legendas das imagens em portugues
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legendas das imagens em portugues
INSERM apresenta : Ficção Científica : Viagem ao coração da vida Labirintos misteriosos, pepitas brilhantes, grutas obscuras, alfabetos codificados,...donde vem todo este enigmático esplendor ? Do próprio coração da matéria viva, observado à escala microscópica. E da obra do mais visionário dos escritores franceses, Júlio Verne. Os quadros da exposição resultam de uma composição entre as fotografias científicas oriundas do banco de dados do Inserm e as gravuras antigas que ilustram a obra de Júlio Verne. Estas imagens impressionantes foram criadas por Eric Dehausse, iconógrafo do Inserm (http:/www.serimedis.inserm.fr – SERIMEDIS, banco de imagens aberto ao público). Para acompanhar este casamento insólito da ficção com o conhecimento, o escritor Bernard Werber, autor da trilogia das "Formigas" concebeu um conto. Impunha-se a ideia de um diálogo à distância com Júlio Verne, pai da ficção científica moderna : "para mim é o iniciador. Foi aquele que me fez viajar para longe abrindo um livro, foi ele que me ensinou que poderemos fazer explodir todas as fronteiras com a palavra ". Para a Ficção Científica - viagem ao coração da vida, Bernard Werber entregou-se a uma verdadeira experiência : uma imersão total nas imagens, seguida de uma hora de escrita espontânea, quase-automática. Os segundos passam, as perspectivas nascem, as palavras surgem... Para si também, a hora da partida chegou : boa viagem ao país do sonho e do saber ! INSERM O Instituto Nacional da Saúde e da investigação médica (Inserm), é um organismo que se dedica à investigação da biologia, da medicina e da saúde das populações. Posiciona-se num percurso completo que vai do laboratório de investigação até ao leito do paciente. Membro fundador da Aliança Nacional para as Ciências da Vida e da Saúde que organiza a coordenação da investigação no seio de dez institutos temáticos multi-organismos : Bases moleculares e estruturas do ser vivo ; Biologia celular, desenvolvimento e evolução; Genética, genoma e bioinformática ; Cancro ; Circulação, metabolismo, nutrição ; Imunologia, hematologia, pneumologia ; Doenças infecciosas ; Neurociências, neurologia, psiquiatria ; Saúde pública ; Tecnologias da saúde. Bernard Werber Nascido em 1961 em Toulouse, jornalista científico e escritor. Bernard Werber é um autor tão produtivo como popular. Desde o primeiro sucesso da trilogia das “Formigas” , que as suas obras foram traduzidas e publicadas cerca de 15 milhões de exemplares no mundo. A ideia de um diálogo à distância com Júlio Verne, pai da ficção científica moderna impunha-se : "para mim é o iniciador. Foi aquele que me fez viajar para longe abrindo um livro, foi ele que me ensinou que com as palavra poderemos fazer explodir todas as fronteiras". Para a ficção científica : viagem ao coração da Vida, Bernard Werber, entregou-se a uma verdadeira experiência : uma imersão total nas imagens, seguida de uma hora de escrita quase espontânea. "é um exercício muito agradável e muito interessante porque me obriga de certa forma a ir para além do imaginário". Os segundos passam, as perspectivas nascem, as palavras surgem... Para si também, a hora da partida chegou : boa viagem ao país do sonho e do saber ! Genérico Exposição concebida e realizada pela Direcção da Informação Científica e da Comunicação do Inserm. Director de comunicação : Arnaud Benedetti Chefe de projecto : Catherine d’Astier, directora adjunta da comunicação Commissária da exposição : Claire Lissalde, responsável do polo audiovisual Inserm Foto-montagens : Eric Dehausse, Inserm Conto : Bernard Werber, escritor Legendas científicas : Charles Muller, jornalista Cenografia e realização técnica : Ogilvy Action Infografia : Frédérique Koulikoff, Inserm Correcção e releitura : Maryse Cournut, Inserm Agradecimentos À cidade de Nantes, Agnès Marcetteau, directora do Museu Jules Verne, assistida por Cécile Daval e Frank Tellois, fotógrafo. A todos os cientistas autores das