EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO COMÉRCIO: PASSADO, PRESENTE E
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO COMÉRCIO: PASSADO, PRESENTE E
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO COMÉRCIO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO DO DIVERSIFICADO COMÉRCIO. Professor Orientador Klêner Klenir Costa Bryto1 Andressa Silva de Souza2 Débora Marciel Paiva3 Fabrício Noura Gomes4 Judith Monteiro de Moraes5 Nalrilene Teixeira da Silva6 RESUMO: O comércio de uma forma geral, sempre foi o ponto de encontro de culturas, países e pessoas. Em qualquer lugar, sua evolução tem se dado todos esse anos por meio das tendências e momentos do mundo, sempre alavancado pela expectativa dos consumidores cada vês mais atraídos pela excelência e profissionalismo, junto com a própria demanda de um mercado vertiginosamente globalizado e integrado, entre economias e setores. Este artigo tem como objetivo descrever a evolução histórica do comércio, com ênfase na historicidade dos fatos até as tendências dos mercados futuros. O método do estudo é bibliográfico e exploratório. Trata-se de pesquisa ex post facto, é pesquisa participante. Com este método é possível visualizar todas as circunstâncias dos pontos levantados no conteúdo da pesquisa, contribuindo para o pleno entendimento dos assuntos abordados com qualidade e base teórica, visando aprofundar o conhecimento científico, o desenvolvimento acadêmico, profissional e do cidadão empreendedor como conhecedor de sua historia no mercado. Por fim, são tecidas considerações sobre todo o conteúdo desde artigo científico. Palavras chave: comércio, mercado, consumidor, profissional. ABSTRACT: The trade in General, has always been the meeting point of cultures, countries and people. Anywhere, its evolution has given all this years through trends and moments of the world, always leveraged by the expectation of consumers each see more attracted by excellence and professionalism, along with their demand for a globalized and integrated, 1 Bacharel em Administração pela Universidade da Amazônia - UNAMA, Mestre em Educação pela Universidade Federal do Pará - UFPA; Especialista em Planejamento Estratégico e Altos estudos Amazônicos na Escola Superior de Guerra - ESG-RJ, Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Federal do Pará UFPA. 2 Discente do 7º Semestre do Curso de Administração da Faculdade de Castanhal - FCAT Discente do 7º Semestre do Curso de Administração da Faculdade de Castanhal - FCAT 4 Discente do 7º Semestre do Curso de Administração da Faculdade de Castanhal - FCAT 5 Discente do 7º Semestre do Curso de Administração da Faculdade de Castanhal - FCAT 6 Discente do 7º Semestre do Curso de Administração da Faculdade de Castanhal - FCAT 3 Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 80 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. market sharply between economies and sectors. This article aims to describe the historical evolution of trade, with emphasis on the historicity of the facts up to future market trends. The method of study is exploratory and bibliography. This is search ex post facto, is research participant. With this method you can view all the circumstances of the points raised in the search content, contributing to the full understanding of the issues discussed with quality and theoretical basis to deepen scientific knowledge, academic development, professional and citizen entrepreneur as knowledgeable of its history on the market. Finally, considerations are woven all content from an article. Keywords: trade, market, consumer, professional. 1. INTRODUÇÃO O artigo trata da Evolução Histórica do Comércio e todas suas vertentes. Os relatos de pesquisa e teorias descritos são para o entendimento de todo o contexto do estudo, que é de interesse científico no campo da Administração e que pode ser adaptado para uso didático em sala de aula, visando proporcionar oportunidade para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem que o acadêmico precisa vivenciar. O principal objetivo deste artigo é didático e avaliativo na disciplina de Logística Empresarial com foco no Comércio e a logística: as origens do comercio moderno; Armazéns Gerais; Comercialização por Catálogos; Especialização do varejo; Surgimento do supermercado; Shopping centers e lojas de desconto; Varejo sem loja e vending machines; tipos de comércio; importância do varejo na economia; a logística e as necessidades do consumidor: o consumidor final; O papel da logística; A transação comercial: O ato físico da compra; A visão do comerciante; Evolução do perfil da oferta e da demanda; comércio e manufatura na cadeia de distribuição; Tendências da evolução do comércio. 2. O COMÉRCIO E A LOGÍSTICA 2.1. As origens do comércio moderno Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 81 BRYTO, Klêner K. C et al; O comércio envolve a troca de bens e serviços por dinheiro, mas nem sempre foi assim, no passado as transações quase não tinham envolvimento monetário. A forma primitiva de comércio se dava pelo escambo e com o tempo houve uma evolução, no período colonial se intensificou as relações comerciais de tal forma que houve a necessidade de ter uma matéria “prima” de troca universal, foi então que começou a comercialização mais intensa com o dinheiro. Dos produtos que eram ofertados de forma mais extensiva, estavam os alimentícios não perecíveis, ferramentas, roupas, etc., os produtos eram encomendados de acordo com a demanda e expectativa dos clientes e assim eram colocados a venda, estes clientes de forma nenhuma poderiam devolver as mercadorias, que por sua vez não tinham uma variação de produtos tal qual é hoje, estes comércios estavam situados em pontos estratégicos das cidades, onde havia mais movimentação. No início do desenvolvimento do comércio moderno, os produtos eram intercambiados diretamente nos postos de troca, sendo que na época as moedas não tinham a credibilidade financeira para serem universalmente aceitas. Era a fase do escambo. (NOVAES: 2007, p. 1). 