Metalworking World 2/2013

Transcrição

Metalworking World 2/2013
2/13
a REVISTA DE NEGÓCIOS E TECNOLOGIA DA sandvik coromant
A EMPREENDEDORA:
Use leite!
A energia
do vapor
Nova tecnologia de turbinas a vapor da
Toshiba's Keihin Product Operation
Eles usam sacolas amarelas tecNOLOGIA No profundo oceano azul
rÚssia Um corte superior inovaÇÃO Por uma nova perna ALEMANHA Nova melodia
tecNOLOGIA Furação profunda rSc Chave do sucesso tecNOLOGIA Torneamento de peças duras
pERFIL
editorial
klas forsström presidente sandvik coromant
Conhecimento
vantajoso
para todos
TER A FERRAMENTA CERTA para uma operação é
apenas metade do trabalho; o conhecimento de
como usá-la da forma mais eficiente é o que
pode fazer a diferença, tornando o negócio em
algo realmente rentável. A Sandvik Coromant
atingiu a posição de líder de conhecimento em
nossa indústria, graças ao foco em três áreas
específicas: competência, inovação e educação.
Em 2012, lançamos o Metalcutting
Technology, nosso extenso e único programa
e-learning. Este curso online introdutório para
usinagem é gratuito e está disponível 24 horas
por dia e aberto a qualquer pessoa - novos
colaboradores, clientes, operadores, escolas e
universidades. A demanda é alta em todo o
mundo. Somente nos Estados Unidos, 1.600
escolas se inscreveram para fazer o curso em
nove módulos.
A Sandvik Coromant há muito tempo
reconhece a importância da educação. Por
muitos anos patrocinamos escolas, universidades e institutos de pesquisa, incluindo a
Universidade Aeronáutica de Pequim, na
China, o Commonwealth Center for
Advanced Manufacturing nos Estados
Unidos e a Universidade de Sheffield, no
Reino Unido, e, claro, escolas de ensino
médio na Suécia, como a Göranssonska
Skolan e a Haglund Wilhelm Skolan.
No futuro, vamos continuar o trabalho
com a educação na Sandvik Coromant
2 metalworking world
Academy, na internet e em nossos quase 30
Centros de Produtividade no mundo (leia mais
à pág. 7). Ao todo, cerca de 30 mil pessoas
recebem formação a cada ano nestes Centros e
nas instalações dos clientes.
Por que essa forte ênfase em educação?
Para nós é natural, porque em nossa oferta
entregamos mais do que os próprios produtos.
Também oferecemos a nossa competência e o
conhecimento de como utilizar melhor cada
um deles para reduzir custos e melhorar a
produtividade. Ao mesmo tempo, aprendemos
e desenvolvemos constantemente com os
nossos clientes. É uma situação de benefício
mútuo e isso é parte de nossa liderança em
conhecimento.
Boa leitura!
klas forsström
PresidentE DA Sandvik Coromant
Metalworking World
é uma revista de negócios e tecnologia da
AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken,
Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00.
Metalworking World é publicada três
vezes por ano em inglês americano e
britânico, alemão, chinês, coreano,
dinamarquês, espanhol, finlandês,
francês, holandês, húngaro, italiano,
japonês, polonês, português, russo,
sueco, tailandês e tcheco. A revista
é gratuita para clientes da Sandvik
Coromant no mundo inteiro.
Uma publicação da Spoon Publishing,
Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825.
Editora-chefe e responsável legal na
Suécia: Jessica Alm. Editor-executivo:
Mats Söderström.Gerente de
contas: Christina Hoffmann. Editor:
Geoff Mortimore. Direção de arte: Emily
Ranneby. Editor técnico: Börje Ahnlén.
Subeditora: Valerie Mindel. Coordena-ção: Lianne Mills. Coordenação de
idiomas: Sergio Tenconi. Diagramação
das versões: Louise Holpp.Pré-impres-são: Markus Dahlstedt. Foto de capa:
Martin Adolfsson. Artigos não solicitados
serão recusados. O conteúdo desta
publicação só poderá ser reproduzido
com autorização do gerente editorial da
Metalworking World. Matérias e opiniões
expressas na Metalworking World não
necessariamente refletem os pontos de
vista da Sandvik Coromant ou da editora.
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informação sobre a revista são
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Contato: Metalworking World, Spoon
Publishing AB, rosenlundsgatan 40,
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distribuição: Catarina Andersson,
Sandvik Coromant.
Tel:+46 (26) 26 62 63. E-mail:
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Impresso na Suécia, gráfica Sandvikens
Tryckeri. Impresso em papéis MultiArt
Matt 115g e MultiArt Gloss 200g, da
Papyrus AB, com certificação ISO
14001e registro junto ao Sistema
Comunitário Europeu de Ecogestão e
Auditoria (EMAS). Coromant Capto,
CoroMill, CoroCut, CoroPlex, CoroTurn,
CoroThread, CoroDrill, CoroBore,
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iLock são todas marcas registradas da
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Receba sua cópia gratuita da
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A Metalworking World tem caráter
informativo. As informações veiculadas
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World.
contEÚDO
metalworking world #2 2011
28
Alemanha
Ele criou a
melodia na
parceria
industrial.
4
10
Perfil
O projeto
Bartel
Grasslands.
A patented new
technique puts Voith
Turbo on the map.
20
Japão.
Vaporizando com
nova tecnologia.
7
Jogo Rápido:
11
Rússia:
8
Jogo Rápido:
16
Inovação:
Perfil:
38
Nota Final:
10
Notícias do mundo
Movendo no vento
Usando leite: Anke Domaske
Resolvendo o problema
De volta às corridas
33
Inspiração.
A responsabilidade
social corporativa
decola.
Resfriando pelo topo
TecNOLOGIA
Arestas de
excelência
Na metade
do tempo
Novos conceitos de
pastilhas intercambiáveis
combinam alta produtivide e
segurança com bom
acabamento superficial no
torneamento de peças
duras.
Furação orbital
aumenta a produtividade e reduz custos.
14
26
Furação profunda
com broca canhão
ou inteiriça de
metal duro?
Priorizar as maiores necessidades,
atentando para as exigências de
qualidade, profundidade e
màquina-ferramenta.
Produção no
fundo do mar
Como a indústria de petróleo e
gás pode lidar com os desafios
de produção nos ambientes
hostis do fundo do mar.
32 36
metalworking world 3
JOGO RÁPIDO
textO: Kip Hanson
imageM: Per-Anders Pettersson
4 metalworking world
Getty images
A Liatris Spicata (foto) é
uma flor selvagem da
família Asteraceae nativa
da América do Norte,
México e Bahamas. Ela
pode crescer até uma
altura entre 45 e 60 cm e
tem cor roxa ou lavanda
quando floresce em
pleno verão. A flor é uma
planta perene, que
sobrevive ao inverno na
forma de cormos (tipo de
caule subterrâneo). A
Estrela Ardente , como
também é chamada, é
atraente para borboletas, abelhas, pássaros e
resistentes aos cervos.
Uma sacola por vez
A Sandvik Coromant ajuda
a restaurar um pedaço do
coração da América
PATROCÍNIO. Bartel Grassland,
Illinois, é o lar de várias espécies de
aves e plantas em extinção.
Atualmente, a área é beneficiada
por esforços de professores,
estudantes e aposentados
voluntários para restaurar o
ecossistema de pradaria existente
antes da colonização. Um dos
voluntários é o maquinista Glenn
Hopkins, que se apresenta como o
“mente fraca e costas fortes” do
projeto. Mas, na feira IMTS de
2010, ele encontrou uma forma de
facilitar o trabalho dos colegas
voluntários - sacolas de TNT
amarelas da Sandvik Coromant.
Os voluntários de Bartel
tradicionalmente carregavam
grandes baldes, utilizando-os para
espalhar sementes de plantas
nativas, como a Estrela Ardente, e
para retirar ervas daninhas e
semente de plantas similares às
gramíneas. Ao passar pelo estande
da Sandvik Coromant na IMTS,
Hopkins viu as sacolas amarelas.
“Elas funcionam muito melhor”,
diz. “A aba sobre a parte superior
evita que as sementes voem e o
amarelo brilhante facilita a
localização. Podemos colocar duas
no ombro e ir espalhando.”
Hopkins voltou à IMTS no dia
seguinte para conseguir mais. Ele ri
ao lembrar. “Peguei várias sacolas
naquele ano. Passei pelo estande
da Sandvik Coromant uma dúzia de
vezes”. De fato, as sacolas da
Sandvik Coromant funcionaram tão
bem que Hopkins retornou à IMTS
em 2012. “Expliquei para o rapaz no
estande o que fazemos em Bartel
Grassland e como as sacolas
facilitaram o trabalho. Ele gostou
tanto que me deu uma caixa
inteira.”
Hopkins dividiu as sacolas com
Dawn Sasek, professor da Oak
Forest High School, que administra
uma versão em miniatura do
projeto Bartel em um local próximo
a Yankee Woods. De acordo com
Dick Riner, administrador local de
Bartel Grassland, “Dawn e seus
alunos são fundamentais nos dois
locais. Temos um dia de trabalho na
área de Dawn e depois viemos aqui
fazer a mesma coisa”. Riner explica
que colonos alemães começaram a
cultivar a terra em 1840. “Se
pudermos restaurá-lo até 2040,
será um milagre”, diz. Parece que
eles vão precisar de mais ajuda... e
de muito mais sacolas.n
Bartel Grassland, 237
hectares de terra
abandonada, fica no sul
de Chicago, Centro-Oeste dos EUA.
metalworking world 5
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JOGO RÁPIDO
TRÊS questões
Bertil isaksson
VENTOS DE
MUDANÇA
Condução a ar
Um dos maiores
parques eólicos
em terra do norte
da Europa, com
geração elétrica
anual de 570 GWh,
acaba de ser
inaugurado na
costa leste da
Suécia. A Sandvik
Coromant fornece
ferramentas e
soluções para a
Vestas, empresa
dinamarquesa que
fabrica as turbinas
eólicas para o
A próxima geração
parque.
de táxis ou carros
de carga para
movimentadas
ruas urbanas pode
ser esta.
transportE. Indústrias de automóveis e de gás e petróleo podem enfrentar
um sério desafio. Em um futuro próximo - amanhã, na verdade - haverá carros
movidos a uma fonte de energia que não produz emissões e custa apenas um euro
para abastecer. A empresa automobilística indiana Tata recorreu ao MDI - Motor
Development International - para desenvolver um carro que funciona com ar
comprimido. Ela introduziu recentemente protótipos do AirPod, um carro de três
lugares que tem tanque de175 litros e autonomia de 200 km. A velocidade máxima
é 70 km/h, tornando-o ideal para a condução na cidade. n
O NÚMERO:
bilHÕES
Número estimado de dispositivos
móveis em uso em 2020
(com cerca de 9 bilhões de
usuários).
