sarandi - pr 2011 - COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY
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1 COLÉGIO EST. HELENA KOLODY – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Euclides da Cunha, nº 2299 – Jardim Ouro Verde – CEP: 87.114-140 – Sarandi (PR) Fone: 3264-9304 e-mail: [email protected] SARANDI - PR 2011 2 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO......................... 5 2. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS.............................. 6 2.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental...................................................... 6 2.2 Matriz Curricular – Ensino Médio................................................................. 6 2.3 Quantitativo do Corpo Discente................................................................... 7 2.4 Calendário Escolar....................................................................................... 8 3. DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO................................................. 9 3.1 Direção......................................................................................................... 18 3.2 Professor Pedagogo..................................................................................... 21 3.3 Professor...................................................................................................... 23 3.4 Agente Educacional II.................................................................................. 25 3.5 Agente Educacional I................................................................................... 26 3.6 Formação Continuada.................................................................................. 28 3.7 Espaço Físico do Estabelecimento.............................................................. 29 3.8 Espaços Pedagógicos.................................................................................. 30 3.8 A Sala de Apoio à Aprendizagem de 5ª série/ 6ºano...................................... 30 3.8 B Sala de Apoio à Aprendizagem de 8ª série/ 9ºano...................................... 31 3.9 Sala de Recursos......................................................................................... 32 3.10 Biblioteca...................................................................................................... 33 3.11 Laboratório de Ciências, Biologia e Química............................................... 34 3.12 Laboratório de Informática........................................................................... 34 3.13 Projetos e Atividades Desenvolvidas........................................................... 36 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - CONCEPÇÕES...................................... 77 4.1 Sociedade.................................................................................................... 77 4.2 Homem......................................................................................................... 77 4.3 Educação..................................................................................................... 78 4.4 Conhecimento.............................................................................................. 79 4.5 Escola........................................................................................................... 79 4.6 Currículo....................................................................................................... 80 4.7 Ensino-aprendizagem.................................................................................. 81 3 4.8 Avaliação...................................................................................................... 82 4.8A Recuperação de Estudos............................................................................. 85 4.8B Processo de Promoção................................................................................ 86 4.8C Processo de Classificação........................................................................... 87 4.8D Processo de Reclassificação...................................................................... 88 4.10 Conselho de Classe.................................................................................... 88 4.11 Gestão Escolar............................................................................................ 90 4.12 Mecanismos de Gestão.............................................................................. 94 4.12A APMF........................................................................................................... 94 4.12B Conselho Escolar........................................................................................ 95 4.12C Professor Representante de Classe.......................................................... 96 4.12D Alunos Representante de Classe............................................................... 97 5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES........................................................................ 98 5.1 Plano de Ação – 2011................................................................................. 98 5.2 Equipe Multidisciplinar................................................................................ 109 6. Referências.................................................................................................. 110 7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS.............. 111 7.1 Proposta Pedagógica Curricular – Ensino Fundamental............................. 111 7.1A Proposta Pedagógica Curricular – Sala de Recursos.................................. 112 7.1B Proposta Pedagógica Curricular – Arte........................................................ 124 7.1C Proposta Pedagógica Curricular – Ciências................................................. 133 7.1D Proposta Pedagógica Curricular – Educação Física.................................... 137 7.1E Proposta Pedagógica Curricular – Ensino Religioso.................................... 144 7.1F Proposta Pedagógica Curricular – Geografia............................................... 148 7.1G Proposta Pedagógica Curricular – L.E.M.: Inglês........................................ 155 7.1H Proposta Pedagógica Curricular – História.................................................. 160 7.1I Proposta Pedagógica Curricular – Língua Portuguesa................................ 170 7.1J Proposta Pedagógica Curricular – Matemática............................................ 175 7.2 Proposta Pedagógica Curricular – Ensino Médio......................................... 184 7.2A Proposta Pedagógica Curricular – Arte........................................................ 185 7.2B Proposta Pedagógica Curricular – Biologia.................................................. 195 7.2C Proposta Pedagógica Curricular – Educação Física.................................... 198 7.2D Proposta Pedagógica Curricular – Filosofia................................................. 203 4 7.2E Proposta Pedagógica Curricular – Física..................................................... 208 7.2F Proposta Pedagógica Curricular – Geografia............................................... 210 7.2G Proposta Pedagógica Curricular – História.................................................. 214 7.2H Proposta Pedagógica Curricular – L.E.M.: Inglês........................................ 219 7.2C Proposta Pedagógica Curricular – Educação Física.................................... 198 7.2D Proposta Pedagógica Curricular – Filosofia................................................. 7.2E Proposta Pedagógica Curricular – Física..................................................... 208 7.2F Proposta Pedagógica Curricular – Geografia............................................... 210 7.2G Proposta Pedagógica Curricular – História.................................................. 214 7.2H Proposta Pedagógica Curricular – L.E.M.: Inglês........................................ 219 203 5 1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO Nome da Instituição: Colégio Estadual Helena Kolody – Ensino Fundamental e Médio. Endereço: Rua Euclides da Cunha, 2299 – Jardim Ouro Verde Telefone/Fax: (44) 3274-5145 E-mail: [email protected] Entidade Mantenedora: Governo do Estado Paraná Dependência Administrativa: SEED NRE: Maringá – Código:19 Município: Sarandi - PR Código do Município: Código do Colégio: Ato de Autorização para funcionamento Deliberação 4017/04 do Conselho Estadual de Educação Localização do Colégio: área urbana. do estabelecimento: 6 2. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS O estabelecimento de ensino oferece Ensino Fundamental Regular do 6º ao 9º ano e Ensino Médio Regular. Matutino 07:30 às 11:50 Vespertino 13:00 às 17:15 Ensino Fundamental 2º Ciclo (8º e 9º ano) Ensino Médio Regular (1º, 2º E 3º ano) Ensino Fundamental 2º Ciclo (6º ao 8º ano) 2.1 Matriz Curricular – Ensino Fundamental Nº NOME DA DISCIPLINA CARGA HORÁRIA SEMANAL/SERIAÇÕES 5ª/6º 6ª/7º 7ª/8º 8ª/9º 1 ARTE 2 2 2 2 2 CIÊNCIAS 3 3 3 3 3 ED. FÍSICA 3 3 3 3 4 ENS. RELIGIOSO 1 1 0 0 5 GEOGRAFIA 3 3 4 3 6 HISTÓRIA 3 3 3 4 7 L. PORTUGUESA 4 4 4 4 8 MATEMÁTICA 4 4 4 4 9 L.E.M. INGLÊS 2 2 2 2 2.2 Matriz Curricular – Ensino Médio Nº NOME DA DISCIPLINA CARGA HORÁRIA SEMANAL/SERIAÇÕES 1º 2º 3º 1 ARTE 2 0 0 2 BIOLOGIA 2 2 2 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 4 FÍSICA 2 2 2 5 GEOGRAFIA 2 2 2 6 HISTÓRIA 2 2 2 7 LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 3 8 MATEMÁTICA 4 3 4 9 QUÍMICA 2 2 2 10 L.E.M. INGLÊS 0 2 2 11 SOCIOLOGIA 2 2 2 12 FILOSOFIA 2 2 2 7 2.3 Quantitativo do Corpo Discente CURSO SÉRIE Nº DE TURMAS TURNO DE FUNCIONAMENTO TOTAL DE ALUNOS ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/ 6º ANO 5 VESPERTINO 173 ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/ 7º ANO 4 VESPERTINO 165 ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/ 8º ANO 1 MATUTINO 42 ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/ 8º ANO 3 VESPERTINO 104 ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/ 9º ANO 4 MATUTINO 138 ENSINO MÉDIO 1º ANO 3 MATUTINO 112 ENSINO MÉDIO 2º ANO 2 MATUTINO 78 ENSINO MÉDIO 3º ANO 2 MATUTINO 72 CELEM ESPANHOL 1º ANO 2 VESPERTINO 50 CELEM ESPANHOL 2º ANO 2 VESPERTINO 33 SALA DE RECURSO * 1 MATUTINO 18 2.4 Calendário Escolar O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da Educação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 9394/96) que possibilita a flexibilidade para cada Estado, de acordo com os feriados federais e estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de Ensino para a consulta feita junto aos professores sobre os recessos e feriados municipais, sempre respeitando os 200 dias letivos e 800 horas/aulas que são obrigatórios. Após discussão e homologação feita pelo Chefe do NRE, o calendário escolar entra em vigor, não tendo as mudanças sem justificativa pedagógica. escolas autonomia para definir outras 8 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Anexo da Resolução N º 3979/2010 – GS/SEED CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - C.E. HELENA KOLODY-EFM Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE D S 2 3 9 10 16 17 23 24 30 31 Janeiro T Q Q 4 11 18 25 5 12 19 26 6 13 20 27 S 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 D 6 13 20 27 Fevereiro T Q Q S S 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 18 14 15 16 17 18 19 dias 21 22 23 24 25 26 28 S 1 Dia Mundial da Paz D S T 3 10 17 24 4 11 18 25 5 12 19 26 S 6 7 13 14 20 21 27 28 Março T Q Q S 1 2 3 4 8 9 10 11 15 16 17 18 22 23 24 25 29 30 31 S 5 12 20 19 dias 26 7 e 8 Carnaval Abril Q Q 6 13 20 27 D 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 S 2 9 19 16 dias 23 30 D S Maio T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 22 8 9 10 11 12 13 14 dias 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 Dia do Trabalho 21 Tiradentes D S 5 6 12 13 19 20 26 27 Junho T Q Q S 1 2 3 7 8 9 10 14 15 16 17 21 22 23 24 28 29 30 S 4 11 20 18 dias 25 23 Corpus Christi 22 Paixão D S 3 10 17 24 31 4 11 18 25 Julho T Q Q 5 12 19 26 6 13 20 27 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 S 2 4 9 dias 16 23 8 30 dias D 7 14 21 28 Agosto S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 23 15 16 17 18 19 20 dias 22 23 24 25 26 27 29 30 31 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Setembro T Q Q S 1 2 6 7 8 9 13 14 15 16 20 21 22 23 27 28 29 30 S 3 10 21 17 dias 24 7 Independência D S 2 9 16 23 30 3 10 17 24 31 Outubro T Q Q 4 11 18 25 5 12 19 26 S 6 7 13 14 20 21 27 28 S 1 8 20 15 dias 22 29 D S 6 7 13 14 20 21 27 28 Novembro T Q Q S S 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 19 15 16 17 18 19 dias 22 23 24 25 26 29 30 D S 4 5 11 12 18 19 25 26 Dezembro T Q Q S 1 2 6 7 8 9 13 14 15 16 20 21 22 23 27 28 29 30 12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR 15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal S 3 10 12 17 dias 24 31 20 Dia Nacional da Consciência Negra Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho 18 dezembro 13 Total 69 Início/Término Reunião Pedagógica Conselho de Classe Planejamento e Replanejamento Férias Feriado Municipal Recesso Formação Continuada 01 e 02/02- Planejamento e Replanejamento 03,04 e 07/02 Formação Continuada 08/02 Início das aulas 09/03 Recesso 31/03 Reunião Pedagógica 21/04 Tiradentes 22/04 Paixão 27/04 Término do Bimestre 27/04 Conselho de Classe 28/05 Reunião Pedagógica 24/06 Recesso 01/07 Conselho de Classe 23/07 Replanejamento 26/09 Conselho de Classe 30/09 Término do Bimestre 13/10 Reunião Pedagógica Feriado Municipal Conselho de Classe Reun.ou C.de Clas. Dias letivos 1 dia 4 dias 1 dia 200 Férias/Recesso/Docentes 30 janeiro/férias jan/julho/recesso 14 13 dez/recesso 3 outros recessos Total 60 9 3. DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO A busca por uma melhor compreensão da realidade da escola e tendo como pressuposto a necessidade de promover transformações para o avanço para a qualidade de ensino e da gestão educacional, torna necessário a elaboração deste documento. Além das exigências legais que norteiam esta Proposta Educacional em toda a esfera nacional, faz-se necessário destacar a importância da análise da realidade em que a Escola está inserida, é este o seu primeiro compromisso. A partir dessa análise, tornou-se possível estabelecer parâmetros para reflexões que conduzem à ação pedagógica e administrativa, voltada diretamente à comunidade da qual faz parte. Partindo do pressuposto de que a escola é um espaço determinado histórica e socialmente, isto requer de nós uma primeira atitude: a consideração da realidade e da situação que temos, e o confronto do que temos com o que queremos construir, apontando como ideal uma Escola em que se desenvolva um trabalho coletivo e participativo. Tendo em vista a realidade que temos, é buscamos as possibilidades para a realização de nossos ideais, determinando o que queremos conseguir, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho, designando tarefas, utilizando recursos que dispomos, planejando e encaminhando o esforço na busca de uma direção competente de nossas escolas. Considerando como requisitos para uma atuação desejável, o trabalho com o conhecimento cientifico e com a diversidade cultural . Entendemos que se faz necessário ligar ações e promover relações no sentido de construir uma escola participativa, com concepção de educação centrada na formação humana, na mediação do saber historicamente produzido e na construção da cidadania. Como eixo articulador da escola, o Projeto Político-Pedagógico, se materializa num produto, que é um texto. Contudo, não deixa de se constituir como um processo que orientará todas ações internas e externas da escola. Este produto permite dar publicidade à identidade assumida pela escola. Além disso, cumpre mais que uma finalidade burocrática, ao ser um documento que se constitui na processualidade das práticas, indicando direções e indicadores para averiguar o 10 resultado das ações desenvolvidas pela escola. É, portanto um documento que facilita e organiza as atividades, sendo mediador entre as decisões, a condução das ações e a análise dos seus resultados e impactos. E ainda, se constitui num retrato da memória histórica construída, num registro que permite a escola rever a sua intencionalidade e sua história. Este Projeto Político Pedagógico reflete as necessidades deste Estabelecimento de Ensino, sendo uma proposta constante de reflexão e discussão das práticas pedagógicas atendendo as exigências legais da Constituição federal, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB, das Diretrizes do Conselho Estadual de Educação do Paraná – CEE, das Diretrizes e Princípios da Secretaria de Educação do Estado do Paraná – SEED, do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, da Lei 10.639 de 09/01/2003 e Lei nº 11.645, 10/03/2008 que trata da cultura negra e indígena,do negro e o índio na formação da sociedade, resgatando suas contribuições nas áreas: social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. O Colégio Estadual Helena Kolody – Ensino Fundamental e Médio, recebeu a autorização para funcionamento no ano de 2004, sendo seu primeiro ano letivo em 2005. Em 2005, as atividades educacionais foram iniciadas com dezenove turmas, sendo dezoito turmas do ensino fundamental e uma turma do ensino médio. Somava-se um total de seiscentos e noventa e três alunos matriculados entre os dois períodos de funcionamento da instituição. A instituição faz parte do conjunto de oito Estabelecimentos de Ensino Estaduais, no Município de Sarandi - PR. É importante destacar que este conjunto de Colégios já não comporta a demanda de alunos existente na comunidade assistida, tendo em vista que o crescimento populacional é constante, sendo o segundo do Estado do Paraná. O Colégio presta atendimento educacional aos moradores dos bairros: Jardim Ouro Verde, Ouro Preto, Jardim Independência 3ª parte, Jardim Universal, Residencial Bom Pastor, Conj. Habitacional Casa da Família e parte da Zona Rural próxima a esta localidade. A primeira Gestão do Colégio foi por indicação do NRE/Maringá, que tendo assumido a direção do estabelecimento, instituiu a APMF e o Conselho Escolar, 11 órgãos colegiados que passaram a contribuir com o andamento das atividades no Estabelecimento. A partir de 2009 o Colégio passa por mudanças significativas, sendo inserido no Programa PDE – ESCOLA, para melhoria dos índices do IDEB. Com a mudança de Gestão do Colégio, houve ampliação da demanda e maior valorização da função exercida pela Equipe Pedagógica a fim de fornecer melhor acompanhamento do trabalho do Docente, objetivando reduzir os altos índices de evasão, reprovação em alguns anos e disciplinas, permitir a elaboração e divulgação clara do sistema de avaliação do Colégio, bem como maior proteção ao tempo de ensino aprendizagem. IDEB - 2005, 2007 E 2009 COMPARATIVO 3,45 3,4 3,35 3,3 NOTA 3,25 Coluna B 3,2 3,15 3,1 3,05 3 2,95 IDEB 2005 IDEB 2007 ANO IDEB 2009 12 PROVA BRASIL MATEMÁTICA 250 245 240 NOTA 235 230 Coluna B 225 220 215 MATEMÁTICA 2007 MATEMÁTICA 2005 MATEMÁTICA 2009 DISCIPLINA E ANO COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY - ENS. FUND. E MÉDIO PROVA BRASIL LÍNGUA PORTUGUESA 228 226 224 NOTA 222 Coluna B 220 218 216 214 212 LÍNG. PORT. 2005 LÍNG. PORT. 2007 LÍNG. PORT. 2009 DISCIPLINA E ANO ENEM COMPARAÇÃO ENTRE 2009 E 2010 525,91 530 520 510 497,25 500 490 485,2 481,02 480 470 460 450 ANO 2009 ANO 2010 MÉDIA NAS OBJETIVAS MÉDIA TOTAL (OBJETIVA E REDAÇÃO) 13 TAXA EVASÃO ESCOLAR - 2009/2010 ENSINO MÉDIO 10,00% 9,00% 8,00% PORCENTAGEM 7,00% 6,00% 6,00% 5,70% Coluna B 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% ANO 2009 ANO 2010 ANO TAXA EVASÃO ESCOLAR - 2009/2010 ENSINO FUNDAMENTAL 10,00% 9,10% 9,00% 8,00% PORCENTAGEM 7,00% 6,00% 5,10% 5,00% Coluna B 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% EVASÃO 2009 EVASÃO 2010 ANO 14 Desde 2009, são realizadas eleições diretas anuais para instituir o Grêmio Estudantil e a APMF, assim como a atualização do Conselho Escolar. Atualmente o Colégio Estadual Helena Kolody, comporta vinte e quatro turmas de Ensino Regular, quatro Programas sendo, Serviço de Apoio Especializado – Sala de Recursos do 6º ao 8º ano, Sala de Apoio a Aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática para o 6º ano, Sala de Apoio a Aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática para o 9º ano e Mais Educação. Conta também com uma atividade Complementar o CELEM – Espanhol e projetos integrados ao Projeto Político Pedagógico do estabelecimento. A comunidade atendida pelo Colégio Estadual Helena Kolody é composta por membros de diferentes classes sociais, prevalecendo a classe proletária. Estas famílias sobrevivem das atividades que o município oferece, contudo a maioria se desloca aos grandes centros industriais e comerciais da cidade vizinha de Maringá. Devido ao fato de o Colégio atender uma extensa região, muitos dos alunos matriculados fazem uso do transporte escolar para chegarem ao Colégio. De acordo com pesquisa realizada (por amostragem), a comunidade apresenta o seguinte perfil socioeconômico: 15 16 A participação efetiva das famílias no acompanhamento dos alunos na escola avançou, mas percebe-se que é necessário avançar mais, o que tem nos feito refletir e buscar algumas alternativas práticas de incentivo e facilitação desta participação, como: reuniões em horários alternativos, reuniões formativas ao invés de meramente informativas, contatos frequentes por telefone etc. Nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram nas formas de organização familiar, e, consequentemente, nas formas de relação entre a escola e as famílias. Nesse sentido, é preciso superar o “jogo do empurra-empurra” na busca de culpados, buscando formas de resgatar o respeito e a coerência entre a educação doméstica e a educação escolar. 17 Portanto, a função social da escola deve ser interagir e orientar as famílias para que percebam a importância do papel e não distorçam o sentido da educação escolar. Os pais devem mudar sua postura diante da escola através de práticas concretas, como por exemplo: Não ver a escola apenas como um “mal necessário” para garantir a ascensão social, mostrar que através da escola o aluno poderá não só ter a forma de sobrevivência no futuro, mas também colaborar na transformação do mundo de forma consciente. Estar aberto a mudanças, apoiando a escola, participando ativamente do ambiente escolar. A escola por sua vez, deve buscar maneiras de viabilizar e incentivar a participação cada vez maior, e, qualitativamente melhor, destas famílias. Neste contexto, o Colégio Estadual Helena Kolody – Ensino Fundamental e Médio está consciente da relevância de sua atuação para construção de uma sociedade mais igualitária, buscando democratizar o conhecimento e propiciar ao educando, condições para que este se desenvolva integralmente e contribua para o desenvolvimento da sociedade em que vive. Identificamos alguns problemas com relação a aprendizagem dos alunos, sendo eles: alunos que chegam ao 6º sem estarem alfabetizados, com dificuldade em resolver as quatro operações e entender situações problemas; desinteresse pelos estudos; falta de acompanhamento da família na vida escolar do aluno. Nosso aluno tem, em média, entre 11 e l7 anos. Por ser adolescente, está experimentando grandes transformações no corpo, no modo de pensar e agir. É um processo dialético uma vez que é um período marcado pela busca da construção de sua identidade, onde há uma constante luta por “ser ouvido”, que começa dentro de casa e continua na escola. Nossa escola procura tirar proveito dessa efervescência juvenil, estimulando os alunos a opinarem, defenderem seus pontos de vista, respeitarem as opiniões diferentes. É uma fase para a qual a escola não pode fechar os olhos ou transferir a responsabilidade de ação para os pais. Nós, enquanto instituição escolar, sabemos que o espaço em que o aluno adolescente vive deve ser o ponto de partida dos estudos, dessa forma ele compreenderá como os aspectos pessoais, os locais, os regionais e globais guardam relações entre si. A diversidade marca a vida social brasileira, e a escola como não poderia deixar de ser é um dos lugares onde esse cenário se desdobra. É necessário 18 reconhecermos e trabalharmos com as diferenças, por ser este o caminho mais curto para superar os preconceitos. O nosso aluno, independentemente da classe social a que pertence, está estabelecendo novas relações com a cultura e elaborando novas formas de adquirir informações, de construir conhecimentos, conceitos e valores, e isto deve ser considerado e explorado na escola. 3.1 Direção É responsável pela organização geral do Estabelecimento e pelo planejamento, execução e avaliação de todos os serviços escolares. Segundo o Professor Moacir Gadotti, “se é verdade que a Educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a educação”. Não podemos pensar que a gestão democrática da escola possa resolver todos os problemas de ensino ou da educação. Sua implementação é, uma exigência da própria sociedade, que a vê como um dos possíveis caminhos para a democratização do poder na escola e na sociedade. A atual prática gestionária nas escolas exige dos diretores uma dedicação plena, às questões administrativas, ficando em segundo plano sua atuação quanto a responsabilidade em relação às questões pedagógicas e educativas, que se reportam a sociedade como um todo e especificamente à comunidade escolar. No entanto, esta situação deve ser enfrentada e revertida, visto que o pedagógico deve prevalecer nas ações de todos os membros da comunidade escolar. A afirmação frequente de que “é difícil administrar sozinho a escola” denuncia o isolamento do dirigente escolar enquanto responsável único e último pela instituição administrativa. A administração autocrática, isto é, a que centraliza todas as decisões e poder nas mãos do diretor, gera uma sobrecarga de trabalho e, estabelece relações conflituosas no âmbito escolar o que se reflete no fracasso dos alunos. Uma reflexão sobre a gestão democrática da escola, a partir da compreensão por parte da comunidade escolar relacionada à escolha e à atuação do dirigente escolar, pode contribuir para a superação de conflitos com vistas a melhoria do trabalho, das relações estabelecidas e da qualidade de ensino. 19 Nos dias atuais, tem havido grande preocupação em relação aos processos de escolha de diretores escolares nos Municípios e Estados brasileiros (inclusive nosso Estado), o que vem estimulando questionamentos sobre o papel do diretor na construção de uma gestão na escola pública. Para fins desta análise, quatro categorias de escolha de diretores escolares são estabelecidas, quais sejam: nomeação, concurso, eleição e esquema misto. Para atingirmos os fins aos quais nos propomos, faz-se necessário uma breve análise sobre a função do diretor enquanto articulador na gestão democrática na instituição escolar. O diretor de escola é e deve ser antes de tudo um educador. Enquanto tal, possui uma função primordialmente pedagógica e social, que exige o desenvolvimento de competência técnica, política e pedagógica. Em sua gestão, deve ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em torno do projeto político pedagógico da escola. Quanto maior for essa articulação, melhor poderão ser desempenhadas às suas próprias tarefas, seja no aspecto organizacional da escola, seja em relação a responsabilidade social daquela com sua comunidade. Portanto, o diretor - articulador deve exercer sempre uma liderança na escola, capaz de dividir o poder de decisão e de deliberação com professores, funcionários da escola, pais de alunos, alunos e comunidade escolar. Isso não significa abrir mão de responsabilidades ou das funções inerentes a seu cargo, entre as quais podemos citar a função educativa, a função de mobilizador da equipe docente, a função de liderança eficaz, a função de gestão administrativa. Com isso, poderá melhorar a qualidade de seu próprio trabalho, uma vez que estará praticando a cidadania viva na escola. Compete ao Diretor: Convocar elementos da Comunidade Escolar para elaboração do Plano Anual e do Regulamento interno do estabelecimento de ensino, submetendo-os a apreciação e aprovação do Conselho Escolar; Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto, somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléias; Elaborar os planos de aplicação financeira. A respectiva prestação de conta e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar; 20 Elaborar e submeter a aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas de administração do estabelecimento, em consonância com as normas e orientações gerais emanadas da SEED; Elaborar e encaminhar ao Núcleo Regional de Ensino / SEED ouvido o Conselho Escolar, propostas de modificações no presente Regimento Escolar; Instituir grupos de trabalho ou omissões encarregados de estudar e propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações emergenciais; Propor ao Núcleo Regional de Ensino / SEED, ouvido a APM e/ ou o Conselho Municipal Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola, extinguindo ou abrindo curso, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das classes; Propor ao Núcleo Regional de Educação / SEED, ouvido a APM e/ou o Conselho Municipal Escolar a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa; Coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas do Núcleo Regional de Educação / SEED; Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pelo Núcleo Regional de Educação/SEED; Analisar e aprovar o Regulamento da Biblioteca Escolar. manter o fluxo de informações entre estabelecimento e o órgão do Núcleo Regional de Educação / SEED; Supervisionar a exploração da Cantina Comercial, onde estas tiverem autorização de funcionamento, respeitada a Lei Vigente; Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e ao Núcleo Regional de Educação / SEED, as irregularidades verificadas no âmbito da escola e ampliar medidas pertinentes. Administrar o patrimônio escolar e submeter, qualquer projeto, à aprovação do Núcleo Regional de Educação; se o Conselho Escolar julgar necessário. 21 3.2 Professor Pedagogo: A equipe pedagógica tem como função principal coordenar e orientar as ações dos diversos segmentos da comunidade escolar, visando otimizar ao máximo as condições de trabalho na escola, para que uma educação de qualidade de fato se efetive. Compete ao Professor Pedagogo: Compete à equipe pedagógica, coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do plano de ação da escola; coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais do CNE; promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola; participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola; coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da hora-atividade e de outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico; coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta pedagógica da escola; responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola pelo coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico escolar pela comunidade interna e externa; apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o projeto político-pedagógico, a proposta curricular e o plano de ação da escola e as políticas educacionais da SEED; coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta curricular e do projeto político-pedagógico 22 da escola; participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do processo de aquisição de livros e periódicos; orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo de professores da escola; subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e promover ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico desenvolvido em sala de aula; atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização do conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive; organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo; informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar; participar junto com os professores do ensino regular e da educação especial da elaboração das avaliações no contexto escolar para ingresso nos programas de serviços e apoios da educação especial, promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos; coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo pedagógico numa perspectiva transformadora; desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao saber e de melhoria das condições de vida da população; participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola; promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do compromisso ético-político com todos as categorias e classes sociais; observar os 23 preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa. 3.3 Professor: O professor da escola deve ser o profissional que desenvolve uma prática escolar caracterizada por uma mediação intencional e sistemática, que possibilita ao aluno o domínio do saber elaborado, a fim de que este se torne capaz de participar do processo de transformação da sociedade, a partir da vivência democrática na escola. Ele é peça fundamental na ação educativa. Numa perspectiva de educação emancipadora, que busca a transformação da realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o professor é mais do que mero “ensinante”, o processo de ensinoaprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo de ensinoaprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é, permeado de contradições e de mediações. Num processo educativo dialético, todos aprendem e todos ensinam, numa construção coletiva do conhecimento. Compete ao Professor: Ter conhecimento científico, considerando: cultura geral atualizada; domínio do conteúdo a ser ministrado e sua relação com a vida prática; Ter domínio dos métodos de ensino, procedimentos, técnicos e recursos auxiliares; Saber o “que”, o “porquê” e o “como” ensinar; Comunicar-se de forma clara, objetiva e adequada; Ter uma linha de conduta que expresse confiança, coerência, segurança, prudência, respeito; Possuir maturidade afetiva, considerando: domínio de si mesmo, honestidade e autenticidade; Imparcialidade e firmeza nas decisões; Entusiasmo e otimismo; Paciência e obrigação, Aceitação dos seus limites e do próximo; Ter senso de responsabilidade: assiduidade, pontualidade, organização, disciplina, cumprimento de normas; 24 Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular de sua disciplina; Elaborar o Plano de Trabalho Docente de sua disciplina de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de sua disciplina. O corpo docente é composto por quarenta profissionais sendo estes concursados e contratados por processo de seleção simplificada, graduados em nível superior, sendo em sua maioria, capacitados em cursos de especialização na área de atuação, com alguns professores mestres em educação. O corpo docente do Colégio atualmente é organizado e constituído da seguinte forma: CH Semanal Escola Capacitação Máx. (Licenciatura) ALEXANDRE JOSE GODOY VASCONCELOS 34 LICENCIATURA PLENA ANA PAULA RIBEIRO DA SILVEIRA VICENTE 27 LICENCIATURA PLENA APARECIDA MONTOIA DE AGUIAR 16 LICENCIATURA PLENA CELI APARECIDA DE MORAES 28 LICENCIATURA PLENA CLARICE GARCIA PAGOTTI 18 LICENCIATURA PLENA CLAUDIA LUCIA DA SILVA 16 LICENCIATURA PLENA CLAUDIO DE SOUZA 36 LICENCIATURA PLENA CLEIDE MARIA FERREIRA GOMES 4 LICENCIATURA PLENA DAIANE CRIS DA SILVA 28 LICENCIATURA PLENA DEBORA DE MORAES FONSECA 14 LICENCIATURA PLENA EDILAINE LOPES 4 LICENCIATURA PLENA EDILSON MANGOLIN GUILHERME 16 LICENCIATURA PLENA EDINEIA MARIA PETRINI DE BARROS 36 LICENCIATURA PLENA ELISANGELA VOLPATO 16 LICENCIATURA PLENA EMERSON FERREIRA DA SILVA 14 LICENCIATURA PLENA FERNANDA FERNANDES RABONI 16 LICENCIATURA PLENA FERNANDO HENRIQUE VIEIRA DE SOUZA 8 LICENCIATURA PLENA FRANCIELI APARECIDA MUNIZ 6 LICENCIATURA PLENA GILIAN GISLEINE CARRILHO 4 LICENCIATURA PLENA HERCULES ANANIAS DE SOUZA 15 LICENCIATURA PLENA IONICE APARECIDA DE FARIA 32 LICENCIATURA PLENA IVONETE DIAS 16 LICENCIATURA PLENA JENNIFER TIARA PEREIRA ABBONIZIO 8 LICENCIATURA PLENA LEONICE DOS SANTOS 17 LICENCIATURA PLENA LILIAN CRISTIANA ALVES 8 LICENCIATURA PLENA LINCON DE SOUZA SENGER 14 LICENCIATURA PLENA MARA DENISE PEIXOTO SANCHES 12 LICENCIATURA PLENA MARA LIBIA GLADE 16 LICENCIATURA PLENA MARIA ISABEL LEMES DA COSTA 26 LICENCIATURA PLENA MARIA TERESA SERABION GRACA 16 LICENCIATURA PLENA MITCHEL DRUZ HIERA 8 LICENCIATURA PLENA NATACHA CAROLINE FERREIRA DE MELLO 2 LICENCIATURA PLENA NEIDE GIACON BARBADO 16 LICENCIATURA PLENA PRISCILA APARECIDA TENCATI 16 LICENCIATURA PLENA Nome 25 ROBERSON MIRANDA DE SOUZA 16 LICENCIATURA PLENA ROSANI BINDA PINTO 14 LICENCIATURA PLENA ROSEMARY DELIZE 8 LICENCIATURA PLENA SANDRA REGINA GONCALVES 16 LICENCIATURA PLENA SOLANGE CRISTINA ALVES 23 LICENCIATURA PLENA TEREZINHA APARECIDA BATTAGLINI STRANIERI 8 LICENCIATURA PLENA 3.4 Agente Educacional II É composto de pessoas concursadas, devidamente competentes para as funções que lhes foram atribuídas, com tarefas no quadro acima citado. A secretaria é o setor que possui ao seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento. Os serviços de secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados. Secretário: O cargo de secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação. O secretário terá tantos auxiliares, quantos permitidos pela secretaria de Estado da Educação, em ato específico. Compete ao Secretário: Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos; Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos de secretaria aos seus auxiliares; Redigir a correspondência que lhe for confiada; Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos; Rever todo o expediente a ser submetido a despacho pelo Diretor; Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades superiores; Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados; 26 Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época a verificação do histórico da clientela escolar. Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência, adaptação e conclusão do curso; A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o expediente da secretaria não fique sem a presença de um responsável, independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento. Ao que se diz respeito ao trabalho burocrático é exercido de forma a contento, pois temos como linha de frente uma pessoa competente, compromissada com visão global dos assuntos pertinentes a secretaria. A interação entre ela e a equipe contribui para um trabalho com êxito. Satisfazendo as necessidades da escola e atendendo a comunidade escolar de forma eficaz. 3.5 Agente Educacional I Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado. Compõem os Serviços Gerais: servente, merendeira, vigia, inspetor de alunos e outros previstos em ato específico da Secretaria de Estado da Educação. Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o material e produtos necessários; Fazer respeitar o horário de entrada e saída do trabalho; Efetuar tarefas correlatas à sua função. Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e qualitativamente; Informar ao Diretor do Estabelecimento de Ensino da necessidade de reposição do estoque; Conservar o local de preparação da merenda em boas condições, procedendo a limpeza e arrumação; Efetuar tarefas correlatas à sua função; 27 Vestir-se adequadamente conforme normas estipuladas pela Direção e Conselho Nacional de Saúde. Zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas disciplinares para meter a ordem e evitar acidentes, no estabelecimento de ensino; Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos para detectar irregularidades de orientação e auxílio; Encaminhar ao setor competente do Estabelecimento de Ensino, os alunos que apresentem problemas, para receberem a devida orientação ou atendimento; Auxiliar a Direção do Estabelecimento de Ensino no controle de horários, acionando o sinal, para determinar o início e término das aulas; Observar a entrada e saída dos alunos, permanecendo nas imediações dos portões, para prevenir acidentes e irregularidades. Serviços eventuais que devem ser observados constantemente e informados à Direção e / ou departamento competente: Arrumar a área verde do estabelecimento; Checar bebedouros; Manutenção do bicicletários (estacionamento para bicicletas); Providenciar dedetização, desratização, limpeza de caixa d‟água, limpeza geral da escola; Fazer manutenção das carteiras, fechaduras, maçanetas, portão, fogão, equipamentos eletrônicos, extintores de incêndio, iluminação e fazer manutenção da quadra de esportes; Este Projeto Político-pedagógico, como instrumento de planejamento coletivo, resgata a unidade do trabalho escolar e garante que não haja uma divisão entre os que planejam e os que executam. Elaborado, executado e avaliado de forma conjunta, tem nova lógica. Nesse processo, todos os segmentos planejam, garantindo a visão do todo, e todos executam, mesmo que apenas parte desse todo. Com isso, de posse do conhecimento de todo o trabalho escolar, os diversos profissionais e segmentos envolvidos (gestores, técnicos administrativos e de apoio, docentes, discentes, pais e comunidade local) cumprem seus papéis específicos, 28 sem torná-los estanques e fragmentados. Todos tornam-se partícipes da prática educativa, e, portanto, educadores. Corpo Funcional do Colégio Estadual Helena Kolody O corpo funcional do Colégio Estadual Helena Kolody é constituído por vinte profissionais os quais segue vínculo funcional na tabela abaixo. Nome CH Semanal Função Escola LUCIANO PEREIRA DOS SANTOS 40 9131-DIRETOR ZELIA UNIATE 40 9731-SECRETARIO/ESCOLA CLARICE JOSE DE JESUS HASS 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS CLEUZA DA SILVA 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS JESUS DE CASTRO ANDRADE 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA EUNICE DO CARMO DOS SANTOS 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS NAIR MARIA DA COSTA 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS ROSANA MARIA MACEDO DE QUEIROZ 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS TEREZINHA PEREIRA BORINI 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS VANDA BORGES DA SILVA 40 9313-CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS AUREA ADRIANE SCHKALEI 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST EDERLI COUTINHO BLASQUES 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST IONE APARECIDA FASSUCI LARINI 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST JULIANA MARQUES DA COSTA 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST LEILA PATRICIA RODRIGUES 40 9314-CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST CRISTIANE MARIA SUZI SERINO 20 9316-EQUIPE PEDAGOGICA MARCELA DE SOUZA SILVA 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA ROSA ELIANA LEITE 20 9316-EQUIPE PEDAGOGICA ROSA MARIA SCHLATTER OSSUCCI 20 9316-EQUIPE PEDAGOGICA ROSEMEIRE NAVARRO 40 9316-EQUIPE PEDAGOGICA 3.6 Formação Continuada Todos os profissionais da escola são importantes para a realização dos objetivos do Projeto Político Pedagógico. Os professores são responsáveis por aquilo que os especialistas chamam de transposição didática, ou seja, concretizar os princípios político pedagógicos no processo ensino-aprendizagem. Cada um dos demais profissionais têm um papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas também da vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto, é importante que se garanta formação continuada aos profissionais e também outras condições, tais como estabilidade de corpo docente, o que incide sobre a 29 consolidação dos vínculos e dos processos de aprendizagem, uma adequada relação entre o número de professores e o número de alunos, salários condizentes com a importância do trabalho, etc. Além da responsabilidade da mantenedora em oferecer tais condições, também a escola deve preocupar-se em oferecer formação continuada a seus funcionários. A formação continuada dos professores visará ao desenvolvimento das potencialidades profissionais de cada um, a que não é alheio o desenvolvimento de si próprio como pessoa. Se dará cada vez mais pelo exercício de sua atividade, mas também pela reflexão sistematizadora que sobre ela exercerem e pela coerência de discurso e ação que conseguirem demonstrar. A formação continuada deverá proporcionar ao professor, o desenvolvimento de sua dimensão profissional na complexidade e na interpretação dos componentes que as constituem. A formação não será tratada como um acúmulo de cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico sobre a prática educativa. Portanto, investir no desenvolvimento profissional dos professores é também investir em suas reais condições de trabalho. Pretendemos organizar grupos de estudos, envolvendo todos os profissionais da escola. Trazer profissionais de diferentes áreas para ministrar palestras sobre temas pertinentes ao trabalho da escola. Assim como, viabilizar, internamente, condições para que os profissionais tenham oportunidade de participar de cursos oferecidos pela mantenedora. 3.7 Espaço Físico do Estabelecimento BLOCOS 1 SALAS E ADMINISTRAÇÃO *Direção *Secretaria *Sala dos Professores SALAS DE AULA * SALAS AMBIENTES E LABORATÓRIOS * Laboratório de informática *Laboratório de Química, Física, Biologia, Ciências e *Matemática *Biblioteca SANITÁRIOS OUTROS 14 *Sala de reuniões *Sala de apoio pedagógico (5ª série/ 6º ano *CELEM *Almoxarifado *Cozinha *Refeitório *Cantina 30 2 Coordenação Pedagógica 12 * 10 * * * * * * 01 Quadra de Esportes 3.8 Espaços Pedagógicos 3.8 A Sala de Apoio à Aprendizagem de 5ª série/6º ano A Sala de Apoio tem em vista o disposto na LDBEN 9394/96, o parecer do Conselho de Educação Básica nº 04/98 – CEB, a Deliberação nº 007/99, do Conselho Estadual de Educação – CEE. A Sala de Apoio tem como objetivos: O desenvolvimento da capacidade de aprender do aluno de 5ª série/6º ano, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; A necessidade de promover meios ao estabelecimento de ensino para enfrentar as dificuldades de aprendizagem dos alunos; a avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa, como um processo indicativo dos avanços e das necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos. Para solicitar demanda para as Salas de Apoio à Aprendizagem, o estabelecimento de ensino dispõe de uma sala adequada, com no máximo 20 alunos, nas Disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, funcionando em contra turno ao qual o aluno da 5ª série/6º ano está matriculado. Os professores que são supridos nas Disciplinas referidas, desenvolvem um trabalho diferenciado que atende às diferenças individuais dos alunos. Para tanto, foram apontados diversos encaminhamentos para análise e compreensão das dificuldades apresentadas, visando assegurar um trabalho efetivo e inovador, na aprendizagem destes alunos que ainda não se apropriara da linguagem padrão e das competências dos cálculos. Os professores devem adotar estratégias com um novo enfoque na relação ensino-aprendizagem numa concepção sócio-interacionista, em que o aluno é sujeito histórico e social, melhorando o desempenho, despertando a auto-estima perdida e experimentando desafios coletivos. 31 São utilizados nas aulas materiais diversificados e concretos, nas diferentes funções e níveis, para que visualizem as situações problemáticas apresentadas, capacitando o aluno a construir hipóteses sobre os diversos conceitos na linguagem matemática, criando momentos para organização de ideias e refletir sobre a atividade realizada que no dia-a-dia da sala de aula comum, muitas vezes, não é oportunizado. Com a Sala de Apoio, os alunos são favorecidos, estimulados ao gosto pela leitura, com a escolha de textos de sua preferência, criando expectativas, coordenando informações e ilustrações do texto, promovendo a confiança do mesmo como leitor. Discutem, fazem perguntas, realizam avaliações por escrito, mostrando criatividade nas produções, são motivados a escrever com clareza e organização de ideias. O aluno desenvolve novas habilidades e percebe os principais equívocos que ainda apresenta. É na Sala de Apoio que o aluno é levado a refletir sobre o que aprende, como aprende e qual é a importância da aprendizagem, a ampliar seu mundo com situações mais complexas. É possível fazer intervenções que ajudem os alunos a avançar no conhecimento, desenvolver seu potencial de ler, interpretar e representar o mundo. 3.8B Sala de Apoio à Aprendizagem de 8ª série/9º ano Atendendo a Resolução nº. 2772/2011 – GS/Seed e Instrução nº. 007/2011 – SUED/Seed, foi implementada uma Sala de Apoio à Aprendizagem para os alunos da 8ª série/9º ano que possuem algum tipo de dificuldade na área de Língua Portuguesa e Matemática. A priori a Salas de Apoio à Aprendizagem de 8ª série/9º ano seguem as mesmas determinações da Sala de apoio de 5ª série/6º ano. Para solicitar demanda para as Salas de Apoio à Aprendizagem, o estabelecimento de ensino dispõe de uma sala adequada, com no máximo 20 alunos, nas Disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contra turno, que têm como finalidade trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos nessas disciplinas. O objetivo do programa é atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. São trabalhadas as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, 32 leitura, escrita, bem como as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. 