SDH in the newspapers 2.9.1. Beginning of SDH at RTP
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SDH in the newspapers 2.9.1. Beginning of SDH at RTP 2.9. "Televisão e Dobragem" Revista "Visão" 1 de Abril de 1999 Francisco Goulão [email protected] (...) Sou surdo-mudo, licenciado pela Universidade de Lisboa e professor de surdos no Centro António Cândido (Porto). Venho congratular-me pelo facto de a RTP ter desistido da dobragem nos filmes seriados estrangeiros. É uma vitória dos telespectadores surdos, que têm o direito de ver as legendagens em português, mas ainda continua a prejudicar os surdos no caso das telenovelas brasileiras,que não têm legendas. Penso que a RTP,a SIC e a TVI deviam legendar as telenovelas brasileiras, os telejornais e todos os programas de maior audiência.. "Legendagem para surdos" Jornal "Público" 24 de Março de 1999 Finalmente, uma grande novidade para telespectadores surdos por a RTP vai iniciar o Teletexto para surdos. "A RTP vai iniciar a 15 de Abril a legendagem de programas em português, através do Teletexto, destinada aos telespectadores surdos. O projecto começa com quatro horas semanais nos programas emitidos em português e espera chegar ao final do ano com uma média de 15 horas. O Teletexto, incorporado na maioria parte dos televisores modernos,permite aceder à legendagem através de uma página especial". " RTP desiste da dobragem" Jornal "Público" 8 de Fevereiro de 1999 Francisco Goulão Espinho Sou leitor assíduo do PÚBLICO desde o nº 1 e sou surdo-mudo, professor de surdos há mais de 21 anos, licenciado pela Universidade de Lisboa, e trabalho actualmente no Centro António Cândido (Porto) - estabelecimento estatal escolar especializado na área da surdez. Venho congratular a RTP por desistir da dobragem nos filmes e séries estrangeiras. Isto é uma vitória para os surdos portugueses que têm direito de ver as legendas em português. Apoio os comentários da colunista do PÚBLICO Margarida Portugal sobre a RTP desistir da dobragem que publicaram nesse jornal (PÚBLICO 4/2). Ainda continuam a prejudicar os telespectadores surdos as telenovelas brasileiras que não têm legendas e peço à RTP, à SIC e à TVI para legendar as telenovelas brasileiras e os Telejornais, que são os programas de maior audência (...) " Surdo contra a RTP" Revista "VISÃO" 19 de Novembro de 1998 Francisco Goulão Porto Leitor da VISÃO desde o nº 1, sou surdo-mudo, licenciado pela Universidade de Lisboa e professor de surdos-mudos no Centro António Cândido, Porto. A dobragem da série "Amigos", transmitida pela RTP às terças-feiras, prejudica os telespectadores surdos. Tal como em canais estrangeiros (TVE E BBC), impõe-se a criação do teletexto especial da RTP para legendar os filmes dobrados ou as telenovelas brasileiras . " Dobragem por legendagem" Boa notícia para telespectadores surdos. A RTP vai desistir da dobragem: "Depois de uma curta experiência, a RTP 1 resolveu acabar com a dobragem da série norte-americana amigos (transmitida aos sábados, à tarde). Assim, a partir de março, os restantes episódios vão passar a ser legendados em português e falados na sua língua original, a inglesa." Revista "TV Guia", nº 1044 de 3/2/1999 "Legendagem de 5 programas da RTP" O Secretário Nacional de Reabilitação divulgou no seminário europeu "Empregabilidade e Acessibilidade(s)", em 28/01/1999, que a RTP se comprometeu a legendar 5 programas da televisão a partir do dia 1 de abril. A escolha dos programas foi feita de acordo com os interesses da Associação Portuguesa de Surdos. "As Dobragens e os Surdos" Jornal Público 16 de Novembro de 1998 Francisco Goulão Porto Sou leitor assíduo do PÚBLICO desde o nº 1 e sou surdo-mudo, professor de surdosmudos há mais de 21 anos, licenciado pela Universidade de Lisboa, e trabalho actualmente no centro António Cândido (Porto)-estabelecimento estatal escolar