VOCÊ SABIA? O tório, cujo nome homenageia o Deus
nórdico Thor, é um elemento radioativo com várias
vantagens em relação ao Urânio: é mais barato,
abundante, seguro e tem maior taxa de combustão. Não
há possibilidade de colapso em um reator de tório e o
resíduo é radioativo por “apenas” 300 anos. n
Getty images
50
Partícula
alfa de
longo
alcance do
Tório
UMA PITADA
DE SAL
A nova lâmpada
LED da empresa
japonesa Green
House funciona
com água
salgada - não
necessita de
bateria. Graças a
uma porta USB,
o equipamento
também pode
carregar
smartphones.
Gerente senior, relacionamento com
clientes, responsável global pelos
Centros de produtividade e pelos
treinamentos...
P: Por que investir 120
milhões de coroas suecas em
um Centro de Aplicação e de
Produtividade em Sandviken? É uma situação realmente
fantástica. Depois de várias
soluções temporárias, conseguimos
instalações de ponta. É necessário
ter um edifício melhor e mais
adequado uma vez que o Centro de
Aplicação e o já existente Centro de
Produtividade não estão sendo
suficientes, até mesmo para atender
às atuais demandas - para não falar
do futuro. O projeto, junto com uma
planta-piloto, já está em execução.
P: Qual é a diferença entre a
planta-piloto e os centros? Em
nossos 27 Centros de Produtividade no mundo fazemos muitos
treinamentos internos e externos
- relacionados à produção,
fabricação, economia e serviços.
Eles também são showrooms
permanentes para os visitantes.
O Centro de Aplicação em
Sandviken desenvolve principalmente novos métodos de
usinagem. Nosso conhecimento
em ferramentas de corte,
combinado com o que sabemos
sobre como usá-las, resultará em
processos de excelência. Criamos
soluções comprovadas que os
clientes podem usar de imediato.
Para implementar o conhecimento,
temos sete Centros de Aplicação
que criam soluções para os
componentes do cliente. A
planta-piloto vai produzir e testar
protótipos.
Q: Também há investimento
em um Centro de Aplicação
na China? A China está mudando
e há grande necessidade de
treinamento e entendimento sobre
usinagem moderna. Com este
investimento, em Langfang,
poderemos ajudar nossos clientes a
entenderem mais sobre o
assunto.n
metalworking world 7
JOGO RÁPIDO
textO: henrik emilson
ILUSTRAÇÃO: peter grundy
O novo veículo de transporte aéreo Aeroscraft foi projetado para
transportar componentes de turbinas eólicas pesados e de grandes
dimensões. Ele tem um sistema de controle interno de lastro que
permite descarregar sem lastro ou necessidade de aterrissar. O
dirigível feito nos EUA pode controlar o lift (força de sustentação)
em todas as fases, com capacidade de decolagem e aterrissagem
vertical, e pode operar sem infraestrutura terrestre.
Comprimento: 152 metros
Envergadura: 49 metros
Total de passageiros: 180
Carga: 60.963 Kg
Velocidade de cruzeiro:
222 km/h
5 7 7
4
Alcance
Minimiza o
impacto
ambiental
Lastro: não exigido
Pode acessar
locais remotos
com pouca
infraestrutura
Muitas pessoas no solo: não exigido
Lastro: não exigido
JOGO RÁPIDO
VOCÊ SABIA? Fontes renováveis ​​de energia não
apenas contribuem para um futuro sustentável
como geram empregos em várias áreas. Parques
eólicos abrem vagas de curto e longo prazo para
meteorologistas, engenheiros, trabalhadores de
montagem, operadores, técnicos e reparadores. n
O NÚMERO:
percentual, ou oito
horas, ou um dia por
semana, é o tempo
médio gasto por um
operador procurando a
ferramenta certa.
20
cubO DA CRIATIVIDADE:
DE IDEIAS A
OBJETOS REAIS
inovaÇÃO. Ter protótipos
impressos em 3D está se tornando
um padrão em departamentos de
desenvolvimento de produto,
facilitando a visualização de novas
ideias antes apresentadas na
prancheta ou em um programa
CAD. Até então, a técnica era cara e
as impressoras 3D exclusivas para
profissionais. Agora, custando US$
1.200, a impressora Cube 3D é
voltada para o mercado doméstico.
Mesmo com impressões em uma
escala limitada de 14x14x14cm, a
oportunidade de ver uma inovação
em 3D é uma inspiração para
qualquer empreendedor. n
Teste do motor no
Global Aerospace
Centre for Icing and
Environmental
Research, uma
nova unidade
especializada em
testes de gelo.
A impressora 3D não coloca tinta
sobre superfície plana, como a
tradicional, ela monta o material em
três dimensões e cria objetos reais.
A impressora derrete filamentos de
plástico e desenha com ele uma
camada fina, depois constrói
sucessivas camadas por
cima.
QUEIMA
PELO
CÉU
aerospaÇO. Com queima de combustível otimizada (16%
de melhoria gate-to-gate) e emissões de carbono reduzidas
(3.000 toneladas por aeronave por ano), o motor PurePower
PW1000G tem muitas vantagens sobre propulsores
convencionais. O segredo é a arquitetura da turbohélice
ativada pelo sistema de ventilação que permite que todas as
partes desta família de motores operem com velocidade e
eficiência ideais. n
metalworking world 9
JOGO RÁPIDO
textO: Henrik emilson
Foto: adam lach
A via láctea
medicinA. Quando a
microbiologista e designer de
moda alemã Anke Domaske viu seu
padrasto, que sofre de leucemia,
desenvolver uma alergia a roupas
normais, ela começou a procurar
alternativas.
“Buscamos tecidos não tratados
quimicamente, mas não se entra
em uma loja para pedir roupa sem
produtos químicos. Elas simplesmente não existem”, diz.
O interesse por moda e tecidos
é de família, por isso foi natural
para Domaske, de 28 anos,
começar a pesquisar fibras e como
produzi-las. Ela encontrou um
método de 1930 para fazer tecido
a partir de leite talhado, do qual
são extraídas fibras protéicas que
são tecidas em um fio do tipo seda.
“Na época, as fibras também
eram tratadas com produtos
químicos, mas conseguimos uma
maneira de fazer fibras ecologicamente corretas e usar apenas
recursos naturais, sem química”,
explica.
A marca QMilch nasceu e seu
padrasto, bem como outras
pessoas com alergias têxteis, pode
usar as roupas desenhadas por
Domaske sem problemas.
É preciso cerca de seis litros de
leite para fazer uma camisa e...
“O tecido não tem cheiro de leite
- é totalmente inodoro,” ela ri. “E
você não tem que manter suas
camisas na geladeira.” n
10 metalworking world
A caseína é extraída a
partir do leite em pó e
depois aquecida em um
tipo de máquina de moer
carne. A fibra sai em
linhas e é tecida em fio.
Os aminoácidos na
proteína são antibacterianos, antienvelhecimento e podem ajudar a
regular a circulação do
sangue e a temperatura
do corpo.
textO: Nick holdsworth Foto: Jeremy nichols
Nova fresa
solucionou
o problema
Vyksa, Rússia. Seria possível a uma pequena pastilha de metal
duro alcançar um aumento de eficiência substancial? Para a Russian
Vyksa Steel Works, uma das principais fundições do mundo, a
introdução de uma solução única e tecnologia exclusiva
possibilitaram o aumento da produção anual de tubos em milhões
de rublos. Imediatamente, houve efeito sobre os resultados
econômicos gerais da fábrica.
A Vyksa Steel
Works aumentou a
eficiência das
pastilhas no
processo de
soldagem por arcos
dos tubos.
nnn Em 1987, a Vyksa Steel Works, em
parceria com a japonesa Nippon Steel
Corporation, inaugurou a fábrica Nº 5 para
produzir tubos por solda elétrica. No entanto, a
fabricante de tubos Vyksa encontrou um sério
problema: a necessidade de substituição
frequente de fresas usadas para retirar as
rebarbas de dentro dos tubos de aço soldado
por arco destinado ao setor petrolífero.
Rebarba é metal fundido e amolecido que,
durante o processo de soldagem, se forma como
material excedente às superfícies externas e
internas do tubo. Para a remoção das
rebarbas, todas as fresas de soldagem
têm flash trimmers (bits para
12 mandrilamento) com fresas.
O problema era que essas fresas tinham uma
curta vida útil. Era preciso substituí-las de três a
quatro vezes por turno, o que causava paradas e
perdas de tempo, produção e lucro. Especialistas da Vyksa Steel Works projetaram um suporte
com fixação mecânica de uma fresa intercambiável, o que permitiu aumentar as propriedades
de resistência ao desgaste da ferramenta. Esta
fresa provou ser confiável e foi utilizada por 20
anos. No entanto, devido à modernização da
fábrica de tubos por solda elétrica e instalação
da nova máquina de usinagem
Kusakabe (conhecida como
"máquina de usinagem voadoAlexandr Mikhailovich
Arkhipenko
metalworking world
ra"), a fresa tornou-se insuficiente em resistência ao desgaste e deveria ser novamente
melhorada para sincronizar a máquina-ferramenta com a laminadora disponível.
