Drenagem - Prefeitura Municipal de Governador Valadares
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Drenagem - Prefeitura Municipal de Governador Valadares
33333333333 PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES - PMGV PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - PMSB COMPONENTES DO SANEAMENTO BÁSICO: ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESGOTAMENTO SANITÁRIO DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Maio de 2015 GOVERNADOR VALADARES, MG Produto 2 - Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico Volume 2.4 - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES - PMGV GOVERNADOR VALADARES, MG PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PMSB Produto 2 Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico – Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas Maio de 2015 GOVERNADOR VALADARES, MG PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES - PMGV PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES PLANO MUNICIPAL BÁSICO Nº de f.__90______ DE Maio de 2015 SANEAMENTO PMSB ELABORAÇÃO DO "PLANO MUNIC. DE SANEAM. BÁSICO PMSB" – DECRETO nº 7217/2010, ART.26, PARÁGRAFO 4º, QUE VINCULA A EXISTÊNCIA DO PLANO SEGUNDO OS PRECEITOS ESTABELECIDOS NA LEI 11.445/2007, COMO CONDIÇÃO DE ACESSO, A PARTIR DE 2014, A RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS DA UNIÃO. 1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO 3. DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 4. LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS. ENDEREÇO CONTRATANTE: Rua Mal. Floriano, 905Governador Valadares – MG Centro ENDEREÇO CONTRATADA: 11° Avenida, 817 – Setor Universitário Goiânia-GO Maio de 2015 GOVERNADOR VALADARES - MG GOVERNADOR VALADARES – 9.3. ANEXO C - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS EQUIPE TÉCNICA E DE APOIO CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES/MG Prefeita Municipal Elisa Maria Costa Secretário Municipal de Obras e Sistema Viário Darly Alves de Souza Coordenador Geral – Secretaria Municipal de Serviços Urbanos Cézar Coelho de Oliveira Comitê de Coordenação Cézar Coelho de Oliveira – Representante da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos – SMSU; Patricy Carneiro Desmots – Representante da Secretaria Municipal de Obras – SMO; Nilson Alves de Oliveira – Representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE; Elton José Teixeira – Representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE; Luana da Silva Teixeira – Representante da Secretaria Municipal de Comunicação – SECOM; Karla França Custódio – Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS; Evaldo Gomes de Figueiredo – Representante da Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN; Guilherme de Barros Moreira – Representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Abastecimento e Agricultura – SEMA; Ana Maria de Souza Germano – Representante da Secretaria Municipal de Saúde – SMS; Emerson Rodrigues Cruz – Representante da Secretaria Municipal de Educação – SMED; Dalmo João Ferreguetti – Representante da Secretaria Municipal de Administração – SMA; Comitê Executivo Elton José Teixeira – Representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE; Maranúbia Colen Dutra – Representante da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos – SMSU; Tatiana Tannus Mendes – Representante da Secretaria Municipal de Obras – SMO; Cláudio Ricardo Caetano Mouro – Representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE; Carlos Henrique Dias de Miranda – Representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE. CONTRATADA: SENHA ENGENHARIA S/S Coordenação Técnica Eng. Francisco Humberto R. da Cunha - CREA 3.706/D-GO Eng. Porfiro José Borges Alves Neto – CREA 7.792/D-GO Eng. Adauto Santos do Espírito Santo – CREA/DF 7.388/D Equipe Técnica Eng. Dayana Bezerra Costa - CREA 15.266/D-GO Eng. Alice Araújo Rodrigues da Cunha – CREA 14.743/D-GO Eng. Teresa Hatsue Sasaki - CREA 5.069.053.510/D-SP Eng. Antônio Hizim Pelá – CREA 5.705/D-GO Eng. Luciano de Sá – CREA 12.980/D-GO Eng. Paulo Henrique Bellingieri - CREA 5061919034 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS Eng. Julliano César Guerrero – CREA 5068918349 Eng. Fernando William Ka Heng Mo – CREA 5063277032 Eng. Rodrigo Pita Bomfim Arq. Anderson Dutra – CAU 60.237-0 Adv. José Risério Ivo Adm. Leandro Bianchini de Castro Cientista Social Mariana Anselmo Ventureli Biól. Carolina Bernardes Pedag. Ana Carolina Santos Ribeiro Biól. Jonathan Vieira Novais – CRBio 57259/04-D Biól. Juliana Sakoda Telles Chinalia Sociólogo Paulo Roberto Kyriakakis Eng. Rogério Riker – CREA 5061906446 Téc. Layse Marques Silva Téc. Vanessa Sotério Top. Francisco Alberto Lobo Top. João Batista de Araújo Proj. Gláucia de Sousa Alves CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS APRESENTAÇÃO Este Relatório composto pelo Produto 2 – Diagnóstico da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico – do Plano Municipal de Saneamento Básico de Governador Valadares, MG, tem o objetivo de informar sobre o desenvolvimento do trabalho. O diagnóstico apresentado atende às formalidades estipuladas na Solicitação de Proposta dos Termos de Referência para a Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB-GV) do Município de Governador Valadares. Destaca-se que o referido Plano Municipal deverá atender as premissas instituídas pela Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Será também balizado pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001), que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade. O PMSB-GV deve abranger todo o território urbano e rural do município de Governador Valadares MG e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. As informações de interesse para os estudos relativos ao município e unidade pertinentes ao objeto de trabalho foram obtidas em campo e a partir de fontes secundárias repassadas pela Prefeitura. Os dados secundários foram levantados principalmente na Prefeitura Municipal, no SAAE e na SMO – Secretaria Municipal de Obras. Maio de 2015 SENHA ENGENHARIA CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS SUMÁRIO PRODUTO 2 – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 1 ANDAMENTO DOS SERVIÇOS............................................................................................................................. 1 2 ELEMENTOS TÉCNICOS DO TRABALHO ........................................................................................................... 2 1 SERVIÇOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA ...................................... 3 1.1 DADOS SECUNDÁRIOS E PRIMÁRIOS UTILIZADOS PARA ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM ........................................................................................................................................... 5 1.2 ASPECTOS HIDROLÓGICOS ................................................................................................................ 5 1.3 CLIMA .............................................................................................................................................. 7 1.4 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM........................................................................... 11 1.5 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM ......................................................................... 32 1.6 RISCO GEOLÓGICO .......................................................................................................................... 60 1.7 CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................... 60 1.8 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ........................................................................................................... 64 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Dados de precipitação Mensal para as estações 1841015 d 1841020 e COMDEC. ....................... 10 Figura 2– Marcas de água em inundação dentro de um bar na Praça da Estação ............................................ 13 Figura 3 – Esq. Boca de lobo de Ferro Fundido- Dir. Boca de lobo de ferro fundido entupida ...................... 13 Figura 4 – Boca de lobo de Concreto entupida ................................................................................................ 14 Figura 5 - Boca de lobo tipo Capelinha .......................................................................................................... 14 Figura 6 - Caminhão para limpeza com hidro jateamento .............................................................................. 14 Figura 7 – Avenida Minas Gerais cruzamento com via férrea......................................................................... 15 Figura 8 – Mergulhão sob a via Férrea na Av. Minas Gerais .......................................................................... 15 Figura 9 – Poços de Sucção de Água Pluvial – 3 Moto bombas 10CV ........................................................... 16 Figura 10 – Conjunto Moto bomba 75CV ....................................................................................................... 16 Figura 11 – Boca de Lobo (Distrito de Baguari) ............................................................................................. 24 Figura 12 – Sarjeta (Distrito de Baguari) ......................................................................................................... 24 Figura 13 – Assoreamento curso d’água P. Cassiano ...................................................................................... 25 Figura 14 – Resíduos sólidos no Curso d’água em Penha Cassiano. ............................................................... 25 Figura 15 – Boca de lobo – Vila Nova Floresta............................................................................................... 25 Figura 16- Córrego Paca Vila Nova Floresta ................................................................................................... 25 Figura 17 – Marca Inundação Brejaúbinha ...................................................................................................... 26 Figura 18 – Pavimentação em Blocos de Granito Brejaúbinha ....................................................................... 26 Figura 19 – Boca de lobo em São José do Goiabal .......................................................................................... 26 Figura 20 – Ruas não pavimentadas e erosão .................................................................................................. 27 Figura 21 – Presença de esgoto no Córrego em Santo Antônio do Pontal....................................................... 27 Figura 22 – Boca de lobo em Xonim de Cima ................................................................................................. 28 Figura 23 – Canaleta de Drenagem na Rodovia BR-116 ................................................................................. 28 Figura 24 – Obstrução de Boca de Lobo em São Vítor ................................................................................... 29 Figura 25 – Distrito São José do Itapinoã ........................................................................................................ 30 Figura 26 – Boca de lobo em Rua de Alto Santa Helena ................................................................................. 30 Figura 27 – Sulcos erosivos em rua de São Bernardo I ................................................................................... 31 Figura 28 – Assoreamento em São Beranrdo II ............................................................................................... 31 Figura 29 – Diagrama esquemático das Usinas Hidrelétricas do Rio Doce .................................................... 33 Figura 30 - Os tipos de leitos fluviais, notando-se a distinção entre o leito de vazante o leito menor e o leito maior. .. 34 Figura 31 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012.................................................................................................. 36 Figura 32 – Rio Doce – Cheia de 06/1/2012.................................................................................................... 36 Figura 33 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012.................................................................................................. 36 Figura 34 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012.................................................................................................. 36 Figura 35 – Cheia 06/01/2012 – Ponte próxima do SAAE (Antes e durante a cheia) ..................................... 36 Figura 36 – Cheia de 06/01/2012 (Dentro do SAAE) ...................................................................................... 37 Figura 37 – Cheia de 06/01/2012 – Bairro JK ................................................................................................. 37 Figura 38 – Cheia de 06/01/2012 - Bairro Sta. Rita......................................................................................... 37 Figura 39 – Cheia de 06/01/2012 – Ilha dos Araujos ...................................................................................... 37 Figura 40 – Rib. da Onça – Junção com R. Doce ............................................................................................ 39 Figura 41 – Rib. da Onça – Ponte da Rua C .................................................................................................... 39 Figura 42 – Ponte da Rua Euzébio Cabral / Av. JK ......................................................................................... 41 Figura 43 – Interceptor danificado dentro da calha menor do Ribeirão .......................................................... 41 Figura 44 – Lagoa Castanheira em área de preservação na bacia do Ribeirão da Onça .................................. 42 Figura 45 – Canal paralelo à Av. JK ................................................................................................................ 42 Figura 46 – Canal aberto da Rua Joaquim F. de Souza ................................................................................... 43 Figura 47 – Reservatório de Detenção Vila Bretas / Jardim Pérola ................................................................. 43 Figura 48 – Canalda Av. Diva Hertal Coller ................................................................................................... 44 Figura 49 – Área para construção do Reservatório de detenção Bairro Nova Vila Bretas .............................. 45 Figura 50 – Canal de saída do Reservatório de Detenção a ser construído ..................................................... 45 Figura 51 – Saída do Canal da Avl 13 de Maio ............................................................................................... 46 Figura 52 – Canal aberto da Rua Porto Alegre ................................................................................................ 46 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS Figura 53 – Junção do Canal vindo da Rua Porto Alegre com o Córrego Figueirinha .................................... 46 Figura 54 – Junção do Canal da Rua Porto Alegre e Córrego Figueirinha (assoreamento) ............................ 47 Figura 55 – Córrego Figueirinha – ponte da Rua São Luiz ............................................................................. 48 Figura 56 – esq. Canal retangular de montante – dir. ponte sobre o córrego Figueirinha ............................... 49 Figura 57 – Seção típica do canal do Córrego Figueirinha .............................................................................. 49 Figura 58 – Comportas de desvio para o Córrrego Figueirinha ....................................................................... 