envase de gases industriais e medicinais

Transcrição

envase de gases industriais e medicinais
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA - ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO
ANA BEATRIZ DA SILVA
DANILO SOARES SILVA
ILDEMBERTO A. F. FILHO
JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR
RENATA O. B. DA SILVA
ROSEMARY M. DA SILVA
THIAGO P. DOS SANTOS
ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS
ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS
OSASCO
2012
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA - ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO
ANA BEATRIZ DA SILVA
DANILO SOARES SILVA
ILDEMBERTO A. F. FILHO
JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR
RENATA O. B. DA SILVA
ROSEMARY M. DA SILVA
THIAGO P. DOS SANTOS
ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS
ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado à Etec Prof. André Bogasian,
como requisito parcial para a obtenção do
título de Técnico em Logística.
Orientadora: Professora Elisabete B. Aragão
Araújo.
OSASCO
2012
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC - PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO
Termo de Autorização de Divulgação do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico
de Logística, na qualidade de titulares dos direitos morais e patrimoniais de autores
da Obra ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS, Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado na ETEC Prof. André Bogasian, município de
Osasco em 20 de junho de 2012 autorizamos o Centro Paula Souza reproduzir
integral ou parcialmente o trabalho e/ou disponibilizá-lo em ambientes virtuais, a
partir desta data, por tempo indeterminado.
Osasco, 20 de junho de 2012.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. ANDRÉ BOGASIAN – OSASCO
TERMO DE AUTENTICIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC
Nós, alunos abaixo assinados, regularmente matriculados no Curso Técnico
de Logística na ETEC Prof. André Bogasian, município de Osasco declaramos ter
pleno conhecimento do Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de
Curso do Centro Paula Souza. Declaramos, ainda, que o trabalho apresentado é
resultado do nosso próprio esforço e que não há cópias de obras impressas ou
eletrônicas, é autêntico e original.
Osasco, 20 de junho de 2012.
ANA BEATRIZ DA SILVA
DANILO SOARES SILVA
ILDEMBERTO A. F. FILHO
JOSÉ CARLOS B. F. JUNIOR
RENATA O. B. DA SILVA
ROSEMARY M. DA SILVA
THIAGO P. DOS SANTOS
ENVASE DE GASES INDUSTRIAIS E MEDICINAIS
ESTUDO DE CASO WHITE MARTINS
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado, apresentado à Etec Prof. André
Bogasian, como requisito parcial para a obtenção do título de Técnico em Logística,
com nota final igual a _______, conferida pela Banca Examinadora formada pelos
professores:
__________________________________
Elisabete B. Aragão Araújo
Profª Responsável pela Disciplina Desenvolvimento de
Trabalho de Conclusão de Curso e Orientadora - Etec Prof. André Bogasian
__________________________________
Prof. Etec Prof. André Bogasian
_______________________________________
Prof. Etec Prof. André Bogasian
_______________________________________
Prof. Convidado Etec Prof. André Bogasian
Osasco, 20 de junho de 2012.
Dedicamos este trabalho aos nossos pais e
amigos que com seu apoio nos proporcionaram
motivação e coragem para a realização deste
trabalho, e a todos aqueles que acreditaram em
nossa capacidade.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por estar sempre presente e por possibilitar o
encontro e a união dos integrantes do nosso grupo, o que acarretou na existência de
uma amizade inestimável.
Aos nossos pais que sempre estiveram ao nosso lado e nos orientaram e
ensinaram a verdadeira essência da vida.
Aos nossos irmãos, irmãs e amigos que acreditaram na possibilidade da
realização deste trabalho, e que nos serviram de inspiração nesta jornada.
À nossa orientadora, Professora Elisabete B. Aragão Araújo cuja atenção e
compreensão foram de suma importância para o desenvolvimento, formatação e
apresentação final deste projeto.
À White Martins que abriu suas portas e apresentou-se disposta a nos
auxiliar, o que permitiu o enriquecimento e a finalização de nossas pesquisas.
A todos que direta e indiretamente colaboraram com o sucesso deste
trabalho.
“A sua Atitude é o seu Sucesso, porque só
se obtém sucesso quem tem atitude para
correr atrás de seus objetivos.”
Olívia Profeta
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2. PROBLEMÁTICA ................................................................................................. 14
3. CLASSIFICAÇÃO DOS GASES ........................................................................... 15
3.1 Classificação dos Gases por suas Propriedades Físicas .................................... 15
3.2 Classificação dos Gases quanto ao Risco .......................................................... 15
4. CARACTERÍSTICAS E UTILIZAÇÕES DOS PRINCIPAIS GASES INDUSTRIAIS
E MEDICINAIS .......................................................................................................... 16
5. EMBALAGEM ....................................................................................................... 17
5.1 Etapas do Processo de Produção dos Cilindros ................................................. 17
5.2 Identificação dos Cilindros................................................................................... 17
5.3 Inspeção dos Cilindros ........................................................................................ 17
6. PROCESSO DE ENVASE .................................................................................... 18
7. SEGURANÇA ....................................................................................................... 18
7.1 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual ..................................................... 19
8. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ............................................ 20
8.1 Planejamento estratégico da produção ............................................................... 20
8.2 Planejamento mestre da produção ...................................................................... 21
8.3 Administração dos estoques ............................................................................... 21
8.4 Acompanhamento e controle da produção .......................................................... 21
9. KANBAN ............................................................................................................... 21
