE MOVÉIS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN. FLUXO DE CAIXA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE GERENCIAL PARA TOMADA DE DECISÃO: UM ESTUDO REALIZADO EM MICROEMPRESAS DE MOSSORÓ/RN AS NOVAS FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE: IMPLANTAÇÃO DO DIAGRAMA DE PROCESSO DECISÓRIO NUMA EMPRESA DE DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS EM MOSSORÓ-R FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES BENCHMARKING: UMA FERRAMENTA ESTRATEGICA NA ORGANIZAÇÃO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE MOSSORÓ-RN CONTABILIDADE AMBIENTAL: COMO PORTA DE ENTRADA PARA UM MERCADO COMPETITIVO A IMPORTÂNCIA DA PERÍCIA CONTÁBIL NA SOLUÇÃO DE LITÍGIOS PROCESSUAIS PARTICIPAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁBIL NA CONSCIENTIZAÇÃO TRIBUTÁRIA CONTRIBUIÇÃO DA AUDITORIA INTERNA PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE PERÍCIA CONTÁBIL E SUAS ESPÉCIES O COMPROMISSO DAS ORGANIZAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL E TRANSPARENTE A DEFINIÇÃO DE UMA MISSÃO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA USO EM UMA EMPRESA FAMILIAR RURAL NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN REFLEXO DO ESOCIAL NA PROFISSÃO DE RECURSOS HUMANOS PERÍCIA CONTÁBIL E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO JUDICIAL IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA A GESTÃO DAS EMPRESAS NO AUXÍLIO À TOMADA DE DECISÃO ESTUDO DO PERFIL DOS PROFISSIONAIS CONTÁBEIS A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO E ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO PROCESSO DECISÓRIO PARA O SUCESSO E PERPETUIDADE DA EMPRESA FAMILIAR TERCEIRIZAÇÃO: COMO O PROJETO DE LEI 4330/2004 E SUAS 19 22 24 26 30 32 36 39 41 43 52 55 57 60 62 64 66 67 69 71 74 76 78 79 16 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 INFLUÊNCIAS NAS ORGANIZAÇÕES LAUDO PERICIAL VERSUS PARECER PERICIAL: UM ESTUDO COMPARATIVO O USO DO CODIGO DE ETICA PROFISSIONAL COMO BASE DE ATUAÇÃO CORPORATIVA: ESTUDO DE CASO GRUPO SF NO MUNICIPIO DE MOSSORÓ CONSULTORIA DE ESTOQUE: PORQUE A MAIORIA DAS EMPRESAS SEMPRE FALTA OU SOBRAM MERCADORIAS? A CONTRIBUIÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA AS ORGANIZAÇÕES. A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO FERRAMENTA OPERACIONAL NAS INDÚSTRIAS CONTABILIDADE NA GESTÃO EMPRESARIAL: IMPORTÂNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA TOMADA DE DECISÕES ÉTICA E MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO E OS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DEPARTAMENTO DE PESSOAL: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO EVITANDO CONTINGÊNCIAS O CONTADOR E O PROCESSO DE CONVERGÊNCIAS DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE IMPACTO DOS ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO PERÍCIA CONTÁBIL: O LAUDO PERICIAL COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL DA DECISÃO JUDICIAL AUDITORIA CONTÁBIL: A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES A LEI 11.3443/06 TRATADA NA SOCIEDADE BRASILEIRA CRÍTICA CONSTITUCIONAL ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA O ESTATUTO DO IDOSO E A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE ASSÚ-RN. POLÍTICA DE RESÍDUOS LÍQUIDOS: O DESTINO DADO AOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE REVELAÇÃO FOTOGRÁFICA EM 2 (DUAS) EMPRESAS DO RAMO, NA CIDADE DE MOSSORÓ – RN RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA OFICINA MECÂNICA FB MOTOS A RELAÇÃO ENTRE A GRANDE VENDA DE VEÍCULOS E SEUS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE DA CIDADE DE MOSSORÓ/RN. CARCINICULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA ANÁLISE DOS SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS E DIFICULDADES NO DESCARTE DOS INSUMOS O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE MOSSORÓ: CLASSIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E DESTINO FINAL A ILEGALIDADE DA VENDA CASADA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO A OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS E O DEVER DE SUSTENTAR LEI MARIA DA PENHA: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGISLAÇÃO, DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA E ESTATÍSTICAS NÃO RELIZAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA 80 82 83 85 87 89 91 93 96 98 100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120 122 129 136 146 17 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 DETERIORADA COM A CULPA DO DEVEDOR UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A NOVA LEI DA GUARDA COMPARTILHADA RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA NA CARCINICULTURA E O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO DIREITO AMBIENTAL IDOSOS: PROTEGIDOS PELA LEI, RESPEITADOS EM MOSSORÓ REDES SOCIAIS NA CIDADANIA E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE TERCEIRA IDADE NAS REDES SOCIAIS DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO E O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOFTWARE PARA EMPRESAS COMERCIAIS 153 162 171 181 189 196 18 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RESUMOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HIGIENE DO TRABALHO: UM ESTUDO SOBRE A SATISFAÇÃO DOS SERVIDORES EM UMA EMPRESA DE MOSSORÓ-RN Jaqueliny Elvídio de Medeiros - [email protected] Larissa da Costa - [email protected] Renata Ferreira Pinto - [email protected] Reyjanne Bezerra de Medeiros - [email protected] Orientador: Prof. Ms. Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO A higiene no trabalho, ou higiene industrial, como também é conhecida, é uma ciência voltada para o conhecimento, a avaliação, e o controle dos riscos para a saúde dos empregados, visando à prevenção das doenças ocupacionais, ou seja, aquelas relacionadas à profissão. Onde o objetivo geral é verificar como esta a higiene do trabalho dos colaboradores da empresa e como objetivo especifico, identificar quais os riscos que os trabalhadores estão expostos. Trata-se de um conjunto de normas e procedimentos que têm por objetivo proteger a integridade física e mental do trabalhador, procurando resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados com o exercício de suas funções e o ambiente físico de trabalho (FERREIRA, 2006). A necessidade de um ambiente de trabalho satisfatório como preza a higiene e segurança no trabalho que segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação, e controle de riscos ambientais que podem ocasionar alteração na saúde, conforto ou eficiência do trabalhador, aplicar a higiene no trabalho e a Ergonomia que de acordo com a Associação Internacional de Ergonomia (IEA, 1961). Palavras-chave: Colaborador. Ambiente de Trabalho. Ergonomia. Desempenho. PROBLEMA Qual o nível de satisfação dos servidores de acordo com a situação ergonômica da empresa em estudo? METODOLOGIA A metodologia aplica foi estudo caso, pesquisa de campo, exploratória e descritiva. Com base no referencial teórico fora realizada a aplicação de questionários compostos por perguntas fechadas e abertas, com uma amostra 20 funcionários de um universo composto por 30. Coleta, análise e sistematização dos resultados. 19 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A pesquisa qualifica-se como descritiva, que segundo Gil, (2008), descreve as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Ex.: pesquisa referente à idade, sexo, procedência, eleição etc. É também um estudo de caso, que de acordo com Gil (2008), consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. RESULTADOS Estas tabelas foram aplicadas em 20 de 30 funcionários, onde nos itens de 1 a 7 foram a satisfação do ambiente, pois 60% respondeu que a iluminação é boa, porem a temperatura e os assentos são ruim. Nos itens 8 a10 onde eles sentem dor e desconforto, onde 90% informou que sente dor e desconforto em mão, pé e cabeça. E no item 11 80% não tem satisfação do ambiente físico. Já o item 12, a Influência do ambiente físico no desempenho 90% informa que é negativa. Nestes casos a empresa precisa fazer melhorias para minimizar estas insatisfações. Item 1 2 3 4 5 6 7 Temperatura Ruído Iluminação Mesa de trabalho Assento de trabalho Espaço Ferramentas Alternativas/Percentual Bom Regular Ruim 40% 60% 30% 70% 60% 40% 20% 30% 50% 20% 20% 60% 20% 30% 30% 30% 50% 40% Item 8 9 10 11 Sente dor/desconforto Sente dor/desconforto em: Mão Punho Braço Pé Costas Cabeça Pescoço Causa da dor Satisfação com o ambiente físico 20% 80% Alternativas/percentual positiva negativa Item 12 Alternativas/percentual Sim Não 80% 20% Alternativas/Percentual 10% 90% 20% 80% 20% 80% 10% 90% 70% 30% 10% 90% 40% 60% - Influência do ambiente físico no desempenho 10% 90% 20 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO Para melhorar a satisfação e em contrapartida o desempenho dos funcionários é necessário tomar as seguintes medidas: climatizar as salas para melhorar a ventilação através da instalação de centrais de ar condicionado, bem como a devida manutenção dos mesmos; a luminosidade deve ser distribuída uniformemente em cada unidade de trabalho, trocando as lâmpadas queimadas por outras fluorescentes; frequente manutenção nas máquinas diminuirá o ruído; o assento de trabalho deve ser estofado, e de preferência, com tecidos que permitam a transpiração, regulagem de altura, apoio para o dorso e os braços; a mesa de trabalho deve deixar espaço suficiente para as pernas, dar apoio aos braços, e aos pés, espaço para descanso das mãos e apoio para assinar documentos; organização e distribuição proporcional dos equipamentos de trabalho; permitir intervalos frequentes para descanso. Dessa forma com um ambiente físico saudável, fica confortável para o funcionário, o nível de satisfação deste, bem como o da organização serão atingidos. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luis César G. de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009. COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho: manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1995. v.1. FERREIRA, Víctor Cláudio Paradela. Gestão com pessoas: Uma abordagem aplicada ás estratégias de negócios. Rio de Janeiro: FGV editora, 5 ed. 2006. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. PRODANOV, Cléber Cristiano. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2 ed. Nova Hamburgo: Feevale, 2013. 21 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 APLICAÇÃO DA GESTÃO AMBINETAL E PRÁTICAS SUTENTÁVEIS COMO FERRAMENTAS ADMINISTRATIVAS IMPORTANTES NO SERVIÇO PÚBLICO Pedro Cássius Gomes Gregório da Silva - [email protected] Orientador: Ms. Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO As demandas ambientais abrangem a todos, e por mais que as implicações das irresponsabilidades ambientais sejam desiguais e dessemelhantes para os diversos conjuntos da sociedade, o movedor da crescente inquietação que acarreta preocupação com a preservação do meio ambiente é simples e alcança toda a população: lutar por uma melhor qualidade de vida e pela sobrevivência das gerações futuras. Este estudo tem por principal objetivo identificar quais as práticas sustentáveis podem ser adotadas na Procuradoria Geral do Município de Mossoró (PGMM), admitindo que a adoção dessas novas práticas ambientais implique também em mudança de mentalidade de todo órgão municipal, desde os altos escalões até os níveis inferiores hierarquicamente. Nesta linha, o problema da pesquisa é: Quais as práticas sustentáveis podem ser implantadas na sede da Procuradoria Geral do Município de Mossoró/RN (PGMM)? Quanto aos objetivos específicos destaca-se: apresentar um histórico sobre as questões ambientais e práticas sustentáveis atuais; relacionar práticas sustentáveis; analisar quais práticas podem ser aplicadas na PGMM; elencar benesses oriundas da adoção das praticas sustentáveis adotadas. Palavras-chave: Gestão Ambiental; Sustentabilidade; Serviço público. METODOLOGIA A pesquisa realizada neste trabalho caracteriza-se, como observação de praticas e resultados, pois visa, observar o funcionamento e as praticas rotineiras da PGMM e a partir dessa, elencar benefícios inerentes mediante a adoção de praticas sustentáveis ao cotidiano das atividades desenvolvidas pela PGMM. A estratégia de pesquisa utilizada é o estudo de caso como forma de buscar analisar um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto. Dessa forma esse tipo de estudo de caso. “Alguns aspectos caracterizam o estudo de caso como estratégia de pesquisa: permite o estudo de fenômenos em profundidade dentro do seu contexto, é especialmente adequado ao estudo de processos e explora fenômenos com base em vários ângulos.” (ROESCH, 2006, p.201 ) Em relação aos seus objetivos, a pesquisa é classificada como descritiva, pois visa Identificar e elencar praticas sustentáveis que podem ser adotada pela PGMM, como também descrever as vantagens que esse órgão da administração publica municipal pode obter com a adoção dessas praticas, por meio da descrição, caracterização e análise de processos e resultados utilizando, sobretudo, dados quantitativos e qualitativos. 22 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO Foi realizada a verificação sobre as ações cotidianas de um dos órgãos mais importantes da administração municipal, a Procuradoria Geral do Município de Mossoró, com viés sócio-ambiental. De acordo com o resultado dos questionários, foi atestado que os servidores em um primeiro momento mostraram uma realidade de não engajamento e falta de conhecimento a finco sobre a temática, eles apresentavam um quadro de noções baseadas em informes vinculados a mídia. Mas o grande ponto positivo foi que segundo os dados colhidos, a um interesse de ter mais conhecimento sobre sustentabilidade, responsabilidade ambiental, disseminação de boas práticas, conscientização ambiental, redução do desperdício e reconhecimento de que a gestão ambiental é uma ferramenta importante e que só vem a trazer benefícios. Partindo para uma ótica de benefícios adquiridos ao analisar os ganhos dessa inserção da temática ambiental na Procuradoria Geral do Município de Mossoró (PGMM), os ganhos identificados estão relacionados são eles a: economia de dinheiro público, conscientização dos funcionários e maior satisfação intrínseca para os colaboradores em meio as ações de rotina. Em contrapartida, também foram identificadas algumas carências na abordagem realizada nesse trabalho. Mas essas devem ser compreendidas como oportunidades para melhorias. Por fim, as conclusões deste estudo foram formadas e organizadas a partir das análises dos dados colhidos por meio das pesquisas bibliográficas e documentais, questionários aplicados e observações do pesquisador. E conforme recomenda a literatura sobre metodologia científica, alerta-se para a questão da generalização dos resultados deste trabalho. Ao se utilizarem estas recomendações para outros universos de empresas, devem-se considerar suas características próprias e o contexto no qual estão inseridas. REFERÊNCIAS Portal de Empreendedorismo. Acessado em http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/. Acessado em: 15.05.2015. ROESCH, S. Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. São Paulo : Ed. Atlas, 2006. SEBRAE, Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais. Disponível em: https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Software/S oftware-Plano-de-Negocio-30. Acessado em: 12.05.2015 23 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 EMPOWERMENT: Apresentação de uma moderna ferramenta de gestão José da Silveira Douglas - [email protected] Lindonjonhson Matos Filgueira Diniz - [email protected] Endrigo Basílio de Oliveira Marlon - [email protected] Daironne Martins Holanda Rosário Kadídio [email protected] INTRODUÇÃO O presente artigo aborda sobre uma moderna técnica de gestão organizacional chamada Empowerment, que de acordo com Araújo (2011, p. 209), “[...] significa fortalecimento do poder decisório dos indivíduos da organização ou criação de poder decisório para os indivíduos, no caso das organizações mais rígidas e controladoras.” Justifica-se a realização do trabalho devido à importância dessa ferramenta, em promover a motivação nos colaboradores tornando-os capazes de enfrentar o turbulento ambiente dos negócios modernos. O objetivo geral é analisar como essa técnica moderna de gestão de pessoas, influencia no processo de tomada de decisão em âmbito organizacional, enfatizando a importância de sua utilização, onde os objetivos específicos busca demonstrar como é implementada a mesma e os resultados esperados com o uso desta. Palavras-chave: Poder. Gestão Organizacional. Tecnologia da Gestão. METODOLOGIA Este trabalho objetiva apresentar a técnica Empowerment de gestão organizacional, através de um levantamento bibliográfico, enfatizando a conceituação do termo, bem como as suas particularidades e a aplicabilidade em âmbito organizacional. A modalidade de pesquisa realizada foi bibliográfica, que de acordo com Gonçalves (2014 p. 58), “Trata-se do primeiro passo em qualquer tipo de pesquisa; sua finalidade é conhecer as diferentes contribuições científicas sobre o assunto que se pretende estudar.” CONCLUSÃO Conclui-se que a implementação e o desenvolvimento da técnica Empowerment nos colaboradores de uma determinada organização traz benefícios mútuos, onde empresa e colaborador ganham excelentes experiências, no que se refere ao alcance dos resultados esperados pela organização e os que trabalham nela. Após a implantação e uso dessa moderna técnica de gestão a empresa descentralizará o seu poder decisório, facilitando esse processo e o colaborador se sentirá mais motivado por ter um nível de autoridade e autonomia estabelecido. 24 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luis César G. de. Organização, sistemas e métodos e as tecnologias de gestão organizacional: arquitetura organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia: volume 1 / Luis César G. de Araújo. – São Paulo: Atlas, 2011. GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de metodologia da pesquisa científica / Hortência de Abreu Gonçalves. - 2. ed. - São Paulo: Avercamp, 2014. 25 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 QUALIDADE E SATISFAÇÃO NO ATENDIMENTO NA EMPRESA MS DE OLIVEIRA SOUZA - ME EM AREIA BRANCA – RN Francisca Adriana Oliveira - [email protected] Ingrid Emanoele Régis Saldanha - [email protected] Jandimara Cândido da Silva - [email protected] Karla Mirelly da Silva Melo Oliveira - [email protected] Orientadora: Professora Esp. Sarah Laurentina Tomaz Solano INTRODUÇÃO Na visão de Feigenbaum (1994), qualidade é a correção dos problemas e das causas que levam a influenciar a satisfação do usuário. De acordo com Martins (2007), é possível afirmar que em todas as visões de qualidade, indicam que o foco está direcionado principalmente à satisfação dos clientes e mercados e, consecutivamente, à melhoria dos resultados empresariais. Indeizeichak (2005) acrescenta que o gerenciamento da qualidade dos produtos e serviços, estabelece um aumento da competitividade da empresa, com foco na melhoria de produto e visando satisfazer os clientes. Para Oliveira (2004) na era da qualidade total, na qual se enquadra o período em que estamos vivendo, a ênfase passa a ser o cliente, tornando-se o centro das atenções das organizações que dirigem seus esforços para satisfazer as suas necessidade e expectativas. Para a presente pesquisa traçou-se como objetivo geral verificar se os consumidores percebem o serviço prestado como sendo de qualidade e satisfatório. De forma a se atingir o objetivo geral, foram estabelecidos objetivos específicos a saber: realizar revisão da literatura sobre o tema em estudo; verificar, através de questionários, a percepção dos consumidores sobre a qualidade dos serviços prestados; conhecer o grau de satisfação dos consumidores com o serviço da empresa em estudo. PROBLEMA Existem qualidade e satisfação dos clientes da empresa em estudo, segundo a concepção dos entrevistados? METODOLOGIA No desenvolvimento deste trabalho serão realizados levantamentos bibliográficos através de artigos científicos, sites e livros sobre qualidade no atendimento com foco na satisfação do cliente. Após a análise do conteúdo, foram selecionados, aleatoriamente, 10 clientes da empresa onde foi aplicada uma pesquisa de satisfação de clientes com perguntas objetivas para identificar quais os aspectos da qualidade no atendimento são mais importantes para a satisfação do cliente. Em seguida, foi feita a análise dos dados obtidos por meio da pesquisa, comparando-os com as fontes bibliográficas levantadas com a finalidade de se propor soluções de melhoria para um sistema de qualidade no atendimento mais eficaz, por meio de tabulação de dados. Por fim, os resultados serão demonstrados através de gráficos e percentuais levantados. 26 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RESULTADO E DISCUSSÕES DA PESQUISA A empresa MS DE OLIVEIRA SOUZA - ME inscrita no CNPJ: 08.457.917/000121, é uma empresa do ramo de comércio varejista, que tem como principal atividade o fornecimento de gases industriais e medicinais, teve o início de suas atividades em novembro de 2006 na cidade de Areia Branca – RN, sendo a única empresa do ramo com instalações na cidade, preza por uma boa qualidade no atendimento aos clientes, pontualidade nas entregas e disponibiliza ótimas condições de pagamentos para os clientes o que vem a ser seus pontos fortes. Tem como políticas e diretrizes o cumprimento dos horários de trabalho. Por ser uma empresa que tem seu ambiente de trabalho bastante familiar, o empresário acaba não tendo muita autoridade diante os funcionários, não possui um planejamento. Tem como principais clientes a Prefeitura Municipal de Areia Branca, a Companhia Docas do RN e as indústrias Salineiras da região. Tabela 1 – Resultado da pesquisa Esperei por muito tempo até ser atendido? Fui prontamente atendido tão logo que cheguei? O caixa falou comigo de maneira agradável? A equipe me atendeu na minha necessidade de peças? A qualidade do serviço atendeu minha expectativa? O produto da empresa tem qualidade? A empresa transmite confiança? A empresa oferece condições de pagamento conforme minha necessidade? A empresa se preocupa com o pósvenda? A empresa respeita a opinião do cliente? A empresa atende com rapidez? A empresa tem tratamento diferenciado para o cliente? A empresa encaminha o cliente para melhor solução do problema? Fonte: Elaborado pelo autor SIM Nenhuma resposta NÃO ÀS VEZES 70% 30% 60% 20% 20% 90% Nenhuma resposta 10% 70% 10% 20% 60% 10% 30% 70% 10% 20% 80% 10% 10% 60% 20% 20% 20% 50% 30% 60% 20% 20% 50% 20% 30% 70% 50% 50% 30% Nenhuma resposta Nenhuma resposta Com relação à questão tempo de espera o resultado apresentado foi levemente satisfatório, pois 70% afirmaram não esperar muito pelo atendimento, porém 30% é um número significativo para que a empresa busque alternativas para que tal fato não aconteça. É o que explica Zenone (2003), quando afirma que os clientes estão cada vez mais exigentes e, como consequência, as empresas enfrentam mais dificuldades para desenvolver seus negócios, tendo que reestruturar sua maneira de atuar no mercado. O resultado está de acordo com o quesito de pronto atendimento, já que 60% dos clientes afirmaram que 27 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 foram bem atendidos assim que chegarão na loja, o que demostra um bom nível de satisfação, apesar, de deixar um sinal de alerta para a organização, pois os 40% restantes ainda não estão totalmente satisfeitos. No entanto, quando se perguntou se o atendimento no geral era rápido, o nível de satisfação caiu para 50%, o que mostra a falta de um padrão no tempo de atendimento. Neste assunto de atendimento, o caixa da empresa tem se destacado, pois o percentual de satisfação dos clientes quanto a maneira do seu atendimento foi de 90%, um resultado que precisa ser observado e tido como exemplo para a equipe de vendas, que chegou apenas aos 70%, é preciso identificar as falhas para que o setor melhore seu desempenho. Quando se fala na qualidade oferecida pela empresa o resultado foi bom. Sobre os serviços prestados a satisfação foi de 60%, parecida com o resultado em relação aos produtos, que chegou a 70%, aqui pode-se ver que a gestão da qualidade na empresa pode ser aperfeiçoada para que os níveis de qualidade tanto em produtos, quanto em serviços possam melhorar. O atendimento e a qualidade têm enormes responsabilidades na confiabilidade da empresa perante seus consumidores, e isso foi visto com uma confiança de 80% por parte dos clientes, essa imagem da empresa perante o mercado é estratégica e indispensável para a vida da empresa que segundo Las Casas (2009, p.16) “a sociedade tem exigido das empresas vários esforços no sentido de satisfação de suas necessidades e dos seus desejos. É no setor empresarial e produtivo que os consumidores encontram os meios para satisfazerem suas expectativas de melhoria de vida às empresas que permanecerão no mercado são aquelas que se empenham em prestar os melhores serviços e fabricar os produtos de melhor qualidade.” Em relação às condições de pagamento, os clientes avaliaram a empresa de forma positiva, já que 60% se disseram satisfeitos com as formas de pagamentos disponibilizadas, neste quesito observa-se que apesar da empresa trabalhar com cartões e cheques, ainda existem 40% não satisfeitos com este serviço, talvez a política de parcelamento e desconto precisem de modificações ou ajustes, isso é algo que pode ser melhorado, que certamente contribuirá com a elevação nos níveis de satisfação. O pós-venda foi outro ponto analisado na pesquisa, e neste ao contrário do que se via até aqui, o resultado foi péssimo, apenas 20% dos clientes estão satisfeitos com estratégia estabelecida pela empresa, resultado preocupante já que o pós-venda é algo indispensável pra qualquer empresa que busque a competitividade na atualidade. Segundo Detzel e Desatnick (1995), o atendimento ao cliente é como um ponto de partida para o sucesso da empresa. Não se limita apenas ao momento da compra, mas também a pós-venda, a empresa tem que utilizar processos de comunicação para saber a opinião do cliente em relação ao atendimento, produto e serviço adquirido, fortalecendo assim, a parceria empresa/cliente. O questionário perguntou se a empresa respeita a opinião do cliente, e o resultado foi que 60% disseram que sim, 20% que não, e 20% que as vezes, seguindo a mesma média dos resultados anteriores, aqui pode ser trabalhado um política de relacionamento com o cliente, uma ouvidoria, que dê a devida atenção ao questionamento, sugestão ou crítica dos consumidores, pois tais conteúdos só trarão bons resultados. Para Bogmann (2002), o marketing de relacionamento é um fator essencial para o crescimento e liderança da empresa no mercado, a rápida aceitação de novos produtos e serviços e a consecução da fidelidade do consumidor. A inovação é de extrema importância para o crescimento de qualquer empresa, pois o mercado está em constante evolução. 28 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Segundo GODRI (1994) o cliente deve ser tratado com prioridade, deve ser ouvido, acompanhado e tratado preferencialmente pelo nome e, acima de tudo, com respeito as suas decisões e opiniões, mas infelizmente, o resultado em foco apresentou números insuficientes, já que apenas 30% da clientela enxerga este tratamento por parte da organização, mais um ponto que precisa ser trabalhado, pois tem sido fator decisivo na escolha do consumidor na hora de comprar. Os clientes também precisam ter basicamente seus problemas solucionados, no entanto, a metade dos usuários da empresa estudada não tiveram seus problemas resolvidos, esses números são resultado do que foi apresentado acima, onde se viu uma organização que precisa trabalhar sua qualidade total, sua estratégia de pós-venda e seu relacionamento com o cliente. CONCLUSÃO Sabe-se que nos dias atuais os clientes estão cada vez mais exigentes, eles sabem quais são seus direitos e deveres junto ao código de defesa do consumidor. Por meio do presente estudo, procurou-se identificar quais os fatores que influenciam os clientes na hora da escolha do estabelecimento, utilizando uma pesquisa de satisfação para alcançar os dados necessários e assim poder saber se a empresa esta ou não de acordo com exigências dos clientes. Com base nisso, observa-se que os administradores da empresa em foco precisam despertar para tais fatos, pois para que a empresa continue competitiva no mercado, o seu aperfeiçoamento deve ser uma constante. Se faz necessário a implementação de uma política de gestão da qualidade, abrangendo todas as áreas da empresa, visando a qualidade no atendimento e em seus produtos. O relacionamento com os clientes também pode ser melhorado com um pós-venda planejado estrategicamente, onde o cliente que compra hoje saia bem atendido, seja ouvido e satisfeito volte depois. É também importante que a organização possa ouvir e sentir as necessidades dos clientes, e partir disto, implemente produtos e serviços que cubram essas necessidades. Todas essas ações trarão resultados à imagem da empresa perante o mercado, facilitando a escolha da mesma por parte do cliente. REFERÊNCIAS 29 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPREENDER: ESTUDO DE CASO NA EMPRESA CUSTOMIZE MOVÉIS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN. Antônia Janaina Galdino Silva - [email protected] Paula Caliane Jales Xavier - [email protected] Josafá Pinto da Silva - [email protected] Orientador: Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO O plano de negócio visa melhorar a organização da empresa com intuito de crescer estruturalmente (recursos físicos e humanos) e financeiramente, buscando uma lucratividade contínua satisfatória. Foi utilizado material legalizado, seguindo as normas de preservação ambienta pela empresarial, considerando um dos pontos primordiais para alavancar o negócio. Este trabalho de pesquisa tem como objetivo elaboração do plano de negócio como instrumento que visa estruturar as principais concepções e alternativas para uma análise correta de viabilidade do negócio pretendido, proporcionando uma avaliação antes de colocar em prática a nova ideia, reduzindo assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos e esforços em um negócio inviável, como também, auxiliar o empreendedor a estruturar de forma escrita seus pensamentos, visões, estratégias, alocação de recursos e a definir o caminho a seguir. Palavras-chave: Plano de negócio; Empreendedorismo; Decisão. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi estudo de caso, pesquisa de campo e bibliográfica. Foi realizada analise da empresa Customize Móveis e Serviços - EPP, tendo por finalidade elaboração do plano de negócio. Para cumprir essa função foram realizados diversos encontros com o gestor da empresa e aplicação de entrevistas para este fim. CONCLUSÃO A cada dia surgem novas oportunidades e ameaças, e empreender sempre é um risco, e este será amenizado ou eliminado mediante um planejamento adequado, que auxilie o empreendedor à tomada de decisões mais coerentes com a realidade do mercado. A partir de averiguações e análises, pode-se certificar que o desenvolvimento da empresa Customize Móveis e Serviços - EPP é bastante viável, por se tratar de uma empresa que está trazendo inovação no mercado em sua área. Com os instrumentos oferecidos pelo plano de negócio pode-se confirmar esta viabilidade, através de sua rentabilidade e lucratividade em condições benéficas, consequentemente proporcionará um rápido retorno de investimento. 30 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERÊNCIAS Portal de Empreendedorismo. Acessado em http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/. Acessado em: 15.05.2015. SEBRAE, Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais. Disponível em: https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Software/S oftware-Plano-de-Negocio-30. Acessado em: 12.05.2015 31 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 FLUXO DE CAIXA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE GERENCIAL PARA TOMADA DE DECISÃO: Um estudo realizado em microempresas de Mossoró/RN Ivoneide Maria da Silva - [email protected] Lucas Antônio Costa de Paiva - [email protected] Rosileidy Pereira da Costa - [email protected] Orientadora: Prof.ª Drª. Karidja Kalliany C. de F. Moura INTRODUÇÃO O presente trabalho teve o objetivo de evidenciar as técnicas administrativas de acompanhamento, avaliação e controle do fluxo de caixa, que as microempresas adotam como instrumento de controle gerencial para tomada de decisão. Partindo de uma investigação teórico-empírica, a pesquisa ocorreu sob dois aspectos: revisão de literatura e coleta de dados. O levantamento dos dados deu-se por meio de questionário estruturado, direcionado às microempresas da região central de Mossoró-RN, cujos respondentes, quase a totalidade, foram os gestores e proprietários. A partir desse universo, fez-se a distribuição dos questionários, cujo retorno correspondeu a 135 microempresas definindo-as então, como amostra da pesquisa. Os dados colhidos foram tabulados utilizando o software Microsoft Excel, através do qual os mesmos foram processados e analisados. A análise se deu por: codificação das respostas, tabulação e cálculos estatísticos. A pesquisa utilizou-se da teoria sobre demonstrações de fluxo de caixa para embasar a análise das informações levantadas. Dos resultados obtidos, destaca-se a participação massiva das mulheres, casadas, acima dos quarenta anos, como gestoras; como também, a relativa baixa escolaridade dos respondentes e, ainda, déficit do uso de ferramentas para a contabilidade e gestão de seus negócios. Foi possível considerar a partir dos resultados que o fluxo de caixa como instrumento de gestão, está sendo pouco utilizado entre os gestores de microempresas mossoroenses, como também há uma deficiência no interesse em formalizar os negócios por parte dos próprios empreendedores. Palavras-chave: Fluxo de Caixa; Demonstrações financeiras; Microempresas; Tomada de decisão. METODOLOGIA A tipologia central desta pesquisa é a investigação teórico-empírica que, para Garcia e Fadel (2010, p. 504), deve “interagir com as abordagens teóricas, mas ao mesmo tempo pontuando com os dados coletados e suas análises a partir da observação de realidade”. A Pesquisa ocorreu sob dois aspectos: revisão de Literatura (pesquisa bibliográfica – texto e hipertexto) e coleta de dados (questionário fechado) como fundamento para a pesquisa teórico-empírica. Sobre a pesquisa bibliográfica, Severino (2008, p. 122) mostra que “é aquela que se realiza a partir do registro 32 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados”. Foi, também, aplicado um questionário fechado (coleta e análise quantitativa). O levantamento dos dados desta pesquisa deu-se por meio de questionário estruturado, direcionado às microempresas da região central de Mossoró-RN, cujos respondentes, quase que em sua totalidade, foram os gestores e proprietários. A escolha das empresas pesquisadas deu-se de forma intencional, contemplando a região central de Mossoró-RN, pela facilidade de aplicação do instrumento de pesquisa, porém, obedecendo ao critério de classificação, como microempresa. A partir desse universo, fez-se a distribuição dos questionários, cujo retorno, considerado como válido para os efeitos deste estudo, corresponde a 135 microempresas, definidas então, como amostra da pesquisa. Após a coleta, os dados foram tabulados utilizando o software Microsoft Excel, através do qual os dados foram processados e analisados. A análise ocorre por meio de procedimentos do tipo: codificação das respostas, tabulação de dados e cálculos estatísticos. A interpretação dos dados ocorre após a análise e, fundamentalmente, consiste em estabelecer ligações entre os resultados obtidos e outros já conhecidos, que derivem de estudos anteriores ou de teorias (GIL, 2008). RESULTADOS Através das respostas oportunizadas pelos questionários, buscou-se despertar uma visão crítica da realidade local e atual, especialmente. Com relação ao gênero dos entrevistados, embora não tenha sido utilizado nenhum critério para escolha dos mesmos, constatou-se maior aceitação do sexo feminino para responder os questionamentos, o qual foi responsável por 75% da amostra da referida pesquisa. Quanto ao estado civil, 35% são solteiros, 60% casados e 5% são divorciados. No que se refere ao cargo exercido na empresa, 5% faz parte da gerência, 75% proprietários e 20% atendentes. No tocante idade, 5% dos entrevistados têm de 15 a 20 anos, 15% têm de 20 a 25 anos, 15% tem de 30 a 40 anos e 65% têm mais de 40 anos. Quanto à escolaridade, 25% possuem ensino fundamental, 60% possuem ensino médio, 10% possuem ensino superior incompleto e apenas 5% possuem ensino superior completo. Das empresas foram coletados os seguintes dados: 75% das empresas são formais e 25% são informais; 65% trabalham com fluxo de caixa e 45% não trabalham com fluxo de caixa. No que se refere aos administradores 50% consideram o fluxo de caixa muito importante, 25% consideram importante e 25% não consideram importante. Com relação à consultoria do fluxo de caixa 45% disseram que faz algum tipo de consultoria e 55% disseram que não fazem; quanto ao nível de segurança do controle do fluxo de caixa 40% respondeu que é excelente 25% que é ótimo, 25% disse que é razoável 10% disse que é bom. No que diz respeito ao pagamento das dívidas, 45% pagam com cheques, 45% pagam em dinheiro e 10% paga com boleto. No que alude à relevância do fluxo de caixa, 90% consideram que o fluxo de caixa auxilia na tomada de decisão e 10% consideram que o fluxo de caixa não auxilia na tomada de decisão; 80% acredita que o fluxo de caixa facilitará o trabalho do contador e 20% acredita que não. 33 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Quando perguntamos acerca da contabilidade 80% responderam que possuem contador e 20% que não possuem. Sobre a análise dos documentos contábeis, 75% responderam que analisam e 25% que não analisam. Acerca da utilização de outro tipo de documento contábil, 55% disseram que utilizam e 45% que não utilizam os que responderam que utilizam outro tipo de documento contábil, todos responderam que possuem o controle de estoque de suas mercadorias. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidenciou que há um grande número de administradores que não têm o fluxo de caixa implantado na empresa, e que também desconhecem seu processo de administração e manutenção. Identificou muitos administradores, que mesmo tendo afirmado conhecer o processo de administração do fluxo de caixa, não souberam ou deixaram de responder outras questões relacionadas, negando a afirmação anterior, permitindo inferir, que os mesmos não tinham conhecimento sobre o processo de administração do fluxo de caixa. Através da coleta de dados podemos concluir que o fluxo de caixa como instrumento de gestão, está sendo pouco utilizado entre os gestores de microempresas mossoroenses. Alguns administradores utilizam-se de técnicas para administrar o caixa da empresa, porém, não as conhecem satisfatoriamente para fazê-lo de forma eficaz. Por outro lado, identificou-se administradores que desconhecem o processo de gestão do fluxo de caixa, principalmente aqueles com formação escolar incompleta. Desse modo, constatamos quais os pontos negativos da não utilização do fluxo de caixa. Como foi dito pelos próprios administradores, perde-se o controle de suas vendas diárias e de seus lucros. Observamos, ainda, quais as características dos mesmos dos gestores, no qual a maioria são mulheres casadas com mais de 40 anos. Nessa perspectiva, entendemos que há falta de interesse por parte dos comerciantes, uma vez que sabem da importância do fluxo de caixa, e tem incentivo de órgão de apoio a empresa, como o SEBRAE. A pesquisa aqui apresentada não se verifica como uma verdade única uma vez que partimos de um olhar ancorado na teoria do fluxo de caixa e na investigação focada de saber se os gestores da cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte faziam uso ou não, desse instrumento de gestão, existindo desse modo, outros enfoques a serem abordados que passam a ser relevantes a outros pesquisadores que desejem seguir nesse mesmo caminho teórico e que, assim, possam contribuir cada vez mais numa visão acadêmica com a ampliação e aplicação da teoria, bem como a nível gerencial, com o crescimento do ramo das micro e pequenas empresas. REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do capital de giro. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa: uma ferramenta indispensável para administrar sua empresa. São Paulo: Atlas, 1999. 34 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 GARCIA, R.; FADEL, B. A Percepção do indivíduo na gestão do conhecimento organizacional: estudo teórico-empírico das influências da interferência nos fluxos informacionais na criação de conhecimento e tomada de decisão. Disponível em: <http://www.facet.br/novo/3fem/ Encontro/Arquivos/Regis_Garcia_e_Barbara.pdf>. Acesso em: 12/05/2015. MOTA Cristiane Aparecida; YONEMOTO Hiroshi Wilson; CABRAL Marcela de Souza. Fluxo de caixa: Importante ferramenta para as decisões empresariais. Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/etic/article/viewfile/2121/2324 ROSS, Stephen A. WESTERFIELD, Randolph W. JAFFE, Jeffrey F. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995. SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de Caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SALIM, C.S.et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando estudos de caso. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. SEVERINO, A. J. Teoria e prática científica. Metodologia do trabalhado científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2008. SILVA, Edson Cordeiro da, Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. São Paulo: Atlas, 2005. SILVA, José Pereira Da. Análise financeiras das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. SILVA, Dáffily Priscilla Souza e; GOMES Maxsuel de Sales. O fluxo de caixa como ferramenta para a sustentabilidade das pequenas empresas: um estudo nas panificadoras de Arapiraca. Disponível em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/1d7b269b07fee04a03256eae005 ec615/3df92803d5abacde832577b800617f7d/$file/o%20fluxo%20de%20caixas% 20nas%20pequenas%20empresas.pdf 35 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 AS NOVAS FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE: IMPLANTAÇÃO DO DIAGRAMA DE PROCESSO DECISÓRIO NUMA EMPRESA DE DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS EM MOSSORÓ-RN Francisco Marcos Rodrigues Teixeira - [email protected] Orientadora: Rita Maria G. dos Santos [email protected] INTRODUÇÃO A busca cada vez mais crescente e incessante pela excelência dos produtos e serviços ofertados aos consumidores que estão cada dia mais exigentes e conscientes do papel desempenhado por eles nas ações do mercado. A gestão da qualidade é uma ferramenta que exerce fator preponderante na perspectiva de suprir requisitos mercadológicos que culminem com a satisfação do cliente. O objetivo geral deste trabalho é demonstrar a aplicação do diagrama do processo decisório numa organização, que constitui-se numa das novas ferramentas da gestão da qualidade. Destacam-se a apresentar a conceituação da gestão da qualidade e de suas novas ferramentas, como também analisar a aplicabilidade de uma dessas ferramentas na empresa objeto de estudo. A metodologia é do tipo descritiva, com estudo de caso e revisão bibliográfica. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada com o gestor do setor de logística. Como resultado apresenta-se que para resolver o problema; atraso nas entregas, será necessário implementação da manutenção preventiva nos veículos da empresa em estudo. Palavras-Chave: Gestão, Qualidade, Ferramentas. METODOLOGIA A pesquisa constitui-se em caráter descritivo e estudo de caso. A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2010). Estudo de caso, segundo Gil (2010), apresenta-se no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefas praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. Iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica, “é o estudo sistematizado com base material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é material acessível ao público em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer tipo de pesquisa, más também pode esgotar-se em si mesma”. (VERGARA, 2004 p. 48). Nessa pesquisa utilizou-se a entrevista semiestruturada (apêndice A), como forma de coleta de dados, onde de acordo com Cervo, Bervian e da Silva (2007 p. 51), “a entrevista não é uma simples conversa, mais uma orientação para um objetivo 36 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 definido como: recolher por meio do interrogatório do informante dados para a pesquisa”. A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, confrontando a teoria com a realidade da empresa. CONCLUSÃO Após análise contextual chega-se ao entendimento que qualidade é hoje um campo de estudo multidisciplinar em constante aperfeiçoamento, e que as empresas para serem bem sucedidas devem instituir processos que garantam a sua sobrevivência; o planejamento, a flexibilização, a capacidade de mudar, o potencial criativo e a necessidade de melhoria contínua são ações imprescindíveis para isto. Sem dúvida diante do exposto, e das considerações copiladas neste estudo, acerca do gerenciamento da qualidade nas organizações, mais especificamente na área de logística da empresa estudada, é cada vez mais crescente, a aplicação de ferramentas que proporcione resultados efetivos. As novas ferramentas gerenciais da qualidade exercem papel relevante neste processo. Desta forma, entende-se que as novas ferramentas gerenciais da qualidade objetivam que a empresa otimize seu tempo e é claro economize seus recursos, pois quanto mais adequado o custo for, maior o lucro desta, além de auxiliarem as empresas a terem maior controle buscando incidir os problemas e consequentemente saná-los da melhor forma possível e assim atingir o objetivo principal, a excelência mercadológica. O objetivo desta pesquisa foi aplicar o diagrama do processo decisório proporcionar alternativas para sanar o principal problema do setor de logística da empresa; atraso nas entregas devido a frota inadequada (sucateada). Considerase, mediando as opções apresentadas, que o objetivo foi alcançado. REFERÊNCIAS CARPINETTI, L. C. R. Gestão da qualidade. Conceitos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 2010. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia Científica. 6. ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Cengage Learning, 2012. DEMING, W. E. Quality, Productivity and Competitive Position. MIT.Cente For. advanced Engineering Study. 1986 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. HEGEDUS, C. E. Gerenciamento da Qualidade Total. 2003. Disponível em: <http://www.geocities.ws/eduardo_turi/303_as_sete_novas_ferramentas.pdf> Acesso em 30 de abril 2014. 37 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 MIZUNO, S. Management For Quality Improvement the 7 new QC Tools. Cambridge Productivity. 1988. OLIVEIRA, A. L. T. et. al. As Sete Novas Ferramentas da Qualidade. 2012 Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfMC8AA/as-sete-novasferramentas-qualidade Acesso em: 30 de Abril de 2015. PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade. Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2006. RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrósio. Introdução aos sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional. 5. ed. São Paulo: 2014. SLACK, N. Administração da produção. São Paulo: Atlas. 2012. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2004. 38 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES Josicleide Ferreira Rebouças Josimeide paulino Oliveira Suiane yanara da silva Soares Thyalita Atina O. Martins Orientadora: Profª Drª Karidja Kaliane de Freitas Moura6 INTRODUÇÃO O controle de qualidade nas organizações faz se importante, pois é por meio dele que conhecemos os produtos, se estão dentro dos padrões exigidos pelo mercado. Na busca por eficiência as empresas que permanecem no mercado são justamente aquelas que conseguem extrair resultados efetivos de seus esforços e diferenciar de seus concorrentes por meio da busca de um produto melhor através do controle de qualidade. Fica claro que atualmente não há mais espaços para improvisações. (DALLARETTI FILHO, 1999). Palavras chaves: Gestão da Qualidade, Ferramentas e Organizações OBJETIVOS O objetivo geral é analisar as ferramentas da gestão da qualidade sendo elas, o gráfico de Controle, Afinidade e Gráfico de Relações e como essas ferramentas da são utilizadas pelas organizações. Como objetivos específicos destacam-se: o conceituar gestão da qualidade e suas ferramentas: gráfico de controle, afinidade e gráfico de relações; compreender a aplicação teórica destas ferramentas citadas nas organizações. METODOLOGIA O presente trabalho constitui-se em pesquisa bibliográfica, realizada sobre elementos teóricos relevantes, embasada em consulta a livros e sites da internet, onde se buscou fazer um levantamento com os autores que desenvolveram pesquisas relativas ao tema. CONCLUSÕES O mercado competitivo e os consumidores exigentes e atentos aos padrões e qualificações dos produtos fazem com que as empresas e produtores, de forma geral, sejam obrigados a se adaptarem e buscarem a excelência na qualidade como no que se refere às ferramentas da gestão de qualidade, verifica-se que, em sua grande maioria analisam as causas de um problema com o objetivo de orientar as causas do problema dentro das organizações. Percebeu-se que existe muitas dificuldades ainda dentro das organizações para seguir o uso dessas ferramentas. É importante que as ferramentas sejam implantadas, visando que irá proporcionar melhorias essenciais à gestão como um todo e irá permitir o acesso de diversos recursos que poderão alavancar seus negócios. 39 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERÊNCIAS DELLARETTI FILHO, Osmário. As sete ferramentas do planejamento da qualidade 2 ed. São Paulo: Atlas 1999. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. OAKLAND, John S. Gerenciamento da Qualidade Total (TQM). São Paulo, 1994. 40 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 BENCHMARKING: UMA FERRAMENTA ESTRATEGICA NA ORGANIZAÇÃO Jéssica dos Santos Oliveira - [email protected] Jaciara Ferreira de Lima - [email protected] Renata Ferreira Pinto - [email protected] Orientador: Dairone Rosário Candídio [email protected] INTRODUÇÃO O benchmarking é um processo de identificação, compartilhamento e uso do conhecimento e das melhores práticas presentes em outras empresas com o objetivo de possibilitar aos participantes um desempenho superior em termos estratégicos, táticos e operacionais. Essa tecnologia busca sempre o melhor, pois ela explora, compreende e analisa as organizações concorrentes ou não (ARAUJO, 2011). A empresa interessada em implantar Benchmarking deve analisar os seguintes fatores: ramo de atividade, objetivo, amplitude, diferenças organizacionais e custos, antes da definição ou aplicação do melhor método, pois cada empresa individualmente tem as suas necessidades que devem ser avaliadas antecipadamente da aplicação do processo. Serão descritos neste trabalho os tipos de benchmarking interno, externo, funcional e genérico e suas ferramentas de estratégias para que possa ser utilizadas. Palavras-chave: Benchmarking. Sistema. Tecnologia. METODOLOGIA A metodologia utilizada nesse estudo foi uma pesquisa teórica, o material utilizado foram livros onde os autores falam sobre o assunto citado. Em termos gerais, são consideradas pesquisas teóricas aquelas que têm por finalidade o conhecer ou aprofundar conhecimentos e discussões (BARROS E LEHFELD, 2000, p. 78). CONCLUSÃO Concluímos que há varias formas de utilizar o benchmarking, só é necessário realizar uma pesquisa para saber do que precisa ser melhorado. Uma característica interessante desta aprendizagem é a busca constante de melhorias continuas, sejam em produtos ou processos, e para isso aprendemos a aprender com auxilio das ferramentas de gestão, transformando a empresa em referência e classificando-a como empresa que possui um diferencial junto as outras do mesmo ramo. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luís César g. de, organizações, sistemas e métodos e as tecnologias de gestão organizacional, volume I, São Paulo, atlas, 2011. 41 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 BARROS, A. J. S. e LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de Metodologia: Um Guia para a Iniciação Científica. 2 Ed. São Paulo: Makron Books, 2000 BOXWELL, Robert Jr. Vantagem competitiva através do Benchmarking. São Paulo: Makron Books, 1996. CAMP, Robert C. Benchmarking dos Processos de Negócios: Descobrindo e Implementando as Melhores Práticas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. FISHER, J. G. Benchmarking para otimizar o Desempenho. São Paulo: Clio, 1996. 