GUSTAVO SALDANHA SANTANA DO IMPRESSO

Transcrição

GUSTAVO SALDANHA SANTANA DO IMPRESSO
GUSTAVO SALDANHA SANTANA
DO IMPRESSO AO CIBERESPAÇO:
Construindo a versão eletrônica da RP-Alternativo
Projeto Experimental apresentado ao Curso
de Comunicação Social com habilitação em
Relações Públicas da Universidade Federal
do Maranhão, para obtenção do grau de
bacharel em Comunicação Social.
Orientadora: Profª. Éllida Neiva Guedes.
São Luis
2004
1
GUSTAVO SALDANHA SANTANA
DO IMPRESSO AO CIBERESPAÇO:
Construindo a versão eletrônica da RP-Alternativo
Projeto Experimental apresentado ao Curso
de Comunicação Social com habilitação em
Relações Públicas da Universidade Federal
do Maranhão, para obtenção do grau de
bacharel em Comunicação Social.
Aprovado em
/
/
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Profª. Éllida Neiva Guedes
Universidade Federal do Maranhão
_______________________________________________
________________________________________________
2
A minha família: José Cláudio, Cláudia e
Guilherme e ao meu avô José Vera Cruz,
que mesmo ausente deste mundo fez-se
presente nas oportunidades que talvez nem
imaginou oferecer.
3
AGRADECIMENTOS
Algumas pessoas pensam no trabalho como um expediente: o relógio
marca a hora de início e término e, depois disso, está acabado. Outras pensam que
cada minuto em que está apto a pensar se desenvolve um trabalho. A essas, que se
fazem presentes na minha vida, o meu sincero obrigado.
Entre elas:
A Rose, pelo amor, atenção e paciência dedicados ao nosso
relacionamento e ao meu trabalho;
Ao meu pai, José Cláudio, que foi o principal responsável pelo meu
ingresso nesta casa, e sabia o melhor para mim antes de me dar conta;
A minha mãe, Cláudia, que além de mãe se fez colega de turma e me
proporcionou experiência que poucos no mundo terão;
Ao meu irmão, Guilherme, pessoa na qual me espelho sempre que busco
ser o melhor;
Ao meu irmão de sangue e eterno vizinho, Bruno, que sempre esteve por
perto, mesmo quando achávamos que nossos caminhos iriam se distanciar;
Aos professores e amigos que me oportunizaram grandes informações e
demonstraram grande paciência;
Aos colegas de trabalho que me ensinam dia-a-dia milhões de alternativas
e possibilidades novas. Em especial a Filho e Sandro, que se fizeram extremamente
presentes neste trabalho;
Aos amigos, ex-colegas de trabalho, ex-colegas de turma e companheiros
que em cada conversa casual me ofereceram informações valiosas.
4
RESUMO
Na primeira parte resgata-se a origem da comunicação e sua evolução pelas
grandes ondas de mudança da sociedade até chegarmos à comunicação de massa,
onde vemos seu princípio e apogeu. Seguindo adiante, conhecemos a comunicação
dirigida, sua evolução, seu conceito e classificação. Aprofunda-se o estudo da
comunicação dirigida conhecendo as publicações como fonte de informações
especializadas. Descreve-se a RP-Alternativo, sua história, evolução edição por
edição, mudanças e alternativas criadas até o advento da Internet. Estuda-se o
surgimento da Internet, suas funções, evolução, serviços e inserção no Brasil. Em
seguida explana-se sites, de modo a definirmos e estudarmos sua evolução. Assim
identificam-se os itens que compõem um bom site, gerando uma seqüência de
etapas a serem seguidas para projetar e executar o site da revista. Por fim trata-se
da inserção no ciberespaço: o anteprojeto e as etapas da construção do site, até
propor-se o site finalizado.
Palavras–chave: Comunicação Dirigida. Publicações. Revista. Internet. Site.
5
SUMMARY
The RP-ALTERNATIVO on cyberspace’s magazine brings the origin of the
communications and it’s evolution upon socieyt´s changes until a large and popular
audience, it´s conception and classification. The RP-ALTERNATIVO becomes a
specialized search of information on communication. The monograph estudiess the
RP-ALTERNATIVO’s concept, evolution by each edition, all modifications among
time. From apereance of INTERNET in Brazil through it’s evolution, and offered
services. The study of sites is followed by a criteria of selection on each item and
subject to find out what is called a good site, from what is picked up a sequence of
stage to concept ad build the RP-ALTERNATIVO’s site. It also shows the magazine’s
site fineshed and working.]
Key words: Maneged Communication. Publications. Magazine. Internet. Site.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Capa RP-Alternativo nº1 1º semestre de 1993 ..............................
32
Figura 2 - Capa RP-Alternativo nº2 2º semestre de 1993 ..............................
32
Figura 3 - Capa RP-Alternativo nº3 1º semestre de 1994 ..............................
33
Figura 4 - Capa RP-Alternativo nº 4 2º semestre de 1994 .............................
33
Figura 5 - Capa RP-Alternativo nº 5 1º semestre de 1995 .............................
34
Figura 6 - Capa RP-Alternativo nº 6 2º semestre de 1995 .............................
34
Figura 7 - Capa RP-Alternativo nº 7 1º semestre de 1996 .............................
35
Figura 8 - Capa RP-Alternativo nº 8 2º semestre de 1996 .............................
35
Figura 9 - Capa RP-Alternativo nº 9 1º semestre de 1997 .............................
36
Figura 10 - Capa RP-Alternativo nº 10 2º semestre de 1997 ...........................
36
Figura 11 - Capa RP-Alternativo nº11 1º semestre de 1998 ............................
37
Figura 12 - Capa RP-Alternativo nº 12 2º semestre de 1998 ...........................
38
Figura 13 - Capa RP-Alternativo nº 13 1º semestre de 1999 ...........................
38
Figura 14 - Capa RP-Alternativo nº14 2º semestre de 1999 ............................
39
Figura 15 - Capa RP-Alternativo nº15 1º semestre de 2000 ............................
39
Figura 16 - Capa RP-Alternativo nº16 2º semestre de 2000 ............................
40
Figura 17 - Capa RP-Alternativo nº17 1º semestre de 2001 ............................
41
Figura 18 - Capa RP-Alternativo nº18 2º semestre de 2001 ............................
41
Figura 19 - Capa RP-Alternativo nº19 1º semestre de 2002 ............................
42
Figura 20 - Capa RP-Alternativo nº 20 2º semestre de 2002 ...........................
43
Figura 21 - Capa RP-Alternativo nº21 1º semestre de 2003 ............................
44
Figura 22 - Capa RP-Alternativo nº22 2º semestre de 2003 ............................
44
Figura 23 - Página da Registro.br ....................................................................
50
Figura 24 - Homepage da OAB Democrática ................................................... 56
Figura 25 - Sites de primeira geração ..............................................................
58
Figura 26 - Sites de segunda geração .............................................................
58
Figura 27 - Sites de terceira geração ...............................................................
59
Figura 28 - Homepages UOL, AOL e Terra .....................................................
71
Figura 29 - Menu de primeiro nível do site RP-Alternativo ............................... 72
Figura 30 - Menu de segundo nível do site RP-Alternativo ..............................
74
Figura 31 - Homepage da Rádio Universidade FM ..........................................
76
7
Figura 32 - Cabeçalho do site RP-Alternativo ..................................................
76
Figura 33 - O site da RP-Alternativo em diferentes resoluções .......................
77
Figura 34 - Esquema de cores do site RP-Alternativo .....................................
78
Figura 35 - Exemplos de cabeçalhos de seções do site RP-Alternativo ..........
78
Figura 37 - Sites de busca ...............................................................................
80
8
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Quantidade de pessoas conectadas a Web no Brasil ...................
49
Quadro 2 - Códigos identificadores de alguns países .....................................
52
Quadro 3 - Tempo de resposta dos computadores e a reação de seus 64
operadores .....................................................................................
9
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .................................................................................
7
LISTA DE QUADROS ...............................................................................
9
1
INTRODUÇÃO .........................................................................................
11
2
DA COMUNICAÇÃO PRIMITIVA À COMUNICAÇÃO DE MASSA ........
14
3
COMUNICAÇÃO DIRIGIDA: SURGIMENTO E EVOLUÇÃO .................
17
4
A REVISTA COMO FONTE DE INFORMAÇÕES ESPECIALIZADAS ...
24
5
O CASO RP-ALTERNATIVO ...................................................................
29
6
INTERNET: ORIGEM, EVOLUÇÃO E USOS ..........................................
46
6.1
A Internet no Brasil .................................................................................
47
6.2
Endereço de Internet ..............................................................................
49
6.3
Serviços Internet .....................................................................................
53
7
WEBSITE OU SITE: O QUE É E COMO EVOLUIU ................................
55
7.1
Evolução dos sites .........................................................................
57
7.2
A utilização de browsers ou navegadores .........................
59
8
ITENS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM BOM SITE ...............................
62
9
A RP-ALTERNATIVO E SUA INSERÇÃO NO CIBERESPAÇO .............
67
9.1
Elaboração do projeto do site .....................................
67
9.2
Etapas da construção do site ...................................................
71
10
CONCLUSÃO ...........................................................................................
82
REFERÊNCIAS ........................................................................................
85
GLOSSÁRIO ............................................................................................. 90
ANEXOS....................................................................................................
103
10
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS
GUSTAVO SALDANHA SANTANA
DO IMPRESSO AO CIBERESPAÇO:
Construindo a versão eletrônica da RP-Alternativo
São Luis
2004
11
1 INTRODUÇÃO
A sociedade sempre foi classificada de acordo com seus costumes e
necessidades. Essas classificações permitem o estudo das realidades de cada
época, possibilitando identificar-se, até hoje, três grandes ondas de mudanças. Na
última delas, onde nos encontramos, a humanidade vive a sociedade da informação.
Nela, o conhecimento é o principal valor e para tê-lo utilizam-se os diversos meios
de comunicação que existem.
Entre os meios existentes, temos a Comunicação Massiva e a
Comunicação Dirigida. Entre elas, a dirigida é o grande marco para a busca de
informação especializada, que se pode realizar através das publicações. A
relevância da Comunicação Dirigida se confirma na busca pela particularização da
informação.
Com esse propósito, no primeiro semestre de 1993, os alunos da
disciplina Redação em Relações Públicas II demonstraram interesse em criar um
instrumento de informação que tratasse dos acontecimentos da área de Relações
Santana, Gustavo Saldanha
impresso professores
ao ciberespaço:
construindo
a versão
Públicas (RP)Doe integrasse
e alunos.
Atenta a essas
necessidades a
eletrônica da RP Alternativo / Gustavo Saldanha Santana. —
2004. Éllida Neiva Guedes, reuniu as possibilidades oferecidas
professoraSão
da Luís,
disciplina,
111f.:il.
com a produção executada ao longo do semestre e lançou um desafio aos alunos:
Projeto Experimental (Bacharel em Comunicação Social) –
Curso
de Comunicação Social, Universidade Federal do
nascia o boletim RP-Alternativo.
Maranhão, 2004.
A cada turma que cursa a disciplina novas idéias são adicionadas e assim
1. Relações Públicas – Internet 2. Publicação 3.
Site I. Títuloao passo de hoje ser considerada a
a revista Comunicação
foi ganhando Dirigida
grandes4.proporções,
maior publicação de informação de São Luís.
CDU 659.4:004.738.5
12
Como aluno dessa habilitação e, por conseguinte, dessa disciplina,
também participei da elaboração de uma edição da RP-Alternativo, em seu número
16. Naquele momento, descobri minha paixão pela produção de publicações. Paixão
tal que se divide com meu apreço à informática. Com a aprovação da minha turma e
da professora Éllida, diagramei nossa edição e, desde então, não me separei mais
da publicação.
Novas turmas passaram pela disciplina e permaneci sempre sugerindo,
mudando, perguntando, estudando e diagramando a revista. O visual interno e
externo foi alterado diversas vezes nas últimas oito edições. Algumas edições nos
frustraram por algum motivo: erro de impressão, erro de pontuação, arquivo errado
na gráfica...e assim nos acostumamos a lamentar menos e trabalhar mais sob o
lema: a melhor RP-Alternativo será aquela que virá.
Em atuações externas à faculdade, descobrimos o potencial da Internet,
as possibilidades que ela oferece, alternativas que propõe, e, desde então,
passamos a idealizar a inserção da nossa publicação no ciberespaço. Uma
idealização que já dura alguns anos, e que frente às dificuldades enfrentadas, foi-se
adiando até o momento onde a possibilidade se fez ocasião.
Nas tentativas, conseguimos uma modesta inserção através de sites que
se propõem à divulgação de materiais especializados em RP. Um deles, o munorp,
criou uma seção específica para publicações on-line, fato que nos fortaleceu na
busca de nossa necessidade.
A obrigatoriedade da produção do trabalho de conclusão de curso,
somado ao interesse pela produção do site da revista, fez com que uma idéia
surgida anos atrás se sobrepusesse às impossibilidades enfrentadas e, finalmente,
se concretizasse. Hoje, após este estudo, e com o apoio da Universidade Federal do
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Maranhão, a revista tem seu site, oferecendo ao mundo, através da Internet, a
produção de diversos alunos dessa casa.
Na primeira parte deste trabalho, resgatamos a origem da comunicação e
sua evolução pelas grandes ondas de mudança da sociedade até chegarmos à
comunicação de massa. Em seguida, seguindo as ondas de mudança, conhecemos
a comunicação dirigida e sua evolução, apresentando seu conceito e classificação.
Aprofundando o estudo acerca da comunicação dirigida vamos conhecer
as publicações como fonte de informações especializadas. Depois, conhecemos a
RP-Alternativo: sua história, evolução edição por edição, as mudanças e alternativas
criadas até nos depararmos com o advento da Internet.
Tratamos, então, do
surgimento da Internet, suas funções, evolução, serviços e inserção no
Brasil. Em seguida, estudamos os sites, de modo a definirmos e estudarmos sua
evolução. Assim identificamos os itens que compõem um bom site, gerando uma
seqüência de etapas que seguiremos para projetar e executar o site da revista. Por
fim, tratamos da inserção no ciberespaço: o projeto e as etapas da construção do
site, até a proposta do site finalizado.
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2 DA COMUNICAÇÃO PRIMITIVA À COMUNICAÇÃO DE MASSA
Desde sua origem, a sociedade tem sido classificada conforme seus
costumes e necessidades. Antes da primeira onda de mudança, os seres humanos,
em sua maioria, viviam em pequenos grupos, frequentemente, migradores,
pescando e pastoreando. A oralidade era a base da comunicação, embora estudos
comprovem o uso de imagens em paredes de pedra como primeira tentativa de
comunicação escrita.
Há dez milênios atrás, iniciou-se a revolução agrícola que se estendeu
lentamente por todo o planeta, formando as aldeias e colônias, gerando a terra
cultivada e um novo modo de vida. Era, então, a “primeira onda de mudança”, assim
denominada por Alvin Toffler. Os agrupamentos sociais que antes sobreviviam
apenas do extrativismo puderam fixar-se em um único território por meio da
agricultura. Esta fixação territorial permitiu o desenvolvimento da comunicação
escrita, embora durante toda a primeira onda esse advento fosse privilégio de
poucos. O processo de mudança era muito lento, fazendo com que a sociedade da
época reduzisse seu modelo de realidade às poucas imagens que recebia de um
pequeno grupo de fontes: o professor, o sacerdote, o chefe ou a autoridade oficial e
a família.
Ao final do século XVII, com o advento da Revolução Industrial, iniciou-se
a “segunda onda”, conhecida como sociedade industrial, onde a unidade produtora
era a fábrica. Com a Revolução Industrial, surgiram novos meios de comunicação
como o telégrafo, telefone, rádio, telégrafo sem fio e cinematógrafo. Nascia, assim, a
comunicação de massa.
15
Para Andrade (1996 apud FORTES, 2003, p.226), a comunicação de
massa “têm por finalidade transmitir ou conduzir informações para estabelecer
comunicação rápida, universal e transitória com um grande número de pessoas
heterogêneas e anônimas”. Por isso, proporciona a divulgação em larga escala,
atingindo e exercendo influência em todas as camadas sociais. Assim, as novidades
provenientes da Revolução Industrial eram expostas aos consumidores. No campo
das idéias, a comunicação de massa também se tornou extremamente importante.
Com notícias sendo veiculadas em larga escala e atingindo grandes números de
receptores, teve-se o aumento no quantitativo de “cabeças pensantes”, avaliando os
acontecimentos.
A segunda onda multiplicou o número de fontes de onde o indivíduo
retirava sua imagem da realidade. As pessoas deixaram de receber informações e
referências apenas da natureza ou de outras pessoas e passaram a recebê-las
também pelos jornais, revistas, rádio e, mais tarde, pela televisão. Segundo Toffler
(1980, p.163),
“a igreja, o estado, o lar e a escola continuaram a falar em uníssono,
reforçando-se uns aos outros. Mas agora os meios de comunicação de
massa tornaram-se um gigantesco alto-falante. E seu poder era usado
através das linhas regionais, étnicas, tribais e lingüísticas para padronizar as
imagens que fluem para a corrente mental da sociedade.”
Assim, os meios de comunicação de massa inseriram imagens na “mente
da massa”, ajudando na padronização do comportamento exigido pelo sistema de
produção industrial.
Durante a “segunda onda”, os veículos de comunicação de massa tiveram
seu apogeu. Isto porque os veículos acompanharam o processo de produção
massiva proveniente da sociedade industrial que necessitava dar larga vazão à sua
grande produção. A publicidade tornou-se necessária para promover a venda dos
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produtos fabricados, invadindo os veículos de comunicação de massa e
proporcionando seu crescimento.
No entanto, em qualquer ramo de atividade, pode surgir a concorrência.
Desde aquela época, já não se podia apenas divulgar, era preciso despertar o
interesse e desejo. Não bastava que o consumidor soubesse do que se tratava, ele
deveria saber por que tal produto ou idéia era melhor que os demais da mesma
classe. Nascia a publicidade e sua essência era puramente massiva. Mesmo assim,
o processo massivo pode ser considerado insuficiente, pois, diante de cenários de
múltiplas alternativas, a simples utilização dos veículos de comunicação de massa
não garante o êxito das comunicações das organizações com seus públicos. É
necessário saber a quem seu produto ou idéia se destina e aplicar esforços na
busca desse objetivo, através do processo dirigido, a ser visto a seguir. O êxito
passa a ser muito maior.