2.2 Armazéns Gerais Segundo Novaes (2007) os armazéns gerais estavam situados em pontos principais como nos caminhos das caravanas e estações ferroviárias. Muitos postos comerciais se transformaram em vilas e em sequencia, cidades. Os pedidos dos comerciantes eram feitos pelos “caixeiros-viajantes” que após organizar os pedidos eram despachados pela estrada de ferro, e isto, podia durar meses até a encomenda chegar aos postos comerciais, mesmo com preços elevados esse sistema logístico era perfeitamente aceitável. Conforme as cidades foram surgindo e o comércio se ampliando, outras necessidades por parte dos consumidores foram aparecendo, o desejo de diversificação e estilos mais sofisticados de roupas, sapatos e objetos para casa, tendenciosamente foram surgindo,intensificando o comércio. 2.3. Comercialização por catálogos De acordo com Novaes (2007), para atender a demanda crescente e as oportunidades de negócios, surgiram os fatores tecnológicos. Nos Estados Unidos da América se originou ao sistema postal norte-americano que deu impulso a um novo tipo de Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 82 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. comercialização de produtos, a comercialização por catálogos e encomendas postais. Posteriormente veio às lojas especializadas, com um ar de mais sofisticação, unindo fatores tecnológicos e de prática profissional. Com tudo, os problemas logísticos foram surgindo diante desse tipo de comercialização, como a devolução de produtos ao varejista, que obrigou a criação de um canal de devolução confiável e prático para o bom funcionamento das vendas por catálogo. As vendas por catálogo, diante do crescimento do maior nível de sofisticação da demanda, surgiram numa linha específica de produtos, dando origem as lojas especiais, com profissionais diretamente especializados em determinados produtos e as preferências de seus clientes. 2.4. Especialização do Varejo Segundo Freitas (2006), no século XIX, nos EUA e Inglaterra, sugiram as chamadas general setores, lojas de mercadorias gerais, que comercializavam de tudo, desde tecidos até armas e munições. No século XX deu-se origem aos drugstore que incorporava farmácia com vendas de diversos produtos de pequeno valor unitário e também as lojas de departamentos. Comércios varejistas que na época localizavam-se no centro comercial das cidades, devido à comercialização de um grande número de produtos, tiveram de se readaptar aos serviços de entregas com qualificação profissional, construção de depósitos especializados, transportes adequados, para melhoria dos serviços ao consumidor. Com o sucesso desses serviços, especialistas de vendas por catálogo, logo aderiram ao novo sistema, lançado lojas de departamentos. Até a década de 1940/1950, esse fenômeno de concentração, não foi percebido com a mesma rapidez pelos departamentos típicos de varejos de produtos básicos, no caso de produtos alimentícios de primeira necessidade. 2.5. Surgimento dos Supermercados O avanço da motorização acentuada da população e o uso crescente de geladeiras no ambiente doméstico propiciou o surgimento dos supermercados. Ligados ao conceito de autosserviço, onde o cliente faz compra sozinho, assim procurou-se modernizar o comércio com outros tipos de mercadorias, como utensílios domésticos, roupas, sapatos e até mesmo Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 83 BRYTO, Klêner K. C et al; eletroeletrônicos, com intuito de reduzir o preço dos produtos de primeira necessidade em épocas difíceis. Os supermercados foram os primeiros a abrir lojas nas áreas suburbanas e como crescimento de congestionamentos nas vias de acesso ao centro e as dificuldades de estacionamentos, outros tipos de grandes varejos, passaram a se instalar nos bairros e subúrbios (FREITAS, 2006). Assim como os supermercados e grandes varejistas, os Shoppings Centers, surgiram também, na fase de expansão na direção dos bairros e subúrbios. Com a ideia de reunir em um mesmo teto lojas especializadas, agregando outras facilidades como estacionamento, restaurantes, cinemas, bares, além de área de circulação atraente, ambiente climatizado e outras melhorias. 2.6. Shopping centers e lojas de descontos Nessa corrida pelo espaço no comércio competitivo, surgiram às lojas de descontos (discount houses), com vendas de produtos sem se preocupar com as instalações do prédio, baseando suas operações nos custos baixos, outro tipo de estabelecimento, objetivando comercialização em baixo custo são os chamados outlets, que são operados diretamente pelos fabricantes, possibilitando conhecer melhor as preferências e hábitos de consumo dos clientes, permitindo aos fabricantes colocar no mercado pontos de estoque e fazer liquidez decorrente de mudanças nas linhas de produções. 