Falar só português não resolve

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Falar só português não resolve
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Economia
notícias do dia Grande Florianópolis sábado e domingo, 8 e 9 de maio de 2010
fotos edu cavalcanti/nd
Idiomas. Escolas atendem diferentes
perfis e necessidades dos alunos
Falar só
português
não resolve
Maiara Gonçalves
[email protected]
Que aprender uma segunda língua é importante, ninguém dúvida.
Mas qual o melhor caminho para falar
outro idioma? Depende. Podem ser
diversos os objetivos: aprender por
aprender, para viajar, morar ou trabalhar no exterior, fazer um mestrado ou
doutorado.
As escolas de idiomas estão atentas aos perfis de alunos e estipulam
metodologias, faixas etárias e horários
pensando nas características e objetivos de cada um. Há as especializadas em ensinar para crianças, as que
propõem um aprendizado intensivo
e ainda as que focam na preparação
minuciosa, com cursos que duram
anos.
“No mundo globalizado, qualquer
língua tem seu valor e sua importância. Embora o inglês seja a língua universal, não podemos pensar apenas
nele ou então no espanhol. Em Santa
Catarina, em virtude da colonização,
por exemplo, é importante saber falar também o italiano e o alemão. O
francês, ainda, é uma língua clássica”,
explica a professora de língua alemã e
subcoordenadora do Departamento
de Língua e Literatura Estrangeira da
UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina), Ina Emmel.
Para Ina, toda língua apresenta o
mesmo grau de dificuldade e é preciso boa vontade e estudo para superar
os desafios. Nessa perspectiva, é comum afirmar que crianças e jovens
têm mais facilidade para assimilar
novas informações em relação aos
adultos, e com uma língua nova não
é diferente.
Começar cedo. Crianças aprendem com mais rapidez e naturalidade estimuladas por atividades pedagógicas
Intensivo ou minucioso
No mundo
globalizado, qualquer
língua tem seu valor”
Ina Emmel, professora de
língua alemã
Bruno. Inglês desde os 11 anos
Conhecimento
intermediário
aos 10 anos
Brincando. Atividades com jogos e cores auxiliam os alunos mais jovens
Método especial para os pequenos
A Teddy Bear, de Florianópolis,
é a única escola no Sul do Brasil
especializada no ensino de inglês
para crianças e adolescentes e desenvolveu um método de ensino
que instiga os pequenos, desde os
dois anos, a aprender brincando.
“O foco é estimular o ouvir e o
falar. Como elas ainda estão sendo
alfabetizadas na língua portuguesa, deixamos o ler e o escrever para
os sete ou oito anos. Elas aprendem naturalmente com as atividades pedagógicas que envolvem o
universo da criança, como cantar,
dançar e as expressões corporais.
A fluência na língua depende de
esforço, persistência e constância
e os resultados vêm a longo prazo”,
afirma a diretora pedagógica da
escola, Luciana Machado de Franceschi.
Alexandre, Tompson, Arthur e
Iago frequentam a escola desde os
três anos. Hoje, aos 10, já têm conhecimento intermediário, grau
que só tende a melhorar com a ajuda da professora Andréa Catarineli.
Sofia, 3, Luiza, 6, e João Otávio, 4,
começaram há pouco tempo, mas já
entendem algumas perguntas feitas
pelo professor Fábio Gonçalves. Em
outra turma, Linda, Gabriela, Lorenzo, Helena, Bernardo e Manoela
cantam e brincam com jogos em inglês, sob os cuidados da professora
Adriana de Souza.
O foco é estimular
o ouvir e o falar. Elas
aprendem naturalmente”
Luciana de Franceschi,
diretora pedagógica
Profissionais liberais que não
têm disponibilidade de horário,
mas pressa em aprender, assim
como jovens que desejam fazer intercâmbios no exterior e precisam
aprender rapidamente as noções
básicas e intermediárias são os
perfis mais frequentes em escolas
que trabalham de forma intensiva,
como a Minds English School, de
Florianópolis. “Com 18 meses de
curso, desde que se cumpra a carga
horária mínima, o aluno sai da escola falando inglês com segurança”,
ressalta o diretor comercial, Rogério Bastos.
Para atender a demanda de
serviço
quem tem tempo para ficar até
sete anos estudando inglês, escolas como a Cultura Inglesa desenvolvem metodologias específicas.
“Nosso perfil de aluno é aquele que
quer mais do que ‘se virar’. Quer o
detalhe, o vocabulário mais sofisticado”, lembra a professora Christina Rangel Girotto.
Hoje com 14 anos, Bruno Paixão
cursa inglês desde os 11 por vontade própria e incentivo dos pais. “O
mercado de trabalho cada vez mais
exige o inglês, que também é importante para quem quer viajar e
fazer amigos”, observa, com a visão
focada no futuro globalizado.
Onde encontrar
ALPS IDIOMAS
Rua Alm Alvim, 392, Centro, tel:
3222-2004
Preço aproximado: R$ 212 a R$
233/mês
KUMON-JAPONÊS
Preço aproximado: R$ 99 a 185/mês
Rua Tenente Silveira, 482, sala 602,
CÍRCULO ÍTALO BRASILEIRO DE
SANTA CATARINA
Centro, tel: 3225-2762
Praça XV de Novembro, 340, Centro,
MINDS ENGLISH SCHOOL
Preço aproximado: R$ 120/mês
tel: 3223-6854
Rua Cruz e Souza, 94, Centro, tel:
Preço aproximado: R$ 345 (à vista
3028-1122
para curso de quatro meses)
Preço aproximado: R$ 160/mês
CULTURA INGLESA
SENAC
Rua Rafael Bandeira, 335, Centro, tel:
Rua Silva Jardim, 360, Prainha, tel:
3224-2696
3229-3200
Preço aproximado: R$ 178 a 249/mês
Preço aproximado: R$ 136 a 197/mês
ESCOLA DE LÍNGUA ELFA FRANCE
APOSTROPHE
TEDDY BEAR
Rua General Bittencourt, 249, Centro,
3224-5355
tel: 3224-8121
Preço aproximado: R$ 100 a 150/mês
ESCOLA FISK
Rua Alves Brito, 285, Centro, tel:
3324-2989
Rua Ferreira Lima, 200, Centro, tel:
Preço aproximado: R$ 221 a 287/mês
WIZARD
Rua Visconde de Ouro Preto, 340,
Centro, tel: 3228-4444
Preço aproximado: R$ 172 a 299/mês