50 Figura 59 – Canal da Av. Reny Pereira ........................................................................................................... 50 Figura 60 – esq. Bueiro sêxtuplo Av. Angico – dir. Canal da Av. Coqueiral .................................................. 51 Figura 61 – Canal da Av. Coqueiral ................................................................................................................ 51 Figura 62 – Esq. Junção do canal da Av. Veneza com o canal da Av. José Evair Ferreira Matos, dir. Junção do canal da Av. Lisboa ..................................................................................................................... 52 Figura 63 – Esq. Urbanização a montante da Av. Lisboa – Dir. Início do Canal da Av. Lisboa..................... 52 Figura 64 - Laterais do canal da Av. Tancredo Neves .................................................................................... 53 Figura 65 – Travessia do Canal da Av. Tancredo Neves sob a Ferrovia ......................................................... 53 Figura 66 – Canal da Rua José Tavares Pereira Filho ..................................................................................... 54 Figura 67 – Esq. Bueiro Tubular – Dir. Rio a montante do Bueiro ................................................................. 54 Figura 68 – Edificações na entrada da tubulação (Cerâmica Ibituruna) .......................................................... 55 Figura 69 – Lagoa próximo da BR-116 ........................................................................................................... 55 Figura 70 – Esq. vista do trecho não canalizado – Dir. vista do início do trecho canalizado no Bairro Jardim Primavera ....................................................................................................................................... 56 Figura 71 – Vista do trecho canalizado............................................................................................................ 56 Figura 72 – Parcelamento de solos nas margens do Rio Doce ........................................................................ 62 Figura 73 – Parcelamento de áreas das margens do Rio Doce. ....................................................................... 62 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 –Mudanças Conceituais referentes à gestão de águas pluviais no meio urbano ..................................... 4 Quadro 2 – Bacias elementares de Governador Valadares ..................................................................................... 7 Quadro 3 – Histórico das Precipitações Mensais .................................................................................................... 9 Quadro 4 – Relações entre as Precipitações máximas e médias mensais ............................................................. 10 Quadro 5 – Precipitações diárias recentes que causaram problemas. ................................................................... 10 Quadro 6 – Projetos de Drenagem Prefeitura Municipal de Governador Valadares ............................................ 18 Quadro 7 – Aspectos gerais relativos ao Diagnóstico do sistema de Microdrenagem ......................................... 32 Quadro 8 – Resumo do Diagnóstico do Sistema de Macrodrenagem................................................................... 58 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 – Plano de Saneamento Bacias Hidrográficas Elementares ................................................................ 8 Ilustração 2 – Plano de Saneamento Semicadastro das Redes de Microdrenagem.............................................. 12 Ilustração 3 - Plano de Saneamento Manchas de Inundação do Rio Doce .......................................................... 35 Ilustração 4 - Plano de Saneamento Croqui de Macrodrenagem ........................................................................ 38 Ilustração 5 – Áreas atingidas por alagamentos no período 2012 a 2013 ............................................................. 40 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS LISTA DE ABREVIATURAS BDMG BL CBH CODEMA CONAMA DBO NA Ph PMSB-GV PV SAAE SMO Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais Boca de Lobo Comitê de Bacia Hidrográfica Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Demanda Bioquímica de Oxigênio Nível de Água Potencial Hidrogeniônico Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Governador Valadares Poço de Visita Serviço Autônomo de Água e Esgoto Serviço Municipal de Obras CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 1 1 ANDAMENTO DOS SERVIÇOS Os trabalhos estão sendo desenvolvidos de acordo com a metodologia exposta no Plano de Trabalho. No momento, já foram iniciadas as etapas referentes ao Produto 2 – Diagnóstico da Prestação do Serviço de Saneamento Básico. Este relatório contempla a atividade 3.C.50 – Caracterização dos Sistemas de Manejo de Águas Pluviais Urbanas – prevista na etapa 3.C – Diagnóstico dos Sistemas e Serviços. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 2 2 ELEMENTOS TÉCNICOS DO TRABALHO Neste capítulo constam os elementos do trabalho, os quais comporão o relatório do Produto 2 – ‘Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico’, cujo objetivo será caracterizar a situação atual do saneamento no município e, principalmente, diagnosticar os sistemas de saneamento básico de Governador Valadares. Esses elementos constam de: 1 SERVIÇOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA 1.1 DADOS SECUNDÁRIOS E PRIMÁRIOS UTILIZADOS PARA ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM 1.2 ASPECTOS HIDROLÓGICOS 1.3 CLIMA 1.4 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM 1.5 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM 1.6 RISCO GEOLÓGICO 1.7 CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 3 1 SERVIÇOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA O diagnóstico dos serviços e manejo de Águas Pluviais do Município de Governador Valadares, foi elaborado a partir de informações disponibilizadas pelos técnicos da Prefeitura Municipal, visita técnica com observações “in loco”, bibliografia e Internet. No que diz respeito a gestão dos serviços de drenagem urbana, o Plano Nacional de Saneamento Básico, elaborado pela Secretaria nacional de Saneamento do Ministério das Cidades (PLANSAB, 2013) constatou que: “Quase 100% dos municípios têm seus sistemas de drenagem administrados diretamente pelas prefeituras. A questão da drenagem municipal ficava em 2000, predominantemente vinculada às secretarias de obras e serviços públicos. Em 2000 apenas 22,5% dos municípios do país declararam possuir plano diretor de drenagem urbana. Com relação à prestação dos serviços de drenagem, consideramos os seguintes desafios a serem equacionados no PLANSAB: - Fortalecimento da capacidade institucional dos municípios, mediante ações de qualificação do seu corpo de gestores e técnicos, no sentido da construção de uma visão integrada que oriente o planejamento da drenagem articulado ao planejamento do esgotamento sanitário, da coleta e disposição de resíduos sólidos e do uso e ocupação do solo dentro do paradigma da gestão sustentável da drenagem com foco em medidas não estruturais; - Equacionar formas sustentáveis de financiamento para os sistemas; - Ampliar a participação da sociedade no controle da gestão da drenagem urbana; - Apoiar o desenvolvimento de experiências de cooperação intermunicipal na escala da bacia hidrográfica, que deve ser orientadora dos sistemas de drenagem. “ Rossetto, A. M e Lerípio, A. A in Philippi, Jr., A. (2012), em uma abordagem sobre o ambiente descrevem: “Muitas questões relacionadas a esse tema, tais como processos demográficos, de urbanização e socioeconômicos, padrões tecnológicos e de produção e consumo, valores culturais e estruturas educacionais, são protagonistas de intensas alterações do ambiente; entretanto, as decisões que determinam suas evoluções não raro desconsideram as demandas ambientais. Vista a partir deste enfoque, a problemática ambiental passa a ter inúmeros pontos de articulação e infinitos atores e agentes. “ Assim com grande frequência os problemas de drenagem urbana estão relacionados com a geografia da intervenção urbanística assumindo aspectos próprios e atinentes a particularidades diversas de cada bacia hidrográfica analisada. A grande evolução demográfica que culminou com a recente concentração da maior parte das pessoas residindo em meios urbanos, agravou os problemas relativos às questões de Drenagem. Paralelamente os manejos clássicos assumidos nos sistemas de Drenagem Urbana contribuíram para uma evolução dos conceitos higienistas, mais antigos, para conceitos inovadores relativos à gestão de águas pluviais urbanas. O quadro 1 sintetiza tais paradigmas. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 4 Quadro 1 –Mudanças Conceituais referentes à gestão de águas pluviais no meio urbano HIGIENISMO Drenagem rápída das águas pluviais, transferência para jusante Redes subterrâneas, canalização dos cursos d'água naturais CONCEITOS INOVADORES Favorecimento à infiltração, ao armazenamento e ao aumento do tempo de percurso do escoamento Valorização da presença da água na cidade,busca de menor interferência sobre o sistema natural de drenagem Soluções técnicas multifuncionais: Sistema de Associação do sistema de drenagem ao sistema drenagem associado à áreas verdes, terrenos de viário esporte, parques lineares... Sistema de drenagem gravitacional, não controlado, configuração fixa de rede Sistema de drenagem controlado, possibilidade de alteração na configuração da rede de drenagem em tempo real Concepção e dimensionamento do sistema segundo um nível único de risco de inundação Concepção e dimensionamento segundo diferentes níveis de risco de inundação, para atender objetivos diferenciados Avaliação da operação do sistema para eventos Não analisa o sistema no contexto de eventos de tempos de retorno superiores ao de projeto, de tempos de retorno superiores ao de projeto gestão de risco de inundação Preocupação com a garantia de condições Objetivos de saúde pública e de conforto ao adequadas de saúde pública e conforto no meio meio urbano; despreocupação com impactos da urbano e de redução dos impactos de urbanização sobre meios receptores urbanização sobre os meios receptores Fonte: Nascimento, Baptista e Von Sperling (1999) A Lei Federal 10.257/2001, o Estatuto da Cidade, regulamentou os instrumentos de política urbana previstos nos Planos Diretores Municipais, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. Entre esses instrumentos se insere o planejamento territorial urbano, essencial para que o avanço dos sítios urbanizados se estabeleça em consonância com princípios de seguridade. Nesse aspecto a manutenção das áreas baixas preservadas ou desocupadas, uma vez que se mostram impróprias para uso habitacional, devido ao risco de inundações se estabelece como uma das metas relevantes no cenário de gestão, especialmente no planejamento da ordenação territorial. Considerando então os aspectos gerais de urbanização, especialmente os aspectos hidrológicos que indicam os riscos de inundação; pode-se afirmar que a cidade de Governador Valadares se estabeleceu em um cenário bastante específico. O sítio urbano de sua sede, evoluiu predominantemente, ao longo do leio maior do Rio Doce, se expandindo dentro do mesmo. Durante esse processo consolidou-se uma malha urbana ao longo também de toda a Ilha dos Araújos. Esta Ilha, caracterizada altimetricamente por cotas extremamente baixas em relação ao nível de água normal do Rio Doce, é quase que totalmente inundada por ocasião das cheias maiores. Em praticamente todas as regiões do mundo a atratividade exercida pelos meios aquáticos impulsionou o desenvolvimento urbano em regiões próximas dos mesmos e, consequentemente, em áreas de risco de inundações. Tem-se como resultado problemas estabelecidos em áreas de risco, um contexto bastante frequente nas cidades brasileiras. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 5 A preocupação quanto aos problemas de inundações é refletida do ponto de vista jurídico com as leis que buscam orientar procedimentos auxiliares para a redução de riscos. Podem ser citadas além do estatuto das cidades estabelecido pela Lei Federal 10.257/2001, a Lei Florestal de Minas Gerais 20.922 de 16/10/2013 – que incorpora as premissas estabelecidas pela Lei Federal Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 e o Novo Código Florestal Brasileiro (Com as modificações advindas da Lei Nº 12.727, de 17 de outubro de 2012). Considerando-se a esfera municipal cite-se ainda a lei complementar 95 de 27 de dezembro de 2006 que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Governador Valadares – Minas Gerais. Esta lei define leis complementares para Uso e Ocupação do Solo Urbano, Lei de Parcelamento do Solo Urbano entre outras. Assim do ponto de vista legal tem-se um arcabouço de posturas que estimulam reordenar rumos do processo urbano em condições de segurança para futuras expansões, complementarmente à gestão dos riscos e problemas da urbanização formal já estabelecida. 1.1 DADOS SECUNDÁRIOS E PRIMÁRIOS UTILIZADOS PARA ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE DRENAGEM Conforme já se referiu anteriormente e de alguma forma já abordado na caracterização geral do Município, entre os dados utilizados neste diagnóstico estão incluídos: a. Lei 9433, de 8 de janeiro de 1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídrico; b. Lei Federal 10.257/2001, regulamentando os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais da política urbana; c. Lei Florestal nº 20.922 de Minas Gerais, de 16 de outubro de 2013; d. Lei complementar 095 de 27 de Dezembro de 2006 que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Governador Valadares – Minas Gerais; e. Lei Complementar n• 004/1993 Dispõe sobre o uso e a ocupação do solo urbano no Município de Governador Valadares; f. Plano Municipal de Redução de Riscos de Governador Valadares (PMRR), elaborado pela Prefeitura Municipal e Defesa Civil; g. Semicadastro do Sistema de Microdrenagem – Prefeitura Municipal de Governador Valadares; h. Projetos municipais de Drenagem Urbana realizados nos últimos anos, i. Definição da Planície de Inundação do Rio Doce do Serviço Geológico do Brasil (CPRM); j. Informações complementares obtidas junto aos Técnicos da Prefeitura local – do Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Governador Valadares (SAAE) e da Secretaria Municipal de Obras, (SMOV/SMSU); e k. Visitas realizadas aos locais com identificação de problemas. 1.2 ASPECTOS HIDROLÓGICOS A lei 9433, de 8 de janeiro de 1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Essa lei define a Bacia Hidrográfica como a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Assim quando se refere ao manejo das águas de Chuva e a Drenagem Urbana essa unidade territorial continua a ser o núcleo de estudo com relevância fundamental para todos os aspectos correlatos. A resposta hidrológica das bacias hidrográficas está diretamente associada a aspectos de natureza fisiográfica, onde características como tamanho, forma, declividade, ocupação, clima, uso e características do solo, entre outros, assumem papeis importantes para a resposta hidrológica. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 6 Os sítios hidrográficos do Município de Governador Valadares drenam todos para o Rio Doce. O Rio Doce é a sub-bacia 56 que se insere na Bacia do Atlântico Leste, Bacia 5 do Sistema Hídrico Nacional. Tem-se em Governador Valadares uma área de drenagem de 40.500 km2 (informação disponibilizada no Site hidroweb da ANA (Agência Nacional de Águas), para a Estação Fluviométrica 5685.0000, localizada a uma latitude de 18º:50:00 e longitude -41º:56:00). A malha urbana se estabelece sobre terrenos drenando bacias com áreas menores constituindo contribuições pelas margens esquerda e direita do Rio Doce. Tal composição de sítios hidrográficos abrangendo pequenas e grandes áreas de drenagem definem respostas hidrológicas com duas características diferentes: cheias associadas a elementos endógenos, resultantes de eventos de chuvas que caem na região e cheias associadas a elementos exógenos, resultantes do regime hidrológico da Bacia do Rio Doce, prevalentes fora do território municipal. Tem-se consequentemente, possibilidade de ocorrência de inundações mesmo sem chuvas localizadas em Governador Valadares. BACIAS ELEMENTARES Foi definido para efeito dos estudos deste Plano Diretor de Drenagem, o conceito de Bacia Elementar. Constitui uma bacia Elementar qualquer Bacia identificada pelos divisores topográficos que venha ser objeto de estudo. Para a caracterização ou denominação das Bacias Elementares foi utilizado um número específico. Esse número foi constituído pela atribuição dos algarismos ABCDEF, definidos pelos seguintes critérios: AB = 56, sendo 56 o número da Bacia Hidrográfica do Rio Doce CD = algarismo identificador da Bacia Hidrográfica EF = algarismo identificador de uma sub-bacia de CD. O código SB, equivale simplesmente à palavra Sub-Bacia equivalente a qualquer subdivisão que se faça necessária. A título de exemplo, a Bacia 560000 corresponde à Bacia total do Rio Doce a montante da BR-116. Ao se tornar necessária a subdivisão dessa bacia, as mesmas poderão ser identificadas com um novo número fazendo-se a variação nos dois últimos, ou seja: SB-560001, SB-560002 etc. Nesse caso SB-560001 está contida dentro dos limites da SB-560000 e, portanto, tem uma área diferente e menor que a área da SB560000. A partir da Bacia 560000, foram subdivididas as principais bacias contribuintes pela margem esquerda e pela margem direita. O número CD fica reservado para essa caracterização, tomando-se por critério os números ímpares para Sub-bacias drenando pela margem esquerda, e os números pares para Sub-bacias da margem direita. Assim a bacia 560100 representa a bacia do Ribeirão da Onça. Qualquer subdivisão a ser feita nesta bacia deverá receber os números 560101, 560102 e assim por diante, conforme foi anteriormente citado. Outro identificador importante é o nome do curso d’água, quando existente. Eventualmente os nomes dos cursos d’água variam. No caso específico foi utilizado como referência o nome da Carta do IBGE; tendo sido utilizadas as cartas de Governador Valadares e Marilac (Esc.: 1:100.000). Datum Vertical: marégrafo de Imbituba, SC. Datum Horizontal: SAD-69, MG. No caso de córregos com nomes diferentes dos da carta os mesmos foram identificados também com esse nome conforme se pode observar no Quadro 2. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 7 BACIA A 2 Quadro 2 – Bacias elementares de Governador Valadares NOME DO CURSO D`ÁGUA OBSERVAÇÕES IBGE LOCAL (km ) SB- 560100 175,46 RIBEIRÃO DA ONÇA SB- 560300 1,7 SB- 560500 2,94 SB- 560700 2,27 SB- 560900 10,07 CÓRRREGO DOS BORGES SB- 561100 10,02 CÓRRREGO MIRAGEM SB- 561300 0,88 SB- 561500 5,43 SB- 561700 1,87 SB- 561900 145,39 CÓRREGO DO CAPIM SB- 560000 40500 RIO DOCE SB- 560200 5,44 SB- 560400 0,86 SB- 560600 11,45 CÓRREGO VARETAS SB- 560800 1,14 ILHA DOS ARAÚJOS Fonte: Senha Engenharia, 2015 RIBEIRÃO DO ONÇA FIGUEIRINHA - RUCD RUCD - - RUCD - RUCD ILHA DOS ARAÚJOS - REGIÃO URBANA Bairro Canaã - Santa Rita Vila Bretas - São Paulo Bairro Lourdes - Centro Centro N. Sra das Graças Esplanadinha São Pedro - Universitário Universitário - Santos Dumont UNIVALE Floresta - Santos Dumont II Bacia Rio Doce mont, da BR-116 Vila do Sol - Vila do Sol II Jardim Vera Cruz - São Raimundo Atalaia - Vila Isa Ilha dos Araújos Apresenta-se a seguir uma ilustração com o mapa das bacias elementares. 1.3 CLIMA A climatologia local assume papel relevante no contexto das informações necessárias e disponíveis, constituindo a pluviometria o evento mais relevante do clima para o trato das questões da drenagem urbana. No item de Caracterização Geral do Município, indica-se a classificação de Köpen em Tropical subquente e uma precipitação anual média de 1114 mm conforme indicado nas NORMAIS CLIMATOLÓGICAS do posto de Governador Valadares. Esta estatística dada pelas normais constitui um extrato da publicação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, correspondendo ao período de 1961(inclusive) a 1990. Embora seja esse um período importante e representativo do histórico, buscou-se uma atualização destes dados incluindo as observações disponíveis depois de 1990. Para se obter registros hidrométricos mais novos foram pesquisados os postos Pluviométricos locais no site da Agência Nacional de Águas (ANA). Deste “site” foram processadas as estações 1841015 (INMET), e 1841020 (CPRM). Foi incluído também na análise dados da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC). Neste processamento foi obtida uma precipitação média de 1.066mm bastante próxima do histórico referente às normais (com uma diferença de 4,5% a menos). Nos quadros 3 e 4 e figura 1 estão relacionados resultados dos processamentos estatísticos da série histórica. No quadro 5 tem-se o registro de precipitações ocorridas mais recentemente e que resultaram em problemas de drenagem dentro da área urbana. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 8 Ilustração 1 – Plano de Saneamento Bacias Hidrográficas Elementares CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 9 Quadro 3 – Histórico das Precipitações Mensais Estações Pluviométricas:1841015 (INMET) 1841020 (CPRM) COMDEC (DER) ANO 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 JAN 0 351,2 233,4 23,6 283,6 27 55,9 35,5 329 125,5 124,8 199,4 8,5 27,2 172,4 22 96,9 157,8 54,8 222,6 0 273,5 0 375,9 249,7 245,2 0 77,6 179 149,3 0 0 0 0 0 1,8 269 230 508,1 245,5 0 283,3 376,6 41,2 0 191,2 155,3 168,8 134,1 2 209,9 382,6 81,4 170,2 31,4 82,5 188,3 218,2 75,8 183,8 12,7 157,1 0 193,90 186,90 FEV 114,1 74,6 109 106,9 170,1 21 117,2 153,6 216,1 45,4 91,4 82,6 115,5 13 7,8 21 167,2 81,4 22,6 85,5 0 122,4 62,5 258,2 248,7 30,5 134,4 361,6 14,4 0 0 0 0 0 0 156,6 50,2 98,5 333,3 165,8 21,2 15,9 181,1 25,2 0 58,3 45,9 38,9 77,9 92,9 292,7 166,3 16,9 24,8 15,3 0 72,8 250,6 34,1 116,6 35,7 126,9 0 217,20 218,30 MAR 217 44 188 137,1 193,8 46 204,2 132,3 26,5 51,7 144,1 285,2 94,8 115,2 53,4 108,8 124,6 123,4 173,8 398,1 37,7 28,8 2 127,3 131,6 40,8 114,5 49,4 85,5 0 0 0 0 0 135,5 81,5 44,3 109,4 212,7 0 248,8 169 247,6 169,8 0 11,7 108,4 130,9 99,9 15,1 180,7 11,6 8,4 179,5 91,2 92,7 151,1 103,1 154,7 79,8 122,3 36,2 0 196,80 160,10 ABR 51,6 53,9 30,5 111,8 210,3 106 2,4 82,2 148,7 24,9 22 171,5 37 9,4 27,8 48,8 107 202,6 13,4 25,8 31 36,6 28,2 14 75,7 126,9 0 36,9 72,6 57,2 0 0 0 0 89,9 46 135,2 63,1 32,1 182,8 10,3 174,8 155,3 49,5 0 43,7 16,3 46,6 0 21,6 2,4 65,2 52,7 40,9 50,8 32,5 16,9 4,1 28,7 37,9 22,2 3,6 0 80,10 45,50 MAIO 1,3 2,7 3,1 16,8 66,3 0 29,2 38,7 27,4 1,4 0 5,8 36,2 10,4 6,2 75 116,4 26,2 1,4 39,8 46,1 9,1 0 14 48,1 82,2 6,1 42,8 26,8 1,8 0 0 0 0 18,4 45,9 30,2 85,5 13,8 38,6 17,1 10,5 13,9 9,4 0 6,3 32,5 92,3 7,4 50 33,9 3,2 61,8 12,4 60,7 7,1 17,3 24,1 7,9 17,1 28,4 58,3 0 4,70 33,40 JUN 9,7 10 3 5,5 12 0 15,6 73 11,5 12,2 14 0 40,6 0,6 0 102,2 10,2 49,8 0 0 20,8 12,2 6,8 3,5 24,7 0 4,2 48,5 71 0 0 0 0 0 4,7 4,9 45,1 0 2,1 12 22,3 0 0 0,3 0 13,8 12,5 32,8 131,4 18,7 15,8 6,9 19,5 10,4 1,5 4 4,3 6,2 2 0 3,8 2,8 0 35,80 42,60 JUL 27,1 22,7 0 11,9 10 0 25,6 3,3 12,1 2 15,8 1,6 0 14,4 0 4 30,3 102,6 0 0 0 13,5 0 10,6 0 25,7 0,7 25,6 0,7 15,2 0 0 0 0 21,1 11,4 3,2 31 14,5 4,8 1,8 14,3 19,7 0 0 20 0,6 2,7 14,8 54 24,2 8 0,5 1,9 1 0 5 0,7 5 7,9 0,1 0,2 0 23,50 13,30 AGO 12,2 12,9 0 11,3 1,2 2 54,4 0,5 0 0 2 6,1 0 6 0 2,4 0 6,6 0 0 0 0 0 13,1 0 0 0,7 34 3,8 16 0 0 0 0 1,1 3,9 0,4 4 21,4 1,2 16,4 53,3 0 38,2 0 78,4 7,8 1,3 58 43,5 6 7,6 7,3 0,1 2,2 0 10,2 0 1,1 10 8,7 14,1 0 5,00 4,90 SET 71,5 67,5 0 0 7,8 8,2 1,3 4,1 0 27,6 0 74 74 0 0 0 79,2 54,4 67,4 49,8 0 0 0 30,5 0 19,5 10,8 37,6 0 73,1 0 0 0 0 33,7 108,3 0 12,1 10,4 16,3 0 37,9 164,5 0 0 1,8 28,5 0 24,8 34,9 66,2 99,6 10,1 0 2,2 51,8 62 0,5 7,5 26,7 74,1 152,7 0 0,00 10,20 O UT 127,6 93,3 54,2 127,9 121,3 131,5 169,5 95,1 263,4 19,1 20,4 0,6 8,8 94,4 96,8 92,4 1,7 143,9 91 28,6 0 96,6 0 164 137,2 114,5 55,2 202,2 24,9 158,1 0 0 0 0 256 158,4 48,6 141,8 112,8 1,3 147,2 24,3 97,9 269,3 0 42,8 105,6 27,7 117,6 43,2 47,2 233,6 24,2 38,4 137,3 82,3 18,8 75,8 57,4 11,3 60,8 15,3 0 53,80 85,70 NO V 88,8 369,8 112,3 138,8 319,2 284 130,2 229,4 50,4 209,6 12 147,1 117,4 90,2 347,2 210,6 101,7 93,4 214,2 0 0 107,4 70,9 207,9 312 177,9 160,8 0 0 208,4 0 0 0 0 273,2 272,7 300,1 206,5 247,9 115,5 351,9 10,4 156,3 117,2 198,4 116,2 219,3 155 115,6 148 130,7 120,5 62,8 191,9 196,3 238,8 193,8 164,2 218,7 315,3 308,9 136,2 0 132,40 321,00 DEZ 197 497 441,4 395,5 374 122,8 400,7 591,3 233,1 161,8 289,9 333,1 295 155 141,7 423,9 191,4 76,8 260,6 0 111,8 0 120,3 0 49,5 0 212,2 180,8 356,6 111,6 0 0 0 0 98,3 249,3 167,1 86,1 222,7 195,1 173,6 152,8 374,2 305,7 270,4 221,9 285 159,2 206,1 71,3 387,6 261,6 349,9 106,5 341,9 278,7 286,5 143,6 152,9 194 258,7 252,5 0 245,30 149,10 2010 276,5 10 25,8 263,2 320 33,7 93,5 13,8 23,5 0,6 37 11,8 232 197,5 296,7 64,3 84 45,2 82,2 35 111 3,4 58 60,3 15 33,7 0,2 99,5 52 9,8 77 0 9,4 0,2 12 2,2 0 2 1 0,6 0 14,9 13,5 0,2 0,4 35 3,5 16,0 5 1,6 0,5 3 18,1 0,00 235 127,4 113,3 18,5 113 46,1 113,5 216,6 211,0 365,8 36,1 148,9 185 496 265 37,2 827 112,8 2011 2012 2013 2014 2015 Ausência de observações Fonte: Defesa Civil, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 10 Figura 1 - Dados de precipitação Mensal para as estações 1841015 d 1841020 e COMDEC. PRECIPITAÇÕES E NÚMERO DE DIAS DE CHUVA MENSAIS 300 16 14.6 14 246.7 250 12.7 12 10.2 P(mm) 10 180.0 166.3 9.2 150 8 7.9 7.6 123.0 6.1 6 NÚMERO DE DIAS DE CHUVA 200 99.7 100 92.6 4.4 4 4.0 3.7 60.4 3.6 3.0 50 2 29.9 28.2 17.8 10.9 10.2 JUL AGO 0 0 JAN FEV MAR ABR MAIO JUN SET OUT NOV DEZ Fonte: Defesa Civil Quadro 4 – Relações entre as Precipitações máximas e médias mensais DESCRIÇÃO MÉDIA MENSAL MÁXIMA MENSAL Pmáx / Pmédia OUT NOV DEZ JAN FEV MAR 92,6 180,0 246,7 166,3 99,7 123,0 269,3 369,8 827,0 508,1 361,6 398,1 2,9 2,1 3,4 3,1 3,6 3,2 Fonte: Defesa Civil Quadro 5 – Precipitações diárias recentes que causaram problemas. DESCRIÇÃO 12_DEZ_2013 13_DEZ_2013 18_DEZ_2013 21_DEZ_2013 06_MAI_2015 Fonte: Defesa Civil P(mm) 25 135 150 123 35 Em meios urbanos dificilmente se tem medições de vazões que possibilitem a utilização de metodologias diretas para a modelagem hidrológica e hidráulica dos componentes dos sistemas de drenagem. Consequentemente torna-se necessária a utilização de metodologias indiretas de transformação de chuva em vazão. Para este fim é imprescindível conhecimento de “quantis” de precipitações relacionados a períodos de retorno correspondentes aos riscos assumidos de ocorrência das precipitações e/ou cheias. Para a definição destes “quantis” de chuva inicialmente foram pesquisados dois estudos existentes com análise de frequência de chuvas, ou seja, o de Pfafstetter (1957) e o estudo realizado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA, 2001). Este estudo (COPASA, 2001) inclui relações IDF (Intensidade, Duração, Frequência) para Governador Valadares definidas por: CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 11 Onde: - T = período de retorno, em anos; - t = duração da precipitação em minutos; - I = intensidade de precipitação em mm/h. As relações obtidas se limitam a uma duração máxima diária, ou seja, t até 24 horas de chuva. Essa expressão foi obtida pela análise do período histórico de 1983-1999. 1.4 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM Normalmente os sistemas de drenagem podem ser subdivididos entre micro e macrodrenagem. O termo microdrenagem, impropriamente utilizado, uma vez que não se refere a grandezas microscópicas; é cunhado para representar a drenagem menor. Isso ainda traz alguma dúvida em razão da prevalência de alguma subjetividade. Para fins práticos serão consideradas como microdrenagem neste diagnóstico, todas as redes urbanas feitas com tubos com diâmetro menor ou igual a 1,20 m. Serão enquadradas como macrodrenagem todas as canalizações com diâmetro maior que 1,20 m e todas as canalizações em galerias celulares de concreto. Além disso, considerar-se-á ainda macrodrenagem os bueiros celulares, os bueiros tubulares com diâmetro maior que 1,20m e pontes. As pontes podem ser consideradas ainda como obras-de-arte especiais, embora este termo seja mais adequado para as pontes que realmente implicam em atributos arquitetônicos que as diferenciem funcional e esteticamente. De acordo com o Censo 2010, 88% dos domicílios urbanos do município de Governador Valadares eram atendidos por guias e sarjetas e 47% por bocas de lobo. Além disso, 89% dos domicílios urbanos se encontram em ruas pavimentadas. As áreas verdes urbanas são importantes no sentido de diminuir o escoamento superficial direto e contribuir para estabilidade de encostas. Por outro lado as árvores nas vias requerem que o sistema de limpeza urbana seja permanente e eficiente, de forma que a varrição e limpeza permanente de bocas de lobo possibilitem seu funcionamento sem entupimentos. Importantes áreas verdes estão localizadas dentro dos limites do Distrito Sede de Governador Valadares. Assim podem ser citados a APA Pico do Ibituruna e o Parque Figueira – Ceam, sendo que o primeiro apresenta uma extensão de 6.243 hectares. O município ainda conta com praças e ruas arborizadas, principalmente na região central da cidade. As principais praças arborizadas de Governador Valadares são: Praça dos Pioneiros, Praça Serra Lima, Praça do Coreto, Praça da Ilha, Praça dos Ferroviários, Praça Treze de Maio, Praça do Esplanada e Praça da Estação. Além disso, está em construção o Parque Natural Municipal de Valadares com 403 mil m² na estrada para Derribadinha. É importante ressaltar que o cadastro das redes de drenagem urbanas, com locação e nivelamento de todos os seus componentes é a ferramenta que melhor subsidia dados técnicos que possibilitem uma avaliação desses sistemas, especialmente quanto a sua capacidade hidráulica e ocorrência de cruzamento, ou seja, a presença indevida de esgotos sanitários na rede, assoreamentos etc. Neste aspecto observa-se a inexistência de tal cadastro. Conceitualmente a rede de drenagem pluvial é do tipo Separador Absoluto. Entretanto a presença de esgotos nessas redes é muito comum. Reitera-se a inexistência até o ano de 2014 de um Plano Diretor de Drenagem fato este que motivou a sua presente elaboração. Para este diagnóstico da microdrenagem, foi disponibilizado por intermédio do SAAE um conjunto de desenhos a que se denominou semicadastro. Tais desenhos indicam os diâmetros de rede, poços de visita e bocas-de-lobo. Os mesmos foram considerados como semicadastrais, uma vez que não foram elaborados com base em levantamento topográfico; e não têm menção ao estado de conservação das redes de drenagem. A sua representação esquemática para fins de Diagnóstico está transposta para um desenho único, em escala compatível a seguir. Considerando-se que a cidade se desenvolve por terrenos muito planos, especialmente na região central, nas várzeas localizadas na porção norte das bacias elementares e nas áreas CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 12 Ilustração 2 – Plano de Saneamento Semicadastro das Redes de Microdrenagem CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 13 ocupadas ao longo das margens do Rio Doce, observa-se uma baixa densidade de redes de drenagem em vários locais. Isso reflete na prevalência de inundações indesejáveis durante chuvas mesmo quando pouco intensas. Um exemplo desta ocorrência pode ser visto na figura 2 (marcas d’água dentro de um Bar na Praça da Estação). Neste local o escoamento