SEÇÃO RESENHAS / RESUMOS O menino do dedo
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SEÇÃO RESENHAS / RESUMOS O menino do dedo
SEÇÃO RESENHAS / RESUMOS DRUON, Maurice. O menino do dedo verde. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1989. Resenha de Afonso de Sousa Cavalcanti * Resenha crítica A obra “O menino do dedo verde” é um livro de literatura infantil. Druon narrou esta história, reportando-a nos seguintes capítulos: a) no capítulo I, o autor descreve o significado do nome Tistu. Para ele, Tistu é um nome esquisito, que não se acha em calendário algum, nem do nosso país nem dos outros. Não existe São Tistu; b) no capítulo II, o literato diz que Todo mundo que via Tistu afirmava que ele era um garoto bonito. Tistu não ficava vaidoso por ser belo. A beleza lhe era uma coisa inteiramente natural; c) no terceiro capítulo, o pensador francês descreve a cidade de Mirapólvora, cidade onde o pai de Tistu fabricava canhões. O pai o queria futuramente na direção da fábrica; d) o quarto capítulo leva o autor a dizer sobre a educação do menino que foi ensinado pela mãe até os oito anos e depois confiado a um bom professor. Foi mandado para a escola, mas ele não gostava da escola e foi devolvido à família; e) no capítulo V, verifica-se que o autor descreve a preocupação como uma ideia triste pode nos comprime a cabeça, ao despertar, e permanece ali o dia todo. Tistu não queria preocupações mundanas; f) o capítulo VI nos encaminha a entender que o pai de Tistu lhe encaminha para uma aula com a terra, uma lição de jardim e ali o menino descobre que seu polegar era verde. Tistu se dá muito bem com o jardineiro Zé Bigode. É neste momento que surge na mente de Tistu a ideia que o perseguirá sempre: o dedo quem dera é verde na ponta, onde bate faz brotar as sementes que estão por nascer; g) no capítulo VII, Tistu é confiado ao senhor Trovões, chefe da fábrica de canhões, o menino teria com ele uma lição de cidade. O mais importante em uma cidade é a ordem, ensinou o senhor Trovões; * Professor Mestre em Filosofia, Dr. Em Educação, Administração e Comunicação, professor na FAFIMAN. E-mail: [email protected] Diálogos & Saberes, Mandaguari, v. 9, n. 1, p. 231-234, 2013 231 h) no capítulo VIII, Druon descreve o sonho horroroso tido por Tistu. No sonho registra o sofrimento de seu pônei Ginástico. Tistu resolve usar seu polegar e semeou flores por todos os cantos da cidade. Somente Zé Bigode sabia de seu talento; i) no nono capítulo, o menino prodígio ficou preocupado que os botânicos iriam descobrir algo sobre o fenômeno das flores plantadas por ele. Tistu semeou flores em toda a cidade: na favela, na cadeia, nas casas, no hospital e em outros lugares. Todos ficaram alarmados com tantas flores; j) no capítulo X, Tistu vai a uma nova lição com o senhor Trovões, mas agora sobre a miséria. A mando dos pais deveria ensinar que a miséria está nas favelas e que ao ver a doença a gente se dispõe a cuidar da saúde. Tistu ao ver isto sentia cócegas no polegar, mas recebe boa nota do senhor Trovões; l) no capítulo XI, Tistu visita o hospital, conhece o Dr. Milmales e a menina doente. Tistu vê semelhança entre o doutor e Zé Bigode. O primeiro cuidava da vida e o segundo das flores; m) no capítulo XII, Mirapólvora se transforma com a chegada de tantas flores que até incomodavam o povo e ninguém sabia explicar o fenômeno e por causa disso o nome da cidade se tornou Miraflores; n) no capítulo XIII, o autor nos encaminha a pensar que Tistu queria um mundo bem melhor, mas sua mãe e seu pai não sabiam disso e tentam distraí-lo, tirá-lo de suas ideias. Tistu visita o zoológico e lá também semeia flores e faz surgir uma floresta para os animais; o) no capítulo XIV, Tistu percebe que as crianças procuram ouvir mais, quando os adultos falam baixo. O pai de Tistu propõe uma guerra para descobrir