PARA RESOLVER o problema, a Vyksa Steel
Works procurou fornecedores de ferramentas
de usinagem. "Mas ninguém estava interessado
em nossa demanda, porque simplesmente não a
achavam rentável", diz Alexandr Mikhajlovich
Arkhipenko, gerente de qualidade técnica da
fábrica. Os fabricantes não se interessaram em
projetar um molde para fresas e depois produzi-las em pequenas partes de 150 a 200 peças,
por considerar não-lucrativo.
Isso mudou quando a Sandvik Coromant da
Rússia, líder mundial no fornecimento de
ferramentas e em soluções de usinagem,
começou a estudar a questão.
Em 2009, uma equipe de engenheiros – utilizando o projeto da Arkhipenko para uma
nova pastilha – passou quase um ano
projetando uma nova classe. Nesse tempo, a
equipe da Sandvik Coromant estudou o
processo tecnológico, suporte de ferramenta e
o design das pastilhas da Vyksa Steel Works.
Eles selecionaram ligas e fizeram os preparativos para fabricar uma nova ferramenta
especial. O objetivo era fornecer uma solução
que durasse em um turno de oito horas de
trabalho sem necessidade de substituição.
COM BASE NOS resultados de vários testes, a
classe especial СТ15М foi escolhida como a
melhor opção por proporcionar alta resistên-
cia ao desgaste com altas velocidades e
temperaturas na área de corte e durabilidade
da aresta de corte. Ela provou ser capaz de
usinar a rebarba de soldagem por mais de oito
horas sem perda significativa de desempenho.
Em 2010, os testes na Vyksa Steel Works
para o lote piloto da ferramenta com a classe
CT15M com cobertura da Sandvik Coromant
foram concluídos com sucesso. A introdução
da nova fresa para a fabricação de tubos de
146 e 168 milímetros de diâmetro assegurou
as oito horas de funcionamento sem paradas
para substituição das ferramentas de usinagem
e permitiu alterar a fresa em sincronia com as
fresas utilizadas na "máquina de usinagem
voadora", o que significa um ganho de meia
hora na laminação. Além disso, o desperdício
de tubos de metais causado pelo corte de uma
abertura no tubo ao trocar para a fresa nas
flash trimmer foi reduzido. n
“O objetivo era fornecer uma solução queArc-welded
durasse um
steel oil pipes.
turno de oito horas de trabalho sem necessidade de reposição.”
A Vyksa Steel Works faz
parte de um dos maiores grupos
metalúrgicos, o United Metallurgical Company, e emprega mais de12
mil pessoas. É uma das principais
fabricantes mundiais de tubos
longitudinais eletricamente
soldados de vários diâmetros para
extração e transporte de petróleo e
gás, assim como rodeiros.
Desde sua fundação, a fábrica
desenvolveu rapidamente sua gama
de produtos. Forneceu munição
para os militares turcos no século
XIX, fez utensílios de casa e produziu
tecnologia militar pesada durante a
Segunda Guerra Mundial. Ao
contrário de muitas indústrias
russas no período pós-soviético, a
Vyksa continuou a ser produtiva
e, atualmente, é a fornecedora líder
mundial de tubos de aço para a
indústria de petróleo e gás e
rodeiros.
UM DoS grandes úLTIMoS
pedidos da fábrica foi para o
abastecimento de mais de 460 mil
toneladas de tubos de gás de
1.220 milímetros de diâmetro de
alta pressão, de acordo com a
norma DNV-OS-F101, para a linha
de 1.224 km da Nord Stream sob o
Mar Báltico, entre a Rússia e a
Alemanha. A Vyksa passou por
uma dura concorrência para
ganhar o contrato. O gás natural
russo começou a fluir através dos
tubos da Nord Stream para clientes
europeus em novembro de 2011.
VISÃO tÉCNICA
relação forte.
Outra face da cooperação
da Vyksa Steel Works
com a Sandvik Coromant
Rússia é a fábrica de
fundição de rodeiros,
onde cerca de 850 mil
rodeiros de140 tipos são
produzidos a cada ano
para os mercados da
Rússia, Estados Unidos,
Canadá, Rep. Tcheca,
Polônia, Índia e outros.
Roman Golyshkov, chefe
do escritório técnico da
fábrica, afirma que as
pastilhas de fresamento
da Sandvik são utilizadas
por terem alta confiabilidade e resistência ao
desgaste, o que permite
que a unidade tenha
considerável economia de
custos com compras de
ferramentas em relação a
outros fornecedores.
A Sandvik Coromant
agora está trabalhando
com soluções de projeto
de ferramentas de
usinagem para o
acabamento dos rodeiros
em aço para a nova
geração de trens de alta
velocidade russos Sapsan
e Lastochka. O vendedor
da Sandvik em Vyksa está
envolvido na construção
da ferramenta apropriada.
Os trens Sapsan
operam na rota Moscou
- São Petersburgo desde
dezembro de 2009 e na
rota Moscou-Nizhny
Novgorod desde julho de
2010. O Lastochka
seguirá a rota Moscou Sochi.
Em 2010, United
Metarlugical Company
(UMK), Russian Railways
(RR) e Siemens AG,
responsáveis pelos trens
Sapsan e Lastochka,
assinaram o acordo de
cooperação para a busca
de fornecimento de
rodeiros para os trens da
Russian Railways.
Linhas de
rodeiros.
metalworking world 13
technology
tecnologIA
textO: christer richt
imageM: borgs
DESAFIO: Combinar alta
produtividade e segurança com
bom acabamento superficial no
torneamento de peças duras.
soluÇÃO: Novo conceito de
pastilhas intercambiáveis com
arestas de corte exclusivas.
Arestas de
excelência
considerÁVEIS MELHORIAS de produtividade em operações
de torneamento envolvendo o mais duro dos materiais agora
podem ser alcançadas. São melhorias que não implicam a
substituição de máquinas ou introdução de novos métodos
- mas simplesmente na troca por pastilhas intercambiáveis. A
faixa de avanço predomina sobre o tempo necessário para
usinar um componente. Assim, por ser capaz de aumentá-la
– em muitos casos ao dobro do avanço convencional –,
muitas horas de produção são economizadas e as máquinas
utilizadas inteiramente.
Mas a parte realmente importante desse desenvolvimento é que o acabamento superficial e a precisão exigidos são
mantidos com avanços mais altos.
O que são essas pouco convencionais pastilhas intercambiáveis que revolucionam os tempos de usinagem?
A relação da faixa de avanço com o acabamento
superficial é sempre o parâmetro chave quando o foco é
reduzir o tempo de corte. Para pastilhas redondas convencionais, o avanço é estritamente limitado à relação: tamanho do
raio de ponta/acabamento superficial. A pastilha Wiper
mudou tudo isso. A aresta de corte Wiper da Sandvik
Coromant é composta por uma combinação mista,
cuidadosamente projetada, de diferentes raios. Existem
vários tipos diferentes de Wiper hoje, com faixas de
aplicação dedicadas a materiais como aços endurecidos. No
14 metalworking world
torneamento de peças duras, a geometria WH proporciona
um acabamento superficial de alta qualidade com exigências
de estabilidade relativamente baixas. A WG propicia
acabamento superficial ainda melhor com avanços mais
altos, mas necessita de mais estabilidade durante a usinagem.
Outra inovação da Sandvik Coromant – a pastilha Xcel
- altera a relação avanço/acabamento de forma mais
acentuada. Ela gera elevado acabamento superficial
O ângulo de posição das
pastilhas Xcel é de 10 graus. Em
torneamento de peças duras
isto não é uma limitação, já que
as tolerâncias de trabalho são
pequenas. A Xcel produz um
cavaco fino e uniforme com sua
capacidade para faixas de
avanço muito altas, que se
encontram de preferência entre
0,3 a 0,5 mm/rot. A profundidade de corte máxima recomendada com uma Xcel é de 0,25
mm. Mínimas condições para
folga devem existir quando se
está usinando cantos a 90
graus, devido ao formato da
pastilha, a menos que alívios
tenham sido feitos.
Componentes ideais são
eixos de grande diâmetro,
buchas e engrenagens, onde o
faceamento e o torneamento
longitudinal são necessários e a
estabilidade é boa. Os materiais
costumam ser aços totalmente
endurecidos ou endurecidos
por cementação e os cortes
podem ser contínuos ou
intermitentes, em perfis de
engrenagens ou em hastes. O
desempenho é otimizado com o
uso das modernas classes de
pastilhas CBN. A qualidade é
geralmente Rz 1 ou Ra 0.25
micron com tolerâncias
dimensionais mantidas em 0,01
mm. No que se refere à
capacidade de semi-acabamento/desbaste, a pastilha Xcel
atinge inigualáveis taxas de
usinagem.
mesmo em faixas de avanço mais altas, muitas vezes o
dobro das geradas pelas pastilhas Wiper, quando a
estabilidade de usinagem é boa, como no torneamento de
peças duras. Mesmo com faixas de avanço mais baixas,
onde o mínimo deve ser 0.3 mm/rot, ela gera excelente
acabamento superficial. As pastilhas Xcel e Wiper devem
ser vistas como complementares uma a outra, com
possibilidades claras de otimização das operações em
que são mais adequadas. Além do acabamento, a Xcel é
uma solução de alta produtividade para semiacabamento,
na fronteira com o desbaste leve.
O torneamento de peças duras tem suas exigências
próprias: as forças de corte e a pressão sobre a aresta de
corte são mais severas do que em materiais antes do
tratamento térmico. O material duro é abrasivo e gera mais
calor e, portanto, mais desgaste. O material da ferramenta
que serve melhor para essas exigências é o nitreto cúbico
de boro (CBN), que tem dureza inferior somente à do
diamante. A gama de classes de CBN da Sandvik
Coromant foi projetada para oferecer alto desempenho em
áreas de aplicação definidas. A combinação de geometrias
e materiais de ferramentas de alta performance leva a
soluções confiáveis, de alta produtividade.
