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15 de julho 2016
Revista de Imprensa
1. Bolsa de Lisboa, Antena 1 - Índice A1, 15-07-2016
1
2. Vales de Internacionalização, TSF - Negócios em Português, 15-07-2016
2
3. Porto de Setúbal e Volkswagen Autoeuropa prorrogam duradoura parceria por mais cinco anos, Cargo
Edições Online, 15-07-2016
3
4. Impostos sobre gasolina vai descer em agosto, Correio da Manhã, 15-07-2016
4
5. Sobe e desce, Correio da Manhã, 15-07-2016
5
6. Estudo consumo, Correio da Manhã - Sexta, 15-07-2016
6
7. Quente e Frio, Correio da Manhã - Sexta, 15-07-2016
7
8. Férias mais folgadas, Destak, 15-07-2016
8
9. Operação Marquês. PGR efetuou buscas a antigos gestores da PT, Dinheiro Vivo Online, 15-07-2016
9
10. Recuperação judicial da Oi com impacto de 43,6 milhões em 2.214 PME, Dinheiro Vivo Online, 15-072016
10
11. MP quer condenação de ex-administradores da Metro Mondego, Diário As Beiras, 15-07-2016
11
12. Buscas a Bava e Granadeiro na Operação Marquês, Diário de Notícias, 15-07-2016
12
13. Navigator puxa pela Bolsa, Diário de Notícias, 15-07-2016
13
14. Exploração de petróleo. Não, obrigado, diz o Futuro Limpo, Diário de Notícias, 15-07-2016
14
15. Procura de turistas britânicos por Portugal não diminuiu, Diário de Notícias da Madeira Online - Turismo
Online, 15-07-2016
15
16. Competitividade, investimento e crescimento económico hoje em debate | Economia | Dinheiro Digital,
Diário Digital Online - Dinheiro Digital Online, 15-07-2016
16
17. 22h30 - Promenade des Anglais, Expresso Online, 15-07-2016
17
18. Economia chinesa cresce 6,7% entre abril e junho, Expresso Online, 15-07-2016
21
19. Operação Marquês. Buscas a empresas e casa de Bava e Granadeiro, i, 15-07-2016
22
20. Governo lança programa de apoio às PME, i, 15-07-2016
24
21. OE2016. CGD e BES poderão ter "impactos negativos", i, 15-07-2016
25
22. PME Mil milhões chegam às empresas, Jornal de Notícias, 15-07-2016
27
23. Carney adia reacção ao Brexit para Agosto, Negócios, 15-07-2016
28
24. Literacia financeira alargada ao secundário, Negócios, 15-07-2016
29
25. Mil milhões de euros para "dar força" às empresas, Negócios, 15-07-2016
30
26. Procuradoria liga PT e ex-gestores à "Operação Marquês", Negócios, 15-07-2016
32
27. Poupança das famílias voltou a registar queda, Negócios, 15-07-2016
34
28. Prio investe 11 milhões para se aproximar das quatro grandes petrolíferas, Negócios Online, 15-07-2016
35
29. Galp aumenta produção de petróleo em 27,6%, Negócios Online, 15-07-2016
36
30. CPLP/20 anos: Membros têm de definir uma agenda comum, Notícias ao Minuto Online, 15-07-2016
37
31. Competitividade, investimento e crescimento económico em debate hoje, Notícias ao Minuto Online, 1507-2016
39
32. Portugal abaixo da média europeia na inovação, Observador Online, 15-07-2016
40
33. Concertação social discute competitividade, investimento e crescimento económico, Observador Online,
15-07-2016
42
34. Segurança alimentar é prioridade n.º 1 para a SGS - Entrevista a Olivier Coppey, OJE, 15-07-2016
43
35. Exportações de vestuário crescem 8,3% até maio. Espanha é mercado líder, OJE, 15-07-2016
44
36. Salários voltam a ter aumento superior à inflação, OJE, 15-07-2016
45
37. Mota-Engil expande para a Irlanda e cria sede no Reino Unido, OJE, 15-07-2016
46
38. Mira Amaral. BCE está a comprar tempo - Entrevista a Mira Amaral, OJE, 15-07-2016
47
39. Portugal muito atrativo para o investimento, OJE, 15-07-2016
49
A1
Duração: 00:01:29
Antena 1
ID: 65297237
OCS: Antena 1 - Índice A1
15-07-2016 08:43
Bolsa de Lisboa
http://www.pt.cision.com/s/?l=5a251c87
A Bolsa de Lisboa está a negociar em terreno negativo. O PSI20 perde 0,3%. A EDP e EDP Renováveis
estão a cair 0,5%, a Galp recua 1,7%, o BCP desce mais de 1,5% e o BPI sobe 0,6%, a NOS ganha
1,2% e a Pharol ganha 0,5%, a Jerónimo Martins e Sonae acumulam perdas de 1%.
Página 1
A2
Duração: 00:00:52
TSF
ID: 65296750
OCS: TSF - Negócios em Português
15-07-2016 07:50
Vales de Internacionalização
http://www.pt.cision.com/s/?l=44253eec
Para que servem os chamados Vales de Internacionalização e como podem ajudar as empresas? A
resposta a estas questões é dada amanhã numa sessão gratuita na sede da Câmara de Comércio e
Indústria Portuguesa, em Lisboa, pelo coordenador de desenvolvimento de negócio António Valente.
Página 2
A3
Porto de Setúbal e Volkswagen Autoeuropa prorrogam duradoura parceria por mais
cinco anos
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Cargo Edições Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.cargoedicoes.pt/site/Default.aspx?tabid=380&id=13580&area=Cargo
14/07/2016
Depois de duas décadas de colaboração entre o Porto de Setúbal e a Volkswagen Autoeuropa, a
parceria plasmada na concessão do Terminal Volkswagen/Autoeuropa foi renovada, com a confirmação
do alargamento do contrato por mais cinco anos. A vinda do novo modelo para a fábrica de Palmela,
em 2017, poderá incrementar o volume de produção de veículos e também, previsivelmente, da
movimentação através do Porto de Setúbal.
Assim, e como atesta o comunicado da APSS, "as ligações existentes irão ser reforçadas e poderá
haver mais destinos a serem servidos directamente a partir do Porto de Setúbal, o que reforçará a sua
importância no movimento roro, nos contextos nacional e internacional". De realçar que o Porto de
Setúbal é e continuará a ser o eixo de escoamento mais importante na exportação dos veículos
produzidos na Volkswagen Autoeuropa, o que contribui decisivamente para a liderança do porto na
movimentação ro-ro de veículos ligeiros em Portugal.
Os veículos do Grupo Volkswagen fabricados na Autoeuropa exportados pelo Porto de Setúbal, em
2015, superaram as 80 mil unidades, tendo como principais destinos a Alemanha, porto de Emden,
(principal hub logístico da VW), pela linha da VW Transport; a China, portos de Guangzhou, Shanghai
e Xingang, pela linha NYK; o Reino Unido, portos de Grimsby, Sheerness, Tyne, White Hill Point, pela
linha EML.
Não esquecer que a fábrica de Palmela da Volkswagen Autoeuropa foi considerada a melhor unidade
de produção de 2015, o que lhe valeu o prémio de melhor fábrica da marca, durante a conferência
anual de produção e logística da Volkswagen, realizada na Alemanha. Foi, inclusive, a primeira
unidade industrial instalada fora deste país a receber tal distinção.
Página 3
A4
ID: 65294487
15-07-2016
Tiragem: 140038
Pág: 29
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 21,26 x 21,53 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
FISCO
Imposto sobre gasolina
vai descer em agosto
NEUTRALIDADE O Aplicação da fórmula pode levar a descida até dois cêntimos por litro
ORÇAMENTO O ISP vai mudar em 2017 para os transportadores, para garantir competitividade
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Imposto Sobre os Combustíveis (ISP) vai baixar
na sua revisão trimestral
de agosto, depois de ter descido
um cêntimo em maio. Se com
pararmos os preços de referên cia da gasolina e do gasóleo
apurados pela Entidade Nado nal para o Mercado dos Combustíveis (ENMC) no mês de ja nei ro (mês de referência para a
aplicação da fórmula) e os preços de referência de ontem, ve rificamos que existiu uma subi da de 14 cêntimos por litro na
gasolina e 16 cêntimos no gasóleo. Para garantir a neutralida de fiscal da fórmula é previsível
O
COMBUSTiVEIS ESTÃO
MAIS CAROS AGORA DO
QUE ESTAVAM EM JANEIRO
que o ISP desça dois cênti
mos por litro.
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais esteve ontem no
Parlamento, a pedido do PSD,
para explicar como é aplicada a
fórmula do ISP que varia trimestralmente. Fernando Rocha
Andrade adiantou que este Im posto vai sofrer mudanças no
próximo Orçamento do Estado,
Fernando RochiAndrade (à dir.) explicou que o ISP sofrerá alterações no próximo Orçamento do Estado para 2017
de modo a que possa ser neutro cará aquém do inscrito no Or- reembolsos de IRS, tema que
para os profissionais, sem que çamento do Estado para este não constava do agendamento,
exista perda de receita fiscal. ano, mas que será compensada mas sempre adiantou que foAquele responsável governa - pelo aumento da receita em NA ram "reembolsados mais 120
mental referiu, a propósito da provocado pela subida do con- milhões de euros dogue o regis
aplicação da fórmula do ISP, sumo. Rocha Andrade recusou- tado na mesma altura do ano
que a receita deste imposto fi - -se a dar explicações sobre os passado". •
Página 4
A5
ID: 65294474
15-07-2016
O SOBE
CALDEIRA
CABRAL
MINISTRO DA ECONOMIA
Ministro quer
"dar toda a força"
ao relançamento
do investimento.
O programa Capitalizar chega às
empresas Já esta
semana.
Tiragem: 140038
Pág: 29
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 12,81 x 4,39 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
O DESCE
SUNDAR
PICHAI
PRES. EXEC. GOOGLE
A conclusão preliminar da Comissão Europeia dá
conta de que a
empresa abusou
da posição dominante na publicidade online.
Página 5
A6
ID: 65295038
15-07-2016 | Sexta
Tiragem: 140038
Pág: 20
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 3,21 x 8,54 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
ESTUDO
CONSUMO
A televisão continua a ser o formato de media mais
consumido em todo
o Mundo, com uma
quota de 41°/a do
tempo de consumo.
para uma média de
177 minutos despendidos por dia em
2015. segundo um
estudo da Zenith.
Página 6
A7
ID: 65295161
15-07-2016 | Sexta
Tiragem: 140038
Pág: 30
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 9,42 x 8,40 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
QUENTE
FRIO
Turismo algarvio
começa a época
com mais receita
Operações da
ASAE combatem
alojamento ilegal
A TAXA DE OCUPAÇÃO TURÍSTICA NO ALGARVE
em junho atingiu 81,9%,
mais 5,2 % do que no mesmo período de 2015. enquanto o volume de negócios aumentou 10.1N. Os mercados
británico. alemão e francés foram os que contribuíram mais
para a subida na taxa de ocupação do distrito de Paro. Alo,'arnerito subiu nos hotéis e
aparthotéis de 4 estrelas.•
A AUTORIDADE DE SEGURANÇA ALIMENTAR E ECONÓMICA (ASAE) está a fazer um "esforço redobrado"
no combate ao alojamento
paralelo. tendo detetado 41
estabelecimentos de alojamento local a operarem ilegalmente no primeiro semestre
do ano. A ASAE fiscalizou
mais de 500 locais onde se
desenvolveram de forma ilegal atividades económicas.•
Página 7
A8
ID: 65293641
15-07-2016
Tiragem: 70000
Pág: 23
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 21,00 x 12,09 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
DR
Férias mais
‘folgadas’
Os portugueses pensam
gastar mais em férias
este ano, cá dentro
e também lá fora.
REDAÇÃO
redaçã[email protected]
Ainda que a anunciada retoma
não tenha afastado do horizonte
nacional o desejo de poupança, os portuguesespensamgastarmaisdinheiro
nestas férias. A garantia é dada pelos
dados do Observador Cetelem, que
confirma que, em média, aqueles que
pretendem gozar os dias de lazer dentrodefronteirasplaneiamgastar€772,
o que representa um aumento de 22%
face ao ano anterior (€631). Tendência
que se mantém entre os que pensam
rumar ao estrangeiro. Aqui, pensa
gastar-se uma média de €1.496, mais
33% em relação aos €1.124 de 2015.
Irparaforacádentroéomotede56%
dos600inquiridos,valorquesobe6pontos percentuais face ao verificado no
ano anterior. E a razão nem sempre é
financeira.Aliás,onúmerodosqueafirmamqueficamporcáporquestõesmonetárias caiu de 31% para25%. Aestes
juntam-seosqueplaneiamirparafora
(15%), sendo Espanha o destino preferido, seguido de Inglaterra e do Brasil.
Poupar no alojamento
Apesardetudo,nopouparéqueestáo
ganho.Eéesseodesejode37%dosportugueses,dosquaisumamaioria(53%)
pensa fazê-lo, estas férias, cortando
noalojamento.Como?Optandoporpassar férias em casa de amigos e família.
Página 8
A9
Operação Marquês. PGR efetuou buscas a antigos gestores da PT
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Dinheiro Vivo Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=c43d5238
Zeinal Bava e Henrique Granadeiro terão sido alvo de buscas pela PGR. A PT Portugal, agora detida
pela Altice, já confirmou as buscas à sede
A Procuradoria-Geral da República realizou buscas "domiciliárias e não domiciliárias em vários pontos
do país, designadamente em instalações de diversas sociedades do grupo PT, em residências de
antigos gestores da empresa e num escritório de advogados", no âmbito da Operação Marquês que
investiga alegados crimes cometidos pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Nas buscas efetuadas na quarta-feira "procedeu-se à recolha de prova complementar àquela que já se
encontrava reunida nos autos", informou a PGR em comunicado. "Em causa estão eventuais ligações
entre circuitos financeiros investigados neste inquérito [da "operação Marquês] e os grupos PT e
Espírito Santo". Neste processo, que decorre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal
(DCIAP), "investigam-se factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, fraude fiscal e
branqueamento de capitais".
