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UNIVERSIDADE DE AVEIRO Dimensionamento de Estruturas Metálicas em Situação de Incêndio segundo o EC3 Paulo M. M. Vila Real [email protected] Universidade Nova de Lisboa, 21 de Abril de 2004 1 Sumário 1. Justificação 2. Investigação no âmbito do comportamento ao fogo de estruturas metálicas 3. Acções Térmicas e Mecânicas 4. Cálculo das temperaturas 4.1 Métodos Simplificados 5. Temperatura Crítica 6. Cálculo Estrutural ao Fogo 6.1 Métodos Simplificados 7. Métodos Avançados de Cálculo 2 Cálculo ao Fogo de Estruturas de Aço. Porquê? A capacidade resistente do aço diminui drasticamente com a temperatura. A grande condutividade térmica do aço faz com que a temperatura se propague rapidamente. Os elementos estruturais em aço têm em geral secções transversais muito esbeltas. 3 Diagramas de tensão-extensão do aço a alta temperatura A capacidade resistente do aço diminui a partir de 100200 ºC. Apenas 23% da capacidade resistente do aço permanece a 700 ºC. A 800 ºC aquela capacidade reduz-se a 11% e a 900 °C a 6%. O aço funde a 1500°C. Tensão (N/mm2) 300 250 200 20°C 200°C 300°C 400°C 500°C 150 600°C 100 700°C 50 800°C 0 0.5 1.0 1.5 Extensão (%) 2.0 4 Áreas de investigação UNIVERSIDADE DE COIMBRA / AVEIRO - ligações P P N M ∆T ψM P P K N ∆T N N UNIVERSIDADE DE AVEIRO / IPB / COIMBRA – vigas e 5 vigas-coluna Comportamento ao fogo das ligações: Datas relevantes • 2000 – Conclusão de uma tese de mestrado na Universidade de Coimbra • 2003 – Inicio de uma tese de doutoramento na Universidade de Coimbra • 2003 – Ensaios à escala real em Cardington – Universidade de Coimbra + Universidade de Praga 6 O edifício de oito pidos à escala real no laboratório BRE em Cardington Exterior Interior 21m 54m 33m 7 Ensaios de Cardington - 1 8 Os ensaios de Cardington - 2 9 Encurvadura Lateral de Vigas: Datas Relevantes •Set. de 1998 – Início de Sabática na Univ.de Liège • Dez. de 1998 – Primeiros relatórios internos com uma nova proposta • Nov. 2000 – “1st preliminary draft” da parte 1.2 do EC3 • Fev. 2001 – Conclusão de um Doutoramento • Maio 2001 – Publicação em revista internacional • Em 2003 – Melhoramento da proposta anterior – Conclusão de uma tese de Mestrado 10 Caso estudado x z y L π ⋅ x y ( x) = Sin 1000 L Viga IPE 220 11 Encurvadura lateral em situação de incêndio – EC3 (1995) M b, fi ,t , Rd = χ LT , fi 1.2 χ LT , fi = y z w pl , y k y ,θ,com f y 1 γ M , fi 1 φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [λ LT ,θ,com ]2 φLT = 0,5[1 + α (λLT − 0,2) + λ 2 LT ] x λ LT ,θ,com = λ LT k y ,θ,com k E ,θ,com 12 Encurvadura lateral – SAFIR Beam Design Curves of EC3 and SAFIR. IPE220, Fe 510 M b , fi ,t , Rd / M fi ,θ , Rd 1.2 EC3 After 10 minutes After 15 minutes After 20 minutes After 30 minutes 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 Relative Slenderness at Failure Temperature Comparação com EC3 1.6 1.8 2 λ LT 13 Nova Proposta para Encurvadura Lateral Eurocódigo 3 (1995) M b , fi ,t , Rd = χ LT , fi = χ LT , fi 1. 2 W pl , y k y ,θ,com f y Nova Proposta (1999) (Vila Real et al) 1 M b , fi ,t , Rd = χ LT , fiW pl , y k y ,θ,com f y γ M , fi 1 χ LT , fi = φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2 φ LT ,θ ,com = [ 1 1 + α × (λLT ,θ ,com − 0.2) + (λLT ,θ ,com ) 2 2 α = 0.21 or α = 0.49 λLT ,θ ,com = λLT k y ,θ ,com k E ,θ ,com ] 1 γ M , fi 1 φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2 [ 1 1 + αλ LT ,θ ,com + (λ LT ,θ ,com ) 2 2 α = βε (factor de imperfeição) β = 0.65 (factor de severidade) φ LT ,θ ,com = ] ε = 235 / f y 14 A influência do factor de severidade (β) na nova proposta Beam Design Curves of EC3 and SAFIR. IPE220, Fe 360 M b , fi , t , Rd / M fi ,θ , Rd 1.2 EC3 After 10 minutes After 15 minutes After 20 minutes After 30 minutes Beta=1.2 Beta=0.9 Beta=0.65 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 Relative Slenderness at Failure Temperature 1.6 1.8 2 λ LT S 235 15 Nova Proposta M b, fi ,t , Rd / M fi ,θ, Rd 1,2 EC3, S235 ou S355 Nova Proposta - S235 Nova Proposta - S355 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 λ LT ,θ,com Agora a curva de encurvadura lateral depende da qualidade do aço. 16 Validação Experimental y z x 17 Caso Estudado F y F qb qb q z IPE 100 lb L lb 18 Mais de 500 metros de IPE100 foram testados em 120 testes Perfis oferecidos pela firma J. Soares Correia 19 Equipamento experimental Sistema de aquecimento 70 [kVA]: • • • • Controlador de temperatura. Elementos de aquecimento electro-cerâmicos . Termopares tipo K . Mantas de isolamento de fibras cerâmicas. 20 Os testes experimentais 21 Resultados experimentais EC3,room EXPERIMENTAL New Proposal EULER EC3,fire 1.4 1.2 A nova proposta é mais segura Mb,fi,t,Rd/Mfi,θ,Rd 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 1.2 1.2 1 1 0.8 0.8 New proposal Eurocode 3 Non dimensional slenderness at tested temperature 0.6 0.4 0.6 0.4 0.2 0.2 SAFE SAFE 0 0 0 0.2 0.4 0.6 Experimental 0.8 1 1.2 0 0.2 0.4 0.6 Experimental 0.8 1 1.2 22 Adopção da Nova Proposta pelo EC3 β = 0.65 23 Outros diagramas de momentos. Melhoramento da proposta anterior (2003) • As fórmulas da prEN 1993-1-2 foram desenvolvidas para diagramas de momentos uniformes • O que acontece se forem considerados outros diagramas de momentos? M ψM 24 Curvas de encurvadura lateral da prEN 1993-1-2, para diferentes valores de ψ prEN 1993-1-2 ψ =1 M/Mfi,θ,Rd Safir-400 (ºC) 1,2 Safir-500 (ºC) 1 Safir-600 (ºC) prEN 1993-1-2 ψ =0 M/Mfi,θ,Rd Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) 1,2 Safir-600 (ºC) 1 Safir-700 (ºC) Safir-700 (ºC) 0,8 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,2 0,2 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 0 0 λ LT ,θ , com 0,2 0,4 0,6 0,8 a) Ψ =1 1 1,2 1,4 1,6 1,8 b) Ψ = 0 prEN 1993-1-2 ψ =-1 M/Mfi,θ,Rd Safir-400 (ºC) 1,2 Safir-500 (ºC) Safir-600 (ºC) 1 Safir-700 (ºC) 0,8 0,6 0,4 0,2 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 λ LT ,θ , com c) Ψ = -1 25 2 λ LT ,θ , com χ LT , fi ,mod = χ LT , fi prEn 1993-1-1 [ f = 1 − 0.5(1 − k c ) 1 − 2( λ LT − 0.8) 2 Distribuição de momentos kc f ] mas χ LT , fi ,mod ≤ 1 Nova proposta f = 1 − 0.5(1 − kc ) Distribuição de momentos kc 1 1.33 − 0.33ψ 0.6 + 0.3ψ + 0.15ψ 2 0.86 0.79 0.94 0.91 but k c ≤ 1 26 prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2/f New proposal Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) ψ=1 M/Mfi,θ,Rd 1.2 1 prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2/f New proposal Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) ψ =0.5 M/Mfi,θ,Rd 1.2 1 0.8 0.8 0.6 0.6 0.4 0.4 0.2 0.2 0 0 