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Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2002 Eurico Silva Águas do Douro e Paiva SA O novo ciclo da água 4 Composição dos Órgãos Sociais Manuela Pacheco 7 I. Relatório de Gestão 2002 Norberto Freitas 11 Mensagem do Presidente Artur Sousa Cristina Josefa Teixeira 13 1. Introdução 21 2. Investimento Arnaldo Pêgo 35 3. Actividade de Exploração João Luís Roseira José Pinto 59 5. Situação Económica e Financeira Raquel Oliveira 51 4. Pessoas 67 6. Organização e Sistemas de Informação 71 7. Qualidade, Ambiente e Segurança Manuel Vieira Raquel Meirinhos 77 8. Investigação e Desenvolvimento Manuel Garcês 81 9. Comunicação e Imagem Carolina Tavares Cipriano Leite Rosa Santos 85 10. Objectivos para 2003 89 11. Proposta de Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos 95 II. Contas do Exercício de 2002 Carlos Maia Paulo Póvoas 123 III. Relatório Anual da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 133 IV. Relatório do Auditor Externo Paula Sousa Composição dos Órgãos Sociais MESA DA ASSEMBLEIA GERAL PRESIDENTE DR. PAULO RAMALHEIRA TEIXEIRA VICE-PRESIDENTE DR. PAULO MANUEL MARQUES FERNANDES SECRETÁRIO DR.A ALEXANDRA ISABEL MARTINS VARANDAS FISCAL ÚNICO SOCIEDADE “P. MATOS SILVA, GARCIA JÚNIOR, P. CAIADO & ASSOCIADOS, SROC” REPRESENTADO POR DR. PEDRO MATOS SILVA (ROC N.º 491) SUPLENTE DR. PEDRO MANUEL DA SILVA LEANDRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE ENGº NUNO MAGALHÃES SILVA CARDOSO VOGAL DR. JOAQUIM SÉRGIO HORA LOPES VOGAL ENGº ARNALDO LOBO MOREIRA PÊGO VOGAL ENGº ORLANDO DE BARROS GASPAR VOGAL ENGº JOAQUIM MANUEL VELOSO POÇAS MARTINS I Joaquim Fortuna Relatório de Gestão Páginas 8 e 9 Municípios Utilizadores Entregas Reservatórios Tratamento de água Captações Estação Elevatória Estação de Tratamento de Água (ETA) Captação · Tratamento · Elevação · Reservatório Solução em análise Subsistema Lever Sector Norte Subsistema Lever Sector Sul Subsistema Vale do Sousa Sector Sebolido Subsistema Vale do Sousa Sector Norte Subsistema Vale do Sousa Sector Entre-os-Rios Subsistema Vale do Sousa Sector Paiva Relatório e Contas 2002 Exmos. Senhores Accionistas Nuno Cardoso O ano de 2002 ficará fortemente marcado na vida da Águas do Douro e Paiva, SA, por se ter concretizado o objectivo de abastecer todos os Municípios Accionistas, consequência do início do abastecimento aos Concelhos de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis e, no Vale do Sousa, aos Concelhos de Paços de Ferreira e Paredes, antecipando assim os compromissos decorrentes do Contrato de Concessão, apesar do acidente na ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, que obrigou a alterar o planeamento do investimento. Destacamos, pela sua importância, a atribuição da Marca de Qualidade LNEC a 6 Obras da Águas do Douro e Paiva, SA,, facto relevante na medida em que é a primeira vez que a certificação foi concedida a obras do domínio do abastecimento de água e do saneamento. Quanto à nova origem de água no rio Paiva, o ano de 2002 ficou marcado pela necessidade de se proceder a ajustes no relatório dos Estudos de Impacte Ambiental, por sugestão da Comissão de Avaliação de Impacte. A actuação da Águas do Douro e Paiva, SA, justifica o elevado grau de confiança dos Municípios Clientes no produto fornecido e no serviço prestado, o que se demonstra pelo resultado do primeiro “Inquérito à Satisfação dos Clientes” realizado, que Mensagem valoriza o “Índice de Satisfação do Cliente” em 83%, isto é, no intervalo definido como “Muito Bom”. Esta apreciação dos nossos principais parceiros de negócio é um facto que muito nos distingue e apraz registar. É de referir que a tarifa praticada – 0,271 – , aplicada apenas a partir do mês de Novembro, é a mais baixa de todos os Sistemas Multimunicipais e inferior à tarifa de referência do Contrato de Concessão. Do ano de 2002, não podemos ainda deixar de destacar a visita de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, à Estação de Tratamento de Água de Castelo de Paiva, em 19 de Janeiro, que muito honrou a empresa. Por fim, muito me apraz agradecer aos colegas da administração, aos membros dos restantes órgãos societários e a todos os colaboradores, a permanente dedicação e empenho que são já uma referência da cultura da empresa. Aos municípios, accionistas e únicos clientes, agradecemos a sã cordialidade que mantêm no relacionamento com a empresa, na resolução dos diferentes problemas; ao concedente e à Águas de Portugal, registamos a sempre atenta colaboração e confiança emprestadas. do Presidente O Presidente do Conselho de Administração, Nuno Magalhães Silva Cardoso 1 Jorge Santos Introdução Páginas 14 e 15 O ano de 2002 ficará fortemente marcado na vida da empresa por se ter concretizado o objectivo de abastecer todos os Municípios Accionistas, consequência do início do abastecimento aos Concelhos de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis e, no Vale do Sousa, aos Concelhos de Paços de Ferreira e Paredes, antecipando assim os compromissos decorrentes do Contrato de Concessão da Exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área do Grande Porto. O investimento realizado pela empresa durante o ano de 2002, foi orientado, essencialmente, para o alargamento do Sistema à Região do Vale do Sousa e para a melhoria das condições do abastecimento e alargamento do Subsistema Lever, obras que complementam a 1ª Fase de Investimentos realizados pela empresa. Agostinho Sousa Em 2002, a empresa prosseguiu a construção das principais linhas para a adução à Região do Vale do Sousa em 2003, designadamente do Sector Norte e Paiva, permitindo, este último, o abastecimento de água aos concelhos de Paços de Ferreira, Lousada e Paredes, através da ETA de Castelo de Paiva. Lembramos que o acidente na ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, obrigou a alterar o planeamento do investimento, tendo a empresa procedido de forma a minimizar os inconvenientes que este lamenJosé Santos Cruz tável sinistro provocou na execução do abastecimento de água à Região. Para isso, a empresa adjudicou cinco empreitadas distintas: Conduta da ETA de Castelo de Paiva a Entre-os-Rios – Lote 1, Conduta da ETA de Castelo de Paiva a Entre-os-Rios – parte restante, Conduta de Travessia do Rio Douro, Conduta de Ligação a Eja e Conduta Adutora em Eja, todas concluídas entre Abril e Setembro de 2002, à excepção da travessia do rio Douro. Quanto aos investimentos no Subsistema Lever, salienta-se o início da execução das empreitadas de construção de novo órgão de tratamento na ETA de Lever, que permitirá aumentar significativamente a capacidade de remoção de turvação na água bruta, e a ligação dos reservatórios de Lagoa e de Jovim, que incluiu uma nova travessia do rio Douro, executada através de perfuração do subsolo, que permitirá reforçar a capacidade de adução aos municípios a Norte do rio Douro. Com estes dois investimentos, a concluir em 2003, a fiabilidade de todo o sistema, assente nas captações de Lever, ficará reforçada. Relatório e Contas 2002 Com esta 2.ª fase de investimento, que terminará, na generalidade, em 2003, ficarão significativamente melhoradas as condições físicas de operacionalidade do Sistema Multimunicipal, que o tornarão capaz de dar plena resposta às necessidades de abastecimento de água à Região. A área territorial abastecida será alargada, com níveis de qualidade e fiabilidade adequados, o que permitirá, certamente, aumentar a taxa de atendimento domiciliário. Destacamos, pela sua importância, a atribuição da Marca de Qualidade LNEC a 6 Obras da Águas do Douro e Paiva, SA, o que atesta a grande qualidade com que as infraestruturas da empresa têm sido construídas, sendo tal determinante uma vez que a empresa se encontra empenhada em implementar um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Segurança e Ambiente empresarial. Lembramos que a Marca de Qualidade LNEC foi instituída há 12 anos, mas é esta a primeira vez que a certificação foi concedida a obras do domínio do abastecimento de água e do saneamento. Manuel Oliveira Quanto à 3ª fase de investimentos, que diz respeito à nova origem de água no rio Paiva, o ano de 2002 ficou marcado pela necessidade de se proceder a ajustes no relatório dos Estudos de Impacte Ambiental, por sugestão da Comissão de Avaliação de Impacte. Após aprovação da definição do âmbito do estudo Fernando Oliveira de Impacte Ambiental, a Águas do Douro e Paiva, SA, reformulará os estudos e submetê-los-á à apreciação da Comissão de Avaliação até meados de 2003, dando continuidade ao processo de licenciamento regulamentar. O montante global do investimento realizado em 2002 atingiu um valor da ordem dos 35,8 milhões de euros (7,2 milhões de contos). Destes, 16,2 milhões de euros (3,2 milhões de contos) foram despendidos no alargamento ao Vale do Sousa e o restante nas obras complementares da 1ª fase de investimento. A candidatura ao Fundo de Coesão referente ao “Alargamento à Região do Vale do Sousa”, no valor total de 49,880 milhões de euros (10 milhões de contos), durante o ano de 2002, teve uma taxa de execução financeira 20% superior ao previsto. No final de 2002, as despesas comprovadas representavam cerca de 79% do valor da candidatura. Páginas 16 e 17 A produção de água atingiu um valor da ordem dos 114,2 mil milhões de metros cúbicos, correspondendo a uma média diária de 312,9 mil metros cúbicos. Verificou-se, portanto, um aumento de 3,45% face aos valores registados em 2001, que se justifica, em grande parte devido ao alargamento da área abastecida ao Vale do Sousa e aos municípios de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis Em 2002 há que registar uma substancial redução do custo energético na produção de água devido, essencialmente, à melhor gestão dos contratos mantidos com a EDP e ao resultado de algumas medidas tomadas com vista à eficiência energética da operação. Quanto à qualidade da água, assunto que recebeu a maior atenção da empresa, refira-se que foram efectuadas cerca de 72 mil análises, o que representa um incremento de 42% face aos valores do ano de 2001. O número de não conformidades observado foi da ordem dos 0,07%, o que prova que a Águas do Douro e Paiva, SA, distribui um produto de elevada qualidade. Dentro do espírito de parceria e transparência que tem caracterizado a colaboração entre a empresa e os seus Clientes, passaram a ser disponibilizados no sítio da empresa na internet os relatórios da qualidade da água. Esta disponibilidade foi possível graças à implementação de um programa informático de gestão da informação da Qualidade da Água (LIMS - Laboratory Information Management System). A actuação da Águas do Douro e Paiva, SA, justifica o elevado grau de confiança dos Municípios Clientes no produto fornecido e no serviço prestado, o que se demonstra pelo resultado do primeiro “Inquérito à Satisfação do Clientes” realizado, que valoriza o “Índice de satisfação do Cliente” Fernando Teixeira em 83%, isto é, no intervalo definido como “Muito Bom”. Esta apreciação dos nossos principais parceiros de negócio é um facto que muito nos distingue e apraz registar. Foram, em 2002, facturados 113 100 mil milhões de metros cúbicos, o que representa uma proporção entre o volume de vendas e o volume de água produzida de 99,04%, isto é, as perdas do Sistema fixaram-se em 0,96%. As vendas atingiram um valor superior a 29 989 milhares de euros (6,0 milhões de contos), e o Valor Acrescentado Bruto gerado durante o ano económico de 2002 foi da ordem dos 20 051 milhares de euros (4,2 Relatório e Contas 2002 milhões de contos). Relativamente ao ano anterior verificam-se crescimentos percentuais muito próximos dos 5,7 %. Os Resultados Líquidos depois de impostos atingiram, em 2002, um montante de 1 190 milhares de euros (391 mil contos). Este resultado, que corresponde a um aumento de 35% relativamente a 2001, deve-se, em grande parte, à excepcional baixa das taxas de juro que implicou que os encargos financeiros fossem inferiores aos de 2001 em cerca de 800 mil euros, isto é, menos 20%. É de referir que a tarifa praticada - 0,271 - , aplicada apenas a partir do mês de Novembro, é a mais baixa de todos os Sistemas Multimunicipais e inferior à tarifa de referência do Contrato de Concessão. É de realçar o esforço realizado pelos nossos Clientes no pagamento atempado das suas facturas, o que se traduziu numa diminuição dos prazos de pagamento de 190 dias para 70 dias. Este esforço reduziu o valor das facturas vencidas de 12 359 mil euros para 5 512 mil euros, uma redução de 55%. A consciência de que a eficiência do processo operativo depende muito da robustez das ferramentas de controlo e de gestão da informação levou a empresa a implementar e consolidar um ERP, Enterprise Resource Planning, programa integrado de gestão. A implementação generalizada do ERP permitiu obter indicadores de gestão coerentes e permanentes. Por outro lado, a implementação gradual do sistema de informação geográfica continuou a ser uma linha de actuação prioritária devendo, no final de 2003, apresentar-se com grande robustez, quer quanto à fiabilidade da informação de base, quer quanto ao rigor e adequação dos “output” a utilizar nos actos de gestão da empresa. A empresa promove a execução das infraestruturas de telegestão em toda a rede distribuidora, que passará a ser gerida com base em meios tecnológicos, instalações e instrumentação, que conferirão uma capacidade de intervenção permanente, capaz de assegurar uma qualidade de serviço compatível com as exigências dos Municípios Clientes. Estas infraestruturas encontrar-se-ão em pleno funcionamento no Subsistema Lever em 2003 e no Vale do Sousa em 2004. Mantendo-se o objectivo estratégico de implementar um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Segurança e Ambiente, de acordo com os referenciais internacionais consAdriano Vieira Páginas 18 e 19 tantes das normas ISO9001, ISO14001 e NP 4397:2001, no ano de 2003, a empresa contou com o total envolvimento da sua organização, no permanente acerto e actualização dos procedimentos e seus registos. Na actividade da Águas do Douro e Paiva, SA, a Investigação & Desenvolvimento Tecnológico tem adquirido cada vez mais importância. A empresa pretende garantir uma actualiOrlando Gaspar zação constante dos seus conhecimentos técnicos, tendo promovido a realização de várias iniciativas através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso das universidades, e envolvendo a própria estrutura da empresa. No relacionamento com a comunidade continuou-se a apostar na educação ambiental, na divulgação junto dos vários públicos da actividade da empresa, no apoio à realização de eventos, conferências e colóquios em que a problemática da água e do ambiente estivesse presente e no aprofundamento das relações com as instituições científicas através de projectos de Investigação e Desenvolvimento. Do ano de 2002, não podemos ainda deixar de destacar a visita de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, à Estação de Tratamento de Água de Castelo de Paiva, em 19 de Janeiro, que muito honrou a empresa. José Manuel Tavares Relatório e Contas 2002 Paulo Paiva Paulo Sarmento e Cunha 2 Investimento Pinto Diogo Páginas 22 e 23 No ano de 2002, o investimento realizado pela Águas do Douro e Paiva, SA, destinado a infraestruturas que constituirão o estabelecimento da concessão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto, orientou-se essencialmente para a concretização do alargamento à Região do Vale do Sousa e à realização de um conjunto de Obras Complementares. O valor do investimento atingiu o valor de 35,8 milhões de euros, distribuído da seguinte forma: 2002 2ª Fase – Grupo I: Alargamento ao Vale do Sousa Projecto Terrenos Estudos e Projectos Gestão do Projecto Promoção e Divulgação Subsistema Lever - Norte Subsistema Vale do Sousa - Paiva Subsistema Vale do Sousa - Norte 2ª Fase Grupo II: Obras Complementares Investimentos no âmbito de Protocolos Municipais Total 95 395 273 287 74 934 52 733 3 904 298 7 251 380 4 510 076 15 664 146 3 959 287 35 785 536 (em euros) Ramiro Leão Relatório e Contas 2002 Luís Lopes 2.1. Sistema Multimunicipal › Os investimentos da Águas do Douro e Paiva, SA, realizados no ano de 2002 dizem respeito à 2.