3.9A Sala de Recursos O Serviço de Apoio Especializado – SALA DE RECURSOS – do Colégio Estadual Helena Kolody – Ensino Fundamental e Médio atende a INSTRUÇÃO Nº 015/2008 – SUED/SEED, considerando os preceitos legais que regem a Educação especial: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, as Diretrizes Nacionais para a Educação especial na Educação Básica – Parecer nº 17/01 – CNE, e a Resolução nº 02/01 – CNE; A Sala de Recursos oferece um serviço especializado de natureza pedagógica e tem a finalidade de apoiar e complementar o atendimento educacional realizado nas classes comuns do Ensino Fundamental. São assistidos alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental, egressos da Educação Especial (1ª a 4ª), bem como aqueles que venham a apresentar, no decorrer do processo ensino-aprendizagem, atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência intelectual e que necessitem desse apoio especializado complementar. O apoio pedagógico oferecido deve contemplar metodologias e estratégias diferenciadas, distinguindo-se do reforço escolar e observando as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motora, sócio-afetivo-emocional), além dos conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática da série em que o aluno se encontra. O ingresso do aluno na Sala de Recursos dar-se-á através de uma avaliação psicopedagógica, a qual deverá ser realizada no contexto do Ensino Regular, enfocando conteúdos das Disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, além das áreas de desenvolvimento acima citadas. A cada 20 (vinte) horas semanais a demanda deverá ser de 20 (vinte) alunos, no máximo, os quais são atendidos através de cronograma, duas vezes por semana, não ultrapassando duas horas diárias. Os alunos são atendidos individualmente ou em grupo de até 10 (dez) alunos, sendo esses grupos organizados preferencialmente por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos. 33 Cada aluno da Sala de Recursos possui uma pasta individual onde consta o Relatório de Avaliação Pedagógica no contexto e o Relatório Semestral de Acompanhamento, os quais ficam sob a responsabilidade da secretaria da Escola. A elaboração desses Relatórios está a cargo do Professor da Sala de Recursos, da equipe técnico-pedagógica da escola e sempre que possível e necessário, conta com o apoio dos professores da classe comum. Para atuar na Sala de Recursos o professor possui habilitação específica na área e a escola deve contar com equipe técnico-pedagógica habilitada ou especializada e/ou em formação profissional continuada em cursos que contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial. O programa funciona em espaço físico adequado e dispõe de materiais pedagógicos específicos, levando em conta as peculiaridades dos alunos. O trabalho a ser desenvolvido deve partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos da classe comum. Quando o aluno não necessitar mais do Serviço de Apoio Especializado- Sala de Recursos - deverá ser feito o seu desligamento por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, equipe técnico-pedagógica e professores da classe comum, sempre que possível e necessário, ficando arquivado na pasta individual do aluno. 3.10 Biblioteca A Biblioteca constitui-se em espaço um pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda comunidade escolar. Este espaço possui regulamento próprio que foi elaborado sob a orientação da Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar. A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de estudos e pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de outros materiais bibliográficos. A biblioteca escolar precisa ser vista como um novo espaço na escola, como uma oportunidade de fortalecimento do ensino, dando-lhe um sentido onde o professor não segue caminhos predeterminados e receitas prontas, mas vai e leva o seu aluno em busca de novas informações. Do convívio com a leitura, com o livro, 34 com novas ideias é que surge o leitor crítico, criativo, independente. É a biblioteca que pode contribuir para ampliar e desenvolver o potencial do aluno. 3.11 Laboratório de Ciências, Biologia e Química O laboratório constitui-se em espaço pedagógico cujo material estará à disposição dos professores de Ciências, Física, Matemática, Química e Biologia e respectivos alunos. O laboratório está sob a responsabilidade do Professor Laboratorista e supervisionado pela Equipe Pedagógica. Compete ao Professor que faz uso do laboratório de Química, Física e Biologia: Requisitar o uso do laboratório à Equipe Pedagógica, preferentemente, com antecedência mínima de 48 horas, bem como os materiais que serão utilizados de acordo com as possibilidades do Estabelecimento; Deixar os materiais e os laboratórios limpos e no lugar de origem; Comunicar aos agentes educacionais II a quebra de objetos, falta de reagentes e o não funcionamento de equipamentos; Fazer uso do laboratório somente se os alunos estiverem acompanhados do professor; Responsabilizar-se quanto ao uso dos materiais que possam causar acidentes, devendo comunicar imediatamente à Direção quando houver ocorrência; Doar os equipamentos confeccionados no Estabelecimento, os quais farão parte do patrimônio do laboratório; Esclarecer aos alunos das normas de segurança para o uso do laboratório. 3.12 Laboratório de Informática O Colégio conta com uma sala equipada com 37 (trinta e sete) computadores, 01 (uma) impressora e internet através de Fibra Óptica. A introdução da informática na escola é um bom momento de repensar a educação de fazer uma reflexão sobre a qualidade de ensino, sobre o tipo de educação que a escola esta proporcionando.. A informática na educação é uma das alternativas que pode contribuir no aprimoramento da qualidade de ensino, mas a introdução do computador na sala de aula não significa automaticamente a melhoria do ensino. 35 Nossa escola adotará a abordagem histórico-crítica, onde o educador tornase o mediador e um constante provocador da aprendizagem dos alunos, pois o aluno interage ora com a máquina, ora com o professor. Cabe ao professor promover a aprendizagem do aluno para que este possa construir o conhecimento dentro de um ambiente que o desafie e o motive para a exploração, a reflexão, a depuração de ideias e a descoberta. Antes de propor um plano, o professor deve conhecer as potencialidades dos seus alunos e suas experiências anteriores. Para tornar possível tal transformação, é preciso que o professor vivencie situações em que possa analisar a sua prática e a de outros professores; estabeleça relações entre essas práticas e as teorias de desenvolvimento subjacentes; participe de reflexões coletivas sobre elas; discuta suas perspectivas com os colegas e busque novas orientações. Vários aspectos referentes à atuação do professor no processo de interação com os alunos em ambiente de aprendizagem informatizado são objeto de análise, dos quais destacamos os seguintes: Não impor aos alunos sequências de exercícios ou tarefas; Propor o desenvolvimento de projetos cooperativos, utilizando temas emergentes no contexto; Dar ao aluno liberdade para propor os problemas que quer implementar, para que ele atue na direção de seu interesse; Introduzir desafios para serem implementados pelos alunos e analisar com o grupo as diferentes estratégias de solução adotadas; Quando o aluno estiver em conflito, intervir em seu processo, aproximando-se do conhecimento demonstrado a partir de indagações sobre a sua proposta de trabalho; refletir com ele sobre suas hipóteses, auxiliá-los no estabelecimento de relações entre o ocorrido e o pretendido, isto é, fazer uma adequação das intervenções ao estilo do aluno e à situação contextual; Deixar disponível material bibliográfico sobre os recursos da ferramenta informática em uso e, quando necessário, fornecer informações sobre aspectos convencionais do software ou sobre outras informações ou conceitos requeridos pela atividade em desenvolvimento (permitir que os alunos explorem livremente o software em uso desperta o interesse deles em conhecer seus recursos e empregá-los no desenvolvimento de projetos); 36 Criar um ambiente de cordialidade e de aprendizagem mútua a partir das relações de parceria e de cooperação com os alunos e entre alunos. Esses aspectos implicam: Procurar construir um quadro teórico coerente, que oriente sua conduta de professor mediador; Dominar as técnicas de programação e os recursos do software em uso, de forma a fornecer subsídios aos alunos; Procurar dominar os conteúdos do campo de exploração trabalhado no computador pelos alunos e, quando necessário, aprofundar os estudos sobre eles, de forma a orientar a aprendizagem dos conteúdos e das respectivas estruturas envolvidos nas pesquisas; Diante de um novo problema, assumir atitude de pesquisador e levantar hipóteses, realizar experimentações, reflexões, depurações e buscar a validade de suas experiências. Para assumir um novo papel em sua atuação, o professor deve se preparar num processo de formação, cuja concepção é focalizada de acordo com a concepção do papel atribuído ao professor no processo educacional. Esse processo de implantação de informática aplicada. à educação exige inclusive que os professores invistam em seu próprio desenvolvimento para que a sua prática pedagógica possa se beneficiar dessa nova ferramenta. É necessário o envolvimento e a colaboração de toda a comunidade para implantar um trabalho em conformidade com seus objetivos e expectativas. E essa união é fundamental. 3.13 Projetos e Atividades Desenvolvidas PROJETO – MÚSICA/FLAUTA DOCE DEMANDA; alunos do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente DISCIPLINA VINCULADA: Arte com foco multidisciplinar TURNO DO PROJETO: em caráter de contra-turno e sábado RECURSOS MATERIAIS: flauta doce, caderno de pauta, estantes, material didático pedagógico, túnicas RECURSOS HUMANOS: Diretor, Pedagoga e Professor de Música, 37 INFRA-ESTRUTURA: sala com quadro, cadeiras, acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA A escola constitui para a maioria dos estudantes uma alternativa concreta de acesso ao saber, entendido como conhecimento socializado e sistematizado na instituição escolar. Este acesso ao saber implica no resgate dos sentidos e do pensamento, na maioria das vezes alienados pelo sistema capitalista. Acreditamos que a arte contribui significativamente para a superação da condição de alienação a qual os sentidos humanos foram submetidos, pois ela tem como característica ser criação e esse é um elemento fundamental para a educação e para a construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. A prática da música, humaniza os sentidos, amplia a visão de mundo e aguça o espírito crítico. Sendo a música um dos conteúdos a serem trabalhados na Educação Básica, conforme a Lei 11.769/08, este projeto justifica-se pela oportunidade que os alunos terão de fazer aulas de musicalização e ampliar seus conhecimentos nesta área. O valor intrínseco da música para cada indivíduo é reconhecido extensamente em muitas culturas. Certamente, cada povo faz do uso de sua própria cultura, uma útil e poderosa ferramenta para expressar suas idéias e ideais. Foram comprovadas em pesquisas que os jovens estudantes de música que atuam em orquestras escolares, igrejas, projetos do governo...fazem menos uso de álcool, tabaco e drogas. A música é algo que devemos semear e cultivar em nossos estudantes, especialmente porque temos as evidências científicas que provam que o estudo aplicado desta arte torna os alunos melhores em matemática e na ciência, reforça a inteligência espacial, e também, combate a violência trazendo uma solução para o que tem enfrentado as escolas. O departamento de cultura e educação nos Estados Unidos reconhece também, que o estudo da música é um poderoso aliado no desenvolvimento intelectual dos sujeitos. As habilidades desenvolvidas com a música são transferidas para as outras áreas como: habilidade cognitiva, na comunicação, disciplina e organização. Outra coisa importante é que, praticando “tocar em grupo” com os colegas, os alunos aprendem a trabalhar no ambiente escolar sem recorrer ao comportamento autoritário ou impróprio, ou seja, aprendem a trabalhar em equipe. Estudos apontam que o contato com a música tornam as crianças mais “espertas”, mas o que é novo e especialmente interessante, entretanto, é a combinação dos 38 estudos “exatos e clássicos” e “pioneiros e novos” no campo neurológico, que mostram como o estudo da música pode contribuir ao desenvolvimento do cérebro. OBJETIVO GERAL Propiciar para a demanda de alunos do Colégio a oportunidade de aulas de musicalização por meio da flauta doce, auxiliando na melhoria no seu desempenho escolar em virtude das muitas habilidades e competências que a música traz para aqueles que dela fazem uso, além de ampliar a visão do meio que o cerca e trazer benefícios para sua socialização e expressão coletiva OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer o histórico da flauta doce Adquirir embasamento teórico da música; Manipular e tocar flauta doce; Desenvolver habilidades e competências pertinentes à música; Ler e escrever partituras; Melhorar seu desempenho escolar de forma interdisciplinar; Desenvolver capacidade crítica, reflexiva e criadora possibilitando a sua inserção na comunidade como cidadão atuante em seu contexto histórico, social e cultural. METODOLOGIA A Direção, Pedagoga e Professor de Música contratado por meio de estágio ou particular, farão inicialmente uma pré seleção dos alunos para iniciarem no projeto, visto que serão 30 vagas para a formação da turma. Serão utilizadas as flautas doces e o caderno de musicalização disponíveis no Colégio por meio da SEED/PR. Tendo formado a turma, os pais dos alunos serão convocados pela Direção do estabelecimento para tomarem ciência da importância e seriedade do projeto, nesta ocasião estarão sendo feitos acordos com os responsáveis, registrados em Ata própria sobre a participação do aluno em apresentações que envolvam o grupo de música formado, cuidados com o instrumento e material didático. As aulas serão em caráter de contra turno e aos sábados, nas dependências do Colégio com duração de no máximo 90 minutos por aula. Serão utilizados os recursos necessários para que os alunos desenvolvam a música na flauta doce e possam fazer apresentações sem eventos pertinentes. O Professor fará toda e qualquer intervenção para o bom andamento do grupo. 39 AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto estará sendo avaliado de acordo com os progressos que o grupo de aluno faça. A Direção e Pedagoga irão acompanhar constantemente as aulas para verificar a desenvoltura do Professor junto aos alunos e seu planejamento para as aulas para que o grupo esteja sempre avançando no aprendizado até que iniciem as apresentações musicais com a flauta doce. O comprometimento individual dos alunos será avaliado em cada aula por meio da execução das tarefas solicitadas. REFERÊNCIAS Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília 1997. ESTEVÃO, Vânia Andréia Bagatoli. A importância da música e da dança no desenvolvimento infantil. 2002. FARIA, Márcia Nunes. A música, fator importante na aprendizagem. 2001. LEÃO, E. Por que estudar música? Revista da ADUFG. Goiânia, 2001 STEFANI, Gino. Para entender a música. Rio de Janeiro: Globo, 1987. www.flauta.com.br PROJETO – TORNEIO PAIS&FILHOS DEMANDA: alunos regularmente matriculados no Colégio e seus pais. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: uma vez por ano no mês de Agosto. DISCIPLINA VINCULADA: Gestão Escolar e Educação Física. TURNO DO PROJETO: sábado no período matutino e vespertino. RECURSOS MATERIAIS: materiais esportivos, bolas de futsal, futebol, basquete, vôlei, coletes, pranchetas e canetas. RECURSOS HUMANOS: Direção, Professores de Educação Física e Grêmio Estudantil. INFRA-ESTRUTURA: quadra poliesportiva em condições de uso, acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA Nos dias atuais temos visto uma onda de violência e criminalidade que atinge o país todo e o mundo, temos ouvido nos últimos tempos, muitas notícias de filhos que agridem seus próprios pais as vezes até a morte em situações de extrema crueldade. Problemas e dificuldades familiares são expostos nas páginas dos jornais e estes fatos não podem tomar uma proporção banal. Pais e mães com filhos 40 adolescentes ou pré-adolescentes têm recorrido a profissionais como psicólogos, psiquiatras e educadores, na procura de respostas e conselhos sobre o que fazer com seus filhos comportamentos quando esses socialmente costumam inadequados, apresentar dificuldades problemas de como: relacionamento interpessoal, bem como problemas de adaptação escolar e aprendizagem, sendo que as maiores queixas ficam entre os comportamentos sociais inadequados e dificuldades de convivência familiar. As crianças e os adolescentes tem passado boa parte do dia na escola em companhia de Professores ou até em alguns casos o dia todo. A proximidade e colaboração entre pais e escola tem que existir para o bemestar dos filhos/alunos. Temos visto que os pais precisam trabalhar o dia todo ou meio período para prover o sustento, a segurança e a dignidade em casa. A verdade é que a criança ou adolescente não precisa das 24 horas de dedicação porque, dessa forma, sua autonomia não é formada e pode ocasionar na formação de um indivíduo inseguro, influenciável a amizades. Acreditamos que o importante é os pais perceberem um fato: não é a quantidade de tempo que faz diferença crucial, mas sim a qualidade desse tempo, ou seja, de que forma foi aproveitado e quais foram os pontos positivos observados. Um simples gesto de perguntar como foi o dia do filho e de mostrar interesse é bom, pois o filho se sente valorizado. Um convite para um passeio, para brincarem um pouco no final do dia, a presença dos pais na reuniões escolares, faz diferença para o bom convívio entre pais e filhos. Não é necessário que os pais se sintam culpados por não atenderem todas as vontades do seu filho, pois ele estará crescendo de forma madura em casa e na escola, na interação com outras pessoas se sentir-se valorizado e amado no tempo disponível em cada momento da vida dela. Percebemos que a estrutura do Colégio é o único local disponível na região onde está localizado, para que a comunidade escolar possa se reunir para prática de esporte e lazer. Este projeto vem atender a necessidade de um momento dos pais com os filhos, promovendo a socialização entre os mesmos e com outros pais e alunos, além de melhorar a proximidade dos pais com a escola. Este tempo que será dedicado entre pais e filhos é muito significativo para ambos, pois vai estreitar o relacionamento e trazer maior intimidade para ambos, facilitando o diálogo e coibindo a procura de estranhos por parte da criança ou do adolescente para uma conversa quando estes encontram-se num momento mais delicado. Este torneio faz com que os filhos possam ter um espaço reservado para estarem junto dos seus pais partilhando momentos de esporte e 41 lazer saudáveis. A escola deve ser incentivadora de ações que possam melhorar o relacionamento entre pais e filhos para que a família seja valorizada e exista mais harmonia na mesma, certamente a escola será beneficiada, pois estando num ambiente melhor estruturado o aluno apresentará maior êxito nas suas atividades escolares. OBJETIVO GERAL Oportunizar no recinto escolar um tempo de qualidade entre pais e filhos para que por meio do esporte e lazer sejam intensificados os conceitos familiares de respeito, cooperação, amizade e boa conduta dentro e fora do ambiente familiar, priorizando a valorização da instituição família como meio de melhoria do desempenho escolar do aluno uma vez que esta exerce fortes influências sobre o mesmo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Criar oportunidade de prática do esporte e lazer entre os pais e os alunos no recinto escolar; Promover melhoria na qualidade de vida; Valorizar o tempo de qualidade entre os pais e os alunos; Criar proximidade dos pais com o estabelecimento escolar; Valorizar a instituição família; Melhorar o relacionamento entre pais e filhos; Obter melhoria no processo de ensino aprendizagem. METODOLOGIA O Torneio Pais&Filhos acontecerá no mês de agosto do ano letivo, em virtude do dia dos pais. A Direção, os Professores de Educação Física e alunos do Grêmio Estudantil estarão responsáveis por organizar o torneio anualmente quando da sua época, fazendo a divulgação e inscrição dos times para o torneio que acontecerá sempre aos sábados no período da manhã e tarde de acordo com as respectivas turmas do Colégio. No dia do torneio estarão organizados os times e quem irá atender cada partida entre os Professores de Educação Física. REFERÊNCIAS BEACH, Raimundo, Nós e nossos filhos. Santo André – São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1968. FERRARI, Mario e KALOUSTIAN, Silvio M. Introdução. in KALOUSTIAN, SM (org). 42 Família brasileira, a base de tudo. 4.ª ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 2000. FIGUEIRA, Sérvulo Augusto e VELHO, Gilberto. Família, psicologia e sociedade. Rio de Janeiro: Campos, 1981. MURRAY, E. J. Motivação e Emoção, Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. LAWTHER.J,D. Psicologia Desportiva, Rio de Janeiro: Forum Editora LTDA,1973. PROJETO – JOGO DE XADREZ DEMANDA; alunos do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início em abril. DISCIPLINA VINCULADA: Educação Física e Matemática. TURNO DO PROJETO: em caráter de contra-turno. RECURSOS MATERIAIS: tabuleiros de xadrez, mesas e cadeiras, cronômetros. RECURSOS HUMANOS: alunos monitores – Grêmio Estudantil. INFRA-ESTRUTURA: espaço livre com acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA O Colégio Estadual Helena Kolody, presta atendimento para cerca de oito bairros do Município, sendo que não há qualquer oferta por parte do poder público de atividade que possa trazer benefício à criança e ao adolescente no período em que está fora do horário escolar. Alguns benefícios do xadrez já são conhecidos desde a idade média, contudo só recentemente se tem estudado os seus efeitos na adolescência onde pode ter impactos significativos na cognição e desenvolvimento da aprendizagem. Inclusive há cada vez mais colégios e escolas em Portugal a oferecerem xadrez como disciplina obrigatória. O projeto justifica-se pela necessidade de oportunizar aos alunos uma atividade que trará melhoria na qualidade da aprendizagem dos conteúdos escolares, estimulará o desenvolvimento cognitivo, além da prática esportiva do jogo, que propicia melhor interação com outros indivíduos do mesmo grupo, diminuindo problemas de relacionamento e comportamento, dentro e fora do recinto escolar. O envolvimento com a prática do xadrez traz inúmeros benefícios para o estudante que poderá fazer uso das habilidades adquiridas durante o projeto quando estiver em sala de aula, pois este esporte promove o desenvolvimento do raciocínio matemático, aumento da 43 criatividade e concentração, do pensamento crítico, da memória, faz com que o indivíduo tenha maior auto confiança, tenha maturidade intelectual e possa agir adequadamente em situações complexas. Ressalta-se que este jogo também vai trabalhar a aquisição e consolidação de valores éticos. Assim, percebe-se que a inserção das atividades que envolvem o ensino e aprendizagem do xadrez nas escolas vem contribuir na formação de indivíduos (alunos) e pessoas capazes de enfrentar os diversos desafios que estão por surgir e, mais do que isso, saber que suas ações e atitudes voltam-se para o processo do desenvolvimento cognitivo, pois se acredita que este possa viabilizar respaldo intelectual nos vários contextos em que estão inseridos, contribuindo na constituição de cidadãos mais preparados tanto para os fenômenos da natureza, quanto das surpresas provocadas pelo próprio homem. OBJETIVO GERAL Promover o aprendizado do jogo de xadrez nas séries do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, oportunizando o mesmo como forma lúdica, para promover desenvolvimento intelectual do aluno, além de habilidades que lhe serão significativas para melhoria na aprendizagem e convivência no meio onde está inserido. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar a história do Jogo de xadrez e seu desenvolvimento; Desenvolver o raciocínio lógico e concentração; Desenvolver habilidades de observação, reflexão, análise e síntese; Desenvolver habilidades e hábitos necessários à tomada de decisões; Compreender e solucionar problemas pela análise do contexto geral em que estão inseridos; Melhorar o desempenho escolar; Desenvolver capacidades cognitivas, sociais, afetivas e morais METODOLOGIA Este projeto será realizado por meio do envolvimento dos Professores de Educação Física e de Matemática, com apoio de alunos monitores que já tem conhecimento do jogo. Os alunos monitores estarão realizando a oficina de xadrex no contra turno, orientados pelos Professores que deverão realizar planejamentos prévios com os alunos monitores, assim cada encontro na oficina de xadrez poderá 44 proporcionar avanços para o grupo de alunos participantes do projeto. Assim que o jogo e sua origem são apresentados, uma outra etapa é iniciada: apresentar o tabuleiro e as peças que o compõe, bem como a dinâmica do jogo (movimentos e jogadas). Para tanto é necessário dispor de ferramentas que auxiliem o aluno monitor a manter a concentração e o interesse dos alunos, pode-se recorrer então as dinâmicas enxadrísticas que consistem em atividades lúdicas que visam além de fixar os conteúdos ensinados, auxiliar na motivação e na integração social dos participantes. Essas atividades podem servir tanto como uma introdução a um novo elemento como uma prática a fim de melhor demonstrá-lo. Através destas os alunos são levados a atividades relacionadas diretamente ao xadrez, porém com maior mobilidade. A primeira dinâmica apresentada é a “Que Peça é Essa?” que consiste em ao término da primeira aula, cada aluno deverá pegar uma peça que está sobre uma mesa no centro da sala (onde existem várias peças aleatoriamente distribuídas) e dirigir-se para a saída conforme for sendo realizada a chamada .Ao escolher a peça, deve-se levá-la para o monitor que irá perguntar o nome da peça escolhida e o porque da sua escolha. Essa dinâmica objetiva fixar a aprendizagem; desinibir a criança frente aos demais e eliminar ou diminuir qualquer receio que esta tenha em relação ao jogo de xadrez. Por meio de dinâmicas assim, acredita-se que o grupo de alunos da oficina irá familiarizar-se facilmente com o jogo de xadrez, fazendo com que cada um vá adquirindo auto-confiança e tendo suas próprias experiências e com isto construindo seu entendimento sobre o jogo, sempre com apoio e intervenções do aluno monitor. As práticas para o ensino do Xadrez devem ser estudas por cada Professor e adaptadas a realidade do seu grupo de alunos. Por fim, deve-se salientar que a aceitação do jogo entre os alunos geralmente é majoritária e muito proveitosa do ponto de vista social e intelectual. AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto deverá ser avaliado constantemente pelos Professores envolvidos, por meio de questionamentos junto aos alunos monitores e ao grupo de alunos que participam do projeto. Deverão ser observadas também outras variáveis que podem apontar os resultados positivos ou negativos do projeto, como relatos dos Professores das demais disciplinas quando no momento do Conselho de Classe dos alunos envolvidos, relatando as possíveis melhoras na aprendizagem e conduta em sala de aula. A avaliação poderá ser feita também pela aceitação e freqüência do grupo de alunos no projeto, conforme a aceitação dos encontros e atividades dadas. 45 Poderão ser promovidos jogos entre os participantes do projeto para averiguar o grau de entendimento do jogo e avaliar o andamento das atividades realizadas. REFERÊNCIAS BECKER, Idel. Manual de xadrez. 22. ed. São Paulo: Nobel, 2002. 340 p. FONTARNAU, A. S.,O ensino de xadrez na escola. Porto Alegre: Artmed, 2003. NOTTINGHAM, Ted. Xadrez para iniciantes. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001. 120 p. PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Trad. Maria AM D'Amorim; Paulo SL Silva. Rio de Janeiro: Forense, 1967. 146p. SÁ, Antonio V. M. 2004. Disponível em http://www.clubedexadrez.com.br/ SILVA, Wilson. 2004. Disponível em http://www.cex.org.br/html/ensino/index.htm VASCONCELLOS, S. A. Apontamentos Para Uma História Do Xadrez e 125 Partidas Brilhantes. 1. ed. Brasília – DF: ANTA, 1991. PROJETO – JOGO DE FUTSAL DEMANDA; alunos regularmente matriculados no Colégio PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início em Março DISCIPLINA VINCULADA: Educação Física com foco interdisciplinar TURNO DO PROJETO: em caráter de contra-turno e sábado RECURSOS MATERIAIS: bolas de futsal, coletes RECURSOS HUMANOS: Professor de Educação Física e alunos monitores INFRA-ESTRUTURA: quadra poliesportiva em condições de uso com acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA O Colégio encontra-se em uma região com poucos investimentos para prática de esportes, pois nos bairros onde residem os alunos existem pouco infra estrutura, sendo as dependências do Colégio o único lugar mais adequado para esta prática. Com olhar voltado para as necessidades dos alunos em ter um espaço para melhoria da sua qualidade de vida e aperfeiçoamento do esporte, este projeto vem propiciar a oportunidade dos adolescentes, alunos do Colégio, praticarem o futsal e principalmente interagir coletivamente o que remete a inúmeros benefícios para sua vida escolar, pois o esporte possibilita o desenvolvimento de habilidades essenciais para a aprendizagem. Atualmente o futsal é considerado um dos esportes mais praticados no Brasil principalmente no meio escolar. Este fato é facilmente verificado 46 pelo destaque que é dado ao esporte pelos Professores nas escolas e também pela facilidade com que pode ser jogado e a grande divulgação pelos meios de comunicação que atrai cada vez mais adeptos. O ser humano possui distintas competências intelectuais que operam de acordo com seus próprios procedimentos, possuindo uma história de desenvolvimento própria e um específico sistema de regras de funcionamento. Estas competências incorporam habilidades diversificadas, sendo consideradas, a partir disto, inteligências múltiplas ou estruturas da mente, com a prática do futsal os alunos estarão aprimorando estas competências, que lhes serão importantes em suas vivências dentro e fora do recinto escolar. Nos jogos com bola, a inteligência que mais se destaca é a cinestésico-corporal, pois trata-se da habilidade de usar a coordenação motora (grossa ou fina) no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza. A inteligência cinestésico-corporal é considerada uma das mais importantes para os atletas, pois permite a resolução de problemas ou a criação de movimentos através do uso de parte ou de todo o corpo, acreditamos na importância em trabalhar no aluno o corpo e a mente para que tenha amplitude na visão daquilo que o cerca e passe a interagir em seu meio de forma mais consciente. Este projeto tem também um caráter interdisciplinar, pois busca correlacionar o desenvolvimento motor possibilitado pela prática do futsal, com os progressos na aprendizagem dos conteúdos escolares como resultado dessa prática esportiva. Este projeto remete a formação integral do sujeito/educando, parte do entendimento de que estando este sujeito envolvido com atividades teóricas e práticas do futsal, orientado por um professor de Educação Física, poderá usar os conhecimentos auferidos na escola para sua formação geral como cidadão, desenvolvendo hábitos saudáveis, contribuindo com harmonia no interior do ambiente escolar, evitando assim, a ociosidade que poderá conduzir às drogas e potencialmente à violência. OBJETIVO GERAL Oportunizar aos alunos a prática do esporte na modalidade do futsal e a vivência em campeonatos escolares, como forma de melhoria na qualidade de vida, no rendimento escolar de forma interdisciplinar, resgatando e valorizando questões éticas e morais, com vistas ao pleno desenvolvimento do educando como cidadão e agente transformador da sua realidade, contribuindo para diminuição da violência dentro e fora da escola e contato, por ociosidade e falta de objetivos pessoais, com as drogas. 47 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Adquirir conhecimento sobre o histórico do futsal; Estimular melhoria nas relações sociais dentro e fora do âmbito escolar; Diminuir limitações motoras e cognitivas; Aprimorar habilidades e competências corporais e mentais; Desenvolver a inteligência cinestésico-corporal; Propiciar vivência da prática do esporte em campeonatos escolares; Provocar melhoria no desempenho escolar do estudante; Afastar o estudante de possíveis riscos eminentes a ociosidade. METODOLOGIA Os Professores de Educação Física do Colégio estarão envolvidos diretamente neste projeto, realizando seu planejamento para dar andamento nas aulas e treinos, observando as necessidades do grupo de alunos envolvidos, principalmente no âmbito emocional e físico. As aulas poderão ser teóricas e práticas para dar embasamento aos participantes do projeto da dinâmica de realização e regras do jogo. Durante as aulas os alunos poderão fazer partidas entre si e com outros grupos de jogadores, por meio de jogos amistosos. Os Professores poderão realizar jogos durante o ano letivo, em período escolar, desde que não comprometa o desenvolvimento das aulas das outras disciplinas, por meio de torneios inter classes realizados nos intervalos de cada período letivo. Para realização do projeto serão reservados horários da quadra poliesportiva no horário do contra turno e aos sábados. AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto será avaliado constantemente pelos Professores e alunos participantes do mesmo por meio de diálogo e constatação nas melhorias do desempenho dos alunos tanto na prática do futsal como no desempenho em sala de aula nas demais disciplinas e observação das normas de boa conduta dentro e fora do estabelecimento escolar. Outra forma de avaliação será o grau de envolvimento, de comprometimento e dos resultados que poderão ser obtidos nos campeonatos nos quais a equipe participar. REFERÊNCIAS 48 CAPITANIO, A.M. Educação através da prática esportiva: missão impossível? Extraído do site www.edfeportes.com, no dia 11/09/2006 às 22h31. COTRIN, J. R. O futebol sob o enfoque das inteligências múltiplas. Produto do Núcleo José Reis da Divulgação científica da ECA/USP. Nov/ Dez.2001 Nº 5.. DE ROSE D. J. Esporte a atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Artmed, 2002. GARDNER, H. Estruturas da Mente - A teoria das Inteligências Múltiplas. Ed. Artes Médicas Sul, Porto Alegre, 1994. MELO, R.S. Jogos recreativos para futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. PICCOLO, V. L. N. Inteligência corporal cinestésica. UniFMU e Unicamp Ano 3 nº 9 Abril - Maio - Junho de 2001. SAAD, M. Futsal: iniciação, técnica e tática. Santa Maria: Ed. Da UFSM, 1997. XAVIER, T. P. Interação da Inteligência Corporal-Cinestésica com a criatividade: uma abordagem no desempenho de tarefas motoras. Tese de doutorado apresentada ao PPGCMH da Universidade Federal de Santa Maria em 1998. PROJETO – INCENTIVO À LEITURA: UMA VIAGEM SEM FRONTEIRAS DEMANDA; alunos de todas as séries regularmente matriculados no Colégio PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início em Março DISCIPLINA VINCULADA: Português com foco interdisciplinar TURNO DO PROJETO: em cada período escolar RECURSOS MATERIAIS: todo tipo de material de leitura informativa e prazer RECURSOS HUMANOS: agente educacional, estagiário de biblioteconomia, Professores da área de português INFRA-ESTRUTURA: sala de aula e biblioteca nas dependências do Colégio JUSTIFICATIVA O cenário que vem se apresentando desde o final do século XX e início do XXI indica que nunca foi tão fundamental saber como selecionar informações, interpretá-las de acordo com seus contextos e transformá-las em conhecimento, num processo em que a aprendizagem é uma necessidade contínua, sem a qual corre-se o risco de uma não-participação efetiva na sociedade. Dessa forma, uma 49 das questões fundamentais é o desenvolvimento da competência leitora, uma vez que é por meio da leitura que interagimos com o “outro”, entramos em contato com novas informações e com pontos de vista diferentes, permitindo-nos experimentar variados sentimentos, fazer inúmeras relações e ampliar continuamente nossos horizontes, de modo que possamos nos posicionar diante da realidade. O desenvolvimento da competência leitora , então, é condição necessária tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para a participação social. De acordo com Solé (1998), proporcionar aos alunos a aprendizagem de uma leitura correta, constitui-se um dos grandes desafios que a escola enfrenta, pois para que tenham condições de agir com autonomia nas sociedades letradas a leitura é imprescindível. Cagliari (1995) também afirma que a leitura constitui aspecto essencial desenvolvido pela escola na formação dos alunos. Isto porque, a leitura está intrinsecamente ligada a tudo o que a escola ensina, dependendo dela para se desenvolver e se manter. Contudo, Cagliari (1995) aponta que um dos grandes erros cometidos pela escola em relação à leitura é a cobrança, pois nem sempre ela precisa ser discutida, comentada ou interpretada. Muitas vezes, devemos encará-la como uma música que ouvimos, mas que nem sempre, queremos dançar. Neste contexto, justifica-se o presente projeto, que visa complementar o trabalho sistemático e progressivo já contemplado no currículo escolar, proporcionando um ambiente prazeroso de incentivo à leitura, aos alunos. OBJETIVO GERAL Proporcionar aos alunos um momento de leitura prazer durante o horário da aula, como forma de incentivar o gosto pela leitura, desenvolver uma formação crítica e autônoma de leitores, bem como melhorar a interação com o meio onde está inserido, levando a refletir sobre sua realidade de maneira mais consciente, ampliando por meio da leitura a visão do mundo que o cerca. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Oportunizar momento para leitura prazer no período de aula aos alunos; Disponibilizar maior diversidade de material de leitura aos alunos; Incentivar o gosto pela leitura diversificada; Desenvolver criticidade; Melhorar a argumentação de idéias; 50 Formar leitores autônomos; Ampliar por meio da leitura a visão do mundo que o cerca. METODOLOGIA Tendo iniciado o ano letivo, os Professores de Língua Portuguesa, juntamente com a Bibliotecária, farão um cronograma de atendimento de cada turma, em cada período de aula para que os alunos estejam dirigindo-se até a Biblioteca para dar andamento no projeto de leitura. Nos dias de realização do projeto os materiais para leitura poderão estar disponíveis em mesas para que o aluno possa selecionar o que deseja ler. Os professores das turmas deverão acompanhar os alunos sempre que forem para o momento de leitura na Biblioteca, contudo não farão nenhuma intervenção na escolha do material pelo aluno, tão pouco cobrarão qualquer atividade pós as leituras. O cronograma para realização do projeto de incentivo à leitura deverá ficar fixado na sala de aula e na sala dos Professores para que todos no Colégio tomem ciência da realização do projeto e compreendam a movimentação dos alunos da sala de aula para a Biblioteca nos dias do projeto. AVALIAÇÃO DO PROJETO A avaliação do projeto dar-se-á por meio da interação dos alunos com o mesmo, por meio de sugestões deixadas na CAIXA DE SUGESTÕES da Biblioteca, por meio de conversas nas Reuniões Pedagógicas com os Professores envolvidos. Outra forma de avaliar o projeto é a observação do Professor da melhoria nas produções de texto feitas pelos alunos em sala de aula. REFERÊNCIAS CHARTIER, Anne-Marie, CLESSE, Christiane, HÉBRARD, Jean. Ler e Escrever – entrando no mundo da escrita. trad. Carla Valduga. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula – Leitura e Produção. 7 ed. Paraná: Assoeste Editora Educativa, 1991. SOLE, Isabel. Estratégias de leitura. trad. Cláudia Schilling. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. PROJETO – ESCOLA DE PAIS DEMANDA; pais ou responsável por alunos matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início no 1º bim. 51 DISCIPLINA VINCULADA: Gestão, Pedagogo e demais Disciplinas. TURNO DO PROJETO: período noturno ou sábado/vespertino. RECURSOS MATERIAIS: cadeiras, tela de projeção, data-show, note bock, microfone e demais materiais variados de acordo com a exigência de cada encontro. RECURSOS HUMANOS: Diretor, Pedagogo, Professores e outros Profissionais. INFRA-ESTRUTURA: local apropriado para reunião com livre acesso a bebedouros e banheiros. JUSTIFICATIVA A Gestão Escolar, Equipe Pedagógica e Professores do Colégio procuram manter um compromisso com a Comunidade de Pais, pois acreditam que nesta parceira o rendimento escolar pode ser melhorado. Percebemos a necessidade da existência de um momento dentro do espaço escolar onde todos possam tecer argumentações a respeito de temas que afetam diretamente família e escola, para que exista um amadurecimento de todos, visando a harmonia entre a comunidade e a escola. A Escola de Pais se propõe a ser um espaço de reflexão a respeito do ser humano a caminho de sua realização como cidadão. Neste projeto, homens e mulheres que assumiram a missão da paternidade e maternidade terão a oportunidade de debater assuntos que irão dar suporte para melhor orientar seus filhos, dando condições aos mesmos de atingir uma maturidade em seu viver. Acreditamos que mesmo com as profundas mudanças culturais, sociais e comportamentais, - nem sempre promotoras dos valores que constroem o ser humano e a sociedade - a família continua sendo um espaço primeiro e privilegiado de personalização e socialização, de auto-realização e comunicação, de lazer e afeto, bem como do aprendizado para a tolerância e solidariedade. O relativismo ético de nossos tempos e a exacerbação do individualismo são fatores que complicam a educação, assim família e instituição educacional precisam caminhar juntas. É no seio da família que as crianças aprendem a viver em sociedade e vislumbram valores: justiça, bondade, verdade, solidariedade, generosidade, fidelidade entre outros. No seio da família e também da escola as jovens gerações acolhem o diferente, exercitam-se na recepção do estranho, treinam a tolerância. Nela crianças, adolescentes e jovens aprendem também a conviver com os de dentro e os de fora, os de perto e os de longe, os vencedores e os derrotados, ou seja, são treinadas para viver a solidariedade. Poder-se-ia dizer que tolerância e 52 solidariedade seriam modalidades da virtude do amor, que um dia foram trabalhados pela família. Pensamos ainda, que educam pai e mãe pelo testemunho, pela presença, pelos valores que encarnam e com os quais iluminam seu viver de pessoas adultas, respirando alegria de viver. Pais, mães e também educadores, educam quando valorizam os filhos e o educando, respeitam-nos, quando “gastam” alegremente seu tempo com eles. Educam outros membros da família: os avós com o coração enfeitado pela sabedoria adquirida ao longo dos anos da vida; os tios, por seu testemunho, sua ternura, sua firmeza amorosa. No seu cotidiano, as crianças aprendem a pensar nos outros e a acolher as diferenças com compreensão, administrando sua própria existência. OBJETIVO GERAL Criar um momento dentro do espaço escolar onde os membros da comunidade escolar possam estar interagindo com a escola no sentido de refletir e aprender a cerca de questões que afetam a vida de todos, propiciando melhor entendimento no relacionamento com os filhos, dando suporte para encaminhar a educação familiar dos mesmos de forma mais coerente e responsável, visando a formação completa da cidadania e melhoria na qualidade da educação formal. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Criar um espaço de reflexão e debate com os pais de alunos; Promover conscientização dos pais a cerca de assuntos do cotidiano da criança e do adolescente; Trazer maior entendimento sobre temas mais complexos da área da educação e da saúde; Aprimorar a criticidade da comunidade escolar; Desenvolver a cidadania; Tornar a escola um espaço permanente de diálogo entre os pais; Oportunizar o crescimento de todos os envolvidos no processo educativo por meio da troca de experiências; Tecer argumentações que possam causar mudança de atitude nos pais, nos alunos e nos agentes educacionais; Refletir sobre a prática familiar e docente na questão educar para a vida; Ampliar a visão de mundo dos participantes do grupo. METODOLOGIA 53 Os encontros para a Escola de Pais serão realizados bimestralmente, a noite ou aos sábados no período da tarde, pois esses são os horários mais propícios aos pais ou responsável para sua participação. Estarão a frente deste projeto a Direção do Estabelecimento de Ensino, a Equipe Pedagógica e o Corpo de Professores, que farão levantamento de temas de interesse comum e montarão um cronograma para que os encontros sejam realizados durante o ano letivo. Sempre que necessário para abordagem dos temas, serão convidados profissionais das áreas afins, dando melhor embasamento teórico nas discussões do grupo, além de contribuir eficazmente para o crescimento dos trabalhos. Serão promovidos eventos e trabalhos pelos alunos para que sejam apresentados nos encontros, dando aos pais a oportunidade de ver os resultados obtidos com seus filhos nos projetos existentes no Colégio. A dinâmica dos encontros deverá ser bastante harmoniosa, pois não há intencionalidade de cobranças junto aos pais sobre os seus filhos mas sim de que todos tenham a oportunidade de interagir na conversa e juntos construam uma opinião que valorize o ser humano, a família, a escola e que esta possa causar melhoria nos relacionamentos entre os pais e os filhos, entre os pais e os Professores. Cada encontro será da responsabilidade de uma área das disciplinas do Colégio, sendo a participação de todos relevante para valorização do projeto. O Diretor e a Equipe Pedagógica estarão dando todo o suporte e contribuição necessários para o pleno desenvolvimento das atividades na Escola de Pais. AVALIAÇÃO DO PROJETO A avaliação do projeto será feita a cada encontro junto com a Direção, Equipe Pedagógica e Professores que estiveram envolvidos na realização de cada encontro por meio da análise da participação do grupo de pais, do aproveitamento do tema abordado e observação na melhoria da conduta dos alunos, cujos pais participam da Escola de Pais, dentro da escola. REFERÊNCIAS ARAÚJO, O.J.M. Professores intelectuais transformadores e a formação do aluno cidadão crítico. 2005. FREIRE, Paulo. A educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. GALVÃO, Roberto Carlos Simões. Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação In: http://www.educacional.com.br. 2003. 54 PAROLIN, Izabel. Professores Formadores: a relação entre a família, a escola e a aprendizagem. Curitiba. Positivo. 2005. PATTO, Maria Helena Souza. Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo. Casa do Psicólogo, Livraria e Editora: 2002. Pinsky, Jaime. Cidadania e educação. São Paulo: Contexto. 1998. PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração Colegiada na Escola Pública. Campinas Papirus, 1994. VIGOSTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984. VILA NOVA, Sebastião. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1995. PROJETO – INTERVALO MONITORADO DEMANDA: Professores e Alunos regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início em Março, a cada 20 dias, sempre no intervalo dos alunos. DISCIPLINA VINCULADA: Educação Física com foco multidisciplinar. TURNO DO PROJETO: em cada período letivo RECURSOS MATERIAIS: material de esporte: bolas e redes de vôlei, bolas de basquete, futebol e futsal, conjunto de tênis de mesa, materiais para gincana recreativa: bambolês, cordas, cones e jogos de tabuleiro, coletes, canetas e pranchetas. RECURSOS HUMANOS: Alunos do Grêmio Estudantil, Professores de Educação Física e demais Professores de todas as disciplinas. INFRA-ESTRUTURA: quadra poliesportiva, espaço aberto com gramado, mesas e bancos, acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA Observa-se que durante o intervalo existe pouca opção para que os alunos possam interagir socialmente com os colegas de outras turmas, em pesquisa realizada em 2009 no Colégio, pela Professora Ana Paula Vicente, da área de Educação Física, foi levantada a questão do bullying, e outras formas de agressividade entre os alunos. A pesquisa tem o momento do intervalo como um dos períodos mais propícios para as práticas de discriminação e demais comportamentos inadequados que acabam gerando violência gratuita entre os alunos dentro do estabelecimento escolar. Dentre outras medidas, a implantação do projeto de intervalo monitorado, vem atender a necessidade de assistir de forma 55 diferenciada e proveitosa o intervalo .que os alunos realizam entre as aulas de cada período. Com esta ação é possível promover um intervalo onde os alunos tem maior interação entre si de forma amigável e saudável, visto que para este projeto são estabelecidas atividades esportivas e recreativas, com monitoramento dos Professores de Educação Física, da Equipe Pedagógica, da Direção e demais Professores do estabelecimento. O projeto justifica-se pela preocupação em diminuir todo e qualquer tipo de violência entre os alunos dentro da escola, de melhorar as questões interpessoais tanto entre os alunos como entre os alunos e os Professores e diminuir a ociosidade durante os intervalos por meio de jogos e brincadeiras. Toda criança e adolescente tem o direito de brincar, pois brincar é fundamental para o seu próprio desenvolvimento físico, psíquico e social. Muitos em tenra idade são solicitadas ao trabalho e perdem, por isso, a oportunidade de se relacionarem com outros e de se socializarem em grupos. Acreditamos que cabe a nós Educadores desempenhar este papel de resgate, procurando formas criativas, para então dar início ao processo de socialização e convivência da criança e do adolescente com outros colegas ou grupos. O Professor em sala de alula poderá também orientá-los e integrá-los através da comunicação e brincadeiras e sobretudo desenvolver e aplicar a integração e o respeito com os colegas, trazendo melhor qualidade de vida, saúde e bem estar. OBJETIVO GERAL Estabelecer melhoria nas relações interpessoais dos alunos, com a diminuição da ociosidade durante o intervalo, promovendo diminuição de toda e qualquer forma de agressão entre os alunos dentro e fora do estabelecimento escolar, além de incentivar a prática de esportes como forma de lazer e melhoria na qualidade de vida. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Proporcionar momentos de lazer aos alunos; Melhorar a qualidade de vida; Promover interação entre os alunos de todas as turmas; Melhorar a relação Professor x Aluno; Fortificar normas de cooperação; Diminuir a ociosidade durante o intervalo de cada período letivo; Acabar com atitudes discriminatórias e violentas entre os alunos. 56 METODOLOGIA O projeto será desenvolvido durante o intervalo, a cada 20 dias, sendo seu planejamento de responsabilidade dos Professores de Educação Física do estabelecimento, de uma Professora Pedagoga de cada período e do Grêmio Estudantil. Durante o intervalo os alunos terão a oportunidade de realizar atividades esportivas e recreativas de acordo com o que foi planejado pelos responsáveis. No dia de realização do intervalo monitorado, o Grêmio Estudantil do Colégio terá participação efetiva no apoio às atividades, dando suporte aos professores no atendimento de cada estação ou jogo que será realizado. Para este apoio o Grêmio Estudantil deverá estar informado previamente pelos Professores responsáveis, para que possa selecionar os alunos que irão auxiliar no momento do intervalo. Os Professores dividirão as estações deixando alunos do Grêmio Estudantil munidos de material para marcar os jogos ou fazer alteração dos grupos, quando envolver gincana recreativa. Todos os Professores do estabelecimento escolar, no dia de intervalo monitorado, deverão estar envolvidos, participando na medida do possível junto com os alunos, para assim promover uma interação coletiva e saudável. AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto terá sua avaliação a cada edição realizada. A Pedagoga e os Professores de Educação Física envolvidos, terão o cuidado de analisar os resultados deste evento, verificando a aceitação das estações, dos jogos e da gincana recreativa junto aos alunos. O Grêmio Estudantil poderá dar seu parecer, avaliando o projeto, dando sugestões e trazendo até a equipe responsável pelo projeto as colocações e anseios do corpo de alunos. REFERÊNCIAS BENJAMIM, W. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2002. OLIVEIRA, FÁTIMA. Bioética: uma face da cidadania. São Paulo: Moderna, 1997. VASCONCELL, T. Jogos e brincadeiras no contexto escolar. Boletim Salto para o futuro - T.V. escola. São Paulo: 2003 VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991. PROJETO – TORNEIO INTERCLASSES DEMANDA; alunos regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo vigente, início no 1º bim. 57 DISCIPLINA VINCULADA: Educação Física com foco interdisciplinar. TURNO DO PROJETO: durante o intervalo de cada período. RECURSOS MATERIAIS: bolas de todas as modalidades esportivas, rede de vôlei, aros de basquete, traves para futsal e futebol e coletes. RECURSOS HUMANOS: Professor de Educação Física e Alunos do Grêmio Estudantil. INFRA-ESTRUTURA: quadra poliesportiva em condições de uso com acesso a bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio. JUSTIFICATIVA Em pesquisa realizada pela Professora Ana Paula Vicente da área de Educação Física, no ano de 2009 com alunos do Colégio, foi possível levantar a necessidade de intervir junto aos mesmos no que refere-se a ociosidade durante o intervalo, pois esta tem gerando conflitos entre o corpo de alunos, dado margem para a prática do bullying dentro outras manifestações de âmbito indisciplinar, que acabam tendo reflexos negativos na sala de aula, nas dependências do Colégio e até fora desta. Com o olhar voltado para as necessidades dos alunos, a área de Educação Física do Colégio propôs a realização deste projeto que vai atender a questão apresentada, contribuindo para sua melhoria, além de proporcionar aos alunos uma forma de praticar as modalidades esportivas, visto que na comunidade assistida não há infra estrutura para prática de esporte e lazer, sendo o Colégio o único espaço disponível para suprir esta necessidade tão importante para as crianças e adolescentes em fase de desenvolvimento e formação de caráter. Com o projeto os alunos poderão interagir com outros colegas e grupos diferenciados, estabelecer parâmetros de cooperação, de liderança e organização o que possibilita melhoria em seu desempenho na sala de aula, na sua disciplina de modo geral e amplia sua capacidade de resolução de problemas do cotidiano. OBJETIVO GERAL Oportunizar que durante o intervalo de cada período letivo, a demanda de alunos tenha uma atividade direcionada para o esporte, diminuindo a ociosidade e consequentemente o índice de indisciplina , de violência e bullying entre os mesmos, com reflexos positivos também na sala de aula, pois a prática esportiva traz inúmeros benefícios para a aprendizagem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Diminuir a prática do bullyind durante intervalo; 58 Oportunizar a prática de esporte no recinto escolar; Melhorar a disciplina dos alunos dentro e fora da sala de aula; Desenvolver cooperação e responsabilidade de equipe; Melhorar o desempenho escolar; Oportunizar melhor qualidade de vida; Aprimorar o caráter da criança e do adolescente. METODOLOGIA Os Professores de Educação Física do estabelecimento deverão criar no início do ano letivo um cronograma do torneio interclasses que acontecerá bimestralmente envolvendo uma ou mais modalidades esportivas por torneio. Os torneios acontecerão somente durante o intervalo de cada período letivo, não devendo de forma alguma atrapalhar o andamento das aulas. Cada grupo de alunos poderão fazer a inscrição do seu time, independente da série dos jogadores, junto ao Professor de Educação Física e Grêmio Estudantil. Para custeio de medalhas e troféus haverá um custo por inscrição de time, contudo o valor será simbólico, pois parte das despesas será paga pelo próprio Colégio. Os professores e alunos do Grêmio estudantil deverão planejar o torneio e fazê-lo acontecer da melhor forma possível atendendo os objetivos do projeto. AVALIAÇÃO DO PROJETO A avaliação do projeto acontecerá constantemente por meio das observações dos Professores de Educação Física e do Grêmio Estudantil, junto aos alunos participantes. A cada torneio poderão ser melhoradas as partidas e suas variáveis, pois o torneio sofre alterações do número de times e outras que podem causar mudanças positivas no mesmo. REFERÊNCIAS BETTI, Mauro. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991, p. 182 LOVISOLO, H. (2000) Atividade física, educação e saúde, Rio de Janeiro, Sprint, capítulo 1. PROJETO – FESTA DOS ESTADOS E DAS NAÇÕES DEMANDA; alunos regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: dia agendado com o coletivo da escola para o 1º semestre 59 DISCIPLINA VINCULADA: todas as disciplinas. TURNO DO PROJETO: no dia determinado ocorrerá nos 2 (dois) períodos. RECURSOS MATERIAIS: material de decoração (balões, tecidos, grades, dentre outros) demais materiais de responsabilidade de cada equipe de alunos e professores coordenadores (roupas típicas, bandeiras, artigos de cada estado ou nação especificadamente), material de expediente para mostra de trabalhos, mesas cadeiras, microfone, aparelhagem de som, púlpito, filmadora, máquina fotográfica digital. RECURSOS HUMANOS: Professores em função no estabelecimento, Direção, Equipe Pedagógica, Alunos de todas as séries da escola, Grêmio Estudantil, Comunidade Escolar, alunos do CELEM e convidados. INFRA-ESTRUTURA: quadra poliesportiva em condições de uso com acesso à bebedouros e banheiros nas dependências do Colégio, refeitório e pátio para exposição dos trabalhos. JUSTIFICATIVA O Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil,é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em área territorial o equivalente a 47% do território sul-americano e população, com mais de 192 milhões de habitantes. É o único país falante da língua portuguesa nas Américas e o maior país lusófono do mundo, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do planeta, resultado da forte imigração vinda de muitos países. A escola é um meio essencial para disseminação de cultura e costumes. Com o Projeto a demanda de alunos pode anualmente ter a oportunidade de conhecer os estados brasileiros de forma mais detalhada e demonstrar sua criatividade e potencial com a realização dos trabalhos de pesquisa e apresentações artísticas referentes aos estados. O mesmo ocorre com os países selecionados os quais trazem muita diversidade de costumes que são apresentados durante a festa. A interdisciplinaridade é fator primordial para o pleno desenvolvimento dos alunos, este projeto contribui para que esta situação aconteça no âmbito escolar e proporciona tanto para os alunos como para os professores troca significativa de experiências e relações de trabalho, pois para a plena realização da festa é necessário um trabalho em equipe com ordem e planejamento de todos os Professores e alunos, juntamente com a Equipe Pedagógica e Direção. 60 Este evento traz capital cultural para toda a comunidade escolar, também para todos aqueles que desenvolvem suas funções de labor dentro do estabelecimento. OBJETIVO GERAL Promover a aquisição de conhecimento por meio da investigação social, cultural e econômica de estados brasileiros e de outras nações, aprimorando a criatividade e desenvolvimento do trabalho em equipe. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Explorar o território nacional em seus costumes e cultura . Descobrir a diversidade cultural do Brasil; . Conhecer a diversidade cultural de outros países; . Aprimorar as relações interpessoais entre os Alunos e Professores; . Aproximar a Comunidade Escolar do estabelecimento de ensino; . Desenvolver a criatividade e senso de equipe; . Oportunizar aos alunos o desenvolvimento da inteligência sinestésica corporal, pictória, musical, visual, auditiva além da linguística verbal e a lógica matemática. METODOLOGIA O Projeto possui uma organização anual de acordo com as propostas de todo o grupo de Direção, Equipe Pedagógica e Corpo Docente. Para iniciar o ano letivo é montado um cronograma para direcionar as atividades que serão realizadas no 1º semestre, sendo que este projeto tem sempre sua realização no 1º semestre. Com os Professores é decidido no coletivo quais serão os estados brasileiros e as nações contemplados na festa do corrente ano. Estão estabelecidas como apresentação por parte de cada equipe constituída por turma ou série: uma dança típica, a formação de um casal com trajes típicos, a da bandeira do estado ou da nação, um trabalho de pesquisa sobre as condições sociais, econômicas e culturais, uma maquete de um ponto turístico, uma barraca com comidas típicas, uma charge, uma boneca viva típica que estará em exposição durante todo o dia da feira sob um tablado identificando o estado ou nação a que pertence. Cada ítem estabelecido pode sofrer alterações caso o grupo veja como medida necessária para o bom andamento da festa. 61 AVALIAÇÃO DO PROJETO O Projeto é reeditado anualmente com a colaboração de todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem. A avaliação do mesmo é feita pela Direção, Equipe Pedagógica e corpo Docente que tem a responsabilidade de analisar criteriosamente os trabalhos realizados dentro da sua disciplina, pois este evento é parte da avaliação do bimestre no qual for realizado. Todo o andamento da festa é cuidadosamente observado para que na edição seguinte sejam reparadas questões que possam ter interferido negativamente no evento. REFERÊNCIAS Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília 1997. ESTEVÃO, Vânia Andréia Bagatoli. A importância da música e da dança no desenvolvimento infantil. 2002. www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/ PROJETO – FESTIVAL DE DANÇA DO C E HELENA KOLODY DEMANDA; alunos das 8ª séries e das 3 séries do Ensino Médio regularmente matriculados no Colégio. Alunos do CELEM e Sala de Recursos (participação opcional). PERÍODO DE REALIZAÇÃO: dia agendado com o coletivo da escola para o 2º semestre. DISCIPLINA VINCULADA: disciplina de Educação Física e Arte. TURNO DO PROJETO: será realizado em dia agendado com horário pré determinado. RECURSOS MATERIAIS: materiais para decorar o local do evento (balões, tecidos, flores secas, dentre outros), demais materiais de responsabilidade de cada grupo de alunos e professores coordenadores das duas disciplinas (roupas típicas, e adornos da respectiva modalidade de dança). Mesa de som, microfone, púlpito, filmadora, máquina fotográfica digital. Material de higiene como papel higiênico, saco de lixo, vassoura, pá, escada, caso o local não forneça. Água potável caso no local não forneça. RECURSOS HUMANOS: Professores de Educação Física e Arte em função no estabelecimento, Direção, Equipe Pedagógica, Alunos de todas das séries citadas, Grêmio Estudantil ( para apoio se necessário) 62 INFRA-ESTRUTURA: teatro com palco em condições de uso, camarins e com acesso a banheiros e bebedouros. JUSTIFICATIVA A dança no contexto educacional brasileiro aparece como conteúdo da disciplina de Arte e é citada nas atividades rítmicas e expressivas da Educação Física. O profissional de Arte trabalha a dança como atividade e linguagem artística, forma de expressão, como conceito e linguagem estética de arte corporal. Enquanto que o profissional de Educação Física se utiliza da dança de forma instrumental, assim como a ginástica, os esportes e as lutas, enfocando o aspecto bio-fisiológico, e forma de atividade para condicionamento físico, visando bem estar e saúde que é sua área de atuação. O ensino da dança nas escolas brasileiras deve ser abordado dentro do conteúdo de Arte, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (fonte www.mec.gov.br) e constitui componente curricular obrigatório, contemplando para o ensino fundamental Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, e, para o Ensino Médio, além destas linguagens já citadas, há a inclusão das Artes Audiovisuais. (PCN BRASIL, 2000, p.46). Na busca pela qualidade do ensino na escola pública e da oportunidade para a vivência de experiências diversas pelos alunos, este projeto justifica-se pela importância do desenvolvimento da área artística para o educando e também do conhecimento da dança como forma de lazer e qualidade de vida. Sabe-se que por meio da dança são aprimoradas habilidades que contribuem para o melhoria do desempenho do indivíduo em suas atividades escolares, pois estimula a percepção e o raciocínio do que está a sua volta. OBJETIVO GERAL Oportunizar aos alunos contato com o universo da dança explorando os costumes e cultura brasileira como também as de outros países do mundo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Conhecer rítimos diversificados de dança; . Criar coreografias; . Pesquisar a modalidade da dança específica do grupo; . Conhecer a origem histórica, social e cultural da dança e música; . Desenvolver o hábito da dança; 63 . Aprimorar o trabalho em equipe. METODOLOGIA O Festival de Dança ocorrerá uma vez no ano letivo, no segundo semestre, tem caráter avaliativo para as disciplinas vinculadas que aos alunos dará oportunidade de recuperação, pois acompanha parte teórica de estudos sobre a dança e suas modalidades e origem. Os Professores das disciplinas citadas farão uma seleção de modalidades de dança tanto nacional como internacional e estarão distribuindo entre as turmas de acordo com seus critérios para que os alunos possam desenvolver os trabalhos de pesquisa e passem a agendar os ensaios para o festival. O número de alunos para formação dos grupos fica a critério do Professor de Educação Física que ao observar a turma estará organizando os grupos. A apresentação da parte escrita deverá ser realizada por todos os alunos individualmente ou por grupo, conforme critério dos Professores das disciplinas citadas. Para aferir a nota os professores deverão observar a parte prática, com a dança e a parte teórica com a pesquisa solicitada. No dia e hora previamente agendado fica a cargo do estabelecimento toda a parte de decoração do local de apresentação, mesa de som, e demais aparelhos necessários para a apresentação do evento sendo que aos alunos e Professores está a responsabilidade do com parecimento conforme agendado. Depois de organizado os trabalhos para o festival NÃO serão permitidas desistências para não prejudicar o andamento do bimestre tão pouco os alunos, pois este trabalho requer esforço em equipe. Cada grupo com sua respectiva dança trará com antecedência gravada em prendrive a música que será utilizada no momento do festival para que a Direção e Equipe Pedagógica possam organizar a ordem das apresentações e fazer testes de som. AVALIAÇÃO Este projeto tem sua avaliação realizada por todos os envolvidos, Direção, Equipe Pedagógica e Professores. Anualmente é reeditado havendo diferenciação nas modalidades das danças de acordo com a disponibilidade dos alunos. É dada atenção para toda a produção dos alunos quer na parte teórica como na parte prática que é o momento da apresentação das danças. Todas as ações que envolvem o acontecimento do festival são analisadas para que de uma edição para a outra as apresentações ganhem mais qualidade e os alunos possam enriquecer seus conhecimentos e experimentar estar em um espetáculo artístico cultural com qualidade. 64 REFERÊNCIAS Ministério da Educação e do Desporto Diretrizes e Bases da Educação Nacional.. Brasília 1997. ESTEVÃO, Vânia Andréia Bagatoli. A importância da música e da dança no desenvolvimento infantil. 2002. CUNHA, Morgada. Dance aprendendo, aprenda dançando. NANNI, Dionísia. Dança Educação: Princípio, método e técnica (Ed. Sprint) NANNI, Dionísia. Dança Educação: Pré - Escola à Universidade (Ed. Sprint) www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/ PROJETO – CONCURSO DE REDAÇÃO DO C E HELENA KOLODY DEMANDA; alunos de todas as séries que se encontram regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: tem seu início no 2º bimestre e seu encerramento se dá no 4º bimestre de acordo com cronograma próprio do concurso que encontra-se em anexo. DISCIPLINA VINCULADA: disciplina da Língua Portuguesa. A exploração do tema pode ser feito por outras disciplinas afins. TURNO DO PROJETO: o concurso será realizado no decorrer do ano letivo. RECURSOS MATERIAIS: pastas, sulfite, folha oficial timbrada com logo do Colégio, internet para pesquisa. Prêmio para os alunos classificados. RECURSOS HUMANOS: Professores da Língua Portuguesa em função no estabelecimento, Direção, Equipe Pedagógica, Alunos de todas das séries. Convidados para Comissão Julgadora. INFRA-ESTRUTURA: salas de aula e sala de reunião para parecer da Comissão Julgadora. JUSTIFICATIVA Produzir um texto adequado é tarefa árdua e demorada mesmo para aqueles que dominam a língua portuguesa. Em meio à vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante. O concurso de redação é uma oportunidade para os alunos produzirem textos diversificados, pois a cada edição são alterados os gêneros textuais de 65 acordo com as diretrizes curriculares de cada série. No mercado de trabalho é fundamental que o sujeito saiba expressar-se por escrito, os alunos também estarão diante de concursos e exames onde a produção da redação é elemento decisivo para sua classificação. Tendo vivenciado a produção de redação durante sua carreira acadêmica, certamente a nossa demanda de alunos terá maior oportunidade em obter um resultado positivo quando for submetido a algum exame onde a redação seja solicitada como recurso eliminatório. Com este projeto outro ponto importantíssimo que acaba fazendo parte de todo o processo do concurso é a leitura, pois para produzir os textos os alunos precisam ter contato com materiais já existem dos gêneros selecionados para então a partir desta leitura iniciar sua própria produção que deve ser inédita para concorrer ao concurso. A necessidade deste trabalho junto aos alunos é muito grande , pois inúmeras vezes a Equipe Pedagógica ao analisar os textos produzidos pelos alunos das várias séries que o estabelecimento oferece, encontra falta argumentação de ideias, falta de coesão textual, percebendo um grande comprometimento desta forma de expressão por parte dos alunos. Assim Direção, Equipe Pedagógica e Professores da Língua Portuguesa tem feito o maior empenho em motivar os aluno por meio do concurso para que o mesmo supere esta dificuldade de forma prazerosa e compensadora. OBJETIVO GERAL Estimular a produção de texto entre a demanda de alunos para aperfeiçoamento desta prática e melhorar o acesso à diversidade de gêneros textuais para ampliar os conhecimentos da linguagem escrita e estimular a leitura. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Oportunizar através da expressão escrita que a demanda de alunos expresse sua criatividade, argumentação e visão de mundo; . Aprimorar o entendimento de cada gênero textual apresentado para o concurso; . Valorizar a produção escrita como forma de entender e interagir criticamente na sociedade onde está inserido, sendo agente de transformação da mesma; . Estimular a leitura; . Preparar os alunos para momentos futuros quando terão de realizar a produção de redações ao serem submetidos a exame pré vestibular e para o mercado de trabalho. 66 METODOLOGIA O concurso de redação possui um regulamento e cronograma próprio onde está estabelecido todo o andamento do mesmo durante o ano letivo vigente. A Direção e Equipe Pedagógica, inicialmente, criam o regulamento para o I Concurso em 2010 e anualmente com instrumento próprio (anexo a este projeto), solicita que os Professores da área da Língua Portuguesa em função no estabelecimento, aprimore este regulamento para que sejam feitas as alterações necessárias dos gêneros e demais aspectos relevantes para que o concurso cumpra com seus objetivos. Para os Professores da Língua Portuguesa é dado em pasta própria todo o regulamento para o concurso no ano vigente juntamente com material de apoio para consulta do Professor e dos alunos caso o Professor permita. Tanto os alunos como os Professores podem recorrer a outros materiais de apoio e leituras pertinentes para que os textos tenham a melhor qualidade possível. O empenho dos Professores da área da Língua Portuguesa é fundamental para o êxito deste projeto, pois em sala de aula devem estar ando aos alunos toda e qualquer informação necessária sobre o concurso. Todo o regulamento do concurso é divulgado pela escola nos murais e em momento oportuno aos alunos é feito uma fala da Direção e Equipe Pedagógica por meio de material audiovisual sobre o concurso como mais uma forma de divulgação do mesmo. Os prêmios para os alunos ganhadores do concurso são patrocinados por empresas comerciais da cidade e região, sendo o Diretor do estabelecimento o responsável por conseguir os prêmios tendo o apoio da Equipe Pedagógica e APMF. No dia previamente agendado os alunos são convidados para reunirem-se na sala de reuniões onde é divulgado o nome dos vencedores. Os textos são expostos no mural do Colégio para conhecimento de todos e ficam arquivados no mesmo tendo terminado o ano letivo. AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto tem sua avaliação realizada anualmente, pelo Diretor, Equipe Pedagógica e Professores da área da Língua Portuguesa, sendo feitas as mudanças necessárias para que aos alunos seja ofertado um evento de qualidade e para que o concurso tenha seus objetivos alcançados. REFERÊNCIAS BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em 67 Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001. BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, v. 134, n. 248, p. 27833dez. 1996 BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEEF, 1997. BRASIL. Ministério www.portugues.com.br/redacao/generostextuais/artigo-opiniao-.html PROJETO – WORKSHOP DO CE HELENA KOLODY DEMANDA; alunos de todas as séries que se encontram regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: será realizado em todo o 4º bimestre letivo. DISCIPLINA VINCULADA: todas as disciplinas curriculares. TURNO DO PROJETO: será realizado com dia previamente agendado nos 2 períodos. RECURSOS MATERIAIS: decoração dos ambientes de realização ( tecidos, toalhas, flores, balões, púlpito, palco (caso necessário), mesas, cadeiras, murais, parelhos eletrônicos: câmera fotográfica digital, aparelhos de TV e DVD, filmadora, extensão, T, cola tesoura, parte de papelaria, cola quente e pistola, tinta atóxica. Demais materiais solicitados de Instituições de Ensino Superior da região, Posto de Saúde, DETRAN dentre outros. RECURSOS HUMANOS: Direção, Equipe Pedagógica, Grêmio Estudantil e Professores de todas as disciplinas, demanda de alunos de todas as séries. Convidados para palestras. INFRA-ESTRUTURA: salas de aula e sala de reunião para parecer da Comissão Julgadora. JUSTIFICATIVA A abordagem que orienta o trabalho desse projeto é a que privilegia o olhar múltiplo, reconhecendo a complexidade das diversas áreas que são trabalhadas no âmbito escolar. O projeto traz uma perspectiva que exige a construção contínua da transversalidade de áreas de conhecimento e desenvolvimento de uma prática interdisciplinar. A educação não pode ser um processo passivo, pois quando 68 aprende o educando desenvolve sua potencialidade, sua capacidade de pensar e ver o mundo e automaticamente cresce como indivíduo que compõe e pode mudar a sociedade. Este projeto justifica-se pela importância e valorização dada para as produções dos Professores e alunos realizadas durante o ano letivo. Cada disciplina possui a sua cientificidade e cunho investigativo, com a workshop os trabalhos podem ser expostos para toda a comunidade escolar que assim conhece o empenho de todos do aqueles que estão envolvidos com o processo de ensino aprendizagem dentro do estabelecimento. Com o projeto cada aluno pode ter a oportunidade de participar da mostra com seu trabalho, tecer suas argumentações e explicações aos convidados, demostrando seus conhecimentos. O projeto justifica-se pela riqueza que traz aos alunos participar de uma mostra de trabalhos onde os são os sujeitos principais e contribui como fonte da prática pedagógica de forma criativa e inteligente para um ulterior desenvolvimento, pois os conhecimentos nunca estão prontos e acabados mas necessitam constantemente da curiosidade e investigação. OBJETIVO GERAL Estimular a demanda de alunos a pesquisa e investigação bem como elaborar o conhecimento de maneira significativa, aproximando as áreas do conhecimento existentes na escola do seu dia a dia, compartilhando com a Comunidade Escolar os trabalhos produzidos por todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem no estabelecimento. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Valorizar a produção de Professores e alunos nas áreas afins do conhecimento; . Estimular a pesquisa científica no âmbito escolar; . Produzir conhecimento de maneira criativa e lúdica; . Compartilhar com a Comunidade Escolar os trabalhos produzidos por alunos e Professores; . Oportunizar aos alunos a experiência da workshop. METODOLOGIA 69 A workshop será realizada uma vez durante o ano letivo, sempre no 4º bimestre, assim Professores e alunos já poderão ter durante todo o ano letivo, produzido conhecimentos que poderão ser expostos na mostra. Os Professores poderão produzir trabalhos inéditos no 4º bimestre ou fazer uso de outros trabalhos já realizados durante o ano letivo para serem expostos na mostra. Os Professores das disciplinas de Biologia, Ciências, Física, Química e Matemática são responsáveis por elaborar com os alunos trabalhos de cunho científico muito embora entendamos que todas as demais disciplinas também possuem este argumento, sendo que os Professores das outras disciplinas podem produzir trabalhos inéditos e científicos, desde que não comprometa o desenvolvimento do bimestre. Os Professores podem aferir nota aos trabalhos como parte da avaliação do bimestre conforme sistema de avaliação vigente no estabelecimento. A workshop será realizada em dia pré agendado, tomando os espaços escolares de forma ordenada, sendo assim todos os visitantes poderão visualizar os trabalhos com facilidade e explorar a mostra de maneira organizada. AVALIAÇÃO DO PROJETO O projeto será avaliado anualmente pela Direção, Equipe Pedagógica e demais envolvidos do ambiente escolar para que alcance os seus objetivos. REFERÊNCIAS As referências para este projeto dependem das diversas áreas do conhecimento, ficando sob a responsabilidade de cada Professor a mesma para realização dos trabalhos para com os alunos. PROJETO - ANTI BULLYING DEMANDA: alunos de todas as séries que se encontram regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 1º bimestre do ano letivo. DISCIPLINA VINCULADA: Equipe Pedagógica, Gestão Escolar e disciplina de Arte. TURNO DO PROJETO: será realizado de acordo com o período de cada turma. RECURSOS MATERIAIS: material em slide, not book e data show. RECURSOS HUMANOS: Direção, Equipe Pedagógica, Grêmio Estudantil e Professor da disciplina de Arte. 70 INFRA-ESTRUTURA: sala de reunião do estabelecimento. JUSTIFICATIVA Bullying é uma palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção, fazer pouco caso, e perseguir os outros. Ocorre com mais frequência no ambiente escolar. Assim na escola, uma criança era considerada „escrava‟ por outras chefiadas por um aluno-líder, e, um adolescente era obrigado a dar dinheiro para colegas mais velhos e fisicamente mais fortes, senão sofreria algum tipo de violência. Os professores também não estão vacinados contra o bullying. Como se não bastasse sofrer uma grave fobia escolar que o impedia de trabalhar, um professor ainda era obrigado a suportar discriminação, humilhação e ameaças veladas de colegas insensíveis, invejosos e vingativos. Ao sofrer este tipo de violência - bullying, tanto as crianças como os adultos, sozinhos, não têm como se defender. Os colegas, embora digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem pena, declaram que nada podem fazer para defendê-la, com medo de serem a próxima vítima. Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola quando esta nada faz em defesa da vítima. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da ABRAPIA (Associação Brasileira Pais, Infância e Adolescência,) a maioria dos casos de bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor. Além de conviver com um estado constante de pavor, uma criança ou adolescente vítima de bullying talvez sejam as que mais sofrem com a rejeição, isolamento, humilhação, a tal ponto de se verem impedidas de se relacionarem com quem ela deseja, de brincar livremente, de fazer a tarefa na escola em grupo, porque os mais fortes e intolerantes lhe impõem tal sofrimento. Faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode denunciar à direção da escola nem aos pais, sob pena de piorar sua condição de discriminada. Pais e professores só ficam sabendo do problema através dos efeitos e danos causados, como a resistência em voltar à escola, queda de rendimento escolar, retraimento, depressão, distúrbios psicossomáticos, fobias, etc. Diante das questões apresentadas a Direção e a Equipe Pedagógica, preocupados para que este não se torne um quadro real dentro do estabelecimento, realiza este projeto anti bullyng como forma preventiva deste tipo de violência. Este 71 projeto justifica-se pela necessidade de alertar a demanda de alunos a esse respeito e coibir esta ação entre os alunos desde o início do ano letivo. OBJETIVO GERAL Fazer conhecer entre os alunos o que é o bullying, o mal que pode causar na vida de crianças e adolescentes demonstrando de forma didática e coerente como lidar com o bullying caso aconteça com o indivíduo na sua particularidade. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Esclarecer o que é o bullying; . Trazer informação dos resultados que o bullying provoca; . Trocar ideias a respeito deste tipo de violência; . Enumerar ações que são reconhecidas como bullying; . Citar medidas para enfrentamento do bullying pela vítima; . Levantar ações de combate ao bullying dentro da escola. METODOLOGIA No início do 1º bimestre a Equipe Pedagógica e Direção do estabelecimento, faz um encontro com cada turma de alunos para realização de uma palestra a respeito do bullying na sala de reunião. São utilizados materiais audiovisuais pedagógicos para melhor entendimento por parte dos alunos do assunto abordado. Após esta ação a Professora de Arte pode realizar com os alunos uma mostra de cartazes cujo tema é: “EU SOU ANTI BULLYING”, a qual ficará nos murais do Colégio no 1º bimestre. AVALIAÇÃO DO PROJETO A Direção e Equipe Pedagógica do estabelecimento avaliam o projeto a cada ano e trazem novos materiais para a palestra para que não se torne repetitivo para os alunos que já participaram da palestra a cada ano, pois para os alunos de 6º ano e alunos novos recebidos por transferência, o trabalho é inédito, contudo para aqueles que já são alunos do estabelecimento não, assim como o projeto é feito anualmente com todos como forma preventiva, tem seu material de apoio atualizado constantemente. REFERÊNCIAS AMADO, G. & GUITTET, A. A dinâmica da comunicação nos grupos. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. HIRIGOYEN, M.-F. Assédio moral: a violência no cotidiano. Rio de Janeiro: B. Brasil, 2000. 72 UM GRANDE GAROTO [About a boy]. Filme dirigido por Weitz, C. e Weitz, P., US: 2000.(com Hugh Grant e Toni Collette). VIGNOLES, P. A perversidade. Campinas: Papirus, 1991. PROJETO - SIMULADO DEMANDA; alunos do Ensino Médio e 8ª série em ano de Prova Brasil que se encontram regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 1º e 2º semestre do ano letivo. DISCIPLINA VINCULADA: todos as disciplinas. TURNO DO PROJETO: será realizado de acordo com o período da série. RECURSOS MATERIAIS: sulfite, impressora, toner, computador. RECURSOS HUMANOS: Professores de todas as disciplinas. INFRA-ESTRUTURA: sala de aula, laboratório de informática. JUSTIFICATIVA Os estudantes do Ensino Médio regular serão submetidos à uma série de exames para aperfeiçoamento dos estudos em uma faculdade ou ainda para uma colocação no mercado de trabalho. Já os estudantes da 8ª série terão a Prova Brasil para realizar, desde que seja o ano de sua aplicação para que os alunos possam se familiarizar com o formato da prova. Ser submetido a um exame para análise de conhecimentos e aptidões é prática constante das agências de emprego, grupos de recursos humanos e rede de concursos quer da iniciativa pública ou privada. Os estudantes da rede pública tem tão somente a instituição onde estão realizando seus estudos como meio que possa proporcionar oportunidade de experiências que serão relevantes quando na sua jornada em busca de uma colocação na sociedade. A Direção e Equipe Pedagógica do Colégio Estadual Helena Kolody tem a preocupação e responsabilidade em estar aproximando os estudantes do Ensino Médio a realidade que terão de enfrentar logo que concluam este grau de ensino. Focados nesta questão, o Colégio proporciona aos alunos a realização de simulado em cada semestre do ano letivo. Este projeto tem caráter pioneiro no Município de Sarandi/PR e passou a fazer parte do cronograma de atividades do Colégio, sendo que o mesmo justifica-se em virtude da necessidade que os estudantes do Ensino Médio da rede pública tem de vivenciarem situações de exame para testarem seus conhecimentos, pois estarão 73 prestando vestibular e outros testes relevantes para colocação no mercado de trabalho e dos alunos das 8ª séries em praticar o exame da Prova Brasil. OBJETIVO GERAL Este projeto tem por objetivo oportunizar os estudantes do Colégio a vivenciarem situação de exame para análise de conhecimentos adquiridos e praticar o exame da Prova Brasil. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Aplicar exame em formato de simulado para os alunos do Ensino Médio do 1º ao 3º ano e para os alunos de 8ª série para que posam adquirir experiência com esta prática; . Realizar o exame em formato de simulado conforme os critérios e aspectos do exame vestibular da Universidade Estadual de Maringá, instituição que é a primeira referência dos estudantes da rede pública nesta região quando demonstram interesse em fazer o exame vestibular; . Realizar o exame em formato de simulado conforme os aspectos da Prova Brasil para as 8ª séries como forma de se preparar para o exame; . Utilizar o exame em formato de simulado como um dos instrumentos de avaliação bimestral. METODOLOGIA O exame em formato de simulado será realizado uma vez em cada semestre, com data previamente agendada para as séries citadas, fazendo parte do cronograma de atividades pedagógicas do Colégio, será utilizado como instrumento de avaliação bimestral do Professor e terá as características do exame vestibular da Universidade Estadual de Maringá para os alunos do Ensino Médio e da Prova Brasil para os alunos das 8ª séries. Para os alunos do Ensino Médio, cada Professor irá elaborar quatro (4) questões as quais irão compor o caderno de questões, sendo que os conteúdos destas já foram trabalhadas pelo Professor em sala de aula. Para os alunos das 8ª séries as disciplinas envolvidas são somente a Língua Portuguesa e Matemática sendo que o número de questões por disciplina segue a quantidade dada na prova Brasil, qual seja vinte e cinco (25) questões para cada disciplina. Juntamente com as questões o Professor apresenta o gabarito para a Equipe Pedagógica que em parceria com a agente educacional montarão os cadernos das provas. 74 Os alunos terão um tempo específico para resolução das questões, produção da redação, e preenchimento do gabarito. Cada Professor atenderá uma turma no dia do simulado conforme horário específico elaborado pela Equipe Pedagógica. Os gabaritos serão analisados pelos Professores para que seja dada a classificação dos alunos em edital. Para o registro do simulado como avaliação bimestral, o Professor de cada disciplina consulta os resultados por meio do gabarito e lança a nota de acordo com o acerto de cada aluno. Posteriormente é dado aos alunos oportunidade de recuperação paralela dos conteúdos trabalhados no simulado. AVALIAÇÃO O Projeto será acompanhado pela Direção e Equipe Pedagógica semestralmente, tendo anualmente a apreciação dos Professores que estiverem fazendo parte do quadro de pessoal efetivo para o ano letivo. O formato do simulado, a quantidade de questões por disciplina e seu conteúdo serão observados criteriosamente a cada simulado para que seja inexistente o prejuízo ao aluno, visto que o simulado também tem caráter avaliativo bimestral. Toda e qualquer mudança será feita anualmente no simulado para que o mesmo sempre atenda a expectativa dos alunos e venha cumprir com os objetivos do projeto. REFERÊNCIAS As referências para este projeto dependem das diversas áreas do conhecimento, ficando sob a responsabilidade de cada Professor as mesmas. PROJETO - SHOW DE TALENTOS DEMANDA; todos os alunos que se encontram regularmente matriculados no Colégio. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 2º semestre do ano letivo. DISCIPLINA VINCULADA: disciplina de Arte, História e Língua Portuguesa. TURNO DO PROJETO: será realizado nos 2 períodos. RECURSOS MATERIAIS:, mesa de som, aparelhos eletrônicos como máquina fotográfica digital, filmadora, microfones e instrumentos musicais. RECURSOS HUMANOS: Direção Equipe Pedagógica, Grêmio Estudantil, alunos e Professores das disciplinas citadas em função no estabelecimento. 75 INFRA-ESTRUTURA: quadra de esporte com palco e estrutura para apresentação, acesso a bebedouros e banheiros. JUSTIFICATIVA A confraternização entre os alunos e a capacidade de organizar de forma autônoma um evento com apresentações relevantes de qualidades artísticas e culturais é significativo para os mesmos. O Show de Talentos une alunos, pais e Professores e faz com que exista uma grande integração com o Colégio. Muitas vezes, o aluno possui um talento e não tem espaço para demonstrá-lo, a escola pode e deve abrir espaço para que estes alunos mostrem o que sabem, enriquecendo assim o ambiente escolar e trazendo descontração para o mesmo após um ano letivo repleto de obrigações acadêmicas. As atrações do Show de Talentos reúne números musicais, coreografias, apresentação de grupo de capoeira, balé, dança de salão, dentre outras atrações. É uma oportunidade de unir os estudantes em torno da arte que traz muitos benefícios para sua formação, pois está desenvolvendo a inteligência cinestésica corporal. O projeto justifica-se, pois compreende-se que por meio dele o aluno tem a experiência de estar em grupo ou individualmente realizando um show onde sua habilidade pessoal é destaque. OBJETIVO GERAL Motivar a demanda de alunos a mostrar seu talento individual ou em grupo, respeitando as diferenças e escolhas individuais, promovendo a interação entre os alunos, os Professores e os Pais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Promover integração entre os alunos; . Criar espaço para o aluno expressar-se dentro do âmbito escolar; . Oportunizar a mostra do talento individual do aluno; . Promover a arte como forma de lazer e cultura. METODOLOGIA O Projeto Show de Talentos será realizado no último bimestre letivo e terá a colaboração dos Professores de Arte, Língua Portuguesa e História, pois uni-se-á a outra atividade que consta no Calendário Escolar que é a Semana da Consciência Negra. Os Professores podem auxiliar os alunos na elaboração das apresentações, também podem aproveitar o talento dos alunos para realizar os trabalhos voltados para a semana da Consciência Negra. 76 O aluno fará sua inscrição para participação no show de talentos que terá dia agendado previamente. As apresentações aconteceram simultaneamente as da Semana da Consciência Negra. O show preparado pelo aluno não tem caráter avaliativo, contudo para apresentações voltados para a Semana da Consciência Negra, o Professor poderá aferir nota, desde que proporcione a devida recuperação paralela da avaliação feita. Todo e qualquer material necessários para as apresentações são de responsabilidade dos alunos, sendo que a escola providencia o espaço adequado para as apresentações dentro da mesma. AVALIAÇÃO A avaliação é feita anualmente para que a Direção e Equipe Pedagógica possam aprimorar o projeto junto aos alunos. Cada mudança de uma edição para outra vai observar os aspectos positivos e negativos para que o projeto não deixe de cumprir com seus objetivos. Toda e qualquer mudança poderá ser feita pelo Diretor, Equipe Pedagógica e coletivo de Professores. REFERÊNCIAS Não há referências para este projeto. Os Professores são responsáveis pelas referências para os trabalhos relacionados com a Semana da Consciência Negra. PROJETOS DO MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA A Direção e Equipe Pedagógica do estabelecimento se propõem, juntamente com os Professores a participar dos Projetos organizados pelo MEC ou que tenham vínculo com Instituições de Ensino Superior da região que tragam contribuição para a vida acadêmica. São eles: OBMEP – Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Olimpíadas da Língua Portuguesa OPRQ – Olimpíadas Paranaenses de Química Olimpíadas nacional de História do Brasil 77 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - CONCEPÇÕES 4.1 Sociedade Vivemos em uma sociedade capitalista, segundo Marx constituída de classes: a burguesa e proletária, desde que surge este modelo de sociedade estas classes sempre entraram em conflito, onde uma domina e outra é dominada. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, o opressor e o oprimido permaneceram em constante oposição um ao outro, levada a efeito numa guerra ininterrupta, ora disfarçada, ora aberta, que terminou, cada vez, ou pela reconstituição revolucionária de toda a sociedade ou pela destruição das classes em conflito. (MARX, 1848, P. 26) É necessário que a escola tenha uma concepção de sociedade bem delimitada para que assim a escola exerça sua função social de ensinar para que haja uma emancipação da sociedade para que isto aconteça é primordial a emancipação do educando, para que isso ocorra deve ser trabalhado a identidade social como um processo permanente de comunicação e reflexão, para que as ações sejam interpretadas e reinterpretadas em um processo livre de coerções individuais e sociais. A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social. Assim sendo, a educação possibilita a compreensão desta realidade explicitando qual o papel do sujeito, este enquanto construtor/transformador dessa mesma sociedade. “Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar. No próprio mundo físico minha constatação não me leva à impotência”. (FREIRE, P.30) 4.2 Homem É de extrema necessidade que a escola trabalhe com o educando, tendo como perspectiva de formação a de um homem enquanto ser social, sujeito atuante, construtor da sociedade na qual está inserida. Freire coloca de forma muito clara que, a educação tem uma função precisa, de alienar ou libertar. “A opção, por isso, teria de ser também, entre uma “educação” para a “domesticação”, para a alienação, e uma educação para a liberdade. “Educação” para o homem-objeto ou educação para o homem-sujeito.” (FREIRE, 1967, P.36). Cabe à escola formar indivíduos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem, 78 preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo, que contribua na formação do homem sujeito. O homem tem que ser um agente de transformação a fim de amenizar as desigualdades sociais. 4.3 Educação A escola, sendo um espaço socialmente organizado para a construção do saber científico, o professor é um dos elementos fundamentais. Dentro da visão socio-interacionista, que o Colégio Helena Kolody tem adotado, a relação ensinoaprendizagem ocorre dentro de um diálogo onde o professor é um co-construtor do conhecimento. Para isso é necessário que avalie os conhecimentos que os alunos possuem, para orientar e criar situações que facilitem a aquisição do conhecimento científico. “Acreditamos que o desenvolvimento da criança é um processo dialético complexo caracterizado pela periodicidade, desigualdade no desenvolvimento de diferentes funções, metamorfose ou transformação qualitativa de uma forma em outra, embricamento de fatores internos e externos, e processos adaptativos que superam os impedimentos que a criança encontra”. (VYGOTSKY, P.80, 2007) Nesta perspectiva teórica, a construção do conhecimento é um processo histórico-cultural, isto é, se dá através das interações com o meio e da participação do indivíduo em atividades culturalmente organizadas. Freire nos aponta uma concepção de educação libertadora, uma concepção de educação que segundo ele vem para contrapor a bancária de educação, esta por sua vez não exige a consciência crítica do educador e do educando, assim como o conhecimento não desvela as entrelinhas do que se pretende saber. Para Freire a educação bancária oprime, negando a dialogicidade nas relações entre os sujeitos e a realidade. De uma educação que levasse o homem a uma nova postura diante dos problemas de seu tempo e de seu espaço. A da intimidade com eles. A da pesquisa ao invés da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de afirmações desconectadas das suas condições mesmas de vida. A educação do “eu me maravilho” e não apenas do “eu fabrico”.(FREIRE, 1967, P.93). 79 4.4 Conhecimento Para desenvolver uma educação pautada na perspectiva histórico-cultural, ela deve se basear em uma concepção onde o conhecimento advenha de um processo realizado no contato do homem com o mundo vivenciado, o qual, por conseguinte, não é estático, mas dialético, dinâmico e em contínuas transformações. Onde o educando deve dar-se como sujeito crítico consciente de sua realidade. Como diria Beatriz Nadal: Ao contrário, a luta pelo respeito às diferenças, para ser consequente, deve partir de uma análise crítica da realidade social, capaz de identificar não apenas o caráter ideológico dos diferentes discursos, mas também os interesses do capital – e, portanto, de classes –, que estão na base da exclusão cultural ou de qualquer outra ordem. (NADAL, 2009, P. 1 46) . Este processo advém de um conhecimento que é crítico e imbricado em um ato constante de revelar a realidade, posicionando o jovem nela. O saber é construído assim para que os jovens se entendam como seres históricos e capazes de alterar a realidade que oprime. 4.5 Escola A escola é o local em que, através de metodologias organizadas, o aluno, tendo o professor como mediador, se apropria do saber que foi sistematizado ao longo da história da humanidade. A escola, sendo um espaço socialmente organizado para a construção do saber elaborado, o professor é um dos elementos fundamentais. Dentro da visão sócio- interacionista, o professor é mediador do conhecimento. Para isso é necessário que avalie os conhecimentos que os alunos têm para orientar e criar situações que facilite a aprendizagem. Nesta concepção de escola que o Colégio Helena Kolody percebe que é necessário sempre abrir espaços de comunicação com o aluno, permeada pelo ato da fala e da escuta. Deixar o aluno expressar sobre seu cotidiano, seus sonhos, sua família, seus desejos, seus medos, suas desilusões, suas alegrias, suas tristezas, suas fantasias, seus conhecimentos, seus conflitos. Essa é a forma de considerá-lo 1 NADAL, Beatriz. "Multiculturalismo e pós-modernidade: educação, diferença e igualdade social". In: FELDMANN, Mariana Graziela (Org.). Formação de professores e escola na contemporaneidade. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009. 