Na pastilha convencional com ponta redonda o
desgaste é concentrado especialmente na altura da
profundidade de corte na aresta de corte. Com a pastilha
Xcel, o desgaste da ferramenta é uniforme ao longo da
aresta, melhorando a durabilidade da pastilha. A
melhoria também acontece devido à sua temperatura
mais baixa, gerada em razão do menor tempo em corte.
Com isso, mais peças podem ser usinadas com a Xcel
mesmo em faixas de avanço muito elevadas. n
Estudo de caso
UMA EMPRESA com a qual a Sandvik
Coromant já trabalhou estava
planejando substituir máquinas de
retificar com tornos para o torneamento
de peças duras. Nesta aplicação em
particular, a melhor solução era usar a
Xcel para semiacabamento, seguido da
pastilha Wiper WG para a operação de
acabamento. Um teste foi realizado na
empresa.
A consequência, com base nos
resultados satisfatórios de qualidade e
nos atraentes tempos de usinagem, foi
que a companhia mudou todos os
desenhos de componentes para
introduzir mais folga na entrada a 90
graus e tirar máximo proveito dos
recursos da pastilha Xcel. A faixa de
avanço recomendada para ela é de 0,4
mm/rot para semiacabamento, gerando
acabamento superficial de Ra 0,5
micron. Para a Wiper WG, o avanço é de
0,33 mm/rot, com acabamento de Ra
0.42 micron.
RESUMO
Além do acabamento, o semiacabamento também é
uma aplicação para
a Xcel.
A Xcel da Sandvik Coromant é
um conceito de pastilhas único
e patenteado, adequado para as
exigências de altas faixas de
avanço no torneamento de
peças duras envolvendo
semiacabamento e acabamento.
Pastilhas Xcel e Wiper, das
modernas classes de pastilhas
CBN, proporcionam arestas
para otimização da maioria das
operações e peças, combinando
curto tempo de processo,
segurança e alta qualidade das
peças.
metalworking world 15
textO: kip hanson
Foto: Per-Anders Pettersson
de volta
às corridas
Inovação. O fatídico dia em que Mike Schultz perdeu a perna em uma
competição de snocross mudou sua vida para sempre. O que ele não sabia é que
seria capaz de transformar a tragédia em oportunidade.
Decolando Depois do acidente
Mike Schultz projetou seu Moto Knee e
pôde começar a pilotar seu SnoCross
novamente. Em janeiro de 2013, o
"Monstro Mike" ganhou sua terceira
medalha de ouro na competição de
SnoCross Adaptive dos X Games de
inverno nos EUA.
metalworking world 17
nnn Quando o piloto de snowmobile americaUm bom joelho
no "Monstro" Mike Schultz perdeu sua perna,
Em junho de 2011, Michelle Salt
ele sabia que sua vida passaria a ser diferente. O
bateu em um alambrado com sua
que ele não sabia era o quão diferente.
motocicleta. Ela perdeu a perna
Schultz começou a carreira em 1998, quando
direita e quase morreu. "Fiquei no
estava no ensino médio. Ele progrediu rápido
tratamento intensivo por uma
para a categoria semiprofissional e, em 2003, já
semana", conta. "Quando acordei,
estava correndo pelo circuito profissional.
não tinha mais uma perna."
"Construí minha carreira", diz. "Em 2008,
Médicos disseram que ela não
estava no auge, era um dos cinco melhores do
praticaria snowboard novamente, mas
mundo sobre um snowmobile. Estava vivendo
aquilo não a preocupou. “Uma das
primeiras coisas que pensei foi em
meu sonho."
como voltar à prancha. Quando ouvi
Naquele ano, Schultz teve a grande oportunisobre esse cara que fazia próteses de
dade de assinar com a Warnert Racing, premiada
joelhos para atletas, liguei para ele.
equipe de snocross de St. Cloud, Minnesota.
Fui a primeira mulher a usá-las.”
Mas, na segunda rodada da disputa nacional, em
Salt agora corre pelas colinas com
Ironwood, Michigan, aconteceu uma tragédia.
elas. “É incrível”, diz. “Deixei de ser
"Era a primeira corrida de classificação do fim
incapaz de ficar em pé em uma
de semana", conta. "Tive um começo horrível e
prancha e me qualifiquei para a
estava me esforçando para chegar ao fim e
equipe canadense de para-snowboard
disputar a final. Descendo a colina, o veículo
em menos de um ano”. Se tudo correr
bem, diz, ela irá aos Jogos Paraolímpiderrapou e me jogou para fora. Tinha batido
cos de 2014 em Sochi, na Rússia.
várias vezes antes, mas continuava andando."
Outro usuário do Moto Knee é o
Desta vez foi diferente. “Institivamente,
atleta Geoff Turner, que sofreu uma
coloquei minha perna para amortecer a queda”,
amputação em 1990, após um acidenlembra. “Quando atingi o chão, meu joelho ficou
te de moto. Seus médicos lhe
hiperestendido e explodiu na hora”. As coisas
disseram para não esperar muito. “Me
foram de mal a pior. Uma tempestade de neve
possibilidade de eu construir meu próprio
olharam sombriamente e balançaram
suspendeu os voos de helicópteros naquele dia e
joelho. Foi o catalisador para mim.”
a cabeça”. Desde então, Turner
Schultz teve que ir de ambulância para o hospital
Com um bloco de desenho e recortes de
provou que seus médicos
mais próximo. “Se passaram cinco horas até que
papelão, Schultz começou a elaborar algo
estavam errados correndo (e
vencendo) diversas
eu conseguisse chegar a um cirurgião”, diz.
completamente novo. “Tive algumas aulas de
maratonas e meias-marato“Eles tentaram salvar meu joelho, mas três dias
desenho no colégio, que continuaram durante
nas. Ele se classificou
depois do acidente eu havia tomado 47 bolsas de
minha formação em engenharia. Mas penso
recentemente para a
sangue e meus rins estavam no limite. Os
mecanicamente e sempre fui um solucionador
equipe de bobsled dos
médicos me acordaram para dizer que iriam
de problemas, então apenas listei o que
EUA e está de olho no
amputar minha perna.”
precisava que o joelho fizesse, a função que
triatlo nas ParaolimpíSchultz passou 13 dias no hospital. “Recupeele teria. Precisaria absorver o choque e
adas de 2016.
rei rápido por causa da minha condição física”,
dobrar pelo menos 135 graus. E deveria ser
diz. “Me mandaram para casa no Natal. Cinco
ajustado a diferentes tipos de esporte.”
Michelle Salt
semanas depois eu coloquei minha primeira
Schultz escolheu o amortecedor da mountain
prótese. Ser capaz de andar novamente foi uma
bike FOX como base de suas próteses. “Ele usa ar
sensação incrível”. Apesar disso, Schultz pensou que seus dias de
comprimido como mecanismo de mola, assim você pode ajustar a
corrida haviam acabado. “Não iria querer correr se não pudesse
compressão exata e recuperá-la”, explica. “Peguei as medidas do amortececompetir no nível que conseguia antes. Eu meio que desisti. Então ouvi
dor e descobri a amplitude do movimento. A partir daí, comecei a desenhar
falar sobre o Adaptive X-Games Supercross.”
a estrutura do joelho, como tudo iria se encaixar. A parte mais difícil foi
chegar a um sistema de articulação para dar a
sensação progressiva de elasticidade, mas usando
O problemA, diz Schultz, foi encontrar a perna ideal. “Conhecia
apenas o amortecedor de duas polegadas. Essa foi
algumas próteses aptas para a prática de esporte, como uma com
a parte em que eu mais quebrei a cabeça”. Em um
amortecimento de molas, mas tinham sido projetadas para esqui em
mês, Schultz levou o desenho a uma oficina. “A
descida livre. A elasticidade das molas é muito dura e a amplitude de
FOX tem uma oficina aqui em Baxter, Minnesota”,
movimento não chega perto dos 135 graus necessários para o snowmodiz. “Me fizeram um rápido resumo de como usar
bile”. Foi quando ele começou a pensar nas alternativas. “Foi divertia fresa e o torno mecânico e me deixaram
do”, conta. “Me conheciam como o cara que consertava na oficina.
tranquilo. Eu usinei o primeiro.
Tinha muitos amigos das corridas, que começaram a brincar sobre a
18 metalworking world
JoAnn Mitchell
Voo alto “Ver o olhar
das pessoas quando são
capazes de fazer algo que
até então não poderiam é
simplesmente fantástico”,
diz o campeão de snocross
Mike Schultz.
líder senior de projeto,
Sandvik Coromant EUA
on the
cutting edge
(Na linha de frente)
P: Por que a Sandvik
Coromant patrocina o Edge
Factor, programa americano
sobre manufatura moderna e
inovação, no qual Mike Shultz
está envolvido?
A Sandvik Coromant é líder
em tecnologia e inovação em
usinagem e é parte de nossa
responsabilidade ajudar
nossos clientes a terem
sucesso nos empreendimentos, assim como as pessoas
fora da indústria a entenderem o valor da usinagem na
vida moderna.
P: Quem vocês estão tentando
alcançar com o Edge Factor?
“Me lembro da sensação de quando tirei
O novo projeto
O joelho precisa amortecer
as peças prontas da máquina e coloquei na
impactos consideráveis e
minha perna”, diz. “Subi em uma bicicleta
dobrar 135 graus.
no mesmo dia, sorrindo de orelha a orelha.
Amortecedor
Foi incrível. Conseguia ficar em pé sobre a
Amortecedor de mountain bike é a
bicicleta, equilibrado, como quando tinha
base da prótese.
as duas pernas. A primeira vez que pisei no
acelerador fui o cara mais feliz do mundo.
