ED. 16 - Rogério Zampronha

Transcrição

ED. 16 - Rogério Zampronha
VESTAS: O VENTO
COMO NEGÓCIO E PAIXÃO
ROGÉRIO ZAMPRONHA
SIMEC RECEBE CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008
VENDA PROIBIDA
ANO IV/ NO 16
2016
Os laudos são documentos que consistem em
um conjunto de análises e avaliações sobre as
condições de trabalho de uma indústria. Devem
estar sempre atualizados para evitar multas.
Proporcionar um ambiente de trabalho
seguro é dever da sua empresa.
Laudos Técnicos realizados pelo SESI:
marketing/sistemafiec
-LTCAT
-Insalubridade
-Periculosidade
Entre outros.
(85) 4009.6300
www.sesi-ce.org.br
/sesiceara
/sesiceara
Leitor
Editorial
fazemos a CPN queremos, a cada
E
dia, fortalecer nossos laços com este
obrigatórios como uma imprensa verdadeiramente livre, eleições abertas, igualdade de
sindicato que tão bem nos representa.
direitos e um poder judiciário independente.
Obrigado ao Simec pelo destaque
dado a nossa empresa na edição
de final de ano da revista. Nós que
m “Renovação Radical”, um apaixonado manifesto em favor da democracia e
contra os desequilíbrios políticos e econômicos que nos ameaçam, o pensador
canadense Henry Mintzberg, da McGill University, nos lembra que a demo-
cracia é um processo dinâmico, não um estado fixo. Porém, composta de alguns itens
Ricardo Barbosa
Basta deste desequilíbrio que está destruindo a democracia, o planeta e a nós mes-
Presidente da CPN
mos. Basta do pêndulo da política de esquerda e direita, bem como da paralisia do
centro político. Basta das garras visíveis do lobby no lugar da mão invisível da livre
concorrência. Muito mais pessoas estão preocupadas com os problemas que nos afli-
Ver a nossa história retratada nas
gem do que mostram as manifestações nas ruas. É fato que a vontade das pessoas está
páginas desta prestigiosa revista,
lá. Porém, o entendimento do que está acontecendo e como lidar com estas questões
nos encheu de orgulho. Queremos
parece não estar. Daí, como nos provoca Mintzberg, precisarmos promover um am-
agradecer ao Simec pelo apoio e
plo debate sobre a realidade que ora vivenciamos e o equilíbrio que buscamos.
dedicação para com as empresas
Cotidianamente temos sido inundados por explicações conflitantes e soluções contraditórias. Não podemos mais nos aquietar frente a tanto descalabro. Plurais, temos que
associadas.
Raumiro Maia
Presidente da Metalmecânica Maia
nos engajar, reunir os diferentes segmentos sociais – empresas, academia, governos e
sociedade em geral – para desafiar as práticas destrutivas e substituí-las por práticas construtivas que possam nos levar à conquista do equilíbrio desejado. Afinal, parafraseando
Margaret Mead, mesmo pequeno, um grupo de cidadãos comprometidos e capazes de
pensar, pode mudar o mundo. Aliás, esta é a única coisa que de fato mudou.
Precisamos estender as discussões
Portanto, que sejamos sábios e usemos a nossa criatividade para agir de forma
para todos os atores que podem
diferente do que fizemos até aqui, antes que a mediocridade em curso nos leve ao
contribuir com o fortalecimento do
caos. Como Tom Paine disse ao povo americano em seu panfleto Common Sense,
ambiente de inovação no Ceará. A
“está na nossa mão o poder de recomeçar o mundo”. Para tanto, como também
‘Simec em Revista’ tem se mostrado
nos lembra Mintzberg, basta percebermos que o lugar para começar a confrontar os
muito comprometida com esta causa.
exploradores está na frente de nossos próprios espelhos.
Francílio Dourado Filho
Filipe M. Cassapo
Gerente Executivo do SENAI C2i
Editor Chefe
Carta do Leitor
O reconhecimento recebido pelo Simec, com a outorga da
Comenda Sebastião de Arruda Gomes”, ao mesmo tempo
que me fez sentir orgulho do trabalho que faço, me trouxe
COMPARTILHE ESTA REVISTA
ainda mais responsabilidade e compromisso com este segmen-
Para dar sua opinião,
envie um e-mail para
@simecfiec
Ceará.
[email protected] ou
envie uma mensagem
pelas redes sociais.
to econômico que tanto contribui para o desenvolvimento do
Nicolle Barbosa
/simec.sindicato
Secretária do Desenvolvimento do Estado do Ceará - SDE
simec em revista - 3
Sumário
rogÉRIO ZAMPRONHA
28
08
09
10
13
15
18
23
25
O VENTO COMO NEGÓCIO E PAIXÃO.
HISTÓRIA DA VESTAS - MERCADOS DE ATUAÇÃO CEARÁ - RELACIONAMENTO COM O ESTADO CENÁRIOS FUTUROS.
Notícias
• SIMEC PARTICIPA DE MISSÃO AO PANAMÁ E COLÔMBIA
• SDE INSTALA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO
Notícias
• ZPE CEARÁ REALIZA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
• SATRIX INSTALA PROJETO SOLAR NO CARIRI
Empresa Destaque
BRINEL: TRADIÇÃO A
SERVIÇO DOS CLIENTES
Missão
SIMEC VISITA SINDICATOS
DO RIO GRANDE DO SUL
Responsabilidade Social
CASA DO MENINO JESUS
Histórias do setor
MT ACESSÓRIOS |
INDUMENTAL | SUCACEL
Livre Pensar
A IMPORTÂNCIA DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Inovação
IFCE INSTALA POLO EMBRAPII
DE INOVAÇÃO
36
33
38
41
42
43
45
47
52
SIMEC CONQUISTA
CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008
Estratégias
ROTAS ESTRATÉGICAS
Simec
EVENTO SIMEC: COMENDA
SEBASTIÃO DE ARRUDA GOMES 2015
Regional Cariri
CARIRI GANHA
APL DO ALUMÍNIO
Regional Baixo Jaguaribe
INDUSTRIAIS
VISITAM O CIPP
Associado
20 ANOS DE HOMOLOGAÇÃO
DO PRIMEIRO FOTOSSENSOR
Artigo
RESUMO DA
CRISE ECONÔMICA
Matéria
COINTEC REALIZOU ENCONTRO
DE INOVAÇÃO EM SOBRAL
mundo
NOTÍCIAS SOBRE O SETOR METALMECÂNICO
AO REDOR DO MUNDO
Palavra do Presidente
Muito além do óbvio
N
o universo dos negócios as ideias são a moeda mais valiosa. E especialmente em momentos
críticos, quando os desafios se avolumam e a dinâmica do mercado alterna ameaças e oportuni-
dades numa velocidade superior à capacidade de adaptação das empresas, vencer e se manter competitivo depende fortemente da nossa habilidade de gerar ideias que possam, de fato, levar a inovações
em produtos e processos.
Ao longo de minha vida empresarial e em especial nesses últimos tempos à frente do Simec, tenho constatado que a habilidade de gerar ideias inovadoras não é propriedade de poucos, de apenas
algumas mentes privilegiadas. Também não é um produto da sorte. É uma competência universal,
possível de ser desenvolvida e aprimorada. Porém, carece da ambiência favorável ao seu florescimento.
Nesta seara, os verdadeiros vencedores ainda não estão definidos. Mas um preceito já se mostra
bem claro: vencerão, aqueles que conseguirem gerar ideias que suplantem o óbvio. Vencerão, os que
romperem com o pensamento comum, que fizerem algo verdadeiramente novo, diferente.
E para tanto, não basta ter conhecimento. É preciso ser capaz de usar esse conhecimento para resolver problemas concretos, para criar novos mercados, para escrever uma nova história empreendedora.
Neste sentido, se quisermos criar novos produtos, precisamos desenhar novos processos, descobrir
novos insumos e rever o modo como nos relacionamos com o ambiente.
O modelo de gestão que estamos imprimindo ao Simec visa alimentar em todos e em cada
um de nós, esse novo olhar sobre as nossas empresas. Acredito que somente iremos melhorar os
resultados e vencer a concorrência, se ousarmos questionar a forma como gerimos os empreendimentos que tocamos, se nos permitirmos mudar nossa visão de mundo e de negócios, se formos
muito além do óbvio.
Sampaio Filho
Foto: Arquivo SIMEC
Presidente do SIMEC
“Se quisermos criar novos produtos, precisamos
desenhar novos processos, descobrir novos insumos
e rever o modo como nos relacionamos com o
ambiente.”
simec em revista - 5
Foto: J. Sobrinho/Sistema FIEC
DIRETORIA DO SIMEC QUADRIÊNIO 2015 - 2019
Diretoria Executiva
Titulares
Diretores Regionais
Região Sul
Diretor Presidente
José Sampaio de Souza Filho
1o Diretor Vice-Presidente
José Frederico Thomé de Saboya e Silva
Conselho Fiscal
Titulares
Adelaído de Alcântara Pontes
Helder Coelho Teixeira
Região Jaguaribe
Joaquim Suassuna Neto
Roberto Carlos Alves Sombra
2o Diretor Vice-Presidente
Diretores Setoriais
Cícero Campos Alves
Titulares
3o Diretor Vice-Presidente
Diretor Setor Metalúrgico
Eduardo Lima de Carvalho Rocha
Suplentes
Silvio Ferreira Camelo
Guilardo Góes Ferreira Gomes
Silvia Helena Lima Gurgel
Ricardo Martiniano Lima Barbosa
Diretor Administrativo
Diretor Setor Mecânico
Francisco Odaci da Silva
Píndaro Custódio Cardoso
Suely Pereira Silveira
Diretor Financeiro
Diretor Setor Elétrico e Eletrônico
Representante junto à FIEC
Ricard Pereira Silveira
Alberto José Barroso de Saboya
Titular
Diretor de Inovação
e Sustentabilidade
Diretor Setor Siderúrgico
José Sampaio de Souza Filho
Fernando José Lopes Castro Alves
Ricardo Santana Parente Soares
Suplentes
Suplentes
Carlos Prado
Fernando Cirino Gurgel
Suplentes
Antonio César da Costa
Alexandre
José Sérgio Cunha de Figueiredo
César Oliveira Barros Júnior
Superintendente do SIMEC
Dário Pereira Aragão
Carlos Alberto Augusto
Felipe Soares Gurgel
João Aldenor Soares Rodrigues
Vanessa Pontes
Assistente Administrativa do SIMEC
Thais Mesquita
EXPEDIENTE
Projeto Gráfico e Editorial: E2 Estratégias Empresariais - www.e2solucoes.com • Coordenação Editorial: Francílio Dourado •
Direção de Arte: Keyla Américo • Produção: Valeska Pinheiro e Luan Américo • Diagramação: Michel Serem • Tratamento de Imagens:
Rodrigo Portillo • Jornalista: Rafaela Veras (2605/JP) • Gráfica: Tiprogresso • Tiragem: 3.000 exemplares
é uma publicação do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC, que detém os
direitos reservados. A publicação, idealizada e produzida pela E2 Estratégias Empresariais, se reserva ao direito de adequar os textos enviados por colaboradores.
As matérias divulgadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra, no entanto podem
ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual; em qualquer das hipotéses, solicitamos que entrem em contato.
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará - SIMEC
Av. Barão de Studart, 1980 • 3º andar • Sala 309 | Edifício Casa da Indústria – FIEC • [email protected]
www.simec.org.br • Fone/Fax: (85) 3224.6020 | (85) 3421.5455
Notícias
SIMEC PARTICIPA DE MISSÃO
AO PANAMÁ E COLÔMBIA
O
presidente Sampaio Filho e o Diretor Financeiro Ricard Pereira, integraram comitiva de industriais do
Ceará em missão empresarial à Colômbia e ao Panamá. A viagem aconteceu entre os dias 7 e 12 de Março
e foi coordenada pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC, com o propósito de conhecer entidades ligadas à inovação nos dois países. Também integraram a
comitiva, o presidente do Sindialimentos, André Siqueira e o
vice-presidente do Sindisorvetes, Ney Regis Siqueira. O grupo
participou de reunião na Associação Nacional dos Empresários
da Colômbia e visitou a empresa Shelter Andinos, que atua na
Foto: arquivo pessoal
construção de escritórios, móveis, abrigos de telecomunicações
e casas pré-fabricadas. Em Bogotá, foram recebidos pelo secretário comercial da embaixada brasileira, Guilherme Bayer, que os
levou a conhecer a empresa de alimentação Alpina. No Panamá,
conheceram o Canal, a Cidade do Saber, o Porto de Manzanillo e a Expocomer, maior feira da América Central, que
contempla setores como alimentos e bebidas, confecções/têxteis, calçados, materiais de construção e de decoração,
higiene pessoal/cosméticos, tecnologia e serviços.
