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DIRETORIA DE POLITICA EDUCACIONAL CRECHE MUNICIPAL PROF. JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO RUA BAKAIRI QDA 25 L.20 BAIRRO DR. FABIO I CUIABÁ-MT FONE (65) 3649-6228 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA CRECHE MUNICIPAL PROFESSOR JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO EQUIPE GESTORA: Conceição Aparecida Bastos Diretora Shislene Loango Araujo Coordenadora de Polo Cuiabá-MT/2015 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA CRECHE MUNICIPAL PROFESSOR JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 3 MENSAGEM “Investir na criança de hoje é ter certeza de melhores dias no futuro de nosso país.” Monteiro Lobato 3 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 4 SUMÁRIO I – APRESENTAÇÃO...........................................................................................06 II – JUSTIFICATIVA............................................................................................. 09 1 – IDENTIFICAÇÃO........................................................................................... 11 2 – DIAGNÓSTICO DA CRECHE......................................................................... 12 2.1 Histórico da creche e Biografia do Patrono...................................................................... 12 2.2 Caracterização Socioeconômica....................................................................................... 13 2.3 Espaço Físico.................................................................................................................... 14 2.4 Quadro de Profissionais.................................................................................................... 18 3 – FUNÇÃO DA CRECHE/Filosofia/Missão/Valores e Visão da Creche................... 19 4- OBJETIVO........................................................................................................ 20 4.1 Objetivos Gerais .......................................................................................................20 4.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 20 5 – ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA.................................................................. 22 5.0 Cuidar e Educar..................................................................................................................................22 5.1 Concepção de criança. Seu desenvolvimento e aprendizagem........................................ 23 5.1.1 Desenvolvimento da Criança........................................................................ 27 5.1.2 Psicologia do Desenvolvimento....................................................................... 28 5.1.2.1 – Contribuições Teóricas...............................................................................28 5.1.3 Exploração dos Objetos e Brincadeiras..........................................................................29 5.2 – AÇÃO EDUCATIVA, METODOLÓGICA E ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO......................................................................................... 30 5.2.1 Desenvolvimento Físico................................................................................................. 31 5.2.2 Desenvolvimento Intelectual........................................................................................... 31 5.2.3 Desenvolvimento Social................................................................................................. 32 5.2.4 Desenvolvimento Emocional ......................................................................................... 32 5.2.5 Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos ....................................................... 33 5.2.6 Desenvolvimento Físico .................................................................................................33 5.2.7 Desenvolvimento Intelectual........................................................................................... 33 5.2.8 Desenvolvimento Social ................................................................................................ 33 5.2.9 Desenvolvimento Emocional ......................................................................................... 34 5.2.10 Desenvolvimento Moral ............................................................................................... 34 5.2.11 O porquê trabalhar com Projetos na Educação Infantil............................................... 36 5.2.12 Perspectiva dos Projetos de Trabalho ......................................................................... 37 5.2.13 Organização dos Projetos de trabalho ........................................................................ 38 5.2.14 Avaliação do Projeto .................................................................................................... 39 5.2.15 Critério da Avaliação ....................................................................................................40 5.2.16 Instrumento de Avaliação............................................................................................. 41 5.2.17 Cotidiano ......................................................................................................................42 5.2.18 Rotina da Unidade de Creche Municipal Profº João Crisóstomo de Figueiredo....... 44 5.2.19 Rotina Semanal ........................................................................................................... 44 5.2.20 Rotina Anual ................................................................................................................ 44 5.3 – FORMAS DE AGRUPAMENTOS E RELAÇÃO EDUCADOR /CRIANÇA 45 5.4 - PROCESSO DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO.................................. 46 5.5 – ARTICULAÇÃO COM FAMÍLIA/COMUNIDADE E PARCEIROS.............. 53 4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 5 5.5.1 DESAFIO DA GESTÃO DEMOCRATICA....................................................... 56 Lei nº 10.741 - Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Alterado pela Lei nº 12.896, de 18/12/2013..................................................................................56 Lei nº 10.639/2003 o ensino sobre cultura e história Afro- Brasileira.........................56 5.6 - PROCESSO DE AVALIAÇÃO...................................................................... 59 5.6.1 Auto-Avaliação Institucional............................................................................................59 5.6.2 Avaliação da criança pequena........................................................................................59 5.6.2.1 Instrumento de avaliação...................................................................................61 6 – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA.............................................................. 61 6.1 Princípios da Gestão......................................................................................................... 61 6.2 Conselho Unidade de Creche............................................................................................63 6.2.1 Conceituação.................................................................................................................. 63 6.2.2 Finalidade....................................................................................................................... 63 6.2.3 Compete ao Presidente.................................................................................................. 63 6.2.4 Compete ao Secretário................................................................................................... 64 6.2.5 Compete ao tesoureiro................................................................................................... 64 6.2.6 Competências do CUC................................................................................................... 65 6.2.7 Profissionais da Educação............................................................................................. 66 6.3.1 Perfil Profissionais da educação.................................................................................... 68 6.3.2 Direção........................................................................................................................... 68 6.3.2.1 Atribuições......................................................................................................69 6.3.3 Coordenador Pedagógico............................................................................................... 69 6.3.3.1 Atribuições...................................................................................................... 70 6.3.4 Corpo Técnico em Desenvolvimento Infantil - TDI........................................................ 70 6.3.4.1 Atribuições da Função....................................................................................71 6.3.5 Corpo Técnico Administrativo...................................................................................... 72 6.3.6 Técnico em Nutrição Escolar -TNE (merendeira/lactarista)...........................................72 6.3.6.1 Atribuições.......................................................................................................69 6.3.7 TMIE/VIGILANTE...........................................................................................................74 6.3.7.1 Atribuições.......................................................................................................74 6.3.8 TMIE/VIGILANTE...........................................................................................................75 6.3.8.1 Atribuições.......................................................................................................75 6.4- ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO...77 6.4.1 Dos Direitos...................................................................................................................... 77 6.4.2 Dos Deveres..................................................................................................................... 77 6.4.3 É vetado aos profissionais da creche.............................................................................. 77 6.4.4 Ações Disciplinares........................................................................................ 78 7- PAIS OU RESPONSÁVEIS DAS CRIANÇAS.................................................. 79 7.1 São Direitos dos Pais ou Responsáveis............................................................................ 79 7.2 São Deveres dos Pais ou Responsáveis...........................................................................80 8- ESCRITURAÇÃO DA CRECHE..................................................................... 81 9- POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA.................................................... 83 10- PROJETOS ESPECIAIS................................................................................. 85 11- DISPOSIÇÕES GERAIS................................................................................. 88 12- BIBLIOGRAFIA.............................................................................................. 89 13- ANEXOS......................................................................................................... 91 5 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 6 I - APRESENTAÇÃO A Creche Municipal Prof. João Crisóstomo de Figueiredo tras em publico o presente plano de trabalho para ser desenvolvido nesta unidade de ensino a partir do ano de 2015. Este Projeto Político Pedagógico (PPP) baseia-se na política educacional vigente no país, preconizada pelo Ministério da Educação e na contribuição de pensadores influentes tais como Piaget e Vygotsky. Compreendemos que o Projeto Político Pedagógico como o planejamento e sistematização de toda a estruturação e das ações a serem desencadeadas e desenvolvidas no âmbito da comunidade que compõe o espaço da Creche de curto, médio e longo prazo, de forma integral, flexível, democrática, objetivando não só o acesso e a permanência da criança na Creche, mas também o cuidar e o educar intimamente ligados e humanizados A proposta deste Projeto Político Pedagógico tem o objetivo de atender as necessidades da Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo, e pretende situar e orientar os trabalhadores da Creche quanto aos procedimentos essenciais na sua ação educativa e, essa proposta será norteada nas leis vigentes do País e na política pedagógica do município de Cuiabá, contemplando a gestão democrática como ponto primordial de transparência e valores autênticos, primando pela participação de todos os segmentos e com a finalidade principal a criança de 2 anos à 3 anos e 11 meses, que segundo Celso Antunes...( ) “ O crescer de um ser humano guarda paralelos marcantes com o desabrochar de uma flor. Requer que se tenha sobre cada etapa, cada dia, cada descoberta, cada aventura, um ouvido pleno de empatia, um olhar carregado de paixão, uma ajuda sem pressa, marcada pela serenidade da ternura’’... O Projeto Político Pedagógico deve refletir os anseios e o comprometimento de todos os segmentos que compõe a Creche, buscando transpor as dificuldades, propondo ações concretas, dentro da governabilidade da instituição passíveis de serem executadas e que todos se sintam autores e co responsáveis por elas. Frente ao exposto, vimos à necessidade de, sinteticamente, abordamos a construção do Projeto Político Pedagógico desta instituição. A elaboração do Projeto Político Pedagógico – PPP que ora apresentamos, deu-se em várias etapas ao longo dos anos de 2008 e 2009. Sendo reformulada no segundo 6 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 7 semestre do ano de 2012 e inicio do ano de 2013 e no segundo semestre de 2014 e no segundo semestre de 2015. No princípio do ano 2008, devido a nescessidade de Registrar a Creche Minicipal Prof. João Crisóstomo de Figueiredo, Eliane Menacho, diretora da Creche lançou as teses básicas para dar início ao processo de elaboração do PPP. Em seguida, foi delegado a um grupo de TDIs para continuar a sua discussão e elaboração, acontecendo dessa forma a primeira etapa do trabalho. Nesta ocasião foi montado um documento-base contendo questões essenciais que pudessem gerar as discussões posteriores. Nesse período fizemos levantamento sócio-econômico da clientela atendida pela creche para que através, dos fatos e dados pudéssemos calcar nossa proposta. Utilizamos-nos também dos dados constantes nas fichas de matricula, nos relatório das crianças dos anos anteriores, dos cadernos de registros das educadoras e dos relatórios da Assessoria Pedagógica. Após todas essas ações, passamos à sistematização e redação da proposta e a cada nova ideia fazíamos a inserção mediante a consulta e aprovação dos colaboradores. Ao chegarmos ao final da redação da proposta, e enviaremos para analise e aprovação da SME / DIPE / Educação Infantil e posteriormente para ser aprovada pela assembleia geral da Creche Municipal Prof. João Crisóstomo de Figueiredo. Após a sua aprovação pela assembleia este projeto será amplamente divulgado a todos os segmentos desta unidade da Creche, para que possamos de fato implantála, oferecendo um espaço onde a criança possa se expressar e desenvolver todo o seu potencial, onde a comunidade externa tenha acesso e participação efetiva na Gestão e em que os profissionais se sintam seguros, tranquilos, coesos e conscientes de sua função transformadora e libertadora. Partindo da premissa de restabelecer ações, métodos e inovações será uma conquista devendo ter uma inter-relação entre todos os segmentos para consolidação de um trabalho digno e consistente. A intenção maior desse documento é retomar o exercício da discussão e conclusão coletiva, para que o Serviço do Cuidar e Educar Infantil tenha definido o seu PPP e assim direcionar todo o trabalho desenvolvido na Creche. O PPP não é nada mais que um referencial de qualidade necessário para a fundamentação pedagógica no trabalho executado na instituição.Nele estão inseridos o pensamento e a proposta de trabalho dos profissionais da Creche em resposta às necessidades e aspirações dos seus usuários. 7 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 8 A última fase tratará da discussão para a aprovação final do documento, com a participação de grande parte do corpo funcional da Creche e dos responsaveis pelas crianças que frequentam a creche. Assim, desejamos que este trabalho represente uma consistente e significativa contribuição a todos os profissionais. 8 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 9 II - JUSTIFICATIVA Este documento tem por finalidade registrar o Projeto Político Pedagógico que norteará as ações pedagógicas da CRECHE MUNICIPAL PROFESSOR JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO, buscando através dela o reconhecimento de que a Educação Infantil atenda às crianças de 02 à 03 anos e 11 meses de idade, considerada a 1ª etapa da Educação Básica, indispensável à construção da cidadania. A Unidade de Creche deve ser entendida como um espaço público de construção de idéias, através do estudo, reflexão coletiva e ações conjuntas, buscando a sistematização de suas atividades e através delas a superação das dificuldades e propiciando a todos a resolução dos conflitos com equidade, o resgate da dignidade humana, a democracia – no seu aspecto mais abrangente e a autonomia. Para tanto, é necessário instaurar uma forma de organização do trabalho ‘’Cuidar e Educar’’ que atenda as mudanças pelas quais a sociedade passa e por isso, deve ser dinâmico e flexível levando em conta as exigências econômicas e políticas, sem ferir nossos valores, buscando sempre a ‘’Identidade desta Unidade de Creche Profº João Crisóstomo de Figueiredo”. Esta identidade é a marca, a forma de ação de todos os que estão envolvidos no processo. Por isso a necessidade de elaboração de um documento que trace o perfil da Creche como um todo (comunidade / crianças / profissionais) de forma coletiva, inovadora, comprometido e responsável. A esse documento que consta todas as ações administrativas, pedagógicas e sociais da Creche, bem como o papel de cada segmento para formar o todo é que denominamos Projeto Político Pedagógico (PPP). A comunidade escolar da Creche ao elaborar este documento busca destacar a função principal da entidade que é cuidar e educar. Solidifica desta forma, seu papel social e possibilita às crianças o sucesso educacional, preservando seu bemestar físico, e estimulando seus aspectos cognitivo, emocional e social. Decidimos por uma fundamentação pedagógica que permita acompanhar o educando em seu desenvolvimento considerando suas particularidades e ao mesmo tempo oferecendo suporte afetivo e educativo. 9 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 10 O PPP é uma proposta flexível a ser concretizada nos projetos educacionais, planejados semanalmente, e anualmente. Nela estão contidas as tendências pedagógicas utilizadas na Creche, bem como o sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. As metas aqui propostas efetivar-se-ão em parceria com toda a comunidade escolar e com o real comprometimento de todos os profissionais que a elaboraram. Fundamenta-se na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade ou outras alterações que se fizerem necessárias. Não deseja ser, portanto um manual de ação pedagógica, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologia educacionais praticados. Pretendemos que este PPP seja o impulsor e condutor do bom desempenho do corpo técnico e administrativo no alcance das metas e objetivos que o Serviço de Cuidar e Educar se propõe a concretizar neste espaço de educação infantil. 10 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 11 1 – IDENTIFICAÇÃO 1.1 – Denominação: Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo. 1.2 - Endereço: Rua Bakairi Quadra. 25, Lote 20 Bairro- Dr. Fabio Leite I etapa. 1.3 – Ato de Criação: Decreto nº 4.573 de 08/08/2007. 1.4 - Reconhecimento: Resolução n.º em tramite. 