A PT Portugal, em Picoas, foi uma das empresas alvo de buscas, confirmou a operadora, agora detida
pelos franceses da Altice, ao Jornal de Negócios.
Henrique Granadeiro (antigo chairman da PT SGPS) e Zeinal Bava (ex-CEO) são segundo a SIC
Notícias os antigos gestores referidos no comunicado da PGR. As autoridades estarão a investigar se
foram pagas luvas a José Sócrates quando a PT saiu do capital da brasileira Vivo e entrou na Oi. "Não
confirmo, não desminto, nem comento", reagiu Henrique Granadeiro ao Expresso.
Ainda segundo a SIC Notícias também o gabinete de João Abrantes Serra terá sido alvo de buscas.
José Abrantes Serra é advogado da sociedade LSF, que tem como sócio Fernando Lima, tendo apoiado
a Portugal Telecom na venda da Vivo. O advogado confirmou ao Público as buscas: "Estiveram cá."
João Abrantes Serra é amigo de José Dirceu, antigo braço direito de Lula da Silva, detido no âmbito do
caso Lava Jato.
15.07.201601:04
Dinheiro Vivo
Página 9
A10
Recuperação judicial da Oi com impacto de 43,6 milhões em 2.214 PME
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Dinheiro Vivo Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=c0a5c525
O processo de recuperação judicial da
Oi teve um impacto de 158 milhões de reais (43,6 milhões de euros) em 2.214 micro e pequenas
empresas
O processo de recuperação judicial da brasileira Oi teve um impacto de 158 milhões de reais (43,6
milhões de euros) em 2.214 micro e pequenas empresas, segundo uma lista da operadora de
telecomunicações.
De acordo com informações da Agência Sebrae de Notícias, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), divulgadas hoje, quase 20% das 13 mil credoras da Oi são micro e
pequenas empresas.
A assessoria da empresa confirmou à agência Lusa que a lista foi incluída no processo de pedido de
recuperação judicial, que foi aceite pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a 29 de junho.
As dívidas podem prejudicar a sobrevivência das empresas em causa, cuja faturação anual, por lei,
não pode ultrapassar 3,6 milhões de reais (996.357 mil euros), segundo o Sebrae.
Este serviço de apoio às pequenas empresas lançou um projeto, em parceria com a Ordem dos
Advogados do Brasil, para orientar pequenos negócios a enfrentar uma recuperação judicial, seja
como credores ou como requerentes.
Através do Recupera MPE, o Sebrae está a enviar cartas aos proprietários de micro e pequenas
empresas que têm créditos com a Oi, explicando como devem agir nesse tipo de situação.
Também está prevista a discussão de medidas para preservar a continuidade dessas empresas no
mercado.
A Oi, a maior operadora de telefone fixo do Brasil e a quarta em rede móvel, apresentou o maior
pedido de recuperação judicial da história do Brasil, perante uma dívida total de 65,4 mil milhões de
reais (17 mil milhões de euros), para evitar a falência.
A Oi vendeu em 2015 a PT Portugal à empresa francesa Altice.
A Pharol, antiga PT SGPS, detém cerca de 27% da operadora de telecomunicações brasileira Oi.
Lusa 15.07.201601:35
Página 10
A11
ID: 65295116
15-07-2016
Tiragem: 12000
Pág: 7
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 13,74 x 30,50 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
MP quer condenação
de ex-administradores
da Metro Mondego
111 O Ministério Público
defendeu ontem a condenação de dois ex-administradores da Metro Mondego
acusados de peculato e suspeitos de utilizarem cartões
de crédito para pagar despesas em hotéis, restaurantes
ou supermercados.
Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) sublinhou que houve “utilização
abusiva dos cartões de crédito” atribuídos pela empresa
por parte de um antigo presidente da administração e um
ex-vogal, entre 2004 e 2007.
Os cartões deveriam ser destinados apenas a despesas
inerentes ao “exercício das
funções”, tendo-se registado várias utilizações durante
fins de semana, em levantamentos e pagamentos, em
hotéis, restaurantes ou supermercados, sublinhou a
procuradora do MP.
Ao todo, o Ministério Público contabilizou quase
100 mil euros de utilização
indevida de dinheiro na sociedade, que existe há cerca
de duas décadas para criar o
Metro Mondego, que nunca
foi concretizado.
Apesar de os valores já terem sido restituídos, a imagem do Estado “fica prejudicada” pela utilização “de um
bem móvel, distinta do fim
que lhe estava atribuído”.
A procuradora realçou ainda que, apesar de os ex-administradores acusados virem
do setor privado, tal facto não
quer dizer que nesse mesmo
setor se é dado “o cartão de
crédito para se fazer o que se
quiser com ele”.
Despesas de 100 mil euros
com cartões de crédito
Segundo vários órgãos
de comunicação social, as
despesas do ex-presidente
cingiam-se sobretudo a combustíveis e restauração. Já o
ex-vogal é suspeito de utilizar
o cartão de crédito da empresa para jogos de computador,
contas de supermercado, artigos de decoração ou no bar
de ‘striptease’ Elefante Branco, em Lisboa.
O advogado de defesa do
ex-presidente da Metro Mon-
dego alegou que a administração atuava com “singeleza
e modéstia”, tendo efetuado
despesas numa altura “de
grande azáfama”, na sociedade, face ao projeto do metro.
Algumas dessas, não documentadas, foram assumidas
como despesas pessoais, recordando que, na altura, se
preparava o lançamento do
concurso público do projeto.
“As pessoas restituíram o
que tinham de restituir”, sublinhou, recordando que o
ex-presidente pagou até uma
multa, quando foi objeto de
sanção do Tribunal de Contas. Segundo o advogado,
não fica provado que houve
“apropriação de bens”, nem
que o arguido “atuou com
intenção de apropriação”.
“Não há propósito direto ou
indireto de realizar crime”,
enfatizou, pendido a absolvição do seu cliente.
Já a defesa do ex-vogal realçou que este restituiu todas
as despesas que não estavam
relacionadas com o exercício
das funções ainda dentro do
prazo legal, referindo que
os dois arguidos “atuaram
como atuavam na gestão
privada”. Ou seja, o ex-vogal
estava habituado a utilizar
o cartão para todo o tipo de
despesas, acertando no final
da atividade o valor que era
devido à empresa.
“Temos é de estar gratos
a estes homens que deram
todo o seu esforço e mais algum para que as populações
não ficassem sem meio de
transporte”, disse, considerando que o seu cliente não
provocou qualquer dano à
sociedade.
Página 11
A12
ID: 65293705
15-07-2016
Tiragem: 25772
Pág: 10
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 15,99 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Zeinal Bava e Henrique Granadeiro lideraram PT até 2014, ano do colapso do FS
Buscas a Bava e Granadeiro
na Operação Marquês
Caso Sócrates. Autoridades fizeram ontem buscas a antigos gestores
e estiveram na PT. Em causa negócios que envolveram também o BES
JOÃO PEDRO HENRIQUES
Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos gestores da PT, terão ontem sido alvo de buscas judiciais
efetuadas no âmbito da Operação
Marquês, em que o principal arguido é o ex-primeiro -ministro
José Sócrates.
Os seus nomes foram ontem
avançados pela SIC, na sequência
de um comunicado da Procuradoria-Geral da República dizendo
que "no âmbito da designada Operação Marquês" se realizaram ontem "buscas domiciliárias e não
domiciliárias em vários pontos do
país, designadamente em instalações de diversas sociedades do
grupo PT, em residências de antigos gestores da empresa e num escritório de advogados". O DN tentou - em vão- contactar tanto Granadeiro como Bava. Ouvido pelo
Erpresso, Granadeiro afirmou: "Não
confirmo, não desminto nem comento."
Segundo o comunicado da PGR,
"em causa Inas buscas ontem realizadas estão eventuais ligações
entre circuitos financeiros investigados neste inquérito e os grupos
PT e Espírito Santo". "No decurso
destas diligências procedeu-se à
recolha de prova complementar
àquela que já se encontrava reunida nos autos" e na Operação Marquês investigam-se "factos suscetíveis de integrarem os crimes de
corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais". Segundo
a SIC, o escritório de advogados
alvo de buscas terá sido o de João
Abranges Serra, que apoiou a PT na
compra da empresa brasileira Vivo.
Em julho de 2015, o jornal Público noticiou que a justiça portuguesa estaria a investigar "o envolvimento politica no negócio de venda à Telefónica das ações da PT na
brasileira Vivo e o cruzamento de
posições acionistas com a operadora brasileira Oi" - um negócio de
2010 que "envolveu 7,5 mil milhões
de euros". "Suspeitas de beneficias
financeiros, no valor de várias dezenas de milhões de euros, concedidos a governantes, acionistas e
Investigação ao
ex-primeiro-ministro
já tem mais de uma
dezena de arguidos
quadros de topo das operadoras
podem estar na origem das averiguações." Em junho de 2010, José
Sócrates, como primeiro-ministro,
acionou a golden share que o Estado português então detinha na P1'
para impedir que esta vendesse à
Telefónica as ações que detinha na
brasileira Vivo.
A PT foi vítima em 2014 do colapso do Grupo Espírito Santo.
A empresa tinha comprado quase
900 milhões de dívida a uma das
holdings do GES, a Rioforte, dívida
nunca ressarcida. Os franceses da
Altice compraram a empresa portuguesa por cerca de sete mil milhões de euros.
A Operação Marquês já conta
com mais de uma dezena de arguidos, entre os quais o ex-primeiro- ministro José Sócrates, que está
indiciado pelos crimes de fraude
fiscal qualificada, branqueamento
de capitais e corrupção passiva
para ato ilícito.
Entre os arguidos no processo
da Operação Marquês estão ainda
a ex- mulher de Sócrates, Sofia
Fava, o ex-administrador da CGD
e antigo ministro socialista Armando Vara e a sua filha Bárbara
Vara. Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro- minist ro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna,
antigo motorista do ex-líder do
PS, Paulo I.alanda de Castro, do
grupo Octapharma (que empregou Sócrates quando este deixou
de ser primeiro-ministro). Inês do
Rosário, mulher de Carlos Santos
Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários
Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão
de Ferro.
O Ministério Público enviou
uma carta rogatória para Angola
para constituir arguido o empresário luso-angolano Helder Bataglia.
A Operação Marquês foi tornada pública em novembro de 2014,
com a detenção de José Sócrates.
O ex-primeiro-ministro esteve
preso preventivamente quase 11
meses. Ainda não saiu a acusação.
Página 12
A13
ID: 65293813
15-07-2016
Tiragem: 25772
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 13,20 x 6,46 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Navigator puxa pela Bolsa
A decisão do Banco de Inglaterra de não ativar nenhuma medida de estímulo para
combater os efeitos do brexit, ao contrário
do que esperava o mercado, não desencorajou os investidores - o PSI 20, o principal
barómetro do mercado de ações lisboeta,
ganhou ontem mais 0,66%. Razão: o governador Mark Carney deu já a entender que,
na reunião de 4 de agasto, será inevitável um
corte nas taxas de juro britânicas, o primeiro desde março desde 2009. A Navigator foi
a empresa que mais impulsionou a Bolsa.
A ex-Portucel ganhou 2,12%, depois de ter
sido incluída na lista de ações recomendadas pelo Haitong. O preço-alvo é de quatro
euros. A EDP também deu alguma energia
-a empresa liderada por António Mexia subiu 0,8%, ainda antes do anúncio de um aumento de 19%, no primeiro semestre, na
eletricidade produzida no mercado ibérico
liberalizado. Destaque para a Pharol
(+13,02%), a beneficiar da forte subida da
brasileira Oi; e para a Mota-Engil (+7,15%),
que ganhou contratos no Malawi, Moçambique, Angola e Brasil, no valor de 380 milhões de euros.
Página 13
A14
ID: 65293830
15-07-2016
Tiragem: 25772
Pág: 19
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 17,82 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Exploração de petróleo. Não,
obrigado, diz o Futuro Limpo
Contestação. Movimento de cidadãos, criado para travar prospeção e exploração de hidrocarbonetos em Portugal, fez a primeira sessão pública em Lisboa. Promete o debate e muita luta
FILOMENA NAVES
A contestação à prospeção e à exploração de petróleo e gás natural
no Algarve e no país ganhou ontem
nova dimensão com a primeira
ação pública do recém-criado movimento de cidadania Futuro Limpo, que pede a cessação de todos os
contratos e promete não baixar os
braços até lá. O dia ficou também
marcado pelo arranque da batalha
nos tribunais, com a Associação de
Municípios do Algarve (AMAL) a fa'Lera entrega no Tribunal Administrativo de Loulé de duas providências cautelares, a pedir a impugnação das ações de prospeção e
exploração na região.
As providências cautelares referem-se ao contrato do consórcio
EN1 /GALP da Portfuel- Petróleos e
Gás de Portugal, Lda, que têm ações
previstas para Aljezur, no mar e em
terra. O objetivo, como referiu à
Lusa Jorge Botelho, o presidente da
AMAL , "é parar os atos materiais
que têm que ver com a execução
desses contratos (celebrados entre
o Estado Português e aquelas em-
presas( com base num conjunto de
normas e de leis nacionais e europeias que consideramos que foram
violadas". O objetivo final é a anulação dos contratos.
