FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências

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FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS DO
PANTANAL – PPGE/CPAN
TELMA IARA BACARIN
FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências aos modelos de
feminilidade
Corumbá – MS
2015
TELMA IARA BACARIN
FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências aos modelos de
feminilidade
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Educação do Campus do
Pantanal (PPGE/CPAN), como requisito para a
obtenção do título de Mestre em Educação na
área de concentração em Educação Social,
pela linha de pesquisa Formação de
Educadores e Diversidade, sob orientação da
Prof.ª Drª. Constantina Xavier Filha.
Corumbá
Mestrado em Educação – UFMS/CPAN/PPGE-CPAN
2015
CAMPUS DO PANTANAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS DO PANTANAL – PPGE/CPAN
Dissertação intitulada FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências
aos modelos de feminilidade, de autoria da mestranda Telma Iara Bacarin, aprovada pela
banca examinadora constituída pelos/as seguintes professores/as:
_________________________________________________________
Profª Drª Constantina Xavier Filha (Orientadora)
(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS)
_________________________________________________________
Profª Drª Patrícia Abel Balestrin (Membro Titular)
(Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS)
_________________________________________________________
Profª Drª Cláudia Maria Ribeiro (Membro Titular)
(Universidade Federal de Lavras – UFLA)
_________________________________________________________
Prof. Dr. Tiago Duque (Membro Titular)
(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS)
Corumbá-MS
2015
Dedico este trabalho a Cristine Novaes
Barbosa da Rocha
“Minha amiga de fé minha irmã camarada,
amiga de tantos caminhos de tantas jornadas.
Cabeça de mulher mas o coração de menina,
aquela que esteve ao meu lado em qualquer
caminhada.
Me lembro de todas as lutas da minha grande
companheira, que tantas vezes provou ser uma
grande guerreira.
O seu coração sempre foi uma casa de portas
abertas, amiga você foi a mais certa das horas
incertas...”
Foi difícil chegar aqui sem você, mas sua
memória esteve presente: sua garra, sua força
e sua coragem me foram fonte de inspiração...
Por isso dedico a você os frutos deste
trabalho, que só começou pelo seu incentivo.
Obrigada por ter passado por minha vida!
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a quem tantas vezes recorri pedindo inspiração e socorro. Às santas
e santos para quem supliquei auxílio, à espera de um milagre para cumprir prazos, concluir
com êxito e entregar o trabalho.
Agradeço a minha orientadora Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha, companheira de
tantos anos de trabalhos e estudos, que me proporcionou experiências de trabalho valiosas,
aprendizados, aprofundamentos teóricos, esclarecimento de dúvidas, publicações... Foram
muitos os momentos difíceis que passamos ao longo do desenvolvimento desta pesquisa, mas
chegamos ao fim inteiras e com o trabalho em mãos. Sem minha querida Tina nada seria
possível, este trabalho só aconteceu graças a sua dedicação para corrigir cada frase, questionar
coisas absurdas, indicar caminhos e sugerir aprofundamentos nos pontos necessários. Os
momentos de orientação, presenciais ou a distância, funcionavam como luz para o
desenvolvimento do trabalho e davam novo folego ao processo de escrita. Um dia haverá de
ser Santa Tina! Auxílio e refúgio dos/as estudantes desesperados/as!
Agradeço também à minha eterna amiga Cristine Rocha, parceira nas cansativas
viagens, amiga leal nos momentos bons e difíceis. Compartilhamos dúvidas e certezas,
discutimos conceitos, chegamos juntas às conclusões possíveis, brigamos e nos entendemos,
enfim, vivemos intensamente o período do mestrado e também os de parceria desde a
graduação. Mas confesso que é com lágrimas nos olhos que faço esse agradecimento, foi
muito difícil terminar esse trabalho sem minha amiga... Faltam-me palavras para expressar o
quanto sou grata por tê-la em minha vida, ainda que tenha partido tão cedo...
Agradeço à Samanta, grande parceira nesta jornada de trabalhos e estudos.
Companheira sempre disponível, generosa para ajudar nas dúvidas e dificuldades. Sempre
presente, sua ajuda foi fundamental neste processo de pesquisa.
Agradeço à Francisca pela amizade, presença e parceria, pelas discussões e por
compartilhar as angústias e incertezas. A todas/os as/os companheiras/os de sala e as/aos
professoras/es do mestrado pelas aulas, pelas ricas discussões em sala, pelo compartilhamento
de
ideias,
questionamentos
sobre
corrente
teórica
e
pressupostos
foucaultianos,
questionamentos esses que foram importantíssimos no processo de amadurecimento teórico
da pesquisa.
Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Campus do Pantanal,
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em especial às professoras Anamaria Santana da
Silva, Mônica de Carvalho Magalhães Kassar e professor Fabiano Antônio dos Santos, pessoas
com as quais tivemos a maioria das aulas no ano de 2013.
Agradeço à banca examinadora, professora Cláudia Maria Ribeiro, professora Patrícia
Abel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões valiosas na qualificação e pela
dedicação e carinho na leitura final para defesa. Fica também meu pedido de desculpas pelos
pontos que foram sugeridos, mas que não foram possíveis apresentar.
Agradeço também à minha família, pelas orações que fizeram em meu favor, pelo
apoio moral oferecido e principalmente pela presença e carinho no momento difícil em que
perdemos nossa matriarca, minha amada avó Thereza. Incluo um agradecimento especial para
minha mãe Ivone, que mesmo sem entender direito as discussões e conceitos faz questão de
ler meus trabalhos, acredita no meu ponto de vista e me respeita nas discordâncias. Agradeço
também pela leitura dos resumos dos filmes que ela e minha irmã Taynara fizeram, dedicando
algumas horas para opinar sobre o nível de entendimento dos textos.
Agradeço enfim às pessoas que fazem parte da minha vida e que compreenderam as
ausências, os momentos de distanciamento, os convites para eventos que foram recusados e
todas as vezes que disse “não” em nome dos estudos. Obrigada por torcerem por mim nessa
conquista.
BACARIN, Telma Iara. Filmes de animação da Barbie: normatizações e resistências aos
modelos de feminilidade. Corumbá/MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Campus do Pantanal, Corumbá, 2015. Dissertação de Mestrado em Educação.
RESUMO
A presente pesquisa inseriu-se no âmbito dos trabalhos do Grupo de Estudos e Pesquisas em
Sexualidades, Educação e Gênero – GEPSEX/UFMS e teve por objetivo identificar nos
filmes de animação da Barbie as possibilidades de vivências de feminilidades, bem como as
possibilidades de resistências a um modelo único de vivência da feminilidade. As questões
que nortearam a pesquisa foram: Quais as feminilidades que são veiculadas/produzidas nos
filmes de animação da Barbie? De que forma essas feminilidades são legitimadas enquanto
modelos para a vivência das feminilidades? Existe um modelo único nos filmes ou há a
possibilidade de variadas formas de vivências de feminilidade e de ser menina/mulher? A
pesquisa foi fundamentada teoricamente nos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e nos
pressupostos foucaultianos, utilizando os conceitos de gênero, feminilidade, pedagogias
culturais, identidade e diferença, identidade de gênero, subjetivação, poder e resistência.
Escolhemos os filmes por entendermos que são artefatos culturais e que, como tais, atuam na
constituição das identidades, inclusive as de gênero, instituindo formas adequadas para a
vivência das feminilidades e masculinidades. Tomamos como fonte para pesquisa os filmes de
animação da Barbie produzidos entre os anos de 2001 a 2012, totalizando vinte e três obras
analisadas. Para organizar nossas discussões e identificar os diversos elementos de
feminilidades que os filmes possibilitam, fizemos a organização dos filmes em cinco
agrupamentos de acordo com os temas que predominavam em cada um, apesar de que todos
os filmes apresentavam mais de um dos elementos que consideramos em cada agrupamento.
Os grupos formados foram: “Ensinamentos de feminilidade”; “Renúncia de algo pelo bem
comum”; “Amizade verdadeira”; “Amor romântico” e “Feminilidade diferente do modelo
dominante”. Com base na nossa fundamentação teórica foi possível pensar em possíveis
discussões e problematizações às perguntas formuladas. Identificamos que os filmes
apresentam um impasse, pois à medida que proporcionam uma infinidade de maneiras para
pensar em resistências e rupturas com modelos únicos de feminilidade, acabam, também, por
reafirmar um modelo idealizado de feminilidade como desejável, qual seja, um modelo dócil,
gentil, educado e altruísta. Contudo, entendemos que essa discussão é profícua no âmbito dos
Estudos Culturais e Estudos de Gênero, pois possibilitam questionar e tencionar regras e
padrões preestabelecidos para vivência das feminilidades e masculinidades, sobretudo nas
instituições educativas com e para as crianças.
Palavras-chave: Feminilidades; Gênero; Filmes da Barbie.
ABSTRACT
This research took part in the works of the Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades,
Educação e Gênero – GEPSEX/UFMs and had as objective identify in Barbie animated films
possibilities of experiencing femininities, as well as possibilities of resistance to a single
model of experiencing it. The questions that guided this research were: What are the
femininities aired/produced in Barbie animated movies? How are those femininities
legitimized as models of experiencing femininities? Does a single model of experiencing
femininity exist or are there possibilities of various forms of experiencing it and of being
woman/girl in Barbie animated films? Grounded in Cultural Studies, Gender Studies and
Foucauldian premises, the concepts of gender, femininity, cultural pedagogies, identity and
difference, gender identity, subjectivation, power and resistance were used throughout this
research. The choice for the films was made because they are cultural artifacts and, being so,
act in the production of identities, including gender identity, instituting what are considered
adequate forms of experiencing femininities and masculinities. The resources for this research
were Barbie animated films made between the years 2001 to 2012, totaling twenty-three
works analyzed. To organize the discussions and identify the various elements of femininities
that the films made possible, an organization of the films in five groupings, according to the
predominant theme, was made taking in consideration that all films brought more than one
element of each grouping. The groupings were: “Teachings of femininities”; “Renounce for
the common good”; “True friendship”; “Romantic love” and “Femininities that differ from
the dominant model”. With the theoretical ground chosen, it was possible to think of
discussions and problematizations to the questions proposed. We were able to identify that the
films present an impasse, because they proportionate multiple of ways to think of resistances
and ruptures of the single model of femininity; on the other hand, they end up reaffirming an
idealized model of femininity as desirable, namely, a docile, gentle, polite and altruistic model
of femininity. Taking all that unto account, we do believe that this discussion is fruitful in the
framework of Cultural Studies and Gender Studies, because they allow us to question and
tension the rules and pre-established patterns of experiencing femininities and masculinities,
especially in educative institutions for and with children.
Keywords: Femininities; Gender; Barbie films.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Lista completa dos filmes ....................................................................................31
Tabela 2: Detalhamento dos grupos ....................................................................................46
Tabela 3: Características dos grupos ...................................................................................47
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Erika tomando nota dos ensinamentos para ser uma princesa............................................... 49
Figura 2: Erika ensaiando o aceno de princesa ..................................................................................... 50
Figura 3: Princesa acenando da sacada ................................................................................................. 52
Figura 4: Pop Star dando entrevistas .................................................................................................... 53
Figura 5: Tori descendo pelo corrimão da escada ................................................................................ 54
Figura 6: Tori e suas irmãs depois de sabotarem o quadro de tia Amélia ............................................ 54
Figura 7: Tori e suas irmãs depois de bagunçarem o quarto ................................................................. 55
Figura 8: Tori imitando tia Amélia ao ganhar uma bronca ................................................................... 55
Figura 9: Casamento de Anneliese e Erika com seus respectivos noivos, Julian e rei Dominick. ...... 56
Figura 10: Princesas ao chão depois de colidirem umas nas outras...................................................... 57
Figura 11: Princesas a mesa .................................................................................................................. 58
Figura 12: Blair recebendo aulas de etiqueta e equilíbrio..................................................................... 59
Figura 13: Blair trabalhando de garçonete ............................................................................................ 62
Figura 14: Delancy entregando a coroa de Gardênia ............................................................................ 63
Figura 15: Blair se transformando em princesa .................................................................................... 63
Figura 16: Clara libertando os prisioneiros ........................................................................................... 64
Figura 17: Clara salvando o príncipe com um beijo ............................................................................. 64
Figura 18: Elina enfrentando Laverna para libertar as/os amigas/os .................................................... 65
Figura 19: Elina no momento em que destrói o cristal e caba com os planos de Laverna ................... 65
Figura 20: Elina ao trocar suas asas por cauda de sereia para salvar Nori............................................ 66
Figura 21: Elina abrindo mão de recuperar suas asas para impedir o envenenamento das águas. ....... 66
Figura 22: Elina salvando fada Solar .................................................................................................... 67
Figura 23: Elina se colocando a frente do primeiro voo da primavera ................................................ 67
Figura 24: Butterfly e suas amigas fugindo de monstros ...................................................................... 68
Figura 25: Butterfly salvando a vida da rainha ..................................................................................... 68
Figura 26: Merliah abre mão de retomar sua vida para salvar o reino ................................................. 70
Figura 27: Merliah se transformando em princesa sereia depois de se reconhecer como tal ............... 70
Figura 28: Merliah no momento em que decide fazer o ritual ............................................................. 71
Figura 29: Merliah no trono assumindo o risco de nunca mais voltar a ser humana ............................ 71
Figura 30: Merliah brigando com a mãe ............................................................................................... 73
Figura 31: Merliah produzindo Marvita ............................................................................................... 73
Figura 32: Liana entregando o colar da amizade para Alexa ................................................................ 77
Figura 33: Alexa e Liana se desentendem ............................................................................................ 77
Figura 34: Polegarzinha e suas amigas em um abraço.......................................................................... 78
Figura 35: Makena e Polegarzinha se reconciliando ........................................................................... 78
Figura 36: Ro e príncipe Antônio dançando no baile ........................................................................... 81
Figura 37: Ro aceita o pedido de casamento ........................................................................................ 81
Figura 38: Barbie sofrendo com a separação ........................................................................................ 82
Figura 39: Barbie e Ken em um beijo de reconciliação ........................................................................ 82
Figura 40: Barbie tentando proteger Ken.............................................................................................. 83
Figura 41: Barbie e Ken em um evento ................................................................................................ 84
Figura 42: Rapunzel aceita o convite para o baile ............................................................................... 85
Figura 43: Casamento de Rapunzel com o príncipe ............................................................................. 85
Figura 44: Odete e o príncipe após serem atingidos por um feitiço .................................................... 86
Figura 45: Odete aceita o pedido de casamento do príncipe................................................................. 86
Figura 46: Corinne desafiando um mosqueteiro ................................................................................... 89
Figura 47: Revelação das mosqueteiras no baile ................................................................................. 90
Figura 48: Corinne salvando o príncipe ................................................................................................ 92
Figura 49: As garotas partindo em missão ............................................................................................ 92
Figura 50: Barbie escolhendo um vestido para comprar ...................................................................... 93
Figura 51: Barbie se desculpando por seus erros .................................................................................. 94
Figura 52: Barbie e Kevin dançando no baile da escola ....................................................................... 94
Figura 53: Eden ameaçando demitir as/os funcionárias/os ................................................................... 95
Figura 54: Eden no orfanato depois de mudar sua conduta .................................................................. 95
Figura 55: Irmãs de Barbie brigando entre si........................................................................................ 96
Figura 56: As irmãs reconciliadas ao final do filme ............................................................................. 96
Figura 57: Annika discutindo com seu pai e sua mãe ........................................................................... 97
Figura 58: Annika enfrentando o gigante ............................................................................................. 97
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 1 – DOS CAMINHOS TRILHADOS E OS PERCURSOS DA PESQUISA .................. 13
1.1 Trajetória pessoal nos estudos de gênero e os primórdios da pesquisa ....................................... 13
1.2 Dos interesses da pesquisa .......................................................................................................... 16
1.2.1 Filmes de animação e as pedagogias culturais.......................................................... 17
1.2.2 Por que filmes de animação da Barbie? .................................................................... 20
1.2.3 Barbie: uma breve história ......................................................................................... 23
1.2.4 A pesquisa em relação a outras produções ................................................................ 25
1.3 Percursos teórico-metodológicos ................................................................................................ 30
1.3.1 Conhecendo a história da animação .......................................................................... 34
1.3.2 Filmografia produzida ............................................................................................... 36
1.4 Conceitos teóricos ....................................................................................................................... 38
CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZANDO AS FEMINILIDADES NOS FILMES DA BARBIE. ....... 44
2.1 Agrupamentos das Feminilidades e suas características em cada grupo. .................................... 44
2.1.1 “Saber qual vestido usar, e o tempo todo saber como se portar” − Aprendendo a ser
princesa. .............................................................................................................................. 48
2.1.2 “É meu dever” − Renúncia de algo pelo bem comum ............................................... 63
2.1.3 “Melhores amiga hoje, amanhã e sempre” − Amizades verdadeiras ....................... 74
2.1.4 “Esse tipo de amor desprendido tem um poder incrível!” − Amor romântico .......... 79
2.1.5 Você pode ser tudo que quiser! − Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos
filmes ................................................................................................................................... 87
2.1.6 Enfim, que feminilidade é essa? ................................................................................. 99
CONSIDERAÇÕES FINAIS: PENSANDO EM FINALIZAÇÕES .................................................. 103
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 106
ANEXO ............................................................................................................................................... 111
Anexo A – Capas e sinopses oficiais retiradas das capas dos DVDs .............................................. 112
APÊNDICES ....................................................................................................................................... 124
Apêndice A – Tabelas ..................................................................................................................... 125
Apêndice B – Histórias detalhadas.................................................................................................. 159
Apêndice C – Letras das músicas .................................................................................................... 197
Apêndice D – Lista de filmes da Barbie produzidos entre 2013 e 2015 ......................................... 204
INTRODUÇÃO
Iniciamos este trabalho com o objetivo de identificar as feminilidades veiculadas e
produzidas nos filme de animação da Barbie para, posteriormente, analisar e problematizar as
feminilidades encontradas. A pesquisa não foi sobre os filmes, mas com os filmes. Pensamos
que com os filmes podemos identificar a “feminilidade” de Barbie e os possíveis
ensinamentos e normatizações que ela pode estar constituindo. No decorrer do processo de
pesquisa incluímos as feminilidades de outras personagens que também traziam aspectos
relevantes para nossos estudos. Inicialmente, parece óbvia a feminilidade que Barbie
representa, mas, ao passar horas e horas com ela, nada mais parece óbvio. Barbie traz um
misto de subversão/resistência com sujeição/conformidade. As características se contradizem
e se completam, avançam e retrocedem, trazem possibilidades e padronizações.
Nossa pesquisa é embasada nos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e pressupostos
foucaultianos. Na primeira parte desta dissertação apresentamos os percursos da pesquisa com
a trajetória pessoal da pesquisadora e os caminhos até chegar ao tema da pesquisa. Falamos da
importância do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Sexualidades e Gênero –
GEPSEX no processo de desenvolvimento desta pesquisa. Em seguida, elencamos os
interesses da pesquisa, o que nos motivou e as questões que nos impulsionaram a pesquisar.
Após, contextualizamos nossa pesquisa no campo dos Estudos Culturais, apresentando nossas
motivações e o cenário das produções de pesquisas com filmes de animação. No tópico
seguinte, expomos os percursos teórico-metodológicos juntamente com uma apresentação das
fontes que utilizamos, a saber: filmes de animação da Barbie produzidos entre os anos de
2001 a 2012. Finalizamos o primeiro capítulo com a introdução dos conceitos que
entendemos serem essenciais para fundamentar teoricamente os resultados dos estudos
realizados a partir dos filmes selecionados.
No segundo capítulo, trazemos os resultados da pesquisa. Apresentamos
primeiramente os agrupamentos realizados com os filmes integrantes da pesquisa. Em seguida
passamos à apresentação e discussão em torno das características e problematizações de cada
grupo, articulando os conceitos de gênero, identidade e subjetivação às discussões propostas,
juntamente com o resumo de cada filme trabalhado. Elencamos os “achados” da pesquisa,
problematizando as resistências e as conformações das personagens, identificando os pontos
que possibilitavam ruptura em relação a um modelo único de vivência das feminilidades.
12
CAPÍTULO 1 – DOS CAMINHOS TRILHADOS E OS PERCURSOS DA PESQUISA
1.1 Trajetória pessoal nos estudos de gênero e os primórdios da pesquisa
Usarei, na primeira parte deste trabalho, a linguagem na primeira pessoa do singular
por tratar-se de minha trajetória pessoal e dos caminhos que me levaram enquanto
pesquisadora a iniciar os estudos nas temáticas de gênero, sexualidade e educação, tornados
possíveis quando conheci minha orientadora. Após, nos demais tópicos e capítulos, usarei a
linguagem na primeira pessoa do plural, pois não se trata de um trabalho individual, mas sim
de um trabalho realizado a quatro mãos: escrito por mim, mas revisado, corrigido, guiado e
acompanhado por minha orientadora que contribuiu imensamente para o desenvolvimento da
pesquisa e escrita da dissertação.
Para falar de meus interesses nos Estudos de Gênero é necessário retornar à minha
graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. No
curso tive contato com uma disciplina sobre gênero com foco exclusivo no feminino, ou seja,
gênero era sinônimo de mulher. Apesar de gostar das nossas discussões e problematizações
sobre o tema, não tive interesse em aprofundar os estudos nessa área. Meu interesse naquele
momento era pela antropologia, em especial com as questões indígenas. Porém, no último ano
da graduação, fiz uma disciplina optativa, “Educação, Sexualidade e gênero”, no curso de
Pedagogia: foi quando conheci minha atual orientadora, Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha.
Fiquei encantada com as temáticas das aulas, descobri uma nova forma de conceber o gênero:
não apenas na perspectiva do feminino, mas de forma relacional, considerando as
masculinidades e feminilidades enquanto construções sociais. Apesar da empolgação que as
discussões e estudos me causavam, acabei interrompendo esses estudos ao término da
disciplina e com a conclusão do curso.
Pouco mais de um ano depois, em 2008, à convite de minha amiga Cristine Rocha,
inscrevi-me para um curso de extensão na UFMS, Educação para a Sexualidade, para a
Equidade de gênero e para a Diversidade Sexual – EPSEX. Este curso foi oferecido pela
Prof.ª Constantina, foi quando nos reencontramos. Por intermédio deste curso tive a
oportunidade de retomar os estudos nas temáticas de gênero, sexualidades e educação e
depois veio a possibilidade de participar da seleção para ser tutora a distância no curso Gênero
e Diversidade na Escola – GDE, um curso coordenado também pela Prof.ª Constantina e
13
oferecido pelo Departamento de Educação do Centro de Ciências Humanas e Sociais e a
EAD/UFMS, no ano de 2009. Iniciei, juntamente com este trabalho, a participação no Grupo
de Estudos e Pesquisas em Educação Sexualidades e Gênero – GEPSEX, com coordenação da
mesma professora. Através do grupo, ampliei e aprofundei os estudos, colaborando nas
diversas pesquisas realizadas e coordenadas pela Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha e
comecei a pensar na possibilidade de fazer Mestrado em Educação nas temáticas que
estudávamos.
Com a participação no GEPSEX, trabalhei como voluntária em diversas pesquisas e
projetos como: projeto de extensão “Educação para a sexualidade, gênero e direitos humanos
de crianças: produção de materiais didáticos para/com a infância”; o projeto de pesquisa
“Violências contra crianças e adolescentes: representações de educadores/as e alunos/as de
escolas municipais de Campo Grande/MS”; colaborei também na parte final da pesquisa “Já é
tempo de saber...: a construção discursiva da Educação Sexual em Manuais e Livros infantojuvenis – 1930 a 1980 do século XX”; além de participar da preparação e organização gráfica
dos livros infantis A menina e o menino que brincavam de ser...1, e Entre sementes e
cegonhas: as curiosidades de Gabriela/Entre explosões e cortes na barriga: as curiosidades
de Rafael2 de autoria da Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha. Todas essas atividades foram
fundamentais para o aprofundamento dos estudos, além de proporcionarem maior experiência
em relação à realização de pesquisas.
Durante meu trabalho como tutora do GDE realizei algumas atividades solicitadas
pela Prof.ª Tina. Uma destas foi pesquisar e baixar propagandas da Barbie, montando um
acervo com os vídeos das propagandas, pois a referida professora tinha como objetivo estudar
os artefatos culturais para a infância em uma de suas pesquisas, entre eles a Barbie. Ao
realizar a busca pelas propagandas, os vídeos começaram a chamar minha atenção por conta
de algumas frases que eram repetidas ao final de quase todas as propagandas, a destacar:
“Rosa é tudo, viva o rosa!”, “Rosa é vida, viva o rosa!”, “Rosa é fashion, viva o rosa!”, além
da presença marcante do cor-de-rosa em todas as propagandas da boneca Barbie e seus
acessórios. Essas frases e os elementos das imagens nas propagandas começaram a me causar
inquietação.
1
XAVIER FILHA, Constantina. A menina e o menino que brincavam de ser... Ilustrações de Marilza
Rodrigues. Campo Grande, MS: Editora da UFMS, 2009.
2
XAVIER FILHA, Constantina. Entre explosões e cortes na barriga: as curiosidades de Rafael/Entre
sementes e cegonhas: as curiosidades de Gabriela. Ilustrações de Marilza Rodrigues. Campo Grande, MS:
Editora da UFMS, 2009.
14
O meu interesse pelos filmes de animação de curta-metragem, conhecidos como
desenhos animados, vem de longa data. Encantei-me com os desenhos animados desde os
primeiros contatos que ocorreram por volta dos nove anos de idade e, mesmo depois de
adulta, sempre que possível assistia a filmes de animação, independente de serem desenhos
animados ou filmes de longa-metragem. Na ocasião do levantamento das propagandas, já
havia assistido a diversos filmes da Barbie na programação dos canais abertos de televisão e
também com a filha de uma amiga, pequena fã da Barbie que adquiria todos os lançamentos
de filmes. Mas foi a partir das discussões no GEPSEX que comecei a dar atenção aos
elementos fílmicos, observando as cores utilizadas, as falas, personagens masculinas e
femininas, os lugares sociais ocupados por essas personagens, percebendo cada um desses
elementos com olhar mais crítico. Minha inquietação aumentava, pois discutíamos nos
encontros do GEPSEX o quanto os artefatos culturais atuam na construção das identidades
das crianças. Pegava-me pensando: quais as feminilidades e masculinidades que os filmes de
animação estavam produzindo e reproduzindo?
Quando decidi concorrer ao mestrado, mais uma vez motivada por minha amiga
Cristine, não tinha delimitado o que queria pesquisar. Em conversas com a Prof.ª Tina, ela
sugeriu um estudo sobre os filmes da Barbie, pois ela já vinha desenvolvendo algumas
pesquisas com as acadêmicas nas disciplinas que ministra no curso de pedagogia da UFMS. A
sugestão da Prof.ª Tina era pesquisar feminilidades nos filmes da Barbie e masculinidades nos
filmes do Ben 10. Considerando as possibilidades de problematizações e análises que os
filmes proporcionariam, e minha apreciação por filmes de animação, lancei-me a esse desafio
e elaborei o anteprojeto com o qual me classifiquei para o Mestrado em Educação.
Em 2012 cursei uma disciplina optativa do mestrado ministrada por minha
orientadora e iniciamos, também, as orientações e elaboração do projeto de pesquisa. Para
isso realizei um levantamento dos filmes da Barbie produzidos até 2012, chegando a um total
de 24 obras produzidas, todas de longa-metragem. Em relação aos filmes do Ben 10, os
resultados foram muito maiores: Ben 10 começou a ser exibido em 2005 e até 2012 já contava
com mais de 600 episódios de filmes de animação de curta-metragem, além de um filme de
animação longa-metragem. Mesmo diante dos números, comecei a adquirir os exemplares em
DVD enquanto trabalhava na produção do projeto e cumpria o cronograma das disciplinas do
mestrado. Depois de algumas orientações, e algumas versões do projeto de pesquisa, optamos
por retirar os filmes do Ben 10 da pesquisa: essa decisão se deu pelo grande número de
materiais disponíveis e, devido à articulação de dois temas, feminilidades e masculinidades, a
15
pesquisa ficaria demasiado extensa para realizar no prazo do mestrado. Sendo assim,
delimitamos nossas análises apenas com os filmes da Barbie, fechando em vinte e três obras
produzidas de 2001, por ser o período em que a produção fílmica da Barbie se intensificou,
até 2012, período em que iniciamos a coleta dos materiais.
A participação no grupo de estudos GEPSEX, bem como as pesquisas desenvolvidas
em todos os trabalhos com a professora Constantina, foram fundamentais para a gestação e
amadurecimento desta pesquisa aqui apresentada. Por meio dos estudos e das experiências de
pesquisa foi possível aprofundar conceitos teoricamente, além do aprendizado sobre o
trabalho de pesquisadora.
Neste tópico apresento os passos iniciais para o desenvolvimento de nossa pesquisa.
A seguir, trazemos os interesses que nos motivaram a pesquisar, o objeto de nossas
investigações e as questões que impulsionaram nossas buscas.
1.2 Dos interesses da pesquisa
Depois de termos definido como objeto desta pesquisa as feminilidades
veiculadas/produzidas nos filmes de animação da Barbie, passamos a definir os elementos da
nossa pesquisa. Nosso objetivo em relação aos filmes de animação da Barbie era: identificar
as feminilidades que são veiculadas/produzidas nos filmes e analisar e problematizar as
feminilidades que encontramos nas obras audiovisuais.
Mobilizamo-nos a partir de algumas perguntas que nos permitiram problematizar o
caráter de normalização que os filmes podem assumir. Buscamos primeiramente saber quais
as feminilidades que são veiculadas/produzidas nesses filmes de animação, seja a
feminilidade da protagonista Barbie ou de outras personagens. Com as respostas a esta
questão, passamos a nos perguntar: de que forma essas feminilidades são legitimadas
enquanto modelos para a vivência das feminilidades? Existe um modelo único nos filmes ou
há a possibilidade de variadas formas de ser menina/mulher?
Para responder a essas indagações analisamos cada um dos filmes, criamos
agrupamentos com as características de feminilidades que apareciam nos filmes para cada
personagem e fizemos um mapeamento dos tipos de feminilidades encontradas. Isso nos
possibilitou identificar os diversos tipos de feminilidades que podem ser considerados como
modelos no contexto dos filmes. Nossas análises teóricas se fundamentaram nos Estudos
Culturais, Estudos de Gênero e pressupostos foucaultianos.
16
No decorrer do processo de pesquisa tivemos a oportunidade de publicar trabalhos
em eventos na área da educação. Publicamos um artigo no “XII Encontro de Pesquisa em
Educação da Região Centro-Oeste – 2014”, intitulado “Um jeito Barbie de ser: analisando
feminilidades em filmes de animação da Barbie”3, e também fizemos a apresentação oral
deste trabalho. Outro trabalho foi apresentado no “VI Seminário Corpo, Gênero e
Sexualidade; II Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro Gênero e
Diversidade na Escola – 2014”, intitulado “Filmes de animação da Barbie e os aprendizados
de feminilidades”4 com publicação nos anais do evento. Por fim publicamos o artigo em
coautoria com a professora Constantina, “O mundo da Barbie em: ‘Escola de princesas’ e em
‘As três mosqueteiras’” no livro Sexualidades, Gênero e Infâncias no cinema5, organizado
pela Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha. A produção e apresentação destes trabalhos foram
de suma importância no desenvolvimento da pesquisa, colaborando para o amadurecimento
dos objetivos e para definição dos procedimentos adotados na produção da mesma.
A seguir apresentamos uma introdução as discussões dos Estudos Culturais,
inserindo nosso objeto de pesquisa nesse campo de estudos e apontamos as razões que nos
levaram a escolher os filmes de animação da Barbie em meio a tantos artefatos culturais
disponíveis em nossa sociedade.
1.2.1 Filmes de animação e as pedagogias culturais
Na perspectiva dos Estudos Culturais, entendemos que os artefatos culturais exercem
determinadas pedagogias (BALESTRIN, 2009), (GIROUX E MCLAREM, 1995), (SILVA,
200), (XAVIER FILHA, 2009). Para pensarmos as pedagogias culturais, a definição de
Tomaz Tadeu da Silva nos parece esclarecedora. O autor argumenta que pedagogia cultural é
“qualquer instituição ou dispositivo cultural que, tal como a escola, esteja envolvida no
processo de transmissão de atitudes e valores, tais como o cinema, a televisão, as revistas,
3
BACARIN, T. I.. Um jeito Barbie de ser: analisando feminilidades em filmes de animação da Barbie. In: XII
Encontro de Pesquisa em Educação da Região Centro-Oeste, 2014, Goiânia. XII Encontro de Pesquisa em
Educação da Região Centro-Oeste, 2014., 2014. p. 1-12
4
BACARIN, T. I. . Filmes de animação da Barbie e os aprendizados de feminilidades. In: II Seminário
Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; VI Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro
Gênero e Diversidade na Escola, 2014, Juiz de Fora. Anais [do] VI Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade; II
Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro Gênero e Diversidade na Escola. Lavras:
Center Gráfica e Editora, 2014. v. 1. p. 3005-3021.
5
XAVIER FILHA, Constantina; BACARIN, Telma I. O mundo da Barbie em: “Escola de Princesas” e “As três
Mosqueteiras”. In: XAVIER FILHA, Constantina (Org.). Sexualidades, gênero e infâncias no cinema. Campo
Grande: UFMS, 2014, p. 43-60.
17
entre outros” (SILVA, 2000, p. 79). É, portanto, nessa perspectiva que pensamos os filmes de
animação da Barbie: enquanto produtores/reprodutores de conhecimentos.
Patrícia Abel Balestrin nos fala da relevância do cinema no contexto da nossa
cultura, argumentando que
Dentre as tantas imagens que circulam na cultura contemporânea, podemos
afirmar que o cinema é um dos artefatos mais poderosos que têm exercido
uma pedagogia – no sentido de que sempre ensina modos de ser, de viver, de
se comportar, enfim, produz sujeitos e identidades a partir das imagens que
põe em movimento na tela. (BALESTRIN, 2009, p. 176)
O argumento da autora nos parece pertinente. Dentre as tantas pedagogias culturais o
cinema exerce uma função relevante, principalmente os filmes de animação que apresentam
ensinamentos para as crianças de forma lúdica e descontraída. Cláudia Cordeiro Rael, na
mesma perspectiva dos Estudos Culturais, nos fala que:
O cinema, os documentários, os shoppings, os museus, os brinquedos, os
vídeo games e a mídia em geral podem ser compreendidos como instâncias
educativas, locais de informação e entretenimento, [...] podem, ser vistos
como produtores e veiculadores de representações que sugerem
determinados comportamentos e identidades sociais, e que, de algum modo,
acabam por regular nossas vidas. (RAEL, 2008, p. 160)
Corroboramos com a autora quando diz que esses artefatos culturais nos ensinam
determinadas condutas, determinadas formas de agir, certos modos de estarmos no mundo e
nos relacionarmos com ele. Vale destacar que por artefatos culturais entendemos aqueles
produtos da nossa cultura tais como filmes, revistas, programas de televisão, brinquedos, entre
outros, que atuam como produtores “não apenas de conhecimentos, mas também de
subjetividades” (GIROUX e MCLAREN, 1998, p. 144). Constantina Xavier Filha pondera
que “os artefatos culturais produzem significados, ensinando determinadas condutas às
meninas e aos meninos e instituindo formas adequadas e ‘normais’ para a vivência das
feminilidades ou masculinidades” (XAVIER FILHA, 2009, p. 72).
É com base nas discussões das autoras e autores citadas/os que entendemos os
artefatos culturais enquanto elementos de pedagogias culturais e que, como tais, nos permitem
analisar e problematizar o caráter pedagógico dos filmes de animação da Barbie. Propusemonos a analisar filmes pois, como nos diz Anderson Ferrari, ao assistirmos a um filme “somos
colocados diante de um mundo de convenções, regras e comportamentos, ao mesmo tempo
em que somos levados a pensar e a buscar outras maneiras de ser e de estar, experimentando a
18
liberdade, e subversão” (FERRARI, 2012, p. 53). Sendo assim, podemos constituir nossas
identidades na relação com os filmes, nos identificando ou não com suas verdades,
concordando com seus ensinamentos ou questionando os modelos únicos e, assim, nos
constituímos como sujeitos na relação com as imagens em movimento.
Guacira Lopes Louro, ao analisar as possibilidades de se estudar o cinema na
perspectiva da educação, diz:
Distintas posições-de-sujeitos e práticas sexuais e de gênero vêm sendo
representadas, nos filmes, como legítimas, modernas, patológicas, normais,
desviantes, sadias, impróprias, perigosas, fatais. Ainda que tais marcações
sejam transitórias ou, eventualmente, contraditórias, é possível que seus
resíduos e vestígios persistam, algumas vezes por muito tempo, e que
venham a assumir significativos efeitos de verdade. (LOURO, 2008, p. 82)
A autora nos fala do caráter transitório da construção das identidades nos filmes,
alertando que, de certa forma, algumas identidades adquirem status de verdade. Assim,
podemos dizer que os filmes de animação da Barbie são artefatos culturais que colocam em
circulação formas de feminilidades que ganham status de verdade e com isso produzem
normalizações para as possíveis atitudes e comportamentos femininos. Ainda que sejam
transitórias, essas verdades legitimadas nos filmes podem produzir efeitos duradouros.
As feminilidades apresentadas nos filmes analisados estão de certa forma dizendo às
espectadoras quais modos “ideais” para a vivência da feminilidade. Tal como propõe Fischer,
“estamos supondo que esse aparato cultural (filme) teria uma função formadora,
‘subjetivadora’ e, tal como a escola, estaria se valendo de certas técnicas de produção de
sujeitos” (FISCHER, 2012, p. 116). A autora pondera, ainda em seus estudos, que o artefato
cultural – inclusive os filmes – tem a capacidade de
participar efetivamente da constituição de sujeitos e subjetividades, na
medida em que produz imagens, significações, enfim, saberes que de alguma
forma se dirigem à “educação” das pessoas, ensinando-lhes modos de ser e
estar na cultura em que vivem. (FISCHER, 2002, p. 153)
As crianças podem fazer múltiplas leituras das feminilidades nos filmes, mas a
constante repetição de certos modelos podem produzir efeitos de verdade. Falamos em
espectadoras, usando apenas o feminino pois, como nos alerta Ellsworth (2001), os filmes são
pensados para determinados públicos, são os chamados “modos de endereçamento” que
definem quem o filme pensa que é seu público. A esse respeito, a autora afirma que:
19
Para que um filme funcione para um determinado público, para que ele
chegue a fazer sentido para uma espectadora, ou para que ele a faça rir, para
que a faça torcer por um personagem, para que um filme a faça suspender
sua descrença [na “realidade” do filme], chorar, gritar, sentir-se feliz ao final
– a espectadora deve entrar em uma relação particular com a história e o
sistema de imagem do filme. (ELLSWORTH, 2001, p. 14)
Percebemos, com a autora, que os roteiros são pensados para públicos específicos.
As falas, as cores utilizadas, os enquadramentos, os planos são elementos pensados para
conseguir atingir esse público ao qual o filme deseja atrair. Mas como podemos afirmar que
os filmes da Barbie são direcionados para as meninas espectadoras? Vemos nesses filmes um
certo direcionamento para o público infantil feminino, uma tentativa de capturar a espectadora
e fazê-la viver a história, criando empatia com suas personagens. Esse direcionamento
transparece na escolha das capas dos DVDs e nas cores das roupas das personagens, quase
sempre em tons cor-de-rosa, e também nas falas de Barbie quando convida a menina a
navegar com ela pelos menus do filme, aproveitando toda a diversão oferecida.
Mas “o espectador ou a espectadora nunca é, apenas ou totalmente, quem o filme
pensa que ele ou ela é” (ELLSWORTH, 2001, p. 20). Isto significa que os meninos, embora
não sejam o “alvo” desse modo de endereçamento, podem se subjetivar com os filmes, viver
suas aventuras e aprender com seus “ensinamentos”. Apesar de termos como foco desta
pesquisa as identidades femininas, percebemos que as identidades masculinas também se
fazem presentes. Personagens como Ken, alguns príncipes e outras personagens masculinas
apresentam aos meninos, possíveis espectadores, e também às meninas formas distintas para a
vivência das masculinidades e formas de se relacionar com as feminilidades, constituindo
assim formas para vivência das identidades masculinas e femininas.
1.2.2 Por que filmes de animação da Barbie?
A boneca Barbie foi lançada em 1959 pela empresa Mattel6 e foi a primeira boneca
adulta produzida para o público infantil (ROVERI, 2008). Apesar de seu sucesso nos dias de
hoje, comprovado pelo volume de vendas de exemplares e pelos filmes lançados tendo Barbie
como protagonista, Fernanda Teodoro Roveri (2008) nos fala que sua aceitação inicial exigiu
um árduo trabalho de marketing. Segundo a autora, para convencer as mães de que uma
6
Empresa multinacional fabricante de brinquedos que detêm a marca e patente da boneca Barbie.
20
boneca adulta seria “boa” para as meninas, a Mattel utilizou o argumento de que a boneca
ensinaria as meninas a serem verdadeiras damas. Barbie continua ensinando, ainda hoje, às
meninas como serem mulheres jovens e belas, principalmente através dos filmes que trazem
ideais de juventude, beleza e feminilidade. Não é possível saber o número exato de
exemplares vendidos, pois a Mattel não divulga esses dados, mas notícias7 que circulam na
internet trazem algumas informações como, por exemplo, que a cada segundo duas bonecas
Barbie são vendidas no mundo; a boneca é vendida em 150 países; os exemplares já vendidos,
se alinhados lado a lado, dariam sete voltas em torno do planeta Terra; e, em 1996, já havia
sido vendido em todo o mundo um total de 800 milhões de exemplares da boneca. Em 2011
eram vendidas 172.800 Barbies por dia em todo o mundo8. Essas informações são um
exemplo da popularidade da Barbie e dão uma dimensão do alcance deste brinquedo.
Barbie tornou-se mais que um brinquedo: é uma marca licenciada para produtos
diversos, um apelo contínuo ao consumismo. Um estudo de caso na área de marketing e
licenciamentos9, realizado em 2006, apresenta dados relevantes. Os/as autores/as Edson
Crescitelli e Adriana Stefanini trazem a informação de que
No Brasil, em 2005, mais de 2.500 novos itens com a marca (Barbie) foram
introduzidos ao mercado, tornando-a líder no segmento infantil feminino
(meninas). A boneca detém 86% do mercado de “bonecas fashion” e 78% do
mercado de produtos de consumo infantil para meninas, segundo auditoria da
FIA USP. A marca está presente em todas as categorias de produtos: beleza,
confecção, acessórios, alimentos, artigos esportivos, escolares, para casa,
entre outros. (CRESCITELLI, STEFANINI, 2006, p. 9)
Estes dados referem-se ao licenciamento da marca Barbie e indicam o volume de
vendas movimentado pela imagem da boneca, além de expressar o quanto as crianças
consomem os produtos desta personagem. A marca Barbie foi indicada, no ano de 2011, em
diversas categorias do prêmio “Melhor produto Licenciado”10, figurando nas categorias de
7
Disponível em <http://consumidormoderno.uol.com.br/empresas/barbie-53-anos-curiosidades-sobre-a-bonecamais-famosa-do-mundo>. Acesso em 10 Jun 2013.
8
Disponível em <http://super.abril.com.br/cultura/sensual-historia-barbie-656085.shtml>. Acesso em 10 Jun
2013.
9
Licenciamentos são negociações realizadas entre os representantes de marcas consagradas no mercado e
empresas diversas que tem interesse em usar uma determinada marca para estampar em seus produtos e
alavancar as vendas. Definição retirada de http://www.licensingbrasilmeeting.com.br/pt/index.html Acesso em
10 Jun 2013.
10
O prêmio “Melhor produto licenciado” é realizado pela Licensing Brasil Meeting, uma feira realizada
anualmente para reunir agentes licenciadores e pessoas interessadas em comprar licenças. Para mais informações
acessar o site: http://www.licensingbrasilmeeting.com.br/pt/index.html
21
brinquedos, roupas, acessórios, cosméticos, entre outras, o que indica o quanto seus produtos
foram vendidos.
Todos estes elementos reforçam nossos argumentos sobre a necessidade de um olhar
mais atendo sobre os filmes da Barbie. Não se trata apenas de uma boneca, de filmes ou de
uma marca: Barbie é antes de tudo um “estilo de vida” que tenta capturar suas/seus fãs, as/os
envolver em seu universo e determinar os ideais de feminilidade que Barbie representa.
Atualmente, notícias11 indicam uma queda no volume de vendas de bonecas Barbie,
que vem sofrendo reduções consecutivas nas vendas desde 2013 somando sete trimestres de
recuo. Apesar das quedas no volume de exemplares vendidos, a produção dos filmes com a
boneca vem se mantendo constante. Em 2013 foram lançados três filmes. São eles: Barbie e
as Sapatilhas Mágicas, Barbie Butterfly e a Princesa Fairy e Barbie e suas Irmãs em uma
Aventura de Cavalos; em 2014, o filme Barbie Sereia das Pérolas e Barbie e o Portal
Secreto; e, em 2015, foi lançado o filme Barbie em Super Princesa. Em 2014 foi divulgada
uma notícia12 sobre a produção de um filme da Barbie que será estrelado por atrizes e atores
“reais”: o filme deve ser lançado nos cinemas em 2015 e, segundo a matéria, essa seria uma
forma de alavancar as vendas de bonecas Barbie. Como podemos perceber a queda na venda
de bonecas não interferiu na produção cinematográfica: ela continua estrelando seus filmes
lançados rigorosamente todos os anos.
Além
dos
filmes
e
brinquedos,
Barbie
também
possui
um
site
(<http://br.barbie.com>): totalmente em cor-de-rosa, o site traz trailers dos próximos filmes
de Barbie; todos os capítulos do programa Barbie life in the dreamhouse, lançado em 2012:
trata-se de um reality show em que Barbie tem sua “vida pessoal” acompanhada em diversos
episódios que mostram a boneca, suas irmãs, seu namorado Ken, suas amigas e amigos em
diversas aventuras, além de mostrar a casa luxuosa e a vida milionária da protagonista que
aparece nesta produção realmente como uma boneca “dotada de vida”. O site também
disponibiliza jogos e atividades interativas.
Todas essas informações elencadas acima reforçam nossos argumentos sobre a
relevância de problematizar os filmes da Barbie. Como já dissemos, os filmes são artefatos
culturais e, como tais, fazem parte das pedagogias culturais (BALESTRIN, 2009). Portanto,
os filmes da Barbie estão produzindo/reproduzindo conhecimentos, saberes e verdades sobre
feminilidades. Esses filmes apresentam para as meninas e meninos determinadas maneiras
11
Disponível em <http://oglobo.globo.com/economia/adeus-barbie-vendas-da-boneca-recuam-puxam-prejuizoda-mattel-no-primeiro-trimestre-12223967>. Acesso em 18 Maio 2014.
12
Disponível em <http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-107245/>. Acesso em 20 Jun 2014.
22
para a vivência das feminilidades. Essas feminilidades produzidas/veiculadas nos filmes de
animação da Barbie nos impulsionam a pensar e problematizar os modelos de feminilidades
que podem estar sendo legitimados como desejáveis e verdadeiros. Entendemos que discutir
questões de gênero e identidades, presentes nos diversos artefatos culturais, são possibilidades
de questionar padrões de atitudes e comportamentos atribuídos socialmente às meninas e
meninos como formas únicas e desejáveis de vivência dos gêneros, das feminilidades e
masculinidades (XAVIER FILHA, 2009).
No próximo item trataremos do histórico da boneca Barbie, relatando fatos de suas
origens.
1.2.3 Barbie: uma breve história
Barbie foi apresentada ao mundo em 9 de março de 1959. A história mais popular
sobre Barbie, veiculada em diversos sites da internet13, conta que ela foi criada por Ruth
Handler e seu marido Elliot Handler, proprietários da Mattel. Ruth teria tido a ideia ao ver a
filha Barbara, que inspirou o nome da boneca, brincando com bonecas de papel que tinham
corpo adolescente e possibilitavam troca de roupas.
Porém, Fernanda Teodoro Roveri (2008, p. 44) nos revela por meio de suas
pesquisas que a história de Ruth foi contestada. Barbie foi criada a partir de outra boneca de
origem alemã, chamada Lilli. A personagem Lilli surgiu primeiramente em histórias em
quadrinhos no jornal alemão Bild, “uma caricatura pornográfica, frívola, ariana derrotada no
pós-guerra que fazia de tudo para trazer de volta sua prosperidade: perseguir e seduzir homens
ricos em busca de dinheiro era sua qualidade principal” (ROVERI, 2008, p. 45). Essa boneca
era vendida para pessoas adultas e, em 1956, quando em viagem com a família, Ruth Handler
descobriu essa boneca. Comprou três exemplares, dois para sua filha e um para ela. Esse
exemplar foi levado para a fábrica da Mattel e deu origem ao protótipo de Barbie. Barbie
passou por processos para diferenciá-la de Lilli, pois como ela “não parecia nem inocente nem
americana, Ruth Handler precisava fazer ambas as coisas, a fim de adequá-la a um padrão de
garota norte-americana respeitável” (ROVERI, 2008, p. 45). A autora nos fala ainda que a
Mattel reforça e “utiliza a narrativa da ‘Ruth mãe’ para dissimular a origem de uma boneca
13
Disponíveis em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbie>; <http://almanaque.folha.uol.com.br/barbie.htm>;
<http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/34291/hoje+na+historia+1959+primeira+boneca+barbie+e+apr
esentada+ao+publico+nos+eua.shtml>. Acesso em 10 de Maio de 2012.
23
que não era bem vista por muitas famílias norte-americanas quando foi lançada” (ROVERI,
2008, p. 46).
Apesar dessa informação de que a aceitação inicial de Barbie foi difícil, exigindo
altos investimentos em marketing e propaganda (ROVERI, 2008), Shirley Steinberg nos
revela que a boneca fez sucesso rapidamente e "meses depois de sua criação, Barbie já era
uma sensação: “Menininhas ficavam frenéticas para possuir uma Barbie” (STEINBERG,
2001, p. 325). De fato, Barbie se consolidou no mercado: nos anos 60 ganhou o namorado
Ken, além de amigas, amigos, irmãs e primas/os. As amigas, amigos e familiares da Barbie
foram se modificando ao longo do tempo, algumas personagens deixaram de ser produzidas,
mudaram de nome, criaram-se outras. Apenas Barbie e Ken são mantidos/as como os mesmos
nomes, apesar das diversas mudanças na aparência das bonecas.
Críticas às formas e proporções corporais desumanas da boneca são constantes
(STEINBERG, 2001), porém Roveri apresenta as causas para a determinação dessas formas
para o corpo da boneca:
As proporções da boneca foram ditadas pela mecânica da construção das
roupas. Barbie tem cerca de 1/6 do tamanho de uma pessoa. Conforme
explicação de seu primeiro designer, a cintura da boneca tinha de ser
desproporcionalmente estreita para parecer proporcional nas roupas: se, na
escala humana, a costura interna de uma saia possui quatro camadas de pano,
essa mesma medida em uma boneca seis vezes menor faria com que a
cintura da boneca parecesse dramaticamente maior que seu quadril.
(ROVERI, 2008, p. 47)
Steinberg menciona ainda que Barbie foi criada, antes de tudo, para ser uma modelo:
ela “foi feita magra, assim as roupas de grife poderiam fluir belas e realisticamente em seu
corpo” (STEINBERG, 2001, p. 325).
