Derrubada do Restaurante da Chesf causa

Transcrição

Derrubada do Restaurante da Chesf causa
R$ 2,00
Paulo Afonso – Bahia • 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • Número 120
O jornal da região do São Francisco • www.folhasertaneja.com.br
Fundador: Antônio Galdino
10 anos da história da região
nas páginas da Folha Sertaneja
Ano de 2004. O mês de janeiro foi dedicado à conclusão
do processo de criação da Galcom Comunicações, uma
micro empresa onde estão uma pequena produtora de
vídeos sociais – casamentos, aniversários, formaturas,
documentários e eventos e um jornal mensal – Folha
Sertaneja – que teve a sua primeira edição em 18 de
fevereiro de 2004 e, apesar das dificuldades iniciais e
outras muitas na sua caminhada, continuou sendo publicado, sem interrupção, ao longo destes 10 anos.
A Folha Sertaneja registrou esses passos (e muitos
outros) da história recente de Paulo Afonso e região
em seus 10 anos de vida e recebeu vários prêmios,
dentre os quais Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Paulo Afonso (três vezes) e Troféu Destaque
do Sertão (sete vezes).
A expectativa é continuar a caminhada, sempre observando o mesmo padrão de qualidade editorial e
a ética e o respeito que marcaram os primeiros 10
anos deste jornal. E, para tanto, é importante continuar com parceria de empresas e instituições que nos
acompanham há anos e que outros parceiros, companheiros de caminhada se acheguem e possamos
seguir juntos na direção do futuro.
Páginas 6 e 7
Derrubada do Restaurante da
Chesf causa tristeza e indignação
A aberração maior é que se resolve tudo com
o trator passando por cima, como aconteceu
no dia 14 de fevereiro com o Restaurante da
Chesf, cuja área foi cedida pela Chesf, em ato
público realizado no Memorial Chesf para a
Justiça do Trabalho, sendo a cessão desse
patrimônio assinada pelo então presidente
da Chesf João Bosco.
Página 4
Prefeito Anilton assina convênio para reforma
da Casa de Repouso São Vicente de Paulo
No dia 18 de Fevereiro o prefeito Anilton
Bastos assinou convênio no valor de R$ 330
mil reais com a Casa de Repouso São Vicente de Paulo para a realização de reforma das
instalações e aquisição de mobiliário para
atender aos idosos que ali vivem. Atualmente são 33 pessoas que serão beneficiadas com esta reforma geral.
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2
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
EDITORIAL
Folha Sertaneja 10 anos
Ninguém caminhou tanto
Para que um jornal sobreviva e
circule, sem interrupção, durante 10
anos ou 120 meses é preciso muita
luta, determinação e raça. Investimento também que, nem sempre os
apoios comerciais para que ele sobreviva são suficientes.
Tem sido assim com o jornal Folha
Sertaneja, nascido em 18 de Fevereiro de 2004 erguendo com bandeira
a luta pela criação da RIDE – Região Integrada de Desenvolvimento
Econômico, defendida em muitas
edições, desde o primeiro editorial,
pelo jornalista Clementino Heitor de
Carvalho. A criação da RIDE foi defendida pelo então prefeito de Paulo
Afonso, Paulo de Deus, na condição
de Presidente da Associação dos
Prefeitos do Sertão Baiano – APSB
e depois, por outro presidente desta Associação, Prefeito Romualdo,
de Coronel João Sá. Mas a proposta morreu nesses anos pela falta de
comprometimento dos deputados e
senadores da região.
Ao completar 10 anos de vida
intensa, verdadeiro observador e divulgador da história de Paulo Afonso e região nesse período, o jornal
Folha Sertaneja oferece à comunidade a história bem mais completa
desta cidade, município e região,
um livro chamado De Forquilha a
Paulo Afonso – História e Memórias de Pioneiros que será um marco
no registro do que aconteceu por estas terras caatingueiras nos últimos
65 anos.
E, como presente de aniversário
às avessas, vimos, entristecidos e
engessados, a derrubada do prédio
do antigo Restaurante da Chesf, cenário de tantas histórias, espaço encontros e de grandes eventos, lugar
de trabalho de centenas de pioneiros
chesfianos.
Doado pela Chesf para ser a sede
da Justiça do Trabalho, veio abaixo
pelas lâminas dos tratores que derrubaram um espaço que poderia ter
tido outro fim, como as propostas
que foram apresentadas à hidrelétrica desde a gestão do Prefeito Raimundo Caires.
Matéria publicada no site da Folha
Sertaneja e replicada por vários outros
sites e jornais que circulam em Paulo
Afonso, mereceu centenas de comentários, lamentos daqueles que também
queriam que esse patrimônio servisse
para outros fins. E ficou no ar uma pergunta que não consegue se calar: se a
Justiça do Trabalho queria apenas um
terreno porque a Chesf não doou outra
das tantas áreas que ainda tem como
a que está nos fundos do próprio prédio derrubado, ou ao lado da Caixa
Econômica, ou atrás da Igreja de São
Francisco ou outras tantas?
A expectativa é que a sociedade
acorde, todos nós acordemos, a Câmara de Vereadores acorde e que
sejam feitas leis e que elas sejam de
fato cumpridas para que não se precise usar a imprensa, a mídia para
chorar sobre os entulhos da história
que vem sendo menosprezada e pouco valorizada a cada ano.
O aniversário de 10 anos da Folha
Sertaneja, que merecia ser festejado
com todas as luzes e cores, acontece num cenário cinzento mas, para
manter viva essa história, o passado
que é tão importante para se planejar
o futuro, lançamos o livro De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias
e Memórias de Pioneiros, deixando
ali, para esta e as futuras gerações,
relatos sobre a construção deste município por pioneiros aguerridos, a
maioria deles anônimos, pouco conhecidos, mas nem por isso, menos
importantes.
Raizes profundas
Aos oito anos da Folha Sertaneja escrevi o seguinte, entre
outras coisas: eis que esta folha
é alvissareira e pertence ao tronco de uma árvore chamada “antes
de tudo um forte”; é de raízes profundas já que nascida em terreno
fértil de solo de águas subterrâneas benfazejas e revigorantes, tal
como o juazeiro, nosso conhecido
resistente arvoredo das caatingas
e das secas.
E após uma década?
Quer queiram, quer não queiram - dez anos na construção de
uma mídia escrita deixam raízes
profundas, ficam firmes e penetram significativamente na mente
coletiva, exceto daquele dentre
este coletivo que não lê, não vê,
não ouve, não sente nada, por estar alienado ou não existir na humanidade. Sim, há pessoas que
não existem mesmo contadas pelas estatísticas ibegerianas. Não
estão ligadas, no dizer de jovens.
Estas pessoas não fazem parte
da existência do ser.
Humanóides à parte é preciso prosseguir e isto Antonio Galdino tem ido pra frente com seu
exercito de Leitores, Colabora-
dores e Anunciantes insistentes.
Assim, ano a ano, caminha a Folha Sertaneja já ampliando seus
longos galhos literários rumo à
mente de todos via internet. Uns
torcem com sorriso, outros contorcem a cara, mas a planta já é
decenária, por isto não se abala
com os ventos e chuvas ou mesmo as intempéries da seca de
cérebros que campeia no social
de hoje, devido às superficialidades vigentes.
Lembro bem da animação dos
poucos que viam longe quando
da apresentação primeira daquele pequeno pé de Sertão que
ainda era o desejo de Galdino,
sempre muito crente nas possibilidades de Paulo Afonso.
Aí está o resultado, dez anos
depois: de pé.
Acho que o Leitor sabe da história da viagem do trem que vai
deixando nas estações alguns e
recebendo outros passageiros,
que bem podem ser comparados
aos inúmeros periódicos que ficaram por aí, nas estações do percurso destes dez anos de Jornal
triunfante como soe ser a Folha
Sertaneja.
Este nome hoje é marca consagrada no jornalismo regional. Muitos da mídia maior vindo à região
se apóiam na Folha para realizar
seus trabalhos aqui. Sentem-se seguros à sombra da planta jornalística sertaneja bem firme, prestativa.
Presentes para dia de aniversário estas rememorações que faço
deixando meus parabéns, referem-se aos feitos que nem caberiam aqui neste espaço, mas estão
à disposição de pesquisadores do
futuro que certamente irão consagrar este Jornal que tem nome de
natureza forte de nordestino.
Consagração é coisa que se
constrói na prateleira do trabalho
e do talento, daí a existência da
Folha ser uma coisa para ser referendada pela sociedade Paulafonsina nos amanheceres da vida
social de hoje e de amanhã.
E por falar em novo dia chegando amanhã, cito Renato Teixeira
na sua Música RAIZES: “Amanhecer é uma lição do universo, que
nos ensina que é preciso renascer. O novo amanhece. O que a
noite não revela, o dia mostra pra
mim.”
Parabéns Antonio Galdino.
Parabéns Leitores.
Parabéns Colaboradores.
Parabéns Anunciantes.
Paulo Afonso-BA
Fevereiro de 2014
Pauloafonsinos esperam pela
reforma do terminal Rodoviário
Quando finalmente se anunciou
a reforma e ampliação do terminal
Rodoviário de Paulo Afonso, logo
veio na cabeça das pessoas que esta
passaria por uma reforma completa,
contudo, o que estamos observando
é que a chamada reforma não aconteceu, se limitando a pequenos remendos nas paredes do prédio, a melhoria da pavimentação a paralelo
defronte ao terminal, além da pintura
do meio fio.
Quando da visita do governador
Wagner a Paulo Afonso, foi dito, que
o terminal passaria por uma recuperação geral, de ordem estrutural,
com o emprego de pilares em concreto armado, além da substituição
de esquadrias, cobertura, instalações
elétricas, fachadas, piso, cobertura
da área externa e ampliação dos “decks” de embarque, abrigando mais
ônibus. Mais nada disso esta acontecendo.
Construída na década de 80, a
expectativa era a de que finalmente teríamos uma rodoviária atrativa
e moderna, com instalações que
agradassem a todos e ainda atraísse visivelmente não só moradores
da terra da energia, mas também
turistas. Contudo, a população não
está totalmente satisfeita com as
mudanças realizadas pelo governo
estadual. Um taxista que faz ponto
no local revela que “A gente vê que
melhorou. Tem mais segurança,
limpeza, tranquilidade. Quer quei-
ra, quer não, melhorou”, afirmou.
Segundo o motorista, Eles estão
prometendo, a gente está esperando, finalizou.
