A minha participação nos relatos da história dos Taioli

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A minha participação nos relatos da história dos Taioli
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A minha participação nos relatos da história dos Taioli - Por Henrique Pedro Taioli
A minha participação nos relatos da história dos TaioliPor Henrique Pedro Taioli
                                                  Entusiasmado e por
relatar os fatos que são do meu conhecimento a respeito da HISTÓRIA dos TAIOLI.
   Fatos e estórias que foram vividas, comentadas e descritas pelos meus pais, meus tios, outros parentes e amigos
conterrâneos, que enfrentaram as mesmas aventuras, as mesmas emoções, os acontecimentos, as indagações as
angústias, os momentos de alegria ou de tristeza e contemplar as coisas, sempre procurando enxergar o que há na
sua essência.
                No início do Século XX partiram da longínqua Itália com a esperança de encontrar trabalho
América”, deixando, com muita tristeza e nostalgia, sua querida Gavinana, com seus bens mais preciosos e seus
amados familiares, com a esperança de que um dia, não muito distante, pudessem retornar com o fim de recomeçar suas
vidas no seu adorado rincão. Lá, ainda com o efeito do após-guerra, não havia trabalho para todos e a sobrevivência
tornanava-se cada vez mais difícil.   ...MAS, VOLTAREMOS, UM DIA...QUEM SABE!!! A travessia era longa e penosa,
os dias passavam lentos e as condições de viagem, a bordo dos navios eram precárias, as possibilidades de contrair
infecções e doenças eram evidentes - assim como o drama que vem descrito numa música, que é maravilhosamente
interpretada pelo extraordinário cancioneiro italiano: LUCIANO TAJOLI, intitulada “E Vanno”:
E vanno, tanto lontano vanno
Cosa faranno, se torneranno, nessun lo sa
Negli occhi anno un velo di piantoLento é il tormento, mentre la nave vaLa giú nella stiva profondaScossati daí vuoti
dell’ondaVive ognuno il suo drammaAnno tutti un ricordoTutti abbiamo una mammaEÂ vanno, tanto lontano vannoCosa
faranno, se torneranno nessun lo sa
Stasera il mare,Mentre bacia l’estremo lemboStasera il mareMentre bacia l’estremo lemboDella mia terraÉ grigio come il
cielo, uomini donne, vecchi, bambiniVanno incontro alla sorte, per non morireE Vanno.    E finalmente chegaram, com
muito entusiasmo e esperança, dispostos a enfrentar as dificuldades como verdadeiros heróis e como fizeram tantos
outros, para ganhar a vida, trabalhando com afinco, com dignidade, até mesmo com as dificuldades de adaptação ao
clima de um país tropical e distante, com suas diversificações, comportamentos e crenças, e que, no despertar de uma
nova vida, teriam que amoldar-se a seus costumes e usos e defrontar-se com as dificuldades de relacionamento e
convivência totalmente estranhas e desconhecidas, principalmente com referência à parte da culinária e das iguarias
necessárias para o preparo de sua alimentação etc.    Meu pai, Serafino, filho de Pietro Taioli e Annunziata Ferrari,
nasceu em Gavinana em 16 de dezembro de 1893, e minha mãe, Assunta Traversari, nascida em 20 de abril de l900.
Casaram-se em novembro de 1922. Vieram com a esperança de voltar um dia não muito distante, deixando com
lágrimas sua terra natal, sua casa, seus pais, seus familiares, seus parentes e amigos.    Com toda a documentação
regularizada, dirigiram-se para Genova e embarcaram no “Mafalda” um velho navio que estava fazendo a sua última
viagem.    Partiram resignados, mas cheios de entusiasmo, esperando encontrar, no Brasil, a oportunidade de alcançar
o desejo de um mundo melhor, onde pudessem sobreviver dignamente, com trabalho amor e tranqüilidade.    Mas
para Serafino e Assunta, essas dificuldades da adaptação não foram tão severas. Por que?      Porque foram
carinhosamente recebidos por Matteo e Lena!Â
    Por Matteo - que foi o pioneiro dos Taioli - o “desbravador" que alguns anos antes, quando ainda solteiro, havia
estado aqui no Brasil. Anos depois retornou a Gavinana e posteriormente voltou já casado com Maddalena Burattini
Taioli (Lena). Como também por Lena, que já estava se acostumando com as peripécias e imprevistos de adaptação ao
sistema e ao modo de vida no Brasil.
    Serafino Taioli, nascido em Gavinana, em 1893 numa casa localizada na praça em frente ao monumento a Francesco
Ferrucci, entre o Arco de Entrada e La Fontana, onde viveu sua infância e juventude. Serviu na primeira guerra mundial e
que, entre outras atividades exercidas, trabalhou na Sardegna, posteriormmente foi também "Carabiniere”. Â Â Â Â Decidiu
partir e na sua chegada ao Brasil, digamos que não foi recebido, triunfalmente com “La Banda”, mas para ele todos
cantaram:....é lui, é lui, si si é próprio luuuuuui e Assunta Traversari Taioli, filha de Enrico e Maria Traversari que
nasceu num lugar chamado Le Comugne, localizado a pouca distância da praça principal de Gavinana onde, também,
está localizada a Igreja de Santa Maria Assunta. Na sua juventude participava - como cantora - do Coral que
abrilhantava todas as solenidades cívicas e religiosas que se realizavam no "paesello" querido.
    A casa em que nasceu está localizada na parte central de uma extensa área verde: um verdadeiro jardim, que
sempre foi muito bem cuidado, onde, na primavera, além de flores em profusão, há também, muitos arbustos e
algumas arvores frutíferas, entre as quais, Pereiras, Cerejeiras e outras. Posso dizer que, com muita emoção, e
satisfação, fui abençoado e premiado pela feliz oportunidade de colher dessas frutas e saborea-las, no próprio local, como
fazia minha querida mãe desde menina.     A viagem foi longa, mas com muita esperança e ao desembarcar em Itupeva
o reencontro foi emocionante Lena, como “anfitriã e Assunta, como recém-chegada e que também para elas, todos
cantaram:...un mazzolin di fiori che vien dalla montagna... Mas... Querem saber?... Eu também estava lá! ...Eu
também cheguei em Itupeva! Pois eu vinha tranquilamente no ventre de minha mãe, e nasci sete meses após a
nossa chegada ao Brasil. “Para mim ninguém cantou”
O acolhimento em Itupeva foi tão alegre e festivo que Matteo, Lena e Piero (que também já estava lá)Â cantaram:
Venite venite venite venite alla casa mia, venite per cortesia, piacere mi faran.
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Fim!
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