ª Fase de Investimentos, que engloba os seguintes grupos de obras: Alargamento à Região do Vale do Sousa e Obras Complementares. Quanto à 3ª Fase de investimentos, referente à nova origem de água no rio Paiva, o ano de 2002 ficou marcado pela necessidade de se proceder a ajustes no relatório dos Estudos de Impacte Ambiental, por sugestão da Comissão de Avaliação de Impacte, designada pela Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental. Após aprovação da definição do âmbito do estudo de Impacte Ambiental, a Águas do Douro e Paiva, SA, reformulará os estudos e submeterá à apreciação da Comissão de Avaliação até meados de 2003, dando continuidade ao processo de licenciamento regulamentar. 2.1.1. Alargamento à Região do Vale do Sousa › No alargamento à região do Vale do Sousa, a Águas do Douro e Paiva, SA, centrou o seu investimento nos Sectores Paiva e Norte e também na extensão do Subsistema Lever - Sector Norte até à zona Ocidental do concelho de Paredes. Com o investimento realizado, a empresa aproximou-se do objectivo de concluir as principais linhas de adução ao Vale do Sousa em 2003, incluindo a extensão a Barrosas, a ligação Sameiro-Torno e a ligação entre o Sector Norte e o Sector Paiva, o que permitirá antecipar num ano a data de conclusão prevista no Contrato de Concessão. Subsistema Vale do Sousa · Sector Paiva › A Águas do Douro e Paiva, SA, tinha definido que 2001 seria o ano da conclusão da totalidade da rede principal relativa ao Sector Paiva, o que permitiria o abastecimento de água aos concelhos de Paços de Ferreira, Lousada e Paredes, através da ETA de Castelo de Paiva. Para isso, pressuponha-se a construção do eixo adutor desde a ETA de Castelo de Paiva até Eja, em Penafiel, com a travessia do rio Douro em Entre-os-Rios. No entanto, o acidente na ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, originou a não concretização deste objectivo. De forma minimizar os inconvenientes deste sinistro, a empresa procedeu de forma a alterar os projectos e a colocar as obras no terreno no mais Patrícia Lopes Páginas 24 e 25 Abel Cardia curto espaço de tempo. Assim, foi possível iniciar a construção desta linha adutora, com uma extensão da ordem dos 15 km, ainda durante o mês de Junho de 2001, tendo-se realizado em 2002 a maior parte dos trabalhos. Para este efeito, foram adjudicadas cinco empreitadas: Conduta da ETA de Castelo de Paiva a Entre-os-Rios – Lote 1, Conduta da ETA de Castelo de Paiva a Entre-os-Rios – Troço final na EN 224, Conduta de Travessia do Rio Douro, Conduta de Ligação a Eja e Conduta Adutora em Eja. Com excepção da Conduta de Travessia do Rio Douro, as restantes empreitadas ficaram concluídas entre Abril e Setembro de 2002. Relativamente à Conduta de Travessia do Rio Douro, no decurso da obra, a 21 de Julho de 2002, durante a fase de testes e desinfecção desta conduta instalada na nova ponte Hintze Ribeiro, sob o tabuleiro, ocorreu uma rotura na junta de dilatação instalada na câmara da margem esquerda. Esta rotura atrasou o início do abastecimento ao Vale do Sousa, tendo a Águas do Douro e Paiva, SA, desenvolvido todos os esforços para encontrar uma solução de emergência para aquela infraestrutura. Tal veio a concretizar-se através da instalação de uma solução provisória, em funcionamento desde 26 de Novembro de 2002. A solução definitiva será implementada Ana Cláudia Tomás no 1º Semestre de 2003. De referir também que, no ano de 2002, iniciaram-se as empreitadas para extensão do abastecimento às freguesias de Pedorido e Raiva. Para isso, foram adjudicadas duas empreitadas de execução de condutas que, no total, correspondem a cerca de 13 km de condutas adutoras. Subsistema Vale do Sousa · Sector Norte › Designa-se por Sector Norte do Vale do Sousa, de um modo geral, o sistema adutor que se destina ao abastecimento dos concelhos de Felgueiras e Lousada. Neste sector, em Setembro de 2002, foi possível concluir a empreitada das Adutoras de Felgueiras, que compreendeu a instalação de condutas ao longo de uma extensão aproximada de 13 km, desde Lousada até ao centro urbano de Felgueiras. Sandra Soares Relatório e Contas 2002 Em 2002, deu-se franco desenvolvimento à empreitada designada por ”Finalização do Sector Norte”, adjudicada no final de 2001. Esta empreitada inclui a construção de infraestruturas de adução de água à zona Norte de Felgueiras, Lousada e à zona da Lixa, ao longo de uma extensão aproximada de 23 km de condutas adutoras. Prevê-se a sua conclusão durante o primeiro semestre de 2003. Maria Adelaide Gouveia Em Julho de 2002, foi adjudicada a empreitada de construção da Adutora Sameiro – Torno – Troço Norte, pelo valor de cerca de 2 milhões de euros. Esta empreitada destina-se à instalação de uma conduta adutora com aproximadamente 7 km, que ficará ligada às Adutoras de Felgueiras. Ainda em 2002, foram lançados os concursos públicos para a realização das seguintes empreitadas: Conduta Sameiro – Torno – Troço Sul, Reabilitação do Complexo do Ferro e Ligação dos Sectores (Paiva, Norte e Entre-os-Rios). A adjudicação destas empreitadas está prevista para o primeiro trimestre de 2003. ETA do Ferro Adutoras de Felgueiras Obras de Finalização do Sector Norte Conduta Sameiro – Torno Vizela Felgueiras Paços de Ferreira Lousada Paredes Penafiel ETA de Lousada Páginas 26 e 27 Alargamento ao Vale do Sousa · Sector Lever Norte › O abastecimento à parte Ocidental do concelho de Paredes far-se-á através da extensão do Subsistema Lever – Sector Norte, às freguesias de Gandra e de Rebordosa. Durante o ano de 2002, prosseguiram os trabalhos da empreitada de reabilitação da Conduta Adutora entre o nó de Cabanas, em Gondomar, e o reservatório de Monte Pedro, em Valongo, responsável pelo abastecimento aos concelhos de Gondomar e Valongo. Esta empreitada inclui, ainda, a reabilitação da Estação Elevatória de Vale de Ferreiros e o reservatório de Monte Pedro. A sua conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2003. A empreitada de construção da Conduta entre Monte Pedro (Valongo) e Gandra (Paredes), com uma extensão de cerca de 9 km, ficou concluída em Julho de 2002. Foi iniciada, ainda em 2002, a instalação do sistema adutor entre Gandra e Rebordosa, no concelho de Paredes, obra adjudicada conjuntamente com a finalização do Sector Norte do Vale do Sousa. Esta obra estará concluída no primeiro trimestre de 2003. Reabilitação do Eixo Nó de Cabanas – Valongo Conduta Adutora Monte Pedro – Gandra Conduta Adutora Gandra – Rebordosa Rebordosa Estação Elevatória de Gandra Reservatório de Pedrouços Reservatório de Monte Pedro Estação Elevatória de Vale de Ferreiros Porto Nova Sintra rio Douro Reservatório de Ramalde Paredes Relatório e Contas 2002 Pedro Santos 2.1.2. Obras Complementares › O Plano de Investimentos da Águas do Douro, SA, inclui um conjunto de obras no Subsistema Lever que são complementares às realizadas na primeira fase de construção do Sistema Multimunicipal. Entre outras, estão aqui contempladas as obras de execução da Conduta Adutora Lagoa-Jovim e o abastecimento à zona Oriental do concelho de Arouca. Destacamos também os investimentos a realizar na zona da ETA de Lever, como seja o Órgão de Desbaste, o Edifício do Laboratório, a concluir em 2003,e o Edifício da Exploração. Estes investimentos no Subsistema Lever visam, principalmente, o aperfeiçoamento do sistema, tornando-o adequado ao abastecimento a uma população de dois milhões de habitantes, com elevados níveis de rentabilidade e fiabilidade, e com um nível de perdas inferior ao que é corrente em sistemas semelhantes. No ano de 2002, continuaram os investimentos, iniciados em 2001, na construção das infraestruturas que constituem este grupo de obras. Órgão de Pré-tratamento › Para fazer face aos elevados níveis de turvação do rio Douro, ocorridos pontualmente mas que têm vindo a atingir valores extremamente elevados, foi adjudicada no ano de 2001 a construção de uma Etapa de Filtração em Meio Granular para Remoção da Turvação da água do rio Douro. Este equipamento destina-se a efectuar uma primeira filtragem da água superficial captada, encaminhando-a de seguida para tratamento na ETA de Lever. Prevê-se que este órgão esteja disponível para funcionamento durante o ano de 2003. Órgão de Secagem de Lamas › A Águas do Douro e Paiva, SA, iniciou os estudos para instalação de um órgão de secagem das lamas resultantes do processo da ETA de Lever. Após a conclusão do projecto base, que ocorrerá em 2003, será possível lançar um concurso de projecto e construção deste novo órgão. Ligação dos Poços de Captação ao Pré-tratamento de Lever › No ano de 2002, a empresa desenvolveu o estudo prévio do projecto da ligação dos dois poços de captação do rio Douro ao órgão de pré-tratamento da ETA de Lever. Esta obra permitirá que toda a água captada passe, pelo menos, pelo pré-trata-mento, seguindo, caso se justifique, para os restantes órgãos da ETA. Páginas 28 e 29 Laboratório de Lever › O futuro laboratório dará apoio ao sector de produção de água da ETA de Lever, bem como aos restantes sectores de produção de água da empresa e sistemas de adução. A empreitada foi adjudicada em Dezembro de 2002, pelo valor de cerca de 950 mil euros, prevendo-se que fique concluída no segundo semestre de 2003. Conduta AEP · Freixieiro (troço Ponte de Leça) › A Conduta AEP – Freixieiro (troço Ponte de Leça) foi adjudicada em Setembro de 2002 pelo valor de cerca de 400 mil euros, prevendo-se a sua conclusão no primeiro semestre de 2003. Com esta obra termina-se o investimento de reforço do abastecimento à zona Norte do concelho de Matosinhos. Conduta Lagoa – Jovim › Durante 2002, prosseguiram os trabalhos da empreitada da Conduta Lagoa – Jovim. A execução desta Conduta Adutora destina-se a garantir uma 3ª linha de adução entre a ETA de Lever e o reservatório de Jovim. Com esta infraestrutura pretende-se reforçar a capacidade de adução instalada para o abastecimento dos municípios localizados na zona Norte do rio Douro, abastecidos a partir da ETA de Lever. Por outro lado, esta nova linha de adução facilitará e minimizará os inconvenientes das operações de manutenção das linhas de adução. A empreitada foi adjudicada no ano de 2001, pelo valor de cerca de 7,5 milhões de euros, tendo como data prevista de conclusão o segundo trimestre de 2003. Conduta Lagoa-Jovim rio Douro Lagoa ETA de Lever rio Douro Maria Fernanda Azevedo José Carlos Rodrigues Relatório e Contas 2002 Extensão do abastecimento a Arouca Oriental › A solução para efectuar o abastecimento à região de Arouca Oriental passa pelo prolongamento do Subsistema Lever – Sector Sul, a partir do reservatório da Abelheira. A execução do sistema de adução preconizado encontra-se dividida em duas fases, que correspondem a duas empreitadas distintas. A primeira, desde o reservatório de Provizende até ao reservatório de Moldes, e a segunda, do reservatório da Abelheira até ao de Provizende, ambas a concluir em 2003. Ambos os concursos de execução foram lançados em 2002. Telegestão do Subsistema Lever › A Águas do Douro e Paiva, SA pretende sustentar a gestão do sistema de abastecimento de água num sistema de telegestão que confira uma capacidade de intervenção permanente e imediata. Os trabalhos de execução foram adjudicados em Outubro de 2002, pelo valor aproximado de 1,4 milhões de euros. A conclusão da instalação do sistema de telegestão do Subsistema Lever está prevista para 2003. Estação Elevatória da Pasteleira, Reservatório do Carvalhido, Santo Isidro e Nova Sintra › As empreitadas de construção e ligação à rede da Estação Elevatória da Pasteleira e de recuperação e beneficiação dos reservatórios do Carvalhido, Santo Isidro e Nova Sintra encontravam-se praticamente terminadas em Dezembro de 2002, prevendo-se a sua conclusão logo no início de 2003. Estas intervenções destinam-se à beneficiação da rede de distribuição de água da cidade do Porto, ao abrigo do protocolo de aquisição de infraestruturas do sistema em alta formalizado em 1998 com a Câmara Municipal do Porto. Conduta Camalhões - Senhora das Neves › Referimos, por último, a duplicação do troço da Conduta Adutora Camalhões – Senhora das Neves, em Santa Maria da Feira, adjudicada em Dezembro de 2001, que ficou concluída em Agosto de 2002. ETA de Lever › Faz-se nota, que se mantêm pendentes questões relacionadas como o contrato de projecto e execução da ETA de Lever, pese embora ter sido formalizado um acordo com o Consórcio Empreiteiro em Novembro de 2001. Face a reiterados incumprimentos por parte do Consórcio, a Águas do Douro e Paiva, SA, viu-se obrigada a aplicar ao Consórcio as multas contratualmente previstas, accionar as respectivas cauções e rescindir o referido Páginas 30 e 31 contrato, alegando justa causa. A 19 de Dezembro de 2002 tomou posse administrativa da obra. O Consórcio não se conformou, motivo pelo qual interpôs no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa e nas Varas Cíveis do Porto acções com vista a impedir a execução das cauções. A Águas do Douro e Paiva, SA, impugnou tais pedidos, pelo que se aguardam as respectivas decisões. 2.1.3. Origem Paiva › A construção de uma origem alternativa de água no rio Paiva e de um sistema de adução até à ETA de Lever é uma obrigação que advém do Contrato de Concessão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto. O ano de 2002 ficou marcado pela necessidade de se proceder a ajustes no relatório dos Estudos de Impacte Ambiental, por sugestão da Comissão de Avaliação de Impacte. Após aprovação da definição do âmbito do estudo de Impacte Ambiental, a Águas do Douro e Paiva, SA, reformulará os estudos e submeterá à apreciação da Comissão de Avaliação até meados de 2003, dando continuidade ao processo de licenciamento regulamentar. Por conseguinte, será possível dar início à consulta pública, que decorrerá durante o segundo semestre do ano, e, posteriormente, elaborar o projecto de execução da Barragem e do Sistema de Adução, cuja conclusão se prevê apenas para 2004. Teixeira Lopes Sérgio Hora Lopes Relatório e Contas 2002 2.2. Participação Comunitária › O investimento do alargamento do Sistema ao Vale do Sousa está orçamentado em 49 879 789 euros (10 000 000 contos), contando com a comparticipação do Fundo de Coesão da União Europeia, através do projecto de candidatura - 1999/PT/16/C/P/E/001. A candidatura foi apresentada pela empresa em Maio de 1999 e, de acordo com a decisão de aprovação de 27 de Outubro de 2000, a taxa de comparticipação é de 85%. A execução física destes investimentos, que se iniciaram em 1999 e se prolongarão até 2004, levará a que os municípios da região do Vale do Sousa, integrados no Sistema Multimunicipal, venham a dispor de um conjunto de infraestruturas que melhorem as condições do abastecimento de água. Os montantes realizados distribuíram-se pelas fases do projecto e pelos exercícios de 2000, 2001 e 2002 da forma que se segue: Fases do Projecto 2000 Terrenos Estudos e Projectos Sector Lever Norte Sector Paiva Sector Entre-os-Rios Sector Norte Sectores Autónomos Automatização e Telegestão Gestão de Projecto Promoção e Divulgação Total 89 739 261 340 141 103 10 177 609 95 330 95 330 95 330 10 955 781 Despesas comprovadas 2001 2002 15 537 388 184 4 023 579 5 638 818 3 338 022 39 562 24 199 13 467 901 165 362 243 652 3 377 357 7 590 230 3 479 495 64 722 60 288 14 981 106 Total 270 637 893 175 7 542 039 23 406 024 6 912 847 199 614 179 817 39 404 153 (em euros) Alexandra Gomes Alexandre Fortunato Páginas 32 e 33 A realização financeira do projecto em 2002 corresponde a 120%, tal como se mostra no quadro seguinte: Despesas Totais Anos 2000 2001 2002 2003 Total Decisão em Vigor (Out/00) Comprovadas até 31/12/2002 (%) (2)/(1) (1) (2) (3) 10 956 13 468 14 981 39 404 77% 104% 120% 79% 14 216 12 969 12 470 10 226 49 880 (103 euros) O valor das adjudicações efectuadas ascende aproximadamente a 40,5 milhões de euros, o que corresponde a 