Batalha passará pelos tribunais
Na sessão de apresentação pública
do Futuro Limpo. no Cinema São
Jorge. em Lisboa, que contou com a
participação de mais de uma dezena de associações e movimentos
ambientalistas e de inúmeras personalidades e cidadãos que contestam a pesquisa e a exploração de hi"FOI UM PROCESSO
OBSCURO, SEM
ENVOLVIMENTO DA
POPULAÇÃO E DOS
AUTARCAS. É UM INSULTO
À DEMOCRACIA"
Lukusaiwurr
,OT;IOLITGA. PRUMO TORA
DO MOVIME NT O FUTURO
LIMPO
(1rocarbonetos em Portugal, ficou
claro que a luta passará pelos 1 ribunais. "Estamos a estudar as opções
jurídicas", adiantou ao DN a professora universitária e investigadora
I ália Seixas, uma das promotoras do
movimento.
Essencial será também a mobilização da opinião pública e o trabalho em rede entre as várias associações. "Vamos fazer várias sessões de debate, muitas pessoas
ainda desconhecem a questão", diz
Júlia Seixas.
A socióloga Luisa Schmidt, outra
das promotoras do Futuro Limpo,
concorda. "Este é o momento de fazer um debate e de dizer que há alternativas, como as energias renováveis, o desenvolvimento sustentável, o turismo de natureza. Este
governo tem a obrigação de travar
este processo."
O Futuro Limpo já pediu, entretanto, audiências aos ministros do
Ambiente, do Mar e da Economia e
tenciona intervir também no âmbito da consulta pública que está a decorrer até 3 de agosto sobre o furo
previsto paraAljezur (ontem alvo de
providência cautelar). "Queremos
DEBATE
Fundamentos para
uma discordância
> O primeiro dos motivos contra a prospeção e a exploração de petróleo e gás natural
em Portugal tem que ver com
as alterações climáticas. Um
investimento deste tipo, feito
agora, só poderia ser explorado em pleno dentro de duas
décadas, em frontal oposição
com os compromissos que
Portugal assumiu de redução
de emissões, no âmbito do
Acordo de Paris, defende o
movimento Futuro Limpo.
Mas há outras razões. Entre
elas, os riscos ambientais,
como o da contaminação da
água e dos recursos naturais,
devido aofracking (uma técnica prevista nos contratos),
que se sabe poder desencadear também fenómenos sísmicos. E o Algarve é uma das
zonas mais sísmicas do país.
travar o processo na fase iniciar. sublinha Júlia Seixas, sublinhando que
ações de "âmbito europeu e internacional" são outra frente possível
de batalha.
O Futuro Limpo surgiu na sequência de um manifesto promovido por Júlia Seixas, I -Lisa Schmidt e
o realizador António-Pedro Vasconcelos, entre outros, que foi publicado em maio, subscrito por cerca de uma centena de personalidades das artes, ciência e cultura. Ali
se fundamenta porque a escolha da
prospeção e exploração de petróleo
em gás "não é a escolha certa para
Portugal". Ontem, na intervenção
final na sessão, Luisa Schmidt voltou lembrá-los.
Ao DN. a socióloga resume o que
que está em jogo: "Trata-sede uma
escolha em contraciclo nas políticas de combate às alterações climáticas, em tennos mundiais e nacionais e, por outro lado, é economicamente desastroso, porque as
contrapartidas financeiras para o
Estado, e portanto para os cidadãos, são ridículas." Mas há mais.
'Ambienta lmente inaceitável, com
riscos subavaliados, que põem em
causa outras atividades económicas como o turismo, que representa 15% do PIB." Além disso, justifica, "os contratos de concessão são
juridicamente obsoletos, baseados
numa lei de 1994 em que se prevê
que eventuais litígios serão resolvidos em tribunais arbitrais privados,
à porta fechada. É politicamente
inaceitável. Estes são processos
obscuros, sem informação, sem
debate, sem esclarecimento às populações e autarcas, e sem o seu
envolvimento. É um insulto à democracia", conclui a socióloga.
Página 14
A15
Procura de turistas britânicos por Portugal não diminuiu
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
Meio:
Diário de Notícias da Madeira Online - Turismo Online
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=3a52ed96
A procura de turistas britânicos por Portugal, cujo número cresceu este ano a um ritmo recorde, não
diminuiu, apesar do referendo que votou a saída do Reino Unido da União Europeia, afirmou hoje a
secretária de Estado do Turismo.
"Não houve um abrandamento da procura no seguimento do 'Brexit' [saída do Reino Unido da UE]",
garantiu Ana Mendes Godinho à agência Lusa, que esteve no país para uma série de encontros com
operadores turísticos, representantes de companhias aéreas e associações de agências de viagens.
A governante afirmou que existe um "grande ponto de interrogação" sobre o impacto das negociações
e das políticas que forem implementadas.
Porém, disse que é preciso manter a "serenidade" e acompanhar a evolução do mercado "em diálogo
permanente com os operadores", e mantém "perspetiva positivas" sobre o futuro.
"Os ingleses não deixaram de passar férias e vão sempre passar férias", disse.
Nos primeiros quatro meses deste ano, o número de turistas disparou 19,2% em relação ao período
homólogo de 2015, quando já tinha aumentado 8,7%, adiantou.
Este é um resultado do aumento da capacidade aérea para Portugal, não só de Londres mas de outros
aeroportos britânicos.
Segundo Ana Mendes Godinho, Portugal é valorizado como um destino turístico, enfatizou, não só pelo
clima, mas também pela hospitalidade, beleza e segurança.
A secretária de Estado do Turismo falava após a reunião, que visou consultar parceiros para a criação
da Estratégia Turismo 2027 (ET27), que pretende, segundo um comunicado emitido hoje, "identificar
prioridades e opções e promover a integração das políticas setoriais que influenciam a atividade do
turismo e assegurar uma estabilidade nas políticas públicas do turismo até 2027."
Algarve, Madeira e Lisboa continuam a ser as zonas mais populares, mas hoje os operadores
transmitiram o desejo de ter mais informação sobre outras regiões menos conhecidas.
Quanto ao Algarve em particular, há a vontade de combater a sazonalidade e explorar a região como
um destino de inverno, que oferece também eventos culturais e turismo de natureza, como
caminhadas e percurso de bicicleta.
21:46 14 Julho, 2016
Página 15
A16
Competitividade, investimento e crescimento económico hoje em debate | Economia |
Dinheiro Digital
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
Meio:
Diário Digital Online - Dinheiro Digital Online
15-07-2016
URL:http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=251623
HOJE às 08:14
A competitividade, o investimento, o crescimento económico, a internacionalização e o financiamento
das empresas são hoje os temas em discussão na reunião de concertação social entre o Governo e os
parceiros sociais.
Da ordem de trabalhos da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social de hoje consta
ainda a saúde e segurança no trabalho e a programação do próximo semestre de reuniões de
concertação.
A reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social conta com a participação do
ministro da Economia.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não pode comparecer, pois estará no
Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), em Bratislava, por isso o tema
dos fundos comunitários só poderá ser discutido no dia 22.
Dinheiro Digital com Lusa
Página 16
A17
22h30 - Promenade des Anglais
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Expresso Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=59dc885a
O tempo era de festa. Nas cidades, vilas e aldeias de França celebra-se, a 14 de julho, a Tomada da
Bastilha, o evento decisivo para o início da Revolução Francesa. Entre os múltiplos programas
organizados por cada comunidade, há uma constante, das maiores cidades, às mais recônditas
aldeias: o fogo de artifício. Foi assim, ontem, em Paris. Foi assim em Nice, uma cidade da Côte d'Azur.
Uma multidão concentrou-se no Promenade des Anglais para assistir ao momento alto da noite. Pouco
passava das 22h30 locais e, de repente, os gritos, a dor, os olhares aterrorizados, o desespero, as
correrias desordenadas, o pânico. E de repente, onde havia vida tresandava a morte. Onde havia
alegria, escorriam lágrimas. Onde havia prazer e confraternização, sobrava apenas a frustração. Um
camião conduzido por um franco-tunisino de 31 anos investira contra aquelas mulheres, aqueles
homens, aquelas crianças. A fúria selvagem daquela massa mecânica sobre tanta gente que nada
mais queria, a não ser desfrutar do prazer de assistir ao fogo de artifício, deixa pelo caminho um
discurso de morte. Às 6h15 da manhã em Portugal, estavam já contabilizados, pelo menos, 84 mortos
e dezenas de feridos, e 18 em estado muito grave. O presidente francês, François Hollande, já
prorrogou por mais três meses o Estado de Emergência, que devia terminar a 26 de julho.
Nenhuma organização de qualquer natureza reivindicou, até o momento, a autoria do ataque. O
condutor do camião alugado há dois dias terá disparado alguns tiros e foi abatido no local pela polícia
francesa. Pela documentação encontrada no veículo as autoridades conseguiram perceber que se
tratava de um indivíduo já referenciado pela polícia, não por suspeitas de ligações a algum movimento
terrorista, mas por crimes de delito comum. As próximas horas serão cruciais para perceber a
existência, ou não, das reais motivações incentivadoras de um ato que, em si mesmo, espalhou uma
onda de terror, não apenas pela cidade de Nice, onde vivem 10 mil portugueses. As imagens
transmitidas ao longo da noite pela cadeia de televisão France 24 são demolidoras quanto ao estado
de espírito de uma população francesa massacrada por sucessivos ataques mortíferos. O terror
espalha-se como uma onda e provoca infindáveis danos colaterais. Desencadeia rumores, notícias
infundadas, amplificações do drama. Ontem à noite, pouco tempo depois do ataque, já as redes
sociais estavam inundadas de boatos. Do facebook, do Twitter, os rumores saltavam para as
televisões, e já se falava da tomada de reféns em hotéis, de um incêndio em Paris junto à Torre Eiffel,
divulgavam-se fotos falsas, seja dos acontecimentos, seja de pessoas tidas como desaparecidas em
Nice. Às 0h37 locais, o ministro do Interior francês via-se forçado a divulgar um Twitter através do
qual assegurava não haver qualquer tomada de reféns.
As imagens já divulgadas sobre o momento em que o camião se lança contra as pessoas presentes no
passeio marítimo são brutais. Há uma crueldade infinita a rasgar aquele momento de comunhão de
um povo. O dia da festa nacional de França. Há uma perplexidade incontida face à multiplicação de
perguntas às quais podem ser dadas tantas respostas que, no final, não sobra qualquer resposta.
Estamos cansados de mortos. Estamos cansados desta incerteza quotidiana. Estamos cansados de ver
as mesmas e ineficazes respostas para problemas cada vez mais complexos. Estamos cansados de ver
a cada vez mais previsível reação a cada ataque. Mais tanques nas ruas. Mais polícias muito
artilhados. Mais ações na Síria e no Iraque, como ontem se apressou a anunciar François Hollande.
Estamos cansados de guerra.
Página 17
OUTRAS NOTÍCIAS
Preso por ter cão e por não ter
Subverto e recupero de imediato a secção "O que ando a ler" porque tenho há uma semana uma frase
a martelar-me a cabeça. O título aqui escolhido não é de tão fino recorte literário, mas percebe-se a
ideia. Abala-me a profundidade filosófica do conceito contida numa expressão com a força das
declarações de lugar certo no Olimpo das citações, a par de um Churchill, de um Rei Lear, de um
Platão, sei lá, de um Walt Disney: "É-se criticado por ter cão e por não ter", disse José Manuel Durão
Barroso a propósito da sua contratação pela Goldman Sachs. Não percebo, de resto, como pôde o
mundo político ter andado décadas distraído e incapaz de aproveitar o potencial contido numa frase
como esta.
Ontem, por vários motivos, o tema Barroso veio de novo à superfície e com grande intensidade.
Hollande passou ao ataque e foi demolidor para com Monsieur Barroso. Numa entrevista à TF1
considerou a sua opção "moralmente inaceitável".Já outros membros do governo francês tinham sido
bem duros para com o ex-presidente da Comissão Europeia, que, sem honra, nem glória, fizera na
passada segunda-feira a capa do Libération. O título: "Sans foi ni Loi". Por cá, PSD e CDS têm
manifestado a maior das compreensões por esta transferência para uma poderosa instituição
financeira. Ricardo Costa tenta, no Expresso Diário, enquadrar o assunto. Num primeiro tempo
desqualifica as críticas que têm sido feitas a Barroso, mas acaba a dizer que o seu maior erro foi
contribuir de forma definitiva para todas as conspirações que existem sobre política e finança .
Nunca lhe perguntei, aliás, creio nunca na vida lhe ter perguntado coisa alguma, mas suspeito ser
aquela máxima de Barroso, por estes dias, o pensamento dominante de António Costa. O Primeiro
Ministro tem nos braços um governo emparedado, tão acutilante parece ser a ameaça das sanções da
Comunidade Europeia, assunto que, curiosamente, não é assunto para a comunicação social
espanhola. Costa quer evitar as sanções, mas por outro lado pouco terá feito para as evitar, acusam
PSD eCDS. Lá está, preso por ter cão, preso por não ter. Em entrevista ao DN, Passos Coelho diz que
a decisão de Bruxelas de castigar Lisboa por não cumprir o défice "é incompreensível", mas
responsabiliza o governo, que terá deixado que esse castigo acontecesse "por passividade".
Zeinal Bava e Henrique Ganadeiro voltaram a ocupar o centro das notícias. A SIC anunciava ontem à
noite que as suas casas tinham sido alvo de buscas. Mais tarde, a Procuradoria-Geral da República
confirmava as buscas no âmbito da "Operação Marquês". Em causa estão eventuais ligações entre
circuitos financeiros investigados naquele inquérito e os grupos PT e Espírito Santo.
Os próximos dias serão de muito calor, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A
temperatura máxima irá registar valores superiores a 30ºC em praticamente todo o território. As
instituições de saúde têm vindo a divulgar algumas recomendações, às quais devem dar particular
atenção os mais idosos. Assim, é importante manter o corpo hidratado e fresco; proteger-se do calor;
utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30; manter as casas frescas. Pode encontrar aqui
todas as recomendações proporcionadas pelo Serviço Nacional de Saúde.
