Fotossíntese I - Departamento de Botânica
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Fotossíntese I - Departamento de Botânica
FOTOSSÍNTESE Marcos Buckeridge Departamento de Botânica IB-USP 2008 Energia: UV 380 nm 332 KJ/mol fotons vermelho laranja amarelo verde azul violeta 740 nm 166 KJ/molfótons 100 km 545 m 188 m 10 m 3m 1m 20 cm 10 cm 0,1 cm 760 nm 380 nm 10-4 cm 10-8 cm 10-11 cm Ondas Largas Rádio AM TV VHF Canais 2 - 13 TV UHF Canais 14 - 83 Microondas Infravermelho Visível UV Raios X Raios gama Raios cósmicos O que é luz: dualidade onda (λ, f ) - partícula (fóton-energia inversamente proporcional ao λ) abs Infravermelho λ (Pereira e Soares-Gomes, 2002) LUZ carboidrato Plantas autotróficas Cloroplastos FOTOSSÍNTESE CO2 + H2O = CH2O + O2 Redução do CO2 Mitocôndrias RESPIRAÇÃO CH2O + O2 = CO2 + H2O Oxidação do carboidrato O2 CO2 Cadeia respiratória Stomato Respiração Defesa e controle metabólico hic HK LIPíDEOS Fotossíntese Metabólitos secundários Glucose Síntese de Celulose Sacarose Parede Celular Amido Manutenção & Crescimento BUCKERIDGE, M. S.; S.; MORT RTA ARI RI,, L. C . ; MA MAC C HA HAD D O, M. R. Respostas fisiológicas de pl fisioló pla ant nta as às m udan udançç as clim áticas ticas:: altera alteraçç ões no ba ballan ançç o de carbono na nass plantas podem afetar o ecossistema cossistema? ?. I N: RE REG GO, G. M. M.;; N EG EGR R EL ELL LE. R. R. B; MORELLATO, L. P. C. Fenologia - Ferramenta para conservaç ão e manejo de recursos vegetais arbó arbóreos - Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2007 (prelo). Reservas de Amido Luz, Água & Nutrientes CO2 FOTOSSÍNTESE SACAROSE AMIDO Florestas e serviços do Ecossistemas Mitigação da emissões de C Cult. Agrícolas e Biocombustíveis CRESCIMENTO CELULOSE Global carbon stocks in vegetation and top 1 m of soils (based on WBGU, 1998). Biome Area Carbon Stocks (Gt C) 6 2 (10 km ) Vegetation Soils Total Tropical forests Temperate forests Boreal forests Tropical savannas Temperate grasslands Deserts and semideserts Tundra Wetlands Croplands 17.6 10.4 13.7 22.5 12.5 45.5 9.5 3.5 16.0 212 59 88 66 9 8 6 15 3 216 100 471 264 295 191 121 225 128 428 159 559 330 304 199 127 240 131 Total 151.2 466 2011 2477 Succession in the tropical forest tt = year zero 30 years years = +40 5 years Sesbania, Jatobá, embaúba, jacarandá, solanaceas copaíba Guapuruvú, Gramíneas, pau-jacaré, asteráceas ipês, pau-brasil Gradiente de limitações fisiológicas ao longo da sucessão ecológica 200 0µ Alta mo les .m intensidade .s luminose e baixa disponibilidade de água -2 Pioneiras −2 → Condições microclimáticas próximas ao ideal Luz para o balanço de crescimento e desenvolvimento a u g Á de plântulas 2rias iniciais Baixa intensidade luminosa alta disponibilidad e de água 10 µ mo les .m - 2 .s −2 → 2rias tardias/Clímax A dupla função da luz • Fonte de energia • Informação sobre o meio ambiente (sombreamento, fotoperíodo, etc) I = I 0* -kL e I = irradiância sob o dossel I0 = irradiância no topo do dossel k = coeficiente de extinção L = índice de área foliar (área foliar total por área de solo) k é proporcional ao ângulo de inclinação das folhas. Está entre 0,3 e 0,5 para gramíneas que têm folhas inclinadas, mas é alto (1,0) para um arranjo de folhas distribuídas horizontalmente Lambers te al. 1998 0 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 -0,2 -0,4 -0,6 -0,8 -1 Intensideda luminosa ao nível do solo Intensideda luminosa ao nível do solo 2000 1900 1800 1700 1600 1500 1400 1300 1200 0 k (ângulo de inclinação das folhas) 0,2 0,4 0,6 0,8 1 L (índice de área foliar) 1600 