Outro motorista acrescenta. “Na
verdade, nós que trabalhamos aqui
há muitos anos e estamos vendo
esta “grande obra”, assim como
eu acho que toda a população de
Paulo Afonso, pensamos e estávamos esperando uma grande obra
com o dinheiro anunciado de mais
de 1 milhão de reais e todos estamos frustrados com o que estamos
vendo. Quem viu antes e vê agora
não nota quase nenhuma diferença
a não as árvores, que já eram poucas e foram derrubadas nesta “reforma”, ironizou o motorista.
EXPEDIENTE
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Diretor
Antônio Galdino
Secretário de Redação
Nícolas Silva
Colaboradores desta edição
Ivus Leal, Luiz Brito, Veruska Alcantara, Pedro
Santos, Francisco Nery Jr. e Ana Paula Araújo
Diagramação
Admilson Gomes
Fotos
Antônio Galdino e Veruska Alcantara
Impressão
Editora Fonte Viva
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
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A Câmara Municipal de
Paulo Afonso iniciou, nesta segunda-feira (17), os trabalhos
legislativos da 1ª etapa do 2º
período da atual legislatura. O
presidente da Casa, vereador
Marcondes Francisco dos Santos, abriu a sessão ordinária
e a transformou em especial.
Além do vereador Marcondes Francisco, que conduziu a
sessão, compuseram a mesa o
secretário de Relações Institucionais e Turismo Luiz Carlos
de Carvalho, representando o
prefeito Anilton Bastos, o 1º
secretário Ivaldo Sales e o 2º
secretário Juvenal Teixeira. O
evento foi prestigiado por diversas autoridades políticas,
entre elas Lucinha Santos,
vereadora pelo vizinho município de Santa Brígida. Os
secretários municipais, Júnior
Benzota (Gabinete do Prefeito), Alexei (Saúde) e Leda
Chaves
(Desenvolvimento
Econômico) dirigentes de entidades de classes, profissionais
de imprensa e populares, lotaram o plenário e a galeria da
Câmara.
Como
tradicionalmente
acontece, foi lida a mensagem
Foto: Antônio Galdino
Câmara inicia atividades Manifesto da madrugada
na Curva da Baboseira
legislativas de 2014
Todos os 15 vereadores da CMPA compareceram à abertura do ano legislativo
do Executivo para os representantes da Casa Legislativa. Carlinhos de Tico apresentou um balanço das ações
da Prefeitura. Informou, por
exemplo, que no ano passado
o Governo Municipal recuperou e urbanizou praças e canteiros centrais; construiu e recuperou quadras esportivas e
campos de futebol; construiu,
reformou e ampliou o hospital
municipal, postos de saúde,
escolas e prédios públicos.
Em um trecho do documento
disse o interlocutor do prefeito Anilton Bastos disse que,
"apesar das dificuldades típicas do primeiro ano de gestão,
ele estava convicto de que
a sua administração honrou
os compromissos assumidos
com o povo pauloafonsino,
trabalhando em harmonia
com a Câmara Municipal,
“cumprindo o seu papel constitucional de apresentar, debater e aprovar projetos de leis,
e fiscalizar com imparcialidade e isenção de ânimos os atos
do Poder Executivo”.
O trecho final da mensagem preconizou que: “Vamos
manter esse ritmo de trabalho,
honrando os compromissos
assumidos com a comunidade, respeitando o Poder Legislativo e buscando parcerias
com a sociedade. Temos um
elenco de obras previstas para
2014”, disse o gestor em sua
mensagem.
ASCOM/CMPA
Editor Luiz Brito DRT/BA 3.913
Dia 21/02/2014, com saída da Rádio Betel às 23h00
foi organizado uma caravana constituída de várias
denominações evangélicas
com destino a Curva da Baboseira.
Os motivos da primeira vigília/manifesto, é o crescente
número de acidentes com vítimas fatais que vem ocorrendo naquelas imediações asfáltico localizada na BR próximo
ao povoado Riacho.
Vários pastores e representes levantaram um
clamor em oração para os
constantes perigos ali existentes. Houve intercessão
pelas famílias das vitimas e
um pedido a Deus para que
toque no coração dos órgãos
competentes a solucionar a
gravidade do problema.
A vigília que foi até duas da
madrugada e chamou atenção
de todos que ali trafegavam.
Todos os condutores reduziram a velocidade, e alguns
motoristas chegaram a parar
pensando em se tratar de um
acidente. Alegremente os carros partiam recebendo palavras de bênçãos e buzinavam
“A máscara caiu”, disse o deputado Luiz
de Deus sobre o programa Mais Médicos
O deputado federal Luiz de
Deus (DEM/BA), que é médico por formação, tem acompanhado de perto o drama da
médica cubana, que está abrigada desde ontem, terça-feira
(4), na liderança do Democratas na Câmara. Ramona Matos
Rodriguez estava trabalhando,
através do Mais médicos, na
cidade de Pacajá, no Pará, e decidiu ir para Brasília pedir ajuda aos deputados de oposição
por discordar das condições de
trabalho do programa.
A médica se sentiu enganada ao saber que o valor mensal
recebido por ela de US$ 400 –
cerca de R$ 960 - correspondia
a menos dos R$ 10 mil anunciados pelo governo brasileiro.
Além disso, ela desvendou o
verdadeiro esquema de contratação dos médicos cubanos ao
revelar que esta foi intermediada
pela Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A., e
não pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), conforme havia sido divulgado pelo
Governo Federal.
“As revelações sobre as péssimas condições de trabalho
dos médicos estrangeiros não
são novidade. Desde o início
dos debates sobre o projeto,
eu alertei sobre isso. O mais
grave é o fato novo e que foi
escondido do parlamento e de
todos os brasileiros, de que a
contratação não se deu através
da Organização Panamericana
da Saúde. Isso já coloca em
cheque a lisura do processo. A
máscara caiu!”, declarou o parlamentar baiano.
Ramona buscou o apoio dos
deputados do Democratas após
ser informada que a Polícia
Federal estava atrás dela. Ela
teme por sua segurança e de
sua família que está em Cuba,
e já esteve na Embaixada dos
Estados Unidos para pedir o
visto norte-americano.
Luiz de Deus presta homenagem ao município de Glória
O deputado federal Luiz de
Deus (DEM) presta a sua homenagem ao município baiano de Glória, que comemorou 127 anos de emancipação
política, no dia 07 deste mês.
Situada no Vale do São Francisco, a 446 quilômetros da
capital, o município de Glória fica no norte do estado,
na divisa com Pernambuco
e Alagoas, e tem como principal atividade econômica a
agricultura. Com pouco mais
de 15 mil habitantes, a cidade
reserva atrativos como praias
fluviais com dunas de areia
branca, serras cobertas com a
vegetação própria da caatinga, além de trilhas ecológicas
e agrovilas, onde é possível
visitar projetos agrícolas irrigados com as águas do Rio
São Francisco.
O município também é conhecido por seus festejos populares e religiosos, como a Via
Sacra, que acontece na Serra do
Retiro, no domingo de Ramos,
uma semana antes da Páscoa,
além das festas
de Santo Rei, São
Pedro e Santo Antônio, o padroeiro
da cidade.
"Glória
é
um município
repleto de encantos naturais,
habitado
por
pessoas trabalhadoras e hospitaleiras, e com grande
potencial de desenvolvimento", disse o deputado
Luiz de Deus, que conhece a fundo aquela região
da Bahia, ao parabenizar a
população e a cidade.
em resposta ao ato publico na
madrugada.
Não faz muito tempo a
“Curva da Baboseira” como
foi batizada, passou por várias mudanças de sinalização e placas de advertência
prevenindo os condutores de
eventuais perigos. Porém, os
perigos continuam gradativamente ceifando vidas humanas, destruindo veículos
e causando dor e sofrimento
aos familiares, parentes e
amigos.
Em visita a Curva da Baboseira nas imediações ao
longo de 100 metros, é visível a quantidade de destroços
deixadas pelos acidentes: sucatas, objetos, vidros, restos
de roupas, borrachas, plásticos, pneus por todo canto
e bastante sinais na ponte
causados pelos impactos dos
veículos.
Faixas diziam: “Autoridades, façam a sua parte! Vamos acabar com a dor das
famílias. Quando a igreja
ora, milagres acontecem.
Curva da Baboseira, lugar
de Maldição. Junte-se a nós
nesta Batalha. Queremos
Baboseira sem curvas e sem
mortes!”
“Vigília de Oração pela
vida: Quebrando a maldição
da Curva da Baboseira. Quando o povo de Deus ora, Jesus
estende a mão.”
Os organizadores Arnaldo Ferreira, Ramalho Nóbrega, Pastor Gilmar dos
Santos, Pastor Domingos e
outras lideranças evangélicas, sentiram-se no cumprimento do dever em buscar
mecanismos para as soluções
dos problemas da cidade começando com uma Vigília
denominada de “abençoada”
para quebrar as maldições
deixadas no local com tantas
mortes.
Espera-se que o manifesto
pacífico e a atitude dos nobres cristãos sejam ouvidas e
atendidas num breve espaço
de tempo, de forma que venha trazer melhores dias para
todos que utilizam daquele
serviço publico rodoviário
que diz respeito ao município, estado e governo federal,
uma vez que todos nos somos
contribuintes.
(Redação: Pedro Santos)
ASCOM deputado Luiz de Deus (Democratas)
Luiz de Deus comemora aprovação da
PEC que garante presença de defensores
públicos em instancias judiciais
O deputado federal Luiz de
Deus (DEM/BA) comemorou
a aprovação da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC)
nº 247/2013, que obriga União
e Estados a contarem com defensores públicos no prazo de
oito anos, em todas as unidades jurisdicionais (comarca ou
sessão judiciária). A matéria
foi aprovada pela Câmara dos
Deputados em sessão extraordinária realizada ontem (19),
obtendo 392 votos favoráveis,
duas abstenções e nenhum voto
contrário. Por falta de unanimidade entre os parlamentares,
a PEC deve volta à pauta da
Casa para votação em segundo
turno, após o prazo de cinco
sessões de interstício, conforme
regimento.
De acordo com Luiz de
Deus, um estudo do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada em conjunto com a
Anadep - Associação Nacional
dos Defensores Públicos e o
Ministério da Justiça -, divulgou
que no Brasil há 8.489 cargos
de defensor público no país,
dos quais apenas 5.054 estão
ocupados (59%). Nesse sentido, o parlamentar afirmou que
o principal objetivo da PEC 247
é assegurar a todos os cidadãos
brasileiros, em todo o seu território, o acesso aos serviços da
defensoria pública.
"Sou totalmente a favor da
aprovação da PEC e da ampliação do número de defensores públicos em todo o Brasil.