Sistema ajustável
O Moto Knee pode ser
Naquele momento soube que seria capaz
usado em vários esportes.
de fazer coisas legais com aquilo.”
Coisas muito legais, de fato. Menos de
cinco meses após o acidente, Schultz e
seu novo joelho correram no motocross
nos Extremity Games de Michigan e se classificaram para o ESPN
Summer X Games Supercross em 2009. “Participar de um evento como
aquele foi uma verdadeira revelação”, afirma. “Me proporcionou o
contato com outros amputados e pude aprender coisas com eles e eles
comigo. A partir dali, descobri um mundo completamente novo.”
DESDE ENTÃO, Schultz fez cinco revisões do projeto original e agora
comercializa seu produto com a marca Moto Knee. Ele também abriu uma
nova empresa, a Biodapt Inc, com o objetivo de ser líder em equipamentos
de ponta para atividades de alto impacto com próteses. “Desde janeiro de
2011, vendi mais de 40 unidades”, diz. “As pessoas o utilizam para o
snowboard, esqui aquático e montar a cavalo, por exemplo.”
Schultz afirma que seu empreendimento é o trabalho mais gratificante que alguém poderia ter. “Tem a ver com realmente ajudar as
pessoas”, diz. n
Muitos se aposentarão em
breve nos EUA e queremos
incentivar novas pessoas a
ingressarem na indústria.
Podemos oferecer carreiras
bem remuneradas e
estimulantes em áreas
técnicas. Ter pessoas com as
competências certas para
usar a tecnologia é vital e o
Edge Factor demonstra
muitas das habilidades
necessárias para preencher
essa lacuna.
P: O Edge Factor pode ampliar
horizontes?
Sim, porque mostra a emoção
de construir soluções para
ajudar as pessoas. O
programa demonstra as
possibilidades na manufatura
moderna, a inovação
necessária em situações de
clientes reais e de fábricas
reais fazendo produtos que
todos nós achamos valiosos.
Para muitas pessoas, essa é a
primeira vez que eles veem
maquinários modernos e a
tecnologia criativa envolvida.
Quer saber mais sobre
o the Edge Factor?
www.edgefactor.com
metalworking world 19
O valor do
vapor
textO: Carol Akiyama Foto: gorta yuuki
A rápida e crescente demanda por
energia fez com que a Keihin Product Operations, da Toshiba,
precisasse expandir sua produção de turbinas a vapor. A
empresa se aliou à Sandvik Coromant para enfrentar o desafio.
Baía de Tóquio, Japão.
nnn Quando Toshiyuki Harada pisou pela primeira vez
na estação ferroviária Umi Shibaura, há 32 anos, foi
contaminado pela energia vibrante da Baía de Tóquio.
“Em 1981, a tecnologia de turbinas a vapor do Japão
estava se desenvolvendo rapidamente”, recorda Harada,
gerente-geral da Keihin Product Operations, unidade da
Toshiba Corp's Power Systems Co. “Fui designado para a
área de projetos de turbinas a vapor. Desenvolvemos as
primeiras turbinas a vapor USC (Ultra-supercríticas) para
uso comercial. Meu projeto inicial foi criar a primeira
unidade USC para a Chubu Electric Co. Foi emocionante
na época e continua sendo agora.”
Harada descreve o Processo de Inovação Keihin (K-PI,
em inglês), sistema que implementou em 2009 para
aumentar a produtividade e reduzir prazos: "O K-PI foi
criado para reforçar o orgulho que os japoneses têm de sua
grande habilidade e capacidade para renovar de maneira
inovadora o processo de produção - do desenvolvimento e
projeto à aquisição e fabricação, para nos tornar globalmente competitivos", afirma.
Na produção global, perda de tempo é um problema
grave que não pode ser menosprezado. “Agora
somos capazes de coordenar a fabricação das pás
de nossas turbinas no México e de montá-las
com o subcontratado local, produzindo rotores
sem desperdício de tempo”, diz.
“Com a confecção de peças em grande escala
é difícil alcançar uma produção rápida, mas se pudermos
otimizá-la e até mesmo entregá-la antes do planejado,
nossos clientes ficarão satisfeitos e nossa lucratividade
aumentará. No passado, não controlávamos o processo
produtivo com cuidado e as peças eram acabadas fora de
sequência. Desde que implementamos nosso novo sistema
K-PI, diminuímos o tempo de produção pela metade e
nunca mais atrasamos uma entrega.”
Em 2008, a Toshiba decidiu expandir seu negócio de
produção de energia. A estratégia envolveu investimentos
em equipamentos de produção em larga escala na Keihin,
incluindo uma máquina multitarefas, um torno NC e um
centro de tornofresamento. Kazuto Sasaki, especialista da
equipe de engenharia de produção do departamento de
projetos e montagem de turbinas, afirma que o investimento foi impulsionado pela crescente demanda por energia.
“Nos últimos anos precisamos ampliar nossa produção em
150%, comprar novos equipamentos e reavaliar nosso
processo produtivo. Inicialmente, eu queria visitar diversos
A Keihin Product Operations está situada na orla da Baía
de Tóquio. À noite, os guindastes das inúmeras fábricas
são iluminados e tornam-se uma atração para os
cruzeiros turísticos. A estação de trem de Keihin é a
mais próxima do mar no Japão. A estação de Umi
Shibaura, na estrada de ferro Tsurumi, também é única
por ser uma estação privada, e apenas o pessoal
credenciado da Keihin ou convidados registrados
podem partir dela.
metalworking world 21
Operador Yasuhiro
Uchimura conferindo
uma ferramenta
Coromant Capto.
22 metalworking world
fabricantes de ferramentas para comparar produtos, mas
minha fábrica insistiu na Sandvik Coromant. Não me
restou outra escolha a não ser examinar primeiro esses
produtos.”
Por que a Keihin escolheu a Sandvik Coromant? A
primeira razão foi o fácil sistema de troca de ferramentas,
que ajudaria a normalizar o processo de produção. “Com o
sistema de troca rápida do Coromant Capto, treinamos
rapidamente nossos operadores e sabemos que, independentemente de quem fizer as trocas de ferramentas, isso
acontecerá de forma precisa e rápida. A capacidade
individual fará pouca diferença", explica Sasaki.
A Keihin instalou o Coromant Capto C6, com sistema
Troca Rápida, em seu novo torno NC. Tomoyuki
Takahashi, do departamento de fabricação de equipamentos, diz que antigamente as ferramentas de corte eram
fixadas por dois parafusos e era difícil posicioná-las no
lugar certo. "Apenas ajustar a altura tomava cinco minutos
de um operador experiente e dez de um novato", diz. "Com
o Coromant Capto, leva-se menos de um minuto para
realizar a mesma tarefa e qualquer um é capaz executar o
trabalho.”
A segunda razão para a escolha das ferramentas Sandvik
Coromant foram as diversas exigências de usinagem. Peças
grandes, como válvulas e eixos, são produzidas na mesma
linha das de pequeno porte. “Combinar as ferramentas
corretas para fazer cada peça leva tempo”, diz Sasaki. “O
amplo programa de cabeças de corte Coromant Capto é
extremamente útil na escolha de ferramentas para a
fabricação de peças de diversos tamanhos.”
Quando se trata do trabalho com grandes balanços, as
Silent Tools eliminam grande parte da vibração. “No torneamento que exige um balanço sete vezes maior que o
diâmetro da barra, não há dúvida de que devemos usar
produtos da Sandvik Coromant”, aponta Sasaki.
[1]
[2]
[3]
[1] Chihiro Yoshida,
operadora.
[2] Eiji Sato, à esquerda,
especialista chefe de
usinagem e Yoshito
Nishida, responsável pela
equipe de engenharia de
fabricação.
[3] Os tempos do ciclo de
produção foram reduzidos
pela metade.
metalworking world 23
Kazuto Sasaki,
especialista em
engenharia de
produção do
departamento de
projeto e montagem
de turbinas.
NOME DA EMPRESA:
Keihin Product Operations,
Power Systems Co,
Toshiba Corp
NEGÓCIO: Turbinas a
vapor; peças para usinas
termoelétricas,
nucleares, hidrelétricas;
geradores de energia;
equipamentos para
novos sistemas de
energia.
INAUGURADA: 1925
Área: 594.634 m2
EMPREGADOS: 2.300
PLANTAS de produção:
Em 2005, fundaram uma
planta para produção de
peças hidrelétricas na
China. Em 2008
estabeleceram a
subisidária Toshiba JSW
em Chennai (Índia) para
criação da planta de
produção de geradores
de energia e turbinas a
vapor. Essa fábrica
entrou em operação em
2013 e as expectativas
até 2015 é de que gere 1
bilhão de dólares anuais
em vendas.
Aya Miyamoto,
trabalhando com
uma barra de
mandrilar.
Yukihiro Ishikawa, vice-gerente de controle de
fabricação de equipamentos, explica o que isso significa
para a produção em maior escala: “Com o Coromant Capto
podemos aumentar os dados de corte, reduzindo pela
metade o tempo do ciclo de produção de um eixo da
válvula."
24 metalworking world
Desde 2007, Kentaro Tsuboi é representante de vendas
da Sandvik na Keihin e foi responsável por criar a forte
aliança entre as empresas. “Nos últimos cinco anos, fomos
capazes de equipá-los com uma tecnologia de usinagem de
alto nível, o que aumentou a produtividade", afirma.
“Espero que esta relação se aprofunde cada vez mais.” n
VISÃO TÉCNICA
A principal razão para a Keihin escolher a Sandvik
Coromant foi o fato de estar trabalhando muito com
materiais difíceis de usinar. Em 2008, como parte de
um projeto nacional, a Toshiba começou a desenvolver a tecnologia de turbinas a vapor 700°C Advanced
Ultra Super Critical (A-USC). “A Keihin se envolveu no
projeto desde o início e conduziu as pesquisas”,
afirma Toshiyuki Harada, gerente-geral da Keihin
Product Operations. Em usinas de energia térmica
comuns, o calor chega a 600°C. Aumentar a
temperatura e o nível de vapor pode elevar em 6% a
taxa de eficiência térmica, que atualmente é de 42%.