10. LEGISLAÇÕES ................................................................................................... 23
11. SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA ...................................................................... 32
11.1 Funcionamento do Dispositivo .......................................................................... 32
11.2 Integração do Dispositivo com o Quadro Visual ................................................ 32
11.3 Vantagens do Dispositivo .................................................................................. 33
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35
GLOSSÁRIO DE TERMOS....................................................................................... 38
APÊNDICES ............................................................................................................. 39
ANEXOS ................................................................................................................... 44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CONAMA
Conselho Nacional de Meio Ambiente
EPI
Equipamento de Proteção Individual
OMS
Organização Mundial da Saúde
ONU
Organização das Nações Unidas
PCMSO
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PCP
Planejamento e Controle da Produção
PMP
Planejamento Mestre de Produção
PPRA
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PVC
Policloreto de Vinila
RESUMO
Este estudo de caso tem como tema central o envase de gases medicinais e
industriais e tem como objetivo propor a melhoria do controle da produção, por meio
de um dispositivo que indicará a temperatura e nível de volume nos cilindros. O
procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de entrevista com profissionais
da área, desde o recebimento da matéria prima até a distribuição dos cilindros, em
sites especializados e blogs que abordam o assunto. No referencial teórico foram
mencionados os seguintes temas: planejamento e controle da produção, kanban e
segurança. Esses temas foram estudados a fim de identificar uma opção mais viável
para o controle do envase, bem como a segurança e as condições de trabalho dos
funcionários. Para auxiliar, foi criado um sistema semelhante ao kanban, que atuará
em conjunto com o dispositivo tornando rápido e simples os processos operacionais
realizados na produção. E, com isso, a empresa poderá ter redução nos atrasos e
atender de maneira mais eficiente aos clientes.
Palavras-chave:
envase
–
gases
–
segurança
–
Kanban
–
controle.
13
1. INTRODUÇÃO
Nesse projeto, iremos abordar o processo de envasamento nos cilindros.
Essa operação está inclusa no planejamento e controle da produção, parte
importante da logística. Por tratar-se de um processo perigoso, a ocorrência de
problemas no envase poderá acarretar danos à empresa, aos funcionários, ao meio
ambiente e à sociedade.
De acordo com o Portal Amazônia em 02 de setembro de 2006 “Explosão
em empresa mata funcionário em Manaus.” O acidente ocorreu enquanto o
funcionário operava a máquina secadora de gás acetileno, para fazer o enchimento
de 60 tanques do produto químico. Além da morte do funcionário, a explosão causou
a destruição de parte do muro da empresa e de sete casas próximas.
Para o desenvolvimento do nosso trabalho, realizamos pesquisas por meio
de sites de empresas do ramo, em sites especializados e blogs que abordam o
assunto. Além disso, participamos de uma visita técnica na empresa White Martins,
onde recebemos informações de profissionais da área, desde o recebimento da
matéria prima até a distribuição dos cilindros.
Conforme visto na visita, a medição da temperatura durante o envase é feita
manualmente. Por isso, nós elaboramos o croqui de um aparelho baseado no
sistema Kanban, que visa diminuir os riscos e aumentar a segurança durante o
envase.
14
2. PROBLEMÁTICA
O setor responsável pelo envase de cilindros dentro de uma indústria
química requer diversos procedimentos de segurança, que têm por finalidade
minimizar a possibilidade de ocorrer imprevistos, que por sua vez, podem causar
danos à empresa, aos funcionários, ao meio ambiente e à sociedade.
Para a empresa poderá acarretar sérios danos, tais como: financeiros: os
acidentes irão resultar em grandes custos, devido a processos, multas, perdas de
seus equipamentos e com a contratação de novos funcionários; produção: terá
atraso em todo o processo de envase do produto, gerando gargalos, que irão
comprometer a entrega do produto; operacional: por ser responsável por todo o
funcionamento da empresa, desde o enchimento de tanques externos até a
distribuição, qualquer problema prejudicará toda operação. Como o cliente é
considerado o foco da empresa, devemos evitar tais ocorrências para que se
mantenha a confiança e fidelidade entre cliente e empresa.
Os funcionários passam por um desconforto devido ao calor produzido
durante a operação de envase. Por mais que a empresa adquira equipamentos que
permitam uma maior circulação de ar, como por exemplo, ventiladores, a
temperatura do ambiente permanece incomoda, podendo prejudicar a saúde dos
mesmos.
O meio ambiente é um fator que merece um grande destaque, pois envolve
a sustentabilidade. Portanto, qualquer acidente pode causar grande impacto aos
recursos naturais, devido aos gases serem químicos.
A sociedade é diretamente atingida caso ocorra um desastre, pois com o
vazamento o ar passa a ser impróprio aos seres humanos, o que possibilita
envenenamento ou sufocamento. Além disso, pode trazer transtornos às pessoas,
como a evacuação de suas residências.
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3. CLASSIFICAÇÃO DOS GASES
Os gases podem ser classificados de acordo com suas propriedades físicas
ou com o risco que apresentam.
3.1 Classificação dos Gases por suas Propriedades Físicas
Os gases podem ser classificados em gases comprimidos, liquefeitos ou
altamente refrigerados, de acordo com suas propriedades físicas. Esta classificação
é relacionada ao estado em que o gás é mais comumente manipulado ou
transportado.
Gases Comprimidos (ou Permanentes): são gases que sempre estão no
estado gasoso e são armazenados em cilindros de alta pressão (nitrogênio,
oxigênio, ar comprimido, etc.);
Gases Liquefeitos (ou Condensáveis): são gases que se tornam líquidos
através do aumento da pressão na temperatura de -10 °C, mas que voltam ao
estado gasoso à temperatura abaixo de 17,5 °C com a pressão abaixo de 1 atm.
Também são armazenados em cilindros no estado líquido em equilíbrio com o
estado gasoso (óxido nitroso, dióxido de carbono, etc.);
Gases altamente refrigerados (ou Criogênicos): são gases que se
