a) Identificação da proposta
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a) Identificação da proposta
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE MICOLOGIA COLEÇÃO DE CULTURAS – MICOTECA URM Título do Projeto: Caracterização do acervo da Micoteca URM visando a disponibilização de culturas como fonte de recursos biotecnológicos EDITAL FACEPE 16/2012 APOIO À DISPONIBILIZAÇÃO PARA A PESQUISA DE LABORATÓRIOS MULTIUSUÁRIOS E DE ACERVOS DE INTERESSE CIENTÍFICO Enfoque desta proposta: ACERVOS DE INTERESSE CIENTÍFICO Proponente: Profa. Dra. Cristina Maria de Souza Motta Curadora da Micoteca URM Recife, 2012 a. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA Título do projeto: Caracterização do acervo da Micoteca URM visando a disponibilização de culturas como fonte de recursos biotecnológicos Dados da entidade proponente: Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Micologia, Coleção de Culturas – Micoteca URM, Av. Prof. Nelson Chaves, s/n, Cidade Universitária, Recife-PE, Fone: (81) 2126.8948, Fax: (81) 2126.8480. Proponente e Coordenador: Profa. Dra. CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Micologia, Curadora da Coleção de Culturas – Micoteca URM, Av. Prof. Nelson Chaves, s/n, Cidade Universitária, Recife-PE, [email protected], Fone: (81) 2126.8948, Fax: (81) 2126.8480, Professor Adjunto 3, DE. EDITAL FACEPE 16/2012 APOIO À DISPONIBILIZAÇÃO PARA A PESQUISA DE LABORATÓRIOS MULTIUSUÁRIOS E DE ACERVOS DE INTERESSE CIENTÍFICO MULTIUSUÁRIOS – FACEPE b) Justificativa para a realização do projeto, incluindo a descrição da natureza e relevância, para atividades de pesquisa, do acervo ou dos laboratórios/serviços especializados que são objeto do apoio solicitado A Coleção de Culturas - Micoteca URM (www.ufpe.br/micoteca), do Departamento de Micologia, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE, foi fundada em 1954 pelo Prof. Augusto Chaves Batista, tem como curadora a Profa. Cristina Maria de Souza Motta e vice-curadora a Profa. Rejane Pereira Neves. Esta coleção apresenta um acervo diversificado de fungos pertencentes aos filos Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e “Deuteromycota” (Fungos anamorfos). A Micoteca URM está registrada no Commonwealth Mycological Institute (CMI) sob a sigla URM (University Recife Mycologia) e é filiada ao Word Federation for Culture Collections (WFCC) sob o número 604 (MICOTECA, 2012; WORLD DATA CENTER FOR MICROORGANISMS, WDCM, 2012; SOUZA-MOTTA, 2012). A coleção utiliza para preservação os métodos: óleo mineral, liofilização, água destilada e, ultracongelamento a -80º C é o método mais recentemente implementado, através do apoio do CNPq em 2009. Ao acervo da Micoteca URM já foram inseridas aproximadamente 6.700 entradas de culturas de fungos e, ao longo 2 dos anos desde a fundação, cerca de 700 já foram consideradas inviáveis. As culturas do acervo pertencem aos Oomycota, Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e “Deuteromycota” (Fungos anamorfos), todas identificadas ao nível de espécie e mantidas em duplicata em no mínimo dois métodos de preservação. No total, cerca de 20.000 culturas estão preservadas na Micoteca URM. Além de receber amostras de fungos para compor o acervo, a Micoteca URM atende a pedidos de fornecimento de amostras, isolamento e identificação de culturas, liofilização e treinamento de estudantes e profissionais na área de taxonomia e preservação, oferecendo também cursos de extensão. Estes pedidos são procedentes de instituições de ensino e/ou pesquisa, nacionais e internacionais; de laboratórios que utilizam amostras de microrganismos em testes para fabricação de medicamentos, enzimas e outros metabolitos de interesse econômico e, dos que realizam diagnóstico de micoses; e da comunidade em geral (SOUZA-MOTTA, 2012). De 2005 até julho de 2012, foram incorporados ao acervo 1.768 amostras de fungos, procedentes de solos, resíduos industriais, água doce e marinha, sedimento de manguezal, alimentos, vegetais, endofíticos e animais. Estas amostras estão disponíveis à comunidade científica e a outros interessados. Neste mesmo período foram identificadas ao nível de espécie 2.322 amostras e fornecidas 3.352 amostras de fungos para instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais. Coleções de culturas contribuem diretamente para o estudo da sistemática e da biodiversidade mundial, por manterem e preservarem culturas que são essenciais para estudos representando uma importante fonte de recursos biológicos permitindo a condução de inúmeros trabalhos científicos, assegurando o sucesso de sua utilização em processos, principalmente, biotecnológicos (FIGUEIREDO, 2001; CANHOS, 2006). Os métodos de preservação de microrganismos asseguram a viabilidade, morfologia, fisiologia e genética, mantendo a cultura por longo tempo e todos com o mesmo princípio: retardar ou paralisar o metabolismo celular. Dentre estes métodos, podem ser citados o método de óleo mineral, água destilada, liofilização, nitrogênio líquido, ultracongelamento a -80°C, sílica gel, solo e repiques seriados (SMITH; ONIONS, 1994; LACAZ et al., 2002; NAKASONE et al., 2004). O termo Centro de Recurso Biológico (CRB) foi primeiro associado ao programa Microbiological Resource Centre (MIRCEN), lançado pela UNESCO em 1946, com o objetivo de estabelecer centros de recursos microbiológicos, preservando uma diversidade microbiana extremamente valiosa e ameaçada pela falta de recursos financeiros em países menos desenvolvidos. Em 1998, o Japão tomou a iniciativa de propor à Organização para 3 Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) (OCDE, 2010), o estudo dos CRBs como elementos chave da infra-estrutura científica e tecnológica das ciências da vida e biotecnologia. Em fevereiro de 1999, realizou-se em Tóquio um Workshop da OCDE dedicado as infra-estruturas científicas e tecnológicas para apoiarem os CRBs. Em 2001, a OCDE publicou o relatório “Biological Resource Centers – Underpinning the Future of Life sciences and Biotechnology”, que enfatiza o potencial dos CRBs, para consolidarem o futuro das ciências da vida e biotecnologia, enquanto recomendava a criação de uma rede de centros de recursos biológicos global. Os CRBs são uma parte essencial da infra-estrutura que suportam as ciências da vida e a biotecnologia. Fornecem serviços e são depositários de células vivas, de genomas de organismos, e da informação relacionada com a hereditariedade e as funções biológicas dos sistemas. O relatório enfatiza ainda a necessidade das coleções aderirem a elevados padrões de qualidade e de competência exigida pela comunidade internacional de cientistas e da indústria no fornecimento de informação e materiais biológicos. Finalmente, o relatório desafia os estados membros a criarem os CRBs nacionais que respeitem padrões de qualidade, de competência e de estabilidade financeira, garantidos por critérios internacionais e sistemas governamentais ou independentes de acreditação/certificação. Nesta abordagem, surgiu a idéia de se construir um Global BRC Network (GBRCN) que apóie a cooperação internacional e o desenvolvimento econômico (BRASIL, 2002; LIMA, 2007) No Brasil, em 2001 foi instituído pelo Ministério de Ciência e Tecnologia um Grupo de Trabalho, com a finalidade de elaborar “um documento técnico sobre o panorama nacional relativo às atividades de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade, aplicáveis a microrganismos”. Em 2002, foi publicado o documento “Sistema de Avaliação da Conformidade de Material Biológico” enfatizando a constituição de sistemas integrados, que possibilitem operar de forma harmônica, alinhada com as tendências internacionais (BRASIL, 2002). Em 2004, o ministro da ciência e tecnologia no comitê para política científica e tecnológica, aprovou o documento elaborado pelo grupo de trabalho OCDE-BRC, contendo regras base e regulamentos para futuros membros do GBRCN. Este documento define as exigências gerais para o funcionamento de todos os BCRs como partes do GBRCN, tendo como base as normas do common Access to Biological Resources and Information (CABRI) e da World Federation for Culturwe Collection (WFCC), bem como o sistema de gestão da qualidade da UK National Culture Collection (UKNCC). Como consequência de todo esse trabalho, os países membros e não membros da OCDE foram tomando iniciativas para 4 transferir as coleções de culturas tradicionais para este novo conceito e, assim, posicionaremse para uma adesão efetiva ao futuro GBRCN. Em 2007, a OCDE publicou o guia de boas práticas para os centros de recursos biológicos (gestão da qualidade, biossegurança, conservação dos recursos biológicos e gestão dos dados) (LIMA, 2007). Em 2005, atendendo à demanda formulada pelo Centro de Referência em Informação Ambiental – CRIA e SICoL, no levantamento preliminar das Coleções de Culturas Nacionais constavam 26 Coleções, destacaram-se 7 (sete) Coleções de Serviço (fornecem culturas microbianas e apresentam controle de qualidade das coleções): Fiocruz – RJ; EMBRAPA; CBMAI (CPQBA-UNICAMP); Instituto Adolfo Lutz; Instituto Biológico – SP; Coleção de Cultura de Fitobactérias de Instituto Biológico de Campinas e Micoteca URM da UFPE (VAZZOLER; UMINO, CANHOS, 2005). Para seguir todo este panorama e visando aumentar a qualidade dos serviços de identificação, fornecimento e preservação de culturas de fungos a pesquisadores desta e de outras instituições nacionais e internacionais, está sendo implantada na Micoteca URM, a ISO 9001:2008. Esta norma tem por objetivo especificar requisitos para um sistema de gestão da qualidade, implementando a capacidade para fornecer produtos que atendam a padrões internacionais e visa também aumentar a satisfação do usuário, buscando a melhoria continua do sistema. Em meados de outubro de 2012, será iniciada também a implantação da ISO 17025:2005, com o apoio do Convênio FINEP 01.08.0392.00. Atualmente, existem 60 coleções de culturas brasileiras, 25 preservam fungos, estando seis no nordeste, sendo quatro em Pernambuco, uma na Bahia e uma no Ceará. A Micoteca , CENTER FOR MICROORGANISMS, 2012). A partir de 2005, a Micoteca URM, sob a curadoria da Profa. Cristina Maria de Souza Motta, vem sendo apoiada por auxílio financeiro de diversas agências como CAPES, CNPq, FACEPE e FINEP, e a equipe vem também oferecendo cursos de treinamento e participando de curso de atualização para atender ao que está acontecendo no mundo em coleções de culturas. Em 05 de abril de 2010 a Micoteca URM foi aprovado o credenciamento pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, como Instituição Fiel Depositária de Amostras de Componente do Patrimônio Genético, sob o número 024/2010 SECEX/CGEN. Em 2011, a Micoteca URM ministrou curso avançado intitulado “Identificação Polifásica de Fungos Filamentosos dos Gêneros Aspergillus e Penicillium com Aplicação Biotecnológica” em parceria com a Micoteca da Universidade do Minho-MUM, Braga, Portugal. O curso foi ministrado pela Dra. Cristina Souza Motta, curadora da Micoteca URM, 5 pelos doutores Nelson Lima e Cledir Santos da MUM-Portugal e contou com a participação da Drª Zofia Kozakiewicz e Dr. Jens Christian Frisvad, ambos do Reino Unido, e reconhecidos mundialmente como grandes especialistas em taxonomia dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Todas essas ações citadas acima demonstram o compromisso da equipe da Micoteca URM em estar em constante atualização e busca de recursos, para atender a demanda decorrente dos avanços na microbiologia industrial, biotecnologia e engenharia genética e genômica, visando o fornecimento de serviços e material biológico, que atendam às normas internacionais e boas práticas laboratoriais. Neste contexto, a Micoteca URM está caracterizando amostras estocadas quanto a aspectos taxonômicos e biotecnológicos, através de projetos de pesquisa e dos desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação em parcerias com instituições nacionais e internacionais como a Micoteca da Universidade do Minho em Braga, Portugal, com o Laboratório de Tecnologia de Bioativos (LABTECBIO) e a Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), ambos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE). Outra parceria internacional está sendo estabelecida com o Cereal Research Centre/Agriculture and Agrifood Canada, no âmbito deste projeto. As características morfológicas e fisiológicas além de análise de metabólitos têm sido utilizadas na identificação de espécies, mas por causa de sua reconhecida variação não tem sido suficientemente satisfatórias. Recentemente, dados de seqüências multilocus aliados a outros critérios também tem se mostrado úteis para o reconhecimento de espécies (GEISER et al, 2007). Devido às alterações taxonômicas de alguns gêneros de fungos, como Aspergillus, Cladosporium, Colletotrichum, Fusarium, Penicillium e Trichoderma, se faz necessário a revisão e a atualização taxonômica contínua de espécies pertencentes ao acervo da Micotea URM. A identificação de novas culturas e a autenticação taxonômica de fungos desta coleção, não apenas pela taxonomia clássica, documentando os caracteres morfológicos por microscopia óptica de luz e eletrônica de varredura, mas sim através de uma abordagem polifásica que integra taxonomia clássica (morfologia e fisiologia), técnicas moleculares e a técnica de MALDI-TOF MS, garantirão qualidade ao acervo da coleção. Estudos recentes realizados sobre identificação de fungos e caracterização através de MALDI-TOF MS (Matrix Assited Laser Desorption Ionization - Time of Flight Mass Spectrometry) têm mostrado o potencial desta nova abordagem, com boa discriminação na maioria dos casos. A validação por MALDI-TOF MS pode ser alcançada usando linhagens 6 fúngicas de referência para a obtenção de espectros correspondentes em bancos de dados, além disso, os dados podem ser incluídos aos de morfologia, bioquímica e biologia molecular, caracterizando desta forma uma abordagem polifásica (SANTOS et al., 2009). Neste sentido, MALDI-TOF MS tem vantagens importantes sobre os métodos morfológicos e moleculares, sendo uma tecnologia rápida, onde uma simples raspagem de um meio de cultura contendo o fungo pode ser analisada por essa técnica (KELLER et al., 2008; SANTOS et al., 2009). Por outro lado, a análise do secretoma fungos também pode ser como uma ferramenta de diagnóstico para a identificação de estirpes de Fusarium. Para isso se faz é necessário identificar péptidos únicos das proteínas secretadas que são cepa-específicos. Os secretomas de Fusarium spp. utilizando uma abordagem LC-MS, demonstrou conter muitas proteínas (DWIVEDI et al, 2008; BROWN et al., 2012). Em 2007 um workshop internacional na Holanda pôs em ampla discussão sobre várias questões para uma delimitação dos táxons Aspergillus e Penicillium, foi recomendada uma abordagem polifásica neste contexto. Características morfológicas devem ser combinadas com outros caracteres que incluem seqüenciamento de DNA, dados fisiológicos, ecológicos e análise de extrólitos. Tem sido sugeridos o seqüenciamento da região ITS do rDNA além de outros loci mais variáveis, no caso de espécies estreitamente relacionadas, tais com Btubulina, actina, calmodulina e outros gens ricos em introns (SAMSON et al., 2007). Os Zygomycetes apresentam características morfológicas variadas, como a presença de hifas cenocíticas, contendo septos apenas na base das estruturas de reprodução, ou apresentam septos espaçados de forma irregular, além de estruturas assexuadas como esporângios, esporangiósporos, esporangíolos, merosporângios e merósporos. Podem ser isolados de diversos substratos como solo, excrementos e órgãos vegetais (ALEXOPOULOS et al., 1996; KENDRICK, 2000). Varias espécies desse grupo são capazes de produzir enzimas e ácidos orgânicos com potencial biotecnológico (CORDEIRO NETO et al., 1997, SANTIAGO & SOUZA-MOTTA, 2006, NEVES et al., 2012). Esse aparato enzimático faz de muitas espécies do grupo excelentes competidoras em comparação com os demais fungos. A maioria dos Zygomycetes, principalmente os pertencentes à ordem Mucorales, apresentam rápido crescimento, mesmo em meios de cultura simples, sendo os primeiros a colonizar vários substratos, degradando os açucares menos complexos (RICHARDSON, 2009). Para dar continuidade a ampliação ao aumento do acervo da Micoteca URM, serão isolados fungos filamentosos de solo e endofíticos da Caatinga, bem como leveduras presentes em mel das abelhas sem ferrão coletadas em área deste rico bioma. 