fotografias. Tradução Carolina Cardoso – Embaixada de França em Portugal O olho de Deus apareceu no céu uma Quinta-feira por volta das 15h30 e, para surpresa geral, era vermelho. Os bacteriófagos (ou fagos) são vírus que infectam unicamente bactérias, originando uma espécie de guerra de micróbios. Vêem-se aqui num ataque a uma bactéria da água. Os fagos são muito úteis como agentes antimicrobianos, mas também como instrumentos de investigação fundamental, em biologia molecular. © Inserm/Lydia Lapchine A caça ao meteoro, Júlio Verne. Museu Jules Verne- Nantes Eis a verdadeira espiritualidade, diz Flanaghan. Um parafuso sem fim que sobe até ao infinito. No ouvido interno, encontra-se a cóclea, um verdadeiro órgão da audição onde estão contidos os receptores auditivos. Também é conhecida por caracol, pela sua forma característica em espiral que evoca uma concha deste invertebrado. Esta imagem de microscopia electrónica por varrimento (scanning electron microscope – SEM) mostra a cóclea de uma cobaia. © Inserm/Anne Guilhaume Kéraban-o-teimoso, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Por esta janela, vemos aquilo que os nossos netos verão. — Mas parece um rosto, diz Philipson. — Sim, mas veja bem : não se trata de um verdadeiro humano, nem de um desenho. Chamalo-ão de « Avatar de síntese ». — Avatar ? Como as representações de Vishnou na Terra ? — Sim, mas serão representações virtuais do homem no computador. Philipson pensou que o professor Gale tinha enlouquecido. Ele perguntava-se o que poderia ser um computador. E imaginou “provavelmente uma máquina que daria ordens.” A técnica de “eye-tracking” ou de “Monitorização dos movimentos oculares” consiste na observação em laboratório do movimento dos olhos de um indivíduo face aos estímulos, podendo-se assim perceber como é fixada a sua atenção visual. Esta técnica utiliza-se sobretudo para se compreender as alterações cognitivas das crianças autistas, que têm dificuldades em se relacionarem com o seu meio ambiente mais próximo. © Inserm/Patrice Latron O Castelo dos Cárpatos, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes Caramba disse Frédéric, quando lhe foi proposto transformar-se num fantasma - eu pensava guardar a minha forma humana, e aqui com esta experiência falhada, tenho antes a impressão de me parecer com uma pizza andante. Desceu as escadas, envergonhado, enquanto a mozzarella começava a derreter e a espalharse sobre os degraus. Formando a anca e estruturando a bacia, os ossos ilíacos podem ser deformados, como no caso da doença de Paget, conduzindo a reabsorções - reconstruções anárquicas. A análise ao microscópio depois do corte e da coloração é muito rica em informação. Observa-se aqui a verde os ossos mineralizados ; a castanho e amarelo, o tecido pré-ósseo (ostéoide) recentemente formado, fabricado pelos osteoblastos; e a vermelho vivo, os osteoclastos que reabsorvem os ossos. © Inserm/Jean-Paul Roux Mathias Sandorf, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Desta vez, estamos perdidos capitão. — Não rapaz ! Tens medo porque é a primeira vez que viajas num quadro abstracto. Mas, fica sabendo que também poderíamos viajar num quadro de Picasso ou de Rothko. A arte abstracta não tem de se justificar, ela existe e é tudo. O rapaz não deixava de pensar que ele preferia os quadros surrealistas de Dali ou de Magritte. Pelo menos nestes reconhecíamos alguns personagens. Para observar ou reparar o organismo, os investigadores concebem estruturas à escala micro ou nanométrica, capazes de serem inseridas em células ou de eventualmente possibilitarem a introdução de medicamentos. Assinaladas a vermelho forte, as micro-esferas de metacrilato polihidroxietil (pHEMA) instalaram-se nas células endoteliais dando estas últimas origem às paredes internas das veias e das artérias (estas a verde). A vermelho vivo, certas microesferas que não conseguiram penetrar na célula. © Inserm/Hervé-Oscar Nyangoga Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Um dia, seremos obrigados a usar isto. — Para que serve professor ? — Para proteger a