Inicialmente, Barbie foi pensada para que a menina pudesse ter uma boneca e
comprar separadamente seus acessórios como roupas, sapatos, bolsas. Porém, ainda nos anos
60, começaram a ser vendidas Barbies temáticas com características e roupas do tema
apresentado (STEINBERG, 2001). Atualmente, a Mattel produz diversas linhas da boneca,
cada uma já vem com seus acessórios e cenários ou com outros acessórios que podem ser
adquiridos separadamente. Para cada filme lançado são criadas bonecas que o tematizam: a
protagonista, suas amigas e amigos, animais, castelos, carruagens e uma infinidade de
24
acessórios são vendidos. Há também a “linha realidade”14, que disponibiliza tudo sobre o
universo Barbie, tratada como uma “pessoa”/personagem. Apesar das críticas, da queda nas
vendas, das inúmeras bonecas concorrentes que surgem constantemente no mercado, Barbie
tem seu espaço garantido, sua marca15 ainda estampa brinquedos, cosméticos, acessórios,
entre outros.
No próximo item apresentaremos outras pesquisas já desenvolvidas que de alguma
forma mantém diálogo com nossas investigações.
1.2.4 A pesquisa em relação a outras produções
Para iniciarmos nossos trabalhos realizamos uma extensa busca por bancos de dados
de teses e dissertações. Pretendíamos com isso situar nossa pesquisa em relação às produções
já existentes, identificando outros trabalhos que utilizaram filmes para análises e que
compartilhavam do mesmo referencial teórico. Buscamos também por outros trabalhos que
tivessem os filmes da Barbie como fonte e objeto de/para pesquisa.
Os principais bancos de teses e dissertações que utilizamos foram: o Banco de teses e
dissertações da CAPES16; Repositório digital Lume17, pertencente à Universidade Federal do
Rio Grande do Sul; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações18 e biblioteca digital da
UNICAMP19. Nessas buscas, localizamos quatorze20 estudos utilizando filmes para análises e
vinculados à área da educação, sendo que, deste total, cinco produções são sobre filmes de
animação para crianças. Nestes trabalhos, que utilizaram os filmes de animação, foram
abordados temas como formação de masculinidades e feminilidades, representação de
professoras/es, representação de escola, heterossexualidade, gênero e potencial do uso de
filmes na educação. Para realização das buscas utilizamos palavras-chave que nos
possibilitaram localizar os trabalhos. Utilizamos as chaves de busca: “filmes” e “animação”;
14
Na linha realidade a boneca é apresentada como uma “pessoa”/personagem dotada de vida. A atriz deixa de
dar vida a personagens para ter um determinado episódio de sua rotina pessoal revelada nos filmes.
15
A revista AVON-Moda e Casa tem uma seção dedicada inteiramente a Barbie, onde encontramos produtos de
beleza como esmaltes, batons, perfumes, maquiagens; produtos para casa como: potes, talheres, copos, cortinas,
toalhas roupas de cama; acessórios como: mochilas, calçados, fitas para cabelo, entre tantos outros produtos com
a marca Barbie.
16
Disponível em <http://bancodeteses.capes.gov.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013.
17
Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1>. Acesso Jan; Fev; Mar 2013.
18
Disponível em <http://bdtd.ibict.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013.
19
Disponível em <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013.
20
No Apêndice A desta dissertação, encontram-se dois quadros mais detalhados dos resultados das buscas nos
bancos de dados nas tabelas 1 e 2.
25
“filmes infantis”; “filmes” e “boneca Barbie”; “filmes” e “feminilidades”; e, por fim,
“feminilidades” e “infâncias”. Em cada busca encontramos trabalhos em diversas áreas do
conhecimento como: cinema, psicologia, informática, saúde, educação, etc. Analisamos todos
os resultados encontrados até chegarmos aos cinco trabalhos que relacionaremos aqui, por
considerá-los significativos de diálogo com o nosso trabalho. Estes textos foram selecionados
por guardarem aproximações com nossas pesquisas, seja pela filiação teórica, pois estão
vinculadas aos Estudos Culturais; seja por utilizarem filmes de animação voltados para o
público infantil como fonte para pesquisa. Realizamos pesquisas na biblioteca digital da
UNICAMP, onde não encontramos trabalhos na perspectiva pós-crítica, mas localizamos dois
trabalhos que utilizam a boneca Barbie como objeto de estudos. Estes trabalhos serão
apresentados na parte do texto em que nos dedicamos a falar de nossas fontes para a pesquisa.
A seguir descreveremos as teses e dissertações com as quais nosso trabalho tem possibilidade
de manter um diálogo.
O primeiro trabalho que destacamos é a tese de doutorado de Ruth Sabat, defendida
em 2003, no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. A tese é intitulada Filmes infantis e a produção performativa da
heterossexualidade21. Neste trabalho, a autora analisa os mecanismos de produção da
heterossexualidade em filmes da Disney. Para isso, a autora selecionou os filmes A Pequena
Sereia, Mulan, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Suas discussões estão ligadas aos Estudos
Culturais na vertente pós-estruturalista, Estudos Feministas e Teoria Queer. Sabat (2003)
argumenta que esses artefatos culturais têm importância não apenas no cotidiano das crianças,
mas também na movimentação da economia global, movimentando milhões de dólares.
Afirma ainda que os filmes são um importante recurso pedagógico contemporâneo. A autora
realiza suas análises em torno de três eixos: identidade, abjeção e normalização. Apresenta de
que forma as identidades de gênero e sexuais são construídas ou representadas nos filmes
infantis de animação. Sabat (2003) argumenta que a abjeção e a normalização fazem parte do
processo de produção das identidades de gênero e sexuais dominantes e socialmente aceitas
na nossa cultura, discutindo como o abjeto atua na delimitação do que é considerado
“normal”.
O segundo trabalho a destacar foi realizado pela autora Eunice Aita Isaia Kindel, que
defendeu sua tese de doutorado também em 2003, no Programa de Pós-Graduação da
21
SABAT, Ruth. Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidade. Porto Alegre/RS:
UFRGS, 2003. Tese de Doutorado.
26
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O título de sua tese é
A natureza no desenho animado ensinando sobre homem, mulher, raça, etnia e outras coisas
mais....22 Neste trabalho a autora utiliza seis filmes de animação, sendo cinco da Disney. São
eles: Vida de Inseto, O Rei Leão, O Rei Leão II – O reinado de Simba, Pocahontas – o
encontro de dois mundos e Tarzan; e um filme produzido pela Dreamworks: FormiguinhaZ.
Estes filmes foram selecionados pela autora devido à sua relação com a natureza e com o
mundo animal: nestes filmes os animais são representados com características humanas tais
como fala, manifestação de sentimentos como paixão, organização social, etc. A autora
destaca que os desenhos animados têm se constituído em espaços educativos que ensinam de
forma prazerosa sobre diversos aspectos, colocando em circulação e fixando identidades e
padrões culturais, atuando na contemporaneidade como pedagogias culturais. Kindel (2003)
identifica que os discursos utilizados nas tramas trazem representações de gênero, raça e
classe social, reforçando, por exemplo, a ideia da mulher associada ao amor romântico,
incapacidade de liderança e abdicação; e a ideia de homem ligada à agressividade, aventura e
capacidade de liderança. Para fundamentar suas análises, a autora se apoia nos Estudos
Culturais e pós-estruturalistas.
O terceiro trabalho selecionado foi a dissertação de mestrado de Maria Carolina da
Silva, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação
da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2008. Com o título A infância no currículo de
filmes de animação: poder, governo e subjetivação dos/as infantis23, a autora se dedicou a
analisar quatro filmes produzidos pela Disney e pela Pixar. São eles: Toy Story, Monstros S.A,
Procurando Nemo e Os Incríveis. A autora buscou identificar e problematizar nestes filmes as
representações de escola e de infância que apresentam. Para subsidiar suas análises, a
pesquisadora se apoia na vertente pós-estruturalista, nos Estudos Culturais e nos pressupostos
foucaultianos. Silva (2008) trabalha com dois modelos de infância representados nos filmes:
uma é a ideia de infância “normal” e a outra de uma infância “monstro”. Analisa também o
governo dos adultos sobre as crianças, representadas em geral pela família e pela escola, e o
governo das crianças sobre si mesmas. A autora identifica nas obras a construção de uma
subjetivação generificada para o público ao qual se endereçam estes filmes.
22
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A natureza no desenho animado ensinado sobre homem, mulher, raça, etnia
e outras coisas mais... Porto Alegre/RS: UFRGS, Faculdade de Educação, 2003. Tese de doutorado
23
SILVA, Maria Carolina da. A infância no currículo de filmes de animação: poder, governo e subjetivação
dos/as infantis. Belo Horizonte/MG: UFMG, Faculdade de Educação, 2008. Dissertação de mestrado.
27
O quarto trabalho que elegemos é a dissertação de mestrado de Rosana Fachel
Medeiros, defendida em 2010, no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, intitulada Bob Esponja: produções de sentidos
sobre infâncias e masculinidades24. Neste trabalho a autora utiliza seis episódios do desenho
animado Bob Esponja calça quadrada para discutir as questões de masculinidades e
subjetivação da infância. Medeiros (2010) não apresenta de forma objetiva sua filiação
teórica, passando por vários campos do conhecimento e utilizando em suas análises estudos
da semiótica, de cinema e estudos de gênero. A conclusão da autora é de que os episódios
analisados apresentam uma nova possibilidade de masculino e também de feminino com
personagens coadjuvantes. Destaca que o desenho animado analisado apresenta um caráter
contemporâneo devido ao apagamento das fronteiras entre mundo adulto e infantil, além de
não trabalhar com representações estereotipadas dos gêneros masculino e feminino. Medeiros
(2010) enfatiza em suas análises que é urgente pensar nos sentidos produzidos pelos artefatos
culturais produzidos para as crianças, entendendo que eles não podem ser vistos como mera
forma de entretenimento, mas devendo ser utilizados para pensar com as crianças sobre as
representações que produzem.
Por fim, apresentamos a tese de doutorado defendida por Simone Olsieski dos Santos
com o título Representações de gênero, transgressão e humor nas figuras infantis dos
desenhos animados contemporâneos25. Esta tese foi defendida no Programa de PósGraduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em
2010. A autora utiliza-se dos Estudos Culturais e pós-estruturalistas para analisar alguns
episódios dos desenhos animados As terríveis aventuras de Billy e Mandy e Os Anjinhos, que
no período da pesquisa eram exibidos em canais fechados de televisão, mas também faz uso
de teorias de outros campos do conhecimento para realizar a leitura das imagens. A autora
tem por principal objetivo analisar as representações de gênero e de professor/a trazidos por
esses desenhos animados. Santos (2010) apresenta em suas discussões aspectos relevantes
sobre as questões de gênero nestes desenhos, identificando uma nova forma de pensar o
feminino, dotado de certo empoderamento, enquanto que o masculino é apresentado de forma
fragmentada e destoante do estereótipo de masculinidade dominante em nossa cultura,
produzindo assim algumas rupturas com os modelos dominantes. A autora analisa também
24
MEDEIROS, Rosana Fachel. Bob Esponja: produções de sentidos sobre infâncias e masculinidades. Porto
Alegre/RS: UFRGS, 2010. Dissertação de mestrado.
25
SANTOS, Simone Olsieski dos. Representações de gênero, transgressão e humor nas figuras infantis dos
desenhos animados contemporâneos. Porto Alegre/RS: UFRGS, 2010. Tese de Doutorado.
28
como as crianças são subjetivadas pelas produções e a representação de professor/a adotados
nesses desenhos animados que atuam como pedagogias culturais.
Nota-se nestes trabalhos como cada pesquisadora construiu suas ferramentas de
pesquisa, trabalhou na construção das informações a serem analisadas, os caminhos que foram
percorridos e os olhares lançados sobre seus objetos de estudos. Vemos também nestes
trabalhos possibilidades de diálogo com nossa pesquisa, em especial pela aproximação
teórica, pois também nos utilizamos dos referenciais teóricos dos Estudos Culturais, Estudo
de Gênero e dos pressupostos foucaultianos que aparecem nas teses e dissertações que
apresentamos. Outro motivo que nos levou a selecionar essas teses e dissertações foi o fato de
que todas trabalham com filmes de animação, sejam de longa-metragem ou curta-metragem.
Essa característica nos pareceu fundamental, ao passo que nos possibilitou estudar as formas e
os meios pelos quais as autoras realizaram as leituras das imagens, registraram os elementos
fílmicos, selecionaram cenas e articularam as descrições e análises.
Em nossas buscas por trabalhos já produzidos, localizamos uma vasta produção com
filmes mas, como não eram filmes de animação nem filmes para crianças, optamos por não
incluí-los em nossa pesquisa. Encontramos também outros trabalhos com filmes de animação
porém, como não estavam vinculadas às questões da educação nem aos nossos campos
teóricos citados acima, optamos por não introduzi-los neste trabalho.
Abrimos uma exceção para o trabalho de Patrícia Abel Balestrin. Sua tese de
doutorado, O corpo rifado26, que foi defendida em 2011, no Programa de Pós-Graduação da
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, orientada pela Profª
Drª Guacira Lopes Louro. Neste trabalho, Balestrin não analisa filmes de animação, mas suas
teorizações sobre cinema no contexto dos Estudos Culturais são caras ao nosso trabalho e, por
esta razão, incluímos sua tese em nossa pesquisa. Balestrin (2011) realiza um trabalho de
“etnografia de tela” como recurso metodológico. A autora nos fala que a etnografia, termo
tomado de empréstimo dos estudos antropológicos, requer uma imersão do/a pesquisador/a no
seu campo de estudo, entrando em contato com seu objeto. Vemos que a autora realiza essa
imersão, analisando detidamente os diversos aspectos do gênero e da sexualidade no filme
nacional O céu de Sueli. Para desenvolvimento de sua etnografia de tela, Balestrin utiliza o
recurso do caderno de campo, instrumento que permitiu um registro minucioso da autora
sobre suas percepções em relação ao objeto.
26
BALESTRIN, Patrícia Abel. O corpo rifado. Porto Alegre/RS: UFRGS, Faculdade de Educação, 2011. Tese
de doutorado.
29
Utilizamos em diversos momentos de nosso texto os argumentos de Balestrin sobre e
relação entre cinema e educação. Tomamos de empréstimo suas palavras para argumentar que
“o cinema sempre exerce uma pedagogia” e isso justifica “nosso interesse em ampliar
pesquisas no campo da educação que se debrucem sobre as produções cinematográficas e seus
possíveis efeitos na cultura contemporânea” (BALESTRIN, 2009, p. 177). Os trabalhos que
citamos aqui nos serviram de inspiração no desenvolvimento da pesquisa.
A seguir trataremos
dos percursos teórico-metodológicos desta pesquisa,
apresentaremos os passos trilhados na elaboração de nossas ferramentas de análise.
1.3 Percursos teórico-metodológicos
Como já dissemos anteriormente, desenvolvemos nossa pesquisa na perspectiva dos
Estudos Culturais. Esta perspectiva busca desconstruir discursos e métodos de produção de
conhecimentos (GASTALDO, 2012), ou seja, nestes campos do conhecimento a ideia é
desconstruir os referenciais positivistas e iluministas que demarcam fórmulas para realizar
uma pesquisa. Alfredo Veiga-Neto argumenta que “uma pesquisa pós-moderna não quer
demonstrar uma verdade sobre o mundo nem quer defender uma maneira privilegiada de
analisá-lo” (VEIGA-NETO, 2002, p. 34). Assim, nossos objetivos não são o de estabelecer
leis gerais, mas problematizar questões locais e historicamente datadas.
Sobre essa discussão, Marisa Vorraber Costa argumenta que problematização e
método são indissociáveis. Segundo a autora, quando formulamos um problema de pesquisa,
inventamos também um caminho para procurar, produzir e propor possíveis respostas: “Não
há prescrição possível. Sempre que se produz um novo conhecimento também se inventa um
novo e peculiar caminho” (COSTA, 2002, p. 19). Mayer e Paraíso apresentam argumentos
sobre este modo de pesquisar. As autoras destacam que
“metodologia” é um termo tomado em nossas pesquisas de modo bem mais
livre do que o sentido moderno atribuído ao termo “método”. Entendemos
metodologia como um certo modo de perguntar, de interrogar, de formular
questões e de construir problemas de pesquisa que é articulado a um
conjunto de procedimentos de coleta de informações – que em congruência
com a própria teorização preferimos chamar de “produção” de informações –
e de estratégias de descrição e análise. (MAYER; PARAISO, 2012, p. 16)
Ao dizermos que não temos um “método” e sim pressupostos metodológicos, não
significa dizer que nossas pesquisas não tenham certo rigor em sua produção. Trabalhamos
30
com premissas e pressupostos, essas ferramentas nos permitem desenvolver os meios
necessários para produzir as informações de que nosso trabalho necessita (PARAÍSO, 2012,
p. 26).
Nos orientando conforme as discussões apresentadas, trabalhamos na elaboração de
ferramentas e procedimentos que nos permitam “ler” os filmes de animação da Barbie
selecionados para esta pesquisa. Nosso primeiro passo foi realizar um levantamento da
filmografia da Barbie. Neste levantamento, chegamos a um total de vinte e quatro filmes
disponíveis, sendo um do ano de 1989 e vinte e três produzidos entre os anos de 2001 a 2012.
Estabelecemos o ano de 2012 como final do período a ser analisado, pois foi o ano em que
iniciamos a coleta de materiais. O primeiro filme, Barbie A estrela do Rock produzido em
1989, foi excluído da pesquisa por não possuir cópias em DVD e também pelo tempo
decorrido entre ele e as demais produções.
Delimitados estes critérios, iniciamos a aquisição dos exemplares em DVD das vinte
e três obras que compõe a pesquisa. A saber:
Tabela 1: Lista completa dos filmes
LISTA GERAL DE FILMES
Título em
português
Barbie O
QuebraNozes
Barbie A
Rapunzel
Título
original
Barbie in
the
nutcracker
Barbie As
Rapunzel
Dur.
76
min
83
min
Ano
Roteirista
Produtor/a
Diretor/a
2001
Hilary
Hinkle,
Linda
Engelsiepen
e Hob
Hundnut
Jesyca C.
Durchin e
Jennifer
Twiner
McCarron
Owen
Hurley
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Jesyca C.
Durchin e
Jennifer
Twiner
McCarron
Owen
Hurley
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Jesyca C.
Durchin e
Jennifer
Twiner
McCarron
Owen
Hurley
William
Lau
William
2002
Barbie em
Lago dos
Cisnes
Barbie Of
Swan Lake
Barbie em A
Princesa e a
Plebeia
Barbie as
the
Princess
and the
Pauper
85
min
2004
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Jesyca C.
Durchin e
Jennifer
Twiner
McCarron
Barbie
Barbie
70
2004
Elise Allen e
Nancy Bennett
83
min
2003
31
Fairytopia
Fairytopia
min
Barbie e a
Magia de
Aladus
Barbie and
the Magic
of Pegasus
84
min
Barbie em as
12 Princesas
Bailarinas
Barbie in
the 12
Dancing
Princesses
82
min
Diário da
Barbie
The Barbie
Diaries
70
min
Barbie
Fairytopia
Mermaidia
Barbie
Fairytopia
Mermaidia
75
min
Diane Duane
e Luke Carroll
Lau
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Luke Carroll e
Jesyca C.
Durchin
Greg
Richardson
2006
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Jesyca C.
Durchin,
Jennifer
Twiner
McCarrone
Shea Wageman
Greg
Richardson
2006
Elise Allen e
Laura
Mccreary
Kallan Kagan
Eric Fogel
Elise Allen
Luke Carroll
William
Lau e
Walter P.
Martinshius
Greg
Richardson
2005
2006
Barbie em a
Princesa da
Ilha
Barbie as
the Island
princess
86
min
2007
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Jesyca C.
Durchin,
Jennifer
Twiner
McCarrone
Shea Wageman
Barbie
Butterfly a
Nova
aventura em
Fairytopia
Barbie
Mariposa
74
min
2007
Elise Allen
Luke Carroll e
Tiffany J.
Shuttleworth
Conrad
Helten
Barbie a
Magia do
Arco-Íris
Barbie
Fairytopia
Magic of
the
Rainbow
74
min
2007
Elise Allen
Luke Carroll
William
Lau
Barbie e o
Castelo de
Diamante
Barbie The
Diamond
Castle
83
min
2008
Cliff Ruby e
Elana Lesser
Shelley DviVardhana e
Jennifer
Twiner
Gino
Nichele
Barbie
apresenta A
Pequena
Polegar
Barbie
Presents
Tumbelina
75
min
2008
Elise Allen
Luke Carroll e
Tiffany J.
Shuttleworth
Conrad
Helten
Barbie em A
Canção de
Natal
Barbie in A
Christmas
Carol
76
min
2008
Elise Allen
Anita Lee
William
Lau
Barbie e as
Três
Mosqueteiras
Barbie and
the Three
Musketeers
81
min
2009
Amy
Wolfram
Shelley DviVardhana, Pat
Link e Shawn
McCorkindal
William
Lau
Barbie Moda
e Magia
Barbie in A
Fashion
82
min
2009
Elise Allen
Shelley DviVardhana e
William
Lau
32
Fairytale
Shawn
McCorkindal
Barbie em
Vida de
Sereia
Barbie in A
Mermaid
Tale
74
min
2010
Elise Allen
Anita Lee e
Tiffany J.
Shuttleworth
Adam L.
Wood
Barbie e O
Segredo das
Fadas
Barbie a
Fairytopia
Secret
71
min
2010
Elise Allen
Kylie Ellis e
Tiffany J.
Shuttleworth
William
Lau
Barbie
Escola de
Princesas
Barbie
Princess
Charm
School
79
min
2011
Elise Allen
Shawn
McCorkindal e
Shelley Tabbut
Zeke
Norton
Barbie em
Vida de
Sereia 2
Barbie in A
Mermaid
Tale 2
72
min
2011
Elise Allen
Harry Linden
William
Lau
Barbie Um
Natal
Perfeito
Barbie in A
Perfect
Christmas
73
min
2011
Elise Allen
Kevin Gamble
e Gokul
Kesavan
Mark
Baldo
Barbie a
Princesa e a
Pop Star
Barbie in
The
Princess &
The
Popstar
73
min
2012
Steve Granat
e Cydne
Clark
Shelley DviVardhana e
Shawn
McCorkindal
Zeke
Norton
Após assistirmos aos filmes, registramos, em fichas que elaboramos para organizar
os elementos de análise, todas as informações que nos pareciam relevantes. Trabalhamos com
uma ficha inicial contendo informações de todos os filmes com informações gerais que
listamos na Tabela 1, disponível acima.
Trabalhamos com diversas fichas, cada uma com objetivo de identificar e ressaltar
elementos que nos pareciam relevantes. Essas fichas serão apresentadas no próximo capítulo,
para ilustrar nossas análises e apresentar nossas problematizações. Além das fichas de análise,
trabalhamos com registro detalhado de cada filme: anotamos a história do início ao fim,
detalhando as cenas com seus planos de filmagens, movimento da câmera, enquadramentos,
momentos de diálogos, músicas, vestuários e cenários. Esses elementos nos ajudaram a
identificar, nas respectivas cenas, os elementos fílmicos que apresentam características de
feminilidades, ensinamentos de feminilidades e possibilidades de subversão à feminilidade
apresentada no filme como modelo de uma feminilidade desejável de todas as personagens
que aparecem e não só da protagonista Barbie.
Para orientar nossas análises, os filmes foram agrupados de acordo com os tipos de
feminilidades que apresentam. Observamos que em cada um desses grupos algumas
33
características das feminilidades das personagens são recorrentes, reafirmando e legitimando
determinados modelos de menina/mulher. Seguem abaixo os blocos deste agrupamento:
Ensinamentos de Renúncia de algo
feminilidade
pelo bem comum
Amizade
Amor
Feminilidade diferente
verdadeira romântico do modelo dominante
Chegamos a esses agrupamentos por meio da observação atenta aos vinte e três
filmes analisados. Percebemos que em diversos filmes os temas se repetem, por exemplo: os
“ensinamentos de feminilidade” são muito semelhantes nos filmes Barbie em A Princesa e a
Plebeia e Barbie A Princesa e a Pop Star. Tais ensinamentos de como ser uma princesa
ocorrem por meio de canções, mudando apenas algumas palavras na letra da música dos dois
filmes; são quatro filmes que trabalham essa questão de forma direta. Em outros quatro filmes
aparecem personagens relutantes em aceitar o modelo de feminino que o filme reforça como
desejável: agrupamos essa característica como “feminilidade diferente do modelo reafirmado
nos filmes”. Notamos em oito filmes uma repetição do tema sobre a “renúncia de algo muito
caro para a personagem em nome do bem comum”. O “amor romântico” aparece como tema
principal no roteiro de cinco filmes, mas também faz parte da trama em outros sete filmes
agrupados em outros temas. A “amizade verdadeira” aparece como tema de dois filmes,
embora exista também em outros filmes.
Essa apresentação prévia é apenas para informar como conduzimos a pesquisa, mas
os detalhamentos e discussões sobre cada grupo e as características de feminilidade estão
descritos e discutidos no capítulo 2 deste trabalho.
Antes de seguirmos para as discussões da pesquisa julgamos necessário apresentar a
contextualização das fontes utilizadas nesta pesquisa. Trazemos uma introdução da história da
animação e um resumo da filmografia da Barbie já disponível.
1.3.1 Conhecendo a história da animação
Antes de iniciarmos a discussão sobre os registros históricos da animação, vamos
apresentar uma definição para este termo. De acordo com Jacques Aumont e Michel Marie:
34
Utiliza-se esse termo para designar formas de cinema nas quais o movimento
aparente é produzido de maneira diferente da simples tomada de cena
analógica. A técnica mais frequente consiste em fotografar, um por um,
desenhos cujo encadeamento produzirá automaticamente a impressão de
movimento, em virtude do "efeito phi"27. (AUMONT; MARIE, 2003, p. 18)
Os autores nos dizem ainda que
O filme de animação foi com frequência considerado pelos teóricos, por um
lado, uma espécie de um laboratório figurativo, levando ao máximo as
possibilidades da imagem em movimento; por outro lado, um revelador
ideológico do cinema em geral (uma vez que em particular o gênero
"desenho animado" é reputado destinar-se às crianças). (AUMONT;
MARIE, 2003, p. 19)
A história da animação teve início muito antes do surgimento do cinema. A ideia da
imagem em movimento encanta a humanidade há séculos (XAVIER, 2014) e, graças a esse
interesse, algumas máquinas e brinquedos ópticos provenientes de estudos e pesquisas
científicas foram inventados (XAVIER FILHA, 2014; FOSSATTI, 2011). Fossatti nos
informa que a animação instigava cientistas e se intensificou
[...] a partir de 1645, ano em que Athanasius Kircher expôs ao público a
lanterna mágica. Essa invenção consistia em uma caixa portadora de uma
fonte de luz e de um espelho curvo, através do qual se projetava imagens
derivadas de slides pintados em lâminas de vidro. (FOSSATTI, 2011, p. 28)
A autora apresenta como primeira exibição de animação o ano de 1736, mas não
esclarece qual seria essa animação. Xavier (2014, p. 8), por sua vez, apresenta o filme
animado Pobre Pierrô, de Émile Reynaud, como o primeiro desenho animado, cuja exibição
aconteceu no dia 28 de outubro de 1892 em Paris, França. O fato tornou-se um marco na
história da animação e por conta disso o dia 28 de outubro tornou-se o Dia Internacional da
Animação.
A primeira exibição de filmagem com imagens reais aconteceu três anos depois da
primeira projeção de filme de animação. Foi em 1895, também em Paris, realizada pelos
irmãos Lumière (XAVIER, 2014). Essa projeção foi possibilitada pela invenção do
27
De acordo com Aumont e Marie (2003) o “efeito phi” é a ilusão de movimento provocada em nosso cérebro
pela sucessão de imagens fixas. “Os leves deslocamentos de uma imagem à imagem seguinte, dos estímulos
visuais, excitam as células do córtex visual, que ‘interpretam’ essas diferenças como movimento” (AUMONT;
MARIE, 2003, p. 95).
35
cinematógrafo, instrumento que servia tanto para filmar como para projetar (FOSSATTI,
2011).
O cinema de animação continuou se desenvolvendo, diversos filmes foram
produzidos com inspiração em histórias em quadrinhos (FOSSATTI, 2011). Mas os avanços
maiores ocorreram a partir do início do século XX: segundo os estudos de Fossatti (2011),
surgiram personagens como Pica-Pau, Gato Félix, Betty Boop e Mickey, além do surgimento
das salas de cinema. As formas de produzir animação começaram a ser industrializadas.
Mecanismos foram criados para acelerar o processo de produção, aprimorar os movimentos e
reduzir os custos (FOSSATTI, 2011, p. 30-31).
Quando se fala em animação, Walt Disney foi considerado por muito tempo uma
referência. Ainda nos dias de hoje, apesar dos diversos estúdios de animação, os estúdios
Disney são referência nas produções (FOSSATTI, 2011). Inúmeros estudos utilizaram filmes
dos Estúdios Disney, isso devido ao sucesso de bilheteria de vários filmes de animação por
eles produzidos (SANTOS, 2010; SILVA, 2008; KINDEL; 2003; SABAT, 2003; GIROUX,
1995). Mas Fossatti nos diz que “no entanto, gradualmente, essa hegemonia passou a ser
ameaçada por outros estúdios, como a DreamWorks Animation, SKG e a 20th Century Fox
Animation, evidenciando-se uma nova e acirrada disputa entre estúdios” (FOSSATTI, 2011,
p. 51). A Mattel Entertainment28 não consta nesta lista, mas tem produzido filmes
intensamente, principalmente em parceria com a Rainmaker Entertainment e também com
outros estúdios. A empresa produz filmes de longa e curta metragem e, até o final de 2014,
foram produzidos vinte e nove filmes tendo Barbie como protagonista, além dos filmes do
boneco Max Steel, dos carrinhos Hot Wheels29, Polly Pocket e Monster High. Apesar de não
ser considerada uma potência no campo da animação, a Mattel é referência no seguimento de
brinquedos, todos esses personagens listados têm seus desenhos exibidos em canais aberto de
televisão no Brasil.
A seguir apresentamos maiores informações sobre a filmografia produzida pela
Mattel tendo a boneca Barbie como protagonista.
1.3.2 Filmografia produzida
28
29
Seguimento da Empresa Mattel que trabalha com a produção de filmes.
Informações disponíveis em <http://www.mattelbrasil.com.br/>. Acesso em 03 Maio 2013.
36
Os filmes de animação da Barbie trabalham com diversas facetas da vivência de
feminilidades, apresentando Barbie como princesa, fada, bailarina, sereia ou mesmo apenas
como Barbie na chamada “linha realidade”. Nesta última linha, a boneca é apresentada como
uma “pessoa”/personagem dotada de vida e tendo um determinado episódio de sua rotina
pessoal revelada nos filmes.
A carreira de atriz da boneca começou em 1989, quando foi lançado o filme Barbie a
Estrela do Rock (ROVERI, 2008). Este filme não está disponível em DVD no Brasil, mas
existe uma versão online parcial disponível na internet30. Devido ao distanciamento histórico
dessa primeira produção das demais obras, optamos por não incluí-la na pesquisa
compreendendo apenas os filmes produzidos de 2001 a 2012, como já exposto.
Foi a partir de 2001 que a “carreira” de Barbie deslanchou31. Inicialmente, a Mattel
Entertainment em parceria com a Universal Pictures32 lançou alguns recontos de clássicos dos
contos de fadas. No ano de 2001 foi lançado o filme Barbie O Quebra Nozes, inspirado no
balé de mesmo nome criado pelo russo Tchaikovsky; em 2002 foi lançado Barbie Rapunzel;
em 2003 foi a vez de Barbie O lago dos Cisnes, mais uma vez inspirado no balé de mesmo
nome; e, em 2004, foi lançado Barbie A princesa e a Plebeia. A partir de 2005 as produções
se intensificaram, deixando para trás os recontos e partindo para produções inéditas tendo
Barbie em diversos papéis.
Em 2005 foram lançados os filmes Barbie Fairytopia e Barbie e a Magia de Aladus;
em 2006 foram lançados três filmes: Barbie em As 12 princesas Bailarinas, Diário da Barbie
e Barbie Fairytopia Mermaidia; em 2007, Barbie em A princesa da Ilha e Barbie a Magia do
Arco-Íris; no ano de 2008, foram lançados Barbie Butterfly: a Nova Aventura em Fairytopia,
Barbie em A Canção de Natal e Barbie e o castelo de diamante; em 2009, Barbie e as Três
Mosqueteiras e Barbie apresenta A Pequena Polegar; no ano de 2010 os lançamentos foram:
Barbie em Vida de Sereia e Barbie Moda e Magia; no ano de 2011, Barbie e O Segredo das
Fadas, Barbie Escola de Princesas e Barbie Um Natal Perfeito; e, em 2012, os lançamentos
foram: Barbie em Vida de Sereia 2 e Barbie a Princesa e a Pop Star.
Estes são os filmes que selecionamos para nossa pesquisa. Vale ressaltar que a
Mattel Entertainment continua com a produção dos filmes, mas como não os utilizamos em
30
Disponível em <http://megafilmeshd.net/barbie-em-a-estrela-do-rock/>. Acesso em 1º Fev 2012.
As informações aqui apresentadas, títulos e ano de lançamento, foram retiradas dos DVDs adquiridos para a
pesquisa.
32
Empresa americana produtora de filmes, realiza as produções dos filmes da Barbie em parceria com a Mattel
Entertainment.
37
31
nossa pesquisa apenas incluímos uma lista com os títulos produzidos a partir de 2012 até o
enceramento desta pesquisa no apêndice D.
No próximo tópico discutiremos os conceitos teóricos para o desenvolvimento e
análises em nossa pesquisa, para depois apresentarmos as discussões do trabalho.
1.4 Conceitos teóricos
Nossa pesquisa busca inspiração e fundamentação nos Estudos Culturais, Estudos de
Gênero e pressupostos foucaultianos. Os conceitos que vão dialogar com nossas discussões
são os de gênero, feminilidades, identidades e subjetivação.
Para pensarmos as feminilidades apresentadas nos filmes, precisamos primeiro
começar por entender as questões de gênero. Louro (2003, p. 96), ao discutir o processo de
“feminilização” da docência, apresenta as características que tradicionalmente se atribuem às
mulheres, como: amor, sensibilidade, cuidado, entre outras características atribuídas
culturalmente. Essa ainda é a ideia de feminilidade predominante em nossa cultura e é a partir
dela que as personagens dos filmes da Barbie são desenhadas, produzidas/veiculadas nos
roteiros dos filmes analisados.
Primeiramente, urge conceituarmos gênero. Louro define Gênero como:
Uma construção social feita sobre diferenças sexuais. Gênero refere-se,
portanto, ao modo como as chamadas “diferenças sexuais” são representadas
ou valorizadas, refere-se aquilo que se diz ou se pensa sobre tais diferenças,
no âmbito de uma dada sociedade. (LOURO, 2000, p. 26)
Xavier Filha complementa essa discussão ao destacar que:
Gênero, conceitualmente, então, não significa o mesmo que sexo. Enquanto
sexo (macho; fêmea) se refere à identidade biológica de uma pessoa, gênero
está ligado à sua constituição social como sujeito masculino e feminino.
(XAVIER FILHA, 2009, p. 36)
Ou seja, o gênero não depende das questões biológicas: ele é, antes, uma questão
social, uma construção social e cultural. O gênero não é algo definido: Louro (2003) nos
propõe que as identidades de gênero estão sempre se construindo e se transformando. Em
outro texto, Louro (2007) complementa essa definição dizendo:
38
Operar com esse conceito implica, pois, necessariamente, operar numa ótica
construcionista. Ainda que as formas de conceber os processos de construção
possam ser (e efetivamente são) distintas, lidar com o conceito de gênero
significa colocar-se contra a naturalização do feminino e, obviamente, do
masculino. (LOURO, 2007, p. 207)
Neste trecho, a autora enfatiza o caráter do gênero enquanto construção social. Ainda
que a construção dessa categoria analítica possa se dar sobre bases biológicas, o gênero é
fundamentalmente cultural e social. Louro (2003) argumenta que o gênero é “constituinte das
identidades dos sujeitos”, que não é algo definido e acabado, isto é, as identidades de gênero
estão sempre se construindo e se transformando. Identificamos nos filmes esse caráter de
construção das identidades. As personagens são ensinadas a agir de determinadas maneiras de
acordo com seu gênero.
Pensamos o conceito de feminilidade partindo dos estudos de Connel (1995) sobre
masculinidades, a autora afirma que
A masculinidade é uma configuração de prática em torno da posição dos
homens na estrutura das relações de gênero. Existe, normalmente, mais de
uma configuração desse tipo em qualquer ordem de gênero de uma
sociedade. Em conhecimento desse fato, tem-se tornado comum falar de
"masculinidades". (CONNEL, 1995, p. 118)
Pensamos que, tal como as masculinidades, as feminilidades também possuem várias
configurações, não existindo apenas uma única forma de viver a feminilidade. Connel (1995)
identifica que as diferentes masculinidades foram construídas social, cultural e
historicamente. Os atributos das masculinidades variavam de acordo com as condições sociais
e políticas, mas não são formas homogêneas e únicas de viver as masculinidades: várias
outras formas estão em constante luta pela hegemonia e o mesmo se dá em relação às
feminilidades.
Os conceitos de masculinidade e feminilidade estão diretamente ligados ao conceito
de gênero. No entanto, enquanto gênero é a forma como nos identificamos enquanto mulheres
e homens, feminilidades são as formas e possibilidades de vivência do feminino. Esses modos
pelos quais vivemos nossas masculinidades e feminilidades são fruto das construções sociais.
Louro (2000, p. 60) nos diz que as muitas formas de tornar-se mulher ou homem “são sempre
sugeridas, anunciadas e promovidas socialmente”, que são também constantemente
“reguladas, condenadas ou negadas”. Continuando sua discussão, a autora afirma que “a
inscrição dos gêneros – feminino ou masculino – nos corpos é feita, sempre, no contexto de
39
uma determinada cultura, portanto com as marcas dessa cultura” (LOURO, 2000, p. 62).
Nessa perspectiva, entendemos que as identidades são sempre sociais, inclusive as
feminilidades e masculinidades. Mais uma vez recorremos à autora para exemplificar esta
questão: “reconhecer-se numa identidade supõe, pois, responder afirmativamente a uma
interpelação e estabelecer um sentido de pertencimento a um grupo social de referência”
(LOURO, 2000, p. 63), ou seja, para reconhecermo-nos como femininas precisamos
responder ao que socialmente se convencionou como marcas de feminilidade.
Apesar disso, Louro (2000) nos lembra que
Pode haver, e há muitas formas de ser feminina ou ser masculino e reduzi-las
todas a um conjunto de características biológicas resulta, seguramente, numa
simplificação. (LOURO, 2000, p. 39)
As formas de vivência de feminilidades e masculinidade são múltiplas, portanto não
podemos falar em um único grupo social de referência de feminilidade. Contudo, a autora nos
chama a atenção para algumas identidades que são tomadas como “norma”. Ela nos diz que
Distintas e divergentes representações podem, pois, circular e produzir
efeitos sociais. Algumas delas, contudo, ganham uma visibilidade e uma
força tão grandes que deixam de ser percebidas como representações e são
tomadas como a realidade. (LOURO, 2000, p. 67)
De fato reconhecemos que algumas características são tomadas como verdades
inquestionáveis sobre o feminino. Louro nos dá exemplos dessas características: amor,
entrega, doação, docilidade, gentileza, discrição, obediência, pedir desculpas e licença
(LOURO, 2000, p. 28) são, portanto, algumas características que perduram como marcas de
feminilidade. E são também marcas de feminilidades que aparecem nos filmes que
analisamos.
Connel (1995) apresenta em suas análises a violência e agressividade como marcas
de masculinidade. Em contrapartida, os filmes da Barbie apresentam a feminilidade como
pacificadora: as protagonistas não usam de violência, as lutas não incluem uso de armas e/ou
violência corporal. O modelo de feminilidade que esses filmes apresentam, em sua maioria,
abominam a violência e agressividade, primando pelo diálogo e pelo amor para solucionar
conflitos, reforçando assim as características de feminilidade ressaltadas por Louro (2000).
Sabat (2003, p. 82) nos diz que os “Estudos da Masculinidade trazem à tona
discussões sobre as funções sociais que os homens são obrigados a desempenhar, em nome
40
das convenções culturais, como o sustento financeiro da família, a ascensão social ou o
sucesso profissional”. Entendemos as feminilidades neste mesmo sentido, tentando
compreender as convenções sociais e as regras que delimitam o que seja aceitável como
características de feminilidades em nossa cultura.
Podemos pensar o processo de construção da identidade feminina partindo do
conceito, desenvolvido por Michel Foucault, de “modos de subjetivação”. Para o autor, a
subjetivação acontece por meio das “técnicas de si”, que são procedimentos e técnicas que
permitem aos indivíduos efetuar, sozinhos ou com ajuda de outros, certo
número de operações sobre seu corpo e sua alma, seus pensamentos, suas
condutas, seu modo de ser; transformar-se a fim de atingir certo estado de
felicidade, de pureza, de sabedoria, de perfeição ou imortalidade.
(FOUCAULT, 2014, p. 266)
Percebemos que a subjetivação demanda um trabalho do sujeito sobre si mesmo,
sobre suas atitudes, seu corpo e seus pensamentos, atuando na sua própria transformação. A
subjetivação “implica em modos de educação e transformação do indivíduo”, ela atua não
apenas no desenvolvimento de condutas, mas também no desenvolvimento de atitudes. VeigaNeto, traduzindo o conceito de subjetivação de Foucault, diz que “nos tornamos sujeitos pelos
modos de investigação, pelas práticas divisórias e pelos modos de transformação que os
outros aplicam e que nós aplicamos sobre nós mesmos” (VEIGA-NETO, 2011, p. 111). Isto
significa que a subjetivação não é um trabalho individual e autônomo: é, antes, uma
construção social por meio da qual definimos nossas identidades.
O conceito de subjetivação está diretamente relacionado a outro conceito, também
muito caro ao nosso trabalho, que é o de identidade. Para entender esse conceito, recorremos à
perspectiva discutida por Tomaz Tadeu da Silva, ou seja, como uma produção cultural. O
autor argumenta que
Um dos efeitos mais importantes das práticas culturais é o de produção das
identidades sociais. Em geral, tende-se a naturalizar as identidades sociais
[...] as identidades só se definem, entretanto, por meio de um processo de
produção da diferença, um processo que é fundamentalmente cultural e
social. (SILVA, 2006, p. 25)
O que o autor nos diz é que as constituições de nossas identidades, inclusive as de
gênero, se dão por meio de processos culturais. Nesses processos afirmamos nossas
identidades por meio da construção da diferença, ou seja, reconhecermo-nos como femininas
41
implica em reconhecermo-nos como diferentes do masculino. Isso implica em conceber
práticas e atitudes diferentes para cada gênero.
Para Silva (2012) identidade e diferença são produzidas culturalmente e são
interdependentes, uma não existe sem a outra. O autor argumenta que “a identidade cultural
só pode ser compreendida em sua conexão com a produção da diferença, concebida como um
processo social discursivo” (SILVA, 2000, p. 69). Devemos “considerar a diferença não
simplesmente como resultado de um processo, mas como o processo mesmo pelo qual tanto a
identidade quanto a diferença (compreendida aqui, como resultado) são produzidas” (SILVA,
2012, p. 76. Grifos do autor.). Neste trabalho tomamos o conceito de identidade na
perspectiva discutida pelo autor, como produção social e cultural, como posições que o sujeito
assume.
O poder e a resistência são também indispensáveis nas discussões sobre
feminilidades que empreendemos neste trabalho. Os roteiros dos filmes apresentam
constantemente relações de poder e resistências. Para Foucault (2014, p. 138), o poder se
manifesta por meio das microrrelações. O autor entende o poder não como repressão, como
impositivo, mas como relação de forças entre sujeitos. O poder só pode existir onde há a
possibilidade de resistir. No cerne das relações de poder e como condição permanente de sua
existência, há uma “insubmissão” e liberdades essencialmente renitentes, “não há relação de
poder sem resistência” (FOUCAULT, 2014, p. 138),
O poder só se exerce sobre “sujeitos livres”, e enquanto são “livres” –
entendamos por isso sujeitos individuais ou coletivos que tem diante de si
um campo de possibilidade em que várias condutas, várias reações e
diversos modos de comportamento podem apresentar-se. (FOUCAULT,
2014, p.134)
O autor diz ainda que
O que faz com que o poder se sustente, que o aceitemos é tão simplesmente
que ele não pesa somente como um poder que diz não, mas que de fato, ele
atravessa, ele produz as coisas, ele induz ao prazer, ele forma o saber, ele
produz o discurso; é preciso considerá-lo como uma rede produtiva que
passa através de todo o corpo social muito mais do que como uma instância
negativa que tem como função reprimir. (FOUCAULT, 2014, p. 22)
Neste sentido, poder e resistência são indissociáveis. Em uma relação em que a
resistência não tem lugar não há poder, há violência (FOUCAULT, 2014, p. 134). Foucault
42
diz ainda que “toda relação de poder implica pois, pelo menos de uma maneira virtual, uma
estratégia de luta” (2014, p. 138).
Para Foucault, o poder também está diretamente associado ao saber. Ele entende o
saber como uma construção histórica. Segundo o autor “temos antes que admitir que o poder
produz saber [...]; que poder e saber estão diretamente implicados; que não há poder sem a
constituição correlata de um campo de saber, nem saber que não suponha e não constitua ao
mesmo tempo relações de poder” (FOUCAULT, 1999, p. 27). As relações de poder expressas
nos filmes instituem verdades sobre as feminilidades, determinam condutas e estabelecem
como legítimas determinadas maneiras de se constituir enquanto menina/mulher.
Apresentamos neste tópico os conceitos que fundamentaram nossa pesquisa. No
capítulo a seguir, esses conceitos serão vinculados às discussões e análises que
empreendemos. Retomaremos alguns pontos e ampliaremos algumas discussões a fim de
apresentar e problematizar os elementos discutidos.
43
CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZANDO AS FEMINILIDADES NOS FILMES DA
BARBIE.
Neste capítulo, vamos apresentar as discussões advindas da pesquisa, dialogando
com os conceitos principais que nortearam nossas análises. Na primeira parte, trazemos um
panorama dos agrupamentos que fizemos com os vinte e três filmes que integram a pesquisa.
Sabemos que os roteiros apresentam mais de um dos elementos de feminilidades que
tomamos como referência, porém os filmes foram agrupados de acordo com a predominância
destes elementos em seus roteiros ou pela leitura que nos pareceu mais profícuas. Na segunda
parte, apresentamos as análises e pontos relevantes das feminilidades nos filmes.
Nossa proposta foi analisar, nos vinte e três filmes selecionados, os diferentes tipos
de feminilidades que se apresentavam em todas as personagens, não só da protagonista
Barbie, muito embora a sua seja a mais significativa e pulsante em nossas discussões. Em
uma primeira observação parecia termos uma feminilidade homogênea, reafirmada e repetida
em todos os filmes, mas à medida que as análises foram sendo aprofundadas percebemos
alguns distanciamentos entre essas feminilidades, possibilidades de ruptura com um modelo
único de feminino. O protagonismo feminino, característica presente em todos os filmes
analisados, é um elemento relevante desta ruptura, uma vez que a maioria dos outros filmes de
animação produzidos traz como protagonistas personagens masculinos. Neste sentido, os
filmes analisados subvertem o lugar do feminino na trama. Sabat observa que nos filmes de
animação “as mulheres, quando personagens principais, não representam uma figura comum.
São sempre rebeldes, diferentes, corajosas, de alguma forma se destacando das demais”
(2003, p. 28). Isso também se apresentou nos filmes da Barbie mas, apesar dessas
características, em todas as obras acaba prevalecendo uma feminilidade predominantemente
dócil, gentil, altruísta, delicada, com condutas exemplares e abnegadas. Vamos aprofundar
essa discussão sobre essa dualidade presente nas obras na parte final do trabalho.
Apresentamos a seguir a organização dos filmes e os respectivos grupos formados com a
descrição de cada grupo.
2.1 Agrupamentos das Feminilidades e suas características em cada grupo.
44
Como já dissemos anteriormente, entendemos neste trabalho que os filmes são
artefatos culturais produzidos pelas pedagogias culturais. Xavier Filha toma em seus estudos
os livros como “artefatos culturais e elementos dos dispositivos pedagógicos” (2014, p. 156).
A autora diz que
Assim, os vários contextos educacionais da sociedade bem como os mais
diferentes artefatos culturais, como cinema, mídia, revistas, livros,
brinquedos, entre outros, expressam e fazem circular discursos que
produzem as subjetividades. Entender os livros como artefatos culturais que
expressam pedagogias é uma tarefa que nos leva a analisar os próprios textos
e ilustrações para, contudo, questionar conceitos e também promover a
reflexão e a autorreflexão dos leitores e leitoras. (XAVIER FILHA, p. 155156)
Nesse sentido podemos avançar nas análises pensando também que os filmes
funcionam como um instrumento do dispositivo pedagógico que, como diz a autora, “fazem
circular discursos que produzem as subjetividades”. Fisher descreve o dispositivo pedagógico
de mídia como
um aparato discursivo (já que nele se produzem saberes, discursos) e ao
mesmo tempo não discursivo (uma vez que está em jogo nesse aparato uma
complexa trama de práticas, de produzir, veicular e consumir TV, rádio,
revistas, jornais, numa determinada sociedade e num certo cenário social e
político), a partir do qual haveria uma incitação ao discurso sobre “si
mesmo”, à revelação permanente de si; tais práticas vêm acompanhadas de
uma produção e veiculação de saberes sobre os próprios sujeitos e seus
modos confessados e aprendidos de ser e estar na cultura em que vivem.
Certamente, há de se considerar ainda o simultâneo reforço de controles e
igualmente de resistências, em acordo com determinadas estratégias de
poder e saber, e que estão vivos, insistentemente presentes nesses processos
de publicização da vida privada e pedagogização midiática. (FISHER, 2002,
p. 155)
Foucault entende o dispositivo como
um conjunto decididamente heterogêneo, que comporta discursos,
instituições, arranjos arquitetônicos, decisões regulamentares, leis, medidas
administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, morais,
filantrópicas, em resumo: do dito, tanto quanto do não dito, eis os elementos
do dispositivo. O dispositivo propriamente é a rede que se pode estabelecer
entre esses elementos. [...] por dispositivo entendo uma espécie – digamos –
de formação, que, em um dado momento histórico, teve por função maior
responder a uma urgência. O dispositivo tem, pois, uma função estratégica
dominante. (FOUCAULT, 2014, p. 45)
45
O autor complementa dizendo que “o dispositivo está, então, sempre inscrito em um
jogo de poder, mas sempre ligado também, a um ou alguns limites de saber, que nascem dele,
mas também o condicionam” (FOUCAULT, 2014, p. 47). Justamente por estar inscrito em
jogos de poder que os filmes podem ser tomados como instrumentos dos dispositivos. Mais
precisamente como dispositivos pedagógicos, pois produzem saberes e funcionam como
aparato discursivo como nos disse Fisher.
Para organizar nossas discussões e identificar os diversos elementos de feminilidades
que os filmes possibilitam, fizemos a organização dos filmes em cinco agrupamentos. Esses
grupos foram divididos de acordo com as possibilidades de feminilidades que as obras
apresentam, os grupos criados foram: Ensinamentos de feminilidade; Renúncia de algo pelo
bem das pessoas; Amizade verdadeira; Amor romântico e Feminilidade diferente do modelo
dominante. A seguir apresentamos um quadro geral com os filmes que compõe cada grupo.
