Perna mais curta
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Perna mais curta
Perna mais curta #pernamaiscurta Perna mais curta Apresento-te algo a que numa tarde de sol decidi chamar “Perna mais curta”. O conceito em que se baseia esta proposta é bastante simples: criar conteúdos de entretenimento de excelência para que o público se divirta, numa primeiro plano, e fique, posteriormente, viciado. Cinco rubricas, cinco dias da semana. Deseja-se, desta forma, criar hábitos de entretenimento para que o espectador saiba que, semanalmente, uma determinada rubrica estará disponível. Ao fim-de-semana não há rubricas, porque as pessoas preferem ir para a praia beber mojitos. E as rubricas são: (rufam tambores em pano de fundo, mas só se te parecer bem) Tantas histórias p’ra contar Susana, a perguntadora O Homem do talho Explica… As crónicas do Dr. Vagina Agente Zero Zero Sente Johnny Almeida johnnyalmeida_ @hotmail.com Perna mais curta O Homem do talho Explica… Este espaço de explicações é feito por um talhante no seu local de trabalho, enquanto cumpre as suas funções. Com uma linguagem e uma expressão corporal muito próprias, é recorrente o esbracejar e abordagem aos mais variados temas, em que a solução para todos os males, menores e maiores, passa por “meter um dente de alho no reto”. Como é visível neste exemplo: “O Homem do talho Explica… as gravatas! Eu sei tudo sobre gravatas. Ainda bem que perguntou. As gravatas querem dizer uma coisa só, que é “O meu emprego como contabilista é tão desinteressante que quando me quiser suicidar é só amarrar a outra ponta”. Se aquilo serve para dar um ar sério porque é que se criaram gravatas com peixinhos e ursos a terem relações sexuais? É a gravata a querer mostrar que também sabe ser “porreira, pá”? Tenho saudades do laço que fazia parecer o pescoço um presente de aniversário. A gravata é só um pedaço de pano pendurado. Não tem jeito nenhum. E digo mais, só foi inventada para os bêbados poderem ter alguma coisa na testa nos casamentos dos amigos. É como eu costumo dizer, para se sentirem bem não vale a pena usar gravata, basta meter um dente de alho no reto.” As Crónicas do Dr. Vagina As crónicas são dirigidas a um público maioritariamente urbano entre os 20 e os 40, mas que sabe bem ao ouvido de todos os que têm mente aberta para levantar questões sobre os mais variados temas, quer sejam eles os de maior relevância como a sociedade, os sistemas políticos ou religião, mas também os mais pequenos: quando batemos com o dedo mindinho do pé numa esquina ou que vestido levar a um baptizado. São muitos os temas, não sobre actualidade, mas sobre factos rotineiros e que acontecem, pelo menos, uma vez na vida das pessoas. O humor é uma arma, neste caso, um arsenal de armas. Portanto, usam-se os que melhor nos servirem, desde o negro, aos bordões, a sátira, a contradição, o desconforto, sempre presente a referência a situações práticas pelo meio de muita ironia. O exemplo do que se pretende pode ser visto na página seguinte. Johnny Almeida johnnyalmeida_ @hotmail.com Perna mais curta A invasão dos mosquitos Os mosquitos juntaram-se todos na tentativa de descobrirem o caminho aéreo para a Índia, mas engaram-se na rota e encontraram só a minha cozinha. Não lhes nego o bom gosto, até porque a minha cozinha é melhor que o país das especiarias. Aqui, pode comer-se carne de vaca à vontade e não temos a mira de uma sniper apontada à testa. Mas tinham que vir todos? Vinham só quatro, ficavam meia-hora a jogar às cartas e depois iam chatear para outro hemisfério. Tenho uma lâmpada fluorescente revestida a mosquitos. Parecem espermatozóides a tentar entrar num óvulo luminoso. Faz sentido, porque aqui todos os mosquitos vão dar à luz. Como é que os mando embora? Apresento-lhes um sítio com ainda mais luz, como por exemplo o Natal. Natal, estes