0 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 λ LT ,θ , com λ LT ,θ , com b) Ψ = 0.5 a) Ψ = 1 prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2/f New proposal Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) ψ =0 M/Mfi,θ,Rd 1.2 1 prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2/f New proposal Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) ψ =-1 M/Mfi,θ,Rd 1.2 1 0.8 0 .8 0.6 0 .6 0.4 0 .4 0.2 0 .2 0 0 0 0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 1.2 c) Ψ = 0 1.4 1.6 1.8 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2 λ LT ,θ , com d) Ψ = -1 27 λ LT ,θ , com prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2 prEN 1993-1-2/f M/Mfi,θ,Rd New proposal 1.2 Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) 1 Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) 0 .8 prEN 1993-1-2/f New proposal M/Mfi,θ,Rd 1.2 Safir-400 (ºC) Safir-500 (ºC) 1 Safir-600 (ºC) Safir-700 (ºC) 0.8 0 .6 0.6 0 .4 0.4 0 .2 0.2 0 0 0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 e) 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 λ LT ,θ , com 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 λ LT ,θ , com f) 28 Vigas-coluna: Datas Relevantes • 2003 – Conclusão de uma tese de Mestrado na Universidade de Coimbra • 2003 – Submissão a revista internacional de uma proposta de cálculo para o EC3 29 Novo livro 30 Resistência ao Fogo? Resistência ao fogo – tempo que decorre desde o início de um processo de aquecimento normalizado (ISO 834) a que um elemento é submetido até ao momento em que ele deixa de desempenhar as funções para que foi projectado Funções de suporte: Elementos estruturais (pilares, vigas, paredes resistentes) Funções de compartimentação: Elementos de compartimentação (paredes divisórias) • Exigência de Estabilidade (EF) • Exigência de (PC) Estanquidade (CF) • Exigência de Isolamento 31 Térmico Classes de Resistência ao Fogo dos elementos estruturais Regulamentos Portugueses EF15, EF30, EF45, EF60, EF90, EF120, EF180, EF240, EF360 EF = Estável ao Fogo EUROCÓDIGOS: EF R 32 Regulamentação Portuguesa em vigor 33 Disposições Regulamentares - 1 • EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO Altura <9m Classe EF30 >9m EF60 34 Disposições Regulamentares - 2 • ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS + EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS E ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAURAÇÃO E DE BEBIDAS Altura <9m 9 m < h < 28 m > 28 m Classe EF30 EF60 EF90 Nota: Para os edifícios de um só piso (rés-do-chão sem cave) não é feita qualquer exigência de resistência ao fogo das respectivas estruturas. 35 Disposições Regulamentares - 3 • PARQUES DE ESTACIONAMENTO COBERTOS QUE OCUPAM A TOTALIDADE DO EDIFÍCIO Nº de Pisos 1 piso acima ou abaixo do piso de referência Classe EF30 2 piso acima ou abaixo do piso de referência EF60 + de 2 pisos acima ou abaixo do piso de referência EF90 36 Disposições Regulamentares - 4 • PARQUES DE ESTACIONAMENTO QUE OCUPAM APENAS A PARTE INFERIOR DE UM EDIFÍCIO CUJA PARTE RESTANTE TEM OCUPAÇÃO DIFERENTE Altura acima do parque <9m 9 m < h < 28 m > 28 m Classe EF90 EF120 EF180 37 Disposições Regulamentares - 5 • EDIFÍCIOS DO TIPO HOSPITALAR + EDIFÍCIOS DO TIPO ADMINISTRATIVO + EDIFÍCIOS ESCOLARES Altura Pequena Média Grande > 60 m Classe EF30 EF60 EF90 EF120 Nota: Não é exigida qualificação de resistência ao fogo a elementos estruturais nos edifícios de pequena altura em que se verifiquem certas condições descritas nos regulamentos. 38 Sequência de acontecimentos em 11 de Setembro de 2001 WTC 1 Torre Norte WTC 2 Torre Sul Tempo Acontecimento 08:46 WTC 1 Impacto ~ 92º piso Boeing 767-200, 750 km/h 09:03 WTC 2 Impacto ~ 78º piso Boeing 767-200, 945 km/h 09:59 WTC 2 Colapso (56 min) 10:28 WTC 1 Colapso; impactos noutros edifícios (1:42 h) 39 Cálculo Estrutural ao Fogo Quatro etapas : } EC1 } EC3 1. Definir as cargas em situação de incêndio. 2. Definir o tipo de incêndio. 3. Calcular a temperatura na estrutura. 4. Calcular o comportamento mecânico. 40 Eurocódigo 1 - Parte 2.2: Acções em estruturas expostas ao fogo S D F E W G A B C Q G Fogo A C Ç Õ E S Acções para a análise térmica Acções Térmicas FOGO Acções para a análise mecânica Acções Mecânicas Carga Permanente Sobrecarga Neve Vento G Q S W H 41 Regras de combinação para as acções mecânicas •À temperatura ambiente (20 ºC) Ed = γ G G + γ Q ,1 Q 1 + ∑ ψ 0,i γ Q ,i Q i i >1 • Em situação de incêndio 1. O fogo deve ser considerado como uma acção de acidente. 2. A ocorrência simultânea de outras acções de acidente independentes não necessita ser considerada. E fi,d = G + ψ 1Q 1 + ∑ ψ 2,1Q i + A d (t) 1.0 x carga permanente ψ1 x acção variável de base (valores frequentes) ψ2 x outras acções variáveis (valores quase permanentes) Ad(t) – valor de cálculo das acções indirectas de incêndio. O EC3 permite desprezar o efeito da dilatação térmica. 42 Valores dos coeficientes de combinação Acção ψ1 ψ2 Sobrecarga em edifícios de habitação e escritório. 0.5 0.3 Sobrecarga em edifícios comerciais e espaços públicos. 0.7 0.6 Sobrecarga em armazéns. 0.9 0.8 Veículos até 3 tons. 0.7 0.6 Veículos de 3 a 16 tons. 0.5 0.3 Sobrecarga em coberturas 0.0 0.0 Neve 0.2 0.0 Vento 0.2 0.0 43 Exemplos de combinações de acções •Viga de pavimento (escritórios) – (gk , qk) => gk + 0.5 qk •Viga de cobertura – (gk, wk , sk) => gk => gk + 0.2 wk - (acção variável de base = vento) => gk + 0.2 sk - (acção variável de base = neve) •Estrutura porticada (escritórios) – (gk, qk, wk) => gk => gk + 0.5 qk - (acção variável de base = sobrecarga) => gk + 0.5 wk + 0.3 qk - (acção variável de base = vento) => gk + 0.2 sk + 0.3 qk - (acção variável de base = neve) 44 Factor de redução da carga em situação de incêndio (EC3) Substituir E fi,d = G + ψ 1Q 1 + ∑ ψ 2,1Q i + A d (t) Por: E fi ,d = η fi Ed com γ GAGk + ψ 1,1Qk ,1 η fi = γ G Gk + γ Q ,1Qk ,1 Valor de cálculo do efeito das acções à temperatura ambiente Combinação em situação de incêndio Combinação a 20 ºC Para edifícios correntes em aço pode adoptar-se η fi = 0.64 45 Acções Térmicas (EC1) Fluxo de calor na superfície h&net ,d = γ n ,c h&net ,c + γ n ,r h&net ,r h&net , c = α c (θ g − θm ) Fluxo de calor por convecção h&net ,r = Φ ⋅ ε f ⋅ ε m ⋅ 5,67 × 10−8 ⋅ [(θr + 273) 4 − (θm + 273) 4 ] F. radiação θ g ≈ θr ε f = 1.0 e Temperatura do compartimento de incêndio ε m = 0.7 α c = 9 W/m²K α c = 25 α c = 50 W/m²K W/m²K Para o aço Superfícies não expostas Sup. expostas, ISO ou fogo exterior 46 Sup. expostas, fogo hidrocarbetos Evolução de um fogo natural Curva de incêndio padrão Temperatura Post-Flashover 1000-1200°C Pre-Flashover Flashover Curva de incêndio natural ISO834 curva de incêndio padrão Tempo Ignição-fogo latente Aquecimento Arrefecimento …. 