Quando deputado estadual, fui
relator do projeto que criou a
Lei Orgânica da Defensoria
Pública na Bahia e sou o maior
apreciador dos trabalhos destes
grandes guerreiros", destacou
Luiz de Deus durante a votação.
A história de luta do democrata se afina e se entrelaça
com o trabalho dos defensores
públicos no país. Desde quando exerceu o mandato de deputado estadual, entre 1995 a
2011, Luiz de Deus assumiu a
relatoria do Projeto de Emenda Constitucional 101/05, que
regulamentou a autonomia
funcional, administrativa, financeira e orçamentária da Defensoria Pública na Bahia. "A
medida fortaleceu a categoria
e assegurou o cumprimento do
seu papel de assistência jurídica
integral e gratuita aos cidadãos,
sendo um instrumento para
a conquista da cidadania e de
direitos garantidos pela Constituição Federal", explicou o
deputado.
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Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Paulo Afonso nasceu da
construção das barragens e
usinas do maior patrimônio
do Nordeste, a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco, a partir de 1948. O
povoado Forquilha, que por
muitos anos se chamou Vila
Poty, só dez anos depois, com
muita luta, tornou-se município de Paulo Afonso.
Os que chegaram primeiro,
tinham como foco exclusivo a
construção das obras da Chesf
e, para abrigar e oferecer melhor qualidade de vida aos milhares de trabalhadores foram
construídas escolas, hospital,
a Casa de Hospedes, a Casa
da Diretoria, o Restaurante
dos operários, a Cooperativa,
os Clubes Sociais, COPA e
CPA, o Posto de Puericultura,
o Mercado Público.
Por uma iniciativa brilhante do Engenheiro Amaury
Menezes, quando diretor técnico da Chesf, foram criados
cerca de 20 lagos em Paulo
Afonso, a maioria deles na
área chamada Acampamento
da Chesf. Além de melhorar
o clima nessa área, os lagos
transformaram-se em cartões
postais de Paulo Afonso, especialmente o Lago do Touro
e da Sucuri.
Há pouco mais de 10, 12
anos, a Chesf transferiu o
Acampamento (ou parte dele),
inclusive os lagos, que já estavam em condições de abando-
no, para a gestão da Prefeitura
e tudo desandou de vez.
Aos poucos, alguns desses
patrimônios da hidrelétrica
foram transferidos para outras instituições e mantiveram a sua estrutura original
como marca da história. Foi
assim com as escolas. A Escola Murilo Braga é hoje o
Carlina. A Escola Adozindo,
é a UNEB. O prédio da Cooperativa foi doado à Justiça
Federal e guarda as mesmas
características externas. Assim também foi com o antigo
Ginásio Paulo Afonso/COLEPA, transferido para o IF/BA
que manteve sua estrutura externa na ampla reforma e modernização que fez às antigas
instalações. Os clubes COPA
e CPA, também mantém a estrutura dos primeiros tempos
de sua criação sem alterações
agressivas.
Já o Mercado Público que
também abrigou a feira livre
de Paulo Afonso até 1960,
cuja construção original se
assemelhava a edificações européias, sofreu várias modificações. Primeiro para abrigar
a Escola Parque, mantida pela
Chesf. Depois, para abrigar
a Universidade do Estado da
Bahia.
O Modelo Reduzido de
Paulo Afonso, outro atrativo
turístico, muito mais antigo
que o Mini Mundo de Gramado que atrai milhares de visi-
tantes todo mês, também vive
em total abandono e o público
não tem mais acesso a ele.
O Mirante do Cogumelo, também criado por Dr.
Amaury Menezes e onde, no
topo, funcionava o seu escritório, nunca foi aberto à visitação pública porque a Chesf
alega razões de segurança e
nunca se pensou em alternativas que preservassem essa
condição mas permitisse a
visita.
O Bondinho, mantido pela
Chesf e liberado para visitação dos milhares de turistas,
há cinco anos está sem funcionar.
A Cachoeira de Paulo
Afonso, considerada por estudiosos como de nota 10 para
o turismo do município e da
região e a única cachoeira
programável do mundo, que
mereceu cuidadoso estudo do
professor Antônio Galdino, a
pedido de João Bosco Almeida, que, anos depois exerceu
a presidência da Chesf, foi
avaliado positivamente por
técnico/diretor da Agência
Nacional das Águas – ANA
que veio a Paulo Afonso exclusivamente para tal fim mas
foi barrado pelo ONS e outras
instâncias porque também
não mereceu a atenção dos
políticos que se dizem representantes de Paulo Afonso. O
motivo da falta de água na Cachoeira se explica pela queda
da vazão do rio São Francisco
e a prioridade de gerar energia
elétrica.
A queda d`água da Usina
Piloto, outro cartão postal da
cidade, secou por conta do esvaziamento pela Chesf do Canal das Lavadeiras, de onde
saía um pequeno córrego que
alimentava essa bela cascata,
agravado depois pela invasão
imobiliária exatamente onde
corria esse córrego.
A justificativa é a mesma:
economia de água para gerar
energia.
O Grande Hotel de Paulo
Afonso construído pela Chesf
aproveitando-se a estrutura
de um projeto do Matarazzo,
vive há anos sendo residência oficial dos morcegos e do
cupim que o está destruindo.
A Casa de Hospedes chegou a ter a sua venda anunciada na cidade e houve empresário da rede hoteleira que
esteve visitando as instalações
com o objetivo de comprá-la
para construir em seu lugar
um grande prédio.
Como se pode ver, principalmente ao longo dos últimos 20 anos, essa falta de
comprometimento com o uso
do que se tornou patrimônio
público, prova inconteste da
presença do homem nesta região, marca indelével da sua
intervenção no lugar, e o pouco caso que as gestões municipais tem feito disso, vem
comprometendo e destruindo,
sistematicamente essa riqueza
que conta a história da vida
dos primeiros habitantes deste
lugar.
A aberração maior é que se
resolve tudo com o trator passando por cima, como aconteceu no dia 14 de fevereiro
com o Restaurante da Chesf,
cuja área foi cedida pela
Chesf, em ato público realizado no Memorial Chesf para
a Justiça do Trabalho, sendo a
cessão desse patrimônio assinada pelo então presidente da
Chesf João Bosco.
Esse Restaurante tem histórias fortes da vida das pessoas
que construíram a Chesf e o
município de Paulo Afonso.
Ali, onde trabalhou o pai de
Gecildo Queiroz, o meu pai e
centenas, milhares de outros
chesfianos era o local dos primeiros eventos promovidos
pela diretoria da Chesf, como
a entrega de brindes de Natal aos filhos dos chesfianos.
E quem não lembra do garçon Graciliano, de Apolônio
(Popó), Nivaldo e do seu Manoel Francisco, pai do presidente da Câmara, Marcondes
Francisco, que foi o chefe do
Restaurante por décadas?
Ali foi palco dos diálogos
entre o Pastor João Cartonilho, que ali trabalhava e o professor Gilberto Oliveira, que
resultou na criação da Escola
Evangélica Antônio Balbino,
a primeira instituição educativa para crianças carentes
da Vila Poty, que não tinham
acesso às escolas da Chesf, as
únicas da região. Ali era local de encontro freqüente do
Grupo de Bandeirantes, organizado por D. Célia Couto e
depois, lideradas pela Professora Lindinalva Cabral.
Como dizem Valda Aroucha e Maurício, da Agendha,
“nada contra que a Chesf doe
prédios que serão úteis com
uma nova utilização mas é
importante que, ao doar esse
patrimônio, a Chesf estabeleça limites e condicionantes,
como a preservação de sua
fachada e do estilo de cons-
trução, mesmo que internamente, tudo seja adaptado às
melhores condições de vida e
de trabalho”. Foi o que fez a
Justiça do Trabalho ao receber o prédio onde funcionava
a Cooperativa da Chesf.” Foi
também o que fez o IFBA na
reforma das instalações do
GPA/COLEPA.
Maurício e Valda, da Agendha.
feito Anilton (DEM), à frente
do Departamento de Turismo,
o professor Galdino procurou
retomar o assunto mas tanto o
Procurador do município, Flávio Henrique, como o próprio
prefeito, não conseguiram diálogo com a Chesf para dar
sequência a este projeto.
Hoje, ao fotografar os entulhos do que foi o Restaurante
da Chesf nos veio a imagem
de um lugar destruído por
bombas, numa guerra insana.
De fato, uma atitude beligerante, uma forma simplória
de se desfazer de um patrimônio para não se ter um custo
com ele.
Os administradores da coisa pública, os políticos, principalmente aqueles de carreirinha, que nunca foram outra
coisa na vida a não ser militante político, todos precisam
refletir que nunca vai se poder
planejar o futuro sem que se
tenha um olhar para o passado
e, mais que isso, é imprescindível que se mantenha viva a
memória, a história de vida
de um povo que chegou aqui
como nômade, barrageiro,
com os pés na obra da hidrelétrica e o olhar no futuro, na
próxima obra, mas foi ficando
por aqui, constituiu família,
criou raízes, ajudou a construir esta história que hoje
está sendo bombardeada, em
nome do que mesmo?
É muito triste perceber que
os homens estão perdendo valores tão essenciais como o da
necessidade de se preservar a
história...
Também entendemos que
é importante que a Chesf doe
terrenos e instalações do seu
patrimônio para contribuir
com o desenvolvimento do
município mas, no caso específico do Restaurante da
Chesf, se a Justiça do Trabalho precisava apenas de um
terreno, a Chesf ainda em
muitos, no fundo do próprio
Restaurante, ao lado da Caixa Econômica, atrás da Igreja
de São Francisco, para citar
apenas alguns mais próximos.
Assim, o Restaurante seria
preservado para outro fim.
Sobre o prédio do Restaurante da Chesf, na gestão do
Prefeito Raimundo Caires,
quando José Ivaldo era o Secretário de Turismo, foi elaborado um projeto que tornaria
estas instalações em excelente
Centro Cultural, com biblioteca, espaço para teatro, cinema, artesanato e outras atividades
culturais. O projeto já
estava na fase final de
conclusão e liberação
pela Chesf. Mas, ao
perder a eleição para o
prefeito Anilton, Raimundo Caires devolveu
o processo à Chesf. No
Antônio Galdino, da Folha Sertaneja.
início da gestão do pre-
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Foto: Valda Aroucha
Fotos: Antônio Galdino
Estão acabando com a história de Paulo Afonso
Agora foi a vez do Restaurante da Chesf. E depois?
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
A repercussão da matéria que fiz sobre a derrubada do Restaurante da Chesf
foi grande e até inesperada. Gente de todo
Brasil tem escrito questionando esse ato.