7 Em geral, os fungos do solo possuem largo potencial biotecnológico, sendo amplamente utilizados para a produção de enzimas de interesse industrial, ambiental, farmacêutico, alimentício, etc. No entanto, estima-se que apenas 5% dos fungos existentes nos solos tenham sido descritos (BDT, 2006). Nesse contexto destacam-se os fungos filamentosos presentes em solos do bioma Caatinga, ainda pouco conhecidos pela ciência. A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, que abriga espécies de vegetais animais e micro-organismos endêmicas, apresentando clima semi-árido, quente e com baixa pluviosidade, entre 200 e 800 mm anuais (LEAL et al., 2005; FRANCA - ROCHA et al., 2007; ALVES et al., 2009). Por outro lado, na busca de microrganismos novos para a ciência, produtores de substâncias de interesse econômico na medicina, na agricultura e indústria, os endofíticos, que podem ser isolados do interior de tecidos vegetais desinfestados superficialmente, e que não causam danos ao hospedeiro, se mostram como uma moderna e relativamente inexplorada fonte de diversidade microbiana produtora de metabólitos biologicamente ativos, dentre os quais destacam-se as enzimas (STROBEL et al., 2004; HALLMANN et al.,1997) e podem desempenhar um papel importante na sobrevivência das plantas, melhorando a absorção de nutrientes (GASONI e GURFMKEL, 1997; MALINOWSKI, BRAUER e BELESKY, 1999), desenvolvimento e produção de metabólitos de promoção do crescimento, como giberelinas (CHOI et al., 2005; RIM et al., 2005) e auxinas (DAI, YU e LI, 2008), auxiliando na adaptabilidade ecológica do hospedeiro por incrementar a tolerância a estresses bióticos e abióticos. Dentre as substâncias antitumorais produzidas por microrganismos endofíticos se encontra a L-asparaginase que tem sido muito utilizada no tratamento anticancerígeno (STROBEL et al., 1996; SARQUIS et al., 2004; THEANTANA et al., 2007, 2009; HYDE e SOYTONG, 2008; LAPMAK et al., 2010; XU et al., 2010; SONIYAMBI et al., 2011; QUI et al., 2012). Na literatura, são escassos os trabalhos referentes à avaliação da micobiota endofítica de Cactaceae (BILLS, 1996), com exceção de um estudo preliminar de fungos endofíticos associados à Opuntia stricta de regiões semi-áridas da Austrália (FISHER et al., 1994), outra de espécies de cactos do Arizona (SURYANARAYANAN et al. 2005), e fungos endofíticos isolados de Opuntia ficus-indica no nordeste do Brasil (BEZERRA et al., 2012). Além de fungos do solo e endofíticos provenientes do bioma Caatinga, ainda são desconhecidas as leveduras presentes no mel produzido por abelhas sem ferrão, como mandaçaia (Melipona mandacaia), mandurí (Melipona marginata), cupira (Patarmonia cupira) e canudo (Scaptotrigona postiça) comuns em áreas de Caatinga. Existe um crescente interesse na microbiota do mel, uma vez que ele é utilizado desde como alimento até a formulação de fármacos e cosméticos (SODRÉ et al. 2007). Algumas leveduras conhecidas 8 por osmofílicas são capazes de se desenvolverem no mel uma vez que toleram as condições de baixa atividade de água e alta concentração de açucares desse alimento, podendo crescer até mesmo no mel maduro, fermentando-o facilmente (SODRÉ et al. 2007). A habilidade das leveduras colonizarem uma grande variedade de vegetais e substratos contribui para sua diversidade de espécies, entretanto no Brasil, poucas espécies de leveduras foram descritas, havendo possibilidade de novas descobertas (MAUTONE, 2008). Com isto, o isolamento e identificação de fungos solo, endofíticos e de mel, provenientes de áreas de Caatinga pode ser promissor para o aumento do acervo da Micoteca URM e pela provável obtenção de espécies novas para a ciência e com possível capacidade de produção de metabolitos de interesse biotecnológico. Culturas de fungos serão caracterizadas quanto a produção das enzimas lipase, Lasparaginase, tanase, xilanase, celulase, pectinase, amilase e protease, para que possam ser empregadas com segurança por outros pesquisadores e pela indústria. As lipases são enzimas capazes de catalisar reações de hidrólise, esterificação, transesterificação e lactonização (esterificação intramolecular) em lipídios (PASTORE, 2003; SAXENA et al., 2003; BUSSAMARA et al., 2010). Do ponto de vista econômico e industrial, as lipases obtidas de microrganismos (bactérias, leveduras e fungos filamentosos) são as mais utilizadas nos setores alimentícios e farmacêuticos (PEREIRA-MEIRELLES, 1997). A tanase é uma enzima que hidrolisa ésteres e ligações laterais de taninos hidrolisáveis como ácido tânico, em glicose e ácido gálico (HELBIG, 2000; BANERJEE, et al, 2001; COSTA, et al., 2008), podendo ser produzida na presença de acido tânico por fungos filamentosos, bactérias e leveduras. Dentre os fungos filamentosos produtores de tanase, o gênero Penicillium é o segundo melhor produtor, precedido apenas por espécies de Aspergillus (AGUILAR et al., 2001 a,b; MACEDO et al., 2005; COSTA, et al., 2008). Esta enzima pode ter vasta aplicação na indústria de bebidas (principalmente sucos e cervejarias) cosméticos, farmacêutica e indústria química (LEKHA; LONSANE, 1994), sendo principalmente utilizada para a produção de ácido gálico na estabilização da coloração dos vinhos, refrigerantes a base de café, processo de tratamento do couro, detanificação de alimentos e para tratamento de efluentes na indústria de couros (BANERJEE, et al, 2001). As xilanases são um complexo de enzimas responsáveis principalmente pela hidrólise das ligações β-1,4 presentes na xilana vegetal, componente da hemicelulose. Entre os fungos, Aspergillus e Trichoderma são excelentes produtores da enzima em escala industrial. (COUGHLAN; HAZLEWOOD, 1993; MOORE-LANDECKER, 1996). A xilanase pode ser utilizada na dieta de animais monogástricos para hidrolisar os polissacarídeos não-amiláceos 9 como β-glucanos e arabinoxilanos, encontrados em cereais. A presença de altos níveis destes polissacarídeos na dieta destes animais resulta em baixa conversão alimentar e lentidão no ganho de peso (ALBERTON et al., 2009). Na indústria de papel, participa auxiliando no branqueamento da polpa e reciclagem de papel. Tais enzimas podem ainda ser aplicadas na clarificação de sucos e vinhos, na fabricação de café solúvel, no aumento do teor nutricional da silagem e para dar textura a derivados lácteos (HALTRICH, 1996; NEVES et al., 2011). Na natureza, a celulose, polissacarídeo mais abundante, é degradada pela hidrólise enzimática das celulases, um complexo celulolítico composto por endo- -1-4-glicanases, exo-1-4-glicanases e -glicosidases, que atuam em sinergismo (BHAT, 2000). As endoglicanases quebram aleatoriamente as cadeias de celulose e diminuem o comprimento dessas cadeias (endo-1-4- -D-glicano-hidrolase). As exo- -1-4glicanase atacam as extremidades do polímero com o grupo final redutor ou não redutor e produzem primeiramente celobiose. Estas quando presentes na mistura celulolítica, representam muitas vezes 50 a 70% de todas as enzimas. As -glicosidases, que hidrolisa a celobiose à glicose, remove a celobiose, que inibe as reações de degradação de celulose. A utilização de enzimas celulolíticas isoladas de culturas de fungos na alimentação de ruminantes tem mostrado resultados satisfatórios, como aumentos na digestibilidade da matéria seca e da fibra em detergente neutro, na produção de leite e no teor de gordura, e no ganho de peso em bovinos (SINGH et al, 2009). Aspergillus japonicus URM5620 é um dos promissores para produção desta enzima (HERCULANO et a., 2012). As pectinases formam um grupo de enzimas que degradam substâncias pécticas, hidrolisando ligações glicosídicas ao longo da cadeia carbônica. Podem ser produzidas por plantas, fungos filamentosos, leveduras e bactérias. Dentre os fungos, o gênero Aspergillus se destaca como bom produtor destes biocatalizadores, especialmente certas linhagens de A. niger (DINU et al., 2007, MACIEL et al., 2011). As pectinases apresentam grande importância comercial na indústria de sucos de frutas, na recuperação de óleos essenciais, na extração de óleos vegetais, na fabricação de ração para animais, na indústria de vinhos, na indústria têxtil e na indústria de papel e celulose (UENOJO; PASTORE, 2007). As amilases são enzimas capazes de degradar o amido, sendo obtidas do malte ou produzidas por diversos vegetais ou microrganismos, através de processos fermentativos (CUZZI et al., 2011). Essa classe de enzimas é utilizada na indústria alimentícia para preparação de cervejas, geléias e obtenção de glucose livre para as mais variadas aplicações (MICHELIN, 2005). Além da indústria de alimentos, estas enzimas podem ser utilizadas na 10 formulação de detergentes e nas indústrias de papel, farmacêutica, fermentação e têxtil (OLIVEIRA et al., 2007). Asparaginase é uma enzima usada como agente quimioterápico para o tratamento de câncer humano (WRISTON; YELLIN, 1973; CAPIZZI et al., 1984). A prática terapêutica mais comum é injetar enzima livre por via intravenosa, a fim de diminuir a concentração sanguínea de L-asparagina (MITCHELL et al. 1994). No entanto, L-asparaginase originada a partir de bactérias e quando utilizada por longo prazo, pode causar hipersensibilidade, levando a reações alérgicas e anafilaxia (REYNOLDS; TAYLOR, 1993, KEATING et al., 1993). Há uma busca para as outras fontes de produção de L-asparaginase para que se dimuniam os efeitos colaterais ocasionados pela utilização dessa substância quando sintetizada por bactérias. Fungos como Aspergillus, Colletotrichum, Eupenicillium, Fusarium, Penicillium e Talaromyces têm sido relatados como grande potencial para a produção de asparaginase com menores efeitos colaterais ao ser humano (WADE et al., 1971; IMADA et al., 1973; WIAME et al.,1985; PINHEIRO et al., 2001; SARQUIS et al., 2004; THEANTANA et al. (2007, 2009)). A demanda por L-asparaginase tende a aumentar nos próximos anos devido a potencial aplicação no tratamento de tumores cancerígenos contribuindo para a cura de diversos pacientes acometidos por câncer (KRISHNAN et al., 1998; SOLIMAN et al., 2005; PEDRESCHI et al., 2008). Outro grupo de enzimas com elevada aplicação biotecnológica é o das proteases. As proteases são enzimas que catalisam a hidrólise de proteínas, possuem ampla variedade de aplicações, estando entre os três maiores grupos de enzimas industriais. Constituem um dos mais importantes grupos de enzimas industriais e têm aplicação em diferentes indústrias, como de alimentos, bebidas, têxtil, farmacêutica e de detergentes. Na indústria de alimentos, a protease provoca a degradação de proteínas pela hidrólise das ligações peptídicas e esta reação é importante na preparação de uma grande variedade de produtos alimentícios processados. O interesse científico em proteases e suas ações em diferentes proteínas dos alimentos não somente podem resultar em melhores produtos, mas também estimulam o desenvolvimento de um grande número de novas aplicações para as proteases na produção de alimentos e seus ingredientes (MELO et al., 2009). A atual proposta visa a ampliação e caracterização do acervo da Micoteca URM através de uma abordagem polifásica, sobretudo o aumento do número de amostras fúngicas que terão regiões do seu DNA sequenciado pela plataforma multiusuária de Genômica e Expressão Gênica do Centro de Ciências Biológicas da UFPE na forma de serviço 11 tecnológico. O sequenciamento do DNA das amostras torna-se uma excelente ferramenta por ser uma técnica com elevada precisão na identificação das espécies. Compondo a abordagem polifásica, as análises morfológicas e moleculares serão integradas às análises por MALDI TOF-MS. Além da ampliação e caracterização do acervo, com esta proposta pretende-se a manutenção da ISO 9001/2008, que está em implementação com previsão da obtenção da certificação em dezembro de 2012, com apoio do projeto Multiusuário APQ-0290-2.12/10 do Edital FACEPE 07-2010. c) Descrição das condições atuais de utilização do acervo, inclusive quanto ao número e diversidade de pesquisadores/grupos/instituições usuárias e disponibilidade de acesso por pesquisadores de outros grupos/instituições de pesquisa Como uma coleção que foi fundada em 1954, as culturas do acervo da micoteca URM deve está em contínua reativação e autenticação taxonômica. A Micoteca URM disponibiliza culturas de fungos para diversos pesquisadores de Pernambuco e de outros estados do Brasil, pesquisadores de diversas instituições de ensino, pesquisa e do setor privado do país utilizam culturas do acervo desta coleção, dentre as instituições podemos citar: Laboratório de Biocontrole Farroupilha LTDA-RS, Laboratório de Análises e Pesquisas Clínicas Carbélia-PR; Universidade Federal de Alagoas, Centro de Tecnologias Estratégicas de Pernambuco (CETENE), Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco (Campus Recife, Garanhuns e Serra talhada), LAMEN – Garanhuns/PE, Laboratório de Controle Biológico – Maceió/AL, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami-LIKA, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – SP, Centro de Tecnologia de Análises LTDA. Vitória-ES, Hospital das Clínicas- UFPE, Hospital Veterinário da UFRPE, UNICHAPECÓ, Universidade Federal de São Paulo, Universidade do Vale do Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Estadual de Minas Gerais, BioRJ Produtos Biológicos e Científicos LTDA, Laboratório Químico e Farmacêutico Nikkho do Brasil LTDA, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade Federal de Campina Grande, Faculdade Pernambucana de Saúde, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Instituto de Medicina Integral de Pernambuco, Escola de Engenharia de Lorena (USP), Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (USP), Universidade Estadual de Montes Claros(UNIMONTES), Hospital Otávio de Freitas (Recife), Biotech- Maceió –AL, Instituto de Botânica de São Paulo, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do Pampa, Universidade Estadual de Mato Grosso, Universidade Federal da Paraíba, 12 Universidade Federal de Sergipe, UNAERP/SP, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, EMBRAPA Jaguariúna - SP, FEJAL / CESMAC – AL, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – SP, Coleção do Departamento de Parasitologia da Universidade Federal do Amazonas – DPUA, Universidade Estadual de Maringá-PN, Universidade de Brasília, Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul, LAF-NUCT Campus São Cristovão, Universidade Federal de Viçosa, Associação Caruaruense de Ensino Superior e Claeff Engenharia e Produtos Químicos LTDA. Camaragibe-PE. Os pesquisadores estão listados em uma tabela no ítem do relatório ao final deste texto. A Micoteca URM disponibiliza também culturas para o desenvolvimento projetos de pesquisa, de iniciação científica, monografias de conclusão de curso de graduação e especialização, dissertações e teses, gerando diversas publicações em periódicos nacionais e internacionais, contribuindo com a formação de recursos humanos especializados. Cursos que a Micoteca URM atende com o fornecimento de culturas: Cursos de Graduação: Instituição: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Bacharelado em Ciências Biológicas Bacharelado em Biomedicina Bacharelado em Ciências Biológicas-Ciências