17
3 COMUNICAÇÃO DIRIGIDA: SURGIMENTO E EVOLUÇÃO
Os avanços tecnológicos, informáticos, robóticos e telecomunicacionais
representam um momento novo no mundo moderno: a era da inovação técnica.
Surge a “terceira onda” ou sociedade da informação. Nela, a unidade produtora
torna-se a organização. Com o surgimento da “terceira onda”, (re)descobre-se a
comunicação dirigida.
Chama-se comunicação dirigida, conforme a visão de Fortes (2003,
p.239), a forma através da qual se estabelece uma comunicação direcionada a um
determinado público ou segmento de público, algumas vezes recuperando
informações. Trabalha com segmentos da sociedade em geral. São setores,
públicos, grupos de pessoas que se reúnem em torno de uma questão comum. Por
este motivo, tem seu alcance reduzido em relação aos meios massivos e, em geral,
é menos dispendiosa.
Apesar de ter um público-alvo mais restrito que a comunicação massiva, a
comunicação dirigida pode ser extremamente mais eficaz em seu propósito
(comercial ou institucional), visto que se constitui de mensagens elaboradas para a
recepção do feedback desejado. Para isto, é indispensável a identificação e
caracterização dos grupos que irão receber as informações. O nível de entendimento
e conhecimento do público-alvo deve ser considerado, com a finalidade de otimizar a
composição da mensagem, de modo a facilitar a compreensão e atingir os objetivos
pretendidos.
Cada vez mais, as organizações criam canais de comunicação dirigida
para levar informações específicas aos seus públicos. Em todo tipo de organização,
todos os dias, são geradas informações e meios para transmiti-las. Assim, o porte e
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tipo da organização, os objetivos a serem alcançados e o conhecimento das
características e necessidades do público ou segmento regem a escolha do formato
dos meios dirigidos e seus conteúdos.
São quatro os tipos de comunicação dirigida: escrita, oral, auxiliar
audiovisual e aproximativa. Nas organizações, a comunicação dirigida, em geral,
inicia-se por veículos orais ou via oral. São as conversas pessoais, o telefone e as
reuniões. A comunicação dirigida oral proporciona o estreitamento de relações na
medida em que gera a troca de idéias ou discussões de opiniões e conceitos.
Acontece apenas mediante a presença de interlocutores, sendo mais instantânea e
espontânea e menos planejada que os demais tipos. Seu feedback é imediato e sua
facilidade de penetração no público se dá pela vocação natural das pessoas ao
diálogo.
Torna-se impossível identificar qual das outras categorias segue a
comunicação dirigida oral até mesmo porque todos os tipos mesclam-se quando
utilizados. A comunicação dirigida auxiliar, por exemplo, tem seu uso associado aos
outros tipos da categoria. Fazem parte desse grupo os meios audiovisuais que
venham integrar e complementar a mensagem a ser transmitida, de modo a
possibilitar melhor fixação da mensagem por parte do público que irá recebe-la.
Entre os mais conhecidos, temos retroprojetor, transparência, álbum seriado,
diagramas, fluxogramas, cartazes, letreiros, organogramas, flip chart, maquetes, CDROM e DVD.
Outro tipo de comunicação dirigida utilizado simultaneamente aos demais
é o aproximativo, que tem por finalidade estabelecer relações pessoais diretas entre
uma organização e um público ou segmento de público. As principais atividades
aproximativas são: serviços de prestação de informações (0800); acesso às
19
instalações e equipamentos da companhia, eventos excepcionais (comemorações,
concursos, estágios etc.), extensões à comunidade, patrocínios e programas de
qualidade.
O último tipo de comunicação dirigida é a escrita. O crescimento e
hierarquização das empresas tornam, em parte, o contato direto e pessoal quase
impossível. É normal pensar que isto acontece somente em grandes empresas, mas
é fácil perceber essa situação em micro e pequenas empresas, cujo corpo de
funcionários trabalhe em fatias inferiores a 20% do total em cada uma das faixas de
expediente. Cria-se, então, a necessidade de instrumentos de comunicação escrita.
São instrumentos de comunicação dirigida escrita: publicações (boletins, jornais,
revistas), avisos, cartazes, volantes, correspondências, cartas, ofícios etc.
Em muitas organizações, o conteúdo escrito dos meios de informação
tende a ser polido e formal. Este tipo de comportamento, em sua maioria, impede a
compreensão da mensagem por parte de todos os componentes de seus públicos.
Por esse motivo, tem-se criado novos meios escritos em uma mesma organização,
todos com a mesma finalidade, porém, com linguagens e características peculiares
ao grupo a que se destina. No entanto, essa diversidade deve ser planejada,
buscando atingir as diferentes camadas dentro de um público, bem como evitar a
repetição de informações em múltiplos meios. Para Brum (2003, p.84), no entanto,
“os profissionais vão criando canais, instrumentos e ações para atender
necessidades pontuais, sem que haja um planejamento para isso”.
Essa fragmentação dos meios de comunicação de uma organização
tende a aumentar consideravelmente os esforços na confecção de múltiplos meios
de informação. Os meios pluralizam-se na tentativa de atingir todas as fatias dos
públicos da organização e, como resultado, obtêm-se meios repetitivos ou até
20
repetidos. São necessários análise e definição de finalidades para cada veículo e
uma estruturação que permita a identidade de cada um, buscando meios que
interajam entre si, complementando-se. Brum (2003, p.86) acredita que “uma grande
empresa não precisa mais do que cinco ou seis canais de Comunicação Interna. O
importante é que eles funcionem como a imprensa, com informações recentes e uma
veiculação sistemática.”
A comunicação dirigida se apresenta como a particularização e
personalização da informação, ao contrário da comunicação de massa, que busca
atrair públicos com interesses diferentes, através da mesma informação massificada.
Isso, na sociedade moderna, representa um ganho de tempo e informação
considerável, visto que é humanamente impossível absorver toda a informação
produzida pelos veículos de comunicação de massa.
Na atual realidade da era da informação, é extremamente importante
filtrar as informações que chegam até nós. Essa filtragem atende à fragmentação da
sociedade em grupos, pois se torna mais eficaz o uso de veículos particulares, com
informações segmentadas. A fragmentação desses públicos afeta a natureza da
notícia e da informação em geral, modifica a publicidade, além de ameaçar os lucros
dos meios massivos.
A divisão entre o essencial e o supérfluo é a característica principal da
“terceira onda”, daí a razão pela qual o espaço dos meios massivos passa a ser
dividido com os meios de comunicação dirigida na busca de usuários, pois os
mesmos filtram as notícias e buscam, cada vez mais, veículos mais específicos que
tragam uma análise do fato segundo a ótica do segmento para o qual a publicação
se destina. O conteúdo apresentado passa a valer mais que a informação em si. Não
basta informar, é necessário saber como informar, para quem e qual finalidade se
21
quer obter com o conteúdo. É neste momento que se percebe uma mudança nos
meios massivos que utilizam suas páginas e transmissores para, não apenas
informar, mas influenciar seu público.
Para Fortes (2003, p. 220), os “jornais e revistas são notórios e
reconhecidos formadores de opinião pública e têm uma interdependência com a
democracia e com a livre iniciativa”. Isto porque os meios de comunicação de massa
geram discussões que causam controvérsias. Somente assim surge a opinião
pública1.
Se
os
meios
massivos
“podem
bombardear
a
mente
humana
indiscriminadamente, teremos que dispor de outros elementos que auxiliem na
reorganização das idéias difusas e mantenham o equilíbrio da pessoa e, por
extensão, da sociedade, propiciando elementos para a formação da opinião pública”
(FORTES, 2003, p.238). Surge, nesta premissa, a importância vital da comunicação
dirigida, seja com fins comerciais ou institucionais.
As pessoas buscam os meios massivos não para descobrir “o que
aconteceu”, uma vez que quase sempre já sabem, mas para saber “porque
aconteceu”. Os meios massivos são procurados para que os indivíduos saibam o
que pensar a respeito dos acontecimentos.
No entanto, os meios massivos focam os fatos no geral, impossibilitando o
aprofundamento de algumas informações segundo a necessidade de alguns grupos
1
Para Coqueiro, o indivíduo, em sua particularidade, sempre terá idéias, que se transformarão em
atitudes. Estas atitudes podem vir a ser expressas por meio oral, sendo denominadas “verbalização da atitude” ou
opinião. Um indivíduo possui diversas idéias, que se transformam em diversas atitudes, todas com um grau
diferente de valor para a pessoa. A soma de todas as idéias, considerando-se o valor de cada idéia isolada, gera a
opinião individual. A soma das diversas opiniões individuais dos membros de um público gera a opinião do
público. Em uma escala ainda maior, a opinião pública surge, originando-se da soma das opiniões dos públicos
de uma comunidade ou sociedade. Ao conhecermos o processo pelo qual forma-se a opinião nota-se a
importância que os meios de comunicação dirigida possuem na formação de uma opinião pública favorável. Isso
porque, a partir da segunda onda, os indivíduos passaram a receber informações e referências por diversos
canais. Essas informações e referências contribuem para a formação da realidade do indivíduo, fornecendo dados
para novas idéias, que formarão novas atitudes e opiniões.
22
sociais. Esta necessidade abre espaço para outros meios (os dirigidos) que se
expandem com um novo momento social. Um momento onde a sociedade busca a
informação.
A comunicação dirigida é o mecanismo mais direto, apto e econômico
para alcançar públicos identificados, pois resulta de mensagens planejadas e
estruturadas para alcançar maior rapidez no feedback e análise de efeitos
produzidos.
A personalização é a característica fundamental de identidade e unidade
desejada pelo público devido à sua qualidade pessoal. Supõe-se que a mala-direta,
por exemplo, obtenha melhores resultados que a massificação distributiva de
panfletagem. Partindo desse raciocínio, empresas como a Natura personalizam o
material distribuído às suas vendedoras. Como resultado, têm-se mulheres
satisfeitas e que se sentem acolhidas pela empresa. Deixam de ser as “vendedoras
da Natura” e passam a ser as Marias, Cláudias, Joanas e tantas outras que, em
comum, vendem Natura. Ainda sobre a personalização, a Hewlett-Packard tem
distribuído mala-direta com folders personalizados a clientes e/ou prováveis clientes.
Essa particularização necessária e desejada pelo indivíduo estreita os laços entre a
instituição e seu público.
Desejo antigo da sociedade, a personalização é mais fortemente vivida,
principalmente, a partir da “segunda onda”, quando as fábricas passaram a produzir
itens em larga escala. A exclusividade é um acréscimo ao produto, uma qualidade
que, quando o acompanha, torna-o imensamente mais valioso do que o é,
extrapolando os valores utilizados para a confecção do mesmo. Os comércios
fonográficos, cinematográficos, entre outros, conhecedores desse fato, lançam
periodicamente produtos com fabricação limitada, números especiais, produtos de
23
primeiro lote com característica singular e diferencial em relação aos próximos lotes
e aos anteriores. Provocam, assim, diversos números antes da vírgula que
proporcionam o alto retorno monetário em promoções como essas.
A particularização é desejada ainda em uma esfera maior. As esferas
sociais de profissionais, atletas, estudantes, religiosos ou qualquer fatia da
sociedade com membros comuns têm necessidades similares entre si e isto faz
deles um grupo dentro da sociedade. A comunicação dirigida proporciona maior
número de informação particular a esses grupos, fugindo do geral dos meios
massivos e aprofundando e analisando dados relevantes àquele grupo.
Se tomarmos como exemplo as grades curriculares dos diversos cursos
de uma mesma área, poderemos entender como a particularização de informação é
vital para uma esfera social. Examinemos a área de Ciências Humanas, e nela, as
Ciências Sociais. Fazem parte delas o Direito e a Comunicação. Mesmo com as
mais profundas diferenças entre elas, existem os ramos de conhecimento que as
tornam da área de Humanas: Sociologia, Filosofia etc. Mesmo nos casos onde
alguns ramos como a Filosofia possam ser vistos de um outro ponto, como a
Filosofia do Direito, ainda assim é conteúdo universal: Filosofia. Comparando-se, a
grosso modo, a Filosofia à comunicação de massa e a Filosofia do Direito à
comunicação dirigida, podemos identificar a importância da particularização da
informação como fonte de informações específicas.
24
4 A REVISTA COMO FONTE DE INFORMAÇÕES ESPECIALIZADAS
Em se tratando da comunicação dirigida como fonte de informações, o
ramo escrito é o braço direito desse tipo de comunicação, por assegurar maior
durabilidade às informações veiculadas e servir como material de referência aos
grupos a que ela se destina. A comunicação dirigida escrita é composta de
informativos, correspondências, manuais, regulamentos, e publicações. Estas
permitem o registro permanente, o aprofundamento das questões relevantes e
informações precisas e completas.
As publicações, segundo Fortes (2003), dividem-se de acordo com sua
freqüência. A publicação pode ser de periodicidade típica, quando se repete
constantemente em intervalos temporais; periodicidade situacional, quando a
publicação cobre assuntos que não se repetem ou que provocam impacto nos
públicos; e periodicidade indeterminada, quando trazem informações mais densas,
significativas, atemporais, mas abrangentes. No entanto, mesmo com a ampla
variedade de periodicidades, é importante ressaltar que a publicação com
periodicidade típica possui maior valência como fonte de informações. Isto porque as
produz e registra em espaços de tempo definidos, garantindo continuidade em
determinados assuntos.
São publicações de periodicidade típica, segundo Fortes (2003):
almanaque, boletim de difusão técnica, boletim informativo, carta informativa
(newsletter),
folhinha,
jornal
da
empresa,
jornal
mural,
magazine,
mural,
periodicidade legalizada, relatório público, balanço social e revista da empresa.
Cada público ou segmento de público de uma organização deve ter
publicações específicas, pois elaborar um instrumento para vários alvos pode
25
diminuir a eficácia do veículo. É claro que algumas podem estender-se por
interesses variados, mas isso faz com que a mesma aborde os temas mais
superficialmente e de modo limitado, assim como os meios massivos. Não se pode
descartar o uso dos meios massivos como fonte, mas, visto que eles direcionam
suas informações de forma mais aberta e com focos múltiplos, torna-se mais eficaz a
busca por informações completas e detalhadas pelos meios dirigidos, onde há o foco
em uma parcela para a qual se destina a informação, bem como o conhecimento de
seu perfil e características.
Dentre as publicações definidas, a revista especializada tem importância
fundamental quando o foco é a pesquisa. É claro que podemos encontrar valiosas
informações em correspondências, manuais, catálogos ou folhetos, mas é a revista
especializada que busca, em seu conteúdo, fornecer notícias e informações mais
específicas e aprofundadas para a construção de idéias e atitudes.
A revista é um tipo de publicação onde as matérias são mais
aprofundadas. Esta característica se deve ao seu formato, com múltiplas páginas.
Tem como vantagem a possibilidade técnica de melhor reprodução e o atrativo da
qualidade visual. Nela, a diagramação é um processo cuidadoso e estético, que abre
um grande espaço para a criatividade e imaginação. Seu aspecto visual é um dos
grandes motivos pelos quais a revista tem uma grande aceitação na sociedade.
Segundo Pinho (1990, p.142), as revistas podem ser divididas segundo
seu tipo de circulação. São elas: a “circulação dirigida, geralmente próprias das
revistas técnicas, direcionadas a segmentos específicos; circulação paga, com
venda em banca e/ou assinaturas; e a circulação mista, que é uma combinação das
duas primeiras”.
26
A periodicidade da revista como comunicação de massa é no mínimo
semanal. Já a revista como comunicação dirigida é mensal, geralmente, podendo ter
periodicidade maior. Estas periodicidades mais amplas possibilitam uma vida útil
longa e, também, um maior número de leitores por edição, já que faz a circulação
pode ser bem maior do que a tiragem. Uma vez que sua vida é alongada, a revista
difere-se do jornal na dimensão temporal. O jornal diário está ligado a fatos do dia-adia, enquanto a revista, empresarial ou não, por estar mais distante do tempo do
fato, permite uma abordagem mais ampla e profunda. Além disso, a revista não
necessita de fatos-gancho para apresentar seus artigos e reportagens.
A revista setorial é o meio pelo qual os integrantes de um setor ou
segmento buscam as informações da sociedade e/ou as informações pertinentes
exclusivamente ao seu grupo para, através do conteúdo dirigido, conforme a visão
necessária àquele segmento, opinar e agir conforme as idéias provenientes da
informação recebida.
Tomemos como exemplo uma revista do segmento de informática
brasileiro: INFO Exame. São cerca de 150 páginas mensais com informações como
tutoriais, novidades do ramo tecnológico, ranking de faculdades, empresas e
profissionais da tecnologia, resenhas de aplicativos, programas etc. Não bastasse o
óbvio de conter assuntos relevantes ao setor, a INFO Exame traz artigos críticos
com informações gerais, comuns nos meios massivos, porém, analisadas segundo e
para o setor. Assim como a INFO Exame, diversas publicações de segmentos
apresentam não apenas os conteúdos particulares de um setor, mas as informações
gerais da sociedade, analisadas conforme a visão de um segmento e para ele. É o
que diz Muller ([20-?], não paginado):
“...quem participa efetivamente de uma entidade de classe o faz de livre e
espontânea vontade, identifica-se com o grupo e propostas da mesma. No
caso particular de entidade de classe de trabalhadores [...], questões
27
relativas a aumentos de índices salariais, [...], são de interesse de toda a
categoria envolvida e [...] estão presentes na pauta dos jornais, revistas ou
boletins dirigidos a estas categorias. Salientamos que, a partir destes
veículos, cada segmento buscará difundir seus ideais e defender os seus
interesses”.
A revista setorial ou é o maior advento para a pesquisa por área, uma vez
que o setor ao qual ela se dirige se interessa por um ramo de conhecimento
específico. Assim, por exemplo, buscar dados sobre as características do internauta
brasileiro nos anos de 2000 a 2003 torna-se mais acessível em publicações dirigidas
ao setor da informática e/ou Internet do que em meios massivos. É através da
publicação setorial que se “filtra” o conhecimento necessário a um estudo. Isto
porque essa publicação setorial possui o conjunto de particularidades necessárias à
camada social ou profissional que a busca, diferentemente dos meios massivos, que
agregam em si todas as fatias de informação distribuídas simultaneamente a todas
as esferas sociais.
A filtragem de conhecimento se torna possível pelo direcionamento
executado em uma publicação setorial. Neste caso, leia-se direcionamento como a
convergência em um foco único e setorial, e não somente como tentativa de
influência perante o seu público, a exemplo de sistemas de comunicação de massa.