São depoimentos fortes, emocionados, revoltados. Os vereadores, todos, permaneceram calados na sessão de abertura dos
trabalhos da Câmara de Paulo Afonso, dia
17/02. Só Antônio Alexandre se posicionou
contra esse ato, em um programa de Rádio
da Betel FM, apresentado por Bob Charles,
no dia seguinte. Pessoas estão se mobilizando no sentido de fortalecerem a idéia da
criação de leis que permitam a preservação
do patrimônio histórico de Paulo Afonso.
Agradeço às centenas de mensagens que
continuam chegando ao site da Folha Sertaneja, ao Facebook Antônio Silva Galdino
e ao email deste escriba. Também agradeço
às pessoas que têm ligado e que, pessoalmente, tem sido solidárias ao meu grito de
insatisfação.
Muitos antigos funcionários do Restaurante
da Chesf tem sido citados, como o Sr. Manoel
5
Francisco, pai do vereador presidente da Câmara Marcondes Francisco, que ali trabalhou
como chefe do restaurante por dezenas de anos.
E citam Graciliano, Apolônio (Popó), Nivaldo,
Manoel Francisco e tantos outros. Veja agora
o que escreveu o Professor Francisco Nery sobre o assunto.
(Antônio Galdino).
Conversa com o leitor – Prof. Galdino, O Velho Prédio do Restaurante, O Prédio do Colepa
Estou, leitor, completamente à vontade para esta conversa – que desconfio será longa.
Estou cheio de poeira dos escombros do agora arrasado,
nivelado e derrubado prédio
do antigo restaurante da Chesf.
Fui colocar, de passagem, um
pouco de adubo em umas mudas que plantamos no caminho
do IFBA. Parei, estacionei e
recebi um bafo sacrossanto de
poeira levantada pela pá carregadeira que inocentemente fazia o seu trabalho; a sua
obrigação.
Galdino tem razão. É preciso preservar. Não sei se ele leu
Mein Kampf, o livro autobiográfico de Adolf Hitler. Não,
não se assuste o leitor. Tudo
que é mau, reconheçamos, tem
uma ponta de bom. Pois Hitler
afirmou que povo que não cultua as suas figuras históricas
não merece respeito. Não vai
pra frente, acho que foi mesmo
o que ele quis dizer. É o que
Galdino diz agora; apaixonadamente agora, de coração pra
fora, tentando preservar, entre
outras coisas e valores, o prédio, pelo menos o espaço, do
Velho Restaurante.
Estou em regime de cooperação técnica com o IFBA
que está instalado nas antigas
dependências do Colepa, estas
sensivelmente
preservadas.
Alguém preservou. Alguém
foi sensível. Exigiu a preservação do padrão original do
prédio para o qual o Prof. Enoque Pimentel carregou blocos
na cabeça. Olho para as salas,
me lembro do passado e faço
questão de me lembrar de pessoas de valor e de caráter com
quem trabalhei. Olho para as
paredes e sei nelas gravadas
aulas homéricas que tivemos
com um punhado de alunos
comprometidos com educação
e com o bem do Brasil.
Galdino é saudosista. Queria
o Restaurante preservado para
museu; para memória do que é
bom. Temos espaços preservados: Sala dos Visitantes, Antiga
Câmara de Vereadores, Memorial Chesf, o já citado Colepa,
Murilo Braga e Adozindo. Estão firmes e fortes prestando relevantes serviços à comunidade. Eles (os prédios) não foram
derrubados. É o que Galdino
queria que tivesse acontecido
com o Restaurante.
Concordo mais com Galdino no que tange a destruição
de um patrimônio construído
com recursos gerados a duras
penas pelo povo. O dinheiro
do contribuinte veio abaixo
com as paredes do Restaurante. Estamos a caminho do
desenvolvimento e ainda não
podemos nos dar ao luxo de
jogar abaixo todo e qualquer
monumento. Chamo de monumento ao Restaurante que,
o leitor deve ter notado, está
grafado com letra maiúscula
– para lhe dar aquela importância pela qual Galdino tanto se bate. O Restaurante foi
tão importante, que episódios
marcantes aconteceram nas
suas dependências os quais jamais sairão da nossa memória;
da minha memória. Vou me
esforçar para levá-los ao nobre
leitor, cheio de parcimônia,
como Galdino e eu, em relação ao patrimônio cultural da
cidade, com leveza.
Artur era um dentista competente e cheio de vigor e
comunicação espontânea daquelas que acontecem com leveza. A mesa estava cheia de
engenheiros a comer os bifes
servidos por Ferreira, Popó,
Nivaldo, Francisco e mais alguns. Nunca mais comi bifes
tão gostosos como aqueles.
Artur chegou de mansinho,
olhou para o único lugar vago
na mesa e esperou o convite
que logo veio por um dos comensais seu amigo com estas
palavras: “Junta-te aos bons
e em bom te tornarás.” Artur,
lisonjeado, sentou não sem an-
tes retrucar: “Quem com porcos se mistura, farelo come.”
Todos, evidentemente, sorriram – e comeram mais ainda.
Partindo de Artur, foi isso que
aconteceu.
Graciliano era o garçom
mais popular. Tinha muitos filhos e brincava como um menino enquanto nos servia bem.
Ria de dar gosto. De repente,
sem que ninguém esperasse,
bradava a plenos pulmões, para
espanto de alguns, principalmente dos visitantes: “O mais
feio olhe para mim sorrindo”.
Todos ouviam taciturnos até
que alguém mais comunicativo, de espírito aberto, ou coisa
parecida, sorria a dentes plenos, para gáudio de nós todos.
Um dia – o leitor talvez não
acredite no que vai ler – Ricardo de Holanda, APA (administrador de Paulo Afonso)
sisudo e competente, foi ao
Restaurante jantar. Passou
pela minha mesa (eu estava
tomando uma daquelas sopas
leves que nunca mais saboreei
na vida) e se sentou lá no fundo. Graciliano, que comia cerca de meia dúzia de ovos no
café da manhã no Restaurante,
passou a lhe servir. Servia com
a tradicional compenetração,
zelo e seriedade. Ele estava
servindo ao APA!
Governador visita o Lions Governador participa do
Clube Salvador Barbalho I Workshop de liderança
No dia 27/11/13, o Governador do Distrito LA-2, em
visita oficial ao Lions Clube
Salvador Barbalho, partici-
pou de uma assembléia festiva em comemoração aos
45 anos da entrega da Carta
Constitutiva do Clube.
Governador encontra-se com o Leo
Clube Universitário patrocinado
pelo Lions Clube Salvador Periperi
Por ocasião da visita do
Governador do Distrito LA-2
ao Lions Clube Salvador Periperi, o CL José Fernandes
teve a oportunidade de co-
nhecer o Leo Clube Universitário que, pela juventude de
seus membros, representam
o futuro do leonismo brasileiro.
do Distrito LA-2
Através do empenho da
Coordenadora da GLT-D,
PDG CaL Marlene Chagas, o
Governador José Fernandes
participou no dia 07/12/13,
na cidade de Salvador, do
I WORKSHOP DE LIDERANÇA DO DISTRITO
LA-2, tendo como instrutor
o CL PDG José Carlos Martins, atual Coordenador da
GLT do DMLA. O evento
contou com a participação
de 46 companheiros inscritos de clubes da capital e do
interior.
Chamei Graça (era assim
que Nivaldo o chamava) e
lhe lancei o seguinte desafio:
“Graciliano”, lhe disse com
cuidado, “você brinca com
todo o mundo. Quero ver você
brincar com Ricardo de Holanda!” Acrescentei que multiplicaria substancialmente a
gorjeta do dia se ele tivesse
sucesso. Também fiz questão
de deixar claro que não me
responsabilizaria pelo resultado, se o resultado fosse catastrófico para ele. Eu negaria
qualquer envolvimento.
Para a mesa do Dr. Ricardo se dirigiu o nossa Graça.
Tremi na base. O que eu tinha
feito? E agora? Se Graciliano
fosse demitido, brincando em
serviço, eu teria, dali pra frente, a obrigação de ajudá-lo no
que fosse possível. Acompanhei a ida de Graciliano para
a mesa distante. Continuava a
tremer até que verifiquei que
ele iniciou alguma coisa que,
de longe, me pareceu um diálogo com o chefe. O que estaria Graciliano a lhe dizer?
Não descobri e nunca saberei.
O que sei é que Ricardo de
Holanda abriu um largo sorriso e comeu mais ainda, como
os colegas de Chesf de Artur.
Foi a única vez que vi o APA
sorrir.
A matéria ficou longa, como
muito bem adverti os nobres
leitores. Encerrarei com seu
Barreto que era extremamente
calmo, até no andar. Ele era o
motorista da van que fazia o
percurso do Restaurante para as
nossas casas no Acampamento.
Acabamos de almoçar e entramos na van. Ao meu lado, um
senhor com um anel de pedra
verde que me pareceu um anel
de formatura em medicina. Estava com pressa e a toda hora
olhava para o relógio. Nada de
volta de seu Barreto que tinha
descido do volante para tomar
uma aguinha, talvez pleitear
algum tira-gosto lá por dentro.
Alguns minutos depois, surge
seu Barreto. O médico respirou aliviado. Agora iria para
casa. Tinha pressa, talvez alguma vida para salvar. Seu Barreto para no meio do caminho
de volta e começa a conversar
com um adolescente com farda
do Colepa. “Aquele menino é
filho dele”, alguém observou.
“E nós somos filhos da____
?!”, retrucou o médico.
Essas lembranças do Restaurante, como muitas outras,
elas ficarão para sempre na
nossa memória, indelevelmente preservadas.
Francisco Nery Júnior
Governador do Distrito LA-2 inaugura
Gabinete Odontológico na visita ao
Lions Clube Salvador Periperi
O Governador do Distrito LA-2 participa da benção da nova sede do Lions
Clube Salvador Periperi e
decerra a placa de inaugu-
ração do gabinete odontológico do clube, com equipamentos doados pela ABO/
BA, através do empenho da
PDG CaL Seleneh Pires.
6
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
10 Anos de história nas páginas do jornal Folha Sertaneja
Nos últimos dez anos da história política da região passou por
mudanças significativas. Além da mudança do prefeito Anilton
do DEM para o PDT, Mário Negromonte Júnior chega à Assembleia Legislativa da Bahia com a segunda maior votação do Estado. Ena Vilma, filha de Dionísio Pereira, irmã de Adauto é eleita
duas vezes para a Prefeitura de Glória enquanto o esposo, Mário
Negromonte, morador da Av. Apolônio Sales, em Paulo Afonso,
chega a Ministro das Cidades, onde permanece por 13 meses.
Luiz de Deus, que era suplente, chega à Câmara Federal quando
ACM Neto vence as eleições e assume a prefeitura de Salvador.