47 Temperatura do Compartimento de Incêndio, θg, segundo o EC1 • Curvas Nominais • Curvas Paramétricas 48 Diferentes Curvas de Aquecimento do EC1 Temperatura do Gás (°C) 1200 Curva de hidrocarbonetos 1000 Curva ISO834 800 Curvas NOMINAIS Incêndio Exterior 600 400 Curva paramétrica típica do EC1 200 0 1200 2400 Tempo (s) 3600 49 WORLD TRADE CENTER Curva de hidrocarbonetos - 1 50 Curva de Incêndio Padrão ISO 834 (EC1) - 1 • Tem de ser considerada em TODO o Temperatura do gás (°C) compartimento mesmo 1000 sendo um grande 900 800 compartimento 700 • Não considera a fase 600 PRÉ-FLASHOVER 500 20 + 345log(8 t + 1) { t em minutos} 400 300 • Nunca DECRESCE 200 100 • Não depende da 0 0 600 1200 1800 2400 3000 3600 CARGA DE Tempo (s) INCÊNDIO e das CONDIÇÔES DE VENTILAÇÃO 51 Curva de Incêndio Padrão ISO 834 (EC1) - 2 θ [°C] 1200 1000 800 1110 1049 1006 945 842 *) Tem de ser considerada em TODO o compartimento, mesmo sendo um grande compartimento *) não considera a fase PRE-FLASHOVER *) não depende da CARGA DE INCÊNDIO e das CONDICÕES DE VENTILAÇÃO *) nunca DECRESCE 600 400 200 0 0 30 60 90 120 ISO 180 ISO ISO ISO ISO Tempo [min] ISO ISO ISO 52 Curva de Incêndio Padrão ISO 834 (EC1) - 3 1257 °C 2 / DIN 410 4 3 8 O IS 945 °C 1h 2h 3h 8h w at e r 53 Estrutura Exterior (1) 54 Estrutura Exterior (2) 55 Curvas Paramétricas Anexo A do EC1 - 1 Carga de Incêndio - [ MJ / m 2 ] Factor de abertura - O = Av h / At curva T = f(t) Factor de parede - b = ρcλ Av área da aberturas verticais; At área total da superfície envolvente Limites : • Afloor ≤ 100 m² • Sem aberturas horizontais •H≤4m • Factor de parede de 1000 a 2000 • Carga de Incêndio de 50 a 1000 MJ/m² no total 56 Curvas Paramétricas Anexo A do EC1 - 2 1000 O = 0.06 m1 / 2 O = 0.07 m1 / 2 800 O = 0.05m1 / 2 O = 0.02 m1 / 2 600 [º C] 400 O = 0.14 m1 / 2 200 O = 0.20 m1 / 2 O = 0.1 m1 / 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 [min] Controlado pela ventilação Controlado pela carga de incêndio Curvas paramétricas função do factor de abertura - O57 q = 600 MJ/m2 – Densidade de carga de incêndio Curvas Paramétricas Anexo A do EC1 - 3 1200 q f , d = 2000MJ / m 2 1000 800 [º C] q f , d = 1500MJ / m 2 600 400 q f , d = 400MJ / m q f , d = 1000MJ / m 2 2 200 q f , d = 600MJ / m 2 q f , d = 200MJ / m 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 [min] Curvas paramétricas função da densidade de carga de incêndio 58 Curvas Paramétricas Anexo A do EC1 - 4 1200 1000 Paramétrica 800 ISO 834 600 400 200 0 0 25 50 75 100 125 150 175 200 [min] 59 Definição: Duração do incêndio Padrão ISO834 que produz na estrutura o mesmo efeito que o incêndio natural. Usado para avaliar a severidade do incêndio ou resistência de um elemento relativamente ao ensaio em fornalha. Tempo-eq. de exposição ao incêndio padrão ISO 864 Temperatura Tempo-Equivalente Incêndio natural ISO 834 Compartimento θcr Elemento t e,d Terá de ser: t fi,d Tempo t e,d < t fi,d 60 Tempo-Equivalente Anexo F do EC1 Carga de incêndio Factor de ventilação => Tempo-equiv. em minutos Factor de parede Limites : A área das aberturas verticais de estar entre 2.5 a 25 % da área do pavimento 61 Tempo-Equivalente Anexo E do EC1 t e,d = ( q t,d k b w t ) k c min em que q t,d - valor de cálculo da densidade de carga de incêndio k b - factor de conversão; k c - factor de correcção w t - factor de ventilação deverá ser t e,d < t fi,d em que t fi,d - valor de cálculo da resistência ao fogo padrão dos elementos, ou seja a duração do incêndio padrão necessária para que o elemento de aço 62 atinja a temperatura crítica. Domínios de Verificação da Resistência ao Fogo - 1 Os Eurocódigos permitem que a verificação da resistência ao fogo se faça em 3 “domínios”: 1. Tempo: tfi,d > tfi,requ 2. Capaciade de carga:Rfi,d,t > Efi,d,t 3. Temperatura: θd < θcr,d 63 Domínios de Verificação da Resistência ao Fogo - 2 (Continuação) Rfi,d Efi,d 2 1 tfi,re q tfi,d t θd θc r,d 3 t 1. Tempo: tfi,d > tfi,requ 2. Capaciade de carga: Rfi,d,t > Efi,d,t 3. Temperatura: θd < θcr,d 64 3 modelos de Cálculo 5 níveis de complexidade crescente 1. Valores tabelados, (Nível 0). 1. Baseados em ensaios em fornalha. 2. Métos simplificados de cálculo (Eurocódigos). 1. Baseado no incêndio padrão ISO 834, (Nível 1). Domínio do tempo; Domínio da resistência; Domínio da temperatura. 2. Baseado no tempo equivalente de exposição à ISO 834 , (Nível 2). 3. Baseado na exposição ao incêndio natural, (Nível 3). 3. Métodos avançados de cálculo, (Nível 4). 1. Requerem programas sofisticados (MEF) e muita experiência. 65 Exemplos de Fornalhas verticais e horizonatais 66 Testes de elementos estruturais em fornalha Testes em situação de incêndio Inconvenientes A carga mantém-se constante,a Limitação dos vãos a estudar, temperatura aumenta como só vigas simplesmente ISO834. apoiadas. Para a resistência ao fogo de VIGAS, critério da deformação. Efeito da continuidade estrutural ignorado. Para a resistência oa fogo de PILARES, critério da capacidade de carga . Restrição à expansão térmica pela restante estrutura ignorado. 67 Critério de colapso em testes em fornalha Flecha (mm) 300 200 vão/30 100 ISO 834 0 1200 2400 3600 Tempo (s) 68 Tabelas de dimensionamento construídas à custa de ensaios em fornalha SEGURANÇA PASSIVA CONTRA INCÊNDIO Massividade -1 (m ) 360 –340 340 – 320 320 – 300 300 – 280 280 – 260 260 – 240 240 – 220 220 – 200 200 – 180 180 – 160 160 – 150 150 – 140 140 – 130 130 – 120 120 – 110 110 – 100 100 – 90 90 - --- EF30 Pilar Viga <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 Espessura de BIOFIRE * EF60 EF90 EF120 Viga Pilar Viga Pilar Viga Pilar 18 18 18 18 16 15 15 13 11 10 10 10 10 10 10 10 10 10 18 18 18 17 17 16 15 13 11 10 10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 32 32 32 32 30 27 27 25 23 22 20 20 17 17 15 10 10 10 >33 (33) (31) 29 27 25 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 (35) 32 32 31 30 27 25 25 25 25 23 21 21 20 >33 (33) 30 27 26 25 25 24 23 22 21 21 EF180 Pilar Viga (35) (35) 32 30 30 28 >35 (35) 32 30 29 28 (Temperatura crítica de 550 ºC) 69 Grau de Discretização da Estrutura - 1 Três tipos de discretização da estrutura 1. Estrutura Global. • As acções indirectas são tidas em conta. 2. Sub-estrutura (SE). • Consideram-se as acções indirectas na SE, mas nenhuma interacção com o resto da estrutura. 3. Elementos. • Sem acções indirectas com excepção do efeito dos gradientes térmicos. 