O Encontro - Setembro 2015
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O Encontro - Setembro 2015
O Encontro Bhagavan Sri Ramana Maharshi A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita Setembro de 2015 Reflexões A você que diz ser devoto Ramana era suave e meigo. Todavia, quando a injustiça invadia os caminhos, no Ramanashram, Ele era impenetrável e não conivente. Era – e continua a ser – o bom guerreiro do bom combate. Poupava as palavras e transbordava amor. E você? Afinal, você já é capaz de não se acostumar? Já percebeu o quanto é perigoso achar normal o que não é correto e desnecessário? Enfim, você está atento ao seu comodismo? Esteja alerta para: Não se acostumar a agredir e nem a ser agredido; Não perdoar displicentemente; Não se acostumar às ironias e às atitudes dúbias; Não se acostumar ao revide, à raiva e à mágoa como se fossem ‘normais’ na vida; Não se acostumar a dar as costas a quem precisa, apenas porque é o mais comum de acontecer; Não se acostumar a cometer pequenas infrações e delitos porque quase todos os praticam; Não se acostumar a chorar nem a fazer sofrer; Jamais pregar que o desamor é algo comum e que todos serão cada vez mais solitários. Mantenha-se sempre com a disposição dos meninos, para lutar pelo melhor e pela felicidade, como o Maharshi. Ele era suave e meigo, todavia a Força que Dele emanava abateu diversos egos e mostrou ao coração aflito que em seu peito bate a Sua própria luz. Meu irmão: Crê no Ser. Crê no Deus Uno. Crê na Verdade que é Vida. Crê na sua condição de guerreiro do bom combate. Crê na sua condição de perpetuar o ato de viver. Destes Olhos fluem todas respostas que você precisa, pondo fim, assim, as suas perguntas. Devore-o e compreenda que normal não é a dor. Normal e natural é ser feliz! Sorria! Por Andreia de Deus do livro Hora da Bênção - Reflexões para o seu cotidiano, no prelo. Círculo de Estudos Próxima palestra Tema: a definir Palestrante: Guilherme Lemos Data e horário: 11 de outubro, às 19h 02 Filosofia Em meu ser sem amor Tu criaste uma paixão por Ti Estava prestes a iniciar-se a 2ª guerra mundial, quando amigos meus enviaram-me alguns livros e fotografias de Sri Ramana. lendária busca heróica do “Shangrilá” exigindo esforço constante num caminho indicado e sob a tutela de um Guru. Sob a influência do escritor francês René Guénon, já havia admitido que todos são essencialmente idênticos ao Ser. A consequência imediata de tal compreensão é a possibilidade de encontrar a Identidade Suprema, atingindo a Unidade. Percebi que a tarefa em questão é o verdadeiro significado da Andei buscando tal caminho; em relação a Bhagavan, entretanto, várias pessoas, às quais eu respeitava, opinavam que seus ensinamentos, não davam nenhuma orientação prática no que tange ao caminho trilhado por nós. Impressionaramme vivamente a beleza e a força de seus livros e fotografias, mas, embora contrariando meu íntimo sentir, classifiquei tudo aquilo de luxo sem utilidade prática. Eu realizava conferências numa universidade do Sião e em setembro de 1941, a guerra se aproximava dali. Por este motivo, deixei minha esposa e filhos na Índia e regressei sozinho à universidade. Um amigo, na Índia, cedeu-nos sua casa em Tiruvanamalai, único lugar onde minha esposa deseja- O Encontro Setembro, 2015 va ficar. Em dezembro o Sião foi invadido pelos japoneses, e eu preso. Pouco antes recebera uma carta de minha filhinha de cinco anos, na qual me informava haver rogado a Bhagavan que me protegesse durante a guerra – e ele sorrira, prometendo que o faria. Foram três anos de reclusão até a rendição japonesa de 1945. Tempo suficiente para o Sadhana (prática espiritual). Bhagavan tornou-se progressivamente a base do meu esforço, mesmo antes que eu o encarasse como Guru. Concluindo-se a libertação voltei para Índia e fui para Tiruvanamalai. Entrei no salão do ashram na mesma manhã da minha chegada, e pouco antes do retorno de Bhagavan do passeio matinal pelo monte. Fiquei impressionado com as reduzidas dimensões do aposento, cuidei de quão próximo de Bhagavan eu sentaria. Julgava encontrar algo