Os tribunais, diz o Público, estão a recusar o acesso das famílias a planos de recuperação financeira.
Pela primeira vez, a adesão ao mecanismo alternativo á insolvência está em queda e os juízes
consideram que só as empresas podem recorrer a estes processos.
Através do Negócios ficamos a saber que o IRS discrimina divorciados. As regras impedem a divisão
dos filhos na declaração de rendimentos e, na prática, um dos progenitores fica a perder para o outro.
No DN dá-se conta de uma realidade preocupante quando se noticia que os hospitais públicos estão
cada vez mais dependentes de tarefeiros. Nos primeiros cinco meses deste ano, os serviços já
gastaram mais cinco milhões de euros do que em período homólogo do ano passado.
Página 18
Beyoncé, Alicia Keys, Rihanna, Bono, ou Pharrell Williams são alguns dos artistas que num vídeo
emocionado e emocionante falam sobre a morte de negros alvejados pela polícia norte-americana. É
uma ação inserida na campanha #23Ways, pensada para denunciar as injustiças raciais nos Estados
Unidos da América. O objetivo é conseguir juntar EUR140 milhões - o exato custo do envio para o
espaço da nave Apollo - para investir aquele dinheiro em programas destinados a zonas
desfavorecidas. Vão ter críticas. Se não falam, é porque não falam. Se falam. Lá está o problema do
cão.
FRASES
"Cada vez tenho menos dúvidas que com a prossecução desta política europeia e com este pacto,
muito dificilmente a Europa virará a sua trajetória económica e encontrará um caminho robusto de
crescimento económico". António Costa, Pirmeiro Minsitro
"Portugal fez um esforço estrutural muito maior do que a França". Pedro Passos Coelho em entrevista
ao DN
"Juridicamente é possível (ida de Barroso para a Goldman Sachs), mas moralmente é inaceitável".
François Hollande, presidente da república francesa
"A decisão de Durão Barroso demonstra a enorme promiscuidade que existe hoje entre as instituições
da EU e o grande capital financeiro". João Ferreira, eurodeputado do PCP na SIC Notícias
O QUE ANDO A LER E A OUVIR
Já se percebeu que ando a tentar entender a dimensão filosófica da frase "É-se criticado por ter cão e
por não ter". Já passei os olhos por Aristóteles, Heidegger, Marx, ou Deleuze, Nem assim chego lá.
Creio, até, que vou por fim decidir-me a fazer a assinatura da Philosophie Magazine. Entendamo-nos,
a frase não é dita pelo motorista do autocarro em altercação com um passageiro apressado. Sai da
sibilina boca do ex-presidente da Comissão Europeia. Tem de significar algo de sublime. Temos de
entender. Para isso lemos.
Por exemplo, Manuel Jorge Marmelo, vencedor do prémio do Festival Correntes d'Escritas com o livro
"Uma mentira mil vezes repetida". Sai-se agora com "Macaco Infinito", todo ele passado num bordel
onde impera Paulo Piconegro, o patrão paralítico, sentado numa cadeira de rodas, que tudo controla e
a quem todas as putas (é o termo escolhido pelo autor) veneram, algumas desejam, e outras seguem
com olhar servil. Deliciosa metáfora sobre a Europa que temos e o tempo que nos coube viver, o
romance parte de uma ideia genial: se sentarmos um macaco a uma máquina de escrever por tempo
indeterminado e sem limite, o animal acabará por conseguir escrever uma obra-prima ao nível de um
Shakespeare ou de um Cervantes. Wakaso, o criado negro, está lá, ao serviço de Piconegro, para
demonstrar a eficácia do teorema do Macaco Infinito.
Leitura quase terminada é o muito bom - não obstante o título, não obstante a capa - "Doce Carícia",
de William Boyd. Fez-me lembrar a monumental biografia do desconhecido poeta novecentista Tiago
Veiga, escrita por Mário Cláudio. Também aqui, o premiado Boyd inventa umj biografia, a da fotógrafa
Amory Clay e aproveita para contar três histórias: a da fotografia, a do século XX e a de Amory.
Nascida com os alvores da I Grande Guerra, atravessa o século de máquina em punho. Vive as
consequências do escândalo provocado por uma sua primeira exposição com fotos de mulheres nuas
num bordel de Berlim, fotografa festas sociais, é agredida numa manifestação fascista em Londres, faz
reportagem de guerra, e, enquanto viaja ao passado, transporta-nos para as deambulações do seu
presente. Amory é uma poderosa voz feminina, mesmo se em dada altura se classifica a si própria
como uma relíquia do passado.
Amanhã o Expresso começa a publicar uma seleção de obras de Camilo Castelo Branco. Arranca com
"Amor de Perdição", que deu um dos grandes filmes de Manoel de Oliveira. Escrito em apenas 15 dias,
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quando Camilo esteve preso na Cadeia da Relação do Porto devido aos amores adúlteros com Ana
Plácido, com quem compartilhou cadeia, mas em celas diferentes, o romance retrata a tragédia
amorosa entre Teresa Albuquerque e Simão Botelho, figura inspirada, outros diriam decalcada, de um
tio de Camilo. Era visto como um permanente causador de problemas e acabou enviado para o
degredo, não por qualquer crime passional, como Simão Botelho, mas por crimes bem mais graves.
Na cadeia, Ana Plácido dispunha de criada e tinha um piano ao seu dispor. Conta-se que quem por ali
passava conseguia por vezes ouvir a lânguida voz de Ana a tocar e cantar árias da Traviata. Uma boa
forma de entrar nos bastidores desta criação camiliana é pegar no indispensável "Camilo Broca", de
Mário Cláudio, até para se ficar a saber que "Brocas" era um dos apelidos da família de Camilo. Já
agora, aproveite para visitar a Cadeia transformada em Centro Português de Fotografia e visite a cela
onde o escritor esteve preso.
Está servido o seu Expresso Curto. Ao longo do dia terá toda a informação no Expresso On line e no
Expresso Diário. Ao longo dos próximos dias experimente ouvir os artistas que preenchem o cartaz do
Festival Músicas do Mundo, que decorre em Sines de 22 a 30 de julho. É, no género, um dos melhores
da Europa e traz-nos as músicas que escapam às formatadas listas da generalidade das rádios.
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A21
Economia chinesa cresce 6,7% entre abril e junho
Tipo Meio:
Internet
Data Publicação:
15-07-2016
Meio:
Expresso Online
Autores:
Margarida Maria Cardoso
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=d43cc139
Desempenho da segunda maior economia do mundo está em linha com expetativas do governo atingir
um crescimento de pelo menos 6,7% este ano
A economia chinesa fechou o segundo trimestre do ano com um crescimento de 6,7% do PIB face a
período homólogo. Comparativamente aos primeiros três meses do ano, o crescimento foi de 1,8%.
"Os números do PIB estão em linha com as expetativas gerais", comenta Chen Xingdong, o ecnomista
chefe do BNP Paribas SA para a China em Pequim, citado pela agência Bloomberg.
O índice de produção industrial cresceu 6,2% em junho, comparativamente ao mesmo mês do ano
passado, aos 6% do Maio último e às projeções que aponavam para uma taxa de 5.9%. As vendas no
retalho subiram 10,6%, acima da estimativa de um crescimento de 9,9%.
Os números, dizem os analistas, pocdm indicar uma tendência de recuperação da economia chinesa,
em reação às medidas de estímulo do crescimento económico, mas é a taxa de crescimento trimestral
do PIB mais baixa registada no país desde 2009.
Depois de três décadas a crescer a uma média próxima dos 10% ao ano, o crescimento da economia
chinesa em 2015 foi de 6,9%, o nível mais baixo em mais de 20 anos.
Num comentários aos números hoje divulgados, o porta-voz do Gabinete de Estatísticas da China,
Shen Laiyun, refere as "complicadas condições internas e externas" e as "pressões cada vez maiores"
que o país enfrenta, mas sublinha que a economia dá sinais de "estabilidade" e apresenta uma "base
sólida" para alcançar a meta definida.
No entanto, alerta para as dificuldades que o país enfrenta a nível interno e externo e a necessidade
de dar continuidade ao plano de reformas estruturais do país, enquanto se potencia a procura.
Palavras-chave
15.07.2016 às 8h55
Margarida Cardoso
Página 21
A22
ID: 65294251
15-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 48
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Buscas foram feitas esta quarta-feira em vários pontos do país, nomeadamente em casa de Granadeiro
h ,SÉ. ShRL:10
Operação Marquês.
Buscas a empresas e casas
de ex-gestores do grupo PT
Casas de Henrique Granadeiro e Zeinal Bava terão sido revistadas
por ligação da empresa de telecomunicações e do Grupo Espírito Santo
a "circuitos financeiros" investigados no processo de José Sócrates
PEDRO RAINHO
pedra [email protected]
Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)
estiveram esta quarta-feira nas instalações da PT e em casa de ex-gestores da
empresa para recolher "prova complementar" no âmbito da Operação Marquês.
Um escritório de advogados também foi
alvo dc buscas.
A informação foi divulgada ontem, já ao
final da tarde, pela Procuradoria-Geral
da República (PGR). "No âmbito da designada Operação Marquês, realizaram-se
(...) buscas domiciliárias e não domiciliárias em vários pontos do país, designadamente em instalações de diversas sociedades do grupo PT. em residências de
antigos gestores da empresa e num escritório de advogados", refere a PGR num
comunicado sobre os mais recentes desenvolvimentos da investigação.
As buscas estarão relacionadas com
"eventuais ligações entre circuitos financeiros investigados neste inquérito e os
grupos PT e Espírito Santo". Entre os revistados desta semana poderão estar os antigos administradores da PT Zeinal Bava c
Henrique Granadeiro - a informação foi
avançada pela "SIC Notícias" mas, até ao
fecho desta edição, não tinha sido confirmada pelos dois ex-gestores visados. "Não
confirmo, não desminto, nem comento".
limitou-se a dizer Henrique Granadeiro
ao "Expresso".
A sociedade LSF será o escritório de
advogados que os responsáveis pela investigação visitaram esta semana. A Lima,
Serra, Fernandes é detida, entre outros,
por João Abrantes Serra, advogado que
assessorou a PT no divórcio entre a empresa portuguesa e a brasileira Vivo.
Logo a seguir a esse corte, a PT comprou a também brasileira Oi e mais tarde decidiram uma fusão entre ambas.
Mas o negócio haveria de ser reavaliado
depois de a empresa de telecomunicações
nacional ficar com um buraco de quase
900 milhões de euros por causa de uni
investimento na Rioforte (do Grupo Espírito Santo), que se perdeu com a falência
da participada do GES. A Oi decidiu então
vender a PT à Altice.
Em todo este processo, ficou sempre
outra dúvida: o que terá levado o acionista Estado a usar a golden share para impedir numa primeira fase a venda das ações
que a PT detinha na Vivo à espanhola
Telefónica, em 2010.
Além disso, o advogado que agora terá
sido alvo de buscas, João Abrantes Serra,
foi administrador da construtora Abrantina - empresa comprada pelo Grupo Lena,
de que Carlos Santos Silva, que o MP suspeita ser "testa dc ferro" dc Sócrates. foi
administrador. Serra é também amigo de
longa data do advogado brasileiro José
Dirceu, o antigo ministro dc Lula da Silva já condenado por crimes de corrupção nos escândalos brasileiros "MensaIão" e, mais recentemente. "Lava Jato".
Por outro lado, as "ligações" entre Zeinal
Bava e o GES tèm levantado algumas dúvidas nos últimos anos. Mas as buscas desta
semana foram o primeiro passo claro dado
pela investigação para ligar o processo em
que o antigo primeiro-ministro José Sócrates é investigado (por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção) às movimentações de ex-gestores da P1' e do GES.
Tornada pública em novembro de 2014,
com a prisão de Sócrates, a Operação Marquês já somava 14 arguidos. Esta semana, foram conhecidos mais quatro, todas
empresas do Grupo Lena: XLM. LEC SGPS,
Lena Engenharia e Construções e Rentlei.
Página 22
ID: 65294251
15-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 22,60 x 3,10 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
OPERAÇÃO MARQUÊS. BUSCAS A EMPRESAS
E CASAS DE BAVA E GRANADEIRO
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A24
ID: 65294408
15-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 5,31 x 6,63 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Governo lança
programa de apoio
as PM E
PORTUGAL O
Conselho de Ministros aprovou ontem o Programa Capitalizar, com 64 medidas para apoiar o financiamento das micro, pequenas e médias
empresas (MPME). O objetivo
é "promover estruturas financeiras mais equilibradas", reduzir os passivos das empresas economicamente viáveis e melhorar as condições em que as
empresas se financiam.
Página 24
A25
ID: 65294212
15-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 4
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 22,60 x 30,43 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Acordo para
compensar
os lesados do BES
pode ter reflexos
nas contas públicas
SARA MAI-Os
0E2016.
CGD e BES
poderão ter
"impactos
negativos"
Conselho das Finanças Públicas alerta
para vários "riscos relevantes" na execução
orçamental deste ano
joao.despintyconline.pt
mento do Estado de 2016".
O CFP começa por assinalar que
As operações de recapitalização
da Caixa Geral de Depósitos
(CGD) e de compensação a subscritores de dívida emitida por
entidades do Grupo Espírito Santo (GES) comercializada aos balcões do Banco Espírito Santo
(BES) "poderão ter impactos
negativos no saldo orçamental
e na dívida pública" deste ano.
O aviso é do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e consta no
relatório de análise à evolução
orçamental no primeiro trimestre ontem divulgado.