liquefazem em temperaturas muito baixas à pressão ambiente. São armazenados e
transportados em tanques criogênicos ou garrafas térmicas (oxigênio, nitrogênio,
etc.).
3.2 Classificação dos Gases quanto ao Risco
Os gases podem ser classificados conforme o risco que apresentam em
gases oxidantes, inertes, tóxicos, não-tóxicos, inflamáveis e não-inflamáveis.
Gases oxidantes: são aqueles que reagem violentamente quando em
contato com óleos e graxas e são capazes de sustentar combustão (ar comprimido,
oxigênio, etc.);
Gases inertes: não reagem quimicamente e deslocam o oxigênio do ar
(argônio, hélio, etc.);
Gases tóxicos: são gases tóxicos e corrosivos que causam riscos à saúde
das pessoas (monóxido de carbono, dióxido de carbono, etc.);
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Gases inflamáveis: são gases que a 20 °C e à pressão normal são
inflamáveis quando em mistura com o ar em volume de 13% ou menos, ou, que
apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de no mínimo 12% (butano,
hidrogênio, etc.);
Gases não-inflamáveis ou não-tóxicos: são gases asfixiante, oxidantes ou
que não se enquadram em nenhuma das classificações citadas anteriormente (hélio,
ar comprimido medicinal, etc).
4. CARACTERÍSTICAS E UTILIZAÇÕES DOS PRINCIPAIS GASES INDUSTRIAIS
E MEDICINAIS
Argônio [I e M]: incolor, inodoro e inerte. Pode ser utilizado tanto na proteção
de solda e na produção de aços de qualidade quanto em cirurgias, proporcionando
maior eficiência no corte cirúrgico;
Criptôneo [M]: incolor e praticamente inerte. É utilizado para otimizar
imagens obtidas através de tomografias e em cirurgias da retina dos olhos;
Dióxido de Carbono [I] 1: incolor e inodoro. Uma de suas utilizações é ser
colocado em bebidas para dar-lhes efervescência;
Dióxido de Carbono Medicinal [M] 2: incolor e inodoro. Pode ser utilizado em
tratamentos de acidentes vasculares e cerebrais;
Gás Natural [I]: incolor e com odor levemente desagradável. Pode ser
utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e
força motriz;
Hélio [I e M] 3: incolor, inodoro, inerte e não-inflamável. Pode ser utilizado
tanto em dirigíveis (aeronaves mais leves do que o ar), quanto em tratamento de
asma;
Hidrogênio [I e M]: incolor, inodoro e inflamável. Utilizado para acabamento
de peças metálicas e corte de metais nobres;
Nitrogênio Medicinal [M]: incolor e praticamente inerte. É utilizado como
agente mecânico para impulsionar equipamentos medicinais pneumáticos;
1
Gás Industrial.
Gás Medicinal.
3
Gás Industrial e Medicinal.
2
17
Oxigênio [I e M]: gás insípido, não-inflamável, inodoro e altamente oxidante.
Utilizado para soldagem e corte de materiais de ferro e aço. Sua utilização é
imprescindível nos casos de reanimação cardiorrespiratória e em anestesias;
Xenônio [M]: incolor e inodoro. Utilizado em anestesias inalatórias e em
tratamento de retina e vítreo.
5. EMBALAGEM
Os gases são envasados em embalagens denominadas cilindros. Esses
cilindros são produzidos a partir de tubos de aço, sem costura e com vários
comprimentos e diâmetros.
5.1 Etapas do Processo de Produção dos Cilindros
1ª Laminação: tem por finalidade reduzir a espessura dos tubos de aço sem costura,
para melhorar a relação entre peso e volume do produto final;
2ª Corte: estabelece as bases para o tamanho e capacidade hidráulica;
3ª Conformação: consiste no fechamento das extremidades do tubo de aço sem
costura, por meio de repuxamento giratório a quente, sem solda;
4ª Tratamento Térmico: possui três processos, sendo eles tratamento térmico de
têmpera, revenimento e normalização;
5ª Usinagem: inclui o corte do pescoço do cilindro, a modelagem da rosca e a
inspeção das peças;
6ª Pintura: os cilindros são pintados conforme o gás que será envasado.
5.2 Identificação dos Cilindros
São informações importantes sobre o tipo de gás que está armazenado no
cilindro, contidas nos rótulos de calota e de corpo. Neles estão especificados dados
como: nome do gás, periculosidade, grau de pureza, simbologia de risco, número da
ONU, classe do produto e número da conexão. Além de informações sobre o
manuseio correto do produto.
5.3 Inspeção dos Cilindros
Para garantir a segurança e a pureza do gás, os cilindros são tratados
individualmente por processos de limpeza e controle das impurezas. Há uma
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periodicidade para a inspeção que varia de acordo com o tipo de gás que foi
armazenado no cilindro. As embalagens que foram utilizadas para o envase de
produtos gasosos corrosivos e tóxicos passam pela inspeção de dois em dois anos;
para o envase de produtos gasosos industriais, de cinco em cinco anos e; para o
envase de produtos gasosos medicinais, de dez em dez anos.
6. PROCESSO DE ENVASE
A matéria prima chega em um caminhão tanque no estado líquido e é
depositada no tanque existente na empresa. Após esse procedimento, o líquido é
transformado em gás e este é envasado no cilindro através de uma mangueira.
Durante o envase, os cilindros devem ficar acomodados na vertical presos
através de uma corrente, evitando assim, a chance desse cilindro vir a sofrer
quedas. Além disso, deve haver ventilação no local para minimizar a temperatura do
cilindro, que é aumentada devido à agitação molecular causada pela pressão.
Entretanto, mesmo utilizando ventiladores, há aumento da temperatura, o que causa
a expansão do cilindro e consequentemente, possibilita que este corra o risco de
explodir.
Como medida de segurança, um funcionário é encarregado de supervisionar
a área de envase com o objetivo de controlar os níveis de temperatura do cilindro.
Quando é verificado que o cilindro está com a temperatura elevada, o envase é
interrompido e o cilindro só retorna ao processo de envase, após ser constatado que
sua temperatura é aceitável.
A tarefa de verificação da temperatura é realizada através de medição
individual, que consiste na utilização de um dispositivo medidor que é encostado
cilindro por cilindro. Justamente por esse motivo, o processo de envase pode tornarse demorado.
7. SEGURANÇA
As empresas responsáveis pelo envasamento de gases possuem diversos
procedimentos de segurança que visam evitar acidentes e danos. Para isso, elas
devem seguir normas da área, aderir a equipamentos de segurança e treinar seus
colaboradores.
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Dentro da entidade, há um alarme que é acionado quando tem vazamento e
os procedimentos que devem ser seguidos são: evacuação dos funcionários e
localização do vazamento para interrompê-lo. Outro método de segurança é a
medição de temperatura dos cilindros durante o envase. Se o cilindro atingir sua