81% do valor global da candidatura ao Fundo de Coesão. Susana Costa Relatório e Contas 2002 Marco Rodrigues 3 Angelina Berenguel Actividade de Exploração Páginas 36 e 37 3.1. Produção de água › As actividades da área de produção, durante o ano 2002, ajustaram-se de acordo com as necessidades decorrentes do Plano de Distribuição de Água aos Municípios Clientes, e com as datas prováveis de entrada em funcionamento de novas infraestruturas, entretanto construídas ou reabilitadas. As actividades de captação e tratamento de água dividem-se, operacionalmente, em dois sectores de produção - Lever e Vale do Sousa – cujo controlo de qualidade passou pelos Laboratórios de Processo da própria empresa e por entidades externas de reconhecida capacidade técnica. No Sistema Lever, o abastecimento de água aos municípios a Norte do rio Douro suportou-se na captação Lever Montante e na nova captação associada à ETA de Lever, enquanto que aos municípios a Sul do rio Douro foi garantida através da captação associada à ETA de Lever, complementada pela captação Lever Jusante. Por seu lado, no Vale do Sousa, o abastecimento a Rui Silva Castelo de Paiva e a Cinfães foi garantido através da ETA de Castelo de Paiva que, no último trimestre, alargou a sua área de influência à zona Sul de Lousada, a Paços de Ferreira e à zona Oriental de Paredes. A ETA de Lousada foi responsável pelo abastecimento à zona Nascente do município de Lousada, tendo o abastecimento de Felgueiras sido garantido através da ETA do Ferro. Nos gráficos seguintes é exposta a evolução dos volumes produzidos por subsector nas diversas instalações de captação e captação/tratamento: Relatório e Contas 2002 Produção mensal por captação x 1000 m3 12 000,0 10 000,0 8 000,0 6 000,0 4 000,0 2 000,0 0,0 Captação Lever Montante ETA de Lever Captação Lever Jusante ETA de Castelo de Paiva ETA de Lousada ETA de Ferro Total Jan 02 Fev 02 Mar 02 Abr 02 Mai 02 Jun 02 Jul 02 Ago 02 Set 02 Out 02 Nov 02 Dez 02 5 059,1 4 144,0 1 542,5 64,2 1,4 108,3 10 919,6 1 730,9 5 483,8 1 249,7 63,4 1,3 88,8 8 617,8 3 609,0 4 227,3 643,8 74,7 1,9 108,2 8 664,9 4 386,9 5 038,8 602,1 76,2 1,6 115,7 10 221,4 3 797,0 3 842,7 1 018,5 76,2 1,7 116,3 8 852,3 3 990,6 3 684,0 1 313,1 89,0 2,4 135,8 9 214,8 4 468,4 4 903,0 1 141,1 103,5 3,0 166,5 10 785,4 4 510,3 4 397,2 685,2 122,5 3,6 164,8 9 883,5 3 886,8 4 334,8 508,7 78,8 4,4 139,7 8 953,2 4 753,1 4 872,6 838,0 71,6 4,3 120,6 10 660,1 3 951,1 4 327,7 410,8 63,3 4,0 109,8 8 866,7 3 832,4 4 023,7 453,4 153,3 5,9 111,3 8 580,1 Jorge Manuel Silva José Matos Páginas 38 e 39 No que respeita ao Complexo de Lever, que desde 1998 produz a água distribuída pela Águas do Douro e Paiva, SA, há a referir que a sua produção representou mais de 97% da água produzida pela empresa em 2002. Pela ETA de Lever passou 47,7% da água produzida em 2002, enquanto que a captação Lever Montante produziu 43,0% e a Captação Lever Jusante 9,3%. Produção anual das captações do Complexo de Lever em 2002 x 1000 m3 60 000 53 279,6 50 000 47 975,5 40 000 30 000 20 000 10 000 10 406,8 0 Captação montante ETA de Lever Captação jusante Conforme se pode constatar, em 2002 a produção global de água foi de 114 220 milhões de metros cúbicos, correspondendo a uma média diária de 312,9 mil metros cúbicos e a um aumento de 3,4% em relação a 2001, em grande parte devido ao alargamento da área abastecida ao Vale do Sousa. Relatório e Contas 2002 Evolução da produção anual de 1998 a 2002 x 1000 m3 140 000 120 000 110 503,1 114 220,0 101 361,1 100 000 80 000 77 371,2 73 643,5 60 000 40 000 20 000 0 Produção 1998 Produção 1999 Produção 2000 Produção 2001 Produção 2002 No que respeita à energia, em 2002 há a registar uma substancial redução do seu custo na actividade da Direcção de Produção. Esta redução deveu-se a vários factos dos quais, pela importância, se destacam os seguintes: › Entrada em vigor do regime de interruptibilidade da subestação da ETA de Lever, após terem ocorrido, em Fevereiro, 12 meses seguidos de potências consumidas acima dos 5 MW. Deste modo foram obtidos descontos acima dos 10% sobre os valores do mercado, equivalendo, aproximadamente, a um ganho de 17 000 euros por mês. › Ligação da Estação Elevatória de Lever Jusante à subestação da ETA, a partir de Abril, que, até então, era alimentada em média tensão. Este Páginas 40 e 41 investimento, no valor de 274 000 euros, deu um retorno estimado, até Dezembro, superior a 200 000 euros; › Implementação de procedimentos de transferência de consumos de energia, sempre que possível, para horas de menor custo, designadamente nas estações elevatórias de Jovim, Seixo Alvo e Castelo de Paiva. Dando continuidade à política de racionalização energética, iniciou-se, em 2002, um estudo geral do sistema de produção e distribuição de água com vista à determinação de oportunidades de redução do consumo, pelo aumento da eficiência dos processos e dos equipamentos, e de potencial para aproveitamentos renováveis. Este trabalho está contratado a uma empresa externa, especializada em estudos energéticos, e terá como conclusão a elaboração um plano de acções a implementar a partir de 2003. Rocha Eusébio Matos Relatório e Contas 2002 Vitor Sá 3.2. Distribuição de água › A actividade de distribuição de água tem vindo a adaptar-se à medida que as infraestruturas construídas ou reabilitadas ficam disponíveis para utilização. A evolução do sistema tem permitido passar de uma gestão apenas de ocorrências, que se verificava no início da exploração do sistema, para uma gestão programada e planeada, fundamental para atingir níveis desejáveis de optimização operacional. No âmbito da distribuição foram traçados objectivos fundamentais para o ano de 2002, nomeadamente: › Alargamento da cobertura de abastecimento ao município de Santa Maria da Feira; › Início do abastecimento a Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira; › Início do abastecimento a Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, a partir da ETA de Castelo de Paiva; › Optimização do sistema de controlo da rede através da inclusão de um sistema de telegestão das infraestruturas em arranque; › Construção e arranque da Estação de Recloragem de Oldrões, no Vale do Sousa, para garantir a qualidade de água nos novos pontos de entrega; › Minimização dos volumes de água não facturada, reduzindo os casos de avaria de caudalímetros e a consequente medição de caudais por estimativa, através da instalação de equipamentos de protecção eléctrica. Eliminaram-se pequenos pontos de fuga detectados com a instalação de caudalímetros em pontos estratégicos. O alargamento da cobertura de abastecimento a Santa Maria da Feira, o início do abastecimento a Oliveira de Azeméis e a S. João da Madeira e, no Vale do Sousa, o início de abastecimento a Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, implicou a abertura de novos pontos de entrega e o arranque da Estação de Recloragem de Oldrões. Páginas 42 e 43 Da exploração do sistema resultou uma evolução dos consumos de acordo com os quadros anexos. O crescimento que se regista deve-se, fundamentalmente, a um aumento gradual do número de municípios abastecidos e da área abastecida, ao aumento dos consumos das área abastecidas e a uma redução significativa do volume de água não facturada. O volume global de vendas correspondente ao ano de 2002 foi de 113,1 milhões de m3. Evolução do consumo anual de 1998 a 2002 x 1000 m3 140 000 120 000 109 590,8 100 000 113 127,7 98 090,1 80 000 68 166,8 60 000 62 123,7 40 000 20 000 0 Consumo 1998 Consumo 1999 Consumo 2000 Consumo 2001 Consumo 2002 Nuno Pereira Victor Sousa Relatório e Contas 2002 Em relação à evolução dos consumos diários no ano de 2002, verifica-se um aumento de produção e consumos relativamente ao ano anterior, consequência do alargamento da cobertura de abastecimento de água ao Sector Lever Sul, nomeadamente aos municípios de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, e ao Vale do Sousa, aos municípios de Paredes, Lousada e Paços de Ferreira. Regista-se ainda o facto dos consumos dos municípios já abastecidos terem aumentado. Evolução dos consumos médios diários em 2002 m3 350 000 330 000 310 000 290 000 270 000 250 000 230 000 210 000 190 000 170 000 150 000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Páginas 44 e 45 Quanto ao consumo anual por municípios, verificamos que os valores mais significativos pertencem aos municípios do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Gondomar, sendo que o município do Porto representa cerca de 40% do volume global e os municípios de Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Gondomar cerca de 18%, 13% e 11%, respectivamente. Consumo anual por município x1000 m3 Euros 45 000 13 000 000 12 000 000 40 000 11 000 000 35 000 10 000 000 9 000 000 30 000 8 000 000 25 000 7 000 000 6 000 000 20 000 5 000 000 15 000 4 000 000 3 000 000 10 000 2 000 000 5 000 1 000 000 0 0 Gondomar MaiaMatosinhos Porto Valongo Gaia Feira Espinho Ovar Arouca S.João da Oliveira de Madeira Azeméis Castelo de Paiva Cinfães Paços de Ferreira Paredes Lousada Felgueiras Volume 12 622,6 6 804,9 14 901,1 44 278,7 5 197,9 19 142,3 3 388,5 2 552,7 760,4 103,0 631,0 186,6 804,6 145,3 37,7 8,5 75,9 1 485,8 Valor 3 348 32 1 805 39 3 952 87 11 750 20 1 379 86 5 078 21 899 082 677 369 201 4005 27 390 167 281 49 528 213 445 38 562 10 213 2 298 20 390 394 189 José António Coelho Relatório e Contas 2002 Através da análise da diferença entre o volume de água produzida e o volume de vendas, representada sumariamente no quadro seguinte, verifica-se uma diferença média de 0,96%, que se deveu, principalmente, à realização de medições por estimativa resultantes de avarias de medidores de caudal e ainda a algumas perdas na rede de abastecimento em alta, sendo de realçar, como resultado das acções implementadas, uma diminuição do volume de água não facturada de cerca de 14,3% relativamente a 1998, de 10,9% a 1999, de 2,2% a 2000 e de uma estabilização relativamente a partir de 2001, abaixo de 1%. Evolução da água produzida não facturada de 1998 a 2002 18% 16% 15,3% 14% 11,9% 12% 10% 8% 6% 4% 3,2% 2% 0,83% 0,96% Perdas 2001 Perdas 2002 0 Perdas 1998 Perdas 1999 Perdas 2000 Páginas 46 e 47 Jorge Ramos 3.3. Qualidade da água › O controlo da qualidade da água mereceu a maior atenção da empresa, resultado da consciência sobre a importância de aumentar permanentemente a garantia de qualidade do produto que distribui aos Municípios Clientes. Dada a elevada percentagem de determinações analíticas em conformidade com a legislação actual, em qualquer conjunto de parâmetros sempre superior a 99,9%, podemos, com segurança, referir que a Águas do Douro e Paiva, SA, distribui um produto com elevada garantia de qualidade. Esta constatação torna-se ainda mais evidente depois da leitura do quadro resumo sobre o resultado das análises realizadas durante o ano de 2002: Parâmetros Organolépticos Físico-Químicos Indesejáveis Tóxicos Microbiológicos Biológicos Parasitológicos Radiológicos Internas 2 903 8 564 3 825 0 8 160 0 0 0 Análises realizadas na rede de distribuição no ano de 2002 Externas Total Não conformes % não conformes 13 956 7 195 4 274 816 21 933 124 26 20 16 859 15 759 8 099 816 30 093 124 26 20 71 796 3 8 7 0 34 0 0 0 52 0,02 0,05 0,09 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,07 Os resultados das análises foram, de forma continuada, dados a conhecer aos municípios. Manteve-se, assim, a boa prática de realizar reuniões periódicas sobre a qualidade da água, onde se discutiram os resultados analíticos obtidos por ambas as entidades e se acordaram actuações que visaram melhorar o produto e a sua garantia de qualidade. Nestas reuniões foram, além disso, apresentadas e discutidas as ocorrências registadas, tendo-se, conjuntamente, definido acções correctivas e preventivas que foram atempadamente implementadas. Dado que a realização de algumas das análises de rotina, nomeadamente as relativas a parâmetros microbiológicos, demora alguns dias e tendo em conta que o abastecimento de água é contínuo, torna-se essencial tornar fáceis os canais de comunicação, quer de carácter periódico, quer em Relatório e Contas 2002 situações de anormalidade, entre a Águas do Douro e Paiva, SA, e os municípios seus clientes. Criaram-se, assim, relações de parceria baseadas num espírito de colaboração permanente, aliás de acordo com o estabelecido na Política Empresarial da Águas do Douro e Paiva, SA. Dentro do espírito de parceria e transparência que tem caracterizado a colaboração entre a empresa e os seus clientes, passaram também a ser disponibilizados no sítio da empresa na internet os relatórios da qualidade da água. Esta disponibilidade foi possível graças à implementação de um programa informático de gestão da informação da Qualidade da Água (LIMS - Laboratory Information Management System), o qual permite a obtenção rápida de vários relatórios estatísticos. De notar que a Águas do Douro e Paiva, SA, realizou em 2002 cerca de 72 000 determinações. Este número representa, em relação ao homólogo de 2001, um aumento de 42,5%, que se deve fundamentalmente à inclusão dos novos pontos de amostragem, resultado, quer do alargamento da rede de distribuição do Subsistema-Sector Lever-Sul, quer da entrada em funcionamento de infraestruturas no Subsistema Vale do Sousa. Cláudia Moreira Páginas 48 e 49 3.4. Satisfação dos Clientes › Com o objectivo de perceber qual a opinião dos Municípios Clientes e suas expectativas, quanto ao serviço prestado pela Águas do Douro e Paiva, SA, realizou-se em 2002 um inquérito, que se pretende que seja anual, suportado em entrevistas que incidiram sobre todos os temas relacionados com o serviço prestado. Com este “Inquérito de Satisfação do Cliente” definiram-se indicadores de desempenho que constituem o “Índice de Satisfação do Cliente”. No quadro que se segue apresentam-se, resumidamente, as classificações globais referentes a cada aspecto e sub-aspecto abordado no inquérito, de onde resulta uma apreciação global de 82,98%, que se situa no intervalo definido como “Muito Bom”. Critério em apreciação 1 Construção de infra-estruturas 2 Produto fornecido 3 Serviço Prestado 3.1 Abastecimento de água 3.2 Informação da qualidade da água 3.3 Tratamento das reclamações 3.4 Tratamento de pedidos de informação 3.5 Comunicação da AdDP 4 Impacte ambiental 5 Apreciação global Classificação (0-100%) 82,61 79,58 82,63 86,19 78,89 81,82 83,38 84,71 90,00 82,98 Em conclusão, pode referir-se que a realização do Inquérito revelou uma clara satisfação dos Municípios Clientes e permitiu a percepção dos aspectos que a empresa pode ainda melhorar, face às variadas sugestões e expectativas apresentadas pelos municípios. André O. Silva Relatório e Contas 2002 António Ferreira Margarida Alves da Silva 4 Rita Reis Pessoas Páginas 52 e 53 Um forte contributo para o nível de desempenho da Águas do Douro e Paiva, SA, durante 2002 vem dos seus colaboradores, cuja participação e empenho permitiu um aumento dos níveis de eficiência e de rentabilidade. A empresa tem vindo, sucessivamente, a operar maior número de infraestruturas e a aumentar significativamente a área de abastecimento. No entanto, o quadro de colaboradores tem tido, apenas ligeiros incrementos, mantendo-se os níveis de qualidade do fornecimento e dos serviços prestados. Em 31 de Dezembro de 2002, a empresa tinha ao seu serviço 114 colaboradores, incluindo contratados a termo e estagiários, o que representa um aumento de 6 profissionais face a 2001. Contratados Sem Termo Contratados a Termo Incerto Contratados a Termo Requisitados Estagiários Total 2000 (1) 2001 (2) 50 0 41 2 1 94 65 1 41 1 0 108 2002 (3) Variação (3-2) 92 1 18 0 3 114 27 0 - 23 -1 3 6 Para este número de 114 colaboradores, contribuíram 11 admissões e 5 saídas. Contratados Sem Termo Contratados a Termo Requisitados Estagiários Total Saídas Admissões Variação 1 3 1 0 5 2 6 0 3 11 1 3 -1 3 6 Rego Costa Relatório e Contas 2002 A afectação destes profissionais por área de actividade foi a seguinte: Apoio à Administração Órgão de Apoio Administrativa e Financeira