SDE INSTALA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO
E
m solenidade realizada na sede da Agência
de Desenvolvimento do Ceará (ADECE),
mico, Nicolle Barbosa, instalou o “Fórum Integrado de Desenvolvimento”, instituição que nasce
com o propósito de fortalecer os diversos setores da
economia cearense, fomentando ações e propostas
Foto: arquivo SDE
a Secretária do Desenvolvimento Econô-
inovadoras para aprimorar o ambiente de negócios no Estado. Integrado pelos presidentes das 25 Câmaras Setoriais, o
fórum promoverá reuniões bimestrais para discutir propostas de soluções para os problemas enfrentados pelos diferentes
segmentos econômicos em atividade no estado. Para a secretária Nicolle, “o fórum será órgão colegiado de caráter consultivo e propositivo, que vai aproximar ainda mais o Governo dos setores produtivos, possibilitando a identificação de
entraves e a proposição de soluções de forma sistemática, favorecendo a realização de ações de cooperação entre as diversas
cadeias de produção”.
8 - simec em revista
ZPE CEARÁ REALIZA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Foto: arquivo SDE
N
o início de Fevereiro, o presidente Mário Lima Júnior,
reuniu todo o seu corpo gestor para planejar estrategicamente a atuação da ZPE CEARÁ. Criada com o
propósito de desenvolver e administrar a Zona de Processamento
de Exportação do Pecém, compete à ZPE consolidar os empreendimentos já existentes em sua área e criar condições para recepcio-
nar novos investimentos com vocação exportadora, fomentando assim, o crescimento socioeconômico do estado.
Segundo Mario Lima, “o planejamento é um momento de ordenamento das ações, visando integrar os macro-objetivos estratégicos do Ceará e as ações de atração de investimentos e suporte ao sistema produtivo voltado para exportações no estado”. Para a Secretária do Desenvolvimento Nicolle Barbosa, presidente do Conselho de Administração
da ZPE, “o planejamento é parte de um projeto maior, voltado para articular as ações do Sistema Desenvolvimento,
comprometendo todas as instituições vinculadas com a promoção de um modelo de desenvolvimento suportado por
estruturas de governo eficientes”.
SATRIX INSTALA PROJETO SOLAR NO CARIRI
A
Satrix – Energias Renováveis, empresa associada
ao Simec e ao Sindienergia, foi responsável pela
instalação do projeto solar fotovoltaico da Facul-
dade Leão Sampaio (FLS), em Juazeiro do Norte. Composto por 816 painéis solares, o projeto deverá alcançar
Foto: André Costa
uma produção anual de 342,72 MWh, o que representará uma economia de CO² equivalente a 181 carros populares/ano. De acordo com o diretor presidente da FLS,
Jaime Romero, “o investimento inicial orçado em R$ 1,5
milhões, irá gerar um volume suficiente para abastecer a
demanda de energia elétrica normalmente utilizada no maior campus da faculdade, situado no bairro Lagoa Seca”. Com
o empreendimento a Faculdade se torna a Instituição de Nível Superior com o maior investimento em produção de
energia solar no País. Além de abastecer toda a energia elétrica do campus, a carga gerada pelas placas em momentos de
inatividade, como feriados, fins de semana e férias, será revertida em crédito pela COELCE. “Assim, estaremos contribuindo com outras instituições na preservação do meio ambiente, através da aquisição de energia limpa produzida em
nossas instalações”, conclui Romero.
simec em revista - 9
Empresa Destaque
BRINEL: TRADIÇÃO A
SERVIÇO DOS CLIENTES
por Juliana Juaçaba
Gerente de Marketing da BRINEL
C
om três décadas de atuação, a Brinel nasceu em
1986, como empresa de
representação comercial. Nossas
atividades iniciais estavam voltadas à comercialização de produtos
para solda, e tivemos como um dos
principais clientes a Esmaltec, indústria que produz uma vasta linha
de eletrodomésticos, e com a qual
mantemos
um
relacionamento
profícuo até os dias atuais.
A escolha do nome Brinel veio
de um método de medição de dureza, utilizado principalmente nos
Fotos: Arquivo Brinel
materiais metálicos, e que foi desenvolvido pelo engenheiro sueco
Johan August Brinell, ainda no
início do século passado.
Em 2011, após um longo período de construção e consolidação
“A associação como o Simec tem sido de
fundamental importância nessa busca por
atualização contínua. Junto ao nosso sindicato,
temos a oportunidade de participar de eventos e
missões empresariais que nos qualificam a estar
sintonizados com o que há de mais atual no mundo
dos negócios.”
10 - simec em revista
da marca Brinel no mercado local, instalamos nossa loja em um
amplo espaço, o que passou a nos
permitir oferecer um atendimento
compatível com a qualidade e fidelidade dos clientes que havíamos
conquistado até então.
Mas a trajetória não foi nada fácil. valorizado o conhecimento técnico tidade”, tínhamos consciência de que
Como a maioria das empresas peque- dos produtos e suas aplicações, man- somente conseguiríamos crescer de
nas, tivemos muitas dificuldades para tendo um nível equilibrado de estoque forma sistemática, se tivéssemos os
nos adequar às necessidades e exigên- para pronta entrega. Procuramos nos nossos clientes como maiores parceicias do mercado. Entender as questões diferenciar na apresentação de solu- ros da Brinel.
legais, cumprir com as obrigações tra- ções coerentes para os nossos clientes,
Daí termos trabalhado, ao longo
balhistas e fiscais, exigiu muito com- o que conseguimos via manutenção de destes anos todos, mantendo relacionaprometimento e trabalho. Hoje po- um relacionamento profícuo com fa- mentos comerciais com clientes e fornedemos dizer que estamos preparados bricantes de tecnologia mundial.
para enfrentar e superar os mais diver-
cedores, sempre pautados em princípios
Somos distribuidores de produtos como confiança, tradição, conhecimen-
sos desafios. Porém, temos consciência de grandes marcas, que trazem um to e capacidade técnica, o que nos lede que, precificar de forma consistente conceito global, como é o caso dos vou a traçar como visão de futuro: “ser
e competitiva em um mercado reple- Abrasivos da Pferd; dos Epi’s da 3M; reconhecido como empresa comercial
to de tributos e variações econômi- da Solda da Acelor Mittal, da Esab e técnica capacitada para solucionar de
cas, não é nada fácil. Daí investirmos da Lincoln; do Oxicorte da Harris; e forma prática e econômica os problemas
constantemente no aprimoramento de do Plasma da Hypertherm.
nossas competências gerenciais, parti-
Quando adotamos como missão,
enfrentados por nossos clientes”.
Como diferenciais competitivos,
cipando de eventos e capacitações pro- “levar conhecimento técnico, atendi- mantemos sempre à disposição dos
movidas por entidades como o CDL mento diferenciado e soluções ajusta- clientes, uma equipe de técnicos
e o Simec, instituições às quais somos das com credibilidade aos clientes, ga- altamente capacitados para dirimir
associados de longa data.
rantindo sua satisfação total e retorno dúvidas e solucionar problemas, es-
Pensando de forma estratégica, des- para a empresa, mantendo o respeito, pecialmente no tocante aos princide o início de nossas atividades temos a confiança e acima de tudo a hones- pais produtos: Abrasivos, Epi’s, Sol-
simec em revista - 11
Para tanto, costumamos enviar oficina e uma grande variedade de
nossos técnicos para receber trei- máquinas, especialmente equipanamento e trocar experiência em mentos de solda e corte, além de
empresas parceiras como Makita, ferramentas elétricas.
Esab, Pferd, Lincoln e Hypertherm.
A associação como o Simec tem
Isto garante que tenhamos um cor- sido de fundamental importância
po de colaboradores sempre atuali- nessa busca por atualização contízado e antenado com as tendências nua. Junto ao nosso sindicato, tede mercado.
mos a oportunidade de participar
Visando fortalecer nossa parceria de eventos e missões empresariais
com os clientes, em 2007 instala- que nos qualificam a estar sintonida, Oxicorte e Corte Plasma. Nossos mos a Alugamaq, empresa voltada zados com o que há de mais atual
técnicos realizam constantemente especificamente para a locação de no mundo dos negócios.
visitas aos clientes, para demonstrar máquinas e oferta de assistência técprodutos de maior desempenho ou nica. Em pouco tempo a Alugamaq
mesmo apresentar soluções que pos- foi ganhando força e expandindo
sam adequar os produtos às necessi- sua atuação. Atualmente ela conta
dades de cada processo produtivo.
com uma ampla e bem equipada
l
SERVIÇO: R. Professor Costa Mendes 700, Montese.
(85) 3491.1272 | 3033.1661
www.brinel.com.br
Missão
Fotos arquivo Simec
SIMEC VISITA SINDICATOS
DO RIO GRANDE DO SUL
O
Em comitiva liderada pelo Diretor Financeiro Ricard Pereira, representantes do Simec visitaram,
entre os dias 23 e 24 de Fevereiro, sindicatos das
indústrias eletrometalmecânicas e empresas do Rio Grande
do Sul. As duas instituições visitadas: o SIMECAN – Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de
Canoas e Nova Santa Rita; e o SINDIMETAL – Sindicato
das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico
e Eletrônico de São Leopoldo, são consideradas referência
em gestão sindical. Os dois sindicatos foram os primeiros do
país a conquistar certificação de gestão da qualidade.
A visita permitiu aos representantes do Simec, compartilhar experiências e conhecimentos, especialmente no
tocante à importância de se buscar uma certificação de
qualidade em gestão, foco do sindicato cearense neste primeiro trimestre de 2016.
simec em revista - 13
diário de
BORDO
por Vanessa Pontes
Modernizar a gestão, adequá-la aos padrões da certifica-
Ainda no mesmo dia, fomos conhecer a experiência das
ção ISO9001, trocar experiências e conhecer novas práti- empresas associadas que estão localizadas no Distrito Induscas, foi o indutor da iniciativa do presidente Sampaio Filho trial, localizado no bairro Fazenda São Borja. São cerca de 13
em determinar que o SIMEC, através do Diretor Financei- empresas de médio porte que, reunidas, adquiriram uma área
ro Ricard Pereira, da Superintendente Vanessa Pontes e do contínua onde estão sendo instaladas com o apoio institucioassessor Neto Medeiros, empreendessem visitas técnicas aos nal do Sindicato. Visitamos a Sebras Indústria e Comércio,
sindicados congêneres de Canoas e São Leopoldo, ambos
que está em pleno funcionamento. Trata-se de uma fabricante
no Rio Grande do Sul.
de portas industriais de lona, que substituem as portas pantoIniciamos nossa visita pelo SIMECAN e fomos recebidos
gráficas de metal. O conjunto de empresas compõe um Comipelo presidente Roberto Machemer, o vice-presidente Guilhertê denominado VALEMETALSINOS, que objetiva ampliar
me Aggens e o diretor executivo Sérgio Welter. O sindicato,
as oportunidades de negócios através de ações de mercado.
que é certificado desde 2006, tem uma base de representação
Visitamos ainda, a indústria Ferramentas Gedore do Brasil,
que congrega cerca de 600 empresas, sendo 120 associadas.
Ali pudemos perceber que o sistema de gestão sindical é muito uma das grandes empresas associadas ao SINDIMETAL, para
prático e os procedimentos operacionais estão diretamente re- sabermos como ocorre o relacionamento entre empresas de
lacionados com as ações desenvolvidas em prol dos associados. grande porte e o Sindicato. Ao conhecermos o parque fabril da
Em seguida, visitamos o SINDIMETAL, acompanhados Gedore, pudemos constatar que há uma boa sinergia entre o
pelo secretário executivo do sindicato, o Sr. Paulo Ziegler. A Sindicato e a empresa. Identificamos na pessoa do presidente,
sede funciona em um moderno prédio de seis andares, situado Sr. Raul Heller, uma forte liderança que ultrapassa as fronteiras
no centro de São Leopoldo, e que recebe o nome de “Centro do setor, firmando-se como um dirigente dotado de visão esdas Indústrias”. Eles compartilham a infraestrutura física com tratégica e que conduz o sindicato de forma altamente profis-
mais quatro sindicatos. Fomos recebidos pelo diretor executi- sionalizada, com foco especialmente voltado para resultados.
vo, Sr. Valmir Pizzuti, que nos apresentou as instalações, onde
Conhecemos em detalhes o modelo de gestão do sindicato.
se distribuem duas salas de reuniões, uma sala de eventos, um
Tivemos acesso a todo o portfólio de serviços, ao modo como
auditório com 118 lugares e um salão de eventos para 250
funcionam as ferramentas de gestão, ao modelo de relaciopessoas. O SINDIMETAL foi reconhecido como entidade
namento com associados e o desenvolvimento de programas
sindical em 1956. Atualmente, conta com um quadro de 15
voltados para o setor. Foram destacados como exemplos, o
colaboradores, incluindo gestores, operadores e estagiários,
que se revezam no atendimento às demandas de quase 100 Projeto SPE – Sistema de Produção Enxuta, o Projeto Vale-
associados, de uma base de representação que envolve 1.300 metalsinos, o Programa de Desenvolvimento de Lideranças, o
empresas. Eles utilizam um sistema informatizado de gestão Programa de Saúde, o Segurança e Meio Ambiente e o Comitê
que foi customizado para a realidade do sindicato, que tem de RH. De tudo, ficou uma certeza: não estamos sós quando
suas ações balizadas por um Planejamento Estratégico, cultura buscamos certificar nossos processos de gestão sindical e colobastante difundida entre diretores e associados.
14 - simec em revista
camos a inovação como mote maior de nossa atuação.