especializado na área da surdez. Venho protestar contra a RTP por ontem à noite ter exibido o filme da série americana Amigos, no horário nobre, com dobragem em português, o que prejudicou os telespectadores surdos ,como eu. Foi o primeiro filme estrangeiro a ser dobrado em português- que vergonha nacional ! Ainda estaremos no Terceiro Mundo ? Apoio os comentários do colunista do Público Eduardo Cintra Torres sobre as dobragens que publicaram nesse jornal (Olho Vivo, PÚBLICO 2/11). Sou contra a dobragem, que é uma medida anticultural, castradora da integridade de programas (...). É preciso criar na RTP teletexto especial para surdos como nos canais estrangeiros (TVE e BBC), para obter as legendagens nos filmes dobrados. Viva a comunidade surda " UM ANO DE LEGENDAS " Faz hoje um ano que RTP iniciou o serviço de legendagem de programas em português através de teletexto,fruto de um protocolo entre o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Associação Portuguesa de Surdos. Assim,os mil e quinhentos surdos(totais ou parciais),foram os principais visados desta acção. Também os que,por qualquer razão,quiseram prescindir de som ou simultaneamente ouvir e ler o que era dito fizeram uso do serviço e puderam recorrer a vários textos "off" da grelha televisiva. A escolha de programação para o primeiro ano de actividade da legendagem em português por teletexto recaiu nos programas de informação,séries de humor,documentários e nas inevitáveis telenovelas. Ao todo foram para o ar 800 horas de emissão legendada,um número bastante superior ao inicialmente previsto. Aos deficientes auditivos foi também proporcionado que "participassem directamente em algumas tarefas de legendagem", segundo a RTP. Para saber o resultado,basta consultar a página 188 do teletexto e solucionar,durante a emissão, a página 887(para a RTP1) e a página 888( para a RTP2). - Teletexto - 15/ABRIL/2000. http://profsurdogoulao.no.sapo.pt/ [accessed 4 October 2002] IN THE NEWS… Jornal: Público Data: 11-10-1998 www.publico.pt/publico/EDI19981011/5oicx01.asp Legendagem para quem não ouve continua adiada A solução para os surdos poderem seguir programas portugueses na televisão já existe. Há condições técnicas na RTP para fazer legendagem de programas falados em português. E o processo não implica sequer qualquer incómodo para os outros espectadores: para aceder À legendagem, os surdos utilizariam uma página do teletexto da RTP, continuando as emissões com o seu aspecto normal para o restante público televisivo. Mas o início deste serviço ainda não está para breve, por falta de meios financeiros. “Neste momento não vejo hipóteses disso”, diz José Alberto Machado, subdirector de informação da RTP, sobre a introdução de legendagens em programas como as telenovelas, os documentários ou a Contra-Informação. As negociações entre o Estado, a RTP e as associações de deficientes auditivos a este respeito foram encetadas durante a gestão de Joaquim Furtado na televisão pública. De acordo com Pedro Luís Castro, director do departamento de teletexto da RTP, a televisão do Estado está “preparada para avançar” em termos técnicos com a legendagem de programas falados em português. Adianta ainda que este serviço terá utilidade não apenas para os surdos mas também “para os idosos que têm dificuldades auditivas e para os emigrantes de segunda ou terceira geração que seguem a RTP Internacional”. O presidente da Associação Portuguesa de Surdos (APS), Hélder Duarte, diz-se “zangado”, por não perceber “porque é que a RTP não avança”. O presidente da APS cita os exemplos da BBC e da TVE, onde a legendagem através do teletexto já está em funcionamento. Ainda segundo Hélder Duarte, a RTP já deu formação em legendagem a membros da APS. Entretanto, de acordo com Vitorino Vieira Dias, secretário Nacional para a Reabilitação e Integração de Pessoas com Deficiência, o