70 Grau de Discretização da Estrutura - 2 (Continuação) a) b) Pilar Viga c) 71 Propriedades Mecânicas do Aço -1 Diagrama Tensão-Extensão do Aço a elevadas temperaturas Tensão (N/mm2) 300 Módulo de Elasticidade a 600°C reduz cerca de 70%. 250 Tensão de Cedência a 600°C reduz cerca de 50%. 150 200 20°C 200°C 300°C 400°C 500°C 600°C 100 700°C 50 800°C 0 0.5 1.0 1.5 Extensão (%) 72 2.0 Propriedades Mecânicas do Aço -2 Degradação das propriedades mecânicas do aço com a temperatura • Redução da tensão de cedência e do módulo de elasticidade dos aços estruturais S235, S275 e S355. % do valor a 20 ºC 1 Tensão de cedência .8 k y ,θ = f y ,θ / f y .6 .4 .2 0 Módulo Young k E ,θ = Ea ,θ / Ea 300 600 900 1200 73 Temperatura (°C) Propriedades térmicas do Aço Condutividade Térmica (W/m°K) 60 50 λa=45W/m°K (modelos de Calor Específico (J/kg°K) 5000 cálculo simples – EC3) 40 30 Aço 3000 2000 20 Aço 1000 10 0 ca=600J/kg°K (modelos de cálculo simples – EC3) 4000 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (°C) 0 200 400 600 800 1000 1200 74 Temperatura (°C) Cálculo das Temperaturas Equação de Condução de calor ∂θ ∂ ∂θ ∂ ∂θ & λ + λ + Q = ρc p ∂t ∂x ∂x ∂y ∂y Condições de fronteira qc = hc (θ − θ∞ ) convectiva qr = βε (θ 4 − θ 4a ) = βε (θ 2 + θ a2 )(θ + θ a )(θ − θ a ) = hr (θ − θ a ) radiativa 14442444 3 hr qcr = qc + qr = hc (θ − θ∞ ) + hr (θ − θa ) = hcr (θ − θ∞ ) Convectiva + radiativa 75 Campos de temperaturas obtidos pelo MEF, ao fim de 30 min AÇO (IPE 300) ∆T = 22 ºC BETÃO (30x30 cm2) ∆T = 794 ºC 76 Cálculo das Temperaturas Eurocódigo 3 Devido à elevada condutividade térmica do aço o EC3 considera que a temperatura é uniforme na secção transversal dos perfis. Temperatura= f (geometria da secção, protecção, fogo, tempo) 77 Aumento da temperatura em perfis NÃO PROTEGIDOS Aumento da temperatura no intervalo de tempo ∆t: ∆θ a.t = k sh Am V & hnet .d ∆t ca ρ a (4.21) Temperatura de incêndio Temperatura do aço Aço Fluxo de calor hnet.d tem 2 parcelas: Radiação: ( h&net .r = 5,67 x10 −8 Φε f ε m (θ r + 273)4 − (θ m + 273)4 Convecção: ( h&net , c = α c θ g − θ m ) ) 78 O Conceito de Factor de Massividade - Am/V ∆θ a.t = k sh Am V & hnet .d ∆t ca ρ a A m área exposta ao fogo P × l P perímetro = = = = V Volume do elemento A × l A área s/r P − grande A − pequena Am − elevado V P − pequeno A − grande Am − pequeno V Aquecimento rápido Fogo Fogo Aquecimento lento Nota: Para perfis comerciais existem tabelas do factor de massividade 79 Factor de forma ou massividade Am/V – perfis não protegidos ∆θ a.t = k sh Am V & hnet .d ∆t ca ρ a b h perimetro Área s/r Perimetro exposto Área s/r 2(b+h) Área s/r 80 Factor de correcção para o efeito de sombra, ksh k sh = 0.9[ Am / V ]b /[ Am / V ] [ Am / V ]b - factor de forma calculado como se o perfil tivesse protecção em caixão b b h h 2(b+h) 2h+b Área s/r Área s/r 81 Solução da equação 4.21 da ENV 1993-1-2 ∆θ a.t = k sh Am V & hnet .d ∆t (4.21) ca ρ a Programas simples (próprios, etc.) • Tabelas • Nomogramas • 82 Solução por Programas simples PROGRAM ISO834 C******************************************************************************** C * C**** PROGRAMA PARA OBTENÇÃO DA EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA EM PERFIS * C * METÁLICOS DE ACORDO COM A EQUAÇÃO DO EUROCÓDIGO 3,PARTE:1-2 C * C**** 1997.04.12 * PVREAL ******************************************************** C IMPLICIT REAL*8 (A-H, O-Z) CHARACTER INPUT*12, OUTPT*12, CDATE*10, CTIME*8, . TITLE(3)*78,TEMPR*12 C C*** ABERTURA DE CANAIS DE LEITURA E ESCRITA C INPUT = 'ISO.DAT' OUTPT = 'ISO.RES' TEMPR = 'TEMPR.XLS' 83 Influência de Am/V na evolução da temperatura de perfis HEB Am/V HEB100 HEB120 HEB140 HEB160 HEB180 HEB200 HEB220 HEB240 HEB260 HEB280 218 202 187 169 158 147 140 130 127 123 Am/V HEB300 HEB320 HEB340 HEB360 HEB400 HEB450 HEB500 HEB550 HEB600 116 110 106 102 98 91 89 87 86 ºC 1000 900 800 HEB100 700 600 HEB600 500 400 300 200 100 0 0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200 3600 seconds 84 Influência do valor do Calor Específico, ca Evolução da temperatura de um perfil HEB 160 Calor Específico (J/kg°K) 5000 ºC 1000 900 800 700 600 500 4000 3000 2000 1000 0 ca=600J/kg°K (modelos de cálculo simples – EC3) 400 300 200 100 0 0 Aço 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 segundos Análise não-linear c/ iterações ca=600J/kg°K s/ iterações 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (°C) 85 Não-linearidades da equação simplificada Calor Específico (J/kg°K) 5000 4000 ca ∆θ a.t = k sh Am V & hnet .d ∆t ca ρ a Aço 3000 2000 ( h&net ,c = α c θ g − θ m 1000 0 200 400 600 800 1000 1200 °C ( + h&net .r = 5,67 x10 −8Φε res (θ r + 273)4 − (θ m + 273)4 ) 86 ) Qual a influência do intervalo de tempo? Iterar ou não iterar? ºC 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Influência do intervalo de tempo 0.5 s 5s 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 ∆t ≤ 5 s (EC3) 4000 segundos ºC 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Influência do número de iterações sem iterar iterando c/ Tol=0.001 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 segundos 87 Solução por tabelas (Fogo ISO) Temperatura em ºC do aço sem protecção, sujeito à curva ISO 834 A para diferentes valores de m , m −1 V [ ] Time [min.] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 20 m-1 20 23 28 35 43 51 61 71 81 93 104 116 128 140 152 165 178 191 204 217 230 244 50 m-1 20 27 39 55 74 94 115 138 160 184 208 232 256 281 305 329 353 377 400 422 444 466 100 m-1 20 33 57 88 121 156 193 230 268 305 342 378 412 445 477 506 534 559 583 605 626 645 200 m-1 20 45 91 144 200 257 314 367 418 464 505 542 574 603 628 651 671 688 702 714 724 731 300 m-1 20 57 120 192 264 334 398 455 505 547 582 612 637 659 678 694 707 718 726 732 736 742 400 m-1 20 68 147 233 316 391 456 510 554 590 619 643 664 681 696 708 719 727 733 737 743 754 88 Solução por Nomogramas (Fogo ISO) 900 800 700 Temperatura [ºC] 600 500 400 m-1 400 300 m-1 300 200 m-1 100 m-1 200 50 m-1 100 20 m-1 0 0 10 20 30 Tempo[min.] 40 50 89 60 Solução por Nomogramas (Fogo ISO) 900 800 700 Temperatura [º C] 600 500 400 30 min. 300 25 min. 20 min. 200 15 min. 100 10 min. 5 min. 0 0 50 100 150 200 Am V 250 [m ] −1 300 350 400 90 Aumento da temperatura em PERFIS PROTEGIDOS • A protecção armazena calor. Temperatura do incêndio Temperatura do aço • A quantidade de calor armazenada na protecção é: φ= cp ρ p ca ρ a dp Ap V • O aumento da temperatura do aço no intervalo de tempo ∆t: ∆θ a .t Aço Protecção dp λ p / d p Ap 1 (θ g .t − θ a .t )∆t − (eφ / 10 − 1)∆θ g .t (4.22) = 91 ca ρ a V 1 + φ / 3 Factor de forma ou massividade Ap/V – PERFIS PROTEGIDOS ∆θ a .t λ p / d p Ap 1 (θ g .t − θ a .t )∆t − (eφ / 10 − 1)∆θ g .t = ca ρ a V 1 + φ / 3 b h Perímetro do perfil Área s/r do perfil (b+2h) Área s/r do perfil 2(b+h) Área s/r do perfil 92 Protecção dos Elementos de Aço 1. 