Câmara é inva diss - Gazeta Universitaria

Transcrição

Câmara é inva diss - Gazeta Universitaria
CULTURA
1ª quinzena de junho de 2015
10
Livro conta a história das copas
Autor do Mato Grosso do Sul lança obra curiosa sobre Copa do Mundo
P
Fotos: Divulgação
assados 64 anos desde o
gol de Ghiggia, na final de
1950, no famoso Maracanaço,
o Brasil atravessou mudanças
e evoluções sociais significativas e a seleção nacional conquistou cinco títulos mundiais
de futebol. Em 2014, o clima
foi de apreensão, por causa
das manifestações e das contrariedades da nova Copa do
Mundo no Brasil. Com o propósito de refletir o atual estado
da sociedade e do futebol do
País, As Copas Perdidas em
Casa apresenta e narra a história, dentro e fora das quatro
linhas, de dois mundiais realizados no País da bola, discutindo a importância da derrota
da seleção brasileira de 1950
e ainda buscando os porquês e
as consequências do chocante
Mineiraço, a maior derrota da
seleção em sua história. Gol
da Alemanha.
Se existem duas coisas que
todo brasileiro sempre soube
é que Pedro Álvares Cabral
avistou o Monte Pascoal em
1500 e que o Uruguai venceu
a final da Copa do Mundo
contra a seleção brasileira, no
Maracanã, em 1950. Porém,
desde o dia 8 de julho de
2014, todos recordarão eternamente uma nova frustração:
a eliminação para a Alemanha
nas semifinais de outro Mundial, também no Brasil.
A partir da nova derrota
e refletindo 1950, algumas
questões ficam no ar: será
que os jogadores brasileiros
daquele Mundial merecem o
imperecível rótulo de perdedores? Não foram eles injustiçados?
E retornando à realidade e
ao atual estado do esporte e do
futebol brasileiro, como serão
julgados os atletas que sofreram a goleada de 7 a 1 contra
a Alemanha? Será que receberão novas oportunidades para
tentar dar a volta por cima?
Quais as consequências dessa
vergonha? Qual o futuro do
futebol brasileiro? E olha que
ainda tem as Olimpíadas...
sar Lazer e Turismo na
EACH - USP, onde participa de conferências e
debates acerca dos grandes eventos esportivos.
Após ter frequentado as
arquibancadas no Mundial do Brasil e analisando a frustrante atuação
da seleção brasileira,
Samir tomou a decisão
de concretizar um sonho de criança: escrever
1ª quinzena de junho de 2015
Nesses tempos de padrão Fifa,o autor Ahmad Samir Nóbrega lança obra sobre a paixão nacional
o seu livro de futebol.
Nesta oportunidade, faz
uma narração dos dois
mundiais já realizados
no país, sem esquecer,
é claro, de relacionar o
tema com aspectos sociais e políticos, que
englobam a realidade do
evento. É também autor
do livro Debatendo com
os Jovens, lançado em
2013. (texto divulgação)
3
Câmara é invadida por
dissidentes do Sintego
I
Biografia do autor
Ahmad Samir Nobrega nasceu em Campo
Grande, Mato Grosso
do Sul, no ano de 1992.
Desde cedo, mostrou-se
interessado pela história
do futebol e das Copas
do Mundo, colecionando imensa quantidade
de livros e documentários sobre o assunto.
Aos 20 anos, mudou-se
para São Paulo para cur-
EDUCAÇÃO
nvadida por professores da rede municipal,
a Câmara de Vereadores
de Aparecida de Goiânia
permaneceu inativa durante a semana passada
(até o fechamento desta
edição). A intenção dos
professores é de lá permanecerem até que o
prefeito tome a decisão
de, ao menos, “abrir uma
linha de negociação com
a gente”, diz a interlocutora do grupo, Solange Amorim, pedagoga e
professora nas escolas
São Francisco de Assis e
Escola da Paz.
Segundo
Solange,
as reivindicações dos
grevistas que tomaram
a Câmara somam 24
itens. Os mais importantes são: o reajuste
do piso salarial; data-base dos administrativos; reajuste do
auxílio-alimentação;
pagamento das progressões que estão paradas desde 2013 e as
titularidades, que são
acréscimos
salariais
em função de cursos e
especializações feitos
por professores. Ainda
segundo ela, o prefeito argumenta que não
paga porque não pode
incorrer contra a Lei
de Responsabilidade
Fiscal (LRF).
Com relação ao já
desgastado Sindicato
dos Trabalhadores em
Educação no Estado
de Goiás (Sintego), a
representante do “grupo invasor” disse que
Divulgação
Indignada, professora ataca Sintego e apresenta pauta com 24 itens a serem discutidos com prefeito
“ele não nos representa
mais por percebermos
que o sindicato poderia ter interesses que
iriam além dos da categoria, como cargos na
Secretaria de Educação
e outras secretarias.” A
professora, indignada
com a atuação do Sintego, disse que o sindicato tem feito reuniões
a portas fechadas com
o primeiro escalão da
prefeitura, longe das
vistas dos professores,
por isso houve a dissidência – as decisões
não eram tomadas junto à categoria.
Perguntada se o Sin-
tego de Aparecida estaria sendo aparelhado
para eleger um de seus
ex-dirigentes – nesse
caso, Delson Vieira dos
Santos –, ela foi taxativa ao responder que
possivelmente isso poderia estar ocorrendo,
já que ele foi nomeado
vice-presidente do Aparecidaprev. Apurado, o
fato não foi confirmado. Delson é vice-presidente do conselho do
órgão e não recebe remuneração pela função,
mas nos bastidores sua
candidatura é tida como
certa.
Ao ser questiona-
da sobre se seria justo
apresentar uma lista
de reivindicações desse tamanho em face
ao momento econômico da prefeitura, que
trabalha no limite absoluto dos gastos com
servidores, ela informa
que a pauta contempla
apenas direitos adquiridos e que o prefeito
estaria “apenas nos enrolando,” afirma. Irritada, ela diz que o grupo não deixa a Câmara
até ser recebido pelo
prefeito “que recebe o
Sintego e não nos recebe, sabendo que o sindicato não nos repre-
FAÇA O SUPLETIVO (EJA) E CONCLUA O
2º GRAU (ENSINO MÉDIO) EM ATÉ 20 MESES.
NÃO IMPORTA A SÉRIE EM QUE VOCÊ PAROU.
senta mais”.
Sobre a saída dos
manifestantes da porta da prefeitura, ela
denuncia que a Guarda Civil Municipal
(GCM), na intenção de
proteger a prefeitura
dos professores, “nos
fez sentir coagidos até
porque tinham cães de
guarda, como se nós
fôssemos quebrar, depredar, agredir ou ferir
alguém”, respondeu indignada.
Solange afirmou que
os vereadores desconheciam a pauta de
reivindicações, e com
a invasão, eles querem
que a Câmara faça uma
auditoria na Secretaria de Educação – a
proposta, segundo ela,
foi feita pelo vereador
João Antonio (PSB).