cabeça das ondas prejudiciais que são emitidas pelos telemóveis. — Dir-se-ia um preservativo, mais largo e mais curto. — De alguma forma sim, só que em vez de nos proteger das doenças sexualmente transmissíveis (DST), proteger-nos-á das radiações emitidas pelos GSM (Global System for Mobile Communications). — E para as DST, então, como farão ? Antes de tratar um organismo, é preciso primeiro ser-se capaz de examinar as suas moléculas, as suas células ou os seus tecidos. Nas últimas décadas a bio-imagem médica conheceu inúmeros progressos. No Centro de Estudos e de Investigação em radiofarmacêutica (Faculdade de Farmácia de Tours – unidade Inserm 930), desenvolvem-se também radiomarcadores que permitem quer ao investigador quer ao médico observar em detalhe o tecido nervoso. © Inserm/Patrice Latron Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — ...Será necessário proteger todo o corpo. — E para os beijos ? — Olha, há um pequeno tubo amarelo que permitirá trocar as salivas após terem sido fervidas. — E o fecho de correr, de lado, para que serve ? — Isso servirá para que se possam coçar a cabeça quando se perguntarem a que ponto se chegou ... diz o professor. Este laboratório Jean Mérieux/Inserm, em Lyon, dá pela designação “P4” por albergar patogénicos de classe 4 e tem a segurança máxima necessária à investigação sobre os micróbios mais perigosos. O acesso às salas faz-se através de áreas de descontaminação e passagem por portas estanques. Os investigadores usam escafandros cujo ar é renovado fora do laboratório. © Inserm/Patrice Latron Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne- Nantes — Planetas que se tocam ? Mas parece impossível. Isso coloca em causa as leis da gravidade ! — Meu caro Max, tem de se render à evidência : os nossos astrónomos talvez não tenham dado a devida importância à capacidade do universo produzir os objectos que desafiam as nossas leis humanas. — Mas a lei da gravidade, Doutor ! A lei da gravidade é universal. — A lei do humor é talvez o contrário da lei da gravidade — Gravidade/humor ? Ah estou a ver... E o humor consistia em aproximar estes três planetas. Talvez um dia se possam construir pontes para os unir. Estas micro-esferas de 0,8mm de diâmetro são constituídas por um gel de proteínas compatível com a matéria viva. Podem ser dirigidas de maneira específica para um tecido ou um órgão doente, com o intuito de neles poder introduzir moléculas-medicamentos. O alvo personalizado da terapêutica limita, acima de tudo, certos efeitos secundários dos tratamentos. © Inserm/Daniel Chappard A volta da Lua, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — É a primeira vez que viajo num supositório, capitão. Acho este modo de locomoção um pouco incómodo. — Mas para isto valia a pena ter vindo ... que espectáculo fabuloso ! As células têm um citoesqueleto, conjunto de filamentos e túbulos que asseguram a sua manutenção e do qual surgem sobretudo pequenas excrescências denominadas de filópodes. O vírus do SIDA (VIH) floresce nestes filópodes da célula e deles se serve para passar às células vizinhas. © Inserm/Philippe Roingeard Da Terre à Lua, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Está seguro que são eles ? — Claro ! Não imaginávamos encontrar extraterrestres em forma de cogumelo, mas veja, falam como nós. A única dificuldade para eles, é poderem deslocar-se. Uma vez crescidos num sítio, de lá não saem. — São, de alguma forma, animais sedentários ? — Eu não sei se poderemos falar de animais. Digamos que se trata de vegetais sedentários dotados de palavra. Quero com isto dizer, não hesitem em falar-lhes : compreendem muito bem a língua francesa. Basta que articulem bem as palavras, isto porque os seus órgãos auditivos estão nos cachos. Este cogumelo microscópico, o microfungo Aspergillus fumigatus, torna-se um inimigo de peso em pessoas cujo sistema imunitário esteja debilitado. Este cogumelo é assim responsável por graves infecções (aspergiloses), que se desenvolvem sobretudo no aparelho broncopulmonar. © Inserm/Eveline