1.5 - Modalidades de Ensino: Jardim I (02 à 03 anos) - 54 alunos matriculados Jardim II (03 anos e 1 mes a 03 anos e 11 meses) – 55 1.6 - Regime de Funcionamento: Matutino e Vespertino (das 6:00 horas da manhã as 18:00 da tarde) 11 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 12 2 – DIAGNÓSTICO DA CRECHE 2.1 – HISTÓRICO DA CRECHE E BIOGRAFIA DO PATRONO A Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo foi uma conquista dos moradores do bairro Dr. Fabio juntamente com o clube de mães, na pessoa da Presidente Delci Pereira e do Presidente do bairro o Sr. Moacir, conhecido como seu Jota, que aceitando as reivindicações das mães trabalhadoras e/ou desempregadas que na época era a maioria, enviou vários ofícios ao prefeito Roberto França e não obtendo resposta procurou o Deputado Federal Lino Rossi, este interviu junto aos órgãos competentes, possibilitando assim a construção da creche. A creche foi inaugurada no dia 06 de abril de 2003. Teve como primeira gestora a professora Maria Orly, que sensibilizada com a carência das pessoas da comunidade do bairro efetuou a matrícula de 120 crianças entre a faixa etária de 8 meses de vida a 6 anos e naquele momento devido ao super-lotamento nas salas de aula e a heterogeneidade das idades das crianças atendidas e tendo apenas duas salas de aula, a gerente e Adis tiveram a iniciativa de transformar o refeitório em sala de aula. Como sucessora, em 2008 veio para dirigir a creche a professora Luciene Ferreira de Oliveira (in memorian) e posteriormente dirigiu a creche a professora Elizete Reis. O trabalho realizado neste período era de assistencialismo, onde o foco era o “cuidar”. Aos poucos as mudanças começaram acontecer, sendo que em 2005 as creches deixou de ser da secretaria de bem - estar - social e passou ao quadro da secretaria de educação conseqüentemente todos ao profissional passaram por qualificação para atender as clientelas. Com aprovação da lei de gestão democrática nas creches do município de Cuiabá em 2007, Lei 4.940 de 29 de julho houve então a eleição para direção das creches municipais de Cuiabá. E na creche Professor João Crisóstomo foi eleita a T.D.I. Eliane Menacho que administrou a creche durante o triênio de 2008 à 2010, sendo reeleita no final de 2010 para mais um triênio de 2011 à 2013. Em 2012 pediu sua desincompatibilização para concorrer ao pleito eleitoral municipal como candidata a vereadora pelo município de Cuiabá, atendendo o que rege no Estatuto do Servidor Publico e a Lei Eleitoral. Durante a sua desincompatibilização assumiu a direção da creche como diretora temporária a professora Marinil Alessandra Siqueira 12 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 13 Ribeiro, que ficou no cargo até o dia 17 de outubro de 2014 onde a professora Eliane Menacho foi reempossada pela Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, onde a mesma continua desenvolvendo o trabalho frente a direção da creche. Nos dias atuais as melhorias não param de contemplar o cuidar e o educar de crianças pequenas assim sendo no final de 2011 chega a coordenação pedagógica nas creches municipais de Cuiabá. E a primeira coordenadora deste espaço foi a T.D.I. Wilza Aparecida. Carvalho do Espírito Santo. Atualmente a diretora é Conceição Aparecida Bastos que foi designada em janeiro de 2014 pela Secretaria Municipal de Educação, pois não houve candidatos na unidade para concorrer a eleição,e a coordenadora é Shislene Loango Araújo como Coordenadora de pólo. No ano letivo de 2008 foram matriculados 80 alunos na creche, em 2009 foram atendidos 95 alunos, em 2010 foram atendidos 105 alunos sendo 01 ANE, em 2011 foram atendidos 105 sendo 01 ANE, em 2012 foram atendidas 105 alunos e em 2013 esta sendo atendidos 109 alunos sendo 02 ANEs. A faixa etaria dos alunos atendidos por este estabelecimento de educação é de 2 anos a 3 anos e 11 meses. No ano letivo de 2014, foram matriculadas 109 crianças que são atendidas nesta unidade. No de ano 2015, foram matriculadas 90 crianças que são atendidas nesta unidade este ano. A creche recebeu esse nome em homenagem ao grande professor João Crisóstomo de Figueiredo, da cátedra de Matemática, que era inovador, alegre, cheio de vida e justo com seus alunos (conforme o relato de sua irmã Margarida; seu filho Gerson e sua ex-aluna Maria Helena) que encantou e marcou a vida de seus pupilos como ele chamava seus alunos e alunas, assim, recebeu a justa homenagem do seu ex-aluno e então prefeito Roberto França Auad. 2.2 – CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONOMICA Os dados relativos à caracterização sócio-econômica dos alunos que utilizam esta creche foram obtidos através de uma pesquisa qualitativa. Estes dados foram levantados pela direção e demais funcionários com a aplicação de um questionário aos pais. 13 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 14 Nossa comunidade escolar advém do processo de grilagem, é caracteizada, em sua maioria, por familias advindas da classe baixa, cuja renda oscila de um salario minímo á um salario e meio, residindo a grande maioria em casas sem reboucos, sem rede de esgoto, com energias eletricas clandestinas (gambiarras) e também com aguas na mesma situação. agua sem filtrar e nem ferver.muitas casas os pisos são de terra, algumas são barracos de madeira sem nenhuma condição de moradia. A grande maioria dos alunos atendidos pela nossa creche não dependem do transporte coletivo ou escolar, por causa da distância da escola até a localidade onde moram, porem alguns vem de transporte próprio como, motos, carros e bicicletas. A comunidade local é caracterizada como um dos que apresentam pouco indice de desenvolvimento Humano (IDH), sendo, portanto constituído como uma população carente. Nossa comunidade escolar, além de atender a clientela dos bairros Dr. Fábio 1ª e 2ª etapa, também atende crianças advindas dos bairros Jardim Brasil, Altos da Serra, CPA 3, CPA 4, Ouro Fino e mais recentemente do bairro Nova Canaã, pertencentes à classe baixa, moradores da zona urbana, da cidade de Cuiabá-MT em sua maioria possuem apenas o ensino fundamental, com pouco acesso aos bens de consumo e à assistência à saúde. As crianças da Creche “Municipal João Crisóstomo de Figueiredo” quase sempre não têm, suas necessidades básicas atendidas, e suas carências, são inúmeras, desde, privação de alimentos á falta de vestuário suficiente para o dia a dia. De uma maneira geral, necessitam de muitos cuidados e atenção, por parte da unidade de creche e acima de tudo do poder público. A participação dos pais na nossa creche é ainda uma meta a ser aprimorada pela nossa instituição, embora a maioria participe das reuniões destinadas a discussões sobre interesse geral ou quando se trata exclusivamente e questões pedagogica, dentre outros assuntos. A escolaridade dos pais de nossos alunos varia de analfabeto á cursos técnicos e cursos superiores, sendo que a grande maioria possui somente o ensino fundamental incompleto. 14 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 15 2.3 – ESPAÇO FÍSICO – Aspecto físico Dependências Diretoria Quantidade 01 Adequações A diretoria e a secretaria funcionam em um mesmo espaço. Secretaria Sala de 02 aula Brinquedoteca Funciona junto com a direção Não adequadas muito pequenas, pois no mesmo espaço é utilizado como dormitório 01 Sala que esta adequada com brinquedos e piscina de bolinha e tapete de história etc Sala de TV e Vídeo - Funciona no mesmo espaço do dormitório e sala de aula. Almoxarifado 01 Foi construído na área externa da creche Uma sala ampla para guardar colchões e Materiais pedagógicos, materiais de limpeza entre outros. Despensa 01 É pequeno / não tem ventilação / ausência de mobiliário . Refeitório 01 Em ambiente improvisado na área interna da creche Recreio coberto - Não temos espaços cobertos para as Atividades fora da sala. Lavanderia 01 Lavanderia da creche é pequeno, sem ventilação e não há mobiliário adequado 15 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 16 Dependências Quantidade O que está Inadequado Cozinha 01 Pouco arejada; pequena sem muito espaço. Sanitário dos 01 Há um banheiro apenas para uso coletivo funcionários de homens e mulheres; Sanitário dos Dois banheiro, são oito vasos sanitários, Alunos 02 utilizam o mesmo banheiro para meninos e meninas. Sanitário para os - portadores de Não há qualquer tipo de adequação para portadores de necessidades especiais. necessidades especiais • Escóvodromo • Caixas de água elevadas 01 Onde as duas salas utilizam 01 Utilizada na creche inteira 01 Utilizada na creche inteira de 10.000 litros • Um reservatório de 15.000 A creche é de porte pequeno e a sua estrutura física está assim constituída: • 01 Secretaria • 01 refeitório • 02 banheiros infantis • 01 banheiro para funcionários • 01 caixas de água elevadas de 10.000 litros • 01 reservatorio de água plástica de 15.000 litros 16 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 17 • 01 cozinha equipada porem não adequada • 01 lavanderia (não adequada) • 01 dispensa • 02 salas de atividade não adequadas • 01 parquinho infantil (não adequado) • 01 brinquedoteca Os utensílios de cozinha são em números suficientes para confeccionar e servir a alimentação. Os jogos de mesas e cadeiras são adequados para crianças na faixa etária atendida, porem quase todos estão inadequados para uso. 02 televisão 01 armário de aço com gavetas 03 armários de madeira MDF 04 estantes de madeira (1 na lavanderia, 3 na cozinha) 01 estante de madeira MDF 01 bebedouro 02 aparelhos de som (rádio e cd) 02 computador 02 máquinas de lavar 15 ventiladores de teto 02 vestilador de parede 03 mesas de madeira 02 mesas MDF 01 fogão industrial 01 freezer horizontal 02 geladeira pequena 02 escrivaninhas inadequadas 05 ar condicionado 05 armarios de aço 01 empressora No resultado do levantamento de dados que realizamos nesta unidade de creche constatamos a necessidade de: • Construção de mais uma sala de aula 17 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 18 • Reforma do parque infantil • Substituição de Piso • Horta • Jardinagem • Substituição de telha • Adequação da lavanderia • Adequação da cozinha • Construção de um refeitório Diante desses resultados, convém salientar que esta unidade de creche atende uma grande demanda e existe ainda uma grande procura por vaga. Daí a necessidade da construção de mais uma sala de aula,e um refeitório adequado e reformas no prédio. Atendemos crianças da comunidade e também os bairros adjacentes. A creche apresenta problemas físicos gravíssimos. Não possuímos nenhum espaço coberto para atividades fora da sala e devido ao sol escaldante e o calor intenso que faz em Cuiabá, a ausência desse espaço prejudica muito as ações da Creche. O período vespertino é o mais afetado porque ainda há o problema do sol que entra pelas janelas e a sensação térmica é muito superior. O dormitório é improvisado às turmas dormem na própria sala. Hoje a proposta da Creche é o ‘’cuidar associado ao educar’’ e as ações devem ser planejadas. Não temos nenhum espaço para que as educadoras se reúnam para o planejamento e estudo. Toda a acomodação da Creche é improvisada e isso causa sim uma dificuldade na execução da proposta. Assim, atendendo à essas necessidades significa organizar e adequar a creche em relação ao tempo e o esaço, considerando os aspectos do cuidar e do educar como dimensões essenciais ao desenvovimento das crianças, de modo que profissionais e crianças aprendam a conviver e a viver face à multiplicidade de interferências sem deixar de lado a importância de realizar ações articuladas com outros setores da sociedade igualmente responsáveis por esse espaço educativo. 18 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 19 2.4 – QUADRO DE PROFISSIONAIS: FUNÇÃO QUANTIDADE Diretora 01 Coordenadora de polo 01 TDIs- Efetivo 11 TDIs-Contrato 09 TMIE- ASG 04 TMIE - vigilantes-Efetivo 03 TNE-Efetivo 02 TMIE - vigilantes-contrato 01 19 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 20 3- FUNÇÃO SOCIAL/ FILOSOFIA/ MISSÃO DA CRECHE 3.1 - FUNÇÃO SOCIAL Segundo o que preconiza o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras, e aprendizagens orientadas de forma integradas e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (1998. p.23). Assim sendo função social da creche municipal Prof. João Crisóstomo de Figueiredo busca o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas das crianças pequenas por meio da aprendizagem dos conteúdos, conhecimento, habilidades, procedimentos atitudes e valores de forma contextualizada desenvolvendo nas crianças a capacidade de tornarem-se cidadãos participativos, críticos, reflexivos, autônomos, consciente de seus direitos e deveres e capazes de compreender a realidade da sociedade em que vivem. 3.2 - FILOSOFIA Pretendemos “Ser uma creche inclusiva inovadora onde se busca a valorização das características individuais da criança/cidadã dentro de uma coletividade, favorecendo o crescimento/desenvolvimento humano e intelectual dos atores envolvidos: alunos, pais e profissionais da educação, para que estes possam compreender e intervir na sua realidade imediata, que está ao seu alcance”. 3.3 - MISSÃO Oferecer condições para que a criança amplie sua visão de mundo e de si mesma, por meio do cuidar e o educar, constituindo-se como cidadãos ativos, criador, pensante que produz e transforma a sociedade. 3.4 - VALORES Compromisso social, profissionalismo, determinação, probidade e transparência, companheirismo, solidariedade e amor. 20 eficácia, ética, PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 21 3.5 - VISÃO Ser uma creche de referência pela qualidade dos atendimentos prestados, com uma organização ágil, eficaz e de excelência na formulação de propostas e projetos de educação infantil. 4 – OBJETIVOS 4.1 – OBJETIVO GERAL Buscar o desenvolvimento integral das crianças que participam da creche assegurando-lhes a formação de hábitos saudáveis, indispensáveis para a formação do caráter, para o cresimento intelectual e para o exercício da cidadania. 4.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Cuidar do educando e educar cuidando das crianças participantes da creche, promovendo seu bem estar emocional, físico e motor; • Proporcionar as crianças melhores condições de saúde, através de uma alimentação balanceada; • Estimular o interesse das crianças pelo processo do conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade. • Propiciar condições adequadas para o pleno desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e culturais. • Fomentar a criatividade, satisfazendo suas curiosidades. • Fortalecer a participação dos pais nas atividades da creche; • Garantir a formação continuada as TDIs e demais profissionais da educação; • Avaliar de forma constante suas práticas pedagógicas. • Eexperimentar e utilizar os recursos de que dispõem para a satisfação das necessidades essenciais da criança, expressando seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados, e agindo com progressiva autonomia; • Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente seus limites, sua unidade e as sensações que ele produz; 21 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 22 • Interessar-se progressivamente pelo cuidado com o próprio corpo, executando ações simples relacionadas à saúde e higiene; • Proporcionar o ato de brincar e as brincadeiras para que as crianças se desenvolvam e através deles que a criança aprenda a se conhecer e atue no mundo que a rodeia; • Relacionar-se progressivamente com mais crianças, com suas educadoras e com demais profissionais da instituição, demonstrando suas necessidades e interesses. • Identificar e compreender a sua pertinência aos diversos grupos dos quais participam, respeitando suas regras básicas de convívio social e a diversidade que os compõe. 22 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 23 5 – ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA Procurando trabalhar os conteudos de cuidar e educar de maneira contextualizada e o mais próximo de sua realidade vivencial, o trabalho pedagógico foi organizado da seguinte forma: • Eixos de trabalho: - construção da identidade e autonomia ( convivência com as diversidades e diferenças, auto governo em questões situadas no plano das ações conccretas) e construção de diferentes linguagens (movimento, musica, artes visuais, linguagem e código, natureza, sociedade e ultura, matemática e lógica. 5.0 -Cuidar e Educar Cuidar e Educar são procedimentos que o educador infantil pode realizar simultânea e prazerosamente, desde que possua conhecimento e desenvolva ações integradas suficientes para sustentar sua prática. “Cuidar” é parte integrante da educação para um desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a quantidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados. As necessidades humanas básicas são comuns; alimentar-se, proteger-se, vestir-se, mas elas podem ser modificadas e acrescidas de outras de acordo com o contexto sociocultural, as necessidades afetivas também são base para o desenvolvimento infantil além dos que preservam a vida orgânica. As ações relativas ao cuidar, devem prestigiar o desenvolvimento integral da criança, envolvendo aspectos afetivos, relacionais, biológicos, alimentares e concernentes à saúde. O educador deve estar envolvido e comprometido com a criança em todos os seus aspectos, e a compreensão sobre o que ela pensa o que traz consigo a sua história e seus desejos. “O mais importante no cuidado humano, é compreender como ajudar o outro, a se desenvolver como ser humano”. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidade. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio, que 23 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 24 possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos’’ (SJGNORTTE, 2002). Para que tudo isso ocorra, é necessário que se construa um vinculo entre “quem’’ cuida e “quem é’’ cuidado. Quem cuida deve interessar-se sobre o que ele sabe sobre si e sobre o mundo buscando ampliar seus conhecimentos e mobilidades, para que se torne aos poucos, independente e autônomo. “Educar’’ é propiciar situações de cuidados, brincadeiras, aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e acesso, pelas crianças ao conhecimento mais amplo da realidade social e cultural. O educador deve criar situações significativas de aprendizagem para que haja o desenvolvimento das habilidades cognitivas, psicomotoras, socioafetivas, entendendo que a formação das crianças é um ato inacabado, sempre sujeito a novas inserções, a novos recuos a novas tentativas. É necessário incorporarmos de forma integrada as funções de cuidar e educar associadas a padrões de qualidade. Devemos considerar as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção da autonomia. 5.1 CONCEPÇÃO DE CRIANÇA, SEU DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM “Concepção de Criança /Infância - Criança e Infância são conceitos que se complementam, culturalmente determinados e historicamente construídos. Pode-se demarcar biologicamente o período da infância, mas psicologicamente não”. Nunca se deu tanta atenção aos estudos da criança e da infância. O que é a infância afinal? As respostas a estas questões variam conforme a concepção que se tem delas. Para alguns é uma fase da vida onde reina a fantasia e a liberdade. Outros ainda consideram a infância como uma fase em que a criança vai ser preparada para o futuro. Partindo destas interrogações, esta comunicação tem como proposta discutir a evolução do conceito de criança e infância a partir de uma perspectiva sociológica. 