Lançamento do jornal Folha Sertaneja, no Cepeazinho, em 18/02/2004.
Ano de 2004. O mês de janeiro foi dedicado à conclusão
do processo de criação da Galcom Comunicações, uma micro
empresa onde estão uma pequena produtora de vídeos sociais –
casamentos, aniversários, formaturas, documentários e eventos
e um jornal mensal – Folha Sertaneja – que teve a sua primeira
edição em 18 de fevereiro de 2004 e, apesar das dificuldades
iniciais e outras muitas na sua caminhada, continuou sendo publicado, sem interrupção, ao longo destes 10 anos.
Um ano depois do nascimento do jornal Folha Sertaneja, em
18 de fevereiro de 2005, chegou a sua edição online, no site
www.folhasertaneja.com.br, hospedado e mantido no Interjornal, empresa sediada em Maceió e administrada por Celso Xavier, como Sérgio Xavier e Sílvinho, filho de Salvador Xavier e
Adeilda, pioneiros de Paulo Afonso.
O Folha Sertaneja acompanhou, a vida e a história de Paulo Afonso e região desde o final da gestão do prefeito Paulo
Barbosa de Deus, engenheiro chesfiano que, no final de março
de 2004, renunciou ao mandato de prefeito de Paulo Afonso,
quando estava no oitavo ano de gestão, no segundo mandato
consecutivo, para tentar a eleição para a prefeitura de Canindé
do São Francisco-SE, até os dias atuais da gestão do Prefeito
Anilton Bastos Pereira que cumpre o seu terceiro mandato na
Prefeitura de Paulo Afonso.
No lugar de Paulo de Deus assumiu o seu vice, Wilson Pereira, também engenheiro, que governou o município nos nove
meses restantes do seu mandato mas não conseguiu se reeleger,
cedendo o lugar de prefeito ao bioquímico da Chesf, Raimundo
Caires Rocha. Wilson Pereira foi o único vice-prefeito a assumir a gestão municipal por longo período – 9 meses.
A eleição de Raimundo Caires, em outubro de 2004, foi
muito comemorada pelos opositores do grupo político liderado
pelo Deputado Estadual Luiz de Deus que estava na gestão do
município há 16 anos, desde quando o próprio Luiz de Deus
foi eleito prefeito de Paulo Afonso, em outubro de 1988, assumindo a prefeitura em 01/01/1989 até 31/12/1992. Depois, veio
Aniton Bastos que governou de 1993 a 1996. O grupo permaneceu no poder ainda por mais oito anos com o prefeito Paulo
de Deus e o seu vice, Wilson Pereira.
Caires ficou no governo de 01/01/2005 a 31/12/2008, mas
não conseguiu ser reeleito e o Grupo Luiz de Deus, desta vez
novamente com o médico Anilton Bastos Pereira reassume a
gestão municipal a partir de 2009, sendo reeleito em 2013 para
novo mandato, o terceiro dele como prefeito de Paulo Afonso,
que se encerra em 2016.
Portanto, nesses 10 anos da Folha Sertaneja, o município de
Paulo Afonso teve quatro prefeitos; Paulo de Deus (PFL), Wilson Pereira (PFL), Raimundo Caires (PSB) e Anilton Bastos
(DEM e depois PDT).
No mesmo período, a Câmara Municipal de Paulo Afonso
teve seis presidentes. Quando o jornal Folha Sertaneja nasceu,
quem presidia o Poder Legislativo era o médico João Lima
Souza, que havia sido eleito em Janeiro de 2003 para o biênio
2003/2004. Foi sucedido pelo também médico Petrônio Barbosa, que presidiu a Câmara no biênio 2005/2006. Em Janeiro de
2007, quem assume a presidência da Câmara depois de entendimentos políticos com o grupo liderado pelo Deputado Estadual Luiz de Deus foi o vereador José Ângelo Carvalho em seu
primeiro mandato (não se reelegeu) no biênio 2007/2008. Em
seu lugar, foi eleito, em 2009, no início do mandato do prefeito
Anilton, o vereador Antônio Alexandre dos Santos, que já estava no seu quinto mandato, para o biênio 2009/2010. Alexandre
já havia sido presidente da Câmara nos anos de 2001/2002
Foi substituído na presidência do Legislativo Municipal pelo
vereador Regivaldo Coriolano da Silva nos anos de 2011/2012.
Em 2013, foi eleito para presidir a Câmara Municipal de Paulo
Afonso, o vereador Marcondes Francisco dos Santos para o biênio 2013/2014. O Vereador Marcondes, que já havia presidido
a Câmara entre 1995/1996, é o único ainda em atividade que
chega ao 7º mandato consecutivo, tendo sido eleito a primeira
vez em 1988 e iniciado suas atividades na 8ª Legislatura, em 1º
de Janeiro de 1989.
Nos últimos 10 anos começaram a chegar a Paulo Afonso as
grandes lojas de redes do Brasil como o Magazine Luiza, Insinuante, Americanas, Ricardo Elétrico, dentre outras e, desde 2013
já se anuncia a chegada de outras como a Marisa e Le Biscuit.
Houve um crescimento considerável do comércio, no centro e
nos bairros, especialmente no Tancredo Neves, cuja população
chega a mais de 40 mil habitantes segundo pesquisas recentes.
Nesse período, a Chesf, a grande empresa da região, responsável pelo nascimento do município de Paulo Afonso e vários
outros na região, direcionou as suas atividades apenas para a
produção, distribuição e venda de energia elétrica. O seu acampamento, transferido na gestão do Prefeito Paulo de Deus para
o município, passou a ser gerido pela prefeitura. A hidrelétrica
reduziu os seus investimentos sociais na região e também o seu
quadro de pessoal como programas de incentivo à aposentadoria.
Ainda mantém o Hospital, que tentou passar para outros gestores
várias vezes e agora firma esse propósito transferindo esse patrimônio para a Univasf que deve se instalar na região em 2014.
Aliás, no campo da educação superior, o município de Paulo
Afonso passou por boas novidades nesses últimos dez anos. A
Folha Sertaneja registrou os primeiros dez anos da Fasete que
tem oferecido novos cursos e a chegada do IFBA, instalado onde
era o COLEPA e oferecendo o Curso de Engenharia Elétrica.
Também publicou a aprovação do Curso de Medicina, pela Univasf e a cessão de área pela Chesf para a construção do Campus
desta Universidade Federal do Vale do São Francisco.
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
estava com sua capacidade plena. Paulo Afonso está sem o bondinho, mantido e operado pela Chesf, há mais de cinco anos.
Mas houve avanços nesses 10 anos de vida do jornal Folha
Sertaneja, embora os esportes radicais, implementados pelo
prefeito Paulo de Deus tenham deixado de acontecer.
Na gestão de Raimundo Caires foi criado o Conselho Municipal de Turismo, feita a sinalização turística do município e
restaurada a Casa de Maria Bonita.
Na gestão de Anilton Bastos, foi criada a Zona de Turismo
Lagos e Cânions do São Francisco, com sede em Paulo Afonso
e criados o Conselho Regional de Turismo e o Grupo Gestor de
Turismo do município. Mais recentemente, a padronização dos
táxis e a busca de certificação para a prática de esportes de aventuras são ações positivas nesta área. O Ministério do Turismo
colocou Paulo Afonso entre os 115 destinos turísticos do Brasil.
O município de Paulo Afonso tornou-se um dos que mais
cresceram na Bahia mas viveu os últimos anos a angústia da
perda de receitas importantes, do FPM, pelas medidas do governo federal de redução do IPI, do ICMS da energia elétrica,
também por decisão do governo federal de reduzir as tarifas e
a produção das usinas da Chesf e a perda de valores consideráveis do Royalties por ações ganhas na justiça pelas prefeituras
de Glória/BA e Jatobá/PE.
A mudança do prefeito Anilton Bastos do DEM para o PDT,
embora o vice-prefeito Jugurta e o líder do grupo, Luiz de Deus,
permaneçam no DEM, aproximou a gestão municipal dos governos estadual e federal, com alguns resultados positivos. Com
o governo federal foram firmados acordos que permitem a implantação de vários projetos na área social. Com o governo estadual, nas várias visitas que o governador Jaques Wagner fez ao
município, algumas promessas foram ou estão sendo cumpridas
como a recuperação da BA-210 na região do Rio do Sal, o seu
asfaltamento até o BTN e, numa segunda etapa, a conclusão do
asfaltamento até o Aeroporto. O Terminal Rodoviário de Paulo
Afonso, cujos trabalhos de reforma foram anunciados algumas
vezes pelo governo do Estado, somente teve essa reforma começada no final de 2013 e segue em ritmo lento e frustrante para a
expectativa da população. Uma promessa feita pelo governador
Wagner em palanque no Lindinalva Cabral, ainda na gestão do
prefeito Raimundo Caires, a de trazer a UTI para Paulo Afonso
em 60 dias, nunca foi cumprida, seis anos depois.
Nesses anos, Dom Luiz Cappio, que fez greve de fome contra a transposição do rio São Francisco, esteve em Paulo Afonso defendendo sua posição.
E, como acontece sempre, as eleições para deputados, senadores, trouxeram muitos candidatos que levaram muitos votos
e só apareceram novamente, na outra eleição.
O calendário de eventos do município viu crescer a cada ano o
Moto Energia e a Copa Vela e o São João, que já trouxeram nomes
de grande aceitação na música do Brasil, viveram dias de grande
agito mas estiveram muito abaixo desse nível no último ano – 2013.
Estar na base do governo permitiu ao prefeito Anilton uma maior
aproximação com os deputados Paulo Rangel, estadual e Josias Gomes, federal, ambos do PT que se apresentam como articuladores
para se trazer a Univasf para Paulo Afonso, o que também é reivindicado pelos deputados Mario Negromonte, federal e Mário Júnior,
estadual, do PP, outro partido da base do governo Wagner.
O potencial turístico de Paulo Afonso sofreu perdas nos últimos anos com a redução da vazão do rio São Francisco o que fez
secar a Cachoeira de Paulo Afonso que, por ser a única cachoeira programável do mundo permitiu ainda grandes espetáculos
até os primeiros meses de 2007, quando o Lago de Sobradinho
Também o Celebrai, encontro evangélico, que já trouxe Aline Barros, Cristina Mel, Fernanda Brum e os Irmãos Diante do Trono dentre muitos outros nomes e ainda o evento Marcha para Jesus, tiveram maior impacto
nos últimos anos.
Nesses 10 anos da história de Paulo Afonso, o jornal
Folha Sertaneja registrou tudo isso e viu-se na obrigação
de cobrir a despedida de pessoas pioneiras que foram personagens dessa história desde os tempos de Forquilha e
Vila Poty.