Estado está em negociações com as associações de deficientes auditivos e com as cadeias de televisão no sentido de assegurar formas de acesso dos surdos portugueses ao audiovisual. Entre os projectos considerados estão as hipóteses da informação gestual (nos moldes do programas que já existe na RTP2) e da legendagem. Segundo Vieira Dias, trata-se ainda de “negociações introdutórias de carácter genérico, que exigem ponderação orçamental”. A TVI, pela voz da sua assessora de imprensa Clara Gonçalves, declarou desconhecer qualquer tipo de negociações. Já Marta Vale, da SIC, afirma ter havido contacto entre o canal de Carnaxide e o Governo, para avaliar a disponibilidade do Estado em apoiar financeiramente medidas para o acesso dos surdos às transmissões do canal líder de audiências. A SIC falou também com a APS para, segundo Marta Vale, “estudar hipóteses”, que “nunca passariam pela informação gestual”. Relativamente à informação gestual, ou seja, a introdução de um “quadradinho” no ecrã com um tradutor, Hélder Duarte é muito crítico. O presidente da APS afirma que esta solução é complicada de concretizar para os noticiários, visto que “a tradução simultânea é muito difícil, porque a leitura dos ‘pivots dos telejornais é bastante rápida”. Hélder Duarte acrescenta ainda que há muitos surdos que não sabem linguagem gestual. Além disso, o presidente da APS diz ser necessária a participação dos surdos no processo: “É preciso que nos noticiários haja surdos, que conhecem melhor como trabalhar” no contacto com os deficientes auditivos. Os “ouvintes”, segundo Hélder Duarte, “não sabem como funciona a sensibilidade dos surdos”. Pedro Ribeiro Jornal: Expresso Data: 02-04-1999 Página: 2 ANTENA NO AR TV PARA SURDOS – Os cerca de 20 mil surdos portugueses vão ser servidos, a partir de dia 15, por um sistema de legendagem dos programas de televisão transmitidos pela RTP em português. O acesso às legendas será feito por uma página especial do Teletexto. No início, a meta de legendagem será de 15 horas semanais. Foi assinado para o efeito um protocolo entre o Governo, a RTP e a Associação Nacional de Surdos. Jornal: Capital Data: 13-04-2000 Página: 31 Legendagem de programas em português completa um ano A legendagem de programas em português, disponibilizada oficialmente a 15 de Abril do ano passado, está prestes a completar um ano de serviço ininterrupto. Esta iniciativa é prioritariamente destinada aos surdos (totais e parciais) e também a todos quantos por uma ou outra razão têm que prescindir do som em determinada altura. Ao longo deste primeiro ano, a RTP legendou, através do Teletexto, 800 horas de emissões, entre programas de informação, humor, séries documentais e telenovelas. A iniciativa partiu do Secretariado Nacional para a Reabilitação, da Associação de Surdos e da própria estação. Para encontrar os programas legendados basta consultar a página 188 do Teletexto e, durante a emissão, pode seleccionar-se a página 887 para os programas exibidos na RTP1 e a 888 para os da RTP2. Várias produtoras externas, com quem a RTP trabalha, quiseram aliar-se a este projecto, fornecendo textos das suas produções, que são posteriormente adaptados, para garantir uma melhor compreensão a todos quantos têm dificuldades auditivas. Jornal: Diário de Notícias Data: 13-04-2000 Passaram um ano e oitocentas horas de legendas A legendagem de programas para surdos, iniciada em 1999 pelo canal estatal, “ultrapassou o número de horas acordado” No sábado, a RTP cumpre um ano de legendagem de programas em português. Durante os últimos 12 meses, o canal estatal, através do serviço de teletexto, legendou um total de 800 horas de programas, pondo deste modo ao alcance dos 150 mil surdos portugueses (totais ou parciais) programas anteriormente inacessíveis. Telenovelas, séries documentais e programas de informação e de humor foram as escolhas