2.7. Varejo sem loja e vending machines Com o desenvolvimento dos sistemas de comunicação e Internet, houve uma impulsão dos varejos sem lojas, além das vendas por catálogo e correios, o comércio eletrônico, ecommerce se alastrou com bastante força pela Internet. Esse tipo de mercado possui um grande problema com relação ao contado do cliente com os produtos, o que leva as grandes empresas ao tentar suprir essa falta de contato, a apresentação na tela do layout da capa do produto juntamente com a publicação de comentários oferecendo possibilidade de devolução do material adquirido em caso de defeito. O ecommerce está afetando o tráfego nas lojas, com mais da metade dos entrevistados afirmando que visitam menos lojas por causa das compras eletrônicas. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 84 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. Segundo Mccuner (2000), em função desta facilidade, surgem guerras de preço que muitas vezes são mais acirradas no ambiente virtual que no comércio varejista tradicional. Neste ambiente os consumidores possuem ao seu dispor uma gama de ferramentas de busca e sites de comparação de preços, que lhes proporcionam mais autonomia para efetuarem compras. O varejo por maquina (vending machines) oferece a venda de cigarros, refrigerantes, sanduíches, guloseimas, entre outros produtos, que operam com moedas e notas de papel que não utilizam atendentes e que são instaladas em locais diversos, porem correm riscos com uma desestabilização da moeda local, diminuindo sua vantagem competitiva, este tipo de negócio tem sua origem em meados do século II A.C., quando o inventor e matemático Heron de Alexandria criou um aparelho mecânico acionado por moedas destinado a automatizar o processo de obter água benta em templos. Seu funcionamento era simples e engenhoso. O peso da moeda movimentava uma pequena alavanca, abrindo uma válvula e permitindo a saída da água. Em seguida, a moeda mergulhava no interior de um vaso e a válvula retornava à sua posição original, interrompendo o fluxo. (WIKIPÉDIA, 2009, p.1). Mas é o século XX, durante a Segunda Guerra no comércio dos EUA, que tem sua ampliação. No final do século XIX, em Nova York, já havia modelos de vending machines, mais próximas as atuais, que vendiam chicletes em estações de trem. Máquinas mais complexas, como as de bebidas, apareceram em 1937. Entretanto, sua popularização nos Estados Unidos ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com a entrada do país no conflito, parte da população que não foi aos campos de batalha cumpria jornadas de trabalho de, no mínimo, dez horas. Para suportar essa carga de trabalho, além do horário do almoço, os empregados tinham direito a pequenos intervalos, recorrendo às vending machines, devido a sua praticidade. A partir dos anos 60, após passar décadas concentradas em fábricas e canteiros de construções, esses aparelhos se espalharam por diversos locais, como: escolas, hospitais, estações de metrô e postos de gasolina (WIKIPÉDIA, 2009, p. 1). 3. TIPOS DE COMÉRCIO Segundo Novaes (2007) o comércio retalhista, de forma a obter melhores resultados, tem várias formas organizadas de negócio e cada uma tem sua própria peculiaridade, públicos diferentes, formas de atuação no mercado e rentabilidade, mas todos são de suma importância para a economia. Entre os tipos estão o comércio independente, comércio integrado e o comércio associado, que constituem o varejo com loja. Existe também o varejo sem loja, que constituem basicamente as ecommerce, mas suas áreas de atuação são Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 85 BRYTO, Klêner K. C et al; bem variadas, como o sistema de venda porta a porta, mala direta, catálogo, telemarketing, e compras pela internet. O comércio independente, a grande maioria das empresas são constituídas por famílias, empresas familiares, de dimensões relativamente pequenas, onde empregam um numero de trabalhadores bem reduzidos, ou até mesmo nenhum, pois encontram-se a cargo do próprio proprietário e operam normalmente num único ponto de venda. Segundo Rousseau (2006) este tipo de comércio esta espalhado por centros habitacionais, ou em pequenos centros urbanos, com pouco grau de especialização, como lojas de ferramentas, minimercados, lojas de roupa ou até o caso do comércio ambulante ou itinerante. Comércio integrado, ou organizado, tem uma grande dimensão, reúne as funções grossista e retalhista, explorando cadeias em pontos de vendas identificados pela mesma insígnia, e, aplicando políticas comuns de gestão. Na concepção de Rousseau (2006), dentro do comércio integrado temos os grandes armazéns, que oferecem no mesmo local diversas categorias de produtos arrumados em secções, funcionando cada secção quase como uma loja especializada. Neste tipo de comércio, o consumidor encontra uma grande variedade de produtos no mesmo local. Os armazéns populares constituem uma versão menos sofisticada dos grandes armazéns, já que se dirigem a clientes com menor poder de compra ou que pretendem gastar menos. Apresentam uma variedade reduzida, vendendo em geral em livre serviço para reduzir custos e oferecer preços mais baixos, como os pague pouco e minipreço das cidades (ROUSSEAU, 2006). Rousseau (2006) detalha que as grandes superfícies generalistas são lojas de grande dimensão, oferecendo uma grande variedade e diversidade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. (São consideradas grandes superfícies quando a sua área é igual ou superior a 2000M²), como os Wal-Mart e Carrefour, já as grandes superfícies especializadas são lojas de grande dimensão, dirigidas para uma mesma gama de produtos, bastante especializada, como “Toys”, „R‟ e “Us” brinquedos, entre outros e as Franchising, são empresas que, apesar de serem jurídica e independente uma das outras, estão ligadas por contrato á empresa mãe – O franqueador – aplicando políticas de gestão comuns, como a Benetton, McDonald‟s, entre outros. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 86 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. Comércio associado compreende empresas que mantêm a sua independência jurídica, associando uma ou mais atividades, de modo a obter vantagens, e a competir com o comércio integrado. Segundo Rousseau (2006) estas associações de comerciantes, têm como objetivo efetuar compras em conjunto e obter preços mais baixos, devido ao grande volume de compras, que nunca conseguiriam assegurar isoladamente. Desta forma, podem desenvolver operações promocionais de maior escala, conhecer melhor o mercado e gerir mais racionalmente os stocks, o que também isoladamente se tornaria mais difícil. 4. IMPORTÂNCIA DO VAREJO NA ECONOMIA O varejo consiste da atividade final e dos processos necessários que coloca mercadorias produzidas em outros lugares nas mãos do consumidor ou para prestar serviços ao mesmo, ou seja, qualquer empresa que venda mercadorias ou que preste serviço ao consumidor final para consumo pessoal ou doméstico está desempenhando a função de varejo. A venda no varejo até o consumidor final pode ser feita em uma loja, pelo correio, pelo telefone, através de um shop de televisão, pela internet, de porta em porta ou através de uma máquina de vender, qualquer uma destas está envolvida no varejo. É importante observar que os varejistas são guardiões, isso quer dizer, se tornam o último canal de distribuição que pode se estender por milhares de quilômetros. De acordo com Mundo (2009), o setor representa mais de 10% do PIB/2009 brasileiro, e as atividades varejistas desempenham um papel de relevante importância no cenário econômico do Brasil. Os varejistas, em conjunto com seus parceiros (fabricantes e atacadistas), fazem uma importante contribuição para prosperidade econômica desfrutada por toda a população. As nações que tiveram o maior progresso econômico e social foram aquelas que possuíram o setor varejista mais forte. Na verdade os varejistas tornaram-se pessoas valorizadas e necessárias para a sociedade. Embora a sociedade hoje possa esquecer os benefícios sociais que esse segmento traz para a economia, podemos relatar alguns benefícios que o setor de varejo pode proporcionar como, por exemplo: acesso mais fácil a produtos, ter mais de duas ou três opções quando se busca um determinado produto, maior satisfação dos clientes e níveis mais altos de atendimento. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 87 BRYTO, Klêner K. C et al; Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), independente de como esteja à economia de um País, seja ela com crise ou sem crise esse segmento não para de crescer, o setor acumula um crescimento nos últimos 12 meses, na ordem de 8% com crescimento da receita nominal de 11,5%. Esses dados mostram adequadamente as mudanças ocorridas em decorrência à crise do número de novos formatos de varejo, como o varejo na internet, clubes de compras, supercentros e negócios de fast-food com entrega a domicilio. É importante lembrar, que os varejistas não são obrigados a seguir as maneiras tradicionais de vender aos consumidores. Varejistas e futuros varejistas são livres para criar novas abordagens ao varejo para aproveitar oportunidades de mercado. 5. A LOGÍSTICA E AS NECESSIDADES DO CONSUMIDOR 5.1. O consumidor final O consumidor final está diretamente ligado ao varejo, uma vez que o mesmo foi criado para este fim, por isso é muito importante entender os mecanismos mentais e psicológicos que estão por trás dos valores e do comportamento dos consumidores, quais necessidades ou expectativas que impulsionam o consumidor típico que pretende adquirir determinado bem ou produto. Por isso, o foco principal do comércio é o consumidor pessoa física. Por outro lado não obstante parte das compras no varejo se destinar ao uso estritamente individual, o processo de decisão sobre o que e quando comprar tem sua base no domicílio. Muito embora pequenas firmas e organizações possam comprar diretamente nas lojas de varejo, a tendência geral é de que as empresas, por disporem de setores de compras, crédito e pessoal especializado, adquiram produtos através de atacadistas ou diretamente a partir dos fabricantes. (NOVAES: 2007, p 11). Portanto o comércio depende unicamente do consumidor final embora as organizações adquiram produtos através dos atacadistas, mas seu foco deve estar ligado em proporcionar vantagens ao seu cliente final. Novaes (2007), ainda destaca cinco elementos que a organização precisa ter em mente para seu cliente, vejamos: Informação do produto, seu preço, uso, e restrições de funcionamento, vantagens comparativas e etc.; O produto, sua forma e qualidade desejada; Gratificação pessoal ou familiar no uso ou consumo do produto adquirido; Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 88 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. Confiança com o varejista, que é concretizada através da atenção pessoal, honestidade, manutenção permanente dos padrões de qualidade; Continuidade na relação entre consumidor e varejista que caracteriza a fase de pós-venda. 