Assim, dentre muitos que nos deixaram, a Folha Sertaneja
chorou a partida do presbítero emérito da Igreja Presbiteriana,
Valdemar Júlio, de Diogo Andrade Brito, Manoel Pereira Neto,
Horácio Campelo, D. Laura Emetério, do professor Gilberto
Gomes de Oliveira e de outros mais, como o jovem Fábio da
Didaquê, que contribuíram, a seu modo e no seu tempo, para
que Paulo Afonso chegasse no início de 2014 com uma população estimada de 120 mil habitantes. (Para 2013, o IBGE já
anunciava 117.366 habitantes).
7
Começamos a nossa caminhada defendendo uma bandeira
que nunca encontrou eco nos políticos da região com assento no Congresso Nacional – a criação da Região Integrada de
Desenvolvimento Econômico – RIDE, assunto replicado em
muitas das nossas primeiras edições pelo jornalista Clementino
Heitor de Carvalho.
Tinhamos uma página sócio-cultural, escrita por Nadja Maria, das mais lidas na região.
Nilson Brandão falou durante anos do esporte, principalmente do futebol em nossas páginas. Uma outra página falava
do turismo na região. Cobrimos todos os anos o maior evento
social de Paulo Afonso – o Troféu Destaque do Sertão, criação
do promoter Derinho Oliveira que tem revelado lindas mulheres que representaram Paulo Afonso nos concursos de miss, na
Bahia e até entre as mais belas do Brasil.
Ao longo de sua história, a Folha Sertaneja teve três diagramadores: Tony Ferreira, seu irmão Anderson Ferreira ou simplesmente Son (há anos em Salvador) e há vários anos, Admilson Cruz, que também tem diagramado os livros produzidos pela
Galcom Comunicações em suas horas de folga e fins de semana.
A Folha Sertaneja já contou com o trabalho do repórter Antônio Carlos Zuca e os jornalistas Clementino Heitor, Lúcia Reinaldo e Júnior Padão e, em reportagens especiais, com o trabalho da
jornalista Veruska Alcântara. Também muito colaboraram: Nilson Brandão e Nadja Maria (Monteiro). E, desde o comecinho,
contamos com as crônicas de viagem do professor Ivus Leal.
Fazendo o elo de ligação e de interação com os anunciantes,
colunistas, diagramador, gráfica, instituições, empresas, leitores, além do diretor há o trabalho de quem fica na secretaria
do jornal, atividade desenvolvida por muitos anos por Zenaide
Salgado e agora realizada por Nícolas, com o apoio de Ricardo,
técnicos e produtores da Galvídeo.
De vez em quando outros colaboradores se achegam e nos
ajudam com seus textos jornalísticos ou literários e as assessorias de comunicação da Prefeitura e da Câmara de Paulo Afonso também enviam seus releases.
A todos estes colaboradores, de antes e de agora, toda o nosso agradecimento, com a certeza de que há pessoas que a gente
agradece todo dia e ainda fica devendo...
A Folha Sertaneja registrou esses passos (e muitos outros)
da história recente de Paulo Afonso e região em seus 10 anos
de vida e recebeu vários prêmios, dentre os quais Moção de
Aplausos da Câmara Municipal de Paulo Afonso (três vezes) e
Troféu Destaque do Sertão (sete vezes).
A expectativa é continuar a caminhada, sempre observando
o mesmo padrão de qualidade editorial e a ética e o respeito
que marcaram os primeiros 10 anos deste jornal. E, para tanto,
é importante continuar com parceria de empresas e instituições
que nos acompanham há anos e que outros parceiros, companheiros de caminhada se acheguem e possamos seguir juntos
na direção do futuro.
8
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Nos 10 anos da Folha Sertaneja um livro
conta a história de Paulo Afonso
Por Ana Paula Araujo
[email protected]
O
escritor e professor Antônio Galdino, arquivo
humano da história de Paulo Afonso, estará lançando o seu livro “De Forquilha a Paulo Afonso
– Histórias e Memórias de Pioneiros” no próximo dia 27 às
19h na pérgula da piscina do Clube Paulo Afonso, quando
o autor estará vendendo e autografando seus livros. Para
a ocasião, será servido um coquetel, acontecerão algumas
homenagens sejam em forma de vídeos (com depoimentos
de grandes personalidades da história de Paulo Afonso) ou
em formas de discursos descrevendo algumas situações de
nossa história e momentos de música puramente nordestina com Deca do Acordeon, com temas que falam de Paulo
Afonso.
O lançamento deste livro marca também os 10 anos do
jornal Folha Sertaneja, criado pelo autor em 18 de Fevereiro
de 2004, como diz o Professor Galdino,“a única publicação
impressa de Paulo Afonso, jornal ou revista, que conseguiu
caminhar tanto”.
No conteúdo do livro, o
autor faz uma grande homenagem a Abel Barbosa, que
possivelmente estará presente, onde cita boa parte da
sua luta para a emancipação
de Paulo Afonso, sua decepção por nunca ter sido eleito pelo povo como prefeito,
sua alegria de governar nossa cidade (mesmo que por
indicação), fatos curiosos
de suas fugas e, claro, sua
grande luta para a derrubada
do muro de pedras que dividiu nossa cidade por muitos
anos. E esse assunto será
bem representado no livro
com a história de Abel Barbosa em poema de cordel
escrito por Eduardo Viana e
ilustração de Edson Ckucky.
Desenho de Edson Ckucky ilustra cordel sobre Abel Barbosa, no livro.
Há interesse e projeto
do autor de transformar
esse livro numa versão
mais compacta para ser
trabalhado nas escolas de
Paulo Afonso. E, para isso,
dependerá apenas do interesse dos órgãos públicos
em produzir esse material
para tal fim.
“O investimento é muito alto. Só a impressão é o
preço de carro popular e já
houve quem me chamasse
de doido porque o apoio
financeiro está longe de cobrir os custos. Acho mesmo
que sou meio doido, mas,
na realidade, fica a satisfação, a alegria, de estar contribuindo para que estas e as
futuras gerações conheçam
melhor a sua terra, o lugar
onde nasceram ou onde
foram aceitos como filhos,
como é o meu caso, que
recebi o título de Cidadão
de Paulo Afonso há mais de
20 anos, em 13/12/1993.
Tenho plena consciência,
como disse no livro, que
ainda vou ficar devendo,
que ainda deixei de fora,
por falta de mais informa-
Como o nome do livro já
diz, as histórias serão contadas desde quando Paulo
Afonso era apenas um simples povoado com poucas
casinhas pertencente ao município de Santo Antônio de
Glória, ou Glória Velha, até
os dias de hoje, passando,
nesse período, pela chegada
da Chesf, que fez a população crescer, se multiplicar
de um dia para o outro, a
luta pela emancipação política, dando mais autonomia
ao local, os aspectos físicos
e geográficos, aspectos culturais e as influências de ou-
tros estados na formação da
nossa cultura.
O livro também mostra
a chegada das primeiras
igrejas evangélicas e seus
pioneiros, a igreja católica, uma curiosidade sobre
a criação da porta da Igreja São Francisco, formação
social, o desenvolvimento
econômico, o surgimento das feiras, artesanato,
História dos pioneiros nos
negócios da cidade, alguns deles continuados ate
hoje sob comando de seus
descendentes em hoteis,
fotografia, construção ci-
No aspecto político, ressalta toda a história da Câmara
de Vereadores, destacando
a presença da atuação da
mulher no Parlamento, bem
como uma pequena biografia
de todos os presidentes desta
Câmara Municipal. Também
mostra todos os prefeitos de
Paulo Afonso, desde o primeiro, Otaviano Leandro de
Morais (1959) ao atual, Anilton Bastos Pereira (no terceiro mandato a partir de 2013).
Cerca de duas centenas
de fotos, algumas históricas, inéditas, ilustram todo
o livro.
Desfile de 7 Setembro de 1956, na "Rua da Frente"
vil, escolas...O Porquê do
nome Paulo Afonso e as
histórias que cercam essa
grande transformação des-
de os tempos pioneiros de
Forquilha, a discriminada
Vila Poty até Paulo Afonso
do Século 21, ano de 2013.
Comício de Otaviano. Ao microfone, Severino Dentista.
Um aspecto interessante
também é a história da nossa
cidade mãe, a Glória Velha,
antiga Curral dos Bois, que
hoje está debaixo d’água, coberta pela Barragem de Itaparica e que poderia ser um
grande ponto de mergulho
para a apreciação dos praticantes da atividade, aumentando assim sua oferta de
atrativos turísticos e atraindo
ainda mais visitantes que, nos
finais de semana lotam o belo
balneário construído recentemente na nova sede da cidade,
erguida às margens da Barragem de Moxotó. Várias fotos
históricas, uma delas feita
pelo autor uma semana antes
da inundação da Velha Glória,
ilustram essas páginas que falam da “terra mater”.
Praça de Glória Velha
ções, pessoas importantes,
o que procuraremos corrigir em outras edições,mas
estou feliz pelo que consegui apresentar. E quero
destacar um detalhe que
para mim é muito importante: preferi fazer esse investimento em uma gráfica
de Paulo Afonso, a Editora
Fonte Viva, onde faço, há
10 anos, o jornal Folha Sertaneja. E faço isso porque
sei do comprometimento
de cada funcionário ali na
busca da qualidade do seu
trabalho. Vi umas provas
do livro e fiquei satisfeito
com essa qualidade gráfica
e editorial e, por fim, destaco o trabalho do diagramador Admilson Cruz, cuidadoso nos detalhes o que
faz desse livro uma grande
obra. É, literalmente, um
livrão”, afirma Galdino sorrindo por ter ciência que
o livro será praticamente
a receita pela despesa, “se
forem vendidos todos os
mil impressos”, acrescenta
ele. Mas, está consciente
de que o valor histórico é
impagável.
Enfim, o livro promete
grande acervo histórico com
456 páginas, dentre elas mais
de 30 são coloridas e cerca de
200 fotos para ilustrar e comprovar tudo aquilo que está
descrito no livro.
É certo que com tantos
anos de existência é pratica-
mente impossível colocar no
papel toda a história da cidade, porém, a raiz, o miolo, a
base da história em si estará
registrada e eternizada nesse
livro tão cheio de detalhes e
que, para o autor é praticamente um filho de parto muito sofrido.
O autor do livro, Prof. Antônio Galdino
Como adquirir?