para este primeiro ano de actividade, permitindo-se assim a todos os telespectadores deficientes auditivos não apenas ver as imagens, mas também aceder ao texto off que suportava os programas escolhidos. Foi em 1999 que a RTP iniciou a legendagem de programas em português, um projecto que resultou de um protocolo celebrado entre o Secretariado Nacional para a Reabilitação, a Associação Portuguesa de Surdos e a própria RTP. E, após um ano de serviço ininterrupto, a estação da 5 de Outubro considera que “não só foi largamente ultrapassado o número de horas inicialmente acordado, como esta ideia permitiu que deficientes auditivos participassem directamente nalgumas tarefas da legendagem”. A colaboração de várias produtoras externas, com as quais a RTP assina contrato de produção e que apoiaram este projecto, têm facilitado todo o processo. Textos fidedignos das suas produções são entregues, sofrendo depois uma adaptação que permite a sua legendagem e, consequentemente, uma melhor compreensão por todos os que têm dificuldades auditivas (ou simplesmente querem prescindir do som em certos momentos, ou ainda pretendem ouvir e ler em simultâneo o que é dito. Para saber quais os programas legendados da grelha da RTP, basta consultar a página 188 do teletexto. Depois, e durante a sua emissão, deve seleccionar-se a página 887 para os programas emitidos na RTP1 e a página 888 para os programas da RTP2. Jornal: Expresso Data: 15-04-2000 Página: 2 Um ano de LEGENDAS FAZ hoje um ano que RTP iniciou o serviço de legendagem de programas em português através do teletexto, fruto de um protocolo entre o Secretariado Nacional para a Reabilitação e Associação Portuguesa de Surdos. Assim, os mil e quinhentos surdos (totais ou parciais), foram os principais visados desta acção. Também os que, por qualquer razão, quiseram prescindir de som ou simplesmente ouvir e ler o que era dito fizeram uso dos serviço e puderam recorrer a vários textos “off” da grelha televisiva. A escolha de programação para o primeiro ano de actividade de legendagem em português por teletexto recaiu nos programas de informação, séries de humor, documentários e nas inevitáveis telenovelas. Ao todos foram para o ar 500 horas de emissão legendada, um número bastante superior ao inicialmente previsto. Aos deficientes auditivos foi também proporcionado que “participassem directamente em algumas tarefas de legendagem”, segundo a RTP. Para saber o resultado, basta consultar a página 188 do teletexto e seleccionar, durante a emissão, a página 887 (para a RTP1) e a página 888 (para a RTP2). Revista: Visão Data: 07-12-2000 Página: 36 TELEFONE VERMELHO LEGENDAGEM EM DIRECTO A RTP está a desenvolver um sistema de reconhecimento de voz que permite a transcrição, tradução e legendagem da língua falada para texto. Os surdos serão os mais beneficiados com o Alert, sistema que funcionará no teletexto. O novo sistema será apresentado hoje por responsáveis da televisão pública que ainda não sabem quando o Alert entrará em funcionamento. Revista: Focus Data: 17-06-2001 Página: 60 A simples leitura de um artigo como este pode constituir um problema para muitos surdos, visto que o ensino da língua portuguesa nas escolas também parece ser deficiente. “Um surdo é idêntico, nas suas capacidades, a um ‘ouvinte’ dito normal. A principal dificuldade é a aquisição da língua. A sua é gestual, mas deve ser adquirida em condições idênticas às das crianças ‘ouvintes’. E tão cedo quanto elas”, explica Luís Clara, “ouvinte” e presidente da Associação de Famílias e Amigos de Surdos (AFAS). Por isso, defende que o Estado providencie o rastreio de todas as crianças até aos seis meses. Revista: Focus Data: 17-06-2001 Página: 61 A simples leitura de um artigo como este pode constituir um problema para muitos surdos, visto que o ensino da língua portuguesa nas escolas também parece