pluvial é bastante precário, embora possam ser identificadas algumas bocas de lobo nas esquinas. Além de redes, poços de visita e bocas-de-lobo, estão ainda incluídas no sistema de microdrenagem as pequenas estruturas tipo canaletas, sarjetas, saídas e descidas d’água bem como os dissipadores pequenos utilizados nas extremidades de tais estruturas. Os meios-fios, embora possam ser considerados elementos de acabamento e arremate de passeios e pavimentos, de alguma forma constituem também elementos essenciais ao sistema de drenagem. Foram identificados vários tipos de bocas-de-lobo, podendo-se citar: Bocas-de-lobo de ferro fundido (Figura 4), Bocas-de-lobo de concreto (Figura 5), e Bocas-de-lobo apenas com abertura na guia (Figura 6). Figura 2– Marcas de água em inundação dentro de um bar na Praça da Estação Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 3 – Esq. Boca de lobo de Ferro Fundido- Dir. Boca de lobo de ferro fundido entupida Fonte: Senha Engenharia, 2015 Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 14 Figura 4 – Boca de lobo de Concreto entupida Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 5 - Boca de lobo tipo Capelinha Fonte: Senha Engenharia, 2015 A manutenção, com limpeza da microdrenagem é feita de forma não sistemática. O SAAE tem um caminhão para limpeza das redes (redes de esgoto e de drenagem) conforme demonstra a Figura 7. Nessa figura vê-se o caminhão e o processo de limpeza do ramal de ligação entre a boca-de-lobo e o Poço de Visita em um cruzamento da área central da cidade. Figura 6 - Caminhão para limpeza com hidro jateamento Fonte: Senha Engenharia, 2015 A Figura 8 mostra uma planta baixa da Avenida Minas Gerais em um trecho próximo do cruzamento da linha Férrea, no Bairro Nossa Senhora das Graças. Além da malha urbana observe-se e a localização de uma Estação Elevatória de Águas Pluviais. A travessia da Avenida se faz sob a ferrovia na forma de passagem inferior, conhecida como Mergulhão (Figura 9). O ponto baixo criado para a transposição é drenado lateralmente para um poço de sucção e recalcado pelo conjunto de Bombas Centrífugas mostradas nas Figuras 10 e 11. Neste local observa-se a ocorrência de inundações dentro da passagem inferior. Essas inundações já provocaram acidentes graves com morte por afogamento dentro da trincheira conforme relatos obtidos na cidade. Os principais motivos das inundações estão provavelmente associados ao pequeno volume do poço de sucção e a falta de capacidade do sistema de moto bombas. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 15 Figura 7 – Avenida Minas Gerais cruzamento com via férrea Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 8 – Mergulhão sob a via Férrea na Av. Minas Gerais Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 16 Figura 9 – Poços de Sucção de Água Pluvial – 3 Moto bombas 10CV Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 10 – Conjunto Moto bomba 75CV Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 17 A fotografia da Figura 9 foi tirada entre 8:13 min e 8:17 min do dia 6 de maio de 2015, pouco depois de uma chuva. Conforme demonstrado no quadro 5, embora nesse dia tenha ocorrido uma chuva de apenas 35 mm mas suficiente para provocar paralisação temporária do trânsito neste local. Reitera-se que o percentual de ruas muito planas é alto e o percentual de ruas com rede de drenagem por vezes é muito baixo, exceto nos bairros Esplanadinha e Santos Dumont onde se observa densidade um pouco maior de redes. Assim, além de inundações devido à falta de redes de drenagem, existem ainda, com muita frequência, inundações decorrentes do entupimento das mesmas. A presença de esgotos na rede de drenagem é muito comum. Isso se deve não só à prevalência de ligações clandestinas. Por vezes, durante a manutenção das redes de esgoto faz-se interligações na rede de drenagem. Ao longo da BR-116 o adensamento urbano se fez sem mudanças no sistema de drenagem rodoviário; com isso percebe-se a ausência dos dispositivos de drenagem superficial, especialmente onde a proximidade dos parcelamentos impede o escoamento para fora do corpo estradal. Os problemas de microdrenagem ocorrem apesar dos investimentos realizados. No quadro 6 estão relacionados os projetos feitos nos últimos anos pela Prefeitura Municipal para drenagem em diversos pontos da malha urbana. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 18 Quadro 6 – Projetos de Drenagem Prefeitura Municipal de Governador Valadares ELABORAÇÃO DATA IDENT. CONEPP CONEPP CONEPP CONEPP ENGESOLO ENGESOLO ENGESOLO ENGESOLO nov/09 nov/09 nov/09 nov/09 PREF. PREF. PREF. PREF. SAAE SAAE SAAE SAAE SANAR out/07 PREF. SANAR out/07 PREF. SANAR mai/10 PREF. SANAR mai/10 PREF. SANAR mai/10 PREF. SANAR mai/10 PREF. SANAR mai/10 PREF. MÓDULO mar/08 SAAE ENGENHARIA MÓDULO mar/08 SAAE ENGENHARIA MÓDULO ENGENHARIA MÓDULO ENGENHARIA MÓDULO ENGENHARIA MÓDULO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA DESCRIÇÃO BAIRRO PLANALTO RUA 5 - PLANTA E PERFIL BAIRRO PLANALTO RUA 6 - PLANTA E PERFIL BAIRRO PLANALTO RUA 7 - PLANTA E PERFIL BAIRRO PLANALTO RUA 7 - PLANTA E PERFIL BAIRRO JARDIM TREVO PLANTA GERAL BAIRRO JARDIM TREVO PLANTA GERAL BAIRRO JARDIM TREVO PLANTA GERAL BAIRRO JARDIM TREVO PLANTA GERAL URBANIZAÇÃO DO BAIRRO SANTA PAULA PROJETO DE DRENAGEM PLANTA BAIXA URBANIZAÇÃO DO BAIRRO SANTA PAULA ESGOTO SANITÁRIO BUEIROS CELULARES DE CONCRETO ARMADO DO BAIRRO SANTA PAULA - PROJETO GEOMÉTRICO DETALHA DRENO BUEIROS CELULARES DE CONCRETO ARMADO DO BAIRRO SANTA PAULA - BUEIRO 1 AV. 1 PROJETO GEOMÉTRICO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO/PLANTA BAIXA/SEÇÕES BUEIROS CELULARES DE CONCRETO ARMADO DO BAIRRO SANTA PAULA - BUEIRO 2 AV. 2 PROJETO GEOMÉTRICO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO/PLANTA BAIXA/SEÇÕES BUEIROS CELULARES DE CONCRETO ARMADO DO BAIRRO SANTA PAULA - BUEIRO 3 RUA Q PROJETO GEOMÉTRICO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO/PLANTA BAIXA/SEÇÕES BUEIROS CELULARES DE CONCRETO ARMADO DO BAIRRO SANTA PAULA - BUEIRO 4 RUA O PROJETO GEOMÉTRICO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO/PLANTA BAIXA/SEÇÕES BAIRRO NOVA VILA BRETAS- PROJETO DE DRENAGEM GALERIA 2.00x1.00 PROJETO ESTRUTURAL FORMA E ARMAÇÃO BAIRRO NOVA VILA BRETAS- PROJETO DE DRENAGEM GALERIA SEÇÃO 3.50x1.00 PROJETO ESTRUTURAL FORMA E ARMAÇÃO DES FOLHA 15 16 17 17A 01/01 01/01 01/02 02/02 01 02 03 04 01/23 PROGRAMA SANEAMENTO PARATODOS 01/04 - 01/05 - 02/05 - 03/05 - 04/05 - 05/05 - 01/02 - 02/02 - mar/08 SAAE BAIRRO NOVA VILA BRETAS - PLANTA GERAL PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL 01/04 - mar/08 SAAE BAIRRO NOVA VILA BRETAS - PERFIL GALERIA - AV. FELIPE M CALDAS PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL 02/04 - mar/08 SAAE BAIRRO NOVA VILA BRETAS - PLANTA E PERFIL - RUA 5 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL 03/04 - mar/08 SAAE BAIRRO NOVA VILA BRETAS - PLANTA E PERFIL - AV. CARANDAÍ PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL 04/04 - jul/11 PREF. BAIRRO JARDIM PÉROLA - PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PLANTA GERAL 01/02 - jul/11 PREF. BAIRRO JARDIM PÉROLA - PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PERFIS DAS REDES 02/02 - CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 19 Quadro 6 – Projetos de Drenagem da Prefeitura de Governador Valadares (Continuação) ELABORAÇÃO DATA IDENT. FERREIRA Consultoria de Engenharia Ltda mar/13 PREF. DESCRIÇÃO DES FOLHA PROGRAMA PROJETO EXECUTIVO DE INFRAESTRUTURA BAIRRO JARDIM ATALAIA - PLANTA GERAL DREENAGEM PROJETADA DR-02 - SANAR set/10 PREF. BAIRRO ALTINÓPOLIS E MÃE DE DEUS - URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM - RUA DA ENERGIA - PLANTA BAIXA - PERFIL DRENAGEM- BACIA 01/14 PAC PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO SANAR set/10 PREF. BAIRRO ALTINÓPOLIS E MÃE DE DEUS - URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM - RUA DO FRIGORÍFICO PLANTA BAIXA - PERFIL DRENAGEM- BACIA 02/14 PAC PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO SANAR set/10 PREF. BAIRRO ALTINÓPOLIS E MÃE DE DEUS - URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM - RUA ROQUETE PINTO PLANTA BAIXA - PERFIL DRENAGEM- BACIA 03/14 PAC PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO SANAR set/10 PREF. BAIRRO ALTINÓPOLIS E MÃE DE DEUS - URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM - RUA DOS IPÊS - PLANTA BAIXA - PERFIL DRENAGEM- BACIA 04/14 PAC PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO SANAR set/10 PREF. CARLOS CHAGAS - PLANTA BAIXA - PERFIL DRENAGEM- 05/14 PAC PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO BAIRRO ALTINÓPOLIS E MÃE DE DEUS - URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM - TRAVESSA DA PRATA E RUA BACIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PLANTA GERAL mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PERFIL DAS REDES mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PERFIS DAS REDES mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL LIMITE DE SUB-BACIAS mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO E CONTENÇÕES PLANTA GERAL mar/08 PREF. BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL MURO DE ARRIMO H= 4.00m BOMTEMPO mar/08 PREF. ENGENHARIA BOMTEMPO mar/08 PREF. ENGENHARIA BOMTEMPO mar/08 PREF. ENGENHARIA SANAR set/08 PREF. ATALB1DRE-1/3 ATALB1DRE-2/3 ATALB1DRE-3/3 ATALB1DRE-1/1 ATALB1PAV-1/1 CONT01/01 - BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL BUEIRO SEÇÃO 3.50 x 1.80 PROJETO ESTRUTURAL FORMA E ARMAÇÃO BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL GALERIA SEÇÃO 3.00 x 0.90 PROJETO ESTRUTURAL FORMA E ARMAÇÃO BAIRRO ATALAIA - BACIA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL GALERIA SEÇÃO 2.50 x 0.90 PROJETO ESTRUTURAL FORMA E ARMAÇÃO ATALB1DRE-3/3 - ESTRGAL01/02 - ESTRGAL02/02 - BAIRRO AZTECA- URBANIZAÇÃO PROJETO DE CANALIZAÇÃO PLANTA DE SITUAÇÃO PERFIL LONGITUDINAL 01/04 PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS SANEAMENTO INTEGRADO Fonte: Governador Valadares, 2015. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 20 Quadro 6 – Projetos de Drenagem da Prefeitura de Governador Valadares (Continuação) ELABORAÇÃO DATA IDENT. DESCRIÇÃO DES FOLHA SANAR set/08 PREF. BAIRRO AZTECA- URBANIZAÇÃO PROJETO DE DRENAGEM PLANTA BAIXA / PLANTA DE SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO SANAR set/08 PREF. BAIRRO JARDIM PRIMAVERA- URBANIZAÇÃO PROJETO DE CANALIZAÇÃO / PERFIL LONGITUDINAL / DETALHES 01/02 SANAR set/08 PREF. BAIRRO JARDIM PRIMAVERA- URBANIZAÇÃO PLANTA BAIXA PLANTA DE SUB-BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO PERFIS LONGITUDINAIS 01/07 URBANIZAÇÃO DE ÁREA NA VILA IPÊ - PROJETO DE DRENAGEM PLANTA GERAL DR-01 FERREIRA Consultoria de Engenharia Ltda mar/10 PREF. URBANIZAÇÃO DO BAIRRO CARAPINA - ETAPA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PLANTA BAIXA PERFIL - RUA BOA SORTE E BECO 1º DE MAIO URBANIZAÇÃO DO BAIRRO CARAPINA - ETAPA 1 PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL COMPLEMENTAR PLANTA BAIXA INFRAESTRUTURA URBANA E VIÁRIA BAIRRO PENHA PROJETO DRENAGEM RUAS DO BAIRRO PENHA INFRAESTRUTURA URBANA E VIÁRIA BAIRRO UNIÃO PROJETO DRENAGEM PLANTA DE ESCOAMENTO SANAR jun/11 PREF. SANAR jun/11 PREF. jun/09 PREF. jun/09 PREF. ago/07 PREF. BAIRROS VILA OZANAN -PALMEIRAS PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PLANTA GERAL ago/07 PREF. BAIRROS VILA OZANAN -PALMEIRAS PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PERFIS REDES ago/07 PREF. BAIRROS VILA OZANAN -PALMEIRAS PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL PERFIS REDES BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA BOMTEMPO ENGENHARIA nov/11 PREF. SEPLAN PREF. SEPLAN PREF. - - PREF. - - PREF. GEOPOLO out/10 SAAE MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA LAGOA MUTUÃ PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS CÓRREGOS FIGUEIRINHA E BORGES MAPA DO BAIRRO TURMALINA PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DA ÁREA APA - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BAIRRO ALTINÓPOLIS MÃE DE DEUS REVITALIZAÇÃO DO BAIRRO CARAPINA DRENAGEM DA ÁREA CENTRAL DE GOVERNADOR VALADARES 01/18 PROGRAMA PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS SANEAMENTO INTEGRADO PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS SANEAMENTO INTEGRADO PROGRAMA SANEAMENTO PARA TODOS SANEAMENTO INTEGRADO 02/12 PPI INTERVENÇÕES EM FAVELAS 02/12 PPI INTERVENÇÕES EM FAVELAS DR-01 - DR-01 - VOP DRE1-3 VOP DRE2-3 VOP DRE3-3 - 01/01 - 01/01 - 01/04 - Fonte: Governador Valadares, 2015. Muitos destes projetos estão em fase de execução. Segundo as informações disponibilizadas pode-se fazer uma descrição mais específica de alguns deles conforme se descreve a seguir: Projeto de Drenagem Pluvial e Pavimentação do Bairro Nova Vila Bretas, região da avenida Felipe Moreira Caldas, município de Governador Valadares, MG (MÓDULO ENGNEHARIA, 2008) Esse projeto prevê a execução de: - pequenos serviços de terraplenagem incluindo corte mecanizado, bota fora e aterro com controle de compactação para pavimentação visando controle de erosão na av. Felipe Moreira Caldas e ruas 5, Carandaí, Buenos Aires, Chile, Guaranis, João Maria Santos, V e X; - escadarias em concreto inclusive guarda corpo nas ruas João Maria Santos, Calajalos e Tupiniquins; - obras de drenagem pluvial na av. Felipe Moreira Caldas e ruas 5 e Carandaí; - galeria em concreto armado na avenida Felipe Moreira Caldas; - canteiro central com passeio e ciclovia na avenida Felipe Moreira Caldas; CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 21 - pavimentação em pré-moldado de concreto, inclusive reforço de sub leito e dreno de pavimento e base av. Felipe Moreira Caldas e ruas 5, Carandaí, Buenos Aires, Chile, Guaranis, João Maria Santos, V e X; - meio-fio e sarjeta em todas as ruas a pavimentar; Atualmente, este projeto está em fase de execução. Projeto Executivo de Bueiros Córrego dos Borges – Bairro Santa Paula (SANAR – Saneamento, Arquitetura e Engenharia LTDA, 2010) Foram dimensionados quatro bueiros a serem construídos em concreto armado, sendo que dois estarão localizados na Avenida 2, um na Rua Q e o último na Rua O. Foram considerados o fluxo qualitativo e quantitativo das vias e a contribuição de vazão do Córrego dos Borges até os pontos em estudo. A seguir, são apresentadas as características dos bueiros: Bueiro 1 – Avenida 2: Bueiro simples celular de concreto – BSCC 4,50 x 1,70 m Declividade: i = 0,005 m/m Bueiro 2 – Avenida 2 Bueiro duplo celular de concreto – BDCC 2 x 2,75 x 1,70 m Declividade: i = 0,014 m/m Bueiro 3 – Rua Q: Bueiro duplo celular de concreto – BDCC 2 x 2,50 x 2,10 m Declividade: i = 0,008 m/m Bueiro 2 – Rua O Bueiro duplo celular de concreto – BDCC 2 x 2,50 x 2,55 m Declividade: i = 0,004 m/m Atualmente, este projeto está em fase de execução. Projetos do Sistema de Drenagem Pluvial, Pavimentação e Contenções do Bairro Jardim Pérola, situado no município de Governador Valadares (BOMTEMPO ENGENHARIA, 2010) O Bairro Jardim Pérola está localizado numa área adjacente à Rodovia BR116. As ruas levantadas para elaboração de projetos apresentam urbanização precária, sem padronização. Algumas ruas foram pavimentadas sem execução de drenagem, outras apresentam drenagem sem pavimentação e ainda existem ruas sem pavimento nem sistema de drenagem. A falta de drenagem associada às declividades elevadas tem provocado erosões. O projeto prevê a implantação da pavimentação conjugada com o sistema de drenagem nas ruas: X, V, 5, Galápagos, Tupiniquins, Frutal, Lambari, Viela Sanitária, Paraguai, Colômbia, Equador, Diamantina, Bento Rodrigues, Coromandel, Guarani, Bolívia, Chile e Buenos Aires. As redes de drenagem pluvial serão em tubos de concreto armado tipo ponta e bolsa e as ruas serão pavimentadas com estruturas pré-moldadas de concreto. A única rua que não será pavimentada será a Rua João M. dos