Espera-se reduzir em até 15% as emissões de dióxido
de carbono (CO2). Por demandar turbinas feitas com
ligas duras à base de níquel, resistentes ao calor, o
desenvolvimento deste sistema é um desafio.
A Sandvik Coromant está auxiliando no desenvolvimento da tecnologia da A-USC com seu conhecimento sobre usinagem de materiais para a construção de
turbinas. “Pela boa relação com a Sandvik Coromant
no passado, em função do trabalho com a A-USC, em
2009 passamos a visitar o Centro de Produtividade
para realizar testes de usinagem de materiais duros",
revela Eiji Sato, especialista chefe de usinagem. “Os
resultados da refrigeração de alta pressão e os testes
de tornofresamento utilizando as mais novas
ferramentas foram muito bons”, afirma. “Recentemente, utilizando classes de cerâmica em vez de
metal duro, conseguimos reduzir a usinagem das pás
de turbinas de quatro horas para apenas trinta
minutos. Isto representa um aumento de 20 vezes na
taxa de remoção de metal.”
“Com materiais difíceis de usinar, a menos que
façamos testes reais de fabricação, muitas vezes os
resultados são diferentes das expectativas”,
continua. “Quando realizamos os testes, caso não
cheguemos ao resultado esperado, precisamos
começar tudo de novo, o que pode levar a uma perda
A Sandvik Coromant
apoia o desenvolvimento da tecnologia
de turbinas a vapor
Advanced Ultra
Super Critical
(A-USC)
de uma ou duas semanas. No Centro de Produtividade existem máquinas com torque elevado e podemos
realizar uma grande variedade de testes.”
Shinichi Takamiya, gerente-geral de produto e
aplicações da Sandvik Coromant, confirma a
presença constante da Keihin. “Recebemos clientes
de todo o país”, diz ele, “mas no ano passado com
certeza a Keihin fez a maioria das visitas”. Os testes
são sempre acompanhados por Akio Fukuzawa, do
departamento técnico da Sandvik Coromant. “A
Sandvik Coromant tem um histórico comprovado de
conhecimento avançado na usinagem de ligas
resistentes ao calor”, diz Takamiya. “Com certeza
encontramos soluções para nossos clientes.”
A contribuição da Sandvik Coromant foi além do
Japão. “Precisamos testar taxas de remoção de metal
e qualidade superficial das peças”, explica Yoshito
Nishida, responsável pela engenharia de produção.
“Com a ampla gama de opções de ferramentas no
Centro de Produtividade, vamos alcançar bons
resultados”. Para reunir mais informações sobre
usinagem de ligas resistentes ao calor, Nishida foi à
sede da Sandvik Coromant, em Sandviken (Suécia),
em 2012. “Aprendi muito", diz. “Foi emocionante
conhecer a vanguarda do desenvolvimento de
ferramentas. Espero utilizar os resultados dos testes
para aprimorar as peças da A-USC.”
Após diversos testes, a Keihin encontrou três razões principais para escolher a Sandivik Coromant:
[1] Trocas simples e rápidas de ferramentas [2] Amplo programa de cabeças de corte [3] Desempenho das Silent Tools.
metalworking world 25
technology
tecnologIA
textO: Elaine McClarence
imageM: borgs
DESAFIO: Como atender as
exigências da indústria aeroespacial
para usinar materiais complexos?
soluÇÃO: Optar pela furação orbital
para aumentar a produtividade e
reduzir custos.
Na metade do
O AUMENTO DO uso de materiais compósitos avançados de
plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) em
aeronaves, combinados com pacotes metálicos, como
CFRP-Titânio e CFRP-Alumínio, traz desafios para a
usinagem de furos. Executar a furação nestes materiais
impõe dificuldades quanto à tolerância dos furos, extração de
cavacos, acúmulo de calor e problemas de lubrificação,
assim como formação de rebarbas, desgaste abrasivo na
ferramenta, delaminação e lascamento no CFRP.
A furação orbital é cada vez mais usada para superar os
problemas associados aos materiais compósitos, além de
aumentar a produtividade e reduzir os custos de fabricação.
A Sandvik Coromant está trabalhando com a empresa sueca
Novator AB, líder mundial em soluções de furação orbital
para a indústria aeroespacial, a fim de desenvolver soluções
de ferramentas específicas. A Novator criou o conceito da
máquina e a Sandvik Coromant desenvolveu fresas de topo
para fornecer uma solução completa para o cliente. Para a
indústria aeroespacial, a Novator oferece
uma gama de unidades móveis de
furação orbital com acessórios.
O benefício da furação orbital é que as
complexas operações de furação e
acabamento podem ser realizadas com
uma única ferramenta. Em essência, é
um método de usinagem em que a
ferramenta de corte se desloca simultane-
26 metalworking world
amente nas direções axial e horizontal para usinar uma
abertura maior do que o diâmetro da ferramenta, permitindo
múltiplos tamanhos de furo com uma única ferramenta.
Ferramentas de fresamento inteiriças de metal duro,
projetadas para atender as necessidades da furação orbital,
efetuam a operação de corte. Adaptações na geometria da
ferramenta combinadas com diferentes revestimentos criam
a ferramenta ideal para cada aplicação.
Utilizar uma ferramenta de diâmetro menor do que o furo
desejado resulta em um processo de usinagem mais frio,
graças ao espaço de ar que se cria entre a ferramenta e o furo.
Com forças de avanço menores, a qualidade do furo
aumenta. Tanto a usinagem sem refrigeração ou quantidade
mínima de lubrificante (MQL, em inglês), importantes para
os pacotes CFRP-Titânio, podem ser empregadas. Uma vez
que a furação sem refrigeração elimina a necessidade de
líquido refrigerante, ela é ecológica, mais segura para os
operadores e menos onerosa, já que não é preciso limpar. O
método de furação orbital resulta em cavacos
menores que são fáceis de retirar, reduzindo o
risco de riscar as superfícies.
A necessidade de ferramentas específicas
para tarefas adicionais é reduzida porque o
furo é usinado em um ciclo. O resultado é
ausência de delaminação na entrada e saída
dos furos, maior vida útil da ferramenta e
segurança de processo e alta produtividade.
O CFRP é usado em
painéis, estrutura,
asas, seção central da
asa, estrutura de
janelas, clips e portas
da fuselagem.
tempo
A Sandvik Coromant cria e testa soluções de fresas de topo
para o cliente. Para não danificar a ferramenta no desenvolvimento, é importante minimizar forças radiais, e o método
gera um furo com dimensão correta, pouca ou nenhuma
rebarba e cavacos pequenos e fáceis de expulsar.
O custo por furo é reduzido, já que o tempo de vida de
cada ferramenta é muito maior e a necessidade de diferentes
tipos de ferramentas menor. A aresta de corte tem apenas
contato parcial e intermitente com a superfície, o que junto
com a refrigeração a ar evita o superaquecimento e prolonga
a vida útil da ferramenta. Como ela pode ser usada para
produzir um furo acabado e usinar variados tamanhos de
furo, o estoque é reduzido drasticamente. Os prazos de
entrega de toda produção são menores, pois a montagem
pode ser realizada numa única operação.
Algumas aeronavem atuais usam mais de 50% de CFRP,
por isso é necessário um processo rentável e seguro que
satisfaça as exigências de tais materiais difíceis. n
{ 3 mm }
Com a furação orbital, a
necessidade de ferramentas específicas para tarefas
adicionais é reduzida, uma
vez que o método pode ser
usado para produzir o furo
em um ciclo.
{ 30 mm }
O processo de furação
orbital é usado para furos
de 3 a 30 mm de diâmetro,
com área principal de uso
entre 10 e 25 mm.
RESUMO
À medida que a indústria aeroespacial aumenta o uso de materiais compósitos avançados, desafios surgem na realização de operações de usinagem. A
Sandvik está cooperando com a fabricante Novator, líder em furação orbital, a fim de desenvolver soluções de ferramentas específicas para a abertura de
furos, uma das operações mais difíceis de realizar com precisão e de forma rentável em compósitos e pacotes metálicos.
metalworking world 27
texto: Tomas Lundin foto: christoph papsch
Com
maestria
Homburg, Alemanha. Para o gerente de produção Rainer Lauffer,
responsável pela gestão, planejamento e tecnologia de ferramentas na
unidade de Homburg da Bosch, líder mundial em fornecimento para o setor
automotivo, as constantes mudanças nas especificações de superfícies de
contato dos injetores aumentam as exigências em relação à flexibilidade e
confiabilidade do processo. Uma nova solução em fresamento da Sandvik
Coromant aumentou em mais de 35% a eficiência no processo.
“A planta de Homburg é a
principal fabricante de injetores
para motores a diesel com
tecnologia common rail, por
isso todos dançam de acordo
com sua melodia.
De velas de ignição
a ferramentas
elétricas e
aplicações para
cozinhas: você
pode aprender
mais sobre a Bosch
na versão para iPad
da Metalworking
World.
Bosch press gallery
os Injetores para motores a diesel são a menina dos olhos
O industrial
alemão
Robert Bosch fundou a
Robert Bosch GmbH
em 1886, em
Stuttgart. Hoje, a
Bosch é a maior
fornecedora da
indústria automotiva,
com mais de 300 mil
colaboradores e 51,5
bilhões de euros em
vendas em 2011.
Anualmente 4,2
bilhões de euros são
investidos em
pesquisa e desenvolvimento. Além das
peças para as
montadoras, a Bosch
fabrica de tudo, de
ferramentas
elétricas e
eletrodomésticos a
estações de
energia solar
turnkey.
