Invasiones Barbaras o Germanicas

Transcrição

Invasiones Barbaras o Germanicas
Antecedentes
•
Os romanos consideravam bárbaros todos aqueles que ficavam
além das fronteiras do império e não falavam o latim.
•
Apesar das diferenças culturais, romanos e bárbaros conviveram
pacificamente durante os três primeiros séculos de nossa era.
•
A maior parte dos bárbaros vivia na região denominada
Germânia, além do rio Reno. Eram, assim, denominados povos
germânicos. Estes povos tiveram um forte papel na formação da
Europa.
•
As relações eram geralmente amistosas. Os bárbaros se
alistavam no exército, buscavam terras férteis e jovens dos dois
povos se casavam.
•
No entanto, a partir do século IV, estas relações começaram a
mudar.
As invasões bárbaras
•
A partir do século IV, a convivência pacífica entre romanos e bárbaros
foi interrompida com as invasões bárbaras, que destruíram a unidade do
Império Romano do Ocidente.
•
Um dos motivos destas invasões foi a chegada dos hunos, povo que veio
do leste da Ásia. Chefiados por Átila, os hunos forçaram as tribos
germânicas para dentro das fronteiras romanas.
•
Alguns historiadores consideram que a busca de terras férteis e as
riquezas existentes no império, aliados às fracas defesas nas fronteiras,
também estimularam as invasões.
•
Dentre os povos bárbaros invasores, podemos destacar os anglos,
saxões, lombardos, suevos, burgúndios, vândalos, ostrogodos, visigodos e
os francos.
•
A maior parte destes povos criou reinos independentes no território
romano, entre os séculos V e VI. No entanto, dentre estes, o reino dos
francos se destacou.
Coliseo Romano (Flavio)
Nos territórios para leste dos rios Reno e Danúbio, viviam os povos
germânicos a que os romanos chamavam bárbaros.
Estes povos viviam da criação de gado e da
agricultura, ainda que não tivessem uma
atividade comercial muito desenvolvida.
Tinham grandes conhecimentos na arte da
metalurgia e na ourivesaria.
Coroa de Recesvinto. Século VII
Museu Arqueológico Nacional; Madrid
Habitavam em aldeias e
desconheciam
a
vida
urbana.
Os romanos consideravam-nos bárbaros, pois
Eram diferentes.
Os autores romanos referiam-se aos vândalos como tendo uma péssima
reputação, falavam mesmo de uma «selvajaria natural».
Júlio César narra os hábitos dos suevos: «desde a infância, não conhecem nenhum dever,
nenhuma disciplina, só fazem aquilo que querem»
Um autor latino, Amiano Marcelino (330 – 400) refere-se assim aos alamanos: «A seus olhos, a felicidade suprema é perder
a vida no campo de batalha; morrer de velhice ou de acidente é um impróbrio e uma cobardia, que eles cobrem de ultrajes
atrozes; matar um homem é um heroísmo (…). O troféu mais glorioso é a cabeleira de um inimigo decapitado: colocam-na
como decoração no cavalo de combate»
Os Hunos, comandados
pelo célebre Átila, eram os
mais temidos.
Estes povos bárbaros, de origem germânica, eram atraídos pelas riquezas
do Império romano e, a partir do séc. II, foram-se estabelecendo junto às
fronteiras.
A partir do séc. IV, aproveitando as debilidades e desentendimentos entre
os romanos, e pressionados pelos ataques dos Hunos a Leste, estes
povos transpõem as fronteiras do Império e entregam-se ao saque.
Os Godos eram originários
da Suécia (Gotland). No
séc. III, nas margens do mar
Negro, dividem-se em dois
ramos: Visigodos e
Ostrogodos. Pressionados
pelos Hunos, os Visigodos
atacam o império a oriente,
em 376. Depois,
comandados por Alarico,
atacam Roma em 410. Os
saques foram terríveis.
Planeavam passar à África,
mas a sua frota foi destruída
e Alarico morto, pelo que
se reconduziram para o
Norte da
Itália e daí para a Aquitânia.
Aqui, conquistaram um
reino entre o Ródano e
o Loire,
ganhando a inimizade
dos Francos.
Os Visigodos são
derrotados, fixando-se
depois na Península
Ibérica.
O mesmo aconteceu aos Alanos, Suevos e Vândalos. Ao
longo do séc. V, outros povos bárbaros (Francos,
Ostrogodos, Anglos, Saxões, Burgúndios…) vão
criando os seus reinos sobre os escombros do império.
Em 476, o chefe bárbaro Odoacro depõe o último dos imperadores. É a
queda do império romano do ocidente. Inicia-se uma nova era na
história da Europa. A Idade Média.
Nos finais do século IV, os habitantes de Conimbriga edificaram uma muralha para se defenderem das hordas invasoras, sacrificando parte da cidade. Em 468 os Suevos
assaltam a cidade, saqueiam e destroem Conimbriga. A cidade é abandonada, deixando de ser sede episcopal que transita para Aeminium (Coimbra).
Representação da Tomada de Roma
Os visigodos
•
Originários de tribos germânicas que ocupavam o Leste
Europeu, próximo ao Rio Danúbio, iniciam a invasão ao
Império em 376
Os Hunos
Originários da Mongólia, nas estepes da Ásia, os hunos eram
guerreiros ferozes e desejavam conquistar novos territórios.
Eram guerreiros invessíveis.