Santos, na qual serão implantadas canaletas em CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 22 concreto. Ainda é recomendada a remoção de grande parte dos moradores instalados na Rua João M. dos Santos. Atualmente, este projeto está em fase de execução. Projeto de Drenagem Sustentável de Águas Pluviais – Bairro São Cristóvão (GEOPOLO CONSULTORIA E ENGENHARIA, 2010) Foram projetadas, para o bairro São Cristóvão, redes de drenagem pluvial com diâmetros de 400 e 600 mm nos seguimentos que interferem com as vias a serem pavimentadas, incluindo os lançamentos necessários no canal existente para o encaminhamento das vazões de projeto. As captações superficiais serão feitas por bocasde-lobo tipo grelha e cantoneira, com abertura na guia, localizadas normalmente no final das sarjetas com comprimentos críticos vencidos, nos cruzamentos e nos pontos baixos de Greide. Ainda foi projetado um canal na Rua Oito. Atualmente, este projeto está em fase de execução. Projetos do Sistema de Drenagem Pluvial e Pavimentação para controle de erosão nos Bairros Nova Vila Bretas e Mãe de Deus (BOMTEMPO ENGENHARIA, 2011) Esse projeto prevê a substituição da galeria existente DN 1200 da Rua Coronel Roberto Soares por outra em concreto armado com seção 2,50 m x 1,50 m até a galeria celular com seção 2,50 m x 1,50 m existente no cruzamento da Rua Coronel Roberto Soares com a Rua Moreira Sales. Os canais em terra existentes à montante da Rua Coronel Roberto Soares deverão ser protegidos através de um muro de gabião caixa, compreendendo uma extensão de 103 m e altura de 3,5 m entre o lançamento do canal dos bairros Palmeiras/Vila Ozanan e a rua H e uma extensão de 340 m e altura de 2,5 m entre a rua H e a galeria projetada para a rua Coronel Roberto Soares. Ainda foi projetada uma bacia de detenção com área de 5.480 m² e capacidade de detenção de 4.932 m³ ao lado do trecho 2 do canal em gabião, melhorias na microdrenagem das ruas Sinval Botelho, 13ª, Divisa e H e pavimentação com estrutura pré-moldada de concreto visando controle da erosão nas ruas H, 13ª, Divisa e Sinval Botelho, Avenida 1 e Ramo A. Para implantação do sistema de drenagem nos bairros Nova Vila Bretas e Mãe de Deus serão utilizados tubos de concreto armado tipo ponta e bolsa nos diâmetros de 400, 600 e 1.000 mm, poços de visitas para tubos, bocas de lobo simples e dupla, galeria seção 2,5 m x 1,5 m, túnel bala duplo seção 1,60 x 1,64 m e sarjetas de concreto. Atualmente, este projeto está em fase de execução. Projeto de Drenagem das Águas Pluviais – Área Central de Governador Valadares (GEOPOLO CONSULTORIA E ENGENHARIA, 2011) O projeto prevê a implantação de redes de drenagem pluvial, em tubulações de PVC com diâmetros entre 400 e 1.600 mm, que interferem com vias a serem pavimentadas, incluindo os lançamentos necessários para o encaminhamento das vazões do projeto. A partir dos resultados dos estudos hidrológicos, foram dimensionados os dispositivos de drenagem para escoamento dos deflúvios superficiais precipitados na área CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 23 central de Governador Valadares. A rede existente será mantida em locais que as tubulações de concreto armado suportam a vazão dos deflúvios superficiais precipitados. Foram projetadas captações em bocas-delobo combinadas tipo grelha e cantoneira, com abertura na guia, normalmente localizadas no final de sarjetas com comprimentos críticos vencidos, nos cruzamentos das vias e nos pontos de mudança de Greide. Projeto Executivo da Urbanização do Bairro Carapina – Etapa I (SANAR – Saneamento, Arquitetura e Engenharia LTDA, 2011) Esse projeto contempla a sub-bacia do bairro Carapina que compreende as ruas 1º de Maio e Caratinga e becos adjacentes. Foi prevista a pavimentação com blocos pré-moldados de concreto intertravados nas ruas 2 de Julho, 3 de Outubro, 9 de Julho e Caratinga, além da Travessa 12 de Outubro. Além disso, o projeto prevê rede de drenagem na Rua Caratinga até o lançamento em poço-de-visita existente no cruzamento com a Avenida Tancredo Neves. A ela, serão direcionadas as águas das escadarias para pedestre e hidráulica a ser construída na Rua Boa sorte e existente na Rua 1º de Maio e Beco Boa Sorte captadas por meio de caixas de concreto a serem construídas. Considerando-se os aspectos de grande complexidade inerentes à drenagem de áreas planas fica uma pergunta quanto à concepção do projeto existente para a área central. Observa-se a presença de redes de drenagem assoreadas nesta região. Considera-se oportuno uma rediscussão conceitual de outras soluções projeto antes de se fazer investimentos maiores nesta região. Em síntese os problemas de microdrenagem identificados na área Urbana da sede do município, estão relacionados não só à inexistência de redes de drenagem mas também à falta de uma manutenção sistemática das redes existentes. Governador Valadares, conta além da sede municipal com um conjunto de doze distritos onde estão localizadas 12 pequenas vilas. A avaliação da drenagem dessas Vilas foi estabelecida por meio das informações obtidas junto do Corpo Técnico do SAAE, conforme se descreve a seguir: a. Distrito de Baguari: Esta Vila está localizada cerca de 18 km da sede, sendo o acesso por via pavimentada. As ruas são pavimentadas com bloquete e pavimento intertravado tipo “uni-Stein”. Os principais problemas de drenagem ocorrem nas chácaras próximas das margens do Rio Doce, uma vez que as mesmas se localizam dentro de sua área de inundação. O sistema de drenagem pluvial existente está restrito à principal via do sistema viário, onde existem algumas bocas de lobo e/ou calhas de coleta da água pluvial (Figura 12 e Figura 13) drenando para pequenos cursos de água que cortam o distrito e deságuam no Rio Suaçui. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 24 Figura 11 – Boca de Lobo (Distrito de Baguari) Fonte: Senha Engenharia, 2015. Figura 12 – Sarjeta (Distrito de Baguari) Fonte: Senha Engenharia, 2015. b. Distrito Penha do Cassiano: O acesso a esta Vila pode ser feito por duas vias. O primeiro equivale a uma distância de 40 km em estrada com revestimento primário. O segundo acesso pode ser feito por Vila Nova Floresta compreendendo uma distância de 50 km, com apenas 9 km em revestimento primário. Dentro do distrito as vias são pavimentadas com bloquete. Não tem nenhuma drenagem e algumas casas, localizadas muito próximas do curso d’água (Córrego Cassiano), sofrem inundação. Observa-se assoreamento do córrego possivelmente devido ao rompimento de barragens construídas a montante do distrito. Além de assoreamento observa-se a presença de resíduos sólidos ao longo das margens do Córrego conforme demonstram as figuras 14 e 15. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 25 Figura 13 – Assoreamento curso d’água P. Cassiano Figura 14 – Resíduos sólidos no Curso d’água em Penha Cassiano. Fonte: Senha Engenharia, 2015. c. Vila Nova Floresta: O acesso a Vila Nova Floresta se faz por via pavimentada com uma extensão de cerca de 40 km. As vias internas estão pavimentadas com bloquete. O distrito Vila Nova Floresta é drenado para o Córrego Paca. O sistema de drenagem pluvial existente abrange as vias pavimentadas do sistema viário, onde existem bocas de lobo (Figura 16) que drenam para principal curso de água que corta o distrito, ou seja, o Córrego Paca (Figura 17). Vale destacar que no período chuvoso o leito deste córrego eleva-se de tal maneira a causar constantes alagamentos e inundações de casas e comércios. Além disso, observa-se grande quantidade de lixo no córrego, havendo a necessidade de limpeza da calha do curso d’água a cada dois anos. Figura 15 – Boca de lobo – Vila Nova Floresta Figura 16- Córrego Paca Vila Nova Floresta Fonte: Senha Engenharia, 2015. Na figura 17 evidencia-se a excessiva proximidade das ocupações em relação ao córrego. d. Brejaúbinha: O acesso com cerca de 40 km se faz com via pavimentada e 5 km de via em revestimento primário. As ruas têm pavimentação do tipo “pé de moleque” (figura 19). Não tem redes de drenagem e a água escoa com muita força pelas ruas. Algumas casas foram removidas de perto CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 26 do córrego e as pessoas foram reassentadas em casas populares. Há necessidade de intervenção de drenagem a montante dessas casas. Ocorrem inundações em épocas de cheia do córrego que corta a área urbana do Distrito de Brejaubinha. A água atinge aproximadamente um metro de altura, como demonstrado na Figura 18. Figura 17 – Marca Inundação Brejaúbinha Figura 18 – Pavimentação em Blocos de Granito Brejaúbinha Fonte: Senha Engenharia, 2015. e. São José do Goiabal: O acesso por cerca de 60 km se faz por via asfaltada. As ruas estão pavimentadas com bloquete e blocos intertravados tipo “uni-stein”. Fez-se recentemente uma rede de drenagem com 1,00 m de diâmetro por cerca de 250 m. Não existem problemas maiores de inundações e cheias relatados. Na figura 20 observa-se bocas de lobo existentes e problemas de limpeza urbana. Figura 19 – Boca de lobo em São José do Goiabal Fonte: Senha Engenharia, 2015. f. Santo Antônio do Pontal: O acesso se faz por cerca de 15 km asfaltados. As ruas internas estão revestidas com pavimentação asfáltica, Bloquete e blocos intertravados tipo “uni-stein”. Entretanto existem CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 27 ainda ruas não pavimentadas. Existiu uma voçoroca dentro da urbanização que foi recuperada pela própria comunidade. Na região onde as ruas não estão pavimentadas existe uma voçoroca que se aproxima das casas. Figura 20 – Ruas não pavimentadas e erosão Fonte: Google O distrito é drenado pelos Córregos Pontal e Oliveira. Observa-se o lançamento de esgotos no córrego (Figura 21). Figura 21 – Presença de esgoto no Córrego em Santo Antônio do Pontal Fonte: Senha Engenharia, 2015. g. Xonim de Cima: O acesso por via pavimentada tem cerca de 32 km de extensão. Existem muitas casas próximas do córrego que foram interditadas pela Defesa Civil. Nas ruas tem-se pavimento intertravado. Existem alguns dispositivos de drenagem superficial conforme mostra a figura 23. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 28 Figura 22 – Boca de lobo em Xonim de Cima Fonte: Senha Engenharia, 2015. h. Xonim de Baixo: Acesso por via pavimentada com cerca de 20 km de extensão. As ruas internas estão revestidas com pavimentação asfáltica, “pé de moleque” e blocos intertravados tipo “unistein”. Neste distrito existem casas muito próximas do córrego, problemas de inundação, necessidade de remoção. Existe ainda o Problema de Voçoroca com nascente dentro da mesma. A localização deste distrito às margens da BR-116, implica em uma drenagem comum como mostra a figura 24. Figura 23 – Canaleta de Drenagem na Rodovia BR-116 Fonte: Senha Engenharia, 2015. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 29 i. Derribadinha: Acesso por via com revestimento primário, cerca de 12 km de extensão. As ruas internas com revestimento primário. Tem-se redes de drenagem mas ocorrem inundações devidas a cheias do Rio Doce. j. São Vitor: Localizado a cerca de 30 km por via pavimentada. As ruas internas estão revestidas com pavimentação asfáltica, Bloquete e blocos intertravados tipo “uni-stein”. Problemas de lançamento de lixo na drenagem e presença de vias sem pavimentação ou com pavimento primário. O Distrito de São Vítor é drenado pelo Córrego Santa Helena e é atendido por rede de drenagem, entretanto essa possui deficiências. Suas ruas possuem guias, sarjetas e bocas de lobo Observam-se constantes obstruções da rede e entupimento das bocas de lobo (Figura 25). Figura 24 – Obstrução de Boca de Lobo em São Vítor Fonte: Senha Engenharia, 2015. k. São José do Itapinoã: Acesso por 30 km de via pavimentada e 27 km de via em revestimento primário. As vias internas que estão pavimentadas têm pavimento tipo “pé de moleque” (Figura 26). Necessidade de interceptor de esgotos e pavimentação das vias que ainda estão com revestimento primário. A falta de pavimentação das vias está provocando assoreamento do córrego. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 30 Figura 25 – Distrito São José do Itapinoã Fonte: Senha Engenharia, 2015. l. Alto Santa Helena: Acesso por 30 km de via pavimentada e 40 km em revestimento primário. As ruas internas estão revestidas com “pé de moleque”, bloquete e blocos intertravados tipo “uni-stein”. O Distrito de Alto de Santa Helena é drenado pelo Córrego São Silvério tem alguns dispositivos de drenagem conforme mostra a figura 27. Figura 26 – Boca de lobo em Rua de Alto Santa Helena Fonte: Senha Engenharia, 2015. Além dos distritos o Município de Governador Valadares tem alguns povoados ou comunidades rurais que normalmente não têm rede de esgoto nem drenagem. Estas localidades são: Santo Antônio do Porto, Nova Brasília, Bernardo 2, Melquíades, Córrego do Pião, Córrego Mendes, Córrego Prazeres, Borges, Cascalheira, Barro Azul, Córrego dos Desidérios e Ilha Brava. Não foram relatados problemas ocasionados por inundações nessas localidades, apesar da completa ausência de dispositivos de drenagem. A despeito de não se ter encontrado relatos quanto a deficiências de drenagem vale fazer algumas ressalvas. Por exemplo, as ruas do aglomerado rural de São Bernardo I não são pavimentadas e, conforme já se referiu CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 31 anteriormente, não possuem estruturas de drenagem da água pluvial; assim, pode-se observar a presença de sulcos formados pela ação das águas (Figura 28). Figura 27 – Sulcos erosivos em rua de São Bernardo I Fonte: Senha Engenharia, 2015. O aglomerado rural de São Bernardo II é drenado por um córrego em cuja calha há deposição de sedimentos (Figura 28). Figura 28 – Assoreamento em São Beranrdo II Fonte: Senha Engenharia, 2015. As ruas de Santo Antônio do Porto são pavimentadas com pisos intertravados de concreto e possuem guias, sarjetas e bocas de lobo. No quadro 7 faz-se um resumo dos principais aspectos da microdrenagem aqui abordados. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 32 Quadro 7 – Aspectos gerais relativos ao Diagnóstico do sistema de Microdrenagem IT EM DESCRIÇÃO DIAGNÓST ICO MICRODRENAGEM SEDE M UNICIPAL 1 Toda a cidade Ausência de cadastro das redes existentes 2 Praça da Estação próximo do Shopping Redes insuficientes, sistema obstruído 3 Vários Ligação da rede de esgoto doméstico 4 Vários Entupimento de bocas-de-lobo 5 Vários Entupimento de redes coletoras 6 Vários M anutenção não sistemática 7 BR-116 Insuficiência do sistema de drenagem superficial 8 Av. M inas Gerais - M ergulhão Estação Elevatória insuficiente DISTRITOS 1 Baguari Inundações devidas a variação de nível do Rio Doce Edificações muito próximas do Córrrego Cassiano, rompimento de barragens a montante e resíduos sólidos nas margens do Córrego Assoreamento do córrego, inundações de casas e comércio 2 Penha do Cassiano 3 Vila Nova Floresta 4 Brejaubinha 5 São José do Goiabal 6 Santo Antônio do Pontal Água com muita força dentro das ruas, necessidade de Redes de Drenagem Sem problemas identificados na drenagem embora observe-se deficiência na Limpeza Urbana Ruas sem pavimento e voçoroca, presença de esgoto no córrego 7 Chonim de Cima M oradias muito próximas do Córrrego interditadas 8 Chonim de Baixo M oradias muito próximas do Córrrego / Voçorocas 9 Derribadinha Inundações devidas a variação de nível do Rio Doce São Vítor Lançamento de Lixo na drenagem, bocas de lobo entupidas e vias sem pavimentação 11 São José do Itapinoã Falta de pavimentação provocando assoreamento do córrego 12 Alto Santa Helena Alguns dispositivos de drenagem e sem problemas relatados 10 Fonte: Senha Engenharia, 2015. 