Em se tratando de influência, é relevante citar que uma publicação, segundo Fortes
(2003, p.261) “têm a finalidade de transmitir informações aos públicos das empresas
e o objetivo de angariar uma opinião pública favorável” (esta afirmação é verídica
também a todo tipo de publicação especializada não empresarial).
Para a elaboração deste trabalho, por exemplo, utilizamos cerca de 10
artigos de diferentes números da Revista RP Alternativo (publicação laboratório dos
alunos de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão). A afirmação da
importância das publicações especializadas como fonte de informação se confirma
28
ainda quando França (2002, p.16), na edição n.º 20, da mesma revista, afirma que “é
de extrema importância estimular os estudantes a que publiquem seus trabalhos,
pois isto os leva à busca de temas de interesse da profissão”. No veículo citado, por
exemplo, o aluno é estimulado a pesquisar assuntos específicos de relações
públicas ou de interesse geral para a Comunicação e fornecer uma ótica para o meio
acadêmico e/ou profissional das relações públicas. Desta forma, ele está gerando
informações particularizadas para a área, que irão propiciar a formação de novas
idéias e conceitos.
29
5 O CASO RP-ALTERNATIVO
A disciplina Redação em Relações Públicas II, ministrada pela professora
Éllida Neiva Guedes, tem em sua ementa a redação técnica em RP, a redação de
planos, programas e projetos de RP e a criação e redação de textos para
publicações em RP. Nela os alunos aprendem as normas e técnicas que os farão
capazes de redigir para a atividade de RP.
Quando ministrou a disciplina pela primeira vez, no primeiro semestre de
1993, a professora Éllida, percebendo as possibilidades que a produção textual
executada na disciplina proporciona, lançou aos seus alunos a proposta de, além da
redigir os textos, buscar a publicação desses: nascia o boletim RP-Alternativo. Ela
havia notado o grande interesse na turma da época em criar um instrumento de
informação sobre os acontecimentos da área de RP que, ao mesmo tempo,
integrasse professores e alunos, e aproveitou a produção que se dá na disciplina
para criar esse veículo. De lá para cá, já foram publicadas 22 edições, com
periodicidade semestral, sem interrupções.
O RP-Alternativo consiste em uma publicação, com periodicidade típica
semestral, hoje no formato de revista, com os objetivos de oportunizar aos alunos de
Relações Públicas a prática de redação de textos para publicações empresariais e a
vivência de todas as etapas da produção desse tipo de publicação; oferecer
informações sobre a área de Relações Públicas para estudantes, professores e
profissionais de Comunicação de todo o Brasil, cadastrados em um mailing list,
através de artigos, entrevistas, resenhas, dicas, matérias sobre a profissão, área de
atuação, mercado de trabalho, atividades acadêmicas, estágios etc; e promover a
profissão de Relações Públicas, divulgando-a como profissão atuante.
30
No começo, sob o formato de boletim, tinha apenas quatro páginas que,
na quarta edição, passaram a oito, evoluindo o veículo para a classe de jornal,
considerando-se o número de páginas. Sua impressão é executada pela gráfica
universitária e a distribuição (gratuita) feita pelos alunos da disciplina, em mãos, para
os alunos e professores da Universidade Federal do Maranhão, e, pelo correio, para
as universidades que têm curso de Comunicação no Brasil; sócios da Associação
Brasileira de Relações Públicas – Seção Estadual do Maranhão; profissionais
registrados no Conselho Regional de Relações Públicas – 7ª região; assessorias de
comunicação, profissionais e entidades de classe locais e nacionais.
No quinto ano de existência, em 1997, o RP-Alternativo novamente
evoluiu em seu formato e, em edição comemorativa, tornou-se revista. Esta evolução
foi possível graças à abertura de mídia publicitária paga que gerou a arrecadação de
suporte financeiro para os custos com um número maior de páginas e capa em
papel couché e impressão em duas cores. Esse formato mantém-se até os dias de
hoje, oscilando cada edição entre 20 e 28 páginas. Sua tiragem varia entre 400 e
600 exemplares, conforme os recursos financeiros arrecadados pela turma para a
confecção da revista.
O RP-Alternativo é composto dos seguintes espaços fixos: “Afinal o que
é?”, que consiste na definição de alguns termos da área de Comunicação; “Look-in”,
anteriormente chamado de “Fique por dentro”, que traz informações sobre eventos e
fatos ligados a profissionais da Comunicação; Entrevista com alguma personalidade
da área; Artigo, escrito por um profissional; Resenhas dos Trabalhos de Conclusão
de Curso (TCC), trazendo um resumo dos trabalhos acadêmicos de RP do semestre
anterior e Resumo de livro, que apresenta um novo livro da área ou de área afim.
31
Nem todas as seções existiram em todas as edições. Ao mesmo tempo, algumas
seções foram criadas e/ou extintas ou renomeadas, como veremos mais a frente.
A cada semestre, para o lançamento da revista, é feito um evento, no
Campus do Bacanga, com palestra de um convidado. Já participaram desse evento
profissionais da Eletronorte, Cvrd, Sebrae, Idéia Propaganda, Open-door, Intermídia
Comunicação etc.
Dentre os méritos dessa revista pioneira há o orgulho de ser uma
publicação laboratório da área de Relações Públicas que nunca sofreu interrupção
em suas edições, sendo, ainda, a única no formato de revista em todo o Brasil.
Nos seus quase 12 anos de existência, a revista tem agregado valor à
formação acadêmica de dezenas de alunos, ao oportunizar a prática em uma área
hoje muito solicitada no mercado, que é a produção de publicações empresariais.
Além disso, estimula a criatividade e perseverança dos alunos que, em uma guerra
sadia, tentam superar-se e às outras turmas, fazendo com que, cada vez mais, a
revista torne-se mais elaborada, completa e atrativa.
Ao longo desse tempo, a RP-Alternativo sofreu diversas mudanças, todas
provenientes das escolhas coletivas das turmas responsáveis pela elaboração do
informativo, para atender as demandas de cada semestre. A seguir apresentaremos
as mudanças identificadas a partir da análise de exemplares de todas as edições da
revista, participação na produção e diagramação a partir do número 16 e de
entrevistas com a professora responsável pela produção da revista e a partir do
número de alunos, recursos e inovações tecnológicas disponíveis.
32
Figura 1 – Capa RP-Alternativo nº1 1º semestre de 1993
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Em sua primeira edição, no formato de boletim, o RP-Alternativo teve
apenas quatro páginas, impressas em papel off-set e em uma cor. Teve publicadas 5
matérias, além das seções “Mas afinal o que é”, “Mais um livro ao seu alcance”,
“Entrevista” e “Fique por dentro”, que passaram a ser colunas fixas. Nessa edição o
informativo foi realizado por seis alunos.
Figura 2 – Capa RP-Alternativo nº2 2º semestre de 1993
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
A segunda edição do boletim já sofreu algumas alterações: foram
adicionadas duas páginas, que compunham um encarte especial, e criada a seção
“Resenhas de TCC”, que também se tornou coluna fixa. O aspecto visual mudou
ligeiramente, com uso mais incisivo de recursos como fotos e imagens, a inserção
de chamadas para as matérias na capa do boletim e o uso de página em papel
colorido no encarte especial. Mesmo com a pequena mudança gráfica o boletim foi
33
impresso em uma cor e em papel off-set. Na edição número 2 foram publicadas
quatro matérias, além dos espaços fixos. Três alunos participaram dessa edição
(menor turma da disciplina até hoje).
Figura 3 – Capa RP-Alternativo nº3 1º semestre de 1994
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Nessa edição, o boletim voltou a ter apenas quatro páginas, impressas
em uma cor e em papel off-set. As chamadas na capa permaneceram. A seção
“Fique por dentro” foi renomeada para “Look-in”. Foram publicadas 4 matérias, além
das seções habituais, com exceção das resenhas TCC, ausentes nesse número.
Doze alunos participaram dessa edição.
Figura 4 – Capa RP-Alternativo nº 4 2º semestre de 1994
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Em sua quarta edição, o boletim transformou-se em jornal, com o
acréscimo de quatro páginas, totalizando oito. Novas tipologias foram usadas para
34
elevar o conceito gráfico do meio. O cabeçalho foi alterado, ficando mais alongado
verticalmente e as chamadas de matéria, na primeira página, foram esquecidas.
Foram publicadas 11 matérias além das seções fixas. O jornal foi impresso em uma
cor e em papel off-set. Dessa edição 14 alunos participaram.
Figura 5 – Capa RP-Alternativo nº 5 1º semestre de 1995
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Além das seções fixas, foram publicadas cinco matérias na edição de
número 5 do informativo. Alguns recursos como boxes e ilustrações completaram o
visual. Novamente, as chamadas de capa não foram usadas e o informativo foi
impresso em uma cor e em papel off-set. Nove alunos participaram dessa edição.
Figura 6 – Capa RP-Alternativo nº 6 2º semestre de 1995
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
A sexta edição do RP-Alternativo contou com uma inovação visual: a
impressão em azul. Foram publicadas sete matérias e, novamente, as resenhas de
TCC foram exclusas da pauta do jornal, dessa vez acompanhadas do “Mais afinal o
35
que é”. Novamente, o cabeçalho foi alterado, ficando ainda mais alongado
verticalmente e as chamadas de capa não foram usadas. Apesar da impressão em
cor azul o papel usado ainda foi off-set. Essa edição contou com a produção de12
(doze) alunos.
Figura 7 – Capa RP-Alternativo nº 7 1º semestre de 1996
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Em seu terceiro ano, o RP-Alternativo teve um jornal com sete matérias.
Novamente, as resenhas não foram publicadas. Nesse exemplar os recursos visuais,
através de letras maiores nos títulos, trouxeram um atrativo maior para o conteúdo
interno. O informativo voltou a ser impresso em preto e manteve suas oito páginas
em papel off-set. Dez alunos participaram desta edição.
Figura 8 – Capa RP-Alternativo nº 8 2º semestre de 1996
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
No seu número oito, o RP-Alternativo voltou a usar um recurso que fora
36
esquecido nas quatro edições anteriores: as chamadas de matérias na capa. Onze
matérias foram publicadas e todas as seções fixas também. O cabeçalho sofreu,
novamente, alterações nessa edição, apresentando a marca RP inclinada e
destaque em cor para a palavra “ativo” em “alternativo” O informativo foi impresso
em papel off-set em uma cor. Catorze alunos participaram dessa edição.
Figura 9 – Capa RP-Alternativo nº 9 1º semestre de 1997
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
No ultimo informativo em formato de jornal, o RP-Alternativo trouxe oito
matérias, além das colunas fixas. O cabeçalho seguiu o padrão gráfico da edição
anterior, embora tenha sido utilizada nova tipologia. Nessa edição, foram usados
diversos boxes em cor para destacar algumas matérias ou segmentos delas.
Novamente, o informativo foi impresso em papel off-set em uma cor. Dessa edição,
11 (onze) alunos participaram.
Figura 10 – Capa RP-Alternativo nº 10 2º semestre de 1997
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
37
Ao completar seu quinto ano de publicação, o RP-Alternativo mudou de
formato e tornou-se revista, na edição comemorativa, com 20 páginas. Para a
viabilização dessa mudança o informativo abriu espaço para a mídia publicitária na
contra-capa, segunda e terceira capas. O miolo da revista foi impresso em uma cor
em papel off-set. Na capa, foram usadas duas cores em papel couché brilhoso.
Como revista, a publicação ganhou um Editorial e o Artigo de um professor(a) do
Curso, nessa edição denominado “Opinião”. Com a mudança de formato, a
publicação teve publicadas, além das seções habituais, oito matérias. Quinze alunos
fizeram essa edição.
Figura 11 – Capa RP-Alternativo nº11 1º semestre de 1998
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Impressa em papel couché na capa e off-set no miolo, a edição número
11 do RP-Alternativo contou com oito matérias e todas as seções fixas foram
publicadas. Foi incluído um making-of fotográfico da edição e pela primeira vez
aparece um infográfico, com o corpo docente do Curso de Comunicação Social da
UFMA. A mídia publicitária inseriu-se nas páginas da revista em formato de página
inteira e 1/3 de página, nessa edição, a turma contou com 7 (sete) alunos.
38
Figura 12 – Capa RP-Alternativo nº 12 2º semestre de 1998
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Novamente, a revista teve oito matérias publicadas, além de suas colunas
fixas. Não houve alterações em sua diagramação, nem na formatação do seu
conteúdo, nem como papel e tinta. Apenas o cabeçalho da capa foi alterado, sendo
feito um novo formato para o “RP” e nova grafia para “alternativo”. A turma desta
edição foi composta de 8 (oito) alunos.
Figura 13 – Capa RP-Alternativo nº 13 1º semestre de 1999
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Nesta edição, a revista ganhou novos atributos visuais, diferenciando-se
bastante dos números anteriores. Novas tipologias, recursos gráficos no número das
páginas, boxes, fios e caixas de textos tornaram a publicação mais completa e
elaborada. A revista ganhou também no seu conteúdo e publicou onze matérias,
além das colunas fixas. O cabeçalho foi inovado com o uso de uma marca para o
“RP”. No entanto, a revista permaneceu utilizando papel couché na capa e off-set no
39
miolo, e impressão em duas cores na capa e uma no miolo. Também nessa edição a
turma foi composta de 8 (oito) alunos.
Figura 14 – Capa RP-Alternativo nº14 2º semestre de 1999
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
A edição 14 do RP-Alternativo, além de contar com nove matérias, teve
inovações visuais em sua diagramação: foram usados fios e linhas em novos
conceitos para determinar seções, enumerar páginas etc. Nessa edição, a seção
“Opinião” passou a se chamar “Artigo”. A mídia publicitária ganhou um novo formato:
meia-página. Essa edição foi elaborada por 12 (doze) alunos.
Figura 15 – Capa RP-Alternativo nº15 1º semestre de 2000
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Novamente, a revista recebeu inovações gráficas em sua diagramação,
embora siga o mesmo padrão do número anterior. A exceção foi feita na capa onde
o cabeçalho sofreu, novamente, alterações de grafia. A marca “RP” utilizada em
40
números anteriores não foi utilizada. Foram adicionados recursos nos títulos que
receberam uma tipologia mais cheia. Sete matérias fizeram parte da pauta da
revista, além de seus espaços fixos. A revista permaneceu utilizando papel couché
na capa, impressa em duas cores e off-set no miolo em uma cor. 8 (oito) alunos
produziram essa edição.
Figura 16 – Capa RP-Alternativo nº16 2º semestre de 2000
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Pela primeira vez, a revista teve em sua capa uma imagem como plano
de fundo. No cabeçalho foi utilizada a mesma tipologia do número anterior. Nessa
edição, também foram lançados o Concurso de Produção Textual para a Revista
RP-Alternativo e a resenha de um filme. A revista teve onze artigos que, a partir
desse número, passaram a ser assinados pelos autores. A impressão e papéis de
capa e miolo seguiram o padrão do número anterior. A propaganda na última capa
foi utilizada, inaugurando mais uma forma de publicidade na revista. Nessa edição 7
(sete) alunos fizeram parte da turma.
41
Figura 17 – Capa RP-Alternativo nº17 1º semestre de 2001
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Nessa edição, foram utilizados recursos nos boxes informativos e
imagens para valorizá-los. No cabeçalho foi utilizada a mesma tipologia do número
anterior, a exemplo da impressão e papéis de capa e miolo. A edição contou com
nove matérias publicadas, além de suas colunas fixas. 9 (nove) alunos produziram
essa edição.
Figura 18 – Capa RP-Alternativo nº18 2º semestre de 2001
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
A segunda edição de 2001 teve mudanças radicais na sua diagramação.
Na capa a marca “RP” retorna, com a palavra “alternativo” seguindo a mesma
tipologia do número anterior. Este formato passou a ser trabalhado desde então em
42
todas as capas. Os textos passaram a ser feitos em duas colunas, a capitulação foi
feita em círculos. Foram usadas novas fontes para títulos e subtítulos, novas marcas
para o “Look-in” e “Afinal o que é?”. Todas as imagens, fotos e adornos passaram a
usar formas arredondadas. A impressão e papéis de capa e miolo seguiram o
padrão do número anterior. A partir desta edição todas as matérias passaram a ser
encerradas com a marca “RP”. Foram publicadas onze matérias em uma edição
bastante ornada com fotos e ilustrações. Novamente 9 (nove) alunos participaram
desta turma.
Figura 19 – Capa RP-Alternativo nº19 1º semestre de 2002
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Essa edição utilizou, pela primeira vez, uma fotografia na capa da revista.
Também na capa foram inseridos alguns dos temas tratados na edição. Os textos
voltaram a ser distribuídos em três colunas e os efeitos em esferas foram trocados
por fios. A marca do “Afinal o que é?” voltou ao seu formato original; enquanto isso,
o “Look-in” ganhou uma marca definitiva. Os títulos e subtítulos ganharam novas
tipologias e colorações. A publicação contou com onze matérias, além dos espaços
fixos.Treze alunos produziram essa edição.
43
Figura 20 – Capa RP-Alternativo nº 20 2º semestre de 2002
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Nessa edição comemorativa (10 anos), a revista teve em sua capa a
imagem de todas as capas já publicadas. Seu miolo utilizou duas cores, pela
primeira vez, a exemplo da capa, e foi por completo confeccionado em papel
couché. Para ganhar espaço para as matérias e editorial o sumário e expediente
passaram a ser posicionados na contracapa.
A publicidade ganhou novos formatos: foram criados o rodapé e o então
denominado “lateral”. Essa edição utilizou amplamente vários recursos visuais em
seu conteúdo como marcas d´água, ilustrações e fotografias. Para aumentar os
atrativos visuais foi realizado um making of em fotografias, que demonstrou todos os
passos e pessoas envolvidas na confecção da revista. As fotos passaram a receber
seus respectivos créditos.
Foram publicadas treze matérias em 28 páginas, compondo o maior
conteúdo interno da publicação até os dias de hoje. A turma dessa edição foi
composta de 16 (dezesseis) alunos (maior turma da disciplina).
44
Figura 21 – Capa RP-Alternativo nº21 1º semestre de 2003
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
Nessa edição, os créditos pela criação do layout da capa passaram a ser
colocados junto a uma miniatura da mesma, na contracapa. Os títulos passaram a
usar novas colorações, sempre usando as duas cores que o miolo passou a ter. As
fotografias e imagens também passaram a usar duas colorações devido ao miolo ter
duas cores. Os “olhos”, usados em alguns textos, passaram a ter um novo formato,
com o uso de fios. Nove matérias foram publicadas além das colunas fixas. Cinco
alunos participaram da produção desta edição.