são os mosquitos. Mosquitos, este é o Natal. A parte chata é que ainda falta imenso tempo. Plano B! O guarda-roupa de um homossexual exibicionista, secção dos casacos. É vê-los cheios de brilhantes e luzinhas. Se bem que acho que os mosquitos não vão cair nessa. Eles voam por cima de fezes, mas ainda têm bom gosto. O desespero e a comichão apoderam-se do meu corpo. Vamos ser sinceros: já vi mulheres nos saldos e eram menos por metro quadrado. Se levaram os dinossauros que só estavam a ser grandes, sem chatear as pessoas, porque é que não levam estes cabrõezinhos que nos chupam e usar o nosso corpo como aeroporto? Plano C! Colocar a tocar Ágata. Como é que eles resistem a um “Maldito amor que me enlouquece, às vezes parece que fazes bruxedo”? São de uma resistência titânica. Eu mal ouço os primeiros acordes, estrebucho no chão parece que me estão a arrancar as unhas com um alicate. E aqueles bichos não se mexem?! Plano D! Insecticida. Pergunta pertinente: Porque é que este não foi o Plano A? O poder do spray fê-los cair pareciam bêbados a subir escadotes. Lindo de se ver (e eu não sou psicopata, apenas sei dar valor à morte de um inimigo), aqueles pequeninos em queda-livre, a espernear com as patinhas até baterem no chão. O doce sabor da vitória! Johnny Almeida johnnyalmeida_ @hotmail.com Perna mais curta Agente, Zero Zero Sente Um agente secreto, de óculos escuros, fato preto e gravata da mesma cor, vai para a rua distribuir missões a quem passa. A única diferença é que ao contrário de James Bond, não tem por objectivo salvaguardar a segurança da rainha, mas “apenas” a vontade em promover questões sociais. Então, as missões passam por convidar um desconhecido para café, oferecer comida a quem vive na rua ou telefonar a alguém só para dizer as saudades que sente, entre muitas outras situações capazes de fazer sair as pessoas da sua zona de conforto e proporcionar um momento agradável a alguém. Susana, a perguntadora É uma voxpop feita na rua por uma apresentadora ingénua que acredita em tudo o que lhe é dito. Junta à sua ingenuidade alguma falta de cultura geral e baralha-se ao ponto de fazer questões com informações erradas sobre determinados temas da actualidade. Tendo como exemplo a polémica gerada à volta do BES, as perguntas de Susana seriam, por exemplo: O que acha da nomeação de Tino de Rãns para liderar o Grupo Espírito Santo? Sabia que para salvar o BES do incumprimento, o preço do tabaco vai subir, em média, zero porcento? Sabia que depois de sair da direcção da BES, Ricardo Salgado vai ser apresentador convidado do Sabadabadão? Depois do Governo assegurar a nacionalização do banco, BES vai passar a significar “Bem, Estamos Safos”. O que acha disso? Sabia que, até se assegurar a recuperação do BES, todos os clientes do banco vão ser obrigados a usar uma braçadeira preta no braço em forma de solidariedade? Entre outras… Johnny Almeida johnnyalmeida_ @hotmail.com Perna mais curta Tantas histórias p’ra contar Esta ideia surge depois de ler o fabuloso livro de Mário Zambujal, As Crónicas dos Bons Malandros. Todas as personagens são conhecidas pelas extraordinárias histórias do seu passado. Na vida real, isso também acontece. Toda a gente tem, pelo menos, três histórias interessantes capazes de criar reacções numa plateia. E o desafio passa exactamente por aí: desafiar pessoas comuns a contar uma pequena história sobre si. Aquela vez em que a tia trocou os presentes e ofereceu uma viagem à Hungria à sobrinha recém-nascida e um biberão aos avós, aquela vez em que fomos de férias e somos pedidos em casamento no topo de um arranha-céus ou, nas férias, quando estávamos a vender gelados e recebemos um elogio sem estar à espera. Pequenos depoimentos com o principal objectivo de fazer sentir o público integrado com o canal. Johnny Almeida johnnyalmeida_ @hotmail.com