O livro custará R$ 40,00
e será vendido no dia ou
através do contato GALCOM: Rua da Concórdia,
555 – Chesf, Paulo Afonso;
tel: 75-3282-0046/ 92341740/9968-2263, em até
2x no cartão Visa ou Master Card. Também pode
ser adquirido pelo email:
[email protected]
e pela rede social do autor
AQUI e o pagamento será
por depósito bancário para
a AG-4225-0 – CC-32700-X,
do Banco do Brasil ou AG3052-0 – CC-55691-2, do
Bradesco, com o acréscimo de R$5,00 para as despesas do correio.
Não deixem de comparecer e adquirir seu livro
autografado. Sem dúvidas
esse livro será uma grande
aquisição. Dia 27 de fevereiro às 19h na Pérgula da
Piscina do CPA. Estão todos convidados.
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
9
Fotos: Antônio Galdino
Prefeito Anilton assina convênio para reforma
da Casa de Repouso São Vicente de Paulo
No dia 18 de Fevereiro o
prefeito Anilton Bastos assinou convênio no valor de R$
330 mil reais com a Casa de
Repouso São Vicente de Paulo para a realização de reforma das instalações e aquisição
de mobiliário para atender aos
idosos que ali vivem. Atualmente são 33 pessoas que serão beneficiadas com esta reforma geral, a primeira nesse
porte a ser realizada ali.
Pelo convênio a prefeitura de Paulo Afonso repassará
esse valor à diretoria da instituição que administrará os
recursos recebidos. Assim,
coube à diretoria, atualmente presidida pela Sra. Iracema Lima Nascimento de Farias, realizar a licitação para
a contração da empresa que
fará a reforma. A licitação
foi ganha pela empresa F.S.P
Construtora Ltda no valor de
R$229.448,23 e a reforma da
Casa de Repouso São Vicente
de Paulo, objeto do Contrato Nº001/2014, deverá estar
concluída em 180 dias.
Ordem de Serviço foi assinada também nesta solenidade pela presidente da CRSVP
e o Sr. Leonardo da Silva Pastor, representante da FSP.
Para que a reforma seja realizada todos os moradores da
Casa de Repouso foram transferidos para instalações da
Fundame, na Fazenda Chesf,
cedidas pelo seu presidente,
Luiz Neto e pelo Bispo diocesano, D. Guido Zendron.
Ali, diretores, funcionários
e voluntários dos Vicentinos
trabalharam duro durante vários dias para dotar aquelas
instalações de rampa, cozinha, mobiliário para atender
aos abrigados da Casa de Repouso, todos idosos em idade
avançada e a maioria deles
cadeirantes ou portadores
de doenças que exigem uma
atenção permanente.
Os outros cerca de 100 mil
reais serão aplicados na compra de camas e colchões hospitalares (20 unidades de cada),
cadeiras de banho(10 unidades), maca para ambulatório,
colchão para a maca, banco
giratório, armários e estantes
de aço, sofá para a recepção,
25 aparelhos de TV LCD de 26
polegadas, para os apartamentos e outras instalações, além
de liquidifador industrial de 8
litros, batedeira industrial, panela de pressão industrial de 20
litros, extrator de suco industrial, carrinho para transporte e
distribuição de alimentos.
Para cuidar destes idosos,
trabalham na Casa de Repouso 17 funcionários mantidos
pela instituição, outro 14 cedidos pela Prefeitura e muitos voluntários que aparecem
regularmente para apoiar o
trabalho intenso, dentre eles,
2 médicos e uma enfermeira,
além de todos os membros da
diretoria, diz a vice-diretora,
Quitéria, conhecida por todos
por Vitorinha.
A solenidade da assinatu-
ra do convênio pelo Prefeito
Anilton Bastos e da Ordem
de Serviço pela presidente
da Casa de Repouso reuniu
alguns familiares dos idosos,
grande número de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social e nove dos
dez vereadores da bancada
de apoio ao prefeito Anilton.
O único vereador ausente foi
Juvenal Teixeira, por motivo de saúde. Todos eles, em
seus discursos, ressaltaram a
importância deste convênio
como “mais uma grande obra
social da gestão do prefeito
Anilton”, como destacou o
vereador Marcondes Francisco dos Santos, presidente da
Câmara de Vereadores.
A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Clara Moreira, falou de sua felicidade em
poder contribuir com a melhoria
da qualidade de vida dos idosos
que vivem na instituição.
"Hoje é um dia muito especial. Lembro-me que na primeira vez que eu estive aqui com
a engenheira Magda. Na saída
eu me emocionei e chorei; mas
logo entendi que não adiantava
apenas chorar, mas sim fazer
alguma coisa para melhorar a
vida destas pessoas. E hoje nós
estamos realizando este sonho,
não só dos Vicentinos, mas de
todas as famílias pauloafonsinas que com certeza também
estão tão felizes quanto nós",
falou Ana Clara.
O prefeito Anilton Bastos
também expressou sua satisfação em proporcionar dignidade e qualidade de vida aos
idosos, que em alguns casos,
se sentem rejeitados pelos
próprios familiares e na Casa
de Repouso encontram uma
nova família. Para o prefeito,
ajudar a cuidar bem dessas
pessoas é uma obrigação do
Governo Municipal, que tem
como prioridades a Saúde,
a Educação e o Desenvolvimento Social.
"Realmente, como falou
Ana Clara, para todos nós
que fazemos o poder público, hoje é um dia especial,
porque estamos assinando a
ordem de início dessa obra
que vai dar condições dignas
a todos os que vivem aqui e
desfrutam do carinho da família dos Vicentinos. Temos
a certeza de que não estamos
fazendo nada além de cumprir com nossa obrigação",
concluiu.
Mas, quem “roubou a
cena” nesta solenidade foi a
interna da Casa de Repouso
Terezinha Oliveira Gomes
de Sá, conhecida como Teca.
Deficiente visual por causa do
diabetes, ela mora na Casa de
Repouso desde 2009, quando
ali ainda estava a Irmã Celina,
muito querida de todos.
Teca falou em nome dos internos, chamou o prefeito para
perto dela e insistiu muito que
D. Iracema, presidente e Vitorinha - vice-pres. da Casa de Repouso
Prefeito Anilton acompanha assinatura da Ordem de Serviço.
não queria sair da Casa de Repouso, onde se sente acolhida.
Foi preciso o prefeito dizer
“que, no período da reforma,
o prédio não ter água, nem
energia e haveria muita poeira, mas que todas as pessoas
que hoje trabalham na Casa
de Repouso iam também ficar com os internos no novo
local e que, dentro de seis meses, todos voltariam para aqui
com muito maior conforto”.
Depois, Teca cantou, dedicou
a música ao prefeito e foi muito aplaudida.
Construída em 1983, a
Casa de Repouso São Vicente de Paulo é uma instituição
filantrópica que abriga pessoas idosas, comprovadamente
desamparadas, em alguns casos, encaminhadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS), Ministério Pú-
blico e Poder Judiciário. De
acordo com a administração,
a entidade sobrevive com recursos oriundos de convênios
com os governos Federal e
Estadual, além de receber
contribuições da comunidade
e do Governo Municipal, que
assume despesas como pagamento de água, energia e uma
parte do pessoal de apoio.
Há alguns anos, um incêndio em parte das instalações
da Casa de Repouso São
Vicente de Paulo assustou a
todos mas, a pronta ação dos
voluntários e funcionários
impediu que os abrigados sofresse algum problema.
A reforma e a aquisição de
novos mobiliários e equipamentos vão permitir melhores condições de trabalho aos
funcionários e voluntários e
melhor qualidade de vida aos
idosos que ali vivem.
Sebastião Leando com os idosos da Casa de Repouso.
10
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Prefeitura de Paulo Afonso recebe
ônibus para o Bolsa Família
Um moderno ônibus
destinado ao atendimento
itinerante do Bolsa Família foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Paulo
Afonso.
Com ele, diz Ana Clara,
Secretária de Desenvolvimento Social de Paulo
Afonso, “poderemos atender bem melhor as comunidades dos bairros e da
zona rural do município,
indo onde as pessoas es-
tão e, com isso, evitando
o deslocamentos das famílias para os postos de
atendimento”.
A Secretária confirma
que quando começou a
trabalhar na gestão da
SEDES, em 2009, eram
pouco mais de seis mil os
atendidos pelo Bolsa Família. “Esse número hoje
ultrapassa os 13 mil atendimentos”.
A parte interna do ônibus é toda adaptada como
um escritório, com central de ar, mesas e cadeiras e, segundo a Secretária Ana Clara, vai agilizar
e ampliar significativamente esse atendimento
às famílias de vulnerabilidade social.
Delimitações territoriais de municípios baianos
em pauta na reunião com Prefeito Anilton Bastos
Uma reunião no dia 19 de
fevereiro, no gabinete do prefeito Anilton Bastos, em Paulo Afonso, reuniu prefeitos da
cidade de Macururé, Rodelas,
Glória e Santa Brígida para
discutirem as novas delimitações territoriais de municípios
baianos.
Na ocasião, estiveram presentes os representantes da
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais
da Bahia (SEI), Manuel Lamartin, Ana Paula Sampaio e
Walmar Batista.
Segundo os técnicos da
SEI, as delimitações territoriais são de grande importância, já que são fundamentais
para a distribuição de investimentos de forma adequada
nos municípios do Estado da
Bahia. Mais de 69% já estão
mapeados no território baiano
e agora Paulo Afonso também
terá seus limítrofes definidos
com mais precisão.
Na reunião, as cidades de
Paulo Afonso, Glória e Santa
Brígida entraram em consenso em relação às delimitações
territoriais; já os municípios
de Macururé e Rodelas ainda
se reunirão para chegar a um
acordo.
O plano de ação para delimitação das divisas municipais é um trabalho desenvolvido pela SEI, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
e pela Comissão de Divisão
Territorial e Emancipação
da Assembleia Legislativa da Bahia e se sustenta
no cumprimento da Lei nº
12.507/2011.
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
11
Texto e fotos: Veruska Alcântara
Professor Edvaldo reúne grande público no
lançamento do seu livro em Delmiro Gouveia
Na noite do dia 14 de fevereiro, quando o município de
Delmiro Gouveia celebrou 60
anos de emancipação política,
cerca de 500 pessoas estiveram
reunidas na Escola Delmiro
Gouveia para prestigiar o lançamento do livro do professor
Edvaldo Nascimento. O evento
reuniu professores universitários, das redes do ensino básico,
lideranças políticas, autoridades, músicos, artistas e a população, que foram prestigiar o autor e conhecer a obra que tem
como título “Delmiro Gouveia
e a Educação na Pedra”.