24 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 25 O significado que damos à infância depende do contexto no qual surge e se desenvolve e também das relações sociais nos seus aspectos econômico, histórico, cultural e político, entre outros que colaboram para a constituição de tais significados e concepções, que por sua vez, nos remetem a uma imagem de criança como essência, universal descontextualizada ou então, nos mostram diferentes infâncias coexistindo num mesmo tempo e lugar. Por isso para definirmos ‘’criança’’ e ‘’infância’’ é necessário uma contextualização sobre a época, quais as referências vão ser usadas para descrever tal conceito, incluindo a classe social e a raça. Porque ser criança na sociedade contemporânea é muito diferente de ser criança nos períodos históricos anteriores. A “cultura’’ infantil ganhou uma nova conotação na sociedade contemporânea, alterando, inclusive, características próprias como a vestimenta, a alimentação a linguagem e as brincadeiras. Pode-se dizer que não existe uma única concepção de infância com um desenvolvimento linear, progressivo. Essas concepções se apresentam de várias maneiras e estão diretamente relacionadas às classes sociais, bem como de acordo com o tempo e o espaço em que foram geradas. Essas definições podem tornar diferentes formas de acordo com as referências que tomamos para concebê-las. A palavra ‘’infância’’ evoca um período da vida humana; o período da palavra inarticulada; o período que poderíamos chamar de construção / apropriação de um sistema pessoal de comunicação de signos e sinais a fazer-se ‘’ouvir”. “Criança’’ por sua vez, indica uma realidade psicobiológica referenciada ao individuo”. Criança é um ser de pouca idade (Aurélio). Infância período de crescimento, no ser humano que vai do nascimento até a puberdade (Aurélio). Etimologicamente ‘’infância’’ vem do latim ‘’in-fans’’, que significa: sem linguagem. No interior da tradição filosófica ocidental, não ter linguagem significa não ter pensamento, não ter conhecimento, não ter racionalidade, nesse sentido a criança é focalizada como um ser menor, alguém a ser adestrado, a ser moralizado, a ser educado. Alguém que na concepção de Santo Agostinho, é pecaminoso, que provem do pecado – pecado da união dos pais – e que em si mesmo deve ser considerado pecaminoso pelos seus desejos libidinosos, pois para ele, a racionalidade, como dom divino, não pertence à criança. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990) define‘’ a criança como a pessoa até os 12 anos de 25 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 26 idade incompletos’’.Desse modo o significado genérico da infância está diretamente ligado às transformações sociais, culturais, econômicas, etc, da sociedade de um determinado tempo e lugar, que possui seus próprios sistemas de classes, de idades e seus sistemas de status e de papel social. Na Idade Média, a criança vivia misturada aos adultos, não havendo inclusive diferença quanto a vestimentas, jogos, atividades, aprendizagem e até mesmo em relação ao trabalho era vista como um pequeno adulto, gradativamente ela foi sendo valorizada em si mesma, mas a partir de uma visão que considerava a infância como a idade da imperfeição. A infância deixa de ocupar seu lugar de resíduo da vida comunitária, como parte de um grande corpo coletivo. Agora a criança começa a ser percebida como um ser inacabado, carente e, portanto, individualizado, produto de um recorte que conhece nela a necessidade de resguardo e proteção (NARD DOWSK, 2001). A imagem da criança e da infância produzida pelas crianças humanas evidencia sua variação histórica e cultural como elementos de regularidade em todas as sociedades ocidentais, ou seja, a idéia de infância é uma construção social moderna (ARIÉS – 1978). No século XVIII, com fortes influências Rousseau, surge a concepção romântica de criança, que resulta de uma dualidade de posições, assumidas, por um lado na valorização do bem, da inocência e do outro uma característica do protestantismo, uma perspectiva pessimista. Neste caso, a vitória do bem sobre o mal resultou numa concepção que valorizava fundamentalmente a inocência e naturalidade da criança e acentuava assim o seu caráter romântico. Da Revolução Industrial, nasceu a criança operária, potencial vítima das transformações econômicas, sociais e familiares impulsionadas pela referida revolução. A sua mão-de-obra era aproveitada e muitas vezes como fundamental na manutenção econômica do agregado familiar. Esta criança só adquiriu visibilidade social quando os movimentos filantrópicos iniciaram campanhas de denúncia e sensibilização, relativas às condições sub-humanas em que estas crianças sobreviviam. Nos meados do século XIX, surge uma nova concepção de criança: a criança delinqüente. Elas assumem-se com o rosto visível das deficiências de uma precoce escola da vida, assumido pela fábrica acetificação da infância precoce e relativa autonomia que estas crianças operárias adquiriam o prematuro abandono a si 26 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 27 próprias, resultava muitas vezes em situações de vadiagem e delinqüência e contribuiu assim por que mais uma nova concepção de criança torna-se socialmente visível. A criança médico-psicológico surge entre os séculos XVIII e XIX é o resultado de graduais e significativos investimentos na preocupação de obter respostas científicas acerca do desenvolvimento infantil. Em fins do século XVIII com o desenvolvimento, surge a criança “aluna” que é uma contracorrente a criança “delinqüente”, à luz de tendência de socialização que acentuam a escola como um dos principais meios de moralizar as crianças e evitar a reprodução de comportamentos desviantes e perturbadores da ordem social. A escola surge, assim como a principal fonte de socialização e uniformização, ao impor um padrão universal de saberes e comportamentos, assumindo-se ao mesmo tempo como meio fundamental de prevenção e mobilização das classes populares. Em fins do séc. XIX e início do XX, com o resultado de investimentos feitos na saúde, prevenção social e educação, surge a concepção de criança bem estar, em relação a qual se organizam serviços específicos e especializados no sentido de atender as suas necessidades específicas. Durante a primeira década do séc. XX, a infância era alvo de interesse e definição de campos muito específicos, como a medicina, psicologia, sendo esta última a que mais influenciava as posturas e atitudes para com as crianças, resultando daí a criança psicológica. A dicotomia, criança da família e criança pública, surge entre as duas grandes guerras mundiais. As conseqüências negativas advindas do período de guerra e pós-guerra conduziram a situações em que as crianças eram privadas do contato com os pais. Esta privação veio tornar visível a importância que os laços familiares, a vinculação, têm no desenvolvimento da criança, e por outro lado, a organização de diferentes respostas a estes problemas atribuindo-lhes uma dimensão pública. Precisamos estar atentos não só às especificidades das vivências das crianças concretas de diferentes classes sociais, gêneros, etnias, etc. como também a heterogeneidade da infância, que de acordo com determinados aspectos espaçotemporais produz diferentes infâncias. O sentimento de infância, de preocupação e investimento da sociedade e dos adultos sobre as crianças, de criar formas de regulação da infância e da família são idéias que surgem com a modernidade. 27 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 28 Os estudos contemporâneos trazem como tese principal o fato de que as crianças participam coletivamente na sociedade e são dela sujeitos ativos e não meramente passivos. Trazem uma proposta de estudar a infância por si própria, rompendo com o adultocentrísmo, entendendo a criança como um ser social e histórico, produtora de cultura. As crianças são atores sociais, porque interagem com as pessoas, com as instituições, reagem frente aos adultos e desenvolvem estratégias de luta para participar no mundo social. Elas nos colocam inúmeros desafios, seja na vida privada ou pública. 5.1.1 - DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear; as mudanças que vão se produzindo, ocorrem gradualmente, são períodos contínuos, que vão se sucedendo e se superpondo. A criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular durante toda sua evolução. Temos que compreender e respeitar que cada idade há um jeito próprio de se manifestar a construção de sua personalidade. Antecipar etapas ou deixar de estimular a criança, pode ser gerador de futuros conflitos. A família e a creche/escola devem conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento infantil. A trajetória que a criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê (dependência total) até começar a se transformar em um ser mais independente e autônomo, está relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas proporcionadas pelo espaço familiar e social, com o qual interage. 28 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 29 5.1.2 - Psicologia do Desenvolvimento Contribuições Teóricas – Sigmund Freud (1856-1939) Na perspectiva freudiana, a “construção do sujeito, da sua personalidade, não se processa em termos objetivos (de conhecimento), mas em termos objetais”. O objeto em Freud é libidinal, de prazer ou desprazer; bom ou mau; gratificante ou não gratificante; positivo ou negativo. A formação dos diferentes estágios - oral/anal/fálico/latência/genital – é determinada precisamente por essa relação objetal. Sua teoria sobre o desenvolvimento da personalidade atribui uma nova importância às necessidades da criança em diversas fases do desenvolvimento e sobre as conseqüências para a formação da personalidade. Jean Piaget (1896-1980) Acreditava que o que distingue um ser humano dos outros animais é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico e abstrato. A maturação biológica estabelece as pré-condições para o desenvolvimento cognitivo. Piaget descreveu dois processos utilizados pelo sujeito na sua tentativa de adaptação: assimilação e acomodação. Estes dois processos são utilizados ao longo da vida, a medida que a pessoa se vai progressivamente adaptando ao ambiente de uma forma mais complexa. Encara as crianças como sujeitos ativos da sua aprendizagem. Lev Vygotsky (1896-1934) Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente. O processo básico pelo qual isso ocorre é a “mediação”. Vygotsky via o desenvolvimento cognitivo como dependo mais das interações com as pessoas e com os instrumentos do mundo das crianças. 29 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 30 Tanto Piaget como Vygotsky concebem a criança como um ser ativo, atento que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente. Para Piaget o sujeito constrói seu próprio conhecimento, esse processo ocorre a partir da interação com os outros e com o mundo dos objetos e das idéias. Partindo desse princípio, foi elaborado pelo MEC/1998 o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil buscando traçar metas que norteiam esse trabalho, para garantir o desenvolvimento das crianças. O Projeto da Creche deve apontar quais experiências de aprendizagem são fundamentais para o desenvolvimento da criança, considerando as principais conquistas desse período: marcha/linguagem/formação do pensamento simbólico/sociabilidade. Esta proposta é que vai orientar ações e definir os parâmetros de desenvolvimento das crianças atendidas. Apropriamos-nos dos sete eixos trocados pela “Nova Escola” dentro dos PCN’s que organizam a aprendizagem buscando oferecer cuidado, segurança, acolhimento e condições para o desenvolvimento subjetivo e intelectual das crianças entre os 0 e 3 anos. 5.1.3 - Exploração dos objetos e brincadeiras O brincar é o principal modo de expressão e uma das atitudes mais importantes para a criança se constitua como sujeito da cultura. Quando brinca, a criança usa recursos para explorar o mundo, amplia sua percepção sobre o ambiente e sobre e sobre si, organiza o pensamento, além de trabalhar seus afetos e sensibilidades. Entre o e 2 anos, os bebês praticam os chamados jogos de exercício – as brincadeiras sensório-motoras designadas por Piaget, como quando os pequenos descobrem novos objetos ou imitam os gestos corporais e vocais de seus parceiros mais experientes, colocando em ação um conjunto de condutas que os ajudam a desenvolver suas potencialidades. Por isso, desde o berçário, o professor deve observar e registrar as ações das crianças ao longo da brincadeira para propor desafios diferenciados, de acordo com a idade e a situação. O controle do corpo, os movimentos, as expressões e a exploração dos cantinhos – espaços da creche intencionalmente organizados para desafios – motivam os pequenos. 30 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 31 A partir dos 2 anos, as brincadeiras tradicionais, como as cirandas, são facilmente aprendidas e o faz de conta propicia a criação por meio de uma negociação de significados e regras compartilhadas. Quando brincam de faz de conta as crianças analisam aspectos da vida cotidiana e conquistam espaços de poder que as auxiliam a confrontar o mundo e os adultos. E é o faz de conta uma das principais marca da entrada da criança no jogo simbólico, no universo da cultura e da sociabilidade. 5.2 - AÇÃO EDUCATIVA, METODOLÓGICA E ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO A ação educativa na Creche Prof. João Crisóstomo de Figueiredo esta vinculada a concepção do cuidar e educar. Tendo em vista que na Educação Infantil, o ato de cuidar e educar são indissociáveis, não tendo como separar essas duas ações, quando se trata de trabalhos desenvolvidos em Instituições Educativas. Portanto, o cuidar e educar na educação infantil são interdisciplinares.Porque, o cuidar e educar das crianças pequenas nas dependências das Instituições Educativas está nas coisas mais simples da rotina pedagógica, desde ao trocar uma fralda, alimentar a criança ou estimula-la a sua autonomia, intelecto, afetividade ou ao conhecimento mais elaborado e complexo. Desta forma os conteúdos que trabalhamos têm em vista a interação da área psicomotora com a construção de conhecimentos e atitudes, e com características e especificidades do mundo infantil, pois as dimensões motoras, cognitivas, afetivas, social e a formação dos hábitos, juntas, compõem os conteúdos pedagógicos básicos próprios da faixa etária das crianças. O modo como são organizados os conteúdos aqui nesta creche giram em torno de um projeto com temas específicos, privilegiando sempre o universo lúdico, reconhecendo as crianças como serem únicos e capazes, que aprendem a fazer, a ser e a conviver consigo mesmos, com os outros e com o meio ambiente de maneira integrada e gradual. Para tanto os planejamentos são elaborados anuais, bimestrais e semanais, de forma coletivas com intuito de construir propostas interdisciplinares em diferentes níveis. Desta forma as atividades pedagógicas são organizadas de modo a seguir 31 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 32 uma rotina desde a chegada das crianças na instituição até o momento de sua saída. A proposta de trabalho da Creche Prof. João Crisóstomo de Figueiredo está voltada para uma educação contextualizada, respeitando sempre as etapas do desenvolvimento infantil. Busca-se facilitar o processo e organizar situações de aprendizagem, problematizando-as, para que a criança assimile e crie seu próprio contexto. Para isso, procuramos pensar criticamente o cotidiano, propondo uma educação infantil em que as crianças se desenvolvam, construam e adquiram conhecimento e se tornem autômas e cooperativas. Neste projeto, considera que a educação é ao mesmo tempo um processo individual e um processo social facilitado através das inter-relações, pois assim, a criança desenvolve sua própria inteligência adaptativa na elaboração do conhecimento. O papel educativo proposto será o de estimular a capacidade de descobrir, produzir e criar, e não apenas de repetir. Respeitar o tempo de aquisição das habilidades necessárias ao desenvolvimento da criança de acordo com seu talento e potencialidade. Procuramos desenvolver as atividades sempre observando as característica da faixa etária dos 2 aos 3 anos, que são elas: 5.2.1 - Desenvolvimento Físico: • À medida que o seu equilíbrio e coordenação, a criança é capaz de saltar ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar; • É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha; • Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestino e depois a bexiga). 5.2.2 - Desenvolvimento Intelectual: • Fase de grande curiosidade. Sendo muito freqüente a pergunta ‘’Por quê?’’; • À medida que se desenvolvem as suas competências lingüísticas, a criança começa a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física – 32 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 33 trata-se de juntar as competências físicas e de linguagem (por ex, quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo; • É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre um assunto por um breve período; • Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si próprio como ‘’eu’’ e pode conseguir descrever-se por frases simples, como ‘’tenho fome’’; • A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de tempo mais longos); • A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos – progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo; • Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de seqüencias numéricas simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos – 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos). 5.2.3 - Desenvolvimento Social: • A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras; • Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a louça, maquiar-se, etc.; • É capaz de participar em atividades com outras crianças. Como por exemplo. Ouvir histórias. 5.2.4 - Desenvolvimento Emocional: • Inicialmente o leque de emoções é vasto desde o puro prazer até a raiva frustrada. Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais; 33 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 34 • Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção – geralmente deve-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz). 5.2.5 - Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos 5.2.6 - Desenvolvimento Físico: • Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de triciclo; grande desejo de experimentar tudo; • Embora ainda não seja capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha razoavelmente bem; • É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo; • Copia figuras geométricas simples; • É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres (sobretudo durante o dia). 5.2.7 - Desenvolvimento Intelectual: • Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos; • Utiliza bastante a imaginação: inicio dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis; • Compreende o conceito de ‘’dois’’; • Sabe o nome, o sexo e a idade; • Repete seqüências de 3 algarismos; • Começa a ter noção das relações de causa e efeito; • É bastante curiosa e investigadora. 5.2.8 - Desenvolvimento Social: • É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria; • Tem dificuldades em cooperar e partilhar; • Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto; 34 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 35 • Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das mulheres; • Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças. 5.2.9 - Desenvolvimento Emocional: • É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempos; • Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança; • Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro; • Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda; • Imita os adultos. 