ser deficiente. “Um surdo é idêntico, nas suas capacidades, a um ‘ouvinte’ dito normal. A principal dificuldade é a aquisição da língua. A sua é gestual, mas deve ser adquirida em condições idênticas às das crianças ‘ouvintes’. E tão cedo quanto elas”, explica Luís Clara, “ouvinte” e presidente da Associação de Famílias e Amigos de Surdos (AFAS). Por isso, defende que o Estado providencie o rastreio de todas as crianças até aos seis meses de idade, permitindo detectar a surdez a tempo, antes de ser ultrapassada a idade de aquisição da língua. Recentemente, realizou-se o III Congresso Nacional de Surdos, organizado pela Federação Portuguesa das Associações de Surdos (FPAS), sob o tema Mudou o Século… Mudaram os Nossos Direitos? O seu ponto mais alto foi a apresentação, debate e aprovação, por unanimidade, da Carta dos Direitos da Pessoa Surda, versão revista e alargada da anterior, que será brevemente entregue às entidades governamentais. “O surdo não pode ser visto como um caso patológico, mas como parte integrante de uma comunidade linguística e culturalmente diferente”, sintetizou durante a reunião Arlindo Oliveira, presidente da FPAS. Aquele dirigente anunciou a intenção de criar um centro nacional de intérpretes de LGP, de forma a disponibilizar um verdadeiro serviço, tão necessário à sua comunidade. “Não gosto do termo ‘deficientes auditivos’. Não somos coitadinhos, somos surdos” PAULO SILVA COSTA [LICENCIADO EM CIÊNCIAS INFORMÁTICAS] Também no congresso, Paulo Silva Costa, licenciado em Ciências Informáticas, surdo profundo e dirigente da Associação de Surdos do Porto, declarou que não aceita o termo “deficiente auditivo”, pois este “tem uma conotação negativa e parece sinónimo de coitadinho”. Na sua opinião, a designação correcta é “surdo”. Paulo Costa é, de resto, um verdadeiro lutador, pois conseguiu a licenciatura aos 24 anos, num país onde poucos surdos conseguem completar um curso superior. “Exigia-me um grande esforço pessoal e muito sofrimento”, explicou à FOCUS. “Passei horas intermináveis nas bibliotecas, mas consegui. Foi um sonhos, uma utopia que concretizei.” Paula Mouro é mãe de Joana, uma adolescente com surdez profunda. “Ouvinte”, como a maioria dos pais dos surdos, é no entanto uma excepção à regra, pois aprendeu a língua gestual apenas para comunicar com a filha. “Sinto que ela tem dificuldades na aprendizagem da sua própria língua”, afirmou. “É urgente a criação de cursos de LGP para crianças e jovens surdos.” Para Isabel Galhardo, professora de Apoio Educativo da Consulta de Surdez Infantil do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o importante é que os pais aceitem e compreendam os seus filhos surdos tal como eles são. “Trata-se de uma diferença que deve ser respeitada e não encarada como uma fatalidade. É necessário que a família e a sociedade auxiliem a integração da criança surda, para que se torne um ser humano escolar e socialmente produtivo, autónomo e responsável no futuro.” _____________________________ Maria do Rosário Hespanha Jornal: Correio da Manhã Data: 19-12-2001 Página: 13 TV obrigada a legendar para surdos Todos os programas exibidos pela RTP, através dos canais um e dois, para surdos, devem ser obrigatoriamente legendados ou traduzidos para Língua Gestual Portuguesa, segundo um projecto de Lei que o PEV apresenta hoje na Assembleia da República (AR). Este projecto propõe uma alteração na actual Lei da Televisão (n/o 31 A/98, de 14 de Julho), que no que concerne a esta questão inclui uma forma meramente “programática” e, que, por esse motivo, não tem estado a ser cumprida, disse à Agência Lusa a deputada de “Os Verdes” Heloísa Apolónia. No fundo, trata-se de transformar uma norma “programática” numa norma “obrigatória”, observou, defendendo estar eu causa “a garantia de um direito” que afecta directamente uma comunidade constituída por milhares