Jargões profissionais e o ensino médio técnico - Cefet-MG
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Jargões profissionais e o ensino médio técnico - Cefet-MG
JARGÕES PROFISSIONAIS E O ENSINO MÉDIO TÉCNICO-TECNOLÓGICO, CAMPUS VARGINHA: CONHECIMENTO E USO PARA INSERÇÃO DE SUCESSO NO MERCADO DE TRBALHO Edilaine G. F. De Toledo CEFET-MG Daniel Soares de Alcântara CEFET-MG Débora Brito Tana CEFET-MG RESUMO: A força das palavras, na construção e reconstrução da linguagem em nossa sociedade da era digital e tecnológica, como confirma LUCAS (2002) em “Literatura e Comunicação na Era da Eletrônica”, afeta diretamente a maneira como nos comunicamos, em especial, no mundo do trabalho, onde passamos boa parte de nossa vida. Interagir bem é mais um desafio em busca da excelência e do pleno sucesso profissional que todos almejam. No entanto, essa tarefa talvez não seja tão simples, ou satisfatória, para os jovens de cursos técnicos e tecnológicos que adentram o mercado de trabalho. Muitas vezes, com a prática do estágio, verifica-se a necessidade de conhecimento e uso, de forma intensa e consolidada, de um vocabulário mais específico para o exercício da profissão: a aquisição e utilização de jargões profissionais. Afinal, o conhecimento eficaz da linguagem, ao nível de situação social em que ela está inserida é usada, é o que determina o sucesso da interação comunicativa, diminuindo altos níveis de letramento, como constata-se em SOARES (2004), “Letramento: um tema em três gêneros.” O que fazer para adaptar-se rápido à linguagem específica que um curso técnicotecnológico, na era da globalização, exige? Como o jovem, sem experiência e cheio de expectativas, pode lidar com a aquisição e uso de palavras mais específicas ligadas à prática diária da profissão que escolheu? Max Gehringer (2010) em “Big Max – Vocabulário Corporativo” afirma que o profissional, independente do em que cargo esteja ou nível de escolaridade que apresente, o domínio eficiente do idioma é item diferencial para contratações, bem como interagir de maneira clara , concisa, demonstrando conhecimento da área em que pretende atuar, incluindo assim, expressões técnicas mais detalhadas de cada profissão. Para Celso P. Luft (2001) em “Língua e Liberdade”, e J.B. Medeiros (2008), em “Português Instrumental”, o domínio do idioma, no que se refere à ascensão profissional com o domínio da linguagem padrão, não exime o falante de conhecer e bem utilizar variações próprias de usos mais específicos, como dialetos regionais ou jargões profissionais. Mas o que seria um jargão? De acordo com Holanda (2009), jargão profissional é caracterizado pela utilização restrita de um vocabulário a um círculo profissional, ou seja, um conjunto de termos específicos usados entre pessoas que compartilham a mesma profissão. E esse fato corrobora para destacar a importância de se conhecer os jargões específicos de determinada profissão, compreendê-los e utilizá-los no contexto do trabalho, para que a entrada, bem como a almejada permanência no mercado de trabalho, seja alcançada. Nosso projeto, que foi concedido e financiado pela FAPEMIG (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais), na modalidade Bic-Jr., e apoiado pelo DPPG – Cefet/MG, possui a finalidade de catalogar palavras e expressões utilizadas nos meios profissionais inerentes aos cursos técnicos do Cefet-Varginha (Mecatrônica, Edificações e Informática), a partir das empresas parceiras de nossa região, que recebem nossos alunos para o estágio. Percebemos que, atualmente, há algumas palavras e expressões que são utilizadas de forma mais específica em muitos setores profissionais, sobretudo em profissões de cursos técnicos . E estas palavras não são muito conhecidas, muitas vezes inventadas para determinada situação e quase nunca estão presentes em dicionários comuns de língua materna. Dessa forma, a dificuldade encontrada por muitos jovens estagiários também aumenta com a falta de conhecimento, registro formal e uso desses termos, já que conhecendo-os previamente, facilitaria seu melhor aproveitamento no estágio e aumentaria sua segurança e eficiência, iniciais, ao atuar na profissão escolhida. Por isso esse projeto preocupou-se em coletar esses termos mais comuns nos campos de atuação dos curso técnicos que o Cefet-Varginha tem, indo às empresas e entrevistando pessoas indicadas em nos atender sobre: o que é jargão, se conhece algum com seu significado e qual a importância disso ou não para quem está no estágio. Muitas dificuldades surgiram, como falta de acessibilidade em algumas empresas, desconhecimento do que é jargão e dificuldade para explicar um termo conhecido e/ou usado. Dessa forma, o pouco, mas significativo material coletado tem a intenção de ajudar os nossos alunos, os novos profissionais do mercado, a se comunicarem melhor em situações específicas de ambiente profissional, fazê-los sentir-se mais inseridos profissionalmente e nos levar a reflexões importantes sobre o jovem, o mundo do trabalho a educação profissional técnica e tecnológica. Palavras-chave: comunicação e expressão; linguagem técnica; jargão profissional. 