Figura 22 – Capa RP-Alternativo nº22 2º semestre de 2003
Fonte: Arquivo hemeroteca do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão
45
Todas as matérias passaram a ser citadas na capa. No miolo, os textos
ganharam nova tipologia, assim como os créditos e seções da revista. A
diagramação ganhou modernismo e ousou ao utilizar textos inseridos em círculos e
textos circundando fotos e ilustrações. Foram publicadas onze matérias, além das
colunas fixas, pelos 11 alunos que compunham a turma.
Somadas todas as edições da publicação chegamos a alguns números
espantosos em relação ao RP-Alternativo. Em 22 edições, que totalizaram 354
páginas, foram publicadas 188 matérias em temas como mercado de trabalho,
estágio, graduação, pós-graduação etc. (ver anexo 01). Se fizermos uma média
simples, no formato revista, teremos, por semestre, 11 matérias, fora as seções fixas
da publicação. Esses números reforçam a importância da publicação como fonte de
informações do setor. Colocam, ainda, a revista como o principal veículo do setor em
São Luís.
A busca da revista RP-Alternativo como fonte de informações setorial se
confirma, também, em outros Estados onde ela esteve presente em faculdades de
comunicação por meio de um ou dois exemplares. São algumas faculdades e
professores que fazem parte do mailling de distribuição nacional da publicação.
Como afirmado em capítulo anterior, a publicação no formato de revista,
por admitir maior número de leitores que o da tiragem, torna a circulação maior e, no
caso da RP-Alternativo, pessoas que não a conheciam, nem a recebem passam a
procurá-la. Ainda é possível aumentar em larga escala o alcance dessa revista. No
entanto, o alto custo de produção da revista pode ser uma dificuldade. Por outro
lado, as possibilidades oferecidas pelos avanços tecnológicos emergentes na
Terceira Onda tendem a facilitar esse processo com um novo meio: a Internet.
46
6 INTERNET: ORIGEM, EVOLUÇÃO E USOS
Ao final da década de 60, durante a Guerra Fria, o Departamento de
Defesa dos Estados Unidos da América iniciou um projeto militar que visava a uma
rede de comunicação perfeita, em sistema de comunicação não-hierárquica, onde
todos os pontos interligados tivessem a mesma importância, tornando a
comunicação possível mesmo com a destruição de algum dos pontos que
compunham a rede. A essa estratégia defensiva deu-se o nome de Arpanet. Esta
ação resolveria o problema do sistema hierárquico, utilizado até então, onde um dos
pontos era utilizado como centro de transmissão, ficando impossibilitada a
comunicação entre todos os pontos da rede caso o ponto centro fosse eliminado.
Esse
projeto
foi
executado
por
universidades
multiplicaram o quantitativo de conexões e pontos da rede.
americanas
que
No princípio, eram
apenas três pontos de redes, que se tornaram algumas dúzias em meados de 1971.
Em 1981, quando surgiu de fato a Internet, existiam cerca de 200 nós de redes
locais. Durante os primeiros anos da Internet, o acesso era restrito às instituições de
ensino e pesquisa.
No início dos anos 90, a Internet ultrapassou a casa de um milhão de
usuários e, então, recebeu o conceito de Wold Wide Web (web ou www), criada por
Tim Berners-Lee e Robert Caillian. Eles originaram um sistema de hipertextos2 que,
através de links3, permitem a combinação de textos, imagens, sons e recursos
multimídia. Surgia a era comercial da Internet, também denominada e-commerce ou
comércio eletrônico.
2
Texto eletrônico em formato que fornece acesso instantâneo, por meio de links, a outro hipertexto em um ou
outro documento.
3
Também conhecido por hiperlink é uma conexão entre uma palavra-chave destacada de um texto que, quando
“clicada” leva ao assunto desejado.
47
Com o elevado número de adesões à Internet, a rede recebeu um novo
conceito, deixando de ser uma rede de computadores e passando a ser uma rede de
redes interligadas ou, como define Rheingold (1997 apud SILVA, 2002 p.15): "A
Rede é o termo informal que designa as redes de computadores interligadas,
empregando a tecnologia de CMC (Comunicação Mediada por Computador) para
associar as pessoas de todo o mundo na forma de debates públicos”.
Um dos motivos que originou a Arpanet e a Internet foi a necessidade da
troca de informações, dados e recursos entre os pontos que compõem a rede. Neste
princípio, surgiu uma ferramenta que hoje é muito comum aos usuários da Rede: o
e-mail ou correio eletrônico. Com ele, originou-se um novo meio de comunicação
pessoa-a-pessoa. Este novo meio, a exemplo dos veículos de massa criados
durante a Segunda Onda, proporcionou o aumento da troca de informações entre
pessoas que não habitam o mesmo espaço físico, agora de uma forma mais direta.
Se nos Estados Unidos, mesmo com o intuito bélico da criação da
Arpanet, a Internet dirigiu-se às instituições de ensino e pesquisa, no Brasil a história
não foi diferente.
6.1 A Internet no Brasil
No Brasil, a Internet começou sendo implantada nas redes educacionais,
faculdades e universidades, no final dos anos 80. A princípio, seu propósito era
estritamente acadêmico, no entanto, a realidade foi a de um crescente número de
pessoas buscando a utilização da rede para acesso a sala de chats4 e para a
fabricação de cópias piratas de softwares5.
4
5
Termo em inglês que designa salas de bate-papo.
Programas desenvolvidos para computadores.
48
O acesso pelas faculdades e universidades no Brasil se deu pelo fato dos
recém mestres e doutores formados em organizações estrangeiras, que retornavam
ao país, sentirem-se isolados e deslocados em referência ao intercâmbio que
mantinham através da Rede com instituições americanas.
Em 1995, através da Portaria Interministerial MCT/MC nº 147 (anexo 02)
baixada pelo Ministério das Comunicações em parceria com o Ministério da Ciência
e Tecnologia, criou-se o provedor de acesso pago, que originou a cultura comercial
através da Rede no Brasil.
Ao final dos anos 90, a Internet brasileira teve um grande avanço no que
diz respeito ao acesso à Rede. Isso porque os computadores passaram a custar
menos e o acesso pago baixou consideravelmente em virtude da entrada de
diversos provedores no mercado brasileiro.
“No período de 1995 a 1998, a Internet tornou-se no país um dos maiores
fenômenos mercadológicos de todos os tempos. Em apenas três anos, o
número de pessoas que acessam a rede mundial de suas casas e do
trabalho cresceu mais de 4.000%, enquanto outra novidade recente, a TV
paga, experimentou desde 1995 um aumento de apenas 100% no número
de assinantes”. (FORTES, 2000, p. 74)
Atualmente, o Brasil possui cerca de 20,55 milhões de pessoas
conectadas à Internet. No entanto, esse número pode ser considerado baixo,
levando-se em conta que 84% dos internautas6 brasileiros são membros das classes
A e B, quando apenas 13% da classe C e 3% da D. Isso se comprova quando
analisamos o ranking de população e internautas por país (anexo 03), onde o Brasil
ocupa a 11ª posição no quantitativo de internautas e a 46ª posição no quantitativo de
penetração na população.
6
Usuário de internet
49
Quadro 1 - Quantidade de pessoas conectadas a Web no Brasil
Data da
Pesquis
a
População
total
IBGE
Internautas
(milhões)
% da
População
Brasileira
Fontes de
pesquisa
Internautas
Jan/2004
178,4
20,55
11,5%
Nielsen NetRatings
Jan/2003
176,0
14,32
8,1%
Nielsen NetRatings
Ago/2002
175,0
13,98
7.9%
Nielsen NetRatings
Set/ 2001
172,3
12,04
7.0%
Nielsen NetRatings
Nov/2000
169,7
9,84
5.8%
Nielsen NetRatings
Dez/
1999
166,4
6,79
7.1%
Computer Ind.
Almanac
Dez/1998
163,2
2,35
1.4%
IDC
Dez/1997
160,1
1,30
0.8%
Brazilian ISC
Jul/1997
160,1
1,15
0.7%
Brazilian ISC
Compilado por www.e-commerce.org.br / fonte: pesquisas diversas / população: variações anuais estimadas
No entanto, mesmo a Internet no Brasil não tendo o mesmo alcance
encontrado em países desenvolvidos, os usuários brasileiros estão entre os que
mais aproveitam os recursos da Web. Segundo o instituto Ibope/NetRatings, em
pesquisa do primeiro trimestre de 2004, 37% dos usuários brasileiros disseram usar
a rede para ouvir rádio (os suecos, segundo colocados, ficaram com 35%) e 36% já
participaram de chats (os espanhóis ficam em segundo lugar, com 30%).
Os usuários brasileiros da Web também estão entre os que mais visitam
páginas de universidades e procuram informações em sites do governo, além de
pesquisar oportunidades em sites de empregos, indica a pesquisa.
Outro fato importante é que o Brasil, em abril de 2004, superou os
Estados
Unidos
em
tempo
de
acesso.
Esta
contagem,
Ibope/NetRatings, é realizada desde setembro de 2000.
executada
pelo
50
6.2 Endereço de Internet
Para utilizarmos a ferramenta Internet se faz necessária a compreensão
do endereço internet. Ele é composto de 4 números separados por pontos (ex.:
224.135.265.76) e é denominado Unique Resource Locator (URL). O endereço URL
localiza o servidor, que armazena em si o conteúdo solicitado.
Entretanto, a lembrança dos endereços numéricos de cada site torna-se
muito difícil para não dizer impossível. Por esse motivo associa-se um nome ao
número URL do servidor denominado domínio. Um domínio tem uma estrutura capaz
de identificar a procedência do servidor solicitado. É composto da estrutura
www.nomedodominio.categoria.país que, como registro de URL, é utilizado pelos
internautas da seguinte forma, por exemplo, www.uol.com.br .
No Brasil, o registro e manutenção de domínios de sites nacionais é
coordenado pelo Comitê de Internet Brasil e Fundação de Amparo a Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) e é feita através do endereço www.registro.br .
Figura 23 – Página da Registro.br
51
Fonte: www.registro.br
A FAPESP tem algumas restrições às categorias de registro de domínio,
dividindo-o em domínios para pessoas físicas, para entidades e pessoas jurídicas e
para profissionais liberais. Dentro dessa divisão, é feita uma distribuição de
nomenclaturas que definem o setor do site alocado, através de três letras (ver anexo
04).
•
Para pessoas Físicas
NOM.BR
Pessoas Físicas
Por exemplo: www.gustavosantana.nom.br
•
Para Entidades e Pessoas Jurídicas
AGR.BR
AM.BR
ART.BR
Empresas Agrícolas e Fazendas
Empresas de Radiodifusão Sonora
Arte, Música, Pintura, Folclore
Por exemplo: www.artefantastica.art.br
•
Para Profissionais Liberais
ADM.BR
ADV.BR
ARQ.BR
Administradores
Advogados
Arquitetos
Por exemplo: www.pavaosantana.adv.br
Para efetuar um registro de domínio, deve-se seguir algumas premissas
básicas:
1 - O nome do domínio pode ser variado, podendo ser utilizado desde um nome
próprio a uma palavra impronunciável;
52
2 - O nome do domínio determinado ainda não pode ter sido registrado por outra
pessoa ou entidade;
3 - Deve seguir padrões de nomenclatura: não pode ter espaços, acentos, cedilhas,
pontuação e caracteres especiais (&, #, @, *, etc). As letras em maiúsculas e
minúsculas são tratadas como caracteres idênticos ao se escrever o endereço
Internet.
Nos Estados Unidos o código de registro é: .US, mas quase não é usado.
A grande maioria dos sites americanos não leva a terminologia do seu país de
registro como o Brasil (.BR) e sim apenas a terminologia .com (pontocom). Esses
registros são feitos a partir do ICANN7 no endereço www.icann.org. A exemplo do
Brasil, outros países usam o registro com a terminação do país: Argentina (.AR),
Canadá (.CA), Alemanha (.DE), França (.FR), Itália (.IT), Japão (JP), Coréia (.KR) e
Portugal (.PT) e assim por diante.
Quadro 2 – Códigos identificadores de alguns países
Sigla
aq
ar
au
aw
be
bo
br
ca
ch
cl
cn
de
es
fr
Usada por
Antártica
Argentina
Austrália
Aruba
Bélgica
Bolívia
Brasil
Canadá
Suíça
Chile
China
Alemanha
Espanha
França
Sigla
gr
id
il
it
jp
mx
nl
pt
py
uk
uy
va
vê
za
Usada por
Grécia
Indonésia
Israel
Itália
Japão
México
Holanda
Portugal
Paraguai
Reino Unido
Uruguai
Vaticano
Venezuela
África do Sul
Fonte: PINHO, 2000, p.64.
7
O Internet Corporation para os nomes e os números atribuídos (ICANN) é o corporation non-profit que foi
dado forma para supor a responsabilidade para o alocamento do espaço do IP ADDRESS, a atribuição do
parâmetro do protocolo, a gerência do Domain Name System, e as funções da gerência de sistema do usuário da
raiz executadas previamente sob o contrato de governo de Estados Unidos por IANA e por outras entidades
53
Inicialmente, a FAPESP registrava os domínios brasileiros gratuitamente,
porque nessa época o uso da Internet era estritamente acadêmico e a quantidade de
registros era pequena. Em 1997, o número de registros teve um aumento bastante
significativo o que levou a FAPESP a cobrar pelo serviço. Hoje, é cobrada pelo
registro e manutenção anual taxa no valor de R$ 30,00 (trinta reais) cada. Valor este
que foi reduzido em relação aos últimos anos onde a taxa para compra de domínio e
manutenção anual era de R$ 40,00 (quarenta reais).
6.3 Serviços Internet
A Internet oferece um número ilimitado de serviços aos seus usuários.
Para
cada
serviço
existem
diversos
protocolos
Transmission
Control
Protocol/Internet Protocol (TCP/IP)8. Alguns desses serviços são muito populares;
outros, em sua maioria, requerem conhecimento mais específico, sendo utilizados
por profissionais de computação e pesquisadores de universidades. Dentre os mais
conhecidos estão:
1. E-mail: O correio eletrônico tornou-se a maior aplicação da rede por
mais de uma década. Essa troca de mensagens foi o início de tudo. O e-mail permite
a troca de mensagens escritas nas quais podem ser anexados imagens, vídeos,
documentos ou qualquer outro arquivo de computador que se queira mandar via
rede.
2. Newsgroups ou Usenet: São grupos de discussão nos quais as
pessoas expõem suas idéias e opiniões e trocam informações sobre os mais
variados assuntos como política, hobby, questões sociais etc. Diferem do correio
8
Protocolo de rede utilizado pelos hosts na Internet.
54
eletrônico porque o primeiro se destina a apenas um destinatário o que não é o caso
do newsgroups.
3. File Transfer Protocol (FTP) ou Protocolo de Transferência de
Arquivos: Esse programa disponibiliza baixar para o computador-pessoal arquivos
com imagens, programas, documentos e outra variedade enorme de arquivos da
internet.
4. World Wide Web: É composta de “um conjunto de documentos
multimídia armazenados em computadores de todo mundo. [...] a Web consiste de
um grupos de servidores na rede que estão programados para oferecer a informação
procurada por meio de browsers” (FORTES, 2000, p.61-62). É através da web que
os usuários podem consultar sites e homepages de todo o mundo em busca de
informações, vídeos, músicas e imagens sobre praticamente tudo, negócios,
diversão e todas as ramificações das atividades humanas.
Dentre os serviços citados aquele que é mais representativo para a
expansão do alcance da RP-Alternativo é a World Wide Web. Este talvez seja o mais
utilizado dos serviços oferecidos pela Internet e é a forma pela qual essa revista
pode estabelecer-se em um local virtual, através de um site, para alcance de outras
pessoas.
55
7 WEBSITE OU SITE: O QUE É E COMO EVOLUIU
O termo website tem origem no termo em inglês site que significa sítio,
lugar. Seguindo essa lógica podemos dizer, então, que um “site” é o “lugar” ou
“endereço” de uma pessoa ou empresa na Internet, Temos, assim, “website” que
seria “Lugar na Internet” ou “Endereço na Internet”. É, na verdade, um “espaço em
um disco rígido de um computador ligado à internet” (RADFAHRER, 1999 p.75).
Um website pode ser visto por um número infinito de internautas, mas só
pode ser acessado em sua arquitetura por um número mínimo e restrito de pessoas
que trabalham na constante manutenção e atualização do site, seja no seu layout,
na sua programação ou na atualização de notícias e/ou informações. O site só pode
ser vislumbrado quando o mesmo se encontra “no ar”, que significa estar disponível
e pronto pra ser acessado via Internet.
A grande maioria dos usuários da web intitula um website de homepage9,
quando na realidade essa denominação refere-se à primeira tela. O termo
homepage deixou de ser usado com o passar do tempo. Atualmente, a primeira tela
de um site de navegação simples10 é chamada de “home” ou “página inicial” (figura
24). “Se o endereço completo é o sítio ou local, a primeira página é o lar, um local
íntimo ou amigável que o recebe” (RADFAHRER, 1999 p.75).Hoje, a maioria dos
sites que possuem uma navegação mais trabalhada11 e estruturada não fazem mais
uso do “homepage”, mas não deixam de lado, é claro, uma tela inicial como
recepção para os visitantes.
9
A tela de abertura de um site na Web.
Considera-se de navegação simples um site que possui apenas um nível de menu.
11
A navegação complexa, ou navegação mais trabalhada, é identificada pelo uso de hieraquias de mens ou
múltiplos menus com divisão em itens e sub-itens.
10
56
Figura 24 – Homepage da OAB Democrática
Fonte: http://oabdemocratica.sites.uol.com.br
Um website é composto de documentos HTML12 aos quais denominamos
páginas. Nelas estão inseridas as informações, imagens e vídeos que o website
possui. É através delas que o conteúdo é acessado. As páginas são acessadas por
meio de links que podem estar disponíveis no menu, através de imagens ou
hipertextos.
Grandes empresas, que possuem variados públicos com diferentes focos,
encontram certa dificuldade na reunião desses focos em um único site. Por esse
motivo, muitas delas tendem a dividirem seus conteúdos em vários sites, cada um
com uma finalidade, segmentando o conteúdo disponível. A segmentação é a maior
tendência da Internet, pois ela permite a divisão de informações de forma a
simplificar a navegação. Esse processo confirma as mudanças provenientes da
Terceira Onda, onde a comunicação dirigida cresce em importância em relação à
comunicação de massa.