1.5 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE MACRODRENAGEM O sistema de macrodrenagem pode ser classificado pelas seguintes bacias elementares: A Bacia Elementar do próprio Rio Doce, localizada a montante da cidade (SB-560000) e as demais bacias elementares (SB-560100) a (SB-561900) que são os afluentes deste Rio dentro da Região Urbanizada. Na sub-bacia SB-560000, com uma área de 40500 km2, conforme já se referiu anteriormente, os eventos de cheia não estão associados necessariamente a excessos de chuva ocorridos dentro do próprio município. O Rio Doce é um importante elo do sistema de geração de energia com múltiplos aproveitamentos hidrelétricos. Observa-se pela Figura 30 que existem oito usinas hidrelétricas na bacia do Rio Doce, sendo seis delas localizados à montante de Governador Valadares. Estes aproveitamentos são operados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que é o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Com exceção de Porto Estrela todos os demais aproveitamentos hidrelétricos instalados na Bacia são Usinas Hidrelétricas a fio d’água. O regime de operação à fio d’água significa que as vazões que chegam são iguais às vazões que saem do aproveitamento hidrelétrico. Assim as usinas a fio d’água têm baixa capacidade de regularização de vazões do CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 33 rio. Para a Usina de Baguari a vazão mínima a ser liberada é de 138,34 m3/s, de forma a atender a estação de captação do SAAE (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) de Governador Valadares, possibilitando assim, uma operação de forma adequada. Figura 29 – Diagrama esquemático das Usinas Hidrelétricas do Rio Doce Fonte: ANA – Agência Nacional de Águas Considerando-se a tipologia de aproveitamento a fio d’água o sistema de Usinas Hidrelétricas não possibilita também o amortecimento de vazões maiores durante os picos de cheias. Então, durante as cheias deste Rio os problemas ambientais afetam uma parcela significativa da população da cidade. Abordando os aspectos ambientais, Leff (2002) diz que esta questão é uma problemática de caráter eminentemente social gerada e atravessada por um conjunto de processos sociais. Garcia et al. (1988), citados por Leff complementam: “Os processos de destruição ecológica mais devastadores, bem como a degradação socioambiental (perda de fertilidade dos solos, marginalização social, desnutrição, pobreza e miséria extrema) têm sido resultado das práticas inadequadas do uso do solo, que dependem de padrões tecnológicos e de um modelo depredador de crescimento e que permitem maximizar lucros econômicos no curto prazo, revertendo seus custos sobre os sistemas naturais e sociais”. No contexto das dificuldades ambientais relativas às questões de Drenagem Urbana, os alagamentos e inundações urbanas, na maioria das vezes estão intimamente relacionadas com os aspectos de Uso e Ocupação do Solo Urbano. Em Governador Valadares a urbanização desenfreada das margens do Rio Doce estabeleceu condições de extrema fragilidade em relação às cheias desse curso d’água. Essa fragilidade expõe a riscos pessoas CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 34 de várias faixas de renda fixadas ao longo dos sítios urbanizados. Assim vale lembrar as características geomorfológicas dos cenários fluviais, constituídos de um leito menor e um leito maior ou sazonal, como mostrado na Figura 31. Figura 30 - Os tipos de leitos fluviais, notando-se a distinção entre o leito de vazante o leito menor e o leito maior. Fonte: Christofoletti (1981). Christofoletti (1981) define os leitos fluviais com os seguintes componentes: a. Leito de vazante – leito utilizado para o escoamento de águas baixas serpenteando entre as margens acompanhando o talvegue, que é a linha de maior profundidade ao longo do leito. b. Leito menor – bem delimitado e encaixado entre as margens. Ao longo desse leito são identificadas irregularidades, com trechos mais profundos constituídos por depressões (mouille ou pools) seguidas de partes menos profundas, mais retilíneas e oblíquas em relação ao eixo aparente do leito, designadas de umbrais (seuils ou rifles). c. Leito maior (inclui o leito maior periódico ou sazonal) – ocupado pelas cheias que extravasam do leito menor e o leito maior excepcional ocupado pelas cheias excepcionais, em intervalos irregulares. Ainda, segundo o mesmo autor, o nível de margens plenas corresponde ao estágio de cheias que ocorrem com frequência de 1,58 anos de intervalo. Assim as características geomorfológicas dos cursos d’água indicam que a cada 2 anos aproximadamente tem-se níveis de cheias transbordando para além das margens com transtornos consequentes para a população que se apropriou deste espaço fluvial. O Serviço Geológico do Brasil ou CPRM, nome fantasia advindo da razão social Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais é uma empresa pública que está diretamente ligada à Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia. O CPRM fez um estudo para Definição da Planície de Inundação da Cidade de Governador Valadares. Este estudo foi concluído pelo trabalho de uma equipe multidisciplinar1. Além do apoio operacional do 6º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, Comissão Municipal de Defesa Civil de Governador Valadares, Prefeitura Municipal de Governador Valadares e de Rodrigo Andrade. A Definição da Planície de Inundação foi estabelecida por intermédio de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) – às vezes também denominado GIS – que possibilitou no relacionamento de um modelo digital do terreno (MDT) da área, também chamado de modelo numérico do terreno (MNT), com os perfis da linha d’água dos eventos de cheias associados a diferentes probabilidades de excedência. Este mapeamento está no site do CPRM como aplicativo PDF. Apenas para disponibilizar em uma forma DWG, neste diagnóstico fez-se uma cópia das manchas para o AUTOCAD, reproduzidos na ilustração a seguir. 1 Com a colaboração direta de: Alice Silva de Castilho, Éber José Andrade Pinto, Heloísa Moreira Torres Nunes, Graziela da Silva Rocha Oliveira, Nelson Baptista O Resende Costa, Sérgio Cordeiro da Luz, Gilberto Flausino, Olívio Bahia do Sacramento Neto, Christian Rezende de Freitas, Elizabeth de Almeida Cadete Costa, Osmar de Vasconcelos Costa, Robélia Gabriela Firmino de Paulo, Sarah Costa Cordeiro. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 35 Ilustração 3 - Plano de Saneamento Manchas de Inundação do Rio Doce CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 36 A excessiva ocupação de terras baixas e margens do Rio Doce em Governador Valadares tem como consequência, a necessidade de convívio frequente da cidade com as inundações fluviais. A maior dessas inundações ocorreu em 1979. Mais recentemente ocorreu uma Cheia em 6 de janeiro de 2012 provocando inundações conforme demonstram as Figuras 32 a 40. Figura 31 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012 Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 32 – Rio Doce – Cheia de 06/1/2012 Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 33 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012 Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 34 – Rio Doce – Cheia de 06/01/2012 Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 35 – Cheia 06/01/2012 – Ponte próxima do SAAE (Antes e durante a cheia) Fonte: SAAE/GV, 2012 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 Fonte: SAAE/GV, 2012 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 37 Figura 36 – Cheia de 06/01/2012 (Dentro do SAAE) Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 38 – Cheia de 06/01/2012 - Bairro Sta. Rita Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 37 – Cheia de 06/01/2012 – Bairro JK Fonte: SAAE/GV, 2012 Figura 39 – Cheia de 06/01/2012 – Ilha dos Araujos Fonte: SAAE/GV, 2012 Os níveis de Água do Rio Doce além de provocarem inundações em seu leito maior funcionam como controle hidráulico de seus afluentes. Na Figura 36 é possível observar o nível d’água no córrego Figueirinha (Bacia Elementar SB-560500) em dois momentos. No primeiro momento tem-se águas baixas no Rio Doce. Tem-se então escoamento fluindo de montante para jusante ao longo do Córrego Figueirinha. Na imagem à direita desta figura, com o Rio Doce Cheio, observa-se a água praticamente parada. O escoamento do Rio Doce durante a subida de sua lâmina d’água pode provocar escoamentos em contra fluxo. Consequentemente, as junções dos cursos d’água se transformam em grandes lagos provocando o represamento com assoreamento dos canais. Reitere-se que as inundações características do sistema de macrodrenagem são geridas por dois mecanismos distintos. O primeiro deles, já relatado anteriormente se deve à fatores exógenos resultantes da propagação das cheias do Rio Doce e, portanto, não diretamente associadas à chuvas recorrentes dentro do município ou nas Bacias Hidrográficas Elementares, relativamente pequenas, afluentes ao Rio Doce. O segundo mecanismo de cheias que se estabelece na rede de macrodrenagem, é devido às chuvas locais. Durante estes eventos pode não ocorrer influência dos níveis de água do Rio Doce. São cheias que ocorrendo na macrodrenagem afetam também a microdrenagem e sua propagação depende das características hidráulicas dos leitos fluviais de cada uma das Bacias Elementares. Neste aspecto vale observar que parte dos cursos d’água encontra-se canalizada e outra parte encontra-se em leito natural. Apesar da inexistência de um cadastro deste sistema a ilustração a seguir representa o conjunto de talvegues canalizados e talvegues em leito natural. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 38 Ilustração 4 - Plano de Saneamento Croqui de Macrodrenagem CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 39 Tanto nos talvegues em leito natural, quanto nos talvegues canalizados observa-se opção por um partido urbanístico agressivo, aproximando-se perigosamente das margens em diversos pontos onde o leito dos córregos se mantêm em leito natural, ou mesmo na região onde os mesmos se encontram canalizados. Na ilustração a seguir mostra-se um mapa com os alagamentos ocorridos no período chuvoso de 2012/2013. Durante a visita técnica fez-se uma avaliação de todas as Bacias Elementares e os principais problemas identificados em cada uma estão relatados a seguir. BACIA ELEMENTAR – SB-560100 – Ribeirão da Onça ou do Onça A bacia do Ribeirão da Onça encontra-se basicamente em leito natural e apresenta ocorrência de urbanização estabelecida muito próxima de suas margens. A condição do córrego em leito natural constitui um fator bastante interessante, uma vez que essa condição reduz a atratividade para o adensamento de ocupações laterais em áreas que necessitam, em princípio, ser mantidas inteiramente preservadas. O trecho desse córrego compreendido entre a Av. Euzébio Cabral e o Rio Doce se estabelece em uma região de grande complexidade hidráulica conforme se pode observar nos mapas de inundação elaborados. Ao longo desse trecho a ocupação das margens é o maior problema identificado. Estas edificações estão localizadas, principalmente, na Rua Rodolfo de Abreu, a partir da Rua Euzébio Cabral. Observa-se facilmente que os fundos dos lotes têm construções muito próximas do córrego. De forma semelhante todas as edificações estabelecidas entre a Rua Frei Odorico Virga e o Ribeirão da Onça estão extremamente próximas das margens sob condições de Risco igualmente severas. O adensamento habitacional das ruas da margem esquerda está se processando sob condições de Risco semelhantes. Especialmente os lotes da Rua Placedina Cabral, Rua Leonor Alves Barbosa. As Figuras 41 e 42 mostram aspectos gerais desse Ribeirão próximo da junção com o Rio Doce. A ponte existente na Rua C, próximo da Rua Frei Odorico Virga está em condições bastante críticas. Essa ponte tem extensão insuficiente e constitui uma restrição hidráulica forte ao escoamento. O encabeçamento desta ponte foi levado na última cheia quando foram erodidos os aterros das margens do Ribeirão junto dos encontros. A reconstrução se estabeleceu fazendo-se aterramento com entulho. Observa-se na Figura 42 o processo erosivo estabelecido sob a base do muro de encontro demonstrando possibilidade de problemas futuros. Figura 40 – Rib. da Onça – Junção com R. Doce Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 41 – Rib. da Onça – Ponte da Rua C Fonte: Senha Engenharia, 2015 A ponte da Rua Euzébio Cabral / Av. JK foi também danificada nas últimas cheias e os encabeçamentos foram reconstruídos com gabiões (Figura 43). No trecho do Ribeirão a jusante desta ponte (Figura 44) observa-se o interceptor de esgoto danificado no leito menor do Ribeirão. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 40 Ilustração 5 – Áreas atingidas por alagamentos no período 2012 a 2013 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 41 Figura 42 – Ponte da Rua Euzébio Cabral / Av. JK Fonte: Senha Engenharia. 2015 Figura 43 – Interceptor danificado dentro da calha menor do Ribeirão Fonte: Senha Engenharia. 2015 Além destas duas pontes anteriormente referidas existem mais três pontes sobre este Córrego construídas a montante. Estas pontes, estavam aparentemente em bom estado de conservação durante a visita realizada em Maio de 2015. Na Figura 45 observa-se a lagoa Castanheira em uma área de preservação. Na Figura 46 observa-se um canal paralelo à Av. JK. Este canal tem muito esgoto, funcionando em sistema unitário, indicando, portanto, deficiência na separação dos sistemas esgoto - drenagem pluvial. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 42 Figura 44– Lagoa Castanheira em área de preservação na bacia do Ribeirão da Onça Fonte: Senha Engenharia. 2015 Figura 45 – Canal paralelo à Av. JK Fonte: Senha Engenharia. 2015 Observa-se ainda o excesso de ocupações muito próximas do Ribeirão da Onça ao longo da Rua Estrada Acesso Para o Bairro Penha. Estima-se que a necessidade de esgotar essa parcela das contribuições urbanas, indevidamente estabelecida nas proximidades da margem do Ribeirão, tenha forçado o lançamento do interceptor dentro do seu leito menor e consequentemente induzido a uma situações de fragilidade conforme a que se visualiza na Figura 44. Áreas de drenagem entre o Ribeirão da Onça e Córrego Figueirinha Nesta região predomina a urbanização dos baixios representada pelos bairros: JK I, II e III, Canaã, Jardim Alice Jardim Pérola, Vila Bretas, entre outros. As unidades de macrodrenagem aí identificadas são constituídas dos componentes descritos a seguir. Canal Aberto Paralelo à Av. JK e já citado anteriormente e visualizado na Figura 46, afluindo para o Ribeirão da Onça. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 43 Pequeno canal aberto construído na Rua Joaquim F. de Souza (Figura 47). Este canal possivelmente está interligado na rede de microdrenagem e apresenta um péssimo estado de conservação. Além do lixo e mato, tem-se contaminação por esgotos domésticos. Figura 46 – Canal aberto da Rua Joaquim F. de Souza Fonte: Senha Engenharia. 2015 Figura 47 – Reservatório de Detenção Vila Bretas / Jardim Pérola Fonte: Senha Engenharia. 2015 No Bairro Vila Bretas / Jardim Pérola existe um reservatório de detenção conforme mostra a Figura 48. Este reservatório estava sendo desassoreado em maio de 2015. A falta de manutenção regular do mesmo resultou em seu assoreamento. Perdida a capacidade de amortecimento, ocorreram inundações em toda região do entorno nos anos anteriores a 2015. A saída deste reservatório de detenção (Vila Bretas / Jardim Pérola) passa sob a BR-116 e será interligada em um outro reservatório previsto para ser construído na Região denominada Nova Vila Bretas, próximo da Rua Coronel S. Ferreira (Figura 50). Esse segundo reservatório deverá receber a drenagem do Bairro Palmeiras. Este bairro tem sua drenagem concentrada no canal da Av. Diva Hertal Coller (Figura 48). CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 44 Figura 48 – Canalda Av. Diva Hertal Coller Fonte: Senha Engenharia. 