Engenharia Produção Distribuição Suporte Operacional Total 2000 (1) 2001 (2) 5 6 10 7 30 26 10 94 5 8 10 8 34 30 13 108 2002 (3) Variação (3-2) 5 9 11 9 37 31 12 114 Estrutura Organizacional Apoio à Administração 4% Suporte Operacional 11% Órgão de de Apoio Apoio 8% Orgão Distribuição 27% Administrativa e Financeira 10% Engenharia 8% Produção 32% 0 1 1 1 3 1 -1 6 Páginas 54 e 55 A distribuição dos recursos humanos existentes por categorias profissionais evoluiu da seguinte forma: Director(a) Chefe de Serviços Técnico(a) Altamente Especializado(a) Técnico(a) Especializado(a) Técnico(a) Licenciado(a) (Júnior) Técnico(a) não Licenciado(a) Secretário(a) Escriturário(a) Telefonista /Recepcionista Motorista Analista Técnico(a) de Manutenção Fiel de Armazém Operador(a) Servente Estagiário(a) Total 2000 (1) 2001 (2) 5 3 4 14 3 4 3 5 2 2 4 1 0 41 2 1 94 5 4 4 18 3 3 3 8 0 1 4 2 1 50 2 0 108 2002 (3) Variação (3-2) 5 6 5 21 7 2 3 8 1 2 5 2 0 43 2 2 114 0 2 1 3 4 -1 0 0 1 1 1 0 -1 -7 0 2 6 A distribuição destes profissionais por níveis de qualificação foi a seguinte: Mestrado Licenciatura Bacharelato Técnico Profissional Ensino Secundário Complementar Ensino Básico Total Homens Mulheres Total 5 15 7 4 44 8 83 2 12 3 4 7 3 31 7 27 10 8 51 11 114 Relatório e Contas 2002 Quanto ao nível etário, verificou-se a seguinte distribuição dos funcionários ao serviço da Águas do Douro e Paiva, SA: Nível Etário Homens Mulheres Total 3 24 14 14 16 5 2 3 1 1 83 35,44 3 12 10 2 2 1 1 0 0 0 31 30,9 6 36 24 16 18 6 3 3 1 1 114 33,17 22-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 Total Idade Média Nível Etário 24 16 14 14 12 10 5 3 3 22-24 Homens Mulheres 3 25-29 30-34 2 2 35-39 40-44 2 1 45-49 1 50-54 55-59 1 60-64 1 65-69 Páginas 56 e 57 Consideramos também relevante, e por isso fazemos devida nota, o absentismo verificado durante o ano de 2002. O total de horas de trabalho previstas para o ano de 2002 eram 220 733, tendo-se verificado a ausência do(a) funcionário(a) em 5 406 horas, isto é, cerca de 0,025% das horas. A causas destas ausências são as seguintes: Ausências ao Trabalho (Horas) Por acidente de trabalho Por doença total Por maternidade / paternidade Por outras causas Total 374 2 843 628 1 511 5 356 Destas ausências, apenas 1 555 horas foram remuneradas, cerca de 30% cento. Por outro lado o trabalho suplementar representou cerca de 3 688 horas, o que significa 0,017% do total de horas de trabalho previsto para 2002. Trabalho suplementar (Horas) Em dias úteis Em dias de descanso complementar e feriados Em dias de descanso obrigatório Total 1 959 1 199 530 3 688 Para estes resultados contribuíram, em muito, as medidas relacionadas com a Medicina do Trabalho e as acções de formação e sensibilização em matéria de segurança que a empresa levou a cabo, caracterizadas pelos números que se apresentam nos quadros seguintes: Actividade da Medicina do Trabalho Número de exames médicos efectuados Exames de admissão Exames periódicos Exames ocasionais e complementares Número de visitas efectuadas aos postos de trabalho 155 7 61 87 40 Relatório e Contas 2002 Acções de Formação e Sensibilização em Matéria de Segurança Número de acções desenvolvidas 5 Número de pessoas abrangidas 55 A qualidade empresarial que se pretende implementar passa por uma correcta promoção do envolvimento do quadro de pessoal, qualificando-o e estimulando o seu potencial participativo. Assim, a empresa, após a identificação criteriosa das necessidades, executou um plano de formação profissional do seu pessoal, que contou com 49 acções e envolveu 516 participantes. Formação Profissional N.º Participantes N.º de Acções Acções internas Acções externas Total 436 80 516 18 28 46 N.º Horas 4 142 2 754 6 896 No ano 2002, foram gastos 41 180,93 euros nas acções de formação realizadas. Carlos Albuquerque João Ferreira Maria Emília Barbosa Miguel Ferreira Situação Económica e Financeira 5 Páginas 60 e 61 A análise económica e financeira que se apresenta procura resumir os resultados e a situação financeira e patrimonial alcançados pela Águas do Douro e Paiva, SA, no ano de 2002, devendo ser lida em conjugação com as demonstrações financeiras do exercício e as respectivas notas anexas. 5.1 Situação Económica Resultados Operacionais Resultados Financeiros Resultados Correntes Resultados Extraordinários Resultados Antes de Impostos Imposto s/o Rendimento Resultado Líquido do Exercício 2000 2001 2002 658 -2 861 -2 203 4 207 2 004 746 1 257 553 -3 978 -3 426 5 780 2 354 922 1 432 131 -3 168 -3 037 5 992 2 954 1 004 1 950 (valores em 103 euros) A Águas do Douro e Paiva, SA, concluiu o exercício económico de 2002 com o reforço da sua situação económica tendo obtido um Resultado Líquido positivo de 1 950 milhares de euros. Relevando, no essencial, o enquadramento da actividade da empresa no âmbito dos termos de referência do Contrato de Concessão do Sistema Multimunicipal, este Resultado Líquido de 2002 traduz um acréscimo de cerca de 36% relativamente ao apurado em 2001 em virtude, fundamentalmente, do efeito conjugado da melhoria verificada ao nível dos Resultados Financeiros e da redução da carga fiscal, cuja taxa efectiva da ordem dos 34% se compara com os cerca de 39% do ano anterior. Margarida Valente Vitor Pereira João Ramos João Vilaça Enquanto que a evolução registada pelos Resultados Financeiros se explica no essencial pela acentuada descida das taxas de juro ao longo do Relatório e Contas 2002 ano, é de referenciar que, quanto aos Resultados Operacionais, a interpretação do seu comportamento deverá ser complementada com o dos Resultados Extraordinários determinado pela rubrica de Proveitos Extraordinários, onde é relevada a amortização dos subsídios recebidos para apoio ao investimento das infraestruturas em funcionamento na empresa. Proveitos e Ganhos 2000 Vendas Proveitos Suplementares Outros Proveitos Operacionais Juros e Proveitos Similares Proveitos Extraordinários Total dos Proveitos e Ganhos 24 464 100 2 89 4 316 28 971 2001 29 190 51 0 121 6 085 35 447 2002 29 989 134 10 114 6 096 36 343 Variação Valor 799 83 10 -7 11 896 % 3 163 0 -5 0 3 (valores em 103 euros) Os Proveitos totais atingiram os 36 343 milhares de euros, mais 3 % (896 milhares de euros) que no exercício anterior, em resultado do acréscimo registado ao nível da venda de água, que reflectiu no essencial o acréscimo de actividade verificado no exercício. Os Proveitos Extraordinários, que foram da ordem dos 6 096 milhares de euros, da mesma ordem de grandeza dos registados em 2001, resultaram da contabilização dos subsídios ao investimento, obtidos no âmbito da Candidatura ao Fundo de Coesão, correspondentes às amortizações das infraestruturas em funcionamento e portanto não incorporadas no preço da água vendida. Páginas 62 e 63 Custos e Perdas Custo das Merc. Vend. e Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Custos com o Pessoal Impostos Amortizações e Provisões Outros Custos Operacionais Juros e Custos Similares Custos Extraordinários Total dos Custos e Perdas 2000 2001 2002 524 7 671 2 626 126 12 958 3 2 950 109 26 967 591 9 686 3 301 40 15 067 3 4 100 305 33 093 778 10 041 3 534 295 15 348 6 3 282 105 33 389 Variação Valor 187 355 233 255 281 3 -818 -200 296 % 32 4 7 639 2 99 -20 -66 1 (valores em 103 euros) Os Custos e Perdas totais de 2002 atingiram os 33 389 milhares de euros, tendo o seu crescimento sido de 1% relativamente ao exercício de 2001. Situando-se abaixo do crescimento de actividade de 3% alcançado em 2002 e portanto inferior ao crescimento registado pelos proveitos, da mesma ordem de grandeza, o comportamento dos Custos e Perdas foi fruto no fundamental da sensível redução sentida ao nível dos Juros e Custos Similares, decorrente da actual conjuntura dos mercados financeiros, e de uma melhor eficiência económica obtida em consequência de uma gestão criteriosa ao nível da contenção dos custos de exploração, nomeadamente os energéticos. Lourenço Alves Relatório e Contas 2002 5.2. Situação Financeira e Patrimonial Imobilizado Líquido Circulante Acréscimos e Diferimentos Total do Activo Capital Próprio Provisões Passivo a Médio e Longo Prazo Passivo a Curto Prazo Acréscimos e Diferimentos Total do Capital Próprio e Passivo 2000 2001 2002 220 172 34 055 2 700 256 927 20 933 0 67 310 43 192 125 492 256 927 233 038 29 427 3 282 265 747 23 061 249 65 963 42 710 133 764 265 747 250 278 25 983 5 333 281 594 23 655 346 53 380 53 195 150 018 281 594 (valores em 103 euros) A situação financeira e patrimonial da Águas do Douro e Paiva, SA, registou uma evolução positiva, com um crescimento de 15 847 milhares de euros do Activo Líquido (+6%) em consequência, no essencial, do aumento do Imobilizado Líquido em 17 240 milhares de euros. O decréscimo do Activo Circulante em cerca de 3 111 milhares de euros foi fruto da evolução favorável das dívidas de terceiros de curto prazo, que registaram uma redução de 55 % face a 2001, relevando um prazo médio de recebimentos da ordem dos 67 dias. O Passivo a Médio e Longo prazo foi reduzido em 12 583 milhares de euros (-19%), em resultado das tomadas de decisão tendentes à regularização dos débitos decorrentes da aquisição de infraestruturas de captação, tratamento e adução de água aos municípios do Porto, Matosinhos e Gondomar, e da contabilização no Passivo a Curto Prazo de 1 270 milhares de euros da dívida da empresa ao Banco Europeu de Investimento, referentes aos reembolsos a efectuar pela Águas do Douro e Paiva, SA, àquela instituição bancária durante o ano de 2003. O Banco Europeu de Investimentos continua a ser a principal instituição financiadora da Águas do Douro e Paiva, SA, com quem esta regista um endividamento de 48 609 milhares de euros a médio e longo prazo e 1 270 milhares de euros a curto prazo, em condições contratuais bastante favoráveis e com um reflexo significativo nos encargos financeiros suportados pela empresa. Páginas 64 e 65 Os Acréscimos e Diferimentos Passivos registaram um aumento de 17 254 milhares de euros, em consequência da relevação em Proveitos Diferidos dos subsídios e comparticipações obtidas para a realização de investimentos relacionados com a construção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. Esta evolução da estrutura financeira da Águas do Douro e Eduardo Gaspar Paiva, SA, reflecte-se no comportamento dos respectivos indicadores, sendo contudo de ter em consideração tratar-se de uma situação típica neste regime de concessões, cuja regulamentação previne a planificação de níveis de rentabilidade tenden-tes a promover, ao longo dos anos que restam à concessão, o reequilíbrio económico e financeiro da sua concessionária. Indicadores Liquidez Geral Fundo de Maneio (milhares de euros) Endividamento (%) VAB (milhares de euros) Meios Libertos (milhares de euros) EBIT (milhares de euros) Autofinanciamento (%) Rentabilidade das Vendas (%) Rentabilidade do Activo ( ROE ) (%) 2000 2001 2002 0,8 - 13 438 80 15 386 9 899 4 864 17 5 1,0 0,7 - 23 729 75 18 616 10 414 6 333 46 5 1,1 0,5 - 37 781 71 18 804 11 098 6 122 31 7 1,3 Seguros A carteira de seguros da Águas do Douro e Paiva, SA, cobriu um amplo conjunto de riscos, sendo o nível geral de “security” elevado e abrangendo, nomeadamente, no ramo real: multirriscos comerciais e industriais, perdas de exploração, responsabilidade civil de exploração e frota automóvel; e no ramo vida: seguro de doença, vida e acidentes pessoais e acidentes de trabalho. Pilar Santos Relatório e Contas 2002 Joaquim Poças Martins Rui Leitão Alberto Afonso Nuno Castro Organização e Sistemas de Informação 6 Páginas 68 e 69 Durante o ano de 2002, ajustou-se o organograma da empresa, tendo sido implementado o modelo que a seguir se apresenta: Conselho de Administração Comissão Executiva Sistemas de Informação Assessoria Jurídica Qualidade Ambiente e Segurança Qualidade da Água Comunicação e Imagem Direcção de Engenharia Direcção de Produção Direcção de Distribuição Direcção de Suporte Operacional Direcção Administrativa e Financeira Planeamento Complexo de Lever Despacho Aprovisionamento Recursos Humanos Projecto Complexo do Vale do Sousa Operação de Sistema Adutor Manutenção Controlo de Gestão Gestão e Controlo de Empreitadas Financeira Laboratórios de Processo Administrativa António Dias Carlos Oliveira Relatório e Contas 2002 O ano de 2002 correspondeu ao ano de arranque do ERP SAP, nos módulos Financeiros, Recursos Humanos, Armazéns/Compras e Gestão de Projectos, o que implicou o empenhamento de todas as direcções. No final do ano encontravam-se estabilizados os procedimentos para a utilização do ERP pelos colaboradores da AdDP. Firmino Neves Quanto aos Sistemas de Informação, manteve-se a implementação de soluções capazes de enquadrar esta nova organização, de interligar os diferentes locais operacionais que o crescimento da empresa implicou. Passa-se a descrever as acções desenvolvidas: Alargou-se a INTRANET a toda a empresa, com a instalação de redes de dados locais interligados por linhas alugadas a fornecedores de telecomunicação. Consolidou-se a utilização do sistema informático de gestão de documentos, GESCOR, em toda a empresa, através da intranet e do ajustamento do programa e das práticas de utilização às necessidades da organização. Deu-se continuidade à externalização da assistência e manutenção do GESCOR e da renovação, assistência, manutenção e reparação dos equipamentos informáticos. Desta forma, racionalizaram-se os custos de exploração por posto de trabalho e manteve-se o número de efectivos nos Sistemas de Informação, apesar do aumento do número de postos de trabalho. Executou-se a instalação da fibra óptica no sector Lever e a respectiva configuração desta rede em TCP/IP. Disponibilizaram-se os sistemas de informação via internet, através de VPN, Virtual Private Network, permitindo trabalhar, via ligação telefónica, em qualquer parte do país. Paulo Silva 7 Raquel Perdigão Qualidade, Ambiente e Segurança Páginas 72 e 73 Sendo um objectivo da empresa a implementação de um Sistema de Gestão Integrado (SGI) nas vertentes de Qualidade, Ambiente e Segurança, segundo as normas ISO9001; ISO14001 e OHSAS 18001 entretanto traduzida para o Sistema Português da Qualidade pela norma NP4397, no ano de 2002 desenvolveram-se um conjunto de actividades que se afiguram determinantes para a concretização da certificação da empresa no ano de 2003. Trata-se de um esforço significativo de procura da optimização dos processos que a empresa considerou como críticos, que são os que constam do quadro seguinte: P01 › Desenvolver a Visão e Estratégia P02 › Compreender o Mercado e os Clientes P03 › Concepção de Produtos e Serviços P10 › Gestão de Empreendimentos P04 › Produção de Água P05 › Distribuição de Água P09 › Gestão de Recursos P08 › Manutenção P13 › Desenvolver e Gerir Recursos Humanos P14 › Gerir as Tecnologias de Informação P12 › Gerir as Relações Externas P11 › Gestão de Risco e das Emergências P15 › Gerir Melhorias e Alterações P16 › Gestão de Documentos P17 › Gestão dos Resíduos P06 › Facturação ao Cliente P07 › Serviço ao Cliente Relatório e Contas 2002 Naquelas actividades têm sido envolvidos todos os colaboradores da empresa, quer na participação em grupos de trabalho, quer em acções de sensibilização e formação, o que se tem revelado fundamental para o sucesso da implementação de novos procedimentos. O actual momento que a empresa atravessa, em que existe uma diminuição da preponderância da actividade de construção e reabilitação de infraestruturas, isto é, da fase de investimento, em favor das actividades relativas à produção e distribuição de água, que são, de facto, o “core business” da empresa, cria a oportunidade de alteração da “personalidade empresarial” da Águas do Douro e Paiva, SA. Por isso, considera-se este o momento adequado para proceder às alterações de gestão e de “comportamento empresarial” que estão a ser levadas a cabo. No caminho percorrido em 2002 para a implementação do Sistema de Gestão Integrado (SGI), concluíram-se um número elevado de sucessivas etapas, das quais se destacam: › a definição e divulgação da Política da Qualidade, Ambiente