30 metalworking world
da Bosch, empresa alemã líder mundial de fornecimento
para o setor automotivo. Mais de três milhões de unidades
são vendidas por ano para fabricantes de caminhões como
MAN, Deutz, Iveco e Cummins, entre outros.
“O problema é que cada fabricante tem sua própria
filosofia e métodos para a montagem dos injetores no
motor”, explica Rainer Lauffer, da fábrica da Bosch em
Homburg, na Alemanha. Ele é a pessoa que decide quais
ferramentas a empresa deve usar em suas fábricas de
injetores para motores common rail (sistema de injeção
direta de combustível diesel sob alta pressão em motores de
combustão interna) pelo mundo.
Com cerca de 40 clientes, é fundamental para a Bosch
adaptar rapidamente a superfície de contato dos injetores às
especificações de cada um. “Somos fanáticos por superfícies
de contato”, diz Lauffer. “Isso é muito importante para nós”.
Por anos, toda a produção de injetores era feita na própria
Bosch, mas quando a produção foi terceirizada, o fresamento
em desbaste desapareceu e a longa parceria firmada entre a
Sandvik Coromant e a fábrica da Bosch em Homburg acabou.
Uma nova fase começou em outubro de 2009, quando
Harald Rohn, gerente de clientes da Sandvik Coromant no
sudoeste da Alemanha, entrou em contato com Lauffer para
sugerir um novo método para usinagem da superfície de
contato. Em vez de usar ferramentas de metal duro, que são
caras e se desgastam rapidamente, Rohn sugeriu
o uso das fresas CoroMill 490 e 390 e uma
geometria de corte leve.
“A Sandvik Coromant estava no lugar certo e
na hora certa”, lembra Lauffer, que concordou
em realizar uma série de testes em 2010 antes de
adotar a nova tecnologia.
“O resultado foi que nós economizamos tempo e
dinheiro”, aponta. “Em média, reduzimos o takt time
(tempo disponível para produção dividido pela demando do
mercado) de 5 a 10 segundos, um aumento de 35,6% na
eficiência desse processo específico, e economizamos
centenas de milhares de euros desde que começamos.”
A solução da Sandvik Coromant agora é o padrão usado
nas plantas de injetores para veículos comerciais da Bosch
em todo o mundo, incluindo Wuxi (China), Charleston
(EUA) e Curitiba. A planta de Homburg é a principal
produtora de injetores para os motores a diesel com a
tecnologia common rail, por isso todos dançam de acordo
com sua melodia”, diz Lauffer. “As ferramentas que eu
aprovo aqui têm que ser usadas pelas subsidiárias no
exterior, o que nos dá a vantagem do benchmarking mesmo
em longas distâncias. Mas somente por dois anos. Então,
elas podem começar a produzir suas próprias soluções e
competir com nosso conceito.”
Em outras palavras, a Sandvik Coromant tem dois anos
para mostrar os benefícios de sua solução. “Abrimos a
porta para um mercado gigantesco”, diz Rohn. “Agora
temos de ir além e criar novas oportunidades.” O sudoeste
da Alemanha é o lar de muitas empresas e montadoras
líderes mundiais.
Neste contexto, a solução técnica em si não é o único
fator relevante, garante Lauffer. Tão importante quanto é
oferecer serviços e melhoria contínua. “Não importa quão
boa seja a solução técnica de uma empresa, ela não
funcionaria sem um suporte técnico global”, explica.
“Precisamos de um parceiro como a Sandvik Coromant,
uma empresa internacional com especialistas em todos os
lugares do mundo. Globalmente, há apenas um punhado de
empresas como essa.” n
Na fábrica de Homburg,
a Bosch fabrica sistemas de injeção
direta para motores a diesel usando as
famílias CoroMill 490 e 390 da Sandvik
Coromant. Mais de 6.000 pessoas
trabalham na unidade.
As ferramentas da Sandvik Coromant
são usadas para fresar superfícies de
contato, permitindo montagem
extremamente precisa dos injetores por
parte dos fabricantes de motores. Cada
cliente tem suas próprias soluções e
especificações. As CoroMill 490 e 390
da Sandvik Coromant são usadas em
células de fabricação individual e em
grandes produções em série.
“A Bosch deve aliar-se a empresas como a
Sandvik Coromant,que nos disponibiliza
especialistas em nossas fábricas, de modo
rápido em qualquer lugar do mundo", diz o
gerente Rainer Lauffer. Na foto, ele
conversa com Harald Rohn (à direita).
Rainer Lauffer, tooling
manager, Bosch, Homburg
tecnologIA
textO: turkka kulmala
imageM: borgs
DESAFIO: Como decidir entre
broca canhão e uma broca
inteiriça de metal duro comum
para furos profundos?
soluÇÃO: Priorizar as principais
necessidades, focando as
exigências de qualidade do furo,
profundidade e máquinaferramenta.
CoroDrill 428
CoroDrill 861
Broca para
furos profundos
NA EDIÇÃO1/2013 da Metalworking
World, apresentamos várias tecnologias de usinagem de furos profundos.
Agora, trazemos informações sobre a
furação com brocas canhão e seu
novo desafiante: as avançadas brocas
helicoidais inteiriças de metal duro.
A maioria das operações de furação
profunda exige razões de comprimento/profundidade do furo de até 30 x
Ø; para muitos desses casos as
avançadas brocas inteiriças de metal
duro oferecem uma opção viável.
O maior benefício desse tipo de
broca, como a CoroDrill 861, é a
combinação de alta performance, boa
economia de produção e exigências
relativamente simples sobre a
máquina-ferramenta, o set up e o
sistema de refrigeração.
Isto a torna aplicável tanto para
ambientes de produção em massa
quanto para trabalhos isolados. A gama
disponível de geometrias e classes
permite uma ampla variedade de
materiais. Um benefício da CoroDrill
861 é a geometria do canal ACM
(Advanced Chip Management):
Formato e ângulo de hélice dos canais
dos cavacos são otimizados para uma
eficaz formação e remoção dos
mesmos sem interrupções.
Então, onde usar a broca canhão?
Uma broca canhão moderna como
a CoroDrill 428 é uma ferramenta
essencialmente dedicada para a
produção em massa e para furos
extremamente profundos, de até 100
x Ø, e diâmetros inferiores a 1
milímetro (0,04 polegada). Ela
oferece alta produtividade e tolerâncias estreitas, mas exige pressão de
refrigeração de cerca de 80 bar (1,160
psi) e mais exigências das máquinas-ferramentas e suportes. Os materiais
da peça são geralmente restritos a
aço, ferro fundido e alumínio. n
Quer saber mais? www.drillingknowledge.com
ou na Metalworking World 1/2013, página 14.
32 metalworking world
Disponível para furos
cruzados e
tolerâncias de furo
muito estreitas.
Para furação
convencional, furos
cruzados, faces
angulares.
RESUMO
Novas e avançadas brocas
inteiriças de metal duro
oferecem desempenho
igual ou superior e
economia de produção
com maior flexibilidade.
Em aplicações de furo
profundo a CoroDrill 861
reduz investimentos
relacionados à máquina-ferramenta e tempos de
set up, reduzindo o custo
do furo dessas aplicações
exigentes e provando ser
a solução para o futuro.
TextO: Johan Rapp Artes em papel: fideli sundqvist/agent molly&co.
Para os negócios
decolarem
christer jansson
Inspiração. Quando a responsabilidade social corporativa (RSC)
apareceu pela primeira vez na linguagem dos negócios, poucas pessoas
compreendiam seu significado. Hoje, a maioria das empresas a
reconhece como um fator chave do sucesso.
nnn há alguns anos, durante uma viagem a comunidades pobres do interior da Argentina, Blake Mycoskie
decidiu começar um negócio de calçados. Para cada par de
sapatos vendido, ele doava um para uma criança carente.
Em 2012, a TOMS, sua empresa fundada em Los
Angeles, prosperou e dois milhões de pares foram doados.
O modelo de negócios de Mycoskie ilustra um conceito
baseado na verdade fundamental de que as empresas são
mais do que apenas geradoras de lucros para seus
acionistas. Elas também têm obrigações ambientais e
sociais e podem, de maneira proativa, tornar o mundo
melhor. Este conceito, conhecido como responsabilidade
social corporativa (RSC) desempenha um papel cada vez
mais importante nos planos de negócios das empresas,
tanto no que diz respeito às suas marcas quanto na atração
de investidores e recrutamento de talentos. Em suma, a
RSC é um fator chave de sucesso.
“Nos últimos anos, os jornalistas de negócios, tradicionalmente focados em crescimento e desempenho econômico,
estão mais interessados em como as empresas lidam com a
RSC e a sustentabilidade”, conta Carina Silberg, consultora
3 PERGUNTAS PARA
anna vikström
Em 2012, a Sandvik ampliou as
ações de RSC para todo o Grupo. A
vice-presidente executiva e chefe de
Recursos Humanos Anna Vikström
Persson assumiu o comando.
P: Por que é importante para a Sandvik desenvolver a
RSC? “A RSC é importante para a Sandvik, pois deixa a
empresa ainda mais competitiva. Acredito que todos
podemos perceber, à nossa volta, a importância da
contribuição para a sociedade, os negócios e o meio
ambiente.” P: Por que agora? A Sandvik não tem histórico
de responsabilidade ambiental e social? “Sim, fazemos
muitas coisas boas dentro da RSC em todo o Grupo, e temos
alcançados realizações significativas. Um ponto de melhoria
é comunicarmos o que de fato fazemos, tanto interna como
externamente, e acompanhar de perto a Gestão Executiva do
Grupo.” P: Quais são os seus planos de RSC? “Estamos no
processo de recrutamento de um chefe de RSC que vai
desenvolver um plano de responsabilidade social corporativa
alinhado ao negócio, garantindo nosso sucesso nesta área.”