Responsabilidade Social
Fotos: Casa do Menino Jesus
CASA DO
MENINO JESUS
E
m setembro de 1987, ao tomar conhecimento do mães e/ou acompanhantes para o tratamento especializasofrimento enfrentado por crianças e adolescen- do do câncer.
tes acometidas de câncer, vindas do interior do
Assim, no dia 8 de Dezembro de 1987 nascia a “Casa
estado para tratamento de quimioterapia e radioterapia do Menino Jesus – Obra das Filhas do Amor de Jesus
na capital, a Irmã Maria Batista de Andrade procurou en- Cristo”. Instalada na rua Gonçalves Lêdo, 1535, em Forcontrar uma maneira de minorar o sofrimento, tanto das taleza, algum tempo depois a instituição ganharia unidacrianças, quanto das mães que passavam dificuldades com des em Gama, no Distrito Federal (inaugurada em Agosto
acomodação e deslocamentos.
de 1991) e em Belém do Pará (inaugurada em Outubro
Em conversa com o Dr. Augusto Cesar Gadelha Abreu, de 1999), todas com o mesmo objetivo.
oncologista e cirurgião que havia implantado o atendi-
A “Obra das Filhas do Amor de Jesus Cristo”, man-
mento oncológico infantil no hospital Albert Sabin, per- tenedora da “Casa do Menino Jesus”, é uma associação
ceberam a necessidade para a instalação de uma Casa de civil e religiosa de direito privado, sem fins lucrativos e
Apoio, capaz de receber crianças e adolescentes com suas econômicos, de cunho educacional, de saúde e de assis-
simec em revista - 15
tência social e humana, sob inspiração do carisma cristão de
sua fundadora, Irmã Maria Batista de Andrade (cearense de
Paraipaba). Fundada em 15 de Maio de 1980, na cidade de
Fortaleza, capital do Ceará, com estatuto original devidamente
registrado no Cartório Melo Júnior, tendo sido declarada de
Utilidade Pública Federal em Abril de 1993.
No exercício de seus objetivos institucionais, promove o bem
estar dos assistidos, sem preconceito de origem social, raça,
sexo, cor, idade, credo religioso e quaisquer outras formas de
discriminação.
A “Casa do Menino Jesus” vem desenvolvendo um trabalho
de assistência gratuita a crianças e adolescentes acometidas de
câncer e outras patologias. As crianças apoiadas, são acompanhadas por suas respectivas mães ou responsáveis, com o propósito de humanizar o tratamento e melhorar a autoestima,
além de renovar a fé de cada uma delas. O apoio consiste tanto
no atendimento propriamente dito, quanto no cuidar da saúde, da alimentação, do transporte e da oferta de medicamentos
em consonância com o tratamento indicado pelos médicos.
Convém ressaltar que “Casa do Menino Jesus” não cuida da
cura do câncer, apenas apoia as crianças e adolescentes que necessitam de um amparo de hospedagem, alimentação e outros
cuidados. “Muito nos honraria podermos participar, juntamente com o Governo e outras instituições competentes, da
tarefa de sanar os males que afetam a população alvo do nosso trabalho”, argumenta a coordenadora da casa, Irmã Maria
Conceição Dias de Albuquerque.
Irmã Conceição observa ainda, que a instituição não adota
um modelo de governança próprio, são as mães e acompanhantes que primam pela limpeza, higienização e organização do
espaço físico. A sustentação econômica da Casa depende de
doações que “senhores de um coração generoso”, fazem com
que o trabalho possa ser realizado de forma satisfatória.
Quando de uma visita a Casa, o presidente Sampaio Filho,
ouviu da Irmã Conceição um longo relato dos problemas enfrentados e da história da instituição. “Simec em Revista” reproduz a seguir alguns enxertos do depoimento.
“Um dia a gente percebeu que as pessoas não tinham voz
nem vez. Se falava tanto de cidadania, mas como ter cidadania
se você não tem nem uma identidade, se você não tem trabalho, se você não tem endereço? [...] No ano de 2002 a gente
16 - simec em revista
recebeu uma comenda do Palácio do Planalto, um des-
lho de oncologia infantil no Albert Sabin, como fez nas-
taque do trabalho que a gente fazia.”
cer a nossa instituição. [...] Hoje atendemos mais de 200
“Aqui mesmo foi inaugurada a primeira ‘Casa do Me-
crianças só aqui em Fortaleza. [...] A casa apoia as crianças
nino Jesus’. Na década de 1950 a Irmã Maria trabalhava
e adolescentes, que estão tendo problema de câncer, pro-
aqui, nessa casa, para a família de Dona Daria e do Seu
blemas de coração, problema renais e também atendemos
Felipe, que era governador do Acre e que tinha 10 filhos.
algumas pessoas com paralisia e que precisam de reabili-
Ela costurava para todo mundo, e foi aqui que ela des-
tação. [...] Eles passam aqui todo o tempo necessário ao
cobriu que tinha câncer. Fora casada e estava viúva, com
tratamento. [...] A gente vive da providência divina. Eu
24 anos, cuidando de 9 filhos. Mas na graça de Deus ela
achei muito engraçado quando um doador ligou dizendo
ficou curada e em 1980 recebeu de Deus essa missão de
assim: “pergunte a irmã o que Deus tá precisando provi-
fundar esse trabalho. Deu o nome de “Obra das Filhas
denciar na casa”. Realmente a gente vive da providência
do Amor de Jesus Cristo” porque foi exatamente o amor
divina, tem sempre um Deus que nos ama, tem sempre
dele que a curou. A princípio com o objetivo de fazer o
um Deus que nos dá a missão e automaticamente provi-
trabalho com crianças, creches, escolinhas e promoção
dencia a capacitação.
humana. [...] O Dr. Cesar, era criança quando a Irmã
ainda costurava, e ele dizia que ia ser médico para cuidar da família dele e de todos da família da Irmã Maria.
Hoje, com mais de 70 anos, vemos que não só cumpriu
a promessa, como se deu à missão de implantar o traba-
l
SERVIÇO
Rua Ildefonso Albano, 3052,
Joaquin Távora – Fortaleza-CE
(85) 3253.4082 | 85 996.193.664
www.casameninojesus.org.br
HISTORIAS DO SETOR
MT ACESSÓRIOS
M
ovido por um sonho e a vontade
infinda de vencer, o empreendedor Roberto Carlos Alves
Sombra, em 1996, fundou a empresa ME-
TALTUB. Inicialmente as atividades eram
voltadas para a fabricação de móveis tubulares. Com apenas dois funcionários e
uma produção diária de dois conjuntos de
cadeiras, logo percebeu que seu sonho era
Fotos: MT Acessórios
bem maior. Apaixonado por motos e ávido por novos desafios, em janeiro de 2005
instala a MT Acessórios, dando início a
uma nova atividade, a produção e comercialização de peças para motos. Aquele
era um mercado muito dinâmico, repleto
de desafios e barreiras a superar. Roberto
lembra de quando tentou entrar no mercado das regiões Sul e Sudeste, e os pretensos clientes, ao ouvirem que seus produtos
eram fabricados no Nordeste logo impunham dificuldades. Preconceitos à parte,
haveria de vencer.
“O Brasil tem grande poder de transformação. Hoje o Nordeste é bem maior do
que o Sul e o Sudeste no mercado de moto
peças. Deus é maravilhoso e estamos aqui.
Hoje, contamos com mais de 70 funcionários e uma linha de produção que atende a
vários estados do Brasil.”
18
Dono de uma consciência ci-
área de vinte e cinco mil metros,
Como indústria de transfor-
dadã, Roberto mantém na em-
com investimentos de mais de
mação, a MT adota por missão:
presa um programa de preser-
cinco milhões de reais.
“oferecer produtos que satisfa-
vação ambiental que promove a
No afã de ampliar continua-
çam a necessidade de clientes
reciclagem de todos os resíduos
mente a sua participação no
e consumidores”. Como visão
sólidos gerados na produção de
mercado,
Assessórios
de futuro, se propõe a, no curto
suas peças. “Acreditamos que o
procura marcar presença nas
prazo, “expandir suas linhas de
crescimento sustentável só se
principais feiras nacionais e
produtos, lançando sempre no-
consegue com forte disciplina
internacionais, como é o caso
vos acessórios para atender as
na criação de valores”, pondera.
do Salão Duas Rodas, principal
inovações do mercado”. E para
Pela via da confiança conquis-
evento do setor na América La-
além disso, “busca reconheci-
tina.
mento nacional, como referên-
tada junto aos clientes, distri-
a
MT
buidores, colaboradores e forne-
Atento à importância de estar
cia em qualidade e excelência
cedores, a MT Acessórios busca
sempre inovando e se moderni-
dos produtos, garantindo a in-
continuamente a melhoria da
zando, Roberto trabalha per-
tegridade, a confiabilidade e a
eficiência de seus processos, vi-
manentemente
satisfação de todos os clientes”.
sando sempre ganho de compe-
de suas estruturas. Em Agosto
Sua relação com o Simec se
titividade e fidelização de sua
instala uma nova unidade que
reveste de especial importân-
exigente
“Estamos
bem traduz os diferenciais com-
cia por reconhecer no sindicato
ampliando a nossa área de tra-
petitivos da MT Assessórios, re-
a permanente preocupação com
balho em quatro vezes, com um
velados na contínua inovação e
o desenvolvimento das empre-
pavilhão de quatro mil metros
no lançamento permanente de
sa no setor no estado como um
quadrados, instalados em uma
novos produtos.
todo.
clientela.
na
ampliação
19 - simec em revista
HISTORIAS DO SETOR
INDUMETAL
A
INDUMETAL – Indústria
meio de processo de zincagem por
Metalúrgica de Carlito
imersão a quente, que também
Pamplona, nascida no
obedece rigorosamente a norma
alvorecer de Outubro de 1974,
ABNT-NBR 6323. A qualidade é
ocupava inicialmente modestas
garantida por conta de acurados
instalações que se estendiam pe-
testes realizados em laboratório
los parcos 1 mil metros quadrados
próprio, que se estende desde o
do terreno em que se instalara.
controle de recebimento da maté-
Fruto da perseverança e obstina-
ria-prima até a finalização de todo
ção de seus fundadores, seguiu se
o processo de fabricação.
especializando na fabricação de
A empresa desenvolve um ri-
eletro-ferragens. Primando por
goroso Programa de Qualidade,
uma filosofia pautada na parceria
que tem por objetivos aprimorar a
com clientes e fornecedores, e de
qualidade, buscar maior produtivi-
olho na evolução do mercado, foi
dade, ampliar a competitividade e
se estabelecendo até firmar defini-
reduzir os custos produção. Isto se
tivamente o seu nome no cenário
dá através de treinamentos de seus
metalúrgico regional.
colaboradores e do fomento conti-
Foto: arquivo Indumetal
Hoje, instalada em uma área com
20
nuada à inovação tecnológica.
mais de 4000 metros quadrados,
Empresa genuinamente cearen-
dotada de equipamentos moder-
se, a Indumetal adota como crité-
nos e contando com a colaboração
rios de sua política de qualidade, a
de uma equipe qualificada, a Indu-
busca permanente pela satisfação
metal trabalha com competência
das necessidades dos clientes; o de-
na fabricação de eletro-ferragens
senvolvimento contínuo dos cola-
galvanizadas para telecomunica-
boradores, a melhoria sistemática
ções; redes elétricas de alta e bai-
das condições de trabalho das pes-
xa tensão; serviços de galvaniza-
soas e a conquista e manutenção de
ção e montagens diversas.
parceria com os fornecedores.
Os produtos que levam a marca
Hoje, a marca Indumetal é si-
Indumetal são fabricados em aço
nônimo de eficiência, qualidade e
carbono 1010 a 1020, obedecen-
confiabilidade em ferragens gal-
do criteriosamente a norma AB-
vanizadas para rede de telecomu-
NT-SAE. O acabamento se dá por
nicações e eletricidade.
HISTORIAS DO SETOR
Foto: arquivo Sucacel
SUCACEL
O
Grupo PETRAL, que há mais de 30 anos dis-
não é à toa que sua própria estrutura foi edificada
tribui aço das principais usinas siderúrgi-
100% com material reciclado e um de seus princi-
cas brasileiras, em 2004, entendendo ser
pais objetivos é atuar com empresas que partilham
hora de atuar também na reciclagem do aço, criou
deste mesmo sentimento. Sabendo da importância
a SUCACEL – Sucataria Cearense Ltda.. Nascida sob
do desenvolvimento de ações de responsabilidade
o signo da sustentabilidade, a nova empresa pas-
social, investe cada vez mais em trabalhos voltados
sou também a comercializar “escolhas” industriais
para a sociedade e para o meio ambiente.
e resíduos de obras acabadas, motores, redutores,
Ao longo destes primeiros 11 anos vem conquis-
chapas, cantoneiras, tarugos, vigas e inox, dentre
tando solidez, fruto de um trabalho sério e respon-
outros produtos. Tudo isso pronto para a reutiliza-
sável, além de investimentos constantes em tecno-
ção, o que traz uma economia real, com a garantia
logia, inovação e, principalmente, na capacitação
de quem conhece bem o que faz.
de seus colaboradores. A Sucacel compartilha do
Localizada no Distrito Industrial de Maracanaú,
pensamento do empresário Richard Branson: “For-
numa área de mais de 18.000m , possui estrutura
ma bem os teus colaboradores, para que possam
completa para atender seus clientes, parceiros e
partir. Trata-os bem para que não o queiram fazer”.
amigos e, assim, contribuir com toda a operação do
Hoje, por sua infraestrutura ampla e organizada,
2
Grupo.
atendimento ímpar e foco na necessidade de seus
A SUCACEL leva muito a sério e tem como priori-
clientes, a Sucacel dispõe de equipamentos moder-
dade o compromisso com a preservação ambiental,
nos para armazenamento, transporte, movimenta-
21 - simec em revista
ção e processamento de sucatas.