5.2 O papel da logística Hoje o papel da logística é criar condições de forma prática para que as metas definidas sejam realizadas pelo setor de marketing: “a logística tem um papel muito importante no processo de disseminação da informação, podendo ajudar positivamente caso seja bem equacionada, ou prejudicar seriamente os esforços mercadológicos, quando for mal formulada” (NOVAES, 2007, p.13). A logística hoje está muito ligada ao produto, pois todo processo logístico que vai da matéria-prima até o consumidor final, é considerado entidade única, sistêmica em que cada parte depende das demais e deve ser ajustado visando o todo. A logística hoje dá condições reais de garantir a posse do produto, por parte do consumidor, no momento desejado. Infelizmente a logística não tem funcionado de forma eficaz na maior parte das empresas, pois os vendedores prometem a entrega dos produtos numa certa data, e não é cumprido por deficiências no sistema de informação, nas operações do deposito ou no transporte, o que acaba acarretando uma imagem negativa para o andamento da empresa. 6. A TRANSAÇÃO COMERCIAL 6.1 O ato físico da compra O consumidor nos dias de hoje, se depara com uma nova rotina, novo perfil individual, um novo universo de inovações e mudanças, que o leva a repensar no ato da compra, tendências, idade, cultura, classe social e personalidade, são exemplos de variantes que determinam a compra do consumidor. O ato da compra ainda passa pelo quesito informação, hoje o consumidor está munido de um leque de informações, que o faz mais exigente, ele analisa o produto, o estabelecimento, o vendedor, a logística, sustentabilidade do produto e da empresa, entre outras vertentes. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 89 BRYTO, Klêner K. C et al; O dinheiro é o principal destes desprendimentos, pois é a moeda usada para a negociação de compra e venda. Oriunda dos primórdios do capitalismo, que determinava a obrigação de uma troca, produto-dinheiro. Outro exemplo de desprendimento é o tempo. Na rotina atual o elemento tempo se torna cada vez mais valioso, uma vez que o consumidor hoje, já não detém e nem admite, ficar esperando em fila, esperando a entrega, nem tem tempo ocioso para ficar pesquisando preço e qualidade de produto. As empresas que trabalham este quesito, de forma a amenizar o tempo despendido em uma compra, estão um passo a frente das suas concorrentes. A tensão decorrente de uma variedade e situações relacionado à compra, e a energia despendida para transportar o produto adquirido, constituem elementos significativos no ato da compra, a continua evolução dos produtos, designer e acabamentos, a dificuldade de transporte do mesmo, a dificuldade de vendedores em repassar informações do produto leva o consumidor a repensar a compra. Para satisfação das necessidades dos consumidores em adquirir produtos de consumo e bens duráveis, o mesmo tende-se a depender de alguns elementos importantes, seja econômico, físico ou psicológico, ou seja, a compra envolve gastos da parte do consumidor para adquirir um determinado produto. (NOVAES: 2007, p.15). E não podemos deixar de expor a logística de todas as formas, ou na entrega do produto a domicilio pela responsabilidade da loja, ou mesmo quando o cliente leva o produto por vontade própria. Produtos acessíveis ao transporte podem até ser levados pelo próprio cliente, mas os produtos de grande porte ou pesados, quando transportado pelos clientes, podem prejudicar a gratificação do ato da compra. Pois pode acarretar danificações no seu estado físico ou seu funcionamento. Quanto ao cliente, são estes vários elementos a serem considerados antes, durante e depois do ato da compra física, elementos intrínsecos ao perfil de cada cliente define a linha de produtos a qual o cliente prefere. 6.2 A visão do comerciante Contudo, a visão do comerciante se volta não tão somente aos elementos expostos a cima, mas também a questões específicas de sua visão. Questões estas, dependentes do bom desempenho do comerciante. A visão estratégica de negócio é o entendimento da empresa sobre os benefícios que os seus produtos/serviços proporcionam à sociedade. A utilização correta desses benefícios quando conhecidos pelas organizações se transformam em valores, que se tornam vantagens competitivas do empresário melhor preparado para lidar com o mercado consumidor (VIEIRA, 2011. p.1). Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 90 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. O alcance de uma margem confortável para a sobrevivência da empresa, para gastos com seu desenvolvimento, despesas e principalmente preenchimento das finalidades de um negócio gera lucros para o comerciante. Na área tributária, fiscal, legal, pessoal, predial, são exemplos de preocupações quedo comerciante ao disponibilizar seu produto no mercado. Atender o cliente com qualidade, dispor de produtos de qualidade e saber o que o mercado esta pedindo e o qual a demanda de seus clientes, são também obrigações para comerciantes que anseiam por continuar no mercado. 