e Segurança, quer em sessões destinadas aos colaboradores da empresa, quer na sua divulgação ao público em geral; › a definição de um quadro completo de indicadores de gestão da empresa, assim como indicadores para o desempenho dos próprios processos do SGI; › a implementação de um sistema de auscultação da satisfação, assim como de identificação das necessidades e expectativas dos clientes, tendo-se realizado o primeiro inquérito aos clientes da empresa. Implementou-se também um processo de tratamento e resposta a reclamações e pedidos de informação; › a elaboração do levantamento e avaliação integral dos aspectos ambientais e de segurança em todas as instalações da empresa, construídas, em projecto ou em construção. Neste âmbito, foram identificados todos os resíduos produzidos nas instalações da empresa, tendo sido definido um programa para a sua segregação e tratamento adequado. Foram também realizadas medições do ruído no interior e exterior de todas as instalações da empresa; › a elaboração dos planos de emergência para todas as instalações da empresa; Arlindo Correia José Silva Páginas 74 e 75 José Gama Bastos Jorge Silva António Garcez › a implementação de uma nova política de recursos humanos, que assume a permanente valorização do corpo técnico da empresa, passando por um sistema coerente de avaliação do desempenho dos colaboradores, definição de programas de formação e uma nova atenção para as questões relacionadas com o conforto dos trabalhadores, nomeadamente quanto à segurança e saúde no trabalho; › a criação e início dos trabalhos da Comissão de Segurança e Ambiente, constituída por representantes dos trabalhadores da empresa; › a realização de auditorias internas parciais ao Sistema de Gestão Integrado e o estabelecimento do Plano de Auditorias para 2003; › a implementação do sistema de actualização permanente do conhecimento na organização da legislação e normas aplicáveis. Rosa Pires Relatório e Contas 2002 8 José Santos Investigação e Desenvolvimento Páginas 78 e 79 António Vieira Em 2002, a Águas do Douro e Paiva, SA, deu continuidade à execução do 1º Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT) aprovado pelo Conselho de Administração, cujas actividades foram iniciadas em 2001. A Investigação & Desenvolvimento Tecnológico tem adquirido cada vez mais importância, dado que se pretende garantir uma actualização constante dos conhecimentos técnicos da empresa, o que, certamente, permitirá conquistar uma posição de referência no sector do Abastecimento de Água. Esta política possibilitará aduzir benefícios para a própria empresa, para os Municípios Clientes e para a população abastecida, e contribuir para a promoção do desenvolvimento da região e da investigação nacional. O Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico orientou-se, essencialmente, para o conhecimento da qualidade da água nas principais origens do sistema da Águas do Douro e Paiva, SA, através da modelização e monitorização dos sistemas e para o conhecimento sobre as necessidades concretas e o desenvolvimento tecnológico relativos aos processos de tratamento de água. Dos vários projectos, pela sua importância, destacam-se os seguintes: › Monitorização da Qualidade da Água do rio Douro a Montante da ETA de Lever; › Monitorização da Qualidade da Água do rio Paiva; › Estudo da Concentração em Clorito e Clorato na Água de Abastecimento; › Estudo da Utilização de Coagulantes Alternativos; › Estudo do Zooplancton na Avaliação da Qualidade da Água da Albufeira de Crestuma; › Estudo da Influência dos Metais Pesados Provenientes do Couto Mineiro do Pejão na Comunidade dos Macroinvertebrados Bentónicos da Albufeira de Crestuma-Lever. Relatório e Contas 2002 António Mendes Os vários estudos e projectos foram desenvolvidos através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso da Faculdade de Engenharia e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e envolvendo a própria estrutura da empresa, tendo decorrido, na generalidade, conforme planeados. Durante o ano de 2002, resultado do anseio de promover continuamente a melhoria da actividade empresarial, realizou-se um novo levantamento interno de temas sobre os quais fosse interessante desenvolver projectos de I&DT e cujas conclusões poderiam contribuir para responder às necessidades operacionais da empresa. Assim, desse levantamento, que contou com a colaboração de instituições de investigação externas, resultou um novo Plano de I&DT para 2002, com a introdução de mais 7 projectos de I&DT, dos quais 3 serão realizados em parceria com instituições científicas externas: › Identificação e Quantificação de Sub-Produtos de Desinfecção; › Gestão da Ocorrência de Florescências Fitoplantónicas no rio Douro; › Bioindicadores na Gestão da Qualidade da Água do rio Douro. Prevê-se que a conclusão destes projectos ocorra no 1º trimestre de 2003. Ainda no final de 2002, decorrente do sucesso de alguns dos projectos, foi decidido pelo Conselho de Administração reforçar as verbas aplicadas nesta área, o que permitirá acolher mais 12 projectos, cujos trabalhos se iniciarão em 2003, entre os quais: › Caracterização da Qualidade da Água Produzida nas ETA’s de Castelo de Paiva, Ferro e Lousada relativamente a Cloritos e Cloratos; › Estudo sobre o Aumento da Eficiência da Etapa de Coagulação/Floculação Química da ETA de Lever; › Avaliação da Qualidade da Água do rio Paiva em termos Microbiológicos e de Nutrientes; › Rastreio de Cianotoxinas no sistema Torrão-Crestuma; › Efeito dos Biofilmes na Qualidade Bacteriológica da Água; › Estudo de Alternativas de Gestão de Lamas da ETA de Lever. 9 Ana Cardoso Comunicação e Imagem Páginas 82 e 83 A Águas do Douro e Paiva, SA, seguindo a estratégia de comunicação empresarial definida, privilegiou a dimensão ambiental da empresa, em particular no que se relaciona com a preservação dos recursos hídricos, e articulou, sempre que possível, a sua acção com outras entidades e instituições públicas e privadas, nomeadamente com o Governo Português e seus organismos ligados ao Ambiente, com a Águas de Portugal, SGPS, SA, com os Municípios Accionistas, com as associações não governamentais, etc. De todas as acções desenvolvidas no ano de 2002, não podemos deixar de destacar as promovidas em torno da visita de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, à Estação de Tratamento de Água de Castelo de Paiva, realizada em 19 de Janeiro, que muito honrou a empresa. Por significarem momentos importantes para a concretização dos objectivos da empresa, salientamos a inauguração da Estação de Tratamento de Água do Ferro-Felgueiras, em 5 de Março, e as cerimónias de entrada em funcionamento da rede de abastecimento de água aos municípios de São João da Madeira, em 11 de Março, e de Oliveira de Azeméis, em 22 de Março, esta última realizada no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água. Importante foi também a cerimónia de atribuição da Marca de Qualidade LNEC a 6 obras da Águas do Douro e Paiva, SA, realizada em 6 de Março na Casa de Serralves. Instituída há 12 anos, foi a primeira vez que esta certificação foi concedida a obras no domínio do abastecimento de água e do saneamento. Helder Paiva A Águas do Douro e Paiva, SA, teve uma importante participação em diversos eventos, entre os quais se destacam os seguintes: › Comemoração do Dia Mundial do Ambiente, em parceria com a Câmara Municipal de Paredes, em 5 de Junho, tendo participado cerca de 1 600 estudantes das escolas do 1.º e 2.º ciclos do concelho; › “Portugal Ambiente 2002” na “Exponor” – Matosinhos, de 5 a 8 de Junho, participação em parceria com a Águas de Portugal, SA; › “Grande Mostra das Actividades Económicas do Município de Oliveira de Azeméis 2002”, de 30 de Junho a 7 de Julho, onde a Águas do Douro e Paiva, SA, esteve presente com um stand informativo sobre a actividade da empresa; › “II Semana do Ambiente” – Paredes, de 23 a 28 de Setembro, evento que contou com a presença de cerca de 7 000 crianças do 1.º ciclo do Concelho; › “IX Exposição das Actividades Económicas” - Associação Empresarial do Concelho de Arouca, de 26 a 29 de Setembro, onde a Águas do Douro e Paiva, SA, instalou um stand informativo; › “Semana da Água” - Salão Nobre da Junta de Freguesia de SermondeVila Nova de Gaia, de 30 de Setembro a 5 de Outubro; Duarte Silva Relatório e Contas 2002 › “XIII Encontro Nacional de Educação Ambiental” – Maia, de 24 a 27 de Outubro, onde foram colocados um conjunto de painéis alusivos aos temas “Água” e “Ambiente”. Apoiaram-se actividades de educação e formação ambiental dirigidas a públicos jovens, nomeadamente as “Olimpíadas do Ambiente”, organizadas pela Escola Superior de Biotecnologia da UCP–Porto e pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente. Atribuíram-se donativos, de pequeno montante, a favor de instituições de solidariedade social e de carácter humanitário, de âmbito nacional e regional, e manteve–se a presença regular da empresa em publicações, através da inserção de anúncios institucionais em vários órgãos de comunicação social e anuários do nosso sector de actividade. Continuou-se a prestar especial atenção às populações afectadas pelos incómodos das obras de construção das infraestruturas do sistema, apostando-se numa comunicação através da distribuição de mais de 13 000 folhetos explicativos e da colocação de painéis nas zonas da obra. Durante o ano de 2002, acolhemos a visita de alunos da Escola Secundária de Arouca à ETA de Castelo de Paiva e da Escola EB nr.1 de Assento–Jugueiros-Felgueiras à ETA do Ferro. A ETA de Lever, a mais importante “sala de visitas” da Águas do Douro e Paiva, SA, recebeu mais de 1 000 visitantes durante 2002. Acolheram-se 19 escolas do Ensino Básico 2/3, Secundário e Superior de vários pontos do país, e efectuaram-se visitas de várias instituições - Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica e do Centro de Formação de Escolas de Gondomar – bem como de participantes em eventos realizados na região, nomeadamente o 6.º Congresso da Água, 10.º Encontro Nacional de Saneamento Básico (ENaSB) e o 10.º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (SILUBESA). Estes factos são reveladores do interesse das escolas, do meio universitário e técnico pelo coração do sistema multimunicipal de abastecimento de água da região. Com o objectivo de desenvolver a comunicação interna, prolongando e reforçando o contacto com os sócios e os colaboradores, no sentido de serem informados das principais actividades que a empresa desenvolveu, foi continuado o projecto “Boletim Informativo Águas do Douro e Paiva”. Durante 2002 foram editados 3 Boletins, que se revelaram importantes instrumentos de comunicação, sobretudo na partilha de conhecimentos e experiências. Na continuação do trabalho realizado nos anos anteriores, foi efectuada a manutenção e constante actualização dos conteúdos do sítio da empresa na internet, tendo, em 2002, sido introduzido um novo item “Qualidade da Água” onde se editam os resultados analíticos que vão ficando disponíveis. Teresa Carvalho Duborjal Lígia Ramos Objectivos para 2003 10 Páginas 86 e 87 No ano de 2003 verificar-se-á a continuação de um forte investimento, quer na construção de novas infraestruturas, quer na reabilitação de infraestruturas existentes, quer ainda por via da implementação do sistema de automatização e telegestão, que irá, decididamente, aumentar a operacionalidade e tornar mais eficiente a gestão da distribuição e produção de água, a par do aumento da fiabilidade global do Sistema de Abastecimento de Água. Ficará alargada a área territorial abastecida pela empresa, nomeadamente à zona Oriental do concelho de Arouca e à restante parte do Vale do Sousa, com níveis de qualidade e fiabilidade adequados que permitirá, certamente, aumentar a taxa de atendimento domiciliário e, consequentemente, a quantidade de água vendida. Também para o aumento da fiabilidade do Sistema contribuirão a conclusão da duplicação da ligação de Lever a Jovim e a entrada em funcionamento do órgão de pré-tratamento da Estação de Tratamento de Lever, ambos previstos para meados do ano. Por outro lado, a sociedade continuará a implementar procedimentos organizativos e de gestão que visem aumentar a eficiência de funcionamento e a qualidade de serviço e do produto a fornecer. Nesse sentido, é considerado objectivo prioritário o processo de certificação pelas normas ISO 9000 e 14000, relativas à Qualidade e ao Ambiente, e OHSAS 18000, relativa à Higiene e Segurança do Trabalho, que, dado o trabalho desenvolvido durante os anos anteriores, será possível concluir no ano de 2003. A eficiência dos procedimentos de gestão administrativa da sociedade estará directamente relacionada com o amadurecimento do sistema ERP, programa integrado de gestão, que de uma forma partilhada com o Grupo Águas de Portugal, se encontra a funcionar desde 2002. O ano de 2003 permitirá estender o âmbito desta ferramenta a todas as áreas da empresa e consolidá-la de forma a permitir aumentar o grau de desempenho da Águas do Douro e Paiva, SA. A empresa pretende manter a política de rigor, assumida por todos aqueles que nela trabalham, e que tem resultado num controlo de custo e de racionalidade dos meios que traz benefícios evidentes para os Municípios Clientes e para a população abastecida, dado que tem permitido um crescimento da tarifa inferior à taxa de inflação. O ano de 2003 afigurar-se-á ainda decisivo quanto ao início da terceira fase de investimentos da empresa – a Origem Paiva. Após os accionistas da sociedade, em Setembro de 2001, terem reafirmado a importância do Relatório e Contas 2002 projecto e a urgência na sua implementação, o ano de 2002 ficou marcado pela sugestão da Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental para proceder a ajustes nos pressupostos do Estudo de Impacte Ambiental. Assim, apenas no início do ano 2003 será possível levar a cabo os procedimentos de consulta pública, que decorrerão durante o primeiro semestre, e, em sequência, elaborar o projecto de execução da Barragem e Sistema de Adução até à ETA de Lever, com conclusão prevista para 2004. Por último, referimo-nos ao forte incremento das acções de investigação e desenvolvimento. Com esta opção pretende-se garantir uma actualização constante dos conhecimentos técnicos da empresa, desenvolvendo uma investigação adaptada aos seus interesses, e contribuir também para a promoção do desenvolvimento da região e da investigação nacional. Amélia Pacheco Gabriel Silva 11 Inês Freitas Proposta de Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos Páginas 90 e 91 Nos termos do disposto no n.º2 do art. 26º dos Estatutos da Sociedade constantes do Anexo ao Decreto-lei n.º116/95 de 29 de Maio, propõe este Conselho de Administração que o Resultado Líquido do Exercício positivo de 1 950 276,78 tenha a seguinte aplicação: › 97 513,84 para Reserva Legal; › 1 245 754,07 para distribuição de Dividendos aos Accionistas; › 607 008,87 para Reservas Livres. Relatório e Contas 2002 Em cumprimento das disposições legais vigentes, informa-se que não se encontram em mora quaisquer dívidas ao Sector Público Estatal. Por fim, o Conselho de Administração quer reafirmar o seu profundo reconhecimento a todos aqueles que de forma directa ou indirecta colaboraram na prossecução dos objectivos da empresa, nomeadamente: Ao Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, em particular ao Senhor Ministro, Dr. Isaltino Morais, e demais elementos desse ministério, o nosso agradecimento pela sua pronta resposta, interesse, apoio e empenho demonstrado. À Águas de Portugal, SGPS, SA, pelo seu acompanhamento permanente e por, assumindo-se líder de um grupo sectorial, saber aproveitar as sinergias inerentes, colaborando na realização de projectos de interesse comum. Aos Municípios sócios da empresa, que sempre demonstraram confiança e souberam perceber as decisões tomadas. Aos Órgãos da empresa, que mostraram cooperação no exercício das suas competências. Aos Municípios clientes da empresa, que sempre compreenderam os riscos de um programa tão vultuoso de reabilitação da rede em operação. A todos os funcionários da empresa que, com a sua dedicação, tornaram possível a concretização dos objectivos definidos para 2002 e que, seguramente, sem ela não seria possível. Porto, 6 de Fevereiro de 2003. O Conselho de Administração, Nuno Magalhães Silva Cardoso · Presidente Joaquim Sérgio Hora Lopes · Administrador Arnaldo Lobo Moreira Pêgo · Administrador Joaquim Manuel Veloso Poças Martins · Administrador Orlando de Barros Gaspar · Administrador Páginas 92 e 93 Anexo ao Relatório de Gestão Dando cumprimento ao disposto no n.