Existem inúmeros tipos de sites, diferentes no teor de informação que
suportam. Segundo Radfahrer (2001, p.148-149), os tipos comerciais mais
12
Hypertext Markup Language – linguagem padrão para escrever páginas de documentos Web.
57
importantes são os institucionais, que divulgam dados sobre a organização; os de
produtos e/ou serviços, que tratam de produtos e serviços; os profissionais, que
divulgam os serviços prestados por autônomos; os de entretenimento, que possuem
jogos, brincadeiras e passatempos; os promocionais, também denominados “hot
sites”13, que tendem a ser curtos e objetivos, de modo a prender o visitante, sem
desviá-lo de seu objetivo, os educativos, utilizados por instituições e associações,
divulgam informações para educar; e os de comunidade, que são formados por
grupos de discussão em torno de temas específicos, controlados pelos próprios
usuários.
7.1 Evolução dos sites
Para Siegal (1999 apud SILVA, 2002, p.29), a evolução dos sites é
composta de três fases:
1) Sites de Primeira Geração: foram desenvolvidos, em sua maioria, por
pessoas da área técnica. Seu layout respeitava as limitações tecnológicas da época:
modems14 lentos, monitores monocromáticos e as mais diversas falhas nos
navegadores ainda em fase de desenvolvimento. Os sites tinham uma arquitetura
linear, com estruturas simples e funcionais, textos e imagens, fazendo uso de uma
leitura vertical sempre do topo para a base da página (ver figura 25).
13
14
Ou microsite é um site de menor tamanho geralmente com foco em um determinado produto ou serviço.
Dispositivo que conecta o computador a linhas telefônicas para a transmissão de dados digitais.
58
Figura 25 – Sites de primeira geração
Fonte: Criando Sites Arrasadores na Web III
2) Sites de Segunda Geração: Em 1995, a Netscape começou a fazer uso
de uma nova tecnologia para a criação de sites. Os sites da segunda geração eram
ainda sites da primeira que, a partir de então, faziam substituição de palavras por
imagens, fundos cinza por fundos trabalhados com grandes e repetidas imagens,
que na sua maioria eram confusas e tornavam o site difícil de ser utilizado pelo
usuário, pois não possibilitava a leitura dos textos (ver figura 26).
Figura 26 – Sites de segunda geração
Fonte: Criando Sites Arrasadores na Web III
59
3) Sites de Terceira Geração: baseiam-se no design e não nos recursos
impostos pela tecnologia, pois essa agora trabalha a favor do design. Seguindo o
princípio das metáforas e os modelos de psicologia do consumidor, os designers
atraem visitantes para o interior de seus sites, oferecendo aos mesmos uma
experiência completa, na qual, a cada clique, descobre-se algo novo e satisfatório
àquilo que se procura e não uma sucessão de idas e voltas a cada página. Agora, a
tecnologia é criada para suprir as necessidades do design dos sites da web (ver
figura 27).
Figura 27 – Sites de terceira geração
Fonte: Criando Sites Arrasadores na Web III
7.2 A Utilização de browsers ou navegadores
Editar uma página da Rede não é o mesmo que produzir material para
mídias tradicionais como TV, jornais e revistas. Nas paginas impressas, todos tem a
mesma visão, o mesmo layout, com exceção, é claro, dos deficientes visuais. Esses
meios, uma vez finalizados, não podem ser modificados.
60
Produzir na Web, difere no principal ponto da mídia impressa, porque a
exposição das informações produzidas é feita em telas de computador de vários
formatos, grandes, pequenos, médios, multicores, monocromáticos e em diferentes
navegadores15 (browsers). São esses navegadores que possibilitam a visualização
do site. A dimensão média da janela de um browser em um monitor de 14 polegadas
(tamanho dos monitores mais populares) é de 800 x 600 pixels16 (picture element),
que equivale a 67,733 x 50,8mm (milímetros), menor que uma folha de papel A4
comum (201 x 297mm). Os monitores mostram um formato horizontal (mais largo
que comprido) ao invés de vertical (mais comprido do que largo), formato ao qual
estamos normalmente acostumados a olhar para uma página impressa ou não. Além
disso, uma página na Internet não necessita de limites de largura e altura, uma vez
que, para acessar seu conteúdo, usa-se barras de rolagem, que possibilitam a
“tráfego” por todas as áreas de uma página.. Por isso há dificuldade em transportar
um formato que foi criado especificamente para mídia impressa para a web, o que
explica a grande maioria dos sites de revistas impressas terem a sua “diagramação”
diferente no seu website.
É verdade dizer que quando criamos para web estamos totalmente atados
aos browsers utilizados pelos usuários, quaisquer que sejam eles. Isso é algo que
não pode ser mudado pelo webdesigner17, ou seja, especificar um único browser a
ser usado para visualização do site. Isso restringiria muito as visitações mesmo pois
aquele que não utilizasse o browser especificado não poderá visualizar o site em
15
Termo aplicado para os programas que permitem navegar na Rede, como o Mosaic, Internet Explorer e
Netscape Navigator. Através deles tem-se acesso às informações disponíveis na Rede.
16
Nome dado a um ponto em um monitor ou em imagem de bitmap (mapa de caracteres).
17
Profissional responsável por projetar e criar páginas para a Internet. Trabalha itens como conceito, navegação,
interação entre páginas digitais de um site, aspectos formais e funcionais do mesmo focados em design e
direcionado ao tipo de negócio e público a que o site se propõe.
61
sua plenitude. Afinal de contas cada um tem sua individualidade principalmente na
internet e utiliza aquilo que achar melhor.
Hoje, a tecnologia de desenvolvimento de website cresceu muito e com a
diversidade de programas de linguagem, seja o Frontpage da Microsoft ou o
Dreamweaver da Macromedia, em suas novas versões já dispõem de dispositivos
que travam as configurações originais à estrutura do site onde a mesma não se
modificará independente do browser utilizado.
Os browers são responsáveis pela interpretação e transferência de
documentos de hipertexto de um determinado site. São eles que decodificam a
linguagem de máquina, onde imagens, sons, cores e textos convertem-se em
seqüências numerais, e apresentam na tela do internauta o material disposto na
Rede. Por causa, disso a sigla que antecede todo e qualquer endereço da internet é
http://www (hyper text transfer protocol) que significa “ativar código de transferência
de hipertexto” para a web.
Dentre os mais variados browsers disponíveis os mais famosos e
utilizados são o Netscape e o Microsoft Internet Explorer (MIE), sem deixar é claro
de mencionar o rápido crescimento que o AOL (American On Line) vem tendo.
62
8 ITENS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM BOM SITE
O crescente número de adesões à Internet é acompanhado da inserção
na WWW. Segundo o site Registro.br, apenas no dia 18 de junho do corrente ano
foram registrados, somente no Brasil, 987 domínios e nos últimos 30 dias, 21.706.
No total, estão ativos no Brasil 633.669 domínios.
Grande parte desses domínios estará extinto em no máximo 24 meses, de
acordo com alguns estudiosos da área. Uma das explicações para essa situação
reside na incorreta inserção na Rede por parte das empresas, profissionais,
associações, entidades etc, que desrespeitam alguns princípios para a produção de
um bom site.
Um site de sucesso deve seguir premissas apropriadas e necessárias que
justificarão visitá-lo. Ellsworth e Ellswoth (1997 apud PINHO, 2000, p.131-133)
identificaram algumas peculiaridades comuns a sites considerados de sucesso.
Entre elas estão:
•
Visibilidade - estar registrado nos principais sites de busca, assim
como em sites de organizações relacionadas à atividade a que o
site se propõe;
•
Atualização – a constante atualização do site faz com que o
usuário retorne a ele, na busca de novas informações;
•
Riqueza de informação - a matéria-prima de um site consiste nas
informações que ele disponibiliza. A qualidade e quantidade das
informações disponíveis devem ser superiores à capacidade de
absorção de um internauta em uma única visita;
63
•
Facilidade de navegação – um site que possui boa navegabilidade
oferece ao visitante facilidade na busca de seus interesses;
•
URL de fácil recordação – o uso de sinais nos nomes de domínio
tende a confundir os usuários. O ideal é trabalhar um nome de fácil
recordação;
•
Bom design – o design do site deve facilitar a interatividade com o
visitante;
•
Ser Provido de outras ferramentas da Internet – ferramentas como
o correio eletrônico facilitam a interação dos visitantes com a
equipe que coordena o site.
A Internet é um veículo que só pode ser acessado por meio de
computadores e/ou telefones e que exige a atenção por parte do usuário, pois
necessita contato visual e, em alguns casos, auditivo. Por este motivo o usuário
tende a ser impaciente e exigente, afinal, encontra-se frente a um monitor à espera
de informações que ele está indo buscar, diferente de outros meios de comunicação.
Para a implantação de um site é necessária uma seqüência lógica com a
finalidade de otimizar os resultados. Nesse processo, Shiva (1997: 68 apud PINHO,
2000 p.137-158) identificou uma seqüência de doze decisões:
1 – Propósito e objetivos do site – para economizar tempo e dinheiro é
imprescindível determinar a que o site destina-se, verificando detalhes como: para
que servirá o site e quais são os seus objetivos a curto, médio e longo prazos.
2 – Homepage e organização do site – a diferença de velocidade entre o
tempo de resposta de um computador e a reação de seu operador é fator primordial
quando se trabalha sites. Por esse motivo, é imprescindível que a homepage, ou
64
página inicial, seja muito bem trabalhada com o propósito de fixar a atenção do
visitante em si. O limite de atenção de um usuário de computador à espera de
conteúdo é estimado em 10 segundos. Qualquer tempo superior a isso o fará desviar
a atenção. Além disso, a homepage deve ser limpa, simples e de fácil compreensão
pois, a partir dela, inicia-se a navegação pelo site.
Quadro 3 – Tempo de resposta dos computadores e a reação de seus operadores
Tempo de espera
0,1”
Reação
Máquina e cérebro no mesmo compasso. Sensação de
reação instantânea.
Limite para que o ususário desvie seu fluxo de atenção,
mesmo que note o lapso.
1”
2 a 3”
Recomenda-se mostrar ao usuário que ele deve esperar.
Recomenda-se mostrar barra de progresso, mostrando
quanto falta para a conclusão de carregamento dos dados a
serem apresentados.
Limite para manter a atenção localizada. O usuário vai
querer fazer outras tarefas.
5”
10”
Fonte: Radfahrer, 1999 p.34.
3 – Nome de domínio e endereço Web – como em qualquer produto que
se lança em mercado, o nome do domínio deve ser bem avaliado e trabalhado. Isso
porque deve ser de fácil acesso e recordação. De nada adianta ter um nome difícil,
que use símbolos, forçando a lembrança através de bloco de anotações.
4 – Imagem para realce do site – a informação visual constitui o meio
mais rápido e eficiente de comunicação. Nos dias de hoje, onde o design atende,
principalmente, às necessidades estéticas, as imagens exercem uma grandiosa
atração, que contribuem largamente para tornar a homepage mais atrativa e
convidativa.
65
5 – Cores ou textura do fundo – além do uso de imagens, o uso de cores
e texturas de fundo pode enriquecer o visual final do site. No entanto, deve-se
obedecer a uma regra básica: o fundo não pode sobrepor-se ao texto.
6 – Elementos básicos da página – alguns itens são essenciais para um
site de sucesso. São eles a aparência profissional e atrativa; rápida visualização de
gráficos e textos; facilidade de navegação; facilidade no contato por parte do
internauta; atualizações e mudanças no conteúdo freqüentes; espaço para receber
informações quanto à apreciação dos visitantes; e links para outros sites
interessantes.
7 – Elementos de acabamento – Itens como linhas, fios, bolas etc. são
extremamente úteis para identificar seções, orientar a leitura ou focalizar a atenção
em um determinado conteúdo. No entanto, adornos visuais que não acrescentam ao
visual da página tendem a quebrar o fluxo natural, assumindo o papel de barreiras
visuais.
8 – Fotografias e gráficos – fotografias e gráficos são ótimos artefatos
para a valorização de qualquer espaço. Elas facilitam a identificação e propiciam o
entendimento imediato. Mas é importante tomar cuidado com o tamanho e
quantidade de imagens utilizadas em um site, evitando que o visitante tenha de
esperar muito tempo para que elas sejam carregadas.
9 – Formulário de resposta – os formulários são uma grande ferramenta
para o retorno de informações ou questionamentos. Através deles, podemos analisar
detalhes como a percepção por parte dos visitantes ou necessidades dos mesmos.
10 – Carga e teste das páginas – depois de desenvolvido o site, as
páginas devem ser carregadas no provedor de serviço. O teste para verificação de
66
links quebrados18 possibilita a certeza de que todo o site está correto e em perfeito
estado de uso.
11 – Registro e divulgação do site – para que os internautas tomem
conhecimento do site é necessário que o mesmo seja divulgado. Para isso o registro
em páginas de busca torna-se requisito obrigatório. O envio de mala-direta a
instituições do mesmo ramo a que o site se propõe também serve para, a partir da
seção de links úteis, direcionar a visita ao site.
12 - Manutenção do site – nada é eterno: de conteúdo informativo à
estrutura de layout tudo deve ser constantemente mexido de modo a informar que o
site está em constante atividade. Em se tratando de Internet, a periodicidade ainda é
uma incógnita, no entanto, deve ser estabelecido um período para atualizações, de
modo a abastecer o site constantemente com informações.
18
Diz-se aquele que não aponta para nenhum conteúdo.
67
9 A RP-ALTERNATIVO E SUA INSERÇÃO NO CIBERESPAÇO
Como visto anteriormente, a RP-Alternativo é a maior referência em
publicação especializada em RP de São Luís. Mesmo com sua inserção em outros
Estados ainda modesta, a revista tem, constantemente, recebido contatos com a
solicitação de exemplares, elogios e tecendo comentários.
Essa busca cada vez maior, por parte de público de fora do Estado, e
mesmo em São Luís, em função da tiragem ser reduzida, instiga a necessidade de
aumentar-se a circulação. A primeira opção para sanar essa necessidade seria
aumentar o número de exemplares distribuídos para profissionais, professores,
estudantes e instituições de outros Estados. Para tanto se tornaria obrigatório o
aumento da tiragem da revista. Porém, o alto custo da produção da revista torna
essa opção inválida. Um simples aumento de 500 para 1.000 exemplares, por
exemplo, corresponderia, atualmente, a mil reais a mais no orçamento da revista.
Mesmo assim, ainda que houvesse o aumento na tiragem, não se teria o alcance
que é possível com a Internet.
Nesse momento, busca-se a segunda opção: a inserção no ciberespaço.
Através da Internet, que possui custos cada vez mais baixos, é possível, sem
aumentar consideravelmente o orçamento de produção da revista, torná-la
disponível para todo o mundo. Além disso, a inserção no ciberespaço proporciona
aos alunos da disciplina uma nova oportunidade: a produção textual para a Internet.
9.1 Elaboração do projeto do site
Antes de iniciamos a construção do site da RP-Alternativo fez-se
necessária a composição de um projeto para estabelecer e consolidar pontos como
68
o ambiente da revista e objetivos; audiência, conteúdo e funcionalidade e estudo de
campo, conforme estudo de Siegel (apud Pinho, 2000, p.134-136).
1 – Ambiente da revista e objetivos – nesse momento reúnem-se
informações que identificam a revista, apresentam seus objetivos e indicam o grupo
que irá trabalhar no projeto de inserção no ciberespaço.
A RP-Alternativo é uma publicação laboratório, produzida semestralmente
há 11 anos pelos alunos da disciplina Redação em Relações Públicas II, do Curso
de Comunicação Social da UFMA. Entre seus objetivos, a revista busca oportunizar
aos alunos de Relações Públicas a prática de redação de textos para publicações
empresariais e a vivência de todas as etapas da produção de uma publicação
empresarial; oferecer informações sobre a área de Relações Públicas para
estudantes, professores e profissionais de Comunicação de São Luís, através de
artigos, matérias, entrevistas, resenhas, dicas etc; e promover a profissão de
Relações Públicas em São Luís, divulgando-a como profissão atuante.
Como visto neste capítulo, a revista, que também é distribuída fora da
cidade, tem sido requerida por outros estudantes e professores de outros Estados. A
criação de um site para a RP-Alternativo elimina as fronteiras físicas entre os
Estados e reduz os custos financeiros que uma ampliação na tiragem impõe. Da
mesma forma, o site, em um de seus segmentos, deve ter um newsletter que
oportunizará aos alunos a produção de textos para a Internet. Assim, o site para a
RP-Alternativo não apenas soluciona uma necessidade apresentada, como dá novos
horizontes aos objetivos da revista.
Seguindo esse raciocínio deve-se obedecer as seguintes metas:
O site deve:
• Criar uma comunidade de visitantes fiéis;
69
• Reposicionar o conteúdo já existente em meio impresso;
• Ter uma alta qualidade na execução (gráficos, redação, navegação etc.);
• Mostrar por si que os responsáveis pela revista conhecem a Rede e a usa
apropriadamente;
• Ser de fácil manutenção;
• Ser construído dentro do orçamento previsto.
Detectados os objetivos e estabelecidas as metas segue-se o processo
do projeto determinando:
2 – Audiência, conteúdo e funcionalidade – nesse momento reúnem-se
informações acerca do formato que o site deve seguir.
Audiência: a exemplo do meio impresso, a RP-Alternativo no ciberespaço
é destinada a alunos, professores e profissionais de Relações Públicas, nesse caso,
de todo o país e/ou mundo. No entanto, faz-se necessária a divisão de serviços
entre esses públicos, de modo a saciar os objetivos individuais de cada um.
Alunos – a eles será destinado um espaço já existente no meio impresso
para participação na produção textual para a revista por meio de concurso. Com a
inserção no ciberespaço o concurso amplia-se e passa a ser nacional e, pelas
possibilidades que a Internet oferece, todos os artigos podem ser disponibilizados no
site.
Professores – a exemplo do meio impresso, o site terá uma seção para
artigos de professores, neste caso, em âmbito nacional. O envio do artigo, seguindo
certos padrões a serem pré-estabelecidos, faz-se por meio do próprio site.
Alunos, professores e profissionais – no site será reservado um espaço
para agenda de eventos da área. O serviço de newsletter oportunizará, também, o
envio de notícias novas e atuais.