Desfruta, ainda, de todos os tipos
de sucatas ferrosas para atender
às mais variadas formas de processamento e quantidade.
Tem por missão a satisfação de
seus clientes tanto nos produtos
quanto nos serviços oferecidos,
no melhoramento contínuo do
ambiente de trabalho e no desempenho das atividades, sempre
contando com a participação ativa de seus colaboradores, na melhor performance junto aos fornecedores de sucata e, claro, na
contribuição para a proteção do
meio ambiente, por meio do controle dos principais impactos ambientais, da poluição decorrente
de suas atividades e do atendimento aos requisitos legais e outros que sejam aplicáveis ao seu
negócio.
Atualmente, a Sucacel deixou
de ser apenas um complemento da atividade do Grupo Petral
para assumir a posição singular
que sustenta no cenário cearense, tornando-se referência no segmento e sendo reconhecida pelos
principais fabricantes, fornecedores e clientes como detentora
de um portfólio deveras variado.
Mantém-se, sempre, de portas
abertas de segunda a sábado para
suprir as necessidades oriundas
do mercado local.
22
Livre Pensar
A IMPORTÂNCIA DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Quando as pequenas empresas podem fazer a diferença.
por Alci Porto
A
expressão “responsabilidade social” tem, ao portante protagonismo quando o assunto é Responsalongo dos anos, suscitado muitas interpre- bilidade Social Empresarial. Afinal, existem hoje, no
tações. Para alguns, são ações de marketing. Brasil, 10 milhões de micros, pequenas empresas e mi-
Para outros, resultado da cobrança do mercado e da croempreendedores individuais e 5,2 milhões de prosociedade.
dutores rurais que, juntos, são responsáveis por 52%
Mas, em se tratando de micro e pequenas empresas, dos empregos e 40% dos salários pagos aos brasileiros.
segmento afeito ao trabalho do Sebrae, esse conceito
No Ceará, os pequenos negócios totalizam quase
ganha uma outra leitura, principalmente por ser este o 440 mil estabelecimentos que respondem por 94,1%
setor que luta, permanentemente, por iniciativas que de todas as empresas com CNPJ do Estado. O setor é
melhorem as chances de sobrevivência em um ambien- responsável, ainda, por 41,3% dos salários, 60% dos
te vorazmente competitivo.
Além desta peculiaridade, os pequenos negócios
empregos e 26,2% do PIB cearense.
Além disso, as pequenas empresas têm reconheci-
brasileiros têm características que favorecem a um im- da capacidade de gerar empregos e usufruem de uma
simec em revista - 23
maior proximidade com a comunidade onde estão ins-
amplo espectro e bons resultados, apesar de carentes
taladas, principalmente porque o pequeno negócio aju-
de apoio. Um exemplo de como esse entrelaçamento
da no desenvolvimento do seu entorno.
E, essa capacidade de atender às suas comunidades,
acaba favorecendo a disseminação de melhores práticas
de elos pode mudar cenários e vidas é bem conhecido
aqui, em Fortaleza. É o trabalho da Irmã Inês de Barros
de gestão, onde se incluem iniciativas de responsabi-
Lima, defensora dos Direitos Humanos dos moradores
lidade social. Em tese, esse cenário aproxima os pe-
de rua, gestora do Refeitório São Vicente de Paulo e da
quenos negócios de ações solidárias e ajuda a escrever
Casa do Filho Pródigo, que reabilita os cidadãos de rua
novos capítulos na história da responsabilidade social
empresarial no Brasil.
E isso se justifica porque, apesar de, na maioria dos
com dependência química.
O Refeitório, por exemplo, recebe, diariamente, qua-
casos, esses empreendimentos possuírem gestores com
se 100 desabrigados e faz parte do Projeto de Globa-
menor escolaridade, muitas destas empresas têm refor-
lização da Caridade. O morador de rua cadastrado no
çado, dentro de suas organizações, a preocupação com
projeto tem acesso à palestra diária de Evangelização,
princípios éticos básicos.
E essa mudança cultural vem sendo mapeada há tempos. Tanto que o Sebrae, em parceria com o Grupo
higienização, almoço, formação profissional, incentivo
para retornar a família, alfabetização e assistência mé-
Gerdau e o Movimento Brasil Competitivo (MBC)
dica com voluntários da Sociedade Médica São Lucas.
criou, dentro do Prêmio MPE Brasil – Prêmio de Com-
Tudo isso graças a doações, inclusive, de micro e pe-
petitividade para Micro e Pequenas Empresas, que tem
quenas empresas.
o objetivo de reconhecer conceitos inovadores e boas
práticas de gestão em diversos setores da economia –,
a categoria “Destaque de Boas Práticas de Responsabi-
Concluo eu, então, como um permanente observador dos cenários e tendências dos pequenos negócios
lidade Social” que permite às pequenas empresas de-
que, superados problemas como o desconhecimento
monstrarem seu potencial de integração com o con-
e a percepção limitada de que a prática da gestão da
texto onde estão inseridas, quer sob a perspectiva das
Responsabilidade Social exige grandes recursos, é pos-
partes interessadas, quer pelo papel e participação no
desenvolvimento sustentável.
Na outra ponta desta equação politicamente correta
sível avaliar que, cada vez mais as pequenas empresas
se dispõem a adotá-la. E ela se transforma em fator de
está o trabalho do Sebrae ao aproximar esses pequenos
credibilidade, desde que a intenção seja real, efetiva e
negócios de projetos e/ou programas humanitários de
coerente.
Inovação
ifce instala polo
embrapii de inovação
A
EMBRAPII – Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, é uma Organização Social que desde 2013
firmou Contrato de Gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para apoiar instituições
de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento
de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial. Em 2014, após participar de
chamada pública, o Instituto Federal do Ceará (IFCE), foi credenciado como Polo EMBRAPII de Inovação Fortaleza.
Para entender a importância disto para o ambiente de inovação no Ceará, “Simec em Revista” conversou com o reitor do
instituto, Virgílio Araripe, e os diretores Cristiane Borges e André Araújo.
simec em revista - 25
VIRGÍLIO ARARIPE
É um prazer participar de
um periódico tão importante como este, isso nos
CRISTIANE
BORGES e
ANDRÉ
ARAUJO
anima a seguir trabalhando.
A EMBRAPII
Atualmente estamos inseridos
foi criada com o
num contexto de ações de inovação, integração com a indústria, com
diversos núcleos de excelência em pesquisa, pós-graduação e inovação, regionais, nacionais e internacionais.
intuito de promover o desenvolvimento
da inovação na indústria nacional, através do fortalecimento de sua colaboração com
Projetos inovadores têm sido desenvolvidos em nossos la-
institutos de pesquisa e universidades. A associação apoia
boratórios, por exemplo, de Inovação Tecnológica, Fotônica,
as Instituições de Pesquisa Tecnológica (ICTs) credencia-
Processamento Digital de Sinais, Desenvolvimento de Software,
das para que executem projetos de pesquisa tecnológica nas
Sistema de Controle e Medição de Energia, Pesquisa Aplicada
suas especialidades e em cooperação com empresas indus-
e Desenvolvimento em Automação, além do Núcleo Avançado
triais. As ICTs são classificadas em Unidades EMBRAPII
em Engenharia de Software Distribuído e Sistema Hipermídia.
ou Polos EMBRAPII-IF que por sua vez, são credenciados
Nossa intenção, com o Polo de Inovação do IFCE, é nos
e um plano de Ação (PA) é acordado para o período de
aproximar mais ainda do setor produtivo e usar de todo o conhecimento técnico que dispomos para contribuir com o progresso socioeconômico do Ceará.
credenciamento.
O IFCE, através do Polo de Inovação Fortaleza, foi credenciado pela EMBRAPII para atuar nas áreas de com-
petência de Sistemas Embarcados e Mobilidade Digital
Para tanto, estamos empreendendo ações voltadas para
junto a empresas do setor industrial, no atendimento a o fortalecimento e ampliação das parcerias com o setor indemandas por desenvolvimento tecnológico, comparti- dustrial. No âmbito regional, a FIEC tem tido um papel
lhando os riscos nas fases pré-competitivas da inovação. A fundamental para a apresentação do Polo ao setor indusexpectativa é fortalecer a base de conhecimento existente trial regional. A FIEC tem nos convidado para apresennessas instituições e sua capacidade de geração de soluções tar o Polo nos eventos da casa e temos agendado visitas às
tecnológicas, potencializadas pelo mecanismo de compar- instalações do IFCE. A aproximação da academia com o
tilhamento de custos e riscos oferecido pela EMBRAPII setor industrial tem sido um fator relevante nesse processo,
para gerar inovação industrial tanto regionalmente como pois os empresários ao conhecerem as instalações do IFCE,
em âmbito nacional.
tem vislumbrado outras parcerias que vão além das áreas de
O Instituto possui uma larga experiência na execução de competência do polo.
projetos de software e hardware, no setor público e privaO Polo de Inovação ainda não tem nenhum projeto espe-
do, tendo desenvolvido e institucionalizado um processo cífico em andamento, pois é uma estrutura nova, assinamos
próprio de desenvolvimento e aplicado práticas mistas de
o contrato com a EMBRAPII em Janeiro. Porém, desde
gestão de projeto, envolvendo Project Management Body of
de 2013 vimos executando uma série de ações em parceria
Knowledge (PMBOK) e metodologias ágeis.
com a FIEC e que têm contribuído para que a indústria
Temos atuado em parceria com as organizações represencearense começasse a se tornar mais inovadora. A partir distativas da indústria local, como a Federação das Indústrias
so, as empresas estão participando de mais editais de pese seus sindicatos, através da execução de programas, conquisa, trazendo a cultura da inovação para dentro dos seus
vênios e projetos. Podemos destacar o Programa de Iniciaprocessos operacionais e contribuindo para que o polo de
ção Tecnológica e Inovação (PIBITI) em que o aluno e seu
inovação fosse realmente criado. Nós temos recebido uma
orientador podem realizar atividades de desenvolvimento
demanda muito grande de empresas locais, o que demonstecnológico e Inovação. As ações de propriedade intelectra que a cultura de inovação já está sendo absorvida pela
tual, patentes e registros têm sido efetuadas em parceria,
indústria do Ceará.
muitas vezes com empresas. Os convênios de inovação têm
No âmbito do setor metalmecânico, a Alpha Metalúrocorrido com recursos próprios da empresa ou através de
gica foi uma das empresas que desenvolveu dois projetos
fundos relativos a renúncia fiscal por parte do governo federal, como os fundos ANEEL e Lei de Informática, com de pesquisa com o IFCE. E em um desses projetos nós geempresas de todo o Brasil. Empresas locais como Ibyte, ramos um modelo inovador que hoje está sendo adotado
Coelce e Electra já têm nos procurado. Também temos nos processos de comercialização da empresa. Eu (André
empreendido ações de capacitação como a Especialização Araújo) fui coordenador desse projeto, que visa aproveitar
em Inovação Tecnológica e o recente Mestrado profissio- as faixadas de prédios que normalmente só levam vidro e
nal em rede em Propriedade Intelectual e Transferência de alumínio, para captação de energia através de células fototecnologia. Os mestrados do IFCE têm executado projetos voltaicas. A ideia é desenvolver um processo no qual a em-
com a iniciativa privada com bastante sucesso. Agora, mais presa receba uma demanda de um arquiteto, por exemplo
recentemente, a iniciativa do Polo de Inovação Fortaleza e possa implantar as células dentro das especificações do
(EMBRAPII) tem sido a mais nova e audaciosa ação.
projeto arquitetônico, sem agredir a estética do prédio e da
O Polo de Inovação pretende ser, em 2022, referência na- faixada, possibilitando assim, a geração de energia. Aliás,
cional de excelência em pesquisa, desenvolvimento e inova- esse foi um dos projetos que mais contribuíram para que
ção, nas áreas de sistemas embarcados e mobilidade digital. fôssemos credenciados como polo de inovação.
simec em revista - 27
Capa
Foto: José Sobrinho/Sistema FIEC.​
Fotos: Vestas
28 - simec em revista
ROGÉRIO
ZAMPRONHA
PRESIDENTE DA VESTAS PARA O BRASIL
VESTAS:
O VENTO
COMO
NEGÓCIO
E PAIXÃO
Ú
nica empresa global de energia dedicada exclusivamente à energia eólica, a
Vestas tem como foco do seu negócio
o desenvolvimento, fabricação, venda e manutenção de usinas, com competências que cobrem
todos os aspectos da cadeia de valor. Com mais
de um século de experiência, a empresa destaca
em seus objetivos estratégicos a busca por redução do custo da energia, a excelência operacional
e o crescimento de forma rentável em mercados
maduros e emergentes. São mais de 56 mil turbinas eólicas instaladas em 75 países ao redor do
mundo, que geram mais de 90 milhões de MWh
de energia por ano – energia suficiente para abastecer milhões de domicílios. No Brasil a experiência da Vestas está apenas iniciando, mas já
conta com cerca de quatro centenas de turbinas
instaladas.