º4 do art.º448 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que na data do encerramento do exercício social detinham uma participação igual ou superior a 10% os seguintes accionistas: AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA Município do Porto Quantidades de Acções % de Capital Social 1 979 055 556 244 51,00 14,33 Em cumprimento do disposto no nº 5 do artº 447 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que os membros dos Orgãos Sociais não detêm acções da Sociedade. Ângelo Lopes da Silva José Viegas Neves Relatório e Contas 2002 Pedro Perdigão Miguel Alves do Vale II Contas do Exercício de 2002 Fernanda Lacerda Páginas 96 e 97 Balanço em: 31 de Dezembro de 2002 e 2001 2002 Código das Contas 2001 AB AP AL AL 803 297 0 0 0 0 0 803 297 803 297 0 0 0 0 0 803 297 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 924 693 65 531 694 179 758 151 933 835 190 111 962 142 534 107 24 295 619 3 950 280 281 080 632 690 798 8 065 005 23 674 993 634 560 64 127 623 759 323 873 0 0 34 077 115 4 233 895 57 466 689 156 083 158 299 275 125 984 338 383 210 234 24 295 619 3 950 280 247 003 517 4 073 237 45 460 109 144 780 085 388 518 109 924 324 579 202 539 27 454 864 7 350 081 230 143 936 0 0 0 0 3 274 542 0 0 0 3 274 542 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 274 542 0 0 0 3 274 542 0 0 0 0 2 894 093 0 0 0 2 894 093 285 158 471 34 880 411 250 278 059 233 038 029 Activo Imobilizado 431 432 433 434 441/6 449 Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação Despes. invest. e desenvol. Propried. indust. e out. direit. Trespasses Imobilizações em curso Adiant. p. conta imobiliz. incorp. 421 422 423 424 425 426 429 441/6 448 Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edificios e out. construcções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobiliz. corporeas Imobilizado em curso Adiantamento conta imob. corp 4111 4121+4131 4112 4122+4132 413+415 4123+4133 441/6 447 Investimentos financeiros Partes capital em emp. grupo Emprést. a empresas do grupo Partes capital em emp. assoc. Emprést. a empresas assoc.. Títulos e outras aplicaç. financ. Outros emprést. concedidos Imobilizações em curso Adiantam. conta inv. financeiros Total Act. Imobilizado (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Relatório e Contas 2002 Balanço em: 31 de Dezembro de 2002 e 2001 2002 AB Código das Contas 2001 AP AL AL Activo Circulante 36 35 34 33 32 37 Existências Matérias-prim.,subs.e consumo Produtos e trab. em curso Subp., desperd., resíd. e refugos Produt. acabados e intermédios Mercadorias Adiant. p. conta de compras Dívidas terc. - méd. longo prazo 211 212 218 252 253+254 221+228 229 2619 24 262/6/7/8 264 Dívidas de terc. - curto prazo Clientes c/c Clientes - títulos a receber Clientes de cobrança duvidosa Empresas do grupo Outros accionistas (sócios) Fornecedores Adiantamentos a fornecedores Adiantam. forneced. imobilizado Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital 1511 1521 1512 1522 1513+1523+153/9 18 Títulos negociáveis: Acções empresas grupo Obrig., títul. partic. empres. grupo Acções em empresas associ. Obrig., títul. partic. empres. assoc. Outros títulos negociáveis Outras aplicações tesouraria 12+13+14 11 Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 271 272 Acréscimos e diferimentos Acréscimos de proveitos Custos diferidos Total de Amortizações 388 505 0 0 0 0 0 388 505 0 388 505 0 0 0 0 0 388 505 392 855 0 0 0 0 0 392 855 0 0 5 512 796 0 0 0 0 0 0 0 4 756 115 9 033 237 0 19 302 148 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 512 796 0 0 0 0 0 0 0 4 756 115 9 033 237 0 19 302 148 12 359 853 0 0 0 0 0 0 0 2 991 105 12 486 821 120 663 27 958 442 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 135 662 6 156 818 6 292 480 0 0 0 135 662 6 156 818 6 292 480 1 047 490 1 750 1 049 240 4 017 736 1 315 083 5 332 819 0 0 0 4 017 736 1 315 083 5 332 819 2 093 555 1 188 216 3 281 771 0 34 880 411 0 0 281 594 012 265 720 337 Total de Provisões Total do Activo 0 0 0 0 0 0 0 0 316 474 424 34 880 411 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Páginas 98 e 99 Balanço em: 31 de Dezembro de 2002 e 2001 Exercícios 2002 Código das Contas 51 521 522 53 54 55 56 571 572 573 574 a 579 59 88 89 Capital Próprio e Passivo Capital próprio Capital Acções (quotas) próp. - valor nominal Acções próp. - descontos e prémios Prestações suplementares Prémios emissão de acções (quotas) Ajustamentos em partes capit. filiais e assoc. Reservas de reavaliação Reservas: Reservas legais Reservas estatutárias Reservas contratuais Outras reservas Resultados transitados Sub - Total Resultado líquido exercício Dividendos antecipados Total Capital Próprio 291 292 293/8 Provisões p. riscos encargos Provisões para pensões Provisões para impostos Outras provisões para riscos e encargos 231+12 2611 Dívidas a terceiros - méd. e longo prazo Dívidas a instituições de crédito Forn. imobilizado c/c 2321 2322 233 231+12 269 221 228 222 2612 252 253+254 251+255 219 239 2611 24 262+263+264+265+ 265+267+267+211 273 274 2001 Dívidas a terceiros - curto prazo Empréstimos por obrigações Convertíveis Não convertíveis Empréstimos por títulos de participação Dívidas a instituições de crédito Adiantamentos por conta de vendas Fornecedores c/c Fornecedores - fact. recepç. e conferência Fornecedores - títulos a pagar Forn. Imobilizado - títulos a pagar Empresas do grupo Empresas participadas e participantes Outros accionistas Adiantamentos de clientes Outros empréstimos obtidos Forn. imobilizado c/c Estado e out. entes públicos Outros credores Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos Proveitos diferidos Total do Passivo Total Capital Próp. e Passivo 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 468 304 0 0 1 833 450 0 21 704 254 1 950 277 0 23 654 531 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 396 697 0 0 1 829 904 0 21 629 101 1 432 131 0 23 061 232 0 0 345 926 345 926 0 0 249 399 249 399 48 609 407 4 770 695 53 380 103 49 879 846 16 083 027 65 962 873 0 0 0 38 679 651 0 2 336 382 16 830 0 0 0 0 0 0 0 10 928 733 1 110 512 123 124 53 195 230 0 0 0 32 593 949 0 1 802 471 0 0 0 0 0 0 0 0 7 776 668 431 966 77 357 42 682 411 15 901 935 135 116 287 151 018 222 13 728 719 120 035 704 133 764 423 257 939 481 242 659 106 281 594 012 265 720 337 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Relatório e Contas 2002 Demonstração dos Resultados por Natureza para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2002 E 2001 2002 Código das Contas 61 62 641+642 643+644 645/8 66 67 63 65 682 683+684 681 69 86 88 71 72 75 73 74 76 782 784 79 2001 Custos e Perdas Custo das mercadorias vend. e consumidas Mercadorias Matérias Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Remunerações Encargos sociais: Pensões Outros Amortizações imob.corp.e incorp. Provisões Impostos Outros custos e perdas operacionais (A) .............................… Perdas em empr. grupo e assoc. Amortiz. e prov. aplic. e invest. financeiros Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (C).............................… Custos e perdas extraordinárias (E)..............................… Imposto sobre o rendimento do exercício (G)..............................… Resultado líquido do exercício Proveitos e Ganhos Vendas Mercadorias Produtos Prestação de serviços Variação da produção Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Subsídios à exploração Outros proveit. e ganhos operacionais (B)...........................… Ganhos em empresas do grupo e assoc. Rendimentos de partic. capital Rendim. títul. negociáv. e out. aplic. financ. Relativos a empresas do grupo Outros Outros juros e proveitos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (D)...........................… Proveitos e ganhos extraordinários (F)..........................…. Resumo: Resultados operacionais: (B)-(A)= Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)= Resultados correntes: (D)-(C)= Resultados antes de impostos: (F)-(E)= Resultado líquido do exercício: (F)-(G)= 777 878 777 878 10 041 196 591 058 2 924 175 609 965 15 147 956 200 000 294 900 5 952 3 282 304 29 985 216 3 548 2 755 509 3 534 140 15 347 956 300 852 30 002 022 545 966 14 817 264 249 399 39 899 3 011 3 282 304 33 284 326 104 904 33 389 230 1 003 899 34 393 129 1 950 276 36 343 405 4 099 905 3 301 475 15 066 663 42 910 28 687 885 4 099 905 32 787 790 304 990 33 092 780 922 170 34 014 950 1 432 131 35 447 081 29 189 617 29 988 764 134 403 9 528 29 189 617 50 893 143 931 30 132 695 93 773 20 512 591 058 9 685 779 114 285 30 246 980 6 096 425 36 343 405 130 673 - 3 168 019 - 3 037 346 2 954 175 1 950 276 50 893 29 240 510 121 470 121 470 29 361 980 6 085 101 35 447 081 552 625 - 3 978 435 - 3 425 810 2 354 301 1 432 131 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Páginas 100 e 101 Demonstração de Resultados por Funções para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 2002 2001 Venda e prestações de serviços Custo das vendas e das prestações de serviços 29 988 764 18 167 972 29 189 618 16 098 473 Resultados Brutos Outros proveitos e ganhos operacionais Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais 11 820 792 143 932 2 368 905 3 473 759 13 091 145 116 943 2 192 172 4 683 184 Resultados Operacionais Custo líquido de financiamento 6 122 060 - 3 167 885 6 332 733 - 3 978 432 Resultados correntes Impostos sobre os resultados correntes 2 954 175 1 003 899 2 354 301 922 170 Resultados correntes após impostos 1 950 276 1 432 131 Resultados líquidos Resultados por acção 1 950 276 0,50 1 432 131 0,37 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Relatório e Contas 2002 Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 2002 Actividades Operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao Pessoal Fluxo gerado pelas operações Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento Outros recebimentos/pagamentos relativos à activ. operacional Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias Recebimentos relacionados c/ rubricas extraord. Pagamentos relacionados c/ rubricas extraord. Fluxos das actividades operacionais 2001 34 666 877 - 20 582 459 - 2 314 729 11 769 689 - 1 028 235 - 1 516 869 9 224 585 24 380 380 - 11 799 198 - 2 211 062 10 370 120 - 801 866 763 692 10 331 946 - 2 938 9 221 647 10 331 946 Actividades de Investimento Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Reembolsos de adiantamentos a fornecedores Reembolsos de IVA Subsídios de investimento Juros e proveitos similares 2 590 967 19 762 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Não afecto Fundo Coesão Afecto Fundo Coesão Imobilizado em curso Imobilizações incorpóreas Outros não especificados 4 718 594 25 370 533 4 061 2 743 162 16 571 582 - 3 296 411 - 21 337 152 - 701 216 - 9 861 849 - 16 798 340 - 12 503 823 Fluxo das actividades de investimento - 4 433 469 - 8 046 661 - 1 466 422 19 952 - 94 296 - 3 040 234 - 1 225 670 916 120 - 187 228 - 3 732 954 - 1 330 946 Fluxo das actividades de financiamento - 5 826 622 - 4 315 056 Variações de caixa e seus equivalentes - 1 038 444 - 2 029 771 1 049 239 3 079 010 Actividades de Financiamento Pagamentos/recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Subsídios e doações Realização de capital social Amortização de contratos de locação financeira Juros e custos similares Dividendos Outros não especificados Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 10 795 1 049 239 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração Páginas 102 e 103 Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2002 As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida na Directriz Contabilística 14. As notas não incluídas neste Anexo, não são aplicáveis ou significativas para a leitura da Demonstração dos Fluxos de Caixa. 2. Componentes da Caixa e seus Equivalentes Descrição Numerário Outros Valores Dep. Bancários imediatamente Mobilizáveis Equivalentes e caixa Caixa e seus equivalentes Outras disponibilidades Total 2002 2001 1 745 6 155 073 1 750 135 662 1 047 490 -6 281 685 10 795 1 049 240 (valores em euros) 3. Actividades Financeiras não Monetárias A 31 de Dezembro de 2002 a empresa dispõe de um crédito bancário sob a forma de conta caucionada não sacado no montante de 28 728 217 euros. Luís Sá e Sousa Relatório e Contas 2002 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados em 31 Dezembro 2002 As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (P.O.C.). As notas não incluídas neste Anexo não são aplicáveis ou significativas para a leitura das Demonstrações Financeiras. Apenas tiveram aplicação os seguintes pontos: 0. Actividades e Princípios Contabilísticos a) Actividade A sociedade foi constituída pelo Dec. Lei nº 116/95 de 29 de Maio e tem como objecto exclusivo a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Captação, Tratamento e Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto. Para a concretização do objecto social foi atribuída uma concessão à sociedade pelo Estado português, em regime de exclusividade por um prazo de 30 anos, na qual são estabelecidas as regras para a concepção, construção e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. A referida concessão estabelece os critérios de fixação e aprovação das tarifas a praticar pela Sociedade em cada ano, de modo a garantir um adequado equilíbrio financeiro da concessão, obedecendo aos seguintes critérios: (a) Assegurar, dentro do período da concessão, a amortização do montante efectivo do investimento inicial a cargo da concessionária, deduzido das comparticipações e subsídios a fundo perdido; (b) Assegurar o bom funcionamento, conservação e segurança de todos os bens afectos à concessão, bem como a substituição prevista desses bens; (c) Atender ao nível de custos necessários para uma gestão eficiente do sistema e à existência de receitas não provenientes da tarifa; (d) Assegurar o pagamento dos encargos de funcionamento do Instituto Regulador de Águas e Resíduos a suportar pela concessionária, bem Páginas 104 e 105 como assegurar uma adequada remuneração dos capitais próprios da concessionária. No cálculo da tarifa está estabelecido que a margem anual necessária à remuneração adequada dos capitais próprios é devida desde a data de realização do capital. b) Princípios contabilísticos Joaquim Sousa As demonstrações financeiras da sociedade, que compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, a Demonstração dos Resultados, por natureza e por funções, e a Demonstração dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data, foram preparados na base da convenção dos custos históricos e da continuidade das operações da sociedade em conformidade com os princípios contabilísticos de prudência, especialização do exercício, consistência, substância sobre a forma e materialidade. 