Tabela 2: Detalhamento dos grupos
FILMES EM CADA AGRUPAMENTO
Ensinamentos
de
feminilidade
Renúncia de
algo pelo bem
comum
Amizade
verdadeira
Barbie em A Barbie
O Barbie
e
Princesa e a Quebra-Nozes
Castelo
Plebeia
Diamante
Barbie em as Barbie
12 Princesas Fairytopia
Bailarinas
Amor
romântico
Feminilidade
diferente do
modelo dominante
o Barbie em a Barbie e as Três
de Princesa da Ilha Mosqueteiras
Barbie apresenta Barbie Moda e Diário da Barbie
A
Pequena Magia
Polegar
Barbie Escola Barbie
de Princesas
Fairytopia
Mermaidia
Barbie e O Barbie
em
A
Segredo
das Canção de Natal
Fadas
Barbie
a Barbie Butterfly
Princesa e a a Nova aventura
Pop Star
em Fairytopia
Barbie
Rapunzel
Barbie a Magia
do Arco-Íris
A Barbie Um Natal
Perfeito
Barbie em Lago Barbie e a Magia de
dos Cisnes
Aladus
Barbie em Vida
de Sereia
Barbie em Vida
de Sereia 2
No primeiro grupo, “Ensinamentos de feminilidade”, estão quatro filmes que
apresentam Barbie no papel de princesa. No agrupamento “Renúncia de algo pelo bem
46
comum”, estão sete filmes diversificados, sendo quatro com Barbie no papel de fada, dois
tendo Barbie como sereia, e um no papel de princesa. No grupo “Amizade verdadeira”, estão
apenas dois filmes, embora a amizade seja um tema recorrente e relevante nos filmes da
Barbie. No agrupamento “Amor romântico” estão cinco filmes que contam histórias de
amores capazes de transformar situações e salvar vidas. E, por fim, no agrupamento
“Feminilidade diferente do modelo dominante”, estão cinco filmes que trazem possibilidades
de resistências aos modelos de feminilidades reafirmadas e repetidas nos outros filmes.
No quadro abaixo consta um resumo das características de cada um desses grupos.
Estes são os elementos principais de cada característica de feminilidade que usamos para
delimitar as características de maior relevância:
Tabela 3: Características dos grupos
CARACTERÍSTICAS DE CADA GRUPO
Ensinamentos
de feminilidade
Neste
agrupamento
estão os filmes
que trabalham
de
forma
objetiva com o
ensinamento de
um determinado
modo ideal de
ser
feminina.
Esses
ensinamentos
aparecem
por
meio
das
canções ou de
falas
das
personagens que
de
alguma
forma
tentam
delimitar
as
atitudes
femininas.
Neste
agrupamento
todos os filmes
apresentam
princesas como
protagonistas.
Renúncia de
algo pelo bem
comum
Neste
agrupamento
estão os filmes
que
trabalham
com a ideia do
"altruísmo" como
característica de
feminilidade.
Nestes filmes a
protagonista abre
mão de seus
sonhos, desejos,
daquilo que tem
de mais precioso
em nome do bem
comum. Este foi
o agrupamento
com
maior
número
de
filmes, e de certa
forma todos os
filmes
apresentam
o
altruísmo como
característica de
personalidade das
protagonistas.
Amizades
verdadeiras
Amor
romântico
Neste
agrupamento
estão os filmes
que apresentam
a
"amizade
verdadeira", a
lealdade as/aos
amigas/os como
característica
desejável
de
feminilidade.
Nestes filmes a
protagonista
enfrenta todos
os obstáculos e
se
transforma
em nome da
amizade.
Neste
agrupamento
estão os filmes
que apresentam
o
amor
romântico como
fundamental ao
exercício de ser
feminino. É o
amor
que
aparece como
redentor, o que
motiva as ações
da protagonista
e
lhes
dá
coragem para
enfrentar
os
obstáculos.
Feminilidade
diferente do
modelo reafirmado
nos filmes
Neste agrupamento
estão os filmes que
apresentam
feminilidades
diferentes dos outros
filmes,
são
protagonistas que de
alguma forma não
apresentam
as
características
de
gentileza, educação,
doçura e altruísmo
que as protagonistas
dos outros 19 filmes
apresentam.
Representando
certas formas de
resistência
aos
modelos
culturais
hegemônicos
de
feminilidade.
47
Vale ressaltar que esse processo de produzir agrupamentos com os diferentes tipos de
feminilidades encontrados nos filmes foi especialmente difícil devido aos referenciais teóricos
que utilizamos. Nos Estudos Culturais não trabalhamos com categorias fixas ou rótulos
permanentes. Assim, produzir os argumentos com as temáticas encontradas nas obras exigiu
cautela, pois a cada novo olhar as características das personagens ganhavam novas
interpretações e significados, dificultando o processo de criação dos grupos temáticos.
No próximo tópico apresentamos melhor cada um desses grupos trazendo os
elementos dos filmes que caracterizam o que delimitamos como característica de cada grupo.
As sinopses dos filmes serão apresentadas de forma resumida, quando são citadas, mas
apresentamos no apêndice B a descrição da sinopse de cada filme, contando as histórias
detalhadas acompanhando a cronologia do filme.
2.1.1 “Saber qual vestido usar, e o tempo todo saber como se portar” − Aprendendo a ser
princesa.
No agrupamento de “Ensinamentos de feminilidade” estão exclusivamente filmes
com protagonistas princesas, especialmente pelo fato de serem os filmes mais produtivos em
relação às normas de condutas social e culturalmente aceitas. O principal ensinamento nesses
filmes se dá em torno da constituição do caráter e atitudes dignas de uma princesa, pois não
basta ter o título de nobreza, é necessário todo um aparato de condutas para que a garota seja
uma “princesa de verdade”.
É relevante notar que em todos os filmes deste agrupamento existe uma transmissão
de valores e regras que quase sempre é passado de mulher para mulher. A única exceção é no
filme Barbie em A Princesa e a Plebeia, nele os ensinamentos partem de um homem para
uma mulher. Porém este homem aparece como professor, culturalmente ele está autorizado a
transmitir essas informações, justamente por ter esse título.
Dois filmes em particular trazem ensinamentos muito semelhantes, são eles: Barbie
em A Princesa e a Plebeia e Barbie a Princesa e a Pop Star. Esses ensinamentos são ditados
com regras rígidas para a conduta das princesas. Vemos nas descrições seguintes como essas
regras são apresentadas.
O filme Barbie em A Princesa e a Plebeia (2004, 85 mim.) traz como protagonistas
Anneliese − uma princesa, e Erika − uma plebeia. As duas são idênticas na aparência, a única
diferença entre elas é a cor do cabelo e a marca real. Elas se conhecem em um passeio de
48
Anneliese pelo povoado do reino. Os/as coadjuvantes mais relevantes são Rei Dominick que
vem de um reino vizinho para se casar com Anneliese; Julian professor de Anneliese; Rainha
Genevieve, mãe da princesa; e Preminger, conselheiro da rainha que quer se tornar rei.
O reino está em dificuldades, pois Preminger está roubando o ouro da mina real. Para
resolver o problema a rainha resolve casar a filha com o Rei Dominick. A jovem, mesmo
amando Julian, aceita o casamento por sentir que é sua obrigação salvar o reino, mas
Preminger sequestra a princesa para evitar o casamento e simula uma fuga de Anneliese para
esconder o crime. Julian desconfia da suposta fuga e para ganhar tempo leva Erika para
assumir o lugar da princesa. No desenrolar da trama, Anneliese, com a ajuda de outras
personagens, consegue desmascarar Preminger. A princesa descobre outra fonte de renda para
manter o reino e se casa com seu verdadeiro amor, Julian. Erika, por sua vez, após percorrer o
mundo cantando, volta para se casar com Rei Dominick.
Este filme é um musical, por isso as canções se fazem presentes durante toda a
história. Em muitos momentos a música serve para falar dos sonhos e anseios das
personagens, além de contar e ilustrar partes da história. Neste filme os ensinamentos de
feminilidades aparecem em vários momentos, um deles é quando Julian leva Erika para
assumir o lugar de Anneliese. A plebeia não conhece as regras de etiqueta, posturas corporais
e atitudes que uma princesa precisa adotar, mas para resolver isso Julian pega o “livro de
etiqueta para princesas” e começa primeiramente falando: “Não é permitido: resmungar, se
gabar, assoar, se queixar, escorregar, mastigar alto, arrotar, se alvoroçar ou esbanjar nenhuma
vez. Esteja presente, seja agradável, tenha altivez”. Depois os ensinamentos seguem em uma
canção:
Figura 1: Erika tomando nota dos ensinamentos para ser uma princesa
Julian: Uma princesa sabe usar uma colher
Tem mil sapatos pra escolher o que quiser
Tem conduta exemplar, é discreta ao jantar
E demonstra interesse para ouvir
Um princesa nunca esquece de sorrir
Pés delicados ao dançar
O protocolo respeitar
Goste ou não a solução é dizer sim
49
Sua postura por favor
Mais elegante que uma flor
Saber curvar e sempre acenar assim
O seu porte é perfeito
Sem mania ou trejeito
A cabeça vira devagar
Caminhando com cuidado
Um sorriso delicado
O que sente nunca demonstrar... voar
Uma princesa sabe como se portar
Uma princesa nunca pode descansar
Ser paciente e ouvir
Ter elegância ao dormir
Quando falar saber mostrar erudição
Condes e Lordes conhecer
Mil instrumentos aprender
Ser afinada pra cantar qualquer canção
E o seu lindo olhar
Nos faz sonhar
Não importa onde for
Então tudo é inspiração
Que perfeição, ela é como uma flor...
Pés delicados sim
Erika: É hora de dançar!
Julian: E com disposição!
Erika: Atender se alguém chamar.
Julian: Sempre pronta para o que acontecer.
Sua postura sim...
Erika: A postura por favor!
Julian: Um golinho assim...
Erika: Tenha sempre bom humor!
Julian: Esperar a hora certa pra dizer.
Uma princesa não precisa cozinhar
Uma princesa sabe como encantar
(Grifos nossos.)
Figura 2: Erika ensaiando o aceno de princesa
Vemos na letra da canção, e na fala de Julian, uma série de regras que norteiam as
atitudes e condutas esperadas de uma princesa. As figuras 1 e 2 ilustram o processo de
aprendizagem pelo qual Erika deveria passar para assumir o lugar da princesa. O filme diz
que uma princesa deve ter uma feminilidade delicada, contida, obediente e submissa; a
obediência e submissão aparecem no trecho da canção que diz: “Goste ou não a solução é
disser sim”. Isso denota que apesar de ser a sucessora no governo do reino, a princesa deve ser
sempre servil. Anneliese sabe disso e por isso aceita se casar com o rei: ela reconhece que é
esse seu dever e não deixa sua mãe saber de sua contrariedade em não querer casar para não
desapontá-la.
Temos aqui a construção de um determinado modelo de feminilidade, afirmando
como legítima e verdadeira determinada conduta de feminilidade. Isso aparece de forma
50
impositiva, mas vemos que a princesa encontra forma de subverter e resistir a essas
imposições. Xavier Filha revela que
O indivíduo não é passivo diante das forças externas a ele. Ele é, sobretudo,
ativo, pois é capaz de produzir jogos de verdade consigo mesmo para se
constituir como sujeito, já que dispõe de mecanismos com os quais atua sobre
si mesmo e que o ajudam a se constituir. (XAVIER FILHA, 2014, p. 157)
Ainda que de forma sutil e sem confrontos explícitos, Anneliese entra nos jogos de
poder, ela resiste e se constitui como sujeito a partir desta resistência. A resistência aparece
quando a princesa revela seu amor por Julian e diz para a mãe que não se casará com o rei,
pois encontrou outra forma de salvar o reino. Apesar desta decisão da princesa de se casar por
amor e não pela obrigação de salvar o reino, ainda assim prevalece o amor romântico como
tema central e nesse sentido não há resistência por parte de Anneliese.
No filme Barbie a Princesa e a Pop Star os ensinamentos são bem semelhantes, com
apenas algumas atualizações. Vemos nesse filme uma linguagem mais atual, com o uso de
tecnologias e redes sociais. A seguir apresentamos um resumo da história.
Barbie A Princesa e a Pop Star (2012, 73 min.) tem como protagonistas a princesa
Vitória, chamada de Tori, uma jovem que não leva a sério seus deveres da realeza; e a pop
star Keira, uma jovem cantora que está sempre viajando pelo mundo. As personagens
coadjuvantes com maior relevância na história são: tia Amélia, tia de Tori, que possui o título
de condessa e é responsável pela educação das princesas; as irmãs de Tori, Trevi e Meredith;
e Crider e Rupert, vilões que roubam a gardênia de diamantes, uma planta mágica cujos
diamantes ajudam na manutenção do reino.
O reino de Meribella está completando quinhentos anos. Graças a isso, Tori tem a
oportunidade de conhecer Keira, de quem a princesa é fã, pois a pop star está fazendo uma
série de shows comemorativos no reino. No primeiro encontro, as duas descobrem que são
muito semelhantes e com o auxílio de utensílios mágicos – uma escova que pertence a Tori e
um microfone que pertence a Keira – as duas trocam de aparência, o que permite que passem
um dia na vida da outra. Ao terem a possibilidade de viver outra vida, diferente da que se
veem obrigadas a viver cotidianamente, as protagonistas descobrem suas identidades e o que
realmente querem fazer e ser.
Ao passar pela experiência de viver a vida de outra pessoa, a princesa conhece
melhor seu reino e é transformada por essa experiência. Ela assume definitivamente seus
deveres perante o reino, empenhada a dar qualidade de vida e dignidade aos/as súditos/as.
51
Vale ressaltar que a música é parte fundamental na composição desta obra, bem
como do filme Barbie a Princesa e a Plebeia. Todo o filme é permeado por músicas e essas
têm a função de ilustrar e trazer mais conteúdos às cenas, explicar o filme e contar partes do
enredo, além de trazer os ensinamentos de duas formas de feminilidade, a saber, a
feminilidade da princesa e a feminilidade da pop star. Assim, as músicas são analisadas em
vários momentos de nossas discussões, pois nos filmes som e imagem se complementam.
Assim como no filme anterior, neste filme os ensinamentos de feminilidade
aparecem quando ocorre uma troca de lugar entre as personagens. Tori e Keira trocam de
identidade, assumindo uma o lugar da outra: Tori precisa aprender a se portar como uma pop
star; Keira, por sua vez, precisa aprender a se portar como uma princesa. Os ensinamentos
aparecem na letra de duas canções cantadas pelas protagonistas. As figuras 3 e 4 revelam as
condutas que cada uma das garotas deve ter: Tori ensina Keira como acenar com a elegância
de uma princesa, enquanto Keira ensina a Tori que é necessário perder a timidez e enfrentar as
entrevistas. Segue a canção:
Tori: Uma princesa sabe qual talher usar
Uma princesa tem sapatos de arrasar
Café servido na cama, usa joias quando quer
Faz massagens, paparicos ao acordar
Uma princesa vê seus sonhos se realizar
Convites de príncipes vai aceitar
Saber qual vestido usar
E o tempo todo saber como se portar
Pose com uma pena no chapéu
Alongue o corpo para o céu
Tenha postura e use luvas para acenar
Ombros para trás e a barriga para dentro
Olhe o queixo e a cabeça vire devagar
Se controle, pise leve,
E sorria bem polida
E de você vão se orgulhar
Uma princesa sabe seu brasão honrar
Uma princesa vai seu melhor sempre dar.
Keira: Uma pop star sabe qual microfone usar
Uma pop star sabe sempre comandar
Sabe que tem que ensaiar para no show arrasar
Ela é uma estrela que sabe brilhar
Uma pop star tem que sua carreira amar
O que é moda eu vou usar
Voar para o México para jantar
E não ter amigos, só seu cão e um violão
Suas notícias twittar, Mil entrevistas poder dar
Amar os fãs que podem ser fantásticos ou não
Uma câmera, outra câmera, outra e mais outra,
E autógrafo pra dar
Troca a roupa, faz a pose, toda gente
cumprimenta,
Na internet vou postar
Uma pop star sua idade não vai falar
Uma pop star vai fazer o mundo cantar. (Grifos
nossos.)
52
Figura 3: Princesa acenando da sacada
Figura 4: Pop star dando entrevistas
Apesar das aproximações entre as canções, dos dois filmes, vemos também um
distanciamento. Enquanto no primeiro filme a princesa deveria sempre “dizer sim”, no
segundo isso não aparece explícito: a canção motiva a princesa a ter atitudes que tragam
orgulho, mas não reforça a submissão. No filme Barbie a Princesa e a Plebeia a obediência é
constantemente reforçada, aparece na canção Eu sou assim como você em que o refrão
reforça: “sabemos bem obedecer”. Em outra canção Anneliese fala de seu sonho de ser livre e
viver sem regras e protocolos. A letra diz:
Eu queria só um dia ter um tempo só pra mim
Nada a fazer só olhar pro céu do meu jardim
Sem ter aula ou almoço ou tarefas pra fazer
Sem ter que ouvir quando posso ler, cantar, comer
Ia só viver
[...]
Casar só por amor
Mesmo abrindo mão de seus sonhos e desejos, a princesa aceita sua “missão” de
salvar o reino com um casamento arranjado. No decorrer do filme, a protagonista enfrenta
adversidades que a ajudam a encontrar outra forma de salvar seu reino e casar com seu amor
verdadeiro.
Tori, por sua vez, se apresenta rebelde, tal como Anneliese: ela tem sonhos e quer
uma vida diferente da que se vê obrigada a viver. Ela descumpre as regras de conduta para
uma princesa. Ouvimos a voz de Tori em off 33 cantar:
Eu adoro quando a luz da manhã
33
Som em off é aquele que está situado fora do campo da imagem, vem de uma fonte não visível na tela
(MARTINS, 2011, p. 126).
53
A duquesa me pergunta quando vou me consertar
Eu sei que ela pensa que tenho sorte,
Mas princesas querem se divertir. (Grifos nossos.)
Enquanto isso, as cenas mostram a princesa descendo as escadas pelo corrimão,
correndo entre os/as convidados/as e pregando uma “peça” em sua tia ao trocar um quadro
com o retrato dela pelo retrato de um burro. Em outra cena do filme, tia Amélia reforça o que
considera como “inadequação” das atitudes da princesa, arrolando outras peripécias realizadas
por ela, como: esconder a dentadura do primeiro ministro, colocar um gambá no baile real e
fazer cupcakes explosivos. Vemos nessas atitudes da princesa uma forma de resistência mais
explícita. Ao contrário de Anneliese que aceita de forma mais passiva, Tori é a imagem da
subversão: ela descumpre todos os protocolos e etiquetas recomendados a uma princesa.
Temos aqui uma clara resistência da princesa, ela não aceita a imposição de um modelo único
de feminilidade, entrando em uma relação de poder com a sua tia, ao passo que tia Amélia
tenta exercer um poder disciplinador sobre Tori e acaba por enfrentar a insubmissão da
protagonista. Essa insubmissão e resistência são as estratégias de lutas de que nos fala
Foucault (2014, p. 138), elas participam do processo de subjetivação da personagem, pois a
mesma se constitui como princesa a partir desses conflitos e reflexões que vivencia.
Figura 5: Tori descendo pelo corrimão da escada
Figura 6: Tori e suas irmãs depois de sabotarem o quadro de tia Amélia
54
Figura 7: Tori e suas irmãs depois de bagunçarem o quarto
Figura 8: Tori imitando tia Amélia ao ganhar uma bronca
As figuras 5, 6, 7 e 8 ilustram as atitudes consideradas socialmente inadequadas para
uma princesa, como listamos anteriormente. Tori e Anneliese são diferentes entre si, mas ao
final ambas assumem suas responsabilidades como princesas e se dedicam a salvar seus
reinos. Em paralelo às feminilidades das princesas temos nos dois filmes as feminilidades de
Erika e de Keira, ambas cantoras. Erika do filme Barbie a Princesa e a Plebeia é uma jovem
pobre que trabalha para pagar dívidas da família. Ela sonha em ser cantora famosa enquanto
canta nas ruas. Ao final do filme tem a possibilidade de casar com rei Dominick, mas prefere
viver sua liberdade e viajar pelo mundo cantando, porém depois de muitas viagens ela volta
para casar-se com o rei.
55
Figura 9: Casamento de Anneliese e Erika com seus respectivos noivos, Julian e rei Dominick.
Inicialmente Erika representa uma forma de resistência ao modelo de feminino para
quem o destino final seria o casamento, porém essa resistência não dura mais que alguns
minutos do filme. Em pouco tempo a narradora informa que Erika descobriu que “ser livre, às
vezes é escolher ficar e não partir”, e regressou para casar-se com o rei. Na figura 9 vemos a
cena do casamento. Esta cena traz a concretização do amor romântico, designando o
casamento como último fim possível de ser almejado pelo feminino. Erika escolhe outro
caminho, mas percebe que precisa ficar com “seu amor” para ser feliz e por isso regressa para
concretizar o casamento.
Keira, a pop star do filme Barbie A Princesa e a Pop Star, ao contrário de Erika, é
uma jovem aparentemente livre: ela comanda sua vida, seus shows, sua equipe de trabalho,
mas ao mesmo tempo está presa em contratos e cobranças, sempre com sua agenda lotada e
cumprindo compromissos. Ela também sonha com outra vida e tem essa possibilidade ao
trocar de lugar com Tori. Mesmo assim, ao final descobre que ama seu trabalho e se dedica a
ele.
Como já dissemos, os dois filmes possuem muitos pontos em comum, mas alguns
distanciamentos também. É relevante que o amor romântico não apareça no segundo filme.
Enquanto que no primeiro filme o casamento é o destino final das duas protagonistas, no
segundo ele sequer é mencionado: o elemento central é a amizade que surge entre as duas,
amizade essa que salva o reino da miséria e pobreza.
56
Outro filme do agrupamento de “ensinamentos de feminilidades” é Barbie em as 12
Princesas Bailarinas. Este filme apresenta elementos que se coadunam aos demais para
análises.
Barbie em as 12 Princesas Bailarinas (2006, 82 min.) conta a história de doze irmãs:
elas são princesas filhas de um rei que perdeu a esposa há cinco anos na ocasião do
nascimento das filhas caçulas. As princesas são apresentadas como tendo comportamentos
inadequados para a vivência na realeza. Elas são diferentes entre si, cada uma com uma
personalidade e atitudes próprias. O rei não consegue manter a educação das filhas e chama
uma prima para ajudá-lo na missão de ensinar boas maneiras e regras de etiqueta para as
garotas. Porém, essa prima resolve matar o rei para se tornar rainha, oprime as princesas,
impõe regras rígidas e as impede de manter contato com o pai. Tristes com a situação, elas
conseguem fugir para um jardim mágico que foi da rainha, mãe das jovens. Neste local são
plenamente felizes. Para salvar a vida do pai elas decidem abandonar esse jardim mágico,
mesmo sabendo que jamais poderão regressar a ele. Trabalhando juntas, e usando as
habilidades de cada uma delas, conseguem derrotar a vilã e impedir a morte do rei.
Este filme é uma adaptação do conto de fadas 12 princesas bailarinas, compilado
pelos irmãos Grimm. O filme tem inspiração no balé, com muitos passos de dança. O
primeiro elemento que chama a atenção é o que chamam de “inadequação” das atitudes e
comportamentos das princesas.
Figura 10: Princesas ao chão depois de colidirem umas nas outras
Logo no início do filme o rei está recebendo um convite para levar as filhas a um
baile no reino vizinho, porém o convite é desfeito à medida que as garotas vão entrando no
salão: algumas correm atrás de besouros, outras entram andando com pernas-de-pau, outras
correndo e praticando um jogo com bola, elas esbarram umas nas outras e todas caem
conforme aparece na Figura 10. O mensageiro diz duas frases representativas: “Realmente
57
suas filhas não tem nada de princesas”, e: “princesas!? Parecem animais selvagens!”. Essas
duas frases reforçam que as condutas das princesas não são próprias para o título de nobreza
que carregam. Diante do acontecido, o rei olha com tristeza para as filhas, mas logo após ele
aparece à mesa para o jantar.
Figura 11: Princesas a mesa
As garotas vão chegando e o pai cumprimenta uma a uma dizendo seus nomes.
Geneveive – a princesa mais relevante na história, interpretada por Barbie – chega atrasada.
Quando o pai finalmente diz: “Minhas doze princesas!”, elas começam a falar todas ao
mesmo tempo, pegam a comida com as mãos, estendem os braços sobre a mesa, conforme
vemos na Figura 11, e por fim deixam o pai sozinho quando chega o vendedor de sapatos.
Outras atitudes consideradas inadequadas aparecem no filme, tais como: deixar as coisas
espalhadas pelo chão, correr pelo castelo, ficar desatenta (uma das princesas está sempre
andando com um livro nas mãos, sem prestar atenção à sua volta). Desapontado com essas
atitudes, o pai chama Rowena para educá-las e ensiná-las a se portarem como princesas. Ao
conhecer as garotas, Rowena diz: “Você me chamou na hora certa querido! Suas filhas são
terrivelmente despreparadas para a vida real”. Depois disso, Rowena começa o treinamento:
aprender a serem mais contidas e discretas, a manterem a postura corporal, usar leque, entre
outras atitudes. Quando uma das garotas tenta reclamar, Rowena diz: “Uma princesa não
discute! Sem música e dança até que aprendam a agir com nobreza” (Grifos nossos). Mais
uma vez temos aqui reforçado o caráter de submissão que deve ter a feminilidade de uma
princesa. Contudo, da mesma maneira que ocorre nos outros dois filmes, neste as princesas
também oferecem resistência ao poder disciplinador imposto. A insubmissão se faz presente
em vários momentos do filme, revelando as resistências das princesas ao modelo de
feminilidade imposto como desejável.
No contexto do filme, as atitudes e condutas das princesas são apresentadas como
inadequadas. Para corrigir o problema, faz-se necessário trazer uma preceptora para ensiná-las
58
e adequá-las à vida real. Porém, quando o rei está prestes a morrer, as atitudes das princesas,
que antes pareciam inadequadas para a nobreza, são fundamentais para salvá-lo: cada uma
com suas habilidades conseguem desempenhar uma função no plano de resgate para salvar o
rei. As princesas não sucumbem às regras impostas por Rowena – elas encontram a fuga
como forma de resistência. Mas, no decorrer do filme, elas se transformam com as
experiências vividas. Aprendem a assumir o papel de princesas e corrigem as falhas e atitudes
consideradas inadequadas que tinham no início do roteiro.
O quarto filme deste agrupamento é Barbie Escola de Princesas. Neste filme, o
ensinamento aparece de maneira formal, institucionalizado como escola: com currículo
definido, aulas práticas e teóricas. Ao contrário dos outros três filmes apresentados até aqui,
este não reforça a submissão como característica de feminilidade para princesa. A seguir
apresentamos um resumo da história.
Barbie Escola de Princesas (2011, 79 min.). Neste filme a protagonista é Blair, uma
jovem garçonete que ganha uma bolsa de estudos para frequentar a Escola de princesas de
Gardênia. A referida escola tem tradição e funciona há cinco séculos, ensinando as garotas a
ter “caráter e confiança”. Segundo a diretora da escola, um dos lemas da escola é que “Todas
as alunas se portam com dignidade e sofisticação”. O filme se passa em um ambiente
moderno e atual. Blair é desajeitada e sofre com o preconceito de outras garotas na escola por
ser pobre. Algumas garotas acreditam que lá não é lugar para ela, mas Blair não desiste do
sonho de dar uma vida melhor à sua família e enfrenta todos os obstáculos até conseguir seu
intento. Blair conta com a ajuda de suas amigas de quarto para enfrentar os obstáculos que
surgem e, ao final, descobrimos que ela é a princesa Sofia, única sobrevivente de um acidente
com a família real ocorrido há dezoito anos. Ela assume seu lugar de princesa e o reino de
Gardênia.
Figura 12: Blair recebendo aulas de etiqueta e equilíbrio
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Para conseguir aprender os bons modos e a postura adequada, Blair conta com a
ajuda da diretora, como vemos na Figura 12, que oferece aulas particulares. A diretora diz
que: “Todas as aulas de postura, boas maneiras, dança, não são superficiais, elas criam
autoconfiança”, o que parece ser a característica fundamental a uma dama real ou princesa.
Blair segue na contramão das princesas dos outros três filmes nos quais, de certa forma, as
protagonistas relutavam em seguir as regras de condutas para princesa. Blair por sua vez se
esforça para se adequar às regras de feminilidade exigidas: ela almeja essa feminilidade e
tenta se adequar a ela.
Os ensinamentos de feminilidade aparecem em todo o filme e se direcionam a várias
personagens, em especial por se tratar de escola: espaço socialmente destinado à educação. A
escola de princesas tenta adequar as alunas a um determinado ideal de feminilidade. Esse
modelo ideal inclui atitudes, comportamento e gestos que devem ser mantidos pelas garotas
como uma marca de feminilidade que deve ter quem passou por aquela instituição. Dessa
forma, as alunas da escola de princesa são subjetivadas pelas experiências vividas no espaço
escolar. De acordo com Xavier Filha e Bacarin “Essas marcas estão em seus corpos e tem
como efeito produzir subjetividades” (2014, p. 51). Ainda segundo as autoras, “os modos de
subjetivação propostos por Foucault explicam esse processo contemporâneo de nos tornar
sujeitos pensantes e inconclusos, em busca constante por modelos idealizados de
feminilidades, pela chamada ‘perfeição’” (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 52). De
acordo com Foucault, os processos de subjetivação podem se dar de três formas:
Para o referido autor, as relações estabelecidas entre os sujeitos e os jogos de
verdade podem ocorrer por práticas coercitivas, jogos teóricos – ou
científicos – e as práticas de si. Os indivíduos tornam-se sujeitos com
múltiplas identidades em meio a jogos que estabelecem em relação as
práticas coercitivas de instituições como a família, a escola, dentre outras.
Em relação aos jogos teóricos, os produzem em “práticas divisoras”, a partir
de discursos que normalizam condutas; finalmente, através do trabalho do
sujeito consigo mesmo. (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 52)
Os filmes do agrupamento “Ensinamentos de feminilidades” apresentam todos esses
elementos de constituição de subjetivação, citados pelas autoras. Temos a “coerção” por meio
das personagens que transmitem regras e exigem determinadas condutas das personagens; e o
“trabalho do sujeito consigo mesmo”, representado pelo processo de reflexão e adequação de
condutas pelos quais as protagonistas passaram. Vemos o trabalho sobre si mesmo
60
especialmente no filme Barbie Escola de Princesas, pois Blair busca arduamente atingir o
modelo de feminilidade exigido e idealizado pela escola.
Os filmes trazem em seus roteiros o que Foucault (2012) chama de “relações de
poder”. São apresentados discursos que normatizam as condutas das personagens. Lembrando
que para o autor o discurso não é um simples ato de fala, ele é produtor, ao passo que não
descreve o objeto de que fala, mas produz sistematicamente esse objeto. Foucault diz ainda
que
O discurso é uma série de elementos que operam no interior do mecanismo
geral do poder. Consequentemente, é preciso considerar o discurso como
uma série de acontecimentos, como acontecimentos políticos, através dos
quais o poder é vinculado e orientado. (FOUCAULT, 2012, p. 248)
Entendemos que o discurso acaba por produzir saberes e verdades sobre as atitudes e
condutas adequadas à constituição das feminilidades das personagens. Ainda segundo
Foucault
A “conduta” é, ao mesmo tempo, o ato de “conduzir” os outros (segundo
mecanismos de coerção mais ou menos estritos) e a maneira de se comportar
em um campo mais ou menos aberto de possibilidades. O exercício do poder
consiste em “conduzir condutas”. (FOUCAULT, 2014, p.133)
É neste sentido que entendemos o termo conduta utilizados neste trabalho. As relações
de poder que se estabelecem nas obras investigadas visam estabelecer regras de conduta
determinadas para a feminilidade de princesa.
Esse agrupamento também apresentou elementos de constituição de identidades de
gênero. Os filmes estão operando diretamente na construção das identidades femininas das
princesas. Nesse contexto, ser uma princesa não é apenas um título de nobreza: é antes uma
forma de se constituir enquanto menina/mulher. Vemos aqui um conjunto de condutas e de
atitudes que devem ser executados pela garota para que seja reconhecida como feminina e
digna de sua coroa.
Apesar de termos, nos quatro filmes, um trabalho direto sobre a construção da
feminilidade das princesas, percebemos também brechas para resistências em todos eles. Nos
três primeiros Barbie a Princesa e a Plebeia, Barbie A Princesa e a Pop Star e Barbie em as
12 Princesas Bailarinas a resistência aparece nas protagonistas: Anneliese aceita seu destino
sem discutir, mas consegue encontrar uma maneira de salvar seu reino sem precisar se casar
para isso, além disso, é ela quem toma a iniciativa de revelar seu amor por Julian, saindo do
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ideal de submissão e passividade; Tori, ao contrário de Anneliese, é um exemplo de rebeldia:
a jovem tenta fugir de todas as regras impostas pela figura de sua tia, porém ela repete as
regras a Keira quando esta vai assumir seu lugar e, ao final do filme, assume seu papel de
princesa cumprindo seus deveres perante o reino; as doze princesas também passam por um
processo de transformação no filme: elas não perdem as características que apresentavam no
início do filme, mas cada uma acaba corrigindo os “defeitos” que tinham e se apresentando
diferentes ao final. De certa maneira, podemos dizer que todas as protagonistas passaram por
um processo de subjetivação por meio das experiências vividas. São as pequenas
“insubmissões”, das quais nos fala Foucault (2014), que permitem as princesas entrarem nos
jogos de poder e resistir, subvertendo algumas regras, encontrando sua própria maneira de
viver suas feminilidades.
Figura 13: Blair trabalhando de garçonete
Blair começa o filme como plebeia: trabalha de garçonete, como vemos na Figura 13,
e vai ao longo do filme aprendendo a ser princesa e se descobrindo como tal. Ela não resiste
ao modelo de feminilidade imposto. Neste filme, a resistência aparece em suas amigas de
quarto: Hadley, que gosta de jogar futebol; e Isla, que compõe músicas eletrônicas. Ambas
transitam por territórios culturalmente tidos como masculinos, embora sejam candidatas a
princesas. Elas não se transformam ao final do filme e recebem a coroa sem precisar abrir
mão de suas identidades. Blair, porém, se transforma com a experiência: inicialmente ela é
desajeitada, mas consegue desenvolver suas habilidades e se adequar ao que a escola
apresenta como desejável para uma dama real ou princesa. Também temos neste filme a
resistência na figura de Delancy: a garota que inicialmente obedecia à mãe em tudo, ao final
começa a desobedecê-la para fazer o que acha certo e ajudar Blair, já reconhecida como
princesa Sofia, a assumir seu lugar de princesa. Como vemos nas figuras 14 e 15, a própria
Delancy entrega a coroa a Blair que, após recebê-la, se transforma em princesa.
62
Figura 14: Delancy entregando a coroa de Gardênia
Figura 15: Blair se transformando em princesa
Todos os filmes até aqui apresentados trazem regras de condutas e atitudes para a
vivência de feminilidade de uma princesa, mas, ao mesmo tempo, trazem também
possibilidades de resistência e subversão à medida que as personagens encontram formas de
se constituírem sem sucumbir às regras impostas socialmente em cada um dos roteiros dos
filmes. Apesar disso, as protagonistas mantêm em comum algumas características: são dóceis,
gentis, educadas e principalmente preocupadas com o bem comum, dispostas a abrir mão de
seus sonhos para garantir o bem do reino. Isso nos remete ao que Louro (2000) apresenta
como marcas de feminilidade em nossa cultura. Os filmes estão reafirmando as características
de gênero desejáveis em nossa cultura para a constituição de uma menina/mulher.
Passamos a seguir a discutir o próximo agrupamento.
2.1.2 “É meu dever” − Renúncia de algo pelo bem comum
No agrupamento “Renúncia de algo pelo bem comum” estão sete filmes que trazem
como tema o altruísmo: as protagonistas abdicam de sonhos e de tudo que possuem de mais
caro para garantir o bem comum, o bem de outras pessoas. A seguir apresentamos um breve
resumo das histórias.
63
O primeiro filme deste grupo é Barbie O Quebra-Nozes (2001, 76 min.). Este filme
foi inspirado no balé de mesmo nome criado pelo russo Tchaikovsky. Conta a história de
Clara, uma jovem criada pelo avô. Na noite de Natal, Clara ganha um quebra-nozes de sua tia,
o objeto é um príncipe enfeitiçado. Quando chega a noite, ocorre uma guerra com ratos de um
reino mágico e, em meio à confusão, Clara tem seu tamanho reduzido, ficando do tamanho do
Quebra-Nozes. Com isso, vai para um mundo mágico onde se vê obrigada a enfrentar seus
medos. Inicialmente ela vai para tentar voltar ao seu tamanho de humana, mas no decorrer da
trama se enche de coragem por saber que seus amigos, major Menta, capitão Doce e príncipe
Erick, contam com ela para salvá-los. Ao final Clara descobre que ela é a princesa que
buscava durante todo o roteiro e que ela pode salvar a si e a todos/as. Clara é inteligente e
encontra sua coragem à medida que enfrenta os obstáculos. Além disso, é gentil, educada e
prestativa, o que a ajuda no momento de dificuldades.
Clara é a redentora da história, salva o príncipe por diversas vezes e o liberta do
feitiço do rei rato com um beijo, conforme vemos nas figuras 16 e 17:
Figura 16: Clara libertando os prisioneiros
Figura 17: Clara salvando o príncipe com um beijo
Na figura 16, Clara liberta os prisioneiros depois de entrar no castelo do rei Rato às
escondidas e enganar os guardas. Na figura 17, vemos o momento após a destruição do rato
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em que o Quebra-Nozes está em perigo, mas Clara lhe dá um beijo desfazendo o feitiço do
rato e transformando-o em príncipe novamente.
No filme Barbie Fairytopia (2004, 70 min.) conhecemos Elina, uma fada do campo
que não tem asas. Ela é discriminada por isso, mas quando todos/as caem doentes ela é a
única que pode ajudá-los/as. Por não ter asas, ela não é afetada por uma doença que atinge as
outras fadas. Elina parte em busca da solução para salvar todas as fadas do campo. Com ajuda
de amigas e amigos, e graças à sua inteligência, Elina consegue derrotar Laverna, a vilã que
provocou a doença. Elina sonha em ter asas para ser igual às demais, mas resiste a esse sonho
em nome de suas amizades e assim consegue salvar todas as fadas. Ao final é recompensada
por sua bravura e coragem recebendo um par de asas da rainha das fadas.
A seguir temos as figuras do momento em que Elina enfrenta Laverna e consegue
quebrar seus feitiços libertando o reino Fairytopia.
Figura 18: Elina enfrentando Laverna para libertar as/os amigas/os
Figura 19: Elina no momento em que destrói o cristal e acaba com os planos de Laverna
Na Figura 18, Elina entra no local onde seus/as amigos/as estão presos e enfrenta
Laverna ordenando que os soltem, mas Laverna lança um feitiço sobre Elina oferecendo a ela
seu maior sonho “ter um par de asas’”. A determinação da fada é mais forte que o poder de
Laverna e, como vemos na Figura 19, Elina consegue sair do encanto e quebrar o cristal,
acabando com os planos de dominação de Laverna.
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O filme Barbie Fairytopia Mermaidia (2006, 75 min.) é uma continuação do filme
Barbie Fairytopia. Neste filme, Elina está feliz com suas novas asas quando recebe um
chamado do príncipe Nalu, príncipe das águas, que a ajudou no filme anterior. Ele foi
sequestrado por Laverna e manda um pedido de ajuda para Elina. Ela parte para o reino das
águas e, com ajuda de Nora, começa a missão para resgatar o príncipe. Porém, em
determinado momento, ela se vê obrigada a trocar suas asas por uma cauda de sereia, somente
assim poderá seguir na sua missão. O momento mais difícil para Elina é quando aceita ficar
para sempre com cauda de sereia para impedir que as águas sejam contaminadas por um
veneno que acabaria com a vida de todos os seres aquáticos. Após abrir mão de si para salvar
a vida dos/as outros/as, Nora tem a ideia de dar a Elina uma fruta que revela o ‘verdadeiro
Eu” das pessoas, fazendo com que ela recupere suas asas que agora estão ainda mais
exuberantes do que antes.
Figura 20: Elina ao trocar suas asas por cauda de sereia para salvar Nori
Figura 21: Elina abrindo mão de recuperar suas asas para impedir o envenenamento das águas
As figuras 20 e 21 destacam características da conduta de Elina: ela é generosa,
abrindo mão de si para ajudar outras pessoas. Na Figura 20 temos o momento em que ela abre
mão de suas tão sonhadas asas (que só conquistou no final do filme Barbie Fairytopia) para
ter uma cauda de sereia e conseguir salvar Nori. A figura 21 mostra o momento mais
dramático do filme, ao ver que as águas seriam contaminadas por um veneno Elina se sujeita a
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ser sereia pelo resto da vida para impedir que os seres do mar morram. Ainda que isso lhe
cause sofrimento e mudança de identidade, ela opta por defender o bem comum reafirmando
seu caráter altruísta.
No filme Barbie a Magia do Arco-Íris (2007, 74 min.) conhecemos a terceira parte
da história de Elina. Depois de salvar o reino das águas, Elina está conhecida por sua bravura
e coragem e por isso recebe um convite para ser aprendiz da guardiã Azura. Ela parte para
uma escola onde aprenderá, juntamente com outros/as onze jovens, a realizar o primeiro voo
da primavera. Mas, por engano, ela liberta Laverna de um feitiço aprisionador que recebeu no
segundo filme e agora, livre, a vilã aprisiona todos/as os guardiões e as guardiãs. Cabe aos/às
jovens realizar o primeiro voo da primavera. Elina descobre que Laverna está no lugar de uma
das fadas e sai em busca da fada desaparecida. Elas retornam, mas Laverna já está prestes a
destruir o botão de flor mágico. Porém, Elina se põe a frente do feitiço de Laverna, arriscando
a própria vida para salvar o botão. Com a ajuda dos poderes das/os amigas/os ela derrota mais
uma vez a vilã e salva todo o reino.
Figura 22: Elina salvando fada Solar
Figura 23: Elina se colocando a frente do primeiro voo da primavera
Mais uma vez Elina se mostra corajosa e determinada, tal como aconteceu nos outros
dois filmes da sequência Fairytopia. Temos uma afirmação da coragem e determinação de
Elina na Figura 22, o momento em que salva a fada Solar e, depois, na Figura 23, em que
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arrisca a própria vida se colocando à frente de Laverna para salvar o primeiro voo da
primavera.
Neste filme vemos uma evolução do caráter altruísta da fada. Nos dois filmes
anteriores a protagonista abriu mão de parte de sua identidade de fada – as asas – mas neste
ela abre mão da própria vida para salvar o reino de Fairytopia. O roteiro do filme indica que
essa atitude da protagonista já era esperada pela vilã, pois no momento em que Elina se põe a
frente do botão de flor Laverna diz: “Você nunca me decepciona fada do Campo!”. Em
seguida, ela intensifica seus poderes para tentar destruir a fada e a flor ao mesmo tempo.
O filme Barbie Butterfly a Nova aventura em Fairytopia (2007, 74 min.) começa
com Elina contando uma história. Ela apresenta a personagem Butterfly, uma fada de outro
reino, retraída e sonhadora, que se vê em uma missão arriscada para salvar a vida da rainha e,
consequentemente, a vida de todos/as no reino. A rainha do reino de Flutterfield foi
envenenada e, por isso, as luzes que protegem as fadas de monstros devoradores de fadas
estão se apagando. Para encontrar um antídoto que possa salvar a rainha, Butterfly arrisca sua
vida junto com duas amigas por territórios desconhecidos e perigosos. Ela consegue, com
coragem e inteligência, encontrar a cura e assim salva a rainha e todas as fadas do reino,
conforme se vê nas figuras 24 e 25.
Figura 24: Butterfly e suas amigas fugindo de monstros
Figura 25: Butterfly salvando a vida da rainha
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Na Figura 24 temos o momento em as garotas fogem dos monstros devoradores de
fadas que ameaçam a cidade. Butterfly sabia como despistá-los, mas por falha de uma das
garotas elas foram descobertas. Na Figura 25 vemos o momento em que a protagonista
finalmente consegue usar o antídoto para salvar a vida da rainha.
Butterfly é uma garota tímida que sonha em conhecer o mundo fora de Flutterfield e,
para isso, mergulha nos livros. Ela não se arrisca a deixar a segurança da cidade e também não
consegue encarar sua timidez indo aos bailes do reino. Porém, quando percebe que o reino
depende de sua coragem para escapar da destruição, ela encontra sua coragem, vencendo
todos os obstáculos para encontrar a solução. Assim como Elina, no filme Barbie a Magia do
Arco-Íris Butterfly também arisca a própria vida, pois sair do reino pode significar tornar-se
alimento dos monstros. Isso ressalta o gesto altruísta da fada que se arrisca para garantir o
bem de todo o reino.
Este filme encerra a sequência de filmes com a fada do campo. Os próximos filmes
contam a história de Merliah, uma jovem surfista que descobre aos 16 anos que é filha de uma
sereia. Seguem as histórias para melhor compreensão.
Barbie em Vida de Sereia (2010, 74 min.) conta a história de Merliah, uma jovem
surfista que está participando de um campeonato. Em meio a uma onda, seu cabelo ganha
mechas rosa e, logo após este episódio, coisas estranhas começam a acontecer. Ela descobre,
por meio de seu avô, que é filha de uma sereia e é procurada por um golfinho que vem contar
dos problemas que estão acontecendo em Oceana, um reino subaquático. Motivada pelo
desejo de encontrar uma solução para as mudanças que estão acontecendo, Merliah parte para
Oceana. Chegando lá ela descobre que sua mãe, a rainha, foi aprisionada por sua própria irmã
que assumiu o trono e está aos poucos envenenando as águas do mar. Merliah começa a
procurar a solução, mas em meio a uma grande dificuldade ela recebe a possibilidade de
retomar sua vida sem jamais se lembrar do que aconteceu. Ela pensa na proposta, mas abre
mão deste sonho por sentir que é seu dever salvar o reino. Movida por esse sentimento,
Merliah consegue salvar sua mãe e derrotar a vilã Eris.
Nas figuras 26 e 27 vemos o momento em que a princesa toma a decisão de assumir
seu dever de salvar o reino.
69
Figura 26: Merliah abre mão de retomar sua vida para salvar o reino
Figura 27: Merliah se transformando em princesa sereia depois de se reconhecer como tal
Na Figura 26, Merliah conversa com o “peixe dos sonhos” que oferece a realização
de seu maior desejo: voltar para casa sem o problema de ser meio sereia, mas ela recusa a
oferta e assume que é a princesa de Oceana e neste momento começa sua transformação em
sereia, conforme mostra a Figura 27. A decisão de Merliah é um gesto altruísta e por isso a
princesa é recompensada, conseguindo sair da dificuldade em que se encontrava e derrotar sua
tia Eris.
Em Barbie em Vida de Sereia 2 (2010, 74 min.), Merliah está participando de um
torneio de surf na Austrália. Ela está em um ótimo momento na carreira e se relacionando
bem com a vida de princesa-sereia. Porém, sua mãe a convida para uma cerimônia muito
importante para a família real que renova o poder de produzir Marvita, magia que concede
vitalidade as águas do mar. Merliah se recusa a ir por conta do torneio e discute com a mãe.
Eris consegue escapar da prisão para a qual foi levada no filme Vida de Sereia e tenta tomar o
lugar da rainha na cerimônia. Merliah fica sabendo do problema e parte para o fundo do mar.
Para impedir Eris de realizar a cerimônia e tomar o reino, Merliah abre mão de suas pernas e
do sonho de ser surfista, aceitando ficar com cauda para sempre, pois o ritual a transformaria
numa pessoa completa, ou seja, inteiramente uma sereia. Mesmo assim ela continua sendo
meio-humana meio-sereia pois este é seu “verdadeiro ser”, proposto no roteiro
70
cinematográfico. Ela volta para a competição, mas isso já não é o mais importante: ela se
sente feliz por desenvolver a magia que dá vitalidade às águas do mar e desiste do
campeonato.
Nas figuras 28 e 29 vemos o mesmo processo que aconteceu no filme Barbie em
Vida de Sereia. No primeiro momento, Merliah decide que é seu dever como princesa ajudar a
salvar o reino; logo após, ela passa pela transformação, deixando de ser humana para tornar-se
uma sereia. Mais uma vez a protagonista é altruísta, colocando a segurança do reino acima de
seus próprios sonhos e projetos.
Figura 28: Merliah no momento em que decide fazer o ritual
Figura 29: Merliah no trono assumindo o risco de nunca mais voltar a ser humana
Como já elencamos, estes sete filmes apresentam atos abnegados das protagonistas.
Elas abrem mão de sonhos e da própria vida em nome do bem comum. Elina abre mão de suas
asas por duas vezes e, logo após, arrisca a própria vida para salvar a vida de todo o reino.
Merliah, abre mão por duas vezes da possibilidade de seguir sua vida e sua carreira de surfista
na terra para garantir que o mar não seja destruído. Butterfly enfrenta seus medos e perigos
mortais para salvar o reino no qual vive. Clara abre mão de retornar para sua vida e enfrenta
seus medos para salvar os novos amigos: príncipe Erick, major Menta, capitão Doce e o reino
que acabava de conhecer.
71
Essas protagonistas têm em comum a coragem, inteligência e o altruísmo. O
altruísmo é o ato de abdicar de si pelo bem de outras pessoas. Ele aparece aqui como marca de
feminilidade. De certo modo, o altruísmo lembra a servidão: é dever do ser feminino ser
altruísta, já que é visto socialmente como quem deve servir a todas as pessoas. Steinberg
observa que essa característica acompanha a “personalidade” de Barbie desde a sua criação e
foi aprimorada nas publicações impressas com histórias da Barbie:
Nós somos constantemente bombardeadas pela loura altruísta (nos livros, ela
é normalmente monocromática), renunciando a alguma coisa sensacional
para o bem de toda humanidade. As menininhas aprendem bem novas de que
é mais importante renunciar a um objetivo do que desapontar a quem quer
que seja. A Disney faz isso bem com A Pequena Sereia e A Bela e a Fera. É
uma condição feminina se sacrificar pelo bem dos outros. (STEINBERG,
2001, p. 336. Grifos da autora)
Em seus estudos, Steinberg cita livros com histórias sobre o altruísmo de Barbie
como: “Uma surpresa no piquenique (Barbie encontrando o cachorrinho de uma velha
senhora em vez de se divertir) e Barbie o grande esguicho (a sessão de fotos da Barbie é
estragada, mas ela é capaz de suportar o desapontamento).” (STEINBERG, 2001, p. 336). Nos
filmes, essa característica também se faz presente, é um tema que permeia todas as vinte e três
obras analisadas, mas aparece mais enfatizada nestes sete filmes descritos anteriormente.
Como Steinberg evidencia na referida citação, os atos altruístas das protagonistas funcionam
como um ensinamento “As menininhas aprendem bem novas de que é mais importante
renunciar a um objetivo do que desapontar a quem quer que seja” (Grifos nossos). Em todos
os filmes as protagonistas se sentem realizadas, com a sensação do “dever cumprido” após a
realização de atos abnegados.
Voltamos mais uma vez à construção das identidades de gênero que já discutimos.