“O vento é o nosso negócio e nossa paixão”, destaca
o presidente para o Brasil, Rogério Zampronha, que
esteve em Fortaleza para inauguração da primeira unidade brasileira da Vestas, instalada no município de
Aquiraz, e que exigiu investimentos da ordem de R$
100 milhões. Toda a produção prevista para o ano de
2016 já está vendida. São contratos que somam 376
megawatts e que devem gerar 600 vagas. Na ocasião,
“Simec em Revista” entrevistou Zampronha.
simec em revista - 29
HISTÓRIA DA VESTAS
A Vestas é a única empresa global de energia dedicada
exclusivamente à energia eólica. Ela foi fundada em 1898
como uma serralheria na Dinamarca. Mas foi em 1979
que começamos a produzir turbinas eólicas. Hoje, todos
nós da Vestas, trabalhamos para entregar a melhor solução
em energia eólica e marcar o ritmo de nossa indústria em
benefício dos nossos clientes e do planeta.
A Vestas está presente no Brasil desde o ano 2000 e
já possui uma capacidade total instalada de 713 MW.
O ano de 2015 foi importante para a Vestas no Brasil. A
“Turbinas Onshore até 2.9MW”, pela respeitada publi-
companhia assinou 376 MW em contratos firmes e incon-
cação inglesa “Wind Power”. Isso mostra que estamos no
dicionais. Ainda em 2015, a Vestas obteve o certificado
caminho certo e que nossos clientes contam com o que
FINAME de conteúdo local do Banco Nacional de Desen-
há de melhor no mundo em tecnologia e confiabilidade.
volvimento Econômico e Social – BNDES, o que confere
Adicionalmente à fábrica, que recebeu mais de R$ 100 mi-
aos compradores da companhia condições especiais junto
lhões em investimento, a Vestas tem acordos com a ABB,
ao banco de fomento.
para produzir geradores; com a GESTAMP, para fornecer
A fábrica em Aquiraz/CE, inaugurada oficialmente no
as torres e com a AERIS, para produzir as pás localmente.
dia 18 de janeiro de 2016, produz “hubs” e “naceles” para
A AERIS, também localizada no Ceará, contratou cerca
a turbina V110-2.0MW, que recentemente recebeu o prê-
de 400 novos funcionários para atender às necessidades de
mio de “Melhor Turbina de 2015”, dentro da categoria
produção da Vestas.
30 - simec em revista
Investimos não somente nos processos e equipamentos,
mas também em nossos funcionários. Aproximadamente
90 funcionários foram para o exterior, em plantas como
MERCADOS DE ATUAÇÃO
Todos os dias, as turbinas eólicas da Vestas fornecem energia
as da Espanha, e ficaram até 4 meses para aprender em limpa que apoiam a luta global contra as mudanças climáticas.
detalhe o processo produtivo da empresa.
Também A energia eólica de mais de 55.700 turbinas da Vestas reduz
foi investido muito nos funcionários da AERIS, nosso emissões de carbono em mais de 60 milhões de toneladas de
fornecedor de pás, localizado aqui no Ceará. Mais de 60 dióxido de carbono a cada ano, enquanto cria segurança e infuncionários da AERIS foram para plantas dos Estados dependência energética. A Vestas fornece energia eólica em 74
Unidos (EUA) e Dinamarca, onde ficaram por até 12 países, proporcionando empregos para cerca de 19.600 pessoas
semanas. Muitos cursos foram ministrados aqui no Brasil apaixonadas, que trabalham em nossos sites de serviços e projetos,
por nossos especialistas de todo o mundo.
instalações de pesquisa, fábricas e escritórios em todo o mundo.
simec em revista - 31
Com 52% a mais de megawatts instalados cado, de fácil acesso, que apoia o de- Sr. Élcio Batista; a Presidente Execudo que qualquer outro player da indústria senvolvimento da indústria local e a tiva da ABEEólica, Sra. Élbia Silva
e com 71 GW de capacidade instalada iniciativa privada – com certeza é um Gannoum; o Prefeito de Aquiraz, Sr.
acumulada em todo o mundo, a Vestas é a exemplo de gestão para os outros Esta- Antônio Fernando Freitas Guimarães;
líder mundial em energia eólica.
CEARÁ
dos brasileiros. Da mesma forma, a es- o Presidente da FIEC, Sr. Beto Studart
colha de Aquiraz nos deixa muito feli- e seu time; além de diversos times do
zes, tanto pela localização, quanto pelo BNDES, Embaixada da Dinamarca
Com um dos melhores ventos do empenho da Prefeitura em simplificar no Brasil, Agência de Desenvolvimenmundo, o Brasil é uma das grandes os processos que envolvem a instalação to do Estado do Ceará, Receita Fedeapostas da Vestas para os próximos de um novo empreendimento.
ral, Secretários do Estado do Ceará e
anos. Aqui, o mercado de energia eó-
Secretários do Município de Aquiraz.
lica tem um grande potencial de expansão. O plano de investimentos que
RELACIONAMENTO COM O ESTADO
A Vestas tem sido a âncora para
acabamos de executar reforça nosso um novo cluster eólico no Ceará. Em
CENÁRIOS FUTUROS
Além de atender aos clientes brasileiros,
compromisso com o desenvolvimento cooperação com o Consulado da Di- a expectativa da Vestas é que sua produdo mercado de energia limpa no país.
namarca em São Paulo, a Vestas está ção de Aquiraz consiga fornecer equipa-
A escolha do Estado do Ceará para organizando um evento na Dinamar- mentos também para outros países da
ser a nossa casa não foi uma escolha ca, para atrair novos investimentos ao América Latina. Mas esta não é só a inaudifícil. O Estado conta com um aero- Brasil. Pudemos contar com o empe- guração de uma fábrica, é um momento
porto internacional e dois portos im- nho de muitos para superar os obs- histórico para a Vestas, para o município
portantes, facilitando a logística; conta táculos e dificuldades que surgiram de Aquiraz e para o Estado do Ceará.
com excelentes ventos, o que confere para ter a planta pronta e no padrão
Certamente vamos contribuir para que
uma vantagem competitiva para a de qualidade e segurança de classe o Brasil alcance rapidamente os objetiVestas – afinal, estamos localizados mundial. Empenho de autoridades vos apresentados na COP21 em Paris, e
próximos a polos de geração de ener- como o Governador do Estado, Sr. constantes do nosso INDC. Termos um
gia eólica, reduzindo sobremaneira os Camilo Santana; a Secretária do De- mundo melhor para nossos filhos signicustos e complexidade de transportes; senvolvimento Econômico, Sra. Ni- fica termos uma matriz energética com
conta com uma indústria relativamen- colle Barbosa; o Secretário Adjunto da forte peso de energias renováveis e atingir
te diversificada, o que nos permite de- Infraestrutura, Energia, Mineração e a meta de ter 23% de nossa matriz orisenvolver fornecedores locais; e conta Telecomunicações, Sr. Renato Rolim; ginada de fontes renováveis em 2030 vai
com um Governo muito descompli- o Chefe de Gabinete do Governador, exigir muito esforço.
ROTAS ESTRATÉGICAS
Estratégia
O
“Programa para o
Desenvolvimento da
Indústria”,
lançado
pela FIEC em 2015, contempla um conjunto de projetos
integrados que envolvem ações
incisivas para promoção da
competitividade, prospecção de
futuro, inteligência competitiva
e articulação com diversos atores em prol da cooperação para
o desenvolvimento industrial,
estímulo ao empreendedorismo
e à eficiência produtiva. Dentre as ferramentas utilizadas, o
ROTAS ESTRATÉGICAS
SETORIAIS
2025
ELETROMETALMECÂNICO
“Rotas Estratégicas” se destaca
por utilizar a metodologia de
roadmapping, muito adotada
PROGRAMA PARA
DESENVOLVIMENTO
DA INDÚSTRIA
em processo de planejamento
estratégico, que permite sinalizar caminhos de construção do
futuro e ampliação da compe-
áreas identificadas como mais
“Vamos sinalizar
caminhos de
construção do futuro
para cada uma das áreas
identificadas como mais
promissoras para a
indústria do Ceará
até 2025.”
promissoras para a indústria do
Sampaio Filho
titividade das áreas, setores e
organizações envolvidas.
Segundo o coordenador do
Programa, o industrial Sampaio Filho, que também preside o Simec, o objetivo é sinalizar caminhos de construção
do futuro para cada uma das
Ceará até 2025, que são: eletrometalmecânico; construção,
logística; saúde; tecnologia da
simec em revista - 33
informação e comunicação; água; agroalimentar; bio-
empresas, é possível unir a experiência nos negócios, na
tecnologia; economia do mar; produtos de consumo
construção de políticas públicas, e em pesquisa, desen-
(couro e calçados, confecções, madeira e móveis); meio
volvimento e inovação”, conclui Muchale.
ambiente e turismo; e economia criativa. A intenção é
Os roadmaps setoriais e a própria metodologia se
permitir que o Ceará possua posição competitiva na-
tornam um importante ativo, por reunir os atores em
cional e internacional nos setores estratégicos, contri-
prol de uma visão de futuro comum para o setor, com
buindo para a reorientação do desenvolvimento indus-
uma clara definição das ações necessárias para sua rea-
trial e econômico do estado”, conclui Sampaio.
lização, a responsabilidade de cada um desses atores,
Para o economista Guilherme Muchale, a constru-
inclusive no desenvolvimento e domínio de tecnologias
ção das Rotas Estratégicas constituem importante ati-
que impactarão de maneira radical na competitividade
vo para o desenvolvimento da indústria cearense, uma
do setor.
vez que se faz de maneira coletiva, com a participação
Guilherme observa que o lançamento das publica-
de empresários, da academia, governo e terceiro setor,
ções das Rotas Estratégicas Setoriais de energia e do
propiciando uma visão sistêmica sobre os entraves à
setor eletrometalmecânico, está disponível desde o dia
competitividade do setor industrial e identificando
31 de Março. Em seguida, serão finalizadas as rotas
tecnologias-chave e ações estratégicas capazes de con-
de logística, além do setor de construção e minerais
tribuir para a formação de um ambiente de negócios
não metálicos, bem como a realização dos painéis de
moderno e dinâmico. “A metodologia se diferencia por
especialistas de saúde e tecnologia da informação e
trazer em sua fase inicial a constituição de importan-
comunicação. Com o lançamento das publicações, o
tes estudos econômicos e de tendências tecnológicas e
economista destaca: “Também iniciaremos uma nova
sociais, que subsidiam a visão crítica dos empresários e
fase do projeto, intitulada de Masterplan, onde as ações
estimulam a pensar de maneira inovadora e sistêmica.
serão priorizadas, com o monitoramento e a articula-
Assim, em conjunto com representantes das institui-
ção por parte do Sistema FIEC e de seus sindicatos, em
ções cuja atuação tem grande impacto no cotidiano das
conjunto com o Governo do Estado, SEBRAE, BNB
34 - simec em revista
e academia em um grande esforço setoriais de inteligência competi- dustrial, que possuem forte sinergia
conjunto para concretização das tiva, que subsidiarão a atuação do e precisam de atuação em rede para
ações resolutivas que inibem a ino- “Observatório da Competitividade produzir os impactos necessários.
vação, a inserção internacional e a Industrial” e das ações de vigilância Já os Fóruns de Oportunidade são
produtividade do setor”.
Outra iniciativa lembrada por
tecnológica e de mercado.
workshops voltados à promoção de
Os dois destacam ainda a atuação interação entre empresas, discussão
Sampaio e Muchale é o “Bússola da da área de cooperação, facilitando a de aspectos regulatórios e atração
Inovação”, projeto em que as em- interação entre os diversos atores do de novos investimentos em consopresas participantes recebem uma ecossistema de inovação, por meio nância com as tendências de futuro,
importante análise sobre seu esfor- da formação de Redes Colaborativas empreendedorismo e inovação.