3. Principais critérios valorimétricos a) Existências As existências referem-se a matérias primas e subsidiárias essenciais ao tratamento da água e são valorizadas ao menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O critério de movimentação das saídas é o do custo médio. b) Investimentos financeiros Fundo de Reconstituição do Capital Social Nos termos do disposto na cláusula 17ª do Contrato de Concessão, a Águas do Douro e Paiva, SA, encontra-se obrigada a entregar em cada ano o montante correspondente à anuidade de amortização do Capital Social, para a criação de um Fundo de Reconstituição do Capital, que será gerido pela concessionária a qual terá direito ao mesmo, no termo do contrato. Nestes termos, foi contabilizado na rubrica Títulos e Outras Aplicações Financeiras o depósito bancário de carácter permanente efectuado para o efeito. Relatório e Contas 2002 Fundo de Renovação Ademar Cruz Nos termos do disposto na cláusula 12ª do Contrato de Concessão, a Águas do Douro e Paiva, SA, procedeu à criação de um Fundo de Renovação que se destina a acorrer à realização de despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. c) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente pelas despesas com a constituição e a organização da sociedade, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes num período de três anos. d) Imobilizações corpóreas propriedade da empresa As imobilizações corpóreas são contabilisticamente relevadas pelo seu valor de custo de aquisição. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de forma a recuperar os imobilizados no período de vida útil estimada, de acordo com as taxas máximas do Decreto Regulamentar nº 2/90 de 12/01. e) Imobilizações corpóreas afectas à concessão No caso dos bens reversíveis nos termos das cláusulas do Contrato de Concessão, que integram o seu estabelecimento e os imóveis, estes são amortizados no período de concessão, incluindo os custos estimados de reposição dos bens de substituição, de acordo com o artº 13º do Decreto Regulamentar nº 2/90 de 12/01 e a Directriz Contabilística nº 4. A manutenção e reparação destes imobilizados é da responsabilidade da empresa durante o período de vida do contrato de concessão, sendo contabilizadas em resultados no exercício em que ocorrem. Os subsídios e comparticipações recebidas são registados em proveitos diferidos e reconhecidos em proveitos extraordinários de forma consistente e proporcional com as amortizações dos bens a que se destinaram. f) Acréscimos e diferimentos Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão, e sempre que aplicável, é registada a quota parte anual dos custos estimados para fazer face a despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em Páginas 106 e 107 investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. Aguarda-se, entretanto, o parecer formal da Comissão de Normalização Contabilística sobre a aplicabilidade da citada Directriz a esta empresa, solicitado por intermédio da AdP–Águas de Portugal, sgps, SA. g) Formação do rédito São considerados na formação do rédito, as receitas decorrentes da facturação a clientes, bem como os ajustes por estimativa dos fornecimentos e serviços de água ainda não facturados. h) Imposto sobre o rendimento Os impostos correntes e diferidos são contabilizados no período a que respeitam, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 12. i) Doações De acordo com a Directriz Contabilística nº 2, as doações efectuadas à empresa são valorizadas pelo justo valor e registadas em Capitais Próprios. 6. Imposto sobre o rendimento Não existem situações que afectem significativamente os impostos futuros. A sociedade encontra-se sujeita ao regime geral de tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos (quatro anos a partir de 1998 e dez anos para a Segurança Social). Está em curso a preparação de uma exposição á Administração Fiscal, no sentido de ver reconhecida fiscalmente a aplicação da já mencionada Directriz Contabilistica nº 4. Lurdes Baptista Relatório e Contas 2002 7. › O número médio de pessoas ao serviço da empresa ao longo do ano foi de 113, atingindo em 31 de Dezembro de 2002 o número de 114 pessoas. 8. › A conta 43.1 - Despesas de Instalação inclui os gastos suportados pela empresa com a sua constituição e o arranque do negócio. 10. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado Rubricas Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação Imobilizações em curso Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e out. construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administr. Outras imobilizações corp. Imobilizações em curso Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas Investimentos financeiros: Fundo de renovação Fundo de reconstituição do capital social Saldo inicial Reavaliação/ ajustamento Aumento 803 297 0 803 297 0 0 0 4 551 091 49 770 541 160 203 395 910 922 152 651 789 595 424 303 27 454 864 2 149 189 654 506 606 181 145 37 460 172 547 109 804 31 831 857 7 350 081 251 607 443 1 534 376 34 565 599 320 767 2 573 326 2 894 093 0 701 216 701 216 Alienação Transferência e abates Saldo final 803 297 0 803 297 -158 232 -158 231 371 453 15 571 499 19 042 083 0 0 0 0 -34 991 102 4 924 693 65 531 694 179 752 084 933 835 190 111 962 142 534 107 24 295 619 -4 934 177 -4 934 177 3 950 280 281 080 632 -320 767 0 -320 767 0 3 274 542 3 274 542 (valores em euros) Páginas 108 e 109 Amortizações e provisões Rubricas Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras constr. Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corp. Saldo inicial Reforço Regularização 803 297 803 297 477 854 4 310 432 15 423 310 522 405 42 727 465 016 221 762 21 463 506 Saldo final 803 297 803 297 212 943 3 754 573 8 251 683 233 936 21 401 158 744 102 109 12 735 389 -121 781 -121 781 690 797 8 065 005 23 674 993 634 560 64 128 623 760 323 871 34 077 115 (valores em euros) Os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas registados até Dezembro de 2002 incluem os seguintes montantes: - Culligan - Construtora do Tâmega - Camilo de Sousa Mota & Filhos - Socopul - Ecop / Neopul - Somague - Efacec Total dos Adiantamentos 308 004 519 570 915 126 902 292 861 839 5 504 437 945 3 950 280 (valores em euros) José Martins Relatório e Contas 2002 14. Outras Informações sobre o Imobilizado Imobilizações corpóreas reversíveis (valor bruto): Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Ferramentas e utensílios Total 4 924 693 65 517 040 179 604 511 62 155 250 108 399 (valores em euros) Imobilizações em curso reversíveis: Estudos e projectos Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento e material Instalações eléctricas Gestão de projecto Promoção e divulgação Fiscalização Outros investimentos Total 3 012 057 193 174 14 164 993 3 296 495 124 101 213 978 482 739 1 118 762 1 689 320 24 295 619 (valores em euros) 15. Bens utilizados em regime de locação financeira No final de Dezembro de 2002 a empresa utilizava em regime de locação financeira dois imóveis, sitos em Lever e no Edifício Scala, cuja contabilização foi a seguinte: Conta 4211002 4211009 422001 422009 Descrição Terreno/Edificio Lever Terreno/Edificio Scala Edificio/Lever Edificio/Scala Valor bruto Valor líquido 126 046 99 043 236 929 194 634 444 224 313 912 710 787 583 861 (valores em euros) Páginas 110 e 111 16.Consolidação de contas As Demonstrações Financeiras da Águas do Douro e Paiva, SA, são incluídas na consolidação de contas da empresa ADP – Águas de Portugal, SGPS, SA, com sede na Avenida da Liberdade, 110 – 5º - 1250 Lisboa, pela qual é participada em 51%. 18. Fundos De acordo com o contrato de concessão, estão criados dois fundos, um para reconstituição do capital social com extensão de 3 274 542 e outro para investimento de substituição (renovação), cujos movimentos se demonstram no quadro seguinte: Demonstração dos movimentos do Fundo de Renovação Fundo de renovação Saldo inicial Anuidade do reforço (1) Utilizações (2) - 2ª fase de investimentos Grupo I de obras (Vale do Sousa) (3) - 2ª fase de investimentos Grupo II de obras Saldo final Valor 320 767 4 844 741 -15 714 146 -2 414 033 -18 128 179 -12 962 671 (valores em euros) (1) Valor correspondente às amortizações do exercício (calculadas de acordo com a Directriz Contabílistica nº4) das infra-estruturas técnicas previstas imobilizar após arranque da exploração e até ao fim do período de Concessão. (2) Custo de execução das obras em curso relativas às infra-estruturas consideradas nas anuidades de constituição e reforço do Fundo de Renovação. (3) Valores líquidos dos subsídios ao investimento. 29. Dívidas a terceiros a mais de cinco anos Empréstimos do Banco Europeu de Investimento a médio e longo prazo c/ vencimento superior a 5 anos: Data do empréstimo 08/01/98 11/07/00 15/12/00 Montante 23 669 460 euros 9 975 952 euros 14 963 995 euros (valores em euros) Relatório e Contas 2002 31. Responsabilidades assumidas através da celebração de contratos Socopul Camilo de Sousa Mota Efacec Caridades Somague Ecop / Neopul Construtora do Tâmega Culligan / Ecop Cabral & Filhos Sociedade de Construções Adriano Engil Total das responsabilidades Sara Vieira 4 330 623 2 159 357 2 165 853 240 229 130 054 3 311 357 1 731 899 3 534 988 1 783 869 884 215 2 268 554 22 540 998 (valores em euros) 32. Garantias prestadas Em 31 de Dezembro de 2002 a empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas no valor de 2 083 178 assim discriminadas: - Contrato de concessão - Expropriação de terrenos - Execução de trabalhos de reposição 249 399 1 573 456 260 323 (valores em euros) 34. Desdobramento das contas de provisões acumuladas e explicitação dos movimentos ocorridos no exercício Contas 29 - Provisões para riscos e encargos Saldo inicial Aumentos Redução Saldo final 249 399 200 000 103 473 345 926 Provisão destinada a fazer face a custos, estimados com base em informações dos advogados, decorrentes do funcionamento do Tribunal Arbitral em que são partes a Sociedade e o Consórcio composto pelas sociedades Bento Pedroso Construções, SA / ECOP-Empresa de Construções e Obras Públicas Arnaldo de Oliveira, SA / Paterson Candy Limited. Páginas 112 e 113 35. a 38. O Capital Social subscrito está representado por 3 880 500 acções, no valor nominal de 5 euros cada A estrutura actual do Capital subscrito é a seguinte: Accionistas IPE - Águas de Portugal Município de Arouca Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães Município de Espinho Município de Gondomar Município de Maia Município de Matosinhos Município de Oliveirta de Azeméis Município de Ovar Município de Porto Município de Stª. Maria da Feira Município de S. João da Madeira Município de Valongo Município de Vila Nova de Gaia Município de Paredes Município de Lousada Município de Felgueiras Município de Paços de Ferreira Total % 51 0,31 0,29 0,18 1,54 4,34 2,92 5,81 1,76 0,98 14,33 2,51 0,40 2,96 5,86 1,65 0,74 1,24 1,17 100,00 Nº Acções CapitalRealizado 1 979 055 9 895 275 11 997 59 985 11 084 55 420 6 884 34 420 59 870 299 350 168 437 842 185 113 361 566 805 225 512 1 127 560 68 321 341 605 38 075 190 375 556 244 2 781 220 97 254 486 270 15 531 77 655 115 048 575 240 227 382 1 136 910 63 945 319 725 28 665 143 325 48 265 241 325 45 570 227 850 3 880 500 19 402 500 (valores em euros) 40. Movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de Capitais Próprios Contas 51 - Capital 57 - Reservas 57.1 - Reservas legais 57.2 - Reservas livres 57.6 - Doações 59 - Resultados transitados 88 - Resultados líquidos Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final 19 402 500 0 396 697 1 594 322 235 582 0 1 432 133 0 0 71 607 3 546 0 0 1 950 276 0 0 0 0 0 0 1 432 133 19 402 500 0 468 304 1 597 868 235 582 0 1 950 276 (valores em euros) José Queirós Relatório e Contas 2002 No decorrer deste exercício foram liquidados dividendos no valor de 1 356 978. Fernando Cruz 41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Descrição Mercadorias Existências iniciais 0 Compras 0 Regularização de existências 0 Existências finais 0 Custos no exercício 0 Matérias-Primas Subsidiárias e de Consumo 392 855 773 528 0 388 505 777 878 (valores em euros) 43. Remunerações atribuídas ao membros dos órgãos sociais referentes ao ano de 2002 - Conselho de Administração - Fiscal Único - Assembleia Geral 424 251 20 311 691 (valores em euros) 44. A totalidade das Vendas de Água ocorreu no mercado nacional 45. Demonstração dos Resultados Financeiros Exercício Proveitos e Ganhos 681 - Juros suportados 685 - Dif. de câmbio desfav. 688 - Outros custos e perdas Resultados financeiros Exercício 2002 2001 3 103 876 120 178 309 3 924 783 7 175 115 -3 168 020 114 285 -3 978 435 121 470 Proveitos e Ganhos 781 - Juros obtidos 785 - Dif. de câmbio favor. 786 - Desconto p. pagto. 2002 2001 109 680 189 4 416 116 617 4 853 Resultados financeiros 114 285 121 470 (valores em euros) Páginas 114 e 115 46. Demonstrações dos Resultados Extraordinários Exercício Proveitos e Ganhos 2002 2001 54 218 934 10 849 200 0 38 688 15 95 520 0 7 711 100 576 1 099 99 932 152 5 991 521 6 096 425 5 780 112 6 085 102 691 - Donativos 693 - Perdas em existências 694 - Perdas em imobilizado 695 - Multas e penalidades 696 - Aum. Amortizações 697 - Correc. exerc. anterior 698 - Outros custos e perdas Resultados extraordinários Exercício Proveitos e Ganhos 793 - Ganhos em existências 794 - Ganhos em imobilizações 795 - Benef. penal. cont. 796 - Red. Amortizações 797 - Correc. exerc. anterior 798 - Outros prov. e ganhos 2002 2001 0 18 902 0 4 194 52 3995 57 817 6 019 044 76 500 12 239 5 988 784 Resultados extraordinários 6 096 425 6 085 102 (valores em euros) Os Outros proveitos e ganhos extraordinários, relacionam-se essencialmente com as amortizações dos subsídios ao investimento. 48. Outras Informações 48.1. Subsídios ao Investimento O subsídio ao investimento contabilizado até 31 de Dezembro de 2002 totalizou o montante de 150 102 844 provenientes da comparticipação do Fundo de Coesão da Comunidade Europeia, relacionado com a construção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água, assim repartidos: - Candidatura FC 94/10/61/003-004 - Candidatura FC 95/10/61/008 - Candidatura FC 1999/Pt/16/C/PE/001 1 630 080 112 329 373 36 143 394 (valores em euros) 48.2. Decomposição da conta “Acréscimos e Diferimentos Acréscimos de Proveitos Descrição Juros a receber Penalidades contratuais Venda de água Fundo de Renovação Total 2002 2001 0 0 2 812 730 1 205 006 4 017 736 0 0 509 383 1 584 172 2 093 555 (valores em euros) Pedro Sá e Sousa Relatório e Contas 2002 Custos Diferidos Descrição Campanhas de publicidade Obras em baixa Obras / protocolos Seguros Outros Total 2002 2001 0 59 941 1 246 621 295 8 226 1 315 083 0 1 187 921 0 295 0 1 188 216 (valores em euros) Acréscimos de Custos Descrição Remunerações a liquidar Juros a liquidar Prémio Amort. fundo renov. Outros 2002 2001 396 059 371 922 309 960 14 695 385 128 609 15 901 935 373 887 350 524 326 433 12 312 387 365 488 13 728 719 (valores em euros) Proveitos Diferidos Descrição Subsídios p/ Investimento Total 2002 2001 135 116 287 135 116 287 120 035 704 120 035 704 48.3. Decomposição da conta do “Estado e Outros Entes Públicos” Saldos Devedores Descrição Saldos Credores 2002 2001 24.1 - Imp. s/ Rendimentos 689 975 0 24.3 - Imp. s/ Valor Acresc. 4 066 140 2 991 105 24.9 - Fundo de Renovação Total 0 4 756 115 0 2 991 105 Descrição 24.1 - Imp. s/ Rendimentos 24.2 - Ret. Imp. s/ Rendim. 24.3 - Imp. s/ Valor Acresc. 24.4 - Rest. imp. 24.5 - Cont. p/ Seg. Social 24.9 - Out. tribut. 