80 como sujeito de sua história, buscando construir sua identidade e subjetividade, dentro de um processo material. Enfim, a função da escola na sociedade atual é propiciar discussão que desvele a organização social vigente. Pensar o funcionamento dessa sociedade sob a luz dos conhecimentos historicamente acumulados é condição indispensável na formação dos homens que desejamos. 4.6 Currículo O currículo deve ser pensado e organizado de forma que o acesso ao saber historicamente acumulado seja absorvido pelos educandos, considerando-o como aspecto fundamental para alavancar uma tomada de consciência da realidade social concreta por parte da classe trabalhadora, uma vez que no Colégio Helena Kolody o ser humano é visto como sujeito construtor de sua própria existência, possuindo, portanto, possibilidades históricas de transformação destas condições de vida desde que possa refletir criticamente sobre a realidade. Os conteúdos curriculares são os conteúdos clássicos, sistematizados, científicos, que expressam o desenvolvimento das formas de criação e de (re)construção da existência humana, em um processo sempre histórico, sendo pensados, nesta ótica, enquanto “elementos de emancipação humana e força propulsora da transformação das relações sociais”(Libâneo, 1996, p. 135). Fazendo um resgate em relação às políticas públicas aplicadas à Educação mais especificamente em relação ao Currículo na década de 90, pode-se afirmar que as perspectivas construtivistas adotadas pelos PCNs são insuficientes para possibilitar que a escola pública cumpra sua função social. Em nome do “aprender a aprender” as políticas curriculares nacionais da década de 90 desfizeram o papel do professor como o mediador do saber, retomando a compreensão do professor como mero facilitador do processo de ensino e aprendizagem. Esta política não somente secundarizou o papel do professor, como também relativizou o conhecimento, valorizando apenas o processo de construção do conhecimento em detrimento do conteúdo escolar. Além desta ressalva, destaca-se a questão de se trabalhar os conhecimentos de forma pontual, individual e pragmática descolada de sua totalidade. Deste modo, é de extrema importância tratar os conteúdos curriculares em sua totalidade, significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e 81 determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade. Ao construir-se o currículo deve-se ter claro a necessidade de superação da visão mercadológica, que responsabiliza o indivíduo pelas questões sociais e econômicas do país, bem como retiram da escola o elemento que lhe é imprescindível, o conteúdo. A opção pelo currículo disciplinar, que busca garantir a especificidade do conhecimento, a partir de cada disciplina, com o cuidado em trabalhá-lo em suas múltiplas determinações e relações que são históricas, sociais, culturais e políticas. O papel da escola - que não é de preparar mão-de-obra, não é de formar para o mercado, não é de dar conta de todos os problemas sociais e econômicos, mas é o de possibilitar que, através do conhecimento, os nossos alunos possam ter compreensão da sua condição como sujeito histórico. 4.7 Ensino-aprendizagem Partindo do princípio de que o currículo não é veículo de algo a ser transmitido e passivamente absorvido, mas o terreno em que ativamente os sujeitos envolvidos criarão, recriarão; a qualidade do processo de ensino-aprendizagem passa necessariamente pela concepção teórica do professor que deve ser o mediador desse processo. Como afirma José Carlos Libâneo, os professores transformam as análises dos fundamentos sociais e culturais do currículo em práticas de sala de aula nas suas matérias, de modo que o currículo não é estabelecido previamente, mas emerge através da ação e interação dos participantes. Libâneo também afirma que na maioria das vezes, seja por questões burocráticas, organizacionais, ou mesmo pela formação deficitária dos profissionais da educação; as formas de intervenção realizadas nas escolas, tendem a cair em reducionismos, pois priorizam determinados aspectos e não a totalidade. Para ele, da mesma forma que não podemos deixar de lado os contextos externos da aprendizagem (e aqui fica evidente que se concebe os alunos como sujeitos sociais e históricos constituindo-se na prática social concreta); também não é possível um ensino de qualidade sem penetrar nas questões da aprendizagem, 82 dos processos internos da aquisição do conhecimento e do desenvolvimento das capacidades de pensamento, assim como o desenvolvimento de competências profissionais dos professores. Nesta escola, o ensino será entendido como um processo de cooptação dos conhecimentos historicamente produzidos pelo conjunto da humanidade, socialmente necessários. A grande tarefa do ensino será, portanto, transmitir à criança, ao adolescente e ao adulto aquilo que eles não são capazes de aprenderem por si só e isso deverá ocorrer de forma significativa, produzindo mudanças nos sujeitos e preparando-os para agir no mundo. O ensino deve considerar o contexto do aluno, sua realidade, necessidades e interesses, mas partindo deles, deve ir além, pois o conhecimento escolar deve ser tomado como via de emancipação humana. Segundo Saviani: “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanizados e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo”. SAVAIANI,1995, p. 17 A função de ensinar exige de quem a exerce a compreensão da realidade social, política e econômica, o domínio dos conteúdos, das formas como a aprendizagem se dá, de metodologias variadas e adequadas, e também a compreensão da complexidade das relações, uma vez que a qualidade dessas relações pode favorecer, dificultar e até mesmo impedir que a aprendizagem aconteça. 4.8 Avaliação A avaliação no contexto escolar deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da qualidade do saber a ser adquirido. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito que aprende, influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo contexto social. Com tal abrangência, a avaliação deve ser contínua, formativa, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir os problemas identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e identificando as possíveis 83 causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse processo. A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da observação, da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo exige o envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo de avaliação, onde sejam estabelecidas as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e da aprendizagem, na construção de uma educação transformadora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi: “...a prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”. (LUCKESI, 2002, p. 32). A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente do conhecimento. A avaliação que se realiza em nossas escolas, não está garantindo a qualidade do ensino, não está sendo democrática, nem tão pouco está servindo para transformar uma sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção e coloca-se cada vez mais competitiva e excludente. A pedagogia do exame é ainda reinante e a avaliação é tomada como sinônimo de controle, um momento de aplicação de provas, onde são classificados através de números, letras e pareceres que em nada exprime a real aprendizagem do aluno, serve apenas para classificá-lo, que é o passo prévio para a seleção e exclusão. Pensar em mudanças na pratica da avaliação é partir para novos rumos, inovar o ensino- aprendizagem, pensar na forma que ensinamos, a quem ensinamos e porque ensinamos para chegar no como avaliar, quem avaliar e para que avaliar. Nesta perspectiva, a avaliação servirá para verificar a apropriação do conhecimento por parte do aluno. O ensino, a aprendizagem e a avaliação não são momentos separados, acontecem de forma contínua em interação permanente. Os 84 objetivos devem ser bem claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de importância para a vida do aluno. A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem, deve ser incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo os alunos no processo chamado de auto-avaliação. A intenção do Colégio Helena Kolody é promover uma avaliação pautada e orientada com regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação no 007/99, sendo entendida como um dos aspectos de ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Ela deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Levantar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino. Consta no regimento do Colégio Helena kolody que a avaliação é um processo integral, sistemático, gradual, contínuo e processual que se inicia no estudo de uma situação e se estende através de todo o processo educativo. Dispondo dessas informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo, planejando e redimensionando o trabalho pedagógico. A avaliação deve permitir o diagnóstico de seus resultados e a consequente reformulação dos conteúdos e do encaminhamento metodológico empregado, sendo contínua, progressiva e cumulativa. Dentro do processo ensino-aprendizegem a avaliação deve ter como funções: auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios de detectar as próprias capacidades e limitações; fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal. A avaliação deve ser diagnóstica, com o propósito de determinar a presença ou ausência de prérequisitos, assim como identificar possíveis causas de dificuldades na aprendizagem, tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a sua estagnação disciplinadora, o que exige do educador uma postura pedagógica clara e definida e formativa, pois deve ser realizada no processo, oportunizando a avaliação do educando como um ser único, individual, respeitando suas potencialidades e 85 características pessoais, fornecendo elementos decisivos para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada de estudos dos mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si. A avaliação do Colégio Helena Kolody utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de experiências pessoais, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, tarefas específicas, pesquisas, atividades complementares, em classe, extraclasse e domiciliares, arguições e demais modalidades propostas pelo professor. É função do professor elaborar, aplicar, corrigir e atribuir notas aos testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação referentes aos conteúdos básicos propostos nos projetos de ensino. Ao final do 1º, 2º, 3º e 4º bimestres o Conselho de Classe acontece para analisar o desempenho parcial do aluno segundo os pareceres atribuídos acima. O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através de notas em uma escala dede 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo composto pela somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referente a atividades diversificadas, resultante de no mínimo 02 (duas) atividades avaliativas diversificadas, sendo estas trabalhos em grupo ou individual, pesquisas, confecções de maquetes, portifólios, vídeos, entre outros, mais 6,0 (seis vírgula zero), aferida através de instrumento de prova, sendo que esta não deverá ser de consulta a nenhum material onde esteja especificado o conteúdo abordado na mesma, totalizando no final . A nota dos bimestres letivos será resultante da média dos valores atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos. A média de conclusão de disciplina será obtida através da média aritmética das notas dos bimestres letivos, constituindo-se na média anual (M.A.). MA= 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0 4 4.8A Recuperação de Estudos Um dos objetivos primordiais de toda e qualquer instituição de ensino é colaborar com o aluno no sentido de respeitá-lo quanto aos seus limites e potencialidades, no que se refere aos conceitos básicos das várias áreas do conhecimento, aspectos específicos. 86 O Colégio Estadual Helena Kolody prevê o trabalho de recuperação paralela, por meio da adaptação curricular para os casos mais simples, e, para os casos mais significativos, além da adaptação curricular, o atendimento complementar em contra turno (Sala de Apoio e Sala de Recursos); a fim de zelar pela aprendizagem dos alunos e prover meios para que o educando adquira o conhecimento. É de suma importância ressaltar que para os alunos de baixo rendimento escolar serão proporcionados Estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série do ano letivo. Os Estudos de Recuperação Paralela serão planejados, constituindose num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. Uma das propostas do Sistema de Avaliação deste Estabelecimento de Ensino refere-se ao plano de Recuperação Paralela, que é o resultado imediato a partir do momento em que há envolvimento da comunidade escolar (aluno/professor/pais). Tudo deve ser avaliado e repensado num processo dinâmico, que é modificado na interação professor aluno, entre alunos/conteúdo e alunos/metodologia. Vale ressaltar que para todo e qualquer instrumento de avaliação utilizado pelo corpo docente que for aferido nota ao aluno, será atribuído o direito de recuperação. A avaliação não pode limitar-se apenas na etapa final de uma determinada prática. Ela deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata que o aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor em conjunto com a equipe pedagógica deve rever os programas, retificá-los, repensar a metodologia, descobrir a falha no processo, buscar outros caminhos, lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores resultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível. 4.8B Processo de Promoção A promoção deverá ser o resultado do aproveitamento escolar do aluno expresso conforme critério e forma determinada pelo estabelecimento em seu Regime Escolar. A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o período letivo, incluído a recuperação de estudos. 87 Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registrará, no histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado. E ainda, de acordo com a LDB, artigo 12 – item V, os estabelecimentos de ensino, respeitado as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; também o artigo 13 –item IV, estabelece estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. O controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regime e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas para aprovação em todas as disciplinas. 4.8C Processo de Classificação Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios próprios para posicionar o aluno na série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais. A classificação poderá ser realizada: Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série na própria escola; Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem; Independência de escolarização anterior, mediante a avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série adequada. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: a) Proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica; b) Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o respectivo consentimento; 88 c) Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para efetivar o processo; d) Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; e) Registrar o resultado no histórico escolar do aluno. 4.8D Processo de Reclassificação Reclassificação é rever e alterar a classificação de um aluno em determinada série ou etapa escolar de forma a promover a aceleração de estudos. Quem avalia a competência e reclassifica é a escola. Não é um processo automático, a escola decide através do conselho de classe qual é a série adequada ao desenvolvimento do aluno. A reclassificação poderá ocorrer mediante: Requerimento do próprio aluno ou de seu responsável, dirigido ao diretor da escola; Proposta apresentada pelo (s) professor (es) do aluno; A reclassificação para o aluno da própria escola deverá ocorrer, no máximo, até o final do primeiro bimestre letivo e, para o aluno recebido por transferência ou oriundo de outro país, com ou sem documentação comprobatória de estudos anteriores, em qualquer época do período letivo. A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se trata de transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo como base as normas curriculares atuais. 4.10 Conselho de Classe O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem, a relação professoraluno bem como os procedimentos adequados a cada caso. Haverá tantos Conselhos de Classe quantas forem as turmas deste Estabelecimento de Ensino. O Conselho de Classe tem por finalidade: a) estudar e interpretar os dados da aprendizagem, na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto no Projeto Pedagógico; 89 b) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; c) analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e com o encaminhamento metodológico; d) utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si. O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelos professores pedagogos e por todos os Professores que atuam na turma. A Presidência do Conselho de Classe, está a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento, será substituído por um professor pedagogo. O Conselho de Classe reunir-se-á, ordinariamente, em cada bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar e extraordinariamente sempre que um fato relevante assim o exigir. A convocação para as reuniões será feita através de ata própria, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos. São atribuições do Conselho de Classe: Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino- aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar; Propor medidas para a melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos alunos na classe; execução Colaborar com a dos planos Equipe Pedagógica na elaboração e de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário; Verificar o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%(setenta e cinco por cento) e verificar o rendimento 6,0 (seis vírgula zero) do 90 aluno diagnosticando seu progresso escolar levando em consideração o domínio dos conteúdos. As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, por secretário “ad hoc”, em ficha própria para registro, divulgação ou comunicação aos interessados. Conselho de Classe Participativo. Os alunos representantes de turma devem ser o elo da sua turma com a Direção do estabelecimento, com o Grêmio Estudantil e os demais setores da escola. 4.11 Gestão Escolar A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão. Nesse sentido, a participação constitui uma das bandeiras fundamentais a serem implementadas pelos diferentes atores que constroem o cotidiano escolar. Os processos de participação constituem processos de aprendizagem e de mudanças culturais a serem construídos cotidianamente. É um processo complexo que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades de organização. Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo-benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros). Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos principais interessados na qualidade da escola, a chance de que deem certo é bem maior. O conselho escolar, como mecanismos de participação da comunidade na escola, já estão presentes em muitas escolas do país. A função dos conselhos é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola (como participar da construção do projeto políticopedagógico e dos planejamentos anuais, avaliar os resultados da administração e ajudar na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos, decidir sobre os investimentos prioritários). 91 Mas não é só nos conselhos que a comunidade participa da escola. Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da região e associações locais devem estar presentes. Como a democracia também se aprende na escola, a participação deve se estender a todos os alunos. Como cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que é melhor para eles e se organizar em colegiados próprios, como os grêmios. Discutir propostas e implementar ações conjuntas por meio de parcerias proporciona grandes resultados para melhorar a qualidade da escola no país. Numa gestão democrática é preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos, negociar. Para que isso ocorra buscaremos efetivar a participação constituindo processos de aprendizagem e mudanças culturais a serem construídos cotidianamente, compartilhando as ações e as tomadas de decisão por meio de trabalho coletivo, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar, evitando alguns processos chamados de participação e que não garantem o compartilhamento das decisões e do poder, configurando-se como mecanismos legitimadores de decisões já tomadas centralmente. Assim, é preciso repensar a cultura escolar e processos, normalmente autoritários de distribuição. Além disso, a escola precisa viabilizar aspectos fundamentais como: 1. Acesso, permanência e inclusão: Com base no princípio que a educação é um direito de todos, entendemos que cabe as escolas oferecer condições de aprendizado que não discriminem diferenças. A educação é uma questão de direitos humanos, por isso todos os indivíduos devem ter garantidos o acesso, o ingresso, o regresso e a permanência com sucesso em todo fluxo de escolarização estabelecido pelo sistema nacional de educação. Ou seja, entendemos que a escola deve priorizar a inclusão de todos na escola. A inclusão faz parte das mais recentes e polêmicas discussões no âmbito educacional. Justamente por representar ainda um processo em curso, angústias e incertezas, e, ao mesmo tempo, a esperança e a vontade de lutar, têm movido muitos educadores e profissionais ligados à educação na busca de práticas mais coerentes e eficazes no atendimento integral a esses indivíduos. 92 É preciso refletir sobre a forma superficial como a inclusão tem se efetivado, tanto no âmbito da educação, quanto da sociedade em geral. Muitas vezes a inclusão é entendida unicamente como a garantia do acesso de portadores de deficiência nas mais diversas situações e lugares. Na escola não seria diferente; pois a inclusão tem se caracterizado meramente, pela inserção desses indivíduos nas salas do ensino regular. No entanto, isso não caracteriza de fato uma inclusão, e, sim, mera integração. Isto porque, a inclusão pressupõe respeito à diversidade com adaptação bilateral, ou seja, é preciso que haja a adaptação tanto por parte da sociedade, quanto do indivíduo. Quando não há esta adaptação bilateral, ocorre simplesmente uma integração dos indivíduos, pois se permite a convivência do indivíduo na sociedade, mas não há adaptações realmente significativas por parte da sociedade que o favoreçam. Na verdade, a integração mascara um processo de exclusão. A proposta do ensino inclusivo representa um processo muito mais complexo e abrangente, que discute uma verdadeira mudança na concepção do que seja o respeito e o atendimento às diferenças; na sociedade como um todo, e, conseqüentemente, na educação. Falar numa prática educacional inclusiva, muito mais que procedimentos técnicos e estruturais, requer uma mudança de paradigma, ou seja, uma mudança nas concepções acerca do que seja e de como deve ser trabalhada a diversidade em nossas escolas. Uma educação inclusiva “enxerga” a todos como sujeitos com características peculiares, que implicam em necessidades educacionais especiais que devem ser atendidas para a efetivação de uma educação de qualidade para todos; mesmo que para isso haja necessidade de se utilizar maneiras diferentes para garantir o acesso aos conhecimentos. Infelizmente essa ainda não é a prática que podemos observar em nossas escolas, pois ao limitar-se à integração dos indivíduos com deficiência (pois nem mesmo o atendimento aos deficientes tem caracterizado uma inclusão), a escola desconsidera toda a diversidade de “necessidades especiais” presente em cada um dos indivíduos que por ela passam. Inúmeros fatores podem dar origem aos problemas de aprendizagem que levam os alunos a fracassarem na escola. Sejam eles: orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais ou pedagógicos, o fato é que a escola ainda não sabe muito bem como agir diante desses casos. Muitas vezes isso ocorre, por desconhecimento 93 desses fatores e por uma inabilidade por parte dos profissionais da escola para lidar com as individualidades, visto que ainda é muito “conteudista”. Isso nos remete à questão da formação dos profissionais (seja inicial ou continuada), que é inadequada por não dar suporte teórico para uma prática diferente desta que vivenciamos nas escolas. Nesse sentido, a escola deve, além de se fundamentar teoricamente, buscar viabilizar na prática instrumentos e mecanismos que possibilitem a explicitação das possíveis causas da exclusão e sua análise aprofundada. Tal avaliação não deve restringir-se à equipe pedagógica, mas abranger toda a comunidade escolar, isso porque não deve ter como finalidade o diagnóstico, e sim, a viabilização de estratégias de superação das dificuldades observadas. Para que isso ocorra buscaremos: Conhecer os verdadeiros motivos pelos quais as crianças deixam de freqüentar a escola; Criar um ambiente acolhedor, onde os alunos sintam que são bem recebidos e que a sua presença é valorizada; Atendimento aos alunos com dificuldade de aprendizagem na Sala de Apoio e Sala de Recursos; Desenvolver projetos em parceria com instituições que trabalhem com alunos com necessidades especiais com o objetivo de desmistificar os preconceitos que impedem que ocorra a inclusão. Desestimular, entre os alunos, qualquer atitude de preconceito ou discriminação, promovendo a cooperação e a solidariedade; Trabalhar no sentido de tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente daqueles em situação de risco; Acompanhar diariamente a presença/ausência dos alunos em situação de risco (de abandono), procurando descobrir os motivos das faltas e o que pode ser feito para reverter a situação; Tomar providências concretas, junto aos órgãos competentes (como o Conselho Tutelar), sempre que um aluno deixar de comparecer à escola. 2. Qualidade do processo ensino-aprendizagem: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em sintonia com as demandas educacionais contemporâneas e com as orientações da UNESCO para políticas educacionais, definiu um projeto educacional que promove uma mudança de paradigma: muda a 94 ênfase do ensino para a aprendizagem. A LDB desloca o eixo da liberdade de ensino para o direito de aprender. Desta mudança de paradigma resulta que o conteúdo ensinado não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas um meio para formar cidadãos que: saibam fazer e agir, saibam ser, conviver e interferir em seu entorno social. Os conteúdos e as metodologias para ensiná-los devem ser estabelecidos pensando-se no desenvolvimento de quem aprende e não com base no gosto ou conforto de quem ensina. Para que a escola cumpra seu papel com qualidade levaremos em consideração dois aspectos: a maneira como os conteúdos são trabalhados e a relevância e utilização desses conteúdos para a vida do aluno. Nesse sentido, e observando as orientações da Proposta Curricular do Estado do Paraná, nossa Proposta Curricular representa um processo de construção e reconstrução coletiva, com um objetivo muito claro a ser atingido: a qualidade do ensino-aprendizagem. 4.12 MECANISMOS DE GESTÃO 4.12A APMF A associação de pais, mestres e funcionários é um órgão de representação dos pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. a apmf é pessoa jurídica de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de ensino e não tem caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. a apmf rege-se por estatuto próprio. esse órgão é de extrema importância para as ações da escola, tendo como objetivos: • discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e para a integração da família, da comunidade e da escola. • prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhor condições de eficiência escolar. • integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa mesma comunidade. • proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis. 95 • representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor adequação dos planos curriculares. • promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e membros da comunidade através de atividades sócio-educativo-cultural-culturaldesportiva. • Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as condições dos educandos fator de máxima prioridade. São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF, objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de qualidade onde todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se co responsáveis pelos resultados obtidos. Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente. 4.12B CONSELHO ESCOLAR o Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, conforme as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar. O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino. Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência. Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de 96 problemas e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar. E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações. Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos. Poderão participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da comunidade escolar, representantes dos movimentos sociais organizados e comprometidos com a escola pública. 4.12C Professor Representante de Turma Levando em conta a realidade do dia-a-dia do professor e do aluno nas aulas e, principalmente, o compromisso do Colégio em tratar o aluno não apenas como aprendiz, mas também como pessoa, o principal papel do professor representante de turma consiste em proporcionar, desenvolver e preservar uma dimensão humanística no processo ensino-aprendizagem. O professor representante de turma deve estar preocupado em atender as necessidades básicas dos alunos, abaixo relacionadas e fazer com que todos deste Estabelecimento assim o compreendam: de sentir-se pertencente a um grupo; de sentir-se participativo e produtivo; de sentir-se independente e auto-suficiente; de poder expressar suas ideias; de constituir o Grêmio Estudantil e fazer parte dele se assim optar; São Atribuições do Professor Representante de Turma: Divulgar o Regimento da Escola, enfatizando os seguintes aspectos; a) organização geral da escola (quem é quem, onde e quando); b) enfatizar as normas escolares disciplinares; c) tornar claro os direitos e deveres dos alunos. Observar os alunos e proceder à distribuição dos lugares, por meio do mapeamento de sala, remanejando-os quando necessário; 97 Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contato com os demais professores e Equipe Pedagógica; Fornecer os dados da turma aos diferentes setores da Escola, sempre que solicitado; Expor, discutir, buscar soluções para os problemas da sua turma junto à Equipe Pedagógica, propondo alternativas de soluções; Representar os professores da turma sempre que necessário; Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pela Escola, orientando, incentivando e acompanhando, quando necessário, sua turma; Solicitar a presença dos pais na Escola quando o aluno estiver com dificuldades, bem como atendê-los, quando for solicitado, trabalhando junto com a Equipe Pedagógica; Promover a escolha de dois alunos representantes de classe; Manter diálogo constante com os alunos representantes de turma; Orientar a turma quanto à organização do horário e às demais condições de estudo, incentivando os alunos a adquirirem hábitos de estudo eficientes; Orientar especificamente alunos com dificuldades, sejam elas de relacionamento, comportamento e/ou aprendizagem; Manter integração permanente com a Equipe Pedagógica, para que haja um fluxo atualizado de informações. 4.12D Alunos Representantes de Classe Com o objetivo de melhorar o relacionamento entre alunos da turma e facilitar o relacionamento desta com os Professores, Direção, Equipe Pedagógica e Agentes Educacionais I e II, serão eleitos alunos representantes de Classe. Esta eleição será realizada juntamente com o Professor Conselheiro da turma sob voto secreto ou por aclamação. Atribuições do aluno representante de turma: Ser elemento de ligação da turma com o professor representante de turma e os demais serviços da escola; Informar a sua turma sobre assuntos tratados nas reuniões com Direção e Equipe Pedagógica; 98 Participar de reuniões quando solicitado; Proporcionar à turma um ambiente agradável de amizade e união; Acompanhar os colegas, juntamente com o professor representante da turma e Equipe Pedagógica em dificuldades, tais como: dificuldade de aprendizagem, disciplina, faltas consecutivas e casos de enfermidade; Auxiliar alunos novos com dificuldades de adaptação a turma e Colégio; Comparecer ao Conselho de Classe bimestral com o relatório prévio do 5.PROPOSIÇÃO DE AÇÕES 5.1 PLANO DE AÇÃO – 2011 MESES Janeiro AÇÕES * Planejar RESPONSÁVEL a Semana * Direção, Pedagogas Pedagógica/Formação Continuada dos Professores; Fevereiro * Realizar a Formação Continuada; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Reunião com a Comunidade Escolar por * série; Equipe Pedagógica, Professores * Entrega dos Livros Didáticos para os * Pais ou Responsável por série; Direção, Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Elaboração de Normas Internas para * Direção, Equipe Pedagógica Alunos; * Direção Equipe Pedagógica * Elaboração das Normas Internas para os Professores; 99 * Direção e Equipe Pedagógica * Elaboração de instruções internas para preenchimento do Livro Registro de Classe, conforme Instrução 07/10; * Direção, Pedagógica, * Momento Cívico; Equipe Professores, Alunos * Equipe Pedagógica, Agente Educacional * Atualização do Compartilhamento Público para o ano letivo de 2011 – Paraná Digital; * Equipe Pedagógica e Professores * Entrega do PTD Anual por área e Bimestral por disciplina; Março * Distribuição dos Livros Registro de * Classe, protocolados; Direção, Pedagógica, Equipe Agente Educacional I * Levantamento dos alunos aprovados em * Equipe Pedagógica Conselho de Classe e Retidos por série; * I Reunião para organização do trabalho pedagógico; * Direção, Equipe Pedagógica * Elaboração da I Reunião Pedagógica; * Direção, Equipe Pedagógica * I Reunião Pedagógica; 100 * Direção, Pedagógica, * Elaboração da II Festa das Nações; Equipe Professores, Agentes Educacionais I e II * * Reposição de Carga Horária; Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores Abril * Elaboração de guia para Orientação * Equipe Pedagógica dos Alunos aprovados em Conselho de Classe ou Retidos; * Elaboração do Cronograma de * Equipe Pedagógica Atividades para o 1º Semestre/2011 * Orientação Educacional com utilização da guia de Orientação aos Alunos * Equipe Pedagógica aprovados em Conselho de Classe e Retidos; * I e II Intervalo Monitorado; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores de Educação Estudantil * Formatação do Projeto de Leitura do C. E. Helena Kolody; Física, Grêmio 101 * Direção, Equipe * Formatação do II Concurso de Redação Pedagógica, Área de Língua do C. E. Helena Kolody; Portuguesa * Direção, Equipe * Conferência do preenchimento do Pedagógica, Área de língua Livro Classe, Registro de conforme Portuguesa Instrução 07/10; * Reunião com APMF; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Agentes Educacionais I e II * Reunião para atualização do Conselho Escolar; * Equipe * Avaliação Diagnóstica dos Alunos da 5ª Professores série de Língua Portuguesa e Matemática * Levantamento nominal dos Alunos para * frequência na na Sala de Apoio; Pedagógica, Direção, Equipe Pedagógica, Professores da Sala de Apoio * Reunião de Pais ou Responsável sobre atendimento da Sala de Apoio; * Equipe Pedagógica, Professores do Ensino Médio 102 * Colaboração com a DCNEM; * * Elaboração de instrumento Direção, Equipe para Pedagógica, Professores realização do Conselho de Classe; * Reposição de Carga Horária; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Alunos. * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores Maio * Organização do I Torneio Pais e Filhos; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * III Intervalo Monitorado; * Direção, Pedagógica, * Preparação de material de apoio para Grêmio Estudantil os Professores – Prova Brasil Equipe Professores, 103 * Direção, Equipe * Organização do Simulado do Ensino Pedagógica, Professores Fundamental (8ª série) e Ensino Médio; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, * II Reunião Pedagógica; Agentes Educacionais I e II * Escola de Pais; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Início do Projeto de Leitura do C. E. Helena Kolody; * Direção, Equipe Pedagógica, Área de Língua Portuguesa * Início do II Concurso de Redação do C. E. Helena Kolody; * Direção, Equipe Pedagógica, Área de Língua Portuguesa * Projeto: Eu Acompanho a Vida Escolar do meu Filho – Entrega de Boletins; * * Reposição de Carga Horária; Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Comunidade Escolar * Direção, Equipe 104 Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores Junho * Realização da II Festa das Nações; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores de Educação Física, Grêmio Estudantil, Alunos * IV Intervalo Monitorado; * Direção, Pedagógica, * Reposição de Carga Horária; Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Programação da Equipe Multidiciplinar * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Prof. Pedagoga Coordenadora e Equipe Multidisciplinar Julho * Elaboração de instrumento para * realização do Conselho de Classe; Planejar a Semana Direção, Pedagógica, Alunos. * Equipe Pedagógica, Professores *Organização do II Torneio Interclasses- * Grêmio Estudantil – Período Vespertino; Direção, Equipe Professores, 105 Pedagógica/Formação Continuada; * Direção, Equipe Pedagógica, Agente Educacional I * Realização da Fomação Continuada; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Agentes Educacionais I Agosto * Organização do II Torneio Pais e Filhos; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Continuação do Projeto de Leitura do C. E. Helena Kolody; * Direção, Equipe Pedagógica, Área de Língua Portuguesa * Continuação do II Concurso de Redação do C. E. Helena Kolody; * Direção, Equipe Pedagógica, Área de Língua * Projeto: Eu Acompanho a Vida Escolar Portuguesa do meu Filho – Entrega de Boletins; * Direção, * Confecção do Jornal da II Festa das Pedagógica, Nações; Equipe Professores, Comunidade Escolar * V Intervalo Monitorado; * Direção, Equipe 106 * Reposição de Carga Horária; Pedagógica, Agente Educacional I * * OBMEP; Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores Setembro * Elaboração de instrumento realização do Conselho de Classe; para * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Alunos. * Escola de Pais; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * VI Intervalo Monitorado; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Reposição de Carga Horária; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Workshop Multidisciplinar * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Atualização do PPP - 2011 * Equipe Pedagógica 107 Outubro * Continuação do Projeto de Leitura do C. * E. Helena Kolody; Direção, Equipe Pedagógica, Área de Língua Portuguesa * Continuação do II Concurso de Redação do C. E. Helena Kolody; * Direção, Equipe Pedagógica, Área de língua * VII Intervalo Monitorado; Portuguesa * * III Reunião Pedagógica; Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Reposição de Carga Horária; * Direção, Equipe Pedagógica * * Prova Brasil; Direção, Equipe Pedagógica, Professores * Direção, Equipe Pedagógica, Professores Novembro * Semana da Consciência Negra; *Direção, Equipe Multidisciplinar, Equipe Pedagógica, Professores * Escola de Pais; * Direção, Equipe 108 Pedagógica, Professores * Reposição de Carga Horária; * Direção, Equipe Pedagógica, Professores * VIII Intervalo Monitorado; * Direção, Pedagógica, * Finalização do Projeto de Leitura; Equipe Professores, Grêmio Estudantil * Direção, Equipe * Finalização do II Concurso de Redação Pedagógica, Área de língua do C E Helena Kolody; Portuguesa * Direção, Equipe Pedagógica, Área de língua Portuguesa Dezembro * Elaboração de instrumento para * Direção, Equipe realização do Conselho de Classe Final; Pedagógica, Professores * Premiação do II Concurso de Redação; * Direção * IX Intervalo Monitorado; * Direção, Pedagógica, Equipe Professores, Grêmio Estudantil Neste Plano de Ação não estão contempladas reuniões convocadas pela Direção do Estabelecimento. Neste Plano de Ação não estão contempladas as reuniões convocadas pelo NRE/Maringá. Estaremos contemplando as Olimpíadas do MEC; OBMEP, Língua português, OPRQ e Nacional de História. 109 5.2 Equipe Multidisciplinar Uma equipe multidisciplinar pode ser definida como: “um grupo de indivíduos com contributos distintos, com uma metodologia compartilhada frente a um objetivo comum, cada membro da equipa assume claramente as suas próprias funções, assim como os interesses comuns do colectivo, e todos os membros compartilham as suas responsabilidades e seus resultados” (ZURRO ,FERREROX e BAS,1991, p. 29) . Dentro dessa perspectiva concebemos a Equipe Multidisciplinar integrada por diferentes profissionais que atuam na escola, sendo de diferentes áreas, com um objetivo comum, voltados para as necessidades do aluno, cada um dentro de sua área trazendo contribuições para a resolução das necessidades de cada educando com relação a ampliação do entendimento a respeito das questões Etnico-Raciais e Afro-Descendência. A Equipe Multidisciplinar tem a coordenação realizada pela Equipe Pedagógica do Estabelecimetno, tem estabelecimento os estudos inerentes a função de garantir dentro do as relações Etnico-Raciais e Afro- Descendência e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, assim contribui para que o aluno negro e indígena valorize-se positivamente por meio do conhecimento da história do seu povo, da sua cultura e da contribuição que trouxe para o país e para a humanidade. Colabora com a Gestão Escolar na formação continuada de Professores os quais serão multiplicadores junto aos alunos dos temas estudados durante os encontros promovidos pela Equipe Multidisciplinar. A formação da Equipe Multidisciplinar no estabelecimento de ensino vem cumprir a Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED, que resolve compor Equipes Multidisciplinares nos Núcleos Regionais de Ensino de Educação – NREs e no Estabelecimento de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica, que por sua vez atende a Constituição Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1º do Art. 242, Art. 215 e Art.216, as Leis nº 10.639/03 e nº 9.394/96 no seu Art. 26A, o Parecer CNE/CP nº 03/04, a Resolução CNE/CP nº 01/04, a Deliberação nº 04/2006 – CEE/PR e a Instrução nº 017/2006 – SUED/SEED. 110 6. REFERÊNCIAS LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a pedagogia críticosocial dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1990. __________ Didática. São Paulo: Cortez, 1994. MOREIRA, Carmen Tereza Velanga. (coord). Estado da Arte da Pesquisa em Educação em Rondônia. Relatório Parcial das Atividades Desenvolvidas no Projeto de Pesquisa - CNPq/PIBIC - Porto Velho, RO: 2005. VYGOTSKY,L S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2010. SAVIANI, D. Escola e democracia. 21ª ed. São Paulo, Cortez e Autores Associados, 1989. ______. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações, 5ª ed. São Paulo, Autores Associados, 1995. 111 7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR Está colocado para a escola grandes desafios estes por sua vez devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas, tornando-se parte do conteúdo e da proposta pedagógica curricular. 7.1 Proposta Pedagógica Curricular – Ensino Fundamental A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Helena Kolody segue as orientações da Diretriz Curricular Estadual, que tem como referência as orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. A elaboração de diretrizes curriculares, para as disciplinas que compõem a Base Nacional comum no Ensino Fundamental, buscou discutir as especificidades desta etapa da escolarização básica na escola pública, tendo como referência central o compromisso da escola com o conhecimento, com a aprendizagem de todos os alunos e a valorização da experiência profissional dos professores da rede pública estadual. As Diretrizes têm o propósito de explicitar uma concepção de educação, de currículo e de cada um de seus componentes curriculares, de modo a orientar as escolhas e as decisões do coletivo dos professores e equipes pedagógicas de cada escola quanto a sua proposta curricular, resultantes de todo um processo de discussão e de pesquisa, constituindo-se num documento orientador para a rede pública estadual. Aponta indicativos teórico- metodológico para que cada escola organize a proposta curricular. As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental são as seguintes: as escolas da rede pública estadual que ofertam o ensino fundamental pautarão todas as suas ações visando a garantia de acesso, de permanência e de aprendizagem para todos os alunos em idade escolar e para aqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental em idade própria. O processo de escolarização fundamental contribuirá para o enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma sociedade justa. As escolas elaborarão as suas propostas curriculares, tendo como referência as diretrizes curriculares para o ensino fundamental, objetivando o zelo pela aprendizagem dos alunos. 112 O coletivo da escola elaborou as suas propostas curriculares, com vistas à valorização dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares. Com base nas considerações das DCEs e investigação a respeito da produtividade de nossa escola que os professores elaboraram a proposta pedagógica da escola. 7.1A SALA DE RECURSOS – ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES INICIAIS ÁREA DA DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL E TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS. INSTRUÇÃO Nº 015/2008 – SUED/SEED A Superintendente da Educação Especial, no uso de suas atribuições, e considerando os preceitos legais que regem a Educação especial: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96; as Diretrizes Nacionais para a Educação especial na Educação Básica – Parecer nº 17/01 – CNE; a Resolução nº 02/01 – CNE; a Deliberação nº 020/03 – CEE – PR, expede a seguinte instrução: Definição Sala de Recursos é um serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental. O horário de atendimento na Sala de Recursos é em período contrário ao que o aluno está matriculado e em forma individualizada ou em pequenos grupos, através de um cronograma pré-definido, mas flexível e possível de alterações, de duas a quatro vezes por semana, não ultrapassando duas horas diárias. O número máximo de alunos matriculados na Sala de Recursos é de 20 alunos. Alunado Alunos regularmente matriculados no ensino fundamental nas séries iniciais que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico 113 significativo, decorrentes de deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos. Ingresso na Sala de Recursos Para ingressar na Sala de Recursos o aluno deve: ser egresso de Escola Especial ou de Classe Especial, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional; ser de classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da deficiência mental/intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional; ser da classe comum, com transtornos funcionais específicos ( distúrbios de aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia, transtorno de atenção e hiperatividade) com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional. Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Especial É necessário compreender que a inclusão é para todos. Construir um mundo inclusivo significa disposição para mudanças internas, sofridas e necessárias. Para sermos inclusivos precisamos resgatar um lado mais humano, menos máquina, mais solidário, menos competitivo, mais cooperativo... Precisamos tomar consciência de que todos somos diferentes e que apenas sendo diferentes, somos singulares e especiais...” ( Maria cecília Ballaben Stegun, 2003) A Educação Especial é uma modalidade da educação escolar definida em uma proposta pedagógica, que assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação. O objetivo geral da Educação Especial é assegurar a educação de qualidade a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, observando as áreas do desenvolvimento: cognitivo, afetivo e psicomotor, em todas as etapas da educação básica, apoio, complementação e/ou substituição dos serviços educacionais regulares, bem como a educação profissional para o ingresso no trabalho, formação indispensável para o exercício da cidadania. ( Deliberação 02/03 114 ). E atuar no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da Sala de Recursos, a fim de auxiliá-los na apropriação dos conteúdos defasados e contemplar seu desenvolvimento completo abrangendo as áreas do desenvolvimento. Língua Portuguesa OBJETIVOS Empregar a linguagem oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto, assim como desenvolver o uso da linguagem escrita, levando o aluno a refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, aprimorando a sua capacidade de pensamento crítico e torná-lo capaz de enfrentar as diferentes situações de uso da língua. LINGUAGEM ORAL Leitura oral: em grupos, individual, sequenciação; Expor ideias com fluência e clareza; Relatar fatos vivenciados no dia-a-dia; Respeitar os sinais de pontuação, garantindo a sequência da leitura; Controle no ritmo e altura da voz; Discutir ideias no grupo, apresentando opiniões ou argumentando; Ler variando a entonação; Proporcionar a ampliação do vocabulário, articulação e compreensão, bem como o uso desse vocabulário; Adequar sua fala a diferentes interlocutores em diferentes situações Interpretar e representar fatos de histórias lidas e ouvidas, buscando as sociais; ideias principais do texto; Contar o que leu ou ouviu; Sequência na exposição das ideias; Participar de debates, expondo suas ideias com clareza, coerência, atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor; Reconhecer as ideias centrais do texto; Reconhecer os objetivos e intenções do autor do texto; Antecipar informações a respeito do texto, a partir de seu título; ou do livro literário, a partir de seu título ou capa; Ler e discutir textos de diferentes gêneros. 