42 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ARTIGO(S) COMPLETO(S) DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: estudo de caso em uma empresa de Mossoró-RN RECRUITMENT AND SELECTION: a case study in company in Mossoró-RN Freedson Alexandre de Almeida- [email protected] Larissa da Costa - [email protected] Wendel Agostinho [email protected] Orientadora: Rita Maria G. dos Santos - [email protected] RESUMO Esta pesquisa discorre sobre a metodologia de recrutamento e seleção. É um estudo em uma empresa do setor salineiro na cidade de Mossoró-RN, na área de recursos humanos. O objetivo geral consiste em apresentar a ferramenta adequada para recrutamento e seleção dos melhores profissionais do Mercado de Recursos Humanos (MRH). Para isso, apresenta-se as atuais técnicas de recrutamento e seleção, analisa-se a forma de recrutar e selecionar dos colaboradores de Recursos Humanos da empresa e apresenta-se uma metodologia atual, baseado nas teorias existentes para um melhor suporte ao recrutamento e seleção da empresa. A metodologia utilizada na pesquisa foi a descritiva com estudo de caso. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. Os resultados encontrados foram relevantes. Evidenciou-se que são aplicadas duas maneiras de recrutar e selecionar. Através de dois setores da empresa, o Administrativo e o de Produção. Considera-se que unificar estes processos, poderá proporcionar melhorias, pois em qualquer empresa, seja a mesma micro, pequena ou grande, não é adequado utilizar procedimentos diferenciados para a mesma atividade. Além disso, apresentou-se uma síntese de uma maneira adequada para recrutar e selecionar profissionais no mercado de RH. Palavras-chave: Recrutamento. Seleção. Recursos Humanos. ABSTRACT This research discusses the methodology of recruitment and selection. It is a study in a company of the salt industry in the city of Mossoró-RN, in the area of human resources. The overall objective is to provide the right tool for recruitment and selection of the best market professionals Human Resources (MRH). For this, we present current techniques of recruitment and selection, we analyze how to recruit and select employees of Human Resources of the company and present a current methodology, based on existing theories to better support the recruitment and selection from the company. The methodology used in the research was 43 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 descriptive with case study. The data collection instrument was a semi-structured interview. The results were relevant. It was evidenced that are applied two ways to recruit and select. Through two sectors of the company, the Administrative and Production. It is considered that unify these processes, can provide improvements, as in any business, is the same micro, small or large, it is not appropriate to use different procedures for the same activity. In addition, it performed a synthesis of a suitable way for recruiting and selecting professionals in the (MRH). Keywords: Recruitment. Selection. Human Resources. 1 INTRODUÇÃO Atualmente as empresas estão em processos de aperfeiçoamento contínuos no tocante aos seus recursos humanos, considerado o seu maior patrimônio, a seguir apresenta-se alguns métodos de recrutamento e seleção de pessoas numa empresa salineira em Mossoró-RN. Com o mercado extremamente competitivo, as empresas tendem a buscar pessoas com talento, experiências e habilidades técnicas. Seja pelo surgimento de uma nova vaga ou para reposição de cargo, o Recrutamento e consequentemente a Seleção de pessoas nas empresas merece ser conduzido através de uma nova perspectiva, onde técnicas e métodos utilizados de forma sistemática, possibilitam buscar o perfil que se enquadre no perfil do cargo, ou seja, o profissional adequado de acordo com as necessidades e pretensões da organização. A problemática deste trabalho busca responder ao seguinte questionamento: A metodologia utilizada pela empresa estudada é adequada para buscar mão de obra qualificada no mercado de recursos humanos? Este trabalho justifica-se por causa das transformações abalizadas desse novo milênio que exigem profissionais qualificados e com capacidade de identificar e solucionar problemas propondo alternativas para o melhor desempenho da organização. Entretanto, é necessário que esse profissional siga as variações tecnológicas, estruturais e principalmente as relacionadas às atividades humanas. Essa união de conhecimentos e habilidades requerem capacidade interpessoal, visão holística estratégica e apreensão rápida de mudanças para se manterem no mercado cada vez mais competitivo. Uma organização somente permanecerá neste mercado acirrado se contar com gestores capazes de promover o efetivo comprometimento e participação das pessoas. Dessa forma, o gestor deve ter uma compreensão profunda dos padrões e processos comportamentais. Recrutar e selecionar da melhor maneira possível será um dos caminhos para se obter os objetivos organizacionais. O objetivo geral deste trabalho consiste em apresentar a metodologia adequada para recrutamento e seleção dos melhores profissionais do Mercado de Recursos Humanos (MRH). Para isso, considera-se como objetivos específicos: Apresentar atuais técnicas de recrutamento e seleção, causar reflexão na forma de recrutar e selecionar nos colaboradores de Recursos Humanos da empresa e apresentar uma metodologia atual, baseado nas teorias existentes para um melhor suporte ao recrutamento e seleção da empresa. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 HISTÓRICO DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS 44 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Marras (2000), diz que foi devido à necessidade de contabilizar as entradas de empregados na organização, dando maior importância às horas trabalhadas, absenteísmo e atrasos com efeito nos pagamentos ou descontos, foi que o setor surgiu, porém com outra nomenclatura, que não área de recursos humanos, mas administração de recursos humanos. Em tal contexto, o recurso mais importante passou a ser o conhecimento e, portanto, criam-se a todo o momento, novos paradigmas para os usos do conhecimento aplicados de forma rentável para os negócios. 2.2 RECURSOS HUMANOS NOS DIAS ATUAIS A administração de recursos humanos – gestão de pessoas, evidencia que houve realmente alterações significativas como forma de evolução, quando se partiu da necessidade de apenas escriturar entradas de empregados na organização, dando maior valor às horas trabalhadas, absenteísmo e retardamentos, com efeito nos pagamentos ou descontos, para a fase da administração que considera os recursos humanos como incorporados na estratégia do negócio, da qual surge o cargo de gerente de recursos humanos, tentando assim, humanizar a organização. (MARRAS, 2000). 2.3 RECRUTAMENTO DE PESSOAS O recrutamento corresponde ao processo pelo qual a empresa atrai candidatos no Mercado Recursos Humanos (MRH) para o seu processo de seleção. Na prática o recrutamento funciona como um processo de comunicação: A empresa divulga e oferece oportunidade de trabalho ao MRH. (CHIAVENATO, 2005 p.112-113). Não é somente comunicação e divulgação o objetivo do recrutamento, o fundamental deste processo é atrair candidatos para serem selecionados. Entre outros conceitos escritos por Chiavenato (2005, p. 113) diz que “Recrutamento é um conjunto de atividades desenhadas para atrair candidatos qualificados para uma organização”. Ele deve anunciar a disponibilidade do cargo no mercado e atrair candidatos para disputá-lo. O mercado no qual a organização tentar buscar os candidatos pode ser internos, externos ou uma combinação de ambos. 2.3.1 Fontes de Recrutamento As Fontes de recrutamento são as instâncias que devem ser exploradas na busca de recursos humanos para abastecer o processo seletivo da empresa. Entre as fontes de recrutamento mais utilizadas, podem-se citar as seguintes: Funcionários da própria empresa; Banco de dados internos; Indicações; Cartazes (internos e externos); Entidades (sindicatos, associações etc.); Escolas, universidades, cursos etc.; Outras empresas, (fornecedores, clientes etc.) Consultoria de outplacement, clientes etc.; Agencias de emprego; 45 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Mídia (anúncios, classificados, rádio, televisão e etc.); Consultorias; Headhunters. A partir da fonte de divulgação que for utilizado, será escolhido um tipo de recrutamento: RECRUTAMENTO INTERNO, EXTERNO OU MISTO, que vê-se a seguir. (MARRAS, 2000 p.71) 2.3.2 Técnicas de Recrutamento 2.3.2.1 Interno “É aquele que privilegia os próprios recursos da empresa, ou seja, a divulgação das necessidades (vagas em aberto) é informada por meio de comunicação - memorandos ou cartazes - em todos os quadros de avisos da empresa, com características exigidas pelo cargo, solicitando àqueles interessados que compareçam ao setor de recrutamento para candidatar-se à posição oferecida ou enviem seus dados para análise” (MARRAS, 2005, p.71). O recrutamento interno traz vantagens como a economia nos métodos de recrutamento, rapidez para o preenchimento do cargo, vantagens motivacionais para os funcionários através de um plano de carreira, qualidade para seleção pelo fato do candidato já ser conhecido e por outro lado atrai desvantagens através das competições motivadas por conflitos de interesses, a estagnação da rotina (MARRAS, 2005 p.72). 2.3.2.2 Externo Busca candidatos no mercado de trabalho, para divulgação da oferta do emprego. “O recrutamento externo atua sobre candidatos que estão no MRH, portanto fora da organização, para submetê-los ao seu processo de seleção pessoal” (CHIAVENATO, 2005, p.113). O recrutamento externo tem a vantagem de trazer pessoas com habilidade e experiências novas, ou seja, possíveis talentos e tem como desvantagem que o processo é mais oneroso financeiramente para a empresa, é mais demorado e a diminuição da certeza do acerto da contratação, visto se tratar de pessoa desconhecida. 2.3.2.3 Recrutamento misto Por último, porém não menos importante, tem-se a opção de recrutamento misto em que, como o próprio rótulo sugere, a organização usufruirá algumas vantagens de realizar internamente tais atividades e outras oriundas da forma externa. Pode-se até arriscar dizer que as organizações em geral não se utilizam somente do recrutamento e seleção internos ou externos. Aliás, estes não são excludentes, pelo contrário, “se complementam e se completam” (ZOUAIN, (2003), apud ARAÚJO e GARCIA, 2009). 2.4 SELEÇÃO DE PESSOAS Segundo Chiavenato (2005), seleção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar na 46 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 organização: aquelas que apresentem características desejadas pela organização. Marras (2000), diz que Seleção de Pessoal é uma atividade de responsabilidade do sistema de Administração Recursos Humanos (ARH), que tem por finalidade escolher, sob metodologia específica, candidatos a emprego recebidos pelo setor de recrutamento, para o atendimento das necessidades internas da empresa. 2.4.1 O Processo de Seleção Segundo Marras (2000), todo o processo de seleção de pessoal baseia-se fundamentalmente na analise comparativa de dois campos: Exigência do cargo: são as características que o cargo exige do profissional em termos de conhecimento, habilidades e atitudes para o bom desempenho das funções. Características do candidato: É o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que cada candidato possui para desempenhar as suas tarefas. Compõem-se de trabalhos de prospecção ou coleta de informações e dados de cada indivíduo, em particular, na tentativa de conhecê-lo extrínseca e intrinsecamente. Para possibilitar essa análise dos indivíduos, o selecionador dispõe de dois instrumentos que são: a) Entrevista de seleção; b) Testes diversos de seleção. Ainda de acordo com Marras (2000), o processo de entrevista estruturada na seleção de pessoal apresenta-se dividido nas seguintes fases: Apresentação > Preparo > Coleta de dados > Analise comportamental > Concessão de informações > Aplicação de testes > Analise global > Laudo final 3 METODOLOGIA O tipo de pesquisa utilizada foi a descritiva. Que tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2010). Iniciou-se a pesquisa através de levantamento bibliográfico, que segundo Gil (2010, p.1): É o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. Pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos e técnicas de iniciação científica. Sobre o assunto, Gonçalves (2014, p.58), diz também que “é o primeiro passo em qualquer tipo de pesquisa, sua finalidade é conhecer as diferentes contribuições cientificas sobre o assunto que se pretende estudar”. Também é em estudo de caso que segundo Gonçalves (2014, p. 43), “estudo de caso é o método que originou o trabalho monográfico que hoje conhecemos. Foi elaborado por Frederico Le Play, e preocupa-se em executar um estudo aprofundado e exaustivo sobre determinado assunto, buscando sua generalização”. 47 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A coleta dos dados foi realizada através de entrevista que de acordo com Andrade (2003, p. 146), apud Gonçalves (2014, p.71), “é uma técnica muito utilizada na pesquisa de campo, constituindo-se em um instrumento eficaz para o recolhimento de dados fidedignos para a elaboração de uma pesquisa”. A entrevista foi na forma estruturada que segundo Marconi e Lakatos (1999, p. 9596), apud Gonçalves (2014, p. 71), afirmam que: É aquela que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas. Marras (2000), diz que entrevista estruturada cujo processo baseia-se num método previamente planejado do ‘que’ e ‘como’ fazer ao longo de todo o tempo da entrevista. Essa coleta foi feita também através de observação na empresa que segundo Gil (2010 p.121): A observação é uma técnica de pesquisa que pode assumir pelo menos três modalidades: espontânea, sistemática e participante. Observação espontânea o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, é indicada para estudos exploratórios, pois aproxima o pesquisador com o fenômeno pesquisado. Observação sistemática para estudos de casos descritivos. Observação participante consiste na participação real do pesquisador na comunidade ou na organização ou no grupo que é realizada a pesquisa. Os dados foram analisados através dos confrontos entre teoria e a realidade da empresa. 4 RESULTADO E DISCUSSÕES 4.1 EMPRESA O histórico e as diretrizes da empresa, segundo seu site: a REFIMOSAL Refinação e Moagem de Sal Santa Helena Ltda, sucessora da Moagem de Sal Santa Helena Ltda., foi fundada em 1977 pelo sócio majoritário falecido Severino Praxedes Sobrinho, com atividade principal de "Preparação de Sal para alimentação", beneficiamento do sal desde extração até o refinamento, embalagem e acondicionamento. Sucedida pelos seus filhos Evandro Praxedes, Conceição Praxedes e Socorro Praxedes, nas diretorias Comercial/Produção, Financeiro e Administrativo, respectivamente. Com o passar dos anos, surgiu à necessidade de modernizar o sistema produtivo, quando a empresa substituiu totalmente a estrutura de máquinas, equipamentos e alvenaria antigos por uma refinaria moderna. O referido sistema proporcionou à REFIMOSAL, um lugar de destaque com vantagem competitiva em relação à concorrência. Outro ganho com esse processo foi à redução dos impactos ambientais, questão bastante preocupante atualmente. O investimento trouxe muitos resultados positivos, como o aumento na capacidade produtiva mensal e melhoria significativa no padrão da qualidade do sal, pois a nova estrutura possibilita um rigoroso acompanhamento do processo através de analise de dosagem de iodo, antiumectante, granulometria e microscopia, realizada em um laboratório de controle de qualidade do sal instalado em dependências da empresa, garantido que os produtos saiam em 48 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 conformidade com os requisitos de qualidade exigidos pelos clientes e legislação vigente. A REFIMOSAL destaca-se pelo atendimento às necessidades do mercado por um produto de maior padrão de qualidade, produzido por tecnologias pioneiras no ramo salineiro, o que fez com que em pouco tempo ela ganhasse destaque e se tornasse uma das maiores e mais modernas empresas de beneficiamento de sal marinho do país. Com uma estrutura cada vez mais moderna, a REFIMOSAL atende a todas as regiões do país, abastecendo com sua diversidade de produtos, indústrias alimentícias, têxtil, química, farmacêutica, curtumes, frigoríficos, pecuária, charqueadas, etc. Produz várias marcas próprias de sal, dentre as principais marcas, já bastante consolidadas em todo paí-s, estão o Sal Marfim®, Sal Pluma®, Sal Mimosal®, Sal Têxtil® e Sal Durebanho®, além de terceirizar grandes marcas nacionais, como Sal Globo® e Zaeli®. A missão da empresa consiste em: Ser uma empresa que contribui de forma responsável para atender o mercado consumidor de sal em um segmento diferenciado nos critérios da qualidade do produto e dos serviços disponibilizados, participando com responsabilidade socioambiental do crescimento da região e do país onde atuamos, com objetivos claros para busca de resultados que nos permita crescer de forma gradual e sustentada. A visão: Tornar-se referência em qualidade de serviços, produção e comercialização dos diversos tipos de sal regulamentados nacional e internacionalmente. 4.2 RESULTADO DA ENTREVISTA Após analise realizada junto à empresa constatou-se que a mesma possui dois setores para recrutamento e seleção, “quando o correto segundo as teorias aplicadas é a centralização dos processos a cargo de um gerente de recursos humanos, sugere-se unificação”. O primeiro é o escritório central onde se recrutam e selecionam pessoas para serviços gerais, contabilidade, faturamento, contas a pagar, contas a receber, compras, setor de qualidade e almoxarifado central, a pessoa que faz esses processos é a diretora administrativa. O segundo é o setor de produção, esse, recruta e seleciona o operacional da fábrica, o responsável por esses processos é o gerente de produção. Aplicou-se uma entrevista estruturada, para ambos os gestores, para avaliação das formas de recrutamento e seleção da empresa de forma qualitativa. Constatou-se que a forma de recrutamento executado pela gestora administrativa é através de banco de dados internos, indicações, escolas, universidades, cursos e etc.; Segundo Marras, 2000. “As fontes de recrutamento são as instâncias que devem ser exploradas na busca de recursos humanos para abastecer o processo seletivo da empresa”. Fonte deste recrutamento é considerada muito conveniente para empresa; sobre os benefícios para atrair o candidato para recrutamento, foi respondido que não é oferecido nenhuma das alternativas sugeridas. O Gestor de produção respondeu que a forma de recrutamento é através dos próprios funcionários da empresa ou indicações. Segundo Chiavenato (2005) “Tal como acontece com o processo de comunicação, o recrutamento é um processo de duas mãos: ele comunica e divulga oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os candidatos para o processo seletivo” sugere-se outras fontes de recrutamento, como, cartazes (internos e externos), sindicatos ou associações, 49 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 escolas, universidades ou cursos, agência de emprego e mídia; quanto à fonte de recrutamento na área produtiva é considerada muito insuficiente. No processo de seleção, a gestora diz que existe teste para a seleção de pessoal e este é de conhecimento ou capacidade, como também dinâmica de grupos, corrobora com o que Marras (2000), diz: “Os candidatos são reunidos numa sala onde, sob a coordenação de um profissional especializado e alguns assistentes (observadores), serão submetidos a um exercício ou teste situacional que permita avaliar as ações e reações de cada um com relação a um perfil esperado”. Sobre o método de entrevista é a não-estruturada e esse método é considerado muito conveniente; Segundo Marras (2000) a entrevista nãoestruturada, “apenas procura registrar fatos e informações decorrentes do encontro, deixando o rumo da entrevista ao sabor dos acontecimentos e do momento”; por outro lado, no geral considera moderadamente conveniente essa conduta de seleção; ao final acha muito conveniente o investimento no processo de recrutamento e seleção. O gestor de produção não faz teste de seleção. Segundo Marras (2000) “teste de seleção é um dos instrumentos acessórios à entrevista. É decisão do entrevistador realizar ou não certos testes no candidato e, a princípio, essa decisão está relacionada com o tipo de entrevista executado, o tipo de dúvidas encontradas durante a entrevista e a metodologia do entrevistador”; o método de seleção utilizado pelo gestor, na empresa, é a entrevista nãoestruturada; acha muito conveniente esse método de seleção; como também os processos de recrutamento e seleção para atrair talentos para empresa; outro ponto importante na resposta deste gestor é que o mesmo considera que a empresa precisa investir nos processos de recrutamento e seleção. Analisa-se que os gestores admitem que é importante um maior investimento nesses processos, para com isso atrair mais talentos para empresa. 4.3 SUGESTÃO DE METODOLOGIA DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO 4.3.1 Recrutamento Após entrevista realizada com a gestora administrativa da empresa, sugere-se que esse processo seja centralizado a cargo de um gerente de recursos humanos, sobre as fontes para esse recrutamento propõe-se: agencias de emprego, mídia (anúncios, classificados, rádio, televisão e etc.), consultorias e a criação de um banco de dados internos. 4.3.2 Seleção Em continuação a entrevista concedida pela gestora, sobre o processo de seleção de pessoas na empresa, sugere-se também que esse processo seja centralizado a cargo de um gerente de recursos humanos. Sobre a forma de seleção propõe-se: iniciar com uma entrevista estruturada, a partir daí aplicar um teste de conhecimento para avaliação das habilidades e competências para as exigências do cargo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Recrutar e Selecionar não tomando os cuidados aqui expostos, é o mesmo que atropelar pequenos passos, que posteriormente, trarão como consequências o comprometimento da qualidade da própria empresa. "Escolha do candidato certo ao cargo certo" (Chiavenato, 2005). 50 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O objetivo desse trabalho consiste em fornecer uma nova metodologia para os processos de recrutamento e seleção da empresa, o mesmo foi alcançado através da sugestão de novos procedimentos para a área em questão. A título de recomendação: acredita-se que o melhor caminho para a empresa conseguir os melhores profissionais do mercado é a padronização dos processos de recrutamento e seleção entre os setores de administração e produção. Ou seja, a unificação dos procedimentos para a empresa como um todo. Além disso, contratar um profissional de recursos humanos com experiência em gestão de pessoas que possa implementar as ações sugeridas. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luís César G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: Gestão de pessoas, o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. DOMINGOS, Marcos. Algumas considerações sobre os processos de recrutamento, seleção de pessoas e avaliação desempenho e sua interface com segurança da informação. 2009. disponível em: http://www.fapem.edu.br/arquivos/Revista/1%20Edicao/Artigo%20%20Algumas% 20considera%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20os%20processos.pdf, Acesso em: 25/03/2015. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. GONÇALVES, Hortência de Abreu. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. 2. ed. São Paulo: Avercamp, 2014. HISTÓRICO E DIRETRIZES DA EMPRESA. Disponível http://www.refimosal.com/empresa.php. Acesso em: 05 de maio 2014. em: MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos do estratégico ao operacional. 9. ed. São Paulo: Futura, 2000. 51 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RESUMOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE AMBIENTAL: COMO PORTA DE ENTRADA PARA UM MERCADO COMPETITIVO. Alexsandro Ferreira da Silva - [email protected] José Lucas Chagas Saldanha - [email protected] Márcio Wescley Martins - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Junior [email protected] INTRODUÇÃO O maior desafio, para qualquer empresa é a questão ambiental, desta forma tem que relacionar o crescimento econômico com a preservação ambiental. Para RIBEIRO & MARTINS (1998; p.5) dizem que as demonstrações contábeis podem ser o canal adequado para tais evidencias, principalmente porque nestes estão contidos todas as informações pertinentes à situação patrimonial e desempenho da empresa em um determinado período. Neste sentido as empresas têm que buscar uma estrutura ambiental solida juntamente com a contabilidade ambiental, utilizando como forma estratégica para o crescimento econômico. Assim o trabalho tem como objetivo geral, apresentar a importância da contabilidade ambiental como crescimento e valorização econômica. É objetivo mais especifico relacionar o desenvolvimento empresarial com a contabilidade ambiental. METODOLOGIA O presente utiliza-se do método de pesquisa bibliográfica, extraindo assim dos livros, artigos, sites acadêmicos entre outros, Segundo Strauss & Corbin (1998), o método de pesquisa é um conjunto de procedimentos e técnicas utilizados para se coletar e analisar os dados. O método fornece os meios para se alcançar o objetivo proposto, ou seja, são as “ferramentas” das quais fazemos uso na pesquisa, a fim de responder nossa questão. O mesmo tem caráter qualitativo que de acordo com Strauss e Corbin (1998, p.10-11) definem pesquisa qualitativa como: ... qualquer tipo de pesquisa que produz descobertas não obtidas por procedimentos estatísticos ou outros meios de quantificação. Pode se referir à pesquisa sobre a vida das pessoas, experiências vividas, comportamentos, emoções, sentimentos, assim como funcionamento organizacional, fenômenos culturais e interações entre as nações (...) e a parte principal da análise é interpretativa. 52 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERENCIAL TEÓRICO A Contabilidade Ambiental surgiu em 1970, quando as empresas passaram a dar um pouco mais de atenção aos problemas do meio ambiente. Contabilidade Ambiental é a contabilização dos gastos e mutações patrimoniais, que o desenvolvimento de um produto, ou serviço, pode trazer ao meio ambiente. É um conjunto planejamentos para desenvolver um projeto, levando em conta a preocupação com os recursos naturais. Para MAIOR (2001; p. 1), a ideia de fazer uma contabilidade ambiental dentro das empresas, ou seja, medir gastos e recursos para a produção de bens de consumo veio com a crise do petróleo, em 1974, quando o produto chegou a um altíssimo custo e estava em escassez. Na época, as pessoas entenderam que não é porque uma matéria-prima é um recurso natural que ela vai durar para sempre. A conscientização foi ainda mais reforçada quando o Clube de Roma, um grupo formado por cientistas de todos os países, preocupados em estudar o futuro do mundo, divulgou um relatório chamado "Limites de crescimento", que mostrava que se continuasse não existindo uma preocupação com a natureza por parte das pessoas e das empresas, o mundo entraria em estado de emergência mais rápido do que se esperava. Essa mudança se desenvolveu ao longo dos anos e a na atualidade a necessidade de se ter um controle dos fenômenos ambientais dentro de um processo produtivo de uma entidade através de contabilidade se torna cada vez maior, tanto para a preservação dos recursos naturais, do meio ambiente quanto para as mesmas se manterem regulares perante aos órgãos fiscalizadores que hoje existem especificamente para essas questões. CONCLUSÃO Observou-se ao longo do desenvolvimento desta pesquisa, que a contabilidade ambiental é muito importante para as empresas que se preocupa com a questão ambiental, principalmente com os prejuízos e benefícios. Resultando as empresas a execução em sua gestão da preservação ambiental natural, por meio da eficácia dos modelos contábeis que efetua um controle dos fenômenos ambientais dentro de um processo produtivo. A acomodação dessa contabilidade nas empresas faz também grandes oportunidades por meio de conquistas competitivas, num mercado que está cada vez mais concorrido, além de colaborar com as regularizações fiscais. Como resultado, a Contabilidade Ambiental coopera com a sustentabilidade do mundo, aonde vimos nos dias atuais a grande preocupação com o meio ambiente e também como o futuro que será deixado para nossas gerações. Somando assim uma diminuição dos danos ambientais, dessa forma trazendo benefícios, e provavelmente trará contribuições para grandes oportunidades de negócios. REFERÊNCIAS ANTONIUS, P. A. J. A exploração dos recursos naturais face à sustentabilidade e gestão ambiental: uma reflexão teórico-conceitual. BelémPA: NAEA, 1999. 30 p. 53 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 MAIOR, Gustavo Souto. Contabilidade ambiental. http://www.suspiros.com.ecologia : Acessado em 19/05/2015 as 10:35. RIBEIRO, Maisa de Souza, MARTINS, Eliseu. Ações das empresas para a preservação do meio ambiente. Boletim nº 415 da ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas, 28/09/98, p. 3-5. Strauss, A. , Corbin , J. (1998). Noções básicas de Pesquisa Qualitativa: Técnicas e Procedimentos para o Desenvolvimento da Grounded Theory. 2 ed . Thousand Oaks: Sage. 54 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A IMPORTÂNCIA DA PERÍCIA CONTÁBIL NA SOLUÇÃO DE LITÍGIOS PROCESSUAIS. Ana Laíse Duarte Rodrigues - [email protected] Andrhé Luiz Duarte Rodrigues - [email protected] Diego Rafael Pereira de Medeiros - diegorafael100@hotmailcom Orientador: Carlos Alberto de Souza Soares [email protected] INTRODUÇÃO A perícia contábil é uma das áreas de aplicação das ciências contábeis, exercida pelo bacharel em Ciências Contábeis, o contador, devidamente registrado em órgão de categoria, o Conselho Regional de Contabilidade-CRC. Cumprindo as exigências judiciais que possa trazer à verdade real demonstrada de maneira técnico/cientifico as decisões judiciais ou extrajudiciais. O trabalho é minunciosamente elaborado e revisado, o seu compromisso com a verdade, a moral e a ética são o lastro que alicerça essa função. A perícia contábil é utilizada principalmente para esclarecer litígios em processos judicias que envolvam pessoas e/ou patrimônio. Justifica-se pela necessidade de se fazer um levantamento sobre o tema e, dessa forma, mostrar a importância de se fazer à perícia contábil, cumprindo exigências judiciais, trazendo as verdades reais dos fatos. O objetivo geral, Analisar a importância da perícia contábil na solução de litígios processuais. De forma especifica estudar e compreender quando se faz necessário a pericia contábil utilizando as ferramentas necessárias para esclarecer os fatos. METODOLOGIA Origem qualitativa e descritiva, utilizada a pesquisa bibliográfica de onde foram retirados os fundamentos teóricos para o presente estudo. RESULTADOS Segundo Santos (2011, p. 5), Pericia é a verificação dos fatos ligados ao patrimônio individualizado visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma, todo e qualquer procedimento necessário à opinião. Litígio também conhecido como a posição de interesses, ocorre entres as partes interessadas em determinados negócios. Cada um defende critérios próprios de acordo com sua conveniência. Sua conclusão se dá por meio da elaboração de um laudo pericial que descriminará os interesses das partes em oposição, ao mesmo tempo, colocará a questão em seus justos termos. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos sugeridos a levar instância decisória informações de prova necessárias a ajudar em uma solução justa do litígio ou constatação de um fato, mediante de um 55 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 laudo pericial ou parecer pericial contábil, conforme as normas jurídicas e profissionais, e a legislação especifica no que for relacionada, pois o perito contábil tem como objetivo levantar elementos de provas e subsidiar a emissão do laudo ou parecer. CONSIDERAÇÕES Com base no assunto abordado, observa-se que a perícia contábil necessita constantemente de aprimoramentos, ela vem atraindo cada vez mais a atenção dos profissionais de contabilidade. O perito contábil, contratado pelas partes ou indicado pelo juiz para fazer laudos sobre um determinado caso, pois o mesmo reflete de forma clara e imparcial, fatos técnicos analisados, transferindo para a instancia decisória, resultado em beneficio social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, Franklin Cavalcante. Perícia Contábil. 1º Ed. Recife: Clube de Autores, 2011. ZANLUCA, Júlio César. Perícia Contábil Judicial. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/periciacontabiljudicial.htm> Acesso em 18 de maio 2015. 56 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 PARTICIPAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁBIL NA CONSCIENTIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Maria Angélica Evangelista de Alexandria - [email protected] Augusto Vinícius do Nascimento Noronha - [email protected] Daniel Felix Xavier - [email protected] Orientador: Ms. Maurilio Alves de Melo [email protected] INTRODUÇÃO O contexto econômico atual é caracterizado pela dinâmica no fluxo de informações, o qual exige profissionais bem capacitados, competentes e atualizados com o contexto dinâmico mundial. A sonegação fiscal já se tornou uma prática em termos normais no Brasil, tornando-se cada vez mais fundamental a conscientização tributária por parte dos contribuintes. Diante das circunstâncias, o profissional contábil pode ser considerado como o elemento mais capacitado para nortear este processo de conscientização. Objetiva-se neste estudo, constatar a contribuição dos contadores em referência à conscientização tributária e como eles influenciam seus clientes dentro do contexto abordado. Em prol desta temática, torna-se interessante para as empresas terem planejamento e boa gestão tributária, pois pode representar a sobrevivência da organização em seu ambiente de atuação. O Contador tem uma contribuição para isso, se tornando um profissional mais apto para mostrar para os contribuintes a melhor forma de como administrar corretamente seus ônus tributários, visto a proximidade que o contador tem com os seus clientes. A problemática que norteia o estudo é saber a contribuição dos profissionais de contabilidade em prol da conscientização tributaria dos contribuintes a quem eles prestam serviços. METODOLOGIA Este estudo está relacionado ao que se refere à natureza do objetivo. Foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com auxílio de livros, periódicos e sites com publicações sobre conscientização tributaria. A pesquisa bibliográfica tem o intuito de explorar posições diversas em relação a determinado assunto, sendo elaborado com base em materiais já divulgados. RESULTADOS O sistema tributário é constituído de um aglomerado formado e lógico de tributos que compõem e seguem o ordenamento jurídico. De modo que a existência de um sistema tributário impõe como obrigatória a cobrança de tributos, o qual propicia ao Governo o modo adequado de administrar e usufruir dos tributos de acordo com a legislação prevista para fins de desenvolvimento socioeconômico futuro (OLIVEIRA, 2009). A Educação Fiscal tem o intuito de conscientizar a população quanto à deficiência de subsídio do Estado através da arrecadação de impostos, os cidadãos têm como dever, pagar os impostos devidos que lhe cabem e o direito de acompanhar sua empregabilidade (RAMOS, 2011). Observa57 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 se que a crescente necessidade de conscientização dos cidadãos em relação ao pagamento dos tributos se dá pela sonegação que existe no Brasil. Com relação à contribuição, é importante que se faça de forma menos impositiva e mais espontânea pelos contribuintes respeitando sempre a legislação imposta. (IUDICIBUS; POHLMANN, 2007). Os conceitos de conscientização tributária e responsabilidade social e fiscal tem uma relação mútua com a classe contábil, o contador tem um papel importante no processo de conscientização das empresas e da sociedade a respeito da contribuição responsável e consciente, resultando no exercício da responsabilidade fiscal e social por estes profissionais. Porém, cabe destacar que a consciência fiscal e social deve ser uma questão básica para todos os cidadãos, independente da profissão exercida (MERLO; PERTUZATTI, 2005). Conscientizar significa, antes de qualquer coisa, informar. Deixar claro para a sociedade qual o valor social do tributo e a importância do engajamento de cada indivíduo para um melhor funcionamento da vida humana, dos grandes contingentes populacionais que é, sem dúvida, de grande importância (SAYEG, 2003). A conscientização tributária pode representar um ponto de partida para a constituição do caráter de cidadão como uma das formas eficazes de atender as demandas sociais, com maior controle sobre o setor público (MERLO; PERTUZATTI, 2005). O contador atua diretamente junto dos contribuintes atingidos pelo processo. Por este motivo, que o referido profissional se torna o elemento indicado para agregar valor em prol da conscientização tributária, conduzindo os contribuintes a agirem de forma natural e consciente. Conclui-se então que a visão do contador de hoje não se restringe somente à técnica, seu papel na sociedade mostra-se muito mais amplo, com intuito de buscar essa conscientização tributária corroborando com as leis regentes e, além disso, o profissional contábil, também estará realizando sua função de responsabilidade social. (MERLO; PERTUZATTI, 2005). CONCLUSÃO Perante o que foi exposto, foi constatada a crescente necessidade de conscientização da sociedade com relação ao pagamento dos tributos, para que a contribuição seja realizada de maneira responsável pelos contribuintes, visto que a sonegação fiscal é um fenômeno instalado no Brasil. Diante das circunstâncias, o profissional contábil será um dos disseminadores mais adequado para orientar o processo de conscientização tributária dos contribuintes, pois tem o conhecimento da legislação tributária e atua em contato direto com os principais envolvidos no processo de contribuição. No âmbito global, o estudo destaca para um progresso no processo de conscientização tributária ampliando ainda a temática. O resultado mostra que os profissionais da classe contábil têm conhecimento do processo de conscientização, assumem o papel na condução deste processo e exercem a responsabilidade social e fiscal agindo em prol da conscientização tributária dos seus clientes. REFERÊNCIAS IUDÍCIBUS, Sérgio de; POHLMANN, Marcelo Coletto. Classificação interdisciplinar da pesquisa tributária. Revista de Contabilidade da UFBA, Bahia, v. 1, n. 1, p. 30-47, set./dez. 2007. MERLO, Roberto Aurelio; PERTUZATTI, Elizandra. Cidadania e responsabilidade social do contador como agente da conscientização tributária das empresas e da 58 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 sociedade. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 5ª, 2005, São Paulo. Anais...São Paulo: Atlas, 2005. OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. - RAMOS, Joana Margarida de Sousa Pereira. Artigo sobre “Educação Fiscal como ferramenta: Impacto da ausência da educação fiscal”. ISCA Dissertações de Mestrado, Coimbra, 2011. SAYEG, Roberto N. Sonegação tributária e complexidade. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 2, n. 1, jan./jun. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S16766482003000100010&script=sci_arttext. Acesso em: 19/03/2015. 59 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONTRIBUIÇÃO DA AUDITORIA INTERNA PARA AS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS Ariane Pereira de Souza - [email protected] Aratusa Kaliana de Oliveira Lima - [email protected] Caio Samon Alves Castro - [email protected] Ms. Maurilio Alves de Melo [email protected] INTRODUÇÃO Atualmente as organizações estão inseridas em um mercado competitivo e sem fronteiras, o qual tem exigido dos gestores decisões cada vez mais complexas quanto ao alinhamento das práticas operacionais e estratégias empresariais, sobretudo, das empresas privadas. Tais fatores têm contribuído para tornar os procedimentos de auditoria interna importantes para as organizações que anseiam por controles e rotinas mais eficazes. A auditoria interna proporciona aos administradores informações que possibilitam o conhecimento e controle das rotinas que envolvem todas as áreas, desde os setores produtivos aos administrativos. Para isso, os modernos sistemas de contabilidade, contribuem para filtrar as informações e torna-las seguras e confiáveis para o processo decisório (ATTIE, 1998). Portanto, auditoria interna é um conjunto de procedimentos técnicos que dar suporte aos investidores, administradores e acionistas, passando segurança através da eficiência e eficácia das informações e resultados organizacionais (CREPALDI, 2004). Espera-se com isso, contribuir para ampliar a compreensão dos pesquisadores, gestores, administradores e investidores, esclarecendo que auditoria interna é uma importante ferramenta de apoio administrativo com o propósito de melhores resultados organizacional. MEDOTOLOGIA O presente trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com auxilio de livros e sites com publicações sobre auditoria e auditoria interna, tendo como embasamento principal o livro Auditoria: conceitos e aplicações de Attie (2010) e Auditoria contábil: teoria e prática de Crepaldi (2004). Para os resultados desta pesquisa foram levantados os achados entre o período de 2005 a 2014, perfazendo um total de 12 publicações, com o propósito de relatar o que cada publicação menciona sobre o tema em questão. De acordo com Gil (2010), a pesquisa bibliográfica tem o intuito de explorar posições diversas em relação a determinado assunto, sendo elaborado com base em material já divulgado. De acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 166), pesquisa bibliográfica “é toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses e material cartográficos”. Gil (2010) evidencia ainda, a utilização de artigos científicos na elaboração desta pesquisa. Marconi e Lakatos (2010) ressalta que, a pesquisa bibliográfica favorece o estudo de um tema através de uma nova visão e não a simples copia de algo já inscrito ou discutido sobre este tema. Logo, a realização de uma pesquisa bibliográfica é uma ferramenta de inicio para qualquer tipo 60 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 pesquisa, pois procura instruir e argumentar um tema ou um problema com apoio em referências teóricas. RESULTADOS O presente estudo constatou que com a evolução do sistema capitalista, a prática de atos fraudulentos vem acontecendo cada vez mais constantes dentro das organizações causando prejuízos para as mesmas. Os resultados mostram que a auditoria interna além ser de um instrumento capaz de revelar erros, falhas e fraudes organizacionais, fundamentalmente é uma ferramenta de apoio a gestão, pois indica sugestões, soluções preventivas e educativas, antecipando fatos, visando à eficiência e eficácia dos controles internos da empresa, contribuindo para o crescimento da organizacional e empresarial, visando à missão da entidade como um todo. CONCLUSÃO O presente estudo teve como objetivo principal analisar quais as contribuições da auditoria interna para a gestão das organizações privadas. Inicialmente, buscouse apontar quais as influencias do desenvolvimento da auditoria interna. Em seguida, foram averiguadas as principais finalidades e vantagens da auditoria interna para administração, bem como, sua importância para o controle interno e processo de tomada de decisões. E por fim, a análise dos achados, quais mostram que auditoria interna é uma ferramenta importante nos processos organizacionais em vários aspectos. A prática de auditoria quando bem aplicada, pode ensejar o desenvolvimento da sensibilidade dos administradores para diagnosticar problemas e fomentar sua gestão. Isto melhora o desempenho de seus funcionários e do trabalho de auditoria, além de influenciar, positivamente, no funcionamento geral da organização. Evidenciou-se também, que os serviços de auditoria interna trazem maior segurança a suas informações contábeis e gerencias que sustentam as tomadas de decisões. Cabe ressaltar que este estudo não teve pretensão de esgotar o assunto “contribuição da auditoria interna para a gestão das organizações privadas”, uma vez que o assunto é bastante amplo, servindo somente como um instrumento de compreensão para gestores, administradores, investidores e pesquisadores para estudo e desenvolvimento de pesquisas futuras. O estudo apresenta como limitação o desconhecimento do universo da pesquisa, uma vez que não houve uma busca exaustiva que permitisse alcançar a totalidade de estudos do tema em questão. REFERÊNCIAS ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998. CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e pratica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. PEREIRA, A. Contribuição da auditoria interna para a gestão das organizações privadas: um estudo teórico. Trabalho de Conclusão de curso, Mossoró, 2014. 61 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE PERÍCIA CONTÁBIL E SUAS ESPÉCIES Camila Carla de Souza - [email protected] Suyana Kaline de Sousa Cunha - [email protected] Jailka Kesse da Silva Alves - [email protected] Carlos Alberto de Souza Soares [email protected] INTRODUÇÃO Segundo Sá (2000) a Perícia Contábil é a averiguação de ocorrências atreladas aos bens particularizados, dispondo-se a fornecer pareceres, em conformidade com a demanda sugerida. E, para tal apreciação efetivam-se análises, inspeção, inquirições, buscas, ponderações, arbitramentos, sobre os procedimentos que se fazem necessários um julgamento. Neste mesmo sentido, Ornelas (2000) complementa, limitando a definição respectiva ao campo da contabilidade como sendo a Perícia Contábil, uma das evidencias técnicas disponíveis para as pessoas físicas ou jurídicas, servindo de prova para determinados fatos ou de questões contábeis contestáveis. Desenvolver um trabalho de maneira resumida, porém, que contenha informações precisas e de fácil interpretação, com o intuito de auxiliar os leitores e interessados sobre o assunto tomarem conhecimento relativo à definição de Perícia Contábil, bem como suas espécies e utilidade. Mediante essa abordagem, estabeleceu-se o seguinte problema: Quais as espécies de Perícia Contábil e suas finalidades? Como objetivo geral, têm-se o seguinte: propiciar informações necessárias para uma melhor compreensão sobre as espécies de perícia contábil e a finalidade de cada uma. E como objetivos específicos: definir o que é perícia contábil; qual é o seu objetivo e quais as atividades fazem parte do contexto de cada tipo de perícia contábil. Palavras-chave: Contabilidade. Perícia Contábil. Perito contador. METODOLOGIA O presente estudo, conforme Prodanov (2013) está classificado quanto aos fins como sendo exploratório e sob a perspectiva dos procedimentos técnicos, como bibliográfico. Ainda em conformidade com este mesmo autor, a pesquisa exploratória é quando esta se acha na etapa inicial e objetiva proporcionar informações sobre o assunto abordado, relatando suas definições; e a pesquisa bibliográfica trata-se daquela que é desenvolvida baseando-se em materiais já preparados, como por exemplo: livros, revistas, jornais, teses, dissertações, artigos científicos, entre outros. RESULTADOS De acordo com Simões (2012), as espécies de Perícia contábil, definidas de acordo com sua finalidade de atuação, estão especificadas da seguinte maneira: 62 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 a. Perícia Judicial: está inclusa nos procedimentos processuais do poder judiciário, por deliberação, solicitação ou indigência de seus procuradores ativos, e se aciona mediante preceitos formais peculiares (Justiça do Trabalho e Justiça Civil, Poder Judiciário). b. Perícia Semijudicial – é concretizada na esfera institucional do Estado, porém fora do poder judiciário, ou seja, no âmbito Policial e no campo da Administração Tributária, Tribunal de Contas. c. Perícia Extrajudicial – a perícia extrajudicial é aquela realizada entre pessoas físicas e privadas, fora do Estado e fora do poder judiciário. d. Perícia Arbitral – é aquela empregada no juízo arbitral, instancia decisória cunhada pela pretensão das partes, tem atributos distintos de agir parcialmente como se judicial e extrajudicial – Tribunais de Mediação e Arbitragem. Assim sendo, pode-se afirmar que cabe ao perito contador - técnico responsável por realizar as análises e emitir os pareceres referentes à circunstância que está sendo analisada -, ter discernimento sobre qual das espécies de perícia contábil, combinada com a sua finalidade, melhor ser aplica ao que esta sendo ponderado. CONCLUSÃO Os artifícios da perícia contábil tem em vista motivar as terminações que serão levadas em consideração no laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e compreendem, absoluta ou parcialmente, conforme a índole e a complexidade do objeto, observação, inspeção, sindicância, procura, arbitração, aferimento, estimativa e convencimento. Muitos são os casos de ações judiciais para os quais se requer a Perícia Contábil, e por esta razão se faz necessária à aplicação do tipo de perícia específica para cada caso, como maneira de provar, tomando base em outros subsídios que corroboram tal afirmativa, como a escrita contábil, os documentos, entre outros. REFERÊNCIAS: ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia Contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000. PRODANOV, Cleber Cristiano et al. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?q=metodologia+cientifica+prodanov&hl=ptBR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholarrt&sa=X&ei=2Md4VP26OoSjNva_gPgC&ved=0 CBgQgQMwAA. Acesso em: 19 de Maio de 2015. SIMÕES, José. Perícia Contábil. Ceará: INEC, 2012. Disponível em: <http://www.salesianolins.br/areaacademica/materiais/posgraduacao/Gerencia_C ontabil_Financeira_e_Auditoria_Turma2011/PericiaContabil2012.pdf>. Acesso em: 19 de Maio de 2015. SÁ, Antônio Lopes. Perícia Contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2000. 63 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O COMPROMISSO DAS ORGANIZAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL E TRANSPARENTE Ana Cely Aquino de Medeiros - [email protected] Danielle Cristina da Silva - [email protected] Caio Aurélio do Rego Honorato - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO Nos dias de hoje a modernização e o desenvolvimento tecnológico ocasionaram inúmeros benefícios a sociedade como, conforto e qualidade de vida, porém geraram degradações ecológicas e problemas sociais e econômicos globais muito evidentes. Com isso a sociedade tem se preocupado bastante no que diz respeito ao meio ambiente e sua preservação, exigindo das empresas um comportamento consciente e saudável. No entanto, crescem o número de exigências em um mercado globalizado e cada vez mais competitivo, que têm levado as empresas a buscarem informações mais atualizadas, tanto no âmbito financeiro como no âmbito social. Diante dessa realidade, ocorrem por parte das organizações uma maior preocupação associada ao conceito de responsabilidade ambiental voltada para a padronização, a análise e a divulgação de informações ambientais. Neste sentido, o desafio proposto ao profissional contábil é que se faça uma contabilidade que corresponda a um modelo ambiental de gestão que seja integrado e competitivo, e que compreenda movimentos econômicos, operacionais e ambientais. METODOLOGIA A metodologia abordada neste trabalho será desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica embasada principalmente em artigos científicos pertinentes ao assunto, promovendo deste modo informações que sirva de apoio para uma breve análise de caráter importante e compreensivo sobre o tema estudado. RESULTADOS O mundo corporativo está investindo em um novo modelo estratégico de gestão para garantir a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida. A inclusão da proteção do meio ambiente tem sido tratado como um dos objetivos das organizações, que implica em um novo conceito de administração. Os trabalhos dos administradores vem ganhando destaque nos assuntos sobre a contabilidade ambiental, envolvendo processos como, os passivos ambientais que estão diretamente relacionados com os danos causados ao meio ambiente. Os contadores têm um papel fundamental nesta perspectiva, uma vez que depende desses profissionais elaborar meios coniventes de incentivar as organizações a implementarem gestões ambientais que possam gerar dados apresentáveis contabilmente nos balanços sociais, além de criar sistemas e métodos de mensuração dos elementos e de mostrar ao empresário as vantagens dessas ações. A Contabilidade não vai resolver os problemas ambientais, mas com a sua 64 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 capacidade de fornecer informações, é possível alertar os vários atores sociais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando, desta forma, na procura de soluções para os problemas ambientais por eles causados. A Contabilidade não pode ficar limitada à escrituração e mensurações quantitativas do patrimônio da empresa. Ela deve estar aberta à evolução tecnológica e às mudanças rápidas do mundo moderno, deve principalmente estar presente na luta pela preservação ambiental, não só buscando satisfazer as necessidades da riqueza da empresa, como também satisfazer com eficácia as necessidades do meio ambiente natural. CONCLUSÃO Por tanto, conclui-se que a participação da contabilidade nesse processo é de extrema importância, uma vez que o profissional contábil torna-se responsável por fornecer informações ricas e privilegiadas, capazes de influenciar positivamente as organizações e contribuir para tomada de decisão. Isto irá promover um interesse maior nas questões ambientais, ajudando as empresas a trabalhar não somente pelas obrigação exigida por leis, mais também por uma causa justa e por uma verdadeira conscientização ecológica. REFERÊNCIAS http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/artigos/contabilidade_ambiental%3 A_relatorio_para_um_futuro_sustentavel,_responsavel_e_transparente.html; Acesso em: 16/05/2015 http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0067_0520_01.pdf; Acesso em: 16/05/2015. http://www.pe.senac.br/ascom/faculdade/IVEncontro/anais/comunicacao/odesenvolvimento-susten-vel-e-a-contabilidade-ambiental-uma-an-lise-dosindicadores-financeiros-de- empresas-participantes-do-ndice-de-sustentabilidadeempres.pdf; Acesso em: 17/05/2015. http://www.