Esse tema permeia todos os filmes da Barbie: trata-se de um investimento constante para
construir feminilidades dóceis, generosas, servis e altruístas. Mas, para além das questões de
gênero, as protagonistas também passam por um processo de subjetivação, em especial nos
filmes Barbie O Quebra-Nozes e Barbie em Vida de Sereia 1 e 2: as protagonistas se veem
obrigadas a assumir as responsabilidades de salvar o reino, mas antes de tomar essa decisão
tanto Clara quanto Merliah passam por um processo de reflexão sobre si e sobre o que se
espera delas. Desta forma, elas se constituem a partir da relação com o outro e na relação
consigo mesmas.
72
Merliah pensa em abandonar tudo para retomar sua vida, mas esse pensamento é
considerado por ela como egoísta e, antes de desistir, ela reflete sobre sua condição de
princesa e assume: “Eu sou Merliah, a meia princesa sereia de Oceana, e é minha obrigação
proteger meus súditos!”. Nesse momento algo mágico acontece e ela ganha sua cauda de
sereia, assumindo assim sua identidade. Mesmo depois de derrotar a vilã, Merliah se
compadece dela, tentando entender as razões que a levaram a aprisionar a própria irmã e
tentar tomar o reino. Porém, no filme Barbie em Vida de Sereia 2, Merliah começa com uma
atitude egoísta de acordo com o contexto do filme: ela briga com a mãe e coloca seu sonho
em primeiro lugar. No entanto, ao ver o reino ameaçado novamente, assume mais uma vez
sua responsabilidade aceitando se tornar sereia para sempre, ainda que sofra com isso. Ela é
recompensada por sua atitude ao descobrir que tanto sua metade humana quanto sua metade
sereia são completas e, por esta razão, ela continua com a possibilidade de ser as duas coisas.
Nas figuras 30 e 31 vemos Merliah brigando com a mãe para não perder o campeonato e
depois, sem se importar mais com ele, ela se sente completa por produzir Marvita.
Figura 30: Merliah brigando com a mãe
Figura 31: Merliah produzindo Marvita
Em todos os filmes os atos abnegados das protagonistas são recompensados. Clara é
recompensada com a descoberta de que ela é a princesa caramelo, e depois com o encontro
com Erick na “vida real”. Elina é recompensada com as asas que tanto desejava e com o
73
reconhecimento das outras pessoas. A recompensa de Butterfly vem por meio de sua
transformação e superação da timidez. Merliah é recompensada continuando com sua metade
humana e com o poder de produzir Marvita. Ou seja, ao contrário das vilãs que são sempre
punidas por seus atos, as protagonistas colhem os frutos de sua bondade e generosidade.
No próximo tópico apresentamos os filmes do agrupamento amizades verdadeiras
trazendo as problematizações sobre o tema.
2.1.3 “Melhores amiga hoje, amanhã e sempre” − Amizades verdadeiras
Neste agrupamento estão dois filmes que tratam a amizade como tema central.
Apesar de termos selecionado apenas dois deles nesse grupo, a amizade aparece como tema
recorrente e relevante em quase todos os filmes da Barbie. Ser leal às amizades é uma
característica valorizada e reafirmada no contexto dos filmes, a amizade, tal como o amor,
deve ser “verdadeira e eterna”. Para compreensão do significado das amizades nos filmes
trazemos uma das canções do filme Barbie e o Castelo de Diamante:
Se a vida é uma montanha russa pra trilhar
Com os olhos vendados, cruze os dedos
Quero alguém pra me abraçar.
Então eu vou, enfrento as curvas
Sem medo de sentir solidão
Penso em você
Sei que não vai me abandonar
Pra sempre unidas pra vida
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende (defende)
E nada de mal pode me afetar
Não tem mais volta, não tem mais volta
Isso não volta atrás
Unidas, unidas demais
Ficamos afastadas por uma razão
Mas sempre soube
Amiga você mora no meu coração
Você voltou e eu pude ver
A minha força vem de você
Não tem mais fim
Eu não me canso de dizer
Pra sempre unidas, pra vida
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende (defende)
E nada de mal pode me afetar
Não tem mais volta, não tem mais volta
Isso não volta atrás
Unidas, unidas demais
Toda vez que eu respiro sinto essa energia e
viro, Ela está bem aqui
Vem de mim e vem de ti
É um sonho real, amizade sem igual
Almas gêmeas demais
Juntas pra viver em paz
Pra sempre unidas, pra vida
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende (defende)
E nada de mal pode me afetar
Unidas (unidas) pra vida (pra vida)
Como é bom pensar, tudo em seu lugar
Entende (entende), defende (defende)
E nada de mal pode me afetar
E não tem mais volta
Não tem mais volta, isso não volta atrás
Unidas, (unidas),unidas demais
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A letra da canção traz elementos de companheirismo e completude, as garotas
decidem ficar juntas em qualquer situação, encontrando uma na outra a força necessária para
encarar os desafios. Essa característica também aparece de forma análoga no amor romântico.
Nele, como na amizade aqui analisada, o amor é incondicional pela outra pessoa e esse
sentimento funciona como combustível para as atitudes dos sujeitos seja na relação de
amizade ou na relação amorosa.
Pensamos a amizade nos filmes pelo prisma dos estudos foucaultianos, ainda que
Foucault não tenha estudado a amizade de forma mais aprofundada. O filósofo nos apresenta
alguns elementos deste tema em seus estudos, pensando principalmente no contexto da
construção das relações homossexuais. Francisco Ortega (1999) nos apresenta alguns
elementos que nos permitem pensar a amizade, a partir dos estudos do referido autor. O autor
nos diz que a concepção foucaultiana de amizade “contradiz a ideia comum na sociologia e na
filosofia social de que a amizade representa uma relação voluntária baseada na transparência
da comunicação e verdade da informação” (1999, p. 168). De acordo com o autor as amizades
estão inseridas nas relações de poder, mas sem permitir que essas relações de poder se
transformem em dominação. Ortega assegura ainda que
Para Foucault, a amizade representa uma relação com o outro que não tem
uma forma de unanimidade consensual nem de violência direta. Trata-se de
uma relação agonística, oposta a um antagonismo essencial [...]. Relações
agonísticas são relações livres que apontam para o desafio e para incitação
recíproca e não para submissão ao outro. (ORTEGA, 1999, p. 168)
Nos filmes da Barbie prevalece a ideia de amizade “comum na sociologia e na
filosofia social”, pois a verdade e transparência devem prevalecer nas relações estabelecidas
de amizade entre ela e suas amigas, a amizade aparece no filme como uma relação altruísta e
verdadeira. De acordo com os roteiros dos filmes, uma “amizade verdadeira” deve ser pautada
no respeito, lealdade e transparência entre as amigas. Porém os filmes de certa forma também
apresentam a amizade na ótica que nos apresenta Ortega (1999), são relações em que não há
submissão de uma das partes, a amizade entre as protagonistas confere força para uma
resistência conjunta, talvez não propriamente resistência aos modelos de feminilidade
veiculados/produzidos nos roteiros dos filmes, mas resistência às regras e conflitos sociais
presentes no contexto das obras. Porém nos roteiros aparece uma necessidade de consenso
entre as amigas, quando ocorre uma discordância em relação a pontos de vista diferentes a
amizade fica abalada. Nesse sentido a ideia de amizade presente nos filmes contrapõe a ideia
75
de amizade defendida por Foucault, pois para o autor a amizade não é uma “unanimidade
consensual”, mas é comportas por desigualdades, hierarquias e rupturas.
Apresentamos um resumo dos dois filmes para depois seguir com as discussões.
Os dois filmes começam com Barbie contando a história. No filme Barbie e o
Castelo de Diamante, Barbie e Tereza – sua melhor amiga – ensaiam uma música quando
chega Stacie, irmã de Barbie, brava por ter brigado com sua melhor amiga. Para fazê-la
refletir sobre o valor da amizade, Barbie conta a história de duas grandes amigas como ela e
Tereza, que por romperem a amizade ficaram em perigo.
Barbie e o Castelo de Diamante (2008, 83min.) é um filme musical que conta a
história de Liana e Alexa, duas jovens amigas pobres que vivem em uma cabana no campo.
Elas recebem de presente um espelho no qual está escondido Melody, uma aprendiz das
ninfas da música. Melody guarda a chave do Castelo de Diamantes, antiga moradia das ninfas.
Há muitos anos, Lydia, uma das ninfas, decidiu que seria a única ninfa e transformou as
outras em estátuas, porém Melody ocultou o Castelo de Diamantes e para escapar se escondeu
no espelho. Quando Melody cantou com Liana e Alexa, permitiu a Lydia rastreá-la. Enquanto
as três jovens seguem em busca do Castelo, Lydia as persegue para reaver a chave do castelo.
As amigas enfrentam diversas aventuras nesta busca, chegando a romper a amizade por
pensarem de forma diferente, o que coloca a vida de Alexa em risco. Mas ao final,
trabalhando juntas, elas conseguem derrotar Lydia e restaurar a vida das duas ninfas que
estavam petrificadas: Melody se torna a terceira ninfa no lugar de Lydia; Alexa e Liana se
tornaram princesas da música e retornam ao campo onde viviam para retomar suas vidas.
Apresentamos duas figuras que apresentam dois momentos distintos da amizade
entre Liana e Alexa. Na Figura 32 vemos o momento em que Liana entrega para Alexa o colar
da amizade, confeccionado com pedras em formato de coração que Liana encontrou no lago,
essas pedras são do castelo de diamantes e serão fundamentais para que as garotas consigam
derrotar Lydia. Na figura 34 vemos o momento em que as duas discutem por discordarem
sobre a continuidade da missão. Alexa quer ficar no conforto de uma casa que acredita ser
delas, mas Liana quer seguir para ajudar Melody a salvar as ninfas.
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Figura 32: Liana entregando o colar da amizade para Alexa
Figura 33: Alexa e Liana se desentendem
Quando Alexa desiste da missão e briga com Liana, ela joga fora o colar que
simbolizava a amizade das duas, o que a deixa desprotegida e permite que Lydia consiga
pegá-la. Ela quase morre, mas é salva por Liana que não desiste de encontrá-la. O colar tira
Alexa do feitiço de Lydia e, protegidas pelos colares, as duas conseguem derrotar a vilã.
No filme Barbie apresenta A Pequena Polegar, Barbie está com um grupo de
crianças no parque. Elas vão plantar árvores para colaborar com o meio ambiente e fazer um
piquenique. Uma menina escolhe a menor mudinha para plantar, outras crianças zombam dela
dizendo que aquela muda não servirá para nada. Barbie tenta mostrar para as crianças que o
tamanho não importa e que mesmo a menor das criaturas pode fazer a diferença. Para o
entendimento das crianças, ela conta a história da Pequena Polegar: uma criatura minúscula,
mas que conseguiu salvar seu mundo conquistando uma verdadeira amizade.
Barbie apresenta A Pequena Polegar (2008, 75 min.) conta a história de
Polegarzinha. Ela é uma Twillerbee, uma criatura minúscula que vive em um mundo secreto
escondido no meio de um campo florido e ensolarado. Polegarzinha tem duas amigas
inseparáveis, cada uma com suas características e completamente diferentes entre si. Certo dia
elas são levadas, em meio às flores, para um apartamento na cidade. Lá descobrem que o
campo será destruído para construção de uma fábrica. As duas amigas voltam para o campo,
se juntam a outras e outros Twillerbees, para tentar impedir o funcionamento das máquinas.
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Polegarzinha fica no apartamento a fim de convencer os seres humanos a não destruírem o
campo. Ela conhece Makena, uma garota de aproximadamente onze anos que não sabe o que
é uma amizade verdadeira e filha do casal que está liderando a obra no campo. Polegarzinha e
Makena se tornam grandes amigas. Com muito esforço e enfrentando dificuldades, as duas,
juntamente com as pequenas criaturas, conseguem evitar a destruição anunciada. O local se
transforma em um parque de preservação permanente e a comunidade dos Twillerbees fica
salva. Apresentamos duas figuras ilustrativas sobre o tema da amizade no filme:
Figura 34: Polegarzinha e suas amigas em um abraço
Figura 35: Makena e Polegarzinha se reconciliando
Na Figura 34, Polegarzinha se despede das amigas que voltarão para o campo
enquanto ela ficará na cidade para encontrar uma forma de resolver o problema. Na Figura 35,
Polegarzinha fica chateada depois de descobrir que Makena a mostraria para Violet como um
troféu. Porém Makena já tinha refletido sobre o que era realmente uma amizade e desiste de
exibir a nova amiga como um objeto. Ela vai até o parque para pedir desculpas e as duas se
abraçam depois da reconciliação.
No filme Barbie apresenta A Pequena Polegar, a mensagem é que não importa o
tamanho, todas as pessoas são capazes de realizar grandes coisas e fazer a diferença em seu
mundo. A amizade permeia toda a obra. Polegarzinha e suas amigas se respeitam nas
diferenças, são leais entre si. Makena, por sua vez, não conhecia uma amizade verdadeira: ela
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vivia em uma relação de disputa com Violet, que acreditava ser sua amiga. Violet é filha de
milionários e tenta humilhar Makena, exibindo as coisas que tem e que ganha de sua família;
já Makena faz de tudo para se igualar a ela e agradá-la. Ao conhecer Polegarzinha, Makena
descobre uma amizade verdadeira e desinteressada. Inicialmente ela quer apenas exibir
Polegarzinha como um objeto único que Violet não poderá ter, mas ela percebe o valor da
amizade e decide fazer o possível e impossível para ajudá-la a preservar seu mundo.
Louro identifica nos filmes de faroeste a lealdade aos amigos como “um traço
importante na construção de um homem ‘de verdade’” (2013, p. 176). Esse traço aparece nos
filmes da Barbie de maneira marcante na constituição da feminilidade. A amizade é o tema
central do filme Barbie e o Castelo de Diamante, mas também é pano de fundo dos vinte e
três filmes analisados. Em quatorze filmes, mais especificamente, a lealdade aos/às amigos/as
é ressaltada como traço de bom caráter e, neste sentido, podemos dizer que é uma marca de
uma feminilidade ideal que Barbie representa. Esses dois filmes são emblemáticos ao indicar
o poder transformador das amizades.
No filme Segredo das fadas (2010, 71 min.), que está no agrupamento de amor
romântico, aparece também a amizade com seu poder transformador. Barbie e Raquelle não se
dão bem: Raquelle vive provocando Barbie e tentando roubar seu namorado. Mesmo assim, as
duas enfrentam jutas uma série de problemas para resgatar Ken e, neste convívio forçado, se
descobrem grandes amigas e essa amizade as liberta da prisão.
No filme Barbie e o Castelo de Diamantes a amizade entre Alexa e Liana remete a
um amor sincero e profundo entre as jovens, elas dividem a casa e a existência, decidem viver
unidas por toda a vida. Mas para afastar qualquer possibilidade de relacionamento
homossexual entre elas aparecem dois homens, irmãos gêmeos, para viver um romance com
cada uma das amigas e a consequente formação dos casais demarca a norma heterossexual.
Assim elas podem viver plenamente a amizade sem o receio de vivência de um possível amor
lésbico entre elas.
No próximo agrupamento passamos a discutir os filmes que tratam do amor
romântico como tema central.
2.1.4 “Esse tipo de amor desprendido tem um poder incrível!” − Amor romântico
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No agrupamento “Amor romântico” estão os filmes que têm o amor como tema
central do roteiro. Assim como os temas da amizade e do altruísmo, o tema do amor
romântico está presente em vários filmes analisados. São cinco filmes neste agrupamento,
mas o amor aparece como secundário na trama de outros nove. Jane Felipe (2007) nos diz que
essa ideia de amor, como parte das identidades femininas, foi fortemente reafirmada e
legitimada desde o início do século XX. Temos nesses filmes, e também em filmes de outros
agrupamentos, uma reafirmação dessa verdade: a ideia do amor como inerente à constituição
do ser feminino.
No trecho de uma canção do filme Barbie A Princesa e a Plebeia, Erika expressa
seus anseios em relação ao amor. Este filme está no agrupamento de ensinamentos de
feminilidades, mas traz elementos relevantes para pensarmos o amor romântico.
Uma vez um rapaz
Uma jovem encontrou
Será ele capaz de um verdadeiro amor?
E sorrindo ele diz que me ama com fervor
Só espero de ti
um verdadeiro amor
Serei eu a escolhida?
Serei eu sua paixão?
Quero ter por toda vida só o seu coração. (Grifos nossos.)
Essa canção representa o ideal de amor que permeia as obras analisadas. O amor
propalado deve ser eterno e verdadeiro. O termo “verdadeiro” é constante nos filmes, seja em
relação ao amor ou em relação as amizades. Erika se angustia com a expectativa de viver esse
amor sublime, ela deseja ser amada por toda a vida. Essa angústia também expressa a
possibilidade de ser a escolhida desse amor, ou seja, de ser amor/paixão de alguém.
Apresentamos a seguir um resumo de cada uma das histórias deste grupo para melhor
compreensão do tema.
Barbie em a Princesa da Ilha (2007, 86 min.), é um filme musical que conta a
história de Rosella, uma jovem criada em uma ilha com animais depois de sofrer um
naufrágio quando criança. Ro perdeu a memória e não lembra seu próprio nome, aprendeu a
língua dos animais e vivia feliz até surgirem humanos na ilha. Príncipe Antônio, um jovem
explorador, chega à ilha e a convida a partir com ele. Ro se apaixona pelo rapaz e resolve
aceitar o convite, com a condição de levar seus amigos animais consigo. Chegando ao castelo,
Antônio descobre que seus pais arranjaram um casamento para ele que deverá se concretizar
em duas semanas. Porém, como está apaixonado por Ro, ele tenta resistir às imposições
familiares. A mãe da noiva, percebendo o risco do cancelamento do casamento, arma intrigas
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contra Ro mandando-a de volta para ilha. Ro descobre as armações da vilã e retorna,
conseguindo provar sua inocência. Ela se recorda do próprio nome e encontra sua mãe,
descobrindo que é uma princesa. Casa-se com o príncipe e parte feliz com seus amigos
animais para uma viagem de navio.
Figura 36: Ro e príncipe Antônio dançando no baile
Figura 37: Ro aceita o pedido de casamento
As figuras 36 e 37 são representativas do envolvimento amoroso entre Ro e o
príncipe. Na primeira figura dançam juntos no baile real; na segunda, a protagonista aceita o
pedido de casamento de Antônio depois de tudo esclarecido.
Vemos na Figura 36 Ro e Antônio dançando apaixonados no salão. O amor dos dois
parece impossível, pois o rapaz está prestes a se casar por ordem do pai. Na Figura 37 vemos
o pedido de casamento: após superar todos os problemas e conflitos da trama, o casal está
livre para selar seu destino com o casamento, símbolo do amor entre os dois.
O filme Barbie Moda e Magia (2009, 82 min.) conta um episódio da vida de Barbie,
personificada como uma pessoa “real”. Barbie estava gravando um filme quando resolveu dar
palpite no roteiro e foi demitida. Ela fica arrasada, pois isso nunca tinha acontecido antes.
Logo após, na internet, surgem críticas a ela e ao seu trabalho. Para completar, Barbie recebe
uma ligação de Ken, seu namorado, rompendo o namoro. De forma a superar o momento
ruim, ela parte para Paris para encontrar sua tia, que é dona de uma confecção. Chegando à
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cidade, Barbie descobre que a confecção está falida e vai fechar as portas. Diante dos
problemas de sua tia, Barbie se esquece de seus próprios problemas e começa a trabalhar para
resolver o caso. Enquanto isso, Ken fica sabendo da viagem de Barbie e do suposto término
do namoro, armação de Raquelle para separá-lo de Barbie. Empenhado em provar sua
inocência e recuperar sua amada, parte em uma turbulenta viagem a fim de encontrar Barbie e
fazer um grande gesto romântico. Depois de passar por todas as provações, Ken chega a Paris
e encontra Barbie: os dois se reconciliam e Barbie e suas amigas conseguem salvar a
confecção promovendo um glamoroso desfile. Por fim, vão todas/os a uma festa em um
castelo. Barbie e Ken se beijam felizes entre fogos de artifícios.
Figura 38: Barbie sofrendo com a separação
Figura 39: Barbie e Ken em um beijo de reconciliação
Na Figura 38, Barbie olha para a foto de Ken e sofre com a separação: ela partiu em
uma viagem para tentar esquecê-lo depois de acreditar que ele tinha rompido o
relacionamento. Na Figura 39, finalmente, depois de enfrentar todas as adversidades, Ken
chega a Paris para provar a Barbie que a ama e que jamais terminaria com ela, o beijo selando
a reconciliação do casal.
O amor se constituiu como essencial em nossa vida na contemporaneidade. Jurandir
Freire Costa nos diz que culturalmente paira uma crença social de que “sem amor estamos
amputados de nossa melhor parte” (1998, p.11). Vemos uma constante valorização do amor
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romântico em nossa cultura. Essa valorização aparece nos mais variados artefatos culturais,
tais como livros e filmes. Jane Felipe e Suyan Ferreira acrescentam em suas análises que
“crescemos acreditando nesse sentimento tão mágico, capaz de transformar o outro, objeto do
nosso amor, pra quem dedicamos nossas maiores energias e atenções” (2011, p. 39). Os
filmes da Barbie reforçam esse caráter transformador do amor: apresentando-os como
redentor, fonte de salvação. No título deste agrupamento aparece a frase “Esse tipo de amor
desprendido tem um poder incrível!”: esta frase é dita no filme Lago dos cisnes, indicando
que o amor, quando “verdadeiro”, é capaz de enfrentar e superar qualquer obstáculo. Em
todos os filmes analisados quando surge a ideia do amor romântico, ela vem acompanhada de
completude, de um amor idealizado e sublime. Traz consigo a ideia de que as mulheres
necessitam desse complemento para suas vidas, precisam desse amor para se sentirem
completas, inteiras, amadas, respeitadas, valorizadas. Esse amor, contudo não é qualquer
amor, ele é um amor heterossexual, monogâmico e expressas marcas de classe e raça/etnia.
Em Barbie e O Segredo das Fadas (2010, 71 min.) temos mais uma vez um episódio
da vida de Barbie. Desta vez Ken é sequestrado por Graciella, princesa do mundo das fadas,
que após tomar uma poção do amor se apaixona por ele. Com ajuda de duas fadas estilistas,
Barbie e Raquelle partem para resgatá-lo. Raquelle é rival de Barbie: vive tentando chamar a
atenção de Ken para separá-los, mas durante a missão de resgate começam a conversar sobre
o passado e sobre o difícil relacionamento entre elas. Com tudo esclarecido, e trabalhando
juntas, conseguem impedir o casamento de Ken com a princesa das fadas. Regressam a
Malibu sem lembrarem-se de nada do que aconteceu, apenas com uma vaga sensação em
forma de sonho. Raquelle muda de atitude com Barbie e tudo indica o começo de uma grande
amizade entre as duas. Apresentamos duas figuras do filme que revelam como se dá a relação
entre Barbie e Ken:
Figura 40: Barbie tentando proteger Ken
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Figura 41: Barbie e Ken em um evento
Na Figura 41 os dois aparecem juntos em um evento de lançamento do último filme
de Barbie: Ken está sempre ao seu lado, embora não apareça como ator do filme. Ele aparece
apenas como o namorado de Barbie. Na figura 40 Ken está passando por sérios apuros depois
de ter sido sequestrado pela princesa Graciela, o rapaz se vê obrigado a casar-se, mas antes
disso precisa duelar com Zane – jovem que disputa com ele o amor da princesa. Quando
Barbie vê seu amado em situação de perigo se põe imediatamente a sua frente para tentar
impedir que o machuquem. Ela assume o papel de protetora do rapaz.
Barbie A Rapunzel (2002, 83 min.) foi inspirado no clássico conto de fadas de
mesmo nome. Conta a história de uma jovem que vivia isolada, em um solar escondido por
magia no meio da floresta. Rapunzel descobre uma saída do solar e chega ao povoado
vizinho. Lá conhece um belo rapaz por quem fica encantada. Ela regressa ao solar, mas
Gothel, a vilã que a mantém em cativeiro, descobre que ela saiu e a penaliza destruindo seus
pincéis e tintas, que usava para pintar telas. Porém, Rapunzel descobre um pincel mágico e
com ele pinta na parede a imagem do povoado, conseguindo passar pelo desenho para deixar
a torre de seu cárcere. Ao sair, encontra novamente o rapaz e com ele vai em busca de
informações sobre o pincel que guarda o segredo de seu passado. O rapaz entrega a ela um
convite para um baile real, mas na noite do baile Gothel a prende na torre novamente, destrói
a pintura que serve de passagem e quebra o pincel. Em seguida, corta seu longo cabelo e vai
para o baile a fim de encontrar o misterioso rapaz. Preocupada com o que poderá acontecer a
seu amor, Rapunzel consegue sair da torre e vai a seu encontro. Por fim, faz com que Gothel
fique presa no solar, descobre a verdade sobre seu passado, ela é uma princesa, e se casa com
o príncipe.
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Figura 42: Rapunzel aceita o convite para o baile
Figura 43: Casamento de Rapunzel com o príncipe
Na Figura 42, Rapunzel aparece em um dos momentos de encontro com o príncipe:
ele a convida para o baile real, mas é interrompido e Rapunzel volta para o solar onde é
prisioneira. A Figura 43 mostra o casamento de Rapunzel com seu príncipe, final feliz depois
de derrotarem Gothel.
O filme Barbie em Lago dos Cisnes (2003, 83 min.) é inspirado no balé de
Tchaikovsky com o mesmo nome. Conta a história de Odete, uma jovem que certo dia chega
a uma floresta mágica onde encontra animais enfeitiçados. Odete retira um lendário cristal e é
vista como a salvadora de todas/os, porém diz não ter coragem suficiente e decide ir embora.
Antes que ela deixe a floresta, um mago malvado aparece e a transforma em cisne, voltando à
forma humana apenas à noite. Para se livrar do feitiço, e ajudar as outras criaturas, ela parte
em busca da solução. Enquanto isso, o mago leva um príncipe caçador à floresta para que ele
mate Odete enquanto está na forma de cisne, mas o príncipe fica encantado com a beleza da
ave e não a mata. Na forma humana, Odete dança com o príncipe e eles se apaixonam. O
mago prepara um plano para enganar o príncipe, sendo bem sucedido, mas logo após se
revela. A trama segue em cenas de ação e perseguição: no momento em que o mago tenta
matar o príncipe, Odete se põe à frente e é atingida, os dois caem com as mãos entrelaçadas e
o “amor verdadeiro” dos dois acaba com as maldades e feitiços do mago. Desta forma, eles
libertam todas as criaturas da floresta mágica e o filme termina em uma festa em que se
combinam os preparativos para o casamento do casal apaixonado.
85
Figura 44: Odete e o príncipe após serem atingidos por um feitiço
Figura 45: Odete aceita o pedido de casamento do príncipe
Na figura 44 vemos o momento em que o “amor verdadeiro” salva todas as pessoas
do reino. Quando tudo parecia acabado, o amor incondicional entre Odete e o príncipe trás a
libertação. A figura 45 representa o momento em que finalmente o príncipe pede Odete em
casamento e ela aceita.
Além destes três filmes, apenas outros dois terminam em casamento, são eles: Barbie
em A Princesa e a Plebeia e Barbie em as 12 Princesas Bailarinas, ambos do agrupamento
“Ensinamentos de feminilidade”. Ao contrário do que nos parecia em uma primeira
observação, Barbie não trabalha com um apelo forte ao matrimônio como destino único da
vida de uma mulher. No total de vinte e três filmes analisados, apenas cinco apresentam como
final o casamento. Apesar disso, a possibilidade de um relacionamento heterossexual aparece
em treze dos filmes analisados. Ainda que o casamento não seja o final necessário, o amor
romântico parece fazer parte da vida da mulher, presente nos roteiros dos filmes. Os filmes,
vale ressaltar, não acenam para outra possibilidade que não seja o relacionamento entre uma
mulher e um homem, reafirmando o que chamamos de heteronormatividade. Entendemos por
heteronormatividade o conjunto de práticas que instituem o relacionamento heterossexual
como norma, como única possibilidade desejável para vivência da sexualidade. Ferrari nos diz
que
86
Esse conceito pode ser traduzido pela obsessão com a sexualidade
normalizante, ou seja, evidenciada por uma proliferação de conselhos sobre
como “curar” ou evitar a homossexualidade, considerando a
heterossexualidade como sendo a sexualidade estável e natural. Esses
conselhos são direcionados à família e escola, entendidos como espaços que
devem trabalhar para evitar a “desordem de gênero na infância”. (FERRARI,
2005, p. 64)
Nos filmes encontramos essa naturalização da heterossexualidade: é tão “natural”
que uma mulher se apaixone por um homem que a possibilidade de querer um relacionamento
fora desse binômio não é sequer cogitada. Além disso, a heteronormatividade é
complementada pelo ideal do “amor romântico”, como já explicitado.
Xavier Filha nos diz que “a construção e a legitimação do amor romântico ocorrem
nos contos de fadas e nas vivências de completude, especialmente da princesa. Essa forma de
se relacionar, contudo, é construída social e culturalmente” (2011, p. 598). Isso significa que o
amor não é algo da natureza: assim como o gênero, as identidades e a heterossexualidade, a
ideia do amor romântico também é uma construção e, como tal, está sujeita a mudanças e
transformações.
Nossa cultura valoriza o amor como experiência sublime (FELIPE, 2007) que atribui
sentido à vida dos/as apaixonados/as. É indispensável, nessa ótica, para a concretização da
felicidade plena que o sujeito tenha a experiência de um amor verdadeiro. Mas esse amor só é
possível, legítimo e aceitável se acontecer entre um homem e uma mulher. Contudo, o amor
nos filmes da Barbie são mais assexuados do que propriamente sexuados. A maior expressão
de afeto se resume a beijos discretos e troca de olhares entre os/as apaixonados: o ato sexual
não é sequer sugerido ou insinuado. Após o casamento, os/as noivos/as não partem
sozinhos/as para a lua de mel: estão sempre em companhia de amigas/os ou dos animais de
estimação. O amor é nesse sentido apresentado como algo de alma, transcendente e não carnal
ou passional.
2.1.5 Você pode ser tudo que quiser! − Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos
filmes
O agrupamento “Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos filmes” foi o
“algo a mais” que tentamos buscar para além do aparente na análise e discussão dos filmes.
Desde o início buscamos nos filmes identificar possibilidades de rupturas com o modelo
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único de feminilidade que Barbie parecia representar ou que alguma personagem feminina,
presente nos filmes, pudesse fazê-lo. O protagonismo feminino nos parece fundamental no
rompimento de um modelo de feminilidade submissa e dependente da figura masculina. Os
filmes em sua maioria apresentam jovens mulheres que dispensam a necessidade de um
homem para resolver os problemas. Porém, prevalece no final dos filmes uma feminilidade
dócil, gentil, altruísta e abnegada, reafirmando como próprio do feminino a renuncia e o
sacrifício. Diante deste impasse, selecionamos quatro filmes que diferem dos demais pelo
próprio roteiro, que apresentam elementos que não estão presentes nos outros filmes. A seguir
trazemos um resumo de cada filme para depois aprofundarmos as discussões em relação às
rupturas apresentadas.
Barbie e as Três Mosqueteiras (2009, 81 min.) conta a história de Corinne, filha de
Dartagnan, famoso mosqueteiro da história de Alexandre Dumas. Corinne parte da fazenda
onde mora para se tornar mosqueteira em Paris. Ela encontra pelo caminho toda sorte de
preconceito: é inaceitável naquela sociedade que uma mulher possa ocupar um posto
marcadamente masculino. Porém, Corinne encontra outras três jovens que partilham do
mesmo sonho: juntas elas recebem treinamento de uma senhora e se preparam para
desempenhar atividades que envolvem lutas e uso de armas. As jovens ficam sabendo de um
atentado à vida do príncipe, que será coroado rei, e procuram alertar os mosqueteiros, mas não
são ouvidas. Para salvar a vida do príncipe, elas preparam suas armas e roupas e entram
disfarçadas no baile. O atentado tem início e as jovens entram em ação: cada qual com sua
habilidade, lutam bravamente e conseguem derrotar o vilão, salvando o nobre e então são
nomeadas mosqueteiras reais. Ao final, o príncipe convida Corinne para um passeio de balão,
mas ela adia o convite saindo em missão novamente.
Este filme é o mais emblemático no tocante ao rompimento com modelos de
feminilidade idealizados. O roteiro explora isso claramente. Por esta razão vamos analisá-lo
mais detalhadamente. Durante o filme algumas cenas são marcantes como demonstramos na
cena que segue: Corinne avista um grupo de mosqueteiros fazendo uma exibição de luta com
suas espadas, o mosqueteiro vencedor desafia: “Tem alguém aqui com coragem suficiente
para me desafiar?” Corinne responde: “Eu senhor, também vou ser uma mosqueteira!” O
mosqueteiro e as pessoas que estão à volta riem e ele diz: “Então a garotinha quer ser
mosqueteira?”. Corinne fica desapontada, mas decide mostrar suas habilidades, ela faz alguns
saltos até chegar ao barril onde tem uma espada, pega a espada e desafia o mosqueteiro, as
pessoas que estão à volta a aplaudem, porém Brutus − cachorro do regente Philippe − abre
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uma carroça deixando rolar alguns barris, eles batem no barril sobre o qual Corinne está e ela
cai; as pessoas riem e o mosqueteiro que havia desafiado diz: “Por que não volta pra casa e
deixa o negócio de mosqueteiro para os garotões?” Corinne se levanta dizendo: “Eu trouxe
uma carta para Monsieur Treville, ele vai me tornar uma mosqueteira, onde fica o escritório
dele?” O mosqueteiro indica com a espada e responde: “Fica pra lá. Talvez ele precise de sua
ajuda para limpá-lo!” Todos riem novamente e Corinne sai para ir ao escritório. (Grifos
nossos.)
Figura 46: Corinne desafiando um mosqueteiro
Esta cena apresenta elementos relevantes no tocante à demarcação dos espaços
masculinos e femininos ainda presentes na sociedade e representados na ficção. O
mosqueteiro sugere que Corinne volte para casa e depois fala que ela poderá limpar o
escritório do chefe, delimitando o espaço e os afazeres domésticos como local do feminino.
Além disso, aparece o adjetivo “garotinha” para Corinne como sinônimo de fragilidade e
“garotões” para os mosqueteiros como sinônimo de força. Em outra cena Corinne persegue
Brutus, que tomou sua carta. Ele pula o portão que dá acesso ao escritório de Monsieur
Treville e Corinne, que chega logo atrás, é barrada por um mosqueteiro que faz a guarda.
Neste momento, Monsieur Treville sai conversando com o regente Philippe. Ele se dirige à
Corinne e pergunta: “Senhorita está perdida? Certamente não tem nada a tratar com esses
mosqueteiros brigões”. Corinne responde: “Não estou perdida senhor, eu vim aqui para falar
com Monsieur Treville sobre eu me tornar uma mosqueteira”. O regente ri e diz: “Essa é
muito boa minha cara. Como se uma garota tivesse as habilidades necessárias para ser uma
mosqueteira!” Corinne fica chateada e diz que o cachorro do regente está com sua carta, ele
ordena que o cachorro a devolva e sai rindo de Corinne. Ela chama por monsieur Treville e
entra com ele para ser atendida. (Grifos nossos.)
Mais uma vez aparecem questões de gênero no filme. No caso específico, essa
questão está ligada ao campo do biológico. O regente diz “Como se uma garota tivesse as
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habilidades necessárias para ser uma mosqueteira”, indicando que isso é “natural” a cada
gênero, dizendo que, pelo fato de ser mulher, Corinne não poderia desenvolver habilidades de
luta. E, mais uma vez, aparece a palavra brigões no aumentativo, indicando uma diferenciação
de gênero, além de colocar o masculino como agressivo.
No decorrer do filme, Corinne e as amigas conseguem derrubar os preconceitos e
realizar o sonho de serem mosqueteiras, mas para isso precisam adaptar suas armas e formas
de lutar. As armas são camufladas em leques, colares, fitas, tudo ajustado aos longos vestidos
de festa. Ocorre uma espécie de “feminilização” da atividade para que as garotas possam se
tornar mosqueteiras. Contudo, é interessante notar que Corinne é a única a utilizar uma espada
nas lutas: ela entra em duelo direto com o regente e consegue vencê-lo. Este é o único filme
dos vinte e três analisados em que aparece uma mulher envolvida em lutas com armas, nos
demais filmes o confronto só aparece por meio da magia e uso de poderes. Na Figura 47,
vemos Corinne e as amigas se apresentando para a luta. É relevante notar o detalhe das
vestimentas e das armas que usam.
Figura 47: Revelação das mosqueteiras no baile
Os vestidos são longos, mas parte da saia é retirada como se fosse uma capa,
deixando a peça mais curta para dar mobilidade. Ainda assim, os vestidos são decorados com
pedrarias e babados, como vemos na imagem. As armas, com exceção da espada, passam
despercebidas: olhando apenas a imagem não podemos dizer que são armas para uma luta.
Este filme poderia ser enquadrado no agrupamento “Ensinamentos de feminilidade”,
pois o tempo todo o roteiro está tentando delimitar e ensinar às personagens quais seriam os
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espaços de vivência femininos. No entanto, se destaca pela resistência: a protagonista e suas
amigas resistem e escapam destas delimitações de um único modelo de feminilidade.
Falamos em resistência pensando nas relações de poder que se estabelecem no filme
mas, ao passo que a resistência parece se sobrepor aos jogos do poder, vemos que as
personagens conservam características que não permitem que sejam vistas fora dos domínios
do feminino. Como já dissemos, existe toda uma feminilização da atividade de mosqueteira,
das roupas e dos acessórios para que possam ser admitidas no desempenho da atividade.
Identificamos neste filme também um processo de construção das identidades das
protagonistas, em especial da identidade feminina de Corinne. No início do filme, a garota
aparece usando camisa, botas e calça comprida (ela é a única personagem feminina do filme a
usar calça), mas quando começa a trabalhar no castelo, suas roupas são substituídas por um
modelo considerado culturalmente “mais feminino”, composto por saia, blusa de mangas
curtas, meia-calça e sapatos. Em outra cena, Corinne aprende a dançar, reforçando mais uma
vez um atributo de feminilidade no filme. Entendemos que esses elementos promovem uma
aproximação da personagem com a feminilidade que se considera normal no contexto do
filme, delimitando espaços possíveis para a vivência da feminilidade.
Embora Corinne e suas amigas resistam bravamente à delimitação de espaços e
atividades designados como femininos, elas aceitam algumas imposição de gênero que se dão
por meio das roupas e acessórios que utilizam, que são potentes marcadores das identidades
de gênero. As relações de poder e resistência imperam em todo o roteiro desse filme. As
garotas são dóceis e educadas, porém são corajosas, valetes e guerreiras; são românticas e
sonhadoras, mas também são independentes e ousadas; elas transgredem as fronteiras do que
é socialmente aceito como ideal de feminino; usam salto alto, mas não hesitam em usar armas
e lutar contra os homens. Enfim, temos uma constante resistência e submissão, podendo
pensar que elas se submetem em certos aspectos da constituição da identidade de gêneros para
transgredir em outros, sem que isso implique em deixar de se reconhecerem, e serem
reconhecidas, como mulheres ou de um determinado “tipo” de ser mulher.
Outro elemento relevante que aparece neste filme diz respeito ao amor romântico. O
amor está diretamente ligado ao ideal de feminilidade, como já dissemos: ele é visto em nossa
cultura como fundamental para a completude feminina. Mas neste filme, embora seja
insinuado um clima de romance entre Corinne e o príncipe, o amor não é o objetivo final na
vida da protagonista. Corinne recusa um convite do príncipe para sair em missão, explicitando
que para ela a prioridade é seu trabalho.
91
Figura 48: Corinne salvando o príncipe
Figura 49: As garotas partindo em missão
Na Figura 48 vemos o momento em que Corinne resgata o príncipe de mais um
atentado. Depois desta cena, os dois conversam e parece surgir um clima de romance entre
eles. Contudo, na Figura 49 vemos Corinne e as amigas partindo para mais uma missão
depois de adiar um convite do rei, príncipe já coroado, para passear de balão.
Os próximos três filmes analisados não tratam diretamente do rompimento de
fronteiras entre espaços masculinos e femininos, mas apresentam elementos que destoam dos
outros vinte filmes que compõe a pesquisa. A seguir estão os resumos de cada um com alguns
apontamentos destas diferenças.
O filme Diário da Barbie (2006, 70 min.) é o que mais difere dos outros, seja pelo
roteiro ou pelos elementos gráficos e características dos desenhos. É também o único filme
produzido em parceria com a Curious Pictures, talvez por isso traga marcas da diferença.
Vemos no filme Diário da Barbie uma Barbie mais “real”: ela comete erros e não apresenta a
“marca altruísta” de que nos fala Steinberg (2001). Barbie aparece adolescente, aos dezesseis
anos, iniciando o segundo ano do Ensino Médio. Ela está decidida a ter novas atitudes, ser
uma pessoa diferente naquele ano, mas para conseguir isso acaba negligenciando suas
amizades, tendo atitudes egoístas e magoando outras pessoas. Barbie quer ser âncora do canal
de notícias da escola e, além disso, inscreve sua banda para tocar no baile da escola. Quando
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está prestes a conseguir o posto de apresentadora no canal de notícias, ela percebe suas
próprias atitudes e abre mão de exibir sua matéria, aproveitando o espaço para se desculpar
com as amigas. Elas aceitam o pedido e decidem tocar juntas no baile. Ao final da festa,
Barbie dança com Kevin, garoto que esteve apaixonado por ela durante todo o filme. O filme
chega ao fim com Barbie relatando em seu diário o desfecho dos acontecimentos e concluindo
que as coisas só mudaram em sua vida por que ela também mudou.
Figura 50: Barbie escolhendo um vestido para comprar
Percebemos no filme Diário da Barbie um trabalho da personagem sobre si mesma:
ela está construindo o seu modo de ser menina/mulher, está construindo a imagem de
feminilidade que deseja ter. Essa construção aparece na cena em que as garotas vão ao
shopping para comprar o vestido do baile conforme vemos na Figura 50. Neste momento,
Barbie diz: “Quero um vestido que diga: eu sou uma garota legal, pra cima, divertida, com
um lado misterioso” (Grifos nossos). Barbie está construindo sua identidade de gênero, ela
analisa o tipo de garota que é naquele momento e idealiza o tipo de garota que quer se tornar,
constituindo o seu modelo de feminilidade. Podemos pensar esse processo de construção da
identidade feminina da personagem partindo do conceito, desenvolvido por Michel Foucault,
de modos de subjetivação. Para Foucault (2014), a subjetivação acontece por meio das
“técnicas de si”, que são procedimentos e técnicas por meio dos quais os sujeitos se
constituem enquanto sujeitos. Para o autor, a subjetivação demanda um trabalho do sujeito
sobre si mesmo, sobre suas atitudes, seu corpo e seus pensamentos, atuando na sua própria
transformação. É isso o que Barbie faz quando repensa suas atitudes e condutas, decidindo
mudar sua forma de agir. Essa reflexão aparece nas figuras 51 e 52:
93
Figura 51: Barbie se desculpando por seus erros
Figura 52: Barbie e Kevin dançando no baile da escola
Na Figura 51 vemos Barbie no momento em que abre mão de exibir sua matéria para
se desculpar com as amigas: ela faz um discurso sobre amizade e respeito e informa que a
reportagem não será exibida. Na Figura 52, Barbie dança com seu admirador secreto, Kevin,
seu amigo desde o início. Ela percebe que ele esteve o tempo todo a seu lado e valoriza o
gesto do garoto.
O filme Barbie em A Canção de Natal (2008, 76 min.) também difere dos demais,
especialmente por ter Barbie interpretando uma personagem que inicialmente parece má. O
filme conta a história de Eden, uma jovem e famosa cantora lírica do período vitoriano. Eden
é egoísta e mesquinha: ela impede sua equipe de trabalho de passar o ferido de Natal com suas
famílias sob a ameaça de demissão. À noite, depois de brigar com os/as funcionários/as, Eden
recebe a visita de três espíritos: do Natal passado, do Natal presente e do Natal futuro. Ao
passar pela experiência de visitar o passado, conhecer outros ângulos do presente e ver a
trágica possibilidade reservada para seu futuro, Eden repensa suas atitudes e prioridades na
vida. Ela adota uma nova postura, agora mais generosa: libera sua equipe para o feriado, ajuda
crianças de um orfanato e retoma o convívio de uma grande amizade. Durante o filme a
personagem repete uma frase dita por sua tia: “Num mundo egoísta só os egoístas se dão
bem”. Ao final, Eden reconhece que estava errada: a personagem aprende que ser generosa e
amiga são características que valem a pena, “mais que tudo na vida”, como diz a mensagem
94
final do longa-metragem. Nas figuras 53 e 54 vemos dois momentos distintos das atitudes de
Eden.
Figura 53: Eden ameaçando demitir as/os funcionárias/os
Figura 54: Eden no orfanato depois de mudar sua conduta
Vemos na Figura 53 o momento em que Eden ameaça demitir sua equipe caso não
trabalhem no feriado do Natal: mesmo diante da insatisfação dos/as trabalhadores/as ela se
mantém irredutível. Na Figura 54, Eden depois da transformação. Ela muda sua conduta, se
tornando mais generosa e acaba por adotar um orfanato, comprometendo-se a ajudar na
manutenção do mesmo.
Neste filme temos também um processo de reflexão e transformação da protagonista.
Eden passa por um processo de subjetivação, tal como ocorreu com Barbie no filme Diário da
Barbie: ela muda suas atitudes depois de refletir sobre sua vida e sobre os fatos que a
transformaram naquela pessoa considerada egoísta e mesquinha, apresentada no início do
filme. Este filme é especialmente destoante dos outros por apresentar Barbie interpretando o
papel de vilã. Essa situação, porém, é revertida: Eden passa a ser vítima da educação que
recebeu de sua tia.
Em Barbie Um Natal Perfeito (2011, 73 min.) temos mais um episódio da vida de
Barbie relatado. Está chegando o Natal e Barbie partirá com suas irmãs para Nova York, onde
passarão a data festiva com uma tia. Cada uma das garotas tem sua própria programação para
fazer dessa ocasião uma data perfeita. Porém, uma grande nevasca impede a conclusão da
95
viagem e elas se veem presas em uma pousada isolada, longe dos grandes centros. As irmãs
de Barbie ficam decepcionadas e começam a surgir conflitos entre elas. Mas, ao terem a
oportunidade de passar mais tempo juntas, elas começam a se respeitar e a desenvolver
projetos em comum. O filme chega ao fim com um grande show em que Skipper, irmã de
Barbie, canta com uma banda local a música que compôs para ser apresentada por outra banda
em Nova York. Stacie e Chelsea, irmãs mais novas, param de brigar e apresentam juntas um
número com cães de abrigo. Todas as pessoas presentes confraternizam-se e cantam uma
canção de Natal em torno de um pinheiro decorado. A seguir, apresentamos duas figuras com
cenas do filme.
Figura 55: Irmãs da Barbie brigando entre si
Figura 56: As irmãs reconciliadas ao final do filme
Na Figura 55 vemos uma discussão entre as garotas: elas não se entendem em
relação ao que fazer para o show de natal e acabam brigando. Mas ao final, como vemos na
Figura 56, elas se reconciliam e cada uma faz sua parte para que o evento aconteça,
recuperando a amizade que existia entre elas.
Neste filme Barbie não aparece como a salvadora da história: ela dá ideia para
Skipper de fazer o show, mas Skipper faz questão de organizar sozinha, dispensando a ajuda
de Barbie que fica apenas como mediadora. É neste sentido que este filme difere dos outros,
já que Barbie, na maioria dos filmes, é sempre a protagonista, a salvadora da história:
inteligente, ativa e criativa. Neste filme são suas irmãs que brilham e protagonizam as
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histórias, cada uma com seus defeitos – superando os desafios e aprendendo com os próprios
erros. Este filme destoa dos demais por não ter a Barbie altruísta e salvadora da história que já
mencionamos anteriormente.
O filme Barbie e a Magia de Aladus (2005, 84 min.) conta a história de Annika, uma
jovem princesa que vive cercada de cuidados por sua mãe e seu pai. Annika desobedece a seu
pai e sua mãe ao sair escondida para patinar no gelo. Nesse momento, aparece um feiticeiro
que exige casar-se com ela, mas diante da recusa da jovem ele congela seu pai, sua mãe e
todas as demais pessoas do reino. Antes que ele possa fazer algum mal a princesa, aparece
uma égua alada que a leva para o reino das nuvens. A égua é Brietta, irmã de Annika que foi
transformada em animal pelo mesmo feiticeiro quando o rei e a rainha recusaram entregar a
filha para casar-se com ele. As duas partem em missão para encontrar um objeto mágico que
poderá derrotar o feiticeiro e libertar todas as pessoas. Annika e Brietta contam com a ajuda
de um rapaz para vencer os desafios. Com muita persistência e dedicação o vilão é derrotado,
deixando Annika e a família livres.
Figura 57: Annika discutindo com seu pai e sua mãe
Figura 58: Annika enfrentando o gigante
Na Figura 57 vemos Annika no momento de discussão com sua mãe e seu pai. O pai
a proíbe de sair para patinar e a mãe concorda, mas ela descumpre a ordem saindo às
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escondidas, o que a deixa em perigo. Na Figura 58 vemos que Annika cai em um caldeirão
tentando salvar seu urso de estimação: ela será o alimento do gigante, mas com astúcia e
inteligência faz com que o gigante se prenda em correntes. Enquanto ele luta para escapar,
Annika sai do local levando o urso consigo.
Este filme apresenta uma feminilidade diferente das demais pelo fato de Annika ser
uma princesa rebelde: ela desobedece às ordens dos familiares e sai escondida do castelo,
responde com má educação e reclama das regras discutindo com eles/elas. Annika tem uma
personalidade considerada rebelde, costuma responder de forma agressiva quando contrariada
e não agradece quando recebe ajuda. Mesmo assim, é inteligente, corajosa, astuta e
determinada. Nos outros filmes as princesas são mais obedientes e reservadas. Mesmo Tori,
do filme A Princesa e a Pop Star, apresentada como bagunceira e descompromissada, não
entra em confronto direto com sua tia: ela resiste trocando de lugar com Keira, mas sem
discutir ou questionar as regras de conduta impostas. Apesar destas características, Annika vai
se transformando com as experiências vividas ao longo do filme e, aos poucos, vai ficando
mais dócil, aprendendo a conviver e a respeitar as pessoas. Ao final do filme, desculpa-se com
seu pai e sua mãe por sua rebeldia, reconhecendo que não estava agindo de forma adequada,
entrando assim em acordo com as normas de condutas consideradas dignas de uma princesa.
Esperávamos encontrar neste agrupamento feminilidades mais subversivas. Embora
isto não tenha acontecido, temos elementos importantes de resistência a um único modelo de
feminilidade: Corinne coloca o trabalho como prioridade, deixando o amor em segundo plano;
Annika é rebelde, não aceita passivamente as ordens recebidas. Elas são as mais emblemáticas
ao se pensar em resistência aos modelos de feminilidade.
Eden talvez seja a personagem cujas características tenhamos mais dificuldades para
incluir em algum agrupamento. Ela está no grupo de feminilidades diferentes por ser egoísta e
mesquinha, mas a história mostra que Eden foi apenas uma vítima da educação que recebeu
de sua tia. Ao ter a chance de conhecer e avaliar seu futuro, ela se transforma em uma pessoa
generosa, bondosa e altruísta, conformando-se ao modelo de feminilidade valorizada nos
filmes. A Barbie do filme Diário da Barbie é uma garota comum que comete erros e aprende
com eles, mas ao abrir mão de exibir a reportagem sobre o universo dos/as “populares” da
escola para se redimir com as amigas está, de certa forma, adequando-se ao modelo de
feminilidade altruísta.