115 LINGUAGEM ESCRITA É no bojo da análise do discurso que se efetivará o desvelamento de o que é a língua escrita para o aprendiz. E essa análise passa pela retomada constante da discussão e reflexão sobre os conteúdos de língua portuguesa que compõe o texto: função social da escrita; relação oralidade/escrita; ideia de representação ( há várias formas de se representar as ideias e os objetos, mas a escrita representa sons da fala e não os objetos/ideias que as palavras representam); escrita como sistema de representação; alfabeto com o conjunto de símbolos próprios da escrita; outros sinais da escrita: os diacríticos ( acentuação, sinais gráficos e de pontuação ) além das letras, o sistema de escrita utiliza outros símbolos para veicular ideias; relação grafema/fonema; direção da escrita; espaçamento entre as palavras; unidade temática; UNIDADE ESTRUTURAL; PRODUÇÃO TEXTUAL Escrever textos de diferentes gêneros (história, poema, carta, receita, resumo, descrição, texto de opinião...); Usar a criatividade na escrita dos textos, fugindo do senso comum; Reproduzir histórias vivenciadas, ouvidas ou lidas; Adequar o uso das concordâncias verbais e nominais; Organizar o texto de forma coerente e coesa; Usar adequadamente as regras da escrita padrão. INTERPRETAÇÃO Compreender e oralizar a ideia principal do texto; Representar fatos do texto lido pelo professor ou por ele, por meio de diferentes linguagens ( fala, desenho, modelagens, dramatizações, etc); Reconhecer a intenção do autor do texto; 116 Debater assuntos lidos, acontecidos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc) MATEMÁTICA OBJETIVOS Oportunizar uma situação de aprendizagem que auxilie o aluno na compreensão dos conceitos, cálculos e linguagens matemáticas. Trabalhar os conteúdos priorizados por meio de situações problemas, fazendo correlações com o cotidiano dos alunos de modo articulador, desempenhando um papel ativo do aluno na construção do seu conhecimento. Para desenvolvimento das exatas, há a necessidade de priorização das situações que envolvam a problematização do cotidiano, ou seja, situações concretas nas quais o aprendiz possa sentir-se inserido e que precisa pensar a (s) possível (is ) solução ( ões). Os conteúdos trabalhados estarão relacionados com os conteúdos das séries em que os alunos estejam matriculados no ensino regular. Linguagem matemática: leitura, escrita dos numerais Linguagem matemática: leitura, escrita dos numerais Números decimais ( construir o significado do número natural no contexto social ); Tabelas e gráficos; Classificação de quantidades; Raciocínio lógico ma emático; Sistema de numeração decimal (SND); Medida de tempo; Seriação numérica, contagem de um em um, dois em dois, etc; Organização do sistema métrico; Operações aritméticas, contextualizando com situações problemas; Porcentagem; Formas geométricas; Sistema de medidas: área, perímetro e volume; 117 Números inteiros e racionais: comparação, ordenação e representação geométrica; Equações do 1º grau; Construção e leitura de gráficos; Números, operações e álgebra (potências, radicais); Noção de tamanho, quantidade, forma e espessura; Cálculo mental ( desenvolver este procedimento como base para o raciocínio, coletando dados, levantando hipóteses, selecionando a melhor e testando-a ); Sistema monetário (em situações problemas); Noção de tempo; Interpretar e utilizar o calendário anual (dia, semana, mês, estações do Noção de conceitos básicos (grande, pequeno, maior, igual, diferente, ano); grosso, fino, alto, baixo, acima, abaixo, dentro, fora, curto, comprido, perto, longe, frente, atrás); Envolver as atividades em situações problemas e utilizar materiais concretos, como o material dourado. ÁREA COGNITIVA OBJETIVOS Levar o aluno a desenvolver as capacidades de conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação das informações de forma gradativa pela assimilação e acomodação. PERCEPÇÃO VISUAL Identificar formas, montar quebra-cabeça, achar detalhes, procurar palavras (caça-palavras); Jogo dos 7 erros, jogo da memória, batalha naval, pega-varetas; Figura a fundo; Sequência de cores, formas, objetos; Reproduzir desenhos, gestos, pintura após a observação; 118 Atividades diversificadas que envolvam: complete com frases, palavras, textos, etc. PERCEPÇÃO AUDITIVA Discriminar sons variados: baixo, alto, normal; Rimas; Atenção nas explicações; “Saber ouvir”. MEMÓRIA AUDITIVA Decorar músicas, poesias, piadas, parlendas; Identificar as principais informações de uma história, de frases; Jogos, brincadeiras cantadas, ritmo; Identificar sons. MEMÓRIA VISUAL Descrever figuras; Reproduzir cenas e situações cotidianas de filmes, desenho animado, passeios; Identificar objetos e indicar qual foi tirado; Jogo da memória; Observar detalhes em gravuras e fazer relação com o todo. CONCEITUALIZAÇÃO Adquirir conceitos relevantes aos temas trabalhados ATENÇÃO Atividades que envolvam jogos de completar figuras; Quebra-cabeça, tangram; Sequência de palavras, cores, formas, tamanhos, histórias, frases; Jogos 7 erros ou 10 erros; Dominó, dama, xadrez, cartas, outros; Labirintos. RACIOCÍNIO 1. Resolver situações problemas do cotidiano e propostas; 2. Inventar histórias a partir de gravuras e situações propostas; 119 3. Dar opinião sobre fatos, tirar conclusões, criticar, analisar, contextualizar; 4. Inventar jogos; 5. Desenvolver regras para jogos; 6. Identificar relações de igualdade e diferença entre objetos e situações; 7. Classificar seguindo critérios e tirar conclusões lógicas; 8. Buscar o “melhor caminho” na solução das atividades. ÁREA PSICOMOTORA OBJETIVO Desenvolver atividades relacionadas com o esquema corporal, envolvendo a lateralidade, organização espacial e temporal, equilíbrio e coordenação motora fina como suporte para a aprendizagem. PSICOMOTRICIDADE DE LINGUAGEM CORPORAL Consciência e educação da respiração, esforço e movimento; Esquema corporal, conhecimento e consciência das partes do corpo na relação com o meio ambiente. Atividades que envolvam: inspiração, respiração e ritmos; Movimentos espontâneos e coordenados; Cabeça, tronco, eixo corporal e membros; Exercícios que envolvam o aluno com os objetos, com os outros e com o mundo. Explorar sons diversos; Espelhamento: exercícios frente ao outro, imitação de movimento; Dramatização de situações que permitam a liberação da agressividade. LATERALIDADE, ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO TEMPORAL ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA ESPACIAL Orientação do corpo e espaço; Observar detalhes em gravuras e fazer relação com o todo. Sentido de distância; Noções de direita., esquerda, acima, abaixo; Equilíbrio, tônus e postura. Explorar diferentes formas de deslocamento: caminhar, engatinhar, rolar, arrastar, pular, em cima, em baixo, perto, longe, etc; 120 Explorar movimentos corporais, o lado direito e esquerdo; Exercícios que envolvem equilíbrio estático e dinâmico, movimentos pendulares do corpo, relaxamento, atividades lúdicas (pular corda, amarelinha, etc). ÁREA SOCIOAFETIVA EMOCIONAL OBJETIVO Possibilitar a valorização do aluno, as atitudes, apreciações, potencialidades, sentimentos, emoções; realizar as atividades em grupos, através de dinâmicas variadas; trabalho com músicas, teatro, textos que reforcem a auto-estima e valorização pessoal; participação em eventos escolares e da comunidade, para organizar-se em sociedade, vivenciando regras, normas e padrões. Controle sobre sua própria conduta; Valorizar as atividades fazendo uso constante do reforço positivo para aumentar a auto-estima; Respeitar as diferenças individuais; Conversar sobre temas do interesse do aluno; Leitura de textos sobre semelhanças e diferenças do ser humano, sobre sentimentos e emoções, etc; Desenvolver uma auto-avaliação que respeite o erro como um processo para a aquisição do conhecimento; Trabalhar em grupo; Observar suas qualidades e do outro; Manter a organização de seus materiais, assim como do seu ambiente Manter hábitos de estudo; Ser organizado em seus horários; Entregar em dia os trabalhos e tarefas escolares; Desenvolver os conceitos de cooperação; Coordenação do pensamento com as ações através de relatos, escolar; histórias, etc; Desenvolver a criatividade através da escrita, histórias, trabalhos manuais, desenhos, jogos; Adaptar-se às diferentes situações. 121 METODOLOGIA A metodologia utilizada na Sala de Recursos será a mais variada possível, o professor oferecerá subsídios pedagógicos de forma a contribuir para a aprendizagem dos conteúdos defasados da classe comum, através de um trabalho desenvolvido a partir dos interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno. O professor utilizará diferentes técnicas e recursos para que se atinja o objetivo proposto a cada aluno, saciando suas dificuldades e ressaltando suas habilidades. O professor disporá de materiais pedagógicos diferenciados e convenientes a cada situação de aprendizagem: Livros infanto-juvenis; textos de diferentes gêneros (jornais, revistas, adivinhas, charadas, propagandas, poemas, contos); Troca de opiniões; Debates, teatro; Programas televisivos; Vídeo, DVD; Computador; Relatórios; Situações-problemas, pintura, colagem, uso de materiais concretos (ábaco, material dourado), jogos (quebra-cabeça, encaixe, jogo da memória, blocos lógicos, tangran, dominó, batalha naval, caça ao tesouro, xadrez, dama, forca, etc), estudo de mapas, relógio, figura fundo. Atividades sistematizadas de ortografia, sempre utilizando o dicionário; Reestruturação individual de texto, trabalhando: pontuação, coerência, elementos de coesão, ampliação das ideias, adequação do uso das letras maiúsculas e minúsculas, eliminação das repetições usando pronomes e sinônimos. Proporcionar atividades que envolvam movimentos corporais levando ao controle, direção e coordenação motora (ampla, fina e visomotora) de maneira lúdica; 122 Desenvolver no aluno a habilidade de comunicar-se com maior precisão e eficácia dentro do grupo a que pertence; Proporcionar atividades que desenvolvam a memória auditiva seqüencial (mediata e imediata) como: sequência sonora, telefone sem fio, reconto de histórias e fatos; Auxiliar a organização do pensamento por meio de narração de fatos do dia a dia e das situações vividas em sala de aula. Estruturar fatos e cenas em sequências como estratégia facilitadora da expressão do pensamento; Desenvolver a verbalização, dando sugestões para resolver situações imaginárias, completando frases, fazendo entrevistas entre os alunos, identificando uma figura através da sua descrição, conversando a respeito de alguma cena, pessoa, animal; Aprimorar a linguagem receptiva e expressiva e o vocabulário através de atividades múltiplas como transmitir recados, relatar experiências e fatos do cotidiano, interpretar e reproduzir histórias; Enriquecer o vocabulário através do conhecimento de palavras novas, seu significado, uso da grafia correta, através da exploração do dicionário; Elaborar com os alunos atividade de jogral com diferentes temas a fim de desenvolver uma melhor verbalização; Fazer com os alunos jogos lingüísticos (adivinhações, rimas, poemas, travalínguas, charadas) desenvolvendo seu repertório receptivo e emissivo; Desenvolver atividades de criação coletiva de textos, com o objetivo de aprimorar sua sequenciação lógica/temporal; Melhorar e desenvolver a linguagem oral através da formação de sentenças, conversas informais, elaboração de histórias e diálogos; Proporcionar contato diário com jornais, revistas, gibis e livros, aguçando a curiosidade pela leitura e escrita; Estimular a realização de textos espontâneos, reprodução de histórias lidas ou contadas por meio de desenhos ou escrita não convencional; Utilização de palavra-cruzada, caça-palavra, jogo da forca; Proporcionar brincadeiras com sucatas, explorando rótulos, composição, data de validade; Propor atividades curtas e prazerosas por meio de jogos de tabuleiro, jogos educativos, brincadeiras oferecendo uma aprendizagem prazerosa e significativa; 123 Oferecer atividades como quebra-cabeça, jogos de encaixe e memória para desenvolver a percepção visual, análise, síntese e organização temporo-espacial; Estabelecer regras e limites, elogiando e utilizando recursos compensatórios ( carimbos, enfeites ); Oferecer jogos para interação social, cooperação, formação de atitudes sociais, respeito mútuo, obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal; Material dourado; Ábacos Jogos diversos. AVALIAÇÃO Há a necessidade de adaptação curricular no encaminhamento metodológico e na avaliação dos alunos que frequentam a Sala de Recursos para propiciar o atendimento às diferenças e especificidades individuais de aprendizagem, para permitir detalhamento de objetivos, seleção de conteúdos significativos de aprendizagem que se adequem à avaliação: Conhecer o aluno sob a perspectiva biopsicosocial adequada as suas peculiaridades; Valorizar os pontos fortes do aluno e minimizar as dificuldades, intervindo com o ensino; respeitar o ritmo de assimilação e execução de tarefas, conciliando o ritmo de aprendizagem com o calendário escolar e primar pela aquisição da aprendizagem no processo construtivo e reconstrutivo da aprendizagem por meio da qual o aluno alcança sua independência e autonomia; buscar uma metodologia que enquadre técnicas, atividades e estratégias diferenciadas para atingir as peculiaridades tanto no comportamento como na aprendizagem; utilizar a problematização do cotidiano e textos carregados de significado como ponto de partida para o desenvolvimento do trabalho 124 7.1B ARTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: Os diversos tipos de arte sempre estiveram presentes na vida do ser humano, sendo que esta está sempre participando da sua evolução. Durante toda a sua história as artes passaram por várias mudanças e conceitos. Até pouco tempo atrás o ensino da arte era tecnicista ou era muito artesanal, isso porque as políticas educacionais atendendo a produção e ao mercado de trabalho são fatores determinantes nas formas de organização curricular. O ensino das artes e os cursos oficiais públicos estruturam-se também por meio de movimentos sociais e artísticos. Em todos os períodos históricos a arte foi ensinada em diversos espaços sociais. No Paraná depois de vários processos pelos quais passou o ensino da Arte, ela tornou-se disciplina obrigatória, no decorrer desse processo recente na busca de transformações no ensino Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que e contemplem a arte como área de conhecimento e somente destacar dos inatos ou praticas de entretenimento e terapia, deixando de ter papel secundário passando a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Atualmente a disciplina de Artes tem a mesma importância de outras áreas do conhecimento fazendo parte da formação básica do cidadão como está explicita na LDB n° 9394/96 a qual deve promover o desenvolvimento cultural do individuo. As Artes envolvem a construção da linguagem, de modo a promover a reflexão humana onde interagem o racional e o sensível, o elemento racional existente no processo de produção artístico Afirma o seu valor cognitivo, Arte, portanto, é conhecimento, pois no fazer artístico estão presentes processos mentais de raciocínio, memória, imaginação, abstração, comparação, dedução, generalização, indução e esquematização. (Castanho 1982). As artes permitem ao homem demonstrar como vê e como se vê. OBJETIVOS GERAIS - Expressar as qualidades estéticas e artísticas ao criar e julgar o seu trabalho. 125 - Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca, visando a percepção, emoção etc... - Observar as relações entre os homens e a realidade. CONTEÚDO ESTRUTURANTES 5ª Série/6ºANO ARTES VISUAIS Elementos Básicos Cor Ponto Linha Forma Textura Produção e Manifestação Artística Desenho Pintura Pintura, pontilhada Escultura Dobradura Elementos Contextualizadores Impressionismo Pré-história Abstracionismo Cubismo DANÇA Elementos Básicos Ritmo Movimento Produção e Manifestação Artística Improvisação Coreografia Técnicas Elementos Contextualizadores Dança Moderna 126 Arte Africana Hip-Hop Rap TEATRO Elementos Básicos Expressão corporal Expressão gestual Sonoplastia Produção e Manifestação Artística Fantoches Mímicas Improvisação cênica Dramatização Máscaras Elementos Contextualizadores Arte Grega Arte Africana Arte Indígena MÚSICA Elementos Básicos Som Qualidade do som Intensidade Duração Altura/ Timbre Melodia Ritmo Harmonia Produção e Manifestação Artística Improvisações musicais Interpretações musicais Bandinha com sucata Ilustrações 127 Elementos Contextualizadores Rap Hip Hop Funk 6ª Série/7ºANO ARTES VISUAIS Elementos Básicos Cor Luz Linha simetria forma Produção e Manifestação Artística Desenho Pintura Mosaico Elementos Contextualizadores Impressionismo Renascimento Expressionismo Arte bizantina DANÇA Elementos Básicos 9. Movimento 10. Equilíbrio 11. Ritmo 12. Relacionamento 13. Sonoplastia Produção e Manifestação Artística Composição Oreografia Figuras Iluminação 128 Som Elementos Contextualizadores Música brasileira Música Samba Choro Música Afro Música folclórica TEATRO Elementos Básicos Personagem Sonoplastia Iluminação Ação cênica Enredo Roteiro Produção e Manifestação Artística Representação teatral direta e indireta Cenário Figurino Elementos Contextualizadores Colonização brasileira Vanguardas artísticas MÚSICA Elementos Básicos Som Qualidade do som Intensidade Duração Altura/ Timbre Melodia Ritmo Harmonia Produção e Manifestação Artística 129 Composição musical Arranjo instrumental Interpretação Elementos Contextualizadores Música Folclórica brasileira Hap Música de Raiz 7ª SÉRIE /8ºANO ARTES VISUAIS Elementos Básicos Cor Luz Linha simetria forma Ponto Volume Textura Produção e Manifestação Artística Composição figurativa Composição Abstrata Composição Bidinensional Composição e técnicas Elementos Contextualizadores Arte Egípcia Realismo Expressionismo Cubismo DANÇA Elementos formais Movimento corporal Tempo Espaço 130 Produção e Manifestação Artística Sonoplastia Coreografia Gêneros Técnicas Elementos Contextualizadores Folclore Moderna Afro-Brasileira TEATRO Elementos formais Movimento corporal Personagem Expressões Produção e Manifestação Artística Sonoplastia Figurino Roteiro Enredo Gêneros Técnicas Elementos Contextualizadores Fantoche Panominia MÚSICA Elementos Formais Altura Duração Timbre Produção e Manifestação Artística Ritmos Melodias Harmonia 131 Gêneros Técnicas Elementos Contextualizadores Clássico Grega 8ª Série /9º ANO ARTES VISUAIS Elementos Básicos Movimento Corporal Tempo espaço Produção e Manifestação Artística Sonoplastia Sonoplastia Coreografia Técnicas Elementos Contextualizadores Arte afro brasileira rap Samba de roda TEATRO Elementos Básicos Personagem Expressões corporais Expressões vocais e gestuais Ação Espaço cênico Produção e manifestação Artística Roteiros Enredo Técnicas Representação. Elementos Contextualizadores Arte Grega 132 Arte Indígena Teatro do Oprimido MÚSICA Elementos Básicos Altura Duração Timbre Intensidade Produção e manifestação Artística Audição Interpretação Composição Paródia Elementos Contextualizadores Samba Música Sertaneja Música Clássica METODOLOGIA Esta disciplina tem como metodologia associar a arte com a cultura do aluno de Ensino Fundamental incentivando as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e nas regiões, as várias dimensões de cultura, entendendo toda a manifestação artística como produção cultura. Também esta disciplina tem como metodologia experimentar e desenvolver a percepção por meio dos sentidos. Além de promover na escola situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução das linguagens artísticas. AVALIAÇÃO As avaliações serão feitas de acordo com o contexto de sala de aula. Sempre levando em conta o conhecimento do aluno. As avaliações poderão ser feitas em vários momentos: desde prova escrita a análise de desenhos, etc., como pintura e apresentação de teatro. REFERÊNCIAS CALABRA, C. C. & MARTINS, R. V. Arte brasileira: arte, história e produção. FTD. DINIZ, C. & VALADARES, S. Arte no cotidiano escolar. Fapi. 133 7.1C CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Na disciplina de Ciências é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da Ciência se constrói. Surge desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos ocorridos à sua volta e aprender com eles. O ensino de Ciência pode se transformar em um importante campo de estruturação lógica, em que o educando pode iniciar sua formação intelectual e atitudinal. Convive-se no cotidiano com grande diversidade de produtos do conhecimento científico e tecnológico. Sendo assim, os conteúdos devem buscar modificar a visão antropocêntrica do Universo, visando integrar o processo do ensino e de aprendizagem, permitindo o entendimento dos conhecimentos físicos, biológicos e químicos, pois eles não ocorrem isoladamente na natureza e no cotidiano. Tais conteúdos, permitirão desenvolver no aluno o senso de sua própria importância e responsabilidade na manutenção do equilíbrio desse conjunto do qual é parte integrante. Objetivos Gerais Os objetivos a seguir representam um referencial par ao ensino de Ciência. Espera-se que o aluno apresente as seguintes capacidades: Despertar a curiosidade e o interesse pela natureza, desenvolvendo a consciência de que é necessário promover a preservação ambiental através do desenvolvimento sustentável; Criar no aluno hábitos de estudo que lhe proporcionem conhecimentos necessários para a explicação dos fenômenos científicos, desenvolvendo habilidade de identificar problemas e resolve-los de maneira científica; Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e em sua evolução histórica, incentivando uma postura crítica e participativa face á essas novas tecnologias; Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações; 134 Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos, como sua produção intelectual e também como pronto de partida para o desenvolvimento do saber; Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, responsável, solidário, capazes de posicionar-se frente as situações de seu tempo. Conteúdos por ano 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Universo Sistema Solar Astronomia Movimentos terrestres Movimentos Celestes Astros Matéria Constituição da Matéria Sistemas Biológicos Níveis de organização Formas de Energia Energia Conversão de energia Transmissão de energia Organização dos seres vivos Biodiversidade Ecossistemas Evolução dos seres vivos 7º ANO Conteúdos Conteúdos básicos Estruturantes Astronomia Astros Movimentos terrestres Movimentos celeste Matéria Constituição da matéria Sistemas Biológicos Célula 135 Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia Formas de energia Transmissão de energia Biodiversidade Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática 8˚ ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Astronomia Origem e evolução do universo Matéria Constituição da materia Sistemas biológico Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia Formas de energia Biodiversidade Evolução dos seres vivos 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Astronomia Astros Gravitação universal Matéria Propriedades da matéria Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética Energia Formas de energia Conservação de energia Biodiversidade Interações ecológicas 136 METODOLOGIA A disciplina de Ciências estabelece relações entre os diferentes conhecimentos Físicos, Químicos e Biológicos, dentre outros, e o cotidiano. O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências deve valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade, a divergência, o questionamento das certezas e incertezas. Atuando no sentido de estimular o pensamento, desenvolvendo no aluno uma postura reflexiva, crítica, questionadora e investigadora. As seguintes atividades podem contribuir para alcançar os objetivos acima: atividades experimentais, seguidos de relatórios; atividades práticas, como: construção de terrários, observações in loco, exposição oral dos temas, visita a museus, jardins zoológicos, parques, reservas, pesquisas em revistas e jornais, coletas de espécies marinhas, entrevistas, trabalho de campo, problematização, observação, elaboração de conceitos, cartazes, murais, panfletos, utilização de vídeos, DVDs, CDs, retro projetor, etc. Os métodos trabalhados, devem criar espaço para o aluno pensar, discutir, argumentar e formular suas próprias explicações. AVALIAÇÃO A avaliação deve correr no cotidiano do processo num contínuo esforço para detectar as dificuldades do aluno e viabilizar novas oportunidades de conhecimento. A avaliação resultará em instrumento indicador dos aspectos defasados da aprendizagem, bem como fornecerá subsídios para a necessária reformulação da prática pedagógica. Uma avaliação, com esta abrangência, precisa utilizar diversas oportunidades, instrumentos e formas de avaliar, observando o desempenho dos alunos nas diversas atividades individuais ou em grupos. REFERÊNCIAS CRUZ, D. Ciências educação ambiental. Editora Ática, 2004. ROCHA, R. G. Prática educativa das ciências naturais. Curitiba IESDE, 2005. DIRETRIZES Curriculares da Ciência para o Ensino Fundamental – SEED, versão preliminar, julho 2006. 137 7.1D EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Educação Física tem como objeto de estudo “o homem em movimento” e pode ser entendida como área que interage com o ser humano em sua totalidade, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais e a relação entre eles. OBJETIVOS GERAIS Ampliar o campo de ação da Educação Física, para além das abordagens centradas na motricidade; Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do homem; Ter como princípio básico das práticas corporais, o desenvolvimento do sujeito omnilateral, superando uma visão fragmentada de homem; Integrar o processo pedagógico aos elementos fundamentais para o processo de formação humana do aluno, numa abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosóficas e políticas das práticas corporais; Propiciar ao aluno uma visão crítica de mundo e da sociedade na qual está inserido, numa reflexão crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades; além das influencias étnico raciais (cultura afro e indígena) na construção da cultura corporal do Brasil. Transcender aquilo que se apresenta como sendo comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas de entendimento das diversas práticas e manifestações corporais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 5˚ série/6ºano Ginástica de solo: - Rolamento para frente e para trás; - Roda; - Parada de mão com apoio; - Ponte com reversão. 138 O corpo que brinca e aprende: os conteúdos serão articulados por intermédio do brincar, onde o sujeito estabelece conexões entre o imaginário e o real. Dança: - Ritmo; - Danças em geral; dança de rua; - Danças folclóricas; - Consciência corporal. - Desenvolvimento corporal e a construção da saúde; Oferece elementos para o entendimento da articulação entre indivíduo e cultura, preservação do acesso aos equipamentos culturais e de lazer, bem como conhecer a influencia das danças Afros e indígenas na construção da cultura corporal do país. Jogos recreativos: - A construção coletiva de jogos e brincadeiras; - porque brincamos? - Construção de brinquedos: conscientização e preservação ambiental; - Brinquedos cantados e tradicionais: - Diferentes manifestações e tipos de jogos; - Diferenças entre jogos e esporte; Através destes conteúdos torna-se possível questionar as formas de poder exercidas por meio da corporalidade, as situações de exclusão geradas com as características apresentadas pelos indivíduos, seja com relação à raça, à etnia, ao gênero, à classe social, tornando distintas as possibilidades da construção do brincar. Esporte - Futebol; - Handebol; - Voleibol; - Basquetebol; - Atletismo; - Futsal; - Fundamentos técnicos; regras básicas; 139 - Origem e história; - Condicionantes Histórico e sociais que influenciam as transformações das manifestações corporais em práticas esportivas. Vivenciar a pratica de gestos motores característicos de cada modalidade esportiva, podendo relacionar essas praticas através de vivencias lúdicas. Luta: - Capoeira; conhecer as origens da capoeira, através do resgate das manifestações culturais Africanas no Brasil, e na pratica de movimentos básicos e canções características. 6˚ série/7ºano Ginástica; - Origem da ginástica e sua mudança no tempo; - Diferentes tipos de ginástica; - Ginásticas de solo; - Cultura de rua, cultura de circo; - Malabares; - Acrobacias; - Práticas ginásticas; - Questionar as diferentes formas de poder exercidas por meio da corporalidade, as situações de exclusão geradas de acordo com as características apresentadas pelos indivíduos; além de ampliar a consciência corporal. Dança - A dança como possibilidade de manifestação corporal; - Tipos de dança; - Danças tradicionais e folclóricas; -Desenvolvimento de práticas corporais rítmico-expressivas; - Expressão corporal com e se materiais; - Possibilitar a ampliação da percepção de maneiras diferenciadas de interpretar a realidade e intensificar a curiosidade, o interesse e a intervenção dos envolvidos nos diferentes tipos de dança e ritmos, além de conhecer a influência das culturas Afro e indígena na origem e no desenvolvimento de ritmos e danças no Brasil. Jogos, brinquedos e brincadeiras; 140 - Construção coletiva de jogos e brincadeiras; - Oficinas de construção de brinquedos: conscientização da preservação ambiental; - Brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas; - Jogos e brincadeiras com e sem materiais; - Diferença entre jogos e esporte; Ao brincar e jogar, o sujeito torna-se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o real e de refletir sobre os papéis assumidos nas relações em grupo. Esportes; - Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história; - O esporte como fenômeno de massa; - Princípios básicos dos esportes, táticas e regras; - O sentido da competição esportiva; - Elementos básicos constituídos dos esportes; - Prática esportiva com e sem materiais; - O conteúdo a ser trabalhado deve-se enfatizar o uso da técnica nas atividades de treinamento corporal, esporte de alto rendimento. - Conhecer e vivenciar os gestos motores específicos de cada modalidade esportiva, além de se contextualizar esse esporte e sua pratica dentro da sociedade brasileira. * Lutas: - Capoeira; conhecer o desenvolvimento da capoeira enquanto cultura Afrobrasileira, bem como seus movimentos básicos, canções e estrutura do jogo de capoeira. 7˚série/8ºano Ginástica: - Mergulho; - Oitava; - Parada de mão sem auxílio. Ginástica com aparelhos: - Bola; - Corda. 141 Nesta série o desenvolvimento corporal permite entender a saúde como uma construção que supõe uma dimensão histórico-social. Dança: - Danças folclóricas (relação histórico-social); - Danças regionais (análise crítica dos costumes). Essas situações podem exemplificar a importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este exige. Verificando as diferentes manifestações sócio-culturais, que levam em consideração e contribuição inter-racial, seja Afrobrasileira ou indígena no desenvolvimento e na identidade cultural do Brasil. Jogos - Jogos pré-desportivos; - Conhecimento dos fundamentos básicos dos esportes; - Compreensão de regras e normas de convivência social; - Análise crítica das regras e suas alterações. Através deste conteúdo pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e posicionar-se frente ao mundo. Esporte - Origem dos diferentes esportes e suas mudanças na história; - O esporte como fenônemo de massa; - Princípios básicos dos esportes, táticas e regras; - Sentido da competição esportiva; - Possibilidades dos esportes como atividade corporal; - Práticas esportivas. * Lutas: - Capoeira; Vivencias que levem a organização da roda de capoeira, além de conhecer e analisar seu desenvolvimento enquanto fenômeno cultural Afrobrasileira. Na tentativa de articular melhor este elemento integrador com o dia a dia do trabalho escolar, pode-se citar alguns exemplos, como atletas profissionais de diversas modalidades esportivas, mostrando aos nossos alunos as suas rotinas extenuantes e a busca por patrocínios. Neste aspecto, leva-se a compreensão das diferenças entre esporte de rendimento, e esporte enquanto instrumento de promoção da saúde. 142 8˚ série/9ºano Ginástica: - Origem da ginástica e sua mudança no tempo; - Diferentes tipos de ginástica; - Práticas ginásticas; - Cultura da rua e do circo;; - Malabares; - Acrobacias. Possibilitar o entendimento sobre a construção da saúde sob duas perspectivas da cidadania: a dos direitos e a dos deveres. * Dança: - Diferentes tipos de dança; - Danças tradicionais e folclóricas; - Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas; - Expressão corporal com e sem materiais. Relacionar os conteúdos com o desenvolvimento corporal e analisar a influencia das culturas Afro e indígenas na construção da identidade cultural de nosso país. Esporte: - Origem dos diferentes esportes, e sua mudança na história; - O esporte como fenômeno de massa; - Princípios básicos dos esportes, táticas e regras; - Sentido da competição esportiva; - Possibilidades do esporte como atividade corporal; - Elementos básicos constitutivos; - Práticas esportivas. Lutas: - Capoeira; vivenciar a pratica da capoeira, e analisar a sua pratica contextualizando-se a sua inserção na sociedade enquanto cultura Afro-brasileira. Relacionar o conteúdo com a concepção de corpo e o mundo do trabalho, através de uma contextualização diferenciando o esporte de rendimento e o esporte enquanto lazer. * Jogos - Jogos pré-desportivos; - Conhecimento dos fundamentos básicos dos esportes; 143 - Compreensão de regras e normas de convivência social; - Análise crítica das regras e suas alterações. Através deste conteúdo pretende-se que os alunos tenham condições de entender e respeitar o diferente e posicionar-se frente ao mundo. METODOLOGIA Num primeiro momento, apresenta-se o conteúdo aos alunos e junto a eles se busca uma melhor forma para organizá-los e executa-los, respeitando os limites de cada um. Na sequência, em um segundo momento, e já na fase de desenvolvimento do conteúdo proposto, observa-se as manifestações corporais, e as situações que surgem com o movimento corporal, geradas pelos próprios alunos. Dentre essas situações podemos destacar o contato corporal e o respeito com os indivíduos e sua forma de desenvolver as atividades, combatendo também possíveis preconceitos étnicos raciais. O professor poderá registrar as diversas situações para que sirva como instrumento de intervenção em situações desfavoráveis no processo de aprendizagem. No terceiro momento deve-se refletir junto aos alunos, levantando-se os aspectos positivos e negativos, através de autocrítica do desenvolvimento no processo de aprendizagem. Outros instrumentos metodológicos serão: visitas, entrevistas, com relato oral e/ou relatório escrito, leitura de artigos de jornais e revistas, filmes com posterior debate, análise crítica dos modismos, como letras de música e gestual de vários ritmos. Assim, trata-se de um desafio que o educando, por meio de sua ação, busque o conhecimento. É o momento em que a prática social é posta, em questão, analisada, interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser instrumento dentro do processo de aprendizagem e não um elemento externo. Essa avaliação deverá ser contínua, a fim de identificar os progressos do aluno. Através da avaliação diagnóstica, professor e alunos poderão rever pontos 144 negativos e replanejar os encaminhamentos a fim de superar as dificuldades encontradas, abrindo espaço para a recuperação paralela. REFERÊNCIAS CASTELLANI, L. F. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 2˚ edição. Campinas: Papirus, 1991. OLIVEIRA, A. A. B. De educação física no ensino médio – período noturno: um estudo participante 1999 (Doutorado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, 1999. OLIVEIRA, A. A. B. Educação física escola no ensino fundamental. Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Maringá – UEM, Maringá, 1999. Paraná, Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 11˚ edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. 7.1E ENSINO RELIGIOSO EMENTA No âmbito escolar, o processo de implantação da disciplina de Ensino Religioso inicialmente esteve atrelado à religião Católica, conforme estabelecia a constituição de 1824, após a proclamação da república o ensino passou a ser laico, público,gratuito e obrigatório e a igreja católica perdeu sua hegemonia sobre o ensino. Nesse contexto, o ensino religioso perdeu sua função catequética, porém na prática as aulas ainda mantinham uma postura e encaminhamentos metodológicos com forte influência das tradições religiosas e de caráter proselista. As discussões iniciadas durante a constituinte, foram intensificadas com a promulgação da constituição em 1988, por meio da organização de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. No processo de redemocratização nos anos 80, as tradições religiosas asseguram o direito à liberdade de culto e de expressão religiosa. As discussões 145 nacionais a respeito do ensino religioso centraram-se na elaboração de uma nova concepção do ensino religioso o caráter proselitista que marcou a disciplina historicamente. Neste contexto os debates instaurados por educadores ligados às escolas, entidades religiosas, universidades e secretarias de educação permitem rever os aspectos relativos ao ensino religioso, destacando-se a diversidade cultural e religiosa brasileira e buscavam encaminhamentos para uma nova forma curricular da disciplina. Somente a partir das discussões da LDB ( 9394/96) é que o ensino religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar. Em decorrência desse processo sua implementação nas escolas públicas do país foi regulamentada. Passou-se então o objeto da área , o compromisso com a formação docente, a consideração da diversidade religiosa no estado, a necessidade do diálogo/estudo na escola sobre as diferentes leituras do sagrado na sociedade. Assim sendo, o foco no sagrado e em diferentes manifestações possibilita a reflexão contida na pluralidade, numa perspectiva de compreensão da religiosidade e do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado. Com isso a disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno religioso. Nesse sentido, o ensino religioso pressupõe desenvolver nos educandos a capacidade de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de modo a colaborar com a formação pessoal. O ensino religioso contribui também para superar a desigualdade étnica religiosa e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão. OBJETIVOS GERAIS o objeto do ensino religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo e seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural. Desse modo, o ensino religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões organizadas, com em outras manifestações. Revelando as tramas históricas concretizadas em espaços onde os seres humanos articulam o seu cotidiano. Assim, a partir do objeto de estudo do ensino religiosos busca-se compreende-lo numa perspectiva pedagógica, no sentido de superar as aulas de 146 religião, através de um enfoque de entendimento com base cultural sobre o sagrado, afim de promover um espaço de reflexão na sala de aula em relação à diversidade religiosa. CONTEÚDOS POR SÉRIE 6º ano Organizações religiosas: Definir o que são organizações religiosas, quem foram seus fundadores e líderes; a estrutura organizacional; a hierarquia das seguintes organizações: Judaísmo; Cristianismo e Espiritismo; Confucionismo, Hinduísmo; suas divisões; Islamismo; Budismo; religiões indígenas; religiões afro brasileiras (Umbanda e Candomblé). Lugares Sagrados: Conceituar e definir o que são lugares sagrados; quais são os lugares sagrados dentro de cada organização religiosa; a origem de cada lugar sagrado dentro da organização. Textos Sagrados: orais e escritos Conceituar o que são textos sagrados, orais e escritos; a importância dentro que eles tem dentro de cada organização religiosa: Bíblia, Alcorão, Torá, o Livro dos Vedas, as obras de Allan Kardec (espiritismo), o Livro dos Mórmons e outros. Símbolos Religiosos: Definir os símbolos sagrados dentro de cada organização religiosa, seus significados de acordo com as diversidades culturais, demonstrar as diversidades dos símbolos em formas de cores, gestos, sons e etc. 7º ano Temporalidade Sagrada: Relacionar o tempo e o espaço das tradições religiosas: local e período do surgimento, a função de cada tradição, identificar o tempo sagrado com os rituais e festas religiosas. Festas Religiosas: Definir as festas religiosas dentro de cada tradição religiosa e sua importância, relacioná-las com a rememoração com acontecimentos importantes de 147 cada tradição, identificar as festas como função de fortificação da relação com o sagrado. Ritos: Definir o que é um ritual sagrado e suas funções dentro de cada organização religiosa; identificar as diversidades ritualísticas de cada tradição; exemplificar os tipos de rituais: purificação, passagem, relacionados a morte. Vida e Morte: Definir os significados de vida e morte dentro de cada organização religiosa, como a reencarnação, a ressurreição, ancestralidade; exemplificar como cada tradição religiosa explica a vida e a morte. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O encaminhamento metodológico e as práticas pedagógicas do Ensino Religioso devem fomentar o respeito às diversas manifestações do sagrado, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Assim, a abordagem tendo como objeto de estudos o sagrado, conceito que será a base a partir da qual serão tratados todos os conteúdos do ensino religioso. Partindo de manifestações ou expressões do sagrado desconhecidas e posteriormente inserindo manifestações religiosas que já fazem parte da comunidade.Pretende-se evitar a redução dos conteúdos às manifestações religiosas hegemônicas, ou seja, focando o alargamento da compreensão e do conhecimento a respeito da diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado. Assim, os conteúdos a serem ministrados nas aulas de ensino religiosos não tem o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, pois a escola não pode ser espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. Assim, os conteúdos devem contemplar as diversas manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, contribuindo para a construção, reflexão e a socialização do conhecimentos religioso, proporcionando conhecimento que favoreçam a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente. No sentido de valorizar e respeitar o direito à liberdade de consciências e a opção religiosa do educando, ou seja, as reflexões e as análises destacarão os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade 148 sócio-cultural , ou seja, o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas. AVALIAÇÃO Mesmo não tendo registro de notas ou conceitos na documentação escolar, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo no ensino religioso. Por isso, faz-se necessário a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de aprendizagem. Nesse sentido, serão elaborados instrumentos que auxiliem o professor a registrar a apropriação doas conteúdos trabalhados nas aulas do ensino religioso. Deve-se observar o quanto o aluno expressa sua relação respeitosa com o colega que expressa opção religiosa diferente, aceita as diferenças, e principalmente se reconhece que o fenômeno religioso é um dado cultural de cada grupo social, e se emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado. É importante ressaltar que a disciplina de ensino religioso está no processo de implementações, e o ato de avaliar é um dos fatores que contribui para sua legitimação como um dos componentes curriculares. Desta forma será possível conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante. REFERÊNCIAS DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Ed. Paulinas, 1989 ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões: São Paulo: Martins Fontes, 1992. HINNELS, Jonh R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix,1989. FERNANDES, Rubem César. Os cavaleiros do bom Jesus: uma introdução às religiões populares. São Paulo: Brasileir,1985. 7.1F GEOGRAFIA APRESENTAÇÃO DA GEOGRAFIA As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os estudos geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para garantir a sobrevivência humana. 149 Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as características físicas das regiões conquistadas. Tais conhecimentos eram fundamentais para se organizarem politicamente e economicamente. Diante da necessidade da ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar explicações para os fenômenos naturais, a mapear todas as áreas conquistadas, surgindo desta forma, os primeiros registros geográficos e cartográficos. Somente no século XIX, que os conhecimentos geográficos passaram a ser sistematizado. Neste período, surgiram as sociedades geográficas que através de expedições buscavam conhecer novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes para conquistar novas possessões territoriais. No Brasil, a institucionalização da Geografia se consolidou a partir de 1930, era uma geografia descritiva, decorativa, conhecida como Geografia Tradicional. As transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda Guerra Mundial, interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da Geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 1960, que levaram as modificações do ensino da Geografia. Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 1980, a renovação do pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram-se em torno da Geografia Crítica. Essa nova concepção geográfica propôs uma análise social, política e econômica sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões geográficas, assuntos ligados: à degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as desigualdades sociais e injustiças da produção e organização do espaço, bem como, as questões culturais, políticas e econômicas mundiais, com o objetivo de desenvolver no educando uma visão crítica do mundo que o cerca. OBJETIVOS Para se tornar cidadão é necessário conhecer o meio em que vive, e portanto faz se necessário estudar o espaço geográfico. Nesta perspectiva, os principais objetivos da disciplina são: conhecer o funcionamento da natureza e suas múltiplas relações na 150 formação do espaço geográfico, analisando o papel da sociedade na construção desse espaço; avaliar as ações da sociedade e suas consequências ao longo do tempo de modo a construir uma participação ativa nas questões socioambientais locais; compreender os fenômenos geográficos suas dinâmicas e interações no tempo e espaço; compreender que as desigualdades sociais, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológico são decorrentes de conflitos e acordos, porém não são usufruídos por todos os seres humanos, sendo necessário democratizá-los; utilizar meios de pesquisas da Geografia para conhecer o espaço geográfico. Interpretar, analisar, relacionar informações sobre o espaço geográfico e diferentes paisagens através da leitura de imagens, dados e documentos de diferentes fontes de informações; utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e interpretar os fenômenos geográficos; respeitar as diferenças sociais e culturais, reconhecendo o direito dos povos e indivíduos. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO 5 ª série / 6º ano Conteúdos Estruturantes Conteúdos específicos O homem e as paisagens e o espaço geográfico. A Dinâmica econômica da Produção do /no Espaço A Orientação e a localização do espaço geográfico. A representação do espaço Geográfico. A sociedade e cidadania. A sociedade e o trabalho. Atividade industrial. Comércio, transportes e as comunicações. Conteúdos específicos Movimentos da terra A Dimensão Atmosfera: Condições naturais e ação humana Sócioambiental Os climas e as formações vegetais da terra 151 5 ª série / 6º ano A hidrosfera e a importância da água para a sociedade A litosfera e o relevo terrestre Conteúdos específicos Geopolítica Organização do espaço geográfico ( local ao global) A Dinâmica Cultural Consumo, consumismo e cultural Demográfica 6ª série / 7º ano Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos A formação do território brasileiro e paranaense A dimensão econômica da Produção do/no Espaço A sociedade e a economia no Brasil Brasil- de país agrário a industrial As desigualdades sociais no Brasil e dependência tecnológica O espaço socioeconômico das regiões geoeconômicas brasileiras Conteúdos específicos A paisagem natural brasileira e ação humana A Dimensão Socioambiental A paisagem natural do Paraná As condições naturais das regiões geoeconômicas brasileiras Sistema de energia e a degradação ambiental Conteúdos específicos Geopolítica Poder político, Estado e Organização do Espaço Movimentos sociais Estados, Nação e Território Conteúdos específicos As Desigualdades Sociais no Brasil e no espaço A Dinâmica Cultural Demográfica paranaense. Urbanização brasileira e favelização. Características gerais da população paranaense Questão etno racial no espaço brasileiro brasileira e 152 7ª série / 8º ano Conteúdos específicos A Dimensão econômica O Capitalismo e a Formação do Espaço mundial da Produção do /no Espaço A revolução técnico- científica e a globalização Economia e desigualdade social Acordos e blocos econômicos Conteúdos específicos A Dimensão O relevo e a hidrografia no Continente Americano. As eras geológicas O Relevo e a hidrografia no Continente Americano Socioambiental O clima e as paisagens naturais na América. Problemas ambientais no espaço urbano urbano e rural na América Conteúdos específicos Globalização Blocos Econômicos Subdesenvolvimento Geopolítica Desigualdade dos países Norte x Sul. Meio Ambiente e desenvolvimento A integração da América (organizações internacionais) A geopolítica dos Estados Unidos, Canadá, América Latina e de Cuba. Conteúdos específicos A Dinâmica Cultura Demográfica A urbanização e as cidades Globais Fluxos migratórios ( nacionais e internacionais) Características gerais da população americana. Conflitos étnico- religiosos e raciais na América 8ª Série / 9º ano Conteúdos Estruturantes Conteúdos específicos A globalizarão e a formação dos Blocos Econômicos 153 8ª Série / 9º ano Conteúdos Estruturantes Conteúdos específicos O Espaço econômico da Europa, Rússia, Ásia, Oriente A Dimensão médio, Japão e Tigres Asiáticos, China, África e Oceania econômica da Dependência Tecnológica Produção do/no .Desigualdades sociais. Espaço A Dimensão Socioambiental O Espaço natural da: Europa, Rússia, Ásia, Oriente Médio, Japão e Tigres Asiáticos, China, África e Oceania. Desigualdades Sociais e problemas ambientais Conteúdos específicos O século XX- geopolítica e economia mundial ( neoliberalismo) Blocos Econômicos Globalização Geopolítica Guerra fria e suas influencias mundiais Conflitos mundiais Terrorismo Movimentos sociais Órgãos internacionais Conteúdos específicos A Dinâmica Cultura Demográficas Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais. Fatores e tipos de imigração e emigração, suas influencias no espaço geográfico. A identidade nacional e o processo de globalizarão. METODOLOGIA Os conceitos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando a teoria, a prática e a realidade. Faz se necessário que os conteúdos estruturantes estejam interligados, garantindo uma totalidade de abordagem dos conhecimentos específicos. O ensino da geografia tem buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões nova e 154 mais complexas a seu respeito. Espera-se que eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade compreendendo a relação sociedade/natureza. Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, registro, descrição, documentação, representação e pesquisas dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e os espaços geográficos, na busca e formação de hipóteses e explicações da relação permanência e transformações que aí se encontram em interação. O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta, pois constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico de forma conjunta, pois constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é constituído. A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa, buscando a mudança qualidade da situação, preservando o trabalho com a informação. Nesses trabalhos deve-se considerar que as informações recolhidas possam ser analisadas através de comparações com os conhecimentos acumulados abrindo espaço para a interdisciplinaridade. AVALIAÇÃO A avaliação está inserida dentro do processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, deve-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicações dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém não podemos abandonar totalmente está prática, pois o aluno encontrará esse tipo de situação na sociedade capitalista na qual está inserido. Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade e natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e contínua e que contemple diferentes práticas pedagógicas, tais com: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretações de fotos, imagens, tabelas, mapas, gráficos, relatórios de experiências práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas locais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas. Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em 155 cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor/aluno. REFERÊNCIAS ARAUJO, I.L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, 2002 CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotski ao ensino de geografia. CEDES, v24, n66, Campinas, mai/ago,2005. GOMES, P. C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GOMES, P. C. da C. O conceito de região e sua discussão. In CASTRO, I. E. De; GOMES, P. C. da C. E CORRÊA, R. L. (Orgs) Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,2005. HAESBAERT, R. Morte e Vida da Região: antigos paradigmas e novas perspectivas da geografia regional. In: SPÓSITO, E. (ORG). Produção do espaço e Redefinições Regionais: a construção d uma temática. Presidente Prudente: UNESP, FCT, GASPER,2005. MORAES, A. C. R. Geografia - Pequena História Crítica. São Paulo. Hucitex, 1987. PARANA. Secretário de Estado da Educação. Instrução n. 04/ 2005/SUED. Paraná. Curitiba, 1990. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997. VESENTINI, José W & VLACH, V. Geografia Crítica. São Paulo,2006 7.1G LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA De acordo com a LDB, as línguas estrangeiras modernas assumiram importância equivalente às outras disciplinas do currículo, no que tange à formação do indivíduo, pois funciona como meio de se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade (Murrie, 1998). O conhecimento de uma língua estrangeira levará os alunos à percepção das similitudes e diferenças entre a sua cultura e a cultura dos países que falam o inglês, além de possibilitar a constatação de que os fatos sempre 156 ocorrem dentro de um contexto determinado, e a aproximação das situações de aprendizagem à realidade pessoal cotidiana dos estudantes permitem estabelecer, de maneira clara, vários tipos de relação entre as línguas estudadas. É justificada a escolha da Língua Inglesa, enquanto Língua Estrangeira, por considerarmos o domínio do idioma imperativo para se integrar neste mundo globalizado. Hoje a tecnologia, os meios áudios-visuais, a informática, a Internet, o fax e outras modalidades de comunicação estão de uma forma ou de outra integrada à Língua Inglesa. Ademais, conhecendo outra cultura, outra forma de encarar a realidade, os alunos passam a refletir, também, sobre a sua própria cultura e, deste modo, ampliam a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua formação. À medida que o aluno vai construindo, elaborando e reelaborando suas aprendizagens acadêmicas, vai crescendo dentro de si a autoconfiança e a fé em sua potencialidade, tão necessárias na construção do conhecimento, da autonomia, da auto-imagem positiva e do sucesso em sua vida futura. OBJETIVO GERAL Possibilitar ao aluno maior percepção de sua própria cultura, através do conhecimento de outros povos para que ele reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, além de propiciá-lo o conhecimento a partir de situações reais de uso, valorizando atividades que desenvolvam as habilidades da língua inglesa, como reading (leitura), writing (escrita), listening (audição) e speaking (fala), para a formação de um indivíduo capaz de entender e se fazer entender em uma situação que exija o conhecimento da língua. Conteúdos Estruturantes: A partir dos conteúdos estruturantes presentes nas Diretrizes Curriculares, o professor proporcionará ao aluno a condição de apropriar-se do conhecimento a partir de situações reais de uso, valorizando atividades que desenvolvam as habilidades da língua inglesa, “que enfatizam os discursos sociais que a compõem; ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas” (BAKHTIN, 1988). Trata-se, assim, de fazer da aula de língua estrangeira um espaço de 157 “acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de (...) [conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os conhecimentos [em língua estrangeira] (MOITA LOPES 2003, p. 43). Isso significa desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação com os textos, não para extrair deles significados que supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com eles, para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. Serão propostos diferentes textos que possibilitem discussão, reflexão e pesquisa a partir de um problema inicial, considerando os fenômenos linguísticos e culturais e suas implicações político-históricos e ideológicos. As características dos textos precisam estar de acordo com a análise da viabilidade de resultados factíveis e realistas a serem alcançados nas diferentes séries, de acordo com os objetivos específicos delineados. De acordo com a Lei Federal nº11. 645/2008 e a Lei Federal nº10. 639/2003 o o Art. 1 O art. 26-A da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. o § 1 O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. o § 2 Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” . Assim sendo sempre que o enfoque da Língua Inglesa e à medida que as questões curriculares da disciplina possibilitar, ir-se-á trabalhar com textos, músicas e vocabulário referentes a Cultura Afro e a Cultura Indígena. 158 Sendo assim, os conteúdos poderão dar aos alunos indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no planejamento estabelecido entre professores ao longo do ano. CONTEÚDOS POR SÉRIE 6º ANO Present Tense Verb to Be; Possessive adjectives Demonstrative pronouns; Personal pronouns; Connecting word; Idefinite article; Plural of nouns Prepositions; Nationalities; 7º ANO Time; Present continuous; Countable / uncontable nouns; Simple present; Imperatives Ability; Comparatives; Positions of adjectives; Present progressive tense; Frequency adverbs; 8º ANO Present tense; Future tense; Future time; Possessive adjetctives; Possessive pronouns; 159 Degrees of comparison; Simple past tense; Countable and uncountable nouns; Past progressive; Reflexive pronouns; 9º ANO Auxiliary verb; Present perfect; Passive voice; Future with will; Will or be going to; 1st conditional; 2nd conditional; Imperatives; Modal verbs; METODOLOGIA DA DISCIPLINA No que diz respeito à leitura de textos será apresentada algumas estratégias que facilitem a compreensão, levando o aluno a ler em língua inglesa, sem recorrer ao dicionário a todo instante. A partir da leitura de textos e da escrita, pretende-se apresentar a parte gramatical, fazendo com que o aluno perceba como, onde e porque fará uso do tópico em questão. As estratégias aprendidas na leitura de inglês podem ser transferidas para a leitura em português, tornando o aluno um melhor leitor em ambas as línguas e, também porque a compreensão escrita em inglês será uma habilidade muito utilizada pelos alunos na vida profissional, possibilitando-lhes o acesso à leitura de revistas, jornais, publicações científicas, manuais, instruções, acesso à internet, etc. Os conteúdos a serem trabalhados versarão sobre temas emergentes que visam apresentar novas funções e estruturas lingüísticas, em determinada situação, de forma contextualizada, objetivando sempre a competência comunicativa, razão pela qual se justifica a aprendizagem de uma língua. 160 O aluno, agente do processo pedagógico, deve ser instigado pelo professor a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e anseios relativos à aprendizagem. A aula de língua estrangeira teria por objetivo oportunizar o domínio dos procedimentos de construção de sentidos aceitos pela língua e cultura maternas (através da comparação entre os sistemas de significação da LM e da LE, por exemplo), mas ao mesmo tempo estaria apresentado e enfatizando a possibilidade de transformação destes procedimentos usados para nomear o mundo, como diria Freire (JORDÃO, 2004 a). Assim, desse encontro professor-aluno, espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que o aluno possa vir a ter. AVALIAÇÃO A avaliação será contínua, permanente e cumulativa, levando em conta todo o processo de aprendizagem do aluno, baseando-se nas hipóteses que ele usa para a produção da linguagem; terá um caráter reflexivo buscando, através das atividades e participação dos alunos, identificar a aprendizagem no que se refere aos conceitos fundamentais de cada conteúdo trabalhado. Servirá para o professor levantar hipóteses sobre as causas que induziram o aluno ao erro, para que possa criar estratégias a fim de ajuda-lo na superação de suas dificuldades. REFERÊNCIAS HOLLAENDER, Arnon & SANDERS, Sidney. Keyword: a complete english course. São Paulo, Moderna, 1995. FERRARI, Mariza & RUBIN, Sarah G. English Clips. São Paulo, Scipione, 2001. http://www.sec.ba.gov.br/jp2011/legislacao/lei_10639.pdf 7.1H HISTÓRIA EVOLUÇÃO DA CONCEPÇÃO CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA O conhecimento histórico, enquanto ramo do saber científico começou a ser produzido no início do século XIX, sobre influências múltiplas. Destacava-se naquele momento o positivismo de matriz racional iluminista e a escola metódica antiiluminista, ambas em luta contra a história religiosa. Não obstante, mesmo fundamentada por filosofias de interpretação dispares, a metodologia de 161 organização do conhecimento e também do ensino pautava-se pelos mesmos objetivos: a construção da nação brasileira. Já no limiar do século XX, o ensino de história justificava-se pela inserção do Brasil no panorama das nações “civilizadas” europeias e norte-americana. O paradigma histórico da época era uma suposta luta entre as forças da civilização e barbárie, estando o Brasil, embora deformado por sua herança racial, alinhavado com as forças da civilização. Dessa maneira o ensino dessa disciplina estava muito aquém de contemplar os movimentos históricos efetivos e as resistências populares. Os conteúdos estavam organizados de modo factual, linear, descritivo de moto tal que fatos, datas e nomes eram construídos pela história oficial, acorde com os interesses “nacionais”, ou melhor, acorde com os interesses das oligarquias da época e de sua glorificação. Já nos anos 30 e 40, o ensino de história, seguindo com a preocupação de explicar a nacionalidade brasileira, passou a debruçar-se sobre a tese de “democracia racial”, presentes principalmente em programas e livros didáticos de ensino de história. Esta tese, muito difundida por intérpretes da obra de Gilberto Freire, defendia a miscigenação e a ausência de preconceitos raciais e étnicos na composição sócio-genética do povo brasileiro. Os elementos culturais africanos foram valorizados, porém pela quase negação da secular dominação que sofreram. O mito da “democracia racial” servia para atingir os projetos nacionaldesenvolvimentistas da época fossem eles, mais ou menos democráticos. Neste momento, outras produções historiográficas contra-hegemônicas vinculadas ao projeto populista de frações da elites ou mesmo da esquerda socialista surgem, dando uma outra interpretação a história do Brasil. É o exemplo da produção de Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda que, apesar de indiretamente, abriram a possibilidade de ser incorporado ao ensino de história novos atores sociais que perfilaram resistência à estrutura colonial e imperial. Não obstante a estas novas possibilidades de ensino, a disciplina de história permaneceu centrada na linearidade e factualidade, priorizando as grandes personalidades políticas. Com o golpe civil-mlitar de 1964, advêm as preocupações de segurança nacional, antenados com a bipolaridade do planeta entre EUA e URSS. Naquele momento, o ensino de história foi preterido pela generalidade dos Estudos Sociais e da Educação Moral e Cívica que pautava-se por uma história ainda tradicional, patriótica e excludente, abolindo qualquer visão de conflito 162 classista ou de qualquer outro. Surge o mito do Brasil “grande”; do país que “crescia” economicamente, do “milagre brasileiro”; do país que era tri-campeão de futebol. Tendo início a redemocratização da sociedade brasileira, redemocratização que culminou com a queda da ditadura civil-militar, a disciplina passou pelas grandes reformas ocorridas nas décadas de 1980 e 1990. Revisões no ensino da história foram estimuladas, em oposição as velhas tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo tão comum até aquele momento. Pautadas por pedagogias histórico críticas, não só pelas interpretações sócioculturais do materialismo histórico, mas também por uma mutiplicação de referenciais teóricos, surgem produções diferenciadas de materiais didáticos e também novas propostas curriculares dos conteúdos. Enfim todos os atores e classes sociais tornam-se dignos de estarem contemplados no ensino. Aliás, houve uma grande valorização da ação do sujeito, deixando de vê-lo apenas como suporte de estruturas frias e imutáveis, visão comum a uma certa versão do marxismo, isto é, comum ao marxismo estruturalista. Buscou-se assim, uma perspectiva mais ampla e compreensiva para estudo a partir da análise de fontes documentais, respeitando a temporalidade e racionalidade própria dos sujeitos múltiplos históricos. EMENTA As linhas em mãos objetivam servir para nortear o ensino da disciplina de história na escola da rede estadual de ensino Helena Kolody. Elas surgem como resultado da reflexão sobre a prática do ensino desta disciplina nesta mesma instituição no corrente ano letivo (2006), o que possibilitou um diagnóstico dos seus méritos e falhas, mas em particular um redirecionamento crítico dos conteúdos a ser ensinados com vistas a melhor atender aos discentes que aqui buscam uma formação regular. OBJETIVOS GERAIS O ensino de história tem por objetivo analisar as transformações da humanidade ao longo do tempo, utilizando-se para isto dos diferentes vestígios relegados pelos homens e também da produção historiográfica. Isso implica demonstrar os fatos e processos que determinaram tais transformações, sejam eles sociais, culturais, políticos e econômicos. Nesse sentido, a disciplina busca entender as rupturas, continuidades, semelhanças e diferenças no processo histórico humano. 163 CONTEÚDO POR ANO/SÉRIE 5ª série/6ºANO A produção do conhecimento histórico: - O historiador e a produção do conhecimento histórico; - Tempo e temporalidade; - Fontes históricas: escritas, não-escritas e orais; - Patrimônio material e não-material. - A história e as outras áreas do conhecimento: geografia, paleontologia, geologia, antropologia, sociologia, etnologia, economia, biologia, entre outras. A Humanidade e a História: - De onde viemos? Quem somos? - A origem do homem; - Mitos e lendas sobre a origem do homem; - Teorias sobre o surgimento do homem no continente americano; - Repensar o conceito: Pré-história, pré-história brasileira (fosseis); - História oral e local: memória e sociedade. As primeiras civilizações: África, Ásia, Europa: - Os berberes, Egito, Núbia; - Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios, Persas; - Índia, China, Japão; - Grécia e Roma. Os reinos e sociedades africanas antes e depois do contato europeu: - Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai, Mossis, Benin, Bosquemanos, Hontentotes; - Sociedade, Cultura, Religiosidade e Tradições; - Política e Economia. As civilizações e povos do Continente Americano: - Os povos indígenas norte-americanos; - Astecas, Maias e Incas. Arqueologia no Brasil: - Sítios arqueológicos; - Sambaquis; 164 Povos indígenas: O Brasil antes dos europeus chegarem: - Indígenas brasileiros: Potiguares, Caetés, Tupinambás, Tamoios, etc; - Indígenas paranaenses: Kaingang, Guarani, Xetá, Xokleng. Península Ibérica nos séculos XIV e XV: - A luta pela reconquista; - Religiões: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo; - O comércio de especiarias e artigos exóticos; - A chegada dos europeus à América. Outras culturas, outros olhares: - O choque entre as culturas indígenas e européia; - Resistência e dominação; - Escravização indígena: mão-de-obra; - Catequização: “civilizar pela fé”. A formação da Sociedade nas Três Américas: - América Franco-inglesa; - América Espanhola; - América Portuguesa; - A organização político-administrativa colonial no Brasil: capitanias hereditárias, sesmarias; - Utilização da escravidão africana da África para o Brasil; - Uma cultura, três elementos: indígena, europeu, africano. 6ª série/7ºANO A expansão e consolidação do território brasileiro: - As missões jesuíticas; - As bandeiras; - As invasões estrangeiras. O sistema colonial: economia escravista: - Relações de trabalho: escravidão e trabalho livre; - O tráfico de escravos; - O escravo mercadoria. A colonização do Paraná: - Sociedade e Política; - Cultura e Economia. 165 Movimentos de Contestação: - As revoltas nativistas e separatistas; - Revolta de Beckman; - Guerra dos Emboabas; - Guerra dos Mascates; - A Revolta de Felipe dos Santos; - Inconfidência Mineira; - Conjuração Baiana; - Os Quilombos. A Consolidação dos Estados Europeus e a Reforma Pombalina: - Reforma e Contra-reforma; - Iluminismo. A Independência das Treze colônias Inglesas: - A exploração inglesa; - A busca de autonomia; - Colônias de povoamento e exploração: os dois lados da moeda; - O fim do domínio colonial da Inglaterra. A Revolução Francesa: - A queda do Antigo Regime; - Idéias que se espalharam fora da Europa; - Invasão Napoleônica na Península Ibérica; - O Bloqueio Continental. A vinda da família real para o Brasil: - A abertura dos portos e o tratado de 1810; - A elevação da Colônia a Reino Unido; - Desenvolvimento urbano e cultural. O processo de independência na América Latina: - Colônias espanholas. A Independência do Brasil: - O retorno de D. João VI a Portugal; - Primeiro Império e governo de D. Pedro I; - A Constituição de 1824; - A Unidade Territorial e a permanência das estruturas coloniais; 166 - A Confederação do Equador e a Província Cisplatina; - O período Regencial; - As revoltas regenciais: cabanagem, revolução farroupilha, sabinada, balaiada, revolta dos malês; - O negro na sociedade atual. 7ª série/8ºANO O segundo Império: o governo de D. Pedro II - A construção da Nação; - O Instituto Histórico Geográfico Brasileiro; - O fim do tráfico: crise do sistema escravista; - Economia: latifúndio, braço escravo e a riqueza do país – o café; - Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850; - Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado; - A Imigração Européia: um projeto, duas urgências; - Substituição do braço escravo; - Núcleos coloniais (desenvolvimento, miscigenação e branqueamento da população) promotores de progresso e civilidade; - Movimento abolicionista. Revolução Industrial: produção e relações de trabalho: A Guerra do Paraguai: Paraná: Emancipação política – 1853: - Sociedade e organização político-administrativa; - Núcleos coloniais europeus; - Desenvolvimento econômico; - Os povos indígenas e a terra indígena; - Uma cultura, vários elementos. Proclamação da República: - Os primeiros anos da República; - A Constituição Republicana; - Sociedade e política; - Economia e cultura; - A República oligárquica. Imperialismo no século XIX: 167 - A partilha da África e da Ásia; Separatismo, Aparthaid. 8ª série/9ºANO A Reforma Urbana do Rio de Janeiro: - A capital do progresso; - Outros tempos, outras revoltas: Vacina, Chibata, Tenentismo, Coluna Prestes. Primeira Guerra Mundial; Revolução Russa; A década de 1920 no Brasil e no mundo: - Sociedade e organização político-administrativa; - Produção cultural e crítica social; - Economia; - Crise de 1929. A Revolução de 1930 e a era Vargas (1930 a 1945); - Leis trabalhistas; - Industrialização, trabalho e desenvolvimento; - O trabalho: disciplina e ordem; - A mulher: o direito ao voto. O populismo no Brasil e na América Latina: - Integralismo. Os Regimes Totalitários; Segunda Guerra Mundial; A guerra Fria; O Regime Militar no Brasil e na América Latina: - Revolução Cubana; - Chile: a deposição de Salvador Allende; - O golpe militar no Brasil (1964); - Repressão, Censura e os meios de comunicação. - Produção cultural; - Futebol: uso ideológico – o despertar da Nação. O Paraná dos anos 50 à atualidade (Governos e a Estatização dos Estados): - Movimentos no campo e na cidade; 168 - As populações indígenas; - Sociedade e Política; - Economia e Cultura; - A Usina de Itaipu. Movimentos Sociais, Culturais e Contestatórios: - Europa; - África; - América; - Ásia. O Fim da Guerra Fria: dissolução do socialismo (URSS); Descolonização da África e da Ásia; Globalização (Mercosul, ALCA, OTAN,... ); Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia: preservar para conhecer e usufruir. METODOLOGIA A história enquanto conhecimento possui um método próprio, uma vez que a explicação e interpretação de fatos passados se configuram como ferramentas indispensáveis para a compreensão tanto do processo histórico e de contextos passados quanto das transformações sociais presentes. Desta maneira há uma relação dialética entre passado e presente, sendo que as nossas motivações, angústias, inquietações servem de estímulo para elucidar as problematizações que se propõe em cada conteúdo de sala-de-aula. Por este viés metodológico, alunos e professores são considerados sujeitos construtores e apropriadores críticos das produções sócio-culturais humanas e não meros receptáculos passivos dos mesmos. Inquirir sobre o presente e passado pressupõe tratar o conhecimento histórico como construído a partir da investigação. A própria realidade de discentes e docentes pode servir de matéria às pesquisas e sínteses sobre a sociedade Assim, através da problematização e investigação dos conteúdos propostos para a disciplina de história propõem-se a utilização, além da produção historiográfica, também várias “linguagens” da história, tais como: cinema, quadrinhos, caricaturas, imprensa, registro oral, músicas, etc. O uso destes recursos 169 dará suporte metodológico a discussão de cada temática contribuindo para a construção do conhecimento histórico. AVALIAÇÃO Ao entendermos que a avaliação é um momento de reflexão e de ampliação do conhecimento, ela propiciará a reflexão sobre a prática pedagógica, possibilitando o redirecionamento desta, caso seja necessário. Desta forma, a avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor de maneira que possa ser continuada, diagnóstica e processual. Assim a avaliação não pode se reduzir a um momento estanque, pois ao avaliar o aluno o professor avalia a sua metodologia, os seus objetivos e a sua didática ao trabalhar determinado conteúdo contribuindo para que seu aluno possa compreender o mundo. Cabe lembrar, que a avaliação do ensino de História deve considerar alguns aspectos importantes, tais como a apropriação de conceitos históricos e a aprendizagem dos conteúdos. Entretanto, devemos utilizar de diferentes atividades como leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção textual, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, avaliação escrita, entre outras. REFERÊNCIAS BITTENCOURT, Circe. Capitalismo e Cidadania nas Atuais Propostas Curriculares de História. USP, s/d. CABRINI, C. et al. Ensino de História; revisão urgente. Ed. rev. e ampl. São Paulo: Educ, 2000. KOHN, Hans. A era do nacionalismo. São Paulo: Fundo de Cultura S. A., 1963. LIBANEO, José C. Profissão Professor ou Adeus Professor, Adeus Professora? Exigências educacionais contemporâneas e a novas atitudes docentes. São Paulo, s/d. LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. 4 ª ed. São Paulo: Cortez, 1996. MARTINS, J. C. e NEMI, A. L. L. L. Didática da História: o tempo vivido. FTD, sem data. PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006. 170 PENTEADO, E. D. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994. VASCONCELOS, M. M. M. Ensino de História: concepção e prática no ensino médio. In: Berbel, N. M. N. Fundamentos e aplicações. Londrina: UEL, 1999. 7.1I LÍNGUA PORTUGUESA EMENTA A Língua Portuguesa enquanto parte integrante dos currículos escolares vem sofrendo modificações ao longo dos anos, resultado do esforço de diversos pesquisadores empenhados em alterar as estratégias aplicadas no ensino da Língua Materna, que antes eram focalizadas em um ensino tradicional, que tinha como foco principal preparar o indivíduo para o trabalho. Através de seminários e grupos de estudo foram iniciadas discussões entre professores, equipe pedagógica e NRES a respeito do processo de reestruturação das metodologias do ensino de Língua Portuguesa; com o objetivo de que os estudos linguísticos fossem centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, já que havia um distanciamento entre teorias e práticas de ensino. A concepção socoiointeracionista assumidas nas Diretrizes pretende uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e funcionamento. OBJETIVOS GERAIS Enquanto educadores nosso objetivo coletivo deve ser a formação do indivíduo para a cidadania e participação social e política, com espírito crítico e autonomia como agente transformador da sociedade. O conteúdo a ser apresentado em sala de aula não será somente aqueles existentes nos livros didáticos para que o aluno tenha contato com diferentes linguagens, capaz de compreender os discursos dos outros e de organizar os seus de forma clara. Os diferentes tipos de linguagens serão apresentados através das artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem (FARACO, 2002, p.101). Para a formação desse aluno autônomo é primordial que o professor favoreça o envolvimento com uma diversidade de leituras tais como: cercar os 171 alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e levados para casa; ler trechos de obras, comentar com os alunos o que está lendo e vice-versa entre outro. Assim estaremos dando a oportunidade ao aluno de ver a leitura como algo dinâmico, um veículo de intervenção no mundo. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO 5˚ série/6ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Textos verbais e não verbais; Texto instrucional; Texto informativo; Texto poético; História em quadrinho; Fábulas; Contos; Texto narrativo; Texto publicitário, jornalístico; Texto descritivo; DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL Lenda; Produção textual; Reestruturação do texto; Classes de palavras; Ortografia, pontuação e acentuação gráfica; Encontros vocálicos e consonantais; Concordância verbal e nominal; Frase, oração e período; Análise sintática (sujeito e predicado) 6˚ série/7ºANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS Produção textual; DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL Textos verbais e não verbais; Texto informativo; 172 Texto científico; Poético; Textos jornalísticos e publicitários; Carta, bilhete; Contos, crônicas; Ficcional e não ficcional; Texto (narrativo, descritivo e argumentativo); Fábulas; Revisão das classes gramaticais; Ortografia; Pontuação; Acentuação; Análise sintática (sujeito, predicado, adjunto adverbial e nominal); Discurso direto e indireto; Concordância nominal e verbal. 7˚ série/8ºANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Produção textual; Textos verbais e não verbais; Informativo; Científico; Poético; Jornalísticos e publicitários; DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL Teatral; Contos e crônicas; Ficcional e não ficcional; Texto (narrativo, descritivo argumentativo); Descrição subjetiva e objetiva; Relato; e 173 Revisão das classes gramaticais; Orientações ortográficas; Pontuação; Acentuação; Análise sintática; Vozes do verbo; Colocação nominal; Morfologia e sintaxe; Crase; Concordância verbal e nominal; Orações coordenadas. 8˚ série/9ºANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS Textos verbais e não verbais (mapas, bandeiras, fotos, ilustrações, logotipo, quadrinhos, tela da internet, entre outros); Científico; Poético; Jornalísticos e publicitários; Teatral; Contos, crônicas, mitos e lendas; Letras de músicas; DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL Textos (informativo, opinativo, argumentativo e narrativo); Produção teatral; Período simples e composto; Pontuação; Orações subordinadas; Uniformidade de tratamento; Estrutura de palavras; Processo de formação de palavras; Concordância verbal e nominal; Regência verbal e nominal; 174 Crase; Ortografia. METODOLOGIA Envolver os alunos com textos diversificados, para que haja motivação e se tome o gosto pela leitura; Discutir antes da leitura, o título e as ilustrações da história para que o aluno possa fazer suposições do que encontrará no texto; Elaborar perguntas para que seja feita oralmente, após uma leitura dinâmica do texto; Solicitar aos alunos elaboração de textos; Após a conferência do texto pelo professor, fazer a reestruturação do mesmo individual e coletivamente; Aplicação de gramática contextualizada, para que contribua na formação de bons leitores e escritores. AVALIAÇÃO A avaliação será contínua observando o desempenho e participação do aluno no dia-a-dia e com característica diagnóstica; O desempenho dos alunos na oralidade deverá ser avaliado em situações formais de produção – relatos, apresentações, situações em que o aluno vai recontar uma história, retomar as idéias principais de um texto expor seu ponto de vista e argumentar; Quanto à produção textual deve-se levar em conta: a) pertinência do título em relação ao assunto; b) modo como os temas são abordados; c) encadeamento lógico das idéias; d) capacidade de estabelecer relações intertextuais; e) qualidade gramatical; seleção vocabular. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares – Ensino Fundamental. FARACO, C. E. G. M. & MARTO, F. Linguagem nova. Editora Ática: São Paulo, 2006. 175 7.1J MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Por meio da história da Matemática encontra-se a oportunidade de compreender a Ciência Matemática desde suas origens e como a disciplina tem se configurado no currículo escolar brasileiro. Os povos das antigas civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos dos conhecimentos matemáticos que se conhece hoje, nesse período demarcou o nascimento da Matemática. Como Ciência a Matemática emergia somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. É com a civilização grega que regras, princípios lógicos, exatidão de resultados foram registrados. Por volta dos séculos IV a II a. C. a Matemática nesse período estava reduzida a contar números inteiros cardiais e ordinais. As primeiras propostas de ensino de Matemática base das práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino, que se baseava nos conhecimentos Aritméticos, Geometria, Música e Astronomia. No século V d.C. o ensino teve um caráter estritamente religioso onde tinha como objetivo entender cálculos do calendário retúrgico e determinando datas religiosas. O ensino passa por mudanças significativas com o surgimento das escalas e a organização dos sistemas de ensino no século VII e IX. Após o século XV enfatizou-se um ensino de Matemática experimental que contribui na descoberta de novos conhecimentos e se colocou em oposição a concepção humanística que predominava na época. No século XVI, o conhecimento matemático alcançou o período de sistematização que nomeou o período de Matemática de grandezas variáveis. O ensino da Matemática servia, então para preparar os jovens para o exercícios de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação da medicina e de guerra. No Brasil no século XVI, a Matemática vivia a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira. No século XVII surgiu a concepção de lei quantitativa que levou o conceito de função e do cálculo infinitesimal. 176 A pesquisa Matemática se diferenciou em atender aos processos de industrialização no século XVIII que também foi demarcado pelas revoluções francesa e industrial. O ensino da Matemática no Brasil teve caráter técnico como objetivo de preparar os estudantes para as academias militares. Do final do século XVI ao início do século XIX o ensino da Matemática, destinava-se ao domínio de técnicas. Em 1808 com a chegada da corte portuguesa ocorreu o processo de separação dos conteúdos em Matemática elementar e Matemática superior; No final do século XIX início do século XX iniciou-se um movimento mundial de renovação do ensino da Matemática, onde os matemáticos antes pesquisadores passaram a ser professores. As ideias reformadoras do ensino da Matemática se inseriam no contexto das discussões introduzidas pelo movimento da escola nova. A proposta básica deste tendência era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudantes era considerado centro do processo e o professor o orientador da aprendizagem. Surgiram-se outras tendências como: a Empírica – Ativista, a Formalista Clássica, Formalista Moderna, Tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural, Histórico – crítica. O ensino da Matemática após ter passados pelas tendências pedagógicas, entende-se que a questão central era repensar sobre o ensino. Foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional 9394 de 20/12/1996. LDBEN que insere novas interpretações sobre o ensino, entre os quais o ensino da Matemática. A partir de 1988, iniciou-se a distribuição das PCN que foram distribuídos em ciclos (1˚ e 2 ciclo) ensino fundamental, em seguida aos (3˚ e 4˚ ciclos) destinados ao ensino fundamental dos anos finais. A partir de 2003, a EED elabora o documento de Diretrizes Curriculares, que resgata importantes considerações a respeito de abordagens sobre o ensino e Diretrizes Curriculares, que resgata importantes considerações a respeito de abordagens sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática. OBJETIVOS GERAIS Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que lhe proporcione a construção de seu aprendizado; 177 Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não lê limitar a recuperar apenas notas ou conceitos; Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio mútuo e não como registro), descobrir os próprios erros e reconstruir os conhecimentos; Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar a integração do aluno na sociedade; Construir uma imagem da Matemática como algo agradável e prazeroso, desmistificando o mito da genialidade. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Números e Álgebra; Grandezas e Medidas; Geometrias; Tratamento da Informação Propõe-se que o trabalho em sala de aula seja feito de modo articulado, ou seja, sob os pressupostos teóricos destas Diretrizes. Não é coerente trabalhar medidas sem os números, geometria sem as medidas, álgebra e tratamento da informação sem números, medidas e geometria, e assim por diante. 6° Ano a 9º Ano Números e Álgebra Sistema de numeração decimal e não decimal; conjuntos numéricos ( naturais, racionais, inteiros e irracionais ); as seis operações e suas inversas transformações de números fracionários em números decimais; adição, subtração, multiplicação e divisão de fração por meio de equivalência; juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo; as noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos; 178 noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença; grandezas diretamente e inversamente proporcionais; Equações de 1º e 2º graus; polinômios e casos notáveis; ângulos; fatoração; cálculo do número de diagonais de um polígono; expressões numéricas; funções; trigonometria no triângulo retângulo * Grandezas e Medidas organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário; transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo; perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos; capacidade e volume e suas relações; ângulos e arcos - unidade, fracionamento e cálculo; congruência e semelhança de figuras planas – teorema de Talles; triângulo retângulos – relações métricas e Teorema de Pitágoras; triângulos quaisquer; Poliedros regulares e suas relações métricas. *Geometrias elementos de geometria cuclidiana e noções de geometria não cuclidiana; classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas; construções e representações no espaço e no plano; planificação de sólidos geométricos; padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas; condições de paralelismo e perpendicularismo; definição e construção de baricentro; desenho geométrico com o uso da régua e compasso; 179 classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos. ângulos, polígonos e circunferências; classificação de triângulos, representação cartesiana e confecção de gráficos; estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides; interpretação geométrica de equações, inequações e sistema de equações; representação geométrica dos produtos notáveis; círculo e cilindro; noções de geometria espacial. * Tratamento da informação: coleta, organização e descrição de dados; leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagrama, quadros e gráficos; gráficos de barra, coluna, linhas, poligonais, setores e de curvas histogramas; noções de probabilidade; médias moda e mediana. CONTEÚDOS POR SÉRIE 6º Ano Números e Álgebra Sistemas de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e Radiciação Números Fracionários; Números decimais; Grandezas e Medidas Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; 180 Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário. Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial. Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem 7º ANO Números e Álgebra Números Inteiros; Números Racionais; Equação e Inequação do 1º Grau; Razão e Proporção; Regra de Três simples. Grandezas e Medidas Medidas de Temperatura; Medidas de ângulos. Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não- euclidianas Tratamento da Informação Pesquisa Estatística; Média Artmética; Moda e mediana; Juros simples. 8º ANO Números e Álgebra Números Racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; 181 Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Grandezas e Medidas Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulos; Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica Geometrias não – euclidianas. Tratamento da Informação Gráfico e Informação; População e Amostra. 9º ANO Números e Álgebra Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três Composta. Grandezas e Medidas Relações Métricas no Triângulo Retângulo ; Trigonometria no Triângulo Retângulo; Geometrias Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não – euclidianas. Tratamento da Informação 182 Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Composto. METODOLOGIA A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações do cotidiano que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto, a partir desse saber é que nós professores iremos fazer a difusão do conhecimento matemático já organizado. Trabalhar os quatro eixos estruturantes nos quais os conteúdos foram agrupados tendo sempre presente que embora cada eixo tenha sua especificidade eles não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter-relação entre números, geometria, medidas e tratamento da informação que as idéias matemáticas e o vocabulário matemático ganham significado. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos da disciplina. Se encararmos a Matemática sob um ponte de vista dinâmico, que leva em conta os percalços do seu desenvolvimento, então teremos que adotar diante da avaliação, uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e, a partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo. Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos: Formas escritas; Orais; Demonstrações; Incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador e/ou calculadora; Debates; Provas; Trabalhos realizados em classe; Trabalhos realizados em casa; 183 Participação nas atividades escolares; Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa em que medida o aluno atribuiu significado ao que aprendeu e consegue materializá-lo em situações que exigem raciocínio matemático. REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, julho de 2006. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Coleção a conquista da Matemática. 184 7.2 Proposta Pedagógica Curricular– Ensino Médio Assim como para o Ensino Fundamental, a Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Helena Kolody para o Ensino Médio, pauta-se fundamentalmente nas orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Contudo, além de atender às disposições gerais da LDB esta etapa da escolarização apresenta uma situação peculiar que deve ser considerada. No decorrer de sua história, o Ensino Médio apresentou uma identidade marcada pela dicotomia entre dois focos: a formação para o mercado de trabalho e a continuidade dos estudos. Fato que o manteve intrinsecamente ligado com a organização e manutenção da sociedade de classes. Nosso atual desafio é promover a superação deste quadro. Através do trabalho coletivo de discussão e elaboração, estamos em busca de uma educação centrada na pessoa humana e não mais no mercado de trabalho. Uma educação que seja capaz de oferecer uma formação humanista consistente, que permita a apropriação crítica e reflexiva dos conhecimentos historicamente constituídos; e que também possibilite uma compreensão lógica dos princípios técnico-científicos que marcam o atual período histórico e que afetam as relações sociais e de trabalho. Nesta perspectiva e com o objetivo de efetivar esta mudança em nossa escola, nos esforçamos para definir o currículo de nossa escola procurando responder a perguntas como: Para que serve o currículo? A quem serve? Que tipo de indivíduo forma? Além disso nos pautamos em alguns princípios: Não há neutralidade no conhecimento, por isso o currículo é uma seleção de alguns aspectos da cultura e têm caráter político. O currículo deve abordar o conhecimento científico, o conhecimento da arte e o conhecimento filosófico. Os conteúdos estruturantes selecionados para compor o currículo precisam ser trabalhados de forma interdisciplinar (pelo diálogo crítico e reflexivo entre os diferentes campos do conhecimento, considerando o caráter histórico desse processo) e contextualizada (pela problematização dos conteúdos a partir da realidade dos alunos, sem no entanto, limitar-se a isto – o que empobreceria a discussão; mas sim utilizar a problematização como ponto de partida, estímulo e\ou argumento explicativo). 185 7.2 A ARTE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Há vários anos, a disciplina de arte foi considerada uma atividade de entretenimento. Contudo, na contemporaneidade esse pensamento se torna obsoleto. A disciplina de arte hoje tem status de um valioso recurso para promover a reflexão, cidadania, além de valorizar os diversos tipos de cultura além do conteúdo próprio da disciplina. O ensino da arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade constituída historicamente e em constante transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo. A partir das concepções de arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina: Conhecimento Estético: está relacionado com apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sobre a forma de representações artísticas como, por exemplo, palavras na poesia, sons melódicos na música; expressões corporais na dança ou teatro; cores, linhas e formas nas artes visuais. Conhecimento Artístico: estão relacionados com o fazer e com os processos criativos. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formulação do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experiênciação com materiais, técnicas e com os elementos básicos constitutivos das artes Visuais, Dança, Música e do Teatro. Conhecimento contextualizado: Envolve o contexto histórico dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experiência estética por meio da percepção da análise, da criação-produção e da 186 contextualização histórica, apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo. As formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem. Sendo assim, o educando terá acesso ao conhecimento presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade da mesma com o seu universo. OBJETIVOS GERAIS Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da história da humanidade. Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na fruição quanto na análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo. Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de preservação das tradições populares e de nossas raízes. arte Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da (música, artes, visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes estilos e manifestações socioculturais. Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais. CONTEÚDOS Os conteúdos da arte estão organizados e maneira que contemple as linguagens das artes visuais, dança, música e do teatro. Os conteúdos estruturantes selecionados por essa disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica. Neste, sentido foram definidos como conteúdo estruturante os elementos formais, a composição movimentos e períodos o tempo e o espaço. Os conteúdos serão desenvolvidos visando atender todos os alunos levando-se em consideração suas limitações e necessidades de encaminhamento especiais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTRES 187 1ª SÉRIE ARTES VISUAIS Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor Composição: Figurativa Abstrata Figura/Fundo Bidimensional/ tridimensional Contraste ritmo visual Gênero Técnica Movimentos e Períodos: Arte no Egito Arte Greco-Romana Arte Africana Renascimento Barroco Arte brasileira Arte Paranaense vanguardas artísticas. Tempo espaço: Este trabalho deverá ser articulado de maneira que os conteúdos estruturantes estejam ligados com a contextualização histórica de cada período. MÚSICA Elementos formais: Altura Duração Timbre 188 Intensidade Densidade Composição: Ritmo Melodia Harmonia Intervalo melódico Intervalo harmônico Improvisação Movimentos e períodos: Descoberta do som Técnica Movimentos e períodos: A dança como manifestação cultural. 