1. Introdução Iniciado em 01 de agosto de 2011, o projeto , tem como finalidade catalogar palavras e expressões utilizadas nos meios profissionais afins aos cursos técnicos do Cefet-Varginha, que são Mecatrônica, Edificações e Informática, a partir das empresas da cidade, que são parceiras do Cefet, auxiliando no encaminhamento para o estágio de nossos alunos. De acordo com o HOLANDA (2010) jargão é: “1. Linguagem incompreensível. 2. Linguagem característica de um grupo profissional ou sociocultural. 3. Linguagem artificial usada por determinado grupo e que é incompreensível para as pessoas que não fazem parte desse grupo.” Através dessa definição, o projeto ganhou o foco necessário para que se pudesse investigar um pouco sobre o que se houve falar de linguagem técnica, ou jargão profissional. A experiência do estágio na vida do aluno de ensino médio técnico tecnológico, na cidade de Varginha e região, trouxe à tona uma demanda interessante sobre o uso de algumas palavras, fora do dicionário, bem como o significado delas nas empresas que são parceiras do Cefet-Varginha na captação de alunos para estágio e eventual contratação. Essa prática tem criado ao longo do tempo uma cultura, na região em que o Cefet se encontra, de que se não há o uso de um termo específico, ou seja, se este não é falado,não há a verdadeira capacidade para bem executar determinada função em que este termo seja comum e necessário. Essa concepção é comum em quase todos os meios profissionais, e particularmente, ela está adequada ao contexto: dá -se maior credibilidade a quem melhor conhece o trabalho a ser executado, incluindo aqui o uso de termos mais técnicos, específicos, que denotam, de fato, ao mercado, que o profissional é qualificado à altura do cargo pretendido e conhece realmente o que tem de ser feito. No entanto, o que se pretendeu buscar com esse projeto é possibilitar ao aluno estagiário, e potencial trabalhador ao mercado de trabalho, o acesso a esses termos, caso existam de fato, e o que no contexto em que surgem, significam, o que se coaduna com os Parâmetros Curriculares Nacionais, Ensino Médio (1999): “Os objetivos da Educação Básica no Art. 22 da LDB já apontam a finalidade da disciplina, ou seja, ' desenvolver o educando, assegurar-lhe formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos superiores.”(PCNs. p. 35) A inserção de sucesso abordada no projeto é justamente tentar oferecer primeiramente aos alunos dessa unidade, e posteriormente a outros alunos de outras unidades, e onde essa pesquisa puder contribuir, meios de diminuir a ansiedade deles em relação ao ambiente profissional e ao trato diário com a profissão escolhida, a partir dos cursos técnicos que fizeram no Cefet, tornando esse momento do estágio realmente significativo e também prazeroso. E em função das empresas quase serem as mesmas na indicação e contratação de alunos do Cefet para estágio, essa pesquisa poderia contribuir muito nesse sentido. Basicamente, o projeto pautou-se em pesquisar termos técnicos de senso comum e mais regionais nas empresas de nossa cidade; saber quem são os falantes desses palavras, bem como o motivo de porquê o fazem; conhecer o significado e o uso contextual desses termos; promover a criação de um espaço para conhecimento e reflexão sobre o uso dessas palavras mais específicas tanto para alunos iniciantes no mercado de trabalho, como para gestores e profissionais afins, de maneira a ampliar o resultado da pesquisa desse projeto. A interação social e linguística no meio corporativo , conforme GEHRINGER (2010), é fator importante e muitas vezes decisivo na contratação de estagiários, nas promoções aos já contratados, na mesma medida em que é item para exclusão daqueles que não têm esse domínio ou nem demonstram interesse para tal. Para DACANAL (1985) essa interação também é relevante e decisiva, para que a entrada de alunos de ensinos técnicos seja produtiva, sem prejuízos de ordem cognitiva, pessoal e profissional: “Assim, por exemplo, numa sociedade em que – por segmentar-se em classe ou grupos mais ou menos rigidamente diferenciados - coexistirem variantes de uma mesma língua, a passagem de uma classe ou de um grupo considerados inferiores para uma classe ou grupo considerados superiores só é permitida àquele indivíduo que dominar antes a variante da classe ou grupo superior.” ( Linguagem, Poder e Ensino da Língua, p.18) 2. Em busca dos jargões A inserção de jovens alunos no mercado de trabalho requer domínio de muitas habilidades que, há médio ou longo prazo, serão alcançadas. No entanto, saber comunicar-se de forma objetiva e eficaz é, atualmente, é um dos requisitos fundamentais para o sucesso profissional, ainda mais quando se fala em jargões técnicos, profissionais. Dominar bem um conteúdo específico, em área técnica, agora também tem de vir agregado ao conhecimento de palavras e expressões bastante direcionadas a cada profissão, ou ainda, a um segmento de dada área. Conforme GNERRE (1998) “O poder da palavra é poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico.” (Linguagem, Escrita e Poder, p. 5) Daí a importância do reconhecimento de termos específicos, que chamamos de jargões. Esse ato linguístico citado pelo autor abrange e também correspondente justamente à fala de tais termos específicos, que se constituem com relevante importância porque têm significância em contextos específicos e é considerado prática de oralidade que dispõe de poder para incluir e/ou excluir seus falantes. O início do projeto pautou-se no contato com as empresas e profissionais de instituições de ensino médio técnico, como o próprio Cefet e Senai,que tem muitos profissionais vindos do setor privado da maioria das empresas da cidade e região e na elaboração do formulário de entrevista, que encontra-se na parte dos anexos. Os objetivos a serem cumpridos basicamente eram: se os entrevistados sabiam o que era jargão; se conheciam algum, para descrevê-lo; e se consideravam saber esse termo importante para o exercício de sua profissão. Muitas questões surgiram durante esse processo de visitas, coleta de dados e interlocução com as empresas e as mais relevantes citam-se: a) o desinteresse de muitas empresas em não responder aos questionários; b) a demora de muitas delas em retornar aos contatos e em responder ao formulário; c) o desconhecimento de muitos sobre o que é jargão e/ou termos específicos de profissão; d) a restrição de muitas empresas em não querer expor-se do projeto, por medidas de segurança interna; e) a descrição de alguns termos não serem da área de atuação da empresa, e sim de outros setores, como recursos humanos. Este último ponto merece atenção: todos os contatos, primeiramente, eram agendados via recursos humanos, o setor vitrine das empresas, digamos assim. E lá , dentro da empresa, onde em muitas delas, não se podia entrar e coletar os dados pessoalmente, acreditamos que o processo de coleta evoluía pouco ou quase nada, já que os termos de muitas empresas que coletamos não era do ramo de atuação da mesma, como veremos nos jargões que serão descritos adiante. Ou seja, com isso em muito se dispersou na meta pretendida pela pesquisa. As empresas com suas inúmeras restrições, ora por ordem de segurança, ora por falta de alguém responsável poder acompanhar o aluno pesquisador na empresa, e ainda por motivos que desconhecemos, visto que não houve retorno ao nosso pedido, em muito não puderam contribuir como imaginávamos. Apesar disso, conseguimos alcançar nossos objetivos, pois com a ajuda de outros foi possível compreender que o conhecimento prévio dos jargões é importante e que não há fontes de pesquisa destinadas a esses termos. Sendo assim, esses dados mostram a importância de nosso projeto. Tivemos, assim, uma perspectiva do que nossos alunos estagiários passam dentro desses locais onde a interação desejada nem sempre aconteceu como o previsto: o pouco acesso às informações e a atenção esperada para este fim, não aconteceu com os contatos realizados. Disso entendemos também que o acesso ao mercado de trabalho para o jovem estudantes de curso técnico de nível médio em Varginha é tortuoso, repleto de formalidades e de pouquíssimas facilidades de inserção produtiva, acolhimento, e detalhamento de ações e atitudes a serem feitas e tomadas. Para GNERRE, “as palavras não têm realidade fora da produção linguística; as palavras existem nas situações nas quais são usadas. Isto é tão verdadeiro que a identidade da forma através das variações dos contextos pode passar despercebida. Entender não é reconhecer um sentido invariável, mas 'construir' o sentido de uma forma no contexto no qual ela aparece.”(Linguagem, Escrita e Poder, p. 19) E essa constatação mais uma vez enriquece o uso de palavras específicas em determinadas funções profissionais e valoriza a intenção de conhecê-las e divulgá-las, no intuito de tornar o acesso ao mercado de trabalho mais significativo ao jovem estudante e trabalhador; para que isto faça sentido de fato em sua inclusão no mercado de trabalho, começando pelo estágio, com uma comunicação e interação linguística que o insira naquilo que ele escolheu para fazer,como já presumem os PCNs (1999): ”Nessa concepção, a Lei 9394/96 muda no cerne a identidade estabelecida para o Ensino Médio contida na referência anterior, a Lei 5692/71, cujo 2º grau se caracterizava por uma dupla função: preparar para o prosseguimento de estudos e habilitar para o exercício de uma profissão técnica: na perspectiva da nova lei, o EM, como parte da educação escolar, em seu Art. 1º § 2º, deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social...” (PCNs, p. 23) Destacamos, então, os gráficos indicativos com algumas das questões apresentadas no formulário de entrevista, conforme anexo, seguidos das empresas que contribuíram com o projeto. Gráfico 1 – Conhecimento sobre o que é jargão. Gráfico 2 – A importância do conhecimento prévio desses termos. O interessante dos dados nesses gráficos é que a maioria dos entrevistados sabe a importância de um jargão no contexto profissional, considera esse conhecimento prévio relevante no contexto de