Ambientais Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Medicina Veterinária – Unidade Acadêmica de Garanhuns(UAG) Engenharia de Pesca – Unidade Acadêmica de Serra talhada (UAST) Zootecnia – UAG e UAST Agronomia – UAG Engenharia de Alimentos – UAG Programas de Pós-graduação: Instituição: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Biologia de Fungos Ciências Biológicas Bioquímica e Fisiologia Ciências Farmacêuticas 13 Biotecnologia Inovação Terapêutica Genética e Biologia celular Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Biociência Animal Fitopatologia Química Biociência Animal Química Biologia Aplicada à Saúde Química Produção Agrícola/UAG Rede Nordeste de Biotecnologia- RENORBIO. Disponibilidade de acesso por pesquisadores de outros grupos/instituições de pesquisa Uma das metas deste projeto é continuar o apoio a implantação de um laboratório de micologia na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), da Universidade Federal de Pernambuco (UFRPE), consolidação a formação de novo grupo de pesquisa em micologia nesta unidade, que não tem Pós-Graduação na área. Os professores desta unidade envolvidos neste projeto, foram recentemente contratados pela UAST são André Luiz Cabral Monteiro de Azevedo Santiago e Cynthia Costa, ex-alunos do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos do Departamento de Micologia da UFPE. A implementação do acervo também atenderá a outros pesquisadores de diversas instituições de Pernambuco e do país, e proporcionará um melhor atendimento aos atuais usuários. d) Descrição das condições e mecanismos específicos que se pretende implantar para a disponibilização do acervo de interesse científico à comunidade de pesquisadores, inclusive de outras instituições Utilização de novas técnicas de identificação de fungos filamentos e leveduras, como a técnica com a biologia molecular incluindo sequenciamento de regiões do genoma das espécies novas e das que a taxonomia clássica não seja suficiente para identificar ao nível de 14 espécie. Desta forma, serão disponibilizadas culturas do acervo da Micoteca URM, com identificação mais precisa para pesquisadores do Estado e do país; Implantação de um setor na Micoteca URM para amplificação de regiões do DNA de culturas do acervo, pois o Laboratório de Biologia Molecular do Depatamento de Micologia, está sobrecarregado, tornando o tempo longo para análises das amostras; Compondo uma abordagem polifásica para identificação e autenticação das espécies do acervo da Micoteca URM será também utilizada a técnica do MALDI TOF-MS; Implantar e disponibilizar on line no site da Micoteca URM (www.ufpe.br/micoteca) um banco de imagens de culturas de fungos pertencentes ao acervo desta coleção, com as imagens de culturas de fungos obtidas por microscopia óptica de luz e eletrônico de varredura; Manutenção do Sistema de Gestão Laboratorial baseado na ISO 9001:2008, previsto para ser implantado na Micoteca URM, em dezembro de 2012, com o apoio do Projeto FACEPE Multiusuário do Edital 07/2010, e ISO 17025 previsto para ser implantado na Micoteca URM, em outubro de 2013, com o apoio do Convênio FINEP: 01.08.0392.00, através auditorias e assessorias semestrais por empresas especializadas; Dar continuidade ao apoio a implantação de um laboratório de micologia na Unidade Acadêmica de Serra Talhada-PE, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com a aquisição de materiais de consumo e de equipamentos necessários. Com isto, pretendese ampliar os estudos em taxonomia de fungos do semi-árido e aumento do acervo da Micoteca URM com estes isolados. Esta atividade foi iniciada com o apoio do Projeto FACEPE Multiusuário do Edital 07/2010; Provável geração de processos e produtos passíveis de obtenção de patentes com o acervo da coleção; Implementação na rotina, o fornecimento também de culturas liofilizadas, para diminuir o tempo entre a solicitação do interessado e a entrega da(s) amostra(s) de fungo(s), proporcionando assim um atendimento mais rápido, seguro, preciso e de menor custo. Disponibilização pela Micoteca URM de um maior do número de culturas do acervo produtoras de enzimas com aplicações biotecnológicas diversas, podendo ser utilizadas por outros pesquisadores e pelo setor industrial. e) Objetivos e metas a serem alcançados Ampliar o número de amostras de fungos pertencentes ao acervo da Micoteca URM, autenticadas taxonomicamente através do sequenciamento de regiões do DNA; 15 Ampliar o acervo da Micoteca URM através de coleta e isolamento e recebimento de fungos filamentosos e leveduras de outros pesquisadores, isolados de diversos ambientes, substratos e hospedeiros; Implantar na rotina, o fornecimento também de culturas liofilizadas; Implantar na Micoteca URM, um setor para extração e amplificação de regiões do DNA de culturas do acervo; Aumentar o número de amostras de fungos fornecidas a pesquisadores e outros interessados; Identificar até o nível de espécie culturas de fungos filamentosos recém isoladas, através de uma abordagem polifásica; Caracterizar o secretoma de30 isolados de Fusarium solani pertencentes ao acervo da Micoteca URM, utilizando uma abordagem LC-MS; Reativar e revisar taxonomicamente culturas de interesse biotecnológico do acervo da Micoteca URM, por abordagem polifásica; Implantar e disponibilizar on line no site da Micoteca URM (www.ufpe.br/micoteca) um banco de imagens de culturas de fungos pertencentes ao acervo desta coleção, obtidas por microscopia óptica de luz e de varredura; Caracterizar e disponibilizar para outros pesquisadores culturas de fungos filamentosos e leveduras produtoras de enzimas de interesse biotecnológico, como lipase, L-asparaginase, tanase, xilanase, celulase, pectinase, amilase e protease, assim como com atividade antimicrobiana; Colaborar na formação de recursos humanos nas áreas de taxonomia de fungos e biotecnologia; Manter e implantar novas parcerias nacionais e internacionais; Manter um Sistema de Gestão Laboratorial baseado nas Normas ISO 9001:2008 e ISO 17025:2005; Divulgar as atividades desenvolvidas pela Micoteca URM em eventos, reuniões e artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. Metas Acervo da Micoteca URM ampliado em 5% do total de acesso atual até a conclusão do projeto; Aumento em 20% do fornecimento de amostras do acervo da Micoteca URM; 16 Aumento do número de culturas de fungos reativadas e autenticadas taxonomicamente, em cerca de 200 culturas, de dezembro de 2013 a novembro de 2014; Implantação do fornecimento de culturas de fungos liofilizadas a partir de junho de 2013; Implantação na Micoteca URM de um setor para extração e amplificação de regiões do DNA de culturas do acervo até o final do projeto; Isolamento e identificação por taxonomia clássica, cerca de 1000 culturas de fungos filamentosos e leveduras a partir de janeiro 2013 até outubro de 2013; Caracterização molecular de aproximadamente 100 amostras de Aspergillus e Penicillium e 65 culturas de Mucor do acervo da Micoteca URM, de março de 2013 a março de 2014; Sequenciamento de cerca 100 de fragmentos amplificados da região ITS do rDNA do gen calmodulina e β tubulinina, de culturas de fungos do acervo da Micoteca URM, de março de 2013 a setembro de 2014; Deposito no GenBank de cerca de 200 sequências dos táxons estudados, até novembro de 2014; Identificação cerca de 100 culturas de fungos utilizando também a técnica do MALDI TOF MS de março de 2013 a outubro de 2014; Conhecimento do secretoma de 50 isolados de F. solani pertencentes ao acervo da Micoteca URM, utilizando uma abordagem LC-MS até o final do projeto; Caracterizção qualitativa cerca de 100 culturas de fungos do acervo da Micoteca URM quanto a produção de enzimas, , assim como com atividade antimicrobiana até novembro de 2014; Disponibilização de cerca de 200 culturas caracterizadas por abordagem polifásica e quanto à produção de enzimas, assim como com atividade antimicrobiana na conclusão do projeto; Manutenção do Sistema de Gestão Laboratorial ao final do projeto; Formação de cerca de 20 alunos e profissionais nas áreas de taxonomia de fungos e biotecnologia ao longo do projeto; Publicação de cerca de 100 resumos em eventos e 10 artigos em revistas nacionais e internacionais. 17 f) Metodologia a ser empregada; 1. Ampliação do acervo da Micoteca URM 1.1. Coletas e isolamento de espécies de Zygomycetes, Aspergillus e Penicillium presentes em solo de áreas de Caatinga de municípios de Pernambuco Serão realizadas coletas de amostras de solo de áreas de Caatinga nos municípios de Buíque, Ibimirim, Serra Talhada e Tupanatinga. Em cada área serão distribuídos aleatoriamente 5 quadrantes de 25m2 (5x5m) respeitando uma distância mínima de 10m entre si. Em cada quadrante serão coletadas seis subamostras de solo em pontos equidistantes a uma profundidade de 0-20 cm, totalizando 5 amostras. As amostras de solo serão coletadas, com auxílio de uma pá de jardinagem, acondicionadas em sacos plásticos etiquetados, conservadas em caixas de isopor com gelo e encaminhadas para manipulação no laboratório de pesquisa da Micoteca URM. Para o isolamento, uma suspensão do solo coletado será feita segundo o método de Clark (1965) modificado, até a obtenção das diluições 1:1000 e 1:10000. De cada diluição, 1 mL será semeado em triplicata na superfície dos meios: ágar Sabouraud, pH 5,5 acrescido de cloranfenicol (80μg/L) e rosa bengala (0,05ml/L) e em ágar dichloran glycerol (DG- 18) (HOCKING E PITT, 1980) que favorece o desenvolvimento de fungos xerofílicos, contidos em placas de Petri em triplicata. As placas permanecerão à temperatura ambiente (28 ºC ± 1 ºC) e o crescimento das colônias será acompanhado por até 72 horas. Após purificação, os isolados serão transferidos para meios específicos (BENNY, 2008, LACAZ et al., 2002) para posterior identificação. 1.2. Coletas e isolamento de fungos endofíticos da catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tui.) em área de Caatinga O material vegetal será transportado ao Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e processado em até 24 horas. De cada planta, serão retirados 15 fragmentos de cerca de 1cm2, perfazendo 45 fragmentos em cada amostra vegetal (indivíduo). Serão inoculados cinco fragmentos em cada placa de Petri, totalizando 81 placas para cada coleta. O material vegetal será desinfestado de acordo com Araújo et al. (2002). Após a desinfestação, os fragmentos serão transferidos assepticamente para a superfície do meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA) suplementado com antibióticos (cloranfenicol e tetraciclina), para suprimir o crescimento bacteriano. As placas de Petri serão incubadas a 30ºC por até 30 dias, verificadas diariamente e qualquer colônia de fungo presente será isolada, purificada e mantida em BDA para posterior identificação. Para verificar a eficácia da 18 desinfestação alíquotas da última água de lavagem (1 mL), serão inoculadas no mesmo meio contido em placas de Petri, seguindo as mesmas condições de incubação. 1.3. Coletas e isolamento de leveduras presentes no mel de abelhas sem ferrão e dos frutos de plantas da Caatinga Será coletado o mel das abelhas sem ferrão: mandaçaia (Melipona mandacaia), mandurí (Melipona marginata), cupira (Patarmonia cupira) e canudo (Scaptotrigona postiça). As coletas serão realizadas entre janeiro e dezembro de 2013 em uma área de Caatinga e outra urbana, ambas localizadas no município de Serra Talhada/PE, Brasil. Conforme recomendado por Gilliam, Roubik e Lorenz (1990) e Souza et al. (2009), amostras de 1mL de mel serão obtidas por meio de sucção com seringa descartável diretamente nos potes fechados de armazenamento das colmeias das abelhas. Antes da retirada da alíquota para análise, os potes de mel serão previamente higienizados externamente com água destilada e álcool 70% segundo Gilliam, Roubik e Lorenz (1990) para retirada de sujeiras e microrganismos externos. Todas as amostras serão etiquetadas e acondicionadas em caixa isotérmica para o transporte e processamento no laboratório de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST) para isolamento dos micro-organismos. Em seguida as culturas puras, serão identificadas na Micoteca URM. As leveduras serão isoladas por meio do plaqueamento em superfície seguindo as recomendações de Vargas (2006) e incubadas por 5-8 dias a 35º C ± 3°C. As colônias serão purificadas e analisadas quanto às características morfológicas e repicadas para tubos contendo meio ágar Sabouraud acrescido de 0,2mg/L de clorafenicol, incubadas a 30º C por 48 h e em seguida estocadas sob refrigeração para posterior identificação. 2. Reativação de fungos do acervo da Micoteca URM Para reativação, as culturas serão transferidas para Caldo Glicosado (LACAZ et al., 2002) e mantidas à 28ºC por três dias. Após crescimento, serão transferidas para o meios de cultura específicos, contidos em tubos de ensaio e posteriormente mantidas à mesma temperatura. Para autenticação taxonômica das culturas, serão observadas as características macroscópicas, tais como: coloração, consistência e diâmetro das colônias e, microscópicas como: estruturas somáticas e reprodutivas, sendo estas últimas observadas através do cultivo sob lamínula (DALMAU, 1929) utilizando o meio Ágar Czapeck, onde serão semeados 19 fragmentos da colônia em dois pontos eqüidistantes da placa, cobrindo-os com lamínulas esterilizadas e incubados a 28ºC. Após aproximadamente 7 dias, será removida a lamínula do cultivo e colocada sobre uma lâmina de microscopia, contendo uma gota de corante Azul de Aman para posterior observação das microestruturas sob microscópio de luz 3. Identificação e autenticação de culturas de fungos 3.1 Fungos filamentosos Taxonomia clássica Para a identificação através de taxonomia clássica de todas as amostras de fungos serão observadas características macroscópicas (coloração, aspecto e diâmetro das colônias) e microscópicas (microestruturas somáticas e reprodutivas). A identificação será realizada através de literatura específica, como: Benny (1982), Domsch (1993), Hesseltine & Fennel (1995), Jacobs & Botha (2008), Klick e Pitt (1988); Klich (2002), Mehrotra & Mehrotra (1979, 1978), Mirza et al. (1979), Pitt (1991), Raper e Thom (1949), Samson e Frisvad (2004), Schipper (1978, 1984, 1990), Subrahamanyam (1983), dentre outros. Visualização de microestruturas de culturas de fungos por Microscopia Óptica de varredura (MEV) Características microscópicas de cerca de 100 amostras de fungos serão também observadas também por MEV no CETENE. As amostras serão armazenadas a 5 ºC em estufa BOD por 24 h, sendo em seguida processadas segundo a metodologia adaptada de Kitajima & Leite (1997). Caracterização Molecular Cerca de 200 amostras de fungos serão selecionadas para a caracterização molecular. Estas amostras serão àquelas cuja identificação por taxonomia clássica não seja conclusiva e as prováveis espécies novas. As atividades de amplificação do DNA serão realizadas no Departamento de Micologia, Micoteca URM, UFPE. Extração do DNA genômico e amplificação da Região ITS do rDNA A extração do DNA genômico será realizada de acordo com O’DONNELL (1979) e KURAMAE-IZIOKA et al. (1997). A massa micelial será triturada na presença de nitrogênio líquido e o micélio colocado em tubos de Eppendorf de 1,5 mL. Serão adicionados 700 µL do tampão de extração (tris-HCl 1M; pH 8,0; NaCl 5M; EDTA 0,5 mM; pH 8,0; dodecil sulfato 20 de sódio 10%) previamente aquecido a 65°C. As amostras serão incubadas em banho-maria a 65°C, por 30 minutos, e agitadas, levemente, a cada 10 minutos. Em seguida, serão adicionados 500 µL de acetato de potássio (5M), procedendo-se a homogeneização, incubação no gelo por 30 minutos e centrifugação a 14500g por 10 minutos. Retirado o sobrenadante, um volume da solução clorofil (clorofórmio/álcool isoamílico na proporção de 24:1), será adicionado, seguido de centrifugação