quem plantou tantas flores pela cidade. Tistu questiona com Zé Bigode e diz que a guerra seria um infortúnio e todos sairiam perdendo; p) no capítulo XV, Tistu, após conversar com o senhor Trovões, tem uma aula de Geografia e visita uma fábrica. Tistu pensa novamente em usar seu polegar e parar com a guerra. Compreendeu que os Voulás e os Vaitimboras estão em guerra por causa do petróleo e então isto não podia ficar assim. Era preciso agir. Tistu conhece os dois grandes canhões, que segundo Trovões faziam a riqueza de Mirapólvora. Tistu volta aos canhões e esfrega neles seu polegar. O pai pensava que ele fora para conhecer e recuperar os dois zeros que tomara do professor, mas não, ele plantou flores; q) no capítulo XVI, ocorre uma sucessão de fatos negativos. Os jornais falam de guerra e de desastres provocados pela Diálogos & Saberes, Mandaguari, v. 9, n. 1, p. 231-234, 2013 232 imensidão de plantas que crescem em todos os cantos da cidade. As flores privavam as armas de guerra. Os canhões de Mirapólvora atiraram durante a noite, mas atiraram flores. “A paz foi imediatamente concluída entre os Voulás e os Vaitimboras. Os dois exércitos se retiraram e o deserto cor de pastilha cor-de-rosa foi devolvido ao seu céu, à sua solidão e à sua liberdade; r) no capítulo XVII, Tistu denuncia a si próprio e conta que ele é o floricultor. O pai de Tistu e o senhor Trovões estavam desconsolados e tentavam saber quem era o autor das flores. Não sabiam o que fazer. Zé Bigode parabeniza Tistu pelo aprendizado e façanha. Tistu prova ao pai e ao senhor Trovões que ele era o florista; s) no capítulo XVIII, o pai de Tistu demora para compreender e para tomar decisões sobre o acontecido. A mãe esperava o sucesso da fábrica e queria ver Tistu feliz. Ficou tremendamente abatida ao saber de Tistu. O pai disse: nós vamos transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores. Os grandes homens de negócio têm o segredo dessas viravoltas repentinas, desses inesperados arrancos em face de uma situação adversa. O pai estava certo ao dizer isto: "As flores de Miraflores crescem até sobre o aço." Mas seu melhor "slogan" foi sem dúvida: "Dizei não à guerra, mas dizei-o com flores"; t) no capítulo XIX, Tistu trouxe surpresas, além de ser conhecido no mundo inteiro. Zé Bigode se torna ministro da cultura e Tistu continua criando flores diferentes, mas chega o instante de sua morte. Tistu conversa com seu pônei e sente-se solitário com a ausência de Zé Bigode; u) no capítulo XX, Tistu se revela quem de fato ele é. Construiu uma grande escada com a força de seu polegar. Duas árvores enormes cresceram e cresceram. "A escada de flores de Miraflores (ex-Mirapólvora) é a oitava maravilha do mundo." Ela chegaria ao céu e levava Tistu para junto de Zé Bigode. Quando os moradores da Casa que brilha saíram aquela manhã a chamar Tistu por todos os cantos, viram no meio do prado dois chinelinhos e uma frase escrita em belas letras douradas: “TISTU ERA UM ANJO”! Druon narrou a história de um garoto chamado Tistu, que por não conseguir manter-se acordado durante as aulas monótonas do colégio acaba sendo expulso do mesmo. Como solução para que sua formação intelectual não fosse estagnada, seus pais resolvem ensiná-lo de outra maneira, fazendo com que Tistu aprendesse com os próprios olhos, ensinando-lhe nos Diálogos & Saberes, Mandaguari, v. 9, n. 1, p. 231-234, 2013 233 locais apropriados, a conhecer as pedras, o jardim, os campos, como funciona a cidade, as fábricas e todas as outras coisas. Seus mestres julgavam que a vida é de fato a melhor escola que existe. Naquele que lê este livro fica a ideia que “o dedo quem dera é verde na ponta, tocando ele faz brotar as sementes que estão por nascer”. Diálogos & Saberes, Mandaguari, v. 9, n. 1, p. 231-234, 2013 234
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