trabalho, em especial para jovens iniciantes, como estagiários, mas a grande maioria não sabia explicar bem, o que era determinado termo, então compreendido como jargão. Em muitos momentos, os contatos tiveram de ser retomados, visto que as transcrições feitas nos formulários, no momento das tabulações, não ficaram bem claras, ou seja, bem explicadas em suas e definições e funções como em um dicionário, ao qual tentamos produzir. Outro fato chamou-nos a atenção, reafirmando mais um ponto positivo do projeto: de todos os entrevistados, que dizem conhecer jargões e consideram em muito sua importância nos , afirmam não conhecer livros, ou revistas ou outras fontes formais que tenham o registro de termos assim, conforme os dados que respondem a uma das perguntas presentes no formulário, que vai no anexo C Gráfico 3 – Colaboração ao projeto. 3.Empresas e instituições de ensino colaboradoras Foram ao todo 40 contatos, conforme gráfico 3 , dentre empresas e instituições de ensino, número que compõe o núcleo de desenvolvimento empresarial a que se refere o setor de estágio do Cefet da unidade de Varginha, quando foi estruturado para organizar o encaminhamento de alunos a estágio e treinamento. Todos esses contatos têm conhecimento da unidade do Cefet na cidade, bem como parcerias firmadas em treinamentos e eventos feitos pelos docentes servidores do Cefet, e por isso, em muito se interessaram quando da criação do setor de estágio na unidade, visando captar para suas empresas, os alunos vindos de uma escola técnica federal. Porém, no desenvolvimento do projeto esse número não se confirmou com todas as entidades como era o pretendido. Mas aquelas que aceitaram essa parceria seguem descritas: CEFET-MG CAMPUS VIII: Avenida dos Imigrantes, 1000 - Bairro da Vargem. Varginha – MG - CEP: 37022-560; FERMAVI ELETROQUÍMICA: Rua José Thomaz Lara, 445 - Parque Rinaldi . Varginha – MG - CEP: 37036-010; MOINHO SUL MINEIRO: Rua Tiradentes, 933 - Vila Mendes Varginha – MG - CEP: 37002-200; PHILIPS WALITA: Av. Otto Salgado, 250 - Dto Ind. Cláudio Nogueira -Varginha - MG CEP: 37066-440; JORNAL CORREIO DO SUL: Av. Francisco Navarra, 300 – Centro - Varginha - MG CEP: 37006-000; DIRETRIZ: Av. Francisco Navarra, 315 And. 2 – Centro - Varginha – MG - CEP: 37006-000; STEAM MASTER EQUIPAMENTOS TÉRMICOS LTDA: Praça Takashi Nagashima, 1000 - Parque Boa Vista - Varginha – MG - CEP: 37014-590; BLOG DO MADEIRA / FOLHA DE VARGINHA: Rua Delfim Moreira, 328 - Centro Varginha – MG - CEP: 37002-070; JORNAL SUL DE MINAS: Praça Matheus Tavares, 156 – Centro - Varginha – MG -CEP: 37002-320; PROLUMINAS: Av. Projetada, 04 - Jardim Sion - Varginha – MG -CEP: 37048-790; GRÁFICA BOM PASTOR: Avenida Doutor José Marcos, 728 – Bom Pastor - Varginha – MG - CEP: 37014-260; SENAI: Av. Benjamin Constant, 389 – Centro - Varginha – MG - CEP: 37010-000; MANGELS INDÚSTRIA S A: Rodovia Fernão Dias - Três Corações – MG. 4. Exemplos de alguns jargões coletados Se por um lado muitas empresas não puderam naquele momento participar do projeto, as duas instituições de ensino médio técnico na cidade, o próprio Cefet, de onde surgiu a ideia, e o Senai, em muito colaboraram para a coleta dos termos, bem como na transcrição exata do que a palavra significava na situação exata em que é usada. Outra colaboração marcante no projeto foram com empresas de outros setores, que não aos dos cursos oferecidos pelo Cefet – Varginha, e meios de comunicação locais impressos, parceiros do Cefet para outras ocasiões, como Gráfica Bom Pastor e Moinho Sul Mineiro, entidades de grande tradição na cidade: através do setor de estágio, que divulgou o projeto, souberam da iniciativa e prontificaram-se a participar da pesquisa, e em muito contribuíram. Foram muitas conversas e entrevistas com esses docentes que em sua maioria são egressos de várias empresas, e através de concurso público, mudaram suas vidas profissionais para lecionar nos cursos de Edificações, Mecatrônica e Informática, oferecidos na unidade Varginha. E nas empresas que se propuseram a ajudar, a pesquisa foi muito bem recebida e a boa vontade em relatar os termos era motivadora. A lista completa com os termos coletados encontra-se no Anexo B. Abaixo seguem alguns dos termos listados pelos profissionais entrevistados: CEFET-MG Ramo de atuação: escola de formação técnica e ensino médio. Os termos designam: ferramentas específicas e demais instrumentos de trabalho; ações de trabalho específico (manuseio de materiais/peças específicas) e generalizado; interações com processos administrativos técnicos e em informática; escrituração administrativa; manuseio com informática e/ou computadores. AGREGADO (subst.): é o material mineral (exemplo: areia e brita). AGREGAR VALOR (v.): melhorias no serviço. APRUMAR (v.): acertar a verticalidade de paredes. ASSENTAR (v.): colocar e ajustar tijolos. AVALIAÇÃO 360° (v.): avaliação de desempenho realizada por todos os membros de uma equipe. BAIXAR (v.): fazer um download de algum arquivo. BALIZA (subst.): marca de referência em um local, com um objeto cilíndrico. Normalmente vermelha e