5.2.10 - Desenvolvimento Moral: • Começa a distinguir o certo do errado; • As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a criança; • Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva; • Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplos: ‘’eu te mato’’, sem ter noção das suas implicações. Sabendo que o desenvolvimento infantil se dá pela interação da criança com outras pessoas do seu meio e é através dessa interação, adultos-crianças que vai se construindo suas características do modo de agir, pensar, sentir, sua visão de mundo, conhecimento, autonomia, é que vamos trabalhar numa perspectiva construtivista. A Creche tem uma função social e deve entender a criança como um ser complexo, cujo desenvolvimento cognitivo, social, afetivo, lingüístico, fisicomotor ocorre desde o nascimento e ela – a creche – é apenas mais um dos contextos de desenvolvimento da criança que jamais irá substituir a família, mas deve oferecer um cuidar e educar com intencionalidade, possibilitando sua socialização, explorando seu conhecimento e os traços afetivos entre adultos e crianças e entre elas próprias. Vale ressaltar que não é apenas a criança que se desenvolve no processo de interação, mas todos aqueles do seu convívio social também se modificam. Dessa forma, quando nasce um bebê, também nasce uma mãe, um pai, um (a) irmão (ã), 35 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 36 tio (a), avô (ó)... Nessa perspectiva, vamos realizar um trabalho que leve a criança a: interagir no meio, dando-lhe autonomia; explorar; brincar; transformar situações cotidianas em novos elementos de maneira a desenvolver a fantasia, o faz-de-conta, a criatividade; desenvolver uma imagem positiva de si mesma vivenciando situações que favoreçam a autonomia, participação, disponibilidade, comunicação, confiança; desenvolver aspectos afetivos, perceptivos e intelectuais através de diferentes linguagens (corporal/musical/plástica/oral/escrita); estabelecer relações afetivas ampliando as relações sociais; utilizar de atividades lúdicas para expressar emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. Cuidar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável. O desenvolvimento das crianças, na Educação Infantil, depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo mundo que as cerca. Todos os momentos vivenciados na creche são oportunidades riquíssimas de desenvolvimento e crescimento desde que sejam executadas com intencionalidade pelo educador. É isso que difere o cuidar da creche com o da família. Dessa forma iremos sistematizar nosso trabalho na perspectiva de trabalhar por “Projetos”. Na creche são praticados diversos tipos de atividades envolvendo a jornada diaria das crianças que vai desde o horário da chegada e saida, o café da manha e lanche da tarde, o almoço e jantar, a higiene, as brincadeiras, jogos ludicos e imitativos e motores, os livros de historia e as atividades coordenadas pelos adultos, a hora do sono, dentre outras atividades desenvolvidas nos espaços internos e externos. Por isso todas as atividades são desenvolvidas para a aprendizagem das crianças sejam eles desenvolvidos nos espaços abertos e fechados, devem permitir experiências, que estimulem a criatividade, a imaginação, o desenvolvimento da linguagem e a interação com outras ciranças e pessoas. É importante ressaltar, que essas aprendizagens de naturezas diversas, devem ocorrer de maneira integrada e natural no processo de desenvolvimento infantil, contribuindo para a formação de crianças felizes e saudaveis. Todos os momentos são pedagóicos no trabalho com crianças de dois anos a três anos e onze meses, pois há varios objetivos que permeiam o trabalho da educação infantil na articulação entre o cuidar e o educar, em especial a construção da sociabilidade, interação, aprendizagem e da independência no desenvolvimento da autonomia, bem como os cuidados necessários à sua higiene, a alimentação, a segurança, as brincadeiras e ao vinculo afetivo. 36 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 37 5.2.11 - O porquê trabalhar com Projetos na Educação Infantil... No processo de construção do conhecimento a interação entre as crianças é um momento muito importante, pois gera cooperação, socialização, conflitos, hipóteses, desenvolvendo a capacidade de ouvir o outro, falar, refletir, questionar e argumentar. A criança aprende em interação com o outro. Trabalhar com projetos significa dar às crianças oportunidades de aprender a fazer planejamentos com o propósito de transformar uma idéia em realidade. A aprendizagem se dá durante todo o processo. Através do trabalho com projetos, as crianças aprendem a conviver negociar, a buscar e selecionar informações e a registrar tudo isso. E o resultado de um projeto pode ser uma ação ou um produto. A medida que a criança interfere num projeto, ela o faz através da sua história de vida, que está ligada a história familiar, que traz consigo uma história do grupo a que pertence, que ainda está ligada a história da sua nação. Assim, a família se envolve, motivando, aumentando e ampliando o projeto com recursos diversos. Trabalhar com projetos é fascinante e surpreendente. • Fascina pela capacidade de envolver todo tipo de criança. • Surpreende por trazer embutido o germe do inesperado. O trabalho com projetos possibilita a integração das áreas do conhecimento evitando a fragmentação. • Propõe desafios, desperta curiosidade e permite à criança confrontar suas hipóteses com o conhecimento historicamente constituído, caminhando assim gradativamente para a construção de conceitos científicos. • Permite um trabalho amplo, flexível, aumentando significativamente o repertório infantil o que possibilita a construção de novos conhecimentos. • Gera a possibilidade de uma aprendizagem significativa e contextualizada. O trabalho com projetos se concretiza como um processo criativo que possibilita relacionar ensino aprendizagem de uma forma globalizada. A proposta pedagógica da Creche fundamenta-se na concepção teórica sócio- internacionalista,enfatiza a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil e utiliza como metodologia, o desenvolvimento de projetos de trabalho. 37 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 38 A proposta pedagógica só se concretiza com o envolvimento dos diferentes atores (família/crianças/todos os profissionais da creche) que a tornam real a cada dia. É um processo de busca constante em que todos se envolvem, em que há a necessidade de momentos para articular o trabalho das diferentes equipes, buscando a construção das “transdisciplinaridade” (Hernandez). e da visualização da articulação presente a cada momento. Estaremos implementando uma prática globalizada ou, segundo Hernandez, “transdisciplinares que apontam outra maneira de representar o conhecimento escolar baseado na interpretação da realidade”. 5.2.12 - Perspectiva dos Projetos de Trabalho • Enfoque globalizado, centrado na resolução de problemas significativos; • Conhecimento como instrumento para a compreensão da realidade e possível intervenção nela; • O educador intervém no processo de aprendizagem ao criar situações problematizadoras, introduz novas informações e dá condições para que seus alunos avancem em seus esquemas de compreensão da realidade; • A criança é vista como sujeito ativo, que usa sua experiência e seu conhecimento para resolver problemas; • Os conectores estudados são vistos dentro de um contexto que lhes dá sentido; • A sequenciação é vista em termos de nível de abordagem e de aprofundamento em relação às possibilidades das crianças; • Baseia-se fundamentalmente em uma análise global da realidade; • Há flexibilidade no uso do tempo e do espaço da creche; • Propõe atividades abertas, permitindo que as crianças estabeleçam suas próprias estratégias. 5.2.13 - Organização dos Projetos de Trabalho 38 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 39 Na organização e desenvolvimento dos projetos, faz-se necessário definir os problemas que permitirão a efetivação das atividades.O tema poderá surgir da criança, do educador ou do grupo da creche, porém com a condição do envolvimento efetivo de todos, desde a definição dos objetivos até a socialização do trabalho, como as etapas para alcançá-los. O projeto precisa ter uma definição estrutural: • Definição do tema. • Problematização. • Justificativa. • Objetivos. • Possibilidades de trabalho com todas as áreas. • Competências e habilidades/conectores de aprendizagem. • Duração. • Desenvolvimento/ Metodologias. • Avaliação. • Referencias Bibliográficas. Há três fases para a organização do desenvolvimento dos projetos de trabalho; esses três momentos são fundamentais: 1 – Problematização → É o ponto de partida, o momento detonador do projeto a partir do qual o grupo levanta questões significativas para investigar. Sem essas questões não há como falar em projetos. É necessário que haja um fio condutor para o grupo seguir. O papel do educador é fundamental no desenvolvimento do sistema de projetos. Ele deve propor o debate e instigar a discussão. 2 -Desenvolvimento → São criadas estratégias para buscar respostas às questões formuladas pelo grupo. As crianças vão se defrontando com vários pontos de vista desenvolvendo habilidades, atitudes e aprendendo a aprender. 3 – Síntese → Momento em que as convicções iniciais serão superadas e outras mais complexas serão construídas. Quando as novas aprendizagens passam a fazer parte do conhecimento das crianças, como conceitos e pré requisitos pra outras aprendizagens. 39 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 40 O desenvolvimento de um projeto constitui-se em uma orientação pedagógica que dá a atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem tornam-se reais e, por isso, significativas, permitindo à criança sua autonomia e seu compromisso com a realidade. Entre as etapas que constituem os projetos temáticos temos o índice que é a pesquisa sobre o conhecimento que as crianças já têm sobre o tema abordado e a delimitação dos objetivos que serão contemplados com o projeto. Além dele temos o desenvolvimento que é todo o processo de produção coletiva de novas informações através do projeto e o dossiê, que é um portfólio, ou seja, as produções do grupo sobre o tema estudado. O dossiê é arquivado na creche e utilizado como material de pesquisa para as demais crianças que desejam saber sobre os temas abordados. Podemos destacar como características gerais dos projetos de trabalho: 1 – Percurso por um tema – problema que facilita a análise, a interpretação e a crítica; 2 – Predominância de atitudes de cooperação – o educador é um aprendiz e não um especialista; 3 – Percurso que busca estabelecer conexões entre os fenômenos e que questiona a idéia de uma visão única da realidade; 4 – Cada percurso é singular e é trabalhado com diferentes tipos de informações; 5 – O educador ensina a escutar – a aprender/construir com os outros; 6 – Há diferentes formas de aprender o que o educador quer trabalhar, há várias fontes de informações que não apenas o educador; 7 – A aproximação atualizada aos problemas das disciplinas e dos saberes; 8 – Forma de aprendizagem em que se leva em conta que todas as crianças podem construir sua aprendizagem e encontram um papel para desempenhar; 9 – Não se esquece que a aprendizagem é vinculada ao fazer manual à intelectual e outras modalidades de atividades. 5.2.14 - Avaliação do Projeto A avaliação deve ser um trabalho com sentido investigativo e diagnóstico. É preciso saber o que se quer exatamente com a avaliação e a criança tem que ser o parceiro. 40 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 41 Nesse processo há um foco no todo, no coletivo, mas também nos protagonistas principais: educador e criança. A avaliação deve ser encarada como uma reorientação para uma aprendizagem melhor. Todo educador deve ficar atento aos aspectos afetivos e culturais da criança, não só ao cognitivo. Ela deve ser um processo dialógico, interativo, que vise fazer da criança um ser mais crítico, criativo, autônomo, participativo, possibilitando-lhe um crescimento como indivíduo e como integrante de uma comunidade. 5.2.15 - Critérios da Avaliação O documento da avaliação deve conter informações sobre atitudes, procedimentos e apreensão de competências e habilidades. Ao dialogar com as crianças, o educador divide a responsabilidades sobre os resultados. A auto avaliação coloca a criança como sujeito da própria educação e dá mais segurança ao educador. A família também fará parte no processo de avaliação. Ela participará ativamente apontando os avanços sentidos e as dificuldades encontradas, auxiliando o educador a detectar os motivos da falta de atenção, indisciplina, agressividade e outros fatores. A avaliação não é apenas da criança, mas sim de todo um trabalho realizado pelo educador e pela creche. Ao avaliar devemos levar em consideração os seguintes critérios: • Participação e envolvimento → demonstra iniciativa, participa ativamente dos trabalhos sugeridos; • Responsabilidade → capacidade de proceder a uma leitura dos eventos que vive e participa, construindo no coletivo regras e conceitos necessários à vida em comunidade e a partir dessa construção capacitar-se para estabelecer e cumprir compromissos com os outros e consigo mesmo; • Capacidade de relacionar-se → significa comunicar e conviver com seus semelhantes, estabelecendo relações afetivas condicionadas por uma série de atitudes recíprocas. Pode ser percebida: situações de trabalho em grupo na forma de colaborar e contribuir com o outro; conseguir expor suas idéias, defender seu espaço e aceitar pensamentos divergentes do seu; negociar 41 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 42 conceitos e decisões que afetem o coletivo, construindo uma visão autocrítica, percebendo seus pontos positivos e negativos, mas principalmente sua capacidade de superá-las; afetividade com o outro – brincar, divertir, compartilhar, associar...; ecologia humana, auto-imagem, preservação; ritmo; liberdade de expressar e aceitar a opinião do outro, respeito a vez de falar, capacidade de perceber que a sua opinião não é a única, saber fazer concessões; elaborar, ajudar, auxiliar, é a capacidade de trabalhar para o bem comum; • Autonomia nas questões de caráter individual e coletivo → facilidade de governar-se por si mesmo, liberdade ou independência moral ou intelectual; propriedade pela qual se podem escolher as leis que regem a sua conduta; • Noções e conceitos das diferentes áreas do conhecimento e os aspectos cognitivos envolvidos na sua construção. Dependem das especificidades dos projetos a serem desenvolvidos, variando e progredindo no decorrer do processo, no sentido de gerar um conhecimento cada vez mais elaborado. 5.2.16 - Instrumento de Avaliação O educador fará um relatório de acompanhamento de cada criança, levandose em conta todos os critérios da avaliação, as metas a serem atingidas em cada projeto. O educador irá pontuar o conhecimento prévio de cada criança, seus avanços, suas dificuldades, quais os pontos necessitam de maior atenção/estímulo. O relatório deve expressar conquistas, avanços, descobertas das crianças, bem como, relatar o processo vivido em sua evolução, em seu desenvolvimento, dirigindo-se aos encaminhamentos, as sugestões. Devem conter também as intervenções do educador na resolução de problemas e o resultado alcançado; relatar as áreas do conhecimento trabalhadas com as crianças, os avanços que vêm demonstrando nessas áreas, como se trabalhou as questões sócio-afetivas; como os pais se referem ao seu desenvolvimento. 42 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 43 5.2.17 - COTIDIANO Barbosa e Horn (2001) afirmam que o cotidano da creche tem de prever momentos diferenciados dos fornecidos para crianças maiores. Salientam que vários tipos de atividades devem envolver a jornada diária das crianças. O cotidiano desta creche é composto de atividades que envolvem: • Recepção da chegada e saída das crianças: • Cuidado de higiene e repouso; • Alimentação balanceada e adequada às diferentes faixas etárias e às necessidades da clientela • Atividades de recreação livre nas salas e no espaço externo; Atividades educativas dirigidas e parcialmente dirigidas, tanto nos espaços internos como externos utilizando materiais e locais apropriados para tal fim.Exploração de materiais gráficos e plásticos (os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto); • Brincadeiras; • Jogos diversificados (como o faz de conta, os jogos imitativos e motores) Segundo ainda essas autoras, as atividades, querem seja elas realizadas em espaços abertos ou fechados, devem sempre permitir experiências múltiplas que estimulem a criatividade, a experimentação, a imaginação, estimulando distintas linguagens expressivas e incentivando a interação social. Acontecendo: • Momentos de pequenos grupos: organização feita para as crianças onde o agrupamento de crianças envolve apenas as crianças de uma única turma. Estes momentos ocorrem em diferentes momentos do dia, segundo a necessidade de cada faixa etária; • Momentos coletivos: a organização é feita envolvendo as crianças do Jardim I e II. As propostas de trabalho ocorrem nos diferentes ambientes e envolvem diferentes tipos de brinquedos e materiais pedagógicos. Eles ocorrem tanto no período matutino quanto vespertino; 43 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 44 • Os passeios são organizados para todas as crianças e podem ser internos ou externos, como as idas ao parque, pelo bairro, aos pátios da creche, passeios em praças, parques e zoológico; • As excursões são organizadas com o propósito de desenvolver uma atividade de in-vestigação durante a realização dos projetos de estudo para as crianças de 03 anos. Nestas oportunidades elas podem visitar museus, laboratórios, oficinas, zoológicos, etc; • Situações acidentais: são situações inusitadas, ou seja, que não estavam organizadas previamente no planejamento dos educadores, mas se constituem em oportunidades importantes para as crianças investigarem algo, ou qualquer fenomeno natural, como por exemplo, tempestades, animais que aparecem na creche, etc, ou ainda temas peri-féricos que surgem durante uma atividade; • Uma vez por semana os TDI’s se reúnem para discutir o planejamento semanal. • Uma vez por semana os TDI’s responsaveis pela sistematização do planejamento semanal se reunem com a coordenadora pedagógica e diretora (esta ultima dentro do possivel) para discutir o planejamneto da semana seguinte; • Toda segunda-feira os TDIs apresentam a direção da creche o planejamento da semana digitalizado ou manuscrito;. • Uma vez por bimestre todos os educadores se reunem para elaborar o projeto do bimestre; • Os pais se reúnem com a creche a cada bimestre para dar sugestões de funcionamento das atividades pedagógicas da unidade. • Uma vez por mês acontecem os momentos de estudo e formação continuada na Roda de Conversa; • Para o controle de entrada de saída das crianças há um caderno de bordo (individual de cada criança), onde consta o nome do responsável para trazer e buscar a criança na creche e anotaçoes dos pertences que a mesma trouxe para a creche naquele dia. Encontra-se em fase de implantação o sistema de carteirinhas emitidas pela SME, que facilitarão esse controle contendo foto e dados da criança. Elas serão entregues em reunião ainda a ser realizada com os pais. 44 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 45 5.2.18 – ROTINA DA UNIDADE DE CRECHE MUNICIPAL PROFº. JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO Das 06:00 às 7:30 h Acolhida das crianças Das 7:30 as 8:00 h Café da manhã Das 8:00 às 8:20 h Escovação Das 8:20 às 10 h Atividades Recreativas e Pedagógicas Das 10 às 10:30 h Banho Matutino Das 10:30 às 11:00 h Almoço Das 11 às 13:30:00 h Sono/Repouso Das 13:30 às 14:00 h Lanche da tarde Das 14:30 às 14:30 h Higienização das mãos e bocas Das 14:30 às 16 :00 h Atividades Recreativas e Pedagógicas Das 16 às 16:30 h Banho Das 16:30 às 17 h Jantar e Escovação Das 17 às 18 h Saída/ Despedida 5.2.19 – Rotina Semanal - Atividades de campos; - Passeio na comunidade; - Atividades de movimento - Atividades de fundamentos sobre sociedade e natureza; - Recreação coletiva e integração Jardim I e II; - Filmes e teatros; - Parquinho. 5.2.20 – Rotina Anual - Atividades em cantos temáticos - Mostras de trabalhos; - Reuniões de pais e mestre; 45 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 46 - Passeios para aula de campo; - Datas comemorativas; - Festa Junina; - Festa da primavera; - Celebração da Páscoa A Diretoria da Creche Municipal “Prof. João Crisóstomo de Figueiredo” possui natureza consultiva e normativa que tem como objetivo estabelecer a filosofia da instituição, bem como deliberar e normatizar questões pedagogicas, políticas e administrativas da mesma, podendo suas decisões serem encaminhadas ou não para Assembléia Geral da Comunidade Creche, com um quorum mínimo de cinquenta por cento mais um de de seus membros. O Setor de Pedagogia tem como principal atribuição garantir a execução da proposta pedagógica, visando promover o desenvolvimento das crianças em cada uma das faixas etárias e a adequação do trabalho pedagógico aos recursos disponíveis. O Setor de Nutrição está encarregado de coordenar, supervisionar e orientar os serviços de produção de alimentos, devendo atender aos diversos cardápios servidos diariamente, estando atenta às restrições alimentares que eventualmente as crianças tenham, ou seja, prestar atendimento individualizado às crianças. 