ço, resultados e gestão da inovação, e realização dos Fóruns de Oportu-
Ainda em 2016, serão realizados
fortalecendo iniciativas na área e nidades de Negócios. As Redes Co- Fóruns de Oportunidades em Enerauxiliando a procura por novas par- laborativas foram pensadas como gias Renováveis no Vale do Jaguaricerias, seja através do SEBRAE, SE- uma estratégia de atuação para co- be, Cariri e Sobral, e um fórum em
NAI ou IEL, bem como na relação nhecer e fortalecer ambientes de Biotecnologia.
direta com os pesquisadores ou com empreendedorismo, inovação e susas instituições de fomento. Além tentabilidade, temas que são fatores
disso, foram realizados workshops essenciais de desenvolvimento in-
Qualidade
SIMEC CONQUISTA
CERTIFICAÇÃO
ISO 9001-2008
O
Simec se tornou o primeiro sindicato da indústria com um documento, que foi estudado exaustivamente e
cearense e o terceiro do Brasil a receber a certifi- redigido como a melhor prática a ser desenvolvida, sobre
cação da norma internacional ISO 9001. A con- um determinado tema. “É indiscutível que uma certifica-
quista foi anunciada no dia 10 de Março, após a realização da ção destaca e gera um diferencial para a organização e seus
segunda fase da auditoria externa, com a verificação dos pro- produtos e serviços, diante dos concorrentes, agrega valor
cessos do sindicato pelo auditor do organismo certificador à marca e facilita a introdução de novos produtos ou serBRTUV, Eduardo Molena. Após a confirmação, o presiden- viços no mercado. Tecnicamente, como orienta a ABNT
te Sampaio Filho, que havia colocado o desafio como um dos (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a certificação
objetivos prioritários do planejamento estratégico realizado garante a conformidade, qualidade e segurança, elevando o
logo no início de seu mandato, fez questão de destacar que nível de produtos e serviços, reduzindo perdas e melhorana conquista só foi possível por conta do esforço de toda a do a gestão do processo produtivo”, afirma Raniere.
equipe. “Nos sentimos orgulhosos pela determinação e per-
Existem dois objetivos básicos que levaram o Simec a
severança de todos, compartilhamos com os nossos associa- entrar no processo de certificação. O primeiro, visa gedos esse momento de grande importância para os segmentos rar uma base de sustentação para difundir o processo de
metalúrgico, mecânico, elétrico e eletrônico e siderúrgico do certificação nas empresas associadas, atendendo a uma
Ceará. Obrigado pelo apoio”, reconheceu.
demanda crescente das empresas que estão inseridas no
De acordo com Raniere Gadelha, consultor que coor- complexo industrial cearense. “Entendemos que a certidenou o processo, quando uma organização adere a uma ficação é uma consequência de um trabalho implantado
norma técnica, significa que está padronizando os proces- internamente com racionalização e redesenho de processos organizacionais ou produzindo um material de acordo sos”, pondera Gadelha.
36 - simec em revista
VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO
ISO 9001:2008 PARA O SIMEC
• Dar visibilidade ao sindicato no Brasil
e exterior. Existem apenas 2 outros
sindicatos certificados no Brasil, ambos no Rio Grande do Sul (Simesp –
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico,
Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições
de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras; e Simecan – Sindicato das Indústrias Metal Mecânicas e Eletro
Eletrônicas de Canoas e Nova Santa
Rita);
• Estreitar as parcerias com outros sindicatos devido o pioneirismo do processo;
• Estimular as empresas associadas
para a conquista do cerificado ISO
9001 ou desenvolvimento dos seus
sistemas de gestão da qualidade;
• Ter procedimentos bem estabelecidos e conhecidos por todos, fazendo
com que as rotinas sejam padronizadas, facilitando o entendimento do
usuário quando da sua aderência sindical e na geração de demandas;
• Aumentar a confiança, interna e externa, nos métodos de trabalho;
• Realizar maior controle dos custos de
não qualidade e sua diminuição;
• Atender aos requisitos dos associados com o objetivo de aumentar sua
satisfação;
O segundo objetivo é gerar visibilidade para as relações
externas com parceiros, nacionais e internacionais, para
desenvolvimento de projetos que venham a agregar valor
às empresas associadas. E a ISO 9001:2008, por ser uma
norma direcionada a implantação de um sistema de gestão
da qualidade, dará ao Simec o caráter de referência para
suas associadas. “Acreditamos que a qualidade é a base
para o desenvolvimento de qualquer outra atividade, seja
ela certificada ou não. Se queremos implantar a cultura da
certificação nas empresas associadas, temos começar com
• Obter uma visão da organização utilizando a abordagem de processos;
• Assegurar a melhoria contínua do
processo;
• Medir e avaliar os resultados do desempenho e eficácia do processo;
• Monitorar continuamente a satisfação dos clientes;
• Ter uma visão geral da performance
do processo através das auditorias.
um sistema de gestão da qualidade estruturado dentro do
próprio sindicato”, lembra o presidente Sampaio.
simec em revista - 37
Simec
Fotos: J. Sobrinho
EVENTO SIMEC: COMENDA
SEBASTIÃO DE ARRUDA GOMES 2015
O
ano de 2015 foi especial
aglutinar as mais diferentes forças em
para o Simec. Após oito
torno de seus projetos associativos, se comprometida com as deliberações
anos à frente do sindicato,
despede e dá lugar a outro visionário, da competente diretoria, o sindicato
período em que a instituição se fez
Sampaio Filho, que elege como mote convida amigos, parceiros e associados
referência em gestão sindical, tendo
de sua gestão a busca contínua da ex- para uma confraternização. O cenário
conquistado notoriedade nacional,
celência operacional, tendo como foco
não poderia ser mais aconchegante: os
o presidente Ricard Pereira, dono de
a inovação em processos e serviços.
jardins do Iate Clube Fortaleza.
empenho e dedicação de uma equipe
uma visão de futuro ímpar e de uma
Para comemorar mais um ano de
A noite também reservara um lugar
capacidade de trabalho que consegue
sucesso, fruto de muito trabalho,
especial às tradicionais homenagens
38 - simec em revista
simec em revista - 39
e agradecimentos. Para o presidente da FIEC, Beto Stu-
Sampaio Filho e sua diretoria já haviam reservado aos dois
dart, era hora de agradecer ao intenso trabalho que Ricard a justa homenagem. Ao lado de Beto Studart, entrega a RiPereira fizera à frente do sindicato e que certamente con- card Pereira e Nicolle Barbosa, a Comenda Sebastião de Artinuaria fazendo como colaborador da nova diretoria e li- ruda Gomes, símbolo maior do reconhecimento do Simec
derança maior da Câmara Setorial Eletrometal. Também àqueles que contribuem efetivamente para o fortalecimento
era preciso acreditar e motivar o trabalho que vinha sendo do sindicato e da economia do Ceará como um todo.
desenvolvido pelo Governo do Estado, através da Secreta-
Assim, entre a luz do luar e o balançar das ondas, os con-
ria do Desenvolvimento Econômico, tão bem liderada pela vidados seguem noite adentro animados pela música da
industrial Nicolle Barbosa.
dupla Ítalo e Renno, e do cantor Paulo Calado e banda.
Regional Cariri
CARIRI GANHA
APL DO ALUMÍNIO
O
processo associativo tem se
locais, e não apenas parte delas, as panelas
processos e produtos das empresas. Os
mostrado ao longo da história
do Cariri poderão voltar a se destacar no
APLs são, portanto, uma importante
como umas das alternativas
cenário nacional. Ademais, o trabalho de
fonte geradora de vantagens competi-
para a sobrevivência econômica das em-
forma conjunta, anima as empresas locais
tivas, principalmente quando estas são
presas na economia mundial. A soma de
a buscarem certificação de suas linhas de
construídas a partir do enraizamento de
forças destas empresas, proporciona em-
produção e capacitarem seus quadros de
capacidades produtivas e do incremento
poderamento e capacidade para enfrentar
colaboradores e gestores.
do capital social oriundo da integração
os grandes desafios mercadológicos.
A abordagem de APL, vem para valori-
dos atores locais.
A Delegacia Regional do Simec no
zar a cooperação, o aprendizado coletivo,
O delegado do Simec destaca ainda,
Cariri, liderada pelo industrial Adelaído
a capacidade inovadora das empresas e
que o setor de alumínio do Cariri gera
Alcântara Pontes, em mais uma ousada
instituições locais, como questões cen-
mais de 1200 empregos diretos, e dez
iniciativa, propôs a implantação do APL
trais e como funções interdependentes
vezes mais indiretos. São 300 mil tone-
(Arranjo Produtivo Local) para o setor
para o aumento da competitividade sus-
ladas de alumínio consumidos a cada
de alumínio, que congrega mais de uma
tentável, fortalecendo os mecanismos de
mês, com movimento mensal de R$ 9
centena de empresas na região, sendo 1/3
governança.
milhões. “Abençoadas pelo Padre Cícero,
Além disso, é na localidade que se faz
nossas panelas já ultrapassaram os limites
Segundo Adelaído, a ideia do APL para
notar a interdependência entre cresci-
do país, são campeãs de vendas no Norte
o setor vem da constatação de que somen-
mento econômico, gerador de exter-
e Nordeste e estão presentes em diversos
te com a implantação de políticas públicas
nalidades positivas em seu entorno, e
mercados da América Latina”, ressalta
que considerem o conjunto das empresas
vantagens relevantes para a melhoria de
Adelaído.
delas associadas ao Simec.
simec em revista - 41
Regional Baixo Jaguaribe
INDUSTRIAIS
VISITAM O CIPP
A
Delegacia Regional do Simec no Baixo Jaguari-
Em seguida os empresários foram conhecer a nova
be promoveu visita de uma comitiva de indus- estrutura da Laminação Vale Jaguaribe (LVJ), emtriais daquela região ao Complexo Industrial e
presa que tem raízes em Tabuleiro do Norte. Na
Portuário do Pecém (CIPP). Liderados pelo Diretor Reocasião o empresário Francisco Odacir, presidente
gional Roberto Carlos Alves Sombra e acompanhados
da LVJ, mostrou aos visitantes como se davam os
de representantes da FIEC e do IFCE, os empresários
processo de laminação e prensa de chapas para conestiveram inicialmente na Companhia Siderúrgica do
fecção de molas, desenvolvidos na empresa com fins
Pecém (CSP).
Na CSP foram recepcionados pelo gerente de Relações de atender ao público de caminhoneiros.
Institucionais, Ricardo Parente, que lhes levou a conhe-
A visita é parte de um projeto maior do Simec,
cer um pouco da história, do projeto e das perspectivas que visa ampliar o escopo de conhecimento sobre
da CSP, e visitarem as instalações da companhia que já gestão industrial do corpo de gestores das empresas
começa a operar neste primeiro semestre de 2016.
42 - simec em revista
filiadas ao sindicato em todo o estado.
Associado
Fotos: Fotossensores
20 ANOS DE HOMOLOGAÇÃO
DO PRIMEIRO FOTOSSENSOR
A
homologação da primeira patente de radar de monitoramento de semáforo do Brasil completou 20 anos este
ano. O projeto teve origem em 1992 no Ceará, mais
precisamente, no seio do Parque de Desenvolvimento Tecnológico
da Universidade Federal do Ceará (Padetec/UFC). A Fotosensores
é pioneira neste tipo de equipamento no país, e, para comemorar,
a empresa promoveu em sua sede, em Fortaleza, palestras e debates
voltados para pesquisa, empreendedorismo, inovação e desenvolvimento industrial.
Segundo os diretores da Fotosensores, Francisco Baltazar Neto e
Júlio Antônio Marcello Boffa, durante esses 20 anos, a empresa tem
realizado maciço investimento em gestão e melhoria contínua dos
simec em revista - 43
partir de Janeiro de 1996, quando foi homologado pelo INMETRO
o primeiro equipamento de fiscalização eletrônica de velocidade e
semáforo do país, a Fotosensores tem um importante papel no desenvolvimento da mobilidade urbana brasileira. Naqueles tempos, ainda
com o Cruzeiro Real e a inflação batendo os 33%, o caminho para
chegarmos a ser um país moderno parecia distante. Desde então tudo
mudou. O país cresceu e as vendas de veículos aumentaram, junto
com o trânsito nos grandes centros, que fizeram altos investimentos
para garantir a segurança e qualidade de vida de seus cidadãos.
A Fotosensores tem imenso orgulho por suas inovações terem ajudado a abrir o caminho no processo de modernização da nossa mobilidade urbana. Um processo que se torna ainda mais importante
quando o mundo todo investe e acredita no Brasil. Somos uma empresa que começou movida pelo espírito inovador. O mesmo espírito
que nos garante até hoje êxito no mercado.
Hoje, a Fotosensores® Tecnologias tem dois centros de pesquisa,
um em Fortaleza e outro em um dos mais importantes polos de tecnologia do Brasil, o Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec – SJC), que tem por principal objetivo fomentar o surgimento,
o crescimento e a consolidação de empresas inovadoras, atuando em
segmentos de elevada densidade tecnológica. A empresa está presente
em todas as regiões e se transformou em sinônimo do dispositivo
radar em todo o país.
Baltazar Neto, que já era empresário da EIM Instalações Industriais, tornou-se investidor-anjo, em 1995, do projeto que objetivava
ser pioneiro e revolucionário para a fiscalização de motoristas. Ele
injetou US$ 117 mil para criar a Fotosensores. “Já existiam equipamentos similares na Suíça. No Brasil, não havia equipamento nem
legislação nem o mercado. Foi inovadora, porque criou a necessidade
do mercado adquirir serviços como os nossos”.
O empresário ressalta ainda, que “a Fotossensores é um grande
processos, desenvolvendo soluções que contribuem para a mobilidade urbana e salvam vidas. Hoje, dizem os diretores, a Fotosensores
exemplo de big data (habilidade e extrair informações de um grande
volume de dados). É ferramenta para a inteligência da Polícia e já
tem muito a comemorar. Boffa, além de dirigir a pioneira cearense,
foi fundamental para desvendar crimes, como sequestros e assaltos,
preside o Conselho da ABEETRANS.
em Fortaleza e em São Paulo, por exemplo. E este é um setor que
A empresa nasceu no Parque de Desenvolvimento Tecnológico
está apenas começando, há muito espaço para expansão de empresas
da Universidade Federal do Ceará. Foi pioneira no ramo, já que na
como a nossa, juntas atingimos apenas 25% do mercado potencial.
década de 1990 não havia monitoramento eletrônico de trânsito,
Além disso, a América Latina também está nos planos. Estamos na
criando o produto e o mercado. [...] Desde 1993, e em especial a
Colômbia e com expansão para outros países”, conclui Baltazar.