branca. BIOS (adj.): bicho ignorante operando o sistema. BONECA (subst.): distância entre a porta e a parede. BRAINSTORMING (subst.): tempestade de ideias. CARINHA (subst.): substitui qualquer objeto. CAVIDADE (subst.): um rebaixo feito na matriz, afim de produzir várias peças de uma vez. CHÃO DE FÁBRICA (adj.): pessoal que trabalha na produção. COLABORADOR (adj.): funcionário. COMPILAR (v.): transformar de código fonte para código objeto. CONCRETO MAGRO (subst. adj.): concreto pouco resistente, com pouca quantidade de cimento (por exemplo). CUMEEIRA (subst.): ponto mais alto do telhado. DEU PALA (v. subst.): parar de funcionar. DOWNSIZING (v.): redução de níveis hierárquicos. EMPOWERWENT (subst.): delegação de poder. ESTARTAR (v.): iniciar. FEEDBACK (v.): dar resposta para alguém. FEELING (subst.): é um instinto, senso de percepção, sexto sentido. FERRAGENS (subst.): armaduras de aço utilizadas no concreto. FUNDIR (v.): deixar de exercer suas funções primárias. FUNFANDO (v.): está funcionando, deu certo. GAMBIARRA (subst.): uma solução técnica temporária por falta de materiais ou recursos técnicos corretos. GAP (subst.): uma lacuna entre o profissional, o que está faltando no seu desempenho. GARGALO (subst.): área que precisa ser trabalhada, como colocar mais funcionários. IMPLEMENTAR (v.): viabilizar uma solução. INSIGHT (subst.): uma ideia, o profissional teve uma inspiração. INSTANCIAR (v.): transformar uma classe em um objeto. LOCAR UMA MÁQUINA (v.): bloquear uma máquina. LOGAR (v.): fazer um login em um computador. MEGAR UM CABO (v.): passar o megômetro. MEIÁGUA (subst.): telhado com apenas 1 água, ou seja, com apenas um caimento. MORDEDURA (subst.): desgaste gerado pela corrente, amperagem. PÉ DIREITO (subst.): medida do piso até a laje. PETICIONAR (v.): entrar com uma ação. PIÃO (adj.): trabalhador da produção, que trabalha no chão da fábrica. PRÓ-ATIVIDADE (subst.): vontade de fazer e tomar iniciativas próprias sem esperar ordens. Diferença entre o que se deseja e o que se tem. PROJETO (subst.): estudos de engenharia, relatórios, documentos. Hoje pode ser apenas a planta 2D na plataforma CAD. RAJANDO (v.): Prestes a estragar, próximo a fundir. RÁDIO PIÃO (subst.): fofoca dentro da fábrica. RETROALIMENTAÇÃO (v.): dar resposta para alguém. SAPATA (subst.): tipo de fundação rasa. SÔCO (subst.): é o embasamento de uma construção. SUSPENDER UM PONTO (v.): colocar uma baliza em determinado ponto para que fique visível. TEGAR (v.): etiquetar uma máquina. TAG (subst.): etiqueta colocada pelo ato de tegar. TEODOLITO (subst.): instrumento de medição de terrenos (como medidas de desnível). TRAFO (subst.): transformador. VER SE ESTÁ PINGANDO (v.): às vezes a máquina não está conectando ao que está sendo mandado. Ver se a máquina está com conexão de rede. Detalharemos agora alguns exemplos de termos coletados nas empresas, tanto aqueles que são da área de atuação delas, como aqueles que não também não são, já que esses resultados revelam-nos pistas do impacto e relevância do projeto na cidade e a grandeza do desconhecimento do que seja um jargão profissional. Citados aqui estão também alguns termos coletados pelas empresas, que não se coadunam com seu ramo de atuação, mas que contribuíram para este trabalho, como por exemplo, os da empresa a seguir, sediada em Varginha há mais de 10 anos: PHILIPS WALITA Ramo de atuação: eletro eletrônica. Setor de onde vieram os termos: atendimento e RH. ATO FALHO (subst.): lapso de memória ou erros de linguagem que demonstram um desejo ou intenção não declarada conscientemente. AUTO-SABOTAGEM (v.): ação que tem a intenção inconsciente de levar ao (ou resultar em) fracasso. KAIZEN (subst.): é uma palavra em japonês que significa melhoria contínua. Na Philips é utilizada com o significado de “idéias dos funcionários para melhorar alguma coisa na empresa”. SUPLEMENTOU (v.): aposentou. Agora, exemplos de termos bem específicos, dentro da área de atuação da empresa, sediada na cidade já há 08 anos: FERMAVI ELETROQUÍMICA Ramo de atuação: eletroquímica. Setor de onde vieram os termos: manutenção; designam ferramentas específicas e demais instrumentos de trabalho; ações de trabalho específico (manuseio de materiais/peças específicas) e generalizado. PISTOLA (subst.): aplicador de silicone. POLICORTE (subst.): utilizada na área de caldeiraria, corta qualquer tipo de peça e material. PROTEÇÃO DE MORDENTE (subst.): utilizado para não machucar a peça. PULMÃO (subst.): reservatório de ar. REBARBA (subst.): excesso de material. RELÓGIO COMPARADOR (subst.): utilizado para centralizar a peça no torno. ROLEMÃ (subst.): rolamento. SACA POLIA (subst.): utilizado na mecânica para retirar a polia do eixo. SCR (subst.): retificador controlado de Silício. TUBO DE REDUÇÃO (subst.): tubulão refratário, por onde passa o minério. VENTOINHA (subst.): ventilador do computador. VIBRADOR (subst.): batedor pneumático. A ideia agora é que os termos coletados, em formato dicionarizado, conforme anexo, sejam divulgados no próprio Cefet, onde houve muitas contribuições, bem como para as empresas colaboradoras nesta pesquisa, além de tentar ampliar essa divulgação para outros meios, aumentando também a reflexão acerca dos caminhos percorridos e percalços encontrados pelo jovem de ensino médio que adentra o mercado de trabalho, inicialmente através do estágio, e posteriormente, no setor empresarial. 