Além dos riscos do setor financeiro, o Conselho liderado por
Teodora Cardoso destaca "as
incertezas que persistem quanto ao desempenho da economia
nacional e internacional relativamente ao previsto no Orça-
a análise à execução orçamental
"reflete a dificuldade em extrapolar para o conjunto do ano de
2016 os resultados do primeiro
trimestre, atendendo ao desfasamento da entrada em vigor do
OE e ao facto de este implicar
uma importante alteração na política orçamental, cujo impacto não
pode ser deduzido dos resultados
do primeiro trimestre".
Um dos "riscos relevantes" para
"a fraca representatividade dos
resultados do primeiro trimestre",
segundo o Conselho, é o aumento das despesas com pessoal, em
função da reversão faseada das
reduções remuneratórias dos trabalhadores públicos e da a diminuição do horário semanal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas de 40 para 35 horas
a partir de 1 de julho.
JOÃO D'ESPINEY
O "impacto negativo na receita do NA decorrente da diminuição da taxa deste imposto
para o setor da restauração a
partir de julho e o aumento da
despesa com prestações sociais
que não em espécie" são outros
dos riscos apontados pelo CFP.
No final do V' trimestre de 2016
o défice orçamental foi de 3,2%
do Produto Interno Bruto (PIB),
um valor que está acima dos
2.5% previstos para o conjunto
do ano no OE/2016 em termos
ajustados. Ainda assim, representa uma melhoria de 2,3 pontos percentuais do PIB em relação a igual período de 2015.
"Este resultado decorreu quer
de um aumento da receita, em
particular da receita fiscal e contributiva, quer de uma diminuição da despesa, designadamente da relativa ao investimento e
aos juros", explica o Conselho.
CFP aponta ainda
"as incertezas
que persistem
quanto à economia
internacional"
Aumento das
despesas com
pessoal e redução
para as 35 horas
também são riscos
TABACO, ÁLCOOL E GASOLINA
Apesar da "evolução homóloga
positiva", o CFP salienta que a
receita pública foi "inferior" ao
previsto pelo Ministério das
Finanças para o conjunto do
ano. Para o crescimento da receita contribuiu sobretudo o aumento da receita fiscal em 6% e da
receita contributiva em 3,1%.
Praticamente metade do aumento da receita fiscal deveu-se "à evolução positiva" do Imposto sobre
o Tabaco (IT), do Imposto Sobre
os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) e do Imposto sobre
o Álcool e as Bebidas Alcoólicas
(IABA). O IT foi o que contribuiu
"com a maior fatia". Nos primeiros três meses do ano, o tabaco
rendeu 360 milhões de coros, mais
do dobro do que tinha rendido no
mesmo período do ano passado
(168 milhões), o que corresponde
a um aumento de 113,8%.
Página 25
ID: 65294212
15-07-2016
Tiragem: 16000
Pág: 5
País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 22,60 x 31,50 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
Défice 2015.
INE ainda
está à
espera
do Eurostat
Contribuição
dos bancos para
o Fundo de Resolução
não foi contabilizada
nas contas
Principais riscos
no Orçamento
:"_', tor financeiro
• Operações de
recapitalização da Caixa
Geral de Depósitos
• Compensação a
subscritores de dívida
emitida por entidades
do Grupo Espírito Santo
comercializada
aos balcões do Banco
Espírito Santo
"Os impostos diretos evidenciaram uma evolução positiva
sustentada no contributo do IRC,
e o esperado contributo negativo do IR5 foi ainda reduzido, não
refletindo a quebra esperada
pelo MF para 2016", lê-se ainda
no relatório.
DUODÉCIMOS AJUDAM Do lado
da despesa, o relatório refere que
a diminuição de 2,7% em termos
homólogos decorreu "quer do
decréscimo da despesa primária quer da despesa com juros".
O CFP recorda, porém, que "a
execução da despesa das administrações públicas no primeiro
trimestre de 2016 esteve, em larga medida, sujeita ao princípio
da utilização por duodécimos,
excetuando-se, entre outras, as
destinadas ao pagamento de despesas com pessoal e dos encargos com a dívida pública".
Quase metade
do aumento da
receita fiscal deveu-se ao tabaco, álcool
e combustíveis
Despesas baixaram
. mas o regime
de duodécimos
ajudou "em larga
medida"
As despesas com pessoal registaram um aumentode 12%, "decorrente sobretudo da reversão parcial da redução remuneratória e
do impacto da atualização salarial dos efetivos da saúde no âmbito de acordos coletivos de trabalho realizados no final de 2015".
Já os gastos com os consumos
intermédio registaram um a
subida de 1,4%, "crescimento
explicado sobretudo pelo aumento dos encargos com PPP rodoviárias".
Enquanto que a despesa com
as prestações sociais está a crescer acima do previsto para o conjunto do ano, os encargos com
Juros diminuíram 11,1% face ao
primeiro trimestre de 2015.
Por seu lado, o investimento
público diminuiu 25,4% em termos homólogos, isto apesar de
estar previsto um crescimento
de 2.6% para o conjunto do ano.
Pessoal e IVA na resturaçâo
• Reversão faseada das
reduções remuneratórias
dos trabalhadores públicos
• Diminuição do horário
semanal de trabalho dos
trabalhadores em funções
públicas de 40 para
35 horas
• Impacto negativo
na receita do IVA
decorrente da diminuição
da taxa deste imposto
para o sector
da restauração
O Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda está à espera que o Eurostat decida qual
o valor do défice de 2015. Tudo
por causa do registo das contribuições dos bancos para o
Fundo de Resolução. Em causa está uma receita avaliada
em cerca de 0,1% do Produto
Interno Bruto (PIB), que não
foi contabilizada nas contas do
ano passado.
O valor definitivo será fechado em outubro quando o INE
enviar para organismo de estatísticas europeu o Procedimento por Défices Excessivos.
Segundo o "Negócios", o não
registo desta receita no défice
de 2015 foi uma opção do INE
que surpreendeu quer o governo quer a Comissão Europeia.
E percebe-se porquê. É que a
contabilização desta receita faz
com que o défice orçamental
ajustado de medidas temporárias seja um pouco melhor do
que os 3,2% do PIB que estão
em cima da mesa, e que levaram Bruxelas a abrir um procedimento de sanções.
A Unidade Técnica de Apoio
Orçamental (UTAO) refere na
sua nota sobre as contas do primeiro trimestre que "a receita
relativa à contribuição extraordinária para o Fundo de Resolução, registada em contabilidade pública, não foi considerada para efeitos de apuramento
do saldo orçamental em contas nacionais".
Esta entidade que funciona
no Parlamento salienta que o
INE "encontra-se a aguardar
orientações metodológicas do
Eurostat", tendo em vista a harmonização das regras contabilísticas. A decisão "deverá ser
implementada pelo INE em
contas nacionais por ocasião
do Procedimento do Défice
Excessivo de outubro".
Página 26
A27
ID: 65294184
15-07-2016
Tiragem: 69755
Pág: 10
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 4,54 x 6,09 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
PME Mil milhões
chegam às empresas
• O Governo lançou ontem os
dois instrumentos financeiros
de capitalização e financiamento de PME. A partir desta
semana, há mais de mil milhões de euros çlisponiveis. A
linha de crédito com garantia
mútua e a linha de financiamento a operações de capital
reversível, ambas criadas no
âmbito do Programa Capitalizar, arrancam agora.
Página 27
A28
ID: 65293793
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 28
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 15,41 x 30,58 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
POLÍTICA MONETÁRIA
Carney adia reacção
ao Brexit para Agosto
Não foi desta que o Banco de Inglaterra cortou os juros. É que os
responsáveis decidiram esperar pela reunião de Agosto, surpreendendo
os analistas. Certo é que já há sinais de deterioração da economia.
Man Dunharn/Reuters
ANDRÉ TANQUE JESUS
[email protected]
A
maioria das previsões
apontava para o primeiro corte de juros no
Reino Unido em mais de sete
anos. Mas o Banco de Inglaterra
.,contrariou as expectativas e manteve os actuais estímulos à economia inalterados. A decisão não foi
unânime, mas a verdade é que a
instituição liderada por Mark
Carney adiou a resposta monetária ao Brexit para Agosto. Isso
mesmo admitiram os responsáveis do banco central em comunicado. Por agora, restam as estimativas de cortes nos juros e mais
compras de activos.
Estava tudo preparado para o
Banco de Inglaterra revelara resposta monetária preparada para
Latacar os efeitos negativos do
Brexit na economia. Num inquérito da Bloomberg a 54 especialistas, 30 antecipavam um corte
da taxa de juro para 0,25%. E o
próprio Mark Carney já havia
dito que "as perspectivas deterioraram-se, pelo que será necessário adoptar mais medidas de estímulo monetário ao longo do Verão". Mas não era para já.
"O Comité de Política Monetária votou por uma maioria de 8,1 manter a taxa de juro de refe-tência em 0,5%, com um membro a votar a favor de um corte da
taxa para 0,25%", anunciou o
banco central na quinta-feira,14
de Julho. A instituição apanhou
os investidores desprevenidos, tal
como revelou a reacção da libra.
Disparou um máximo de 2,49%
ra o valor mais elevado emduas
manas. No final da sessão, valorizava 1,29% para 1,3475 dóla-
!
Apesar dos avisos, não foi desta que Carney avançou com mais estimulos.
Apesar de o Banco de Inglaterra não ter avançado com novos estímulos, deixou a indicação
de que está para breve. É que se o
apoio ao crescimento e ao regresso da inflação para 2% evoluir
sem atritos, "a maioria dos membros do Comité prevê que a política monetária será flexibilizada
em Agosto", revelou o comunicado divulgado. No entanto, "a dimensão e natureza de quaisquer
medidas de estímulos apenas serão decididas durante a ronda de
previsões de Agosto".
O problema é que "há sinais
preliminares de que o resultado
[do referendo] afectou a confiança das famílias e das empresas",
além de que investimentos estão
a ser adiados, recrutamentos cancelados e há um abrandamento
da actividade económica prevista. Razões suficientes para os
bancos de investimento anteciparem fortes medidas. BNP Paribas, ING e UBS, po r exemplo, antecipam que a taxa de referência
cairá para 0% até ao final do ano.
Já as compras de activos poderão
ascender a 125 mil milhões, um
terço do que foi feito após a crise
financeira de 2008.m
LIBRA DISPARA
SEM ESTIMULOS
Evolução da libra lace ao dólar
Mal o Banco de Inglaterra anunciou
a decisão de manter inalterados os
estímulos à economia, a libra disparou. A moeda britânica chegou a valorizar 2,49% para 1,3475 dólares,
o valor mais elevado em duas semanas. E apesar de ter amenizado a
tendência, a libra encerrou a sessão
a subir 1,29% para negociar nos
1,3316 dólares.
1:34
1,33
1.32
1.3!
1,3147
0/11i)i
1,30 14.07 l n
1,3316
19h15
14.07.16
Fonte: Bloomberg
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A29
ID: 65293785
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 28
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 4,66 x 30,34 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
REGULAÇÃO
Literacia
financeira
alargada ao
secundário
Lançar um manual de literacia
financeira para todos os níveis
de ensino até ao secundário é
uma das prioridades do Plano
Nacional de Formação Financeira para os próximos anos.
Além disso, será prestada particular atenção aos meios digitais de acesso aos serviços financeiros e à sua utilização por
parte dos jovens.
O Conselho Nacional de
Supervisores Financeiros publicou, esta quinta-feira, o Plano Nacional de Formação Financeira para o período entre
2016 e 2020. Entre os principais objectivos está "garantir
que a formação financeira chega aos jovens em idade escolar
e aos empreendedores e gestores de micro, pequenas e médias empresas".
Para cumprir estes objectivos, os supervisores propõemse a lançar Cadernos de Educação Financeira para o 2.° e 3.°
ciclos do ensino básico e para o
ensino secundário, dando sequência ao manual para o 1.°
ciclo que foi publicado em Outubro de 2015). Estes manuais
contam como apoio de associações do sector financeiro.
Pela primeira vez será dada
atenção aos meios digitais de
acesso a serviços financeiros.
Para isso, serão organizadas acções para sensibilizar a população, e sobretudo os jovens,
para os cuidados a ter na utilização destes serviços.
Além disso, será dada continuidade à formação financeira a empreendedores e empresários, nomeadamente através
das parcerias com o IPAMEI,
Turismo de Portugal e CASES.
"Serão ainda reforçadas as
iniciativas dirigidas aos segmentos da população mais vulneráveis, designadamente os
migrantes, beneficiando da colaboração, entre outros parceiros do Plano, do Alto Comissadado para as Migrações", explica o comunicado. ■
RAQUEL GODINHO
Página 29
A30
ID: 65294596
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 8
País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 25,70 x 32,00 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
PRIMEIRA LINHA FINANCIAMENTO ÀS PME
Costa defende que o pais nâo pode ficar parado a olhar para dados. E sublinhou elevado número de candidaturas aos fundos, mostrando a sede de Investir das empresas.
Mil milhões de euros para
"dar força" às empresas
São muitos milhões para acelerar a economia portuguesa. E vão começar a chegar às
empresas a partir desta semana e ao longo do terceiro trimestre. O Governo sublinha a
importância das linhas de capitalização para o investimento voltar a crescer depois da crise.
ANDRÉ CABRITA-MENDES
andremendesO)negocios.pt
ortugal não pode
ficar parado a discutir estatísticas.
Só com financiamento é que as
empresas podem investir, criando empregos e fomentando a riqueza do país. De forma a inverter, precisamente, as estatísticas
negativas.
Foram estes os principais argumentos de António Costa na
apresentação das linhas de financiamento de mais de mil milhões
de euros no âmbito do Programa
Capitalizar.
"O país precisa de crescer e
para crescer precisa de investir, sobretudo depois dos últimos anos a
crise ter atingido duramente o investimento que fez regredir quase
três décadas o nível de investimento", disse António Costa na quinta-feira em Lisboa.