2015 O canal da Av. Diva Hertal Coller se apresenta com deficiência de manutenção conforme se pode observar pela Figura 49. Essa canalização atravessa a BR-116 através de uma rede de 1.00 m de diâmetro, aparentemente insuficiente. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 45 Figura 49 – Área para construção do Reservatório de detenção Bairro Nova Vila Bretas Fonte: Senha Engenharia. 2015 Na Figura 51 mostra-se o canal existente na saída da drenagem da área mostrada na figura 50. Este canal celular foi construído ao longo da Rua Coronel S. Ferreira, mas tem uma interrupção antes da linha férrea, uma vez que esta transposição não foi ainda viabilizada. Tal situação, de caráter provisório mas permanente, é crítica. Tem-se como consequência transtornos regulares com inundações a montante e transbordamento do escoamento que termina por ser conduzido pelas redes de microdrenagem que não suportam tal sobrecarga. Esta situação provisória, bem como as dificuldades existentes para resolvê-la, coloca em risco a própria condição de funcionamento do canal que poderá vir a se assorear, caso ainda não o esteja. Este canal continua depois da linha férrea se interligando no canal fechado de concreto da Rua 13 de Maio. A ausência de um cadastro de drenagem, não possibilitou identificar o início do canal da Av. 13 de Maio, citado no parágrafo anterior. A identificação deste canal só pode ser visualmente constatada na saída do mesmo na Rua Porto Alegre, próximo do cruzamento desta rua com a Av. Brasil. Observa-se na Figura 52 uma cota bem elevada desta galeria, a montante de um dissipador do tipo blocos. A partir do final deste dissipador o escoamento é conduzido ao longo da Rua Porto Alegre em um canal aberto, feito aparentemente com tela metálica com revestimento de concreto (Figura 53). A falta de manutenção deste canal resulta na existência de vários pontos colapsados e presença continua de esgotos domésticos dentro do canal. Além de tais ocorrências, tem-se urbanização muito próxima das margens. Figura 50 – Canal de saída do Reservatório de Detenção a ser construído Fonte: Senha Engenharia. 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 46 Figura 51 – Saída do Canal da Avl 13 de Maio Fonte: Senha Engenharia. 2015 Na Figura 54 mostra-se a junção do canal da Rua Porto Alegre com o canal do Córrego Figueirinha; e na Figura 55, um pouco à jusante do ponto de junção, observa-se o assoreamento que ocorre nesta confluência. O monte de areia e lixo observado resulta da raspagem do fundo do canal para um ponto, prevendo-se a retirada deste material para fora do leito. Figura 52 – Canal aberto da Rua Porto Alegre Fonte: Senha Engenharia. 2015 Figura 53 – Junção do Canal vindo da Rua Porto Alegre com o Córrego Figueirinha Fonte: Senha Engenharia. 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 47 Figura 54 – Junção do Canal da Rua Porto Alegre e Córrego Figueirinha (assoreamento) Fonte: Senha Engenharia. 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 48 BACIA ELEMENTAR – SB-560500 – Córrego Figueirinha Este córrego atravessa uma área densamente urbanizada e deságua próximo do SAAE. Pela figura 56, um pouco a montante do ponto de deságue observa-se a presença de esgoto dentro do canal. Essa bacia elementar foi drasticamente modificada com a inserção urbana. No cruzamento do córrego com a Rua São Luiz mostrado na Figura 56, aparentemente foi aproveitada a ponte aí existente, com comprimento bem menor do que a largura do canal. Esta redução de seção do canal para passagem sob a ponte resulta em uma restrição hidráulica imprópria para o funcionamento do canal. Trata-se de uma opção puramente econômica desprovida de qualquer fundamentação técnica concernente à sua funcionalidade hidráulica. Figura 55 – Córrego Figueirinha – ponte da Rua São Luiz Fonte: Senha Engenharia. 2015 Considerando-se os aspectos geodinâmicos observa-se que a confluência do Córrego Figueirinha com o Rio Doce se estabeleceu segundo um processo de esculturação fluvial bastante peculiar. Há um grande desenvolvimento em curva do canal natural realinhando-se a direção do Figueirinha paralelamente ao Rio Doce, este, mais energético nas cheias. Essa geometria foi profundamente modificada especialmente próximo da Rua São Luiz onde foi construído um desvio desse canal através de uma passagem inferior em tubos metálicos de seção elíptica (tipo Tunnel Liner) sob a Av. Brasil e Rua Rio Grande do Sul. As Figuras 57 e 58 caracterizam o trecho de canalização de montante desse córrego. Um olhar mais detalhado nestas duas figuras releva os seguintes aspectos: a. O córrego figueirinha está quase que totalmente canalizado a montante da travessia sob a Avenida Brasil com uma seção retangular de 4,00 m de largura, uma calha em forma de “v” no fundo e altura aparentemente variável de paredes. b. Observa-se na Figura 57 da direita, uma travessia sobre o córrego com redução da seção útil do canal; c. Na figura 58 observa-se a urbanização muito próxima do Canal servida por uma via longitudinal paralela ao mesmo; d. Presença de esgoto ao longo de todo o canal e lançamentos de esgoto diretamente no mesmo. Há relatos de transbordamento deste canal com sinais de insuficiência hidráulica. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 49 Figura 56 – esq. Canal retangular de montante – dir. ponte sobre o córrego Figueirinha Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 57 – Seção típica do canal do Córrego Figueirinha Fonte: Senha Engenharia, 2015 Um outro aspecto a considerar é o desvio da bacia hidrográfica existente (Figura 59). Este desvio foi construído próximo do cruzamento da Av. Veneza com a Rua 7 de Setembro e Avenida do Canal, possibilitando que a Bacia Hidrográfica a montante desse ponto escoe predominantemente pelo Canal da Avenida Veneza; que são os canais maiores saindo pelo lado esquerdo da figura 59. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 50 Figura 58 – Comportas de desvio para o Córrrego Figueirinha Fonte: Senha Engenharia, 2015 As comportas mostradas na Figura 59 não têm regra operativa e, consequentemente não são operadas. Elas foram utilizadas durante a construção do canal da Av. Veneza para desvio do fluxo de montante para o Córrego Figueirinha. A condição atual destas comportas, semiabertas como se observa na referida figura, possibilita a passagem de parte do escoamento de uma bacia para outra durante as cheias. Ainda na Bacia Elementar do Córrego Figueirinha, a montante da ferrovia tem-se a contribuição do Canal da Av. Reny Pereira (Figura 60). Este canal, aparentemente de construção recente está em bom estado de conservação. Ele atravessa a linha férrea; mas a inexistência de cadastro impossibilita de saber a seção do mesmo sob a travessia . Figura 59 – Canal da Av. Reny Pereira Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 51 BACIA ELEMENTAR – SB-560900 – CÓRREGO DOS BORGES – CANAL DA AV. VENEZA E TANCREDO NEVES Esta é uma bacia de elevada complexidade hidrológica e hidráulica devida não apenas ao seu tamanho, como também as obras de canalização e urbanização existentes. Aqui, de forma diferenciada a descrição de suas características será feita de montante para jusante. As urbanizações mais de montante estão representadas pelos Bairros Jardim do Trevo, Santa Paula e Assentamento Oziel. Nessas regiões embora o canal esteja em leito natural; observa-se ocupações muito próximas da margem, especialmente ao longo de um trecho compreendido entre a Rua da Cemig e a da BR116. Já no Bairro Turmalina começam a serem notados problemas um pouco mais complexos. A Figura 61 mostra um bueiro sêxtuplo e o canal a montante deste bueiro. Essa seção constituída de seis bueiros tubulares e paralelos é bastante vulnerável podendo colocar em risco a capacidade hidráulica do canal de montante (Av. Coqueiral). Na Figura 62 observa-se o estado de conservação ruim deste canal, com paredes bastante fragilizadas e instáveis, bem como a presença de lixo e esgoto sanitário dentro do mesmo. Figura 60 – esq. Bueiro sêxtuplo Av. Angico – dir. Canal da Av. Coqueiral Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 61 – Canal da Av. Coqueiral Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 52 No trecho à jusante do Bueiro Sêxtuplo da Figura 61, o córrego encontra-se em leito natural passando sob uma ponte na BR-116. Ele continua em leito natural no trecho compreendido entre a BR-116 e a Rua do Frigorífico. Esta rua é perpendicular à Av. Canal, onde inicia a canalização desse córrego em seção retangular de concreto. O córrego segue canalizado pela Avenida do Canal até chegar no ponto mostrado pela Figura 59 onde existe a bifurcação e o conjunto de comportas. A partir deste ponto inicia o canal da Av. Veneza e Avenida Presidente Tancredo Neves. O Canal da Av. Veneza recebe duas contribuições importantes pela sua margem esquerda que fazem a drenagem de uma Sub-bacia contribuindo pela Av. José Evair Ferreira Matos e outra contribuindo pela Av. Lisboa. A Figura 63 mostra as Junções do Canal da Av. Veneza com o Canal da Av. José Evair Ferreira Matos e com o canal da Av. Lisboa. Estas duas junções têm problemas hidráulicos durante as cheias, com ocorrência de inundações locais. Nesta mesma figura, do lado esquerdo, observa-se a restauração com “riprap” da parede que desmoronou durante um período chuvoso. Figura 62 – Esq. Junção do canal da Av. Veneza com o canal da Av. José Evair Ferreira Matos, dir. Junção do canal da Av. Lisboa Fonte: Senha Engenharia, 2015 Na Figura 64 mostra-se à esquerda a urbanização das terras baixas localizadas a montante da Av. Lisboa. Do lado direito tem-se uma mostra do canal que aí se inicia. A urbanização dos terrenos de montante interferiram na dinâmica das cheias, potencializando os efeitos de produção e de transferência do escoamento, gerando problemas de capacidade hidráulica do canal a jusante. Como na maioria dos canais da cidade este canal encontra-se também contaminado pela presença de esgotos domésticos. Figura 63 – Esq. Urbanização a montante da Av. Lisboa – Dir. Início do Canal da Av. Lisboa Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 53 Uma outra questão preocupante relativa ao canal da Avenida Veneza / Av. Tancredo Neves é a condição estrutural do mesmo, uma vez que tem ocorrido a queda das paredes laterais em diversos pontos. A recuperação desses problemas normalmente é feita com “riprap”, em critérios de urgência conforme mostra também a Figura 65 da esquerda. Nesta mesma figura do lado direito tem-se o princípio de um processo de erosão hídrica na lateral no talude. A recuperação das paredes laterais com riprap, embora constitua um processo bastante comum de proteção contra erosão; aumenta a rugosidade do canal, com reflexos negativos para a condução hidráulica. Figura 64 - Laterais do canal da Av. Tancredo Neves Fonte: Senha Engenharia, 2015 Uma outra singularidade hidráulica preocupante é o bueiro de travessia sob a rede Ferroviária (Figura 66). A seção com septo central provoca perdas de carga elevadas devido a retenção de material sólido na parede divisória das células, com redução da seção de escoamento. Figura 65 – Travessia do Canal da Av. Tancredo Neves sob a Ferrovia Fonte: Senha Engenharia, 2015 O trecho final deste Ribeirão, entre a Avenida Brasil e a confluência com o Rio Doce encontra-se em estado natural. Neste segmento observa-se um avanço destemido de construções junto do leito deste córrego estabelecendo-se cenários de risco. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 54 BACIAS ELEMENTARES – SB-561100– SB-561300 – SB-561500 – SB-561700 E SB-561900 A Bacia Elementar SB-561100 aflui para a bacia SB-560900 e atravessa praticamente a Av. Moacir Palleta ao longo da Rua Erasmo Braga. O córrego está em estado natural e atravessa uma área urbanizada muito plana, com edificações muito próximas do leito fluvial. A Bacia Elementar SB-561300 está distribuída ao longo de áreas planas sem elementos de macrodrenagem e sob influência das cheias do Rio Doce. A SB-561500 está praticamente em leito natural e corre ao longo da Rua 12 que foi aberta paralela ao Córrego. A SB-561700 se desenvolve em terrenos planos suscetíveis às cheias do Rio Doce, também não tem obras de macrodrenagem. A SB-561900 foi desmembrada em dois canais: um deles pela Rua José Tavares Pereira Filho (Figura 67) e outro, em estado natural mais a jusante. É uma bacia bastante complexa, pois é muito plana e sofre influência direta dos níveis do Rio Doce em trecho bem longo desde a confluência. Figura 66 – Canal da Rua José Tavares Pereira Filho Fonte: Google A maior parte da Bacia Elementar SB-561900 se interliga em leito natural no bairro Santos Dumont II. A determinação de se ocupar esta área de risco terminou por consentir a construção de um bueiro metálico para a travessia do Rio. Na figura 68 mostra-se o bueiro no lado esquerdo e uma vista do Rio, de jusante para montante, do lado direito. Figura 67 – Esq. Bueiro Tubular – Dir. Rio a montante do Bueiro Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 55 BACIA ELEMENTAR – SB-560200 Esta bacia elementar tem o seu talvegue principal passando pelos bairros Vale do Sol II e praticamente todo em leito natural. Observa-se ocupações muito próximas do leito do Córrego. Não estão cadastradas as obras de transposição das vias que necessitam avaliação hidráulica. Não foram identificadas obras de macrodrenagem nesta bacia. Aparentemente a drenagem pluvial, feita através de poucas redes de microdrenagem, é insuficiente. BACIA ELEMENTAR – SB-560400 Nesta bacia existe uma rede em chapas metálicas de 3,00m x 2,20m na Rua Américo Vespúcio. Essa rede é inacessível e suas condições de conservação não puderam ser verificadas. A construção de um conjunto habitacional dentro da área da Cerâmica Ibituruna parece preocupante necessitando se fazer um estudo hidrológico e hidráulico cuidadoso para avaliar as condições existentes (Figura 69). Figura 68 – Edificações na entrada da tubulação (Cerâmica Ibituruna) Fonte: Senha Engenharia, 2015 BACIA ELEMENTAR – SB- 560600 Essa Bacia Elementar apresenta-se com dois escoamentos diferenciados. Um deles localizado na margem esquerda da BR-116 drenando para o lago existente entre a Av. Luiz Gonçalves Lessa e a BR (Figura 70). Figura 69 – Lagoa próximo da BR-116 Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 56 Segundo informações este lago transborda para além de suas margens. Isto ocorre porque as estruturas hidráulicas existentes não estão adequadamente dimensionadas com bons critérios hidráulicos que considerem a possibilidade de laminação de cheias. Informações obtidas indicam que a saída do reservatório se interliga a uma rede tubular com diâmetro de 1.00 m construída ao longo da Av. Luiz Gonçalves Lessa. O segundo escoamento se estabelece nas vertentes que drenam para o córrego Varetas. Este córrego apresenta problemas desde os trechos de montante, passando pela travessia do mesmo sob a BR-116. As informações obtidas indicam que o bueiro para travessia da BR é insuficiente, o escoamento transborda e contribui para a lagoa citada no parágrafo anterior. Depois do bueiro de travessia da BR o córrego segue em leito natural por uma extensão de cerca de 1300 m. Neste percurso o talvegue aparentemente foi empurrado para fora da BR116 e a área próxima desta via foi ocupada com parcelamento industrial. Assim a drenagem rodoviária tornouse deficiente e a restrição do leito natural aparentemente está atuando como um controle de jusante, provocando então refluxos para montante. Requer-se assim, o cadastramento e elaboração de uma avaliação hidráulica detalhada das condições de escoamento reinantes neste percurso. O córrego passa a ser canalizado no Jardim Primavera (Figura 71– direita e Figura 72). Os trechos em que o mesmo passa dentro dos quarteirões são insuficientes. Esses trechos são inacessíveis e, segundo as informações, são feitos com redes tubulares totalmente insuficientes. Figura 70 – Esq. vista do trecho não canalizado – Dir. vista do início do trecho canalizado no Bairro Jardim Primavera Fonte: Senha Engenharia, 2015 Figura 71 – Vista do trecho canalizado Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 57 Um outro aspecto importante com reflexos nos sistemas de drenagem é a condição de pavimentação das vias. Vias não pavimentadas em lugares com declividades fortes causam problemas de assoreamento das redes. Assim algumas ruas sem pavimentação apresentam estados críticos, especialmente na Rua Cristal, Bairro São Raimundo. No quadro 8 faz-se uma síntese do diagnóstico da macrodrenagem elaborado neste relatório. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 58 Quadro 8 – Resumo do Diagnóstico do Sistema de Macrodrenagem ITEM DES CRIÇ ÃO DIAGNÓ STIC O DE MAC RO DRENAGEM Ribeirão da Onça - Bacia Elementar S B-560100 1 Inexistência de Cadastro das Pontes Inexistência de diagnóstico estrutural 2 Rua D, com Rua Frei Odorico Virga Ponte pequena e com p roblemas 3 Rua Frei Odorico Virga/R Leonor N. B. Ocupações muito próximas das margens 4 Ponte da Rua Euzébio Cabral Interceptos de esgoto dentro do leito menor do Ribeirão 5 Todo o Ribeirão Presença de esgotos 6 Canal Paralelo à Av. JK Presença de egotos - falta de manutenção Áreas de Drenagem entre o Ribeirão da Onça e Córrego Figueirinha S B-560300 1 Toda rede de M acrodrenagem presença de esgotos 2 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro 3 Toda rede de M acrodrenagem Inexistência de diagnóstico estrutural 4 Canal aberto Rua Joaquim F Souza Canal sem manutenção com esgotos - Verificar Suficiência 5 Reservatório Vila Bretas/ Jardim Pérola Em p rocesso de desassoreamento, manutenção 6 Canal da Av. Diva Hertal Coller M anutenção insuficiente - necessita verificação hidráulica 7 Canal da Av. Diva Hertal Coller Verificação hidráulica da travessia sob BR-116 8 Reservatório Det. Nova Vila Bretas Não construído 9 Canal da Rua Coronel S Ferreira Canal interronpido junto da Linha Férrea - Inundações 10 Canal da Rua 13 de maio inexistência de Cadastro / Necessidade de verificação Hidráulica 11 Dissipador -Saída do Canal Av. 13 M aio Ocupação na frente do dissipador 12 Canal da Rua Porto Alegre Ocupações e fragilidade estrutural 13 Junção canal Rua Porto Alegre/Figueirinha Assoreamento - Ocupações excessivas nas margens Córrego Figueirinha Bacia Elementar S B-560500 1 Toda rede de M acrodrenagem presença de esgoto 2 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro 3 Toda rede de M acrodrenagem Inexistência de diagnóstico estrutural 4 Toda rede de M acrodrenagem Aparente insuficiência hidráulica 5 Travessia da Rua São Luiz Ponte Estreita 6 Ocupação urbana excessivamente próxima das margens 7 Pontes reduzindo seção Problema Hidráulico 8 Todo o canal Aparente insuficiência hidráulica 9 Av. Veneza com Rua 7 de Setembro 10 Canal Av. Reny Pereira 11 Redes de microdrenagem 1 Toda rede de M acrodrenagem presença de esgoto 2 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro 3 Toda rede de M acrodrenagem Inexistência de diagnóstico estrutural 4 Bairros Jardim do Trevo, Sta Clara Ocupações muito próximas do Córrego 5 Bairro Turmalina - Av. Coqueiral Bueiro tubular sêxtup lo - Problema hidráulico 6 Bairro Turmalina - Av. Coqueiral Canal com p roblemas estruturais - Verificar suficiência 7 Canal Av. Lisboa Urbanização montante - insuficiência do canal 8 Junções José Evair-Av. Lisboa Problemas Hidráulicos - inundações 9 Fragilidade estrutural Paredes caindo - recomp osição com rip rap 10 Travessia bi-celular sob a Ferrovia Potencializadora de p roblemas hidráulicos Comp ortas abertas jogando escoamento para esta bacia Verificação hidráulica Poucas e com Falta de Cadastro e verificação hidráulica das mesmas Av. Veneza / Av. Tancredo Neves S B-56 Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 59 Quadro 8 – Resumo do Diagnóstico do Sistema de Macrodrenagem (Continuação) ITEM DESCRIÇÃO DIAGNÓ STICO DE MACRO DRENAGEM 1 Toda rede de M acrodrenagem presença de esgoto 2 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro 3 Toda rede de M acrodrenagem Inexistência de diagnóstico estrutural 4 Urbanização das margens dos córregos Risco de Inundações e solapamento de margens 5 Trechos Canalizados e/ou Leito Natural Perfis excessivamente planos 6 Bairro Santos Dumont II (SB-561900) Obra complexa BDTC metálico grande bacia de drenagem Bacia Elementar SB-560200 1 Toda rede de M acrodrenagem presença de esgoto 2 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro 3 Inexistência de Cadastro Possível necessidade de Bueiros nas Travessias 4 Ocupação Urbana Edificações excessivamente próximas do Córrego 1 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro Rede metálica 3,00 x 2,20m- Rua Américo inacessível Vespúcio Edificações próximas do início da rede verificação de estudos existentes Bacia Elementar SB-560400 2 3 Bacia Elementar SB-560600 1 Toda rede de M acrodrenagem 2 4 Toda rede de M acrodrenagem inexistência de Cadastro Lago entre a Av. Luiz Gonzaga Lessa e BRTransbordamento além das margens 116 BR-116 Inexistência ou insuficiência da Drenagem Superficial 5 Bueiro de Travessia da BR-116 Possível insuficiência Hidráulica 6 Canal Natural a jusane da BR-116 Possível insuficiência Hidráulica 7 Canalização a partir da Rua Santa Tereza Possível insuficiência Hidráulica 3 presença de esgoto Fonte: Senha Engenharia, 2015 CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 60 1.6 RISCO GEOLÓGICO No processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Governador Valadares no volume referente ao diagnóstico de Caracterização Geral do Município, item 1.4, faz-se uma descrição das áreas de risco reportando ao estudo realizado em 2007 pelo Município. No relatório de 2007 é feita uma caracterização pormenorizada de critérios e identificação de áreas de risco geológico. Além da caracterização dos locais são elaborados orçamentos das obras necessárias. Assim, além da referência relativa a este trabalho, são feitas também considerações quanto às ações realizadas objetivando-se a redução desses riscos. Reescreve-se a seguir as ações empreendidas e que objetivaram a redução de risco geológico: - A canalização do córrego Figueirinha no Bairro Altinópolis eliminou o processo de inundação no setor AL I e paralisou os processos de escorregamento dos setores AL II, AL III, AL IV e AL V (PLANEX, 2002); - A urbanização do Jardim Atalaia eliminou o processo de inundação no setor AT I e paralisou o processo de escorregamento no AT II (BOMTEMPO ENGENHARIA, 2009); - A execução do projeto de infraestrutura urbana no bairro Asteca paralisou o processo de escorregamento no setor AZ II (SANAR, 2009); - A execução do projeto de drenagem do Jardim do Trevo paralisou os processos de escorregamento e erosão dos setores do bairro (ENGESOLO, 2002); - A execução do Projeto de drenagem pluvial da Vila Ozanã-Palmeiras paralisou o risco de escorregamento no setor do bairro Palmeiras (BOMTEMPO, 2009); - A requalificação ambiental do Bairro Planalto paralisou o processo de escorregamento nos setores PL I e PL III (CONEP, 2007); e - A urbanização do Bairro Santa Paula e a execução de bueiros eliminaram os processos de escorregamento nos setores do bairro Santa Paula (SANAR, 2009). Durante a visita de campo para elaboração deste diagnóstico foram identificadas algumas voçorocas que ainda não foram tratadas em duas Vilas: Santo Antônio do Pontal – existência de voçoroca aproximando das casas; e em Xonim de Baixo – existência de uma voçoroca com nascente dentro da mesma. 1.7 CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO A ocupação urbana indevida de áreas alagáveis atuam como um fator de risco potencializando transtornos diversos durante períodos chuvosos, segundo Gomes, C. A. B (2005): […] O crescimento das populações em áreas urbanas e, consequentemente, das áreas ocupadas nas cidades, muitas vezes sem controle, tem contribuído para o incremento dos impactos hidrológicos sobre o meio ambiente, em decorrência do aumento do grau de impermeabilização das bacias. O incremento do grau de impermeabilização das bacias implica na redução da infiltração, da evapotranspiração, do escoamento subterrâneo e da recarga do lençol freático. Além disso, conduz à elevação dos volumes escoados superficialmente, à aceleração dos escoamentos e à acentuação dos picos dos hidrogramas, bem como ao aumento de resíduos e sedimentos nos cursos d’água, deteriorando a qualidade de suas águas. Essas ocupações sem controle se devem, na maioria dos casos, à ausência ou falta de aplicação de planos diretores urbanos e de leis que regulamentem a ocupação e uso do solo, embora a Constituição Federal de 1988, art. 182, parágrafo 10, ratificada pelo Estatuto da Cidade (Lei n0. 10.257 de 10/07/2001), art.41, determine que cidades com população acima de 20.000 habitantes, cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, devam ter obrigatoriamente Plano Diretor Urbano. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 61 A drenagem urbana, através da associação desses fatores, tem se mostrado, em muitos casos, ineficiente, trazendo para a sua gestão dois grandes problemas: as inundações e a poluição dos corpos receptores dessas águas […] Conforme referido, os instrumentos legais são claros e objetivam dar suporte ao planejamento adequado do Solo Urbano. É fácil afirmar que se os preceitos legais forem observados é possível conceber ou reconstruir cidades inteiras sem a falência de seus elementos estruturais sob eventos de precipitações pluviométricas intensos. A Lei Florestal Brasileira 12.651, de 25 de maio de 2012 (com as modificações advindas da Lei Nº 12.727, de 17 de outubro de 2012) e a Lei Florestal de Minas Gerais – Lei nº 20.922 de 16 de outubro de 2013 –definem áreas de preservação permanente. O Capítulo II da lei estadual define: “... CAPÍTULO II – DAS ÁREAS DE USO RESTRITO Seção I – Das Áreas de Preservação Permanente Art. 8º Considera-se APP a área, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bemestar das populações humanas. Art. 9º Para os efeitos desta Lei, em zonas rurais ou urbanas, são APPs: I - as faixas marginais de cursos d’água naturais perenes e intermitentes, excluídos os efêmeros, medidas a partir da borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 m (trinta metros), para os cursos d’água de menos de 10 m (dez metros) de largura; b) 50 m (cinquenta metros), para os cursos d’água de 10m (dez metros) a 50m (cinquenta metros) de largura; c) 100 m (cem metros), para os cursos d’água de 50 m (cinquenta metros) a 200 m (duzentos metros) de largura; d) 200 m (duzentos metros), para os cursos d’água de 200 m (duzentos metros) a 600 m (seiscentos metros) de largura; e) 500 m (quinhentos metros), para os cursos d’água de mais de 600 m (seiscentos metros); II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa de proteção, com largura mínima de: a) 30 m (trinta metros), em zonas urbanas; b) 50 m (cinquenta metros), em zonas rurais cujo corpo d’água seja inferior a 20 ha (vinte hectares) de superfície; c) 100 m (cem metros), em zonas rurais cujo corpo d’água seja superior a 20 ha (vinte hectares) ...” As leis municipais reiteram as anteriores, nitidamente no estabelecimento da Lei Orgânica Municipal: “... A lei Orgânica do Município de Governador Valadares, unidade integrante do Estado de Minas Gerais e da República Federativa do Brasil, com personalidade jurídica de direito público interno e autonomia político administrativa e financeira, se organiza e rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.”. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 62 A lei de uso e ocupação do Solo de Governador Valadares em seu Artigo 27, indica as zonas de proteção permanente no seu item VI: a. As faixas marginais, as nascentes, reservatórios e cursos d’água, na maior largura especificada em legislação federal, estadual ou municipal. Apesar de todas as determinações legais, observa-se uma incompatibilidade dos preceitos do Artigo 27 com o zoneamento mostrado nas Figuras 73 e 74. Assim tem-se uma Zona Residencial e uma Zona de Expansão Urbana, apesar dos termos da Lei. Figura 72 – Parcelamento de solos nas margens do Rio Doce Fonte: Governador Valadares, 2015. Figura 73 – Parcelamento de áreas das margens do Rio Doce. Fonte: Governador Valadares, 2015. Concluindo este diagnóstico é importante considerar a enorme complexidade dos Sítios Urbanos de Governador Valadares em relação às inundações. A ocupação urbana das áreas de montante das Bacias Elementares da Margem Esquerda são impactantes para a macrodrenagem estabelecida a jusante. Exemplo CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 63 disso é a urbanização dos terrenos baixos a montante da Av. Lisboa. Esta ocupação (e por extensão, as demais ocupações a serem implantadas sem um planejamento quanto a controles hidráulicos bem delineados), eliminando o amortecimento que antes existia na várzea, aumentando o processo de produção, com impermeabilização dos terrenos e acelerando o trânsito das cheias com a canalização dos córregos resultará em impactos negativos nos sistemas existentes de jusante. Finalmente reitera-se a ausência de uma taxa de drenagem urbana, que arremete ao aspectos relativos ao financiamento dos custos da drenagem. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO - DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS fl 64 1.8 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANA (Agência Nacional de Águas), Site Hidroweb. CETESB, SP. Drenagem Urbana, manual de Projeto – 3 ed. São Paulo. CETESB / ASCETESB, 464p. 1986. Cabral, J. R., Faria, Diomira M. C. e Baptista, M. B. Análise Hidroeconômica de Obras de Macrodrenagem Urbana, In: XII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, Anais 1, 1997, Vitória, ES. Editora ABRH, 1997. Cançado, V., Cabral, J. R., Nascimento, N. O. Cobrança pela drenagem urbana de águas pluviais: bases conceituais e princípios mircroeconômicos, Revista Brasileira de Recursos Hídricos: Porto Alegre: ABRH, volume 11 n.2, pp. 15-26, Abr./Jun. 2006. COPASA. Equação de Chuvas Intensas no Estado de Minas Gerais. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa. 65p. 2001. CPRM – Sistema de Alerta de Cheias do Rio Doce. Drumond, M. M, Nascimento, N. O, Baptista, M. B. e Cabral, J. R. Determinação do tempo de concentração com a técnica de traçadores na bacia representativa de Juatuba – MG. In: XIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, Belo Horizonte, MG, 1999. Faria, S. A; Faria, R. C. Cenários e perspectivas para o setor de saneamento e sua interface com os Recursos Hídricos. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental. Vol. 9 Nº 3 p. 202-210 – Jul./Set 2004. Gomes, C. A. B. M. Drenagem Urbana – Análise e proposição de modelos de gestão e forma de financiamento. Tese de Doutorado do Programa de Pós Graduação de Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais, p.321. 2005 Jr. Arlindo Philippi (coord.), Jr., G., A. C. Gestão do Saneamento Básico, Abastecimento de Água e esgotamento Sanitário. Barueri, SP; Ed. Manole Ltda. 1153p., 2012. Leff, E. Epistemologia Ambiental. Trad. De Sandra Valenzuela; 3ª ed. São Paulo: Cortez, 240p. 2002 Lei complementar nº 095, de 27 de Dezembro de 2006. Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Governador Valadares. Nascimento, N. O.; Heller, L. Ciência, Tecnologia e inovação na interface entre as áreas de Recursos Hídricos e Saneamento. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental. Vol. 10 Nº1 – p. 36-48. Jan/Mar 2005. Nimer, E. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE. Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2ª ed. 422p. 1989, Pfafstetter, O. Chuvas Intensas no Brasil. DNOS. 419p. 1957 Villela, Swami Marcondes; Mattos, Arthur. Hidrologia aplicada. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil. 1975. 245p. CONTRATO N°. 158/12 - TERMO DE COMPROMISSO 0351.343-56/2011 SENHA ENGENHARIA