temperatura máxima, o envasamento deve ser interrompido para resfriamento, de
forma a evitar explosões. Desse modo, o setor de envase deve ser aberto e bem
ventilado.
Além disso, a empresa deve possuir a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), composta por funcionários treinados para identificar falhas que
possam causar acidentes. Além disso, eles são responsáveis por orientar os demais
funcionários em caso de acidentes e de auxiliarem nas investigações das causas
dos acidentes.
7.1 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual
São equipamentos utilizados para a proteção dos funcionários durante os
processos operacionais, eliminando os riscos que podem prejudicá-los. Eles devem
ser higienizados, livres de contaminação e armazenados em locais de fácil acesso.
Capacete de Segurança Classe A: capacete de segurança tipo aba frontal,
injetados em polietileno de alta densidade, com três nervuras no casco, dotado de
suspensão regulável absorvedora de suor, confeccionada de material sintético;
Óculos Ampla Visão: armação única em PVC incolor. Podem ser
encontrados três modelos: sem ventilação, perfurado e com válvulas;
Protetores Auriculares: São encontrados nos tamanhos P, M e G com três
flanges tipo "cogumelo". Macio, antialérgico, seu design se adapta confortavelmente
ao canal auditivo;
Máscara de Proteção: Composta por concha em fibra sintética, elástico para
ajuste na face e clipe metálico adaptável a qualquer tipo de rosto. Gramatura:
240g/m2;
Macacão PVC Forrado: confeccionado em PVC com fios de poliéster,
fechamento com zíper e velcro;
Luvas de Malha Pigmentada: fabricadas em fios de algodão e poliéster.
Possuem palma revestida com pigmentos de PVC para maior aderência;
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Botina com Bico de aço: Confeccionada em couro vacum curtido ao cromo,
elástico, palmilha de montagem em couro, solado de poliuretano monodensidade,
com bico de aço. Aplicada para proteção dos pés do usuário em locais onde haja
riscos de queda de materiais ou objetos pesados.
8. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
O planejamento e controle da produção (PCP) é responsável por criar planos
que atinjam as metas e estratégias do sistema produtivo. Baseado nesses planos, o
departamento de planejamento e controle da produção deve administrar os recursos
físicos e humanos, bem como direcionar e acompanhar as ações dos recursos
humanos sobre os físicos, de maneira a corrigir prováveis desvios.
Além disso, o planejamento e controle da produção deve atender da melhor
maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico (associado aos
objetivos globais e amplos da organização definidos no longo prazo), tático
(associado aos objetivos de departamento específicos definidos no médio prazo) e
operacional (associado aos objetivos voltados para a execução das operações
cotidianas da organização definidos no curto prazo), através da coordenação e
aplicação dos recursos produtivos.
Para atingir seus objetivos, o planejamento e controle da produção precisa
administrar informações vindas das áreas de engenharia do produto, engenharia do
processo, compras, marketing, finanças, recursos humanos e manutenção. Com
essas informações é possível formular o planejamento estratégico da produção, o
planejamento mestre da produção, programar e acompanhar a produção.
8.1 Planejamento estratégico da produção
O Planejamento estratégico da produção consiste em determinar condições
para que as empresas possam decidir com velocidade diante das oportunidades e
ameaças. Além disso, busca aumentar os resultados das operações e diminuir os
riscos das decisões das empresas, pois o impacto de suas decisões é de longo
prazo e afeta a empresa como um todo. Desse modo, o planejamento estratégico da
produção possibilita que a empresa melhore suas capacidades produtivas em
relação aos seus concorrentes.
21
8.2 Planejamento mestre da produção
O planejamento mestre da produção tem por objetivo esquematizar as
etapas de programação e execução das atividades operacionais da empresa. Para
isso, precisa desmembrar os planos estratégicos produtivos de longo prazo em
planos específicos de produtos acabados de médio prazo, resultando assim, no
plano mestre de produção (PMP), que é responsável por formalizar as decisões que
devem ser tomadas quanto à necessidade de produtos acabados para cada período
analisado.
8.3 Administração dos estoques
Sua função é definir quanto e quando comprar, fabricar ou montar cada item.
Uma de suas atividades é planejar e controlar os estoques pelo tamanho dos lotes,
também a forma de reposição e os estoques de segurança.
As empresas mesmo trabalhando com estoques diferentes elas precisam de
administração, pois necessitam que o almoxarifado seja concentrado para que
possa ser distribuído pelas seções da empresa.
8.4 Acompanhamento e controle da produção
Seu papel é fornecer uma ligação entre o planejamento e a execução das
atividades operacionais identificando seus erros, sendo ele grande ou pequeno,
fornecendo recursos para que os responsáveis possam agir. Os equívocos sempre
podem ocorrer, porém sendo identificados, mais rápido eles poderão ser resolvidos
e menor será o dano, economizando tempo e despesas com ações corretivas.
9. KANBAN
O sistema kanban, desenvolvido pelos engenheiros da Toyota Motors Cia
nos anos 60, atua dentro do planejamento e controle da produção no nível
operacional com o objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de
programação, acompanhamento e controle da produção.
Esse sistema caracteriza-se por “puxar” os lotes dentro do processo
produtivo, isto é, não há produção até que haja a solicitação do cliente. Para isso, o
kanban utiliza cartões que sinalizam as medidas que a produção deve seguir.
22
Basicamente, esses cartões são diferenciados pelas cores vermelho, amarelo e
verde, que significam urgência na requisição ou produção do item, atenção e
condições normais de operação, respectivamente. Os cartões são colocados em
painéis ou quadros que sinalizam o fluxo de movimentação e consumo dos itens.
Além de aplicado a produção, o kanban também pode ser utilizado na
requisição interna de itens e em paralelo com o fornecedor. Existem também outros
tipos de kanbans, como: kanban contenedor, quadrado kanban, painel eletrônico (ou
kanban eletrônico) e kanban informatizado, que também são baseados no uso de
sinalizações para ativar a produção e movimentar os itens pela fábrica.
Resumidamente, algumas das funções executadas pelo kanban e suas
vantagens não só no planejamento e controle da produção, mas dentro do processo
produtivo, são:

Administração dos estoques;

Indica mais rápido as variações na demanda, o que reduz os estoques e
acelera os lead times produtivos;

Contribui para a simplicidade operacional;

Permite o acompanhamento e controle visual e automático do programa de
produção;

Contribui para localização do produto e o volume de produção em cada
seção, evitando a transmissão e ampliação das mesmas;

Ajuda a diminuir o estoque de produtos acabados, reduzindo os custos;

Possibilita aos gestores movimentarem-se pela produção e estoque, desse
modo eles não ficam centralizados em um único local;

Produz a quantidade certa na hora certa.
23
10. LEGISLAÇÕES
Resolução nº 9 de 04/03/2010 / ANVISA - Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (D.O.U. 08/03/2010)
Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais.
Altera dispositivos da RDC nº 69, de 1º de outubro de 2008, que dispõe sobre as
Boas Práticas de Fabricação de Gases Medicinais.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo
Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e
nos §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
Portaria n° 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2010, adota a seguinte
Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:
Art. 1º O art. 2º da RDC nº 69, de 1º de outubro de 2008, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 2º Fica concedido prazo, até 31 de dezembro de 2012, para que as empresas
fabricantes de gases medicinais sejam regularizadas quanto à Autorização de
Funcionamento, e prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data da
Autorização de Funcionamento, para a obtenção do Certificado de Boas Práticas de
Fabricação."
Art. 2º Os subitens 2.2, 5.1, 12.2, 13.6, 13.8 e 13.9 do Anexo da RDC nº 69, de 1º de
outubro de 2008, passam a vigorar com a seguinte redação:
"2.2 Este Regulamento se aplica não somente à empresa que produz o gás
medicinal, mas a todas aquelas que, sem realizar o processo completo, participam
do controle, da elaboração de alguma etapa do processo, como o envase
(enchimento) de cilindros, tanques criogênicos e caminhões-tanque."
"5.1 Os gases medicinais devem ser envasados em cilindros ou em tanques
criogênicos móveis em áreas separadas daquelas destinadas a gases não
medicinais, não sendo permitidas trocas de recipientes entre estas áreas.
Entretanto, o envasamento de gases medicinais em cilindros ou em tanques
24
criogênicos móveis pode ocorrer em área destinada ao envasamento de gases não
medicinais, desde que tomadas precauções especiais e que as devidas validações
sejam realizadas."
"12.2 Os gases a granel destinados ao uso medicinal devem ser analisados e
liberados antes da realização da etapa de enchimento."
"13.9 O fabricante deve garantir por meio de procedimentos escritos que a
organização dos cilindros e tanques criogênicos nos caminhões, ainda na unidade
fabril, seja feita de modo a evitar a mistura entre gases medicinais e gases não
medicinais e de recipientes cheios e vazios." (NR).
10.1 RESOLUÇÃO CONAMA N.º 340, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003.
Dispõe sobre a utilização de cilindros para o envasamento de gases que destroem a
Camada de Ozônio, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das
competências que lhe são conferidas pelos arts. 6º e 8º da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e
tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, Anexo à Portaria nº 499, de 18
de dezembro de 2002.
Considerando o disposto na Resolução CONAMA nº 267, de 14 de setembro de
2000, que disciplinou o processo de coleta e armazenamento de gases destruidores
da Camada de Ozônio durante a manutenção de equipamentos, resolve:
Art. 1º Fica proibido o uso de cilindros pressurizados descartáveis que não estejam
em conformidade com as especificações desta Resolução, bem como de quaisquer
outros
vasilhames
utilizados
indevidamente
como
recipientes,
para
o
acondicionamento, armazenamento, transporte, recolhimento e comercialização de
CFC-12, CFC114, CFC-115, R-502 e dos Halons H-1211, H-1301 e H-2402.
§ 3º A transferência do fluido refrigerante liquefeito ou Halon para o recipiente
deverá ser cuidadosamente controlada pelo peso, levando-se em consideração a
capacidade líquida do recipiente e a densidade da substância controlada à 25 °C.
§ 4º Os cilindros e as máquinas de recolhimento deverão ser projetados para conter
um dispositivo antitransbordamento que irá automaticamente limitar o nível máximo
da substância refrigerante ou de extinção de incêndio transferido respeitando o nível
de oitenta por cento do seu volume líquido.
25
"Art. 15. O não-cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores,
entre outras, às penalidades e sanções, respectivamente, previstas na Lei nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto n o 3.179, de 21 de setembro de 1999".
10.2 RESOLUÇÃO Nº 470, DE 28 DE MARÇO DE 2008
Regula as atividades do Farmacêutico em gases e misturas de uso terapêutico e
para fins de diagnóstico.
O Conselho Federal de Farmácia, no uso de suas atribuições legais e regimentais;
Considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal, que
outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, atendidas as qualificações que
a lei estabelecer;
Considerando que o Conselho Federal de Farmácia, no âmbito de sua área
específica de atuação e como Conselho de Profissão Regulamentada, exerce
atividade típica do Estado, nos termos dos artigos 5º, XIII; 21, XXIV e 22, XVI, todos
da Constituição Federal;
Considerando que é atribuição do Conselho Federal de Farmácia expedir resoluções
para eficácia da Lei Federal nº 3.820/60 e, ainda, compete-lhe o múnus de definir ou
modificar a competência dos profissionais de farmácia em seu âmbito, conforme o
artigo 6º, alíneas "g" e "m" da Lei Federal nº 3.820/60;
Considerando, ainda, a outorga legal ao Conselho Federal de Farmácia de zelar
pela saúde pública, promovendo ações que implementem a assistência farmacêutica
em todos os níveis de atenção à saúde, conforme alínea "p" do artigo 6º da Lei
Federal nº 3.820/60 com as alterações da Lei Federal nº 9.120/95;
Considerando que a Lei Federal nº 5.991/73, regulamentada pelo Decreto nº
74.170/74, consideram como medicamento todo produto farmacêutico, tecnicamente
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico;
Considerando a 14ª edição da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização
Mundial da Saúde (OMS) que incluiu gases de uso terapêutico e os classificou como
"Anestésicos Gerais e Oxigênio";