7. EVOLUÇÃO DO PERFIL DA OFERTA E DA DEMANDA. Partindo do pressuposto de que o mercado varejista está voltado ao domicilio, subtende-se que deve atender a família ali residente. Porém, a família clássica constituída de pai, mãe e casal de filhos, está se diversificando. Mães solteiras e independentes, casais homossexuais, solteiros bem sucedidos estão ficando cada vez mais frequentes nesta nova geração, geração esta que os comerciantes precisam atender. É importante ressaltarmos que a evolução do perfil da demanda vem gradativamente se reformulando por meio da inovação tecnológica, cultural, industrial, maior acessibilidade de informações e principalmente o aumento da renda da população, o que torna o individuo mais informado, centrado no bem seu estar e do ambiente que está inserido. Entende-se que a oferta de mercado é dependente da constante demanda e suas variáveis. O comerciante tem a necessidade de atender os desejos de compra de seus clientes. Sendo assim o comerciante, industrial ou fornecedor de insumos, tem a responsabilidade de visar o consumidor final para satisfazer este, e para isto, analisar a margem de lucro necessária para seu desenvolvimento, suas despesas e rendimentos. O número crescente de pessoas separadas ou divorciadas, homens e mulheres, gerou outro tipo de consumidor. Muitos jovens deixaram de casar cedo, preferindo morar sozinhos, longe da casa dos pais. O mercado de trabalho criou espaço para jovens de grande talento e garra, com salários relativamente elevados, gerando a geração Yuppie, com características de consumo muito próprias (NOVAES: 2007, p. 20). Para este novo nicho de mercado, há políticas de compras realizadas pelo telefone, compras pela internet, sendo que esta possui o seu marketing-share em constante crescimento. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 91 BRYTO, Klêner K. C et al; A importância da rede de compra pela internet vem se caracterizando uma necessidade de reciclagem por conta do comerciante. A intensidade do volume das compras pelas lojas virtuais vem gerando desconfortos até mesmo para gigantes do ramo do varejo, tendo que se adequar a realidade virtual. Este tipo de comercio possui alto custo com especialistas para elaborarem sites atrativos e sedutores para as necessidades do cliente, e o custo da manutenção do mesmo. Porém não há custo com alocação física, pessoal entre outros vários custos que gera uma loja física. 8. COMÉRCIO E MANUFATURA NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO. Manufatura ou indústria é um sistema de produção em massa de produtos padronizados e em série numa linha de produção que requer muita tecnologia e investimento. A manufatura é quem ditava e ainda dita, na maioria dos casos, às regras na cadeia de suprimento por ser mais economicamente rentável. Para ser economicamente rentável, a linha de produção tradicional é submetida a uma serie de métodos de racionalização e de otimização: estudo de tempos e de métodos para melhor aproveitar a mão de obra, sequenciamento ótimo dos processos dos fluxos de materiais no chão de fabrica para racionalizar o uso de equipamentos e da capacidade produtiva, lote padrão otimizado para melhor diluir os custos de set-up das maquinas etc. (Novaes: 2007. p. 21). Diante desse novo cenário vale ressaltar que o elemento principal é atender na cadeia produtiva o consumidor varejista, pois se tornou mais fácil atender as demandas dos varejistas com esses sistemas e técnicas de gerenciamento da produção disponíveis hoje. Essa mudança na produção começou através da revolução industrial que teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção, onde o trabalho que era produzido manualmente passa a ser feito pelas maquinas, havendo grande avanço no modo de produção, ou seja, produzido mais em menos tempo, passando a produção a ser em serie e especializada. Por conta dessa evolução na produção, podemos observar nos países desenvolvidos uma serie de transferências de poder (dos fabricantes para as grandes cadeias varejistas). 9. TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 92 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. Em meio a esse mundo que esta em constante transformação, se tornou um desafio prever as tendências para o comércio, mas veremos a seguir as prováveis tendências em alguns setores. No setor varejista um estudo feito pela PSFK - Cia. de Pesquisa e inovação, SEBRAE/RS (apud, PSFK: 2010), aponta as 10 principais tendências que, segundo a consultoria, impactarão o varejo de 03 a 05 anos, que são: 1 - O mundo como experiência de varejo, é a possibilidade de comprar qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer lugar, diz o relatório; 2 - Pré-visualização da compra; com aparelhos móbile mais inteligentes e tecnologia GPS aprimorada, o consumidor terá acesso a detalhes sobre o ambiente de varejo, antes mesmo de visitar a loja; 3 - Serviços habilitados para tablets, a introdução de aparelhos móbile com acesso à internet, como iPhone e o iPad no ambiente de varejo está possibilitando aos varejistas oferecerem um nível mais alto de serviço aos seus consumidores; 4 - A venda do ideal, busca por produtos e experiências com uma imagem ideal em mente de como eles vão se encaixar na sua vida; 5 - Toda a loja como principal, é o nível mais alto de experiência em todos os pontos de contato; 6 - Curadorias complementares, os varejistas estão aumentando suas ofertas centrais ao trazer outras marcas e serviços relevantes para suas lojas; 7 Decoração mutável, para manter as lojas sempre renovadas e relevantes, os varejistas estão construindo seus ambientes com a mudança em mente; 8 - Levando as lojas até o consumidor, em esforço para conectar de forma melhor com consumidores fora do ambiente tradicional de varejo, vários varejistas estão viajando até seu público; 9 - Show & Tell Instantâneo, as redes sociais móbile e tecnologias para conexão dentro das lojas estão possibilitando