Guého Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes Os inimigos dos extraterrestres cogumelos desafiavam os primeiros homens que habitaram o planeta. Rapidamente, os pioneiros escolheram o campo : os amarelos contra os vermelhos. Nada mais restava senão enfrentá-los um a um. O combate poder-se-ia revelar árduo ; e quando Gustavson chegou, este temeu que o seu adversário o surpreendesse bruscamente com uma arma local. A proteína verde fluorescente GFP (Green Fluorescent Protein) é um marcador que permite ao biólogo e ao bioquímico seguir a actividade da matéria viva no interior das células. O seu uso trouxe tais progressos que os descobridores (O. Shimomura, M. Chalfie et R.Y. Tsien) obtiveram o Prémio Nobel em 2008. Nesta imagem, o bulbo dos folículos pilosos (que produz o pêlo), marcado pela GFP num rato transgénico. © Inserm/Séverine Mazaud-Guittot Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes Eles não estavam à espera disto. Os vermelhos tinham-se aliado com uma terceira espécie que se aproximava muito das esponjas cinzentas. Os humanos e os cogumelos não estavam seguros de ganhar contra os pepinos vermelhos aliados às esponjas cinzentas. Esta batalha que se anunciava, poder-se-ia revelar como a mais “imóvel” ou pelo menos “a mais lenta” das batalhas. Para que um biomaterial se implante correctamente, e assegure as suas funções, é preciso que o organismo o reconheça e o integre nos seus próprios tecidos. Observa-se nesta imagem em microscopia por varrimento electrónico o desenvolvimento espontâneo de calcosferitas (cristais de fosfato de cálcio) na superfície de um biomaterial. © Inserm/Johanne Beuvelot A esfinge dos gelos, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes Um pepino vermelho morto serviu-lhes de jangada e eles decidiram deixar-se transportar pela corrente até ao mar. Estavam exaustos, surpreendidos pela resistência do que parecia ser apenas efeito dos extraterrestres vegetais imóveis. A drepanocitose é uma doença genética rara na Europa, mas frequente em certas regiões do mundo como África, marcada por uma alteração da hemoglobina. Tem por efeito deformar os glóbulos vermelhos, como se vê nesta imagem, que tomam a forma curva duma foice. Por esta razão, esta doença também é chamada de anemia das células falciformes. © Inserm/Claude Féo & Marcel Bessis Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Eles deveriam ter cuidado, diz Lucas. Estes novos crocodilos educados por crianças podem crescer e tornar-se ferozes. Mais tarde, quando ficam demasiado gordos, ficam nos lagos dos jardins públicos e isto resulta no que aqui se pode ver... — Felizmente que estes crocodilos têm os seus próprios predadores : os famosos dinossauros fabricados pelos especialistas em genética e que têm muito sucesso junto das crianças. — De alguma forma é ecológico... um novo equilíbrio do terror. A sua autodestruição. — Talvez, mas eles poderiam ferir uma criança que queira brincar com eles junto do lago, não acha ? Por mim falo, nunca deixaria a minha filha brincar por aqui. Desde os primeiros trabalhos de Thomas Hunt Morgan em 1906 que a drosófila ou mosca do vinagre (Drosophilia melanogaster) é uma estrela dos modelos animais de laboratório. Esta fotografia detalha os testículos de um macho. Porquê trabalhar numa mosca ? Porque o homem e a drosófila partilham um grande número de mecanismos moleculares e celulares fundamentais. © Inserm/Sophie Desset & Chantal Vaury Viagem ao Centro da Terra, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes A equipa de cosmonautas queria comer carne local crua, de Xurbi ; mas desde logo que começou a andar, o cozinheiro foi obrigado a ir buscar um utensílio de cozinha adequado para acertar as contas, de uma vez por todas, com o bife de Xurbi, luminoso e recalcitrante. Mais tarde, escolheram cozinhá-lo e servi-lo com um molho de menta e coentros. Esta célula embrionária de rato revela as suas estruturas íntimas através da coloração : a azul, o núcleo que alberga os cromossomas ; a verde, os microtúbulos que formam o esqueleto celular (citoesqueleto) : a vermelho, as