a 14500g por 10 minutos. Após a centrifugação, o sobrenadante será transferido para novos tubos, aos quais será adicionado um volume de isopropanol absoluto resfriado a 4°C. Após inversão dos tubos por várias vezes, os mesmos serão centrifugados para precipitação do DNA, descartando-se o sobrenadante em seguida. O “pellet” será lavado com etanol 75%, e as amostras submetidas à centrifugação a 14500g por 10 minutos. Após secagem em temperatura ambiente, o DNA será ressuspendido em 70 µL de tampão TE (Tris-HCl 1M e EDTA 0,5M; pH 8,0), e a suspensão de DNA será armazenada a -20°C até o momento do uso. Amplificação das regiões ITS 1 e ITS2, gens B-tubulina e calmodulina Caso ocorram novos táxons ou dificuldade na identificação de algumas espécies, as mesmas serão analisadas pela amplificação e sequenciamento das regiões ITS1 e ITS2 do rDNA, gens B-tubulina e calmodulina. O DNA total será extraído segundo Kuramae Itioka (1997). As regiões ITS1 e ITS2 serão amplificadas utilizando os primers ITS 1 e ITS 4, como descrito por Varga et al. (2000) e White et al. (1990). A amplificação parcial do gen β tubulina será realizada utilizando os primers Bt2a e Bt2b, segundo Glass e Donaldson (1995) e Samson et al. (2004). A amplificação parcial do gen calmodulina será feita como descrito por Serra et al. (2006). Um ou dois representantes, de cada gênero, com taxonomia clássica confirmada, serão utilizados como controle e analisados molecularmente. Culturas de Zygomycetes- Amplificação das regiões ITS 1 e ITS2 Serão amplificadas e sequenciadas regiões ITS1 e ITS2 do rDNA de 65 culturas de Mucor estocadas na Micoteca URM, bem como as culturas pertencentes ao filo Zygomycetes que estejam sendo incorporadas à Coleção e apresentem dificuldade de identificação por taxonomia clássica, ou sejam prováveis espécies novas. O DNA extraído será usado como molde para as reações de PCR usando os primers ITS1 e ITS4 (White et al. 1990). As reações de amplificação serão realizadas em um volume final de 50 µl, contendo75 mM Tris-HCl pH 8,8, 200 mM (NH4)2SO4, 0.01% Tween 20, 2 mM MgCl2, 200 µM de cada dNTPs, 1 µM de cada primer e 2 unidades de TaqTM DNA polimerase (Fermentas, Maryland, USA) e 25ng de 21 DNA; os parametros de ciclagem serão 5 minutos a 94°C, 40 ciclos de amplificação com desnaturação a 94°C por 30 segundos, anelamento a 59°C por 30 segundos, elongação a 72°C por 1 minuto e extensão final a 72°C por 30 segundos. Os produtos de amplificação do locus ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA serão separados por eletroforese em gel de agarose 1,4% a 3 V/cm em tampão de corrida TBE 0,5X, pH 8,0, utilizando-se marcador de peso molecular 100pb (“Invitrogen Life Tecnologies”), corado em solução de brometo de etídio por 30 minutos e visualizado em trans-iluminador de luz ultravioleta. Para espécies de outros gêneros, será utilizada a metodologia específica com base em literatura especializada. Purificação do DNA e sequenciamento das regiões amplificadas O DNA amplificado será purificado no Depto. de Micologia/UFPE utilizando-se o “PureLink PCR Purification Kit” (Invitrogen) e seqüenciado diretamente ou clonado com o “CloneJETTM PCR Cloning kit” (Fermentas; Carlsbad, USA), seguindo instruções do fabricante, e sequenciado. As análises de sequenciamento de DNA serão realizadas na plataforma multiusuária de Genômica e Expressão Gênica do Centro de Ciências Biológicas da UFPE na forma de serviço tecnológico. Com isso, dados moleculares de alta qualidade e com muita rapidez serão gerados e comporão a plataforma de taxonomia polifásica da Micoteca URM. Análise filogenética Inicialmente as sequências das amostras serão comparadas às estocadas no “GenBank”, a partir do BLASTn, para confirmação genética dos táxons estudados.As sequências obtidas serão alinhadas com outras recuperadas do GenBank, usando o programa ClustalX (Larkin et al. 2007) e editadas com o BioEdit (Hall 1999). Antes da análise filogenética o modelo de substituição nucleotídica será estimado usando-se Topali 2.5 (Milne et al. 2004). A Análise de máxima verossimilhança (1.000 bootstraps) será realizada com PhyML (Guindon & Gascuel 2003) a partir do programa Topali 2.5, usando o modelo de substituição nucleotídica selecionado previamente. A análise de neighbor-joining e máxima parcimônia (com 1.000 bootstraps cada) será executada a partir do PAUP*4b10 (Swofford 2003). 22 Caracterização das culturas de Aspergillus, Penicillium e Fusarium por MALDI-TOF MS As culturas serão crescidas por três dias em meio líquido e em seguida lavadas com água destilada e liofilizadas. O micélio seco de cada uma das culturas será transferido como uma película fina para o aço inoxidável modelo do MALDI e em seguida misturado com 1 µL da solução matriz do MALDI (10mg/ml de ácido 2,5-di-hidroxibenzóico em água/acetonitrila (1:1), com 0,03 % de ácido trifluoroacético). Após essa mistura cada amostra será seca a temperatura ambiente e as análises realizadas utilizando o MALDI-TOF MS com um laser de nitrogênio a 337 nm (Voyager DE-PRO, Applied Biosystems, Foster City, CA) de modo linear. Durante o tempo de separação das proteínas ocorrerá os picos a uma precisão de massa de pelo menos 200 ppm. Rotineiramente o intervalo de massas é de m/z = 2000-20000 Da (KALLOW et al., 2006). Escherichia coli DH5alfa será utilizado para a calibração externa. O banco de dados será o SARAMIS (Spectral Archiving and Microbial Identification System), onde será feita a comparação dos espectros. (KALLOW et al., 2006). O secretoma de F. solani será analizado por uma abordagem LC-MS de acordo com Brown et al., (2012). Proteínas secretadas a partir de meios líquidos serão concentradas através de precipitação com acetona, digerida com tripsina e analisada por LC-MS num espectrómetro de massa. Serão comparados secretomes entre estirpes de F. solani para identificar péptidos estirpe-específicos que podem ser utilizados para analisar as estirpes usando uma abordagem mais simplificada com MALDI-MS. Análises ecológicas das comunidades de fungos isolados As comunidades de fungos serão avaliadas em termos quantitativos e qualitativos a partir de dados populacionais (frequência de ocorrência, abundância relativa) e sua estruturação, analisada por meio de índices ecológicos (riqueza e diversidade). Serão estimadas a frequência de ocorrência (Fi) das espécies e a abundância relativa. As abundâncias relativas das espécies serão classificadas como: < 0,5% = rara, ≥ 0,5 < 1,5% = ocasional, ≥ 1,5 < 3,0% = comum, ≥ 3,0% = abundante (Schnittler e Stephenson, 2000). A riqueza de espécies será avaliada como uma relação entre o número de espécies observadas e o tamanho da amostra. Para o cálculo da diversidade será utilizado o índice de diversidade de Shannon-Wiener. A comparação dos estimadores de riqueza ou diversidade será feita através de ANOVA 2-fatores (setor x área). 23 Análises das propriedades físico-químicas das amostras de solo As propriedades físico-químicas das amostras de solo, serão determinadas por um laboratório credenciado. Serão analisadas as seguintes propriedades: matéria orgânica (M.O), pH, fósforo (P), Nitrogênio (N), Carbono (C), Magnésio (Mg), Potássio (K), Alumínio (Al), Sódio (Na), Enxofre (S), cálcio (C), cobre (Cu), ferro (Fe). 3.2 - Leveduras Identificação e autenticação taxonômica de culturas do acervo da Micoteca URM As culturas serão, identificadas e autenticas de acordo com os critérios taxonômicos clássicos (características macroscópicas, microscópicas e fisiológicas) e moleculares. A morfologia das células vegetativas crescidas em meio líquido e sólido, a formação de pseudomicélio, micélio verdadeiro e clamidosporo serão realizadas de acordo com Lodder (1970); a formação de balistosporos segundo Carmo-Souza; Phaff (1962). Para observação das características dos ascos e ascósporos, as amostras serão cultivadas em ágar Gorodkowa a 25±3 ºC por 15 dias (BARNETT et al., 2000). Os testes de fermentação (zimograma) e assimilação (auxonograma) de fontes de carbono e nitrogênico (Zimograma), serão realizados segundo Barnett et al. (2000). Para identificação serão também observados os demais testes: requerimento vitamínico (crescimento em meio isento de vitamina), crescimento em meio de alta pressão osmótica, em elevadas temperaturas, produção de ácido, etecção da presença extracelular de componentes amiloides e hidrólise da uréia (LODDER, 1970; BARNETT et al., 2000). 4. Caracterização de culturas de fungos da Micoteca URM quanto à produção de enzimas 4.1 Seleção de Culturas de Aspergillus com potencial para produção de lipases Serão avaliadas 18 espécies de Aspergillus (A. caepitosus, A. awamori, A. niveus, A. niger, A. variecolor, A. melleus, A. flavus, A. sclerotiorum, A. parasiticus, A. versicolor, A. fumigatus, A. japonicus, A. stromatoides, A. candidus, A. sydowii, A. ocraceus, A. duricaulis, A. terreus). Discos de 5 mm de diâmetro das culturas serão transferidos para o centro da placa de Petri com meio de cultura proposto por SIERRA (1957), ajustado o pH para 7,4. As culturas serão incubadas a 37ºC e 28ºC, e observadas durante 24, 48, 72 e 96 horas, para detecção de um halo claro em torno das colônias indicativo de atividade lipolítica. A seleção 24 será realizada em triplicata. O Índice Enzimático (IE) será expresso pela medida da relação entre o diâmetro do halo e o diâmetro do crescimento da colônia segundo Hankin et al. (1971) e Hankin e Anagnostakis (1975). As espécies que apresentarem halo de degradação serão selecionadas para avaliação quantitativa da produção de lipase através de Fermentação em Estado Sólido, utilizando resíduo de licuri, Syagrus coronata (Martius) Beccar como substrato, fornecido pela COOPERLIC – Cooperativa de Colhedores e Beneficiadores de Licuri - Caldeirão Grande, Bahia. As fermentações serão realizadas em frascos Erlenmeyers de 250 mL, 10 g de resíduo umedecido com tampão fosfato 0,1 mol/L contanto que a umidade inicial seja 40 %, pH 7,0. Os frascos serão esterilizados em autoclave, resfriados e inoculados com 1 mL da solução de esporos na concentração 5x108 esporos/mL e incubados 30°C por 120 horas. Para obtenção do extrato bruto, em cada 24 h serão retirados três frascos para extração da enzima e dosagem da atividade enzimática. Em cada frasco serão adicionados 50 mL de água destilada esterilizada com 0,01% de Tween 80 e mantidos em agitador rotativo (Shaker) a 150 rpm durante 10 minutos. A enzima bruta do material fermentado será extraída por filtração direta usando em papel de filtro (CELAB 22,15 micra). Os filtrados serão distribuídos em tubos Falcon de 50 mL e preservados em 4°C para futuras análises (SABU et al., 2005) e será considerado como extrato enzimático bruto. 4.2 Seleção de Culturas de Trichosporon com potencial para produção de lipases Serão utilizadas 20 culturas de Trichosporon, preservadas sob óleo mineral na Micoteca URM de 1954 a 2010. Cada cultura será transferida para frascos de Erlenmeyer de 250 mL contendo os seguintes meios de cultura: Meio I- composto por 1% (v/v) de óleo de oliva (industrial) adicionado de 0,5% (p/v) extrato de levedura, pH 6,5 e Meio II- contendo 1% (v/v) de óleo de mamona (artesanal) adicionado de 0,5% (p/v) extrato de levedura, pH 6,5. Os meios de cultura serão esterilizados a 120ºC durante 15 minutos, resfriados e inoculados com disco de 5 mm obtidos a partir da colônia central e incubados em agitador orbital a 160 rpm a 30ºC por 96 horas. O meio fermentado será filtrado utilizando papel de filtro (CELAB). Serão estudados os parâmetros como: temperatura, pH, concentração de extrato de levedura e concentração de óleo, utilizando um planejamento fatorial completo (24). Será utilizado para o Meio I óleo de oliva (10% m/v) e Meio II óleo de mamona (10% m/v) como substratos para dosagem da enzima, os quais serão emulsionados por três minutos com goma arábica (5% p/v) em água destilada. A 5 mL desta emulsão será adicionado 1 mL do extrato enzimático bruto, incubado por 1 hora a 37ºC, posteriormente titulados com uma solução de NaOH (0,05 M) segundo Watanabe et al. (1977). 25 4.3 Seleção de fungos com potencial para produção de L-asparaginase Serão testadas 50 culturas de fungos estocadas na Micoteca URM. Todos os isolados de fungos endofíticos serão cultivados em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA) durante 7 dias. Discos de 5 mm de micélio serão transferidos para placas de Petri contendo o meio ágar Czapek Dox’s modificado (ACDM) (SAXENA; SINHA, 1981). O ensaio em placa de ágar será utilizado para selecionar os fungos produtores de L-asparaginase. O meio ACDM será composto por glicose (2,0 g/L), L-asparagina (10,0 g/L), KH2PO4 (1,52 g/L), KCl (0,52 g/L), MgSO4.7H2O (0,52 g/L), CuNO3.3 H2O (0,001 g/L), ZnSO4.7H2O (0,001 g/L), FeSO4.7H2O (0,001 g/L), pH 6,2 e suplementado com vermelho de fenol (0,009% concentração final) que será utilizado como indicador de produção de L-asparaginase. Placas de ACDM sem asparagina serão utilizadas como controle. Todas as placas serão incubadas a 30 °C por cinco dias. O raio da zona cor-de-rosa e o diâmetro da colônia serão mensurados após a incubação. A zona cor-de-rosa indica a capacidade de produção de L-asparaginase pelo fungo (GULATI et al., 1997; THEANTANA et al., 2007). 4.4 Seleção de culturas de Aspergillus e Penicillium com potencial taninolítico, celulolítico e xilanolítico Culturas de Aspergillus e Penicillium serão repicadas para o centro do meio agar Czapek, modificado pela substituição da sacarose por 10 g/L de ácido tânico (C76H42O56), contido em placas de Petri, sendo incubadas em estufa a 30°C por 72h. Após a incubação, a aparência das colônias e tamanho do halo em torno das colônias será determinada (MURUGAN et al., 2007). As culturas que apresentarem halo de degradação do ácido tânico serão selecionadas para avaliação quantitativa da produção de tanase através de fermentação em estado sólido, utilizando folhas da mangueira (Mangifera indica L.) como substrato, preparadas segundo Trevino-Cueto et al. (2007). Em frascos tipo Erlenmeyers de 125 mL será adicionado 5.0 g de folhas da mangueira previamente tratadas e 5 mL de solução de sais na composição (g/L): KH2PO4, 1.0 g; NH4NO3, 5g, NaCl 1g, MgSO4.7H2O 1g e ácido tânico 40g (Figura 01). O pH será ajustado para 5.5. Os frascos contendo as folhas serão esterilizados a 121°C durante 20 min. Os frascos serão inoculados com 1 mL da solução de esporos na concentração 5x108 esporos/mL e incubados a 30°C em estufa BOD. Após 120h de fermentação, em cada frasco serão adicionados 50 mL de água destilada esterilizada com 0,01% de Tween 80 e mantidos em agitador rotativo (Shaker) a 150 rpm durante 10 minutos. Em seguida o material fermentado será submetido a filtração direta usando em papel de filtro 26 (CELAB 22,15 micra). O filtrado de cada frasco será considerado extrato bruto enzimático e preservado em 4°C para futuras análises (SABU et al., 2005). 4.5 Seleção de culturas de fungos quanto a produção de L-aparaginase Um disco de 5 mm de micélio das culturas de fungos cultivados em cada placa de Petri contendo o meio de cultura BDA serão usados como inóculo em frascos de Erlenmeyer (250 mL) contendo 50 mL de Czapex Dox’s modificado (CDM). Os fracos de Erlenmeyer serão incubados a 30 ° C em agitador rotativo a 120 rpm durante 5 dias. Após esse período, as culturas serão filtradas utilizando papel de filtro Whatman nº 1 e centrifugadas a 6000 rev min-1 por 15 min. 4.6 Seleção de culturas de Mucor e Penicillium com potencial proteolítico As linhagens serão replicadas no Meio seletivo para protease (meio básico modificado) para classificar os possíveis produtores da enzima protease. O meio utilizado será o proposto por Couri & Farias (1995), tendo por leite desnatado ou gelatina 10,00 (g/L) como substrato, pH 4,5. A inoculação de cada espécie será realizada em triplicata a 30ºC por 96 horas. As espécies selecionadas como produtoras de protease serão inoculadas no meio de produção. Em meio MS-2 para a produção dos metabólitos, descrito por Porto et al. (1996) composto por farinha de soja 4,0% (p/v) dentre outros, pH inicial 7,0, por 48, 72 e 96 horas a uma temperatura de 30oC. As condições serão modificadas e analisadas para otimizar a produção da enzima. Outros constituintes como a milhocina, entrecasca da mandioca e a palma forrageira serão avaliados como fonte de nitrogênio e/ou carbono para o crescimento da espécie selecionada. 