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/8/renato_auler.pdf; Acesso em: 19/05/2015 65 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A DEFINIÇÃO DE UMA MISSÃO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA USO EM UMA EMPRESA FAMILIAR RURAL NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN Ana Clara de Souza Silva - [email protected] Emanuela Duarte da Silva - [email protected] Jessyca Rochelly Barbosa Silva - [email protected] Maria do socorro de Freitas Lima - [email protected] Orientador: Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO A missão busca orientar a empresa sobre os valores culturais, seus anseios e objetivos financeiros; orienta o planejamento estratégico de acordo com os esforços centrados na direção que a empresa almeja seguir. Este trabalho de pesquisa tem como objetivo definir a missão como ferramenta estratégica para o desenvolvimento em empresa familiar rural. Como objetivos específicos: conceituar missão e identificar o seu uso na organização rural como estratégia. Palavras-chave: Estratégia; Missão; Empresa Rural. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi estudo de caso, pesquisa de campo e bibliográfica. Foi realizada visita “in loco” na empresa Agrofruta Agropecuária Nascente LTDA, tendo por finalidade a identificação da missão empresarial e como a mesma interfere na estratégia da organização. E para tal avaliação ser complementada e embasada foi aplicado como instrumento de pesquisa entrevista com os gestores da empresa. CONCLUSÃO A missão de empreendimentos rurais com ramo na agropecuária é conceituada como o terceiro passo do planejamento estratégico. Definido objetivo principal de comercialização e/ou produção da empresa e a partir desta afirmação norteia-se as atividades e direciona; devendo esta tomada de decisão ser seguida, almejando o que uma vez já fora tomado como proposito. Deverá ainda, ser clara e precisa com tudo aquilo que se pretende alcançando vantagem competitiva para a empresa rural. REFERÊNCIAS http://www.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/gerenciamento/propriedades-ruraisprecisam-de-planejamento-estrategico-74878n.aspx http://www.strategia.com.br/estrategia/estrategia_corpo_capitulos_missao.htm http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/administracao-rural/planejamentoestrategico-de-propriedades-rurais/ 66 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFLEXO DO ESOCIAL NA PROFISSÃO DE RECURSOS HUMANOS Fábia Cristina da Silva - [email protected] Cleide Regina Batista - [email protected] Suelen Suzanne da Costa Cavalcante - [email protected] Orientador: Maurílio Alves de Mello - [email protected] INTRODUÇÃO: O eSocial, também chamado de EFD-Social, é o principal agente das referidas mudanças tornando-se um novo componente do SPED, responsável pela escrituração digital da folha de pagamento, das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra. A adesão ao novo sistema poderá ter como consequência um departamento de Recursos Humanos mais ágil, em virtude da necessidade de repassar dados em tempo real e integrado com os órgãos citados anteriormente, obrigando as organizações a implementar uma mudança significativa de comportamento, no que diz respeito a gestão de pessoas. Portanto o objetivo desse estudo é analisar os principais impactos do eSocial na profissão de recursos humanos. O profissional de Recursos Humanos atualmente exerce uma tarefa cada vez mais complexa. Se antes era necessário apenas conhecer os processos burocráticos, atualmente é preciso dominar a linguagem dos negócios, pensar adiante para conciliar os interesses da empresa com as regras do eSocial, e se antecipar aos problemas burocráticos. METODOLOGIA Este estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com auxílio de livros, periódicos e sites com publicações sobre eSocial e Recursos Humanos. RESULTADOS O departamento de Recursos Humanos era um setor que cuidava da folha de pagamento e da contratação do profissional, que exigia desse profissional apenas experiência e técnica. Não havia um programa de capacitação continuada direcionado ao profissional da área. Com o crescimento do departamento, esse cenário mudou completamente, sendo atualmente de sua responsabilidade promover, planejar, coordenar e controlar as atividades referentes à seleção, orientação, avaliação de desempenho funcional e comportamental, capacitação, qualificação, acompanhamento do pessoal da organização num todo, assim como as atividades relativas à preservação da saúde e da segurança no ambiente de trabalho da organização (MARRAS, 2011). Com a obrigatoriedade do cumprimento do e-Social, tem-se mais argumentos para buscar a cooperação de outros setores dentro de uma organização, como nos casos de empresas do ramo de Contabilidade (MACHADO; SANTOS, 2014). Por isso, é importante que a própria direção das empresas entenda o impacto da mudança e incentive a criação de um grupo de. Os profissionais responsáveis pela inserção dos dados devem ser treinados de forma a proceder corretamente tais inserções, evitando não conformidades e até mesmo a impossibilidade do envio dos dados no tempo exigido. Logo, a empresa que não se adequar ao eSocial poderá sofrer as 67 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 punições já previstas nas legislações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema do presente trabalho está atualmente em evidência, pois com o projeto eSocial haverá mudanças significativas no departamento de recursos humanos, em virtude da necessidade de repassar dados em tempo real e integrado com os órgãos federais. Assim, através da pesquisa foi analisado como o profissional de RH está se comportando diante das transformações ocorridas na área, tais como utilização de recursos para adequação, dificuldades encontradas e as oportunidades de crescimento profissional. Apesar das mudanças encontradas, constatou-se que os setores de RH acreditam serem essas promissoras para se atingir o sucesso profissional. Constatou-se ainda que através do projeto eSocial os profissionais de RH acreditam na progressão do sucesso profissional, garantindo que as mudanças trazidas resultarão no aperfeiçoamento da profissão, REFERÊNCIAS MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos do Operacional ao estratégico. São Paulo: Editora Saraiva, 2011. MACHADO, Marisa A. Machado; SANTOS, Milena S. Tayano. Departamento de Pessoal Modelo. 3. Ed – São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. O PORTAL do eSocial. Disponível em. Disponível em: < http://www.esocial.gov.br/LancamentoEsocial.aspx>. Acesso em: 20 Mai.2015. 68 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 PERÍCIA CONTÁBIL E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO JUDICIAL Géssica Andrade de Aquino Sousa - [email protected] Sinara Pereira da Silva Oliveira - [email protected] Orientador: Carlos Alberto de Souza Soares [email protected] INTRODUÇÃO O termo perícia vem do latim peritia, é um conhecimento adquirido por experiência, um serviço especializado, com bases científicas, contábeis, fiscais e societárias, que exige do profissional o nível superior, e remarca questões judiciais e extrajudiciais. É utilizado como prova, ou reveladora da verdade em assuntos fisco-contábeis, que tem por finalidade demonstração de um fato ou ato, na qual deve ser efetuada com maior rigidez possível na mais pura expressão da verdade. A importância do perito contábil se dar pelo fato de ele ser essencial para a solução de litígios na justiça. O judiciário recorre ao perito contábil quando o juiz necessita de um laudo profissional especializado ou para atender ao pedido de uma das partes envolvidas no processo. Só a dois tipos de perícia contábil: judicial ou extrajudicial. Na judicial, o perito contador é nomeado por um juiz para analisar uma determinada causa e emitir seu parecer. Na extrajudicial, ela serve para avaliar bens e direitos, cálculos de indenizações, venda e compra de empresas, partilha de bens, liquidação de haveres, divórcio. A perícia é o único meio de prova capaz e eficaz de avaliar as questões materiais que são controvertidas durante a ação. O perito possui um conhecimento notório que desenvolve a ciência contábil, com experiência profissional, pela publicação de obras com valor doutrinário, reconhecido, pelo menos, por um determinado estrato social, que tem interesse no assunto, podendo ser um contador que tem notório conhecimento da ciência e da política contábil ou um indivíduo que adquiriu grande conhecimento. Possui plena autonomia, que mostra a faculdade de conduzir por si mesmo, a liberdade com responsabilidade de escolher livremente as razões do seu persuadimento cientifico e de correntes doutrinarias. Inclui também a formação de uma equipe de colaboradores, de livre escolha, a autossuficiência financeira e a logística operacional do seu escritório. É um fator essencial, na qual o perito tem a opção de escolher as condições, meios operantes, que regem sua conduta e trabalho. A linguagem dos laudos periciais deve ser compatível com a capacidade de quem vai utilizar o laudo. E, caso seja necessário o uso de expressões próprias dos profissionais contábeis, deve utilizar a tecnologia da categoria contábil e a linguagem nacional. Devendo-se evitar, termos equívocos, expressões chulas, termos estrangeiros e conceitos vazios ou não consagrados. O perito é possuidor total de sua independência com relação a entidade, além de plena liberdade de juízo cientifico. Conforme resolução CCFC 1.244/09, perito é o contador regularmente inscrito no registro CRC (Conselho Regional de Contabilidade), que exerce a atividade pericial de forma pessoal, sendo ele grande conhecedor, possuir qualidade e experiência, da matéria a ser periciada. Palavras-chave: Perícia Contábil. Perito contador. Justiça. 69 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 METODOLOGIA A metodologia abordada neste trabalho será desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica embasada principalmente em artigos científicos pertinentes ao assunto, promovendo deste modo informações que sirva de apoio para uma breve análise de caráter importante e compreensivo sobre o tema estudado. CONCLUSÃO Em decorrência da análise sobre a importância da perícia contábil, podemos demonstrar, resumidamente, os aspectos da elaboração das provas, do trabalho dos peritos, quer seja o nomeado quer seja o indicado, além do objetivo da perícia, que é o de demonstrar a verdade real dos fatos/atos alegados, dando assim claridade do raciocínio logico contábil. REFERÊNCIAS MAGALHÃES, Antônio de Deus F. et all. Perícia contábil: uma abordagem teórica, ética, legal, processual e operacional. 7ª Ed., São Paulo: Atlas, 2009. MILHOMENS, Jônatas. 1982. A prova no processo. Rio de Janeiro: Forense. p. 1-25. ORNELAS. Martinho M. G. 2000. Perícia Contábil. 3 ed. São Paulo: Atlas. 159 p. NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil comentado e Legislação Extravagante. 14ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. PIRES, Marco Antônio Amaral. Laudo pericial contábil. 4ª Ed. Curitiba: Juruá, 2013. 70 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA A GESTÃO DAS EMPRESAS NO AUXÍLIO À TOMADA DE DECISÃO João Vianei Tupinambá Júnior - [email protected] Karla Cibele Maia Tupinambá - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO A contabilidade gerencial está conferida a várias técnicas e procedimentos contábeis úteis à administração, no qual possui como objetivo especial facilitar o planejamento, avaliação de desempenho e controle dentro da organização e para assegurar o uso apropriado de seus recursos (PADOVESE, 2000). Compartilhando dessa mesma visão Garrison (2007) afirma que a Contabilidade Gerencial preocupa-se mais com o futuro, dá menos ênfase à precisão, enfatiza segmentos de uma organização (em lugar da organização como um todo), e não é governada por princípios contábeis aceitos, além de não ser obrigatória Garrison (2007). Palavras-chave: Perícia Contábil, Perito Contador e Organização. Contabilidade Gerencial. JUSTIFICATIVA Este trabalho visa desenvolver um estudo sucinto e exploratório sobre a importância da Contabilidade Gerencial para a gestão das empresas, tendo em vista que a mesma auxilia no processo de tomada de decisão, facilitando assim a atuação dos administradores. PROBLEMA Diante desse contexto, buscou-se responder à problemática: Qual a importância da qualificação técnica do perito contador? OBJETIVOS O presente trabalho possui como objetivo geral: identificar a qualificação necessária para se exercer a profissão de perito contábil. E como objetivos específicos: definir as qualificações técnicas de um perito contador; relatar quais as atividades exercidas por ele e por fim, verificar a importância de possuir uma boa formação acadêmica e experiência, para que se exerça com eficiência e eficácia essa função. 71 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 METODOLOGIA O presente estudo classifica-se, do ponto de vista da abordagem do problema, como qualitativo e, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, como bibliográfico. De acordo com Marconi e Lakatos (2004), a pesquisa qualitativa analisa e interpreta aspectos mais profundos, descrevendo a complexidades do comportamento humano. Segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em materiais já elaborados, principalmente livros e artigos científicos. RESULTADOS: A contabilidade gerencial esta ligada à área de controle e gestão, servindo como apoio gerencial e propiciando informações para os executivos, que são responsáveis pela administração e comando das operações organizacionais, além de possibilitar ao gestor, um direcionamento, para que este conduza com eficácia seu negócio (PADOVEZE, 2000). Assim sendo, partindo desse pressuposto, fica conhecido que a contabilidade gerencial é um processo pelo qual visa verificar, aferir, consentir e ponderar os subsídios referentes às condições econômicas das corporações, com a finalidade de aprovisionar seus vários usuários com elementos sobre o patrimônio, tolerando que possam ser disponibilizados os conhecimentos respectivos a situação econômico-financeira e social, a fim de que se ache a melhor solução para os problemas existentes. Neste mesmo contexto, Iudícibus (1998, p. 22) afirma o seguinte com relação aos relatórios fornecidos pela contabilidade gerencial: “todos os procedimentos contábeis e financeiros ligados a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimentos de informes contábeis e financeiros para decisão entre cursos de ação alternativos, recaem sem sombra de dúvida, no campo da contabilidade gerencial”. Mediante esta assertiva, pode-se dizer que a contabilidade Gerencial vem se destacando cada vez mais dentro das empresas devido o aumento da concorrência e a insuficiência de recursos disponíveis, o que favorece as persistentes alterações no mercado e consequentemente nos negócios, fazendo com que as companhias busquem alternativas que lhes tragam conhecimentos oportunos sobre sua posição econômica para ajustar as suas ações às novas conjunturas mercadológicas. CONCLUSÃO Mediante o estudo realizado, certifica-se que a Contabilidade Gerencial é primordial na composição econômica da empresa, tendo como função fundamental, prestar assistência aos gestores no exercício de suas atividades mais difíceis e no processo decisivo. Sendo assim, toda organização seja ela de pequeno ou grande porte, que emprega em suas atividades gerenciais os métodos contábeis, pode distinguir-se pela maneira que são apresentados os dados, que são analíticos e claros, influenciando positivamente na performance gerencial. As implicações alcançadas ratificam o nível de conhecimento que se faz necessário para exercer a atividade de perito, e o que a legislação estabelece quanto à formação acadêmica, de grau superior em contabilidade, para estar apto a exercê-la. Verificou-se a busca de cursos de pós-graduação e diversos outros que, direta ou indiretamente, auxiliam a precisão desses profissionais, corroborando a procura incessante pelo aperfeiçoamento contínuo, resultando 72 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 assim em um melhor trabalho pericial, além de fazer justiça ao que se quer elucidar. REFERÊNCIAS: GARRISON, Ray H., et al. Contabilidade gerencial. 11. ed. Rio Janeiro: LTC, 2007. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1998. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. D. A. Metodologia Científica: Ciência e conhecimento científico; Métodos científicos; Teoria hipóteses e variáveis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. PADOVESE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 73 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ESTUDO DO PERFIL DOS PROFISSIONAIS CONTÁBEIS Francisco Tarcísio de Amorim Júnior - [email protected] Jorsiana Ferreira De Medeiros - [email protected] Orientador: Carlos Alberto de Souza Sores [email protected] INTRODUÇÃO Com base na forte concorrência no segmento da contabilidade, o profissional para tornar-se competitivo e de alta empregabilidade, precisa estar em sintonia com a tecnologia, as inovações contábeis, as relações humanas e técnicas de administração, devendo ser uma pessoa altamente qualificada, com conhecimentos dos princípios contábeis, ser responsável com suas obrigações e estar sempre buscando inovações e aprendizagem contínua. O profissional da área contábil tem como uma de suas responsabilidades a geração de informações de todas as operações realizadas em uma empresa, bem como mostrar se as decisões tomadas foram adequadas ou não, precisa estar preparado para atender às necessidades atuais de uma economia globalizada. METODOLOGIA Pesquisa bibliográfica segundo visão de autores sobre as diversas características existentes no profissional contábil. Parte do material adquirido foi através de analise e seleções sobre contabilidade e alguns artigos publicados em sites na internet. RESULTADOS O profissional contábil tem como fundamentais características a necessidade de acumular conhecimentos, sendo preciso estar constantemente buscando informações que os auxiliam no dia a dia. O profissional tem que ser formalmente inteligente, criativo, seguro, comunicativo, conhecer a economia financeira, politica e social, entender e compreender os detalhes técnicos da empresa. A atividade contábil se fundamenta em diversos princípios, leis e normas decorrentes das relações sociais em geral. CONSIDERAÇÕES FINAIS O profissional da área contábil deve exercer com ética as atribuições e prerrogativas que lhes são prescritas através do Código de Ética estabelecido pelo CFC, assim, desenvolver uma consciência voltada a atender as responsabilidades com a sociedade enquanto indivíduo. Somente com condutas pautadas na responsabilidade ética, moral e social é que o profissional poderá se desenvolver, principalmente o profissional contábil, que é o responsável pela alimentação das informações que os usuários tomam como base e parâmetro para tomarem suas decisões de investimento ou gestão. 74 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERÊNCIAS CONSENZA, José Paulo. Perspectivas para a profissão contábil num mundo globalizado – “um estudo a partir da experiência brasileira.” Revista Brasileia de Contabilidade, Brasília: ano XXX – nº 130, julho/agosto de 2001. FRANCO, Hilário. A Contabilidade na Era da Globalização: temas discutidos no XV Congresso Mundial de Contadores, Paris. São Paulo: Atlas, 1999. HAMMES, Cristiano et al. Perspectiva para profissão e para o profissional da contabilidade. Pensar Contábil, Rio de Janeiro: ano I, n° 2, Novembro de 1998. O Perfil do contador do Século XXI... – INIC – Univap. Disponível em: www.inicepg.univap.br/c/INIC_2007/.../inic/INICG00117_01C.pdf - Acesso em 13/03/2015. 75 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO E ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL Alisson Alexandre Alves Maia - [email protected] Juscineide da Silva - [email protected] Keila Maria Benigno Lopes - [email protected] Maria Sunally Alves - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO Segundo Lopes de Sá "A contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com a realidade, evidencias e comportamento dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células Sociais." Um dos fatores para a expansão considerável da atividade contábil, foi o advento da revolução industrial, no século XVIII com o objetivo de atribuir a determinados períodos das variações e utilização de um denominador comum para exprimir os dados e fatos processados. Ela sempre esteve presente na vida do homem, que já nos primórdios buscou maneiras de contar, analisar e registrar seu patrimônio. Entende-se que tomada de decisão é uma ação humana e comportamental, que envolve o consciente e o inconsciente, com relação a determinadas informações e ações entre aquelas que são fisicamente possíveis para quem está decidindo e para aquelas pessoas que ele exerce influência e autoridade. A necessidade de se ter o controle patrimonial fez com que os estudiosos desenvolvessem esta ciência e por sua vez os gestores adotaram esta ciência como uma ferramenta de trabalho e também de conhecimento profissional e pessoal. Através da contabilidade desenvolveu se a contabilidade gerencial, que é hoje em dia indispensável em uma entidade. A pesquisa busca entender e mostrar qual a relevância dessa ciência no âmbito gerencial de uma organização, neste sentido o presente artigo tem como objetivo geral mostrar a relevância da ferramenta que é a contabilidade gerencial. E como objetivos específicos, busca entender os dados da pesquisa; Avaliando as bibliografias e artigos consultados. PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade. Empresas. Tomada de Decisão. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica em livros técnicos e artigos da área, leitura e análise acerca da base teórica. RESULTADOS Constatou-se então que a contabilidade gerencial é uma forte ferramenta e um instrumento capaz de controlar o patrimônio empresarial e auxiliar os gestores nas decisões tomadas no dia a dia da empresa, pois ela tem como fornecer informações necessárias para a administração dos negócios, deste modo pode-se observar que o desenvolvimento da contabilidade gerencial contribui bastante 76 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 para o desenvolvimento da organização. A função da contabilidade gerencial é medir os acréscimos ou decréscimos dos capitais empregados nas atividades comerciais ou industriais, com os pilares essenciais mensuração e evidenciação. Tem acompanhado o crescimento das necessidades organizacionais e econômicas de indicadores e medidas de desempenho. Por ser um processo de identificação, medição e comunicação de informação econômica que permite juízos e decisões por parte dos usuários, razão pela qual as informações geradas pela entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro. CONCLUSÃO Contudo considera-se importante que qualquer decisão tomada na empresa, tem que ser bem elaborada, planejada e bem estruturada, pois, deve-se pautar a tomada de decisão orientando-se e definindo caminhos a serem percorridos no futuro evitando possíveis e indesejados problemas que poderá vir a existir através desta decisão. Nessa pesquisa teórica onde a contabilidade atinge seus objetivos mediante a emissão de relatórios nos quais são divulgados informações para serem utilizadas no processo decisório, conforme sua necessidade informacionais, cabe ao contador empreender ações que permitam que a profissão alcance esse novo patamar, de forma que a contabilidade seja vista como um elemento chave na gestão das organizações. Desta forma ressalta-se a importância da contabilidade gerencial, ela representa uma oportunidade de melhoria, pois surge como auxilio no processo decisório, voltada para a análise da adequação, eficiência e eficácia, e também, para atingir metas e objetivos da organização, por meio de relatórios contábeis, com intuito de verificar a real situação da empresa. REFERÊNCIAS ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000. Contabilidade gerencial / Anthony A. Atkinson... [et che al.]; tradução André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro, revisão técnica Rubens Famá. – 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2011. CREPALDI, Silvio Aparecido; Contabilidade Gerencial: teoria e prática / Silvio Aparecido Crepaldi; Guilherme Simões Crepaldi. – 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2014. OLIVEIRA, Elvira Fernandes de Araújo; FILGUEIRA, Maria Conceição Maciel. Primeiros Passos da iniciação Científica. Mossoró-RN. Fundação Vingt Un Rosado, 2004. RIBEIRO FILHO e at, Estudando teoria da contabilidade, atlas-2009. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 77 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO PROCESSO DECISÓRIO PARA O SUCESSO E PERPETUIDADE DA EMPRESA FAMILIAR Lázaro Maxbley Araújo - [email protected] Orientador: Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO A Governança Corporativa é um sistema de gestão direcionado a ajudar a fortalecer as empresas, reforçando as competências das organizações para enfrentar níveis de maior complexidade, tornando os negócios mais seguros e menos expostos a riscos externos ou de gestão. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa é uma organização que se dedica exclusivamente em promover as melhores praticas de Governança Corporativa no Brasil e o principal incentivador das práticas de discussões no país. Nesse trabalho apresentam-se os princípios básicos de governança corporativa e como sua adesão por empresas de capital fechado, especificamente as empresas familiares, podem potencializar a capacidade da gestão estratégica, com objetivo de melhoria e crescimento da empresa e contribuindo para sua longevidade. No intuito de incentivar o debate entre discentes, docentes e a comunidade em geral acerca do tema. Tem-se por objetivo apresentar os princípios básicos da governança corporativa definidas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e sua aplicabilidade nas empresas familiares e por objetivos específicos analisar tais princípios e os benefícios que podem ser alcançados por essas empresas ao aderirem tais processos. Palavras-chave: Gestão Estratégica; Governança, Empresa Familiar. METODOLOGIA Quanto à metodologia aplicada foi utilizada à pesquisa bibliográfica, tendo como literatura de sítios na internet, matérias de jornais e revistas, artigos acadêmicos e o Código das melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC. CONCLUSÃO Baseando-se nesse contexto, descreve-se acerca do tema como forma de estudo e reflexão das boas práticas de governança e seus benefícios na gestão das organizações familiares. É notório que empresas que aplicam em sua gestão as práticas de governança, obtêm reconhecimento no mercado, melhora o relacionamento com clientes, acionistas, comunidade e demais stakeholder. Entretanto, é preciso deixar de lado o sentimentalismo, o paternalismo e o protecionismo, que estão fortemente presentes na gestão atual das empresas familiares brasileiras. REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das melhores práticas de governança corporativa. 4.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP:IBGC, 2009. 73p. LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. - São Paulo: Atlas 2003. 78 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 TERCEIRIZAÇÃO: COMO O PROJETO INFLUÊNCIAS NAS ORGANIZAÇÕES DE LEI 4330/2004 E SUAS Álvaro Matheus Pontes - [email protected] Diego Rafael Medeiros - [email protected] Lázaro Maxbley Araújo - [email protected] Manoel Venâncio Neto - [email protected] Orientador: Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO A terceirização é um processo da administração estratégica para o desenvolvimento do negócio das empresas, ela pode trazer benefícios para gestão financeira e operacional em relação à qualidade, a competitividade e produtividade nas organizações. Na atualidade, é muito usada por diversas empresas, normalmente de médio e grande porte, dos mais diversificados segmentos. Da mesma forma que as empresas privadas, o serviço público também se utiliza da terceirização como ferramenta estratégica em sua gestão. Neste trabalho debate-se, sem nenhuma posição político-partidária, o Projeto de Lei 4330/2004, que regulamenta contrato de terceiros no mercado de trabalho, e como sua possível aprovação poderá intervir na gestão das organizações brasileiras. No intuito de incentivar o debate entre discentes, docentes e a comunidade em geral acerca do tema. Tem-se por objetivo analisar o Projeto de Lei 4330/2004 (PL 4330/04) e sua interferência na gestão das empresas e por objetivos específicos descrever acerca do Projeto de Lei e identificar os pontos mais importantes que podem afetar a gestão das organizações. Palavras-chave: Gestão Estratégica; Empresas, Terceirização. METODOLOGIA A metodologia aplicada foi à pesquisa bibliográfica, tendo como literatura de sítios na internet, matérias de jornais e revistas, artigos acadêmicos, a súmula 331 do TST e o próprio Projeto de Lei, o qual ainda está em pauta e tramitando para votação nos órgãos legislativos. CONCLUSÃO Baseando-se nesse contexto, descreve-se sobre o projeto de lei como forma de estudo e reflexão de como processos estratégicos podem trazer benefícios ou malefícios na gestão das organizações, sejam elas públicas ou privadas. REFERÊNCIAS BRASIL. Projeto de Lei nº 4330/2004. O contrato de prestação de serviços a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=AFFF DCAD55377E3C8712BB5B65F74317.proposicoesWeb2?codteor=246979&filena me=PL+4330/2004. Acessado em: 15/05/15. LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. - São Paulo: Atlas 2003. 79 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 LAUDO PERICIAL COMPARATIVO VERSUS PARECER PERICIAL: UM ESTUDO Lilian Carla de Azevedo Batista - [email protected] Magno Tavares da Cruz - [email protected] Orientador: Prof. Carlos Alberto de Souza Soares [email protected] INTRODUÇÃO Perícia é a ciência resultante do conhecimento, competência, aptidão, espécie de prova logica no parecer técnico de pessoa competente a formulá-lo. A perícia contábil integra o grupo de procedimentos técnicos e científico fixado a levar à instância decisória dos elementos de prova relevante a subsidiar o verdadeiro recurso de solução do litígio, intercessor ao laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em concordância com as leis jurídicas e profissionais. A pesquisa busca demonstrar um comparativo entre a importância do laudo pericial e parecer pericial para o judiciário. Tem-se por objetivo geral analisar qual a relevância da perícia dentro de um contexto comparativo entre perícia e parecer pericial. METODOLOGIA As descrições realizadas no laudo pericial são informes do perito indicado pelo do juiz, onde o mesmo irá dissertar sobre os fatos ocorridos e suas provas colhidas e analisados, o perito ira apresentar o seu lado ao juiz que o nomeou dentro de um prazo já estipulado entre os mesmos normalmente são de trinta dias. Já no caso do parecer pericial existem pequenas de semelhanças onde será executado pelo perito assistente indicado pelas partes seduzidas, onde será descrito os relatos dos peritos técnicos a respeito do laudo pericial apresentado pelo perito do juiz, ou seja, o conceito expresso dos assistentes técnicos os mesmos tem dez dias para emitir seus princípios sobre o caso. Podemos perceber que o laudo é a perícia realizada pelo perito nomeado do juiz, onde apresentará conclusões do exame pericial, enquanto o parecer é a opinião dos assistentes técnicos nomeados pelas partes, em casos que o parecer seja o oposto do laudo do perito contador o assistente terá que justificar suas manifestações. Diante disto, foi possível identificar que tanto laudo pericial quanto o perecer pericial são informações explicativas de uma finalização de trabalho pericial. PALAVRAS-CHAVES: Parecer pericial. Tomada de decisão. Solução do litígio. CONCLUSÃO Pela observação dos aspectos analisados, é imprescindível que todos se conscientizem tão grande, a importância do trabalho formulado pelo perito contador, quanto à emissão do seu laudo pericial, não esquecendo assim também a relevância dos peritos técnicos quanto à produção de seu parecer pericial. 80 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERENCIAS http://www.maph.com.br/tematica/periciacontabil_parecerpericial.htm. Acessado em 20/05/2015 http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/trabalhopericial.htm. Acessado em 20/05/2015 http://tribunadonorte.com.br/noticia/o-laudo-pericial-contabil/174026. Acessado em 19/05/2015 http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t13.htm. Acessado em 19/05/2015 81 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O USO DO CODIGO DE ETICA PROFISSIONAL COMO BASE DE ATUAÇÃO CORPORATIVA: ESTUDO DE CASO GRUPO SF NO MUNICIPIO DE MOSSORÓ. Cintia Raquel Alves Cunha Mendonça - [email protected] Dulcineide Fernandes - [email protected] Kaliane Chaves Feitosa - [email protected] Leidiane Martins da Silva – [email protected] Orientador: Gildson Souza Bezerra [email protected] INTRODUÇÃO O código de ética é um instrumento que serve para demonstrar os princípios, a visão e a missão de uma empresa. Através dela conhece-se a postura social da instituição e é possível avaliar sua função no mercado e o que ela procura nos seus funcionários. Com o objetivo de orientar e formalizar o relacionamento empresarial e operacional em seus diversos níveis, minimizando a subjetividade das interpretações pessoais sobre o que significam princípios morais e éticos. Principalmente fornecer procedimentos padrões para manter nosso ambiente de trabalho em ordem e contribuir para a sustentabilidade da empresa. Apresenta uma complexidade no nível operacional, devido à baixa formação dos colaboradores que encontram dificuldade para entendimento e compreensão, é necessária a realização de palestras e eventos recreativos para conscientização e comprometimento. Palavras Chave: Ética; Moral; Princípios. METODOLOGIA A metodologia utilizada foi estudo de caso, pesquisa bibliográfica. Foi realizada analise da empresa GRUPO SF, tendo por finalidade a elaboração do código de ética. Para cumprir essa função foi realizada entrevista com o gerente de Recursos Humanos. CONCLUSÃO A partir do momento em que a empresa toma uma postura ética, ela se compromete voluntariamente para seu desenvolvimento e também com o da sociedade. Assim é preciso que a ética seja praticada, caso contrário, será apenas um marketing para promover a empresa no mercado. O não cumprimento destas normas implicará em ato faltoso do empregado, cabendo à aplicação das penalidades prevista em lei, além das punições estabelecidas pela empresa. REFERÊNCIAS Portal Código de ética corporativo. Acessado em http://www.pesquisacodigodeetica.org.br/2014/. Acessado em: 15/05/2015 82 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONSULTORIA DE ESTOQUE: PORQUE A MAIORIA DAS EMPRESAS SEMPRE FALTA OU SOBRAM MERCADORIAS? Lilian Carla de Azevedo Batista - [email protected] Magno Tavares da Cruz - [email protected] Orientadora: Gardênia Silvana de Oliveira Rodrigues INTRODUÇÃO: Segundo Schimidt (2003), estoques são os valores referentes as existência dos produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados as atividades-fim da entidade. A consultoria de estoque é de extrema importância para evitar perda de investimentos, pois muitas empresas mensuram o prejuízo de seus estoques sem giro e de forma monetária, a preço de custo de entrada da mercadoria mais o prejuízo é maior, pois caso esse estoque parado fosse vendido a preço cheio ele traria lucro, então errar na compra acarretará um prejuízo maior do que a maioria dos administradores imagina. PROBLEMA Para que serve a consultoria de estoque dentro de uma organização e quais medidas tomadas para um eficiente controle de estoque? PALAVRAS-CHAVES: Controle de Estoque; Empresa; Mercado. METODOLOGIA O trabalho em questão trata-se de uma pesquisa bibliográfica, por meio de um estudo do caso no qual procurou adquirir conhecimentos dos fatos. Segundo Bowditch e Buono (2002) o método do estudo do caso envolve um estudo profundo de individuo, um grupo ou uma organização por um pesquisador ou uma equipe de pesquisadores. De acordo com Rebouças, (2011), assim como Dias (2005), a gestão de estoque tem como objetivo garantindo o máximo de disponibilidade dos produtos, com menor estoque possível. RESULTADOS Diante dos problemas detectados pela a maioria das empresas pode-se perceber que existem inúmeras dificuldades para eficiência do controle de estoque nas empresas, pode-se destacar dentre eles: a falta de atenção e capacitação dos funcionários com uso dos softwares na baixa e recebimento dos produtos; o uso de programas não compatíveis; a manutenção e contagem periódica dos produtos que entram no estoque; a falta de dedicação ou até mesmo displicência dos funcionários no uso das ferramentas de controle e a falta de funcionários que se adequem a função. O estoque deve ser acompanhado a cada material que entra e sai para que não aja falta de estoque nem sobre demais, também deverá ser bem conferido ao receber para não receba a mercadoria já extraviada. 83 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO Diante do exposto destacou-se os principais motivos e situações causados na maioria das empresas, onde tantos os funcionários quanto os proprietários acabavam tendo vários prejuízos, causados pela má gestão de estoques. Fica claro que pequenos investimentos em capacitação deve trazer melhores resultados. REFERENCIAS BOWDITCH, James L.;BUONO, Antony F. Elementos de comportamentos organizacional. 1ª ed. São Paulo: Pioneira Thonson, 2002. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 5 ed. São Paulo: Atlas,2005. JUNIOR, Abraão. Planejamento, Programação e controle da Produção. 4º Ed. São Paulo: Atlas 2005. REBOUÇAS, Fernando. Gestão de estoque. http://www.infoescola.com/ Acesso em 14 de maio de 2013. Disponível em SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. dos; GOMES, J.M.M. Contabilidade Intermediaria: atualizada pela minirreforma tributária: Lei N° 10.637/02. São Paulo: Atlas, 2003. 84 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A CONTRIBUIÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA AS ORGANIZAÇÕES. Antonia Greycyelen de Oliveira Dantas - [email protected] Policiano Natan Fernandes da Costa - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO Fala-se muito sobre como cuidar do meio ambiente, pois há uma grande apreensão com os indicadores de poluição nos dias atuais. No entanto alguns países ocidentais que adotam o sistema capitalista colocam o capital à cabeceira de qualquer preocupação ambiental, levam varias organizações a produzirem diferentes produtos de forma ilegal sem atentar para os recursos naturais, ou seja, de forma que o padrão de consumo das sociedades gera uma quantidade enorme de objetos prejudiciais ao meio ambiente como: produtos radiativos e produtos tóxicos. Podendo assim inviabilizar a saída de recursos das presentes e futuras gerações. O estudo em análise, busca expor ideias da contabilidade ambiental de maneira simples, conceituando o que se entende sobre contabilidade ambiental. Sua importância será de grande valia para o desenvolvimento científico na área de Contabilidade Ambiental, e para ampliação da informação em relação entre a ciência da contabilidade ambiental com as organizações. PALAVRAS-CHAVES: Contribuição. Contabilidade ambiental. Organizações. METODOLOGIA Este estudo foi atingido de acordo com as normas, métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica, buscando explicar um problema a partir de referências teóricas divulgadas em artigos, livros, dissertações (CERVO, BERVIAN e SILVA, 2007). E foi formado conforme a abordagem de pesquisa qualitativa, pois envolveu os sentidos e atributos das situações que foram proporcionadas, buscando compreender, analisar e interpretar a realidade. Quanto aos objetivos, foi realizada neste estudo uma pesquisa bibliográfica, pois tem por finalidade a familiarização com o tema sobre contabilidade ambiental e sua relação com as organizações. RESULTADOS O presente estudo foi exposto de acordo com o reforço da contabilidade ambiental para as organizações, focalizando suas aplicações na análise da exata evidenciação do relacionamento das entidades com o meio ambiente. A Contabilidade ambiental oferece para as organizações, informações que busca identificar e mensurar os eventos econômicos, que danificará o meio ambiente e as ações das organizações que causam alterações em seu patrimônio. Assim poderá cooperar para criar condições mais adeptas na utilização dos recursos e 85 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 para garantir um bom convívio entre as organizações e a sociedade em modo geral, logo, resultará a assiduidade das organizações. CONCLUSÃO O objetivo do estudo foi trazer, através de um levantamento bibliográfico, as analogias da contabilidade ambiental com as organizações. Completa-se que é importante que as organizações possam mensurar suas relações com ambiente e que isso seja feito através da contabilidade ambiental. A Contabilidade Ambiental não exerce somente o papel de atender o desígnio particular das empresas, pois também tem a grande finalidade de ministrar elementos importantes para o planejamento e a política de desenvolvimento integrado. Para Marion e Costa (2007) a sociedade pode aproveitar a contabilidade ambiental para supervisionar as ações empresariais para proveito do meio ambiente. Entretanto para alcançar uma boa analise entre as organizações e a conservação do meio ambiente, é primordial que o desenvolvimento econômico seja compatível com a preservação ambiental. Este trabalho abre espaços para novos estudos que envolvam levantamentos de organizações que utilizam a contabilidade ambiental, até mesmo para constatar o impacto disso nas relações mercadológicas que são apontados na teoria como positivos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BERNARDO, Marcos Leandro e MACHADO, Daniele Caroline. Contabilidade e Gestão Ambiental: um estudo de caso sobre o disclosure ambiental da companhia Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS). In: Congresso internacional de administração; gestão estratégica: inovação, tecnologia e sustentabilidade. 2010. BRAGA, Célia. et al. Contabilidade Ambiental ferramenta para a gestão da sustentabilidade. São Paulo: Atlas S.A. – 2007. CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino e SILVA, Roberto. Metodologia cientifica. São Paulo. Ed: Pearson Prentice Haal, 2007. COSTA, Rodrigo Simão.; e MARION, Jose Carlos. A uniformidade na evidenciação das informações ambientais. R. Cont. Fin. USP. São Paulo. n. 43. 2007. GODOY, Arilda Schmidt. Introdução á pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de Administração de empresas, v.35, n.2. Mar./Abr. 1995, p.57-63. 86 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO FERRAMENTA OPERACIONAL NAS INDÚSTRIAS Priscilla Mikaele Cunha - [email protected] Rayane Maria Dos Santos Oliveira- [email protected] Orientador: FRANCISCO DAS CHAGAS MENDES JUNIOR, [email protected] INTRODUÇÃO Os recursos naturais são limitados e por isso não podem mais ser desperdiçados, é a partir desse pressuposto que a preocupação com o meio ambiente tem se tornado cada vez maior. Um dos fatores que tem levado a essa preocupação decorre do elevado nível de degradação do Patrimônio ambiental da humanidade, que tem instigado as organizações a se ajustarem e ter uma coexistência entre o equilíbrio Indústrias versus Meio Ambiente. Em virtude da necessidade de um planejamento que inclua medidas de proteção aos recursos naturais do planeta, tem sido desenvolvido um controle e planejamento dessas atividades e a contabilidade enquanto ciência tem muito a ofertar no âmbito ambiental. O objetivo desse trabalho é divulgar quais são os benefícios que uma indústria tem em desenvolver a Contabilidade Ambiental, além de ser um instrumento capaz de ajudar as empresas a preservarem o meio ambiente, contribuindo também para a identificação das oportunidades estratégicas e obter vantagens quanto à transparência ambiental. Diante dessa contextualização, a contabilidade assume um papel fundamental, que oferece informações que subsidiam os agentes envolvidos no processo de auxilio e gerenciamento organizacional que estão vinculados ao meio ambiente, podendo ser considerada uma das principais ferramentas de decisões e gestões de negócio. PALAVRAS-CHAVES: Contabilidade ambiental. Indústrias. Meio ambiente. METODOLOGIA Serão utilizadas como técnicas de trabalho a pesquisa bibliográficas, com análises de contribuições científicas existentes sobre a Contabilidade Ambiental utilizada nas Indústrias. RESULTADOS Faz-se necessário que haja não somente a contribuição da sociedade para preservação do Meio Ambiente, mas que as indústrias também possuam uma administração que seja eficaz quanto aos gastos que são derivados dessa preservação, cabendo à contabilidade ambiental desenvolver esse papel, evidenciando os relatórios contábeis e o relacionamento entre as empresas e o meio ambiente. Para que a utilização da Contabilidade Ambiental seja eficaz é imprescindível o conhecimento dos gestores das empresas quanto a custos, 87 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 despesas e receitas ambientais, uma vez que elas refletem significante na contabilidade e precisam ser bem administradas. CONCLUSÃO Atualmente, não há uma forma de definir os valores dos recursos naturais que temos em toda a extensão do planeta. Findamos também, que atualmente tem sido crescente a consideração da Contabilidade Ambiental como parte integrante da estratégia empresarial nas Indústrias, em perspectiva da ótica da contabilidade o que se pode fazer é evidenciar nas demonstrações contábeis os eventos, transações financeiras e econômicas que conjeturam na comunicação mútua da organização com o meio ambiente. No entanto ainda existem obstáculos que são adverso ás empresas e tem causado uma ausência significativa de informação ambiental, este trabalho é apenas um contributo de um estudo de âmbito maior, porquanto existem muitos avanços possíveis nesta matéria. REFERÊNCIAS KRAEMER, Contabilidade Ambiental – O Passaporte para a Competitividade. Disponível em: http://www.universoambiental.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=4&canallocal=4 &canalsub2=10&id=166. Acesso em: 19/05/2015. SOUZA, Aplicação da Contabilidade Ambiental na Indústria Madeireira. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151970772004000200005&script=sci_art text<. Aesso em: 20/05/2015. ZAHAIKEVITCH,FASCINA, CRUZ, Contabilidade Ambiental nas Indústrias, Disponível em:> http://www.facesi.edu.br/facesiemrevista/downloads/numero6/artigo03.pdf<. Acesso em : 19/05/2015. 88 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONTABILIDADE NA GESTÃO EMPRESARIAL: IMPORTÂNCIA DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA TOMADA DE DECISÕES DAS Jennifer Martins dos santos - [email protected] Jose Eleudo Carvalho Silva Junior - [email protected] Rivaneide Barbosa de Meneses Carvalho – [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Junior [email protected] INTRODUÇÃO Os negócios estão cada vez mais globalizados, a competitividade é crescente e a mudança é constante. Administrar a mudança no mundo organizacional tornou-se um requisito essencial para permanecer competitivo, na contabilidade não é diferente a forma de entender os avanços tecnológicos implantados pelos órgãos competentes é uma das habilidades-chaves para a sobrevivência e desenvolvimento das organizações. O objetivo geral é descrever e analisar a importância das Demonstrações Contábeis dentro de uma organização, tendo em vista que as regras e leis são postas e fiscalizadas pelos órgãos competentes. PALAVRAS-CHAVES: Gestão empresarial. Tomada de decisões. Organizações. METODOLOGIA Pesquisa bibliográfica em livros, sites de internet e pesquisa de campo dentro de uma organização quanto a Demonstrações Contábeis emitidos por esta. RESULTADOS Após análise de informação foi evidenciado quanto à importância das Demonstrações Contábeis com seus relatórios dentro da organização, através delas é que medimos e monitoramos nossa estrutura de mercado, como também reflete no auxilio as tomadas de decisões, uma vez que os setores integrados facilitam que seus gestores possam definir os seus objetivos, através dos relatórios contábeis, como um balanço patrimonial de uma determinada empresa demonstra claramente quanto à disponibilidade da empresa, em estoque, banco, caixa, quanto a crédito com fornecedores e entre outro, podemos dizer que a contabilidade espelha a realidade da empresa, o contador é um “administrador” das financias, sem fugir das obrigações legais impostas pelo poder atribuído aos órgãos competentes a cada tributo, assim sendo todos os ativos e passivos claramente demonstrados tudo isso e o resultado que a contabilidade tem evoluído na medida em que a confiabilidade de informações é repassada para os administradores em conclusão das metas e objetivos traçados. 89 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO Entende-se que uma organização aprende, sobretudo, com o compartilhamento de conhecimento entre seus colaboradores a integração dos setores e cruzamento de relatórios é fundamental para o alcance dos seus objetivos, a participação do setor contábil de uma determinada organização faz um diferencial bastante significativo uma vez que, faz parte diretamente nos resultados e tomadas de decisões do grupo, deste modo concluímos que, não existe uma empresa sólida e de sucesso se não existir uma contabilidade atualizada e bem administrada, tendo em vista também que a capacidade do gestor em entender seus relatórios e Demonstrações Contábeis faz com que o sucesso seja visível mantendo o que determina a lei. REFERÊNCIAS CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e prática. 7ª. Ed. São Paulo. Atlas, 2014. CONTABILIDADE NA GESTÃO EMPRESARIAL. Disponível em: http://www.cpcon.eng.br/gestao-patrimonial/gestao-e-financas/contabilidadegestao-empresarial-moderna. Acesso em 20 de maio de 2015. 90 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ÉTICA E MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO E OS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Francisco Fábio Barreto de Medeiros - [email protected] Sandro Nunes de Oliveira - [email protected] Juscineide da Silva - [email protected] Orientador: Prof. Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO A administração pública no Brasil, infelizmente apresenta inúmeros casos de atos antiéticos, imorais, corrupção e desvios no que diz respeito à seriedade e transparência, ao exercer seu dever de probidade e atender às necessidades da população da melhor forma possível, exigindo desta forma, impessoalidade e transformações no atendimento as demandas da sociedade, o presente documento procura abordar o tema da ética profissional na sua vertente do serviço publico, directamente relacionado ao agente prestador desse serviço. PALAVRAS-CHAVES: Serviço público. Ética. Improbidade administrativa. METODOLOGIA Para a realização desse trabalho foi realizada pesquisa bibliográfica em livros, internet, para identificar como o servidor público se comporta com relação ao atendimento ético na sociedade. RESULTADOS Ao relacionar ética e moral com o serviço público, não há como não notar grande controvérsia, pois se por um lado observa-se teoricamente um belo estatuto, na prática o serviço público não apresenta tanta beleza, qualidade e transparência. A questão da ética pública está diretamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados ao que se conhece no Direito, de "Norma Fundamental", uma norma hipotética com premissas ideológicas e que deve reger tudo mais o que estiver relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio social, aliás, pode-se invocar a Constituição Federal, já o comportamento moral rege-se essencialmente pelo cumprimento de regras que visam estabelecer um comportamento correcto nas acções humanas. Estas regras são assumidas pela pessoa a fim de garantir uma vivência justa e correcta, e representam um referencial a seguir. CONCLUSÃO O presente trabalho, não descrever um qualquer código de ética, mas antes transmitir a necessidade da existência de uma consciência ética e moral que oriente a atividade profissional de todos nós, e em particular dos agentes publicos. Demonstrou assim a importância e o papel da ética profissional em 91 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 atividades que oferecem serviço publico que influenciam diretamente a vida das pessoas,mostrou um norte de como exercer as prática pública que atendam, princípios éticos, morais, concretos, evidentes e satisfatórios. REFERÊNCIAS: ACM Council (1992) “ACM Code of Ethics and Professional Conduct”. Disponível em: http://www.acm.org/constitution/code.html Alessandro Candido Vasconcellos (1996) “Ética Profissional”. Disponível em: http://inforum.insite.com.br/1411/667196.html. Rosana S. Glock, José R. Goldim (2003) “Ética Profissional é Compromisso Social”. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br/eticprof.htm Simon Rogerson, Terrel Ward (1995) “Cyberspace: The Ethical Frontier”, CCRS, Disponível em: http://www.ccrs.cse.dmu.ac.uk/resources/professionalism/develop/theart.html 92 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 DEPARTAMENTO DE PESSOAL: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO EVITANDO CONTINGÊNCIAS Alisson Alexandre Alves Maia Porto - [email protected] Hellderi Hemillaino da Silva - [email protected] Mônica Leite de Melo Bezerra - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO O Controle Interno surgiu como o crescimento constante das empresas tornando difícil a missão de um grupo limitado de pessoas examinarem a totalidade dos eventos a elas inerentes, com o aumento do desenvolvimento em suas rotinas e uma maior necessidade de resguardar os seus ativos de diversas situações, para que isso ocorresse de forma efetiva uma série de medidas foram criadas para um maior controle dos gestores, onde possibilitava os mesmos terem uma maior confiança nos processos executados dentro das empresas. O Controle Interno é uma ferramenta utilizada pelas organizações e quando bem definidas ajudam no combate a fraudes e erros por parte dos usuários do processo. No departamento de pessoal esses procedimentos de controle interno são utilizados para evitar pagamentos indevidos, sonegação de imposto, contingencias além de deixar os processos em conformidade com a legislação trabalhista brasileira que é ampla, em seu contexto geral abrangida por diversas normas, decretos, medidas provisórias, portarias, leis complementares, acordos coletivos, sendo a Consolidação das Leis do Trabalho a principal delas. Palavras-chave: Controle Interno. Departamento de Pessoal. Contingências. METODOLOGIA De acordo com a importância do presente trabalho, torna-se interessante conhecer as ferramentas utilizadas como auxilio para o alcance dos objetivos. O estudo de caso foi elaborado em uma indústria de grande porte no Rio Grande do Norte, tem como objetivo principal demonstrar de que forma o controle interno auxilia para evitar contingências. Inicialmente foi realizado um estudo bibliográfico, com fundamentação teórica já existente, com base em livros e materiais já publicados. Em seguida será realizado um estudo de caso, levandose em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto investigado. RESULTADOS Foram analisadas as principais rotinas do setor de departamento de pessoal da empresa em estudo e nesse período podemos fazer constatações do seu controle interno com precisão. Processos operacionais referentes à área de departamento 93 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 de pessoal verificação nos procedimentos de trabalho, na admissão, manutenção, demissão, e avaliação dos cálculos da folha de pagamento e os descontos efetuados, se estão todos dentro das leis e das normas trabalhistas, bem como apontar as falhas, para que a empresa não venha sofrer alguma punição pelos órgãos fiscalizadores. Ficando claro que é fundamental para a empresa a utilização de controles internos, para a verificação da carga horária de trabalho dos funcionários se a mesma não está sendo excedida, para que não ocorra nenhum imprevisto futuro. A empresa contém 05 unidades sendo distribuídas entre 01(uma) matriz e 04 (quatro) filiais, as assistentes que executam esses processos possuem uma extensão com auxiliares nas filiais onde se concentram a maior parte operacional da empresa, com 85% dos empregados, essas auxiliares atuam como suporte para execução de atividades no escritório central da empresa. Todos os funcionários da empresa são devidamente cadastrados, sendo feitas as devidas anotações na CTPS e nos livros de registros que seguem sequência numérica por ordem de admissão. A frequência dos empregados é feita através de registro de ponto eletrônico controlando as jornadas de trabalhos assim como faltas e horas. A empresa realiza o pagamento de seus funcionários conforme legislação vigente até o 5º dia útil de cada mês subsequente. Houve concessão de férias normalmente dos colaboradores no período planejado, e gozadas dentro do prazo previsto. As programações são feitas anualmente, havendo tempo hábil caso surja algum imprevistos. Referente aos cálculos rescisórios, a empresa apresentou dados de forma correta, não apresentando nenhuma irregularidade. No período analisado verificou-se que a mesma registrou toda a movimentação de empregados, e todas as informações aos órgãos competentes foram repassadas dentro do prazo, não tendo nenhuma anormalidade nos dados informados. CONSIDERAÇÕES FINAIS O departamento de pessoal é uma área vulnerável a inúmeros erros de cálculos, procedimentos e contabilizações. É também uma área propícia a atos fraudulentos, porém através de uma excelente rotina de Controle Interno pode-se apurar esses atos e propor alterações para regularizar essas falhas. Com este trabalho objetivou-se verificar se a empresa estudada está atuando em conformidade com a legislação trabalhista em vigor e as convenções coletivas de trabalho, bem como a veracidade e exatidão dos procedimentos do departamento de pessoal. Não foi constatada nenhuma irregularidade em documentos examinados, documentos estes como cálculos de folha de pagamento, horas extras, adicionais, retenções, todos esses processos são feitos de acordo com a legislação e as convenções. Foram acompanhados os processos e admissão, análise de documentos, exames médicos admissionais, contratos de trabalho, foi constatado total segurança em seus processos. Pode-se observar que a realização da prática profissional na área de auditoria interna do departamento de pessoal é muito válida, pois além da experiência e do enriquecimento profissional, a mesma serve para a empresa como uma ferramenta de precaução a futuras falhas e um instrumento de controle administrativo. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012. ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011 94 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos Trabalhistas. 26. ed. São Paulo: Atlas, 2014. SANTOS, Ednaldo Almeida dos. Departamento Pessoal: A Rotina da prática trabalhista. Revista Integração Virtual da FIAMA, v. IV, 2005. SANTOS, Milena Sanches Tayano dos, MACHADO, Mariza de Abreu. Departamento de Pessoal Modelo. 3° ed. São Paulo IOB Folhamatic 2014. 95 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O CONTADOR E O PROCESSO DE CONVERGÊNCIAS DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE Valério Avelino Carvalho - [email protected] José Linhares Lourenço - [email protected] Cleilson de Sousa Almeida - [email protected] Orientador: Maurílio Alves de Melo [email protected] INTRODUÇÃO Atualmente a contabilidade está inserida no contexto da economia mundial, sendo responsável por elaborar demonstrativos que orientam no processo de tomada de decisão a seus diversos usuários, sejam eles internos ou externos. Para exercer a referida função, torna-se necessário que a contabilidade reflita a realidade e as mutações ocorridas na empresa em período oportuno, contribuindo para que a mesma se mantenha no cenário socioeconômico, cada vez mais competitivo. Tais fatores como educação, cultura, região e tecnologia, dentre outros, contribuíram para expansão da contabilidade por nações e continentes. Com intuito, sobretudo, de desenvolver a harmonização das normas contábeis exercidas por empresas e profissionais em todo território mundial. E assim, contribuir para que a mesma transação resulte impactos de iguais proporções em contas patrimoniais e de resultado das entidades independentemente de onde estiver situada. E, por tanto, objetivo deste trabalho, (1) verificar como os contadores associados ao SESCON, da cidade de Mossoró-RN, estão se adequando as normas internacionais de contabilidade; (2) analisar o conhecimento dos contadores estudados, em relação às normas internacionais de contabilidade. Espera-se, a partir desse estudo, contribuir com os profissionais da contabilidade, pesquisadores e acadêmicos desta área de conhecimento. A partir da mensuração do nível de conhecimento e processo de adequação as normas internacionais de contabilidade dos profissionais filiados ao SESCON, de Mossoró/RN. Palavra-chave: Normas Internacionais de contabilidade, Convergência, Adequação profissional. METODOLOGIA A Pesquisa se dará através de questionário aplicados diretamente aos profissionais e técnicos de contabilidade atuantes na cidade Mossoró, com [n=60] dos contadores pesquisados, em questões objetivas e de múltipla escolha, dentre as alternativas, afim de testar seus conhecimentos técnicos e verificar a sua qualificação técnica e qualificar de forma numérica os profissionais que se preocupam com a evolução da contabilidade no mundo e seus reflexos na pratica. RESULTADOS Constatou-se com o presente estudo e após análise dos resultados obtidos das informações coletadas pelos questionários aplicados juntos aos profissionais de contabilidade pesquisados. Que os contadores entrevistados estão cientes do 96 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 processo de harmonização dos padrões internacionais de contabilidade, estão atentos aos avanços ocorridos nos setores que englobam o tema e tem conhecimentos dos gestores e reguladores dos padrões internacionais no brasil e pelo mundo, mais relevam que os impactos ainda não insatisfatórios aos padrões das empresas atuantes no mercado, e que a proporção das normas implantadas ainda sofreram muitas alterações até que enfim haja plenamente uma harmonização dos padrões internacional de forma global e junto as normas brasileiras. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por fim, evidenciou-se que os contadores atuantes nas empresas de contabilidade associadas ao SESCON Mossoró-RN apresentaram interesse sobre o tema, cientes do processo de harmonização, e das exigências e mudanças ocorridas em sua implantação, com conhecimentos dos regentes e reguladores nacionais e internacionais das normas e sua abordagem contextual e pratica em empresas e no setor público, a adequação profissional será cobrada não só dos profissionais liberais ou empresas contábeis, e sim destinara-se a todo o contexto do profissional contador em todo o pais. Assim o contador deverá estar ligado e sempre atento a esse processo de harmonização contábil para seguir junto aos avanços ocorridos e adequar-se cada vez mais sobre o assunto, visando destaque profissional e de mercado no que se refere a atuação profissional. REFERENCIAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo, Atlas, 2014. CARVALHO, L. Nelson. Contabilidade Internacional: aplicação das IFRS 2005 – São Paulo: Atlas, 2006; IUDICIBS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; Manual de Contabilidade das Sociedades por ações. 8 ed. São Paulo: Atlas. 2010. Lei n. 11.638/07. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2007/Lei/L11638.htm. Acesso em 30 mar. 2015 NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade Internacional. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2007. SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos. Contabilidade Internacional Avançada. São Paulo: Atlas, 2010. 97 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 IMPACTO DOS ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO Alisson Alexandre Alves Maia Porto - [email protected] Hellderi Hemilliano da Silva - [email protected] Juscineide da Silva - [email protected] Maria Sunally Alves - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Júnior [email protected] INTRODUÇÃO A carga tributaria no Brasil é uma das mais altas do mundo, pagamos os mais variados tributos, sob quase tudo aquilo que fazemos ou consumimos. As Empresas assim como todos os brasileiros sofrem as consequências da grande quantidade de impostos, além do grande numero de encargos sócias que incidem sobre a folha de pagamento. A grande quantidade de encargos sociais para alguns dificulta a ampliação de empregos formais no Brasil que ainda tem em números estatísticos altos índices de informalização nos vínculos de trabalho. Além dessa problemática de informalidade temos outro agravante que é da grande quantidade de funções com salários baixos, diminuindo assim o nível de renda das famílias brasileiras que na maioria das vezes desconhece a alta carga tributaria que uma empresa arca para a manutenção de um contrato de trabalho. METODOLOGIA A pesquisa realiza é de forma teórica baseando-se em dados bibliográficos do tipo exploratória, devido à obtenção de mais informações sobre o assunto investigado, e descritiva, por ter feito uso da observação, registro, análise, classificação e interpretação dos fatos. RESULTADOS Os encargos sociais representam hoje aproximadamente 35% do total da folha de pagamento das empresas, esse montante acaba inchando as despesas com pessoal. Para uma maior evidenciação deste impacto o quadro abaixo mostra a quantidade e o valor dos encargos sociais inerentes a uma folha de pagamento de cinco departamentos. Folha de Pag. Total Sal. Bruto Vale Transp. R$ 51.670,00 R$ 3.100,20 Encargos Sociais INSS Empresa (20%) Base de Calculo R$ 51.670,00 INSS R$ 4.650,30 Descontos Sal. Líquido R$ 7.750,50 R$ 43.919,50 Total a Pagar R$ 10.334,00 FGTS (8%) R$ 51.670,00 R$ 4.133,60 Sistema "S"+ Sal. R$ 51.670,00 R$ 2.996,86 Educ.(5,8%) RAT (3%) R$ 51.670,00 R$ 1.550,10 Totais R$ 19.014,56 FONTE: Art. Influência dos encargos sociais na folha de pagamento. 98 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Diante dos números apresentados podemos observar que o valor total dos encargos sociais representam 36,8% da folha de pagamento, se reduzíssemos o valor dos encargos pela metade e levarmos em consideração que o salário mínimo atual é de R$ 788,00 a empresa poderia contratar mais 11 empregados pagando salário mensal mais encargos sociais ou aumentar a faixa salarial dos empregados. CONCLUSÃO O impacto dos encargos sociais nos resultados das demonstrações contábeis da empresa é minimizado quando se comparados a uma serie de conjunturas econômicas e sociais. Os altos tributos que incidem sobre a folha de pagamento faz com que as empresas empreguem menos pessoas aumentando o nível de informalidade do trabalho no Brasil o que é ruim para todos, inclusive o próprio governo que deixa de arrecadar em outras áreas devido aos níveis de salários baixos, causando uma falta de movimentação econômica. A quantidade de tributação a qual a empresa é submetida gera impactos que ultrapassam os seus resultados quando afeta diretamente a sociedade através dos trabalhadores. REFERENCIAS CASTRO, Jôde Vecturíne Vieira de Araújo. Um estudo sobre cargos e salários nas empresas de sociedade Ltda prestadoras de serviço contábil na cidade de Picos-PI. 2011. 59f. Monografia (Bacharelado em Administração) Universidade federal do Piauí, 2011. DIEESE. A questão fiscal e os trabalhadores. São Paulo, 1993. (Série Pesquisas DIEESE, n. 8, nov./93). FIOCCA, Demian. O que são encargos sociais. Folha de S. Paulo, São Paulo, 31 jan. 1996. 99 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 PERÍCIA CONTÁBIL: O LAUDO FUNDAMENTAL DA DECISÃO JUDICIAL PERICIAL COMO ELEMENTO Allan Kardec Freire Rozário - [email protected] João Paulo da Costa Santiago - [email protected] Luan Jácome de Oliveira - [email protected] Orientador: Carlos Alberto de Souza Soares [email protected] INTRODUÇÃO A prova pericial é um recurso de extrema importância para se construir a convicção do juiz a respeito da ocorrência dos fatos. Ou seja, a prova pericial é algo concreto, e confiável, que não foi modificado para influenciar o resultado, e que esclarece dúvidas e pode ser algo que ajude ou defina o resultado de um julgamento. O juiz tenta “reconstruir” os fatos baseando-se em provas que lhe são apresentadas, para tentar colher o máximo de detalhes possível do acontecimento para o melhor entendimento da ocorrência e um resultado justo do processo. O profissional perito deve estar devidamente habilitado, nas normas do conselho brasileiro de contabilidade para que sua demonstração prova fundamente e sejam validas para uma futura decisão de julgamento. O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre a importância da perícia contábil como meio de prova. A perícia contábil deve ser realizada por um profissional habilitado que dará confiabilidade e sustentação para a decisão do julgador, pois esta tem grande importância na análise do objeto, seja eles uma situação, coisa ou fato, e na demonstração de sua veracidade através da elaboração de laudos ou pareceres. Ressalta-se que a prova contábil se inter-relaciona com as demais provas, podendo esclarecer ou complementar as provas já produzidas ou contrapor tecnicamente àquelas, sendo a função primordial transformar os fatos relativos de natureza técnica ou científica. Este artigo tem como problemática, o questionamento sobre a real importância da prova pericial contábil na decisão judicial, ou seja, em que e como pode influencia a decisão final do juiz. PALAVRAS-CHAVE: Prova Pericial. Parecer. Perícia contábil. Perito; Juiz. METODOLOGIA A pesquisa realiza é de forma teórica baseando-se em dados bibliográficos, devido à obtenção de mais informações sobre o assunto investigado e descritiva por ter feito uso da observação, registro, análise, classificação e interpretação dos fatos. CONCLUSÃO Portanto, deve haver uma densa qualificação e investimento associados à perícia. A procura de elementos para a produção da prova pericial, com fundamentos precisos e que transmitam a plena certeza de confiabilidade e eficácia na averiguação das mesmas é imprescindível para almejar o sucesso nos processos judiciais. Desse modo, a importância da prova e a sua apreciação pelas partes e 100 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 pelo juiz é de extrema relevância para que o processo possa cumprir com êxito sua atribuição, com a transparência e a justiça indispensáveis. Este artigo conclui que a prova pericial contábil é de extrema importância para o julgamento de uma decisão judicial, isto e, uma prova bem detalhada pode mudar totalmente a decisão do arbitro do processo. REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n. 1.243/2009: Perícia contábil. Brasília, 2009 Disponível em: <www.crc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1243.doc>. Acesso em: 18 mai. 2015. NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE-NBC. Resolução CFC nº 751, de 29.12.93. Disponível em: <http://ftp.lgncontabil.com.br/LancamentosContabeis/ Resolucoes-do-CFC.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2015. ORNELAS, Martinho Maurício Gomes de. Perícia contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 101 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 AUDITORIA CONTÁBIL: A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES André Pedro da Silva Neto - [email protected] Luan Jácome de Oliveira - [email protected] Rodolfo Diógenes Moura - [email protected] Orientador: Francisco das Chagas Mendes Junior INTRODUÇÃO A auditoria interna tornou-se uma ferramenta de amplo controle para os gestores, a auditoria interna possui mecanismos que ajuda aos administradores a identificar se todos os processos internos e políticas definido pela empresa, assim como sistemas contábeis e de controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e se os lançamentos registrados estão refletidos contabilmente em concordância com os critérios e legislação antecipadamente definidos. O trabalho tem como objetivo demonstrar quais são os tipos de ferramentas que a auditoria interna possui para auxiliar os administradores para tomada de decisão. A questão é que conforme as instituições estão se desenvolvendo economicamente, seus gestores precisam de mais um auxílio, encontrado na auditoria interna como para captação de informações confiáveis do seu estado patrimonial e financeiro. A metodologia a será produzida por meio de pesquisa bibliográfica de livros do sobre auditoria, sites relacionados com artigos científicos de auditoria interna e revistas da área contábil com foco em auditoria interna. Esse artigo aborda a problemática de algumas organizações que estão em constante crescimento economicamente, e que seus administradores necessitam de um auxílio que pode ser proveniente da auditoria interna como forma de captação de informações confiáveis, de sua situação patrimonial e financeira de modo que facilitar a gestão no momento da tomada de decisão. PALAVRAS-CHAVE: Auditoria Contábil; Organizações; Controle. METODOLOGIA Este artigo utiliza um modelo baseado em dados e pesquisa sobre a importância da auditoria interna, pois sua principal fundamentação é teórica e foi elaborada através pesquisa bibliográfica, onde procuramos em livros de auditoria e sites contábeis, onde já foram publicados sobre auditoria e auditoria interna. RESULTADO Com base em pesquisas elaboradas para a produção deste artigo, constatou-se que as instituições, principalmente de grande porte, passaram a valorizar mais à auditoria interna depois que sofreram algum tipo de fiscalização e/ou uma auditoria, observaram que a auditoria interna é um instrumento essencial que auxilia a alta administração com informações exatas e facilita no controle e na elaboração de processos contábeis, financeiros. 102 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO O presente artigo buscou mostrar a importância da auditoria interna nas organizações, diante de uma nova realidade de mundo globalizado, sua contribuição significativa para a gestão eficaz dos negócios. Nas instituições a auditoria interna deve ser de um "agente visionário", com atitudes e ideias focadas para alavancar resultados, e não apenas exercer atividades de controles internos. O bom profissional desta área precisa estar permanentemente atualizado, através de estudos contínuos, adequando-se e adaptando-se às novas exigências do mercado. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: 5ª Ed. Atlas, 1996. ATTIE, Willian. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1992. GASS, Armando. Papel da auditoria Interna. Disponível http://www.crcrs.org.br/comissoes/audinterna Acesso em: 18 mai. 2015. em 103 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RESUMOS DO CURSO DE DIREITO A LEI 11.3443/06 TRATADA NA SOCIEDADE BRASILEIRA David Fernandes Fontes - [email protected] Emmanuel e Silva - [email protected] José Domingos de Oliveira Filho - [email protected] João Paulo de Morais Nogueira - [email protected] Orientadora: Jhéssica Luara Alves de Lima, [email protected] INTRODUÇÃO O presente trabalho de pesquisa tem como escopo tratar sobre a Lei nº 11.343/06 na sociedade brasileira, definindo os tipos de drogas lícitas e ilícitas comercializadas na conjuntura social. A objetividade jurídica nos crimes da Lei de Drogas é a saúde Pública e a saúde do indivíduo. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) define droga como qualquer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas para o senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo, que pode modificar funções orgânicas, as sensações, o humor e o comportamento. A OMS considera a intoxicação química por substâncias psicoativas como uma doença e classifica a compulsão por drogas como transtornos mentais e comportamentais. É importante dizer que existem as drogas consumidas do tipo lícitas que são substâncias que podem ser produzidas, comercializadas e consumidas sem problema algum. Apesar de trazerem prejuízos aos órgãos do corpo são liberadas por lei e aceitas pela sociedade. Palavras-Chave: Drogas. Transtornos Mentais e Comportamentais. METODOLOGIA O trabalho faz uma pesquisa na doutrina, Constituição Federal, Organização Mundial de Saúde, e demais legislações pertinentes ao caso, bem como estudar a jurisprudência em matéria de Direito Penal. RESULTADOS É considerada droga lícita qualquer substância que contenha álcool, nicotina, cafeína, medicamentos sem prescrição médica, entre outros. Em uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde notou-se quão grande é o mercado das drogas permitidas, pois essas promovem maior necessidade ao usuário e maior custo, já que são encontradas em todos os bairros espalhados pelas cidades. Sobre as consequências promovidas pelas drogas lícitas, pode-se relatar que, ao depositar qualquer substância no organismo, criam-se nesse, necessidades falsas, alterando todo o funcionamento físico e psíquico. A 104 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Secretaria Nacional Antidrogas do governo brasileiro definem as drogas ilícitas as que diminuem a atividade mental: são as drogas depressoras. Afetam o cérebro, que funciona de forma mais lenta. Estas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. CONCLUSÃO: As drogas permitidas por lei são as mais consumidas e as que mais resultam em fatalidades diárias, já que através das alterações realizadas no organismo um indivíduo perde o controle e acaba por fazer coisas que no normal não seriam feitas. Além disso, o organismo tende a ficar mais preguiçoso já que as drogas lícitas relaxam o organismo de forma exagerada. Estas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. REFERÊNCIAS: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988; FLECK, M. P. de A. O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232000000100004>. Acesso em: 19 mai. 2015. 105 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CRÍTICA CONSTITUCIONAL ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA Adriano Fernandes de Oliveira Lima Ana Clara Nascimento Eduardo Silvério Ferreira de Oliveira Ranswagner Cardoso Noronha Orientadora: Olívia Oliveira Siqueira Campos [email protected] INTRODUÇÃO A Lei Maria da Penha, Lei Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, foi criada especificamente para proteger a mulher em defesa de seu gênero no ambiente familiar ou doméstico. A lei visa resguardar os direitos das mulheres que são agredidas durante os seus relacionamentos, sejam eles na constância da relação ou depois da relação. A possibilidade dessa lei surgiu logo após as constantes agressões causadas a uma mulher de nome Maria da Penha Maia Fernandes, por seu ex-companheiro, que por duas vezes tentou matá-la, e que durante 20 anos ela lutou para que seu agressor fosse preso, com isso a lei foi criada e sancionada pelo Presidente. Mas a grande crítica sobre essa lei, é se ela realmente não fere os princípios constitucionais da nossa Constituição Federal. O trabalho tem como objetivo mostrar que a Lei Maria da Penha deveria sair da especificidade e abranger também a classe masculina, pois só assim, atingiria o princípio da igualdade no qual é exposto na Constituição Federal, pois sabemos que nem sempre a mulher será um sexo frágil, existe relatos de mulheres que espancam os seus maridos da mesma forma e não tem o mesmo amparo legal que a mulher possui, pois a regulamentação da lei é apenas para o gênero feminino. Palavras-Chaves: Mulher. Igualdade. Constituição. METODOLOGIA O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas cientificas baseado em artigos da internet visando dá um melhor embasamento e veracidade nos fatos foi retirado também conceitos de doutrinadores com notável saber jurídico como os que serão citados no decorrer do trabalho. CONCLUSÃO A pesquisa analisou a Lei Maria da Penha de uma maneira mais aprofundada, chegando a um determinado pensamento, que não a como não assumir que a lei foi uma grande feito para a classe feminina objetivando a punibilidade e defesa contra seus agressores, eliminando cada brecha para que o crime que o agressor cometa, não venha a ficar impune. Só que diante dos fatos expostos, a lei poderia abranger também a classe masculina, como manda a própria constituição no seu principio de igualdade, isso faria com que a lei se tornasse mais complexa e de 106 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 uma maneira mais justa para que todos os que venham a necessitar dessa lei possam usufruir de maneira correta e igual. REFERÊNCIAS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acessado em: 15/05/2015 as 08:58 http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha . Acesso em: 16/05/2015 AS 9:39 http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4406. 12/05/2015 as 8:31 Acesso em: http://www.esmarn.tjrn.jus.br/revistas/index.php/revista_direito_e_liberdade/article/ viewFile/159/169. Acesso em: 30/04/2015 as 10:31 http://www.radiocacula.com.br/noticias/policial/mulher-agride-ameaca-marido-e-ocaso-vai-parar-na-delegacia. Acesso em: 30/04/2015 as 16:07 107 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O ESTATUTO DO IDOSO E A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR Bárbara Melo Cavalcante Dias - [email protected] Raianne de Carvalho Gurgel - [email protected] Orientadora: Érika Fernandes Benjamim [email protected] INTRODUÇÃO A iniciativa de produzir o presente estudo de caso se deu em virtude do incentivo do Projeto Direito na Comunidade do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, na produção de trabalhos acadêmicos com vistas ao aprimoramento da escrita, estímulo à pesquisa e auxílio à sociedade. Outrossim, a escolha da temática se deve ao trabalho desenvolvido pelos participantes do projeto no Bairro Santo Antônio, na cidade de Mossoró, com o ímpeto de levar informações a comunidade e investigar o índice de percepção de prestação alimentar solidária. Neste trabalho fizemos uma breve análise da lei nº 10.741 de 2003, pontuando de forma sucinta quem é considerado idoso e quem o estatuto visa proteger. Outrossim, esse estudo se justifica na elaboração de uma avaliação de concretização dos direitos garantidos aos idosos, especialmente no tocante a obrigação alimentar e, encontra os seus fins em um planejamento estratégico para injetar efetividade as garantias já existentes e modificar a realidade social local. objetivando a análise da situação concreta - a prestação alimentar ao idoso -, dentro de determinado ambiente. PALAVRAS-CHAVE: Idoso. Alimentos. METODOLOGIA Para esta pesquisa, realizamos um estudo de caso, que se presta a investigar um fenômeno em seu contexto real, para que pudéssemos fazer um paralelo entre o direito posto e constitucionalmente garantido e a realidade dos tutelados, principalmente, no que diz respeito à prestação alimentícia solidária prevista no estatuto do idoso. O trabalho também se vale da pesquisa bibliográfica para embasar os conceitos necessários ao desenvolvimento do estudo, tendo utilizado como fonte de pesquisa a Constituição Federal, doutrina, e, sobretudo, a Lei nº 10.741 de 2003. RESULTADO A mera existência do direito posto, não garante a qualidade de vida e a sobrevivência daqueles que lhes fazem jus. Desta feita, concluímos que a prestação alimentícia rarissimamente é pleiteada pelo idoso, na comunidade onde fora realizado o estudo não há histórico desta prestação. Percebemos, portanto, que a realidade fática é dissonante da realidade de direito, onde a Magna Carta institui que a família, o Estado e a Sociedade Civil estão obrigados formalmente 108 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 para com o idoso, não só em relação à prestação alimentícia, mas também no tocante aos meios para o pleno exercício de sua cidadania. REFERÊNCIAS Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003: “Estatuto do idoso”; Constituição Federal de 5 de outubro de 1988; DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. 109 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE ASSÚ-RN. Alyana Karla do Nascimento Duarte - [email protected] Orientadora: Disraeli Davi Reinaldo de Moura INTRODUÇÃO Este artigo aborda o processo de implementação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e suas implicações no contexto do desenvolvimento socioeconômico e rural das famílias beneficiadas. O estudo que originou o presente trabalho foi realizado junto aos 42 agricultores familiares do Município de Açu. Os autores objetivam demonstrar que a intervenção estatal pode ser capaz de interferir positivamente na dinâmica produtiva das famílias rurais, auxiliando na geração de renda, manutenção das práticas e cultivos tradicionais, a produção agroecológica, possibilitando desta forma novas perspectivas para a sua reprodução social. Através do fornecimento de alimentos ao PAA, grupos sociais marginalizados puderam ser incluídos no processo produtivo e a organização social da produção se viu favorecida nestas localidades. Diagnosticamos que esta política pública e as instituições nela implicadas são precursoras de uma nova dinâmica de desenvolvimento. Palavras-chave: Direito Ambiental; Políticas Públicas; Agricultura Familiar. METODOLOGIA Para efetivação dessa investigação demarcamos como universo empírico para a realização dessa pesquisa os últimos cinco anos de atuação (2009- 2014) do PAA – Compra direta no Município de Assú/RN, a partir de uma amostragem. Por ser um procedimento de caráter qualitativo optamos por entrevistar um total de 13 agricultores familiares rurais, dos 42 fornecedores do PAA deste Município. RESULTADOS Os produtos são variados, identificados nos grupos hortaliças, frutas e carnes os principais inseridos no programa são: coentro, alface e cebolinha; banana, melão e mamão; carne ovina e bovina, além da inserção de produtos como bolo e castanha. Observa-se que os produtos ofertados são considerados tradicional. As vantagens de se comercializar por meio do PAA para a maioria dos respondente é a redução da burocracia, à venda garantida da produção a preço de mercado ou a cima dele, baixo custo com frete, a venda acontecendo na propriedade evitando a necessidade de deslocamento e depreciação de mercadoria por condições de armazenamento inadequado. 110 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONCLUSÃO Conclui-se que o Programa de Aquisição de Alimentos implantado no Município de Assú, consiste em uma importante forma de comercialização para os agricultores envolvidos, de modo à representar, na grande maioria dos casos, o destino único do excedente produzido por estes produtores. A implantação do PAA em Assú, aponta, portanto para a necessidade de mais estudos que possam contribuir para desburocratização do programa e para sua consolidação como Política Pública eficiente/eficaz e que contribuía para o desenvolvimento sustentável rural. REFERÊNCIAS BRASIL – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em <http//www.mds.gov.br> Acessado em 03 de Maio. 2013. FAVARETO, A. S. Paradigmas do desenvolvimento rural em questão. 1. ed. São Paulo: Fapesp/Iglu, 2007. OLIVEIRA, R. O. Desenvolvimento, política agrícola e política rural: do setorial ao territorial. Informações Econômicas, v. 32, nº 12, 2002. 111 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 POLÍTICA DE RESÍDUOS LÍQUIDOS: O DESTINO DADO AOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE REVELAÇÃO FOTOGRÁFICA EM 2 (DUAS) EMPRESAS DO RAMO, NA CIDADE DE MOSSORÓ – RN. Antônio Augusto de Souza Oliveira. [email protected] Antônio Maximilliano Souza. [email protected] Rivelino Oliveira Silva. [email protected] Ronilson Marinho de Medeiros Filho. [email protected] Orientadora: GUALBERTO, Klívia Lorena Costa. [email protected] INTRODUÇÃO O processo químico utilizado na revelação fotográfica é centenário, porém, apenas nas últimas décadas, as empresas do ramo têm se importado com o destino dado aos resíduos da produção. Esses resíduos são chamados de efluentes fotográficos, e são originados a partir da revelação de filmes fotográficos, gráficos e radiológicos, sendo que as maiores fontes de prata reciclada são as soluções de fotoprocessamento, água de lavagem, filmes e papéis fotográficos (HOCEVAR, RODRIGUEZ, 2002). Nesse sentido, a fim de atingir o objetivo de compreender melhor a temática, fez-se a seguinte pergunta: Após o processo de revelação fotográfica, qual destino tem sido dado aos químicos utilizados? A partir disso, foi-se a campo verificar como os gestores de 2 (duas) empresas do ramo da fotografia na cidade de Mossoró – RN têm lidado com a questão. Palavras-chave: Política ambiental. Fotoprocessamento químico. METODOLOGIA Haja vista essa pertinência, o presente artigo discorreu sobre a forma com a qual os referidos empresários têm lidado com esses resíduos e, por meio de entrevista, foi possível conhecer as parcerias firmadas no intuito de poluir menos o meio ambiente e, por conseguinte, ainda obter vantagem econômica. RESULTADOS: Na entrevista feita com os gestores, eles afirmaram, categoricamente, que têm compromisso com a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, firmaram parceria com uma empresa de Fortaleza – CE, a qual, mensalmente, recolhe todo o químico que já fora utilizado na produção para depois enviá-lo a São Paulo, onde passarão por um processo de reversão, no qual a prata, um dos seus componentes, será extraída. Quanto a valores, os gestores disseram que cada galão de 20 litros do químico já utilizado (que tecnicamente é chamado de efluente), era vendido à empresa parceira por R$ 4,00 e que, por mês, cerca de 40 galões eram preenchidos. Ademais, disseram que a quantia proveniente da venda dos galões não ficava com a empresa, mas sim era rateada entre os funcionários que operam as máquinas de revelação, como forma de incentivo e 112 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 bonificação salarial. Doravante, GOETTEMS e VACOO (1997) preceituam que, se comparado com os efluentes resultantes de atividades industriais e comerciais, os efluentes de operações de fotoprocessamento têm um volume relativamente baixo. Além disto, essas substâncias geralmente podem ser tratadas em estações de tratamento biológico, isto é, na maioria dos casos não há objeções ao lançamento dos efluentes resultante do fotoprocessamento em uma estação de tratamento biológico. CONCLUSÃO Nesse aporte, percebeu-se a importância de os gestores terem preocupação com o meio ambiente, mesmo que, posteriormente, nos ensinos dos supracitados autores, restou evidenciado que o dano causado por uma eventual emissão dos químicos presentes na revelação fotográfica em esgoto comum é quase inexistente. Por fim, os gestores viram uma oportunidade de obter mais uma fonte de receita (mesmo pequena) e aliaram a uma necessidade mais efetiva de preservação do meio. REFERÊNCIAS GOETTEMS, Ellen Martha Pritsch. VACCO, Dominick. Tratamento e destino de efluentes fotográficos aspectos ambientais. 19º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 1997. Disponível em http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes97/fotografico.pdf. Acesso em 26 de Abril de 2015. HOCEVAR, Carlos Magnus. RODRIGUEZ, Maria Teresa. Avaliação do impacto ambiental gerado por efluentes fotográficos, gráficos e radiológicos em Porto alegre, RS, Brasil. Vol. 7 - Nº 3 - jul/set 2002 e Nº 4 - out/dez 2002. Disponível em http://www.saneamentobasico.com.br/portal/wpcontent/uploads/2013/02/IMPACTO-AMBIENTAL-GERADO-POR-EFLUENTESFOTOGRAFICOS.pdf. Acesso em 13 de Maio de 2015. 113 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA OFICINA MECÂNICA FB MOTOS Francisca Helena Maciel [email protected] José Guilherme Beserra Rocha. [email protected] Dayane Darley Santos [email protected] Sara Rafaela Félix da [email protected] Orientadora: GUALBERTO, Klívia Lorena Costa. [email protected] INTRODUÇÃO Os resíduos das oficinas mecânicas têm gerado diversas preocupações relacionadas às agressões ao meio ambiente, devido a sua grande maioria serem descartados de forma irregular, sendo jogados em esgotos a céu aberto ou em terrenos baldios. Desta forma, incentivar o motorista a regular o motor, trocar os filtros e o óleo dos veículos automotores periodicamente, de nada vale se o descarte destes materiais representa um impacto ambiental negativo. Este estudo foi realizado na OFICINA MECÂNCIA FB MOTOS, localizada no Município de Russas, Estado do Ceará, com os objetivos de verificar como essa empresa se comporta socialmente diante de tal problema e de analisar o destino final dos materiais descartados, bem como o gerenciamento de resíduos gerados e seus impactos ao meio ambiente, que começa com atitudes simples e a partir daí fazer desse exercício uma constante no seu local de trabalho e até mesmo em casa. Palavras-Chave: Oficinas mecânicas. Gerenciamento de resíduos. Impactos ao meio ambiente. METODOLOGIA A metodologia utilizada para o desenvolvimento da presente pesquisa foi um estudo de caso na OFICINA MECÂNICA FB MOTOS, que atua no ramo desde 1995 e atualmente possui cinco funcionários. Para atingir os objetivos propostos foi realizada uma entrevista estruturada com o proprietário da oficina em referência. RESULTADO Atualmente, são almejadas soluções eficientes que causem menos impactos na natureza, sendo essa busca de extrema importância. Porém, o fato do óleo lubrificante usado ser bastante tóxico e nocivo ao meio ambiente, mesmo sendo uma causa relevante, não tem sido suficiente para que haja um descarte adequado sem agressão ambiental. A pesquisa revelou que existe uma preocupação dos funcionários da oficina mecânica com a preservação do meio ambiente, através da reciclagem dos resíduos. Ao ser contratado o funcionário passa por treinamento não apenas para o manuseio quanto ao descarte do óleo, mas também quanto a conscientização da importância de ter-se um ambiente de trabalho sustentável numa profissão que gera impacto ambiental, caso não seja observada as consequências no meio ambiente como um todo de um descarte deste porte de forma indevida. Esse compromisso da empresa se faz 114 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 presente apenas pela importância de termos um meio ambiente saudável e não por ser lucrativo ou imposto em leis. CONCLUSÃO Constatou-se um processo ambientalmente sustentável com procedimentos de descarte de óleo, consistente no armazenamento em recipiente adequado, que a cada seis meses é vendido como matéria prima para empresa do ramo de asfalto e, ainda, para agricultores que utiliza-o nas máquinas de cultivo agrícola. Este óleo em momento algum tem contado com o solo, desde o armazenamento até a transferência, por meio de mangueira, do tambor para o carro próprio que o transporta até o seu destino. Desta forma o descarte consciente possibilita um meio ambiente protegido de todo e qualquer problema que venha lhe causar algum dano, e assim ter a consciência de que não só o óleo de motor, mas, como outros materiais reutilizáveis tenha o seu descarte de forma correta, pois atitudes como essa faz a diferença e a natureza agradece. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, C.P. Lixo: problemas, caminhos possíveis e práticas diárias na percepção do cidadão. / Caroline Porto Oliveira. Rio de Janeiro: s.n., 2011. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-620471. FERNANDES, J. C. Armazenagem, recuperação e descarte de óleos lubrificantes. São Paulo: FEB, 2010. GOMES, P. L.; OLIVEIRA, V. B. P.; NASCIMENTO, E. A. Aspectos e Impactos no Descarte de Óleos Lubrificantes: O caso das Oficinas. Rio de Janeiro: UFF, 2006. 115 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A RELAÇÃO ENTRE A GRANDE VENDA DE VEÍCULOS E SEUS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE DA CIDADE DE MOSSORÓ/RN. FREITAS, Talisson Azevedo de. [email protected] FERREIRA, Francisco Fábio de Oliveira. [email protected] OLIVEIRA JUNIOR, Maurílio Holanda de. [email protected] ALVES, Weslley de Paiva. [email protected] MOURA, Disraeli Davi Reinaldo de (Orientador). INTRODUÇÃO: A venda de veículos tem importante papel na economia brasileira, assim como, na economia local. Entretanto, o aumento do número de veículos geram grandes impactos ao meio ambiente e, consequentemente, prejudicam a população de forma significativa. Na medida em que aumenta o número de veículos, aumentase na mesma proporção, a poluição ambiental. Desta forma, o presente estudo justifica-se em mostrar a relação que existe entre o crescimento da frota de veículos e sua consequente degradação ao meio ambiente local, objetivando assim, relacionar soluções para que os problemas causados pela grande quantidade de veículos sejam reduzidos. PALAVRAS-CHAVE: Crescimento econômico. Gases poluentes. Biocombustíveis. METODOLOGIA: Foi realizada pesquisa bibliográfica sobre o referido tema, assim como, pesquisa de campo no centro da cidade de Mossoró/RN, aos portais do DETRAN/RN1 e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dentre outros sites. RESULTADO: Segundo dados do DETRAN/RN (2013), ao verificar que a média de crescimento veicular em média é de 16% ao ano, estimam-se que atualmente temos uma frota de 143 mil veículos transitando nas ruas da cidade, inclusive, crescendo mais do que a população mossoroense, tendo em vista que segundo o IBGE (2014), a população cresça em média 8% e 9% ao ano. Com base nessas informações, constata-se que há um grande número de veículos nas ruas da cidade. Com tal evidência, quanto mais veículos circularem nas ruas, maior será a queima de combustível e, consequentemente, maior será a quantidade de gases poluentes lançados na atmosfera, como por exemplo, o dióxido de carbono (CO2), que é extremamente prejudicial à saúde do ser humano. Além disso, esse consumismo elevado e/ou desenfreado implica em outros danos ao meio ambiente, como o acúmulo de resíduos advindos dos pneus, peças velhas e dos resíduos líquidos (óleo de motor) que são jogados no meio ambiente indiscriminadamente e, em muitos casos, indo parar no “Rio Mossoró”. Outra constatação conflitante observada é quanto à fabricação de veículos, onde, maior será a retirada de matéria-prima para desenvolvimento destes, e que, por serem em sua grande maioria, materiais finitos, incorrerá em degradação ambiental ainda maior, para que possam atender a demanda. Também há ocorrência da poluição sonora por meio de buzinas e barulhos dos motores, que afetam a audição do ser humano em determinadas situações, além do aumento dos congestionamentos cada vez 1 DETRAN/RN: Departamento de Trânsito Estadual do Rio Grande do Norte. 116 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 maiores, piorando a qualidade de vida dos cidadãos. Portanto, no que tange a liberação de gases dos escapamentos, além de contribuir para o aumento do efeito estufa, causam problemas respiratórios e, aumentam a sensação térmica, tendo em vista ao aumento drástico da temperatura. CONCLUSÃO: Entende-se que há necessidade de implantação de técnicas para o reaproveitamento dos componentes descartados dos veículos automotores, melhorar e aumentar as opções de transporte público e, principalmente, promover investimentos e incentivar para que as pessoas abasteçam seus veículos com biocombustíveis como o etanol, biodiesel, gás natural e, assim que possível, investir em automóveis movidos à eletricidade. Tais iniciativas, se implantadas, podem diminuir a degradação ambiental em Mossoró/RN. REFERÊNCIAS: ASSIS, Fátima Rangel dos Santos de. Produzir, consumir e preservar: responsabilidade empresarial, administrativa e jurídica. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. BUENO, Everton Siqueira; PEIXOTO, Patricia Teixeira. Os Impactos do Automóvel no Meio Ambiente. Sao Paulo. Junho/2012. Disconível em http://www.ecodebate.com.br/2012/08/14/os-impactos-doautomovel-no-meio-ambiente. Acesso em 10 de abril de 2015. http://www2.uol.com.br/omossoroense/300607/conteudo/cotidiano5.htm. em 10 de abril de 2015. Acesso http://omossoroense.uol.com.br/index.php/cotidiano/55613-dados-do-detranapontam-que-frota-em-mossoro-ultrapassa-116-mil-veiculos. Acesso em 27 de maio de 2015. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2014/estimativa_dou. shtm. Acesso em 22 de maio de 2015. http://adcon.rn.gov.br/acervo/detran/doc/DOC000000000068688.PDF. Disponível em http://www.detran.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=68675&ACT=&P AGE=0&PARM=&LBL=Informa%E7%F5es. Acesso em 10 de abril de 2015. 117 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CARCINICULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA ANÁLISE DOS SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS E DIFICULDADES NO DESCARTE DOS INSUMOS. CARPEGIANI, Whosohainer. [email protected] MEDEIROS, Eduardo. [email protected] STALIN, Joseph. [email protected] SOUSA, Josenildo. [email protected] Orientadora: ARAÚJO, Joana Marta Onofre de. INTRODUÇÃO: A carcinicultura2, enquanto atividade econômica, cujo desenvolvimento está em expansão na atualidade, tem como consequências alguns impactos socioambientais, na medida em que, há uma dificuldade no descarte de alguns produtos que causam contaminação das águas e que são utilizados no desenvolvimento da atividade. Em outras palavras, a carcinicultura é uma técnica que pode trazer prejuízos ao meio ambiente e ao equilíbrio do ecossistema e, em virtude disso, o presente estudo, justifica-se pela necessidade de conhecer quais os malefícios desta atividade para o meio ambiente, e tem o objetivo de analisar os efeitos sobre o meio ambiente e quais as possíveis ações que deveriam ser realizadas para minimizar esses impactos de forma sustentável. PALAVRAS-CHAVE: Ecossistema. Partículas Sólidas. Recirculação. MATERIAL E MÉTODOS: O percurso metodológico engendrado para alcance do objetivo proposto neste trabalho consistiu na pesquisa bibliográfica e na pesquisa de campo (elemento imprescindível para a aproximação do nosso lócus empírico de investigação) em empresa de cultivo de camarões, localizada no município de Mossoró/RN. Utilizamos a técnica de entrevista semiestruturada, tendo como base a elaboração de roteiro prévio com 20 questões fechadas, acerca da avaliação dos impactos da carcinicultura e das estratégias para minimizar esses impactos, realizados com dois dos responsáveis pela empresa de criação de camarões. RESULTADOS: A partir da coleta e da produção de dados em campo, foi constatado que algumas medidas são adotadas pela empresa para minimizar os impactos da atividade de carcinicultura para o meio ambiente e uma das principais ações, como visto, é a utilização da técnica de “recirculação”, que consiste na reutilização da água dos tanques de criação. Esta técnica é realizada através de um canal de circulação, que ao captar a água imprópria para o uso no cultivo dos camarões, há adição de produtos químicos com o intuito de efetuar o processo de decantação de dejetos e/ou partículas sólidas presentes na água. De acordo com o estudo realizado por Figuerêdo et. al (2006), a técnica de recirculação pode racionalizar o consumo da água, otimizar os custos, além de reduzir o lançamento de altas cargas de nutrientes nos corpos receptores. Apesar de ser evidente que esta técnica traz benefícios para a carcinicultura, foram, no entanto, relatados pelos produtores, 2 Técnica de criação de camarões em viveiros. 118 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 alguns limites na operacionalização da atividade, principalmente no que se refere, à dificuldade no descarte de alguns líquidos presentes na água, a exemplo do metabissulfito de sódio. CONCLUSÕES: Constatou-se, que as técnicas implantadas pela empresa em estudo, de fato, minimizam os impactos que tal ramo de atividade pode causar ao meio ambiente local. Contudo, no que tange ao descarte, por se tratar da iniciativa e responsabilidade dos compradores em fazê-lo, acredita-se que ainda incorrem riscos e que, por tais razões, se faz necessário a efetivação de medidas dirimentes e/ou saneadoras de tais danos ambientais recorrentes, como por exemplo, a adição de produtos para neutralizar os agentes nocivos ao meio ambiente. REFERÊNCIAS FIGUERÊDO, Maria Cléa Brito (et al). Impactos ambientais da carcinicultura de águas interiores. Eng. Sanit. Ambient. Vol 11, n. 3, jul-set 2006, 231-240. ACSELRAD, H. Políticas Ambientais e Construção Democrática. In: O Desafio da Sustentabilidade: Um Debate Socioambiental no Brasil.Viana, G. et. Ali. (Orgs.). São Paulo: Fundação Perseu Abramo. p. 75-96. 2001. VINHA, V. A. As Empresas e o Desenvolvimento Sustentável: Da ecoeficiência à responsabilidade social coorporativa. In: Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática. May, P. H. et al.(Orgs.). Rio de Janeiro: Elservier. p. 173-195. 2003. 