aos consumidores receber, em tempo real feedback de amigos e estranhos com gostos parecidos; 10 - A força do grupo, os consumidores estão usando as redes online para fazer compras colaborativas que ajudam a aumentar seu poder individual de consumo. (SEBRAE/RS, Apud PSFK, 2010, p. 4 a 58). No setor supermercadista, existem as especulações dos check-out (caixas), onde cada cliente receberá um scanner apropriado logo ao entra no supermercado, aonde suas compras irão sendo registrada no ato de colocar o produto no carrinho, e quando esses produtos saírem passarão por um processador eletrônico automático, que totalizará as mercadorias e automaticamente debitará a despesa diretamente no cartão de crédito, sendo assim acabando os caixas, economizando com mão de obra. Na pesquisa do instituto Gartner (2010) no setor da indústria automobilística as tendências são: Diversificação e segmentação do mercado automotivo Tempo de ciclo de vida Variedade de atributos dos modelos de veículos No setor da tecnologia da informação, de acordo com as previsões feitas pelo estudo para as tendências nos próximos anos são: Até 2012, 20% das empresas não terão ativos de TI;Até 2012, as companhias de serviços de TI centralizadas na Índia vão representar 20% dos principais agregadores em nuvens do mercado por meio de ofertas de serviços em nuvem;Até 2012, o Facebook vai se tornar o hub para integração Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 93 BRYTO, Klêner K. C et al; de redes sociais e socialização Web;Até 2014, a maioria dos cases de negócios de TI vai incluir os custos da correção do carbono;Em 2012, 60% das emissões de gases estufa na vida total dos PCs terão ocorrido antes que o usuário ligue a máquina pela primeira vez;O marketing via Internet será regulamentado até 2015, controlando mais de US$250 bilhões em gastos mundialmente;Até 2014, mais de 3 bilhões de pessoas poderão efetuar transações eletronicamente via tecnologia de celulares ou internet;Até 2015, o contexto será tão influente para os serviços móveis de consumo e relacionamento quanto os mecanismos de busca são para a web e até 2013, os telefones celulares vão ultrapassar os computadores como dispositivo mais comum para acesso à web. (Veras, Apud Gartner: 2010, p. 33). 9. AS FONTES METODOLÓGICAS NESTE ARTIGO. A metodologia de pesquisa usada neste artigo é bibliográfica e exploratória. Tratase de pesquisa post-facto ou não experimental, abordagem qualitativa, coleta de dados de fontes secundárias, é pesquisa participante. A seguir explicação detalhada dos métodos utilizados. A pesquisa bibliográfica é de leitura com a análise e interpretação de livros, documentos mimeografados ou xerocopiados, periódicos, fotos, mapas, manuscritos, etc. O material separado para a pesquisa passa por uma triagem, onde um plano de leitura é estabelecido. Trata-se de uma leitura sistemática e atenta que é acompanhada de anotações que poderão servir à fundamentação teórica do estudo. Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma. O material publicado pode ser fonte primária ou secundária. Por exemplo: o livro Princípios de Administração Científica, de Frederick W. Taylor, publicado pela Editora Atlas, é fonte primária se cotejado com obras de outros autores que descrevem ou analisam tais princípios. Estas, por sues vez, são fontes secundárias em relação ao primeiro por se basearem nele para explicitar outras relações (Moresi: 2003, p. 21). A pesquisa exploratória serve para realizar um estudo prévio do objeto da pesquisa, ou seja, para o entendimento do pesquisador com o fenômeno que está sendo investigado, de modo que a pesquisa possa ser concebida com uma maior compreensão e perfeição. A pesquisa para ser considerada exploratória, deve envolver um levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas sobre suas experiências práticas com o problema pesquisado e análises de exemplos que estimulem a compreensão. A pesquisa exploratória é para proporcionar uma visão geral de determinado fato. De acordo com Cooper & Schindler (2003) A exploração é particularmente útil quando os pesquisadores não têm uma ideia clara dos problemas que vão enfrentar durante o Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 94 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. estudo. Através da exploração, os pesquisadores desenvolvem conceitos de forma mais clara, estabelecem prioridades, desenvolvem definições operacionais e melhoram o planejamento final da pesquisa. De acordo com JR, Babin, Money, & Samouel, P. (2005), a pesquisa exploratória é particularmente útil quando o responsável pelas decisões dispõe de muito poucas informações. Dito de outro modo, os planos exploratórios são para o pesquisador que não sabe muito! São orientados para descoberta. Assim, são planos que não tem a intenção de testar hipóteses especificas de pesquisa. Neste caso, exploratório, por proporcionar um panorama do estudo sobre a Evolução Histórica do Comercio, com base em pesquisa bibliográfica em fontes secundárias classificadas em Livros (Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação), periódicos (Yin e Yang. Rev. HSM Management, Rev. administradores, Rev. scribd, Rev.SEBRAE/ RS), Trabalhos de Conclusão de Cursos e Artigos (O papel do varejo na economia, Banco Nacional de Desenvolvimento/Arquivos, Estratégias empresariais do setor varejista de produtos farmacêuticos de Belo Horizonte, Farmácia x drugstore: a briga continua, O Papel do varejo na economia de