Atila - rei dos Hunos
Os Vândalos
Eram aliados das tribos godas,
forçados pelos hunos a entrar no
Império, saqueram a cidade de
Roma.
Os Ostrogodos
De origem germânica, os
ostrogodos ocupavam a reginao
próxima ao Mar Ndegro até
serem atacados pelos hunos e
serem, quando invadiram as
fronteiras romanas. Após as
invaßões, instalaram-se na
Itália.
Os Francos
Originários da França e áreas hoje correspondentes a
Bélgica, os frnacos eram um povo conhecido pelos romanos,
após a conquista romana das Gálias, permaneceram no
território.
As Transformações Econômicas e o Clima de
Insegurança
Invasões
Aumento da mortalidade
Destruição das
culturas
Medo
Insegurança
Queda da produção
Ruralização da
economia
Dependência dos camponeses
face aos grandes senhores
Economia de subsistência
A agricultura apenas produzia alimentos para
consumo próprio
= RURALIZAÇÃO da
economia
ECONOMIA DE
SUBSISTÊNCIA
Esta segunda vaga de invasões provocou uma crise na atividade
agrícola e comercial da Europa
As zonas de cultivo
foram praticamente
destruídas
Em troca de proteção e segurança, os
pequenos camponeses submetem-se aos
grandes senhores
AUMENTO DO PODER E
PRESTÍGIO DOS GRANDES
SENHORES
Reino Franco
•
A falta de organização política, diferenças de língua, costumes e a crise
econômica foram fatores que fizeram sucumbir a maioria dos reinos
bárbaros.
•
Porém, o Reino Franco teve longa duração, em parte porque um dos
reis, Clóvis, tinha forte ligação com a Igreja Católica, tendo se tornado
cristão por volta de 496.
•
Podemos dividir o Reino Franco em duas dinastias: Merovíngia e
Carolíngia. A primeira deve seu nome a Meroveu, avô de Clóvis, que
havia lutado ao lado dos romanos contra os hunos.
•
Um dos últimos reis da dinastia Merovíngia, Carlos Martel, venceu os
árabes na Batalha de Poitiers, em 732, impedindo assim que toda a
Europa fosse invadida pelos muçulmanos.
•
O filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, iniciou a dinastia Carolíngia. O
principal representante desta dinastia foi seu filho Carlos Magno, o mais
famoso dos reis francos.
Império Carolíngio
•
Carlos Magno subiu ao trono em 768. Afoito a guerras, conquistou um império que
abrangia territórios na Europa Ocidental e Oriental.
•
Apesar de quase analfabeto, Carlos Magno valorizava o ensino e fundou escolas
gratuitas para o povo.
•
No ano 800, foi coroado imperador pelo papa Leão III. Assim, a Igreja Católica
pretendia unificar a Europa sob o comando de um monarca cristão, restaurando
a glória do Império Romano.
•
No entanto, esta unificação não foi possível. Após a morte de Carlos Magno, em
814, seu filho, Luís, o Piedoso, governou até 840. A partir de então, o império foi
dividido em três reinos distintos, através do Tratado de Verdun.
•
Vale ressaltar que as invasões e a constituição dos reinos bárbaros provocou a
ruralização da Europa e a concentração do poder nas mãos dos senhores de
terra. Posteriormente, isto foi determinante para o surgimento do Feudalismo.
Tratado de Verdun (843) Império dividido entre os
netos de Carlos Magno
Que povos que
invadiram a Europa
entre os séculos VIII
e X?
«Da fúria dos
normandos, livrai-nos
Senhor!»
Quando ocorreu a
segunda vaga de
invasões da Europa?
Algumas datas
importantes...
Que povos que
invadiram a Europa
entre os séculos VIII
e X?
Entre os séculos VIII e X, a Europa
foi devastada por novas vagas de
invasões:
Um dos povos mais temidos eram os
VIKINGS ou NORMANDOS
Eram transportados
pelos seus velozes
barcos (“DRAKARES”)
Pilhavam e
incendiavam cidades e
mosteiros, espalhando o
terror entre as
populações
atacaram as costas mediterrânicas da
Europa
queriam expandir a sua fé o ISLAMISMO
 queriam expandir o
seu IMPÉRIO
Entre finais do século IX e inícios do século X, os
MAGIARES ou HÚNGAROS
atacaram o centro da Europa
Completa a tabela
seguinte:
POVO
INVASOR
DATA DA
INVASÃO
LOCAL DE
ORIGEM
LOCAL DE
FIXAÇÃO
Completa a tabela
seguinte:
POVO INVASOR
Muçulmanos
DATA DA
INVASÃO
Séc. IX e X
LOCAL DE
ORIGEM
Arábia
LOCAL DE
FIXAÇÃO
Norte de
África/Pen
Ibérica
Normandos ou Séc. VIII e
Vikings
IX
Escandinávia Litoral
europeu
Húngaros
Ásia
Séc. IX
Europa
Central
(Hungria)
Quais os efeitos desta
nova vaga de
invasões?
Em síntese...
SEGUNDA VAGA DE INVASÕES DA
EUROPA
Decorreram entre os séculos VIII e X
POVOS INVASORES:
-Vikings
- Muçulmanos
- Húngaros
CONSEQUÊNCIAS DAS
INVASÕES:
-Crise agrícola e comercial
- Ruralização da economia
- Aumento do poder e prestígio
dos grandes senhores
CONCLUSÃO
• Entre os séculos VIII e X, a Europa sofreu uma nova
vaga de invasões – a dos Muçulmanos, Vikings e
Húngaros. Estas invasões causaram graves
perturbações na vida da Europa, dando origem a um
novo regime económico, social e político – o
Feudalismo.

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