placas de adesão que fixam a célula à matriz extracelular. © Inserm/Yasmina Saoudi Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes O ajuste da voltagem no navio não foi tarefa fácil. Mais do que uma vez, o electricista foi vítima de descarga eléctrica. Os mais prudentes usavam botas de borracha. Os outros recebiam um choque de tal forma forte que não ousavam voltar. Nesta imagem por fluorescência, vê-se desenvolver em tempo real os neurónios do hipocampo, uma estrutura cortical antiga do cérebro. As longas arborescências, chamadas de axónios, permitem às células do sistema nervoso comunicar entre elas. © Inserm/Patrice Latron Vinte mil léguas submarinas, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes A evacuação dos esgotos da capital fazia-se de maneira abrupta. Todos os dejectos produzidos pela cidade com mais de 20 milhões de habitantes caíam em cascada, a céu aberto. E cheirava mal. Mas não se conhecia naquele tempo outra solução para o tratamento dos esgotos. Situado logo após o intestino delgado, o cólon tem um papel importante no nosso aparelho digestivo. Vemos aqui um dos seus orifícios à superfície, com o seu florescimento de células, descarregando o muco que servirá a garantir a passagem e a recuperar, com a acção da flora bacteriana, os últimos nutrientes aproveitáveis dos alimentos absorvidos. © Inserm/Katy Haffen Mestre do Mundo, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes Desde as leis ecológicas do ano 2100, tornou-se habitual efectuar o trajecto Paris-Nova Iorque num dirigível a hélio movido a hélice, apoiado por pedais. O seu único pequeno inconveniente, era ser preciso pedalar. Assim a selecção dos viajantes fazia-se de acordo com o tamanho dos músculos das pernas. Pelo menos, assim não se poluía. Em todas as células do corpo, encontram-se mitocôndrias e ribossomas. As primeiras são pequenas centrais energéticas, que asseguram a respiração da célula e as suas diversas reacções químicas. Os segundos são indispensáveis à leitura dos ARN que contêm a informação proveniente dos genes. © Inserm/Claude Le Goascogne Robur o Conquistador, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes — Está seguro que se trata de uma fêmea ? — Mas não vê que ela tem cabelos ! — Estava convencido que as “Arkcheules” também tinham olhos. A zona azul do meio, é o seu olho ! De resto, olhe : para se pôr mais bonita, esta “Arckcheule” recorreu a uma maquilhagem com relevo. Graças à coloração, estes neurónios de rato revelam a estrutura das células do sistema nervoso. Em azul, os núcleos dos neurónios contêm o ADN. Em verde, a fina cabeleira é formada por axónios ou fibras nervosas, os prolongamentos do neurónio que transportam sobretudo o seu potencial eléctrico. © Inserm U676/Pascal Dournaud Hector Servadac, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes - É a primeira vez que eu vejo uma montanha doente. - Esta verruga rochosa não é forçosamente uma doença.Talvez se trate de outra coisa. - Pensa em quê, Professor Markus ? - Penso que esta montanha está grávida... O miéloma múltiplo é um cancro da medula óssea, que afecta inicialmente as células plasmáticas do sistema imunitário e prolifera nos ossos. Esta imagem em microscopia por varrimento (MEV) mostra uma célula cancerígena - tumor maligno da medula óssea aderindo a uma fila de osteoblastos, células que contribuem para formar a face interna e externa dos ossos. © Inserm/Régis Bataille Cinco semanas em Balão, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Eu vi-te ! Eu vi-te ! O pequeno Roger ficou desiludido : ele acreditava que se se escondesse atrás de um meteorito, poderia espiar o seu pai na companhia da sua nova amante. Graças a uma congelação muito rápida, a criomicroscopia electrónica permite conservar a hidratação das amostras observadas, e assim poder analisar a sua estrutura minimizando as deformações e indo até escalas tão pequenas como as do nanómetro. Observa-se aqui a imagem do vírus, obtida através desta técnica tornada desde então indispensável tanto em biologia estrutural como funcional. © Inserm/Patrick