2. 3. 4. Pintura com tintas intumescentes Materiais projectados Placas rígidas Mantas 93 1. Revestimento intumescente Apresenta-se sob o aspecto de um filme de tinta de 0,5 a 4 mm de espessura 94 Acabamento com Tinta intumescente 1. Revestimento intumescente (Continuação) SEGURANÇA PASSIVA CONTRA INCÊNDIO Demão de acabamento Referencia UNITHERM 7854 Cores: RAL 1013; RAL 9002; RAL 9010 RAL 7032; RAL 7035 (outras cores RAL sob consulta. Espessura recomendada : Interiores:40 microns Exteriores: 80 a 100 microns em 2 demão Revestimento de protecção Referencia UNITHERM 38091 Espessura recomendada : função da massividade do perfil a proteger e resistência ao fogo requerida (ver tabela de consumos) Primário anti-corrosão Referência UNITHERM 73204 ou 74031 c/endurecedor 74680 Espessura recomendada : +/- 40 microns Aço decapado AS 2 1/2 95 2. Revestimento projectados Apresentam-se sob a forma de argamassa hidráulica pastosa ou fibrosa, aplicável por projecção. Com espessuras finais de 10 a 40 mm, aplicam-se em zonas com pouca exigência estética. 96 3. Revestimentos em Placas Apresentam-se sob a forma de placas rígidas com 20, 25, 30, 35, 40 e 50 mm de espessura. 97 4. Mantas Podem ser de fibra cerâmica, lã de rocha ou qualquer outro material fibroso. São aplicadas no contorno por meio de pinos de aço previamente soldados à estrutura. 98 Protecção Activa Sprinklers 99 Edifício com pilares contendo água Depósitos de água (Continuação) Perfis Tubulares contendo água. 100 Custo relativo da protecção ao fogo Quebra do custo do aço entre 1981 a 2000 nos edifícios em UK 101 Solução da equação 4.22 da ENV 1993-1-2 ∆θ a .t λ p / d p Ap 1 (θ g .t − θ a .t )∆t − (eφ / 10 − 1)∆θ g .t (4.22) = ca ρ a V 1 + φ / 3 • Programas simples (próprios, etc.) • Tabelas • Nomogramas 102 Solução por tabelas (Fogo ISO) Temperatura do aço em ºC protegido com material leve, sujeito à curva ISO 834 para diferentes valores de me [min.] 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 Ap λ p V dp [ , W / m3 K ] 200 W/Km3 300 W/Km3 400 W/Km3 600 W/Km3 800 W/Km3 1000 W/Km3 1500 W/Km3 20 27 38 49 61 72 84 97 109 121 133 145 156 168 180 191 202 214 225 236 247 258 20 31 46 62 79 96 113 130 147 163 179 196 211 227 242 258 273 287 302 316 330 343 20 35 54 75 97 118 140 161 181 202 222 241 261 279 298 316 333 350 367 383 399 415 20 41 70 100 130 159 188 216 244 270 296 321 345 368 391 412 433 453 472 491 509 526 20 48 85 123 160 197 232 266 298 329 359 387 414 440 465 488 510 531 552 571 589 606 20 55 100 145 189 231 271 309 346 380 413 443 472 499 525 549 571 592 612 631 649 666 20 71 133 194 251 305 354 400 442 481 516 549 578 606 631 655 676 695 712 724 732 736 103 Solução por Nomogramas (Fogo ISO) 800 700 600 Temperatura [ºC] 500 400 1500 W/Km3 1000 W/Km3 300 Ap λ p ⋅ V dp 200 100 800 W/Km3 600 W/Km3 400 W/Km3 300 W/Km3 200 W/Km3 0 0 60 120 Tempo [min.] 180 240 104 Solução por Nomogramas (Fogo ISO) 800 700 600 Temperatura [º C] 500 400 300 240 min. 180 min. 200 120 min. 90 min. 100 60 min. 30 min. 0 0 500 1000 Ap λ p ⋅ V dp [W / m K ] 1500 3 105 Materiais de protecção leves Aqueles em que a sua capacidade térmica dpApcpρp é inferior a metade da capacidade térmica do aço caρaV dpApcpρp < caρaV / 2 Nestes materiais pode-se fazer φ = 0, em que c p d p ρ p Ap φ= ⋅ ca ρ a V 106 Materiais de protecção pesados As tabelas e nomogramas para perfis protegidos foram obtidos para materiais de protecção leves (φ = 0), intervindo apenas o factor de massividade Ap λ p modificado ⋅ V dp Para materiais de protecção pesados pode-se utilizar aquelas tabelas e nomogramas desde que se corrija o factor de massividade modificado, usando-se Ap λ p 1 ⋅ ⋅ V d p 1 + φ / 2 107 Correcção do factor de massividade - 1 ∆θ a .t λ p / d p Ap 1 (θ g .t − θ a .t )∆t − (eφ / 10 − 1)∆θ g .t = ca ρ a V 1 + φ / 3 ºC 1200 λp 1 ⋅ ⋅ V d p 1+ φ 3 Ap 1000 800 600 Ap λ p ⋅ V dp 400 200 Eq. 21 1 ⋅ 1+ φ 2 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 segundos 108 Correcção do factor de massividade - 2 ∆θ a .t λ p / d p Ap 1 (θ g .t − θ a .t )∆t − (eφ / 10 − 1)∆θ g .t = ca ρ a V 1 + φ / 3 ºC 800 700 Ap 600 V ⋅ λp dp ou φ = 0.0 500 400 Ap 300 V 200 ⋅ λp 1 ⋅ d p 1+ φ 2 Eq. 21 100 0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 segundos 109 MATERIAL DE PROTECÇÃO HÚMIDO Temp (°C) A existência de humidade no material de protecção ISO834 traduz-se num atraso tv na evolução da temperatura do aço quando este atinge Com humidade a temperatura de 100 ºC. θcrit 100 ºC 0 30 60 t v = 10 min 85 90 95 Tempo (min) tv = pρ p d p 2 5λ p 110 % p = teor de humidade em EXEMPLO 1 Qual a temperatura de barra de aço de secção rectangular com 200x50 mm2, não protegida, após 20 minutos de exposição à curva ISO 834 nos 4 lados? Am/V = 2 x (b + t) / b x t = 50 m-1 Perfil rectangular ⇒ k sh = 1.0 k sh Am / V = 50.0 m −1 T = 444 °C 111 EXEMPLO 2 Qual é a temperatura num perfil HEA200 não protegido, após 30 minutos de exposição à curva ISO 834 nos 4 lados? Am/V = 211 m-1 k sh = 0.9[ Am / V ]b /[ Am / V ] = 0.618 k sh Am / V = 0.618 ⋅ 211 = 130.4 m −1 T = 786 °C 112 EXEMPLO 3 - 1 Que espessura de fibrocimento é necessária para proteger um perfil HEA200 de modo a que atinja a temperatura de colapso de 500 ºC após 120 min de exposição à curva ISO 834 nos 4 lados (Protecção em caixão)? Nomograma => (Ap/V) (λp /dp) = 472 HEA 200 => Ap/V= 145 m-1 λp /dp = 472 / 145 = 3.26 W/(m²K) Se λp = 0.15 w/mK (fibrocimento), dp = 0.15 / 3.26 = 0.046 m = 46 mm 113 Solução por Nomogramas (Fogo ISO) 800 700 600 Temperatura [º C] 500 400 300 240 min. 180 min. 200 120 min. 90 min. 100 60 min. 0 0 472 500 30 min. 1000 Ap λ p ⋅ V dp [W / m K ] 1500 3 114 EXEMPLO 3 Correcção da espessura - 2 Como o fibrocimento é um material de protecção pesado não devemos desprezar a quantidade de calor armazenada na protecção, ou seja não devemos fazer φ = 0. Assim, há que corrigir a espessura usando a seguinte expressão: Ap λ p 1 3 ⋅ ⋅ ≤ 472W /(m ⋅ K ) V d p 1 + φ / 2 115 EXEMPLO 3 Correcção da espessura - 3 Processo iterativo! dp 0.046 0.027 0.033 0.031 0.032 0.031 φ= c p d p ρ p Ap ⋅ ca ρ a V 1200 ⋅ 0.046 ⋅ 800 ⋅145 600 ⋅ 7850 1200 ⋅ 0.028 ⋅ 800 ⋅145 600 ⋅ 7850 1200 ⋅ 0.033 ⋅ 800 ⋅1459 600 ⋅ 7850 1200 ⋅ 0.031 ⋅ 800 ⋅145 600 ⋅ 7850 1200 ⋅ 0.032 ⋅ 800 ⋅ 145 600 ⋅ 7850 1200 ⋅ 