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Nos outros filmes, essa fuga do modelo altruísta de feminilidade ocorre com as
antagonistas34 ou vilãs. O antagonismo foi outro elemento que nos chamou a atenção. Dos
vinte e três filmes analisados, dezessete têm antagonistas de forma bem demarcada. Deste
total, onze são mulheres. Falando em porcentagem, temos quase 65% de mulheres como vilãs,
algozes de outras mulheres; apenas 35% de homens ocupam o mesmo papel. Isto indica que,
apesar de colocar o feminino como protagonista e modelo a ser seguido, os filmes também
indicam o feminino antagônico que deve ser rejeitado pelas crianças: as pessoas más são
sempre punidas por seus erros. Essas punições não se dão por meio de violência, são mais
punições morais que indicam as atitudes que devem ser evitadas. Na Tabela 3 do Apêndice A,
disponibilizamos um quadro com o resumo dos protagonismos e antagonismos de todos os
filmes. O quadro ilustra as análises que fizemos sobre o antagonismo feminino. De maneira
geral, as vilãs agem por vingança ou inveja de outras mulheres, enquanto que os vilões agem
por cobiça ou pelo desejo de ter dinheiro e poder. Embora sejam coadjuvantes, as vilãs
também estão trazendo possibilidades para a vivência das feminilidades, ou reforçando o
modelo que não deve ser seguido.
Vale destacar aqui as antagonistas Laverna, da sequência de quatro filmes Barbie
Fairytopia e Eris dos dois filmes Barbie em Vida de Sereia: nestes seis filmes as vilãs tentam
matar e aprisionar a própria irmã para se tornarem rainhas em seu lugar. No entanto, a
mensagem final de todos os filmes é que o “bem sempre vence o mal”. Assim, vale a pena ser
uma garota generosa, educada, corajosa, honesta, verdadeira, entre tantos outros atributos que
os filmes trazem como desejáveis ao feminino.
2.1.6 Enfim, que feminilidade é essa?
Percebemos certa ambiguidade nos filmes analisados. Ao mesmo tempo em que
parecem ser uma constante reafirmação de um modelo de feminilidade dócil, submissa, servil
e obediente, também trazem modelos variados de vivência das feminilidades e apresentam
resistências, insubmissões e rupturas. Os recontos de clássicos tiram a personagem feminina
do papel passivo, do lugar daquela que espera a salvação que vem do masculino e as coloca
no papel de protagonistas de suas histórias: ativas e prontas a resolver seus problemas,
34
As antagonistas são entendidas aqui como as opositoras das protagonistas. São as vilãs que tramam maldades e
são derrotadas pelas heroínas.
99
salvando o príncipe, o reino e as/os amigas/os. Steinberg já acenava para essa ambiguidade.
Em seu trabalho a autora diz que
do mesmo modo que qualquer outro aspecto da cultura infantil, o efeito do
currículo da Barbie é idiossincrático: para alguns ela facilita a conformidade;
para outros, inspira a resistência. Leituras múltiplas à parte, a Barbie opera
dentro dos limites de lógicas culturais particulares. Ela louva a brancura −
brancura loura em particular − como um padrão para a beleza feminina; [...]
O currículo pode não ter efeito − nenhum efeito é garantido −, mas nós
temos que tomar cuidado com o terreno no qual Barbie opera.
(STEINBERG, 2001, p. 337-338)
Concordamos com a autora em suas afirmações. O “padrão de beleza Barbie” é
mantido em todas as obras. Barbie aparece sempre magra, pele branca, cabelos longos e
loiros, olhos azuis, jovem, saudável, sem nenhum tipo de doença ou deficiência física e,
evidentemente, heterossexual. Não importa se ela é bailarina, fada, sereia ou princesa, essas
características são frequentemente evocadas. Como nos diz Sabat, “o resultado dessa
frequência é o estabelecimento de signos que passam a ter estatuto de verdade e, assim,
classificar como normal o que está sob seu domínio” (2003, p. 90). É desta forma que os
filmes operam no estabelecimento de uma norma de beleza para o feminino.
Organizamos um quadro com as características das personagens femininas de cada
filme para tentarmos fazer uma estimativa das repetições e rupturas que os filmes apresentam.
Essa tabela (Tabela 4, Apêndice A) revela dois elementos significativos. O primeiro diz
respeito à beleza física: a descrição das personagens humanas é sempre bem parecida e as
protagonistas, quase sempre interpretadas por Barbie, são loiras, têm olhos azuis, cabelos
longos lisos ou levemente ondulados, pele branca, corpo magro e jovem; o segundo diz
respeito aos adjetivos das protagonistas: são quase sempre gentis, educadas, leais e altruístas,
mas também inteligentes, corajosas e audaciosas. Quando não o são desde o início do filme,
adquirem essas características ao final depois de passarem por processos de subjetivação e de
constituição de suas identidades femininas. Os adjetivos, gentil e educada, aparecem cerca de
trinta vezes, ou seja, é característica não apenas das protagonistas, uma vez que são vinte e
duas as protagonistas Barbie. Outros adjetivos também são reforçados, como: generosa,
preocupada com o bem de outras pessoas, dócil, entre tantos outros tomados em nossa cultura
como inerentes ao ser feminino.
Outro aspecto relevante que aparece nos filmes da Barbie diz respeito à constituição
da garota enquanto boa aluna. No filme Moda e Magia, a sinopse oficial na capa do DVD
ressalta: “Barbie parece ter tudo: grandes amigos, boas notas, um namorado fantástico, uma
100
carreira de sucesso como atriz, beleza, inteligência, riqueza...” (Grifos nossos.). Essa questão
de boas notas, apesar de aparecer na sinopse, não faz parte do filme, ou seja, no enredo da
história a personagem não aparece no espaço escolar. Em nenhum momento Barbie é
apresentada como estudante neste filme – aparentemente ela já passou da idade escolar. Por
que razão então a sinopse fala em notas? Voltando aos “modos de endereçamento” de que nos
fala Ellsworth (2001), podemos pensar que isso aparece no texto para criar empatia com a
espectadora. Podemos também pensar que as “notas” aparecem com o objetivo de subjetivar
as espectadoras como boas alunas, como uma atitude para além da moda e do estilo. Ser boa
aluna aparece como característica de Barbie no filme Diário da Barbie – único filme em que
ela aparece em idade escolar. Neste filme, Barbie é apresentada como a melhor aluna de sua
turma. No filme Escola de princesas, Blair já tem dezessete anos e trabalha como garçonete,
aparentemente já passou pelo ensino regular. A escola de princesas aparece como uma
instituição voltada para o aprendizado da vida real, não como ensino regular como no caso do
filme Diário da Barbie.
Steinberg (2001, p. 335) nos fala dos investimentos da Mattel, desde a criação de
Barbie, para envolvê-la em um aspecto pedagógico, incentivando a leitura e a educação nas
campanhas de marketing. Vemos que a Mattel tenta manter essa característica nas produções
fílmicas, pois a educação, ainda que não seja a formal, aparece em alguns roteiros. Anneliese,
do filme A Princesa e a Plebeia, estuda em casa e se dedica aos seus estudos; Blair do filme
Escola de princesas também se empenha para ser boa aluna, tendo o mesmo nível de
aprendizagem das outras garotas. Enfim, este parece ser um aspecto valorizado na
feminilidade de Barbie.
Um dos slogans de marketing da boneca é “você pode ser tudo que quiser!”, porém a
constante reafirmação de características físicas e de atitudes demonstram que, de certa forma,
isso só pode ser possível se a menina adequar-se ao padrão de beleza e de
atitudes/comportamentos que os filmes apresentam e reforçam constantemente. Os filmes
expressam relações de poder, por isso estão constantemente produzindo normatizações e
revelando resistências nos jogos de poder traduzidos na tela.
A questão das masculinidades nesses filmes poderia ser amplamente discutida, mas
delimitamos nossas discussões às feminilidades que, por si só, já são extremamente
abrangentes. Contudo, podemos mencionar que os filmes apresentam certa invisibilidade do
masculino, trazendo uma subversão dos clássicos contos de fadas. Todos os príncipes “têm
nome”, mas na maioria das vezes não são os heróis das histórias: estão ali apenas como os
101
mocinhos salvos pelas donzelas corajosas e quase sempre apaixonadas. Apesar disso, os
“mocinhos” estão presentes em alguns filmes, auxiliando a protagonista em suas missões. A
masculinidade de Ken – namorado oficial da Barbie – merece um estudo a parte: ele aparece
apenas nos filmes Moda e magia e Segredo das fadas. Ken é apresentado como
irremediavelmente apaixonado por Barbie, mas é desengonçado e atrapalhado; é covarde e
foge das situações de luta que se vê obrigado a enfrentar no filme Segredo das fadas; está
longe de ter a masculinidade hegemônica de que nos fala Connel (1995): não é viril nem
agressivo, também não cumpre o papel social de oferecer proteção a Barbie, em vez disso ela
que se vê obrigada a enfrentar desafios para salvá-lo.
Outro elemento a destacar é o uso da cor rosa como demarcador de gênero nos
filmes. Se olharmos no Anexo 1, as capas dos DVDs são quase todas cor-de-rosa, salvo
algumas exceções. Na composição dos filmes, esta cor também é amplamente utilizada. Se
observarmos as figuras ao longo do trabalho, perceberemos um aumento gradual no uso da
tonalidade rosa. Nos primeiros filmes, Quebra-Nozes, Lago dos Cisnes, Rapunzel e A
Princesa e a Plebeia, o tom de rosa utilizado é bem suave, lembrando rosa-bebê. O vestido de
baile de Odete é rosa com detalhes em azul, tudo com cores suaves. Os vestidos de Rapunzel
e Clara são todos cor-de-rosa. O de Anneliese também aparece em rosa suave. A partir dos
filmes da sequência Fairytopia, a cor rosa aparece em tom pink e os filmes ganham cores
vibrantes e tonalidades fortes. Mesmo os filmes com enredos aquáticos, como Mermaidia e
Vida de Sereia, mostram o fundo do mar com tonalidades rosa e lilás. Os filmes da Barbie,
seus mais variados acessórios e produtos, produzem um universo cor-de-rosa para as
consumidoras, e possíveis consumidores, destes artefatos.
102
CONSIDERAÇÕES FINAIS: PENSANDO EM FINALIZAÇÕES
Depois de ver e rever os filmes inúmeras vezes, percebemos que são uma fonte
inesgotável de problematizações. Muitos outros temas e questões podem ser levantados,
discutidos e questionados, para além do que nos propusemos na presente pesquisa. Amizades,
amores, ensinamentos e resistências são apenas alguns dos temas que foram possíveis
problematizar dentro dos limites da pesquisa.
Iniciamos esta pesquisa tendo como foco as feminilidades veiculadas e produzidas
nos filmes de animação da Barbie. Nosso objetivo foi identificar as feminilidades que são
veiculadas/produzidas nos filmes da Barbie e analisar e problematizar as feminilidades
encontradas. Em meio às analises e discussões propostas, percebemos que não há uma forma
única de entender estas questões. Podemos dizer que existem variadas possibilidades de
vivências de feminilidades, diversas formas de se constituir como menina/mulher no contexto
dos filmes. As protagonistas são corajosas, inteligentes, independentes e “cheias de atitude”.
Nesta perspectiva, podemos dizer que os filmes proporcionam às espectadoras, e
espectadores, conhecer um universo de possibilidades para se constituírem enquanto
meninas/mulheres. Mas, como já dissemos, algumas características são reforçadas, repetidas e
reafirmadas: existe um padrão de atitudes e comportamentos que incluem docilidade,
gentileza e altruísmo – as marcas da “personalidade” de Barbie. Além do padrão norte
americano de beleza e juventude que Barbie representa, percebemos ao longo do estudo que
existe uma insistente afirmação do altruísmo de Barbie: ela não é egoísta, mesquinha ou
avarenta, está sempre disposta a ajudar quem quer que seja.
Buscamos inspiração nos Estudos Culturais que nos permitiram tomar os filmes
como artefatos culturais e entendê-los como pedagogias culturais e dispositivos pedagógicos
profícuos para a discussão sobre a produção de sujeitos femininos. Utilizamos também os
pressupostos foucaultianos, ferramenta valiosa na compreensão dos processos de subjetivação
das personagens que se deram ao longo dos filmes. Utilizamos também os Estudos de Gênero,
fundamentais para empreender nossas análises e discussões sobre feminilidades e identidades.
Percebemos que os filmes são elementos pulsantes para pensar a educação pois, como
afirmam Xavier Filha e Bacarin:
Mesmo sem uma “intenção” explícita, os filmes da Barbie ensinam modos
de ser menina-mulher. Por esse motivo, educam e fazem parte das
pedagogias culturais que promovem aprendizados para além das instituições
103
educativas. Isso explica a necessidade de se discutir e problematizar esses
filmes, principalmente por atingirem imenso público entre as meninas e
meninos. (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 59)
Apesar de propiciar as possibilidades de resistência que identificamos ao longo desta
pesquisa, os filmes apontam uma preferência pelo modelo de feminilidade dócil, gentil e
altruísta que permeia quase todas as obras. Barbie está no Brasil desde 1982, portanto,
podemos dizer que faz parte do imaginário de mulheres e homens que convivem com a figura
da boneca loira e de face cândida há mais de 30 anos: seu corpo magro e jovem serve de
inspiração para muitas pessoas que buscam juventude e beleza. Os filmes analisados são
exibidos nos canais abertos de televisão e mesmo as crianças que não dispõem de condição
financeira para adquirir os exemplares em DVD, acabam em algum momento entrando em
contato com o modelo de feminilidade que Barbie representa.
Desenvolver esta pesquisa foi um processo longo e difícil. Cada vez que assistíamos
aos filmes novas questões apareciam e os filmes de um agrupamento pareciam se adequar
melhor a outro grupo. A cada novo olhar, tudo parecia diferente. Mas foi um processo rico em
aprendizagem e amadurecimento teórico. Não pretendemos esgotar os temas discutidos, mas
certamente temos ainda muito que avançar nas análises e problematizações propostas.
Discutimos na primeira parte deste trabalho que os filmes se constituem em
importantes artefatos culturais que transmitem ensinamentos e normas de conduta. E, por esta
razão, estão inseridos no campo da educação. De acordo com Sabat,
os filmes infantis constituem-se como textos culturais que constroem
significados e, enquanto tais, são espaços constituídos por relações de poder;
são espaços de lutas e contestação dos processos de significação produzidos
pelo conhecimento hegemônico; são, também, espaços produtores de novos
significados. (SABAT, 2003, p. 27)
Os filmes são artefatos culturais, produtores de significados. Ainda que não sejam
discutidos e problematizados, eles se fazem presentes na vida das espectadoras. Sejam
crianças ou pessoas adultas, estamos nos constituindo como sujeitos na relação com os filmes
e, neste sentido, entendemos que se faz necessário lançar um olhar sobre esses artefatos,
sabendo que Barbie traz consigo uma série de representações do que é ser mulher, jovem,
heterossexual, branca e de classe média. Ao mesmo tempo, estes artefatos abrem um leque de
possibilidades para se questionar modelos de feminilidades considerados ideais. “Urge pensar
e propor para debate os ensinamentos de ser mulher que circulam pelos filmes da Barbie”
(XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 59): podemos nos aproveitar das resistências e
104
insubmissões que os filmes apresentam para questionar, problematizar e romper com padrões
de condutas e atitudes naturalizados em nossa cultura como próprios do ser feminino.
105
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MS: Editora da UFMS, 2009.
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Ilustradora Lorena Martins. Campo Grande: UFMS, 2014.
110
ANEXO
Anexo A – Capas e sinopses oficiais retiradas das capas dos DVDs
Barbie O Quebra-Nozes
Barbie ganha vida na moderna adaptação do clássico de E. T. A.
Hoffimann. O conto começa quando Barbie, no papel de Clara,
ganha um lindo soldadinho de madeira como presente de sua tia.
Naquela noite, enquanto Clara dorme, o soldado Quebra-Nozes
ganha vida para proteger sua dona do Rato Rei, que invadiu a
sala de Clara. Ela acorda e ajuda o Quebra-Nozes, mas o Rato
Rei encolhe-a com uma terrível magia. Clara e o Quebra-Nozes
estão agora envolvidos/as numa espetacular aventura para
encontrar a princesa Caramelo, a única que pode quebrar o
diabólico feitiço do Rato Rei. A história é abrilhantada com
cenas espetaculares de danças criadas pelo aclamado coreógrafo
Peter Martins, e apresenta a inesquecível música de
Tchaikovsky. Os movimentos reais dos dançarinos do balé da
cidade de Nova York trazem a beleza do balé para as tela de uma
maneira nunca antes vista.
Barbie O Quebra-Nozes mostra que, se você for generosa,
inteligente e corajosa, tudo é possível...
Barbie A Rapunzel
Há muito tempo atrás, numa era de magia e dragões, vivia uma
jovem bela e talentosa chamada Rapunzel, que tinha os mais
belos e radiantes cabelos. Mas sua vida estava longe da
perfeição, pois vivia como serviçal e prisioneira de Gothel, uma
bruxa muito poderosa, ciumenta e possessiva, que a mantinha
escondida numa floresta proibida, guardada por um enorme
dragão, Hugo, e cercada por um muro de vidro encantado.
Por um capricho do destino, Rapunzel descobre um pincel
mágico que a leva numa jornada pela verdade que desvendará
intrigas e trará paz ao reino, levando-a a se apaixonar pelo belo
Príncipe Stefan. Tudo isso com a ajuda de Penelope, o menos
temido entre os dragões!
O filme traz uma canção interpretada por Samantha Mumba com
música da orquestra sinfônica de Londres.
Barbie A Rapunzel mostra às meninas que o amor e a
imaginação podem mudar o mundo.
112
Barbie Lago dos Cisnes
Barbie ganha vida em seu terceiro filme, Barbie Lagos dos
Cisnes. Baseado na música de Tchaikovsky e no adorado conto
de fadas, o filme traz Barbie como Odette, a jovem filha do
padeiro que segue um unicórnio até a Floresta Encantada. O
malvado feiticeiro Rodrigo – que pretende derrotar sua prima a
Fada e tomar a Floresta, transforma Odette em cisne. A Fada
Rainha consegue amenizar o feitiço fazendo com que Odette seja
humana à noite e cisne de dia. Odette percebe que, mesmo que
sinta ser a pessoa errada para a tarefa, é seu destino salvar a
Floresta Encantada. Mas como pode uma garota – armada apenas
de sua coragem, honestidade e inteligência – conseguir isso, tudo
enquanto o belo Príncipe Daniel se apaixona por ela?
Barbie Lago dos Cisnes combina fantasia, balé e inesquecível
música de Tchaikovsky interpretada pela Orquestra Sinfônica de
Londres.
Peter Martins, o diretor do Balé da Cidade de Nova York,
coreografa as maravilhosas cenas de dança de uma maneira
nunca antes vista.
Barbie Lago dos Cisnes mostra que cada um de nós é mais forte
do que pensa.
Barbie A Princesa e a Plebeia
Barbie vem à vida nesta moderna versão de um conto clássico
sobre identidades trocadas e o poder da amizade. Baseado na
história de Mark Twain, Barbie – A Princesa e a Plebeia
apresenta Barbie em um surpreendente papel duplo como uma
princesa e uma pobre garota de vila – duas garotas que possuem
uma semelhança surpreendente! Os caminhos das garotas estão
destinados a se cruzar quando a princesa Anneliese é capturada e
Érika, a garota da vila, tem que tentar salvá-la. Poderia Érika
fingir ser a princesa e enganar quem a capturou, o maldoso
Preminger? E o belo Rei Dominick, que se apaixona por Érika,
confundindo-a com Anneliese? Nesta mágica performance
musical, duas belas e corajosas garotas ousam seguir seus sonhos
e descobrir que o destino está escrito em um lugar muito
especial: seu coração!
113
Barbie Fairytopia
Estrelando Barbie como Elina!
Logo após o arco-íris, em um mundo chamado Fairytopia, vive
Elina, uma bela fada das flores, que sonha em ter asas.
Ela vive em uma flor enorme com seus amigos Bibble, um
bichinho engraçado e adorável. Um dia Elina descobre que sua
casa de flor está doente, e que seus amigos não podem mais voar!
Cheia de coragem, ela então parte em uma fantástica jornada
para encontrar Azura, quem ela acredita que possa resolver todo
esse problema. Ela conhecerá novas pessoas que testarão sua
coragem e aprenderá o valor da verdadeira amizade. Mas poderá
uma fada sem asas salvar todo o mundo de Fairytopia?
Junte-se a Barbie, como Elina, em seu primeiro filme da
Fairytopia, e descubra o mundo mágico das fadas, flores e
experiências encantadoras!
Barbie e a Magia de Aladus
Barbie Alça voo nesse maravilhoso conto de fadas de princesa,
Barbie e a Magia de Aladus.
A princesa Annika (Barbie) foge das garras de um malvado
feiticeiro e explora as maravilhas do Reino das Nuvens. Lá se
junta a um magnífico cavalo alado para derrotar o feiticeiro e
quebrar o encanto que aprisiona sua família. Voe com a Barbie
em sua mais emocionante aventura de todos os tempos!
114
Diário da Barbie
Você irá adorar esta maravilhosa história, repleta de amizades,
magia, músicas super legais, moda e, é claro, muito romance!
Barbie relata em seu diário o início do segundo ano do colegial e
de uma nova fase cheia de expectativas. Ela se apaixona por
Todd, craque do time de futebol, que a convidou para o baile.
Mas o convite é desfeito quando Rachele, a ex-namorada e
garota mais popular do colégio, reata o namoro com o atleta.
Além disso Rachele também fica com a vaga de apresentadora
do jornal da escola. Mas, desde que Barbie começa a usar a
pulseira que vem com seu diário, sua sorte muda. Ela inscreve
sua banda no festival do baile da escola e ainda conquista um
admirador secreto, será que é Todd? O que acontecerá? Só lendo
seu Querido Diário.
Barbie Fairytopia Mermaidia
Elina é uma bela fada do campo que vive em Fairytopia, um
mundo mágico povoado de fadas e seres encantados. Ela
finalmente ganha um par de asas para poder voar e ser como as
outras fadas! Porém, para salvar o reino submarino de
Mermaidia, Elina terá que abandonar suas adoradas asas para
sempre!
Está é a história da fada do Campo que se transforma em uma
linda sereia e abre mão do que lhe é mais importante para ajudar
um reino ameaçado pelo mal.
115
Barbie em as 12 Princesas Bailarinas
Barbie em as 12 Princesas Bailarinas, apresenta movimentos e
dança inspirados na famosa Companhia de Ballet de Nova York,
numa encantadora aventura.
Barbie está de volta em uma mágica nova aventura musical,
desta vez ao lado de suas irmãs princesas! Quando a malvada tia
Rowena se muda para o castelo, ela proíbe que as meninas
dancem ou cantem, pois acredita que esse não é o tipo de
comportamento apropriado para princesas. Mas as garotas
descobrem um palácio mágico e secreto para onde fogem, até
Barbie ficar sabendo que a tia está tramando para governar o
reino. Agora ela precisa voltar para ajudar o rei, seu querido
papai!
Barbie em a Princesa da Ilha
A princesa Rosella, ainda criança, sofre um naufrágio e vai parar
em uma ilha. Lá ela aprende a cantar e falar com uma adorável
família de animais, que inclui Sagi, um panda vermelho, Azul, o
pavão, e Tika, o bebê elefante. Inesperadamente, Rosella
conhece o príncipe Antônio que acabou de descobrir a ilha
paradisíaca.
Ela tem curiosidade em conhecer seu passado e viaja com o
príncipe para o seu castelo. Em contato com as coisas novas da
civilização, Rosella e seu amigo Tika descobrem um plano
diabólico para dominar o reino! Com um final surpreendente e
inesperado, as ações de Rosella mostram que ela é a verdadeira
princesa.
Barbie em a Princesa da Ilha – Uma aventura musical mostra
que, quando somos guiados pelo amor, milagres podem estar
mais próximos do que imaginamos.
116
Barbie Butterfly
A Nova aventura em Fairytopia
Junte-se a Barbie num mundo inteiramente novo de FadasBorboletas que ama ler e sonhar sobre o mundo. Flutterfield, sua
terra natal, é protegida pelas brilhantes luzes mágicas da Rainha.
Mas, quando a Rainha é envenenada pela perversa fada Henna,
as luzes especiais começam a sumir. Agora, a solução está nas
mãos de Butterfy e seus amigos, que saem numa jornada além
das fronteiras seguras de sua cidade atrás de um antídoto que
salvará a Rainha. Esta nova e encantadora aventura vai encantar
e emocionar todas as fãs de Barbie.
Barbie A Magia do Arco-Íris
Assista ao mais novo filme de Barbie Fairytopia!
Elina e seu amigo Bibble viajam para a escola de fadas no
Palácio de Cristal. Ao primeiro lá encontram outras fadas
escolhidas para aprender o ritual anual que dá vida ao Primeiro
Arco-Íris da Primavera. Mas a terrível Laverna planeja acabar
com o ritual, punindo Fairytopia com um rigoroso inverno de dez
anos. Elina e suas novas amigas devem aprender que "a união faz
a força". Mas será que são poderosas o bastante para derrotar
Laverna e trazer à vida o primeiro Arco-Íris da Primavera?
117
Barbie e o Castelo de Diamantes
Barbie e Teresa vivem em um chalezinho na floresta. Um dia
elas encontram um espelho encantado que aprisiona uma das três
musas da música em seu interior. Juntas, embarcam em uma
grande aventura para salvar a mais nova amiga. Nessa linda
história de amizade, encontram o mais belo castelo dos contos de
fadas, o "Castelo de Diamantes".
Barbie apresenta A Pequena Polegar
Conheça uma menina pequenina chamada Polegarzinha, a qual
vive em harmonia com a natureza no mundo mágico de
Twillerbees, que se esconde entre as flores do campo. As flores
onde Polegarzinha e seus dois amigos habitam são colhidas e
levadas para um apartamento na cidade grande, onde descobrem
os planos de construção que ameaçam destruir a terra dos
Twillerbees! Sentindo a magia da natureza, Polegarzinha
embarca nessa incrível aventura para provar que mesmo as
pequenas pessoas podem fazer uma tremenda diferença.
118
Barbie em A Canção de Natal
Barbie em A Canção de Natal é uma adorável adaptação da
clássica história de Charles Dickens, repleta de músicas
natalinas, roupas maravilhosas e muitas risadas.
Barbie brilha nesse conto como Eden Starling a glamurosa diva
do Teatro Vitorian, de Londres. Junto com seu gato arrogante
Chuzzlewit, Eden planeja, de maneira egoísta, fazer com que
todos os artistas trabalhem na noite de natal! Nem mesmo sua
figurinista Catherine consegue tirar essa idéia da cabeça de Eden.
Porém Eden é levada por três espíritos numa fantástica jornada
que abrirá seu coração ao espírito natalino, em uma temporada de
alegria e amor.
Barbie em A Canção de Natal é o filme ideal para toda a família.
Barbie e As Três Mosqueteiras
Poder feminino para o resgate!
Em Barbie e As Três Mosqueteiras, a boneca mais famosa do
mundo interpreta Corinne, uma jovem garota do campo que vai a
Paris para realizar um sonho, o de se tornar uma mosqueteira. Lá,
ela encontra três garotas que compartilham secretamente o
mesmo desejo.
Será que as meninas com ar de princesas conseguirão dançar no
baile de máscaras, arranjar o figurino certo e ainda salvar o
príncipe – tudo isso sem quebrar o salto do sapato? Acompanhe
essa mágica aventura que mostra que os sonhos realmente podem
se tornar realidade.
119
Barbie Moda e Magia
Barbie parecer ter tudo: grandes amigos, boas notas, um
namorado fantástico, uma carreira de sucesso como atriz, beleza,
inteligência, riqueza... Até que um dia tudo dá errado! Críticas
sobre seu trabalho e termino de namoro. Barbie decide visitar sua
tia Millicent, uma designer de modas que mora em Paris, para
esfriar a cabeça. Mas quando Barbie chega a Paris, ela descobre
que sua tia está prestes a fechar a sua loja de moda, Millicent's.
Com a ajuda de Alice, assistente de sua tia, e as fadas da moda,
Barbie está determinada a salvar a loja! Barbie e seus amigos
conseguirão fazer um evento de moda e salvar a loja de sua tia,
ou as dúvidas poderão causar um desastre?
Barbie em Vida de Sereia
Barbie é Merliah, uma campeã de surf de Malibu. Em um
momento ela é uma adolescente, e no outro descobre um
chocante segredo de família: ela é uma sereia! Merliah e seu
amigo golfinho, Zuma, partem para uma aventura no fundo do
mar para resgatar sua mãe, a rainha da Oceana. Com a ajuda das
suas amigas sereias, Merliah salva o reino do mar. No final ela
descobre que o que faz de você diferente é o que a torna especial.
120
Barbie e o Segredo das Fadas
Prepare-se para Barbie e o Segredo das Fadas, uma incrível
aventura com a Barbie, na qual ela descobre que existem fadas
vivendo secretamente entre nós! Quando Ken é raptado por um
grupo de fadas, ela descobre que ele foi levado para um mundo
mágico e secreto não muito distante. Barbie e suas amigas fadas
precisam entrar nesse incrível mundo para resgatá-lo! Será que
elas vão conseguir encontrá-lo a tempo, ou Ken ficará para
sempre preso em Gloss Angeles? Nesse caminho, Barbie e suas
amigas vão descobrir que a verdadeira magia não está no mundo
das fadas, mas sim no poder da amizade.
Barbie Escola de Princesas
Barbie interpreta Blair, uma garota simples e órfã que foi
sorteada para estudar na exclusiva Escola de Princesas. A escola
é um lugar incrível onde as futuras princesas aprendem dança,
etiqueta, artes e outras habilidades indispensáveis a uma
princesa. Blair adora suas aulas, suas fadinhas assistentes e suas
novas amigas, as Princesas Hadley e Isla.
Mas, quando a malvada Dama Devin desconfia que Blair é a
princesa-herdeira desaparecida, ela faz de tudo para impedir que
Blair assuma o trono. Blair e suas amigas embarcam numa super
aventura para encontrar a coroa encantada e descobrir sua
verdadeira identidade!
Será que Blair é mesmo a princesa desaparecida do reino de
Gardênia?
121
Barbie em: Vida de Sereia 2
Nesta nova aventura, Merliah aproveita sua vida de surfista nas
ondas da Austrália, enquanto curte o fundo do mar como sereia.
Até que uma rival muito competitiva ameaça a segurança do
Oceano ao libertar a malvada Eris. Merliah precisará da ajuda de
seus amigos e das sereias embaixadoras para tentar salvar o
oceano e ganhar a competição de surfe.
Será que ela conseguirá?
Barbie Um Natal Perfeito
Um musical de natal repleto de risadas.
Junte-se a Barbie e suas irmãs, Skipper, Stacie e Chelsea, no
feriado de Natal que se torna em uma inesperada aventura. Após
seu avião para Nova York ser desviado por uma tempestade de
neve, as meninas se encontram presas longe do seu destino e de
seus sonhos para o feriado. Terminando em uma pousada remota
na pequena cidade de Tannebaum, as irmãs descobrem novas
amizades e experiências mágicas. Para agradecer a todos pelas
boas-vindas Calorosas, elas usam o talento musical que possuem
para fazerem uma peça para toda a cidade. Barbie e suas irmãs
percebem que a verdadeira alegria de estarem juntas é o que
realmente faz Um Natal Perfeito.
122
Barbie em A Princesa e a Pop Star
Nesta brilhante aventura musical, Barbie é Tori uma
princesa bondosa do reino de Meribella que prefere cantar
e dançar do que realizar seus deveres reais. Quando sua
pop star favorita Keira visita o reino, as duas descobrem
que têm muito em comum, incluindo um segredo mágico
que lhes permite trocar de lugar uma com a outra. No
começo esta troca parece uma ótima ideia, até que cada
menina percebe que a vida da outra não é tão fácil como
parece! Meribella ainda tem um segredo mágico, e quando
ele é roubado, o reino inteiro é colocado em perigo. Será a
verdadeira amizade salvar o reino? Recheado de canções
fantásticas, roupas fabulosas e amigos muito divertidos,
este novo filme é um musical emocionante que mostra a
melhor coisa que você pode ser é você mesmo.
123
APÊNDICES
Apêndice A – Tabelas
Tabela 1: Resultados das chaves de busca em bancos de dados
CHAVES DE BUSCA
BANCOS DE
DADOS
‘filmes’ e
‘animação’
‘filmes
infantis’
‘filmes’ e
‘boneca
Barbie’
‘filmes’ e
‘feminilidades’
‘feminilidades’ e
‘infâncias’
R
S
R
S
R
S
R
S
R
S
Banco de teses e
dissertações da
CAPES
16
2
10
2
0
0
1
0
0
0
Repositório
digital Lume UFRGS
474
4
721
6
2
1
90
3
33
2
Biblioteca
Digital de Teses
e Dissertações
55
3
80
6
59
2
5
1
3
0
Fonte: Buscas realizadas nos bancos de dados em sites da internet.

Dentre os resultados encontrados, dois trabalhos não constatavam na íntegra e, por
este motivo, foram descartados da pesquisa. Os resultados se repetiram nas chaves de
busca e nos sites pesquisados;

Foram selecionados inicialmente quatorze trabalhos. Após refinamento dos resultados
das buscas, selecionamos 5 trabalhos e estes foram selecionados por utilizarem filmes
de animação como fonte para pesquisa e, também, pela aproximação teórica.
125
Tabela 2: Trabalhos selecionados
Tipo de
trabalho
Tese
Tese
Dissertação
Dissertação
Tese
Orientador/a
Autor/a
Título
Ano de
defesa
Instituição
Guacira Lopes
Louro
Ruth
Francini
Ramos
Sabat
Filmes infantis e a
produção
performativa da
heterossexualidade
2003
UFRGS
Eunice
Aita Isaia
Kindel
A natureza no
desenho animado
ensinando sobre
homem, mulher,
raça, etnia e outras
coisas mais...
2003
UFRGS
Maria
Carolina
da Silva
A infância no
currículo de filmes
de animação:
poder, governo e
subjetivação dos/as
infantis
2008
UFMG
Rosana
Fachel de
Medeiros
Bob Esponja:
produções de
sentidos sobre
infâncias e
masculinidades
2010
UFRGS
Simone
Olsieski
dos
Santos
Representações de
gênero,
transgressão e
humor nas figuras
infantis dos
desenhos animados
contemporâneos
2010
UFRGS
Maria Lúcia
Castagna
Wortimann
Marlucy Alves
Paraíso
Analice Dutra
Pilar
Rosa Maria
Hessel Silveira
Fonte: Buscas realizadas nos bancos de dados em sites da internet.
126
Tabela 3: Protagonistas e antagonistas
Filme
Barbie em
O QuebraNozes
Barbie A
Rapunzel
Barbie em
Lago dos
Cisnes
Protagonista
Tipo de
personagem
Como derrota
a/o Antagonista
Antag.
Objetivos/ ações
da/o Antagonista
Clara
(interpretada
por Barbie)
Derrota o Rei
Jovem comum
Rato por meio de
que em um
sua coragem,
sonho se
Rei Rato
ajuda de outras
descobre
(homem)
pessoas e pelo
princesa de um
amor que sente
reino mágico.
pelo príncipe.
Roubou o trono
transformando o
príncipe em
Quebra-Nozes,
quer manter seu
reinado
escravizando os
súditos.
Rapunzel
(interpretada
por Barbie)
Derrota Gothel
ao desobedecer
Jovem criada suas ordens,
como serva,
usando sua
mas é princesa inteligência, e
Gothel
legítima por
sendo verdadeira. (mulher)
ser filha de um Conta com a
rei.
ajuda de
amigas/os para
isso.
Raptou Rapunzel
quando bebê para
se vingar de seu
pai, quer destruir o
pai de Rapunzel
por não ter sido
correspondida em
seu amor.
Odete
(interpretada
por Barbie)
Derrota Robert
por meio do
‘amor
Jovem plebeia, verdadeiro’ e da
mas se tornará coragem de
princesa pois arriscar para
se casará com salvar seu amor.
o príncipe.
Conta com a
ajuda de
amigas/os para
isso.
Quer ser o rei da
floresta encantada
tomando o trono
de sua prima,
escraviza e
enfeitiça os seres
da floresta.
Barbie em Anneliese
A Princesa (interpretada
e a Plebeia por Barbie)
Jovem
princesa
herdeira do
reino.
Robert
(homem)
Derrota
Preminger com a
ajuda de Julian e
de animais de
estimação,
Preminger
encontra um
(homem)
meio de salvar o
reino sem se
casar por
obrigação.
Quer se tornar rei,
rouba os tesouros
da rainha,
sequestra e tenta
matar a princesa
para conseguir
seus objetivos.
127
Barbie e a
Magia de
Aladus
Barbie em
as 12
Princesas
Bailarinas
Barbie
Fairytopia
Barbie
Fairytopia
Mermaidia
Annika
(interpretada
por Barbie)
Jovem
princesa
herdeira do
reino.
Derrota Wenlock
com ajuda de
outras pessoas,
usa sua
Wenlock
inteligência,
(homem)
bondade e
educação para
desfazer todos os
seus feitiços.
Procura por uma
esposa perfeita,
mas as transforma
em duendes
quando se cansa
delas, já
transformou uma
das filhas do rei
em cavalo alado e
quer se casar com
outra filha, diante
da recusa da
princesa ele
transforma a
todas/os em
estátuas.
Geneveive
(interpretada
por Barbie) e
suas irmãs
Derrotam
Rowena com
Doze princesas
inteligência e
filhas do rei,
trabalho de
Rowena
cada uma com
equipe. Juntas
(mulher)
condutas
conseguem
distintas.
enfrentar guardas
e salvar o pai.
Quer se tornar
rainha, para isso
envenena o rei e
prende as
princesas em um
jardim secreto que
fora da mãe delas.
Derrota Laverna
com sua coragem
e inteligência,
mas conta com
Laverna
apoio de
(mulher)
amigas/os para
cumprir sua
missão.
Quer ser a rainha
de Fairytopia,
envenena sua
irmã, a rainha, e
todas as fadas e
seres mágicos para
tentar tomar o
poder dos colares
das/os
guardiãs/ões.
Elina
(interpretada
por Barbie)
Fada do
campo, ganha
asas no final
do filme.
Elina
(interpretada
por Barbie)
Derrota Laverna
Jovem fada,
com ajuda de
troca suas asas outras pessoas,
por cauda de
para conseguir
Laverna
sereia, mas
salvar o príncipe
(mulher)
volta a ser fada Nalu ela abre
no final do
mão do bem mais
filme.
precioso que tem:
suas asas.
Barbie
Elina
Fairytopia
(interpretada
A Magia do
por Barbie)
Arco-Íris
Fada jovem
Derrota Laverna
por meio de sua
coragem e com
ajuda das/os
aprendizes.
Laverna
(mulher)
Continua
querendo tomar o
reino, para isso
sequestra o
príncipe do mar
Nalu, pois ele
guarda a frutinha
da imunidade que
poderá protegê-la
de qualquer
feitiço.
Tenta impedir o
primeiro voo da
primavera para
roubar o trono de
sua irmã e destruir
o povo de
Fairytopia.
128
Barbie
Butterfly a
Nova
aventura
em
Fairytopia
Barbie em
a Princesa
da Ilha
Barbie e o
Castelo de
Diamante
Henna
(mulher)
Quer ser a rainha
de Flutterfield,
para isso envenena
a rainha de quem é
assistente.
Derrota Ariana
com sua coragem
Rainha
e pelo amor ao
Ariana
príncipe, conta
(mulher)
com a ajuda dos
animais.
Quer se vingar do
rei que baniu sua
família quando
tentaram matá-lo,
pretende casar sua
filha Luciana com
o príncipe Antônio
e depois matar a
as pessoas para
ficar com o reino.
Butterfly
(interpretada
por Barbie)
Fada jovem
Rosella
(interpretada
por Barbie)
Jovem que
cresceu
sozinha em
uma ilha,
descobre ao
final do filme
que é uma
princesa
legítima.
Liana
(interpretada
por Barbie) e
Alexa
Derrotam Lydia
com inteligência
Jovens
e a ajuda de dois
camponesas,
irmãos e de
tornam-se
Melody, só
princesas da
Lydia
conseguem
música ao final
(mulher)
cumprir a missão
do filme como
por causa da
mérito de sua
amizade
bravura.
verdadeira que há
entre elas.
Polegarzinha
criatura
mágica
Barbie
minúscula com
apresenta A Polegarzinha e
poderes sobre
Pequena
Makena
as plantas.
Polegar
Makena,
criança entre
11 e 12 anos.
Barbie em
A Canção
de Natal
Derrota Henna
por meio de sua
coragem e
inteligência, mas
contando com a
ajuda de muitas
amigas.
Eden
(interpretada
por Barbie)
Conseguem
salvar o mundo
dos Twillerbees
com inteligência
e por meio da
palavra,
mostrando aos
adultos o que
realmente
importa.
Quer ser a única
ninfa da música,
transforma as
outras ninfas em
estátuas, quer
instaurar um
reinado sombrio
de tristeza.
Os pais de
Makena estão à
frente de um
projeto para
A eminente
desmatar o campo
destruição
e construir uma
do campo
fábrica no lugar,
isso destruiria o
mundo dos
Twillerbees.
Consegue mudar
a si mesma pelo
encontro com seu
natal passado,
presente e futuro,
diante do futuro
tenebroso que
A própria
Jovem cantora.
teria ela muda de Eden
atitude para com
seus
funcionários,
deixando de ser
egoísta e
mesquinha.
Impede seus
funcionários de
sair para o Natal
por odiar essa data
festiva, repete para
si mesma: "Em
um mundo
egoísta, só os
egoístas se dão
bem".
129
Barbie e as
Três
Mosqueteir
as
Barbie em
Vida de
Sereia
Barbie em
Vida de
Sereia 2
Corinne
(interpretada
por Barbie) e
suas amigas
Conseguem
salvar o príncipe
trabalhando
Jovens
juntas, lutam
dedicadas que contra os
Philippe
com esforço se mosqueteiros
(homem)
tornam
aliados do
mosqueteiras. regente Philippe,
são ágeis,
inteligentes e
corajosas.
Merliah
(interpretada
por Barbie)
Jovem meio
humana meio
sereia,
princesa do
reino de
Oceana.
Derrota Eris com
sua coragem e
determinação,
mas só consegue
quando assume
seu "verdadeiro
eu", se
reconhecendo
Eris
como Merliah,
(mulher)
princesa de
Oceana que
precisa salvar seu
povo. Conta com
a ajuda de várias
amigas para
cumprir a sua
missão.
Aprisionou sua
irmã para assumir
seu trono, está
envenenando as
águas do oceano
ao manter a irmã
em cativeiro o que
faz com que ela
produza Marvita
(uma magia que
concede vitalidade
as águas do mar)
de má qualidade.
É uma tirana que
mantém o povo
sob controle pelo
medo.
Jovem meio
humana meio
sereia,
princesa do
reino de
Oceana.
Derrota Eris ao
abrir mão de suas
pernas, seu bem
mais precioso,
assumindo o
risco de ser sereia
para sempre ao
Eris
sentar no trono
(mulher)
para o ritual de
preparação para
produzir Marvita
(uma magia que
concede
vitalidade as
águas do mar).
Consegue escapar
da prisão e tenta
assumir o trono
novamente
cumprindo o ritual
para conseguir
fazer Marvita.
Merliah
(interpretada
por Barbie)
Quer matar o
príncipe para
tomar seu trono,
arquiteta vários
planos para isso,
mas é vencido
pelas
mosqueteiras.
130
Barbie
Escola de
Princesas
Diário da
Barbie
Barbie
Moda e
Magia
Barbie e O
Segredo
das Fadas
Consegue provar
que é verdadeira
herdeira do trono Dama
de Gardênia, para Devin
isso conta com a (mulher)
ajuda de suas
amigas.
Há muitos anos
provocou a morte
da família real
para que sua filha
pudesse assumir o
trono de Gardênia,
percebe que Blair
é a verdadeira
princesa e tenta
expulsá-la da
escola.
Blair
(interpretada
por Barbie)
Jovem criada
como plebeia,
mas é a
princesa
legítima do
reino de
Gardênia.
Barbie
Barbie consegue
perceber seus
erros e se
Personificação
desculpar com as
da Boneca
amigas,
Barbie em
percebendo que
idade
não é ser popular
adolescente
o que importa,
mas ter amigas
de verdade.
Para atingir seus
objetivos Barbie
magoa suas
amigas, engana as
pessoas e tem
atitudes que
desagradam a
todas.
Barbie
Barbie consegue
salvar a
confecção
Millicent's
Personificação
produzindo um
da boneca
grande desfile,
Barbie em uma
para isso conta
aventura de
com a ajuda de
sua vida.
suas amigas, das
fadas da moda e
dos animais de
estimação.
Jaqueline
(mulher)
Jaqueline quer ser
a maior estilista de
Paris, para isso ela
boicota os
trabalhos de
Millicent,
sequestra as fadas
da moda, mas ao
final é punida por
sua inveja e
reconhecendo seus
erros, perdoada
vai trabalhar com
Millicent.
Barbie
Barbie consegue
salvar Ken de se
casar com
Graciela jogando
Personificação
nela a poção que
da boneca
desfaz o feitiço
Graciella
Barbie em uma
do amor, mas só (mulher)
aventura de
consegue isso
sua vida.
contando com a
ajuda de
Raquelle e suas
amigas fadas.
Graciella é
enfeitiçada por
Cristal e se
apaixona por Ken,
ela o sequestra
para obrigá-lo a se
casar com ela.
131
Barbie Um
Natal
Perfeito
Barbie a
Princesa e
a Pop Star
Barbie e suas
irmãs
Conseguem
perceber que o
natal perfeito
pode ser em
Personificação qualquer lugar,
da boneca
só depende de
Barbie e suas como encaram os
irmãs em uma fatos, com
aventura de
cooperação e
natal.
amizade entre
elas passam
juntas o melhor
natal de suas
vidas.
Queriam chegar à
Nova York para
passar o natal com
sua tia Milli, cada
A mudança
uma tinha planos
de tempo
individuais para o
que impede
seu natal, mas
os planos
uma nevasca as
impede de chegar,
deixando-as
desapontadas.
Tori
(interpretada
por Barbie)
Consegue salvar
o reino com a
ajuda de Keira,
elas impedem
Crider de fugir
com a gardênia
de diamantes,
plantam
diamantes que
colocaram em
seus colares e
conseguem fazer
brotar uma nova
planta.
Tenta roubar a
gardênia de
diamantes, mas
sem a planta todo
o reino fica
ameaçado, as
plantas morrem,
além disso os
diamantes mantém
o reino
financeiramente.
Jovem
princesa
herdeira do
reino.
Crider
(homem)
132
Tabela 4: Características das personagens femininas
Filme
Características físicas
da personagem
Características de
atitudes/Condutas
da personagem
Roupas e
acessórios da
personagem
Rapunzel
(interpretada por
Barbie)
Jovem, pele branca,
cabelos longos e
loiros, magra e tem
olhos azuis.
Doce, gentil,
obediente, amiga,
verdadeira, curiosa
e destemida,
enfrenta os ricos
para salvar seu
amor, gosta de
pintura.
Usa um vestido
longo em tom
rosa claro, com
manga curta, ou
longa, variando
em algumas
cenas.
Gothel
Mulher sem idade
definida, aparentando
se mais idosa, muito
magra e alta, pele
branca, cabelos
grisalhos. Tem o rosto
fino e alongado com
ângulos bem definidos
e olhos verdes claros.
Egoísta, vingativa,
cruel, despreza
todas as pessoas a
sua volta.
Usa um longo
vestido em tom
de verde musgo e
um chapéu na
mesma cor, leva
no pescoço sua
doninha de
estimação
(também
conhecido como
furão).
Dragão criança do
sexo feminino, tem a
pele em tom violeta,
asas pequenas e olhos
verdes, apresenta o
corpo com formas
arredondadas.
Desastrada,
costuma bater a
cauda nas coisas a
sua volta, fiel a sua
amiga, tem medo
de voar, vive
desapontada por
não agradar a seu
pai, mas se
descobre corajosa e
valente ao final do
filme.
Não usa nenhum
tipo de acessório
Personagem
analisada
Barbie A
Rapunzel
Penelope
133
Odete
(interpretada por
Barbie)
Jovem, pele branca,
cabelos longos e
loiros, magra e tem
olhos azuis.
Tímida, gosta de
dançar, é dedicada
a família,
preocupada com as
outras pessoas,
romântica, gentil e
educada, se
considera fraca,
mas no decorrer do
filme se descobre
corajosa.
Usa no início do
filme um longo
vestido azul com
detalhe branco na
gola e manga. Na
primeira dança
com o príncipe o
vestido se
transforma na cor
rosa, modelo
princesa com
mangas longas e
fofo na parte do
ombro. Ao final
do filme aparece
usando um
vestido de ballet,
em tom rosa com
detalhes de penas
azuis, tudo com
muito brilho,
podendo ficar
curto para dançar.
Mulher magra, pele
branca, olhos e cabelos
castanhos.
Cuidadora da
floresta, dedicada a
proteção de
todos/as que ali
vivem, gentil e
educada.
Usa um vestido
longo em tom
lilás de magas
fofas e todo
brilhante.
Unicórnio feminino
com tom de pelo lilás
Destemida,
aventureira,
corajosa, audaciosa
e teimosa.
Não usa nenhum
tipo de acessório
Obediente, gentil,
doce, corajosa,
preocupada com o
bem de outras
pessoas.
Usa um vestido
longo em tom
rosa, mangas
longas e com
renda e laço nos
pulsos. Em
seguida usa uma
camisola rosa
com detalhes em
renda branca, ao
se tornar a
princesa
Caramelo usa um
vestido rosa
brilhante com
predarias no
busto e saia
luminosa.
Barbie em
Lago dos
Cisnes
Rainha
Lila
Barbie em O
Quebra-Nozes
Clara
(interpretada por
Barbie)
Jovem, pele branca,
cabelos longos e
loiros, magra e tem
olhos azuis.
134
Tia Elizabeth
Annika
(interpretada por
Barbie)
Mulher magra, pele
branca, olhos e cabelos
castanhos.
Gosta de viajar,
solteira,
despreocupada.
Jovem, pele branca,
cabelos longos e
loiros, magra e tem
olhos azuis.
Usa inicialmente
uma calça jeans,
casaco rosa e
botas marrons,
em seguida
aparece com um
vestido curto de
Corajosa, valente,
babados e magas
determinada,
longas em tom
destemida,
rosa bebê e com
inteligente, geniosa, um laço na
considerada por
cintura. Após
todos/as como
aparece usando
petulante,
um vestido longo
preocupada com o
em tom lilás, saia
bem de outras
rosa, com mangas
pessoas.
longas e fofas.
Ao final aparece
usando um
vestido de saia
bem volumosa e
de alças em tom
lilás e uma coroa
na cabeça.
Barbie e a
Magia de
Aladus
Brietta
Usa um vestido
longo vermelho e
com magas
longas, na manhã
seguinte usa um
vestido
semelhante, mas
de cor azul.
Égua alada em tom
rosa claro. Depois
transformada em
humana se torna uma
jovem mulher de pele
branca, cabelos
castanhos longos e
olhos azuis
Gentil, educada,
preocupada com o
bem da irmã.
Usa uma coroa na
cabeça, um sino
no pescoço e
enfeites na crina.
Quando humana
usa um vestido
no modelo
princesa, longo
de manga fofa
nos ombros, e
saia volumosa na
cor perola.