"Ou ficamos parados a olhar
para as estatísticas, ou agimos de
forma a fazer evoluir a realidade e
as estatísticas depressa. Para isso,
é essencial que haja investimento"
para "criar emprego e aumentar o
nível de riqueza para o país crescer", afirmou.
Estes mil milhões de euros já
estão a caminho das empresas portuguesas. "Com toda a força",
como sublinhou, por seu turno, o
ministro da Economia. "O Programa Capitalizar vai chegar as empresas já a partir desta semana, sob
a forma de financiamento e de
apoio ao investimentos", declarou
Manuel Caldeira Cabral.
"O financiamento das empresas é importante, temos de dar
toda a força ao relançamento do
investimento", reforçou.
Os mil milhões vão começar a
chegar às empresas a partir desta
semana e ao longo do terceiro trimestre.
A maior fatia vem da Linha de
Crédito com Garantia Mútua: mil
milhões para financiar projectos
de investimento de pequenas e
médias empresas, em particular o
desenvolvimento ou a inovação de
novos produtos e serviços. Com
este instrumento, o Estado reforça as garantias concedidas às Sociedades de Garantia Mútua, que
depois vão assegurar o financiamento bancário às empresas, com
spreads entre 20% a 30% mais baixos face aos existentes.
A fatia mais pequena (90 milhões) vem da Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível, uma "linha inovadora financia as empresas por entrada dé
capital, o retorno e feito por comprado capital pela própria empresas ou pelo investimento de terceiros", conforme explicou o Minis-
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ID: 65294596
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 9
País: Portugal
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Period.: Diária
Área: 25,70 x 32,00 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
Bruno Sirnào
66
Ou ficamos parados
a olhar para as
estatísticas, ou agimos
de forma a fazer
evoluir a realidade
e as estatísticas
depressa. É essencial
que haja investimento.
ANTÓNIO COSTA
Primeiro-ministro
O financiamento
das empresas é
importante, temos de
dar toda a força ao
investimento. Estas
linhas começam a
chegar esta semana.
tro da Economia.
A banca nacional vai assim
desempenhar um papel relevante no Programa Capitalizar. O
presidente do Banco BIC analisou o documento e ditou a sua
sentença. Primeiro, começou
por considerar que estas linhas
são essenciais para a mitigação
do risco, um dos principais problemas para os bancos nos últimos anos. "Parecem-me importantes as medidas que mitiguem
a apreciação de risco das empresas", elogiou Fernando Teixeira
dos Santos.
Depois, sublinhou o antigo
ministro das Finanças, são "fundamentais os aspectos da capitaliznçÃo propriamente dita, de refprçar a componente de capitais
próprios das empresas".
Já o primeiro-ministro rematou o seu discurso com a sede
de investir por parte dos empre4ários portugueses, conforme
comprovado pelas candidaturas
ao Portugal 2020: cinco mil milhões em dois meses.
"Não falta vontade nem intenções de investimento. Batemos sucessivos recordes de candidaturas a i nvestimentos".■
MANUEL CALDEIRA
CABRAL
Bruxelas receptiva
a alargar fundos para
empresas maiores
O Governo de António Costa já pediu autorização à Comissão
Europeia para poder alargar as linhas de capitalização às
maiores empresas. E o pedido de Lisboa foi bem recebido em
Bruxelas, por parte da Direcção-Geral de Concorrência Europeia.
O foco das linhas de capitalização
são as pequenas e médias empresas (PME). Mas numa segunda
fase, o Governo também quer
abrir o Programa Capitalizar às
maiores empresas.
"Nesta fase, estas linhas estão
orientadas para as PME. E depois
há a hipótese de alargamento do
âmbito para empresas que tenham 500 trabalhadores ou uma
facturação de 50 milhões, o que
neste momento está constrangido", disse ao Negócios o presidente da Instituição Financeira de
Desenvolvimento (IFD), Alberto
Castro.
A necessidade de alargar o
programa a estas empresas maiores em número de trabalhadores
e de facturação - conhecidas
como "small mid caps" e "mid
caps" - deve-se a serem "vitais
para a dinamização da economia,
pois têm maior produtividade.
maior resiliência e são capazes de
inovar".
Para poder abrir no futuro as
linhas de apoio a estas empresas,
o Governo teve de pedir uma autorização à Comissão Europeia.
"Esta segunda fase está dependente de uma autorização a
Bruxelas, assim como a hipótese
de passarmos a poder aceder a
fundos de entidades congéneres
como a KFW [banco de fomento
alemão]. O Governo está neste
O Governo pediu
também
autorização para
que a IFD (banco
de fomento) se
financie junte
de entidades
congéneres.
momento a tratar disso".
O líder da instituição conhecida por Banco de Fomento está
optimista sobre o desfecho deste
dossier.
"Acho que as coisas estão a
correr bem. I louve receptividade por parte da Direcção-Geral da
Concorrência
Europeia
(DGCom). Nós conseguimos
criar urna boa narrativa, uma boa
história, e parece-me que vai
avançar", considera Alberto Castro.
No Programa Capitalizarestá
assim prevista a "definição de um
conceito de "midcap" "que propicie o surgimento de novas políticas públicas". Assim, o Governo
propõe que sejam consideradas
como "small midcaps" empresas
com entre 250 a 50 trabalhadores e com um volume de negócios
até 500 milhões, e como
"midcaps" empresas com entre
os 500 e os 3.000 trabalhadores.
■ ANDlit CAIIRITA-MENDES
Ministro da Economia
Houve receptividade
por parte de Bruxelas
Parece-me que vai
avançar. [sobre o
alargamento das
linhas a empresas
maiores]
ALBERTO CASTRO
Instituição Financeira de
Desenvolvimento (IFD)
Vistos gold para os estrangeiros
investirem no tecido empresarial
Usar o sistema de vistos "gold"
para atrair investimento para as
empresas nacionais, não ficando
restringido ao imobiliário. O Programa Capital iyar queratrair o investimento dos actuais beneficiários para o tecido empresarial, ditando que os vistos "gold" "têm
pouco valor neste momento para
a economia portuguesa".
Mas os empresários portugueses consideram que é preciso levar
além este programa de forma a
atrair mais investimento estrangeiro. "Portugal está cheio de
oportunidades e dentro da d i men-
são do capital que está titulado aos
vistos `gold' - meio milhão de euros - podemos perfeitamente encontrar pessoas que tragam esse
investimento e também conhecimento",que tenham adquirido ao
longo da sua vida empresarial e
profissional, disse ao Negócios o
líder da Frezite, José Manuel Fernandes.
"Podemos ter aqui um ponto
de grande atract ividade de capital
activo que vêm para a nossa actividade empresarial e tem o efeito
multiplicador muito grande, e isso
gerar áreas de negócio novas e
criar empregos".
O empresário considera a que
a operacional ização do Programa
Capitalizar é ente ial num momento em que as empresas "vivem outra vez um cenário de ajustamento" devido à crise em mercados
como Angola, Arábia Saudita ou a
Venezuela.
E defendeu que. apesar desta
quebra, as empresas têm de procurar novos mercados, dando o
exemplo de CR7. "Temos de ter liderança à Cristiano Ronaldo, mesmo com o joelho aleijado não deixou de puxar pela equipa".ffiACM
Página 31
A32
ID: 65293804
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 20
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 16,26 x 32,00 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
JUSTIÇA
PGR liga Portugal Telecom
e ex-gestores do grupo
à "Operação Marquês"
Foram efectuadas buscas em diversas sociedades do grupo PT e residências
de antigos gestores. Em causa estão "eventuais ligações entre circuitos
_ financeiros investigados" na Operação Marquês, a PT e o GES.
Cátia Barbosa
De acordo com a 5K Noticias, os ex-gestores da PT citados na nota da PGR que foram alvo de buscas são Granadeiro e »Mal Dava.
NUNO CARREGUEIRO
[email protected]
A
Procuradoria-Geral da
República anunciou esta
quinta-feira que foram
realizadas buscas "domiciliárias e
não domiciliárias em vários pontos
do país, designadamente em instalaçõesdediversas sociedadesdogrupoPT, em residências de antigos gestores da empresa e num escritório
de advogados".
Estasbuscas, quedecorreram na
quarta-feira, estão relacionadas com
a"Operação Marquês", que investiga alegados crimes cometidos pelo
ex-primeiro-ministroJoséSócrates.
No comunicado da PGR enviado às
redacçõesestaquinta-feka,14deJulho,as autoridades revelamque"destasdiligênciasprocedeu-se àrecolha
de prova complementar àquela que
jáseencontravareunidanosautos",
sendo que "emcausaestãoeventuais
ligações entre circuitos financeiros
investigados neste inquérito [da
"Operação Marquês] eos grupos PT
e Espírito Santo".
APGRacrescentaque nesteprocesso,que decorre no Departamento Central de Investigação e Acção
Penal (DCIAP). "investigam-se factossusceptíveisde integraremos crimes de corrupção, fraude fiscal e
branqueamento de capitais".
Apesardeváriasnotícias ligarem
a "Operação Marquês" à PT e universoEspíritoSanto, estaéaprimeira vez que uma fonte oficial liga os
dois casos.
Buscas a Zeinal Bava
e Henrique Granadeiro
Deacordocom aSICNotícias,os
ex-gestores da PT citados no comunicado da PGR que foram alvo de
buis são Henrique Granadeiro e
Zeinal Bava. As autoridades judiciais
estão a investigarseforam, alegadamente, pagas luvas a José Sócrates
quando a PT saiu do capital da Vivo
e entrou na Oi. Alegados negócios
que foram efectuadosquando &cr.ates era ainda chefe do Governo.
O Estado tinha na altura uma
"golden share" na Portugal Telecom. que o Governo utilizou para
chumbara venda da Vivo aos espanhóis da Telefónica. O negócio acabou por se concretizar, mas o Executivo de Soestes deu indicações à
PT para permanecer no Brasil através da O. Segundo a SIC Notícias,
procuradores do Ministério Público e inspectores da Autoridade Tributária terão estado em várias casas
de Zeinal Bava e de Henrique Granadeiro e nas instalações da PT Portugal em Picoas. Zeinal não reagiu
ainda à noticia e Granadeiro recusou comentar. "Não confirmo, não
desminto, nem comento", disse ao
Expresso. ■
Página 32
ID: 65293804
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 6,48 x 10,65 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
Procuradoria
liga PT
e ex-gestores
à "Operação
Marquês"
Casas de Henrique Granadeiro
e Zeinal Bava e sociedades do grupo PT
foram alvo de autos.
EMPRESAS 20
Página 33
A34
ID: 65293765
15-07-2016
Tiragem: 14968
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,37 x 9,13 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
JUNHO
POUPANÇA DAS FAMÍLIAS
VOLTOU A REGISTAR QUEDA
O indicador de poupança
APFIPP/Universidade Católica reduziu "cerca de 3 pontos em Junho", revelam as instituições em comunicado. Este indicador recuou
assim para os 48,8 pontos, mantendo-se "abaixo da média dos últimos
dois anos". Os dados divulgados esta
quinta-feira revelam que os portugueses continuam a reduzir as suas
poupanças. Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional
de Estatísticas revelaram que a
taxa de poupança das famílias recuou para o nível mais baixo dos
últimos 17 anos, no primeiro trimestre do ano. ■
Página 34
A35
Prio investe 11 milhões para se aproximar das quatro grandes petrolíferas
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Negócios Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/prio_investe_11_milhoes_para_se_aproximar_das_q
uatro_grandes_petroliferas.html
A gasolineira portuguesa vai expandir a capacidade de armazenamento de combustíveis e gás natural
liquefeito em Aveiro. Com este investimento, quer continuar a crescer e chegar aos 10% de quota de
mercado nos combustíveis.Aumentar a quota em Portugal no mercado de combustíveis e no de gás
petróleo liquefeito. É com estes dois objectivos em mente que a Prio vai investir 11 milhões de euros
na sua infra-estrutura logística em Aveiro.Primeiro, ...
|| 14 Julho 2016, 22:20
Página 35
A36
Galp aumenta produção de petróleo em 27,6%
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Negócios Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/galp_aumenta_producao_de_petroleo_em_276.html
A produção de petróleo da Galp cresceu 27,6% no segundo trimestre deste ano. Já a actividade de
refinação e distribuição caiu 11,2%.
Segundo os dados operacionais preliminares divulgados esta sexta-feira, 15 de Julho, a Galp produziu
mais petróleo no segundo trimestre deste ano comparado com o mesmo período do ano passado
(mais 27,6% para 51,7 mil barris de petróleo por dia), tendo no entanto reduzido a produção entre o
primeiro e o segundo trimestres de 2016 (em 2,3%)
As vendas totais de gás natural caíram tanto em termos homólogos (menos 14,8% para 1.593 mm3)
como em cadeia (recuando 14,3%).
(Notícia em actualização)
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De segunda a sexta, às 6h15
|| 15 Julho 2016, 08:13
Página 36
A37
CPLP/20 anos: Membros têm de definir uma agenda comum
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Notícias ao Minuto Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=bbe65ac0
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu hoje que o
futuro da organização lusófona passa por uma maior cooperação económica e empresarial e que os
países devem definir a aposta para a próxima década.
Num momento em que se assinalam os 20 anos da criação da CPLP, é altura de olhar para o futuro e o
secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, considera que a próxima cimeira de chefes de Estado
e de Governo - que deverá decorrer ainda este ano no Brasil - deve definir qual é a "agenda comum".
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"Parte-se do princípio que, tendo em conta que os fundamentos da criação da CPLP - a língua, a
concertação político-diplomática e a cooperação técnica para o desenvolvimento -, são aspetos mais
que consolidados, é preciso agora abranger novas áreas", disse o responsável, em entrevista à Lusa.