4. Considerações Finais A partir dessas palavras apresentadas anteriormente, percebe-se a importância desses termos que o projeto conseguiu através das empresas e instituições de ensino técnico que decidiram colaborar. O glossário, disposto no anexo..., descreve os demais termos listados e aguça a curiosidade sobre o que significam e de onde vieram. A partir de agora, o projeto pretende desdobrar-se ainda mais, tornando-se outros projetos, pesquisando mais especificamente determinada área que compõem os cursos oferecidos pelo Cefet-Varginha, e tentando coletar ainda mais termos que existem e não registrados, apenas bailam na fala de quem os usa na empresas, nas instituições técnicas. DELOURS(2001) já nos apresenta um caminho nesse sentido quando se fala sobre jovens e uma educação engajada, que transcenda os sentidos e lugares dos bancos escolares e se realize na plenitude da vida social de nossos jovens, em toda a sua extensão: “A educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver/conviver juntos, aprender a ser... Numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem,importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educativas, tanto em nível de elaboração de programas como de definição de novas políticas pedagógicas.” (Educação, um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. p. 101-102) A intenção do projeto foi abrir caminhos para inúmeras reflexões a acerca do que é esse universo sobre o jovem de ensino médio no mundo do trabalho: suas inspirações, desejos, dificuldades, expectativas, inclusões e exclusões. Em se tratando de juventude e de trabalho, essas reflexões devem focar sobre pungentes situações e realidades que se apresentam no presente, no agora de nosso contexto social, histórico e cultural , e que, de maneiras positivas ou não, construirão o mundo dos jovens com quem trabalhamos hoje. 5. Referências Bibliográficas DACANAL, José Hildebrando. Linguagem, Poder e Ensino da Língua. Mercado de Letras: 2ª edição, São Paulo, 1985. DELORS, Jacques. Educação, um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Editora Cortez, 5ª edição, São Paulo, 2001. GEHRINGER, Max. Big Max: vocabulário Corporativo. Rio de Janeiro: Negócio Editora, 1a.edição, 2009. GNERRE, Maurízio. Linguagem, Escrita e Poder. Martins Fontes: 4ª edição, São Paulo, 1998. HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: 8a. edição, Positivo, 2010. LUCAS, Fábio. Literatura e Comunicação na Era da Eletrônica. São Paulo: 2a. edição, Cortez, 2002. LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. São Paulo:Cortez, 2001. MEDEIROS, J.B. Português Instrumental. Rio de Janeiro: Atlas, 2008. PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais, Ensino Médio, Bases Legais/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília, 1999. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: 2a.ed., Autêntica, 2004. 6. Anexos Anexo A – Formulário de entrevista “Jargões profissionais e o Ensino Médio Técnico Tecnológico, Campus Varginha: conhecimento e uso para a inserção de sucesso no mercado de trabalho.” Aluna do projeto: Débora Brito Tana – Curso de Mecatrônica Professor-Orientador: Msc. Edilaine Gonçalves Ferreira de Toledo Co-Orientador: Msc. Daniel Soares Alcântara Empresa: ___________________________________________________________ Localização:_________________________________________________________ Data: _________________________________ Horário: ______________________ Responsável pelas informações:_________________________________________ Função: _______________________________ Setor: ________________________ Tempo na área: ______________________________________________________ Área/Setor que será pesquisada: _________________________________________ Sabe o que é jargão? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em partes ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Conhece algum? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em partes Qual seu significado? __________________________________________________ ___________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Considera importante o conhecimento prévio desse jargão? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em partes Por quê: ____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Alguém o ensinou? ______________________ Quem? ______________________ Aprendeu sozinho?