119 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE MOSSORÓ: CLASSIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E DESTINO FINAL. Danyelle Nobre Isnara Michelle Suzana Karina Nilson Weber Klívia Lorena Costa Gualberto (Orientadora) INTRODUÇÃO: A indústria da construção civil é a principal geradora de resíduos sólidos de Mossoró, proveniente dos desperdícios de materiais resultantes dos processos construtivos tradicionais tanto das construtoras como da sociedade em geral e seu destino final inadequado tem colaborado para o incremento dos impactos ambientais negativos e a qualidade de vida da população. Esse trabalho visa pesquisar sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos em Mossoró, no canteiro de obras de um empreendimento residencial sendo construído em Mossoró, bem como analisar a forma que a Prefeitura Municipal atua para minimizar os efeitos dos impactos gerados no canteiro de obras no transporte e no destino final desses resíduos. A partir da Resolução nº 307 de 05 de julho de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA que classificou os resíduos provenientes dos canteiros de obras, e posteriormente em 2010 quando entra em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos, atribuindo responsabilidades para os geradores (construtoras), aos transportadores e gestores municipais quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos para a preservação do meio ambiente, repercutiu positivamente para que esses agentes tivessem os meios necessários para a gestão desses resíduos. A Secretaria do Meio Ambiente exige que, para a obtenção da licença para a construção de seus empreendimentos imobiliários que causam impacto ambiental é necessário que as construtoras elaborem o plano de gerenciamento dos resíduos sólidos, classificando-os, sua armazenagem e destino final já previamente determinado pela municipalidade, como também exige dos transportadores desses resíduos o prévio cadastramento. Palavraschave: Resíduos sólidos. Construtoras. METODOLOGIA: A metodologia utilizada neste trabalho consiste na realização de um estudo de caso em um canteiro de obras do empreendimento imobiliário residencial denominado Green Garden Residence Club, localizado no Alto São Manoel na cidade de Mossoró; pesquisa bibliográfica e análise das leis: Lei municipal de nº 2.568 de 14/12/2009, que dispõe sobre o licenciamento ambiental no município de Mossoró; lei complementar nº 47 de 16/12/2010, art. 166 e seguintes, que determina o prévio licenciamento dos transportadores, a Resolução CONAMA Nº 307/ 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil e lei federal Nº 12.305/2010 que dispõe sobre a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. RESULTADO: 120 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Na visita ao canteiro de obras do empreendimento, foi apresentado o plano de gerenciamento dos resíduos da obra, onde visa a classificação, armazenamento e destino dos resíduos. A classificação dos resíduos e entulhos obedece aos critérios previstos na resolução 307/2002. Quanto ao armazenamento em “lixeiros”, carece de maiores cuidados no transporte desses entulhos para a armazenagem. A coleta dos resíduos para o destino final é feita semanalmente por empresas especializadas e cadastradas pela Secretaria de Serviços Urbanos, Transito e Transportes – SESUTRA – da Prefeitura Municipal de Mossoró. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O dinamismo do setor da construção civil, onde a geração de resíduos é contínua, requer das construtoras boas práticas construtivas para diminuir substancialmente o desperdício dos materiais empregados e de seus colaboradores maior atenção na aplicação do plano de gerenciamento desses materiais e quanto à Prefeitura carece de uma fiscalização mais efetiva nos canteiros de obras das construtoras e nos locais determinados para o descarrego desses materiais. REFERÊNCIAS: BRASIL, Resolução CONAMA n°. 307, de 5 de julho de 2002. Plano de Qualidade da Obra - PQO WSC 005. CABRAL, Antonio Eduardo Bezerra; MOREIRA, Kelvya Maria de Vasconcelos. Manual sobre resíduos sólidos na Construção. SINDUSCON-Ce – Agosto de 2011. TELLO, Rafael; RIBEIRO, Fabiana Batista. Guia CBIC de boas práticas em sustentabilidade na indústria da Construção. Brasília. 121 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ARTIGOS COMPLETOS DO CURSO DE DIREITO A ILEGALIDADE DA VENDA CASADA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO THE ILLEGALITY OF TYING IN CONSUMER RELATIONS Iêso Duarte Bernardino 3 Olívia Oliveira Siqueira Campos4 RESUMO A venda casada é caracterizada quando, no ato da aquisição de um produto ou serviço, o cliente é obrigado, ou mesmo induzido a aquisição de outro produto/serviço, de maneira que este segundo independe da espécie do primeiro. Tal instituto, trata da vinculação de vendas, de certo que leva o consumidor, mesmo sem sua espontânea vontade, a adquirir coisa diversa da que pretende. Dentro deste enfoque, veremos exemplos hipotéticos, o quais corriqueiramente acontecem em nossa realidade, bem como discutiremos sobre a sua ilegalidade no âmbito jurídico. Palavras-chave: Vinculação. Relações de Consumo. Ilegalidade. ABSTRACT Married Sale is serious where, upon the acquisition of a product or service, the customer is required, or even induced the purchase of another product / service so that this second kind is independent of the first. This institute deals with the sales link, in a leading consumer, even without his will, to acquire diverse thing you want. Within this approach, we will see hypothetical instances, which routinely happen in our reality and discuss about their illegality within the legal framework. Keywords: Binding. Consumer Relations. Illegality. INTRODUÇÃO Em nosso cotidiano, frequentemente, nos deparamos com situações na qual somos “obrigados” a contrair conjuntamente um produto, para que só assim possamos adquirir o que efetivamente almejamos. Tal situação se remete em nossa realidade, quando, por exemplo, frequentamos um cinema o qual nos impõe a somente consumir produtos comercializados por este, ou mesmo quando somente adquirimos um empréstimo bancário mediante a aquisição de um seguro, ou até mesmo quando frequentamos determinados locais que nos impõe ¹Aluno do 7ª período da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, Estagiário de direito, inscrito na OAB-RN sob o nº 04561E, Mossoró-RN, [email protected] 4 Professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi e orientadora, Mossoró-RN, [email protected]. 122 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 uma consumação mínima. Em todos os casos, vivencia-se o que chamamos de venda casada, pois esta sempre vincula a sua conquista a uma condição, por vez que dificulta o acesso do consumidor ao produto/ serviço desejado. Tal atitude é vista pelos doutrinadores como um crime contra as relações de consumo, bem como contra a ordem econômica. METODOLOGIA O presente artigo foi elaborado mediante pesquisas bibliográficas e jurisprudenciais, bem como fora realizados estudos e análises de casos. DO CONCEITO DE VENDA CASADA A venda casada, assim, caracteriza-se como a pratica de impor, durante a venda de algum produto ou serviço, aquisição de novo produto/ serviço, mediante condição para que possa ter aquela anteriormente almejado. Ainda, caracterizase quando é imposto ao consumidor uma consumação mínima em determinadas situações. A secretaria de Acompanhamento Econômico, juntamente com o Ministério da Fazenda, trata a venda casada da seguinte maneira: Prática comercial que consiste em vender determinado produto ou serviço somente se o comprador estiver disposto a adquirir outro produto ou serviço da mesma empresa. Em geral, o primeiro produto é algo sem similar no mercado, enquanto o segundo é um produto com numerosos concorrentes, de igual ou melhor qualidade. Dessa forma, a empresa consegue estender o monopólio (existente em relação ao primeiro produto) a um produto com vários similares. A mesma prática pode ser adotada na venda de produtos com grande procura, condicionada à venda de outros de demanda inferior. Neste esteio, tem-se a conceituação do instituto da venda casada, que segue-se do nosso Código de Defesa do Consumidor, prevendo liberdade de escolha quanto ao desejo consumerista. Desta maneira, o fornecedor de produtos ou serviços fica proibido de, a qualquer momento, impor ao seu consumidor a aquisição de produtos ou serviços, como condição de aquisição de outros produtos. Neste enfoque, visa a doutrina, a nível classificatório, dividir a pratica da venda casada em 2 vertentes: A primeira trata da venda casada em strico sensu, sendo a venda onde o consumidor fica impedido de consumir, sob a condição de assim o conseguir, desde que adquira outro produto/serviço. A segunda vertente, por sua vez, trata da venda casada em lato sensu, onde o consumidor adquire o que deseja sem ser obrigado a adquirir outro, porém, desejando novo produto ou serviço, ficaria este obrigado a adquirir com o mesmo fornecedor, ou por fornecedor indicado pelo primeiro. Em suas duas vertentes (strico sensu e latu sensu), a pratica da venda casada é considerada abusiva, pois intervêm diretamente na liberdade de escolha do consumidor, prevista no Código de Defesa do Consumidor. 123 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 DA ILEGALIDADE DA PRÁTICA DE VENDA CASADA Inicialmente, insta frisar que a nossa Constituição Federal, em seus artigos 170 e 5º, inciso XXXII, frisa como dever do estado observar aos princípios do direito do consumidor, bem como preserva-los corretamente, sendo estes inclusive objetos de tutela constitucional fundamental especial. Assim, discorre-se acera desse tipo de modalidade de venda, condenada pelo nosso Código de Defesa do Consumidor, o qual é objetivo ao frisar tal ilegalidade, em seu artigo 39, conforme vejamos: Art. 39 - é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos [...] Nesse mesmo entendimento, buscando interpretar o entendimento contido no Artigo supracitado, Geraldo Magela Alves (Magela, 2008, p.74) diz: Quer-se evitar que o consumidor, para ter acesso ao produto ou serviço que efetivamente deseja, tenha de arcar com o ônus de adquirir outro, não de sua eleição, mas imposto pelo fornecedor como condição à usufruição do desejado. Assim, em clara interpretação ao artigo, fica objetiva a proibição de imposição de condições para aquisições de produtos ou serviços, ficando ainda, desde que sem justa causa, proibida a limitação quantitativa da comercialização dos mesmos. No que tange o limite quantitativo, este implica apenas na ausência de justa causa para tal imposição, posto que o código consumerista não estabelece uma proibição absoluta, de forma que deixa lacuna para essa justificativa, desde que coerente, para o estabelecimento de limites quantitativos. Em suma, tentou-se o legislador evitar a pratica da “consumação mínima”, onde assim nenhum estabelecimento poderia vincular o seu acesso a determinada consumação, tida como “consumação mínima”, visto que apenas é permitida a cobrança de sua entrada, denominada ingresso ou senha. Assim, a consumação mínima é também vista como venda casada, sendo assim repugnada pelo nosso código consumerista e podendo ser negado o pagamento “forçado” por parte do consumidor, por vez que gera uma visível relação de hipossuficiência a este perante os poderes do fornecedor de produtos ou serviços. A pratica da consumação mínima, vista como enriquecimento sem causa do fornecedor de produtos ou serviços, pode, ainda, ensejar em direito de repetição em dobro do valor desprendido durante a pratica de tal, sendo esta acrescida dos juros e correções legais. De tal forma, como se não bastasse a objetividade contida no artigo 39 do código consumerista, a Lei 8137/1990 surgiu para adicionar rigidez a esta, ao passo que trata tal pratica como crime, senão vejamos: 124 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Art. 5º Constitui crime da mesma natureza: II - subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço; III - sujeitar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de quantidade arbitrariamente determinada; Pena: detenção de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa" Cabe ao consumidor coibir tal prática, através da denúncia desta, de certo que, mesmo que não o ocorra, pode esta aceitar a imposição de tal conduta para, futuramente, efetuar o cancelamento da parte transacional que lhe fora imposta. DA VENDA CASADA LEGAL Segundo Rizzato Nunes, em sua obra Comentários ao Código de Defesa do Consumidor, algumas situações, embora assemelhem-se a venda casada, podem ser vistas como legais. Ao defender tal posicionamento, o autor cita, a nível de exemplo, “os produtos industrializados que acompanham o padrão tradicional do mercado e que são aceitos como validos. Por exemplo, o sal vendido em pacotes de 500 g, e da mesma forma, a farinha, os cereais etc. (Rizzato, 2012, p. 602). Ou seja, tal preceito não é visto como pratica de ilícito, isto por razões obvias, a exemplo a abusividade do consumidor, que poderia se fazer valer de seus direitos para exerce-los de forma impropria. Ainda, deve-se observar minuciosamente cada caso, visto que, devido as suas peculiaridades ficarão a critério de estudos interpretativos quando no tocante a justa causa. Neste esteio, Leonardo de Medeiros Garcia (Garcia, 2008, p. 222), e sua obra “Direitos do Consumidor: Código Comentado e Jurisprudências”, discorre também acerca da possibilidade de vinculação a venda, explanando as seguintes palavras: A possibilidade também existe, por exemplo, nas vendas promocionais do tipo “pague 2 e leve 3”, desde que o consumidor possa adquirir, caso queira, o produto singular pelo preço normal. Nesses casos de imposição limite mínimo, sobretudo por serem situações mais delicadas, deverá o intérprete analisar se há razoabilidade ou não na limitação, de forma a evitar os abusos, tanto pelo fornecedor como pelo consumidor. Assim, o autor vincula a existência de situações peculiares a qual podem ser vistas como legal, bem como cita a necessidade de razoabilidade do julgador para que se evita tanto as condutas exageradas por parte do fornecedor de produtos e serviços quanto a do consumidor. Vale-se ainda, atentar para a necessidade de manutenção de serviços básicos, tais como manutenção do fornecimento de agua, de energia ou mesmo de telefonia, no tocante a cobrança de uma “taxa mínima”. Estas, a exemplo, não mostram-se abusivas ao consumidor nem mesmo quando ocorre uma consumação abaixo do valor mínimo estabelecido pelas concessionárias. Isso ocorre em virtude da necessidade básica de manutenção do serviço, o qual acaba 125 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 por gerar um custo mesmo quando não esta em efetivo serviço por parte do consumidor. DO ESTUDO DE CASO Em estudos de casos, podemos citar a prática exercida pelos cinemas Brasil afora, que indiretamente dificultam o acesso as salas de projeção, ou mesmo o impedem diretamente, em virtude de estar o freguês portando algum produto não adquirido em suas dependências, como um refrigerante ou um sanduiche adquirido em estabelecimento diverso, por exemplo. É comum a pratica de os cinemas apenas permitirem a entrada de pessoas que estejam portando apenas produtos adquiridos em suas dependências, de certo que com tal conduta, o estabelecimento acaba por oprimir a liberdade de escolha do seu consumidor, posto que limita este ao consumo apenas de seus produtos, bem como o obriga a pagar o valor estabelecido, sendo este, em muitos casos, uma quantia bem superior ao de outros estabelecimentos nas proximidades. Assim, resta visível a pratica abusiva por parte destes comércios, visto a hipossuficiência do consumidor frente ao fornecedor de produtos e serviços supracitado. Em meio tal entendimento, não seria outro o posicionamento jurisprudencial acerca do assunto, senão o do reconhecimento de tais práticas abusivas, conforme vê-se: CONSUMIDOR. CINEMA. "VENDA CASADA". Ao impor a restrição do ingresso de alguns alimentos e bebidas portados pelos clientes de suas salas de projeção cinematográfica, permitindo, entretanto, o acesso de produtos alimentares adquiridos em seu próprio estabelecimento, a ora apelante malfenu o direito de liberdade de escolha pelo consumidor: isso caracteriza exatamente a prática abusiva que, aclimada à parte final do caput do art 39 do Código de Defesa do Consumidor e do inc. II de seu art. 6 , corresponde a uma das singularizações possíveis da figura da "venda casada". (Processo: AC 7705185300 SP, Relator(a): Ricardo Dip, Julgamento: 15/09/2008, Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Público, Publicação: 25/09/2008) Como se não bastasse, eis o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça acerca do assunto, no tocante a seguridade da liberdade de escolha do consumidor, posto como prioridade em qualquer relação processual, conforme obtempera-se em decisão proferida sob o recurso especial nº 744.602-RJ (2005/0067467-0), relatado pelo ministro Luiz Fux: EMENTA: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. APLICAÇÃO DE MULTA PECUNIÁRIA POR OFENSA AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OPERAÇÃO DENOMINADA 'VENDA CASADA' EM CINEMAS. CDC, ART. 39, I. VEDAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS ADQUIRIDOS FORA DOS ESTABELECIMENTOS CINEMATOGRÁFICOS. 126 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 1. A intervenção do Estado na ordem econômica, fundada na livre iniciativa, deve observar os princípios do direito do consumidor, objeto de tutela constitucional fundamental especial (CF, arts. 170 e 5º, XXXII). 2. Nesse contexto, consagrou-se ao consumidor no seu ordenamento primeiro a saber: o Código de Defesa do Consumidor Brasileiro, dentre os seus direitos básicos "a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações" (art. 6º, II, do CDC). 3. A denominada 'venda casada', sob esse enfoque, tem como ratio essendi da vedação a proibição imposta ao fornecedor de, utilizando de sua superioridade econômica ou técnica, opor-se à liberdade de escolha do consumidor entre os produtos e serviços de qualidade satisfatório e preços competitivos. 4. Ao fornecedor de produtos ou serviços, consectariamente, não é lícito, dentre outras práticas abusivas, condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço (art. 39,I do CDC). 5. A prática abusiva revela-se patente se a empresa cinematográfica permite a entrada de produtos adquiridos na suas dependências e interdita o adquirido alhures, engendrando por via oblíqua a cognominada 'venda casada', interdição inextensível ao estabelecimento cuja venda de produtos alimentícios constituiu a essência da sua atividade comercial como, verbi gratia, os bares e restaurantes. 6. O juiz, na aplicação da lei, deve aferir as finalidades da norma, por isso que, in casu, revela-se manifesta a prática abusiva. (Grifos Acrescidos) Assim, e mais uma vez, torna-se factível o reconhecimento da ilegalidade da pratica de tais estabelecimentos em realizar a denominada venda casada. Desta feita, em caso de existência de lide, a fim de solucionar práticas abusivas por parte de estabelecimento, deve o juiz atentar para a finalidade das normas em conflito com o ocorrido, para que tome-se uma real e justa aplicação da lei quando do reconhecimento da venda casada. CONCLUSÃO O artigo explanou de forma sucinta o instituto da venda casada, explorando desde seus conceitos até a as suas aplicações em entendimentos jurisprudenciais, de forma que abrange todo o leque de possibilidades de caracterização desta pratica abusiva, bem como de sua ilicitude frente ao código que rege essa relação, a saber o Código de defesa do consumidor, protegido pelos ditames constituídos em nossa lei maior, a Constituição Federal. 127 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O presente artigo possui, também, a finalidade de esclarecimentos acerca do assunto abordado, por vez que este, até o presente, torna-se esquecido, ou mesmo desconhecido por grande parte dos consumidores. Ainda, visou-se mostrar em seu desenvolvimento que a sua frequência é enorme e despercebida perante os consumidores, que em sua maioria tornam-se submissos a tais condutas em virtude do desconhecimento de seus direitos, sendo, ainda em fase de desenvolvimento, mostrados de forma clara e objetiva os aspectos ligados à caracterização da venda casada, bem como os casos que admitem exceção, em virtude de simples interpretação da norma. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO BRASIL, Lei 8.078, de 11 de Setembro de 1990, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm>, Acesso em 18/05/2015; BRASIL, Ministério da Fazenda. Secretaria de Acompanhamento Econômico. Central de documentos: glossário. Disponível em: < http://www.seae.fazenda.gov.br/central_documentos/glossarios>. Acesso em: 02/04/2015; BRASIL, Tribunal de Justiça de São Paulo, Apelação Cível: AC 7705185300 SP, 11 Câmara de Direito Público, Relator Des. Ricardo Dip; BRASIL, Supremo Tribunal de Justiça, recurso especial nº 744.602-RJ (2005/0067467-0), relator Ministro Luiz Fux, Disponivel em < https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&se quencial=2938069&num_registro=200500674670&data=20070322&tipo=5&format o=PDF> Acesso em 19/05/2015; GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do Consumidor: Código Comentado e Jurisprudência. 4 ed. Niterói, RJ, Impetus, 2008; MAGELA, Geraldo Alves. Código do consumidor na teoria e na prática. Belo Horizonte: Del Rey, 2008; NUNES, Rizzato. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. – 7. ed., revista e atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012; PORTAL CONTEUDO JURIDICO, Publicado por Henrique Borges Guimarães Neto, Dispnivel em <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-pratica-ilegal-davenda-casada,35557.html#_ftn7> Acesso em 18/05/2015; PORTAL PROCON SC, Disponível em <http://www.procon.sc.gov.br/index.php/orientacoes-ao-consumidor/290-vendacasada> Acesso em 18/05/2015. 128 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS E O DEVER DE SUSTENTAR THE OBLIGATION OF PAYING CHILD SUPPORT AND THE DUTY OF PROVIDE Thamiris da Silva Costa5 Olívia Oliveira Siqueira Campos6 RESUMO O assunto a ser abordado neste trabalho é bastante interessante e contemporâneo, pois várias famílias brasileiras passam ou já passaram por alguma situação alimentar. Os alimentos, instituto discutido no direito de família, possuem grande valor para o mundo jurídico, tendo em vista que garantem a sobrevivência digna das pessoas necessitadas. O presente trabalho visa abordar os elementos que envolvem a obrigação de prestar alimentos e o dever de sustentar os que necessitam no direito de família. Pretende conceituar, demonstrar a finalidade e a natureza jurídica do direito de alimentos. Ainda vai mostrar dados aproximados do mês de abril de 2015 da Defensoria Pública de Aracati que envolvem a questão dos alimentos. Para finalizar, aborda os questionamentos sobre a hierarquia da obrigação de prestar alimentos, sua satisfação e extinção. PALAVRAS-CHAVE: família. Sobrevivência. Satisfação. ABSTRACT: This work will talk about a subject that is quite interesting and contemporary, because many Brazilian families are going or have been throught some situation that involves child support. The child support, institute discussed in family law, have great value for the legal world, in order to ensure the dignified survival of people in need. This study aims to show the elements of the obligation to pay the child support and the duty to support those who need in family law. It aims to conceptualize, to demonstrate the purpose and the legal nature of the child support. It will display the approximate data of April 2015 in The Public Defender’s Office of Aracati involving the Chil Support. Finally, there will be questions about the hierarchy of the obligation to provide maintenance, your satisfaction and extinction. KEYWORDS: family. Survival. Satisfaction. INTRODUÇÃO Os temas da área de família sempre geram uma enorme repercussão e a questão dos alimentos é um dos mais importantes, sendo assim objeto de várias demandas na área jurídica. Na atualidade, o Direito de Família busca proteger e priorizar os interesses da criança, do adolescente e das relações afetivas. Nas relações jurídicas são 5 Aluna Thamiris da Silva Costa, Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, Direito, Mossoró-RN. [email protected] 6 Professor Especialista Olívia Oliveira Siqueira Campos, Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, Mossoró-RN. [email protected] 129 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 sempre considerados os laços afetivos e não apenas o genético, laço alcançado através de registro ou biológico. As lições do Código Francês e a análise das relações patriarcais foram essenciais para a criação do primeiro Código Civil. Antigamente a família era centrada econômica, social e afetivamente na figura do homem do lar ou do pai e o interesse destes era priorizado em detrimento aos interesses dos outros integrantes da família. O atual estudo visa esboçar a nova visão da comentada prestação de alimentos no direito de família contemporâneo. ALIMENTOS: UMA NOVA FORMA DE ANALISAR O SEU CONCEITO A expressão alimentos, utilizada no cotidiano, pode ser associada ao sentido de nutrientes fornecidos pela comida. Contudo, o significado do termo é bem mais amplo no Direito de Família. São inúmeras as definições sobre o que vem a ser alimentos e uma definição de certo modo complementa as outras: Segundo o autor Sílvio Rodrigues: Alimentos, em Direito, denomina-se a prestação fornecida a uma pessoa, em dinheiro ou em espécie, para que possa atender às necessidades da vida. A palavra tem conotação muito mais ampla do que na linguagem vulgar, em que significa o necessário para o sustento. Aqui se trata não só do sustento, como também do vestuário, habitação, assistência médica em caso de doença, enfim de todo o necessário para atender às necessidades da vida; e, em se tratando de criança, abrange o que for preciso para sua instrução. (RODRIGUES, 2004, página 374) Nas palavras de Yussef Said Cahali: Alimentos são, pois, as prestações devidas, feitas para quem as recebe possa subsistir, isto é, manter sua existência, realizar o direito à vida, tanto física (sustento do corpo) como intelectual e moral (cultivo e educação do espírito, do ser racional). (CAHALI, 1998, página 16) E por Orlando Gomes: “Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si", em razão de idade avançada, enfermidade ou incapacidade, podendo abranger não só o necessário à vida, como "a alimentação, a cura, o vestuário e a habitação", mas também "outras necessidades, compreendidas as intelectuais e morais, variando conforme a posição social da pessoa necessitada” (GOMES, 1986, página 455) A convergência de conceitos não impede a tentativa de se elaborar uma conceituação. Alimentos são prestações essenciais para que exista a satisfação das necessidades básicas, consideradas presentes ou futuras, das pessoas que não podem provê-las por si, abrangendo tudo aquilo que não pode faltar na vida de qualquer ser humano, tais como alimentação, lazer, transporte, tratamento médico, habitação, roupas e educação. Tudo isso independente de idade ou sexo do alimentado. A presente pesquisa trata da obrigação alimentar, sua natureza jurídica e por fim vai abordar as suas principais características. Ao tratar do assunto alimentos, o caráter assistencial do instituto deve ser esclarecido, pois assim 130 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 como há a obrigação de prestar os alimentos, há também o direito de exigi-los no Direito de Família. A NATUREZA DOS ALIMENTOS E SUA FINALIDADE NA ÁREA JURÍDICA Todo ser humano quer satisfazer suas necessidades vitais. A obrigação de prestar alimentos é considerada uma característica da família da atualidade e funda-se na chamada solidariedade humana e econômica que deve sempre estar presente entre os parentes ou membros da família. Ao tratar da natureza jurídica do direito à prestação alimentícia, verifica-se que há controvérsia que surgiu como consequência da divergência existente entre três correntes doutrinárias interessantes. A primeira corrente defende a natureza jurídica do direito à prestação de alimentos como sendo um direito pessoal considerado extrapatrimonial. No caso, o alimentando não teria nenhum interesse econômico no momento da prestação alimentícia, tendo em vista que o dinheiro recebido não tem o objetivo de expandir o seu patrimônio, mas a finalidade apenas de suprir o seu direito à vida, que é considerado personalíssimo. Funda-se em um conteúdo denominado ético-social. Em sentido contrário, a segunda dá destaque ao direito patrimonial, retratado na prestação paga em pecúnia ou em espécie, em que o caráter econômico não está afastado. Por último, a terceira, defende uma junção do que já foi mencionado anteriormente, afirmando assim que a natureza jurídica do direito à prestação de alimentos seria um direito de conteúdo patrimonial e também de finalidade pessoal. Dentre as três posições doutrinárias, a mais utilizada é a terceira. É comum perceber que a prestação alimentícia está inserida no plano econômico. Orlando Gomes afirma que: Não se pode negar a qualidade econômica da prestação própria da obrigação alimentar, pois consiste no pagamento periódico, de soma de dinheiro ou no fornecimento de víveres, cura e roupas. Apresenta-se, consequentemente, como uma relação patrimonial de crédito-débito; há um credor que pode exigir de determinado devedor uma prestação econômica. (GOMES, 1999, página 429) Na atualidade, as pessoas trabalham para obter seus bens materiais e uma renda, porém nem sempre dispõem de recursos essenciais para o seu próprio sustento e o de sua família. A ligação existente entre essas pessoas é considerada além de moral, jurídica. O Estado tem interesse direto no cumprimento das normas que impõem a obrigação legal de alimentos, pois se isso não acontecer, aumenta o número de pessoas desprotegidas e carentes, que consequentemente serão amparadas por ele. As normas relacionadas aos alimentos são consideradas de ordem pública, inderrogáveis por convenção entre os particulares e instituídas através de violenta sanção, como o caso da pena de prisão. Segundo Maria Helena Diniz, a finalidade do direito de alimentos consistiria em: Fornecer a um parente aquilo que é necessário a sua manutenção, assegurando-lhe meios de subsistência, se ele, em razão de idade avançada, enfermidade ou incapacidade, estiver impossibilitado de produzir recursos materiais com o próprio sustento. (DINIZ, 2007, página 572) 131 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Ou seja, tem o fim de atender às necessidades das pessoas que não conseguem prover o próprio sustento. É um direito ligado ao ser humano que possui um conteúdo patrimonial e finalidade pessoal. O autor Arnoldo Wald preceitua a finalidade do direito de alimentos da seguinte maneira: A finalidade de prover alimentos é, portanto, assegurar o direito à vida, subsistindo a assistência da família à solidariedade social que une os membros da coletividade, uma vez que os indivíduos que não tenham a quem recorrer diretamente serão, em tese, sustentados pelo Estado. Nesse sentido, o primeiro círculo dessa solidariedade é o de família, e somente na sua falta dever-se-á recorrer ao Estado. (WALD, 2005, páginas 43 e 44) Segundo dados de uma pesquisa realizada no dia 16 de Abril de 2015 na Defensoria Pública de Aracati, foram realizados em média dez acordos de alimentos, catorze reajustes de alimentos, três execuções de alimentos, cinco ações de alimentos e duas exonerações de alimentos. É importante lembrar que nas resoluções das questões que tratam de alimentos, estão presentes a igualdade de direitos e obrigações entre homem e mulher. Não há privilégios em razão do sexo do demandante. A OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS Parentes são as pessoas ligadas entre si através da consanguinidade, pessoas originadas de um mesmo tronco comum ou até mesmo por adoção. O parentesco civil foi criado através de lei, considerado uma criação artificial, fruto de uma manifestação especial dos indivíduos, caracterizado pela adoção. A afinidade não vai se enquadrar na definição de parentes, pois esta se constitui em um vínculo entre o casal, esposa e marido, e os parentes do outro. A relação existente entre sogro e genro e sogra e nora são exemplos. O parentesco em linha reta acontece quando os membros são descendentes uns dos outros, como por exemplo, o filho em relação aos pais. Parentesco em linha colateral ocorre quando existe em comum o mesmo ascendente, como nos caso de duas irmãs que são filhas da mesma mãe e de dois irmãos que são filhos do mesmo pai. O grau de parentesco pode ser compreendido como o número de gerações que passam a separar os parentes. Arnoldo Wald afirma que: Os alimentos devidos entre parentes (fundamentados no dever legal de sustento), cônjuges e companheiros (calcados no dever de mútua assistência), são definidos, caracterizados e regulamentados legalmente nos artigos 1694 a 1710 do Código Civil. (WALD, 2005, página 46) Os parentes podem exigir os alimentos uns dos outros, porém nem todos são obrigados a prestá-los. Entretanto, há uma restrição em que a Lei obriga aos parentes em linha reta, ascendentes, descendentes e aos que são parentes colaterais até o segundo grau, como irmãos que têm o mesmo pai e a mesma mãe ou unilaterais, não existindo a previsão de alimentos entre os que são afins. O fundamento da obrigação alimentar está ligado ao princípio da solidariedade que trata de unir os membros de um determinado grupo familiar. A lição de Orlando Gomes é a seguinte: 132 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Conquanto a lei disponha que os ascendentes devem alimentos uns em falta dos outros, é possível que o alimentando só consiga dos parentes em grau mais próximo parte dos que necessita. Nesta hipótese, podem ser chamados a concorrer para a prestação alimentícia parentes de grau posterior. Dá-se, então, o concurso entre parentes que pertencem a categorias diversas. É possível, assim, que a dívida seja paga, em conjunto, por um avô e um bisavô. (GOMES, 2002, página 471) Após a análise dos entendimentos dos autores acima, fica fácil perceber quem deve ser chamado para prestar alimentos. Em resumo seria da seguinte forma: pai e mãe, demais ascendentes, descendentes, colaterais de segundo grau e por último o cônjuge ou companheiro. Há a possibilidade de conseguir a prestação alimentícia dentre todos os parentes e até hoje algumas pessoas desconhecem tal hipótese. A SATISFAÇÃO E O MOMENTO DE EXTINGUIR A OBRIGAÇÃO Nos casos de satisfação da obrigação de prestar alimentos, Maria Helena Diniz afirma: O artigo 1.701 do Código Civil permite que o alimentante satisfaça sua obrigação por dois modos: dando uma pensão pecuniária ao alimentando, efetuando depósitos periódicos em conta bancária ou judicial, ou dando-lhe em sua própria casa (mesmo alugada), hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação, quando menor, nem interná-lo em asilos, nem sustentá-lo em casa alheia. (DINIZ, 2007, página 564) De acordo com o texto, pode o alimentante escolher entre uma das formas elencadas no artigo 1.701 do Código. Entretanto, se o juiz achar necessário, na forma do artigo 1.701, parágrafo único, poderá fixar a maneira da prestação que está sendo devida, consequentemente esse direito de escolha não é considerado absoluto. Ao tratar da extinção da obrigação de alimentar, cessa através da morte do alimentando, de acordo com a natureza pessoal. Vale lembrar que a obrigação será transmitida até o momento da herança. A obrigação ainda pode ser extinta se desaparecer um dos pressupostos do artigo 1.695 do Código Civil, que trata da capacidade econômico-financeira de quem alimenta ou até mesmo da necessidade do alimentado. Ainda há a possibilidade de extinção pelo casamento, união estável ou procedimento indigno por parte do credor, como elenca o artigo 1.708 do Código Civil. O esforço do jovem no sentido de qualificar-se para o mercado de trabalho pode ser considerado motivo de tranquilidade e segurança para os responsáveis, pois quanto maior a qualificação intelectual e profissional do filho, menor a probabilidade de vir a necessitar de alimentos no futuro, ao mesmo tempo em que maior será a chance de vir a ter condições financeiras de concorrer para o sustento do pai e da mãe na velhice. Segundo o posicionamento do doutrinador Arnoldo Wald: O que se depreende, portanto, é que a obrigação alimentar, depois do advento da nova Lei Civil, também exige, assim como se dá em relação à adoção, a salvaguarda de um sólido vínculo de natureza moral entre alimentando e alimentante. (WALD, 2005, página 74) 133 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONSIDERAÇÕES No Direito de Família, alimentos é um tema considerado relevante, amplo e debatido. Foi importante esclarecer através do presente trabalho onde se inicia esse direito, quando se extingue e quem tem a obrigação de prestá-lo. A presente pesquisa foi essencial para deixar algumas ideias do senso comum esclarecidas, dirimir dúvidas antigas, mostrar os poderes delegados aos parentes e deixar claro que existe a assistência aos necessitados através das prestações fornecidas pelo Estado na falta das pessoas que são consideradas parentes. A obrigação de prestar alimentos não tem o mesmo significado de dever de sustento. Através das pesquisas realizadas foi fácil compreender que a obrigação alimentar é baseada no “princípio da solidariedade”, o qual une os diversos integrantes da entidade familiar, onde o ato de ajudar é considerado mútuo. A definição dos alimentos deve estar sempre baseada no binômio necessidade/possibilidade. Já o dever de sustento é resultado de uma imposição legal, o seu cumprimento deve ser efetuado de forma incondicional e é considerado um ato unilateral. É o caso do dever do genitor de sustentar o filho de menor idade. Decorre do chamado pátrio-poder, existindo doutrinadores que afirmam que o dever é sempre exigível, não tendo importância a situação econômica de quem deve. Ficou esclarecido que existe o vínculo de solidariedade entre os parentes e que o dever de prestar socorro aos membros que necessitam deve ser assumido por todos os entes do núcleo. Casar não é apenas um entrelaçamento de vidas, mas também de patrimônios, em que essa comunhão revela a importância do princípio da solidariedade, principalmente entre pais e filhos. Esse princípio não se extingue com a dissolução da vida conjugal. É dever dos pais, igualmente, garantir de forma eficiente, o provimento moral e material da sua prole. A natureza jurídica do direito de receber a prestação alimentícia, direito considerado de conteúdo patrimonial e finalidade pessoal, e a satisfação é mostrada no dever de alimentar o necessitado através da pensão alimentícia. O Código Civil traz as hipóteses de extinção da obrigação alimentícia e é fácil perceber que existe a igualdade de direitos entre homens e mulheres no atual ordenamento jurídico. Portanto, as pessoas não são privilegiadas em razão do sexo, cor, raça ou religião. REFERÊNCIAS ARBELLI, Rubens de Almeida. A obrigação alimentícia dos ascendentes, descendentes e colaterais. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&ar tigo_id=1078>. Acesso em 10 de maio de 2015. CAHALI, Yussef Said. Questão dos Alimentos. Revista dos Tribunais. 4ª Ed. São Paulo. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 5, 22ª edição, São Paulo: Saraiva, 2007. 134 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 FERRO, Hugo Leonardo Araújo. A questão sobre alimentos no direito de família. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19711/a-questao-sobrealimentos-no-direito-de-familia>. Acesso em 10 de maio de 2015. GOMES, Orlando. Direito de Família, 11ª edição. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1999. GOMES, Orlando. Questões Tribunais, 1986. sobre Alimentos. São Paulo. Revista dos GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Volume 6, 8 ª edição. São Paulo: Saraiva, 2011. MEDEIROS, Guilherme Luiz Guimarães. A natureza jurídica dos alimentos. Disponível em: <http://www.arcos.org.br/artigos/a-natureza-juridica-dos-alimentos/ >. Acesso em 10 de maio de 2015. QUEIROZ, Clodoaldo de Oliveira. A natureza jurídica da obrigação alimentar. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/9045/a-natureza-juridica-da-obrigacaoalimentar>. Acesso em 10 de maio de 2015. RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil: Direito de Família. Volume 6, 28ª edição. São Paulo: Saraiva, 2004. WALD, Arnoldo.O Novo Direito de Família. 16ª edição. Saraiva, 2005. 135 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 LEI MARIA DA PENHA: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGISLAÇÃO, DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA E ESTATÍSTICAS MARY LAW PENHA : HISTORICAL ASPECTS, LEGISLATION, DOCTRINE, JURISPRUDENCE AND STATISTICS Thamires Carminda Garcia Arruda7 Adriano Fernandes de Oliveira Lima8 Olívia Oliveira Siqueira Campos 9 RESUMO O presente artigo versa sobre a Lei n. 11.340/2006, que trata da violência doméstica e familiar contra a mulher, popularmente conhecida por “Lei Maria da Penha”. O trabalho objetiva precipuamente a realização de uma breve análise a respeito dos aspectos relevantes da legislação sob estudo, bem como a apresentação de estatísticas relacionadas à violência contra a mulher, o que tornará mais claro o entendimento dos leitores a respeito de tema tão debatido na sociedade, mas que gera dúvidas e polêmicas. Assim, justifica-se a importância de abordar de forma aprofundada a temática escolhida, diante do desconhecimento que gira em torno do assunto, especialmente por parte das vítimas. Para tornar eficaz a realização do artigo científico, as metodologias ou procedimentos adotados foram, basicamente, a pesquisa bibliográfica, uso de sites que tratem do tema, além da pesquisa de campo, isto é, da ida à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) para a tomada de informações mais precisas. Palavras-Chave: Mulher, violência, proteção. ABSTRACT This article is about the law n. 11.340/2006, which concerns the domestic violence against the woman, also known as "Maria da Penha Law". This work first purpose is to do a short analysis about the relevant aspects of the law under study, moreover, the presentation of statistics related to violence against the women, in order to make it easier to understand a subject that is so debated in the society, nevertheless, causes so many doubts and controversies. Therefore, in the face of the general ignorance about the theme, especially from the victims, the importance of discuss this subject is justified. In order to make the production of the article effective, the methodologies or procedures chosen were, basically, the bibliographic research, the use of websites about the theme, besides the field research, namely, the visit to the Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) to get more precise information. Keywords: Woman, violence, protection. 7 [email protected] [email protected] 9 [email protected] 8 136 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 INTRODUÇÃO A contemporaneidade e a consequente evolução humana trouxeram muitos problemas ligados às relações afetivas e um deles é a violência baseada no gênero feminino, tema que será abordado no presente trabalho sob o enfoque jurídico da Lei nº 11.340/06. Muitos entendem que a mulher é a parte frágil, vulnerável da relação, porém a própria constituinte colocou o homem e a mulher em posição isonômica, definindo-os como iguais perante a lei, mas é sabido que, na maioria das vezes, a realidade é outra. E não seria este o único argumento para originar uma lei que criasse mecanismos de proteção à mulher, mas principalmente pelo fato de que um grande contingente de mulheres estaria sofrendo agressões e seus agressores ficavam impunes. Diante desta situação questiona-se, se a criação da lei trouxe melhorias e se realmente há efetividade em sua aplicação? É com o intuito de descobrir essas respostas, para aprimorar o conhecimento a respeito e para fornecer embasamento claro e objetivo para todos aqueles que tenham interesse na temática que este estudo foi feito. LEI MARIA DA PENHA: ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGISLAÇÃO, DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA E ESTATÍSTICAS De acordo com dados da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância): no mundo faltam cerca de 60 milhões de mulheres que foram abortadas por serem seres femininos, assassinadas quando bebês pelo mesmo motivo ou morreram vítimas de maus-tratos. Em 79 países, a violência contra as mulheres não é punida. No contexto Europeu, apenas cinco por cento dos casos chegam à polícia, mas estima-se que uma em cada cinco mulheres seja agredida pelo parceiro masculino. Aliás, 25% de todos os crimes violentos registrados na União Europeia foram cometidos por um homem contra a sua mulher ou companheira. (Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8 416#_ftn13>. Acesso em 15 abr. 2015.). Como preleciona Miguel Reale, toda norma pressupõe um fato e um valor para que motivem sua elaboração. Com a Lei Maria da Penha não fora diferente, a histórica discriminação machista e a submissão da mulher no ambiente familiar, influenciaram a legislação de uma norma que, em alguns casos, transpassa o princípio da igualdade entre homens e mulheres velado pela nossa Carta Maior. Maria da Penha Maia Fernandes é uma mulher que por anos sofreu agressões do seu marido, incluindo duas tentativas de assassinato que a deixaram paraplégica. Travou uma luta contra a impunidade de seu agressor, que passou por dois julgamentos até ser preso, mas conseguiu recorrer em liberdade. Com isso, escreveu o livro “Sobrevivi, posso contar”, onde ganhou aliados que apoiaram sua causa. Sua denúncia chegou à Comissão de Direitos Humanos dos Estados Americanos (OEA) que recomendou que o Brasil responsabilizasse Marco Antônio Heredia Viveiros, ex marido de penha, sob pena de declarar o governo brasileiro conivente com a violência contra à mulher. Heredia finalmente foi preso, porém cumpriu apenas um terço da pena em regime fechado e hoje a cumpre em liberdade condicional. A Comissão americana recomendou também que o Brasil criasse uma legislação adequada a esse tipo de violência. Assim, em setembro de 2006 a Lei nº 11.340/06 entrou em vigor. 137 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Maria da Penha trabalha todos os dias para que a Lei nº 11.340/06 seja plenamente divulgada em todo o país e levada a sério pelos operadores da justiça, inclusive é fundadora do “Instituto Maria da Penha – IMP”, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que visa, através da educação, contribuir para conscientização das mulheres sobre os seus direitos. Sabe que sua história e seu nome são símbolos, mais do que isso, eles são uma esperança para que outras mulheres vivam uma vida livre da violência. A Lei nº 11.340/06 cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Dispõe também sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar e o estabelecimento de medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar (art. 1º). É importante esclarecer o que seria a violência doméstica, visto que discussões no âmbito familiar são em algumas situações até rotineiras e por que não dizer aceitáveis, já que o convívio entre pessoas distintas vai mais cedo ou mais tarde surgir/produzir colisão de interesses, pensamentos e objetivos. Ninguém é igual a ninguém, tão menos somos perfeitos. Haver uma briga de casal ou entre irmãos “aqui e ali” é inclusive previsível. Não pode e nem deve o Direito intervir em situações que são perfeitamente resolvíveis extrajudicialmente. Conforme lição de Rogério Greco: [...] Aquilo que for da esfera própria do agente deverá ser respeitado pela sociedade e, principalmente, pelo Estado, em face da arguição da necessária tolerância que deve existir no meio social, indispensável ao convívio entre pessoas que, naturalmente, são diferentes (GRECO, 2009, p.55). Portanto, para os efeitos da lei, configura-se como violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou material, no âmbito da unidade doméstica, familiar ou em qualquer relação íntima de afeto (art.5º). Antes de tudo, é essencial que exista um entendimento prévio acerca da violência de gênero, que aqui será utilizada como sinônimo da violência contra a mulher, pois que se trata de violência contra o gênero feminino. Para Saffioti, a violência de gênero é um conceito mais amplo que o de violência contra a mulher e abrange não apenas as mulheres, que no Brasil é constitutiva das relações de gênero (SAFFIOTI; ALMEIDA, 1995). Por sua vez, a violência de gênero, produzse e reproduz-se nas relações de poder onde se entrelaçam as categorias de gênero, classe, raça/etnia, expressando uma forma particular da violência global mediatizada pela ordem patriarcal que dá aos homens o direito de dominar e controlar suas mulheres, podendo, para isso, usar a violência. Assim, a ordem patriarcal pode ser vista como um fator preponderante na produção da violência de gênero, uma vez que está na base das representações de gênero que legitimam a dominação masculina internalizada por homens e mulheres. Configura-se como violência contra a mulher, nos termo do art. 7º da lei em estudo: a) a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade física ou corporal; b) a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde 138 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 psicológica e à autodeterminação; c) a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter, ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; d) a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades e e) a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial, de imediato, ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência, colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e das circunstâncias, remeter o pedido da ofendida ao juiz para que sejam concedidas as medidas protetivas de urgência, determinar que se proceda ao exame de delito, ouvir o agressor e as testemunhas, verificar os antecedentes criminais daquele e remeter, no prazo legal, os autos do inquérito para o Ministério Público (art.12). As medidas protetivas de urgência deverão ser decididas pelo juiz no prazo de 48 (quarenta e oito) horas do recebimento do expediente com o pedido da ofendida (art.18). Dentre elas, existem as medidas protetivas que obrigam o agressor a determinada ação (art.22), como a suspensão da posse ou restrição do porte de armas; afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida e proibição de determinadas condutas, e as medidas protetivas de urgência à ofendida (art.23), onde o juiz poderá encaminhá-la a programa oficial ou comunitário de proteção ou atendimento; determinar recondução a sua residência após o afastamento do agressor, o afastamento do lar e a separação de corpos. Nos atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, para tanto lhe será garantido o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita (arts. 27 e 28). No que se refere ao tratamento pós-agressão, os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar (art.35,I), a ser integrada por profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar fornecer subsídios ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, bem como desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes. Além das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), foi criado em 2005 pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) O “Ligue 180”, para servir de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o país. A ligação é gratuita. Ele é a porta principal de acesso aos serviços que integram a rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área, desempenhando papel central, ao lado do programa “Mulher, Viver sem Violência”, lançado em março de 2013, com 139 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 o objetivo de cobrir o país com serviços públicos integrados, inclusive nas áreas rurais, latu sensu, mediante a utilização de unidades móveis para o campo, a floresta e as águas. Em março de 2014, o “Ligue 180” transformou-se em disque-denúncia, com capacidade de acionamento imediato da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Para isso, conta com apoio financeiro do programa “Mulher, Viver sem Violência”, propiciando-lhe agilidade no atendimento, inovações tecnológicas, sistematização de dados e divulgação. Com relação ao oferecimento da denúncia pela ofendida, veja o seguinte julgado: O Superior Tribunal de Justiça decidiu que “a vítima de violência doméstica não pode ser constrangida a ratificar perante o juízo, na presença de seu agressor, a representação para que tenha seguimento a ação penal. Com esse entendimento, a Quinta Turma mandado de segurança ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul para que a audiência prevista no artigo 16 da Lei Maria da Penha só ocorra quando a vítima manifeste, antecipada, espontânea e livremente, o interesse de se retratar. A decisão é unânime. A Lei 11.340/06, conhecida por Maria da Penha, criou mecanismos de proteção contra a violência doméstica e familiar sofrida pelas mulheres. Entre as medidas, está a previsão de que a ação penal por lesão corporal leve é pública – isto é, deve ser tocada pelo Ministério Público –, mas condicionada à representação da vítima. O Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento de que essa representação não exige qualquer formalidade, bastando a manifestação perante autoridade policial para configurá-la. Para o Tribunal de Justiça sul-mato-grossense, a designação dessa audiência seria ato judicial de mero impulso processual, não configurando ilegalidade ou arbitrariedade caso realizada espontaneamente pelo juiz. Mas o desembargador convocado Adilson Macabu divergiu do tribunal local. Para o relator, a audiência prevista no dispositivo não deve ser realizada de ofício, como condição da abertura da ação penal, sob pena de constrangimento ilegal à mulher vítima de violência doméstica e familiar. Isso “configuraria ato de 'ratificação' da representação, inadmissível na espécie”, asseverou. “Como se observa da simples leitura do dispositivo legal, a audiência a que refere o artigo somente se realizará caso a ofendida expresse previamente sua vontade de se retratar da representação ofertada em desfavor do agressor”, acrescentou o relator. “Assim, não há falar em obrigatoriedade da realização de tal audiência, por iniciativa do juízo, sob o argumento de tornar certa a manifestação de vontade da vítima, inclusive no sentido de ‘não se retratar’ da representação já realizada”, completou. Em seu voto, o desembargador indicou precedentes tanto da Quinta quanto da Sexta Turma nesse mesmo sentido. (Fonte: Coordenadoria de Editoria e Imprensa do Superior Tribunal de Justiça). Adentrando ao campo das estatísticas, um estudo preliminar feito pelo Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que, entre os anos de 2009 e 2011, o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios, isto é, mortes de mulheres por conflito de gênero, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. Esse número indica uma taxa de 5,8 casos para cada grupo de 100 mil mulheres. De acordo com os dados do documento, o Espirito Santo é o estado brasileiro com a maior taxa de feminicídios, 11,24 a cada 100 mil, seguido por Bahia (9,08) e Alagoas (8,84). A região com as piores taxas é o Nordeste, que apresentou 6,9 casos a cada 100 mil mulheres, no período analisado. (Figura 1, em apêndice). Além dos números e taxas de feminicídios nos estados e regiões do Brasil, foi realizada uma avaliação do impacto da Lei Maria da Penha. Constatouse que não houve influência capaz de reduzir o número de mortes, pois as taxas 140 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 permaneceram estáveis antes e depois da vigência da nova lei. “Observou-se sutil decréscimo da taxa no ano de 2007, imediatamente após a vigência da lei, e, nos últimos anos, o retorno desses valores aos patamares registrados no início do período”, afirma o texto. (Figuras 2, em Apêndice). RESULTADOS Em visita à Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) do município de Mossoró, Rio Grande do Norte, para realização de pesquisa referente às estatísticas dos anos de 2013 e 2014, obteve-se da Agente de Polícia Civil Maristela Rosa de Freitas Santos, em linhas gerais, de acordo com as duas tabelas dispostas em apêndice, que os números são bastante relativos. Por exemplo, em 2013, de janeiro a julho, período anterior à greve da Policia Civil, todos os números relativos à ameaça, lesão, danos, estupro, tentativa de homicídio, homicídio, boletim de ocorrência e medida protetiva são superiores aos de 2014, nas mesmas classes. Por sua vez, de setembro a outubro de 2013, período pós-greve (levando em conta que a pesquisa de 2014 não disponibiliza os meses de novembro e dezembro), tem-se que os números são inferiores aos de 2014, no mesmo lapso temporal e classes. Numa visão mais específica, baseando-se nos dados obtidos na Delegacia Especializada local e tendo como parâmetro os resultados da pesquisa do IPEA de que a região Nordeste possui os índices mais elevados no que se refere aos feminicídios, observa-se que os números ainda são muito baixos, levando em conta uma cidade que conta com uma população de mais de 300 mil habitantes. Infelizmente, a violência doméstica contra a mulher ainda é considerada um tabu. Poucas mulheres sentem-se a vontade ou seguras para falar sobre o assunto ou mesmo para denunciar seus agressores, o que dificulta bastante o trabalho daqueles incumbidos de protegê-las, resultando em baixas taxas de registro de ocorrências. Como consequência dessa escusa, justifica-se a dificuldade para realizar uma pesquisa diretamente com as vítimas nas comunidades propostas, não restando alternativa senão a visita a DEAM da cidade de Mossoró/RN. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho é objeto do IV Encontro de Iniciação Científica, idealizado e fornecido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. Através dele foi possível conhecer um pouco mais sobre a ciência do direito e com a produção do artigo científico, aprimorar o conhecimento acerca da Lei nº 11.340/06. O questionamento principal deste estudo girou em torno das melhorias que a lei traria e sobre a sua efetividade. Diante das pesquisas feitas, em termos de estatísticas, conclui-se que não houve uma mudança tão significativa, principalmente no que diz respeito às mortes. A pesquisa do IPEIA revelou que somente no ano de 2007, sucessivo ao ano de vigência da lei, ocorreu uma queda na mortalidade de mulheres por agressões, porém nos anos subsequente nota-se uma alta seguida de estabilidade. Por outro lado é evidente que o simples fato de criar uma lei visando à proteção das mulheres, que por décadas foram vítimas caladas, já representa um avanço profundo para a sociedade. A Lei Maria da Penha trouxe grandes melhorias, especialmente para aquelas mulheres que não possuíam qualquer tipo de informação, que eram agredidas e sequer conheciam seus direitos e que hoje têm acesso a uma Delegacia Especializada em atendê- 141 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 las, sem falar nos diversos programas de assistência e orientação como o “Ligue 180”. São dados como esses que demonstram a efetividade da lei. Utilizando-se do princípio da reserva do possível, percebe-se que há um comprometimento por parte do Estado que tem feito o que lhe é devido, bastando que a ofendida dê o primeiro passo, que denuncie aquele que lhe agrediu de alguma forma e torne sua vida livre de qualquer tipo de agressão. REFERÊNCIAS GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009. Instituto Maria da Penha (IMP). Disponível <http://www.mariadapenha.org.br/>. Acesso em 10 mai. 2015. em: IPEA. Violência contra a mulher: Feminicídios no Brasil. Disponível: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/130925_sum_estudo_feminici dio_leilagarcia.pdf>. Acesso em 15 abr. 2015. NOGUEIRA, Isac de Almeida. Maria da Penha: A constitucionalidade de igualar as diferenças. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8416#_ftn1 3>. Acesso em 15 abr. 2015. REALE, Miguel. Lições preliminares do direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. SAFFIOTI, Heleieth I. B.; ALMEIDA, Suely de Souza. Violência de gênero: poder e impotência. Rio de Janeiro, Revinter, 1995. Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher (SPM). Central de Atendimento à mulher. Disponível em: < http://www.spm.gov.br/ligue-180>. Acesso em 10 mai. 2015. Vade Mecum Saraiva/ obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Livia Céspedes e Juliana Nicoletti: - 15 ed. atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2013. 142 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 APÊNDICE 143 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Figura 1: Taxas de feminicídios por 100 mil mulheres. Brasil e Unidades da Federação Brasileira, 2009-2011. Figura 2: Taxas de feminicídios por 100 mil mulheres. Brasil e Unidades da Federação Brasileira, 2009-2011. 144 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Tabela 1: Estatísticas DEAM 2013 Tentativa de Boletim de Medidas Homicídio Ocorrência Protetivas 2013 Ameaça Lesão Danos Estupro Janeiro 39 23 5 5 0 1 60 26 Fevereiro 30 32 1 10 2 0 67 28 Março 40 20 0 4 1 1 60 27 Abril 59 28 1 7 0 1 71 22 Maio 43 16 3 7 2 1 65 26 Junho 36 18 4 2 1 1 67 29 Julho 41 22 4 1 2 1 58 20 Agosto Greve Greve Greve Greve Greve Greve Greve Greve Setembro 5 4 0 1 1 0 0 0 Outubro 29 7 1 1 0 0 43 - Novembro 41 23 0 2 0 0 65 - Dezembro 20 11 0 2 1 0 40 - TOTAL 383 204 19 42 10 6 596 178 Homicídio Boletim de Ocorrência Medidas Protetivas 0 39 26 Homicídio Tabela 2: Estatísticas DEAM 2014 2014 Ameaça Lesão Danos Estupro Janeiro 21 13 1 4 Tentativa de Homicídio 0 Fevereiro 21 12 2 2 1 0 30 20 Março 30 16 0 1 0 0 40 21 Abril 43 9 0 3 1 1 47 36 Maio 31 12 0 7 0 0 42 20 Junho 18 10 0 8 0 1 21 26 Julho 15 13 0 0 0 0 19 17 Agosto 24 14 2 2 2 1 41 28 Setembro 28 11 1 0 0 1 33 18 Outubro 24 15 1 2 2 0 50 21 Novembro - - - - - - - - Dezembro - - - - - - - - TOTAL 255 125 7 29 6 4 362 233 145 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 NÃO RELIZAÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA DETERIORADA COM A CULPA DO DEVEDOR. DO NOT GIVE THE OBLIGATION LOST MY PATIENCE REALIZING DECAYED RIGHT THING WITH THE DEBTOR TO BLAME Talisson Azevedo de Freitas 10 Olívia Oliveira Siqueira Campos11 RESUMO A obrigação de dar coisa certa era regulamentada no antigo Código Civil de 1916 e, com o advento do Novo Código Civil em 2002, a norma legal que tange a obrigação de dar coisa certa continuou de forma clara e sucinta. Será descrito os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais no que diz respeito à obrigação de dar coisa certa, acerca do problema do caso hipotético, problema causado pelo devedor ao credor da coisa obrigada a dar, pela deterioração da coisa com culpa do devedor. A obrigação de dar coisa certa está prevista desde o artigo 233 ao artigo 242 do Código Civil de 2002, que garante ao credor o direito de receber o bem que ele comprou, juntamente com os seus acessórios adquiridos com a compra, que fora estipulado no contrato ou não e, não sendo ele obrigado a receber outra coisa mais valiosa do que foi comprado e o direito de não receber coisa menos valiosa do devedor, os direitos garantidos em casos de perdas, deterioração ou restituição, sem ou com culpa do devedor, respectivamente, a fim de garantir que o credor não seja prejudicado. Palavras-chave: Não cumprimento. Credor. Restituição. ABSTRACT The obligation to give right thing was regulated in the old Civil Code of 1916 and, with the advent of the New Civil Code in 2002, the legal standard with respect to the obligation to provide continued right thing clearly and succinctly. Will be described in the doctrinal and jurisprudential understandings with respect to the obligation to give right thing, about the problem of the hypothetical case, the problem caused by the debtor to the creditor of the thing to give thanks, for the deterioration of the thing with the debtor's fault. The obligation to give right thing is expected from Article 233 to Article 246 of the Civil Code of 2002, which grants the creditor the right to receive the good which he bought, along with their accessories purchased with the purchase, which was stipulated in the contract or not, and he is not bound to get something else more valuable than it was purchased and the right not to receive something less valuable than the debtor, the rights guaranteed in case of loss, deterioration or refund, with or without fault of the debtor, respectively, to ensure that the lender is not impaired. Keywords: Non-compliance. Lender. Refund. ¹ Discente do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. [email protected]; 11 Docente do curso de Direito da Faculdade de Ciência e Tecnologia Mater Christi. 146 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 INTRODUÇÃO No Código Civil de 2002, a obrigação de dar coisa certa está regulamenta na Seção I da parte especial que vai do artigo 233 ao artigo 242. Essa espécie de obrigação encontra-se integrado à obrigação de dar, aonde, o devedor obriga-se a dar coisa certa, determinada e individualizada ao credor. O credor não é obrigado a receber uma coisa mais valiosa e, o devedor não poderá dar coisa menos valiosa da que foi adquirida. Os acessórios da coisa certa também acompanham a obrigação. Reiterado com a obrigação de dar coisa certa, encontram-se as três modalidades essenciais: perda, deterioração e restituição da coisa. Ocorre a perda da coisa, quando o devedor perde por completo a coisa que seria obrigada a dar ao credor, podendo ser com ou sem culpa do devedor. Na deterioração, a coisa fica deteriorada, ou seja, a coisa fica danificada, sem ou com culpa do devedor. A restituição, o devedor obriga-se a restituir a coisa perdida ou deteriorada, sem ou com culpa. O caso exposto, será de uma obrigação de dar coisa certa, aonde, o credor compra um automóvel em uma concessionária com rodas de liga leve, sistema de som, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, contudo, o devedor agindo culposamente, bateu o carro e ele ficou deteriorado, deixando o credor com prejuízo. METÓDOLOGIA Na elaboração do presente artigo cientifico foi utilizado o método bibliográfico, bem como a análise de casos concretos mediante a pesquisa jurisprudencial. DA OBRIGAÇÃO DE DAR A obrigação de dar no Direito Romano e no Direito antigo brasileiro das obrigações, era a transferência da propriedade de alguma coisa ao credor. (FIUZA, 2008, p. 305). Continuando com sua explicação, César Fiuza explica que hoje a obrigação de dar “implicam a entrega de alguma coisa ao credor, seja transferindo-lhe a propriedade, a posse ou apenas a detenção”. (FIUZA, 2008, p. 305). No entanto, Pablo Stolze faz uma explicação clara para o conceito da obrigação de dar, aonde, “[...] consistem na atividade de dar (transferindo-se a propriedade da coisa), entregar (transferindo-se a posse ou a detenção da coisa) ou restituir (quando o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entregue ao devedor)”. (STOLZE, 2011, p. 76). Ele já faz uma abordagem objetiva, que, nessa obrigação, o devedor poderá entregar ou restituir a coisa. O doutrinador Sílvio Venosa, explica que a obrigação de dar “é aquela em que o devedor compromete-se a entregar uma coisa móvel ou imóvel ao credor, quer para constituir novo direito, quer para restituir a mesma coisa a seu titular”. (VENOSA, 2005, p.85). Com uma conceituação objetiva, Flávio Tartuce expõe que a obrigação de dar “pode ser conceituada como aquela em que o sujeito passivo compromete-se 147 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 a entregar alguma coisa, certa ou incerta”. (TARTUCE, 2011, p. 285). Explicação simples, que acaba levando a um entendimento sem deixar dúvidas. De acordo com o Novo Código Civil de 2002, obrigação de dar é classificada em três modalidades: obrigação de dar coisa certa; obrigação de dar coisa incerta; obrigação de dar dinheiro. (VADE MECUM, 2009). Entretanto será abordada a obrigação de dar coisa certa. DA OBRIGAÇÃO DE DAR OU ENTREGAR COISA CERTA CONCEITO Esse tipo de modalidade da obrigação de dar está regulamentado nos artigos 233 a 242 do Código Civil de 2002. (VADE MECUM, 2009, p. 159-160). Segundo Flávio Tartuce, a obrigação de dar coisa certa surgirá em “[...] situações em que o devedor se obrigar a uma individualizada, móvel ou imóvel, cujas características foram acertadas pelas partes, geralmente em um instrumento negocial”. (TARTUCE, 2011, p. 285). Nessa modalidade de obrigação de dar, de acordo com Pablo Stolze, “[...] o devedor obriga-se a dar, entregar ou restituir coisa específica, certa, determinada [...]”. (STOLZE, 2004, p. 42). Conforme explica Sílvio Venosa, a obrigação de dar coisa certa será “coisa determinada, perfeitamente caracterizada e individualizada, diferente de todas as demais da mesma espécie”. (VENOSA, 2005, p. 85). É entendido que o Código Civil de 2002 foi claro, pois não deixou dúvidas no que tange ao credor ter a obrigação ou não receber outra coisa mesmo que seja mais valiosa, nem o devedor poderá entregar outra coisa menos valiosa. (VADE MECUM, 2009, p. 160). Far-se-á notar que o credor tem direitos assegurados para receber a coisa certa e determinada. OS ACESSÓRIOS Em uma pequena abordagem, Pablo Stolze expõe que os acessórios na obrigação de dar coisa certa, “[...] o devedor não poderá se negar a dar ao credor aqueles bens que, sem integrar a coisa principal, secundam-se acessoriedade (art. 233 do CC-02 e art. 864 do CC-16)”. (STOLZE, 2011, p. 76). Com relação aos acessórios, conforme explica César Fiuza, na obrigação de dar coisa certa, “abrangem seus acessórios, salvo disposição contrária (arts. 92-97 e 233)”. (FIUZA, 2008, p.305). Nota-se que os acessórios acompanham a coisa certa e determinada. Anterior à tradição da obrigação de dar coisa certa, a coisa ainda pertence ao devedor e, César Fiuza tem dito que: “A partir do momento em que se for entregue ou que seja posta à disposição do comprador, a ele pertencerá a coisa”. (FIUZA, 2008, p. 305). MODALIDADES DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA PERDA DA COISA A perda da coisa certa está regulamentada na norma legal do Código Civil de 2002, prevista no artigo 234, aonde, a perda da coisa poderá ocorrer sem ou com a culpa do devedor. (TARTUCE, 2011, p. 289). 148 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Quando a perda da coisa ocorre sem culta do devedor, Pablo Stolze explica que: [...] antes da tradição (da entrega da coisa), ou pendente condição suspensiva (o negócio encontra-se subordinado a um acontecimento futuro e incerto: o casamento do devedor, por exemplo), fica resolvida a obrigação para ambas as partes, suportando o prejuízo o proprietário da coisa que ainda não havia alienado (art. 234, parte inicial, do CC-02 e art. 865, parte final, do CC-16). (STOLZE, 2011, p. 77). É verificado que se a coisa se perde sem culpa, o credor terá que “aceitar” o prejuízo, pois o devedor não teve culpa se a coisa se perdeu. Para Flávio Tartuce, quando o devedor perde a coisa certa sem culpa, “[...] antes da tradição ou pendente condição suspensiva, resolve-se a obrigação para ambas as partes, sem o pagamento das perdas e danos (art. 234, primeira parte, do CC). (TARTUCE, 2011, p. 286). Entretanto, quando o devedor perde a coisa certa com culpa, as situações se invertem. De maneira simples, César Fiuza exemplifica essa situação, abordando que quando o devedor age com culpa, “[...] havendo perda, dar-se-á indenização pelo valor da coisa, mais perdas e danos”. (FIUZA, 2008, p. 306). O credor, prejudicado pela inexecução da obrigação pode exigir de volta o dinheiro, mais indenização pelos danos causados pela não entrega do bem que foi adquirido. No que se refere à perda da coisa certa com culpa do devedor, Pablo Stolze expõe: “[...] responderá este pelo equivalente (valor da coisa), mais perdas e danos (art. 234 do CC-02 e art. 865 do CC-16). Neste caso, suportará a perda o causador do dano, já que terá de indenizar a outra parte”. (STOLZE, 2004, p. 43). Assim, como Flávio Tartuce, Pablo Stolze entende que a inexecução da obrigação irá gerar uma espécie de indenização pelos danos causados. DETERIORAÇÃO DA COISA Em relação à deterioração, que seria o caso em que a coisa fica danificada, existem duas modalidades: sem culpa e com culpa. Quando a coisa se deteriora sem culpa do devedor, o Código Civil de 2002 não deixa dúvidas e, Pablo Stolze explicando de forma clara quando explica: “se a coisa se deteriora sem culpa do devedor, poderá o credor, a seu critério, resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido seu preço o valor que perdeu (art. 235 do CC-02 e art. 866 do CC-16)”. (STOLZE, 2004, p. 43). Em concordância com o exposto acima, Sílvio Venosa faz um explanação no que tange a não culpabilidade do devedor na deterioração da coisa, aonde, explica o seguinte: A deterioração da coisa acarreta sempre uma depreciação. Não sendo o devedor culpado, abrem-se duas alternativas ao credor: resolver a obrigação recebendo a restituição do preço, se já tiver pago; ou então aceitar a coisa, no estado em que ficou, abatendose em seu preço o valor da depreciação. Essa disposição é consequência do disposto no art. 313 (antigo, art. 863), uma vez que o credor não pode ser obrigado a receber outra coisa, que não a efetivamente contratada. (VENOSA, 2005, p. 89). 149 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O Código Civil de 2002 não se manteve inerte, assegurando a proteção do credor para que ele não seja prejudicado e, Flávio Tartuce, expondo a não culpabilidade do devedor diz o seguinte: “[...] o credor terá duas opções: resolver a obrigação, sem direito a perdas e danos, já que não houve culpa genérica da outra parte; ficar com a coisa, abatido do preço correspondente ao perecimento parcial (art. 235 do CC)”. (TARTUCE, 2011, p. 287). Indo de acordo com o Código Civil de 2002. Quando o devedor age com culpa na deterioração da coisa certa, Pablo Stolze faz uma abordagem de que quando a coisa se deteriora com culpa do devedor, “[...] poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, a indenização pelas perdas e danos (art. 236 do CC-02 e art. 867 do CC-16)”. (STOLZE, 2004, p. 44). Sempre aparecendo às perdas e danos, como espécie de indenização pelo descumprimento da obrigação. Quando o devedor, agindo culposamente e, comprovada esta culta na deterioração da coisa certa, Flávio Tartuce diz que: Nos termos do art. 236 do CC, na obrigação de dar coisa certa, havendo deterioração da coisa certa, havendo deterioração da coisa, com culpa do devedor, poderá o credor exigir o valor equivalente à coisa ou ficar com ela no estado em que se encontrar, nos dois casos com perdas e danos [...]. (TARTUCE, 2011, p. 287). É claro quando Tartuce aborda que o credor poderá exigir o valor equivalente, porém, essa situação não é obrigatória. RESTITUIÇÃO DA COISA CERTA Nesta modalidade, a restituição ocorrerá em casos de perda e deterioração da coisa certa, sem ou com culpa do devedor. Nos casos de restituir, quando a coisa se perde sem culpa do devedor e antes da tradição, a obrigação está resolvida e, não terá direito a reclamar por perdas e danos. Se a coisa a ser restituído se perder por culpa do devedor, ele será responsável pelo equivalente, podendo o credor reclamar por perdas e danos. (TARTUCE, 2011). Se a coisa a ser restituído se deteriorar sem culpa do devedor, ele não irá responder pelo valor do objeto, mais as perdas e danos. Porém, se ocorre com culpa do devedor, o credor poderá em optar ficar com a coisa, no estado em que está, com direito a pedir indenização pelas perdas e danos. (STOLZE, 2011). CASO HIPOTÉTICO Após a crise mundial que atingiu a economia global, a número de vendas de carros no Brasil só vem aumentando ao longo dos meses posteriores a crise econômica. Aumenta-se o número de vendas de carros, consequentemente, aumenta-se também o número de obrigações de dar a coisa certa não cumprida pelos devedores. 150 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Taynar Sulliname Jales da Silva, aproveitando a redução de impostos resolve comprar um carro, modelo Fiat Strada, 0 km, no valor de 50.000 mil reais, com os seguintes acessórios: rodas de liga leve, sistema de som, arcondicionado, vidros e travas elétricas. Ela comprou o Fiat Strada com a intenção de utiliza-lo para uso pessoal. A concessionária pela qual ela comprou o carro tem como proprietário, Guilherme Alves da Silva. Aceitado os termos do contrato, a credora adquiriu um bem móvel (um automóvel), a partir daí, o devedor tem a obrigação de dar coisa certa móvel a Taynar Sulliname Jales da Silva. É notável que o Código Civil de 2002 assegure a Taynar Sulliname Jales da Silva o direito de receber coisa certa e determinada do devedor, porém, caso o devedor queira dar um coisa mais valiosa do que foi adquirido, o credor não é obrigado a receber, direito assegurado pelo artigo 313 do Código Civil de 2002. Percebe-se também, direito este assegurado também pelo Código Civil de 2002, mas precisamente no artigo 233, aonde os acessórios do automóvel acompanham também a obrigação de dar coisa certa, tendo as rodas de liga leve, sistema de som, ar-condicionado, vidros e travas elétricas como acessórios do automóvel, os mesmos devem vim acompanhados no Fiat Strada. Ela não pode receber um automóvel sem os acessórios escolhidos. Para melhor explicação, uma jurisprudência de um caso concreto ilustra bem do que está sendo tratado, mesmo sendo com uma situação diferente, mas a coisa se deteriorou com culpa do devedor e houve perdas e danos reclamado pelo credor, julgado pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, em que diz: 1 EMENTA- APELAÇÃO CÍVEL. RESSARCIMENTO DE DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES. DANO E NEXO CAUSAL DEVIDAMENTE DEMONSTRADOS. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA CERTA - TRADIÇÃO FORA DAS CONDIÇÕES ACORDADAS. DETERIORAÇÃO DA COISA DURANTE O TRANSPORTE - "RES PERIT DOMINUS". RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Nas obrigações de entregar coisa certa, o perecimento da coisa, é ônus que recai sobre os ombros daquele que está com o seu domínio, ou seja, se a deterioração ocorreu ainda antes da tradição, não pode o comprador sofrer os prejuízos. (TJ-PR Apelação Cível: AC 3306656 PR 0330665-6). É visto que esse caso concreto e o caso hipotético se relacionam porque o credor mesmo não recebendo a coisa ele não pode ficar no prejuízo, então, utilizando-se da norma legal, comprovada a culpa do devedor, ele reclamou as perdas e danos causados pela inexecução da obrigação. Em hipótese alguma, o devedor poderia dar outra menos valiosa ao credor. Ou seja, o automóvel custou R$ 50.000, mas o devedor não pode entregar coisa que custe R$ 45.000. Depois de uma confusão com o credor, o credor agindo culposamente, bateu o carro, deixando-o deteriorado. Guilherme Alves da Silva agindo com culpa, fez com que Taynar Sulliname Jales da Silva exigir ao equivalente de R$ 50.000, que nada mais é o valor que ela pagou pelo automóvel e irá reclamar pelas e danos causados pela deterioração do Fiat Strada, direito assegurado pelo artigo 236 do Código Civil de 2002. 151 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolvimento do artigo, foram mostrados de forma clara e objetiva os aspectos ligados à obrigação de dar coisa certa, relacionadas com caso hipotético, a fim de apresentar os direitos e garantias para o credor e devedor de acordo com o Código Civil de 2002. Apresentou-se em primeiro caso, a obrigação de dar, no segundo caso, analisou-se a obrigação de dar coisa certa e suas modalidades, atribuídos em um caso hipotético. Nota-se que ambas as partes tem suas obrigações, mas o devedor deve tratar sua obrigação de maneira consciente, a fim de que a sua obrigação seja executada para evitar danos ao credor. O devedor deve realizar a sua obrigação, mas agindo culposamente, o próprio Código Civil de 2002 assegura que o credor poderá reclamar as perdas e danos causados pela inexecução da obrigação. O credor não será obrigado a receber outra coisa mais valiosa. Não adianta o devedor ter a intenção de dar a coisa sem os acessórios e muito menos, querer dar bem com o valor inferior a que foi adquirida. Como resultado do caso hipotético, o devedor será processado pelo fato de não ter cumprido a obrigação que lhe foi conferido e o credor irá pedir o equivalente que foi pago pelo carro e irá reclamar por perdas e danos pela inexecução da obrigação pelo fato do devedor ter agido culposamente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. – 12. ed. revista, atualizada e ampliada. – Belo Horizonte: Del Rey, 2008. GAGLIANO, Pablo Stolze & PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil, Volume 2: Obrigações. 4. ed. ver. ampl. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2004. GAGLIANO, Pablo Stolze & PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil, Volume II: Obrigações. – 12. ed. – São Paulo: Saraiva, 2011. JUS BRASIL, TJ-PR - AC: 3306656 PR 0330665-6, Relator: Arquelau Araujo Ribas, Data de Julgamento: 21/09/2006, 10ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 7244). Disponível em: http://tjpr.jusbrasil.com/jurisprudencia/6285811/apelacao-civel-ac-3306656-pr-0330665-6, acessado em 15/06/2013. VADE MECUM ACADÊMICO DE DIREITO / Anne Joyce Agher, organização. – 9. Ed. – São Paulo: Rideel, 2009. – ( Coleção de Leis Rideel). VENOSA, Sílvio de Sávio. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2004. (Coleção direito civil; v.2). TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2011. 152 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A NOVA LEI DA GUARDA COMPARTILHADA A CRITICAL ANALYSIS OF THE NEW LAW OF GUARD SHARED Adriano Rainer Almeida Carneiro. [email protected]¹ Olívia Oliveira Siqueira Campos. [email protected] ² RESUMO: O Direito de Família, onde há sentimentos, emoções, direito/dever de educação e proteção dos pais aos filhos; respeito, amor e fidelidade entre cônjuges, enfim é composto por aspectos subjetivos, abstratos e intrínsecos. Portanto deve sempre estar moldado às necessidades do cotidiano, situações reais e peculiaridades de cada estrutura familiar. Outro fator importante é sempre proteger a parte mais frágil, quase sempre os filhos, que são os que mais precisam de amor, proteção e cuidado, logo o Direito de Família deve sempre visar à proteção, conforto, saúde, além de ações que primem pelo afeto e amor dos pais perante sua prole. É objetivo deste, trazer à luz a importância da Lei 13.058/14, onde traz no “Art.1.584 §2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.”, a partir de então o pai aufere maior concretização do seus direitos quanto à qualidade paterna, proporcionando assim maior conscientização quanto ao cumprimento de seus deveres. Lei de grande importância ao conferir maior contato dos filhos com os pais divorciados em condições salubres, onde o seu principal resultado será a proximidade da essência familiar mesmo com pais divorciados o que garantirá melhores condições de desenvolvimento dos filhos. Conclui-se que a relação matrimonial pode ter fim, porém a relação parental, o cuidado dos pais para com os filhos não. Palavras-Chaves: Família. Filhos. Parentalidade positiva. SUMMARY: Family Law, where there are feelings, emotions, right / duty to education and protection from parents to children; respect, love and faithfulness between spouses, in short consists of subjective, abstract and inherent aspects. So it should always be tailored to the needs of everyday life, real situations and characteristics of each family structure. Another important factor is always to protect the most fragile part, almost always the children who are most in need of love, protection and care, so the Family Law should always aim to protect, comfort, health, and actions that excel at affection and love of parents towards their offspring. It is this goal, bringing to light the importance of Law 13,058 / 14, which brings the "Art.1.584 §2 While there is agreement between the mother and the father and the custody of the child, lying both parents are able to exercise family power, joint custody will apply, unless one of the parents declare the magistrate who does not want custody of the child. "thereafter the father earns wider realization of their rights on the paternal quality, thus providing greater awareness of the performance of their duties. Law of great importance to provide greater contact of the children with divorced parents in healthy conditions, where its main result will be the proximity of the same essence family with divorced parents which will ensure better development conditions of the children. It concludes that marital relationship may end, but the parental relationship, parental care for children do not. KEY WORDS: family, children, parenting positive. 153 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 INTRODUÇÃO Uma das grandes consequências do casamento são os filhos, pois eles são os frutos do amor de um casal, porém com grande incidência, o amor entre o casal vem se acabando com muita frequência e cada vez mais nos anos iniciais do matrimônio e muitas vezes após o fim do amor entre o casal o que sustenta o matrimônio são os filhos, muitos casais adiam o divórcio com receio de se afastarem deles. Percebe-se então que as crianças são verdadeiros “pesos e contra-pesos” para a dissolução de uma casamento e elas se vêm nesta situação com mais clareza do que os pais imaginam. O casamento não deve ser mantido único e exclusivamente para os filhos, pois quando não mais existe afeto, amor, companheirismo e outros bons sentimentos entre os pais dificilmente os mesmos conseguirão transmitir estes bons sentimentos para suas crianças. DO DIVÓRCIO Anteriormente o processo de divórcio era mais demorado e complicado, a Constituição da República trazia em seu artigo 226, § 6º, que o divórcio poderia advir, dissolvendo o casamento, transcorrido 01 (um) ano do termino da separação judicial, ou comprovada a separação de fato por mais de 02 (dois) anos. Porém a partir da nova redação dada pela Emenda Constitucional 66, de 13 de Julho de 2010, que teve sua publicação no dia seguinte (14/07/2010), alterou-se a redação do artigo 226, § 6º, da CF, passando a constar apenas que o casamento pode se dissolver pelo divórcio, inexistindo então regra de que haja uma separação anterior ou tempo transcorrido para conversão de separação para divórcio, como era a redação anterior, sendo assim o lapso temporal da insatisfação com o casamento até o seu desfazimento diminuiu consideravelmente. Observa ARAÚJO JÚNIOR (2013, pág. 42): a separação judicial só podia ser requerida por mútuo consentimento, na chamada “separação remédio”, ou por um dos cônjuges quando este imputava, acusava ao outro de atos que importassem graves violações dos deveres do casamento, na chamada “separação sanção. O divórcio não era um direito putativo, ou seja, precisava do consentimento do requerido, hoje não mais, e quando não houver bens e filhos o divórcio pode ser executado em cartório civil sem a presença do juiz de Direito. Outro grande fator complicador era que quase sempre a guarda era unilateral em favor da mãe e ao pai restava o direito de visita e o dever de pagar pensão alimentícia, nesta situação alguns pais se mantinham na defesa do casamento temendo o distanciamento físico dos filhos e sendo assim mantinha a família sob um teto que não oferecesse condições salubres para o desenvolvimento das crianças, sendo as mesmas submetidas a sofrimentos físicos e emocionais o que acarretarão em problemas para o seu desenvolvimento fisiopsíquico. Com a definição do rompimento do matrimônio, que geralmente já vem se desgastando há tempos e com quase totalidade frequência também já vem 154 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 oferecendo discussões na presença dos filhos e situações que colocam os menores a demostrarem mais amor ao pai ou a mãe, enfim a crise nos casamentos quase sempre oferecem momentos impróprios aos filhos. Porém uma vez definido pelo fim do casamento, surgem grandes questões, quem vai ficar com a casa, quem vai ficar com certos bens, e a principal quem vai ficar com os filhos, que em alguns casos soa melhor de quem vão ser os filhos. Situações como estas eram muito comuns antes da Lei 13.058/14, momento onde na maioria das vezes a guarda ficava com a mãe e aos poucos os pais se afastavam dos filhos por diversos fatores desde a impossibilidade de qualquer diálogo saudável com a mãe, distância física, pois por diversas vezes um dos ex-cônjuges vão tentar mudar de vida em outros lugares, seja porque constituíram novas famílias e tiveram outros filhos, seja por motivos quaisquer. Outra hipótese é quando a indecisão pela guarda da criança se eterniza, ou seja, a parte que se considera injustiçada sobre a decisão de quem coube a posse do filho por reiteradas vezes leva o problema à justiça ocasionando uma grande dúvida e embaraço para o discernimento dos filhos, pois os mesmo percebem que são tratados como objetos entre disputa pessoal dos pais que às vezes nem são legitimados pela guarda dos filhos, mas sim por ciúmes, sentimentos mal resolvidos, desejo de vingança e outros ruins sentimentos. DIVÓRCIO VERSUS RELAÇÃO PARENTAL Em diversas vezes o fim do enlace amoroso, casamento, união estável ou afim é confundido com o rompimento ou minimização de relação parental sendo instrumentos que não devem ser tratados como sinônimos. Sob a visão de MARIA BERENICE (2011, pág. 148): O casamento gera o que se chama de estado matrimonial, no qual os nubentes ingressam por vontade própria, por meio da chancela estatal. Historicamente, sempre se reconheceu que a família nasce quando da celebração do casamento, que assegura direitos e impõe deveres no campo pessoal e patrimonial. Como detectado o casamento tem como consequência a formação da família e quando nesta surgem filhos surge também a relação de parentalidade e que enquanto os sujeitos desta relação existirem a parentalidade deve ser preservada. Quanto ao poder parental a Constituição Federal reza “Art 226, §5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher” corroborando com o seu Art 5º onde lá afirma que todos são iguais perante à lei, sem distinção de qualquer natureza, logo há de se entender que o pai e a mãe têm os mesmos direitos e deveres perante seu filhos. Fica claro então que em igualdade pai e mãe concorrem para o atendimento das necessidades dos filhos e que mais importante dos direitos conferidos são os deveres confiados aos pais perante aos filhos, observando que toda e qualquer decisão sobre a vida dos menores devem ser baseadas no superior interesse dos mesmos, sempre lhes proporcionando melhores condições de vida pelo menos 155 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 até que os mesmos se bastem em si e não mais dependam ou simplesmente precisem do apoio dos pais, porém sempre fazendo ressalvas para o cuidado afetivo que deve ser contínuo. A fim deste estudo a parentalidade por ser entendida como a relação entre pais e filhos, de forma a proporcionar o direito e dever dos pais para com os mesmos no tocante a saúde, educação, moradia, lazer, afeto e afins. Mister aqui já se faz perceber que o contato entres os ex-cônjuges pode ser suprimido, já o contato entre pais e filhos deve ser preservado. Há de se esclarecer que casamentos são passíveis de términos, porém relação parental entre pais e filhos não devem ter fim enquanto os mesmos existirem, e que durante bom tempo de vida os genitores são os responsáveis equitativamente em cercarem suas crias de condições plausíveis para um bom desenvolvimento físico e emocional da prole e é neste sentido em que a guarda compartilhada se apresenta, ou seja, busca atender ao melhor interesse da criança, se revelando como uma alternativa efetiva e eficaz merecendo um cuidado ímpar pelos profissionais do Direito, de forma a atender as mudanças e os novos comportamentos de nossa sociedade. Oportuna se faz MARIA BERENICE (2011, pág. 427) ao afirmar que: Como direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher (CF 226 §5°), a autoridade parental cabe a ambos genitores. Tanto a titularidade como o exercício do poder familiar se dividem igualmente entre pai e mãe (CC 1631). Aqui cabe expor que aos pais se devem de forma conjunta e equitativa serem os sujeitos ativos do poder parental e que esta situação lhe são conferidas pelo simples efeito da paternidade e não do matrimônio, lembrando que o matrimônio pode ser desfeito, já a legítima paternidade não, logo os direitos e deveres dos pais prevalecem mesmo após o desfazimento do casamento. Clara deve ficar a ideia de que a obrigação de educação e cuidado com os filhos é decorrente do vínculo de filiação e não do casamento e que a distinção entre laços conjugais e laços de parentalidade deve sempre ser percebida, pois a separação ocorre entre marido e mulher, e não entre pais e filhos. PARENTALIDADE PLENA Existem duas principais formas do exercício da parentalidade, quais sejam a material e a jurídica. Independente de divórcio a relação plena de parentalidade deve ser observada, porém há vários casos em que esta relação é comprometida de forma material ou jurídica. A material se concretiza com a aproximação física, o contato físico, o convívio entre pais e filhos, devendo ser complementada pela jurídica que é exercida através de decisões que influenciam na vida e na formação dos filhos (influenciar na vida do filho através da educação, saúde, conselhos, afetos). Há diversos casos em que os genitores se limitam em cercar os filhos condições financeiras e objetos matérias, esquecendo de lhe prestarem amor, carinho, afeto, diálogo, sem perceber o mal que a ausência deste momentos pode 156 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 proporcionar para o desenvolvimento saudável do menor. Aqui percebe-se que os filhos precisam, não só de “patrocinadores” mas também de “apoiadores”. GUARDA COMPARTILHADA A ruptura do casamento afeta diretamente a vida dos menores, porque modifica a estrutura da família e atinge a organização de um de seus subsistemas, o parental. Diante de tal situação, surgem os defensores da guarda compartilhada onde enaltecem a permanência da essência familiar mesmo em casais separados, a partir de noções de outras disciplinas, como a psicologia, a sociologia, a psiquiatria, a pediatria e os assistentes sociais, tentando, assim, atenuar as consequências injustas e cruéis e muitas vezes irreversíveis que essa ruptura provoca. A guarda compartilhada se sustenta na vontade dos pais, mesmo que separados, em manterem contato com seus filhos de forma mais participativa e ao mesmo tempo no desejo e necessidade dos filhos de terem seus pais sempre presentes como forma de fortaleza e espelho. Desta forma, se perpetuando a figura do pai, da mãe e dos filhos, se perpetua também os laços de afeto, companhia, conselhos, aconchego e proteção, atenuando assim os impactos negativos do final do relacionamento conjugal. É válido salientar que a guarda conjunta, ou compartilhada, não se refere apenas à tutela física ou custódia material, mas todos outros atributos da autoridade parental são exercidos em comum, desta forma, o genitor nãoguardião não se limitará a supervisionar a educação dos filhos à distância, mas ambos os pais terão efetiva e equivalente autoridade parental para tomarem decisões importantes ao bem estar de seus filhos sobre educação, cultura, religião e etc. O que a guarda compartilhada não deve por em dúvida é o estabelecimento físico da criança, pois a mesma deve estar ciente que tem moradia fixa (na casa do pai, na casa mãe ou de terceiros), onde o mesmo vai moldar sua identidade, ter referências e se apresentar ao mundo, onde será possível fazer parte da comunidade dali pertencente, ter amigos, vizinhos e se relacionar de forma mais efetiva com as pessoas. A criança e o adolescente têm o direito de ter uma moradia fixa como ponto de referência perante ao mundo jurídico de forma a enraizar sua cultura e criar uma identidade, efetivando assim laços de amizade e participação em grupos sociais. A não definição de uma moradia, mesmo que de forma principal, pode levar o menor ao descumprimento de cuidados de higiene, não regularidade de sono, não regularidade alimentar bem como crises de identidade, podendo inclusive acarretar em stress, depressão e refúgio no mundo das drogas e marginalidade. Competem à guarda compartilhada tais ações como: escolha da escola, prosseguimento ou interrupção dos estudos, escolha de carreiras profissionais, decisão pelo estudo de uma língua estrangeira, educação religiosa, artística, esportiva, lazer, organização de férias e viagens, incentivo à prática de esportes, compra de uniformes e material escolar, compra de remédios, decisões sobre tratamentos naturais ou não quando se tratar de saúde, ou seja, os pais decidem sobre a vida dos filhos como se ainda formassem uma família tradicional. Outro fator a ser observado é a diferença entre a guarda material e a guarda jurídica, a separação dissolve a sociedade conjugal, mas não a parental entre pais e filhos; mas de sorte há de se perceber que o guardião do menor 157 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 detém a guarda material (posse do filho, ter o filho sob o mesmo teto) e a guarda jurídica, enquanto que para o genitor não-guardião lhe cabe apenas a guarda jurídica. Desta forma a guarda jurídica é exercida a distância pelo genitor nãoguardião. A guarda material, ou física, prevista no artigo 33, § 1º, do ECA realizase pela proximidade diária do genitor que conviva com o filho. Uma vez que a guarda compartilhada ainda é desconhecida por muitos, primasse em diferenciá-la da guarda alternada, pois esta nada mais é que alternância de residência dos pais, por certos períodos. Assim a guarda alternada confere aos pais a possibilidade de cada um deter a guarda do filho alternadamente, segundo um critério de tempo que pode ser um ano escolar, um mês, uma semana, uma fração do dia, e que durante esse período detém, de forma exclusiva, a totalidade dos poderes-deveres que integram o poder parental, sendo estes poderes-deveres invertidos juntamente com a alternância da guarda, restando à outra parte o direito de fiscalização e de visitas. Diante das explicitas desvantagens desse modelo não se faz necessário afirmar que de sorte nenhuma a alternância de guarda contempla o principal interessado que é o menor, pois devido ao elevado número de mudanças, repetidas separações e reaproximações, e a não continuidade de uma rotina e estilo de vida culminará no menor a instabilidade emocional e psíquica. LEI Nº 13.058, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 A nova lei da guarda compartilhada traz como principal dispositivo o seu Art. 1584 § 2° Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. A grande mudança é que desde então a guarda compartilhada passa a ser a regra, devendo os pais se adaptarem a ela, ordenando ainda que o tempo de convívio seja definido da forma mais equilibrada possível, facultando ao juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe. Em caso de guarda unilateral o pai ou a mãe que não a deter fica obrigado a supervisionar o interesse dos filhos, sendo importante instrumento para tal o seu Art. 1584 § 6° Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação. À luz da nova Lei da Guarda Compartilhada, o fenômeno de conscientização dos pais referentes aos seus direitos/deveres tem um caráter mais impositivo, pois por diversas vezes quem detinha a guarda unilateral se valia de práticas com o intuito de afastar o filho do ex-cônjuge; a partir da nova lei o divórcio não pode ser, em hipótese alguma, argumento para o distanciamento entre pais e filhos GUARDA COMPARTILHADA: VISÃO POSITIVA A guarda compartilhada tem como principal objetivo não apenas o contato entre pais e filhos, ela deve ser melhor entendida como instrumento que visa atender o melhor interesse da criança e do adolescente, e de justo é, principalmente por ser o polo mais frágil da família. 158 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O direito, especialmente o de família, deve sempre preservar a valorização humana de forma individual e coletiva, como mostra CUNHA PEREIRA (2012, pág. 149): Em face da valorização da pessoa humana em seus mais diversos ambientes, inclusive no núcleo familiar, o objetivo era promover sua realização enquanto tal. Por isso, deve-se preservar, ao máximo, aqueles que se encontram em situação de fragilidade. E não há dúvidas que a criança e o adolescente se encontram nesta situação por estarem em fase de amadurecimento e formação da personalidade. A guarda compartilhada deve sempre ser deferida atendendo os interesses da criança e do adolescente, observe o que dizem LAGRASTA NETO, CAETANO; TARTUCE, FLÁVIO; SIMÃO, JOSÉ FERNANDO (2012, pág. 90): Enfatizado o dever da Família, da Sociedade e do Estado, de garantir à criança e ao adolescente os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,ao respeito, à liberdade (art. 227), referiu-se ainda o constituinte ao direito à convivência familiar, igualando homem e mulher, perante a prole – seja de que espécie for. Na ótica positiva da guarda compartilhada, inúmeros são os benefícios para os pais e especialmente para os filhos, ou seja, mesmo com o divórcio a essência da família e os cuidados dos pais perante aos filhos prevalecem, de maneira tal que apenas o casamento seja dissolvido. GUARDA COMPARTILHADA: VISÃO NEGATIVA Quando há o divórcio é sinal que há incompatibilidade de pensamento entre os até então casados, e esta incompatibilidade não será exasperada pela simples homologação da guarda compartilhada. Há casais que devido a intensidade da incompatibilidade de gênios se torna impossível a administração da guarda compartilhada, pois os encontros e tarefas em conjunto podem trazer à tona velhos problemas e sequelas, e que nestas situações em nada beneficiará a criança. Há diversos casos em que a guarda compartilhada traz mais prejuízos do que benefícios, principalmente quando algum dos ex-cônjuges guardam mágoas, ciúmes, ou não aceitam o divórcio. Sendo assim é preciso um caráter subjetivo no momento da decisão pela guarda compartilhada, ela não deverá ser preterida, porém pode ser agraciada em momento mais oportuno. Muitas pessoas defendem que em certos casos os filhos criam uma espécie de medo, rejeição ou algum sentimento ruim perante algum ou ambos genitores e que de melhor sorte seria o afastamento dos mesmos. MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi desenvolvida à luz da Lei 13.058/14 de 22 de dezembro de 2014, acompanhada de pesquisas em sites de estatísticas, sites jurídicos, 159 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 artigos científicos, pesquisa bibliográficas, conversar informais com operadores do Direito, observação empírica, bem como baseada em conhecimento adquiridos pelo autor em eventos que trataram sobre o tema citado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O presente se concentrou em estudos bibliográficos, porém não se distanciou de dados de pesquisas para basilar as pesquisas, de sorte confere o aumento no número de divórcios, que pode ser conferido a seguir: De posse do mesmo é perceptível e preocupante o crescimento dos divórcios no Brasil, e acompanhando este crescimento vêm os problemas com as desestruturas familiares, e a fim de atenuar estes problemas é que se concentram as ações deste artigo em despertar para esta realidade preocupante. CONCLUSÕES A guarda compartilhada é um grande instrumento capaz de minimizar os efeitos negativos que um divórcio oferece aos filhos deste matrimônio, através da guarda compartilhada a função e papel do pai e da mãe são melhores entendidos entre os mesmos, o que geralmente culmina em maior respeito e cordialidade entre os antigos cônjuges. Uma vez entendido que pai e mãe têm a mesma importância, direitos e deveres no tocante a criação de seus filhos e que ambos devem se unir sempre em favor de ações que preservem e garantam a saúde e educação dos filhos visando o seu melhor desenvolvimento físico e psíquico será então atendido o desejo da guarda compartilhada. Porém como todo processo de mudança e adaptação serão necessários alguns cuidados ao se conceder a guarda compartilhada, pois uma vez que a guarda compartilhada necessita primeiramente da consciência dos pais não só da importância de cada um, mas também da percepção da importância do ex-cônjuge e quando os pais não são maduros o bastante para este entendimento 160 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 a guarda compartilhada não encontrará solo para germinar os bons frutos a que destina. De toda sorte cabe aos operadores do Direito, com o auxílio de psicólogos, assistentes sociais e afins, levarem em consideração, como papel principal, o crescimento e o interesse da criança, quando se referir às questões de guarda, e que a concessão da guarda compartilhada não esbarre em pensamentos antigos e nem tampouco em interesse individuais em detrimento dos interesses dos filhos. O direito de família, humanidade saudável, à vida e coletividade harmônica devem estar sobrepostos aos direitos individuais, a paz física mental e espiritual devem ser respeitados, assim como a todos é assegurado condições salubres para o bom desenvolvimento cultural, físico e psíquico e ações que visem o atendimento destes direitos não vedem ser anuladas ou postergadas perante dificuldades, mas sim repensadas a fim de alcançar seus objetivos em sua essência. A grande certeza ao pesquisar sobre a guarda compartilhada, instrumento que visa a continuidade afetiva entre pais e filhos, é que o amor, afeto, carinho, atenção e a promoção da saúde física e mental dos filhos é antes do que um direito um dever e que a não observância deste dever é passível de punição desde advertência, multas, inversão da guarda, afastamento dos filhos e em caso mais severos de detenção do transgressor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ARAÚJO JÚNIOR, GEDIEL CLAUDINO DE. Prática no Direito de Família. 5. Ed, São Paulo: Atlas, 2013; DIAS, MARIA BERENICE. Manual de Direito das Famílias. 8. Ed, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011; LAGRASTA NETO, CAETANO; TARTUCE, FLÁVIO; SIMÃO, JOSÉ FERNANDO. Direito de Família. 2. Ed, São Paulo: Atlas, 2012; PEREIRA, RODRIGO DA CUNHA. Princípio Fundamentais Norteadores do Direito de Família. 2. Ed, São Paulo: Saraiva, 2012; Vade Mecum 2013. 2º semestre, Editora Sariva, 16ª edição; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/Lei/L13058.htm. Acessado em 17/05/2015 âs 18:15. http://censo2010.ibge.gov.br/noticiascenso?view=noticia&id=1&idnoticia=2294&busca=1&t=registro-civil-2011-taxadivorcios-cresce-45-6-um-ano 161 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA NA CARCINICULTURA E O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO DIREITO AMBIENTAL Antenor Gonçalves Calixto Orientadora: Profª Dra Karidja Kalliany Carlos de Freitas Moura RESUMO O objetivo deste artigo é mostrar a mitigação dos impactos ambientais relacionados a aquicultura, através da análise de um projeto de recirculação de água em uma fazenda de criação de camarão em cativeiro. A sua construção, as técnicas de manejo, na busca do meio ambiente ecologicamente equilibrado, utilizando como base o princípio de desenvolvimento sustentável x busca do desenvolvimento econômico, a importância do licenciamento que autoriza, localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos, e a legislação ambiental brasileira com seu novo Código Florestal. Palavras-chaves: Cultivo de camarões. Sustentabilidade. Direito ambiental. ABSTRACT The purpose of this article is to show the mitigation of environmental impacts related to aquaculture , through the analysis of a water recycling project at a farm in captivity shrimp farming . Its construction management techniques , in search of an ecologically balanced environment , using as a basis the principle of sustainable development x search of economic development , the importance of licensing authorizing , locate, install, expand and operate businesses, and environmental legislation Brazil with its new Forest Code . Keywords: Sustainable development . Environmental standards. Shrimp . 