Essas áreas podem ir desde o domínio económico e empresarial ao turismo e energia, passando pelo
ambiente, agricultura, segurança alimentar e nutricional ou mares e oceanos.
"Os Estados têm de aproveitar todo o potencial que existe para poder reforçar a sua cooperação e a
sua atuação em termos globais", defendeu Murade Murargy.
Por outro lado, o plano económico e empresarial assume-se como um fator determinante para ajudar
alguns países a ultrapassar problemas crónicos de pobreza e desemprego.
"Quem vai apoiar os governos [nessa tarefa] é precisamente o setor empresarial, criando emprego e
que os jovens possam ter a sua inserção no mercado", salientou.
A nova visão estratégica pretende também que a CPLP tenha uma agenda única e não várias agendas.
"Cada país pretender uma coisa da CPLP... não. O que é que os países querem da CPLP", questionou o
diplomata, sublinhando que essa é uma reflexão que deverá ser feita na próxima cimeira e que exige
um ambiente de tranquilidade.
Murargy afirmou-se convicto de que o Brasil está empenhado na CPLP e está a "fazer grandes esforços
para que a cimeira seja ainda este ano", depois de este país não ter convocado a reunião de chefes de
Estado e de Governo para julho, como é tradicional.
"O Brasil quer ter uma cimeira com um ambiente em que estejam todos em condições de falar sobre
os problemas da CPLP e que os chefes de Estado possam discutir, em profundidade, a situação da
CPLP após 20 anos", referiu.
Um dos temas que deverá ser abordado no encontro é o da facilitação da mobilidade dos cidadãos
lusófonos dentro do espaço da CPLP, uma realidade há muito reivindicada, mas ainda por concretizar.
Página 37
"Todos [os países] estão sensíveis de que é preciso" avançar e os ministros da Administração Interna
ou do Interior dos Estados-membros estão a trabalhar nesse sentido, disse o diplomata, para quem
esta medida é essencial para o reforço da cidadania lusófona.
"Isso é um grande ganho para a nossa comunidade. É isso que vai permitir que o cidadão esteja
próximo", disse, exemplificando que estudantes ou investigadores de um país podem ir estudar, "sem
entraves nem burocracias", noutro país, ou que os empresários podem circular com facilidade e
estabelecer parcerias conjuntas.
Murade Murargy alertou que todos os países devem ter em conta que "o homem é o motor de tudo" e,
assim, "os governos devem dedicar grande parte das suas energias na educação, na saúde, no
ambiente".
Sobre o percurso da CPLP nos últimos 20 anos, o secretário-executivo disse acreditar que a
organização lusófona "está consolidada" e está a tornar-se numa organização cujos Estados-membros
e povos se "congregam para encontrar soluções para problemas que afligem os respetivos governos".
A organização tem percorrido um trabalho "extraordinário" e hoje "tem uma palavra a dizer na arena
internacional", acrescentou.
Murade Murargy sublinhou que esta é uma organização "para sempre" e que nunca vai deixar de
perseguir o objetivo final: "O bem-estar dos nossos povos".
A CPLP foi criada a 17 de julho de 1996, integrando Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Após a sua independência, Timor-Leste aderiu em 2002
e a Guiné Equatorial entrou em 2014.
Fri, 15 Jul 2016 07:59:00 +0200
POR Lusa
Página 38
A39
Competitividade, investimento e crescimento económico em debate hoje
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Notícias ao Minuto Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=46a15810
A competitividade, o investimento, o crescimento económico, a internacionalização e o financiamento
das empresas são hoje os temas em discussão na reunião de concertação social entre o Governo e os
parceiros sociais.
Da ordem de trabalhos da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social de hoje consta
ainda a saúde e segurança no trabalho e a programação do próximo semestre de reuniões de
concertação.
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A reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social conta com a participação do
ministro da Economia.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não pode comparecer, pois estará no
Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), em Bratislava, por isso o tema
dos fundos comunitários só poderá ser discutido no dia 22.
Lusa/Fim
Fri, 15 Jul 2016 07:25:00 +0200
POR Lusa
Página 39
A40
Portugal abaixo da média europeia na inovação
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Observador Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://observador.pt/2016/07/15/portugal-abaixo-da-media-europeia-na-inovacao/
Inovação
Índice elaborado pela Comissão Europeia coloca Portugal na metade inferior da tabela no que à
inovação diz respeito. Os mais inovadores da Europa são os países escandinavos e a Alemanha.
Getty Images
Portugal caiu uma posição, para o 18º lugar, no painel europeu de inovação, elaborado anualmente
pela Comissão Europeia. O país permanece no grupo de Estados-membros classificados como
"inovadores moderados".
De acordo com os dados do Painel Europeu de Inovação 2016, referente a 2015, o nível de inovação
da União Europeia (UE) "aproxima-se cada vez mais dos níveis de inovação do Japão e dos Estados
Unidos", continuando a Suécia a liderar a tabela europeia, seguida de Dinamarca, Finlândia, Alemanha
e Holanda, países que formam o grupo dos chamados "líderes da inovação".
Fonte: Comissão Europeia
Depois de um segundo grupo de "fortes inovadores", formado por oito Estados-membros, surge um
terceiro grupo, de "inovadores moderados", já abaixo da média da UE, e no qual se inclui Portugal,
que recuou de 17º para 18º entre 2014 e 2014.
O documento divulgado esta quinta-feira pelo executivo comunitário sublinha que Portugal tem um
desempenho abaixo da média comunitária na maioria dos indicadores analisados, com exceção dos
"recursos humanos", tendo-se registado quedas particularmente vincadas sobretudo nas áreas das
despesas com inovação que não a favor da investigação e desenvolvimento, e da inovação nas
pequenas e médias empresas (PME).
O comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, observou,
por ocasião da divulgação deste painel de avaliação, que a Comissão está "a melhorar o acesso ao
financiamento privado através do Plano de Investimento para a Europa, no valor de 315 mil milhões
de euros, e da União dos Mercados de Capitais, e a criar um novo Conselho Europeu para a Inovação",
para colocar a UE ainda mais na linha da frente.
Segundo comunicado enviado pela Comissão Europeia às redações, Elzbieta Bienkowska, Comissária
Europeia responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, defende que "a
Europa tem de ser um local em que as PME e as novas empresas inovadoras floresçam e prosperem
no mercado único".
Para tal, é necessário um esforço concertado. A nível da UE, precisamos de simplificar a legislação
sobre o IVA, adaptar as regras em matéria de insolvência, tornar mais acessíveis as informações sobre
os requisitos regulamentares e trabalhar para criar um quadro de propriedade intelectual mais claro e
favorável às PME. Temos também de continuar a adaptar o mercado único para garantir que os
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serviços inovadores, como a economia colaborativa, possam ter o seu lugar".
15/7/2016, 9:08
Agência Lusa
Página 41
A42
Concertação social discute competitividade, investimento e crescimento económico
Tipo Meio:
Internet
Meio:
Observador Online
Data Publicação:
15-07-2016
URL:http://www.pt.cision.com/s/?l=7314d08d
Concertação Social
Competitividade, investimento, crescimento económico, internacionalização e financiamento das
empresas são os temas da reunião de concertação social entre o Governo e os parceiros sociais.
A competitividade, o investimento, o crescimento económico, a internacionalização e o financiamento
das empresas são hoje os temas em discussão na reunião de concertação social entre o Governo e os
parceiros sociais.
Da ordem de trabalhos da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social de hoje consta
ainda a saúde e segurança no trabalho e a programação do próximo semestre de reuniões de
concertação.
A reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social conta com a participação do
ministro da Economia.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não pode comparecer, pois estará no
Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), em Bratislava, por isso o tema
dos fundos comunitários só poderá ser discutido no dia 22.
15/7/2016, 9:28
Agência Lusa
Página 42
A43
ID: 65294031
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 26
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 26,00 x 32,20 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
entrevista
Segurança alimentar é prioridade
n.º 1 para a SGS
Olivier Coppey é executive vice president na SGS desde 2013, responsável pela área Agriculture, Food and Life. Foi responsável
pelo departamento de Serviços de Agricultura até janeiro de 2016, quando o foco estratégico desta linha de negócio expandiu
e se tornou Agriculture, Food and Life. Fala ao OJE sobre novos desafios na agricultura e na alimentação.
A indústria alimentar é a mais
importante do mundo?
Quando olhamos para as economias mundiais e as analisamos em
termos de PIB, a agricultura tem
uma percentagem importante em
qualquer país e como a população
mundial continua a aumentar,
não acredito que essa percentagem desça.
Qual a importância da logística
neste setor, sobretudo a stockagem e o transporte?
Há um movimento crescente de
internacionalização na cadeia de
alimentação e ao nível dos fornecedores, os quais estão longe dos
centros de consumo, e é essa a razão que justifica a existência de
programas de segurança a nível do
processamento. A estratégia vai
continuar nesse sentido, com o objetivo de otimizar o produto perante as condições climáticas existentes e a abranger uma população cada vez maior.
A segurança alimentar é um dos
grandes problemas do século
XXI?
A FAO disse que, até 2050, a produção alimentar deveria aumentar em cerca de 50% e muitos países entenderam o tema da segurança alimentar e investiram forte
em tecnologias, tanto com meios
próprios, como através do outsourcing. E a verdade é que, nos últimos três anos, se registou uma
abundância de oferta de produtos
alimentares, uma situação justificada pelas alterações climáticas
que poderão modificar totalmente
o cenário. Entre 2008 e 2012, tínhamos uma crise alimentar. Entretanto, os preços desceram tal
como a commodities energéticas,
sendo que este resultado ficou a
dever-se mais a razões climáticas –
repito - do que a baixa de preços de
mercado. Friso que esta é uma situação que irá mudar rapidamente.
Como fazer uma melhor utilização dos recursos solo e água do
planeta?
A agricultura mudou, passou-se da
utilização intensiva de fertilizantes para a biotecnologia. Hoje são
as análises do solo, que são relevantes para compreender as variações deste. Pode-se utilizar os fertilizantes em culturas e locais muito
precisos graças à tecnologia GPS,
utilizando ainda as imagens via satélite para perceber o que se passa
nos vários solos. Pode-se equilibrar
os terrenos, evitando o stresse das
plantas.
O mundo agrícola está numa
profunda fase de mudança?
Com a agricultura de precisão, que
não está instalada em todo o mundo mas que já tem importância na
América do Norte, América Latina,
algumas regiões de África. E,
pouco a pouco, também impacta
em grandes parcelas da Europa e
da Ásia, levando-nos a pensar de
uma forma totalmente diferente
no conceito agrícola.
Quais as soluções inovadores que
a SGS apresentou ao mercado?
Apresentámos inovação na agricultura enquanto, ao nível da alimentação, fizemos outras coisas e
outros modelos. A nível da alimentação, o que é importante é a
transparência da fileira. Estou a
trabalhar com um parceiro tecnológico no lançamento de uma plataforma que permite fazer o maping completo da fileira, praticamente da quinta até ao cliente, para percebermos bem quem compra o quê e se a logística e o retalho assumem os standards que nos
propomos.
Onde foi feito o desenvolvimento
da plataforma?
Na Europa, em vários locais, e também fizemos testes piloto na América do Norte.
E já há interessados em Portugal?
Pode-se utilizar os
fertilizantes em culturas
e locais muito precisos
graças à tecnologia GPS,
utilizando ainda as
imagens via satélite para
perceber que se passa
nos vários solos. Pode-se
equilibrar os terrenos,
evitando o stresse
das plantas
Em Portugal, as nossas ações vão
incidir sobre os grandes cadeias de
distribuição e sobre os grandes
proprietários de marcas. Esperamos integrar Portugal neste modelo para a racionalização dos produtos frescos.
A SGS congrega todos os serviços
de alimentação e agricultura numa só área de negócio. Quais são
os benefícios para o cliente?
Queríamos alinhar a nossa estrutura de negócio com o mercado.
Antes, tínhamos diferentes representantes da nossa organização
que se reuniam com os mesmos
clientes para lhes vender diferen-
tes serviços. Mas queríamos simplificar o interface que tínhamos
com os nossos clientes para que
pudessem apresentar soluções que
poderiam incluir um dos vários
serviços do nosso portfolio para
oferecer algo diferente aos nossos
clientes. Isto também simplifica o
interface porque se vê apenas uma
pessoa e a entrega faz-se diretamente, sabe-se aquilo de que se necessita em vez de mencionar outra
pessoa porque se vende em “D”.
Hoje, existem muitas questões de
segurança alimentar por causa da
internacionalização da cadeia fornecedora. A segurança alimentar
não assenta apenas em testes, auditorias, consultadoria ou nas cadeias. Um problema de segurança
alimentar é uma combinação de
40 serviços. Por isso, simplificámos a interface, para obtermos este tipo de soluções.
Quais as tendências no setor
agroalimentar?
As tendências passam pela solução
a nível de segurança alimentar
com aumento de competências
dos vários intervenientes. É necessário transparência nas opções e a
nossa plataforma fornece um maping de fornecedores e de fornecedores de fornecedores, permitindo
gerir a cadeia alimentar de forma
segura.
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A44
ID: 65294007
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 62
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 15,95 x 10,82 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Exportações de vestuário crescem 8,3% até maio.
Espanha é mercado líder
VESUÁRIO
Nos primeiros cinco meses deste
ano, o comércio internacional de
vestuário atingiu 1,28 mil milhões de euros, mantendo a tendência de crescimento iniciada
em janeiro.