O lançamento reuniu a primeira edição, impressa pela
Viva Editora, e a segunda, impressa pela Editora do Senado
Federal, onde foi distribuída a
todos os professores presentes. A solenidade foi aberta pela
apresentação dos músicos delmirenses Chico´s Mendes e Renato Buiú, tendo a participação
do poeta Cleninho Sandes, que
enalteceu a cultura sertaneja,
em particular a literatura.
Após as apresentações culturais, foi realizada a formação da
mesa, composta pelo presidente do Senado Renan Calheiros,
o ex-governador Ronaldo Lessa; o representante do grupo
Carlos Lyra, Assis Gonçalves;
representante da Chesf, o administrador regional de Paulo
Afonso Augusto César; representante da Universidade de
Alagoas e do Conselho Estadual de Educação, o reitor Jairo
Campos; o representante dos
vereadores de Alagoas, o presidente da Uveal Hugo Vanderlei; o presidente da Câmara de
Vereadores de Delmiro Gouveia, Valdo Sandes; o coordenador da 11ª CRE, professor
Paulo Roberto; representante da Fábrica da Pedra, Luiz
Anhanguera; o professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas e doutor em
educação, Elcio de Gusmão
Verçosa; o representante da
Ufal Campus Sertão, professor
Márcio Ferreira; o ex-diretor
administrativo da Chesf, presidente do conselho da Fachesf,
João Paulo Maranhão Aguiar;
a presidente do diretório Estadual do PCdoB, a advogada
Claudia Petuba e os músicos
Joquinha Gonzaga (sobrinho
de Luiz Gonzaga), Flávio Leandro e Eliezer Setton.
Os discursos foram iniciados pelo autor, que agradeceu a
presença de todos e expressou
o seu sentimento em lançar o livro na cidade que o acolheu há
25 anos. “Realizar um evento
como este é uma grande satisfação para mim porque consegui
reunir amigos que fiz durante
esta minha caminhada da vida.
Ver as pessoas celebrando este
momento comigo é de extrema
alegria; pessoas que possuem
um lugar relevante na minha
história e que sem elas esta publicação não seria possível. Esta
data não foi escolhida à toa,
mas é também uma forma de
homenagear a cidade que me
acolheu e que hoje completa 60
anos”, disse Edvaldo.
Em seguida, o ex-administrador da Chesf, João Paulo,
nomeou Edvaldo de “agitador
da cidadania”, enfatizando o
trabalho desenvolvido pelo
professor nas mais diversas áreas. “O trabalho de Edvaldo ultrapassa os limites de Delmiro
porque ele está nas mais diferentes frentes de luta. Eu diria
que é um agitador da cidadania
e o parabenizo por mais este
trabalho”, frisou.
O professor Elcio Verçosa,
que foi orientador de Edvaldo
na defesa do mestrado que se
transformou em livro, também
elogiou o autor e o acervo sobre Delmiro Gouveia.
“Edvaldo é um dos mestres
mais categorizados sobre Delmiro Augusto e nesta sua obra
está guardada o que há de mais
importante neste contexto educacional no sertão. Este livro
não envergonha a ninguém,
é um material que servirá de
acervo para o público”, disse o
professor.
O administrador de Paulo
Afonso, Augusto, ressaltou a alegria da Chesf em ter apoiado o
evento e a primeira edição. “Co-
nheço Edvaldo há muitos anos,
é um companheiro de algumas
lutas e é um político diferenciado,
com uma notoriedade no Estado
e no país.
Ele consegue estar em diversas frentes, seja com os sem-terra na defesa pelo uso do
Canal do Sertão, seja pelo acesso à educação de qualidade. A
Chesf se sente honrada em participar deste evento e contribuir
para uma obra importante não
só para o município de Delmiro, mas para o país”.
O representante do Grupo
Carlos Lyra, Assis, falou sobre
a trajetória da empresa e da importância da Fábrica da Pedra,
fundada pelo empreendedor
Delmiro, para o desenvolvimento econômico da cidade.
“Trabalho no Grupo Carlos
Lyra durante 40 anos e me sinto
muito orgulhoso em participar
deste evento, onde o projeto
do empreendedor Delmiro Augusto de promover a educação
ficará registrado para as futuras
gerações”.
O reitor da Uneal, Jairo
Campos, elogiou o trabalho
de Edvaldo Nascimento e
ressaltou a parceria que está
sendo realizada em favor da
preservação da história delmirense.
“Edvaldo está de parabéns
ao lançar esta obra porque é
mais um rico material de pesquisa que tem o aval do professor Élcio Verçosa, e isso é
muito importante. Me sinto orgulhoso em tê-lo como parceiro
em projetos que ajudam a preservar a memória desta cidade,
como a reimpressão do Jornal
Correio da Pedra, que circulou
no município de 1918 a 1930.
Só tenho a agradecer e comemorar”, frisou.
O ex-governador Ronaldo
Lessa ressaltou as palavras do
administrador João Paulo. “Você
realmente é um agitador da cidadania, como foi bem colocado por João
Paulo. Essa cidade só poderia receber
bem uma pessoa como você, que luta
pela educação, uma prioridade para
qualquer país que queira mudar a relação entre governo e a sociedade. A
educação é um processo de libertação
de um povo e você está de parabéns
em ser um dos propulsores deste movimento”, falou.
Finalizando os discursos, o
presidente do Senado Renana
Calheiros disse estar orgulhoso
em poder lançar a segunda edição da obra pela Editora do Senado. “Para mim é uma honra e
orgulho ter essa obra do Edvaldo lançada pela Editora do Senado. Quem o lê não esquecerá,
porque se trata de uma obra que
retrata a realidade educacional
no Sertão de Alagoas. Meus parabéns, Edvaldo”.
Após as explanações, o músico Eliezer Setton cantou o
hino de Alagoas, emocionando
o público presente. Em seguida,
os músicos Joquinha Gonzaga
e Flávio Leandro entoaram os
seus sucessos. Edvaldo autografou os livros e reforçou a
sua alegria em poder receber os
amigos que prestigiaram o lançamento. “Eu não tenho palavras para expressar o meu agradecimento e a alegria de receber
todas essas pessoas aqui hoje.
Eu estou realmente emocionado em ver o reconhecimento
pelo meu trabalho”, disse.
Ainda estiveram presentes
ao evento o representante da
imprensa oficial Graciliano Ramos Moisés Aguiar; o diretor
do SINTEAL Adriano Pereira;
o músico Jorge Pápápá; o diretor das Rádios Delmiro, Giuliano Ribeiro; os escritores Jotalunas, Luis Rubens e Gilmar;
o coordenador acadêmico da
FASETE, Luis José; a diretora
do Sebrae Paulo Afonso, Nadja Maria; o empresário Edimil-
son Cavalcante; o secretário
de Relações Institucionais da
Prefeitura de Paulo Afonso,
Luís Carlos Carvalho; o padre
Aparecido; a diretora da Escola Delmiro Gouveia Lucrécia e a vice Dalma; além das
filhas do autor Eloisa Vitória
e Giullia Dandara, familiares,
professores e amigos da região
do sertão.
“Delmiro Gouveia e a Educação na Pedra” é o resultado
da dissertação de mestrado que
Edvaldo defendeu em março de
2012, na Universidade Federal
de Alagoas (UFAL), onde são
analisados os processos educacionais implantados pelo industrial Delmiro Augusto da Cruz
Gouveia no sertão. “É uma
abordagem sobre educação no
sertão dominado pelos coronéis da primeira república”, reforça o professor.
O livro esteve entre as
obras lançadas na VI Bienal
Internacional de Alagoas, em
outubro de 2013, e reuniu um
grande público. Representantes de diversos segmentos, de
Maceió e do sertão, estiveram
presentes prestigiando o evento. Intelectuais, artistas, reitores, dirigentes partidários, empresários, representantes do
poder público e do judiciário,
estudantes e escritores foram
saudar o autor.
O professor Edvaldo estuda
o sertão de Alagoas e seus personagens há mais de 15 anos e é
considerado um dos principais
pesquisadores da vida e da obra
de Delmiro Augusto da Cruz
Gouveia, industrial nascido em
Ipu, no Ceará, e que modernizou o Recife e viveu seus últimos quinze anos de vida no sertão alagoano, onde construiu a
primeira Usina Hidrelétrica do
Nordeste, Angiquinho (1913),
implantou um Núcleo Fabril e
uma Fábrica de Linhas (1914).
12
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Emiliano José lança livro Galeria F em Paulo Afonso
Emiliano José, jornalista,
escritor, ex-preso político,
que tem exercido mandatos
parlamentares de vereador e
deputado federal(PT), esteve em Paulo Afonso, dia 8 de
fevereiro para lançar o livro
Galeria F – Lembranças do
mar cinzento (IV) – Golpe.
Tortura. Verdade.
O encontro reuniu bom
número de intelectuais,
amigos e militantes políticos e foi coordenado pelo
ex-prefeito e ex-vereador
de Paulo Afonso, José
Ivaldo.
O momento foi também
a oportunidade para o escritor relatar fatos de sua
trajetória política com foco
centrado no tempo de preso
político mas foram aberto
espaços para depoimentos
dos presentes sobre o assunto e suas próprias vivências
durante o período da ditadura militar no Brasil na
segunda metade do século
passado.
Várias pessoas deram
seus testemunhos, como
Carlinhos de Tico, o poeta popular Tenório que
relatou suas experiências nesse tempo quando
era soldado do exército
em Paulo Afonso. Valda
e Maurício, da Agendha,
chamaram a atenção para
outros tipos de ditadura,
do cerceamento da liberdade, mesmo disfarçado,
nos dias atuais, tendo
Maurício lembrado que a
preservação do patrimô-
nio público deve ser observado como uma forma
de resguardar aquilo que,
como o nome diz, é público, de todos.
Dias depois desse pronunciamento, Maurício viu
a derrubada do prédio do
Restaurante da Chesf, contrariando tudo o que foi
dito naquela noite de 8 de
fevereiro no auditório do
CDTA, na UNEB, em Paulo
Afonso.
Este livro de Emiliano é
o quarto da série Galeria
F e tem o prefácio de Venício A. de Lima e o Posfácio de Paulo Vannuchi e
apresenta relatos publicados pela mídia sobre estes
acontecimentos que mudaram bruscamente a caminhada política do Brasil
por 20 anos. O livro já está
nas livrarias do Brasil.
Depois dos depoimentos do autor e de vários dos
presentes, como um neto
do ex-vereador de Paulo
Afonso, Antônio Aureliano que falou de perseguições que seu avô sofreu
em Paulo Afonso “de onde
teve que fugir sem levar
sequer uma muda de roupa”, seguiram-se os autógrafos da obra.
Da esquerda: Emiliano José, José Ivaldo e Valda Aroucha

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