mais amplo e majestoso – menos íntimo. Repentinamente, chegou Bhagavan. Surpreendi-me comigo mesmo, pois ele não me impressionou tanto quanto as suas fotografias. Examinei-o: vi um homem idoso, cabelos brancos, corpo ligeiramente curvado, andar um tanto endurecido pelo reumatismo – ar benigno. Acomodou-se no sofá. Sorriu para mim. E fitando meu filho, disse: “Parece que as preces de Adam foram atendidas; seu pai voltou são 03 Filosofia e salvo”. Senti sua amabilidade – e nada mais. Compreendi que havia se expressado em inglês para que eu entendesse, pois Adam falava tamil. Nas semanas posteriores ele mostrou-se constantemente amável e atencioso para comigo. Meus nervos tensos e minha mente agitada, pouco a pouco foram serenando. Não houvera ainda, no entanto, um contato dinâmico, e eu estava desapontado. Tudo indicava que eu não era aceitável para o Guru. A situação permaneceu inalterável até as vésperas de Karthikai, época em que, uma vez por ano, acende-se um farol no cume do monte Arunachala. Uma grande multidão estava presente para as festas, e nós do ashram ficamos sentados no pátio do salão. Bhagavan reclinado no sofá; eu achava-me em frente a ele. Subtamente Bhagavan endireitou o corpo, me encarou, e seu penetrante olhar adquiriu uma intensidade que não posso descrever. Parecia dizer “Mas você já foi informado! Por que não se realizou?” Então desceu sobre mim uma quietude, uma paz profunda, uma leveza e felicidade indescritíveis. Daí em diante, uma afeição profunda por Bhagavan começou a surgir e a crescer no meu coração – que sentia o seu poder e beleza. Na manhã seguinte, pela primeira vez, sentado à sua frente, experimentei a vichara – autoinvestigação através da pergunta “quem sou eu?” Imaginei que eu próprio havia resolvido tal coisa, pois estava longe de perceber que a iniciação pelo olhar tinha vitalizado e transformava a minha atitude mental. Realmente, já ouvira falar desse tipo de iniciação, mas não dera atenção ao assunto. Mais tarde, outros devotos, que passaram por idêntica experiência, afirmaram-me que ela marcara o início do sadha- na (prática espiritual) ativo sob a tutela do Bhagavan. Meu afeto e devoção a Bhagavan continuaram aprofundando-se. Agora sentia uma leveza e felicidade que eram a graça e o mistério do Guru. Diziam-me que ele era o Guru, elo entre o céu e a terra, entre Deus e eu, entre o Ser-sem-forma e o meu coração. Tornei-me cônscio da enorme graça da sua presença. Até mesmo exteriormente manifestava-se a graça; sorriso carinhoso, sinal para que eu sentasse no salão num ponto onde ele pudesse vigiar-me na meditação. Certo dia, subitamente, percebi a verdade – o elo com o Ser-sem-forma? Mas ele era o Ser-sem-forma! Comecei a captar o significado de seus ensinamentos, compreendi porque seus devotos chamavam-no de Bhagavan – o nome de Deus! Então se patenteou o que ele tinha afirmado – “O Guru externo serve para despertar o Guru no Coração.” Do livro Ramana Arunachala, Arthur Osborne, traduzido pelo Grupo Arunachala, p. 2-4. Setembro, 2015 O Encontro 04 Casa de Ramana Primavera na Casa de Ramana É Primavera na Casa de Ramana! E aqui, é semeada a santa flor da caridade nos corações daqueles que, preparados para receber estas sementes, as regam com amor e serviço. Assim, preparamos a festa que este ano ocorrerá no dia de São Francisco. Feliz “coincidência” para um evento que celebra o amor e o cuidado àqueles que precisam. Estamos empenhados em realizar obras na nossa Casa e para arrecadarmos os fundos necessários, precisamos de toda ajuda possível. Venha, participe, deixe que o perfume da primavera da Casa de Ramana toque seu coração e alegre sua vida. A Luz no Caminho - Associação Espiritualista | Rua Maxwell, 145 - Vila Isabel - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-100 | (21) 2208 5196 | Horário de funcionamento (inclusive dias santos e feriados): segundas e quartas, das 14h30 às 20h30 - terças e quintas, das 14h30 às 21h00 - sábados, das 15h00 às 20h00 | Mais informações no site: www.aluznocaminho.org.br | Notícias da Casa: www.casaderamana.blogspot.com O Encontro Setembro, 2015