5.3 - FORMAS DE AGRUPAMENTOS E RELAÇÃO EDUCADOR/CRIANÇA A organização das crianças nesta creche se dá pela divisão em duas turmas, e esta divisão é pela faixa etária. Jardim I atende crianças de 2 anos a 2 anos e 11 meses e jardim II crianças de 3 anos a 3 anos e 11 meses e a relação TDI/Aluno e 1 educador para cada 10 crianças por turno e 1 educadora para aluno NE por turno. O agrupamento é muito importante para as crianças, uma vez que podemos observar as tendências criativas e intelectuais das crianças e ver até onde eles expressam a sua parte lúdica e sua maneira de interagir com as outras. As crianças precisam ter espaços suficientes para expressar sua condição infantil, onde ela exprime seus sentimentos de inocência e sua particularidade de aprendiz. 46 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 47 A composição das turmas deverá considerar a faixa etária das crianças, a dimensão do espaço físico destinado à sala de aula e a especificidade da proposta educativa adotada. Para tanto, é preciso observar a metragem das salas de atividades recomendada, no mínimo, a seguinte área útil: crianças de zero a três anos (1,50 m² por criança) e criança de quatro a cinco anos (1,20 m² por criança. Uma vez respeitando o dimensionamento mínimo para a sala de atividades, recomenda-se o seguinte parâmetro de distribuição de criança por turma segundo a instrução normativa 001/2010: • Berçário (para crianças de quatro meses a um ano) a cada dez crianças, dois adultos (10:2) • Maternal (para crianças de um a dois anos) a cada quinze crianças, dois adultos (15:2). • Jardim (para crianças de dois a três anos e onze meses) a cada vinte crianças, dois adultos (20:2) A lógica de enturmação pode ser flexível, considerando os processos de formação da criança, é importante que a instituição oportunize momentos de interação das crianças com os seus pares de idade e idades diferenciadas, deve-se possibilitar as mais diversas formas de socialização entre crianças de diferentes idades. Considera-se importante ressaltar as outras interações como de gêneros, credo, raça, nacionalidade, da socialização em outros espaços fora do lar e da instituição. A relação educador/criança deve ser de forma natural, não forçando a criança a fazer o que não quer, ter mais compromisso com o seu papel de educador, pois o foco deve ser voltado para o cuidar e educar a criança que esta na nossa responsabilidade, precisamos ter em mente que nos aprendemos com as crianças e nesse aprendizado podemos adquirir conhecimentos que vai nortear a nossa vida profissional, e ter sempre em mente que precisamos inovar. 5.4 PROCESSO DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO A realização do planejamento é imprescindível no processo de “cuidar e educar”. O planejamento está presente em todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se também imprescindível na área docente. 47 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 48 O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de aprendizagem. A sua ausência pode ter como conseqüência atividades monótonas, desorganizadas desencadeando o desinteresse das crianças pelo conteúdo e tornando as ações desestimulantes. O planejamento do dia é um instrumento essencial para o educador elaborar sua metodologia, conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações. Ele deve estar intimamente ligado ao projeto desenvolvido pela turma. O planejamento pedagógico deve ser elaborado na tendência crítico-social dos conteúdos/conectores de aprendizagem, pois estamos trabalhando o currículo por projetos de trabalho que valoriza o educador como mediador entre a criança e o conhecimento. “Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias” (Augusto Cury). A criança tem que ser percebida como sujeito em plena construção pessoal e social, e que precisa ser respeitada em cada época de sua vida. Cabe ao educador o despertar deste processo educativo, onde a creche busca uma proposta recriadora e transgressora para uma escolarização que proporciona desvincular-se de uma visão tradicional, tecnicista e descontextualizada. Didaticamente é prever os acontecimentos a serem trabalhados, organizando atividades de experiência de ensino-aprendizagem, considerados mais adequados para a consecução dos objetivos determinados, de acordo com a realidade, necessidade e interesse dos participantes. É uma escolha entre possíveis alternativas. O planejamento pedagógico da creche deverá contemplar todas as atividades rotineiras com uma intencionalidade. Temos um plano anual que é dividido em quatro bimestres que terão temas específicos e contaremos também com projetos especiais, tais como, festa cultural, meu amigo diferente e especial (consciência negra e deficiências) e outros que poderão surgir por iniciativa das educadoras. Será um planejamento por turma e turno, contemplando as atividades de ambos os horários em uma seqüência entrelaçada. O planejamento conte as ações, o objetivo, as estratégias ou metodologias, os recursos, o desenvolvimento e a avaliação. Ele deve contemplar desde a acolhida até a saída da criança da creche. 48 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 49 A sala terá um caderno de planejamento por turma e turno, bem como, um caderno de registro dos acontecimentos diários. Será feito pela direção/coordenação da creche, um cronograma de acompanhamento, orientação e intervenção no planejamento, em que cada turma, no contra turno, será atendida uma vez por semana. Os elementos que devem conter um plano de aula: • Clareza e objetividade. • Atualização do plano. • Conhecimento dos recursos disponíveis na creche. • Conhecimento do que as crianças já possuem sobre o que vai ser abordado. • Articulação entre a teoria e a prática. • Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo. • Sistematização das atividades com o tempo. • Flexibilidade frente às situações imprevistas. • Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes, entre outros. • Elaboração das atividades de acordo com a realidade sócio-cultural das crianças. O bom planejamento da aula aliado à utilização de novas metodologias (filmes/mapas/poesias/música/computador/jogos...) contribui para a realização de atividades mais satisfatórias em que as crianças e os educadores se sintam estimulados tornando os conectores de aprendizagem mais agradáveis com vistas a facilitar a compreensão e construção. A creche trás para sua prática artefatos legais que legitimam os direitos das crianças, evidenciando uma proposta que se constrói no dia a dia, ou seja, com um dialogo para a diversidade social/cultural que a cerca. A lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) e o Referencial Curricular Nacional para a educação Infantil (Brasil, 1998) representam um grande avanço conceitual, colocando a educação infantil como primeira etapa da educação básica. Esta tem por finalidade o desenvolvimento integral de todas as crianças, do nascimento aos seis anos (art.58), inclusive as com necessidades educacionais especiais, promovendo seus aspectos físico, psicológico, social, intelectual e cultural. Dessa forma, a educação infantil enfrenta hoje um grande desafio - a 49 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 50 inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas e préescolas. Compreendemos que nessa nova situação, a construção do conhecimento dos alunos apresenta níveis e possibilidades diferentes, trazendo para o professor muita ansiedade, medo e alguns questionamentos. Deparamos ainda, com as barreiras de comunicação. Quando se fala de pessoas com necessidades especiais, percebemos que na Creche há a necessidade de capacitação e preparo dos funcionários para receber essas crianças. No momento, a creche não se encontra em condições de atender este segmento social, porém, com orientação adequada, algumas mudanças e adaptações na creche ou pré-escola, na maneira de interagir e ensinar, todas as crianças, podem se beneficiar da convivência e aprendizagem junto com outras crianças que aprendem por caminhos diferentes. Segundo Vigotsk, a criança aprende na interação com outras crianças e mediação e aquilo que elas aprendem e poderão fazer sozinhas. Educação Inclusiva A inclusão de crianças com necessidades especiais na educação infantil vem se tornando gradativamente uma realidade. O Brasil tem avançando nesse sentido com implementação da Política Nacional de Inclusão desde lei nº. 9.394/96. Entretanto, os caminhos e formas para programar projetos e ações contemplando as necessidades especificamente inclusivas, já começam a ser debatidas e construídas por muitas escolas e creches e pelos órgãos competentes, como as ações do município, a fim de garantir o acesso, permanência e a qualidade de educação oferecida a todas as crianças na educação infantil, pois, somos mediadores das crianças na abertura deste caminho rumo a cidadania. As barreiras atitudinais são estabelecidas na esfera social em que as relações humanas centram-se nas restrições dos indivíduos e não em suas habilidades, a exemplo de um professor que impede um aluno cadeirante de participar de um jogo de bola, ora, esse professor não reconhece o direito do aluno a inclusão. O professor tem que saber criar modos de que permitam sua inclusão e participação no jogo. O professor é responsável pelo conhecimento sistematizado por isso é o mediador, o pedagogo é de suma importância para a inclusão do aluno especial, ele 50 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 51 tem que criar situações onde o aluno possa interagir com os outros e até mesmo preparar os alunos para receber essas crianças especiais. As barreiras físicas são representadas por elementos arquitetônicos que dificultam ou impedem a realização das atividades desejadas de forma independente causando diversos tipos de restrições. Segundo o fascículo, toda criança com necessidades, tem direito assegurado pela Constituição Federal em seus artigos 208 e 227, a lei nº. 9394/96,. A declaração de Salamanca e outras ainda apresentam seus dispositivos legais para o cumprimento da normatização da política educacional para a educação especial. A política inclusiva de alunos especiais na rede regular de ensino não se resume apenas na permanência física desses alunos juntos aos demais, mas, principalmente, a inclusão desse aluno e o desenvolvimento do potencial dessas pessoas, levando-se em conta a diversidade e a capacidade de cada ser. É importante ressaltar que a inclusão de alunos com deficiência não depende do grau de seriedade, da deficiência ou do nível de desempenho intelectual, mas principalmente, da possibilidade de interação, socialização e adaptação do sujeito ao grupo na escola comum. Esse é o maior desafio para a escola e seus profissionais, modificar-se e aprenderem a conviverem com dificuldades de adaptação, gestos, interesses e níveis diferentes de desempenho na creche ou pré escola. Educação étnico-racial As relações étnico-raciais no Brasil são profundamente complexas no que se referem ao usufruto dos bens sociais. A contribuição de povos de diferentes matizes e culturas se evidencia nas tonalidades de pele e nas manifestações culturais do povo brasileiro. Isso, no entanto, não tem propiciado a promoção de políticas que permitam acesso aos bens sociais de forma equanime aos brasileiros. Mediante a Constituição Federal de 1988, o Brasil se reconhece um pais racista e condena as práticas discriminatórias. Pauta o racismo como um problema a ser enfrentado por toda a sociedade brasileira em uma perspectiva de garantia dos direitos humanos. É oportuno destacar que em Mato Grosso, o Conselho Estadual de Educação – CEE/MT já aprovou, em 05 de setembro de 2006, a Orientação sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e 51 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 52 Africana e que a Lei Orgânica do Municipio de Cuiabá determina como competência do municipio: a) proporcionar os meios de acesso à cultura , à educação, à ciência e à pesquisa (Art. 5º, V); b) organizar seu sistema de ensino, garantindo a todos ensino de qualidade, gratuito e em todos os níveis, pautado nos ideais de igualdade, liberdade e solidadriedade social, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa humana (Art. 128). Diante disso tudo, o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial propõe à Prefeitura de Cuiabá, mediante a Secretaria de Educação, Desporto e Lazer e ao Conselho Municipal de Educação, o presente programa para implementação da Lei n° 10.639/03, a partir de 2007, favorecendo no município a construção e consolidação de uma política de educação das relações étnico-raciais que reconheça e valorize a identidade, a cultura e a história dos negros na sociedade brasileira. Uma das formas de interferir pedagogicamente na construção de uma pedagogia da diversidade e garantir o direito à educação é saber mais sobre a história e a cultura africanas e afro-brasileiras com projeto especifico abordando este tema (música, dança, costumes, penteados, alimentação,) e inserir as ações no dia a dia incentivando tais características. Esse entendimento poderá nos ajudar a superar opiniões preconceituosas sobre os negros, a África, a diáspora; a denunciar o racismo e a discriminação racial e a implementar ações afirmativas, rompendo com o mito da democracia racial. Educação inclusiva é uma educação voltada à diversidade humana, tendo como princípio democrático à educação para todos, não apenas para alunos com necessidades educacionais especiais. Prima uma educação que tenha um ensino de qualidade para todos os alunos, provocando e exigindo novos posicionamentos sendo um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os profissionais se aperfeiçoem em suas práticas. É uma educação inovadora que implica em esforços de atualização e reestruturação. Dentro dos aspectos organizacionais, para a lei n° 10.098/2000 que aborda a inclusão de pessoas com deficiência, tem como eixo à aprendizagem utilizando iniciativas instrucionais e práticas, como: Efetivação da matricula com laudo ou não; Solicitação de avaliação da equipe de educação especial (SME), diante da avaliação 52 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 53 envio de articuladora especialista para orientação especifica, envio ou não de um educador para apoio de acordo com a necessidade e adaptação curricular. A pessoa idosa, nas instituições de educação, mantém-se como um importante recurso. Quando considerado, o idoso é, não só uma referência a nível de conhecimentos e aconselhamento, uma pessoa que já viveu mais e tem uma experiência de vida que deve ser valorizada, como também uma mais-valia na participação nos cuidados e contato com as gerações mais novas. Ser um avô participante, no seio da família e da sociedade, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos. Neste contexto, o papel da família e da creche no apoio ao idoso passa por valorizar a pessoa em questão: os seus conhecimentos, opiniões e aconselhamentos podendo contribuir também em pequenas ações do dia a dia como o contar de estórias, e a creche pode e deve voltar uma atenção nos direitos já garantidos na legislação seja cumpridos. Instituições educativas (creches/escolas), lugar onde as culturas se reverenciam a existência, a vida das pessoas, que independente de faixa etária, de comportamento, da saúde,..., podem ser vistas como divinas. São esses alguns desafios e as possibilidades postas à educação municipal neste momento. Educação Ambiental A educação ambiental ela deve ser aplicada em todas as escolas de ensino infantil, pois é as crianças o principal público alvo da nova geração e cultura da sociedade. Segundo a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental, no Art. 9 fala que: “Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privada, englobando: I - educação básica: a) educação infantil;...” O planeta necessita de procedimentos como esse, ao ensinar uma criança como plantar uma pequena semente, fechar a torneira quando for fazer sua higiene bucal, lixo no local adequado, isso facilita e ajuda o meio em que vivemos, para que no futuro não venha desaparecer os recursos naturais. E essas ações são inseridas no cotidiano da creche. Praticar Educação Ambiental é, antes de mais nada, gostar de si, do seu próximo e da natureza à nossa volta. Ter consciência ambiental é reconhecer o 53 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 54 papel que cada um de nós em na proteção de todos os lugares onde a vida nasce e se organiza. É querer auxiliar as pessoas ao nosso redor. É reconhecer a necessidade de vivermos em harmonia com a terra, as águas, as plantas, os animais e todas as demais formas de vida. É querer ser feliz sem causar danos a ninguém. 5.5 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMILIA E A COMUNIDADE Se toda relação humana estabelecida com a criança é educativa, observamos que a família e creche parecem ter seus papeis um tanto misturados. Perceba que o espaço e o tempo infantil na família está relacionado a total dependência inicial e ao inicio do desenvolvimento sócio emocional, intelectual e afetivo, além dos aspectos físicos, básicos, para viver e conviver no grupo social (mundo/família). Portanto, o espaço e o tempo formalizado da educação infantil exigirão pessoal especializado para a função educativa a que se propõe, com o objetivo de atender as necessidades especificas de comunicação, de arte, de ludicidade, da área cognitiva e de vida prática, predispondo a criança à educação fundamental. Numa instituição de educação infantil adultos e crianças reúnem-se, a partir das necessidades e desejos dos diversos grupos, buscando objetivos comuns. A instituição, sem ser uma família, é familiar, ou seja, com rotinas e organização própria, leis e escolhas voltadas para proporcionar bem estar, segurança e orientação adequada no período em que os adultos e crianças convivem na comunidade creche. As famílias encontram dificuldades atualmente para educar e criar sozinhas os filhos. A creche pode contribuir para que encontrem nela esse quadro relacional mais amplo que o próprio círculo família. Para isso, é necessário promover a participação e relação ativa, seja estabelecendo tempos para compartilhar dúvidas, opiniões, interesses e preocupações com outras famílias e com os profissionais, seja ajudando a conhecer o crescimento e a aprendizagem, não apenas no momento presente que vive seu filho, mas em uma perspectiva de processo mais ampla que apóie novas situações vitais. Isso será possível se estabelecermos relações claras, baseadas na confiança mútua e na comunicação, em que se facilite o encontro e o intercâmbio, tanto em nível individual quanto coletivo. Por isso esta creche esta aberta ao dialogo com os pais e comunidade através da equipe gestora e demais funcionários. 