0.031 ⋅ 800 ⋅145 600 ⋅ 7850 dp ≥ Ap V ⋅ λp 1 472 1 + φ / 2 ⋅ 0.027 0.033 0.031 0.032 0.031 0.031 116 Cálculo da Resistência ao Fogo Métodos simplificados de cálculo – EC3 117 Cálculo da Resistência ao Fogo. Método simplificado de cálculo – EC3 COMPORTAMENTO MECÂN. Acções situa. de incên. Efi.d.t COMPORTAMENTO TÉRMICO Massividade Am/V ou Ap/V Clas. Secções Resist. a 20°C, c/ regras de fogo Rfi.d.20 Grau de utilização µ0 Temperatura Crítica θcr.d Iterar Temp./Tempo até θd < θcr.d em tfi.requ Regulamento Seg. Incênd. tfi.requ 118 Classificação das Secções. Resumo Momento Mpl Mel 1 2 3 4 φ 119 Exemplos de Encurvadura Local 120 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 1 121 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 2 122 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 3 123 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 4 124 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 5 125 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 6 126 Incêndio sobre ponte rodoviária no Rio de Janeiro - 7 127 Classificação das secções em situação de incêndio A classificação das secções em situação de incêndio é idêntica à sua classificação à temperatura ambiente. c tw ε= d 235 fy tf Elemento Classe 1 Classe 2 Classe 3 Banzo c/tf=10ε c/tf=11ε c/tf=15ε Alma comprimida d/tw=72ε d/tw=83ε d/tw=124ε à temp. ambiente Alma flectida d/tw=33ε d/tw=38ε d/tw=42ε 235 ε = 0.85 em situação de incêndio fy 128 Grau de utilização, µ0 • valor de cálculo do efeito das acções em situação de incêndio, • valor de cálculo da resistência à temperatura ambiente (t=0) mas utilizando os factores de segurança parciais do material em situação de incêndio. µ0 = E fi ,d R fi ,d , 0 129 Temperatura Crítica, θcr.d • Baseada em testes de fogo padrão. Só para elementos isolados. Temperatura Crítica (°C) 800 1 − 1 + 482 3 ,833 µ 0 , 9674 0 θ cr = 39 ,19 ln 700 600 • (Classes 1, 2, 3) tratadas do mesmo modo. 500 • Secções esbeltas (Class 4) tratadas conservativamente (350°C). 300 Classes 1, 2, 3 400 Classe 4 200 100 0 0.2 0.4 0.6 0.8 Grau de utilização µ0 1 130 Método da Temperatura Crítica Temperatura ISO 834 θfi,t Secção não protegida θcrit θfi,t Secção protegida θfi,t ≤ θcrit ! treq seg. 131 Elementos Traccionados γ M , 0 = 1 .0 e γ M , fi = 1.0 • Valor de cálculo do esforço de tracção resistente no instante t à temperatura uniforme θa é: % do valor a 20 ºC Factor de 1 redução .8 k y ,θ = f y ,θ / f y .6 .4 .2 N fi ,t , Rd = k y ,θ Af y / γ M , fi ou 0 300 600 900 1200 Temperatura (°C) N fi ,t , Rd = k y ,θ N Rd [ γ M ,0 / γ M , fi ] NRd = valor de cálculo da resistência Npl,Rd à temperatura ambiente 132 Elementos Comprimidos da Classe 1,2 ou 3 • Valor de cálculo da resistência à Encurvadura à máxima temperatura θa é N b , fi ,t , Rd = Ak y ,θ f y χ fi Com χ fi = φθ = 1 γ M , fi 1 2 φθ + φθ − λθ [ 1 2 1 + α λθ + λθ 2 2 ] Contraventamento lfi=0,7L α = 0.65 235 / f y • Esbelteza adimensional λ θ = λ k y ,θ / k E ,θ lfi=0,5L 133 Elementos Flectidos - 1 • Valor de cálculo do momento flector resistente no instante t à temperatura uniforme θa é: M fi ,t , Rd γ M ,0 = M Rd k y ,θ γ M , fi MRd = Mpl,Rd – Secções de Classe 1 e 2 MRd = Mel,Rd – Secções de Classe 3 γ M , 0 = 1 .0 e γ M , fi = 1.0 134 Elementos Flectidos – factores de adaptação, k1 e k2 - 2 Factores de adaptação para ter em conta a não uniformidade da temperatura Momento Resistente: M fi ,t , Rd γ M ,0 1 = M Rd k y ,θ γ κ κ M , fi 1 2 κ1=1,0 para temp. unifor. na s/r, ou seja, viga exposta nos 4 lados Temp κ1=0,7 para viga não protegida com laje no banzo sup. κ1=0,85 para viga não protegida com laje no banzo sup. κ2=0,85 nos apoios de vigas hiperestáticas, 1,0 nos outros casos (distribuição da temperatura ao longo da viga).135 Elementos Flectidos - 2 Esforço Transverso Resistente V fi ,t , Rd γ M ,0 = VRd k y ,θ,web γ M , fi VRd é o esforço transverso resistente à temperatura ambiente θweb é a temperatura média na alma da secção 136 Vigas não restringidas lateralmente -1 Encurvadura Lateral ou Bambeamento 137 Vigas não restringidas lateralmente -2 Encurvadura Lateral ou Bambeamento 138 Vigas não restringidas lateralmente EC3 (1995) - 3 • Valor de cálculo do Momento resistente à Encurvadura Lateral à máxima temperatura do banzo θa.com é M b . fi .t .Rd χ LT . fi 1 = W pl . y k y .θ .com f y 1,2 γ M . fi • Redução da tensão de cedência à temperatura θa.com = ky.θ.com fy • Factor de redução χLT.fi para encurvadura lateral baseado na esbelteza adimensional : Ocorrência de encurvadura lateral apenas para λ LT .θ .com > 0 ,4 λLT .θ .com = λLT k y .θ .com / k E .θ .com • Factor empirico 1,2. Desaparece na NOVA PROPOSTA de 139 P. Vila Real e J.-M. Franssen Resultados Numéricos para a Encurvadura Lateral a Temperatura Elevada B e a m D e s ig n C u r v e s o f E C 3 a n d S A F IR . IP E 2 2 0 , F e 5 1 0 M b , fi , t , Rd /M fi ,θ , Rd 1 .2 EC3 A f te r A f te r A f te r A f te r 1 10 15 20 30 m in u te s m in u te s m in u te s m in u te s 0 .8 0 .6 0 .4 0 .2 0 0 0 .2 0 .4 0 .6 0 .8 1 1 .2 1 .4 R e la tiv e S le n d e r n e s s a t F a ilu re T e m p e ra tu re 1 .6 1 .8 2 λ LT 140 Nova Proposta para Encurvadura Lateral Eurocódigo 3 (1995) M b , fi ,t , Rd = χ LT , fi = χ LT , fi 1. 2 W pl , y k y ,θ,com f y Nova Proposta (1999) (Vila Real & Franssen) 1 M b , fi ,t , Rd = χ LT , fiW pl , y k y ,θ,com f y γ M , fi 1 χ LT , fi = φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2 φ LT ,θ ,com = [ 1 1 + α × (λLT ,θ ,com − 0.2) + (λLT ,θ ,com ) 2 2 α = 0.21 or α = 0.49 λLT ,θ ,com = λLT k y ,θ ,com ] 1 γ M , fi 1 φ LT ,θ,com + [φ LT ,θ,com ]2 − [ λ LT ,θ,com ]2 φ LT ,θ ,com = [ 1 1 + αλ LT ,θ ,com + (λ LT ,θ ,com ) 2 2 ] α = 0.65 235 / f y k E ,θ ,com 141 Cálculo Estrutural ao FOGO EXEMPLOS Nível 1: Utilização de Tabelas Fornecem a espessura do material de protecção em função da resistência ao fogo requerida e da massividade do perfil. Valores tabelados obtidos em ensaios experimentais, para determinadas temperaturas críticas. Nível 2: Métodos simplificados de cálculo – NOMOGRAMAS – EC3 Nível 3: Métodos Avançados de Cálculo – Elementos Finitos 142 60’ Nível 1: Uso de Tabelas Argamassa hidráulica para protecção contra incêndios Exemplo: Qual a espessura do material de protecção necessária para obter uma estabilidade ao fogo de noventa minutos (EF90 = R90) com um pilar HEB180 (massividade 157.0 m-1)? Resp. : 20 mm de espessura. SEGURANÇA PASSIVA CONTRA INCÊNDIO Massividade -1 (m ) 360 –340 340 – 320 320 – 300 300 – 280 280 – 260 260 – 240 240 – 220 220 – 200 200 – 180 180 – 160 160 – 150 150 – 140 140 – 