135
Rosella
(interpretada por
Barbie)
Jovem, pele branca,
cabelos longos e
loiros, magra e tem
olhos azuis.
Gentil, educada,
preocupada com os
animais.
Usa um vestido
branco tomaraque-caia,
aparentemente
feito de uma peça
de tecido
amarado ao lado
na cintura. Após
aparece usando
um vestido rosa
de mangas
longas, com
detalhe branco na
frente.
Tika
Elefante do sexo
feminino, apresentada
como jovem, tem a
pele em tom azul
claro.
Tem ciúmes de
Rosella, medo de
enfrentar o
desconhecido, mas
se mostra
companheira nas
adversidades.
Não usa nenhum
tipo de acessório
Gentil, educada,
doce, romântica,
quer se casar por
amor, Toca arpa e
gosta de ópera.
Usa um vestido
violeta longo no
modelo princesa,
saia volumosa,
manga longa e
fofa nos ombros,
detalhes dourados
na gola e busto
do vestido.
Ardilosa, vingativa,
não ouve sua filha.
Usa um vestido
vermelho de
mangas curtas
com detalhes em
branco. Na parte
da frente do
vestido tem
detalhes
dourados.
Barbie em a
Princesa da
Ilha
Princesa
Luciana
Jovem, pele branca,
magra, cabelos longos
e castanhos, a mesma
cor nos olhos.
Rainha Ariana
Mulher, pele branca,
com corpo um pouco
mais volumoso que
das outras mulheres no
filme, cabelos
avermelhados presos
em um grande topete,
olhos castanhos.
136
Geneveive
(interpretada por
Barbie)
Barbie em as
12 Princesas
Bailarinas
Ashlyn
Blair
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e loiros preso em
coque, olhos azuis.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e castanhos preso em
coque, olhos azuis.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e pretos preso em
coque, olhos azuis.
Gentil, preocupada
com as irmãs,
lidera as princesas,
dança Muito bem,
está sempre
atrasada.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
rosa Pink de
manga 3/4, o
busto de vestido e
as mangas são em
tom mais claro, a
saia é volumosa e
a manga é fofa
nos ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
Gentil, gosta de
dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
violeta de manga
3/4, o busto de
vestido e as
mangas são em
tom mais claro, a
saia é volumosa e
a manga é fofa
nos ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
Gosta de cavalgar e
dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
vermelho de
manga 3/4 com
tom mais claro, a
saia é volumosa e
a manga é fofa
nos ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
137
Courtney
Della
Edeline
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e castanhos preso em
coque, olhos na
mesma cor.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e loiros preso em
coque, olhos verdes.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e castanhos preso em
coque, olhos verdes.
Adora ler livros, é
distraída, gosta de
dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
azul de manga
3/4 com tom mais
claro, a saia é
volumosa e a
manga é fofa nos
ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
É boa em esportes,
adora dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
verde de manga
3/4 com tom mais
claro, a saia é
volumosa e a
manga é fofa nos
ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
É boa em esportes,
adora dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
azul de manga
3/4 com tom mais
claro, a saia é
volumosa e a
manga é fofa nos
ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
138
Fallon
Hadley
Ilsa
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e loiros preso em
coque, olhos
castanhos.
Adolescente, magra,
pele branca, cabelos
longos e loiros presos
em rabo de cavalo.
Olhos azuis.
Adolescente, magra,
pele branca, cabelos
longos e castanhos
presos em rabo de
cavalo. Olhos azuis.
Gentil, adora
dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
rosa de manga
3/4 com tom mais
claro, a saia é
volumosa e a
manga é fofa nos
ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
gola traz uma
flor, os detalhes
são em tom
dourado.
É agitada, gosta de
andar com pernas
de pau e dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
lilás de manga
3/4 com tom mais
claro, a saia é
volumosa e a
manga é fofa nos
ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
frente tem uma
faixa mais clara,
na cintura uma
flor.
É agitada, gosta de
andar com pernas
de pau e dançar.
Usa um vestido
no modelo
princesa em tom
azul piscina de
manga 3/4 com
tom mais claro, a
saia é volumosa e
a manga é fofa
nos ombros, com
laços próximos
ao cotovelo. Na
frente tem uma
faixa mais clara,
na cintura uma
flor.
139
É gentil, educada,
gosta de colecionar
insetos e dançar.
Usa um vestido
um pouco abaixo
do joelho, manga
curta e fofa, a cor
é azul claro com
arabescos, na
cintura uma fita
na mesma cor
com uma flor na
frente.
Gentil, educada e
gosta de dançar.
Usa um vestido
um pouco abaixo
do joelho, manga
curta e fofa, a cor
é rosa clara com
arabescos, na
cintura uma fita
na mesma cor
com uma flor na
frente.
Menina de cinco anos,
pele branca, magra,
cabelos loiros olhos
azuis.
Gentil, educada e
gosta de dançar, é
considerada
desastrada.
Usa um vestido
um pouco abaixo
do joelho, manga
curta e fofa, a cor
é lilás bem suave
com arabescos,
na cintura uma
fita na mesma cor
com uma flor na
frente.
Rowena
Mulher, pele branca,
cabelos grisalhos,
olhos azuis.
Tem a voz doce,
fala de forma
suave, quer roubar
o reino e se livras
das princesas,
maltrata as
princesas e tenta
matar o rei.
Usa um vestido
em tom azul
escuro com
arabescos, saia
muito volumosa
com babados,
manga 3/4 e
detalhes em
dourado.
Polegarzinha
Aparenta ser
adolescente, sem idade
definida, magra, pele
branca, cabelos loiros
com mechas rosa,
olhos azuis, tem
pequena estatura.
Corajosa,
determinada,
amiga, preocupada
com o bem comum,
gosta de se divertir.
Usa um vestido
rosa com detalhes
verdes, saia
brilhante, usa
uma flor na frente
do vestido e outra
no cabelo.
Janessa
Kathleen
Lacey
Barbie
apresenta A
Pequena
Polegar
Menina de cinco anos,
pele branca, magra,
cabelos castanho
escuro, olhos azuis.
Menina de cinco anos,
pele branca, magra,
cabelos ruivos, olhos
azuis.
140
Janessa
Aparenta ser
adolescente, sem idade
definida, magra, pele
branca, cabelos
castanhos claros com
mechas verdes, olhos
verdes, tem pequena
estatura.
Desajeitada, tem
coragem, mas se
atrapalha em tudo
que faz.
Usa um vestido
verde com
detalhes laranja,
uma flor no
ombro e outra no
cabelo.
Chrysella
Aparenta ser
adolescente, sem idade
definida, magra, pele
branca, cabelos
castanhos com mechas
lilás, e olhos castanhos
claros, tem pequena
estatura.
Medrosa, gosta de
se sentir em
segurança, não
gosta de se arriscar.
Usa um vestido
rosa com muitos
detalhem em
lilás, e uma flor
no cabelo.
Aparenta ter por volta
de doze anos, magra,
pele branca, cabelos na
altura dos ombros em
tom castanho, olhos
verdes.
Mimada, tem tudo
que quer, tenta
manter o padrão de
consumo de sua
amiga Violet, mas
muda ao conhecer
Polegarzinha e se
torna uma pessoa
preocupada com o
bem das outras
pessoas e uma
amiga leal.
Usa uma blusa
verde com uma
legging lilás,
depois uma blusa
verde com calça
jeans.
Egoísta, mimada,
arrogante,
impiedosa, mas se
transforma ao
longo do filme e ao
final se torna
generosa, gentil,
amiga e preocupada
com outras pessoas.
Usa no início do
filme um vestido
longo com saia
volumosa em tom
verde, no pescoço
uma joia com
pedra verde,
durante a maior
parte usa uma
camisola lilás, e
ao final usa um
vestido vermelho
com um capuz da
mesma cor, na
cintura um laço
dourado.
Makena
Barbie em A
Canção de
Natal
Eden
(interpretada por
Barbie)
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
e com cachos, olhos
azuis.
141
Catherine
Barbie
Generosa, amiga,
dedicada ao
cuidado com outras
pessoas, solidária.
Usa um vestido
rosa com laços
brancos na frente
e ombros, a saia
do vestido é
branca com
detalhes em rosa,
no cabelo usa
laços brancos e
no pescoço uma
joia com pedras
rosa.
Jovens, magra, alta,
pele branca, cabelos
longos e loiros, olhos
azuis.
Gentil, preocupada
com o bem estar de
suas irmãs,
generosa, ajuda em
tudo que pode às
pessoas.
Usa uma blusa
rosa com detalhes
em violeta na
frente, calça
violeta e botas
pretas. Após usa
um casaco rosa
com calça branca
e botas rosa com
preto. Ao final
usa um vestido
tomara-que-caia
longo modelo
sereia em cor
rosa com listras
douradas e um
laço na mesma
cor preso
próximos ao
joelho e sapatos
brancos.
Adolescente, por volta
dos dezesseis anos,
magra, pele branca,
cabelos castanhos com
mechas rosa, olhos
azuis.
Usa uma blusa
azul, um casaco
rosa com estampa
de pintas de onça
em azul, calça
jeans, sapato
azul. Após usa
Gosta de música,
um casaco azul
compõe e edita suas
com calça jeans e
canções no
botas azuis ao
computador, possui
final usa uma
um blog de música.
blusa rosa
brilhante, saia
xadrez em tom
verde sobreposta
a uma leggin
branca e sapatos
de salto brancos.
Jovem, magra, pele
negra, cabelos negros
e cacheados, olhos
castanhos.
Barbie Um
Natal Perfeito
Skipper
142
Stacie
Chelsea
Criança, por volta dos
onze anos, magra, pele
branca, cabelos loiros
e olhos verdes.
Usa um casaco
fechado violeta
com listras
brancas, calça
lilás e por cima
uma saia azul
com tênis na
mesma cor. Após
Esportista, gosta de usa um casaco
patinar no gelo,
rosa bebê, calça
sonha em fazer uma azul e luvas Pink
grande
e botas azuis. Ao
apresentação em
final usa um
Nova York.
vestido branco
com estampa de
cata-vento, na
barra flores corde-rosa e na gola
uma faixa na
mesma cor com
um laço e sapatos
vermelhos.
Criança, por volta de
seis anos, magra, pele
branca, cabelos loiros,
olhos azuis.
Usa no início
uma blusa verde,
casaco rosa com
listras laranjadas
e corações rosa
nas listras, calça e
sapatos rosa.
Após usa seu
casaco rosa
brilhante, calça
em tom rosa mais
claro e botas
azuis. Ao final
usa um vestido
com estampa em
xadrez verde na
parte superior e
saia branca com
detalhes rosa e
desenhos de bola,
uma fita rosa com
laço abaixo do
busto e sapatos
azuis.
Agitada, falante,
gosta de imitar a
irmã Stacie, sonha
em ver o show de
leões marinhos.
143
Merliah
(interpretada por
Barbie)
Jovem de 16 anos,
meio humana meio
sereia, pele branca,
magra, olhos azuis,
cabelos loiros com
mechas rosa.
Surfista que gosta
de aventuras,
gentil, educada,
preocupada com o
bem de seus
súditos, amiga,
corajosa,
inteligente.
Usa um biquíni
na parte de cima
do corpo, em
baixo usa um
short curto,
ambos em tom
rosa com flores.
No oceano usa
uma cauda falsa
em tom rosa com
lilás e decorado
com conchas e
top na mesma
cor. Ao final,
quando ganha
cauda de verdade,
ela é rosa
brilhante com
detalhe de uma
flor e estampa de
conchas, o top é
na mesma cor
com uma alça só
e uma flor no
ombro.
Egoísta, mantém a
irmã em cativeiro,
maltrata sereias
inocentes, tirana.
Tem cauda
laranjada com
estampa verde, a
blusa é em tom
laranja, usa uma
coroa grande e
um colar no
pescoço.
Generosa,
cuidadora de seus
súditos, gentil.
Tem a cauda azul
clara com rajados
em brancos, top
na mesma cor, no
busto um adorno
dourado e uma
pedra, usa uma
coroa e
braceletes.
Vaidosa, gosta de
moda, corajosa, se
dedica a ajudar
Merliah.
Tem cauda azul
com babados em
baixo, a parte de
cima é
continuação da
cauda em modelo
tomara-que-caia,
usa um colar de
coração.
Barbie em
Vida de Sereia
Eris
Calissa
Kayla
Mulher Sereia, pele
branca, cabelos ruivos,
magra, olhos
castanhos.
Mulher sereia, magra,
pele branca, cabelos
loiros com mechas
azuis, olhos azuis.
Jovem sereia, pele
branca, magra, cabelos
longos loiros com
mechas azuis, olhos
azuis.
144
Xylie
Merliah
(interpretada por
Barbie)
Vaidosa, gosta de
moda, corajosa, se
dedica a ajudar
Merliah.
Tem cauda
violeta com
babados rosa em
baixo, a parte de
cima é
continuação da
cauda com
babados rosa na
gola, alças e
flores, na cintura
um cinto de
flores.
Jovem de 17 anos,
meio humana meio
sereia, pele branca,
magra, olhos azuis,
cabelos loiros com
mechas rosa.
Gentil, dividida
entre sua vida
humana e as
obrigações de ser
princesa sereia,
abre mão de tudo
para salvar seu
reino.
Usa um biquíni
na parte de cima
do corpo em tom
pink com
detalhes azuis,
em baixo um
short curto em
tom azul claro
com detalhe Pink
na cintura. No
oceano quando se
torna sereia tem
uma cauda pink
brilhante com
dourado na parte
de baixo, o top é
da mesma cor
com mito brilho e
detalhes em
dourado e azul.
Jovem humana, pele
branca, magra, cabelos
castanhos, olhos
castanho claro.
Competitiva, quer
se dar bem a
qualquer custo, mas
muda ao passar
pela experiência de
ser sereia, se torna
amiga, dedicada a
ajudar os/as
outros/as tornandose leal.
Usa um biquíni
na parte de cima
do corpo, em
baixo usa um
short curto,
ambos em violeta
com detalhes
lilás, no oceano
ganha uma cauda
lilás com detalhes
violeta, o top é
violeta.
Jovem sereia, pele
branca, magra, cabelos
longos castanhos
escuros com mechas
rosa, olhos azuis.
Barbie em
Vida de Sereia
2
Kylie
145
Liana
(interpretada por
Barbie)
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros,
olhos azuis.
Barbie e o
Castelo de
Diamante
Alexa
Barbie e as
Três
Mosqueteiras
Corinne
(interpretada por
Barbie)
Jovem, magra, pele
branca, cabelos
castanhos, olhos
verdes.
Jovem de 17 anos,
magra, pele branca,
olhos azuis, cabelos
longos e loiros
levemente ondulados.
Inteligente, gentil,
caridosa, boa
cantora, amiga,
leal, preocupada
com o bem comum.
Usa um vestido
longo de manga
curta na cor rosa,
na barra um
detalhe em
violeta e um
corpete lilás por
cima. No cabelo
um laço e uma
flor em violeta.
Gentil, educada,
boa cantora, amiga,
leal, preocupada
com o bem comum.
Usa um vestido
longo de manga
curta em cor azul
na saia e rosa na
blusa, um corpete
azul mais escuro
por cima.
Gentil, educada,
corajosa,
determinada,
destemida, luta por
seus sonhos, treina
para ser
mosqueteira e salva
o príncipe.
No início do
filme usa calça
comprida, camisa
com colete, botas
e chapéu. Na
segunda parte
passa a usar saia,
blusa com colete,
sapatos e uma
meia fina. Na
parte final usa um
longo vestido de
festa na cor rosa e
com muito brilho,
esse mesmo
vestido fica curto
com a retirada de
uma saia,
deixando à
mostra uma bota
de cano alto na
mesma cor do
vestido. Carrega
uma espada como
acessório para
luta.
146
Viveca
Aramina
Jovem, pele branca
com olhos castanhos,
cabelos longos em tom
castanho levemente
ondulado.
Jovem, pele branca
com olhos castanhos,
cabelos longos e
ruivos levemente
ondulados.
Gosta de moda e
confecção de
roupas, treina para
ser mosqueteira.
Usa no início do
filme uma saia
lilás com colete
na mesma cor,
blusa branca e
sapatos com meia
fina. No final
aparece com um
vestido lilás
longo com
detalhes em
pedraria, esse
mesmo vestido
fica curto com a
retirada de uma
saia, deixando à
mostra uma bota
de cano alto na
mesma cor do
vestido. Esconde
sob a roupa um
acessório de fitas
que usa como
arma nas lutas.
Gosta de dança,
rosas e poesia,
treina para ser
mosqueteira.
Usa no início do
filme uma saia
verde com colete
na mesma cor,
blusa branca e
sapatos com meia
fina. No final
aparece com um
vestido verde
longo com
detalhes em
pedraria, esse
mesmo vestido
fica curto com a
retirada de uma
saia, deixando à
mostra uma bota
de cano alto na
mesma cor do
vestido. Esconde
sob a roupa dois
leques que usa
como armas nas
lutas.
147
Renée
Anneliese
(interpretada por
Barbie)
Jovem, pele morena
com olhos pretos,
cabelos longos e pretos
levemente ondulados.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e loiros, olhos azuis.
Gosta de música e
toca violino, treina
para ser
mosqueteira.
Usa no início do
filme uma saia
azul com colete
na mesma cor,
blusa branca e
sapatos com meia
fina. No final
aparece com um
vestido azul
longo com
detalhes em
pedraria, esse
mesmo vestido
fica curto com a
retirada de uma
saia, deixando à
mostra uma bota
de cano alto na
mesma cor do
vestido. Leva no
pescoço um colar
de pedras que usa
como arma nas
lutas.
Gentil, aceita
passivamente as
ordens da mãe,
obediente, educada,
estudiosa,
preocupada com o
bem de seu reino.
Usa a maior parte
do filme um
vestido longo em
tom rosa bebê, a
saia é volumosa e
brilhante, na
parte de cima a
manga é 3/4, na
frente tem uma
faixa na cor
branca com uma
pedra lilás e
detalhes em
dourado.
Gentil, resignada,
sonha com
liberdade, boa
cantora.
Usa a maior parte
do filme um
vestido longo
com saia
volumosa em tom
azul bebê com
uma parte rosa
bebê na frente e
detalhes em
dourado.
Barbie em A
Princesa e a
Plebeia
Erika
Jovem, magra, pele
branca, cabelos longos
e castanhos, olhos
azuis.
148
Elina
(interpretada por
Barbie)
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
loiros e olhos verdes.
Corajosa, gentil,
educada, bondosa,
preocupada com o
bem comum.
Usa um vestido
tomara-que-caia
curto com saia
feita de pétalas de
flores, na parte de
cima tem detalhes
de pétalas na
parte da frente.
Ao final do filme
ganha um par de
asas rosa
brilhante
Mulher fada, magra,
pele branca, olhos
verdes, cabelos
esverdeados.
Invejosa, tenta ser a
rainha das fadas,
enfeitiça a própria
irmã para conseguir
isso.
Usa um vestido
longo em tom
violeta escuro
furta-cor, asas
violeta
translúcida.
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
loiros e olhos verdes.
Corajosa, gentil,
educada, bondosa,
preocupada com o
bem comum.
Começa usando a
roupa do filme
Barbie
Fairytopia, mas
troca sua asas por
cauda, ela se
transforma em
uma sereia de
cauda pink, a
parte de cima da
roupa também é
da mesma cor
com relevo de
flores, nos braços
leva braceletes
com flores. Ao
recuperar as asas
elas estão pink, a
parte de cima da
roupa fica a
mesma e a parte
de baixo volta a
ser uma saia de
pétalas, mas em
tom da cor inicial
na cor da blusa.
Jovem sereia, pele
branca, magra, cabelos
azuis, olhos na mesma
cor.
Impetuosa,
grosseira, egoísta,
mas preocupada
com Nalu, ao passo
que convive com
Elina vai mudando
sua maneira de ser,
fica mais educada e
gentil.
Usa na parte de
cima uma blusa
azul com detalhes
em rosa, na
cintura tem
babados mais
longos que
lembram uma
saia, a cauda é
Barbie
Fairytopia
Laverna
Elina
(interpretada por
Barbie)
Barbie
Fairytopia
Mermaidia
Nori
149
em tom lilás com
azul.
Corajosa, gentil,
educada, bondosa,
preocupada com o
bem comum.
Usa um vestido
Pink com relevo
de flores, nos
braços leva
braceletes com
flores, a parte de
baixo é uma saia
de pétalas de flor.
Ao final ganha
asas com as cores
do arco-íris, seu
vestido muda de
formato, a parte
de cima tem as
cores das asas na
frente e azul nas
costas, a saia
continua pink
feita de pétalas de
margarida.
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
alaranjados e olhos
castanhos.
Explosiva e
briguenta. Não
gosta de Elina
mesmo antes de
conhecê-la. Mas
muda de atitude ao
ser salva por ela.
Usa um vestido
alaranjado com
detalhes
amarelos, na
frente tem um
sol, a saia é de
pétalas na cor
laranja, as asas
são na mesma cor
com detalhes
amarelos.
Butterfly
(interpretada por
Barbie)
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
com mechas rosa,
olhos castanhos e asas
pink.
Se sente
desajustada, não
gosta de ficar entre
muitas pessoas,
sonha em conhecer
o mundo fora de
Flutterfield, diante
da necessidade se
enche de coragem e
enfrenta os
desafios, é
inteligente gentil e
generosa.
Usa um vestido
pink com flores
na frente a saia é
de pétalas e tem
as bordas bem
definidas em cor
escura.
Rayna
Vaidosa, só pensa
Jovem, magra, pele
em si mesma, se
branca, cabelos cor-dearrisca para ajudar
rosa com mechas
o príncipe a fim de
branca, olhos azuis,
se tornar sua
Elina
(interpretada por
Barbie)
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
loiros e olhos verdes.
Barbie
Fairytopia A
Magia do
Arco-Íris
Fada Solar
Barbie
Butterfly a
Nova aventura
em Fairytopia
Usa um vestido
pink, com colete
e saia de pétalas.
150
asas pink.
Diário da
Barbie
esposa, mas deixa
de ser egoísta no
final do filme.
Rayla
Jovem, magra, pele
branca, cabelos Azuis,
olhos e asas na mesma
cor com mechas
brancas.
Vaidosa, só pensa
em si mesma, se
arrisca para ajudar
o príncipe a fim de
se tornar sua
esposa, mas deixa
de ser egoísta no
final do filme.
Usa um vestido
azul com detalhe
de borboletas na
parte de cima e
saia de pétalas.
Willa
Jovem, magra, pele
branca, cabelos roxo
com mechas lilás,
olhos azuis e asas
roxas.
Generosa, amiga de
Butterfly, corajosa,
ajuda o príncipe a
descobrir os planos
de Henna.
Usa um vestido
roxo com flores
na frente e saia de
pétalas.
Henna
Jovem, magra, pele
branca, cabelos
violeta, olhos azuis e
asas violeta furta-cor
Egoísta, quer se
tornar a rainha,
para isso a
envenena.
Usa um vestido
violeta na parte
de cima e lilás na
parte de baixo
feita de pétalas.
Educada, quer ter
mais visibilidade na
escola, magoa suas
amigas para atingir
seus objetivos, mas
reconhece seus
erros e pede
desculpas.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
saias, blusas,
casacos, o mais
especial é o
vestido do baile,
um vestido curto
na cor rosa, com
borboletas em
relevo na frente e
sem manga.
Educada,
determinada,
organizada, amiga.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
saias, blusas,
casacos, vestidos.
Barbie
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
levemente ondulados,
olhos azuis.
Tia
Jovem, pele morena,
cabelos negros
cacheados, olhos
castanhos claros.
Courtney
Jovem, magra, pele
branca, cabelos lisos
negros com mechas
castanhas, olhos
verdes.
Educada,
despreocupada,
amiga.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
mas em geral usa
calça jeans e
blusa.
Raquelle
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
escuro lisos, olhos
verdes.
Se considera a mais
popular da escola,
tenta desqualificar
Barbie.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
saias, blusas,
151
casacos, vestidos.
Regen
Jovem, magra, pele
branca, cabelos
castanhos claros
curtos, olhos azuis.
Se diz amiga de
Raquelle, mas
quando está longe
faz fofocas sobre
ela.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
saias, blusas,
casacos, vestidos.
Dawn
Jovem, magra, pele
branca, cabelos pretos
bem curtos, olhos
castanhos claros.
Se diz amiga de
Raquelle, mas
quando está longe
faz fofocas sobre
ela.
Troca de roupa
várias vezes
durante o filme,
mas em geral usa
calça jeans e
blusa.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
e longos, olhos azuis.
Gentil, generosa,
inteligente,
preocupada com o
bem de outras
pessoas,
apaixonada.
Troca de roupas
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
blusas, saias,
vestidos, casacos,
joias.
Tia Millicent
Mulher aparentando
ser mais idosa, magra,
pele branca, cabelos
grisalhos em corte
Chanel e olhos azuis.
Gentil, educada,
grande estilista que
está desistindo de
seus sonhos.
Troca de roupas
várias vezes
durante o filme,
usa calça jeans,
blusas, saias,
vestidos, casacos,
joias.
Marie Alicia
Jovem, magra, pele
branca, cabelos
castanhos e longos,
olhos castanhos claros.
Gentil, educada,
sonha em ser
estilistas como
Millicent.
Troca de roupas
várias vezes
durante o filme,
usa blusas, saias,
vestidos, casacos,
joias.
Jaqueline
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
bem curtos, olhos
verdes.
Invejosa, quer
acabar com a
confecção
Millicent’s,
desonesta, trapaceia
para conseguir o
que quer.
Troca de roupas
várias vezes
durante o filme,
usa blusas, saias,
vestidos, casacos,
joias.
Delphine
Jovem, magra, pele
branca, cabelos ruivos
em corte Chanel, olhos
castanhos.
Desajeitada, sem
vontade própria, faz
tudo que Jaqueline
manda.
Troca de roupas
várias vezes
durante o filme,
usa saias,
vestidos, casacos,
joias.
Barbie
Barbie Moda
e Magia
152
Shyne
Shimmer
Glimmer
Barbie a
Princesa e a
Pop Star
Tori
(interpretada por
Barbie)
Tem poder de dar
glamour as roupas
que gosta, entende
de moda e está
determinada a
tentar salvar a
confecção
Millicent's.
Usa um vestido
tomara-que-caia
curto, busto pink,
rosa no corpo
com pedraria e
saia com muitos
babados. Tudo
com muito brilho.
Fada da moda, magra,
pele branca, cabelos
lilás com mechas
prata, olhos azuis.
Tem poder de por
glitter nas roupas
que gosta, entende
de moda e está
determinada a
tentar salvar a
confecção
Millicent's.
Usa um vestido
azul marcado na
cintura por um
sinto branco com
pedras, a saia do
vestido é
sobreposta, por
branco, rosa e o
azul igual a parte
de cima. Tudo
com muito brilho.
Fada da moda, magra,
pele branca, cabelos
rosa com mechas
prata, olhos verdes.
Tenta dar brilho as
roupas, mas não
funciona, ao final
do filme descobre
que tem o poder de
transformar as
roupas, entende de
moda e está
determinada a
tentar salvar a
confecção
Millicent's.
Usa um vestido
tomara-que-caia
curto, branco no
busto e marcado
acima da cintura,
a saia é rosa com
um tecido
transparente por
cima.
Não leva a sério
seus deveres reais,
quer ser livre, mas
se preocupa com
seu povo, toma
providências para
melhorar a vida de
todos. É gentil,
educada amiga e
inteligente.
Usa a maior do
filme um vestido
longo pink
brilhante com
bordados de
flores em prata,
saia volumosa,
abaixo do busto
uma pink com
laço, e um colar
com três corações
no pescoço.
Porém varia
quando está na
vida de Keira
usando roupas
diferentes.
Fada da moda, magra,
pele branca, cabelos
pink com mechas
prata, olhos violeta.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
e longos, olhos azuis.
153
Barbie e O
Segredo das
Fadas
Keira
Jovem, magra, pele
branca, cabelos
castanhos e longos,
olhos azuis.
Usa a maior do
filme um vestido
lilás brilhante na
parte de cima,
estilo “mula
manca”, saia de
babado, bota de
cano longo na
mesma cor, na
Famosa estrela da
cintura um cinto
música, quer ter
azul com estrela e
mais tempo pra si, é
uma colar com
amiga e generosa.
três estrelas no
pescoço. O
mesmo vestido
aparece longo
com detalhes
diferentes.
Quando está no
lugar de Tori o
vestido fica pink.
Tia Amélia
Mulher, aparentando
ser mais idosa, tem o
corpo um pouco mais
volumoso que das
outras personagens,
cabelos grisalhos em
corte Chanel, olhos
azuis.
Tia de Tori, tenta
controlar a
princesa, dita regras
e cobra de Tori
atitudes e
comportamentos
que se enquadrem
na regra de
etiquetas para
princesas.
Usa um conjunto
de saia e blazer
vermelhos com
detalhes dourados
e com pedrarias,
usa um colar de
pedras verde e
um chapéu na
mesma cor da
roupa.
Famosa estela de
cinema, gentil,
educada,
determinada a
salvar Ken de viver
o resto de seus anos
no mundo das
fadas.
Troca de roupa
algumas vezes
durante o filme, o
vestido que ganha
ao descobrir o
perdão e a
amizade é pink
com saia de
babados sendo
dois azuis, um
cinto rosa
brilhante,
sandália modelo
gladiador na cor
rosa, um colar
com borboleta e
asas coloridas
com as cores do
arco-íris e muito
brilho.
Barbie
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
e longos, olhos azuis.
154
Raquelle
Taylor
Jovem, magra, pele
branca, cabelos pretos
e longos, olhos azuis.
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
castanhos claros, olhos
azuis.
Tem inveja de
Barbie por achar
que ela faz tudo
melhor, tenta
‘roubar’ Ken de
Barbie, mas se
arrisca para salválo de viver o resto
de seus anos no
mundo das fadas.
Troca de roupa
algumas vezes
durante o filme, o
vestido que ganha
ao descobrir o
perdão e a
amizade é violeta
tomara-que-caia
com saia rodada,
um cinto prata,
sandália modelo
gladiador violeta,
um colar com
borboleta e asa
coloridas em rosa
e violeta com
brilho.
Fada estilista, tem
seus poderes nos
sapatos, foi banida
de Glossangeles e
trabalha com
Barbie.
Usa a maior parte
do tempo um
vestido rosa curto
sem manga, com
laços na frente e
um cinto
dourado, por ser a
fada dos sapatos
usa uma sandália
de salto alto
modelo
gladiador. No
pescoço usa um
colar de perolas
rosa. E uma tiara
com flor na
cabeça.
155
Carrie
Graciella
Jovem fada, magra,
pele morena, cabelos
castanhos escuros,
olhos castanhos.
Jovem fada, magra,
pele branca, cabelos
cor-de-rosa, olhos
azuis.
Fada estilista, tem
seus poderes nas
bolsas, foi banida
de Glossangeles e
trabalha com
Barbie.
Usa a maior parte
do tempo um
vestido lilás
curto, mangas
curta na cor
branca, tem uma
fita fina com laço
abaixo do busto,
usa um cinto um
pouco mais claro
e brilhante na
mesma cor da
bolsa que carrega
por ser a fada das
bolsas. No
pescoço um colar
de pérolas
brancas com uma
borboleta e uma
tiara de pérolas
na cabeça.
Princesa de
Glossangeles, foi
enfeitiçada por
Cristal e sequestra
Ken para obrigá-lo
a se casar com ela.
Usa a maior parte
do filme um
vestido rosa bebê
com uma faixa na
cintura em pink,
no busto e na
barra detalhes em
dourado. Na
cabeça uma tiara
em forma de
coroa.
156
Blair
(interpretada por
Barbie)
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiros
e longos, olhos azuis.
Educada, gentil,
preocupada com a
família, desastrada,
derruba as coisas,
se suja, não tem
equilíbrio no corpo,
mas tem força de
vontade e caráter.
Usa a maior parte
do filme o
uniforme da
escola, uma blusa
branca sobreposta
por um colete
azul, uma saia
xadrez rosa e
gravata na mesma
cor. Ao final usa
um vestido longo
pink, manga em
um ombro só. O
busto lembra a
lapidação de um
diamante com
detalhe dourado
na borda. A saia é
sobreposta por
outra também em
cor pink com
estampa de flores
e na cintura um
laço xadrez.
Jovem, magra, pele
branca, cabelos loiro
escuro e longos, olhos
castanhos.
Mimada, vai
assumir o trono de
Gardênia e se
tornar rainha, tenta
sabotar Blair, mas
ao final ajuda a
protagonista a
assumir seu lugar
de princesa.
Usa a maior parte
do filme o
uniforme da
escola, uma blusa
branca sobreposta
por um colete
azul, uma saia
xadrez rosa e
gravata na mesma
cor.
Mulher em meia idade,
magra, pele branca,
cabelos loiro escuro,
olhos verdes.
Quer comandar
Gardênia, para isso
provocou a morte
da família real, faz
de tudo para que
sua filha assuma o
trono.
Usa vestidos
colados ao corpo,
com golas
bufantes, varia
nas cores.
Futura princesa,
gosta de jogar
futebol, ajuda Blair
a derrotar Madame
Devin.
Usa a maior parte
do filme o
uniforme da
escola, uma blusa
branca sobreposta
por um colete
azul, uma saia
xadrez rosa e
gravata na mesma
cor.
Barbie Escola
de Princesas
Delancy
Dama Devin
Hadley
Jovens, magra, alta,
pele branca, cabelos
castanho claro, olhos
verdes.
157
Isla
Jovens, magra, alta,
pele branca, cabelos
pretos, olhos castanhos
escuros.
Futura princesa,
gosta de fazer
músicas
eletrônicas, ajuda
Blair a derrotar
Madame Devin.
Usa a maior parte
do filme o
uniforme da
escola, uma blusa
branca sobreposta
por um colete
azul, uma saia
xadrez rosa e
gravata na mesma
cor.
158
Apêndice B – Histórias detalhadas
Barbie em O Quebra-Nozes
Barbie in the Nutcracker, 2001, 76 min.
Escrito por Hilary Hinkle, Linda Engelsiepen e Hob Hundnut
Dirigido por Owen Hurley
O filme começa com Barbie ensaiando passos de balé com Kelly, a garota não acerta
os passos, fica chateada e quer desistir. Para motiva-la Barbie conta a história de Clara do balé
“quebra-nozes”. A voz de Barbie conta a história em off enquanto começamos a ver as cenas.
A história começa na casa da família de Clara – protagonista da história − ela mora
com o irmão mais novo e o avô. É chegado o natal, estão fazendo os preparativos para a ceia.
Clara pendura na arvore uma bailarina que ganhou de sua mãe no primeiro balé em que a viu
dançando. Neste momento a campainha toca, o avô reclama dizendo que “não está na hora de
chegar convidados”. A visita é Elizabeth, tia de Clara, uma mulher solteira que adora viajar
pelo mundo. Clara fica feliz ao vê-la e questiona sobre suas viagens. Elizabeth começa a
contar, mas o avô interrompe dizendo para ela não influenciar Clara com suas histórias. Tia
Elizabeth presenteia Clara com um quebra-nozes de madeira em formato de soldado, mas o
irmão tenta toma-lo de suas mãos e quebra o utensílio. Clara fica chateada e enfaixa o braço
do soldado.
Na cena seguinte já é noite, Clara dorme no sofá da sala. O avô quer acorda-la para ir
para o quarto, mas a tia pede que a deixe dormir e completa “A clara não é mais uma criança
merece a chance de perseguir seus sonhos” o avô responde “uma moça deve ser responsável e
prática”. Vão todos se deitar e na sala algo entranho acontece. O relógio marca meia noite, a
câmera enquadra a coruja de madeira sobre o relógio abrindo os olhos e depois um buraco de
ratos na parede de onde começam a sair luzes e ratos vestido de soldados guerreiros. Eles
começam a destruir tudo na sala, mas uma das luzes que saiu do buraco atinge o Quebranozes e o utensílio ganha vida. Começa uma luta entre ele e os ratos. Outro rato, coroado
como rei, também aparece e tenta jogar o quebra-nozes no fogo, neste momento Clara acorda
e intervém na briga deixando o Rei Rato irritado. Com seu cetro mágico ele encolhe Clara,
deixando-a do tamanho do Quebra-nozes. Ela fica assustada, mas não desiste, com ajuda do
Quebra-nozes sobe pela decoração de natal para se proteger. Ao ver o Quebra-nozes em
perigo joga seu chinelo na cabeça do Rei Rato que desmaia e assim o soldado consegue
159
escapar. Clara conversa com ele e pede para voltar ao seu tamanho real, mas a coruja aparece
e diz que apenas a princesa Caramelo poderá quebrar os feitiços do Rei Rato, ela tira o colar
da bailarina que está pendurada na arvore e da a Clara, dizendo que para voltar para casa basta
abrir o pingente em forma de coração.
Mesmo com medo Clara se arrisca para buscar a solução. Ela entra com o Quebranozes pelo buraco na parede e vai parar na terra do gelo, porém eles iriam para outro reino.
Clara ajuda uma fadinha desajeitada que encontrou no caminho, em agradecimento a fadinha
trás um grupo de outras fadinhas que fazem um balé no ar, abrindo uma passagem para outro
mundo e os dois seguem viagem. Porém, são avistados por um morcego que trabalha para o
Rei Rato, o animal corre para contar ao rei o que viu. Enquanto isso Clara e o Quebra-nozes
encontram duas crianças na aldeia Pão-de-mel, tudo está destruído, as crianças dizem que é
tudo culpa do príncipe Erick, o Quebra-nozes abaixa o olhar envergonhado, e logo partem em
busca de um lugar seguro para deixar as crianças. No caminho encontram o exercito do rei
rato, correm para a floresta e são socorridos por dois soldados do antigo rei, Major Menta e
Capitão Doce. Clara fala sobre a princesa Caramelo, então, movidos pela esperança, os quatro
decidem partir em busca da tal princesa, a essa altura Clara já percebeu que o Quebra-nozes é
o príncipe Erick que todos consideram desaparecido.
Enquanto eles buscam pela princesa salvadora, Rei Rato manda um gigante de pedras
para caçar e matar o Quebra-nozes. No percurso encontram um campo árido, ao procurarem
por água libertam fadinhas do campo que estavam aprisionadas em um poço. Elas dançam no
ar enquanto devolvem vida e vitalidade ao campo destruído. Mas logo a felicidade acaba, o
gigante de pedra aparece e persegue os dois. Com a ajuda das fadas do gelo eles fogem pelo
mar congelado e o gigante afunda nas águas.
Finalmente chegam a uma ilha e acreditam ter encontrado o castelo da princesa
Caramelo, mas era uma armadilha. Os três homens são presos e Clara fica sozinha. Ela pensa
em desistir e voltar para casa abrindo o pingente, mas se sente responsável em ajuda-los, pois
ela é a única esperança que eles têm. Neste momento as fadas do campo aparecem e levam
Clara até o castelo do Rei Rato. Ela consegue entrar escondida e vai até a prisão, despista um
dos guardas e entra na cela, mas não vê nada, intrigada por haver segurança em uma cela
vazia Clara resolve jogar uma tocha contra a parede e assim liberta os prisioneiros.
O Quebra-nozes se enche de coragem e resolve enfrentar o rei mesmo sem a princesa
Caramelo e vão ao encontro dele. Começa novamente um duelo entre o rato e o príncipe, em
meio à luta o Quebra-nozes está em desvantagem e Clara intervém mais uma vez, o rato tenta
160
encolhê-la ainda mais, porém a espada do Quebra-nozes a protege e o feitiço atinge o próprio
rato. Nesse momento todas as maldades do rato são desfeitas. O Quebra-nozes esta caído,
Clara vai até ele e lhe da um beijo no rosto, nesse momento ele volta a ser príncipe. Clara
estende a mão para levantar o príncipe e suas roupas se transformam, e na cabeça tem uma
coroa, eles percebem que ela era a princesa Caramelo. Todos estão felizes, princesa Caramelo
e príncipe Erick dançam apaixonados, mas o rato reaparece e rouba da princesa o cordão que
a levaria de volta para casa. A princesa desaparece dos braços do príncipe e Clara acorda no
sofá de casa. Ela procura pelo quebra-nozes, mas não o encontra, então acredita que tudo foi
real. Neste momento toca a campainha, tia Elizabeth aparece com um jovem chamado Erick
filho de um amigo seu, ele entrega a Clara o colar com pingente de coração que o rato tirou do
pescoço da princesa caramelo, e os dois dançam juntos sozinhos na sala.
Kelly fica inspirada com a história e volta a ensaiar com Barbie, elas acertam os
passos e se abraçam felizes.
Barbie A Rapunzel
Barbie as Rapunzel, 2002, 83 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por Owen Hurley
O filme começa em um ateliê, Kelly está fazendo aula de pintura com Barbie, mas não
sabe o que pintar, ela pede a ajuda de Barbie que diz para Kelly usar a imaginação, a garota se
mostra temerosa, então Barbie resolve contar a história de uma garota que teve a vida salva
pela pintura. Ouvimos a voz de Barbie em off e as cenas da história começam a aparecer na
tela.
A história é sobre Rapunzel, uma jovem que vivia presa em um solar oculto no meio
de uma floresta sombria, ela aparece pintando um quadro com a imagem do mar, enquanto
sonha em um dia passear por um lugar como aquele. Estão com ela Hobie – um coelho – e
Penelope – um filhote de dragão. Rapunzel fala de seu sonho quando o coelho avisa que
Gothel está chegando, Rapunzel corre para arrumar o chá antes que a mulher chegue. Gothel
chega exigindo seu chá, mas ao ver uma marca de tinta no rosto de Rapunzel fica irritada,
pergunta se ela já cumpriu suas obrigações mencionando uma lista de trabalhos domésticos,
Rapunzel diz estar tudo pronto. Gothel diz que vai para o quarto descansar enquanto aguarda
o chá.
161
Rapunzel fica na cozinha com os animais. Esta tudo pronto quando Penélope bate a
cauda na bandeja e joga tudo para o ar, eles conseguem aparar todos os objetos, menos uma
colher que cai sobre o nariz de um dragão de pedra abrindo uma passagem secreta. Rapunzel é
curiosa e resolve descer as escadas, Hobie e Penelope descem com ela. Ao final das escadas
descobrem um porão secreto com muitos objetos guardados, Rapunzel encontra uma caixa
antiga onde tem uma escova de cabelo guardada, na escova tem uma frase gravada que diz
“como as estrelas são lá do céu, nosso amor é teu Rapunzel. A nossa filha Rapunzel em seu
primeiro aniversário com amor eterno mamãe e papai”. Rapunzel não entende, pois acreditava
que tinha sido abandonada com apenas alguns dias de vida. Enquanto ela tenta entender a
frase da escova Penelope espira e queima o chão e derrubando um armário, em meio a
confusão Gothel chama por Rapunzel pedindo seu chá. Rapunzel volta e a atende, fecha a
cortina do quarto para Gothel dormir até a hora do jantar e depois volta para o porão.
Rapunzel vasculha os objetos a procura de mais pistas, mas Penelope pula fazendo um buraco
no chão. Rapunzel percebe uma corrente de ar e decide descer pelo buraco para ver onde vai
dar, ela encontra um túnel e segue por ele descobrindo que dá acesso a uma vila fora dos
muros encantados do solar. Enquanto Rapunzel passeia pela vila, no solar Penelope e Hobie
estão preocupados com medo que Gothel acorde e descubra que Rapunzel saiu. Hobie avisa a
Penelope que seu pai está chegando, ela sai para recebê-lo. Ele chega sério, cobra dela se está
fazendo os treinamentos para ser um dragão, Penelope tenta mostrar algumas coisas, porém
não consegue e seu pai sai desapontado.
Na aldeia Rapunzel entra no espaço de castelo, três garotas estão brincando no campo
quando uma delas cai em um buraco, Rapunzel corre para ajudá-la, tirando a garota do
buraco, mas quase caem novamente quando um rapaz aparece e segura às duas. As garotas
saem e o rapaz conversa com Rapunzel. Porém ele sai para procurar as garotas e diz que volta
logo, Rapunzel ouve o sino do relógio tocando e volta correndo para casa, quando o rapaz
volta já não a encontra mais.
No solar Rapunzel conta aos amigos sobre o que viu na aldeia, ela está radiante e feliz
por ter conhecido o rapaz. Oto, doninha de estimação de Gothel, ouve a conversa e conta para
a bruxa que viu Rapunzel na aldeia conversando com um rapaz. Gothel vai tomar satisfação
de Rapunzel, questionando o nome do rapaz com quem ela conversava, Rapunzel diz que não
sabe, Gothel insiste, e diante da recusa da jovem em revelar o nome do tal rapaz, decide
estraga todos os seus objetos de pintura. Em fúria transforma o quarto de Rapunzel em uma
162
torre isolada do resto do solar, ordena a Hugo – pai de Penelope – que vigie a torre não
permitindo que Rapunzel saia.
Enquanto isso no palácio o rapaz – príncipe Stefan – conversa com seu pai sobre um
ataque ao reino vizinho. Na torre Rapunzel dorme e sonha com o rapaz, ela joga seu cabelo
para que ele suba, mas Gothel aparece gigante e a prende entre as mãos, Rapunzel acorda
assustada, pega a escova com a dedicatória e volta a dormir, algo mágico acontece enquanto
ela dorme e a escova se transforma em um pincel.
Na manhã seguinte dois guardas do castelo do reino do príncipe Stefan andam pela
floresta sombria a procura de Rapunzel, mas são perseguidos pelo dragão, eles voltam para o
palácio e contam o que aconteceu, Stefan fica preocupado por não encontra-la. Na Aldeia os
homens do Rei Wilhelm – rei de um reino vizinho que vive em guerra com o reino de
Frederick, pai de Stefan – destruíram tudo em um ataque.
No solar Penélope e Hobie colhem frutas para fazer tinta para Rapunzel, Hugo aparece
e briga com a filha por ela não cumprir com suas obrigações de dragão, dizendo que ela
deveria se dedicar aos treinamentos e não ficar brincando. Mesmo assim ela e Hobie levam a
tinta para Rapunzel, ela agradece, mas diz que não tem como pintar, pois Gothel destruiu
tudo, Hobie encontra o pincel e Rapunzel descobre que tudo que ela imagina é desenhado
com um simples passar de pincel. Animada ela desenha toda a aldeia na parede de seu quarto,
Penelope vira bruscamente e bate a cauda em Hobie, o coelho é arremessado contra a parede
ficando preso, com parte do corpo no desenho. Com isso Rapunzel descobre que o desenho é
mágico e resolve entrar por ele, ao entrar pela pintura a jovem aparece no jardim do palácio e
encontra o rapaz, ele vai se apresentar, mas ela pede para que ele não diga seu nome.
Rapunzel mostra o pincel e pede ajuda para descobrir o fabricante, eles encontram o irmão do
artesão, mas ele mora no reino do Rei Wilhelm e as pessoas de um reino não podem visitar o
outro. De volta ao palácio Stefan entrega um convite de sua festa de aniversário para
Rapunzel, nesse momento Penelope aparece e pede para Rapunzel voltar, pois se Gothel
descobre que ela saiu poderá castigar Hugo. Para ajudar o dragão Rapunzel resolve voltar,
para isso desenha a torre do solar em uma porta e volta para sua prisão. Gothel a interroga
novamente sobre o nome do rapaz, Rapunzel diz que não sabe e Gothel vai embora.
No palácio, motivado pelas coisas que Rapunzel disse sobre o dialogo, Stefan pede
para convidar o Rei Wilhelm, ele e o pai discutem sobre o assunto e acabam brigando já que o
pai não aceita os argumentos do príncipe.
163
Na torre do solar Rapunzel está animada e resolve pintar um vestido para ir ao baile,
enquanto ela e os animais se divertem Oto entra no quarto e pega o convite levando-o para
Gothel. A bruxa vai até a torre para corta o cabelo de Rapunzel, e nesse momento descobre o
desenho pintado na parede, ela percebe que é magico e o destrói, quebrando também o pincel.
Ao sair da torre Gothel joga um feitiço para prender o coração mentiroso, acreditando que
Rapunzel ficará presa. Após, prende Hugo com uma corrente mágica como punição pela fuga
de Rapunzel, em seguida vai para a festa.
No reino vizinho Rei Wilhelm se prepara para atacar o castelo do rei Frederick. No
palácio, ansioso, Stefan espera por Rapunzel. Gothel chega à festa disfarçada com o cabelo de
Rapunzel e atrai Stefan para fora do salão, levando-o até um labirinto no jardim, ela ataca o
príncipe, mas ele consegue fugir. Enquanto isso no solar Penélope conta a seu pai que
Rapunzel tinha saído da torre e só voltou para protegê-lo de Gothel, ela pede para que ele a
ajude a libertar Rapunzel. Hugo não pode sair da corrente, mas orienta a filha para que ela
ajude a amiga. Penelope tem medo, mas Hugo reconhece o valor de sua filha e a motiva para
sobrevoar o muro. Ela voa com Rapunzel sobre o muro mágico e a leva para o baile. Os
homens do Rei Wilhelm atacam os guardas do palácio e invadem a festa, os dois reis se
encontram e lutam com espadas. Stefan aparece fugindo de Gothel e entra na luta também.
Porém a bruxa consegue desarmar os dois reis, Wilhelm a reconhece, os dois discutem sobre o
passado e ela revela que raptou Rapunzel – filha do Rei Wilhelm – quando ainda era criança.
Gothel se prepara para destruir a todos, mas Rapunzel aparece e a desafia. Com a ajuda de
Penelope conseguem levar Gothel para o jardim, e fazem com que a bruxa entre na torre pela
pintura na porta, ficando presa em seu próprio feitiço.
Stefan estava prestes a sair a procura de Rapunzel quando ela aparece. Ela e Rei
Wilhelm se reencontram e conversam sobre o ocorrido quando Rapunzel era um bebê. O rei
se desculpa com Frederick por tudo que fez por pensar que ele era responsável pelo sumiço da
princesa. Depois da revelação os dois reis selam a paz. Rapunzel se casa com Stefan e mudam
para seu próprio palácio onde viveram felizes para sempre com Hobie, Penelope e Hugo.
A cena volta para o ateliê, Kelly fica inspirada com a história e começa a pintar as
coisas com as quais sonha.
Barbie em Lago dos Cisnes
Barbie of Swan Lake, 2003, 83 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
164
Dirigido por Owen Hurley
O filme começa com Barbie em um acampamento, ela vai até o alojamento das
meninas e encontra Liana fora da Cama, a garota esta receosa com as atividades e quer ir
embora, Barbie conta para ela a história do balé “lago dos cisnes” para motiva-la.
A história começa com Odete Dançando enquanto trabalha na confeitaria de seu pai. O
pai olha com admiração e a incentiva a ir para a cidade dançar como sua irmã, mas ela diz que
o pai trabalha demais e não pode deixa-lo. Sua irmã aparece cavalgando a toda velocidade,
Odete entrega a ela o café da manhã e ela sai novamente.
Odete continua dançando, um pássaro cai em uma bacia de farinha de trigo e Odete o
socorre, ao levar o pássaro para fora ela avista um unicórnio que adentrou na vila, um homem
atira uma flecha e Odete grita que ele espere, pois vai machucar o animal. O unicórnio
continua fugindo e alguns homens o perseguem, ele se livra deles, mas é laçado por uma
corda, e em seguida escapa. Odete segue o animal que vai até a floresta entrando por uma
passagem secreta que dá acesso a um lugar mágico, no qual todos os animais falam. Odete
avista o unicórnio preso, ela conversa com o unicórnio e procura algo para cortar a corda, ela
retira um cristal de uma arvore e com ele liberta o unicórnio. Todos os seres da floresta ficam
admirados por Odete ter retirado o cristal.