de pessoas. Segundo dados da Associação Portuguesa de Surdos (APS), estima-se que existam em Portugal cerca de 150 mil surdos, além de outros milhares de pessoas que possuem deficiência auditiva em vários graus. A Língua Gestual Portuguesa é reconhecida desde 1997. Jornal: Público Data: 21-12-2001 http://jornal.publico.pt/2001/12/21/Media/R03.html Acesso dos Surdos à TV Garantido por Unanimidade O projecto de lei do partido “Os Verdes” que previa o alargamento do acesso de pessoas surdas aos programas de TV, tornando essa facilitação obrigatória para o serviço público, foi ontem unanimemente aprovado na Assembleia da República. Anteriormente, a lei previa apenas a garantia de acesso “de forma progressiva”, mas o novo diploma assegura a igualdade de acesso à informação e programação, levando a que a RTP tenha de estender a todos os programas a legendagem ou interpretação gestual destinada aos surdos. Jornal: O Independente Data: 21-12-2001 Página: 40 Surdos na RTP Das duas uma: legendas ou tradução gestual. Isto é o que “Os Verdes” defendem para todos os programas exibidos pela RTP no projecto de lei apresentado quarta-feira à Assembleia da República. Embora a actual Lei da Televisão contemple esta medida, raramente é posta em prática. Trata-se, portanto, de ‘transformar uma norma “programática” numa norma “obrigatória”’, como referiu a deputada Heloísa Apolónia. Quanto a encargos, esta medida não afecta a bolsa da RTP, uma vez que já possui meios técnicos para a activar. Mesmo que a iniciativa vingue na pública, vai ser difícil implementá-la nas televisões privadas. Actualmente, surdos e cidadãos com outras deficiências auditivas não têm acesso, por exemplo, a debates políticos como os restantes eleitores. AMC Jornal: Jornal de Notícias Data: 24-12-2001 Página: 45 Acesso de surdos à RTP Aprovada lei que obriga a linguagem gestual em todos os programas Todos os programas exibidos pela RTP, através dos canais um e dois, dever ser obrigatoriamente legendados ou traduzidos para Língua Gestual Portuguesa, segundo um projecto de Lei que o PEV apresentou e a Assembleia da República aprovou por unanimidade. Esse projecto introduz uma alteração da actual Lei da Televisão, que inclui uma norma meramente “programática”, tornando-a numa norma “obrigatória”. Segundo dados da Associação Portuguesa de Surdos (APS), estima-se que existam em Portugal cerca de 150 mil surdos, além de outros milhares de pessoas que possuem deficiência auditiva em vários graus. Para a deputada Heloísa Apolónia, do PEV, dotar “todos” os programas de legendagem ou de um intérprete de Língua Gestual (essencial, por exemplo, nas emissões em directo) não significará para a RTP um agravamento das despesas, já que a empresa possui todos os meios técnicos para activar esse procedimento. Salientando que os cidadãos surdos ou com deficiência auditiva estão “profundamente limitados no acesso à informação televisiva”, Heloísa Apolónia destacou como exemplo as campanhas eleitorais, em que nem os debates entre candidatos nem a mensagem do Presidente da República aos portugueses são objecto de legendagem ou tradução, quando se dirigem, afinal, a todos os eleitores. Opinião no mesmo sentido manifestou Hélder Duarte, dirigente da APS. Contactado pela Lusa, lembrou que a Constituição portuguesa consagra “o direito à igualdade” para todas as pessoas, masque esse princípio parece ser constantemente esquecido pelas televisões e pelo Governo. Para Hélder Duarte, e legendagem é fundamental “já que não serve apenas os surdos”, sendo uma ajuda importante para todos os cidadãos portugueses que ouvem com dificuldade. Nos EUA, disse, os direitos dos surdos já são respeitados pelas televisões há cerca de 20 anos. Em Portugal, o problema é que, mesmo que se consiga mudar a situação na RTP, enquanto serviço público, será sempre difícil actuar ao nível das