70
Conteúdo: é proveniente do conteúdo da revista, uma vez que o site será
produzido com os textos publicados nela. No entanto, com as facilidades que o meio
virtual oferece, os textos podem ser publicados na íntegra, no site, sem sofrer os
cortes que a revista impressa determina a alguns textos que tem tamanho maior que
o espaço a que se destinam. O acréscimo de links para páginas de assuntos
comuns e/ou páginas de instituições ligadas ao assunto em pauta são outros
acréscimos que o meio possibilita.
A produção dos textos continuará sendo feita pela turma do semestre em
vigor, fazendo com que o site, a exemplo da revista, tenha atualização semestral. No
entanto, o uso da newsletter e agenda possibilitam uma periodicidade mista ao site,
criando atrativos para visitas em menores espaços de tempo. A exemplo da
alimentação textual feita pela turma que cursa a disciplina, o site será atualizado
pelo diagramador da revista.
Funcionalidade: o site disponibilizará algumas seções especiais como
acervo on-line de todas as edições já publicadas para download19, formulário de
contato e coleta de mailing list e links para instituições e veículos na Rede.
Por último, o estudo de campo identifica os três maiores sites do mesmo
ramo de modo a identificar a forma pela qual os “concorrentes” resolveram questões
em relação ao projeto como: cores, aparência, interface com usuário, layout do site,
qualidade do conteúdo. Infelizmente, frente ao pioneirismo deste projeto, essa etapa
tornou-se difícil de realizar. Dessa forma, essa etapa foi realizada tendo como base
soluções utilizadas em portais de informações como Universo On-line (UOL),
América On-line (AOL) e Terra (figura 28).
19
Fazer um download é o ato de transferir um arquivo de um computador da Rede para o seu próprio
computador.
71
Figura 28 – Homepages UOL, AOL e Terra
Fonte: www.uol.com.br, www.aol.com.br e www.terra.com.br
9.2 Etapas da construção do site
Finalizado o estudo e planejamento do site, segue-se adiante com a
construção do mesmo. Para tanto, faz-se uso das doze decisões identificadas por
Shiva (1997: 68 apud PINHO, 2000 p.137-158) e citadas em capítulo anterior.
1 – Propósito e objetivos do site: tornar a revista fonte de pesquisa de
informações especializadas em nível nacional; aumentar a área de alcance da
revista RP-Alternativo; distribuir a produção da revista de modo mais flexível e
rápido; firmar a publicação como uma das mais importantes do país; encontrar novos
parceiros em todo o mundo; posicionar a revista estrategicamente como veículo de
alta tecnologia e firmar uma imagem acadêmica e profissional que esteja
72
intimamente
associada
à
Rede;
desenvolver
conexões
com
instituições,
profissionais, professores e alunos que possam contribuir nas pautas e abastecer o
site; gerar mailing list de públicos da revista; abrir um novo canal de comunicação
interativo com seus públicos; disponibilizar espaço para discussões e intercâmbio de
informações aos públicos do segmento em todo o país.
2 – Homepage e organização do site: a página inicial do site é o ponto de
partida para a busca de informação. Nela devem estar contidas todas as
informações necessárias que esclareçam ao visitante que serviços estão disponíveis
a ele, facilitando assim a navegação.
Para o site da revista optou-se pela divisão hierárquica em dois níveis. No
primeiro nível (figura 29), estão dispostas as informações principais, divididas em
seções. Essas informações estarão em um menu horizontal de linha singular.
Figura 29 – Menu de primeiro nível do site RP-Alternativo
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
Fazem parte do menu de primeiro nível:
Histórico da revista – nessa seção será feito um breve histórico;
Agenda de eventos – a exemplo da seção “Look in”, na versão impressa,
esse espaço será destinado a notas informativas quando a congressos, encontros,
palestra e eventos em geral;
73
Números anteriores – essa seção reunirá todas as edições já publicadas e
as disponibilizará para download no formato Portable Document Format (PDF)20. Em
um primeiro momento serão disponibilizados apenas os números a partir da 16ª
edição. Isso porque somente essas edições já existem em formato eletrônico. As
demais edições serão disponibilizadas
posteriormente,
pois
terão
de
ser
scanneadas. Nessa seção também estará disponível o download do sofware Acrobat
Reader que possibilita a leitura dos arquivos PDF;
Artigos – essa seção, a exemplo da versão impressa da publicação, será
um espaço para a produção docente. Como a revista, até então, possuía limites
espaciais, a produção limitava-se à UFMA. Uma vez que a revista passa a ser aberta
a todo o país, o espaço será ampliado;
Links – aqui serão disponibilizados links para sites de associações,
entidades, universidades e instituições em geral ligadas à área de Relações
Públicas;
Contato – através dessa seção os internautas poderão entrar em contato
com a equipe que produz a publicação, gerando debates, postando informações,
apoiando e/ou criticando de modo a contribuir para o crescimento da publicação.
Através de um formulário disponível nessa seção, será feita a coleta de informações
e cadastro de mailing list;
Concurso de Produção Textual – essa é outra seção originada da versão
impressa e que, com a criação do site, será ampliada. O concurso é uma
oportunidade aos alunos de Comunicação de exporem suas idéias através das
páginas da revista, sendo no entanto, publicado apenas o texto vencedor. A exemplo
20
Formato de arquivo criado pela Adobe – empresa de sofwares – que permite o envio de documentos
formatados para que sejam vistos ou impressos em outro lugar, sem a necessidade do programa que as gerou. Os
arquivos são gerados pelo programa Adobe Acrobat, que é composto de duas partes: um gerador de arquivos e
um leitor. O primeiro (Acrobat) é vendido pela Adobe; o segundo (Acrobat Reader) pode ser baixado
gratuitamente no endereço Web www.adobe.com.
74
do “Artigo”, ficava restringido aos alunos da UFMA. Com a criação do site será
aberto espaço aos alunos de Comunicação de todo o país, podendo-se disponibilizar
outros textos, seguindo critérios pré-definidos;
Monografias, Teses e Dissertações – nessa seção será aberto espaço
para publicação virtual de monografias, teses e dissertações, tornando público os
trabalhos acadêmicos em Comunicação. Esse espaço será aberto ao país inteiro
através do site. No entanto, nesse primeiro momento, onde ainda não reuniu-se
material para exposição, a seção terá apenas um descrição de seu futuro conteúdo.
No segundo nível (figura 30), ficam dispostas as matérias da edição em
vigor, que origina um menu secundário nas páginas internas da publicação. Por este
motivo, o menu será alterado a cada atualização da publicação do site. O menu
secundário é vertical com múltiplas linhas. As seções “artigos” e “monografias, teses
e dissertações”, a exemplo da edição no ar, oferecerão seus conteúdos divididos em
menu secundário, caso se torne necessário.
Figura 30 – Menu de segundo nível do site RP-Alternativo
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
75
Pode ser utilizado, em formatações futuras, o recurso de menu secundário
para seções como “agenda de eventos”, “links” e “concurso de produção textual”.
Essas sugestões referem-se ao futuro, pois, neste primeiro momento, o conteúdo
ainda se faz pequeno e pouco diversificado. Espera-se que, com o tempo, parceiros
de outros Estados contribuam com informações de modo a possibilitar, se
necessário ou conveniente, a divisão de assuntos por Estados ou tipos de conteúdo,
formando, assim, o menu de segunda hierarquia.
3 – Nome de domínio e endereço Web: para facilitar a recordação do
endereço recomenda-se um nome simplificado sem uso de caracteres especiais. No
caso da revista será o próprio nome dela: rp-alternativo. Esse nome será acrescido
de segmento de atuação (nome de três letras) e acompanhado de “.br”. Por ser uma
publicação universitária não se utiliza essa terminologia, estando presa somente ao
br. No entanto, por ser produção da UFMA, e possibilitada pela própria Universidade,
deve estar inserida em um sub-domínio dentro do domínio UFMA (www.ufma.br).
Desta forma tinham-se as seguintes possibilidades para o site:
1 - www.rp-alternativo.ufma.br
2 - www.rpalternativo.ufma.br
3 - www.ufma.br/rp-alternativo
4 - www.ufma.br/rpalternativo
Para
a
melhor
fixação
por
parte
dos
visitantes
optou-se
por
www.rpalternativo.ufma.br por ser, inclusive, o formato utilizado em páginas de
outros segmentos da universidade como, por exemplo, a Rádio Universidade FM
cujo endereço é www.universidadefm.ufma.br (figura31).
76
Figura 31 – Homepage da Rádio Universidade FM
Fonte: www.universidadefm.ufma.br
4 – Imagem para realçar o site: por conter uma publicação semestral o
site terá o conteúdo informativo com periodicidade similar à da revista, exceto as
seções “artigos”, “monografias, teses e dissertações”, “agenda” e “links”, que serão
atualizados conforme a necessidade. Por esse motivo, faz-se necessária a troca da
imagem que compõe o cabeçalho do site toda vez que o conteúdo da edição on-line
for atualizado. Sugere-se algum detalhe da capa ou formato horizontal da mesma
imagem, sempre com o uso da marca de revista por cima (figura 32). Completa o
cabeçalho uma barra divisória que identifica a edição no ar, informando o número e
período da turma que produziu a edição.
Figura 32 – Cabeçalho do site RP-Alternativo
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
77
5 – Cores ou textura do fundo: como a revista é uma publicação
acadêmico/profissional do segmento de Relações Públicas e pretende oferecer-se
como fonte de pesquisa em informação especializada, sugere-se a maior limpeza
visual possível, de modo a facilitar a leitura on-line e impressão. Serão usados
fundos brancos em todas as páginas, de modo a recordar a cor das páginas do
veículo impresso. Por ter sua largura fixa o site irá aparecer com uma moldura cinza
em monitores que usem resolução acima de 800x600 pixels (figura 33). A moldura
foi determinada nessa cor para que não se confunda com a área de conteúdo das
páginas e para realçar as mesmas.
Figura 33 – O site em diferentes resoluções
800 x 600
1024 x 768
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
6 – Elementos básicos da página: Para compor a formatação visual do
site de modo a facilitar a navegação, ser atrativo e ser rápido de carregar, optou-se
pelo uso de cores, que identificarão as seções (figura 34).
78
Figura 34 – Esquema de cores do site RP-Alternativo
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
O site será composto de coluna fixa para o texto, facilitando a leitura
completa e evitando confusão na troca de linhas. Para solucionar esse problema no
meio impresso, a revista conta com a disposição do texto em três colunas.
7 – Elementos de acabamento: itens como fios, olhos etc, utilizados no
meio impresso, serão abolidos no meio virtual. Optou-se pelo uso da página o mais
limpa possível. Como atrativo será utilizado somente um cabeçalho padrão que
alternará sua cor conforme a seção visitada (fugira 35).
Figura 35 – Exemplos de cabeçalhos de seções do site RP-Alternativo
Fonte: www.rpalternativo.ufma.br
79
8 – Fotografias e gráficos: o uso de gráficos, fotografias e imagens
seguirá a disponibilização do meio impresso, na menor quantidade possível, de
modo a facilitar a leitura e compreensão. Todo o conteúdo será fiel à publicação
impressa, salvo o caso de textos mais longos e links sugeridos para páginas
relacionadas ao assunto da matéria.
9 – Formulário de resposta: para que o site constitua-se em meio
interativo, será disponibilizado um formulário de resposta junto ao contato. Assim, ao
enviar alguma informação, sugestão ou crítica o usuário poderá responder a um
pequeno questionário que ajudarão a formar o perfil dos públicos do site.
O formulário conterá perguntas como:
Como você ficou sabendo do site?
O que você achou deste site? – nesse caso a resposta se dá por questão
objetiva entre opções disponibilizadas (péssimo, ruim, regular, bom, muito bom,
ótimo).
Qual seção mais lhe agradou? – usa-se o mesmo padrão da opção
anterior, porém, com acréscimo de campo subjetivo.
Qual seção menos lhe agradou? – idem questão anterior.
10 – Carga e teste das páginas: uma vez finalizada cada edição eletrônica
deve-se testar o tempo de carregamento de cada página e proporcionar que as
mesmas não excedam o limite sugerido de 8 segundos. Caso algumas das páginas
exceda esse limite, é importante buscar que item visual é o causador, para que seja
feita a correção.
11 – Registro e divulgação: uma vez finalizado, o site deve ser divulgado,
de modo a proporcionar o conhecimento geral a cerca de sua existência. Para tanto
deve-se utilizar, no meio virtual, o cadastro nos grandes sites de busca. São eles:
80
“Cadê?”, “Aonde”, “Google”, “Yahoo” e “Alta vista” (figura 37). Optou-se por um
número menor de sites de busca para que o foco resuma-se aos mais importantes e
mais visitados sites do mundo.
Figura 37 - Sites de busca
Fonte:
http://br.cade.yahoo.com/,
http://www.aonde.com.br/,
http://www.google.com.br/
,http://br.yahoo.com/ e http://www.altavista.com/
Outras divulgações servem de apoio como a versão impressa da revista,
meios de comunicação de massa e meios de comunicação dirigidos, principalmente,
neste caso, o mailing list atual da publicação.
12 – Manutenção do site: a constante manutenção do site, visando
melhorias contínuas, é indispensável para sua vitalidade. A atualização de
81
informações e alterações provenientes de sugestões e/ou reclamações é
fundamental para que o site estabeleça-se como um dos melhores veículos do
segmento. Para isso, sugerem-se atualizações nos menores espaços de tempo
possível.
Realizadas as ações citadas, o site se faz pronto. No entanto, é
importante salientar que, como mídia dinâmica que é, deve estar em constates
transformações, de modo a sanar possíveis falhas, aumentar sua capacidade e
melhorar seu conteúdo.
Com o site a revista invade um novo meio, fazendo-se chegar às mãos,
ou às telas, de milhares de estudantes, professores e profissionais de Relações
Públicas, bem como diversos outros públicos que terão acesso a informação
qualificada e segmentada que proporciona a divulgação da profissão no país. Muitos
segmentos estarão mais bem informados quanto à profissão e, consequentemente,
da necessidade desse profissional em uma instituição. Ao mesmo tempo, os jovens
alunos de segundo grau que buscam orientação antes de prestarem vestibular
estarão mais certos do que a profissão executa e, assim, mais seguros quanto à sua
opção por esse ramo. Abre-se, assim, com o site, um grande espaço para que os
relações públicas trabalhem no conceito de sua atividade e profissão.
82
10 CONCLUSÃO
Em quase doze anos, a revista RP-Alternativo consolidou-se como
publicação especializada em São Luís e em alguns pontos do país. Expandir-la não
apenas é necessário, como é uma atitude inevitável, principalmente, quando ficamos
face a face com o histórico da mesma.
Os processos de comunicação adquiridos nas grandes ondas de
mudança evidenciam o processo evolutivo que o homem vem sofrendo, e mostram
que, a cada momento, novas alternativas surgem. Assim aconteceu quando, na
segunda onda, a comunicação massiva teve seu apogeu. Assim se mantêm durante
a onda da informação. E assim se fará nas próximas ondas de mudança da
sociedade.
Atualmente,
a
tecnologia
dispõe
de
artifícios
que
proporcionam
possibilidades aos produtores de informação, seja ela de que mídia for. Estar atento
a essas possibilidades é não apenas seguir o processo normal de evolução, mas
estar profundamente apto aos atos de pioneirismo.
O crescimento da comunicação dirigida e da Internet, principalmente de
seus serviços, permitem que um grande número de pessoas possa se comunicar,
buscar e trocar informações diversas, ou no caso, especializadas, de qualquer parte
do mundo. Esse foi um dos pontos que determinaram este projeto.
O meio virtual proporcionará matérias mais longas e aprofundadas, além
da adição de informações extras como links e contatos. Assim, a revista passará a
ter duas versões. Os alunos, que estão acostumados a produzirem uma publicação,
estarão elaborando duas versões da mesma. Porém, não serão duas versões
distintas, mas duas publicações que se completam, se encaixando entre elas
83
complementando-se entre si e aumentando seu conteúdo e eficácia. Além disso, o
meio virtual possibilitará o uso de outras ferramentas como o newsletter quinzenal
que visa, em um menor espaço de tempo, oferecer informações mais atuais e
periodicidade mais compatível ao meio eletrônico.
Os benefícios com o site se estendem ao Curso de Comunicação de uma
forma geral, pois, através dele dar-se-á visibilidade à produção acadêmica de RP, e,
através da seção de monografias, dissertações e teses, também teremos ampla
divulgação dos trabalhos de conclusão de curso dos estudantes e da pós-graduação
dos professores.
Para nós que fazemos semestralmente a publicação, nos é de grande
valor ver o trabalho em que apostamos tanto em dedicadas horas de atuação ser
expandido e apreciado em larga escala. Além disso, o site torna-se mais um canal
eficaz para o retorno de informações que guiam nosso caminho futuro. O pioneirismo
desta ação nos reserva os louros da vanguarda e nos intima a aumentar os esforços
na busca de estarmos sempre melhorando resultados.
No entanto, respeitadas as limitações técnicas, e ainda com foco nas
futuras possibilidades, não se pretende ter um produto finalizado. A exemplo do
meio impresso, que evoluiu enormemente em anos de atividade, o site tende a
evoluir.
O site é uma mídia dinâmica e, por isso, precisa estar constantemente em
avaliação, além de dever sofrer as alterações que forem necessárias, ao longo de
sua vida útil, utilizando, assim, a flexibilidade que lhe é inerente.
Torna-se imprescindível que os alunos, professores e profissionais de
Relações Públicas estejam prontos e aptos a perceberem e participarem de forma
ativa desse processo. Só assim a profissão de Relações Públicas poderá
desenvolver-se consolidar-se em nosso país.
84
Este estudo não deve ser considerado por acabado. Ele é apenas o
primeiro passo em uma longa caminhada de erros e acertos na evolução da Internet.
Muitas outras possibilidades surgirão. Novas necessidades irão testar a eficácia do
veículo. No entanto, ele passa a existir, e somente o futuro nos reserva seu destino.
85
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em: <http://sobre.uol.com.br/ultnot/noticias/2004/03/23/ult229u442.jhtm>. Acesso
em: 23 mar. 2004.
ZELADA, Gian. Internet para todos. Recursos de webdesign podem diminuir
dificuldade de acesso dos portadores de deficiência ao mundo da web. Design
Gráfico. São Paulo, nº 74, p.40, 2003.
————. Intranet exige funcionalidade. Diferenças entre design de Intranet e Internet.
Design Gráfico. São Paulo, nº 70, p.33, 2003.
89
————.
Movimento ao ritmo da tecnologia. Evolução da comunicação visual da
Internet acompanhou a velocidade da tecnologia. Design Gráfico. São Paulo, nº 66,
p.50, 2003.