4.7 Detecção de Atividade Pectolítica Para detecção pectinolítica será inoculado 2 µL de uma suspensão contendo 107 esporos previamente padronizada. O teste será realizado na superfície de placas contendo meio sólido (1,25% cítrico pectina, potássio fosfato 50mM pH 5,5, 6.7g / L extrato levedura, 0,2% e 1,5% ágar glicose). Após quatro dias de crescimento a 25ºC, será vertida sobre as placas uma solução com 0,05% vermelho congo (Sigma C-6277) e incubadas à temperatura ambiente durante uma hora. Em seguida, a solução será removida da superfície do meio e lavada com água destilada. A atividade pectinase será evidenciada pela formação de halo claro em torno 27 das colônias em placas com pectina conforme descrito e a Zona de atividade (ZA) será calculada de acordo com a metodologia proposta por por Uenojo e Pastore (2007). 4.8 - Detecção de Atividade Amilásica Para detecção da atividade amilolítica, 2 µL de uma suspensão contendo 107 esporos do fungo a ser estudado serão inoculados no centro da superfície de uma placa de Petri contendo meio mínimo (MM), cuja composição é, em g L-1: NaNO3 (0,38), KH2PO4 (1,19), MgSO47H2O (0,50), KCl (0,50), FeSO47H2O (0,01), glicose (10), agar (20), suplementado com 2% de Tween 80 (sorbitano monolaurato), suplementado com amido solúvel 2% e pH 6,0. As placas serão incubadas a 28 ºC, por sete dias. Após esse período, as placas serão reveladas com lugol e a zona de atividade (ZA) será calculada como descrito anteriormente. (Cuzzi et al., 2011). 4.9 Métodos analíticos 4.9.1 Dosagem do conteúdo de proteínas A determinação da concentração protéica será realizada através do método de Bradford (1976) modificado, que utiliza como corante o “Coomassie Brilhant Blue”, para detectar quantidades mínimas de proteínas em líquidos biológicos. A curva de calibração será realizada a partir de soluções estoques de soroalbumina bovina (BSA). 4.9.2 Atividades enzimáticas Atividade lipásica Para quantificação da atividade lipásica das culturas de Aspergillus e Trichosporon por fermentação em estado sólido (FES) será realizada pelo método titulométrico, utilizando óleo de oliva (10% m/v) como substrato para dosagem da enzima, segundo Watanabe et al. (1977). A dosagem da atividade será realizada em triplicata e a média aritmética dos valores será utilizada para determinação do cálculo da atividade enzimática segundo a equação determinada por Leal (2000). Atividade de L-asparaginolítica A atividade de L-asparaginase será determinada do filtrado do CDM pela técnica de Nesslerização e expressas como UI mL-1, como descrito por Imada et al. (1973). As amostras serão incubadas a 37 °C por 60 minutos e depois a reação será interrompida com 100μL de 28 ácido tricloroacético (TCA) 1,5M. Dessa mistura serão retirados 100μL os quais serão adicionados a 750μL água destilada esterilizada. O reagente de Nessler será adicionado e a mistura incubada a 20 °C por 20 minutos. Todas as reações serão medidas em leitora de microplacas a 450 nm. Uma unidade de L-asparaginase será considerada como a quantidade de enzima que catalisa a formação de 1 μmol de amônia por min a 37 °C (GULATI et al., 1997; THEANTANA et al., 2007). Todas as análises serão realizadas em triplicata. Atividade taninolítica A atividade enzimática da tanase das culturas de Aspergillus e Penicillium será determinada colorimetricamente de acordo com Sharma et al. (2000) com modificações. Em tubo de ensaio, serão adicionados 0.4 mL do extrato enzimático e em seguida 0,6 mL de solução etanólica de rodanina, permanecendo em repouso por 5 minutos. Após este período, serão adicionados 0,4 mL da solução de hidróxido de potássio 0,5 N. Após três minutos, serão adicionados 8,6 mL de água destilada e após agitação, cada amostra, em triplicata, será lida em espectrofotômetro a 520 nm. O aparelho será calibrado com um tubo nas mesmas condições da amostra, porém com água destilada em substituição ao extrato enzimático. Atividade xilanolítica Para determinação da atividade xilanolítica das culturas de Aspergillus e Penicillium será utilizado xilana a 1% como substrato. Será homogeneizado 1g do substrato em 70 mL de solução 50 mM de tampão acetato de sódio, pH 5,0 a 60°C. Em seguida, a solução será aquecida até a fervura em uma chapa de aquecimento com agitação magnética. Posteriormente, a solução será resfriada em banho de água à temperatura ambiente. Após resfriada, a solução permanecerá sob agitação lenta durante 2h30 a 60°C. A solução de xilana será completada com tampão acetato de Sódio 50 mM, pH 5,0, até um volume final de 100mL. Em seguida, será utilizada uma mistura de 1,35mL de solução de xilana a 1%, logo após a estabilização da temperatura (banho-maria, 50°C por 5 minutos). Serão adicionados 0,150 mL do extrato enzimático (PEG, sal, PEG branco e sal branco). Serão transferidos 0,300mL da mistura para outro tubo de ensaio e adicionados 0,900mL de Ácido Dinitrosalicílico (DNSA) (MILLER, 1959), interrompendo a atividade da enzima para determinar os açúcares redutores totais. Tais ensaios serão realizados em triplicata. Após aquecimento dos tubos, em água fervente a 100°C por 10 minutos, os mesmos tubos serão mergulhados por alguns minutos em um recipiente com água gelada. Logo após, a leitura será realizada em espectrofotômetro a 540nm. 29 Atividade celulolítica Serão realizadas atividade de celulase total ou FPase, Atividade da CMCase e Atividade da G. A celulase total será determinada de acordo com o método proposto por Ghose (1987) utilizando tiras de papel de filtro Whatman nº1 (50 mg, 1x6 cm), recortadas e enroladas foram mergulhadas em solução de 0,5 mL do extrato enzimático com 1,0 mL de tampão citrato (50 mM, pH 5,0) contida em tubos de ensaio. A hidrólise será interrompida com a adição de 1 mL do reagente Ácido Dinitrossalicílico (DNSA) (MILLER, 1959) para quantificação do conteúdo de açúcares redutores. A absorbância das soluções será mensurada a 540 nm de comprimento de ondas, por meio de espectrofotômetro e pela confrontação da leitura óptica com uma curva de calibração, na qual a D-glucose será utilizada como padrão. A determinação da atividade da CMCase, será realizada segundo as determinações de Ghose (1987). Para a determinação da G, será utilizada a metodologia descrita por Schwan-Estrada et al (2003). Atividade Proteásica A atividade proteásica será determinada a 25ºC como descrito por Ginther (1979). O substrato protéico utilizado será a azocaseína 1% (p/v) (Sigma, St. Louis, Mo USA) diluída em solução tampão Tris-HCL 0,2 M pH 7,6, contendo 10mM CaCl2. A atividade enzimática será definida como uma unidade de atividade (U) a quantidade de enzima que produz um aumento na densidade ótica de 1.0, a 440nm no período de uma hora. 4.7.3 Avaliação da atividade antimicrobiana Os testes de avaliação da atividade antimicrobiana dos peptídeos bioativos obtidos pela hidrólise das caseínas do leite caprino pelo extrato enzimático obtido por via microbiológica e vegetal serão realizados pelo método CIM (Concentração Inibitória Mínima) conforme descrito pela norma do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) (2003). Os micro-organismos utilizados serão Enterococcus faecalis ATCC 138, Bacillus subtilis ATCC 86, Escherichia coli ATCC 224, Pseudomonas aeruginosa ATCC 416, Klebsiella pneumoniae ATCC 02 e Staphylococcus aureus ATCC 1007. As concentrações do hidrolisado testadas contra estes micro-organismos serão 250mg, 125mg, 62,5mg, 50mg, 40mg, 30mg, 20mg e 10mg e os tempos de hidrólise testados serão de 40min e 2h – 24h. 30 4.8 Design experimental e análise estatística Para análise estatística dos dados serái empregada a análise multivariada de um planejamento experimental fatorial fracionário 25. Deste fatorial, será obtido um total de 32 ensaios diferentes entre si e quatro repetições no ponto central. Através dos resultados das atividades específicas de cada enzima do complexo celulolítico (U/mL), será avaliada a resposta de cada tratamento aplicado em confronto com as variáveis e níveis relacionados: ao substrato utilizado e diferentes concentrações e às condições físicas para produção. Os componentes observados explicarão 97,53% da variação nos dados (λ > 0,97) e suas correlações. O processamento estatístico dos dados será realizado utilizando-se o programa STATISTICA (Statsoft INC, 2008). 4.9. Efeito do pH e da temperatura na atividade das enzimas O efeito do ao pH sobre a atividade lipásica será detectado pela verificação da atividade, após incubação por 1 hora, do extrato enzimático bruto a 37ºC em diferentes pHs (Tampão Citrato- fosfato 0,05 M pH 5,0-7,0 e Tampão Tris-HCL 0,05 M pH 7,0-9,0), na proporção 1:1. O efeito da temperatura será determinado utilizando o pH ótimo selecionado previamente, após incubação por 1 hora, do extrato enzimático em diferentes temperaturas com variação entre 30 a 80 ºC, com uma faixa de variação de 5 °C. Após o período de incubação, a atividade enzimática será realizada como descrita no item anterior. Todas as análises serão realizadas em triplicata. 4.10. Estabilidade das enzimas ao pH e à temperatura Para determinação da estabilidade da enzima à temperatura, o extrato enzimático será previamente incubado a temperaturas de 30º a 90ºC com variação de 10°C por 1 hora e em seguida serão submetidas à determinação da atividade lipolítica. Para determinação da estabilidade da enzima ao pH o extrato enzimático será previamente submetido à ação de diferentes valores de pH pelo uso das soluções tampões, com pH variando entre 5,0 a 8,8 por um período de 1 hora e em seguida serão submetidas à determinação da atividade lipolítica. As análises serão realizadas em triplicata. 4.11 Recuperação das enzimas com maior significância de resultados Estudos de partição da celulase em sistema bifásico aquoso PEG/Citrato 31 Nos ensaios de recuperação de tanase serão utilizados tubos de vidro graduados (15 mL) onde serão pesados os sistemas de duas fases aquosas que possuirão concentrações definidas através das curvas binodais. Os parâmetros de extração a serem estudados são: massa molar e concentração do PEG, pH e concentração do sal na extração da enzima do meio de fermentação. Para a extração da enzima, os sistemas serão preparados inicialmente com PEG de diferentes massas molares (400, 1000, 3350 e 8000 g/mol) e sal segundo Oliveira et al. (2001) e Sarubbo (2000). Planejamento fatorial para otimização da extração das enzimas Os estudos de extração serão baseados em planejamento experimental segundo Barros Neto (2002). Existem vários fatores que interferem no sistema de duas fases aquosas, e eles poderão ser analisados de tal forma que se poderá identificar o nível de significância e a interação entre estes fatores sobre o coeficiente de partição, aumento de pureza e rendimento da enzima com os respectivos erros experimentais. Para análise estatística dos resultados serão utilizadas três variáveis respostas: coeficiente de partição, aumento de pureza e rendimento. A melhor condição final de extração será definida como aquela que proporcionar a melhor combinação entre as respostas. Análise estatística A análise estatística dos resultados será realizada com o auxílio do software Statistica 6.0. 5 – Manutenção do Sistema de Gestão Laboratorial da Micoteca URM O Sistema de Gestão que está sendo implantado na Micoteca URM, é com base na Norma ISO 2001:2008 com o apoio do Projeto FACEPE Multiusuários Edital 08/2010. A previsão para a certificação é dezembro de 2012, sendo a Micoteca URM a primeira coleção de culturas a obter este certificado no Brasil. A manutenção do sistema será realizada através de auditorias internas realizadas por empresa especializada. Estas ações estão voltadas para garantir a qualidade dos serviços da coleção e será de extrema importância para atendimento a padrões internacionais e para fazer parte do Centro de Recursos Biológicos do Brasil, que está sendo implementado nas instalações do InMetro, em Xerém-RJ. 6 - Métodos de preservação dos fungos 32 Os métodos de preservação utilizados serão: óleo mineral esterilizado (Sherf, 1943) e água destilada esterilizada (CASTELLANI, 1967), liofilização (RAPER & ALEXANDER, 1945) e as espécies raras e as linhagens com potencial para produção de metabólitos de interesse biotecnológico, serão também preservadas por ultracongelamento a -80 °C (SMITH & ONIONS, 1994). 7 – Fornecimento de amostras liofilizadas do acervo da Micoteca URM Para agilizar o fornecimento de amostras do acervo da Micoteca URM, todas as amostras de fungos reativadas e autenticadas taxonomicamente serão liofilizadas em frascos de penicilina (5 mL) (RAPER & ALEXANDER, 1945). As amostras serão enviadas também nesta condição, pois algumas solicitações precisam ser atendidas com as amostras ativas em meios de cultura específicos. Acompanhando as amostras, serão enviadas instruções de reativação e manipulação. g) Descrição dos mecanismos de gerenciamento do projeto, incluindo a composição nominal e o modo de funcionamento propostos para o Comitê Gestor Propomos para gerenciamento do projeto, os nomes dos professores Erika Valente de Medeiros, Cristiano Souza Lima como membros externos a instituição proponente e as professoras Janete Magali de Araújo e Leonor Costa Maia, como membros internos da Universidade Federal de Pernambuco. Erika Valente de Medeiros é Professora Adjunta da Unidade Acadêmica de Garanhuns/UFRPE, tem Doutorado em Agronomia - Fitotecnia Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Atua nas áreas Microbiologia Aplicada, Fitossanidade Microbiologia e Bioquímica do Solo. Leonor Costa Maia é Licenciada em Ciências Biológicas (Faculdade de Filosofia do Recife), Especialista em Biossistemática Vegetal e em Micologia, Mestre em Botânica (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e PhD em Phytopathology (University of Florida). Atualmente é Professora Titular da Universidade Federal de Pernambuco, exercendo as funções de Curadora do Herbário URM, Chefe do Laboratório de Micorrizas e ViceCoordenadora da Pós-graduação em Biologia de Fungos. Janete Magali de Araújo possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em História Natural pela Universidade Católica de Pernambuco (1965), graduação em Bacharelado em Química pela Universidade Católica de Pernambuco (1970), mestrado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976) e doutorado em Genética 33 e Melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Pernambuco, Chefe do Departamento de Antibióticos e Curadora da Coleção de Microrganismos do Departamento de Antibióticos (UFPEDA) WDCM114. Cristiano Souza Lima é bolsista de produtividade em pesquisa 2F. Professor Adjunto I da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), atuando no ensino de Graduação em Agronomia e Pós-Graduação em Fitopatologia. Possui Graduação (2000) em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará, Mestrado (2002), Doutorado (2006) e Pós-Doutorado (2008) em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras, com Doutorado Sanduíche na Kansas State University, Estados Unidos. Atualmente é Curadora da Coleção de Microrganismos do Departamento de Antibióticos (UFPEDA), Coleção de Culturas de Fungos Fitopatogênicos Profa. Maria Menezes WDCM923. O modo de funcionamento proposto para o Comitê Gestor será dividido em quatro etapas: Curto, Médio e Longo prazo e Conclusão conforme