______________________ Como? _______________________ Você conhece algum livro ou revista que ensina sobre esses termos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em partes Quais? _____________________________________________________________ Anexo B – Lista completa com demais jargões coletados ÍNDICE DAS ABREVIATURAS (adj.): adjetivo. (subst.): substantivo. (subst. adj.): substantivo seguido de adjetivo. (v.): verbo. (v. subst.): verbo seguido de substantivo. JARGÕES E SEUS RESPECTIVOS SIGNIFICADOS FERMAVI ELETROQUÍMICA Ramo de atuação: eletroquímica. Setor de onde vieram os termos: manutenção; designam ferramentas específicas e demais instrumentos de trabalho; ações de trabalho específico (manuseio de materiais/peças específicas) e generalizado. ANEL DE TRAVA (subst.): utilizado para prender uma peça para que esta não movimente. ARANHA (subst.): elemento elástico, utilizado em acoplamento para emendar um eixo com outro. BARRA SEXTAVADA (subst. adj.): peça com seis lados. BICUDO (subst.): maçarico. BLENDE (v.): fazer uma mistura de determinada substância. BOCAL (subst.): receptaco. CACHIMBO (subst.): gonzo (armário). CALIBRE DE FOLGA (subst.): instrumento para medir a folga. CAMPAINHA (subst.): sirene de abertura. CAVACO (subst.): limalha, resto do material do torno mecânico. CHAPA PERFURADA (subst.): com aberturas, vazão. CHAVE ALLEN (subst.): composta por seis lados, utilizados para apertar parafusos conforme a medida. COMPASSO DE TRASSAGEM (subst.): utilizado na área de metalúrgica. COROA (subst.): roda dentada. CORRENTE ELÉTRICA (subst.): fluxo eletrônico. EIXO TORTO (subst.): o eixo está empenado. ESTEIRA (subst.): correia transportadora. GRAMPO (subst.): cupilha (semelhante a uma ramona). LIXADEIRA (subst.): esmililhadeira. LILI (subst.): lixadeira. LIMA (subst.): utilizado na área de ajustagem. LUNETA (subst.): instrumento muito utilizado nos tornos mecânicos. MACAQUINHO (subst.): sistema de apoio. MACHO (subst.): ferramenta utilizada para fazer rosca. MARCA TUDO (subst.): marcador industrial, para codificar e marcar superfícies secas. MATOU A PEÇA (v.): durante algum processo ocorre um imprevisto e a peça perde a utilidade, as características que seriam necessárias. MICRÔMETRO (subst.): instrumento de medição. MOINHO DE BOLA (subst.): moinho de esfera. MONO VIA (subst.): talha elétrica. MORSA (subst.): torno de bancada, utilizado para prender a peça. MOSQUINHA 3/8 (subst.): parafuso Allen sem cabeça 3/8 x ½. MOTO ESMERIL (subst.): esmeril, nome específico rebolo. MUTULIA (subst.): bombinha de óleo. OSCILOSCÓPIO (subst.): instrumento que mede a oscilação. PAQUÍMETRO (subst.): instrumento de medição. PAQUÍMETRO DIGITAL (subst.): instrumento de medição com maior precisão. PARAFUSO ROÇADO (subst. adj.): parafuso espanado, não serve para nada. PASTILHA (subst.): utilizada no torneamento de peças. PENTE DE ROSCA (subst.): vários pentes utilizados para determinar o tipo de rosca. PICA-PAU (subst.): cilindro pneumático. PICO DE MAÇARICO (subst.): utilizado para cortar chapas de grossa espessura. PISTÃO (subst.): utilizado na bomba True para mandar material a certa altura. PISTOLA (subst.): aplicador de silicone. POLIA (subst.): roda presa a um eixo que recebe uma correia em sua circunferência. POLICORTE (subst.): utilizada na área de caldeiraria, corta qualquer tipo de peça e material. PROTEÇÃO DE MORDENTE (subst.): utilizado para não machucar a peça. PULMÃO (subst.): reservatório de ar. REBARBA (subst.): excesso de material. RELÓGIO COMPARADOR (subst.): utilizado para centralizar a peça no torno. ROLEMÃ (subst.): rolamento. SACA POLIA (subst.): utilizado na mecânica para retirar a polia do eixo. SCR (subst.): retificador controlado de Silício. SCOPE (subst.): osciloscópio. TOCA MACHO (subst.): desandador, a ferramenta que vai deslocar o macho. TUBO DE REDUÇÃO (subst.): tubulão refratário, por onde passa o minério. VENTOINHA (subst.): ventilador do computador. VIBRADOR (subst.): batedor pneumático. MOINHO SUL MINEIRO Ramo de atuação: alimentícia. Setor de onde vieram os termos: manutenção; designam ferramentas específicas e demais instrumentos de trabalho; ações de trabalho específico (manuseio de materiais/peças específicas) e generalizado. CALANDRAR (v.): Tornar algo plano em forma cilíndrica. ESPANOU (v.): Quando a rosca de um parafuso ou porca sofreu desgaste impossibilitando sua movimentação. ENCAVALOU (adj.): Quando elementos geralmente formados por dentes não estão se encaixando perfeitamente. EMBUCHAR (v.): colocar uma bucha para suprir um desgaste na peça. EMPENADO (adj.): Quando uma peça está fora de sua forma original. ESTANCAR (v.): tirar vazamento. ESTANHAR (v.): Fazer uma solda utilizando estanho como material de adição. FACEAR (v.): Fazer uma usinagem na face do material. GAMBIARRA (subst.): Artifício técnico para deixar o equipamento em condições de funcionamento quando não se tem tempo hábil ou peça de reposição. JAMPEAR (v.): Fazer uma interligação no sistema para testar algum equipamento ou até mesmo by-passar algum componente. MACHO (subst.): ferramenta utilizada para abertura de rosca em peças e equipamentos. MOSCA (subst.): parafuso de fixação entre peça e eixo. PONTEAR (v.): Dar pontos de solda em alguma peça. PRUMAR (v.): Deixar a parede 90º em relação ao nível do oceano. PUNCIONAR (v.): Marcar um ponto que serve como guia na operação de furar, utilizando como ferramenta de punção. REBARBA (subst.): Sobra de materiais com efeito cortante podendo causar ferimentos