————.
Navegação cerebral. Nova tecnologia indica diferentes formas de pensar a
comunicação visual na web. Design Gráfico. São Paulo, nº 68, p.38, 2003.
————. Navegação Intuitiva e de alto rendimento. Novo conceito de comunicação
online exigirá participação de designers. Design Gráfico. São Paulo, nº 72, p.44-45,
2003.
————.
No comando o usuário. O equilíbrio entre os ideais da arte e os da
engenharia define a eficiência dos sites. Design Gráfico. São Paulo, nº 65, p.46,
2003.
————.
Notícias online. A imprensa encontrou no meio digital um universo ideal para
a notícia. Foi a mais nova revolução depois do invento de Gutenberg. Design
Gráfico. São Paulo, nº 73, p. 40, 2003.
————.
Renovação na dose certa. Confira alguns sites projetados com a nova linha
do webdesign. Design Gráfico. São Paulo, nº 69, p.31, 2003.
————.
A tal da convergência. Quando a mensagem desdobra-se em vários
formatos. Design Gráfico. São Paulo, nº 62, p.34, 2002.
90
GLOSSÁRIO
@ - sinal que significa arroba, adotado para denotar “em” (ou at, em inglês). No
correio eletrônico, o endereço [email protected] indica que o usuário Silva está no
provedor Abc.
ACESSO DEDICADO – forma de acesso à Internet no qual o computador fica
sempre conectado à rede. Normalmente, o acesso dedicado é utilizado por
empresas que vendem acesso e serviços aos usuários finais.
ACESSO DISCADO – método de acesso a uma rede ou um computador remoto via
rede telefônica, discando o número onde está a rede ou o computador.
ACESSO REMOTO – processo de acessar os recursos de outro computador, tais
como arquivos ou impressora.
ADVANCED RESEARCH PROJECTS AGENCY (ARPA) – organismo de pesquisa
norte-americano que desenvolveu, com propósitos militares, uma rede de longa
distância, Arpanet, em conjunto com universidades e centros de pesquisa.
ADVANCED RESEARCH PROJECTS AGENCY NETWORK (ARPANET) – rede de
longa distância criada em 1969 pela Advanced Research Projects Agency (Arpa,
atualmente Defense Advanced Projects Research Agenc, ou Darpa) em consórcio
com as principais universidades e centros de pesquisa dos Estados Unidos, com o
objetivo específico de investigar a utilidade da comunicação de dados em alta
velocidade para fins militares. É conhecida como a rede-mãe da Internet de hoje e
foi colocada fora de operação em 1990.
AMERICAN STANDARD CODE FOR INFORMATION INTERCHANGE (ASCII) –
código de números binários usado para representar caracteres de arquivos texto em
computadores e dispositivos de armazenamento eletrônico de dados. A codificação
dos caracteres é definida pela ASCII com códigos de 0 a 127.
APLICAÇÕES INTERNET – também conhecidas como aplicações TCP/IP, são os
programas de aplicações que utilizam os protocolos da rede conhecidos como: File
Transfer Protocol (FTP) para transmissão de arquivos; Simple Mail Transfer Protocol
(SMTP) e Post Officer Protocol (POP) para correios eletrônicos (e-mail); e HTPP e
HTML em navegadores (browsers); Internet Relay Chat (IRC) para bate-papos; e
outros.
91
APLICAÇÕES TCP/IP – programa de computador gravado em Java. Embora
semelhantes a aplicativos, os applets não são executados de maneira independente.
Em vez disso, eles seguem um conjunto de convenções que permitem que sejam
executados em um navegador compatível com Java.
ARPA – Ver Advanced Research Projects Agency.
ARPANET – Ver Advanced Research Projects Agency Network.
ASCII – Ver American Standard Code for Information Interchange.
ATTACHMENT – Ver arquivo atachado.
AUTENTICAÇÃO – uma assinatura eletrônica; uma tecnologia que garante que uma
transmissão eletrônica recebida de terceiros tenha sua origem definida.
BACKGROUND – fundo de páginas.
BACKUP – Ver cópia de segurança.
BANNER – anúncio em forma de imagem gráfica, geralmente em formato gif.
BATE-PAPO – um programa de software interligado em rede que permite que
diversos usuários realizem “conversações” em tempo real entre si digitando
mensagens no teclado de seus respectivos computadores e enviando-as por uma
rede local ou pela Internet.
BBS – Ver Bulletin Board System.
BIT – dígitos binários, do inglês binary digits. Bit é a menor unidade de informação.
Cada bit representa um 1 ou um 0.
BITMAP – um padrão de pontos coloridos que na tela do computador são criados
como um pixel de luz formando as imagens.
BITS POR SEGUNDO (bps) – uma medida da taxa de transferência real de dados
de uma linha de comunicação, como um modem, dada em bits por segundo.
92
Variantes ou derivativos importantes incluem Kbps (igual a 1.000 bps) e Mbps (igual
a 1.000.000 bps).
Bps – Ver bits por segundo.
BROWSER – é um cliente para extração de informação em um servidor Web ou
gopher. Termo normalmente aplicado aos programas que permitem navegar na
World Wide Web, como o Mosaic, Internet Explorer e o Netscape. Tipicamente,
browser é o programa em um computador pessoal que acessa, por meio de uma
linha telefônica, um servidor (isto é, um programa que atende à demanda de clientes
remotos) que contem informações de interesse amplo, nele permitindo visualizar e
procurar texto, imagens, gráficos e sons, de maneira aleatória ou sistemática.
BYTES – um conjunto ou grupo de oito bits que representam uma informação real,
com letras e os dígitos de 0 a 9.
CABLE MODEM – modem especial que utiliza a rede de televisão a cabo para
transmitir e receber dados, em vez da tradicional linha telefônica, alcançando
maiores velocidades: chega a 10 Mbps no upstream e 43 Mbps no downstream.
CAIXA DE CORREIO – um arquivo, diretório ou uma área de espaço em disco rígido
usados para armazenar mensagens de correio eletrônico.
CHAT – Ver bate-papo.
CIBER – prefixo de qualquer elemento relacionado a computadores ou à Internet.
Por exemplo, um cibercafé é o estabelecimento para os apreciadores de café que
disponibiliza um computador para o uso de seus freqüentadores.
CIBERESPAÇO – 1. O conjunto de computadores, serviços e atividades que
constituem a rede mundial Internet; 2. Mundo virtual, onde transitam as mais
diferentes formas de informação e as pessoas (sociedade da informação) se
relacionam virtualmente, por meios eletrônicos. 3. Termo cunhado em analogia com
o espaço sideral explorado pelos astronautas, atribuindo-se sua invenção ao escritor
de ficção cientifica William Gibson no romance Neuromance.
COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL (CG) – órgão criado pelo governo
brasileiro com o objetivo de acompanhar a disponibilização de serviços Internet no
país, estabelecer recomendações relativas à estratégia de implantação e
interconexão de redes, análise e seleção de opções tecnológicas, e coordenar a
atribuição de endereços Internet Protocol (IP) e o registro de nomes de domínio.
93
CONTEÚDO – a soma do texto, figuras, dados ou outras informações apresentadas
por um site da Web.
COOKIE – um arquivo armazenado no disco rígido e utilizado para identificar o
computador ou as preferências de seu usuário para um computador remoto. Os
cookies são armazenados com freqüência para identificar visitantes em sites da Web
e ainda para exibir páginas personalizadas. Para isso, o usuário precisa ter fornecido
informações pessoais numa visita anterior ao site.
CÓPIA DE SEGURANÇA – arquivo que contém uma reprodução ou duplicação da
informação do arquivo ou do conjunto de dados que se está utilizando como reserva
em caso da destruição ou inutilização do arquivo original.
CORREIO ELETRÔNICO – 1. Correio transmitido e recebido diretamente pelo
computador, por meio de um endereço Internet. Uma carta eletrônica contém texto
(como qualquer outra carta) e eventualmente pode ter um ou mais arquivos
anexados; 2. Um meio de comunicação que se baseia no envio e na recepção de
textos, chamados de mensagens, por meio de uma rede de computadores.
CRIPTOGRAFAR – criptografar um arquivo significa converte-lo num código secreto,
com propósito de segurança, as informações nele não podem ser usadas ou lidas
ate serem decodificadas. A criptografia está disponível em duas formas: criptografia
de software, amplamente utilizada apenas para instalar, e a criptografia de
microchip, mais difícil de instalar, mas também mais rápida e mais difícil de
decodificar.
DHTML – Ver Dynamic Hypertext Markup Language.
DIAL-UP – Ver acesso discado.
DNS – Ver Domain Name System e Domain Name Server.
DOMAIN – Ver Domínio.
DOMAIN NAME – Ver nome de domínio.
DOMAIN NAME SERVER (DNS) – designa o conjunto de regras e/ou programas
que constituem um Servidor de Nomes da Internet. Um servidor de nomes faz a
tradução de um nome alfanumérico (por exemplo microbyte.com) para um número IP
(por exemplo 192.190.100.57). No caso do DNS brasileiro, geram-se todos os
nomes terminados em br. Qualquer outro nome será também traduzido pelo mesmo
DNS, mas com base em informação proveniente de outro DNS (se essa informação
94
não tiver sido previamente obtida). Além das conversões nome IP e IP nome, um
DNS pode conter informações sobre como encaminhar correio eletrônico ate que ele
chegue à máquina final.
DOMAIN NAME SYSTEM (DNS) – um serviço e protocolo da família TCP/IP para
armazenamento e consulta a informação sobre recursos da rede. A implementação é
distribuída entre diferentes servidores e trata sobretudo da conversão de nomes
Internet em seus números correspondentes.
DOMÍNIO – Ver nome de domínio.
DOMÍNIO PÚBLICO – algo que está no domínio público pode ser copiado, utilizado
e distribuído sem nenhum pagamento. Normalmente se pede que seja dado o
devido crédito a seus autores.
DOWNLOAD – fazer o download de um arquivo é transferir o arquivo de um
computador remoto para seu próprio computador (o arquivo recebido é gravado em
disco no computador local), usando qualquer protocolo de comunicação. O
computador de onde os dados são copiados é subentendido como “maior” ou
“superior” segundo algum critério hierárquico, enquanto o computador para o qual os
dados são copiados é subentendido como “menor” ou “inferior” na hierarquia. O
sentido literal é, portanto, “puxar para baixo”.
DYNAMIC HYPERTEXT MARKUP LANGUAGE (DHTML) - HTML dinâmico, que se
refere a páginas Web cujo conteúdo é modificado, dependendo de diferentes
fatores, como a localização geográfica do leitor (em conseqüência, a data e a hora
locais), páginas já visitadas durante a sessão e o perfil do usuário. Várias
tecnologias são usadas para produzir HTML dinâmico: scripts CGI, server side
includes (SSI), cookies, Java, JavaScript e ActiveX.
E-MAIL – Ver correio eletrônico.
EMOTICON – pequeno conjunto de caracteres ASCII que pretendem transmitir uma
emoção ou um estado de espírito. Uma “carinha” construída com caracteres ASCII
pode ajudara contextualizar uma mensagem eletrônica. Por exemplo, a (mais
comum é :-), que significa humor e ironia. Para entendê-la, deve-se girar o emoticon
90 graus para a direita.
ENDEREÇO IP – o endereço de protocolo da Internet de um computador conectado
à Internet, geralmente representado em notação decimal/ponto, como 128.121.4.5.
Cada um dos quatro números do endereço IP pode assumir valores entre 0 e 225.
95
FILE TRANSFER PROTOCOL (FTP) – designa o principal protocolo de transferência
de arquivos usado na Internet, ou então um programa que usa esse protocolo. Um
protocolo padrão da Internet utilizado para transferência de arquivos entre
computadores, obtidos nos hosts chamados sites FTP.
FREEWARE- Ver software de domínio público.
FTP – Ver File Transfer Protocol.
FTP ANÔNIMO – serviço que possibilita o acesso a repositórios públicos de arquivos
via FTP.
FTP SERVER – Ver servidor de FTP.
GIF – Ver Graphic Interchange Format.
GIGABYTE – medida de tamanho
aproximadamente um milhão de bytes.
de
arquivo
eletrônico
equivalente
a
GRUPO DE DISCUSSÃO – Ver grupo de notícia.
GRUPO DE NOTÍCIA – em um grupo de notícia (ou newsgroup) escreve-se
publicamente sobre o tema indicado pelo nome do grupo, estimando-se a existência
de mais de 10 mil grupos ativos abrangendo praticamente todos os assuntos
imagináveis.
HIERARQUIA – hierarquia de diretórios é o conjunto dos diretórios de determinado
sistema de arquivos, que engloba a raiz e todos os subdiretórios. Os newgroups
também estão divididos numa hierarquia, começando nos níveis topo (início do
nome do grupo: soc, comp, sci, rec, misc etc.) e subdivididos em vários temas,
dentro de cada designação de topo.
HIPERLINK – conexão, ou seja, elementos físicos e lógicos que interligam os
computadores da rede. São endereços de paginas, ponteiros (vínculo ou link) de
hipertexto ou palavras-chave destacadas em um texto, que quando “clicadas” nos
levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo ou servidor. No
WWW, uma palavra destacada indica a existência de um link, que é uma espécie de
apontador para outra fonte de informação. Escolhendo esse link, obtém-se a página
de informação que ele designa que pode, por sua vez, ter também vários links.
96
HIPERTEXTO – texto eletrônico em um formato que fornece acesso instantâneo, por
meio de links, a outro hipertexto dentro de um documento ou em outro documento.
HOMEPAGE – a página principal de um site da Web. As homepages contêm
geralmente links a locais adicionais dentro do site ou a sites externos. Dependendo
do tamanho do site da Web, podem existir várias homepages dentro do mesmo site.
A homepage é uma espécie de ponto de partida para a procura de informação
relativa a essa pessoa ou instituição, escrita em Hypertxt Markup Language (HTML).
HOST – 1. Computador ligado à Internet, também às vezes chamado de servidor ou
nó. 2. Computador principal num ambiente de processamento distribuído.
HOT SITE – Ver microsite.
HTML – Ver Hypertxt Markup Language.
HTTP – Ver Hypertext Transport Protocol.
HYPERTEXT MARKUP LANGUAGE (HTLM) – é a linguagem padrão para escrever
páginas de documentos Web, que contenham informações nos mais variados
formatos: texto, som. Imagens e animação. É uma variante da Standard Generalized
Markup Language (SGML), bem mais fácil de aprender e usar, que possibilita
preparar documentos com gráficos e links para outros documentos para visualização
em sistemas que utilizam Web.
HYPERTEXT TRANSPORT PROTOCOL (HTTP) – protocolo que define como dois
programas/servidores devem interagir, de maneira que transfiram entre si comandos
ou informação relativos ao WWW. O protocolo Hypertext Transport Protocol (HTTP)
possibilita aos autores de hipertextos incluírem comandos que permitem saltos para
recursos e outros documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma
transparente para o usuário.
INTERNAUTA – um “viajante” na Internet, alguém que navega na Internet.
INTERNET – 1. Com a inicial maiúscula, significa a “rede das redes”, originalmente
criada nos Estados Unidos, que se tornou uma associação mundial de redes
interligadas em mais de 70 países, que utilizam protocolos da família TCP/IP. A
Internet provê transferência de arquivos, login remoto, correio eletrônico, news e
outros serviços. Os meios de ligação dos computadores dessa rede são variados,
indo desde rádio,, linhas telefônicas, ISDN, linhas digitais, satélite, fibras ópticas etc;
97
2. Com inicial minúscula significa genericamente uma coleção de redes locais e/ou
de longa distância, interligadas por pontes, roteadores e/ou gateways.
INTERNET PROTOCOL (IP) – um dos protocolos mais importantes do conjunto de
protocolos da Internet, correspondendo ao nível 3 do modelo OSI. Responsável pela
identificação das maquinas e redes e pelo encaminhamento correto das mensagens
entre elas. Protocolo responsável pelo roteamento de pacotes entre dois sistemas
que utilizam a família de protocolos TCP/IP desenvolvida e usada na Internet.
IP – Ver Internet Protocol.
JPEG – Ver Joint Photographic Experts Group.
LINK – Ver Hiperlink.
LOGIN – 1. Identificação de um usuário perante um computador. Fazer o login é dar
sua identificação de usuário ao computador; 2. No endereço eletrônico, login é o
nome que o usuário usa para acessar a rede (por exemplo, Silva, em
[email protected]). Quando o usuário entra na rede, precisa digitar seu login,
seguido de uma senha (password).
LOGIN REMOTO – acesso a um computador via rede para execução de comandos.
Para todos os efeitos, o computador local que “loga” em um computador remoto
passa a operar como se fosse um terminal deste ultimo.
LOGOUT – ato de desconectar uma ligação a determinado sistema ou computador.
MAILING LIST – Ver lista de distribuição.
Mbps – Ver megabytes por segundo.
MEGABYTES POR SEGUNDO (Mbps) – velocidade de tráfego de dados,
equivalente a 10 milhões de bits por segundo.
MEGABYTE – uma medida de tamanho de arquivo eletrônico equivalente a 1 milhão
de bytes.
98
MICROSITE – 1. Página publicada entre o banner e a entrada oficial do site,
funcionando como um anúncio digital; 2. Sites de menor tamanho que podem ser
hospedados em provedores de conteúdo ou redes, geralmente com foco em um
determinado produto ou serviço.
MINI-SITE – Ver microsite.
MODEM – pequeno aparelho, sob a forma de uma placa interna de expansão ou
uma caixa instalada no painel posterior, que permite ligar um computador à linha
telefônica, para assim estar apto a comunicar com outros. Ele converte os pulsos
digitais do computador para freqüências de áudio (analógicas) do sistema telefônico,
e converte as freqüências de volta para pulsos no lado receptor, daí o seu nome
formado a partir de MOdulador DEModulador. O modem também disca a linha,
responde à chamada e controla a velocidade de transmissão, em bits por segundo
(bps). Muitos dos modems também são capazes de realizar funções de fax. A sua
aplicação mais importante consiste na ligação à BBS ou à Internet, por meio de um
fornecedor de acesso.
NAVEGAÇÃO – ato de conectar-se a diferentes computadores da rede distribuídos
pelo mundo, usando as facilidades providas por ferramentas como browsers Web. O
navegante da rede realiza uma “viagem” virtual explorando o ciberespaço, da
mesma forma que o astronauta explora o espaço sideral. Cunhado por analogia ao
termo usado em astronáutica.