tabela abaixo, através de reuniões a serem realizadas de acordo com o quadro abaixo: ETAPA PERÍODO ATIVIDADES 1 Fevereiro/2013 2 Junho/2013 3 Fevereiro/2014 4 Novembro/2014 Gerenciar os recursos financeiros a serem utilizados; Verificação do alcance das metas a serem implementadas em curto prazo, médio e longo prazo; Acompanhar a implantação das novas técnicas previstas; Apresentação de relatório dos recursos orçamentários utilizados. j) Identificação dos demais membros da equipe e de sua contribuição ao projeto Nome Ana Lúcia Figueiredo Porto André Luiz Cabral Monteiro de Azevedo Santiago Anthony Alves dos Santos Junior Bruno Severo Gomes Cledir Rodrigues Santos Christof Rampitsch Instituição UFRPE Função Pesquisador UFRPE/UAST Pesquisador UFPE Aluno de Graduação UFPE Pesquisador Universidade do Minho - Portugal Cereal Research Centre/Agriculture Pesquisador colaborador Pesquisador colaborador Contribuição Produção e purificação de enzimas Isolamento e identificação de Zygomycetes Reativação dos fungos do acervo da Micoteca URM Isolamento e identificação de leveduras. Análise dos extrólitos pela técnica do MALDI TOF MS Detecção de extrólitos de Fusarium solani 34 and Agrifood Canada, Winnipeg/Canada Christina Alves Peixoto Cyndy Mary de Mello Farias Débora Maria Massa Lima Dianny Carolyne Vasconcelos da Silva Diogo Xavier Lima Évellyn Carollyne Domingos Eliane Barbosa da Silva Nogueira Gladstone Alves da Silva Heloiza Maria da Silva Oliveira Ildnay de Souza Lima Brandão Jadson Diogo Pereira Bezerra Juliana Silva de Lima Julyanna Cordoville Fonseca Keila Aparecida Moreira Laura Mesquita Paiva preservados na Micoteca URM CETENE Pesquisador UFPE Aluna de Mestrado UFPE Pesquisador UFPE UFPE UFPE Aluna de Doutorado Aluno de Mestrado Aluna de graduação UFPE Técnico UFPE Pesquisador UFPE UFPE UFPE UFPE UFPE Aluna de Doutorado Aluna de Doutorado Aluno de Mestrado Aluna de Mestrado Aluno de Graduação Obtenção das imagens das culturas por microscopia eletrônica de varredura. Reativação de fungos do acervo da Micoteca URM Identificação de culturas de Fusarium Caracterização de extrólitos produzidos por fungos Incorporar dados obtidos ao acervo da Micoteca - URM. Seleção de culturas produtoras de enzimas Manipulação das culturas do acervo da Micoteca URM. Caracterização molecular das culturas fúngicas Seleção de culturas produtoras de enzimas Seleção de culturas produtoras de enzimas Isolamento de fungos endofíticos Seleção de fungos quanto a produção de enzimas Caracterização enzimática de fungos Caracterização enzimática das culturas de fungos Caracterização enzimática de fungos endofíticos Colaborar com a identificação e produção de enzimas por fungos Atualização do banco de dados da Micoteca URM Sequenciamento de regiões do DNA de culturas de fungos Identificação de culturas de Aspergillus e Penicillium UFRPE/UAG Pesquisador UFPE Pesquisador Lidiane Roberta Cruz da Silva UFPE Aluna de Doutorado Luan Amim de Oliveira Penna UFPE Aluno de graduação Marcos Antônio de Morais Júnior UFPE Pesquisador Maria José dos Santos Fernandes UFPE Pesquisadora Marília de Holanda Cavalcanti Maciel UFPE Aluna de Doutorado Seleção e produção de enzimas por fungos Aluna de Mestrado Aluno de Caracterização enzimática de fungos endofíticos Caracterização enzimática Marília Gomes da Silva Matheus Pessoa de UFPE UFPE 35 Melo Gomes Graduação de fungos Colaborar com a Minelli Albuquerque Bolsista UFPE caracterização enzimática de Sousa PNPD/CAPES fungos Neiva Tinti de Caracterização molecular UFPE Pesquisador Oliveira das culturas de fungos Nelson Manuel Universidade do Pesquisador Análise molecular e pela Viana da Silva Lima Minho - Portugal colaborador técnica do MALDI TOF MS Odacy Camilo de Aluna de Participação na identificação UFPE Souza Doutorado de fungos filamentosos Oliane Maria Correia Pesquisador Colaborar com o isolamento UFPE Magalhães e incorporação de leveduras Isolamento e colaboração na Phelipe Manoel Aluno de UFPE identificação de fungos do Oller Costa Doutorado solo. Polyanna Nunes UFRPE/LABTECB Aluna de Caracterização enzimática Herculano IO PNPD das culturas de fungos Rejane Pereira Pesquisador Colaborar com o isolamento UFPE Neves e incorporação de leveduras Renan do Aluna de Caracterização e UFPE Nascimento Barbosa Mestrado identificação de leveduras Preparo de documentos para Susana Carvalho de UFPE Técnico incorporação dos fungos ao Souza acervo da micoteca URM Susane Carvalho de Caracterização molecular Aluna de Souza UFPE das culturas de Aspergillus e Doutorado Penicillium. Caracterização enzimática Tatiana Souza Porto UFRPE/UAST Pesquisadora das culturas de fungos Tatianne Leite Aluna de Isolamento e identificação UFPE Nascimento Doutorado de fungos endofíticos. Vanilla Mergulhão Aluna de Caracterização enzimática UFPE Alves da Silva Graduação de culturas de fungos Colaboração para preparação das amostras Virgínia Michelle UFPE Pesquisadora para obtenção das imagens Svedese das culturas por microscopia eletrônica de varredura. 36 h) Orçamento detalhado, com a devida justificativa para cada item solicitado e totalização individualizada das seguintes rubricas: (i) Capital (equipamento e material permanente) TOTAL: R$ 125.223,60 e material bibliográfico (R$ 5.000,00) EQUIPAMENTOS/ DESTINOS Armário de ferro Cabine de segurança biológica Classe 2 (UAST/UFRPE e Micoteca URM) Cuba horizontal e fonte de alimentação Data Log/ Raitec Deionizador de água 50L Destilador de água Impressora Laser Kit micropipeta volume variável Lupa Máquina de gelo 10Kg Liofilizador Termociclador com gradiente Transiluminador/ gradiente JUSTIFICATIVA VALOR UNITÁRIO (R$) 1.200,00 VALOR TOTAL (R$) 1.200,00 15.000,00 30.000,00 Eletroforese 5.700,00 5.700,00 Acompanhamento da temperatura do Ultrafreezer Purificador de água - Mili-Q Purificação de água Impressão de documentos Dispensação de líquidos e fluidos em pequenos volumes Observação de caracteres morfológicos dos fungos Incubação de amostras para análise Liofilização de um maior número de amostras Técnicas de PCR 1.200,00 1.200,00 850,00 1.000,00 2.000,00 1.800,00 850,00 1.000,00 2.000,00 1.800,00 7.000,00 7.000,00 8.473,60 34.000,00 8.473,00 34.000,00 28.000,00 28.000,00 4.000,00 4.000,00 Armazenamento material de consumo Manipulação de micro-organismos Visualização de amostras de DNA/RNA TOTAL Material bibliográfico Necessário para aquisição de materila bibliográfico atualizado e aquisição de normas de sistema de gestão. 125.223,00 R$ 5.000,00 (ii) Passagens – TOTAL: R$ 15.000,00 37 As passagens estão previstas para participação dos membros da equipe em eventos científicos, treinamentos e/ou eventos científicos na área. As passagens internacionais serão utilizadas para visitas científicas e para vinda dos pesquisadores de Universidades localizadas fora do país para treinamentos da equipe. (iii) Diárias – TOTAL: R$ 8.000,00 As diárias são necessárias para a realização de coletas e participação em reuniões, visitas, cursos e eventos científicos. (iv) Bolsas – TOTAL: R$ 161.800,00 BDCT-NM1 Numero de bolsas: 2 Duração: 6 meses Valor mensal: R$ 360,00 Valor total: R$ 4.320,00 Justificativa: Esta bolsa será destinada a aluno de segundo grau, desenvolvendo atividade de preparo de materiais e meios de culturas na Micoteca URM, para o desenvolvimento do projeto. BDCT-NS1 Numero de bolsas: 2 Duração: 6 meses Valor mensal: R$ 450,00 Valor total: R$ 5.400,00 Justificativa: Esta bolsa será destinada a aluno de graduação, desenvolvendo atividade de recebimento de pedidos de identificação e incorporação de amostras na Micoteca URM e atualização do site desta coleção. BCT 5 Numero de bolsas: 3 Duração: 12 meses Valor mensal: R$ 2.880,00 Valor total: R$ 103.680,00 Justificativa: Estas bolsas serão destinadas a mestres/doutores com experiência em taxonomia polifásica e caracterização de fungos quanto a produção de enzimas. BCT 6 38 Numero de bolsas: 2 Duração: 12 meses Valor mensal: R$ 2.200,00 Valor total: R$ 52.800,00 Justificativa: Estas bolsas serão destinadas a especialista em taxonomia de fungos com experiência no desenvolvimento de diversos projetos de pesquisa. BCT 9 Numero de bolsas: 1 Duração: 3 últimos semestres Valor mensal: R$ 600,00 Valor total: R$ 14.400,00 Justificativa: Esta bolsa será destinada a aluno de graduação, desenvolvendo atividade de recebimento de pedidos de identificação e incorporação de amostras na Micoteca URM e atualização do site e do banco de dados desta coleção. BCT 10 Numero de bolsas: 4 Duração: 12 meses Valor mensal: R$500,00 Valor total: R$ 24.000,00 Justificativa: Esta bolsa será destinada a estudantes de graduação para colaborar com as atividades propostas no projeto, nas áreas de isolamento, identificação, reativação, preservação e/ou caracterização de fungos quanto a produção de enzimas. (v)Outros itens de custeio a) Material de Consumo – TOTAL: R$ 107.225,99 MATERIAL ABC Acetato de etila (1L) JUSTIFICATIVA Análise molecular – reações de sequenciamento Preparo de soluções QTDE VALOR UNITÁRIO (R$) VALOR TOTAL (R$) 6 310,85 1.865,10 2 10,00 20,00 Acetato de sódio (500mL) Preparo de soluções 2 9,10 18,20 Ácido tricloroacético Preparo de soluções 1 98,00 98,00 39 (500g) Ágar bacteriológico (500g) Análise molecular – reações de sequenciamento Preparo de meios de cultura Azul de Coomassie (25g) Quantificação de proteínas 1 38,70 38,70 Preparo de meios de cultura e soluções 3 51,00 153,00 Becker de vidro (1000mL) Preparo de reagentes e soluções 6 20,00 120,00 Becker de vidro (500mL) Preparo de meios de cultura e soluções 2 12,40 24,80 6 2.884,99 17.309,94 4 925,20 3.700,80 2 4.465,02 8.930,04 1 44,00 44,00 6 435,79 2.614,74 1 44,00 44,00 Adesivo de placa Balão de fundo chato (1000mL) Big dye Cacodilato de sódio trihidratado (grau microscopia eletrônica) (500g) Capilar 50cm Carbonato de cálcio (500 g) CBC Cloreto de cálcio (500g) Análise molecular – reações de sequenciamento Preparo de tampão para processamento de amostras pra microscopia eletrônica de transmissão Análise molecular – reações de sequenciamento Identificação de leveduras Análise molecular – reações de sequenciamento Preparo de meios de cultura 1 771,96 771,96 4 274,00 1.096,00 Cloreto de mercúrio (100g) Caracterização enzimática 1 76,80 76,80 Cloreto de potássio (500g) Identificação de leveduras 1 52,80 52,80 12 77,70 932,40 Condicion Análise molecular – reações de sequenciamento 40 Dextrose (500g) dNTP set, 100 mM, 4 x 250 µl Etanol 95% (1000mL) Extrato de levedura (500g) Preparo de meios de cultura 6 12,00 Análise molecular 2 350,00 1 29,48 29,48 4 110,00 440,00 Preparação de soluções Preparo de meios de cultura 72,00 700,00 Extrato de malte (500g) Preparo de meios de cultura 3 210,00 630,00 Ferricianeto de potássio trihidratado (500g) Pós-fixação de amostras pra microscopia eletrônica 2 117,00 234,00 10 176,00 1.760,00 2 358,00 716,00 Formamida HI DI Fosfato de sódio dibásico heptahidratado (500g) Análise molecular – reações de sequenciamento Preparo de tampão para processamento de amostras pra microscopia eletrônica Fosfato de sódio monobásico (500g) Preparo de tampão para processamento de amostras pra microscopia eletrônica 2 15,80 31,60 Frasco de Erlenmeyer (250mL) Preparo de reagentes e soluções 20 32,00 640,00 Frascos de Erlenmeyer (1000mL) Preparo de reagentes e soluções 3 40,00 120,00 Frascos de penicilina 5 mL Liofilização das amostras de fungos 500 4,00 2.000,00 Galactose (100g) Identificação de leveduras 1 175,70 175,70 Gelatina em pó (500g) Caracterização enzimática 1 490,00 490,00 GelRed™ para corar dsDNA, ssDNA ou RNA em gel de agarose ou pós coloração Análise molecular 1 970,00 970,00 41 Glucosamina (100g) Identificação de leveduras 1 429,00 429,00 Glutaraldeído grau I (10 amp. De 10mL) Preparo de tampão pra processamento de amostras para microscopia eletrônica 5 310,00 1.550,00 Kit de capilares Kit de extração de DNA Kit de marcação de DNA Kit de purificação de produto de PCR (250 reações) Análise molecular Análise molecular Análise molecular 2 8 3 8.500,00 450,00 2.890,00 17.000,00 3.600,00 8.670,00 Análise molecular 1 1.500,00 1.500,00 Kit para síntese de cDNA Kit purificação RNA total - RNeasy Plant mini kit (20rxn) L – Arabinose (25g) Análise molecular 1 950,00 950,00 1 716,43 716,43 Identificação de leveduras 1 176,00 176,00 Lâmina 26x76mm (caixa com 100 unid.) Visualização das estruturas fúngicas ao microscópio 30 3,00 90,00 Lamínulas 24x32mm Visualização das estruturas fúngicas ao microscópio Identificação de leveduras 30 3,00 90,00 1 86,70 86,70 Marcador molecular (200 L) Análise molecular 3 550,00 1.650,00 Material de escritório (papel A4, envelopes, pastas, etc.) Redação e armazenamento de informações, relatórios e documentos Material para informática (cartuchos, toners, DVDs, pen drives, etc.) Redação, armazenamento e impressão de informações, relatórios e Maltose (100g) Análise molecular 1.100,00 - - 1.000,00 - - 42 documentos Material plástico descartável Metil-α-D-glicosídeo (1g) Análises moleculares e enzimáticas Identificação de leveduras - - 5.000,00 1 570,00 570,00 Peptona bacteriológica (500g) Preparação de meios de cultura 3 270,00 810,00 Placa de microtitulação, fundo chato, 6 poços Placa de microtitulação, fundo chato, 96 poços Placas de Petri (80x15mm) Análise de amostras 40 8,20 328,00 10 2,66 26,60 Isolamento, cultivo e identificação dos fungos 300 3,50 1.050,00 Placas de Petri (90x15mm) Isolamento, cultivo e identificação dos fungos 300 4,00 1.200,00 Rafinose (25g) Identificação de leveduras 1 297,00 297,00 Soro albumina bovina (100g) Caracterização enzimática 1 356,00 356,00 Análise molecular Pós-fixação de amostras pra microscopia eletrônica 10 1 200,00 6.000,00 2.000,00 6.000,00 Trealose (10g) Identificação de leveduras 1 128,00 128,00 Tris-Base (Hidroxymethyl aminomethano) Preparo de reagentes e soluções 1 153,00 153,00 Identificação de leveduras 200 0,50 100,00 Cultivo, isolamento e identificação dos fungos Cultivo, isolamento, preservação e identificação dos fungos 100 0,40 40,00 600 0,80 480,00 Taq Polymerase Tetróxido de ósmio (conjunto com 10 unidades de 1g) Tubos de Durham Tubos de ensaio (16x100mm) Tubos de ensaio (18x180mm) Análise de amostras 43 UltraPure™ Agarose 100g UltraPure™ EDTA 500g UltraPure™ Tris Hydrochloride 1Kg Xilose (25g) Análise molecular Análise molecular Análise molecular Identificação de leveduras 5 492,80 2.464,00 1 303,60 303,60 1 303,60 303,60 2 44,00 88,00 TOTAL 107.225,99 b) Serviços de terceiro pessoas jurídica – TOTAL R$ 30.000,00 - Manutenção de equipamentos R$ 5.000,00 - Manutenção Certificação ISO 9001/2008 e ISO 17025/2005 R$ 16.000,00 - Serviços de marcenaria para confecção de armários para armazenamento do acervo preservado sob óleo mineral - Aquisição de cepas padrão R$ 6.000,00 R$ 3.000,00 ORÇAMENTO TOTAL RUBRICAS Custeio Capital BOLSISTAS Consumo Serviços de terceiro VALOR (R$) 107.225,99 30.000,00 Passagem Diária Equipamentos e material permanente Material bibliográfico 15.000,00 8.000,00 125.223,00 5.000,00 Bolsas 190.200,00 TOTAL 480.648,99 44 i) Cronograma de atividades; Etapas Ampliação do acervo da Micoteca URM Reativação e autenticação taxonômica das culturas Isolamento e identificação das culturas Caracterização das culturas quanto a produção de metabólitos de interesse biotecnológico Caracterização molecular das culturas JAN # * # FEV MAR # # * * # # ABR # * # MAI # * # Meses JUN JUL AGO SET # # # # * # # # # OUT NOV DEZ # # # # # X # # # # # # # # # # # # # # * # * # * # * # * # * # * # * # * # * # # # # # # # # # # # * * # * Seqüenciamento da região ITS do r DNA do gen calmodulina e b tubulinina Identificação de culturas pela técnica do MALDI TOF MS Melhoria da qualidade dos serviços Participação em cursos e treinamentos Fornecimento de amostras liofilizadas Implantação do setor de extração e amplificação de DNA Fornecimento de material biológico com qualidade * * * * * * * * * # # # # * # * # * # * # * # * # * # * # * # * * * * * # * # * # * # * # * # # * # * * * * # # * # * # * # * # * # * * # * * # * * * * * * * * Formação de alunos e profissionais Avaliação do comitê gestor Manutenção do Sistema de Gestão Laboratorial Entrega de Relatório final # * # * # * # # # # X # X # * # * # * # * # * # # * * * X= 2012; # = 2013; * = 2014 45 k) Indicação de colaborações ou parcerias interinstitucionais já estabelecidas para o desenvolvimento do projeto, relevantes para sua exeqüibilidade; A Coordenadora desta proposta participou e participa como coordenadora e como membro da equipe de projetos em parceria com diversas instituições nacionais e internacionais. Para o presente projeto, foram estabelecidas parcerias com instituições nacionais e duas internacionais: Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE); Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG/UFRPE); Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/UFRPE); o Laboratório de Tecnologia de Bioativos-LABTECBIO/UFRPE; a Micoteca MUM, da Universidade do Minho em Braga-Portugal e o Cereal Research Centre, Agriculture and Agrifood Canada, Winnipeg/Canada. l) Disponibilidade efetiva de infra-estrutura e de apoio técnico para o desenvolvimento do projeto; Estão envolvidos com o desenvolvimento do projeto, pesquisadores, colaboradores, técnicos e alunos de graduação e pós-graduação. As instituições participantes (UFPE, UFRPE, CETENE e Universidade do Minho em Braga-Portugal, e o Cereal Research Centre, Agriculture and Agrifood Canada, Winnipeg/Canada), se comprometem em disponibilizar todos os equipamentos e em dar apoio de pessoal técnico qualificado, necessários para a realização do projeto. A Universidade do Minho disponibilizará pesquisadores especializados para a autenticação taxonômica das culturas por técnicas clássicas, moleculares e pelo MALDI TOF MS. Na UFPE, a Coleção de Culturas-Micoteca URM da UFPE ocupa um total de 104,73 m2, contendo 7 salas: uma sala para equipamentos, uma onde ficam os armários contendo o acervo mantido em óleo mineral e água destilada esterilizada, uma dos pesquisadores, uma de apoio para vidrarias, uma para microscopia, uma de manipulação das culturas e uma sala de computadores. A Micoteca conta com os seguintes equipamentos: 1 Liofilizador (Edwards), 3 capelas de segurança biológica-Nível 2, 7 refrigeradores, 2 freezer, 1 ultrafreezer a -80C, 3 BODs, 1 autoclave de bancada, 1 destilador, 1 banho maria, 1 câmara de visualização ultra violeta, 1 microondas, 1 estufa de incubação, 1 estufa de esterilização e secagem, 2 potenciômetros, 1 espectrofotômetro, 2 rotaevaporadores, 1 centrifuga refrigerada, 1 incubadora com agitação orbital e controle de temperatura, 2 balanças semi analíticas, 2 balanças analíticas, 6 microscópios ópticos de luz, 1 câmera digital para microfotografias, 1 estereomicroscópio e 6 computadores. A plataforma multiusuária de Genômica e Expressão 46 Gênica do Centro de Ciências Biológicas da UFPE, provê serviços tecnológicos para todos os laboratórios de pesquisa da UFPE e poderá atender às necessidades da Micoteca URM. Para isso, será utilizado o sequenciador de DNA Gene analyser 3500 da Applied Biosystems, com oito capilares. Para a preparação de amostras em larga escala, a plataforma conta com um sistema de automação de preparação de amostras modelo QAgilit da empresa Quiagen que é capaz de processar mais de 500 amostras de reação de marcação de DNA para sequenciamento por dia. Esta plataforma conta ainda com um corpo de técnicos de nível superior responsáveis pelo recebimento e processamento das amostras e envio dos resultados de sequenciamento. As observações e registros das características microscópicas das culturas serão realizados no CETENE, no Laboratório Multiusuário de Microscopia (LAMM) Eletrônica quee Microanálise constitui um centro de facilidades instrumentais com capacidade de realizar desde análises de rotina como a de amostras biológicas de diversas origens. Em relação aos equipamentos disponíveis no LAMM, relacionamos entre os principais: o Microscópio eletrônico de transmissão FEI Tecnai G200KV, equipado com câmara CCD, analisador EDX e STEM, e módulo de tomografia digital para obtenção de imagens tridimensionais de alta resolução; o microscópio eletrônico de transmissão FEI Morgagni 268D com câmara CCD, configurado e otimizado para análises em amostras de materiais biológicos; o microscópio eletrônico Field Emission Ambiental FEI Quanta 200 FEG, que permite a aquisição de imagens com resolução de até 1.2 nm. Equipado com CCD e analisador EDX. O equipamento inclui também o módulo de STEM que permite realização de imagens em microscopia eletrônica de transmissão e módulo de aquecimento até 1000oC; sputtering "Super Cool de Alto Vácuo", para evaporação de camadas condutoras em amostras TEM/SEM (Cr,W,Au/Pd,Pt) para recobrimentos FE-SEM; bomba de membrana e turbo molecular montadas dentro do gabinete para garantir um vácuo isento de óleo. MODELO: SCD 500; o aparelho de Ponto Crítico, Baltec, que realiza a secagem de amostras pelo método de ponto crítico, sem alteração da tensão superficial das mesmas, o que permite a manutenção da topografia de superfície das estruturas dos fungos. A técnica do MALDI TOF MS para autenticação taxonômica das culturas e análise de extrólitos será realizada no CETENE, na Universidade do Minho, Braga, Portugal e no Cereal Research Centre/Agriculture and Agrifood Canada, Winnipeg/Canada. Nas instalações da Unidade Acadêmica de Garanhuns-UAG e no Laboratório de Tecnologia de Bioativos-LABTECBIO da UFRPE serão realizadas a produção e purificação de enzimas, disponibilizando os materiais e equipamentos necessários. No LABTECBIO, serão realizadas as etapas de caracterização das enzimas e apresenta os principais 47 equipamentos, temos: Leitora de microplacas, Câmara de Fluxo laminar, Centrifuga de bancada refrigerada, Shaker com temperatura controlada, Sistema completo para eletroforese horizontal, Sistema completo para eletroforese vertical, Espectrofotômetro UV/Vis, Banhos termostatizados, Sistema de Água Ultrapura, Câmara Clímática e Liofilizador. Estas unidades ainda contarão com infra-estrutura da Central Analítica (CENLAG), local específico para trabalhos voltados para a pesquisa na área de caracterização, determinação de melhores condições de produção e purificação de enzimas. Nas instalações da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da UFRPE serão realizados o isolamento de fungos do solo da caatinga e a identificação dos que pertencerem aos Zygomycota, os demais serão identificados pela equipe da Micoteca URM. Com o desenvolvimento deste projeto, pretende-se implementar um laboratório de micologia, pois recentemente foram contratados dois professores Doutores em Biologia de Fungos pela UFPE, porém a infra-estrutura atual precisa ser melhorada para que estes pesquisadores desenvolver suas pesquisas. A infraestrutura atual conta com 1 balança analítica, balança semi-analítica, espectrofotômetro, centrífuga para Eppendorf, destilador, estufa e mufla. m) Estimativa dos recursos financeiros de outras fontes que serão aportados pelos eventuais Agentes Públicos e Privados parceiros. Parte do projeto utilizará os recursos financeiros procedentes da PROPESQ/UFPE, obtido como apoio institucional para o desenvolvimento das atividades da Micoteca URM. Outra fonte financeira será procedente do projeto abaixo: - Projeto: COLEÇÕES DE CULTURAS DE MICRORGANISMOS MICOTECA URM E UFPEDA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, Referência nº 2083/2007 Agência Financiadora: Convênio FINEP 01.08.0392.00 Edital TIB 10 – Centro de Recursos Biológicos, período 2008 - 2013. Valor: R$ 571.879,00 Coordenadora: Profa. Cristina Maria de Souza Motta (UFPE). - Projeto: AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE AS PLANTAS E FUNGOS DO BRASIL Edital CNPq nº 47/2010 - Chamada 2 - Pesquisa em Redes Temáticas para ampliação do conhecimento sobre a biota, o papel funcional, uso e conservação da Biodiversidade Brasileira. 48 Processo número 563342/2010-2. Situação: Em andamento Natureza: Projetos de pesquisa Coordenadora: Leonor Costa Maia (UFPE) - Projeto: BIODIVERSIDADE E REGENERAÇÃO NATURAL EM FLORESTAS TROPICAIS SECAS BRASILEIRAS Edital CNPq nº 47/2010 - Chamada 2 - Pesquisa em Redes Temáticas para ampliação do conhecimento sobre a biota, o papel funcional, uso e conservação da Biodiversidade Brasileira. Processo número 563342/2010-2. Situação: Em andamento Natureza: Projetos de pesquisa Coordenador: Mário Marcos do Espírito Santo (UFMG) - Projeto: PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DA QUERATINASE DE ASPERGILLUS SULPHUREUS URM 5029 EM FORMULAÇÕES DE DETERGENTES DE LAVANDERIA E NA DEPILAÇÃO DO COURO Situação: Em andamento Natureza: Auxílio financeiro e bolsa PNPD Período: 2012-2015 Agências: CAPES e FACEPE Coordenador: Cristina Maria de Souza Motta (UFPE) - Recurso Próprio: UFPE/PROPESQ e Prestação de Serviços da Micoteca URM. n) Relatório de atividades e dos resultados alcançados com o apoio recebido em termos de disponibilização de acesso ao acervo/laboratório/serviço apoiado a pesquisadores de outros grupos/instituições. O projeto “Ampliação e caracterização do acervo da Micoteca URM visando a disponibilização de culturas como fonte de recursos biotecnológicos para o estado de Pernambuco”, está apoiado no âmbito do Edital 07/2010 “Multiusuários” FACEPE, Processo Nº APQ-0290-2.12/10, coordenado pela Profa. Cristina Maria de Souza Motta (Depto. de Micologia/UFPE). Estão relacionadas abaixo as metas e os resultados obtidos em cada uma 49 delas. A metodologia utilizada para o alcance das metas está descrita no projeto do Edital 07/2010. Alcance das Metas Propostas no Projeto Acervo da Micoteca URM ampliado em 10% do total de acesso atual até a conclusão do projeto; e Reativar e autenticar taxonomicamente cerca de 200 culturas de fungos de dezembro de 2010 a dezembro de 2011; O alcance destas duas metas estão mostrados na Tabela 1. Pode ser verificado que o número de serviços prestados pela URM vem aumentando. Os anos 2008, 2009 e 2010, fazem parte da tabela apenas para comparação em relação aos anos seguintes que já havia o apoio financeiro da FACEPE, no âmbito do Edital 07/2010 “Multiusuários”. Estas solicitações são procedentes de alunos, professores e pesquisadores de instituições de ensino e/ou pesquisa, públicas e privadas e de laboratórios e indústrias do setor privado no país. Em 2001, o número de solicitações quase dobrou em relação ao ano anterior. O número de amostras fornecidas corresponde também ao número de amostras reativadas e autenticadas taxonomicamente. Tabela 1: Número de amostras de fungos identificadas, fornecidas e incorporadas através dos serviços da Micoteca URM (2008 até agosto de 2012) ANO IDENTIFICAÇÃO FORNECIMENTO INCORPORAÇÃO 2008 60 218 132 2009 175 326 242 2010 513 480 149 2011* 529 820 211 2012*# 470 200 185 * Período apoiado também pela FACEPE através do Projeto Multiusuário APQ-02902.12/10; # Até agosto de 2012. Isolar e identificar por taxonomia clássica, cerca de 1000 culturas de fungos a partir de janeiro 2011 até dezembro de 2011; Foram isoladas e identificadas, 1.967 amostras de fungos procedentes de solo, de plantas (endofíticos) (Tabela 2). 50 Tabela 2. Número e procedência das culturas isoladas e identificadas por taxonomia clássica a partir de janeiro 2011 até dezembro de 2011 Zygomycetes Solo Nº de isolados 99 Penicillium Solo 802 Acerola 437 Aroeira 308 Cavalinha 235 Cactaceae (palma forrageira) 86 Procedência dos isolados Fungos endofíticos TOTAL 1.967 Caracterização molecular de aproximandamente 50 amostras de Aspergillus e Penicillium de março de 2011 a março de 2012; Foram realidadas amplificações da região ITS do rDNA, dos genes ß tubulina e calmodulina de 52 culturas de Penicillium e 40 de Aspergillus, 12 de outros gêneros. As amostras de DNA das culturas de fungos foram amplificadas no Laboratório de Biologia Molecular do Departamento de Micologia da UFPE e sequenciadas no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP-SP. Com os resultados obtidos, amostras do acervo da URM foram autenticadas taxonomicamente, algumas confirmadas e outras reclassificadas. Os dados estão sendo incorporados ao banco de dados da Micoteca URM. Identificar cerca de 100 culturas de fungos utilizando também a técnica do MALDI TOF MS de março de 2011 a outubro de 2012; Até o momento, foram caracterizados por MALDI-TOF ICMS no CETENE, 50 isolados de Penicillium e 40 de Aspergillus, procedentes da Micoteca URM. Disponibilização de cerca de 100 culturas caracterizadas por diversas técnicas taxonômicas e quanto a produção de enzimas na conclusão do projeto; Como verificado na Tabela 1, mais de 100 culturas foram identificadas e na Tabela 3, observa-se que 232 culturas foram caracterizadas quanto a produção de enzimas. 51 Tabela 3. Número de isolados caracterizados quanto à produção de enzimas. Enzimas Fungos Número de isolados Trichosporon 39 Geotrichum 15 Aspergillus 18 Fitase Mucor, Rhizomucor e Absidia 13 Celulase Aspergillus 36 Tanase Penicillium 50 Queratinase Aspergillus 11 Pectinase Aspergillus 25 Protease Aspergillus, Penicillium, Mucor e Rhizomucor 25 Lipase Total 232 Implantação do Sistema de Gestão Laboratorial ao final do projeto; No projeto inicial, a proposta foi implementar ações com base na Norma ISO 17025, para isso é necessário a conclusão da reforma da infraestrutura da Micoteca URM, já apoiada pela instituição, porém não concluída. Então para iniciarmos a implantação de um Sistema de Gestão, foi solicitado à FACEPE e atendido, a implantação da ISO 9001/2008. A implantação da ISO 17025, será apoiada pelo Convênio FINEP: 01.08.0392.00, coordenado pela Profa Cristina Maria de Souza Motta, curadora da Micoteca URM. Em abril de 2012 foi iniciada a consultoria por empresa especializada para obtenção certificação, com base na norma ISO 9001/2008. Atividades já alcançadas: diagnóstico, definição da estrutura do Sistema de Gestão (SG), elaboração de planos de ação, mapeamento dos processos, descrição do escopo, elaboração do Manual do SG, elaboração de POPs, treinamento da equipe, elaboração da documentação referente ao controle de documentos e de registros e definição da política do SG. A previsão para obtenção da certificação é dezembro de 2012. Formação de cerca de 20 alunos e profissionais nas áreas de taxonomia de fungos e biotecnologia ao longo do projeto; Em outubro de 2011, foi ministrado o curso “Identificação Polifásica de Fungos Filamentosos dos Gêneros Aspergillus e Penicillium com Aplicação Biotecnológica”, no 52 Hotel Holyday Inn, São Paulo-SP. A organização foi da Micoteca da Universidade do Minho, Portugal e da Micoteca URM, UFPE, Brasil. Foram membros da comissão organizadora: Nelson Lima, Cledir Santos, Marta Simões, MUM, Portugal, Cristina Motta, URM, UFPE, Brasil, Lara Sette, UNESP, Brasil. Vinte e oito inscritos foram obtidos, sendo 27 do Brasil, (FIOCRUZ, Rio de Janeiro e Manaus), UFPE, HC-UFES, UFRRJ, USP, UNIFESP, INT, UFMT, UFMG, UFRB, Embrapa Agroenergia, UERJ, UECE e uma da Venezuela (do INHRR). Participaram também como palestrantes: Zofia Kozakiewicz (UK), Jens Frisvad (Dinamarca), Marta Taniwaki (ITAL, Brasil). Por outro lado, alunos de graduação (12) e pós-graduação nos níveis mestrado (8) e doutorado (6) desenvolveram suas monografias, dissertações e teses orientados pela equipe do projeto. Publicação de cerca de 100 resumos em eventos e 10 artigos em revistas nacionais e internacionais; Foram apresentados 108 trabalhos em eventos nacionais e internacionais (Tabela 4). Tabela 4: Trabalhos apresentados pela equipe do projeto, em eventos nacionais e internacionais no período de 2010 a 2012. Eventos Nº de trabalhos XVIII Simpósio Nacional de Bioprocessos, Caxias do Sul/RS, 2011 03 44° Congresso Brasileiro de Fitopatologia, Bento Gonçalves, 2011 02 2o Congresso Brasileiro de Palma e outras Cactáceas, Garanhuns, 2011 02 X Congresso de Ecologia do Brasil, São Lourenço-MG, 2011 01 II Simpósio de Biossegurança, Recife-PE, 2011 01 26° Congresso Brasileiro de Microbiologia, Foz do Iguaçu-PR, 2011 22 30th Annual Meeting of the European Culture Collections' 01 Organization, 2011, Utrecht - Holanda Congresso Nacional MicroBiotec11, Braga, Portugal, 2011 01 XI Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRPE, Recife, 2011 04 XIX Congresso de Iniciação Científica da UFPE, 2011 06 I Congresso Nacional de Ciências Biológicas, Recife-PE, 2011 08 31th Annual Meeting of the European Culture Collections' 10 Organizations (ECCO), Braga, Portugal, 2012 20 Encontro Pernambucano de Micologia (EPEM), Recife-PE, 2012. 