54 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 55 A creche requer profissionais que saibam compartilhar com as famílias o fato de que as crianças vão construindo suas primeiras identidades a partir do leque de possibilidades que lhes oferece o mundo. Requer disposição na maneira de se dirigir às crianças, na maneira de ouvir suas necessidades, descartando as idéias preconcebidas e os preconceitos sobre as capacidades da infância. Para desenvolvermos nossa tarefa educativa, temos de criar uma organização e um ambiente que favoreçam o dialogo e o debate, a análise e a reflexão da prática educativa. A equipe de profissionais é o motor da escola. O trabalho em equipe responde à necessidade de aprendizagem e profissionalização, enquanto o objetivo é juntar a tarefa de todos, dar coerência e unidade ao projeto educativo, criar tempos, espaços e meios para sustentar o plano de trabalho, além de promover o intercâmbio de todos os membros da comunidade educativa. O atendimento sistemático se dará em reuniões mensais ou bimestrais, de acordo com a necessidade. Durante o ano letivo será propiciado momentos de interação pais-crechecomunidade, em oportunidades comemorativas, reuniões, palestras, encontros e grupos de discussões temáticas. A participação dos pais na creche é fundamental para um trabalho de qualidade, pois é através dos pais que conheceremos melhor as crianças. Os pais precisam dialogar constantemente com a equipe gestora e com as educadoras sobre o dia a dia da criança na creche. Nesta unidade de creche o envolvimento da família será efetivado através de vários níveis e momentos, a saber: • Matrícula: informar-se sobre os hábitos alimentares e a rotina, para facilitar a adaptação. • Reuniões: comunicar no inicio do ano dia e horário previstos para os encontros de acordo com o levantamento feito aos pais sobre o horario, compatíveis com os de quem trabalha fora; no comunicado citar os objetivos da reunião; informar sobre os projetos didáticos e perguntar como cada família pode contribuir. • Dia a dia: convidar os pais não tão somente para comparecer, como também para ajudar na organização de Festas Culturais e eventos comemorativos e gincanas; promover palestras e debates que tenham como objetivo a formação dos pais, tratando de assuntos gerais (saúde, higiene, etc), conforme o projeto 55 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 56 Reunião com familiares na Creche Municipal Prof. João Crisostomo de Figueiredo. Na busca desse processo, família e creche, é de fundamental importância que seja baseada na cooperação, no respeito e na confiança. E para que seja ainda mais efetivada essa parceria contamos com a colaboração de parceiros como: Escola Chave do Saber, que nos oferece alimentos não perecíveis, brinquedos, roupas e calçados; Comerciantes do bairro que colaboram com produtos cosmetiveis e brindes para realizações de festas, familias que nos doam roupas, brinquedos, o grupo da alegria que realizam festas de pascoa e encerramentos do ano letivo. A articulação com a família, comunidade e parceiros dar-se-á de forma atraves da parceria escola x família x parceiros com reuniões, boletins informativos, esclarecimento sobre o funcionamento do CUC e outros eventos. Todos eles são imprencisdiveis para o êxito de nosso trabalho. E para que pudessemos conhecer melhor a comunidade foram feitos discussoes e entrevistas com os pais e responsaveis pelos alunos. Nestas açoes foi possivel conhecer um póuco de que essas familias pensavam sobre o que define uma creche de qualidade. Dentre eles, são citados: • A forma como recebem (acolhida) e entregam (saida) as crianças aos seus responsaveis; • Não haver discriminação de qualquer especie; • Participação ativa da comunidade no dia a dia da creche; • Haver organização e educadores miotivados e compromissados com sua função; • Materiais disponiveis ao processo de cuidado e educação astualizados e que atendam as exigencias da educação infantil; • Creche Democratica; • Boa estrutura fisica. Muitos pais acreditam estar contribuindo para o bom andamento da creche da seguinte maneira: • Participando dos encontros proporcionados pela creche; • Dialogando com os filhos sobre a questão de valores; 56 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 57 • Colocando-se a disposição para auxiliar nos enventos promovidos pela instituição. 5.5.1 - DESAFIO DA GESTÃO DEMOCRATICA Lei nº 10.741 - Dispõe sobre o Estatuto do Idoso/Alterado pela LEI Nº 12.896, de 18/12/2013. Lei nº 10.639/2003 o ensino sobre cultura e história afro-brasileiras. Antes de qualquer reflexão a respeito do desafio da gestão democrática, envolvendo cultura, valores, o social, a qualidade de vida, as adversidades, diretamente os sujeitos da terceira idade e os afrodescendentes, bem como a importância pedagógica representada pela maior parte das ações educativas oferecidas no País escolas e creches. A Creche não existe para substituir a Família ou apenas cuidar da criança enquanto os pais trabalham. A Creche de educação infantil vai muito além desse simples contexto, pois é na creche que a criança aprende desde que nasce que é o ambiente social mais importante depois da família. As primeiras experiências são as que marcam mais profundamente a pessoa, e quando positivas, tendem a reforçar ao longo da vida as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade e responsabilidade. A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem; que "canta e encanta" a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias. Em respeito às leis a unidade de creche Municipal Professor João Crisóstomo atende ao novo desafio de socializar e integração do Idoso e Afro- descendentes de uma forma natural através de projetos inseridos no planejamento anual. A Lei nº 10.639/2003 acrescentou à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) dois artigos: 26-A e 79-B. O primeiro estabelece o ensino sobre cultura e história afro-brasileiras e especifica que o ensino deve privilegiar o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. O mesmo artigo ainda determina que tais conteúdos devem ser ministrados dentro do currículo escolar, em 57 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 58 especial nas áreas de educação artística, literatura e história brasileiras. Já o artigo 79-B inclui no calendário escolar o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. LEI Nº 10.741 - DE 1º DE OUTUBRO DE 2003 - DOU DE 03/10/2003 Alterado pela LEI Nº 12.896, DE 18 DEZEMBRO DE 2013 DOU DE 19/12/2013 OS DIREITOS DO IDOSO IDOSO É TODA PESSOA ADULTA COM 60 ANOS OU MAIS O IDOSO TEM DIREITO À VIDA • A família, a sociedade e o Estado, tem o dever de amparar o idoso garantindo-lhe o direito à vida; • Os filhos maiores tem o dever de ajudar a amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; • Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada; • A família, a sociedade e o poder público, devem garantir ao idoso acesso aos bens culturais, participação e integração na comunidade; • ·Idoso tem direito de viver preferencialmente junto a família; • Idoso deve ter liberdade e autonomia. O IDOSO TEM DIREITO AO RESPEITO • Idoso não pode sofrer discriminação de qualquer natureza; • A família, a sociedade e o Estado tem o dever de: assegurar ao idoso os direitos de cidadania; • Assegurar sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar; • Os idosos devem ser respeitados pelos motoristas de ônibus, que devem atender suas solicitações de embarque e desembarque, aguardando sua entrada e saída com o ônibus parado; • Todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço deverão dar preferência ao atendimento ao idoso, devendo ter placas afixadas em local visível com os seguintes dizeres: "Mulheres gestantes, mães com criança de 58 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 59 colo, idosos, e pessoas portadoras de deficiência têm atendimento preferencial"; O IDOSO TEM DIREITO À EDUCAÇÃO Dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; • Aos órgãos estaduais e municipais de educação compete: • Implantar programas educacionais voltados para o idoso, estimulando e apoiando assim, a admissão do idoso na universidade; • Incentivar o desenvolvimento de programas educativos voltados para a comunidade, ao idoso e sua família, mediante os meios de comunicação de massa; • Incentivar a inclusão nos programas educacionais de conteúdo sobre o envelhecimento; • Incentivar a inclusão de disciplinas de Gerontologia e Geriatria nos currículos dos cursos superiores; • Idoso tem o direito de participar do processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais; • Saber do idoso deve ser valorizado, registrado e transmitido aos mais jovens como meio de garantir a sua continuidade, preservando-se a identidade cultural. O IDOSO TEM DIREITO À JUSTIÇA • Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ou desrespeito ao idoso; • Ao Ministério da Justiça (nos âmbitos estadual e municipal) compete zelar pela aplicação das normas sobre o idoso, determinando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos, assim como acolher as denúncias para defender os direitos da pessoa idosa junto ao Poder Judiciário. 59 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 60 5.6 - PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação deve ser um trabalho com sentido investigativo e diagnóstico. É preciso saber o que se quer exatamente com a avaliação e a criança tem que ser o parceiro. Nesse processo há um foco no todo, no coletivo, mas também nos protagonistas principais: educador e criança. A avaliação deve ser encarada como uma reorientação para uma aprendizagem melhor. Todo educador deve ficar atento aos aspectos afetivos e culturais da criança, não só ao cognitivo. Ela deve ser um processo dialógico, interativo, que vise fazer da criança um ser mais crítico, criativo, autônomo, participativo, possibilitando-lhe um crescimento como indivíduo e como integrante de uma comunidade. 5.6.1 Avaliação Institucional A avaliação institucional refere-se ao trabalho da equipe no sentido de analisar a dinâmica da UEI levando em conta categorias tais como: infra-estrutura, materiais e equipamentos, relacionamento interpessoal entre os componentes da equipe, características da gestão na unidade de atendimento, formação dos educadores, planejamento e execução das ações coletivas, planejamento e prática pedagógica, articulação com a família, articulação com a SME e outras instituições, qualidade do processo eleitoral e seletivo, atuação nos e dos Conselhos de Unidade de Creche (CUC). Neste sentido a avaliação deve ser sistemática e contínua e prever a participação dos educadores e familiares. 5.6.2 Avaliação Da Criança Pequena O documento da avaliação deve conter informações sobre atitudes, procedimentos e apreensão de competências e habilidades. Ao dialogar com as crianças, o educador divide a responsabilidades sobre os resultados. A auto avaliação coloca a criança como sujeito da própria educação e dá mais segurança ao educador. A família também fará parte no processo de avaliação. Ela participará ativamente apontando os avanços sentidos e as dificuldades encontradas, 60 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 61 auxiliando o educador a detectar os motivos da falta de atenção, indisciplina, agressividade e outros fatores. A avaliação não é apenas da criança, mas sim de todo um trabalho realizado pelo educador e pela creche. Ao avaliar devemos levar em consideração os seguintes critérios: • Participação e envolvimento → demonstra iniciativa, participa ativamente dos trabalhos sugeridos; • Responsabilidade → capacidade de proceder a uma leitura dos eventos que vive e participa, construindo no coletivo regras e conceitos necessários à vida em comunidade e a partir dessa construção capacitar-se para estabelecer e cumprir compromissos com os outros e consigo mesmo; • Capacidade de relacionar-se → significa comunicar e conviver com seus semelhantes, estabelecendo relações afetivas condicionadas por uma série de atitudes recíprocas. Pode ser percebida: situações de trabalho em grupo na forma de colaborar e contribuir com o outro; conseguir expor suas idéias, defender seu espaço e aceitar pensamentos divergentes do seu; negociar conceitos e decisões que afetem o coletivo, construindo uma visão autocrítica, percebendo seus pontos positivos e negativos, mas principalmente sua capacidade de superá-las; afetividade com o outro – brincar, divertir, compartilhar, associar...; ecologia humana, auto imagem, preservação; ritmo; liberdade de expressar e aceitar a opinião do outro, respeito a vez de falar, capacidade de perceber que a sua opinião não é a única, saber fazer concessões; elaborar, ajudar, auxiliar, é a capacidade de trabalhar para o bem comum; • Autonomia nas questões de caráter individual e coletivo → facilidade de governar-se por si mesmo, liberdade ou independência moral ou intelectual; propriedade pela qual se podem escolher as leis que regem a sua conduta; • Noções e conceitos das diferentes áreas do conhecimento e os aspectos cognitivos envolvidos na sua construção. Dependem das especificidades dos projetos a serem desenvolvidos, variando e progredindo no decorrer do processo, no sentido de gerar um conhecimento cada vez mais elaborado. 61 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 62 Instrumento de Avaliação O educador fará um relatório de acompanhamento de cada criança, levandose em conta todos os critérios da avaliação, as metas a serem atingidas em cada projeto. O educador irá pontuar o conhecimento prévio de cada criança, seus avanços, suas dificuldades, quais os pontos necessitam de maior atenção/estímulo. O relatório deve expressar conquistas, avanços, descobertas das crianças, bem como, relatar o processo vivido em sua evolução, em seu desenvolvimento, dirigindo-se aos encaminhamentos, as sugestões. Devem conter também as intervenções do educador na resolução de problemas e o resultado alcançado; relatar as áreas do conhecimento trabalhadas com as crianças, os avanços que vêm demonstrando nessas áreas, como se trabalhou as questões sócio-afetivas; como os pais se referem ao seu desenvolvimento. A avaliação sera realizada em dois momentos: Primeiro momento no primeiro semestre para diagnosticar como a criança chegou na instituição até o final de julho. E o segundo momento onde sera realizado o diagnostico do segundo semestre. 6 – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Nesta unidade de creche procuramos referandar na organização administrativa e funcional, as diretrizes da SME (Secretaria Municipal de Educação) no que se refere a documentação, educação, política de atendimetno, projetos pedagógicos, formação continuada para funcionários e manutenção da estrutura física, à alimentação, saúde, orientações, fornecimento de materiais e manutenção básica. 6.1 – Princípios da Gestão O artigo n.º 14 , inciso I e II da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9394/96, define que “os sistemas de ensino definirão as normas 62 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 63 da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com a sua peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da educaçao na elaboração do projeto pedagógico da creche e participação da comunidade escolar e conselhos escolares ou equivalentes”. Sendo assim, esta instituição desenvolve uma gestão democrática centrada nos valores e princípios democráticos pela natureza social da creche. O trabalho por ela desenvolvido visa o cumprimento da função social e política da educação, que é a formação social do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, através da produção e socialização do saber historicamente acumulado pela humanidade e constitui um processo pedagógico dinâmico onde há um envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente, funcionários e comunidade em geral, baseada na cojunção de liberdade e co-responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação da melhoria do processo ensino aprendizagem. Portanto, a gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras e exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre separação e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na área da educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão. Assim, organizamos e articulamos as ações necessárias ao funcionamento da creche sob esse ponto de vista. a) Participação dos pais • Realização de reuniões coletivas para discussão de assuntos gerais do interesse de todos e tomada de decisões; • Reuniões coletivas e por turmas para assuntos pedagógicos, junto aos TDIs, direção, pais no início do ano letivo e quando se fizer necessário; • Reuniões coletivas de orientação com profissionais da saúde e do conselho tutelar; • Atendimento individual para tratar de assuntos pedagógicos e disciplinatesem relação aos filhos; • Convite à participação em projetos desenvolvidos pela creceh durante o ano letivo. b) Conselho de Unidade de Creche/ CUC: 63 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 64 • Reuniões ordinárias mensal e extraordinárias para tratar de assuntos relacionados ao andamento da creche, à tomada de decisões administrativas; conhecimento da realidade pedagógica da creche, entre outros assuntos; • Convite à participação em projetos desenvolvidos na creche; • Representatividade junto à direção em assuntos de interesse dos pais. Os principais princípios que devem nortear uma creche democrática se efetiva pela igualdade e qualidade de ensino. O primeiro se caracteriza pelas condições de acesso e permanência do aluno na creche, garantida pela mediação da mesma; no que se refere à qualidade, destacamos que a creche não pode ser privilégio de algumas poucas crianças, mas sim, o desafio é propiciar acesso e permanência com qualidade de ensino para todos. 6.2 – CONSELHO UNIDADE DE CRECHE 6.2.1 – Conceituação Art. 1º (Estatuto do CUC) – é uma sociedade civil sem fins lucrativos, de duração indeterminada, com atuação junto à referida unidade da creche, 6.2.2 – Finalidade Art. 2º (Estatuto do CUC) : a entidade tem por finalidade geral colaborar na assistência e formação do educando, por meio da integração entre alunos, professores, pais e servidores, promovendo a interface: poder Público, comunidade, creche e família. Constituição do Conselho da Unidade de creche – CUC/Gestão 2013/2015 • Presidente: Loreci de Mello Silva • Secretária: Marli Mendes Correa • Conselheiros: Conceição Aparecida Bastos (Membro Nato) • Tesoureira: Mara Letícia da Silva Senhoriho 64 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 65 6.2.3 – Compete ao Presidente: I. Representar o Conselho de Unidade de Creche em juízo e demais fóruns e divulgar as suas finalidades; II. Administrar conjuntamente com o Diretor a Unidade de Creche, em consonância com Estatuto, os recursos financeiros da entidade e responsabilizar pelo mau uso dos recursos; III. Convocar assembleia Geral, reuniões ordinárias e extraordinárias; IV. Presidir assembleia Geral e as reuniões do Conselho Escolar Comunitário deliberando sobre a pauta, juntamente com os demais membros; V. Assinar cheques juntamente com o tesoureiro e diretor da unidade, bem como as correspondências oriundas do Conselho; VI. Promover o entrosamento entre os membros da Diretoria, a fim de que as funções sejam desempenhadas satisfatoriamente. 6.2.4 – Compete ao Secretário: I. Auxiliar o Presidente em suas funções; II. Preparar e organizar o material de expediente do Conselho; III. Elaborar a correspondência e a documentação: atas, ofícios, comunicados, convocações, manter os relatórios e demais registros em dia: IV. Secretariar a Assembléia juntamente com o Presidente; V. Assinar juntamente com o Presidente, a correspondência expedida; VI. Ler as atas em reuniões e assembléias; VII. Receber os materiais adquiridos e atestar as notas fiscais; 6.2.5 – Compete ao Tesoureiro: I. Proceder a escrituração das receitas e despesas advindas; da Unidade de Creche; II. Elaborar trimestralmente o relatório financeiro da Unidade de Creche; III. Elaborar semestralmente o relatório patrimonial da Unidade de Creche; IV. Manter em ordem os livros contábeis (caixa e tombo), registros de sua competência; 65 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 66 V. Assinar cheques juntamente com Presidente e Diretor da Unidade de Creche e responsabilizar pelo mau uso dos recursos financeiros; VI. Apresentar sempre que solicitado pelos órgãos competentes, planilha da aplicação e movimentação dos recursos advindos da Unidade de Creche; VII. Em caso de convênios, enviará à Secretaria Municipal de Educação, trimestralmente, o demonstrativo de receitas e despesas e a prestação de contas, com o Conselho de Unidade de Creche, obedecendo a critérios de aplicação definidos nos convênios; VIII. Elaborar anualmente o relatório com os demais membros do Conselho de Unidade da Creche; IX. Elaborar e encaminhar a prestação de conta, para Secretaria Municipal de Educação e outros órgãos conveniados. 