um país, Wikipédia a enciclopédia livre). Pesquisa ex post facto, chamada assim por se tratar de um fenômeno já ocorrido. Tem como fundamentação do estudo, toda a historicidade do fato, incluindo seus levantes documentais para o pleno desenvolvimento do objeto de pesquisa. De acordo com Vergara (2009), refere-se a um fato já ocorrido. Aplica-se quando o pesquisador não pode controlar ou manipular variáveis, seja porque suas manifestações já ocorreram, seja porque as variáveis não são controláveis. A impossibilidade de manipulação e controle das variáveis distingue. Então, a pesquisa experimental de ex post facto. Fontes secundárias frequentemente citam, comentam sobre, e/ou constroem conclusões baseadas em fontes primárias. E segundo Campello (2003) apresentam a informação filtrada e organizada de acordo com um arranjo definido, dependendo de sua finalidade. São representadas, por exemplo, pelas enciclopédias, dicionários, manuais, tabelas, revisões da literatura, tratados, certas monografias e livros-texto, anuários e outras. Segundo Vergara (2009) a pesquisa participante não se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigação, fazendo Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 95 BRYTO, Klêner K. C et al; com que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrario do que ocorre na pesquisa tradicional, seja tênue. Os princípios fundamentais da pesquisa participativa são: a) a possibilidade lógica e política de sujeitos e grupos populares serem os produtores diretos ou associados do próprio saber que mesmo popular não deixa de ser científico; b) o poder de determinação de uso e do destino político do saber produzido pela pesquisa, com ou sem a participação de sujeitos populares em suas etapas; c) o lugar e as formas de participação do conhecimento científico erudito e de seu agente profissional do saber, no „trabalho com o povo‟ que gera a necessidade da pesquisa, e na própria pesquisa que gera a necessidade da sua participação (Haguette: 1999, p. 125). 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS O comércio como um todo, sempre foi fruto de uma verdadeira metamorfose em sua história, fato este comprovado pela diversidade que atuação no mercado. Hoje existe um leque de empresas de todos os tipos, setores e produtos, prontas para satisfazerem o gosto das mais diversificadas culturas e pessoas no mundo, estas organizações se valem de mecanismos, ferramentas e criatividade para entender e integrar-se ao comercio o mais abrangente possível, o “Q” a mais ou o “Diferente”, acaba virando o carro chefe das pequenas, medias e grandes empresas do setor sempre em busca de uma fatia maior de mercado, fidelização e satisfação com seus produtos e serviços por parte desses clientes. As pessoas tem mudado sua concepção de consumo, o comércio varejista é movido por clientes pessoa física e esses merecem toda atenção pois são eles que movem o mercado. O que leva o cliente ao consumo hoje, não é nem de perto o que levava anos atrás e nem no começo do comércio moderno, antes tudo era uma questão de necessidade, poucos tinham acesso ao consumo por prazer e desfrute. No mercado moderno é diferente, o consumo está envolvido em uma nova experiência de compra, sensações e prazer, fazem parte do “cardápio” de um novo mercado de consumo, multiplicando as facetas do comércio em geral. Muitas são as variáveis que criam tendência a um determinado produto ou serviço, a essencialidade ou necessidade de algo ainda está ligado ao ponto de escolha de um produto em detrimento de outro, mas não é o fator principal de uma escolha do consumidor moderno. Com o aumento do poder aquisitivo do consumidor, este passa a exigir mais das organizações para finalizar o ato da compra, tempo, diversidade de produtos, rapidez na entrega, atendimento personalizado, produto personalizado, layout da loja e conhecimento das expectativas do consumidor com relação ao produto e/ou serviço, são o conjunto de variáveis que ditam a escolha dos clientes. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 1., n.1, p. 80-98, jul./dez., 2012 | 96 Evolução histórica do comércio: passado, presente e futuro do diversificado comércio. Com este novo tipo de consumidor, o comércio moderno tem buscado se adaptar através de novos produtos e serviços, mas principalmente, através de novas formas de venda, tecnologia associada ao um bom relacionamento, produto associado à durabilidade e/ou preço, ou os dois, logística integrada para uma cadeia “enxuta”, que dá suporte aos produtos e serviços desde o pedido até a entrega sempre respeitando os prazos estipulados, flexibilidade nas negociações, buscando antes de tudo entender o consumidor, etc., sempre em busca da excelência na satisfação aos clientes. O futuro do comércio é promissor, as tecnologias que prometem revolucionar o mercado já são uma realidade, empresas e pessoas buscam e tem buscado o “algo a mais”, uns como ofertantes e outros como consumidores, no geral o comércio tende a se manter como o elo que liga as cadeias de produtos industrializados ao consumidor final, sempre melhorando os conceitos de atuação no mercado, com a diversidade e criatividade que compõe seu portfólio desde o começo da sua história. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aray. F. O papel do varejo na economia – Disponível em: http://franciscoaraymundo.blogspot.com.br/2010/06/o-papel-do-varejo-n. Acessado em: 18 Marços de2012. 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