2002 2001 1 003 899 48 521 0 0 56 932 1 161 1 110 513 343 179 43 952 0 0 44 338 498 431 967 (valores em euros) Páginas 116 e 117 48.4. Decomposição da conta “Outros Devedores e Outros Credores” Outros Devedores Descrição Adiantamentos forneced. Pessoal Devedores diversos Subsídios a receber Fundo de Coesão Outros Total 2002 2001 0 0 0 2 444 488 500 437 004 8 094 360 12 047 373 450 377 9 033 237 12 486 821 (valores em euros) Outros Credores Descrição Subscritores de capital Credores diversos Depósito e garantias Total 2002 2001 0 123 124 0 123 124 0 0 77 357 77 357 (valores em euros) Francisco Castro Relatório e Contas 2002 49. Remuneração dos Capitais Próprios Tal como referido na Nota 0 e nos termos do Contrato de Concessão os capitais próprios aplicados na Empresa serão remunerados através de uma margem, a qual corresponderá à aplicação, ao capital social e reserva legal, de uma taxa correspondente à base de emissões de bilhetes do tesouro (TBA) ou outra equivalente que venha a substituir, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco. O valor da remuneração do capital e reserva legal calculado nos termos da concessão é o seguinte: Movimentos ocorridos no exercício Accionistas ADP - Águas de Portugal Município de Arouca Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães Município de Espinho Município de Gondomar Município da Maia Município de Matosinhos Município de Ollveira de Azeméis Município de Ovar Município do Porto Município de Stª Mª da Feira Município de S. João da Madeira Município de Valongo Município de Vila Nova de Gaia Município de Paredes Município de Lousada Município de Felgueiras Município de Paços de Ferreira Total Posição em 31.12.2002 700 433 4 379 4 046 2 513 21 854 61 482 41 379 82 316 24 938 13 898 203 039 35 499 5 669 41 995 82 998 14 994 6 187 24 9 335 1 356 978 Posição em Dividendos Remuneração 31.12.2002 700 433 4 379 4 046 2 513 21 854 61 482 41 379 82 316 24 938 13 898 203 039 35 499 5 669 41 995 82 998 14 994 6 187 24 9 335 1 356 978 635 855 3 854 3 561 2 212 19 236 54 117 36 422 72 455 21 951 12 233 178 717 31 247 4 990 36 964 73 056 20 545 9 210 14 488 14 641 1 245 754 635 855 3 854 3 561 2 212 19 236 54 117 36 422 72 455 21 951 12 233 178 717 31 247 4 990 36 964 73 056 20 545 9 210 14 488 14 641 1 245 754 (valores em euros) Páginas 118 e 119 As taxas utilizadas para o cálculo dos montantes acima indicados foram as seguintes: Taxa com risco (base de cálculo)(%) Ano Taxa sem risco (TBA)(%) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 10,052 7,2671 5,4977 4,266 2,965 4,4667 4,146 3,2744 13,052 10,2671 8,4977 7,266 5,965 7,4667 7,146 6,2744 50. Litígios e Contingências No decorrer do ano de 2002 foi a Águas do Douro e Paiva, SA notificada da interposição dos seguintes processos: Acção Ordinária Autora: “Honeywell Ibérica - Produtos de Consumo, SA” Tribunal Administrativo de Círculo do Porto - 5.º Juízo - Processo n.º 630/2000 Situação: Em 4.07.2000 a “Honeywell Ibérica - Produtos de Consumo, SA”, instaurou uma acção declarativa ordinária para efectivação de responsabilidade civil extracontratual contra o Município de Gondomar, a “Águas do Douro e Paiva, SA”, “Construtora do Tâmega, SA” e “Novopca, Lda.”, no montante de 180 453,77. Os autos encontram-se na fase dos articuladas. As várias chamadas deduziram as respectivas contestações. Está marcada para o dia 10.01.2003 a Audiência Preliminar. Expropriação Litigiosa Requerente: Elvira Martins Ferreira da Silva Soares Albergaria e Outros Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira - 2.º Juízo Cível - Processo n.º 1272/2001 José Lopes Relatório e Contas 2002 Hugo Silva Situação: Os Expropriados interpuseram recurso do Acórdão de Arbitragem, tendo peticionado a importância de 39 359 074$00, equivalente a 196 322,23, tendo a Expropriante deduzido a respectiva resposta. Houve reclamação do relatório dos peritos. Está a correr prazo para as partes alegarem. Expropriação Litigiosa Expropriados: Maria de Lurdes Pessoa Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia – 4.º Juízo Cível - Processo n.º 1080/2001 Situação: Os expropriados interpuseram recurso do Acórdão de Arbitragem, tendo peticionado a importância de 213.550,70, tendo a Expropriante deduzido a respectiva resposta. O Compromisso de Honra foi prestado pelos peritos no passado mês de Julho. Entretanto faleceu um dos Expropriados, o que determinou a suspensão da instância. Já houve decisão sobre a habilitação de herdeiros, que ordenou o prosseguimento dos autos. Está a correr o prazo para a Expropriante responder ao recurso. Expropriação Litigiosa Expropriados: Eduardo Salomão Pessoa Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia - 1.º Juízo Cível – Processo n.º 85/2002 Situação: Os Expropriados interpuseram recurso da decisão arbitral, tendo peticionado a importância de 149 570,73, tendo a Expropriante deduzido a respectiva resposta. Está a correr prazo para a nomeação dos peritos. Expropriação Litigiosa Expropriados: Herdeiros Joaquim Guedes Barbosa e Outros Tribunal da Comarca de Vila Nova de Gaia – 7.º Juízo Cível - Processo n.º 657/2002 Páginas 120 e 121 Situação: Os Expropriados interpuseram recurso da decisão arbitral tendo peticionado a importância de 24 949,50. A expropriante deduziu resposta. Aguarda-se decisão. Recurso Contencioso de Anulação Requerente: “Manuel Francisco de Almeida, SA” Tribunal Administrativo de Círculo do Porto - 6.º Juízo - Processo n.º 895/A/02 Situação: Tribunal indeferiu a pretensão do requerente de decretação da Medida Provisória de Suspensão da Eficácia do Contrato de Empreitada. Aguarda trânsito em julgado. No recurso contencioso foram apresentadas as alegações de direito. Aguarda-se decisão. Processo Arbitral Requerentes: “Bento Pedroso Construções, SA”, “ECOP – Empresa de Construção e Obras Públicas Arnaldo de Oliveira, SA” e “Paterson Candy Limited” Tribunal Arbitral “Consorcio BPC vs. AdDP” Situação: O Consórcio petecionou a importância de 7 955 347,67. A AdDP contestou. Após a apresentação dos articulados das partes e da elaboração da base instrutória e condensação, foi iniciada a fase da prova pericial. Neste momento aguarda-se a sua conclusão. Suspensão da Eficácia Requerentes: “Bento Pedroso Construções, SA”, “ECOP – Empresa de Construção e Obras Públicas Arnaldo de Oliveira, SA” e “Paterson Candy Limited” Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa – 3.ª Secção - Processo n.º 560/02 Situação: Foi requerida a suspensão da eficácia da deliberação do Conselho de Administração de accionar os seguros-caução prestados Relatório e Contas 2002 pelas requerentes, ao abrigo do cumprimento de um contrato de empreitada. Foi apresentada resposta. Aguarda-se decisão. Procedimento Cautelar Requerentes: “Bento Pedroso Construções, SA”, “ECOP – Empresa de Construção e Obras Públicas Arnaldo de Oliveira, SA” e “Paterson Candy Limited” Varas Cíveis do Porto – 7.ª Vara/2.ª Secção - Processo n.º 162/2002 Situação: Foi requerido que a AdDP se abstivesse de receber o pagamento dos seguros-caução prestados pelas requerentes, ao abrigo do cumprimento de um contrato de empreitada. Foi apresentada oposição. Aguarda-se decisão. O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo O Conselho de Administração III Relatório Anual da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Páginas 124 e 125 Relatório Anual sobre a Fiscalização Efectuada Exmº Conselho de Administração da Águas do Douro e Paiva, S.A Exmºs Senhores, 1. Em cumprimento do estabelecido no nº 2 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais e na alínea a) do nº 1 do artigo 52º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro, apresentamos o relatório anual sobre a fiscalização efectuada durante o exercício de 2002, no desempenho das nossas funções de revisor oficial de contas. 2. Procedemos à revisão legal das contas da Empresa ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., relativas ao exercício de 2002, de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e com a extensão considerada necessária nas circunstâncias. Em resultado do exame efectuado foi emitida a certificação legal das contas, com data de 14 de Fevereiro de 2003, cujo conteúdo se dá como integralmente reproduzido. 3. O nosso trabalho incluiu, entre outros aspectos, o seguinte: 3.1. Acompanhamento regular da gestão da Empresa, através da participação em reuniões com o Conselho de Administração e com os responsáveis dos Serviços e leitura das actas respectivas, com vista ao esclarecimento de situações e à análise detalhada da evolução económica e financeira, tendo obtido os esclarecimentos que consideramos necessários; 3.2. Análise das políticas contabilísticas e da sua adequação e consistência, nomeadamente no respeitante a amortizações, reintegrações, provisões, critérios de valorimetria, proveitos, custos, receitas e despesas; 3.3. Verificações da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticos que lhes servem de suporte; Relatório e Contas 2002 3.4. Análise do sistema de controlo interno com vista ao planeamento do âmbito e extensão dos procedimentos de revisão/auditoria; 3.5. Análise de informação financeira e realização dos testes substantivos seguintes, que considerámos adequados em função da materialidade dos valores envolvidos: a) verificação do imobilizado; b) verificação das operações de inventariação física das existências e da respectiva valorização; c) confirmação junto de terceiros (bancos, clientes, fornecedores e outros) dos saldos de contas, responsabilidades e garantias prestadas ou obtidas, análise e teste das reconciliações subsequentes preparadas pela Empresa; d) análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pela Empresa; e) contagem dos valores existentes em Caixa e reconciliação com os valores constantes do Balancete; f) solicitação directa a advogados e outras entidades de informações sobre cobranças em curso, litígios ou acções judiciais pendentes e reclamações e impugnações fiscais, bem como honorários em dívida; g) análise das situações justificativas da constitução de provisões para redução de activos, para passivos ou responsabilidades contingentes ou para outros riscos; h) verificação da situação fiscal e da adequada contabilização dos impostos, bem como da situação relativa à Segurança Social; i) análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos registados no exercício, com particular atenção ao seu balanceamento, diferimento e acréscimo; j) verificação do cumprimento das obrigações legais e estatutárias; k) análise dos acontecimentos subsequentes à data de referência do exercício; l) apreciação da política de seguros da Empresa. Foi solicitada a declaração do orgão de gestão prevista nas Normas Técnicas de Revisão Legal de Contas. Páginas 126 e 127 4. Com base no trabalho efectuado e para além dos aspectos referidos na Certificação Legal das Contas, que menciona as principais conclusões, parece-nos dever relatar o seguinte: 4.1. A Empresa espera ver reconhecida fiscalmente, conforme referido na nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, a aplicação da Directriz Contabilística nº 4. É conveniente efectuar diligências no sentido de ser esclarecida a situação. 4.2. O Relatório de Gestão do Conselho de Administração apresenta de forma esclarecedora a actividade desenvolvida, satisfaz os requisitos legais e estatutários e está em conformidade com as contas do exercício. Coimbra, 14 de Fevereiro de 2003 P. MATOS SILVA, GARCIA JR., P. CAIADO & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 44 representada por Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (ROC n.º 491) Relatório e Contas 2002 Relatório e Parecer do Fiscal Único 1. Introdução Em cumprimento do disposto na alínea g) do n.º 1 do artigo 420º e n.º 1 do artigo 452º do Código das Sociedades Comerciais e no âmbito das competências que nos foram atribuídas pelo artigo 3º do Decreto-lei n.º 26-A/96, de 27 de Março, vimos apresentar o nosso Relatório sobre a acção fiscalizadora exercida na Empresa ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A. e dar Parecer sobre o Relatório de Gestão, Balanço, Demonstrações dos resultados por naturezas e funções, Demonstração dos fluxos de caixa e respectivos Anexos, referentes ao exercício de 2002, que nos foram apresentados pelo Conselho de Administração. 2. Relatório 2.1. Acompanhámos durante o exercício de 2002 a actividade da empresa, especialmente através de análises e verificações dos livros, registos contabilísticos e documentos de suporte. Realizámos também testes e outros procedimentos, com a profundidade julgada necessária. 2.2. O Conselho de Administração e os Serviços prestaram-nos todos os esclarecimentos e informações solicitados. 2.3. Analisámos o Relatório de Gestão, que refere os principais factos ocorridos no exercício, bem como o Balanço, Demonstrações dos resultados por naturezas e funções, Demonstração dos fluxos de caixa e respectivos Anexos, tendo verificado que foram elaborados de acordo com os princípios contabilísticos normalmente aceites, obedecem aos preceitos legais e estatutários e exprimem a situação patrimonial da empresa. 2.4. O Relatório Anual Sobre a Fiscalização Efectuada, por nós subscrito, refere os principais trabalhos executados e as conclusões e a nossa Certificação Legal das Contas exprime a nossa opinião sobre as demonstrações financeiras mencionadas. 2.5. Em face do que antecede emitimos o seguinte: Páginas 128 e 129 3. Parecer Somos de parecer que a Assembleia Geral Anual: a) aprove o Relatório de Gestão, o Balanço e as contas do exercício de 2002 apresentados pelo Conselho de Administração; b) aprove a proposta de aplicação de resultados. Coimbra, 14 de Fevereiro de 2003 O Fiscal Único P. MATOS SILVA, GARCIA JR, P. CAIADO & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas n.º 44 representada por: Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (ROC n.º 491) Relatório e Contas 2002 Certificação Legal das Contas Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras de ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de 281 594 012,00 euros e um total de capital próprio de 23 654 531,00 euros, incluindo um resultado líquido de 1 950 277,00 euros), as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; Páginas 130 e 131 - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Empresa ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, S.A., em 31 de Dezembro de 2002,o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites. Coimbra, 14 de Fevereiro de 2003 P. MATOS SILVA, GARCIA JR., P. CAIADO & ASSOCIADOS, SROC Sociedade de Revisores Oficiais de Contas nº 44 representada por Dr. Pedro João Reis de Matos Silva (ROC nº. 491) IV Relatório do Auditor Externo Páginas 134 e 135 Aos Accionistas de Águas do Douro e Paiva, S.A. Relatório de Auditoria 1. Efectuámos a auditoria ao Balanço da Águas do Douro e Paiva, S.A., à data de 31 de Dezembro de 2002, bem como à Demonstração dos Resultados por naturezas e por funções e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e respectivos Anexos. Estas Demonstrações Financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa, competindo-nos como auditores a emissão de uma opinião sobre estas, baseada na nossa auditoria. 2. A nossa auditoria foi conduzida de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos segurança aceitável sobre se as referidas Demonstrações Financeiras contêm ou não contêm distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui o exame, numa base de teste, das evidências que suportam os valores e informações constantes das Demonstrações Financeiras. Adicionalmente, uma auditoria inclui a apreciação dos princípios contabilísticos adoptados e a avaliação das estimativas significativas efectuadas pela Administração bem como a apreciação da apresentação das Demonstrações Financeiras. Em nosso entender a auditoria efectuada constitui base suficiente para a emissão da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as Demonstrações Financeiras apresentam de forma apropriada, em todos os seus aspectos relevantes, a situação financeira da Águas do Douro e Paiva, S.A., a 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. 4. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos à atenção para o facto de, por a actividade da Empresa se enquadrar no âmbito das actividades reguladas que determinam as tarifas e preços de modo a permitir a recuperação dos custos necessários para providenciar os serviços regulados, incluindo a remuneração dos capitais aplicados, por não existirem ainda regras e métodos necessários para permitir regularizar os ajustamentos provenientes de eventuais excessos e insuficiências de recuperação, não é possível definir quais os critérios contabilísticos adequados para registar a periodificação daqueles excessos ou insuficiências. Porto, 7 de Fevereiro de 2003 PricewaterhouseCoopers Ficha Técnica Coordenação Geral Águas do Douro e Paiva S.A. Conceito e Design E. Aires Design Lda Fotografia Eduardo Cunha Colaboração Aresta · Agência de Publicidade Lda Execução Marca AG_Porto Tiragem 500 Exemplares Depósito Legal 177945/02 Editado Março 2003 Águas do Douro e Paiva, S.A. Rua de Vilar, 235 - 5º · 4050-626 Porto Telefone + 351 226 059 300 Fax + 351 226 059 302 web · www.addp.pt e-mail · [email protected] NIPC: 503 537 624 Cap. Social: 19.402.500,00 CRC Porto: 3595