44 - simec em revista
Artigo
Por Vilmar Ferreira
Presidente do Grupo Aço Cearense
RESUMO DA
CRISE ECONÔMICA
T
odos deveriam reconhecer que o crescimento econômico acontecido nos anos 2003/2013 deveu-se ao modelo econômico anterior. Também deveríamos entender, que os erros do governo Dilma praticados após a sua reeleição em 2014, tem sido mais
significativos que todos os ocorridos nos anos anteriores a 2013, pelo simples fato da mudança do modelo econômico anterior
para o atual, quando, em vez do Banco Central ter o controle da inflação através da política cambial, preferiu, em um processo recessivo,
aumentar a taxa básica da SELIC criando inúmeros efeitos em cascata negativos.
simec em revista - 45
Para se ter uma ideia comparativa do
da economia, com volta da credibilidade,
veis, não haverá ministro da economia que
modelo econômico anterior para o atual,
geração de empregos, aumento do consu-
consiga um superávit fiscal.
somente em 2015 os custos com juros pa-
mo e equilíbrio fiscal, gerando efeitos posi-
gos pelo governo, as empresas e a socieda-
tivos como aconteceu nos anos anteriores a
de, atingiu cerca de R$ 1,4 trilhões contra
2013 e como acontece atualmente na Índia.
pouco mais de R$ 700 bilhões em 2014,
Juros altos, geram uma série de efeitos
no entanto esta informação é oculta ao co-
em cascata negativos, como recessão, des-
nhecimento da sociedade. Esses custos são
crédito do investidor, fragilidade do gover-
mais significativos que todas as corrupções
no, aumento das dívidas públicas das em-
juros e do processo recessivo. Não resta dú-
das últimas décadas.
presas e da sociedade, quebra de empresas,
vida que o Real valorizado dificulta o supe-
desemprego, inflação camuflada e déficit
rávit da balança comercial, mas existe saída.
fiscal.
Uma fórmula de aumentar as exportações e
Ainda deveríamos entender, que o equilíbrio fiscal depende totalmente da política
Para sairmos da crise econômica no curto prazo, bastaria apenas o Banco Central
entender que a valorização do Real seria
o único instrumento usado para reduzir a
inflação, e não com o artifício da alta dos
monetária e cambial, por isso a importân-
Devemos observar que todos os países
cia do Banco Central ser dependente do
Europeus e os Estados Unidos que ulti-
Ministério da Economia. Numa economia
mamente entraram em crise econômica,
emergente e com custos de produção ele-
suas primeiras providências foram baixar
vados como no Brasil, a política cambial
os juros. No Brasil o Banco Central fez o
deveria ser o único instrumento usado no
contrário, principalmente permitindo a de-
controle da inflação, e a política monetária
senfreada desvalorização da moeda, o maior
econômica e o déficit fiscal, dispensando
deveria dar todas as condições ao setor pro-
responsável pela alta da inflação. Com nos-
os aumentos da carga tributária inclusive a
dutivo para o desenvolvimento sustentável
sa moeda desvalorizada e os juros nesses ní-
CPMF.
gerar superávit da balança comercial, seria
o governo incentivar as exportações através
de empréstimos em Dólares para os exportadores com prazos e juros atrativos. Esta
iniciativa resolveria definitivamente a crise
“Imprensa é um exército de 26 soldados de
chumbo com o qual se pode conquistar o mundo.”
Johannes Gutenberg
85 3464.2727 | Fortaleza - Ceará | www.tiprogresso.com.br
Desde 1926
Matéria
COINTEC REALIZOU ENCONTRO
DE INOVAÇÃO EM SOBRAL
O
COINTEC – Conselho Funcap do Governo do Estado, o dide Inovação e Tecnologia retor Regional do Senai Ceará, Paulo
da FIEC, iniciou proces- André Holanda e o superintendente
so de interiorização de suas ações. O do IEL Ceará, Ricardo Sabadia.
primeiro passo aconteceu no dia 18 de
“Simec em Revista fez a cober-
Fevereiro, no Centro Integrado SESI/ tura do evento e ouviu uma a opiSENAI em Sobral. “A inovação é o nião de alguns participantes
caminho para superar a crise [...] Mas
é preciso capital intelectual e trabalho, muito trabalho, para dar a volta
por cima, sacudir a poeira e mudar a
realidade atual dos nossos negócios”,
JOCELY DANTAS FILHO
Diretor Regional da FIEC em Sobral
A preocupação com a interiorização
lembra o industrial Sampaio Filho, das ações da FIEC tem sido uma preoque além do Simec, preside também cupação marcante da última e da atual isto
continua
o conselho. Compareceram ao evento, gestão. Quando há cerca de 4 anos, o na atual gestão, que, tendo
além de empresários dos setores de ali- presidente Roberto Macedo, inaugu- à frente o dinâmico Beto Studart, dementos, cerâmica e laticínios, profes- rou esta unidade em Sobral, sinalizava monstra a importância para o sistema
sores, pesquisadores e representantes exatamente essa intensão de dinamizar de ter o empresário mais próximo da
de instituições governamentais como a interiorização dos trabalhos, buscan- federação. A FIEC tem dado todo o
a Prefeitura de Sobral, Sebrae, Centro do trazer o empresário do interior do apoio necessário para um maior entrode Tecnologia da UFC e a Secitece e estado para fazer parte do Sistema. E samento do industrial aqui da região,
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trazendo eventos como esse de inovação tecnológica, ferra-
começa a tomar corpo aqui em Sobral com a aproximação
menta essencial para o fortalecimento e desenvolvimento de
de Governo, Empresas e Academia. Como consequência
nossas indústrias. É fato que a inovação pode redundar em
dessas três forças trabalhando de uma forma cooperada,
um novo produto, uma nova embalagem, um novo negócio.
e é isso que a gente tem feito, unindo nossa competên-
Mas o importante disso é incutir na cabeça do industrial,
cia acadêmica à vontade política dos governos municipal
do empresário, a importância que significa estar sempre
e estadual e ao empreendedorismo da iniciativa privada
aberto à inovação, que isto é um mecanismo de competiti-
representada na figura da Federação das Indústria e da As-
vidade, para se sobrepor às crises. Louvo a atitude
sociação Comercial. O movimento em Sobral nasceu por
do Sampaio Filho em vir ao interior nos
conta de um impulso da Secretaria de Ciência e Tecnolo-
mostrar que precisamos estar atentos
gia do Estado do Ceara através do Professor Carvalho, que
às mudanças e tomarmos atitude
estimulou, incentivou as instituições a se juntassem com
em busca da inovação.
os empresários exatamente para promover a
competitividade através da inovação.
E isso tem sido muito bem aceito,
TERESA MOTA
temos trabalhado lado a lado
Coordenadora de Extensão da
na discussão de problemas e
Faculdade Luciano Feijão
procurando respostas coe-
Em parceria com a FIEC, a
Associação Comercial e a Secre-
rentes para os problemas
da indústria local.
taria do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, a Faculdade Luciano
Feijão vem liderando um movimento que se
ANDRÉ SIQUEIRA
Presidente do Sindialimentos
chama Vespertinas da Inovação. E através desse movimen-
Ao adentrar neste espaço, o
to, nós fizemos o convite para que o Conselho de Inovação
Centro Integrado SESI/SENAI,
e Tecnologia da FIEC pudesse fazer uma reunião deles em
me surpreendi com a infraestrutura
Sobral. A importância dessa aproximação está na concre-
e o potencial que temos na cidade de So-
tização da tríplice hélice, algo totalmente legitimo e que
bral para o desenvolvimento e a qualificação de mão de
48 - simec em revista
obra para a indústria local. Como represento um setor com
evoluindo com a oferta de incentivos para as empresas se
muitos investimentos na região, especialmente na serra da
instalarem no interior. Foi por conta deste movimento
Ibiapaba, onde plantamos muitas frutas que são exportadas
que Sobral foi brindada com a Gredene e mais duas ou
para outras regiões do estado e até para fora, ao ver a capa-
três empresas satélite que vieram a reboque. Porém, essa
cidade que temos de trabalhar pela melhoria da qualidade
politica somente se concolidou na Região Metropolitana
dos nosso produtos e aumento da produtividade de nossas
de Fortaleza, o que tem dificultado a vida das pessoas
indústrias, me senti envaidecido de pertencer a este coletivo
que moram no interior. Acredito que o atual governo
que é o Sistema Indústria do Ceará. Reforça este sentimen-
deveria intensificar mais a interiorização dos benefícios,
to o fato de, se os governos que sucederam ao longo das
de modo a motivar a vinda de mais empresas para regiões
últimas décadas conseguiram atrair tantas indústrias para
como a nossa. E nesse mister, o papel da FIEC é muito
esta região, hoje a situação exige que trabalhemos de forma
importante, especialmente na interlocução com o go-
sistemática para qualificar a mão de obra que aí está, de
verno. Reconheço que a federação tem feito muito para
modo a não deixarmos faltar as competências necessárias
tentar mudar essa realidade, os sindicatos também, mas
para alimentar esse enorme contingente de micro e peque-
eu acho também, que nós empresários precisamos fazer a
nas empresas que ora ocupam e mantém a economia local.
nossa parte, participando mais
Atender as demandas deste universo é a missão maior do
Sistema Indústria, em parceria com os governos tanto no âmbito municipal quanto estadual.
dos sindicatos e expondo
nossas reivindicações.
Estamos muito presos ao dia a dia e
esquecemos
de
FERNANDO ANTÔNIO IBIAPINA
falar mais, de
Empresário do Setor de Cerâmica
conviver mais.
Como liderança empresarial, tenho percebido que há algum tempo a economia
do estado começa a crescer de maneira descentralizada, é um movimento que aconteceu
desde a época do governo das mudanças, e vem
Dai que, quando
vejo
uma
iniciativa como
esta, do Cointec,
volto a me animar.
simec em revista - 49
JORGE SOARES
Diretor de inovação da
FUNCAP
no interior. Mas aqui no Ceara isso ainda não é realidade.
Rever isto é um papel das instituições de pesquisa, das
universidades. Na hora em que tivermos pesquisadores do
Essa aproximação da indús-
interior, trabalhando com empresas do interior, será um
tria e da academia é chave
momento muito rico. Daí eu ver como muito importan-
para a inovação. Como fo-
te essa interiorização que a FIEC está promovendo. Nós,
mentar isso de uma maneira
academia, precisamos estar mais próximos do chamado o
eficiente é o grande desafio. A
setor produtivo. E para vermos os jovens doutores e pes-
visão atual da FUNCAP é de
que precisamos criar mecanismos
de fomento, o que de certa forma
se dá através do lançamento de editais
que forcem essa aproximação. E como se faz
isso? É relativamente simples, você tem um edital onde a
coordenação geral da empresa, porque o fundo de inovação
ele deve ser gerenciado pelo empreendedor, pelo empresário, mas você força nesse edital, que ele traga para dentro
do projeto o pesquisador de uma instituição de pesquisa.
Esse caminho força que a aproximação não fique somente
no papel. E como é que a gente pode caminhar nessa ideia?
Eu tenho conversado com o presidente Sampaio Filho, que
precisamos fazer com o que os cursos de pós-graduação
passem a ter os seus alunos trabalhando em temas de interesse das empresas locais. Quando isso acontecer vamos dar
um grande passo. Já existem alguns pesquisadores que trabalham com empresas, mas ainda são poucos. Dos mais de
100 programas de pós-graduação, os que estão trabalhando
com pesquisas de interesse empresarial, estão focados apenas em grandes empresas. Temos grupos de pesquisas que
trabalham com Petrobras, Furnas, Vale do Rio Doce. E as
empresas locais? O médio e o pequeno empresário? Por que
a gente não consegue ter pesquisadores defendendo teses
sobre questões que envolvem os pequenos, que são tão im-
quisadores abertos para trabalhar no interior, basta lhes
dar a motivação necessária. E essa motivação se dá de que
forma? Com projetos e pesquisas financiadas, para que o
pesquisador possa montar o seu laboratório, possibilitar
os seus estudantes a participem dos principais eventos de
sua área. Claro que a remuneração também é importante,
isso tudo acontece em outros países e eu acho que tem
que acontecer no nosso também. Então, o que falta eu
diria que não é tanto uma abertura, essa abertura já tem,
o que falta é nós motivarmos os pesquisadores com perfil
para trabalhar com as empresas do interior.