Considerando que a "Relação de Medicamentos Essenciais" inclui o Óxido nitroso e
o Oxigênio, em sua 4ª Edição da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename), classificados como anestésicos gerais;
26
Considerando a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, aprovada por meio
da Resolução nº 338, de 06/05/04, do Conselho Nacional de Saúde;
Considerando
que
os
gases
medicinais
atuam
principalmente
por meios
farmacológicos, imunológicos ou metabólicos, apresentam propriedades de:
prevenir, diagnosticar, tratar, aliviar ou curar enfermidades ou doenças e que são
utilizados nas terapêuticas de inalação/ nebulização, anestesia, diagnóstico "in vivo",
medicina hiperbárica, entre outras ou para conservar ou transportar órgãos, tecidos
e células destinadas à prática biomédica;
Considerando que se torna de grande importância o conhecimento de que os gases
medicinais são drogas e, desse modo, devem ser selecionados e monitorizados com
muito rigor, definindo-se o objetivo do uso, modo de administração, dosagem e as
respostas e alterações decorrentes do uso desta terapia;
Considerando a Resolução RDC nº 50, de 21/02/02, da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde, com destaque na necessidade desses
estabelecimentos possuírem, dentre outros, de uma descrição básica do sistema de
fornecimento de gases medicinais (oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido medicinal
e outros) quando for o caso, e a previsão do seu consumo;
Artigo 2º - Os gases de uso terapêutico e com propósito de diagnóstico são, entre
outros, o hélio; oxigênio; óxido nitroso; dióxido de carbono;nitrogênio; xenônio;
perfluorpropano; hexafluoreto de enxofre; ar comprimido medicinal; argônio.
Artigo 3° - As misturas de uso terapêutico e com propósito de diagnóstico são, entre
outras, as de óxido nítrico e nitrogênio; de oxigênio e óxido nitroso; de oxigênio e
dióxido de carbono; de oxigênio e nitrogênio; de oxigênio e hélio; de monóxido de
carbono, oxigênio e nitrogênio; de dióxido de carbono, hélio e nitrogênio, de flúor e
argônio; de flúor e hélio; de neônio, hidrogênio, ácido clorídrico e xenônio.
Artigo 4º - A responsabilidade técnica pelos locais de envase, distribuição primária e
secundária da mesma empresa, comercialização a terceiros, dispensação nas filiais
e recebimento, armazenamento, controle de qualidade e liberação de gases
medicinais nas instituições de saúde caberá ao farmacêutico, inscrito no Conselho
Regional de Farmácia da sua jurisdição, respeitadas as atividades afins com outras
profissões.
27
§ 3º - Caberá ao farmacêutico responsável técnico pelas empresas distribuidoras de
gases e misturas de uso terapêutico e para fins de diagnóstico, a responsabilidade
pela rastreabilidade e orientações necessárias sobre o produto, como por exemplo:
composição, forma farmacêutica, informações de segurança, particularidades
clínicas (indicações terapêuticas, metodologia de administração), posologia, contraindicações, recomendações especiais, precauções, interações, efeitos colaterais,
sobredose, propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas, vida útil, cuidados
de armazenamento e transporte.
§ 4º - No caso de assistência domiciliar, onde o SAD desempenhe a função de
empresa dispensadora de gases e misturas de uso terapêutico, compete ao
farmacêutico, também, orientar o cuidador sobre o uso desses produtos.
Artigo 5º - O farmacêutico deve garantir a eficácia, a segurança e a qualidade
desses produtos, quando suas expedições forem feitas para atender a um EAS ou a
um SAD.
10.3 NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
32.1 Do objetivo e campo de aplicação
32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as
diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à
saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em
qualquer nível de complexidade.
II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando:
a) a finalidade e descrição do local de trabalho;
b) a organização e procedimentos de trabalho;
c) a possibilidade de exposição;
d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho;
e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.
32.3 Dos Riscos Químicos
28
32.3.1 Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos
produtos químicos utilizados em serviços de saúde.
32.3.2 Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser
identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição
química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável
pela manipulação ou fracionamento.
32.3.4 Do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
32.3.4.1 No PPRA dos serviços de saúde deve constar inventário de todos os
produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos, com indicação daqueles que
impliquem em riscos à segurança e saúde do trabalhador.
32.3.4.1.1 Os produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos que impliquem
riscos à segurança e saúde do trabalhador, devem ter uma ficha descritiva contendo,
no mínimo, as seguintes informações:
a) as características e as formas de utilização do produto;
b) os riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, considerando
as formas de utilização;
c) as medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde dos
trabalhadores;
d) condições e local de estocagem;
e) procedimentos em situações de emergência.
32.3.4.1.2 Uma cópia da ficha deve ser mantida nos locais onde o produto é
utilizado.
32.3.7 Das Medidas de Proteção
32.3.7.1 O empregador deve destinar local apropriado para a manipulação ou
fracionamento de produtos químicos que impliquem riscos à segurança e saúde do
trabalhador.
32.3.7.1.1 É vedada a realização destes procedimentos em qualquer local que não o
apropriado para este fim.
32.3.7.1.2 Excetuam-se a preparação e associação de medicamentos para
administração imediata aos pacientes.
32.3.7.1.3 O local deve dispor, no mínimo, de:
a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente,
respeitando o disposto na NR-26;
29
b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo
dos limites de tolerância estabelecidos nas NR- 09 e NR-15 e observando-se os
níveis de ação previstos na NR-09;
c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não
potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de
trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa;
d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados
semanalmente;
e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos
trabalhadores;
f) sistema adequado de descarte.
32.3.7.2 A manipulação ou fracionamento dos produtos químicos deve ser feito por