130 130 – 120 120 – 110 110 – 100 100 – 90 90 - --- EF30 Pilar Viga <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 Espessura de BIOFIRE * EF60 EF90 EF120 Viga Pilar Viga Pilar Viga Pilar 18 18 18 18 16 15 15 13 11 10 10 10 10 10 10 10 10 10 18 18 18 17 17 16 15 13 11 10 10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 32 32 32 32 30 27 27 25 23 22 20 20 17 17 15 10 10 10 (Temperatura crítica de 550 ºC ???) >33 (33) (31) 29 27 25 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 (35) 32 32 31 30 27 25 25 25 25 23 21 21 20 >33 (33) 30 27 26 25 25 24 23 22 21 21 EF180 Pilar Viga (35) (35) 32 30 30 28 >35 (35) 32 30 29 28 143 Cálculo Estrutural ao FOGO EXEMPLOS Nível 1: Utilização de Tabelas Fornecem a espessura do material de protecção em função da resistência ao fogo requerida e da massividade do perfil. Valores obtidos em ensaios experimentais, para determinadas temperaturas críticas. Nível 2: Métodos simplificados de cálculo – NOMOGRAMAS – EC3 Nível 3: Métodos Avançados de Cálculo – Elementos Finitos 144 10’ Nível 2: Métodos simplificados (EC3) ou NOMOGRAMAS EURO - NOMOGRAMA 2 1 3 5 4 6 145 Nível 2: Exemplo de Cálculo Método de cálculo simples - EC3 Materiais: Aço Espaç. entre Pórticos Resistência ao Fogo exigida R60 S275 6,0 m Gk+Q K.1 D Valor. Caract., cargas Permanentes Gk = 1,9 Variável dominante Qk,1= 3,8 Viga Principal (mista) E Tirante A 3,5m G +Q k K.1 G +Q k K.1 (kN/m2): F B Viga secund. (aço) G +Q k K.1 G +Q k K.1 G +Q k K.1 G +Q k K.1 C 3,5m Cargas de Cálc. vigas (kN/m): γG = [1,35] e γQ.1 = [1,50] Permanentes Variáveis Comb. a 20 ºC, Gd= 15,39 Qd= 34,2 γG G + γQ.1 Q1 = 49,59 Pilar (aço ou misto) Contraventamento 5m 5m 3,5m G 3,5m H 146 Dimensionamento dos elementos 1. Barra Traccionada 2. Viga 3. Pilar 147 Barra Traccionada: Dimensionamento à temp.ambient. Esforço actuante: NSd= 247,95 kN (100x55x8kg/m) Tentemos IPE 100: Esforço resistente: Npl.Rd = Anetfy / γM0 IPE 100 3,5m = 1030 x 0,275 / [1,0] = 283,25 kN > 247,95 ... OK. 148 247,95 kN Barra Traccionada: Temperatura Crítica Esforço em situação de Incêndio: Nfi.d = ηfi NSd Fact. combinação, ψ1.1 = 0,5 Qk.1 / Gk = 2,0 Factor de redução, ηfi = 0,46 Nfi.d = 0,46 x 247,95 = 114 kN Resitência a 20°C, usando factores de seg. em sit. Incênd.: Nfi.20.Rd = ky.20 NRd (γM.0 / γM.fi) Factor de reduc. ky.20 = 1,0 Nfi.20.Rd =1,0 x 283,25 x ( [1,0] / [1,0] ) = 283,25 kN Temperatura Crítica: Grau de utilização µ0 Temperatura Crítica θc = 619°C = Nfi.d / Nfi.20.Rd = 114/283,25 = 0,40 114 kN 1 149 − 1 + 482 3 ,833 µ 0 , 9674 0 θ cr = 39 ,19 ln Barra Traccionada: Tempo de Resistência ao Fogo Aumento da temp. no interv. de tempo ∆t: Perfil exposto em 4 lados: Temp (°C) 800 ISO834 700 Massividade Am/V = 387 m-1 600 [Am/V]b=2(h+b)/A = 300.4 m-1 500 ∆θa.t = kshAm/V / (ca ρa ) hnet.d ∆t ksh = 0.9[Am/V]b/ [Am/V] = 0.7 400 ksh [Am/V] = 270.9 m-1 300 Fluxo de calor hnet.d para curva ISO834: Usando εf = 1,0 e εm = 0,7. Calculando através de Nomogramas, programas etc. ∆t = 5 sec …. Elemento de aço 200 100 0 500 1000 1500 Tempo (s) 150 Tempo para o perfil não protegido atingir a temper. crítica = 10.6 min Barra Traccionada: Protecção ao fogo Temp (°C) 1000 900 Protecção em caixão 20 mm gesso: 800 Densidade ρp = 800 kg/m3 700 Calor especí. cp = 1700 J/kg°K 600 Condut. Térm λp = 0,2 W/m°K 500 Massividade Ap/V = 300,97 m-1 400 300 Aumento da temperatura do aço no int. 200 100 ∆t com a curva ISO834: Protecção necessária para R60: ISO834 Elemento de Aço Com 20mm gesso 0 1000 2000 3000 4000 φ = (cpρpdp/caρa) Ap/V =1,738 ∆θa.t = λp/(dpcaρa) Ap/V [1/(1+φ/3)] (θg.t-θa.t)∆t - (eφ/10-1) ∆θg.t Tempo (s) Ao fim de 60 minutos temp. aço θa=607°C (< 619°C temp. crítica). 151 … 20mm de gesso garante 60 minutos de resistência ao fogo. Viga: Dimensionamento à temperatura ambiente Momento aplicado: MSd = 49.59x52/8 = 154,97 kNm Tentemos IPE 300: (42kg/m) Classificação da secção: 49,59 kN/m IPE 300 5m ε = (235/fy)0,5 = 0,92 d/tw = 248,6/7,1 = 37,5 < 72x0,92 c/tf= 7,0 < 10x0,92 ... Classe 1. Novo Momento aplicado: MSd=49.59x52/8 + 1.35x0.422x52/8 = 156, 75 kNm Momento Resistente: A laje de betão impede movimentos laterais; não há encurvad. lateral. > 156.75 … OK Momento Resistente Mpl.Rd = Wpl.y fy/γM.0 = 172 kNm Esforço Transverso Resistente: Esforço Transv. Aplicado VSd = (49.59 + 1.35x0.422)x5/2 = 125,40 kN Área de Corte Av= 2567 mm2 152 Resistênc. Vpl.Rd = 2567x0,275/(1.732x[1,0]) = 408 kN > 125,40 ... OK Viga: Resistência a 20 ºC Cálculo em situação de incêndio: Mfi.d = ηfi MSd 71,25 kN/m Fact. Combinação ψ1.1 = 0,5 Qk,1 / Gk = 2,0 Fact. redução ηfi = 0,46 Mfi.d = 0,46x156,75 = 72,1 kNm Resistência de cálculo a 20°C, usando fact. Segurança em sit. Incênd.: Viga de Classe 1 com distribuição uniforme de temperatura, Momento resistente à temperatura θ é Mfi.θ.Rd = ky.θ (γM.0/γM.fi) MRd Factor de redução 20°C: ky.20 = 1,0 γM.0 = [1,0] e γM.fi = [1,0] Momento resistente a 20°C é MRd = 172 kNm Mfi.20.Rd = 1,0x([1,0] / [1,0])x172 = 172 kNm 153 Viga: Temperatura Crítica Para uma viga não protegida suportando uma laje de betão: 71,89 kN/m Mfi.t.Rd = Mfi.θ.Rd/κ1κ2 κ1 = [0,7] κ2 = 1,0 Mfi.20.Rd = 172/([0,7]x1,0) = 245,7 kNm Temperatura crítica da viga: Grau de utilização µ0 = 72,1/245,7 = 0,293 Temperatura crítica da viga θcr = 667.4 °C 1 − 1 + 482 3 ,833 0 ,9674 µ0 θ cr = 39 ,19 ln 154 Viga: Tempo de Resistência ao Fogo Aumento da temp. no intervalo ∆t: ∆θa.t = kshAm/V / (ca ρa ) hnet.d ∆t Viga exposta em 3 lados: Massividade Am/V = 187,7 m-1 [Am/V]b=(2h+b)/A = 139.4 m-1 ksh = 0.9[Am/V]b/ [Am/V] = 0.668 ksh [Am/V] = 125.4 m-1 Fluxo de calor hnet.d para curva ISO834: Usando εf = 1,0 e εm = 0,7. Temp (°C) 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 Calculando através de Nomogramas, programas etc. 0 ISO834 Elemento de Aço 1000 2000 3000 4000 Tempo (s) ∆t = 5 sec …. Tempo para a viga desprotegida atingir a temp. crítica = 17.5 min. 155 Nova Temperatura Crítica Para uma viga protegida suportando uma laje de betão: 71,89 kN/m Mfi.t.Rd = Mfi.θ.Rd/κ1κ2 κ1 = [0,85] κ2 = 1,0 Mfi.20.Rd = 172/([0,85]x1,0) = 202,4 kNm Temperatura crítica da viga: Grau de utilização µ0 = 72,1/202,4 = 0,356 Temperatura crítica da viga θcr = 637.7 °C 1 − 1 + 482 3 ,833 0 ,9674 µ0 θ cr = 39 ,19 ln 156 Viga: Protecção ao Fogo Protecção necessária para R60: Protecção em caixão 15 mm gesso : Densidade Calor espec. ρp = 800 kg/m3 cp = 1700 J/kg°K Condut. Térm. λp= 0,2 W/m°K Massividade Ap/V = 139,4 m-1 Aumento da temp. do aço no interv. Temp (°C) 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 ISO834 Elemento de Aço Com 15 mm de gesso ∆t com a curva ISO834: φ = (cpρpdp/caρa) Ap/V = 0,604 0 1000 2000 3000 4000 Tempo (s) ∆θa.t = λp/(dpcaρa) Ap/V [1/(1+φ/3)] (θg.t-θa.t)∆t - (eφ/10-1) ∆θg.t Ao fim de 60 min. temp. do aço θa =572°C (< 637,7°C temperatura crítica). 