A rainha daquele lugar aparece e Odete se desculpa por ter retirado o cristal, a rainha
diz a ela que há muito tempo a esperam. Agradece por ter libertado a unicórnio que se chama
Lila, depois diz a Odete que ela tem nas mãos o cristal mágico e conta que: há muitos anos
seu primo, Robert, foi embora da floresta quando seu tio a escolheu como sua sucessora. Anos
depois ele voltou com sua filha Odila, agora mestre das artes negas começou a tomar a
floresta encantada. Ela e algumas de suas fadas e seus duendes tentaram impedi-lo, mas
alguns foram transformados em animais e obrigados a trabalhar na construção de seu castelo.
Conta também que a profecia diz que quem retirar o cristal vai derrotar Robert e libertar a
floresta, e Odete foi a única a conseguir isso. Odete diz que pegaram a garota errada, não pode
ser ela, pois jamais venceu alguém em sua vida. Odete esta deixando a floreta quando Robert
aparece com sua filha e ironiza o potencial da jovem como salvadora; Lila o afronta e ele
transforma Odete em um cisne. Com a ajuda de Lila Odete consegue fugir de Robert, a rainha
vai ao encontro dela e oferece uma coroa com o cristal para protegê-la do feiticeiro. Robert a
encontra e tenta mata-la, mas a coroa a protege. Ele vai embora e Odete descobre que não
poderá voltar a ser humana, como todos os seres encantados ela só será humana do por do sol
165
ao amanhecer. Como não poderá voltar para casa decide ficar para enfrentar Robert. Para isso
ela precisa do livro de feitiços da floresta.
Odete parte com Lila para procurar esse livro. Elas chegam ao local onde o gigante
guarda o livro, Odete tem medo de entrar, mas Lila a motiva, dizendo que ela é mais corajosa
do que pensa. Elas encontram o gigante e descobrem que ele é um baixinho hospitaleiro, os
três procuram pelo livro, mas já é quase manhã e Odete volta a ser cisne. Enquanto isso
Robert pensa em como pegar a coroa de Odete, ele tem a ideia de atrair um humano para
matar Odete, pois a coroa não a protegeria nesse caso. Robert atrai o príncipe daquele reino e
o leva até a floresta mágica. Odete dorme no lago, o feiticeiro a assusta e ela sai voando, o
príncipe a vê, mira sua flecha, mas não atira por acha-la muito linda. Quando ele abaixa o
arco o sol se põe e Odete volta a ser humana. Ele se aproxima e pergunta quem é ela, Odete o
reconhece, enquanto eles conversam e Odete conta o ocorrido Robert os surpreende, ele tenta
transformar o príncipe em porco, mas Odete o protege com sua coroa.
O príncipe agradece a Odete por tê-lo protegido, ela o leva para conhecer o lago dos
cisnes. Começa a tocar uma musica e todos dançam enquanto preparam um jantar para Odete
e o príncipe, ele a convida para dançar, os dois dançam a beira do lago. Antes de amanhecer o
príncipe convida Odete para o baile que acontecerá a noite, ele se propõe a protegê-la em seu
castelo, mas Odete diz que não pode ir, ficará para ajudar a todos da floresta, pede apenas
para que ele avise sua família que está bem e que logo estará de volta. O dia amanhece e
Odete volta a ser cisne, com a promessa de que irá na festa na noite do dia seguinte.
O gigante finalmente encontrou o livro e o leva para Odete, ela lê a profecia que diz:
“quem retirar o cristal mágico vai compartilhar um amor tão verdadeiro que vencerá toda a
magia do mal” “se, porém, o verdadeiro amor jurar amor a outra, o cristal mágico perderá o
seu poder”. O gigante diz que o “verdadeiro amor é quando duas pessoas amam a outra mais
que a si mesmas”. A rainha complementa dizendo que “sozinhas elas são duas, mas juntas são
uma só, esse tipo de amor desprendido tem um pode incrível”. Eles decidem que Odete irá ao
baile para salvar a todos da floresta, eles se preparam para o baile que será na noite seguinte,
mas Robert aparece e sequestra o gigante com o livro. Neste momento o poder da rainha
acaba e todos voltam a ser animais, Odete, transformada em cisne, decide que não poderá
deixar Robert vencer.
Robert prepara um plano para fazer o príncipe jurar amor a outra e acabar com o poder
do cristal. Ele faz um feitiço para que o príncipe veja Odete quando olhar para Odila, caberá a
Odila fazer o príncipe jurar a ela o seu amor. A rainha e os animais chegam no castelo de
166
Robert, e Odete com ajuda dos animais consegue resgatar o gigante e sair do castelo. De
Volta a floresta o gigante conta quais são os planos de Robert, Odete parte para o castelo a
fim de impedir que o plano de certo.
No castelo o príncipe dança com Odila pensando ser Odete, o plano de Robert da certo
e os poderes do cristal acabam. Odete volta a ser humana e o feiticeiro tenta mata-la. O
príncipe a encontra e entra em luta com Robert, enquanto isso os seres da floresta fogem com
Odete desmaiada. Robert parte atrás dela e na perseguição eles chegam até a floresta mágica.
O príncipe também aparece, em meio a luta Robert tenta atingi-lo, mas Odete acorda no
momento exato e se põe a frente do príncipe, assim o feitiço atinge os dois ao mesmo tempo.
Eles caem, Odete está sobre o peito do príncipe e as mãos se entrelaçam... neste momento os
poderes de Robert desaparecem e tudo volta ao normal.
Eles acordam e o príncipe pede Odete em casamento. Na cena seguinte uma festa
acontece a beira do lago, Odete dança com seu pai, ele diz que ainda não acredita que ela
salvou a floresta. O príncipe aparece e dança com Odete.
Barbie termina narrando a história, a garota agora está animada para a corrida do dia
seguinte e vai dormir para acordar disposta.
Barbie em A Princesa e a Plebeia
Barbie as the Princess and the Pauper, 2004, 85 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por William Lau
O filme começa com a voz de uma narradora contanto que ha muitos anos nasceram
ao mesmo tempo dois bebês idênticos, um era a princesa Anneliese, a outra era a plebeia
Erika, ao passar dos anos Anneliese aprendia seus deveres reais e Erika trabalhava
arduamente de costureira para pagar uma divida dos pais. O ouro do reino havia acabado, para
cuidar do povo e salvar o reino da miséria a rainha decide casar sua filha com um rei de um
reino próximo que procurava por uma esposa.
Anneliese aceita o casamento para não desobedecer a sua mãe, ela aparece
experimentando seu vestido de noiva, então vai em direção à sacada cantando uma canção que
fala de seus sonhos. Na vila Erika trabalha cantando outra parte da mesma música, ela
também vai em direção a sacada e as duas cantam juntas uma parte que fala de seus anseios
enquanto as duas cenas dividem a tela.
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Na mina real dois homens roubam ouro a mando do conselheiro real Preminger, ele
canta uma canção que fala de sua vida e sonhos de se tornar rei. Os homens contam que a
princesa vai se casar com rei Dominick para salvar o reino. Preminger decide raptar a princesa
para impedir o casamento e depois casar-se com ela para assumir o reino. Na manhã seguinte
rei Dominick chega ao palácio disfarçado de embaixador, pois quer conhecer a princesa antes
de se casar. Anneliese conversa com Julian, seu professor, e fala de seu sonho de liberdade,
então Julian decide levar Anneliese para passear pelo povoado antes do casamento. Quando
Julian se afasta para comprar um pão Anneliese ouve alguém cantando e vai até lá, é Erika
que está se apresentando na rua. Anneliese conversa com ela e descobre que as duas são muito
parecidas, a diferença entre as duas é apenas o cabelo e uma marca de realeza que Anneliese
tem no ombro. Anneliese volta deixando a promessa de um dia levar Erika para cantar no
palácio. Quando anoitece Preminger manda seus homens sequestrarem a princesa. Para
conseguir isso atraem a gatinha Serafina, quando Anneliese sai a sua procura é raptada e
levada para uma cabana na floresta. Amanhece e a rainha não encontra a filha, encontra
apenas um bilhete na mesa dizendo que a princesa fugiu para não se casar, Julian vê o bilhete
e desconfia que não seja verdadeiro. Então decide procura por Erika e a convence a ir com ele
para assumir o lugar de Anneliese até que ela seja encontrada, para ajudar Anneliese Erika
aceita a farsa, mesmo correndo risco de ser presa. Julian providencia uma peruca loira e
ensina a Erika como se portar como uma princesa, para isso usa o livro de etiqueta de
princesa, ele diz algumas coisas e começa a cantar as regras.
O casamento está prestes a ser cancelado, mas Erika aparece no lugar da princesa, rei
Dominick a vê e se encanta, decidindo manter o casamento. Preminger não entende o que
ocorreu e vai até o cativeiro, Julian o segue, mas é capturado e levado para mina real. Porém
Anneliese já tinha fugido, ela chega ao palácio e tem sua entrada barrada. Sem saber o que
fazer vai a procura de Erika no povoado, madame Carter a confunde com Erika e deixa a
princesa presa na confecção. Anneliese tenta indicar sua localização, para isso manda seu anel
junto com a etiqueta de um vestido de madame Carter preso ao pescoço de Serafina.
No palácio Erika e Dominick se conhecem, ele toca piano enquanto ela canta, os dois
fazem um dueto cantando uma musica de amor. Saem para um passeio enquanto a música
segue em off. O dia está chegando ao fim e os dois apreciam o por do sol. Serafina consegue
chegar ao palácio, mas quem a encontra é Preminger, o vilão encontra Anneliese e a leva para
mina, deixando-a presa com Julian. Preminger volta ao palácio e revela que Erika é uma farsa,
acusando-a de ter planejado com Julian um ataque para tomar o reino, sem ter como escapar
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Erika é levada presa. Preminger mostra o anel de Anneliese e diz que ela está morta, em
seguida se oferece para casar com a rainha e salvar o reino, sem saída a rainha aceita o
casamento.
Na mina enquanto buscam uma forma de fugir Anneliese revela a Julian que está
apaixonada por ele, com ajuda dos animais o dois conseguem sair da mina e seguem para o
palácio. Quando chegam, o casamento está prestes a acontecer, Erika também fugiu da prisão
e aparece com rei Dominick; em meio à confusão Preminger é levado preso e tudo fica
esclarecido. Anneliese revela a mãe que quer se casar com Julian e que encontrou outra
riqueza na mina. Erika consegue pagar suas dividas e resolve partir para cantar pelo mundo,
Dominick insiste que ela fique, mas aceita a partida ficando na esperança que ela volte.
Depois de viajar por meses cantando Erika para decide voltar para encontrar Dominick. Os
dois casais se unem em uma mesma cerimônia e partem para a lua de mel na mesma
carruagem. Wolfie, gato de Erika, e Serafina também ficaram juntos e nascem muitos filhotes.
Barbie Fairytopia
Barbie Fairytopia, 2004, 70 min.
Escrito por Elise Allen e Diane Duane
Dirigido por William Lau
Esse filme conta uma história que se passa em Fairytopia, um mundo mágico onde
vivem muitas fadas, todas elas têm asas, menos Elina, conhecida como fada do campo. As
outras fadas zombam dela por isso, mas Dandelion, sua melhor amiga a defende e as duas se
divertem juntas. Logo depois as fadas que estavam zombando de Elina voltam e dizem que
Topaz – uma das guardiãs do reino – foi sequestrada por Laverna, irmã malvada da rainha.
Elas vão para casa sem saber exatamente o que esta acontecendo. Amanhece em Fairytopia e
Elina descobre que todas as plantas do campo estão doentes, Dandelion aparece e diz que
muitas fadas também estão doentes e não podem voar, a doença é provocada por um veneno
que Laverna espalhou no ar. Elina decide ir à cidade para tentar falar com Azura – outra
guardiã que pode ajuda-las, ela parte com Bibble – seu bichinho de estimação, e Dandelion,
mas a amiga entra em contato com o veneno e também adoece. Elina e Bibble seguem
sozinhos, pois como Elina não tem asas não se contamina com o veneno. Chegando a cidade
Elina enfrenta alguns obstáculos, mas consegue encontrar Azura. Ela fica na casa da guardiã,
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Azura informa que partira na manhã seguinte para falar com Dahlia – ex-assistente de
Laverna, por segurança deixa seu colar de guardiã com Elina.
No castelo de Laverna explica seus planos as/aos guardiãs/ões, ela pretende roubar
todo o poder de seus colares para tomar o reino de sua irmã. Os Fungus, funcionários de
Laverna, chegam com Azura, porém Laverna vê que ela está sem o colar, indispensável para
concretizar seus planos. Enquanto isso Elina procura por Dahlia, ao encontra-la descobre que
a fragilidade do plano de Laverna está no ponto de união. Sem entender o que isso significa
Elina parte com ajuda de amigas e amigos e consegue entrar no castelo de Laverna. Mas ao
chegar Elina fica sob o feitiço da fada malvada, ela caminha para devolver o colar ao pescoço
de Azura. Ao se aproximar da Guardiã acaba acordando com as palavras proferidas sobre
amizade. Neste momento ela entende o significado do “ponto de união”, atira o colar contra o
cristal que concentra os poderes das/os guardiãs/ões e consegue derrotar Laverna.
Depois de tudo terminado, a rainha vai até o campo para agradecer a Elina por sua
coragem. Em retribuição entrega para ela um colar de borboleta que lhe confere um par de
asas coloridas. Ela e as outras fadas brincam felizes pelo campo.
Barbie e a Magia de Aladus
Barbie and the Magic of Pegasus, 2005, 84 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por Greg Richardson
É aniversário de Annika e sua mãe, a rainha, leva um presente para ela no quarto, mas
ao chegar descobre que a princesa não está lá. Desesperada a rainha soa o alarme do castelo.
Em seguida vemos a princesa patinando no gelo, ela esbarra em um filhote de urso polar e cai,
então decide levar o filhote para casa. Chegando ao palácio Annika tenta entrar escondida,
mas a rainha a vê, os pais a repreendem e dizem que ela não pode sair sem permissão. A
princesa discute com os pais e diz que não é mais um bebê, eles a proíbem de patinar no gelo,
Annika chorando vai para seu quarto. É noite, ela vê as pessoas do reino patinando em uma
praça e decide sair para comemorar seu aniversário, pega seus patins e sai às escondidas.
Todos patinam alegremente quando todas as luzes se apagam, logo acendem em um tom azul
frio, aparece Wenlock – um feiticeiro poderoso – que convida Annika a ser sua noiva, ela
recusa o convite com arrogância. Neste momento seus pais aparecem e Annika descobre que
tem uma irmã. Wenlock transforma todos em estatuas de pedras e ameaça a princesa, dando
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três dias para que ela decida o que fazer, ou todos serão estatuas para sempre. Mas, antes que
ela responda aparece uma égua alada que resgata e a leva para as nuvens. Annika quer voltar
para enfrenta-lo, mas o animal não deixa. Annika descobre que Brietta – a égua alada – é sua
irmã, ela foi transformada em animal por Wenlock quando seu pai recusou o pedido de
casamento, e por isso os pais a protegiam tanto. Para enfrentar Wenlock elas decidem fazer
uma varinha de luz, para isso precisam de uma “medida de coragem”, um “anel de amor” e
uma “joia de gelo”, iluminada pela chama eterna da esperança.
Annika e Brietta partem para floresta a floresta proibida, chegam até a parte mais
distante da floresta, onde precisam encontrar uma medida de coragem. Shiver – o filhote de
uso polar – desce por um tobogã enquanto Brietta e Annika caem em redes de armadilhas.
Elas são resgatadas por Aidan, mas Annika decide ir atrás de Shiver, pula no tobogã onde o
animal caiu, ele leva direto ao caldeirão de um gigante. Para conseguir fugir Annika desafia o
gigante, com astucia ela consegue fazer o gigante se prender em correntes, depois que o
gigante está preso usa uma fita de seu cabelo para sair do caldeirão. Ao sair encontra Aidan e
Brietta, que procuravam por ela. A princesa mostra a fita que usou para fugir e ela se
transforma em um cajado. Elas falam da varinha de luz e convencem Aidan a ajudar na busca
Eles procuram um negociante de joias para descobrir sobre a joia de gelo, para
conseguir a informação Annika entrega seus patins. Eles saem à procura da joia, mas já é
noite e está nevando, então decidem acampar no alto da montanha. Na manhã seguinte eles
avistam um pico iluminado pela luz do sol, deduzem que a joia está lá e partem montados em
Brietta. Eles conseguem a pedra, então Aidan começa a forjar o anel de amor, isso usaria sua
espada, mas Brietta oferece sua coroa que nesse momento se fecha formando um anel. Aidan
junta as três partes e faz a varinha, para testar o objeto Annika deseja que Brietta volte a ser
humana e ela se transforma. Para sair da montanha e encontrar Wenlock, pedem ajuda a
rainha das nuvens que envia cavalos alados para resgata-las. Enquanto regressam Wenlock
aparece e as persegue, elas caem e Annika tenta usar a varinha o feiticeiro, mas o objeto não
funciona, pois a princesa está com raiva. Decepcionada Annika decide aceitar o casamento
desde que o feiticeiro liberte seus pais e os súditos. Porém Wenlock rouba a varinha e deixa
Annika soterrada na neve. Aidan aparece e consegue resgatar novamente a princesa. Annika
não desiste e resolve ir até o castelo do feiticeiro para recuperar a varinha. Com a ajuda de
Aidan ela recupera o objeto e finalmente quebra os feitiços de Wenlock, pois agora entende
que é o amor que liberta e não a raiva.
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Annika reencontra os pais e trás Brietta de volta. Pede desculpas a seus pais por tudo
que fez e eles se desculpam por ter escondido a verdade dela. Ao final, a rainha das nuvens
guarda a varinha em segurança e Annika dança com Aidan e todos patinam felizes.
Barbie em as 12 Princesas Bailarinas
Barbie in the 12 Dancing Princesses, 2006, 82 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por Greg Richardson
Esse filme conta a história de um do rei Randolph que tinha 12 filhas, sua esposa
faleceu no nascimento das trigêmeas caçulas que agora estão completando cinco anos. As
garotas agem livremente, sem cobranças ou imposições de regras.
O filme começa com rei Randolph recebendo um convite para levar as filhas a um
baile no reino vizinho. Enquanto o mensageiro fala as trigêmeas entram correndo trazendo um
besouro azul, elas falam com o pai sem respeitar o mensageiro que proclama o convite. Logo
aparecem duas jovens brincando com um jogo que usa taco e bola, elas falam alto e correm
pelo salão, em seguida aparecem gêmeas adolescentes andando com pernas de pau. As
trigêmeas batem nas pernas de pau e todas vão ao chão rindo. Elas vão correndo para fora
enquanto o mensageiro fica perplexo com a atitude das princesas, retira o convite e sai
caminhando enquanto diz: “princesas? parecem animais selvagens!”, o rei olha com tristeza
para as filhas.
Na cena seguinte o rei aparece a mesa para o jantar, as filhas começam a chegar e o
pai cumprimenta uma a uma dizendo seus nomes. Geneveive – interpretada por Barbie – é a
ultima a chegar, o pai finaliza dizendo, “minhas doze princesas!”. Neste momento elas
começam a conversar entre sim falando alto e fazendo muito barulho, pegam os pães com
pressa, estendem os braços sobre a mesa. O rei pede silêncio às filhas e com certo custo as
garotas ficam em silêncio, ele começa dizendo que chamaram sua atenção para o fato de que
elas precisarem se comportar mais como princesas, mas, antes que ele termine de falar elas
são avisadas que o sapateiro real chegou, as princesas se retiram da mesa e saem correndo, o
rei fica sozinho e desapontado.
No jardim as garotas chegam correndo para pegar os sapatos, Derek, o sapateiro real,
entrega para cada uma as sapatilhas, depois toca uma flauta para que elas dancem. O rei olha
pela janela enquanto as jovens dançam, diz que as adora, mas não consegue entende-las, olha
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para o retrato da esposa falecida e reclama sua ausência. Na cena seguinte já é noite, as
meninas estão no quarto, uma delas joga objetos ao pé da cama, outra diz “para que usar o
armário se o chão é mais perto?” uma das trigêmeas coleciona insetos, um deles some e todas
se assustam, mas o animal é encontrado e elas vão dormir. Na manhã seguinte chega ao
palácio Rowena, prima do rei que ele chamou para ajudar na educação das filhas. Ele
apresenta as doze princesas para Rowena, ela diz ao rei: “Você me chamou na hora certa,
querido! Suas filhas são terrivelmente despreparadas para a vida real”. O rei comunica que a
duquesa Rowena veio para cuida da educação das meninas, Geneveive tenta protestar, mas o
rei responde que um dia elas herdarão o reino e precisam ser princesas de verdade para isso, e
que a duquesa poderá prepara-las. Rowena começa as mudanças pelo vestuário, os vestidos
coloridos das garotas são substituídos por modelos em tom cinza, mas guardando
características do modelo princesa. O segundo passo é ensinar as garotas a usarem leques. No
quarto Rowena muda as roupas de cama, deixando tudo cinza também, o único acessório no
quarto é um relógio, ela ordena que às oito horas todas as princesas estejam na cama.
Chega mais uma manhã, Geneveive, a pedido das irmãs, conversa com o pai sobre
Rowena, mas ele não aceita a reclamação da filha. Mais um dia se passa e chega o dia do
aniversário de cinco anos das trigêmeas. As irmãs as acordam com uma canção. Elas cantam e
dançam em comemoração, mas Rowena aparece e as repreendem por estarem atrasadas. Uma
das garotas responde e a duquesa interrompe dizendo: “uma princesa não discute! Sem música
e dança até que aprendam a agir com nobreza”. O dia chega ao fim e as meninas estão
chateadas, pois o pai não apareceu para lhes dar os parabéns. As irmãs entregam as trigêmeas
um exemplar do livro favorito de sua mãe, cada princesa ganhou o seu ao completar cinco
anos. O livro conta a história das doze princesas bailarinas, e trás na capa uma flor diferente
para cada uma. Elas começam juntas a ler a história, mas uma das garotas derruba seu livro,
neste momento elas percebem que a flor da capa é idêntica a flor desenhada no piso do quarto.
Elas decidem dançar como na história, e descobrem uma passagem para um jardim mágico,
nesse lugar tudo que desejam vira realidade. A noite acaba e elas voltam para o quarto.
Na manhã seguinte as princesas descobrem que o pai está doente. Elas cantam para
ele, mas Rowena aparece e as obriga a sair do quarto. Chega um médico que receita um tônico
para melhorar a saúde do rei Randolph, porém Rowena joga o remédio fora, ela está
envenenando o rei com uma erva misteriosa. Geneveive a vê em atitude suspeita recebendo
um pacote de um homem, então pede a Derek que descubra quem é o homem e qual seu
negócio com Rowena.
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Chega a noite e a duquesa prende as garotas no quarto, ordenando que seu capanga
vigie a porta, mas, pra sua surpresa na manhã seguinte os sapatos das jovens estão gastos.
Como castigo Rowena as obriga a limpar todo o jardim do palácio. Chega à terceira noite, e as
meninas ficam presas no quarto novamente. Rowena diz que elas são culpadas pela doença do
pai, que ele está doente de desgosto. Diante das circunstâncias as princesas decidem ir para o
jardim mágico e viver lá eternamente. Derek chega ao palácio e descobre que as jovens
sumiram, vai até o quarto e se lembra dos passos de dança, assim consegue chegar ao jardim.
Rowena vai atrás dele, ela descobre o jardim, então quebra o piso de flores que dá acesso ao
lugar, deixando as jovens presas lá. Depois conta que o homem estava trazendo veneno, as
garotas entendem o plano de Rowena e decidem voltar para proteger o pai, para retornar
Geneveive precisa dançar com Derek, os dois dançam e todas saem do jardim flutuando até
chegar ao jardim de dança que foi da rainha.
Contudo Rowena já havia tomado o lugar do rei, ele assinou um documento a
nomeando rainha até que ele volte a suas funções. Quando as princesas regressam são
perseguidas pelos guardas. Elas armam um plano para conseguir chegar ao rei e contar o que
está acontecendo. Cada uma desempenha um papel na missão, e trabalhando juntas
conseguem encontrar o pai. Ao chegarem ao quarto encontram o rei quase morto. Rowena
tenta lançar um feitiço de dança eterna em Geneveive, mas ela usa o leque para devolver o
feitiço na própria duquesa que desaparece dançando. Geneveive não sabe o que fazer para
salvar o pai, mas uma das trigêmeas havia guardado um pouco da água da fonte do jardim
mágico, e ao beber dessa água o rei se recupera, voltando a vida. Ele fica sabendo de tudo que
aconteceu e se desculpa com as filhas, diz que não quer que elas mudem e reconhece o valor
de cada uma.
O tempo passa e chega o dia do casamento de Geneveive e Derek, a cerimônia
acontece no jardim do palácio, todas dançam felizes, inclusive o rei.
Diário da Barbie
The Barbie Diaries, 2006, 70 min.
Escrito por Elise Allen e Laura Mccreary
Dirigido por Eric Fogel
O filme começa com Barbie, Courtney e Tia – amigas de Barbie – se apresentando e
tocando, na verdade elas estão ouvindo musica na garagem e sonhando em serem famosas.
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Kevin – amigo das garotas – aparece lembrando que o ultimo dia de féria está acabando, eles
vão até a uma estrada a beira-mar e falam de seus projetos e sonhos para o novo ano letivo.
Tia fala que numerou seus jeans para não usar repetido, e quer ser presidente da escola. Kevin
diz que fez filmes curta-metragem de animação, mas não revela seu pedido. Barbie pede para
ser a ancora do canal de noticias da escola, quer que no novo ano seja tudo diferente, pois no
ano anterior se sentia invisível. Courtney quer arrasar como baterista. No dia seguinte elas
chegam à escola, Courtney tenta estacionar, mas Raquelle – garota mais popular da escola e
inimiga de Barbie – entra na frente ocupando a vaga.
Elas entram na escola e Barbie vê Todd – namorado de Raquelle, ele a cumprimenta e
ela fica sem saber o que fazer, pois é apaixonada por ele. Barbie vai falar com o diretor para
ocupar a bancada do canal de notícias, mas Raquelle já ocupou o cargo isso deixa Barbie
desapontada, mas acaba aceitando ser assistente de Raquelle, pois o diretor pede para contar
com ela, e dessa forma ela não consegue dizer não. Porém para sua felicidade Todd e
Raquelle rompem o namoro, dado a Barbie a oportunidade de se aproximar do garoto. Ele
com vida Barbie para ir ao baile anual da escola com ele, ela aceita prontamente e depois
disso começam a andar mais juntos.
Animada para o baile Barbie vai ao shopping com as amigas para comprar um vestido
especial para o grande dia. Porém quando vai ao caixa pagar o vestido escolhido recebe uma
ligação de Todd desafazendo o convite, o rapaz alega que reatou com Raquelle. Barbie fica
decepcionada, e ao ver sua tristeza a vendedora lhe oferece uma pulseira que vem
acompanhada de um diário.
Barbie resolve relatar no diário tudo que sente e que acontece em sua vida. E toma
algumas atitudes para mudar a situação em que se encontra. O primeiro passo é inscrever sua
banda para tocar no baile da escola. O segundo passo é preparar uma matéria sobre o universo
dos “populares” da escolar, isso poderá lhe render a bancada do canal de noticias. Depois
disso inventa um brilho labial camuflado em uma caneta, isso lhe rende muitos contatos, pois
todas as garotas querem um. O objeto é descoberto e Barbie e suas amigas são chamadas na
sala da diretoria, Barbie assume a culpa, mas as três são punidas tendo que lavar pratos no
almoço. As amigas estão bravas, mas começam a brincar na cozinha, nesse momento ouvem
que a banda foi escolhida para tocar no baile. Além disso, começa a receber bilhetes de um
admirador secreto que acredita ser Todd.
A protagonista está muito feliz com tudo que vem acontecendo, ela acredita que todo
seu sucesso vem do diário que ganhou, atribuindo poderes mágicos ao objeto. Sua matéria
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começa a desenrolar, ela conquista a confiança das amigas de Raquelle e consegue adentrar
no “mundo dos populares”. Para conseguir informações para sua matéria Barbie acaba se
envolvendo em fofocas, começa a faltar nos ensaios e deixa suas amigas na mão sempre que
precisam. Barbie percebe isso, mas da prioridade a reportagem que está preparando e quer que
as amigas entendam isso. Quando ela finalmente consegue um horário especial para exibir sua
reportagem se dá conta da situação caótica em que se encontra sua vida. Suas amigas
romperam a amizade e resolveram tocar sozinhas no baile. Sua pulseira foi roubada por
Raquelle, com isso Barbie não pode escrever no diário. Ela pensa em desistir de tudo, pois
acredita que não é capaz de realizar nada sem sua pulseira. Nesse momento ela se da conta de
todos os erros que cometeu, reflete sobre suas atitudes e para se redimir com as amigas decide
não exibir a matéria, em lugar dela exibe os vídeos de curta-metragem que Kevin produziu
nas férias.
Barbie volta para casa e toca seu violão sozinha na garagem, enquanto pensa em tudo
que aconteceu. Kevin aparece para leva-la ao baile, para sua felicidade as amigas a perdoaram
e estão com um vestido especial para o evento. Barbie diz que não consegue sem sua pulseira,
Kevin tira a corda do violão e faz uma pulseira com ela, nesse momento Barbie se dá conta de
que o objeto não é o responsável pelas coisas que ela realizou, tudo aconteceu graças a sua
dedicação e empenho.
Elas tocam no baile e a banda faz um grande sucesso. Barbie desce do palco e Todd
vai cumprimenta-la, os dois dançam juntos e Barbie descobre que não é ele o autor dos
bilhetes, então se da conta de que seu admirador é Kevin e deixa Todd na pista, indo atrás de
seu amor. Eles dançam juntos em clima de romance. Barbie aparece em seu quarto
escrevendo no diário, ela conclui: “Eu acho que coisas incríveis acontecem mesmo quando a
gente bota os sonhos no papel, então da próxima vez que alguém perguntar se você acredita
em mágica, a única resposta é sim! A pulseira era mágica? Claro! Pois sem ela jamais teria
descoberto quem eu era de verdade, a pulseira destrancou o diário e o diário me destrancou”.
Ela fecha o diário e Kevin aparece para assistirem juntos a um filme, eles estão na letra Z, e a
comida de acompanhamento deve ter o nome começando com a mesma letra do nome do
filme, os dois conversam sobre comida e riem, e assim o filme acaba.
Barbie Fairytopia Mermaidia
Barbie Fairytopia Mermaidia, 2006, 75 min.
Escrito por Elise Allen
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Dirigido por William Lau e Walter P. Martinshius
O filme começa com cenas do filme Barbie Fairytopia, enquanto Azura narra os
acontecimentos. Logo após aparecem algumas fadas brincando no campo com Bibble –
bichinho de estimação de Elina. Ele corre assustado, pois uma garotinha o está seguindo.
Agarota é uma fada que está à procura de Elina, pois Nalu – o príncipe das aguas – foi
capturado pelos Fungus – funcionário de Laverna – e corre perigo. Elina decide ir até a
enseada de cristal para ajuda-lo.
O objetivo de Laverna é conseguir a frutinha da imunidade para que ela possa ficar
imune a qualquer magia, já que foi punida no filme anterior. Porém Nalu se nega a leva-los
até a tal frutinha. Para força-lo a mudar de ideia um Fungus joga um veneno na água que
escorre em direção as águas de Mermaidia, antes que o veneno contamine tudo Nalu resolve
leva-los até a frutinha. Neste momento Elina está chegando a enseada e vê a água envenenada,
ela vai até lá para tentar descobrir o que está acontecendo. Ela avista Nori – sereia amiga de
Nalu – e vai falar com ela, mas Nori não gosta de Elina, pois pensa que Nalu é apaixonada por
ela. Elina conta sobre o sequestro, porém a sereia dispensa a ajuda da fada e parte sozinha
para procurar o príncipe. Elina come a alga que permite respirar embaixo d’agua e com ajuda
de uma tartaruga vai até Mermaidia. Enquanto seguem aparece um golfinho que se junta a
eles. Elina consegue chegar e encontra Nori que a maltrata novamente, mas a sereia muda de
ideia e decide aceitar a ajuda de Elina, pois precisa dela. Com educação e gentileza Elina
consegue uma informação para encontrar o príncipe. Um oráculo as orienta a ir até as
“profundezas do desespero” e encontrar o “espelho da neblina”, mas para isso Elina terá de
desistir de suas asas para obter uma cauda, Elina diz que não será preciso, mesmo assim o
oráculo entrega um colar de pérolas que a trará de volta caso mude de ideia, para voltar a ser
fada Elina precisa estar fora da água quando a ultima perola voltar a ficar branca. As duas
seguem a missão e chegam às profundezas do desespero, elas precisam descer, mas Elina não
consegue, pois a correnteza é muito forte. A sereia vai sozinha, mas fica presa e pede ajuda a
fada, sem opção Elina troca suas asas por uma cauda de peixe, e assim consegue resgatar a
sereia. Depois de passar por todos os obstáculos elas conseguem descobrir onde está Nalu e
partem atrás dele, o caminho é perigoso e elas precisam trabalhar juntas. Elas chegam ao
jardim mágico, encontram Nalu e o libertam. Mas a frutinha já está com um dos Fungus,
então Elina tem a ideia de trocar a frutinha por outra parecida, ocorre uma disputa pela fruta, e
nesse momento o colar de Elina esta voltando a cor branca, ela precisa sair imediatamente da
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água, caso contrário será sereia para sempre. Ela sai e aguarda, um Fungus joga o frasco de
veneno no mar. Para impedir a contaminação, Elina se joga na água e perde suas asas. Ela
chora por suas asas, mas se sente feliz por ter conseguido salvar o reino das águas. Tudo
parece perdido, mas Nori tem a ideia de dar a Elina uma frutinha que revela “seu verdadeiro
eu”, a fada come a fruta e volta a ter asas, elas estão ainda maiores que antes.
Os Fungus levam a frutinha para Laverna, acreditando ser a fruta correta, mas é a
mesma fruta que Elina comeu, aquela que revela “seu verdadeiro eu”. Laverna come e se
transforma em uma rã. A Fada do campo volta para casa e todas as fadas querem saber de sua
nova aventura.
Barbie em a Princesa da Ilha
Barbie as the Island Princess, 2007, 86 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por Greg Richardson
O filme começa apresentando uma praia tropical, um panda vermelho e um pavão
chegam na praia depois de uma noite de tempestade. Eles encontram objetos na praia e logo
após avistam uma garota desmaiada na areia, Sagi – o panda vermelho – decide ajuda-la, Azul
– o pavão – é contra, mas acaba cedendo, eles socorrem a garota. O narrador informa uma
passagem de dez anos. Vemos uma jovem correndo com um elefante em direção a areia da
praia, são Ro e Tika – o elefante, elas se juntam a Azul e Sagi, juntos cantam uma canção que
fala sobre a ilha e a amizade entre eles.
Na manhã seguinte um navio se aproximando da ilha, ele trás príncipe Antônio que
decide aporta na ilha, Ro e os animais observam de longe, Ro fica surpresa por ver pessoas
semelhantes a ela. Príncipe Antônio e o cientista real caminham pela ilha quando caem em um
lago de crocodilos, quando os animais se aproximam para ataca-los Ro e conversa com eles,
deixando os homens surpresos pela sua habilidade de falar com os animais. Ela os leva para o
local que habita com seus amigos e apresenta Azul, Sagi e Tika para eles. O príncipe convida
Ro para ir ao seu reino, ela aceita, mas leva os animais consigo.
Eles chegam ao reino e Antônio apresenta a moça aos pais. Mas descobre que seus
pais arranjaram um casamento para ele enquanto esteve fora. O príncipe se recusa a casar com
Luciana, pois está apaixonado por Ro, mas o pai não aceita. Na cena seguinte rainha Ariana –
mãe da noiva – revela seus planos, ela quer casar a filha com o príncipe para se vingar do rei,
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pois no passado sua família tentou matar o rei e foi punida com o banimento do reino. Na
manhã seguinte Tika pede para ir embora, mas Ro quer procurar sua família. O rei oferece um
baile para anunciar o casamento do filho. Por insistência dos animais Ro decide ir ao baile,
quando ela aparece Antônio a convida para dançar. Rainha Ariana percebe um sentimento
entre os dois, e apressa o rei para realizar o casamento. Logo depois da festa o pai comunica a
Antônio que ele se casará em dois dias, ele se recusa e briga com o pai. Procura por Ro para
fugirem justos, não a encontra. Rainha Ariana resolve antecipar seu plano envenenando todos
os animais do reino. Ro é acusada do crime e levada presa, para liberta-la Antônio aceita se
casar com a noiva escolhida por seu pai.
Ro e seus animais são mandados de volta para a ilha, mas ao partir Ro descobre que
rainha Ariana pretende matar a todos, ela tenta voltar, mas é atirada ao mar, no incidente
recupera sua memoria e lembra que seu nome é Rosella. De volta ao palácio Ro consegue
salvar os animais e provar sua inocência. Com tudo resolvido o rei e a rainha se desculpam
com Ro por acusa-la. Antônio pede Ro em casamento, nesse momento aparece a rainha mãe
de Rosella. Chega o dia do casamento de Rosella com Antônio, eles partem com os animais
de navio para a lua de mel.
Barbie Fairytopia A Magia do Arco-Íris
Barbie Fairytopia Magic of the Rainbow, 2007, 74 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por William Lau
O filme começa com Azura narrando as aventuras do primeiro filme com a Fada do
Campo Barbie Fairytopia e do segundo filme Barbie Fairytopia Mermaidia.
Começam as cenas do terceiro filme e aparecem Elina, Dandelion, Bibble e outras
fadinhas voando e brincando no campo. Algumas fadas se aproximam e querem saber das
aventuras de Elina, ela se tornou a heroína de Fairytopia. Neste momento Azura aparece para
conversar com Elina, e convida a fada para ser sua aprendiz, pois as/os guardiãs/ões
decidiram ensinar outras fadas a realizar o primeiro voo da primavera. Elina aceita o convite
temerosa de suas capacidades para assumir essa missão. Apesar disso, parte com Bibble para
o castelo de Cristal, local onde aprenderá o ritual.
Elina se aproxima do castelo, mas para a alguns metros com receio de encontrar as/os
outras/os aprendizes. Nesse momento ouve uma voz, é um rapaz chamado Linden, que
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também é aprendiz, depois de conversar com o novo colega Elina decide ir ao dormitório. Ela
chega, mas, não sabe qual é o seu, a medida que vai procurando seu quarto também conhece
outras/os colegas. Elas/es são hostis com Elina, principalmente fada Solar, que já ouviu falar
da Fada do Campo e mesmo sem conhecê-la já não gosta dela. Finalmente encontra Glee, uma
fada que a trata com educação e mostra seu quarto.
Na manhã seguinte as/os guardiãs/ões reúnem as/os aprendizes e explicam como será
o ritual, delegando as tarefas de cada um. Elina vai para aula de magica, lá descobre que tem
poderes que desconhecia. Na aula de “voança” – uma mistura de voo com dança – Elina mais
uma vez se sai bem, isso desperta ainda mais a inveja da fada Solar. A noite chega e elas vão
para aula de “luminescência”, Elina tem dificuldades controla seus poderes e acaba atingindo
fada Solar que revida e as duas começam a brigar; Azura as repreende e proíbe de usar magia
uma contra a outra.
Começa um novo dia, Elina está na mata e conversa com Linden, aparece uma rã,
dizendo que foi enfeitiçada por uma bruxa, a fada acredita que o feitiço é obra de Laverna e
resolve desfazê-lo, porém a rã é a própria Laverna que agora está livre novamente para usar
seus poderes. Elina corre para contar as/os guardiãs/ões, que ficam em dúvida, pois
aparentemente Laverna continua presa no pântano, mesmo assim Azura reforça a segurança
do castelo. Quando chega ao dormitório a fada é hostilizada pelos colegas. Azura ordena que
façam rondas noturnas em grupo. Porém já é tarde, Laverna tomou o lugar de fada Solar,
assumindo sua aparência, a bruxa planeja destruir o primeiro voo da primavera para tomar o
reino. O plano começa a dar certo, Laverna envenena todas/os guardiãs/ões com veneno de
sapo antes que tenham terminado de treinar as/os aprendizes. A rainha convoca todas/os para
uma reunião e passa a elas/es a responsabilidade de fazer o voo da primavera.
Chega o dia do ritual, as/os aprendizes vão para o pátio onde acontecerá o primeiro
voo da primavera. Começam o ritual e conseguem fazer a primeira parte que é a câmara onde
será realizada a cerimônia. Porém, em meio ao ritual Laverna se revela para Elina, que
entende finalmente que era o plano da Vilã. Elina decide sair para procurar a fada Solar, pois
somente com a fada verdadeira o ritual poderá dar certo. Depois de tensos momentos de busca
Elina finalmente encontra fada Solar e as duas voltam para o palácio de cristal. Laverna
finalmente se revela e exige que sua irmã – a rainha – entregue seu trono, a rainha aceita a
exigência com a promessa de que o primeiro voo da primavera será protegido. Porém Laverna
não cumpre sua promessa e tenta destruir o botão de flor que representa o primeiro voo da
primavera. Neste momento Elina se põe a frente do feitiço de Laverna para salvar o botão, ela
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começa a ficar fraca, pede a ajuda das/os colegas e todas/os se juntam enviando seus poderes
a Elina que derrota Laverna. Mas já é tarde, um tenebroso inverno se abate sobre Fairytopia.
Elina não desiste e convoca as/os aprendizes para retomarem o ritual. Finalmente a flor se
abre e milhares de borboletas saem voando, um arco-íris aparece, o inverno desaparece e
Fairytopia está salva. Depois de tudo terminado a rainha reúne a todas/os guardiãs/ões e
aprendizes para agradecer a bravura de cada uma/um, concedendo uma medalha de honra pelo
empenho. Elina se despede das/os colegas e volta para sua casa no campo.
Barbie Butterfly a Nova aventura em Fairytopia
Barbie Mariposa, 2007, 74 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por Conrad Helten
O filme começa com Bibble ensaiando para seu encontro com Dizzle – bola de pelos,
como ele, que conheceu no filme Barbie Fairytopia A Magia do Arco-Íris – ele esta com
medo de conhecer as/os amigas/os de Dizzle, por isso desiste de ir ao encontro dela. Para
motivar seu bichinho de estimação Fada do Campo conta a história de Butterfly – uma fada
Borboleta sua amiga – que vive no reino de Flutterfield. Enquanto Elina conta a história
começamos a ver as cenas.
Esse reino era cercada por Skeezites – seres enormes que comiam as fadas borboletas
– elas tinham que se esconder durante a noite para salvar suas vidas, mas a rainha Marabella
colocou flores magicas iluminadas nas arvores que brilhariam enquanto ela vivesse, isso
matinha os Skeezites afastados. Butterfly é tímida e não gosta de se misturar as grandes
multidões, prefere a companhia um livro e de um lugar silencioso onde possa ver as estrelas.
Butterfly e Willa – sua amiga – trabalham para Rayna e Rayla, duas fadas espanholas,
vaidosas e que vivem brigando entre si. Haverá um baile a noite, elas querem se preparar para
arrasar no baile, entregam uma lista de coisas para Willa providenciar, Butterfly fica na casa
para atender as ordens das irmãs. É noite, em um local afastado Henna – assistente da rainha –
prepara uma poção para matar a rainha e tomar seu lugar. Butterfly deixa as irmãs Rayna e
Rayla nas entrada do baile e sai, nesse momento encontra príncipe Carlos, mas não o
reconhece, ele se apresenta como Andreos e os dois conversam.
Na manhã seguinte Butterfly acorda com Andreos batendo em sua janela, ele revela
que é o príncipe e que a rainha está doente, envenenada por Ilios, ele entrega um mapa a fada
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e pede que ela procure pelo antídoto. No trabalho Butterfly descobre que o príncipe está preso
no castelo e conta sobre o mapa, as irmãs resolvem que elas vão buscar o antidoto e Butterfly
vai junto como criada. Depois de passar por inúmeras dificuldades e contar com ajuda de
outras pessoas, as fadas finalmente chegam ao local que guarda o antídoto, elas decidem que
Butterfly deve continuar, pois apenas uma poderá entra. O remédio está em uma estrela, a
fada precisa escolher a estela certa e tem apenas uma chance, com inteligência ela descobre a
estrela e consegue o antidoto, e num passe de mágica voltam direto a Flutterfield.
No reino a situação está caótica, a rainha está a beira da morte e Henna ordenou que os
Skeezites invadissem a cidade, as fadas enfrentam os monstros com luzes. Butterfly apare
trazendo o antidoto que é uma flor, ela a aproxima do nariz da rainha, mas Henna toma de
suas mãos e a destrói. Tudo parece acabado, mas a rainha volta a vida e as luzes protetoras de
Flutterfield se acendem novamente afastando os Skeezites. Henna consegue fugir, mas deixa a
promessa de voltar para retomar o reino. Depois de tudo resolvido a rainha oferece uma
condecoração as garotas que foram bravas e corajosas salvando o reino.
Aparece novamente fada do Campo que termina a história, Bibble está otimista e
mudou de ideia sobre conhecer as/os amigas/os de Dizzle. Ela finalmente chega e eles se
abraçam felizes. As amigas são mini fadas que gostam muito dele. Elas saem voando e
brincando animadas.
Barbie e o Castelo de Diamante
Barbie The Diamond Castle, 2008, 83 min.
Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser
Dirigido por Gino Nichele
O filme começa com Barbie e Tereza – sua amiga – ensaiando uma música que fala de
amizade. Stacie – irmã de Barbie – entra no local brava por ter brigado com sua melhor
amiga. Para fazer Stacie pensar melhor sobre amizade Barbie conta a história de duas amigas
e um castelo de diamante.
As cenas começam, Liana e Alexa colhem flores no campo para vender. As duas
moram na mesma casa e dividem todas as tarefas. Liana encontra no fundo do lago duas
pedras em forma de coração e decide fazer colares de amizade, para serem “melhores amigas
hoje, amanhã e sempre”. Depois disso começa uma grande tempestade na manhã seguinte o
campo está completamente destruído. As jovens recolhem as flores que sobraram, arrumam
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um pão com geleia para o lanche e vão para a cidade vender. No caminho elas encontram uma
senhora com roupas maltrapilhas, então resolvem dar o pão a mulher que em troca oferece um
de “seus tesouros”, Liana escolhe um espelho velho. Ao chegar em casa ela limpa o espelho, a
peça dourada fica brilhante. Elas vão trabalhar no campo e enquanto cantam descobrem uma
voz que vem do espelho, elas pegam o objeto e veem uma jovem dentro dele. O espelho
esconde Melody, uma aprendiz das ninfas da música. Ela conta para as garotas que a muitos
anos Lydia – uma das ninfas – resolveu tomar o Castelo de Diamantes e ser a única ninfa,
para isso transformou as outras em estátuas de pedra. Melody conseguiu ocultar o castelo –
que guarda os instrumentos mágicos – e salvar a própria vida se escondendo no espelho.
Porém quando Melody cantou com as amigas um dragão – serviçal de Lydia – conseguiu
localiza-la, o animal parte em busca da garota e descobre que ela está no espelho. Desajeitado
o dragão acaba incendiando a cabana das garotas, destruindo tudo. Depois do estrago Liana
consegue convencer Alexa a irem juntas para derrotar Lydia e salvar as musas da música.
Elas partem para realizar a missão, mas estão famintas. Chegando em uma aldeia
encontram o dono de um restaurante bravo por que seus músicos não apareceram. As duas
resolvem tocar no lugar dos rapazes para ganhar comida, enquanto elas se apresentam Melody
não resiste e canta junto atraindo o dragão, isso permite a Lydia partir no encalço delas. Antes
de sair do local elas conhecem os músicos, são dois irmão Ian e Liam que as ajudará até o fim
da missão. Lydia aparece no caminho e tenta enfeitiça-las para pegar o espelho, mas as pedras
de coração as protege e elas conseguem fugir com a ajuda dos irmãos. Na manhã seguinte elas
chegam a um local que pode dar acesso ao local do castelo. Existe uma ponte oculta que é
guardada por um Ogro, ele prende os dois rapazes, para liberta-los e liberar a ponte o Ogro faz
uma charada que Liana consegue desvendar.
Elas seguem caminhando cansadas quando avistam uma fumaça, é uma casa, elas vão
até lá e encontram uma família enfeitiçada por Lydia. O casal diz que a mansão é delas, pois
uma lenda fala de duas melhores amigas que herdarão tudo aquilo. Alexa quer ficar, mas
Liana quer seguir para levar Melody, as duas se desentendem, Alexa decide ficar e Liana
segue. Logo após a saída de Liana, Alexa joga seu colar, nesse momento Lydia aparece e leva
Alexa para seu castelo. Quando finalmente chegam ao local que oculta o castelo o dragão
aparece e captura Liana e o espelho. No castelo Lydia consegue tomar o espelho e o dragão
tenta matar Liana e Alexa, porém as duas conseguem escapar. Elas voltam para o local do
castelo e conseguem enganar Lydia. Para fazer aparecer o castelo as duas cantam a canção de
Melody, enquanto cantam o castelo emerge de um lago. Elas entram no castelo e Lydia
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reaparece, mas antes que ela consiga destruir os instrumentos Liana e Alexa os pegam e os
tocam. Nesse momento Lydia se transforma em estátua e todos os seus feitiços se desfazem.
As musas voltam ao castelo, e declaram as amigas como “princesas da música”. Melody se
torna a terceira musa. As garotas são convidadas a ficar no castelo, mas decidem voltar para
casa. Com sementes mágicas recuperam o jardim que havia sido destruído. As novas plantas
produzem flores com diamantes e as garotas vivem felizes.
Ao final da história Stacie resolve procurar sua amiga para pedir desculpas. Tereza e
Barbie terminam o ensaio da música que fala de amizade.
Barbie apresenta A Pequena Polegar
Barbie Presents Tumbelina, 2008, 75 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por Conrad Helten
O filme começa em um campo colorido e ensolarado. Barbie está acompanhando um
grupo de crianças que irão plantas arvores neste campo. Uma das meninas escolhe a menor
muda para plantar, outras crianças riem dela dizendo que aquela muda não serve pra nada por
ser pequena. Barbie contesta dizendo que mesmo os/as mais pequenos/as podem fazer uma
grande diferença, então começa a contar a história da pequena Polegar.
Começamos a ver as cenas e em off a voz de Barbie narra os fatos. Perto de uma
cidade grande havia um campo florido e calmo onde existe o mundo dos/as Twillerbees,
pequenas criaturas que tem o poder de ajudar as plantas a crescerem. Essas criaturas tem
medo dos seres humanos, mas Polegarzinha é diferente, ela é a mais corajosa dos/as
Twillerbees. A garota resolveu fazer, com pétalas de flores, asas para ela e suas amigas,
Chrysella e Janessa, para que pudessem voar sobre o campo. Com as asas prontas vão até o
topo de uma arvore para alçar voo. Depois do primeiro voo as garotas descobrem que estão
chegando ao campo alguns humanos com maquinas para trabalhar ali. Chega também, um
carro com Makena e seu pai e sua mãe, eles são os responsáveis pela obra que vai acontecer
no campo. Makena conversa por telefone com Violet, sua amiga, uma garota rica que tem
tudo que quer. Violet conta a Makena que ganhou uma ilha e pergunta se ela ganhou algo,
para dizer que também ganhou alguma coisa, Makena pede ao pai um canteiro de flores para
por em seu quarto. As flores floram levadas e com elas as Twillerbees que estavam
escondidas nas pétalas, foram todas para o apartamento de Makena na cidade. Na primeira
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oportunidade as garotas decidem fugir, antes de sair ouvem que o campo será destruído para
dar lugar a uma fábrica. Polegarzinha decide ficar na cidade para tentar fazer algo que impeça
a destruição de seu lar, Janessa e Chrysella voltam para o campo, elas se juntam as/os demais
Twillerbees para impedir o funcionamento das máquinas.