trabalhador qualificado.
32.3.7.3 O transporte de produtos químicos deve ser realizado considerando os
riscos à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente.
32.3.7.4 Todos os estabelecimentos que realizam, ou que pretendem realizar,
esterilização, reesterilização ou reprocessamento por gás óxido de etileno, deverão
atender o disposto na Portaria Interministerial nº 482/MS/MTE de 16/04/1999.
32.3.7.5 Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamáveis, o sistema
de prevenção de incêndio deve prever medidas especiais de segurança e
procedimentos de emergência.
32.3.7.6 As áreas de armazenamento de produtos químicos devem ser ventiladas e
sinalizadas.
32.3.7.6.1 Devem ser previstas áreas de armazenamento próprias para produtos
químicos incompatíveis.
32.3.8 Dos Gases Medicinais
32.3.8.1 Na movimentação, transporte, armazenamento, manuseio e utilização dos
gases, bem como na manutenção dos equipamentos, devem ser observadas as
recomendações do fabricante, desde que compatíveis com as disposições da
legislação vigente.
32.3.8.1.1 As recomendações do fabricante, em português, devem ser mantidas no
local de trabalho à disposição dos trabalhadores e da inspeção do trabalho.
32.3.8.2 É vedado:
a) a utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás;
30
b) submeter equipamentos a pressões superiores àquelas para as quais foram
projetados;
c) a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de
segurança;
d) a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção
individual adequados;
e) a submissão dos cilindros a temperaturas extremas;
f) a utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se
destinam;
g) o contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares com
gases oxidantes;
h) a utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositivo
apropriado para impedir o fluxo reverso;
i) a transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da
capacidade dos cilindros;
j) o transporte de cilindros soltos, em posição horizontal e sem capacetes.
32.3.8.3 Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e acetileno,
devem ser armazenados a uma distância mínima de oito metros daqueles contendo
gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras vedadas
e resistentes ao fogo.
32.3.8.4 Para o sistema centralizado de gases medicinais devem ser fixadas placas,
em local visível, com caracteres indeléveis e legíveis, com as seguintes informações:
a) nominação das pessoas autorizadas a terem acesso ao local e treinadas na
operação e manutenção do sistema;
b) procedimentos a serem adotados em caso de emergência;
c) número de telefone para uso em caso de emergência;
d) sinalização alusiva a perigo.
32.3.9.3 Dos Gases e Vapores Anestésicos
32.3.9.3.1 Todos os equipamentos utilizados para a administração dos gases ou
vapores anestésicos devem ser submetidos à manutenção corretiva e preventiva,
dando-se especial atenção aos pontos de vazamentos para o ambiente de trabalho,
buscando sua eliminação.
31
32.3.9.3.2 A manutenção consiste, no mínimo, na verificação dos cilindros de gases,
conectores, conexões, mangueiras, balões, traqueias, válvulas, aparelhos de
anestesia e máscaras faciais para ventilação pulmonar.
32.3.9.3.2.1 O programa e os relatórios de manutenção devem constar de
documento próprio que deve ficar à disposição dos trabalhadores diretamente
envolvidos e da fiscalização do trabalho.
32.3.9.3.3 Os locais onde são utilizados gases ou vapores anestésicos devem ter
sistemas de ventilação e exaustão, com o objetivo de manter a concentração
ambiental sob controle, conforme previsto na legislação vigente.
32.3.9.3.4 Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas
com possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização
por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações
contidas no PPRA.
32.3.10 Da Capacitação
32.3.10.1 Os trabalhadores envolvidos devem receber capacitação inicial e
continuada que contenha, no mínimo:
a) as principais vias de exposição ocupacional;
b) os efeitos terapêuticos e adversos destes medicamentos e o possível risco à
saúde, a longo e curto prazo;
c) as normas e os procedimentos padronizados relativos ao manuseio, preparo,
transporte,
administração,
distribuição
e
descarte
dos
quimioterápicos
antineoplásicos;
d) as normas e os procedimentos a serem adotadas no caso de ocorrência de
acidentes.
32
11. SOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA
Nosso projeto tem por finalidade desenvolver um dispositivo capaz de
auxiliar o processo de envasamento, com o intuito de agilizar os processos logísticos
envolvidos e consequentemente aumentar a capacidade de atendimento aos
clientes. Além do mais, nosso dispositivo pode aumentar a segurança e diminuir os
custos.
Para isso, criamos o croqui de um equipamento que funcionará como uma
ferramenta de gestão, que tornará os procedimentos manuais em um sistema de
operações automáticas.
11.1 Funcionamento do Dispositivo
O dispositivo trabalhará como controlador e indicador de variações de
temperaturas e de volume, dessa maneira, necessitará de indicações que permitem
ao operador supervisionar o envase individual dos cilindros.
As indicações serão feitas por dois meios: luzes e números. As luzes serão
responsáveis por possibilitar o controle visual dos cilindros, onde serão classificadas
as variações de temperatura e volume através de quatro cores: amarelo, vermelho,
azul e verde.
A luz amarela será acionada enquanto o cilindro estiver em processo de
envase; a luz vermelha indicará que o cilindro atingiu a temperatura limite; a azul
será responsável por indicar que a temperatura do cilindro está aceitável para
retornar ao processo de envase e, a luz verde, indicará o fim do envasamento.
Os números servirão para indicar a atual temperatura do cilindro bem como
sua identificação.
11.2 Integração do Dispositivo com o Quadro Visual
Para essa integração, cada cilindro terá um dispositivo fixado em si e todos
os dispositivos estarão ligados a um programa de computador que possibilitará uma
gestão em tempo real do processo de envase. Assim, todas as mudanças de
temperaturas serão apontadas no “quadro eletrônico”, permitindo que qualquer
funcionário visualize o processo de envase e tome as devidas decisões necessárias.
33
Isso permite que o fluxo de informações seja acelerado, tornando mais rápido o
processo de produção.
Dessa
maneira,
não
haveria
a
necessidade
do
funcionário
ficar
constantemente próximo aos cilindros, podendo desse modo, realizar outras
atividades dentro da empresa.
11.3 Vantagens do Dispositivo