34 metalworking world
de RSC da empresa sueca de comunicação Hallvarsson &
Halvarsson. Já não é suficiente produzir um relatório
ambiental anual e ter diretrizes políticas. “Os jornalistas buscam continuamente informações novas e específicas, que
estejam relacionadas a metas claras", diz Carina.
As empresas precisam ser transparentes e francas em
relação a todos os aspectos de suas operações, mesmo no
que diz respeito a fornecedores. Se trabalhadores morrem
porque falta uma saída de emergência em uma fábrica de
tecidos em Bangladesh ou se uma empresa de telecomunicações permite que seus fornecedores paguem salários
abaixo do mínimo na China, isso contaminará suas marcas.
Tentativas de escapar da culpa só vão piorar a situação,
garantem relações públicas e consultores de marca.
RSC PODE SER descrita como uma iniciativa corporativa para
avaliar e assumir a responsabilidade pelos efeitos das
empresas sobre o meio ambiente e seu impacto no bem-estar
social. É uma ação voluntária que respeita e vai além de leis
ambientais e regulamentos de saúde e segurança.
O conceito surgiu no início da década de 70, quando a
globalização e consciência ambiental ganharam destaque.
Relatórios recentes sobre aquecimento global mais rápido
do que o esperado e outras ameaças ambientais causadas
pela atividade humana têm alimentado a tendência.
A revista americana Newsweek realiza um ranking anual
das 500 maiores empresas do mundo e quão comprometidas com a preservação ambiental elas são. A comparação
inclui políticas ambientais, diretrizes de gestão, programas, iniciativas, debates e práticas de comunicação.
Em 2012, a lista foi encabeçada pelo banco Santander
Brasil, seguido pela empresa indiana de TI Wipro. Os 50
primeiros lugares na lista da Newsweek foram dominados
pelas empresas de TI e de finanças.
Este é um sinal de que é mais difícil para as empresas de
manufatura e outros setores serem ambiental e socialmente
responsáveis?
“Não”, afirma Joel Makower, autor de diversos livros
sobre RSC e presidente do grupo de consultoria ambiental
GreenBiz.
Makower aponta a IBM como exemplo. Além de suas
operações de TI, a IBM fabrica microprocessadores, uma
ampla gama de hardware e investe fortemente em
pesquisa. “A IBM é a quarta na lista, o que mostra que
indústrias tradicionalmente ‘sujas’ e empresas de ponta no
setor de serviços podem coexistir com o mesmo nível de
responsabilidade corporativa. De muitas maneiras, a IBM
estabeleceu um padrão do que é possível”.
UM BENEFÍCIO DO crescente interesse na RSC é que desafios
de sustentabilidade e meio ambiente estão se tornando
fontes de inspiração para os inovadores. Günther Seliger,
5
Cinco passos para o sucesso da RSC: O que uma empresa deve fazer
para desenvolver a sua RSC? Quais os fatores mais importantes a considerar?
[1] Mapeie como sua empresa afeta o meio ambiente, colaboradores, fornecedores e demais stakeholders. [2] Estabeleça
prioridades. Uma empresa não pode fazer tudo. Quais são as questões mais importantes? Como você pode fazer diferença? [3]
Crie metas de crescimento – ambiciosas e até audaciosas - não apenas para fazer “menos mal”, mas para reduzir ou até
eliminar efeitos de longo prazo. Construa metas que desafiem a sua organização. [4] Comunique regularmente seus objetivos,
conquistas e falhas para os stakeholders. [5] Tenha certeza de que o seu coração esteja nas atividades de RSC.
Fontes: Carina Silberg, consultora sênior de RSC da Hallvarsson &
Halvarsson, e Joel Makower, autor e consultor em sustentabilidade.
autor de Sustainability in Manufacturing e professor da
Universidade Técnica de Berlim, diz que as indústrias têm
direcionado seus esforços de inovação para reciclar
produtos e desenvolvê-los com materiais renováveis.
“A indústria do aço responde por uma parte substancial
das emissões globais”, diz Seliger. “Esse é um dos motivos
pelos quais têm-se tentado substituir o aço por bambu na
construção civil moderna.”
No entanto, muitas vezes, ele diz, modelos antigos de
negócios ficam no caminho das soluções sustentáveis.
“Precisamos mudar o paradigma de sucesso, da venda de
volume para a de funcionalidades com o mínimo de
recursos possíveis.”
EMPRESAS QUE LEVAM a RSC e a sustentabilidade a sério
são consideradas as futuras vencedoras. “As companhias
que realmente entendem os impactos que causam, têm um
plano abrangente para tratá-los e falam sobre seu
progresso - e a falta dele – irão desfrutar aberta e honesta-
mente dos benefícios da sustentabilidade: redução de
custos, melhoria da qualidade, menores riscos, inovação,
atração e retenção de talentos e bons relacionamentos com
clientes e stakeholders”, aponta Makower.
Adicione a isso a importância de audaciosos objetivos
de RSC. O Plano de Vida Sustentável da Unilever, por
exemplo, busca duplicar o volume de negócios da empresa
ao mesmo tempo em que deseja reduzir pela metade seu
impacto ambiental até 2020.
A TOMS deu mais passo de RSC e estendeu suas
práticas de doação para a venda de óculos de sol. A cada
par vendido, o morador de um país pobre recebe tratamento para os olhos, como prescrição de óculos ou cirurgia
ocular. A crença de que negócios e boas ações podem
andar de mãos dadas está clara no website da empresa:
“Na TOMS, acreditamos que podemos melhorar a vida
das pessoas por meio dos negócios”.
“At TOMS, we believe we can improve people’s lives
through business.” n
metalworking world 35
tecnologIA
technology
textO: turkka kulmala
ilustraÇÃO: kjell thorsson
DESAFIO: Como a indústria de
petróleo e gás pode lidar com os
desafios de produção nos ambientes
hostis do fundo do mar?
soluÇÃO: Materiais e design
mais avançados, incluindo
ferramentas de última geração e
know-how.
Usinagem para
o fundo do mar
PETRÓLEO E GÁS continuarão entre as principais fontes de energia nos próximos anos, mas
como a produção das reservas existentes está caindo – mais de dois terços até 2035 – será
necessário lidar com ambientes de produção mais hostis, no fundo do mar. Isso estabelece
altos requisitos de qualidade para os equipamentos e impõe mudanças no design e uso
crescente de materiais avançados, o que, por sua vez, requer processos de usinagem de última
geração. A Sandvik Coromant irá servir a indústria com ferramentas avançadas e know-how.
36 metalworking world
Control unit collar
Este longo tubo de aço inoxidável
abriga um avançado equipamento
eletrônico do sistema de
perfuração. Para o processo de
usinagem, a Sandvik Coromant
oferece novas soluções para
usinagem de furos profundos e
escareamento, a fim de
proporcionar um escoamento
seguro de cavacos, segurança no
processo e tolerâncias estreitas.
SUPORTE DE TUBULAÇÃO
Um suporte sustenta a extremidade
superior de uma tubulação. Os desafios
de usinagem incluem longo balanço,
estoque irregular, corte interrompido e
vibração. A Sandvik Coromant oferece
um processo seguro e produtivo com
soluções em fresamento, mandrilamento e torneamento, usando a tecnologia
antivibratória Silent Tools.
VÁLVULAS
Sistemas de válvulas para petróleo
e gás têm diferentes tamanhos e
materiais. Os desafios incluem
corte interrompido, longos
balanços, escoamento de cavacos
e fixação. A Sandvik Coromant
oferece alta consistência e
produtividade com soluções
inovadoras, como as fresas
CoroMill com adaptadores
antivibratórios e o sistema
CoroTurn SL para desbaste e
acabamento.
Spool body
Os corpos de carretel
controlam o fluxo do poço.
Estes componentes de aço
inoxidável e liga inconel geram
problemas de fixação e de
produtividade nas operações
de torneamento com um longo
balanço. Novamente, a barra
de mandrilar Silent Tools é
uma solução eficaz.
RESUMO
A produção de petróleo e gás no fundo
do mar vai impor exigências extremas
sobre o equipamento e, consequentemente, sobre as ferramentas de
usinagem. A Sandvik Coromant tem
disponível soluções de usinagem seguras
e produtivas para estes exigentes
componentes feitos de aço inoxidável e
de superligas resistentes ao calor.
metalworking world 37
”
NOTA FINAL
textO: henrik emilson
imageM: getty images
Pintando
a cidade
Quantos telhados
brancos você vê?
38 metalworking world
Want to learn more ? Visit www.sandvik.coromant.com/xxxxxxxxx
Nova York, EUA. Como a tinta
branca no telhado pode ajudar a
reduzir as emissões de CO2? É
fácil: a tinta reflete a radiação
solar e pode tornar a superfície
do telhado 43% mais fria do que
se ele fosse preto. Isso significa
que as pessoas que vivem ou
trabalham no prédio podem
reduzir o ar condicionado nos
dias quentes e, assim,
economizar energia e diminuir
as emissões.
Em Nova York, grupos como
White Roof Project e Cool Roofs
pintam telhados de branco há
dois anos. O projeto voluntário
pretende cobrir mil metros
quadrados por ano.
Embora céticos digam que os
raios solares refletidos de
telhados brancos aumentam o
aquecimento global quando
retornam para a atmosfera, os
defensores estimam que pintar
os telhados em áreas onde o ar
condicionado é muito usado
poderia compensar as emissões
dos 600 milhões de carros do
mundo de 18 a 20 anos.
metalworking world 39
Print n:o C-5000:568 POR/01
© AB Sandvik Coromant 2013:2
A principal peça da sua máquina
Uma nova máquina é um grande investimento –
que deveria dar lucro desde o começo. Nossas
equipes dedicadas podem diminuir o tempo de
amortização do seu investimento, garantindo que
sua máquina seja ferramentada, otimizada e que
funcione de modo eficaz a partir do primeiro dia.
Tire proveito da principal peça da sua máquina
e veja quanto você poderá economizar conosco.
Leia o código QR ou informe-se na nossa seção
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