análise do custo com medicamentos e do risco cardiovascular em
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análise do custo com medicamentos e do risco cardiovascular em
Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS "ANÁLISE DO CUSTO COM MEDICAMENTOS E DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES MORBIDAMENTE OBESOS ANTES E APÓS A REALIZAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA" SHOSSLER ¹, T.S.; FREITAS ¹, G.; LOPES ², E.; FRASNELLI ¹, A.; HEINECK ¹, I, STEIN, A. T ². ¹ PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS, UFRGS; ² PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UFRGS Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Impacto da Cirurgia Bariátrica Gastos com Medicamentos e Risco Cardiovascular Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Introdução: • OBESIDADE: • A obesidade (PREVEDELLO, et al,2009). co-morbidades taxa de mortalidade 12 vezes maior • • • • IBGE - Brasil- 2008-2009: Sul do país o excesso: 1974-75: 36,6%, 1989 - 47,3%; 2002-2003- caiu para 44,8% e; 2008-2009- subiu para 51,6%. • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica: 3,73 milhões de brasileiros são obesos mórbidos. • • • • • WHO, 2006: classifica o excesso de peso de acordo com o IMC como: ≥ 25 - sobrepeso; 27 a 29,9 – sobrepeso; 30 a 34,9 - obeso classe I; 35 a 39,9 - obeso classe II; 40 ou mais - obeso classe III (obesidade grave ou morbida) Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Introdução: TRATAMENTO : IMC ≥ 40 Kg/m² Terapia dietética + exercício físico Raramente é bem sucedida • Uso de Medicamentos Efeitos longo prazo desconhecidos. (CRAIG & TSENG, 2002). Cirurgia Bariátrica (IMC ≥ 40 Kg/m²) Eficaz em pacientes obesos PORTARIA 628/2001 Reconhece a obesidade como uma preocupação relevante para saúde pública SUS- ORGÃO FINANCIADOR (Ministério da Saúde - Portaria nº 196 de 29/02/2000) Medicamentos Pós-cirurgicos não estão na RENAME Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Introdução: • CUSTO COM A OBESIDADE: • SBCB: Obesos classe III gastam : • 81% mais que a população não obesa, • Estudo com grupo americano: Impacto da Obesidade vs Despesas Médicas E. et al,2005): • 65% mais que o adulto com sobrepeso; • 47% mais que o adulto com obesidade classe I e II; • Os gastos eram (ARTARTEBURN E. et al,2005): • Consultas; • Ambulatório; • Medicamentos Prescritos. (ARTARTEBURN Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Introdução: • RISCO CARDIOVASCULAR : CO-MORBIDADES: – Diabetes, – Hipertensão arterial, – Dislipidemias (triglicerídeos, LDL, colesterol total, HDL) FATORES DE RISCO: – Fumo; – Alcoolismo; – Sedentarismo. A obesidade associada ao agravamento das co-morbidades, e exposição a outros fatores de risco como o tabagismo favorece a ocorrência de eventos cardiovasculares, sendo este, a principal causa de morte em nosso país (SOUZA, et al, 2003). Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Objetivo: Avaliar o impacto da cirurgia bariátrica em relação aos gastos com medicamentos e ao risco cardiovascular. Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Metodologia: • Delineamento: Estudo longitudinal de uma série de casos • Amostra: 27 obesos que realizaram a cirurgia bariátrica e responderam aos critérios de inclusão. • Critério de Inclusão: ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ • Pacientes obesos Classe III ou IMC superior a 35 Kg/m²com comorbidades; Atendidos no ambulatório do centro de atendimento ao obeso mórbido do HNSC; Usuário de medicamentos; Idade superior a 18 anos; Aceitaram participar do estudo através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Loca da Pesquisa: Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre/RS. • Cômite de Ética: O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) na cidade de Porto Alegre. Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Metodologia: Coleta de dados: Preenchimento dos dados gerais dos pacientes e datas da cirurgia Pré-cirúrgico: realizada entrevista, e aplicação de um questionário: uso de medicamentos (com e sem prescrição), co-morbidades e indicador socioeconômico. Pós-cirúrgico (6 meses): realizada uma entrevista e aplicado um questionário: uso de medicamentos (com e sem prescrição), co-morbidades e indicador socioeconômico. Coleta de dados nos prontuários dos pacientes referente a valores de exames laboratoriais (glicose, HDL, LDL, colesterol total e triglicerídeos) para Análise do Risco Cardiovascular Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Metodologia: • Análise de Custos: • PREÇOS: ANVISA (CMED) PMC ẋ diversas marcas de cada medicamento. • Risco Cardiovascular: • RISCO CARDIOVASCULAR: Scala de Framingham Dados utilizados » » » » » » Sexo; Estimando-se o risco pelo IMC. Idade; IMC; PA e uso de medicamentos; Diabetes e uso de medicamentos; Fumo. Organização dos dados - Excel 2007 e EPIDATA 3.1; Análises Estatísticas – SPSS 18.0. Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Resultados: N: 27 pacientes Gênero: 90,5% sexo feminino • Características da Amostra: Idade (média): 44 anos (± 9,82) Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Resultados: 2000 Gasto Médio Mensal: 1800 Pré-Cirurgico: R$: 322,85 1600 Custo com Medicamentos (R$) Pós-Cirurgico: R$: 226,04 1400 Diferença: 29,9%, (P ≥ 0,05). 1200 1000 Gasto Mensal Pré-Cirurgico 800 Gasto Mensal Pós-Cirurgico 600 400 200 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Paciente Figura 1: Gasto mensal com medicamentos por paciente antes a após a cirurgia bariátrica NGUYEN , et al, 2006. Gasto mensal do paciente com medicamentos: Pré-Cirurgico: US $ 196,00 Pós-Cirurgico: US $ 54,00 Diferença: 72% de econômia Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Resultados: Redução Média do IMC: 70 Pré-cirurgico: 49,92Kg/m² 60 Pós-cirurgico: 34,85Kg/m² IMC Kg/m² 50 Diferença:15,1 Kg/m² (P ≤ 0,05) 40 IMC Pós-cirurgico 30 IMC Pré-cirurgico 20 10 FILHO, et al, 2011. Redução Média do IMC: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Paciente Figura 2: Diferença do IMC por paciente entre o período pré e pós- cirúrgico. Pré-cirurgico: 35,4 e 48,7Kg/m² Pós-cirurgico: 21,2 e 34,4Kg/m² Diferença: (P < 0,001) % de Risco Cardiovascular Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Resultados: 70 % de Redução: 60 Pré-Cirurgico: 14,2% 50 Pós- Cirurgico: 7,4% 40 Diferença: (P ≤ 0,001) Rico Cradiovascular Pré (%) 30 Risco Cardiovascular Pós (%) 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Paciente Figura 3: Diferença do Rico Cardiovascular por paciente entre o período pré e pós- cirúrgico. TORQUATI, et al, 2007. Diferença do risco cardiovascular Pré-Cirurgico: 5,4% Pós- Cirurgico: 2,7% Diferença: (P = 0,001) Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Resultados: Idade Vascular Média: 100 90 Pré-Cirurgico: 63,4 anos 80 Pós-Cirurgico: 51 anos Idade Vascular 70 Redução: 12,4 anos 60 50 Idade vascular Pré-Cirurgico Idade Vascular Pós- Cirurgico 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Paciente Figura 4: Diferença na Idade Vascular por Paciente entre o período pré e pós- cirúrgico. Estima-se que a expectativa de vida do indivíduo com obesidade mórbida sofra redução de cinco a vinte anos em relação a pessoa com IMC normal (SUCHENBACH, S. 2011) Apresentado no X Encontro Nacional de Economia da Saúde - ABRES - 26 a 28 out 2011 - Porto Alegre/RS Conclusão: Após a realização da Cirurgia Bariátrica observamos: – Redução significativa dos gastos com medicamentos para o paciente; – Redução significativa do IMC do paciente; – Redução significativa do Risco Cardiovascular e – Redução da Idade Vascular do Paciente. Dentro desses aspectos a Cirurgia Bariátrica vem a ser uma TECNOLOGIA ÚTIL.