Para além destes números, a
ANIVEC/APIV - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e
Confeção avança também que o
aumento de quase 100 milhões de
euros nas exportações face ao período homólogo de 2015, resultou
de um crescimento (+9,4%) nos
envios para os países da União Europeia (UE) a 28. A tendência foi
Fora dos mercados UE,
são os EUA que mais
se distinguem na
procura do vestuário
de qualidade
made in Portugal
positiva na quase totalidade dos
dez principais mercados, com
destaque para Espanha (+17,9%),
Suécia (+14,8%), Bélgica (+9,2%)
Itália (+8,9%), Áustria (+8%) e Países Baixos (+7,4%). Fora da UE, os
EUA, estão a aumentar as suas
compras, subindo 4,6%. Destaque
ainda para a progressão de
117,9% das exportações para a
Arábia Saudita e 87,1% para a República Checa.
Neste contexto, o presidente da
direção da ANIVEC, César Araújo,
não deixa de sublinhar que “estes
números mostram que o vestuário mantém o papel de impulsionador do comércio externo. A
qualidade do made in Portugal e a
competitividade das empresas,
que conjugam serviço e rapidez
de resposta, estão a ganhar cada
vez mais respeito e procura dos
clientes internacionais”.
Página 44
A45
ID: 65294002
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 62
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 9,78 x 20,15 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Salários voltam a ter aumento
superior à inflação
ESTUDO
De acordo com o mais recente relatório da Willis Towers
Watson sobre planeamento
de orçamento salarial, o “Salary Budget Planning Report”, os salários em Portugal
deverão crescer em média
2,0% em 2016.
Depois de dois anos com
uma inflação relativamente
baixa (média da inflação esperada para este ano é de
0,1%), o relatório indica que,
em Portugal, os trabalhadores de todos os níveis profissionais continuam a sentir
menos pressão sobre o rendimento disponível, pois os aumentos salariais superam a
inf lação, proporcionando
um aumento salarial real
médio de 2,0%.
Sobre estes dados, Sandra
Bento, consultora sénior na
área Data Services da Willis
Towers Watson, sublinha
que “os aumentos salariais
são cada vez mais afetados
por fatores como a concorrência por talentos, a expectativa com o crescimento
económico, a disponibilidade
financeira e o desempenho.
A inflação é, como sabemos,
importante mas não orienta
em exclusivo os orçamentos
salariais”.
Este relatório apresenta informação sobre os orçamentos projetados com aumentos
salariais para uma diversida-
de de países em todo o mundo, bem como os movimentos da inflação e do PIB desses países.
Assim sendo, este trabalho
avança que os aumentos salariais previstos de 2,0% para
Portugal, Espanha e Suíça,
são dos mais baixos da Europa ocidental, registando-se
aumentos superiores noutras
economias, como a Alemanha ou o Reino Unido, com
2,9%.
Quando se considera os valores da inflação, a Alemanha e a Suíça oferecem o
mesmo crescimento salarial
real médio de 2,6%, o mais
elevado da Europa Ocidental,
e acima do Reino Unido, que
apresenta uma taxa de 2,5%.
Portugal apresenta o mesmo
crescimento salarial real da
média da região que é de
1,9%.
Em toda a Europa, Médio
Oriente e África (EMEA), o relatório destaca os países onde
o salário real difere de forma
significativa da média regional.
Assim, o Líbano conta com
o maior aumento salarial de
7,1%, enquanto a Zâmbia
tem o valor mais baixo com 13,7%. Para a Europa Central
e de Leste, a Polónia detém o
maior aumento salarial real
projetado para 2016 e equivalente a 3,0% e no outro extremo do espetro encontra-se
o Cazaquistão, com -5,6%.
Página 45
A46
ID: 65293926
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 74
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 10,87 x 10,92 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Mota-Engil expande para a Irlanda
e cria sede no Reino Unido
EXPANSÃO
A Mota-Engil cria 60 postos de trabalho através das suas subsidiárias
Glan
Agua
e
MEIC.Através das suas subsidiárias, a Glan Agua Limited,
especialista em soluções de água e
resíduos, e a MEIC Limited, de
engenharia civil, o Grupo MotaEngil expandiu as suas operações
na Irlanda e criou uma sede de
operações no Reino Unido e
Irlanda, em Loughrea, Co.
Galway, que irá contribuir para a
criação de 60 novos postos de trabalho a cinco anos. As empresas
Glan Agua Limited e MEIC
Limited são detidas pela Mota-
Engil e pela GKM, também uma
empresa de construção.
A presença de uma sede de
operações no Reino Unido a na
Irlanda pretende contribuir para
aumentar as atividades do grupo
nos setores de engenharia e construção ambientais. Fundada em
2008, a Glan Agua Limited é
atualmente um dos principais
fornecedores da Irlanda para projetos de design, construção, operações e manutenção de serviços
no setor das águas e das águas
residuais. A empresa, que emprega atualmente 63 pessoas,
começou a sua atividade no
Centro
Empresarial,
em
Ballinasloe, Co. Galway.
Página 46
A47
ID: 65293990
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 18
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 26,00 x 32,20 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
entrevista
LUÍS MIRA AMARAL
“BCE está apenas a comprar tempo para
a classe política resolver os problemas”
DR
À questão sobre qual
o papel do BCE nesta
União (ou desunião)
Europeia, Luís Mira
Amaral, ex-ministro
e ex-presidente do BIC
respondeu, à margem
do evento “O Futuro da
Indústria na Europa”,
organizado pela CIP,
que o BCE “está apenas
a comprar tempo até que
a classe política comece
a resolver os problemas
económicos europeus”.
VÍTOR NORINHA
[email protected]
O ex-ministro Mira Amaral diz que
o Governo português tem o dever
de ter uma política industrial para
o país e, em jeito de piada, afirmou, no recente evento da CIP, que
a Alemanha está a aplicar o conceito de indústria 4.0, mas Portugal
tem outros problemas que não se
solucionam com o conceito 4.0.
Numa visão a dois anos, que se
perspetiva para a indústria bancária de Portugal? O país tem espaço para ter bancos ou só haverá aqueles que o BCE quiser?
Não sei se a questão dos bancos
será o BCE a decidir. Não sei se decidirá que bancos teremos em Portugal. Quem tem de decidir nessa
matéria são os players que estão
em Portugal e o Governo português. Dado que não temos união
política europeia, não há um poder político europeu, mas um poder político português. Agora, o
BCE é supervisor, o BCE não pode
escolher os vencedores nem selecionar os bancos que ficam em
Portugal. Não aceito essa posição
e, aliás, já o expliquei há uns dias,
num colóquio sobre a união bancária europeia. O BCE tem um papel como supervisor, a DG Com de
Bruxelas é o gestor da política de
concorrência, mas, em termos de
formatador estratégico, aquilo a
que os ingleses chamam “industry
shapers”, não são o regulador ou o
supervisor que vão fazer a formatação estratégica do nosso setor
bancário. Repito: isso cabe aos
players que cá existem e a entidade política portuguesa que desempenha esse papel é o Governo.
Mas há temas problemáticos com
a rentabilidade...
O que está a acontecer é que a rendibilidade dos acionistas da banca
portuguesa é muito baixa (em alguns casos, é mesmo negativa ou
marginalmente positiva) e o que
aprendemos em economia industrial é que, no setor, quando a rendibilidade acionista é muito baixa
durante um tempo prolongado, só
pode acontecer uma de duas coisas: ou se muda de acionistas ou se
reduz capacidade através de fenómenos de fusão e concentração.
Portanto, em relação à sua pergunta, algo se vai passar na estrutura
acionista e na estrutura organiza-
tiva do sistema bancário português porque, obviamente, isto não
continuará, com estas rendibilidades tão baixas.
Mas as rendibilidades não se podem alterar enquanto a política
monetária europeia não for alterada, ou seja, enquanto se mantiverem taxas de juro a 0%.
Quando a política monetária europeia for alterada, não será por razões portuguesas, que não haja ilusões, mas por razões alemãs, porque o governo alemão não aguenta muito tempo. Os países comunistas e a geração alemã mais velha, que viveu e vive dos juros de
aplicações financeiras que estão
com taxas de juro a 0% ou quase,
não irão aguentar.
Como expliquei na conferência,
o BCE está apenas a comprar tempo até que a classe política comece
a resolver os problemas económicos europeus. Portanto, não será
por razões da banca portuguesa,
mas por razões alemãs. No entanto, é óbvio que este enquadramento de baixas taxas de juro não é favorável para a banca portuguesa
mas também lhe devo dizer que a
banca portuguesa reflete, igual-
Portugal está ainda
numa fase em que tem
outros problemas a
resolver que não se
solucionam com a 4.0
mente, a situação económica portuguesa porque o balanço dos nossos bancos espelham as escolhas
de empresas e famílias bem como
a sua performance. Portanto, a
situação da economia portuguesa
também condiciona a performance do setor bancário.
E também é importante os acionistas serem nacionais ou não?
Nesse ponto, sou realista. Estamos
num país sem capital, pelo que o
capital estrangeiro é fundamental.
Convinha haver diversificação e
não estarmos dependentes de um
único país, é isso que devemos tentar fazer.
A nossa política industrial depende da política industrial europeia ou pode haver iniciativas
nacionais?
Não temos margem de manobra
para fazermos iniciativas nacionais, dado que não estamos, infelizmente, na situação da Alemanha. Portanto, temos o direito, e o
Governo português tem o dever,
de ter uma política industrial para
Portugal. É evidente que isto tem
de ser articulado – no contexto europeu - temos de ser realistas -,
mas eu mandei aqui uma piada a
dizer que a política industrial não
se esgota na indústria 4.0 justamente porque, no fundo, a Alemanha, hoje em dia, o que está a
fazer a nível de política industrial,
é aplicar o conceito de indústria
4.0. E, infelizmente, Portugal está
ainda numa fase em que tem outros problemas a resolver que não
se solucionam com a 4.0. Portanto,
diria que estamos no espaço europeu, estamos na moeda única, obviamente que temos de nos articular com os parceiros europeus,
mas temos problemas específicos
em Portugal que justificam uma
política industrial específica para
o país.
Página 47
ID: 65293990
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 9,05 x 4,08 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
MIRA AMARAL
BCE ESTÁ A COMPRAR
TEMPO
P18
Página 48
A49
ID: 65294110
15-07-2016
Tiragem: 9000
Pág: 35
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 16,17 x 31,96 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
MESMO COM AS ATUAIS POLÍTICAS PÚBLICAS
Portugal muito atrativo
para o investimento
A conjuntura e as decisões de políticas públicas não afastaram os investidores
do país, revela um survey da EY. Houve apenas uma quebra residual nas intenções.
Para a EY Attractiveness Survey a
perceção dos investidores é mais
favorável para Portugal do que
para a generalidade da Europa.
Refere o survey que 25% dos
investidores confirmam intenção
de investir em Portugal, com a
atratividade de Portugal a melhorar ou a manter-se inalterada nos
próximos três anos para 83% dos
entrevistados.
Por outro lado, as qualificações, custo da mão de obra e infraestruturas são os principais
fatores de atratividade. Há 47
projetos de investimento registados em 2015, acima da média
anual de 37 projetos observada
entre 2005 e 2014, e o emprego a
criar por projetos de IDE atinge o
valor mais elevado desde 2009. A
França foi o país que mais investiu em Portugal e Lisboa e a Região Norte captaram 75% do investimento.
Este resultado é especialmente
influenciado pelas empresas que
já têm presença em Portugal, com
40% a planearem projetos de
expansão. Das empresas incluídas
na amostra que ainda não têm
presença no país, apenas 4% planeiam investir durante o próximo
ano. Quando questionados sobre
a sua perspetiva quanto à evolução da atratividade do país nos
próximos 3 anos, 47% dos investidores inquiridos acreditam que
vai melhorar, um valor que excede o resultado obtido nos outros
países europeus em que foram
realizados estudos semelhantes
(Alemanha, 46%; Reino Unido,
36%; França, 21%; Europa como
um todo, 36%). Apenas 9% da
amostra tem uma perspetiva
mais negativa, acreditando que a
atratividade do país vai piorar.
FATORES DE ATRATIVIDADE
Questionados sobre quais os fatores de atratividade que reconhecem em Portugal, pelo menos
75% dos inquiridos identificaram
as infraestruturas (de telecomunicações e logísticas e de transportes), a estabilidade do clima social
e as qualificações e o custo da
mão-de-obra. Para dois terços dos
inquiridos continuam a ver em
Portugal potencial para aumento
da produtividade, o que sinaliza a
existência de oportunidades para
investir.
Relativamente aos fatores considerados como menos atrativos,
destaca-se a flexibilidade da legislação laboral, fator que ainda
assim é considerado como muito
ou bastante atrativo por 42% da
amostra (compara com um resultado de 48% para a Europa como
um todo). Os impostos sobre as
empresas apresentam o segundo
pior resultado, com 43% da amostra a considerar este fator como
pouco ou nada atrativo (valor
igual aos que o consideram como
muito ou bastante atrativo). Em
2012, a mesma pergunta indicava
que apenas 31% da amostra considerava a carga fiscal como um
fator atrativo, o que denota uma
ligeira melhoria.
A Grande Lisboa e a região Norte continuam a ser as regiões consideradas mais atrativas pelos investidores, recolhendo a preferência de dois terços da amostra. A
perceção sobre a região Norte
manteve-se inalterada face a
2015, com 26% dos investidores a
considerarem que é a melhor localização para investir em Portugal. Já a região da Grande Lisboa
voltou a subir nas preferências,
sendo agora considerada como a
melhor localização por 44% dos
investidores.
Pela primeira vez, o estudo desafiou os investidores a identificarem as cidades europeias que
consideram mais atrativas para
investimento. Lisboa, em 3.º lugar, e o Porto, em 5.º, entram no
top 5 das preferências, relativamente às cidades do Sul da Europa. A nível da Europa, Lisboa foi
considerada como a 8ª mais interessante para investir, com o
Porto a surgir em 11º na perceção
desta amostra, constituída em
cerca de 50% por empresas que já
têm presença em Portugal.
DR
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