1 INTRODUÇÃO O Rio Grande do Norte tem um potencial e condições perfeitas para o cultivo de camarão, considerado o berço da carcinicultura brasileira, teve seu primeiro projeto nos anos 70, criado pelo Governo Federal e chamado de “Projeto Camarão”, com objetivo de substituir a extração de sal, que na época encontravase em crise. As primeiras pós-larvas de camarão foi produzido pelo Estado de Santa Catarina. As pós-larvas são produzidas em laboratórios e transferidas para as fazendas para engorda e de acordo com sua tecnologia e condições utilizará cultivos de alta ou baixa densidade (PAIVA, 2013). O RN começou o projeto importando a espécie Penaeus japonicus, com o apoio da Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (EMPARN) no período entre 1978 e 1984. Mas foi com a importação das póslarvas da espécie Litopenaeus Vannamei na década de 80 que houve um avanço significativo no sucesso da atividade, essa espécie já estava bem difundida e seus resultados bastante expressivos (PAIVA, 2013). Contando ainda com a fácil adaptação aos ecossistemas de diferentes partes do hemisfério ocidental que foi facilmente dominada pelos laboratórios brasileiros em seguida iniciaram toda uma distribuição comercial 162 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Durante todos esses anos houve avanço no modo de trabalho, houve desenvolvimento de pesquisa, onde foi possível a viabilização econômica. Aspectos como a reprodução e larvicultura e maturação foram trabalhadas também de forma a se ter disponibilidade e qualidade. Portanto a espécie hoje em comercialização no país ainda é a Litopenaeus Vannamei. O artigo tem o intuito de analisar a dinâmica de um projeto de Camarão em cativeiro, Mossoró-RN, e demonstrar que esse projeto de recirculação de água, viabiliza o desenvolvimento sustentável da atividade de carcinicultura. Porém para atingir tal patamar de interação e equilíbrio com o meio ambiente, foi preciso, uma concepção de projeto, primando pela redução dos impactos ambientais, bem como, utilização de técnicas de manejo, buscando qualidade de água e um ambiente físico, químico e biologicamente equilibrado. 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS O presente estudo foi realizado na fazenda AQUARIUM AQUICULTURA, localizada na zona rural de Mossoró-RN. A referida fazenda utiliza a tecnologia de Recirculação de Agua, a qual estabelece a premissa do não descarte da água em nenhum momento. A carcinicultura tem demonstrado de fato, ser uma importante ordem social e econômica no meio rural, tanto litorâneo como interiorano, inclusive utilizando áreas salitradas dos estuários e do semiárido do Nordeste Brasileiro, com geração de emprego, renda e produção de um alimento de elevado valor nutricional e apelo gastronômico. A tipologia central desta pesquisa é a investigação teórico-empírica que, para Garcia e Fadel (2010), deve “interagir com as abordagens teóricas, mas ao mesmo tempo pontuando com os dados coletados e suas análises a partir da observação de realidade”. Nesse tipo de pesquisa o objetivo principal é tornar o fenômeno mais inteligível justificando seus motivos, esclarecendo quais fatores contribuem para sua ocorrência. A Pesquisa ocorreu sob dois aspectos: revisão de Literatura (pesquisa bibliográfica – texto e hipertexto) e coleta de dados (entrevista) como fundamento para a pesquisa teórico-empírica. Sobre a pesquisa bibliográfica, Severino (2008, p. 122) mostra que “é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados”. Este artigo tem como objeto de estudo, uma fazenda de camarão em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, com pesquisa descritiva, buscou-se responder e descrever de maneira analítica se o projeto de recirculação de água mitiga os impactos ambientais, causados pela aquicultura. “As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis” (GIL, 1991, p.46). A principal vantagem desse tipo de pesquisa é a possibilidade de aprofundar a descrição de uma determinada realidade. Para o desenvolvimento desta foram utilizados três procedimentos técnicos: a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a entrevista. “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 1991, p.48). É importante destacar que para este estudo foram utilizados livros e artigos científicos. Utilizouse este procedimento técnico científico por ser ele indicado para definir os limites do problema definido. 163 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 A entrevista foi realizada com o MSc ,Engenheiro de Pesca, Diretor Técnico da ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, Presidente da Associação Norte Rio Grandense Criadores de Camarão (ANCC), e proprietário da Fazenda Aquarium Aquaculture. 3 O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O princípio do desenvolvimento sustentável encontra-se escrito na Constituição Federal de 1988, no caput do art. 225: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado..., impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Observando e lembrando que os nossos recursos ambientais são limitados, é necessário a harmonia da sobrevivência do homem e sua busca econômica com o meio ambiente. Esse difícil ponto de equilíbrio envolve a utilização de recursos naturais com a sustentabilidade, observando em principal o desenvolvimento social x a exploração dos recursos. Tanto isso é verdade que a Constituição Federal estabelece que a ordem econômica, fundada na livre iniciativa (sistema de produção capitalista) e na valorização do trabalho humano (limite ao capitalismo selvagem), deverá regrar-se pelos ditames de justiça social, respeitando o princípio da defesa do meio ambiente, contido no inciso VI do art. 170. Assim, caminham lado a lado a livre concorrência e a defesa do meio ambiente, a fim de que a ordem econômica esteja voltada à justiça social. Vejamos o dispositivo: Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: (...) VI — defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação. A ideia principal é assegurar a existência da pessoa humana com dignidade, e uma vida com qualidade. O princípio em si não busca impedir o desenvolvimento econômico. E sim minimizar alguma degradação Ambiental. 3 O NOVO CÓDIGO FLORESTAL E SUA INTERVENÇÃO NA CARCINOCULTURA No Direito Ambiental existe uma gama muito grande de normas, como por exemplo, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), sem falar nos atos normativos estaduais, distritais e municipais, que influenciam diretamente a atividade de Carcinicultura, já com o novo código Florestal de 2012 e outras leis que direto ou indiretamente fazem parte da normatização da atividade, servindo como base para regular a atividade em estudo. É de suma importância a definição e a divisão que dá Amado no curso de Direito Ambiental 2014, acerca da Lei n. 12.651/2012 (...) “ como indica em seu parágrafo único do art. 1º-A, tem como objetivo o desenvolvimento sustentável, a saber, visa compatibilizar as necessidades dos brasileiros e estrangeiros residentes no país portadores de dignidade que são: 164 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O (art. 1º, III, da CF) com a ordem econômica do capitalismo; O (arts. 1º, IV, e 170, VI, da CF) adequando o uso equilibrado da vegetação, bem como dos espaços territoriais e seus componentes; O (art. 225, § 1º, III, da CF) em função do desenvolvimento nacional; O (arts. 3º, III, e 218/219 da CF), bem como da erradicação da pobreza e da marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, II e III). Destarte, observando-se necessariamente o objetivo citado pelo parágrafo único do art. 1º-A do “Código”, a aplicação da Lei n. 12.651/2012 em face de seus princípios específicos necessariamente deverá guardar compatibilidade não só com a tutela constitucional das florestas e demais formas de vegetação nativa, mas também — como já afirmado anteriormente — com as normas jurídicas constitucionais vinculadas ao uso da biodiversidade, ao uso do solo (urbano e rural, observando também o regime constitucional em face das terras devolutas, terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, terras públicas e terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas) e ao uso dos recursos hídricos, temas indicados em seu parágrafo único, que se submetem à interpretação sistemática constitucional. A lei deverá também guardar compatibilidade com as demais normas infraconstitucionais em vigor que tutelam os temas indicados pelo “Código” (como é o caso — para citar tão somente o tema da proteção de vegetação nativa — da Lei n. 11.284/2006, que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável, e da Lei n. 9.985/2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, I, II, III e VII, da Constituição Federal) e as normas que tutelam especificamente a utilização e proteção de bens ambientais, como é o caso — para citar tão somente o tema da proteção da flora — da vegetação nativa” 3.1 Do Uso Ecologicamente Sustentável dos Apicuns e Salgados Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4.º do art. 225 da Constituição Federal, devendo sua ocupação e exploração dar-se de modo ecologicamente sustentável. § 1.º Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, desde que observados os seguintes requisitos: I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento) dessa modalidade de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do País, excluídas as ocupações consolidadas que atendam ao disposto no § 6.º deste artigo; II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos processos ecológicos essenciais a eles associados, bem como da sua produtividade biológica e condição de berçário de recursos pesqueiros; III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a União; IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e resíduos; V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as Áreas de Preservação Permanente; e 165 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 VI - respeito às comunidades locais. atividades tradicionais de sobrevivência das § 2.º A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos, renovável apenas se o empreendedor cumprir as exigências da legislação ambiental e do próprio licenciamento, mediante comprovação anual, inclusive por mídia fotográfica. § 3.º São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA os novos empreendimentos: I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do projeto para ocultar ou camuflar seu porte; II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente; ou III - localizados em região com adensamento de empreendimentos de carcinicultura ou salinas cujo impacto afete áreas comuns. § 4.º O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, bem como do dever de recuperar os danos ambientais causados, alterar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, quando ocorrer: I - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou medidas de controle previstas no licenciamento, ou desobediência às normas aplicáveis; II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por omissão, em qualquer fase do licenciamento ou período de validade da licença; ou III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à saúde pública. § 5.º A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o Zoneamento Ecológico- Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a individualização das áreas ainda passíveis de uso, em escala mínima de 1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo de 1 (um) ano a partir da data da publicação desta Lei. § 6.º É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de carcinicultura e salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde que o empreendedor, pessoa física ou jurídica, comprove sua localização em apicum ou salgado e se obrigue, por termo de compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos adjacentes. § 7.º É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer hipótese ou forma, de ocupação ou exploração irregular em apicum ou salgado, ressalvadas as exceções previstas neste artigo. Segundo Amado (2014) a gestão ambiental deverá envolver todas as esferas de governo e toda a sociedade brasileira, devendo ainda ser eficiente (extrair o mais com o menos). Nesse sentido, há várias formas das pessoas físicas e jurídicas privadas atuarem na seara ambiental, a exemplo da existência de assentos para membros da sociedade civil organizada no Conselho Nacional 166 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 do Meio Ambiente e da ação popular ambiental que poderá ser proposta por qualquer cidadão. Assim, o desenvolvimento da economia deverá observar a proteção ambiental, a fim de promover um desenvolvimento sustentável que também objetive reduzir a pobreza e as desigualdades regionais, realizando a dignidade ambiental da pessoa humana. 1.1 4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL A Lei Complementar n. 140/2011 considera licenciamento ambiental “o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental”. Cabe lembrar que a Resolução CONAMA n. 237/97 tratou de definir, no seu art. 1º, I, licenciamento ambiental como o “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”. A Resolução Conama n. 237/97 também definiu licença ambiental (art. 1º, II), ao preceituar que é o “ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental”. Fiorillo (2013) comenta sobre o licenciamento Ambiental e suas três fases: a) licença prévia (LP); b) licença de instalação (LI); e c) licença de funcionamento (LF). Observaremos também que durante essas fases podemos encontrar a elaboração do estudo prévio de impacto ambiental e o seu respectivo relatório (EIA/RIMA), bem como a realização de audiência pública, em que se permite a efetiva participação da sociedade civil (ROCHA, 2013). Como determina o art. 9º, IV, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81), o licenciamento ambiental é um instrumento de caráter preventivo de tutela do meio ambiente. Em seu livro, Direito Ambiental Esquematizado, Amado (2014, p.45) cita vários autores para demonstrar a dificuldades e as peculiaridades do licenciamento Ambiental. “[...] sucede que a questão é tormentosa no âmbito do Direito Ambiental, o que vem trazendo grande controvérsia a respeito do tema”. Com efeito, Milaré (2005, p. 536), litteris: [...] No tocante às licenças ambientais, entretanto, dúvidas podem surgir, já que é muito difícil, senão impossível, em dado caso concreto, proclamar cumpridas todas as exigências legais. Sim, porque, ao contrário do que ocorre, por exemplo, na legislação urbanística, as normas ambientais são, por vezes, muito genéricas, não estabelecendo, via de regra, padrões específicos e determinados para esta ou aquela atividade. Nestes casos, o vazio da norma legal é geralmente preenchido por exame técnico apropriado, ou seja, pela chamada discricionariedade técnica, deferida à autoridade. Prossegue o festejado autor (2005, p. 539-540): [...] pelo dito, podemos apontar alguns traços que distinguem a licença ambiental das licenças administrativas. Uma primeira peculiaridade pode 167 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ser enxergada no desdobramento da licença ambiental em três subespécies de licença – licença prévia, licença de instalação e licença de operação –, destinadas a melhor detectar, monitorar, mitigar e, quando possível, conjurar a danosidade ambiental. [...] uma segunda tem a ver com a exigência de alguma forma de avaliação prévia de impactos, que se consubstanciará num EIA-RIMA, sempre que a obra ou atividade a ser licenciada puder causar significativa degradação do ambiente. Uma terceira, e talvez a mais importante, é que a licença ambiental não assegura ao seu titular a manutenção do status quo vigorante ao tempo de sua expedição, sujeita que se encontra a prazos de validade, obrigando à renovação com exigências supervenientes à vista do estado da técnica, cuja evolução é rapidíssima, e da própria alteração das características, ambientais de determinada época e de determinado local. Da mesma forma, salienta Antunes (2005, p. 107) que “a licença ambiental, in casu, não pode ser entendida como uma licença de Direito Administrativo. As licenças de Direito Administrativo, uma vez concedidas, passam a integrar o patrimônio jurídico de seu titular como direito adquirido”. Também obtempera Fiorillo (2008, p. 92) para quem “podemos afirmar que a licença ambiental – enquanto licença – deixa de ser um ato vinculado para ser um ato com discricionariedade sui generis”. Mais incisiva é a lição de Machado (2002, p. 258): A CF utilizou o termo ‘autorização’ em seu Tít. VII – Da Ordem Econômica e Financeira, dizendo no artigo 170, parágrafo único: ‘É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei’. Dessa forma, razoável é concluir que o sistema de licenciamento ambiental passa a ser feito pelo sistema de autorizações, conforme entendeu o texto constitucional. Nesse sentido, o artigo 19, da Resolução CONAMA 237/1997, estatui que o órgão ambiental poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação da licença ambiental, assim como suspendê-la ou cancelála, quando ocorrer: “I – Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; II – Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença e III – superveniência de graves riscos ambientais e de saúde”. 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Percebeu-se que os responsáveis pela AQUARIUM AQUICULTURA, localizada na zona rural de Mossoró-RN, demonstram grande preocupação com sustentabilidade e o meio Ambiente, desde o seu projeto, inovador e pioneiro ao qual é um espelho para outros produtores e culmina com a adoção de boas práticas de manejo. O Engenheiro de Pesca, responsável pela mesma, demonstra o grande cuidado e respeito pelo meio ambiente e comparando que a água dentro do ambiente da fazenda que é tratada em bacias de sedimentação, nos seus aspectos Físicos, Químicos e Biológicos, sendo superiores em qualidade a água captada nos mais diversos segmentos. Sem condições ideais de água, simplesmente não haveria produção sustentável e econômica do camarão cultivado. Portanto não se tem a necessidade do descarte da água, fonte tão importante para o sucesso da atividade. Com isso não se tem em regra o contato da agua da fazenda, uma vez 168 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 captada, com o meio ao qual a fazenda faz parte. Demonstrando a capacidade de interagir com o meio Ambiente sem degrada-lo de nenhuma forma. O responsável pela mesma monstra como é possível haver uma interação com o meio Ambiente sem impacta-lo de forma nociva e até revitalizalo, que é o caso do seu projeto, a área ao qual sua fazenda foi construída era uma área deserta sem vegetação, sem mangue e um rio praticamente sem vida, devido à alta salinidade. Segundo Rocha (2013) estudos realizados por pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar da UFC, sobre emissões de metais pesados e de carbono, nitrogênio e fósforo para o meio ambiente estuarino, ao revelarem que as emissões antrópicas (esgotos, lixo, agrotóxicos, rejeitos industriais, etc.) carreadas para os rios sem tratamento e que desaguam nos estuários e baias costeiras, são os verdadeiros responsáveis pela degradação da qualidade da água desses ecossistemas. A inclusão social é um compromisso idealizado no projeto, com a geração de emprego e renda e com a preservação ambiental dos ecossistemas explorados. Segundo Cavalcanti (2012) o cultivo tem um impacto positivo de ordem social e econômica nas regiões nas quais ele tem influência, podendo ser considerado motor de renda e emprego para os habitantes locais, principalmente para os pescadores artesanais, que foram prejudicados com a escassez dos estoques naturais de camarão marinho. Os empregos gerados são estáveis e privilegiam diretamente a comunidade ribeirinha, uma vez que não requerem educação formal elevada para a execução das tarefas. Entretanto, nem todas as comunidades optam por participar desse processo produtivo. A incorporação de comunidades tradicionais nos sistemas de carcinicultura não é um problema simples e requer ampla discussão com a comunidade Códigos de Conduta, Boas Práticas de Manejo, Biossegurança e Certificação que a ABCC vem implementando ao longo dos últimos 15 (quinze) anos, em toda a cadeia produtiva do camarão cultivado demonstram a seriedade e compromisso com a atividade. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os maiores impactos causados pela carcinicultura seria o lançamento de seus efluentes em águas de uso público, com esse projeto de recirculação, uma vez captada água para dentro dos viveiros não há mais a necessidade de descarte da água em manejo e despescas, a água volta novamente para reabastecer os viveiros. Com isso neutraliza-se ou mitiga os impactos com o meio ambiente, tornando a atividade mais sustentável e economicamente viável. REFERENCIAS AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito ambiental esquematizado. 5.ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014. 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Com a participação cada vez mais atuante dessa parcela populacional, surgiu a necessidade de abordar as garantias asseguradas legalmente àqueles indivíduos com mais de 60 anos de idade, especialmente porque a pessoa idosa carece de cuidados especiais e proteção social. O presente artigo tem como objetivo geral expor os principais direitos concedidos aos idosos, principalmente se estão sendo respeitados e concretizados. Como objetivo específico, mostrar a atuação Ministério Público e da prefeitura de Mossoró/RN na proteção dessa parcela da população. Utilizando como método de pesquisa, sobretudo, a visita que fiz ao CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, do Bairro Santo Antônio e às 8ª e 17ª Promotorias de Justiça em Mossoró, Rio Grande do Norte. Obtendo, assim, um resultado satisfatório, mas ainda longe do ideal, na efetivação do direito dos idosos, que será apresentado neste artigo.14 Palavras-Chave: Idoso. Direito dos Idosos. Violação. ABSTRACT Over the years the index of the elderly population in Brazil has enjoyed a breakthrough. With the increasingly active participation of this population parcel, the need to address the legal guarantees provided to those individuals over 60 years of age, especially as the elder needs special care and social protection. This article has as main objective to expose the main rights granted to the elderly, especially if they are being respected and implemented. As a specific objective, to show the public prosecutor and the municipality of Mossoró/RN acting in protection of this population´s portion. Using as a research method, particularly, the visit made to CRAS - Social Assistance Reference Center, in San Antonio district and the 8th and 17th Prosecutors of Justice in Mossoró, Rio Grande do Norte. Thus getting a satisfactory result, but still far from ideal, the realization of the right of the elderly to be presented in this article. Keywords: Elderly. Right of Elderly. Violation. 12 Discente do 8º Período do Curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi. E-mail: [email protected]. 13 Graduado em Comunicação Social – Jornalismo (2003) e mestre em Estudos da Linguagem (2008) pela universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Bacharel em Direito (2011) e especialista em Direito e Processo Penal pelo Complexo Educacional Damásio de Jesus (2013). Advogado. Professor de Direito Internacional Público no Curso de Direito da Faculdade Mater Christi. Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/6058746014571455 171 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 INTRODUÇÃO A Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi iniciou um projeto de extensão no curso de Direito chamado Direito na Comunidade, no qual a minha turma foi a pioneira nesse projeto, que consiste em três etapas. Na primeira etapa são ministradas palestras com o objetivo de ensinar, informar e treinar os alunos do projeto para a segunda etapa, que é pesquisa de campo, a ida à comunidade. Na segunda etapa, separam a turma em grupos e cada grupo é responsável por um tema específico. No caso do meu grupo, o tema foi Direito do Idoso, que nos preparamos para fazer uma visita ao CRAS do bairro Santo Antônio, em Mossoró-RN, para poder conhecer a realidade dos idosos daquela localidade e poder ministrar algumas palestrar para informa-los a respeito dos direitos que possuem. A terceira etapa era para escrever um artigo científico pertinente ao que experienciamos no decorrer de todo o projeto e extensão. Artigo esse, que foi ampliado e transformado em trabalho de conclusão de curso, pois o tema abordado por ele é um tema relevante e serve para informar a toda a população sobre a existência dos direitos e garantias especiais direcionadas aos idosos. Como mencionado, o projeto de extensão Direito na Comunidade do curso de Direito da Faculdade Mater Christi, foi fundamental para a escolha desse tema para a criação do presente trabalho de conclusão de curso. Antes de ter o contato com a disciplina de Direito de Família e com o Estatuto do Idoso, a minha visão sobre o tema era muito limitada e, como futuro operador do Direito, eu não podia ter uma visão sobre o tema limitada por meras informações desencontradas. E, ao começar a estudar e fazer pesquisas sobre o assunto, percebi que envolve muito mais coisas do que imaginava. Dessa forma, resolvi escrever este artigo com o fim principal de informar aos leitores que o Direito no Idoso não se resume a prioridade em filas, aposentadoria e demais direitos a eles garantidos. Também não se resume ao que está escrito na Constituição, Estatuto do Idoso e demais textos legislativos. No decorrer deste trabalho, que tem como objeto geral, informar o leitor acerca dos direitos dos idosos, e como objetivo específico mostrar como esse direito está sendo aplicado aos idosos do município de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, utilizando como método a pesquisa campo, com base na visita feita ao CRAS do bairro Santo Antônio e com os dados disponibilizados pelo Ministério Público sobre a sua atuação nas áreas que envolvem os idosos. No segundo momento será definido o conceito de idoso, no terceiro ponto será explanado sobre a tendência do envelhecimento populacional e da proteção integral ao idoso. O quarto tópico irá tratar a respeito do Estatuto do Idoso, já no quinto e sexto período vai falar sobre a violação e limites do direito do idoso, respectivamente. A partir do sétimo tema o presente artigo vai se retratar a respeito da aplicação dos direitos e garantias dos idosos no município de Mossoró/RN. Do oitavo capítulo em diante será falado a respeito da atuação do Ministério Público na proteção dessa parte da população, a sua eficiência e como se procede a atuação desse órgão nos casos ligados aos idosos. DEFINIÇÃO DE IDOSO De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o indivíduo passa a ser considerado idoso a partir dos 65 (sessenta e cinco) anos de idade 172 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 nos países desenvolvidos e a partir dos 60 (sessenta) anos nos países em desenvolvimento15. No caso do Brasil, o Estatuto do Idoso se destina a assegurar direitos e garantias às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta). A Constituição Federal, em seu artigo 229, preceitua que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”, visando defender e garantir, tanto por meio desse como de outros artigos, que os idosos tenham condições mínimas para poder passar o resto de sua vida em uma situação tão confortável e digna quanto possível. O legislador, então, criou o Estatuto do Idoso, com o fito de garantir efetividade às normas já previstas em sede de Constituição Federal, como forma de recompensar aqueles que passaram toda a vida trabalhando para garantir o futuro das novas gerações e, por não mais possuírem o vigor necessário para continuar as atividades laborativa que tem uma pessoa de idade mediana, possam ter o merecido descanso depois de anos de trabalho. TENDÊNCIA DO ENVELHECIMENTO INTEGRAL AO IDOSO POPULACIONAL E PROTEÇÃO Um estudo divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos aponta dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que revelam que o número de idosos no Brasil dobrou nos últimos 20 anos. Enquanto a população de crianças reduziu, a de idosos aumentou consideravelmente. Vejamos: A tendência de envelhecimento da população brasileira cristalizou-se mais uma vez na nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os idosos - pessoas com mais de 60 anos somam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que o dobro do registrado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas. Na comparação entre 2009 (última pesquisa divulgada) e 2011, o grupo aumentou 7,6%, o16u seja, mais 1,8 milhão de pessoas. Há dois anos, eram 21,7 milhões de pessoas. ² Durante esse período, o direito brasileiro necessitou evoluir cada vez mais quanto às garantias fornecidas aos idosos, adequando-se às necessidades dessa parcela populacional, buscando um envelhecimento com qualidade da sociedade. Dessa forma, a Constituição Federal, em seu art. 3º, inciso IV, veda qualquer tipo de discriminação em razão da idade. No mesmo diapasão, o art. 230 da Constituição Federal atribui à família, à sociedade e ao Estado, o dever de assegurar ao idoso participação na comunidade, defendendo a sua dignidade e bem-estar, bem como garantindo o direito à vida. De acordo com Roberto Senise Lisboa (2013), no referido dispositivo constitucional está descrito o princípio da solidariedade familiar, atribuindo ao idoso um regime protetivo de seus interesses não só materiais, como também os imateriais. O art. 203 da Carta Magna ainda assegura aos que possuem 60 anos ou mais, assistência social no valor de um salário mínimo mensal, independentemente de contribuição securitária, desde que o idoso ou sua família não tenham condições de prover a sua manutenção. WHO (2002) Active Ageing – A Police Framewoek. A Contribution of the Wolrd Health Organization to the second United Nations World Assembly on Aging. Madrid, Spain, April, 2002. 15 16 Disponível em: http://sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dados-estatísticos/DadossobreoenvelhecimentonoBrasil.pdf 173 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 O princípio da proteção integral institui que a família, a sociedade e o próprio Estado devem garantir de forma prioritária a efetivação desses direitos. Entretanto, para o consagrado doutrinador Roberto Senise Lisboa (2013, p. 325): A implementação de uma política nacional de proteção ao idoso não deve limitar-se a reconhecer os direitos a ele pertinentes, mas também outorgar os instrumentos jurídicos adequados para viabilizar, na prática o seu bem-estar. Assim, a Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 foi criada consagrando todas as prerrogativas e direitos às pessoas idosas. ESTATUTO DO IDOSO E DIREITOS ASSEGURADOS O Estatuto dispõe que são garantidos aos idosos todos os direitos fundamentais e meios que preservem a sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social. Deve ser efetivado o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Além disso, os idosos possuem prioridade, por exemplo, de atendimento em órgãos públicos e privados e no trâmite processual. Importante salientar que são previstas algumas garantias a mais para aqueles que possuem mais de 60 (sessenta) anos de idade, uma vez que exigem maiores cuidados. Assim, é garantido o acesso a transporte público urbano de graça, por exemplo. A Lei 10.741/03, no seu art. 4º, proíbe qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão. Além disso, responsabiliza as pessoas físicas e jurídicas que não cumprirem com os dispositivos da lei (art. 5º). Aos idosos também são asseguradas algumas vantagens econômicas, como descontos e prioridade na aquisição de moradia (art. 38). Os agentes de proteção aos idosos devem planejar, coordenar, supervisionar e financiar os estudos, as pesquisas e publicações voltadas aos interesses do idoso. Deve ser prestada assistência social através de centros de conveniência e lazer. O poder público deve assegurar a saúde àqueles com mais de 60 anos de idade, ofertando atendimento geriátrico, disponibilizando unidades de referência, além de atendimento domiciliar e fornecimento de medicamentos gratuitos. Roberto Lisboa especifica que: Torna-se possível, assim, a realização de estudos de caráter epidemiológico de doenças da idade avançada, buscando-se a sua prevenção, o tratamento devido e a reabilitação. Além disso, as instituições geriátricas deverão se sujeitar às normas de funcionamento determinadas pelos gestores do Sistema Único de Saúde – SUS, passando a geriatria a ser incluída como especialidade clínica para os fins de aprovação em concursos públicos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.17 É de extrema importância que o poder público capacite e treine todos os agentes envolvidos nas mencionadas entidades de saúde, uma vez que, 17 LISBOA, Roberto Senise. Manual de Direito Civil: Direito de Família e Sucessões. 5 vol. 8 ed. São Paulo, 2013, p. 330. 174 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 geralmente, a saúde torna-se mais fragilizada em pessoas que já estejam na terceira idade. E, por fim, o poder público também deverá incentivar as empresas a contratarem idosos para o trabalho e promover programas de profissionalização especializados, a fim de que não sejam postos às margens da sociedade. VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS IDOSOS Por estarem em uma situação de maior vulnerabilidade, muitas vezes, os idosos são desrespeitados, tendo os seus direitos flagrantemente violados. Para Maria Berenice Dias (2013, p. 482): Impositivo reconhecer a vulnerabilidade do idoso, que pode sujeitar-se à alienação parental por parte de quem exerce alguma influência sobre ele. Flagrada a tentativa de construir injustificável rejeição a alguém com quem o idoso tinha alguma afinidade ou afeição, cabe a aplicação das sanções previstas na legislação especial. Possível, assim, assegurar direito de convivência e penalizar o alienador, inclusive com a fixação de direito de visitas. O idoso pode ser utilizado pelo cuidador como instrumento de agressividade direcionado aos demais familiares, com o objetivo de assumir o controle total de sua vida. Os delitos especificados no Estatuto do Idoso obedecem as regras básicas para os juízos competentes. Dessa forma, os crimes cuja pena máxima não excedam 2 anos (infrações de menor potencial ofensivo18) serão processados e julgados no Juizado Especial Criminal, e os demais serão processados no juízo comum19. A Lei Maria da Penha também incide quando o idoso é vítima de violência doméstica, em razão de seu caráter mais protetivo. Para efetivar tais direitos, qualquer parente do idoso possui legitimidade para representá-lo e defende-lo em ações judiciais, tendo prioridade quanto as demais. Também é concedido foro privilegiado, ou seja, as ações que envolvem idosos devem tramitar preferencialmente na comarca de sua residência. A Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos elencou os tipos de violações mais comuns contra os idosos a nível nacional no ano de 201220. São elas: negligência, violência psicológica, abuso financeiro e patrimonial e violência física. LIMITES DOS DIREITOS DO IDOSO Assim como todos os direitos, o direito do idoso não é absoluto e nem soberano aos outros. Apesar da infinidade de garantias contidas na Constituição da República Federativa do Brasil e, especialmente, no Estatuto do Idoso e demais dispositivos legais, o direito do idoso possui algumas limitações e não pode ser tido como absoluto. Uma das limitações mais comuns do direito do idoso é quando há um confronto entre o que está previsto em seu estatuto e o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo. Quando há esse confronto, por exemplo, numa fila de hospital onde encontram-se um idoso e uma criança na 18 Conceito jurídico concebido para designar os crimes de menor relevância, com ações julgadas e processadas pelos Juizados Especiais Criminais. 19 Artigo 61 da lei nº 9.099/95 20 Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dadosestatisticos/DadossobreoenvelhecimentonoBrasil.pdf>. 175 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 fila de espera, e segundo os seus respectivos estatutos ambos tem preferência no atendimento, para qual deverá ser dada a preferência? O artigo terceiro do Estatuto do Idoso, lei número 10.741 de 1º de outubro de 2003, dispões o seguinte: Art. 3° É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (grifo nosso) Apesar do mencionado artigo impor prioridade ao atendimento dos direitos do idoso, se, na situação concreta, o jurista, o operador do direito ou o gestor deparam-se com o conflito entre os interesses do idoso e os da criança ou do adolescente, serão os destes privilegiados. Isso porque a prioridade conferida ao idoso é infraconstitucional. Já quanto às crianças e aos adolescentes, a prioridade tem sede constitucional. Pertinente ao tema é interessante destacar que o princípio da prioridade absoluta já foi decididamente excluído pelos tribunais superiores e a discussão sobre o conflito entre os estatutos foi pacificado. Vejamos: PROCESSUAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÃO DE FAZER. INSTALAÇÃO DE PROGRAMA SÓCIO-EDUCATIVO DESTINADO A ADOLESCENTE EM REGIME DE SEMI-LIBERDADE NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. DIREITO SUBJETIVO À ABSOLUTA PRIORIDADE NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS À VIDA, À EDUCAÇÃO, À DIGNIDADE, AO RESPEITO, À LIBERDADE E À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA, ENTRE OUTROS. INTERESSE TRANSINDIVIDUAL. CARÊNCIA DA AÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. 1. Controvérsia gravitante em torno da possibilidade jurídica do pedido formulado em ação civil pública de preceito cominatório de obrigação de fazer, que objetiva a criação e instalação, no município de Ribeirão Preto, de programa sócio-educativo destinado a adolescentes em regime de semi-liberdade previsto no art. 90, VI, do Estatuto da Criança e do Adolescente. 2. Alegação de que o prazo exíguo para o cumprimento da obrigação de fazer caracteriza a impossibilidade jurídica do pedido, em virtude da sujeição dos entes públicos às Leis de Licitações e de Responsabilidade Fiscal, no que aludem à necessidade de previsão orçamentária para a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa. 3. A possibilidade jurídica do pedido, uma das condições da ação, cuja ausência enseja a extinção do processo sem julgamento do mérito, abrange não apenas a previsão legal da pretensão do autor, mas, antes, que a mesma não se encontre "vetada" pela ordem jurídica. 4. Causa de pedir consubstanciada na inobservância, pela FEBEM/SP, da política básica de atendimento dos direitos da criança e do adolescente estabelecida pelo ECA, frustrando a concretização dos direitos fundamentais garantidos pelo art. 227, caput, da Constituição Federal de 1988, in verbis: ‘É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.’ 5.O pleito ministerial não se encontra vedado pelo ordenamento jurídico, constituindo tentativa de assegurar o efetivo respeito ao direito subjetivo do adolescente no município de Ribeirão Preto. 6. Consagrado por um lado o dever do Estado, revela-se, pelo outro ângulo, o direito subjetivo do adolescente. Consectariamente, em função do princípio da 176 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 inafastabilidade da jurisdição consagrado constitucionalmente, a todo direito corresponde uma ação que o assegura, sendo certo que todos os adolescentes, nas condições estipuladas pela lei, encartam-se na esfera desse direito e podem exigi-lo em juízo. A homogeneidade e transindividualidade do direito em foco enseja a propositura da ação civil pública. 7. Ademais, o magistrado não fica adstrito ao prazo, para o cumprimento da obrigação de fazer, indicado pelo Ministério Público, sendo-lhe defeso, contudo, a prolação de sentença que incorra em um dos vícios de julgamento elencados no art. 460, do CPC. 8.Recurso especial desprovido. STJ. HC 97539 / RJ - RIO DE JANEIRO. HABEAS CORPUS. Relator: Min.CARLOS BRITTO. Julgamento: 16.06.2009. Órgão Julgador: Primeira Turma. Outro motivo para que, na resolução deste conflito, seja dada prioridade a criança ou adolescente ou, até mesmo para a gestante, deve-se ao fato de que o idoso já contribuiu para a melhoria da sociedade durante a sua vida inteira, trabalhando, pagando tributos e constituindo família. As crianças e os adolescentes, por outro lado, ainda estão no início da vida e representam o futuro da nação, nem começaram dar a sua parcela de contribuição para a sociedade. Assim como os idosos, os menores apenas recebem a proteção do Estado e da sociedade, sem ter começado a fornecer sua parcela de contribuição. Todavia, os jovens ainda tem uma vida inteira para trabalhar, constituir família e colaborar, de diversas maneiras, para garantir um futuro melhor para o País, ao contrário dos idosos, que já cumpriram a sua “missão” e agora recebem toda a proteção do Estado e sociedade como forma de recompensa pelo serviço prestado, embora, como mencionado anteriormente, com algumas limitações. OS IDOSOS NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN De acordo com os dados obtidos no ultimo censo demográfico do IBGE, em 2010, Mossoró possuía um total de 259.815 habitantes (com a estimativa desse número para o ano de 2014 aumentar para 284.288 habitantes), entre esses, 24.273 são idosos, ou seja, quase 10% (dez por cento) da população da cidade, em 2010, era composta de pessoas pertencentes à chamada “terceira idade”.21 Para poder assistir essas pessoas e assegurar que elas tenham acesso às garantias previstas na Constituição Federal e no Estatuto do Idoso, há vários projetos sociais, tais como o CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, que auxilia a administração pública no cuidado com os idosos. No intuito de atingir o ponto mais importante do nosso trabalho, qual seja, levar o Direito às pessoas que estão à margem das informações mais pertinentes acerca de determinado tema, no nosso caso, o direito do idoso, foi realizada visita ao CRAS do bairro Santo Antônio com o escopo de prestar alguns esclarecimentos que julgamos importantes sobre os direitos fundamentais dessas pessoas. Foi constatado que as dúvidas mais frequentes dos idosos, acerca de seus direitos, dizem respeito à Previdência Social, ao atendimento preferencial, principalmente no que toca a serviços de saúde e também em relação à gratuidade dos transportes públicos. Neste sentido, conclui-se que apesar da 21 Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=240800&search=rio-grande-donorte|mossoro|infogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-e-pir%E2mide-et%E1ria 177 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 existência de benefícios especiais para essa parte da população, ela não chega a ter acesso integral a eles por não serem cientes da existência dessas vantagens. A FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA DEFESA DO DIREITO DO IDOSO O Ministério Público tem suas atribuições definidas pela Constituição Federal, mais precisamente dos artigos 127 ao 130-A do referido dispositivo. O inciso II do artigo 129 diz que: São funções institucionais do Ministério Público: II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia. Esse órgão atua como parte nos processos e também como Custos Legis, ou seja, é um fiscal da lei, que trabalha investigando para saber se a lei está sendo devidamente cumprida, em várias áreas jurídicas, tais como: na área trabalhista, criminal, familiar e ambiental. A investigação do Ministério Público, em relação ao direito do idoso, começa com uma denúncia, seja por alguém que apresenta denúncia na sede do órgão, seja através de ofícios e intimações enviados pelo Judiciário, seja por inquéritos policiais ou denúncias anônimas através do disque 100. EFICIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO ANO DE 2014 Em 2014 o Ministério Público ampliou o número de atendimentos ao público em 40% e relação ao ano de 2013. Foram realizadas 21.299 atendimentos em 2014 contra 15.202 realizados em 2013. A Corregedoria-Geral preparou o relatório de 2014, que contém dados e estatísticas da atuação funcional do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, que inovou na divulgação do documento de forma mais atrativa e com riqueza de conteúdo, o que contribuiu bastante para enriquecer o conteúdo do presente artigo. O relatório, na íntegra, está disponível no portal do Ministério Público na internet (www.mprn.mp.br) para que todos tenham acesso, ele mostra, por exemplo, o aumento de 4% no número de denúncias oferecidas pelo Ministério Público à Justiça entre os anos de 2013, com 11.034 denúncias e 2014, com 11.425. A atividade funcional da Instituição em 2014 teve a sua produtividade dividida em 38% em atuação na área penal, 35% na cível, 25% em atuações extrajudiciais e 2% de atividades não procedimentais. Segundo o site do Ministério Público do Rio Grande do Norte: Foram 30.185 atividades como pareceres, audiências públicas, Recomendações, Termos de Ajustamentos de Condutas (TACs) e Ações Civis Públicas (ACPs), por exemplo, por mês. Em setembro do ano passado (2014, grifo nosso), para se ter uma ideia, foram 38.281 atividades registradas sendo 15.404 atuações na área penal, 12.791 atuações no cível, 9.063 atuação na área extrajudicial e 1.023 atividades não procedimentais. Para o Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, a nova forma de visualização do Relatório da Corregedoria-Geral e também de outros bancos de dados de uso na Instituição tem facilitado sobremaneira a percepção da realidade institucional, de forma global e 178 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 precisa, diferente da consulta de relatórios até então, que se fazia notadamente penosa, com extensas planilhas e letras miúdas.22 De acordo com essas informações fica claro a relevância que o Ministério Público tem na proteção dos direitos do idoso e sua atuação extremamente eficiente foi de suma importância para que os números fossem tão satisfatórios quando se trata de uma matéria tão delicada. PROCEDÊNCIA Em visita a sede do Ministério Público na cidade de Mossoró/RN, foram cedidas informações sobre a função desse órgão na defesa dos idosos e como fiscal da lei, além de fornecer alguns dados pertinentes ao tema para melhorar a fundamentação desse projeto. Segundo o promotor entrevistado, após o recebimento da denúncia, antes de abrir o inquérito civil, o representante do Ministério Público chama o curador e o idoso, quando possível, pois em muitos casos o idoso está impossibilitado de sair de casa, para apurar a veracidade daquela denúncia. Quando não é possível para o idoso se dirigir até a sede do Ministério Público, um assistente social é mandado à casa do idoso para apurar o que está acontecendo. Em muitos casos, não é preciso abrir o inquérito civil para apurar o que está acontecendo com aquele idoso, pois é frequente acontecer das denuncias serem apenas por causa de conflito familiar. Quando tem contato com o idoso, percebem que ele está muito bem cuidado e não há necessidade de se abrir um inquérito para investigar, de forma aprofundada, o caso. Em outras situações, apenas com a ida ao Ministério Público, a pessoa que vinha violando o direito do idoso fica intimidada com a possibilidade de responder civil e criminalmente pelos atos praticados para com os atos que vinha cometendo, nesses casos, basta uma advertência para que o direito do idoso não seja mais violado. Acontece, também, em muitos casos, que o Ministério Público, após receber a denúncia, vai investigar o caso e o idoso já tem falecido. Quando isso ocorre, com frequência, vale salientar, o caso é arquivado, pois, obviamente, não há mais direito do idoso para ser protegido. A não ser que haja algum indício de ter ocorrido algum ilícito penal. Assim, o Ministério Público continua com a investigação para apurar o que de fato ocorreu naquela situação. Após o término do inquérito civil, aberto para apurar o caso denunciado, o Ministério Público, baseado no que foi apurado, decide se vai arquivar o processo, no caso de verificar que não há motivo para fazer a denúncia ao Judiciário e dar início a um processo judicial ou, quando, no caso, há qualquer indício de que esteja ocorrendo alguma violação ao Direito, o Ministério Público faz a denúncia e dar início ao processo judicial. Na maioria dos casos que vão ser resolvidos no judiciário, eles são resolvidos lá mesmo. Em outros, quando há necessidade, o idoso é levado para algum lar de idosos para receber um tratamento adequando, pois em casa, com a família, os direitos dele estavam sendo violado. O Ministério Público atua em conjunto com essas instituições de apoio ao idoso e possui uma equipe multidisciplinar para cuidar dos casos mais 22 Relatório Anual da Corregedoria-Geral 2014, disponível para download em: http://www.mprn.mp.br/portal/inicio/noticias/6712-mprn-amplia-em-40-atendimento-ao-publico-em2014 179 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 extremos, além de fiscaliza-los para assegurar que eles estejam trabalhando de maneira adequada. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao comparar o que está escrito na Constituição Federal, no Estatuto do Idoso e legislações pertinentes ao tema com o que realmente ocorre de fato, facilmente se constata que ainda há muito o que fazer para que tudo o que está previsto no ordenamento jurídico pátrio seja posto em prática. Caso não existissem projetos sociais e a colaboração da população em geral, os idosos estariam em uma situação muito mais complicada e ainda mais aquém do que aquela em que se encontram. A administração pública ainda é falha nesse ponto, apesar de na cidade de Mossoró existir o mínimo de apoio a essas pessoas, é fato que nem todas têm acesso, ou, muitas vezes, sequer tem a ciência de que têm à sua disposição programas tão importantes. Sem falar na atuação do Ministério Público, que a cada ano vem aprimorando as suas atividades e alcançando um número maior de pessoas atendidas. Pelo que foi constatado na visita ao CRAS do bairro Santo Antônio, na visita a 8ª Promotoria de Justiça de Mossoró-RN e das informações coletadas durante a produção deste artigo. É possível perceber que, em Mossoró, os idosos, na medida do possível, estão tendo os seus direitos assegurados, embora nem todas as pessoas têm ciência da existência desses direitos ou dos projetos de assistência. Vale destacar que com ou sem leis dando diretrizes acerca do tratamento ideal a ser dispensado aos idosos, as novas gerações deveriam ter um cuidado especial com aqueles que dedicaram toda a vida em prol do seu próprio sustento e dos mais novos, e que, no momento da velhice, merecem, no mínimo, ter o seu trabalho reconhecido e recompensado com sossego e serenidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 9 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013. LISBOA, Roberto Senise. Manual de Direito Civil: Direito de Família e Sucessões. 5 vol. 8 ed. São Paulo, 2013. SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS. Dados sobre o envelhecimento no Brasil. Disponível em:<www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/dadosestatisticos/DadossobreoenvelhecimentonoBrasil.pdf>. Acesso em: 15 de dezembro de 2014. BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. In: Vade Mecum Compacto. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. _______. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. In: Vade Mecum compacto. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. Censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/ Relatório Anual da Corregedoria-Geral do Ministério Público do Rio Grande do Norte, disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B18GqkEjGgzhaDdIY21UWHF6Q1U/view?pli=1 180 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ARTIGOS COMPLETOS DO CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO REDES SOCIAIS NA CIDADANIA E A SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE Tanilo Klevson de Freitas Luz 23 Erick Michael Silva de Melo 24 Douglas de Sousa Alves 25 Francisco das Chagas de Castro Neto 26 Orientadora: Luana Priscilla Rodrigues da Costa Lima 27 RESUMO: Com o crescimento e a modernização tecnológica, propiciou a disseminação das informações através da internet, influenciando diretamente a vida das pessoas, seja no meio social ou profissional. A internet além de facilitar o relacionamento das pessoas por meio das redes sociais, também ajudam expandir e adquirir diversas informações em lugares distintos, de forma rápida. As redes sociais estão se expandindo por todo o mundo, pessoas compartilhando notícias, criando grupos de amizade, grupos de protestos e até criminosos estão infiltrando-se para atrair pessoas para o crime ou para o crime sexual. Diante desta realidade, aplicou-se um questionário para coletar informações sobre o uso dos computadores e da internet, visando analisar o quanto as redes sociais afetam e contribuem na sociedade. Este artigo busca expor alguns pontos relevantes do qual a internet e as redes sociais influenciam diretamente a sociedade, e busca apresentar as mudanças que elas ocasionam ou podem ocasionar. PALAVARAS CHAVE: Redes Sociais, Cidadania, Sociedade. ABSTRACT: With the growth and technological modernization, led to the spread of information over the internet, directly influencing people's lives, either in social or professional environment. The internet also facilitates the relationship of people through social networks also help expand and acquire a variety of information in different places, quickly. Social networks are expanding throughout the world, people sharing news, creating friendship groups, protest groups and even criminals are infiltrating to attract people to the crime or sexual crime. Given this reality, we applied a questionnaire to collect information on the use of computers and the Internet in order to analyze how social networks affect and contribute to the society. This article seeks to expose some relevant points which the internet and social networks directly influence the society and seeks to present the changes they cause or may cause. KEYWORDS: Networking Social, Citizenship, Society. 