NAVEGADOR – programa de software cliente para pesquisar redes e recuperar e
exibir cópias de arquivos em formato de leitura fácil. Os navegadores padrão atuais
também podem basear-se em programas associados para a execução de arquivos
de áudio e vídeo. O Microsoft Internet Explorer é um exemplo de um navegador
amplamente utilizado.
NAVEGAR – na Internet significa vaguear, passear, procurar informação, sobretudo
na Web. Entre os mais radicais também se diz surfar.
NEWSGROUP – Ver grupos de discussão.
NOME DE DOMÍNIO – Na Internet, o nome de um computador ou grupo de
computadores utilizado para identificar o local eletrônico (e, às vezes, geográfico) do
computador para transmissão de dados. É uma parte da hierarquia de nomes de
grupos ou hosts da Internet, que permite identificar as instituições ou conjunto de
instituições na rede. O nome de domínio contém frequentemente o nome de uma
organização e inclui sempre um sufixo de duas ou três letras que designa o tipo de
organização ou o país do domínio. Por exemplo, no nome do domínio microsoft.com,
microsoft é o nome da organização e com, a abreviação de comercial, indicando
99
uma organização comercial. Outros sufixos utilizados nos EUA incluem gov
(governo), edu (educação), org (organização, geralmente uma instituição sem fins
lucrativos) e net (para as redes pertencentes à Internet). Fora dos EUA, sufixos de
duas letras denotam o país do domínio, por exemplo, uk (Reino Unido), de
(Alemanha) e jp (Japão).
OFFLINE – 1. Literalmente, “fora da linha”. Significa que nenhuma ligação, seja por
linha telefônica ou outra, está no momento ativa. Por exemplo, a leitura de e-mail
offline implica que possa ler mail no seu próprio computador sem que ele esteja
ligado ao servidor, desde que, naturalmente, as mensagens tenham sido
transferidas previamente para esse computador. As ligações offline não permitem a
navegação interativa na Internet, pois o computador não pode enviar comandos e
receber dados em tempo real; 2. Não conectado à Internet.
ON-LINE – por oposição a offline, on-line significa “estar em linha”, estar ligado em
determinado momento à rede ou a um outro computador. Para uma pessoa, na
Internet, “estar online”, é necessário que nesse momento esteja usando a Internet e
ela tenha, portanto, efetuado o login num determinado computador da rede.
PÁGINA – uma estrutura individual de conteúdo na World Wide Web, definida por
um único arquivo HTML e referenciada por um único URL.
PORTAL – site que funciona como porta de entrada à Internet, oferecendo desde
serviços como e-mail e bate-papo até links para sites de conteúdos diversos.
PROVEDOR DE ACESSO – instituição que se liga à Internet, via um Ponto de
Presença ou outro provedor, para obter conectividade IP e repassá-la a outros
indivíduos e a outras instituições, em caráter comercial ou não. O provedor de
acesso torna possível ao usuário final a conexão à Internet por meio de uma
telefônica local.
PROVEDOR DE INFORMAÇÃO – instituição cuja finalidade principal é coletar,
manter e/ou organizar informações on-line para acesso pela Internet por parte de
assinantes da rede. Essas informações podem ser de acesso público incondicional,
caracterizando assim um provedor não-comercial ou, no outro extremo, constituir um
serviço comercial em que existem tarifas ou assinaturas cobradas pelo provedor.
PROVEDOR DE SERVIÇO – tanto o provedor de acesso quanto o provedor de
informação.
REDE LOCAL – uma rede local com dois ou algumas dezenas de computadores que
não se estende alem dos limites físicos de um edifício ou de um conjunto de prédios
100
de uma mesma instituição, estando limitada a distâncias de até 10km. Normalmente
utilizada nas empresas para interligação local dos seus computadores. Existem
várias tecnologias que permitem a realização de uma rede local, sendo as mais
importantes a Ethernet e o Token-Ring.dios de uma instituição.
ROTEADOR – dispositivo responsável pelo encaminhamento de pacotes de
comunicação em uma rede ou entre redes. Tipicamente, uma instituição, ao se
conectar à Internet, deverá adquirir um roteador para conectar sua Rede Local (LAN)
ao Ponto de Presença mais próximo. Roteadores vivem se falando aos pares, como
modems.
ROUTER – Ver roteador.
SERVIÇO ON-LINE – assinatura paga por um serviço que oferece acesso aos
arquivos armazenados da rede, informação, jogos, programas e conexão à Internet
via gateways. Os recursos de um serviço on-line podem ser relatórios de notícia ou
informações financeiras, apresentadas em um formato organizado. Três serviços online conhecidos são América Online (AOL), Compuserve e MSN (The Microsoft
Network).
SERVIDOR – computador na Internet que oferece determinados serviços. 1. No
modelo cliente-servidor, é o programa responsável pelo atendimento a determinado
serviço solicitado por um cliente. Serviços como Archie, Gopher, WAISe WWW são
providos por servidores; 2. Referindo-se a equipamento, o servidor é um sistema que
provê recursos, tais como armazenamento de dados, impressão e acesso dial-up
para usuários de uma rede de computadores.
SERVIDOR DE FTP – computador que tem arquivos de software acessíveis por
meio de programas que usem o protocolo de transferência de arquivos File Transfer
Protocol FTP.
SITE – 1. No mundo virtual, é um endereço cuja porta de entrada é sempre sua
homepage; 2. Um site da Internet é um dos nós/computadores existentes.Por
exemplo, um site FTP (idêntico a FTP server); 3. Uma instituição onde computadores
são instalados e operados; 4. Um nó Internet.
SMILEY – são pequenos conjuntos de caracteres ASCII que pretendem transmitir
uma emoção ou estado de espírito. Uma “carinha” construída com caracteres ASCII
pode ajudar a contextualizar uma mensagem eletrônica. Por exemplo, a mais
comum é :-), que significa humor e ironia. Para entendê-la deve-se girar o smiley 90
graus para a direita.
SPAM – Ver spamming.
101
SPAMMING – 1. Publicação do mesmo artigo de news em vários grupos de
discussão, geralmente resultado em desperdiço de espaço em disco e largura de
banda nos meios de transmissão; 2. Enviar uma quantidade muito grande de
material para a UseNet.
TCP – Ver Transmission Control Protocol.
TCP/IP – Ver Transmission Control Protocol/Internet Protocol.
TRANSFERÊNCIA – o processo de solicitar e transferir um arquivo de um
computador remoto para um computador local e salvar o arquivo no computador
local, geralmente via modem ou rede.
TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS – cópia de arquivos entre maquinas via rede. Na
Internet, implantada e conhecida por FTP – File Transfer Protocol.
TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (TCP) – um dos protocolos Internet do
conjunto TCP/IP, que implementa o nível 4 do modelo OSI, pelo transporte de
mensagens com ligação lógica.
TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL/INTERNET PROTOCOL (TCP/IP) conjunto de protocolos da Internet, definindo como se processam as comunicações
entre os vários computadores. É a linguagem universal da Internet e pode ser
implementada em virtualmente em qualquer tipo de computador, pois é
independente do hardware. Em geral, além dos protocolos TCP e IP (talvez os dois
mais importantes), o nome TCP/IP designa também o conjunto dos restantes
protocolos da Internet: UDP, ICMP etc.
UNIFORM RESOURCE LOCATOR – localizador que permite identificar e acessar
um serviço na Web. A URL pretende uniformizar a maneira de designar a localização
de um determinado tipo de informação na Internet, seja ele obtido por HTTP, FTP,
Gopher etc. Um URL consiste geralmente em quatro partes: protocolo, servidor (ou
domínio), caminho e nome de arquivo, embora às vezes não haja um caminho ou
nome de arquivo.
URL – Ver Uniform Resource Locator.
USUÁRIO – aquele que utilize os serviços de um computador, normalmente
registrado através de um login e uma password.
102
VÍRUS – com referência a computadores, um programa nocivo criado pelo homem
que procura e “contamina” outros programas incorporando nestes uma cópia de si
mesmo. Quando um programa contaminado é executado, o vírus é ativado. Um vírus
pode residir passivamente durante algum tempo em um computador, sem o
conhecimento do usuário, às vezes espalhando-se para outros locais; às vezes pode
ser executado imediatamente. Ao ser executado, o vírus pode causar diversos
efeitos, desde aparecimento de mensagens irritantes, porem inofensivas, até a
destruição de arquivos existentes no disco rígido do computador. Os vírus são
disseminados pela introdução de arquivos de um computador em outro, por meio de
disquete ou de uma rede (incluindo a Internet). Um usuário de computador
inteligente irá utilizar um programa antivírus atualizado, disponível comercialmente
em diverso sites da Internet.
W3 – Ver World Wide Web.
WEB - Ver World Wide Web.
WEBMASTER – profissional encarregado de desenvolver páginas Web de um site e,
muitas vezes também responsável pela operação do servidor.
WORLD WIDE WEB – literalmente, teia de alcance mundial. Serviço que oferece
acesso, por meio de hiperlinks, a um espaço multimídia da Internet. Responsável
pela popularidade da rede. Que agora pode ser acessada por meio de interfaces
gráficas de uso intuitivo, como o Netscape ou Mosaic, a World Wide Web possibilita
uma navegação mais fácil pela Internet.
WWW –Ver World Wide Web.
WWW SERVER – um computador que fornece serviços no WWW, que possui
informação acessível no WWW.
103
ANEXOS
104
ANEXO A - RP-ALTERNATIVO em números.
22 edições
354 páginas
Maior número de páginas: 28
Menor número de páginas: 4
121 verbetes publicados no “Mas afinal o que é?”
188 matérias publicadas entre elas:
44 sobre Mercado de Trabalho
25 sobre Profissão
12 sobre Congresso
11 sobre Graduação
10 sobre Entidade de Classe
10 sobre Evento
7 sobre Concurso
6 sobre Estágio
5 sobre Pós-Graduação
4 sobre Cultura Organizacional
4 Mundo Acadêmico
219 alunos
Maior turma: 16 alunos
Menor turma: 3 alunos
105
ANEXO B - Portaria Interministerial MCT/MC nº 147, de 31.05.95
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES e o MINISTRO DE ESTADO DA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA, no uso das atribuições que lhes confere o art. 87,
parágrafo único, inciso II, da Constituição, e com o objetivo de assegurar qualidade e
eficiência dos serviços efetuados, justa e livre competição entre provedores, e
manutenção de padrões de conduta de usuários e provedores, e
- CONSIDERANDO a necessidade de coordenar e integrar todas as iniciativas de
serviços INTERNET no País, resolvem:
Art. 1º Criar o Comitê Gestor INTERNET do Brasil, que terá como atribuições:
1. acompanhar o provimento de serviços INTERNET no País;
2. estabelecer recomendações relativas a: estratégia de implantação e interconexão
de redes, análise e seleção de opções tecnológicas, e papéis funcionais de
empresas, instituições de educação, pesquisa e desenvolvimento (IEPD);
3. emitir parecer sobre a aplicabilidade de tarifa especial de telecomunicações nos
circuitos por linha dedicada, solicitados por IEPDs qualificados;
4. recomendar padrões, procedimentos técnicos e operacionais e código de ética de
uso, para todos os serviços INTERNET no Brasil;
5. coordenar a atribuição de endereços IP (INTERNET PROTOCOL) e o registro de
nomes de domínios;
6. recomendar procedimentos operacionais de gerência de redes;
7. coletar, organizar e disseminar informações sobre o serviço INTERNET no Brasil;
e
8. deliberar sobre quaisquer questões a ele encaminhadas.
(*) Art. 2º e 3º alterados pela Portaria nº 188, de 23.11.99
Art. 2º O Comitê Gestor será composto pelos seguintes membros, indicados
conjuntamente pelos Ministério das Comunicações e Ministério da Ciência e
Tecnologia:
I - um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, que o coordenará;
II - um representante do Ministério das Comunicações;
III - um representante do Sistema Telebrás;
IV - um representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq;
V - um representante da Rede Nacional de Pesquisa;
VI - um representante da comunidade acadêmica;
VII - um representante de provedores de serviços;
106
VIII - um representante da comunidade empresarial; e
IX - um representante da comunidade de usuários do serviço INTERNET.
Art. 3º O mandato dos membros do Comitê Gestor será de dois anos, a partir da
data de nomeação.
Parágrafo Único. A nomeação dos membros do Comitê Gestor será efetuada
mediante portaria conjunta dos Ministério das Comunicações e Ministério da Ciência
e Tecnologia.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
SÉRGIO MOTTA
JOSÉ ISRAEL VARGAS
Publicada no D.O.U. de 01.06.95 - Seção I, pág. 7.875.
107
ANEXO C – População e internautas por país.
POPULAÇÃO E INTERNAUTAS POR PAÍS
- Ano 2002 POPULAÇÃO INTERNAUTAS
NAÇÃO
# PENETRAÇÃO #
(em 1.000)
(em 1.000)
United States
280.500
168.600
1
60,1%
4
Japan
127.000
56.000
2
44,1%
17
China
1.300.000
45.800
3
3,5%
60
Germany
83.200
41.800
4
50,2%
15
United Kingdom
59.800
30.400
5
50,8%
14
South Korea
48.300
25.600
6
53,0%
8
Italy
57.700
25.300
7
43,8%
18
Spain
40.077
17.000
8
42,4%
20
France
59.760
16.970
9
28,4%
26
Canada
31.900
16.840
10
52,8%
10
Brazil
176.000
14.100
11
8,0%
46
Australia
19.500
10.500
12
53,8%
7
The Netherlands
16.000
9.730
13
60,8%
3
India
1.000.000
7.000
14
0,7%
84
Taiwan
22.300
6.400
15
28,7%
25
Sweden
8.900
6.100
16
68,5%
1
Malaysia
22.600
5.700
17
25,2%
27
Poland
39.000
4.900
18
12,6%
36
Thailand
61.800
4.600
19
7,4%
48
108
Philippines
84.500
4.500
20
5,3%
52
Portugal
10.080
4.400
21
43,7%
19
Indonesia
231.000
4.400
22
1,9%
66
Hong Kong
7.300
4.350
23
59,6%
5
Switzerland
7.300
3.850
24
52,7%
11
Belgium
10.300
3.760
25
36,5%
22
Austria
8.200
3.700
26
45,1%
16
Mexico
103.400
3.500
27
3,4%
61
Denmark
5.400
3.370
28
62,4%
2
Chile
15.500
3.100
29
20,0%
30
South Africa
43.600
3.068
30
7,0%
49
Peru
27.950
3.000
31
10,7%
41
Finland
5.200
2.690
32
51,7%
13
Norway
4.500
2.680
33
59,6%
6
Turkey
67.308
2.500
34
3,7%
59
Singapore
4.452
2.310
35
51,9%
12
Czech Republic
10.200
2.200
36
21,6%
28
New Zealand
3.900
2.060
37
52,8%
9
Argentina
37.400
2.000
38
5,3%
51
Russia
145.000
1.800
39
1,2%
75
Greece
10.600
1.400
40
13,2%
33
Ireland
3.880
1.310
41
33,8%
23
109
Venezuela
24.287
1.300
42
5,4%
50
Israel
6.000
1.200
43
20,0%
31
Hungary
10.100
1.200
44
11,9%
37
Colombia
41.000
1.150
45
2,8%
62
Romania
22.300
1.000
46
4,5%
53
Compilado por: www.e-commerce.org.br / Fontes de dados: CIA's World
Factbook / Nielsen-NetRatings / Cyber-Atlas / e-marketeer
NOTAS: Os valores para população e Internautas são arredondados. /
Número de Internautas para a maioria dos países refere-se a pessoas
com acesso doméstico à rede / Foram desconsiderados paises com
população menor que 1 milhão ou número de Internautas irrelevante
110
ANEXO D – DPNs para Instituições, profissionais liberais e pessoas físicas.
DPNs para Instituições
(Somente para pessoas jurídicas)
AGR.BR
Empresas agrícolas, fazendas
AM.BR
Empresas de radiodifusão sonora
ART.BR
Artes: música, pintura, folclore
EDU.BR
Entidades de ensino superior
COM.BR
Comércio em geral
COOP.BR Cooperativas
ESP.BR
Esporte em geral
FAR.BR
Farmácias e drogarias
FM.BR
Empresas de radiodifusão sonora
G12.BR
Entidades de ensino de primeiro e segundo grau
GOV.BR
Entidades do governo federal
IMB.BR
Imobiliárias
IND.BR
Industrias
INF.BR
Meios de informação (rádios, jornais, bibliotecas, etc..)
MIL.BR
Forças Armadas Brasileiras
NET.BR
Detentores de autorização para o serviço de Rede e Circuito
Especializado da Anatel e/ou detentores de um Sistema Autônomo
conectado a Internet conforme o RFC1930
ORG.BR
Entidades não governamentais sem fins lucrativos
PSI.BR
Provedores de serviço Internet
REC.BR
Atividades de entretenimento, diversão, jogos, etc...
SRV.BR
Empresas prestadoras de serviços
TMP.BR
Eventos temporários, como feiras e exposições
TUR.BR
Entidades da área de turismo
TV.BR
Empresas de radiodifusão de sons e imagens
ETC.BR
Entidades que não se enquadram nas outras categorias
DPNs para Profissionais Liberais
(Somente para pessoas físicas)
ADM.BR
Administradores
ADV.BR
Advogados
ARQ.BR
Arquitetos
ATO.BR
Atores
111
BIO.BR
Biólogos
BMD.BR
Biomédicos
CIM.BR
Corretores
CNG.BR
Cenógrafos
CNT.BR
Contadores
ECN.BR
Economistas
ENG.BR
Engenheiros
ETI.BR
Especialista em Tecnologia da Informação
FND.BR
Fonoaudiólogos
FOT.BR
Fotógrafos
FST.BR
Fisioterapeutas
GGF.BR
Geógrafos
JOR.BR
Jornalistas
LEL.BR
Leiloeiros
MAT.BR
Matemáticos e Estatísticos
MED.BR
Médicos
MUS.BR
Músicos
NOT.BR
Notários
NTR.BR
Nutricionistas
ODO.BR
Dentistas
PPG.BR
Publicitários e profissionais da área de propaganda e marketing
PRO.BR
Professores
PSC.BR
Psicólogos
QSL.BR
Rádio amadores
SLG.BR
Sociólogos
TRD.BR
Tradutores
VET.BR
Veterinários
ZLG.BR
Zoólogos
DPN para Pessoas Físicas
(Somente para pessoas físicas)
NOM.BR
Pessoas Físicas