8 (aceitos para apresentação) XXI Congresso Latinoamericano de Microbiologia, Santos-SP 2012. 32 (aceitos para apresentação) TOTAL 108 Prêmios recebidos: Título do trabalho: Polyphasic identification of Aspergillus section Nigri preserved under mineral oil at URM Culture Collection. (Primeiro lugar) 53 Título do trabalho: Three new aflatoxigenic species of Aspergillus section Flavi isolated in Portugal. (Terceiro lugar) Tipo de participação: Pôster. Evento: European Culture Collections' Organizations 30 Meeting (ECCO) CBS, Utrecht, the Netherlands, 2011. Título do trabalho: Seleção preliminar de fungos endofíticos de palma forrageira (Cactaceae) quanto a produção de enzimas extracelulares. Tipo de participação: Pôster. Evento: I Congresso Nacional de Ciências Biológicas, Universidade Católica de Pernambuco, Recife-PE. 2011. Trabalhos publicados em periódicos 1. GOMES, B. S., SIQUEIRA, A.B.S., Maia, R.C.C., GIAMPAOLI, V., TEIXEIRA, E. H., ARRUDA, F.V.S., NASCIMENTO, K.S., LIMA, A. N., SOUZA-MOTTA, C. M., CAVADA, B.S., PORTO, Ana Lúcia Figueiredo. Antifungal activity of lectins against yeast of vaginal secretion. Brazilian Journal of Microbiology (Impresso). , v.1, p.770 - 778, 2012. 2. COSTA, P. M. O., SOUZA-MOTTA, C. M., MALOSSO, E. Diversity of filamentous fungi in different systems of land use. Agroforestry Systems (Print). , v.85, p.195 - 203, 2012. 3. Neves, Maria Luiza Carvalho, Porto, Tatiana Souza, Souza-Motta, Cristina Maria, Spier, Michele Rigon, Soccol, Carlos Ricardo, Moreira, Keila Aparecida, Porto, Ana Lúcia Figueiredo. Partition and recovery of phytase from Absidia blakesleeana URM5604 using PEG-citrate aqueous two-phase systems. Fluid Phase Equilibria. , v.318, p.34 - 39, 2012. 4. HERCULANO, P. N., PORTO, T. S., MACIEL, M. H. C., MOREIRA, K. A., SOUZAMOTTA, C. M., PORTO, Ana Lúcia Figueiredo. Partitioning and Purification of the Cellulolytic Complex Produced by Aspergillus japonicus URM5620 Using PEG-Citrate in an Aqueous Two-Phase System. Fluid Phase Equilibria. , v.335, p.8 - 13, 2012. 5. BEZERRA, J. D. P., Santos, M. G. S., Svedese, V. M., LIMA, D. M. M., FERNANDES, M. J. S., PAIVA, L. M., SOUZA-MOTTA, C. M. Richness of endophytic fungi isolated 54 from Opuntia ficus-indica Mill. (Cactaceae) and preliminary screening for enzyme production. World Journal of Microbiology & Biotechnology. , v.28, p.1 - 7, 2012. 6. Herculano, Polyanna Nunes, Porto, Tatiana Souza, Moreira, Keila Aparecida, Pinto, Gustavo A. S., Souza-Motta, Cristina Maria, Porto, Ana Lúcia F. Cellulase Production by Aspergillus japonicus URM5620 Using Waste from Castor Bean (Ricinus communis L.) Under Solid-State Fermentation. Applied Biochemistry and Biotechnology. , p.1057 - 1067, 2011. 7. CAMBUIM, I. I. F. N., MACEDO, D. P. C., DELGADO, M., LIMA, K. M., SANTOS, G., MENDES, G. P., SOUZA-MOTTA, C. M., LIMA, D. M. M., FERNANDES, M. J. S., MAGALHÃES, O. M. C., QUEIROZ, L. A., NEVES, R. P. Clinical and mycological evaluation of onychomycosis among Brazilian HIV/AIDS patients. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Impresso). , v.44, p.40 - 42, 2011. 8. SILVA, L., SOUZA, O., FERNANDES, M. J. S., LIMA, D. M. M., COELHO, R. R. R., Souza-Motta, Cristina. Culturable fungal diversity of shrimp Litopenaeus vannamei Boone from breeding farms in Brazil. Brazilian Journal of Microbiology (Impresso). , v.42, p.49 - 56, 2011. 9. Vieira, Paula Danielle de Souza, SOUZA-MOTTA, C. M., Lima, Debora, Torres, Jorge Braz, Quecine, Maria Carolina, Azevedo, Joao Lucio, Oliveira, Neiva Tinti de. Endophytic fungi associated with transgenic and non-transgenic cotton. Mycology. , v.2, p.91 - 97, 2011. 10. Siqueira, Virginia Medeiros, Conti, Raphael, Araújo, Janete Magali, Souza-Motta, Cristina Maria. Endophytic fungi from the medicinal plant Lippia sidoides Cham. and their antimicrobial activity. Symbiosis (Philadelphia, Pa.). , v.53, p.89 - 95, 2011. 11. SILVA, D. C. V., Tiago, P.V., MATTOS, J. L. S., PAIVA, L. M., SOUZA-MOTTA, C. M. Isolamento e seleção de fungos filamentosos do solo de sistemas agroflorestais do Município de Bom Jardim (PE) com base na capacidade de produção de enzimas hidrolíticas. Revista Brasileira de Botânica (Impresso). , v.34, p.607 - 610, 2011. 12. Herculano, Polyanna N., LIMA, D. M. M., FERNANDES, M. J. S., NEVES, R. P., SOUZA-MOTTA, C. M., PORTO, A. L. F. Isolation of Cellulolytic Fungi from Waste of Castor (Ricinus communis L.). Current Microbiology (Print). , v.62, p.1416 - 1422, 2011. 13. Neves, Maria Luiza Carvalho, Silva, Milena Fernandes da, Souza-Motta, Cristina Maria, Spier, Michele Rigon, Soccol, Carlos Ricardo, Porto, Tatiana Souza, Moreira, Keila Aparecida, Porto, Ana Lúcia Figueiredo. Lichtheimia blakesleeana as a New Potencial Producer of Phytase and Xylanase. Molecules (Basel. Online). , v.16, p.4807 - 4817, 2011. 55 14. GOMES, B. S., Souza-Motta, Cristina M., LIMA, A. N., Porto, Ana Lúcia Figueiredo. Pathogenic characteristics of yeasts isolated from vaginal secretion preserved under mineral oil. The Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases (Online). , v.17, p.460 - 466, 2011. 15. MACIEL, M. H. C., HERCULANO, P. N., PORTO, T. S., TEIXEIRA, M. F. S., Moreira, Keila Aparecida, Souza-Motta, Cristina. Production and partial characterization of pectinases from forage palm by Aspergillus niger URM4645. African Journal of Biotechnology. , v.13, p.2469 - 2475, 2011. 16. LEAL, A. F. G., MACEDO, D. P. C., Souza-Motta, Cristina, FERNANDES, M. J. S., MAGALHÃES, O. M. C., NEVES, R. P. Ocorrência de fungos filamentosos de importância médica em água de bebedouro. Revista do Instituto Adolfo Lutz (Impresso). , v.69, p.580 - 583, 2010. 17. Araújo Viana, Daniela, Albuquerque Lima, Carolina, Neves, Rejane Pereira, Mota, Cristina Souza, Moreira, Keila Aparecida, Lima-Filho, José Luiz, Cavalcanti, Maria Taciana Holanda, Converti, Attilio, SOUZA-MOTTA, C. M. Porto, Ana Lúcia Figueiredo. Production and Stability of Protease from Candida buinensis. Applied Biochemistry and Biotechnology. , p.13, 2010. Artigos aceitos para publicação 1. SILVA, L. R. C., SANTOS, C. R., LIMA, J. S., FERNANDES, M. J. S., Moreira, Keila Aparecida, Souza-Motta, Cristina Maria. Diversity of PENICILLIUM in soil of Caatinga and Atlantic Forest areas of Pernambuco, Brazil: an ecological approach. Nova Hedwigia. , 2012. 2. SILVA, A. C., QUEIROZ, A. E. S. F., PORTO, T. S., SPIER, M. R., SOCCOL, C. R., PORTO, A. L. F., SOUZA-MOTTA, C. M., MOREIRA, K. A. Partial Characterisation of an Inulinase Produced by Aspergillus japonicus URM5633. Brazilian Archives of Biology and Technology (Impresso). , p.671 - 676, 2012. 3. BEZERRA, J. D. P., LOPES, D. H. G., SANTOS, M. G. S., Svedese, V.M., PAIVA, L. M., CORTEZ, J. S. A., SOUZA-MOTTA, C. M. Riqueza de micro-organismos endofíticos em espécies da família Cactaceae. Boletín de la Sociedad Latinoamericana y del Caribe de Cactáceas y otras Suculentas. , 2012. Capítulos de livros publicados 1. SOUZA-MOTTA, C. M. 56 Micoteca URM In: Estudos Universitários.22 ed.Recife : Universidade Universitária, 2011, v.27, p. 167-169. Outras atividades: Atualização do Site e do banco de dados da Micoteca URM – todas as informações associadas às culturas do acervo estão sendo incorporadas ao banco de dados desta coleção. Pesquisadores e respectivas instituições públicas e privadas que utilizaram os serviços da Micoteca URM nos anos de 2010 a 2012 (até agosto). Pesquisador/Professor Alan Villela Pomella Albino Citon Adriana Todarop’ Adriana Ferreira de Souza Alexandre Libanio Silva Reis Ana Beatriz Sotero Siqueira Ana Cristina Regis de Barros Correia Ana Lucia Figueiredo Porto Ana Maria C. T de Arruda Ana Maria Souto Maior Ana Paula Portela Ana Thereza dos Santos André Luiz C.M. de A. Santiago Armando Marsden Lacerda Filho Bruno Sampaio Bruno Severo Gomes Carlos Eduardo de Araújo Batista Carlos Henrique Pessoa de Menezes e Silva Carolina da Silva Cibele Callou Cynthia de Oliveira Nascimento Cynthia Maria Carneiro Costa Instituição Laboratório de Biocontrole Farroupilha LTDA Laboratório de Análises e Pesquisas Clínicas Carbélia-PR Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologias Estratégicas de Pernambuco Centro de Tecnologias Estratégicas de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Sigla LBF Universidade Federal Rural de Pernambuco Lamen – Garanhuns/PE Universidade Federal de Pernambuco Laboratório de Controle Biológico – Maceió/AL Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco UFPE Universidade Federal de Pernambuco UFPE Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami Universidade Federal de Pernambuco Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - SP Centro de Tecnologia de Análises LTDA. Vitória-ES Universidade Federal de Pernambuco Hospital das Clínicas- UFPE Hospital Veterinário da UFRPE LIKA Universidade Federal Rural de UFRPE-UAST LAPCC UFAL CETENE CETENE UFPE UFPE LAMEN UFPE BIOTECH UFPE UFPE UFPE ESALQ CTA UFPE HC-UFPE HV-UFRPE 57 Pernambuco Cristina Maria de Souza Motta Universidade Federal de Pernambuco Daiane Felberg Antunes Universidade de Pernambuco Galvão Delson Laranjeira Universidade Federal Rural de Pernambuco Diogo Luan de Oliveira Unichapecó Dulce Helena Ferreira de Universidade Federal de São Paulo Souza Dráuzio Eduardo Naretto Rangel Edeltrudes de Oliveira Lima Eduardo da Silva Martins Edmilson Nascimento Elza Áurea de Luna Alves Lima Elvira Maria Bezerra de Alencar Fabiane Cardoso Fernanda Lopes Motta Fernando Braleim Flávia Cristina dos Santos Lima Frederico Costa Galba Campos Takaki Genilda Mendes Geogges Gomes Oliveira Gianne Rizzoto Araújo Grazielle Santos Silva Hamilton Cabral Henrique Maia Valério Idalina Inês Fonseca Nogueira Cambuim Isabel Cristina Helio Fernandes de Melo Janete Magali de Araújo José Ivanildo de Souza João Lúcio de Azevedo Joelleton Oliveira Julia Campos UFPE UAG-UPE UFRPE UNICHAPECÓ UNIFESP Universidade do Vale do Paraíba UNIVAP Universidade Federal da Paraíba Universidade Estadual de Minas Gerais – Frutal BioRJ Produtos Biológicos e Científicos LTDA Universidade Federal de Pernambuco UFPB UEMG Universidade de Pernambuco UPE Laboratório Químico e Farmacêutico Nikkho do Brasil LTDA Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal de Campina Grande Nikkho do Brasil UNICAMP UFES UFCG Faculdade Pernambucana de Saúde Universidade Católica de Pernambuco Universidade de Pernambuco Instituto de Medicina Integral de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Escola de Engenharia de Lorena Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Universidade Estadual de Montes Claros Hospital Otávio de Freitas FPS-IMIP UNICAP UPE IMIP Biotech- Maceió -AL Universidade Federal Rural de Pernambuco. Campus Serra Talhada Universidade Federal de Pernambuco Instituto de Botânica de São Paulo Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Centro de Tecnologias Estratégicas de BIOTEC-AL UFRPE-UAST BioRJ UFPE UFPE USP USP UNIMONTES HOF UFPE IBOT-SP ESALQ-USP UEMS CETENE 58 Juliana Tomazzoni Bold Kátia Aquino Keila Aparecida Moreira Kelly Lana Araújo Kelly Samara de Lira Mota Larissa Isabela Oliveira de Souza Laura Mesquita Paiva Leonildo Bento Galiza da Silva Leonice Asfora Sorubbo Lilian M. M. Fiuza Luciana Cristina Lins de Aquino Luiz Henrique Souza Guimarães Luiza Ribas Casseb Luiz Roberto D. de Abreu Madson Ralide Marcelo Fraga Marcela Motta Drechsee Maria Anilda dos Santos Araújo Marina Kimico Kadawaki Maria de Lourdes Polizelli Maria Francisca Simas Teixeira Marialba A. A. de Castro Marilene da Silva Cavalcanti Maurício Batista Filho Nadia S. Parachin Nadja Elizabeth P. Lopes Neiva Tinti de Oliveira Nelson Correia Norma Buarque de Gusmão Oliane Maria Correia Magalhães Patrícia Maria Guedes Paiva Polyana Nunes Herculano Raiza Guerra Lima de Medeiros Pernambuco Universidade Federal do Pampa Universidade Federal de Pernambuco Unidade Acadêmica de Garanhuns Universidade Estadual de Mato Grosso Universidade Federal da Paraíba Universidade Federal de Alagoas UFP-RS UFPE UFRPE UEMT UFPB UFAL Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal Rural de Pernambuco Universidade Católica de Pernambuco Laboratório Química Farmaceutica Nikko do Brasil LTDA – Rio de Janeiro/RJ Universidade Federal de Sergipe UFPE UFRPE Universidade de São Paulo USP UNAERP/SP Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Estadual de Montes Claros Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro EMBRAPA FEJAL / CESMAC - AL UNAERP/SP UFRN Universidade Estadual do Oeste do Paraná Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - SP Coleção do Departamento de Parasitologia da Universidade Federal do Amazonas - DPUA Universidade Estadual de Maringá-PN Universidade Federal de Pernambuco Instituto de Botânica de São Paulo Universidade de Brasília Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco UNIOESTE Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal Rural de Pernambuco Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFPE UFRPE UNICAP NIKKO UFSE UNIMONTES UFRRJ EMBRAPA CESMAC FFCLRP UFAM UEM UFPE IBSP UNB UFPE UFPE UFPE UFPE UFPE UFRN 59 Rejane Pereira Neves Renata Pereira Limberger Rita de Cassia Mendonça de Miranda Robert Weingart Barreto Romero Moura Ronnison Alves Marques Rosimary Leão Sabrina Garcia Bioetto Sergio Barbosa da Silva Simone Quinelato Bezerra Silvia Mariana Suraia Said Taciana de Amorim Silva Tânia Montenegro Stamford Thais Rossini de Oliveira Thiago Cavalcante da Silva Uiara Pomina Wagner Bettiol Zilmeire Alves Marques Zoilo Pires de Camargo Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal Rural do Rio Grande do Sul LAF-NUCT Campus São Cristovão UFPE UFRRS Universidade Federal de Viçosa Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Associação Caruaruense de Ensino Superior Universidade de São Paulo Universidade de Pernambuco Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Universidade Federal de Pernambuco Universidade de São Paulo Universidade Federal do Amazonas Universidade Federal de Pernambuco Universidade de Campinas Claeff Engenharia e Produtos Químicos LTDA. Camaragibe-PE Universidade Estadual de Montes Claros Embrapa – Jaguariúna - SP Universidade Federal Rural de Pernambuco Universidade Federal de São Paulo UFV UFPE UFPE ASCES UFS USP UPE UFRRJ UFPE USP UFAM UFPE UNICAMP CLAEFF UNIMONTES EMBRAPA UFRPE UNIFESP A Micoteca URM disponibiliza também culturas para o desenvolvimento projetos de pesquisa, de iniciação científica, monografias de conclusão de curso de graduação e especialização, dissertações e teses, gerando diversas publicações em periódicos nacionais e internacionais, contribuindo com a formação de recursos humanos especializados. 60 Referências Bibliográficas AGUILAR, C.N.; AUGUR, C.; FAVELA-TORRES, E.; VINIEGRA-GONZÁLEZ, G. 2001. Induction and repression patterns of fangal tannase in solid-state and submerged cultures. Process Biochemistry, 36, 565-570. AGUILAR, C.N.; AUGUR, C.; FAVELA-TORRES, E.; VINIEGRA-GONZÁLEZ, G. 2001. Production of tannase by Aspergillus niger Aa-20 in influence of glucose and tannic acid. 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