2ª SÉRIE ARTES VISUAIS Elementos Formais: Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor Composição: Figurativa Abstrata Figura/fundo Bidimensional/tridimensional Contraste Ritmo visual Gênero 189 Técnica Movimentos e Períodos: Neoclassicismo Romantismo Realismo Impressionismo Expressionismo Fauvismo Cubismo Abstracionismo Tempo espaço: Trabalhado ou maneira a articular estruturantes na contextualização histórica de cada período. Dadaísmo Surrealismo Op-art Pop-arte Arte brasileira Arte paranaense MÚSICA Elementos Formais: Altura Duração Timbre Intensidade Composição: 14. Tonal 15. Modal 16. Contemporânea 17. Gêneros 18. Improvisação Movimentos e períodos: Evolução da música os conteúdos 190 Música serial Música minimalista Hip-hop Hap, funk TEATRO Elementos Formais: Personagem : expressão corporal, vocal, gestual, facial. Ação Espaço cênico Composição: Representação Sonoplastia Iluminação Cenografia e figurino Maquiagem e adereços Caracterização Jogos teatrais Roteiro enredo gênero Técnica Movimentos e Períodos: Origem do teatro Momentos da história do teatro DANÇA Elementos formais: Movimento corporal Tempo Espaço Composição: Formação Sonoplastia Coreografia Improvisação 191 Técnica Movimentos e períodos: História da dança A dança como manifestação cultural A dança moderna Sons primitivos Evolução da música Música eletrônica Rap, funk 3ª SÉRIE TEATRO Elementos Formais: Personagem: Expressão corporal Vocal Gestual Facial Ação Espaço cênico Composição: Representação Sonoplastia: iluminação Cenografia Figurino Caracterização Maquiagem Adereços Jogos teatrais Roteiros Enredo Gênero Movimentos períodos Origem do teatro DANÇA 192 Elementos formais: Movimento corporal Tempo Espaço Composição: Formação Sonoplastia Coreografia ARTES VISUAIS Elementos Formais: Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor Composição: Figurativa Abstrata Figura/fundo Bidimensional/tridimensional Contraste Ritmo visual Gênero Técnica Movimentos e Períodos: Arte Africana Arte Brasileira Arte Paraná MÚSICA Elementos Formais: 193 Altura Duração Timbre Intensidade Composição: Tonal Modal Contemporânea Gêneros Improvisação Movimentos e períodos: Arte Africana Arte Brasileira Arte Paraná Tempo espaço: Este trabalho vai ser feito de uma maneira em que os conteúdos estruturantes estejam sempre contextualizados nas diversas histórias e seus períodos. O ensino da arte tem a pretensão de analisar o espaço de arte na escola (artes visuais, música, teatro e dança) a partir de uma perspectiva histórica. Para isso, precisamos explicitar as relações de prática artística com a base econômica. As relações sociais de produção determinam as representações, sistemas de idéias e imagens geradas na mesma sociedade. Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a democratização do saber, visando criar no aluno uma percepção exigente, ativa, critica em relação à realidade humano social. A proposta de arte tem dupla função de um lado, analisar o seu papel na formação da percepção e da sensibilidade do aluno, de outro lado, colher a significação da arte no processo de humanização do homem. A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa apropriação e essencial da realidade, possível, quando se colocam em estado humano, as figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos. No espaço escolar, o objetivo de trabalho é o conhecimento. Sendo assim, devemos contemplar na metodologia do ensino da arte três momentos de organização pedagógica: o sentir e perceber, 194 que são as formas de apreciação e apropriação; O trabalho artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita o aluno um sentir perceber e um trabalho mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos artísticos. A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são trabalhados. A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento de exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para desenvolver estás práticas, elas são fundamentais, pois a arte não pode ser aprendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece quando interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos. Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos e metodologia específica para cada um desses momentos. O encaminhamento pode se iniciar por qualquer desses momentos, mas o fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação da disciplina de arte será diagnosticada e processual. Diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos. Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento será constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto avaliação dos alunos. É importante neste processo termo em vista que os alunos do ensino médio têm um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende em outros espaços sociais (família, associações, religião e outros) e um percurso escolar também distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as condições humanas e materiais da escola, aprendizagem de arte em todas as escolas públicas. inviabiliza certa unidade de 195 Neste sentido, é fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um levantamento das formas artísticas que os alunos já tem algum conhecimento e habilidade, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Também durante o ano letivo, poderemos observar tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais dimensões da arte. Estes diagnósticos são a base para o planejamento das aulas, pois mesmos que já estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos possuem. REFERÊNCIAS BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo, 1991 FISCHER, Ernest. A Necessidade da arte. R.J. 1979 OSTWUER, Fayga. Universo da Arte. 1991. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio,SEED, 2006. 7.2 B BIOLOGIA Ementa A Biologia é a ciência que estuda a vida, ou seja, as características dos seres vivos, para entende-los e respeitá-los. Auxilia na compreensão das transformações cientificas e tecnológicas que ocorreram e ainda ocorrem no planeta terra. Processo de modificação dos Seres Vivos e implicações dos avanços biológicos no contexto da vida, auxilio das ciências para a descoberta e os avanços das tecnologias, a produção cientifica considerando o contexto ético, religioso, político, social e econômico nos diferentes momentos históricos. Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 11.465/08, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, onde deverá ser cumprida. A lei 10.639/03 já previa a obrigatoriedade do ensino sobre história e cultura afro-brasileira. Agora, com a nova lei, confere-se o mesmo destaque ao ensino da história e cultura dos povos indígenas. 196 A medida vale para as escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas, e deverá fazer parte de todo o currículo escolar, especialmente as áreas de educação artística, literatura e história. O conteúdo escolar deverá incluir o estudo da história da África e dos africanos, a luta e cultura dos negros e indígenas no Brasil. A proposta é enfatizar a contribuição de todos esses grupos – nas áreas social, econômica e política – para a formação da população brasileira. Objetivo Geral: Compreender os conceitos científicos básicos, para entender os fenômenos relacionados aos dias atuais; Identificar as características dos seres vivos, e avaliar o equilíbrio das espécies (relações ecológicas); Conhecer melhor o corpo humano, para valorizar o cuidar do mesmo. Compreender a diversidade das espécies como processo evolutivo. Conteúdos Estruturantes: Criados para promover a relação professor – aluno – conhecimento: Organização dos seres vivos; Mecanismos biológicos Biodiversidade Avanços biológicos relacionados a vida. PRIMEIRO ANO ENSINO MÉDIO Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos: A evolução molecular e a evolução da vida Características dos seres vivos A origem da vida Regras de classificação taxonômicas Organismos acelulares (vírus) Citologia: Química da célula Estruturas celulares Divisão celular Metabolismo celular Sistemas Biológicos: (histologia vegetal e animal) 197 Histologia vegetal Tecido meristemático Tecidos permanentes Histologia animal Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido muscular Tecido nervoso SEGUNDO ANO ENSINO MÉDIO Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos: Biodiversidade e classificação dos seres vivos (vegetal e animal) Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia e mecanismos de desenvolvimento embrionário. Reino monera Reino protoctista Reino fungi Reino plantae Reino animália TERCEIRO ANO ENSINO MÉDIO Transmissão de características hereditárias: Primeira e segunda Lei de Mendel Conceitos fundamentais da genética Sistema ABO Lei de Morgan ou Linkage Herança ligada ao sexo Interação gênica e herança qualitativa Poligenia Anomalias na espécie humana Organismos geneticamente modificados: Biotecnologia e nanotecnologia Teorias evolutivas: Princípios da evolução da vida Os impactos das idéias evolutivas Teoria da seleção natural (Darwin e Wallace) 198 Formação de novas espécies Relação entre os seres vivos: Populações e comunidades Ecossistemas Ciclos biogeoquímicos Biomas terrestres e aquáticos Metodologias: O conteúdo tem como objetivo o estudo da vida, entender os princípios da vida e respeitá-los. Conscientizar os alunos que o estudo da “vida”se fará de acordo com a transformação dos seres vivos e seu habitat, caracterizando mudanças de conceitos já adquiridos ao longo de uma vida, visando manter o equilíbrio entre homemambiente. Avaliação: Relacionar os conteúdos estudados no dia a dia, de forma contínua, visando priorizar o ensino-aprendizagem. Avaliação diagnostica e formativa. Referencias: PAULINO, W.S. Biologia Citologia/Histologia/volume 1: Ática, SP. AMABIS, M.J., MARTHO. R.G. ,Biologia das celulas , 1º ed.: moderna 2004 SP. 7.2C EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA No Ensino Médio a Educação Física participa necessariamente, de temáticas como: sexo, drogas, anabolizantes, sedentarismo, esporte e lazer, política desportiva, tempo livre e outros, de forma a promover um amplo debate. Sempre considerando o objetivo de estudo da Educação Física que é o “homem em movimento” englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais e a relação entre eles. 199 OBJETIVOS GERAIS Explorar e analisar o mundo motor por meio das manifestações da cultura corporal, visando o entendimento e a autonomia frente aos conhecimento relativos à práticas da atividade física permanente. 1ª série: entender o corpo como elemento de relação e linguagem humana; estudar as mudanças anátomo-fisiológicas do homem e da mulher no cotidiano e no esporte; conhecer os esquemas táticos e técnicos na prática do desporto institucionalizado; adaptando regras às condições dos participantes e a realidade da escola. 2ª série: analisar a participação do fenômeno esportivo na cultura humana, culturais e étnicos raciais; utilizar o desporto como elemento fomentador ao entendimento das estruturas sociais vigentes, capacitar os alunos educados para a plena utilização dos conhecimentos sobre o corpo para a manutenção de hábitos saudáveis; vivenciar a aplicação de sistemas de treinamento junto ao grupo e individualmente. 3ª série: estimular a prática das manifestações da cultura corporal como elementos imprescindíveis à qualidade de vida saudável; estimular a vivência dos conhecimentos referentes a atividades recreativas e da prática de atividade física permanente junto aos familiares e comunidade. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Considerando o objeto de estudo da Educação Física que é ¨o homem em movimento ¨, englobando as dimensões biológicas, psicológicas, sociológicas, culturais e étnicos raciais, enfatizando as influências das culturas Afro e Indígenas na construção da identidade corporal de nossa sociedade, tendo também a relação entre eles com a natureza, os conteúdos estruturantes são: ginástica, dança, jogos esportes e lutas. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE/ANO 1ª Série: Jogos dramáticos: - Expressão corporal; - Brincadeiras populares; - Jogos cooperativos. 200 Ginástica: - Relaxamento; - Condicionamento; - Nutrição; - Lesões e primeiros socorros. Esportes: - Futsal; - Handebol; - Voleibol; - Basquete; - Violência no esporte; - Preconceito no esporte. Dança: - Dança de salão - Expressão corporal. Luta: - Capoeira; - Aspectos culturais e históricos da capoeira. 2ª Série Jogos: - Jogos cooperativos; - Aspectos culturais na ocupação do tempo livre. Ginástica: - de academia; - Condicionamento; - Nutrição; - Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal; - Lesões e primeiros-socorros. Esporte: - Handebol; - Futsal; - Voleibol; - Basquete; 201 - Violência no Esporte; - Doping. Dança: - Dança folclórica - Dança de salão Lutas: - Capoeira; - A capoeira enquanto fenômeno cultural 3ª Série: Jogos: - Jogos cooperativos; - O direito do lazer. Ginástica: - Condicionamento; - Geral; - Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal; - Modelos de corpo com referencial de beleza. Esporte: - Futsal; - Handebol; - Voleibol; - Basquete; - A influência da mídia na mudança de regras. Dança: - Dança de salão - Dança regional Lutas: - Capoeira; - Aspectos culturais e históricos da capoeira. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Em um primeiro momento, apresenta-se o conteúdo aos alunos e junto a eles se busca uma melhor forma para organizá-los e executa-los, respeitando os limites de cada um. 202 Na sequência, em um segundo momento, e já na fase de desenvolvimento do conteúdo proposto, observa-se as manifestações corporais, e as situações que surgem com o movimento corporal, geradas pelos próprios alunos. Dentre essas situações podemos destacar o contato corporal e o respeito com os indivíduos e sua forma de desenvolver as atividades. O professor poderá registrar as diversas situações para que sirva como instrumento de intervenção em situações desfavoráveis no processo de aprendizagem. No terceiro momento, deve-se refletir junto aos alunos, levando-os a fazer uma autocrítica individual, levantando os aspectos positivos e negativos, junto o processo de aprendizagem. Através dessa metodologia se conclui que as aulas, compõem-se de: conteúdo proposto, execução e reflexão sobre a execução do conteúdo. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser instrumento dentro do processo de aprendizagem e não um elemento externo. Essa avaliação deverá ser contínua, a fim de identificar os progressos do aluno. Através da avaliação diagnóstica o professor junto aos alunos poderá rever pontos negativos e replanejar os encaminhamentos a fim de superar as dificuldades encontradas, abrindo espaço para a recuperação paralela. A partir da avaliação diagnóstica, para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, este será um momento permanente e cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o trabalho tendo como horizonte as diversas manifestações corporais, além da apropriação do saber crítico em relação as culturas Afro-brasileiras e indígenas, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo. REFERÊNCIAS CASTELLANI, L. F. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 2˚ edição. Campinas: Papirus, 1991. DCE.Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica, 2006. 203 OLIVEIRA, A. A. B. De educação física no ensino médio – período noturno: um estudo participante. 1999. TESE (Doutorado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, 1999. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 11˚ edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. 7.2D FILOSOFIA Importância da filosofia para a formação do estudante A disciplina de Filosofia no ensino médio articula-se a partir da contextualização de problemas filosóficos relevantes na história da filosofia em torno dos conteúdos estruturantes. Constituída como disciplina que tem com objeto „o pensamento‟, a mais de mil e seiscentos anos, a filosofia traz consigo o problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Platão admitia que sem as noções básicas de técnicas de persuasão, a prática filosófica teria efeito nulo para os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro. A filosofia favoreceria posturas polêmicas, como por exemplo, o relativismo moral ou o uso permicioso do conhecimento. Atualmente, visando a formação pluridimensional e democrática plena do estudante, a filosofia no ensino médio, busca oferecer ao estudante a possibilidade de compreender a complexibilidade do mundo contemporâneo, com as suas múltiplas particularidades e especificações. Exatamente aí reside categorias de pensamento, que busca articular a totalidade temporal e sócio – histórica em que se dá o pensamento e a experiência humana. A filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e como conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. Daí, não ser possível estudar filosofia, sem o filosofar, e portanto, sem o seu conhecimento. A filosofia na escola, pode significar o espaço de criação e da provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da recriação de conceitos. Nessa perspectiva, a abordagem filosófica em sala de aula, é feita a partir de grandes temas filosóficos, ou seja, de conteúdos estruturantes e basilares a 204 serem trabalhados na perspectiva do estudante, de modo que a investigação e os textos filosóficos permaneçam sempre ligados a realidade presente. Portanto, a Filosofia tem por, também, objetivo formular conceitualmente problemas que interessam ao pensar de hoje e investigar as diferentes formas de conceitos envolvidos, e desenvolvendo uma maneira peculiar e geral de interrogarse sobre a verdade das palavras, das coisas e do “ser”. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia busca fazer a discussão em torno destes problemas e conceitos criados no decorrer de sua história, pois estas discussões colaboram muitas vezes em ações e transformações da sociedade. No mundo de hoje, em que o conhecimento manifesta-se de forma fragmentada, torna-se importante para o aluno saber operar com questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, buscando articular na totalidade espaçotemporal e sócio-histórica as formas como se processa o pensamento e a experiência humana. A Filosofia também pode viabilizar as interfaces com outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da Literatura, da História, das Ciências e da Arte. Assim o ensino de Filosofia abre um espaço para que o aluno dê um novo significado a seus conceitos. Consequentemente,poderá assimilará e entenderá os conceitos da tradição filosófica concomitantemente, aceitará a lógica da confrontação, ou seja, que existem pensamentos divergentes e que é necessário ultrapassar os limites das posições pessoais para que possa compreender o mundo e o outro, facilitando o exercício da cidadania. O PPC foi constituído a partir das DCE-Filosofia por ser este o documento que embasa o trabalho com a disciplina. OBJETIVOS GERAIS Através da leitura e reflexão de textos filosóficos, e leitura filosófica de textos de literatura, artigos, jornais e gibis,possibilitando ao educando recrie seus conceitos desenvolvendo a criticidade para o pleno exercício da cidadania; 205 estimular o interesse do educando no que concerne à compreensão do homem e sua existência e consequentemente, à compreensão do mundo possibilitar ao educando, após leituras, atividades e discussões, consiga explicitar racionalmente sua posição no que concerne a conceitos e valores (ou o próprio conceito),ou seja, expressar seu pensamento na forma oral e escrita. CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1ª SÉRIE Mito e Filosofia Teoria do Conhecimento Saber mítico Saber filosófico Relação Mito e Filosofia Atualidade do mito O que é Filosofia Possibilidade do conhecimento As formas de conhecimento O problema da verdade A questão do método Conhecimento e lógica 2ª SÉRIE Ética Ética e moral Pluralidade ética Ética e violência Razão, desejo e vontade Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas Filosofia Política Relações entre comunidade e poder Liberdade e igualdade política Política e Ideologia Esfera pública e privada 206 Cidadania formal e/ou participativa 3ª SÉRIE Filosofia da Ciência Estética Concepções de ciência A questão do método científico Contribuições e limites da ciência Ciência e ideologia Ciência e ética Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc. Estética e sociedade. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Concepção metodológica aliando conteúdo da história da filosofia ao filosofar. problematização e reflexão referentes aos temas propostos através de leitura, produção de textos e debates para que o diálogo direcione a aula; através do diálogo os alunos desenvolvem as habilidades de raciocínio e isso suscita o questionamento, a argumentação e a construção de novos conhecimentos; trazer o tema para o cotidiano do educando através de exemplos vivenciados pelos mesmos ( mesmo que seja apenas através da mídia); alguns temas são passíveis de serem correlacionados com filmes, assim, será possível verificar a capacidade dos educandos de fazerem uma leitura filosófica do filme e desse modo sair do senso comum. -preocupação com uma análise da atividade com uma abordagem que remeta o estudante a sua própria realidade. -recursos didáticos e tecnológicos AVALIAÇÃO 207 A avaliação deve ter como objetivo verificar a capacidade de assimilação de conceitos no que concerne ao conteúdo dado, assim como o novo significado ao mesmo. Os educandos farão prova escrita de valor sessenta com questões dissertativas e/ou objetivas; As atividades desenvolvidas em sala, tais como: questões, debate, seminário, leitura e sistematização dos temas estudados através da escrita serão valoradas; A prova deverá ser reestruturada no caderno com as devidas correções e esta atividade compreende as “atividades desenvolvidas em sala”, este exercício refere-se à recuperação de conteúdo; ampliar o conceito de recuperação de conteúdos,mencionando que a recuperação de notas deve ser 100 % do valor das avaliações realizadas. critérios de avaliação para cada conteúdo. REFERÊNCIAS PARANÁ-SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Filosofia, 2008 da SEED. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha e MARTINS, Mª H. Pires. Filosofando Ed. Moderna, 1993. ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004. CHAUI, M. Convite a Filosofia. 13ª edição. São Paulo, Ática 2003. ______, O retorno do teológico-político. In: Retorno ao republicanismo. Sérgio Cardoso (org.). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. CORDI, Cassiano et al. Para Filosofar. Ed. Scipione 2003. GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: FÁVERO. A A; KOHANN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de Filosofia. Ijuí: Ed. Da UNUJUÍ, 2002. 208 7.2E FÍSICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Física tem como objeto de estudo o universo em toda a sua complexidade. Por isso a Disciplina de Física propõem aos estudantes o estudo da natureza (sentido de realidade material sensível). Entretanto, os conhecimentos desenvolvidos pela Física, e que são apresentados aos estudantes do Ensino Médio, não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas. A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias. Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. OBJETIVOS GERAIS Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permite ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para tanto é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e associado às outras formas de expressão e produção humana. É necessário também que essa cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou tecnológicos do cotidiano doméstico, social e profissional. CONTEÚDO POR SÉRIE/ANO 1˚ série: - Movimento: Movimento Retilíneo Uniforme Movimento Retilíneo Uniformemente Variado Movimento sob ação da gravidade Leis de Newton 209 Peso e equilíbrio estático Movimento circular Trabalho Potência Energia Energia mecânica e sua conservação Impulso e quantidade de movimento Gravitação Hidrostática. 2˚ série: - Termodinâmica: Temperatura e Dilatação Térmica Comportamento Térmico dos Gases Calor Mudanças de fase e Transmissão de calor Leis da Termodinâmica. - Ondas e Óptica: Ondas Som Luz Espelhos Refração da luz Lentes Instrumentos Ópticos Óptica Ondulatória. 3˚ série - Eletromagnetismo: Campo elétrico Potencial elétrico Corrente elétrica Potência elétrica Associação de resistores Geradores 210 Circuitos elétricos Campo magnético Indução eletromagnética. METODOLOGIA O processo de ensino/aprendizagem, em Física, partirá do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico. Será promovido um conhecimento contextualizado e integrado á vida de cada jovem através dos modelos matemáticos, da experimentação e das leituras científicas. AVALIAÇÃO A avaliação deverá ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a Física. REFERÊNCIAS Governo do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio, 2006. GASPAR, A. Física série Brasil. Volume único. 1 ed. São Paulo: 2004. Brasil / MEC. PCN Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasilia: MEC / SENTEC, 2002. 7.2F GEOGRAFIA EMENTA A disciplina de Geografia no Ensino Médio deverá aprofundar os conceitos básicos como território, lugar, região e outros, para ajudar o aluno a compreender e interpretar o meio ou o espaço que ele vive. Deverá também, estudar as inter-relações entre homem e natureza, tornando o aluno capaz de analisar as transformações no espaço decorridas dessas relações de maneira crítica e solidária. OBJETIVO GERAL Preparar o aluno para fazer leitura crítica e interpretação do espaço geográfico e, consequentemente, da sociedade do mundo contemporâneo. 211 Substituindo a memorização de conceitos pela identificação e compreensão das relações sociais determinantes de um espaço, tendo como referência o saber que o aluno elabora no seu cotidiano e propiciar o estabelecimento de relações entre esse saber e o que vai ser aprendido, conduzindo uma aprendizagem significativa, que só é possível quando o aluno se defronta com situações que exijam investigação e trabalho. O aluno deve ser agente do seu processo de aprendizagem e o professor, mediador entre o conhecimento e o aluno, sistematizando os conteúdos com base na observação, comparação, análise e interpretação dos alunos. Nesta perspectiva os principais objetivos da disciplina são: Aprofundar o aprendizado dos alunos sobre os conceitos básicos da Ciência Geográfica; Abordar descrições da superfície terrestre partindo sempre do conhecimento prévio do aluno; Relacionar os aspectos físicos da Geografia como relevo, clima, vegetação, hidrografia e outros, compreendendo a relação de dependência entre esses fatores; Estudar as relações entre homem e natureza e as consequências dessas relações para o planeta; Analisar os processos econômicos que desencadearam a globalização, interpretando assim, as fragmentações do espaço geográfico provenientes desse processo e sua influência nos fenômenos sociais, econômicos, culturais e ambientais; Interpretar as questões que diferenciam os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, as relações étnico-raciais existentes nesses países, compreendendo os conflitos que acontecem atualmente; Compreender capitalismo, socialismo e os problemas populacionais que os dois sistemas econômicos desencadearam; Fazer com que os alunos tenham uma visão crítica do mundo em que vivem sendo capaz de atuar racionalmente no meio em que vive. CONTEÚDOS POR SÉRIE 1˚série A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO A exploração dos recursos minerais 212 Fontes de energia, produção energética e impactos ambientais Fontes alternativas de energia Atividades humanas e a transformação da paisagem natural nas diferentes escalas geográficas Impactos ambientais A globalização dos problemas ambientais Uso do solo Uso de agrotóxicos e seus efeitos no meio ambiente Erosão e desertificação Biotecnologia – transgênicos e agricultura orgânica Questões climáticas: elementos e fatores do clima, alterações atmosféricas A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Crescimento da população mundial Desigualdade na distribuição da população As migrações Êxodo rural O processo de urbanização Minorias étnicas, nacionalismo e xenofobia Conflitos étnicos Resistência à globalização Globalização e fundamentalismo islâmico Aspectos culturais das identidades regionais enfatizando a cultura afrobrasileira 2˚ série A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO O século XX - Geopolítica e economia mundial O século XX - Geopolítica e economia mundial Capitalismo X Socialismo – O capitalismo na formação do espaço mundial A nova ordem mundial A regionalização do espaço mundial – Norte-Sul Mundo multi-polar 213 O processo de metropolização Estrutura Fundiária Brasileira: a reforma agrária, movimento dos trabalhadores rurais. A interdependência Campo-Cidade A expansão das fronteiras agrícolas A origem do Estado-Nação As teorias demográficas A migração A industrialização Os transgênicos 3˚ série A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Divisão internacional do trabalho Modos de produção e formações sócio-espaciais Agroindústria e agropecuária Mecanização do campo Revolução técnico-científica A globalização Países de industrialização recente: China, Tigres Asiáticos e o Japão A industrialização brasileira A bipolarização Os blocos regionais Problemas ambientais Os conflitos étnicos-separatistas O Oriente Médio O socialismo atualmente. METODOLOGIA Os conteúdos geográficos para o Ensino Médio devem ser ministrados de maneira mais aprofundada sem deixar de mostrar ao aluno sua aplicabilidade no seu cotidiano. Sendo assim, o professor poderá se apoiar em livros, enriquecendo suas informações com textos de revistas, reportagens de jornais, filmes, aulas práticas dentro e fora da escola. 214 Para isso, o professor de Geografia deverá estar sempre atualizado para poder trabalhar de maneira diferenciada chamando a atenção dos seus alunos para os problemas que afetam sua cidade, estado, país e o mundo. Promover atividades de pesquisa e leitura em classe que favoreça a concentração e a atenção. Leitura e confecção de mapas e tabelas. Participação dos alunos em projetos que envolvem busca de informações, troca de idéias e tomada de decisões. Apresentar aos alunos diferentes paisagens a partir de imagens para que eles possam fazer observações indiretas (fotografias, vídeos, entre outros). Promover seminários onde poderão levantar problemas sócio-econômicos, levando a análise crítica contemporânea dos fatos, que levará a construção do saber do geográfico. REFERÊNCIAS ADAS. M. Geografia do mundo subdesenvolvido. Ed. Moderna, Ensino Fundamental, São Paulo, 2002. ALMEIDA, L. M. A. & RIGOLIN, T. B. Geografia. 2˚ edição. São Paulo: Ática, 2005. GARCIA, H. C. & GARAVELLO, T. M. Geografia: de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2005. PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia. Curitiba, 2008. TOMITA, S, M, LUZIA, Tendências do Mundo Atual: o ensino dentro desse contexto. Especialização : Ensino de História e Geografia, UNIVALE-ESAP, março, 2004. 7.2G HISTÓRIA CONCEPÇÃO CURRICULAR O conhecimento histórico, enquanto ramo do saber científico começou a ser produzido no início do século XIX, sobre influências múltiplas. Destacando-se neste momento o positivismo de matriz racional iluminista e a escola metódica antiiluminista. Mesmo fundamentada por filosofias de interpretação dispares, a metodologia de organização do conhecimento e também do ensino pautava-se pelo mesmo objetivo da construção de nação. 215 Desta forma, ao longo do século XIX no limiar do século XX, o ensino de história se justificava pela inserção do Brasil no panorama das nações européia e brasileira, não contemplando os movimentos de resistência popular. Apresentava-se assim uma história factual, linear, descritiva e tecnológica, em que, fatos, datas e nomes eram construídos pela história oficial. Já nos anos 30 e 40, o ensino de história, seguindo com a preocupação nacionalista, passou a debruçar-se sobre a tese de “democracia racial”, presentes principalmente em programas e livros didáticos do ensino de história. Esta tese muito difundida por intérpretes da obra de Gilberto Freire, defendia a miscigenação e a ausência de preconceitos raciais e étnicos na composição sócio-genética do povo brasileiro. Neste momento, outras produções historiográficas contra-hegemônicas vinculadas ao projeto populista surgem, dando uma outra interpretação a história do Brasil. Como é o exemplo de Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda que apesar de indiretamente abriram a possibilidade de ser incorporados ao ensino de história novos atores sociais que perfilaram resistência à estrutura colonial e imperial. Não obstante a estas novas possibilidades de ensino, a disciplina de História permaneceu centrada na linearidade e factualidade, priorizando as grandes personalidades políticas. Com o golpe de 1964, advêm as preocupações de segurança nacional, antenados com a bipolaridade do planeta entre EUA e URSS. Naquele momento o ensino de História foi preterido pela generalidade dos Estudos Sociais e da Educação Moral e Cívica, que pautava-se em uma história tradicional, patriótica e excludente, abolindo qualquer visão de conflito classista. Tendo início a redemocratização da sociedade brasileira, que culminou com a queda da ditadura militar, o ensino da disciplina de História e Geografia com as reformas democráticas no campo educacional ocorridas nas décadas de 1980 e 1990 as revisões no ensino da história são estimuladas, contrariando as tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na disciplina de História. Neste momento surgem produções diferenciadas de materiais didáticos e também, de novas propostas curriculares, pautadas na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos através de uma interpretação do materialismo histórico e dialético. 216 Neste momento há uma grande valorização da ação de sujeitos anteriormente não contemplados pelo ensino de história. Buscou-se assim, uma perspectiva mais ampla e compreensiva para estudo a partir da análise de fontes documentais, respeitando a temporalidade e visando um embasamento teórico que transmite de forma compreensiva o estudo dos acontecimentos históricos, apesar do avanço das propostas naquele contexto histórico principalmente devido a definição de uma listagem de conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, a proposta apresentada nos pressupostos teóricos e metodológicos. EMENTA A formação de um cidadão crítico, consciente das diferenças sociais, capaz de compreender que o conhecimento produzido pelas diferentes sociedades não desaparecem com o tempo, ao contrario se refletem na atualidade. OBJETIVOS GERAIS O ensino de História tem como objetivo o estudo dos processos históricos das sociedades humanas, utilizando-se dos vestígios por elas relegadas. Contempla os movimentos, as contradições e as relações sociais, culturais, ideológicas, políticas e econômicas da sociedade em questão e desta com outras. Neste sentido busca-se entender as rupturas, continuidades, semelhanças e diferenças nos processo histórico. CONTEÚDOS As relações de trabalho, cultura e poder no tempo e no espaço: da antiguidade ao século XV. A organização da sociedade e as relações que se estabeleceram em seu interior. Egito (Sociedades africanas); Grécia; Roma; Bizâncio; Islã; Idade Média; Estado Moderno; Como se organizou o trabalho no Egito Antigo e nas sociedades posteriores? As relações de trabalho, cultura e poder no tempo e no espaço, século XV ao XIX. Renascimento e Reforma; 217 Conquista da América; Contra-reforma; Mercantilismo, sistema Colonial, Brasil Colônia e Paraná; Iluminismo; Revoluções burguesas (Revolução industrial, Independência dos E tados Unidos e Revolução Francesa). Como estas Relações foram estabelecidas? ouve transformações ou permanências? As relações de trabalho, cultura e poder no tempo e no espaço, século XIX à atualidade. O Brasil no século XIX: Primeiro reinado, período regencial e segundo reinado; Unificação da Itália e da Alemanha; Imperialismo no século XIX; Brasil: República Velha e Revoltas; História do Paraná (1853) Primeira Guerra Mundial e Brasil; Revolução Russa; Crise de 1929; Regimes Totalitários e a Segunda Guerra Mundial; Era Vargas; Descolonização e Atualidade. O que mudou nessas relações? De que forma estamos inseridos nelas? METODOLOGIA A História busca a explicação e interpretação de fatos passados que, se configuram como ferramentas indispensáveis para a compreensão tanto do processo histórico, como de contextos passados quanto das transformações sociais presentes. Uma vez que passado e presente relacionam-se, as ações e relações humanas constituem o processo histórico, sendo este dinâmico. Desta forma, a abordagem teórico metodológico sobre essas, são reelaboradas de acordo com a exigência do contexto histórico no qual os sujeitos estão inseridos. 218 Por este viés metodológico, alunos e professores são considerados sujeitos construtores e apropriadores críticos das produções sócio-culturais humanas e não meros receptáculos passivos dos mesmos. A proposta para o ensino médio será a dimensão dada para o ensino através da sistematização do conhecimento através dos conteúdos estruturantes, pois estes assumem um recorte mais especifico direcionando o estudo para as relações humanas, tornando possível a articulação dos conteúdos a partir das categorias de análise espaço e tempo, as quais permitem a conexão para compreender tais relações (relações de trabalho, poder e cultura) com o mundo atual. O professor deve propiciar momentos que possam favorecer o gosto do aluno pela pesquisa através de fontes, discutindo o que são estas e como podem ser exploradas, contribuindo assim para a formação de um aluno pesquisador e estimulado a pensar, e não meramente reprodutor de conhecimentos. Assim, através da problematização dos conteúdos propostos para a disciplina de História propõem-se a utilização, além da produção historiográfica e variados tipos de fontes como recortes de jornais e revistas, também de várias “linguagens”, tais como: cinema, quadrinhos, caricaturas, imprensa, registro oral, músicas, etc. O uso destes recursos dará suporte metodológico a discussão de cada temática contribuindo para a construção e apropriação do conhecimento histórico, fazendo do professor o mediador do processo de aquisição do conhecimento, na medida que este faz a mediação necessária para que o aluno torne-se um pesquisador e possa produzir e compreender que o conhecimento produzido pelas diferentes sociedades, não desaparecem e, refletem-se na atualidade. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA Partindo do pressuposto de que a avaliação é um momento de reflexão e ampliação do conhecimento, cabe ao professor através de um método avaliativo contínuo e cumulativo do desempenho do aluno, propiciar a reflexão e o redirecionamento de sua prática pedagógica, caso se faça necessário, objetivando prevalecer os aspectos qualitativos do processo ensino-aprendizagem sobre os quantitativos. Desta forma, a avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor de maneira que possa ser continuada, diagnóstica e processual. Assim a avaliação não pode se reduzir a um momento estanque, pois ao avaliar o aluno o 219 professor avalia a sua metodologia, os seus objetivos e a sua didática ao trabalhar determinado conteúdo contribuindo para que seu aluno possa compreender o mundo. Cabe lembrar, que a avaliação do ensino de História deve considerar alguns aspectos importantes, tais como a apropriação de conceitos históricos e a aprendizagem dos conteúdos. Entretanto, o professor deve-se utilizar de diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção textual, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, avaliação escrita, entre outras. Ainda considerando o desenvolvimento dos discentes como cidadãos, faz parte também desta, o sistema de recuperação paralela, onde após a retomada do conteúdo poderão ser sanadas as dúvidas e encaminhar a continuidade do processo de aprendizagem, verificando a apropriação do conteúdo pelo aluno, respeitando-se a individualidade e o ritimo de aprendizagem individual. REFERÊNCIAS CABRINI, C. et al. Ensino de História; revisão urgente. Ed. rev. e ampl. São Paulo: Educ, 2000. MARTINS, J. C. e NEMI, A. L. L. L. Didática da História: o tempo vivido. FTD, sem data. PENTEADO, E. D. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994. VASCONCELOS, M. M. M. Ensino de História: concepção e prática no ensino médio. In: Berbel, N. M. N. Fundamentos e aplicações. Londrina: UEL, 1999. PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006. &.2H LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A língua é a expressão natural de uma cultura. Compreendê-la significa também compreender os valores daquela cultura, analisá-la significa ampliar a compreensão crítica dos próprios valores nacionais. Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas é negar-lhe o mais poderoso subsídio de acesso a outras culturas e restringi-lo a universalidade de seu próprio mundo. Incentiva-lo a 220 esse aprendizado é subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico, criador de si mesmo. (...)”partindo do pressuposto de que o objetivo da Educação Básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo á sua volta o ensino de língua estrangeira ofertada nas escolas públicas deve contribuir para esse fim. (...)O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados. (...)O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o conforto das formas discursivas da língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-lo. Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam que é possível construir significados além que são possíveis na língua materna, percebam que há outras possibilidades de se entender o mundo. Na medida em que se aproxima de outra língua e de outra cultura, o aluno percebe a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade – se por um lado, a língua determina a realidade cultural, por outro, os valores e crenças culturais criam, em parte, sua realidade lingüística. Dessa forma, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se, também ele, como um sujeito histórico e socialmente constituído. Língua e cultura, portanto, constituem um dos pilares de identidade do sujeito com cidadão e da comunidade como formação social” (Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio – versão preliminar). OBJETIVOS GERAIS Textos, vocabulários, formas e estruturas são abordados de maneira integrada, com esquemas que propiciam recorrências e interações. A idéia será obter um melhor aproveitamento do esforço simultâneo na realização dos processos de inter-relação e de interdependência dos conteúdos. Com isso será capaz de construir um sistema de referência que permitirá que o aluno de: 221 Identificar a idéia principal de um texto; Identificar a seqüência de fatos ou idéias apresentadas no texto; Perceber, no texto, relações de causa e efeito, tempo e espaço, e outras, de igual importância; Reproduzir/resumir o que leu; Expressar-se por escrito, de forma clara, objetiva e concisa, usando o vocabulário adequado e observando as regras e relações sintáticas entre os termos, nas orações; Grafar corretamente; Utilizar sinônimos, expressões e outros recursos de vocabulário e de sintaxe capazes de comunicar, de maneira precisa, significados e idéias; Traduzir ou verter textos com diferente grau de dificuldade; Identificar/empregar termos e relações em estruturas gramaticais de formas correta – instrumental imprescindível para uma eficaz comunicação de idéias; Estruturar um conhecimento consistente do idioma inglês, capaz de permitir-lhe a continuidade de seus estudos em estágios mais avançados. A gramática deverá ser apresentada de maneira contextualizada, com uma linguagem próxima da utilizada no dia-a-dia do aluno. CONTEÚDOS POR SÉRIE Textos: em todas as séries/anos. Os assuntos extraídos de diferentes publicações, como: jornais, revistas, artigos, livros, etc, apresentando uma realidade próxima dos alunos. Dessa maneira, a visualização do tema a ser referido será mais rápida e direta, sem porém, comprometer a qualidade de assimilação exigida. 1° série Presente simples Much – many – very Presente simples – interrogativa e negativa Presente simples – interrogativa e negativa (3ª pessoa do singular) Imperativo Pronomes pessoais objeto Going to Going to – interrogativa e negativa Possesivos 222 Passado simples – verbos regulares Passado simples – verbos irregulares Passado simples – interrogativa e negativa Verbos anômalos Can May Must Artigos – definidos e indefinidos Passado contínuo Passado contínuo – interrogativa e negativa Passado contínuo – when/while Caso genitivo [´S] Verbos regulares e irregulares. 2° série Presente perfeito Presente perfeito interrogativa e negativa Presente perfeito contínuo Pronomes interrogativos Graus de adjetivos – comparativo e superlativo Adjetivos terminados em consoante/vogal/consoante Adjetivos terminados em consoantes + y Adjetivos irregulares Adjetivos de quantidade – little/less/few/fewer Adjetivos de quantidade – much/many/very Futuro simples Futuro simples – interrogativa e negativa Futuro contínuo Indefinidos Indefinidos compostos Indefinidos – some/any Funções dos indefinidos 223 Pronomes reflexivos Função reflexiva Função enfática Função idiomática Pronomes relativos Pronomes relativos – who/whom/taht Pronomes relativos – wich/that Verbos regulares e irregulares. 3° série Pronomes relativos – whom/wich Pronomes relativos – whose Pronomes relativos – that Passado perfeito Tempos condicionais Frases condicionais Orações condicionais Verbos anômalos – quadro geral Verbos anômalos – can/could; may/might; should/ought to; need; dare; user to/to be used to Reported speech Reported speech – imperative: afirmativo e negative Infinitivo e gerúndio Voz passive – regra geral Voz passiva – dois objetos Voz passiva – sujeito inderteminado Verbos regulares e irregulares. METODOLOGIA As orientações a seguir, aliadas à experiência e habilidade do professor, poderão tornar bastante produtivas. Recomenda-se uma abordagem que extingue a participação organizada dos alunos, tornando-os parte ativa do processo de aprendizagem. Trabalhando com textos e vocabulário: 224 Ler o texto para a classe, em voz alta, pausadamente, enfatizando a pronúncia de algumas palavras que considerar importante para o trabalho específico com os alunos. Fazer com que os alunos, em grupo ou individualmente, repitam a pronúncia e a entonação das palavras destacadas. Pode ser solicitado a um ou dois alunos que leiam para a turma pequenos trechos do texto. (Procure controlar o impulso de corrigir “em cima” os erros que eles, certamente, cometerão; tente não os interromper durante a leitura dos trechos solicitados). Propor, em português, algumas questões genéricas sobre o tema do texto (de que fala, que aspectos importantes do tema aborda, etc.) Exija sempre a participação de todos os alunos, dando aos mais calados a oportunidade de se manifestarem também. Com estes, use artifícios do tipo: “o texto afirma que... (diga o quê). Na sua opinião (diga o nome do aluno), isso é verdadeiro ou falso?” Aqui, também, procure controlar a ansiedade gerada pela eventual demora na resposta, pelo silêncio que se estabelecer. Dar ao aluno uma chance de refletir a respeito da pergunta, respeitando seu ritmo. Enquanto aguarda a resposta, continue olhando serenamente para ele, sem desviar sua atenção, mas também sem intimidá-lo com seu olhar. Não force respostas, com frases do tipo: “Então?...”, “Vamos lá?” e outras, e evite manifestações corporais como estalar os dedos, tamborilar com os dedos na carteira ou na mesa ou ficar jogando pedaços de giz para cima (“malabarismo”). Se, depois de algum tempo, o professor perceber que dificilmente obterá resposta, mude o foco para outro aluno, sem demonstrar desapontamento. Aja naturalmente, na(s) aula(s) seguinte(s), volte a solicitar a participação dos alunos que em geral se mantêm afastados, inibidos e não-participativos, para que percebam que não há ressentimentos da parte do professor e que poderão atuar se quiserem, como qualquer outro aluno. Isso também vai auxiliá-los a se desinibir perante a classe, pois aprenderão a ver tantos acertos quanto dúvidas e vacilações como fatores naturais no processo da aprendizagem. Como num jogo, fazer com que os alunos apontem o significado de palavras e expressões. Elogiar os acertos, pedindo ajuda aos outros integrantes da turma, no caso de incorreções; fazer analogias e relações desses vocabulários com 225 letra de música, propagandas, títulos de livros, filmes e etc. Esse procedimento favorece a assimilação e retenção de conteúdos. Fazer uma lista com palavras ou expressões que os alunos não tenham conseguido traduzir. Buscando no texto o sentido que falta, ou dar exemplos em que esses termos se encaixariam – ou ambos os recursos, alternadamente. Apontar para os objetivos, fazer mímica, dramatizar, mas tal procedimentos deverá induzir o aluno à resposta correta. Somente dê a tradução em último caso, quando várias alternativas tiverem falhado. Dar um tempo para que os alunos resolvam as questões sobre o texto, corrigindo-as em seguida. Questionar os alunos sobre a importância das informações que o texto apresentou, sua ligação com a realidade e experiências pessoais de cada um, etc. Concluir sempre com alguma informação adicional, capaz de plantar na cabeça uma pequena semente de curiosidade a respeito do tema – um tipo de procedimento capaz de incentivar indiretamente, a busca de informações adicionais.Trabalhar com estruturas gramaticais: Iniciar sempre esse trabalho mostrando o que é e como funciona, na língua portuguesa, o item a ser estudado. Tal procedimento garante a base para a compreensão dos fundamentos do tema em inglês e para seu aprofundamento, por paralelismo. Lembrar-se: é muito difícil para as pessoas que não falam fluentemente um idioma estrangeira – caso da maioria de nossos alunos – entender a descrição desse idioma. O trabalho de disseminação desse tipo de conhecimento fica baste facilitado pelo paralelismo morfológico, sintático e semântico estabelecido entre o português e o inglês, mesmo que os alunos também não tenham um vasto conhecimento da gramática de sua língua. De maneira alguma o professor deve insinuar nos alunos idéias – muito pouco verdadeiras, porém bastante consagradas – como “o português é uma língua que não tem lógica”, “a gramática da língua inglesa é muito mais fácil que a língua portuguesa”, “o inglês é a língua mais fácil do mundo: todo mundo fala”, etc. Não importa aos alunos a idéia pouco coerente, embora também consagrada, de que eles têm de aprender a pensar em inglês. Somente indivíduos bilíngües autênticos, isto é, os que tiveram a oportunidade de ser educados em dois idiomas, simultaneamente, desde tenra idade, são capazes de pensar em dois idiomas, uma vez que ambos estão automatizados em seu 226 pensamento. Quem somente aprendeu o segundo idioma mais tarde (aos doze ou treze anos, por exemplo), ainda que fale fluentemente domina apenas uma maior velocidade de transferência estrutural. Daí recomenda-se que se recorra ao paralelismo entre o português e o inglês. Não existem fórmulas mágicas para o ensino e a aprendizagem de um idioma, e somente um árduo trabalho pode trazer sucesso. Com os alunos, de forma participativa, examinar os itens estudados (exercícios) e explorados. Pedir a eles que digam o que perceberam – tipos de relações, restrições, etc. Quando julgar que o nível de percepção está satisfatório, retornar o assunto. Resumir. Relembrar o paralelismo. Não se inibir em explicar coisas que, gramaticalmente, lhe pareça, óbvias. Preocupe-se sempre com a qualidade e a quantidade de informação que o aluno é capaz de absorver, não com o quanto o professor sabe e é capaz de ensinar. Dar tempo aos alunos para que resolvam os exercícios e corrija-os em seguida. expliqar novamente, resumir. Encerrar com alguns comentários a respeito do conteúdo e resolver as dúvidas que possam existir. AVALIAÇÃO (...)