A provocação feita pela FUNCAP, quando lança determinados editais; pela FIEC quando anima esse processo, cria uma ambiência favorável a essa motivação. E essa
ambiência da inovação é fundamental, porque o jovem
pesquisador tem que se envolver nesse contato com as
empresas. Eu estou fazendo meus estudos e estou conseguindo aplicá-los. A gente tem até um jargão na academia, o pesquisador vive de procurar problemas, e os
problemas reais existentes em locais são exatamente a
fonte de motivação maior desses pesquisadores. Mas para
isso ele tem que ter condição para tentar resolver. Um
dos maiores feitos da humanidade é a metodologia cientifica, que consiste em você encontrar um problema, ter
portantes para o desenvolvimento do estado? Essa é a ideia
um olhar para esse problema, de como irá resolvê-lo, ter
da FUNCAP hoje, fazer a aproximação entre pesquisado-
muito claro o objetivo geral, objetivos específicos, definir
res e empresas locais.
um método com atividades muito bem delineadas, testar
E neste sentido, eu acho que a interiorização é muito
determinadas hipóteses e verificar se aquele resultado foi
importante. Mas é preciso traçar um planejamento, pois os
eficiente ou não para o problema, checar de volta se seu
grupos mais consolidados de pesquisa não estão no interior.
objetivo foi cumprido e por aí segue. Se conseguirmos
Se olharmos para outros estados a coisa é diferente. Em São
unir estes dois universos, a gente vai conseguir atingir re-
Paulo e Minas Gerais tem grupos de pesquisa trabalhando
sultados mais eficientes para o estado.
50 - simec em revista
O Governo está sempre buscado parcerias, pois enten-
FRANCISCO
CARVALHO
ARRUDA
de que não adianta ações isoladas, todos têm que trabalhar em conjunto, e é isso que temos buscado. Antes
Secretário Adjunto
da SECITECE
Essa
apro-
ximação entre
o Governo, a
iniciativa privada e a academia é
fundamental para a
havia uma ideia equivocada que o apoio à inovação era
quando se apoiava uma empresa para desenvolver um
projeto, mas aqui no Ceara isso tem mudado. A ideia
vigente é outra, consiste em promover um ambiente de
inovação que leve as empresas a inovar em produtos e
serviços. A minha presença aqui, como secretário adjunto da SECITECE visa demonstrar que o governo
está ao lado dos empresários e da academia, nas busca
por um ambiente de inovação.
criação de uma ambiên-
E a interiorização desse processo é a cereja do bolo.
cia de inovação no Ceará. Ve-
Eu sempre digo que no momento em que apoiarmos a
mos com muito bons olhos e não temos medido esfor-
interiorização, estaremos melhorando a qualidade de
ços para isso. Essa reunião promovida pelo Cointec é
vida em Fortaleza e no estado como um todo. E ações
fruto de uma ação do próprio governo quando apoiou
como essa em parceria com o Conselho de Inovação
a Rede de Incubadoras de Empresas. A FUNCAP é
da FIEC, são essenciais. A ideia do Sampaio Filho de
o braço de fomento da SECITECE, exatamente para
tornar esse evento itinerante é fenomenal para agregar
promover ações como essa, a Vespertinas de Inovação.
os empresários de cada região em torno da inovação.
Fotos: Divulgação
Mundo
PRODUÇÃO DE AÇO CAIU 2,8%
EM 2015 E AINDA PODE RECUAR
A China, maior fabricante siderúrgica do mundo, diminuiu consideravelmente sua produção de aço bruto no último ano, diminuindo assim
as estatísticas de produção de aço no contexto global durante o período.
Segundo dados divulgados pela Worldsteel Association, a produção de aço
bruto ao redor do mundo caiu 2,8% em 2015 e terminou em 1,62 bilhão
de toneladas. Cortes nos Estados Unidos e na Europa também pesaram
nos dados. De acordo com a Worldsteel, que reúne as informações dos 66
principais países que fabricam aço no mundo, a China reduziu os volumes
produzidos no ano passado em 2,3%, para 803,8 milhões de toneladas. O
país responde por 49,5% do aço fabricado no mundo. Para 2016, a consultoria Capital Economics acredita que a tendência também é de queda.
Entretanto, a instituição acredita que o mercado continuará com excesso
de oferta – com escopo limitado para uma recuperação dos preços, em
queda durante os últimos meses. Nos Estados Unidos, a produção do aço
caiu 10,5%, por conta tanto da forte desvalorização do produto como da
competição com os importados. Os números apontam também para recuo
na produção brasileira de 1,9%, para 33,2 milhões.
Fonte:http://blogmetalmecanica.cfa.com.br
QUEDA DO SETOR AUTOMOTIVO
BATE MAIS UM RECORD
O impacto da crise política sobre a saúde econômica do país se mostra cada dia mais
forte. No final de dezembro, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) registrou o fechamento de 10,2% dos postos de trabalho. Durante o ano,
foram produzidos 2.333.903 milhões de automóveis e comerciais leves, ou seja, 21,5% a
menos do que no ano anterior. É fato. A indústria produziu menos, o comércio vendeu
menos, gastou-se menos dinheiro com presentes de natal. Investidores vêm deixando de
investir no país: a receita líquida do mercado brasileiro fechou dezembro de 2015 em R$
5,32 bilhões, contra R$ 7,69 bilhões no mesmo período de 2014; e uma média de R$
9,21 bilhões no mesmo período entre os anos de 2010 a 2013. A queda de 14,4% das
vendas de máquinas e equipamentos, registrada em 2015, se soma às quedas de 11,6% em 2014/13 e 5% em 2013/12;
acumula para o setor uma retração da ordem de 30% nas vendas ao longo dos últimos três anos, segundo dados da
Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
Fonte: http://www.omundodausinagem.com.br
52 - simec em revista
FIAT CHRYSLER APOSTA NO MAGNÉSIO
PARA FABRICAR CARROS MAIS LEVES
A Fiat Chrysler Automobiles está usando o magnésio como sua
mais nova artimanha para diminuir o peso dos veículos e reduzir o consumo de combustível diante dos padrões mais rígidos
para as emissões de poluentes. A montadora ítalo-americana
está adotando esse metal leve como substituto do aço, que é
mais pesado, na fabricação da porta elétrica do porta-malas de
sua minivan Pacifica 2017, que chega ao mercado americano
ainda este ano. O magnésio é 74% mais leve que o aço e 33%
mais leve que o alumínio, segundo a Associação Internacional
do Magnésio. Ademais, ele traz algo significativo para os projetistas de automóveis: a facilidade com que pode ser moldado
com áreas grossas e finas na mesma peça. A nova minivan da Fiat Chrysler chega aos revendedores até o fim do ano, com uma lista de características que visam melhorar a autonomia,
como um conjunto de bateria opcional que permite ao veículo percorrer 48 quilômetros no
modo elétrico, antes do acionamento do motor à gasolina.
Fonte:THE WALL STREET JOURNAL (http://br.wsj.com)
BMW LEVA VEÍCULOS AUTÔNOMOS À
FÁBRICA PARA REDUZIR CUSTOS
A BMW está levando seus esforços do segmento de veículos autônomos para as fábricas, testando carrinhos robóticos do tamanho de maletas como parte de um investimento em automação que ajudará a empresa a reduzir os custos em 5 por cento por
carro anualmente. Em um projeto iniciado neste mês de Março, no centro de logística
da BMW em Wackersdorf, Alemanha, os veículos encontram o contêiner com as peças desejadas de forma autônoma, deslizam-se por baixo dele e o transportam à área
de acondicionamento. O sistema economiza dinheiro em relação ao atual processo
manual, com tempos de resposta mais curtos e fluxos de estoque melhorados. A fabricante alemã planeja levar os carrinhos automatizados, para outros armazéns após
um teste de seis meses. O programa faz parte de um esforço mais amplo para eliminar
várias centenas de milhões de euros em custos nos próximos anos para financiar o desenvolvimento de recursos de direção autônoma e outras tecnologias para os carros da
empresa, investimentos que poderão demorar anos para compensar.
Fonte: www.cimm.com.br
simec em revista - 53
Eventos
SIMEC em
Revista deixa você
por dentro dos
principais eventos
relacionados ao setor
metalmecânico
no Brasil.
?
Você
Sabia
Eu não entendo, quem escolhe o caminho do crime, quando há
tantas maneiras legais de ser desonesto.
(Al Capone)
1. Um terço dos motores da cidade de Nova York, Boston e Chicago nos
Estados Unidos, em 1900 eram movidos a eletricidade, com baterias
em lugar de motores e gasolina.
03-05
Maio
EXPOSOLAR BRASIL 2016
Fórum EletroMetalCon 2016
Local: Senai – Londrina (PR)
http://eletrometalcon.com.br/
2. IVAN O TERRÍVEL, Czar da Rússia, em 1555 ordenou a construção
da IGREJA DE SÃO BASÍLIO em Moscou. No final da construção,
ficou tão satisfeito com o trabalho artístico dos arquitetos POSTNIK
10-12
Maio
ENERSOLAR + BRASIL 2016
Feira Internacional de
Tecnologias para Energia Solar
Local: São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center - São Paulo/SP
http://enersolarbrasil.com.br
e BARMA que mandou cegá-los, para que não pudessem jamais
construir algo tão belo quanto à IGREJA DE SÃO BASÍLIO.
3. A fêmea do Pombo não pode botar ovos se estiver sozinha. Para que
seus ovários funcionem, ela precisa ver outro pombo. Se não houver
outro pombo nas proximidades, a sua própria imagem refletida em
17-21
Maio
07-09
Junho
08-09
Junho
MECÂNICA
Feira Internacional da Mecânica
Local: Anhembi - São Paulo - SP
http://www.mecanica.com.br/
EXPOALUMÍNIO 2016
Exposição Internacional do
Alumínio e 7º Congresso
Internacional do Alumínio
Local: São Paulo Expo
Exhibition & Convention
Center - São Paulo/SP
www.expoaluminio.com.br/
CONGRESSO BRASILEIRO DO
AÇO 2016
Local: Centro de Convenções Frei
Caneca - São Paulo/SP
www.acobrasil.org.br/congresso2016/
um espelho é suficiente.
4. Metade dos seres humanos que já morreram, talvez uns 45 bilhões,
foram vítimas de mosquitos fêmeas (os machos só picam plantas).
5. Os mosquitos são portadores de mais de uma centena de doenças
potencialmente fatais, dentre as quais malária, febre-amarela, dengue,
zika, encefalite, filariose e elefantíase. Mesmo nos dias de hoje, eles
matam uma pessoa a cada 8 segundos.
6. Ronald Ross, um jovem médico que trabalhava na Índia foi a primeira
pessoa a mostrar como as fêmeas de mosquito transmitem o parasita
Plasmodium através da saliva. Em 1902, Ross ganhou o Prêmio Nobel
de Medicina.
7. As fêmeas do mosquito sugam o sangue para maturar seus ovos, que
21-24
Junho
METAL MINERAÇÃO 2016
Feira e Congresso Nacional
para Indústria Metalmecânica e
Mineração
Local: Pavilhão José Ijair Conti –
Criciúma – Santa Catarina
www.metalmineracao.com.br/
põem na água. Ali eles eclodem como larvas aquáticas. A pupa dos
mosquitos é diferente da maioria dos demais insetos, pois é ativa e se
movimenta na água.
8. Pessoas suarentas e mulheres grávidas têm mais chances de ser
picadas.
54 - simec em revista
to que passam REGULARMENTE
longo do dia, a terra aquece mais
e o ar. Como o ar quente é menos
to da MASSA logo acima. À noite,
rtância CIENTÍFICA, a prática de
o, por exemplo, os ventos Bóreas,
dos nas obras do poeta HOMERO.
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ilustração: acervo ediouro
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18
Solução
CAÇA-PALAVRAS
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© Revistas COQUETEL
Procure e marque, no diagrama de letras, as palavras em destaque no texto.
E o vento levou...
Os VENTOS são massas de ar em movimento que passam REGULARMENTE
ao redor do mundo. Eles surgem porque, ao longo do dia, a terra aquece mais
rápido que o mar, e o CALOR do solo aquece o ar. Como o ar quente é menos
DENSO, ele sobe, pressionando o movimento da MASSA logo acima. À noite,
acontece o inverso. Apesar da atual importância CIENTÍFICA, a prática de
nomeá-los começou na GRÉCIA Antiga, como, por exemplo, os ventos Bóreas,
Euro, Noto e Zéfiro, que já eram mencionados nas obras do poeta HOMERO.
Com origem no golfo da CALIFÓRNIA (EUA), o vento Coromuel tem nome
em homenagem ao capitão pirata inglês Thomas Cromwell e chega
a uma VELOCIDADE máxima de 96 km/h. Já o HARMATÃO
sopra do interior da África em direção ao oceano
Atlântico durante a maior parte do VERÃO e,
assim, favorece a limpeza do solo para plantio.
FORTE e violento, o Descuernacabras ocorre em
qualquer estação do ano, podendo acabar com
PLANTAÇÕES e até matar de FRIO algumas
aves e rebanhos. A origem do nome remete à
LENDA de que ele seria capaz de arrancar os
chifres das cabras com sua tamanha força.
ilustração: acervo ediouro
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Solução
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O CETIS - Centro de Excelência em
Tecnologia e Inovação do SENAI
presta serviços na área de fabricação
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engenharia reversa, bem como
disponibiliza, através de laboratório
aberto, suas máquinas operatrizes de
última geração, como: máquina de
eletroerosão de penetração, fio e furo
rápido, como também o centro de
usinagem seis eixos high speed – o
único do nordeste.
Tudo para que a indústria
cearense seja cada vez mais
produtiva e competitiva.
(85) 4009.6300
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