às pessoas. REBAIXAR (v.): Deixar uma peça ou parte dela com diâmetro ou altura menor. ROÇOU (v.): O mesmo que “espanou”. Quando a rosca de um parafuso ou porca sofreu desgaste impossibilitando sua movimentação. SACAR (v.): O mesmo que extrair. PHILIPS WALITA Ramo de atuação: eletro eletrônica. Setor de onde vieram os termos: atendimento e RH. ATO FALHO (subst.): lapso de memória ou erros de linguagem que demonstram um desejo ou intenção não declarada conscientemente. AUTO-SABOTAGEM (v.): ação que tem a intenção inconsciente de levar ao (ou resultar em) fracasso. KAIZEN (subst.): é uma palavra em japonês que significa melhoria contínua. Na Philips é utilizada com o significado de “idéias dos funcionários para melhorar alguma coisa na empresa”. SUPLEMENTOU (v.): aposentou. JORNAL CORREIO DO SUL Ramo de atuação: meio jornalístico CHAMADA (subst.): destaque das principais matérias na capa do jornal. COLUNAGEM (subst.): divisão do texto nas páginas. LEAD (subst.): matéria principal. PAUTA (subst.): assunto a ser discutido para uma matéria. OLHO (subst.): parágrafo de destaque da matéria. DIRETRIZ Ramo de atuação: consultoria em sistemas pública e empresarial. Setor de onde vieram os termos: interações com processos administrativos escrituração administrativa, área contábil, fiscal, protocolos. CAGED (subst.): cadastro geral de empregados e desempregados. DARF (subst.): documento de arrecadação da Receita Federal. DIRF (subst.): declaração de imposto de renda na fonte. FGTS (subst.): fundo de garantia por tempo de serviço. GPS (subst.): guia da previdência social. GRF (subst.): guia de recolhimento do FGTS. GRRF (subst.): guia de recolhimento da rescisão do fundo de garantia. OUTSOURCING (subst.): subcontratação de serviços, semelhante à terceirização. RAIS (subst.): relação anual de informações sociais. STEAM MASTER EQUIPAMENTOS TÉRMICOS LTDA Ramo de atuação: empresa de caldeiraria. Setor de onde vieram os termos: atendimento e RH; escrituração administrativa, área contábil, fiscal, protocolos; Manuseio com informática e/ou computadores. ASO (subst.): Atestado de Saúde Ocupacional. BENCHMARKING (subst.): é um processo de comparação de serviços, práticas empresariais- Exemplo – em Gestão de Pessoas compara-se: Salários, benéficos entre as empresas. CCT (subst.): Convenção Coletiva de Trabalho. CLT (subst.): Consolidação das Leis do Trabalho COACH (subst.): é um treinador, chamamos também de padrinho, é a pessoa que mais do que ensinar ajuda a pessoa aprender. Muito utilizado em Gestão de Pessoas. DOWNLOAD (v.): baixar arquivos. FGTS (subst.): Fundo de Garantia e Tempo de Serviço. HEADHUNTER (subst.): é um caçador de talentos, é um profissional que busca profissionais executivos para atender a solicitação de alguma empresa. ID (subst.): Indicador de Desempenho. ID (subst.): É o nome que é cadastrado para acessar uma conta de e-mail. IP (subst.): Protocolo que defina uma identificação para uma máquina na rede ou internet. MULTIPLICADOR (subst.): é um profissional capacitado e/ou treinado que passa ou multiplica o conhecimento adquirido de uma determinada tarefa ou serviço para os outros colegas de trabalho. PC (subst.): Computador. WORKSHOP (subst.): Treinamento em grupo. BLOG DO MADEIRA / FOLHA DE VARGINHA MARÉ (subst.): jargão com que policiais se referem à maconha. RETRANCA (subst.): síntese do texto jornalístico. Ramo de atuação: meio jornalístico JORNAL SUL DE MINAS Ramo de atuação: meio jornalístico COBRIR (v.): cobrir um evento, ir até o local. DECUPAGEM (subst.): fita bruta. ECONOMÊS (subst.): jargão usado pelo jornalista econômico. PROLUMINAS Ramo de atuação: óleos minerais. Setor de onde vieram os termos: atendimento e RH. BRAINSTORM (subst.): explosão de ideias (apesar de ser um termo pronto do inglês faz parte do vocabulário dos psicólogos). GRÁFICA BOM PASTOR Ramo de atuação: produção gráfica em papel e painéis ESTRIA (subst.): termo gráfico que significa folha de rolos. PETICIONAR (v.): significa o que as pessoas fora da área do direito conhecem por entrar com a ação ou pedir para o juiz. SENAI Ramo de atuação: escola de formação técnica. Setor de onde vieram os termos: designam ferramentas específicas e demais instrumentos de trabalho; ações de trabalho específico e generalizado; Manuseio com informática e/ou computadores. CLIVAGEM (subst.): linha ou plano de fratura de uma estrutura cristalina. PERNA (subst.): terminais (usado em eletrônica). PURGAR (v.): utilizado pelos cadistas para limpar arquivos temporários indesejáveis na extensão DWG (AutoCAD). RABO DE ANDORINHA (subst.): componente de encaixe macho/fêmea que serve de guia em máquinas. REFUGO (subst.): material que foi rejeitado, recusado por algum motivo, resto. TREPANAGEM (subst.): perfuração sem a conversão total da parte removida em cavacos. MANGELS INDÚSTRIA S A Ramo de atuação: metal mecânica. Setor de onde vieram os termos: atendimento e RH; interações com processos administrativos. JOB (subst.): trabalho. ENDOMARKETING (subst.): campanha de incentivo. CLIPPING (subst.): levantamento. HANDS ON (subst.): pró-ativo.