Bron Um bilhete de lotaria, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes — Oh Georges ! — O que quer Françoise ? — Quando me contactou por internet para este encontro, não estava à espera que se tratasse de algo tão íntimo. — Eu não gosto de jantar em restaurantes nem dançar em discotecas, Françoise, eu pensava surpreendê-la fazendo um pouco de espeleologia nesta gruta. — Oh Georges , eu amo-o. — Agarre-se Françoise, e não desmaie porque eu necessito da sua ajuda para conseguir fazer os últimos metros. As drosófilas (moscas do vinagre) fêmeas possuem ovários, formados por um conjunto de unidades funcionais chamadas ovaríolos. Cada ovaríolo é por seu lado constituído por uma sucessão de folículos, que emergem uns após os outros sobre um eixo, formando como que um colar de pérolas. As mais pequenas, situadas nas extremidades, são as mais jovens. © Inserm/Sophie Desset & Chantal Vaury As Indias negras, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes — Não, não quero jogar ao Mikado gigante, diz Benoît. — De qualquer modo, um dos pauzinhos mexeu-se. Perdeste, responde Yolande. O calciferol não vos é desconhecido, mas conhecem-no certamente melhor com um outro nome : vitamina D, que existe em 5 formas diferentes. Esta vitamina permite sobretudo a absorção do cálcio e do fósforo, indispensável para a mineralização dos ossos. As crianças em crescimento ou as pessoas idosas devem ter cuidado quando estão em falta desta vitamina. © Inserm/CEIV/Roche As Indias negras, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — É o mais belo 14 de Julho da minha vida ! exclama ela. — Para mim também ! Eu apenas tinha visto fogo de artifício efémero. Este aqui continua como que a flutuar no céu durante vários minutos. É um verdadeiro progresso. O cancro desenvolve-se por mutação de genes presentes no núcleo das nossas células. Através de técnicas de bio-imagem molecular, os investigadores conseguem marcar estes genes para observar a sua expressão. Nesta imagem podemos também identificar o gene pp65 (vermelho) e o gene GFP (verde) nas células de um cancro da mama. © Inserm/Jenny Valladeau Viagem ao Centro da Terra, Júlio Verne. Museu Jules Verne – Nantes — Desta vez perdemo-nos mesmo, Ulf. — Não seja pessimista, Larson, estou convencido que encontraremos uma saída.. — Finalmente, ulf, acho que sou claustrofóbico. Mais cinco minutos e sou capaz de ter um ataque. — Coragem Larson, pense no que dirá a posterioridade ! Esta rede misteriosa de cavidades é que se chama um osso trabecular. Também chamado de osso esponjoso, constitui cerca de 20% da massa óssea, os restantes 80% são formados por osso cortical ou por osso compacto. Vê-se aqui a arquitectura trabecular das trabéculas ósseas que tem um papel importante na resistência mecânica dos ossos. © Inserm/Georges Boivin Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne. Museu Jules Verne - Nantes — Há 3 anos que tentamos descodificar este texto, Professor Philibert. 3 anos. E continuamos sem compreender nada. Ah, se pelo menos o espírito de Champollion estivesse connosco ! é a nossa última esperança. O seu talento permitir-nos-á encontrar a solução, como para a Pedra de Roseta. — Veja, são caracteres latinos, AAAAGTC hm... Em que ocasião um ser faz “aaaaagtc”? é isso caramba, encontrei. O que quer dizer este texto é... — O quê, diga Professor Philibert, diga logo ! — É um grito de uma mulher a ter um orgasmo. Eu penso que é uma mulher extraterrestre que quis imortalizar para sempre o melhor momento da sua vida com as palavras que lhe vieram à cabeça. T,A,G,C : estas quatro letras do alfabeto da matéria viva servem para escrever a informação genética. Designam a timina, adenina, guanina e a citosina, quatro bases químicas que entram na composição do ADN. No caso de uma patologia genética (aqui, a doença de Crohn, desordem inflamatória crónica intestinal), a escrita dos genes contém erros, ou seja, comporta supressões, inversões ou duplicações destas bases químicas. © Inserm/Patrice Latron Viagem ao centro da Terra. Museu Jules Verne – Nantes