6.2.6– Competências do CUC I. Eleger, dentre seus componentes, o Presidente, o Secretário e o Tesoureiro; II. Acompanhar e avaliar o projeto educativo da Unidade de Creche assegurando a participação dos profissionais e da comunidade usuária; III. Acompanhar e avaliar constantemente todas as ações físico-financeiro e sócioeducativa na Unidade de Creche, propondo metas de implementação e melhoria para o funcionamento da mesma, submetendo-se à apreciação da Assembléia Geral e encaminhando as afins, quando necessário; IV. Coordenar o processo de eleição para Diretor da Unidade de Creche; V. Analisar planilhas e orçamentos para realização de reparos, reformas e ampliações no prédio escolar, acompanhando sua execução e propondo mudanças quando necessárias, conforme normas técnicas; VI. Deliberar sobre a contratação de serviços e aquisição de bens para a escola, observando a aplicação da legislação vigente quando a fonte recursos for de natureza pública e privada, de acordo com o Projeto Educativo da Unidade de Creche; VII. Deliberar sobre propostas de convênios com o Poder Público ou instituições não governamentais; 66 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 67 VIII. Conferir e fiscalizar a folha de pagamento dos Profissionais da Educação da unidade de creche; IX. Aprovar e fiscalizar a prestação de contas dos recursos públicos ou privados, angariados e aplicados na Unidade de Creche; X. Encaminhar, quando necessário, à autoridade competente solicitação fundamentada de sindicância em relação aos profissionais da Unidade de Creche, incluindo o Diretor; XI. Deliberar sobre a disposição do espaço físico da Unidade de Creche, exclusivamente nos dias não previstos no calendário educativo, atendendo às solicitações dos profissionais e comunidade usuárias; XII. Apresentar anualmente à Secretaria Municipal de Educação, Plano de Expansão de atendimento com base em dados cadastrais, de capacidade física, material e humana da Unidade de Creche, observando as disposições legais; XIII. Cadastrar e autorizar devidamente as entidades e organizações que se proponham à atuação conjunta no projeto educativo da Unidade de Creche, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação; XIV. Acompanhar o desempenho dos profissionais da Unidade de Creche, com assessoria da equipe técnica especializada da Secretaria Municipal de Educação; XV. Acompanhar o desempenho dos profissionais da Unidade de Creche, com assessoria da equipe técnica especializada da Secretaria Municipal de Educação, sugerindo medidas que favoreça a superação das deficiências, quando estas existirem; XVI. Decidir os casos omissos; XVII. Cumprir e fazer cumprir as deliberações das Assembléias Gerais; XVIII. Exercer as demais atribuições decorrentes de outros dispositivos deste Estatuto e as que lhe venham a ser legalmente conferidas. 6.2.7– Profissionais da Educação No quadro de funcioanrios da Creche encontram-se os seguitnes profissionais: • Técnicos em Desenvolvimento Infantil: efetivo da Prefeitura Municipal de Cuiabá e contratados temporariamente conforme legislação específica: 67 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 68 • Servidores Técnicos e de Apoio Administrativo (TNE, TMIE – ASG do quadro efetivo da Prefeitrura Municipal de Cuiabá e contratados temporariamente conforme legislação específica; conforme quadro de funcionários abaixo: QUADRO DE FUNCIONÁRIOS NOME CARGO SITUAÇÃO Conceição Aparecida Bastos Diretora Efetiva Superior Shislene Loango Araujo Efetiva Superior Andrea Bezerra Novaes CoordenadoraPolo TDI Efetivo Sup.Incomp Adriana Maria Campos TDI Contrato Dalticléia Ferreira de Oliveira TDI Efetiva Magisterio Divina Barbosa da Costa TDI Efetiva Sup. Incomp. Curs. Durvalice Souza Santana TDI Contrato Edineila Bispo da Silva TDI Efetiva Pós graduada Eliane Menacho TDI Efetiva Pós graduada Francismar Maria da Silva TMIE/ASG Efetiva Ensino Médio Helenice Mariano de Souza TDI Contrato Joelma Ferreira Rodrigues TDI Efetiva Jose Aparecido Gomes TMIE/Vigilante Efetivo Jose Mario Xavier TMIE/Vigilante Efetivo Leonice Ribeiro de Souza Silva TDI Contrato Loreci de Mello Silva TMIE/ASG Efetiva Lozenil da Silva TMIE/MER Efetiva Luciana Lino do Amaral TDI Efetiva Lucinete Pereira da Rocha TMIE/ASG Efetiva 68 ESCOLARIDADE Pós Graduada Superior Superior Sup.Incompcursando Ensino Médio Ensino Tecnico Superior Médio- Ensino MédioTecnico Sup.Incompcursando Sup.Incompcursando Superior PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 69 Luzalith Barbosa de Oliveira TMIE/MER Efetiva Ensino Médio Maria da Piedade de Oliveira TMIE/Vigilante Contrato Ensino Médio Márcia Maria Xavier TDI Contrato Pós Graduação Maria Batista Alves Almeida Miletto Jose da Silva de TDI Patricia Fonseca da Silva Pedrosa Backer Santa Rita Efetivo Superior TMIE/Vigilante Efetivo Ensino Médio TDI Efetivo Superior Hurtado TDI Efetivo Pós grad. Especialista em Educação Infantil Superior Rafael de Arruda Falcão Neto TDI Efetivo Selma Maria de Souza TDI Contrato Sirlene R. Novaes da Silva TDI Efetiva Solange Vasquez Pistorio TMIE/ASG Efetiva Superior incompleto cursando. Ensino Médio 6.3 – Perfil: Profissional da Educação Os profissionais da educação devem ter um perfil mediante a contrução coletiva como forma de compromisso e conscientização de sua importância no processo educacional desta unidade e que através do processo investigativo constatou-se o seguinte: 6.3.2 – Direção É o profissional que atua na gestão da unidade de creche. Responsável pela consolidação dos princípios da gestão democrática, bem como pelo pleno funcionamento da creche nas suas diferentes perspectivas, sendo elas relacionadas à infra-estrutura, planejamento, concepção, elaboração e execução da proposta pedagógica; articulação com a comunidade, com a SME e demais orgãos públicos e grupos da sociedade organizada. 69 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 70 Perfil Diretor (a), Ser competente no aspecto organizacional, firme nas decisões tomadas, porém com flexibilidade nas decisões tomadas pelo grupo; dar abertura para a participação da co-munidade, ser gentil, atencioso e dinâmico; estar junto ao que acontece na creche. 6.3.2.1 – Atribuições I. Tomar conhecimento de todos os assuntos que envolva a creche, da estrutura físcia, pa-trimônio, mobiliário, clientela, funcionários, o CUC; II. Elaborar anualmente seu Plano de Ação; III. Delegar funções a todos os funcionários da creche, observando o perfil profissional, assiduidade, pontualidade e outros; IV. Promover reuniões e encontros de pais, comunidade, funcionários e CUC; V. Acompanhar e avaliar o desempenho da instituição, do atendimento e dos funcionários; VI. zelar pelo cumprimento das normas estabelecidas. VII. Participar de eventos, reuniões e festas da creche; VIII. Cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos de Cuiabá (Lei n.º 093/2003). 6.3.3 - Coordenadora Pedagógica Perfil Deve ser responsável pela orientação, colaboração e coordenação sistematização, do planejamento em nível coletivo. E dos documentos que explicitem, registrem, avaliem e concretizem o plano de trabalho. Dando suporte ao acompanhamento e orientação das educadoras e famílias no trabalho conjunto com a direção e articulação com a SME e demais órgãos colaboradores. 70 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 71 6.3.3.1 – Atribuições • Organizar e sistematizar o planejamento Pedagógico no coletivo e semanal • Coordenar, incentivar, organizar e orientar planos de atividades e projetos pedagógicos com as educadoras, assegurando o cuidar e o educar com qualidade; • Acompanhar e orientar os educadores e familiares, no trabalho conjunto com a direção da unidade de creche, junto a SME- Cuiabá e demais órgões colaboradores; • Orientar sue trabalho levando em conta a inclusão da família das crianças, tanto como ele-mento de avaliação do desenvolvimento e aprendizagem infantil, como parceira nas ativida-des pedagógicas propostas; • Coletar e orientar as educadoras na laboração de relatórios de desempenho das crianças; • Desenvolver e coordenar sessão de estudos na troca de turno; • Analisar e avaliar , junto as educadoras e direção, as causas de falta cosecutiva da criança; • Propor e planejar ações de atualização dos profissionais da unidade de creche, visando a melhoria profissional; 6.3.4 - Técnico em Desenvolvimento Infantil -TDI São os profissionais com participação integrada em todas as atividades atribuídas ao professor, especialmente aquelas relativas ao planejamento pedagógico, práticas educativas e recreativas; realiza intervenções, com observação e avaliação das crianças como membro do coletivo da creche, envolvimento com atividades dirigidas ao seu desenvolvimento pro-fissional. Trabalha articuladamente junto a Direção e profissional, ou seja, a educadora da creche, poderá assumir turmas conforme necessidade da creche, faz parte do quadro de educadores. 71 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 72 Perfil Ser compromissado com a proposta pedagógica e filosófica, carinhoso, paciente, critativo e dinâmico, pesquisador e conhecedor do processo de desenvolvimento infantil. 6.3.4.1 – Atribuições • Ser assídua, pontual e ter boa intenção com os demais colegas; • Registrar ponto eletronico entrada e saída; • Participar de eventos, reuniões e festas da creche; • Cumprir o Estatudo dos Servidores Públicos de Cuiabá (Lei n.º 093/23/06/2003); • Participar do planejamento da Semana Pedagógica, Roda de Conversa e outros da SME/ Crche; • Planejar atividades Anual/ Bimestral/ Semanal proporcionando oportunidades de experiên-cias coletivas e individuais das crianças estimulando sua autonomia; • Considerar a importância do cuidar e educar com responsabilidade, criatividade, paciência, respeito, carinho e afeto; • Refletir individualmente e coletivamente sobre suas práticas diáiras • Fazer chamadas dos alunos todos os dias e comunicar as faltas a direção; • Favorecer a interação creche-família trocando informação com os pais sobre a criança; • Comunicar a direção, qualquer observação sobre a saúde física e mental do aluno; • Devolver as toalhas às sextas-feiras aos alunos; • Fazer relatório diário dos alunos de um turno para outro e registrar o desenvolvimento da criança; • Manter atualizados os registros pertinentes a sua função docente, tais como relatórios de atividades desenvolvidas, avaliação do desempenho da criança, freqüência, planejamentos e outros; Ministrar aulas, propondo atividades coerentes com a concepção de ensino e eixos norteadores do projeto Educativo da Creche; 72 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 73 • Elaborar com antecedência e executar o plano de aula, fazendo adequações de acordo com o desenvolvimento da turma; • Responsabilizas-se pela utilização, manutenção e conservação dos equipamentos e matérias da ambiência em que atua; • Decorar os ambientes onde os alunos circulam, manter e zelar armários, brinquedos e todo material do aluno em ordem e limpo. • Acompanhar a criança durante todo período das atividades educativas; • Participar das atividades extraclasses como reuniões, capacitação promovidos pela creche e das atividades cívicas culturais e educativas da comunidade Creche; 6.3.5 – Corpo Técnico Administrativo Profissionais independentes do setor onde atuam, estes deverão implicar-se no pleno exercício de sua função e, em consonância com o seu perfil de educador; deverão participar das atividades coletivas junto às crianças, considerando o âmbito da sua área de atuação. Cabe também aos servidores participar de formação continuada junto a SME ou promovida pela creche ou outras agências formadoras ligadas à educação, garantindo assim o seu de-senvolvimento pessoal e profissional conforme Lei Organica do Municipio, que especifica sua função. 6.3.6 – Técnico em Nutrição Escolar -TNE (merendeira/lactarista) Perfil Deve ser higiênica, fazer comidas saborosas; simpática, criativa, gostar do que faz, ter a carteira de saúde, utilizar o uniforme no serviço, e seguir todas as normas de higiene pessoal. 6.3.6.1. – Atribuições • Cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Cuiabá • É o responsável pela alimentação de todas as crianças da Creche; 73 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 74 • Estar no local de trabalho, no horário pertinente, cumprir rigorosamente sua jornada, devidamente trajado; • Usar touca, avental e jaleco; • Estar sempre com os cabelos presos unhas cortadas, limpas sem esmalte, não usar adornos no horário de trabalho; • Receber os alimentos (perecíveis e não perecíveis) conferir o estado de conservação, o prazo de validade, se a quantidade á marca e o peso condiz com a guia de entrega (pesar os alimentos que são entregues por peso); • Fazer, no livro próprio, todo o registro de entrega e saída dos gêneros alimentícios, diariamente em ambos os horários, assinar e carimbar as notas de entrega e proceder a arquivo; • Cumprir o cardápio enviado pelo setor de alimentação escolar/SME e quando da impossibilidade, justificar na livro de registro e não cumprimento e o que foi feito em substituição bem como todas as doações recebidas; • Manter os alimentos devidamente estocados, organizados na dispensa, freezer ou geladeira de forma higiênica e anotar o prazo de validade; • Higienização da cozinha e dispensa diariamente; • Realizar a faxina semanal toda sexta-feira, sendo cada semana um turno responsável, de acordo co a agenda fixada no inicio do ano; • Lavar azulejos / portas / janelas / armários / prateleiras / estantes / exaustor / fogão / geladeira / freezer / ventiladores); • Lavar todos os utensílios de cozinha, diariamente; • Confeccionar e distribuir os alimentos às crianças, em quantidade necessária, orientando-as da importância de se consumir o que lhes é oferecido; • Preparar os alimentos com esmero e criatividade; • Observar as crianças que por algum problemas de saúde requerem alimentação diferenciada, manter um cartaz informativo sobre as especificidades; • Toda e qualquer alimentação realizada na creche será de responsabilidade das TNE 74 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 75 • As TNE devem atender a todos com presteza, gentileza, cordialidade, assumindo o papel de educadora na creche; • Utilizar todo seu material de trabalho com zelo, cuidado, economia, buscando sempre maximizar os recursos; • Informar quando deverá ser procedida a troca do gás; • Informar a direção da creche de todo e qualquer problema ocorrido, bem como reparos necessários; • Participar dos eventos e atividades realizadas pela creche. 6.3.7 - TMIE/Vigilante Perfil Deve ser cooperador quando necessário; responsável em relação à entrada e saída; atencioso à comunidade escolar. 6.3.7.1 - Atribuições Técnico em Manutenção e Infra Estrutura – o presente cargo definido na Lei Orgânica dos Profissionais da Secretaria de Educação fundiu os cargos de vigilantes e auxiliar de serviços gerais, abarcando as funções de zeladoria, atendimento, vigilânci, limpeza, apoio na confecção e distribuição da alimentação escolar e manutenção da infra-estrutura. Os técnicos foram dividos em dois grupos, tendo as seguintes atribuições: • Cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Cuiabá • Estar presentes a Creche no seu dia e rigorosamente no horário; • Cuidar e zelar de todo o espaço físico bem como de todo o patrimônio; • Impedir a entrada de vândalos e estranhos; • Receber e identificar as pessoas dentro do recinto; 75 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 76 • Fazer a troca dos plantões com ronda pelo espaço, procedendo as anotações necessárias, no livro de registro; • Efetuar pequenos reparos / consertos nas dependências da Creche; • Verificar sempre se as luzes e ventiladores estão desligados e se as portas e janelas devidamente trancadas; • Nos finais de semana e feriados, molhar todas as plantas da Creche, varrer e limpar o pátio e a frente evitando aparência de abandono; • Capinar, rastelar e juntar á frente da creche-calçada e canteiro, bem como o pátio e o parquinho; • Limpar todos os ventiladores da Creche, bem como, o exaustor da cozinha • Lavar o bebedouro quinzenalmente; • Atender a todos com presteza, gentileza e cordialidade, assumindo o papel de educador na creche; • Participar dos eventos e atividades realizadas pela creche. 6.3.8 - TMIE – Auxiliar Serviços Gerais - ASG Perfil caprichoso, amoroso e responsável. 6.3.8.1 - Atribuições • Estar no local de trabalho no horário pertinente devidamente trajado. • Higienizar o local de trabalho: • Manter todos os espaços da Creche limpos: as salas / corredores internos e externos / banheiros / almoxarifados / pátios internos / e externos / lavanderia / entrada-calçada / frente da Creche / espaço administrativo; • Vasculhar, lavar as janelas e portas; • Os banheiros, as salas e os corredores devem ser lavados todos os dias; 76 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 77 • Tirar pó dos armários, estantes, arquivos e demais mobiliários; • Lavar as mesinhas e cadeiras das salas e refeitório; • Desinfecção dos brinquedos e colchões; • Colocar e retirar os colchões nos espaços adequados para o sono das crianças: organizá-los corretamente, lavá-los sempre que necessário, colocar no sol uma vez por semana; • Lavar diariamente todos os lençóis utilizados, recolher, dobrar e guardar no local adequado; • Lavar o refeitório todos os dias, bem como, as mesinhas e cadeiras; • Lavar os banheiros todos os dias nos dois períodos (azulejos / vasos / pisos / janelas / portas / chão;) • Fazer a limpeza do espaço sempre que necessário (quando a criança vomitar, evacuar ou derrubar algo;) • Manter a lavanderia limpa e organizada; • Utilizar os materiais de trabalho com zelo cuidado e economia., maximizando os recursos; • Proceder à coleta do lixo, organizando-o no espaço adequado. Nunca deixar os banheiros com o cesto cheio de papeis ou fraldas descartáveis; • Molhar e cuidar das plantas existentes no espaço; • Rastelar o parquinho de areia todos os dias; • Informar a direção sobre quaisquer problemas ocorridos no seu setor ou reparos necessários; • Efetuar faxina geral uma vez por mês; • Atender a todas com presteza, cordialidade, assumir o papel de educador na Creche; • Participar de todos os eventos e atividades realizadas pela Creche. 77 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 78 6.4 – ORGANIZAÇÃO DISCIPLINAR DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 6.4.1 – DOS DIREITOS Os direitos funcionais de cada servidor estão assegurados no Estatuto dos Servidores Públicos Muncipal de Cuiabá (Lei n.º 093/2003). Em relação aos direitos ao ambiente de trabalho é assegurado as condiçõespara desempenhar suas funções com os recursos necessários dentro das possibilidades e recursos destinados às demais instituições de creches municipais: • É facultativo ao funcionário um ambiente tranquilo e acolhedor; • Todo funcionário tem o direito de ser tratado com respeito e dignidade, e não sofrer nenhum tipo de discriminação. 6.4.2 – DOS DEVERES São deveres de todos o Profissionais da Educação no exercício da sua função dentro da unidade de creche: • Zelar pelo patrimônio e pela imagem da instituição; • Comparecer ao trabalho assiduamente e no horário estabelecido; • Tratar as crianças, as famílias e os colegas com educação e respeito; • Ser atencioso (a) e afável com as pessoas; • Vestir-se adequadamente para o trabalho, não portando objetos pontiagudos, unhas cumpridas e salto fino; • Ser colaborador e solidário com os colegas; • Participar das reuniões de pais, eventos comemorativos, e outras atividades regulares ou extraordinárias na creche; • Se dirigir à direção para tirar dúvida, solicitar informação e ajuda, ou informar anor-malidade. 