“A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos saberes. A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional aprovada em 1996 determina que avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a verificação de aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – lingüísticos, discursivos, sóciopragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita ou oralidade – que ainda não foram suficiente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com o discurso em língua estrangeira.” (Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna par ao Ensino Médio – versão preliminar). Portanto a avaliação deverá ser um processo contínuo e constante. 227 REFERÊNCIAS HOLLAENDER, A. & SANDERS, S. Keyword: a complete english course. Moderna: São Paulo, 1997. LIBERATO, W. Compact: English book – ingles – ensino médio. FTD. São Paulo, 1998. MARQUES, A. Password: english. Ática. São Paulo, 1997. PRESCHER, E. & PASQUALIN, E. & AMÓS, E. Inglês: graded English – volume único. Moderna. São Paulo, 2003. RUBINS, S. G. & FERRARI, M. Inglês – volume 3. Scipione. São Paulo, 2000. 7.2I LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Em 1996, o Ministério da Educação deu início a um processo de reavaliação do Ensino Médio tendo por base as novas diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação ( LDB nº 9394/96 ). A intenção é permitir a criação de um Ensino médio adequado a auxiliar os alunos a se prepararem para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e a desenvolverem a consciência de seu papel como cidadãos que devem participar da construção de um país mais justo e igualitário. Considerando-se que a LDBEN, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros, enquanto disciplina escolar, somente nas últimas décadas do século XIX. Nos tempos da colônia a educação não era em moldes institucionais. A alfabetização era usada para controlar e o caráter pedagógico não era o mais importante. A disciplina era ensinada em Latim. O Ensino era elitista, reprodutivista, repressivo. Em meados do século XVIII o Marquês de Pombal institui como obrigatório o ensino da Língua Portuguesa. Por decreto imperial, em 1871 cria-se o cardo de Professor de Português. O ensino da Língua Portuguesa começou a ter caráter mais democrático a partir de 1967, é nesse momento que se tem maior diferença, visto que começa-se a se ter linguajares diferentes presentes na escola. 228 A educação de modo geral estava vinculada ao trabalho. O ensino era de caráter tecnicista pautado na Teoria da Comunicação e visava o caráter utilitarista da língua. As diferenças lingüísticas, embora presentes, não eram trabalhadas. A Gramática deixa de ser o foco principal dando lugar à Teoria da Comunicação, apesar de, na prática, continuar sendo aplicados exercícios estruturalistas. Devido ao controle de ampliação de vagas houve a necessidade de um maior número de professores e menor rigor na formação e seleção desse profissional. Isso acabou por formar professores não tão qualificados que se apoiavam muito no livro didático numa relação de dependência muito forte, - isso nos idos da década de 80 e os exercícios continuavam sendo estruturalistas. O professor, nessa época, deixava-se se sobrepor pela força do livro didático que não valorizava a interação com o texto. Houve grande evasão e repetência nessa época e a diminuição salarial e a abertura indiscriminada de faculdades comprometeram ainda mais a qualidade do ensino. Em meados da década de 70 os estudos lingüísticos e as novas concepções de aquisição da língua chegam ao Brasil fazendo frente à prática tecnicista. Novos paradigmas surgiram frente aos modelos tradicionais: o texto passa a ser valorizado como unidade fundamental de análise. A partir da década de 80 as idéias do Círculo de Bakhtin – seus estudos sobre sociologia da linguagem que previa maior interação entre língua e sujeitos – ganha maior espaço. Entretanto, no que se refere ao ensino da Literatura, tais avanços não se fizeram presentes nos estudos literários. Também no ensino da língua, apesar dos avanços teóricos a prática dos professores não se modificou. No que se refere ao ensino de Literatura, até a década de 70 prevaleceu o caráter transmissor da norma culta da língua carregada de valores morais e religiosos. A partir de 70 o ensino da literatura restringe-se ao 2˚ Grau com abordagem estruturalista e historiográfica do texto. 229 Atualmente busca-se avançar na superação desse ensino normativo privilegiando a interação texto-leitor, porém isso ainda não está contemplado no currículo escolar. São práticas mais individualizadas. No caso específico do documento Currículo Básico do Paraná pretende-se o rompimento com o normativo e estruturalismo, entretanto, isso ainda não se configurou. Os conteúdos, ainda seriados, aparecem como conteúdos da Gramática Tradicional. A que se buscar na prática a aplicação das novas teorias sobre o ensino da língua e da literatura; e isso deve ocorrer com todos os envolvidos no processo educativo. OBJETIVOS GERAIS Entender que a linguagem é trabalho e produto de trabalho dada a relação dialógica entre os sujeitos; que através da linguagem o homem se reconhece humano, interage com o mundo e com o outro compreendendo, assim, a realidade em que se insere e seu papel de sujeito agente dessa realidade. Privilegiar o contato real do estudante com a multiplicidade de textos produzidos pelos homens. Priorizar a experiência de uso efetivo da língua. CONTEÚDOS POR ANO/SÉRIE Os conteúdos abaixo relacionados devem ser vistos como “Conteúdos Estruturantes” e se farão presentes nas três séries do Ensino Médio; o que se fará diferente em cada série será o material de produção e leitura a ser selecionado pelo professor – e o aluno na relação dialógica. Oralidade : - Variantes lingüísticas - Linguagem usada em diferentes meios e mídias - Recursos expressivos da língua – conotação e denotação Leitura: - Multiplicidade de textos - Tipologia textual - Textos verbais e não verbais Escrita: 230 - Produção textual - Uso da língua - Gêneros textuais - Processo de evolução da escrita - Reestruturação de textos - Coesão e coerência argumentativa/discursiva - Classes gramaticais Literatura: Textos literários - Poesia, prosa - Literatura Universal - Literatura Nacional - Interpretação – construção de sentidos - Filmes, músicas - Escolas literárias – relação dialógica - Leitura - Intertextualidade. METODOLOGIA A metodologia deve estar centrada em três eixos: participação, interlocução e reflexão. O professor deve valorizar o saber/linguajar do aluno e possibilitar o aprimoramento desse discurso levando-o a compreender o discurso dos outros. O professor deve buscar democratizar o ensino da língua. O professor deve ser Mediador entre o texto e o aluno a fim de ampliar suas capacidades discursivas e de leituras. Deve trabalhar com textos que apresentem graus diferenciados de dificuldade. AVALIAÇÃO A avaliação também deve se desenvolver dentro dos parâmetros da relação dialógica, portanto, deve ser contínua e diagnóstica. O ensino entende como processo de formação dos sujeitos – alunos e professores – prevê igualmente uma avaliação que se constrói dia a dia e serve para avaliar o crescimento do aluno, onde precisa mais atenção e avalia também o trabalho do professor, o que deve continuar e o que precisa ser modificado, melhorado ou mesmo abandonado. 231 A avaliação da oralidade deve centrar em adequação do discurso/texto oral e pode ser por meio de debates, seminários, contação de histórias e outros. A avaliação da leitura deve considerar as estratégias de leitura empregadas no decorrer da leitura e a atribuição de sentidos. O texto escrito deve primar pela adequação, bem como no texto oral, dos aspectos textuais – coerência e gramaticais – coesão. REFERÊNCIAS Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio. 7.2J MATEMÁTICA EMENTA A matemática como parte integrante dos currículos escolares, vem sofrendo mudanças significativas ao longo dos anos, sendo vista como instrumento para a compreensão, a investigação, a relação com o ambiente, e provocando no educando mais que um simples acúmulo de conhecimento técnico, ou seja, o progresso do discernimento político. A matemática hoje esta perto de um apogeu em quantidade e qualidade de atividade, em extensão e profundidade de penetração na cultura, em utilidade, e em status. Por causa dos atrasos sociais usuais em tais assuntos, este estado favorável é devido principalmente ao trabalho de nossos predecessores e às decisões políticas intuitivas que eles tomaram em pesquisa e educação. A Matemática, como Ciência, emergiu em solo grego, nos séculos VI e V a.C. onde regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados; através dos pitagóricos, que ocorreram as preocupações iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas (profissionais do ensino). A Matemática se configuram como disciplina básica na formação de pessoas a partir do século I a.C., desdobrada nas disciplinas de Aritmética, Geométrica, Música e Astronomia. 232 No século V d.C. o ensino teve um caráter estritamente religioso, sendo assim, as aplicações práticas e o caráter empírico da Matemática não eram explorados. Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. As produções matemáticas do século XVI, a Geometria Analítica e a Geometria Projetiva, o Cálculo Diferencial e Integral, a teoria das séries e a teoria das equações diferenciais, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um novo período de sistematização, denominação por “Ribmikov (1987) de matemáticas de grandezas variáveis. O ensino da Matemática servia, então, para preparar os jovens para preparar os jovens para exercício de atividades ligadas ao comércio, Arquitetura, Música, Geografia, Astronomia, Artes das Navegações, da Medicina e da Guerra”. No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para a comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção da lei quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal (bases da Matemática). Do final do século XVI ao início do século XIX, a Matemática escolar demarcava os programas de ensino da época, por ser a Ciência que daria base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática. Com chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em1808, implementou-se um ensino da Matemática através de cursos técnicos – militares. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribmikov (1987) como período das matemáticas contemporânea. Neste século, com Lobachevsku, Riemann, Bolyai e Gauss, ocorreram as sistematizações das geometrias não euclidianas. No período que abrange o final do século XIX e início do século XX, os matemáticos, antes pesquisadores, passaram a ser também professores, preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino, observando, entre outros estudou psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial de renovação do ensino da Matemática manifestando em diversos países da Europa. Através do Imperial Colégio Dom Pedro II do Rio de Janeiro, criado no ano de 1837, a Matemática, por meio da regulamentação, desdobrada em outras 233 disciplinas, marcou presença na carga horária semanal, cujo programa do colégio, garantiu o ensino de Aritmética, Geometria, Álgebra e Matemática (Trigonometria Mecânica). Fundamentado nas discussões internacionais e nas discussões realizadas no Colégio Dom Pedro II, Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática, solicitou, ao Governo Federal, a junção das disciplinas Aritméticas, Álgebra, Geometria e Trigonometria e teve essa junção concretizada em 1928. As idéias reformadas do ensino da Matemática se inseriam no contexto das discussões introduzidas pelo movimento Escola Nova. Esse movimento propunha um ensino orientado por uma concepção Empírico-ativista que pressupunha a valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. Outras tendências, concomitantemente à Empírico-ativista, influenciavam o ensino da Matemática em nosso país. Até o final dos anos 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da Matemática no Brasil foi a Formalista Clássica, que teve, para Fiorentini (1995), como principal finalidade o desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo. Após a década de 1950, observou-se a tendência Formalista Moderna que, de acordo com Miguel e Miorin (2004, p.44), temos “uma Matemática escolar orientada pela lógica, pelos conjuntos, pelas relações, pelas estruturas matemáticas, pela axiomatização”. O regime militar brasileiro, instaurado em 1964, oficializou a tendência pedagógica Tecnicista que, para Fiorentini (1995),a escola tinha como objetivo preparar o indivíduo para ser útil e servir ao sistema. A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir da discussão sobre a influência do Movimento Modernista foi a Socioetnocultural. Essa tendência valorizou aspectos sócio-culturais da Educação Matemática e tinha base teórica e prática na Etnomatemática. A tendência histórico-crítica, também presente no contexto educacional, concebia a Matemática como um saber viso, dinâmico, construído historicamente, para atender as necessidades sociais teóricas. O auge das discussões da tendência histórico-crítica aconteceu num momento de abertura política no país. 234 É nesse cenário político que o Estado do Paraná, através da Secretaria Estadual de Educação – SEED, iniciou em 1987, discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaboração de propostas para seu sistema de ensino. A reestruturação do ensino do Segundo Grau é concluída em 1988. em tal proposta, “a questão central reside em repensar o ensino de Segundo Grau como condição para ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto, de participação social mais ampla do cidadão” (Paraná, 1993, p. VIII). Nesse contexto, o ensino da Matemática, para o Segundo Grau, é visto “como instrumento para a compreensão, a investigação, a relação com o ambiente, e seu papel de agente de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento técnico, o progresso do discernimento político” (Paraná, 1993, p. 05). As discussões também serviram para redistribuir os conteúdos matemáticos e a carga horária nas modalidades de Educação Geral, Magistério, Técnico em Contabilidade e Ensino Agrícola. OBJETIVOS GERAIS Possibilitar ao educando compreender a Ciência, como produção humana que foi acumulada pela humanidade histórica, ainda relacionada às tecnologias e avanços científicos atuais, fazendo com que o educando compreenda e se aproprie da Matemática como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos e também construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano como cidadão. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1˚ série: - Números e álgebra - Conjuntos numéricos: Números naturais Números inteiros Números racionais Números irracionais Números reais - Funções: Função afim 235 Função quadrática Função exponencial Função logarítmica Função modular Progressão aritmética (P.A.) Progressão geométrica (P.G.) 2˚ série - Funções: Função trigonométrica - Números e álgebra: Matrizes Determinantes Sistemas lineares - Tratamento da informação: Análise combinatória Binômio de Newton Probabilidade 3˚ série - Geometria: Geometria plana Geometria espacial Geometria analítica - Números e álgebra: Noções de números complexos Sistemas lineares Polinômios - Tratamento da informação: Estatística Matemática financeira. METODOLOGIA Direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute de abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada conteúdo específicos. 236 Abordar os conteúdos matemáticos através de resoluções de problemas possibilitando os estudantes compreenderem os argumentos matemáticos e vê-los como um conhecimento passível de ser aprendido por todos os sujeitos presentes no processo de ensino e da aprendizagem. Ao abordar os conteúdos de Matemática, deve-se levar em conta os conhecimentos adquiridos de acordo com a realidade de cada educando, buscando um melhor entendimento e enriquecimento ainda mais os conteúdos a serem trabalhados de forma que o educando se sinta inserido e valorizado, tornando o conteúdo da Matemática algo prazeroso e comum á sua vida. AVALIAÇÃO Segundo a concepção de Educação Matemática a avaliação tem um papel no processo de ensino e aprendizagem. Cabe a nós, docentes, considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão, de noções e subjetividades, buscando diversos métodos avaliativos (testes escritos, orais e de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis (computador, calculadora, ...) e também abrindo espaço à interpretação e à discussão, dando significados ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do educando e, para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e aluno, na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas constantes retomadas avaliativas, se necessário. REFERÊNCIAS GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares de matemática para o ensino médio. Julho, 2006. FILHO, B.B. 7SILVA, C. X. Matemática (aula por aula). FTD, volume único. 7.2K QUÍMICA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, etc. - e todo mundo deve compreender isso tudo. Ela não é uma coisa ruim que polui e provoca catástrofes como alguns, infelizmente pensam. Esses preconceitos existem, inclusive, devido a forma como os meios de comunicação a divulgam e aos mecanismos ideológicos 237 que a sociedade utiliza para encontrar um bode expiatório, na ausência de políticas públicas para a utilização adequada do meio ambiente. Sem o conhecimento de Química, ainda que mínimo , é muito difícil um indivíduo posicionar-se em relação a todos esses problemas e, em consequência, exercer efetivamente sua cidadania. Conhecê-la e a seus usos pode trazer muitos benefícios ao homem e a sociedade. OBJETIVOS GERAIS Ter noções básicas de Química instrumentaliza o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. Dispor de rudimentos dessa matéria ajuda o cidadão a se posicionar em relação a inúmeros problemas da vida moderna, como poluição, recursos energéticos, reservas minerais, uso de matérias-primas, fabricação e uso de inseticidas, pesticidas, adubos e agrotóxicos, fabricação de explosivos, fabricação e uso de medicamentos, importação de tecnologia e muitos outros. Além disso, aprender acerca dos diferentes materiais, suas ocorrências, seus processos de obtenção e suas aplicações permite traçar paralelos com o desenvolvimento social e econômico do homem moderno. CONTEÚDO POR SÉRIE 1˚ série - Matéria e sua natureza: d) Estrutura da matéria; e) Substância; f) Misturas; g) Métodos de separação; h) Fenômenos Físicos e Químicos; i) Estrutura atômica; j) Distribuição eletrônica; k) Tabela periódica; l) Ligações químicas; m) Funções químicas; n) Radioatividade. 2˚ série - Biogeoquímica: Soluções; 238 Termoquímica; Cinética química; Equilíbrio químico. 3˚ série - Química sintética: Química do Carbono; Funções oxigenadas; Polímeros; Funções nitrogenadas. isomeria METODOLOGIA O processo de ensino-aprendizagem em Química partirá do conhecimento prévio dos estudantes, a partir do qual será elaborado um conceito científico que possibilitará ao aluno condições de formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos químicos. O ensino de Química deverá contribuir para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do universo (através de modelos, experimentação e leituras científicas). AVALIAÇÃO Avaliação formativa e processual através da formação de conceitos científicos usando como instrumentos de avaliação as várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório e apresentação de seminários. REFERÊNCIAS Governo do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio, 2006. SARDELLA, A. Química: novo ensino médio. Volume único, 5˚ edição. São Paulo: 2003. 7.2L SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 239 Em meados do século XIX, muitos pensadores e cientistas investigam a necessidade da institucionalização de uma ciência voltada aos estudos, investigações e observações dos homens em suas interações sociais, ou seja, como o indivíduo atua no meio onde vive. Para tanto, é fundamental o esclarecimento de conceitos específicos que relevem a importância de uma ciência que não apresentará semelhanças com outras, como a Psicologia, a Economia, a Física, etc. Enfim, o caráter científico se dá com a definição de um objeto de estudo e os métodos utilizados para explicar sua relevância. Mas, a Sociologia não foi criada porque alguns intelectuais desejavam institucionalizar uma ciência. Ela apresentou especificidades até então incabíveis às análises já existentes, pois define fenômenos, fatos, acontecimentos sociais que abrangiam sujeitos, e não mais o indivíduo da Psicologia; adequado num contexto histórico específico – o das transformações ocorridas no mundo do trabalho, oriundas da Revolução Industrial – e em suas relações com outros homens e com as instituições sociais. Sem dúvida, tais preocupações geraram contradições e conflitos científicos. Estará a Sociologia no ramo das Ciências Naturais? É possível determinar com exatidão fatos e suas consequências? Antes mesmo da ciência, que estudaria fenômenos na sociedade, ganhar um nome, o pensador Auguste Comte (1798-1857) se referiu à uma física social, devido à possibilidade de observação e experimentação. A posterior “Sociologia” se aproximava, então, das Ciências Naturais. Isto porque, para Comte, ela se encontra no estágio positivo da evolução do pensamento, que passara pelos teológico e metafísico. A preocupação dos estudos se voltava à problemas, crises na sociedade, e foi Durkheim (1858-1917) quem apresentou um estudo voltado à observação e análise de um FATO SOCIAL, iconizado no problema do suicídio. Daí, todo um corpo de conceitos vai moldar o que veio a se chamar POSITIVISMO, com o objetivo de remediar ANOMIAS sociais. Tanto Comte quanto Durkheim vão dar fundamental importância à educação como um mecanismo de adequação de indivíduos na sociedade. O marco acaba sendo representado por Durkheim com seu ingresso na Universidade de Bordeaux, em 1887. E no Brasil, em 1870, já sugeriam a introdução da Sociologia nos currículos oficiais, pelo conselheiro Rui Barbosa, em substituição do Direito Natural 240 que trazia o pensamento dos jusnaturalistas2 dos séculos XVII e XVIII. Porém, somente em 1890 passa à obrigatoriedade no Ensino Secundário, quando houve a Reforma do mesmo com Benjamin Constant, no então primeiro governo republicano. Neste período, a Sociologia se aproximava dos estudos sobre moral. A partir de então, a disciplina passa a ocupar os currículos no ensino superior também, e é ministrada por advogados, médicos e militares, ora com o objetivo de transformar os homens e os seus interesses, ora para conservar os mesmos. Além da escola secundária, a Sociologia passará a integrar o currículo da Escola Normal e da Preparatória, entre 1925 e 1942, com a Reforma Rocha Vaz e a atuação de Francisco Campos. O curso superior de Ciências Sociais, que inclui o estudo da Sociologia, é introduzido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo com a Escola Livre de Sociologia e Política (1928) e na Universidade do Distrito Federal. Apesar de avanços consideráveis no papel da Sociologia no Brasil, já em 1961 se inicia um desmantelamento do seu papel, que se torna optativa ou facultativa ao ensino secundário – já chamado colegial – com a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases – LDB de nº 4.024. Isto porque, passa a haver uma crescente preocupação com o caráter técnico na profissionalização dos alunos nos mais variados níveis de ensino. Nos anos 70, com o período ditatorial, a Sociologia será banida e reprimida as mais variadas vertentes de investigações, sendo substituída, legitimamente, por Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social dos Problemas Brasileiros) e Ensino Religioso com objetivos claros: moralização e disciplina. Somente na década de 1980, devido à queda na demanda de técnicos para o trabalho – nitidamente, em São Paulo – é recomendado a inserção não somente da Sociologia, mas também da Filosofia e da Psicologia. Inicia-se, então, pesquisas voltadas à elaboração de propostas curriculares para estas disciplinas, assim como de livros didáticos públicos. Percebe-se que não é dada à Sociologia tamanha importância quando os interesses econômicos e políticos se restringem ao tecnicismo. Daí, o caráter 2 O paradigma do direito natural que acompanhou a Modernidade foi a base doutrinária das revoluções burguesas baseadas no individualismo moderno. O Jusnaturalismo foi, sem dúvida, a doutrina jurídica por detrás dos direitos do homem proclamados pela Revoluções Francesa e Americana. O ser humano passava a ser visto como portador de direitos universais que antecediam a instituição do Estado. (...) O jusnaturalismo moderno, elaborado nos séculos XVII e XVIII, reflete o deslocamento do objeto do pensamento da natureza para o homem, característico da modernidade. O direito natural, como direito da razão, é a fonte de todo o direito. Direitos inatos, estado de natureza e contrato social foram os conceitos que permitiram elaborar uma doutrina do Direito e do Estado a partir da concepção individualista da sociedade e da história, característica do mundo moderno e que encontrou seu apogeu no Iluminismo. 241 positivista se expressa mesmo historicamente, como se a disciplina fosse auxiliar na “cura” dos problemas sociais. E, concomitantemente, a Sociologia vai sendo “utilizada” conforme o interesse político-educacional. A LDB nº 9.394/96, por exemplo, determina a obrigatoriedade da disciplina, porém, interpretará como auxiliar interdisciplinar para as Ciências Humanas. Apenas alguns estados brasileiros determinarão no currículo do Ensino Médio sua obrigatoriedade. Em 1997, o deputado Padre Roque (PT/PR) altera artigo que possibilita outras interpretações e define a obrigatoriedade das disciplinas Sociologia e Filosofia. A lei apenas permanece tramitando no congresso e será vetada pelo então presidente, sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, em 08 de outubro de 2001, após já aprovada pelos congressistas. Se inicia uma luta pelo Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo (Sinsesp), diretamente, intervindo junto ao MEC (Ministério da Educação). Somente no final de 2005, a Câmara do Ensino Básico constrói parecer, com base na mesma LDB de 1996, que reclama uma nova realidade nas escolas médias. A partir de então, passa a haver a coleta de assinaturas das mais variadas entidades nacionais. E muitos mais desafios serão enfrentados pelos professores de Sociologia e, também, de Filosofia, desde a formação até a preparação e elaboração dos conteúdos e os livros didáticos. Devido aos fatos recentes, explicitados acima, não foi produzido na Sociologia efetivo conteúdo curricular, suas metodologias e recursos de ensino. Em suma, não possuímos uma tradição de ensino na área. E devemos estar atentos, criticamente, à pré-determinações que se dá à disciplina como sendo responsável pela formação de jovens, principalmente, se tratando de questões políticas como a cidadania. Sem falar na vinculação da Sociologia nos períodos democráticos. A disciplina tanto pode assumir análises conservadoras (lembrando a Moral e Cívica) ou transformadoras. E, como já foi dito sobre o caráter positivista, a prática do ensino pode adaptar os objetivos político-econômicos de períodos específicos, legitimando interesses classistas. Em suma, o que a disciplina deve propor é a desnaturalização de discursos das mais variadas matizes ideológicas. Deverá o aluno estar preparado para reconhecer os posicionamentos ideológicos, assim como seus objetivos e suas manipulações. E isto está também voltado à Filosofia e às outras ciências, tanto naturais quanto humanas, já que o sujeito precisa duvidar, estranhar, estar curioso 242 para compreender todo e qualquer fenômeno, aparentemente, natural, óbvio. Para tanto, a problematização, tão conhecida nos meios pedagógicos, auxiliará na atividade de formulação de questões, com o uso de termos que fazem parte do vocabulário dos alunos. É o que se chama mediação. O professor precisa buscar estratégias de ensino adequadas aos jovens e não focar no caráter, puramente, científico da Sociologia. Para apresentar temas, mesmo que sejam relevantes aos alunos, é preciso atrair a atenção, despertar a curiosidade. Muito mais dificuldades se têm neste estado atual do comportamento das pessoas, onde a complexidade é ainda maior, tanto nas estruturas sociais, quanto nas políticas. São conceitos sobre a “sociedade moderna”, os processos que contribuem ou não à manutenção de um sistema social, as estruturas sociais e a atuação dos atores/sujeitos, enfim, construções científicas que devem ser, intensamente, questionadas e refletidas. Por isso se está buscando propostas que implementem a disciplina no Ensino Médio, já sem o apoio de uma tradição que resgataria experiências. No entanto, seu objetivo é claro: apresentar novos paradigmas, as idéias de objetividade e de subjetividade, diferentes interpretações que promovem a abertura da mente para múltiplos olhares. Deste modo, os educandos compreenderão a importância do seu papel como sujeitos voltados às práticas sociais, já que terão conhecido as construções que o ser humano realizou sobre as formas de ver o mundo. Então, aguçado o senso crítico do educando, disponibilizado os elementos necessários (conceitos, métodos e práticas sociológicas) para que haja uma substancial e qualitativa mudança na leitura do mundo, sua percepção sobre a realidade social não se mantém estanque, sobressaindo, daí, o dinamismo intrínseco à relação do homem social com a natureza. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES A relação dos itens programáticos compõe temas fundamentais, porém, dificilmente trabalháveis na íntegra devido à carga horária. Daí, ser bem sucedido o professor que seleciona um tema conforme a realidade dos alunos, da comunidade onde vivem, do trabalho que executam. Enfim, é possível relacionar cada um dos temas com os interesses dos alunos. E interconectar o trabalho de um tema com teorias e conceitos sociológicos, ambos em seu contexto histórico, continuamente, 243 esclarecendo a diversidade de construções do pensamento, suas explicações e pontos de vista. 1ª SÉRIE Conteúdo Estruturante O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociais O Processo dessocialização e as Instituições Sociais Trabalho,produção e classe socais. Conteúdos Básicos Instituições Familiares Instituições Escolares Instituições Religiosas Instituições de Reinserção O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades. Desigualdades sociais:estamentos,castas e classes sociais Organização do trabalho nas sociedade capitalistas e suas contradições Globalização e Neoliberalismo. Trabalho no Brasil Relações deTrabalho. 2ª SÉRIE Conteúdo Estruturante O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas Poder,política e ideologia Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdo Básico Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno Conceitos de poder Conceitos de Ideologia Conceitos de dominação e legitimidade Estado no Brasil Desenvolvimento da sociologia no Brasil (campo político) Conceitos de cidadania Direitos civis,políticos e sociais Direitos Humanos 244 Movimentos Sociais,inclusive no Brasil Questões ambientais e movimentos ambientalistas Questões das ONGs 3ª SÉRIE Conteúdo Estruturante Cultura e Indústria Cultural Conteúdo Básico Os conceitos de cultura e as Escolas antropológicas Antropologia brasileira Diversidade e diferença cultural Relativismo,etnocentrismo e alteridade Culturas indígenas Pesquisa decampo (método) Conceitos de Identidade,sociabilidade e globalização Identidades e movimentos sociais Dominação,hegemonia e contramovimentos Cultura afro-brasileira e a construção social da cor “minorias”,preconceito,hierarquia e desigualdade. Questões de gênero e a constituição social do gênero Indústria Cultural Meios de comunicação de massa Sociedade de Consumo e indústria cultural no Brasil METODOLOGIA Analisando o contexto no qual está inserido a Sociologia, cabe ao professor trabalhar com os conteúdos de forma a conectar o aprendizado dos conceitos e a formação de teorias em relação a temas priorizados. É como orientado pelos consultores do MEC: Um tema não pode ser tratado sem o recurso a conceitos e a teorias sociológicas senão se banaliza, vira senso comum (...) Do mesmo modo, as teorias são compostas por conceitos e ganham concretude quando aplicadas a um tema ou objeto da Sociologia, mas a teoria a seco só produz, para esses alunos, desinteresse (MEC, 2006, p. 117). Daí, os alunos estarão sendo orientados à compreensão da disciplina e de seu conteúdo. Tendo os temas problematizados, a proposta de instrumentalização é 245 a pesquisa. Poder-se-á colocar em prática as orientações para uma análise sociológica a partir de aulas expositivas; leitura, análise e interpretação de textos, e também de tiras, charges, fotografias, vídeos, enfim, aulas preparadas para os devidos encaminhamentos estão passíveis de gerarem conflitos que promovam reflexões distanciadas do senso comum. O ensino de Sociologia deve estar associado aos eixos “natureza, espaço, cultura e tempo”, priorizando o trabalho do homem, que produz seu modo de vida, no tempo e no espaço, a partir de suas relações com outros homens. Nessa disciplina, o professor deve ser o mediador entre o conhecimento e a vivência que o aluno traz e o conhecimento formal, permitindo, assim, a compreensão dos conceitos. Assim, o trabalho a ser desenvolvido deve ser variado, incluindo pesquisas de campo, bibliográficas, desenvolvimento de projetos interdisciplinares, além de momentos em que os assuntos são expostos pelo professor, bem como momentos de diálogo, quando o aluno pode expor suas idéias. Ainda, também, atividades em que se envolvam debates e análises de situações do cotidiano, permeados por leituras específicas de Sociologia, permitindo uma maior e melhor compreensão da realidade social. O trabalho de pesquisa de campo vinculado ao desenvolvimento e domínio de conceitos característicos da disciplina serve como ocasião em que os alunos poderão analisar e interpretar a realidade à luz do conhecimento teórico, podendo, assim, tomar uma posição mais crítica frente a ela. Também os projetos, que, a partir de um problema presente no cotidiano, devem possibilitar que os alunos busquem formas de resolvê-lo, devem proporcionar o desenvolvimento de habilidades para a mudança de atitude frente às situações, colocando o aluno como agente no processo de aprendizagem. Essa forma de trabalho pode envolver os conhecimentos de outras disciplinas, como a História, a Geografia e a Filosofia. O trabalho do professor pode ser aprimorado com o uso de recursos visuais que permitam enriquecer os momentos de análise e reflexão dos assuntos desenvolvidos, além de sintetizar e caracterizar as relações sociais, extraindo o saber, o pensar e o agir sobre o meio, para se atingir um nível de compreensão mais organizado, com uma consciência política mais apurada frente às necessidades sociais. 246 AVALIAÇÃO A avaliação é um processo que deve ser contínuo, a fim de acompanhar o desenvolvimento dos alunos. A avaliação também deve se efetivar em situações em que professor possa observar o desenvolvimento dos alunos, podendo ocorrer nos trabalhos em grupos, nas participações das atividades, na exposição de argumentos, nos debates, etc. Além disso, ela também pode se utilizar de instrumentos avaliativos mais formais, como os testes escritos. Nesse aspecto, pode-se destacar as atividades em que, dadas as situações, os alunos possam expor seu raciocínio e poder de argumentação, sendo essa a fonte para o professor analisar se seus objetivos estão sendo alcançados quanto à questão da reflexão crítica, bem como, uma oportunidade para que ele reveja seu trabalho, mudando sua metodologia quando necessário. REFERÊNCIAS ARCO VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. SEED-PR, 2006. MEC. Conhecimentos de Sociologia. In: Ciências Humanas e suas Tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio; vol. 3. MORAES, Amaury César; GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca; TOMAZI, Nelson Dacio (consultores). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. PARANÁ. Identidade no Ensino Médio. SEED, 2006. _______ Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, 2006. SCURO, Pedro. Sociologia: Ativa e Didática. São Paulo: Saraiva, 2004. TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000. TORRE. M. B. L. DELLA. O Homem e a Sociedade - Uma Introdução à Sociedade: Companhia Editora Nacional. São Paulo. 1977. VIEIRA, Liszt. Direito, Cidadania, Democracia: Uma Reflexão Crítica. In: Revista DIREITO ESTADO E SOCIEDADE (periódico semestral). Visitado no http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/direito/revista/online/rev09_listz.html em 01/09/2006. 7.2M CELEM LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: 247 Com a efetivação da lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 a língua espanhola ganhou prestígio no Brasil. O idioma de Cervantes é uma das línguas estrangeiras mais procuradas pelos estudantes brasileiros. Tendo em vista essa situação de prestigio a qual vive a língua espanhola houve a necessidade de organização de um curriculum para atender a necessidade de ensino e aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna. Para tanto, norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer dentro das práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística. Vivendo em mundo altamente tecnológico, que gira em torno de variadas línguas e sabendo a importância em conhecer uma ou mais línguas, confirmamos a necessidade da eficácia do ensino da LEM, para o aprimoramento pessoal e global dos educandos, uma vez que o ensino de língua deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais ampla para que avalie os paradigmas já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estrangeira e a inclusão social. OBJETIVO O ensino através dos gêneros textuais proporciona que os alunos envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. É importante que os alunos usem a língua em situações de comunicação oral e escrita, para tanto,faz-se necessário: Apresentar a língua como espaço de construções discursivas de produção de sentido indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela; Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Proporcionar a todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem este tipo de inclusão social, ou seja, fazer uso da língua que estão aprendendo em situações significativas e não como mera prática de formas lingüísticas descontextualizadas; 248 Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; Ter consciência sobre o papel das línguas na sociedade. JUSTIFICATIVA O estudo de Língua Estrangeira Moderna é importante, contribui para formar alunos críticos e transformadores, além de ser um meio para progressão no trabalho e estudos posteriores. O ensino de língua estrangeira deve também desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade e as diversidades culturais. Sabe-se que a partir da efetivação da lei 11.161 a língua espanhola ganhou espaço na sociedade e nas escolas. Para cumprir a lei, o Estado do Paraná aumentou a oferta da língua espanhola no CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) no qual hoje está presente em todas as escolas da rede pública estadual de ensino. Tendo em vista a situação geográfica do Brasil fica evidente a relação que o Brasil tem com os países de fala hispânica. Essa “relação que o Brasil tem com os seus „vizinhos” foi criado em 1991 o Mercosul que é a integração do Brasil, Argentina, Paraguai y Uruguai. Acredita-se que essa valorização do ensino da língua nas escolas da rede estadual de ensino despertará nos alunos o interesse de conhecer esses países que fazem fronteira com o Brasil, possibilitando assim um ensino de língua com significação, conforme descreve o ISD (interacionismo – sócio – discursivo). CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social A organização do conteúdo estruturante Discurso como prática social se realiza total ou parcialmente através de diferentes tipos de textos. Desenvolver a leitura, a compreensão auditiva, a fala e a produção escrita, aplicando o conteúdo gramatical, léxico e cultural aprendido na prática (das relações sociais às profissionais), com a leitura, compreensão e interpretação de textos com postura crítica através de aulas expositivo-dialogadas, atividades orais e escritas pode ser eficaz para o aprendizado de uma língua estrangeira. O ensino da língua de forma dinâmica enquanto prática social é efetivado por meio de práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita. Essas práticas não são segmentadas já que elas não se separam em situações concretas de comunicação. 249 A organização dos conteúdos baseados somente em conteúdos gramaticais não é recomendável pois contraria os objetivos do estudo de língua. Isso não significa excluí-la, mas tratá-la de modo contextualizado. Gêneros Discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. O professor através da seleção e incorporação dos gêneros do discurso deverá proporcionar um ensino-aprendizagem que atenda aos propósitos do Plano Político Pedagógico, a proposta pedagógica curricular e de acordo com o Plano de Trabalho Docente do contexto escolar e da comunidade. CONTEÚDOS BÁSICOS - P1 ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO • Cotidiana Exemplos de Gêneros do discurso Bilhete Convite Letra de música Receita culinária Trava-Línguas •Artística Exemplos de gêneros do discurso: Autobiografia Biografias • Publicitária de circulação: Exemplos de gêneros do discurso: Folder Anúncio Slogan • Escolar Exemplos de gêneros do discurso: Cartazes Diálogo/Discussão Argumentativa 250 Exposição Oral Mapas Resumos • Produção/ Consumo Exemplos de gêneros do discurso: Embalagem Regra de Jogo Rótulo •Literária Exemplos de gêneros do discurso: Conto Crônica Fábula História em quadrinhos • Jornalística Exemplos de gêneros do discurso: EntrevistaCartum Horóscopo • Midiática Exemplos de gêneros do discurso: Blog E-mail mensagem de texto (sms) Vídeoclipe Práticas Discursivas ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; 251 • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); LEITURA • Temática do texto; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Intertextualidade; • Referência textual; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Perceber as diversidades dos gêneros do discurso; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. ESCRITA • Produção de diversos gêneros textuais; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; CONTEÚDOS BÁSICOS - P2 ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO • Cotidiana 252 Exemplos de Gêneros do discurso Curriculum Vitae Lista de Compras •Jurídica Exemplos de gêneros do discurso: Procuração Contrato • Publicitária de circulação: Exemplos de gêneros do discurso: Comercial para televisão Anúncio Propaganda • Escolar Exemplos de gêneros do discurso: Aula em Vídeo Exposição Oral Texto de opinião • Produção Exemplos de gêneros do discurso: Instrução de uso Manual técnico Regulamento •Literária Exemplos de gêneros do discurso: Conto Contação de história Sarau de poema • Jornalística Exemplos de gêneros do discurso: Artigo de opinião Carta do leitor Boletim do tempo Notícia 253 • Midiática Exemplos de gêneros do discurso: Blog Videoclipe E-mail Conversação Chat Práticas Discursivas: Oralidade: Tema do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos; Variações lingüísticas. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semânticos; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. Leitura: Tema do texto; Conteúdo temáticos do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedade estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual. Escrita: recursos 254 Produção de diversos gêneros textuais; Informatividade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal. A partir do conteúdo estruturante – discurso – serão abordados não só questões linguísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua: leitura, escrita e oralidade. O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de partida da aula, o qual apresentará uma problemática em relação a um tema. A busca pela solução de um problema apresentado despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam uma prática reflexiva, discursiva e crítica e, ampliem seus conhecimentos e percebam as implicações sociais, históricos e ideológicos presentes nos discursos. O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas na sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, o ensino de Língua Estrangeira deverá levar o 255 aluno a desenvolver uma postura crítica frente aos textos organizados pelos sentidos visuais, orais e cognitivos da língua. O uso de textos autênticos e de diferentes gêneros discursivos como princípio para elucidar outras culturas e também valores como amor, saúde, família, meio ambiente, sociedade, solidariedade, ética, entre outros. Será retratada a cultura do campo como um saber e um modo de vida sociocultural mostrando as realidades do campo no Brasil e em alguns países de língua espanhola. Os textos sobre educação do campo serão voltados ao modo de vida no campo, ao conhecimento do homem do campo, valorização da cultura. A Cultura Afro-brasileira será trabalhada através de textos que elucidem a valorização da cultura afrobrasileira, valorizando a imagem do negro e sua identidade sócio-cultural. Em todos os anos serão trabalhados diferentes gêneros textuais, por exemplo: cartas, bilhetes, recados, cartão postal, mensagem eletrônica, mensagem de celular, folhetos, cartazes, diagrama, história em quadrinhos, poemas, diário, música, biografias, jogos, receitas, textos em áudio, filmes, entrevistas, contos, fábulas, reportagens, jornais, revistas, para tanto faremos uso dos suportes de CD/ DVD, internet, TV multimídia etc. Os conteúdos propostos poderão ser abordados em todos os anos do curso de espanhol e retomados, se necessário, diversas vezes. AVALIAÇÃO A avaliação conforme analisa Luckesi (1995,p.166), a aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnostica e somatória. A avaliação da aprendizagem será um processo constante. O desempenho nas atividades propostas será considerado como subsídios para 256 avaliação. Os alunos serão avaliados por meio de interpretação de textos escritos, auditivo, leituras trabalhos individuais ou em grupo de pesquisa, produções de textos, experiências vividas, exercícios em sala ou extra classe, questões objetivas e subjetivas, vale salientar que a média mínima para aprovação é de 6,0. REFERÊNCIAS CAZAUX HAYDT, Regina; Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. Ática – 6ª edição. São Paulo, 2004. J. LEFFA, Vilson; A interação na aprendizagem das Línguas. EDUCAT (UCPEL). Pelotas – RS, 2006. ( Biblioteca do Professor ) SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008. MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004. SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. Curitiba, 2008. SEED PARANÁ, Livro Didático Público – LEM (Espanhol). Curitiba, 2006. PASSOS A. VEIGA, Ilma; Projeto Político-Pedagógico da escola – uma construção possível. Ed. Papirus – 20ª edição, 2005. FOLHAS, retirados do Portal Dia-a-Dia Educação.