1400 I = I0* e-kL 1200 1000 800 600 I = irradiância sob o dossel I0 = irradiância no topo do dossel k = coeficiente de extinção L = índice de área foliar (área foliar total por área de solo) 400 200 0 2500 2000 1500 1000 500 0 Intensideda luminosa ao nível do solo 1800 I0 (intensidade luminosa no dossel) k é proporcional ao ângulo de inclinação das folhas. Está entre 0,3 e 0,5 para gramíneas que têm folhas inclinadas, mas é alto (1,0) para um arranjo de folhas distribuídas horizontalmente Lambers te al. 1998 Esquema geral da fotossíntese Como as plantas reconhecem o padrão de luz no ambiente? Medidas de fotossí ntese no campo Características do sistema fotossintético de folhas de mata-pasto (Senna alata) 15 Limitação pela luz (Amax) -2 (A) µ moles de CO2.m .s -1 20 Carboxilação limitada 10 5 Ponto de compensação de luz 0 0 -5 -10 500 1000 1500 2000 Respiração no escuro (Rd) Radiação Fotosintéticamente Ativa 2500 Comparação de folhas de Senna alata em plantas cultivadas no sol pleno e na sombra Parâmetros Fotossintéticos Sol Sombra A max (µmol CO2m -2s-1). 18,85 9,27 A sat (µmol CO2m -2s-1). 16,96 8,34 PAR sat (µmol fotons m-2 s -1). 942 477 Rd (µmol CO2 m -2 s -1) -2,67 -1,81 Ponto de comp. luminoso (µmol fotons m-2 s -1) 51 39 W.U.E (Par 1000)(mol CO2/mol H2O)x1000 4,11 3,74 W.U.E (Par 100)(mol CO2/mol H2O)x1000 0,89 1,98 Requerimento quântico (Par 1000) Aparente (mol fótons/ mol CO2) 51,21 95,78 Requerimento quântico (Par 100) Aparente (mol fótons/ mol CO2) 18,34 20,76 Sol Sombra Espessura da lamina foliar (mm) (p<0,0005) 0,26 A 0,24 B Área foliolar cm2 (p>0,4) 56,09 A 54,50 A Peso seco foliolar (3) g (p<<0,0001) 0,45 A 0,36 B Área/ peso seco (cm2/g) (p<<0,0001) 123,84 A 151,76 B LMA (g/cm2) (p<<0,0001) 0,0081 A 0,0067 B Parâmetros Foliares Fotossíntese em pau-brasil Curvas de resposta à luz 11 meses após transferências de plantas para diferentes intensidades luminosas Visão de mundo de planta jovens, 28/03/07, 7:30h Clube dos Prof. USP Séries temporais em jatobá 700 10 Luz Fotossíntese 650 5 Luz (umol.m-2.s-1) 550 500 0 450 400 -5 350 300 -10 250 200 -15 0 2000 4000 6000 8000 Tempo (segundos) 10000 12000 14000 Fotossíntese (umol.m-2.s-1) 600 Plantas de Hymenaea courbaril crescendo em subosque. Dados coletados durante 2 horas; das 11 as 13h Sincronismo entre processos biológicos a) Ruído não tinge o limiar de resposta a) O ruído aumenta e atinge o limiar de sincronismo MECANISMOS DE DISPARO PODEM SER VISTOS a) O ruído aumenta ainda mais e os disparos passam a ser imprevisíveis Plantas jovens de pau-brasil no sunfleck matutino Possível exemplo de mecanismo de disparo QUAL O OUTRO OSCILADOR? 1000 5 Fotossíntese Luz (umol.m-2.s-1) 800 4 700 3 600 500 2 400 300 1 200 100 0 0 -100980 1180 1380 1580 Tempo (segundos) 1780 1980 -1 Fotoss (umol CO2.m-2.s-1) Luz 900 Mesofilo paliçádico Feixe vascular Mesofilo esponjoso Folha de dicotiledônea Podem assumir diferentes posições Sem luz Pouca luz Luz excessiva Plastídeos: simbiose intracelular • Hipótese da endossimbiose proposta em 1883 pelo botânico Andreas Schimper • Cianobactérias chamadas de protoclorófitas deram origem aos cloroplastos • Plastídeos possuem seu próprio cromossomo circular e todas as enzimas para duplicação e expressão gênica e síntese protéica, entretanto a maior parte das protéinas são codificadas pelo núcleo Estrutura dos cloroplastos Fotossíntese: Transdução de Energia • Conversão de energia luminosa em energia elétrica • Conversão da energia elétrica em energia química Quando a luz incide sobre um pigmento..... • Desativação térmica: emite calor para o meio • Fluorescência: emissão de fótons • Ressonância indutiva: transferência de energia entre moléculas muito próximas-clorofilas • Mudança conformacional: energia é usada para modificar a conformação molecular, como no caso do fitocromo • Transferência de elétrons: reações de óxidoredução-membranas dos cloroplastos Clorofilas: pigmentos que absorvem energia para fotossíntese (grupo formil) Clorofila A Clorofila B (grupo metil) Porfirina: tetrapirrol cíclico Fitol:hidrocarboneto Carotenóides: carotenos e xantofilas -Carotenos complexados com proteínas nos cloroplastos -Absorve na região do azul -protege a clorofila da fotoxidação Estrutura do complexo de coleta de luz Clorofila b carotenóides Clorofila a Organização trimérica Cloroplasto Fluxo dos elétrons : da H2O até o NADP 4 complexos protéicos diferentes que atuam de modo integrado: Fotossistema I (FSI); Fotossistema II (PSII); complexo citocromo b6f; Complexo ATP sintase Esquema Z da fotossíntese... (fotofosforilação não cíclica) Há dois tipos de fotofosforilação... • Não cíclica (em algas e plantas superiores) : são gerados NADPH e ATP – PSII > complexo Citb6f > PSI • Cíclica (em bactérias) : apenas ATP é gerado – PSI e Citb6f Ver animações Animações na internet para entender fotossíntese http://science.nhmccd.edu/biol/bio1int.htm#photo http://highered.mcgrawhill.com/sites/0072437316/student_view0/chapter10/animations. html# Veja também o site da disciplina Distribuição heterogênea dos complexos protéicos. granum estroma Controle da partição de energia entre o fotossistema II e o fotossistema I A fotossíntese em plantas superiores é conduzida por dois fotossistemas (PSII e PSI) com diferentes capacidades de absorção de luz (energia). O processo fotossintético é limitado pelo fotossistema que receber menos energia; A situação ideal seria quando os dois fotossistemas recebessem a mesma quantidade de energia, que é difícil de acontecer; Para superar esse problema as plantas possuem um mecanismo que permite que parte do LHC II fique migrando entre o PSII e o PSI. PQH2 PQ O CCLII é fosforilado quando a quantidade de Plastoquinona reduzida (hidroquinona) aumenta muito, sinalizando que o PSII está recebendo mais energia que o PSI. Harmer et al. (2000) Science 290 p.2110 Possíveis aplicações relacionadas à luz na fotossíntese Ambient Elevated Productivity Ambient Elevated Photosynthesis 40 Ambiente Ambient 35 Elevated Elevado (a) *** *** A (µmol CO2 m-2 s -1) 30 *** 25 * 20 15 10 Microarray analyses 5 0 6 10 13 18 21 Weeks after CO2 26 31 50 Microarray analysis of the CO2 experiments 3 months Categories Gene description Photosynthesis photosystem II protein K; psbK Photosynthesis Ferredoxin I; chloroplast precursor Photosynthesis photosystem I reaction centre subunit n, chloroplast precursor Photosynthesis Chlorophyll A-B binding protein Fotossíntese de algas para a produção de H2 Celula do mesofilo Celula da bainha vascular Alta pressão Via C4 CO2 Calor Fluorescência PEPc Via C3 Ácido com 4 carbonos CCL Gradiente de pH no tilacóide 4H2O ATP FSII 4H + O2 Ciclo de Calvin Transporte de elétrons NADPH Figura 1 Esquema mostrando os principais passos do processo de fotossíntese e suas interrelações. (CCL= centro de captação de luz, fsII=fotossistema II, atp=adenosina trifosfato, nadph=nicotinamida adenosina difosfato reduzida. Note que na captação de gás carbônico há duas vias, a C3 e a via C4. Todos as vias levam ao mesmo lugar, que é produzir carboidratos que serão utilizados para o crescimento da planta Carboidratos Crescimento
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