6.4.3 – É VETADO AOS PROFISSIONAIS DA CRECHE • Falar, escrever ou publicar em nome da creche sem que para isso esteja autorizado, pela direção e CUC; 78 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 79 • Retirar-se de seu local de trabalho, durante o seu turno, sem motivo jsutificado e comunicação à direção da creche; • Programar atividades contrárias à finalidade e aos objetivos do Projeto Educativo da Creche; • Fumar e estar sob efeitos de álcool e/ ou outras drogas em qualquer dependência da creche; • Servir-se de suas funções para pregar doutrinas/ concepções contrárias aos interes-ses da unidade da creche; • No caso específico do TDI, sair da sala de aula para ir conversar ou resolver problema particular ou outro tipo de problemas, durante o horário de expediente, sem que para tanto, tenha outra pessoa para subtitui-lo; • Rasurar, e/ ou adulterar relatórios, diários, livro ponto ou quaisquer documentos escolares; • Comentar com terceiros as discussões, encaminhamentos e/ ou decisões tomadas em reuniões dos profissionais; • Dar conhecimento aos alunos e pais de alunos de informações que a direção pre-tende reservar a si; • Agredir física e/ ou moralmente qualquer pessoa da comunidade escolar, nas dependências da unidade da creche. 6.4.4 – AÇÕES DISCIPLINARES: O não cumprimento das normas de trabalho estabelecidas no âmbito da creche, impli-cará em advertências, inicialmente verbal, escrita e documental, sendo esta última através de formulário próprio e registro em ata que posteriormente deverá ser encaminhado à SME/ DGP para compor a pasta do funcionário. De acordo com a Lei n.º 093/2003, artigo 139: são penalidades disciplinares: adver-tência, suspensão, destituição de cargo em cimissão, destituição de função comissionada, demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Artigo 140: Na aplicação da pensalidade considerar-se-ão a natureza e a gravidade da infração, o dano que dela prover para o serviço público, a circustância agravante ou atenuante e os antecendentes funcionais. 79 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 80 7 – PAIS OU RESPONSÁVEIS DAS CRIANÇAS Esta unidade de creche e estruturada e respaldada pela SME para uma gestão participativa, com um trabalho transparente, onde gestores, funcionário, pais e comunidade participem ativamente da creche. A participação dos pais na creche é fundamental para um trabalho de qualidade, pois é através dos pais que conheceremos melhor as crianças. Os pais devem dialogar constante-mente com a Direção e TDI’S sobre o dia-a-dia da crianaça na creche. É importante que os educadores da creche estabeleçam contato diário com os pais das crianaças, o que resulta num relacionamento aberto e muito especial. O bom relacionamento entre pais e a creche pode contribuir no trabalho com as crianças e solucionar qualquer dificuldade que se apresente e mesmo ainda proporcionar maior segurança nas tomadas decisões em relação às crianças. Como afirma Oliveira & Oliveira (2005; 47): “Cuidados com esta relação podem prevenir alguns problemas que costumam surgir”. A Creche Municipal “Prof. João Crisósotmo de Figueiredo” atende crianças de 02 a 03 anos e 11meses, que necessitarem da creche, de acordo com a capacidade de atendimento em consonância com a LDB.9394/96 e Estatuto da Criança e do Adolescente Lei.8.069/9, respeitando a capacidade de atendimento da unidade. 7.1 – São Direitos dos Pais ou Responsáveis • Participar das discussões a cerca do processo educativo, que a creche realiza na sua ação docente pedagógica, dando sugestões e opinando sobre o trabalho desenvolvido; • Tomar o conhecimento e discutir o desempenho escolar do seu filho, com os TDI’S; • Participar do CUC quando eleito pelos seus pares; • Apresentar reclamação à direção sobre fatos ocorridos com seu filho dentro da unidade de creche, quer seja em relação aos profissionais ou colegas de aulas; • Votar as pautas de decisões das Assembléias Gerais, convocadas pelo CUC; 80 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 81 • Ser tratado com respeito e urbanidade por todos os profissionais e crianças dentro da unidade de creche; • Participar de todos os eventos promovidos pela creche. 7.2 – São Deveres dos Pais ou Responsáveis • Cumprir os horários de entrada e saída da criança na creche; • Manter atualizada as informações de endereço e telefione que deverão ser contatados em casos de emergência; • Informar a creche os motivos da ausência da criança; • Comunicar a gerência da creche o desligamento da criança e o motivo num prazo máximo de 10 (dez) dias. • Comparecer às reuniões quando for solicitado; • Cuidar da crinaça quando estiver doente; • Não mandar jóias, objeto de valor ou alimento para a creche; • Marcar os pertences pessoais da criança; • Não trazer medicamentos sem receita médica para a creche; • Manter controle sistemático dos filhos com relação a escabiose, pediculose, impetigo e outros; • Manter as vacinas da criança em dia, levando aos postos de vacinação em tempo e idade hábil; • Particpar das campanhas preventivas de saúde. 81 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 82 8 – ESCRITURAÇÃO DA CRECHE A Creche municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo tem os seguintes itens/ Documentos que dão sustentabilidade ao seu funcionamento e que devem estar rigorosamente em dia e encontra-se na sala da direção e organizada da seguinte forma: • Ato de Criação. • Autorização. • Projeto Político Pedagógico. • Regimento Interno. • Regimento do Conselho de Unidade de Creche. • Plano dinheiro Direto na Escola (PDDE). • Pasta com documentação de todos os profissionais da creche. • Pasta com matrícula e documentação de todas as crianças atendidas, contendo ficha de matrícula, cópia da certidão de nascimento, cópia do cartão de vacina, foto, cópia do comprovante de endereço, cópia de documento dos pais ou responsável e ficha de atualização da criança; • Livro Tombo. • Livro Ata das Reuniões Administrativas. • Livro Ata das Reuniões Pedagógicas. • Livro de Ocorrência aos Pais. • Livro de Comunicação Interna. • Livro de Registro dos Vigilantes. • Livro de Ponto. • Livro Tombo • Livro Caixa • Arquivo dos Ofícios recebidos e enviados. • Arquivo Passivo. • Livro de Registro da Alimentação Escolar. • Livro de Controle de Estoque de Material. • Livro de Registro de medicação feito às crianças mediante receita médica. • Livro das Evidencias de toda e qualquer comunicação feita aos pais. • Livro de Registro Interno de todas as salas “Diário de Bordo”. 82 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 83 • Pastas de alunos desligados; • Pastas contendo ofícios expedidos e recebidos; • Pasta com Prestação de Contas; • Pasta com Gazeta Municipal; • Pasta de Legislação; • Livro de matrícula; • Armário com materiais de consumo; • Armário com lençóis e cobertas para as crianças; • Um computador; • Estante com som, TV, DVD e coletâneas de livros infantis e de apoio pedagógico. 83 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 84 9 – POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA Nos dias de hoje a busca pela qualificação profissional está cada vez mais presente na vida dos educadores de educação infantil. Assim cursos de extensão, palestras e outros momentos de exposição sobre assuntos relacionados às áreas de interesse tornam-se importante para que ocorra a qualificação. Libânio (1998) acredita que os momentos de formação continuada levam os educadores a uma ação reflexiva. Uma vez que após o desenvolvimento da sua prática, os educadores poderão reformular as atividades para um próximo momento, repensando os pontos positivos e negativos ocorridos durante o desenrolar das atividades pedagógica. Buscando assim melhorias nas atividades e exercícios que não mostraram-se eficientes e eficazes no decorrer do período de desfecho das atividades. A prática pedagógica nas creches da atualidade, exige um educador bem capacitado e preparado para trabalhar com os alunos da educação infantil e também com as novas problemáticas que estão presentes no cotidiano da sociedade. Com a responsabilidade ampliada, a creche hoje deve dar conta de proporcionar o conhecimento necessário de cuiadar e educar, mas também deve contribuir na formação do cidadão. Nessa perspectiva o papel do educador-TDI que é o profissional que tem contato direto com o aluno foi ampliado. Sua função hoje é levar o educando á construção das noções dos conceitos significativos ao seu desenvolvimento integral na primeira fase da educação basica. A formação continuada do educador vem a ser mais um suporte para que o docente consiga trabalhar e exercer a sua função diante da sociedade, podendo perceber como atuar para que toda ação no espaço de creche seja um momento de aprendizado. Assim esta unidade de creche procura identificar, observar e analisar os principais motivos para que a formação continuada do educador ocorra, bem como quais serão as diferenças que poderão acontecer entre açoes pedagógicas com profissionais atualizados ou não. Nessa perspectiva, a formação continuada possibilita ao docente a aquisição de conhecimentos específicos da profissão, se tornando assim seres mais capacitados a atender as exigências impostas pela sociedade, exigências estas que se modificam com o passar dos tempos, tendo então o educador que estar constantemente atualizado. Pois, conforme, Sousa (2008, p.42): 84 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 85 Ser professor, hoje, significa não somente ensinar determinados conteúdos, mas sobre tudo um ser educador comprometido com as transformações da sociedade, oportunizando aos alunos o exercício dos direitos básicos à cidadania. Mediante a essas constatações, observamos que um dos fatores que influem na qualidade da educação é a qualificação dos profissionais que trabalham com crianças. Essa qualificação perpassa pela formação desses profissionais e com o apoio da direção e demais profissionais trabalhando em conjunto e procurando aprimorar constantemente suas práticas em busca de uma instituição de educação infantil de qualidade. Com o obejtivo de enfrentar os desafios do processo educativo que garanta a melhoria da prática pedagógica e do ensino, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve a formação contiruada para os profissionais da educação através de processos coletivos de reflexão com os seguitnes projetos, em parceria com o Governo Federal: Formaçao Docente em Pedagogia para Educação Infantil e Series Iniciais atraves da modalidade-NEAD, Gestão Escolar/coordenação/Escolas de Gestores, Proinfantil e Profuncionário; Formação Tecnico em Educação Infantil atraves do CEMETEC (Centro Tecnico e Tecnologico de Cuiabá; CIMEC/PDDE; Roda de Conversa e Avaliar; Programa Currículo da Diversidade: Ludo-Infância, Inclusão em Evidência, Contação de História, Brinquedoteca, e outros que atendem os educadores do Ensino Fundamental. Esta instituição busca oferecer um programa de formação continuada em parceria com a SME para que os educadores atualizem seus conhecimentos através de leitura e discussão de pessquisas e estudos sobre as práticas de educação. Essa formação continuada possibilita que os educadores planejem, avaliem, aprimorem seus registros e reorientem suas práticas. Esses momentos acontecem não só em momento específico da capacitação, como também em momentos de Semana Pedagógica, planejamento (semanal) e na Roda de Conversa. 85 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 86 10 – PROJETOS ESPECIAIS Considerando que o papel da educação infantil é desenvolver hábitos, atitudes, habilidades e comportamentos necessários à sua vida através de atividades lúdicas, a prática educativa na creche busca levar as pessoas envolvidas no seu processo e participarem efetivamente de todas as suas ações. Sentir-se capaz de administrar exige de auto confiança a reconhecimento social para o desempenho do papel. Cada novo conhecimento se produz em unidade e luta com o conhecimento anterior. Esta unidade de creche encontra-se desenvolvendo e implantando os seguintes projetos: Projeto Anual: Linguagem: A cada Dia Um Novo Dia Objetivo: Propor uma ação pedagógica que possibilite as crianças às apropriações nos processos de conhecimento, desenvolvimento e aprendizagem, envolvendo-as em situações que possibilitem elaborar sua identidade dentro de um grupo, através da relação com os outros, consigo mesmas e com o mundo. Projeto: Adaptação para Educação Infantil Objetivo: Estabelecer Relação de Confiança recíproca entre eduacadores e crianças, envolvendo as famílias que chegam a esta unidade pela primeira vez num clima de acolhimento, afeto e cuiadado. Projeto: Reunião com familiares na Creche Municipal Prof. João Crisóstomo de Figueiredo “anual” em 2015. Objetivos - Aproximar os familiares das atividades das crianças na creche. Favorecer o intercâmbio de informações sobre as crianças e a creche. PROJETOS DE INCENTIVO Á LEITURA 86 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 87 Projeto: Leitura na primeira infância. Objetivos: Adaptação de uma biblioteca com e para crianças menores de 3 anos Objetivo Especificos: - Construir, coletivamente, uma biblioteca como lugar capaz de abrigar não somente livros, mas de suscitar rituais agradáveis de leitura; - Apresentar o acervo de livros, promovendo o gosto pelas histórias e ampliando repertórios; - Estreitar a relação creche-família por meio do empréstimo de livros. Projeto:Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias. Objetivos: - Criar o hábito de escutar histórias. -Favorecer momentos de prazer em grupo. -Enriquecer o imaginário infantil -Favorecer o contato com textos de qualidade literária. -Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento. Projeto:Leitura de textos informativos na creche Objetivos: - Escutar a leitura de textos informativos feita pelo TDI. - Desenvolver comportamentos leitores e escritores quando se quer saber mais sobre um tema. Projetos sobre o meio ambiente PROJETO: Reciclando e Conservando o Meio Ambiente. Objetivos - Conscientizar nossos alunos e seus familiares sobre a importância da Preservação do Meio. Ambiente como meio de preservação da própria vida. 87 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 88 PROJETOS DE INCLUSÃO SOCIAL Projeto: Cultura afro-brasileira na educação infantil Objetivos: • Valorizar a cultura Afro-brasileira, identificar no dia a dia elemento presentes no cotidiano que são de origem africana. • Perceber que vivemos numa pluralidade cultural e étnica. • Perceber que são as diferenças que enriquecem a cultura brasileira. • Atendendo a legislação e adepta da educação inclusiva, este projeto busca promover o aprendizado e trabalhar a estimulação precoce das crianças com necessidades especiais, garantindo o melhor desenvolvimento de suas potencialidade e proporcionando-lhes um futuro melhor. • Temática da História Cultural Afro Brasileira:através da obrigatoriedade da Lei n.º 10.638/2003 no Ensino Fundamental e Médio , é trabalhada de acordo com a faíxa etaria adequada às crianças com o objetivo de lutar contra discrminações e combater preconceitos. Através de atividades que expõem as contribuições dos africanos, rodas de conversa, contação de histórias, bonecos negros, trabalhar com toque no cabelo expondo o tamanho, a cor e textura exposição de cartazes e utilização de outros recursos didáticos. • Temática sobre o Idoso: embasado pelo Estatuto do Idoso temos como forma de incentivar a valorização do idoso pelas crianças através de forma lúdicae ainda mostrar a elas que o envelhecimento é um processo natural do ser humano e que todos os idosos devem ser respeitados. 11 – DISPOSIÇÕES GERAIS A presente proposta será revisada anualmanete e será discutida com a equipe de profissionais da creche e pais respaldada pelo CUC e Secretaria Municipal de Educação. Serão incorporadas ainda a este Projeto Político Pedagógico, todas as disposições de leis e normas de ensino emanadas de órgãos ou poderes competentes, alterando as disposições que dela conflitarem. 88 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 89 BIBLIOGRAFIA BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 1998. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura Compromisso Todos pela Educação; ACES, 2009. _______.Marcos Legais e Referenciais para a Educação Infantil, 2009. BRASIL, Presidência da República. DECRETO Nº6. 094 – 24/04/2007. CEE/MT. – Gestão Democrática nas Creches. RESOLUÇÂO Nº267/2000 –. LEI Nº4. 998 - 25/07/2007 COLL, César (Org.) Conteúdo na Reforma. 1ª Ed. Artmed. 1998 CUIABÁ, Prefeitura Municipal. SME; Subsídios de Educação Infantil em Creche. ________ .Ressignificar a Prática Pedagógica na Educação Infantil, 2009. ________.Organização do Espaço da Creche, 2009. ________.Proposta Pedagógica para Educação Infantil no Município de Cuiabá; 2008. ________. CROQUI de um Planejamento Diário – DIPE/SME/2010. FERNANDEZ, Claudia Oliveira e FREITAS, Luiz Carlos. Indagações sobre Currículo – Currículo e Avaliação. FUNDESCOLA. Psicopedagogia Orientações para professores, 2005. FREIRE, Madalena. Avaliação e Planejamento, a Prática Educativa em Questão. GONÇALVES, Renata. A Inserção da Criança na Creche. HERNANDEZ, Fernando. A Transdisciplinaridade como Marco para a Organização de um Currículo Integrado HERNANDEZ, Fernando. TRANSGRESSÃO e Mudança na Educação. HERNANDEZ, Fernando e VENTURA, Montserrat. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho HOFFMAN, Jussara. Avaliação na Pré Escola: Um olhar reflexivo sobre a criança. 89 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 90 KRAMER, Sônia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares de Educação Infantil. NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro Pedagogia dos Projetos.. PILANI, Prof. Pedro. O QUE é um Projeto Político Pedagógico PINHO, Fernanda Mello Resende. O Ato de Planejar. RODRIGUÊS, Maria Bernadete et al. Linhas Norteadoras em Educação Infantil. SÁ, Lilian de Almeida P.B. A importância do Brincar na Aprendizagem. 2007. SCHLEMMER, Eliane. Por que trabalhar com projetos. Nova Escola, São Paulo, n. 146, p. 2-4, out. 2001 TEDESCO, Juan Carlos. O Novo Pacto Educacional. THUGUET, Tereza. Educação Infantil – “Aprender – Ensinar”. VASCO, Pedro Competências. Moretto. REFLEXÕES Construtivistas sobre Habilidades ZOBALA, Antonio. Como trabalhar os Conteúdos Procedimentais em Sala de Aula. 90 e PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 91 ANEXOS Atividades de competição esportiva: corrida de motoca, trabalhando a motricidade e limites espaciais Educadoras apresentando peça de teatro sobre a familia, em formação do projeto “Roda de Conversa” Contação de História através de “Avental” 91 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 92 Aluno contando História através de “Televisão”, produzida em sala de Aula com os alunos Alunos representando a música “Meu Pintinho Amarelinho” Aluno representando o “Boneco de Lata” onde trabalha a identificação das partes do corpo 92 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 93 Educadora contando a História “Menina Bonita do Laço Fita ” Festa Cultural: Dança da Peneira Atividade representando as profissões. 93 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 94 Desenvolvimento do Projeto: Paz no Trânsito Desenvolvimento do Projeto sobre o Meio Ambiente: 94 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 95 CRECHE MUNICIPAL PROF. JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO ENTREVISTA COM OS PAIS/_________ 1 – IDENTIFICAÇÃO NOME:_________________________________________________________ ENDEREÇO:____________________________________________________ BAIRRO:_______________________________________________________ CIDADE:_______________________________________________________ 2 – GRAU DE ESCOLARIDADE: ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Superior Completo ( )Superior Incompleto (Cursando:__________) 3 – TIPO DE MORADIA ( ) Casa Própria ( ) Alugada ( ) Cedida 4 – Nº DE CÔMODOS NA MORADIA: ( )2 ( )3 ( )4 ( ) Acima de 4 5 – RENDA FAMILIAR ( ) Até um salário mínimo ( ) Até dois salários mínimos ( ) Até três salários mínimos ( ) Acima de três salários mínimos 6 – PROFISSÃO Profissão do Pai_______________________ da Mãe:_____________________ 95 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Creche Municipal Professor João Crisóstomo de Figueiredo 96 CRECHE MUNICIPAL PROF. JOÃO CRISÓSTOMO DE FIGUEIREDO ENTREVISTA COM OS PAIS/ ____________ 1 – Como vocês avaliam o trabalho dos profissionais desta creche? 2 – Quais as sugestões para motivarem os pais a participarem das reuniões? Qual o horário e dia são possíveis participar? 3 – Como vocês avaliam a sua participação quando nas atividades da creche? 4 – Como vocês como deve ser uma creche de qualidade? 5 – Nome do Responsável pelo preenchimento da entrevista: 96