157 … 15mm de gesso garantem uma resistência de 60 minutos. Pilar: Dimensionamento à temperatura Ambiente Esforço de Cálculo: NSd= 991,8 kN (180x180x51kg/m) Tentemos HEB 180: Classifica. da secção : ε = (235/fy)0,5 = 0,92 d/tw = 122/8,5 = 14,4 < 33x0,92 c/tf = 90/14 = 6,4 < 10x0,92 … Class 1 991,8 kN Resistência à Compressão: λ = 3,5 / 0,046 = 76,6 λ1 = 86,8 Esbelteza adimensinal = λ = λ/λ1= 0,88 Esbelteza Fact. redução Resistência à encurva. χ 3,5m HEB 180 = 0,61 βA = 1 para secções Classe 1 Nb.Rd = χβAAfy/γM.1 = 0,61 x 1 x 6530 x 0,275 / 1,1 158 > 991,8 ... OK = 997 kN Pilar: Resistência a 20 ºC Esforço em sit. Incên.: Factor de combin. Nfi.d = ηfi NSd ψ1.1 = 0,5 Qk.1/Gk = 2,0 Factor redução ηfi = 0,46 Nfi.d = 0,46x991,8 = 456 kN Resist. De cálc a 20°C, usando fact. Seg. de incêndio: Nb.fi.t.Rd = χfi Aky.θ.max (fy/γM.fi) Fact. Red. Comprim. = 0,7 (base articulada) Esbelteza λ = 53,6 Esbelteza normalisada 456 kN λ1 = 86,8 λ = λ/λ1 = 0,62 0.5 λ20 = 0,62 (ky.20.max / kE.20.max) para θ = 20°C, ky.20.max = kE.20.max = 1,0 Fact. Redução em sit. de Incêndio χfi = 0,67 Nb.20.t.Rd = 0,67x6525x1x0,275/1 = 1202,2 kN 159 Pilar: temperatura crítica, tempo de resistência ao Fogo Temperatura crítica do Pilar: Temp (°C) Grau Utiliz. µ0 = 456/1202 = 0,38 1000 900 Temp. Crítica θcr = 627 °C ISO834 800 1 Elemento de Aço 700 − 1 θ cr = 39 ,19 ln + 482 3 ,833 0 ,9674 µ0 600 ITERAR !!! λ627 º etc.,θcr = 608 °C 500 400 Tempo de Resist. Ao Fogo: 300 Aumento da temp. no int. ∆t: 200 ∆θa.t = kshAm/V / (ca ρa ) hnet.d ∆t 100 Massividade Am/V = 158,8 m-1 0 1000 2000 3000 4000 considerando ksh =1 Tempo (s) Calculando através de Nomogramas, programas etc. ∆t = 5 sec …. 160 Tempo para que o pilar desprotegido atinja a temp. crítica = 13.1 min. Processo Iterativo λθ = θ [ºC] 20 627 607 ky , θ kE , θ 1,00 1,25 1,23 λ⋅ ky , θ kE , θ 0,62 0,77 0,76 χfi 0,67 0,586 0,589 N fi , 0, Rd = µ0 = χfi Af y N fi , d [kN] N fi , 0, Rd 1198 1051 1057 0,381 0,434 0,431 θa ,cr [ºC] 627 607 608 161 Pilar: Protecção ao Fogo Protecção necessária para R60: Protecção em caixão 10 mm gesso : Density Specific heat ρp = 800 kg/m3 cp = 1700 J/kg°K Th. conductivity λp = 0,2 W/m°K Section factor Ap/V = 110,3 m-1 Aumento da temp. do aço no interv. Temp (°C) 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 ISO834 Elemento de Aço 10mm esp. 15mm esp. ∆t com a curva ISO834: φ = (cpρpdp/caρa) Ap/V = 0,604 0 1000 2000 3000 4000 Tempo (s) ∆θa.t = λp/(dpcaρa) Ap/V [1/(1+φ/3)] (θg.t-θa.t)∆t - (eφ/10-1) ∆θg.t Ao fim de 60 min. temp. do aço θa=645,1°C (>608 °C temperatura crítica). 162 Usar 15mm de espessura – a temp. passa para 519.6 °C em 60 minutes Micragens de tinta intumescente em pilares Pilar TIPO 1 PISO 1 2 3 4 5 Cob. Secções HEB 300 HEA 280 HEA200 Cargas na base C. P./Sob. (kN) 1228 / 668 997 / 544 765 /421 535 / 297 305 / 174 77 / 50 NSd = 1.35CP + 1.5SOB 2660 2162 1665 1168 673 179 Nb,Rd 2944 2944 1849 1849 805 805 Massividade 116 165 211 Temperatura Micragem indicada pelo fabricante crítica (ºC) 650 572 650 604 930 590 930 644 1350 623 1350 811 Micragem obtida neste Estudo 650 600 900 720 1010 350 163 Cálculo Estrutural ao FOGO EXEMPLOS Nível 1: Utilização de Tabelas Fornecem a espessura do material de protecção em função da resistência ao fogo requerida e da massividade do perfil. Valores obtidos em ensaios experimentais, para determinadas temperaturas críticas. Nível 2: Métodos simplificados de cálculo – NOMOGRAMAS – EC3 Nível 3: Métodos Avançados de Cálculo – Elememtos Finitos 164 Nível 3: Cálculo das Temperaturas Equação de Condução de calor ∂θ ∂ ∂θ ∂ ∂θ & λ + λ + Q = ρc p ∂t ∂x ∂x ∂y ∂y Condições de fronteira qc = hc (θ − θ∞ ) convectiva qr = βε (θ4 − θ4a ) = βε (θ 2 + θ a2 )(θ + θ a )(θ − θ a ) = hr (θ − θ a ) radiativa 14442444 3 hr qcr = qc + qr = hc (θ − θ∞ ) + hr (θ − θa ) = hcr (θ − θ∞ ) Convectiva + radiativa 165 Método avançado de cálculo: Método dos Elementos Finitos - 1 Aplicando à eq. de condução de calor e às suas condições de fronteira, o método dos resíduos pesados, usando elementos finitos para discretizar o domínio, uma formulação fraca e o método de Galerkin, obtém-se, o seguinte sistema de equações diferenciais: Kθ + Cθ& = F onde E H K lm = ∑ ∫Ωe (∇N l λ∇N m )dΩ + ∑ ∫Γ e hcr N l N m dΓhe h e e =1 e =1 E Clm = ∑ ∫Ωe ρc p N l N m dΩ e e =1 E Fl = ∑ ∫Ωe N l Q& dΩ e =1 e Q − ∑ ∫Γ e N l q dΓqe q e =1 H + ∑ ∫Γ e N l hcr θ∞ dΓhe h e =1 166 Método avançado de cálculo: Método dos Elementos Finitos - 2 Adoptando uma discretização do tempo através de diferenças finitas o sistema de equações diferenciais ordinárias resulta na seguinte fórmula de recorrência: ˆ n+αθ n+α = Fˆ n+α K onde e vindo 1 ˆ K n+α = K n+α + Cn+α α∆t T ~n+α T ~n ˆFn + α = Fn + α + 1 C n + α θ n α∆t tn + 1 t n +α tn T ~n + 1 TEMPO (1 -α ) ∆ t α∆t ∆t 1 1 θ n +1 = θ n + α + 1 − θ n α α 167 Método avançado de cálculo: Método dos Elementos Finitos - 3 Em problemas não-lineares K (θ, t )θ(t ) + C(θ, t )θ& (t ) = F (θ, t ) O processo iterativo – Método de Newton-Raphson Modificado ˆ n+αθ n+α = Fˆ n+α ˆ in+αθin++1α ≠ 0 K ψ in+α = Fˆ ni +α − K A correcção à temperatura em cada iteração pode ser calculada por: −1 i i i ˆ n+α ψ n+α ∆θ n+α = K [ ] “Matriz JACOBIANA” E a temperatura corrigida θin++1α = θin + α + ∆θ in + α O processo iterativo continua até haver convergência 168 30’ Método avançado de Cálculo para para determinação das temperaturas Malha de elementos finitos y z 169 Nível 3: Método Avançado de Cálculo Estrutural Cálculo da Resistência ao fogo de um edifício metálico sujeito a vários cenários de incêndio 170 Resistências obtidas para os vários cenários de incêndio R = 1380 s R = 1297 s R = 1290s R = 1288 s R = 1292s R = 1202 s R = 1385s R = 1402 s R = 1391 s R = 1380s R = 1290s R = 1290 s R = 1415 s R = 1305 s R = 1298s R = 1380s R = 1380 s R = 1290 s 171 Evolução no tempo da deformada 172 Evolução no tempo dos momentos flectores 173 Bibliografia • Eurocode 1 – Actions on structures – Part 1-2: General Actions - Actions on structures exposed to fire, prEN 1991–1–2, 2001. • Eurocode 3 – Design of steel structures – Part 1-2: General rules – Structural fire design, prEN 1993–1–2, 2003. • Paulo M. M. Vila Real – Incêndio em Estruturas Metálicas – Cálculo Estrutural, Edições Orion, 2003. • The ESDEP (European Steel Design Education Programme) Society - The Steel Construction Institute. 174