Aumento da Segurança;

Agilizar o acompanhamento no envase;

Melhorar as condições de trabalho dos funcionários;

Eficiência no processo de medição de temperatura;

Economizar custos.
34
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste trabalho, constatamos que o processo do envase de gases
necessita de um cuidado específico, pois lida com elementos de alta periculosidade.
O processo de envase inicia-se após a passagem do estado líquido para o gasoso e
depois desta transformação, o gás passa a ser envasado através de uma mangueira
que esta conectada ao cilindro.
Os riscos que podem ocorrer durante este processo são: a explosão do
cilindro e o vazamento do gás, que irá contaminar o ar, causando assim o
envenenamento e/ou sufocamento do ser envolvido na atividade do envase. Ambos
os riscos implicarão em prejuízos à empresa, à sociedade e ao meio ambiente.
Por conta disso, a empresa tem o dever de seguir normas que garantem a
segurança como, por exemplo, fornecer os equipamentos de proteção individual aos
funcionários.
Em relação à produção, pode ser utilizado o Kanban, que é um método
eficaz utilizado de maneira a facilitar o seu controle através da gestão visual. Por
esse motivo, utilizamos esse sistema como influência para encontrar uma opção
mais viável ao atual processo de envase. Por esse motivo, elaboramos o croqui de
um dispositivo que atuará em conjunto com o painel eletrônico, que permitirá a
substituição do controle da temperatura manual para visual, trazendo benefícios
para a empresa.
Desse modo, a aplicação do dispositivo na área de envase permitirá que os
processos
logísticos
envolvidos
(planejamento
e
controle
da
produção,
movimentação de materiais, expedição e distribuição) se tornem mais eficientes e
seguros, visto que o dispositivo facilitará o controle da produção, agilizará os
procedimentos manuais e aumentará a segurança durante toda operação.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Autor desconhecido. Kanban. Disponível em: <http://www.aliadaconsultoria.com.br/
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especiais
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37
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Botina
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Norma Regulamentadora 32 – NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em
Serviços
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Disponível
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<http://www.guiatrabalhista.com.br/
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ANVISA Nº
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2010.
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Resolução CONAMA Nº 340, de 25 de setembro de 2003. Disponível em:
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Resolução
Nº
470,
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28
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março
de
2008
CFF.
Disponível
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<http://www.crfsp.org.br/legislacao/708-resolucao-470-de-28-de-marco-de2008.html>; Acesso em: 31/03/2012.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2 ed. –
São Paulo: Atlas, 2000. 23-26 e 196-215 p.
38
GLOSSÁRIO DE TERMOS
Inerte: Inativo por incapacidade.
Insípido: Sem sabor.
Periculosidade: Condição que oferece risco acentuado.
Revenimento: Tratamento térmico que tem por finalidade corrigir aços cuja
tenacidade é frágil e a dureza excessiva.
Têmpera: Tratamento térmico que possibilita aos aços durezas e resistências
mecânicas elevadas.
39
APÊNDICES
APÊNDICE A – CROQUIS DO DISPOSITIVO
Alça
Visor
40
41
APÊNDICE B – CROQUIS DO QUADRO ELETRÔNICO
42
43
APÊNDICE C – LAYOUT DO AMBIENTE DE ENVASE
44
ANEXOS
ANEXO I – NOTÍCIA EXPLOSÃO PORTAL AMAZÔNIA
02 de Setembro de 2006 - 08h31min
Amazonas
Notícias
Explosão em empresa de gás mata funcionário em Manaus
Fonte: Diário do Amazonas
MANAUS - O operador de gás químico Ricardo Assunção Porfírio, 26 anos, morreu
ontem na explosão no setor de gás acetileno da indústria química Nitron da
Amazônia, na rua 4 do conjunto Itacolomy, bairro Armando Mendes, zona Leste de
Manaus. A explosão causou a destruição parcial de pelo menos sete casas, que
ficam próximas à empresa. O acidente ocorreu por volta de 9h. As causas estão
sendo investigadas tanto pelo Corpo de Bombeiros, quanto pela Delegacia
Especializada em Ordem Pública e Social (Deops) e pelo 4º Distrito Policial (DP). O
resultado da perícia vai sair entre 25 e 30 dias, informou o delegado titular do 4º DP,
Turíbio Costa. “A perícia vai apontar o real motivo do acidente e se a empresa
oferece segurança para produzir gases químicos neste local”, disse. Segundo o
gerente-geral da Nitron, Marcelo Martins, a explosão ocorreu quando Ricardo
operava a máquina secadora de gás acetileno, para fazer o enchimento de 60
tanques do produto químico. Ele trabalhava sozinho no setor, por isso, ninguém
sabe o que provocou a explosão. O gás acetileno é resultado da mistura de pedra de
carbureto de cálcio com água. Extremamente inflamável, o acetileno é usado por
empresas metalúrgicas e oficinas mecânicas para fazer corte de metais e soldas,
usando maçarico. A explosão foi tão forte que uma parte do muro da fábrica ficou
destruída. Os estilhaços do tanque de acetileno, que era enchido por Ricardo, foram
45
achados a cerca de 100 metros do local. As casas que ficam próximas à Nitron
tiveram os telhados destruídos, portas arrebentadas e os aparelhos eletroeletrônicos
queimados, por causa do impacto. A Nitron funciona no bairro Armando Mendes há
cerca de nove anos e opera também com a produção de oxigênio e nitrogênio para
indústrias e hospitais. Ricardo trabalhava no local há três meses. Ele era casado,
tinha duas filhas pequenas e morava no bairro João Paulo, zona Leste. SK
46
ANEXO II – PLACAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS GASES
47
ANEXO III – CILINDROS
48
ANEXO IV – ESQUEMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DOS CILINDROS
49
50
ANEXO V – IDENTIFICAÇÃO DOS CILINDROS
51
ANEXO VI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Capacete de Segurança Classe A
Protetor Auricular
Óculos Ampla Visão
Máscara de Proteção
52
Macacão PVC Forrado
Botina com Bico de Aço
Luvas de Malha Pigmentada

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