televisões privadas, sustentou. A Língua Gestual Portuguesa é reconhecida oficialmente desde 1997. Jornal: (imperceptível) Data: 05-01-2002 Página: 45 ESTIMATIVA DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA Um universo de 30 mil surdos A FEDERAÇÃO Portuguesa das Associações de Surdos estima que em Portugal haja 30 mil cidadãos surdos. O Jornal da Tarde, o Parlamento, Novos Horizontes e o Acontece são os únicos programas a que a comunidade surda tem acesso. A RTP 1 exibiu há pouco tempo o filme “Capitães de Abril” e legendou-o. Para muitos surdos foi o primeiro filme que viram em português. Embora não utilize a linguagem gestual, a TVI, ao colocar em rodapé nos serviços informativos as principais notícias do dia, permite que estas sejam do conhecimento dos deficientes auditivos. Um número de programas reduzido, que a Federação considera insuficiente e que espera ver agora aumentado com o projecto-lei aprovado na Assembleia da República no dia 20 de Dezembro. O.M. Jornal: Público Data: 02-02-2002 Página: 59 Acesso de surdos à RTP Todos os programas exibidos pela RTP, através dos canais um e dois, devem ser obrigatoriamente legendados ou traduzidos para Língua Gestual Portuguesa, segundo um projecto de lei que o PEV apresentou e a Assembleia da República aprovou por unanimidade. Esse projecto introduz uma alteração da actual Leia da Televisão, que inclui uma norma meramente “programática” tornando-a norma “obrigatória”. Segundo dados da Associação Portuguesa de Surdos (APS), estima-se que existam em Portugal cerca de 150 mil surdos, além de outros milhares de pessoas que possuem deficiência auditiva em vários graus (…). Para Hélder Duarte (dirigente da APS), a legendagem é fundamental, “já que não serve apenas os surdos”, sendo uma ajuda importante para todos os cidadãos portugueses que ouvem com dificuldade. Nos EUA, disse, os direitos dos surdos já são respeitados pelas televisões há cerca de 20 anos. Em Portugal, o problema é que, mesmo que se consiga mudar a situação na RTP, enquanto serviço público, será sempre difícil actuar ao nível das televisões privadas, sustentou. A Língua Gestual Portuguesa é reconhecida oficialmente desde 1997.” < Jornal de Notícias, 24.12.01 Jornal: Jornal de Notícias Data: 27-02-2002 Página: 4 COMUNIDADE SURDA SEM INTÉRPRETES A Associação Portuguesa de Surdos acusa a SIC de tratamento discriminatório já que foram solicitados intérpretes de Língua Gestual Portuguesa para o debate e a estação de Carnaxide negou a prestação do serviço, invocando razões técnicas. Embora tenha sido prometida a transmissão do programa legendado na SIC Gols, a APS lembra que as pessoas surdas precisam de informação “que permita fazer uma escolha em igualdade de circunstâncias”. Jornal: Jornal de Notícias Data: 15-03-2002 Página: 60 Legendas para um milhão de surdos A RTP2 reexibiu, anteontem, o debate entre os líderes dos cinco principais partidos concorrentes às eleições legislativas, realizado no canal Um, totalmente legendado. O objectivo foi proporcionar o acesso à informação aos cidadãos surdos ou simplesmente deficientes auditivos, que se calcula que sejam cerca de um milhão de pessoas. Não foi tarefa fácil, pois tratou-se de transcrever um debate, por vezes bastante inflamado, travado em condições acústicas que nem sempre foram as melhores, com sobreposição de falas. E o tempo disponível para levar a cabo tal tarefa – menos de 12 horas – também tornou mais difícil a operação. A legendagem foi efectuada pela RTP Multimédia e uma equipa da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, coordenada por Josélia Neves. Os números são expressivos. Para apresentar as suas ideias ao eleitorado, cada um dos cinco intervenientes utilizou cerca de 3000 palavras. Ao longo das duas horas de debate, foram proferidas 17 mil palavras.
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