Polegarzinha ouve uma conversa de Makena com Violet e se propõe a ajudar para
impressionar a amiga, mas em troca a garota teria que ajuda-la a impedir a construção da
fábrica. Os dias vão passando e os/as Twillerbees continuam fazendo de tudo para segurar as
maquinas. Enquanto isso Polegarzinha insiste com Makena para falar com seu pai e sua mãe.
Inicialmente Makena não pensa em ajudar, ela quer apenas exibir Polegarzinha como objeto
exclusivo para impressionar Violet. Quando Polegarzinha descobre a intenção de Makena fica
magoada e decide ir embora. Mas, ao conviver com Polegarzinha, Makena descobre o que
significa uma amizade, por isso rompe relações com Violet e vai a procura da nova amiga
para se desculpar com ela. Reconciliadas as duas voltam para tentar convencer os adultos a
pararem a construção. Com muito esforço Makena leva a família para um chá na estufa do
apartamento, ela pede a interrupção do projeto, mas não é atendida. Nesse momento
Polegarzinha se revela ao pai e a mãe da amiga e fala de seu lar, conta que muitos/as
Twillerbees vivem lá e que ficarão sem casa se o campo for destruído. Comovidos eles
decidem parar imediatamente a construção e partem para o campo. No caminho encontram
um engarrafamento, então Makena segue de bicicleta para chegar mais rápido. Ela enfrenta
com coragem o chefe de obras que se recusa a parar a derrubada do campo, finalmente sua
família chega e impedem o funcionário de continuar o trabalho. Depois de tudo resolvido vão
para o local onde ficam os twiller-brotos e assistem ao nascimento dos twiller-bebês que são
imediatamente adotados pelos/as Twillerbees adultos. Para garantir que nada aconteça ao
campo e ao mundo dos/as Twillerbees Makena e sua família transformaram o campo em uma
área de preservação permanente.
O filme termina com Barbie finalizando a história, ela diz que não importa o tamanho,
cada um pode fazer a diferença. As crianças saem agitadas procurando por Twillerbees no
campo do piquenique. Polegarzinha, Janessa e Chrysella aparecem a fazem a pequena arvore
plantada no início, crescer e ficar grande como as outras.
Barbie em A Canção de Natal
Barbie in A Christmas Carol, 2008, 76 min.
Escrito por Elise Allen
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Dirigido por William Lau
O filme começa com Barbie procurando por Kelly, sua irmã. A garota está chateada e
não quer ir ao baile beneficente de natal, alega que prefere ficar em casa para fazer as coisas
que fazem todos os anos. Barbie resolve contar uma história para Kelly sobre a importância
do natal. Ouvimos sua voz em off enquanto as cenas começam a aparecer na tela.
Vemos Eden – famosa cantora lírica da era vitoriana – cantando no palco a música
“pinheirinho”. Quando o espetáculo termina Eden deixa o palco e começa a reclamar de tudo
a sua volta. Ela chama por Catherine – sua amiga e figurinista – que não aparece, pois está
com os/as demais funcionários/as do teatro arrumando a decoração de Natal. Ao vê-los/las
cantando felizes Eden avisa que não terão o feriado de natal, as pessoas reclamam e a cantora
ameaça demitir quem não vier trabalhar. Os/as funcionários/as ficam tristes, mas precisam do
emprego e por isso se submetem as vontades da cantora.
Logo depois Eden está dormindo, mas é acordada pelo espírito de sua tia Marie que
aparece no quarto arrastando correntes com espelhos nas pontas. O espírito da tia interpela
Eden a mudar de atitudes, para que não tenha um fim tão trágico quanto o seu. Tia Marie
sempre repetia que “num mundo egoísta só os egoístas se dão bem”, e este passou a ser o
lema da cantora, a tia reconhece que estava errada sobre isso, mas Eden não acredita no que
vê e pensa se tratar de algo planejado pela sua equipe. Revoltada com a atitude da sobrinha tia
Marie avisa que ela receberá naquela noite os três espíritos do natal, sendo essa sua última
chance de mudar seu destino.
Eden volta a dormir, mas é acordada pelo ‘espírito do natal passado’ que a leva para
um dos natais de sua infância. A cantora, ainda criança, está em casa ensaiando para melhorar
a voz. Ela pede para ir a festa de natal na casa da família de Catherine, mas a tia a proíbe de
sair. Mesmo assim a garota sai escondida, ela e a amiga prepararam uma apresentação para a
noite de natal, mas tia Marie aparece e a leva para casa, deixando-a de castigo por ter fugido.
Eden sofre com a lembrança do passado e volta para seu quarto. Tão logo voltou a dormir
aparece o ‘espírito do natal presente’ que a leva para a situação ocorrida horas antes. Eden
descobre que os/as funcionários/as estão furiosos/as com ela. Depois seguem Catherine que
foi até um orfanato, no qual trabalha como voluntária, ela organizou uma apresentação de
natal com as crianças. Eden fica desapontada, pois tinha acusado Catherine de estar
trabalhando para outra companhia de teatro sem sua autorização. De volta ao quarto Eden fica
comovida com tudo que viu, mas continua irredutível sobre o ferido para os/as
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funcionários/as. Após alguns minutos de sono aparece o ‘espírito do natal futuro’ que a leva
para visitar um futuro sombrio e solitário. A cantora demitiu sua equipe por chegar atrasada,
depois disso, seus espetáculos começaram a perder público até perder completamente a fama
e ficar pobre. Ela descobre que Catherine se tornou uma estilista famosa e vai pedir ajuda a
ela, mas encontra uma pessoa egoísta e mesquinha, agora é Catherine que repete a frase: “num
mundo egoísta só os egoístas se dão bem”. Eden fica desamparada, abandonada na rua com
frio e fome. É manhã, Eden acorda em seu quarto e percebe que foi tudo um sonho, mas algo
mudou em sua forma de pensar. Ela resolve liberar sua equipe para passar o natal com os
familiares, oferece presentes e uma bonificação para cada pessoa, depois pede para ir com
Catherine na apresentação das crianças do orfanato e se torna colaboradora do mesmo,
oferecendo ajuda financeira. Cumprida a agenda as duas partem para a festa na casa da
família de Catherine, como faziam na infância.
Barbie termina de contar a história que Kelly ouviu atentamente, a menina percebe que
está sendo egoísta ao se recusar a passar o natal com os/as amigos/as e resolve ir ao baile com
a irmã.
Barbie e as Três Mosqueteiras
Barbie and the Three Musketeers, 2009, 81 min.
Escrito por Amy Wolfram
Dirigido por William Lau
O filme conta a história de Corinne, filha de Dartagnan, famoso mosqueteiro da
história de Alexandre Dumas. A jovem sonha em ser mosqueteira como o pai, enquanto
desenvolve as atividades na fazenda em que mora com a mãe, aproveita para realizar seu
treinamento de mosqueteira. Apoiada pela mãe Corinne parte em busca de seu sonho, vai
acompanha do cavalo Alexander, que foi de seu pai, e de sua gatinha de estimação, Miette.
Mas ao chegar a Paris descobre que não será fácil se tornar a primeira mulher mosqueteira.
Corinne procura o chefe dos mosqueteiros e apresenta a carta de sua mãe, porém o homem diz
que não pode ajuda-la, pois ela não tem os requisitos necessários para ser mosqueteira.
Corinne sai do local desapontada, senta-se em um banco e pensa na situação que está vivendo,
nesse momento aparece um cachorro perseguindo Miette, os animais vão em direção ao
castelo e Corinne segue atrás para ajudar sua gata de estimação. Ao chegar ao castelo a jovem
é convidada para trabalhar como arrumadeira, sem outra opção, aceita o trabalho e conhece
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outras três jovens que também trabalham no castelo, elas convidam a nova funcionária para
passar uma semana com elas, até que arrume um lugar para ficar.
Em um dia normal de trabalho as garotas estão limpando o castelo quando o príncipe
aparece, ele está testando um balão movido a ar quente, mas enquanto o príncipe desce as
escadas um lustre despenca do teto, quase caindo sobre ele, estilhaços do lustre voam por
todos os lados e cada uma das meninas mostra sua habilidade ao se desvencilhar dos objetos.
Depois de tudo resolvido elas conversam e descobrem que nutrem em comum o sonho de
serem mosqueteiras. Hélène, uma senhora que trabalha há muitos anos no castelo, percebe o
talento das garotas e as leva para treinarem em um local secreto no castelo. Dias depois
Corinne vê o príncipe em apuros, ele estava testando sua máquina de voar quando a corda se
rompe e o balão levanta voo. Corinne parte para salvá-lo e consegue retornar com o balão ao
chão em segurança. As jovens avaliam os acidentes e percebem que alguém está atentando
contra a vida do príncipe. Em uma noite, despois do trabalho, elas descobrem que os
atentados são obra do regente, responsável por cuidar do reino até que o príncipe se tornasse
adulto. Elas tentam avisar os mosqueteiros da guarda real, mas como não conseguem provar
nada são banidas do castelo.
Para salvar a vida do príncipe elas decidem arrumar fantasias para entrar no baile sem
serem reconhecidas, produzem roupas especiais e armas discretas que entrarão camufladas
sob as roupas. Chega o grande dia e as jovens conseguem entra na festa, chega o momento do
ataque e elas entram em ação, enfrentam os mosqueteiros aliados do regente e os derrotam.
Corinne mais uma vez salva a vida do príncipe que estava prestes a ser lançado do topo do
castelo. Em retribuição a bravura e coragem das garotas o rei, príncipe já coroado, nomeia a
cada uma como mosqueteira, dando a elas uma vaga na guarda real. Ao final o novo rei
convida Corinne para um passeio de balão, mas ela recebe a notícia de um novo complô
contra o rei e parte em missão, adiando o passeio para o momento que for possível.
Barbie Moda e Magia
Barbie in A Fashion Fairytale, 2009, 82 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por William Lau
Neste filme Barbie interpreta a si mesma em um episódio de sua vida. Ela está atuando
na gravação do filme A princesa e a ervilha quando questiona o diretor e é demitida. Ela fica
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sem saber o que fazer, foi a primeira vez que isso lhe aconteceu, logo após descobre varias
críticas a seu trabalho circulando na internet, e para piorar sua situação recebe uma ligação de
seu namorado Ken rompendo o namoro. Diante de tantos problemas decide visitar sua tia
Millicent em Paris.
Quando chega a cidade Barbie descobre que a confecção de sua tia está falida e terá
que entregar o prédio em três dias. Barbie começa a ajudar a guardar tudo para desocupar o
prédio, mas junto com Alice, assistente de Millicent, descobre um armário mágico onde
surgem três fadas da moda que transformam as roupas, elas colocam nas peças glamour,
glitter e brilho. As garotas começam a trabalhar duro para produzir um desfile com a
finalidade de salvar a confecção. Enquanto elas trabalham, Ken descobre por meio das amigas
de Barbie que o namoro dos dois foi rompido. Ele foi vítima de um plano de Raquelle para
separa-lo de sua amada, então decide ir a Paris para fazer um grande gesto romântico e provar
a Barbie seu amor. Ele enfrenta todo tipo de adversidade e empecilhos pelo caminho, mesmo
assim não desiste de encontra-la.
Jaqueline e Delphine, concorrentes de Millicent, tentam impedir o desfile e chegam a
sequestrar as fadas da moda, mas suas peças são ruins e o desfile organizado por elas se torna
um fracasso. Enquanto isso, com muito trabalho e com a ajuda das fadas Barbie e Alice
promovem o desfile conseguindo um numero expressivo de público, todas as peças são
vendidas e elas conseguem o dinheiro para recuperar o prédio da confecção. Quando o desfile
está prestes a acabar Ken finalmente chega e revela seu amor a Barbie. Os dois se reconciliam
e selam o amor com um beijo. Ao final são convidados/as para uma luxuosa festa em um
castelo de Paris, a turma toda segue em carruagens até o castelo. Barbie recebe um convite
para ser diretora do próximo filme, e sua vida finalmente parece estar voltando ao normal.
Barbie em Vida de Sereia
Barbie in A Mermaid Tale, 2010, 74 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por Adam L. Wood
Neste filme Barbie interpreta Merliah, uma jovem surfista disputando um campeonato
em Malibu. Em meio a uma prova a garota descobre que seu cabelo ganhou mechas rosa,
envergonhada e sem saber o que fazer ela se esconde e desiste da prova. Merliah mora com
seu avô e em conversa com ele descobre que é filha de uma sereia. A jovem não acredita na
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história e volta para a praia, lá encontra com suas amigas e enquanto conversam aparece um
golfinho procurando por ela. Esse golfinho é Zuma, amiga da rainha Calissa, mãe de Merliah.
O animal conta para Merliah que sua mãe foi aprisionada pela própria irmã, Eris, e por essa
razão todo o reino de Oceana está em perigo, pois as águas estão sendo envenenadas pela
Marvita de má qualidade produzida por Eris. Merliah decide partir com o golfinho, pois sua
mãe a ajudará a resolver as transformações que estão correndo com ela.
Ao chegar a Oceana Merliah descobre que precisará de três itens para vencer Eris,
com a ajuda de duas amigas sereias e dos animais marinhos a jovem começa sua busca. Ela
encontra o pente celestial, primeiro item de sua lista, depois conquista a admiração de um
peixe dos sonhos e por fim consegue pegar o colar da própria Eris. Porém mesmo com os três
itens em mãos nada acontece, Eris descobre que ela é a filha de Calissa e a joga em um
redemoinho que a levará para a vala mais funda do oceano. Neste momento Merliah pede
ajuda ao peixe dos sonhos, ele aparece e oferece a ela a possibilidade de voltar para sua vida
sem jamais se lembrar do que ocorreu e sem as mudanças que estavam acontecendo em seu
corpo. A jovem fica tentada a aceitar, mas reflete sobre o que está acontecendo e decide que
não pode fugir, reconhece que como princesa de Oceana é seu dever ficar para ajudar seu
povo. Neste momento algo mágico acontece, suas pernas se transformam em calda de sereia e
Merliah sai do redemoinho, ela enfrenta Eris e consegue jogar a vilã na prisão da vala mais
profunda do mar. Em seguida liberta sua mãe que produz uma explosão de Marvita
recuperando as águas do oceano.
Depois de tudo resolvido Calissa oferece um colar para a filha que lhe permitirá
escolher ter pernas ou calda sempre que precisar. Merliah volta para Malibu e vence o
campeonato, ela agora está feliz com sua condição de sereia e não liga mais para a mudança
na cor de seu cabelo.
Barbie e O Segredo das Fadas
Barbie a Fairytopia Secret, 2010, 71 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por William Lau
O filme começa com Barbie e Ken chegando ao evento de lançamento de mais um
filme da Barbie. Raquelle também atuou no filme, mas fica com inveja do vestido e da
atenção dedicada a Barbie, com raiva ela rasga a peça, mas para felicidade de Barbie suas
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estilistas conseguem consertar e ela volta para o evento. No dia seguinte Barbie, Ken e suas
amigas estilistas Carrie e Taylor estão em uma lanchonete quando Raquelle aparece.
Revoltada com as atitudes da garota Barbie resolve tirar satisfação sobre o episódio da noite
anterior, mas enquanto ela e Raquelle discutem aparecem algumas fadas que sequestram Ken
levando-o para Glossangeles, terra das fadas, onde será obrigado a se casar com princesa
Graciella. Carrie e Taylor também são fadas, elas tentam impedir o sequestro, mas não
conseguem, então se revelam para as garotas e as quatro decidem ir ao reino das fadas para
salvar Ken.
Elas vão até Paris para encontrar um portal por onde possam entrar em
Glossangeles. A fada que cede o portal desconfia que a princesa Graciella possa estar sob o
feitiço do amor, ela entrega as garotas um frasco com o antídoto para libertar a princesa do
feitiço. Quando chegam ao reino descobrem que o casamento já está sendo organizado.
Trabalhando em equipe elas conseguem passar pela segurança do castelo e encontram Ken,
mas ele está em um duelo com Zane, jovem fada apaixonado por Graciella. Barbie tenta
impedir o duelo e revela a Graciella que ela está sob feitiço, mas a princesa não acredita e
prende as garotas em ira-esferas, elas tentam escapar de todas as maneiras que podem, mas
nada funciona contra as esferas. Sem alternativa Barbie e Raquelle começam a conversar, elas
falam sobre o passado e descobrem que tudo entre elas foi um mal entendido. No momento
em que se perdoam mutuamente a esfera se desfaz, livres as duas vão mais uma vez tentar
impedir o casamento. Ken está acorrentado no altar, ele se recusa a dizer sim, mas Graciella
faz uma mágica para obrigá-lo a responder, neste momento as garotas aparecem
interrompendo a cerimônia. Inicia-se uma perseguição até que finalmente Barbie joga o
antídoto em Graciella que recobra a razão.
Depois de tudo esclarecido princesa Graciella se desculpa pelo ocorrido e pede que
não contem a ninguém sobre Glossangeles, mas Raquelle diz que será impossível guardar esse
segredo. Para proteger o reino das fadas Graciella apaga a memoria de Barbie, Ken e
Raquelle, eles acordam no dia seguinte pensando que tiveram um sonho. Porém Raquelle e
Barbie ainda sentem que se tornaram amigas, e tudo indica que será o início de uma grande
amizade entre elas.
Barbie Escola de Princesas
Barbie Princess Charm School, 2011, 79 min.
Escrito por Elise Allen
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Dirigido por Zeke Norton
O filme começa com Blair trabalhando em uma cafeteria, depois do trabalho ela volta
para casa, um lugar humilde onde vive com a mãe adotiva e a irmã mais nova. Emily assiste
pela televisão o sorteio anual de uma vaga para alguma plebeia do reino ingressar na escola de
princesas e ter a oportunidade de se tornar ‘dama real’. Ela inscreveu a irmã sem seu
conhecimento e para surpresa de Blair foi ela a garota sorteada. Inicialmente a jovem se
recusa a ir e deixar a mãe que está adoecida, mas com incentivo da mãe e da irmã Blair
resolve ir.
Chegando ao castelo Blair fica admirada com o prédio monumental. Ela é
recepcionada pela diretora da instituição que apresenta as regras da instituição e o espaço
físico. Durante sua estada na escola Blair contara com a assistência de Grace, uma mini fada
que ficará a disposição para ajuda-la. Blair é hostilizada logo no primeiro contato com
Delancy, jovem que herdará o trono de Gardênia, ela diz a Blair que a escola de princesas não
é lugar para uma garota como ela. Já no quarto Blair conhece suas colegas, Isla e Hadley,
ambas são aprendizes de princesa, mas uma gosta de jogar futebol e a outra de compor
músicas eletrônicas. Não tarda a começarem as aulas, Balir tem dificuldades para acompanhar
as outras garotas, ela é desengonçada para andar, pisa nos pés das colegas nas aulas de dança
e derruba tudo no refeitório. Diante de tantas dificuldades a jovem pensa em abandonar a
escola e voltar para casa, mas decide ficar para ter condições de ajudar sua família a ter uma
vida melhor. A diretora da instituição ouve que Blair é filha adotiva de uma família pobre e
decide ajudar a garota a se manter na escola, para isso oferece aulas particulares de etiqueta,
equilíbrio, postura e atividades relacionadas ao cargo de dama real.
As coisas estavam correndo relativamente bem, mas Dama Devim, mãe de Delancy,
continua tentando expulsar a jovem da escola. Em um passeio pelo castelo Blair e suas amigas
encontram um retrato da rainha Isabella, morta com toda a família em um acidente ocorrido a
dezoito anos, elas notam que Blair tem uma grande semelhança com a rainha e começam a
achar que ela é a princesa Sofia, supostamente a única sobrevivente do acidente. Delancy
ouve a conversa e começa a desconfiar das atitudes de sua mãe contra Blair. As garotas
resolvem investigar o caso, para isso precisam encontrar a coroa real, ela se iluminaria quando
colocada na cabeça da herdeira legítima do trono, assim provariam que Blair é a verdadeira
princesa. Antes que as garotas encontrem a coroa Dama Devim consegue incriminá-las por
roubo e as manda para a prisão, porém Delancy resolve ajudar, liberta as garotas e entrega um
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mapa indicando o local onde a coroa está guardada. Elas conseguem entrar no cofre, mas a
vilã aparece deixando-as presas para que não possam comparecer a cerimônia. Depois de
muitas horas trancafiadas as garotas conseguem escapar, chegando a igreja no exato momento
em que Delancy seria coroada. Blair exige para si a coroa se revelando princesa Sofia, mas
Dama Devim exige que a filha seja coroada. Ocorre uma disputa pela coroa até que
finalmente ela chega as mãos de Delancy, a jovem, contrariando a mãe, entrega a coroa a
Blair que em um passe de mágica se transforma em princesa.
Ao final dama Devim revela em rede nacional que provocou o acidente com a família
real apenas para que sua filha fosse coroada e após a confissão a vilã é levada presa. Blair
escolhe Delancy para ser sua dama real, todas as garotas vão para o baile onde se encontram
com os garotos da escola de príncipes. A família de Blair chega para a festa e o filme termina
na celebração festiva.
Barbie em Vida de Sereia 2
Barbie in A Mermaid Tale 2, 2011, 72 min
Escrito por Elise Allen
Dirigido por William Lau
O filme começa com a apresentação do programa ‘Bom dia Oceana’ o apresentado faz
um resumo da história de Merliah contada no filme Barbie em Vida de Sereia. O povo de
Oceana está na torcida pela jovem princesa que vai competir em um torneio de surf na
Austrália. Merliah chega a Oceana e é cumprimentada e reconhecida pela população, ela vai
até o castelo para conversar com a mãe. Calissa convida a filha para ir à cerimonia de
‘renovação do poder de fazer Marvita’, mas o evento será no mesmo dia e horário da
competição de Merliah, por isso a jovem se recusa a ir, mãe filha discutem, uma não entende
a necessidade da outra e Merliah vai embora. Em terra firme a jovem tira seu colar, que
permite a transformação em sereia, para fazer fotos para a grife com a qual assinou contrato.
Aproveitando a oportunidade Kylie, rival de Merliah na competição, rouba o colar a pedido
de um peixe, ela se transforma em sereia e desce ao fundo do oceano. O peixe levou Kylie a
mando de Eris que usou a jovem para escapar da prisão, deixando-a em seu lugar. A vilã
pretende tomar o lugar da irmã na cerimônia para que possa ter o poder de fazer Marvita e
assim consiga tomar o reino. Merliah fica sabendo que algo está acontecendo no mar e
consegue encontrar Kylie libertando-a da prisão. A garota se desculpa e devolve o colar para
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Merliah, mas como não consegue respirar embaixo d’agua fica com o colar até saírem do mar.
Mas antes que possam voltar Merliah descobre que a mãe está aprisionada em um feitiço de
Eris e não poderá fazer o ritual, então parte para o local em que se realizará a cerimônia. Ao
chegar descobre que Eris já está no trono aguardando o momento do ritual, como não
consegue libertar Calissa, a jovem decide que ela cumprirá o rito, ainda que isso signifique se
tornar sereia para sempre. Ela parte com Kylie e alguns animais para tirar Eris do trono,
depois de muita luta Merliah assume o trono e passa pelo ritual. Finalmente Eris foi punida
com seu próprio feitiço, e todos os/as seus/as prisioneiros/as foram libertados/as. Merliah está
feliz, pois conseguiu salvar Oceana da dominação de Eris, mas perdeu a possibilidade de
voltar a ser humana.
Depois de tudo resolvido ela e a mãe levam Kylie de volta a terra, as duas se
despedem, pois Merliah não poderá voltar para o campeonato. Porém algo mágico acontece e
a calda de sereia da garota se transforma em pernas novamente, ela descobre que é uma
pessoa completa tanto na sua metade sereia quanto na sua metade humana, e por isso sua
transformação não foi permanente. Merliah volta para o campeonato, e em meio a uma onda
descobre seu poder de fazer Marvita, ela fica encantada com seu novo poder e se esquece da
competição, fica apenas apreciando o momento. Kylie vence o campeonato e fica em primeiro
lugar. Ela e Merliah se tornam grandes amigas.
Barbie Um Natal Perfeito
Barbie in A Perfect Christmas, 2011, 73 min.
Escrito por Elise Allen
Dirigido por Mark Baldo
Barbie e suas irmãs estão em sua casa em Malibu arrumando as malas para a viagem
de natal, elas vão a Nova York, passar o natal com tia Milli. Cada uma tem uma ideia do que
seja seu natal perfeito, a medida que arrumam as malas vão cantando seus planos para aquele
natal. Elas partem para o aeroporto, no voo Barbie vai ao lado de Skipper, ela lê uma revista
de moda enquanto a outra edita músicas no computador, Barbie oferece ajuda a Skipper para
divulgar sua música, ela agradece, mas diz que pode cuidar disso sozinha. Chelsea vai ao lado
de Stacie e imita tudo o que a irmã faz, deixando-a irritada. Devido a uma nevasca são
obrigadas a passar a noite em Minnesota, ao ver a decepção das irmãs Barbie resolve alugar
um carro para seguirem viagem, mas as estradas estão fechadas, por isso se veem obrigadas a
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parar. Elas encontram uma pousada e decidem passar a noite ali. Essa pousada está toda no
clima de natal, pessoas organizam presentes e decorações. Chelsea começa a creditar que
estão na oficina do papai-noel.
No quarto elas descobrem que existe uma tempestade ainda maior cancelando
os voos, provavelmente não chegarão a Nova York. Barbie não consegue dormir preocupada
por não poder cumprir sua promessa de levar as irmãs para o natal perfeito. Amanhece e
chega a confirmação de que todos os voos foram cancelados. Chelsea vê renas pela janela e
sai correndo para ver de perto, mas na verdade são cães de abrigo que farão uma apresentação
de natal, depois serão encaminhados para adoção. Chelsea e Stacie brigam enquanto tentam
ensaiar os cães, então a garota vê um cãozinho em um trenó e sai para passear com ele. As
irmãs tentam resgatá-la, enquanto isso, fazem um longo passeio que termina em uma guerra
com bolas de neve. Ao regressarem encontram um grupo de rapazes ensaiando em uma
garagem, Barbie sugere a Skipper que cante sua música com a banda dos garotos na
apresentação de natal.
Skipper começa a organizar o show, mas quer fazer tudo sozinha, não aceita ajuda
nem de Barbie e nem de outras pessoas. Stacie e Chelsea brigam o tempo todo, até que por
fim, as três discutem enquanto Barbie apenas observa. Depois da ultima briga Chelsea
desaparece, as irmãs e outras pessoas saem a procura dela, anoitece e não tem nada preparado
para o Show. Elas encontram Chelsea e junto com ela um lugar todo decorado e preparado
onde o evento poderá ser realizado. As irmãs se reconciliam e tudo dá certo. O show começa e
Skipper canta sua música, depois convida as irmãs para cantarem com ela. Ao final tia Milli
chega para a festa, todas as pessoas saem do salão e lá fora encontram uma enorme arvore de
natal, se reúnem em torno dela para entoar uma canção de natal.
Barbie a Princesa e a Pop Star
Barbie in The Princess & The Popstar, 2012, 73 min.
Escrito por Steve Granat e Cydne Clark
Dirigido por Zeke Norton
Neste filme Barbie interpreta Tori, uma jovem princesa do reino de Meribella. O filme
começa com um show comemorativo aos 500 anos do reino, quem canta é a pop star Keira. A
princesa vê o show da sacada de seu quarto, ela quer ir ao evento, mas sua tia Amélia não
deixa, obrigando-a a descer para receber os convidados que estão no castelo. Tori desce
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escorregando pelo corrimão da escada, ao encontrar as irmãs mais novas começa a brincar
com elas correndo pelo salão e esbarrando nos/as convidados/as. Ao final do evento tia
Amélia vai ao quarto da princesa para reclamar de sua conduta, enquanto a tia reclama e
corrige o comportamento de Tori, esta se diverte usando uma escova mágica para mudar o
cabelo da tia de vários jeitos. O show acabou e Keira repassa as ordens para sua equipe,
quando finalmente fica só em seu camarim olha para a foto da família real em sua parede e
deseja viver um dia de princesa, enquanto isso Tori olha para a foto da pop star e sonha em
viver a vida dela.
No dia seguinte é oferecido no castelo um chá para o qual Keira foi convidada. Ela e a
princesa se encontram e Tori a leva para conhecer o castelo, elas vão ao quarto da princesa e
em meio a conversas descobrem os utensílios mágicos, a escova de Tori, que permite mudar o
cabelo instantaneamente, e o microfone de Keira, que permite mudar de roupa num passe de
mágica. Elas ficam com cabelo igual, então percebem que são idênticas. Tori tem a ideia de
trocar de lugar com a pop, depois de alguma insistência elas combinam de passar um dia no
lugar da outra. Antes de trocarem uma ensina a outra como se portar como princesa ou pop
star.
Com a troca realizada Tori vai cumprir a agenda de Keira, quando tem um tempo
decide sair para passear pelo reino, ela percebe uma situação de pobreza na região e ao
encontrar duas meninas que brincavam na rua descobre que Meribella passa por sérias
dificuldades devido a seca prolongada. Keira passa o dia no castelo se divertindo e fazendo
coisas que não poderia fazer em sua rotina de cantora. Ao final do dia as duas conversam e
decidem ficar mais um dia com as vidas trocadas. Tudo estava correndo bem, porém antes que
as garotas desfizessem a troca tia Amélia resolve trancar a princesa no quarto até que ela
escreva o discurso para o evento comemorativo do aniversário do reino. Keira não consegue
sair, enquanto Tori se desespera sem saber como se apresentar no palco. Sem ter opção a
princesa começa a cantar timidamente, mas quando está empolgada na apresentação percebe
que algo de errado está acontecendo. Ela corre para o castelo e descobre que uma planta
mágica do reino foi roubada, ela e Keira enfrentam o ladrão e o derrotam, mas já é tarde, a
planta está morta, assim como todas as outras plantas de Meribella. Elas tentam como ultimo
recurso plantar dois diamantes de seus colares para ver se a planta brota novamente, tudo
parece perdido, mas minutos depois a planta brota e com ela renasce a vida no reino. Com
tudo resolvido as garotas voltam ao local do show, Keira convida Tori para cantar com ela no
palco e as duas se divertem.
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Apêndice C – Letras das músicas
Músicas do filme Barbie A Princesa e a Pop Star
Ser uma Princesa / Ser uma Pop Star
Tori: Uma princesa sabe qual talher usar
Uma princesa tem sapatos de arrasar
Café servido na cama
Usa joias quando quer
Faz massagem, paparicos ao acordar
Uma princesa vê seu sonho se realizar
Convites de príncipes vai aceitar
E saber qual vestido usar
E o tempo todo saber como se portar
Pose como uma pena no chapéu
Alongue o corpo todo para o céu
Tenha postura e usa luvas pra acenar
Ombros pra trás / E a barriga / Bem pra dentro
Olha o queixo / E a cabeça vire devagar
Se controle, pise leve / E sorria, bem polida
E de você vão se orgulhar
Deslizar
Uma princesa sabe seu brasão honrar
Uma princesa seu melhor vai sempre dar
Keira: Uma pop star sabe qual microfone usar
Uma pop star sabe sempre comandar
Sabe o que tem que ensaiar
Para no show arrasar
Ela é uma estrela que sabe brilhar
Uma pop star tem que sua carreira amar
O que a moda eu vou usar
Voa para o México pra jantar
E não tem os amigos / Só seu cão e o violão
Suas notícias tweetar
Mil entrevistas poder dar
E amar os fãs que podem ser fantásticos
Ou não!
Uma câmera, outra câmera
Uma outra, e mais outra
E mil autógrafos pra dar
Com amor,
Troque a roupa, faça pose
Toda gente, cumprimenta
Na internet vou postar
Brilhar
Uma pop star sua idade não vai falar
Uma pop star vai fazer o mundo cantar
Juntas: Ombros pra trás / Faça pose
Olha o queixo / Troque a roupa
E a cabeça vire devagar
Entendi!!!!
Uma câmera / Pise leve
Outra câmera / Bem polida
E de você vão se orgulhar, deslizar!
Aqui Estou
Keira: Antigamente, eu só tocava
Por diversão, ninguém ligava
Agora enfim, olham pra mim
Tudo mudou, num sonho estou
Tenho essa sensação, tudo está certo, então
Aqui estou, sendo quem eu sou
Dou tudo de mim, sei o que quero
Lá vou eu, com muita emoção
Brilho na escuridão!
Tori: Eu adoro com a luz da manhã
A duquesa pergunta quando eu vou me
consertar
Eu sei que ela pensa que tenho sorte
Mas princesas querem se divertir
Nós, princesas, queremos só
É só o queremos, diversão!
Quando o dia real acaba
Princesas querem se divertir!
Keira: Eu vou subir, bem alto ir
Assim eu sou, sei aonde vou!
Estou no comando, em mim eu mando
Pra ser assim, confio em mim
Eu vou sair do chão, cantar com o coração!
Aqui estou, sendo quem eu sou
Dou tudo de mim, sei o que quero!
Lá vou eu, com muita emoção
Brilho na escuridão, outra vez, outra vez
Outra vez, outra vez, outra vez!
Tori: Princesas querem se divertir
Ô, princesas querem se divertir
Juntas: Há uma estrela em você
Qualquer um consegue ver
Está na hora de nos mostrar
E cantar!
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Uma princesa seu melhor vai sempre dar
E uma pop star vai a todos impressionar!
Sua Vida Quero Ter
Tori: Olha só, é uma pop star
Adoro seu visual, ela faz só o que quer
Não existe nada igual
Não tem que ser o que não quer ser
Sua vida eu quero ter
Ser livre, ser feliz!
Sua vida eu quero ter
Isso é o que eu sempre quis...
Keira: Olha só, é uma princesa
Tudo em seu lugar
de manhã, toma seu chá
Mimos tem sempre lá, é onde eu quero estar
Sua vida eu quero ter
Ser livre, ser feliz!
Sua vida eu quero ter
Isso é o que eu sempre quis...
Juntas: Só relaxar, poder passear
Só vestir, o que quiser
E me divertir, com tempo pra mim
Mas nunca vai ser, assim
Sua vida eu quero ter
Ser livre ser feliz
E tudo de repente ser do jeito que eu sempre
sonhei
Dia Perfeito
Tori: Acordei, depois do meio- dia
Mais tarde que devia,
Trabalhar eu não queria,
Dizem que, a fase vai mudar
Eu vou me comportar
E aqui estou
Nesse dia perfeito
Nada pode me parar
É um dia perfeito
Ninguém vai estragar
É um dia perfeito
O amanhã já vai chegar
Ficaria pra sempre como eu sou
É um dia perfeito
Keira: O sol se pôs, logo depois das seis
Vou pegar meus amigos
Pra passear comigo
Acorde!
Não diga que é um sonho
Porque eu já cansei vou te avisar
Não ouse tentar estragar
O meu dia perfeito
Nada pode me parar
É um dia perfeito
Ninguém vai estragar
É um dia perfeito
O amanhã já vai chegar
Ficaria pra sempre como eu sou
Nesse dia perfeito
Estou na corrida, mas eu já ganhei
E quando eu chegar vai ter diversão
Não pare que eu quero chegar
Ninguém pode estragar
Dia perfeito
Músicas do filme Barbie A Princesa e a Plebeia
Eu Sou Assim Como Você
Erika: Se eu quiser tomar um bom café
A Madame vai tentar
Transformá-lo num tormento só
Difícil de aceitar
O sol nasceu e lá estou eu
Com as galinhas a correr / E eu vou pegar e
preparar esses ovos pra comer
Anneliese: Se eu quiser comer é só tocar O
sininho de manhã
A empregada traz os ovos com
As torradas e a maçã
E do salão eu ouço então a música a correr
Só queria estar em qualquer lugar onde eu
Como ser uma princesa
Julian: Uma princesa sabe usar uma colher
Tem mil sapatos pra escolher o que quiser
Tem conduta exemplar, é discreta ao jantar
E demonstra interesse para ouvir
Um princesa nunca esquece de sorrir
Pés delicados ao dançar
O protocolo respeitar
Goste ou não a solução é dizer sim
Sua postura por favor
Mais elegante que uma flor
Saber curvar e sempre acenar assim
O seu porte é perfeito
Sem mania ou trejeito
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pudesse ler
Erika: Eu sou assim
Como você
Um outro mundo quero ter
Algum lugar com sonhos pra viver
Eu sou igual a você
Jamais pensei que fosse assim
Achar alguém igual a mim
É como o sol que todos podem ver
Eu sou igual a você
Erika: Do estoque que a Madame tem
Um tecido vou escolher
Costurando como se convém
Um vestido vai nascer
Anneliese: Já vou vestir, me divertir
Dançando sem pensar
Juntas: Nesse noivo que eu nem sei quem é
E jamais irei amar
Anneliese: Eu sou assim
Erika: Eu sei que é
Anneliese: Como você
Erika: Eu posso ver
Juntas: Sabemos bem obedecer
Anneliese: Não hesitar
Erika: Não hesitar
Juntas: Se temos que sofrer
Eu sou igual a você
Erika: Eu sou assim
Anneliese: Eu sou assim
Erika: Como você
Anneliese: Como você
Juntas: E todo mundo pode ver
Anneliese: Um coração
Erika: Um coração
Juntas: Com tanto pra dizer
Eu sou igual a você
A cabeça vira devagar
Erika: Eu vejo
Julian: Caminhando com cuidado
Um sorriso delicado
O que sente nunca demonstrar... voar
Uma princesa sabe como se portar
Uma princesa nunca pode descansar
Ser paciente e ouvir
Ter elegância ao dormir
Quando falar saber mostrar erudição
Condes e Lordes conhecer
Mil instrumentos aprender
Ser afinada pra cantar qualquer canção
Juntos: Canção
Julian: E o seu lindo olhar
Nos faz sonhar
Não importa onde for
Então tudo é inspiração
Que perfeição, ela é como uma flor....
Pés delicados sim
Erika: É hora de dançar
Julian: E com disposição
Erika: Atender se alguém chamar
Julian: Sempre pronta para o que acontecer
Sua postura sim
Erika: A postura por favor
Julian: Um golinho assim
Erika: Tenha sempre bom humor
Julian: Esperar a hora certa pra dizer
Uma princesa não precisa cozinhar
Uma princesa sabe como encantar
Livre
Anneliese: Eu queria só um dia
Ter uma tempo só pra mim
Nada a fazer só olhar pro céu do meu jardim
Sem ter aula ou almoço
Ou tarefas pra fazer
Sem ter que ouvir quando posso ler, cantar,
comer / Ia só viver
Erika: Eu queria só um dia
Não ter tanto pra fazer
Sem trabalhar como escrava até o anoitecer
Sem camisas engomadas e
Nem blusas pra passar
Nenhum vestido de noiva para decorar
Nada pra pagar
Erika: Como eu queria ser...
Anneliese: Como eu queria ser... Livre
Um Verdadeiro Amor
Uma vez um rapaz
Uma jovem encontrou
Será ele capaz de um verdadeiro amor?
E sorrindo ele diz que me ama com fervor
Só espero de ti
um verdadeiro amor
Serei eu a escolhida?
Serei eu sua paixão?
Quero ter por toda vida só o seu coração
Quem espera a verdade
Tem que ás vezes procurar
A esperança que invade
Pro coração amar
Serei seu pra sempre
Juntos a viver enfim um verdadeiro amor
Sentirá o final
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Erika: Livre
Anneliese: Livre assim pra sonhar
Erika: Livre de tanto rancor
Anneliese: Livre assim
Erika: Pra cantar
Anneliese: Casar só por amor
Anneliese: Dizem que eu tenho sorte de ter
tanto só pra mim
Porque será que então não sou feliz assim
Erika: Mesmo tendo tão pouco não pretendo
desistir
A minha história o Mundo vai querer ouvir
Costureira: Posso te seguir?
Anneliese: Acho que jamais vou ser...
Erika: Para sempre eu vou ser...
Juntas: Livre
Tento sonhar me vejo voar, tão livre pra viver
Posso partir, mas como fugir, ficar é meu
dever!
Anneliese: Eu serei real pra sempre
Erika: O que eu devo vou pagar
Juntas: O coração muitas vezes deve aceitar
Anneliese: Mas não perco a esperança
Erika: Esse não é o meu fim
Juntas: Quando sonhar vou criar um mundo
só pra mim
Livre sim, eu vou ser!
Como a história terminou
Mas contigo eu terei
Serei seu pra sempre
Juntos a viver enfim
Um verdadeiro amor
Se ouvir o coração
Como a borboleta voa no céu
Flutuando leve no ar
A esperança faz o seu coração
Também viajar
Começar de novo é só querer
Nunca deixe de acreditar
Se escutar a voz do seu coração
Não vai errar
Eu sei que você vai ser
A minha melhor amiga
Juntas, para sempre
A vida celebrar
O amor é uma canção
Que você jamais esquece
E a coragem é a chave pra brilhar
Mesmo sem saber quando vai chegar
Se o caminho é certo ou não
O seu sonho vai se realizar
Se ouvir o coração
Músicas do filme Barbie e o Castelo de Diamante
Amigas Para Sempre
Se a vida é uma montanha russa pra trilhar
Com os olhos vendados cruze os dedos
Quero alguém pra me abraçar.
Então eu vou enfrento as curvas
Sem medo de sentir solidão
Penso em você
Sei que não vai me abandonar
Pra sempre unidas pra vida
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende ( defende)
E nada de mal pode me afetar
Não tem mais volta, não tem mais volta
Isso não volta atrás
Unidas, unidas demais
Ficamos afastadas por uma razão
Mas sempre soube
Amiga você mora no meu coração
Você voltou e eu pude ver
A minha força vem de você
Não tem mais fim
Eu não me canso de dizer
Pra sempre unidas, pra vida
Castelo de Diamante
E então, vamos nós
Longe de casa tão famintas e sós
Mais não faz mal, não não faz mal
Até aqui está tudo bem
Não sei o que ainda vem
Mais não faz mal, não não faz mal
Não tem nada não
Temos fé e determinação
Temos a força da união
Vamos pro Castelo de Diamante
Sei que nós vamos achá-lo,
Vamos achá-lo, vamos achá-lo
Nossa sorte vai mudar
Nosso dia vai chegar
E o sol vai iluminar
Vamos lá prosseguir
Sem saber onde ir
Mias não faz mal
Vai ser real
Não vai ser em vão
Temos fé e determinação
Temos a força da união
Vamos pro Castelo de Diamante
200
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende ( defende)
E nada de mal pode me afetar
Não tem mais volta, não tem mais volta
Isso não volta atrás
Unidas, unidas demais
Toda vez que eu respiro sinto essa energia e
viro
Ela está bem aqui
Vem de mim e vem de ti
É um sonho real amizade sem igual
Almas gêmeas demais
Juntas pra viver em paz
Pra sempre unidas, pra vida
Contigo quero estar
Não importa o lugar
Entende (entende), defende ( defende)
E nada de mal pode me afetar
Unidas ( unidas) pra vida ( pra vida)
Como é bom pensar, tudo em seu lugar
Entende (entende), defende (defende)
E nada de mal pode me afetar
E não tem mais volta
Não tem mais volta, isso não volta atrás
Unidas, (unidas),unidas demais
Unidas, (unidas),unidas demais
Sei que nós vamos achá-lo,
Vamos achá-lo, vamos achá-lo
Um sonho de lugar pra nós
Pra Melody soltar a voz.
Temos fé e determinação
Temos a força da união
Vamos pro Castelo de Diamante
Sei que nós vamos achá-lo,
Vamos achá-lo, vamos achá-lo
vamos achá-lo, vamos acha-lo
vamos achá-lo, vamos sim.
A Nossa Canção
É raro achar amiga assim
Você está sempre lá, torcendo por mim
Nós temos tanto pra falar,
Você faz tudo melhorar,
Minhas piadas, as palhaçadas,
Te fazem gargalhar
Tudo o que eu quero pedir,
É o que te faça sorrir
É que cultivemos pra sempre essa união
Sigamos sonhando assim
Eu cantarei por você e você por mim
A nossa canção..
Esteja onde estiver por perto vou estar,
E se chamar por mim,
vou sempre te escutar
Tudo o que eu quero pedir,
É o que te faça sorrir,
É que cultivemos pra sempre essa união,
Sigamos sonhando assim
Eu cantarei por você e você por mim
A nossa canção...
Músicas do filme Barbie em a Princesa da Ilha
Na Nossa Ilha
Ro: Na minha ilha o mar diz alô
Golfinhos nadam por onde eu vou
Vem o vento e me diz
Que aqui sou feliz
Quem bom falar com os amigos que eu fiz
Azul: Na minha ilha eu posso brincar
Sagi: Pra escorregar
Tika: Não precisa esperar
Ro: Tem um mundo sem fim
Tika: Pra ver do trampolim
Todos: Vivemos mil aventuras assim
Sagi: Aves, bananas
Azul: E boas cabanas
Ro: E vasos de conchas pra encher
Sagi: Copos irados
Tika: Com menta e melado
Preciso Saber
Rosella: De onde será que venho
Pra onde será que eu vou
Como vou entender quem eu sou
E se eu tiver família
Além do mar sem fim
O que será que espera por mim
Digam porque não durmo
E porque esta emoção me invade
Será que hora do meu coração me guiar
Porque ele olha aquilo
E esconde os pés assim
Não sei porque ele faz bem para mim
Será que é sua árvore
De onde vai avistar
Um novo horizonte
Pra me mostrar
201
Azul: E abacaxis pra comer
Ro: Na minha ilha só tem diversão
Sagi: Tem mil balanços
Azul: Dormir é bonzão
Tika: Lama é Bom pra brincar
Sagi: Galhos pra chacoalhar
Todos: Tem mil tesouros pra gente encontrar
Ro: Vou pelo alto
Sagi: E eu lá por baixo
Azul: Eu acho que quero voar
Ro: Eu cruzo o rio
Sagi: Escalo a montanha
Tika: Da nossa torta, quero cuidar
Todos: Na nossa ilha a vida é assim
Ficamos juntos do início ao fim
É uma celebração
De amizade e união
Na nossa ilha tudo é diversão!
O amor que faz brilhar (Princesa Luciana)
Livros que eu li,
Me fizeram descobrir:
Todo Mundo quer um par.
Saiba que ao invés,
de colares e anéis,
É o amor que faz brilhar..
E tesouro igual não há..
Como É Bom Sonhar
Quando o sol se põe e finda a tarde
Vaga-lumes piscam sem cessar
Fique aqui, que o sonho te invade
Como é bom sonhar
Me faz bem te ter bem ao meu lado
Venha cá, me deixe te abraçar
E assim eu tenho o que preciso
Como é bom sonhar, sonhar
Com você posso ver
Estrelas a brilhar
Melodias, tem magias
Doces sons no ar
Quando o sol se põe e finda a tarde
Vaga-lumes piscam sem cessar
Fique aqui, que o sonho nos invade
Como é bom sonhar, sonhar
São perguntas que ficam rondando fazendo
alarde
Que sentimentos são esses que ele me traz
Anseio por respostas
A onde estão não sei
Sei que o futuro
Vem do que passei
Quero sentir no peito
Meu coração bater
O que me espera
A vida vai dizer
Preciso saber...
Príncipe: Ela não é incrível
Ela é sensacional
Eu nunca vi garota igual
Será que eu a agrado
Eu vou impressionar
Deixo meu coração me levar
São perguntas que ficam rondando fazendo
alarde
Que sentimentos são esses que ela me traz
Juntos: Anseio por respostas
A onde estão não sei
Sei que o futuro
Vem do que passei
Quero sentir no peito
Meu coração bater
O que me espera
A vida vai dizer
Preciso saber...
Amor Maior
Sentimento é pra cuidar
Dividir e compartilhar
Ao invés de guardar só para nos
Se um encanto me aconteceu
Seu espaço não se perdeu
É o amor generoso e veloz
O amor chegou se tornou maior
E então vai ficar melhor
Quanto mais amor eu oferecer
Mais amor eu sei que vou receber
És minha Tica e eu sou tua Ro
Pra todo sempre pra onde a gente for
Pois, o amor chegou se tornou maior
E então vai ficar melhor
Bem melhor
202
Músicas do filme Barbie em Escola de Princesas
No Topo do Mundo
Não tenho equilíbrio
Não quero cair
Queria esse talento
Gostaria de fugir
Não aguento mais
Suportar essa pressão
É um grande desafio
Controlar minha emoção
Chegou a hora de me libertar
Isso só depende de mim
Se me dedicar vou ficar
No topo do mundo
Onde verei tudo bem de perto
Quase o céu poder tocar
No topo do mundo
Meus sonhos vindo ao meu encontro
Terei asas pra voar
No topo do mundo
Não vou desanimar
Eu vou fazer o certo
Mesmo que eu tente
Uma hora eu acerto
Nada é muito fácil
Busco a solução
Mas não penso em derrota
Pois é forte o meu coração
Chegou a hora de me libertar
Isso só depende de mim
Se me dedicar vou ficar
No topo do mundo
Onde verei tudo bem de perto
Quase o céu poder tocar
No topo do mundo
Meus sonhos vindo ao meu encontro
Terei asas pra voar
No topo do mundo
Mais uma vez
Sempre a lutar
O meu sonho
Vou alcançar
Posso sentir
Vou chegar
Ao topo subir
No topo do mundo
Onde verei tudo bem de perto
Quase o céu poder tocar
No topo do mundo
Meus sonhos vindo ao meu encontro
Terei asas pra voar
No topo do mundo
Ela É Uma Princesa
Ela é uma princesa
E da pra se notar
Ela é uma princesa
Nasceu para brilhar
Que estilo ela tem
Seu sorriso nos faz bem
Elegância tem também
E sua coragem vai além
Rodando /rodando
Girando / girando
Dançando / dançando
Ela é uma princesa
E da pra se notar
Ela é uma princesa
Nasceu para brilhar
Ombros para trás
Sempre está demais
E mesmo até caindo
Levanta e sai sorrindo
Ela é uma princesa
E da pra se notar
Ela é uma princesa
Nasceu para brilhar
O segredo de sua majestade
Tem uma razão
É a bondade mostrando
Que a realeza
Está em seu coração
Ela é uma princesa
Que estilo ela tem
E da pra se notar
Seu sorriso nos faz bem
Ela é uma princesa
Elegância tem também
Nasceu para brilhar
E sua coragem vai além
Fonte: Sites da internet.
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Apêndice D – Lista de filmes da Barbie produzidos entre 2013 e 2015
Tabela 5: Lista de filmes produzidos entre 2013 e 2015 (não compõem a pesquisa)
Título em português
Título original
Dur.
Ano
Barbie in the Pink Shoes
74
min
2013
Barbie Butterfly e a Princesa Fada
Barbie Mariposa And The Fairy
Princess
79
min
2013
Barbie e Suas Irmãs em uma
aventura de cavalos
Barbie and Her Sisters – in a Pony
Tale
74
min
2013
Barbie A Sereia das Pérolas
Barbie The Pearl Princess
74
min
2014
Barbie And The Secret Door
84
min
2014
Barbie e as Sapatilhas mágicas
Barbie e o Portal Secreto
Barbie em Super Princesa
Barbie in Princess Power
73
min
2015
Barbie Rainhas do Rock
Barbie Rock’n Royal
84
min
2015
Fonte: Sites da internet.
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