23 Tanilo Klevson de Freitas Luz, Faculdade de Ciências e Tecnologias Mater Christi, Sistemas de Informação, MossoróRN. Email: [email protected] 24 Erick Michael Silva de Melo, Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, Sistemas de Informação, Mossoró-RN. Email: [email protected] 25 Douglas de Sousa Alves, Faculdade de Ciências e Tecnologias Mater Christi, Sistemas de Informação, Mossoró-RN. Email: [email protected] 26 Francisco das Chagas de Castro Neto, Faculdade de Ciências e Tecnologias Mater Christi, Sistemas de Informação, Mossoró-RN. Email: [email protected] 27 Profa. M.Sc. Luana Priscilla Rodrigues da Costa Lima, Faculdade de Ciências e Tecnologias Mater Christi, Sistemas de Informação, Mossoró-RN. Email: [email protected] 181 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 1. INTRODUÇÃO O avanço tecnológico desde primeira etapa da evolução industrial em 1760 a 1860 trouxe mudanças nas indústrias, e vem se modernizando a cada dia na sociedade, com essa modernização o mundo tecnológico estar cada vez mais presentes nas pessoas, influenciando-as no seu dia a dia, no trabalho, em casa, na escola e até no seu relacionamento, tornando-se parte da rotina diária das pessoas. As redes sociais estão se expandindo, tomando proporções grandiosas, pessoas compartilhando notícias, criando grupos de amizade, grupos de protestos e até criminosos infiltrados para atrair pessoas para o crime ou para o crime sexual. A globalização da internet e das redes sociais trouxe vários pontos positivos e negativos para a sociedade. Diante desta realidade, acima citada, aplicou-se um questionário para coletar informações sobre o uso dos computadores e da internet, visando analisar o quanto as redes sociais afetam e contribuem na sociedade. Este artigo busca expor alguns pontos relevantes do qual a internet e as redes sociais influenciam diretamente a sociedade, e busca apresentar as mudanças que elas ocasionam ou podem ocasionar. Com a elaboração desse artigo pode-se avaliar o que tem ocorrido na sociedade e seu comportamento diante das redes sociais, fazendo com que o leitor reflita sobre o assunto. O principal objetivo é mostrar os impactos causados pelas novas tecnologias e as mudanças causadas na sociedade devido ao uso das redes sociais. 2. REDES SOCIAIS As redes sociais estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia, no ambiente de trabalho, onde as pessoas passam a maior parte do dia e consequentemente usam mais a internet para se conectarem. Algo deve ser questionado diante dessa realidade, será que não está atrapalhando no seu desempenho deste funcionário? Com base nisso, várias empresas criam servidores para o bloqueio de sites que possam atrapalhar e desconcentrar o seu funcionário. Outro ponto a ser refletido, até onde as pessoas podem ser influenciadas com o uso das redes sociais? Sabe-se que existem pessoas usam as mesmas roupas de artistas famosos, fazem as mesmas tatuagens que artistas, entre outras situações que muitas vezes são causas pela influência das redes sociais. Em tempos e tempos é criado um novo meio de se comunicar, favorecendo o avanço tecnológico, do qual tornou-se o meio de comunicação mais utilizado, importante e de fácil interação para todos. Em janeiro de 2014, realizou um levantamento das 10 redes sociais que são mais acessadas no país, de acordo com o levantamento que feito pela ferramenta de inteligência em marketing digital da Serasa Experian, a Hitwise (FERRARI, 2010) A pesquisa mostra que a faixa etária das pessoas que tem maior audiência nas redes sociais é de 25 a 34 anos (cerca de 27,45%), de 18 a 24 182 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 anos (cerca de 23,67%) e 35 e 44 anos (cerca de 20,46%), com isso podemos expor também que esse meio tende a crescer mais, principalmente com a chegada de novos aplicativos que estão dominando o mercado bem como o público do: Whatsapp, Imo e Line (FERRARI, 2010) Podemos ver um ranking, elencando as 10 redes sócias mais utilizadas e consequentemente as mais propagadas, conforme a Tabela 1 (FERRARI, 2010). RANKING DESCRIÇÃO PROCENTAGEM 1° Lugar FACEBOOK 67,96 % 2° Lugar YOU TUBE 21,11 % 3° Lugar TWITTER 1,77% 4° Lugar ASK.FM 1,69% 5° Lugar YAHOO! ANSWERS BRASIL 0,97% 6° Lugar INSTAGRAN 0,67% 7° Lugar ORKUT 0,64% 8° Lugar BADOO 0,54% 9° Lugar BATE-PAPO UOL 0,52% 10° Lugar GOOGLE + 0,47% Tabela 1. Ranking das redes sociais mais difundidas. As redes sociais podem ajudar as pessoas tanto para falar com familiares que estão distante e com isso facilitando e criando laços maiores com toda família. De acordo com a “Tech Trends 2012”, 1,5 Bilhões de pessoas usam a internet como ferramenta de trabalho, quanto para vendas, divulgações e comunicação. 2.1 REDES SOCIAIS E A CRIMINALIDADE As redes sociais têm o poder de influenciar a sociedade e mudar seu comportamento, opinião pública e tomadas de decisões por meio de compartilhamento extremamente veloz de informações, o que está acarretando em uma verdadeira revolução em todo o mundo. Entretanto, surgiram vários aspectos negativos com essa modernização, que serão abordadas abaixo. As redes sociais também ocasionam uma série de problemas como o bullying, que são atos de violência, física e mental, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupos de pessoas que se acham valentão ( Bully do inglês, quer dizer valentão), causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. A exposição e a divulgação de dados pessoais são o principal fator para que a criminalidade possa atuar, então até que ponto podemos nos expor? Sempre devemos ter cuidados em sites de relacionamento em relação a exposição de fotos intimas, com o avanço tecnológico e com a criação dos novos aplicativos ficou mais fácil invadir o espaço do outro e dados, como CPF e endereço que pode ser um ponto forte para que os cibercriminosos atuem usando suas informações, acontece bastante o extravio de dinheiro em contas bancarias em todo o mundo por isso devemos ter bastante cuidado em relação ao vazamento de nossas informações e ter um bom conhecimento dos sites acessados e a segurança que o computador ou o local pode oferecer ao usuário, 183 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 todos os dias desenvolvedores buscas formas para que os sites bancários se torne cada vez mais seguro e eficaz em relação ao uso na internet. 3.2 REDES SOCIAS COMO FERRAMENTA DE PROTESTO As Redes sociais estão se tornando verdadeiras aliadas e grandes ferramentas para determinado ato. Antes as redes eram usadas mais para usuários criarem laços de amizade e relacionamento, hoje é tratada como uma “arma” para realizar campanhas ou manifestos. Várias campanhas já foram vistas e apoiadas através das redes sociais, como por exemplo os Londrinenses que fizeram um protesto contra o preço do combustível, que visava uma campanha no Facebook que um grupo de pessoas em seus carros fossem até um posto de combustível abastecer com R$ 0,50 e exigisse a nota fiscal. O movimento fez 1,5 mil pessoas confirmarem as presenças. Outro movimento ocorrido no Brasil recente foi de atos pelo impeachment de Dilma, onde a consultoria Bites encontrou no Facebook cerca de 37 manifestações com data de 15 de Março de 2015, na ocasião mais de 1 milhão de pessoas confirmaram presença. A Bites checou os perfis a fim de evitar dupla contagem dos dados. 3. COMPUTADORES E SOCIEDADE A utilização do computador na sociedade contemporânea é imprescindível, pois, fazemos uso dessa ferramenta praticamente em todas as ações do cotidiano como, por exemplo, as instituições bancariam usam para consultar extratos, saldos, depósitos, efetuar pagamentos, etc. As relações pessoais também sofreram grandes impactos com o advento do computador e de tantas outras tecnologias, como televisão, rádio, tablets, smartfone, iphone, ipod, ipad. Assim, palavras como internet, Twitter, Orkut, MSN, facebook etc., são termos que incorporamos ao nosso vocabulário do dia a dia (VALENTE, 1998). VALENTE (1998), afirma a importância e contribuição que a ferramenta computacional e as novas tecnologias trazem grandes impactos para a sociedade atual, enfatizando que as pessoas sofrem conflitos originados das diversas tecnologias existentes utilizadas para a disseminação da informação. Diante dessa propagação da informação, alguns pontos devem ser questionados, um desse pontos é a forma que as escolas estão lidando com uso dessas novas ferramentas de aprendizado, e o quanto elas podem qualificar o processo ensino aprendizagem. É necessário refletir sobre como está a preparação dos professores para educar os alunos diante desse avanço, e o quanto elas podem contribuir positivamente para o processo de ensino e aprendizagem. Outro ponto importante a ser refletido, é a rapidez da propagação da informação atrás da internet, mais especificamente através das redes sociais. Segundo Valente (1998), Com a evolução recente das tecnologias digitais modifica tanto as relações na sociedade como as noções de espaço e tempo. Antes levávamos dias ou até semanas para sermos informados de eventos, e outros acontecimentos distantes hoje podem acompanhar tudo em tempo real com um só click (VALENTE, 1998). 184 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Com base nessa expansão da informação através da internet e consequentemente nas redes sociais, realizou uma pesquisa para coletar dados sobre o uso dessa ferramenta tecnológica e o quanto elas estão inseridas na vida das pessoas. 3.1 INFLUÊNCIA DOS COMPUTADORES NA SOCIEDADE A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2015 e em maio de 2015, em Mossoró-RN, precisamente na Faculdade Ciências e Tecnologia Mater Christi, com cerca de 20 pessoas, cuja as idades eram diferenciadas, conforme mostra o Gráfico 01. Gráfico 01. Faixa etária dos pesquisados. De modo que a maior parte dos entrevistados, 30% eram pessoas com faixa etária entre 51 a 60 ano, logo em seguida 25% das pessoas possuíam 61 a 70 anos, e 20% possuíam 20 a 30 anos, onde 15% possuíam 41 a 50 anos, e só 5% possuíam de 71 a 80 anos e 5% 31 a 40 anos, pode-se concluir que a maior parte dos participantes eram idosos. Diante da pesquisa pode-se averiguar que 70% dos entrevistados eram casados e 30% eram solteiros, conforme mostra o Gráfico 02. Gráfico 02. Estado Civil. 185 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Aos entrevistados em fevereiro de 2015 foi questionado qual era o desempenho deles em relação ao computador? 50% informaram que nenhum, que não sabiam utilizar corretamente a ferramenta computacional, 25% dos entrevistados responderam completamente, 15% informara que tinham pouco conhecimento e 10% informaram que conseguia utilizar a ferramenta de forma razoável, conforme pode ser visualizado no gráfico 03. Gráfico 03. Desempenho em relação ao uso dos computadores. Os entrevistados, conforme mostra o Gráfico 04, 25% dos entrevistados eram professores que participavam do processo de inclusão digital e 75% dos entrevistados eram alunos do curso de inclusão digital. Gráfico 04. Perfil dos entrevistados. Diante do processo de capitação de informações, os entrevistados foram questionados sobre a importância da utilização da internet e, consequentemente das redes sociais, 86% dos entrevistados informaram a importância e a necessidade de estarem conectados ao mundo digital, 9% informaram que é razoavelmente considerado a necessidade de utilizarem a internet e redes sociais, e 5% dos entrevistados informou que pouco achara importante se conectar as redes sociais, conforme mostra o Gráfico 05. 186 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Gráfico 05. Importância da internet e das redes sócias para os entrevistados. Diante deste público entrevistado, pode-se perceber uma necessidade e uma vontade de estarem conectados ao mundo das redes sociais, para que possam compartilhar e adquirirem informações diversificadas, podendo assim, estarem atualizados com os acontecimentos do mundo social. Quando questionados aos entrevistados qual o maior interesse sobre o uso dessa ferramenta, 73% expressaram que o maior interesse é a comunicação com familiares, logo em seguida amigos distantes e relacionamento (Gráfico 6), assim preferem o uso das redes sociais para comunicação com familiares. Gráfico 06. Utilização das redes sociais. Contudo, pode-se perceber que mesmo as pessoas tendo pouco do manuseio das ferramentas tecnológicas, independente da sua faixa etária, sendo professor ou aluno, percebe a importância de estarem utilizando as redes sociais e consequentemente conectadas ao mundo digital, onde as informações circulam de forma rápida. E diante, desta pesquisa, constatou que a maioria dos entrevistados utilizam as redes sociais para comunicar-se com seus familiares e consequentemente com seus amigos. 4. CONCLUSÃO A tecnologia com seus avanços e suas redes sociais estão formando um complexo esquema de transformações muito rápidas. Tais comportamentos 187 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 podem trazer benefícios dependendo da sua maneira de usar como foi citada anteriormente, nota também vários pontos negativos que podem gerar restrições e desrespeito no ambiente virtual. Tem que haver uma conscientização dos usuários nas redes sociais, para que essa ferramenta tão ampla que possibilita uma integração de pessoas, compartilhamento de informações, de idéias não venha perder sua credibilidade e se transforme em um instrumento de repressão pela sociedade. 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERRARI, Pollyana. A força da mídia social. São Paulo: Factash Editora, 2010. Top 10 redes sociais mais acessadas do Brasil. em:<http://top10mais.org/top-10-redes-sociais-mais-acessadas-dobrasil/#ixzz3UyFjSsf6> Acesso em: 20 de Março de 2015. Disponível VALENTE, J.A. Diferentes usos do computador na Educação. In: VALENTE JÁ (Org). Computadores e conhecimento: repensando a educação. 2ª Ed. Campinas: gráfica Central UNICAMP, v., p 1-27, 1998. 188 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 TERCEIRA IDADE NAS REDES SOCIAIS Erick Michael Silva de Melo Douglas de Sousa Alves Francisco das Chagas de Castro Neto Tanilo Klevson de Freitas Luz Orientadora: Luana Priscilla Rodrigues da Costa Lima RESUMO Com o avanço tecnológico ocorrido nos últimos anos, a disseminação das redes sociais, possibilitou a interligação da sociedade ao mundo digital. Diante desta percepção, favoreceu uma exclusão de pessoas consideradas na terceira idade ou sem o conhecimento tecnológico necessário para manusear a ferramenta da era digital. Com base nessa realidade, construiu um projeto do qual permitiu incluir idosos ao meio tecnológico, beneficiando a inclusão destes nas redes sociais e na era digital, expandindo o seu universo de conhecimento referente a tecnologia e originando a migração para as redes sociais como forma de enriquecimento e diversificação da cidadania nas redes sociais. O objetivo deste é mostrar como a inclusão digital afeta na vida dos idosos, tornando um hábito e fazendo desse contexto um meio de socialização e desenvolvimento computacional. De modo que os motivaram a adquirir conhecimento nas ferramentas de inclusão digital e o fizeram relatar suas experiências nesse processo de aquisição e inclusão digital. PALAVARAS CHAVE: Redes Sociais, Inclusão, Terceira Idade, Idosos. ABSTRACT With technological advances occurred in recent years, the spread of social networks has enabled the interconnection of society to the digital world. Given this perception, favored an exclusion of persons held in old age or without the technological knowledge required to handle the digital era tool. Based on this reality, it built a project that allowed seniors to include technological environment, benefiting from the inclusion of social networks and the digital age, expanding their universe of knowledge concerning the technology and causing migration to social networks as a form of enrichment and diversification of citizenship on social networks. The purpose of this is to show how digital inclusion affects the lives of the elderly, making a habit and doing this context a means of socialization and computer development. So that motivated to acquire knowledge in digital inclusion tools and did report their experiences in this acquisition and digital inclusion. KEYWORDS: Social Networks, Inclusion, Seniors, Elderly. 1 INTRODUÇÃO O avanço da tecnologia nos últimos anos fez com que a terceira idade ficasse atrasada no desenvolvimento digital e com isso possibilitou a migração para as redes sociais como forma de enriquecimento e diversificação da 189 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 sociedade nas redes sociais, favorecendo a concepção do conhecimento através dos recursos tecnológicos e bem como desenvolver funções intelectuais. É nas redes sociais que vemos as informações da vida real ganhando força e repercutindo rapidamente, construída e estruturada por organizações, pessoas e sociedades que partilham objetivos e valores em comum, afim de expor seus movimentos, manifestos ou cultura e divulgar informações gerando diversas opiniões sobre os assuntos abordados. No espaço virtual a sociedade pode ter comportamentos diversificados, bem como seu público alvo que vão desde adolescentes a idosos. O principal foco deste é a criação de novas amizades, relacionamentos e divulgação dos diversos tipos de informações. Este artigo visa mostrar a importância das redes sociais para os idosos, abordar as motivações que o fizeram utilizar as ferramentas tecnológicas e relatar suas experiências diante do meio digital do qual estão sendo inseridos.Após algumas aulas ministradas e auxiliadas sobre assuntos relacionados a informática, bem como ferramentas tecnológicas propiciou a inserção deste as redes sociais e ao mundo digital. O objetivo deste é mostrar como a inclusão digital afeta na vida dos idosos, que proporcionou um hábito a utilização das ferramentas, e fazendo desse contexto um meio de socialização e desenvolvimento computacional.E, explanar o que os motivaram a adquirir conhecimento nas ferramentas de inclusão digital, relatando assim, suas experiências nesse processo de aquisição e inclusão digital. 2 INCLUSÃO DIGITALE REDES SOCIAIS Uma estrutura em rede – que é uma alternativa à estrutura piramidal – corresponde também ao que seu próprio nome indica: seus integrantes se ligam horizontalmente a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam. O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais. Não há um “chefe”, o que há é uma vontade coletiva de realizar determinado objetivo. (WHITAKER, 1993) A rede é a ferramenta principal para acesso a informação na Internet. Logo, com a facilidade de acesso à internet, existem vários tipos de capacitação que podem ajudar os idosos a conseguirem seus espaços nas redes sociais, no foco da informação e no cunho social. Diferentemente de ‘relações’, ‘parentescos’, ‘parcerias’ e noções similares – que ressaltam o engajamento mútuo ao mesmo tempo em que silenciosamente excluem ou omitem o seu oposto, a falta de compromisso –, uma ‘rede’ serve de matriz tanto para conectar quanto para desconectar; não é possível imaginá-la sem as duas possibilidades. Na rede, elas são escolhas igualmente legítimas, gozam do mesmo status e têm importância idêntica. Não faz sentido perguntar qual dessas atividades complementares constitui ‘sua essência’! A palavra ‘rede’ sugere momentos nos quais ‘se está em contato’ intercalados por períodos de movimentação a esmo. Nela as conexões são estabelecidas e cortadas por escolha. A hipótese de um relacionamento ‘indesejável, mas impossível de romper’ é o que torna ‘relacionar-se’ a coisa mais traiçoeira que se possa imaginar. Mas uma ‘conexão indesejável’ é um paradoxo. As conexões podem ser rompidas, e o são, muito antes que se comece a detestá-las. (BAUMAN, 2004, p.12) As atuais redes sociais online são uma acumulação [congeries] de vínculos majoritariamente fracos – ninguém que liste milhares de 190 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 “amigos” no MySpace pensa nessas pessoas da mesma forma que pensa em seus parentes distantes, por exemplo. Certamente não é coincidência, então, que as atividades que os sites de redes sociais promovem são justamente aquelas que os vínculos fracos fomentam, como rumores, boatos, mexericos, busca de pessoas e a trilha dos efêmeros movimentos da cultura popular [no sentido da cultura de massa] e das modas passageiras. (ROSEN, 2007, p. 20) O desenvolvimento destas qualidades contribui para o enriquecimento e diversificação da cidadania nas redes sociais, favorecendo a concepção que os idosos tem totais condições de dominar recursos tecnológicos bem como desenvolver funções intelectuais. Em websites de redes sociais como MySpace e Facebook, nossos modernos auto-retratos apresentam fundo musical, fotografias cuidadosamente manipuladas, torrentes de meditações e listas dos nossos amigos e passatempos preferidos. Eles são interativos, convidando os observadores não meramente a olhar, mas também responder ao retrato da vida online. Nós o criamos para encontrar amizades, amor e essa ambígua coisa moderna chamada conexão. Como pintores constantemente retocando seu trabalho, alteramos, atualizamos e reprogramamos [tweak16] nossos auto-retratos; mas como objetos digitais eles são muito mais efêmeros do que óleo sobre tela. (...) é o eterno desejo humano de atenção que emerge como o tema dominante dessas vastas galerias virtuais. (ROSEN, 2007, p.15). As redes sociais podem ser consideradas uma extensão das pessoas, nelas podemos demonstrar nosso humor, postar fotos, informar onde estamos, dentre outros. Nas redes sociais vários perfis são construídos e modificados constantemente, e nesse processo várias relações vão sendo traçadas e organizadas pela sociedade. 3 PARTICIPAÇÃO DOS IDOSOS NAS REDES SOCIAIS O crescimento da população brasileira está ocorrendo de forma acelerada, com isso a maior fatia desse crescimento são de idosos. Segundo o IBGE(2010) a população de idosos que era de 4,7% passou para 10% aos dias de hoje. Assim, vemos que os idosos também tem uma grande participação na comunicação e tecnologia devido ao seu crescimento e suas necessidades de iteração com as redes em busca de informações. A maior parte do público que usa as redes sociais são pessoas com faixa etária entre 18 e 45 anos, porém existem atividades que ajudam na inclusão social e desenvolvimento de conhecimento em informática para terceira idade. O público que mais tem crescimento nas redes sociais são as pessoas que possuem entre 50 anos ou mais. Entre 2005 e 2011, houve um crescimento de 222,3%, de 2,514 milhões para 8,101 milhões de usuários, tornando-os 18,4% de todos os usuários do Brasil. Estima-se que 40% dos idosos com 55 anos ou mais usam as redes sociais para falar coma família e velhos amigos, 30% para compartilhar fotos, 20% para jogar online e 10% para concursos e jogos. No contexto das redes que podem ser encontradas fontes de informação, bem como notícias, informações de saúde e publicações literárias, vemos que o Twitter já tem 13 % dos adultos com 50 anos um mais e 11 % dos usuários do Facebook são idosos. Segundo o IBOPE (2013), 28% dos idosos se mantêm atualizados com as novas tecnologias. Isso quer dizer que os idosos estão passando a adotar 191 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 novos hábitos, onde dentre eles estão incluídos as tecnologias e o acesso as redes sociais vem se tornando diário. Os conteúdos mais visitados pelos adultos com 60 anos ou mais são redes sociais, ferramentas de buscas, email e notícias, portais e blogs. Logo o uso dessas redes estão gerando um melhor aproveitamento do tempo livre, bem como uma ótima maneira de se manter bem informado e contido na sociedade de forma mais ativa. 3.1 LADO NEGATIVO DAS REDES SOCIAIS As redes sociais infelizmente são utilizadas para criminalidade. Nela estão contidos Cibercrimes: São usuários que fazem invasão de sistemas, roubo de dados pessoais, espalham vírus e conseguem ter acesso a informações pessoais a fim de usa-los para criminalidade. Dentre os crimes mais conhecidos praticados, estão: Pornografia Infantil: É feita a distribuição de conteúdo pornográficos de crianças menores de idade; Roubo: É o desvio de dados de pessoas, instituições ou empresas, com o intuito de efetuar fraude, plágio, pirataria, entre outros; Lavagem de Dinheiro: É um crime mais comum, são feitos transferências de dinheiro de uma conta para outra sem saber quais são suas origens e destinos. Para se proteger dos cibercrimes é necessário ter cuidado ao navegar e postar dados nas redes sociais. Infelizmente os idosos estão mais suscetíveis a alguns tipos de golpes, como roubo de informações pessoais. Com isso vemos a grande importância de capacitar os idosos a usar as técnicas de segurança, para que com maior informação, eles possam usufruir de todos os recursos e das redes sociais de forma segura. 4 O AVANÇO TECNOLÓGICO E A INCLUSÃO DIGITAL Para que ocorra a inclusão digital dos idosos é preciso que eles sejam apresentados ao universo digital e sejam capacitados para, quando aptos, possam usufruir de seus recursos. Desse modo, metodologias adequadas devem ser adotadas e professores, bem como orientadores devem se encarregar de fazer todo o processo de inclusão e de socialização dos idosos no meio digital. O uso de telecentros é uma ótima opção para idosos que desejam aprender informática e dominar as redes sociais, assim pessoas carentes e que possui limitações podem usufruir dos computadores e seus recursos. Esses fatores trazem a oportunidade para vários públicos, e os idosos estão em grande número, mostrando ainda mais a importância dos telecentros para a inclusão digital. “Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias a informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails. Mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.” (WIKIPEDIA, 2010). A capacidade de trabalhar a mente desses idosos, faz da tecnologia em si, uma grande aliada para o aumento da autoestima, estimulante natural da memória e grade de conhecimento de informação. Esse é um dos meios no qual os idosos encontram para, além de ocupar o tempo livre, buscam novos laços de amizade e atribuem ao ambiente em que vivem expondo opiniões e questionando tópicos que lhe interessam. 192 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 5 PESQUISA REALIZADA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL PARA A TERCEIRA IDADE Participaram da pesquisa 15 idosos com média de 63 anos, no período de fevereiro à maio de 2015, na cidade de Mossoró–RN. Em primeiro lugar, será demonstrado como esses alunos sentiam-se em questão a falta de conhecimento em relação ao manuseio das ferramentas tecnológicas e consequentemente ao acesso da internet e das redes sociais, em seguida os resultados alcançados com a inclusão digital, bem como o domínio sobre estas. Após o curso de inclusão digital que foi ministrado aos idosos com a carga horária de 26 h/a, percebeu-se o aproveitamento e o estímulo deste, referente ao uso das redes Sociais. No início do curso, aoserem questionados sobre conseguir acessar site na internet e navegar, 86,6% se diziam não ter capacidade. Com o termino do curso um novo questionário foi aplicado e os resultados foram satisfatórios, onde 100% se diziam conseguir acessar internet, bem como utilizar redes sociais. Após a capacitação os idosos relataram a importância da utilização do uso da internet e redes sociaise a necessidade de têlas em suas vidas, seja no meio social e até profissional. Quando questionados sobre o uso, os idosos expressaram que o maior interesse é a comunicação com familiares, logo em seguida amigos distantes e relacionamento (Figura 1), assim 73,3% preferem o uso das redes sociais para comunicação com familiares. Figura 1: Porcentagem do Uso das Redes Sociais Interesse em usar Redes Sociais 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% COMUNICAÇÃO COM FAMILIARES AMIGOS DISTANTES RELACIONAMENTO Interesse em usar Redes Sociais Fonte: O autor (2015) Devido à falta de conhecimento de algumas medidas de segurança, os idosos se dizem com um pouco de receio de expor dados por terem uma maior vulnerabilidade possivelmente serem vítimas de golpes. 80% dos questionados se mostraram com receio de acesso devido à falta de conhecimento de técnicas de segurança ou falta de conhecimento suficiente (Figura2). 193 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Figura 2: Receio em Acessar Redes Sociais pela Insegurança Receio em Acessar Redes Sociais pela Insegurança 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% INSEGUROS SEGUROS Receio em Acessar Redes Sociais pela Insegurança Fonte: O autor (2015) Diante desta realidade, capacitar os idosos a usar as técnicas de segurança, para que possam utilizar de todos os recursos da internet e consequentemente das redes sociais de forma segura e confiável. 6 CONCLUSÃO Nesse artigo podemos notar a importância das redes sociais no dia-adia dos idosos, bem como seu uso pode ajudar no enriquecimento e diversidade de pessoas nas redes sociais e os idosos pode fazer seu papel diante da sociedade, tendo a liberdade de expressão que geralmente não possui e é oprimido dentro de casa impossibilitado muitas vezes pela falta de mobilidade. As redes sociais atribuem poderes aos usuários, elas podem ser usadas para o benefício e infelizmente algumas pessoas utilizam para maleficio. Assim vemos que a cidadania tem uma grande ferramenta de informação que quando usada em beneficio mostra rápido para impor suas informações. A faixa etária que está mais presente é o público jovem, porém suas estatísticas mostram que desde adolescentes a idosos estão conectados em meio a mídia e a cidadania enriquece com essa diversidade, sendo que os idosos estão aparecendo em maior quantidade de forma bastante acelerada. A cada dia uma nova tecnologia surge, como as redes sociais estão “invadindo” nossas casas, temos que nos preparar para ter acesso a esses benefícios. Na estrutura de rede em que vivemos é possível englobar todos os tipos de gostos de uma sociedade obter ou influenciar em costumes diversificados, com isso a capacitação de idosos é a melhor forma de diversificar esse campo e abonar a tese que os idosos são pessoas incapazes de aprender sobre novas tecnologias. 194 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 REFERENCIAS ADMINISTRADORES: o portal da administração. Estudo revela que usuários de redes sociais estão mais preocupados com a privacidade. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/tecnologia/estudo-revela-queusuariosde-redes-sociais-estao-mais-preocupados-com-a-privacidade/48002/. Acesso em: 05 maio 2015. FERRARI, Pollyana. A força da mídia social. São Paulo: Factash Editora, 2010. Top 10 redes sociais mais acessadas do Brasil Top 10 redes sociais mais acessadas do Brasil Disponivel em:<http://top10mais.org/top-10-redes-sociaismais-acessadas-do-brasil/#ixzz3UyFjSsf6> Acesso em: 20 de Março de 2015. LANDIM, Wikerson. 2011. 10 razões que tornaram o Facebook a rede social mais popular do Brasil. Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/facebook/13347-10-razoes-que-tornaram-ofacebook-a-rede-social-mais-popular-do-brasil.htm. Acesso em 04 de Abril de 2015 MENDES, Antonio da Silva Filho. “Os três pilares da inclusão digital”. http://www.espacoacademico.com.br/024/24amsf.htm, Ed. 24, maio de 2003, Acesso em: 02 de Abril de 2015. NUNES, Vivian Patricia Caberlon. Envelhecimento: olhando-se no espelho da vida, através da inclusão digital. In: TERRA, Newton Luiz; FERREIRA, Anderson Jackle; TACQUES, Cláudia de Oliveira, MACHADO Letícia Rocha (Orgs.). Envelhecimento e suas Múltiplas áreas do Conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. Projeto PotencialIdade: A Inclusão digital de idosos como exercício de cidadania Disponível em:<http://www.pucrs.br/edipucrs/online/inovacaoequalidade/inovacao/pag34.html > Acesso em: 20 de Março de 2015. VASCONCELOS, Everton de Mendes. “Inclusão Digital em Comunidades”. http://www.artigonal.com/tec-de-informacao-artigos/inclusao-digital-emcomunidades-carentes-2456215.html, Acesso em: 18 de Março de 2015. 195 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO E O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DE SOFTWARE PARA EMPRESAS COMERCIAIS Deyviliani Kérvila da Silva - deyviliani_kervila@hotmail Márcia Andrêza Gomes - [email protected] RESUMO: Este artigo apresenta o desenvolvimento de um sistema de software para estabelecimento comercial na área de Materiais e Construção, com finalidade de informatizar os processos de vendas, demostrando de forma eficaz atividades operacionais e tomada de decisão e implantação na empresa, demostrando algumas etapas da aplicação e utilização do software, como também as principais funções ligadas a registro de arquivos e controle de informações. Desta forma o sistema de informação fortalece o plano de atuação dessas empresas, tornando-as mais ágeis e seguras, gerando informações rápidas e precisas através de conservação e principalmente, garantindo uma gestão diferencial no mercado, trazendo vantagens competitivas. PALAVRAS-CHAVE: competitivas. Software. Implantação. Empresas. Vantagens Abstract. This article presents the development of a software system for commercial property in the area of Materials and Construction , with the purpose of computerizing the sales process , demonstrating activities and decision-making and implementation in the company, showing some application steps and use the software, but also the main functions related to log files and control information. In this way, the information system strengthens the action plan of these companies, making them more agile and safe, creating fast and accurate information through conservation and foremost, ensuring differential management on the market, bringing competitive advantages. KEYWORDS : Software. Implementation. Business. Competitive advantages 1. Introdução Atualmente o mundo vive em constante transformações por meio de tecnologias que fazem parte cada vez mais do dia-a-dia dos cidadãos comuns e das pequenas, médias e grandes empresas. Deste modo a economia destas empresas está sendo modificada, passando de economia industrial para economia baseada em informação, pois as tecnologias utilizadas geram a partir de dados, muitas informações que permitem tomadas de decisões mais eficaz. 196 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Os sistemas de informações são criados com o objetivo de servirem a estratégia de negócio de empresas, transmitindo aos seus colaboradores informação adequados, de uma forma ágil e eficiente. Dessa forma é necessário que esses sistemas estejam enquadrados na organização, alinhados de acordo com os objetivos dos negócios para que sirva ao exercício do utilizador, já que a necessidade de planejamento, aliada à constante mudança nos mercados, cada vez mais complexos, força as empresas a adotarem formas eficazes e flexíveis de gerenciamento. Percebendo a necessidade de um sistema de informação dentro de qualquer tamanho e tipo de empresa, este trabalho visou à criação de um software com as características de um sistema de vendas para facilitar o gerenciamento de uma loja de Materiais de Construção e capacitand- se e posicionar melhor no mercado para poder competir com as empresas em estágios mais avançados de informatização. Assim para facilitar a produção deste software foi utilizado o padrão de projeto MVC (Model View Control), pois ele tem como finalidade dividir o projeto em camadas para poder facilitar a manutenção do código, sua eventual restauração através da independência de componentes. Este padrão foi utilizado na implementação do código na linguagem Object Pascal que é orientada a objetos, sendo desenvolvido com o ambiente integrado de desenvolvimento (IDE) Delphi 7. Além dessas tecnologias, o software faz uso também do gerenciador de bancos de dados Mysql-Front , possibilitando a centralização dos dados em um único ambiente gerencial. Foram implementadas as funções de inclusão, consulta, exclusão e atualização de dados. Desta forma o trabalho será dividido em cinco formas com definições e explicações como foi elaborado o projeto. 2 2. Fundamentação Teórica 2.1 Análise Baseado nas informações apresentadas, verificou-se que a área de construção, na qual é objeto de estudo desde trabalho, se mostrou complexa devido a existência de subdivisões dentro do tema, onde estas estão de alguma forma interligadas, o que dificulta o entendimento dos processos, são elas (lojas de matérias de construções, são lojas de produtos diversificados, são depósitos para estes serviços, bem como interligados aos serviços) devido a isso muitos empreendedores apresentam visões divergentes sobre o tema do setor, o que dificulta a padronização para atender de forma minuciosa aos parâmetros do setor de materiais de construção, visto isso o autor [ZAH1998] propõe um conjunto de fatores críticos para o sucesso da implantação de processo de software. Por consequências citadas por [PAU1998] destaca a ausência de documentação, a inexistência dos gerentes, a forma de alocação de recursos, o treinamento, e o controle de qualidade como pontos críticos na implantação de um processo de software. Considerando a inicialização dos primeiros passos dados para evolução 197 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 no conceito de desenvolvimento tecnológico, visto que em sua maioria, as dificuldades se relacionam, independente das subdivisões. Com base nessas informações o mercado de softwares buscou proporcionar um melhor entendimento com aplicação de (controle de estoque, banco de dados de clientes bem como a agilidade e segurança) apresentados no contexto desde trabalho, trazendo através do serviço de sistemas de informações e implementação de software, sendo abordado de forma ampla para empresas comerciais. Atualmente os serviços de implementação de software nos oferece maior desenvolvimento e amplitude para as organizações. Para [DAVERNPORT e PRUSAK1999], é essencial a realização bem-sucedida dos trabalhos ligados ao conhecimento, que as organizações saibam definir o que são dados, informações e conhecimento, pois o sucesso ou o fracasso organizacional muitas vezes pode depender da aplicação desde elementos para solução de problemas e tomada de decisões. Relacionados aos fatores econômicos no qual as empresas que investem em tecnologia, alavancam o faturamento, devido aos aspectos positivos constatados pelas melhorias obtidas, dessa forma desencadeiam-se um processo de crescimento exponencial, que aproveitando a carência do mercado por parte de outras no seu seguimento, não investirem em tecnologia influenciam diretamente na qualidade das suas atividades. A evolução na implementação de software em empresas, relacionado a evolução no sentido de melhorias da qualidade das suas atividades, está baseado no aumento do desempenho dos funcionários, na redução do tempo com relação ao esforço gasto pelas equipes operarias para o desenvolvimento e consequentemente melhoria na qualidade dos serviços desenvolvidos. 2.2 Projeto Banco de Dados Partindo da definição de banco como um depósito que armazena algo e dados como o parâmetro inicial para gerar informação, pode-se definir banco de dados como um artefato que armazena uma coleção de dados inter-relacionados para gerar informações e diminuir a redundância de dados, características definidas como essenciais para um software de qualidade. Alguns dos produtos mais conhecidos atualmente são: Microsoft SQLServer, MySQL, PostgreSQL, dentre outros. Todos eles possuem como características principais a integridade, restrições, segurança e privacidade, restauração, reorganização e eficiência. Antes da criação do banco de dados em alguma dessas tecnologias é necessário a construção de um modelo ou diagrama (Figura 1) que possa dar a melhor visão de relacionamento das tabelas que serão 198 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 necessárias para o armazenamento de dados. Para esta construção geralmente usa-se os modelos MER (Modelo de Entidade de Relacionamento) e DER (Diagrama de Entidade de Relacionamento), sendo o segundo uma representação gráfica do primeiro, que por sua vez consiste em uma coleção de objetos básicos gerados pela análise conceitual e lógica encontrada para o melhor armazenamento e manutenção dos dados. Como apresentado, a principal característica de um banco de dados é o gerenciamento de grandes volumes de dados, e para se processar tais dados é necessária a implementação de funções de inserção, recuperação, consulta, atualização e em muitos casos a remoção de dados. Estas operações básicas são conhecidas pela sigla CRUD (create, read, update, delete), e são relevantes para o usuário, pois são ações básicas que ele realiza cotidianamente. Figura 1. Diagrama de Banco de Dados MVC (Model View Control) Muitos softwares possuem certa complexidade nas aplicações desenvolvidas e torna-se indispensável a separação das funções. Para isso foi criada uma estrutura padrão de arquitetura que é muito utilizada no desenvolvimento. Esta estrutura é chamada de padrão MVC e divide o software em três camadas: modelo, visão e controle (model, view, control). A partir desta estrutura, todas as alterações efetuadas no layout do programa (view) não afetarão em a manipulação dos dados (model e control) e vice-versa. O diagrama abaixo define a relação entre as três camadas da estrutura MVC e mostra os detalhes desta importante estrutura. 199 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Ao isolar a lógica de negócio da lógica de apresentação, é permitido o livre desenvolvimento, teste e manutenção dos dados sem afetar as respectivas camadas. Para melhor compreensão das camadas do MVC, seguem explicações detalhadas. A camada modelo (model) representa o “domínio” das informações e notifica mudanças de dados, ou seja, ele é a representação detalhada do que o software opera. Na camada modelo se encontram todos os dados retornáveis para as operações e de acordo com o diagrama acima, esta é a camada que passa os dados para a visão (view) apresentar. Na camada visão (também conhecida como GUI) se encontra o layout das páginas com as saídas de dados, contendo todos os eventos e controles. A view é a parte executável do programa, é a partir desta camada que os usuários obtêm os resultados e as informações desejadas. Já a camada controle (control) como o próprio nome diz, controla os processos e responde aos eventos geralmente acionados pelos usuários, como por exemplo: inserir, alterar, remover, pesquisar, entre outros. O controle também efetua a validação dos dados e filtra os valores adicionados. O MVC tem como base dois princípios: o controle que, despacha as solicitações ao modelo; a visão que, observa o modelo; A partir destes princípios o MVC é um dos principais padrões de arquitetura de software pois além de deixar os códigos mais seguros e de fácil manutenção, também facilita o desenvolvimento parcial da aplicação. 2.4 Implementação O treinamento de usuários como fase final do processo é um dos principais objetivos desta fase, pois garante o sucesso da implantação do produto desenvolvido (Figura 2). Figura 2. Tela Principal do Sistema 200 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Mostrados as propostas sobre a formulação metodologia de implantação, é de extrema importância o processo evolutivo da compreensão, as técnicas ao uso e gerenciamento do projeto, sendo fundamentais para que a implementação desses sistemas de informação desenvolva de forma natural. Um aspecto importante é a rotatividade de profissionais na equipe durante a fase de implantação, seja pela empresa seja por quaisquer das partes envolvidas, projeto de TI ou a empresa contratante, pois é sempre um problema levando um atraso para todos os envolvidos, dificultando o cumprimento dos prazos estabelecidos, levando em contato os treinamentos necessários ao conhecimento. O planejamento estratégico deve ser construído na fase de implantação para novas versões do sistema na forma de atualizações, reforçando a necessidade de revisão do planejamento de implantação e consequentemente os benefícios gerados a cada nova implantação. Cadastros Para que existam informações a serem utilizadas, é necessário que dados que podem gera-las sejam cadastrados, e por se tratar de um software comercial alguns cadastros são indispensáveis como por exemplo, de clientes e produtos (Figura 3 e 4). O cadastro é uma das, senão a mais importante, tarefa do sistema, pois o sistema irá se basear nos dados recebidos para gerar as informações necessárias aos usuários. Figura 3. Cadastro de Clientes 201 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Figura 4. Cadastro de Produtos Vendas As funções de vendas também são muito importantes para o funcionamento de um software comercial, elas mantêm um registro de todas as vendas efetivadas e também das movimentações financeiras que ocorreram durante um período de tempo, sendo assim fundamentais para controle de lucro e despesas. Figura 5. Tela de Vendas no Sistema 202 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 2.5 Revisão e Manutenção Após o processo de implantação, tendo o sistema sido desenvolvido internamente ou desenvolvido por uma empresa terceirizada, a organização a partir desse sistema sofre algumas mudanças. As mudanças que são percebidas nos vários tipos de empresas, são a mudança na estrutura organizacional e no número de funções nos cargos. Segundo [TURBAM, RAINER JUNIOR E POTTER, 2003] com a implantação do sistema de informação as organizações passam por uma mudança na estrutura, apresentando uma estrutura horizontal, porque o sistema permite uma maior produtividade por parte dos gerentes, pois com ela o campo de supervisão do número de funcionários é ampliado, supervisando assim um maior número de funcionários e necessitando cada vez menos de gerentes especializados. 3. CONCLUSÃO No ramo da informática é imprescindível compreender as melhores práticas e aplicações das áreas de sistemas de informação nas empresas. Este trabalho tem como proposta básica habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis do sistema, para alavancar o futuro da organização no qual servirá. Na busca para atender às demandas do mercado, as empresas buscam soluções que as diferenciem aumentando a sua competitividade. A tomada de decisão é crucial neste momento, pois aperfeiçoar o planejamento e execuções das atividades, alinhar as informações e reduzir os custos operacionais aumentam a satisfação dos seus clientes e a lucratividade do negócio. Os sistemas de informações como um todo fortalecem o plano de atuação das empresas, pois com ele a geração de informações rápidas, precisas e principalmente úteis para a tomada de decisão garante uma estrutura na gestão de forma diferenciada, resultando em um maior ganho no mercado de atuação com a vantagem competitiva sobre as demais empresas. 4. REFERÊNCIAS DAVENPORT, Thomas H; PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial.Tradução de Lenke. Rio de Janeiro: Campus; São Paulo: Publifolha. 1999. 203 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 MACORATTI, José Carlos. Padrões de Projeto: O modelo MVC – Model View Controller. Disponível em <http://www.macoratti.net/vbn_mvc.htm > Acessado em 15 de maio de 2015. TURBAN, Efraim; RAINER JÚNIOR, R. KELLY; POTTER, Richard E. Administração de tecnologia da informação: teoria e prática. Tradução de SOUZA, Teresa Felix de. Rio de Janeiro: Campus, 2003. STAIR, M. Ralph, REYNOLDS, George W. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 6.ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2006. REZENDE, Denis Alcides. Planejamento de sistemas de informação e informática. São Paulo: Atlas, 2003. 204 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 ÍNDICE DE AUTORES Alexsandro Ferreira da Silva Adriano Fernandes de Oliveira Lima Adriano Rainer Almeida Carneiro Alisson Alexandre Alves Maia Allan Kardec Freire Rozário Álvaro Matheus Pontes Alyana Karla do Nascimento Duarte Ana Cely Aquino de Medeiros Ana Clara de Souza Silva Ana Clara Nascimento Ana Laíse Duarte Rodrigues André Pedro da Silva Neto Andrhé Luiz Duarte Rodrigues Antenor Gonçalves Calixto Antonia Greycyelen de Oliveira Dantas Antônia Janaina Galdino Silva Antônio Augusto de Souza Oliveira Antônio Maximilliano Souza Aratusa Kaliana de Oliveira Lima Ariane Pereira de Souza Augusto Vinícius do Nascimento Noronha Bárbara Melo Cavalcante Dias Caio Aurélio do Rego Honorato Caio Samon Alves Castro Camila Carla de Souza Carlos Alberto de Souza Soares Cid Augusto da Escóssia Rosado Cintia Raquel Alves Cunha Mendonça Cleide Regina Batista Cleilson de Sousa Almeida Daironne Martins Holanda Rosário Kadídio Daniel Felix Xavier Danielle Cristina da Silva Danyelle Nobre David Fernandes Fontes Dayane Darley Santos Sousa Deyviliani Kérvila da Silva Diego Rafael Pereira de Medeiros Disraeli Davi Reinaldo de Moura Douglas de Sousa Alves Dulcineide Fernandes Eduardo Medeiros Eduardo Silvério Ferreira de Oliveira Emanuela Duarte da Silva Emmanuel e Silva Endrigo Basílio de Oliveira Marlon 52 106, 136 153 76, 93, 98 100 79 110 64 66 106 55 102 55 162 85 30 112 112 60 60 57 108 64 60 62 55, 62,69,74,80, 100 171 82 67 96 24, 41 57 64 120 104 114 196 55, 79 110, 116 181, 189 82 118 106 66 104 24 205 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Erick Michael Silva de Melo Érika Fernandes Benjamim Fábia Cristina da Silva Francisca Adriana Oliveira Francisca Helena Maciel Celedonio Francisco das Chagas de Castro Neto Francisco das Chagas Mendes Junior Francisco Fábio Barreto de Medeiros Francisco Fábio de Oliveira Ferreira Francisco Marcos Rodrigues Teixeira Francisco Tarcísio de Amorim Júnior Freedson Alexandre de Almeida Gardênia Silvana de Oliveira Rodrigues Géssica Andrade de Aquino Sousa Gildson Souza Bezerra Hellderi Hemillaino da Silva Iêso Duarte Bernardino Ingrid Emanoele Régis Saldanha Isnara Michelle Ivoneide Maria da Silva Jaciara Ferreira de Lima Jailka Kesse da Silva Alves Jandimara Cândido da Silva Jaqueliny Elvídio de Medeiros Jennifer Martins dos santos Jéssica dos Santos Oliveira Jessyca Rochelly Barbosa Silva Jhéssica Luara Alves de Lima, Joana Marta Onofre de Araújo João Paulo da Costa Santiago João Paulo de Morais Nogueira João Vianei Tupinambá Júnior Jorsiana Ferreira De Medeiros Josafá Pinto da Silva José da Silveira Douglas José Domingos de Oliveira Filho Jose Eleudo Carvalho Silva Junior José Guilherme Beserra Rocha José Linhares Lourenço José Lucas Chagas Saldanha Josenildo Sousa Joseph Stalin Josicleide Ferreira Rebouças Josimeide Paulino Oliveira Juscineide da Silva Kaliane Chaves Feitosa Karidja Kalliany C. de F. Moura Karla Cibele Maia Tupinambá 181, 189 108 67 26 114 181,189 52,64,71,76,85, 87, 89, 91,93,98,102 91 116 36 74 43 83 69 19, 22, 30, 66, 78, 79, 82 93, 98 122 26 120 32 41 62 26 19 89 41 66 104 118 100 104 71 74 30 24 104 89 114 96 52 118 118 39 39 76, 91, 98 82 32,39, 162 71 206 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Karla Mirelly da Silva Melo Oliveira Keila Maria Benigno Lopes Klívia Lorena Costa Gualberto Larissa da Costa Lázaro Maxbley Araújo Leidiane Martins da Silva Lilian Carla de Azevedo Batista Lindonjonhson Matos Filgueira Diniz Luan Jácome de Oliveira Luana Priscilla Rodrigues da Costa Lima Lucas Antônio Costa de Paiva Lucas Marcelo Fernandes Alves de Almeida Magno Tavares da Cruz Manoel Venâncio Neto Márcia Andrêza Gomes Márcio Wescley Martins Maria Angélica Evangelista de Alexandria Maria do socorro de Freitas Lima Maria Sunally Alves Maurilio Alves de Melo Maurílio Holanda de Oliveira Junior Mônica Leite de Melo Bezerra Nilson Weber Olívia Oliveira Siqueira Campos Paula Caliane Jales Xavier Pedro Cássius Gomes Gregório da Silva Policiano Natan Fernandes da Costa Priscilla Mikaele Cunha Raianne de Carvalho Gurgel Ranswagner Cardoso Noronha Rayane Maria Dos Santos Oliveira Renata Ferreira Pinto Reyjanne Bezerra de Medeiros Rita Maria G. dos Santos Rivaneide Barbosa de Meneses Carvalho Rivelino Oliveira Silva Rodolfo Diógenes Moura Ronilson Marinho de Medeiros Filho Rosileidy Pereira da Costa Sandro Nunes de Oliveira Sara Rafaela Félix da Silva Sarah Laurentina Tomaz Solano Sinara Pereira da Silva Oliveira Suelen Suzanne da Costa Cavalcante Suiane yanara da silva Soares Suyana Kaline de Sousa Cunha Suzana Karina Talisson Azevedo de Freitas Tanilo Klevson de Freitas Luz 26 76 112, 114, 120 19, 43 78, 79 82 80, 83 24 100, 102 181, 189 32 171 80, 83 79 196 52 57 66 76, 98 57, 60, 67, 96 116 93 120 106, 122, 129, 136, 146, 153 30 22 85 87 108 106 87 19,41 19 36, 43 89 112 102 112 32 91 114 26 69 67 39 62 120 116, 146 181, 189 207 Encontro de Iniciação Científica da Faculdade Mater Christi – ISSN 2446-7545 26 à 28 de Maio de 2015 Thamires Carminda Garcia Arruda Thamiris da Silva Costa Thyalita Atina O. Martins Valério Avelino Carvalho Wendel Agostinho Weslley de Paiva Alves Whosohainer Carpegiani 136 129 39 96 43 116 118 208